Relatorio Agenda Juventude Brasil 2013

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    Pesquisa Nacional sobre

    Perfil e Opinio dos

    Jovens Brasileiros 2013

    www.parcipatorio.juventude.gov.br

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    www.parcipatorio.juventude.gov.br

    Pesquisa Nacional sobre

    Perfil e Opinio dos

    Jovens Brasileiros 2013

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    PRESIDNCIA DA REPBLICA

    Dilma Rousse

    Presidenta da Repblica

    Michel Temer

    Vice-Presidente da Repblica

    SECRETARIA-GERAL DA PRESIDNCIA DA REPBLICA

    Gilberto Carvalho

    Ministro de Estado Chefe

    Diogo de SantAna

    Secretrio Execuvo

    SECRETARIA NACIONAL DE JUVENTUDE

    Severine Carmem Macedo

    Secretria Nacional de Juventude

    ngela Crisna Santos GuimaresSecretria Adjunta

    Francisco Rodrigo Josino Amaral

    Chefe de Gabinete

    Elisa Guaran de Castro

    Coordenadora-Geral de Polcas Transversais

    FICHA TCNICA

    Elaborao/Superviso

    Helena Wendel Abramo, Elisa Guaran de Castro, Gustavo Venturi, Ana Laura Lobato e Carla de Paiva Bezerra

    Colaborao Especial

    Regina Novaes e Eliane Ribeiro

    Consultoria

    Anna Luiza Souto, Maria Virgnia de Freitas, Rita Dias e Snia Homsky

    Equipe Tcnica

    Mnica Sacramento Costa e Valria Viana Labrea

    Aplicao da Pesquisa

    Gesto Venturi Associados e Anlise Final Pesquisas

    Projeto grco

    Aline Magalhes Soares e Mariana Karilena Moura da Silva (SNJ) e Daniela Rodrigues (Njobs Comunicao)

    Diagramao

    Daniela Rodrigues (Njobs Comunicao)

    Reviso

    Aline Magalhes Soares, Mariana Karilena Moura da Silva e Elisa Guaran de Castro (SNJ)Fernandan Gomes (Njobs Comunicao)

    Colaborao

    Frances Mary Coelho da Silva, Srgio Alli, Murilo Parrino Amatneeks e Bruno de Oliveira Elias

    Apoio

    Unesco Brasil

    Braslia, novembro de 2013

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    E

    MENTA

    A Pesquisa Agenda Juventude Brasil uma pesquisa de opi-nio de carter nacional que busca levantar as questes daJuventude Brasileira de forma ampla e abrangente, de modoa possibilitar a anlise e reexo sobre perl, demandas e

    formas de parcipao da juventude brasileira. Pretende sub-sidiar a elaborao de polcas pblicas pensadas de formaintegrada, a parr do universo juvenil.

    De responsabilidade da Secretaria Nacional de Juventude(SNJ) da Secretaria Geral da Presidncia da Repblica, inse-re-se nas avidades do Parcipatrio Observatrio Par-cipavo da Juventude. Foi desenvolvida por um conjunto deconsultoras, aplicada entre abril e maio de 2013 pela GestoVenturi Associados e pela Anlise Final Pesquisas, com a coor-denao geral de Gustavo Venturi. A pesquisa contou com oapoio da Unesco Brasil.

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    S

    UM

    RIO

    Apresentao .................................................................... 7

    A pesquisa ........................................................................ 9

    Metodologia .................................................................... 11

    PERFIL E CONDIO JUVENIL .................................... 13

    1. Juventude e idade ...........................................................14

    2. Sexo ..................................................................................15

    3. Cor ....................................................................................15

    4. Religies ...........................................................................16

    5. Jovens do campo e da cidade ...........................................18

    6. Congurao familiar .......................................................20

    7. Estratos socioeconmicos ................................................21

    8. Escolaridade ....................................................................22

    9. Condio de avidade ......................................................24

    TECNOLOGIA DE INFORMAO E COMUNICAO .......29

    10. Uso de computador, formas de uso e locais deacesso internet............................................................32

    11. Finalidades de uso da internet e do celular ....................33

    A ESCOLA E A FORMAO PROFISSIONAL ................. 39

    12. Experincia educacional ................................................40

    13. Percepes sobre a escola ..............................................44

    14. Formao prossional ....................................................46

    15. Cursos tcnicos ou prossionalizantes .................................47

    O MUNDO DO TRABALHO......................................... 49

    16. O primeiro trabalho ........................................................50

    17. Trabalho e faixa etria ....................................................50

    18. Formalidade no trabalho ................................................51

    19. Das jornadas de trabalho ...............................................52

    20. Procura de trabalho ........................................................53

    21. Jovens que no trabalham .............................................5422. Percepes do mundo do trabalho ................................56

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    VIOLNCIA CONTRA A JUVENTUDE NEGRA ............... 61

    23. Experincias de discriminao .......................................64

    TEMAS DA JUVENTUDE E PERCEPES DO PAS ........ 67

    24. Realizao pessoal ..........................................................68

    25. Quais so os problemas que mais preocupamos jovens atualmente .....................................................69

    26. Diferentes mbitos para discur os assuntos .................71

    27. Os problemas do Brasil que mais incomodamos(as) jovens ...................................................................74

    28. O que os jovens mais valorizam no Brasil .......................7529. Expectavas com a vida, para o pas e para a garana

    de direitos.......................................................................77

    30. Valores considerados fundamentais pelos jovens ..........80

    VIDA POLTICA .......................................................... 83

    31. A polca importante ...................................................84

    32. Ttulo de eleitor ..............................................................85

    33. Os jovens podem mudar o mundo .................................86

    34. Valorizao das formas de atuao e grau deparcipao ...................................................................87

    POLTICAS PARA A JUVENTUDE ................................. 93

    35. As aes do governo para a juventude ...........................94

    36. Conhecimento de polcas por parte dos jovens ...........97

    37. Prioridades da ao governamental ............................101

    38. Aes para enfrentar a violncia ..................................103

    39. Melhor polca para enfrentar a violncia no pas ......104

    40. Polcas de sade ........................................................106

    41. Mais e melhores polcas ............................................107

    Observaes nais..........................................................109

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    A

    PRESENT

    AO

    Uma das diretrizes que guiam a ao da Secretaria Nacionalde Juventude (SNJ) que os jovens devem ser reconhecidoscomo sujeitos de direitos e de polcas pblicas. Para isso, fundamental conhecer suas realidades, questes, opinies e

    demandas, alm das caracterscas sociais, demogrcas, po-lcas e culturais que nos revelam o quadro geral das condi-es de vida da populao juvenil no Brasil.

    Produzir esse conhecimento um desao para a SNJ, desde asua criao em 2005. No documento do Conselho Nacional deJuventude (Conjuve), intulado Polca Nacional de Juventu-de: Diretrizes e Perspecvas consta que:

    [...] as iniciavas governamentais tm cada vezmais sido construdas a parr de diagnscos

    sobre as principais carncias da populao, suasnecessidades mais prementes. Portanto, passa aser ainda mais relevante atuar sobre a elaboraode pesquisas e diagnscos, de modo a melhorarconnuamente suas metodologias, com o objevode anar a relao entre o olhar das instuies depesquisa e as necessidades das camadas da popu-lao pesquisadas (CONJUVE/FES, 2006).

    Em 2009, junto com o Instuto de Pesquisa Econmica Aplica-da (Ipea), foi elaborada a primeira proposta de Observatrio

    de Polcas Pblicas de Juventude. Ela foi retomada e apro-fundada em 2011, na atual gesto da SNJ, incorporando o ob-

    jevo de fortalecer a capacidade de coordenao das polcaspblicas de Juventude, por meio da arculao das iniciavasgovernamentais e da intensicao da parcipao social. Aomesmo tempo, reconhecendo que so os jovens o pblicomais assduo no ambiente virtual, a SNJ decidiu invesr nacomunicao das redes sociais para criar canais de dilogo ede produo de conhecimento sobre/para e com os jovens.

    Arculando essa proposta com o objevo estratgico da SNJe da Secretaria-Geral da Presidncia da Repblica, de fazerda parcipao social um mtodo de governo, foi criado oParcipatrio: Observatrio Parcipavo da Juventude, umobservatrio, dotado de uma plataforma virtual, que tempor nalidade a produo de conhecimento, dados, monito-ramento, avaliao e gesto da informao das polcas p-blicas de Juventude, a parr da mobilizao e parcipao de

    jovens, organizaes juvenis, redes de pesquisadores, gesto-res e parceiros.

    A Pesquisa Agenda Juventude Brasil, realizada em 2013,compe as aes estratgicas da SNJ para construir uma

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    polca nacional de juventude que dialogue com a realida-de dos jovens que esto, em sua grande maioria, atuandode forma efeva no dia a dia de seu territrio, seja ele nocampo ou na cidade.

    Acreditamos que os resultados da Pesquisa Agenda JuventudeBrasilpossam se constuir como um instrumento fundamen-tal para a formulao de Polcas Pblicas de Juventude, con-tribuindo para compreendermos quem so, como vivem, oque sentem e percebem os(as) jovens brasileiras(os), e quaissuas principais demandas.

    Nesse sendo, a Secretaria Nacional de Juventude d conse-quncia colaborao no aprofundamento do conhecimentoda sociedade brasileira sobre sua juventude.

    Severine Carmem de Macedo

    Secretria Nacional de Juventude

    Secretaria-Geral da presidncia da Repblica

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    A

    PESQU

    ISA

    Desde os anos 1990, quando questes da juventude come-aram a ganhar maior espao na agenda pblica, idenca-se a necessidade de estudos de larga abrangncia nacional,que avancem alm das estascas ociais e que possibilitem

    comparaes das caracterscas das juventudes nos pases eentre os pases.1

    No Brasil, uma primeira pesquisa de grande porte deste pofoi realizada em 2003. Com o objevo de apreender os inte-resses e preocupaes dos jovens, a pesquisa Perfl da Juven-tude Brasileirafoi construda como parte do Projeto Juventu-de, desenvolvido pelo Instuto de Cidadania.

    Aps essa iniciava, outras pesquisas deram connuidadeao aprofundamento da compreenso da juventude enquan-

    to alvo de polcas pblicas. So elas:Juventudes Brasileiras,realizada em 2004 pela Unesco, eJuventudes sul-americanas:dilogos para a construo da democracia regional, realizadaem 2008, pelo Ibase e Instuto Plis.

    A Secretaria Nacional de Juventude desenvolveu este novoestudo com o intuito de no apenas traar o perl da atual

    juventude brasileira, mas, principalmente, de acompanhar astendncias de comportamento e a opinio dos jovens, iden-car as demandas por polcas pblicas e aferir a ressonncia

    de algumas respostas em curso.

