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CRESCIMENTO, ÌNDICE DE MASSA CORPORAL E APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA À SAÚDE DE ESTUDANTES NA FAIXA ETÁRIA DE 14 E 15 ANOS DO COLÉGIO ESTADUAL SÃO JOÃO BOSCO DE PATO BRANCO – PARANÁ Carmen Maria Mosquen 1 RESUMO: Este artigo refere-se a um estudo que teve como objetivo avaliar a Aptidão Física Relacionada à Saúde de alunos das 1ª Séries do Ensino Médio do período da manhã, do Colégio Estadual São João Bosco – EFM, de Pato Branco. Foi utilizada uma bateria de testes e de medidas adotadas pelo Projeto Esporte Brasil verificando, portanto, o estado nutricional através do IMC ( peso e altura), bem como o percentil de IMC, os níveis de Flexibilidade (sentar-e-alcançar), Força e Resistência Muscular Localizada (abdominal) e Resistência Cardiorrespiratória (9 minutos). A pesquisa apresenta-se como descritiva, transversal e quantitativa. Quanto aos resultados, pode-se observar através dos dados antropométricos, que a maioria das meninas bem como, dos meninos, de 14 e 15 anos encontram-se dentro dos percentis normais de IMC para a idade, segundo os pontos de corte do NCHS/CDC - National Center for Health Statistics/Centers for Disease Control (Centro Nacional de Estatísticas sobre Saúde/Centros para o Controle e Prevenção de Doenças). Quanto às médias dos resultados obtidos nos testes de flexibilidade força e resistência localizada e resistência geral, tanto masculino quanto feminino, pudemos verificar níveis considerados em sua maioria, de razoáveis a fracos segundo os pontos de corte do PROESP-BR, ou seja, norma utilizada como critério referenciado para AFH (Avaliação da Atividade Física Humana) de baixa exigência. Palavras-Chave: Aptidão física; saúde; qualidade de vida. ABSTRACT: This article refers to a study that has as objective to evaluate the Physical Fitness Related to Health on students of the first grade, matriculated in the morning period, of the São João Bosco High School – EFM, situated in Pato Branco- PR. It was utilized a sequence of tests and measures that were adopted by the Projeto Esporte Brasil verifying the BMI, the nutritional condition through the BMI (weight and height), flexibility levels (sit-and-reach), strength and localized muscular resistance (abdominal exercises) and cardiorespiratory resistance (9 minutes). This research is presented as descriptive, transversal and quantitative. About the results, we can observe through the anthropometric data, that a large part of the girls and boys, with 14 and 15 years-old, are in agreement with the normal BMI percentile for the age (based in NCHS/CDC cut points). For the average results of the male and female tests of flexibility, strength, localized resistance and general resistance we have verified, in large part, weak to reasonable levels, according to PROESB-BR (a norm used as reference parameter for low requirement HPC - human physical activity) cut points. 1 Professora da Rede Estadual de Ensino do Estado do Paraná – PDE/2007.

RELACIONADA À SAÚDE DE ESTUDANTES NA FAIXA ETÁRIA DE … · aprofundados no que se refere ao seu crescimento e desenvolvimento. Os aspectos biológicos, psicológicos, fisiológicos

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CRESCIMENTO, ÌNDICE DE MASSA CORPORAL E APTIDÃO FÍS ICA RELACIONADA À SAÚDE DE ESTUDANTES NA FAIXA ETÁRIA D E

14 E 15 ANOS DO COLÉGIO ESTADUAL SÃO JOÃO BOSCO DE PATO BRANCO – PARANÁ

Carmen Maria Mosquen1

RESUMO: Este artigo refere-se a um estudo que teve como objetivo avaliar a Aptidão Física Relacionada à Saúde de alunos das 1ª Séries do Ensino Médio do período da manhã, do Colégio Estadual São João Bosco – EFM, de Pato Branco. Foi utilizada uma bateria de testes e de medidas adotadas pelo Projeto Esporte Brasil verificando, portanto, o estado nutricional através do IMC ( peso e altura), bem como o percentil de IMC, os níveis de Flexibilidade (sentar-e-alcançar), Força e Resistência Muscular Localizada (abdominal) e Resistência Cardiorrespiratória (9 minutos). A pesquisa apresenta-se como descritiva, transversal e quantitativa. Quanto aos resultados, pode-se observar através dos dados antropométricos, que a maioria das meninas bem como, dos meninos, de 14 e 15 anos encontram-se dentro dos percentis normais de IMC para a idade, segundo os pontos de corte do NCHS/CDC - National Center for Health Statistics/Centers for Disease Control (Centro Nacional de Estatísticas sobre Saúde/Centros para o Controle e Prevenção de Doenças). Quanto às médias dos resultados obtidos nos testes de flexibilidade força e resistência localizada e resistência geral, tanto masculino quanto feminino, pudemos verificar níveis considerados em sua maioria, de razoáveis a fracos segundo os pontos de corte do PROESP-BR, ou seja, norma utilizada como critério referenciado para AFH (Avaliação da Atividade Física Humana) de baixa exigência. Palavras-Chave: Aptidão física; saúde; qualidade de vida.

ABSTRACT: This article refers to a study that has as objective to evaluate the Physical Fitness Related to Health on students of the first grade, matriculated in the morning period, of the São João Bosco High School – EFM, situated in Pato Branco-PR. It was utilized a sequence of tests and measures that were adopted by the Projeto Esporte Brasil verifying the BMI, the nutritional condition through the BMI (weight and height), flexibility levels (sit-and-reach), strength and localized muscular resistance (abdominal exercises) and cardiorespiratory resistance (9 minutes). This research is presented as descriptive, transversal and quantitative. About the results, we can observe through the anthropometric data, that a large part of the girls and boys, with 14 and 15 years-old, are in agreement with the normal BMI percentile for the age (based in NCHS/CDC cut points). For the average results of the male and female tests of flexibility, strength, localized resistance and general resistance we have verified, in large part, weak to reasonable levels, according to PROESB-BR (a norm used as reference parameter for low requirement HPC - human physical activity) cut points. 1 Professora da Rede Estadual de Ensino do Estado do Paraná – PDE/2007.

