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SULGÁS Cia. de Gás do Estado do Rio Grande do Sul RIP Regulamento de Instalações Prediais de Gás Março / 2006 1ª edição

Regulamento de Instalação Predial

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SULGÁSCia. de Gás do Estadodo Rio Grande do Sul

RIPRegulamento de

Instalações Prediais de Gás

Março / 2006

1ª edição

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ÍNDICE

1. OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO................................................................................................................52. NORMAS, LEIS E DOCUMENTOS COMPLEMENTARES.................................................................................93. DEFINIÇÕES............................................................................................................................................................13 3.1 Abrigo para Estações...........................................................................................................................................15 3.2 Abrigo Individual ................................................................................................................................................15 3.3 Abrigo Coletivo ...................................................................................................................................................15 3.4 Alinhamento ........................................................................................................................................................15 3.5 Aparelhos de utilização .......................................................................................................................................15 3.6 Autoridade competente .......................................................................................................................................15 3.7 Baixa pressão.......................................................................................................................................................15 3.8 Capacidade volumétrica......................................................................................................................................15 3.9 Consumidor .........................................................................................................................................................15 3.10 Densidade relativa do gás .................................................................................................................................15 3.11 Derivação...........................................................................................................................................................15 3.12 Distribuidora......................................................................................................................................................15 3.13 Economia...........................................................................................................................................................15 3.14 Edificação Multifamiliar ...................................................................................................................................15 3.15 Edificação Unifamiliar ......................................................................................................................................16 3.16 Estação Reguladora Urbana (ERU)..................................................................................................................16 3.17 Fator de simultaneidade (FS)............................................................................................................................16 3.18 Gás natural (GN) ...............................................................................................................................................16 3.19 Inertização .........................................................................................................................................................16 3.20 Instalação Predial de Gás ..................................................................................................................................16 3.21 Instaladora .........................................................................................................................................................16 3.22 Logradouro público...........................................................................................................................................16 3.23 Média pressão....................................................................................................................................................16 3.24 Medidor .............................................................................................................................................................16 3.25 Medidor coletivo ...............................................................................................................................................16 3.26 Medidor individual............................................................................................................................................16 3.27 Perda de carga ...................................................................................................................................................16 3.28 Perda de carga localizada..................................................................................................................................16 3.29 Ponto de utilização ............................................................................................................................................17 3.30 Ponto de instalação............................................................................................................................................17 3.31 Potência adotada (A).........................................................................................................................................17 3.32 Potência computada (C)....................................................................................................................................17 3.33 Potência nominal (N) ........................................................................................................................................17 3.34 Prisma de ventilação .........................................................................................................................................17 3.35 Prumada.............................................................................................................................................................17 3.36 Prumada individual ...........................................................................................................................................17 3.37 Prumada coletiva...............................................................................................................................................17 3.38 Purga..................................................................................................................................................................17 3.39 Queda máxima de pressão ................................................................................................................................17 3.40 Rede externa......................................................................................................................................................17 3.41 Rede interna.......................................................................................................................................................17 3.42 Rede de distribuição..........................................................................................................................................17 3.43 Rede primária ....................................................................................................................................................18 3.44 Rede secundária.................................................................................................................................................18

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3.45 Registro..............................................................................................................................................................18 3.46 Regulador de pressão de primeiro estágio ou estágio único ............................................................................18 3.47 Regulador de pressão de segundo estágio ........................................................................................................18 3.48 Regulador de pressão de terceiro estágio .........................................................................................................18 3.49 Tubo-luva...........................................................................................................................................................18 3.50 Tubo flexível metálico.......................................................................................................................................18 3.51 Válvula de bloqueio automática (OPSO: Over Preassure Shut-Off)...............................................................18 3.52 Válvula de bloqueio manual .............................................................................................................................18 3.53 Vazão Nominal ..................................................................................................................................................184. MATERIAIS..............................................................................................................................................................19 4.1 Tubos e conexões ................................................................................................................................................21 4.2 Acoplamentos ......................................................................................................................................................21 4.3 Acessórios para interligações..............................................................................................................................22 4.4 Dispositivos de segurança...................................................................................................................................235. DIRETRIZES BÁSICAS DE EXECUÇÃO............................................................................................................25 5.1 Aproveitamento das instalações existentes em edificações multifamiliares......................................................27 5.2 Instalações novas em edificações multifamiliares existentes.............................................................................27 5.3 Instalações em edificações multifamiliares novas..............................................................................................276. EXECUÇÃO DAS INSTALAÇÕES PREDIAIS....................................................................................................29 6.1 Generalidades ......................................................................................................................................................31 6.2 Proteção de redes internas...................................................................................................................................32 6.3 Localização..........................................................................................................................................................32 6.4 Instalação das redes externa e interna.................................................................................................................33 6.5 Instalação das derivações ....................................................................................................................................33 6.6 Revestimento.......................................................................................................................................................34 6.7 Ensaio Pneumático ..............................................................................................................................................34 6.8 Inertização ...........................................................................................................................................................357. MEDIÇÃO DO GÁS ................................................................................................................................................37 7.1 Generalidades ......................................................................................................................................................39 7.2 Localização..........................................................................................................................................................40 7.3 Ventilação ............................................................................................................................................................40 7.4 Medição coletiva em edifícios ............................................................................................................................40 7.5 Medição à distância.............................................................................................................................................418. DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES .....................................................................................................439. APARELHOS DE UTILIZAÇÃO E ADEQUAÇÃO DE AMBIENTES ..............................................................47ANEXO 1 ......................................................................................................................................................................51EXEMPLOS DE DIMENSIONAMENTOS DE INSTALAÇÕES DE GÁS ............................................................53ANEXO 2 ......................................................................................................................................................................59FIGURAS......................................................................................................................................................................59 Figura 1: Detalhes do duto-luva................................................................................................................................61 Figura 2: Tubulações enterradas ...............................................................................................................................63 Figura 3: Alimentação de medidores: abrigo com até 4 medidores por prateleira ..................................................65 Figura 4: Alimentação de medidores: abrigo com mais de 4 medidores por prateleira ..........................................66 Figura 5: Ventilação dos abrigos situados nos andares ............................................................................................67 Figura 6: Abrigos para Estações ERU 4, 5, 6 ou 7...................................................................................................68 Figura 7: Chaminé coletiva .......................................................................................................................................71 Figura 8: Ventilação de ambiente com aquecedor....................................................................................................72 Figura 9: Detalhe de chaminé com terminal tipo chapéu chinês e ventilação superior de ambiente com aquecedor............................................................................................................................73 Figura 10: Detalhe de chaminé com terminal tipo tê e ventilação superior de ambiente com aquecedor..............74

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Objetivo e campode aplicação

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Este Regulamento de Instalações Prediais de Gás – RIP tem por objetivo estabelecer os requisitos mínimos indispensáveis para o projeto, dimensionamento e construção de instalações de gás natural, em edificações comerciais e residenciais, de maneira a garantir a qualidade e segurança das mesmas.Este regulamento se aplica às instalações novas, bem como a reformas e ampliações de instalações já exis-tentes.