    O levantamento aproveita a estrutura e muitas questes daspesquisas acima mencionadas, o que permite desenvolvercomparaes e indicar tendncias, incorporando novas indaga-es colocadas pelo presente, aproveitando temas levantadospor outras pesquisas importantes realizadas nesse interregno.

    Organizada em blocos temcos referentes condio juve-nil, educao, trabalho, sade (envolvendo os temas de dro-gas e de sexualidade), cultura e lazer, parcipao polca e

    violncia, esta pesquisa foi realizada em todo o territrio na-cional, sendo representava para o meio urbano e rural e comresultados comparveis aos da pesquisa de 2003.

    Dados detalhados que traam o perl da amostra (em ter-mos de sexo, idade, cor, situao de domiclio, renda, nvelde escolaridade e condio de trabalho) so importantes parao diagnsco ao relacionar a realidade dos jovens com suasquestes, valores e opinies.

    1 ABRAMOVAY, M.; CASTRO, M.G. Juventude, Juventudes o que une e o que separa.Braslia, 2006. p. 11.

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    A apresentao dos resultados preliminares daAgenda Juven-tude Brasil: Pesquisa Nacional Sobre Perfl e Opinio dos Jo-

    vens Brasileiros 2013tem foco nas questes relavas ao perle condies de vida, educao e ao trabalho, violncia, s

    percepes sobre o pas, parcipao polca e a polcaspblicas, de modo a iluminar os interesses e o comportamen-to da juventude brasileira, da qual parte signicava estevenas ruas no primeiro semestre deste ano reivindicando mais emelhores polcas pblicas de transporte, sade, educao enovas formas de parcipao polca.

    Os demais resultados sero lanados posteriormente empublicaes que a SNJ est organizando, acompanhados denovas leituras.

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    M

    ETO

    DOL

    OGIA

    Universo e Amostragem

    A pesquisa estascamente representava do universo dapopulao entre 15 e 29 anos, residente no territrio brasi-

    leiro. Para tal, valeu-se de uma amostra composta por 3.300entrevistas, distribudas em 187 municpios, estracadospor localizao geogrca (capital e interior, reas urbanas erurais) e em tercis de porte (municpios pequenos, mdios egrandes), contemplando as 27 Unidades da Federao.

    A amostragem foi feita de forma probabilsca nos primeirosestgios (sorteio dos municpios, dos setores censitrios, dosquarteires e dos domiclios), combinada com controle de co-tas de sexo, idade e por condio do ponto (urbano ou rural)para a seleo dos indivduos (estgio nal).

    As margens de erro se situam entre dois e trs pontos percen-tuais, conforme os resultados (de dois pontos para perguntasfeitas ao total da amostra, e de trs pontos para as perguntasincludas em uma das trs subamostras).

    Os critrios de disperso, seleo e tamanho da amostrade jovens entrevistados(as) garantem a representavidadedos resultados obdos guardados os parmetros estas-cos do desenho amostral para o conjunto do universo em

    foco: 48,85 milhes de jovens, correspondentes a cerca de1/4 da populao brasileira (PNAD 2012 IBGE).

    Abordagem

    Foi feita a aplicao de quesonrios estruturados, em entre-vistas pessoais e domiciliares (tempo mdio de uma hora deaplicao). Total de 161 perguntas, parcialmente distribudasem trs subamostras equivalentes (A, B e C), igualmente re-presentavas do universo invesgado.

    A pesquisa de campo foi realizada entre abril e maio de 2013.

    Para ler os dados Acomparao com a pesquisa do Projeto Ju-ventude, que subsidiou a criao da SNJ em 2003, permite duasleituras longitudinais: uma transversal, comparando os resultadosdos jovens entre 15 e 24 anos de hoje, com os dos jovens de 15 a24 anos de uma dcada atrs; outra de coorte, comparando os jo-vens hoje entre 25 e 29 anos, com os jovens que em 2003 nhamde 15 a 19 anos.

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    Perfil econdiojuvenil

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    A juventude brasileira grande, diversa e ainda muito atravessada por desigualdades.Isso signica que preciso compreender as diferentes situaes que conguram a reali -dade da condio juvenil no nosso pas.

    Os resultados apresentados a seguir tm a funo de desenhar um breve retrato dajuventude brasileira e assinalar as variveis pelas quais se poder analisar as opinies,valores e percepes dos jovens ouvidos nessa pesquisa.

    1. Juventude e idade

    O escopo da pesquisa o que vem sendo tomado, nos lmos anos, como o segmentojuvenil da populao brasileira compreendido pelo grupo etrio de 15 a 29 anos, refe-

    rendado pela Constuio Brasileira, argo 227, e agora pelo Estatuto da Juventude queacaba de ser sancionado.

    Segundo o Censo de 2010, h no Brasil 51,3 jovens de 15 a 29 anos de idade, o que equi-vale a cerca de da populao do pas. Esse arco de idade se jusca pela extenso doperodo de transio que constui a etapa juvenil marcada na atual conjuntura histricapor trajetrias relavamente longas, intermitentes e muitas vezes no lineares de for-mao, incluso e desenvolvimento da autonomia.

    Por isso, importante compreender a juventude a parr das faixas etrias internas a estegrupo para iluminar as diferentes situaes e respostas dos jovens segundo os momentos dis -

    ntos de suas trajetrias. Nesse sendo, optamos por denir as faixas etrias em 15 a 17 anos,18 a 24 anos e 25 a 29 anos de idade, diferentemente dos parmetros de intervalos quinque-nais de idade (15-19 anos, 20-24 anos e 25-29 anos). Essa denio segue o recorte que vemsendo adotado por polcas pblicas no pas destacando as diferenas de momentos do ciclode vida dos jovens que vai da adolescncia estruturao da vida adulta. A distribuio da ju-ventude pesquisada segundo as faixas etrias2denidas est representada no grco a seguir:

    47%

    33%

    20%

    15 a 17 anos

    18 a 24 anos

    25 a 29 anos

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.Base: Total da amostra e por cota. Espontnea.P. Cota 2 Qual a sua idade?

    2 Tal como no Censo de 2010, a distribuio da juventude entre as faixas de idade 15-19 anos, 20-24 anos e 25-29anos de cerca de 33% para cada faixa etria.

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    2.Sexo

    A distribuio entre homens e mulheres no segmento juvenil brasileiro equilibrada, tal

    como indicado no Censo de 2010. A amostra desta pesquisa foi construda para reeressa distribuio: 49,6% de homens e 50,4% de mulheres.

    Homem

    Mulheres

    Sexo

    50,4%

    49,6%

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.Base: Total da amostra e por cota. Espontnea.P. Cota1 Sexo | P. Cota 2 Qual a sua idade?

    3. Cor

    Com relao cor, seis em cada dez entrevistados declarou-se de cor preta ou parda(15% e 45%, respecvamente); os de cor branca so 34%. Esses dados apresentam umadiferena expressiva e muito interessante em relao aos dados levantados pelo IBGE noCenso 2010, em que a proporo de pretos, pardos e branco nesse segmento etrio foide 7,9%, 45,9% e 44,7%, respecvamente. Na pesquisa Agenda Juventude Brasil, a pro-poro de jovens que se declara preta quase o dobro do que a idencada pelo Censo.

    34%

    45%

    15%

    6%Cor/Raa

    Branco

    Pardo

    Preto

    Amarelo/indgena

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.Base: Total da amostra/Espontnea e mlpla, em %.P153. No Brasil tem gente de vrias cores ou raas. Qual sua cor ou raa?P154. (se P153 = 6 a 16) Voc diria que a sua cor ou raa :P155. Considerando as combinaes de cor ou raa dos seus avs e dos seus pais, voc tem combinao das cores ou raas:

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    Uma explicao possvel para essa diferena a de que, no Censo, a informao de cor detodos os que compem a famlia dada por apenas um de seus membros comumentea me ou o pai enquanto nesta pesquisa coletou-se, exclusivamente, a autodeclaraodos prprios jovens3. Essa constatao corrobora a hiptese j apontada em pesquisas

    anteriores4 de que h uma tendncia, nessa gerao, de maior idendade racial entreos jovens negros, acompanhando o aumento da visibilidade da questo racial no pas edas polcas de armao racial.

    4. Religies

    A maioria dos jovens pesquisados se declarou catlica (56%); os evanglicos represen-tam pouco mais de da amostra (27%). Cerca de um em cada seis jovens no tem

    religio (16%, includo 1% de ateus). Na comparao com a pesquisa Projeto Juventude(2003), os catlicos diminuram em dez pontos percentuais (somavam ento 65%), en-quanto os evanglicoscresceram (eram 22%), assim como os sem religio (estes foramos que mais aumentaram, relavamente, indo de 10% para 15%).

    56

    29

    26

    27

    2

    3

    15

    1

    Catlica

    Pracante

    No pracante

    Evanglica

    Esprita Kardecista

    Outras religies

    Ateu/ Agnsco

    No tem religio, mas acredita em Deus

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.Base: Total da amostra/Espontnea e mlpla, em % .

    3 A pesquisa ulizou essa forma de aplicao com pergunta espontnea, seguida pela esmulada, para aproximar das categorias do censo.

    4 IBASE/PLIS. Pesquisasobre juventudes no Brasil Relatrio Quantavo,2008; CORROCHANO et al. Jovens e Trabalho noBrasil,2008.

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    COMPARAES LONGITUDINAIS

    TRANSVERSAL COORTE

    15 a 24 anos15 a 19

    anos25 a 29

    anos

    2003 2013 2003 2013

    Catlica 65 55 65 57

    ..pracante - 30 - 28

    ..no pracante - 25 - 28

    Evanglica 22 29 22 24

    Esprita Kardecista 2 2 1 2

    Outras religies 2 3 2 4

    No tem religio, masacredita em Deus

    10 15 10 16

    Ateu/ Agnsco 1 1 1 1

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.Base: Total da amostra/Espontnea e mlpla, em %P152a. Voc tem religio? Vou falar algumas religies para que voc me diga quais praca. P152b. Voc frequenta, mes-

    mo que de vez em quando, alguma outra religio? (Se sim) Quais?P152c. Voc acredita na existncia de Deus?

    A tendncia acima descrita se conrma quando observamos a opo religiosa segundoas faixas etrias, apresentadas no quadro a seguir. Vemos que quanto mais jovens, me-nos catlicos e mais evanglicos.

    15 a 17 (19,4%) 18 a 24 (47,5%) 25 a 29 (33,1%)

    Catlica 49,2 52,9 54,1

    Evanglica 31,4 28,3 24,9Esprita 0.9 1,7 1,9

    Afro 1,1 0,8 1,4

    Outra 0,9 0,7 0,9

    Sem religio 16,4 15,5 16,8

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.Base total.