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1 INTRODUÇÃO

Desde os nossos antepassados, vivemos constantemente preocupados com

o trabalho e com melhores condições de vida no aspecto material. Tal situação vem

acarretando sérias conseqüências no que se refere à qualidade de vida e a saúde.

A evolução tecnológica desencadeou inúmeros problemas de estresse e

sedentarismo. Trabalhamos excessivamente em busca de conforto e melhores

condições financeiras e isso vem causando uma epidemia de estresse e doenças

relacionadas ao trabalho. Já o sedentarismo ocorre pela possibilidade de clicarmos

um botão e resolvermos uma tarefa que nos custaria algum gasto de energia se

fosse realizado de outra forma, além de outras inúmeras facilidades proporcionadas

pela tecnologia.

Acompanhar o cotidiano de adolescentes nas mais variadas situações, exige

de nós, professores de Educação física, conhecimentos cada vez mais

aprofundados no que se refere ao seu crescimento e desenvolvimento.

Os aspectos biológicos, psicológicos, fisiológicos e sociais que envolvem a

adolescência, os tornam vulneráveis e sujeitos às conseqüências dos

comportamentos decorrentes da influência exercida pelo ambiente, pela forma como

vivem e pelos grupos que servem para eles como referência e que podem, portanto,

exercer influência positiva ou negativa.

As Diretrizes Curriculares para o Estado do Paraná propõem que a Educação

Física contemple reflexões sobre as necessidades atuais do ensino e a superação

de uma visão fragmentada de homem.

Questiona-se a forma de trabalhar a disciplina tão somente como treinamento

do corpo, sem nenhuma reflexão sobre o fazer corporal.

A Educação Física deve ser trabalhada articulada com as demais disciplinas

a fim de se entender o corpo em sua complexidade sendo abordada sob os aspectos

biológicos, psicológicos, filosóficos e políticos

Ainda segundo as Diretrizes, é importante que o professor reconheça as

maneiras como o modo de produção capitalista influencia as formas de pensar e agir

sobre o corpo.

Há necessidade de superarmos a visão tecnicista, ainda presente em muitas

de nossas ações e direcioná-la a uma práxis centrada na reflexão, compreensão e

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superação da realidade, visando melhoria da qualidade de vida, dando ênfase ao

movimento humano.

Partindo dessa realidade, e baseando-se na problematização do Plano de

Trabalho, cuja proposta de intervenção prevê um estudo do nível de composição

corporal e aptidão física relacionada à saúde em estudantes na faixa etária de 14

anos, julgou-se pertinente elaborar uma pesquisa com a finalidade de detectar

possíveis alterações quanto ao crescimento, índice de massa corporal, bem como, o

nível de aptidão física relacionada à saúde, através de testes específicos.

O Projeto Esporte Brasil (PROESP-BR) contribuiu de forma significativa com

o trabalho, pois se trata de um observatório permanente dos indicadores de

crescimento e desenvolvimento somatomotor e estatuto nutricional de crianças e

jovens brasileiros entre 07 e 17 anos. Este projeto de abrangência nacional utiliza

uma bateria de medidas e testes somatomotores seguindo normas e critérios

nacionais de avaliação. O projeto é decorrente de um conjunto de investigações

científicas realizadas por professores e pesquisadores da Escola de Educação

Física da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Foram realizados

diversos estudos de campo com o objetivo de propor um sistema de medidas, testes

e avaliações que fossem compatíveis com a realidade de nossas escolas e que,

considerasse a diversidade cultural da população brasileira. Gaya e Silva (2007).

A partir dos resultados obtidos, poderemos conscientizá-los quanto à

importância de manter a saúde através hábitos saudáveis de vida, nos aspectos

referentes ao trabalho, alimentação e prática regular de atividades físicas.

Existem períodos críticos para o desenvolvimento de maior acúmulo de

gordura corporal, que oferecem maiores riscos para o aparecimento da obesidade:

gestação, primeiro ano de vida, idade pré-escolar (5 a 7 anos) e adolescência.

Josué; Rocha, (2002).

A obesidade pode ser definida como acúmulo excessivo de gordura corporal

que compromete a saúde e ocorre, principalmente, quando o consumo energético é

superior ao dispêndio de energia. Tem seu início, com, freqüência na infância e a

probabilidade de uma criança obesa desenvolver obesidade na vida adulta é muito

maior que em crianças com gordura corporal normal Mcardle et al (2003).

Relatório publicado em 2004 pela Obesity Task Force-IOTF (Força Tarefa

Internacional Sobre Obesidade) indicou que uma em cada dez crianças no planeta,

(o que corresponde a 155 milhões) é obesa. A ABESO ressalta que nas duas

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últimas décadas, a obesidade em crianças brasileiras triplicou (15% apresentam

excesso de peso e 5% são obesas. “média de 4% da população brasileira é

desnutrida e esses dados mostram que o país passa por uma transição nutricional

com inversão da prevalência de desnutridos em relação a obesos”, destaca Cristiane

Kochi, Secretária de Endocrinologia Pediátrica da Sociedade de Pediatria de São

Paulo (SPSP) e médica assistente da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. A

especialista informa que o avanço da obesidade infantil tem influência do estilo de

vida e da preocupação de muitos pais que, com medo da violência preferem manter

seus filhos confinados em frente à televisão ou do vídeo Game. “Estudo

Internacional mostrou que, nos Estados Unidos, crianças com média de 5 anos de

idade já passam de 4 a 6 horas diretas na frente da televisão e do vídeo game. A

Academia Americana de Pediatria preconiza ser saudável apenas duas horas”,

acrescenta a médica ao ressaltar que essas atividades normalmente são

acompanhadas de refrigerantes, biscoitos, batatas fritas, produtos calóricos que

favorecem o surgimento da obesidade quando consumida em excesso. Rosendo

(2005).

O estilo de vida das famílias atualmente leva a hábitos alimentares que

influenciam diretamente o estado nutricional dos indivíduos, e levam a desvios

nutricionais Fisberg et al (2000).

Atualmente, as principais refeições são constantemente substituídas por

lanches com alta densidade calórica e reduzido valor nutricional ficando

condicionadas a esses tipos de alimentos.

A obesidade já está associada a alterações metabólicas importantes. A

criança obesa já apresenta maior risco para algumas doenças e os distúrbios

psicossociais, provocados pelo estigma da obesidade são de grande relevância

nesta fase de estruturação da personalidade.

