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INSTITUTO DE INVESTIGAÇÃO AGRÁRIA DE MOÇAMBIQUE CENTRO ZONAL SUL Março de 2007 Relatório anual 2006

Relatorio Anual de Centro Zonal Sul 2006

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INSTITUTO DE INVESTIGAÇÃO AGRÁRIA DE MOÇAMBIQUE

CENTRO ZONAL SUL

Março de 2007

Relatório anual 2006

Relatório anual das actividades CZS

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Índice Pág

1- Nota de abertura..................................................................................................................................................7

2 – Introdução .........................................................................................................................................................8

2.1 – Recursos Humanos do Centro Zonal Sul .......................................................................................................8

2.2 – Orçamento................................................................................................................................................................... 9

3 – Descrição das Actividades por Unidade Experimental........................................................................................... 9

3.1 – Estação Agrária de Umbeluzi ........................................................................................................................9

3.1.1 – Actividades desenvolvidas........................................................................................................................10 3.1.2 – Acções de melhoramento e Avaliação......................................................................................................11 3.1.3 – Aspecto gerais da Estação.........................................................................................................................11 3.1.4 – Cooperação e Colaboração Instituicional..................................................................................................12 3.1.5 – Constrangimentos .....................................................................................................................................13 3.1.6 – Plano de Actividades / perspectivas.................................................................................................................... 13 3.2 – Estação Agrária de Chokwé.................................................................................................................................... 14 3.2.1 – Descrição das actividades da cada Sector .................................................................................................14 3.2.1.1 – Sector do Arroz......................................................................................................................................14 3.2.1.2. – Sector de Milho, Mapira e Mexoeira....................................................................................................15 3.2.1.1 – Sector de Maneio de Agua e Fertilidade do Solo..................................................................................16 3.21.4. – Sector de Leguminosas de Grão............................................................................................................16 3.2.1.5. – Sector de Raízes e Tubérculos..............................................................................................................17 3.2.1.6. – Outras Àreas de Actividades.................................................................................................................19 3.2.1.7. – Visitas efectuadas a Estação.................................................................................................................19 3.2.1.8. – Constragimentos...................................................................................................................................19 3.2.1.9. – Sugestões...............................................................................................................................................20 3.3. – Posto Agronómico de Nhacoongo...............................................................................................................20 3.3.1 – Principais realizações nos ensaios montados............................................................................................20 3.3.2 – Principais actividades desenvolvidas........................................................................................................20 3.3.2.1 – Programa de raízes e tubérculos..........................................................................................................20 3.3.2.2 – Sector de fertilidade de solos...............................................................................................................21 3.3.2.3 – Sector de leguminosas de grão..............................................................................................................22 3.3.2.4 – Sector do cajú e outras fruteiras............................................................................................................22 3.3.2.5 - Viveiros...................................................................................................................................................27 3.3.2.6 Distribuição de material vegetativo..........................................................................................................28 3.3.2.7 – Parcerias................................................................................................................................................29 3.3.2.8 – Constrangimentos..................................................................................................................................29 3.3.2.9 – Recomendação.......................................................................................................................................29 3.4 – Estação Zootécnica Central de Chobela.....................................................................................................29 3.4.1 - Sector de gado de corte............................................................................................................................30 3.4.2 – Sector de Gado de Leite............................................................................................................................31 3.4.2.1 – Produção de leite..................................................................................................................................32 3.4.2.2 - Reprodução.............................................................................................................................................32 3.4.2.3 - Nascimentos............................................................................................................................................33 3.4.2.4 – Mortalidades..........................................................................................................................................34 3.4.2.5 – Vendas e abates......................................................................................................................................34 3.4.2.6 – Abates sanitários....................................................................................................................................34

Relatório anual das actividades CZS

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3.4.3 – Sector de pequenos Ruminantes ..............................................................................................................34 3.4.3.1 – Nascimentos e Mortalidades.................................................................................................................36 3.4.3.2 - Vendas, abates e desaparecimentos.......................................................................................................36 3.4.4 – Sector de Pocilgas ....................................................................................................................................36 3.4.5 – Sector agrícola ..........................................................................................................................................37 3.4.5.1 – Área Silvo-pastos e foragens..................................................................................................................38 3.4.6 – Viveiro temporário...................................................................................................................................38 3.4.7 – Bancos forageiros.....................................................................................................................................38 3.4.8 – Área de pastagem Espontânea..................................................................................................................39 3.4.8.1 – Desarbustização.....................................................................................................................................39 3.4.9– Área de pastos cultivados..........................................................................................................................39 3.4.10 - Actividades de suplementação de Ruminantes na época seca.................................................................39 3.4.10.1 – Suplementação mineral de ruminantes na época seca........................................................................40 3.4.11 – Difusão de tecnologias...........................................................................................................................40 3.4.12 – Sector Administrativo ............................................................................................................................41 3.4.13. – Actividades realizadas...........................................................................................................................41 3.4.14 – Recursos humanos .................................................................................................................................42 3.4.14.1 – Processos de reforma...........................................................................................................................42 3.4.14.2 – Formação.............................................................................................................................................42 3.4.14.3 – Tranferências.......................................................................................................................................42 3.4.15 - Património ...............................................................................................................................................43 3.4.16 – Oficinas...................................................................................................................................................43 3.4.17 – Segurança................................................................................................................................................44 3.4.18 – Realização e Coordenação de Actividades .............................................................................................44 3.4.19 – Visitas de individualidades ....................................................................................................................44 3.4.20 – Constrangimentos ..................................................................................................................................46 3.4.20.1 – Administração......................................................................................................................................46 3.4.20..2 – Outras dificuldades:...........................................................................................................................46 3.4.21 – Perspectivas............................................................................................................................................47 3.5 – Estação Zootécnica de Mazimuchopes .......................................................................................................47 3.5.1 - Actividades Desenvolvidas.......................................................................................................................48 3.5.1.1. Sector pecuário........................................................................................................................................48 3.5.1.2 – Controlo reprodutivo.............................................................................................................................48 33..55..11..33 –– TTrraattaammeennttoo pprrooffii llááttiiccoo..........................................................................................................................49 33..55..11..44 -- TTrraattaammeennttoo tteerraappééuuttiiccoo ..........................................................................................................................50 3.5.2. Sector agrícola ............................................................................................................................................50 3.5.3 – Finanças ....................................................................................................................................................51 33..44..33..11 -- EExxeeccuuççããoo ffiinnaanncceeii rraa ddooss PPAAAAOOss..........................................................................................................51 3.6 - Laboratório Regional de Veterinária – Gaza ................................................................................................51 3.6.1 – Diagnóstico de rotina ...............................................................................................................................52 3.6.2 - Execução Orçamental ................................................................................................................................55 3.6.3 - Dificuldades..............................................................................................................................................55 3.6.4 - Recursos humanos ...................................................................................................................................56 3.6.5 - Meios Circulantes ......................................................................................................................................56 3.6.6 – Perspectivas...............................................................................................................................................56 4 – Visitas realizadas ............................................................................................................................................56 4.1-Visita à Província da Zambézia .....................................................................................................................56 4.1.1- Acta do encontro da reunião do SSIP na Zambézia....................................................................................57 4.2 – Visita às Unidades Experimentais...............................................................................................................59 4.2.1 – Centro de Formação Agrária de Maniquenique.......................................................................................59 4.2.2- Visita a Estação Agrária de Umbeluze ......................................................................................................61 44..22..22..44-- RReeccoommeennddaaççõõeess .......................................................................................................................................62 44..22..22..55-- CCoonnssttrraaggiimmeennttooss......................................................................................................................................62 44..22..33-- VViissii ttaa aa EEssttaaççããoo ZZooootteeccnniiccaa ddee MMaazziimmuucchhooppeess..........................................................................................63

Relatório anual das actividades CZS

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44..22..44-- VViissii ttaa aa EEssttaaççããoo ZZoooottééccnniiccaa ddee CChhoobbeellaa.....................................................................................................64

Lista dos Quadros

Quadro1 – Resumo dos funcionários do CZS

Quadro 2 – Orçamento do CSZ

Quadro 3 – Semente Pré-Básica

Quadro 4 – Semente Básica

Quadro 5 – Variedades Comerciais

Quadro 6 – Material vegetativo distribuído por distrito

Quadro 7 – Codificação do ensaio de frenquência de aplicação fungicidas

Quadro 8 – Codificação do ensaio de biostimulantes

Quadro 9 – Produção de mudas

Quadro 10 – Distribuição de Estaca de mandioca

Quadro 11 – Distribuição da rama de batata-doce.

Quadro 12 – Causas da mortalidade e respectivos efectivos no gado bovino

Quadro 13 – Tratamento profilático no gado leiteiro (vacinações)

Quadro 14 – Dados anuais de reprodução (gado viteiro)

Quadro 15 – Nascimentos observados

Quadro 16 – Mortalidades e suas causas

Quadro 17 – Tratamento Profilático nos Ruminantes

Quadro 18 – TratamentoTerapéutico nos Ruminantes

Quadro 19 – Resumo de doenças e tratamentos nos Ruminantes

Quadro 20 – Quadro resumo de nascimentos e mortalidades

Quadro 21 – Resumo de vendas, abates e desaparecimento nos ruminantes

Quadro 22 –Tratamentos profiático e terapéutico nos suínos

Quadro 23 – Nascimentos e mortes nos suínos

Quadro 24 – Venda e abates de suínos

Quadro 25 – Actividade produtiva do viveiro no ano de 2006

Quadro 26 – Actividade de implantação de bancos forageiros

Quadro 27 – Descrição detalhada da desarbustização em 2006

Quadro 28 – Actividades de conservação de foragem.

Quadro 29 – Demosntrativo do desempenho orçamental

Relatório anual das actividades CZS

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Lista de Figuras

Figura 1 – Organigrama do CZS

Figura 2 – Ensaios de pot holling na cultura de milho

Figura 3 – Multiplicação de estacas de mandioqueiras das variedaes TMS 30001 e Chinhembwe

Figura 4 – Multiplicação do material vegetativo de 6 variedades de batata doce (resisto,199902, w.119,

chingova, jonatham e taimung - 64)

Figura 5 – Suplementação de animais na época seca

Figura 6 – Suplementação mineral de ruminantes

Figura 7 – Participacão da EZC na feira Agro-Pecuária de Magude exibindo Touros de alto merito

Figura 8 - Imagens de uma das delegações da USAID a visitar a área de pastagens naturais e do sistema de

regadio obstruido e do corpo diplomatico junto do MCT

Figura 9 - Visita de directores nacionais ( Direcção de Economia, MCT, IIAM)

Relatório anual das actividades CZS

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Lista de anexos

Anexo 1 – Gado de corte - bovino landim em 2006

Anexo 2 – Bovino africander

Anexo 3 – Efectivo bufalino

Anexo 4 – Gado de Leite, Raça friesland

Anexo 5 – Pequenos Ruminantes – Caprinos

Anexo 6 – Efectivo de arietinos

Anexo 7 – Evolução nas pocilgas – Suínos

Anexo 8 – Evolução de efectivos nos últimos 5 anos nas diferentes especies e raças

Anexo 9 – Mapa dos efectivos pecuários

Anexo 10 – Mapa de Resultados do Diagnóstico Parasitológico

Relatório anual das actividades CZS

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1- Nota de abertura

O Centro Zonal Sul é um orgão regional do Instituto de Investigação Agrária de Moçambique, (IIAM)

responsável pela Coordenação, Execução da Política, Estrategias, programas e projectos de

Investigação Agrária. Em termos de organigrama, é composto por um director e chefes dos

departamentos de Investigação, respectivamento um Chefe da tranferência da Investigação,

Administração e Finanças e Transferências, vide o organigrama abaixo.

Em termos de perspectivas, o centro está apostado em :

Fortalecer a formação contínua dos técnicos em todos os níveis e graus académicos

Promover treinamentos em diferentes matérias e abordagem

Efectuar intercâmbios científicos com as diversas Universidades Faculdades Institutos e Escolas do

ramo Agrário

Macificar dias abertos e de campo com produtores do sector familiar, privado e vários parceiros.

Apesar dos esforços envidados a todos os níveis para o sucesso das actividades de Investigação,

persistem ainda inquietações no Centro como é o caso de:

O não enquadramento dos técnicos no aparelho do Estado

Número limitado de quadros especializados para os diferentes programas/sectores de actividades

Pouca investigação participativa, exiguidade e o desembolso tardio de fundos o que de certa forma

compromete as actividades de Investigação.

Director do CZS

Departamento de Investigação

Dprtº transferência de Tecnologias

Dprtº Administração e Finanças

E.A.C E.A.U E.Z.C E.Z.M LRV.G P.A.N C.F.A.M

Figura 1 – Organigrama do CZS

Relatório anual das actividades CZS

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2 – Introdução

O presente relatório tem como objectivo, reportar as principais actividades realizadas nas diversas

Unidades de Pesquisa do Centro Zonal Sul (CZS) durante a campanha 2005/2006, suas realizações,

impacto das actividades, constrangimentos e sugestões.

O Centro Zonal Sul, é representado pelas regiões I, II e III abragendo as Provincias de Maputo Gaza e

Inhambane. Administrativamente, o Centro, tem a sua Sede na Província de Gaza, distrito do Chokwé

na Estação Agrária de Chokwé e é composto pelas seguintes Estações/Unidades Experimentais:

Estação Agrária de Umbeluze

Estação Agrária de Chókwè

Estação Zootécnica de Chobela

Estação Zootécnica de Mazimuchopes

Laboratório Regional de Veterinária – Gaza e

Centro de Formação Agrária de Maniquenique

Posto Agronómico de Nhacoongo.