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Normas, leis edocumentoscomplementares

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Para a aplicação deste regulamento é necessária a consulta às seguintes normas e documentos:

NBR 5419 - Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas

NBR 5580 - Tubos de aço carbono para rosca Whitworth gás para usos comuns de condução de fluidos

NBR 5590 - Tubos de aço-carbono com ou sem costura, pretos ou galvanizados por imersão à quente, para condução de fluidos

NBR 6493 - Emprego de cores para identificação de tubulações

NBR 6925 - Conexões de ferro fundido maleável de classes 150 e 300, com rosca NPT para tubulação

NBR 6943 - Conexões de ferro fundido maleável, com rosca NBR NM-ISO 7-1, para tubulações

NBR 11720 - Conexões para unir tubos de cobre por soldagem ou brasagem capilar

NBR 12712 - Projeto de sistemas de transmissão e distribuição de gás combustível

NBR 12727 - Medidor de gás tipo diafragma para instalações residenciais – Dimensões

NBR 12912 - Rosca NPT para tubos – Dimensões

NBR 13103 - Adequação de ambientes residenciais para instalação de aparelhos que utilizam gás combus-tível

NBR 13127 - Medidor de gás tipo diafragma para instalações residenciais

NBR 13128 - Medidor de gás tipo diafragma, para instalações residenciais – Determinação das Caracterís-ticas

NBR 13206 - Tubos de cobre leve, médio e pesado para condução de água e outros fluidos

NBR 14177 - Tubo flexível metálico para instalações domésticas de gás combustível

NBR 14570 - Instalações internas para uso alternativo dos gases GN e GLP – Projeto e execução

NBR NM-ISO 7-1 - Rosca para tubos onde a junta de vedação sob pressão é feita pela rosca – Parte 1: Di-mensões, tolerâncias e designação

ANSI/ASME B 16.3 - Malleable iron threaded fittings

ANSI/ASME B.16.5 - Pipe flanges & flanged fittings

ANSI/ASME B 16.9 - Factory-made wrought steel buttwelding fittings

ANSI/FCI.70.2 - American national standard for control valve seat leakage

PETROBRAS N-0076 - Materiais de tubulação

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LEI COMPLEMENTAR Nº. 284/92 - Código de Edificações de Porto Alegre

LEI COMPLEMENTAR Nº. 420/98 - Código de Proteção contra Incêndio de Porto AlegreEspecificação Técnica SULGÁS: ET-SUL-029.05 - Abrigos de Estações

Especificação Técnica SULGÁS: ET-SUL-030.05 - Materiais para Instalações Prediais

Especificação Técnica SULGÁS: ET-SUL-031.05 - Sinalização para Instalações Prediais

Desenho SULGÁS: DE-SUL-031.05 - ERU 1

Desenho SULGÁS: DE-SUL-032.05 - ERU 2

Desenho SULGÁS: DE-SUL-033.05 - ERU 3

Desenho SULGÁS: DE-SUL-034.05 - ERU 4

Desenho SULGÁS: DE-SUL-035.05 - ERU 5

Desenho SULGÁS: DE-SUL-036.05 - ERU 6

Desenho SULGÁS: DE-SUL-037.05 - ERU 7

Desenho SULGÁS: DE-SUL-038.05 - Abrigo de Estação Tipo I

Desenho SULGÁS: DE-SUL-039.05 - Abrigo de Estação Tipo II

Desenho SULGÁS: DE-SUL-040.05 - Abrigo de Estação Tipo III

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Definições

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Para os efeitos deste Regulamento estabelecem-se as seguintes definições:

3.1 Abrigo para Estações Construção destinada a proteger a Estação Reguladora Urbana (ERU).

3.2 Abrigo Individual Abrigo destinado a proteger a ERU que atende somente uma economia.

3.3 Abrigo ColetivoAbrigo destinado a proteger a ERU que atende mais de uma economia.

3.4 AlinhamentoLinha legal que limita o terreno e o logradouro público para o qual faz frente.

3.5 Aparelhos de utilização Aparelhos que utilizam gás combustível.

3.6 Autoridade competenteÓrgão, repartição pública ou privada, pessoa jurídica ou física, investida de autoridade pela legislação vi-gente, para examinar, aprovar, autorizar ou fiscalizar as instalações de gás, baseada em legislação específica local. Na ausência de legislação específica, a autoridade competente é a própria entidade pública, ou privada, que projeta e/ou executa a instalação predial de gás.

3.7 Baixa pressão Toda pressão abaixo de 5 kPa (0,05 kgf/cm2 ou 500 mmca).

3.8 Capacidade volumétricaCapacidade total em volume de água que o recipiente pode comportar.

3.9 Consumidor Pessoa física ou jurídica que utiliza gás canalizado.

3.10 Densidade relativa do gásRelação entre a densidade absoluta do gás e a densidade absoluta do ar seco, na mesma pressão e temperatura.

3.11 DerivaçãoTrecho da tubulação que interliga a rede de distribuição à ERU. As derivações e ERU’s são de responsabi-lidade da SULGÁS.

3.12 DistribuidoraEntidade pública, ou particular, responsável pelo fornecimento, abastecimento, distribuição e venda de gás canalizado.

3.13 EconomiaÉ a propriedade, servindo de habitação ou ocupação para qualquer finalidade, podendo ser utilizada inde-pendentemente das demais.

3.14 Edificação MultifamiliarEdificação com 02 (duas) ou mais economias destinadas à habitação.

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3.15 Edificação UnifamiliarEdificação com 01 (uma) economia destinada à habitação.

3.16 Estação Reguladora Urbana (ERU)Conjunto de válvulas, acessórios e medidores, normalmente instalado em abrigo próprio, dentro da pro-priedade (residencial ou comercial) do consumidor, em local de comum acesso, cuja finalidade é reduzir a pressão do gás proveniente da rede de distribuição para a pressão compatível com o transporte e a utilização nos aparelhos de consumo e, medir o consumo total de gás.

3.17 Fator de simultaneidade (FS)Percentual de utilização simultânea de aparelhos dentro de uma economia.

3.18 Gás natural (GN)Mistura de hidrocarbonetos gasosos, onde predomina o metano, que se encontra na natureza, em jazidas subterrâneas, podendo estar associado ou não ao petróleo.

3.19 InertizaçãoTrocar a atmosfera existente na tubulação, tornando-a inerte, ou seja, inadequada à combustão, trocando o ar (oxigênio) por um gás inerte (nitrogênio).

3.20 Instalação Predial de GásConjunto de tubulações, medidores, reguladores, válvulas e aparelhos de utilização de gás, com os necessá-rios complementos, destinados à condução e uso do gás no interior da propriedade do consumidor.

3.21 InstaladoraEmpresa legalmente estabelecida, que, incluindo em sua razão social as atividades de montagem, reparação, manutenção e revisão de instalações de gás, está autorizada a executar as operações de sua competência, cumprindo a regulamentação vigente e sempre de acordo com a boa técnica da engenharia.

3.22 Logradouro públicoSão os espaços livres inalienáveis oficialmente reconhecidos pela Municipalidade, destinados ao trânsito de veículos e pedestres.

3.23 Média pressãoPressão compreendida entre 5 kPa (0,05 kgf/cm2 ou 500 mmca) e 400 kPa (4,08 kgf/cm2).

3.24 MedidorAparelho destinado à medição do consumo de gás.

3.25 Medidor coletivoMedidor destinado à medição do consumo total de gás de um conjunto de economias.

3.26 Medidor individualMedidor destinado à medição do consumo de uma só economia.

3.27 Perda de cargaPerda de pressão do gás, devido a atritos, obstruções, mudanças de direção e reduções na área de escoamen-to, ao longo da tubulação e acessórios.

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3.28 Perda de carga localizadaPerda de pressão do gás devido a atritos nos acessórios.

3.29 Ponto de utilizaçãoExtremidade da tubulação destinada a receber um aparelho de utilização.

3.30 Ponto de instalaçãoExtremidade da tubulação destinada a receber o medidor.

3.31 Potência adotada (A)Potência utilizada para o dimensionamento do trecho em questão.

3.32 Potência computada (C)Somatório das potências máximas dos aparelhos de utilização de gás, que potencialmente podem ser insta-lados a jusante do trecho.