Bouchard (1991) classifica a distribuição de gordura em quatro tipos:

• Tipo 1 - excesso de massa gorda corporal sem nenhuma concentração

particular de gordura;

• Tipo 2 - excesso de gordura subcutânea na região abdominal e do tronco

(andróide)

• Tipo 3 - excesso de gordura víscero abdominal;

• Tipo 4 - excesso de gordura gluteofemoral (ginóide).

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Cada tipo específico apresenta tendências de caráter genético e depende dos

fatores ambientais para se desenvolver e se acentuar.

Outras formas de classificação são apresentadas por Coutinho (1998):

• Quanto à idade de início (na infância: comportamento alimentar, influência

sociocultural, baixo nível de atividade física, desencadeando aumento excessivo do

número e tamanho dos adipócitos; na idade adulta: ganho de peso devido a

mudanças de comportamento, estilo de vida e envelhecimento);

• Quanto à fisiopatologia (hiperfágica: comer excessivamente; metabólica:

anormalidade hormonal que determina um baixo metabolismo);

• Quanto à etiologia (neuroendócrina: problemas nas glândulas produtoras de

hormônios de origem genética e/ou ambiental; iatrogênica: causada por substâncias

químicas, medicamentos ou lesões hipotalâmicas; desequilíbrios nutricionais: dieta

hiperlipídica; inatividade física: baixo gasto calórico, desfavorecendo o equilíbrio

metabólico energético; obesidades genéticas: doenças genéticas raras com

características disfórmicas).

É indiscutível que o excesso de gordura corporal apresenta relação direta

com uma série de fatores de risco para o aparecimento ou agravamento de

condições desfavoráveis para a saúde. Em todos os artigos levantados, sem

exceção, elevados níveis de gordura corporal avaliados por IMC, espessura de

dobras cutâneas, circunferências corporais ou quaisquer outros métodos preditivos

de sobrepeso e obesidade apresentam elevadas correlações com altos níveis de

pressão arterial, dislipidemias e doenças coronarianas, entre outros problemas,

contribuindo para o aumento da morbidade e mortalidade destas populações.

Para Costa (2001), a composição corporal é a proporção entre os diferentes

componentes corporais e a massa corporal total, sendo normalmente expressa pelas

porcentagens de gordura e de massa magra.

Os valores de tais porcentagens são de grande importância para os

profissionais de educação física visto que as quantidades dos diferentes

componentes corporais, principalmente gordura e massa muscular, apresentam

estreita relação com a aptidão física, relacionada tanto à saúde como ao

desempenho esportivo.

Ainda segundo Costa (2001), pela avaliação da composição corporal,

podemos, além de determinar os componentes do corpo humano de forma

quantitativa, utilizar os dados obtidos para detectar o grau de desenvolvimento e

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crescimento de crianças e jovens para, a partir dos dados obtidos, prescrever

exercícios.

Quando pensamos em avaliar a composição corporal, estamos interessados

em verificar a condição inicial do indivíduo, com o objetivo de verificar se sua

quantidade e distribuição de gordura corporal podem trazer risco para a saúde.

O ser humano, desde o seu nascimento, até o final de sua vida, passa por

diversas fases.

Para Araújo (1985), essas fases ou degraus galgados pelo homem são um

somatório de três funções básicas inerentes a todo o processo: o crescimento, o

desenvolvimento e a maturação.

Estágios de Crescimento segundo ACSM, 2001:

Períodos Idade relativa

Infância 1 ano - até pré-puberdade

Pré-puberdade Meninos - entre 12 e 16 anos

Meninas - entre 9 e 15 anos

Adolescência Meninos - até 18-22 anos

Meninas - até 15 - 21 anos

Fonte: http://www.cdof.com.br/crianca5.htm

Termos utilizados pelo ACSM:

Crescimento: seria o aumento do corpo em tamanho; subdivide-se em 3

fases:

• Pré-infância: primeiro ano de vida - Infância: Período do final da pré-infância

até o início da adolescência. O final da infância também é chamado de pré-

puberdade

• Adolescência: vai do fim da infância até a fase adulta. O início da

adolescência é chamado de puberdade. Esta fase do crescimento é muito difícil de

ser definida cronologicamente, pois tanto o início como o término é extremamente

variável.

Desenvolvimento: alterações funcionais que ocorrem junto com o

crescimento;

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• Maturação: seria o processo final das alterações funcionais na aquisição da

forma adulta.

O estado de maturidade pode ser definido pela idade cronológica, idade

óssea e ou pela maturação sexual.

É imprescindível que se tenha conhecimento sobre as alterações e

adaptações que o organismo da criança e do adolescente sofre durante o período de

crescimento, bem como, de que maneira estas alterações influenciam na

capacidade física e na resposta ao exercício.

Cabe aos profissionais de educação física a busca de conhecimentos sobre

crescimento, desenvolvimento, maturação, tais conceitos são de essencial

importância para o entendimento do verdadeiro papel da atividade física na vida da

criança.

Segundo Duarte (1993), crescimento refere-se às mudanças no tamanho do

individuo, ou seja, é um aumento da estrutura do corpo decorrente da multiplicação

ou aumento de células.

Desenvolvimento refere-se a alterações nas funções orgânicas de um

individuo ao longo do tempo.

Maturação refere-se a variações na velocidade e no tempo de surgimento de

determinadas características, capacitando o individuo a atingir a maturidade

biológica.

Já para Bernhoeft (2005), diretor médico do CBDA, o crescimento físico e

maturação da criança têm sido estudados há mais de 150 anos.

Crescimento: é o aumento no tamanho do corpo como um todo ou o tamanho

em partes específicas do corpo. As mudanças no tamanho sofrem três principais

processos à nível celular

1. Aumento no número da célula, ou hiperplasia celular.

2. Aumento do tamanho da célula, ou hipertrofia celular.

3. Aumento nas substâncias intercelulares ou crescimento.

Maturação: é mais difícil definir do que crescimento. É descrito como o

processo de maturidade, ou progresso em direção ao estado de maturidade, porém,

variam com os sistemas biológicos:

• A maturidade sexual é a completa capacidade funcional reprodutiva.

