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1 Órgão jurisdicional de reenvio: Augstākā tiesa - Supremo Tribunal - Letónia Data da decisão de reenvio: 15/Dezembro/2017 Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12.10 Regulamento (CEE) n.º 2454/93, de 02.07 Medicamentos Importação Valor aduaneiro Prazo Descontos Proc.º C-1/18 - “1) Nos casos em que as mercadorias importadas são medicamentos, ao determinar, nos termos do disposto no artigo 30.º, n.º 2, alínea b), do Regulamento (CEE) n.º 2913/92 do Conselho, de 12 de outubro de 1992, que estabelece o Código Aduaneiro Comunitário e no n.º 4 do artigo 151.º do Regulamento (CEE) n.º 2454/93 da Comissão, de 2 de julho de 1993, que fixa determinadas disposições de aplicação do Regulamento (CEE) n.º 2913/92 do Conselho, que estabelece o Código Aduaneiro Comunitário, o valor aduaneiro das mercadorias importadas, deve considerar-se que são mercadorias similares os medicamentos cujo princípio ativo e a quantidade deste sejam iguais (ou similares), ou se, para identificar produtos similares, também deve ter-se em conta a posição de mercado, isto é, a popularidade e a procura, do medicamento importado em questão e do seu fabricante?

Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

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Page 1: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Augstākā tiesa - Supremo Tribunal - Letónia

Data da decisão de reenvio: 15/Dezembro/2017

Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12.10

Regulamento (CEE) n.º 2454/93, de 02.07

Medicamentos

Importação

Valor aduaneiro

Prazo

Descontos

Proc.º C-1/18

- “1) Nos casos em que as mercadorias importadas são medicamentos, ao determinar,

nos termos do disposto no artigo 30.º, n.º 2, alínea b), do Regulamento (CEE) n.º

2913/92 do Conselho, de 12 de outubro de 1992, que estabelece o Código Aduaneiro

Comunitário e no n.º 4 do artigo 151.º do Regulamento (CEE) n.º 2454/93 da

Comissão, de 2 de julho de 1993, que fixa determinadas disposições de aplicação do

Regulamento (CEE) n.º 2913/92 do Conselho, que estabelece o Código Aduaneiro

Comunitário, o valor aduaneiro das mercadorias importadas, deve considerar-se que

são mercadorias similares os medicamentos cujo princípio ativo e a quantidade deste

sejam iguais (ou similares), ou se, para identificar produtos similares, também deve

ter-se em conta a posição de mercado, isto é, a popularidade e a procura, do

medicamento importado em questão e do seu fabricante?

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2) Ao determinar, nos termos do disposto no artigo 30.º, n.º 2, alínea c), do

Regulamento (CEE) n.º 2913/92 do Conselho, de 12 de outubro de 1992, que

estabelece o Código Aduaneiro Comunitário, o valor aduaneiro das mercadorias

importadas, é aplicável de forma flexível o prazo de noventa dias previsto no artigo

152.º n.º 1, alínea b), do Regulamento (CEE) n.º 2454/93 da Comissão, de 2 de julho

de 1993, que fixa determinadas disposições de aplicação do Regulamento (CEE) n.º

2913/92 do Conselho, que estabelece o Código Aduaneiro Comunitário?

3) Se o prazo acima referido for aplicável de forma flexível, deve dar-se prioridade

aos dados referentes a transações mais próximas do momento da importação das

mercadorias a avaliar e cujo objeto sejam mercadorias idênticas ou similares

vendidas em quantidade suficiente para determinar o preço unitário ou, pelo

contrário, a transações menos próximas, mas cujo objeto sejam especificamente as

mercadorias importadas?

4) Ao determinar, nos termos do disposto no artigo 30.º, n.º 2, alínea c), do

Regulamento (CEE) n.º 2913/92 do Conselho, que estabelece o Código Aduaneiro

Comunitário, o valor aduaneiro das mercadorias importadas, devem ser aplicados os

descontos concedidos que determinaram o preço pelo qual as mercadorias foram

efetivamente vendidas?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Lietuvos Respublikos Konstitucinis Teismas - Lituânia

Data da decisão de reenvio: 20/Dezembro/2017

Regulamento n.º 1308/2013

Práticas comerciais desleais

Leite

Preço

Redução

Poderes de negociação

Produtor

Proc.º C-2/18

- “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do Regulamento n.º 1308/2013 ser interpretado no

sentido de que, com a finalidade de reforçar os poderes de negociação dos produtores

de leite cru e evitar práticas comerciais desleais, e tendo em conta certas

características estruturais particulares do setor do leite e dos produtos lácteos do

Estado-Membro e alterações no mercado do leite, não proíbe a criação de um quadro

regulamentar nacional que restringe a liberdade das partes contratantes de negociar o

preço de compra de leite cru ao proibir o comprador de leite cru de pagar preços

diferentes de compra de leite cru a vendedores do mesmo grupo, agrupados de acordo

com o volume de leite vendido, que não pertencem a uma organização de produtores

de leite reconhecida, por leite cru com a mesma qualidade e composição da que é

entregue ao comprador através do mesmo método, não podendo, assim, as partes

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fixar preços diferentes de compra de leite cru tendo em conta quaisquer outros

fatores?

1.2. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do Regulamento n.º 1308/2013 ser interpretado no

sentido de que, com a finalidade de reforçar os poderes de negociação dos produtores

de leite cru e evitar práticas comerciais desleais, e tendo em conta certas

características estruturais particulares do setor do leite e dos produtos lácteos do

Estado-Membro e alterações no mercado do leite, não proíbe a criação de um quadro

regulamentar nacional que restringe a liberdade das partes contratantes de negociar o

preço de compra de leite cru ao proibir o comprador de leite cru de reduzir

injustificadamente o preço de compra de leite cru, só permitindo uma redução

superior a 3% do preço se uma instituição com poderes estatais reconhecer essa

redução como sendo justificada?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Bundesfinanzhof - Alemanha

Data da decisão de reenvio: 31/Maio/2017

Directiva n.º 97/67/CE

Directiva n.º 2006/112/CE

IVA

Prestação de serviços

Isenção de imposto

Serviço postal

Proc.ºs C-4/18 e C-5/18

- “Uma empresa que procede à notificação formal de atos de acordo com as regras de

direito público pode ser considerada um «prestador do serviço universal», na aceção

do artigo 2.º, n.º 13, da Diretiva 97/67/CE, de 15 de dezembro de 1997, que presta

um serviço postal universal ou partes deste num Estado-Membro, e estão esses

serviços isentos de imposto, por força do artigo 132.º, n.º 1, alínea a), da Diretiva

2006/112/CE do Conselho, de 28 de novembro de 2006, relativa ao sistema comum

do imposto sobre o valor acrescentado?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Tribunal Superior de Justicia de Galicia - Espanha

Data da decisão de reenvio: 30/Novembro/2017

Artigo 48.º TFUE

Pensão de reforma antecipada

Montante

«Pensão a receber»

Proc.º C-7/18

- “1) Deve o artigo 48.º TFUE ser interpretado no sentido de que se opõe a uma

legislação nacional que impõe, como requisito para aceder a uma pensão de reforma

antecipada, que o montante da pensão a receber seja superior à pensão mínima a que

o interessado teria direito de acordo com a mesma legislação nacional, entendendo-se

essa «pensão a receber» como a pensão efetiva exclusivamente a cargo do

Estado-Membro competente (neste caso, Espanha), sem se ter também em conta a

pensão efetiva que o interessado possa receber a título de outra prestação da mesma

natureza a cargo de outro ou outros Estados-Membros?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Oberlandesgericht Karlsruhe - Alemanha

Data da decisão de reenvio: 20/Dezembro/2017

Directiva 2006/126/CE, de 2012

Dever de reconhecimento

Carta de condução

Exame de condução

Proc.º C-9/18

- “O dever de reconhecimento, previsto no artigo 2.º, n.º 1, da Diretiva 2006/126/CE

do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de dezembro de 2006, relativa à carta

de condução (JO L 403/18, de 30 de dezembro de 2006), é igualmente aplicável após

a troca de uma carta de condução por um Estado-Membro da União Europeia sem a

realização de um exame de condução, quando a carta de condução anterior não estava

sujeita ao dever de reconhecimento (neste caso: a carta anterior emitida por outro

Estado-Membro da União Europeia foi, por sua vez, emitida em troca de uma carta

de condução de um país terceiro, nos termos do artigo 11.º, n.º 6, terceiro período, da

Diretiva 2006/126)?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Verwaltungsgerichtshof - Áustria

Data da decisão de reenvio: 15/Dezembro/2017

Directiva 96/71/CE, de 16.12

Prestação de serviços

Destacamento de trabalhadores

Comboios internacionais

Proc.º C-16/18

- “1) O âmbito de aplicação da Diretiva 96/71/CE, de 16 de dezembro de 1996,

relativa ao destacamento de trabalhadores no âmbito de uma prestação de serviços (a

seguir Diretiva), especialmente o seu artigo 1.º, n.º 3, alínea a), abrange igualmente a

prestação de serviços de fornecimento de refeições e bebidas a passageiros, serviços

de bordo e serviços de limpeza, realizados por trabalhadores de uma empresa de

prestação de serviços com sede no Estado-Membro a partir do qual é feito o

destacamento (Hungria), para cumprimento de um contrato com uma companhia de

caminhos de ferro com sede no Estado-Membro para onde é feito o destacamento

(Áustria), quando as prestações de serviço são realizadas em comboios internacionais

que também percorrem o Estado-Membro para onde é feito o destacamento?

2) O artigo 1.º, n.º 3, alínea a), da Diretiva abrange igualmente o caso de a empresa

prestadora de serviços com sede no Estado-Membro a partir do qual é feito o

destacamento fornecer as prestações de serviços mencionadas na questão 1 não em

cumprimento de um contrato celebrado com a empresa de caminhos de ferro com

sede no Estado-Membro para onde é feito o destacamento e a favor da qual, em

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última análise, são feitas essas prestações (por ser destinatária das prestações), mas

em cumprimento de um contrato celebrado com outra empresa com sede no

Estado-Membro para onde é feito o destacamento, que por sua vez se encontra numa

relação

contratual (através de uma cadeia de subcontratação) com a empresa de caminhos de

ferro?

3) O artigo 1.º, n.º 3, alínea a) da Diretiva abrange igualmente o caso de a empresa de

prestação de serviços com sede no Estado-Membro a partir do qual é feito o

destacamento, para realizar as prestações de serviços mencionadas no questão 1, não

utilizar os seus próprios trabalhadores, mas trabalhadores de outra empresa que lhe

foram cedidos ainda no Estado-Membro a partir do qual foi feito o destacamento?

4) Independentemente da resposta que seja dada às questões 1 a 3: o direito da União,

especialmente a liberdade de prestação de serviços (artigos 56.º e 57.º TFUE),

opõe-se a um regime nacional que obriga as empresas que destacam trabalhadores

para o território de outro Estado-Membro, para a realização de prestações de

serviços, ao cumprimento das condições de trabalho e de emprego no sentido do

artigo 3.º, n.º 1, da Diretiva e o cumprimento dos deveres acessórios (como

especialmente o dever de comunicação do destacamento transfronteiriço de

trabalhadores às autoridades do Estado-Membro para onde são destacados os

trabalhadores e de manutenção de documentos sobre o montante dos salários e sobre

a inscrição desses trabalhadores na segurança social) imperativamente também para

casos em que (1) os trabalhadores objeto de destacamento transfronteiriço são

pessoal tripulante de uma empresa de caminhos de ferro que faz trajetos

transfronteiriços ou de uma empresa que presta serviços típicos de uma empresa de

caminhos de ferro (fornecimento de comidas e bebidas aos passageiros e serviços de

bordo) que presta esses serviços em comboios que passam as fronteiras desses

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Estados-Membros, e em que (2) o destacamento não tem por base qualquer contrato

de prestação de serviços ou, pelo menos, um contrato de prestação de serviços entre a

empresa destacante e a empresa destinatária das prestações de serviços com sede no

outro Estado-Membro, porque o dever de prestar da empresa destacante

relativamente à empresa destinatária com sede no outro Estado-Membro se baseia em

subcontratos (numa cadeia de subcontratação), e em que (3) os trabalhadores

destacados não têm uma relação de trabalho com a empresa destacante, mas com uma

terceira empresa que cedeu os seus trabalhadores à empresa destacante ainda no

Estado-Membro da sede da empresa destacante?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Tribunalul Mureș - Roménia

Data da decisão de reenvio: 20/Dezembro/2017

Directiva 2006/112/CE

IVA

Locação

Imóvel

Actividade de restauração

Transmissão da sociedade

Prestação de serviços complexa

Proc.º C-17/18

- “1. A celebração de um contrato através do qual uma sociedade dá de locação a

outra sociedade um imóvel no qual anteriormente tinha exercido uma atividade

específica de restauração pública, com todos os bens de equipamento permanentes e

os bens de consumo, continuando a sociedade arrendatária essa mesma atividade de

restauração pública no restaurante sob a mesma denominação usada anteriormente,

constitui uma transmissão da sociedade na aceção do artigo 19.º e do artigo 29.º da

Diretiva 2006/112/CE?

2. Em caso de resposta negativa à primeira questão, a operação descrita representa

uma prestação de serviços que pode ser considerada uma locação de bens imóveis na

aceção do artigo 135.º n.º 1, alínea l), da Diretiva IVA, ou uma prestação de serviços

complexa que não pode ser qualificada de locação de bens imóveis, sujeita a imposto

nos termos da lei?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Oberster Gerichtshof - Áustria

Data da decisão de reenvio: 25/Outubro/2017

Directiva 2000/31/CE, de 08.06

Serviços da sociedade de informação

Comércio electrónico

Web hosting

Informações ilegais

Proc.º C-18/18

- “1. O artigo 15.º, n.º 1, da Diretiva 2000/31/CE do Parlamento Europeu e do

Conselho de 8 de junho de 2000 relativa a certos aspetos legais dos serviços da

sociedade de informação, em especial do comércio eletrónico, no mercado interno

(«Diretiva sobre comércio eletrónico») opõe-se, em termos gerais, a uma das

seguintes obrigações impostas a um fornecedor de web hosting que não removeu

imediatamente informações ilegais, no sentido de remover não apenas a informação

ilegal em causa na aceção do artigo 14.º, n.º 1, alínea a), da diretiva, mas também

outras informações de conteúdo idêntico:

a.a. a nível mundial?

a.b. no respetivo Estado-Membro?

a.c. do respetivo utilizador a nível mundial?

a.d. do respetivo utilizador no respetivo Estado-Membro?

2. Em caso de resposta negativa à primeira questão: o mesmo se aplica a informações

de conteúdo semelhante?

3. O mesmo se aplica a informações de conteúdo semelhante, a partir do momento

em que o operador tenha tido conhecimento desta circunstância?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Patent- och marknadsöverdomstolen - Suécia

Data da decisão de reenvio: 14/Dezembro/2017

Regulamento (UE) 2015/2424

Marca comunitária

Processo de declaração de nulidade

Marca registada anteriormente

Âmbito de aplicação

Sinal

Proc.º C-21/18

- “1. Deve o artigo 4.º do Regulamento (UE) 2015/2424 do Parlamento Europeu e do

Conselho, de 16 de dezembro de 2015, que altera, entre outros, o Regulamento (CE)

n.º 207/2009 do Conselho sobre a marca comunitária, ser interpretado no sentido de

que o artigo 7.º, n.º 1, alínea e), iii), na sua nova redação, se aplica quando um órgão

jurisdicional se deve pronunciar sobre um pedido de declaração de nulidade [nos

termos do artigo 52.º, n.º 1, alínea a), do Regulamento Marcas] apresentado depois da

entrada em vigor da alteração, isto é, depois de 23 de março de 2016, mesmo que o

processo de declaração da nulidade tenha sido iniciado antes dessa data e, portanto,

tenha por objeto uma marca registada anteriormente?

2. Deve o artigo 7.º, n.º 1, alínea e), iii), do Regulamento Marcas, na versão aplicável,

ser interpretado no sentido de que o seu âmbito de aplicação abrange um sinal que

consiste na representação bidimensional de um produto bidimensional como, por

exemplo, um tecido decorado com o sinal em causa?

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3. Em caso de resposta afirmativa à segunda questão, quais os critérios de

interpretação da expressão «sinais exclusivamente compostos [...] por uma forma ou

por outra característica que confira um valor substancial aos produtos» do artigo 7.º,

n.º 1, alínea e), iii), do Regulamento Marcas, numa situação em que o registo abrange

várias classes de produtos e diversos produtos, e o sinal pode ser aposto de diferentes

maneiras nesses produtos?

Deve essa apreciação ser efetuada em conformidade com critérios mais objetivos ou

gerais, por exemplo tomando por base a aparência da marca e a possibilidade da sua

aposição em diferentes produtos, ou seja, sem ter em conta a forma como de facto o

seu titular apôs ou pretende apor o sinal em diferentes produtos?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Amtsgericht Darmstadt - Alemanha

Data da decisão de reenvio: 2/Novembro/2017

Artigos 18.º, 21.º e 165.º do TFUE

Associação de atletismo

Regulamento

Participação

Discriminação ilícita

Atletas amadores

Competir «à margem»

Competir «sem classificação»

Exclusão de títulos

Exclusão de classificações nacionais

Proc.º C-22/18

- “1. Devem os artigos 18.º, 21.º e 165.º TFUE ser interpretados no sentido de que

uma disposição do regulamento de atletismo de uma associação de um

Estado-Membro que faz depender a participação nos campeonatos nacionais da

nacionalidade do Estado-Membro constitui uma discriminação ilícita?

2. Devem os artigos 18.º, 21.º e 165.º TFUE ser interpretados no sentido de que uma

associação de um Estado-Membro discrimina de forma ilícita os atletas amadores que

Page 17: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

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não tenham a nacionalidade do Estado-Membro em questão ao permitir-lhes

participar em campeonatos nacionais, mas apenas lhes permitindo competir «à

margem» ou «sem classificação» sem possibilidade de participarem nas finais?

3. Devem os artigos 18.º, 21.º e 165.º TFUE ser interpretados no sentido de que uma

associação de um Estado-Membro discrimina de forma ilícita os atletas amadores que

não tenham a nacionalidade do Estado-Membro em questão ao excluí-los da

atribuição de títulos ou de classificações nacionais?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Okrazhen sad Blagoevgrad - Bulgária

Data da decisão de reenvio: 19/Dezembro/2017

Obrigação contratual

Competência internacional

Associação sem personalidade jurídica

Proc.º C-25/18

- “1. As decisões de comunidades de direito sem personalidade jurídica que, por

força da lei, são constituídas para a titularidade de um direito especial, que são

aprovadas pela maioria dos seus membros, mas que os vinculam a todos, mesmo

aqueles que não votaram, constituem o fundamento de uma «obrigação contratual»

no que respeita à determinação da competência internacional nos termos do artigo

7.º, n.º 1, alínea a), do Regulamento (UE) n.º 1215/2012?

2. Em caso de resposta negativa à primeira questão: devem aplicar-se a essas

decisões as normas sobre a determinação do direito aplicável às relações contratuais

do Regulamento (CE) n.º 593/2008 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de

junho de 2008, sobre a lei aplicável às obrigações contratuais (Roma I)?

3. Em caso de resposta negativa à primeira e à segunda questões: são aplicáveis a

essas decisões as disposições do Regulamento (CE) n.º 864/2007 do Parlamento

Europeu e do Conselho, de 11 de julho de 2007, relativo à lei aplicável às obrigações

extracontratuais (Roma II), e qual dos fundamentos dos pedidos extracontratuais

referidos neste regulamento é aplicável neste caso?

4. Em caso de resposta afirmativa à primeira ou à segunda questão: as decisões de

comunidades sem personalidade jurídica relativas às despesas de manutenção dos

edifícios devem ser qualificadas como «contrato de prestação de serviços» na aceção

do artigo 4.º, n.º 1, alínea b), do Regulamento (CE) n.º 593/2008 do Parlamento

Europeu e do Conselho, de 17 de junho de 2008, sobre a lei aplicável às obrigações

contratuais (Roma I), ou como contratos sobre um «direito real» ou «arrendamento»

na aceção do artigo 4.º, n.º 1, alínea c) deste regulamento?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Oberster Gerichtshof - Áustria

Data da decisão de reenvio: 20/Dezembro/2017

Regulamento (CE) n.º 260/2012

Beneficiário de pagamentos

Sistema SEPA

Forma de pagamento

Proc.º C-28/18

- “Deve o artigo 9.º, n.º 2, do Regulamento (UE) n.º 260/2012 do Parlamento

Europeu e do Conselho, de 14 de março de 2012, que estabelece requisitos técnicos e

de negócio para as transferências a crédito e os débitos diretos em euros e que altera

o Regulamento (CE) n.º 924/2009 (Regulamento SEPA), ser interpretado no sentido

de que é vedado ao beneficiário de pagamentos condicionar o pagamento por débito

direto através do sistema SEPA à residência do ordenador no mesmo

Estado-Membro em que o beneficiário do pagamento tem a sua (residência ou) sede,

quando também é admitida outra forma de pagamento, como, por exemplo, por

cartão de crédito?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Administrativen sad Sofia-grad - Tribunal Administrativo de Sófia,

Bulgária

Data da decisão de reenvio: 4/Janeiro/2018

Directiva n.º 2009/72/CE

Electricidade

Rede de distribuição

Rede de transporte

Consumidor

Proc.º C-31/18

- “1) Devem as disposições do artigo 2.º, n.ºs 3 e 5, da Diretiva 2009/72/CE serinterpretadas no sentido de que o único critério de distinção entre rede de distribuiçãoe rede de transporte e, consequentemente, entre atividades de «distribuição» eatividades de «transporte» de eletricidade é o nível de tensão, e de que osEstados-Membros, apesar da liberdade de ação de que dispõem para direcionarem osutilizadores para um ou outro tipo de rede (de transporte ou de distribuição), nãopodem introduzir um critério adicional de distinção entre as atividades de transportee as de distribuição, ou seja, o critério da titularidade dos ativos utilizados para oexercício destas atividades?2) Em caso de resposta afirmativa à primeira questão: devem os consumidores deeletricidade que dispõem de uma ligação à rede de média tensão ser sempreconsiderados clientes do operador da rede de distribuição que possui uma licençapara operar no território em causa, independentemente do regime de propriedade dosequipamentos a que estão diretamente ligadas as instalações elétricas destes clientes eindependentemente dos contratos que os clientes tenham diretamente com o operadorda rede de transporte?3) Em caso de resposta negativa à primeira questão: atendendo ao sentido e àfinalidade da Diretiva 2009/72/CE, são admitidas disposições nacionais como as doartigo 1.º, n.º 44, conjugado com o n.º 20, das disposições complementares da Zakon

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za Energetikata (Lei relativa à energia), nos termos do qual «transporte deeletricidade» é o transporte de electricidade através da rede de transporte e «rede detransporte de eletricidade» é o conjunto de linhas e instalações elétricas destinadas aotransporte, à transformação da eletricidade de alta tensão em média tensão e àredistribuição dos fluxos de energia elétrica? Nas mesmas condições, são admitidasdisposições nacionais como as do artigo 88.º, n.º 1, da Lei da energia, nos termos doqual «[a] distribuição de eletricidade e a exploração das redes de distribuição deeletricidade é efetuada por operadores de redes de distribuição que sejamproprietários dessas redes num território determinado e que tenham obtido umalicença para a distribuição de eletricidade nesse território»?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Oberster Gerichtshof - Supremo Tribunal - Áustria

Data da decisão de reenvio: 20/Dezembro/2017

Regulamento (CE) n.º 987/2009

Sistemas de segurança social

Atribuição de complemento diferencial

Estado-Membro competente

Trabalhador fronteiriço

Subsídio por licença parental

Subsídio para guarda dos filhos

Cálculo

Rendimento

Proc.º C-32/18

- “1. Deve o artigo 60.º, n.º 1, segunda frase, do Regulamento (CE) n.º 987/2009 do

Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de setembro de 2009, que estabelece as

modalidades de aplicação do Regulamento (CE) n.° 883/2004 do Parlamento

Europeu e do Conselho, de 29 de abril de 2004, relativo à coordenação dos sistemas

de segurança social (Regulamento n.° 883/2004), ser interpretado no sentido de que

um Estado-Membro com competência secundária (Áustria) deve atribuir a um

progenitor que reside e exerce a sua atividade profissional num Estado-Membro

(Alemanha) prioritariamente competente, nos termos do artigo 68.º, n.º 1, alínea b),

i), do Regulamento n.º 883/2004, um complemento diferencial, correspondente à

diferença entre o subsídio por licença parental atribuído no Estado-Membro

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prioritariamente competente e o subsídio para guarda dos filhos associado ao

rendimento atribuído no outro Estado-Membro, enquanto prestação familiar, quando

ambos os progenitores residam com os seus descendentes comuns no

Estado-Membro prioritariamente competente e apenas um dos progenitores exerça

atividade profissional no Estado-Membro com competência secundária enquanto

trabalhador fronteiriço?

No caso de resposta afirmativa à primeira questão:

2. Deve o subsídio para guarda dos filhos associado ao rendimento ser calculado com

base no rendimento efetivamente auferido no Estado de emprego (Alemanha) ou no

rendimento que seria hipoteticamente auferido através do exercício de uma atividade

profissional equiparada no Estado-Membro com competência secundária (Áustria)?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Cour du travail de Liège - Bélgica

Data da decisão de reenvio: 21/Dezembro/2017

Regulamento (CE) n.º 883/2004

Sistemas de segurança social

Actividade laboral por conta de outrem

Actividade laboral por conta própria

Estatuto social

Trabalhadores independentes

Aplicação retroactiva

Proc.º C-33/18

- “• Deve o artigo 87.º, n.º 8, do Regulamento (CE) n.º 883/2004 do ParlamentoEuropeu e do Conselho, de 29 de abril de 2004, relativo à coordenação dos sistemasde segurança social, ser interpretado no sentido de que a pessoa que, antes de 1 demaio de 2010, começou a exercer uma atividade por conta de outrem noGrão-Ducado do Luxemburgo e uma atividade por conta própria na Bélgica, deve,para ser sujeito à legislação aplicável em conformidade com o Regulamento (CE) n.º883/2004, apresentar um pedido expresso nesse sentido, mesmo que não tenha estadosujeita à legislação belga antes de 1 de maio de 2010 e apenas tenha estado sujeita àlegislação belga relativa ao estatuto social dos trabalhadores independentes demaneira retroativa, após o termo do prazo de três meses que teve início em 1 de maiode 2010?• Em caso de resposta afirmativa à primeira questão, o pedido referido no artigo 87.º,n.º 8, do Regulamento (CE) n.º 883/2004, apresentado nas circunstâncias acimadescritas, conduz à aplicação da legislação do Estado competente em conformidadecom o Regulamento (CE) n.º 883/2004 com efeito retroativo a 1 de maio de 2010?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Fővárosi Ítélőtábla -Tribunal Superior de Budapeste-Capital - Hungria

Data da decisão de reenvio: 12/Dezembro/2017

Directiva n.º 93/13

Cláusula contratual geral

Consumidor

Cláusula proibida

Contrato de mútuo

Ónus da prova

Redacção clara

Proc.º C-34/18

- “(1) Deve a alínea q) do n.º 1 do anexo da Diretiva [93/13] ser interpretada no

sentido de que, enquanto norma da União com natureza de norma de ordem pública,

proíbe de modo geral e dispensando análises posteriores que um mutuante imponha a

um devedor que tenha a qualidade de consumidor uma disposição contratual, sob a

forma de uma cláusula geral ou não negociada individualmente, cuja finalidade ou

cujo efeito seja o de inverter o ónus da prova?

(2) No caso de ser necessário apreciar, com fundamento na alínea q) do n.º 1 do

anexo da Diretiva [93/13], a finalidade ou o efeito da cláusula contratual, deve-se

determinar que impede o exercício dos direitos dos consumidores uma cláusula

contratual

• nos termos da qual o devedor que tenha a qualidade de consumidor tem razões

fundamentadas para considerar que tem de cumprir o contrato na íntegra, incluindo

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2

todas as suas cláusulas, na forma e na medida impostas pelo mutuante, mesmo que o

devedor tenha a convicção de que a prestação exigida pelo mutuante não é exigível

total ou parcialmente, ou

• cujo efeito consiste em limitar ou afastar o acesso do consumidor a um meio de

resolução de conflitos baseado numa negociação equitativa, pelo facto de, para

considerar o litígio decidido, bastar ao mutuante invocar essa cláusula contratual?

(3) No caso de ter de se apreciar o caráter abusivo das cláusulas contratuais

enumeradas no anexo da Diretiva [93/13] à luz dos critérios estabelecidos no artigo

3.º, n.º 1, dessa diretiva, o requisito de redação clara e compreensível previsto no

artigo 5.º da mesma é cumprido por uma cláusula contratual que tem incidência nas

decisões do consumidor no que diz respeito ao cumprimento do contrato, à resolução

de diferendos com o mutuante por meios judiciais ou extrajudiciais ou ao exercício

de direitos e que, embora redigida gramaticalmente de modo claro, produz efeitos

jurídicos que só podem ser determinados pela interpretação de normas nacionais,

relativamente às quais não existia uma prática jurisdicional uniforme no momento da

celebração do contrato, sem que essa prática se tenha verificado nos anos

subsequentes?

(4) Deve a alínea m) do n.º 1 do anexo da Diretiva [93/13] ser interpretada no sentido

de que uma cláusula contratual não negociada individualmente pode ser abusiva

também no caso de se habilitar a parte que contrata com o consumidor a determinar

unilateralmente se a prestação do consumidor respeita o disposto no contrato e de o

consumidor reconhecer estar obrigado pela mesma ainda antes do cumprimento de

qualquer prestação pelas partes contratantes?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Tribunale di Bari - Itália

Data da decisão de reenvio: 10/Outubro/2017

Declarações prestadas no processo

Ofendido

Leitura em audiência

Consentimento

Proc.º C-38/18

- “«Devem os artigos 16.º, 18.º e 20.º, alínea b), da Diretiva 2012/29/UE ser

interpretados no sentido de que se opõem a que se sujeite o ofendido a uma nova

inquirição perante o órgão jurisdicional modificado quando uma das partes no

processo, nos termos dos artigos 511.º, n.º 2, e 525.º, n.º 2, do Código de Processo

Penal (tal como têm sido interpretados uniformemente pela jurisprudência dos

tribunais de recurso) recusa dar o seu consentimento para a leitura das atas das

declarações prestadas anteriormente pelo mesmo ofendido, no respeito do princípio

do contraditório, perante um juiz diferente no mesmo processo?»”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Tribunale Amministrativo Regionale della Campania - Itália

Data da decisão de reenvio: 22/Novembro/2017

Princípios da segurança jurídica

Princípio da não discriminação

Protecção da confiança

Igualdade de tratamento

Princípio da proporcionalidade

Contrato público

Proc.º C-41/18

- “Os princípios [da União] da proteção da confiança legítima e da segurança

jurídica, consagrados no Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia (TFUE),

e os princípios deles decorrentes, como a igualdade de tratamento, a não

discriminação, a proporcionalidade e efetividade, previstos na Diretiva 2014/24/UE,

bem como o disposto no artigo 57.º, n.º 4, alíneas c) e g), da mesmadiretiva,

opõem-se a uma legislação nacional como a italiana, resultante do artigo 80.º, n.º 5,

alínea c), do Decreto Legislativo n.º 50/2016, segundo a qual a impugnação judicial

de faltas graves verificadas na execução de um contrato público anterior, que deram

lugar à denúncia antecipada do mesmo contrato, impede a autoridade adjudicante de

efetuar qualquer apreciação sobre a fiabilidade do concorrente até que exista uma

decisão definitiva na ação cível, mesmo que a empresa não tenha demonstrado que

adotou medidas de correção destinadas a sanar as infrações e a evitar a sua

repetição?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Conseil d’État - Bélgica

Data da decisão de reenvio: 12/Janeiro/2018

Interpretação da lei

Directiva 2001/42/CE

Ambiente

Proc.º C-43/18

- “«Constitui o decreto pelo qual um órgão de um Estado-Membro designa uma zona

especial de conservação, em conformidade com a Diretiva 92/43/CEE, de 21 de maio

de 1992, relativa à preservação dos habitats naturais e da fauna e da flora selvagens,

decreto esse que contém objetivos de conservação e medidas preventivas gerais de

caráter regulamentar, um plano ou programa na aceção da Diretiva 2001/42/CE,

relativa à avaliação dos efeitos de determinados planos e programas no ambiente?

Mais especificamente, esse decreto é abrangido pelo artigo 3.º, n.º 4, enquanto plano

ou programa que define o quadro no qual a execução dos projetos poderá ser

autorizada no futuro, pelo que os Estados-Membros devem determinar se é suscetível

de ter efeitos significativos no ambiente, em conformidade com o n.º 5?