    Quanto maior a idade aumentam as chances do jovem ser catlico e diminuem as de serde religio protestante.

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    5. Jovens do campo e da cidade

    A composio da amostra, no que diz respeito situao de domiclio (urbano e rural)

    seguiu a distribuio encontrada no Censo 2010 (84,8 % na cidade e 15,2 % no campo).

    Situao de domiclio

    85

    74

    8

    2

    15

    5

    10

    1

    MORA NA CIDADE

    Cresceu na cidade

    Cresceu no campo

    Meio a meio

    MORA NO CAMPO

    Cresceu na cidade

    Cresceu no campo

    Meio a meio

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.Base: Total da amostra.P2. Voc passou a maior parte da sua infncia na cidade ou no campo (na roa, colnia, serto, oresta)?P2a. (Se mora na cidade, mas viveu no campo ou meio a meio) H quanto tempo voc mudou para uma cidade?

    O grco acima mostra que parte dos jovens pesquisados (16%) experimentou mudan-a de situao do domiclio. digno de nota o registro de que um em cada cinco jovenspassou pelo menos parte da infncia no campo, bem como 5% cresceu na cidade, oque pode estar relacionado circulao dos jovens entre campo e cidade. Vale ressal-tar que o Brasil experimenta uma perda constante de populao rural jovem maior de15 a 29 anos, numa proporo que equivale metade do total de pessoas que migrado campo para a cidade.5

    5 Entre 2000 e 2010, a populao rural brasileira sofre um decrscimo de 2 milhes de pessoas. Dessas, um milho nha entre 15 e29 anos (IBGE, Censo 2000 e 2010).

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    TOTAL

    SEXO E IDADE

    HOMENS MULHERES

    Total 15 a

    17anos

    18 a

    24anos

    25 a

    29anos

    Total 15 a

    17anos

    18 a

    24anos

    25 a

    29anos

    Peso 100% 50% 10% 24% 16% 50% 10% 23% 17%

    NO CAMPO OU PARTE NACIDADE, PARTE NO CAMPO/MEIO A MEIO

    13 13 9 14 14 13 9 13 15

    Para trabalhar/ buscar em-prego/ trabalho

    4 5 0,3 5 7 3 4 4

    A famlia mudou 3 3 4 3 3 4 3 3 5

    Para estudar/ por causa deestudo, escola

    2 2 2 1 2 3 3 3 2

    Outras respostas 1 1 1 1 1 2 2 1 2

    No respondeu 2 2 2 3 2 2 3 2 1

    NUNCA SAIU DO CAMPO 8 8 10 8 7 8 9 8 7

    PASSOU A MAIOR PARTE NACIDADE

    79 78 81 78 78 79 82 79 78

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.Espontnea.P2b. Por que voc mudou do campo (roa, oresta etc.) para a cidade?

    Como pode ser observado na tabela acima, as razes apontadas pelos jovens entrevis-tados para a migrao do campo para a cidade, quando no so para acompanhar afamlia, esto relacionadas a trabalho e estudos.

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    6. Congurao familiar

    A maior parte dos jovens ainda solteira (66%) e vive com os pais (61%). Um tero (32%)

    so casados ou vivem com seus cnjuges. Embora mais da metade (52%) vivam em fam-lias cheadas por pai ou me, cerca de 18% deles so os principais responsveis e outros16% tm o companheiro(a) como responsvel pelo domiclio onde moram.

    No conjunto da pesquisa, so 40% os que tm lhos, mas essa condio varia profunda-mente segundo sexo: enquanto pouco mais de um quarto (28%) dos homens so pais,mais de metade das mulheres (54%) vive a condio de maternidade.

    Essa condio, naturalmente, cresce com o avanar da idade, mas sempre em maior pro-poro para as mulheres, chegando a 70% na faixa que vai dos 25 a 29 anos.

    Posse de lhos, por sexo e idade

    TOTAL

    SEXO E IDADE

    HOMENS MULHERES

    Total 15 a

    17anos

    18 a24

    anos

    25 a29

    anos Total 15 a

    17anos

    18 a24

    anos

    25 a29

    anos

    Peso 100% 53% 10% 51% 39% 47% 4% 24% 20%

    TEM FILHOS 40 28 1 19 48 54 17 47 69

    1 24 19 1 15 30 31 14 31 33

    2 11 6 3 11 16 2 14 22

    3 3 3 1 1 6 5 1 1 9

    4 ou mais 2 1 0 2 2 0 5

    NO TEMFILHOS(AS)

    /NUNCA TEVE

    60 72 99 81 52 46 83 53 31

    Mdia (de lhos) 2 1 2 1 2 2 1 1 2

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.Base: Entrevistadas que j veram relaes sexuais (81%).P114. Voc tem ou teve lhos, sejam naturais, adotados ou enteados que voc cria ou criou? (Se sim) Ao todo, quan-

    tos lhos voc tem ou teve?

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    7. Estratos socioeconmicos

    Considerando a renda domiciliar per capita, 28% esto nos estratos baixos (at R$

    290,00/ms), 50% nos mdios e 11% nos estratos altos (acima de R$ 1.018,00/ms). Orecorte de renda segue o aplicado no estudo sobre estratos econmicos do Secretariade Assuntos Estratgicos - SAE6.

    Renda mensal domiciliarper capita

    Extremamente pobre

    Pobre

    Vulnervel

    Baixo E. Mdio

    Mdio E. Mdio

    Alto E. Mdio

    Baixo E. Alto

    Alto E. Alto

    Estratos Altos: 11

    Estratos Mdios: 50

    Estratos Baixos: 28

    4

    9

    16

    1715

    17

    9

    2

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.

    Base: Total da amostra esmulada e nica.P157. Somando tudo que voc ganhou, considerando salrios, benecios, penses, bolsas, mesada ou qualquer outrafonte de renda, de quanto foi, aproximadamente, a sua renda pessoal no ms passado?

    P87. Contando com voc, quantas pessoas moram neste domiclio atualmente?P161. Somando a sua renda com a renda dessas pessoas que moram com voc, considerando os ganhos de qualquer

    natureza, de quanto foi aproximadamente a renda familiar em sua casa no ms passado?

    6 Comisso para Denio da Classe Mdia no Brasil, acessvel em hp://www.sae.gov.br/site/wp-content/uploads/Relatrio-Denio-da-Classe-Mdia-no-Brasil1.pdf

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    8. Escolaridade

    De modo geral, os resultados de escolaridade esto prximos daqueles indicados no

    lmo censo demogrco e conrmam tendncia indicada pelos dados da PNAD 2012,de diminuio dos jovens que no passaram do Ensino Fundamental e aumento dosque chegaram ao Ensino Mdio. O censo apontou Alfabezao/EJA mais Fundamental:35,9%; Mdio 46,3%; Superior 16,2%; nunca estudou 1,6%. Enquanto nesta pesquisa,trs anos depois, obvemos os seguintes resultados: 16% dos jovens angiram o EnsinoFundamental incompleto, enquanto 11% deles concluram o Fundamental; 21% alcana-ram o Ensino Mdio incompleto e 38% concluram o Ensino Mdio; por m, 13% delesseguiram at o Ensino Superior (incluindo Ps-graduao).

    At Fundamental incompleto

    Fundamental completo

    Mdio incompleto

    Mdio completo

    Superior (incompleto a Ps)16%

    11%

    21%

    38%

    13%

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.Base: amostra total.P41. Atualmente voc est estudando, parou de estudar ou terminou os estudos?P43. Qual foi o lmo ano de estudo que voc completou?

    O ganho de escolaridade nessa gerao de jovens um dos fatos mais notveis na an -lise das tendncias dos lmos anos no pas. Como pode ser observado no quadro aseguir, na pesquisa realizada em 2003, apenas 6% dos jovens de 15 a 24 anos nhamEnsino Superior, enquanto atualmente so 10%. J de 25 a 29 anos temos 19% dos jo -vens com o Ensino Superior. O maior conngente do segmento juvenil, mais da metade

    (59%), tem como escolaridade o Ensino Mdio. E ainda temos uma queda signicavade jovens com apenas o Ensino Fundamental.

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    COMPARAES LONGITUDINAIS

    TRANSVERSAL COORTE

    15 a 24 anos 15 a 19 anos 25 a 29 anos

    2003 2013 2003 2013

    AT FUNDAMENTAL 41 29 46 23

    At 4 srie/ At 5 ano 8 7 6 10

    De 5 a 8 srie/ De 6 a 9 ano 33 23 40 13

    MDIO OU TCNICO 52 60 52 58

    1 a 2 ano - Mdio incompleto 25 26 34 12

    Mdio completo ou Tcnico 27 34 18 46

    SUPERIOR OU MAIS 6 10 2 19

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJBase: amostra total.P41. Atualmente voc est estudando, parou de estudar ou terminou os estudos?P43. Qual foi o lmo ano de estudo que voc completou?

    Essa gerao bem mais escolarizada que as precedentes, mais de 50% chegou ao Ensi-no Mdio, enquanto este nvel de escolaridade foi alcanado por apenas de seus pais.Percebe-se, assim, uma diferena bastante signicava de escolaridade dos jovens emrelao a seus pais.

    Pai Me

    10

    25

    23

    22

    5

    15

    No estudou

    1 a 4 srie

    5 a 8 srie

    Mdio

    Superior

    No sabe

    8

    29

    28

    23

    6

    6

    No estudou

    1 a 4 srie

    5 a 8 srie

    Mdio

    Superior

    No sabe

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJBase: Total da amostra.Pergunta: Esmulada e nica, em %.P39. Falando agora de educao, at que ano da escola sua me (ou responsvel do sexo feminino) completou?P40. E seu pai (ou responsvel do sexo masculino), at que ano de escola ele completou?

    Quando observamos a escolaridade segundo o estrato de renda, vemos nidamente oimpacto da desigualdade social na elevao do nvel de formao: quanto maior a renda,menor a proporo de jovens nos nveis iniciais da escolaridade.

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    Est. Baixo (%) Est. Mdio (%) Est. Alto (%)

    Fundamental 43 23 10

    Mdio 54 64 53

    Superior 4 13 37

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ

    9. Condio de avidade

    Normalmente se percebe o jovem apenas na sua condio de estudante. Mas quandose observa o conjunto da populao juvenil brasileira, em relao sua condio de

    avidade, nota-se que ela est mais presente no mundo do trabalho (74%, sendo que53% trabalham e 21% procuram trabalho) do que na escola (37%). importante notartambm que mais de um quinto desses jovens vivem conjuntamente os dois mundos, aoconciliar escola e trabalho (14%) ou ao procurar trabalho enquanto estuda (8%).