• A maturidade óssea é a completa ossificação do osso de adulto.

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A distinção fundamental entre crescimento e maturação é que o crescimento

está focado no tamanho e maturação está focada no progresso ou taxa para se

alcançar o tamanho

O crescimento e maturação são essencialmente processos biológicos,

enquanto que o conceito de desenvolvimento tem um alcance mais amplo e envolve

domínios, principalmente, do comportamento.

Para Anderson et al, (1988), os estirões de crescimento de meninas e

meninos geralmente ocorrem em idades diferentes (11 - 13 ou 14anos para meninas

e 12 - 15 anos para meninos), portanto, suas necessidades nutricionais durante a

adolescência também variam.

A diferença importante entre os sexos consiste no fato de que as meninas

têm taxa de deposição de gordura sempre maior que os meninos e, mesmo

diminuindo o ritmo de acréscimo, continuam sempre ganhando gordura, embora

mais lentamente, enquanto os meninos chegam realmente a perder tecido adiposo.

Isto explica por que os meninos se tornam aparentemente mais magros nesta fase,

e as meninas mais gordinhas (principalmente após passarem pelo PVC, na época

da menarca). Chipkevitch (1995), citado por Ferriani.

A porcentagem da gordura corpórea está em torno de 15%, em ambos os

sexos, aos 9 anos de idade. Na época do PVC ela é de 12% nos meninos

(permanecendo assim por alguns anos), e de 19% nas meninas (subindo para 25%

após a menarca). Assim, ao fim da puberdade, as moças têm o dobro de gordura,

comparadas aos rapazes. Marshal & Anyan, apud Chipkevitch (1995), citado por

Ferriani.

A Organização Mundial da Saúde (1995) sugere o Índice de Massa Corporal

como parâmetro antropométrico de avaliação dos adolescentes, considerando-se o

ponto de corte para sobrepeso e obesidade os valores de IMC igual ou superior a

P85 e P95 respectivamente. Assim, valores do índice de massa corporal iguais ou

superiores ao 85° percentil, porém menores que o 95 ° percentil, deverão ser

considerados de risco para o desenvolvimento do sobrepeso e os valores do índice

de massa corporal iguais ou superiores ao 95° perce ntil merecem intervenções

imediatas. Ferriani.

A exemplo do estirão puberal em estatura, o crescimento e desenvolvimento

do aparelho reprodutor e dos caracteres sexuais secundários é um dos

acontecimentos mais característicos e importantes da puberdade. A realização

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constante e sucessiva das medidas da estatura e cálculos da velocidade de

crescimento são muito importantes para se caracterizar a fase de crescimento físico

do adolescente, sendo necessário algum método de mensuração do grau de

maturação sexual também para se avaliar a progressão pubertária. Chipkevitch

(1995) citado por Ferriani.

A puberdade termina e com ela o crescimento físico e o amadurecimento

gonadal, em torno dos 18 anos, coincidindo com a soldadura das cartilagens de

conjugação da epífise dos ossos longos, o que determina o fim do crescimento

esquelético Osório (1989).

Durante o pico de velocidade de crescimento, os adolescentes, na maioria

das vezes, precisam ingerir alimentos com freqüência e em grandes quantidades,

porém quando o crescimento é diminuído eles precisam ser mais cuidadosos, pois

os hábitos de alimentação excessiva durante esta fase da vida podem contribuir

para o aparecimento do sobrepeso e obesidade, dentre outras doenças debilitantes.

Mahan & Escot-Stump (1998), citado por Ferriani.

Segundo Saito (2001), na adolescência, as grandes transformações físicas

fazem com que os jovens convivam com rápidas modificações de esquema corporal,

principalmente na fase de aceleração rápida do crescimento. Ainda segundo ela,

este fato freqüentemente acarreta problemas de postura, a não avaliação correta da

própria força.

Para Saito (2001), as expectativas também precisam, por vezes, serem

revistas, pois podem estar baseadas em falsas premissas. Alguns adolescentes se

desenvolvem mais cedo, apresentando-se maiores do que seus pares em

determinadas idades. Costuma-se aventar para esses jovens, altura final elevada, o

que nem sempre ocorrerá, podendo o fato acarretar frustrações mais tarde.

Para Garrett; William (2003) a altura e a massa corporal seguem um padrão

de crescimento de quatro fases: rápido ganho na lactância e no início da infância,

ganho estável na infância intermediária, rápido ganho na adolescência e

crescimento lento ou término de crescimento ao se obter o tamanho ou a maturidade

adulta. A massa corporal normalmente continua seu crescimento na vida adulta,

enquanto o crescimento estatural cessa.

Ainda segundo Garrett; William (2003), diferenças entre os sexos antes do

estirão adolescente são mínimas. Os meninos tendem a ser, em média, ligeiramente

mais altos que as meninas, mas existe uma considerável equiparação. Durante a

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primeira fase da adolescência, meninas são mais altas e mais pesadas do que

meninos, o que indica um estirão pubertário mais precoce nas meninas, porém, logo

perdem a vantagem no tamanho quando o estirão dos meninos se manifesta.

Rapazes normalmente alcançam e ultrapassam as meninas em termos de altura e

massa.

Segundo Leal; Silva, apud Saito; Silva (2001), nos últimos 100 anos, devido à

melhoria das condições de vida, principalmente da nutrição, tem-se observado um

marcante aumento da altura final e antecipação da puberdade. Este evento,

segundo eles, é facilmente demonstrável quando se comparam os vários dados

sobre a primeira menstruação (menarca): na Europa, em 1840, a idade média da

menarca era 17 anos, na década de 1970 reduzira-se para 13 anos, ou seja, uma

antecipação de 3-4 meses a cada 10 anos. O Brasil apresenta fenômeno

semelhante: em 1930 a idade média da menarca era 13,8 anos e, em 1970, esta

caíra para 12,5 anos.

Segundo Sullivan; Anderson (2004), A avaliação da composição corpórea tem

implicações importantes para a saúde, o condicionamento físico e o desempenho.