Deve o artigo 3.º, n.º 2, alínea b, da Diretiva 2001/42/CE, relativa à avaliação dos

efeitos de determinados [planos e programas] no ambiente, ser interpretado no

sentido de que esse mesmo decreto de designação está excluído da aplicação do seu

artigo 3.º, n.º 4?»;”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Consiglio di Stato - Itália

Data da decisão de reenvio: 21/Novembro/2017

Regulamento n.º 3950/92Interpretação da leiProtecção da confiança

Proc.º C-46/18

- “«a) Numa situação como a descrita, e que é objeto do processo principal, deve odireito da União Europeia ser interpretado no sentido de que a incompatibilidade deuma disposição legislativa de um Estado-Membro com o artigo 2.º, n.º 2, terceiroparágrafo, do Regulamento (CEE) n.° 3950/92 implica, como consequência, que osprodutores já não estejam obrigados a pagar a imposição suplementar quando severifiquem os requisitos previstos pelo mesmo regulamento?b) Numa situação como a descrita, e que é objeto do processo principal, deve odireito da União Europeia, em particular o princípio geral da proteção da confiançalegítima, ser interpretado no sentido de que não pode ser protegida a confiança daspessoas que tenham cumprido uma obrigação imposta por um Estado-Membro e quetenham beneficiado dos efeitos decorrentes do cumprimento dessa obrigação, quandoesta seja contrária ao direito da União Europeia?c) Numa situação como a descrita, e que é objeto do processo principal, o artigo 9.ºdo Regulamento (CE) n.º 1392/2001, de 9 de julho de 2001, e o conceito de direitoda União de “categoria prioritária”, opõem-se a uma disposição de umEstado-Membro, como o artigo 2.º, n.º 3, do Decreto-Lei n.º 157/2004 adotado pelaRepública Italiana, que estabelece modalidades diferenciadas de restituição daimposição suplementar cobrada em excesso, distinguindo, quanto aos prazos e àsmodalidades de restituição, os produtores que tenham confiado no dever de respeitaruma disposição nacional que se considerou contrária ao direito da União dosprodutores que não tenham cumprido essa disposição?»”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Oberlandesgericht Wien -Tribunal Regional Superior - Áustria

Data da decisão de reenvio:17/Janeiro/2018

Regulamento n.º 1215/2012

Falência

Insolvência

Reclamação de créditos

Competência judiciária

Acções conexas

Constituição do crédito

Proc.º C-47/18

- “Deve o artigo 1.º, n.º 2, alínea b), do Regulamento (UE) n.º 1215/2012 do

Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de dezembro de 2012, relativo à

competência judiciária, ao reconhecimento e à execução de decisões em matéria civil

e comercial (a seguir «Regulamento n.° 1215/2012»), ser interpretado no sentido de

que uma ação de verificação de créditos nos termos do direito austríaco diz respeito à

falência, na aceção do artigo 1.°, n.° 2, alínea b), do Regulamento n.º 1215/2012 e,

por conseguinte, está excluída do âmbito de aplicação material deste regulamento?

Questão 2a (apenas em caso de resposta afirmativa à questão 1):

Deve o artigo 29.º, n.º 1, do Regulamento (UE) n.º 1215/2012 do Parlamento

Europeu e do Conselho, de 12 de dezembro de 2012, relativo à competência

judiciária, ao reconhecimento e à execução de decisões em matéria civil e comercial

(a seguir «Regulamento n.º 1215/2012»), ser aplicado por analogia às ações conexas

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abrangidas pelo âmbito de aplicação do Regulamento n.º 1346/2000, relativo aos

processos de insolvência?

Questão 2b (apenas em caso de resposta negativa à questão 1 ou de resposta

afirmativa à questão 2a):

Deve o artigo 29.º, n.º 1, do Regulamento (UE) n.º 1215/2012 do Parlamento

Europeu e do Conselho, de 12 de dezembro de 2012, relativo à competência

judiciária, ao reconhecimento e à execução de decisões em matéria civil e comercial

(a seguir «Regulamento n.º 1215/2012»), ser interpretado no sentido de que existe

uma ação com a mesma causa de pedir e entre as mesmas partes quando um credor –

a recorrente –, que reclamou no processo de insolvência principal austríaco e no

processo de insolvência secundário polaco um crédito (no essencial) idêntico, que foi

(em grande medida) contestado pelo respectivo administrador da insolvência, intenta

uma ação de declaração da existência de créditos num determinado montante

primeiro na Polónia contra o administrador local no processo de insolvência

secundário e, posteriormente, na Áustria contra o administrador no processo de

insolvência principal – o recorrido?

Questão 3a:

Deve o artigo 41.º do Regulamento (UE) n.º 1346/2000 do Conselho, de 29 de maio

de 2000, relativo aos processos de insolvência (a seguir «Regulamento n.º

1346/2000»), ser interpretado no sentido de que o requisito da indicação da «natureza

dos créditos, [da] data da respetiva constituição e [do] seu montante» é cumprido

quando, na reclamação do seu crédito no processo de insolvência principal (como no

presente caso), o credor, com sede num Estado-Membro diferente do Estado de

abertura do processo, como é o caso da recorrente,

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a) se limita a descrever o crédito pelo seu montante concreto, sem indicar a data de

constituição (por exemplo, como «crédito do subcontratante JSV Slawomir Kubica

pela construção de estradas»);

b) não comunica, na própria reclamação, a data de constituição do crédito, mas

essa data pode ser deduzida dos documentos juntos à reclamação do crédito (por

exemplo, com base na data indicada na fatura apresentada)?

Questão 3b

Deve o artigo 41.º do Regulamento (UE) n.º 1346/2000 do Conselho, de 29 de maio

de 2000, relativo aos processos de insolvência (a seguir «Regulamento n.º

1346/2000»), ser interpretado no sentido de que não se opõe à aplicação de

disposições nacionais que, no caso concreto, são mais favoráveis ao credor que

reclama um crédito e tem sede num Estado-Membro diferente do Estado de abertura

do processo (por exemplo, no que se refere ao requisito da indicação da data de

constituição)?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Tribunal Superior de Justicia de Catalunya - Quarta Secção - Espanha

Data da decisão de reenvio: 28/Dezembro/2017

Princípio da não discriminação

Independência judicial

Remuneração

Magistrados

Impostos

Proc.º C-49/18

- “1°) Deve o princípio geral do direito da União de proibição da discriminação ser

interpretado no sentido de [que] não se opõe a uma disposição nacional, como a

constante do artigo 31.º, n.º 1, da Lei n.º 39/2010, de 22 de dezembro, que aprova o

Orçamento Geral do Estado para o ano de 2011, que fixou percentagens de redução

diferentes que se veio a verificar serem mais gravosas para a parte dos membros da

carreira judicial cuja remuneração era mais reduzida, obrigando-os a suportar um

sacrifício mais significativo para efeitos da sustentabilidade da despesa pública?

(princípio da não discriminação)

2°) Deve o princípio geral do direito da União de preservação da independência

judicial através de uma remuneração justa, estável e adequada às funções

desempenhadas pelos membros da carreira judicial ser interpretado no sentido de que

se opõe a uma disposição nacional, como a constante do artigo 31.º, n.º 1, da Lei n.º

39/2010, de 22 de dezembro, que aprova o Orçamento Geral do Estado para o ano de

2011, que não toma em consideração a natureza das funções desempenhadas, a

antiguidade profissional, a relevância das funções e que impõe exclusivamente um

sacrifício mais oneroso para a sustentabilidade da despesa pública aos membros da

referida carreira que menos auferem? (princípio da independência judicial)”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Landesverwaltungsgericht Steiermark - Tribunal Administrativo

regional da Estíria - Áustria

Data da decisão de reenvio: Janeiro/Fevereiro/2018

TFUE

Directiva 96/71/CE

Directiva 2014/67/UE

Prestação de serviços

Destacamento de trabalhadores

Dever de conservação de documentos

Proc.ºs C-50/18, C-64/18, C-140/18, C-146/18 e C-148/18

- “1. Devem o artigo 56.º TFUE e a Diretiva 96/71/CE do Parlamento Europeu e do

Conselho, de 16 de dezembro de 1996, relativa ao destacamento de trabalhadores no

âmbito de uma prestação de serviços, assim como a Diretiva 2014/67/UE do

Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de maio de 2014, respeitante à execução

da Diretiva 96/71/CE, ser interpretados no sentido de que se opõem a uma norma

nacional que, em caso de infração a deveres formais no âmbito do emprego

transfronteiriço de mão-de-obra, como o incumprimento do dever de conservar os

documentos salariais, impõe sanções muito elevadas, e, em particular, sanções

mínimas elevadas que são aplicadas cumulativamente por cada trabalhador

envolvido?

2. Em caso de resposta negativa à primeira questão:

Page 37: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

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Devem o artigo 56.º TFUE e a Diretiva 96/71/CE do Parlamento Europeu e do

Conselho, de 16 de dezembro de 1996, relativa ao destacamento de trabalhadores no

âmbito de uma prestação de serviços, assim como a Diretiva 2014/67/UE do

Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de maio de 2014, respeitante à execução

da Diretiva 96/71/CE, ser interpretados no sentido de que se opõem à aplicação de

sanções cumulativas em caso de infração às obrigações formais no âmbito do

emprego transfronteiriço de mão-de-obra sem limites máximos absolutos?

3. Em caso de resposta negativa à primeira ou à segunda questão:

Deve o artigo 49.º, n.º 3, da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia ser

interpretado no sentido de que se opõe a uma norma nacional que prevê sanções

pecuniárias ilimitadas e penas de prisão subsidiária de vários anos para infrações

cometidas por negligência?”

Page 38: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Amtsgericht Norderstedt - Alemanha

Data da decisão de reenvio: 27/Dezembro/2017

Bem de consumo

Consumidor

Direito à reparação

Bem adquirido à distância

Resolução do contrato

Despesa

Proc.º 52/18

- “1. Deve o artigo 3.º, n.º 3, terceiro parágrafo, da Diretiva 1999/44/CE serinterpretado no sentido de que é sempre e apenas no lugar em que o bem de consumoadquirido à distância se encontra que o consumidor o deve colocar à disposição doprofissional para que este o possa reparar ou substituir?2. Em caso de resposta negativa à questão anterior:Deve o artigo 3.º, n.º 3, terceiro parágrafo, da Diretiva 1999/44/CE ser interpretado osentido de que é sempre no lugar da sede do profissional que o consumidor devecolocar o bem de consumo adquirido à distância à disposição deste para que o possareparar ou substituir?3. Em caso de resposta negativa à questão anterior:Quais os critérios que se podem deduzir do artigo 3.º, n.º 3, terceiro parágrafo, daDiretiva 1999/44/CE quanto ao modo de determinação do lugar no qual oconsumidor deve colocar à disposição do profissional o bem de consumo adquirido àdistância para que o possa reparar ou substituir?4. No caso de o lugar no qual o consumidor deve colocar à disposição do profissionalo bem de consumo adquirido à distância para verificação e correção do cumprimentose situar – sempre ou no caso concreto – na sede do profissional:É compatível com o artigo 3.º, n.º 3, primeiro parágrafo, conjugado com o artigo 3.º,n.º 4, da Diretiva 1999/44/CE, que um consumidor tenha de adiantar as despesas dotransporte do bem de consumo para esse lugar e para o respetivo reenvio ou resultada obrigação de «reparação sem encargos» que o vendedor tem a obrigação de fazerum adiantamento?5. No caso de o lugar no qual o consumidor deve colocar à disposição do profissionalo bem de consumo adquirido à distância para verificação e correção do cumprimentose situar – sempre ou no caso concreto – na sede do profissional, e de a obrigação do

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2

consumidor de adiantar as despesas ser compatível com o artigo 3.º, n.º 3, primeiroparágrafo, conjugado com o artigo 3.º, n.º 4, da Diretiva 1999/44/CE:Deve o artigo 3.º, n.º 3, terceiro parágrafo, conjugado com o artigo 3.º, n.º 5, segundotravessão, da Diretiva 1999/44/CE ser interpretado no sentido de que um consumidorque se limitou a indicar o defeito ao profissional sem propor o transporte do bem deconsumo para o estabelecimento do profissional não pode exigir a resolução docontrato?6. No caso de o lugar no qual o consumidor deve colocar à disposição do profissionalo bem de consumo adquirido à distância para verificação e correção do cumprimentose situar – sempre ou no caso concreto – na sede do profissional, mas de a obrigaçãodo consumidor de adiantar as despesas não ser compatível com o artigo 3.º, n.º 3,primeiro parágrafo, conjugado com o artigo 3.º, n.º 4, da Diretiva 1999/44/CE:Deve o artigo 3.º, n.º 3, terceiro parágrafo, conjugado com o artigo 3.º, n.º 5, segundotravessão, da Diretiva 1999/44/CE ser interpretado no sentido de que um consumidorque se limitou a indicar o defeito ao profissional sem propor o transporte do bem deconsumo para o estabelecimento do profissional não pode exigir a resolução docontrato?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Tribunale Amministrativo Regionale per il Lazio - Itália

Data da decisão de reenvio: 7/Julho/2017

Agente vinculado

Interpretação da lei

Directiva 2004/39/CE

Consultor financeiro

Proc.º C-53/18

- “«A figura do agente vinculado (tied agent) é abrangida pela harmonizaçãoprosseguida pela Diretiva 2004/39/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21de abril de 2004, e em que aspetos?A correta aplicação da Diretiva 2004/39/CE do Parlamento Europeu e do Conselho,de 21 de abril de 2004, e, em particular, dos seus artigos 8.°, 23.° e 51.°, bem comodos princípios e normas dos Tratados em matéria de não-discriminação,proporcionalidade, liberdade de prestação de serviços e direito de estabelecimento,opõe-se a uma legislação nacional, como o artigo 55.°, n.° 2, do Decreto Legislativon.° 58, de 24 de fevereiro de 1998 (Texto único das disposições relativas àintermediação financeira, na aceção dos artigos 8.° e 21.° da Lei n.° 52, de 6 defevereiro de 1996) posteriormente alterado, bem como o artigo 111.°, n.° 2 daDeliberação n.° 16190, de 29 de outubro de 2007, da Commissione nazionale per lesocietà e la borsa – Consob (Regulamento que estabelece as normas de aplicação doDecreto Legislativo n.° 58, de 24 de fevereiro de 1998, em matéria deintermediários), que:a) admite a possibilidade de proibir «discricionariamente» o exercício da atividade deum «agente vinculado» (consultor financeiro habilitado a fazer ofertas fora dasinstalações da empresa – antigo promotor financeiro) por factos que não implicam aperda de idoneidade, tal como definida pelo direito nacional, e que, ao mesmo tempo,não se referem ao cumprimento das disposições de aplicação da diretiva?b) admite a possibilidade de proibir «discricionariamente», e até ao período de umano, o exercício da atividade de um «agente vinculado» (consultor financeirohabilitado a fazer ofertas fora das instalações da empresa – antigo promotorfinanceiro) no âmbito de um procedimento destinado a evitar o “strepitus fori”resultante de uma acusação em processo penal, cuja duração normalmente é muitosuperior a um ano?»”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Tribunale Amministrativo Regionale per il Piemonte - Itália

Data da decisão de reenvio: 27/Setembro/2017

Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia

Convenção Europeia dos Direitos do Homem

Protecção jurisdicional efectiva

Processo equitativo

Concurso público

Impugnação

Proc.º C-54/18

- “1) A regulamentação europeia em matéria de direito de defesa, de direito a um

processo equitativo e a uma proteção jurisdicional efetiva, designadamente os artigos

6.º e 13.º da CEDH (Convenção Europeia dos Direitos do Homem), o artigo 47.º da

Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia e o artigo 1.º, n.ºs 1 e 2, da

Diretiva 89/665/CEE, obsta a uma disposição nacional como o artigo 120.º, n.º 2 bis,

do Código de Procedimento Administrativo italiano, que determina que os

participantes num concurso público que desejem impugnar a admissão/não exclusão

de outro participante o devem fazer no prazo de trinta dias a contar da notificação da

decisão de admissão/exclusão dos participantes?

2) A regulamentação europeia em matéria de direito de defesa, de direito a um

processo equitativo e a uma proteção jurisdicional efetiva, designadamente os artigos

6.º e 13.º da CEDH (Convenção Europeia dos Direitos do Homem), o artigo 47.º da

Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia e o artigo 1.º, n.ºs 1 e 2, da

Diretiva 89/665/CEE, obsta a uma disposição nacional como o artigo 120.º, n.º 2 bis,

do Código de Procedimento Administrativo italiano, que impedeos operadores

económicos de invocarem, no termo do processo de concurso, mesmo através de um

recurso subordinado, a ilegalidade dos atos de admissão dos outros operadores, em

especial do adjudicatário ou do recorrente no processo principal, sem antes terem

impugnado o ato de admissão no prazo acima indicado?”

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1

Órgão jurisdicional de reenvio:

Audiencia Nacional (Espanha)

Data da decisão de reenvio: 19/Janeiro/2018

Directiva 89/391/CE

Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia

Directiva n.º 2003/88/CE

Trabalhadores

Horário de trabalho

Horas extraordinárias

Proc.º C-55/18

- “«1) Deve considerar-se que o Reino de Espanha adotou, nos artigos 34.º e 35.º do

Estatuto dos Trabalhadores, tal como têm sido interpretados pela jurisprudência, as

medidas necessárias para assegurar a efetividade das limitações da duração do tempo

de trabalho e dos períodos de descanso semanal e diário previstas nos artigos 3.º, 5.º

e 6.º da Diretiva 2003/88/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 4 de

novembro de 2003, para os trabalhadores a tempo inteiro que não se tenham

comprometido de forma expressa, individual ou coletiva a realizar horas

extraordinárias e que não se encontrem na situação de trabalhadores móveis, da

marinha mercante ou ferroviários?

2) Devem o artigo 31.º, n.º 2, da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia

e os artigos 3.º, 5.º, 6.º, 16.º e 22.º da Diretiva 2003/88/CE do Parlamento Europeu e

do Conselho, de 4 de novembro de 2003, em conjugação com os artigos 4.º, n.º 1,

11.º, n.º 3, e 16.º, n.º 3, da Diretiva 89/391/CEE do Conselho, de 12 de junho de

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2

1989, ser interpretados no sentido de que se opõem a uma legislação nacional interna

como os artigos 34.º e 35.º do Estatuto dos Trabalhadores, dos quais, como salientou

a jurisprudência consolidada, não se pode deduzir a exigência, para as empresas, da

implementação de um sistema de registo do tempo de trabalho diário efetivo para os

trabalhadores a tempo inteiro que não se tenham comprometido de forma expressa,

individual ou coletiva a realizar horas extraordinárias e que não se encontrem na

situação de trabalhadores móveis, da marinha mercante ou ferroviários?

3) Deve entender-se que obrigação perentória imposta aos Estados-Membros, pelo

artigo 31.º, n.º 2, da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, e os artigos

3.º, 5.º, 6.º, 16.º e 22.º da Diretiva 2003/88/CE do Parlamento Europeu e do

Conselho, de 4 de novembro de 2003, em conjugação com os artigos 4.º, n.º 1, 11.º,

n.º 3, e 16.º, n.º 3, da Diretiva 89/391/CEE do Conselho, de 12 de junho de 1989, de

limitar a duração do tempo de trabalho de todos os trabalhadores em geral, é

assegurada, para os trabalhadores ordinários, com a legislação nacional interna,

constante dos artigos 34.º e 35.º do Estatuto dos Trabalhadores dos quais, como

salientou a jurisprudência consolidada, não se pode deduzir a exigência, para as

empresas, da implementação de um sistema de registo do tempo de trabalho diário

efetivo para os trabalhadores a tempo inteiro que não se tenham comprometido de

forma expressa, individual ou coletiva a realizar horas extraordinárias,

contrariamente ao que se verifica para os trabalhadores móveis, da marinha mercante

ou ferroviários?»”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Bundesarbeitsgericht - Alemanha

Data da decisão de reenvio: 16/Novembro/2017

Directiva n.º 98/59/CEDespedimento colectivoTrabalhadoresTrabalho temporário

Proc.º C-57/18

- “1. Deve o artigo 1.º, n.º 1, alínea a), i), da Diretiva 98/59/CE do Conselho, de 20de julho de 1998, relativa à aproximação das legislações dos Estados-Membrosrespeitantes aos despedimentos coletivos (Diretiva 98/59/CE), ser interpretado nosentido de que, para efeitos da determinação do número de trabalhadoreshabitualmente empregados num estabelecimento, deve ser tomado em consideração onúmero de trabalhadores empregados durante o funcionamento normal da empresa nomomento do despedimento?2. Deve o artigo 1.º, n.º 1, alínea a), i), da Diretiva 98/59/CE ser interpretado nosentido de que, para efeitos da determinação do número de trabalhadoreshabitualmente empregados numa empresa utilizadora de trabalho temporário, devemser tomados em consideração os trabalhadores temporários nela empregados?Em caso de resposta afirmativa à segunda questão:3. Quais as condições aplicáveis à tomada em consideração de trabalhadorestemporários na determinação do número de trabalhadores habitualmente empregadosnuma empresa utilizadora de trabalho temporário?”

Page 46: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

1

Órgão jurisdicional de reenvio:

Justice de Paix du canton de Visé - Bélgica

Data da decisão de reenvio: 22/Janeiro/2018

Directiva n.º 2008/48/CE

Crédito ao consumo

Consumidor

Intermediário

Direito à informação

Proc.º C-58/18

- “a) O artigo 5.º, n.º 6, da Diretiva 2008/48/CE do Parlamento Europeu e do

Conselho, de 23 de abril de 2008, relativa a contratos de crédito aos consumidores,

na medida em que tem por objetivo permitir que o consumidor esteja em condições

de avaliar se o contrato de crédito proposto se adapta às suas necessidades e à sua

situação financeira, opõe-se ao artigo 15.º, n.º 1, da Lei relativa ao crédito ao

consumo (revogado e atualmente substituído pelo artigo VII.75 do Código de direito

económico), que dispõe que o mutuante e o intermediário de crédito estão obrigados

a procurar, entre os contratos de crédito que oferecem habitualmente ou em que

habitualmente intervêm, o tipo e montante do crédito mais adaptados, tendo em conta

a situação financeira do consumidor no momento da celebração do contrato e a

finalidade do crédito, na medida em que esta disposição estabelece uma obrigação

geral para o mutuante ou o intermediário de crédito de procurar o crédito mais

adequado para o consumidor que não está prevista na referida diretiva?

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2

b) O artigo 5.º, n.º 6, da Diretiva 2008/48/CE do Parlamento Europeu e do Conselho,

de 23 de abril de 2008, relativa a contratos de crédito aos consumidores, na medida

em que tem por objetivo permitir que consumidor esteja em condições de avaliar se o

contrato de crédito proposto se adapta às suas necessidades e à sua situação

financeira, opõe-se ao artigo 15.º, n.º 2, da Lei relativa ao crédito ao consumo

(revogado e atualmente substituído pelo artigo VII, 77, do Código de direito

económico), que dispõe que o mutuante só pode celebrar o contrato de crédito se,

tendo em conta as informações de que dispõe ou deveria dispor, nomeadamente com

base na consulta prevista pelo artigo 9.º da Lei de 10 de agosto de 2001 relativa à

Central dos créditos aos particulares e nas informações referidas no artigo 10.º, dever

razoavelmente considerar que o consumidor estará em condições de respeitar as

obrigações decorrentes do contrato, na medida em que a referida disposição tem por

efeito que o próprio mutuante deve pronunciar-se, em vez do consumidor, sobre a

oportunidade da eventual concessão do crédito?

2. Em caso de resposta negativa à primeira questão, deve a Diretiva 2008/48/CE do

Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de abril de 2008, relativa a contratos de

crédito aos consumidores, ser interpretada no sentido de que impõe sempre ao

mutuante e ao intermediário de crédito a obrigação de apreciar, em vez do

consumidor, a oportunidade da eventual concessão do crédito?”

Page 48: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Tallinna Ringkonnakohus [Tribunal de Recurso de Talin] - Estónia

Data da decisão de reenvio: 22/Janeiro/2018

Directiva 2008/98/CE

Resíduos

Estatuto

Declaração

Proc.º C-60/18

- “1. Deve o artigo 6.º, n.º 4, da Diretiva 2008/98/CE da Diretiva 2008/98/CE do

Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de novembro de 2008, relativa aos

resíduos e que revoga certas diretivas, ser interpretado no sentido de que é

compatível com essa norma um ato jurídico nacional que prevê que, se não tiverem

sido estabelecidos a nível do direito da União, para um determinado tipo de resíduos,

critérios para determinar o fim do estatuto de resíduo, o fim desse estatuto depende

de saber se existem critérios para um tipo concreto de resíduos, fixados por um ato

jurídico nacional de alcance geral?

2. Se não tiverem sido estabelecidos a nível do direito da União, para um

determinado tipo de resíduos, critérios para determinar o fim do estatuto de resíduo,

o artigo 6.º, n.º 4, primeiro período, da Diretiva 2008/98/CE da Diretiva 2008/98/CE

do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de novembro de 2008, relativa aos

resíduos e que revoga certas diretivas, confere ao detentor dos resíduos o direito de

requerer à autoridade competente ou a um tribunal de um Estado-Membro a

declaração do fim do estatuto de resíduo, em consonância com a atual jurisprudência

do Tribunal de Justiça, independentemente de existirem ou não, para um tipo

concreto de resíduo, critérios fixados por um ato jurídico nacional de alcance geral?”

Page 49: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Curtea de Apel București - Tribunal de Recurso de Bucareste,

Roménia

Data da decisão de reenvio: 21/Dezembro/2017

Directiva 2003/96/CE

Produtos energéticos

Tributação

Imposto especial de consumo

Princípio da proporcionalidade

Proc.º C-68/18

- “1) Deve o artigo 21.º, n.º 3, da Diretiva 2003/96/CE do Conselho, de 27 de outubro

de 2003, que reestrutura o quadro comunitário de tributação dos produtos energéticos

e da eletricidade, ser interpretado no sentido de que obsta às disposições constantes

do artigo 175.º, que vigorou até 31 de março de 2010, do Codul fiscal - Legea nr. 571

(Código Tributário - Lei n.º 571), de 22 de dezembro de 2003, e do artigo 206.º, em

vigor a partir de 1 de abril de 2010, do Codul fiscal – Legea nr. 571/2003, bem como

às disposições subsequentes?

2) Deve o artigo 2.º, n.º 3, da Diretiva 2003/96/CE do Conselho, de 27 de outubro e

2003, que reestrutura o quadro comunitário de tributação dos produtos energéticos e

da eletricidade, ser interpretado no sentido de que obsta às disposições constantes do

artigo 175.º, que vigorou até 31 de março de 2010, do Codul fiscal - Legea nr. 571, e

do artigo 206.º, em vigor a partir de 1 de abril de 2010, do Codul fiscal – Legea nr.

571/2003, bem como às disposições subsequentes?

3) O princípio da proporcionalidade obsta a que o Estado não ignore a circunstância

de a sociedade ter obtido, após a inspeção tributária, a decisão que permite a

equiparação do produto «fuelóleos semitransformados» ao produto «fuelóleos

[păcură]» e, por ocasião da análise da reclamação do contribuinte/sociedade, a que se

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mantenha o imposto especial de consumo inicialmente calculado para o produto

«gasóleo»?”

Page 51: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Raad van State - Países Baixos

Data da decisão de reenvio: 31/Janeiro/2018

Decisão n.º 2/76

Decisão n.º 1/80

Directiva 95/46/CE

Dados pessoais

Tratamento

Protecção

Dados biométricos

Fraude de identidade e de documentação

Conservação em ficheiro

Crime

Terrorismo

Proc.º C-70/18

- “l. a) Devem o artigo 7.º da Decisão n.º 2/76 ou o artigo 13.º da Decisão n.º 1/80 ser

interpretados no sentido de que não se opõem a uma legislação nacional que prevê,

em termos gerais, o tratamento e a conservação num ficheiro de dados biométricos de

nacionais de países terceiros, incluindo os nacionais turcos, na aceção do artigo 2.º,

alíneas a) e b), da Diretiva 95/46/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 24 de

outubro de 1995, relativa à proteção das pessoas singulares no que diz respeito ao

tratamento de dados pessoais e à livre circulação desses dados (JO 1995, L 281),

porque esta legislação nacional não excede o necessário para alcançar o objectivo

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2

legítimo prosseguido por esta legislação de prevenir e combater a fraude de

identidade e de documentação?

1. b) É relevante, para o efeito, que o período de conservação dos dados biométricos

esteja associado ao período da permanência legal e/ou ilegal de nacionais de países

terceiros, incluindo os nacionais turcos?

2. Devem o artigo 7.º da Decisão n.º 2/76 ou o artigo 13.º da Decisão n.º 1/80 ser

interpretados no sentido de que uma legislação nacional não constitui uma restrição

na aceção destas disposições se o efeito da legislação nacional sobre o acesso ao

emprego, conforme referido nestas disposições, for demasiado aleatório e indireto

para se poder admitir que este acesso é dificultado?

3. a) Caso a resposta à questão 2 seja a de que uma legislação nacional que permite a

disponibilização a terceiros de dados biométricos, armazenados num ficheiro, de

nacionais de países terceiros, incluindo os nacionais turcos, para fins de prevenção,

deteção e investigação de infrações – terroristas ou não – constitui uma nova

restrição, deve o artigo 52.º, n.º 1, lido em conjugação com os artigos 7.º e 8.º da

Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, ser interpretado no sentido de

que se opõe a uma tal legislação nacional?

3. b) É relevante, para o efeito, que, no momento em que este nacional de um país

terceiro é detido como suspeito da prática de um crime, tenha consigo o documento

de residência, onde estão armazenados os seus dados biométricos?”

Page 53: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Vestre Landsret - Dinamarca

Data da decisão de reenvio: 24/Janeiro/2018

Directiva IVA

IVA

Terreno

Edifício

Compra e venda

Terreno para construção

Demolição

Proc.º C-71/18

- “O facto de, em circunstâncias como as do processo principal, um Estado-Membro

considerar a venda de um terreno onde, no momento da entrega, existe um edifício,

como venda de um terreno para construção para efeitos de imposto sobre o valor

acrescentado (IVA), quando é intenção das partes que o edifício seja completa ou

parcialmente demolido para criar espaço para a construção de um novo edifício, é

compatível com o artigo 135.º, n.º 1, alínea j), cfr. artigo 12.º, n.º 1, alínea a) e n.º 2,

lido em conjugação com o artigo 135.º, n.º 1, alínea k), cf. artigo 12.º, n.º 1, alínea b)

e n.º 3, da Diretiva IVA?”

Page 54: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Juzgado de lo Contencioso-Administrativo nº 1 de Pamplona

Data da decisão de reenvio: 26/Janeiro/2018

Directiva 1999/70/CE, de 28-06

Contrato de trabalho a termo

Pagamento de complemento retributivo

Contrato administrativo

Administração pública

Proc.º C-72/18

- “1.- Deve o artigo 4.º do acordo-quadro CES, UNICE e CEEP relativo a contratos

de trabalho a termo, aprovado pela Diretiva 1999/70/CE, de 28 de junho de 1999, ser

interpretado no sentido de que se opõe a uma norma regional, como a que está em

causa no processo principal, que exclui expressamente o reconhecimento e o

pagamento de um determinado complemento retributivo ao pessoal das

Administrações Públicas de Navarra com a categoria de «contratado administrativo»

– com contrato a termo – pelo facto de tal complemento constituir uma retribuição

pela promoção e evolução de uma carreira profissional própria e exclusiva do pessoal

com a categoria de «funcionário público» – com contrato sem termo?”

Page 55: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Korkein hallinto-oikeus - Finlândia

Data da decisão de reenvio: 31/Janeiro/ 2018

Directiva 2009/138/CEE

Prémio de seguro

Imposto

Competência para cobrança

Proc.º C-74/18

- “1. Na interpretação do artigo 157.º, n.º 1, primeiro parágrafo, da Diretiva

2009/138/CEE, lido em conjugação com o artigo 13.º, pontos 13 e 14, da referida

diretiva, deve considerar-se que o Estado-Membro que tem direito de cobrar o

imposto sobre os prémios de seguro é o Estado em que está estabelecida a sociedade

(uma pessoa coletiva) que subscreveu o seguro, ou o Estado em que está estabelecida

a sociedade objeto de aquisição, numa situação em que uma companhia de seguros

que tem a sua sede social na Grã-Bretanha, e que não possui um estabelecimento na

Finlândia, oferece um seguro que cobre os riscos referentes a uma aquisição de

empresa

– a uma sociedade que não possui um estabelecimento na Finlândia, que, no âmbito

da aquisição de empresa, age na qualidade de adquirente, estando a empresa-alvo da

referida aquisição estabelecida na Finlândia,

– a uma sociedade estabelecida na Finlândia, que, no âmbito da aquisição de

empresa, age na qualidade de adquirente, não estando a empresa-alvo da referida

aquisição estabelecida na Finlândia,

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2

– a uma sociedade que não possui um estabelecimento na Finlândia, que, no âmbito

da aquisição de empresa, age na qualidade de vendedor, estando a empresa-alvo da

referida aquisição estabelecida na Finlândia,

– a uma sociedade estabelecida na Finlândia, que, no âmbito da aquisição de

empresa, age na qualidade de vendedor, não estando a empresa-alvo da referida

aquisição estabelecida na Finlândia?

2. É relevante para o presente caso que o seguro cubra apenas as obrigações fiscais da

sociedade nascidas antes da realização da aquisição da empresa?

3. É relevante para o presente caso a questão de saber se a aquisição de empresa tem

por objeto ações ou um ramo de atividade da empresa-alvo?

4. Na hipótese de a aquisição de empresa ter por objeto ações da empresa-alvo, é

relevante para o presente caso a questão de saber se as declarações feitas pelo

vendedor ao adquirente dizem unicamente respeito ao facto de o vendedor ser

proprietário das ações vendidas e de estas não serem objeto de reivindicação por

parte de terceiros?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Fővárosi Közigazgatási és Munkaügyi Bíróság - Hungria

Data da decisão de reenvio: 23/Novembro/2017

Directiva n.º 2006/112/CE

IVA

Auxílio de Estado

Telecomunicações

Discriminação indirecta

Impostos

Volume de negócios

Estrangeiros

Proc.º C-75/18

- “1) Deve o disposto nos artigos 49.º, 54.º, 107.º e 108.º TFUE ser interpretado no

sentido de que se opõe a uma medida de um Estado-Membro no âmbito da qual a

legislação deste (Lei que estabelece a sujeição ao imposto específico sobre as

telecomunicações) tem por efeito que a carga fiscal efetiva seja suportada pelos

sujeitos passivos estrangeiros? É o referido efeito indiretamente discriminatório?