    Os dados so semelhantes queles levantados pelo Censo 2010, que apontam 53,5% dosjovens de 15 a 29 anos trabalhando e 36% estudando. A proporo daqueles que estosimultaneamente no mundo da escola e no mundo do trabalho tambm coerente comos dados da pesquisa: 22,8%.

    Condio de avidade

    74

    53

    14

    40

    21

    812

    26

    15

    11

    PEA

    TRABALHA

    Trabalha e estuda

    Trabalha e no estuda

    DESEMPREGADO/A

    Desempregado e estuda

    Desempregado e no estuda

    NO PEA (no trabalha nem procura)

    S Estuda

    No estuda

    52

    22PEAqueestuda

    PEAqu

    eno

    estuda

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJBase: Total da amostra.

    Pergunta: Esmulada e nica, em %.P65/P67. Atualmente voc est fazendo algum trabalho remunerado? Qual das seguintes situaes se aproxima maisda sua. Voc:

    P41. Atualmente voc est estudando, parou de estudar ou terminou os estudos?

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    Essa relao, contudo, diferencia-se enormemente conforme a idade: enquanto a maio-ria dos adolescentes de 15 a 17 anos est estudando (65%), e apenas 16% trabalhando,no segmento entre 25 e 29 anos a equao se inverte: mais de 70% esto na PEA (traba-lhando ou procurando trabalho), enquanto apenas 12% ainda estudam.

    PEA / No-PEA e statusde estudo por faixa etria

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.Base: Total da amostra/Esmulada e nica, em %.P65/P67. Atualmente voc est fazendo algum trabalho remunerado? Qual das seguintes situaes se aproxima mais

    da sua. Voc: P41. Atualmente voc est estudando, parou de estudar ou terminou os estudos?

    No conjunto da populao juvenil, a situao em relao presena na escola vem sendoalterada tendo em vista que o acesso ao ensino vem crescendo signicavamente nos l-mos dez anos.7 Atualmente 1/3 dos jovens brasileiros estuda, outro 1/3 j terminou e 1/3parou antes de concluir o grau desejado. Ou seja, 1/3 dos jovens no estar na escola no necessariamente compreendido como negavo, e sim como o trmino de um ciclo.

    Est estudando

    Parou de estudar

    Terminou os estudos

    37%

    33%

    30%

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.Base: Total da amostra/Esmulada e nica, em %.P41. Atualmente voc est estudando, parou de estudar ou terminou os estudos?

    7 Segundo os dados da PNAD, caiu de 2001 para 2010, cerca de 25%, o nmero de jovens que no completaram o segundo ciclo doEnsino Fundamental e em torno de 20% para o Ensino Mdio.

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    Quando observamos essa condio pela faixa etria, temos que, entre aqueles com ida-de de 15 a 17 anos, a grande maioria est estudando e 10% deles interromperam osestudos antes de concluir o grau desejado.

    85

    33

    1410

    36 42

    4

    31

    43

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    15 - 17 18 - 24 25 - 29

    Estuda Parou de estudar Terminou os estudos

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.Espontnea e nica, em %.P41. Atualmente voc est estudando, parou de estudar ou terminou os estudos?

    Se trs em cada quatro jovens fazem parte da PEA, pouco mais da metade est efeva -mente trabalhando, pois uma parcela signicava de jovens vive situaes recorrentesde desemprego. fundamental olhar para essa condio a parr das faixas de idadesinternas ao conjunto da juventude. No grco a seguir, podemos perceber que a dicul-dade maior de insero no mercado de trabalho se d mais fortemente entre os jovenscom idade inferior a 24 anos de idade. Um em cada quatro jovens de 15 a 24 anos de

    idade est procurando trabalho.

    22

    54

    72

    23

    24

    14

    9

    12

    10

    46

    10

    4

    0 10 20 30 40 50 60 70 80

    15-17

    18-24

    25-29

    Nunca trabalhou no procura J trabalhou e no procura Procura Trabalha

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.Base: Total da amostra/Esmulada e nica, em %.P65/P67. Atualmente voc est fazendo algum trabalho remunerado?

    Para compreendermos melhor como as trajetrias dos jovens so compostas por per-cursos de formao, insero prossional e constuio de famlia nuclear, podemos

    vericar como esses diferentes eventos ocorrem por faixa etria. Apresentamos umgrco sintco de quatro eventos que julgamos fundamentais na vivncia da juventu-de e sua entrada na vida adulta.

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    0

    20

    40

    60

    80

    100

    15 a 17 18 a 24 25 a 29

    Estuda Trabalha Casado Tem filho

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.Base: Amostra total.

    Ao observarmos esses mesmos eventos segundo a diferena de sexo, veremos o descompas-so entre a entrada no mercado de trabalho e a constuio de famlia, uma vez que homense mulheres jovens tm, em mdia, o mesmo percentual de estudantes, mas a insero notrabalho bem superior para homens e inversa, no caso dos lhos, para as mulheres.

    37 37

    65

    42

    27,4

    37,4

    28

    54

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    Estuda Trabalha Casado Tem filho

    Homens Mulheres

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.Base: Amostra Total.

    Nos dois grcos acima, podemos observar as diferenas da experincia da formao,da insero no mercado de trabalho, da constuio de famlia e da maternidade/pa-ternidade durante a juventude. No primeiro, ao comparar as faixas de idade, vemos queentre os adolescentes (15-17) e os mais velhos (25-29) as situaes diferem bastante.Entre os adolescentes (15 a 17 anos de idade), a avidade mais importante realmenteo estudo, uma vez que mais de 80% deles estudam e 22% trabalham, enquanto 2,8% socasados ou vivem com seus companheiros(as) e 6,1% tm lhos. Para os jovens de 18 a24 anos de idade, o quadro muda signicavamente, dado que 33% deles estudam, 54%

    trabalham, enquanto 1/3 deles casado e tem lhos. J entre os mais velhos, de 25 a29 anos de idade, a situao inversa aos de 15 a 17 anos, sendo que apenas 14% delesestudam e a maioria trabalha (72%), metade deles est casada e 58% tm lhos.

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    Tecnologia deinformao ecomunicao

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    Todas as pesquisas recentes apontam a velocidade com que as novas geraes absorvemo uso das novas tecnologias de informao e comunicao. Os dados a seguir conrmamessas tendncias.

    Meios pelos quais costuma se informar sobre o que acontece no Brasil eno mundo

    0,1

    0,41

    4

    5

    17

    21

    2356

    83

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

    No repondeu

    Outras respostas

    Nenhum destes/ No se informa

    Rdio comunitria

    Revistras impressas

    TV paga (cabo, satlite)

    Rdio comercial

    Jornais Impressos

    Internet

    Televiso aberta

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.Base: Total da amostra/Esmulada, em %.P127. Falando um pouco de comunicao, por intermdio de quais destes meios voc costuma se informar sobre o

    que acontece no Brasil e no mundo?

    No que se refere aos meios de comunicao que os jovens costumam usar para se infor-marsobre o que acontece no Brasil e no mundo, 83% deles mencionam a televiso aber-ta, 56% a internet, 23% os jornais impressos, 21% as rdios comerciais e 17% a TV paga.

    exceo das rdios comerciais, todos os demais meios de comunicao citados apre -sentam variaes entre os jovens do meio urbano e os da rea rural.

    Urbano Rural Branco NegroEst.

    BaixoEst.

    MdioEst.Alto

    Tv 81,4 92,6 80 84,5 91,2 83,6 71,3

    Tv Paga 10,8 1,4 11,1 8,6 3,1 9,5 17,1

    Radio 1,0 1,2 1,3 0,9 1,0 0,9 1,5

    Jornal 1,5 1,0 1,0 1,5 1,3 1,0 2,5

    Revista 0,1 0,4 0,2 0,2 0,1 0,1 0,4

    Internet 4,9 1,8 5,8 3,9 2,3 4,7 6,7

    Outro 0,3 1,6 0,6 0,5 1,1 0,2 0,6

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ..Base: Total da amostra/Esmulada, em % P127.Falando um pouco de comunicao, atravs de quais destes meios voc costuma se informar sobre o que aconteceno Brasil e no mundo?

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    Tecnologiadeinformao

    ecomunicao

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    Enquanto a TV aberta o meio de informao acessado em maior medida por aquelesque moram no campo (92% de menes entre os entrevistados das reas rurais ante81% dos de reas urbanas), a internet, jornais e TV paga so citados em maior proporopor jovens das cidades: 38% dos jovens do campo se informam via internet frente a 59%

    dos moradores das cidades; jornais impressos so meios de informao usados por 15%contra 24%, respecvamente, e a TV paga constui uma referncia de informao paraapenas 3% dos jovens do campo e para 20% dos da cidade.

    No que concerne varivel raa/cor, os dados indicam que os jovens brancos usammais a internet e a TV paga como fonte de informao comparavamente aos autode-clarados pretos e pardos; 60% dos entrevistados de raa/cor branca acessam nociasvia internet ante 53% dos jovens pretos/pardos; quanto TV paga, so 22% em face de15%, respecvamente.

    No que diz respeito varivel socioeconmica, se por um lado a TV aberta o meio de

    informao mais acessado pelos jovens de baixa e mdia renda (91% dos jovens po-bres, 84% dos segmentos intermedirios e 67% dos de renda alta), entre os mais ricosa internet gura em primeiro lugar: 73% dos jovens de alta renda acessam nocias viainternet, ante 60% dos de renda mdia e 40% dos mais pobres. Alm disso, os jovens debaixa renda usam as rdios comercias para se manterem informados em maior medidaque os de renda alta (24% de citaes entre os estratos baixos e 17% entre os altos). Poroutro lado, os jovens dos segmentos de renda alta so os que mais se valem de jornaisimpressos (30% deles ante 19% dos estratos de renda baixa) e da TV paga (36% e 7%,respecvamente) para se manter atualizados.

    Uso de computador e internet

    20

    80

    0 50 100

    NO USA

    COMPUTADORNEM INTERNET

    USA

    COMPUTADOR

    E/OU INTERNET

    1

    4

    75

    0 20 40 60 80

    Usa computador, mas

    no acessa internet

    Usa internet, mas no

    computador (s pelo

    celular)

    Usa computador e

    internet

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.Base: Total da amostra/Esmulada e nica, em (%).P128. Voc usa computador e internet, mesmo que no seja em casa?

