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Relatório Anual e Contas • 2017

Relatório Anual e Contas • 2017 - bna.ao8a6a999d-fd1c-4e78-a4c6-bae3be2c8c54}.pdf · Sumário Executivo 9 8 Relatório Anual e Contas • 2017 Em Janeiro de 2018, o FMI apresentou

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Relatório Anual e Contas • 2017

Av. 4 de Fevereiro, nº 151 - Luanda, AngolaCaixa Postal 1243

Tel: (+244) 222 679 200 - Fax: (+244) 222 339 125www.bna.ao

Mensagem do Governador ..............................................................................................................................6Sumário Executivo ..............................................................................................................................................8

PARTE I – CONTEXTO MACROECONÓMICO ...........................................................................................101. Economia Internacional .............................................................................................................................112. Economia Nacional .....................................................................................................................................16

PARTE II – SISTEMA BANCÁRIO ANGOLANO ........................................................................................273. Desempenho do sistema bancário angolano ........................................................................................284. Sistema de Pagamentos............................................................................................................................32

PARTE III – POLÍTICAS DO BANCO CENTRAL ...........................................................................................355. Política monetária e gestão de liquidez ..................................................................................................366. Mercado Monetário ...................................................................................................................................387. Política Cambial ...........................................................................................................................................428. Reservas Internacionais .............................................................................................................................459. Impactos das Operações de Mercado sobre a Base Monetária e agregados monetários ..........4710. Agregados monetários e a Balança de Pagamentos ........................................................................5011. Política de Prevenção do Branqueamento de Capitais e Financiamento do Terrorismo .............56

PARTE IV – Actividades relevantes do BNA ..............................................................................................5812. Actividades do Banco Nacional de Angola .........................................................................................5913. Organização ...............................................................................................................................................6114. Carteira de Projectos Corportativos .......................................................................................................6115. Regulação e Organização do Sistema Financeiro ..............................................................................6316. Gestão de Risco ........................................................................................................................................6417. Museu da Moeda .....................................................................................................................................7318. Relações Internacionais ..........................................................................................................................7319. Educação financeira .................................................................................................................................7520. Capital humano .........................................................................................................................................76

PARTE V – Demonstrações Financeiras .....................................................................................................79

PARTE VI – Notas anexas às Demonstrações Financeiras .....................................................................90

PARTE VII - Relatório e Parecer do Conselho de Auditoria ...................................................................184

PARTE VIII - Relatório do Auditor Externo ................................................................................................193

PARTE IX – Anexos .......................................................................................................................................198

PARTE X– Abreviaturas ................................................................................................................................206

Índice Geral

Gráfico 19: Vendas de divisas dirigidas por sector em 2017 (%) ...........................................................44

Quadro 6: Taxas de câmbio nos diversos mercados ................................................................................44

Gráfico 20: Reservas brutas e rácio de cobertura das importações ......................................................46

Quadro 7: Alocação por classe de activo a 31 de Dezembro de 2017 ..................................................47

Quadro 8: Base monetária ............................................................................................................................48

Painel 10: Reserva bancária - depósitos obrigatórios e livres ................................................................48

Gráfico 21: Emissão vs. Circulação monetária ..........................................................................................49

Quadro 9: Síntese monetária ........................................................................................................................50

Quadro 10: Agregados monetários .............................................................................................................51

Painel 11: Taxas de juro do crédito e dos depósitos no sistema bancário (em F.D.P.) ........................52

Gráfico 22: Conta corrente e suas componentes (USD milhões) ...........................................................53

Quadro 11: Principais produtos importados em 2017 (USD Milhões) ..................................................54

Gráfico 23: Principais países de proveniência das importações (USD Milhões) ................................55

Gráfico 24: Conta financeira e suas componentes (USD milhões) ........................................................56

Gráfico 25: Projectos ......................................................................................................................................63

Figura 1: Macro plan em execução .............................................................................................................64

Gráfico 26: Reclamações por tipo de bancos ............................................................................................66

Quadro 12: Reclamações por matérias ......................................................................................................67

Quadro 13: Estado das reclamações (valores absolutos) ........................................................................68

Gráfico 27: Volumes de processos de licenciamento de produtos ........................................................70

Gráfico 28: Volumes de processos de produtos e serviços .....................................................................70

Gráfico 29: Análise por tipologia ..................................................................................................................71

Gráfico 30: Volume total de processos por tipologia ................................................................................71

Gráfico 31: Volume total de processos por tipologia de IF ......................................................................72

Gráfico 32: Volume total de processos por tipos de produtos e estado de tratamento ....................72

Gráfico 33: Visitas ao museu da moeda por faixa etária, sexo e nacionalidade ................................73

Quadro 14: Eventos internacionais ..............................................................................................................75

Quadro 15: Apresentação por banda funcional/género ..........................................................................77

Quadro 16: Apresentação por tempo de serviço ......................................................................................77

Quadro 17: Apresentação por Formação Académica ..............................................................................78

Quadro 18: Apresentação por idade ...........................................................................................................78

Quadro 1: Produto Interno Bruto mundial (%) ...........................................................................................11

Gráfico 1: Crescimento per capita (%) ........................................................................................................12

Gráfico 2: Preços das commodities energéticas (USD) ...........................................................................15

Gráfico 3: Preços das commodities energéticas (Pontos) ........................................................................15

Painel 1: Taxas de crescimento do PIB real e PIB real por sectores de actividade (%) ......................16

Quadro 2: Estrutura percentual do PIB (Preços de 2002) .........................................................................17

Painel 2: Taxa de inflação e componentes do IPC de Luanda (% Variação homóloga) .....................18

Gráfico 4: Contribuição das classes na inflação de Luanda (P.P.) ...........................................................19

Gráfico 5: Variação acumulada anual - Produtos da cesta básica (%) .................................................19

Painel 3: Índice de preços no grossista (taxa de variação, %) ................................................................20

Painel 4: Componentes da inflação cheia ..................................................................................................21

Quadro 3: Receitas públicas .........................................................................................................................22

Gráfico 6: Impostos não petrolíferos (% do PIB) ........................................................................................23

Quadro 4: Despesas públicas .......................................................................................................................24

Gráfico 7: Despesas correntes (% do PIB) ..................................................................................................24

Gráfico 8: Saldos fiscais (% do PIB) .............................................................................................................25

Gráfico 9: Dívida pública (% do PIB) .............................................................................................................26

Painel 5: Estrutura do activo total (em %) ...................................................................................................29

Gráfico 10: Crédito vencido malparado sobre crédito total (%) ..............................................................29

Painel 6: Estrutura do passivo total (%) .......................................................................................................30

Gráfico 11: Rácios de liquidez geral e imediata (em %) ..........................................................................31

Gráfico 12: Rácio de solvabilidade ..............................................................................................................31

Quadro 5: Número e montante de operações processadas nos subsistemas do SPA .....................33

Gráfico 13: Evolução dos instrumentos de pagamento (número de operações) ................................33

Painel 7: Evolução das operações liquidadas no SPTR ...........................................................................34

Gráfico 14: Evolução da liquidez ..................................................................................................................38

Painel 8: Emissão e resgate de títulos em 2017 ........................................................................................38

Gráfico 15: Stock de títulos em 2017 ...........................................................................................................39

Gráfico 16: Taxas de juro no mercado primário (%) ..................................................................................40

Gráfico 17: Taxas de juro de política monetária (%) .................................................................................41

Painel 9: Evolução das taxas do MMI (%) vs. Volume transeccionado (Kz milhões) .........................42

Gráfico 18: Vendas de divisas (USD) ............................................................................................................43

Índice de Ilustrações

Mensagem do Governador do Banco Nacional de Angola 7

6 Relatório Anual e Contas • 2017

O ano de 2017 foi de dinamismo particular na vida interna do BNA, culminando nos dias 27 de Outubro e 3 de

Novembro do ano de 2017, com a alteração dos órgãos de governo do BNA por Sua Excelência, o Senhor Presidente

da República. Assim, ao apresentar o resumo e resultado da actividade do Banco Central no ano findo, importa-nos

referir que os mesmos reflectem, na sua essência, actos de gestão da administração cessante.

O ano de 2017 foi marcado pela recuperação dos níveis de actividade da economia mundial, suportada

principalmente pelas economias avançadas. As projecções mais recentes do Fundo Monetário Internacional

(FMI) apontam para um crescimento real da economia mundial na ordem dos 3,9% em 2017, cerca de 0,5 pontos

percentuais superior ao que se verificou em 2016, com estimativas de crescimento das economias avançadas a

rondar os 2,3%, superior aos 1,7% estimados para o ano anterior. Em termos das economias emergentes e em

desenvolvimento, o FMI aponta para um crescimento de 4,7% em 2017, uma melhoria de cerca de 0,3 pontos

percentuais face a 2016.

A região da África Subsariana deverá ter crescido 2,7% em 2017 (1,4% em 2016), destacando-se a recuperação

económica da Nigéria com um crescimento de 0,8% em 2017, após uma contracção em torno dos 1,6% em 2016,

resultado da implementação de um programa de ajustamento macroeconómico definido para compensar o impacto

da queda do preço do barril de petróleo em 2014.

Em Angola, estimativas para 2017 apontam para um crescimento real da economia de 1,1% (proposta do OGE 2018).

Durante o ano assistiu-se à inversão da trajectória da inflação, com o registo de uma taxa de 23,67% no final de

2017, uma redução significativa face à taxa de 2016 de 41,12%. A adopção de uma política monetária que procurou

adequar o nível da oferta monetária ao crescimento da economia, a manutenção de uma taxa de câmbio fixa e o

aumento da venda de moeda estrangeira para garantir a importação de bens e serviços foram as medidas adoptadas

pelo Banco Nacional de Angola para controlar a variação dos preços. Estas medidas contribuíram, entretanto, para a

redução das reservas internacionais brutas em USD 6.362,88 milhões ao longo de 2017, tendo-se fechado o ano com

um saldo de USD 17.989,66 milhões, equivalente a 6,85 meses de importações.

O sistema bancário angolano no final do ano registou um activo de Kz 10.912 mil milhões, um aumento de 1,5%

face a 2016. O desempenho do sistema foi afectado pelas condições macroeconómicas adversas, que resultaram na

Mensagem do Governador

redução da capacidade de reembolso dos empréstimos bancários por parte das famílias e empresas, espelhado no

aumento do crédito vencido, de 13,08% em 2016, para 28,78% em 2017.

Entretanto, foi notável o contínuo crescimento dos meios de pagamento electrónicos no ano em análise. O número

de Terminais de Pagamento Automático (TPA) matriculados no final de 2017 de 81.030 representa um crescimento de

27,8% face a 2016. Destaca-se também a crescente utilização da opção de pagamentos de serviços por via do canal

host-to-host, tendo-se registado ao longo de 2017, um crescimento de 124,2%, de 82 mil para 185 mil pagamentos

por mês.

Para 2018 foi adoptado pelo Executivo um Programa de Estabilização Macroeconómica com o propósito de melhoria

dos equilíbrios na economia e alcance dos objectivos de crescimento estabelecidos nos programas de governação.

A nova equipa de gestão do Banco Nacional de Angola iniciou assim o seu mandato focalizada na implementação

das acções do novo Programa de Estabilização Macroeconómica que lhe competem no âmbito das suas funções de

banco central. Entre estas acções destacam-se:

A alteração do regime cambial por via da flexibilização da taxa de câmbio, com o objectivo de encontrar um

novo equilíbrio entre a procura e a oferta de divisas na economia, concorrendo-se para a sustentabilidade da

economia a médio prazo;

A política monetária orientada para a desaceleração do ritmo de crescimento de preços na economia;

O reforço da solidez do sistema bancário por implementação plena das normas de Basileia II e a contínua

harmonização a padrões internacionais de gestão de instituições financeiras.

Com a sua implementação, o Banco Nacional de Angola pretende consolidar o processo de desaceleração da

inflação, estabilizar o mercado cambial e reforçar a solidez do sistema bancário.

Sumário Executivo 9

8 Relatório Anual e Contas • 2017

Em Janeiro de 2018, o FMI apresentou a revisão das estimativas de 2017 e previsões para 2018. Em 2017, prevê-

se uma taxa de crescimento mundial de 3,70% e para 2018 de 3,90%. O Outlook do FMI destaca, dentre as

economias avançadas, as contribuições para a melhoria do PIB mundial, da Alemanha, Coreia do Sul, Japão e EUA.

Adicionalmente, dentre as economias emergentes foi destacado o crescimento do Brasil, China e África do Sul. O

crescimento económico foi suportado sobretudo pelo aumento do investimento na Europa e América do Norte, pela

subida da produção industrial na Ásia e pelo aumento do índice de confiança do consumidor a nível mundial. Todavia,

para a África Subsaariana houve uma manutenção da taxa de crescimento económico em 2,70% em 2017; já para

2018, ocorreu uma revisão em baixa de 0,10 p.p. para 3,50% resultante da combinação da revisão em baixa da África

do Sul, apesar da revisão em alta da Nigéria.

No mercado das commodities energéticas, o preço do petróleo, em 2017, atingiu patamares observados em 2014,

rondando os 65,04 USD/barril em Dezembro de 2017, perspectivando-se a sua manutenção nestes níveis.

Naturalmente, o primeiro quadrante a ser afectado foi o das contas externas, onde o aumento do preço do petróleo

no mercado internacional elevou as exportações do crude em 10,33%. No entanto, essa evolução não se reflectiu no

aumento do fluxo de entrada de moeda estrangeira. A venda de divisas por parte do BNA permaneceu controlada,

tendo-se registado um aumento de 10,88%, representando uma média mensal de USD 1.018,30 milhões. A

manutenção de uma taxa de câmbio estável ampliou o desequilíbrio já existente entre a quantidade procurada e

oferecida de divisas, que culminou num aumento significativo da pressão cambial nos vários mercados. Porém, dado

a alocação das divisas pelos sectores prioritários, estas aumentaram cerca de 2,36% face a 2016. As Reservas

Internacionais Brutas diminuíram 26,13% em 2017 atingindo USD 17.989,66 milhões. O rácio de cobertura das

importações situou-se nos 7,64 meses de importações de bens e serviços, contra os 10,43 meses de importações no

final de 2016 continuando, no entanto, acima da meta da SADC, fixada em 6 meses de importações.

Sumário Executivo

Em termos de política fiscal, o ano corrente primou pela contenção das despesas correntes do exercício e maior

potenciação das receitas fiscais, não petrolíferas, em linha com o programa de reforma do sistema tributário.

Contudo, de acordo com a informação preliminar, o Saldo de Caixa Final do Tesouro Nacional foi sustentado em

grande parte por receitas de financiamento (41,00% dos fluxos financeiros), tendo a arrecadação efectiva da

receita fiscal registado uma queda de 16,48%. A dívida pública aumentou, passando para 71,04% do PIB em 2017,

principalmente devido à necessidade de tesouraria de curto prazo do Tesouro.

No âmbito das políticas macroeconómicas, no que toca à política monetária, ao longo de 2017, o BNA actuou

no mercado monetário de modo a restringir a liquidez no sistema bancário e atenuar as pressões inflacionistas

latentes na economia, focando-se em grande medida no controlo da Base Monetária (BM). Com efeito, a BM em

moeda nacional registou no período uma expansão de 8,29%. Para além disso, o BNA procedeu ao aumento da

sua taxa de juro de referência em 2 p.p., atingindo 18%, nível que não era alterado desde Junho do ano passado

e, adicionalmente, à redução da taxa de juro da Facilidade de Absorção de Liquidez a 7 dias para 0%. No mesmo

sentido, o BNA decidiu pôr termo à obrigação dos bancos comerciais de constituir cativos em moeda nacional para

efeitos de compra de divisas ao Banco Central, e alterou o mecanismo de constituição das Reservas Obrigatórias

em moeda nacional. Deste modo, o seu coeficiente em moeda nacional foi reduzido de 30% para 21%. A redução

do coeficiente de reservas obrigatórias e a alteração dos requisitos para a exigibilidade da mesma levou a um

aumento estrutural da procura por reservas bancárias, verificando-se um aumento efectivo das Reservas Obrigatórias

em numerário e uma redução das reservas livres. No Mercado Monetário Interbancário (MMI) o montante

transaccionado foi de 2.326,19 mil milhões, superiores a 2016 em 87,49% e a taxa LUIBOR na maturidade overnight fixou-se em 17,77%, após ter registado o valor mais baixo desde o início do ano (16,14%) em Novembro.

Parte I - Contexto Macroeconómico 11

Parte I - Contexto Macroeconómico

1. Economia Internacional

1.1. Estimativas para 2017 e 2018

Em Janeiro de 2018, o FMI apresentou as suas estimativas de 2017 e previsões para 2018 e 2019, apontando uma

taxa de crescimento do PIB mundial de 3,70% em 2017, valor acima do estimado em Outubro de 2017 (+0,10 p.p.)

e para 2018, o mesmo indicador foi revisto em alta em 0,20 p.p. para 3,90%. O Outlook do FMI destaca, dentre

as economias avançadas, as contribuições da Alemanha, Coreia do Sul, Japão e dos EUA para a melhoria do PIB

mundial. Para além disso, dentre os países emergentes foram destacados o Brasil, a China e a África do Sul. O

crescimento económico foi suportado sobretudo pelo aumento do investimento na Europa e América do Norte, pela

subida da produção industrial na Ásia e pelo aumento do índice de confiança do consumidor a nível mundial.

A taxa de crescimento das economias avançadas em 2017 foi estimada em 2,30%, superior em 0,30 p.p.

comparativamente às revisões de Outubro de 2017. Foi ainda revista em alta a taxa de crescimento para 2018

em 0,40 p.p. para 2,30%. Esta revisão em alta é reflexo do crescimento económico mundial observado em 2017

e do impacto esperado da reforma fiscal dos EUA, que deverá contribuir positivamente para o crescimento norte-

americano e nos seus parceiros comerciais, como o México e o Canadá.

Quadro 1: Produto Interno Bruto mundial (%)

2016 2017 2018 2019

CRESCIMENTO DO PIB (em %) Estimativas Previsões

Economia Mundial 3,20 3,70 3,90 3,90

Economias Avançadas 1,70 2,30 2,30 2,20

EUA 1,50 2,30 2,70 2,50

Zona Euro 1,80 2,40 2,20 2,00

Japão 0,90 1,80 1,20 0,90

Reino Unido 1,90 1,70 1,50 1,50

Economias Emergentes e em Desenvolvimento 4,40 4,70 4,90 5,00

Rússia -0,20 1,80 1,70 1,50

China 6,70 6,80 6,60 6,40

Índia 7,10 6,70 7,40 7,80

Brasil -3,50 1,10 1,90 2,10

África Subsaariana 1,40 2,70 3,30 3,50

Nigéria -1,60 0,80 2,10 1,90

África do Sul 0,30 0,90 0,90 0,90

Fonte: FMI, World Economic Outlook (Update), Janeiro de 2018

Todavia, para a África Subsaariana houve uma manutenção do crescimento económico em 2,70% em 2017. Para

2018, ocorreu uma revisão em baixa em 0,10 p.p. para 3,30% resultante da combinação da revisão em baixa da

África do Sul e revisão em alta para a Nigéria.

Parte I - Contexto Macroeconómico 13

12 Relatório Anual e Contas • 2017

Simultaneamente, em

Janeiro de 2018, o Banco

Mundial publicou o

relatório Global Economic Prospects, no entanto, com

previsões menos optimistas

do que as apresentadas

pelo FMI. Para 2017, as

estimativas apontam para

um crescimento global de

3,00% e de 3,01% para

2018. Este crescimento é

suportado, essencialmente,

pelo crescimento das

economias emergentes e

em desenvolvimento com uma taxa de 4,50% em 2018, destacando-se o papel dos exportadores de commodities.

O Banco Mundial conjectura uma melhoria do crescimento das economias exportadoras de commodities de 1,80%

em 2017 para 2,70% em 2018, salientando a importância do Brasil e da Rússia, que emergiram de uma recessão em

2017, suportada pelo aumento dos preços das commodities energéticas e um aumento do investimento.

No que toca à África Subsariana, estima-se um crescimento de 2,40% em 2017 depois de uma taxa de 1,60% em

2016 e 3,20% para 2018. Este incremento é sustentado por uma melhoria da actividade económica em Angola,

Nigéria e África do Sul, suportado, mais uma vez, por um melhoramento dos preços das commodities energéticas,

um aumento da produção petrolífera nigeriana e um forte crescimento da agricultura na África do Sul. Todavia, o

crescimento será mais fraco do que o esperado dado o baixo nível dos investimentos e um declínio esperado da

produtividade. Note-se que para 2018, o Banco Mundial antecipa um crescimento da economia angolana de 1,60%

apoiado no sucesso esperado da recente transição política, onde são esperadas reformas capazes de melhorar o

ambiente de negócios.

Dada a relação comercial entre China e Angola, importa reforçar que é esperado um arrefecimento da economia

chinesa, com um decréscimo da taxa de crescimento do PIB de 6,80% em 2017 e 6,40% em 2018, o que pode ter um

efeito negativo sobre as exportações de petróleo de Angola para aquele país.

1.2. Conjuntura de 2017

Em 2017, os Estados Unidos mantiveram a sua trajectória de recuperação económica reflectida em mínimos na taxa

de desemprego (4,10%) e uma taxa de inflação perto da meta (2,10%). Estes factos levaram a Reserva Federal, a

subir três vezes o intervalo da sua taxa de juro de referência (fechando em 1,25% -1,50%) e ao início da redução do

balanço da Reserva Federal (inversão do Quantitative Easing) a partir de Outubro. No entanto, o Dólar-americano

depreciou mais de 10% face ao Euro ao longo do ano, invertendo os ganhos que tinha apresentado desde 2014,

resultado da demora na efectivação de reformas propostas pela administração Trump e da recuperação económica

dos parceiros comerciais.

-4,00

-2,00

0

2,00

4,00

6,00

2016

2017

2018

2019

2016

2017

2018

2019

2016

2017

2018

2019

África Subsariana (SSA) Angola, Nigeria, e África doSul

SSA excl. Angola, Nigeria,e África do Sul

Média 2003-08

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

24,00 29,00

34,00

39,00 44,00

49,00

54,00 59,00

64,00

69,00

dez/14 jun/15 dez/15 jun/16 dez/16 jun/17 dez/17

USD/

MM

But

USD/

Barri

l

BRENT WTI GÁS NATURAL (Henry Hub)

130,00

150,00

170,00

190,00

210,00

230,00

250,00

270,00

290,00

310,00

330,00

dez/14 jun/15 dez/15 jun/16 dez/16 jun/17 dez/17

Índice de Preços de Alimentos da FAO

Índice de preços da carne

Índice de preços dos laticínios

Índice de preços dos cereais

Índice de preços do óleo Índice de preços do açúcar

- 4,00

- 2,00

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

PIB Total Sector Petrolífero Sector nãoPetrolífero

2014 2015 2016 (E) 2017 (E)

-15,00 -5,00 5,00 15,00 25,00 35,00 45,00

Agricultura

Pescas e derivados

Diamantes e Outros

Petróleo

Indústria Transformadora

Construção

Energia

Serviços Mercantis

Outros

2014 2015 2016 2017

Gráfico 1: Crescimento per capita (%)

Na Zona Euro, os ganhos do Euro face ao Dólar (de 1,05 para 1,20 EUR/USD) deveram-se à tendência decrescente da

taxa de desemprego (8,70%), à ascensão económica dos países mais debilitados pela crise da dívida soberana, com

destaque para Irlanda e Portugal. As expectativas para 2018 são de inversão do programa de estímulos económicos

do BCE (compra de títulos de dívida soberana).

A economia chinesa continua a apresentar níveis elevados de crescimento económico (6,80%), apresentando uma

subida da inflação ao longo do ano (fechando em 1,80%), não obstante a apreciação do Renminbi ao longo do ano,

que levou a que o excedente da Balança Corrente tenha atingido mínimos desde o início do milénio (1,40% do PIB).

Esta redução beneficiou o crescimento económico dos países parceiros. Quanto à política monetária, o Banco Central

mostrou-se prudente quanto ao excesso de alavancagem no sistema financeiro, não alterando, no entanto, a sua taxa

directora.

A combinação da melhoria do crescimento económico das principais economias alicerça a evolução positiva do preço

das commodities devido às expectativas de contínuo aumento do consumo.

Nos BRICS, destaca-se ainda a evolução da Rússia e do Brasil, que devido à subida do preço das commodities e

respectiva estabilidade cambial, registaram mínimos na taxa de inflação, fechando o ano com 2,50% e 2,95%,

respectivamente. Esta evolução dos preços levou os respectivos Bancos Centrais a reduzir as taxas de juro em 2,25

p.p. e 6 p.p., respectivamente, de forma a aumentar os estímulos a ambas as economias, tendo estas saído da

recessão em 2017.

O impacto da melhoria das commodities energéticas na evolução económica dos países da OPEP foi assimétrico,

enquanto os países da Península Arábica continuaram a registar inflação reduzida (Arábia Saudita: 0,40%) fruto da

taxa de câmbio fixa e dos elevados níveis de Reservas Internacionais, a Venezuela apresenta uma subida dos preços

hiperinflacionária, devido à escassez de moeda estrangeira.

Em África, a Nigéria mantém a sua tendência de desinflação (15,90%, menos 3 p.p. que no ano anterior) devido à

subida do preço do petróleo e à estabilidade cambial, apoiada no aumento das Reservas Internacionais em mais de

USD 6 mil milhões. Na África do Sul, a evolução positiva do Rand, baseada na subida do preço do ouro, proporcionou

a redução da taxa de inflação para 4,70% (menos 1,90 p.p. que em 2016), levando a que a Reserva Sul-Africana

reduzisse a sua taxa de juro de referência em 0,25 p.p. No Egipto, a inflação inverteu a subida resultante da

flexibilização cambial (atingindo um máximo de 32,95% em Julho), terminando o ano em 21,90%. Para tal, contribuiu

a avultada entrada de financiamento externo que levou a um aumento de mais de USD 10 mil milhões nas Reservas

Internacionais em 2017.

Nos países da SADC regista-se convergência para as metas de inflação, apoiadas pela estabilidade cambial e pela

subida do preço das commodities dos quais são exportadores, com destaque para a descida de 18,02 p.p. da inflação

de Moçambique (em Dezembro com 5,65%). A depreciação do Dólar permitiu que o Zimbabwe saísse da deflação e

convergisse para a meta da inflação da SADC. As excepções registaram-se na RDC (59,78% em Novembro) e Angola

(23,67% em Dezembro), que apesar de registarem diminuições da taxa de inflação ainda se encontram demasiado

afectadas pelo choque de 2014.

Fonte: Banco Mundial

Parte I - Contexto Macroeconómico 15

14 Relatório Anual e Contas • 2017

1.3. Mercado das Commodities

1.3.1. Commodities Energéticas

De acordo com a OPEP, a procura mundial de petróleo em 2017 foi revista em alta em 1,57 Mb/d, para uma média

anual de 96,99 Mb/d. Esta revisão foi, em grande parte, resultado da melhoria da actividade económica, acima do

esperado, na Europa e na China. Além disso, projecta-se para 2018 uma subida da procura de petróleo em cerca de

1,53 Mb/d para 98,51 Mb/d, sendo que as economias não-OCDE contribuirão com 1,24 Mb/d. Do lado da oferta,

o incremento dos países não-OPEP em 2017 foi revisto ligeiramente em baixa para 0,77 Mb/d, atingindo 57,79

Mb/d. Contrariamente, para 2018, foi revisto em alta para 1,15 Mb/d, impulsionado, principalmente, por maiores

expectativas de aumento da produção nos EUA e no Canadá, situando-se em 58,94 Mb/d.

Em 2018, espera-se uma maior produção de LNG por parte da OPEP em torno de 0,18 Mb/d, em comparação com 0,17

Mb/d de 2017.

No que toca às commodities energéticas, o ano 2017 foi bastante favorável. Em Dezembro de 2017, o preço do Brent

atingiu os 66,87 USD/barril, um valor que já não era registado desde finais de 2014. Note-se que em Janeiro de 2017

o petróleo foi negociado em média em 56,15 USD/barril, em 2017, o preço do Brent rondou os 54,75 USD/barril.

Dentre as causas que estão por detrás deste aumento de cerca de 10 USD/barril, destacam-se as seguintes:

a) Aumento do crescimento económico mundial, em especial da Zona Euro e China, e consequente aumento

da procura por petróleo.

b) Optimismo face aos ajustamentos na produção dado o acordo estabelecido entre os países membros da

OPEP e a Rússia e a expectativa constante de extensão do acordo.

c) Tensões políticas em vários países produtores desta matéria-prima, inclusive na Venezuela que afectaram

em grande escala a produção de petróleo da OPEP.

d) Desastres naturais como o furacão Harvey que levou ao encerramento temporário das refinarias nos EUA.

e) Redução das reservas petrolíferas nos EUA.

No entanto, o aumento mais do que esperado da produção norte-americana atenuou esta tendência.

Relativamente ao preço das ramas angolanas, estas apresentaram um comportamento semelhante ao preço do Brent,

sua referência, alcançando, em Dezembro de 2017, um valor de 65,04 USD/barril, o que representa um aumento em

termos anuais de 23,45%. Em média, em 2017, o preço das ramas angolanas rondou os 54,29 USD/barril. A evolução

dos preços em 2017 gerou expectativas de melhoria da conjuntura económica angolana. Quanto ao WTI, registou-se

um aumento menos acentuado de 11,18%, registando um preço de 57,94 USD/barril.

Para 2018, a Agência Internacional de Energia prevê um preço médio do Brent de 59,74 USD/barril. No entanto, os

analistas do Goldman Sachs são mais optimistas, prevendo um preço médio acima dos 80 USD/barril.

1.3.2. Commodities Alimentares

Em 2017, o índice de preços dos alimentos da Agência das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO),

situou-se em 169,80 pontos no final do ano, apresentando uma contracção acumulada de 0,28% apesar de registar

variações heterogéneas nas suas componentes. A contribuir para esta contracção destaca-se a contracção de

22,28% do preço do açúcar devido ao aumento da oferta tailandesa, já em sentido oposto, a carne e os cereais

aumentaram, 9,28% e 7,36%, respectivamente.

-4,00

-2,00

0

2,00

4,00

6,00

2016

2017

2018

2019

2016

2017

2018

2019

2016

2017

2018

2019

África Subsariana (SSA) Angola, Nigeria, e África doSul

SSA excl. Angola, Nigeria,e África do Sul

Média 2003-08

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

24,00 29,00

34,00

39,00 44,00

49,00

54,00 59,00

64,00

69,00

dez/14 jun/15 dez/15 jun/16 dez/16 jun/17 dez/17

USD/

MM

But

USD/

Barri

l

BRENT WTI GÁS NATURAL (Henry Hub)

130,00

150,00

170,00

190,00

210,00

230,00

250,00

270,00

290,00

310,00

330,00

dez/14 jun/15 dez/15 jun/16 dez/16 jun/17 dez/17

Índice de Preços de Alimentos da FAO

Índice de preços da carne

Índice de preços dos laticínios

Índice de preços dos cereais

Índice de preços do óleo Índice de preços do açúcar

- 4,00

- 2,00

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

PIB Total Sector Petrolífero Sector nãoPetrolífero

2014 2015 2016 (E) 2017 (E)

-15,00 -5,00 5,00 15,00 25,00 35,00 45,00

Agricultura

Pescas e derivados

Diamantes e Outros

Petróleo

Indústria Transformadora

Construção

Energia

Serviços Mercantis

Outros

2014 2015 2016 2017

-4,00

-2,00

0

2,00

4,00

6,00

2016

2017

2018

2019

2016

2017

2018

2019

2016

2017

2018

2019

África Subsariana (SSA) Angola, Nigeria, e África doSul

SSA excl. Angola, Nigeria,e África do Sul

Média 2003-08

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

24,00 29,00

34,00

39,00 44,00

49,00

54,00 59,00

64,00

69,00

dez/14 jun/15 dez/15 jun/16 dez/16 jun/17 dez/17

USD/

MM

But

USD/

Barri

l

BRENT WTI GÁS NATURAL (Henry Hub)

130,00

150,00

170,00

190,00

210,00

230,00

250,00

270,00

290,00

310,00

330,00

dez/14 jun/15 dez/15 jun/16 dez/16 jun/17 dez/17

Índice de Preços de Alimentos da FAO

Índice de preços da carne

Índice de preços dos laticínios

Índice de preços dos cereais

Índice de preços do óleo Índice de preços do açúcar

- 4,00

- 2,00

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

PIB Total Sector Petrolífero Sector nãoPetrolífero

2014 2015 2016 (E) 2017 (E)

-15,00 -5,00 5,00 15,00 25,00 35,00 45,00

Agricultura

Pescas e derivados

Diamantes e Outros

Petróleo

Indústria Transformadora

Construção

Energia

Serviços Mercantis

Outros

2014 2015 2016 2017

Gráfico 2: Preços das commodities energéticas (USD)

Gráfico 3: Preços das commodities energéticas (Pontos)

Fonte: Bloomberg

Nota: Gás Natural está expresso em USD/milhões de BUT

Fonte: FAO

Parte I - Contexto Macroeconómico 17

16 Relatório Anual e Contas • 2017

2. Economia Nacional

2.1. Sector Real 2.1.1. Actividade Económica

O ano de 2017 foi marcado pela retoma do desempenho da actividade económica, desencadeada pela relativa

melhoria na cotação internacional do preço do petróleo, a qual apresentou durante o período de 2015 e 2016 um

preço médio mensal a rondar os 45 USD/barril, aumentando ligeiramente em 2017 para 55 USD/barril. Os impactos

foram evidentes em todos os sectores da economia e segundo as estimativas mais recentes do Ministério da

Economia e Planeamento, aponta-se para um crescimento real do Produto Interno Bruto agregado de 0,90% em 2017,

sendo que este acomoda um crescimento real de 1,90% do Sector Não Petrolífero e um decréscimo de 1,00% do

Sector Petrolífero.

Estas estimativas tiveram como pressupostos uma taxa de câmbio média de 165,90 USD/Kz, um preço médio

do barril de petróleo de 48,40 USD/barril e uma taxa de inflação de 22,92%. Deste modo, a revisão efectuada

distanciou-se do crescimento previsto no Plano Nacional de Desenvolvimento (PND 2013-2017), de 4,30% para 2017.

Na base da evolução do PIB, esteve sobretudo, a contracção do sector petrolífero, tendo em conta a diminuição

da produção petrolífera de 638,20 milhões de barris para 631,60 milhões de barris em 2017. A quota de Angola,

decorrente do acordo da OPEP, situa-se em 1,67 milhões de barris por dia.

Por outro lado, o sector não petrolífero apresentou uma aceleração do seu ritmo de crescimento de 0,68 p.p.,

transversal à maioria dos sectores, sendo que as excepções dizem respeito ao sector da Agricultura e Construção. O

sector da indústria transformadora apresentou pelo terceiro ano consecutivo um crescimento negativo (-0,70% em

2017), o que pode justificar-se principalmente pelo período de ajustamento que ocorreu durante o ano, resultando na

redução das importações de matérias-primas, subsidiárias, peças de substituição, assistência técnica e pagamento

de salários de trabalhadores expatriados. Por outro lado, observaram-se outros constrangimentos relacionados com

a subida dos custos de produção, energia e combustíveis, bem como dos custos de capital por via do aumento das

taxas de juro activas.

Contudo, os sectores de Energia (mais 20,33 p.p.) e Diamantes e Outros (mais 3,36 p.p.) foram os sectores cuja

actividade económica mais acelerou.

Quadro 2: Estrutura percentual do PIB (Preços de 2002)

Estrutura Percentual (%) 2014 2005 2006(E) 2007(E)

Sector primário (%) 43,25 47,54 45,81 39,84

Agricultura 4,56 4,88 12,47 4,29

Pescas e derivados 2,09 2,36 0,35 1,56

Diamantes e Outros 1,74 1,84 2,46 3,06

Petróleo 34,86 38,46 30,53 30,93

Sector Secundário (%) 14,30 13,98 19,23 17,28

Indústria Transformadora 3,53 3,46 7,84 4,01

Construção 10,17 9,85 11,14 12,12

Energia 0,61 0,67 0,25 1,14

Sector terciário (%) 38,36 38,43 35,37 42,88

Serviços Mercantis 21,99 22,91 27,04 27,37

Outros 16,37 15,52 8,33 15,50

Fonte: INE, MINEP

2.2. Preços

O Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN), que inclui todas as províncias, registou uma taxa de inflação

homóloga de 23,67%, inferior à registada em Luanda. A inflação de Luanda situou-se em 26,26% tendo diminuído

15,69 p.p. face a 2016 (41,95%). O comportamento da inflação ao longo do ano poderá estar relacionado com o efeito

positivo das políticas, monetária e cambial, destacando-se o aumento da venda de divisas dirigidas aos importadores

de bens alimentares desde o segundo semestre de 2016, visando assegurar a oferta de bens alimentares essenciais,

na relativa estabilidade do mercado cambial e na contracção dos agregados monetários.

Todavia, em 2017, foi definida pelo Executivo uma meta de inflação de Luanda de 15,75%, sendo esta mais tarde

revista para 22,92%. Dada a taxa de inflação atingida, as classes de produtos que mais contribuíram para o desvio

da taxa de inflação1 foram, por um lado de forma positiva, as classes de Bens e Serviços Directos, de Alimentação

e Bebidas não alcoólicas e a de Vestuário. Por outro lado, as classes que contribuíram para um menor desvio foram

as classes Comunicações, Habitação e Electricidade e Transportes. Tal deveu-se, essencialmente, pela composição

destas classes, dado que em grande maioria são constituídas por preços administrados sujeitos a actualização no

ano anterior.

-4,00

-2,00

0

2,00

4,00

6,00

2016

2017

2018

2019

2016

2017

2018

2019

2016

2017

2018

2019

África Subsariana (SSA) Angola, Nigeria, e África doSul

SSA excl. Angola, Nigeria,e África do Sul

Média 2003-08

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

24,00 29,00

34,00

39,00 44,00

49,00

54,00 59,00

64,00

69,00

dez/14 jun/15 dez/15 jun/16 dez/16 jun/17 dez/17

USD/

MM

But

USD/

Barri

l

BRENT WTI GÁS NATURAL (Henry Hub)

130,00

150,00

170,00

190,00

210,00

230,00

250,00

270,00

290,00

310,00

330,00

dez/14 jun/15 dez/15 jun/16 dez/16 jun/17 dez/17

Índice de Preços de Alimentos da FAO

Índice de preços da carne

Índice de preços dos laticínios

Índice de preços dos cereais

Índice de preços do óleo Índice de preços do açúcar

- 4,00

- 2,00

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

PIB Total Sector Petrolífero Sector nãoPetrolífero

2014 2015 2016 (E) 2017 (E)

-15,00 -5,00 5,00 15,00 25,00 35,00 45,00

Agricultura

Pescas e derivados

Diamantes e Outros

Petróleo

Indústria Transformadora

Construção

Energia

Serviços Mercantis

Outros

2014 2015 2016 2017

Painel 1: Taxas de crescimento do PIB real e PIB real por sectores de actividade (%)

Fonte: INE e MINEP1 Para o cálculo das contribuições ao desvio foi construído um Índice de Contribuição para o Desvio da Meta de Inflação (ICMI) apresentado por

Martinez e Thiago Sevilhano (2015).

Parte I - Contexto Macroeconómico 19

18 Relatório Anual e Contas • 2017

Painel 2: Taxa de inflação e componentes do IPC de Luanda (% Variação homóloga) Gráfico 4: Contribuição das classes na inflação de Luanda (P.P.)

Gráfico 5: Variação acumulada anual - Produtos da cesta básica (%)

Fonte: INE

Fonte: INE

Fonte: BNA

0

1,00

2,00

3,00

4,00

0

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20,00

30,00

40,00

dez/14 jun/15 dez/15 jun/16 dez/16 jun/17 dez/17

Inflação Homóloga

Inflação Mensal

05,00

10,0015,0020,0025,0030,0035,0040,0045,00

010,0020,0030,0040,0050,0060,00

dez/14 jun/15 dez/15 jun/16 dez/16 jun/17 dez/17

Inflação Homóloga IPC Bens Alim. ProcessadosIPC Bens Alim. IPC Bens Alim. Não ProcessadosIPC Bens IPC Bens Industriais

0,005,00

10,0015,0020,0025,0030,0035,0040,0045,00

dez/14 jun/15 dez/15 jun/16 dez/16 jun/17 dez/17

Em p

.p.

Alim. Bebidas Não Alc. Bebidas Alc. E Tabaco Vestuário e Calçado

Hab., Água, Elect., Gás e Combust.

Mobil., Equip. Doméstico e Manutenção

Saúde

Transportes Comunicação Lazer, Recreação e Cultura

Educação Hóteis, Cafés e Restaurantes Bens e Serviços Diversos

55,99%

81,44%

44,03%

99,87% 100,06%

8,30%

75,11%68,86%

73,38%

108,06%

144,68%

75,67%81,62%

-8,82%-13,72%

26,28%

-3,76%

-19,58%

23,27%

-10,05%

12,65% 14,60%

-11,18% -10,00%

87,59%

19,35%

Açúcar a Granel

Arroz Corrente

Carne Seca de Vaca

Farinha de Trigo

Feijão Fuba de Bombó

Fuba de Milho

Leite em Pó(Nido)

Massa Esparguete

Óleo Alim. de Soja

Óleo de Palma

Sabão Azul

Sal Comum

- 40,00

- 20,00

0,00

20,00

40,00

60,00

80,00

100,00

120,00

140,00

160,00

dez/16 dez/17

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

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35,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

dez/14 abr/15 ago/15 dez/15 abr/16 ago/16 dez/16 abr/17 ago/17 dez/17

IPG Mensal

IPG Homólogo (dir.)

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

dez/14 abr/15 ago/15 dez/15 abr/16 ago/16 dez/16 abr/17 ago/17 dez/17

varia

ção

hom

ólog

a

IPG (Produtos Nacionais)

IPG (Produtos Importados)

0

1,00

2,00

3,00

4,00

0

10,00

20,00

30,00

40,00

dez/14 jun/15 dez/15 jun/16 dez/16 jun/17 dez/17

Inflação Homóloga

Inflação Mensal

05,00

10,0015,0020,0025,0030,0035,0040,0045,00

010,0020,0030,0040,0050,0060,00

dez/14 jun/15 dez/15 jun/16 dez/16 jun/17 dez/17

Inflação Homóloga IPC Bens Alim. ProcessadosIPC Bens Alim. IPC Bens Alim. Não ProcessadosIPC Bens IPC Bens Industriais

0,005,00

10,0015,0020,0025,0030,0035,0040,0045,00

dez/14 jun/15 dez/15 jun/16 dez/16 jun/17 dez/17

Em p

.p.

Alim. Bebidas Não Alc. Bebidas Alc. E Tabaco Vestuário e Calçado

Hab., Água, Elect., Gás e Combust.

Mobil., Equip. Doméstico e Manutenção

Saúde

Transportes Comunicação Lazer, Recreação e Cultura

Educação Hóteis, Cafés e Restaurantes Bens e Serviços Diversos

55,99%

81,44%

44,03%

99,87% 100,06%

8,30%

75,11%68,86%

73,38%

108,06%

144,68%

75,67%81,62%

-8,82%-13,72%

26,28%

-3,76%

-19,58%

23,27%

-10,05%

12,65% 14,60%

-11,18% -10,00%

87,59%

19,35%

Açúcar a Granel

Arroz Corrente

Carne Seca de Vaca

Farinha de Trigo

Feijão Fuba de Bombó

Fuba de Milho

Leite em Pó(Nido)

Massa Esparguete

Óleo Alim. de Soja

Óleo de Palma

Sabão Azul

Sal Comum

- 40,00

- 20,00

0,00

20,00

40,00

60,00

80,00

100,00

120,00

140,00

160,00

dez/16 dez/17

0,00

5,00

10,00

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0,00

1,00

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5,00

dez/14 abr/15 ago/15 dez/15 abr/16 ago/16 dez/16 abr/17 ago/17 dez/17

IPG Mensal

IPG Homólogo (dir.)