2) Os artigos 107.º e 108.º TFUE opõem-se à legislação de um Estado-Membro que

estabelece uma obrigação fiscal sujeita a uma taxa progressiva de imposto que incide

sobre o volume de negócios? É indirectamente discriminatória se tiver por efeito que

a carga fiscal efetiva é suportada principalmente, no seu escalão mais elevado, pelos

sujeitos passivos estrangeiros?

Constitui este efeito um auxílio de Estado proibido?

3) Deve o artigo 401.º da Diretiva IVA ser interpretado no sentido de que se opõe a

uma legislação de um Estado-Membro que resulta numa distinção entre sujeitos

passivos estrangeiros e nacionais? Considera-se que o imposto específico tem a

natureza de um imposto sobre o volume de negócios? Ou seja, constitui um imposto

compatível ou um imposto incompatível com a Diretiva IVA?”

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1

Órgão jurisdicional de reenvio:

Østre Landsret - Dinamarca

Data da decisão de reenvio: 24/Janeiro/2018

Decisão n.º 1/80

Autorização de residência

Reagrupamento familiar

Cônjuge

Proc.º C-89/18

- “1. Num caso em que tenham sido introduzidas «restrições novas» ao

reagrupamento familiar entre cônjuges que infrinjam, à primeira vista, a denominada

cláusula de «standstill» prevista no artigo 13.º da Decisão n.º 1/80 do Conselho de

Associação, de 19 de setembro de 1980, relativa ao desenvolvimento da Associação

prevista no Acordo que cria uma Associação entre a Comunidade Económica

Europeia e a Turquia, de 12 de setembro de 1963, e essas restrições sejam

justificadas com base em critérios de «verdadeira integração» reconhecidos pelo

Tribunal de Justiça no seu Acórdão de 12 de abril de 2016, C-561/14, Genc

[EU:C:2016:247] (v. também Acórdão de 10 de Julho de 2014, C-138/13, Dogan,

EU:C:2014:2066), pode uma disposição como a vertida no § 9, sétimo parágrafo, da

Udlændingeloven (Lei sobre os estrangeiros dinamarquesa) – ao abrigo da qual é

condição geral para o reagrupamento familiar entre um nacional de um país terceiro

que tenha uma autorização de residência na Dinamarca e o cônjuge dessa pessoa,

designadamente, que os laços do casal com a Dinamarca sejam mais fortes do que

com a Turquia – considerar-se «justificada por razões imperiosas de interesse geral,

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[…] adequada para garantir a realização do objetivo legítimo prosseguido e [que] não

[ultrapassa] o que é necessário para o atingir»?

2. Em caso de resposta afirmativa à primeira questão, com a consequência que a

condição da existência de laços suficientes seja genericamente considerada adequada

para garantir a realização do objetivo de integração, é possível, sem violar as

orientações que devem ser seguidas na aplicação dos critérios relativos às restrições

nem a condição de proporcionalidade:

(i) aplicar uma prática segundo a qual, nos casos em que o cônjuge com autorização

de residência no Estado-Membro (a pessoa de referência) entra na Dinamarca pela

primeira vez aos 12-13 anos ou mais tarde, é atribuída uma ponderação significativa,

para efeitos de apreciação dos laços da pessoa de referência com o Estado-Membro,

ao seguinte: se a pessoa já residiu legalmente, durante cerca de 12 anos, no

Estado-Membro ou já teve um período de residência e de emprego estável no

Estado-Membro que implique um significativo grau de contacto e comunicação com

colegas e clientes nalíngua do Estado-Membro que tenha durado, sem interrupções

relevantes, pelo menos entre quatro e cinco anos ou já teve um período de residência

e de emprego estável que não implique um significativo grau de contacto e

comunicação com colegas e clientes na língua do Estado-Membro que tenha durado,

sem interrupções relevantes, pelo menos entre sete e oito anos;

(ii) aplicar uma prática segundo a qual, para efeitos de apreciação do preenchimento

da condição de existência de laços suficientes, é atribuída uma ponderação negativa

ao facto de a pessoa de referência manter laços significativos com o seu país de

rigem, fazendo visitas frequentes ou prolongadas ao país de origem, ao passo que,

para efeitos de concessão de uma autorização, não é atribuída uma ponderação

negativa a férias curtas ou a estadas para fins educacionais;

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3

(iii) aplicar uma prática segundo a qual, para efeitos de apreciação do preenchimento

da condição de existência de laços suficientes, é atribuída uma forte ponderação

negativa à denominada situação de «casados, divorciados e recasados»?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Court of Appeal in Northern Ireland - Reino Unido

Data da decisão de reenvio: 15/Dezembro/2017

Directiva cidadãos

Emprego ilegal

Carácter precário

Recursos suficientes

Proc.º C-93/18

- “[i] Pode o rendimento de um emprego que é ilegal nos termos do direito nacional

demonstrar, total ou parcialmente, a disponibilidade de recursos suficientes na aceção

do artigo 7.º, n.º 1, alínea b), da Diretiva Cidadãos?

[ii] Em caso de resposta afirmativa, podem os requisitos do artigo 7.º, n.º 1, alínea b),

considerar-se preenchidos quando o emprego é considerado precário apenas devido

ao seu caráter ilegal?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Hoge Raad der Nederlanden - Supremo Tribunal dos Países Baixos

Data da decisão de reenvio: 2/Fevereiro/2018

TFUE

Regime obrigatório da segurança social

Países baixos

Prestação de trabalho noutro Estado-Membro

Pensão de velhice

Proc.ºs C-95/18 e 96/18

- “(1a) Devem os artigos 45.º e 48.º do TFUE ser interpretados no sentido de que, em

casos como os aqui em apreço, se opõem a uma norma nacional como o artigo 6.º-A,

alínea b), da AOW [Algemene ouderdomswet – Lei que estabelece o regime geral do

seguro de velhice]? Esta norma implica que um residente nos Países Baixos não seja

abrangido pelo regime geral obrigatório da segurança social do Estado de residência

se estiver a trabalhar noutro Estado-Membro e se, nos termos do artigo 13.º do

Regulamento n.º 1408/71, estiver sujeito à legislação da segurança social do Estado

em que trabalha. Os casos aqui em apreço caracterizam-se pelo facto de os

interessados, nos termos da legislação do Estado em que trabalharam, não terem

direito à atribuição de uma pensão de velhice devido ao âmbito limitado do seu

trabalho nesse Estado.

(1b) Para a resposta a dar à questão 1a é relevante que, no caso de um residente num

Estado de residência não competente nos termos do artigo 13.º do Regulamento n.º

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2

1408/71, não exista a obrigação de pagar contribuições para o regime geral

obrigatório da segurança social do Estado de residência?

Com efeito, durante os períodos em que o residente trabalha noutro Estado-Membro

fica, nos termos do artigo 13.º do Regulamento 1408/71, abrangido exclusivamente

pelo regime de segurança social do Estado em que trabalha, sendo que o direito

nacional dos Países Baixos também não prevê a obrigação de pagamento de

contribuições nessa situação.

(2) É relevante para a resposta a dar à questão 1 o facto de as pessoas em questão

terem tido a possibilidade de se inscrever a título voluntário no regime da AOW ou

de requerer um acordo ao SVB [Sociale Verzekeringsbank – Instituto da Segurança

Social dos Países Baixos], nos termos do artigo 17.º do Regulamento nº 1408/71?

(3) O artigo 13.º do Regulamento 1408/71 obsta a que uma pessoa, como a esposa de

H.D. Giesen, que, antes de 1 de janeiro de 1989, e exclusivamente à luz do direito

nacional, era considerada beneficiária do regime de segurança social da AOW no

Estado em que residia, os Países Baixos, baseie nesse regime de segurança social um

direito a prestações de velhice, relativamente a períodos em que, nos termos daquele

artigo do regulamento, por trabalhar noutro Estado-Membro, estava sujeita à

legislação do Estado-Membro em que trabalhava? Ou deve o direito a uma prestação

nos termos da AOW ser considerado como um direito a prestações que, ao abrigo da

legislação nacional, não está sujeito a condições de emprego ou de seguro, no sentido

do acórdão [C-352/06] Bosmann, pelo que a argumentação desenvolvida nesse

Acórdão pode ser aplicada ao seu caso?”

Page 64: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Rechtbank Noord-Nederland - Países Baixos

Data da decisão de reenvio: 1/Fevereiro/2018

Decisão-Quadro 2006/783/JBZ

CEDH

Perda de bens

Pagamento de prestação pecuniária

Detenção

Pena

Proc.º C-97/18

- “1. Pode o artigo 12.º, n.º 1, da Decisão-Quadro 2006/783/JBZ ser interpretado no

sentido de que, no caso da execução nos Países Baixos de uma decisão de perda de

bens transmitida pelo Estado-Membro de emissão, pode ser aplicada uma detenção

para o pagamento de uma prestação pecuniária («lijfsdwang»), na aceção do artigo

577.º-C do Código de Processo Penal neerlandês, atendendo designadamente à

decisão do Hoge Raad, de 20 de dezembro de 2011, no sentido de que a detenção

para o pagamento de uma prestação pecuniária («lijfsdwang») deve ser considerada

uma pena na aceção do artigo 7.º, n.º 1, da CEDH?

2. É relevante, para a aplicação de uma detenção para pagamento de uma prestação

pecuniária («lijfsdwang»), que no direito do Estado-Membro de emissão também

exista a possibilidade de aplicação de uma detenção para o pagamento de uma

prestação pecuniária?”

Page 65: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

College van Beroep voor het Bedrijfsleven - Países Baixos

Data da decisão de reenvio: 6/Fevereiro/2018

Regulamento n .º 853/2004

Refrigeração de carne

Matadouro

Camião frigorífico

Proc.ºC-98/18

- “Deve o disposto no anexo III, secção I, capítulo VII, proémio e pontos 1 e 3, do

Regulamento n.º 853/2004 ser interpretado no sentido de que a refrigeração da carne

deve ocorrer no próprio matadouro e de que, por conseguinte, a transferência da

carne para um camião frigorífico só poderá iniciar-se quando esta atinja uma

temperatura não superior a 7º C, ou pode a refrigeração da carne ocorrer também no

camião frigorífico, desde que este não deixe as instalações do matadouro?”

Page 66: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

1

Órgão jurisdicional de reenvio:

Tribunal Supremo - Espanha

Data da decisão de reenvio: 30/Janeiro/2018

Directiva 2009/103/CE

Seguro de responsabilidade civil

Veículo

Obrigação de segurar

Circulação automóvel

Incêndio

Seguro obrigatório

Cobertura

Estacionamento

Garagem

Proc.º C-100/18

- “1) O artigo 3.º da Diretiva 2009/103/CE do Parlamento Europeu e do Conselho de

16 de setembro de 2009, relativa ao seguro de responsabilidade civil que resulta da

circulação de veículos automóveis e à fiscalização do cumprimento da obrigação de

segurar esta responsabilidade, opõe-se a uma interpretação que inclui na cobertura do

seguro obrigatório os danos causados pelo incêndio de um veículo parado quando o

incêndio tem origem nos mecanismos necessários para desempenhar a função de

transporte do veículo?

2) Em caso de resposta negativa à questão anterior, o artigo 3.º da Diretiva

2009/103/CE do Parlamento Europeu e do Conselho de 16 de setembro de 2009,

relativa ao seguro de responsabilidade civil que resulta da circulação de veículos

automóveis e à fiscalização do cumprimento da obrigação de segurar esta

responsabilidade, opõe-se a uma interpretação que inclui na cobertura do seguro

obrigatório os danos causados pelo incêndio de um veículo quando o incêndio não

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2

possa estar relacionado com uma deslocação anterior, de modo que não se possa

considerar que existe uma conexão com um trajeto?

3) Em caso de resposta negativa à segunda questão, o artigo 3.º da Diretiva

2009/103/CE do Parlamento Europeu e do Conselho de 16 de setembro de 2009,

relativa ao seguro de responsabilidade civil que resulta da circulação de veículos

automóveis e à fiscalização do cumprimento da obrigação de segurar esta

responsabilidade, opõe-se a uma interpretação que inclui na cobertura do seguro

obrigatório os danos causados pelo incêndio de um veículo quando o veículo se

encontra estacionado numa garagem privada fechada?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Consiglio di Stato - Itália

Data da decisão de reenvio: 11/Janeiro/2018

Directiva 2004/18/CE

Insolvência

Processo pendente

Pedido de acordo de credores

Confissão do devedor

Proc.º C-101/18

- “– «É compatível com o artigo 45.º, n.º 2, alíneas a) e b), da Diretiva 2004/18/CE,de 31 de março de 2004, considerar “processo pendente” o simples pedido de acordode credores, apresentado ao órgão jurisdicional competente pelo devedor?»;– «É compatível com a referida disposição considerar a confissão do devedor de quese encontra em situação de insolvência e pretende apresentar um pedido de acordo decredores “em branco” (cujas características foram anteriormente especificadas) comocausa de exclusão do procedimento de concurso público, interpretando assimextensivamente o conceito de “processo pendente” estabelecido na regulamentaçãocomunitária (artigo 45.° da diretiva) e nacional (artigo 38.º do Decreto Legislativo n.º163/2006) referidas?»”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Oberlandesgericht Köln - Alemanha

Data da decisão de reenvio: 6/Fevereiro/2018

Regulamento (UE) n.º 650/2012

Regulamento (UE) n.º 1329/2014

Certificado sucessório europeu

Formulário

Obrigatório

Facultativo

Proc.º C-102/18

- “Para o pedido de um certificado sucessório europeu ao abrigo do artigo 65.º, n.º 2,

do Regulamento (UE) n.º 650/2012, é obrigatória ou apenas facultativa a utilização

do formulário IV (anexo 4), elaborado de acordo com o procedimento consultivo a

que se refere o artigo 81.º, n.º 2, do Regulamento (UE) n.º 650/2012, nos termos do

artigo 1.º, n.º 4, do Regulamento de Execução do Regulamento (UE) n.º 1329/2014?”

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1

Órgão jurisdicional de reenvio:

Tribunal Supremo - Espanha

Data da decisão de reenvio: Junho/Julho/2017

TFUE

Directiva 2000/60/CE, de 23.10

Amortização dos custos dos serviços hídricos

Taxa

Produção de energia

Princípio da não discriminação

Proc.ºs C-105/18 a C-113/18

- “1) Devem o princípio ambiental do poluidor-pagador, previsto no artigo 191.º, n.º2, do TFUE, e o artigo 9.º, n.º 1, da Diretiva 2000/60/CE do Parlamento Europeu edo Conselho, de 23 de outubro, que consagra o princípio da amortização dos custosdos serviços hídricos, bem como a adequada ponderação económica da utilizações daágua, ser interpretados no sentido de que se opõem ao estabelecimento de uma taxapela utilização das águas continentais para a produção de energia, como acontrovertida no caso dos autos, que não incentiva a utilização eficiente da água nemprevê mecanismos para a conservação e proteção do domínio público hídrico e cujaquantificação está totalmente dissociada da capacidade de produção de danos aodomínio público hídrico, centrando-se única e exclusivamente na capacidade de gerarreceitas aos produtores?2) É compatível com o princípio da não discriminação dos operadores previsto noartigo 3.º, n.º 1, da Diretiva 2009/72/CE, de 13 de julho, que estabelece regrascomuns para o mercado interno da eletricidade, um encargo como a taxa hídrica queé objeto do processo, que afeta exclusivamente os produtores de energia hidroelétricaque operam em bacias hidrográficas intercomunitárias, excluindo os produtorestitulares de concessões em bacias hidrográficas intracomunitárias, e os produtorescom tecnologia hidroelétrica, excluindo os produtores de energia com outrastecnologias?

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2

3) Deve o artigo 107.º, n.º 1, TFUE, ser interpretado no sentido de que constitui umauxílio de Estado proibido a imposição de uma taxa hídrica como a controvertida emdetrimento dos produtores de energia hidroeléctrica que operam em baciashidrográficas intercomunitárias, por introduzir um regime de tributação assimétricano âmbito de uma mesma tecnologia, em função da localização da central, e por nãoser exigida aos produtores de energia produzida a partir de outras fontes?”

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1

Órgão jurisdicional de reenvio:

Audiencia Nacional, Sala de lo Contencioso-Administrativo

(Espanha)

Data da decisão de reenvio: 14/20/14/Dezembro/2017

Directiva 2002/20/CE, de 07.03

Operadora de telecomunicações

Contribuição financeira anual

Proc.ºs C-119/18 a C-121/18

- “1) Deve o artigo 6.°, n.° 1, da Diretiva 2002/20/CE do Parlamento Europeu e do

Conselho, de 7 de março de 2002, relativa à autorização de redes e serviços de

comunicações eletrónicas, ser interpretado no sentido de que um Estado-Membro

pode exigir aos operadores de telecomunicações uma contribuição financeira anual

como a prevista no artigo 5.º da Ley 8/2009, de 28 de agosto, de financiación de la

Corporación de Radio y Televisión Española (Lei 8/2009, de 28 de agosto, relativa

ao financiamento da Corporación de Radio e Televisión Española), com a finalidade

de contribuir para o financiamento da [Corporación de Radio e Televisión Española],

tendo em conta o impacto positivo da nova regulamentação aplicável ao setor

televisivo e audiovisual no setor das telecomunicações, em especial devido à

ampliação dos serviços de banda larga fixa e móvel, bem como à supressão da

publicidade e à renúncia a conteúdos pagos ou de acesso [condicionado pela

Corporación RTVE,] tendo em conta as seguintes circunstâncias:

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2

– essa nova regulamentação legal não justificou nem demonstrou que, no exercício

em causa, tenha tido um impacto positivo, direto ou indireto, nessas empresas,

– essa contribuição está fixada em 0,9% das receitas brutas de exploração faturadas

no ano correspondente e não é calculada nem sobre os lucros obtidos com esses

serviços nem sobre os lucros gerados pela atividade. E isto tendo em conta que a

referida contribuição constitui uma imposição prevista no artigo 5.º da Lei 8/2009, na

sua redação inicial, e que pode não ser justificada no que respeita ao serviço

audiovisual em apreço, sendo esta disposição o fundamento invocado na decisão

impugnada no presente recurso contencioso administrativo para o indeferimento dos

pedidos de devolução de pagamentos indevidos e de retificação das autoliquidações

apresentados pela recorrente?

2) É a contribuição exigida às empresas de telecomunicações que operam em

Espanha de âmbito geográfico superior ao de uma Comunidade Autónoma

proporcional, na aceção do artigo 6.º, n.º 1, da Diretiva 2002/20/CE, tendo em conta

as modalidades de cálculo estabelecidas no artigo 5.º da Lei 8/2009, acima referida?

3) É a contribuição exigida pelo artigo 5.º da Lei 8/2009, de 28 de agosto, de

financiación de la Corporación de Radio y Televisión Española (Lei 8/2009, de 28 de

agosto, relativa ao financiamento da Corporación de Radio e Televisión Española),

transparente, na aceção do artigo 6.º, n.º 1, e do Anexo da Diretiva 2002/20/CE, se

não se conhecer a atividade concreta prestada pela [Corporación de Radio y

Televisión Española] a título de serviço universal ou serviço público?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Juzgado de Primera Instancia n.° 38 de Barcelona - Espanha

Data da decisão de reenvio: 16/Fevereiro/2018

Directiva 93/13

Invocação

Órgão jurisdicional espanhol

Juros

Proc.º C-125/18

- “PRIMEIRA QUESTÃO:

Deve o índice IRPH Cajas ser objeto de tutela pelo órgão jurisdicional, no sentido de

examinar se é compreensível para o consumidor, não constituindo o facto de ser

regulado por disposições regulamentares ou administrativas um obstáculo para esse

efeito, dado não ser uma das situações previstas no artigo 1.º, n.º 2, da Diretiva 93/13,

uma vez que não é uma disposição obrigatória, sendo esse juro variável e

remuneratório incluído opcionalmente, pelo profissional, no contrato?

SEGUNDA QUESTÃO:

2.1 Em conformidade com o artigo 4.º, n.º 2, da Diretiva 93/13, não transposta para o

[ordenamento espanhol], é contrário a essa diretiva, e ao seu artigo 8.º, o facto de um

órgão jurisdicional espanhol invocar e aplicar o artigo 4.º, n.º 2, da mesma quando tal

disposição não foi transposta para o [ordenamento espanhol] por vontade do

legislador, que pretendeu um nível de proteção completo no que diz respeito a todas

as cláusulas que o profissional possa incluir num contrato celebrado com

consumidores, incluindo as relativas ao objeto principal do contrato, mesmo se forem

redigidas de maneira clara e compreensível?

2.2 Em todo o caso, é necessário transmitir informação ou publicidade sobre os

seguintes factos ou elementos, ou sobre um deles, para a compreensão da cláusula

essencial, designadamente do IRPH?

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(i) Explicar como se configurava a taxa de referência, ou seja, informar que este

índice inclui as comissões e restantes despesas sobre o juro nominal, que se trata de

uma média simples não ponderada, que o profissional devia conhecer e transmitir que

devia aplicar um diferencial negativo e que os dados fornecidos não são públicos, em

comparação com a outra taxa habitual, a Euribor.

(ii) Explicar como evoluiu no passado e poderia evoluir no futuro, informando e

publicitando os gráficos que expliquem de maneira clara e compreensível ao

consumidor a evolução desta taxa específica relativamente à Euribor, taxa habitual

dos créditos com garantia hipotecária.

2.3 Caso o TJUE conclua que compete ao órgão jurisdicional de reenvio examinar o

caráter abusivo das cláusulas contratuais e deduzir todas as consequências em

conformidade com o seu direito nacional, pergunta-se ao Tribunal se a falta de

informação relativa a todas elas não implicaria a falta de compreensão da cláusula

por não ser clara para o consumidor médio (artigo 4.º, n.º 2, da Diretiva 93/13), ou

que a sua omissão constituiria um tratamento desleal por parte do profissional e que,

portanto, se o consumidor tivesse sido informado convenientemente não teria

aceitado a referência do seu crédito ao IRPH.

TERCEIRA QUESTÃO:

Caso seja declarada a nulidade do IRPH Cajas, qual das duas consequências

seguintes, na ausência de acordo ou se este fosse mais prejudicial para o consumidor,

estaria em conformidade com os artigos 6.º, n.º 1, e 7.º, n.º 1, da Diretiva 93/13?

3.1 A integração do contrato, aplicando um índice substitutivo habitual, a Euribor,

por se tratar de um contrato essencialmente associado a um interesse lucrativo a favor

da entidade, [que tem natureza] profissional.

3.2 Deixar de aplicar o juro, com a obrigação única de devolver o capital mutuado

nos prazos previstos por parte do mutuário ou devedor.”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Nejvyšší správní soud - República Checa

Data da decisão de reenvio: 18/Janeiro/2018

Directiva n.º 2006/112

IVA

Princípio da neutralidade fiscal

Princípio da proporcionalidade

Redução do valor tributável

Pagamento parcial do preço

Rectificação do montante de imposto

Proc.º C-127/18

- “1. Pode o artigo 90.º, n.º 2, da Diretiva 2006/112/CE do Conselho, de 28 de

novembro de 2006, relativa ao sistema comum do imposto sobre o valor

acrescentado (JO 2006, L 347, p. 1), ser interpretado, à luz do princípio da

neutralidade fiscal e do princípio da proporcionalidade, no sentido de que permite aos

Estados-Membros, através de derrogações, definir requisitos que, em certas

situações, excluem a redução do valor tributável em caso de não pagamento total ou

parcial do preço?

2. Em caso de resposta afirmativa à primeira questão, a legislação nacional contraria

a finalidade do artigo 90.º da Diretiva 2006/112/CE do Conselho, de 28 de novembro

de 2006, relativa ao sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado (JO 2006,

L 347, p. 1), se não permitir aos sujeitos passivos do imposto sobre o valor

acrescentado retificar o montante do imposto nos casos em que este tenha passado a

ser exigível, relativamente a uma prestação tributável, a outro sujeito passivo que só

pagou parcialmente essa prestação ou que não a pagou de todo, e que posteriormente

deixou de ser sujeito passivo para efeitos do imposto sobre o valor acrescentado?”

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1

Órgão jurisdicional de reenvio:

Hanseatisches Oberlandesgericht Hamburg - Alemanha

Data da decisão de reenvio: 8/Fevereiro/2018

Decisão-quadro 2002/584/JAI

Condições de detenção

Dimensões do local da detenção

Determinação

Proc.º C-128/18

- “1. Quais os requisitos mínimos das condições de detenção que, no contexto da

Decisão-quadro 2002/584/JAI, devem ser exigidos em conformidade com o artigo 4.º

da Carta?

a. Há, nomeadamente, um limite mínimo «absoluto» das dimensões do local de

detenção abaixo do qual há sempre uma violação do artigo 4.º Carta?

i. Na determinação do espaço de cada pessoa detida no local de detenção, é

importante saber se se trata de uma cela individual ou de uma cela coletiva?

ii. No cálculo das dimensões do local de detenção, deve ser deduzida a superfície

ocupada pelo mobiliário (cama, armário, etc.)?

iii. Quais os requisitos estruturais eventualmente relevantes para a questão da

conformidade das condições de detenção com o direito da União? Que importância

tem eventualmente a existência de acesso direto (ou apenas indireto) da cela de

detenção, por exemplo, às instalações sanitárias ou outras e o fornecimento de água

quente e fria, aquecimento, iluminação, etc.?

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2

b. Até que ponto desempenham um papel na avaliação os diferentes «regimes de

execução», nomeadamente os diferentes tempos de abertura das celas e os diferentes

graus de liberdade de movimento no estabelecimento de execução?

c. Devem também ser tidos em conta – como fez esta Secção nas suas decisões sobre

a admissibilidade da entrega – aperfeiçoamentos jurídicos e organizacionais no

Estado-Membro de emissão (introdução de um sistema de provedor, estabelecimento

de tribunais de execução de penas, etc.)?

2. Com que critérios se devem avaliar as condições de detenção à luz dos direitos

fundamentais da União? Em que medida influenciam estes critérios a interpretação

do conceito de «risco real» na aceção da jurisprudência do Tribunal de Justiça nos

processos Aranyosi e Căldăraru?

a. A este respeito, as autoridades judiciárias dos Estados-Membros de execução têm

competência para proceder a um controlo exaustivo das condições de detenção no

Estado-Membro de emissão ou devem limitar-se a um «controlo da evidência»?

b. Se o Tribunal de Justiça, no âmbito da resposta à primeira questão, chegar à

conclusão de que há disposições «absolutas» no direito da União no que respeita às

condições de detenção: a inobservância destas condições mínimas é «insuscetível de

avaliação», no sentido de que, nessa situação, há sempre um «risco real» que impede

a entrega, ou o Estado-Membro de execução deve, apesar disso, proceder a uma

ponderação?

Devem ser tidos em conta nessa avaliação pontos de vista como a salvaguarda do

auxílio judiciário mútuo entre os Estados-Membros, o bom funcionamento da justiça

penal da União ou os princípios da confiança recíproca e do reconhecimento mútuo?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Supreme Court of the United Kingdom - Reino Unido

Data da decisão de reenvio: 14/Fevereiro/ 2018

Directiva 2004/38

Cidadão da União Europeia

Tutela de criança

«Descendente directo

Proc.º C-129/18

- “1) Uma criança que esteja sob a tutela legal permanente de um cidadão ou de

cidadãos da União, ao abrigo da «kafala» ou de qualquer outro instituto equivalente

previsto na ordem jurídica do seu país de origem, é um «descendente direto» na

aceção do artigo 2.º, ponto 2, da Diretiva 2004/38?

2) Podem outras disposições da Diretiva [2004/38], nomeadamente os artigos 27.º e

35.º, ser interpretadas no sentido de que se opõem à entrada dessas crianças se as

mesmas forem vítimas de exploração, abuso ou tráfico ou estiverem expostas a esse

risco?

3) Pode um Estado-Membro investigar, antes de reconhecer uma criança que não seja

descendente consanguínea do cidadão do EEE como descendente direta na aceção do

artigo 2.º, ponto 2, alínea c), [da Diretiva 2004/38], se os procedimentos para colocar

a criança à guarda ou custódia desse nacional do EEE tomaram suficientemente em

consideração o interesse superior dessa criança?”

Page 80: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do
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Órgão jurisdicional de reenvio:

Amtsgericht Düsseldorf - Alemanha

Data da decisão de reenvio: 22/Janeiro/2018

Regulamento (CE) n.º 261/2004, de 11.02

Transportes aéreos

Indemnização

Cancelamento

Duração do atraso

Proc.º C-130/18

- “Deve o artigo 5.º, n.º 1, alínea c), iii), do Regulamento (CE) n.º 261/2004 do

Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de fevereiro de 2004, que estabelece

regras comuns para a indemnização e a assistência aos passageiros dos transportes

aéreos em caso de recusa de embarque e de cancelamento ou atraso considerável dos

voos e que revoga o Regulamento (CEE) n.º 295/91 (a seguir «Regulamento n.º

261/2004»), ser interpretado no sentido de que também não existe direito a

indemnização em caso de cancelamento menos de sete dias antes da hora programada

de partida, quando o tempo total perdido pelo passageiro, devido ao

reencaminhamento oferecido, seja inferior a três horas mas superior a duas horas,

porque a hora efetiva de chegada sofreu um atraso superior a duas horas mas inferior

a três horas em relação à hora programada de chegada?”

Page 82: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Tribunal administratif de Montreuil - França

Data da decisão de reenvio: 14/Fevereiro/2018

Directiva 2008/9/CE, de 12.02

Reembolso do IVA

Caducidade

Direito ao recurso

Proc.º C-133/18

- “- Devem as disposições do n.º 2 do artigo 20.º da Diretiva 2008/9/CE do Conselho,

de 12 de fevereiro de 2008, ser interpretadas no sentido de que criam uma regra de

caducidade que implica que um sujeito passivo de um Estado-Membro que pede o

reembolso do imposto sobre o valor acrescentado a um Estado-Membro no qual não

está estabelecido não pode regularizar o seu pedido de reembolso perante o órgão

jurisdicional competente se não respeitar o prazo de resposta a um pedido de

informações formulado pela administração, em conformidade com as disposições do

n.º 1 do mesmo artigo ou, pelo contrário, devem ser interpretadas no sentido de que

este sujeito passivo pode, no âmbito do direito ao recurso previsto no artigo 23.º da

diretiva e tendo em consideração os princípios da neutralidade e da

proporcionalidade do imposto sobre o valor acrescentado, regularizar o seu pedido

perante o órgão jurisdicional competente?”

Page 83: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Arbeidsrechtbank Antwerpen - Bélgica

Data da decisão de reenvio: 8/Fevereiro/2018

TFUE

Regulamento (CE) n.º 883/2004

Sistemas de Segurança Social

Incapacidade para o trabalho

Período de carência

Prestação por doença

Prestação por invalidez

Proc.º C-134/18

- “«Os artigos 45.º e 48.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia

(TFUE), de 25 de março de 1957, são violados quando o último Estado-Membro

competente, no início da incapacidade de trabalho, após um período de carência de

52 semanas de incapacidade de trabalho, durante as quais a interessada recebeu

prestações por doença, lhe recusa o direito a uma prestação por invalidez com base

no artigo 57.º do Regulamento (CE) n.º 883/2004 do Parlamento Europeu e do

Conselho, de 29 de abril de 2004, relativo à coordenação dos sistemas de segurança

social, e o outro Estado-Membro, que não é o último competente, imponha, para a

análise do direito a uma prestação por invalidez proporcional, um período de carência

de 104 semanas, em conformidade com a sua legislação nacional?

Nesse caso, é compatível com o direito à livre circulação dos trabalhadores que a

interessada, nesse hiato do período de carência, seja obrigada a requerer apoios

sociais, ou os artigos 45.º e 48.º do TFUE obrigam o Estado-Membro que não é o

último competente a examinar o direito às prestações por invalidez após o termo do

período de carência ao abrigo da legislação do último Estado-Membro competente,

mesmo que o seu direito nacional não preveja essa possibilidade?»”

Page 84: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

1

Órgão jurisdicional de reenvio:

Bundesgerichtshof - Alemanha

Data da decisão de reenvio: 25/Janeiro/2018

Regulamento n.º 1215/2012

Recurso

Prestação de garantia

Execução provisória

Condição

Certidão

Formulário

Proc.º C-135/18

- “1. No caso de uma sentença que condenou o demandado plena e

incondicionalmente numa prestação e da qual se interpôs recurso ordinário no

Estado-Membro de origem ou relativamente à qual o prazo para interpor esse recurso

ainda não expirou, a ordem do tribunal de origem segundo a qual a sentença só é

provisoriamente executória se for constituída uma garantia, constitui uma condição

na aceção do ponto 4.4. do formulário constante do Anexo I do Regulamento (UE)

n.º 1215/2012 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de dezembro de 2012,

relativo à competência judiciária, ao reconhecimento e à execução de decisões em

matéria civil e comercial?

2. Em caso de resposta afirmativa à primeira questão: o mesmo é válido quando, no

Estado-Membro de origem, é possível uma execução com fins cautelares ao abrigo

Page 85: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

2

da sentença declarada provisoriamente executória, sem que se tenha procedido à

constituição da garantia?