Recursos Humanos de Centro Zonal Sul

2.1 – Recursos Humanos do Centro Zonal Sul

Quadro1 – Resumo dos funcionários do CZS

Técnicos Superiores Designação

PhD Msc Bsc Bsc

Téc.

Médio

Téc

Básico Outros Total

Administração do CZS 1 1 2 4

Estação Agrária do Chokwé 4 4 9 8 75 100

Estação Agrária do Umbeluzi 6 12 4 87 109

Estação Zootécnica de Chobela 4 7 4 65 80

Estação Zootécnica de Mazimuchopes 2 51 53

Laboratório Regional Veterinária Gaza 1 3 1 1 6

Posto Agronómico de Nhacoongo 1 2 28 31

TOTAL 1 4 16 36 19 307 383

Relatório anual das actividades CZS

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2.2 – Orçamento

O CZS funciona com orçamentos de investimentos interno e externo distribuídos pelas Unidades

Experimentais segundo o quadro abaixo.

Quadro 2 – Orçamento do CSZ

Designação Investimento

Interno

Investimento

Externo

Total

Reforço Administração do CZS 810 700 987 620 1 798 320

Estação Agrária do Chokwé 1 510 000 791 560 2 301 560

Estação Agrária do Umbeluzi 205 000 327 070 532 070

Estação Zootécnica de Chobela 1 115 500 209 860 1 325 360

Estação Zootécnica de Mazimuchopes 560 000 270 160 830 160

Laboratório Regional Veterinária Gaza 145 000 278 420 423 420

Posto Agronómico de Nhacoongo 525 000 291 050 816 050

Centro de Formação Agrária de Maniquenique - 90 530 90 530

TOTAL Orçamento dotado do CSZ 4 871 200 3 246 270 8 117 470

Dada a diversidade das actividades de investigação no Centro Zonal e nas respectivas Unidades

Experimentais a descrição dos programas/projectos, objectivos resultados alcançados ou a alcançar

bem como o seu impacto far-se-ão em cascata obedecendo a vocação de cada Instituição.

3 – Descrição das Actividades por Unidade Experimental

3.1 – Estação Agrária de Umbeluzi

Geograficamente situada na província de Maputo, distrito de Boane.

Esta Estação, tem vindo a evitar esforços convista a cumprir com as suas obrigações apesar das

grandes dificuldades que serão citadas.

Na campanha 2005/2006, foi disponibilizada uma electrobomba para a realização de pequenas

actividades na Estação.

Relatório anual das actividades CZS

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3.1.1 – Actividades desenvolvidas

Montagem da vitrina tecnológica onde foram construídos pavilhões para diferentes espécies

animais tais como, caprinos, poedeiras e frangos de corte, incluíndo um alpendre de treino.

Também foi montado um banco forageiro com diversas plantas como leocaena, feijão boer, capim

elefante, amaranthus, hibiscos, mandioqueira, batata doce, abóbora e melancia;

Selecção de uma empresa para a reabilitação do edifício do sector do milho e balneários.

Fornecimento de socas de banana da variedade williams ao laboratório de tecidos para a

multiplicação “In vitru“.

Transferida para o viveiro comunitário da Manhiça parte de socas de bananeira provenientes da

África do Sul (Programa PAMA);

Produção de mudas de diversas fruteiras e plantas ornamentais para a manutenção dos pomares

existentes;

Poda de rejuvenascimento no pomar de mangueiras;

Lançamento de 244 sementes de litche;

Preparação de 3000 sementes de mangueira;

Ensaio de avaliação de insecticidas sintéticos no control de ácaros no híbrido do tomate (HTX –

14) – realizados pelos estudantes da UEM;

Ensaio de avaliação de hormonas e insecticidas sintéticos no control de ácaros no tomate híbrido

(HTX - 14) – realizados pelos estudantes da UEM;

Ensaio de avalição de rendimentos e componentes de rendimentos de seis variedades de tomate;

Ensaio de avaliação de insecticidas sistémicos e orgânicos no control da traça nas variedades de

repolho;

Avaliação de diferentes compassos de sementeira no rendimento e componentes de rendimento em

duas variedades de couve;

Avaliação do efeito combinado de métodos de transplante e diferentes espaçamentos no

rendimento de cebola var. texas grano;

Avaliação de diferentes acarecidas no contexto do ácaro no tomateiro, var. roma VFN

Avaliação de diferentes compassos (densidades de sementeira) no rendimento do pimento, var.

califórnia wonder;

Avaliação de quatro variedades exóticas e indéginas de beringela;

Relatório anual das actividades CZS

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Selecção do material local de quiabo;

Produção de tomate numa área de ½ hectar para a comercialização;

Ensaio de adaptação de seis variedades de batata reno oriúnda de Portugal, originária da Holanda;

Ensaio de variedades de feijão nhemba.

3.1.2 – Acções de melhoramento e Avaliação

O programa de milho em parcerias com a SEMOC/ SEEDCO, desde Junho de 2005, vem realizando

actividades de melhoramento e avaliação “On station” em uma área de 2,5 hectáres para fazer face a

problemas de défice de água que se constata nos últimos anos. Neste âmbito, algumas populações

elites que saíram do trabalho de melhoramento estão a ser testadas na presente campanha para avaliar a

sua adaptabilidade às condições adversas do ambiente e potencial de rendimento.

Adiante, foram formadas e colhidas 350 combinações a partir de 21 híbridos simples criados pelas

linhas elites do INIA. Das 20 linhas elites semeadas apenas germinaram 9 com um poder germinativo

bastante fraco, isto deveu-se ao facto destas linhas terem sido armazenadas em más condições por

longo tempo (a sala de armazenamento de Umbeluzi não é climatizada e sofre grandes variação da

temperatura). Apesar deste incidente, as linhas estão em recuperação encontrando-se no processo

normal de manutenção e produção de sementes. Com os híbridos resultantes seleccionar-se-ão os

projeniores que combinarão melhor e continuar-se-à a manutenção das linhas puras.

Para a conversão de milho de alta qualidade protéica (QPM) realizou-se um trabalho com material

constituído por 16 populações que foram cruzadas com linhas como P62 QSR, P28 e sussuma, onde

foram seleccionadas e recombinadas famílias para a manutenção das mesmas com características

agronómicas desejáveis.

Para avaliar o potencial de rendimento, foram montados cinco ensaios de escalão regional e um de

escalão nacional: Ensaios do tipo “mother & baby” nos distritos de Namaacha, Manhiça, Boane e

Marracuene. De salientar que os respectivos resultados se encontram no processo de análise e serão

divulgados assim que finalizar.

Relatório anual das actividades CZS

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3.1.3 – Aspectos gerais da Estação

Reabilitação e manutenção das infraestruturas

Encontra-se em reabilitação o edifício do escritório central cuja primeira etapa está na fase de

conclusão, devendo-se à posterior iniciar a segunda etapa que é a de ligação de corrente elétrica

trifásica, colocação de um tanque de água e montagem de grades nas portas e janelas dos gabinetes.

Foi reabilitado o armazém do programa de milho, dispondo-se actualmente de dois alpendres (um

frontal e outro posterior), quatro divisões internas, uma delas será equipada com um humificador e

dois aparelhos de ar condicionados que tem por objectivo garantir um melhor armazenamento da

semente. A sala principal, está equipada de bancadas que servem para a selecção, lampeamento e

empacotamento da semente.

Para minimizar as despesas de corrente eléctrica, foi efectuado um levantamento para a montagem de

credilec nas residências pertencentes a Estação.

3.1.4 – Cooperação e Colaboração Instituicional

No âmbito de cooperação instituicional, esta unidade experimental recebeu estudantes finalistas, cerca

de doze, provenientes do Instituto Agrário de Boane (IAB), dois do Instituto Médio de Administração

Pública (IMAP) e estudantes da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) a fim de realizarem estágio

pré-profissional.

No período em causa a estação recebeu visitas das seguintes personalidades:

Director do Centro Zonal, incentivando os trabalhos realizados na estação, propôs aos técnicos a

realização de reuniões periódicas (semanais) de planificação das actividades, prontificando-se a

apoiar na compra de alguns materiais e equipamentos (enxadas, computadores) e mobiliário de

escritório para os técnicos.

Director Geral do IIAM, recomendando o apoio de alguns jardineiros do IIAM a Estação Agrária,

reparação de portas e janelas do edifício do girassol, controle dos trabalhos de vedação da Estação

e rapidez na reabilitação do edifício e balneários.

Foram feitas deslocações mensais para prestação de contas ao Centro zonal, e participação em

reuniões de planificação.

Relatório anual das actividades CZS

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3.1.5 – Constrangimentos

Deficiente integração dos técnicos nos programas de investigação, causada pelos chefes dos

programas. Este aspecto origina uma má prestação de contas, redigindo-se em relatórios de fraca

qualidade técnica que não respodem as exigências da UPMA – IIAM e Centro Zonal. Evidências

mostram que alguns técnicos realizam trabalhos impíricos (preparar o solo, semear colher dados e

entregar aos responsáveis) sem o seu envolvimento directo na própria investigação, razão pela qual

muitas das vezes não estão em condições de responder qualquer questão relacionada com o

trabalho (estudo) no qual estão envolvidas.

Avaria da electrobomba e a excassez de água que causou no geral a paralização das actividades de

investigação e produção nas campanhas de 2004 à 2006

Número reduzido do pessoal do campo em e a inexistência de um técnico médio de contabilidade

para auxiliar o responsável administrativo o que origina uma sobrecarga de trabalho para este

último.

Existência de somente um tractor em funcionamento e numero reduzido de alfaias.

Reduzido mobiliário do escritório (secretárias, cadeiras, papeleiros, etc.)

Incumprimento das actividades planificadas devido ao reduzido orçamento alocado a rúbrica de

combustíveis que não suporta o transporte do pessoal técnico e abastecimento do tractor.

Insuficiência de meios de transporte para a circulação dos técnicos nos campos da Estação que se

encontram distantes ums dos outros.

Avaria e não reparação de alguns carros afectos a Estação devido a insuficiência de orçamento.

Atraso na prestação mensal de contas devido ao sistema de aquisição de bens mediante cotações,

não havendo flexibilidade por causa da distância entre os centros comerciais (Maputo) e a Estação

Insuficiência da verba orçamental (fundo) alocada a Estação que não cobre as necessidades de

funcionamento

Reduzido número de guardas, afectando deste modo a segurança e como consequência verificam-

se muitos roubos nos campos de investigação ensaios e constante invasão de estação por ladrões.

3.1.6 – Plano de Actividades / perspectivas

Colheita de material genético de banana nas diferentes zonas de Moçambique e respectiva

montagem da colecção de diversas variedades produzida no país.

Recolha de material genético de fruteiras e montagem de diversas colecções das mesmas;

Continuação da reabilitação das infraestruturas da Estação e aquisição do equipamento em falta.

Relatório anual das actividades CZS

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3.2 – Estação Agrária de Chokwé

As actividades de Investigação na Estação Agrária de Chokwé estão desagregadas em seis sectores

principais a destacar:

Sector de arroz

Sector de Milho, Mapira e Mexoeira

Sector de Maneio de água e Fertilidade do solo

Sector de Leguminosas de grão

Sector de raízes e tubérculos

Sector de Protecção de Plantas.

3.2.1 – Descrição das actividades da cada Sector

3.2.1.1 – Sector do Arroz

Na campanha 2005/2006 foram montados os seguintes ensaios:

Ensaios preliminaria de variedades de época de sementeira, de densidade de plantas e ensaios de

adubação. As variedades testadas tem como origem IRRI, IITA, WARDA, Portugal e Brasil.

Neste sector foi realizada a multiplicação de sementes pré-básica, básica e variedades comerciais e o

rendimento estção ilustrados nos quadros 3,4 e 5.

Quadro 3 - Semente Pré-Básica produzido na campanha 2005/2006

Variedade Area (ha) Produção (Kg)

Limpopo 0.17 1200

ITA 312 0.17 416

ITA 212 0.17 450

C4-63 0.17 500

IR 52 0.17 750

IR 64 0.17 950

Total

Relatório anual das actividades CZS

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Quadro 4 - Semente Básica

Variedade Area (ha) Produção (kg)

ITA 312 4.0 4090

Limpopo 1.0 1250

TOTAL 5 5340

Quadro5 – Rendimento potencial das Variedades Comerciais

Variedade Origem *Rendimento (ton/ha)

ITA 312 Nigéria 7

ITA 212 Nigéria 6

IR 64 Philipinas 5

C4-63 Philipinas 5

IR 52 Nigéria 6

* rendimentos potenciais

3.2.1.2. – Sector de Milho Mapira e Mexoeira

Na presente campanha foram montados os seguintes ensaios:

Ensaios de populações de milho de CIMMYT-Zimbabwe (Epopo 05 e 06)

Ensaios de populações de milho de IIAM (INIA Epopo 06 e Mix 06)

Ensaios de variedades hibridas do milho de CIMMYT ( EIHYB05 E 06)

Ensaios de variedades de milho

Ensaios de controle biológico da broca na cultura de milho sob o controle da Faculdade de

Agronomia.

No mesmo periodo foram colhidos ensaios de populações de milho de CIMMYT- Zimbabwe (Epopo

05), ensaios de variedades de milho QPM ( DMTSUSS3), ensaio de variedes de milho QPM e milho

normal (MISTO 10) e ensaios de linhas para avaliar tolerância à seca (S4 NORMAL 06) e (S2

NORMAL).

No que concerne a multiplicação de sementes, foram produzidas sementes das variedades Matuba,

Tsangano e Changalane em área de 4, ½ e 2 hectares respectivamente.

Relatório anual das actividades CZS

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3.2.1.1 – Sector de Maneio de Agua e Fertilidade do Solo

Este sector realizou ensaios nos campos da Estação e outros em On Farm nos distritos de Bilene e

Chókwe.