3.33 Potência nominal (N)Quantidade de calor contida no combustível, consumida na unidade de tempo, pelo aparelho de utilização de gás, com todos os queimadores acesos e devidamente regulados, com os registros totalmente abertos.

3.34 Prisma de ventilaçãoAbertura situada no interior da edificação, em comunicação direta com o exterior, destinada a realizar a ventilação (entrada de ar, saída de ar viciado e exaustão de produtos de combustão) dos locais que possuem aparelhos de utilização e que dão acesso ao espaço citado.

3.35 PrumadaTubulação constituinte da rede de distribuição interna (embutida ou aparente, inclusive externa à edificação), que conduz o gás para um ou mais pavimentos.

3.36 Prumada individualPrumada que abastece uma única economia.

3.37 Prumada coletivaPrumada que abastece um grupo de economias sobrepostas.

3.38 PurgaLimpeza total de tubulação ou parte de um equipamento, de forma que todo material nele contido seja re-movido. É também a expulsão do ar contido nos mesmos, tendo em vista a admissão de gás combustível, de forma a evitar uma combinação, combustível/ar, indesejada.

3.39 Queda máxima de pressãoQueda de pressão admissível, causada pela soma das perdas de carga nas tubulações e acessórios e pela va-riação de pressão com o desnível (devido à densidade relativa do gás).

3.40 Rede externaTrecho da instalação predial implantada em áreas externas (não edificadas), de uso comum ou individualizado.

3.41 Rede internaTrecho da instalação predial implantada no interior da edificação.

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3.42 Rede de distribuiçãoTubulação existente nos logradouros públicos e da qual saem as derivações para os consumidores.

3.43 Rede primáriaTrecho da instalação predial operando com pressão no valor máximo de 150 kPa (1,53 kgf/cm2).

3.44 Rede secundáriaTrecho da instalação predial operando com pressão no valor máximo de 5 kPa (0,05 kgf/cm2) até o ponto de utilização do gás.

3.45 RegistroÉ a válvula de bloqueio manual.

3.46 Regulador de pressão de primeiro estágio ou estágio únicoDispositivo destinado a reduzir a pressão do gás, antes de sua entrada na rede primária, para o valor de no máximo 150 kPa (1,53 kgf/cm2).

3.47 Regulador de pressão de segundo estágioDispositivo destinado a reduzir a pressão do gás, para um valor adequado ao funcionamento do aparelho de utilização 2 kPa (200 mmca), ou 5 kPa (500 mmca), quando for utilizado regulador de terceiro estágio.

3.48 Regulador de pressão de terceiro estágioDispositivo destinado a reduzir a pressão do gás, para um valor adequado ao funcionamento do aparelho de utilização 2 kPa (200 mmca).

3.49 Tubo-luvaTubo no interior do qual a tubulação de gás é montada e cujas finalidades são: não permitir o confinamento de gás em locais não ventilados, na hipótese de vazamento, e atuar como proteção mecânica para a tubulação de gás.

3.50 Tubo flexível metálicoConjunto constituído de tubo metálico e conexões terminais, projetado para o transporte de gás combustível. É capaz de suportar deformações em função de movimentações de seus pontos extremos.

3.51 Válvula de bloqueio automática (OPSO: Over Preassure Shut-Off)Válvula instalada com a finalidade de interromper o fluxo de gás sempre que a sua pressão exceder o valor pré-ajustado. O desbloqueio deve ser feito manualmente.

3.52 Válvula de bloqueio manualVálvula instalada junto a dispositivos da instalação predial de gás, em meio a trechos da tubulação, como registro geral na entrada da economia e ainda, na entrada dos aparelhos de utilização. Tem a finalidade de interromper o fluxo de gás mediante acionamento manual.

3.53 Vazão NominalÉ a vazão volumétrica máxima de gás que pode ser consumido por um aparelho de utilização, determinada nas condições de 20ºC de temperatura e pressão de 1atm, ao nível do mar.

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Materiais

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4.1 Tubos e conexões

Para a execução da rede de distribuição interna são admitidos:

4.1.1 Tubos de condução de aço, com ou sem costura, na cor preta ou galvanizados, no mínimo classe média, atendendo às especificações da NBR 5580.

4.1.2 Tubos de condução de aço, com ou sem costura, na cor preta ou galvanizados, no mínimo classe nor-mal, atendendo às especificações da NBR 5590.

4.1.3 Tubos de condução de cobre rígido, sem costura, com espessura mínima de 0,8 mm e classe I, atenden-do às especificações da NBR 13206. OBS.: A utilização de tubos de cobre fica limitada ao diâmetro de 66mm.

4.1.4 Conexões de ferro maleável, preto ou galvanizado, atendendo às especificações da NBR 6943 ou NBR 6925.

4.1.5 Conexões de aço forjado, atendendo às especificações da ANSI/ASME B.16.9.

4.1.6 Conexões de cobre ou bronze para acoplamento dos tubos de cobre conforme a NBR 11720.

NOTA: – Somente poderão ser empregados tubos com rebarbas externas removidas, isentos de danos me-cânicos e defeitos na rosca.

– Não serão aceitas conexões em latão, para o acoplamento dos tubos de cobre.

4.2 Acoplamentos

Os acoplamentos dos elementos que compõem as tubulações da rede de distribuição interna podem ser exe-cutados através de roscas, soldagem, brasagem ou, flanges.

4.2.1 Acoplamentos roscados:a) Somente serão permitidos acoplamentos roscados até o diâmetro máximo de 2”. Acoplamentos de tubos

de diâmetro superior deverão ser feitos por meio de soldagem.b) As roscas devem ser cônicas (NPT) ou macho cônica e fêmea paralela (BSP) e a elas deve ser aplicado

um vedante, atendendo às prescrições das letras g, h e i deste item;c) Os acoplamentos com rosca NPT devem ser conforme a NBR 12912;d) As conexões com rosca NPT devem ser acopladas em tubos especificados pela NBR 5590; e) Os acoplamentos com rosca BSP devem ser conforme a NBR NM-ISO 7-1;f) As conexões com rosca BSP devem ser acopladas em tubos especificados conforme a NBR 5580;g) Para complementar a vedação dos acoplamentos roscados, deve ser aplicado um vedante, tal como fita de

pentatetrafluoretileno, ou ainda outros tipos de vedantes líquidos ou pastosos com características compa-tíveis para o uso com GN;

h) No caso do uso de vedantes pastosos, esses deverão ser do tipo não-secante e de comprovada confiabili-dade;

i) É proibida a utilização de qualquer tipo de tinta ou de fibras vegetais, na função de vedantes;j) As uniões devem possuir assento de bronze ou sede integral.

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4.2.2 Acoplamentos soldados ou brasados:

4.2.2.1 Para tubos de aço:a) Os acoplamentos soldados devem ser executados pelos processos de soldagem por arco elétrico, com

eletrodo revestido, ou pelos processos que utilizam gás inerte ou ativo, com atmosfera de proteção;b) As conexões de aço forjado, conforme ANSI/ASME B.16.9, devem ser soldadas em tubos especificados

pela NBR 5590.

4.2.2.2 Para tubos de cobre:O acoplamento de tubos e conexões de cobre deve ser feito por brasagem capilar, onde o metal de enchimen-to deve ter ponto de fusão mínimo de 450°C.

4.2.3 Acoplamentos flangeados:Poderão ser utilizados em ERU’s de primeiro estágio ou de estágio único.

4.3 Acessórios para interligações

Os acessórios para interligações devem ter suas características comprovadas através de atendimento às nor-mas que os regulamentam.