3. Em caso de resposta afirmativa à segunda questão:

a) No caso de uma decisão que contém uma obrigação executória e da qual se

interpôs recurso ordinário no Estado-Membro de origem ou relativamente à qual o

prazo para interpor esse recurso ainda não expirou, como deve o tribunal de origem

proceder no que respeita ao formulário constante do Anexo I do Regulamento (UE)

n.º 1215/2012 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de dezembro de 2012,

relativo à competência judiciária, ao reconhecimento e à execução de decisões em

matéria civil e comercial, quando, com base na prolação da sentença ou com base

numa disposição legal, a execução da decisão no Estado-Membro de origem só deve

ocorrer após a constituição de uma garantia?

b) Nesse caso, o tribunal de origem deve emitir uma certidão utilizando o formulário

constante do Anexo I do Regulamento (UE) n.º 1215/2012 do Parlamento Europeu e

do Conselho, de 12 de dezembro de 2012, relativo à competência judiciária, ao

reconhecimento e à execução de decisões em matéria civil e comercial, sem fornecer

as informações previstas nos pontos 4.4.1. a 4.4.4.?

c) Nesse caso, o tribunal de origem está autorizado a emitir a certidão utilizando o

formulário constante do Anexo I do Regulamento (UE) n.º 1215/2012 do Parlamento

Europeu e do Conselho, de 12 de dezembro de 2012, relativo à competência

judiciária, ao reconhecimento e à execução de decisões em matéria civil e comercial,

de forma a que – por exemplo, nos pontos 4.4.1. ou 4.4.3. do formulário – sejam

incluídas informações adicionais sobre a constituição da garantia exigida e o texto da

disposição legal seja inserido no formulário?

4. Em caso de resposta negativa à segunda questão:

Page 86: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

3

a) Como deve o tribunal de origem proceder no que respeita ao formulário constante

do Anexo I do Regulamento (UE) n.º 1215/2012 do Parlamento Europeu e do

Conselho, de 12 de dezembro de 2012, relativo à competência judiciária, ao

reconhecimento e à execução de decisões em matéria civil e comercial, quando, com

base numa disposição legal, a execução com fins cautelares no Estado-Membro de

origem só é admissível após o termo de um prazo?

b) Nesse caso, o tribunal de origem está autorizado a emitir a certidão utilizando o

formulário constante do Anexo I do Regulamento (UE) n.º 1215/2012 do Parlamento

Europeu e do Conselho, de 12 de dezembro de 2012, relativo à competência

judiciária, ao reconhecimento e à execução de decisões em matéria civil e comercial,

de forma a que – por exemplo, nos pontos 4.4.1. ou 4.4.3. do formulário – sejam

incluídas informações adicionais sobre esse prazo e o texto da disposição legal seja

inserido no formulário?”

Page 87: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Landgericht Dresden - Alemanha

Data da decisão de reenvio: 8/Fevereiro/2018

Directiva 2006/123/CE

Contrato de prestação de serviços

Arquitecto

Engenheiro

Remuneração

Tabela de honorários

Proc.º C-137/18

- “Deve o direito da União, em particular o artigo 15.º, n.º 3, alíneas b) e c), assim

como o artigo 16.º, n.º 1, primeiro, segundo e terceiro parágrafos, alíneas b) e c), da

Diretiva 2006/123/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de dezembro de

2006 (Diretiva 2006/123), ser interpretado no sentido de que se opõe a uma

regulamentação nacional, como a aplicável no processo principal, que proíbe acordar,

em contratos celebrados com arquitetos e/ou engenheiros, honorários que sejam

inferiores aos montantes mínimos da remuneração calculada nos termos da Tabela de

Honorários dos Arquitetos e Engenheiros?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Vestre Landsret - Dinamarca

Data da decisão de reenvio: 9/Fevereiro/2018

Regulamento n.º 2658/87

Pauta Aduaneira comum

Nomenclatura combinada

Mercadorias

Proc.º C-138/18

- “1. Deve a Nota 2, alínea a), do Capítulo 90 da Nomenclatura Combinada,

conjugada com as Regras Gerais n.os 1 e 6 para a interpretação da NC, ser

interpretada no sentido de que «partes e acessórios que consistam em artefactos

compreendidos em qualquer das posições do presente Capítulo ou dos Capítulos 84,

85 ou 91» se refere a mercadorias incluídas nas posições de quatro algarismos desses

capítulos, ou deve a mesma ser interpretada no sentido de que se refere também às

notas de subposição correspondentes (os primeiros seis algarismos) dos Capítulos 84,

85, 90 e 91?

2. Conectores, como os que estão em causa no caso em apreço, devem ser

classificados na subposição NC 8544 42 90, na subposição NC 9021 40 00 ou na

subposição NC 9021 90 10?

3. Deve a Nota 1, alínea m), da Secção XVI ser interpretada no sentido de que

quando uma mercadoria se insere no Capítulo 90, não pode igualmente inserir-se nos

Capítulos 84 e 85?”

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1

Órgão jurisdicional de reenvio:

Cour d’appel de Bruxelles - Bélgica

Data da decisão de reenvio: 7/Fevereiro/2018

Directiva 2002/21/CE

Serviços de comunicações electrónicas

Serviço de telefonia vocal

Protocolo Internet (IP)

Proc.º C-142/18

- “1. Deve a definição de serviço de comunicações eletrónicas, prevista no artigo 2.º,

alínea c) da Diretiva 2002/21/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 7 de

março de 2002, relativa a um quadro regulamentar comum para as redes e serviços de

comunicações electrónicas (diretiva-quadro), conforme alterada, ser interpretada no

sentido de que um serviço de telefonia vocal através de protocolo Internet (IP),

oferecido mediante um programa informático que termina numa rede telefónica

pública comutada, para um número de telefone fixo ou móvel de um plano nacional

de numeração (no formato E.164) deve ser qualificado de serviço de comunicações

eletrónicas, apesar de o serviço de acesso à Internet graças ao qual o utilizador acede

ao referido serviço de voz através de protocolo Internet já constituir, em si mesmo,

um serviço de comunicações eletrónicas, embora o fornecedor do programa

informático ofereça esse serviço contra remuneração e celebre acordos com

prestadores de serviços de telecomunicações, devidamente autorizados a transmitir e

terminar chamadas na rede telefónica pública comutada, que permitem a terminação

de chamadas para um número fixo ou móvel de um plano nacional de numeração?

Page 90: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

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2. Em caso de resposta afirmativa à primeira questão, a resposta mantém-se

inalterada se se tiver em conta o facto de que a funcionalidade do programa

informático que permite a chamada de voz é uma simples funcionalidade desse

programa, que pode ser utilizado sem ela?

3. Em caso de resposta afirmativa às duas primeiras questões, a resposta à primeira

questão mantém-se inalterada se se tiver em conta o facto de que o prestador do

serviço estipula nas suas condições gerais que não assume responsabilidade perante o

cliente final pelo envio de sinais?

4. Em caso de resposta afirmativa às três primeiras questões, a resposta à primeira

questão mantém-se inalterada se se tiver em conta o facto de que o serviço prestado

se insere igualmente na definição de «serviço da sociedade da informação»?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Landgericht Bonn - Alemanha

Data da decisão de reenvio: 9/Fevereiro/2018

Directiva 2002/65/CE

Contratos celebrados à distância

Contrato de mútuo

Direito de rescisão

Cumprimento contratual

Consumidor

Direito à informação

Direito à indemnização

Proc.º C-143/18

- “1. Deve o artigo 6.º, n.º 2, alínea c), da Diretiva 2002/65/CE ser interpretado no

sentido de que se opõe a uma disposição legal nacional ou a uma prática nacional

como a do processo principal que não prevê, no caso de contratos de mútuo

celebrados à distância, a exclusão do direito de rescisão quando o contrato já tenha

sido cumprido por ambas as partes a pedido expresso do consumidor antes de este

exercer o seu direito de rescisão?

2. Devem o artigo 4.º, n.º 2, o artigo 5.º, n.º 1, o artigo 6.º, n.º 1, segundo parágrafo,

segundo travessão, e o artigo 6.º, n.º 6, da Diretiva 2002/65/CE ser interpretados no

sentido de que, para a receção regular das informações previstas pelo direito nacional

de acordo com o artigo 5.º, n.º 1, e o artigo 3.º, n.º 1, ponto 3, alínea a), da Diretiva

2002/65/CE e para o exercício do direito de rescisão pelo consumidor, segundo o

direito nacional, apenas se tem de tomar em consideração um consumidor médio

normalmente informado e razoavelmente atento e avisado, tendo em conta todos os

factos pertinentes e todas as circunstâncias associadas à celebração deste contrato?

3. No caso de resposta negativa à primeira e segunda questões:

Deve o artigo 7.º, n.º 4, da Diretiva 2002/65/CE ser interpretado no sentido de que se

opõe a uma disposição legal de um Estado-Membro que prevê que, após a rescisão de

um contrato de mútuo celebrado à distância com um consumidor, o prestador tem de

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pagar ao consumidor, além do montante que dele tenha recebido nos termos do

contrato, uma indemnização pela utilização deste montante?”

Page 93: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Conseil d’État - França

Data da decisão de reenvio: 20/Fevereiro/2018

IVA

Fotografias

Interpretação da lei

Directiva 2006/112/CE

Propriedade intelectual

Proc.º C-145/18

- “« ‒ Devem as disposições dos artigos 103.º e 311.º da Diretiva 2006/112/CE doConselho, de 28 de novembro de 2006, bem como do ponto 7 da parte A do seuAnexo IX, ser interpretadas no sentido de que impõem apenas que, para poderembeneficiar da taxa reduzida de imposto sobre o valor acrescentado, as fotografiassejam tiradas pelo seu autor, processadas por ele ou sob o seu controlo, assinadas enumeradas até ao limite de trinta exemplares, independentemente do respectivoformato ou suporte?‒ Em caso de resposta afirmativa à primeira questão, é, no entanto, permitido aosEstados-Membros excluir do benefício da taxa reduzida de imposto sobre o valoracrescentado as fotografias que, além disso, não têm caráter artístico?‒ Em caso de resposta negativa à primeira questão, que outros requisitos devem asfotografias preencher para poderem beneficiar da taxa reduzida de imposto sobre ovalor acrescentado? Devem, nomeadamente, apresentar carácter artístico?‒ Devem estes requisitos ser uniformemente interpretados na União Europeia ouremetem para o direito de cada um dos Estados-Membros, nomeadamente emmatéria de propriedade intelectual?»”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Audiencia Provincial de Almería - Espanha

Data da decisão de reenvio: 12/Janeiro/2018

Directiva n.º 93/13

Cláusulas abusivas

Consumidor

Efeito de restituição

Princípios do dispositivo

Caso julgado

Proibição da reformatio in pejus

Proc.º C-147/18

- “1) Uma declaração de não vinculação de uma cláusula abusiva, na aceção daDiretiva 93/13/CEE do Conselho, de 5 de abril de 1993, relativa às cláusulasabusivas nos contratos celebrados com os consumidores, obtida por sentença, impedeque se apliquem todos os efeitos reconhecidos pelo Acórdão do TJUE, de 21 dedezembro de 2016, Gutiérrez Naranjo e o., C-154/15, C-307/15 e C-308/15]?2) A aplicação do efeito de restituição de uma cláusula declarada abusiva na aceçãoda Diretiva 93/13/CEE do Conselho, de 5 de abril de 1993, relativa às cláusulasabusivas nos contratos celebrados com os consumidores, é afetada, limitada ouimpedida pelos princípios do dispositivo, do caso julgado material e da proibição dareformatio in pejus?3) As competências de um tribunal de segunda instância ficam limitadas pelo factode a sentença de primeira instância ter atribuído efeito limitado à declaração de abusomas não ter sido objeto de recurso pelo consumidor, mas apenas pelo profissionalproponente com o objetivo de negar que a cláusula tenha caráter abusivo ou de negarqualquer efeito em caso de declaração de abuso?4) As competências de um tribunal de segunda instância incluem a possibilidade deaplicar todas as consequências previstas pela Diretiva 93/13/CEE do Conselho, de 5de abril de 1993, e pela jurisprudência que a desenvolve, mesmo no caso de, naprimeira invocação realizada na acção pelo consumidor, este não pedir a totalidadedas consequências decorrentes da declaração de abuso da cláusula em questão?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Tribunal da Relação de Lisboa – Portugal

Data de decisão de reenvio: 20/Dezembro/2017

Regulamento Roma II

Artigo 16.º

Norma de conflito

Artigo 27.º

Cidadão português

Acidente de viação em Espanha

Prescrição

Lei aplicável

Código Civil Português

Directiva 2009/103/CE

Proc.º C-149/18

- “(a) É de considerar que o regime vigente em Portugal prevalece como normaimperativa derrogatória, na acepção do artigo 16.° do Regulamento “Roma II”?(b) Poderá a mesma regra ser entendida como uma disposição de DireitoComunitário que estabelece uma regra de conflito de leis, na acepção do artigo 27.ºdo ReguJamento “Roma II”?(c) Poder-se-á entender que, a um cidadão português que tenha sofrido acidente deviação em Espanha, é aplicável o regime de prescrição previsto no artigo 498.º, n.º 3,do Código Civil Português, na acepção do artigo 28.º da Directiva 2009/103/CE?”

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1

Órgão jurisdicional de reenvio:

The Labour Court - Irlanda

Data da decisão de reenvio: 23/Fevereiro/2018

Discriminação em razão da idade

Professor

Tabelas salariais

Convenção colectiva

Proc.º C-154/18

- “1) Constitui uma discriminação indireta em razão da idade, na aceção do artigo 2.º,

n.º 2, alínea b), da Diretiva 2000/78/CE que estabelece um quadro geral de igualdade

de tratamento no emprego e na atividade profissional, a introdução por um

Estado-Membro, na sua qualidade de empregador, de uma tabela salarial inferior para

os professores do ensino básico público recém contratados, deixando inalterada a

remuneração dos professores já em funções quando:

(a) as tabelas salariais revistas e as tabelas salariais existentes se aplicam a todos os

professores nas respetivas categorias independentemente da sua idade;

(b) no momento em que foram contratados e colocados nos respectivos escalões não

havia diferença no perfil etário entre os que compõem o grupo com remuneração

superior e os que compõem o grupo com remuneração inferior;

(c) a introdução da tabela salarial revista resultou numa diferença substancial na

remuneração entre dois grupos de professores que prestam trabalho de valor igual;

(d) a média de idade dos colocados nas tabelas salariais reduzidas é inferior à média

de idade dos colocados na tabela salarial original;

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2

(e) no momento em que a tabela salarial mais baixa foi introduzida, as estatísticas do

Estado mostravam que 70% dos professores recém contratados tinham 25 anos ou

menos e era reconhecido que isto coincide com o perfil etário típico de entrada em

funções dos professores do ensino básico público em qualquer ano considerado; e

(f) os professores do ensino básico público que entraram em funções em 2011 e

posteriormente sofreram uma clara desvantagem financeira em comparação com os

seus colegas no ensino nomeados antes de 2011?

2) Em caso de resposta afirmativa à primeira questão, a introdução da tabela salarial

inferior pode ser objetivamente justificada pela exigência de alcançar uma redução

estrutural a médio/longo prazo do custo do serviço público tendo em consideração as

limitações orçamentais que o Estado enfrentava e/ou e importância da manutenção de

boas relações laborais com os atuais trabalhadores da função pública em funções?

3) A resposta à segunda questão seria diferente se o Estado tivesse podido obter uma

poupança equivalente reduzindo a remuneração de todos os professores num

montante significativamente inferior do que a redução aplicada apenas aos

professores recém contratados?

4) As respostas à segunda e terceira questões seriam diferentes se a decisão de não

reduzir as tabelas salariais aplicáveis aos professores já em funções fosse tomada em

conformidade com uma convenção coletiva entre o Governo como empregador e os

sindicatos representativos dos trabalhadores da função pública na qual o Governo se

comprometeu a não reduzir mais as remunerações dos trabalhadores da função

pública em funções que já tinham sido objeto de cortes nas remunerações e [tendo

em consideração] as consequências para as relações laborais que derivariam do não

cumprimento dessa convenção tendo em conta o facto de que a nova tabela salarial

introduzida em 2011 não fazia parte dessa convenção coletiva?”

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1

Órgão jurisdicional de reenvio:

Justice de paix du troisième canton de Charleroi (Julgado de Paz do

terceiro cantão de Charleroi) - Bélgica

Data da decisão de reenvio: 31/Janeiro/2018

Acórdão de 22.12.2008 “Wallentin-Hermann”

Evento

Derrame de combustível

Encerramento de pista de descolagem

Circunstância extraordinária

Regulamento n.º 261/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11.02

Proc.º C-159/18

- “-deve considerar-se que a circunstância em causa no presente litígio, isto é, um

derrame de combustível numa pista de descolagem que levou ao seu encerramento,

está abrangida pelo conceito de «evento», na aceção do n.º 22 do Acórdão de 22 de

dezembro de 2008, Wallentin-Hermann (C-549/07, EU:C:2008:771), ou pelo de

«circunstância extraordinária», na aceção do considerando 14 do Regulamento (CE)

n.º 261/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de fevereiro de 2004, que

estabelece regras comuns para a indemnização e a assistência aos passageiros dos

transportes aéreos em caso de recusa de embarque e de cancelamento ou atraso

considerável dos voos e que revoga o Regulamento (CEE) n.º 295/91, conforme

interpretado pelo Acórdão de 31 de janeiro de 2013, McDonagh (C-12/11,

EU:C:2013:43[, n.ºs 26 a 34]), ou estes dois conceitos confundem-se um com o

outro?

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2

- pode o artigo 5.º, n.º 3, do Regulamento (CE) n.º 261/2004 do Parlamento Europeu

e do Conselho, de 11 de fevereiro de 2004, que estabelece regras comuns para a

indemnização e a assistência aos passageiros dos transportes aéreos em caso de

recusa de embarque e de cancelamento ou atraso considerável dos voos e que revoga

o Regulamento (CEE) n.º 295/91, ser interpretado no sentido de que um evento como

o que está em causa no presente litígio, isto é, um derrame de combustível numa

pista de descolagem que levou ao seu encerramento, é um evento inerente ao

exercício normal da atividade de transportadora aérea e, em consequência, não pode

ser considerado uma «circunstância extraordinária» que isenta a transportadora aérea

da sua obrigação de indemnizar os passageiros em caso de atraso considerável num

voo operado pela aeronave em causa;

- Caso um evento como o que está em causa no presente litígio, isto é, um derrame de

combustível numa pista de descolagem que levou ao seu encerramento, seja

considerado uma «circunstância extraordinária», resulta daí que se trata, para a

transportadora aérea, de uma «circunstância extraordinária» que não poderia ter sido

evitada mesmo que tivessem sido tomadas todas as medidas razoáveis?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Hoge Raad der Nederlanden - Países Baixos

Data da decisão de reenvio: 23/Fevereiro/2018

Regulamento (CE) n.º 1484/95

Regulamento (CE) n.º 1234/2007

Preço de importação CIF

Proc.º C-160/18

- “1. Deve o artigo 3.º, n.os 2, 4 e 5, do Regulamento (CE) n.º 1484/95, em

conjugação com o artigo 141.º do Regulamento (CE) n.º 1234/2007, ser interpretado

no sentido de que o mecanismo de controlo previsto nesse artigo serve apenas,

mesmo no caso de um controlo a posteriori, para assegurar que as autoridades

competentes sejam informadas em tempo útil dos factos ou circunstâncias relativos

às transações sucessivas que possam suscitar dúvidas sobre a realidade do preço de

importação CIF declarado e dar origem a uma investigação mais aprofundada?

Ou será correta a interpretação contrária e deve o mecanismo de controlo descrito no

artigo 3.º, n.os 2, 4 e 5, do Regulamento (CE) n.º 1484/95, mesmo no caso de um

controlo a posteriori, ser interpretado no sentido de que uma ou mais revendas

efetuadas pelo importador no mercado comunitário a um preço inferior ao preço de

importação CIF declarado da remessa, acrescido do montante dos direitos de

importação devidos, não satisfazem as condições (de escoamento) exigidas no

mercado comunitário, sendo devidos, por esse motivo, direitos adicionais? É

relevante para a resposta a esta última questão que a referida revenda ou as referidas

Page 101: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

2

revendas tenham sido efetuadas pelo importador a um preço inferior ao preço

representativo aplicável? É relevante, neste contexto, que, no período anterior a 11 de

setembro de 2009, o método de cálculo do preço representativo fosse diferente do

método de cálculo utilizado após essa data? É ainda relevante para a resposta a estas

questões que os clientes na União sejam empresas coligadas ao importador?

2. Se resultar da resposta às perguntas acima formuladas na questão 1 que a revenda

com prejuízo constitui um indício suficiente para a rejeição do preço de importação

CIF declarado, como deve ser determinado o montante dos direitos adicionais a

pagar? Deve ser determinado de acordo com as condições previstas para a

determinação do valor aduaneiro nos artigos 29.º a 31.º do Regulamento (CEE) n.º

2913/92 do Conselho, que estabelece o Código Aduaneiro Comunitário? Ou deve ser

determinado apenas com base no preço representativo aplicável? Opõe-se o artigo

141.º, n.º 3, do Regulamento (CE) n.º 1234/2007 à aplicação, no período anterior a

11 de setembro de 2009, do preço representativo fixado nesse período?

3. Se resultar das respostas às questões 1 e 2 que é determinante para a exigibilidade

de direitos adicionais que os produtos importados tenham sido revendidos com

prejuízo no mercado comunitário e que, nesse caso, o cálculo do montante dos

direitos adicionais devidos deve basear-se no preço representativo, é o artigo 3.º, n.os

2, 4 e 5, do Regulamento (CE) n.º 1484/95 compatível com o artigo 141.º do

Regulamento (CE) n.º 1234/2007, tendo em conta o acórdão do Tribunal de Justiça

da União Europeia de 13 de dezembro de 2001, Kloosterboer Rotterdam BV,

C-317/99 (ECLI:EU:C:2001:681)?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Tribunal Superior de Justicia de Castilla y León - Espanha

Data da decisão de reenvio: 17/Janeiro/2018

Pensão de reforma

Cálculo

Directiva 79/7/CEE

Tempo de trabalho

Anos de descontos

Carta dos direitos fundamentais da União Europeia

Proc.º C-161/18

- “a) Nos termos do Direito espanhol, para calcular a pensão de reforma deve

aplicar-se à remuneração de referência calculada sobre os salários dos últimos anos

uma percentagem em função do número de anos de descontos efetuados durante toda

a carreira contributiva. Deve considerar-se que uma norma de direito interno, como a

contida nos artigos 247.a e 248.3 da Ley General de la Seguridad Social [Lei Geral

da Segurança Social], que reduz o número de anos computáveis para aplicação da

percentagem no caso de períodos trabalhados a tempo parcial, é contrária ao artigo

4.º, n.º 1, da Diretiva 79/7/CEE do Conselho, de 19 de dezembro de 1978, relativa à

realização progressiva do princípio da igualdade de tratamento entre homens e

mulheres em matéria de segurança social? O n.º 1 do artigo 4.º da Diretiva 79/7/CEE

exige que o número de anos de descontos a ter em conta para estabelecer a

percentagem aplicável ao cálculo da pensão de reforma se determine da mesma

maneira para os trabalhadores a tempo completo e a tempo parcial?

b) Deve entender-se que uma norma de direito interno como a controvertida no

presente litígio também contraria o artigo 21.º da Carta dos Direitos Fundamentais da

União Europeia, pelo que o órgão jurisdicional nacional está obrigado a garantir a

plena eficácia da Carta e a não aplicar as disposições legislativas de direito interno

controvertidas, sem pedir ou aguardar a sua revogação prévia pelo legislador ou

através de qualquer outro procedimento constitucional?”

Page 103: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Rechtbank Noord-Nederland - Países Baixos

Data da decisão de reenvio: 21/Fevereiro/2018

Regulamento n.º 261/2004

Directiva 90/314/CEE

Viagem organizada

Pedido de reembolso

Preço do bilhete

Transportadora aérea

Proc.º C-163/18

- “1. Deve o artigo 8.º, n.º 2, do Regulamento n.º 261/2004 ser interpretado no

sentido de que, quando um passageiro tiver o direito, ao abrigo da Diretiva

90/314/CEE (transposta para o direito nacional), relativa a viagens organizadas, de

pedir à organizadora da viagem o reembolso do preço pago pelo bilhete, já não

poderá apresentar esse pedido de reembolso à transportadora aérea?

2. Em caso de resposta afirmativa à questão 1, pode um passageiro pedir o reembolso

do preço do bilhete à transportadora aérea se for plausível que a organizadora da

viagem, caso lhe seja imputada a responsabilidade, não tem condições económicas

para reembolsar efetivamente o valor do bilhete nem tomou quaisquer medidas para

assegurar eventuais reembolsos?”

Page 104: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

1

Órgão jurisdicional de reenvio:

Bundesarbeitsgericht - Supremo Tribunal Federal do Trabalho - Alemanha

Data da decisão de reenvio: 20/Fevereiro/2018

Directiva 2008/94/CE, de 28-10Entidade interempresarial de previdênciaÂmbito de aplicaçãoEfeito directo

Proc.º C-168/18

- “1. O artigo 8.º da Diretiva 2008/94/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de22 de outubro de 2008, relativa à proteção dos trabalhadores assalariados em caso deinsolvência do empregador, é aplicável a prestações de reforma de velhice de umplano profissional de reforma devidas por uma entidade interempresarial deprevidência sujeita à supervisão financeira de um organismo estatal, quando essaentidade, por razões financeiras e com o acordo do organismo de supervisão, reduzlegitimamente essas prestações e o empregador, que segundo o direito nacional deveresponder perante o seu antigo trabalhador pelos montantes que foram reduzidos àsua pensão, não pode cumprir a sua obrigação por se ter tornado insolvente?2. Em caso de resposta afirmativa à primeira questão:Em que circunstâncias podem os prejuízos sofridos pelo antigo trabalhador, notocante às prestações do plano profissional de reformas, devido à insolvência doempregador, ser considerados manifestamente desproporcionados, obrigando osEstados-Membros a prestarem uma proteção mínima, embora o antigo trabalhadorreceba, no mínimo, metade da pensão resultante dos seus direitos a pensãoadquiridos?3. Em caso de resposta afirmativa à primeira questão:O artigo 8.º da Diretiva 2008/94/CE tem efeito direto, conferindo direitos que osparticulares, quando um Estado-Membro não transpuser ou só transpuserincompletamente esta Diretiva para o direito nacional, podem invocar nos tribunaisnacionais contra esse Estado-Membro?4. Em caso de resposta afirmativa à primeira questão:

Page 105: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

2

Uma entidade de direito privado, designada pelo Estado-Membro como responsávelpelo seguro de insolvência do plano profissional de reforma de velhice, que estásujeita a supervisão financeira, cobra aos empregadores contribuições para o segurode insolvência nos termos de normas do direito público e pode, como os organismospúblicos, cumprir os pressupostos para o início da execução mediante a prática de umato administrativo, é um organismo público desse Estado-Membro?”

Page 106: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

1

Órgão jurisdicional de reenvio:

Court of Appeal - Irlanda

Data da decisão de reenvio: 23/Fevereiro/2018

Emissão de visto

Direito à livre circulação

Demora excessiva

Casamento de conveniência

Proc.º C-169/18

- “1. Sem prejuízo das eventuais justificações descritas na segunda, terceira e quarta

questões prejudiciais, um Estado-Membro viola a obrigação, prevista no artigo 5.º,

n.º 2, da Diretiva 2004/38/CE, de emitir um visto o mais rapidamente possível para o

cônjuge e os membros da família de um cidadão da União que exerça ou tencione

exercer o seu direito de livre circulação no Estado-Membro em causa, se as demoras

na tramitação dos pedidos dessa natureza forem superiores a 12 meses?

2. Sem prejuízo da primeira questão, pode considerar-se que as demoras na

tramitação ou na decisão de um pedido de visto apresentado ao abrigo do artigo 5.º,

n.º 2, da Diretiva 2004/38, resultantes da necessidade de garantir, em especial através

da realização de verificações de antecedentes, que um pedido não é fraudulento nem

constitui um abuso de direito, nomeadamente que o casamento não constitui um

casamento de conveniência, são justificadas com fundamento no artigo 35.º da

Diretiva 2004/38 ou com outro fundamento, e, portanto, não violam o artigo 5.º, n.º

2, desta diretiva?

Page 107: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

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3. Sem prejuízo da primeira questão, pode considerar-se que as demoras na

tramitação ou na decisão de um pedido de visto apresentado ao abrigo do artigo 5.º,

n.º 2, da Diretiva 2004/38, resultantes da necessidade de realizar verificações

exaustivas em matéria de antecedentes e de segurança relativamente a pessoas

oriundas de certos países terceiros, devido a questões de segurança específicas

relacionadas com viajantes provenientes desses países terceiros, são justificadas com

fundamento nos artigos 27.º ou 35.º da Diretiva 2004/38 ou com outro fundamento,

e, portanto, não violam o artigo 5.º, n.º 2, desta diretiva?

4. Sem prejuízo da primeira questão, pode considerar-se que as demoras na

tramitação ou na decisão de um pedido de visto, apresentado ao abrigo do artigo 5.º,

n.º 2, da Diretiva 2004/38, resultantes de um aumento súbito e inesperado do número

de pedidos provenientes de certos países terceiros, que se considera colocarem

problemas reais em termos de segurança, são justificadas e, portanto, não violam o

artigo 5.º, n.º 2, desta diretiva?”

Page 108: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Court of Appeal [Tribunal de Recurso] - Reino Unido

Data da decisão de reenvio: 16/Fevereiro/2018

Ratado sobre o funcionamento da União Europeia

Pensão

Direitos adquiridos

Restrição retroactiva

Trust

Proc.º C-171/18

- “1. Quando as regras de um regime de pensões conferem, no quadro do direito

interno, através de uma alteração do ato de constituição do trust (trust deed), o poder

de reduzir retroativamente o valor dos direitos a pensão adquiridos por homens e

mulheres, num período compreendido entre a data de um aviso escrito dando conta

das alterações que se tencionam introduzir e a data em que o ato de constituição do

trust é efetivamente alterado, o artigo 157.º do Tratado sobre o Funcionamento da

União Europeia (anteriormente e, na altura dos factos, artigo 119.º do Tratado de

Roma) exige que esses direitos a pensão adquiridos sejam considerados irrevogáveis

durante o referido período, no sentido de que estão protegidos contra uma restrição

operada retroativamente com base no direito interno?”

Page 109: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Court of Appeal - Reino Unido

Data da decisão de reenvio: 12/Fevereiro/2018

Regulamento n.º 207/2009

Regulamento n.º 1215/2012

Marca comunitária

Tribunal competente

Internet

Proc.º C-172/18

- “Quando uma empresa estabelecida e com sede no Estado-Membro A tenha tomadomedidas nesse território para anunciar e oferecer para venda produtos com um sinalidêntico ao de uma marca da União Europeia num sítio web destinado a comerciantese consumidores no Estado-Membro B:i) um tribunal de marcas da União Europeia no Estado-Membro B é competente paraconhecer de uma ação de contrafação de uma marca da União Europeia relativa aoanúncio e oferta de venda dos produtos nesse território?ii) em caso de resposta negativa à questão anterior, que outros critérios deve essetribunal de marcas da União Europeia ter em conta para determinar se temcompetência para conhecer dessa ação?iii) na medida em que da resposta à questão ii) resulte a necessidade de o tribunal demarcas da União Europeia determinar se a empresa tomou medidas concretas noEstado-Membro B, que critérios devem ser tidos em conta para determinar se aempresa tomou essas medidas?”

Page 110: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Tribunal de Primeira Instância de Liège - Bélgica

Data da decisão de reenvio: 8/Fevereiro/2018

Tratado da União

Dupla tributação

Benefícios fiscais

Proc.º C-174/18

- “«Deve o artigo 39.º do Tratado da União ser interpretado no sentido de que se opõea que o regime fiscal belga, no seu artigo 155.º do CIR/92, independentemente daaplicação ou não da circular de 12 de março de 2008 com o n.º Ci.RH.331/575.420,tenha como consequência que as pensões luxemburguesas do demandante, isentasnos termos do artigo 18.° da Convenção destinada a evitar a dupla tributação entre oReino da Bélgica e o Luxemburgo, sejam incluídas no cálculo do imposto belga,sirvam de base para a atribuição de benefícios fiscais previstos pelo CIR/92, emboradela não devessem fazer parte, devido à isenção total pretendida pela Convençãodestinada a evitar a dupla tributação, e que estes benefícios, como a quota-parteisenta, poupanças a longo prazo, despesas pagas através de vales, com vista aeconomizar energia numa habitação, à segurança das habitações contra roubo eincêndio, ou para liberalidades do recorrente, sejam parcialmente reduzidos ouconcedidos em menor medida do que se ambos os demandantes tivessemrendimentos de origem belga que, por seu turno, são tributáveis na Bélgica e nãoestão isentos, podendo assim absorver a totalidade dos benefícios fiscais?»”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Tribunal Supremo - Espanha

Data da decisão de reenvio: 6/Março/2018

Regulamento (CE) n.º 2100/94

Material de colheita

Estabelecimento de terceiro

Proc.º C-176/18

- “1) Num caso em que um agricultor tenha adquirido mudas de uma variedade

vegetal num viveiro (estabelecimento de um terceiro) e as tenha plantado antes de a

concessão dessa variedade ter produzido efeitos, para que a atividade posterior

realizada pelo agricultor, consistente em fazer as sucessivas colheitas das árvores,

seja abrangida pelo ius prohibendi do artigo 13.º, n.º 2, do Regulamento (CE) n.º

2100/94, é necessário que os requisitos estabelecidos no n.º 3 deste artigo estejam

preenchidos, por se entender que se trata de material de colheita? Ou deve

entender-se que esta atividade de colheita constitui um ato de produção ou

reprodução da variedade, que dá lugar ao «material de colheita», cuja proibição pelo

titular da variedade vegetal não exige o preenchimento dos requisitos do n.º 3?