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    32

    10. Uso de computador, formas de usoe locais de acesso internet

    Percebemos que oito em cada dez entrevistados (80%) usam computador e/ou internet,sendo a grande maioria (75%) usuria de ambos. Quando observamos esse acesso pelasdiferenas de cor, territrio e renda, vemos que os jovens negros tm, em mdia, 10%menos acesso do que os brancos. Quanto ao territrio, os rurais tm um acesso aindamais restrito do que os jovens urbanos, sendo 55,5% e 83,1%, respecvamente. No casodo estrato social, vemos claramente que quanto maior a renda da famlia, maior o aces-so a computador e internet, de modo que, para os estratos mais baixos, o acesso de59,7%; para os de estrato mdio, de 84,5%; e nos estratos mais altos, somam 90,7% ototal de jovens com acesso internet pelo computador ou celular.

    Branco Negro Urbano Rural Est. Baixo Est. Mdio Est. Alto

    Sim 84,4 76,1 83,1 55,5 59,7 84,6 90,7

    No 15,6 23,9 16,9 44,5 40,3 15,4 9,3

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.Base: Total da amostra

    Com relao ao local de acesso internet, a maioria dos entrevistados (55%) mencionouacessar a rede com maior frequncia em casa, 10% em lan house/cybercaf e 6% do

    celular/internet mvel. Apenas 4% dos jovens disseram ser mais usual navegar na redeno seu local de trabalho.

    Casa

    Lan house/ cyber caf

    Do celular/ internet mvel

    Trabalho

    Casa de amigos(as)/parentes

    Escola/ faculdade/ cursinho

    Telecentros pblicos

    Associao de moradores/

    centros comunitrios

    Outro local

    No acessa

    55

    10

    6

    4

    320,30,3

    0,3 19

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.Base: Total da amostra/Esmulada e nica, em (%).P129. De qual local acessa a internet mais vezes?

    As respostas dos entrevistados a essa questo foram analisadas a parr de tabelas queconsideram os usurios e no usurios da rede e tambm a parr de um recorte que con-

    templa as respostas dadas apenas por aqueles que acessam a internet. Os comentriosaqui feitos consideram to somente as variaes que no advm exclusivamente da dife-rena entre o montante de usurios e no usurios da rede (abordada no item anterior).

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    11. Finalidades de uso da internet edo celular

    Quanto s nalidades de uso da internet, as principais citadas pelos jovens so: sites derelacionamento (56%); buscar nocias sobre a atualidade (43%); pesquisas/mecanismosde busca (31%); baixar msicas e vdeos (23%); e enviar/ receber e-mails e mensagens(23%). Assim como na questo anterior, aqui sero pontuadas somente as variaes queno so reexo da diferena entre usurios e no usurios de internet.

    0 10 20 30 40 50 60

    Sites de relacionamento/ conhecer

    Buscar nocias sobre atualidade

    Pesquisas/ mecanismos de busca

    Baixar msica/ vdeos

    Mandar ou receber e-mail/ mensagens/

    Navegar no YOUTUBE

    Jogar

    Ajudar nas tarefas escolares

    Buscar informaes sobre eventos

    Trabalhar/ manter contatos profissionais

    Procurar emprego

    Comprar

    Parcipar de movimentos polcos/ sociais/

    Acessar sites com contedo sexual

    Assisr filmes

    Buscar cursos para fazer (on line/

    Assisr a novela

    Transao bancria

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.Base: Total da amostra/Esmulada e nica, em (%).P130. Voc usa a internet para quais nalidades?

    Dentre as nalidades elencadas, baixar msicas e vdeos uma prca mais comum en-

    tre os jovens que moram nas reas urbanas (26%) do que entre os moradores do campo(10%). As demais variaes observadas na tabela com os dados cruzados por local dedomiclio se do pelo fato de os jovens da cidade acessarem mais a internet do que osdo campo, e no porque as nalidades so de fato diferentes.

    Os homens acessam a rede para baixar msicas e vdeos em maior medida do que asmulheres: so 27% deles ante 19% delas. Outro ponto que chama ateno que osentrevistados mais velhos, em maior proporo do que os mais jovens, usam a internetpara buscar nocias. So 45% dos entrevistados de 25 a 29 anos ante 37% dos que tmentre 15 e 17 anos.

    O recorte sexo-idade mostra que as mulheres mais jovens so as que mais usam a in-ternet para acessar redes sociais. Isso se faz visvel tanto quando comparadas s mais

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    velhas quanto tambm com homens da mesma faixa etria. So 74% das jovens comidade entre 15 e 17 anos que usam a internet para se conectar s redes sociais ante62% das moas de 18 a 24 anos, 50% das mais velhas (entre 25 e 29 anos) e 61% dosmeninos da faixa mais jovem.

    Do ponto de vista socioeconmico interessante notar que, entre aqueles que dizemusar a internet, os mais pobres so os que mais a ulizam para acessar redes sociais; jas nalidades buscar nocias, pesquisas, baixar msicas e mandar/receber e-mails somais mencionadas pelos mais ricos. Dentre os usurios da internet, 76% dos jovens deestratos de baixa renda respondem us-la para acessar redes sociais (48% dos 63% deusurios) ante 60% dos de alta renda (58% de 96% de usurios neste segmento). A na-lidade buscar nocias, por sua vez, mencionada por 59% dos que tm renda mais altaperante 31% dos jovens de segmentos de baixa renda; o uso da internet para pesquisas emecanismos de busca apontado por 40% e 21%, respecvamente; ainda considerandoesses dois estratos de renda, baixar msicas citado por 30% ante 15% e trocar e-mailspor 39% perante 12%, respecvamente.

    Posse de celular

    2

    9

    89

    0 20 40 60 80 100

    No respondeu

    No tem celular

    Tem celular

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.Base: Total da amostra/Esmulada e nica, em (%).P131. Voc tem celular? P132. (Se sim) No seu dia a dia, quais usos voc costuma fazer do celular ?

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    Usos que costuma fazer do celular

    0

    1

    15

    18

    20

    2631

    54

    89

    0 20 40 60 80 100

    No respondeu

    Outros

    Jogar

    Conectar-se a redes sociais

    Busca de informaes pela internet

    Fotografar ou filmar

    Ouvir msica

    Comunicar-se via mensagens de texto

    Fazer e/ou receber ligaes

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.Base: Total da amostra/Esmulada e nica, em (%).

    A internet ulizada por 79%, e nove em cada dez jovens possuem celular (89%). Oprincipal uso do celular a comunicao, por chamadas ou mensagens de texto, masganham presena outros usos, como ouvir msica, fotografar, lmar, buscar informaespela internet e conectar-se a redes sociais.

    Quase nove em cada dez jovens (89%) declarou ter celular; apenas 9% disseram no possu-lo.

    No que se refere a essa questo, o local de moradia e a renda domiciliar per capita res-

    pondem por disnes signicavas. Os jovens da cidade possuem celular em maiorproporo do que os do campo. Enquanto 91% dos moradores das reas urbanas tmesse equipamento, dentre os habitantes do meio rural so 77%.

    O cruzamento renda e posse de celular produz diferenciaes j previsveis: um menornmero de jovens de estratos de renda baixa possuem celular comparavamente aosdois outros estratos socioeconmicos: 82% dos mais pobres tm telefone mvel frente a92% e 96% do grupo de renda mdia e dos mais ricos, respecvamente.

    J no que diz respeito aos usos que os jovens fazem do celular, os mais citados foram:

    fazer ou receber ligaes telefnicas (89%), comunicar-se via mensagens de texto (54%),ouvir msica (31%), fotografar ou lmar (26%) e buscar informaes pela internet (20%).

    Vale frisar que as tabelas analisadas incluem jovens que tm e no tm celular, mas co-mentaremos aqui somente as variaes cuja explicao no decorre exclusivamente dadiferena entre o montante de usurios e no usurios de telefonia mvel. Ou seja, paraavaliar se as diferenas apresentadas nas tabelas so de fato signicavas, checamos seo mesmo vale igualmente ao considerarmos somente os que disseram ter celular.

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    TO

    TAL

    ESCOLARIDADE

    COM

    DEFASAGEM

    Atfund.

    incomp.

    Fund.com

    pleto

    Mdioinc

    omp.

    SEM

    DEFASAGEM

    Fund.com

    pleto

    Mdioinc

    omp.

    Mdiocomp.

    Superioro

    u

    mais

    Peso 100% 35% 16% 7% 11% 65% 4% 10% 38% 13%

    * POSSE DE CELULAR (Total da amostra - Esmulada e nica)

    Tem celular 89 82 75 88 89 93 82 89 94 98

    No tem celular 9 15 22 11 9 5 18 9 4 0,2

    No respondeu 2 2 3 1 2 2 2 2 2** USO QUE COSTUMA FAZER DO CELULAR NO DIA A DIA (Amostra A - Espontneae mlpla)

    TEM CELULAR 91 85 78 83 94 95 82 93 96 100

    Fazer e ou receberligaes telefnicas

    89 82 75 79 94 92 75 87 93 99

    Comunicar-se viamensagens detexto / SMS

    54 44 37 42 55 59 53 67 57 60

    Ouvir msica 31 29 26 19 40 31 26 35 31 29

    Fotografar oulmar

    26 22 23 17 25 28 23 31 28 25

    Busca deinformaes pelainternet

    20 14 11 13 19 23 16 21 21 36

    Conectar-se aredes sociais

    18 12 9 10 17 21 22 22 19 25

    Jogar 15 15 15 8 19 16 12 17 15 17NO TEM CELULAR 9 15 22 17 6 5 18 7 4

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.P131. Voc tem celular?P132. (Se sim) No seu dia a dia, quais usos voc costuma fazer do celular?

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    Dito isso, pode-se armar que os jovens que moram no meio urbano usam mais o celularpara mensagens de texto e busca de informaes pela internet do que aqueles que re-sidem no meio rural. Enquanto 57% dos jovens das cidades incluem entre as nalidadesdo celular o envio de SMS, entre os do campo so 38% que se valem do aparelho para

    tal. Quanto a buscar informaes pela internet, so 22% dos jovens das cidades que amencionam ante 11% dos do campo. Cabe pontuar que as demais variaes observa-das na tabela com dados cruzados por local de moradia decorrem do maior nmero deusurios nas reas urbanas do que nas rurais, e no necessariamente do po de uso quefazem do celular.

    As variveis sexo e idade produzem pelo menos duas diferenciaes: a primeira que oshomens usam mais seus celulares para ouvir msica do que as mulheres: so 34% delesante 28% das moas. Alm disso, o uso do aparelho para trocar mensagens de texto cai medida que a idade aumenta. Esse po de uso foi citado por 62% dos jovens com idadesentre 15 e 17 anos, por 57% dos que tm de 18 a 24 anos e por 45% dos entrevistadosde 25 a 29 anos.