4.3.1 Tubos flexíveis:Para interligações junto aos aparelhos de utilização:Os tubos flexíveis metálicos devem ser sem costura, sanfonizados, conforme ASTM-B-135, revestidos ex-ternamente com pelo menos uma capa trançada de fios da mesma liga do tubo, facilmente articulável, com características comprovadas e aceitas em conformidade com a norma NBR - 14177. O tubo deve suportar uma pressão de trabalho mínima de 10 kgf/cm2.Para interligações junto aos medidores:Os tubos flexíveis metálicos devem ser sem costura, sanfonizados, conforme ASTM-B-135, facilmente ar-ticulável, com características comprovadas e aceitas em conformidade com a norma NBR - 14177. O tubo deve suportar uma pressão de trabalho mínima de 10 kgf/cm2.

4.3.2 Medidores:Os medidores tipo diafragma, utilizados nas instalações internas de GN, devem atender às normas NBR 13127 e 13128 e Portaria INMETRO/MICT nº. 31/97.Os medidores de gás devem permitir a medição de um volume de gás correspondente à potência computada prevista para os aparelhos de utilização de gás por eles servidos.

4.3.3 Reguladores:As reduções de pressão devem ser efetuadas por meio de reguladores de pressão tipo auto-operados, com alívio de pressão parcial, dimensionados para as condições de trabalho previstas, podendo ser de conexões roscadas (ver NBR NM-ISO7-1) ou flangeadas (ver ANSI-B 16.5).Os reguladores de segundo estágio devem ser dimensionados para atender à potência adotada prevista para os aparelhos de utilização de gás por eles servidos.Os reguladores de segundo estágio devem ser dimensionados para uma pressão nominal máxima de saída de 5 kPa (500 mmca).

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4.3.4 Válvulas:

4.3.4.1 As válvulas posicionadas nas redes secundárias devem ser dimensionadas para suportar, sem vazar, a pressão de operação máxima de 150 kPa (1,53 kgf/cm2) e devem ser construídas com materiais compatíveis com o GN.

4.3.4.2 As válvulas posicionadas nas redes primárias devem ser dimensionadas para suportar, sem vazar, a pressão de 1000 kPa (10,2 kgf/cm2) e devem ser construídas com materiais compatíveis com o GN.

4.3.4.3 As válvulas devem ter identificados em seu corpo: a classe de pressão, a marca do fabricante e o sentido de fluxo.

4.3.5 Flanges:Devem ser de aço e obedecer às especificações ANSI/ASME B 16.5.

4.4 Dispositivos de segurança

4.4.1 Para cada regulador de pressão instalado deve ser previsto um dispositivo de proteção, contra o excesso de pressão a sua jusante, que deverá ser:Válvula de bloqueio automático, incorporada ao próprio regulador de pressão, para fechamento rápido por sobrepressão, mecanismo de disparo com engate mecânico ou por fluxo magnético, vedação classe VI segun-do ANSI/FCI.70.2 e rearme manual. Esta válvula deve ser instalada a montante do regulador de pressão com ponto de sensoramento a jusante dele e ser ajustada para disparar, bloqueando a passagem do gás, quando for atingida, uma pressão superior à pressão de trabalho (ver Tabela 1 abaixo para limites de regulagem).

Tabela 1 – Limites de regulagem para válvula de bloqueio automático

4.4.2 Para a correta instalação dos dispositivos de alívio de pressão localizados no exterior das edificações, o ponto de descarga de gás desses dispositivos deverá estar distante, horizontal e verticalmente, mais de 1,00m de qualquer abertura da edificação.

4.4.3 Quando os reguladores forem instalados no interior das edificações, a descarga dos dispositivos de alivio de pressão deverá ser feita para o exterior, em local ventilado, num ponto distante, horizontal e verti-calmente, mais de 1,00m de qualquer abertura da edificação. Neste caso a regulagem deve ser feita antes da instalação, no exterior da edificação.

4.4.4 Os reguladores de primeiro estágio devem ter a descarga dos dispositivos de alívio de pressão em um ponto afastado, horizontal e verticalmente, mais de 3,00m da fachada do edifício, em local amplamente ven-tilado e afastado de ralos e esgotos.

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Diretrizes básicasde execução

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5.1 Aproveitamento das instalações existentes em edificações multifamiliares

Quando, após uma avaliação prévia, se concluir pelo aproveitamento da rede interna existente, deverá se proceder à adequação da mesma, adotando-se as seguintes alternativas, por ordem de prioridade:

5.1.1 A rede deverá trabalhar com a pressão secundária de 220 mmca, mantendo-se o mesmo local de me-dição individual, ou implantando-se a medição, preferencialmente no hall de cada andar da edificação, em abrigo próprio.

5.1.2 A rede deverá trabalhar com a pressão primária de 1,5 kgf/cm2, mantendo-se o mesmo local de medição individual, ou implantando-se a medição com redução secundária (para 220 mmca), preferencialmente no hall de cada andar da edificação, em abrigo próprio.

5.2 Instalações novas em edificações multifamiliares existentes

Quando, após uma avaliação prévia, se concluir que as instalações existentes não devem ser aproveitadas ou, onde não existam redes internas, deverão ser implantadas novas redes, adotando-se as seguintes alternativas, por ordem de prioridade:

5.2.1 A rede deverá ser implantada através de uma ou mais prumadas coletivas, internamente à edificação. Deverá operar com a pressão secundária de 220 mmca, mantendo-se o regulador de estágio único no térreo e as unidades de medição individual, preferencialmente no hall de cada andar da edificação, em abrigo próprio.

5.2.2 A rede deverá ser implantada através de uma ou mais prumadas coletivas, externamente à edificação. Deverá operar com a pressão secundária de 220 mmca, mantendo-se o regulador de estágio único no térreo e as unidades de medição individual, no hall de cada andar da edificação ou pelo lado externo das áreas de serviço dos apartamentos, em abrigo especial.

5.2.3 A rede deverá ser implantada através de prumadas individuais, internamente ou externamente à edifi-cação. Deverá operar com a pressão secundária de 220 mmca, mantendo-se o regulador de estágio único e as unidades de medição individuais no térreo.

5.2.4 A rede deverá ser implantada através de uma ou mais prumadas coletivas, externamente à edificação. Deverá operar com a pressão primária de 1,5 kgf/cm2, mantendo-se o regulador de 2º estágio junto às unida-des de medição individual, no hall de cada andar ou pelo lado externo das áreas de serviço dos apartamentos, em abrigo especial.Obs.: Para a construção de instalações aparentes, dar-se-á prioridade para a distribuição do gás em baixa pressão (220 mmca).No caso de implantação de prumadas individuais, os medidores das unidades consumidoras deverão ser instalados convenientemente em abrigos coletivos, localizados na parte térrea dos edifícios.

5.3 Instalações em edificações multifamiliares novas

Após uma avaliação prévia do projeto, deve-se buscar os melhores locais para as instalações, conforme segue:A rede deverá ser implantada através de uma ou mais prumadas coletivas, internamente à edificação. Deverá operar com a pressão secundária de 220 mmca, mantendo-se o regulador de estágio único no térreo e as uni-dades de medição individual, preferencialmente, no hall de cada andar da edificação.

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NOTA: – Todas as opções de construção, adaptações e possíveis alternativas propostas deverão, antes de sua implementação, ser previamente discutidas e aprovadas junto à SULGÁS.

– Para o aproveitamento das redes internas individuais, poderá ser utilizada como pressão de 2º estágio, 500mmca, criando então, a necessidade de um regulador de 3º estágio que deverá ser instalado junto ao ponto de utilização.