2) Uma interpretação segundo a qual o sistema de proteção em cascata abrange

qualquer das condutas descritas na questão 2 que tenham por objeto o «material de

colheita», incluindo a própria colheita, ou apenas as posteriores à produção deste

material colhido, como sejam o armazenamento e a sua comercialização está em

conformidade com o artigo 13.º, n.º 3, do Regulamento (CE) n.º 2100/94?

3) Na aplicação do sistema de extensão da proteção em cascata ao «material de

colheita» prevista no artigo 13.º, n.º 3, do Regulamento (CE) n.º 2100/94, para que o

primeiro requisito seja preenchido é necessário que a aquisição das mudas se tenha

realizado depois de o titular ter obtido a protecção comunitária da variedade vegetal,

ou seria suficiente que, nessa data, gozasse apenas de proteção provisória, por essa

aquisição se ter realizado no período compreendido entre a publicação do pedido e o

início dos efeitos da concessão da variedade vegetal?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Arbeidsrechtbank Gent - Bélgica

Data da decisão de reenvio: 22/Fevereiro/2018

Funcionário da UE

Serviço militar obrigatório

Pensão de reforma

Proc.º C-179/18

- “Deve o princípio da cooperação leal, consagrado no artigo 4.º, n.º 3, do TUE, em

conjugação com o Estatuto dos Funcionários da União Europeia, estabelecido no

Regulamento (CEE, Euratom, CECA) n.º 259/68 do Conselho, de 29 de fevereiro de

1968, ser interpretado no sentido de que se opõe a uma legislação de um

Estado-Membro que não permite que o serviço militar cumprido pela pessoa em

questão num Estado-Membro seja tomado em conta para o cálculo da sua pensão de

reforma com base nas prestações que efetuou nesse mesmo Estado-Membro, uma vez

que essa pessoa, tanto à data em que cumpriu o seu serviço militar como depois

disso, era funcionária da União Europeia e, por conseguinte, não preenche os

requisitos para a equiparação prevista na legislação desse Estado-Membro?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Consiglio di Stato - Itália

Data da decisão de reenvio: 25 de janeiro de 2018

Directiva 2009/28/CE

Incentivo à produção de energia

Redução

Supressão

Proc.ºs C-180/18, C-286/18 e C-287/18

- “Deve o artigo 3.º, n.º 3, alínea a), da Diretiva 2009/28/CE ser interpretado –

designadamente à luz do princípio geral de proteção da confiança legítima e de todo

o sistema de regulação previsto na diretiva em matéria de incentivos à produção de

energia a partir de fontes renováveis – no sentido de que exclui a compatibilidade

com o direito da União da legislação nacional que permite ao Governo italiano

estabelecer, por meio de decretos de execução sucessivos, a redução ou mesmo a

supressão das tarifas de incentivo à produção de energia anteriormente

estabelecidas?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Consiglio di Stato - Itália

Data da decisão de reenvio: 25/Janeiro/2018

Directiva 2009/28/CE

Energia de fontes renováveis

Redução/supressão de tarifas

Energia estabelecida

Proteção da confiança legítima

Proc.º C-180/18

“Deve o artigo 3.º, n.º 3, alínea a), da Diretiva 2009/28/CE ser interpretado –

designadamente à luz do princípio geral de proteção da confiança legítima e de todo

o sistema de regulação previsto na diretiva em matéria de incentivos à produção de

energia a partir de fontes renováveis – no sentido de que exclui a compatibilidade

com o direito da União da legislação nacional que permite ao Governo italiano

estabelecer, por meio de decretos de execução sucessivos, a redução ou mesmo a

supressão das tarifas de incentivo à produção de energia anteriormente

estabelecidas?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Sąd Rejonowy Gdańsk-Południe w Gdańsku - Tribunal de Primeira

Instância de Gdańsk-Południe, Gdańsk - Polónia

Data da decisão de reenvio: 26/Fevereiro/2018

Reunião-Quadro 2005/214/JAI do Conselho

Pessoa colectiva

Sanção pecuniária

Estado de execução

Proc.º C-183/18

- “1. Devem as disposições dos artigo 1.º, alínea a), 9.º, n.º 3, e 20.º, n.os 1 e 2, alínea

b) da Decisão-Quadro 2005/214/JAI do Conselho, relativa à aplicação do princípio

do reconhecimento mútuo às sanções pecuniárias, ser interpretadas no sentido de que

uma decisão transmitida para efeitos de execução, que impõe uma sanção pecuniária

a uma pessoa coletiva, deve ser executada no Estado de execução, não obstante o

facto de as disposições nacionais que transpõem a decisão-quadro não preverem a

execução de decisões que imponham sanções desta natureza a uma pessoa coletiva?

2. Em caso de resposta afirmativa à primeira questão, deve o conceito de «pessoa

coletiva», utilizado nos artigo 1.º, alínea a) e 9.º, n.º 3 da Decisão-Quadro

2005/214/JAI do Conselho ser interpretado segundo

a. a legislação do Estado de emissão (artigo 1.º, alínea c),

b. a legislação do Estado de execução (artigo 1.º, alínea d),

c. como um conceito autónomo do direito da União,

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e, por conseguinte, incluir igualmente uma sucursal de uma pessoa coletiva, não

obstante o facto de essa sucursal da pessoa coletiva não ter personalidade jurídica no

Estado de execução?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Tribunal Supremo España - Supremo Tribunal - Espanha

Data da decisão de reenvio: 7/Fevereiro/2018

Directiva n.º 2006/112

IVA

Princípio da neutralidade fiscal

Dupla tributação

Direito à dedução

Proc.º C-185/18

- “«A Diretiva 2006/112/CE do Conselho, de 28 de novembro, relativa ao sistema

comum do imposto sobre o valor acrescentado, e o princípio da neutralidade fiscal

que decorre desta diretiva, bem como a jurisprudência do Tribunal de Justiça que

procede à interpretação desta, opõem-se a uma regulamentação nacional com base na

qual um Estado-Membro pode exigir o pagamento de um imposto indireto diferente

do IVA a um empresário ou a um profissional pela compra a um particular de um

bem móvel (concretamente, ouro, prata ou joalharia) quando:

1. O objeto adquirido for destinado, devido ao seu processamento e transmissão

posterior, à atividade económica própria do empresário;

2. Forem efetuadas operações sujeitas a IVA, ao reintroduzir o bem adquirido no

circuito empresarial; e

3. A legislação aplicável nesse mesmo Estado não permitir ao empresário ou ao

profissional deduzir, nessas operações, os montantes pagos a título desse imposto

pela primeira das aquisições referidas?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Tribunal Supremo - Espanha

Data da decisão de reenvio: 7/Março/2018

Regulamento (CE) n.º 2100/94

Prescrição da acção

Prazo

Proc.º C-186/18

- “1) O artigo 96.º do Regulamento (CE) n.º 2100/94 opõe-se a uma interpretação segundo a

qual, decorrido o prazo de três anos desde que o titular teve conhecimento do ato e da

identidade do infrator, uma vez concedida a proteção comunitária de obtenção vegetal, as

ações previstas nos artigos 94.º e 95.º do regulamento prescrevem, ainda que os atos

infratores tenham continuado até ao momento da propositura da ação?

2) Em caso de resposta negativa à primeira questão, deve entender-se que, em conformidade

com o artigo 96.º do Regulamento (CE) n.º 2100/94, a prescrição opera apenas relativamente

aos atos praticados fora do prazo de três anos, mas não relativamente aos atos praticados nos

últimos três anos?

3) Em caso de resposta afirmativa à segunda questão, a ação de cessação e a ação de

indemnização podem proceder apenas em relação a estes últimos atos praticados nos últimos

três anos?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Fővárosi Közigazgatási és Munkaügyi Bíróság - Tribunal

Administrativo e de Trabalho da Capital - Hungria

Data da decisão de reenvio: 14/Fevereiro/2018

Directiva IVA

Obrigação fiscal

Fiscalização

Conhecimento oficioso

Qualidade de parte

Proc.º C-189/18

- “1. Devem as disposições da Diretiva IVA, assim como, no que lhes diz respeito, o

princípio fundamental do respeito dos direitos de defesa e o artigo 47.º da Carta dos

Direitos Fundamentais, ser interpretados no sentido de que se opõem a uma

legislação de um Estado-Membro, e a uma prática nacional que se baseia nesta, em

virtude das quais as conclusões no âmbito de uma fiscalização das partes numa

relação jurídica (contrato, operação) relativa a uma obrigação fiscal, a que a

autoridade tributária chegou no termo de um procedimento contra uma das partes

nessa relação (o emitente das faturas no processo principal), e que implicam uma

requalificação da relação jurídica, devem ser tidas em conta oficiosamente pela

autoridade tributária na fiscalização da outra parte na relação jurídica (o destinatário

das faturas no processo principal), atendendo a que essa outra parte na relação

jurídica não dispõe de qualquer direito, em particular dos direitos inerentes à

qualidade de parte, no procedimento de fiscalização original?

Page 121: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

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2. Caso o Tribunal de Justiça responda à primeira questão pela negativa, as

disposições da Diretiva IVA, assim como, no que lhes diz respeito, o princípio

fundamental do respeito dos direitos de defesa e o artigo 47.° da Carta dos Direitos

Fundamentais opõem-se a uma prática nacional que admite um procedimento, como

o referido na primeira questão, no qual a outra parte na relação jurídica (o

destinatário das faturas) não dispõe, no procedimento de fiscalização original, dos

direitos inerentes à qualidade de parte e, por conseguinte, também não pode exercer

um direito de recurso no âmbito de um procedimento de fiscalização cujas

conclusões devem ser tidas em conta oficiosamente pela autoridade tributária no

procedimento de fiscalização relativo à sua própria obrigação fiscal, podendo ser-lhe

imputadas, atendendo a que a autoridade tributária não disponibiliza a essa outra

parte o processo relevante relativo à fiscalização efetuada à primeira parte na relação

jurídica (o emitente das faturas), em particular os documentos subjacentes às

conclusões, as atas e as decisões administrativas, mas só lhe comunica parte dos

mesmos, sob a forma de resumo, dando assim conhecimento do processo a essa outra

parte na relação jurídica apenas de forma indireta, fazendo uma seleção segundo

critérios próprios e em relação aos quais essa outra parte não pode exercer qualquer

fiscalização?

3. Devem as disposições da Diretiva IVA, assim como, no que lhes diz respeito, o

princípio fundamental do respeito dos direitos de defesa e o artigo 47.° da Carta dos

Direitos Fundamentais ser interpretados no sentido de que se opõem a uma prática

nacional em virtude da qual as conclusões da autoridade tributária, no âmbito da

fiscalização das partes numa relação jurídica referente a uma obrigação fiscal, no

termo de um procedimento instaurado ao emitente das faturas, e das quais resulta que

o referido emitente participou numa fraude fiscal ativa, devem ser tidas em conta

oficiosamente pela autoridade tributária na fiscalização do destinatário das faturas,

Page 122: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

3

atendendo a que o referido destinatário não dispõe, no procedimento de fiscalização

instaurado ao emitente, dos direitos inerentes à qualidade de parte e, por conseguinte,

também não pode exercer um direito de recurso no âmbito de um procedimento de

fiscalização, cujas conclusões devem ser tidas em conta oficiosamente pela

autoridade tributária no procedimento de fiscalização relativo à obrigação fiscal desse

destinatário, e podem ser imputadas a este, e atendendo a que [a autoridade tributária]

não disponibiliza ao destinatário o processo relevante da fiscalização efetuada ao

emitente, em particular os documentos subjacentes às conclusões, as atas e as

decisões administrativas, mas só lhe comunica parte dos mesmos, sob a forma de

resumo, dando assim conhecimento do processo ao destinatário apenas de forma

indireta, fazendo uma seleção segundo critérios próprios e em relação aos quais este

não pode exercer qualquer fiscalização?”

Page 123: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Supreme Court - Irlanda

Data da decisão de reenvio: 12/Março/2018

Mandado de detenção europeu

Entrega ao Reino Unido

Recusa de entrega

Proc.º C-191/18

- “1) Atendendo:

a) À notificação apresentada pelo Reino Unido nos termos do artigo 50.º TUE;

b) À incerteza quanto aos acordos que serão celebrados entre a União Europeia e o

Reino Unido que virão a regular as relações após a saída do Reino Unido; e

c) À consequente incerteza quanto à medida em que KN poderá, na prática, gozar dos

direitos conferidos pelos Tratados, pela Carta ou pela legislação relevante, no caso de

ser entregue ao Reino Unido e de permanecer preso após a saída do Reino Unido,

Um Estado-Membro requerido é obrigado, à luz do direito da União, a recusar a

entrega ao Reino Unido de uma pessoa que seja objeto de um mandado de detenção

europeu, entrega essa que, de outro modo, seria obrigatória por força da legislação

nacional do Estado-Membro em questão:

i) Em todos os casos?

ii) Em certos casos, atendendo às circunstâncias específicas de cada caso?

iii) Em nenhum caso?

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2

2) Se a resposta à primeira questão for a indicada na alínea ii), quais são os critérios

ou considerações que um tribunal no Estado-Membro requerido deve apreciar para

determinar se a entrega é proibida?

3) No contexto da segunda questão, deve o tribunal do Estado-Membro requerido

adiar a decisão final quanto à execução do mandado de detenção europeu enquanto

aguarda maior clareza sobre o regime jurídico relevante que vier a ser adotado após a

saída da União Europeia do Estado-Membro requerente em questão:

i) Em todos os casos?

ii) Em certos casos, atendendo às circunstâncias específicas de cada caso?

iii) Em nenhum caso?

4) Se a resposta à terceira questão for a indicada na alínea ii), quais são os critérios

ou considerações que um tribunal no Estado-Membro requerido deve apreciar para

determinar se deve adiar a decisão final quanto à execução do mandado de detenção

europeu?”

Page 125: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Oberverwaltungsgericht für das Land Nordrhein-Westfalen - Alemanha

Data da decisão de reenvio: 26/Fevereiro/2018

Directiva 2002/21/CE

Envio de sinais através comunicações electrónicas

Internet aberta

Remuneração dos serviços

Proc.º C-193/18

- “1. Deve a característica de «serviço […] que consiste total ou principalmente no

envio de sinais através de redes de comunicações eletrónicas» prevista no artigo 2.º,

alínea c), da Diretiva 2002/21/CE, ser interpretada no sentido de que também

abrange ou pode abranger serviços de correio eletrónico baseados na Internet que são

disponibilizados através da Internet aberta e que não fornecem eles próprios acesso à

Internet?

a) Deve a referida característica ser interpretada, em especial, no sentido de que o

próprio serviço de processamento técnico-informático que o prestador desse serviço

de correio eletrónico fornece através do seu servidor de correio eletrónico, atribuindo

aos endereços de correio eletrónico os endereços IP das ligações físicas dos

participantes e inserindo, ou - inversamente - recebendo, através da Internet aberta, as

mensagens de correio eletrónico divididas em pacotes de dados com base em

diferentes protocolos da família de protocolos da Internet, deve ser considerado um

«envio de sinais», ou só a transmissão desses pacotes de dados através da Internet

efetuada pelo Internet (Access) Provider constitui um «envio de sinais»?

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b) Deve a referida característica ser interpretada, em especial, no sentido de que a

transmissão das mensagens de correio eletrónico divididas em pacotes de dados

através da Internet aberta, efetuada pelo Internet (Access) Provider, pode ser

atribuída ao fornecedor de tal serviço de correio eletrónico, de modo a considerar-se

que este também presta um serviço que consiste num «envio de sinais»? Em que

condições é eventualmente possível essa atribuição?

c) No caso de o prestador de tal serviço de correio eletrónico enviar ele próprio sinais

ou poder ser-lhe atribuído, de qualquer modo, o serviço de envio de sinais do Internet

(Access) Provider: pode a referida característica ser interpretada, em especial, no

sentido de que esse serviço de correio eletrónico, independentemente de quaisquer

outras funções adicionais do serviço, tais como a edição, o armazenamento e a

triagem do correio eletrónico ou a gestão dos dados de contacto e independentemente

do esforço técnico efetuado pelo fornecedor no que diz respeito a funções

individuais, também consiste «total ou principalmente» no envio de sinais, na medida

em que, do ponto de vista funcional, na perspetiva dos utilizadores, a função de

comunicação do serviço está em primeiro plano?

2. No caso de a característica enunciada no n.º 1 dever ser interpretada no sentido de

que, em princípio, não abrange serviços de correio eletrónico baseados na internet

que sejam disponibilizados através da Internet aberta e que não forneçam eles

próprios acesso à Internet: pode a referida característica ainda assim verificar-se

excecionalmente, quando o prestador de um serviço deste tipo gere simultaneamente

algumas redes de comunicações eletrónicas próprias ligadas à Internet que podem,

em todo o caso, ser utilizadas também para efeitos do serviço de correio eletrónico?

Em que condições é tal eventualmente possível?

3. Como deve interpretar-se a característica «oferecido em geral mediante

remuneração» prevista no artigo 2.º, alínea c), da Diretiva 2002/21/CE?

Page 127: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

3

a) Esta característica exige, em especial, o pagamento de uma taxa pelos utilizadores

ou pode o pagamento consistir igualmente numa contraprestação por parte dos

utilizadores que seja de interesse económico para o prestador do serviço, como, por

exemplo, disponibilizando os utilizadores ativamente dados pessoais ou outros, ou

sendo esses dados recolhidos de outra forma pelo prestador do serviço quando da

utilização do serviço?

b) Esta característica exige, em especial, que a remuneração seja obrigatoriamente

paga por aquele que beneficia da prestação do serviço, ou pode também ser suficiente

um financiamento total ou parcial do serviço por terceiros, por exemplo, através da

publicidade difundida no sítio Internet do prestador de serviços?

c) A expressão «em geral» refere-se, neste contexto, às circunstâncias em que o

prestador de um serviço específico presta tal serviço, ou às circunstâncias em que são

fornecidos, em geral, serviços idênticos ou comparáveis?”

Page 128: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Vrhovno sodišče Republike Slovenije - Eslovénia

Data da decisão de reenvio: 20/Fevereiro/2018

Transferência de empresa

Serviços financeiros

Proc.º C-194/18

- “– Deve o artigo 1.º, n.º 1, da Diretiva 2001/23/CE ser interpretado no sentido de

que uma transferência como a que ocorreu nas circunstâncias do caso em apreço, que

teve por objeto os instrumentos financeiros e os outros ativos patrimoniais dos

clientes (concretamente, os valores mobiliários), o registo contabilístico dos títulos

de crédito imateriais dos clientes e outros serviços financeiros e acessórios, bem

como o arquivo, também deve ser qualificada de transferência jurídica de empresa ou

de parte de empresa, tendo em conta que, após a cessação da atividade de

intermediação financeira pela primeira recorrida, a transferência da prestação dos

referidos serviços para a segunda recorrida dependia, em definitivo, da decisão dos

comitentes (clientes)?

– Nas circunstâncias descritas, é determinante o número de clientes a quem, após a

cessação da atividade de intermediação financeira pela primeira recorrida, a segunda

recorrida presta atualmente os referidos serviços?

– A circunstância de a primeira recorrida continuar a sua atividade com os clientes na

qualidade de sociedade promotora financeira dependente e, nesse âmbito, cooperar

com a segunda recorrida, afeta de algum modo a definição de transferência de

empresa ou de estabelecimento?”

Page 129: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do
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Órgão jurisdicional de reenvio:

Sąd Okręgowy w Piotrkowie Trybunalskim - Tribunal Regional de

Piotrków Trybunalski - Polónia

Data do despacho de reenvio: 2/Fevereiro/2018

Directiva 92/83/CEE

Regulamento (CEE) n.º 2658/87

Impostos especiais sobre o consumo

Bebidas alcoólicas

Proc.º C-195/18

- “Deve o artigo 2.º da Diretiva 92/83/CEE do Conselho, de 19 de outubro de 1992,

relativa à harmonização da estrutura dos impostos especiais sobre o consumo de

álcool e bebidas alcoólicas, conjugado com o Anexo 1 do Regulamento (CEE) n.º

2658/87 do Conselho, relativo à nomenclatura pautal e estatística e à pauta aduaneira

comum, ser interpretado no sentido de que um produto pode ser classificado como

cerveja de malte, na posição NC 2203, se na produção do mosto lupulado for

utilizado extrato de malte, xarope de glucose, ácido cítrico e água, ainda que o mosto

tenha um teor de ingredientes não maltados superior ao de ingredientes maltados, e

for acrescentado xarope de glucose ao mosto lupulado antes do seu processo de

fermentação, e quais os critérios que devem ser utilizados para determinar o teor de

ingredientes maltados e não maltados no mosto lupulado para que o produto assim

produzido possa ser classificado como cerveja, na posição NC 2203?”

Page 131: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Verwaltungsgericht Wien - Áustria

Data da decisão de reenvio: 13/Março/2018

TFUE

Directiva 91/676/CEE

Poluição

Protecção das águas

Abastecimento de água

Companhia pública

Tratamento das águas

Parte directamente afectada

Proc.º C-197/17

- “Deve o artigo 288.º do TFUE, em conjugação com o artigo 5.º, n.º 4, ou com as

disposições combinadas do artigo 5.º, n.º 5, e do Anexo I, ponto 2, da Diretiva

91/676/CEE do Conselho, de 12 de dezembro de 1991, relativa à proteção das águas

contra a poluição causada por nitratos de origem agrícola (a seguir «Diretiva

91/676»), ser interpretado no sentido de que:

a) uma companhia pública de águas que presta serviços de abastecimento de água e

que, para o efeito, antes de abastecer os consumidores (sujeitos à obrigação de

ligação à rede), procede ao tratamento das águas de fontes existentes que contenham

um teor demasiado elevado de nitratos para obter um valor inferior a 50 mg/l de

concentração de nitratos antes do abastecimento aos consumidores, e a qual é

obrigada por lei a assegurar o abastecimento de água numa determinada área

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2

geográfica, pode ser considerada diretamente afetada na aceção da jurisprudência do

Tribunal de Justiça da União Europeia (neste caso, devido à transposição

eventualmente incorreta da Diretiva 91/676/CEE do Conselho, de 12 de dezembro de

1991) quando, devido a planos de ações alegadamente insuficientes (já que é

excedido o valor de 50 mg/l de concentração de nitratos nas águas localizadas na área

desta companhia), é afetada na medida em que é obrigada a executar medidas de

tratamento de águas e, consequentemente, lhe são reconhecidos, no âmbito da

Diretiva 91/676, direitos subjectivos

a.1) à modificação de um programa de ação nacional já adotado para efeitos de

transposição da Diretiva 91/676 (nos termos do artigo 5.º, n.º 4, desta diretiva), no

sentido de prever medidas mais estritas para atingir os objetivos referidos no artigo

1.º da Diretiva 91/676 e, em concreto, o de obter um valor não superior a 50 mg/l de

concentração de nitratos nas águas subterrâneas em cada um dos pontos de captação?

a.2) à adoção de medidas suplementares ou de ações reforçadas (nos termos do artigo

5.º, n.º 5, da Diretiva 91/676) para atingir os objetivos referidos no artigo 1.º da

Diretiva 91/676 e, em concreto, o de obter um valor não superior a 50 mg/l de

concentração de nitratos nas águas subterrâneas em cada um dos pontos de captação?

b) um consumidor que, embora seja autorizado, por lei, a aproveitar a água do seu

próprio poço doméstico para efeitos de consumo próprio mas que não a utiliza

devido aos elevados valores de nitratos (à data do pedido subjacente ao processo não

a podia aproveitar e à data da submissão do presente pedido de decisão prejudicial ao

Tribunal de Justiça poderia utilizá-la, sendo porém certo que está previsto um novo

aumento dos valores de nitratos na água para além de 50 mg/l), recebendo água de

uma companhia pública de águas, pode ser considerado diretamente afetado na

aceção da jurisprudência do Tribunal de Justiça da União Europeia (neste caso,

devido à transposição eventualmente incorreta da Diretiva 91/676/CEE do Conselho,

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de 12 de dezembro de 1991) quando, devido a planos de ações alegadamente

insuficientes é excedido o valor de 50 mg/l de concentração de nitratos nas águas

extraídas do seu ponto de captação (um poço doméstico), é afetado na medida em

que não pode exercer o seu direito à utilização das águas subterrâneas no seu terreno,

que a lei lhe confere de maneira limitada, e, consequentemente, lhe são reconhecidos,

no âmbito da Diretiva 91/676, direitos subjectivos

b.1) à modificação de um programa de ação nacional já adotado para efeitos de

transposição da Diretiva 91/676 (nos termos do artigo 5.º, n.º 4, desta diretiva), no

sentido de prever medidas mais estritas para atingir os objetivos referidos no artigo

1.º da Diretiva 91/676 e, em concreto, o de obter um valor não superior a 50 mg/l de

concentração de nitratos nas águas subterrâneas em cada um dos pontos de captação?

b.2) à adoção de medidas suplementares ou de ações reforçadas (nos termos do artigo

5.º, n.º 5, da Diretiva 91/676) para atingir os objetivos referidos no artigo 1.° da

Diretiva 91/676 e, em concreto, o de obter um valor não superior a 50 mg/l de

concentração de nitratos nas águas subterrâneas em cada um dos pontos de captação?

c) um município que, enquanto organismo público, explora uma fonte municipal para

abastecimento de água potável a qual, devido aos valores de nitratos superiores a 50

mg/l na água, apenas pode usar ou disponibilizar como água não potável – sem que

isso afete o abastecimento de água potável – pode ser considerado diretamente

afetado na aceção da jurisprudência do Tribunal de Justiça da União Europeia (neste

caso, devido à transposição eventualmente incorreta da Diretiva 91/676/CEE do

Conselho, de 12 de dezembro de 1991 através de planos de ações insuficientes),

quando é excedido o valor de 50 mg/l de concentração de nitratos nas águas no ponto

de captação, sendo impossível o seu consumo como água potável, e,

consequentemente, lhe são reconhecidos, no âmbito da Diretiva 91/676, direitos

subjectivos c.1) à modificação de um programa de ação nacional já adotado para

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efeitos de transposição da Diretiva 91/676 (nos termos do artigo 5.º, n.º 4, desta

diretiva), no sentido de prever medidas mais estritas para atingir os objetivos

referidos no artigo 1.º da Diretiva 91/676 e, em concreto, o de obter um valor não

superior a 50 mg/l de concentração de nitratos nas águas subterrâneas em cada um

dos pontos de captação?

c.2) à adoção de medidas suplementares ou de ações reforçadas (nos termos do artigo

5.º, n.º 5, da Diretiva 91/676) para atingir os objetivos referidos no artigo 1.º da

Diretiva 91/676 e, em concreto, o de obter um valor não superior a 50 mg/l de

concentração de nitratos nas águas subterrâneas em cada um dos pontos de captação?

Note-se que, em todos os três casos, está sempre assegurada a proteção da saúde dos

consumidores, quer – nos casos b) e c) – através do abastecimento de água por

companhias públicas de águas (com obrigação e direito de ligação à rede) quer –

no caso a) – através de medidas adequadas de tratamento das águas.”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Högsta domstolen - Suécia

Data da decisão de reenvio: 12/Março/2018

Regulamento n.º 1346/2000

Insolvência

Tribunal sueco

Síndico/Sociedade polaca

Cessão de crédito

Compensação

Contrato de fornecimento

Estado de abertura do processo

Proc.º C-198/18

- “1. Deve o artigo 4.º do Regulamento n.º 1346/2000 ser interpretado no sentido de

que se aplica a uma ação intentada num tribunal sueco pelo síndico de uma sociedade

polaca – que é objeto de um processo de insolvência na Polónia – contra uma

sociedade sueca, para obter o pagamento de bens fornecidos ao abrigo de um contrato

celebrado entre estas sociedades antes do referido processo de insolvência?

2. Em caso de resposta afirmativa à primeira questão, é relevante o facto de o

síndico, na pendência da ação, ceder o crédito em causa a uma sociedade, que lhe

sucede assim nessa ação?

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3. Em caso de resposta afirmativa à segunda questão, é relevante o facto de a

sociedade que sucedeu na ação se tornar posteriormente insolvente?

4. Se o demandado da ação judicial, na situação referida na primeira questão, alegar

que o crédito cujo pagamento o síndico reclama deve ser compensado com um

crédito seu decorrente do mesmo contrato, este caso de compensação está abrangido

pelo artigo 4.º, n.º 2, alínea d), [do Regulamento n.º 1346/2000]?

5. Deve o artigo 4.º, n.º 2, alínea d), e o artigo 6.º, n.º 1, do Regulamento n.º

1346/2000, em conjugação, ser interpretados no sentido de que o artigo 6.º, n.º 1, só

se aplica se não for possível, ao abrigo da lei do Estado de abertura do processo,

efetuar a compensação ou no sentido de que o artigo 6.º, n.º 1, também se aplica a

outras situações, por exemplo quando só existe diferença quanto à possibilidade de

compensação nas ordens jurídicas em causa ou quando não existe nenhuma

diferença, mas a compensação é, ainda assim, recusada no Estado de abertura do

processo?”

Page 137: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Consiglio di Stato - Itália

Data da decisão de reenvio: 14/Dezembro/2017

Regulamento n.º 882/2004

Controlo veterinário

Abate de animais

Taxa

Proc.ºs C-199/18 e C-200/18

- “1 – Deve o artigo 27.º do Regulamento (CE) n.º 882/2004, ao prever para as

atividades referidas na secção A do anexo IV e na secção A do anexo V, que os

Estados-Membros devem assegurar a cobrança de uma taxa, ser interpretado no

sentido de que impõe a obrigação de pagamento a todos os empresários agrícolas

ainda que «exerçam as atividades de abate e desmancha de carnes a título

instrumental e conexo com a atividade de criação de animais»?

2 – Pode um Estado-Membro excluir do pagamento dos encargos sanitários certas

categorias de empresários apesar de ter estabelecido um sistema de cobrança de

tributos adequado, no seu conjunto, a garantir a cobertura dos custos suportados

pelos controlos oficiais ou aplicar taxas inferiores às previstas no Regulamento (CE)

n.º 882/2004?”

Page 138: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Consiglio di Stato - Itália

Data da decisão de reenvio: 14/Dezembro/2017

Regulamento n.º 882/2004

Encargos sanitários

Abate

Criação de animais

Taxa

Proc.º s C-199/18, C-200/18 e C-343/18

- “1 – Deve o artigo 27.º do Regulamento (CE) n.º 882/2004, ao prever para as

atividades referidas na secção A do anexo IV e na secção A do anexo V, que os

Estados-Membros devem assegurar a cobrança de uma taxa, ser interpretado no

sentido de que impõe a obrigação de pagamento a todos os empresários agrícolas

ainda que «exerçam as atividades de abate e desmancha de carnes a título

instrumental e conexo com a atividade de criação de animais»?

2 – Pode um Estado-Membro excluir do pagamento dos encargos sanitários certas

categorias de empresários apesar de ter estabelecido um sistema de cobrança de

tributos adequado, no seu conjunto, a garantir a cobertura dos custos suportados

pelos controlos oficiais ou aplicar taxas inferiores às previstas no Regulamento (CE)

n.º 882/2004?”

Page 139: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Cour d’appel de Mons - Tribunal de segunda instância de Mons - Bélgica

Data da decisão de reenvio: 9/Março/2018

Directiva 2006/112/CE

IVA

Bem de investimento imobiliário

“sale and lease back”

Regularização

Princípio da neutralidade

Princípio da igualdade de tratamento

Proc.º C-201/18

- “«Devem os artigos 14.º, 15.º, 168.º, 184.º, 185.º, 187.º e 188.º da Diretiva2006/112/CE do Conselho, de 28 de novembro de 2006, relativa ao sistema comumdo imposto sobre o valor acrescentado, ser interpretados e aplicados de forma quehaja ou não que proceder à revisão/regularização do IVA que incidiu sobre um bemde investimento imobiliário, inicialmente corretamente deduzido, quando esse bemde investimento imobiliário foi objeto de uma operação de "sale and lease back"(venda e posterior locação financeira), considerando que:- a operação de “sale and lease back” é formada pela constituição combinada esimultânea de um direito de enfiteuse (que é um direito real temporário) pelo sujeitopassivo a favor de duas instituições financeiras e de uma locação financeira feita poressas duas instituições financeiras a favor do sujeito passivo;- esta operação de “sale and lease back” consubstancia uma operação puramentefinanceira para aumentar a liquidez do sujeito passivo;- a operação de “sale and lease back” (venda e posterior locação financeira) não foisujeita a IVA;- o bem de investimento imobiliário ficou na posse do sujeito passivo, que o utilizouna sua atividade sujeita a imposto de forma ininterrupta e duradoura, tanto antescomo depois da operação.A interpretação e a aplicação das disposições supramencionadas que conduzem auma revisão/regularização do IVA inicialmente deduzido são conformes com oprincípio de neutralidade do IVA e/ou com o princípio da igualdade de tratamento?»”