Os ensaios montados são os seguintes:

Ensaio de adubação e cobertura de solo na cultura de milho e de mothers e babies

Ensaio pot holling ( captação de água no solo) na cultura de milho

Ensaio de níveis de adubação na cultura de arroz de mothers e babies

Ensaio de adubação e cobertura de solo na cultura de amendoim de mothers e babies

Ensaio de consocição*de milho,feijão nhemba e amendoim de mothers e babies

Ensaio de adubação e intervalos de rega na cultura de tomateiro.

Ensaio de avaliação de rendimentos no tomateiro com cultura de sobreposição (milho) e intervalo

de rega.

Ensaio de rega gota-a-gota.

Ensaio de rotação de culturas (milho, feijão nhemba, feijão boer e amendoim).

Ensaio de pot holling.

Ensaio de níveis de adubação e intervalos de rega na cultura de cebola.

Ensaio de níveis de adubação e intervalos de rega na cultura de bananeira.

3.21.4. – Sector de Leguminosas de Grão

Neste sector foram realizados diversos estudos de:

Este sector realizou diferentes estudos com a cultura de feijão vulgar com diversos objectivo:

Ensaios SARBEN, com os seguintes objectivos:

a) Teste germoplasma promissor para os programas.

b) Avaliar a reacção germoplasma de feijão vulgar, quanto ao ataque de pragas e doenças da

região.

Figura 2 – Ensaios de pot holling na cultura de milho

Relatório anual das actividades CZS

17

c) Identificar genótipos superiores e estudar a sua interação com e meio ambiente.

Ensaio de feijão vulgar INTERNATIONAL ALS e sua variedades quanto a resistência a mancha

angular da folha.

Ensaio de variedades do tipo SUGAR- com o objectivo de avaliar o desempenho destas variedades

quanto no que conserve a produção de grão e adaptabilidade.

Ensaio de avaliação da variedade de feijão vulgar BIOFORTIFICAÇÃO de alto teor de ferro e

zinco.

Na componente multiplicação de sementes, foi feita a produção de sementes de feijão nhemba,

grão de bico, bonus, e soja.

3.2.1.5. – Sector de Raízes e Tubérculos

Foram realizadas as seguintes actividades:

Ensaio de variedade de mandioca e multiplicação de material vegetativo. O material vegetativo

multiplicado compreedeu estacas de mandioqueiras de variedades TMS 30001 e Chinhembwe numa

área de 3,5 hectares e 1 hectar respectivamente, e rama de batata doce de polpa alaranjada numa área

de 2 hectares.

No mesmo período, foi feita a distribuição de material vegetativo em colaboração com as ONGs LWF,

Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), Cáritas, World Vision e Direcções

Distritais de Agricultura segundo ilustra o quadro abaixo.

Figura 3 – Multiplicação de estacas de mandioqueiras das variedaes TMS 30001 e Chinhembwe

Relatório anual das actividades CZS

18

Quadro 6 – Material vegetativo distribuído por distrito

Espécies distribuídas Local de distribuição

Estacas de mandioca Rama de batata-doce

Macia 200 200

Guijá 100 100

Xai-Xai 210 200

Chókwe 100 100

Massagena 200 ---

Chibuto ------ 15

Total 810 715

Figura 4 – Multiplicação do material vegetativo de 6 variedades de batata doce (resisto,199902, w.119, chingova, jonatham e taimung - 64)

Relatório anual das actividades CZS

19

3.2.1.6. – Outras Áreas de Actividades

Fruteiras

Ao longo da campanha foram feitas actividades de rotina (sachas, regas) nos pomares de citrinos,

bananal, mangueira e litcheira.

Pecuária

A Estação possue um total de 23 bovinos dos quais 6 foram treinados para tracção animal nos campos

de arrozal para ensaios e produção de sementes uma vez que esta unidade de investigação não possui

equipamentos apropriados para o nivelamento nas terras alagadas e os restantes para reprodução.

Formação de Quadros da Estação

Em relação ao plano de formação de quadros a Estação possui oito técnicos no decurso da sua

formação, dos quais dois em regime de doutoramento, a nivel de mestrado fora do país e quatro a nivel

de licenciatura e um no nivel médio dentro do país.

3.2.1.7. – Visitas efectuadas a Estação

No período em referência, a Estação recebeu visitas provenientes dos seguintes locais:

Serviços Provincias de Extensão Rural (SPER) de Gaza, Alto Comissário do Canadá, Ren Wang das

Filipinas, Armando Braz do Comércio, Joana Malediana DPA, delegação da FAO, Embaixador da

China, delegação do ICRISAT, VETAID e Director Geral do IIAM com uma delegação da China.

3.2.1.8. – Constragimentos

Desembolso tardio de fundos que não acompanha a realização das actividades planificadas

Pesssoal de campo reduzido o que faz com que as actividades planificadas não sejam realizados a

tempo

Falta de residências suficientes para técnicos

Falta de transporte para a realização das actividades

Equipamentos agricola em estado avançado de degradação (debulhadoras de sementes, semeadoras

)

Infraestruturas em estado avançado de degradação (moradias, armazéns ).

Relatório anual das actividades CZS

20

3.2.1.9. – Sugestões

Para o sucesso das actividades de investigação, os constrangimentos apontados no ponto anterior

devem ser satisfeitos

Que o processo de enquadramento dos trabalhadores seja flexível

Iluminação do recinto da Estação.

3.3. – Posto Agronómico de Nhacoongo

Esta unidade experimental no ano 2006 realizou actividades nos sectores de leguminosas de grão

(Feijão nhemba), raízes e tubérculos, fertilidades de solos, cajú e fruteiras diversas. Estas consistiram

na montagem de ensaios diversos, produção de semente e material vegetativo.

A queda irregular das chuvas não permitiu a execução efectiva das actividades programadas o que de

certa maneira influenciou, os resultados Como exemplo disso são os ensaios de leguminosas de grão

que alguns tiveram que ser transferidos para outras unidades experimentais e outros foram montadas

tarde.

Paralelamente a estas actividades no sector do cajú foram pela primeira vez feitas avaliações de

rendimento do material clonal, montando – se um campo de multiplicação de garfos do Clone 11.7,

que se mostrou bom desempenho.

3.3.1 – Principais realizações nos ensaios montados

Uso de bioestimulantes moleculares na cultura do cajú que estimulam a planta a reagir ao stress.

Introdução de linhas de soja.

Montagem de um jardim de garfos de cajú do clone (11.7) que se mostrou ser o mias produtivo.

Produção de mudas de citrinos, cajú e coqueiro.

Selecção de 68 plantas mães do cajueiro no distrito de Panda, bairro Julius Nyerere.

3.3.2 – Principais actividades desenvolvidas

3.3.2.1 – Programa de raízes e tubérculos

O programa desenvolveu diversas actividades, que consistiram na montagem de ensaios de mandioca,

com os seguintes títulos: Ensaio avançado de rendimento, Ensaio multilocal e Ensaio uniforme, com

Relatório anual das actividades CZS

21

objectivos de seleccionar clones com altos rendimentos, tolerantes/resistentes a pragas e doenças e que

se adaptem as condições locais e que sejam da preferência dos camponeses. E paralelamente a estes,

produziu-se estacas de mandioca e rama de batata-doce numa área de 10,75 ha e 1,6 ha,

respectivamente. De referir que da área de mandioca disponível 5 ha está destinada a produção de rali

e o a restante para o fomento da cultura através de distribuição de estacas.

3.3.2.2 – Sector de fertilidade de solos

Este sector tem vindo a levar a cabo diversas actividades com o objectivo de proporcionar melhores

recomendações para o sector familiar, no concernente ao maneio e gestão de fertilidade de solos,

priorizando o maneio agrobiológico e mínima adubação. Para a campanha finda foram montados

quatro ensaios, nomeadamente:

Ensaio de efeito residual de guano de morcego cujo objectivo foi avaliar o efeito residual do guano

na cultura do milho.

Maneio agrobiológico de fertilidade de solos para a cultura de milho no sistema de cultivo dos

camponeses na faixa costeira arenosa do sul do save. O objectivo foi de verificar o efeito de P

sobre o rendimento do milho em rotação com amendoim com doses modestas de nitrogénio e

fósforo e testar a aplicabilidade no sistema de cultivo dos camponeses.

Maneio agro-biológico da fertilidade de solos para a cultura de milho em rotação intensiva com o

amendoim no sistema de cultivo dos camponeses na faixa costeira arenosa da província de

Inhambane; o objectivo foi verificar o efeito de P sobre o rendimento do milho em rotação com

amendoim com doses modestos de nitrogénio e fósforo e testar a aplicabilidade desta tecnologia

nas condições do sistema de cultivo de camponeses.

Ensaio de frequência de aplicação de fósforo; com o objectivo de estabelecer a melhor frequência

viável de aplicação de fósforo para as culturas anuais nos solos arenosos.

Para além destes experimentos, existe um campo (pousio melhorado), Leucaena leucacephala e

Mucuna ssp,com o objectivo de melhorar a fertilidade dos solos, para mais tarde fazer-se comparação

de rendimento (milho) entre um campo onde outrora havia sido introduzido Leucaena leucacephala e

outro de Pousio natural e avaliar o ganho em nutrientes nestes dois pousios. Este campo foi montado

em 2004, e neste momento tem se feito monitoramento através de análise do estado dos solos.

Relatório anual das actividades CZS

22

3.3.2.3 – Sector de leguminosas de grão

Este sector desenvolveu ensaios de avaliação de variedades elites de amendoim, Maneio da lagarta

mineira do amendoim e Moçambique, ensaio de linhas de sojas e produção de sementes de feijão jugo,

amendoim. Os ensaios das variedades elites tinham com objetivo de seus rendimentos nas condições

locais, enquanto que o do maneio tinha como propósito avaliar a eficácia de inseticida no controlo da

lagarta mineira do amendoim e estudar o seu impacto na perda do rendimento. Foram multiplicadas

sementes de amendoim e feijão jugo numa área de 18 ha em parceria com a DPA.

3.3.2.4 – Sector do cajú e outras fruteiras

Foram realizadas podas fitossanitárias em todo o germoplasma da população cajual do posto

agronómico.

Ensaio de avaliação da melhor frequência de aplicação de fungicida para o controlo de Oídio, este

ensaio não chegou ao fim porque ocorreu queda de granizo durante a fase de floração que afectou

grandemente o ensaio.

Foi montado ensaio de avaliação de bio estimulantes moleculares para o rendimento de cajú.

Na cultura de manga ocorreram alguns trabalhos experimentais na fase frutificação com o objetivo de

identificar variedades tolerantes/resistentes a mosca das frutas.

Para mitigar o efeito da estiagem e com o objectivo de contribuir para a segurança alimentar e alívio à

pobreza, existe um campo com 4 ha, com 15000 socas de ananaseiro. As socas que forem produzidas

serão distribuídas aos pequenos produtores para a disseminação da cultura.

a) Manutenção do banco de germoplasma do cajú (actividade contínua em Nhacoongo).

Existe um ensaio de avaliação de 20 clones sendo 13 locais, 6 de ricatla e 1 de Nampula (~8ha)

Um ensaio de avaliação de progénies de cajueiro anão (1ha)

Um ensaio de avaliação de clones de Inhambane (1ha)

Um jardim clonal com 400 plantas de anão (4ha)

b) Determinação da frequência de aplicação de fungicidas para o controle de “Oidium anacardii” no

cajueiro.

Relatório anual das actividades CZS

23

Objectivos

Determinar o número de aplicações necessárias de fungicidas para o controle de Oidium anacadii;

Avaliar a Influência do aumento da dose em relação ao intervalo de aplicaçao de fungicidas e tipo

de maneio.

Local do ensaio: Guilundo Zavala

Desenho do ensaio: Blocos completos casualizado com parcelas subdivididas

Nº Repetições: 3 Talhões por bloco: 7 Tamanho do talhão: 5 árvores

Quadro 7 - Codificação do ensaio de frenquência de aplicação fungicidas

Dose No. Aplicações Intervalo de aplicação

10 ml/l água 4 De 21 em 21 dias

10 ml/l a´gua ? De acordo com a incidência

15 ml/ l água 3 De 21 em 21 dias

15ml/ l a´gua ? De acordo com a incidência

20ml/ l água 2 De 21 em 21 dias

20 ml/ l água ? De acordo com a incidência

Testemunha 0 0

Acividades realizadas

Selecção de àrvores em bom estado vegetativo .

Marcação das àrvores com tinta de óleo, indicando o número da àrvore, a repetição e o

tratamento;

Limpar em volta e em baixo da copa dos cajueiros até 4 m fora da sua projecção( actividade

ainda em curso).

Pulverização contra oídio de acordo com o protocolo.

Observações

Avaliações rápidas semanais para determinar o início das pulverizações. Estas iniciaram quando a

avaliação indicou uma percentagem de emergência de rebentos com panículas igual ou superior a

15% e uma incidência do Oídio nas panículas também igual ou superior a 15%, variável

depedendo de cajueiro para cajueiro.

Relatório anual das actividades CZS

24

As observações detalhadas são feitas antes das pulverizações subsequentes incluindo a testemunha

negativa.

A avaliação detalhada é feita nos lados norte e sul de cada cajueiro. Em cada lado são etiquetadas

cinco panículas e em cada panícula, do lado inferior, observa-se quatro laterais. Atribui-se uma

nota em cada observação que varia de 0 a 6 da escala de Nathaniels (1996). Onde 0=sem doença,

1=1-10%; 2=11-25%; 3=26-50%; 4-51-75%; 5=76-99 e 6=100%.

Nota: Esse ensaio não chegou ao fim devido a queda de granizo e danificou toda a floração.

c) Determinação do efeito de dois bioestimulantes no rendimento de cajueiros

Objectivo

Determinar o efeito de dois bioestimulantes no rendimento dos cajueiros.