Em jovens atletas essa avaliação é um desafio por causa de vários fatores que

afetam as bases conceituais para a estimativa da gordura e do tecido magro sendo

que existem significativas mudanças na relação entre dobras cutâneas e densidade

durante a passagem da pré-puberdade para a puberdade e da puberdade para a

pós-puberdade. Como resultado, a estimativa da gordura corpórea por meio de

dobra cutânea, tamanho do corpo e circunferências pode refletir alterações na

composição dos componentes da massa magra (água, minerais e proteínas) e não

alterações no conteúdo real de gordura.

Ainda Sullivan; Anderson (2004), concluem que, apesar de serem úteis na

avaliação do condicionamento físico e do desempenho, as medidas da composição

corpórea não devem ser usadas para manipular a gordura corpórea do pré-púbere

com vistas à prática de esportes nem para lhe impor estritas recomendações de

perda de peso. Isso pode acarretar efeitos adversos ao crescimento e

desenvolvimento normais.

A declaração dos direitos da criança, proclamada na assembléia das Nações

Unidas em 1959, contempla princípios tais como: “... A criança deve desfrutar

plenamente de jogos e divertimentos, os quais deverão estar orientados para os

objetivos perseguidos pela educação”. Daí a necessidade de a educação física ser

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parte integrante de todo o progresso educacional desde a pré-escola até o curso

universitário.

Segundo Leite (2000), a sociedade moderna vem modificando bastante o

comportamento das crianças. Estes novos comportamentos variam desde aqueles

que provocam a diminuição da atividade física na criança, por excesso de horas

defronte a televisão, até os que causam exagerada atividade física na criança, os

“mini-campeões”, que são submetidos a treinamento esportivos. Conclui Leite

(2000), que para essas crianças, a escola passa a ser mais uma entre tantas

atividades, mas por outro lado, a criança afetada pela condição de baixa renda não

possui, à sua disposição, opções adequadas para utilização do tempo livre.

Para Leite (2000), o esporte e os exercícios aprendidos nas escolas cumprem

finalidades sociais, democratizantes e de saúde, para tanto, necessitam serem mais

bem investigadas.

Existem inúmeros autores que definem aptidão física associada ao vigor,

prontidão, fadiga, alegria, apreciação, no entanto, segundo Barbanti 1990, isso não é

fácil de ser medido. Para esclarecer o significado de aptidão física é importante

identificar os componentes que podem ser definidos, medidos e desenvolvidos um

separadamente dos outros.

Segundo Barbanti (1990), os componentes mais comuns foram colocados em

dois grupos: um relacionado à saúde e outro, relacionado às habilidades esportivas.

Barbanti (1990) associa aptidão física relacionada às habilidades esportivas a

vários componentes necessários para a prática e o sucesso em vários esportes.

Para Barbanti (1990), um jovem precisará de velocidade, potência muscular e

agilidade para jogar basquetebol, porém esses componentes não são necessários

para a vida adulta, onde a prática de qualquer esporte ou atividade física tem como

objetivo principal a saúde funcional.

Já, aptidão física relacionada à saúde para ele, engloba componentes que

afetam a qualidade de vida.

Leite (2000) subdivide aptidão física em dois grupos de parâmetros ou

habilidades:

Aptidão física relacionada à saúde:

• Flexibilidade

• Força e endurance muscular

• Endurance cardiorrespiratória

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• Composição corporal

Aptidão física motora ou atlética:

• Agilidade

• Potência muscular

• Velocidade

• Equilíbrio e coordenação

Leite (2000), mais recentemente os programas de educação física nas

escolas norte-americanas tem sido direcionados para desenvolver “aptidão física-

saúde” nos escolares. Os programas que desenvolvem predominantemente a

aptidão motora estão sendo desestimulados, pois a tendência é incluí-los, mas

dando ênfase aos aeróbicos, nas aulas de educação física.

Segundo Barbanti (2003), aptidão física é também chamada aptidão motora.

Nos esportes e na educação física tem significado especial. Dependendo da

situação e dos valores (como saúde, rendimento, bem-estar, jovialidade, beleza etc.)

e de vários contextos (ocupação, lazer) diferentes conceitos foram desenvolvidos.

Todos esses conceitos são baseados nos princípios gerais da capacidade de

rendimento físico ou da performance motora, mas eles diferem entre si na ênfase

dos fatores que determinam o rendimento (resistência, força, etc.).

Já performance, em Barbanti (2003), é definida como comportamento

observável e temporário no domínio motor, influenciado por fatores pessoais e

situacionais. É geralmente o resultado das ações, conquistas e finalizações. É a

realização bem sucedida, ou melhor possível, de uma tarefa.

A ACSM constatou que aptidão física para criança e adolescente deve ser

desenvolvida como primeiro objetivo de incentivo à adoção de um estilo de vida

apropriado com prática de exercícios por toda a vida, com intuito de desenvolver e

manter condicionamento físico suficiente para melhoria da capacidade funcional e da

saúde.

Considerando a importância de estudar o IMC e a Aptidão Física Relacionada

à Saúde surge o seguinte problema:

Como se apresenta o Crescimento, o Índice de Massa Corporal e a Aptidão

Física Relacionada à Saúde de estudantes das primeiras séries do Ensino Médio do

Colégio Estadual São João Bosco?

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Objetivo Geral:

• Investigar o crescimento, o índice de massa corporal e a aptidão física

relacionada à saúde de estudantes das primeiras séries do Ensino Médio de colégio

da Rede Pública de Ensino.

Objetivo Específico:

• Verificar o crescimento

• Verificar o Índice de Massa Corporal

• Verificar a Aptidão Física Relacionada à Saúde

2 METODOLOGIA

2.1 Tipo de Estudo

A pesquisa apresenta-se como descritiva, transversal e quantitativa.

Segundo Vergara (2000), a pesquisa descritiva expõe as características de

determinada população ou fenômeno, estabelece correlações entre variáveis e

define sua natureza. "Não têm o compromisso de explicar os fenômenos que

descreve, embora sirva de base para tal explicação”.

Segundo Pereira (2003) o estudo Transversal representa a forma mais

simples de pesquisa populacional comparada às demais formas de investigação.

Para o autor o estudo transversal fornece um retrato de como as variáveis estão

relacionadas naquele momento definido pelo pesquisador e geralmente refere-se ao

momento da coleta de dados.

