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Relatório 30/10/2015

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Relatório 30/10/2015

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Resumo 3

Varejo 6

Consumo 16

Crédito 27

Espaços Gourmet 42

Pesquisa: Consumo Feminino em tempos de crise 44

Economia 34

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Resumo

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Indicador de consumo está melhor no Paraná do que a média nacional.

Governo já estuda formas de facilitar o crédito ao consumidor para tentar aquecer a economia.

Intenção de Consumo das Famílias cai pelo nono mês consecutivo e é o menor desde 2010.

Mercado prevê que economia brasileira termine o ano com queda de 3,02%.

Rumo da economia em 2016 é incerto para muitos setores, inclusive o imobiliário.

Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, diz que economia terá uma recuperação importante em 2016.

Mobília pode trazer valorização de até R$ 30 mil para proprietário de imóvel.

Empresários do setor de imóveis reduzem produção e apresentam queda nas vendas.

As vendas no varejo paulista caíram 15,4% em agosto desse ano.

No Piauí, acredita-se na recuperação do varejo com as festas de final de ano.

Com a crise econômica, consumidores procurem por ofertas, promoções e cupons de descontos.

Novo APP faz comparativo de preços dos principais varejistas e ajuda a aumentar o poder de compra do brasileiro.

Crise econômica afeta consumo nas metrópoles brasileiras.

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Brasileiros não se importam em pagar a mais por empreendimentos com Espaço Gourmet.

Escolher franquia envolve investigar se a marca tem crescimento sólido e se dá suporte aos franqueados.

Serviço do Sebrae fornece garantias para donos de franquias de micro e pequeno porte.

Crescimento de novas franquias pode trazer dor de cabeça

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Varejo

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Vendas no varejo caem 15,4% em agosto ante mesmo mês de 2014, diz ACSP

As vendas no varejo paulista caíram 15,4% em agosto em comparação com o mesmo mês de 2014. A retração de julho para agosto foi de 3,7%, enquanto no ano o setor acumula queda de 6,5%. Os números são do ACVarejo, boletim mensal divulgado nesta segunda-feira, 26, pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP).Em relação a agosto de 2014, o segmento mais afetado pela redução das vendas foi o de lojas de departamento, eletrodomésticos e eletroeletrônicos (-22,7%). Em seguida, apresentaram resultado negativo concessionárias de veículos (-22,2%), lojas de material de construção (-18,3%) e lojas de móveis e decorações (-15,4%).Em julho, o enfraquecimento do setor teve um ritmo menor: as vendas no varejo paulista haviam encolhido 11,7% ante igual mês do ano passado.Para a associação, a intensificação na queda é reflexo do aumento do desemprego e do recuo da renda, além do encarecimento do crédito. As vendas devem continuar caindo até, pelo menos, o primeiro trimestre de 2016, de acordo com a projeção do Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV/ACSP)."Apesar deste aprofundamento, não devemos perder a esperança na recuperação", diz o presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alencar Burti, em nota distribuída à imprensa. "A exemplo de todas as crises que o País já enfrentou nos últimos 50 anos, sempre houve uma saída para os processos recessivos."

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"O Natal vai recuperar o varejo do Piauí", aposta presidente da CDL

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, Evandro Cosme, revelou à coluna Economia & Negócios que acredita na recuperação do varejo com a proximidade das festas de final de ano, principalmente porque, diferente do ano passado em que houve transição política pós eleições, não há tanta insegurança em relação ao pagamento do Décimo Terceiro Salário. "Tivemos um ano em que a economia funcionou com humor diferente do crescimento expressivo que tínhamos. Os projetos otimistas feitos no início do segundo semestre não seguiram como o esperado, mas a expectativa é que melhore. Vamos apostar nisso para enfrentar os momentos difíceis. E o Décimo Terceiro é que patrocina esses sonhos protelados durante o ano", argumenta Cosme.O presidente da CDL acredita que o período de final de ano fomentará todos os setores do comércio. "Porque isso mexe com tudo. As pessoas compram roupas para viajar, enfeitam a casa para receber amigos, compram presentes, etc. Além disso, o nosso mercado está absolutamente abastecido e isso é uma variável bastante importante para o consumo", afirma. Cosme acrescenta que a situação do Piauí perante a crise está melhor que a do Nordeste como um todo e diz ainda que a região Nordeste está enfrentando melhor a crise do que o restante do país.

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Cartões ajudam elevar gastos no varejo, segundo pesquisa

89% dos comerciantes dizem que lucros seriam menores sem aceitação da modalidade

O uso de meios de pagamento eletrônicos por parte dos estabelecimentos comerciais estimula gastos maiores dos consumidores, aponta pesquisa da Tendências Consultoria encomendada pela MasterCard. Segundo o levantamento, 82% dos varejistas têm a percepção de que a aceitação de cartões de débito incentiva o aumento do tíquete médio do consumidor.Entre os comerciantes que trabalham com cartões de crédito, 89% dizem que os lucros seriam menores se não aceitassem essa modalidade de pagamento.A pesquisa mostra que o tíquete médio das transações com dinheiro é de R$ 76,66. Já a média gasta por consumidores que usam cartões de débito é de R$ 89,95.Quando o cartão de crédito é usado, em parcela única, a média avança para R$ 128,24. No caso das transações com crédito parcelado, o patamar salta para R$ 242,28.Para o coordenador da pesquisa, Fernando Botelho, sócio da Tendências Consultoria, os estabelecimentos percebem que o uso de cartões amplia o universo de consumidores.“Esses meios de pagamento dão acesso a outros tipos de consumidor, como aquele que não teve tempo de sacar dinheiro. O consumidor também vê os meios de pagamentos digitais como um acesso ao crediário descomplicado, sem burocracia”, afirmou.A pesquisa foi realizada com 610 estabelecimentos comerciais de pequeno, médio e grande portes nas regiões metropolitanas de São Paulo, Brasília, Salvador e Porto Alegre. A amostra ponderada reflete a população nacional de estabelecimentos por região e tamanho.Do total de entrevistados, 90% aceitam cartões de débito e 83%, de crédito.

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Para aqueles que não aceitam esses meios de pagamento, a percepção de altos custos foi citada por 39% dos empresários e necessidade de obedecer à regulação e legislação, 21%.O levantamento mostrou ainda que a participação dos meios de pagamento eletrônicos sobre a receita total das empresas é significativa, alcançando 25% em alguns casos.