Page 140: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Oberverwaltungsgericht für das Land Nordrhein-Westfalen

[Tribunal Administrativo de Segunda Instância do Land da Renânia

do Norte/Vestefália] - (Alemanha

Data da decisão de reenvio: 21/Fevereiro/2018

Regulamento n.º 561/2006

Regulamento n.º 165/2014

Transporte rodoviário

Serviços postais

Encomendas

Veículos

Proc.º C-203/18

- “1) Deve a norma excecional do artigo 13.º, n.º1, alínea d), do Regulamento (CE)

n.º 561/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de março de 2006, na

redação que lhe foi dada pelo artigo 45.º, n.º 2, do Regulamento (UE) n.º 165/2014

do Parlamento Europeu e do Conselho, de 4 de fevereiro de 2014, ser interpretada no

sentido de que abrange apenas os veículos ou conjuntos de veículos utilizados

exclusivamente para a expedição de encomendas no âmbito do serviço universal, ou

pode essa norma aplicar-se também quando os veículos ou conjuntos de veículos são

utilizados predominantemente, ou numa certa proporção, para expedir encomendas

no âmbito do serviço universal?

2) No contexto da norma excecional referida na questão 1, para determinar se os

veículos ou conjuntos de veículos são utilizados exclusivamente ou, sendo caso

disso, predominantemente ou numa certa proporção para expedir encomendas no

âmbito do serviço universal, há que tomar por base a utilização de um veículo ou de

Page 141: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

um conjunto de veículos em geral, ou a utilização concreta de um veículo ou de um

conjunto de veículos num trajeto individual?”

Page 142: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Nejvyšší soud České republiky - República Checa

Data da decisão de reenvio: 13 de março de 2018

Consumidor

Competência internacional

Profissional

Proc.º C-208/18

- “Deve o artigo 17.º, n.º 1, do Regulamento (UE) n.º 1215/2012 do Parlamento

Europeu e do Conselho, de 12 de dezembro de 2012, relativo à competência

judiciária, ao reconhecimento e à execução de decisões em matéria civil e comercial,

ser interpretado no sentido de que uma pessoa, como a recorrente no processo

principal, que opera no mercado internacional de câmbio de divisas FOREX com

base em ordens suas que são dadas de forma ativa, embora por intermédio de uma

terceira pessoa que é um profissional que opera nesse mercado, deve ser qualificada

de consumidor na aceção da referida disposição?”

Page 143: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Schienen-Control Kommission - Áustria)

Data da decisão de reenvio: 19/Fevereiro/2018

Directiva 2012/34/UE

Espaço ferroviário europeu único

«Cais de passageiros»

Infraestrutura ferroviária

Proc.º C-210/18

- “1. Deve o anexo II, ponto 2, alínea a), da Diretiva 2012/34/UE do Parlamento

Europeu e do Conselho, de 21 de novembro de 2012, que estabelece um espaço

ferroviário europeu único (JO L 343, de 14 de dezembro de 2012, p. 32), ser

interpretado no sentido de que o elemento normativo «estações de passageiros, seus

edifícios e outras instalações» nele previsto abrange o elemento da infraestrutura

ferroviária «cais de passageiros» a que se refere o anexo I, segundo travessão, desta

diretiva?

2. Em caso de resposta negativa à primeira questão:

Deve o anexo II, ponto 1, alínea c), da Diretiva 2012/34/UE do Parlamento Europeu

e do Conselho, de 21 de novembro, que estabelece um espaço ferroviário europeu

único (JO L 343, de 14 de dezembro de 2012, p. 32), ser interpretado no sentido de

que o elemento normativo «utilização da infraestrutura ferroviária» nele previsto

abrange a utilização dos cais de passageiros a que se refere o anexo I, segundo

travessão, desta diretiva?”

Page 144: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

1

Órgão jurisdicional de reenvio:

Centro de Arbitragem Administrativa - CAAD: Arbitragem Tributária

Data da decisão de reenvio: 19/Fevereiro/2018

Directiva 2006/112/CE

IVA

Estabelecimento hospitalar

Sociedade comercial de direito privado

Prestação de serviços de assistência médica

Convenções

Estado

Pessoas colectivas de direito público

Isenção

Tributação

Proc.º C-211/18

- “1) O artigo 132.°, n.º 1, alínea b) da Directiva 2006/112/CE, do Conselho, de 28 de

Novembro, relativa ao Sistema Comum do Imposto sobre o Valor Acrescentado

(“Directiva do IVA”), opõe-se a que se entenda que um estabelecimento hospitalar

pertencente a uma sociedade comercial de direito privado, que celebrou convenções

para a prestação de serviços de assistência médica com o Estado e pessoas colectivas

de direito público, passa a actuar em condições sociais análogas às que vigoram para

os organismos de direito público previstos naquela norma quando se verificam as

seguintes condições:

Page 145: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

2

- mais de 54,5% da facturação, incluindo os montantes faturados aos respectivos

utentes beneficiários, é efectuada com serviços do Estado e subsistemas públicos de

saúde, a preços fixados em acordos e convenções com estes celebrados;

- mais de 69% dos utentes são beneficiários de subsistemas de saúde públicos ou

usufruem de serviços prestados no âmbito de convenções celebradas com serviços do

Estado;

- mais de 71% dos actos médicos foram realizados ao abrigo das convenções

celebradas com subsistemas de saúde públicos e com serviços do Estado; e

- é grande interesse público geral da actividade desenvolvida?

2) Tendo Portugal optado, ao abrigo do artigo 377.º da Directiva do IVA, por

continuar a isentar de IVA as operações efectuadas pelos estabelecimentos

hospitalares não referidos no artigo 132.º, n.º 1, alínea b) desta Directiva e tendo

concedido a estes sujeitos passivos, ao abrigo do artigo 391.º da Directiva, a

faculdade de optarem pela tributação das referidas operações, com a obrigação de se

manterem no regime de tributação por um período mínimo de cinco anos e prevendo

apenas a possibilidade de voltarem ao regime de isenção se manifestarem tal

intenção, este artigo 391.° e/ou os princípios da protecção de direitos adquiridos e da

confiança legítima, da igualdade, da não discriminação, da neutralidade e da não

distorção da concorrência em relação aos utilizadores e aos sujeitos passivos que

sejam organismos de direito público, opõem-se a que a Autoridade Tributária e

Aduaneira imponha o regime de isenção, antes do decurso daquele prazo, a partir do

período em que entende que o sujeito passivo passou a prestar serviços em condições

sociais análogas aos organismos de direito público?

3) O referido artigo 391.º da Directiva e/ou os princípios referidos opõem-se a que a

uma nova lei imponha o regime de isenção aos sujeitos passivos que anteriormente

optaram pelo regime de tributação, antes do decurso daquele prazo de cinco anos?

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3

4) O referido artigo 391.º e/ou os referidos princípios referidos opõem-se a um

regime legal à face do qual um sujeito passivo que optou pela aplicação do regime de

tributação, por no momento em que formulou a opção não prestar serviços de saúde

em condições sociais análogas aos organismos de direito público, pode permanecer

em tal regime se passar a prestar esses serviços em condições sociais análogas aos

organismos de direito público?”

Page 147: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Tribunale Amministrativo Regionale per il Piemonte - Itália

Data da decisão de reenvio: 14/Fevereiro/2018

Princípio da transparência

Princípio da proporcionalidade

Energia eléctrica

Resíduos

Biomassa

Proc.º C-212/18

- “1) O artigo 6.º da Diretiva 2008/98/CE e, em qualquer caso, o princípio da

proporcionalidade, opõem-se a uma disposição nacional, como a constante do artigo

293.º do Decreto Legislativo n.º 152/2006 e do artigo 268.º, alínea eee-bis), do

Decreto Legislativo n.º 152/2006, que obriga a considerar como resíduo, mesmo no

âmbito de um procedimento de autorização de uma central de energia elétrica

alimentada por biomassa, um biolíquido que cumpre os requisitos técnicos para o

efeito e que é pedido para fins de produção como combustível, se e enquanto o

referido biolíquido não figurar no anexo X, parte II, secção 4, parágrafo 1, da parte V

do Decreto Legislativo n.º 152, de 3 de abril de 2006, independentemente da

avaliação de impacto ambiental negativa ou de qualquer contestação relativa às

características técnicas do produto, no âmbito do procedimento de autorização?

2) O artigo 13.º da Diretiva 2009/28/CE e, em qualquer caso, os princípios da

proporcionalidade, transparência e simplificação opõem-se a uma disposição

nacional, como a constante do artigo 5.º do Decreto Legislativo n.º 28/2011, na parte

em que, no momento em que o requerente pede autorização para utilizar a biomassa

como combustível numa instalação que produz emissões para a atmosfera, não prevê

nenhum tipo de coordenação com o procedimento de autorização da referida

utilização como combustível previsto no Decreto Legislativo n.º 152/2006, anexo X

da parte V, nem a possibilidade de apreciar, in concreto, a solução proposta no

âmbito de um único procedimento de autorização e à luz de especificações técnicas

predefinidas?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Tribunale ordinario di Roma - Itália

Data da decisão de reenvio: 26/Fevereiro/2018

Regulamento n.º 261/2004

Convenção de Montreal

Regulamento n.º 44/2001

«Competência Jurisdicional»

Atraso/cancelamento voo

Indemnização fixa

Repartição da jurisdição

Proc.º C-213/18

- “1) Quando uma parte, tendo sofrido o atraso ou o cancelamento de um voo, requer

conjuntamente, além das indemnizações fixas e uniformizadas referidas nos artigos

5.º, 7.º e 9.º do Regulamento n.º 261/2004, o ressarcimento do dano na aceção do

artigo 12.º do referido regulamento, deve aplicar-se o artigo 33.º da Convenção de

Montreal, ou a «competência jurisdicional» (quer internacional quer interna) deve ser

regulada pelo artigo 5.º do Regulamento n.º 44/2001?

2) Na primeira hipótese referida na primeira questão, deve o artigo 33.º da

Convenção de Montreal ser interpretado no sentido de que regula apenas a repartição

da jurisdição entre os Estados, ou no sentido de que regula também a competência

territorial interna de cada Estado?

3) Na primeira hipótese referida na segunda questão, deve entender-se que a

aplicação do artigo 33.º da Convenção de Montreal é «exclusiva» e se opõe à

aplicação do artigo 5.º do Regulamento n.º 44/2001, ou as duas disposições podem

ser aplicadas conjuntamente de modo a que se determine diretamente quer a

jurisdição do Estado, quer a competência territorial interna dos seus tribunais?”

Page 150: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Sąd Rejonowy w Sopocie - Tribunal de Primeira Instância de Sopot - Polónia

Data da decisão de reenvio: 8/Março/2018

Directiva 2006/112/CE, de 28.11

Acção executiva

Agentes de execução

Taxas de execução

IVA

Proc.º C-214/18

- “1. À luz do sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado resultante daDiretiva 2006/112/CE do Conselho, de 28 de novembro de 2006, relativa ao sistemacomum do imposto sobre o valor acrescentado (JO 2006, L 347, p. 1 conformealterada; a seguir «Diretiva IVA»), nomeadamente dos seus artigos 1.º, 2.º, n.° 1,alínea a) e c), e 73.º, conjugado com o artigo 78.º, primeiro parágrafo, alínea a), e porforça do princípio aí consagrado da neutralidade do IVA, que faz parte dos princípiosgerais do direito da União, é admissível – tendo em conta o conteúdo dos artigos29.º-A, n.º 1, e n.º 6, ponto 1, da Ustawa z dnia 11 marca 2004 r. o podatku odtowarów i usług (Lei de 11 de março de 2004, relativa ao imposto sobre bens eserviços, versão consolidada Dz. U. 2017, ponto 1221, conforme alterada, a seguir«Lei do IVA»), conjugado com o conteúdo dos artigos 49.º, n.º 1, 35.º e 63.º, n.º 4, daUstawa z dnia 29 sierpnia 1997 r. o komornikach sądowych i egzekucji (Lei de 29 deagosto de 1997 sobre os agentes de execução e a ação executiva, versão consolidadaDz. U 2017, ponto 1277, conforme alterada, a seguir «Lei dos agentes de execução»)– o entendimento de que as taxas de execução cobradas pelos agentes de execução jáincluem o montante do imposto sobre bens e serviços (isto é, IVA)?Em caso de resposta afirmativa à primeira questão:2. À luz do princípio da proporcionalidade, que faz parte dos princípios gerais dodireito da União, é admissível considerar que o agente de execução – enquantosujeito passivo de IVA no que respeita às suas atividades de execução – dispõe, defacto, de todos os instrumentos jurídicos para cumprir devidamente as suasobrigações tributárias, se se partir do princípio de que a taxa de execução aplicada aoabrigo da Lei dos agentes de execução já inclui o montante do imposto sobre bens eserviços (isto é, IVA)?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Obvodní soud pro Prahu 8 - República Checa

Data da decisão de reenvio: 25/Janeiro/2018

Regulamento n.º 44/2001

Regulamento n.º 261/2004

Competência judiciária

Transporte aéreo

Consumidor

Cancelamento de voo

Atraso de voo

Indemnização

Proc.º C-215/18

- “1) Existiu uma relação contratual entre a demandante e a demandada na aceção do

artigo 5.º, n.º 1, do Regulamento (CE) n.º 44/2001, relativo à competência judiciária,

ao reconhecimento e à execução de decisões em matéria civil e comercial, apesar de

estas não terem celebrado um contrato e de o voo fazer parte de um serviço de

viagem organizada prestado com base num contrato celebrado entre a demandante e

um terceiro (agência de viagens)?

2) A referida relação pode ser qualificada de relação objeto de um contrato celebrado

por um consumidor na aceção do disposto na secção 4, artigos 15.º a 17.º, do

Regulamento (CE) n.º 44/2001, relativo à competência judiciária, ao reconhecimento

e à execução de decisões em matéria civil e comercial?

3) A demandada tem legitimidade passiva para ser accionada judicialmente com vista

à satisfação dos direitos decorrentes do Regulamento (CE) n.º 261/2004, que

estabelece regras comuns para a indemnização e a assistência aos passageiros dos

Page 152: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

transportes aéreos em caso de recusa de embarque e de cancelamento ou atraso

considerável dos voos e que revoga o Regulamento (CEE) n.º 295/91?”

Page 153: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Fővárosi Közigazgatási és Munkaügyi Bíróság - Tribunal

Administrativo e de Trabalho da Capital - Hungria

Data da decisão de reenvio: 8/Março/2018

Directiva 2011/24/UE

Cuidados de saúde transfronteiriços

Direitos dos doentes

Medicamentos

Receitas

Prestação de cuidados de saúde

Proc.º C-222/18

- “Devem os artigos 3.º, alínea k), e 11.º, n.º 1, da Diretiva 2011/24/UE do

Parlamento Europeu e do Conselho, de 9 de março de 2011, relativa ao exercício dos

direitos dos doentes em matéria de cuidados de saúde transfronteiriços, ser

interpretados no sentido de que é contrária ao reconhecimento mútuo de receitas e à

livre prestação de serviços e, portanto, incompatível com os mesmos, uma legislação

nacional que estabelece uma distinção entre duas categorias de receitas e que só

permite relativamente a uma delas que sejam dispensados medicamentos a um

médico que exerce a sua atividade de prestação de cuidados de saúde num Estado

diferente desse Estado-Membro?”

Page 154: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:Naczelny Sąd Administracyjny - Supremo Tribunal Administrativo - PolóniaData do despacho de reenvio prejudicial: 28/Novembro/2017

Directiva 2006/112/CE, de 28.11Aceitação da obraIVA

Proc.º C-224/18

- “«Deve considerar-se, no caso de as partes na operação terem acordado que paraefeitos de pagamento de obras de construção e/ou de montagem é necessário aentidade adjudicante expressar a aceitação da execução dessas obras no auto dereceção das mesmas, que a prestação de serviços a que se refere o artigo 63.º daDiretiva 2006/112/CE do Conselho, de 28 de novembro de 2006, relativa ao sistemacomum do imposto sobre o valor acrescentado (JO 2006, L 347, p. 1, conformealterado) ocorre:− no momento em que as obras de construção e/ou montagem são efetivamenteexecutadasou− no momento da aceitação da execução dessas obras pela entidade adjudicante,expressa no auto de receção?»”

Page 155: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Naczelny Sąd Administracyjny (Supremo Tribunal Administrativo,

Polónia)

Data do despacho de reenvio: 23/Outubro/2017

Directiva 2006/12/CE do Conselho

Serviços de alojamento e restauração

IVA

Proc.º C-225/18

- “Deve considerar-se que o artigo 168.° da Diretiva 2006/112/CE do Conselho, de

28 de novembro de 2006, relativa ao sistema comum do imposto sobre o valor

acrescentado (JO 2006, L 347, p. 1, conforme alterada) e os princípios da

neutralidade e proporcionalidade não são contrários a uma regulamentação como a

constante do artigo 88.º, n.º 1, ponto 4, da Ustawa z dnia 11 marca 2004 r. o podatku

od towarów i usług (Lei de 11 de março de 2004, relativa ao imposto sobre bens e

serviços) (Dz. U. 2011, n.° 177, posição 1054, conforme alterada, atualmente Dz. U.

2017, posição 1221, conforme alterada), segundo a qual a redução do montante ou o

reembolso da diferença relativamente ao imposto devido não se aplica a sujeitos

passivos que prestam serviços de alojamento e restauração, com exceção da

aquisição de refeições prontas para os passageiros pelo sujeito passivo que presta um

serviço de transporte de passageiros, mesmo nos casos em que essas regras foram

introduzidas na lei com base no artigo 17.º, n.º 6, da Sexta Diretiva do Conselho, de

17 de maio de 1977, relativa à harmonização das legislações dos Estados-Membros

respeitantes aos impostos sobre o volume de negócios ‒ Sistema comum do imposto

sobre o valor acrescentado: matéria coletável uniforme (JO 1977, L 145, p. 1,

conforme alterada)?»”

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Órgão jurisdicional de reenvio:Finanzgericht Hamburg - AlemanhaData da decisão de reenvio: 22/Fevereiro/2018

Regulamento 1238/2013Regulamento 1239/2013Direito anti-dumpingDireito de compensaçãoCódigo Aduaneiro

Proc.º C-226/18

- “1) O artigo 212.º-A do Código Aduaneiro abrange a isenção de um direitoanti-dumping e de um direito de compensação nos termos do artigo 3.º, n.º 1, doRegulamento n.º 1238/2013 ou do artigo 2.º, n.º 1, do Regulamento n.º 1239/2013?2) Em caso de resposta afirmativa à primeira questão: aplicando o artigo 212.º-A doCódigo Aduaneiro à constituição de uma dívida aduaneira por força do artigo 204.º,n.º 1, do Código Aduaneiro em razão da inobservância do prazo previsto no artigo49.º, n.º 1, do Código Aduaneiro, fica satisfeito o requisito estabelecido nos artigos3.º, n.º 1, alínea a), do Regulamento n.º 1238/2013 e 2.º, n.º 1, alínea a), doRegulamento n.º 1239/2013, se a empresa, que está coligada com a empresa indicadano Anexo da Decisão de Execução 2013/707/UE (que fabricou, expediu e faturou amercadoria em causa), não tiver atuado na qualidade de importadora da mercadoriaem causa nem a tiver introduzido em livre prática, mas tiver tido essa intenção e,além disso, tiver recebido efetivamente a mercadoria em causa?3) Em caso de resposta afirmativa à segunda questão: a fatura de compromisso e ocertificado de compromisso de exportação na aceção dos artigos 3.º, n.º 1, alíneas b)e c), do Regulamento n.º 1238/2013 e 2.º, n.º 1, alíneas b) e c), do Regulamento n.º1239/2013, também podem, aplicando o artigo 212.º-A do Código Aduaneiro àconstituição de uma dívida aduaneira por força do artigo 204.º, n.º 1, do CódigoAduaneiro, em razão da inobservância do prazo previsto no artigo 49.º, n.º 1, doCódigo Aduaneiro, ser apresentados no prazo fixado pelas autoridades aduaneiras aoabrigo do artigo 53.º, n.º 1, do Código Aduaneiro?4) Em caso de resposta afirmativa à terceira questão: uma fatura de compromisso nostermos dos artigos 3.º, n.º 1, alínea b), do Regulamento n.º 1238/2013 e 2.º, n.º 1,

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2

alíneas b) e c), do Regulamento n.º 1239/2013, que, em vez de fazer referência àDecisão de Execução 2013/707/UE, faz referência à Decisão 2013/423/UE, nascircunstâncias do processo principal e tendo em conta os princípios gerais de direito,satisfaz os requisitos do Anexo III, n.º 9, do Regulamento n.º 1238/2013 e do Anexo2, n.º 9, do Regulamento n.º 1239/2013?5) Em caso de resposta negativa à quarta questão: a fatura de compromisso na aceçãodos artigos 3.º, n.º 1, alínea b), do Regulamento n.º 1238/2013 e 2.º, n.º 1, alínea b),do Regulamento n.º 1239/2013, também pode, aplicando o artigo 212.º-A do CódigoAduaneiro à constituição da dívida aduaneira por força do artigo 204.º, n.º 1, doCódigo Aduaneiro, em razão da inobservância do prazo previsto no artigo 49.º, n.º 1,do Código Aduaneiro, ser ainda apresentada no âmbito de um procedimento derecurso contra a fixação da dívida aduaneira?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Kúria - Tribunal Supremo, Hungria

Data da decisão de reenvio: 6/Março/2018

TFUE

Concorrência

Restrição

Comissão interbancária

Cartões bancários

Bancos

Acordo interbancário

Proc.º C-228/18

- “1) Pode o artigo 81.º, n.º 1, CE [artigo 101.º, n.º 1, TFUE] ser interpretado no

sentido de que o mesmo comportamento pode violar esta disposição tanto pelo seu

objetivo anticoncorrencial como pelo seu efeito anticoncorrencial, ambos

considerados como fundamentos jurídicos independentes?

2) Pode o artigo 81.º, n.º 1, CE [artigo 101.º, n.º 1, TFUE] ser interpretado no sentido

de que constitui uma restrição da concorrência por objetivo o acordo em causa no

litígio, celebrado entre bancos húngaros e que fixa, relativamente a duas sociedades

responsáveis pela emissão de cartões bancários, a MasterCard e a Visa, um montante

uniforme da comissão interbancária a pagar aos bancos emitentes pela utilização dos

cartões das referidas sociedades?

3) Pode o artigo 81.º, n.º 1, CE [artigo 101.º, n.º 1, TFUE] ser interpretado no sentido

de que também se consideram partes num acordo interbancário as sociedades

Page 160: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

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responsáveis pela emissão de cartões de crédito que não participaram diretamente na

definição do conteúdo do acordo mas que tornaram possível a sua adoção e que o

aceitaram e aplicaram, ou deve considerar-se que essas sociedades atuaram de forma

concertada com os bancos que celebraram o acordo?

4) Pode o artigo 81.º, n.º 1, CE [artigo 101.º, n.º 1, TFUE] ser interpretado no sentido

de que, tendo em conta o objeto do processo principal, não é necessário, para apreciar

uma infração ao direito da concorrência, determinar se se trata da participação no

acordo ou de concertação com o comportamento dos bancos participantes no

acordo?”

Page 161: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Landesverwaltungsgericht Tirol - Áustria

Data da decisão de reenvio: 27/Março/2018

Carta dos Direitos Fundamentais da UE

Medidas coercivas

Procedimento administrativo

Proc.º C-230/18

- “1) Deve o artigo 15.º, n.º 2, da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia

(CDF), segundo o qual todos os cidadãos da União Europeia têm a liberdade de

procurar emprego, de trabalhar, de se estabelecer ou de prestar serviços em qualquer

Estado-Membro, ser interpretado no sentido de que se opõe a um regime legal de um

Estado-Membro, como o do n.º 3 do § 19 da Tiroler Landespolizeigesetz [Lei de

Polícia do Tirol], LGBl n.º 60/1976, alterada por último pela lei LGBl n.º 56/2017,

que permite aos agentes da autoridade tomarem, in loco, medidas coercivas diretas,

como o encerramento de um estabelecimento, que não são meras medidas

provisórias, mesmo sem a precedência de um procedimento administrativo?

2) Deve o artigo 47.º da CDF, eventualmente em conjugação com os artigos 41.º e

52.º da mesma Carta, na perspetiva do princípio da igualdade de armas e do direito a

uma tutela jurisdicional efetiva, ser interpretado no sentido de que se opõe a um

regime legal de um Estado-Membro, como o dos n.os 3 e 4 do § 19 da Tiroler

Landespolizeigesetz, que prevê medidas coercivas de facto, como o encerramento de

um estabelecimento, sem documentação e sem confirmação do ato ao interessado?

Page 162: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

3) Deve o artigo 47.º da CDF, eventualmente em conjugação com os artigos 41.° e

52.° da mesma Carta, na perspetiva do princípio da igualdade de armas, ser

interpretado no sentido de que se opõe a um regime legal de um Estado-Membro,

como o dos n.os 3 e 4 do § 19 da Tiroler Landespolizeigesetz, que, para a revogação

de medidas coercivas de facto tomadas diretamente sem precedência de processo,

como o encerramento de um estabelecimento, exige que o interessado apresente um

requerimento fundamentado?

4) Deve o artigo 47.º da CDF, em conjugação com o artigo 52.º da mesma Carta,

tendo em consideração o direito a uma tutela jurisdicional efetiva, ser interpretado no

sentido de que se opõe a um regime legal de um Estado-Membro, como o do n.º 4 do

§ 19 da Tiroler Landespolizeigesetz, que apenas prevê um direito limitado de pedir a

revogação de uma medida coerciva de facto, sob a forma de encerramento de um

estabelecimento?”

Page 163: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:Oberlandesgericht Oldenburg - AlemanhaData da decisão de reenvio: 5/Março/2018

Regulamento n.º 561/2006, de 15.03Transporte de gadoMercado

Proc.º C-231/18

- “Um comerciante por grosso de gado, que compra animais vivos a um agricultor eque os transporta para um matadouro situado até 100 km de distância, ao qual vendeos animais, pode invocar a exceção, prevista no artigo 13.º, n. 1, alínea p), doRegulamento n.º 561/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de março de2006, relativo à harmonização de determinadas disposições em matéria social nodomínio dos transportes rodoviários (a seguir «Regulamento n.º 561/2006»), para os«veículos utilizados para o transporte de animais vivos de explorações agrícolas paraos mercados locais e vice-versa, ou dos mercados para os matadouros locais num raiode 100 km, no máximo», pelo facto de a compra ao agricultor constituir um«mercado» no sentido desta disposição, ou deve a própria empresa de comércio degado ser vista como «mercado»?Se não se tratar de um «mercado», no sentido dessa disposição:Pode o comerciante de gado por grosso, que compra animais vivos a um agricultor eos transporta, dentro de um raio até 100 km, para um matadouro a quem os vende,invocar a referida exceção por aplicação analógica da referida norma?”

Page 164: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Audiencia Provincial de Almería - Espanha

Data da decisão de reenvio: 9/Janeiro/2018

Directiva 93/13

Cláusula contratual geral

Nulidade

Cláusula abusiva

Efeitos

Caso julgado

Proc.º 232/18

- “1) É compatível com o princípio consagrado no artigo 6.º, n.º 1, da Diretiva 93/13uma norma como a prevista no artigo 465.º, n.º 5 da Lei n.º 1/2000, que aprova oCódigo de Processo Civil espanhol, que limita a possibilidade de o Tribunal deRecurso apreciar oficiosamente todas as consequências de uma declaração denulidade, quando tenha sido determinada de modo limitado na primeira instância e asentença de primeira instância, que declara a nulidade da cláusula, não tenha sidorecorrida pelo consumidor?2) Isso é compatível com os princípios consagrados nos artigos 6.º, n.º 1, e 7.º, n.º 1,da referida diretiva, quando tal implica que quem recorreu em aplicação dajurisprudência do Tribunal Supremo estabelecida pelo Acórdão do TS de 9 de maiode 2013 e declarada não válida pelo Acórdão do TJUE de 21 de dezembro de 2016verá limitados os efeitos decorrentes da declaração do caráter abusivo de umacláusula como a controvertida?3) O caso julgado decorrente da legislação nacional (ou a análise que o Tribunalpossa fazer da cláusula quando só tenha recorrido a parte que defende a sua validade)afeta apenas a nulidade que possa ter sido declarada (ou não) de uma cláusula, ouafeta também os efeitos plenos decorrentes da referida nulidade quando os mesmostenham sido limitados na decisão judicial e nenhuma das partes se tenha oposto a talfacto?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Arbeidshof te Brussel - Bélgica

Data da decisão de reenvio: 22/Março/2018

Directiva n.º 2013/33

Carta dos Direitos Fundamentais da UE

Direito de asilo

Acolhimento

Sanção

Menores

Proc.º C-233/18

- “1) Deve o artigo 20.º, n.os 1 a 3, da Diretiva [2013/33/EU] ser interpretado nosentido de que enumera exaustivamente os casos em que o benefício das condiçõesmateriais de acolhimento pode ser reduzido ou retirado, ou resulta do artigo 20.º, n.os4 e 5, que o direito ao benefício das condições materiais de acolhimento tambémpode ser retirado a título de sanção aplicável a infracções graves das regras vigentesnos centros de acolhimento, bem como a comportamentos violentos graves?2) Deve o artigo 20.º, n.os 5 e 6, ser interpretado no sentido de que osEstados-Membros devem, antes de tomar uma decisão relativa à redução ou àretirada do benefício das condições materiais de acolhimento ou ainda a sanções, eno âmbito dessas decisões, adotar as necessárias medidas que garantam o direito aum nível de vida condigno durante o período de exclusão, ou poder-se-á darcumprimento às referidas disposições por meio de um sistema através do qual, após adecisão de redução ou retirada do benefício das condições materiais de acolhimento,se averigua se a pessoa objeto da decisão tem um nível de vida condigno e, casonecessário, se adotam no momento medidas corretivas?3) Deve o artigo 20.º, n.os 4, 5 e 6, conjugado com os artigos 14.º, 21.º, 22.º, 23.º e24.º da Diretiva e com os artigos 1.º, 3.º, 4.º e 24.º da Carta dos DireitosFundamentais da União Europeia, ser interpretado no sentido de que uma medida ousanção de exclusão temporária (ou definitiva) do direito ao benefício das condiçõesmateriais de acolhimento é ou não possível em relação a um menor de idade, maisespecificamente em relação a um menor não acompanhado?”

Page 166: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Sofiyski gradski sad - Tribunal da cidade de Sófia - Bulgária

Data da decisão de reenvio: 23/Março/2018

Directiva 2014/42/UE

Instrumentos e produtos do crime

Congelamento e perda

Perda civil

Direito de propriedade

Confisco

Produto (in) directo de crime

Perda de bens de terceiros

Presunção de inocência

Medida complementar

Proc.º C-234/18

- “1. Deve o artigo 1.º, n.º 1, da Diretiva 2014/42/UE do Parlamento Europeu e do

Conselho, de 3 de abril de 2014, sobre o congelamento e a perda dos instrumentos e

produtos do crime na União Europeia, que estabelece «regras mínimas para o

congelamento de bens tendo em vista a eventual perda subsequente e para a perda de

produtos do crime», ser interpretado no sentido de que permite aos Estados-Membros

aprovar disposições sobre a perda civil, não baseada numa condenação?

2. Decorre do artigo 1.º, n.º 1, atendendo ao artigo 4.º, n.º 1, da Diretiva 2014/42/UE

do Parlamento Europeu e do Conselho, de 3 de abril de 2014, sobre o congelamento e

a perda dos instrumentos e produtos do crime na União Europeia, que o início de um

Page 167: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

2

processo penal contra a pessoa cujos bens são objeto de perda é, só por si, suficiente

para iniciar e conduzir um processo civil de perda?

3. É admissível proceder a uma interpretação extensiva dos motivos do artigo 4.º, n.º

2, da Diretiva 2014/42/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 3 de abril de

2014, sobre o congelamento e a perda dos instrumentos e produtos do crime na União

Europeia, que permite uma perda civil, não baseada numa condenação?

4. Deve o artigo 5.º, n.º 1, da Diretiva 2014/42/UE do Parlamento Europeu e do

Conselho, de 3 de abril de 2014, sobre o congelamento e a perda dos instrumentos e

produtos do crime na União Europeia, ser interpretado no sentido de que a simples

discrepância entre o património de uma pessoa e os seus rendimentos legais é

suficiente para justificar que um direito de propriedade seja confiscado como produto

direto ou indireto de uma infração penal, sem que exista uma sentença transitada em

julgado que declare que a pessoa cometeu a infracção penal?

5. Deve o artigo 6.º, n.º 1, da Diretiva 2014/42/UE do Parlamento Europeu e do

Conselho, de 3 de abril de 2014, sobre o congelamento e a perda dos instrumentos e

produtos do crime na União Europeia, ser interpretado no sentido de que prevê a

perda de bens de terceiros como medida complementar ou alternativa ou como

medida complementar da perda alargada?

6. Deve o artigo 8.º, n.º 1, da Diretiva 2014/42/UE do Parlamento Europeu e do

Conselho, de 3 de abril de 2014, sobre o congelamento e a perda dos instrumentos e

produtos do crime na União Europeia, ser interpretado no sentido de que garante a

aplicação da presunção de inocência e proíbe uma perda não baseada numa

condenação?”