Local do ensaio: Posto Agrónomico de Nhacoongo em pomar jovem com 6 anos de idade e Manhenje

em pomar grande com cerca de 25 anos de idade.

Desenho do ensaio: Blocos completos casualizado

Repetições: 3 Talhões por bloco: 3 Tamanho do talhão: 6 árvores

Quadro8 - Codificação do ensaio de biostimulantes

Dose Nº de Aplicações Intervalo de aplicação

Okra ultra Okra ultra De 21 em 21 dias

Krop Plus Krop Plus

Testemunha Testemunha Apenas fungicida

Actividades realizadas

Selecionar àrvores em bom estado vegetativo .

Marcação das àrvores com tinta de óleo, indicando o número da àrvore, a repetição e o tratamento;

Limpar em volta e em baixo da copa dos cajueiros até 4 m fora da sua projecção( actividade ainda

em curso).

Pulverização contra o oídio de acordo com o protocolo.

Relatório anual das actividades CZS

25

Observações

Foram realizadas semanalmente as avaliações rápidas, para determinar o início das pulverizações.

As pulverizações iniciaram quando a avaliação rápida indicou uma percentagem de emergência de

rebentos com panículas, igual ou superior a 15% e uma percentagem de incidência do Oídio nas

panículas igual ou superior a 10%.

As observações detalhadas são feitas antes das pulverizações subsequentes incluindo a testemunha

negativa.

A avaliação detalhada é feita nos lados norte e sul de cada cajueiro. Em cada lado são etiquetadas

cinco panículas e em cada panícula, do lado inferior, observa-se quatro laterais. Atribui-se uma

nota em cada observação, que varia de 0 a 6 da escala de Nathaniels (1996). Onde 0=sem doença,

1=1-10%; 2=11-25%; 3=26-50%; 4-51-75%; 5=76-99 e 6=100%.

d) Expansão do banco de germoplasma

No dia 11 Julho de 06, 1ha com material enxertado proveniente de progenie de anão, com 3 repetições,

7 clones e 12 plantas por repetição por clone. Compaço 4x4 metros devendo-se desbastar quando as

copas começarem a sobrepôr-se.

Uma área de multiplicação com clone 11.7PA, sendo este, o melhor disponível em Nhacoongo(anexo).

Ensaio de avaliação de clones de cajueiro anão.

e) Manutenção do banco de germoplasma

Realização de capinas e podas (duas capinas, a primeira em junho/julho e outra em setembro e uma

poda de sanidade em todos os campos)

Uma lavoura mecanizada no campo de material clonal

Objectivos da Avaliação e caracterização do germoplasma.

Identificar fenótipos promissores

Conhecer as características fenotípicas dos matérias existentes em Nhacoongo.

Selecção e multiplicação dos melhores clones para o incremento da produção dos produtores do

caju.

Actividades realizadas (ver anexos)

Medição de altura

Relatório anual das actividades CZS

26

Diâmetro das copas no sentido Norte-sul, Este-Oeste

Discrição dos materiais

Avaliações rápidadas e detalhadas

Pulverizações contra oídio

Colheitas.

Localização

Os ensaios de avaliação de clones estão localizados no Posto Agronómico de Nhacoongo, no Distrito

de Inharrime Província de Inhambane.

Materiais

O ensaio denominado Material Clonal ((((MC )))), foi estabelecido em Setembro de 2000, compreende

20 clones dos quais 6 provenientes de Nampula, 1 de Ricatla, e 13 locais.

Delineamento: Blocos completos casualizados, 3 repetições, 4 plantas por parcela, compasso 12x13m.

Os clones testados foram:

Nhacundela14, Macuacua2, Chixaxa1, Nhacundela5, Nhacundela4, Monteiro1, Maherula2, Ravene2,

Nhacoongo12, Nhacondo4, Nhacundela10, Salane5, Salane4, Híbrido1, Marracuene11, Anão

Precoce5.1, Anão Precoce7.1, Panda1, Anão1e 16.3PA.

O ensaio denominado Material de Inhambane (MI), foi estabelecido em Abril de 1999, compreende

11 clones todos provenientes de diferentes pontos da Província de Inhambane, compasso 10x10m,

Delineamento : Blocos completos casualizados, 3 repetições, 3 plantas por parcela, Área do ensaio

1ha.

Avaliaçao sócio – económica da pulverização de cajueiro no controle de Oidium anacardii. Foi

realizado um inquérito para o efeito, cuja primeira fase foi em setembro e a segunda fase em

dezembro.

Relatório anual das actividades CZS

27

3.3.2.5 - Viveiros

Quadro 9 - Produção de mudas

Cajueiro Totais % Enxertadas 47070

Pegadas 33299 70.74

Falhadas 13771 29.26

Mortas após pegamento 6321 18.98

Distribuídas 26772 80.40

Vendidas 5780 17.36

Citrinos Semeados 22400

Enxertados 3505

Pegados 1230

Vendidos 322

Distribuídos 139

Mortos após pegamento 24

Disponíveis 745

Coqueiro Semeados 9220 Repicados 4000 43.38 Mortos após repicagem 136 3.4 Vendidos 129 3.23 Distribuídos 116 2.9 Á espera 340 3.5 Disponíveis 3264 81.16

Relatório anual das actividades CZS

28

3.3.2.6 Distribuição de material vegetativo

a) Raízes e tubérculos

Quadro 10 - Distribuição de Estacas de mandioca

Parceiro na distribuição Variedade Quant(m3) Destino

Adra Sul Chinhembwe 19 Jangamo, Manjacaze

Adra Sul Chinhembwe 16 Inharrime, Zavala

DDA Homoíne Chinhembwe 8 Homoíne

DDA Massinga Chinhembwe 198 Massinga

DPA Sofala Chinhembwe 20 Machanga

Adra Vilanculos Chinhembwe 230 Vilanculos

DDA Govuro Chinhembwe 150 Govuro

Care Moçambique Chinhembwe 150 Vilanculos, Govuro

IRDM Massinga Chinhembwe 403 Massinga

DDA Muanza (Sofala) Chinhembwe 60 Muanza

Care Vilanculos Chinhembwe 103 Inhassoro

Care Vilanculos Munhaça 214 Mabote

Total 1571

Quadro 11 - Distribuição da rama de batata-doce.

Parceiro/distribuição Variedade Quat(m3) Destino

P.A.Nhacoongo, DDA Jonathan, resisto, CN11448/49, Tainung-64 18 Inharrime

VETAID Jonathan, resisto, CN11448/49, W119 3 Inharrime

VETAID Jonathan, resisto, CN11448/49, Tainung-64 3 Inharrime

VETAID Jonathan, resisto, cordinal 3 Zavala

VETAID Jonathan, resisto, cordinal, CN11448/49, Tainung-64 16 Jangamo, Zavala

Adra Sul Jonathan, resisto, cordinal, CN11448/49 6 Jangamo

Care Vilanculos Jonathan, resisto, Low323, Japon Select 4 Vilanculos

Vetaid Jonathan, cordinal, CN11448/49 10 Jangamo

IRDM Massinga Jonathan, resisto, Japon Select, cordinal 48 Massinga

Total 111

Relatório anual das actividades CZS

29

3.3.2.7 – Parcerias

ADRA, Visão Mundial, DPA, DDA, Care.etc

3.3.2.8 – Constrangimentos

Queda de granizo acompanhado de fortes chuvas o que não permitiu que um dos ensaios de cajú

chegasse ao seu término.

Disponibilidade tardia dos fundos dificultou a preparação da campanha principalmente para a

cultura do cajú.

Falta de vedação nos campos experimentais, o que possibilita roubos nos ensaios.

Apresentação tardia, por parte dos programas de ensaios sem títulos, objectivos, na unidade

experimental, o que dificulta o acompanhamento dos mesmos.

Os ensaios on-farm, não têm sido assistidos pelos técnicos porque a planificação não tem sido

coordenada com a unidade experimental, o que dificulta a mobilidade dos técnicos para fazer o

monitoramento, porque os mesmos são montados fora do distrito.

3.3.2.9 – Recomendação

Construir um laboratório e um escritório no Posto Agronómico

Vedar o Posto e os campos de ensaios

Instalação de energia elétrica da rede nacional e de rede de Internet.

3.4 – Estação Zootécnica Central de Chobela

As actividades desta unidade experimental estão viradas a investigação e produção pecuária e está

subordinada ao centro zonal sul e se encontra localizada no distrito de Magude a 160 quilómetros da

cidade de Maputo e a 10 quilómetros da sede do distrito. Esta é constituída por seis sectores

nomeadamente:

Gado de corte

Gado de leite

Pequenos ruminantes

Pocilgas

Agrícola e

Administração.

Relatório anual das actividades CZS

30

3.4.1 - Sector de gado de corte

Este é constituído por três áreas sendo a de gado landim, gado africander e bufalino. Tem um total de

15 trabalhadores sendo 2 técnicos superiores, 1 técnico médio, 1 básico e os restantes 11 elementares,

tendo realizado as seguintes actividades:

Tratamento Profilático e Terapéutico

O esquema não foi satisfatoriamente coberto devido a deficiente recolha dos animais da pastagem por

causa dos problemas conjugados de invasão arbustiva, integridade dos cercados e a insuficiência de

pastores, o que influenciou negativamente.

Mesmo com a regularidade com que se realizavam os banhos caracidas, ainda verificavam-se casos

frequentes de DTCs (doenças transmitidas por carraças) por períodos longos. Este factor, estava

relacionado com o número e estado dos pulverizadores (elevado efectivo de animais cerca de 350 e

problemas mecânicos). No 3º trimestre a situação melhorou com a reactivação dos banhos por

imersão, tendo se administrado um total de 48 banhos para uma média de 294 animais usando a droga

melbitraz.

Nos últimos anos, mediante esforços empreendidos e em coordenação com o laboratório central,

poucos casos de brucelose se tem verificado. Dos 67 animais submetidos a testes na última prospensão

em outubro passado, todos resultaram em teste negativo. Não só todo efectivo foi vacinado contra

carbúnculos, febre aftosa e fez-se a pesquisa de parasitas gastro intestinais a 60 vitelos desmados,

tendo sido dectetada uma infecção média o que sugere algumas alterações no actual esquema de

desparasitação. No mesmo período, foram tratados 70 animais padecendo de várias enfermidades.

A alta taxa de invasão arbustiva e a presença de carraças está na origem do elevado número de animais

com feridas e querato-conjuntivites, Vide tabela 1, enquanto que a ricketsiose é responsável por quase

metade das mortalidades verificadas no período em referência por ser uma zona endémica.

Relatório anual das actividades CZS

31

Quadro 12 – Causas da mortalidade e respectivos efectivos no gado bovino

Doenças Nº animais afectados % do efectivo afectado

Ricketsiose 16 13,4

Queratites 15 12.6

Diareia 12 10.0

Intoxicação 6 5.0

Feridas 56 47.1

Anemia síndrome 14 11.8

Total 119

Vendas e mortalidades

Durante o período em referência, verificaram-se 53 mortes por diversos factores como fraqueza

alimentar, pneumonia aguda, ricketsiose, intoxicação entre outros motivos. Destas mortes,

evidenciam-se uma novilha de raça landim por mordedura de cobra, um vitelo de raça africander

devido a fraqueza alimentar, um vitelo de búfalo em aleitamento. Constatou-se também um aborto de

uma búfala.

Em relação às vendas de animais, foram comercializados um total de 19 touros e 17 vacas.

3.4.2 – Sector de Gado de Leite

Possui um total de 6 trabalhadores dos quais 1 técnico superior, 2 técnicos básicos e três elementares.

Realizaram-se as seguintes actividades, (ver o quadro):

Tratamento profilático

Quadro 13 - Tratamento profilático no gado leiteiro (vacinações)

Tratamento Doença Nº efectivo Droga (ml)

Nome da droga

Carbúnculo hemático 86 86 Febre aftosa 86 17 Vacinações Carbúnculo sintomático 53 280

Banhos carracicidas Carraças 90 3 215 Milbitrz Parasitas internas (animais grandes) 94 2 215 Albendazol

Disparasitações Parasitas internas (vitelos) 20 450 Albendozol

Relatório anual das actividades CZS

32

Em média foram vacinados 86 animais. Fez-se ainda o despiste de brucelose colhendo-se sangue em

37 vacas cujo resultado foi negativo para todas.

Em relação a terapia, foram realizados os seguintes tratamentos vide quadro abaixo:

Quadro 14 - Tratamento terapéutico no gado leiteiro.

Doença Nº efectivo

Qunt. usada (ml)

Nome da droga Observação

Ricketiciose 1 2 Oxitetracicline (10 a 20 %) Vitelos Diarreia 4 27 Afatrin Vitelos Queratitis 1 - Pó oftâlmico Vaca Mastitis 2 8 ampolas Neomastripe Vacas

20 Penincelina 1

25 Iodo 2% Vaca (via intramuscular e intrauterina) Metrites

1 18 Oxitetracicline 20% Vaca Problemas respirtórios

1 60 Afatrim Vaca (durante 3 dias)

23 Vitelos 56 Vacas Feridas 7

Iodo, milbitraz, tickgrease, óleo cicatrizante e wound aerosol, pó oftâlmico, penincelina e afatrin Novilhas

Outras doenças tratadas:

Sinais de fraqueza, anemia, inflamação dos membros e febres cujo tratamento foi usado vitamina

AD3E, ferro, fenilbutazona e oxitetraciclina.

Importante: As feridas tem um impacto negativo nos animais pois chegam a causar morte devido a

anemia e perda da condição corpural (emaciação).