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Consumidores aproveitam promoções para evitar a crise

A busca por preços baixos é uma prática comum para a maioria dos brasileiros. Com a crise econômica que atinge o país em todos os lados, é comum que os consumidores procurem por ofertas, promoções e cupons de descontos. Entretanto, a cada dia que passa ou a cada vez que o cliente decide usar o benefício, ele presta mais atenção aos prós e contras. Uma pesquisa realizada em 152 municípios, com 3 mil pessoas, pelo Instituto Data Popular em agosto, mostrou que comprar produtos em promoção é um hábito comum para 64% dos brasileiros.O desafio para os varejistas de fazer boas promoções e atrair o consumidor é enorme e não é à toa que as grandes marcas lançam promoções agressivas. No mês de aniversário é comum que supermercados e hipermercados aproveitem o momento para divulgar seus produtos e a marca. O marketing nesses períodos está a todo vapor e não é diferente nas datas sazonais, como natal, ano novo, páscoa e etc.

Grandes promoçõesNo final do ano é comum que os varejistas apostem em grandes promoções com sorteios de carros, viagens e outros tipos de prêmios. Mesmo com a crise, podemos notar que o varejo não se deixou abalar pelo momento complicado, mas podemos dizer que talvez seja uma forma de sair dela. A P&G, por exemplo, trouxe novamente a promoção do Avião do Faustão, que promete casa com carro na garagem mais eletrodomésticos para cozinha e lavanderia. A campanha é para divulgar e apresentar ao consumidor o novo Ariel Power Liquid (veja aqui).

Compre mais e pague menosUma outra estratégia que podemos notar são as promoções na compra de mais de um item. Essa tática está presente em muito produtos com descontos que podem chegar até 50% do valor do produto

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Isso acontece devido a parceria que grandes redes fazem com determinadas marcas, dessa forma é possível repassar um preço menor ao consumidor. Mesmo assim, os consumidores costumam pesquisar em outras lojas e analisar cuidadosamente se existe vantagem em adquirir o produto

Cupons de descontosOs cupons de descontos são populares na internet, basta digitar nos buscadores de busca “cupom de desconto para a loja X” que provavelmente aparecerá algo relacionado à busca. Muitos sites, como o 1001 Cupom de Descontos, reúnem cupons de diferentes lojas e ainda oferecem uma busca personalizada. O consumidor pode buscar por “comida japonesa”, por exemplo, e de repente haverá uma lista com os cupons presentes naquele site.É fato que o consumidor vem mudando o seu hábito de comprar. A busca pela economia e as ferramentas disponíveis, como a internet, faz com que o planejamento que antecede a compra seja pensado melhor. Isso tudo é um reflexo da crise econômica é a forma com que os consumidores e o varejo encontraram para se adaptar.

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App quer aumentar poder de compra do brasileiro

Com o mercado em recessão, aumento abusivo de preços, cidades grandes com trânsito caótico, nada mais adequado do que soluções tecnológicas para contornar todos esses problemas.Pensando nisso, foi criado o sav@price, solução única, simples e gratuita para fazer comparativo de preços dos principais varejistas do país e que ajudará a aumentar o poder de compra do brasileiro, ao mesmo tempo em que será um canal de marketing para supermercados.A novidade é uma ferramenta completa, que usa ferramentas de geolocalização, e traz parcerias únicas com os principais varejistas de grande, médio e pequeno porte, ou seja, enquanto os aplicativos que existem no mercado hoje mostram os preços baseados em preferências/facilidades pessoais dos usuários, o sav@price mostra a base de preços reais (preço da gôndola) e atualizada de cada loja participante.Na primeira fase o app está disponível apenas para os usuários e lojas do Estado de São Paulo. Duas lojas da rede Supermercados Tateno já estão usando (Jabaquara e Ricardo Jafet).Além da versão mobile, disponível para Android e iOS, o sav@pricepode ser acessado pelo site www.savprice.com. Dessa maneira, além de ter a oportunidade de fazer a comparação dos valores dos produtos, o consumidor ainda poderá elaborar sua lista de compras e, ao final, saberá exatamente quanto gastará nas lojas pesquisadas.De acordo com Ederson Riechelmann, CEO & Co-Founder da empresa, os varejistas terão diversas vantagens, pois ao aderirem à solução, atestam sua transparência em termos de política de preços, atratividade de ofertas e competitividade."Por ser uma plataforma segmentada de busca de preços, o sav@pricepossibilitará a realização de promoções direcionadas ao público de interesse, seja de um determinado perfil, região ou consumidores de um determinado produto, bem como assertividade e otimização de recursos", finaliza Ederson.

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ConsumidoresEderson explica que o objetivo é facilitar a vida da dona de casa por meio de um recurso simples e gratuito, garantindo assim seu poder de compra naquele que é um dos maiores gastos das famílias brasileiras: compras no supermercado. " O app foi criado para facilitar a vida do consumidor, pois a pesquisa de preços no varejo alimentar é algo comum, pelo fato de as compras do supermercado terem um peso importante na renda do brasileiro. Por isso, a busca por preços atraentes, promoções, dias de ofertas e economia fazem parte da rotina no varejo nacional. Ao usar o sav@price, acreditamos que o usuário tenha, em média, uma economia de 15% a 20%", diz Ederson Riechelmann.O baixo desempenho da economia nos últimos meses fez de um perfil uma necessidade; se antes o consumidor estava atento para aumentar seu número de itens por cesta, hoje ele não quer perder as conquistas recentes. "Além disso, a facilidade para o consumidor de encontrar o melhor preço próximo à sua casa, trabalho ou localização atual é um dos atrativos do sav@price", destaca Ederson Riechelmann.