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

dez/14 abr/15 ago/15 dez/15 abr/16 ago/16 dez/16 abr/17 ago/17 dez/17

varia

ção

hom

ólog

a

IPG (Produtos Nacionais)

IPG (Produtos Importados)

0

1,00

2,00

3,00

4,00

0

10,00

20,00

30,00

40,00

dez/14 jun/15 dez/15 jun/16 dez/16 jun/17 dez/17

Inflação Homóloga

Inflação Mensal

05,00

10,0015,0020,0025,0030,0035,0040,0045,00

010,0020,0030,0040,0050,0060,00

dez/14 jun/15 dez/15 jun/16 dez/16 jun/17 dez/17

Inflação Homóloga IPC Bens Alim. ProcessadosIPC Bens Alim. IPC Bens Alim. Não ProcessadosIPC Bens IPC Bens Industriais

0,005,00

10,0015,0020,0025,0030,0035,0040,0045,00

dez/14 jun/15 dez/15 jun/16 dez/16 jun/17 dez/17

Em p

.p.

Alim. Bebidas Não Alc. Bebidas Alc. E Tabaco Vestuário e Calçado

Hab., Água, Elect., Gás e Combust.

Mobil., Equip. Doméstico e Manutenção

Saúde

Transportes Comunicação Lazer, Recreação e Cultura

Educação Hóteis, Cafés e Restaurantes Bens e Serviços Diversos

55,99%

81,44%

44,03%

99,87% 100,06%

8,30%

75,11%68,86%

73,38%

108,06%

144,68%

75,67%81,62%

-8,82%-13,72%

26,28%

-3,76%

-19,58%

23,27%

-10,05%

12,65% 14,60%

-11,18% -10,00%

87,59%

19,35%

Açúcar a Granel

Arroz Corrente

Carne Seca de Vaca

Farinha de Trigo

Feijão Fuba de Bombó

Fuba de Milho

Leite em Pó(Nido)

Massa Esparguete

Óleo Alim. de Soja

Óleo de Palma

Sabão Azul

Sal Comum

- 40,00

- 20,00

0,00

20,00

40,00

60,00

80,00

100,00

120,00

140,00

160,00

dez/16 dez/17

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

dez/14 abr/15 ago/15 dez/15 abr/16 ago/16 dez/16 abr/17 ago/17 dez/17

IPG Mensal

IPG Homólogo (dir.)

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

dez/14 abr/15 ago/15 dez/15 abr/16 ago/16 dez/16 abr/17 ago/17 dez/17va

riaçã

o ho

mól

oga

IPG (Produtos Nacionais)

IPG (Produtos Importados)

O comportamento decrescente dos preços ao longo do ano deveu-se à redução tanto na categoria de Bens (27,00%)

como dos Serviços (24,17%) inferior aos valores registados no ano anterior, de 45,03% e 33,87%, respectivamente.

Na categoria de Bens, os Bens Alimentares foram os que menos variaram (20,50%), em que a Ervilha em Lata, a

Couve e a Beringela aparecem no topo da lista com variações de 36,8%, 36,6% e 32,9%, respectivamente, seguido

dos Bens Industriais (36,75%), em que os produtos com variações mais elevadas foram as Sapatilhas (164,7%), os

Chinelos (115,4%) e os Sapatos para Crianças (84,2%).

No entanto, o panorama geral difere consideravelmente em termos de contribuições, tendo os Bens contribuído com

19,96 p.p. e os serviços com 6,30 p.p. para a inflação acumulada em 2017, comparando com os 32,59 p.p. e os 9,35

p.p. do final de 2016, respectivamente. Os Bens Alimentares registaram uma contribuição de 12,30 p.p., inferior ao

registado no ano anterior (26,18 p.p.), enquanto, que a categoria de Bens Industriais observou uma contribuição de

14,69 p.p., superior ao observado em 2016 (18,85 p.p.).

Frisa-se que a classe da Educação foi a que registou a variação mais elevada no período em análise (67,31%),

nomeadamente nos serviços de pagamento de inscrições, seguida da classe de Bens e Serviços Diversos (45,78%),

com especial destaque para a parcela dos serviços de cabeleireiros para senhoras e a classe de Vestuário e Calçado

(44,91%), onde os calçados, como as sapatilhas, os chinelos e os sapatos para crianças foram os que mais subiram.

Em termos de contribuição, verificou-se que em 2017, a classe de Alimentação e Bebidas Não Alcoólicas foi a que

apresentou a maior contribuição com 9,34 p.p., seguida das classes de Bens e Serviços Diversos (3,85 p.p.) e de

Vestuário e Calçado (3,17 p.p.).

Analisando a representatividade das classes, é possível verificar que a classe de Alimentação e Bebidas Não

Alcoólicas reduziu a sua representatividade na inflação total ao longo de 2017, invertendo a tendência do ano

anterior.

A Classe de Alimentação e Bebidas Não Alcoólicas possui o maior ponderador e regista frequentemente as maiores

contribuições. Foi analisada a evolução dos preços dos produtos que compõem o cabaz elementar de cosumo da

população, a Cesta Básica. Assim, observou-se, em 2017, uma diminuição da variação acumulada do preço médio,

face a 2016, de todos os produtos da Cesta Básica com excepção da Fuba de Bombó e do Sabão Azul que registaram

aceleração de preços. Em termos agregados, o preço médio da Cesta Básica aumentou 11,15% em 2017, abaixo

dos 70,77% de 2016. Destacaram-se os produtos como o Óleo de Palma, o Feijão e o Óleo Alimentar de Soja, que

registaram maiores desacelerações, em 154,68 p.p. (para -10,00%), 119,64 p.p. (para -19,58%) e 119,24 p.p. (para

-11,18%), respectivamente.

Parte I - Contexto Macroeconómico 21

20 Relatório Anual e Contas • 2017

Relativamente ao Índice de Preços no Grossista (IPG), ao longo de 2017 e à semelhança do IPC, este indicador

apresentou uma trajectória descendente ao evidenciar uma taxa de variação de 15,47%, contra os 29,85% registados

em 2016. Para esta evolução, contribuíram tanto as variações dos preços dos produtos nacionais com 15,51% em

2017, o que correspondeu a uma redução de 8,65 p.p. face a 2016, como a dos preços dos produtos importados em

cerca de 15,46%, ou seja, uma redução de 16,10 p.p. A partir de Outubro de 2017, registou-se uma convergência

entre a taxa de variação dos produtos nacionais e importados, dado que em 2017 não ocorreram ajustes cambiais.

Evolução do Núcleo de Inflação

O núcleo de inflação, medida desenhada para detectar mudanças de carácter dos preços, consiste na definição da

componente da inflação que é relevante para as decisões de política monetária. Tais mudanças podem ser causadas

por pressões de procura sobre a capacidade produtiva ou alterações nas espectativas de inflação.

Os indicadores que compõem o núcleo de inflação demonstraram, ao longo do ano de 2017, uma tendência

decrescente.

Com efeito, os indicadores da inflação cheia atingiram as seguintes taxas acumuladas face a 2016:

O Núcleo de Inflação variou 28,98%, inferior em 19,28 p.p.

Os Legumes e Tubérculos variaram 26,52%, menos 9,24 p.p.

Os Peixes e Mariscos variaram 23,03%, mais 0,52 p.p.

Os Produtos Administrados variaram 12,34%, menos 13,11 p.p.

Em termos de contribuição homóloga, o Núcleo da Inflação contribuiu com 20,87 p.p., representando 79,49%, os

Legumes e Tubérculos com 2,35 p.p., representando 8,95%, os Peixes e Mariscos s com 1,41 p.p., representando

5,38% e os Produtos Administrados com 1,62 p.p., representando 6,18%.

Segundo os dados analisados, verificou-se que todos os indicadores da inflação cheia apresentaram taxas de

variação acumuladas em 2017 inferiores às de 2016, excepto a componente Peixes e Mariscos que registou uma taxa

de variação acumulada superior à do ano anterior.

2.3. Sector Fiscal2.3.1. Política e Situação Orçamental

O ciclo de queda do preço do petróleo iniciado no segundo semestre de 2014 gerou impactos adversos na economia

nacional, levando o Executivo a adoptar uma série de medidas suportadas pelo Orçamento Geral do Estado (OGE).

Nesse sentido, o OGE de 2017 foi elaborado numa conjuntura fortemente impactada pelas incertezas, considerando

como pressupostos macroeconómicos o preço médio de petróleo de 46 USD/barril, exportações anuais de petróleo de

664,7 milhões de barris, uma taxa de câmbio média de USD/Kz 165,9 e uma taxa de crescimento real do produto de

2,1%, suportado pelo crescimento de 1,8% do sector petrolífero e 2,3% do sector não petrolífero.

Esta previsão apontava para uma ligeira recuperação da economia nacional relativamente ao ano anterior e uma

melhor performance do preço do petróleo, esperando-se um crescimento das receitas combinado com um maior rigor

na execução das despesas em especial as de capital, o que resultaria num défice orçamental de 5,8% do PIB.

Painel 3: Índice de preços no grossista (taxa de variação, %)

Painel 4: Componentes da inflação cheia

Fonte: INE

Fonte: INE e BNA

0

1,00

2,00

3,00

4,00

0

10,00

20,00

30,00

40,00

dez/14 jun/15 dez/15 jun/16 dez/16 jun/17 dez/17

Inflação Homóloga

Inflação Mensal

05,00

10,0015,0020,0025,0030,0035,0040,0045,00

010,0020,0030,0040,0050,0060,00

dez/14 jun/15 dez/15 jun/16 dez/16 jun/17 dez/17

Inflação Homóloga IPC Bens Alim. ProcessadosIPC Bens Alim. IPC Bens Alim. Não ProcessadosIPC Bens IPC Bens Industriais

0,005,00

10,0015,0020,0025,0030,0035,0040,0045,00

dez/14 jun/15 dez/15 jun/16 dez/16 jun/17 dez/17

Em p

.p.

Alim. Bebidas Não Alc. Bebidas Alc. E Tabaco Vestuário e Calçado

Hab., Água, Elect., Gás e Combust.

Mobil., Equip. Doméstico e Manutenção

Saúde

Transportes Comunicação Lazer, Recreação e Cultura

Educação Hóteis, Cafés e Restaurantes Bens e Serviços Diversos

55,99%

81,44%

44,03%

99,87% 100,06%

8,30%

75,11%68,86%

73,38%

108,06%

144,68%

75,67%81,62%

-8,82%-13,72%

26,28%

-3,76%

-19,58%

23,27%

-10,05%

12,65% 14,60%

-11,18% -10,00%

87,59%

19,35%

Açúcar a Granel

Arroz Corrente

Carne Seca de Vaca

Farinha de Trigo

Feijão Fuba de Bombó

Fuba de Milho

Leite em Pó(Nido)

Massa Esparguete

Óleo Alim. de Soja

Óleo de Palma

Sabão Azul

Sal Comum

- 40,00

- 20,00

0,00

20,00

40,00

60,00

80,00

100,00

120,00

140,00

160,00

dez/16 dez/17

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

dez/14 abr/15 ago/15 dez/15 abr/16 ago/16 dez/16 abr/17 ago/17 dez/17

IPG Mensal

IPG Homólogo (dir.)

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

dez/14 abr/15 ago/15 dez/15 abr/16 ago/16 dez/16 abr/17 ago/17 dez/17

varia

ção

hom

ólog

a

IPG (Produtos Nacionais)

IPG (Produtos Importados)

0,0010,0020,0030,0040,0050,0060,00

dez/14 mar/15 jun/15 set/15 dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17

Variação Homóloga das Componentes da Inflação Cheia (em %)

Núcleo de Inflação Legumes e TubérculosPeixes e Mariscos Produtos Adminstrados

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

dez/14 mar/15 jun/15 set/15 dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17

Variação Mensal das Componentes da Inflação Cheia (em %)

Núcleo de Inflação Legumes e TubérculosPeixes e Mariscos Produtos Adminstrados

6,00

16,00

26,00

36,00

46,00

dez/14 mar/15 jun/15 set/15 dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17

Inflação Cheia vs Núcleo de Inflação (Variação Homóloga, em %)

Inflação Cheia Núcleo de Inflação

0,001,002,003,004,005,00

dez/14 mar/15 jun/15 set/15 dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17

Contribuição Mensal das Componentes da Inflação Cheia (em P.P.)

Núcleo de Inflação Legumes e Tubérculos

Peixes e Mariscos Produtos Adminstrados

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

dez/14 jun/15 dez/15 jun/16 dez/16 jun/17 dez/17

Contribuição Homóloga das Componentes da Inflação Cheia (em P.P.)

Núcleo de Inflação Legumes e Tubérculos

Peixes e Mariscos Produtos Adminstrados

0 0

0

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

2014 2015 2016 OGE 2017 2017 Est.

Outros impostosImpostos s/ o comércio internacionalImpostos s/ bens e serviçosImpostos s/ propriedadesImpostos s/ rend., lucros e ganhos de capitalNão petrolíferos

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

2014 2015 2016 2017 OGE 2017 Est.

Despesas com pessoalBens e ServiçosJurosTransferências CorrentesDespesas Correntes

- 6,57% - 6,99% - 5,90% - 5,28%

6,40%

- 1,47% - 0,23% - 0,66%

- 31,66%

- 14,00% - 12,40% - 10,68%

- 35,00- 30,00- 25,00- 20,00- 15,00- 10,00

- 5,00

5,00 10,00

2014 2015 2016 OGE Rev. 2017 Est.

Saldo Global (Compromisso)Saldo corrente

Saldo primário não petrolífero

21%36,7% 42,6% 39,5%

13%20,9%

29,3% 31,5%

34%

57,6%

71,9% 71,0%

010,0020,0030,0040,0050,0060,0070,0080,00

2014 2015 2016 2017 Prel.

Dívida Externa Dívida Interna Stock da Dívida Total

Parte I - Contexto Macroeconómico 23

22 Relatório Anual e Contas • 2017

No entanto, este OGE antecipava uma postura menos restritiva do governo comparativamente ao ano de 2016,

reflectindo-se num ligeiro aumento no rácio da dívida pública esperado (60% do PIB).

2.3.2. Receitas Públicas

Dados preliminares do Ministério das Finanças para 2017 apontam para um aumento da Receita Total de 12,19%,

suportado pela Receita Petrolífera com um peso em torno dos 52,35%, que registou um aumento de 24,09%. Por sua

vez, a Receita Não Petrolífera (38,22% do total) aumentou ligeiramente em apenas 1,37% da qual se perspectivava

um aumento em torno dos 39,28%. Este resultado está associado à fraca actividade económica que se registou no

sector não petrolífero.

Quadro 3: Receitas públicas

2016 OGE 2017 2017 Est. 2016 OGE 2017 2017 Est.

mil milhões de Kz % PIB

Receitas 2 899,97 3 667,82 3 253,48 17,40 18,57 17,73

Receitas Correntes 2 899,06 3 667,82 3 252,88 17,40 18,57 17,73

Impostos 2 599,31 3 404,04 2 946,75 15,60 17,24 16,06

Petrolíferos 1 372,58 1 695,46 1 703,21 8,24 8,59 9,28

Não petrolíferos 1 226,73 1 708,59 1 243,54 7,36 8,65 6,78

Impostos s/ rend., lucros e ganhos de capital 719,46 862,18 697,06 4,32 4,37 3,80

Impostos s/ propriedades 35,20 40,96 40,43 0,21 0,21 0,22

Impostos s/ bens e serviços 209,78 391,87 235,97 1,26 1,98 1,29

Impostos s/ o comércio internacional 89,40 186,36 114,28 0,54 0,94 0,62

Outros impostos 172,89 227,22 155,80 1,04 1,15 0,85

Contribuições sociais 158,70 172,86 166,53 0,95 0,88 0,91

Doações 1,84 - 4,30 0,01 - 0,02

Outras receitas 139,20 90,91 135,30 0,84 0,46 0,74

Receitas de capital 0,91 - 0,59 0,01 - 0,00

Fonte: Ministério das Finanças

O desempenho da execução das Receitas Não Petrolíferas (72,78%), por sua vez, foi consistente com o nível da

actividade económica que se mostrou abaixo das perspectivas em 1,0 pp. Porém, é de notar que a arrecadação de

Impostos sobre Propriedades, Bens e serviços e Comércio internacional aumentou em 14,85%, 12,49% e 27,83% face

ao ano de 2016, respectivamente, estando, no entanto, muito aquém da projecção. Como resultado, os Impostos Não

Petrolíferos representaram 6,78% do PIB abaixo do OGE em 1,9 p.p. Por sua vez, as Outras Receitas e as Receitas de

Capital reduziram 2,81% e 34,91%, respectivamente.

2.3.3. Despesas Públicas

As estimativas de 2017 indicam um aumento da Despesa Total de 19,46%, influenciado pelo aumento das Despesas

Correntes (16,75%) e de Capital (31,56%). O aumento das Despesas Correntes foi principalmente suportado pelo

aumento dos encargos com a dívida que registou um crescimento de 99,41% (atingindo um total de Kz 710,89 mil

milhões), sobretudo com a dívida externa (108,16%). Todavia, as Despesas com o Pessoal e com Bens e Serviços

também aumentaram em 6,87% e 15,12%, respectivamente, fruto do ligeiro ajuste salarial da função pública e do

provisionamento necessário ao sector social (saúde e educação) para o seu funcionamento normal.

Na estrutura das Despesas correntes apenas se verificaram taxas de execução elevadas nas Despesas com Juros

tanto externos como internos (145,37% e 148,07%, respectivamente), tendo as demais categorias de Despesas,

apresentado um grau de execução abaixo do previsto.

Apesar da melhoria da conjuntura económica observada ao longo do ano de 2017, a execução das receitas

em relação ao previsto no OGE, não esteve muito além da execução verificada em 2016. As estimativas para

2017 apontam para um grau de execução das Receitas Totais de 88,70% face ao OGE, na qual os Impostos Não

Petrolíferos foram executados em 72,78% face ao programado e os Impostos Petrolíferos executados em 100,46%

do valor orçamentado, resultante sobretudo da melhoria no preço do petróleo, que se fixou em média em 54,24 USD/

barril, acima da programação em 8,3 USD/barril apesar das quantidades exportadas terem diminuído em 0,10%.

Contribuíram também para a evolução das Receitas Correntes, mas em menor grau, as contribuições sociais que

evidenciaram uma taxa de execução na ordem dos 96,34%, as doações que não estavam previstas e as outras

receitas que evidenciaram uma taxa de execução na ordem dos 148,82%.

Gráfico 6: Impostos não petrolíferos (% do PIB)

Fonte: Ministério das Finanças

0,0010,0020,0030,0040,0050,0060,00

dez/14 mar/15 jun/15 set/15 dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17

Variação Homóloga das Componentes da Inflação Cheia (em %)

Núcleo de Inflação Legumes e TubérculosPeixes e Mariscos Produtos Adminstrados

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

dez/14 mar/15 jun/15 set/15 dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17

Variação Mensal das Componentes da Inflação Cheia (em %)

Núcleo de Inflação Legumes e TubérculosPeixes e Mariscos Produtos Adminstrados

6,00

16,00

26,00

36,00

46,00

dez/14 mar/15 jun/15 set/15 dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17

Inflação Cheia vs Núcleo de Inflação (Variação Homóloga, em %)

Inflação Cheia Núcleo de Inflação

0,001,002,003,004,005,00

dez/14 mar/15 jun/15 set/15 dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17

Contribuição Mensal das Componentes da Inflação Cheia (em P.P.)

Núcleo de Inflação Legumes e Tubérculos

Peixes e Mariscos Produtos Adminstrados

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

dez/14 jun/15 dez/15 jun/16 dez/16 jun/17 dez/17

Contribuição Homóloga das Componentes da Inflação Cheia (em P.P.)

Núcleo de Inflação Legumes e Tubérculos

Peixes e Mariscos Produtos Adminstrados

0 0

0

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

2014 2015 2016 OGE 2017 2017 Est.

Outros impostosImpostos s/ o comércio internacionalImpostos s/ bens e serviçosImpostos s/ propriedadesImpostos s/ rend., lucros e ganhos de capitalNão petrolíferos

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

2014 2015 2016 2017 OGE 2017 Est.

Despesas com pessoalBens e ServiçosJurosTransferências CorrentesDespesas Correntes

- 6,57% - 6,99% - 5,90% - 5,28%

6,40%

- 1,47% - 0,23% - 0,66%

- 31,66%

- 14,00% - 12,40% - 10,68%

- 35,00- 30,00- 25,00- 20,00- 15,00- 10,00

- 5,00

5,00 10,00

2014 2015 2016 OGE Rev. 2017 Est.

Saldo Global (Compromisso)Saldo corrente

Saldo primário não petrolífero

21%36,7% 42,6% 39,5%

13%20,9%

29,3% 31,5%

34%

57,6%

71,9% 71,0%

010,0020,0030,0040,0050,0060,0070,0080,00

2014 2015 2016 2017 Prel.

Dívida Externa Dívida Interna Stock da Dívida Total

Parte I - Contexto Macroeconómico 25

24 Relatório Anual e Contas • 2017

Quadro 4: Despesas públicas

2016 OGE 2017 2017 Est. 2016 OGE 2017 2017 Est.

mil milhões de Kz % PIB

Despesas 3 534,27 4 807,75 4 221,86 21,21 24,35 23,01

Despesas correntes 2 889,17 3 812,83 3 373,18 17,34 19,31 18,38

Remuneração dos empregados 1 396,91 1 613,82 1 492,83 8,38 8,17 8,14

Vencimentos 1 316,65 1 513,41 1 406,64 7,90 7,66 7,67

Contribuições sociais 80,26 100,41 86,20 0,48 0,51 0,47

Bens e serviços 624,06 1 034,84 718,40 3,75 5,24 3,91

Juros 356,49 484,16 710,89 2,14 2,45 3,87

Externos 155,23 222,28 323,13 0,93 1,13 1,76

Internos 201,26 261,87 387,75 1,21 1,33 2,11

Transferências correntes 511,71 680,01 451,05 3,07 3,44 2,46

Subsídios 160,93 291,88 112,25 0,97 1,48 0,61

Doações 8,24 - 9,56 0,05 - 0,05

Prestações sociais 295,65 200,78 241,29 1,77 1,02 1,31

Outras despesas 46,88 187,35 87,96 0,28 0,95 0,48

Despesas de Capital 645,10 994,92 848,68 3,87 5,04 4,62

PIP 634,32 994,92 838,78 3,81 5,04 4,57

Outros 10,77 - 9,90 0,06 - 0,05

Fonte: Ministério das Finanças

As Despesas com Juros da dívida externa e interna aumentaram significativamente devido à maior necessidade de

financiamento do Estado.

Diante da restrição orçamental que impõe a actual conjuntura, as Despesas relacionadas com as Transferências

Correntes, diminuíram 11,85% face ao ano anterior tendo executado apenas 66,33% do montante previsto no OGE.

Dentro desta rubrica, destaca-se a redução das Despesas com as Prestações sociais (18,39%) e dos Subsídios

(30,25%) face ao ano anterior, sendo este último, em virtude da continuidade à política iniciada nos anos anteriores

que visa a redução dos subsídios tanto dos preços como dos operacionais.

As Despesas de Capital (com uma taxa de execução de 85,30% face ao programado) evidenciaram, um aumento de

31,56% face ao período homólogo em resultado, sobretudo, da expansão das Despesas relativas aos Programas de

Investimento Público de 32,23%.

2.3.4. Saldos Fiscais e Financiamento

Os dados preliminares para o ano de 2017 apontam para um défice global (compromisso) de Kz 968,38 mil milhões,

correspondente a 5,28% do PIB, o que representa uma pior performance face a 2016 (3,8% do PIB), mas ligeiramente

em linha com o défice projectado no OGE (5,77% do PIB). Em termos gerais, este défice global menos profundo que o

esperado, resulta da execução das Despesas totais abaixo do previsto em 12,19 p.p.

Gráfico 7: Despesas correntes (% do PIB)

Gráfico 8: Saldos fiscais (% do PIB)

Fonte: Ministério das Finanças

Fonte: Ministério das Finanças

0,0010,0020,0030,0040,0050,0060,00

dez/14 mar/15 jun/15 set/15 dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17

Variação Homóloga das Componentes da Inflação Cheia (em %)

Núcleo de Inflação Legumes e TubérculosPeixes e Mariscos Produtos Adminstrados

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

dez/14 mar/15 jun/15 set/15 dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17

Variação Mensal das Componentes da Inflação Cheia (em %)

Núcleo de Inflação Legumes e TubérculosPeixes e Mariscos Produtos Adminstrados

6,00

16,00

26,00

36,00

46,00

dez/14 mar/15 jun/15 set/15 dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17

Inflação Cheia vs Núcleo de Inflação (Variação Homóloga, em %)

Inflação Cheia Núcleo de Inflação

0,001,002,003,004,005,00

dez/14 mar/15 jun/15 set/15 dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17

Contribuição Mensal das Componentes da Inflação Cheia (em P.P.)

Núcleo de Inflação Legumes e Tubérculos

Peixes e Mariscos Produtos Adminstrados

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

dez/14 jun/15 dez/15 jun/16 dez/16 jun/17 dez/17

Contribuição Homóloga das Componentes da Inflação Cheia (em P.P.)

Núcleo de Inflação Legumes e Tubérculos

Peixes e Mariscos Produtos Adminstrados

0 0

0

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

2014 2015 2016 OGE 2017 2017 Est.

Outros impostosImpostos s/ o comércio internacionalImpostos s/ bens e serviçosImpostos s/ propriedadesImpostos s/ rend., lucros e ganhos de capitalNão petrolíferos

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

2014 2015 2016 2017 OGE 2017 Est.

Despesas com pessoalBens e ServiçosJurosTransferências CorrentesDespesas Correntes

- 6,57% - 6,99% - 5,90% - 5,28%

6,40%

- 1,47% - 0,23% - 0,66%

- 31,66%

- 14,00% - 12,40% - 10,68%

- 35,00- 30,00- 25,00- 20,00- 15,00- 10,00

- 5,00

5,00 10,00

2014 2015 2016 OGE Rev. 2017 Est.

Saldo Global (Compromisso)Saldo corrente

Saldo primário não petrolífero

21%36,7% 42,6% 39,5%

13%20,9%

29,3% 31,5%

34%

57,6%

71,9% 71,0%

010,0020,0030,0040,0050,0060,0070,0080,00

2014 2015 2016 2017 Prel.

Dívida Externa Dívida Interna Stock da Dívida Total

0,0010,0020,0030,0040,0050,0060,00

dez/14 mar/15 jun/15 set/15 dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17

Variação Homóloga das Componentes da Inflação Cheia (em %)

Núcleo de Inflação Legumes e TubérculosPeixes e Mariscos Produtos Adminstrados

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

dez/14 mar/15 jun/15 set/15 dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17

Variação Mensal das Componentes da Inflação Cheia (em %)

Núcleo de Inflação Legumes e TubérculosPeixes e Mariscos Produtos Adminstrados

6,00

16,00

26,00

36,00

46,00

dez/14 mar/15 jun/15 set/15 dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17

Inflação Cheia vs Núcleo de Inflação (Variação Homóloga, em %)

Inflação Cheia Núcleo de Inflação

0,001,002,003,004,005,00

dez/14 mar/15 jun/15 set/15 dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17

Contribuição Mensal das Componentes da Inflação Cheia (em P.P.)

Núcleo de Inflação Legumes e Tubérculos

Peixes e Mariscos Produtos Adminstrados

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

dez/14 jun/15 dez/15 jun/16 dez/16 jun/17 dez/17

Contribuição Homóloga das Componentes da Inflação Cheia (em P.P.)

Núcleo de Inflação Legumes e Tubérculos

Peixes e Mariscos Produtos Adminstrados

0 0

0

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

2014 2015 2016 OGE 2017 2017 Est.

Outros impostosImpostos s/ o comércio internacionalImpostos s/ bens e serviçosImpostos s/ propriedadesImpostos s/ rend., lucros e ganhos de capitalNão petrolíferos

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

2014 2015 2016 2017 OGE 2017 Est.

Despesas com pessoalBens e ServiçosJurosTransferências CorrentesDespesas Correntes

- 6,57% - 6,99% - 5,90% - 5,28%

6,40%

- 1,47% - 0,23% - 0,66%

- 31,66%

- 14,00% - 12,40% - 10,68%

- 35,00- 30,00- 25,00- 20,00- 15,00- 10,00

- 5,00

5,00 10,00

2014 2015 2016 OGE Rev. 2017 Est.

Saldo Global (Compromisso)Saldo corrente

Saldo primário não petrolífero

21%36,7% 42,6% 39,5%

13%20,9%

29,3% 31,5%

34%

57,6%

71,9% 71,0%

010,0020,0030,0040,0050,0060,0070,0080,00

2014 2015 2016 2017 Prel.

Dívida Externa Dívida Interna Stock da Dívida Total

O saldo corrente apresentou uma ligeira deterioração face ao ano de 2016, correspondendo a um défice de 0,66% do

PIB face a uma previsão de 0,73%, uma vez que as Receitas Correntes aumentaram em menor amplitude (12,20%)

quando comparado com o aumento das Despesas Correntes (16,75%). Por outro lado, o saldo primário não petrolífero

melhorou a sua posição, porém, continua deficitário, passando de 11,91% do PIB em 2016 para 10,68% do PIB em

2017, potenciado pelo maior controlo das Despesas Públicas.

Em termos de necessidades de financiamento, o Tesouro Nacional recorreu não só ao Financiamento Interno líquido

como à emissão líquida de títulos públicos (ver capitulo 6).

26 Relatório Anual e Contas • 2017

2.3.5. Dívida Pública

Em resultado da necessidade de tesouraria de curto prazo ao longo de 2017, o stock da dívida interna (títulos

públicos) ascendeu a USD 34,83 mil milhões (31,49% do PIB). Por sua vez, o stock da dívida externa ascendeu aos

USD 43,74 mil milhões, passando a representar 39,55% do PIB.

Desta forma, a dívida pública total situou-se em USD 78,57 mil milhões, representando 71,04% do PIB, situando-se

fora da meta de SADC de 60,00% do PIB. Esta evolução reflectiu-se, essencialmente, no aumento do endividamento

interno para fazer face às necessidades de financiamento do Tesouro como forma de compensar a dificuldade de

arrecadação de receitas face à conjuntura.

Através da análise da dívida, é visível o aumento da sua componente interna em 2017 ao passo que a componente

externa da dívida reduziu a sua representatividade ao diminuir 3,05 p.p.

Com o aumento do peso da dívida interna no PIB, as taxas de juro foram pressionadas em alta como já foi verificado

ao longo dos últimos 3 anos, uma vez que existe a possibilidade de os investidores exigirem prémios de risco cada

vez mais elevados à medida que o rácio Dívida/PIB cresce e a arrecadação, quer de cambiais, quer de receitas em

moeda nacional vai diminuindo.

Em 2017, as agências de rating actualizaram as suas classificações do rating soberano. Em Agosto, a S&P desceu

o rating de B para B-, no entanto, aumentou a perspectiva de negativa para estável. Esta classificação recai para

um nível de investimento especulativo, a justificação para a redução foi os crescentes custos com o serviço da

dívida. No mesmo sentido, a Moody’s também reviu em baixa o rating da dívida angolana passando de B1 para B2,

fundamentando com o fraco crescimento económico e a escassez de moeda externa. Porém, a agência Fitch manteve

a sua nota em B com uma perspectiva negativa.

Gráfico 9: Dívida pública (% do PIB)

Fonte: Ministério das Finanças

Parte II- Sistema Bancário Angolano

010,0020,0030,0040,0050,0060,0070,0080,00

20,91%36,73% 42,60% 39,55%

13,16%20,87%

29,32% 31,49%

34,07%

57,60%

71,92% 71,04%

2014 2015 2016 2017 Prel.

Dívida Externa Dívida Interna Stock da Dívida Total

150,00 152,00 154,00 156,00 158,00 160,00 162,00 164,00 166,00 168,00

-

500

1.000

1.500

2.000

2.500

jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17

USD/

Kz

USD

Milh

ões

BNA Clientes

Supervisão Efectiva

Processo de Supervisão Efectiva

Temas, actualmente,em desenvolvimento

NÍVEL I: Mínimo que é necessário desenvolverNÍVEL II: Próximo estágio de evolução

••••

••••

••••

Taxa de Câmbio Oficial

2017

NÍVEL I

NÍVEL II

2018 2019 2020 2021 2022

ICAAPTestes de esforçoECAISAbordagem pelo método padrão aos riscos de Crédito, Mercado e OperacionalIAS/IFRSUtilização efectiva do MAIFRequisitos de divulgação de BII/IIIMaturação da governação interna e processos do BNADefinição de capitalEnquadramento da supervisão consolidadaPlano de recuperação e resoluçãoProcedimentos protocolares e estabelecimento de protocolos Regime de confidencialidade e sigilo profissional

Rácio de Cobertura de Liquidez (LCR)Rácio de financiamento estável líquido (NSFR)ILAAPRácio de alavancagemBuffer de conservação de capitalBuffer de capital de contracicloSIBs (Global e Doméstico)

•••••••

Métodos avançados de risco de crédito, mercado e operacionalTitularizaçõesRisco de crédito da contraparteEnquadramento do risco de mercado segundo BIIExposição bancária a contrapartes centrais (CCPs)Subcontratação de serviços de supervisão (regulação)Requisitos de divulgação BII/III (continuação)

•••••••

15

51

22

1

6,82%

27,27%

3,41%0,00%

10,00%20,00%30,00%40,00%50,00%60,00%70,00%80,00%90,00%

100,00%

0

10

20

30

40

50

60

Público Privado Nacional Privado Estrangeiro

Analisado Não Analisado Peso dos processos não conformes

Parte II - Sistema Bancário Angolano 29

28 Relatório Anual e Contas • 2017

3. Desempenho do Sistema Bancário Angolano

O sistema bancário angolano enfrenta vários desafios, destacando-se a contribuição para o reforço da credibilidade

do sistema financeiro, melhoria das relações de correspondência bancária, implementação efectiva da supervisão

baseada no risco e adopção plena das normas internacionais de contabilidade e relato financeiro.

Neste contexto, em 2017, foram realizadas várias acções de supervisão tendentes à implementação da supervisão

baseada no risco, no acompanhamento da adequação dos normativos prudenciais publicados no decurso de 2016, em

linha com Basileia II, maior nível de acções sancionatórias, bem como o acompanhamento da implementação efectiva

das Normas Internacionais de Contabilidade e Relato Financeiro.

No reforço das matérias relacionadas à Prevenção de BC/FT e à melhoria das RCBs, em 2017, o BNA beneficiou de

assistência técnica do FMI cujo principal objectivo consistiu no diagnóstico do quadro regulamentar e do processo de

supervisão de BC/FT, quanto à robustez e adequação dos sistemas de prevenção aos padrões internacionais.

O desempenho do sistema financeiro foi afectado pelas condições macroeconómicas adversas, que impactou sobre

a capacidade de reembolso dos empréstimos por parte das famílias e empresas, por conseguinte, contribuindo

particularmente para o aumento do crédito malparado.

3.1. Actividade do Sistema Bancário

Em Dezembro de 2017, o activo do Sistema Bancário registou um ligeiro aumento em cerca de Kz 121,10 mil

milhões (1,20%) face ao período homólogo, atingindo, assim, uma cifra de Kz 10.230,80 mil milhões. Este aumento

foi motivado principalmente pelo aumento da carteira de títulos e valores mobiliários, e das aplicações em bancos

centrais e em outras instituições de crédito em 13,57% e 21,36%, respectivamente.

Considerando as alterações regulamentares implementadas pelo BNA, sobretudo ao nível das medidas de

desdolarização2 da economia, bem como o contexto macroeconómico actual, caracterizado fundamentalmente pelas

restrições cambiais, observou-se uma menor representatividade dos activos em moeda estrangeira no agregado

do sistema bancário comparativamente aos activos em moeda nacional, sendo que os activos em moeda nacional

representavam 61,98% do total, um peso superior em 2,75 p.p. em relação ao período homólogo.

Nos últimos anos, os bancos têm vindo a alterar a composição do seu activo, dando preferência a investimentos com

menos risco, tais como os títulos de dívida pública. Com efeito, em 2017, estes representavam 36,11% do activo

total, contra 30,31% registado no período homólogo, seguido do crédito a clientes com 32,70%, enquanto a rubrica

de caixa e disponibilidades representava cerca de 15,98%. No período em análise, cinco bancos (correspondente a

17,24% do total de bancos a operarem no sector) detinham cerca de 65,93% do total do activo do sistema bancário,

reflectindo-se num elevado nível de concentração.

O crédito malparado aumentou significativamente em 15,70 p.p., passando de Kz 455,31 mil milhões para Kz 1.040,28

mil milhões, e representando 28,78% do crédito total. Este aumento advém sobretudo da situação económica

menos favorável, que por sua vez teve impacto sobre as responsabilidades do sector empresarial, aumentando

consideravelmente os seus níveis de incumprimento. Entretanto, a deterioração da carteira foi resultado, sobretudo,

do reconhecimento de perdas na carteira vencida de um banco no âmbito do seu processo de restruturação. Assim

sendo, o crédito malparado encontra-se concentrado maioritariamente em um banco.

Paralelamente, com a mudança do regime contabilístico, os bancos tiveram de efectuar a re-expressão das contas,

tendo este processo tido um impacto negativo, principalmente, sobre as perdas por imparidades acumuladas

Relativamente ao passivo total do sistema bancário, este somou Kz 8.926,3 mil milhões, tendo diminuído em Kz

67,04 mil milhões (0,75%) face ao ano de 2016. Esta redução deveu-se, principalmente, à diminuição dos passivos

subordinados em cerca de Kz 311,58 mil milhões (- 74,68%). Contudo, os recursos de clientes mantêm-se como a

2 Aviso n.º 03/2012 de 28 de Março e Aviso n.º 11/2014, de 17 de Dezembro.

Painel 5: Estrutura do activo total (em %)

Fonte: BNA

Caixa e disponibilidades15,61%

Aplicações em bancos centrais eem outras instituições de crédito6,02%

Títulos e valores mobiliários30,31%

Derivados de cobertura comjusto valor positivo0,17%

Créditos no sistema de pagamentos2,93%

Operações cambiais0,33%

Crédito a clientes31,57%

Outros activos7,78%

Inventários comerciais e industriais e adiantamentos a fornecedores0,00%

Outros activos fixos5,29%

ESTRUTURA DO ACTIVO EM DEZ/16

Caixa e disponibilidades16,96%

Aplicações em bancos centrais e em outras instituições de crédito7,67%

Títulos e valores mobiliários36,11%

Derivados de cobertura comjusto valor positivo0,00%

Créditos no sistemade pagamentos0,40%

Operações cambiais0,01%

Crédito a clientes32,70%

Inventários comerciais e industriais e adiantamentos a fornecedores6,14%

ESTRUTURA DO ACTIVO EM DEZ/17

28,78%

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

20,00

22,00

24,00

26,00

28,00

30,00

dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17

Crédito Mal Parado / Crédito Total

Recursos de clientes e Recursos de clientes eoutros empréstimos outros empréstimos78,74%

Recursos de bancos centrais e deoutras instituições de crédito

Recursos de bancos centrais e deoutras instituições de crédito

8,93%

Responsabilidades representadaspor títulos

Responsabilidades representadaspor títulos

0,11%

Passivos financeiros ao justovalor através de resultados

Passivos financeiros ao justovalor através de resultados

0,02%

Derivados de cobertura com justo valor negativo

Derivados de cobertura com justo valor negativo

0,17%

Obrigações no sistema de pagamentos Obrigações no sistema de pagamentos3,45%

Operações cambiais Operações cambiais0,97%

Passivos subordinados Passivos subordinados4,68%

Outros passivos Outros passivos2,42%

Provisões Provisões0,51%

ESTRUTURA DO PASSIVO EM DEZ/16

82,17%9,00%

0,12%

0,01%

0,00%

1,17% 0,46% 1,18%

5,04%

0,85%

ESTRUTURA DO PASSIVO EM DEZ/17

0,0020,0040,0060,0080,00

100,00120,00

dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17

Liquidez Geral ME Liquidez Geral MN

Liquidez Imediata MN Liquidez Imediata ME

19,79% 20,76%

18,15% 18,70%19,74%

20,56%21,63%

23,72%

18,92%

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

-

1 000,00

2 000,00

3 000,00

4 000,00

5 000,00

6 000,00

dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17

Kz m

il m

ilhõe

s

Activos Ponderados Pelo Risco ECRC (Exigencia de Capital para Risco Cambial)

Fundos Próprios Regulamentares Rácio de Solvabilidade Regulamentar (RSR)

0,00

500,00

1.000,00

1.500,00

2.000,00

2.500,00

3.000,00

3.500,00

0,00

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

300,00

350,00

400,00

dez/15 fev/16 abr/16 jun/16 ago/16 out/16 dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

Cheques MT102 e MT103

Núm

ero

Kz M

il M

ilhõe

s

Cartão MCX Transferência a crédito (eixo dir.)

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

2015 2016 2017

Interb.

SIGMA

Lev/Dep

Clientes

FX

Outros

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

2015 2016 2017

Caixa e disponibilidades15,61%

Aplicações em bancos centrais eem outras instituições de crédito6,02%

Títulos e valores mobiliários30,31%

Derivados de cobertura comjusto valor positivo0,17%

Créditos no sistema de pagamentos2,93%

Operações cambiais0,33%

Crédito a clientes31,57%

Outros activos7,78%

Inventários comerciais e industriais e adiantamentos a fornecedores0,00%

Outros activos fixos5,29%

ESTRUTURA DO ACTIVO EM DEZ/16

Caixa e disponibilidades16,96%

Aplicações em bancos centrais e em outras instituições de crédito7,67%

Títulos e valores mobiliários36,11%

Derivados de cobertura comjusto valor positivo0,00%

Créditos no sistemade pagamentos0,40%

Operações cambiais0,01%

Crédito a clientes32,70%

Inventários comerciais e industriais e adiantamentos a fornecedores6,14%

ESTRUTURA DO ACTIVO EM DEZ/17

28,78%

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

20,00

22,00

24,00

26,00

28,00

30,00

dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17

Crédito Mal Parado / Crédito Total

Recursos de clientes e Recursos de clientes eoutros empréstimos outros empréstimos78,74%

Recursos de bancos centrais e deoutras instituições de crédito

Recursos de bancos centrais e deoutras instituições de crédito

8,93%

Responsabilidades representadaspor títulos

Responsabilidades representadaspor títulos

0,11%

Passivos financeiros ao justovalor através de resultados

Passivos financeiros ao justovalor através de resultados

0,02%

Derivados de cobertura com justo valor negativo

Derivados de cobertura com justo valor negativo

0,17%

Obrigações no sistema de pagamentos Obrigações no sistema de pagamentos3,45%

Operações cambiais Operações cambiais0,97%

Passivos subordinados Passivos subordinados4,68%

Outros passivos Outros passivos2,42%

Provisões Provisões0,51%

ESTRUTURA DO PASSIVO EM DEZ/16

82,17%9,00%

0,12%

0,01%

0,00%

1,17% 0,46% 1,18%

5,04%

0,85%

ESTRUTURA DO PASSIVO EM DEZ/17

0,0020,0040,0060,0080,00

100,00120,00

dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17

Liquidez Geral ME Liquidez Geral MN

Liquidez Imediata MN Liquidez Imediata ME

19,79% 20,76%

18,15% 18,70%19,74%

20,56%21,63%

23,72%

18,92%

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

-

1 000,00

2 000,00

3 000,00

4 000,00

5 000,00

6 000,00

dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17

Kz m

il m

ilhõe

s

Activos Ponderados Pelo Risco ECRC (Exigencia de Capital para Risco Cambial)

Fundos Próprios Regulamentares Rácio de Solvabilidade Regulamentar (RSR)

0,00

500,00

1.000,00

1.500,00

2.000,00

2.500,00

3.000,00

3.500,00

0,00

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

300,00

350,00

400,00

dez/15 fev/16 abr/16 jun/16 ago/16 out/16 dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

Cheques MT102 e MT103

Núm

ero

Kz M

il M

ilhõe

s

Cartão MCX Transferência a crédito (eixo dir.)