3.4.2.1 – Produção de leite

Durante o ano de 2006, não se realizou a produção de leite, tendo sido interrompida por causa da

prática do aleitamento natural dos vitelos. Este factor deve-se a falta de mão de obra suficiente

(pastores e mungidores), alojamento, suplementação para vitelos e vacas em produção, de modo que

aumentem a quantidade de leite que justifique a mungição e o aleitamento artificial.

3.4.2.2 - Reprodução

Foram inseminadas 27 vacas com sémen do touro INKA (Friesland), 4 vacas com sémen do touro

ATLAS (Landim) e 3 vacas monta não dirigida (cobrição natural) com touro desconhecidos segundo

ilustra a tabela abaixo.

Relatório anual das actividades CZS

33

Quadro 15 - Dados anuais de reprodução (gado viteiro)

IA’S Meses INKA ATLAS

Cobrição natural Total

Janeiro 6 0 2 8 Fevereiro 3 1 0 4 Março 1 1 0 2 Abril 0 2 0 2 Maio 1 0 0 1 Junho 3 0 0 3 Julho 3 0 0 3 Agosto 2 0 0 2 Setembro 0 0 0 0 Outubro 2 0 0 2 Novembro 4 0 0 4 Dezembro 2 0 1 3 Total geral 27 4 3 34

3.4.2.3 - Nascimentos

Durante o ano observaram-se cerca de 34 nascimentos sendo 24 por inseminação artificial (IA) com o

sémen do touro INKA (Friesland) e 8 por cobrição natural (CN) por touros desconhecidos, segundo o

quadro seguinte.

Quadro 16 – Nascimentos observados

Partos Meses IA’s INKA Média (PV) Cobrição natural Média (PV)

Total

Janeiro 1 30 0 0 1 Fevereiro 1 30 0 0 1 Março 2 27 1 28 3 Abril 1 30 2 29 3 Maio 3 30 2 30 5 Junho 5 27 0 0 5 Julho 1 27 2 30 3 Agosto 2 27 1 30 3 Setembro 1 26 0 0 1 Outubro 2 30 0 0 2 Novembro 1 30 2 28 3 Dezembro 4 27 0 0 4 Total geral 24 28.4 10 29 34

Relatório anual das actividades CZS

34

3.4.2.4 – Mortalidades

Quadro 17 – Mortalidades e suas causas

Categoria Nº mortes Causas 4 Vitelos não viáveis 6 Fraqueza e feridas 1 Morte súbita 1 Diarreia 1 Parasitose

Vitelos

1 Afogamento Novilhas 1 Mordedura por cobra Novilho 5 Ferida, timpanismo infecção urinária, cegueira e emagrecimento Vaca 1 Suspeita de tuberculose Nados mortos 4 Problemas infecciosos e nutricionais

3.4.2.5 – Vendas e abates

Venda de 5 animais destinados ao refugo devido a problemas reprodutivos;

3.4.2.6 – Abates sanitários

1 vaca devido a metritis

2 novilhos e 1 recelador por causa de emagrecimento progressivo, stress de desmame, cegueira,

infeccção crónica no pénis neste último

3.4.3 – Sector de pequenos Ruminantes

Tem um total de 9 trabalhadores sendo 1 técnico superior que também faz a supervisão no sector de

pocilga, 1 técnico médio e 7 elementares. Este sector é costituído por duas áreas, a de Ovinos e

Caprinos.

As principais actividades realizadas foram tratamentos profiláticos e terapéuticos.

Quadro 18 – Tratamento Profilático nos Ruminantes

Tratamento Quantidade ml Tipo de droga Nº efectivo Observação Banho imersão 9500 Total de 7 banhos Banho pulverização 9200

Milbitraz 331

3500 331 4 vezes Desparasitação

62 Ivermetina 314 1 vez

Relatório anual das actividades CZS

35

Quadro 19 – TratamentoTerapéutico nos Ruminantes

Tratamento Quantidade (ml)

Tipo de droga Nº efetivo Observação

Riquetsiose 2 * Oxitetracicline 10% 85 *Quantificado em frascos Alopeccia 2 Ivermetina 5 Diarreias 45 Oxitetracicline 20% 5

Pneumonia 2,5* Oxitetracicline 20% 142 *Quantificado em frascos Parasitose 500 Albendazol 33

2* Nerosrol 1* Iodo

*Frascos Feridas nos cascos

750 Óleo cicatrizante 23

Partos distóxicos 36 Penincelina 3

Quadro 20 – Resumo de doenças e tratamentos nos Ruminantes

Doença Nome droga usada

tratados mortos Animais recuperados

Quant. droga usada

Riquetsiose Oxitetracicline 10%

85 33 52 2 frascos

Pneumonia Oxitetracicline 20%

142 21 121 45 ml

Parasitoide Albendazol 33 15 18 2.5 ml Alopeccia Ivermetina 5 5 2 frascos Diarreias Oxitetracicline

20% 5 2 3

0.5 ml

Dificiência alimentar Vit. AD3E 3 2 1 2.0 ml Feridas Nerosrol, iodo,

óleo cicatrizante 23 1 22

36 ml

Total 296 59 222

Relatório anual das actividades CZS

36

3.4.3.1 – Nascimentos e Mortalidades

Quadro21 – Quadro resumo de nascimentos e mortalidades

Nascimentos Mortalidades Obervação Espécie Categoria Nº animais Nºanimais

Cabritas 74 5 Cabrito 59 2 Cabras 133 3 Chibatos 26 52

Caprina

Chibatas 34 63 Sub-total 60 125

Ovelhas 7 Borregos 6 Borregas 6 Cordeiras 29

Arietinos

Cordeiros 26 Sub-total 74

As principais causas de

mortalidade nas duas

feridas, deficiências

alimentares, queda de

pelos, acidentes nos

estrados, timpanismo e entre

outras não

identificadas.

Total geral

3.4.3.2 - Vendas, abates e desaparecimentos

Quadro 22 - Resumo de vendas, abates e desaparecimento nos ruminantes

Vendas/Abates Desaparecimento Observação Espécie Categoria Nº animais Nº animais

Caprina Cabras 12 - Chibatas 3 2 Chibatos 11 8 Sub-toal 26 10 Arietinos Ovelhas 3 3 Borregos 7 5 Borregas 5 - Sub-total 15 8 Total geral 41 18

Causas do desaparecimento são: Insuficiência de mão de obra, vedação dos cerados obustruída, deslexo dos pastores existentes

3.4.4 – Sector de Pocilgas

Tem três áreas a saber: Maternidade, Engorda, e Ensaios. Existem um total de 8 trabalhadores sendo 1

técnico superior, 1 básico e 6 elementares.

Relatório anual das actividades CZS

37

Actividades realizadas

Quadro 23 – Tratamentos profilático e terapéutico nos suínos

Tipo tratamento Nº efectivo Droga usada Quant. (ml) Observação

Banhos carracicidas 184 Milbitraz 2280 Profilaxia

Outros 136 Ferro 272 Leitões de 3 dias Vit. AD3E 10

Diarreias 5 Oxitetraciclina 5

Leitões em aleitamento

1 Penicelina 7 Trat. Porca Abcessos

Oxitetra 25.5 Trat diversos Terapia

Disparasitação 136 Ivermetina 35.4 Em leitões

Nascimentos e Mortalidades

Quadro 24 - Nascimentos e mortes nos suínos

Nascimentos Mortalidade Categoria Nº animais Nºanimais

Machos 80 _ Fêmeas 56 _ Leitões - 19 Leitoas - 6 Bácoros _ 3 Total geral 136 28

Vendas/Abates

Quadro 25 – Venda e abates de Suínos

Categoria Nº animais Varascos 4 Porcas 4 Bacoros 101 Total 109

3.4.5 – Sector agrícola

Possui um total de 9 trabalhadores sendo 2 técnicos médios e 7 elementares.

É constituído por três áreas nomeadamente:

Pastagens espontâneas

Pastos cultivados

Relatório anual das actividades CZS

38

Silvo-pastos e foragens

3.4.5.1 – Área Silvo-pastos e foragens

Viveiro

Em relação a multiplicação de silvo-forageiras, foram produzidas um total de 3. 607 plantas, pelo

método de mudas de raiz embaladas tendo morrido um total de 182 plantas, representando uma

percentagem de 5.0%.

Quadro 26 - Actividade produtiva do viveiro no ano de 2006

Nome científico Nome vulgar Quantidade Nº plantas mortas % Mortalidade

Leucaena leucocephala _ _ _ _ _ _ _ 891 39 4,4

Moringa oleifera Moringa 1408 36 2,6

Amora alba Amoreira 722 50 6,9

Gliricidia sepium _ _ _ _ _ _ _ 172 25 14,5

Tephorosya voguelli _ _ _ _ _ _ _ 414 32 7,7

Total _ _ _ _ _ _ _ 3607 182 5,0

A espécie gliricidia sepium teve maior percentagem de mortalidade devido a um ataque fúngico no

período pós emergência, tendo sido aplicado o Karate.

3.4.6 – Viveiro temporário

Com vista a estabelecer bancos forageiros de moringa oleifera, pelo método de mudas de raiz nua,

foram montados canteiros nas proximidades do campo definitivo, onde foram produzidas 1 225 plantas

de moringa, tendo se registado 32 plantas mortas, correspondente a 5,9% de mortalidade.

3.4.7 – Bancos forageiros

Foram feitos os seguintes plantios

Quadro 27 – Actividade de implantação de bancos forageiros

Mome científico Local plantio Plantas lançadas Plantas mortas % mortalidade

Moringa oleifera Pocilgas 1153 106 9.1

Kirkia acuminata Ovil 320 40 12.5

Total 1473 146 9.9

Relatório anual das actividades CZS

39

9.9% corresponde a percentagem da mortalidade, cuja causa principal é o “stress” pela mudança do

sítio vegetativo (viveiro para local definitivo), principalmente as plantas produzidas pelo método de

mudas de raiz.

3.4.8 – Área de pastagem Espontânea

3.4.8.1 – Desarbustização

Efectuado o levantamento de áreas e das infestações arbustivas dos cercados para a definição de

rotação de pastoreio.

Quadro 28: Descrição detalhada da desarbustização em 2006

Cercados Área (ha)método Método Espécies cortadas 2F 7 14ª1 3 14ª2 1 14N1 8

Manual

Total cercados 4

Micais-Chixangua, dzenga, sassana

Total área desarbustizada 19 ha

3.4.9– Área de pastos cultivados

Conservação de alimentos para a segurança alimentar dos animais na época seca

Quadro 29 – Actividades de conservação de foragem.

Método de conservação Cercado – (ha) Quantidades médias Espécies 2F – 7 6

Fenação 14N2 – 8 9

Total – feno 6.150 kg 14 medas

Urochloa mosambicensis,

siratro, chloris gayana,

themeda triandra

Ensilagem 2 silos 2 ton Capim elefante Total - Silagem 2 ton

3.4.10 - Actividades de suplementação de Ruminantes na época seca

Transporte de 54 toneladas de pontas de cana, na açucareira de Xinavane, para fornecer as secções

de ruminantes.

Fornecimento de 200 kg de cactus com os seguintes tratamentos:

Relatório anual das actividades CZS

40

Animais de leite – mistura de cactus com mandioca e melaço

Animais de corte – somente mistura de cactus e melaço, neste último verificou-se maior consumo

relativamente ao tratamento anterior.

Fornecimento de 5150 kg feno irrigado com melaço.

3.4.10.1 – Suplementação mineral de ruminantes na época seca

Foram produzidos 65 blocos multinutritivos que foram a base de suplementação.

3.4.11 – Difusão de tecnologias

No âmbito de divulgação das tecnologias foram realizadas exposições na feira do distrito de Magude,

onde técnicos da Estação deslocaram-se ao Posto Administrativo de Motaze sede e associação da

localidade de Pontia, demonstrado a produção de medas de baixo custo através de processos de

enfardamento subterâneo, fabrico de blocos multinutritivos e amostras de plantas forrageiras

adaptáveis as condições de seca para a suplementação do gado nas épocas de escassez de pastos.

Figura 5 – Suplementação de animais na época seca

Figura 6 – Suplementação mineral de ruminantes

Relatório anual das actividades CZS

41

Igualmente, a Estação participou numa feira agro-comercial no distrito de Chokwé onde apresentou as

tecnologias de alimento produzidas a nível local e demostrou ainda as técnicas de inseminação

artificial. A outra feira comercial de gado, foi realizada a nível do distrito onde a Estação participou

activamente vendendo 5 reprodutores de mérito.

3.4.12 – Sector Administrativo

É constituído por três áreas a saber: Secretaria, Contabilidade, Oficinas e Segurança, com um total de

21 trabalhadores sendo 1 técnico médio, 2 básicos e 19 elementares.

3.4.13. – Actividades realizadas

Contabilidade -Tesouraria

As actividades contabilísticas que se encontravam a funcionar em Maputo foram transferidas para a

Estação.

Esta área fez o controle do orçamento aprovado, procedeu a transferência das contas bancárias de

Maputo para Macie, como forma de facilitar e agilizar os procedimentos, realizou aquisições e

pagamentos de acordo com o programado, efectuou pagamentos de salários ao pessoal do Projecto e

garantiu a prestação e encerramento de contas.

Quadro 30 - Demosntrativo do desempenho orçamental

Orçamento

Planificado (Mt)

Orçamento

Aprovado (Mt)

Orçamento

desembolsado (Mt)

Orçamento

gasto (Mt) Saldo devolvido

999.885,00 381.303,80 381.303,80 375.434,80 4.868,20

Figura 7 – Participacão da EZC na feira Agro-Pecuária de Magude exibindo Touros de alto merito

Relatório anual das actividades CZS

42

3.4.14 – Recursos humanos

Existem um total de 81 trabalhadores dos quais 23 contratados e 58 do quadro. Deste número 23

encontram-se desligados para efeitos de reforma, mesmo assim continuam a receber os seus salários

através das folhas da EZC. Em termos de efectivo somente a Estação possui 58 trabalhadores.