As vantagens para os consumidores serão:Saber quanto irá gastar nas compras antes de sair de casa;Comprar a lista de produtos nos lugares mais econômicos;Poder ir em até três estabelecimentos para comprar os itens mais baratos em cada estabelecimento;Encontrar estabelecimentos próximos da sua casa com preços melhores;Pesquisar os preços de um único produto e saber onde é mais barato;Identificar quais lojas têm o produto que costuma comprar;Saber o valor total da compra antes de chegar ao caixa;Receber informações de preços e promoções dos produtos que fazem parte do seu histórico de compras;Ter a sensação de que sua compra foi feita com o melhor custo benefício;Localizar um estabelecimento em uma região que não conhece, que está de passagem, ou até mesmo de viagem;

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Histórico de compras dos meses anteriores; saber se as compras estão aumentando de valor ou diminuindo.O sav@price ainda terá as seguintes funcionalidades iniciais:Receber e identificar promoções;Criar listas de compras;Localizar estabelecimento mais próximo do seu lugar (geolocalização);Encontrar os melhores preços na sua região (por meio do CEP ou geolocalização);Limitar o raio (distância) no qual se deseja buscar os estabelecimentos;Compartilhar preços via Facebook, Google Plus, Instagram e Twitter ou então entre os usuários do aplicativo;Leitura por Código de Barras;Possibilidade de receber promoções via SMS, E-mail e/ou Banners;Busca rápida do melhor preço (sem precisar criar uma lista);Copiar os produtos de uma lista antiga armazenada para nova lista;Consultar o histórico de compras por meio das listas armazenadas.

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Consumo

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Intenção de consumo volta a reagir no Paraná

Pesquisa da CNC e da Fecomércio PR mostra aumento de 5,16% na intenção de gastos das famílias em outubro

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) teve aumento de 5,16% no Paraná ante o mês imediatamente anterior, de acordo com pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR). O indicador passou de 89,1 pontos em setembro para 93,7 pontos neste mês. No entanto, na comparação com outubro de 2014, que marcava 132,3 pontos, houve redução de -29,17%.A ICF nacional registrou quedas de -1,8% (78,4 pontos) na comparação com setembro e de -35,5% em relação a outubro do ano passado, quando era 121,5 pontos. Tanto no contexto nacional como no estadual, o indicador ainda abaixo do ideal. Por estar abaixo de 100 pontos, deve ser interpretado como negativo.De acordo com o presidente da Fecomércio PR, Darci Piana, a melhora da ICF no Paraná é pontual, após quedas consecutivas do indicador, mas já traz esperanças para os empresários do comércio. “Deve-se levar em conta que os fatores conjunturais de cunho restritivo continuam presentes no contexto econômico, tais como os acréscimos tributários, juros altos e a taxa cambial desfavorável. Como o desemprego ainda não atingiu tão gravemente nosso Estado, o indicador de consumo está um pouco melhor do que a média nacional, o que pode vir a ser um fator de ânimo para os comerciantes paranaenses”, avalia.

EmpregoA situação atual no emprego é definida como mais segura para 34,7% das famílias, mas no mesmo período de 2014, essa opinião era compartilhada por 51,1% dos entrevistados.Os que se declaram menos seguros com relação ao emprego somam 20,3%, receio demonstrado por apenas 9,1% no ano passado. Ainda assim, há perspectiva de melhoria salarial ou de cargo para 36,5% dos paranaenses.

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Situação de RendaA situação da renda é considerada melhor para 67,8% dos consumidores de maneira geral em comparação ao mesmo período de 2014. Para as famílias com renda até dez salários mínimos, o percentual é de 68,2%. Nas classes de maior renda, 65,5% disseram estar financeiramente melhor do que no ano anterior. Outros 20,6% estão com rendimentos semelhantes aos do ano passado e 13,5% disseram que a situação financeira está pior. Em outubro de 2014, apenas 6,15% relatavam piora na renda.

Acesso a créditoO acesso ao crédito ou empréstimo é considerado mais fácil para apenas 27,7% das famílias, bem diferente do mesmo período do ano passado, quando esse percentual era de 64,5%.

Consumo atualA maioria dos entrevistados, 57,4%, disse estar comprando menos, enquanto apenas 21,5% aumentaram os gastos. Os que não mudaram seu padrão de consumo somam 20,8%.

Momento para consumo de bens duráveisPara 59,6% das famílias este ainda é um bom momento para a aquisição de bens duráveis, como eletrodomésticos, aparelhos de TV, som, etc. Em outubro do ano passado esse percentual era de 69,1%.

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Governo discute maneiras de incentivar o consumo para reaquecer economia

Com a economia abalada pela crise política e o país à beira da recessão, o governo já estuda formas de facilitar o crédito ao consumidor para tentar aquecer a demanda. O formato, porém, será cauteloso, distante das medidas adotadas há sete anos para combater a crise internacional e muito longe do que defende o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Duas premissas estão norteando este planejamento: as medidas devem ser tomadas sem comprometer a política fiscal e o impacto na inflação tem de ser o mais baixo possível.A estratégia deve ser adotada ainda este ano, aproveitando a proximidade do Natal. Instituições do comércio e consultorias já projetam as vendas de fim de ano como muito fracas, diante do atual cenário. Apesar da consequência imediata nas vendas do comércio, o impacto na economia deve levar um tempo maior, de cerca de dois trimestres. Mesmo assim, a expectativa da presidente Dilma Rousseff é que essa mudança contribua para renovar o ânimo de empresários e dos consumidores logo no início de 2016.Os estudos que circulam no governo indicam que caberá ao Banco Central afrouxar regras de provisionamento para calote com o objetivo de fazer com que os bancos liberem crédito a linhas específicas ao consumidor. Para restringir ou incentivar esses empréstimos, o BC atenua exigências de reservas do capital próprio que os bancos precisam manter em caixa para emprestar. Combinado a isso, também se espera a liberação de parte do dinheiro que os bancos são obrigados a deixar no BC, os chamados depósitos compulsórios. No entanto, a autorização seria condicionada ao desembolso em empréstimos para o consumo. Ou seja, o uso do dinheiro seria “carimbado”.Não se trata, segundo fontes ouvidas pelo Estado, de voltar a usar os bancos públicos para conceder empréstimos com taxas subsidiadas, prática recorrente do governo petista que fez com que se agravasse o rombo das contas públicas.