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

2015 2016 2017

Interb.

SIGMA

Lev/Dep

Clientes

FX

Outros

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

2015 2016 2017

Gráfico 10: Crédito vencido malparado sobre crédito total (%)

Fonte: BNA

Parte II - Sistema Bancário Angolano 31

30 Relatório Anual e Contas • 2017

maior fonte de captação de recursos das instituições financeiras bancárias, atingindo um total de Kz 7.334,6 mil

milhões, tendo um peso de 82,17% do passivo total.

O Passivo em moeda nacional manteve a sua predominância, representando cerca de 66,52% do volume total

de obrigações do sistema bancário angolano. Apesar da diminuição da concentração ao nível da distribuição dos

depósitos da banca, o risco de concentração mantém-se elevado, sendo que cinco bancos (17,24%) detêm um volume

de depósitos acima de 60% do total de depósitos do sistema.

Painel 6: Estrutura do passivo total (%)

Gráfico 11: Rácios de liquidez geral e imediata (em %)

Gráfico 12: Rácio de solvabilidadeFonte: BNA

Fonte: BNA

Fonte: BNA

Caixa e disponibilidades15,61%

Aplicações em bancos centrais eem outras instituições de crédito6,02%

Títulos e valores mobiliários30,31%

Derivados de cobertura comjusto valor positivo0,17%

Créditos no sistema de pagamentos2,93%

Operações cambiais0,33%

Crédito a clientes31,57%

Outros activos7,78%

Inventários comerciais e industriais e adiantamentos a fornecedores0,00%

Outros activos fixos5,29%

ESTRUTURA DO ACTIVO EM DEZ/16

Caixa e disponibilidades16,96%

Aplicações em bancos centrais e em outras instituições de crédito7,67%

Títulos e valores mobiliários36,11%

Derivados de cobertura comjusto valor positivo0,00%

Créditos no sistemade pagamentos0,40%

Operações cambiais0,01%

Crédito a clientes32,70%

Inventários comerciais e industriais e adiantamentos a fornecedores6,14%

ESTRUTURA DO ACTIVO EM DEZ/17

28,78%

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

20,00

22,00

24,00

26,00

28,00

30,00

dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17

Crédito Mal Parado / Crédito Total

Recursos de clientes e Recursos de clientes eoutros empréstimos outros empréstimos78,74%

Recursos de bancos centrais e deoutras instituições de crédito

Recursos de bancos centrais e deoutras instituições de crédito

8,93%

Responsabilidades representadaspor títulos

Responsabilidades representadaspor títulos

0,11%

Passivos financeiros ao justovalor através de resultados

Passivos financeiros ao justovalor através de resultados

0,02%

Derivados de cobertura com justo valor negativo

Derivados de cobertura com justo valor negativo

0,17%

Obrigações no sistema de pagamentos Obrigações no sistema de pagamentos3,45%

Operações cambiais Operações cambiais0,97%

Passivos subordinados Passivos subordinados4,68%

Outros passivos Outros passivos2,42%

Provisões Provisões0,51%

ESTRUTURA DO PASSIVO EM DEZ/16

82,17%9,00%

0,12%

0,01%

0,00%

1,17% 0,46% 1,18%

5,04%

0,85%

ESTRUTURA DO PASSIVO EM DEZ/17

0,0020,0040,0060,0080,00

100,00120,00

dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17

Liquidez Geral ME Liquidez Geral MN

Liquidez Imediata MN Liquidez Imediata ME

19,79% 20,76%

18,15% 18,70%19,74%

20,56%21,63%

23,72%

18,92%

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

-

1 000,00

2 000,00

3 000,00

4 000,00

5 000,00

6 000,00

dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17

Kz m

il m

ilhõe

s

Activos Ponderados Pelo Risco ECRC (Exigencia de Capital para Risco Cambial)

Fundos Próprios Regulamentares Rácio de Solvabilidade Regulamentar (RSR)

0,00

500,00

1.000,00

1.500,00

2.000,00

2.500,00

3.000,00

3.500,00

0,00

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

300,00

350,00

400,00

dez/15 fev/16 abr/16 jun/16 ago/16 out/16 dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

Cheques MT102 e MT103

Núm

ero

Kz M

il M

ilhõe

s

Cartão MCX Transferência a crédito (eixo dir.)

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

2015 2016 2017

Interb.

SIGMA

Lev/Dep

Clientes

FX

Outros

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

2015 2016 2017

Caixa e disponibilidades15,61%

Aplicações em bancos centrais eem outras instituições de crédito6,02%

Títulos e valores mobiliários30,31%

Derivados de cobertura comjusto valor positivo0,17%

Créditos no sistema de pagamentos2,93%

Operações cambiais0,33%

Crédito a clientes31,57%

Outros activos7,78%

Inventários comerciais e industriais e adiantamentos a fornecedores0,00%

Outros activos fixos5,29%

ESTRUTURA DO ACTIVO EM DEZ/16

Caixa e disponibilidades16,96%

Aplicações em bancos centrais e em outras instituições de crédito7,67%

Títulos e valores mobiliários36,11%

Derivados de cobertura comjusto valor positivo0,00%

Créditos no sistemade pagamentos0,40%

Operações cambiais0,01%

Crédito a clientes32,70%

Inventários comerciais e industriais e adiantamentos a fornecedores6,14%

ESTRUTURA DO ACTIVO EM DEZ/17

28,78%

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

20,00

22,00

24,00

26,00

28,00

30,00

dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17

Crédito Mal Parado / Crédito Total

Recursos de clientes e Recursos de clientes eoutros empréstimos outros empréstimos78,74%

Recursos de bancos centrais e deoutras instituições de crédito

Recursos de bancos centrais e deoutras instituições de crédito

8,93%

Responsabilidades representadaspor títulos

Responsabilidades representadaspor títulos

0,11%

Passivos financeiros ao justovalor através de resultados

Passivos financeiros ao justovalor através de resultados

0,02%

Derivados de cobertura com justo valor negativo

Derivados de cobertura com justo valor negativo

0,17%

Obrigações no sistema de pagamentos Obrigações no sistema de pagamentos3,45%

Operações cambiais Operações cambiais0,97%

Passivos subordinados Passivos subordinados4,68%

Outros passivos Outros passivos2,42%

Provisões Provisões0,51%

ESTRUTURA DO PASSIVO EM DEZ/16

82,17%9,00%

0,12%

0,01%

0,00%

1,17% 0,46% 1,18%

5,04%

0,85%

ESTRUTURA DO PASSIVO EM DEZ/17

0,0020,0040,0060,0080,00

100,00120,00

dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17

Liquidez Geral ME Liquidez Geral MN

Liquidez Imediata MN Liquidez Imediata ME

19,79% 20,76%

18,15% 18,70%19,74%

20,56%21,63%

23,72%

18,92%

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

-

1 000,00

2 000,00

3 000,00

4 000,00

5 000,00

6 000,00

dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17

Kz m

il m

ilhõe

s

Activos Ponderados Pelo Risco ECRC (Exigencia de Capital para Risco Cambial)

Fundos Próprios Regulamentares Rácio de Solvabilidade Regulamentar (RSR)

0,00

500,00

1.000,00

1.500,00

2.000,00

2.500,00

3.000,00

3.500,00

0,00

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

300,00

350,00

400,00

dez/15 fev/16 abr/16 jun/16 ago/16 out/16 dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

Cheques MT102 e MT103

Núm

ero

Kz M

il M

ilhõe

s

Cartão MCX Transferência a crédito (eixo dir.)

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

2015 2016 2017

Interb.

SIGMA

Lev/Dep

Clientes

FX

Outros

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

2015 2016 2017

O abrandamento da actividade económica, os ajustes do reconhecimento e a constituição de perdas por imparidades

acumuladas repercutiram-se negativamente sobre o resultado líquido da banca, que reduziu em cerca de Kz 7,73 mil

milhões (3,51%), passando de Kz 220,46 mil milhões no ano de 2016 para Kz 212,73 mil milhões.

3.1.1. Principais Indicadores do Sistema Bancário

Em termos de desempenho dos principais indicadores do sistema bancário, destacam-se, os indicadores de

rendibilidade, o ROE e o ROA, que diminuíram 1,15 p.p. e 0,10 p.p. situando-se em 14,54% e 2,11%, respectivamente,

efeito particularmente da diminuição da intermediação financeira. Todavia, observou-se um aumento significativo dos

juros e rendimentos de títulos e valores mobiliários e consequentemente a margem financeira aumentou de Kz 460,49

mil milhões em Dezembro de 2016 para Kz 529,15 mil milhões em Dezembro de 2017.

Os indicadores de liquidez do sistema bancário evidenciam uma tendência decrescente, com excepção do rácio de

liquidez imediata em moeda nacional que apresentou uma ligeira recuperação de 2,71 p.p. comparativamente ao

período homólogo, cifrando-se em 27,02%, espelhando uma maior capacidade de cobertura do passivo de curto prazo

em moeda nacional. Por sua vez, o rácio de liquidez imediata em ME diminuiu em 1,01 p.p. e a liquidez geral diminuiu

em 13,34 p.p. em relação ao ano anterior, situando-se em 20,63% e 93,91%, respectivamente.

Em termos gerais, o agregado do sistema bancário continua a demonstrar capitalização suficiente para suportar

possíveis riscos económicos e financeiros, tendo o rácio de solvabilidade regulamentar se situado em 18,92%, uma

redução de 0,82 p.p. em relação a 2016, contudo, acima do limite mínimo regulamentar de 10%, estabelecido no

Aviso n.º 05/07, de 12 de Setembro, resultante sobretudo do aumento dos activos ponderados pelo risco em Kz 42,19

mil milhões comparativamente ao ano de 2016. Porém, dois bancos registaram rácios de solvabilidade abaixo do

mínimo regulamentar.

19,79% 20,76%

18,15% 18,70%19,74%

20,56%21,63%

23,72%

18,92%

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

-

1 000,00

2 000,00

3 000,00

4 000,00

5 000,00

6 000,00

dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17

Kz m

il m

ilhõe

s

Activos Ponderados Pelo Risco ECRC (Exigencia de Capital para Risco Cambial)

Fundos Próprios Regulamentares Rácio de Solvabilidade Regulamentar (%)

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17

Kz M

ilhar

es

Exigibilidade efectiva Títulos e contratos CativosReservas LivresReservas Totais

Parte II - Sistema Bancário Angolano 33

32 Relatório Anual e Contas • 2017

4. Sistema de Pagamentos

A Gestão do sistema de pagamentos como uma actividade de missão do BNA é efectuada com base na Lei nº 05/05

− Lei do Sistema de Pagamentos de Angola, visando garantir o cumprimento dos objectivos de interesse público,

nomeadamente, segurança, fiabilidade operacional, eficiência e transparência.

O Sistema de Pagamentos de Angola (SPA) é composto por 3 subsistemas a retalho e 1 subsistema a grosso. Os

primeiros são o Subsistema de Compensação de cheques (SCC), o Subsistema Multicaixa (MCX) e o Subsistema de

Transferências a Crédito (STC), enquanto o segundo é o Sistema de Pagamentos em Tempo Real (SPTR).

4.1. Conselho Técnico do Sistema de Pagamentos de Angola

O Conselho Técnico do Sistema de Pagamentos de Angola (CTSPA), como órgão consultivo do BNA em matéria

de Sistema de Pagamentos, realizou as suas: 31ª, 32ª e 33ª reuniões ordinárias, tendo abordados entre vários, os

seguintes aspectos:

Tempo real dos bancos no subsistema Multicaixa, resultando na elaboração de uma proposta de Aviso sobre

níveis de serviço das operações em tempo real da rede Multicaixa;

Projecto para implementação do Subsistema de Débitos Directos, estando previsto o início dos testes no

primeiro trimestre de 2018;

Propostas para maior utilização do arquivo central de imagens em termos de cheques intrabancários;

Constituição de um grupo de trabalho, composto pela operadora do subsistema Multicaixa e alguns bancos

comerciais visando a melhoria dos serviços em Caixas automáticos (CA).

4.2. FUNCIONAMENTO dos Subsistemas de Pagamento do SPA

Os subsistemas de retalho (SCC, STC e MCX), pela sua característica, processam valores inferiores a Kz 10 milhões e

como tal, apresentam maior predominância em termos de número de operações, com enfâse para o subsistema MCX.

A nível do SPTR, um subsistema a grosso, direccionado para o processamento de operações de valor elevado (maior

ou igual a Kz 10 milhões), destacam-se os montantes, pois, é o sistema onde são liquidadas todas as operações em

moeda nacional, inclusive as operações dos subsistemas de retalho e do mercado de valores mobiliários (SIGMA e

CEVAMA).

A evolução da utilização dos instrumentos de pagamento em termos de número (adoptando a média de 2014 como

base de referência) demonstra a predominância das transferências a crédito efectuadas através do STC, tendo maior

influência os pagamentos do Estado. Entretanto, realça-se também a migração das operações de clientes de valor

inferior a Kz 10 milhões anteriormente processadas no SPTR (MT102 e MT103). Esta migração traduziu-se numa

redução de 9% destas operações no SPTR em 2017.

Por outro lado, verifica-se um dinamismo apreciável em relação às operações processadas com cartões Multicaixa.

Para esta característica, contribui fundamentalmente o facto do subsistema Multicaixa possuir uma rede nacional e

partilhada.

O declínio da utilização dos cheques a nível interbancário é considerado positivo tendo em consideração os riscos

inerentes ao seu uso.

Quadro 5: Número e montante de operações processadas nos subsistemas do SPA

2015 2016 2017

Número 261 471 163 312 296 189 397 390 454

SPTR 328 466 249 675 218 276

SCC 484 782 427 603 307 081

STC 1 311 662 6 681 641 9 979 572

MCX 259 346 253 304 937 270 386 885 525

Montante (milhões kz) 75 293 323 54 505 958 58 388 140

SPTR 71 586 478 48 477 409 49 814 210

SCC 1 026 664 1 199 968 927 934

STC 620 778 1 671 636 3 246 298

MCX 2 059 403 3 156 945 4 399 698

Fonte: BNA

Gráfico 13: Evolução dos instrumentos de pagamento (número de operações)

Fonte: BNA

Caixa e disponibilidades15,61%

Aplicações em bancos centrais eem outras instituições de crédito6,02%

Títulos e valores mobiliários30,31%

Derivados de cobertura comjusto valor positivo0,17%

Créditos no sistema de pagamentos2,93%

Operações cambiais0,33%

Crédito a clientes31,57%

Outros activos7,78%

Inventários comerciais e industriais e adiantamentos a fornecedores0,00%

Outros activos fixos5,29%

ESTRUTURA DO ACTIVO EM DEZ/16

Caixa e disponibilidades16,96%

Aplicações em bancos centrais e em outras instituições de crédito7,67%

Títulos e valores mobiliários36,11%

Derivados de cobertura comjusto valor positivo0,00%

Créditos no sistemade pagamentos0,40%

Operações cambiais0,01%

Crédito a clientes32,70%

Inventários comerciais e industriais e adiantamentos a fornecedores6,14%

ESTRUTURA DO ACTIVO EM DEZ/17

28,78%

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

20,00

22,00

24,00

26,00

28,00

30,00

dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17

Crédito Mal Parado / Crédito Total

Recursos de clientes e Recursos de clientes eoutros empréstimos outros empréstimos78,74%

Recursos de bancos centrais e deoutras instituições de crédito

Recursos de bancos centrais e deoutras instituições de crédito

8,93%

Responsabilidades representadaspor títulos

Responsabilidades representadaspor títulos

0,11%

Passivos financeiros ao justovalor através de resultados

Passivos financeiros ao justovalor através de resultados

0,02%

Derivados de cobertura com justo valor negativo

Derivados de cobertura com justo valor negativo

0,17%

Obrigações no sistema de pagamentos Obrigações no sistema de pagamentos3,45%

Operações cambiais Operações cambiais0,97%

Passivos subordinados Passivos subordinados4,68%

Outros passivos Outros passivos2,42%

Provisões Provisões0,51%

ESTRUTURA DO PASSIVO EM DEZ/16

82,17%9,00%

0,12%

0,01%

0,00%

1,17% 0,46% 1,18%

5,04%

0,85%

ESTRUTURA DO PASSIVO EM DEZ/17

0,0020,0040,0060,0080,00

100,00120,00

dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17

Liquidez Geral ME Liquidez Geral MN

Liquidez Imediata MN Liquidez Imediata ME

19,79% 20,76%

18,15% 18,70%19,74%

20,56%21,63%

23,72%

18,92%

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

-

1 000,00

2 000,00

3 000,00

4 000,00

5 000,00

6 000,00

dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17

Kz m

il m

ilhõe

s

Activos Ponderados Pelo Risco ECRC (Exigencia de Capital para Risco Cambial)

Fundos Próprios Regulamentares Rácio de Solvabilidade Regulamentar (RSR)

0,00

500,00

1.000,00

1.500,00

2.000,00

2.500,00

3.000,00

3.500,00

0,00

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

300,00

350,00

400,00

dez/15 fev/16 abr/16 jun/16 ago/16 out/16 dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

Cheques MT102 e MT103

Núm

ero

Kz M

il M

ilhõe

s

Cartão MCX Transferência a crédito (eixo dir.)

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

2015 2016 2017

Interb.

SIGMA

Lev/Dep

Clientes

FX

Outros

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

2015 2016 2017

Parte II - Sistema Bancário Angolano 35

34 Relatório Anual e Contas • 2017

Sendo o SPTR o subsistema do SPA que garante a liquidação dos pagamentos por bruto e em tempo real numa base

individual (pagamento a pagamento) de todos os pagamentos do sistema financeiro angolano em moeda nacional, o

seu regular funcionamento tem um papel fundamental no alcance da estabilidade do sector financeiro.

Em 2017, o SPTR registou uma diminuição de 11,89% no volume de operações em relação ao ano anterior,

influenciada principalmente pala variação negativa nos pagamentos de clientes. A nível dos montantes foi registado

um aumento de 5,35% face ao ano anterior, derivado essencialmente do aumento dos montantes do SIGMA.

4.3. Perspectivas do SPA

No âmbito dos desafios do sistema de pagamentos e de acordo com a estratégia de desenvolvimento, o BNA

pretende dinamizar os sistemas e instrumentos de pagamentos a retalho. Assim, perspectiva-se:

Massificação dos pagamentos electrónicos, inclusive no comércio informal, contribuindo no combate à

evasão fiscal;

Mecanismo de levantamentos sem cartão o que permitirá à população não bancarizada ter acesso aos

serviços de levantamento em CA.

Dinamização do cartão pré-pago Multicaixa para fins de inclusão financeira;

Implementação do sistema de pagamentos móveis;

Implementação do subsistema de pagamento de Débitos Directos.

Painel 7: Evolução das operações liquidadas no SPTR

Fonte: BNA

Caixa e disponibilidades15,61%

Aplicações em bancos centrais eem outras instituições de crédito6,02%

Títulos e valores mobiliários30,31%

Derivados de cobertura comjusto valor positivo0,17%

Créditos no sistema de pagamentos2,93%

Operações cambiais0,33%

Crédito a clientes31,57%

Outros activos7,78%

Inventários comerciais e industriais e adiantamentos a fornecedores0,00%

Outros activos fixos5,29%

ESTRUTURA DO ACTIVO EM DEZ/16

Caixa e disponibilidades16,96%

Aplicações em bancos centrais e em outras instituições de crédito7,67%

Títulos e valores mobiliários36,11%

Derivados de cobertura comjusto valor positivo0,00%

Créditos no sistemade pagamentos0,40%

Operações cambiais0,01%

Crédito a clientes32,70%

Inventários comerciais e industriais e adiantamentos a fornecedores6,14%

ESTRUTURA DO ACTIVO EM DEZ/17

28,78%

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

20,00

22,00

24,00

26,00

28,00

30,00

dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17

Crédito Mal Parado / Crédito Total

Recursos de clientes e Recursos de clientes eoutros empréstimos outros empréstimos78,74%

Recursos de bancos centrais e deoutras instituições de crédito

Recursos de bancos centrais e deoutras instituições de crédito

8,93%

Responsabilidades representadaspor títulos

Responsabilidades representadaspor títulos

0,11%

Passivos financeiros ao justovalor através de resultados

Passivos financeiros ao justovalor através de resultados

0,02%

Derivados de cobertura com justo valor negativo

Derivados de cobertura com justo valor negativo

0,17%

Obrigações no sistema de pagamentos Obrigações no sistema de pagamentos3,45%

Operações cambiais Operações cambiais0,97%

Passivos subordinados Passivos subordinados4,68%

Outros passivos Outros passivos2,42%

Provisões Provisões0,51%

ESTRUTURA DO PASSIVO EM DEZ/16

82,17%9,00%

0,12%

0,01%

0,00%

1,17% 0,46% 1,18%

5,04%

0,85%

ESTRUTURA DO PASSIVO EM DEZ/17

0,0020,0040,0060,0080,00

100,00120,00

dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17

Liquidez Geral ME Liquidez Geral MN

Liquidez Imediata MN Liquidez Imediata ME

19,79% 20,76%

18,15% 18,70%19,74%

20,56%21,63%

23,72%

18,92%

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

-

1 000,00

2 000,00

3 000,00

4 000,00

5 000,00

6 000,00

dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17

Kz m

il m

ilhõe

s

Activos Ponderados Pelo Risco ECRC (Exigencia de Capital para Risco Cambial)

Fundos Próprios Regulamentares Rácio de Solvabilidade Regulamentar (RSR)

0,00

500,00

1.000,00

1.500,00

2.000,00

2.500,00

3.000,00

3.500,00

0,00

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

300,00

350,00

400,00

dez/15 fev/16 abr/16 jun/16 ago/16 out/16 dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

Cheques MT102 e MT103

Núm

ero

Kz M

il M

ilhõe

s

Cartão MCX Transferência a crédito (eixo dir.)

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

2015 2016 2017

Interb.

SIGMA

Lev/Dep

Clientes

FX

Outros

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

2015 2016 2017

Parte III- Políticas do Banco Central

Parte III - Políticas do Banco Central 37

36 Relatório Anual e Contas • 2017

5. Política Monetária e Gestão de Liquidez

5.1. O Quadro Operacional da Política Monetária – Instrumentos de Política

Em 2011 foi criado um Novo Quadro Operacional para a condução da Política Monetária (NQOPM) que introduziu um

conjunto de instrumentos e medidas com o objectivo de exercer maior influência sobre a inflação por parte do banco

central. No âmbito do referido quadro, passou a ser definida uma taxa básica de juros como o principal indicador

do curso da política monetária. Neste quadro operacional, o BNA possui uma série de instrumentos de política

monetária, nomeadamente:

Facilidades Permanentes de Cedência e Absorção de Liquidez:

As Facilidades Permanentes de Gestão de Liquidez são realizadas por iniciativa das instituições financeiras bancárias

e têm como objectivo ceder e absorver liquidez bem como controlar as taxas de juro do mercado interbancário, uma

vez que definem um corredor (máximo e mínimo) para a taxa de juro na maturidade “overnight” do MMI. Em 2017,

estas operações foram transaccionadas com prazos overnight e 7 dias.

As Facilidades Permanentes de Cedência de Liquidez são operações reversíveis suportadas por Títulos Públicos

em moeda nacional (BT, OT e TBC) de qualquer maturidade, destinadas a ceder liquidez às Instituições Financeiras

Bancárias pelo prazo “overnight” ou 7 dias. A taxa de juro desta facilidade é predefinida pelo BNA, em reunião de

Comité de Política Monetária (CPM).

Por outro lado, as Facilidades Permanentes de Absorção de Liquidez correspondem a depósitos constituídos pelas

instituições financeiras bancárias junto do BNA, destinados a absorver liquidez, sem limites para os montantes

depositados. O BNA tem disponível operações com maturidades overnight (FAO) e a sete dias (FAL7), tendo esta

última sido introduzida em Dezembro de 2015, e ambas registando uma taxa nula no final do ano.

Operações de Mercado Aberto (OMA):

Apesar do quadro operacional criado em 2011 prever a utilização de Operações de Mercado Aberto com várias

especificações e diferentes modos de operacionalização, o BNA tem recorrido apenas às Operações Ocasionais de

Regularização, quer de cedência, quer de absorção de liquidez. Estas operações são executadas por iniciativa do

BNA, através de leilões, podendo também ser utilizados procedimentos bilaterais.

Nas operações de cedência de liquidez, o BNA toma a iniciativa de comprar títulos aos bancos comerciais. Como

pagamento dos títulos, o BNA credita a conta dos bancos comerciais no Banco Central, o que implica um aumento na

quantidade de reservas possuídas pelos bancos comerciais e logo, uma expansão da base monetária.

Nas operações de absorção de liquidez, por sua vez, o BNA toma a iniciativa de vender títulos aos bancos comerciais.

Como pagamento dos títulos, o BNA debita a conta dos bancos comerciais, o que implica uma redução na quantidade

de reservas detidas pelos bancos comerciais e logo, uma contracção da base monetária.

Reservas Obrigatórias:

O regime de Reservas Obrigatórias ou Disponibilidades Mínimas de Caixa visa, essencialmente, os objectivos de

estabilização das taxas de juro do mercado monetário, permitindo uma maior regulação dos níveis de liquidez no

sistema bancário e maior eficiência dos instrumentos de transmissão de política monetária. As Reservas Obrigatórias

desempenham também funções de protecção dos depositantes, salvaguardando os seus direitos.

5.2. Objectivos e Medidas de Política Monetária

O objectivo final da política monetária é a estabilidade de preços. Para o efeito, o BNA recorreu aos seus

instrumentos de política monetária, nomeadamente as Operações de Mercado Aberto (OMA) e as Facilidades

Permanentes de Cedência e Absorção de Liquidez.

5.3. Medidas de Política

Ao longo do ano de 2017, o BNA manteve a taxa de juro de referência em 16,00% aumentando-a, em Dezembro, para

18,00% (+2,00 p.p.). Adicionalmente, a taxa de juro de Facilidade de Cedência de liquidez Overnight foi mantida em

20%, ao passo que a taxa da Facilidade de Absorção de liquidez com maturidade de 7 dias foi reduzida de 7,25%

para 0,00%.

Por outro lado, foi decidido pôr termo à constituição de cativos em moeda nacional para efeitos de compra de divisas.

A eliminação dos cativos teve um efeito imediato sobre o aumento das Reservas Livres.

As políticas para constituição das Reservas Obrigatórias mantiveram-se constantes durante quase todo o ano de

2017, tendo-se alterado apenas em Dezembro, altura em que o Banco Nacional de Angola reduziu o seu coeficiente

em Moeda Nacional de 30% para 21%, mantendo inalterado o referente a Moeda Externa nos 15,0%. Ainda neste

período, o BNA determinou que as Reservas Obrigatórias fossem constituídas somente em numerário. O BNA

suprimiu o uso da carteira de títulos para constituição das Reservas Obrigatórias permitindo deste modo gerir mais

eficazmente a liquidez no mercado. Devido à alteração do mecanismo registou-se uma contracção das reservas

livres que regressaram a um nível idêntico àquele registado anteriormente (antes da eliminação dos cativos), e,

simultaneamente, uma diminuição do incumprimento bancário.

Dado que o sistema bancário como um todo não dispunha de reservas livres suficientes para fazer face ao aumento

da procura, o BNA interveio no mercado através de operações de mercado aberto de cedência de liquidez de modo a

evitar situações de incumprimento por parte dos bancos, sobretudo os mais afectados pelas alterações às regras de

constituição das Reservas Obrigatórias.

Parte III - Políticas do Banco Central 39

38 Relatório Anual e Contas • 2017

Gráfico 14: Evolução da liquidez

Painel 8: Emissão e resgate de títulos em 2017

Gráfico 15: Stock de títulos em 2017

Fonte: BNA

Fonte: BNA

Fonte: BNA

6. Mercado Monetário

6.1. Mercado Primário de Títulos Públicos

A emissão de títulos do Tesouro em moeda nacional, em 2017, situou-se em Kz 2.595,46 mil milhões, dos quais

Kz 1.708,82 mil milhões em Bilhetes do Tesouro (BT) e Kz 886,64 mil milhões em Obrigações do Tesouro (OT).

Comparativamente a 2016, o volume das emissões de títulos públicos em moeda nacional, em 2017, foi ligeiramente

superior em cerca de 10,03%. As emissões visaram, para além do pagamento do serviço da dívida interna titulada,

a criação de receitas em moeda nacional para a cobertura das despesas correntes e de investimento, do programa

anual do Executivo, em conformidade com o Orçamento Geral do Estado.

Por outro lado, os pagamentos do Tesouro Nacional decorrentes do resgate de títulos públicos ocorridos em 2017

totalizaram Kz 2.345,57 mil milhões, dos quais Kz 1.471,12 mil milhões por resgates de Bilhetes do Tesouro e Kz

874,45 mil milhões por resgates de Obrigações do Tesouro. Comparativamente a 2016, o volume do serviço da dívida

pública interna titulada foi superior em 31,48%, devido, fundamentalmente, ao aumento do volume das emissões de

curto prazo ocorridas em 2017.

O stock de títulos públicos em moeda nacional, a 31 de Dezembro de 2017, situou-se em Kz 5.779,00 mil milhões,

dos quais cerca de Kz 1.158,32 mil milhões (20,04%) em Bilhetes do Tesouro e Kz 4.620,68 mil milhões (79,96%) em

Obrigações do Tesouro. Comparativamente ao ano de 2016, observou-se em 2017 um aumento do stock em cerca de

15,47%.

O efeito líquido das emissões com Títulos do Tesouro (BT e OT) sobre a liquidez foi de contracção em cerca de Kz

249,89 mil milhões, em resultado do volume das emissões ter sido superior ao volume de pagamentos de resgates e

juros ocorridos no ano.

Relativamente às taxas de juro no mercado primário, estas foram em termos gerais constantes com uma ligeira

flutuação para as maturidades de 91 e 182 dias.

No final do ano de 2017, as taxas médias de juro nominais dos Bilhetes do Tesouro situavam-se em 16,15%, 20,25%

e 23,90%, para as maturidades de 91, 182 e 364 dias, respectivamente. Face ao ano anterior, as taxas nominais dos

títulos de curto prazo apresentaram diminuição de 2,40 p.p., 3,83 p.p. e 0,80 p.p., respectivamente.

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Kz M

ilhõe

s

Emissões

BT OT

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Kz M

ilhõe

s

Resgates

BT OT

01.0002.0003.0004.0005.000

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Kz M

il M

ilhõe

s

BT OT

5,00

7,00

9,00

11,00

13,00

15,00

17,00

19,00

21,00

23,00

25,00

dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17

BT BT 91 dias BT BT 182 dias BT BT 364 dias

OT-TXC 2 anos OT-TXC 3 anos OT-TXC 4 anos

OT-TXC 5 anos OT-NR OT 2 anos OT-NR OT 3 anos

OT-NR OT 4 anos OT-NR OT 5 anos OT-NR OT 6 anos

16,00%

18,00%

2,75%

0,00%

20,00%

7,50%9,00%

11,00%

13,00%

0,00

3,00

6,00

9,00

12,00

15,00

18,00

21,00

dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

Tx BNA FAL 7 DIAS FAO FCO

OMA 7d OMA 14d OMA 28d OMA 63d

05,00

10,0015,0020,0025,00

0

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,0035,00

jan/20

16

fev/20

16

mar/20

16

abr/2

016

mai/20

16

jun/20

16

jul/20

16

ago/2

016

set/2

016

out/2

016

nov/2

016

dez/2

016

jan/20

17

fev/20

17

mar/20

17

abr/2

017

mai/20

17

jun/20

17

jul/20

17

ago/2

017

set/2

017

out/2

017

nov/2

017

dez/2

017

LUIBOR Overnight 1 Mês 3 Meses

6 Meses

2016 2017 2016 2017

9 Meses 12 Meses

0100000200000300000400000500000600000700000800000

dez/1

5jan

/16fev

/16

mar/16ab

r/16

mai/16jun

/16jul

/16

ago/1

6se

t/16

out/1

6no

v/16

dez/1

6jan

/17fev

/17

mar/17ab

r/17

mai/17jun

/17jul

/17

ago/1

7se

t/17

out/1

7no

v/17

dez/1

7

VOL - MMI LUIBOR Overnight

19,64%

18,49%

15,62%8,31%

37,93%

Sector Alimentação

Sector Petrolífero

Leilões

Viagens, Ajuda Fam., Saúde e Cartões de Crédito

Outras

EM FALTA

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17

Milh

ares

Exigibilidade efectiva Títulos e contratos CativosReservas LivresReservas Totais

19,64%

18,49%

15,62%8,31%

37,93%

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Kz M

ilhõe

s

Emissões

BT OT

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Kz M

ilhõe

s

Resgates

BT OT

01.0002.0003.0004.0005.000

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Kz M

il M

ilhõe

s

BT OT

5,00

7,00

9,00

11,00

13,00

15,00

17,00

19,00

21,00

23,00

25,00

dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17

BT BT 91 dias BT BT 182 dias BT BT 364 dias

OT-TXC 2 anos OT-TXC 3 anos OT-TXC 4 anos

OT-TXC 5 anos OT-NR OT 2 anos OT-NR OT 3 anos

OT-NR OT 4 anos OT-NR OT 5 anos OT-NR OT 6 anos

16,00%

18,00%

2,75%

0,00%

20,00%

7,50%9,00%

11,00%

13,00%

0,00

3,00

6,00

9,00

12,00

15,00

18,00

21,00

dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

Tx BNA FAL 7 DIAS FAO FCO

OMA 7d OMA 14d OMA 28d OMA 63d

05,00

10,0015,0020,0025,00

0

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,0035,00

jan/20

16

fev/20

16

mar/20

16

abr/2

016

mai/20

16

jun/20

16

jul/20

16

ago/2

016

set/2

016

out/2

016

nov/2

016

dez/2

016

jan/20

17

fev/20

17

mar/20

17

abr/2

017

mai/20

17

jun/20

17

jul/20

17

ago/2

017

set/2

017

out/2

017

nov/2

017

dez/2

017

LUIBOR Overnight 1 Mês 3 Meses

6 Meses

2016 2017 2016 2017

9 Meses 12 Meses

0100000200000300000400000500000600000700000800000

dez/1

5jan

/16fev

/16

mar/16ab

r/16

mai/16jun

/16jul

/16

ago/1

6se

t/16

out/1

6no

v/16

dez/1

6jan

/17fev

/17

mar/17ab

r/17

mai/17jun

/17jul

/17

ago/1

7se

t/17

out/1

7no

v/17

dez/1

7

VOL - MMI LUIBOR Overnight

19,64%

18,49%

15,62%8,31%

37,93%

Sector Alimentação

Sector Petrolífero

Leilões

Viagens, Ajuda Fam., Saúde e Cartões de Crédito

Outras

EM FALTA

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17

Milh

ares

Exigibilidade efectiva Títulos e contratos CativosReservas LivresReservas Totais

19,64%

18,49%

15,62%8,31%

37,93%

19,79% 20,76%

18,15% 18,70%19,74%

20,56%21,63%

23,72%

18,92%

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

-

1 000,00

2 000,00

3 000,00

4 000,00

5 000,00

6 000,00

dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17

Kz m

il m

ilhõe

s

Activos Ponderados Pelo Risco ECRC (Exigencia de Capital para Risco Cambial)

Fundos Próprios Regulamentares Rácio de Solvabilidade Regulamentar (%)

0

200

400

600

800

1.000

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1.400

1.600

dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17

Kz M

ilhar

es

Exigibilidade efectiva Títulos e contratos CativosReservas LivresReservas Totais

Parte III - Políticas do Banco Central 41

40 Relatório Anual e Contas • 2017

Gráfico 16: Taxas de juro no mercado primário (%)

Gráfico 17: Taxas de juro de política monetária (%)

Fonte: BNA

Fonte: BNA

Relativamente aos títulos do Tesouro Nacional de médio e longo prazo, nomeadamente as Obrigações do Tesouro em

Moeda Nacional, as taxas de juro nominais das Obrigações do Tesouro indexadas à taxa de câmbio, foram reduzidas

em 0,25 p.p. em todas as maturidades tendo sido praticadas as taxas de 7,00%, 7,25%, 7,50%, 7,75%, 8,00%,

8,25%, 8,50% e 8,75% para as maturidades a 3,4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10 anos, respectivamente.

6.2. Operações de Mercado Aberto (OMA)

No âmbito da regularização de liquidez através das operações monetárias, o volume global das Operações de

Mercado Aberto (OMA), para absorção de liquidez em 2017, foi de Kz 1.804,77 mil milhões e o seu impacto na

liquidez foi contraccionista em Kz 39,58 mil milhões. Comparativamente ao ano de 2016, o volume de Operações de

Mercado Aberto em 2017 foi superior em cerca de 212,00%.

Uma das medidas tomadas pelo BNA para gerir a liquidez do sistema, foi a retoma das operações de cedência com

maturidades de 7 a 28 dias em Dezembro. As taxas de juro médias das OMA para as maturidades de 1, 7, 14, 28 e 63

dias fixaram-se em 1,25%, 7,50%, 9,00%, 11,00% e 13,00%, respectivamente, mantendo-se constantes ao longo do

ano.

De realçar ainda que foram realizadas igualmente em 2017 Operações de Mercado Aberto para cedência de

liquidez no montante de 117,58 mil milhões. A taxa de juro média para este tipo de operação foi de 21,00%, para as

maturidades de 7, 19, 25, 27 e 28 dias.

6.2.1. Facilidades Permanentes de Liquidez

Em 2017, o recurso às operações de Facilidade de Cedência de Liquidez (FCO/FCL) permitiu que as instituições

bancárias acedessem ao financiamento overnight e 7 dias do BNA nos termos regulamentares. O volume dessas

operações no ano ascendeu a um valor médio mensal de Kz 393,18 mil milhões, com maior incidência no terceiro

e quarto trimestre de 2017. As operações foram transaccionadas maioritariamente na maturidade de 7 dias. No

entanto, tendo em conta o retorno da cedência e os respectivos juros, o impacto líquido foi expansionista em apenas

Kz 8,37 mil milhões.

Por outro lado, o recurso às operações de Facilidade de Absorção, permitiu que as instituições bancárias acedessem

ao depósito a 7 dias no BNA nos termos regulamentares. O volume dessas operações no ano ascendeu a um valor

médio mensal de Kz 264,78 mil milhões, sendo que em Dezembro devido à redução para 0% da taxa de juro, não

ocorreram operações de absorção por esta via. Se tivermos em conta o retorno anual da absorção e os respectivos

juros, teremos um impacto expansionista da Base Monetária em Kz 42,22 mil milhões.

Em termos líquidos, a existência do corredor de facilidades de cedência e absorção, resultou em 2017 na expansão

da Base Monetária em Moeda Nacional de Kz 50,59 mil milhões.

6.3. Mercado Monetário Interbancário

No que respeita ao mercado monetário interbancário, as operações de cedência de liquidez sem garantia entre as

instituições bancárias subiram a um volume médio mensal de Kz 107,19 mil milhões em 2016 para Kz 196,22 mil

milhões em 2017, tendo-se observado um aumento de cerca de 83,06%.

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Kz M

ilhõe

s

Emissões

BT OT

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

0

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100.000

150.000

200.000

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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Kz M

ilhõe

s

Resgates

BT OT

01.0002.0003.0004.0005.000

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro DezembroKz

Mil

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BT OT

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7,00

9,00

11,00

13,00

15,00

17,00

19,00

21,00

23,00

25,00

dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17

BT BT 91 dias BT BT 182 dias BT BT 364 dias

OT-TXC 2 anos OT-TXC 3 anos OT-TXC 4 anos

OT-TXC 5 anos OT-NR OT 2 anos OT-NR OT 3 anos

OT-NR OT 4 anos OT-NR OT 5 anos OT-NR OT 6 anos

16,00%

18,00%

2,75%

0,00%

20,00%

7,50%9,00%

11,00%

13,00%

0,00

3,00

6,00

9,00

12,00

15,00

18,00

21,00

dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

Tx BNA FAL 7 DIAS FAO FCO

OMA 7d OMA 14d OMA 28d OMA 63d

05,00

10,0015,0020,0025,00

0

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,0035,00

jan/20

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out/2

017

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017

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017

LUIBOR Overnight 1 Mês 3 Meses

6 Meses

2016 2017 2016 2017

9 Meses 12 Meses

0100000200000300000400000500000600000700000800000

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mar/17ab

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mai/17jun

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v/17

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7

VOL - MMI LUIBOR Overnight

19,64%

18,49%

15,62%8,31%

37,93%

Sector Alimentação

Sector Petrolífero

Leilões

Viagens, Ajuda Fam., Saúde e Cartões de Crédito

Outras

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600

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dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17

Milh

ares

Exigibilidade efectiva Títulos e contratos CativosReservas LivresReservas Totais

19,64%

18,49%

15,62%8,31%

37,93%

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Kz M

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Emissões

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100.000

150.000

200.000

250.000

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Kz M

ilhõe

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Resgates

BT OT

01.0002.0003.0004.0005.000

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Kz M

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BT OT

5,00

7,00

9,00

11,00

13,00

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21,00

23,00

25,00

dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17

BT BT 91 dias BT BT 182 dias BT BT 364 dias

OT-TXC 2 anos OT-TXC 3 anos OT-TXC 4 anos

OT-TXC 5 anos OT-NR OT 2 anos OT-NR OT 3 anos

OT-NR OT 4 anos OT-NR OT 5 anos OT-NR OT 6 anos

16,00%

18,00%

2,75%

0,00%

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7,50%9,00%

11,00%

13,00%

0,00

3,00

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9,00

12,00

15,00

18,00

21,00

dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

Tx BNA FAL 7 DIAS FAO FCO

OMA 7d OMA 14d OMA 28d OMA 63d

05,00

10,0015,0020,0025,00

0

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,0035,00

jan/20

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LUIBOR Overnight 1 Mês 3 Meses

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2016 2017 2016 2017

9 Meses 12 Meses

0100000200000300000400000500000600000700000800000

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dez/1

6jan

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mar/17ab

r/17

mai/17jun

/17jul

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ago/1

7se

t/17

out/1

7no

v/17

dez/1

7

VOL - MMI LUIBOR Overnight

19,64%

18,49%

15,62%8,31%

37,93%

Sector Alimentação

Sector Petrolífero

Leilões

Viagens, Ajuda Fam., Saúde e Cartões de Crédito

Outras

EM FALTA

0

200

400

600

800

1.000

1.200

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dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17

Milh

ares

Exigibilidade efectiva Títulos e contratos CativosReservas LivresReservas Totais

19,64%

18,49%

15,62%8,31%

37,93%

Parte III - Políticas do Banco Central 43

42 Relatório Anual e Contas • 2017

Painel 9: Evolução das taxas do MMI (%) vs. Volume transeccionado (Kz milhões)

Gráfico 18: Vendas de divisas (USD)

Fonte: BNA

Fonte: BNA

A LUIBOR overnight, apurada com base nas operações de cedência de liquidez sem garantia entre as instituições

bancárias, observou uma tendência decrescente de Janeiro a Novembro de 2017, tendo registado um ligeiro aumento

em Dezembro (cerca de 1,63 p.p. face ao mês de Novembro). Em Dezembro de 2017, a LUIBOR overnight situou-se em

17,77%, registando uma redução de 5,58 p.p. face ao ano de 2016, em que a taxa se situou em 23,35%.

A LUIBOR nas restantes maturidades 1, 3, 6, 9 e 12 meses, apresentou uma tendência inversa face ao período

homólogo, situando-se nos 18,27%, 18,92%, 20,16%, 21,90% e 23,08%, respectivamente, para cada uma das

maturidades, representando uma redução de 0,86 p.p., 0,69 p.p., 1,86 p.p., 2,25 p.p. e 2,91 p.p., comparativamente ao

período homólogo.