Durante o período perderam a vida 2 trabalhadores, o ex- chefe Administrativo e o pastor de gado de

corte.

3.4.14.1 – Processos de reforma

No âmbito das reformas em curso no MINAG, foram lançadas propostas e convites a funcionários que

queriam candidatar-se a reforma voluntária, tendo se inscrito cerca de 12 para o efeito, estando em

processo a organização dos devidos documentos.

3.4.14.2 – Formação

A Estação tem um funcionário a formar-se na Universidade Católica de Moçambique, Faculdade de

Agricultura de Cuamba, Niassa, tendo frequentado no presente ano lectivo, o ano Propedêutico,

obtendo deste modo resultados encorajadores.

Entre os meses de Novembro e Dezembro num período de 30 dias, um técnico do sector agrícola

participou num curso sobre inventário botânico no Malawi.

Nos meses de Maio e Julho, uma técnica superior participou num curso de formação de formadores na

sede do IIAM – Maputo durante 15 dias. Igualmente, nos meses de Agosto e Setembro um técnico

superior participou num curso de lideramça para a investigação, realizado na sede do IIAM – Maputo,

organizado pela Direcção de Formação, Difusão e Transferência de Tecnologias.

3.4.14.3 – Tranferências

A senhora Graça Manuel Chiunzo, técnica profissional de Agro-pecuária solicitou a sua tranferência

para Maputo com o objectivo de se matricular no curso superior,tendo sido aceite.

Relatório anual das actividades CZS

43

3.4.15 - Património

A Estação recebeu do Ministério da Agricultura uma charrua nova como forma de melhorar as

condições de trabalho na área agrícola. Fez-se um inventário dos bens patrimoniais da Estação, que foi

enviado ao Centro Zonal Sul.

Iniciou-se a reabilitação das seguintes infra-estruturas da Estação:

Escritórios centrais

Enfermaria de gado de corte

Parte do viteleiro do gado de Leite

Sala de mungição

Duas salas de processamento de leite e seus derivados

Centro de formação quatro casas de técnicos e

Um cercado de quatro quilómetros

* A DCA apoiou em 35 rolos de arame farpado que permitiu iniciar a reabilitação de 5 cercados.

Foram reabilitados postos em funcionamento:

Dois tanques carracecidas (um para bovinos e outro para ovino-caprinos)

Três rodiluvios

48 curais individuais na pocilga

Infra-estrutura para funcionamento de salchicharia

Uma casa para a nova contabilista.

3.4.16 – Oficinas

Teve as seguintes actividades realizadas:

Limpeza e re-arrumação de todo o equipamento

Alinhamento de fios que transportam corrente para a electrobomba,

Melhoramento da biblioteca e da varanda do edifício do escritório

Construção de currais na pocilga

Manutenção das alfaias agrícolas

Manutenção do tractor e do caterpillar

Manutenção das viaturas

Reparação da cefeira e capinadeira

Relatório anual das actividades CZS

44

Montagem da antena do televisor no centro de Formação

Construção e montagem de 52 portões em divisórias dos curais

Construção de 56 comedouros e bebedouros na pocilga

Construção do portão principal

Construção de 2 estrados e restauração de 4 portinholas nos currais de pequenos ruminantes

Reparação e manutenção do sistema de água

Reparação e manutenção do sistema elétrico

Podas e acaiamento das árvores

Reabilitação e limpeza do jardim

Reparação de comedouros e bebedouros para o gado bovino

Reparação do tanque de água

Manutenção das residências dos funcionários e

Reabilitação da copoeira para a criação de frango de corte e poedeiras.

3.4.17 – Segurança

Nos finais de 2006 a Estação contractou 3 guardas que também desempenharam outras tarefas como

controle e conferência dos animais tanto na ida como de regresso das pastagens.

Nas vésperas da quadra festiva, trabalhou-se em coordenação com o comando da polícia do distrito de

Magude disponibilizando uma viatura e agentes de patrulha para toda área da Estação, bem como o

exterior dos cercados , e como resultado o nível de vandalismo reduziu significativamente.

3.4.18 – Realização e Coordenação de Actividades

No âmbito da implementação da Matriz do Presidente da República para o desenvolvimento do distrito

de Magude, em especial o posto Administrativo de Motaze, foram realizadas em coordenação com a

DDA – Extensão Rural actividades ligadas produção de pacotes tecnológicos como (blocos

multinutritivos, medas de feno, silagens, fardos de feno subterrâneo e criação de bancos forageiros).

Igualmente em coordenação com o MTC Gaza, a Estação participou numa exposição da 13ª amostra

de Ciência e tecnologia que decorreu a nível da cidade de Xai-Xai.

3.4.19 – Visitas de individualidades

A Estação recebeu as seguintes visitas:

Relatório anual das actividades CZS

45

MCT

MINAG

Direcção de economia (directores nacionais de MTC, IIAM)

Autoridade Veterinária

Director do CZS e DCA

Figura 8 - Imagens de uma das delegações da USAID a visitar a área de pastagens naturais e do

sistema de regadio obstruido e do corpo diplomatico junto do MCT

Figura 9 - Visita de directores nacionais ( Direcção de Economia, MCT, IIAM, Autoridade Veterinária, Director do Centro Zonal Sul e DCA.)

Relatório anual das actividades CZS

46

3.4.20 – Constrangimentos

3.4.20.1 – Administração

No presente ano como em todos outros os desembolsos dos duodécimos foram reduzidos e morosos, o

que dificultou o pagamento de salários do pessoal contratado, criando uma certa agitação e

descontentamento destes.

Os valores desembolsados cobriam somente o pagamento de salários, o que prejudicou gravemente a

realização das actividades da Estação.

Os valores para as actividades somente foram desembolsados nos finais de Dezembro, sendo

superiores aos planificados no orçamento de 2006 o que obrigou a devolução de cerca de

226.084, 00Mt.

3.4.20..2 – Outras dificuldades:

Cercados com invasão arbustiva e destruídos

Taque carracicidade e chuveiro sem droga suficiente para o funcionamento

Obsolescência/avaria de grande parte do equipamento

Sistema de regadio destruído e infuncional

Falta de meios para a recuperação de infra-estruturas e equipamentos de regadio

Insuficiência de mão de obra em todos os sectores para as diversas actividades da Estação

Insuficiência orçamental para todas as actividades.

Devido aos constrangimentos citados tornou-se difícil a realização das actividades planificadas nos

diferentes sectores tais como:

Gado de corte – a saúde animal ficou comprometida tendo se verificado cerca de 17.3% de

mortalidade devido a falta de medicamentos resultante do desembolso tardio do orçamento

Gado de leite – situação crítica , rondando em cerca de 20,8% de mortalidade

Pequenos ruminantes – atingiu cerca de 64 % de mortalidade, devido a enfermidades como

pneumonia, parasitoses e dificiências alimentares

Oficinas – a manutenção e reparação de máquinas, reabilitação de infra – estruturas foi prejudicada

bem como a movimentação de maquinaria para a produção de feno.

Relatório anual das actividades CZS

47

3.4.21 – Perspectivas

Expandir os serviços para grande parte dos produtores do sul do Save em particular os do distrito

de Magude;

Priorizar a difusão de tecnologias melhoradas e de baixo custo;

Aproveitamento de variados recursos naturais localmente disponíveis (solos de baixa qualidade

localizados em zonas de baixa precipitação)

Potenciar a produção agro- pecuária na região Sul do país

Servir de um centro de formação por excelência para todas as categorias para a produção agro –

pecuária

Cumprir em 98,9% das actividades através do aproveitamento integral dos elementos planificados.

3.5 – Estação Zootécnica de Mazimuchopes

A Estação Zootécnica de Mazimuchopes localiza-se no Centro Zonal Sul, uma das regiões agro-

ecológicas com características favoráveis a criação animal, particularmente o bovino landim. Constitui

um dos centros principais de implementação dos programas de investigação.

Além da investigação também são desenvolvidas actividades de rotina de carácter agro-pecuário que

visam um maneio zootécnico adequado das espécies, considerando os seguintes aspectos: Organização

das manadas, registo dos diferentes parámetros produtivos, monitorial e avaliação dos resultados de

investigação, produção e melhoramento de pastos naturais. Tem ainda o papel de difundir as

tecnologias ao nível do sector familiar recorrendo a publicações, demostrações (dias de campo) e

reciclagem de estudantes, trabalhadores e camponeses.

O período em referência caracterizou-se pelo já conhecido fenómeno de desembolsos tardios e

extemporâneos o que afectou seriamente o início e execução de grande parte das actividades

planificadas.

De há dez anos para cá a Estação já perdeu dez (10) trabalhadores sem contudo haver nenhuma nova

contratação. Existe uma média seis (6) trabalhadores a espera da reforma e outros que estão

frequentemente doentes.

Relatório anual das actividades CZS

48

A deficiente comunicação é outro factor que influeciou negativamente a execução de certos programas

planificados. Duma forma geral durante o ano findo foram realizadas essencialmente actividades de

rotina.

Para a execução das actividades, a EZM contou com um total de 35 funcionários sendo 34%

contratados, um (1) técnico superior, um (1) técnico médio e 33 trabalhadores não qualificados.

3.5.1 - Actividades Desenvolvidas

3.5.1.1. Sector pecuário

Estiveram em curso essencialmente acções rotineiras de controlo veterinário e zootécnico. Neste

contexto as actividades realizadas foram as seguintes:

Controlo reprodutivo

Controlo de carraças

Tratamentos

Treinamento de animais para tracção

Prospecções

Reabilitação de infrastruturas.

3.5.1.2 – Controlo reprodutivo

Devido a problemas de insuficiência de mão-de-obra, bem como o número reduzido de novilhas a

campanha reprodutiva começou relativamente tarde tendo se optado pôr- se as vacas no mês de

janeiro.

O controlo reprodutivo consistiu na monitoria ou acompanhamento dos nascimentos da campanha

reprodutiva anterior 2004/2005 que teve como resultado o nascimento de 30 vitelos; identificação e

registo dos vitelos nascidos.

Ainda no mesmo período fez-se a preparação da campanha reprodutiva 2006/2007 tem termos de

abortos foram registados sete (7) casos.

Relatório anual das actividades CZS

49

A preparação da época reprodutiva consistiu na avaliação e selecção dos reprodutores. Cobrição que

durou noventa (90) dias e separação dos machos e fêmeas já nos finais do primeiro trimestre.

A taxa de concepção das vacas, calculada com base no numéro de fêmeas prenhas após a época foi

relativante baixa (50%).

A prevalência da brucelose aliada ao baixo nível de maneio (falta de vedações e elevada taxa de

evasão arbustiva) são apontadas como as prováveis causas desta baixa fertilidade.

O mau estado dos curais de pernoita dos toros, das vedações e cercados não garante a contenção dos

animais contribuíndo assim para o aumento de número de cobrições piratas (16 vitelos nasceram fora

da época normal de nascimentos).

33..55..11..33 –– TTrraattaammeennttoo pprrooff ii llááttiiccoo

Tratando-se de uma zona endémica de ricktsiose o controlo de caraças deve ser muito cuidadoso. Os

banhos foram irregulares devido a falta de meios financeiros para a aquisição da droga carracicida a

quase inexistência de infrastruturas e/ou equipamentos para o correcto maneio dos animais. Um total

de 23 banhos foram realizados utilizando-se Mibitraz, tendo sido abrangidos 286 animais entre

bovinos, búfalos e caprinos.

A frequência dos banhos foi variável e irregular por escassez de droga carracicida. Foram vacinados

198 animais contra carbunculo hemática e 39 contra carbunculo sintomático e desparasitados com

albendazol oral, 180 vitelos desmamados.

A falta de disponibilidade da vacina contra a brucelose e degradação das infrastruturas e quase a

inexistência de vedação dos cerca de 800 ha que comprendem a área da estação afetou a frequencia

dos tratamentos. A agravar a situação está o reduzido número de pastores ( 6 para um efectivo de 273

animais) que em nada ajuda para a retenção dos efectivos em um maneio saudável. O número de casos

de brucelose aumentou das 77 amostras colhidas em vacas produtoras só no primeiro rastreio, 4 foram

positivas (5%) e 26 duvidosas positivas (33%).

Nos pequenos ruminantes de forma geral também se viveram mais acções rotineiras de controlo

veterinário e zootécnico.

Relatório anual das actividades CZS

50

Foram realizados 23 banhos utilizando-se Milbitraz, tendo sido abrangidos 28 animais e

desparasitados o mesmo número com albendazol.

33..55..11..44 -- TTrraattaammeennttoo tteerraappééuuttiiccoo

Dos cento e quinze (115) casos patológicos registados cerca de metade se refere a recketsiose. Outras

enfermidades de menor importancia que ocorre foram feridas devido a vasão arbustiva e querato -

conjuntivites.

Doença Nº de casos

Ricketsiose 50

Queratites 18

Diarreia 15

Intoxicação -

Feridas 32

Anemia -

Total 115

3.5.2. Sector agrícola

Dentro das actividades do sector agrícola destaca-se a desasburtivação e montagem de cercados

levados a cabo para melhoramento de infrastruturas e de maneio de gado. Também há a destacar

algumas actividades desenvolvidas no que concerne a segurança alimentar dos efectivos pecuários

durante a época seca.

No âmbito da introdução das espécies pascícolas exóticas para a suplementação do gado foi lavrada

uma área de cerca de 1 ha para a montagem de um banco forrageiro. Neste contexto foi montado um

banco forrageiro misto composto por kirkiria acuminata, Leucaena leucocéfala e leucaena pálida

sendo esta última introduzida pela primeira vez na estação.