    Ao analisar os resultados a parr do recorte por renda domiciliar per capita, chamamateno dois pontos que no se explicam somente pela variao no nmero de jovensque tm versusos que no tm celulares. O primeiro deles que os entrevistados dosegmento de renda intermediria usam mais seus aparelhos para trocar mensagens detexto do que os jovens dos estratos de baixa renda. So 58% dos jovens dos segmentosde renda mdia ante 44% dos mais pobres. O segundo comentrio refere-se ao uso docelular para buscas na internet, cuja maior meno d-se entre os mais ricos: so 31%deles perante 21% dos entrevistados de segmentos de renda intermediria e 15% dos de

    baixa renda que se valem do celular para acessar a internet.

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    A escola ea formaoprofissional

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    12. Experincia educacional

    Como j apontamos anteriormente, a experincia da escolarizao cresceu imensamen-

    te nessa gerao de jovens, tanto no que diz respeito ao conngente que tem acessoaos diferentes nveis de formao quanto aos anos de escolaridade alcanada.8Emboraainda estejamos longe dos patamares desejveis, principalmente no que se refere aoEnsino Mdio e ao Ensino Superior, foroso reconhecer que a velocidade da inclusoeducava processada nos lmos anos no pas congura uma mudana geracional not-vel no que se refere experincia educacional. A maior parte dessa experincia se pro-cessa no sistema pblico de ensino e/ou em funo das polcas pblicas de educao.

    Perguntados sobre a natureza administrava das instuies onde estudam ou estuda-ram, as respostas dos jovens entrevistados nos mostram que, nos nveis bsicos de ensi-no, o domnio do setor pblico foi claramente maior: no primeiro ciclo do Ensino Funda-mental, 62% estudaram somente em escola pblica, contra 31% em escola parcular; nosegundo ciclo do Ensino Fundamental, 69% frequentaram apenas escola pblica e 21%somente escola parcular; e, por m, no Ensino Mdio regular, foram 65% apenas naescola pblica e 18% somente na parcular. Em apenas trs nveis, uma maior parcela de

    jovens estuda ou estudou no setor privado: a Educao Infanl (em que 47% a zeramapenas em escola parcular, contra 44% somente em pblica), o Ensino Mdio Tcnico(com 14% frequentando apenas a escola parcular e 7% a escola pblica), e o ensinosuperior (que teve 31% estudando s em instuio parcular e apenas 5% em pblica).

    0 20 40 60 80 100

    Infantl

    1 a 4

    5 a 8

    Mdio

    Tcnico

    Graduao

    Ps-graduaoNo frequentou

    ou no respondeu

    Ambos

    S partcular

    S publica

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.Esmulada e nica, em %.P47. Considerando todos os seus anos de estudo, voc estudou: apenas em escolas pblicas, somente em escolas

    parculares ou em ambas?

    8 Segundo os dados da PNAD, a evoluo da escolaridade mdia no segmento de jovens entre 15 e 29 anos no Brasil passou de seteanos de escolaridade em 1999 para nove anos em 2011.

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    necessrio, contudo, connuar avanado no processo de garana de uma educaoconnuada e de qualidade para todos. H ainda uma srie de desaos a serem supera -dos no que diz respeito superao de desigualdades que marcam disntas trajetriasde escolarizao entre os jovens.

    Apesar de os ndices terem melhorado nos lmos anos, um dos principais ainda oalto grau de reprovao e abandono (cerca de 1/3 no grco a seguir) que os jovensexperimentam na sua vida escolar. O relato da experincia desses jovens aponta que amaior incidncia desses problemas ocorre ainda no Ensino Fundamental, em que 35%foram reprovados em alguma srie, contra apenas 4% no Ensino Mdio e 6% em ambosos nveis de ensino.

    Vale notar tambm que 17% dos jovens j abandonaram os estudos alguma vez, sendo12% em uma ou mais sries do Ensino Fundamental, 3% no Ensino Mdio, 1% em ambosos nveis e 1% em um ou mais semestres do ensino superior.

    Nesse sendo, um dado importante para qualicar a situao da escolaridade a razoentre a idade e a escolaridade angida, como podemos ver no grco a seguir, que nosindica uma parcela de cerca de 1/3 dos jovens entrevistados com defasagem (grau deescolaridade inferior ao esperado para a idade), que se manifesta principalmente nonvel fundamental.

    Escolaridade com ou sem defasagem9

    35

    16

    7

    11

    65

    4

    10

    38

    13

    COM DEFASAGEM

    ..At fundamental incompleto

    ..Fundamental completo

    ..Mdio incompleto

    SEM DEFASAGEM

    ..Fundamental completo

    ..Mdio incompleto

    ..Mdio ou tcnico completo

    ..Superior ou mais

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.Base: Total da amostra/Espontnea em nica, em %.P43. Qual foi o lmo ano de estudo que voc completou?

    9

    Foram denidos SEM DEFASAGEM aqueles que declararam sua escolaridade como fundamental completoe tm entre 15 e 16anos, fora isso COM DEFASAGEM. Quem declarou sua escolaridade como mdio incompleto e tem entre 15 e 18 SEM DEFASA-GEM, fora isso COM DEFASAGEM. No caso do incompleto, ressaltar para as pessoas de 18 anos: se est no 1 do Ensino Mdio COM DEFASAGEM; se est no 2 do Ensino Mdio e tem 18 anos SEM DEFASAGEM.

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    Quando observada a defasagem segundo as diferenas de territrio, cor e renda, vemosque esta signicavamente maior entre os jovens rurais que no completaram o Ensi-no Fundamental, cuja parcela igual ao dobro dos jovens urbanos na mesma condio.Entre os jovens negros, a defasagem no mesmo nvel de escolaridade tambm maior

    que a dos brancos. J a diferena entre os jovens mais pobres e os mais ricos altamentesignicava, sendo apenas de 5% para os estratos altos e de mais de 25% entre os estra-tos mais baixos.

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    35

    Rural Urbano Negro Branco Est. Baixo Est. Mdio Est. Alto

    Fundamental Incompleto Fundamental Completo Mdio Incompleto

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.Base: Total da amostra/Esmulada e nica em %.P41. Atualmente voc est estudando, parou de estudar ou terminou os estudos?

    Nesta pesquisa, pudemos perguntar sobre as razes pelas quais os jovens interrom -pem os estudos e, nesse sendo, pudemos observar que as principais movaes sode ordem econmica (26%), seguida por movaes pessoais (22%) e tambm razesfamiliares (21%).

    Os movos econmicos so o maior fator, mas no exatamente a necessidade de traba -lhar: discriminada entre falta de dinheiro e a diculdade de conciliar trabalho e estudo, claramente o primeiro fator que concentra as respostas desta categoria (1/4 dos queabandonaram alguma vez os estudos se refere a esse movo).

    As diculdades de arranjos familiares, que se dividem entre cuidar de irmos (8%) ecuidar de lhos (7%) podem tambm ser vistos nessa ca de diculdades econmicas,somando nesse sendo, mais 15% dos jovens que abandonaram os estudos.

    Outra ordem de fatores est mais vinculada a diculdades de acesso ou da relao dosjovens com estudo/escola: falta de vontade de estudar (17%), o fato de terem estudadoapenas at onde queriam (6%), falta de vagas (13%), conitos com colegas ou situaode discriminao na escola (8%).

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    0 5 10 15 20 25 30 35

    Falta de vontade de estudar

    Estudou at onde quis

    Se mudou

    Para cuidar do filho

    Para cuidar de um parente

    Se casou

    Sofria discriminao

    No nha vaga

    Falta de Dinheiro

    Dificuldade de conciliar c/ trabalho

    Movos de sade

    Mulher

    Homem

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ..Base: Total da amostra/Esmulada e nica em %.

    P41. Atualmente voc est estudando, parou de estudar ou terminou os estudos?P42. (Se nunca foi escola) Quais foram os principais movos para voc nunca ter estudado?

    Ao observarmos os movos de interrupo dos estudos segundo o sexo dos jovens entre-vistados, chegamos a indicaes bastante disntas, exceto pela falta de vontade de estu-dar, que expressiva nos dois casos. A falta de dinheiro parece pesar muito mais para oshomens do que para as mulheres, enquanto a necessidade de cuidar de um irmo ou ou-tro parente s ocorre entre as mulheres, sendo o terceiro movo mais citado entre elas.

    Curiosamente, a interrupo dos estudos para cuidar do lho ou porque se casou apon-

    tada por homens com peso mais forte do que para as mulheres no primeiro caso, e nosegundo nem chega a ser um fator para as mulheres. O fator que pesa mais nesse item adiferena de renda: manifesta-se em 8% nos estratos baixos, 7% nos mdios e 3% nos altos.

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    13. Percepes sobre a escola

    Uma questo importante trabalhada na pesquisa foram as percepes dos jovens sobre

    a escola. Quase 90% dos jovens entrevistados disseram que gostam ou gostavam de es-tudar quando estavam nessa situao. Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da EducaoNacional (LDB), os objevos da educao so o pleno desenvolvimento do educando,seu preparo para o exerccio da cidadania e sua qualicao para o trabalho. E os dadoscoletados mostram que, em certa medida, todos esses elementos esto presentes nasmovaes dos jovens, com especial destaque para a insero prossional.

    Quando convidados a indicar as principais razes para estudar, os jovens apontam pri-mordialmente os movos econmicos (45%), tendo como principal movao a prepa-rao para o mercado de trabalho (44%). Para outros 31%, h movos escolares envol-vidos, como a conquista do diploma (16%), a preparao para o vesbular e Enem (9%)e o maior acesso cultura (3%). Alm disso, 15% mencionaram movos sociais, comoo de se tornar um cidado melhor (8%), para se expressar e se comunicar mais (5%) econhecer pessoas/fazer amizades (2%).

    27

    28

    14

    14

    37

    55

    41

    27

    21

    36

    13

    20

    30

    21

    17

    4

    10

    29

    44

    10

    0 10 20 30 40 50 60

    Entende os jovens

    Interessa pelos problemas dos jovens

    Interessa pelos problemas do bairro

    Faz avidades para os no estudantes

    Est ligada na qualidade

    Nada Pouco Mais ou menos Muito

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.Base: Jovens que estudam ou j estudaram Amostra C/Esmulada e nica, em %.

    P49a. (Se estuda) Para voc, qual a principal razo ou movao para estudar? (Se parou/ terminou) Qual foi aprincipal razo ou movao para voc ter estudado?

    P49b. (Se estuda) Para que mais voc estuda? (Se parou/terminou) Por quais outras razes voc estudou?