7. Política Cambial

7.1. Objectivos e Metas da Política Cambial

Para além dos instrumentos de política monetária, o BNA pode influenciar a liquidez do sistema recorrendo aos

instrumentos de política cambial. De referir que, a economia angolana permanece exposta ao exterior, tanto pelo

facto de as exportações petrolíferas serem a principal fonte de receitas em moeda estrangeira como pelo facto do

país consumir sobretudo o que importa. Face a esta dependência, o mercado cambial ganha uma visibilidade especial

e um peso determinante no controlo da inflação.

7.2. Instrumentos de Política Cambial

O regime cambial em vigor em Angola é um regime de câmbio flexível com bandas administradas. No entanto,

em 2017, o regime que vigorou foi o regime de câmbio fixo ao Dólar norte-americano tendo este sido defendido

desde Abril de 2016. Ao fixar a taxa de câmbio, todos os desequilíbrios entre a quantidade oferecida (venda de

divisas) e procurada é transmitida para variações no stock de Reservas Internacionais e residualmente no spread

do mercado informal. Assim, por este meio, o BNA geria a liquidez existente no sistema, provocando expansões da

base monetária com a compra de divisas e contracções com a venda de divisas aos bancos comerciais, procurando

influenciar o comportamento da taxa de câmbio no mercado.

7.3. Mercado Cambial Primário

Na sequência da redução de entrada de moeda externa no país, com o objectivo de preservar o equilíbrio entre a

operacionalização do mercado cambial e os objectivos de política cambial, publicou-se o Instrutivo nº 10/15 de 4 de

Junho, que estabelece que as sessões de venda ou de compra de moeda estrangeira, serão realizadas sob a forma de

leilão ou por via de venda directa.

O Executivo prevendo constrangimentos a nível da oferta de divisas no mercado, tendo em conta as projecções do

preço do petróleo, que apontavam cotações inferiores às verificadas em 2015, definiu – através do documento Linhas

Mestras da Estratégia para a Saída da Crise Derivada da Queda do Preço do Petróleo no Mercado Internacional – que

o BNA devia efectuar a venda de divisas priorizando determinados sectores da economia entre eles, os sectores

produtivos, bens alimentares, saúde, educação e organismos do Estado.

Em suma, as vendas de divisas passaram a ser, predominantemente, sob a forma de vendas directas, com o objectivo

de permitir uma gestão mais dirigida dos recursos escassos, bem como assegurar que o controlo destas operações

pudesse ser efectuado, realçando que a alocação de divisas sob forma de leilões foi igual e maioritariamente

direccionada.

O programa de vendas dirigidas foi priorizado face à venda através de leilões, dado o objectivo de manutenção da

taxa de câmbio e à dificuldade de controlo da execução dessas divisas sendo que o objectivo máximo foi a alocação

aos sectores prioritários.

Neste quadro, como ocorrido em 2016, o BNA continuou a interagir com os Departamentos Ministeriais no sentido

de indicarem as entidades e operações prioritárias de modo a alcançar os objectivos definidos no documento Linhas

Mestras da Estratégia para a Saída da Crise Derivada da Queda do Preço do Petróleo no Mercado Internacional.

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Kz M

ilhõe

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Emissões

BT OT

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50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

0

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100.000

150.000

200.000

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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Kz M

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Resgates

BT OT

01.0002.0003.0004.0005.000

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Kz M

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ilhõe

s

BT OT

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7,00

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25,00

dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17

BT BT 91 dias BT BT 182 dias BT BT 364 dias

OT-TXC 2 anos OT-TXC 3 anos OT-TXC 4 anos

OT-TXC 5 anos OT-NR OT 2 anos OT-NR OT 3 anos

OT-NR OT 4 anos OT-NR OT 5 anos OT-NR OT 6 anos

16,00%

18,00%

2,75%

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20,00%

7,50%9,00%

11,00%

13,00%

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18,00

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dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

Tx BNA FAL 7 DIAS FAO FCO

OMA 7d OMA 14d OMA 28d OMA 63d

05,00

10,0015,0020,0025,00

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5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,0035,00

jan/20

16

fev/20

16

mar/20

16

abr/2

016

mai/20

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16

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016

set/2

016

out/2

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nov/2

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nov/2

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LUIBOR Overnight 1 Mês 3 Meses

6 Meses

2016 2017 2016 2017

9 Meses 12 Meses

0100000200000300000400000500000600000700000800000

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mar/17ab

r/17

mai/17jun

/17jul

/17

ago/1

7se

t/17

out/1

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v/17

dez/1

7

VOL - MMI LUIBOR Overnight

19,64%

18,49%

15,62%8,31%

37,93%

Sector Alimentação

Sector Petrolífero

Leilões

Viagens, Ajuda Fam., Saúde e Cartões de Crédito

Outras

EM FALTA

0

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600

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1.200

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dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17

Milh

ares

Exigibilidade efectiva Títulos e contratos CativosReservas LivresReservas Totais

19,64%

18,49%

15,62%8,31%

37,93%

010,0020,0030,0040,0050,0060,0070,0080,00

20,91%36,73% 42,60% 39,55%

13,16%20,87%

29,32% 31,49%

34,07%

57,60%

71,92% 71,04%

2014 2015 2016 2017 Prel.

Dívida Externa Dívida Interna Stock da Dívida Total

150,00 152,00 154,00 156,00 158,00 160,00 162,00 164,00 166,00 168,00

-

500

1.000

1.500

2.000

2.500

jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17

USD/

Kz

USD

Milh

ões

BNA Clientes

Supervisão Efectiva

Processo de Supervisão Efectiva

Temas, actualmente,em desenvolvimento

NÍVEL I: Mínimo que é necessário desenvolverNÍVEL II: Próximo estágio de evolução

••••

••••

••••

Taxa de Câmbio Oficial

2017

NÍVEL I

NÍVEL II

2018 2019 2020 2021 2022

ICAAPTestes de esforçoECAISAbordagem pelo método padrão aos riscos de Crédito, Mercado e OperacionalIAS/IFRSUtilização efectiva do MAIFRequisitos de divulgação de BII/IIIMaturação da governação interna e processos do BNADefinição de capitalEnquadramento da supervisão consolidadaPlano de recuperação e resoluçãoProcedimentos protocolares e estabelecimento de protocolos Regime de confidencialidade e sigilo profissional

Rácio de Cobertura de Liquidez (LCR)Rácio de financiamento estável líquido (NSFR)ILAAPRácio de alavancagemBuffer de conservação de capitalBuffer de capital de contracicloSIBs (Global e Doméstico)

•••••••

Métodos avançados de risco de crédito, mercado e operacionalTitularizaçõesRisco de crédito da contraparteEnquadramento do risco de mercado segundo BIIExposição bancária a contrapartes centrais (CCPs)Subcontratação de serviços de supervisão (regulação)Requisitos de divulgação BII/III (continuação)

•••••••

15

51

22

1

6,82%

27,27%

3,41%0,00%

10,00%20,00%30,00%40,00%50,00%60,00%70,00%80,00%90,00%

100,00%

0

10

20

30

40

50

60

Público Privado Nacional Privado Estrangeiro

Analisado Não Analisado Peso dos processos não conformes

Parte III - Políticas do Banco Central 45

44 Relatório Anual e Contas • 2017

Em consequência da necessidade de divisas para a importação de bens e serviços, bem como a realização de

diversos compromissos externos, foram colocados no mercado cambial durante o ano de 2017 recursos cambiais

equivalentes a USD 11.984,07 milhões (em 2017 o BNA apenas vendeu Euros, contabilizando cerca de EUR

10.725,10 milhões). Apesar da necessidade de vendas mais controladas, observou-se um aumento de 14,48%

comparativamente ao ano de 2016. Os bancos comerciais adquiriram dos seus clientes USD 1.721,49 milhões contra

USD 2.314,32 milhões no ano anterior. Em 2017, o sector a que foi alocado mais divisas foi o Sector da Alimentação

seguido do Sector Petrolífero.

Para atender à procura por divisas em 2017, o BNA contou com recursos provenientes do Tesouro Nacional e

das empresas petrolíferas. Assim, as compras de divisas do BNA em 2017 registaram uma diminuição de 7,73%

comparativamente ao ano de 2016, dos quais, USD 5.559,08 milhões (56,34%) provenientes do Tesouro Nacional e

USD 4.307,88 milhões (43,66%) do sector petrolífero.

Em 2017, no mercado primário, a taxa de câmbio de referência do Kwanza face ao Dólar norte-americano fechou

com uma cotação de Kz 166,749 contra os Kz 166,732 de Dezembro de 2016, indicando uma ligeira depreciação de

aproximadamente 0,013% o que demonstra um período de estabilidade da cotação da moeda nacional ao longo do

ano de 2017.

Quadro 6: Taxas de câmbio nos diversos mercados

dez/14 dez/15 dez/16 dez/17

Mercado Primário (USD/Kz) 102,863 135,315 165,903 165,924

Variação Média 5,37% 31,55% 22,60% 0,01%

Mercado Secundário - Divisas (USD/Kz) 103,727 137,717 169,008 170,541

Variação Média 4,98% 39,41% 34,13% 0,91%

Mercado Informal (USD/Kz) 123,750 264,583 474,167 415,833

Variação Média 18,23% 113,80% 79,21% -12,30%

Casas de Câmbio (USD/Kz) 117,900 221,079 378,400 247,996

Variação Média 15,68% 87,51% 71,16% -34,46%

Fonte: BNA

7.4. Mercado Cambial Secundário

As vendas de divisas dos bancos comerciais aos seus clientes em 2017 aumentaram 15,91% face ao ano anterior

para os USD 12.224,97 milhões (USD 10.547,10 milhões em 2016), o que corresponde a uma execução de 87,74% das

divisas que adquiram através das várias fontes (BNA e Clientes).

Do total das execuções dos bancos comerciais, 59,85% foram destinados às operações de mercadorias, 34,78% para

as operações de invisíveis, 2,58% para operações de capitais, 1,91% para reposição cambial e 0,95% destinadas às

casas de câmbio. Em termos gerais e relativamente ao ano anterior, verifica-se um aumento do peso das operações

de mercadorias (+ 4,94 p.p.), das operações de capitais (+ 0,69 p.p.) e das casas de câmbio (+ 0,09 p.p.), registando-se

uma redução do peso das operações invisíveis (- 3,20 p.p.) e da reposição cambial (- 2,52 p.p.)

O comportamento da taxa de câmbio do mercado secundário respondeu às fortes pressões da procura de moeda

estrangeira, dada a sua escassez resultante da queda da capacidade das reservas cambiais em sustentar as

necessidades dos clientes.

A taxa de câmbio do mercado secundário de divisas depreciou-se no final do ano de 2017 em relação ao período

homólogo do ano anterior em 0,91%, ao passar de Kz 169,01 por Dólar norte-americano em Dezembro de 2016 para

os Kz 170,54 em Dezembro de 2017. No período em análise, a taxa de câmbio do mercado secundário de notas em

relação ao Dólar norte-americano atingiu a cotação de Kz 202,61 contra Kz 193,96 em 2016, tendo sido observada

uma depreciação nominal de 4,46%.

Em consequência da conjuntura do mercado cambial, em todos os segmentos de mercado observou-se a depreciação

da moeda nacional com excepção do mercado informal, onde observou-se uma apreciação de 12,30% fruto do

aumento das vendas de divisas e respectivas execuções ocorridas em 2017 face a 2016.

Resumindo, apesar das medidas tomadas pelo BNA no sentido de atenuar a pressão sobre o mercado cambial, este

permaneceu ainda com alguns desequilíbrios durante o ano de 2017, como reflexo dos problemas de liquidez no

mercado cambial bem como das expectativas de desvalorização e dos controlos cambiais.

8. Reservas Internacionais

8.1. Objectivos e Metas da Política de Gestão de Reservas

As Reservas Internacionais Brutas têm como princípios-base da sua gestão a preservação do capital, a elevada

liquidez dos activos financeiros que a compõem e a obtenção de retorno ajustado ao perfil conservador do

Banco Nacional de Angola enquanto Banco Central, à luz da política de investimentos aprovada pelo Comité de

Investimentos.

As metas da gestão das reservas internacionais materializadas através da política de Investimentos visam:

Garantir a liquidez necessária para o cumprimento das obrigações soberanas de curto prazo em moeda

estrangeira e os objectivos da estabilidade do valor da moeda nacional;

Gráfico 19: Vendas de divisas dirigidas por sector em 2017 (%)

Fonte: BNA

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Kz M

ilhõe

s

Emissões

BT OT

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Kz M

ilhõe

s

Resgates

BT OT

01.0002.0003.0004.0005.000

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Kz M

il M

ilhõe

s

BT OT

5,00

7,00

9,00

11,00

13,00

15,00

17,00

19,00

21,00

23,00

25,00

dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17

BT BT 91 dias BT BT 182 dias BT BT 364 dias

OT-TXC 2 anos OT-TXC 3 anos OT-TXC 4 anos

OT-TXC 5 anos OT-NR OT 2 anos OT-NR OT 3 anos

OT-NR OT 4 anos OT-NR OT 5 anos OT-NR OT 6 anos

16,00%

18,00%

2,75%

0,00%

20,00%

7,50%9,00%

11,00%

13,00%

0,00

3,00

6,00

9,00

12,00

15,00

18,00

21,00

dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

Tx BNA FAL 7 DIAS FAO FCO

OMA 7d OMA 14d OMA 28d OMA 63d

05,00

10,0015,0020,0025,00

0

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,0035,00

jan/20

16

fev/20

16

mar/20

16

abr/2

016

mai/20

16

jun/20

16

jul/20

16

ago/2

016

set/2

016

out/2

016

nov/2

016

dez/2

016

jan/20

17

fev/20

17

mar/20

17

abr/2

017

mai/20

17

jun/20

17

jul/20

17

ago/2

017

set/2

017

out/2

017

nov/2

017

dez/2

017

LUIBOR Overnight 1 Mês 3 Meses

6 Meses

2016 2017 2016 2017

9 Meses 12 Meses

0100000200000300000400000500000600000700000800000

dez/1

5jan

/16fev

/16

mar/16ab

r/16

mai/16jun

/16jul

/16

ago/1

6se

t/16

out/1

6no

v/16

dez/1

6jan

/17fev

/17

mar/17ab

r/17

mai/17jun

/17jul

/17

ago/1

7se

t/17

out/1

7no

v/17

dez/1

7

VOL - MMI LUIBOR Overnight

19,64%

18,49%

15,62%8,31%

37,93%

Sector Alimentação

Sector Petrolífero

Leilões

Viagens, Ajuda Fam., Saúde e Cartões de Crédito

Outras

EM FALTA

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17

Milh

ares

Exigibilidade efectiva Títulos e contratos CativosReservas LivresReservas Totais

19,64%

18,49%

15,62%8,31%

37,93%

Parte III - Políticas do Banco Central 47

46 Relatório Anual e Contas • 2017

Diversificar a carteira tendo em conta as oportunidades de investimento;

Gerir com parcimónia os activos que compõem as reservas internacionais, considerando que estes

representam, quer uma garantia para o país, quer uma parcela significativa da sua riqueza.

8.2. Instrumentos e Medidas de Política de Gestão de Reservas

A política de investimento e os instrumentos de gestão das reservas internacionais, em 2017 mantiveram-se

consistentes com os anos anteriores, distribuídas em três tranches: i) de liquidez; ii) intermédia; e iii) de investimento,

sendo elegíveis como activos de reserva, de acordo com o quadro legal em vigor e em consonância com as boas

práticas internacionais, os instrumentos do mercado monetário, os instrumentos de rendimento fixo (soberanos,

supranacionais, agências governamentais e corporativa com elevada qualidade), os instrumentos de rendimento

variável que garantem a preservação de capital e o Ouro Monetário.

A posição das Reservas Internacionais Brutas (RIB) no final de 2017 foi de USD 17.989,66 milhões (16,24% do PIB),

contra USD 24.352,54 milhões (23,97% do PIB) do final de 2016, correspondente a uma cobertura de 7,64 meses

de importação, contra 10,43 meses em 2016. No final de Dezembro, a posição das reservas internacionais líquidas

situava-se em USD 13.351,71 milhões, o que corresponde a uma perda de cerca 35,83%.

Gráfico 20: Reservas brutas e rácio de cobertura das importações

Fonte: BNA

7,64

5,00

6,00

7,00

8,00

9,00

10,00

11,00

12,00

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

dez/16 abr/17 ago/17 dez/17

Reservas Brutas (USD milhões)

Rácio de Cobertura das Importações (meses, eixo dir.)

0,00

100,00

200,00

300,00

400,00

500,00

600,00

700,00

800,00

2016 2017

Kz M

ilhõe

s

Depósitos obrigatórios - MN

Depósitos obrigatórios - ME

Depósitos livres

0,00

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

300,00

350,00

2016 2017

Kz M

ilhõe

s

Depósitos livres - MN

Depósitos livres - ME

Outras Obrigações face a outras instit. monetárias

306.000,00

527.718,88

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

Emissão Circulação Monetária

Kz M

ilhõe

s

dez/16 dez/17

14,0014,5015,0015,5016,0016,5017,0017,5018,0018,5019,00

dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

Até 180 dias MN De 181 dias a 1 ano MN Mais de 1 ano MN

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

20,00

22,00

24,00

26,00

dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

3,004,005,006,007,008,009,00

10,0011,00

dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

DP até 90 dias MN DP 91 a 180 dias MN DP de 181 dias - 1 ano MN DP mais de 1 ano MN

1,001,502,002,503,003,504,004,505,005,50

dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

-30 000,00

-20 000,00

-10 000,00

0,00

10 000,00

20 000,00

30 000,00

40 000,00

2014 2015 2016 2017*

Bens Serviços R. Primários

R. Secundários Conta Corrente

1.78

7,98

1.46

2,53

1.43

2,38

928,

43

616,

80

505,

44

359,

03

483,

62

214,

85

234,

59

2.17

1,96

1.77

9,17

892,

78

795,

56

748,

72

574,

72

519,

89

406,

55

397,

65

347,

33

0,00

500,00

1 000,00

1 500,00

2 000,00

2 500,00

3 000,00

3 500,00

4 000,00

4 500,00

PORT

UGAL

CHIN

A

EUA

BELG

ICA

BRAS

IL

ÁFRI

CA D

O SU

L

REIN

O UN

IDO

EAU

FRAN

ÇA

ESPA

NHA

USD

Milh

ões

2016 2017*

-8 000,00

-6 000,00

-4 000,00

-2 000,00

0,00

2 000,00

4 000,00

6 000,00

8 000,00

10 000,00

2014 2015 2016 2017*

USD

Milh

ões

Investimento Directo Capitais de M. e L. Prazo

Outros Capitais Conta Financeira

Em termos gerais, as reservas internacionais brutas no final de 2017 permaneceram em níveis confortáveis, com uma

cobertura acima da meta dos seis meses de importação de bens e serviços (meta de convergência da SADC), apesar

das incertezas e a volatilidade dos preços do petróleo no mercado internacional.

Os investimentos com os recursos que compõem as Reservas Internacionais Brutas são efectuados adoptando uma

estratégia activa, com perfil conservador, de acordo com as boas práticas da gestão das reservas emanadas dos

organismos multilaterais, designadamente o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial.

Quadro 7: Alocação por classe de activo a 31 de Dezembro de 2017

Classes de Activo 31/12/17 31/12/16

Instrumentos do mercado monetário (Depósitos Bancário e Equivalentes) 36% 43%

Títulos de Dívida (Soberanas, Supranacionais e Agências Governamentais) 48% 49%

Ouro 4% 3%

Outros Investimentos 12% 5%

Fonte: BNA

A exposição por moeda, no final do exercício, repartiu-se em 82% em Dólar norte-americano, 7% em Euro, 3% em

Libra esterlina e 8% em outras moedas.

A qualidade de crédito da carteira sob gestão do Banco Nacional de Angola ascende a 60% em entidades com

notação de rating considerado como um bom grau de investimento (superior a BB). A duração média da carteira

sob gestão fechou em torno dos 3 anos, sendo que o nível de liquidez dos activos se situou acima dos 90%. O Valor

em Risco total da carteira saldou-se em 3,87% no final de 2017, representando a perda máxima esperada dos

investimentos efectuados.

A rendibilidade anualizada dos investimentos com as reservas internacionais situou-se em torno de 5,04%, superior

em 200 p.b. comparativamente ao exercício de 2016, influenciado pelo incremento das taxas de juro pelo FED.

9. Impactos das Operações de Mercado sobre a Base Monetária e agregados monetários

Analisando o Balanço do BNA verifica-se que, em 2017, a Base Monetária expandiu em 6,95% relativamente ao ano

anterior, situando-se em Kz 1.620,22 mil milhões. Esta expansão deveu-se à expansão dos Activos Internos Líquidos

em 45,93%, que por sua vez foi influenciado, essencialmente, pela expansão do Crédito Líquido ao Governo Central

em 145,61%. A Base Monetária Restrita em moeda nacional apresentou uma expansão de 8,29% em 2017. Note-se

que esta varável foi considerada, na secção do CPM de Novembro, a variável operacional de política monetária do

BNA.

Parte III - Políticas do Banco Central 49

48 Relatório Anual e Contas • 2017

Quadro 8: Base monetária

2016 2017 2016 2017

Em Kz mil milhões T.V.H. (%)

Base Monetária 1 514,96 1 620,22 -7,14 6,95

Notas e Moedas em Circulação 506,01 527,72 -2,61 4,29

Reserva bancária 1 008,96 1 092,50 -9,25 8,28

Depósitos obrigatórios 579,05 891,50 -34,59 53,96

Depósitos obrigatórios -MN 490,33 769,94 -35,95 57,02

Depósitos obrigatórios -ME 88,71 121,57 -25,84 37,03

Depósitos livres 429,91 201,00 89,72 -53,25

Depósitos livres - MN 345,61 155,71 61,21 -54,95

Depósitos livres - ME 84,30 45,30 590,39 -46,27

Outras Obrigações face a outras instit. monetárias 69,20 66,38 57,09 -4,07

Memorando:

Base monetária restrita em moeda nacional 1 341,95 1 453,36 -10,51 8,30

Fonte: BNA

A expansão da Base Monetária em 2017 reflectiu-se no aumento da reserva bancária em 8,28% e das notas e

moedas em circulação em 4,29%. A evolução positiva da reserva bancária está associada à expansão significativa

dos depósitos obrigatórios em 53,96% e a uma contracção dos depósitos livres em 53,25%. Por sua vez, o aumento

dos depósitos obrigatórios foi influenciado pelas mudanças na modalidade de cumprimento das reservas obrigatórias,

nomeadamente, a eliminação da elegibilidade dos títulos de dívida pública para o cumprimento das reservas

obrigatórias em moeda nacional, o que levou ao aumento do cumprimento das reservas obrigatórias em numerário.

Em termos de moeda, os depósitos obrigatórios registaram aumentos tanto em moeda nacional como em moeda

estrangeira em 57,02% e 37,03%, respectivamente. Consequentemente, este aumento levou a uma redução dos

depósitos livres.

Painel 10: Reserva bancária - depósitos obrigatórios e livres

Gráfico 21: Emissão vs. Circulação monetária

7,64

5,00

6,00

7,00

8,00

9,00

10,00

11,00

12,00

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

dez/16 abr/17 ago/17 dez/17

Reservas Brutas (USD milhões)

Rácio de Cobertura das Importações (meses, eixo dir.)

0,00

100,00

200,00

300,00

400,00

500,00

600,00

700,00

800,00

2016 2017

Kz M

ilhõe

s

Depósitos obrigatórios - MN

Depósitos obrigatórios - ME

Depósitos livres

0,00

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

300,00

350,00

2016 2017

Kz M

ilhõe

s

Depósitos livres - MN

Depósitos livres - ME

Outras Obrigações face a outras instit. monetárias

306.000,00

527.718,88

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

Emissão Circulação Monetária

Kz M

ilhõe

s

dez/16 dez/17

14,0014,5015,0015,5016,0016,5017,0017,5018,0018,5019,00

dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

Até 180 dias MN De 181 dias a 1 ano MN Mais de 1 ano MN

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

20,00

22,00

24,00

26,00

dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

3,004,005,006,007,008,009,00

10,0011,00

dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

DP até 90 dias MN DP 91 a 180 dias MN DP de 181 dias - 1 ano MN DP mais de 1 ano MN

1,001,502,002,503,003,504,004,505,005,50

dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

-30 000,00

-20 000,00

-10 000,00

0,00

10 000,00

20 000,00

30 000,00

40 000,00

2014 2015 2016 2017*

Bens Serviços R. Primários

R. Secundários Conta Corrente

1.78

7,98

1.46

2,53

1.43

2,38

928,

43

616,

80

505,

44

359,

03

483,

62

214,

85

234,

59

2.17

1,96

1.77

9,17

892,

78

795,

56

748,

72

574,

72

519,

89

406,

55

397,

65

347,

33

0,00

500,00

1 000,00

1 500,00

2 000,00

2 500,00

3 000,00

3 500,00

4 000,00

4 500,00

PORT

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CHIN

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USD

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2016 2017*

-8 000,00

-6 000,00

-4 000,00

-2 000,00

0,00

2 000,00

4 000,00

6 000,00

8 000,00

10 000,00

2014 2015 2016 2017*

USD

Milh

ões

Investimento Directo Capitais de M. e L. Prazo

Outros Capitais Conta Financeira

7,64

5,00

6,00

7,00

8,00

9,00

10,00

11,00

12,00

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

dez/16 abr/17 ago/17 dez/17

Reservas Brutas (USD milhões)

Rácio de Cobertura das Importações (meses, eixo dir.)

0,00

100,00

200,00

300,00

400,00

500,00

600,00

700,00

800,00

2016 2017

Kz M

ilhõe

s

Depósitos obrigatórios - MN

Depósitos obrigatórios - ME

Depósitos livres

0,00

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

300,00

350,00

2016 2017

Kz M

ilhõe

s

Depósitos livres - MN

Depósitos livres - ME

Outras Obrigações face a outras instit. monetárias

306.000,00

527.718,88

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

Emissão Circulação Monetária

Kz M

ilhõe

s

dez/16 dez/17

14,0014,5015,0015,5016,0016,5017,0017,5018,0018,5019,00

dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

Até 180 dias MN De 181 dias a 1 ano MN Mais de 1 ano MN

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

20,00

22,00

24,00

26,00

dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

3,004,005,006,007,008,009,00

10,0011,00

dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

DP até 90 dias MN DP 91 a 180 dias MN DP de 181 dias - 1 ano MN DP mais de 1 ano MN

1,001,502,002,503,003,504,004,505,005,50

dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

-30 000,00

-20 000,00

-10 000,00

0,00

10 000,00

20 000,00

30 000,00

40 000,00

2014 2015 2016 2017*

Bens Serviços R. Primários

R. Secundários Conta Corrente

1.78

7,98

1.46

2,53

1.43

2,38

928,

43

616,

80

505,

44

359,

03

483,

62

214,

85

234,

59

2.17

1,96

1.77

9,17

892,

78

795,

56

748,

72

574,

72

519,

89

406,

55

397,

65

347,

33

0,00

500,00

1 000,00

1 500,00

2 000,00

2 500,00

3 000,00

3 500,00

4 000,00

4 500,00

PORT

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CHIN

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2016 2017*

-8 000,00

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2 000,00

4 000,00

6 000,00

8 000,00

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2014 2015 2016 2017*

USD

Milh

ões

Investimento Directo Capitais de M. e L. Prazo

Outros Capitais Conta Financeira

Fonte: BNA

Fonte: BNA

No contexto de emissão monetária, o exercício de 2017 caracterizou-se por assegurar a qualidade e quantidade das

notas e moedas em circulação desejada.

Durante o período em análise, o Banco Nacional de Angola emitiu mais 115% de notas (em quantidade) do que no

período anterior, com a emissão de 311,40 milhões de notas, contra a injecção de 145,00 milhões de notas em 2016.

Contrapondo as quantidades, em termos monetários, registou-se um aumento no valor emitido em 60,08%, ou seja,

mais Kz 114,85 milhões do que em 2016.

No final de 2017, da circulação monetária repartia-se por 412,94 milhões de notas e por 376,76 milhões de moedas.

Em termos monetários, isto equivalia a um total de Kz 527.718,88 milhões, constituída em 98,93% por notas (Kz

522.062,04 milhões) e em 1,07% em moedas (Kz 5.656,84 milhões). Comparativamente a 2016, verificou-se em

termos quantitativos, uma redução na ordem de 12,49% nas notas, equivalente a uma saída de circulação de 58,91

milhões de notas. Nas moedas metálicas, registou-se um aumento de 12,67% no número de moedas, ou seja, mais

42,36 milhões de moedas em circulação que no período anterior. Financeiramente, verificou-se uma contracção de

0,65%, ou seja, menos Kz 3.423,44 milhões em circulação.

Em síntese, importa realçar que, em termos de política monetária, o BNA adoptou uma conduta prudente ao longo

de 2017. Com efeito, aumentou as suas taxas directoras, mudou a modalidade de cumprimento das Reservas

Obrigatórias, reduziu os requisitos de reservas dos depósitos em Kwanzas e deixou de remunerar as facilidades de

absorção de liquidez. Porém, apesar destes esforços, verificou-se ainda um excesso de liquidez no sistema bancário,

em grande parte devido ao aumento do Crédito Líquido ao Governo Central e do crédito às outras instituições

financeiras monetárias. Sendo assim, em 2018, a política monetária deverá continuar a visar uma redução

significativa do excesso de liquidez através dos seus instrumentos de política monetária, e uma coordenação e

colaboração estreita com os bancos que enfrentam problemas de liquidez de forma a reduzir ou mesmo eliminar as

suas necessidades de liquidez.

Parte III - Políticas do Banco Central 51

50 Relatório Anual e Contas • 2017

10. Agregados Monetários e a Balança de Pagamentos

10.1. Evolução dos Agregados Monetários

O ano de 2017 foi caracterizado por uma política monetária contraccionista, não obstante os agregados monetários

apresentaram apenas apresentaram uma desaceleração. Com efeito, a oferta de moeda em sentido mais lato,

representada pelo agregado monetário M3 expandiu 4,08% face ao ano anterior. O agregado monetário M2 expandiu

igualmente em 4,08%.

Quadro 9: Síntese monetária

2016 2017 2016 2017

Em Kz mil milhões T.V.H. (%)

Activos Externos Líquidos 3 851,93 2 711,17 7,88 -29,62

BNA 3 526,62 2 440,24 4,93 -30,80

Reservas Internacionais Líquidas 3 451,87 2 233,00 5,13 -35,31

Bancos Comerciais 325,31 270,93 55,36 -16,72

Activo interno líquido 2 676,93 4 084,33 25,00 52,58

Crédito Interno líquido 4 487,62 6 336,26 17,44 41,19

Crédito Líquido ao Governo Central 1 102,58 2 945,84 213,45 167,18

Crédito ao Governo Central 3 754,86 4 648,90 45,42 23,81

Depósitos do Governo Central 2 652,28 1 703,06 18,91 -35,79

Crédito à Economia 3 385,04 3 390,43 -2,43 0,16

Outros activos líquidos -1 810,70 -2 251,93 7,80 24,37

Fonte: BNA

Nota 1 - a partir de Agosto de 2011, as contas do BNA são baseadas na revisão do Plano de Contas e a partir de Julho de 2014 são baseados no novo Plano de Contas.

Nota 2 - A partir de Janeiro de 2011, há uma quebra metodologica nas series temporais, devido a melhoria na classificação e sectorização das contas das outras Instituições Financeiras Monetarias (OIM).

Quadro 10: Agregados monetários

2016 2017 2016 2017

Em Kz mil milhões T.V.H. (%)

M3 6 528,85 6 795,50 14,30 4,08

M2 6 525,05 6 791,47 14,40 4,08

M1 3 854,06 4 005,93 12,70 3,94

Notas e Moedas em poder do público 395,74 418,74 3,95 5,81

Depósitos à Ordem 3 458,32 3 587,20 13,79 3,73

Depósitos à ordem- MN 2 575,32 2 677,87 13,76 3,98

Depósitos à ordem - ME 883,00 909,32 13,88 2,98

Quase-Moeda 2 671,00 2 785,54 16,95 4,29

Depósitos a Prazo - MN 1 571,01 1 695,97 24,85 7,95

Depósitos a Prazo - ME 1 099,99 1 089,57 7,25 -0,95

Outros Instrumentos equiparáveis a depósitos* 3,80 4,03 -53,35 5,92

Fonte: BNA

* Inclui titulos e acordos de recompra em moeda nacional e estrangeira

O agregado monetário M2 totalizou Kz 6.791,47 mil milhões (contra Kz 6.525,05 mil milhões em 2016), representando

uma expansão de 4,08%, influenciado pela contracção dos Activos Externos Líquidos (29,62%). A expansão dos

depósitos à ordem (3,73%) reflectiu-se no aumento dos depósitos à ordem em moeda nacional (3,98%), enquanto o

aumento dos depósitos a prazo (4,29%), reflectiu-se no aumento dos depósitos a prazo em moeda nacional (7,95%). O

M2 em moeda nacional, por sua vez, aumentou 5,52% face ao ano anterior (situando-se em Kz 4.792,58 mil milhões).

Em termos agregados, em 2017, os depósitos no sistema bancário situaram-se em Kz 6.372,74 mil milhões,

registando uma expansão de 3,97%, relativamente ao ano anterior. A evolução positiva dos depósitos em 2017

reflectiu-se na expansão da rubrica depósitos à ordem em 3,73%, tendo os depósitos a prazo aumentado em 4,29%.

O crédito à economia aumentou em 1,92%, influenciado pelo aumento do Crédito em moeda nacional em 4,71%,

sendo que o crédito em moeda estrangeira registou uma diminuição de 9,80%.

Em termos de peso no total do crédito concedido à economia realça-se que, em 2017, o mesmo teve como principal

destino as empresas ligadas ao sector de Comércio por Grosso e a Retalho que se apropriou de 23,81% do total do

crédito concedido à economia (23,62% em 2016), seguido dos Actividade Imobiliária, Alugueres e Serviços Prestados

as Empresas com 14,87% (13,98% em 2016), Particulares com 13,55% (14,96% em 2016), Construção com 11,97%

(12,06% em 2016) e Outras Actividades de Serviço Colectivo, Sociais e Pessoais com 10,77% (11,76% em 2016).

Em 2017, houve um aumento do peso do crédito concedido sobretudo a Actividades Financeiras, Seguros e Fundos

de Pensões (1,34 p.p.), à Actividade Imobiliária, Alugueres e Serviços Prestados as Empresas (0,89 p.p.), à categoria

Transportes, Armazenagem e Comunicações (0,28 p.p.), ao Alojamento e Restauração (Restauração e Similares) (0,27

p.p.) e ao Comércio por Grosso e a Retalho (0,20 p.p.).

Constata-se que sectores tidos como chave (Agricultura, Produção Animal, Caça e Silvicultura e Indústria Extractiva)

para o processo de diversificação económica, registaram diminuição e não têm peso significativo sobre o total

do crédito concedido, o que poderá levar ao atraso do referido processo e suas contribuições para o crescimento

económico.

Em contrapartida da desaceleração monetária, realça-se a diminuição em 29,62% dos activos externos líquidos,

reflectindo-se por um lado, na diminuição dos Activos Externos do BNA em 30,80%, que por sua vez, é resultante

da redução das Reservas Internacionais Líquidas de 35,31% e por outro lado, na diminuição da Reserva dos Bancos

Comerciais em 16,72%.

O aumento do Crédito Líquido ao Governo Central e do Crédito à Economia de 167,18% e 0,16%, respectivamente,

determinaram a expansão do crédito interno líquido em 41,19% face ao ano anterior. O aumento significativo do

Crédito Líquido ao Governo Central face ao ano anterior é explicado pelo aumento de 23,81% no crédito concedido

ao Governo Central para fazer face às suas necessidades de tesouraria, tendo os depósitos do Governo Central no

sistema bancário diminuído 35,79%. Não obstante o expressivo aumento do crédito líquido à Administração Central,

é substancialmente mais reduzido em relação ao ano transacto (213,45%).

Parte III - Políticas do Banco Central 53

52 Relatório Anual e Contas • 2017

Relativamente às condições de financiamento no sector bancário, realça-se que, em 2017, as taxas de juro praticadas

nas operações activas ao sector empresarial em moeda nacional registaram, em termos médios do ano, aumento

em todas as maturidades. As taxas de juro nas maturidades até 180 dias aumentaram 0,02 p.p. face a 2016,

enquanto nas maturidades de 180 dias até 1 ano e mais de 1 ano apresentaram aumentos de 0,18 p.p. e de 1,03 p.p.,

respectivamente. As taxas de juro do crédito empresarial em moeda nacional oscilaram, em termos médios anuais,

entre os 15,46% e os 15,84%.

Entretanto, as taxas de juro praticadas nas operações activas a particulares também apresentaram aumento em

todas as maturidades, destacando a maturidade de até 180 dias que registou aumento de 3,67 p.p. Em termos

médios anuais de 2017, as taxas neste segmento de crédito oscilaram entre os 13,96% e os 23,48% nas diferentes

maturidades.

Por sua vez, as taxas de juro praticadas nas operações passivas em moeda nacional registaram em termos médios

aumentos ligeiros em todas as maturidades, destacando-se a maturidade de mais de 1 ano (2,00 p.p.) e de até 90

dias (0,79 p.p.) Por sua vez, as taxas de juro praticadas nas operações passivas em moeda estrangeira, apresentaram

diminuições em todas as maturidades. As taxas de juro passivas em moeda nacional oscilaram, em termos médios

anuais, entre os 4,04% e os 6,80%, enquanto as taxas de juro passivas em moeda estrangeira oscilaram entre os

1,97% e os 4,82%.

Painel 11: Taxas de juro do crédito e dos depósitos no sistema bancário (em F.D.P.)

Gráfico 22: Conta corrente e suas componentes (USD milhões)

7,64

5,00

6,00

7,00

8,00

9,00

10,00

11,00

12,00

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

dez/16 abr/17 ago/17 dez/17

Reservas Brutas (USD milhões)

Rácio de Cobertura das Importações (meses, eixo dir.)

0,00

100,00

200,00

300,00

400,00

500,00

600,00

700,00

800,00

2016 2017

Kz M

ilhõe

s

Depósitos obrigatórios - MN

Depósitos obrigatórios - ME

Depósitos livres

0,00

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

300,00

350,00

2016 2017

Kz M

ilhõe

s

Depósitos livres - MN

Depósitos livres - ME

Outras Obrigações face a outras instit. monetárias

306.000,00

527.718,88

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

Emissão Circulação Monetária

Kz M

ilhõe

s

dez/16 dez/17

14,0014,5015,0015,5016,0016,5017,0017,5018,0018,5019,00

dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

Até 180 dias MN De 181 dias a 1 ano MN Mais de 1 ano MN

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

20,00

22,00

24,00

26,00

dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

3,004,005,006,007,008,009,00

10,0011,00

dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

DP até 90 dias MN DP 91 a 180 dias MN DP de 181 dias - 1 ano MN DP mais de 1 ano MN

1,001,502,002,503,003,504,004,505,005,50

dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

-30 000,00

-20 000,00

-10 000,00

0,00

10 000,00

20 000,00

30 000,00

40 000,00

2014 2015 2016 2017*

Bens Serviços R. Primários

R. Secundários Conta Corrente

1.78

7,98

1.46

2,53

1.43

2,38

928,

43

616,

80

505,

44

359,

03

483,

62

214,

85

234,

59

2.17

1,96

1.77

9,17

892,

78

795,

56

748,

72

574,

72

519,

89

406,

55

397,

65

347,

33

0,00

500,00

1 000,00

1 500,00

2 000,00

2 500,00

3 000,00

3 500,00

4 000,00

4 500,00

PORT

UGAL

CHIN

A

EUA

BELG

ICA

BRAS

IL

ÁFRI

CA D

O SU

L

REIN

O UN

IDO

EAU

FRAN

ÇA

ESPA

NHA

USD

Milh

ões

2016 2017*

-8 000,00

-6 000,00

-4 000,00

-2 000,00

0,00

2 000,00

4 000,00

6 000,00

8 000,00

10 000,00

2014 2015 2016 2017*

USD

Milh

ões

Investimento Directo Capitais de M. e L. Prazo

Outros Capitais Conta Financeira

7,64

5,00

6,00

7,00

8,00

9,00

10,00

11,00

12,00

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

dez/16 abr/17 ago/17 dez/17

Reservas Brutas (USD milhões)

Rácio de Cobertura das Importações (meses, eixo dir.)

0,00

100,00

200,00

300,00

400,00

500,00

600,00

700,00

800,00

2016 2017

Kz M

ilhõe

s

Depósitos obrigatórios - MN

Depósitos obrigatórios - ME

Depósitos livres

0,00

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

300,00

350,00

2016 2017

Kz M

ilhõe

s

Depósitos livres - MN

Depósitos livres - ME

Outras Obrigações face a outras instit. monetárias

306.000,00

527.718,88

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

Emissão Circulação Monetária

Kz M

ilhõe

s

dez/16 dez/17

14,0014,5015,0015,5016,0016,5017,0017,5018,0018,5019,00

dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

Até 180 dias MN De 181 dias a 1 ano MN Mais de 1 ano MN

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

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22,00

24,00

26,00

dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

3,004,005,006,007,008,009,00

10,0011,00

dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

DP até 90 dias MN DP 91 a 180 dias MN DP de 181 dias - 1 ano MN DP mais de 1 ano MN

1,001,502,002,503,003,504,004,505,005,50

dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

-30 000,00

-20 000,00

-10 000,00

0,00

10 000,00

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30 000,00

40 000,00

2014 2015 2016 2017*

Bens Serviços R. Primários

R. Secundários Conta Corrente

1.78

7,98

1.46

2,53

1.43

2,38

928,

43

616,

80

505,

44

359,

03

483,

62

214,

85

234,

59

2.17

1,96

1.77

9,17

892,

78

795,

56

748,

72

574,

72

519,

89

406,

55

397,

65

347,

33

0,00

500,00

1 000,00

1 500,00

2 000,00

2 500,00

3 000,00

3 500,00

4 000,00

4 500,00

PORT

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ões

2016 2017*

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-6 000,00

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-2 000,00

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2 000,00

4 000,00

6 000,00

8 000,00

10 000,00

2014 2015 2016 2017*

USD

Milh

ões

Investimento Directo Capitais de M. e L. Prazo

Outros Capitais Conta Financeira

Fonte: BNA

Fonte: BNA

10.2. Desempenho da Balança de Pagamentos

A informação da Balança de Pagamentos reflecte o conjunto de transacções reais e financeiras realizadas pelo País

com o resto do mundo durante o ano de 2017. Estando em curso a compilação da Balança de Pagamentos de 2017, os

dados analisados neste documento referem-se a dados preliminares.

Não obstante a tendência positiva do preço médio do petróleo bruto e a consequente recuperação das receitas de

exportação das ramas angolanas, o desempenho das contas externas da economia angolana revelou-se negativo. As

estimativas para 2017 apontam para o registo de um défice na Balança de Pagamentos na ordem de USD 6.414,89

milhões, contra o superavit de USD 403,99 milhões registado em 2016, o que representa uma deterioração de cerca

de 1.687,9%.

10.2.1. Conta Corrente

A Conta Corrente da Balança de Pagamentos registou um desagravamento do seu saldo deficitário em 69,30%, ao

passar de USD 3.071,97 milhões em 2016 para USD 942,73 milhões em 2017. Deste modo, o défice esperado da

conta corrente em 2017 corresponderá a 0,85% do PIB, contra 3,02% observado em 2016.

A melhoria do défice da Conta Corrente resulta do desempenho positivo da conta de bens cujo saldo superavitário

atingiu o montante de USD 20.392,45 milhões, contra USD 14.548,38 milhões registados em 2016, o que

representa um aumento de cerca de 40,17%. O desempenho desta conta foi alavancado pelo aumento do valor das

exportações do petróleo bruto, impulsionado essencialmente pela subida dos preços desta commodity nos mercados

internacionais, visto que em termos de volume registou-se uma redução de cerca 35,96 milhões de barris. Quanto

às contas de serviços rendimentos primários e rendimentos secundários (que inclui doações, remessas e outras

transferências), verificou-se um agravamento dos seus saldos deficitários na ordem de 14,36% e 38,11% e 0,32%,

respectivamente.