Foi aumentado o número de seringueira e leucaenas no viveiro com vista a expandirir o campo

definitivo. Foram replantadas 34 morringueiras, 24 seringueiras e 40 leucaenas. No mês de Abril

realizou-se a sementeira de leguminosas (Sirato e clitória) tendo havido uma percentagem de

germinação baixa de cerca de 40% e 10% respectivamente que se deveu ao fraco poder germinativo

das sementes.

Relatório anual das actividades CZS

51

Neste momento o sector possui no viveiro cerca de 261 seringueiras e 96 leucaenas. No campo

definitivo possui cerca de 308 seringueiras, 220 leucaenas e 320 morringueiras. Na cultura da

mandioca forrageira possui cerca de 500 m2 de variedade doce e 85 m2 da amarga. Estas duas

variedades estão em multiplicação com vista a produção de mais estacas e incremento da área.

Foi desarbustivada uma área de 24 ha usando-se machado e catana.

No âmbito das reabilitações foi reconstruída uma manga de tratamentos, reabilitado um cercado da

periferia e vedado parcialmente o exterior.

3.5.3 – Finanças

33..44..33..11 -- EExxeeccuuççããoo ff iinnaanncceeii rraa ddooss PPAAAAOOss

Quadro31 - Execução financeira - 2006

Valor alocado Valor gasto Saldo

314.412,00 261.372,00 5.304,00

89% do valor gasto foi para rúbrica de salários e o resto foi para combustíveis, comunicações, ajudas

de custo e outros bens não duradouros.

3.6 - Laboratório Regional de Veterinária – Gaza

O relatório informa sobre as actividades realizadas e as dificuldades atravessadas durante o ano de

2006, neste Laboratório.

Neste período os técnicos de Laboratório estiveram envolvidos nos trabalhos de colheita de amostras

de fezes, de esfregaços de sangue e soros, vacinações de gado bovino e no programa de controlo da

doença de Newcastle em colaboração com os Serviços Provinciais de Pecuária de Gaza, ainda tiveram

uma reciclagem sobre técnicas de diagnóstico laboratorial incluindo o diagnóstico de gripe das aves.

O ano foi marcado pelo enquadramento do dr. Avelino S. Nhate para o reforço do Laboratório no

processo de diagnóstico das causas de morbilidade e mortalidade dos animais a que este Laboratório

tem vindo a realizar, em contrapartida houve a transferência do Chefe do Laboratório para outro sector

a nível central, assim ficando em seu lugar o Substituto do Chefe “dr. Avelino Sebastião Nhate”.

Relatório anual das actividades CZS

52

No total foram colhidas 2 310 amostras que significa uma redução do volume de amostras em 14,9%

em relação ao ano passado, das quais 1255 para o diagnóstico Serológico, 953 para o diagnóstico

Parasitológico, 56 para o diagnóstico Patológico, 26 para o diagnóstico Bacteriológico, 20 para o

diagnóstico Virulógico, nos sectores privado e familiar. Grande parte destas amostras foi processada

localmente e as destinadas ao diagnóstico bacteriológico e virulógico foram enviadas ao Laboratório

Central (D.C.A.) para a confirmação da Suspeita.

3.6.1 – Diagnóstico de rotina

a) Serologia

A problemática de renitência em abater os animais positivos ao diagnóstico de brucelose no sector

familiar continua a ser um grande transtorno no processo de controle e erradicação desta doença na

província em referência e leva ao aumento de casos de abortos por esta doença.

O volume de amostras colhidas neste período foi de 1258 amostras de soros de bovinos para o despiste

das causas de abortos e prospecção da brucelose em diferentes sectores de produção na província de

Gaza, em colaboração com os SPP o que significou uma redução na ordem de 2,9%. Das amostras

colhidas e processadas foram registados 269 casos positivos ao diagnóstico de brucelose pelo método

de rosa de bengala, o que significa cerca de 19% de seroprevalência. Estes resultados foram

considerados alarmantes, pois os animais prospeccionados não foram vacinados contra Brucelose e

alguns tem história de abortos no terceiro terço do período de gestação.

Até ao momento a principal causa de abortos registada como resultado de diagnóstico neste

Laboratório é a brucelose e em pequeníssima escala já se registou a babesiose como causa de aborto,

faltam ainda condições técnicas para o diagnóstico de outras doenças que causam abortos noutros

estágios de gestação.

Ver em anexo tabela “ SEROLOGIA ”

a) Parasitologia

O diagnóstico Parasitológico goza de vantagem da simplicidade em relação a maioria dos exames

realizados no Laboratório, contudo os produtores pouco solicitam este exame para os orientar nos

problemas que enfrentam nas unidades de produção cesados por parasitismo.

Relatório anual das actividades CZS

53

O período em análise conheceu uma redução em 26,1% em relação ao ano de 2005. Assim o volume

de amostras colhidas e processadas foi de 953 em diferentes espécies. Das amostras colhidas, 571 de

fezes, 350 de esfregaços de sangue, 10 de esfregaços de cérebro, 1 cabeça ovina e 19 amostras de

carraças no âmbito do estudo de distribuição de carraças para o diagnóstico parasitológico, no sector

familiar, em colaboração com os SPP.

As amostras colhidas foram processadas localmente e registaram 20 espécies distribuídas de seguinte

maneira:

Amostras de Fezes:

262 Casos de Estrongilídeos

32 Casos de Oocysto de Eimeira sp

13 Casos de Moniezia benedeni

14 Casos de Strongyloides sp

3 Casos de Dipylidium caninum

2 Casos de Ancilostoma canni

Esfregaços de sangue:

65 Casos de Anaplasma marginale

14 Casos de Theileira sp

2 Casos de Babésia bigémina

9 Casos de Anaplasma centrale

Esfregaços de cerebro:

10 Casos de Cowdria ruminantium

Cabeça

1 Caso de Oestrus ovis

Em anexo o “Mapa de Resultados de Diagnóstico Parasitológico”

Na classificação de carraças, o resultado revelou muitos casos de Riphicephallus sp e de Amblyoma sp.

Relatório anual das actividades CZS

54

b) Patologia

Para o sucesso deste sector de diagnóstico, o Laboratório necessita de uma grande colaboração dos

criadores e técnicos das unidades de produção. Neste sector foram realizadas 56 necropsias em

diferentes espécies no sector familiar, em colaboração com os SPP de Gaza. Este volume corresponde

a uma redução na ordem de 34,9% em comparação com o do ano 2005. Das amostras colhidas no

âmbito das necropsias as destinadas para o diagnóstico Parasitológico foram processadas localmente e

as restantes enviadas ao Laboratório Central para confirmação da suspeita.

As principais causas de mortalidade diagnosticadas neste sector apontam para doenças transmitidas

por carraças e doenças infecto-contagiosas. Os resultados revelaram:

7 casos de Cowdriose;

4 Casos de Peste Suína Africana;

2 casos de Doença de Newcastle;

1 Caso de raiva canina;

1 Caso de tuberculose bovina; e

1 Caso de traumatismo.

De lamentar que algumas amostras enviadas ao Laboratório Central não tem resultados.

Ver o anexo a tabela “ PATOLOGIA ”.

c) Bacteriologia

No âmbito de diagnóstico de doenças bacterianas houve um crescimento do volume de amostras

colhidas para o despiste das causas de mortalidade e morbilidade dos animais de criação. Em relação

ao ano passado houve um aumento na ordem de 333,33 % em relação ao ano passado. No total foram

colhidas 26 amostras para o diagnóstico de doenças bacterianas.

Das amostras colhidas 15 foram em esfregaço de sangue com suspeita de Carbunculum hemático e 11

amostras de vísceras com suspeita de tuberculose bovina.

Os resultados revelam:

2 Casos de Tuberculose bovina;

2 Casos de broncopneumonia crónica;

Relatório anual das actividades CZS

55

1 Caso de Carcinoma colangio celular

Negativo o diagnóstico de C. hemático.

Ainda se aguarda o envio de resultado de 3 amostras pelo Laboratório central.

d) Virulogia

Apesar do surto de peste suína que se registou na Província o volume de amostras colhidas para o

despiste de doenças virais teve uma redução considerável na ordem de 42,9 % em relação ao ano

passado. No total foram colhidas 20 amostras para o diagnóstico.

As amostras foram enviadas ao Laboratório Central para a confirmação da suspeita.

Os resultados revelaram:

8 casos de peste suína;

1 caso de raiva;

3 casos de doença de Newcastle;

3.6.2 - Execução Orçamental

Durante o ano de 2005 foram facturados e cobrados 560,00Mt como resultado de diagnóstico de rotina

e foi depositado na conta de FFA.

Para a realização das diferentes actividades e aquisição de reagentes e consumíveis o Laboratório

funcionou com fundos do PROAGRI alocados via Centro Zonal Sul segundo o PAAO 2006, como

está abaixo mencionado:

Orçamento Aprovado ------------------684,020,00 MT

Está em processo o encerramento de conta do LRV pela direcção do Centro Zonal, assim não é

possível descrever a informação sobre os valores desembolsados, valores utilizados e o saldo por

devolver.

3.6.3 - Dificuldades

A demora de envio de resultados das amostras enviadas para exame de confirmaçao de suspeita no

Laboratório central.

Relatório anual das actividades CZS

56

A irregularidade de fornecimento de água corrente pela Empresa de Águas de Xai-Xai que

comprometeu de certa forma o funcionamento do Laboratório e a falta de reagentes em geral.

A demora no desembolso de fundos está sempre a comprometer a realização de actividades do

Laboratório.

3.6.4 - Recursos humanos

Este Laboratório trabalhou com 5 técnicos dos quais 2 técnicos superiores, 2 técnicos médios, 1

técnico básico e 1 servente. Dos técnicos médios do Laboratório 1 está autorizado a frequentar curso

superior com início no ano 2007 (Gedeão António Macanze ).

3.6.5 - Meios Circulantes

1 Viatura NISSAN HARDBODY (MME 99-75) - afecta ao Laboratório Regional em 2000,

operacional.

1 Viatura NISSAN HARDBODY (MMF 90-51) - afecta ao Laboratório Regional em 2005,

operacional.

1 Motorizada – Honda Xl 125 ( 2003) – avariada;

3.6.6 – Perspectivas

Extensão das actividades para a Província de Inhambane no âmbito de investigação Veterinária;

divulgação da situação sanitária das 3 províncias em boletins periódicos de produção local.

Aquisição de meios de cultura para o diagnóstico de doenças baterianas como forma de rentabilizar os

meios e reduzir o tempo de resposta de diagnóstico.

4 – Visitas realizadas

4.1-Visita à Província da Zambézia

A visita teve como objectivo principal a Monotoria e Avaliação do progresso referente a

implementação das actividades para 2007 no âmbito do Projecto de Irrigação de Pequena Escala

(SSIP).

Relatório anual das actividades CZS

57

Tecnologias disponibilizadas para a melhoria do rendimento das culturas. Contudo, pensamos que esse

problema pode ser ultrapassado desde que haja uma boa planificação no futuro a qual deve envolver

camponeses.

No dia 4 de Outubro de 2006, houve um encontro de análise e discussão das observações feitas nas

visitas de campo sobre o andamento do projecto.

Durante o encontro, foram feitas apresentações das actividades decorridas até ao momento, incluindo

os resultados, pelos respectivos coordenadores provinciais.

As apresentações acima suscitaram alguns pontos que foram levados a análise e discussão cujos

comentários dos participantes podem ser vistos na acta em anexo.

E importante enfatizar aqui, o facto de alguns dos pontos fazerem menção as abordagens das

componentes: Transferência de Tecnologias, Formação ou Treinamento, Documentação e

comunicação, o que levou a concluir que estas componentes devem ser consideradas como prioritárias

na planificação do SSIP para 2007.

Para terminar recomendamos que no futuro haja envolvimento de técnicos da DFDTT, os quais devem

fazer parte das actividades a serem programadas.

4.1.1- Acta do encontro da reunião do SSIP na Zambézia

Acta do encontro da equipe técnica que efectuou a visita de trabalho de monitoria e avaliação a

implementação do SSIP, no Distrito de Gurué na Zambézia.

Realizou-se das 08:50 ás 19:00h do dia 4 de Outubro de 2006, na sala de reuniões da Direcção

Distrital dee Agricultura do Gurué na província da zambézia um encontro com a seguinte agenda:

Apresentação das actividades do SSIP pelos coordenadores ( zona sul, centro e nordeste);

Apresentação pelo coordenador nacional do SSIP;

Análise da reacção da DNSA/MINAG/BAD sobre o relatório das actividades do projecto SSIP;

Identificação dos principais aspectos a tomar em consideração no desempenho do papel do IIAM,

no projecto SSIP nas diferentes vertentes.

A descrição a seguir, sobre os pontos acima levados na discussão reflectem um concesso dos

participantes.

Relatório anual das actividades CZS

58

Ponto-1- papel dos centros zonais na coordenação e implementação das actividades do SSIP.

Os directores dos centros zonais devem acompanhar e fazer monitoria de todas as actividades

ligadas ao SSIP junto dos respectivos coordenadores e equipes técnicas locais no âmbito da

estrutura do IIAM.

Deve haver uma orientação da direcção geral do IIAM sobre area de jurisdição dos centros zonais

sul, centro, Norte no âmbito do SSIP.

Ponto 2- Abordagens, metodologias, amostragem, solos, transferência de tecnologias, género e

HIV/SIDA

Os pacotes tecnológicos a serem transmitidos devem ser bem desenhados, isto é, de acordo com a

realidade de cada grupo, chamando assim atenção ao factor diversidade na actuação dos diferentes

grupos.

