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    Incidncia de Ondas Eletromagnticas Planas PerpendicularmentePolarizadas em Interfaces

    Fernanda Dal Ri, Turma B, 00193594ENG04404Ondas EletromagnticasDepartamento de Engenharia Eltrica

    Escola de Engenharia - Universidade Federal do Rio Grande do SulCorreio eletrnico: [email protected]

    Resumo. Neste experimento de labortorio ser feita a anlise do fenmeno da polarizao perpendicularquando uma onda eletromagntica plana incide em uma interface plana e infinita estabelecida entre dois

    meios distintos eletricamente. Sero estudadas as Leis de Snell e as relaes de fronteira. No final do trabalho

    sero comparados os resultados obtidos por meio da simulao computacional aos resultados previstos

    teoricamente.

    Palavras chave: ondas eletromagnticas, polarizao perpendicular, incidncia oblqua.

    Introduo

    Uma onda eletromagntica plana ao incidirobliquamente em uma interface plana e infinitaestabelecida entre dois meios distintos eletricamente,

    provoca o surgimento de duas outras ondas e , queso, respectivamente, as ondas refletida e trasmitida. Aonda incidente uma OEM harmnica.

    O problema ser descrito pelo plano de incidnciarepresentado pela Figura 1, no qual observa-se o caso deuma OEM polarizada de tal forma que o campo eltricoseja perpendicular ao plano de incidncia (direo dacoordenada z). Este tipo de polarizao dita

    perpendicular.

    Figura 1: Plano de incidncia para uma polarizaoperpendicular.

    A equao (1), abaixo, foi obtida aplicando-se asrelaes de fronteiras para o campo eltrico tangencial

    para OEMs harmnicas, considerando a similaridadetemporal.

    (1)Na Equao (1), observa-se a presena dos

    coeficientes de reflexo e trasmisso . Nota-se que as quantidades e soadimencionais visto que estamos divindo campoeltrico por campo eltrico.

    Para unicidade de e sobre toda a interface, aspartes exponenciais , onde = i, r e t, devem seridnticas. Logo, a Equao (1) se reduz Equao (2):

    (2)Os ngulos i, re trepresentados na Figura 1 so,

    respectivamente, os ngulos de incidncia, reflexo e

    trasmisso. A partir da condio de vnculo entre ostermos exponenciais anterior, encontra-serelaes entre o ngulo de incidncia e os ngulos dereflexo e trasmisso, denominadas de Lei de Snell paraReflexo e Lei de Snell para Refrao.

    (3)Onde ni e ntcorrespondem aos ndices de refrao

    do meio de incidncia e trasmisso.A partir das relaes de fronteira para o campo

    magntico para uma OEM harmnica, aplicando as Leisde Snell e considerando o caso especial em que 1= 2,encontra-se a seguinte expresso para o coeficiente dereflexo ,

    (4)

    O coeficiente de transmisso diretamenteobtido pela unio das Equaes 2 e 4.

    Procedimento Experimental

    Para o estudo deste problema, foram utilizados osmateriais descritos na Tabela 1.

    Tabela 1: Propriedades eltricas dos materiais.

    Material r rAr 1 1,0006gua Destilada e do Mar 1 81Alvenaria 1 4,44Vidro 1 6

    O ngulo de incidcia varia somente de 0 a 90,logo foi composto um vetor para este ngulo dentrodesta faixa de valores, com espaamento linear de 0,09.

    Primeiramente, ser considerado como meio deincidncia o Ar, cuja impedncia muito grande, ecomo meio de transmisso os outros materiais da Tabela1. Posteriormente, se realizar o inverso, onde o ar sero meio de transmisso.

    Resultados e Discusso

    Inspecionando a Equao (4), percebe-se que s serpercebida a existncia de um ngulo de reflexo total,ou seja, quando ||=1, caso no exista influncia realdo termo . Isso s ser possvel caso 1 relao que nunca poder acontecer neste experimentoquando o ar utilizado como meio por onde a onda estincidindo.

    Quando temos o ar como meio em que a onda

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    incide, o termo ser, de fato, sempremaiorque o termo o que leva a uma fase de 180 paraqualquer como pode ser evidenciado nos grficos daFigura 2. Neste caso, nunca existir reflexo total.

    Uma vez que o termo possui sempre fase de 180,pode-se supor que para este caso sempre possuirfase igual a 0 e argumento menor que 1, como

    demonstra a Figura 3.

    Figura 2: Coeficiente de reflexo. Ar como meio deincidncia.

    Figura 3: Coeficiente de transmisso. Ar como meio deincidncia.

    Sendo o meio de transmisso o ar, pode ser notado

    da Figura 4 que a partir de um certo ngulo ocorrereflexo total da onda incidente. Esse ngulo denominado ngulo crtico e, para ngulos de incidnciamaiores que este, sempre ocorrer reflexo total daonda. Atravs da Lei de Snell da refrao pode-se obtero valor do ngulo crtico considerando t = 90 paraento encontrar i

    ()| (8)

    Em nenhum dos dois casos (ar como meio deincidncia e ar como meio de transmisso) htransmisso total, visto que para este fenmeno ocorrera magnitude do coeficiente de reflexo deve ser zero, o

    que no acontece, como pode-se verificar nos grficos 2e 4.

    Logo, no h um ngulo crtico de transmissoassociado, denomidado de ngulo de Brewster.

    Figura 4: Coeficiente de reflexo. Ar como meio detransmisso.

    Figura 5: Coeficiente de transmisso. Ar como meio de

    transmisso.Na Tabela 2 constam os valores dos ngulos crticos

    obtidos teoricamente para comparao com os medidosdiretamente dos grficos, na qual verifica-se a validadedos resultados encontrados experimentalmente.

    Tabela 2: Comparao entre os valores estudados

    Materiali

    Tericoi

    SimuladoErro %

    gua Destiladae do Mar

    6,38 6,30 1,27

    Alvenaria 28,34 28,07 0,93Vidro 24,10 24,06 0,16

    Concluso

    A partir das observaes grficas e matemticas possvel vislumbrar diversas aplicaes para a utilizaoda polarizao perpendicular. A existncia de umngulo de reflexo total remete a possibilidade doconfinamento da onda que pode ser evidenciado pelaexistncia das guias de onda.

    Referncias bibliogrficas1Kraus, D. J. Electromagnetics. 2 edio.

    Ohio: McGraw-Hill Company, 1982

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