Parte III - Políticas do Banco Central 55

54 Relatório Anual e Contas • 2017

Por sua vez, as importações de mercadorias aumentaram em 7,05%, cerca de USD 919,56 milhões, ao passar de USD

13.040,49 milhões em 2016 para USD 13.347,99 milhões em 2017, com realce para o aumento das importações de

bens alimentares (USD 690,01 milhões) e veículos (USD 520,46 milhões). Destaca-se que em 2017 comparativamente

a 2016, observou-se uma redução de importação de material de construção (USD 279,22 milhões) e de máquinas,

aparelhos mecânicos e eléctricos (USD 117,92 milhões).

O nível das importações de bens alimentares evidencia o défice da oferta interna de produtos agro-industriais para

satisfazer a procura interna. Também é notório, no quadro abaixo, o decréscimo dos valores das importações de

material de construção e de combustíveis em 2017, comparativamente a 2016.

Quadro 11: Principais produtos importados em 2017 (USD Milhões)

CATEGORIA DE PRODUTOS 2016 2017* Var. Relativa

Máquinas, aparelhos mecânicos e eléctricos 3 188,2 3 070,2 -3,7%

Bens alimentares 2 347,0 3 037,1 29,4%

Combustível 1 712,4 1 737,4 1,5%

Produtos químicos 873,9 998,3 14,2%

Material de construção 1 154,0 874,8 -24,2%

Veículos 348,7 869,1 149,3%

Obras diversas 572,2 560,8 -2,0%

Plásticos, borrachas, pele e couros 426,3 506,4 18,8%

Texteis e vestuário 264,1 456,8 73,0%

Papel ou cartão e suas obras 149,5 178,1 19,1%

Outros Produtos 2 004,3 1 671,1 -16,6%

Total Geral 13 040,5 13 960,0 7,1%

Fonte: BNA

*Dados preliminares

Portugal foi o principal país de origem dos bens importados, com um custo avaliado em USD 2.171,96 milhões, contra

USD 1.787,98 milhões registados em 2016. As categorias de bens com maior peso nas importações provenientes de

Portugal foram, designadamente, as máquinas e aparelhos mecânicos e eléctricos, os bens alimentares e os produtos

químicos que tiveram um peso de 25,59%, 21,39% e 12,15%, respectivamente.

Em relação aos bens importados da China (USD 1.779,17 milhões), o segundo país em termos de oferta externa

com 12,74% do valor total, destaca-se a importação de máquinas, aparelhos mecânicos e eléctricos, material de

construção e de têxteis e vestuário com um peso de 26,34%, 13,45%, 12,80%, respectivamente.

As importações provenientes dos EUA, o país que vem após a China, com USD 892,78 milhões, representam

6,40% do valor total das importações. Dentre os diversos bens importados deste país, destaca-se a importação de

máquinas, aparelhos mecânicos e eléctricos, veículos e bens alimentares com um peso de 26,90%, 24,79%, 24,42%,

respectivamente.

10.2.2. Conta de Capital e Financeira

As estimativas para 2017 apontam para um défice da Conta Capital e Financeira à volta de USD 5.472,16 milhões,

contra um superavit de USD 6.029,17 milhões registado em 2016, uma redução de cerca de USD 11.501,32 milhões,

explicado, pela diminuição dos Capitais de Médio e Longo prazo em 115,30%, bem como, pelo valor líquido negativo

do investimento directo estrangeiro (IDE) em USD 3.896,25 milhões, contra um valor positivo de USD 1.356,67

milhões apurado em 2016, o que representa um decréscimo de 387,19%. De realçar que o investimento directo

estrangeiro mantém uma forte relação com o desempenho do sector petrolífero, na medida em que o fluxo de entrada

do IDE depende, fundamentalmente, da execução de projectos ligados maioritariamente a este sector.

Gráfico 23: Principais países de proveniência das importações (USD Milhões)

7,64

5,00

6,00

7,00

8,00

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10,00

11,00

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30.000

35.000

dez/16 abr/17 ago/17 dez/17

Reservas Brutas (USD milhões)

Rácio de Cobertura das Importações (meses, eixo dir.)

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300,00

400,00

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2016 2017

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Depósitos obrigatórios - MN

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Depósitos livres

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2016 2017

Kz M

ilhõe

s

Depósitos livres - MN

Depósitos livres - ME

Outras Obrigações face a outras instit. monetárias

306.000,00

527.718,88

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200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

Emissão Circulação Monetária

Kz M

ilhõe

s

dez/16 dez/17

14,0014,5015,0015,5016,0016,5017,0017,5018,0018,5019,00

dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

Até 180 dias MN De 181 dias a 1 ano MN Mais de 1 ano MN

10,00

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dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

3,004,005,006,007,008,009,00

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dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

DP até 90 dias MN DP 91 a 180 dias MN DP de 181 dias - 1 ano MN DP mais de 1 ano MN

1,001,502,002,503,003,504,004,505,005,50

dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

-30 000,00

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30 000,00

40 000,00

2014 2015 2016 2017*

Bens Serviços R. Primários

R. Secundários Conta Corrente

1.78

7,98

1.46

2,53

1.43

2,38

928,

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616,

80

505,

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359,

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483,

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574,

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347,

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500,00

1 000,00

1 500,00

2 000,00

2 500,00

3 000,00

3 500,00

4 000,00

4 500,00

PORT

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CHIN

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2016 2017*

-8 000,00

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2014 2015 2016 2017*

USD

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Investimento Directo Capitais de M. e L. Prazo

Outros Capitais Conta Financeira

Fonte: BNA

Parte III - Políticas do Banco Central 57

56 Relatório Anual e Contas • 2017

Gráfico 24: Conta financeira e suas componentes (USD milhões)

7,64

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dez/16 abr/17 ago/17 dez/17

Reservas Brutas (USD milhões)

Rácio de Cobertura das Importações (meses, eixo dir.)

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2016 2017

Kz M

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Depósitos obrigatórios - MN

Depósitos obrigatórios - ME

Depósitos livres

0,00

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150,00

200,00

250,00

300,00

350,00

2016 2017

Kz M

ilhõe

s

Depósitos livres - MN

Depósitos livres - ME

Outras Obrigações face a outras instit. monetárias

306.000,00

527.718,88

0

100.000

200.000

300.000

400.000

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Emissão Circulação Monetária

Kz M

ilhõe

s

dez/16 dez/17

14,0014,5015,0015,5016,0016,5017,0017,5018,0018,5019,00

dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

Até 180 dias MN De 181 dias a 1 ano MN Mais de 1 ano MN

10,00

12,00

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dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

3,004,005,006,007,008,009,00

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dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

DP até 90 dias MN DP 91 a 180 dias MN DP de 181 dias - 1 ano MN DP mais de 1 ano MN

1,001,502,002,503,003,504,004,505,005,50

dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 out/17 dez/17

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2014 2015 2016 2017*

Bens Serviços R. Primários

R. Secundários Conta Corrente

1.78

7,98

1.46

2,53

1.43

2,38

928,

43

616,

80

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USD

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Investimento Directo Capitais de M. e L. Prazo

Outros Capitais Conta Financeira

Fonte: BNA

A saída de capitais fixou-se em USD 12.455,26 milhões, contra USD 12.068,26 milhões em 2016, um aumento na

ordem dos 3,21%. No que concerne ao endividamento externo, registou-se uma redução dos desembolsos em USD

6.320,73 milhões, ao passar de USD 13.495,85 milhões em 2016 para USD 7.175,12 milhões em 2017, enquanto

a amortização da dívida externa passou de USD 6.508,28 milhões em 2016 para USD 8.243,99 milhões no período

em análise. Assim, o fluxo líquido relacionado com a dívida externa apresentou uma diminuição na ordem de USD

1.068,87 milhões em 2017, contra o saldo positivo de USD 6.987,57 milhões em 2016.

A conta capital tem apresentado valores residuais ao longo dos anos, sendo o saldo da conta capital e financeira

praticamente determinado pela conta financeira.

11. Política de Prevenção do Branqueamento de Capitais e Financiamento do Terrorismo

No decurso de 2017, teve início o processo de Auto-avaliação do Risco Nacional do BC/FT, com a participação

do BNA, visando a preparação de Angola para a visita in loco do GAFI em 2021, devendo para o efeito, o país

demonstrar os esforços empreendidos na prevenção ao BC/FT.

Tendo em conta a supervisão efectiva (effectiveness supervision) e implementação das Recomendações do GAFI,

bem como a melhoria das RCB’s, no âmbito da assistência técnica do FMI em matérias de BC/FT, o BNA beneficiou de

uma visita inicial com o objectivo de diagnosticar o quadro regulamentar e processo de supervisão de BC/FT, na qual

foram realizados encontros com diversas instituições dos países que fazem parte da Task Force nacional do combate

ao BC/FT, bem como do sector privado.

Em 2017, o BNA deu continuidade à análise da extensão, evolução, causas e impactos do De-risking nas Relações

de Correspondência Bancária (RCBs) em Angola, sendo que os resultados evidenciaram algumas melhorias face

a 2016, com apenas 4 bancos a indicarem que tinham sido alvo de término ou restrição de RCBs no período de

2017. Contudo, com a perda das RCB´s directas os bancos passaram a realizar operações por via de relações de

correspondência bancárias indirectas.

No período em análise, no âmbito da prevenção do BC/FT, foram realizadas um total de 57 acções de supervisão on-

site e off-site a instituições financeiras bancárias e não bancárias em matérias de supervisão de prevenção do BC/FT.

Neste sentido as acções incidiram, fundamentalmente, sobre clientes e transacções de alto risco, no que diz respeito

a comunicação de transacções em numerário acima de USD 15.000,00 à Unidade de Informação Financeira3 (UIF)

por meio da Declaração de Transacções em Numerário, vistorias de início e extensão de actividades e verificação de

acções oriundas da UIF.

11.1. Governação Corporativa e Sistema de Controlo Interno

No domínio de Governação Corporativa persistem desafios para o bom funcionamento do sector bancário, pois alguns

bancos apresentam fraquezas nos modelos de governação relacionadas com deficiências ou incumprimentos em

requisitos relevantes, como a distribuição de pelouros, formalização de políticas ou conflito de interesses.

Contudo, em 2017, em termos de governação corporativa observou-se que os bancos apresentaram relativas

melhorias ao nível de cumprimento dos principais requisitos estabelecidos no Aviso n.º 01/13, de 19 de Abril, sobre a

matéria, comparativamente ao período homólogo de 2016, sobretudo no que diz respeito à atribuição e composição

do conselho de administração e comissão executiva, política de avaliação de desempenho, política de remuneração,

identificação de transacções com partes relacionadas e código de conduta.

Todavia, identificou-se ainda um nível de implementação reduzido nos requisitos relativos à distribuição de

pelouros, nomeação do administrador independente, formalização da política de conflitos de interesses, bem como a

formalização e funcionamento dos comités de gestão de risco e de controlo interno.

Cingindo-se ao sistema de controlo interno previsto no Aviso n.º 02/13, de 19 de Abril, no ano de 2017, constatou-se

um maior incremento do nível de cumprimento dos requisitos da matéria do sistema de controlo interno em relação

ao período homólogo, as matérias relacionadas com a formalização e operacionalização das funções chave do

sistema de controlo interno, nomeadamente gestão de risco, compliance e auditoria interna.

3 Declaração de Transacção em Numerário, conforme Art. 13, 2 da Lei 34/11, de Dezembro de 2011.

Parte IV - Actividades relevantes do BNA 59

58 Relatório Anual e Contas • 2017

Parte IV- Actividades relevantes do BNA

12. Actividades do Banco Nacional de Angola

O Banco Nacional de Angola, segundo a Lei n.º 16/10, de 15 de Julho, tem como principais funções assegurar a

preservação do valor da moeda nacional e participar na definição das políticas monetária, financeira e cambial.

Neste âmbito, compete ao Banco Nacional de Angola a execução, acompanhamento e controlo das políticas

monetárias, cambial e de crédito, a gestão do sistema de pagamentos e administração do meio circulante no âmbito

da política económica do País.

Por forma a estabelecer directrizes para a implementação das suas principais atribuições, o Banco Nacional de

Angola instituiu três comités colegiais, nomeadamente o Comité de Política Monetária, Comité de Estabilidade

Financeira e o Comité de Investimento.

12.1. Comité de Política Monetária

O Comité de Política Monetária (CPM) do Banco Nacional de Angola tem como objectivo definir o curso da Política

Monetária e estabelecer a Taxa básica de juros – a Taxa BNA – bem como as taxas de juro das facilidades

permanentes de cedência e de absorção de liquidez.

O Comité é constituído pelo Governador do Banco Nacional de Angola, que o preside, pelos Vice-Governadores e

pelos Administradores do BNA. Como convidados às reuniões de periodicidade mensal do CPM constam também

os Directores dos Departamentos de Estudos Económicos (que exerce a função de secretariado), de Mercados de

Activos e de Estatística do Banco Nacional de Angola.

Ao longo do ano de 2017, o CPM acompanhou a evolução da conjuntura económica quer a nível nacional quer a

nível internacional, com base na qual tomou decisões no âmbito das suas funções. A evolução da taxa de inflação

homóloga apresentou uma tendência decrescente ao longo do ano, no entanto, a taxa de inflação registou níveis

superiores ao desejado. Este foi um dos indicadores que justificou a tomada de decisão no sentido de aumento das

taxas de juro directoras ao longo do exercício.

12.2. Comité de Estabilidade Financeira

O BNA criou o Comité de Estabilidade Financeira (COMEF), um órgão de consulta do Conselho de Administração

no domínio da estabilidade financeira, apoiando na definição de directrizes e estratégias para a mitigação do risco

sistémico, assim como na adopção de políticas macro-prudenciais em articulação com as demais entidades de

supervisão do Sistema Financeiro Nacional.

Compete ao COMEF, por um lado, definir os mecanismos de prevenção e os planos de contingência para a solução de

crises financeiras e, por outro, avaliar a execução macroeconómica e o comportamento das principais variáveis que

possam afectar a estabilidade financeira, incluindo a situação do sistema financeiro mundial na perspectiva do risco

sistémico e probabilidade de contágio a nível doméstico. Para o efeito, é analisado e avaliado o comportamento dos

Parte IV - Actividades relevantes do BNA 61

60 Relatório Anual e Contas • 2017

principais indicadores de crescimento, rendibilidade, liquidez e solvência do sistema financeiro angolano, propondo

políticas que promovam a sua solidez e eficiência.

Este Comité é presidido pelo Governador do BNA e integra os demais membros do Conselho de Administração,

membros do corpo directivo do BNA cujas matérias têm relação com a estabilidade financeira, podendo ainda

participar outras entidades Reguladoras do Sistema Financeiro e individualidades convidadas. O COMEF reúne-se

ordinariamente uma vez por trimestre e, extraordinariamente, sempre que convocado pelo seu presidente.

No ano de 2017, foram realizadas duas reuniões trimestrais, nas quais foram analisadas as vulnerabilidades do

sistema financeiro angolano, e as acções implementadas para a mitigação dos diferentes riscos que promovem a

instabilidade financeira, ao nível da conjuntura macroeconómica, sector externo, mercado monetário, sistema de

pagamentos e sistema financeiro, destacando-se:

1) O acompanhamento dos requisitos de Branqueamento de Capital e Financiamento ao Terrorismo no

sistema financeiro;

2) Monitorização do nível de cumprimento dos requisitos do normativo de governação corporativa e sistemas

de controlo interno;

3) Acompanhamento do projecto de adequação plena das Normas Internacionais de Contabilidade /Normas

Internacional de Relato Financeiro (IAS/IFRS) por parte das Instituições Financeiras Bancárias;

4) Apresentação e análise dos resultados do programa de avaliação da qualidade dos activos – AQA.

12.3. Comité de Investimento

O Comité de Investimentos é o órgão colegial do Banco Nacional de Angola a quem compete:

5) Definir as Linhas Mestres e a Política de Investimento relativa às reservas internacionais;

6) Analisar e decidir sobre os principais procedimentos e medidas a implementar no que se refere à política

de gestão das reservas internacionais;

7) Aprovar todas as propostas de estratégia e directrizes de investimentos;

8) Analisar a evolução da carteira de investimentos;

No exercício económico de 2017, as principais decisões do Comité de Investimento centraram-se na apreciação

da carteira de investimentos e na sua adequacidade face o actual contexto macroeconómico do país, apostando,

essencialmente, na preservação do capital contrapondo a tomada de maior risco, dado o perfil conservador do Banco

Nacional de Angola.

13. Organização

No âmbito da adequação da organização interna à missão e objectivos estratégicos do BNA, procedeu-se à revisão

e adequação da sua estrutura orgânica e funcional, com uma configuração consubstanciada em: (i) Transferência e

centralização dos processos de averiguação e acção sancionatória, (ii) Fusão e centralização dos processos de gestão

do capital humano, (iii) fusão e centralização dos processos de procurement (licitação, aquisição e distribuição), (iv)

Fusão e integração da função segurança, (v) Fusão e centralização dos processos de relacionamento institucional,

(vi) Elaboração e implementação dos princípios gerais sobre a estrutura orgânica do BNA, e (vii) Actualização da

Metodologia de Desenvolvimento Aplicacional com a incorporação do Padrão de Desenvolvimento de Aplicações e

adequação dos modelos de suporte à documentação dos projectos.

No domínio da modernização das Infra-estruturas física e tecnológica foram implementadas um leque de projectos

visando o desenvolvimento institucional.

14. Carteira de Projectos Corporativos

O monitoramento da carteira de projectos e programas do Banco Nacional de Angola é um processo transversal

e abrangente à cadeia de valores da instituição, nomeadamente na definição e execução da Politica Monetária e

Cambial, na Regulação e Supervisão das Instituições Financeiras, na Gestão do Meio Circulante e dos Sistemas de

Pagamentos, na Governação Corporativa e no Relacionamento Institucional, assim como na administração da infra-

estrutura física e tecnológica. Neste sentido, no ano em análise foi marcado pela conclusão de cinco projectos e a

aprovação de 23, perfazendo um total de 77 projectos.

Projectos Concluídos

Reabilitação da Delegação Regional de Malange (BRM) para contenção das inundações na sala de

recontagem, sala do Centro de Processamento de Dados (CPD), sala do Centro de Circuito Fechado de

Televisão (CCTV) e casa forte;

Sistema de Gestão de Riscos Estendida às Delegações Regionais;

Implementação da Política de Backup e Retenção de Dados;

Desenvolvimento da Solução de Controlo das Cartas de Crédito;

Elaboração e implementação do Projecto de Inserção da Literacia Financeira no sistema nacional do ensino.

Parte IV - Actividades relevantes do BNA 63

62 Relatório Anual e Contas • 2017

Projectos Aprovados

Empreitada do Edifício sede (Ex-Comfabril);

Empreitada de Construção do Centro de Recontagem BNA na ZEE;

Empreitada de Construção do Edifício do Arquivo Histórico do BNA;

Implementação do modelo de gestão, saneamento e classificação do arquivo;

Desenvolvimento e implementação do estudo e metodologia de cálculo do índice de Qualidade do Serviço

Bancário bem como a metodologia para a divulgação ao mercado;

Realização de micro documentários sobre boas práticas na comercialização de produtos e serviços

financeiros;

Realização do vídeo institucional do BNA;

Implementação de um sistema de informação para a validação dos modelos próprios das instituições

financeiras, no âmbito do IFRS;

Implementação do PCN para o SPTR;

Implementação do Subsistema de Débitos Directos (SDD);

Integração das Plataformas de Comunicação;

Implementação do CPD do Moxico;

Implementação do CPD do Cuando Cubango;

Adequação do CPD da Sede;

Automatização do Processo de Gestão de risco;

Base de dados de Registo de Incidentes;

Programa de Compliance e Processos de Reporte;

Implementação do Sistema de Gestão de Auditoria;

Central de atendimento;

Implementação e asseguramento do cumprimento das normas criadas no âmbito dos Programas de Literacia

Financeira e de Inclusão Financeira;

Modernização das Salas de recontagem do Moxico, Cuando Cubango e Huambo;

Aquisição de aplicativo informático para o licenciamento e registo especial das IFs;

Aquisição de aplicativo informático para monitoramento do impacto e cumprimento das normas.

Gráfico 25: Projectos

Fonte: BNA

0

4

11

7

4

4

Novos Projectos

0

0

1

1

2

1

Projectos Concluídos

0

0

1

1

2

1

Projectos em Curso

6558 6721

903

8270

13643

1256

B. Priv. Nacionais B. Priv. Estangeiros Bancos Públicos

Ano de 2016 Ano de 2017

-30 000,0

-20 000,0

-10 000,0

0,0

10 000,0

20 000,0

30 000,0

40 000,0

2014 2015 2016 2017*

Bens Serviços R. Primários

R. Secundários Conta Corrente

2952017

103

83

206

89

Produtos / Serviços

CampanhasPublicitárias

2016 2017

2016 2017

2016 2017

2016 2017

Política Monetária e Cambial

Supervisão das Instituições Financeiras

Organização, Controlo Interno eTransparência Institucional

Capital Humano

Infraestruturas Tecnológicas

Infraestruturas Física.

2014 2015 2016 (E) 2017 (E)

44

40

10

9

0

69

122

3

12

0

Contratos

FTIs

Manuais

Formulários de Conta

Outros

12

15

15

21

19

1

18

16

7

43

4

1

TV

Rádio

Imprensa

Cartazes/Folhetos

Internet/Mailings

SMS11

146

49

Público Privado Nacional Privado Estrangeiro

8

46

153

89

30

38

4

11

146

49

Público Privado Nacional Privado Estrangeiro

Contratos FTIs Manuais Formulários de Conta Outros

FALTA123

44

10 18

5

4

234,87%

14,36%1,54% 4,10%

Depósitos Créditos Internet, Mobile e SMSBanking

Outros

Analisado Não analisado Peso dos processos não conformes

33%

22%

45%

Crianças

Adolescentes

Adultos

42%

58%

Feminino Masculino

97%

3%

Angolanos Estrangeiros

No âmbito do processo de elaboração, normalização e emissão de normas, foram emitidos e normalizados um total

de 192 documentos de comunicação interna e externa, sendo 9 avisos, 6 instrutivos, 10 directivas e 167 despachos.

Os documentos encontram-se enumerados, detalhadamente, em anexo.

15. Regulação e Organização do Sistema Financeiro

No âmbito do alinhamento contínuo do quadro regulamentar e processos de supervisão às exigências de Basileia

II e III, no ano 2017, o BNA aprovou e procedeu à publicação de um leque de três normativos (ver anexo) relativos

a: (I) Serviços mínimos bancários, (ii) Teste de esforço e (iii) Prestação de Informação sobre limites prudenciais aos

grandes riscos.

Ainda no âmbito das acções de Regulação e Organização foram realizados 30 estudos e elaboradas 17 propostas de

normativos (ver anexo), a fim de promover o alinhamento contínuo do quadro regulamentar e processos de supervisão

no domínio prudencial e comportamental às exigências de Basileia II e III, no ano de 2017.Outrossim, estão ainda

em preparação a elaboração de outras propostas de normativos sobre supervisão prudencial e comportamental (ver

anexo).

Parte IV - Actividades relevantes do BNA 65

64 Relatório Anual e Contas • 2017

010,0020,0030,0040,0050,0060,0070,0080,00

20,91%36,73% 42,60% 39,55%

13,16%20,87%

29,32% 31,49%

34,07%

57,60%

71,92% 71,04%

2014 2015 2016 2017 Prel.

Dívida Externa Dívida Interna Stock da Dívida Total

150,00 152,00 154,00 156,00 158,00 160,00 162,00 164,00 166,00 168,00

-

500

1.000

1.500

2.000

2.500

jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17

USD/

Kz

USD

Milh

ões

BNA Clientes

Supervisão Efectiva

Processo de Supervisão Efectiva

Temas, actualmente,em desenvolvimento

NÍVEL I: Mínimo que é necessário desenvolverNÍVEL II: Próximo estágio de evolução

••••

••••

••••

Taxa de Câmbio Oficial

2017

NÍVEL I

NÍVEL II

2018 2019 2020 2021 2022

ICAAPTestes de esforçoECAISAbordagem pelo método padrão aos riscos de Crédito, Mercado e OperacionalIAS/IFRSUtilização efectiva do MAIFRequisitos de divulgação de BII/IIIMaturação da governação interna e processos do BNADefinição de capitalEnquadramento da supervisão consolidadaPlano de recuperação e resoluçãoProcedimentos protocolares e estabelecimento de protocolos Regime de confidencialidade e sigilo profissional

Rácio de Cobertura de Liquidez (LCR)Rácio de financiamento estável líquido (NSFR)ILAAPRácio de alavancagemBuffer de conservação de capitalBuffer de capital de contracicloSIBs (Global e Doméstico)

•••••••

Métodos avançados de risco de crédito, mercado e operacionalTitularizaçõesRisco de crédito da contraparteEnquadramento do risco de mercado segundo BIIExposição bancária a contrapartes centrais (CCPs)Subcontratação de serviços de supervisão (regulação)Requisitos de divulgação BII/III (continuação)

•••••••

15

51

22

1

6,82%

27,27%

3,41%0,00%

10,00%20,00%30,00%40,00%50,00%60,00%70,00%80,00%90,00%

100,00%

0

10

20

30

40

50

60

Público Privado Nacional Privado Estrangeiro

Analisado Não Analisado Peso dos processos não conformes

Considerando que o processo de adequação do Sistema Financeiro Angolano às normas prudenciais e boas práticas

internacionais é contínuo, mormente as recomendações do Comité de Supervisão Bancária de Basileia, existem ainda

algumas matérias por regulamentar. Sendo que para o efeito, o BNA elaborou um plano que está em execução.

16. Gestão de Risco

O Banco Nacional de Angola está exposto a vários riscos, com origem em factores internos e externos que podem

afectar a sua capacidade de cumprir com a sua missão e objectivos estratégicos. Com o objectivo de mitigar estes

riscos, o BNA está comprometido com a manutenção de uma cultura de risco robusta e um framework que promove a

gestão integrada dos riscos.

O Conselho de Administração do BNA é responsável por assegurar a existência de um framework efectivo de gestão

de risco, capaz de mitigar os riscos financeiros e não financeiros decorrentes das suas actividades.

Para o efeito, o BNA utiliza o Modelo das Três Linhas de Defesa para a segregação das funções relacionadas com

Figura 1: Macro plan em execução

Fonte: BNA

a gestão de risco. Na 1ª Linha de Defesa, estão todas as UO que são responsáveis primárias pela gestão dos seus

riscos; 2ª Linha de Defesa está o Departamento de Gestão de Risco, responsável pelo suporte, monitorização e

implementação da estratégia de gestão de risco; e 3ª Linha de Defesa está o Departamento de Auditoria Interna,

responsável por analisar e fornecer uma opinião independente sobre o quadro da gestão do risco.

No âmbito do compromisso de alinhar-se às boas práticas e normas internacionais, o BNA no período procedeu à

capacitação dos seus quadros sobre normas ISO aplicáveis a gestão de risco e compliance. Adicionalmente, realizou

também acções de sensibilização para o fortalecimento da cultura de risco de forma transversal ao BNA.

16.1. Principais Riscos

O BNA classifica os seus riscos de acordo com as seguintes categorias: Estratégicos, Financeiros, Operacionais e

Compliance e Ética. A declaração de apetite ao risco do BNA estabelece o apetite para estas categorias de risco.

De acordo com esta, o BNA é avesso ao risco e tem um Apetite Geral de Risco Conservador. Isto reflecte a ideia

de que o cumprimento satisfatório do seu papel e das suas responsabilidades não visa operações de alto risco ou

perturbações significativas nas suas operações ou danos à sua reputação e imagem.

O BNA actua em linha com esta declaração para atingir os seus objectivos estratégicos. Neste sentido, aplica

os princípios de gestão de risco e compliance, com o objectivo de optimizar e promover a tomada de decisão

transparente e a comunicação eficaz, de modo a priorizar os riscos.

O risco estratégico resulta de factores que podem constituir um impedimento para o cumprimento da missão do

BNA, com ênfase nos objectivos estabelecidos no seu Plano Estratégico. A gestão deste risco é feita a partir da

monitorização contínua do contexto organizacional e definição de medidas para mitigação de eventuais riscos, caso

seja necessário.

O risco financeiro inclui os riscos de crédito, mercado e de liquidez associado às operações de gestão das reservas

e da execução da política monetária. Durante o exercício foi realizado o acompanhamento e monitorização contínua

com recursos a indicadores e a realização periódica de testes de stress. A monitorização dos riscos associados a

gestão de reservas é feita com base na avaliação do cumprimento de um conjunto de critérios e limites definidos

na política de investimentos e linhas mestras de gestão das reservas aprovados pelo Conselho de Administração do

BNA.

O risco operacional resulta de perdas directas ou indirectas, decorrentes de falhas ou processos internos

inadequados, pessoas e sistemas ou de eventos externos. Durante o exercício, foi efectuado a monitorização do

perfil de risco do BNA, através de indicadores chave de risco. O BNA é membro do Grupo de Trabalho Internacional

dos Riscos Operacionais (IORWG), o que permite de forma regular fazer uma comparação das suas práticas e

metodologias de gestão de risco operacional com os outros Bancos Centrais.

Relativamente à Continuidade do Negócio, o BNA está a implementar faseadamente o seu Sistema de Gestão da

Continuidade do Negócio (SGCN), tendo concluído o primeiro ciclo. Neste ciclo foi aprovada toda a documentação de

suporte, com especial destaque para a Política e a Estratégia.

Parte IV - Actividades relevantes do BNA 67

66 Relatório Anual e Contas • 2017

Foram realizadas acções de sensibilização sobre o SGCN com todas as unidades organizacionais do BNA, incluindo

as Delegações Regionais, e exercícios de recuperação do negócio com os departamentos que fazem parte do âmbito

do primeiro ciclo da Gestão de Continuidade do Negócio. As lições apreendidas durante o período foram compiladas

e fazem parte do plano de melhoria do novo ciclo.

O risco de Compliance resulta do risco de penalidades, sanções, perdas financeiras, danos reputacionais ou censura

pública, decorrentes de falhas no cumprimento das leis, regulamentos, regras e normas aplicáveis. A função de

compliance é responsável pelo controlo e supervisão dos riscos de compliance e Branqueamento de Capitais do BNA.

Com vista a garantir a conformidade das transacções foi adquirido uma ferramenta de monitorização. Durante este

período, o Banco respondeu os questionários de KYC/AML (Know your customer /Anti-money Laundering) solicitados

pelas contrapartes.

16.2. Gestão de Reclamações

A análise das reclamações remetidas ao BNA compreende igualmente aquelas apresentadas directamente às

instituições financeiras bancárias e reportadas ao BNA. Assim sendo, durante o ano de 2017, foram recebidas

por reporte ao BNA, um total de 23.169 reclamações, um aumento de 63,37% face ao período homólogo (14.182

reclamações). O aumento do número de reclamações poderá estar associado a uma maior consciencialização dos

consumidores de produtos e serviços relativamente aos seus direitos e deveres, bem como dos constrangimentos

registados no mercado cambial nacional.

16.2.1. Por Matéria Reclamada

Das matérias reclamadas, destacam-se as relacionadas com cartões de pagamento, transferências, conta de

depósito, internet banking, máquinas de ATM/TPA e operações com estrangeiro, sendo as seis primeiras as mais

reclamadas com 90,50% do total das reclamações.

Quadro 12: Reclamações por matérias

Matérias mais reclamadas Ano de 2016 Ano de 2017 Variação %. 2016 %. 2017

Cartões 2583 8417 225,86% 18,21% 36,33%

Transferências 3544 3411 -3,75% 24,99% 14,72%

Conta de depósito 1728 2507 45,08% 12,18% 10,82%

Internet e Mobile Banking 1461 2449 67,62% 10,30% 10,57%

Máquinas de ATM/TPA 1381 2385 72,70% 9,74% 10,29%

Operações com o estrangeiro 367 1800 390,46% 2,59% 7,77%

Prestação de serviço 435 753 73,10% 3,07% 3,25%

Crédito 458 652 42,36% 3,23% 2,81%

Operações cambiais 159 225 41,51% 1,12% 0,97%

Outras matérias 418 167 -60,05% 2,95% 0,72%

Cheques 179 125 -30,17% 1,26% 0,54%

Mov. Irregular de conta 57 104 82,46% 0,40% 0,45%

Cobranças 23 92 300,00% 0,16% 0,40%

Disponibilidade de valor - 62 - - 0,27%

Comissões e encargos - 8 - - 0,03%

Devolução - 5 - - 0,02%

Operações fraudulentas - 3 - - 0,01%

Descobertos bancários - 3 - - 0,01%

Minuta de contracto - 1 - - 0,00%

Atendimentos 801 -100,00% 5,65% 0,00%

Operações com numerários 588 -100,00% 4,15% 0,00%

Total 14.182 23.169 63,37% 100,00% 100,00%

Fonte: BNA e Instituições Financeiras Bancárias

O elevado número de reclamações respeitantes aos serviços, nomeadamente, execução de operações de

transferência transfronteiriça e venda de moeda estrangeira, resultam essencialmente da situação cambial registada

actualmente no sistema financeiro nacional, que provocou a redução dos limites de carregamento dos cartões

de pagamento da rede internacional, assim como a dificuldade na realização de operações de transferência para

pagamento de mercadorias e invisíveis correntes e outras operações em moeda estrangeira.

16.2.2. Por resultado

Em 2017, das 23.169 reclamações apresentadas, destaca-se a conclusão de 17.485, correspondendo a 75,47% do

total (mais 8,31 p.p. que em 2016), e estando em análise 5.684, ou seja, 24,53% das ocorrências.

Gráfico 26: Reclamações por tipo de bancos

Fonte: BNA e Instituições Financeiras Bancárias

0

4

11

7

4

4

Novos Projectos

0

0

1

1

2

1

Projectos Concluídos

0

0

1

1

2

1

Projectos em Curso

6558 6721

903

8270

13643

1256

B. Priv. Nacionais B. Priv. Estangeiros Bancos Públicos

Ano de 2016 Ano de 2017

-30 000,0

-20 000,0

-10 000,0

0,0

10 000,0

20 000,0

30 000,0

40 000,0

2014 2015 2016 2017*

Bens Serviços R. Primários

R. Secundários Conta Corrente

2952017

103

83

206

89

Produtos / Serviços

CampanhasPublicitárias

2016 2017

2016 2017

2016 2017

2016 2017

Política Monetária e Cambial

Supervisão das Instituições Financeiras

Organização, Controlo Interno eTransparência Institucional

Capital Humano

Infraestruturas Tecnológicas

Infraestruturas Física.

2014 2015 2016 (E) 2017 (E)

44

40

10

9

0

69

122

3

12

0

Contratos

FTIs

Manuais

Formulários de Conta

Outros

12

15

15

21

19

1

18

16

7

43

4

1

TV

Rádio

Imprensa

Cartazes/Folhetos

Internet/Mailings

SMS11

146

49

Público Privado Nacional Privado Estrangeiro

8

46

153

89

30

38

4

11

146

49

Público Privado Nacional Privado Estrangeiro

Contratos FTIs Manuais Formulários de Conta Outros

FALTA123

44

10 18

5

4

234,87%

14,36%1,54% 4,10%

Depósitos Créditos Internet, Mobile e SMSBanking

Outros

Analisado Não analisado Peso dos processos não conformes

33%

22%

45%

Crianças

Adolescentes

Adultos

42%

58%

Feminino Masculino

97%

3%

Angolanos Estrangeiros

Parte IV - Actividades relevantes do BNA 69

68 Relatório Anual e Contas • 2017

Quadro 13: Estado das reclamações (valores absolutos)

Estado das reclamações Números de reclamações recebidas pelas IFB

Ano de 2016 Ano de 2017 Variação %. 2016 %. 2017

Concluído 9524 17485 83,59% 67,16% 75,47%

Em Análise 4658 5684 22,03% 32,84% 24,53%

Total 14.182 23.169 63,37% 100,00% 100,00%

Fonte: BNA e Instituições Financeiras Bancárias

Pelo acima exposto, pode-se inferir que o número de casos fechados, na apreciação das reclamações, tem vindo a

aumentar, tanto em termos absolutos como em proporção, para os quais são adoptadas as sanções adequadas às

instituições financeiras em falta e consequentemente garantida a correcção das irregularidades e assimetrias de

informação observada no funcionamento do Sistema Financeiro Angolano.

16.3. Inspecções16.3.1. Inspecções Off Site

As inspecções off site são caracterizadas como efectuadas à distância, sem a deslocação dos inspectores do Banco

Nacional de Angola às instituições financeiras, verificando-se a informação disponível nas suas páginas de internet,

bem como a informação reportada ao BNA, referente às (i) tabelas de comissões e despesas e de taxas de juro, (ii)

tarifário de cartões de pagamento e (iii) o número de clientes das instituições financeiras bancárias.

Em 2017, foram realizadas 1170 acções de inspecção a 29 instituições financeiras bancárias, uma redução de 8,81%

face ao período homólogo (1283), com o objectivo de avaliar o cumprimento das regras de conduta, deveres gerais

de informação, bem como dos normativos legais e regulamentares em vigor, tendo sido identificadas algumas

inconformidades. Dessas inconformidades destacaram-se o incumprimento nos prazos de reporte mensal das tabelas

de taxas de juro e as inconformidades nos reportes obrigatórios.

16.3.2. Inspecções On Site

As inspecções on site são caracterizadas pela presença dos inspectores do BNA nas sedes e agências das

instituições financeiras e podem assumir duas tipologias, inspecções on-site credenciadas e “cliente mistério”.

Relativamente às inspecções on site credenciadas, no período em referência, realizaram-se 1516 acções de

inspecção, resultando num aumento de 37,8% em relação ao período homólogo (1100), referentes aos preçários,

reclamações, protecções do consumidor, publicidade, deveres gerais de informação, transferências, operações

cambiais, serviços mínimos bancários, levantamento em numerário, avaliação do cumprimento da Lei n.º 22/16

(Lei que aprova o Orçamento Geral do Estado para o Exercício Económico de 2017, e revoga a cobrança da

Contribuição Especial sobre Operações Bancárias - CEOB), análise das taxas de câmbio e comissões associadas

aos carregamentos dos cartões de débito pré-pagos de bandeira internacional e acompanhamento da execução da

devolução das cobranças indevidas da CEOB. Adicionalmente, foram realizadas 2112 inspecções do tipo “cliente

mistério” que são aquelas em que o inspector se faz passar por um consumidor comum, de modo a avaliar a conduta

dos profissionais das instituições financeiras, no cumprimento dos normativos em vigor.

16.4. Cobrança de Comissões e Despesas 16.4.1. Manutenção de Contas de Depósito à Ordem em Moeda Nacional e Comissão de Levantamento ao Balcão em Moeda Externa

Com excepção de dois bancos, cujos clientes particulares foram isentos de cobrança de comissões de manutenção

de contas em 2017, verificou-se uma diminuição na cobrança destas tarifas pelas Instituições Financeiras Bancárias,

relativamente ao período homólogo.

Os bancos classificados como de pequena dimensão cobraram as comissões de manutenção de conta mais elevadas

a clientes particulares, tendo a comissão mais alta sido de 20%, com 12,5p.p. acima da aplicada no período

homólogo de 2016 (7,5%).

16.4.2. Actividades Sancionatórias

Relativamente às acções sancionatórias, no período em referência foram instruídos cinco processos de transacção

e mais quatro de multas automáticas, dos quais 4 resultaram em multas no valor de Kz 450.000,00 por entidade

processada e a quinta no valor de Kz 900,00 mil. Foram igualmente aplicadas quatro Multas Automáticas a quatro

instituições bancárias no valor de Kz 7.500,20 mil.

16.4.3. Licenciamento

O processo de licenciamento consiste na verificação do cumprimento do quadro normativo em vigor, assegurando

a transparência da informação transmitida aos consumidores e garantindo a sua comparabilidade entre diferentes

instituições financeiras.

Assim, a análise a seguir representa a actuação do BNA no âmbito da supervisão comportamental, relativamente

ao licenciamento de produtos e serviços financeiros, por via da avaliação dos seus documentos de suporte (e.g.

Contractos, Fichas Técnicas Informativas (FTIs), entre outros) e ao licenciamento de campanhas publicitárias, por via

da avaliação dos suportes publicitários utilizados (e.g. TV, internet, entre outros).

16.5. Licenciamento de Produtos e Serviços

Neste subcapítulo são apresentados os principais indicadores referentes à actividade de licenciamento de produtos e

serviços financeiros. A informação apresentada não contempla os dados detalhados de 2016 devido à implementação

de novos procedimentos, impossibilitando qualquer comparação com o período homólogo.

Parte IV - Actividades relevantes do BNA 71

70 Relatório Anual e Contas • 2017

16.5.1. Análise Global

Na globalidade, em 2017, verificou-se um acréscimo do volume de processos de licenciamento recebidos pelo BNA,

comparativamente a 2016. Na análise particular, o número de processos submetidos para autorização no âmbito do

licenciamento de Produtos e Serviços Financeiros registou um aumento face ao período homólogo de 2016.

Gráfico 27: Volumes de processos de licenciamento de produtos Gráfico 29: Análise por tipologia

Gráfico 30: Volume total de processos por tipologia

Fonte: BNA

Fonte: BNA

Fonte: BNA

0

4

11

7

4

4

Novos Projectos

0

0

1

1

2

1

Projectos Concluídos

0

0

1

1

2

1

Projectos em Curso

6558 6721

903

8270

13643

1256

B. Priv. Nacionais B. Priv. Estangeiros Bancos Públicos

Ano de 2016 Ano de 2017

-30 000,0

-20 000,0

-10 000,0

0,0

10 000,0

20 000,0

30 000,0

40 000,0

2014 2015 2016 2017*

Bens Serviços R. Primários

R. Secundários Conta Corrente

2952017

103

83

206

89

Produtos / Serviços

CampanhasPublicitárias

2016 2017

2016 2017

2016 2017

2016 2017

Política Monetária e Cambial

Supervisão das Instituições Financeiras

Organização, Controlo Interno eTransparência Institucional

Capital Humano

Infraestruturas Tecnológicas

Infraestruturas Física.

2014 2015 2016 (E) 2017 (E)

44

40

10

9

0

69

122

3

12

0

Contratos

FTIs

Manuais

Formulários de Conta

Outros

12

15

15

21

19

1

18

16

7

43

4

1

TV

Rádio

Imprensa

Cartazes/Folhetos

Internet/Mailings

SMS11

146

49

Público Privado Nacional Privado Estrangeiro

8

46

153

89

30

38

4

11

146

49

Público Privado Nacional Privado Estrangeiro

Contratos FTIs Manuais Formulários de Conta Outros

FALTA123

44

10 18

5

4

234,87%

14,36%1,54% 4,10%

Depósitos Créditos Internet, Mobile e SMSBanking

Outros

Analisado Não analisado Peso dos processos não conformes

33%

22%

45%

Crianças

Adolescentes

Adultos

42%

58%

Feminino Masculino

97%

3%

Angolanos Estrangeiros

0

4

11

7

4

4

Novos Projectos

0

0

1

1

2

1

Projectos Concluídos

0

0

1

1

2

1

Projectos em Curso

6558 6721

903

8270

13643

1256

B. Priv. Nacionais B. Priv. Estangeiros Bancos Públicos

Ano de 2016 Ano de 2017

-30 000,0

-20 000,0

-10 000,0

0,0

10 000,0

20 000,0

30 000,0

40 000,0

2014 2015 2016 2017*

Bens Serviços R. Primários

R. Secundários Conta Corrente

2952017

103

83

206

89

Produtos / Serviços

CampanhasPublicitárias

2016 2017

2016 2017

2016 2017

2016 2017

Política Monetária e Cambial

Supervisão das Instituições Financeiras

Organização, Controlo Interno eTransparência Institucional

Capital Humano

Infraestruturas Tecnológicas

Infraestruturas Física.