    No grco acima esto indicadas as opinies dos jovens entrevistados sobre a escola.Ainda que seja possvel idencar entre eles uma viso crca sobre o grau de inves -mento que a escola faz na compreenso da realidade dos jovens, do bairro ou da socie-dade, por outro lado h um reconhecimento da importncia da escola em vrios aspec-tos de suas vidas, seja pessoal, prossional ou na relao com as pessoas e a sociedade.Isso tambm ajuda a compreender a valorizao da questo educacional como uma con-quista mais ou menos consolidada na experincia desta gerao. Quando convidados

    a qualicar o aprendizado obdo nas escolas, os jovens apontam posivamente paravrios aspectos, como se pode ver no grco a seguir.

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    0 10 20 30 40 50 60 70 80

    Conseguir trabalho

    Futuro profissional

    Codiano

    Entender a realidade

    Fazer amigos

    Ajudar a melhorar o Brasil

    Ganhar dinheiro no futuro

    Comunicar melhor

    Se preparar para o ENEM ou vesbular

    Conhecer seus direitos e deveres

    Nada

    Pouco

    Mais ou Menos

    Muito

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.Base: Entrevistados(as) que estudam ou j estudaram Amostra C Esmulada e nica, em %P54. Voc acha que o que voc aprendeu ou viveu na escola foi: muito importante, mais ou menos importante, pouco

    importante ou nada importante para os seguintes aspectos da sua vida.

    Na percepo dos jovens a escola parece ter contribudo mais fortemente no mbitopessoal e prossional do que propriamente para a connuidade dos estudos em etapassuperiores. Para 71% dos jovens entrevistados, as coisas aprendidas na escola foram

    muito importantes para se comunicarem melhor. Numa mesma direo, podemos veri-car que seis em cada dez jovens indicam como sendo muito importante a contribuioda escola para fazer amigos. Nesse sendo, somos convidados a adensar nossa reexosobre o papel da escola na sociabilidade dos jovens, levando em conta que este connuasendo um espao privilegiado em nossa sociedade para a constuio de redes de rela-o e interaes sociais, esmulando e fortalecendo laos de amizade e afeto por meiodos quais os jovens se percebem e se realizam enquanto sujeitos sociais.

    A contribuio da escola no futuro prossional e para conseguir um trabalho tambmaparece como sendo muito importante, fatores indicados por 65% e 62% dos entrevis-

    tados, respecvamente. A efevidade da experincia escolar para o conhecimento econnuidade nos estudos tambm reconhecida pela maioria dos jovens, embora numpatamar um pouco menor no que diz respeito preparao para o vesbular.

    Esse reconhecimento da importncia da escola se consolida na vericao de que a de-manda por educao permanece alta. Mais de seis em cada dez entrevistados (66%)gostariam de estudar at o Ensino Superior ou mais, sendo 45% apenas at o EnsinoSuperior, 9% at o Mestrado, 8% at o Doutorado, e 3% at uma especializao lato sen-su. Outros 14% gostariam de chegar at o m do Ensino Mdio regular, 5% at o EnsinoMdio tcnico e 2% at o m do Ensino Fundamental completo. Apenas 9% dos jovensentrevistados no gostariam de estudar mais.

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    14. Formao prossional

    Para alm da formao regular, percebe-se que uma signicava parcela de jovens inves-

    te tambm em outros cursos de formao, nas mais diversas reas. A avaliao posivade impacto na insero prossional e remunerao para aqueles que zeram cursos tc -nicos ou prossionalizantes tambm alssima e, ainda assim, como veremos a seguir,no item do trabalho, a falta de qualicao e de experincia so apontadas como fatoresde grande diculdade para conseguir um trabalho.

    4

    5

    5

    5

    13

    2

    11

    21

    18

    54

    33

    98

    85

    74

    77

    40

    53

    OUTRO

    CURSINHO PR-VESTIBULAR

    LNGUA ESTRANGEIRA (INGLS, ESPANHOL ETC.)

    ARTSTICO (TEATRO, DANA, MSICA ETC.)

    INFORMTICA, SEJA HARD OU SOFTWARE

    ESPORTIVOS (ACADEMIA, FUTEBOL ETC.)

    Frequenta Frequentou Nunca

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.Base: Total da amostra C/Esmulada e nica, em %.P58a. Voc frequenta ou j frequentou algum destes cursos...? (Se outro) Qual?

    Dentre os cursos mais frequentados, a informca e os esportes so os de maior desta-que dentre aqueles que fazem ou j zeram, com 60% e 47%, respecvamente. Cursosde lnguas estrangeiras foram frequentados por apenas 1/4 da amostra (24%), a maiorparte (16%) em escolas parculares, mas 54% dos entrevistados arma que gostaria defazer esse po de curso. Uma parcela menor ainda fez cursinhos pr-vesbulares (15%),embora haja um grande conngente que pretende fazer nos prximos cinco anos (41%).

    Ainda nesse mbito, pouco mais de 1/5 da amostra faz ou fez cursos arscos (23%) ouquer fazer (21%) esta a nica modalidade de cursos extraescolares nos quais a maioria ou foi processado em cursos gratuitos: 11% pblicos, 3% projetos sociais e 8% parculares.

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    Aescolaeaformaoprossional

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    15. Cursos tcnicos ou prossionalizantes

    Com relao a cursos tcnicos ou prossionalizantes, constata-se tambm uma parcela

    ainda pequena de quem faz ou fez: 6% da amostra faz atualmente, e mais 9% j zeram.A maioria, de novo, em cursos parculares (24%); 16% em cursos pblicos; e 9% em cur-sos no Sistema S. Se relavamente pequena a parcela de jovens que j recebeu forma -o prossionalizante (15% do total) a demanda grande: h um conngente expressivode jovens que querem fazer um curso tcnico ou prossionalizante: 38% da amostra.

    0,18

    0,43

    1

    1

    4

    5

    7

    8

    11

    16

    Menos de um ms (de 16 a 29 dias)

    Menos de um ms (at 24h)

    Menos de um ms (de 25 horas a 15

    No respondeu/ no aplicou

    1 a 3 meses

    4 a 6 meses

    6 meses a 1 ano

    Mais de 2 anos

    No sabe/ no lembra

    Mais de 1 ano a 2 anos

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.Base: Total da amostra C/Esmulada e nica, em %.P59a. Voc est fazendo, j fez ou gostaria de fazer algum curso tcnico ou prossionalizante, ou algum curso de qua-

    licao para o trabalho ou de especializao?P59c. Qual a durao do curso?P59d. Esse(s) curso(s) foi oferecido por uma escola:

    Para aqueles que zeram cursos prossionalizantes, muito posiva a avaliao do be -necio agregado: quase a totalidade dos entrevistados que zeram curso tcnico ou dequalicao prossional (96%) armou que o curso contribuiu ou pode contribuir paraconseguir um emprego ou trabalho: 85% acham que o curso contribuiu muito, 10% dis-seram que contribuiu mais ou menos e 1% armou que contribuiu pouco. Apenas 3%dos que zeram o curso acham que ele no contribuiu em nada. tambm alssima

    (95%) a proporo de jovens que acreditam que o curso contribuiu ou pode contribuirde alguma forma para melhorar a sua remunerao em algum trabalho: 84% acham quecontribui muito, 10% mais ou menos e 2% um pouco. Apenas 3% tambm apontam queno contribuiu em nada.

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    O mundodo trabalho

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    16. O primeiro trabalho

    A grande maioria dos jovens tem sua primeira insero no mundo do trabalho mesmo

    antes de completar 18 anos de idade (65%) seja pela necessidade, seja pela busca daindependncia, como mostramos anteriormente. Ao todo, estamos falando de sete emcada dez jovens brasileiros que tm ou j veram algum trabalho remunerado.

    Idade do primeiro emprego

    Homem Mulher Branco Negro Urbano Rural

    At 15 anos 40 30 34 36 33 47

    16 a 17 30 29 32 29 31 22

    18 a 21 24 34 28 29 30 23

    Mais de 22 3 5 3 3 3 4

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.Base: Entrevistados(as) que trabalham ou j trabalharam. Esmulada.P70. Que idade voc nha quando fez seu primeiro trabalho remunerado?

    Ao observarmos pelo territrio, pela cor ou pelo sexo, veremos que viver no campoaumenta enormemente as chances de os jovens terem uma insero antes dos 15 anosde idade no mundo do trabalho. signicavo tambm observar que, entre os jovens

    do sexo masculino, isso representa 40% entre aqueles que veram o primeiro empregoantes dos 15 anos.

    17. Trabalho e faixa etria

    Essa relao, contudo, diferencia-se enormemente conforme a idade: enquanto a maio-ria dos adolescentes de 15 a 17 anos est estudando (65%), e apenas 16% trabalhando,no segmento entre 25 e 29 anos a equao se inverte: mais de 70% est na PEA (traba -

    lhando ou procurando trabalho), enquanto apenas 12% ainda estuda.

    Estar fora da escola pode signicar duas situaes muito disntas: se um tero dosjovens (33%) parou de estudar antes de concluir o grau almejado, importante as-sinalar que mais de dos jovens (29%) no est estudando porque considera que jconcluiu os estudos.

    residual a porcentagem de jovens que nunca estudou (menos de 1%). A relao com aescola se generalizou para todos os segmentos sociais. As desigualdades persistem, noentanto, quanto ao nvel de escolaridade alcanado.

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    PEA / No-PEA e statusde estudo por faixa etria

    6

    39

    61

    16 15 1611

    20

    38

    2

    49

    10

    16

    12 12 13

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    15-17 18-24 25-29

    S trabalha Trabalha e estuda Estuda e procura trabalho

    No estuda e procura Estuda e no procura Nem estuda nem procura

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.Base: Total da amostra/Esmulada e nica, em %.P65/P67. Atualmente voc est fazendo algum trabalho remunerado? Qual das seguintes situaes se aproxima mais

    da sua. Voc:P41. Atualmente voc est estudando, parou de estudar ou terminou os estudos?P71. No seu trabalho voc : No seu lmo trabalho voc /era:

    Ao observarmos por faixa de renda, idencamos uma enorme variao desta condio.Enquanto para os jovens dos estratos baixos a PEA igual a 64% e apenas metade delesexercem alguma avidade remunerada, entre os jovens dos estratos altos a PEA soma

    84% dentre os quais nove em cada dez tm algum trabalho.

    18. Formalidade no trabalho

    Dentre os jovens que trabalham, j trabalharam ou esto procurando trabalho (74%),a situao de ocupao em que esto ou j esveram fortemente marcada por suaclasse social, sua cor e tambm o sexo. Dentro de cada uma dessas perspecvas vemos adiferena com que no s o acesso, mas sobretudo a qualidade da insero no mercado

    de trabalho est marcada.