Page 168: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Naczelny Sąd Administracyjny - Polónia

Data da decisão de reenvio: 23/Novembro/2017

Directiva 2000/112/CE de 28.11

Cartões de combustível

IVA

Proc.º C-235/18

- “«O artigo 135.º, n.º 1, alínea b), da Diretiva 2006/112/CE do Conselho, de 28 de

novembro de 2006, relativa ao sistema comum do imposto sobre o valor

acrescentado (JO 2006, L 347, p. 1), abrange a disponibilização de cartões de

combustível, assim como a negociação, o financiamento e a contabilização das

aquisições de combustível com recurso a esses cartões, ou pode-se considerar que

essas várias operações constituem transações em série, cuja finalidade principal é o

fornecimento de combustível?»”

Page 169: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Cour de cassation - França

Data da decisão de reenvio: 21/Março/2018

Interpretação da lei

Directiva 2009/73/CE do Parlamento e do Conselho

Entidade reguladora

Proc.º C-236/18

- “Devem a Diretiva 2009/73/CE do Parlamento Europeu e do Conselho de 13 de

julho de 2009 e, em particular, o seu artigo 41.º, n.º 11, ser interpretados no sentido

de que preveem que uma entidade reguladora, que aprecia um litígio, tem poder para

proferir uma decisão que se aplica a todo o período abrangido pelo litígio que lhe foi

submetido, independentemente da data em que este surgiu entre as partes, extraindo

nomeadamente as consequências que resultam da não conformidade de um contrato

com as disposições da diretiva através de uma decisão cujos efeitos abrangem todo o

período contratual?”

Page 170: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Thüringer Oberlandesgericht - Alemanha

Data da decisão de reenvio: 28/Março/ 2018

Regulamento (CE) n.º 1768/95

Regulamento (CE) n.º 2100/94

Protecção de variedades vegetais

Controlo de produções agrícolas

Proc.º C-239/18

- “Solicita-se ao Tribunal de Justiça da União Europeia, ao abrigo do disposto noartigo 267.º, n.º 1, TFUE, que responda às seguintes questões de interpretação doartigo 11.º do Regulamento (CE) n.º 1768/95 da Comissão, de 24 de julho de 1995,que estabelece as regras de aplicação relativas à exceção agrícola prevista no n.º 3 doartigo 14.º do Regulamento (CE) n.º 2100/94 do Conselho, relativo ao regimecomunitário de proteção das variedades vegetais:1.O artigo 11.º, n.º 1, do Regulamento (CE) n.º 1768/95, confere um direito àinformação perante os organismos oficiais, relativo apenas às espécies vegetais, semque, através desse pedido, seja também solicitada informação relativa a umavariedade protegida?2.Caso a resposta à primeira questão seja no sentido de que esse direito à informaçãopode ser invocado:a)Pode considerar-se que uma autoridade encarregada do controlo das subvenções aosagricultores através de fundos da União Europeia e que, nessa medida, armazena osdados dos agricultores candidatos que também dizem respeito a espécies de culturas,é um organismo oficial encarregado do controlo de produções agrícolas, na aceção doartigo 11.º, n.º 2 (primeiro travessão) do Regulamento (CE) n.° 1768/95?b)Pode um organismo oficial recusar-se a prestar a informação solicitada nos casos emque a sua disponibilização exige o tratamento ou a especificação por um terceiro dosdados em seu poder com um custo financeiro de cerca de 6 000,00 euros? Neste caso,é relevante que o requerente esteja disposto a assumir os custos incorridos?”

Page 171: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Varhoven administrativen sad - Bulgária

Data da decisão de reenvio: 26/Março/2018

Directiva 2006/112/CE

IVA

Locação financeira

Resolução do contrato

Reembolso

Rendas

Indemnização

Proc.º C-242/18

- “1. A disposição do artigo 90.º, n.º 1, da Diretiva 2006/112/CE, relativa ao sistemacomum do imposto sobre o valor acrescentado, permite, após a resolução do contratode locação financeira, a redução do valor tributável e o reembolso do IVA, que foifixado por um aviso de liquidação definitivo sobre um valor tributável constituídopelo montante das rendas para o período de vigência do contrato?2. Em caso de resposta afirmativa à primeira questão: quais dos casos mencionadosno artigo 90.º, n.º 1, da diretiva, pode o locador invocar perante um Estado-Membro,em caso de resolução de um contrato de locação financeira por não pagamentoparcial das rendas devidas, para obter uma redução do valor tributável do IVA naproporção das rendas devidas, mas não pagas no período decorrido desde a cessaçãodos pagamentos até ao momento da resolução do contrato, uma vez que a resoluçãonão tem efeito retroativo e tal é confirmado por uma cláusula do próprio contrato?3. A interpretação do artigo 90.º, n.º 2, da Diretiva IVA permite concluir que, numcaso como o presente, existe uma derrogação ao artigo 90.º, n.º 1, da Diretiva IVA?4. A interpretação do artigo 90.º, n.º 1, da Diretiva IVA, permite considerar que otermo «resolução» utilizado nessa disposição abrange o caso em que o locador, noâmbito de um contrato de locação financeira com transmissão firme da propriedade,já não pode exigir ao locatário o pagamento da renda pelo facto de o contrato delocação financeira ter sido resolvido pelo locador em virtude de incumprimento dolocatário, embora tenha direito, nos termos do contrato, a uma indemnização no valortotal das rendas não pagas que seriam devidas até ao final do prazo da locação?”

Page 172: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Tribunale ordinario di Udine - Itália

Data da decisão de reenvio: 30/Março/2018

Directiva 2007/69/CE

Âmbito subjectivo

Proc.º C-245/18

Devem os artigos 74.º e 75.º da Diretiva 2007/64/CE, na versão em vigor em 3 de

agosto de 2015, relativos às obrigações e limites da responsabilidade do prestador de

serviços de pagamento, transpostos para o ordenamento italiano pelos artigos 24.° e

25.º do Decreto Legislativo n.º 1[1]/201[0], ser interpretados no sentido de que se

aplicam apenas ao prestador do serviço de pagamento de quem ordena a execução de

tal serviço, ou no sentido de que se aplicam igualmente ao prestador do serviço de

pagamento do beneficiário?

Page 173: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:Hoge Raad der Nederlanden - Países BaixosData da decisão de reenvio: 6/Abril/2018

Regulamento (CEE) n.º 2913/92

Código Aduaneiro Comunitário

Regulamento (CEE) n.º 2545/93

Transacção

Produtos importados

Preço

Comunicação ao devedor

Proc.º C-249/18

- “1. Deve o artigo 78.º do Regulamento (CEE) n.º 2913/92 do Conselho, queestabelece o Código Aduaneiro Comunitário, ser interpretado no sentido de que, noâmbito de um registo de liquidação a posteriori, um declarante pode ainda, invocandoo artigo 147.º, n.º 1, segundo parágrafo, do Regulamento (CEE) n.º 2454/93 daComissão, que fixa determinadas disposições de aplicação do Regulamento n.º2913/92, optar por um preço da transação dos produtos importados inferior e distinto,com o intuito de reduzir a dívida aduaneira?2a. Para efeitos do artigo 221.º, n.º 3, do Regulamento (CEE) n.º 2913/92, adeterminação do momento em que ocorreu a comunicação ao devedor constitui umaquestão de direito da União?2b. Em caso de resposta afirmativa à questão 2a., deve o artigo 221.º, n.º 3, doRegulamento (CEE) n.º 2913/92 ser interpretado no sentido de que a comunicação aodevedor deve ser recebida no prazo de três anos a contar da constituição da dívida, oubasta que essa comunicação seja enviada ao devedor dentro desse prazo?”

Page 174: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Rechtbank Noord-Holland - Países Baixos

Data da decisão de reenvio: 6/Abril/2018

Validade de acto legislativo

Regulamento de Execução n.º 501/2013

Proc.º C-251/18

- “1) O Regulamento de Execução n.° 501/2013, na medida em que se refere ao

produtor-exportador Kelani Cycles, é válido?

2) O Regulamento de Execução n.° 501/2013, na medida em que se refere ao

produtor-exportador Creative Cycles, é válido?”

Page 175: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

1

Órgão jurisdicional de reenvio:

Oberlandesgericht Düsseldorf - Tribunal Regional Superior de

Düsseldorf, Alemanha

Data da decisão de reenvio: 7/Março/2018

Regulamento (CE) n.º 1370/2007Contratos de serviço públicoAjuste directoDirectiva 2004/17/CEDirectiva 2004/18/CETransporte de passageiros

Proc.º C-253/18

- “(Primeira questão prejudicial)O artigo 5.º, n.º 2, do Regulamento (CE) n.º 1370/2007 é aplicável aos contratos deserviço público, na aceção do artigo 2.º, alínea i), do Regulamento, que sejamadjudicados por ajuste direto e não assumam a forma de contratos de concessão deserviços no sentido das Diretivas 2004/17/CE ou 2004/18/CE para efeitos do artigo5.º, n.º 1, segundo período, do Regulamento?(Quarta questão prejudicial, VII-Verg 51/16, com o mesmo teor da sexta questãoprejudicial VII-Verg 17/16, VII Verg 18/16)Em que momento devem estar preenchidos os requisitos para a adjudicação porajuste direto, nos termos do artigo 5.º, n.º 2, do Regulamento n.º 1370/2007: desde apublicação da intenção de proceder a uma adjudicação por ajuste direto nos termosdo artigo 7.º do Regulamento ou apenas no momento da própria adjudicação porajuste direto?(Quarta questão prejudicial, VII-Verg 17/16, VII Verg 18/16)O artigo 5.º, n.º 2, segundo período, alínea b), do Regulamento (CE) n.º 1370/2007permite que o operador interno ou qualquer entidade sobre a qual este operadorexerça uma influência, ainda que mínima, desenvolva atividades de prestação deserviços de transporte público de passageiros para outras autoridades competentes anível local no território dessas autoridades (incluindo as linhas secundárias ou outroselementos acessórios dessa atividade que entrem no território de autoridades

Page 176: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

2

competentes a nível local vizinhas), se tais serviços não forem adjudicados no quadrode concursos públicos?”

Page 177: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Conseil d’État - França

Data da decisão de reenvio: 4/Abril/2018

Directiva 2003/88/CE

Organização do tempo de trabalho

Período de referência

Proc.º C-254/18

- “1. Devem as disposições dos artigos 6.º e 16.º da Diretiva 2003/88/CE, de 4 de

novembro de 2003, relativa a determinados aspetos da organização do tempo de

trabalho, ser interpretadas no sentido de que impõem um período de referência que é

definido de maneira variável ou no sentido de que deixam aos Estados-Membros a

opção de conferir a tal período de referência uma natureza variável ou fixa?

2. No caso de estas disposições virem a ser interpretadas no sentido de que impõem

um período de referência variável, a possibilidade conferida pelo artigo 17.º, de

derrogar a alínea b) do artigo 16.º, é suscetível de dizer respeito, não apenas à

duração do período de referência, mas também à sua natureza variável?”

Page 178: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Centrale Raad van Beroep - Países Baixos

Data da decisão de reenvio: 11 de abril de 2018

Cidadão de Estado Terceiro

Cidadania da União Europeia

Renúncia

Interpretação da lei

Decisão n.º3/80

Proc.ºs C-257/18 e C-258/18

- “1. Pode um nacional turco, integrado no mercado regular de trabalho de um

Estado-Membro, que adquiriu a nacionalidade desse Estado-Membro sem renunciar à

sua nacionalidade turca, e que mais tarde renunciou voluntariamente à nacionalidade

desse Estado-Membro de acolhimento e, por conseguinte, à cidadania da União,

invocar o artigo 6.º da Decisão n.º 3/80 para se subtrair ao requisito de residência da

TW?

2. Em caso de resposta afirmativa, em que momento deve este nacional turco cumprir

a condição de não ser um cidadão da União para poder beneficiar do artigo 6.º da

Decisão 3/80: já no momento da partida do Estado-Membro de acolhimento, ou só a

partir do momento posterior em que a prestação a exportar deve ser paga no

estrangeiro?

3. Deve o artigo 6.º, n.º 1, da Decisão n.º 3/80 ser interpretado no sentido de que ao

nacional turco que, no momento do repatriamento para a Turquia, ainda tinha a

nacionalidade de um Estado-Membro, mas que renunciou voluntariamente à mesma

num momento posterior, não pode ser recusado a partir deste último momento o

direito a uma prestação pecuniária especial de caráter não contributivo destinada a

garantir um rendimento mínimo com base no «mínimo social» desse Estado-Membro

unicamente pelo facto de residir na Turquia, mesmo que não tivesse, até ao momento

Page 179: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

da partida do Estado-Membro em causa, direito a esta prestação especial porque não

cumpria nessa altura as condições de concessão da prestação?”

Page 180: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Sąd Okręgowy w Warszawie - Tribunal da Comarca de Varsóvia - Polónia

Data da decisão de reenvio prejudicial: 26/Fevereiro/2018

Directiva 93/13/CEE

Cláusulas contratuais abusivas

Direito do consumo

Nulidade total do contrato

Integração de lacunas

Consumidor

Tratamento objectivamente favorável

Prestação principal do consumidor

Proc.º C-260/18

- “a. Os artigos 1.º, n.º 2 e 6.º, n.º 1, da Diretiva 93/13/CEE, de 5 de abril de 1993,

relativa às cláusulas abusivas nos contratos celebrados com os consumidores (JO L

95, p. 29), permitem que, quando a declaração do carácter abusivo de determinadas

cláusulas contratuais que regulam as prestações (o seu valor) a cumprir pelas partes

implica a invalidade de todo o contrato, em prejuízo do consumidor, as lacunas do

contrato sejam colmatadas não com base em normas supletivas que substituam

diretamente a cláusula abusiva, mas sim com base em normas do direito nacional que

preveem que os efeitos do negócio jurídico, expressos no seu conteúdo, podem ser

supridos com recurso à equidade (regras de convivência social) ou aos usos e

costumes?

Page 181: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

2

b. A eventual avaliação do impacto da invalidade de todo o contrato para o

consumidor deve ser feita tendo em conta as circunstâncias existentes à data da sua

celebração, ou as circunstâncias existentes na data em que surgiu o litígio entre as

partes sobre a validade de determinada cláusula (o consumidor invocou o seu caráter

abusivo), e que importância se deve dar ao entendimento que o consumidor adota

nesse litígio?

c. É possível manter em vigor disposições que, à luz das regras da Diretiva

93/13/CEE, constituam cláusulas contratuais abusivas, caso essa solução seja, à data

da resolução do litígio, objetivamente favorável ao consumidor?

d. À luz da letra do artigo 6.º, n.º 1, da Diretiva 93/13/CEE, pode a declaração do

caráter abusivo das cláusulas contratuais que estipulam o valor e as formas de

cumprimento da prestação pelas partes conduzir a uma situação em que a

configuração da relação jurídica, tal como resulta do contrato, após a declaração da

invalidade das cláusulas abusivas, deixa de corresponder à intenção das partes, no

tocante à prestação principal? Em particular, a declaração do caráter abusivo de

determinadas cláusulas contratuais significa que é possível continuar a aplicar outras

cláusulas contratuais, que não tenham sido declaradas abusivas, que definam a

prestação principal do consumidor e que, por força do convencionado pelas partes (e

expresso no contrato), sejam indissociáveis da cláusula impugnada pelo

consumidor?”

Page 182: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Rechtbank Den Haag -Países Baixos

Data da decisão de reenvio: 28/Março/2018

Directiva 2001/29/CE

Livros electrónicos

Distribuição

Direitos de autor

Preço

Autorização

Utilização legítima do exemplar

Sucessivos adquirentes

Oposição do titular

Proc.º C-263/18

- “1. Deve o artigo 4.º, n.º 1, da Diretiva 2001/29/CE ser interpretado no sentido de

que também se entende por «qualquer forma de distribuição ao público através de

venda ou de qualquer outro meio» «em relação ao original das suas obras ou

respetivas cópias» a colocação à disposição à distância, por meio de transferência

(download), para utilização, durante um período de tempo ilimitado, de livros

eletrónicos (ou seja, cópias digitais de livros protegidos por direitos de autor),

mediante um preço destinado a permitir que o titular do direito de autor obtenha uma

remuneração que corresponde ao valor económico da cópia da obra de que é

proprietário?

Page 183: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

2

2. Em caso de resposta afirmativa à questão 1, o direito de distribuição esgota-se, na

União, relativamente ao original ou às cópias de uma obra, conforme referido no

artigo 4.º, n.º 2, da Diretiva 2001/29/CE, quando seja realizada pelo titular do direito

ou com o seu consentimento, na União, a primeira venda ou outra transferência desse

objeto, incluindo-se para o efeito a colocação à disposição à distância, por meio de

transferência (download), para utilização, durante um período de tempo ilimitado, de

livros eletrónicos (ou seja, cópias digitais de livros protegidos por direitos de autor),

mediante um preço destinado a permitir que o titular do direito de autor obtenha uma

remuneração que corresponde ao valor económico da cópia da obra de que é

proprietário?

3. Deve o artigo 2.º da Diretiva 2001/29/CE ser interpretado no sentido de que a

transferência entre os sucessivos adquirentes da cópia legalmente adquirida cujo

direito de distribuição se esgotou inclui uma autorização para os atos de reprodução

referidos nesse artigo, na medida em que estes sejam necessários para a utilização

legítima do exemplar? Em caso afirmativo, em que condições?

4. Deve o artigo 5.º da Diretiva 2001/29/CE ser interpretado no sentido de que o

titular do direito de autor já não se pode opor aos atos de reprodução necessários a

uma transferência entre sucessivos adquirentes da cópia legalmente adquirida cujo

direito de distribuição se esgotou? Em caso afirmativo, em que condições?”

Page 184: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Grondwettelijk Hof - Bélgica

Data da decisão de reenvio: 29/Março/2018

Contratos públicos

Princípio da igualdade de tratamento

Princípio da subsidiariedade

Proc.º C-264/18

- “O artigo 10.º, alíneas c) e d), i), ii) e v), da [...] Diretiva 2014/24/UE do

Parlamento Europeu e do Conselho de 26 de fevereiro de 2014, relativa aos contratos

públicos e que revoga a Diretiva 2004/18/CE, é compatível com o princípio da

igualdade de tratamento, eventualmente conjugado com o princípio da

subsidiariedade e com os artigos 49.º e 56.º do Tratado sobre o Funcionamento da

União Europeia, dado os serviços aí referidos estarem excluídos do âmbito da

aplicação das disposições de adjudicação da referida diretiva, apesar de garantirem a

plena concorrência e a livre circulação na aquisição de serviços pelo Estado?”

Page 185: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Lietuvos vyriausiasis administracinis teismas - Lituânia

Data da decisão de reenvio: 11/Abril/2018

Directiva n.º 2006/112

IVA

Volume de actividade

Valor da operação

Proc.º 265/18

- “É submetida ao Tribunal de Justiça da União Europeia a seguinte questão

prejudicial: Devem os artigos 282.º a 292.º da Diretiva 2006/112/CE do Conselho, de

28 de novembro de 2006, relativa ao sistema comum do imposto sobre o valor

acrescentado, ser interpretados no sentido de que, em circunstâncias, como as do caso

em apreço, em que são entregues dois bens através da mesma operação mas o limite

anual do volume de negócios (o volume de atividade) estabelecido no artigo 287.º da

Diretiva 2006/112/CE (e na correspondente disposição da legislação nacional) só é

excedido quanto à entrega de um desses bens, o sujeito passivo (o fornecedor) está

obrigado, designadamente, a apurar e a pagar o imposto sobre o valor acrescentado 1)

sobre o valor total da operação (sobre o valor da entrega de ambos os bens) ou 2)

apenas sobre a parte da operação relativamente à qual o referido limite (volume de

atividade) é excedido (sobre o valor da entrega de um dos bens)?”

Page 186: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Sąd Okręgowy w Poznaniu - Tribunal Regional de Poznań - Polónia

Data do despacho de reenvio prejudicial: 11/Abril/2018

Directiva n.º 93/13

Cláusulas abusivas

Consumidor

Tribunal competente

Proc.º C-266/18

- “1. Deve o exame oficioso, pelo órgão jurisdicional nacional, das cláusulas do

contrato celebrado com o consumidor, relativas à determinação do órgão

jurisdicional competente para apreciar um litígio, efetuado nos termos do artigo 6.º,

n.º 1, da Diretiva 93/13/CEE do Conselho, de 5 de abril de 1993, relativa às cláusulas

abusivas nos contratos celebrados com os consumidores (JO 1993, L 95, p. 29, a

seguir «Diretiva 93/13/CEE do Conselho») e da jurisprudência do Tribunal de Justiça

da União Europeia (no Processo Pannon GSM Zrt. contra Erzsébet Sustikné Győrfi,

C-243/08, ECLI:EU:C:2009:350), incluir também as cláusulas do contrato que

efetivamente regem a questão da competência para dirimir um litígio entre as partes,

mas que ao fazê-lo se limitam a remeter para a legislação nacional?

2. Em caso de resposta afirmativa à primeira questão, deve o exame efectuado pelo

órgão jurisdicional conduzir à aplicação das regras de competência por forma a

garantir ao consumidor a proteção que lhe confere a diretiva, e, por conseguinte, a

possibilidade de o processo ser apreciado pelo tribunal mais próximo do seu local de

residência ou de estadia permanente?”

Page 187: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Curtea de Apel București -Roménia

Data da decisão de reenvio: 2/Abril/2018

Contrato público

Rescisão

Subcontratação

Exclusão

Proc.º C-267/18

- “Pode o artigo 57.º, n.º 4, alínea g), da Diretiva 2014/24/UE do Parlamento Europeu

e do Conselho, de 26 de fevereiro de 2014, relativa aos contratos públicos e que

revoga a Diretiva 2004/18, ser interpretado no sentido de que a rescisão de um

contrato público pelo motivo de ter sido subcontratada uma parte das obras sem

autorização da entidade adjudicante constitui uma deficiência significativa ou

persistente na execução de um requisito substancial de um anterior contrato público

que leva à exclusão de um operador económico da participação num procedimento de

contratação pública?”

Page 188: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Curtea de Apel Bacău - Roménia

Data da decisão de reenvio: 5/Abril/2018

Interpretação da lei

Regulamento (CEE) n.º 2658/87 do Conselho

Sistemas de navegação

Proc.º C-268/18

- “1) Deve a Nomenclatura Combinada, que consta do anexo I do Regulamento

(CEE) n.º 2658/87 do Conselho, relativo à nomenclatura pautal e estatística e à pauta

aduaneira comum, conforme alterado pelo Regulamento de Execução (UE)

2016/1821 da Comissão, de 6 de outubro de 2016, ser interpretada no sentido de que

aparelhos como os sistemas de navegação GPS PNI S 506, objeto do presente litígio,

devem ser classificados na subposição pautal 8526 91, subposição 8526 91 20, ou na

posição 8528, subposição 8528 59 00, da referida nomenclatura?

2) As versões sucessivas da Nomenclatura Combinada resultantes do Regulamento

de Execução (UE) n.º 698/2012 da Comissão e do Regulamento de Execução (UE)

n.º 459/2014 da Comissão, são relevantes para determinar a correta classificação

pautal de aparelhos como os sistemas de navegação objeto do presente litígio, no

sentido que podem ser aplicáveis por analogia a produtos que apresentam

semelhanças com o sistema de navegação em causa, e a aplicação por analogia dessas

disposições confirma a interpretação da [Nomenclatura Combinada] apresentada pela

administração aduaneira?”

Page 189: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Conseil d’État - França

Data da decisão de reenvio: 13/Abril/2018

Directiva 2003/96

Electricidade

Produção

Isenção do imposto

Proc.º C-270/18

- “1- Devem as disposições [OMISSIS] do artigo 21.º,n.º 5, terceiro parágrafo,] da

Diretiva [2003/96] ser interpretadas no sentido de que a isenção que autorizam os

Estados-Membros a conceder aos pequenos produtores de eletricidade, quando

tributem os produtos energéticos utilizados para produzir essa eletricidade, pode

resultar de uma situação, como a descrita no n.º 7 da presente decisão relativamente

ao período anterior a 1 de janeiro de 2011, em que a França, conforme autorizada

pela diretiva, ainda não tinha instituído o imposto interno sobre o consumo final de

eletricidade nem, consequentemente, a isenção do imposto em benefício dos

pequenos produtores?

2- Caso a resposta a esta primeira questão seja afirmativa [OMISSIS], como se

devem conjugar as disposições [OMISSIS] do artigo 14.º [, n.º 1, alínea a),] da

diretiva e as [OMISSIS] do seu artigo 21.º [, n.º 5, terceiro parágrafo,] relativamente

aos pequenos produtores que consomem a eletricidade que produzem para as

necessidades da sua atividade? Nomeadamente, impõem estas disposições uma

tributação mínima resultante da tributação da electricidade produzida, com isenção

do gás natural utilizado, ou de uma isenção do imposto sobre a produção de

eletricidade, estando o Estado neste último caso obrigado a tributar o gás natural

utilizado?”

Page 190: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

1

Órgão jurisdicional de reenvio:

Oberster Gerichtshof - Áustria

Data da decisão de reenvio: 28/Março/2018

Interpretação da lei

Convenção de Roma

Regulamento (CE) n.º 593/2008

Participação social

Cláusula abusiva

Proc.º C-272/18

- “1 Estão abrangidos pela exclusão do âmbito de aplicação, que está prevista nos

artigos 1.º, n.º 2, alínea e), da Convenção sobre a lei aplicável às obrigações

contratuais de 19 de junho de 1980 (a seguir «Convenção»), e no artigo 1.º, n.º 2,

alínea f), do Regulamento (CE) n.º 593/2008, do Parlamento Europeu e do Conselho,

de 17 de junho de 2008, sobre a lei aplicável às obrigações contratuais (a seguir

«Regulamento Roma I»), igualmente acordos entre o fiduciante e o fiduciário que

detém uma participação social numa sociedade em comandita por conta do

fiduciante, designadamente quando existe uma justaposição de contratos de

sociedade e de contratos fiduciários?

2 Em caso de resposta negativa à primeira questão:

Deve o artigo 3.º, n.º 1, da Diretiva 93/13/CEE do Conselho, de 3 de abril de 1993,

relativa às cláusulas abusivas nos contratos celebrados com os consumidores, ser

Page 191: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

2

interpretado no sentido de que é abusiva uma cláusula de um contrato fiduciário

celebrado entre um empresário e um consumidor relativo à gestão de uma

participação numa sociedade em comandita, que não foi negociada individualmente e

que estabelece como lei aplicável a lei do Estado em que se situa a sede da sociedade

em comandita quando o objeto do contrato fiduciário consiste exclusivamente na

gestão de uma participação numa sociedade em comandita e o fiduciante está

investido dos direitos e das obrigações de um sócio direto?

3 Em caso de resposta afirmativa à primeira ou à segunda questão:

A resposta é diferente se o empresário, para fornecer as prestações de serviços a que

se comprometeu, não tiver de se deslocar ao Estado do consumidor, mas tiver

obrigação de remeter ao consumidor os dividendos e outros benefícios patrimoniais

decorrentes da participação, bem como informações sobre a evolução da atividade

negocial relativa à participação? A este respeito, faz alguma diferença a circunstância

de ser aplicável o Regulamento Roma I ou a Convenção?

4 Em caso de resposta afirmativa à terceira questão:

Essa resposta mantém-se quando, além disso, o pedido de subscrição do consumidor

tenha sido assinado no Estado da sua residência, o empresário forneça informações

sobre a participação igualmente na Internet e tenha sido criado um organismo para

pagamento, no qual o consumidor deve depositar o montante da participação, embora

o empresário não esteja habilitado a dispor dessa conta bancária? A este respeito, faz

alguma diferença a circunstância de ser aplicável o Regulamento Roma I ou a

Convenção?”

Page 192: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Augstākā tiesa -Supremo Tribunal, Letónia

Data da decisão de reenvio: 13/Abril/2018

Directiva 2006/112/CE

IVA

Proibição de dedução

Prejuízo para o Tesouro

Proc.º C-273/18

- “Deve o artigo 168.º, alínea a), da Diretiva 2006/112/CE ser interpretado no sentido

de que se opõe à proibição da dedução do imposto sobre o valor acrescentado pago a

montante quando a referida proibição se funda exclusivamente no envolvimento

consciente do sujeito passivo na conceção de operações simuladas mas não se indica

de que modo o resultado das operações concretas constitui um prejuízo para o

Tesouro, seja por falta de pagamento do IVA ou por o sujeito passivo ter

indevidamente requerido o reembolso de IVA, em comparação com a situação em

que as operações tenham sido declaradas em conformidade com as circunstâncias

reais?”

Page 193: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Arbeits- und Sozialgericht Wien - Áustria

Data da decisão de reenvio: 19/Abril/2018

Directiva 97/81/CE

Trabalho a tempo parcial

Duração total

Projectos de investigação

Directiva 2006/54/CE

Igualdade de género

Discriminação indirecta

Proc.º C-274/18

- “1) Pode o princípio do pro rata temporis previsto na cláusula 4, n.º 2, do

acordo-quadro constante do anexo à Diretiva 97/81/CE do Conselho, de 15 de

dezembro de 1997, respeitante ao acordo-quadro relativo ao trabalho a tempo parcial,

em conjugação com o princípio da não discriminação previsto na cláusula 4, n.º 1, ser

aplicado a um regime legal nos termos do qual os contratos de trabalho sucessivos de

um trabalhador ou de uma trabalhadora de uma universidade austríaca, que exerce a

sua atividade no quadro de projetos com fundos externos ou projetos de investigação,

podem atingir seis anos de duração total no caso de trabalhadores a tempo inteiro, e

oito anos no caso de trabalhadores a tempo parcial, sendo ainda admissível, caso se

verifique uma justificação objetiva, em especial no âmbito da prossecução ou da

conclusão de projetos de investigação e publicações, que se verifique uma nova

prorrogação por um período máximo de dez anos, no caso de trabalhadores a tempo

Page 194: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

2

inteiro, e por um período máximo de doze anos, no caso de trabalhadores a tempo

parcial?

2) Um regime legal como o descrito na primeira questão prejudicial constitui uma

discriminação indireta em razão do sexo, na aceção do artigo 2.º, n.º 1, alínea b), da

Diretiva 2006/54/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 5 de julho de 2006,

relativa à aplicação do princípio da igualdade de oportunidades e igualdade de

tratamento entre homens e mulheres em domínios ligados ao emprego e à atividade

profissional (reformulação), quando se verifica que, do conjunto de trabalhadores

sujeitos à referida legislação, foi afetada uma percentagem consideravelmente mais

elevada de trabalhadores do sexo feminino do que de trabalhadores do sexo

masculino?

3) Deve o artigo 19.º, n.º 1, da Diretiva 2006/54/CE do Parlamento Europeu e do

Conselho, de 5 de julho de 2006, relativa à aplicação do princípio da igualdade de

oportunidades e igualdade de tratamento entre homens e mulheres em domínios

ligados ao emprego e à atividade profissional (reformulação), ser interpretado no

sentido de que uma mulher que, no âmbito de aplicação de um regime legal tal como

definido na primeira questão prejudicial, alega ter sido objeto de uma discriminação

indireta em razão do sexo devido ao facto de um número consideravelmente mais

elevado de mulheres trabalharem a tempo parcial, deve demonstrar esta

circunstância, em especial o facto de o número de mulheres ser consideravelmente

mais elevado em termos estatísticos, através da apresentação de dados estatísticos

concretos ou de circunstâncias concretas, devendo comprová-lo com recurso a meios

de prova adequados?”

Page 195: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Nejvyšší správní soud - República Checa

Data da decisão de reenvio: 28/Março/2018

IVA

Isenção

Fraude fiscal

Evasão fiscal

Proc.º C-275/18

- “(1) É permitido fazer depender o direito a uma isenção de imposto sobre o valor

acrescentado na exportação de bens (artigo 146.º da Diretiva 2006/112/CE do

Conselho, de 28 de novembro de 2006, relativa ao sistema comum do imposto sobre

o valor acrescentado) (a seguir «Diretiva») da condição de os bens serem

previamente colocados num regime aduaneiro específico (§ 66 Zákona č. 235/2004

Sb., o dani z přidané hodnoty) (§ 66 da Lei n.º 235/2004, relativa ao imposto sobre o

valor acrescentado)?

(2) É esta legislação nacional suficientemente justificável ao abrigo do artigo 131.º

da Diretiva como uma condição fixada a fim de evitar a fraude fiscal, a evasão ou o

abuso?”

Page 196: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Fővárosi Közigazgatási és Munkaügyi Bíróság -Tribunal

Administrativo e do Trabalho - Hungria

Data da decisão de reenvio: 1/Março/2018

Directiva 2006/112/CE

IVA

Regulamento (UE) n.º 904/2010

Qualificação de operação unilateral

Dupla tributação

Inspecção tributária

Princípio da neutralidade fiscal

Interpretação normativa

Transporte «pelo fornecedor ou por sua conta»

Transposição

Abuso do direito

Empresa de logística

Proc.º C-276/18

- “1) Devem os objetivos da Diretiva 2006/112/CE do Conselho, de 28 de novembro

de 2006, relativa ao sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado

(«Diretiva IVA»), em especial as exigências de prevenção dos conflitos de

competência entre Estados-Membros e da dupla tributação, estabelecidas nos

considerandos 17 e 62, e o Regulamento (UE) n.º 904/2010 do Conselho, em especial

Page 197: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

2

os considerandos 5, 7 e 8 e os artigos 28.º a 30.º, ser interpretados no sentido de que

se opõem à prática de uma administração tributária de um Estado-Membro que, ao

atribuir a uma operação uma qualificação que difere tanto da interpretação jurídica

sobre a mesma operação e os mesmos factos que a administração tributária de outro

Estado-Membro efetua como da resposta a um pedido de informação vinculativa

facultada por esta última sobre o fundamento desta interpretação, bem como da

conclusão a que a dita administração chega na inspecção tributária efetuada e que

confirma ambas, dá lugar à dupla tributação do sujeito passivo?