2014 2015 2016 (E) 2017 (E)

44

40

10

9

0

69

122

3

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0

Contratos

FTIs

Manuais

Formulários de Conta

Outros

12

15

15

21

19

1

18

16

7

43

4

1

TV

Rádio

Imprensa

Cartazes/Folhetos

Internet/Mailings

SMS11

146

49

Público Privado Nacional Privado Estrangeiro

8

46

153

89

30

38

4

11

146

49

Público Privado Nacional Privado Estrangeiro

Contratos FTIs Manuais Formulários de Conta Outros

FALTA123

44

10 18

5

4

234,87%

14,36%1,54% 4,10%

Depósitos Créditos Internet, Mobile e SMSBanking

Outros

Analisado Não analisado Peso dos processos não conformes

33%

22%

45%

Crianças

Adolescentes

Adultos

42%

58%

Feminino Masculino

97%

3%

Angolanos Estrangeiros

0

4

11

7

4

4

Novos Projectos

0

0

1

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2

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Projectos Concluídos

0

0

1

1

2

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Projectos em Curso

6558 6721

903

8270

13643

1256

B. Priv. Nacionais B. Priv. Estangeiros Bancos Públicos

Ano de 2016 Ano de 2017

-30 000,0

-20 000,0

-10 000,0

0,0

10 000,0

20 000,0

30 000,0

40 000,0

2014 2015 2016 2017*

Bens Serviços R. Primários

R. Secundários Conta Corrente

2952017

103

83

206

89

Produtos / Serviços

CampanhasPublicitárias

2016 2017

2016 2017

2016 2017

2016 2017

Política Monetária e Cambial

Supervisão das Instituições Financeiras

Organização, Controlo Interno eTransparência Institucional

Capital Humano

Infraestruturas Tecnológicas

Infraestruturas Física.

2014 2015 2016 (E) 2017 (E)

44

40

10

9

0

69

122

3

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0

Contratos

FTIs

Manuais

Formulários de Conta

Outros

12

15

15

21

19

1

18

16

7

43

4

1

TV

Rádio

Imprensa

Cartazes/Folhetos

Internet/Mailings

SMS11

146

49

Público Privado Nacional Privado Estrangeiro

8

46

153

89

30

38

4

11

146

49

Público Privado Nacional Privado Estrangeiro

Contratos FTIs Manuais Formulários de Conta Outros

FALTA123

44

10 18

5

4

234,87%

14,36%1,54% 4,10%

Depósitos Créditos Internet, Mobile e SMSBanking

Outros

Analisado Não analisado Peso dos processos não conformes

33%

22%

45%

Crianças

Adolescentes

Adultos

42%

58%

Feminino Masculino

97%

3%

Angolanos Estrangeiros

16.5.3. Volume Total de Processos por Tipologia e por Documento de Suporte

Dos 206 processos submetidos, as Instituições Financeiras (IFs) privadas nacionais registaram mais de metade do

volume com 146 processos, seguida pelas instituições privadas estrangeiras com 49, e, por último, as instituições

públicas com 11 processos.

As instituições financeiras privadas nacionais tiveram o maior número de processos de contractos, com 46 processos

(22,33% do total), assim como de processos de FTIs, com 89 casos (43,20% do total), e nos Formulários de Conta

registaram 8 processos (3,88%), e também representaram a totalidade dos processos de Manuais (3).16.5.2. Volume de Processos de Produtos e Serviços

Em 2017, o BNA contabilizou 206 processos relativos aos produtos e serviços financeiros submetidos para

autorização, o que representa um aumento de 103 processos face a 2016.

Na análise particular por documento de suporte, a categoria de FTIs representa o maior volume de processos

submetidos para autorização em 2017, totalizando 122 processos submetidos.

Gráfico 28: Volumes de processos de produtos e serviços

Fonte: BNA

0

4

11

7

4

4

Novos Projectos

0

0

1

1

2

1

Projectos Concluídos

0

0

1

1

2

1

Projectos em Curso

6558 6721

903

8270

13643

1256

B. Priv. Nacionais B. Priv. Estangeiros Bancos Públicos

Ano de 2016 Ano de 2017

-30 000,0

-20 000,0

-10 000,0

0,0

10 000,0

20 000,0

30 000,0

40 000,0

2014 2015 2016 2017*

Bens Serviços R. Primários

R. Secundários Conta Corrente

2952017

103

83

206

89

Produtos / Serviços

CampanhasPublicitárias

2016 2017

2016 2017

2016 2017

2016 2017

Política Monetária e Cambial

Supervisão das Instituições Financeiras

Organização, Controlo Interno eTransparência Institucional

Capital Humano

Infraestruturas Tecnológicas

Infraestruturas Física.

2014 2015 2016 (E) 2017 (E)

44

40

10

9

0

69

122

3

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Contratos

FTIs

Manuais

Formulários de Conta

Outros

12

15

15

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19

1

18

16

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4

1

TV

Rádio

Imprensa

Cartazes/Folhetos

Internet/Mailings

SMS11

146

49

Público Privado Nacional Privado Estrangeiro

8

46

153

89

30

38

4

11

146

49

Público Privado Nacional Privado Estrangeiro

Contratos FTIs Manuais Formulários de Conta Outros

FALTA123

44

10 18

5

4

234,87%

14,36%1,54% 4,10%

Depósitos Créditos Internet, Mobile e SMSBanking

Outros

Analisado Não analisado Peso dos processos não conformes

33%

22%

45%

Crianças

Adolescentes

Adultos

42%

58%

Feminino Masculino

97%

3%

Angolanos Estrangeiros

Parte IV - Actividades relevantes do BNA 73

72 Relatório Anual e Contas • 2017

16.5.4. Volume total de processos por tipologia de IF por estado de tratamento

Analisando agora os volumes de processos por tipologia de IF e por estado de tratamento, conclui-se que, dos

89 processos submetidos em 2017 no âmbito do licenciamento de Campanhas Publicitárias, 88 processos foram

analisados e que, após análise, 33 processos (37,50% dos analisados) foram considerados não conformes.

16.5.5. Volume total de processos por tipo de produto e estado de tratamento

Dos 33 processos não conformes (37,50% dos processos de Campanhas Publicitárias analisados no 2017), 25,00%

são processos de Depósitos, 9,09% são de Créditos e 3,41% são de outros produtos.

17. Museu da Moeda

Esta secção descreve as estatísticas relacionadas com o Museu da Moeda, no período compreendido entre Janeiro

a Dezembro de 2017. Um dos objectivos do Museu da Moeda é apresentar ao público resultados das investigações

para fins educativos e informativos.

Gráfico 31: Volume total de processos por tipologia de IF

Gráfico 32: Volume total de processos por tipos de produtos e estado de tratamento

Gráfico 33: Visitas ao museu da moeda por faixa etária, sexo e nacionalidade

Fonte: BNA

Fonte: BNA

Nota: Depósitos inclui depósitos à ordem e depósitos a prazo e Créditos

inclui crédito geral, locação financeira (leasing), crédito automóvel e

crédito à habitação ou hipotecário. Os processos referentes a cartões,

fora do âmbito actual do DSC, estão incluídos em Outros.

Fonte: BNA

0

4

11

7

4

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Novos Projectos

0

0

1

1

2

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Projectos Concluídos

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Projectos em Curso

6558 6721

903

8270

13643

1256

B. Priv. Nacionais B. Priv. Estangeiros Bancos Públicos

Ano de 2016 Ano de 2017

-30 000,0

-20 000,0

-10 000,0

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10 000,0

20 000,0

30 000,0

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2014 2015 2016 2017*

Bens Serviços R. Primários

R. Secundários Conta Corrente

2952017

103

83

206

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Produtos / Serviços

CampanhasPublicitárias

2016 2017

2016 2017

2016 2017

2016 2017

Política Monetária e Cambial

Supervisão das Instituições Financeiras

Organização, Controlo Interno eTransparência Institucional

Capital Humano

Infraestruturas Tecnológicas

Infraestruturas Física.

2014 2015 2016 (E) 2017 (E)

44

40

10

9

0

69

122

3

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Contratos

FTIs

Manuais

Formulários de Conta

Outros

12

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15

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TV

Rádio

Imprensa

Cartazes/Folhetos

Internet/Mailings

SMS11

146

49

Público Privado Nacional Privado Estrangeiro

8

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153

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146

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Público Privado Nacional Privado Estrangeiro

Contratos FTIs Manuais Formulários de Conta Outros

FALTA123

44

10 18

5

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234,87%

14,36%1,54% 4,10%

Depósitos Créditos Internet, Mobile e SMSBanking

Outros

Analisado Não analisado Peso dos processos não conformes

33%

22%

45%

Crianças

Adolescentes

Adultos

42%

58%

Feminino Masculino

97%

3%

Angolanos Estrangeiros

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Novos Projectos

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Projectos Concluídos

0

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Projectos em Curso

6558 6721

903

8270

13643

1256

B. Priv. Nacionais B. Priv. Estangeiros Bancos Públicos

Ano de 2016 Ano de 2017

-30 000,0

-20 000,0

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20 000,0

30 000,0

40 000,0

2014 2015 2016 2017*

Bens Serviços R. Primários

R. Secundários Conta Corrente

2952017

103

83

206

89

Produtos / Serviços

CampanhasPublicitárias

2016 2017

2016 2017

2016 2017

2016 2017

Política Monetária e Cambial

Supervisão das Instituições Financeiras

Organização, Controlo Interno eTransparência Institucional

Capital Humano

Infraestruturas Tecnológicas

Infraestruturas Física.

2014 2015 2016 (E) 2017 (E)

44

40

10

9

0

69

122

3

12

0

Contratos

FTIs

Manuais

Formulários de Conta

Outros

12

15

15

21

19

1

18

16

7

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4

1

TV

Rádio

Imprensa

Cartazes/Folhetos

Internet/Mailings

SMS11

146

49

Público Privado Nacional Privado Estrangeiro

8

46

153

89

30

38

4

11

146

49

Público Privado Nacional Privado Estrangeiro

Contratos FTIs Manuais Formulários de Conta Outros

FALTA123

44

10 18

5

4

234,87%

14,36%1,54% 4,10%

Depósitos Créditos Internet, Mobile e SMSBanking

Outros

Analisado Não analisado Peso dos processos não conformes

33%

22%

45%

Crianças

Adolescentes

Adultos

42%

58%

Feminino Masculino

97%

3%

Angolanos Estrangeiros

Em 2017, o Museu da Moeda registou 62.924 visitas, representando uma média mensal de 5.243,67 visitantes. No

ano de 2017, o público mais assíduo foi representado por adultos e pessoas do sexo masculino. Entre os visitantes,

cerca de 61.094 foram cidadãos angolanos.

18. Relações Internacionais

Em 2017, a actividade internacional do Banco Nacional de Angola destacou-se pela materialização de acções de

cooperação e de diplomacia financeira, visando o reforço da sua credibilidade e boa reputação diante dos parceiros

internacionais e entidades congéneres, bem como uma melhoria na adequação do sistema financeiro angolano às

normas e melhores práticas internacionais.

O Banco Nacional de Angola faz-se representar a nível internacional em instituições do continente africano, com

especial relevância para o Comité de Governadores dos Bancos Centrais da SADC (CCBG) e a Associação dos Bancos

Centrais Africanos (ABCA). Participa, igualmente, noutros organismos internacionais, com destaque para o Fundo

Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, o Banco de Pagamentos Internacionais (BIS) e a Aliança para a

Inclusão Financeira (AFI).

A nível da SADC, em 2017, o BNA participou nas reuniões do CCBG e dos seus diversos subcomités, com foco na

análise dos desenvolvimentos económicos recentes e na diversificação do comércio e do investimento na região

austral de África.

010,0020,0030,0040,0050,0060,0070,0080,00

20,91%36,73% 42,60% 39,55%

13,16%20,87%

29,32% 31,49%

34,07%

57,60%

71,92% 71,04%

2014 2015 2016 2017 Prel.

Dívida Externa Dívida Interna Stock da Dívida Total

150,00 152,00 154,00 156,00 158,00 160,00 162,00 164,00 166,00 168,00

-

500

1.000

1.500

2.000

2.500

jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17

USD/

Kz

USD

Milh

ões

BNA Clientes

Supervisão Efectiva

Processo de Supervisão Efectiva

Temas, actualmente,em desenvolvimento

NÍVEL I: Mínimo que é necessário desenvolverNÍVEL II: Próximo estágio de evolução

••••

••••

••••

Taxa de Câmbio Oficial

2017

NÍVEL I

NÍVEL II

2018 2019 2020 2021 2022

ICAAPTestes de esforçoECAISAbordagem pelo método padrão aos riscos de Crédito, Mercado e OperacionalIAS/IFRSUtilização efectiva do MAIFRequisitos de divulgação de BII/IIIMaturação da governação interna e processos do BNADefinição de capitalEnquadramento da supervisão consolidadaPlano de recuperação e resoluçãoProcedimentos protocolares e estabelecimento de protocolos Regime de confidencialidade e sigilo profissional

Rácio de Cobertura de Liquidez (LCR)Rácio de financiamento estável líquido (NSFR)ILAAPRácio de alavancagemBuffer de conservação de capitalBuffer de capital de contracicloSIBs (Global e Doméstico)

•••••••

Métodos avançados de risco de crédito, mercado e operacionalTitularizaçõesRisco de crédito da contraparteEnquadramento do risco de mercado segundo BIIExposição bancária a contrapartes centrais (CCPs)Subcontratação de serviços de supervisão (regulação)Requisitos de divulgação BII/III (continuação)

•••••••

15

51

22

1

6,82%

27,27%

3,41%0,00%

10,00%20,00%30,00%40,00%50,00%60,00%70,00%80,00%90,00%

100,00%

0

10

20

30

40

50

60

Público Privado Nacional Privado Estrangeiro

Analisado Não Analisado Peso dos processos não conformes

Parte IV - Actividades relevantes do BNA 75

74 Relatório Anual e Contas • 2017

No quadro da Associação dos Bancos Centrais Africanos, foi reconhecida a necessidade de reforço dos blocos

regionais do continente, tendo sido discutidos aspectos relacionados com o cumprimento, pelos países membros, dos

critérios de convergência do Programa Africano de Cooperação Monetária.

Relativamente ao FMI, além da participação nas Reuniões de Primavera e nas Reuniões Anuais, organizadas em

parceria com o Banco Mundial, o BNA beneficiou de acções de assistência técnica, bem como foram realizadas duas

Missões do FMI a Angola, ao abrigo do Artigo IV. º dos Estatutos do FMI.

O BNA participou na Reunião Anual do Banco de Pagamentos Internacionais (BIS) e em vários outros fóruns

promovidos pela Aliança para a Inclusão Financeira (AFI), no âmbito da sua filiação a esta organização internacional,

líder em políticas de inclusão financeira para África, América Latina e as regiões das Ilhas do Pacífico, que visam

promover e desenvolver soluções que melhorem a vida das populações mais carenciadas.

No que diz respeito às relações de cooperação, o BNA participou em diversas acções, em especial a nível dos

Bancos Centrais da Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa (BCPLP), destacando-se a realização do XXVII

Encontro de Lisboa. Merece, igualmente, destaque a cooperação com o Banco de Portugal na realização do conjunto

de acções previstas no Plano Anual de Cooperação entre os dois bancos centrais, consubstanciadas em estágios,

visitas de trabalho e seminários dirigidos a quadros do BNA.

Foram ainda lançadas as bases para um reforço da cooperação com os bancos centrais de França, Namíbia e África

do Sul, tendo os contactos institucionais estabelecidos permitido a realização de encontros técnicos, que serviram

para a troca de experiências nos domínios das políticas monetária, cambial e de supervisão, bem como da formação

de recursos humanos, na perspectiva do necessário reforço da sua capacitação.

Em termos concretos, do conjunto de eventos internacionais em que o BNA participou e se fez representar, cumpre

destacar:19. Educação Financeira

A consolidação das actividades, em 2017, no âmbito do Programa de Educação Financeira, determinaram o

desenvolvimento de novas perspectivas de actuação para o seu alargamento, bem como para a garantia da sua

abrangência e eficácia, no sentido de promover a literacia financeira, expandir os serviços financeiros e elevar a taxa

de bancarização.

19.1. Monitoramento do Projecto de Inserção de Conteúdos de Literacia Financeira no Sistema de Ensino

No âmbito da generalização do processo de inserção de conteúdos de Literacia Financeira nas escolas do 1.º e 2.º

ciclos em todo o País, foram realizadas durante o ano de 2016, várias formações a nível das províncias abrangendo

novos professores, inspectores e coordenadores de disciplina. Na sequência, em 2017 foi realizado o trabalho de

Monitoramento do Projecto de Inserção de Conteúdos de Literacia Financeira no Sistema de Ensino, no período de 22

de Maio a 09 de Julho de 2017, que abrangeu 17 províncias e 54 municípios.

Quadro 14: Eventos internacionais

Instituições Evento Local

Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC)

Sessão de Planeamento Estratégico do Comité dos Governadores dos Bancos Centrais

Joanesburgo, África do Sul

44ª Reunião do Comité dos Governadores dos Bancos Centrais da SADC (CCBG)

Kinshasa, República Democrática do Congo

45ª Reunião do Comité dos Governadores dos Bancos Centrais da SADC (CCBG)

Maye, Ilhas Seicheles

Reunião dos Ministros das Finanças e do Painel de Avaliação pelos Pares

Swazilândia

Instituto de Gestão Macroeconómica e Financeira da África Austral e do Leste (MEFMI)

Fórum dos Vice-Governadores dos Estados-Membros Maputo, Moçambique

AFREXIMBANK 24ª Assembleia-Geral de Accionistas Kigali, Ruanda

Fundo Monetário Internacional e Grupo Banco Mundial (FMI e GBM)

Reunião de PrimaveraWashington D.C Estados Unidos da América

Reunião Anual do Caucus Africano Gaberone, Botswana

Reunião Anual Washington D.C Estados Unidos da América

Banco de Pagamentos Internacionais (BIS) Reunião Geral Anual Basileia, na Suíça

Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)

VIII Encontro de Governadores dos Bancos Centrais da CPLP Maputo, Moçambique

XVI Encontro de Recursos Humanos dos Bancos Centrais da CPLP

Díli, Timor-Leste

XXVII Encontro de Lisboa entre os Bancos Centrais da CPLP Lisboa, Portugal

Lisboa, Portugal

Fonte: BNA

Parte IV - Actividades relevantes do BNA 77

76 Relatório Anual e Contas • 2017

Este trabalho foi realizado por uma equipa constituída por técnicos do Banco Nacional de Angola (BNA) e do

Ministério da Educação (MED), que culminou na recolha de informações sobre a generalização e alargamento do

Programa ao nível nacional, recolha de dados estatísticos das escolas, recolha de informações sobre o desempenho

dos alunos e professores, recolha de informações sobre a qualidade dos materiais pedagógicos produzidos,

identificação dos principais avanços, dificuldades e os factores associados à inserção dos conteúdos de Literacia

Financeira, bem como a recolha de informações sobre as necessidades de formação dos professores, directores e

inspectores para a generalização ou alargamento do Projecto nos anos lectivos 2017 e 2018.

19.2. Promoção do Acesso ao Sistema Financeiro

A actuação do BNA tem proporcionado o acesso generalizado aos benefícios associados ao sistema financeiro,

capaz de gerar mais desenvolvimento humano, económico e uma melhoria das condições de vida das populações,

promovendo a concorrência e a redução de fraudes.

No que concerne ao conjunto de actividades de formação financeira que visam apoiar a população no seu

relacionamento com o sistema financeiro e na tomada de decisões equilibradas na gestão das finanças pessoais

foram realizadas 339 (trezentos e trinta e nove) palestras e 78 (setenta e oito) campanhas de sensibilização que

alcançaram cerca de 12.173 (doze mil, cento e setenta e três) participantes.

Até Dezembro de 2017 foram abertas um total de 555.045 contas, apresentando um crescimento de 22,43%, face

a 2016. Ressalta-se que até ao período em análise foram contabilizadas 65.161 contas Bankita que migraram para

contas convencionais. Relativamente às contas Bankita a Crescer, em 2017 foram constituídas um total de 7.520,

apresentando um crescimento de 2,41%.

A taxa de bancarização no período em análise foi estimada em 53,15%. Realça-se que do total das contas abertas no

sistema financeiro até Dezembro de 2017, o produto Bankita teve uma contribuição efectiva para a bancarização de

5,98%.

20. Capital Humano

O BNA contava, no final de 2017, com 2.039 trabalhadores, resultantes da contratação de 249 novos quadros, ao

longo do ano, representando uma variação de 7,2% em relação ao efectivo de 2016.

A média de idade dos trabalhadores do BNA situa-se em 44 anos. No período em análise registou-se a reforma de 82

trabalhadores e a saída por diversos motivos de 15.

Com relação ao efectivo, considerando o Género, Formação Académica, Banda Funcional, Antiguidade e Idade, está

distribuído da seguinte forma:

Quadro 15: Apresentação por banda funcional/género

BANDA FUNCIONAL GÉNERO

GRUPO FUNÇÃO MASC FEM TOTAL %

ADMINISTRAÇÃO

GOVERNADOR 1 0 1 0%

VICE GOVERNADOR 2 0 2 0%

ADMINISTRADOR 3 1 4 0%

SUBTOTAL 6 1 7 0%

GESTÃODIRECTOR 19 12 30 1%

SUBDIRECTOR 16 12 27 1%

SUBTOTAL 35 24 59 3%

COORDENAÇÃOCH DIVISÃO 48 32 80 4%

CH SECTOR 66 73 139 7%

SUBTOTAL 114 105 219 11%

TÉCNICAESPECIALISTA 18 14 32 2%

TÉCNICO 443 492 935 46%

SUBTOTAL 461 506 967 47%

APOIOSUPORTE 160 141 301 15%

AUXILIAR 372 114 486 24%

SUBTOTAL 532 255 787 39%

TOTAL 1.148 891 2.039

Fonte: BNA

Quadro 16: Apresentação por tempo de serviço

ANTIGUIDADE

FAIXA QTDE %

00-05 569 28

06-10 201 10

11-15 160 8

16-20 435 21

21-25 224 11

26-30 308 15

Mais de 30 142 7

TOTAL 2.039

Fonte: BNA

Parte IV - Actividades relevantes do BNA 79

78 Relatório Anual e Contas • 2017

Quadro 18: Apresentação por idade

BANDA ADMIN GESTÃO COORD TÉCNICA APOIO TOTAL %

FAIXA ETÁRIA

20-25 0 0 0 38 19 57 3

26-30 0 0 7 115 45 167 8

31-35 0 5 38 187 42 272 13

36-40 0 7 46 158 67 278 14

41-45 1 11 32 115 113 272 13

46-50 4 16 40 135 191 386 19

51-55 2 14 48 156 213 433 21

56-60 0 6 8 63 97 174 9

TOTAL 7 59 219 967 787 2.039

Fonte: BNA

Nos domínios da formação profissional, registou-se um investimento maioritariamente em formação técnica e

comportamental, bem como no aprendizado de língua estrangeira. Foram predominantemente beneficiadas as áreas

core da Instituição, com maior enfoque para as de Supervisão.

Parte V- Demonstrações financeiras

Quadro 17: Apresentação por Formação Académica

FORMAÇÃO ACADÉMICA

NÍVEL QTDE %

Ensino Elementar 603 30

Abaixo Ensino Médio 103 5

Abaixo da Licenciatura 570 28

Licenciatura 626 31

Acima da Licenciatura 137 7

TOTAL 2.039

Fonte: BNA

Parte V - Demonstrações financeiras 81

80 Relatório Anual e Contas • 2017

O Banco Nacional de Angola (BNA) é o Banco Central de Angola por lei está mandatado para promover o bem-estar

económico e financeiro de Angola. O BNA está comprometido em manter os Angolanos informados sobre as suas

políticas, operações e actividades.

De acordo com o previsto no artigo 86.º da Lei nº. 16/10 de 15 de Julho, são apresentadas as Demonstrações

Financeiras do Banco Nacional de Angola (adiante designado por “BNA” ou “Banco”), relativas ao exercício findo

em 31 de Dezembro de 2017, que compreendem o Balanço, a Demonstração dos resultados, a Demonstração dos

resultados e do outro rendimento integral, a Demonstração das alterações nos capitais próprios, a Demonstração

dos fluxos de caixa das operações em moeda estrangeira e as respectivas Notas anexas às Contas, aprovadas pelo

Conselho de Administração a 17 de Maio de 2018.

A preparação e apresentação das Demonstrações Financeiras, em conformidade com os procedimentos e Normas

Internacionais de Contabilidade e de Relato Financeiro, foram definidas como um objectivo do BNA, reflectindo

o sentido da trajectória seguida pelo seu Conselho de Administração, tendo em vista a modernização do Modelo

de Governação e de Gestão. Este objectivo consubstanciou-se na adopção parcial das Normas Internacionais de

Contabilidade e de Relato Financeiro (IAS/IFRS) como referencial contabilístico para a preparação e apresentação das

Demonstrações Financeiras do exercício findo em 31 de Dezembro de 2017.

As Demonstrações Financeiras são apresentadas em milhares de Kwanzas.

1.1. Desempenho Orçamental

O orçamento do exercício económico de 2017 previa um superavit de Kz 39.538.631 mil. Todavia, o orçamento

realizado até 31 de Dezembro de 2017 ascende a Kz 241.246.822 mil, o que reflectiu um grau de execução de 610%

face ao estimado. Assim, o resultado orçamental acumulado até ao final do exercício é explicado essencialmente

pelos ganhos cambiais, juros e rendimentos similares e ganhos em operações financeiras, os quais representam

cerca de 51%, 23% e 23% das receitas do Banco, respectivamente.

Valores em milhares de KZ 2017 2016 Variação

Montante %

ACTIVO 4 975 349 880 6 039 562 260 (1 064 212 380) -18%

Ouro 128 164 847 112 872 696 15 292 151 14%

Activos sobre o exterior 3 266 842 119 4 249 752 165 (982 910 046) -23%

Activos internos 1 484 019 533 1 603 004 474 (118 984 941) -7%

Activos tangíveis e intangíveis 51 066 549 37 174 512 13 892 037 37%

Outros valores activos 45 256 832 36 758 413 8 498 419 23%

PASSIVO 4 350 916 587 5 183 092 585 (832 175 998) -16%

Notas e moedas em circulação 527 716 718 506 005 614 21 711 104 4%

Reservas bancárias 1 332 968 725 1 663 200 343 (330 231 618) -20%

Mercado monetário interbancário 66 296 652 69 092 160 (2 795 508) -4%

Conta Única do Tesouro 1 026 408 870 1 674 192 946 (647 784 076) -39%

Outras responsabilidades internas 313 333 747 317 784 823 (4 451 076) -1%

Outras responsabilidades extenas 1 000 885 321 826 779 948 174 105 373 21%

Outros valores passivos 83 306 554 126 036 751 (42 730 197) -34%

CAPITAIS PRÓPRIOS 624 433 293 856 469 675 (232 036 382) -27%

Face ao orçamento aprovado foi possível apurar que, em linhas gerais, a execução das receitas encontra-se muito

acima do estimado, com especial destaque para: (1) Ganhos cambiais, decorrentes do aumento das vendas de

divisas e leilões de divisas; (2) Juros e rendimentos similares, resultantes das aplicações em instituições de crédito,

dos redescontos, dos juros de activos financeiros disponíveis para venda, investimentos detidos até a maturidade,

operações overnight e depósitos a prazo; (3) Dos ganhos em operações financeiras, resultantes da distribuição de

dividendos das aplicações geridas por entidades externas e dos proveitos provenientes dos investimentos sem

compromisso futuro de capital.

1.2. Principais Variações na Composição do Balanço

Orçamento 2017

AnualRealizado até

Dezembro 2017

Grau de execução

de 2017Desvio

Realizado até Dezembro de

2016

% variação

Receitas 205 889 431 524 813 099 255% 155% 428 752 805 22%

Juros e rendimentos similares 125 303 300 122 224 237 98% -2% 121 484 468 1%

Rendimentos de serviços e comissões 38 934 699 10 935 221 28% -72% 9 568 545 14%

Ganhos em operações financeiras 21 409 880 119 614 751 559% 459% 83 684 299 43%

Ganhos cambiais 16 625 959 270 116 339 1625% 1525% 213 055 360 27%

Outras receitas operacionais 3 615 593 1 922 551 53% -47% 960 133 100%

Despesas (166 350 800) (283 566 277) 170% -70% (241 771 781) 17%

Despesas operacionais e financeiras (40 985 511) (198 898 279) 486% -386% (142 051 070) 40%

Despesas administrativas (104 400 797) (80 538 844) 77% -23% (93 769 502) 14%

Despesas de investimento (20 991 492) (4 129 154) 20% -80% (5 951 209) 31%

Superavit/(Deficit) 39 538 631 241 246 822 610% 510% 186 981 024 29%

Em 31 de Dezembro de 2017, o Activo do Banco apresenta um saldo de Kz 4.975.349.880 mil, traduzindo um

decréscimo de Kz 1.064.212.380 mil comparativamente a 31 de Dezembro de 2016. Esta variação líquida de 18%

deve-se, essencialmente, à diminuição dos “Activos sobre o exterior”, sendo explicada pelos seguintes factores:

Aumento de Kz 15.292.151 mil do “Ouro” (+14%), justificado pela valorização em cerca de 14% da cotação

de mercado do Ouro de 1.147,5 USD em 31 de Dezembro de 2016 para 1.302,80 USD em 31 de Dezembro de

2017;

Diminuição de Kz 982.910.046 mil (-23%) dos “Activos sobre o exterior”, justificado, essencialmente, pela

diminuição em Kz 648.135.582 mil das aplicações em instituições de crédito e pela diminuição em Kz

427.748.594 mil dos activos financeiros disponíveis para venda, variações parcialmente compensadas com as

variações positivas noutros activos sobre o exterior;

Parte V - Demonstrações financeiras 83

82 Relatório Anual e Contas • 2017

Diminuição Kz 118.984.941 mil (-7%) dos “Activos internos” associado, essencialmente ao

desreconhecimento de Títulos em moeda nacional e Contractos de financiamento, todos estes afectos ao

cumprimento de Reservas Obrigatórias em moeda nacional, nos montantes de Kz 394.258.467 mil e de Kz

15.378.928 mil, respectivamente, em linha com a decisão de política monetária que resultou no Instrutivo nº

6/2017, de 1 de Dezembro, determinando a extinção da sua elegibilidade para efeitos de constituição das

reservas obrigatórias em moeda nacional. Existe igualmente o efeito do aumento em Kz de 294.444.989 mil

dos activos financeiros concedidos ao Estado.

Por outro lado, o Passivo do Banco totaliza Kz 4.350.916.587 mil, que se traduz num decréscimo de Kz 832.175.998

mil (-16%) face a 31 de Dezembro de 2016. As principais variações no Passivo são explicadas pelos seguintes factos:

Aumento de Kz 21.711.104 mil (+4%) das notas e moedas em circulação;

Diminuição de Kz 330.231.618 mil (-20%) das Reservas Bancárias em moeda nacional, principalmente pelo

efeito contraccionista das operações de vendas de divisas;

Diminuição de Kz 647.784.076 mil (-39%) do saldo da Conta Única do Tesouro (CUT), explicada

substancialmente pelos pagamentos efectuados em nome do Tesouro;

Aumento de Kz 174.105.373 mil (+21%) das “Responsabilidades externas para com outras entidades”,

explicado maioritariamente pelo aumento de Kz 169.502.716 mil, decorrente de financiamentos obtidos junto

de entidades externas em operações de venda com acordo de recompra, colaterizados por títulos de dívida

soberana estrangeira da carteira própria (REPO);

Diminuição de Kz 42.730.197 mil (-34%) dos “Outros valores passivos”, explicado essencialmente pela

amortização da dívida do Banco da Namíbia no montante total de Kz 33.878.594 mil e pela transferência,

para “Reservas bancárias”, do adiantamento referente à constituição do Banco da China, no montante de Kz

8.606.229 mil.

Relativamente aos Capitais próprios, verifica-se uma redução no montante de Kz 232.036.382 mil de 27% justificado

pelo seguinte:

Diminuição das “Diferenças de reavaliação cambial” em Kz 163.994.646 mil em face da venda e outras

variações de justo valor dos Activos financeiros detidos para venda, bem como das “Diferenças de justo valor

do Ouro e dos Títulos de dívida soberana estrangeira” em Kz 5.420.936 mil;

Resultado negativo do exercício de 31 de Dezembro de 2017 de Kz 70.749.867 mil.

1.3. Evolução dos Resultados

No exercício de 2017, os principais indicadores da conta de resultados evoluíram como é apresentado no quadro

abaixo.

O resultado apurado para o exercício de 2017 corresponde a um prejuízo de Kz 70.749.867 mil, sendo a variação face

ao exercício anterior explicada, essencialmente, por:

Redução de Kz 3.542.819 mil (-4%) da “Margem financeira” decorrente, essencialmente, da redução do stock de

operações activas do Mercado monetário interbancário, de títulos de dívida soberana estrangeira e de depósitos a

prazo;

Aumento de Kz 3.192.547 mil (+88%) nas “Comissões Líquidas” decorrente do incremento de comissões

recebidas por operações realizadas com o Ministério das Finanças e redução de comissões pagas por

serviços bancários prestados por terceiros;

Aumento de Kz 3.568.319 mil (+45%) nos “Resultados em Operações Financeiras” relativo ao valor líquido de

mais e menos valias nos Activos sobre o Exterior, incluindo correcções ao justo valor;

Aumento de Kz 37.817.093 mil (+21%) nos “Resultados Operacionais” relativo aos resultados cambiais, com

aumento de Kz 53.008.112 mil (+37%) de ganhos e perdas cambiais líquidas e redução de ganhos e perdas

líquidas relativos a operações cambiais no montante de Kz 20.129.508 mil (+43%);

Os “Resultados de exploração” negativos, ascenderam a 392.535.533 mil, com aumento líquido de

116.306.348 mil (+42%) explicado essencialmente por:

Aumento de Kz 233.132.552 mil nas perdas por imparidade afecta às seguintes situações:

Valores em milhares de KZ 2017 2016 Variação

Montante %

Margem financeira 84 457 565 88 000 384 (3 542 819) -4%

Comissões líquidas 6 810 036 3 617 489 3 192 547 88%

Resultados em operações financeiras 11 538 887 7 970 568 3 568 319 45%

Resultados operacionais 218 979 178 181 162 085 37 817 093 21%

Resultados de exploração (392 535 533) (276 229 185) (116 306 348) 42%

RESULTADO DO EXERCÍCIO (70 749 867) 4 521 341 (75 271 208) -1665%

Parte V - Demonstrações financeiras 85

84 Relatório Anual e Contas • 2017

Valores em milhares de Kwanzas (Kz mil)

Descrição da operação Notas 31-12-2017 31-12-2017 Variação

Operações não recorrentes com instituições de crédito 322 695 919 17 636 508 305 059 411

Dação em pagamento de crédito de uma instituição financeira nacional 11 e 31 256 962 619 - 256 962 619

Dação em pagamento - diferença no reconhecimento inicial entre os valores em dívida e o justo valor das Obrigações de Tesouro recebidas em dação

7 e 31 89 955 138 - 89 955 138

Reversão de imparidade por liquidação em espécie com Obrigações do Tesouro

4 e 31 (24 221 838) 17 636 508 (41 858 346)

Operações de redesconto e cedência de liquidez (31 227 740) 82 617 854 (113 845 594)

Operações de redesconto - reforço de imparidade 31 667 933 51 080 822 (19 412 889)

Operações de redesconto - reversão de imparidade 6 e 31 (75 261 067) - (75 261 067)

Cedência de liquidez - reforço de imparidade 12 365 394 31 537 032 (19 171 638)

Outras 41 918 735 - 41 918 735

Aquisição de activos e serviços com indícios de irregularidades 11 e 31 35 460 487 - 35 460 486

Outras 6 458 248 - 6 458 249

Total 333 386 914 100 254 362 233 132 552

Redução de Kz 104.807.730 mil na rubrica “Provisões líquidas de reposições e anulações” em resultado da

reversão registada nas provisões para risco de mercado e manutenção das provisões de risco sistémico do

sector bancário e provisões de cobrança duvidosa face ao que havia sido registado em 31 de Dezembro de

2016;

Redução de Kz 12.018.474 mil (-12.5%) nos gastos administrativos, justificada pela redução nos custos com

pessoal, no montante de Kz 15.898.897 mil essencialmente decorrente dos encargos sociais, compensado

pelos aumentos ao nível dos fornecimentos e serviços de terceiros e amortizações, respectivamente, nos

montantes de Kz 2.668.239 mil e Kz 1.212.184 mil.

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Parte V - Demonstrações financeiras 87

86 Relatório Anual e Contas • 2017

Notas 2017 2016

Juros e rendimentos similares 25 122 224 237 121 484 468

Juros e encargos similares 26 (37 766 672) (33 484 084)

Margem financeira 84 457 565 88 000 384

Rendimentos de serviços e comissões 27 10 935 221 9 568 545

Encargos com serviços e comissões 28 (4 125 185) (5 951 056)

Comissões líquidas 6 810 036 3 617 489

Resultados de activos financeiros valorizados ao justo valor através de resultados 29 12 315 919 8 200 768

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 30 (777 032) (230 200)

Resultados em operações financeiras 11 538 887 7 970 568

Resultados cambiais 32 221 389 794 188 511 190

Custos relativos à emissão de notas e moedas (3 165 364) (2 574 113)

Resultados de alienação de outros activos 33 5 665 13 214

Outros resultados operacionais 34 749 083 (4 788 206)

Resultados operacionais 218 979 178 181 162 085

Custos com pessoal 35 (64 933 432) (80 832 329)

Fornecimentos e serviços de terceiros 36 (15 605 412) (12 937 173)

Amortizações do exercício 12 (3 362 944) (2 150 760)

Provisões líquidas de reposições e anulações 19 e 20 24 753 169 (80 054 561)

Perdas por imparidade líquidas de reversões 6/7/31 (333 386 914) (100 254 362)

Resultados de exploração (392 535 533) (276 229 185)

Resultado do exercício (70 749 867) 4 521 341

Demonstrações dos resultados para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2017 e 2016

Demonstrações dos resultados e do outro rendimento integral para os exercícios

findos em 31 de Dezembro de 2017 e 2016

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As notas anexas fazem parte integrante desta demonstração financeira

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Resultado líquido do exercício (70 749 867) 4 521 341

Itens que poderão ser reclassificados posteriormente para resultados

Variações da diferença de reavaliação de justo valor de:

Activos financeiros disponíveis para venda (9 850 099) 9 420 700

Ouro 15 271 035 (2 989 971)

Variações da diferença de reavaliação cambial (163 994 646) 236 103 820

Rendimento / (gasto) reconhecido directamente nos Capitais Próprios (158 573 710) 242 534 549

Rendimento integral do exercício (229 323 577) 247 055 890

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Parte V - Demonstrações financeiras 89

88 Relatório Anual e Contas • 2017

2017 2016

Actividades Operacionais

Proveitos de títulos e valores mobiliários 86 698 898 25 750 170

Proveitos de aplicações de liquidez 13 008 225 14 291 910

Instituições Financeiras Bancarias (73 921 139) (47 304 340)

Compra das dividas dos trabalhadores (6 451 441) -

Acordo de conversão monetária com banco da Namíbia (34 280 167) (13 271 540)

Pagamentos de custos administrativos (10 616 209) (12 156 925)

Despesas de produção de notas e moedas (1 829 622) (1 829 534)

Outros pagamentos e recebimentos 209 080 271 1 989 682

Fluxos de caixa de actividades operacionais 181 688 816 (32 530 577)

Actividades de Investimento

Investimentos em:

Aplicações geridas por entidades externas 490 815 846 12 242 139

Operações cambiais (1 723 951 534) (720 064 885)

Títulos de dívida soberana estrangeira (181 708 968) (22 293 927)

Emissão de Titulos da divida Publica - -

Obrigações do Tesouro - (829 460)

Aplicações de liquidez - -

Ouro - -

Aquisições e alienações de imobilizado (792 945) (133 249)

Fluxos de caixa de actividades de investimento (1 415 637 601) (731 079 382)

Actividades de Financiamento

Diminuições (aumentos) de depósitos de residentes:

Tesouro Nacional 55 276 492 178 445 920

Instituições Financeiras - Reservas bancárias 514 193 639 12 241 078

Operações com acordo de recompra 7 910 201 580 635 697

Juros de Financiamentos -

Fundo Monetário Internacional (4 808 276) (20 314 617)

Aumentos (diminuições) de notas e moedas estrangeiras (1 733 202) (2 304 225)

Fluxos de caixa de actividades de financiamento 570 838 854 748 703 853

Efeito da variação cambial em caixa e equivalentes de caixa 19 573 292 301 627 641

Variação de caixa e seus equivalentes (643 536 640) 286 719 534

Caixa e seus equivalentes em moeda estrangeira no início do exercício 1 783 703 394 1 496 981 793

Caixa e seus equivalentes em moeda estrangeira no fim do exercício 1 140 164 687 1 783 701 327

Demonstrações dos fluxos de caixa das operações em moeda estrangeira para os exercícios

findos em 31 de Dezembro de 2017 e 2016

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, o agregado “Caixa e seus equivalentes em moeda

estrangeira” apresenta a seguinte composição:

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, o agregado “Caixa e seus equivalentes em moeda

estrangeira” apresenta a seguinte composição:

As notas anexas fazem parte integrante desta demonstração financeira

Caixa e seus equivalentes em moeda estrangeira 2017 2016

Caixa e disponibilidades em instituições de crédito (Nota 4)

Notas e moedas em moeda estrangeira em caixa 12 622 367 14 336 787

Depósitos à ordem em moeda estrangeira:

No exterior 190 810 622 160 334 290

No país 1 754 016 1 699 882

Aplicações em instituições de crédito (Nota 5)

Depósitos a prazo

No exterior 934 977 682 1 583 110 597

No país - 24 221 838

1 140 164 687 1 783 703 394

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 91

90 Relatório Anual e Contas • 2017

A origem do Banco Nacional de Angola remonta a 14 de Agosto de 1926, data da criação do Banco de Angola, com

sede em Lisboa. Até 1957, o Banco de Angola deteve, em exclusivo, o comércio bancário, altura em que surgiu no

mercado o Banco Comercial de Angola, de direito estritamente Angolano, representando um novo marco na história

do país.

No panorama das transformações político-económicas que se sucederam até à década de 80, e tendo em atenção a

importância do sistema monetário e financeiro do país, foi desenvolvido em Agosto de 1975 o chamado processo da

tomada da Banca, que levou ao confisco do activo e passivo do Banco de Angola e à criação do Banco Nacional de

Angola, um ano após a independência nacional, através da Lei n.º 69/76, publicada no Diário da República Nº 266 –

1ª Série, de 10 de Novembro de 1976.

A partir de 1978 e através da Lei n.º 4/78, de 25 de Fevereiro, a actividade bancária passou a ser exclusivamente

exercida pelos bancos do Estado, na medida em que foram formalmente encerrados os bancos comerciais privados,

facilitando assim a extensão da rede de balcões do BNA por todo o território nacional.

Em 1991 e com base na Lei n.º 5/91, de 20 de Abril - Lei das Instituições Financeiras, iniciou-se um novo passo na

implementação de um sistema bancário de dois níveis, pelo que o BNA passou a exercer a função de Banco Central

consagrado como autoridade monetária e agente da autoridade cambial, retirando-se assim das funções comerciais

que exercia até então.

Neste momento, o BNA está presente no país, através das suas delegações regionais localizadas nas províncias de

(i) Cabinda; (ii) Huíla; (iii) Benguela; (iv) Malange; e (v) Huambo.