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Execução dasinstalações prediais

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6.1 Generalidades

6.1.1 As tubulações, depois de instaladas, devem ser estanques e desobstruídas.

6.1.2 A instalação de gás deve ser provida de válvulas de fechamento manual, em cada ponto em que sejam necessárias, para a segurança, operação e manutenção da instalação.

6.1.3 A tubulação não pode ser considerada como elemento estrutural nem ser instalada interna a ele.

6.1.4 As tubulações não devem passar por pontos que as sujeitem as tensões inerentes à estrutura da edifi-cação.

6.1.5 Os tubos pretos, quando na montagem, devem receber tratamento superficial anti-corrosivo.

6.1.6 Em redes secundárias os trechos a jusante dos medidores e/ou reguladores de pressão deverão ser dota-dos de válvula de bloqueio manual, tipo esfera, instaladas imediatamente após a saída desses acessórios.

6.1.7 A instalação predial para gás destinada a suprir cozinhas e copas, em edifícios de escritório, deve ser executada somente quando estas forem providas de ventilação permanente, conforme NBR 13103.

6.1.8 O ponto de utilização da tubulação interna, destinado à ligação dos equipamentos, deve possibilitar a instalação de válvulas e outras conexões necessárias à sua ligação.

6.1.9 Todos os pontos de utilização da rede interna ou pontos de espera que não se encontrem em serviço devem ser plugados e dotados de válvula de esfera.

6.1.10 Os dutos ou tubos-luva (ver Anexo 2: Figura 1) devem:a) Ter, no mínimo, 2 (duas) aberturas situadas nas extremidades, sendo que as duas devem ter saída para

além da projeção horizontal da edificação;b) Nos casos em que a extremidade inferior não for possível estar além da projeção horizontal, pode estar

localizada em ambiente permanentemente ventilado;c) Para os dutos, apresentar distanciamento mínimo de 25mm entre a tubulação e a sua parede interna;d) Ter resistência mecânica adequada a possíveis esforços decorrentes das condições de uso;e) Estar convenientemente protegidos contra a corrosão;f) Ser estanques em toda a sua extensão;g) Devem ser executados com material incombustível e resistente à água;h) Utilizar o mínimo possível de conexões nas tubulações situadas no interior do tubo-luva;i) O diâmetro do tubo-luva deve ser de acordo com a Tabela 2:

Tabela 2 – Diâmetro do tubo-luva

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6.1.11 No caso de travessia de ambientes confinados ou áreas de permanência, desde que aprovada pela SULGÁS, deverá ser utilizado um tubo-luva.

6.2 Proteção de redes internas

6.2.1 Em locais que possam ocorrer choques mecânicos, as tubulações, quando aparentes, devem ser prote-gidas contra os mesmos.

6.2.2 As válvulas e demais componentes devem ser instalados de modo a permanecer protegidos contra da-nos físicos e a permitir fácil acesso, conservação e substituição a qualquer tempo.

6.2.3 É proibida a utilização de tubulações de gás como aterramento elétrico.

6.2.4 Quando necessário, a tubulação deve ser aterrada de acordo com o especificado pela NBR 5419.

6.3 Localização

6.3.1 As tubulações não podem passar em espaços confinados que possibilitem o acúmulo de gás em caso de vazamento, tais como:a) Dutos de: lixo, ar condicionado, águas pluviais e tiragem de fumaça das escadas enclausuradas;b) Reservatório de água;c) Dutos para incinerador de lixo;d) Poço de elevador;e) Compartimento de equipamento elétrico;f) Compartimento destinado a dormitório, exceto quando embutida ou destinada para ligação de aparelhos

de utilização hermeticamente isolados;g) Poço de ventilação, capaz de confinar o gás proveniente de eventual vazamento;h) Qualquer vazio ou parede contígua a qualquer vão formado pela estrutura ou alvenaria (ou inerente a

estas), ou por estas e o solo, sem a devida ventilação;i) Qualquer tipo de forro-falso, garagem em subsolo ou compartimento não ventilado, exceto quando utili-

zado duto ou tubo-luva, conforme 6.1.10;j) Duto de sistema de ventilação de ar e, ainda, a menos de 1,00m de abertura para captação de ar;l) Shaft de instalações, exceto quando este for provido de aberturas inferior e superior para ventilação ou for

preenchido com revestimento maciço de maneira a evitar o confinamento de gás em caso de vazamento;m) Todo e qualquer local que propicie o acúmulo de gás vazado.

6.3.2 As tubulações embutidas, enterradas ou aparentes devem:a) Ter um afastamento mínimo de 30cm de condutores de eletricidade se estes forem protegidos por eletro-

dutos, e 50cm nos casos contrários;b) Ter material isolante elétrico quando do cruzamento de tubulações de gás com condutores elétricos; c) Ter um afastamento das demais tubulações suficiente para ser realizada a manutenção das mesmas;d) Ter um afastamento mínimo de 2,00m de pára-raios e seus respectivos pontos de aterramento, ou confor-

me a NBR 5419;e) Em caso de superposição de tubulações, a tubulação para gás deve ficar abaixo das demais;f) Ser protegidas com tubo-luva quando estiverem passando juntamente com tubulações de oxigênio ou hi-

drogênio, pelo interior da edificação em mesmo ambiente ou, em outras circunstâncias, com afastamento entre elas menor que 3,00m.

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6.4 Instalação das redes externa e interna

6.4.1 As tubulações, quando enterradas, devem estar a uma profundidade mínima de 0,70m a partir da gera-triz superior do tubo. Em situações nas quais as tubulações estejam sujeitas a cargas de veículos ou simila-res, adotar uma profundidade mínima de 1,00m. Deve-se, ainda, executar a sinalização das tubulações com tachões e/ou placas, conforme indicado na Figura 2 (Anexo 2).

6.4.2 Quando os tubos forem assentados diretamente no solo, o fundo da vala deve ser plano e o reaterro deve ser feito de modo a não prejudicar o revestimento da tubulação.

6.4.3 As tubulações aparentes deverão dispor de elementos de fixação e suporte. Os suportes para tubulações devem estar localizados:a) Preferencialmente nos trechos retos da tubulação, fora de curvas, reduções e derivações;b) Próximos às cargas concentradas, como por exemplo: válvulas, medidores, etc.;c) De modo a evitar contato direto com a tubulação para minimizar uma possível corrosão localizada. Reco-menda-se então, que a referida área seja revestida com material anti-corrosivo.

6.4.4 As distâncias máximas, recomendadas entre suportes para trechos retos e sem acidentes, em função do diâmetro do tubo, constam na Tabela 3:

Tabela 3 – Distâncias máximas entre suportes

6.4.5 Em áreas internas, a tubulação embutida deverá ser colocada sempre no piso, salvo nos pontos de uti-lização e abrigos de medidores, onde deverá seguir o descrito abaixo:a) Ser envoltas em revestimento maciço, quando embutidas em paredes;b) Ser instaladas a 15cm de altura a partir do piso acabado, quando embutidas (horizontalmente) em pare-des;c) Ter a sua localização sinalizada, quando embutidas em paredes.

6.5 Instalação das derivações

Toda a derivação para atender ao consumidor, residencial ou comercial, deve ser construída pela SULGÁS até a interligação com a ERU, não importando qual seja a pressão na instalação predial.

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6.6 Revestimento

6.6.1 Deve-se efetuar uma análise cuidadosa a respeito da possibilidade de ocorrer corrosão nos elementos da tubulação. Caso se verifique a possibilidade de sua ocorrência, deve-se providenciar a proteção necessá-ria.