2) Se da resposta à primeira questão se concluir que tal prática não contraria o Direito

comunitário, pode a administração tributária de um Estado-Membro, tendo em conta

a Diretiva 2006/112/CE do Conselho, de 28 de novembro de 2006, relativa ao

sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado, e o Direito da União,

determinar unilateralmente a obrigação tributária, sem ter em consideração que a

administração tributária de outro Estado-Membro já confirmou em várias ocasiões

que a atuação desse sujeito passivo está conforme com o Direito, primeiro a pedido

do próprio sujeito passivo e posteriormente nas suas decisões na sequência de uma

inspeção?

Ou devem as administrações tributárias de ambos os Estados-Membros, em nome do

princípio da neutralidade fiscal e da prevenção da dupla tributação, cooperar e chegar

a um acordo para que o sujeito passivo apenas deva pagar [IVA] num desses países?

3) Se da resposta à segunda questão se concluir que a administração tributária de um

Estado-Membro pode alterar a qualificação fiscal unilateralmente, devem as

disposições da [Diretiva IVA] ser interpretadas no sentido de que a administração

tributária de um segundo Estado-Membro é obrigada a devolver ao sujeito passivo

obrigado ao pagamento do IVA o imposto fixado por essa administração na resposta

ao pedido de informação vinculativa e já pago relativamente a um período já

Page 198: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

3

encerrado com uma inspeção, para que, dessa forma, fiquem garantidos tanto a

prevenção da dupla tributação como o princípio da neutralidade fiscal?

4) Como deve ser interpretada a expressão contida no primeiro período do n.º 1 do

artigo 33.º da Diretiva harmonizada do IVA, segundo o qual o transporte é efetuado

«pelo fornecedor ou por sua conta»? Esta expressão inclui o caso em que o sujeito

passivo, na qualidade de vendedor, numa plataforma de compra em linha, oferece ao

comprador a possibilidade de celebrar um contrato com uma empresa de logística

com que o referido vendedor colabora para operações diferentes da venda, podendo o

comprador escolher livremente outro transportador distinto do proposto, e sendo o

contrato de transporte celebrado entre o comprador e o transportador, sem

intervenção do vendedor?

Tem relevância para efeitos de interpretação ― tendo em conta especialmente o

princípio da segurança jurídica ― que no ano de 2021 os Estados-Membros devam

alterar a norma de transposição da mencionada disposição da [Diretiva IVA], de

modo a que o artigo 33.º, n.º 1, da referida diretiva também se deva aplicar em caso

de colaboração indireta na escolha do transportador?

5) Deve o Direito da União, concretamente a [Diretiva IVA], ser interpretado no

sentido de que os factos que a seguir se expõem, no seu conjunto ou em separado,

relevam para analisar se, entre as empresas independentes que efetuam a entrega, a

expedição ou o transporte dos bens, e a fim de contornar o artigo n.º 33 da [Diretiva

IVA] e cometer, assim, um abuso de Direito, o sujeito passivo configurou relações

jurídicas que pretendem aproveitar a circunstância da taxa de IVA ser mais baixa

noutro Estado-Membro:

5.1) a empresa de logística que efetua o transporte está vinculada ao sujeito passivo e

presta-lhe outros serviços, independentes do transporte,

Page 199: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

4

5.2) ao mesmo tempo, o cliente pode a qualquer momento afastar-se da opção que

lhe propõe o sujeito passivo, que é encomendar o transporte à empresa de logística

com a qual mantém um vínculo contratual, podendo confiar o transporte a outro

transportador ou recolher pessoalmente as mercadorias?”

Page 200: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:Tribunal administrativo de Círculo de Lisboa – PortugalData da decisão de reenvio: 12/Abril/2018

Directiva 2001/95/CEDirectiva 87/95/CEESegurança geral dos produtosProibição de comercializaçãoConfundibilidadeGéneros alimentíciosDirectiva 1999/45/CEPreparações perigosas

Proc.º C-277/18

- “1ª - É compatível com o direito comunitário, designadamente com a Directiva

2001/95/CE do PE e Conselho de 3 de Dezembro de 2001, relativa à segurança geral

dos produtos, com os artigos 28.º e 30.º do Tratado – como citados ao tempo naquela

Directiva - e com a Directiva 87/357/CEE do Conselho de 25 de Junho de 1988, um

regime nacional concretizado no Decreto-Lei n° 69/2005, de 17 de Março e no

Decreto-Lei n° 150/90, de 10 de Maio, que além de proibir a comercialização de

produtos susceptíveis de pôr em risco a saúde e segurança dos consumidores, por

serem confundíveis com alimentos, proíbe ainda a comercialização de produtos que,

sendo confundíveis com outros pela sua aparência, designadamente por poderem ser

confundidos por brinquedos, serem, em sede de utilização normal ou razoavelmente

previsível, susceptíveis de pôr em risco a saúde e segurança dos consumidores, em

especial de crianças?

2ª - Os artigos 34.º e 36.º do Tratado obstam à aplicação de um diploma de direito

nacional que proíbe no território nacional não só a comercialização dos produtos

confundíveis com géneros alimentícios, nos termos do artigo 1.º, nº 2, da referida

Directiva, mas também outros produtos cuja aparência possa incitar os consumidores

Page 201: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

2

a dar-lhes uma utilização diferente para que foram concebidos, mesmo que não sejam

preparações perigosas na acepção do art. 2.º da Directiya 1999/45/CE do Parlamento

Europeu e do Conselho, relativa à aproximação das disposições legislativas,

regulamentares e administrativas dos Estados-Membros respeitantes à classificação,

embalagem e rotulagem de preparações perigosas?”

Page 202: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Supremo Tribunal Administrativo – Portugal

Data da decisão de reenvio: 14/Março/2018

Directiva n.º 2006/112

IVA

Isenção

Locação de bens imóveis

Prédio rústico

Cedência de exploração

Proc.º C-278/18

- “Pretende-se, portanto, «saber se o disposto na alínea 1) do nº 1 do artigo 135º da

Directiva 2006/112/CE, do Conselho, de 28/11/2006, quanto à isenção sobre

operações de locação de bens imóveis, pode ser interpretado no sentido de tal isenção

abranger um contrato de cedência de exploração agrícola de prédios rústicos

constituídos por vinhas, a uma sociedade cujo objecto social é a actividade de

exploração agrícola, contrato celebrado pelo prazo de um ano e automaticamente

renovável por igual período e devendo a respectiva renda ser paga no termo de cada

ano».”

Page 203: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Symvoulio tis Epikrateias - Conselho de Estado, em formação

Jurisdicional - Grécia

Data da decisão de reenvio: 21/Março/2018

Directiva 2011/92/CE

Carta dos Direitos Fundamentais da UE

Requisitos ambientais

Procedimento

Unidade administrativa

Publicidade da decisão

Presunção de conhecimento

Proc.º C-280/18

- “a) Podem os artigos 6.º e 11.º da Diretiva 2011/92/CE, em conjugação com o

disposto no artigo 47.º da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, ser

interpretados no sentido de que são compatíveis com estes artigos as disposições do

ordenamento jurídico nacional, expostas nos n.ºs 8, 9 e 10 [do despacho de reenvio],

nas quais se prevê que os procedimentos que antecedem a adoção da decisão de

aprovação dos requisitos ambientais para construções e atividades com efeitos

significativos no ambiente (publicação dos estudos de impacto ambiental, informação

e consulta pública) devem ser iniciados e geridos principalmente pela maior unidade

administrativa da Região e não pela autarquia interessada?

Page 204: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

2

b) Podem os artigos 6.º e 11.º da Diretiva 2011/92/CE, em conjugação com o

disposto no artigo 47.º da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, ser

interpretados no sentido de que é compatível com estes artigos o ordenamento

jurídico nacional, conforme a exposição constante dos mesmos números [do

despacho de reenvio], que, em definitivo, prevê que a publicação das decisões de

aprovação dos requisitos ambientais para construções e atividades com efeitos

significativos no ambiente num sítio Internet específico constitui uma presunção de

pleno conhecimento por parte dos interessados para efeitos do exercício da ação

judicial prevista na legislação em vigor (recurso de anulação para o Conselho de

Estado), no prazo de sessenta (60) dias, tendo em conta as disposições legislativas

sobre a publicação dos estudos de impacto ambiental e a informação e participação

do público no procedimento de aprovação dos requisitos ambientais para as

construções e atividades em questão, as quais põem no centro desses procedimentos a

maior unidade administrativa da Região e não a autarquia interessada?”

Page 205: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Corte suprema di cassazione -Itália

Data da decisão de reenvio: 14/Novembro/2017

TFUE

Decreto legislativo 504/1992

Lei n.º 662/1996

Cobrança de IMI

Regime de monopólio

Gestão do serviço de conta corrente postal

«Comissão»

Auxílio de estado

Abuso de posição dominante

Proc.º C-284/18

- “1) É contrária aos artigos 14.º TFUE (anterior artigo 7.º- D do Tratado,

posteriormente artigo 16.º TCE) e 106.º, n.º 2 TFUE (anterior artigo 90.° do Tratado,

posteriormente artigo 86.º, n.º 2, TCE) e ao enquadramento no quadro do serviço de

interesse económico geral (SIEG) uma norma como a prevista no artigo 10.º, n.º 3, do

Decreto Legislativo n.º 504/1992, em conjugação com o artigo 2.º, n.os 18 a 20, da

Lei n.º 662/1996, que instituiu e manteve – mesmo depois da privatização dos

serviços bancários prestados pela Poste Italiane s.p.a. – uma reserva de atividade

(regime de monopólio) a favor da Poste Italiane s.p.a. que tem por objeto a gestão do

serviço de conta corrente postal para a cobrança do imposto municipal sobre imóveis

(IMI), tendo em conta a evolução da legislação estatal em matéria de cobrança de

Page 206: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

2

impostos, que, pelo menos a partir de 1997, permite aos contribuintes e também aos

sujeitos ativos da obrigação tributária locais recorrer a modalidades de pagamento e

cobrança através do sistema bancário?

2) Caso se considere, em resposta à primeira questão, que a instituição do monopólio

legal preenche os requisitos do SIEG, é contrário aos artigos 106.º, n.º 2, TFUE

(anterior artigo 90.º do Tratado, posteriormente artigo 86.º, n.º 2, TCE) e 107.º, n.º

1.°, TFUE (anterior artigo 92.º do Tratado, posteriormente artigo 87.º TCE),

conforme interpretados pelo Tribunal de Justiça no que diz respeito aos requisitos

destinados a distinguir uma medida legal — compensatória das obrigações de serviço

público — de um auxílio de Estado ilegal (,Acórdão do Tribunal de Justiça de 24 de

julho de 2003, C-280/00, Altmark Trans GmbH e Regierungsprăsidium

Magdeburg/Nahverkehrsgesellschaft Altmark GmbH), uma norma como a que

resulta do artigo 10.º, n.º 3, do Decreto Legislativo n.º 504/1992, em conjugação com

o artigo 2.º, n.os 18 a 20, da Lei n.º 662/1996 e com o artigo 3.º, n.º 1, do Decreto do

Presidente da República n.º 144/2001, que atribui à Poste Italiane s.p.a. a faculdade

de fixar unilateralmente o montante da «comissão» devida pelo Concessionário

(Agente) pela cobrança do IMI, aplicável a cada operação de gestão efetuada na conta

corrente postal do Concessionário, tendo em conta que a Poste Italiane s.p.a., através

da deliberação do Conselho de Administração n.º 57/1996, fixou essa comissão em

100 Liras para o período compreendido entre 1 de abril de 1997 e 31de maio de 2001

e em 0,23 euros para o período posterior a 1 de junho de 2001?

3) É contrário ao artigo 102.º, n.º 1, TFUE (anterior artigo 86.º do Tratado,

posteriormente artigo 82.º, n.º 1, TCE), conforme interpretado pelo Tribunal de

Justiça (v. Acórdãos do Tribunal de Justiça de 13 de dezembro de 1991, C-18/88, GB

Inno BM; de 25 de junho de 1998, C-203/96 Chemische Afvaistoffen Dussseldorp

BV, e de 17 de maio de 2001, C-340/99, TNT TRACO s.p.a.) um regime normativo

Page 207: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

3

como o constituído pelo artigo 2.º, n.os 18 a 20, da Lei n.º 662/1996, pelo artigo 3.º,

n.º 1, do Decreto do Presidente da República n.º 144/2001 e pelo artigo 10.º, n.° 3, do

Decreto Legislativo n.º 504/1992, por força do qual o concessionário (Agente) está

necessariamente sujeito ao pagamento da «comissão», nos termos unilateralmente

determinados e/ou alterados pela Poste Italiane s.p.a., de modo que não pode

rescindir o contrato de conta corrente postal sem incorrer num incumprimento da

obrigação prevista no artigo 10.º, n.º 3, do Decreto Legislativo n.º 504/1992 e,

consequentemente, da obrigação de cobrança do IMI assumida perante o sujeito ativo

da obrigação tributária local?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:Lietuvos Aukščiausiasis Teismas -Supremo Tribunal - LituâniaData da decisão de reenvio: 13/Abril/2018

Directiva 2004/18

Directiva 2014/24

Contratos públicos

Empreitada de obras públicas

Fornecimento

Serviços

Transacção interna

Princípio da igualdade de tratamento

Princípio da não discriminação

Princípio da transparência

Concorrência

Proc.º C-285/18

- “1. Atendendo às circunstâncias do caso vertente, a transação interna é abrangidapela Diretiva 2004/18 ou pela Diretiva 2014/24, se os procedimentos para acelebração da transação interna controvertida, designadamente o procedimentoadministrativo, tiverem tido início numa data em que a Diretiva 2004/18 ainda estavaem vigor, mas o contrato propriamente dito tiver sido celebrado em 19 de maio de2016, quando a Diretiva 2004/18 já não estava em vigor?2. Admitindo que a transação interna é abrangida pelo âmbito de aplicação daDiretiva 2004/18:a) Atendendo aos Acórdãos do Tribunal de Justiça de 19 de novembro de 1999,Teckal (C-107/98, EU:C:1999:562), de 18 de janeiro de 2007, Auroux e o.(C-200/05, EU:C:2007:31), de 6 de abril de 2006, ANAV (C-410/04,EU:C:2006:237), e outros acórdãos, deve o artigo 1.º, n.º 2, alínea a), da Diretiva (eoutras normas dessa diretiva, se for caso disso) ser interpretado no sentido de que o

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conceito de «transação interna» é abrangido pelo âmbito de aplicação do direito daUnião, e de que o conteúdo e a aplicação desse conceito não são afetados pela leinacional dos Estados-Membros, designadamente pelas limitações à celebração dessastransações, por exemplo o requisito de os contratos públicos não poderem garantir aqualidade, a disponibilidade e a continuidade dos serviços a prestar?b) Em caso de resposta negativa à questão anterior, isto é, se o conceito de «transaçãointerna» for, total ou parcialmente, abrangido pelo âmbito de aplicação do direitonacional dos Estados-Membros, deve a referida norma da Diretiva 2004/18 serinterpretada no sentido de que os Estados-Membros têm o poder discricionário deestabelecer limitações ou requisitos adicionais para a celebração de transaçõesinternas (relativamente ao direito da União e à jurisprudência do Tribunal de Justiçaque interpreta esse direito), mas só podem exercer esse poder discricionário atravésde normas de direito positivo, claras e específicas, que regulem a contrataçãopública?3. Admitindo que a transação interna é abrangida pelo âmbito de aplicação daDiretiva 2014/24:a) Atendendo aos Acórdãos do Tribunal de Justiça de 19 de novembro de 1999,Teckal (C-107/98, EU:C:1999:562), de 18 de janeiro de 2007, Auroux e o.(C-200/05, EU:C:2007:31), de 6 de abril de 2006, ANAV (C-410/04,EU:C:2006:237), e outros acórdãos, devem os artigos 1.º, n.º 4, e 12.º dessa diretiva eo artigo 36.º da Carta [dos Direitos Fundamentais da União Europeia] (e outrasnormas desses diplomas, se for caso disso) ser interpretados no sentido de que oconceito de «transação interna» é abrangido pelo âmbito de aplicação do direito daUnião, e de que o conteúdo e a aplicação desse conceito não são afetados pela leinacional dos Estados-Membros, designadamente pelas limitações à celebração dessastransações, por exemplo o requisito de os contratos públicos não poderem garantir aqualidade, a disponibilidade e a continuidade dos serviços a prestar?b) Em caso de resposta negativa à questão anterior, isto é, se o conceito de «transaçãointerna» for, total ou parcialmente, abrangido pelo âmbito de aplicação do direito dosEstados-Membros, deve o artigo 12.º da Diretiva 2014/24 ser interpretado no sentidode que os Estados-Membros têm o poder discricionário de estabelecer limitações ourequisitos adicionais para a celebração de transações internas (relativamente aodireito da União e à jurisprudência do Tribunal de Justiça que interpreta esse direito),mas só podem exercer esse poder discricionário através de normas de direitopositivo, claras e específicas, que regulem a contratação pública?

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4. Independentemente de saber qual a diretiva que abrange a transação internacontrovertida, devem os princípios da igualdade de tratamento e da nãodiscriminação dos adjudicatários de contratos públicos e da transparência (artigo 2.ºda Diretiva 2004/18 e artigo 18.º da Diretiva 2014/24), a proibição geral dediscriminação em razão da nacionalidade (artigo 18.° TFUE), a liberdade deestabelecimento (artigo 49.° TFUE), a livre prestação de serviços (artigo 56.º TFUE),a possibilidade de conceder direitos especiais ou exclusivos a empresas (artigo 106.ºTFUE) e a jurisprudência do Tribunal de Justiça (Acórdãos Teckal, ANAV, Sea,Undis Servizi e outros) ser interpretados no sentido de que uma transação internacelebrada entre uma entidade adjudicante e uma entidade juridicamente distinta dessaentidade adjudicante, sobre a qual essa entidade adjudicante exerce um controloanálogo ao que exerce sobre os seus próprios serviços e cuja atividade consiste,principalmente, no exercício de uma atividade a favor da entidade adjudicante, é emsi mesma legal, e, em especial, não viola o direito dos outros operadores económicosa uma concorrência leal, não discrimina esses outros operadores e não confereprivilégios à entidade controlada que celebrou a transação interna?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Hoge Raad der Nederlanden - Supremo Tribunal - Países Baixos

Data da decisão de reenvio: 20/Abril/2018

Pauta aduaneira comum

Nomenclatura combinada

Televisão

Ecrã

Aparelhos

Proc.º C-288/18

- “Devem as subposições 8528 51 00 e 8528 59 40 da Nomenclatura Combinada

(texto em vigor entre 1 de janeiro de 2007 e 25 de outubro de 2013) ser interpretadas

no sentido de que os monitores de ecrã plano de cristais líquidos (LCD), concebidos

e fabricados para a reprodução de dados provenientes de uma máquina automática

para processamento de dados e de sinais de vídeo compostos provenientes de outras

fontes, independentemente de outras características e propriedades objetivas do

monitor específico, devem ser classificados na subposição 8528 59 40 da CN, uma

vez que pelas suas dimensões, peso e funcionalidade não são adequados ao trabalho

de proximidade? Neste contexto, é relevante a questão de saber se o utilizador (o

leitor) do ecrã e quem faz a introdução e/ou o tratamento dos dados na máquina

automática para processamento de dados são a mesma pessoa?”

Page 212: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Handelsgericht Wien - Áustria

Data da decisão de reenvio: 7/Março/2018

Voo sucessivo

Interpretação da lei

Regulamento (CE) n.º 261/2004 do Parlamento e do Conselho

Proc.º C-289/18

- “Deve qualificar-se de «voo sucessivo» na aceção do artigo 2.º, alínea h), do

Regulamento (CE) n.º 261/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho, um voo

subsequente realizado a partir do aeroporto de destino do voo anterior que o

passageiro reservou conjuntamente com o primeiro voo e para o qual recebeu só um

bilhete com um único número de bilhete, tendo em conta que entre os dois voos

estava previsto um intervalo de pouco mais de treze horas?”

Page 213: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Curtea de Apel București - Tribunal de Recurso de Bucareste - Roménia

Data da decisão de reenvio: 7/Dezembro/2017

Directiva 2006/112/CE

IVA

Isenção

Plataforma de perfuração offshore autoelevatórias

Conceito de «embarcação»

Actividade de navegação

Actividade de perfuração

Proc.º C-291/18

- “1) Deve o artigo 148.º, alínea c), conjugado com o disposto na alínea a), da

Diretiva 2006/112/CE, relativa ao sistema comum do imposto sobre o valor

acrescentado, ser interpretado no sentido que a isenção do imposto sobre o valor

acrescentado se aplica, em determinadas condições, à entrega de plataformas de

perfuração offshore autoelevatórias, ou seja, se a plataforma de perfuração offshore

autoelevatória é abrangida pelo conceito de «embarcação» na aceção da referida

norma de direito da União, na medida em que desta norma resulta, com base no título

do capítulo 7 da mesma diretiva, que regula as «[i]senções aplicáveis aos transportes

internacionais»?

2) Em caso de resposta afirmativa à questão anterior, se da interpretação do artigo

148.º, alínea c), conjugado com o disposto na alínea a), da Diretiva 2006/112/CE,

resultar que constitui um requisito essencial para a aplicação da isenção do imposto

sobre o valor acrescentado que, durante a sua utilização (enquanto atividade

comercial/industrial), a plataforma de perfuração offshore autoelevatória, que

navegou até ao alto mar, tenha permanecido efetivamente em estado de mobilidade,

em flutuação, com deslocação no mar de um ponto até outro, por um período de

tempo superior àquele em que se encontra em estado estacionário, imóvel, tendo em

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vista a atividade de perfuração no mar, ou seja, se a atividade de navegação deve

efetivamente prevalecer em relação à de perfuração?”

Page 215: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Tribunal Superior de Justicia de Galicia - Espanha

Data da decisão de reenvio: 12/Abril/2018

Directiva n.º 1999/70/CE

Trabalhadores

Cessação do contrato de trabalho

Indemnização

Proc.º C-293/18

- “Primeira questão: Devem os trabalhadores contratados nos termos do artigo 20.°

da Lei n.º 14/2011, de 1 de junho, da Ciência, Tecnologia e Inovação considerar-se

abrangidos pelo âmbito de aplicação do acordo-quadro sobre o contrato de trabalho a

termo, subscrito pela CES, pela UNICE e pelo CEEP, que deu lugar à Diretiva

1999/70/CE do Conselho, de 28 de junho de 1999?

Segunda questão: Deve considerar-se a indemnização por cessação dos contratos de

trabalho uma condição de trabalho na aceção do disposto no artigo 4.º do

acordo-quadro?

Terceira questão: Em caso afirmativo: devem considerar-se comparáveis a cessação

do contrato de trabalho dos trabalhadores contratados em aplicação da Lei n.º

14/2011, de 1 de junho, da Ciência, Tecnologia e Inovação, com a cessação dos

contratos sem termo por causas objetivas, em aplicação do artigo 52.º do Estatuto dos

Trabalhadores?

Quarta questão: Em caso afirmativo: existe algum motivo previsto na Lei para as

diferenças?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Markkinaoikeus - Tribunal dos Assuntos Económicos - Finlândia

Data da decisão de reenvio: 19/Abril/2018

Directiva 2012/27/EU

Eficiência energética

Electricidade

Desconto sobre tarifa de base

Facturação escolhida

Informação

Cliente final

Restituição das tarifas

Proc.º C-294/18

- “1. Deve o artigo 11.º, n.º 1, da Diretiva 2012/27/UE do Parlamento Europeu e doConselho, de 25 de outubro de 2012, relativa à eficiência energética, que altera asDiretivas 2009/125/CE e 2010/30/UE e revoga as Diretivas 2004/8/CE e2006/32/CE, ser interpretado no sentido de que a concessão de um desconto sobreuma tarifa de base de eletricidade em função do tipo de faturação escolhido pelocliente final significa que a fatura e as informações sobre a faturação não foramtransmitidas gratuitamente aos clientes finais que não beneficiaram do desconto?2. Em caso de resposta negativa à primeira questão prejudicial e de a concessão dodesconto acima referido ser admissível: resultam da Diretiva 2012/27/UE, no âmbitoda apreciação da admissibilidade do desconto, requisitos adicionais especiais quedevam ser tidos em conta, como por exemplo, se o desconto corresponde à poupançaobtida com o tipo de faturação escolhido, se o desconto está relacionado com onúmero de faturas emitidas ou se o desconto pode ser imputado ao grupo de clientesfinais que deram azo à poupança devido ao tipo de faturação pelo qual optaram?3. Se a concessão do desconto referido na primeira questão prejudicial significar queaos clientes que não optaram por um tipo especial de facturação foram cobradastarifas em violação do artigo 11.º, n.º 1, da Diretiva 2012/27/UE: resultam do direitoda União requisitos especiais que devam ser tidos em conta na decisão sobre arestituição das tarifas?”

Page 217: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Tribunal da Relação do Porto – Portugal

Data da decisão de reenvio: 21/Fevereiro/2018

Directiva 2007/64/CE

Instituição de crédito

Ordem de pagamento

Débito directo

Contrato de prestação de serviços

Contrato-Quadro

Utilizador de serviços de pagamento

Proc.º C-295/18

- “1-Considerando:

- que em causa está a execução de um serviço de pagamento, operação de pagamento

na modalidade de débito direto tal como definido no artigo 4º nº 3 e 28, conjugado

com o ponto 3 do anexo da Diretiva 2007/64/CE, por parte de uma instituição de

crédito tal como definida no artigo 1º al. a) da mesma diretiva;

- o âmbito de aplicação desta mesma Diretiva tal qual estabelecido no seu artigo 2°;

- a definição de prestador de serviços tal qual consta do artigo 4° nº9 da Diretiva em

menção

II - A) Deve ser interpretado o artigo 2º da Diretiva 2007/64/CE no sentido de no

âmbito de aplicação da mesma definido neste artigo se considerar abrangida a

execução de uma ordem de pagamento de débito direto emitida, por entidade terceira

sobre uma conta por si não titulada e cujo titular de tal conta não celebrou com a

respetiva instituição de crédito qualquer contrato de serviço de pagamento para ato

isolado ou contrato quadro de prestação de serviços de pagamento?

Page 218: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

II- B) Sendo afirmativa a resposta à questão II-A) e ainda no mesmo contexto, pode o

mencionado titular da conta ser considerado utilizador de serviços de pagamento para

efeitos do artigo 58º da mesma Diretiva ?”

Page 219: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Arbeitsgericht Cottbus – Kammern Senftenberg -Tribunal do

Trabalho de Cottbus – Secções de Senftenberg – Alemanha

Data da decisão de reenvio: 17/Abril/2018

Directiva n.º 77/187

Directiva n.º 92/50

Transferência de empresa

Cessão de exploração

Autocarros

Contratos públicos

Proc.º C-298/18

- “1. A cessão da exploração de carreiras de autocarros de uma empresa de autocarros

para outra, em virtude de um concurso público nos termos da Diretiva 92/50/CEE,

relativa à adjudicação de contratos públicos de serviços, constitui uma transferência

de empresa na aceção do artigo 1.º, n.º 1, da Diretiva 77/187/CEE, mesmo quando

entre as duas empresas referidas não tenha sido transferido equipamento

significativo, designadamente, autocarros?

2. A presunção de que os autocarros, em caso de adjudicação temporária dos serviços

por motivos razoáveis de ordem comercial, já não contribuem significativamente

para o valor da empresa devido à sua idade e às acrescidas exigências técnicas (níveis

de emissões de gases de escape, autocarros de piso rebaixado), justifica que o

Tribunal de Justiça se desvie do seu Acórdão de 25.1.2001 (C-172/99), no sentido de

Page 220: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

que, nestas circunstâncias, a assunção de uma parte essencial dos efetivos também

pode conduzir à aplicação da Diretiva 77/187/CEE?”

Page 221: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Landgericht Düsseldorf - Alemanha

Data da decisão de reenvio: 16/Abril/2018

Regulamento n.º 261/2004

Transporte aéreo

Cancelamento de voo

Indemnização

Cumulação de indemnizações

Dedução

Danos materiais

Proc.º C-299/18

- “1. Pode uma indemnização nos termos do artigo 7.º do Regulamento n.º 261/2004,

que se destina a reembolsar despesas adicionais de viagem efetuadas em razão do

cancelamento de um voo reservado, ser deduzida da indemnização concedida pelo

direito nacional, se a transportadora aérea tiver cumprido as suas obrigações previstas

no artigo 8.º, n.º 1, do Regulamento n.º 261/2004?

2. No caso de uma dedução ser possível: aplica-se o mesmo às despesas com o

reencaminhamento para um local diferente do destino final do voo, se o passageiro

recusar um reencaminhamento proposto pela transportadora aérea para o destino final

do voo?

3. Na medida em que uma dedução seja possível: pode a transportadora aérea

proceder sempre a essa dedução ou esta depende da questão de saber em que medida

o direito nacional a permite ou o órgão jurisdicional a considera adequada?

4. Na medida em que seja aplicável o direito nacional ou o órgão jurisdicional deva

tomar uma decisão discricionária: a indemnização nos termos do artigo 7.º do

Regulamento n.º 261/2004 destina-se apenas a compensar os inconvenientes e a

perda de tempo sofridos pelos passageiros dos transportes aéreos devido ao

cancelamento ou também os danos materiais?”

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Órgão jurisdicional de reenvio:

Raad voor Vreemdelingenbetwistingen - Conselho de Contencioso

de Estrangeiros - Bélgica

Data da decisão de reenvio: 14/Dezembro/2017

Directiva n.º 2003/109

Residente de longa duração

Recursos próprios

Subsistência

Proc.º C-302/18

- “1. «Deve o artigo 5.º, n.º 1, alínea a), da Diretiva 2003/109/CE, que prevê,

designadamente, que o nacional de um país terceiro deve, para a aquisição do

estatuto de residente de longa duração, apresentar provas de que ele e os familiares a

seu cargo “dispõem” de recursos estáveis e regulares que sejam suficientes para a sua

própria subsistência e para a dos seus familiares, sem recorrer ao sistema de

assistência social do Estado-Membro em causa, ser interpretado no sentido de que se

refere apenas aos “recursos próprios” do nacional de país terceiro?»

2. «Ou é suficiente, para o efeito, que esses recursos estejam ao dispor do nacional de

um país terceiro, sem que seja imposta qualquer exigência quanto à proveniência dos

mesmos, podendo, por conseguinte, ser colocados à disposição do nacional de um

país terceiro por um membro da família ou por outro terceiro?»

3. «Em caso de resposta afirmativa à segunda questão, é suficiente, nesse caso, para

demonstrar que o requerente dispõe de recursos na aceção do artigo 5.º, n.º 1, alínea

a), da Diretiva 2003/109/CE, o compromisso de tomada a cargo assumido por um

terceiro, se esse terceiro se comprometer a assegurar que o requerente do estatuto de

residente de longa duração “dispõe, para si próprio e para os membros da sua família

que estão a seu cargo, de recursos estáveis, regulares e suficientes para a sua própria

subsistência e para a dos membros da sua família para evitar que se tornem uma

sobrecarga para as autoridades”?»”

Page 223: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdictional de reenvio:

Krajský soud v Ostravě – pobočka v Olomouci - Tribunal Regional

de Ostravě – secção de Olomouci - República Checa

Data da decisão de reenvio: 29/Março/2018

Pauta aduaneira comum

Regulamento de execução n.º 2015/23

Nomenclatura Combinada

Proc.º C-306/18

- “1 O Regulamento de Execução (UE) 2015/23 da Comissão, de 5 de janeiro de

2015, que classifica as mercadorias descritas na coluna 1 da tabela do seu anexo na

subposição 7 307 93 19 da Nomenclatura Combinada, é válido?

2. Caso este regulamento seja inválido, podem as mercadorias controvertidas ser

classificadas na subposição 7 322 19 00 da Nomenclatura Combinada?

3. Caso este regulamento seja válido, devem as mercadorias controvertidas ser

classificadas na subposição 7 307 93 19 da Nomenclatura Combinada?”

Page 224: Regulamento (CEE) n.º 2913/92, de 12Práticas comerciais desleais Leite Preço Redução Poderes de negociação Produtor Proc.º C-2/18 - “1.1. Pode o artigo 148.º, n.º 4, do

Órgão jurisdicional de reenvio:

Tribunal judicial da comarca de Faro – Portugal

Data da decisão de reenvio: 23/Abril/2018

Trabalhador

Comissão de serviço

Interpretação da lei

Directiva 2001/23/CE

Transferência

Concurso público

Proc.º C-317/18

- “a. Entendendo-se por «trabalhador» qualquer pessoa que, no Estado-Membro

respectivo, esteja protegida como trabalhador pela legislação laboral nacional, poderá

a pessoa que tem um contrato de comissão de serviço com a cedente considerar-se

trabalhadora para efeitos do artigo 2.º, n.º 1, alínea d) da Directiva 2001/23/CE do

Conselho de 12 de Março de 2001 e beneficiar da protecção dada pela legislação em

causa?

b. A legislação da União Europeia, designadamente a referida Directiva 2001l23/CE,

em conjugação com o artigo 4.º, n.º 2, do Tratado da União Europeia, opõe-se a uma

legislação nacional que, mesmo em caso de transferência abrangida pela indicada

Directiva, imponha que os trabalhadores se submetam necessariamente a concurso

público e fiquem submetidos a novo vínculo com o cessionário por este ser um

Município?”