De acordo com a Lei n.º 16/10, de 15 de Julho – Lei do Banco Nacional de Angola, que estabelece a sua Lei Orgânica,

as suas funções passaram a ter dois vectores principais: i) assegurar a preservação do valor da moeda nacional e, ii)

como Banco Central:

a) Actuar como banqueiro único do Estado;

b) Aconselhar o Estado nos domínios monetários, financeiro e cambial;

c) Colaborar na definição e executar a política cambial bem como o respectivo mercado;

d) Gerir as disponibilidades externas do país ou as que lhe sejam cometidas;

e) Agir como intermediário nas relações monetárias internacionais do Estado;

f) Zelar pela estabilidade do sistema financeiro nacional, assegurando, com essa finalidade, a função de

financiador de última instância;

g) Garantir e assegurar um sistema de informação, compilação e tratamento das estatísticas monetárias,

financeira e cambiais e demais documentação, nos domínios da sua actividade de forma a servir como

instrumento eficiente de coordenação, gestão e controlo;

h) Elaborar e manter actualizado o registo completo da dívida externa do país, assim como efectuar a sua

gestão; e

i) Elaborar a balança de pagamentos externos do país.

O Conselho de Administração, enquanto órgão responsável pela definição das políticas de gestão e administração

do BNA, é responsável pela preparação e apresentação das demonstrações financeiras e das demais informações

constantes do presente relatório, zelando pela sua integralidade e objectividade, de forma a garantir que as

operações e transacções decorrentes da sua missão sejam realizadas e processadas de acordo com o estabelecido

nas normas e procedimentos em vigor.

Parte VI- Notas anexas às demonstrações financeiras

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 93

92 Relatório Anual e Contas • 2017

As demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2017 foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 17

de Maio de 2018 e preparadas para apreciação do Ministério da Finanças. No entanto, o Conselho de Administração

admite que as mesmas venham a ser aprovadas sem alterações significativas.

2. Bases de apresentação e resumo das principais políticas contabilísticas

2.1.1. Bases de apresentação

As demonstrações financeiras do BNA para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2017 foram preparadas no

pressuposto da continuidade das operações, com base no plano de contas aprovado pelo Conselho de Administração

no exercício de 2013. Este novo plano de contas considera na sua globalidade, as orientações técnicas e os

princípios consagrados nas Normas Internacionais de Contabilidade e de Relato Financeiro (IAS/IFRS) emitidas pelo

International Accounting Standards Board (IASB), com as derrogações descritas na alínea 2.1.1) abaixo.

O Banco adoptou o plano de contas pela primeira vez no exercício findo em 31 de Dezembro de 2013, considerando

para o efeito os termos da IFRS 1 – Adopção pela primeira vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro, as

quais foram aplicadas retrospectivamente para todos os períodos apresentados.

A Lei Orgânica do Banco não determina a estrutura de apresentação das demonstrações financeiras que o Banco

deve adoptar. Desta forma, cabe ao Conselho de Administração do BNA decidir sobre a aplicabilidade das Normas

Internacionais de Contabilidade e de Relato Financeiro (IAS/IFRS) nas demonstrações financeiras, tendo em

consideração a sua Lei Orgânica e as suas funções enquanto entidade operadora das políticas fiscal, cambial e

monetária do país.

As demonstrações financeiras do BNA em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 encontram-se expressas em milhares de

Kwanzas, tendo os activos e os passivos denominados em outras divisas sido convertidos para a moeda nacional,

com base nas taxas de câmbio médias indicativas que se seguem:

2.1.2. Derrogações de normas e interpretações

À data de transição, e considerando as especificidades da sua actividade enquanto regulador do sistema financeiro

e responsável pela execução das políticas monetária e cambial do país, bem como pela gestão das reservas

internacionais, o Banco decidiu não adoptar as seguintes normas emitidas pelo International Accounting Standards

Board (IASB) e as interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC) e

pelos respectivos órgãos antecessores:

IAS 21 – Os efeitos de alterações em taxas de câmbio: O Banco manteve inalterado o tratamento

contabilístico dado às variações cambiais decorrentes da actualização dos activos e passivos expressos em

moeda externa às taxas de câmbio em vigor, sendo as valias cambiais potenciais reconhecidas numa rubrica

de capitais próprios denominada “Reservas de reavaliação cambial” e apenas registadas como resultados

quando realizadas. Face a grande volatilidade dessas valias e a sua condição de potenciais, o Conselho

de Administração considerou que a adopção da norma poderia traduzir-se numa possível alteração dos

princípios de capitalização do Banco e em interferência na gestão da política monetária, considerando que a

distribuição de dividendos ou a cobertura de prejuízos daí resultantes, afectariam directamente a magnitude

da base monetária com eventuais efeitos inflacionistas, para além de gerar fluxos financeiros entre o Tesouro

e o Banco Central com base em resultados não efectivos.

IFRS 10, IAS 28, IAS 27, IFRS 12 – Demonstrações financeiras consolidadas: O Banco decidiu não

apresentar demonstrações financeiras consolidadas, mantendo as suas participações valorizadas ao custo

de aquisição com reconhecimento de eventuais perdas por imparidade, independentemente do controlo e/ou

influência significativa que possa ter sobre as entidades participadas.

Estas derrogações de normas e interpretações continuaram a ser aplicadas nas demonstrações financeiras do

Banco no exercício findo em 31 de Dezembro de 2017.

Adicionalmente, o Banco decidiu adoptar parcialmente as seguintes normas e interpretações emitidas pelo

IASB e pelo IFRIC:

IAS 39 – Instrumentos financeiros – Reconhecimento e mensuração e IFRS 13 – Mensuração ao

Justo Valor: As obrigações do Tesouro recebidas no âmbito da realização do aumento de capital social

aprovado pela Lei do BNA, bem como os activos financeiros recebidos do Estado foram registadas no

reconhecimento inicial, pelo seu valor nominal, mais uma vez tendo em consideração o impacto da adopção

desta norma na capitalização do Banco e da sua consequente interferência na gestão da política monetária

do país. Relativamente aos “títulos afectos para cumprimento de reserva obrigatória” que correspondem a

Obrigações do Tesouro entregues pelos bancos comerciais para cumprimento de reservas obrigatórias em

moeda nacional e moeda estrangeira, de acordo com o previsto no Instrutivo nº4/2016, estando de igual

modo contabilizadas na rúbrica “Reservas bancárias”, foram registadas no reconhecimento inicial, pelo seu

valor nominal. Adicionalmente o Banco classifica na categoria activos financeiros ao justo valor através

de resultados as aplicações geridas por entidades externas, que incluem uma diversidade de instrumentos

financeiros, incluindo derivados, cuja posição destes instrumentos encontra-se compensada na mesma

rubrica de balanço (incluindo o justo valor negativo de alguns instrumentos financeiros). A posição junto de

cada um dos gestores é actualizada com base na valorização reportada no extracto enviado periodicamente

Moedas 2017 2016

1 Dólar dos Estados Unidos (USD) 165,924 165,903

1 Euro (EUR) 185,400 185,379

1 Dólar Canadiano (CAD) 131,737 122,964

1 Rand da África do Sul (RAD) 13,451 12,167

1 Libra Esterlina (GBP) 223,084 202,973

1 Yuan Renmimbi da China (CNY) 25,395 23,853

1 Direito Especial de Saque (DES) 0,00439 0,00425

Durante o exercício de 2017, a taxa de câmbio do Kwanza face às restantes divisas foi fixada e monitorizada sem

variações significativas desde meados de 2016 até 31 de Dezembro de 2017.

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 95

94 Relatório Anual e Contas • 2017

pelas respectivas entidades externas. O Banco não tem modelos internos de valorização dos instrumentos

financeiros não cotados utilizando como referência a valorização reportada pelos Gestores externos e nos

casos dos fundos obtém as demonstrações financeiras auditadas.

IAS 19 – Benefícios a empregados: O Banco encontra-se a aplicar a IAS 19 para todos os benefícios a

empregados, excepto em relação ao reconhecimento das responsabilidades com pensões de reforma e

outros benefícios pós emprego. Para apurar estas responsabilidades, o Banco solicita anualmente um estudo

actuarial a um perito independente, o qual tem por base pressupostos actuariais e financeiros que melhor

se adaptam à população e à realidade do Banco. Todas as responsabilidades com pensões de reforma são

registadas por contrapartida de resultados. Com a constituição do fundo de pensões, que entrou em vigor em

1 de Janeiro de 2016, conforme Despacho nº 335/15, de 27 de Outubro de 2015, I Série – Nº 147 do Diário

da República, é caracter voluntário para os trabalhadores do Banco no activo, que terão o direito de receber

os benefícios previstos no contracto divulgado. Assim, de acordo com o artigo nº88 da Lei Orgânica do Banco

as dotações para o fundo de pensões são registadas em resultado do exercício. Face ao exposto, o Banco

Nacional de Angola não apresenta todas as divulgações obrigatórias previstas nesta norma.

Por fim, no contexto da IAS 37 – Provisões, Passivos Contingentes e Activos Contingentes, destaca-se que o Conselho

de Administração define anualmente as dotações para a constituição ou reforço de provisões destinadas à cobertura

de crédito de cobranças duvidosas e de riscos de depreciação de outros valores activos, ou à ocorrência de outras

eventualidades a que se julgue necessário prover, conforme previsto no n.º 2 art.º5 e no art.º88 da Lei 16/10 de 15 de

Julho - Lei do Banco Nacional de Angola.

Ao longo das notas anexas são descritos os princípios contabilísticos e critérios utilizados pelo BNA no processo de

preparação das demonstrações financeiras.

2.1.3. Alterações voluntárias de políticas contabilísticas

Durante o exercício não ocorreram alterações voluntárias de políticas contabilísticas, face às consideradas na

preparação da informação financeira relativa ao exercício anterior apresentada nos comparativos.

2.1.4. Novas normas e interpretações aplicáveis ao exercício e normas, interpretações, emendas e revisões que irão entrar em vigor em exercícios futuros

A descrição das novas normas e interpretações encontra-se apresentada na nota 43.

2.2. Resumo das principais políticas contabilísticas

Além dos princípios contabilísticos aplicáveis a certas rubricas das demonstrações financeiras, descritos

especificamente ao longo do presente anexo, de uma forma geral o BNA utiliza na preparação das suas

demonstrações financeiras os seguintes princípios contabilísticos e critérios valorimétricos:

2.2.1. Especialização de exercícios

O Banco Nacional de Angola adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à

generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Deste modo, os proveitos e custos são reconhecidos em

função do período de vigência das operações, sendo registados à medida que são gerados, independentemente do

momento do seu recebimento ou pagamento.

2.2.2. Transacções em moeda estrangeira

As contas do Banco são preparadas na divisa do ambiente económico em que opera (“moeda funcional”), sendo

expressas em Kwanzas.

As operações em moeda estrangeira são registadas segundo os princípios do sistema “multi currency”, isto é,

registadas nas respectivas moedas de denominação, sendo convertidas para Kwanzas com base nas taxas de câmbio

em vigor na data em que ocorrem. Os activos e passivos denominados em moeda estrangeira são convertidos para

Kwanzas mediante a utilização da taxa de câmbio média publicada pelo Banco na data de relato financeiro.

Os custos e proveitos relativos a diferenças cambiais potenciais são registados numa rubrica específica de capital

próprio denominada “Diferenças de reavaliação cambial”, sendo as diferenças cambiais efectivamente realizadas,

quer sejam negativas ou positivas, registadas na demonstração dos resultados do exercício em que ocorrem, nas

respectivas rubricas de “Perdas e ganhos associados a diferenças cambiais” (Notas 22 e 32).

2.2.3. Instrumentos financeiros

A) Reconhecimento inicial

Os activos e passivos financeiros são registados na data de contratação pelo respectivo justo valor excepto

para as obrigações do Tesouro emitidas para a realização do capital social, para os activos financeiros

concedidos ao Estado e para os títulos recebidos para o cumprimento de reservas obrigatórias, sendo os

custos directamente imputados à transacção acrescidos ao valor da posição em balanço.

O justo valor de um instrumento financeiro corresponde ao preço que seria recebido pela venda de um activo

ou pago para transferir um passivo numa transacção ordenada entre participantes no mercado à data da

mensuração.

B) Classificação e mensuração de instrumentos financeiros

B.1) Activos financeiros

Os activos financeiros, com excepção dos activos mencionados no ponto 1 anterior, são reconhecidos

e valorizados de acordo com a IAS 32 – Instrumentos financeiros: apresentação e a IAS 39 –

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 97

96 Relatório Anual e Contas • 2017

Instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração, e compreendem as categorias específicas

abaixo indicadas:

Activos financeiros ao justo valor através de resultados;

Activos financeiros disponíveis para venda;

Investimentos detidos até à maturidade.

A classificação e mensuração destes activos financeiros reflecte a intenção do Banco relativamente a

cada investimento, tendo presente que a classificação inicial é, salvo algumas excepções, irrevogável

e visa, nos termos da IAS 39 – Instrumentos financeiros: Reconhecimento e mensuração, a ser

mantida até ao reembolso ou venda do activo.

B.1.1) Activos financeiros ao justo valor através de resultados

Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem:

Títulos de rendimento fixo e variável que o Banco tenha optado, no seu

reconhecimento inicial, por registar e avaliar ao justo valor através de resultados;

Instrumentos financeiros derivados com justo valor positivo (incluindo os embutidos

em activos).

Os activos financeiros classificados nesta categoria são registados ao justo valor, sendo as

valias potenciais resultantes da valorização subsequente registadas em resultados, na rubrica

de “Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”.

O Banco classifica nesta categoria as aplicações geridas por entidades externas. A posição

junto de cada um dos gestores é actualizada com base na valorização reportada no

extracto enviado periodicamente pelas respectivas entidades externas. O Banco não tem

modelos internos de valorização dos instrumentos financeiros não cotados utilizando como

referência a valorização reportada pelos Gestores externos e nos casos dos fundos obtém as

demonstrações financeiras auditadas.

O montante dos compromissos de capital remanescente, assumidos junto dos gestores

externos, está registado numa rubrica extrapatrimonial, sendo actualizado simultaneamente

sempre que é paga uma chamada de capital e aumentada a posição de investimento junto da

entidade em questão.

B.1.2). Activos financeiros disponíveis para venda

Os activos financeiros disponíveis para venda incluem títulos de rendimento fixo que não se

encontrem classificados como activos financeiros ao justo valor através de resultados ou

como investimentos detidos até à maturidade.

Os activos financeiros disponíveis para venda são mensurados ao justo valor, sendo

as variações reconhecidas directamente em capitais próprios na rubrica “Reservas de

reavaliação de justo valor”, até à maturidade ou venda do título, momento em que o ganho ou

perda anteriormente reconhecido em capitais próprios é reconhecido em resultados.

Os títulos cedidos com acordo de recompra permanecem registados na carteira de títulos

do Banco, sendo registados na rubrica “Operações de venda com acordo de recompra”,

adicionalmente são relevados em contas extrapatrimoniais.

Os juros corridos de títulos de rendimento fixo e as diferenças entre o custo de aquisição e o

valor nominal (prémio ou desconto) são registados em resultados, de acordo com o método da

taxa de juro efectiva.

Com referência à data de relato financeiro, o Banco avalia a existência de situações de

evidência objectiva em que os activos financeiros disponíveis para venda estão com

imparidade, considerando a situação dos mercados e a informação disponível sobre os

emitentes.

De acordo com a IAS 39, a evidência objectiva que um activo financeiro disponível para venda

se encontra com imparidade inclui dados observáveis acerca dos seguintes eventos de perda:

Dificuldades financeiras significativas do emitente;

Incumprimento contratual do emitente em termos de reembolso de capital ou

pagamento de juros;

Probabilidade de falência do emitente;

Desaparecimento de um mercado activo para o activo financeiro devido a dificuldades

financeiras do emitente.

Para além dos eventos referidos, o Banco considera como evidência objectiva de imparidade

uma diminuição significativa e prolongada do justo valor dos activos financeiros.

Quando existe evidência objectiva de que um activo financeiro disponível para venda está

com imparidade, a eventual perda é registada em resultados após o desreconhecimento das

menos valias potenciais reconhecidas em reservas de reavaliação de justo valor.

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 99

98 Relatório Anual e Contas • 2017

As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo são revertidas através de

resultados, sempre que houver uma alteração positiva no justo valor do título resultante de

um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas

a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas. No caso de títulos de rendimento

fixo ou variável para os quais tenha sido reconhecida imparidade, posteriores variações

negativas de justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

B.1.3) Investimentos detidos até à maturidade

Os investimentos detidos até à maturidade incluem os activos financeiros com pagamentos

fixados ou determináveis e maturidade fixada relativamente aos quais tenha a intenção e

capacidade de deter até ao seu vencimento.

Estes activos são inicialmente reconhecidos pelo seu justo valor. Em geral, o justo valor no

momento inicial corresponde ao valor de transacção e inclui proveitos e custos directamente

atribuíveis à transacção. Posteriormente, os investimentos detidos até à maturidade são

valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efectiva e sujeito a

testes de imparidade.

Os juros corridos de títulos de rendimento fixo e as diferenças entre o custo de aquisição

e o valor nominal (prémio ou desconto) são registados em resultados, na rubrica “Juros e

rendimentos similares”, de acordo com o método da taxa de juro efectiva.

As obrigações do Tesouro emitidas em moeda nacional indexadas à taxa de câmbio do Dólar

dos Estados Unidos e as indexadas ao índice de preços do consumidor estão sujeitas a

actualização do valor nominal do título de acordo com a variação dos respectivos indexantes.

Deste modo, o resultado da referida actualização do valor nominal do título é reflectido na

demonstração dos resultados do exercício em que ocorre.

Quando existe evidência objectiva de que um investimento detido até à maturidade está

com imparidade, a eventual perda por imparidade corresponde à diferença entre a quantia

escriturada do activo financeiro e o valor de actualização dos fluxos de caixa futuros

estimados (excluindo o efeito de eventos futuros), descontados à taxa de juro efectiva original

calculada no reconhecimento inicial, devendo a mesma ser registada por contrapartida de

resultados.

Se num período subsequente o montante da perda diminui e essa diminuição puder

ser objectivamente relacionada com um evento que ocorreu após o reconhecimento da

imparidade, esta é revertida por contrapartida de resultados.

B.1.4) Activos financeiros concedidos ao Estado

As obrigações do Tesouro nacional recebidas no âmbito da liquidação da conta corrente do

Ministério das Finanças prevista na Lei do Banco são reconhecidas em balanço pelo seu valor

nominal.

B.1.5) Aplicações em Instituições de crédito

São classificadas nesta rúbrica Investimentos Financeiros de curto prazo e com elevada

liquidez em Instituições Financeiras Internacionais. Estes activos são registados ao valor

nominal, sendo periodificados os respectivos juros.

B.1.6) Activos financeiros recebidos em aumento de capital

As obrigações do Tesouro Nacional recebidas no âmbito da realização do aumento de capital

social do Banco são reconhecidas em balanço pelo seu valor nominal.

B.1.7) Operações de financiamento às instituições de crédito relacionadas com

operações e política monetária

Conforme previsto na Lei do Banco Nacional de Angola, o Banco pode conceder empréstimos

às instituições financeiras, empréstimos por um prazo não inferior a três meses. Os mesmos

podem ser concedidos com dispensa de garantia, desde que, na opinião do Conselho de

Administração, estejam em causa exigências de liquidez da instituição de crédito devedora e

do interesse público.

Estes financiamentos são registados inicialmente pelo valor nominal. A cada data de balanço

o Conselho de Administração analisa os indícios objectivos de imparidade. O montante de

perda por imparidade apurado é reconhecido directamente em resultados do exercício na

rubrica “ Perdas por imparidade líquidas de reversão”.

B.2) Passivos financeiros

Os passivos financeiros incluem notas e moedas em circulação, depósitos de outras instituições,

títulos emitidos pelo Banco Central, outros instrumentos no âmbito da política monetária e

financiamentos obtidos junto do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Os passivos financeiros são registados na data de contratação pelo respectivo justo valor, deduzido

de custos directamente atribuíveis à transacção, sendo posteriormente valorizados ao custo

amortizado.

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 101

100 Relatório Anual e Contas • 2017

Qualquer diferença entre o montante recebido líquido de custos de transacção e o montante a pagar

na maturidade é reconhecida na demonstração dos resultados durante a vida do passivo através do

método da taxa efectiva.

B.2.1) Notas e moedas em circulação

As notas e moedas em circulação são registadas pelo seu valor de emissão (valor facial) na

rubrica de “Emissões de notas e moedas”. Os encargos com a sua produção são reconhecidos

linearmente como gastos ao longo do período de vida útil das notas e moedas, na rubrica

“Outros encargos e gastos – emissão de notas e moedas”, actualmente estimada em 5 anos.

B.2.2) Operações passivas de mercado aberto

Os fundos captados das instituições financeiras, decorrentes das operações de absorção de

liquidez são registados na rubrica de passivo “Responsabilidades para com instituições de

crédito – Mercado monetário interbancário”, sendo os respectivos juros a pagar reconhecidos

de forma linear durante a vigência do prazo das operações.

B.2.3) Fundo Monetário Internacional

O reconhecimento das transacções e saldos com o FMI segue as indicações dadas por esta

instituição, que consideram as características específicas das relações financeiras dos países

membros com o Fundo.

As posições junto do FMI são denominadas em Direitos de Saque Especiais (DSE) e

convertidas para Kwanzas à taxa de câmbio à data de referência, sendo os activos e

passivos registados separadamente. Adicionalmente, todas as variações cambiais potenciais

das posições junto do FMI são reconhecidas na rubrica de Capitais Próprios “Reserva de

reavaliação cambial”, ao invés dos juros e comissões pagas, decorrentes da relação mantida

com esta entidade, que são reconhecidos na demonstração dos resultados.

B.2.4) Reservas Bancárias

Parte das reservas bancárias do Banco encontram-se constituídas por depósitos de

Instituições Financeiras Nacionais. O Instrutivo nº 6/2017 prevê que os bancos comerciais

podem constituir parte das reservas obrigatórias com títulos em moeda estrangeira. Estes

são registados pelo valor nominal, na linha de balanço das reservas bancárias com reflexo na

linha do balanço operações às instituições de crédito relacionadas com operações de política

monetária.

c) Métodos de valorização

Activo Método de avaliação / Fonte de informação

Caixa e disponibilidades em instituições de crédito Valor nominal

Aplicações em instituições de crédito Valor nominal

Activos financeiros ao justo valor através de resultados Justo valor com base nos extractos das entidades externas

Activos financeiros disponíveis para venda Justo valor com base no terminal financeiro da bloomberg

Fundo monetário internacional Valor nominal

Outros activos externos a receber Custo de aquisição

Investimentos detidos até à maturidade Custo amortizado

Activos financeiros recebidos no aumento de capital Valor nominal

Investimentos em associadas e outras entidades Custo de aquisição

Operações de financiamento às instituições de crédito relacion-adas com operações de política monetária

Valor nominal

Activos financeiros concedidos ao Estado Valor nominal

Outros activos internos a receber Custo de aquisição

Passivo Método de avaliação / Fonte de informação

Notas e moedas em circulação Valor facial

Títulos do Banco Central Custo amortizado

Responsabilidades para com instituições de crédito nacionais relacionadas com operações de política monetária Valor nominal

Fundo monetário internacional Valor nominal

Recursos de instituições financeiras Valor nominal

Operações de venda com acordo de recompra Valor nominal

Responsabilidades internas para com outras entidades Custo amortizado

C.1) Justo valor

Os instrumentos financeiros registados nas categorias de activos ou passivos financeiros ao justo

valor através de resultados e activos ou passivos financeiros disponíveis para venda são valorizados

pelo justo valor.

O justo valor de um instrumento financeiro corresponde ao preço que seria recebido pela venda de um

activo ou pago para transferir um passivo numa transacção ordenada entre participantes no mercado

à data da mensuração. Conforme mencionado na nota anterior, o BNA considera o justo valor dos

Activos.

C.2) Custo amortizado

Os instrumentos financeiros mantidos ao custo amortizado são inicialmente registados pelo

justo valor acrescido ou deduzido de custos ou proveitos directamente atribuíveis à transacção.

O reconhecimento dos juros é efectuado pelo método da taxa efectiva. Para as obrigações do

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 103

102 Relatório Anual e Contas • 2017

Tesouro adquiridas no âmbito da realização do aumento de capital do Banco que não têm qualquer

remuneração associada, considerou-se uma taxa efectiva nula pelo que as mesmas se encontram

registadas no balanço do Banco pelo respectivo valor nominal.

Sempre que a estimativa de pagamentos ou cobranças associadas a instrumentos financeiros

valorizados pelo seu custo amortizado seja revista, o respectivo valor de balanço é ajustado por

forma a reflectir os seus fluxos de caixa revistos. O novo custo amortizado é apurado calculando o

valor presente dos fluxos de caixa futuros revistos à taxa de juro efectiva ajustada do instrumento

financeiro. Este ajustamento no custo amortizado é reconhecido directamente na demonstração dos

resultados.

D) Reclassificação de activos financeiros

De acordo com a IAS 39, é possível reclassificar alguns activos financeiros classificados como activos

financeiros ao justo valor através de resultados ou disponíveis para venda para outras categorias

de activos financeiros, se forem cumpridos alguns requisitos, não sendo contudo permitidas

reclassificações para a categoria de activos financeiros ao justo valor através de resultados.

A reclassificação para as categorias de investimentos detidos até à maturidade apenas é possível

se o Banco tiver intenção e capacidade para manter os activos até à sua maturidade ou num futuro

previsível.

2.2.4. Ouro

O ouro é valorizado em Dólares dos Estados Unidos ao preço de fecho diário disponível na bolsa de Nova Iorque.

As valias potenciais provenientes da valorização ao justo valor e da reavaliação cambial são registadas em contas

distintas de “Reservas de reavaliação”. As valias efectivas são registadas na demonstração dos resultados, no

momento da alienação das posições de ouro detidas. As valias efectivas resultantes do justo valor são registadas nas

rubricas “Ganhos em activos não financeiros” ou “Perdas em activos não financeiros”, consoante se tratem de mais

ou menos valias, respectivamente. As valias efectivas resultantes da reavaliação cambial são registadas nas rubricas

“Ganhos associados a diferenças cambiais” ou “Perdas associadas a diferenças cambiais”, consoante se tratem de

mais ou menos valias, respectivamente.

Com referência à data de relato financeiro, o Banco avalia a existência de situações de evidência objectiva de

imparidade, considerando para o efeito um declínio prolongado e significativo do seu valor ao longo do tempo.

Quando existem indícios objectivos de que o ouro está com imparidade, a perda potencial acumulada na reserva

de reavaliação de justo valor é desreconhecida do capital próprio e registada nos resultados do período, sendo que

posteriores variações potenciais negativas de justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

As perdas por imparidade registadas em ouro são revertidas através de resultados, se houver uma alteração positiva

no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade.

2.2.5. Participações financeiras

As participações financeiras são registadas ao custo de aquisição, sendo os recebimentos decorrentes das

distribuições de lucros reconhecidos em resultados.

Adicionalmente, são efectuados testes de imparidade em cada data de relato financeiro, de forma a avaliar a

recuperabilidade do investimento de acordo com o previsto na IAS 36 – Imparidade de activos, sendo registada

imparidade quando existem perdas de carácter permanente.

2.2.6. Activos tangíveis

Os activos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, reavaliado ao abrigo do disposto no Decreto-

Lei nº 6/96, de 26 de Janeiro, de modo a reflectir o efeito da desvalorização da moeda nacional, sendo deduzido

das respectivas depreciações e perdas por imparidade acumuladas. Os custos de reparação, manutenção e outras

despesas posteriores ao reconhecimento inicial, associadas ao seu uso, são reconhecidos como custo do exercício.

Os custos incorridos com benfeitorias que permitam um acréscimo dos benefícios económicos futuros estimados

inicialmente, bem como um aumento da vida útil do bem, deverão ser capitalizados no valor do activo.

As depreciações são calculadas com base no método das quotas constantes e de acordo com a vida útil estimada,

correspondente ao período em que se espera que o activo esteja disponível para uso:

Anos de vida útil

Imóveis 50

Equipamento:

Mobiliário e material 10

Máquinas e ferramentas 10

Equipamento informático 3 a 10

Instalações interiores 10

Material de transporte 3

Equipamento de segurança 3 a 10

Outro equipamento 10

Obras em imóveis arrendados 3 a 5

Sistemas de tratamento automático de dados 3

De acordo com a norma IAS 16 – “Activos Fixos Tangíveis”, o Banco deve escolher entre dois métodos possíveis

para mensurar os activos fixos tangíveis, sendo estes o método do custo e o método de revalorização. A política

contabilística deve ser aplicada a uma classe inteira de activos fixos tangíveis, neste caso os imóveis de uso próprio.

Atendendo aos requisitos da norma e à realidade específica do Banco, o Conselho de Administração aprovou o

método do custo como política contabilística a aplicar, sendo que os principais aspectos que suportam esta decisão

são os seguintes:

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 105

104 Relatório Anual e Contas • 2017

As anteriores políticas contabilísticas do Banco, que previam o modelo do custo como método de mensuração

dos imóveis de uso próprio, cumpriam a maior parte dos requisitos das IAS 16, não tendo sido identificada a

necessidade de alterar este método de mensuração.

O modelo de revalorização acresce complexidade aos registos contabilísticos associados a estes activos,

criando necessidades de alteração de procedimentos internos e de parametrizações do sistema informático,

decorrentes dos ajustamentos de justo valor e consequentes (i) reexpressão ou eliminação das depreciações

acumuladas e (ii) reestimativa das amortizações do exercício. Importa referir que a norma prevê que quando

um item do activo fixo tangível for revalorizado, toda a classe do activo fixo tangível à qual pertença esse

activo deve ser revalorizada.

Conforme exposto na norma, o justo valor de edifícios deve ser determinado com base em avaliações

realizadas por peritos independentes e profissionalmente qualificados. De acordo com a IFRS 13 –

Mensuração pelo justo valor, o justo valor corresponde ao valor que seria recebido na venda de um activo

numa transacção entre entidades de mercado não relacionadas entre si. Contudo, não é possível determinar

o justo valor destes imóveis de forma fiável, dado que em Angola não existem transacções de mercado com

activos comparáveis.

Adicionalmente, existe uma dificuldade acrescida na avaliação de alguns dos imóveis de uso próprio do

Banco, tendo em consideração as características muito específicas desses imóveis, nomeadamente no caso

do edifício sede que em 1995 foi elevado a património histórico-cultural. A este respeito, importa ainda

salientar que os imóveis do Banco não se destinam à venda, mas ao uso no decurso das suas operações,

pelo que um valor de mercado teórico sem referência a transacções comparáveis apenas traria volatilidade

acrescida aos capitais próprios do Banco.

No âmbito da análise de benchmarking efectuada foram analisados os relatórios e contas dos bancos

centrais dos países de língua portuguesa, tendo verificado que todos eles optaram pelo modelo do custo,

como método de mensuração dos activos fixos tangíveis.

Por último, importa salientar que a norma IAS 16 prevê que os valores de balanço dos activos fixos tangíveis,

incluindo imóveis de uso próprio, devem ser deduzidos de quaisquer perdas por imparidade acumuladas.

Os terrenos e o património artístico detidos pelo Banco não são objecto de depreciação.

As despesas com obras em imóveis arrendados são depreciadas por um período compatível com o da sua utilidade

esperada ou do contracto de arrendamento.

Periodicamente são realizadas análises no sentido de identificar evidência de imparidade em activos tangíveis.

Sempre que o valor líquido contabilístico dos activos tangíveis exceda o seu valor recuperável (maior de entre o valor

de uso e o justo valor), é reconhecida uma perda por imparidade com reflexo nos resultados do exercício, na rubrica

“Imparidade de outros activos”.

O imobilizado em curso encontra-se registado pelo valor total das despesas já facturadas ao Banco, sendo transferido

para imobilizado firme quando começa a ser efectivamente utilizado, iniciando-se então a sua amortização.

2.2.7. Activos intangíveis

Esta rubrica compreende, essencialmente, custos com a aquisição de sistemas de tratamento de dados utilizados no

desenvolvimento da actividade do Banco.

Os activos intangíveis são registados pelo seu custo de aquisição, deduzidos de depreciações e perdas por

imparidade. As depreciações são registadas pelo método das quotas constantes, ao longo do período de vida útil

estimada dos activos, o qual corresponde a um período de três anos. Anualmente é efectuada uma análise para

apuramento de eventuais perdas por imparidade. Sempre que o valor líquido contabilístico dos activos intangíveis

exceda o seu valor recuperável (maior de entre o valor de uso e o justo valor), é reconhecida uma perda por

imparidade com reflexo nos resultados do exercício, na rubrica “Imparidade de outros activos”.

2.2.8. Benefícios dos empregados

A. Benefícios de curto prazo

Os benefícios de curto prazo tais como os salários, os subsídios de natal, férias e do 14 de Agosto são reflectidos

em resultados na rubrica de “Gastos com pessoal” no período a que respeitam, de acordo com o princípio da

especialização de exercícios.

B. Benefícios pós-emprego

O Banco estabeleceu um plano de benefícios definidos, assegurando aos seus empregados o pagamentos de pensões

de reforma complementar, pensões de sobrevivência e subsídio por morte.

Na sequência da entrada em vigor da nova lei Geral do Trabalho relativamente ao artigo 262 - Compensação de

reforma o Conselho de Administração deliberou a 27 de Dezembro de 2016, a continuação deste beneficio para todos

os trabalhadores admitidos antes de 13 de Setembro de 2015.

O valor total das responsabilidades com pensões, subsídio por morte e compensação de reforma, por serviços

passados relativos ao plano de benefício definido é determinado por actuários independentes, utilizando o método do

crédito unitário projectado e registado integralmente na rubrica do passivo “Responsabilidades com pensões e outros

benefícios”.

O valor total das responsabilidades com assistência médica e medicamentosa e com cabazes de Natal é estimado

pelo Conselho de Administração, sendo reconhecido na rubrica do passivo “Responsabilidades com pensões e outros

benefícios”.

O Banco assegura aos reformados e respectivo cônjuge bem como aos empregados com doenças crónicas

(não abrangidas pelo seguro de saúde) o pagamento das despesas com assistência médica e medicamentosa.

Adicionalmente, o Banco oferece anualmente aos seus reformados cabazes de Natal.

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 107

106 Relatório Anual e Contas • 2017

Durante o exercício de 2015, mediante a publicação do despacho nº 335/15 de 27 de Outubro, foi constituído o fundo

de pensões dos trabalhadores do BNA, sendo que o Conselho de Administração deliberou um aporte financeiro inicial

sob a forma de contribuição extraordinária a cada trabalhador que aderiu ao fundo de pensões, de forma proporcional

ao tempo de serviço que cada um dedicou ao BNA, desde a sua admissão no Banco, com a finalidade de estimular

a adesão ao fundo de pensões, bem como retribuir a contribuição dada por cada trabalhador ao desenvolvimento e

consolidação da instituição. O montante do aporte financeiro inicial foi calculado com base num estudo actuarial. As

contribuições tiveram início a 1 de Janeiro de 2016.

2.2.9. Provisões e passivos contingentes

Uma provisão é constituída quando existe uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante de eventos

passados relativamente à qual seja provável o futuro dispêndio de recursos, e este possa ser determinado com

fiabilidade. O montante da provisão corresponde à melhor estimativa do valor a desembolsar para liquidar a

responsabilidade na data do balanço. De acordo com o n.º 2 do artigo 5.º da Lei Orgânica do Banco, o Conselho de

Administração pode criar outras reservas e provisões destinadas a cobrir riscos de depreciação ou prejuízos a que

determinadas naturezas de activos ou operações estejam particularmente sujeitas.

De acordo com a decisão definida e aprovada pelo Banco em 2013, a provisão para riscos de mercado poderá

corresponder até 5% do valor de balanço das posições em activos sobre o exterior, tendo uma natureza equivalente

a uma reserva, dado que apresenta um carácter de permanência, destinando-se a cobrir riscos potenciais de

balanço numa perspectiva de médio e longo prazo, considerando evoluções inesperadas dos mercados financeiros,

assim como o agravamento generalizado do risco de crédito. Os seus reforços e reposições são efectuados por

contrapartida de resultados, conforme definido no artigo 88.º da Lei Orgânica do Banco.

A rubrica “Provisão para riscos diversos” inclui provisões para cobrir potenciais responsabilidades de natureza

específica, nomeadamente execução de garantias prestadas ou outros compromissos, abertura de contingências

relativas a questões cambiais e outras responsabilidades ou contingências legais.

Caso não seja provável o futuro dispêndio de recursos, trata-se de um passivo contingente. Os passivos contingentes

são apenas objecto de divulgação, a menos que a possibilidade da sua concretização seja remota.

No âmbito do seu papel de supervisor, o Banco Nacional de Angola deve sempre avaliar o risco sistémico a que o

sistema financeiro nacional está sujeito. Adicionalmente, tendo em consideração o contexto macroeconómico actual,

a supervisão do Banco Nacional tem-se revelado cada vez mais necessária junto do sistema financeiro.

Assim, de forma a espelhar nas demonstrações financeiras do BNA esta preocupação, dever-se-á registar uma

provisão do risco sistémico do sector financeiro. Neste sentido, o seu apuramento assenta num modelo de scoring

que visa essencialmente avaliar a exposição das instituições financeiras bancárias ao risco e considera na sua

base de cálculo o total dos passivos financeiros, deduzido das disponibilidades líquidas das instituições financeiras

bancárias. De salientar que o scoring é efectuado tendo em consideração os seguintes riscos:

Rácio de solvabilidade regulamentar;

Concentração da carteira de crédito;

Rácio de transformação (rácio de liquidez);

Risco cambial;

2.2.10. Outros riscos regulamentares garantias prestadas e compromissos irrevogáveis

As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas

extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos reconhecidos em

resultados ao longo do período de vida das operações.

2.2.11. Impostos

Considerando as alterações regulamentares em sede de imposto de consumo que ocorreram durante o exercício de

2014, através da aprovação do Decreto-Legislativo Presidencial n.º 3-A/14, de 21 de Outubro de 2014, bem como as

alterações que já haviam sido introduzidas pelo Decreto Presidencial n.º 7/11, de 30 de Dezembro, o Banco Nacional

de Angola encontra-se a analisar o enquadramento da isenção prevista no artigo 92º da Lei n.º 16/2010, de 15 de

Julho à luz do referido Decreto-Legislativo Presidencial. Ate à presente data ainda não foram concluídos os trabalhos

de enquadramento, porém apenas foram identificadas possíveis contingências não mensuradas. Verificou-se durante

o exercício de 2017, tal como no passado, o pagamento de direitos alfandegários e inerentes sobre a importação de

mercadorias e de outros impostos que não se inserem no âmbito da isenção prevista na sua Lei Orgânica.

2.2.12. Capital social

Os aumentos de capital são reconhecidos na rubrica do capital próprio de “Capital”, no momento em que são

subscritos. O montante não realizado é registado numa rubrica de “Devedores por capital não realizado”.

2.2.13. Reservas e resultados transitados

As reservas do Banco são constituídas e movimentadas de acordo com o estabelecido no artigo 89º da Lei Orgânica

do Banco e dividem-se entre (i) a reserva legal e (ii) outras reservas que o Conselho de Administração delibere.

Os resultados transitados representam resultados de períodos anteriores que se encontram a aguardar aplicação por

parte do Conselho de Administração.

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 109

108 Relatório Anual e Contas • 2017

2.2.14. Demonstrações dos Fluxos de Caixa das Operações em Moeda Estrangeira

Para efeitos da preparação das demonstrações dos fluxos de caixa das operações em moeda estrangeira, o Banco

considera como caixa e seus equivalentes em moeda estrangeira todos os depósitos à ordem e todos os depósitos

a prazo, partes integrantes das rubricas “Caixa e disponibilidades em instituições de crédito” (Nota 4) e “Aplicações

em instituições de crédito” (Nota 5).

2.2.15. Principais estimativas e incertezas associadas à aplicação das políticas contabilísticas

Na preparação das demonstrações financeiras do Banco são utilizadas estimativas e valores futuros esperados. Estas

estimativas são subjectivas por natureza e podem afectar o valor dos activos e passivos, proveitos e custos, assim

como de passivos contingentes divulgados. As estimativas com maior impacto nas demonstrações financeiras do

Banco incluem as abaixo apresentadas.

A. Pensões de reforma e sobrevivência e compensação por reforma

As responsabilidades por pensões de reforma e sobrevivência e por compensação de reforma são estimadas

tendo por base avaliações actuariais efectuadas por peritos externos. Estas estimativas incorporam um conjunto

de pressupostos financeiros e actuariais, nomeadamente a taxa de desconto, tábuas de mortalidade, invalidez,

crescimento das pensões e dos salários, entre outros. Não obstante a Lei Geral do Trabalho de 7/15, de 15 de Junho

que revoga a Lei nº 2/2000, de 11 de Fevereiro, extinguir as responsabilidades com a compensação de reforma

aos trabalhadores, relativamente ao artigo 262 - Compensação de reforma o Conselho de Administração deliberou

a 27 de Dezembro de 2016, a continuidade deste beneficio para todos os trabalhadores admitidos antes de 13 de

Setembro de 2015 conforme informação nº20 Ref.ª DRH/DIR/2016.

Os pressupostos adoptados correspondem à melhor estimativa do Conselho de Administração quanto ao

comportamento futuro das referidas variáveis.

B. Responsabilidades com cabazes e assistência médica e medicamentosa dos reformados

As responsabilidades com cabazes de Natal e assistência médica e medicamentosa dos reformados são estimadas

pelo Banco, tendo por base pressupostos actuariais e financeiros, nomeadamente a taxa de desconto, a taxa de

inflação e as tábuas de mortalidade.

O Banco considera que as responsabilidades registadas nas demonstrações financeiras reflectem de forma adequada

a melhor estimativa na data de balanço dos montantes a desembolsar.

C. Determinação de perdas por imparidade em activos financeiros disponíveis para venda

De acordo com os requisitos de valorização destes activos, as menos-valias resultantes da desvalorização do

respectivo valor de mercado são reconhecidas por contrapartida de reservas de reavaliação de justo valor. Sempre

que exista evidência objectiva de imparidade, as menos-valias acumuladas que tenham sido reconhecidas na reserva

de reavaliação de justo valor devem ser transferidas para custos do exercício.

No caso de instrumentos de dívida classificados nesta categoria, as menos-valias são transferidas da reserva de

reavaliação para resultados sempre que existam indícios de que possa vir a ocorrer incumprimento dos fluxos de

caixa contratuais, nomeadamente, por dificuldades financeiras do emitente, existência de incumprimento de outras

responsabilidades financeiras, ou uma degradação significativa do rating do emitente.

D. Determinação de perdas por imparidade em operações de financiamento às instituições de crédito

relacionadas com operações de política monetária

As perdas por imparidade sobre as operações às instituições de crédito relacionadas com operações de política

monetária têm em consideração critérios de prudência, tendo em vista a cobertura de riscos e contingências futuras.

Os pressupostos adoptados para a determinação das perdas de imparidade correspondem à melhor estimativa do

Conselho de Administração.

E. Determinação de perdas por imparidade em outros activos internos a receber

As perdas por imparidade sobre os saldos de outros activos internos a receber têm em consideração critérios

de prudência, tendo em vista a cobertura de riscos e contingências futuras. Os pressupostos adoptados para a

determinação das perdas de imparidade correspondem à melhor estimativa do Conselho de Administração na data de

aprovação das demonstrações financeiras.

F. Provisões para riscos de mercado e riscos diversos

O plano de contas do Banco prevê a existência de uma provisão para riscos de mercado e uma provisão para riscos

diversos. Estas provisões possuem uma natureza equivalente a uma reserva, embora os seus reforços e reposições

sejam efectuados directamente por contrapartida da demonstração de resultados. A definição do montante da

Provisão para riscos de mercado tem em consideração os critérios de prudência de gestão apropriados no contexto

dos investimentos do Banco em activos financeiros nos mercados internacionais. A provisão para riscos diversos tem

em vista a cobertura de outros riscos e contingências futuras, sendo os montantes apurados com base em critérios

de prudência para os outros elementos patrimoniais e extrapatrimoniais.

G. Provisões para risco sistémico do sector bancário

No âmbito do seu papel de supervisor, o Banco Nacional de Angola deve avaliar o risco sistémico a que o

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 111

110 Relatório Anual e Contas • 2017

sistema financeiro nacional está sujeito. A provisão para risco sistémico assenta num modelo de scoring que visa

essencialmente avaliar a exposição das instituições financeiras bancárias ao risco considerando o total dos seus

passivos financeiros deduzido das disponibilidades líquidas das instituições financeiras bancárias.