6.6.2 Tubulações em aço enterradas devem ser revestidas a frio (ex.: base asfáltica, epóxi, fita de polietileno, etc.).

6.6.3. Tubulações aparentes construídas com tubos de aço não galvanizado deverão ser revestidas a frio por produtos a base de anti-óxidos ou pintura com fundo anti-corrosivo apropriado.

6.6.4 Toda tubulação para gás combustível aparente deve receber uma pintura de acabamento na cor amarela conforme padrão 5Y8/12 do Sistema Munsell.

6.6.5 Somente será permitida a pintura da tubulação em cores não padronizadas nos casos de necessidade de atendimento à estética da edificação, quando se tratar de tubulações montadas em fachadas.

6.6.6 O revestimento das tubulações de aço para gás, que tenha sido comprometido durante a sua instalação, deverá ser refeito.

6.6.7 As tubulações que afloram do piso ou parede, no local de medição do gás ou em outra situação, devem manter a proteção anti-corrosiva até, no mínimo, 5cm além do ponto de afloramento.

6.7 Ensaio Pneumático

6.7.1 Toda tubulação, antes de ser abastecida com gás combustível, deverá ser, obrigatoriamente, submetida a ensaio pneumático.

6.7.2 Para as tubulações embutidas e enterradas, os ensaios pneumáticos deverão ser realizados antes das etapas do revestimento da parede ou do recobrimento da vala.

6.7.3 O ensaio pneumático deverá ser realizado com ar, gás inerte ou com o próprio gás liquefeito de petróleo (GLP), no caso de instalações existentes.

6.7.4 Ensaios hidrostáticos são proibidos para redes secundárias.

6.7.5 Para a execução do ensaio pneumático, as válvulas instaladas em todos os pontos extremos deverão ser fechadas e ter suas extremidades posteriores livres e em comunicação com a atmosfera. Após a conclusão do teste e a respectiva constatação da estanqueidade, as extremidades livres devem ser imediatamente fechadas com bujões ou flanges cegos, que só poderão ser retirados quando da sua interligação aos aparelhos de con-sumo ou a conjuntos de regulagem e medição.

6.7.6 Quando a instalação apresentar reguladores de pressão, válvulas ou dispositivos de bloqueio, estes deverão ficar fora do ensaio pneumático.

6.7.7 A elevação da pressão deverá ser feita gradativamente.

6.7.8 A pressão de teste a ser aplicada em redes de gás novas deverá ser equivalente a 4 vezes a pressão de ope-ração e limitada a 600 kPa (6,12 kgf/cm2) nas redes primárias e 20 kPa (0,2 kgf/cm2) nas redes secundárias.

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6.7.9 Para o caso de conversão de redes de gás existentes, a pressão de teste deverá ser equivalente a 1,5 vezes a pressão de operação e limitada a 300 kPa (3,06 kgf/cm2), nas redes primárias e, 4 vezes a pressão de operação e limitada a 10 kPa (0,1 kgf/cm2), nas redes secundárias.

6.7.10 A ERU deverá ser testada em bancada específica e, a pressão de teste a ser aplicada deverá ser equi-valente a 4 vezes a pressão de operação na rede primária e limitada a 600 kPa (6,12 kgf/cm2).

6.7.11 O tempo mínimo a ser submetida a tubulação à pressão de teste deve ser de 60 minutos, após estabi-lizada esta pressão.

6.7.12 Deve ser usado manômetro com fundo de escala de até 1,5 vezes a pressão do ensaio, com sensibili-dade adequada para registrar a leitura máxima e as variações de pressão.

6.7.13 A fonte de pressão deve ser desconectada da tubulação, logo após a pressão na tubulação atingir o valor de teste.

6.7.14 Após realizados os reparos na rede, motivados por possíveis vazamentos apresentados durante a rea-lização dos testes de estanqueidade, a instalação deverá passar por novo teste, de acordo com as premissas anteriormente descritas.

6.8 Inertização

6.8.1 Trechos de tubulação com volume hidráulico total de até 50 litros, podem ser preenchidos diretamente com o gás combustível. Acima deste volume, a purga deve ser feita com gás inerte.

6.8.2 Todos os produtos da inertização devem ser obrigatoriamente canalizados para o exterior das edifica-ções, em local seguro, não se admitindo o despejo destes produtos para o seu interior. Além disso, deve ser providenciado para que não exista qualquer fonte de ignição no ambiente onde se realiza a inertização.

6.8.3 As inertizações devem ser realizadas introduzindo-se o gás lenta e continuamente, não se admitindo que, durante a operação, os locais da inertização permaneçam desassistidos pelos técnicos responsáveis pela operação.

6.8.4 Caso uma tubulação com gás combustível, com volume hidráulico superior a 50 litros, for retirada de operação para reformas ou consertos, a tubulação deve ser preenchida com gás inerte.

6.8.5 O cilindro de gás inerte deve estar munido de válvulas de bloqueio manuais, regulador de pressão e manômetros apropriados ao controle da operação de inertização.

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Medição do gás

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7.1 Generalidades

7.1.1 É permitida a alocação das ERU’s junto de parede da edificação ou muro de divisa, desde que:a) A parede não contenha aberturas, janelas, terraços ou sacadas com acesso ao interior da edificação;b) Seja construída ou montada, junto da parede da edificação, uma parede de concreto celular de espessura

mínima de 10cm ou de tijolos maciços de espessura mínima de 15cm, com dimensões idênticas às da altura e comprimento do abrigo da ERU.

c) Tenha uma laje de cobertura de concreto armado de espessura mínima de 12cm ou concreto celular de espessura mínima de 10cm.

7.1.2 No local da medição de gás, os equipamentos instalados devem estar protegidos contra:a) Choque mecânico;b) Ação de substâncias corrosivas;c) Fontes produtoras de calor ou chama;d) Faíscas ou fontes de ignição elétrica; e) Outros agentes externos de efeitos danosos previsíveis.

7.1.3 Para efetuar o projeto do conjunto de tubulações que alimentam os medidores de gás da economia deverá se considerar 2 (duas) situações:

7.1.3.1 Abrigo com previsão para instalação de até 4 (quatro) medidores por prateleira:Neste caso, as tubulações podem derivar diretamente da rede, interligando-se em suas extremidades de modo a formar um circuito fechado. (Ver Anexo 2: Figura 3).

7.1.3.2 Abrigo com previsão para instalação de mais de 4 (quatro) medidores por prateleira:Neste caso, a fim de melhor distribuir a perda de carga, deve-se proceder à alimentação das tubulações em ambas as extremidades. (Ver Anexo 2: Figura 4).

7.1.4 Para os abrigos das ERU’s, com capacidade acima de 15 m3/h, e para o abrigo coletivo contendo mais de 06 medidores individuais e considerando a cada múltiplo de 06 unidades, deverá ser previsto 01 (um) extintor de pó químico de 6kg, a ser instalado externamente aos abrigos, em local o mais próximo possível destes e de acesso fácil. Quando o abrigo da estação for instalado com a frente voltada para calçadas ou áreas públicas, o extintor deverá ser afixado em local seguro e de acesso privativo aos usuários da edificação.

7.1.5 No interior da edificação, deverá ser instalado 01 (um) extintor de pó químico de 6kg, nos halls dos andares que forem providos de abrigo de medidores.

7.1.6 A base do abrigo deverá distar, no mínimo, 0,05m do piso acabado, quando em área interna e 0,10m quando em área externa, de forma a evitar penetração de água no seu interior.

7.1.7 Os abrigos localizados no interior das edificações, distribuídos por entre os andares, deverão ser provi-dos de portas herméticas em relação ao ambiente externo.