Podemos nos remeter às vantagens desse estudo como baixo custo e rapidez

pois os dados podem ser coletados em um curto intervalo de tempo. Além disso,

esse tipo de pesquisa apresenta facilidade para obtenção de amostras significativas

da população além de detectar grupos de risco e casos que mereçam mais atenção

no grupo populacional estudado. Pereira (2003).

É quantitativa pois considera que tudo pode ser quantificável, o que significa

traduzir em números opiniões e informações para classificá-los e analisá-los. Requer

recursos estatísticos.

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2.2 Sujeitos

A pesquisa foi realizada com 32 alunos, sendo 15 do sexo masculino e 17 do

sexo feminino com idade entre 14 e 15 anos, pertencentes às primeiras séries do

Ensino Médio do turno da manhã.

Critérios de exclusão: Foram excluídos os alunos com idades diferentes de 14

e 15 anos, os alunos que não preencheram o questionário PAR-Q, bem como os

alunos que não entregaram a autorização dos pais devidamente assinada.

2.3 Contexto

O Colégio Estadual São João Bosco – EFM localiza-se no Bairro Planalto,

considerado o maior do município de Pato Branco, situado à Rua das Andorinhas

275, na Zona Oeste, distante três quilômetros do centro da cidade, tendo como

acesso principal a Rodovia BR 158.

Trata-se de um bairro residencial popular, na periferia da cidade, constituído

por uma comunidade de classe econômica com baixa renda, com uma pequena

parte da população, atuando ainda na economia informal.

2.4 Instrumentos de medida

Foram baseados em uma bateria de testes de medidas descritas e aplicadas

pelo Projeto Esporte Brasil (2007).

A massa corporal foi mensurada utilizando uma balança com precisão de 500

g. Foi utilizado também um peso padrão previamente conhecido para calibrar a

balança.

A medida da estatura foi obtida utilizando-se o estadiômetro fixado à balança.

Para o teste de flexibilidade foi utilizado um banco de Wells.

O teste de força, (abdominal) foi realizado utilizando Colchonetes de ginástica

e cronômetro.

O teste de resistência geral foi realizado na quadra, com marcação do

perímetro da pista. Foi utilizado também um cronômetro, uma ficha de registro,

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tabelas com números para fixar às costas dos alunos identificando-os claramente

para que se pudesse efetuar o controle do número de voltas. Trena métrica.

2.5 Procedimentos para coleta dos dados

Inicialmente foi entregue aos alunos um termo de autorização dos pais, no

qual constava detalhadamente os objetivos da pesquisa, bem como, a forma como

se procederiam os testes.

Os alunos envolvidos na pesquisa responderam a um Questionário de

Prontidão para Atividade Física (PAR-Q), desenvolvido pela Secretaria de Saúde da

Província de British Colúmbia, no Canadá, o qual tem sido sugerido como padrão

mínimo de avaliação da prontidão para a atividade física.

As medidas e testes realizados foram efetuados seguindo as orientações

contidas no protocolo do Projeto Esporte Brasil PROESP - BR (GAIA e SILVA,

2007).

Os testes e as medidas foram efetuados durante o mês de junho de 2007,

nas aulas de Educação Física, no período da manhã.

A coleta de dados foi efetuada pela própria pesquisadora previamente

treinada. As medidas de peso e altura foram realizadas no posto de saúde anexo ao

colégio.

Os testes de flexibilidade e força abdominal foram realizados em uma sala de

aulas.

O teste de corrida 9 min foi realizado na quadra externa do colégio.

Medida da massa corporal

Foi utilizada uma balança mecânica com escala de precisão de 500g. O

avaliado foi posicionado em pé, sobre o centro da plataforma, com a massa do corpo

igualmente distribuída entre ambos os pés, postura ereta, com o olhar num ponto

fixo à sua frente.

A medida foi anotada em quilogramas com a utilização de uma casa decimal.

Medida da estatura

O avaliado deveria estar descalço, ou com meias finas. O peso distribuído

entre ambos os pés, calcanhares unidos, braços soltos ao longo do tronco de forma

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que somente os glúteos os calcanhares e o crânio estivessem em contato com a

parede. Para a leitura da estatura foi utilizado o estadiômetro fixado à balança.

Índice de Massa Corporal IMC

Foi determinado através do cálculo da razão entre a medida de massa

corporal em quilogramas pela estatura em metros elevada ao quadrado.

IMC = Massa (Kg) / estatura (m)².

Teste de Flexibilidade (Sentar-se e alcançar)

Alunos descalços sentados de frente para a base da caixa, com as pernas

estendidas e unidas. Uma das mãos posicionadas sobre a outra e os braços

elevados à vertical. Corpo inclinado para frente deve alcançar com as pontas dos

dedos das mãos tão longe quanto possível sobre a régua graduada, sem flexionar

os joelhos e sem utilizar movimentos de balanço, (insistências) sendo que a cada

aluno oportunizou-se duas tentativas. O avaliador permaneceu ao lado do aluno,

mantendo-lhe os joelhos em extensão. (PROESP, 2007).

Teste de força-resistência (abdominal)

Aluno posicionado em decúbito dorsal com os joelhos flexionados a 90 graus

e com os braços cruzados sobre o tórax. O avaliador fixou os pés do estudante ao

solo. Ao sinal o aluno iniciou os movimentos de flexão do tronco até tocar com os

cotovelos nas coxas, retornando a posição inicial (não sendo necessário tocar com a

cabeça no colchonete a cada execução). O avaliador realizou a contagem em voz

alta. (PROESP, 2007).

Teste de Resistência Geral (9 minutos)

Os alunos foram divididos em grupos de acordo com as dimensões da pista

observando-se a numeração dos alunos na organização dos grupos, facilitando

assim o registro dos anotadores. Os alunos foram Informados quanto à execução

correta do testes dando ênfase ao fato de que deveriam correr o maior tempo

possível, evitando piques de velocidade intercalados por longas caminhadas. Os

alunos também foram orientados a não parar ao longo do trajeto por tratar-se de um

teste de corrida, embora pudessem caminhar eventualmente quando se sentirem

cansados. O avaliador calculou previamente o perímetro da pista e durante o teste

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anotou apenas o número de voltas de cada aluno. Desta forma, após multiplicar o

perímetro da pista pelo número de voltas de cada aluno complementou com a

adição da distância percorrida entre a última volta completada e o ponto de

localização do aluno após a finalização do teste. (PROESP, 2007).