Maior número de demonstrações, introdução de novas culturas

Ponto 3- Formato de apresentação dos resultados

O formato da apresentação dos resultados dependerá do grupo alvo.

Normas técnicas na apresentação das brochuras, panfletos, pósteres manuais, etc.

Os técnicos da transfêrencia de tecnologia devem desenvolver a a interacção no campo de modo a

suscitar outras sensibilidades.

Ponto 4 – Planificação 2007

A planificação deve ser feita com base no resumo dos planos provinciais e deve-se ter em conta

aspectos ligados ao fracasso devendo ser re-planificados pois certamente haverá mobilização de

fundos não previstos para este fim.

Deve-se incluir as ideias dos produtores pois muitas vezes ilucidam as condições sócio-económicas

(papel do CESE) as quais podem constituír constragimentos, não só também podem tomar atenção

sobre zonas propensas à inundações no período chuvoso. Estes também podem ajudar na tomada

de decisões sobre as culturas a serem produzidas.

Há necessidade de se priorizar a componente formação no plano de 2007.

Relatório anual das actividades CZS

59

Ponto-5 – Abordagens: Formação ou Treinamento

É necessário que se faça uma abordagem em termos de custo – benefício ou seja vantagem e

desvantagens da adopção de uma determinada tecnologia.

A formação deverá abranger um de cada camponês o qual fará réplica para os outros na presença

do técnico numa primeira fase.

Ponto 6 – Relatório anual 2005

Todo esforço tem que ser empreendido no resgate de informação para finalizar o relatório anual de

2005.

Ponto7 – Parceiros e colaboração

Deve haver uma articulação a todos domínios entre os DDAs e DPAs e o grupo de coordenação do

SSIP com reforço dos Dczs conforme foi referido no ponto – 3 onde se previlegia o protagonismo

dos Dczs.

A direcção do IIAM deverá flexibilizar os encontros para a apresentação formal dos Directores dos

CZ’s.

Ponto 8 – Organização do projecto

Na organização do projecto deve haver equipes de trabalho pré definidas em cada grupo de

coordenação.

Deve-se elaborar propostas de novos formatos de gestão do projecto os que se adequam a realidade

de cada zona.

4.2 – Visita às Unidades Experimentais

Decorreu de 10 a 30 de Novembro visita as Unidades Experimentais, convista a apresentação do

programa das visitas do Director do Centro assim como para o acompanhamento de actividades em

curso nas Unidades.

4.2.1 – Centro de Formação Agrária de Maniquenique

No dia 10 de Novembro.

Relatório anual das actividades CZS

60

Este Centro localiza-se no distrito de Chibuto nesta província de Gaza, com o objectivo de

acompanhar o processo deste Centro de Formação ao Centro Zonal bem como as actividades do IIAM

na região.

Fizeram parte da visita:

NOME FUNÇÃO INSTITUIÇÃO

Hortêncio Pedro Comissal Director IIAM/CZS

Beatriz Júlio Muchate Chefe do DAF IIAM/CZS

Hilário Silvestre Muchanga Técnico de formação IIAM/CZS

Paula Pimentel Directora IIAM/DFTT

Chale Administrativo IIAM/DFTT

Filimone Chefe de formação IIAM/DFTT

Paulo Munembe Chefe do CFA DPA Gaza

Octavio Muhate Ex-chefe do CFA DPA Gaza

O encontro começou com a intervenção da Directora da DFTT, Dra Paula Pimentel falando sobre as

acções do centro de formação dentro do centro zonal e do IIAM; e em seguida a intervenção do

Director do Centro Zonal

a) Actividades em Curso

Dado a diversas dificuldades para o seu funcionamento, tais como:

Estado degradado das instituições.

Incapacidade de absorção de um número maior de alunos nas salas de aulas.

Falta de fundos sob gestão do próprio ( fundos centralizados na DPA- Gaza).

c) Recursos Humanos

O centro funciona com uma equipa composta por:

Director

Administrativo do nível básico.

Condutor de veículos.

Observador de meteorologia.

Guardas

Auxiliares de agropecuária.

Relatório anual das actividades CZS

61

d) Acções a seguir

Acelerar o processo de integração do Centro de Formação junto da DPA de Gaza.

Pessoal existente

Aspecto legal Institucional do CFA

Património

Situação financeira – Regularização de assinaturas na conta receitas.

e) Acções administrativas

Levantamento do património existente,

Levantamento das necessidades em equipamento de escritório, ( possibilidade de se adquirir algum

equipamento do Ex-CFA Maputo.

Delineamento de responsabilidades da DPA Gaza como um dos parceiros directos e o centro zonal

como gestor da Unidade.

Cabe a DPA Gaza e o CFA entidades que negociaram a instalação da empresa construtora CMC, sobre

as infra-estruturas abandonadas por esta aquando a sua retirada apos a conclusão das obras.

f) Planos de formação

Acções:

Existência do plano anual de actividades e orçamentos (PAAO/ 2007),

Proposta do quadro de pessoal submetida ao IIAM,

Elaboração de um plano de oferta de cursos e revitalização do CFA,

Estabelecimento de parceria com a INCAJU para ministração de aulas de enxertia do cajueiro,

Delinear um plano de formação na área de investigação para as associações de camponeses em

coordenação com o INCAJU, como entidade financiadora desta acção,

Identificar áreas de formação na província de Gaza, através de módulos preparados pelos

formadores, Ex: Regadio de Pequena Escala no material de produção e agro-processamento,

Metodos de extensão através dos técnicos da DPA de Gaza.

4.2.2- Visita a Estação Agrária de Umbeluzi

Foi visitada em 29 de Novembro de 2007.

Relatório anual das actividades CZS

62

É uma Unidade Experimental situada no Distrito de Boane na província de Maputo.

Fizeram parte desta visita:

Hortêncio Pedro Comissal -------Director do Centro zonal.

Beatriz J. Muchate ------------ --Chefe DAF do centro zonal.

Esta estação tem um efectivo de 90 trabalhadores entre auxiliares de agro-pecuária, elementares e os

do antigo Projecto SARRNET, com uma equipa técnica composta por 4 técnicos superiores incluíndo

a chefe da estação e 10 técnicos médios.

A visita começou com um breve informe das actividades em curso naquela Estação, através da Chefe

daquela Unidade apresentando os sectores e um sub-sector que é o de Ricatla.

-- RReeccoommeennddaaççõõeess

Uma gestão participativa de fundos envolvendo os técnicos,

Encontros regulares com os técnicos e os trabalhadores,

Elaboração de projectos para desenvolvimento da Instituição a serem submetidos ao MCT, USAID

e outros organismos,

Produção de receitas para minimizar as dificuldades de combústivel e comunicações (fax e

internet),

Renovação de pomares introduzindo novos materiais ( Brazil e RAS),

Investigação participativa envolvendo Associações de Cooperativas,

Acompanhamento conjunto ( entre técnicos) na gestão de Projectos e receitas,

Instalação de credilec nas residências dos trabalhadores,

Observância de regras de assistência médica e medicamentosa.

Aquisição de fardamento e calçado e material de protecção e desinfecção para o ano 2007.

Aquisição breve de medicamentos veterinários através do PAAO/2006.

-- CCoonnssttrraaggiimmeennttooss

Avaria da electrobomba que dificulta a execução de actividades.

Falta de meios de equipamento de trabalho.

Relatório anual das actividades CZS

63

44..22..33-- VViissii ttaa aa EEssttaaççããoo ZZooootteeccnniiccaa ddee MM aazziimmuucchhooppeess

A 30 de Novembro, realizou-se uma visita a esta Unidade Experimental sediada neste distrito de

Chókwè na província de Gaza.

Fizeram parte:

Doutor Hortêncio Pedro Comissal - Director do Centro Zonal.

Beatriz Júlio Muchate - Chefe do DAF do centro Zonal

Dra Maria Elisa Chavana - Directora da Direcção de Planificação, Administrativa e Finanças.

Dra Rosa Costa - Directora da Direcção de Ciencias Animais.

Dr. Horta - Técnico Superior da DCA afecto na EZC.

Recursos Humanos

Tem um total de:

22- Funcionários,

15- Contratados pagos p/ PROAGRI,

Técnico superior ( chefe da Estação),

Técnico médio.

Com uma extensão: cerca de 8.000 ha,

Com uma manada de 350 cabeças de gado bovino, 30 caprinos e 7 búfalos,

Sectores de actividades: ( administração, Sector Agrícola e Pecuário).

Constatações

Falta de meios de transporte,

Falta de utensílios ( Enxadas e machados ), falta de fardamento e calçado,

Falta de atrelado.

Recomendações:

Contratação de um técnico florestal,

Selecção de animais ( touros e brucelicos) em coordenação com o Dr. Horta,

Melhorar as condições do tanque caracicida,

Melhorar o alinhamento e compasso nos viveiros de mandioqueira,

Transferência de viveiros para perto do rio.

Relatório anual das actividades CZS

64

Constrangimentos:

Dificuldades de maneio de gado devido a degradação da vedação que permite a invasão do gado,

contaminação de controle de brucelose.

Existência de mais machos e daí a necessidade de castrar

Falta de energia devido a altos custos de combústivel para sustentar a electrobomba.

44..22..44-- VViissii ttaa aa EEssttaaççããoo ZZoooottééccnniiccaa ddee CChhoobbeellaa

Neste local, a visita decorreu em dois dias; No dia 30 de novembro, faziam parte da visita:

Doutor Hortêncio Pedro Comissal – Director do centro zonal

Beatriz Júlio Muchate – Chefe do DAF do centro zonal

Drª Maria Elisa Chavana – Directora da Direcção de Planificação,Administrativa e Finanças.

Drª Rosa Costa – Directora da Direcção de Ciencias Animais.

Dr. Horta –Técnico Superior da DCA afecto na EZC.

No início o chefe da estação apresentou o Sr. Director do centro zonal e deu o informe sobre a EZC.

O Sr. Director do centro zonal usou da palavra, dando um informe sobre o centro zonal para o IIAM.

Apresentando a Directora de planificação, administração e Finanças.

Constatações:

Falta de capacidade de absorção de recursos humanos,

Necessidade de formação,

Exiguidade de meios financeiros, materiais e humanos,

Desembolsos tardios e irregulares,

Mau enquadramento nas carreiras profissionais,

Invasão arbustiva e degradação de cercados.

Recomendações

O CZS deve elaborar um plano de formação dos funcionários o qual terá em conta a assiduidade, o

desempenho e outros aspectos.

Apartir deste ano de 2006 deve- se começar a renovar a imagem de Chobela em todos aspectos.

CZS- rever a gestão de combustível de modo a verificar se há disperdício ou não.

Relatório anual das actividades CZS

65

Negociar com o Governo Provincial para enquadramento de contratados para se converter o valor

de salário para as actividades.

O departamemto de administração/ Recursos humanos deve se deslocar ao IPA para verificação

dos processos individuais dos funcionários da EZM e EZC para obtenção de dados do pessoal para

facilidade de seguimento de diversas questões, como é o caso de aposentação, enquadramento,

progressão e promoção nas carreiras profissionais,

Integração do pessoal contratado até antes de 1998, cujo o prazo finda a 31/12/2006,

O CZS deve urgentemente proceder a verificação dos saldos orçamentais.

Deve ainda o CZS mediar o assunto de título de propriedades da EZM junto aos organismos

componentes.

No dia seguinte 1 de Dezembro 2006 o Director do CZS e a Chefe do DAF do CZS na companhia do

chefe da EZC e do Dr. Enoque efectuaram uma visita ao património:

Banco de viveiros contendo plantas de moringueiras, amoreiras, acácias, leocaenas, clitore,

vectivera e sesbania.

Depósito de água por se reabilitar

Estábulos de gado de leite que possui uma sala de colecta de leite, 2 salas de processamento de

leite, salas de mungição manual a mecânica e uma sala de espera por se reabilitarem e contendo

uma siladeirs avariada,

Estábulo de gado de corte, este contempla uma sala para desmamados, tanque para pulverização e

submerção para vacas prenhas e desmamados por se reabilitar, uma enfermaria por se reabilitar e

duas balanças em que está avariada e necessitando de reposição.

Uma zona residencial com 5 casas para técnicos superiores por se reabilitarem parcialmente e

outras geminadas para técnicos médios e básicos,

Cural de Ovil e caprinos com duas enfermarias e uma sala para escritório,

Campos com um sistema de rega inoperacional que requer uma reabilitação de raiz,

4 estações de bombagem de água para rega dos campos de feno, apartir do rio incomáti,

Um campo de milho da variedade matuba e mucuna para produção de forragens enfrentando falta

de rega devido a avaria da motobomba, tendo o Sr. Director recomendado ao chefe da estação para

coordenar com a estação agrária de Chókwè para treinamento do técnico daquele sector, visto o

milho apresentar vários aspectos negativos tais como : Broca, ressementeira tardia ( após + ou – 30

Relatório anual das actividades CZS

66

dias), falta de observância de compasso entre linhas e plantas, número de semente por covacho ( que

varia de 3 a 5 graus por covacho), sementeira no meio de sulco, falta de adubação.

Currais de suínos que contempla uma maternidade com áreas de engorda e de cubrição e está em

curso um ensaio comparativo de ganho de peso usando milho sussuma e milho normal com a

variação de peso entre 3 a 5 Kg/semana,

Área de inseminação artificial com um tanque de tratamento necessitando de uma reabilitação.

g) Perspectivas

Ainda nesta área está previsto a instalação de um tanque de tratamento para pequenos ruminantes

(caprinos e ouvinos),

Montagem de escritório, ropeiro para os trabalhadores e um tanque de tratamento de água,

Estão em curso actividades de montagem de uma salsicharia com duas salas para fumanção e estender

o produto. Também visitou-se o edificio do centro de formação.