7.1.8 Nos abrigos coletivos de medidores a execução dos pontos de entrada e saída do gás para a instalação dos medidores deverá atender ao seguinte:a) As distâncias entre os pontos de entrada e as distâncias entre os pontos de saída, em função do consumo

(C), devem ser: – 0,20m para C 2,5 m3/h; – 0,27m para 2,5m3/h < C 6,0 m3/h.b) Os pontos devem estar 0,05m distantes de qualquer obstáculo.

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7.2 Localização

7.2.1 Em locais de medição de gás, sujeitos a possibilidade de colisão, deverá ser garantida uma distância livre mínima de 0,80m, através de proteção (muretas, grades, colunas, etc.), sem que haja impedimento a seu acesso. Essa proteção não pode ter altura superior a 1,00m.

7.2.2 O abrigo de medição de gás para medidor individual com vazão até 20m3/h, poderá ficar acima do abrigo da medição de água, desde que o ponto de instalação de gás esteja, no máximo, a 1,50m acima do nível do piso.

7.2.3 O local de medição do gás não poderá ser utilizado para qualquer outro fim a não ser aquele a que se destina.

7.2.4 As ERU’s 1, 2 ou 3, deverão ser alocadas na área frontal da faixa edificável, de propriedade do consu-midor, o mais próximo possível do recuo ou passeio. Esta área deve:a) Ter ventilação permanentemente abundante;b) Ser de fácil acesso;c) Estar fora da projeção horizontal da edificação;d) Ter distância mínima de 2,00m em relação a quadros elétricos, pontos de ignição e outros materiais de

fácil combustão;e) Ter distância mínima de 3,00m da projeção horizontal de linhas de alta tensão;f) Ter distância mínima de 6,00m em relação a depósitos de outros combustíveis;g) Ter distância mínima de 15,00m em relação a depósitos de hidrogênio e oxigênio; h) Estar distante de fontes geradoras de calor, o suficiente para que a temperatura em seu redor não exceda

40°C.

7.3 Ventilação

7.3.1 Os abrigos localizados no interior das edificações, distribuídos por entre os andares ou agrupados nos locais de entrada, devem ser providos de ventilação permanente, superior e inferior, para o exterior, confor-me descrito a seguir (ver Anexo 2: Figura 5):a) Deverão possuir dutos inferior e superior comunicando-se diretamente com o duto coletivo de ventila-ção;b) O duto coletivo de ventilação deve ter tomada de ar externo inferior e saída superior;c) O duto de ventilação coletivo deverá ter diâmetro mínimo de 4”, por cada 4 (quatro) medidores previstos

em cada abrigo;d) Os dutos de comunicação do abrigo com o duto de ventilação coletivo deverão ter diâmetro mínimo de

3”, por cada 4 (quatro) medidores previstos no respectivo abrigo;e) Quando o duto de ventilação dos abrigos de medidores for aparente, deve ser de material incombustível

e resistente à água.

7.3.2 Quando os abrigos estiverem localizados em ambientes permanentemente ventilados, pode-se eliminar a ventilação citada acima desde que os abrigos sejam providos de porta com abertura para ventilação de, no mínimo, 100cm2 de área útil para cada 4 (quatro) medidores.

7.4 Medição coletiva em edifícios

7.4.1 O local de medição coletiva de gás de um conjunto de economias deve ser projetado em área de servi-dão comum.

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7.4.2 Quando da instalação de medição coletiva de gás, deve-se providenciar para que na tubulação que deriva para os apartamentos se possibilite a instalação de medidor individual e, quando necessário, com dispositivo para leitura à distância.

7.5 Medição à distância

Será permitida a adoção de sistema de medição do volume de gás à distância, desde que sejam observados os seguintes aspectos:a) Os medidores deverão ser instalados de acordo com as regras de segurança estabelecidos neste Regula-

mento;b) Inexistência de interferências elétricas/eletrônicas que prejudiquem a leitura.c) O local de medição e leitura do consumo de gás, quando da opção pela medição individual, deve estar em

área de servidão comum.

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Dimensionamentodas tubulações

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8.1 Para o dimensionamento das redes externa e interna:a) A pressão máxima de operação deverá ser de 150 kPa (1,53 kgf/cm2), conforme a NBR 14570.OBS.: Nos casos de redes externas de hospitais, shopping centers, clubes e similares, será permitida, desde que atendidos todos os aspectos de segurança, em longos trechos de tubulação enterrados a serem instalados em áreas de terreno a céu aberto, a utilização da pressão de 200 kPa, porém, com redução para a pressão má-xima de operação de 150 kPa, conforme enunciado acima, ainda fora da projeção de qualquer edificação.b) O comprimento total (LT) deve ser calculado somando-se o trecho horizontal, o trecho vertical e os com-

primentos equivalentes de conexões e válvulas, conforme indicados pelos fabricantes;c) Para trechos verticais ascendentes, deve-se considerar, um ganho de pressão de 0,5mmca para cada 1,00m

do referido trecho.d) Para trechos verticais descendentes, considerar, 0,5mmca de perda de pressão para cada 1,00m do referido

trecho.

8.2 O consumo de cada equipamento deve ser adotado a partir de dados do fabricante. Na falta desses dados recomenda-se a utilização da potência nominal, indicada na Norma NBR 14570.

8.3 O cálculo do consumo da rede interna comum a várias unidades residenciais deve ser feito consideran-do-se o Fator de Simultaneidade, encontrado no gráfico, ou através das equações constantes na Norma NBR 14570.

8.4 Cada trecho de tubulação, da rede interna individual, deve ser dimensionado computando-se a soma das vazões (C) dos aparelhos de utilização por ele servidos;

8.5 O cálculo da vazão de gás deve ser feito pela seguinte equação:

Onde:

Q – vazão de gás (m3/h);A – potência adotada (kcal/h);FS – fator de simultaneidade (Norma NBR 14570);C – potência computada = somatória das potências nominais dos aparelhos instalados no trecho;PCI – poder calorífico inferior do gás natural = 8600 kcal/m3.

8.6 Adotar um diâmetro interno inicial (D) para determinação do comprimento total (LT) da tubulação consi-derando-se os trechos retos somados aos comprimentos equivalentes de conexões e válvulas de acordo com informações dos fabricantes.

8.7 O critério para projeto deve considerar uma perda de carga máxima de 0,19kPa (20mmca) entre os pon-tos de consumo e:a) O ponto de saída do regulador de estágio único oub) O ponto de saída do regulador de 2° estágio.8.7.1 Em baixa pressão: a perda de carga é considerada desde a saída do regulador de pressão de estágio único até o ponto de consumo mais desfavorável.

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8.7.2 Em média pressão: a perda de carga considerada no trecho entre o regulador de pressão de 1º estágio e o regulador de 2º estágio é de 10% da pressão de saída do regulador de 1º estágio.OBS.1: Quando a pressão de saída do regulador de 1º estágio for de 150kPa, será admitida perda de carga entre 10% e 25% a critério da SULGÁS.OBS.2: Desconsiderar as perdas de carga localizadas na derivação e no medidor.

8.8 A cada regulador de pressão inserido nas redes externa e/ou interna, o trecho da tubulação a sua jusante pode perder 10% da pressão de saída do regulador e seu dimensionamento deverá ser feito como uma nova instalação.

8.9 O cálculo dos diâmetros dos tubos da rede de distribuição interna deverá ser feito com o emprego das seguintes equações:a) Para redes em média pressão até 150kPa - Equação de RENOUARD:

b) Para redes em baixa pressão (até 5 kPa = 500 mmca) deverá ser aplicada a Equação de LACEY:

Onde:

Pa - pressão de entrada em cada trecho (kPa); Pb - pressão de saída em cada trecho (kPa); Q - vazão do gás (m3/h) a 20° e 1atm;D - diâmetro interno do tubo (mm);H - perda de carga máxima admitida (mmca); LT - comprimento total de tubulação (m) = trechos de tubulação + perdas localizadas (comprimento equiva-

lente de tubulação); S - densidade relativa do gás em relação ao ar (adimensional) = 0,6.