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Quadro 1 - Valores Antropométricos das 9 alunas do sexo feminino com 14 anos de idade

Estatura Peso IMC Percentil IMC Sujeito 1 158,2 62 24,8 88 Sujeito 2 151,5 75,5 32,9 98 Sujeito 3 152 46 19,9 51 Sujeito 4 158 46 18,4 30 Sujeito 5 161 43,5 16,8 11 Sujeito 6 153 45,5 19,4 41 Sujeito 7 165 75 27,5 94 Sujeito 8 170 69 23,9 84 Sujeito 9 158 45 18 23 MÉDIA 158,5 56,3 22,9 62,1

DESV PADRÃO 6,1 13,8 5,3 33,5

Verifica-se através do quadro 1 que a maioria das meninas de 14 anos encontram-se dentro dos percentis normais de IMC para a idade segundo os pontos de corte do CDC, contudo três delas possuem percentil acima de 85, e foram classificadas, portanto, como sobrepeso.

Quadro 2 - Valores Antropométricos das 8 alunas do sexo feminino com 15 anos de idade

Estatura Peso IMC Percentil IMC Sujeito 1 154 49,5 20,9 68 Sujeito 2 154,5 55 23 85 Sujeito 3 165 59 21,7 68 Sujeito 4 160 47,9 18,7 31 Sujeito 5 161 50,5 19,5 43 Sujeito 6 156,2 44,5 18,2 25 Sujeito 7 156 54,3 22,3 73 Sujeito 8 156 58 23,8 82 MÉDIA 158,1 51,5 20,6 56,1

DESV PADRÃO 3,8 5,0 2,0 23,1

Verifica-se através do quadro 2 que as meninas com 15 anos encontram-se dentro dos percentis normais de IMC para a idade segundo os pontos de corte do CDC, contudo uma possui percentil 85, e foi classificada, portanto, como sobrepeso.

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Quadro 3 - Valores Antropométricos dos 7 alunos do sexo masculino com 14 anos de idade

Estatura Peso IMC Percentil IMC Sujeito 1 164 72,5 27 95 Sujeito 2 175 55,5 18,1 28 Sujeito 3 154 47,8 20,2 61 Sujeito 4 167,5 51,5 14,4 31 Sujeito 5 172 61,5 20,8 59 Sujeito 6 168 61,5 21,8 74 Sujeito 7 169 53,5 18,7 33 MÉDIA 167,0 57,6 20,1 54,4

DESVIO PADRÃO 6,7 8,2 3,8 25,1

Verifica-se por meio do Quadro 3 que a maioria dos meninos encontram-se dentro dos percentis normais de IMC para a idade segundo os pontos de corte do CDC, contudo, o sujeito 1 está no percentil 95, sendo portanto, classificado como sobrepeso.

Verifica-se também que a média do percentil do IMC dos meninos de 14 anos é 54,4, o que segundo os pontos de corte do CDC é classificado como normal.

Quadro 4 - Valores Antropométricos dos 8 alunos do sexo masculino com 15 anos de idade

Estatura Peso IMC Percentil IMC

Sujeito 1 175 72 23,5 83

Sujeito 2 165 50,5 18,5 27

Sujeito 3 158 47 18,8 33

Sujeito 4 182 67,5 20,4 56

Sujeito 5 178 65 20,5 58

Sujeito 6 163 67 25,2 89

Sujeito 8 178,5 53,5 16,8 5

MÉDIA 172,6 61,6 20,6 51,6

DESVIO PADRÃO 9,3 9,7 2,7 28,4

Verifica-se por meio do Quadro 4 que a maioria dos meninos encontram-se dentro dos percentis normais de IMC para a idade segundo os pontos de corte do CDC, contudo osujeito 6 está no percentil 89, classificado, portanto, como risco de sobrepeso.

Verifica-se também no Quadro 4, que a média de percentil do IMC dos meninos de 15 anos é de 51,6, o que segundo os pontos de corte do CDC, é classificado como normal.

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Quadro 5 - Valores dos testes de flexibilidade (sentar-e-alcançar), Força e Resistência

(abdominal) e resistência Geral dos 6 alunos do sexo masculino com 14 anos.

Flexibilidade Classificação

Força/Resist. Classificação

Resist. Geral

Classificação (sentar-e-alcançar) (abdominal) (corr. 9

min.)

Sujeito 1 17 Muito Fraco 28 Muito Fraco 1.720 Bom

Sujeito 2 14 Muito Fraco 39 Bom 2.252 Excelente

Sujeito 3 17,5 Muito Fraco 36 Razoável 1.960 Muito Bom

Sujeito 4 35,5 Muito Bom 32 Fraco 1.720 Bom

Sujeito 5 22 Fraco 13 Muito Fraco 1.560 Razoável

Sujeito 6 38,5 Muito Bom 29 Fraco 1.090 Muito Fraco

Sujeito 7 22,3 Razoável 13 Muito Fraco 1.560 Razoável

MÉDIA 23,8 27,1 1.695

Através do Quadro 5 verifica-se que a média de flexibilidade dos meninos com 14 anos é de 23,8 cm, considerada razoável segundo os pontos de corte do PROESP-BR, ou seja, norma utilizada como critério referenciado para AFH de baixa exigência.

A média de força e resistência abdominal dos meninos com 14 anos é de 27,1,considerada muito fraca segundo os pontos de corte do PROESP-BR, ou seja, norma utilizada como critério referenciado para AFH de baixa exigência.

A média da Resistência Geral Corrida/Caminhada 9 min dos meninos com 14 anos é de 1.695m considerado bom segundo os pontos de corte do PROESP-BR, ou seja, norma utilizada como critério referenciado para AFH de baixa exigência.

Quadro 6 - Valores dos testes de Flexibilidade (sentar-e-alcançar), Força e resistência

(abdominal) e Resistência Geral (corrida 9min) dos 8 alunos do sexo masculino com 15

anos.

Flexibilidade Classificação

Força/Resist Classificação

Resist. Geral Classificação (sentar-e-

alcançar) (abdominal) (corr.9 min.)