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O desmonte das medidas que restringem o crédito não comprometeria, em tese, o esforço do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de buscar o equilíbrio das contas públicas.No entanto, a mudança significaria, mesmo que de forma parcial, a aceitação do governo da estratégia proposta pelo ex-presidente Lula para tirar o ajuste fiscal do foco. Na sexta-feira, ele voltou a defender com ênfase o uso do crédito para salvar a economia.“Temos um mercado extraordinário. São 200 milhões de seres humanos dispostos ainda a fazer compras. É a garantia para eles não perderem o emprego e a economia voltar a guiar”, disse Lula, em entrevista a uma rádio na Bahia.Lula não está sozinho e a influência dele no governo só aumenta. O Estado identificou que a defesa de mais crédito para irrigar a economia é bandeira de cinco ministros com influência na Esplanada, mesmo de fora do PT. Eles só admitiram na condição de anonimato porque a palavra final é da presidente.Na área econômica, há quem defenda que essa medida não seja adotada de pronto. Acreditam que os resultados do recente aumento do limite do crédito consignado de 30% para 35% para o uso no cartão de crédito devem aparecer em mais algum tempo. A medida deve dar uma “respirada” na economia, apostam integrantes da equipe econômica.No governo, no entanto, há quem veja com preocupação o incentivo ao crédito como sinal contrário ao combate da inflação, justamente no momento em que o Banco Central trava uma batalha dura para levá-la ao centro da meta.O ex-diretor do Banco Central, Carlos Thadeu de Freitas, avaliou que a disparada da inflação não é decorrente de um aumento desenfreado da demanda e, portanto, a medida não traria risco para a alta de preços. “O grande ponto de interrogação é se o consumidor vai querer se endividar ainda mais neste momento em que tem chances de perder o emprego”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Recessão afeta consumo nas metrópoles brasileiras

Compras nas grandes cidades encolhem R$ 187 bi em cinco anos

A crise econômica afetou em cheio o consumo nas maiores cidades do Brasil. Com a inflação perto de 10% ao ano, o crédito mais caro e o desemprego em alta, as capitais e as regiões metropolitanas do país devem fechar 2015 somando apenas 45,96% de tudo que é gasto pelas famílias, revela estudo feito pela consultoria IPC Marketing. O índice é menor que os 47,77% de 2014 e o mais baixo desde os 51,06% registrados em 2010, auge do crescimento da economia do país, quando o PIB (Produto Interno Bruto, soma dos bens e serviços produzidos no país) avançou 7,6%. Em valores reais, a perda chega a R$ 187 bilhões nos últimos cinco anos, dinheiro que acabou migrando para o interior dos estados, onde os reflexos da crise ainda não são tão intensos, dizem economistas.Nas ruas dos grandes centros, os reflexos são os mesmos: lojas fechadas e vendas em queda. E, na tentativa de driblar os negócios mais fracos nas grandes cidades, empresas dos mais variados setores vêm concentrando hoje a maior parte de seus esforços para atingir o potencial de consumo no interior, onde o crédito ainda não está tão difundido quanto nas grandes metrópoles. De acordo com especialistas, o varejo segue, hoje, o caminho que a indústria já trilha há alguns anos, deslocando parte de seus investimentos para cidades afastadas dos grandes centros urbanos, onde os salários e o custos de produção são menores.Marcos Pazzini, responsável pelo estudo IPC Maps, ressalta que, com a crise de confiança no consumo e o encolhimento do mercado de trabalho, está cada vez mais difícil vender nas grandes cidades, onde a competição já é elevada. Ele cita ainda as margens de lucro em queda, com os maiores gastos envolvendo, por exemplo, a energia elétrica, um dos vilões da inflação este ano, que acumula alta de 47,74% de janeiro a setembro.

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Para 2016, de acordo com economistas, a tendência é de mais queda no consumo, sobretudo com o recuo do crédito e com a crise na construção civil, um dos principais empregadores das metrópoles."Hoje, o maior bolo do consumo não circula mais nas capitais e nas regiões metropolitanas do país, que sentem mais o impacto da crise, devido ao aumento da inflação e do desemprego mais elevado nos grandes centros. A migração de indústrias para as cidades do interior nos últimos anos ajudou nesse sentido, pois criou um mercado consumidor e passou a gerar renda. Agora, vemos o investimento de empresas de varejo para cidades menores ganhando força em ano de crise. Há um potencial de consumo no interior", destaca Pazzini.E foi nas capitais dos estados das regiões Sudeste, Sul e Nordeste onde o consumo foi mais afetado. Assim, nos últimos cinco anos, destaca o estudo, as famílias desses grandes centros passaram a ter uma vida “mais pacata”: cortaram as viagens e as despesas com recreação e cultura, além de serviços em geral como salão de beleza. Também estão estudando menos, com a redução dos cursos de educação em geral. Segundo Nelson de Souza, professor do Ibmec-Rio, a retração ocorre porque o modelo de expansão estava baseado no crédito."Agora, com o crédito mais seletivo por parte dos bancos, essa fatura começa a chegar. Ao mesmo tempo há outros fatores, como o fato de a população não aumentar. E há a crise em setores importantes como o de construção civil, cujas obras são concentradas nas maiores cidades, que chega a empregar 10% da população em alguns locais", explica Souza.Assim, com renda menor, as famílias vão cortando produtos e serviços considerados supérfluos e não essenciais, segundo Ricardo Ladvocat, professor de Vendas e Varejo da ESPM Rio: "Os itens considerados supérfluos são cortados, o que reduz o consumo geral. E isso não é verificado nas cidades menores porque lá os gastos são concentrados nos itens básicos. Então, para cortar é mais difícil. E isso ajuda a explicar porque a situação ainda é melhor que nas grandes capitais."Foi o que aconteceu com a família da assistente social Mariângela Almeida, de 48 anos. Casada e com dois filhos na faculdade, ela lembra que teve de cortar mais de metade de seus gastos após o marido perder o emprego, em fevereiro.