    Perl da PEA Formal e Informal segundo estrato de renda, cor/raa e sexo

    Homem Mulher Branco Negro Ex. Baixo Ex. Mdio Ex. Alto

    Formal 49 35 49 39 22 49 65

    Informal 26 22 19 27 32 23 16

    Outros 3 2 2 2 4 1 2

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.Base: Total da amostra/Esmulada e nica, em %.*Outros situaes de Assalariado no campo/boia fria/sazonal e estagirio(a) (formal ou informal).

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    Nos estratos mais altos de renda, quase o total de jovens esto ou esveram em em-pregos formais, enquanto nos estratos mais baixos a informalidade superior em 10% formalidade no trabalho. Jovens de cor branca tm 30% mais chances de ter empregoformal do que jovens negros. E de mesmo modo, vemos que homens jovens possuem

    25% mais chances de ter uma ocupao formal do que as mulheres jovens.

    19. Das jornadas de trabalho

    Entre os que trabalham, quase a metade o faz cumprindo uma jornada de mais de 40horas semanais. Apenas 16% tm uma jornada de meio perodo (que corresponda amenos de 24 horas semanais), como recomenda a Agenda de Trabalho Decente para aJuventude. Ou seja, o trabalho tem se constudo como avidade estruturante das tra-

    jetrias dos jovens, tendo eles uma insero formal ou informal.

    Horas de trabalho remunerado por semana

    2

    5

    2

    6

    37

    46

    At 6 horas

    Mais de 6 a 12 horas

    Mais de 12 a 18 horas

    Mais de 18 a 24 horas

    Mais de 24 a 40 horas

    Mais de 40 horas

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ. Base: Entrevistados que esto trabalhando Amostra B.P65. Atualmente voc est fazendo algum trabalho remunerado?P66. (Se trabalha) Aproximadamente quantas horas de trabalho remunerado voc fez na semana passada?P67. (Se no trabalha) Qual das seguintes situaes se aproxima mais da sua. Voc:

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    20. Procura de trabalho

    Quando perguntados sobre como conseguiram o primeiro trabalho, os jovens apon-

    tam principalmente para trs formas: familiares, amigos ou vizinhos e por conta pr-pria (de porta em porta, placas), representando 40%, 36% e 10%, respecvamente.Ou seja, a grande maioria deles conseguiu o primeiro emprego por meio de sua redeestreita de relaes.

    Como conseguiu o primeiro trabalho remunerado

    2

    1

    1

    1

    1

    1

    1

    3

    310

    36

    40

    Outros

    Atravs de estgio

    Atravs de agncia de emprego

    Atravs do currculo

    Projetos sociais/programas de governo

    Por anncio ou oferta via internet

    Pelo programa Jovem Aprendiz

    Atravs da escola /universidade

    Por anncio em jornal impresso

    De porta em porta/ vendo placas nas ruas

    Atravs de amigos ou vizinhos

    Com ajuda dos pais ou de parentes

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.Base: Entrevistados(as) que trabalham ou j trabalharam - Amostra B/EsmuladaP70a. Como voc conseguiu seu primeiro trabalho?

    No entanto, interessante observar como o Programa Jovem Aprendiz aparece ao ladode instrumentos j bastante usuais para procura de trabalho, como agncias de empre -go e pela internet.

    J entre as diculdades de conseguir trabalho, as trs mais citadas entre os jovens fo -ram: falta de experincia, 42%; distncia ou diculdade de chegar ao local, 24%, e esco-laridade insuciente, 22%. E quando observamos estas trs principais diculdades pelascaracterscas de cor, sexo e territrio, vemos que a falta de experincia afeta a todosmuito fortemente, mas h variaes quanto distncia e escolaridade, especialmentepara os jovens rurais, para os homens.

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    Diculdades na procura de trabalho

    Urbano Rural Homem Mulher Branco Negro

    Falta de experincia 44 36 42 43 42 42

    Distncia/dicil chegar 22 28 26 21 26 23

    Escolaridade insuciente 22 25 24 21 19 23

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.Base: Entrevistados(as) que trabalham ou j trabalharam - Amostra B.P75. E quais so as principais diculdades que voc encontra quando procura trabalho? O que mais diculta con-

    seguir trabalho?

    Se, por um lado, a falta de experincia se destaca entre as maiores diculdades de se con-seguir um trabalho, por outro, temos um nmero signicavo de jovens que esto inseri-

    dos no mercado de trabalho enquanto ainda estudam (14%), de modo que possamos inde-xar a aposta na formao como elemento para melhor insero prossional. importanteanotar tambm que, entre aqueles que esto estudando, 8% esto procura de trabalho.10

    21. Jovens que no trabalham

    Dentre os 47% dos jovens que no exerciam nenhuma avidade remunerada no momentoda pesquisa, 56% deles j trabalhou e mais da metade destes est procurando novo traba-

    lho. Para aqueles que esto procura de trabalho, o tempo, bem como a forma de procura, variado e ainda assim conseguir trabalho tem sido um grande desao para os jovens.

    Isso signica que o trabalho faz ou fez parte da experincia de vida de quatro em cadacinco jovens brasileiros. o que leva muitos pesquisadores que se dedicam ao tema aarmar que a juventude brasileira uma juventude trabalhadora, ou que o trabalhotambm constui a juventude no Brasil.11

    10 Os dados so semelhantes queles levantados pelo Censo 2010, que apontam 53,5% dos jovens de 15 a 29 anostrabalhando e 36% estudando. A proporo daqueles que esto simultaneamente no mundo da escola e no mundodo trabalho tambm coerente com os dados da pesquisa: 22,8%.

    11 Abramo, Helena. Consideraes sobre a temazao de juventude no Brasil, in Peralva, Angelina e Spsito, Mari-lia (orgs.) iJuventude Contemporaneidade Revista Brasileira de Educao, n. 5/6, So Paulo: ANPED, p.23-36, 1997.

    Peralva, Angelina e Spsito, Marilia (orgs.) Juventude Contemporaneidade Revista Brasileira de Educao, n. 5/6,So Paulo: ANPED, 1997.Corrochano, Carla - O trabalho e a sua ausncia: narravas de jovens do Programa BolsaTrabalho no municpio de So Paulo. So Paulo: USP, Faculdade de Educao, Tese de Doutoramento, 2008. Athp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-06042009-102813/pt-br.php

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    Situao, tempo de procura e forma de busca de trabalho

    BASE: Entrevistados(as) que noesto trabalhando

    (Esmulada, em %)

    Nunca fez nenhum trabalho

    remunerado e no est

    procurando trabalho

    Nunca trabalhou, mas est

    procurando trabalho

    J trabalhou e est

    procurando trabalho

    J trabalhou, mas no est

    procurando trabalho

    32

    12

    33

    23

    Situao

    2

    12

    18

    21

    22

    26

    No sabe/ No respondeu

    Mais de 1 ano

    At 1 ms ou 29 dias

    Mais de 6 a 12 meses

    Mais de 1 a 3 meses

    Mais de 3 a 6 meses

    Est procurando trabalho

    Tempo de procura Recorre a amigos e parentes 48Recorre a agncia pblica de emprego 23

    Internet 23

    Recorre a agencia privada de emprego 19

    Classificado de jornais 19Enviando/ colocando currculo nas

    empresas 12

    Concursos pblicos 8

    Indo diretamente nas empresas 6

    Escola/ universidade 6Pelo CIEE - Centro de Integrao Escola

    Empresa 1

    Outras 3

    Forma de procura(Espontnea, em %)

    (Espontnea, em %)

    BASE: Entrevistados(as) que estoprocurando trabalho

    BASE: Entrevistados(as) que estoprocurando trabalho

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.P67. Qual das seguintes situaes se aproxima mais da sua. Voc:P68. H quanto tempo voc est procurando trabalho?P69. Como voc procura trabalho?

    Parcela igual (cerca de 1/5), contudo, estava procurando trabalho, portanto desempre-gado, no momento da pesquisa.

    Situao dos que no esto trabalhando

    32

    23

    12

    33

    Nunca fez nenhum trabalho remunerado e no estprocurando trabalho

    J trabalhou, mas no est procurando trabalho

    Nunca trabalhou, mas est procurando trabalho

    J trabalhou e est procurando trabalho

    No-PEA

    PEA

    Fonte: Agenda Juventude Brasil, 2013, SNJ.Base: Entrevistados que no esto trabalhando.

    P65. Atualmente voc est fazendo algum trabalho remunerado?P66. (Se trabalha) Aproximadamente quantas horas de trabalho remunerado voc fez na semana passada?P67. (Se no trabalha) Qual das seguintes situaes se aproxima mais da sua. Voc:

    Por m, importante salientar a existncia de um conngente signicavo de jovensque no estavam nem estudando, nem trabalhando no momento da pesquisa, represen-tando dos jovens pesquisados (26%). Ao separar, porm, nessa situao, aqueles queesto procura de trabalho, essa parcela se reduz para 11% em situao de nem traba-lha, nem estuda e no est procurando trabalho, situao que varia bastante conformea idade, adensando-se nos segmentos mais velhos.

    importante lembrar que, como j apontamos antes, a relao dos jovens tanto com omundo do trabalho quanto com o mundo escolar se desenvolve por meio de percursos

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    que nem sempre so lineares e connuos. Assim, o estado de nem estuda, nem trabalhamuitas vezes conjuntural, no signicando um desaliamento absoluto ou denivodesses espaos da vida social.

    Se olharmos essas porcentagens atravs dos recortes de sexo e idade, veremos que amaior parte dos denominados nem nem se concentra entre as jovens que so mes,com baixa renda, e que adiam a entrada ou se reram do mercado de trabalho restrin -gindo sua avidade esfera da reproduo.

    22. Percepes do mundo do trabalho

    No intuito de qualicar a compreenso sobre o modo como os jovens do sendo sua

    vida laboral, foram invesgadas no s as condies de trabalho, mas tambm sobrequais palavras eles pensam quando o assunto trabalho.

    O termo necessidade apareceu em primeiro lugar, seguido por independncia e porrealizao pessoal. Mas quando observamos a soma das palavras mencionadas, aindependncia sobe de posio. Desse modo, podemos indicar que na verdade noh uma sobreposio entre a necessidade e o desejo pelo trabalho. Estes so fatoresque esto correlacionados e conformam aspectos de escolha pessoal, mas tambmligados congurao familiar e a outros arranjos da rede de relaes nas quais os

    jovens esto inseridos.

    Palavras que se aproximam mais quando se pensa em trabalho

    1

    10

    13

    33

    42

    51

    50

    0,35

    4

    4

    14

    20