Sujeito 1 16,5 Fraco 47 Muito Bom 360 Muito Fraco

Sujeito 2 27 Bom 39 Bom 1.100 Muito Fraco Sujeito 3 17 Fraco 31 Fraco 1.028 Muito Fraco

Sujeito 4 31 Bom 42 Bom 1.992 Muito Bom

Sujeito 5 39 Muito Bom 29 Fraco 1.721 Bom Sujeito 6 24 Razoável 34 Razoável 1.207 Muito Fraco

Sujeito 7 23 Razoável 30 Fraco 1.187 Muito Fraco Sujeito 8 32 Muito Bom 41 Bom 1.572 Razoável Média 26,1 36,6 1.271

Através do quadro 6 verifica-se que a média de flexibilidade dos meninos com 15

anos é de 26,1 cm, considerada razoável segundo os pontos de corte do PROESP-BR, ou seja, norma utilizada como critério referenciado para AFH de baixa exigência.

A média de força e resistência abdominal dos meninos com 15 anos é de 36,6, considerada razoável segundo os pontos de corte do PROESP-BR, ou seja, norma utilizada como critério referenciado para AFH de baixa exigência.

A média da resistência Geral 9min dos meninos com 15 anos é de 1.271m considerado muito fraco segundo os pontos de corte do PROESP-BR, ou seja, norma utilizada como critério referenciado para AFH de baixa exigência.

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Quadro 7 - Valores dos testes de Flexibilidade (sentar-e-alcançar), Força e resistência

(abdominal) e Resistência Geral (corrida 9min) das 9 alunas do sexo feminino com 14

anos.

Flexibilidade Classificação

Força/Resist. Classificação

Resist. Geral

Classificação (sentar-e- alcançar) (abdominal) (corr.9 min.)

Sujeito 1 28 Razoável 26 Razoável 1.093 Muito Fraco

Sujeito 2 6 Muito Fraco 22 Fraco 1.718 Muito Bom

Sujeito 3 21 Fraco 22 Fraco 1.600 Muito Bom

Sujeito 4 28 Razoável 31 Bom 960 Muito Fraco

Sujeito 5 17 Muito Fraco 24 Razoável 988 Muito Fraco

Sujeito 6 16 Muito Fraco 31 Bom 1.465 Muito Bom

Sujeito 7 25,5 Razoável 36 Muito Bom 1.466 Muito Bom

Sujeito 8 16 Muito Fraco 18 Fraco 952 Muito Fraco

Sujeito 9 25,5 Razoável 25 Razoável 950 Muito Fraco

Média 20,3 26,2 1.244

Através do quadro 7 verifica-se que a média de flexibilidade das meninas com 14 anos é de 20,3cm, considerado fraca segundo os pontos de corte do PROESP-BR, ou seja, norma utilizada como critério referenciado para AFH de baixa exigência. A média de força-resistência abdominal das meninas com 14 anos é de 26,2, considerada razoável segundo os pontos de corte do PROESP-BR, ou seja, norma utilizada como critério referenciado para AFH de baixa exigência. A média da Resistência Geral das meninas com 14 anos é de 1.224 m, considerada razoável segundo os pontos de corte do PROESP-BR, ou seja, norma utilizada como critério referenciado para AFH de baixa exigência.

Quadro 8 - Valores dos testes de Flexibilidade (sentar-se e alcançar), Força e resistência

(abdominal) e Resistência Geral (corrida 9min) das 8 alunas do sexo feminino com 15 anos.

Flexibilidade Classificação

Força/Resist Classificação

Resist Geral Classificação (sentar-e-

alcançar) (abdominal) (corr. 9 min.)

Sujeito 1 20,5 Fraco 33 Bom 1.680 Muito Bom

Sujeito 2 19 Fraco 37 Muito Bom 1.680 Muito Bom

Sujeito 3 17 Muito Fraco 19 Muito Fraco 1.375 Bom

Sujeito 4 21 Fraco 24 Fraco 1.453 Muito Bom

Sujeito 5 17 Muito Fraco 30 Bom 1.387 Bom

Sujeito 6 26 Razoável 24 Fraco 1.243 Razoável

Sujeito 7 26 Razoável 24 Fraco 728 Muito Fraco

Sujeito 8 11,5 Muito Fraco 20 Fraco 993 Muito Fraco

Média 19,7 26,3 1.3

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Através do quadro 8 verifica-se que a média de flexibilidade das meninas com 15 anos é de 19,7 cm, considerada fraca segundo os pontos de corte do PROESP-BR, ou seja, norma utilizada como critério referenciado para AFH de baixa exigência.

A média de força-resistência abdominal das meninas com 15 anos é de 26,2, considerada razoável segundo os pontos de corte do PROESP-BR, ou seja, norma utilizada como critério referenciado para AFH de baixa exigência.

A média da Resist. Geral das meninas com 15 anos é de 1.250 m, considerada razoável segundo os pontos de corte do PROESP-BR, ou seja, norma utilizada como critério referenciado para AFH de baixa exigência.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir dos resultados obtidos através do IMC, observamos que a maioria dos

alunos encontram-se dentro dos percentis normais de IMC para a idade, segundo os

pontos de corte do NCHS/CDC - National Center for Health Statistics/Centers for

Disease Control (Centro Nacional de Estatísticas sobre Saúde/Centros para o

Controle e Prevenção de Doenças), porém o número de sujeitos com percentil igual

ou acima de 85, classificados, portanto, como sobrepeso, é maior entre as meninas.

Quanto às médias dos resultados obtidos nos testes de flexibilidade força e

resistência localizada e resistência geral, tanto masculino quanto feminino, pudemos

verificar níveis considerados em sua maioria, de razoáveis a fracos segundo os

pontos de corte do PROESP-BR, ou seja, norma utilizada como critério referenciado

para AFH (Avaliação da Atividade Física Humana) de baixa exigência.

A investigação da aptidão física com alunos da Rede Pública, observando o

índice de massa corporal, os níveis de resistência cardiorrespiratória, flexibilidade,

força e resistência muscular localizada, permitiu uma avaliação do perfil do

desenvolvimento dos educandos envolvidos, priorizando sua saúde. Através deste

estudo possibilitaremos aos mesmos, conviverem com a realidade do mundo

contemporâneo, evidenciando a importância de desenvolverem hábitos saudáveis

de vida em benefício da saúde.

REFERÊNCIAS

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