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"Para você ter uma ideia de até onde tive que cortar: antes a minha salada tinha rúcula, damasco, aspargos e mostarda escura. Hoje, só tem alface e tomate, que só compro no fim do dia, quando estão mais baratos. É difícil até manter a minha dieta. No café da manhã, por exemplo, abandonei a ricota light com ervas finas e a tapioca. Estou no pão de forma marca própria, que também só aumenta", lista Mariângela, que percorre os mercados atrás de promoções com encartes da concorrência.E no maior mercado consumidor do país, o Estado de São Paulo, a percepção também é de cortes de gastos. Rodrigo Mariano, gerente do Departamento de Economia e Pesquisa da Associação Paulista de Supermercado (Apas), lembra que a previsão é que as vendas na capital fechem o ano com queda de 1%, um recuo maior que o esperado para as cidades do interior do estado, de 0,5%."É o interior que vai segurar as vendas. Em geral, as capitais sofrem mais porque há maior concentração do desemprego e inflação mais alta em relação ao interior. Na capital, por exemplo, há venda maior de itens duráveis, que não estão indo tão bem com o menor acesso ao crédito", afirma Mariano, lembrando que o setor automotivo deve ter queda de 20% no faturamento, assim como o de calçados e o de vestuário, com recuos esperados de 8% e 6%, respectivamente.Avaliação semelhante tem o economista João Ribas Morais, da consultoria Tendências. Segundo ele, a previsão é que a concessão de crédito tenha retração de 8,5% este ano e de 1,8% em 2016. Na última semana, o Banco Central (BC) manteve os juros básicos da economia, a Taxa Selic, em 14,25% ao ano. Para ele, tanto as cidades maiores quanto as regiões mais desenvolvidas do país são hoje mais dependentes do crédito. Além disso, Morais lembra que o desemprego nas principais regiões metropolitanas do país — que ficou em 7,6% em setembro —tende a ganhar força e subir para 9% no fim de 2016."E, num momento como o atual, essas regiões são mais afetadas. O interior, assim como as regiões menos desenvolvidas, tem uma resiliência um pouco maior, já que as grandes cidades ficam mais expostas à crise. Com as projeções de venda do varejo para 2016, esperamos um resultado pior para o Sudeste, com queda de 5,5% em todo o estado, acima da média nacional, de 5%, e o pior patamar entre todas as regiões do país", lembra ele.

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"Para você ter uma ideia de até onde tive que cortar: antes a minha salada tinha rúcula, damasco, aspargos e mostarda escura. Hoje, só tem alface e tomate, que só compro no fim do dia, quando estão mais baratos. É difícil até manter a minha dieta. No café da manhã, por exemplo, abandonei a ricota light com ervas finas e a tapioca. Estou no pão de forma marca própria, que também só aumenta", lista Mariângela, que percorre os mercados atrás de promoções com encartes da concorrência.E no maior mercado consumidor do país, o Estado de São Paulo, a percepção também é de cortes de gastos. Rodrigo Mariano, gerente do Departamento de Economia e Pesquisa da Associação Paulista de Supermercado (Apas), lembra que a previsão é que as vendas na capital fechem o ano com queda de 1%, um recuo maior que o esperado para as cidades do interior do estado, de 0,5%."É o interior que vai segurar as vendas. Em geral, as capitais sofrem mais porque há maior concentração do desemprego e inflação mais alta em relação ao interior. Na capital, por exemplo, há venda maior de itens duráveis, que não estão indo tão bem com o menor acesso ao crédito", afirma Mariano, lembrando que o setor automotivo deve ter queda de 20% no faturamento, assim como o de calçados e o de vestuário, com recuos esperados de 8% e 6%, respectivamente.Avaliação semelhante tem o economista João Ribas Morais, da consultoria Tendências. Segundo ele, a previsão é que a concessão de crédito tenha retração de 8,5% este ano e de 1,8% em 2016. Na última semana, o Banco Central (BC) manteve os juros básicos da economia, a Taxa Selic, em 14,25% ao ano. Para ele, tanto as cidades maiores quanto as regiões mais desenvolvidas do país são hoje mais dependentes do crédito. Além disso, Morais lembra que o desemprego nas principais regiões metropolitanas do país — que ficou em 7,6% em setembro —tende a ganhar força e subir para 9% no fim de 2016."E, num momento como o atual, essas regiões são mais afetadas. O interior, assim como as regiões menos desenvolvidas, tem uma resiliência um pouco maior, já que as grandes cidades ficam mais expostas à crise

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. Com as projeções de venda do varejo para 2016, esperamos um resultado pior para o Sudeste, com queda de 5,5% em todo o estado, acima da média nacional, de 5%, e o pior patamar entre todas as regiões do país", lembra ele.

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Intenção de Consumo das Famílias brasileiras é o menor desde 2010

BRASIL - Intenção de Consumo das Famílias brasileiras cai pelo nono mês consecutivo e é o menor desde 2010.

Sete em cada dez entrevistados afirmaram que o momento é impróprio para a aquisição de bens duráveis, aqueles podem ser usados várias vezes por um longo período, como automóveis e maquinário. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, o índice de outubro fechou em 78,4 pontos – 43 abaixo frente ao mesmo mês do ano passado. No cálculo adotado, resultados abaixo de 100 demonstram insatisfação da sociedade com a situação atual. As regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, respectivamente, apresentaram as menores pontuações. Para a Confederação, o resultado foi puxado por três importantes fatores: aceleração da inflação, enfraquecimento da atividade econômica e aumento da incerteza política. Diante deste cenário, nenhum dos sete indicadores da pesquisa apresentou avanço, com destaque negativo para as perspectivas de consumo e o momento para a compra de bens.

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Crédito

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Busca do consumidor por crédito cai 9,3% em 12 meses, diz SCPC

No ano, de janeiro a outubro, recuo acumulado é de 8,4%.Já de setembro para outubro, a busca por crédito cresceu 1,3%.

A busca do consumidor por crédito recuou 9,3% em 12 meses, de outubro de 2014 até setembro de 2015, na comparação aos 12 meses anteriores. Os números foram divulgados nesta segunda-feira (26) pela Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito).No ano, de janeiro a outubro, a demanda recuou de 8,4%. Já na comparação com o mesmo mês de 2014, o recuo foi de 1,6%.Já de setembro para outubro, a busca por crédito cresceu 1,3%. Nessa base de comparação, aumentou a demanda nas instituições financeiras (4,8%) e caiu no segmento não-financeiro (-1%)."O consumidor tem sido mais cauteloso em tempos de incerteza econômica. Como consequência, a demanda por crédito vem desacelerando paulatinamente desde meados de 2014, resultado observado na tendência de longo prazo). Alta das taxas de juros, inflação consistentemente elevada e piora do mercado de trabalho são apenas algumas das variáveis condicionantes deste cenário", diz a Boa Vista/SCPC, em nota.