NOTA: Exemplos de dimensionamento encontram-se no Anexo 1.

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Aparelhos deutilização e adequaçãode ambientes

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9.1 Os ambientes nos quais serão instalados os aparelhos a gás devem cumprir as seguintes características:a) possuir ventilação permanente para renovação do ar no ambiente;b) possuir meios que garantam a exaustão dos produtos da combustão.

9.2 Todos os aparelhos de utilização deverão ser ligados por meio de conexões rígidas à instalação interna, ou através de tubo flexível, inteiramente metálico, sendo, entretanto indispensável, a existência de registro na extremidade rígida da instalação onde será feita a ligação do tubo flexível.

9.3 Todo o aparelho deverá ser ligado através de um registro independente que permita isolá-lo, sem neces-sidade de interromper o abastecimento de gás aos demais aparelhos da economia.

9.4 Os pequenos aparelhos de natureza portátil, tais como: fogareiros, ferros de passar roupa, maçaricos, bicos de Bunsen, aparelhos portáteis de laboratório e outros de uso doméstico, poderão ter ligações em tubo metálico flexível de no máximo 3,00m, sendo indispensável a existência de registro de bloqueio na extremi-dade rígida da instalação onde será feita a ligação do tubo flexível.

9.5 Os aquecedores de água deverão ter uma plaqueta irremovível e com dizeres indeléveis, em local visível com a seguinte inscrição: “Este aparelho só pode ser instalado com a respectiva chaminé e em locais onde haja ventilação permanente. Nunca utilizá-la em recintos fechados tais como banheiros, dormitórios, etc”.

9.6 Os fogões deverão ser instalados em locais onde haja ventilação permanente, de acordo com a norma NBR 13103. Casos onde não haja ventilação permanente e nem a possibilidade de criação da mesma, deve-rão ser analisados pela SULGÁS.

9.7 Fogões com capacidade superior a 21.600kcal/h, deverão ter sua instalação complementada com coifa ou exaustor, para condução dos produtos da combustão para o ar livre ou para o prisma de ventilação.

9.8 O prisma de ventilação deverá ser executado conforme o preconizado pela norma NBR 13103.

9.9 Todo o aquecedor de água a gás deverá utilizar chaminé, destinada a conduzir os produtos da combustão para o ar livre ou para o prisma de ventilação da edificação.

9.10 Nos prédios novos os pontos de gás, água fria e água quente destinados a aquecedores instantâneos, deverão ser dispostos na forma e dimensões estabelecidas pela norma que regulamenta o assunto.

9.11 Somente serão aceitos aquecedores que tenham válvula de segurança para bloqueio automático da pas-sagem do gás do queimador principal.

9.12 É vedada a instalação de aquecedor de água a gás no interior de banheiros.

9.13 Aquecedores de ambiente somente poderão ser instalados em dormitórios, se satisfeitas, todas as con-dições abaixo:– o aquecedor deve ser do tipo circuito fechado, ou seja, hermeticamente isolado do ambiente em seu inte-rior; – o dormitório deve ser provido de ventilação permanente, sendo a área de ventilação inferior mínima de

200cm2 e a área de ventilação superior mínima de 400cm2.

9.14 As demais condições de ventilação e de adequação, em geral, dos ambientes onde forem instalados aparelhos a gás deverão obedecer às instruções contidas na norma NBR 13103 (ver exemplos no Anexo 2: Figuras 7, 8, 9 e 10).

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9.15 Após a ligação do gás, todos os aparelhos, antes da sua utilização, deverão ser testados e regulados por técnico da empresa credenciada que estará prestando o serviço, de forma que os mesmos trabalhem dentro de suas condições nominais.

9.16 A cada pelo menos dois anos, os aparelhos a gás devem ser regulados e revisados, a fim de sanar quais-quer possíveis defeitos que venham por em risco a segurança do consumidor.

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Anexo 1 EXEMPLOS DE DIMENSIONAMENTOSDE INSTALAÇÕES DE GÁS

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EXEMPLO 1: DIMENSIONAMENTO PARA EDIFICAÇÃO UNIFAMILIAR:

Instalação de gás para os seguintes equipamentos: 1 fogão com 6 bocas e forno, 1 aquecedor de passagem de 10 l/mim e 1 secadora de roupa, conforme mostra o esquema 1 abaixo:

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1.1 DETERMINAÇÃO DAS VAZÕES DE GÁS DE CADA EQUIPAMENTO A SER INSTALADO:

Adotando-se os valores de potência nominal dos aparelhos, constantes na Norma NBR 14570 e calculando-se as respectivas vazões, têm-se os seguintes resultados:

1.2 DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM TRECHOS:

Dividimos a tubulação em trechos conforme mostra o esquema 1. Os trechos são AB, BC, DC, BB’ e CC’.

1.3 DETERMINAÇÃO DAS VAZÕES DE CADA TRECHO:

Obtém-se pela soma das vazões dos equipamentos instalados a jusante do trecho.

1.4 DETERMINAÇÃO DO COMPRIMENTO TOTAL DOS TRECHOS:

Considerando tubulação de cobre com espessura de 1,0mm, adotam-se os seguintes diâmetros para cada um dos trechos:

Trecho AB – 22mm; Trecho BC – 22mm; Trecho CD – 15mm; Trecho BB’ – 15mm; Trecho CC’ – 15mm.

O comprimento total (LT) de cada trecho é obtido pela soma do comprimento da tubulação (L) com o com-primento equivalente (Leq) das conexões existentes no respectivo trecho.

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1.5 DIMENSIONAMENTO:

Com os diâmetros adotados, utiliza-se a Equação de Lacey para o dimensionamento apresentado na planilha abaixo:

NOTA: 1 mmca = 9,8 x 10–3 kPa

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EXEMPLO 2: DIMENSIONAMENTO PARA EDIFICAÇÃO MULTIFAMILIAR:

Instalação de gás para os seguintes equipamentos, por apartamento: 1 fogão com 6 bocas com forno e 1 aque-cedor de passagem de 6 l/mim. Previsão de medidores nos andares, conforme mostra o esquema 2 abaixo:

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2.1 DIMENSIONAMENTO:

Seguindo-se a mesma seqüência de cálculo do Exemplo 1, temos o dimensionamento da edificação multifa-miliar apresentado na planilha abaixo:

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Anexo 2 FIGURAS

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Figura 1: Detalhes do duto-luva

Figura 1.1 Duto com tubulação de ventilação

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Figura 1.2 Duto com tubulação e grelha de ventilação

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Figura 2: Tubulações enterradas

Figura 2.1 Seção-tipo de valas para tubos enterrados em acessos para veículos:

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Figura 2.2 Seção-tipo de valas para tubos enterrados em calçadas e jardins:

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Figura 3: Alimentação de medidores: abrigo com até 4 medidores por prateleira

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Figura 4: Alimentação de medidores: abrigo com mais de 4 medidores por prateleira

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Figura 5: Ventilação dos abrigos situados nos andares

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Figura 6: Abrigos para Estações ERU 4, 5, 6 ou 7

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Figura 7: Chaminé coletiva

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Figura 8: Ventilação de ambiente com aquecedor

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Figura 9: Detalhe de chaminé com terminal tipo chapéu chinês e ventilação superior de ambiente com aquecedor

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Figura 10: Detalhe de chaminé com terminal tipo tê e ventilação superior de ambiente com aquece-dor

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