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Maioria dos consumidores usará 13º para pagar dívidas

Dentre as principais dívidas que devem ser quitadas com o 13º estão as do cartão de crédito (para 44% dos entrevistados)

São Paulo - Em meio à crise que assola o Brasil, cresceu o número de pessoas que pretendem usar o 13º salário para pagar dívidas, segundo pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).Este ano, 74% dos pesquisados vão utilizar o salário extra para diminuir o endividamento, contra 68% que pretendiam fazer o mesmo no ano passado. Já o porcentual daqueles que querem usar o 13º para comprar presentes caiu para 8%, de 11% em 2014."Isto demonstra que a redução da atividade econômica, aumento das taxas de juros e inflação mais alta elevaram o endividamento dos consumidores", diz a Anefac em nota.O porcentual daqueles que pretendem usar o 13º para pagar as despesas de começo de ano, como IPVA, IPTU e matrícula escolar, caiu para 8% este ano, de 11% no ano passado."Isto se deve ao fato de que, com o maior endividamento das famílias, a maior parte destes recursos serão destinados ao pagamento de dívidas, o que reduz o volume de recursos que sobram para aplicações financeiras", acrescenta a entidade.Dentre as principais dívidas que devem ser quitadas com o 13º estão cartão de crédito (para 44% dos entrevistados), cheque especial (39%) e financiamento bancário (7%).Já entre aqueles que gastarão o salário extra para presentear amigos e familiares, 75% pretendem compras roupas, 73% celulares e 65% bens diversos.A intenção de compra de produtos duráveis, de maior valor, diminuiu de um ano para o outro, como é o caso da linha branca, que passou para 12%, de 16%.

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A maioria dos consumidores (42%) pretende gastar entre R$ 200,00 e R$ 500,00, seguido de outra parcela significativa (32%) que vai desembolsar entre R$ 100,00 e R$ 200,00.Caiu o porcentual dos que vão gastar mais (entre R$ 1.000,00 e R$ 2.000,00), para 2% do total, de 3% no ano passado, e subiu o grupo dos que querem desembolsar menos (até R$ 100,00), para 16%, de 14%.

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Recessão afeta consumo nas metrópoles brasileiras

A crise econômica afetou em cheio o consumo nas maiores cidades do Brasil. Com a inflação perto de 10% ao ano, o crédito mais caro e o desemprego em alta, as capitais e as regiões metropolitanas do país devem fechar 2015 somando apenas 45,96% de tudo que é gasto pelas famílias, revela estudo feito pela consultoria IPC Marketing. O índice é menor que os 47,77% de 2014 e o mais baixo desde os 51,06% registrados em 2010, auge do crescimento da economia do país, quando o PIB (Produto Interno Bruto, soma dos bens e serviços produzidos no país) avançou 7,6%. Em valores reais, a perda chega a R$ 187 bilhões nos últimos cinco anos, dinheiro que acabou migrando para o interior dos estados, onde os reflexos da crise ainda não são tão intensos, dizem economistas.Nas ruas dos grandes centros, os reflexos são os mesmos: lojas fechadas e vendas em queda. E, na tentativa de driblar os negócios mais fracos nas grandes cidades, empresas dos mais variados setores vêm concentrando hoje a maior parte de seus esforços para atingir o potencial de consumo no interior, onde o crédito ainda não está tão difundido quanto nas grandes metrópoles. De acordo com especialistas, o varejo segue, hoje, o caminho que a indústria já trilha há alguns anos, deslocando parte de seus investimentos para cidades afastadas dos grandes centros urbanos, onde os salários e o custos de produção são menores.Marcos Pazzini, responsável pelo estudo IPC Maps, ressalta que, com a crise de confiança no consumo e o encolhimento do mercado de trabalho, está cada vez mais difícil vender nas grandes cidades, onde a competição já é elevada. Ele cita ainda as margens de lucro em queda, com os maiores gastos envolvendo, por exemplo, a energia elétrica, um dos vilões da inflação este ano, que acumula alta de 47,74% de janeiro a setembro.

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Para 2016, de acordo com economistas, a tendência é de mais queda no consumo, sobretudo com o recuo do crédito e com a crise na construção civil, um dos principais empregadores das metrópoles."Hoje, o maior bolo do consumo não circula mais nas capitais e nas regiões metropolitanas do país, que sentem mais o impacto da crise, devido ao aumento da inflação e do desemprego mais elevado nos grandes centros. A migração de indústrias para as cidades do interior nos últimos anos ajudou nesse sentido, pois criou um mercado consumidor e passou a gerar renda. Agora, vemos o investimento de empresas de varejo para cidades menores ganhando força em ano de crise. Há um potencial de consumo no interior", destaca Pazzini.E foi nas capitais dos estados das regiões Sudeste, Sul e Nordeste onde o consumo foi mais afetado. Assim, nos últimos cinco anos, destaca o estudo, as famílias desses grandes centros passaram a ter uma vida “mais pacata”: cortaram as viagens e as despesas com recreação e cultura, além de serviços em geral como salão de beleza. Também estão estudando menos, com a redução dos cursos de educação em geral. Segundo Nelson de Souza, professor do Ibmec-Rio, a retração ocorre porque o modelo de expansão estava baseado no crédito."Agora, com o crédito mais seletivo por parte dos bancos, essa fatura começa a chegar. Ao mesmo tempo há outros fatores, como o fato de a população não aumentar. E há a crise em setores importantes como o de construção civil, cujas obras são concentradas nas maiores cidades, que chega a empregar 10% da população em alguns locais", explica Souza.Assim, com renda menor, as famílias vão cortando produtos e serviços considerados supérfluos e não essenciais, segundo Ricardo Ladvocat, professor de Vendas e Varejo da ESPM Rio: "Os itens considerados supérfluos são cortados, o que reduz o consumo geral. E isso não é verificado nas cidades menores porque lá os gastos são concentrados nos itens básicos. Então, para cortar é mais difícil. E isso ajuda a explicar porque a situação ainda é melhor que nas grandes capitais."Foi o que aconteceu com a família da assistente social Mariângela Almeida, de 48 anos. Casada e com dois filhos na faculdade, ela lembra que teve de cortar mais de metade de seus gastos após o marido perder o emprego, em fevereiro.

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"Para você ter uma ideia de até onde tive que cortar: antes a minha salada tinha rúcula, damasco, aspargos e mostarda escura. Hoje, só tem alface e tomate, que só compro no fim do dia, quando estão mais baratos. É difícil até manter a minha dieta. No café da manhã, por exemplo, abandonei a ricota light com ervas finas e a tapioca. Estou no pão de forma marca própria, que também só aumenta", lista Mariângela, que percorre os mercados atrás de promoções com encartes da concorrência.E no maior mercado consumidor do país, o Estado de São Paulo, a percepção também é de cortes de gastos. Rodrigo Mariano, gerente do Departamento de Economia e Pesquisa da Associação Paulista de Supermercado (Apas), lembra que a previsão é que as vendas na capital fechem o ano com queda de 1%, um recuo maior que o esperado para as cidades do interior do estado, de 0,5%."É o interior que vai segurar as vendas. Em geral, as capitais sofrem mais porque há maior concentração do desemprego e inflação mais alta em relação ao interior. Na capital, por exemplo, há venda maior de itens duráveis, que não estão indo tão bem com o menor acesso ao crédito", afirma Mariano, lembrando que o setor automotivo deve ter queda de 20% no faturamento, assim como o de calçados e o de vestuário, com recuos esperados de 8% e 6%, respectivamente.Avaliação semelhante tem o economista João Ribas Morais, da consultoria Tendências. Segundo ele, a previsão é que a concessão de crédito tenha retração de 8,5% este ano e de 1,8% em 2016. Na última semana, o Banco Central (BC) manteve os juros básicos da economia, a Taxa Selic, em 14,25% ao ano. Para ele, tanto as cidades maiores quanto as regiões mais desenvolvidas do país são hoje mais dependentes do crédito. Além disso, Morais lembra que o desemprego nas principais regiões metropolitanas do país — que ficou em 7,6% em setembro —tende a ganhar força e subir para 9% no fim de 2016."E, num momento como o atual, essas regiões são mais afetadas. O interior, assim como as regiões menos desenvolvidas, tem uma resiliência um pouco maior, já que as grandes cidades ficam mais expostas à crise. Com as projeções de venda do varejo para 2016, esperamos um resultado pior para o Sudeste, com queda de 5,5% em todo o estado, acima da média nacional, de 5%, e o pior patamar entre todas as regiões do país", lembra ele.

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Economia

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Mercado prevê que economia brasileira termine o ano com queda de 3,02%

Para o próximo ano, a estimativa de retração passou de 1,22% para 1,43%

A projeção de instituições financeiras para a queda do PIB (Produto Interno Bruto), soma de todos os bens e serviços produzidos no País, neste ano, passou de 3% para 3,02%, no 15º ajuste seguido.Para o próximo ano, a estimativa de retração passou de 1,22% para 1,43%, na terceira alteração consecutiva. Essas projeções fazem parte da pesquisa feita pelo BC (Banco Central), todas as semanas.A expectativa para a queda da produção industrial segue em 7%, neste ano. Para 2016, a projeção de retração passou de 1% para 1,5%.A projeção para o dólar ao final do ano permanece em R$ 4. Para o fim de 2016, a estimativa para a cotação do dólar subiu de R$ 4,13 para R$ 4,20.

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Rumo da economia em 2016 é incerto para qualquer setor

Cautela é a palavra de ordem entre os empresários

RIO DE JANEIRO. Incerteza, imprevisibilidade e falta de clareza. A pouco mais de dois meses para o fim do ano, o cenário para 2016 ainda está nebuloso para 11 associações empresariais de diferentes setores da economia: de supermercadista a calçadista, de plásticos a químicos, de vidro a embalagens, de máquinas e equipamentos a imobiliário, além do automobilístico.No momento em que as empresas olham para frente para definir seus orçamentos e decisões de investimento para o ano seguinte, não se vê horizonte de recuperação. E as dúvidas comprometem os planos de negócios e levam a uma estratégia de defesa. Sem confiança no potencial da economia, a cautela é palavra de ordem. Poucos se arriscam a estimar os números para a variação do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016 e menos ainda em 2017.“Para fazer previsões sobre economia hoje, é mais fácil falar com o pai de santo que com as associações de classe. Não dá para fazer previsões para o ano que vem, apenas estabelecer faixas. Por exemplo, nossa expectativa é que o PIB caia entre 1% e 2%, que o dólar fique entre R$ 4,30 e R$ 5... Mas são faixas muito grandes”, afirma o diretor de competitividade da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Mario Bernardini.

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Capacidade da economia se recuperar em 2016 não é 'nada desprezível', diz Levy

São Paulo, 23 - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta sexta-feira, 23, que a capacidade da economia se recuperar no ano que vem "não é nada desprezível". A declaração foi dada em evento fechado no X Encontro Nacional de Administradores Tributários (Enat), em São Paulo.Levy comentou que a economia passa por um momento de ajuste, de reequilíbrio, e que nesse contexto surgem alguns desafios. "Isso cria desafios, inclusive internamente, mas a gente tem como responder. Nossa economia já tem respondido positivamente a algumas medidas tomadas no começo do ano. Tenho absoluta convicção de que, superadas algumas turbulências que a gente está vendo nesses dias, a economia terá uma recuperação importante, e a arrecadação também vai responder de maneira positiva", afirmou."A capacidade da economia brasileira de responder é muito grande, a disposição das pessoas responderem à nova realidade de preços é muito grande, as pessoas estão um pouco retraídas por outros fatores, mas o potencial de crescimento da nossa economia está presente e a possibilidade de recuperação, inclusive no ano que vem, não é nada desprezível", acrescentou.O ministro comentou que os administradores tributários têm um papel indispensável para garantir a manutenção do Estado e a capacidade do setor público de proporcionar benefícios para toda a população. Ele disse que o trabalho das diversas esferas de arrecadação é fundamental e ajuda também na proposta de reforma do PIS/Cofins, que "terá um tremendo impacto sobre as empresas, aumentando a produtividade da economia". "As tentativas de burlar o fisco são cada vez mais sofisticadas e temos de continuar avançando e desenvolvendo novas ferramentas", acrescentou.

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Levy disse que há inúmeras maneiras de continuar trabalhando na simplificação tributária e citou a parceira da Fazenda de São Paulo com a Junta Comercial, que facilita a abertura e fechamento de empresas. "Diminuir o custo da obrigação para pagar impostos é muito importante, assim como melhorar a governança fiscal."O ministro afirmou que às vezes há tendência de se criar "atalhos tributários", e esse nem sempre é o melhor caminho, pois fragiliza a arrecadação como um todo. "A maneira de proteger nossa capacidade de arrecadar é facilitar processos, para que não haja tentação de legislar atalhos", explicou. "Temos de aumentar a capacidade de arrecadação e facilitar a vida de quem produz, gera riqueza e bem-estar para a população."O ministro pontuou ainda que tem havido avanços importantes na questão da legislação tributária, graças também às parcerias entre as diversas esferas. "Tem havido evolução muito importante na discussão sobre a tributação do comércio eletrônico, apesar de isso ser mais do âmbito do Confaz", disse. "Esses avanços dão segurança para decisões, em termos legislativos e de políticas, para responder aos desafios da economia."

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PIB só volta ao nível de 2013 no fim de 2019

São Paulo, 28 - A recessão brasileira vai ser tão intensa nos próximos anos que o tamanho do Produto Interno Bruto (PIB) do País só vai voltar ao patamar de 2013 em setembro de 2019. O cálculo é do economista da NeoValue Investimentos Alexandre Cabral. De acordo com ele, o tamanho da economia brasileira em 2013 era de R$ 5,513 trilhões, valor que só será alcançado em setembro de 2019.Cabral usa como base as projeções do relatório Focus, do Banco Central, para fazer a sua projeção. Segundo o boletim, os analistas esperam uma recessão de 3,02% para este ano, e de 1,43% em 2016.Com esses resultados negativos, o PIB brasileiro deverá chegar ao fundo do poço no ano que vem, quando vai valer R$ 5,277 trilhões.O crescimento, na avaliação dos analistas consultados pelo Focus, só virá a partir de 2017, quando o PIB deverá subir 1%. Para 2018 e 2019, os economistas esperam um avanço de 2%.Em agosto, a previsão era que a economia iria voltar ao patamar de 2013 em maio de 2018. Com o acirramento da crise política, porém, houve uma forte piora nas projeções para o crescimento - no fim de julho, por exemplo, a expectativa para o PIB de 2015 era de uma recessão de 1,80%, e de um ligeiro crescimento de 0,2% no ano que vem.Nas últimas semanas, o governo sofreu duras derrotas políticas tanto no Tribunal das Contas da União (TCU) como no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que podem comprometer a continuidade do mandato da presidente Dilma Rousseff.Embora tenha feito uma reforma ministerial e aumentado a presença do PMDB na administração federal, o governo também continua sem conseguir unificar a sua base de apoio no Congresso Nacional. Como consequência, as medidas de ajuste fiscal estão paradas. A equipe econômica já propôs a recriação da recriação da CPMF para fechar o rombo do Orçamento de 2016, mas não encontra apoio político para levar adiante a proposta.

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"O governo está lutando com o Congresso há semanas. O que mudou no Congresso nas últimas semanas? Nada. E isso está assustando o mercado. Os investimentos estão parados porque não se sabe o que vai acontecer", afirma Cabral.As projeções econômicas também pioraram depois da decisão da agência de classificação de risco Standard & Poor’s de retirar o grau de investimento da economia brasileira em setembro. "Se as medidas não forem aprovadas pelo Congresso, tudo isso vai virar uma bola de neve gigantesca", diz Cabral.O levantamento também contemplou o tamanho do PIB brasileiro medido em dólar. Nas contas do economista, por causa da forte desvalorização do real, o tamanho da economia do País será de US$ 1,368 trilhão em 2019 ante US$ 2,387 trilhões em 2013. As informações são do jornal

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"O governo está lutando com o Congresso há semanas. O que mudou no Congresso nas últimas semanas? Nada. E isso está assustando o mercado. Os investimentos estão parados porque não se sabe o que vai acontecer", afirma Cabral.As projeções econômicas também pioraram depois da decisão da agência de classificação de risco Standard & Poor’s de retirar o grau de investimento da economia brasileira em setembro. "Se as medidas não forem aprovadas pelo Congresso, tudo isso vai virar uma bola de neve gigantesca", diz Cabral.O levantamento também contemplou o tamanho do PIB brasileiro medido em dólar. Nas contas do economista, por causa da forte desvalorização do real, o tamanho da economia do País será de US$ 1,368 trilhão em 2019 ante US$ 2,387 trilhões em 2013. As informações são do jornal

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Espaços Gourmet

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Espaço Gourmet tendência do mercado imobiliário para receber e reunir

O mercado de imóveis há tempos deixou de trabalhar apenas em função da necessidade ou desejo de um simples lugar para morar, e, assim como o mercado de moda, passou a levar em consideração as tendências e as particularidades dos clientes na hora dos negócios. O brasileiro, conhecido mundialmente por ser receptivo, amigável e acolhedor, e isso vem se refletindo na hora de comprar ou alugar sua casa ou apartamento. Prova disso, a alta demanda – e sucesso – que os empreendimentos imobiliários estão tendo por conta de um novo ambiente: o Espaço Gourmet.Ele surgiu como área de convívio em condomínios e edifícios residenciais, as pessoas gostaram tanto da ideia de um ambiente que combina cozinha, sala de jantar e sala de estar, que logo quiseram tê-lo dentro de suas residências, onde possível ter maior privacidade ao receber. E pagar um pouco a mais por isso não parece ser um problema.No final de 2012, uma pesquisa realizada pelo Boston Consulting Groupcom mais de 24 mil pessoas, em 21 países, entre eles o Brasil, mostrou que 51% dos entrevistados brasileiros tinham a intenção de ficar mais em casa, utilizando seu lar contra o estresse. Para isso, se dispõem a aumentar significativamente os gastos na hora de comprar, reformar ou construir, além de investir também em artigos de arquitetura e decoração. O intuito que a casa seja um lugar bem decorado e equipado, mais aconchegante e receptivo, onde se possa reunir amigos e família, visando o bem-estar e uma melhor qualidade de vida. Exatamente a expectativa que o Espaço Gourmet procura atender.Mas não basta, apenas, que ele exista. É preciso que o projeto de arquitetura e decoração contribua para que o clima siga as mesmas intenções do ambiente, de receber, reunir e compartilhar.

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Pesquisa:Consumo Feminino em tempos de crise

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Fim