H. Responsabilidades para o fundo habitacional e fundo social

De acordo com a Lei n.º 16/10, de 15 de Julho artigo n.º 81.º e 82.º – Lei Orgânica do Banco Nacional de Angola,

o BNA pode adquirir ou construir imóveis, destinados a habitação própria dos seus trabalhadores, nos termos e

condições a estabelecer pelo Conselho de Administração. O montante da provisão corresponde à melhor estimativa

do valor a desembolsar para financiar investimentos imobiliários de cariz social na data do balanço, cujos termos e

pressupostos foram devidamente comunicados aos colaboradores do BNA abrangidos.

Adicionalmente, de acordo com o Regulamento do Fundo Social, aprovado pelo Despacho N.º 008/2014, de 31 de

Janeiro, anualmente é definido pelo Conselho de Administração um montante de recursos financeiros a afectar ao

Fundo Social, por altura da aprovação das contas do exercício do Banco, este é apurado de acordo com pressupostos

assumidos anualmente, atendendo ao contexto social na data de balanço, assim o montante da provisão corresponde

à melhor estimativa do valor a desembolsar para liquidar esta responsabilidade na data do balanço.

I. Provisão para dívida dos empréstimos aos trabalhadores

No âmbito do seu papel de actuação social, o Banco Nacional de Angola de modo a reduzir os impactos dos

descontos dos empréstimos aos trabalhadores, optou por comprar a divida destes junto dos bancos comerciais

cuja amortização se encontram indexadas ao dólar. A provisão constituída representa 50% do montante que os

trabalhadores do BNA teriam de pagar após a entrada na Reforma.

3. Ouro

A 31 de Dezembro de 2017 e 2016, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, o Banco detém 592.901 onças de ouro (Oz) a um preço médio de 1.258,5 USD,

sendo o seu valor de mercado nestas datas de 1.302,8 USD e 1.147,5 USD, respectivamente.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a rubrica “Diferenças de reavaliação de justo valor” referente à posição de ouro,

regista uma menos-valia potencial que ascende a Kz 38.672.769 mil e Kz 53.943.804 mil, respectivamente (Nota 22).

2017 2016

Oz (*) Montante Oz (*) Montante

592 901 128 164 847 592 901 112 872 696

Durante os exercícios de 2017 e 2016, o Banco registou na rubrica “Diferenças de reavaliação de justo valor” as mais

ou menos valias potenciais resultantes da valorização deste activo. O Banco não reconheceu perdas por imparidade

do ouro no exercício de 2017, dado que face às análises de imparidade realizadas durante o exercício de 2017 a

perda potencial de 22% está abaixo do limite definido pela política contabilística de perda potencial de 30%, isto é, o

valor de mercado encontra-se acima de limite definido pela política contabilística.

4. Caixa e disponibilidades em instituições de crédito

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

Durante o exercício de 2017, a rubrica de “Depósitos à ordem no exterior“ registou um aumento de Kz 30.476.332

mil face a 31 de Dezembro de 2016. Este aumento é essencialmente explicado pelo vencimento das aplicações em

depósitos a prazo, gerando assim um aumento nas disponibilidades junto de instituições financeiras estrangeiras.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, os saldos apresentados na rubrica “No país – Notas e moedas em caixa – Em

moeda estrangeira” encontram-se maioritariamente denominados em Dólares dos Estados Unidos.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, fazem parte da rubrica “No país – Notas e moedas em caixa – Fundo de

maneio”, os meios físicos existentes nas tesourarias de Luanda e de cada uma das delegações regionais, sendo o

seu controlo efectuado regularmente por meio de inventários físicos.

2017 2016

No exterior

Depósitos à ordem 190 810 622 160 334 290

No país

Depósitos à ordem

Em moeda estrangeira 1 754 016 1 699 882

Em moeda nacional 122 660 3 145

Notas e moedas em caixa

Em moeda estrangeira 12 622 367 14 336 787

Em moeda nacional 16 504 7 987

14 515 547 16 047 801

205 326 169 176 382 091

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 113

112 Relatório Anual e Contas • 2017

2017 2016

No exterior

Depósitos a prazo

Valor aplicado 934 977 682 1 583 110 596

Juros a receber 3 101 434 3 104 102

938 079 116 1 586 214 698

No país

Depósitos a prazo

Valor aplicado - 24 221 838

Perdas por imparidade - (24 221 838)

- -

938 079 116 1 586 214 698

5. Aplicações em instituições de crédito

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a composição da rubrica “Depósitos a prazo – Valor aplicado” em termos de

prazos residuais até ao vencimento é a seguinte:

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a rubrica “No exterior – Depósitos a prazo” representa as aplicações do BNA

em bancos internacionais, com prazos máximos até um ano e remuneradas a uma taxa média anual de 1,29% e 1%,

respectivamente.

No exercício de 2017, o Banco recuperou o valor registado na rubrica “No país – Depósitos a prazo”, uma aplicação

detida junto de uma instituição financeira bancária nacional, denominada em Dólares dos Estados Unidos, no

2017

Até 1 mês Entre 1 a 3 meses

Entre 3 e 6 meses

Mais 6 meses Total

Depósitos a prazo (valor aplicado)

No exterior 254 904 664 127 670 974 124 307 649 428 094 395 934 977 682

254 904 664 127 670 974 124 307 649 428 094 395 934 977 682

2016

Até 1 mês Entre 1 a 3 meses

Entre 3 e 6 meses

Mais 6 meses Total

Depósitos a prazo (valor aplicado)

No exterior 623 974 258 195 213 867 234 830 369 529 092 102 1 583 110 596

No país - 24 221 838 - - 24 221 838

623 974 258 219 435 705 234 830 369 529 092 102 1 607 332 434

montante de USD 146.000 mil, via entrega de Obrigações do Tesouro, com uma maturidade de 23 anos e uma taxa de

cupão de 5% e que foram registadas na rubrica de “Investimentos detidos até a maturidade”, o que levou ao registo

de uma perda por imparidade no momento inicial de Kz 17.304.905 mil pela diferença entre o valor da dívida e o

justo valor das obrigações recebidas, conforme apresentado na nota 7. Ainda sobre a mesma, no exercício de 2016,

o Banco tinha registado uma perda por imparidade de Kz 24.221.838 mil (100% do valor em dívida a 31 de Dezembro

de 2016), uma vez que esta correspondia à melhor estimativa do Conselho de Administração relativamente à

recuperabilidade deste activo, no exercício de 2017 na data de entrega das Obrigações do Tesouro o Banco procedeu

à reversão da referida perda por imparidade (Nota 7 e 31).

6 . Operações de financiamento às instituições de crédito relacionadas com operações de política monetária

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

As operações de redesconto visam ceder liquidez por prazo mais alargado às instituições financeiras bancárias, na

qualidade de prestamista de última instância. Estas operações são concedidas a exclusivo critério do BNA, mediante

solicitação formal da instituição financeira, nos termos regulamentares. Sendo realizadas com o compromisso de

recompra dos activos dados em garantia.

2017 2016

Mercado monetário interbancário

Operações de redesconto

Valor cedido 201 601 784 312 724 112

Perdas por imparidade (40 457 240) (84 050 374)

Juros a receber 3 955 082 2 189 550

Operações ocasionais de cedência de liquidez

Valor aplicado 98 070 206 160 335 132

Juros a receber 973 225 6 643 098

Facilidades de cedência de liquidez 74 213 079 2 453 703

Titulos e contratos afectos para cumprimento de reserva obrigatória

Titulos afectos para cumprimento de RO-M.N. - 394 258 467

Titulos afectos para cumprimento de RO-M.E. 240 466 310 243 303 193

Contratos de financiamento MINFIN - 15 378 929

Cedência de liquidez

Valor cedido 84 326 685 47 303 183

Perdas por imparidade (43 902 426) (31 537 032)

619 246 705 1 069 001 961

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 115

114 Relatório Anual e Contas • 2017

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a rubrica “Operações de redesconto” apresenta a seguinte distribuição por

instituição financeira:

Em 31 de Dezembro de 2017, as operações de redesconto contratadas pelos bancos acima referidos, apresentam

prazos superiores à maturidade de três meses, situação que incumpre com o definido na Lei do BNA (Lei n.º 16/10 de

15 de Julho).

Em 31 de Dezembro de 2017, os colaterais inerentes às “Operações de redesconto” com respeito ao Banco de

Poupança e Crédito, Banco Millennium Atlântico e Banco Angolano de Negócios e Comércio ascendem a Kz

10.869.824 mil, Kz 29.813 mil e 15.735.593 mil, respectivamente.

No exercício de 2017, o BNA registou uma perda por imparidade no montante de Kz 40.457.240 mil, equivalente

a 10% e 100% do valor de balanço deduzido dos colaterais inerentes às “Operações de redesconto” de duas

Instituições Financeiras, uma vez que corresponde à melhor estimativa do Conselho de Administração relativamente

à exposição ao risco de mercado e de crédito das referidas posições activas. Adicionalmente, à data de aprovação

destas demonstrações financeiras, encontra-se em curso a formalização de um acordo entre o BNA e uma Instituição

Financeira no âmbito do plano de reestruturação desta Instituição Financeira Bancária. No entanto, à referida data

não são estimados impactos significativos nas demonstrações financeiras com referência a 31 de Dezembro de 2017

decorrentes do referido acordo.

No exercício de 2017, uma Instituição Financeira contratou operações de redesconto que totalizaram o valor de Kz

271.624.950 mil. Durante o mesmo exercício, a referida instituição procedeu à liquidação dos valores em dívida

através de:

i. Dação de Obrigações do Tesouro pelo valor nominal no montante de Kz 14.662.331 mil com uma maturidade

de 6 e 2 anos e uma remuneração média de 7,51% , tendo estas sido registadas na rubrica de “Investimentos

detidos até a maturidade” (Nota 7); e

ii. Transferência do direito creditício da instituição financeira sobre o Grupo ENSA – Investimentos e

Participações, S.A. para o BNA no valor total de Kz 256.962.619 mil, tendo este valor sido registado na

rubrica “Outros activos internos a receber” (Nota 11) sendo que o BNA decidiu registar perdas por imparidade

2017 2016

Instituição financeira Valor cedido

Rendimentos a receber

"Imparidade Acumulada "

Valor líquido de Balanço

Valor cedido

Rendimentos a receber

"Imparidade Acumulada"

Valor líquido de Balanço

Banco de Poupança e Crédito 163 601 784 921 260 (15 365 322) 149 157 722 118 099 162 764 776 - 118 863 938

Banco Millennium Atlântico 15 000 000 912 091 15 912 091 - - - -

Banco Angolano de Negócios e Comércio

23 000 000 2 121 731 (25 091 918) 29 813 13 000 000 98 196 (8 789 307) 4 308 889

Banco Económico - - - - 181 624 950 1 326 578 (75 261 067) 107 690 461

201 601 784 3 955 082 (40 457 240) 165 099 626 312 724 112 2 189 550 (84 050 374) 230 863 288

na totalidade desta divida a receber em 31 de Dezembro de 2017, por não se ter registado nenhum

pagamento da parte do Grupo ENSA e por não existir uma relação directa entre o BNA e o Grupo ENSA, na

recuperabilidade destes activos.

Em 31 de Dezembro de 2017, a rubrica “Títulos e contractos afectos para cumprimento de reserva obrigatória”

corresponde a Obrigações do Tesouro entregues pelos bancos comerciais para cumprimento de reservas obrigatórias

em moeda estrangeira, de acordo com o previsto no Instrutivo nº 6/2017, estando de igual modo contabilizadas na

rubrica “Reservas bancárias” (Nota 15),que se encontram registadas pelo valor nominal. Esta rubrica registou uma

variação decorrente da alteração produzida pelo Instrutivo nº 6/2017, que determina o término da elegibilidade das

obrigações do tesouro e contractos em moeda nacional para efeitos de constituição de reservas obrigatórias.

Em 31 de Dezembro de 2017, a rubrica “Operações ocasionais de cedência de liquidez” apresenta a seguinte

distribuição:

2017

Instituição financeira Valor cedido Rendimentos

a receber Valor líquido de Balanço

Banco de Fomento Angolano 52 509 052 524 843 53 033 895

Banco Sol 28 002 892 294 107 28 296 999

Banco BIC 11 396 036 95 934 11 491 970

Banco Keve 6 162 226 58 341 6 220 567

Banco de Poupança e Crédito - - -

98 070 206 973 225 99 043 431

Em 31 de Dezembro de 2017, a rubrica “Facilidade de Cedência de Liquidez – depósitos Overnight” apresenta a

seguinte distribuição:

2017 2016

Instituição financeira Valor cedido

Rendimentos a receber

Valor líquido de Balanço

Valor cedido

Rendimentos a receber

Valor líquido de Balanço

Banco de Poupança e Crédito 67 000 000 - 67 000 000 - - -

Banco Sol 7 213 079 - 7 213 079 2 453 703 - 2 453 703

74 213 079 - 74 213 079 2 453 703 - 2 453 703

Os depósitos overnight são disponibilizados pelo Banco Nacional de Angola, sendo executados por iniciativa directa

das instituições financeiras bancárias e são remunerados a uma taxa de 20%.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a rubrica “Cedência de liquidez” corresponde a operações de cedência de

liquidez em moeda estrangeira a duas instituições financeiras nacionais para servir de colateral na abertura de cartas

de crédito para operações de importação de bens alimentares. No exercício de 2017, o Banco procedeu ao reforço

da perda por imparidade associada ao aumento da exposição, no valor de Kz 12.365.394 mil, perfazendo um valor

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 117

116 Relatório Anual e Contas • 2017

total de imparidade de Kz 43.902.426 mil. Têm-se verificado liquidações regulares por parte da instituição financeira,

totalizando 48% do valor em dívida a 31 de Dezembro de 2017, pelo que a perda por imparidade registada na data de

aprovação das demonstrações financeiras corresponde à totalidade do valor em dívida em Maio de 2018.

Durante o exercício de 2017 mantiveram-se um conjunto de operações de financiamento às instituições de crédito

relacionadas com operações de política monetária, que não foram totalmente cobertas através dos respectivos

colaterais. Por esta razão, e atendendo a que estas operações têm prazos específicos que não foram totalmente

cumpridos, o Banco optou por uma abordagem mais conservadora, tendo em consideração a cobertura de riscos e

contingências futuras.

7. Activos Financeiros

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a rubrica de instrumentos financeiros apresenta a seguinte composição:

2017 2016

Activos sobre o exterior

Activos financeiros ao justo valor através de resultados

Aplicações geridas por entidades externas 895 650 256 880 881 575

Correcção do Justo Valor - Golden Asset (ABD) (27 949 430) -

867 700 826 880 881 575

Activos financeiros disponíveis para venda

Títulos de dívida soberana estrangeira

Emissores públicos estrangeiros

Valor nominal 162 068 530 622 347 927

Variações de justo valor (Nota 22) 3 317 084 5 370 734

Rendimentos a receber 1 702 870 6 369 217

Operações de venda com acordo de recompra

Valor nominal 798 924 060 610 918 536

Variações de justo valor (Nota 22) (8 318 513) (203 512)

Rendimentos a receber (1 957 608) (3 750 176)

Organismos financeiros internacionais

Valor nominal 11 077 200 153 310 085

Variações de justo valor 68 229 (250 323)

Rendimentos a receber 51 089 569 047

966 932 941 1 394 681 535

1 834 633 767 2 275 563 110

Activos internos

Investimentos detidos até à maturidade

Obrigações do Tesouro

Indexadas à taxa de câmbio do Dólar dos Estados Unidos 105 240 009 69 553 127

Perdas por imparidades (1 906 981) -

Moeda Estrangeira 829 620

Juros a receber 2 832 894 650 116

106 995 542 70 203 243

Activos financeiros recebidos em aumento de capital

Obrigações do Tesouro 174 440 000 174 440 000

281 435 542 244 643 243

2 116 069 309 2 520 206 353

A rubrica “Activos financeiros ao justo valor através de resultados – Aplicações geridas por entidades externas”

diz respeito a investimentos em activos de carteira discricionária. As responsabilidades futuras assumidas pelo

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 119

118 Relatório Anual e Contas • 2017

BNA para chamadas de capital decorrentes de investimentos em fundos de investimento alternativo junto de dois

gestores externos, registadas em contas extrapatrimoniais, ascendiam em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a

aproximadamente Kz 17.968.696 mil e Kz 17.966.465 mil, respectivamente (Nota 24).

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a desagregação da rubrica “Activos financeiros ao justo valor através de

resultados – Aplicações geridas por entidades externas” por tipologia de instrumento financeiro é a seguinte:

2017 2016

Aplicações geridas por entidades externas

Instrumentos de dívida:

Dívida pública e corporate 333 470 931 499 444 441

Dívida estruturada com capital garantido 61 012 988 57 545 549

Instrumentos de capital:

Fundos de capital de risco 121 841 585 84 684 557

Fundos de investimento mobiliário 14 638 112 -

Fundo de Obrigações 27 949 431 -

Fundos de investimento imobiliário 86 536 345 85 633 243

Fundos de investimento alternativo (hedge funds) 101 435 914 25 782 258

Outros instrumentos de capital 100 856 079 13 507 326

Depósitos e outros activos monetários 47 909 140 114 269 473

Correcção do Justo Valor - Golden Asset (ABD) (27 949 430)

867 700 826 880 881 575

Os resultados da valorização destas aplicações ao seu justo valor são reflectidos na rubrica da demonstração de

resultados “Resultados de activos financeiros valorizados ao justo valor através de resultados” (Nota 29).

Durante o exercício de 2017, a sociedade gestora Golden Assets adquiriu obrigações emitidas pela entidade

Angola Business Development (“ABD”), no montante total de EUR 150.752 mil, no âmbito do contrato de gestão

discricionária com o BNA. Neste contexto, tratando-se de activos com elevado risco de crédito e, considerando

que o BNA não obteve as demonstrações financeiras auditadas da entidade ABD em 31 de Dezembro de 2017, ou

outras informações, que permitissem aferir sobre o justo valor reportado pela referida sociedade gestora, o Conselho

de Administração, adoptando uma postura conservadora, decidiu ajustar para resultados a totalidade do referido

investimento até que seja possível obter a informação em causa (Nota 29).

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a composição da rubrica “Títulos de dívida soberana estrangeira – Valor

nominal” em termos de prazos residuais até ao vencimento é a seguinte:

2017

Até 1 ano Entre 1 a 3

anos Entre 3 e 5

anos Mais de 5

anos Total

Títulos de dívida soberana estrangeira

Emissores públicos estrangeiros 46 606 594 57 123 167 14 420 469 43 918 300 162 068 530

Operações de venda com acordo de recompra 63 051 120 348 440 400 238 100 940 149 331 600 798 924 060

Organismos financeiros internacionais 8 296 200 - 2 781 000 - 11 077 200

117 953 914 405 563 567 255 302 409 193 249 900 972 069 790

2016

Até 1 anoEntre 1 a 3

anosEntre 3 e 5

anosMais de 5

anosTotal

Títulos de dívida soberana estrangeira

Emissores públicos estrangeiros 180 595 126 269 126 744 79 198 382 93 427 675 622 347 927

Operações de venda com acordo de recompra 49 770 900 206 694 068 211 776 988 142 676 580 610 918 536

Organismos financeiros internacionais 125 643 950 8 295 150 2 780 685 16 590 300 153 310 085

356 009 976 484 115 962 293 756 055 252 694 555 1 386 576 548

Os resultados potenciais da valorização dos títulos de dívida soberana estrangeira ao seu justo valor são reflectidos

nos Capitais Próprios na rubrica “Diferenças de reavaliação de justo valor” (Nota 22).

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, os títulos de dívida soberana estrangeira são remunerados a uma taxa média

anual de 1,65% e 2,1%, respectivamente.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a desagregação da rubrica “Investimentos detidos até a maturidade” por

tipologia de instrumento financeiro é a seguinte:

2016

Aumentos Diminuições

Perdas por imparidade

Rendimentos a receber

2017 Valor nominal

Convergência para o valor

nominal Valor nominal

Intrumentos detidos até à maturidade

Indexadas à taxa de câmbio do Dólar dos Estados Unidos

69 371 308 21 632 336 (500 228) (78 913 516) - 242 187 11 832 086

Obrigações não reajustáveis - 191 803 000 (97 660 471) (490 000) (1 906 981) 2 588 288 94 333 836

Obrigações em moeda estrangeira 827 200 - - - - 2 420 829 620

70 198 508 213 435 336 (98 160 699) (79 403 516) (1 906 981) 2 832 895 106 995 542

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 121

120 Relatório Anual e Contas • 2017

Os aumentos verificados na rubrica de “Investimentos detidos até a maturidade” são resultantes de dação em

pagamento de diversas operações, com as seguintes entidades:

Entidade Valor nominal

Obrigações do Tesouro recebidas de Instituições Financeiras 139 926 136

Obrigações do Tesouro recebidas do Ministério das Finanças 73 509 200

213 435 336

Durante o exercício de 2017, o BNA recebeu em dação de pagamento de créditos de curto prazo, concedido às

instituições financeiras, Obrigações do Tesouro de maturidade superior a 20 anos, e taxa média de remuneração

abaixo das emissões de títulos com as mesmas características no mercado. Neste contexto, conforme previsto na

IAS 39.43 e AG64, o BNA registou no momento inicial perdas por imparidade associadas a estes instrumentos nos

montantes de Kz 89.995.138 mil, correspondentes à diferença entre os valores em dívida e o justo valor no momento

de reconhecimento inicial, como segue:

Entidades Valor em

divida Valor nominal

Justo valor no momento

inicial

Impaco em resultados

Obrigações do Tesouro recebidas de Instituições Financeiras 132 090 694 139 926 136 56 411 063 (75 679 631)

Obrigações do Tesouro recebidas do Ministério das Finanças 73 509 200 73 509 200 59 233 693 (14 275 507)

205 599 894 213 435 336 115 644 756 (89 955 138)

As perdas financeiras nas obrigações do tesouro recebidas foram apuradas, no momento inicial, com base nos fluxos

de caixa previsionais futuros, sendo que a taxa de actualização utilizada corresponde à média da taxa nominal de

juro das últimas emissões de títulos do Tesouro colocada pelo BNA no mercado primário, com prazos residuais

equivalentes aos das emissões das referidas obrigações. Os fluxos de caixa previsionais foram apurados mediante a

fixação do valor nominal à data de referência do cálculo.

No início do ano de 2017, foi aprovada pelo BNA a liquidação da dívida de uma instituição financeira (Kz 93.324.764

mil) por entrega em dação das Obrigações do Tesouro que serviam de colateral às operações de mercado no valor

Kz 101.160.398 mil. O reconhecimento do seu justo valor no momento inicial, conduziu a uma perda financeira

de Kz 57.937.020 mil, explicada quase na totalidade pelo facto de duas das obrigações entregues apresentarem

maturidades de 23 e 24 anos e uma remuneração de 5%.

No exercício de 2017 o Banco recebeu uma obrigação com uma maturidade de 23 anos e uma taxa de cupão de 5%,

para liquidar uma aplicação detida junto de uma instituição financeira bancária nacional, denominada em Dólares

dos Estados Unidos, no montante de USD 146.000 mil. De referir que no momento inicial o BNA registou perdas

financeiras associadas a estas obrigações, no montante total de Kz 17.304.906) conforme quadro apresentado

anteriormente. Em 31 de Dezembro de 2017, foi regularizado o montante de Kz 1.906.981 milhões, que corresponde à

diferença entre o valor do custo amortizado do título a 31 de Dezembro de 2017 e o seu justo valor, na referida data.

Relativamente à posição com o Ministério das Finanças, durante o exercício de 2017, foi renegociado entre o BNA

e o Ministério das Finanças, a liquidação de um conjunto de obrigações do Tesouro indexadas à taxa de câmbio

do dólar dos Estados Unidos, com o valor nominal total de Kz 68.722.363 mil, em 31 de Dezembro de 2016 e uma

taxa de remuneração de 8%, mediante emissão de novas obrigações não reajustáveis no valor nominal total de

Kz 73.509.200 mil, com maturidade de 5 anos e uma remuneração de 12,75% para o BNA. Para esta operação, no

momento inicial, o BNA procedeu ao registo de perdas financeiras no montante de Kz 14.275.507 mil, conforme

apresentado no quadro anterior.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a desagregação por prazos residuais das Obrigações do Tesouro classificadas

nas rubricas de “Investimentos detidos até à maturidade” e de “Activos financeiros recebidos em aumento de

capital” é a seguinte:

As valias associadas à variação do valor nominal das Obrigações do Tesouro indexadas à taxa de câmbio do Dólar

dos Estados Unidos são reconhecidas pelo método da taxa efectiva na rubrica da demonstração dos resultados

“Juros e rendimentos similares” (Nota 25).

O saldo da rubrica “Activos financeiros recebidos em aumento de capital” diz respeito a Obrigações do Tesouro

emitidas pelo Ministério das Finanças para realização de parte do capital social subscrito no exercício de 2011, tal

como definido na Lei n.º16/10 de 15 de Junho, Lei do BNA. Estes títulos, com maturidade de 20 anos, caracterizam-se

por não apresentarem remuneração associada, situação que é contrária ao disposto na Lei Orgânica do BNA.

2016

Aumentos Diminuições

Perdas por imparidade

Rendimentos a receber

2017 Valor nominal

Convergência para o valor

nominal Valor nominal

Intrumentos detidos até à maturidade

Indexadas à taxa de câmbio do Dólar dos Estados Unidos

69 371 308 21 632 336 (500 228) (78 913 516) - 242 187 11 832 086

Obrigações não reajustáveis - 191 803 000 (97 660 471) (490 000) (1 906 981) 2 588 288 94 333 836

Obrigações em moeda estrangeira 827 200 - - - - 2 420 829 620

70 198 508 213 435 336 (98 160 699) (79 403 516) (1 906 981) 2 832 895 106 995 542

2017

Até 1 ano Entre 1 a 3

anos Entre 3 a 5

anos Mais de 5

anos Total

Investimentos detidos até à maturidade

Indexadas à taxa de câmbio do Dólar dos Estados Unidos 3 844 697 4 025 134 61 306 626 36 893 173 106 069 629

Activos financeiros recebidos em aumento de capital

Obrigações do Tesouro - - - 174 440 000 174 440 000

2016

Até 1 ano Entre 1 a 3

anos Entre 3 a 5

anos Mais de 5

anos Total

Investimentos detidos até à maturidade

Indexadas à taxa de câmbio do Dólar dos Estados Unidos - 68 723 612 - 829 515 69 553 127

Activos financeiros recebidos em aumento de capital

Obrigações do Tesouro - - - 174 440 000 174 440 000

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 123

122 Relatório Anual e Contas • 2017

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, o Banco não detinha quaisquer activos financeiros em incumprimento nas

categorias de “Activos financeiros ao justo valor através de resultados”, “Activos financeiros disponíveis para venda”

e “Investimentos detidos até à maturidade”.

8. Fundo Monetário Internacional

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, as posições activas e passivas junto do Fundo Monetário Internacional (FMI) têm

a seguinte composição:

2017 2016

Activos sobre o exterior

Quota FMI 168 351 087 174 004 429

Direitos de saque especiais 52 005 527 53 635 638

220 356 614 227 640 067

Responsabilidades externas

Contas nº1 / nº2 105 092 680 109 891 966

Atribuição de direitos de saque especiais 62 175 725 64 193 513

Conta títulos 37 439 101 37 439 101

FMI Reserva de tranche 25 843 551 26 711 395

Standby Arrangement - 5 048 385

230 551 057 243 284 360

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a rubrica “Activos sobre o exterior – Quota FMI” da República de Angola, é

equivalente a 740.100.000 DSE (Kz 168.351.087 mil e Kz 174.004.429 mil), respectivamente.

A rubrica “Responsabilidades externas – Standby Arrangement” representa as responsabilidades assumidas pela

República de Angola referentes a financiamentos obtidos junto do FMI, sendo estes denominados em DSE. O

reembolso do empréstimo obtido iniciou-se em Fevereiro de 2013, tendo sido totalmente liquidado no exercício de

2017 o montante de 21.742.500 DSE.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a taxa de câmbio de Kz para DSE corresponde a aproximadamente 0,00439617 e

0,00425334, respectivamente.

9. Activos financeiros concedidos ao Estado

Nos termos da Lei n.º 16/10 de 15 de Julho, o BNA pode conceder ao Estado um crédito em conta corrente

até ao limite equivalente 10% das receitas correntes cobradas no último ano, sendo que o valor da conta

corrente deve ser liquidado até 31 de Dezembro do ano a que respeite e os respectivos juros.

Em 31 de Dezembro de 2017, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

2017 2016

Activos financeiros concedidos ao Estado

Activos financeiros titulados 190 000 000 190 000 000

Activos financeiros não titulados 377 396 489 82 951 500

567 396 489 272 951 500

Em 31 de Dezembro de 2017, a rubrica “Activos financeiros concedidos ao Estado” inclui Obrigações do Tesouro do

Estado Angolano, que foram emitidas através do Decreto Presidencial nº 130/16 de 13 de Junho, para liquidação da

conta corrente contraída pelo Estado junto do BNA, no valor de Kz 190.000.000 mil. Estas obrigações apresentam

um prazo de reembolso de 10 anos e não apresentam juros de cupão, o que contraria o disposto no nº 2 do artigo 29º

da Lei do BNA (Lei nº 16/10). Nos termos do memorando de Março de 2018, remetido pelo Ministério das Finanças

ao BNA, a referida instituição compromete-se em regularizar esta situação (não remuneração), encontrando-se o

presente financiamento inserido no Plano Anual de Endividamento (PAE) de 2018.

Os Activos financeiros não titulados dizem respeito a:

i). Um financiamento obtido junto da Gemcorp, pelo montante total de USD 500.000 mil, repassado ao

Ministério das Finanças (MINFIN). O acordo de repasse de dívida prevê uma taxa de juro anual de 2,6% e um

reembolso faseado em três tranches. Adicionalmente, encontra-se em curso uma negociação entre o BNA e o

MINFIN com vista ao reembolso desta dívida via emissão de Obrigações do Tesouro em moeda estrangeira.

ii). Um crédito interno cedido ao Ministério das Finanças, em conta corrente, pelo montante total de Kz

291.900.000 mil. Em 19 de Abril de 2018, este crédito foi liquidado via emissão directa de títulos da Dívida

Pública, com uma taxa de juros de cupão de 12,5%, conforme Decreto Presidencial n.º 28/18 de 6 de

Fevereiro (alínea e) da Nota 41).

Conforme referido na Lei n.º 16/10 de 15 de Julho, o BNA pode conceder ao Estado um crédito em conta corrente até

ao limite equivalente a 10% das receitas correntes cobradas no último ano, sendo que o valor da conta corrente deve

ser liquidado até 31 de Dezembro do ano a que respeite, bem como os respectivos juros.

10. Investimentos em associadas e outras entidades

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

2017 2016

No país

EMIS, SARL 1 425 250 359 969

1 425 250 359 969

Capital por realizar (852 549) -

(852 549) -

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 125

124 Relatório Anual e Contas • 2017

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, o BNA detém uma participação de 35% do capital da EMIS – Empresa

Interbancária de Serviços S.A., respectivamente, registada ao custo de aquisição, cujo objectivo social é a gestão

da rede Multicaixa e a consolidação do sistema de pagamentos de retalho de Angola. Conforme estabelecido no

mandato que autoriza esta participação social, o BNA tem vindo a reduzir a sua participação, tendo passado de

uma participação maioritária de 51% para os actuais 35%, estando em curso um conjunto de acções que visam a

progressiva redução dessa participação.

Durante o exercício de 2017, foi deliberado em Assembleia Geral Ordinária da EMIS (Acta n.º 28 de 16 de Junho de

2017) o aumento de capital social, passando o BNA a deter uma posição de Kz 1.425.250 mil. Em Maio de 2018, o

BNA liquidou o capital por realizar no montante de Kz 852.549 mil. De salientar que as prestações acessórias do

BNA, no montante de Kz 103.614 mil, em 31 de Dezembro de 2016, foram consideradas para o aumento de capital

mediante deliberação da referida Assembleia Geral (Nota 13).

11. Outros activos internos a receber

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

2017 2016

No exterior

Valor a receber - Mais Financial 82 962 000 -

82 962 000 -

No interior

Valor a receber de instituições financeiras_BE/ENSA 256 962 619 -

Imparidade - Valor a receber do BE/ENSA (256 962 619) -

Valor a receber de instituições não financeiras 35 460 487 -

Imparidade - Devedores diversos (35 460 487) -

- -

Em 31 de Dezembro de 2017, o saldo apresentado na rubrica “Valor a receber – Mais Financial” representam direitos

do BNA junto de uma Instituição internacional, denominados em Dólares dos Estados Unidos, no montante de USD

500 milhões e que foram recebidos em Março de 2018 (alínea a) da Nota 41).

Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2017, os saldos registados na rúbrica “ Valores a receber de instituições

não financeiras” incluem os valores pagos no âmbito de contratos que foram celebrados para a aquisição de activos

fixos tangíveis, bem como para a prestação de um conjunto de serviços que apresentaram indícios de irregularidades,

designadamente por não ter sido comprovada a aquisição de bens ou contrapartida de serviço. Os valores registados

decompõem-se como se segue:

2017 2016

Valor a receber de instituições não financeiras

Fornecedores de activos fixos tangíveis 21 701 733 -

Prestadores de serviços 13 758 754 -

Imparidade - Devedores diversos (35 460 487) -

- -

O BNA está a encetar acções de negociação no sentido de avaliar a possibilidade de recuperar os valores pagos.

Na rubrica “Prestadores de serviços” encontra-se registado o valor de EUR 24.850 mil (Kz 4.607.190 mil), decorrente

de um contracto de prestação de serviços de consultoria ao BNA, celebrado com a Mais Financial Services, S.A.

sobre o qual, à data de aprovação das presentes demonstrações financeiras, decorrem acções ao nível do Ministério

das Finanças com vista à sua recuperabilidade.

Em 31 de Dezembro de 2017, o saldo apresentado na rubrica “Valor a receber de instituições financeiras /Grupo

ENSA” corresponde ao valor referente à transferência da posição contratual, mediante “Acordo de Pagamento”

celebrado entre o Grupo ENSA – Investimentos e Participações, S.A. e uma Instituição Financeira no valor total

de Kz 256.962.619 mil, para liquidação dos valores em dívida referentes às operações de redesconto (Nota 6).

Considerando que não se verificaram até à presente data quaisquer pagamentos da parte do Grupo ENSA e por

não existir até a data uma relação directa entre o BNA e o Grupo ENSA na recuperabilidade destes activos, a

Administração do BNA entendeu, de forma prudente, registar uma perda por imparidade na totalidade do valor.

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 127

126 Relatório Anual e Contas • 2017

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174

512

Em 31-12-2017, o BNA reconhece perdas por imparidade sobre activos tangíveis (imóveis), considerando que se

encontra em curso o processo de legalização de um conjunto de activos imobiliários, pelo que a administração

considerou prudente o reconhecimento da perda no decurso do ano de 2017, até à conclusão desta acção.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a rubrica “Activos tangíveis em curso” refere-se às seguintes obras em curso,

por delegação:

2017 2016

Luanda 12 979 676 6 474 406

Moxico 1 532 178 935 803

Huambo 1 113 327 140 173

Kuando Kubango 579 755 -

Huila 223 948 -

Cabinda 156 403 122 404

Benguela - 32 975

Soyo - 260 135

16 585 287 7 965 896

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, o saldo da rubrica “Luanda” inclui, essencialmente as obras em curso do edifício

sede, bem como pela aquisição de materiais de escritório para Luanda.

Em 31 de Dezembro de 2017, o aumento verificado na rubrica “Moxico” é explicado essencialmente pela reabilitação

do edifício desta delegação regional.

13 – Outros valores activos

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

2017 2016

Devedores e outras aplicações

Pessoal 28 314 584 7 674 815

Devedores por capital não realizado 2 544 492 13 027 113

Adiantamentos a fornecedores 519 641 1 705 453

Devedores diversos 16 248 1 460 211

Despesas com encargo diferido

Emissões de notas e moedas 9 326 877 7 479 419

Fornecimentos e serviços de terceiros 84 498 82 031

Outros activos

Depósitos de transgressões cambiais 4 498 309 4 243 496

Economato 2 527 185 723 412

Contas de regularização 922 601 362 463

48 754 435 36 758 413

Imparidade - Pessoal (3 497 603) -

45 256 832 36 758 413

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 129

128 Relatório Anual e Contas • 2017

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, o saldo da rubrica “Devedores e outras aplicações - Pessoal” pode ser detalhado

da seguinte forma:

A rubrica “Devedores e outras aplicações – Adiantamentos a fornecedores” corresponde integralmente aos

montantes adiantados à empresa produtora de notas e moedas nacionais.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a rubrica “Devedores e outras aplicações – Devedores diversos” apresenta o

seguinte detalhe:

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, o saldo da rubrica “Emissões de notas e moedas” corresponde as despesas

associadas à produção de notas e moedas de Kwanza. Os custos incorridos com a sua produção são inicialmente

registados nesta rubrica e reconhecidos linearmente em resultados, ao longo do período de vida útil das mesmas,

actualmente estimado em 5 anos.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, as despesas com produção de notas e moedas apresentam a seguinte

distribuição:

14 – Notas e Moedas em circulação

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, esta rubrica apresentava a seguinte composição:

2017 2016

Empréstimos aos empregados 11 522 529 4 141 111

Projectos habitacionais 11 343 207 3 170 827

Fundo social 357 806 362 877

Compra da dívida dos trabalhadores 5 091 042 -

Imparidade - Pessoal (3 497 603) -

24 816 981 7 674 815

No âmbito da política social vigente no BNA e por forma a prestar apoio na obtenção de habitação própria,

o Conselho de Administração decidiu adquirir lotes de habitações para atribuição aos seus colaboradores na

modalidade de renda resolúvel. Neste contexto, o saldo das rubricas “Empréstimos aos empregados” e “Projectos

habitacionais” representa o montante em dívida não subsidiado pelo BNA que será reembolsado pelos trabalhadores.

A rubrica “Compra da dívida dos trabalhadores” corresponde à compra da dívida dos trabalhadores junto das

instituições financeiras bancárias, devendo este montante ser amortizado periodicamente pelos trabalhadores a favor

do Banco. Adicionalmente o Banco, tendo em atenção alguns pressupostos relacionados com a recuperabilidade dos

saldos, registou perdas por imparidade no montante de Kz 3.497.603 mil.

A rubrica “Fundo social” diz respeito ao montante a receber referente a ajudas extraordinárias concedidas pelo Banco

aos seus colaboradores para pagamento de despesas pontuais de cariz pessoal. Estes valores são posteriormente

cobrados aos respectivos beneficiários, juntamente com o processamento salarial.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, o saldo da rubrica “Devedores e outras aplicações – Devedores por capital não

realizado” corresponde ao valor que se encontra por realizar pelo Ministério das Finanças, referente ao aumento de

capital social que visa cumprir com o artigo n.º 4 da Lei Orgânica do BNA.

Nos exercícios de 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a variação no saldo desta rubrica decorre dos seguintes

movimentos:

2017 2016

Operações pendentes de regularização - 1 343 337

Suprimentos EMIS (Nota 10) - 103 614

Cauções a receber 16 526 13 538

Outros rendimentos a receber - Acordo BAI BoN - -

Fornecedor Acordo Banco de Namibia (278) (278)

16 248 1 460 211

2017 2016

Notas 8 395 922 6 354 562

Moedas 930 955 1 124 857

9 326 877 7 479 419

Saldo em 2015 13 027 112

Reduções do exercício de 2016

Afectação de dividendos a distribuir relativo ao exercício de 2015

Exercício de 2015

Saldo em 2016 13 027 112

Reduções do exercício de 2017

Afectação de dividendos a distribuir relativo ao exercício de 2016

Exercício de 2015 7 769 806

Afectação de dividendos a distribuir relativo ao exercício de 2016

Exercício de 2016 2 712 805

Saldo em 2017 2 544 492

2017 2016

Emissão monetária

Notas emitidas 719 287 956 715 753 959

Moedas emitidas 6 793 507 3 634 507

Notas e moedas para circulação

Notas (197 312 455) (212 616 145)

Moedas (1 052 290) (766 707)

527 716 718 506 005 614

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 131

130 Relatório Anual e Contas • 2017

Esta rubrica representa a emissão de notas e moedas que o Banco Nacional de Angola colocou no mercado como

instrumento de facilitação das transacções comerciais do país, deduzido dos valores faciais que o BNA detém e que

aguardam a entrada em circulação no mercado.

Os custos associados à depreciação anual das notas estão reflectidos na rubrica “Outros valores activos – Despesas

com encargo diferido” (Nota 13), os quais são reconhecidos linearmente em resultados do exercício, após entrada em

circulação, ao longo da vida útil estimada das notas, estabelecido actualmente em 5 anos.

15 – Responsabilidades para com Instituições de Crédito Nacionais Relacionadas com Operações de Política Monetária

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

A rubrica “Reservas bancárias” representa os depósitos em moeda nacional e moeda estrangeira efectuados pelas

instituições financeiras bancárias nacionais, visando satisfazer as exigências legais relativas aos níveis mínimos

de reservas obrigatórias definidos pelo Banco Central, os quais não são remunerados. Em 31 de Dezembro de

2017, constituem para as reservas obrigatórias apenas as Obrigações do Tesouro em moeda estrangeira, de acordo

ao Instrutivo nº 6/2017, que revoga os instrutivos n.º 2 e 4/2016 e que define que deixam de ser elegíveis para o

constituição das reservas obrigatórias em moeda nacional, as obrigações do tesouro pertencentes à carteira própria

das instituições financeiras no Sistema de Gestão de Mercado de Activos (SIGMA). Estes títulos (OT’s em moeda

estrangeira) estão de igual modo contabilizadas na rúbrica “Operações às instituições de crédito relacionadas com

operações de política monetária” (Nota 6).

2017 2016

Reservas bancárias

Em moeda nacional

Reserva líquida 925 641 186 835 946 076

Títulos - 394 258 467

Contratos de financiamento - 15 378 928

Em moeda estrangeira

Títulos 240 466 310 243 303 193

Reserva líquida 166 861 229 174 313 679

1 332 968 725 1 663 200 343

Mercado monetário interbancário

Operações de absorção de liquidez

Valor absorvido FAL7 - 42 200 000

Operações ocasionais de absorção de liquidez

Valor absorvido 66 240 000 26 686 600

Encargos a pagar 56 652 205 560

66 296 652 69 092 160

1 399 265 377 1 732 292 503

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, o coeficiente considerado para o apuramento das reservas bancárias em moeda

nacional ascende a 21% e 30%, respectivamente, sobre a base de incidência.

A rubrica “Mercado monetário interbancário” inclui todas as operações de absorção de liquidez realizadas em moeda

nacional, destinadas a gerir a liquidez do sistema bancário nacional.

De acordo com a Directiva nº 13/DMA/15, de 28 de Dezembro as operações permanentes de absorção de liquidez

overnight, cuja taxa de remuneração está fixada em 0%, foram substituídas pelas operações de absorção com

duração de sete dias (FAL 7) cuja taxa inicial de remuneração era 1,8%.

Em 31 de Dezembro de 2017, não se encontram negociados as operações de absorção com duração de sete dias (FAL

7), justificada, essencialmente, pela redução da taxa de remuneração de 7,3% em Dezembro de 2016 para 0% em

Dezembro de 2017 de acordo a Directiva nº 08/DMA/17, de 01 de Dezembro.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, as responsabilidades do BNA pela realização de “Operações ocasionais de

absorção de liquidez” em mercado aberto apresentam a seguinte distribuição por instituição financeira:

2017 2016

Instituição financeiraValor

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Valor absorvido

Encargos a pagar

Total

Banco de Fomento de Angola 33 000 000 2 246 33 002 246 14 641 600 132 826 14 774 426

Banco Angolano de Investimentos 25 000 000 19 827 25 019 827 6 500 000 47 292 6 547 292

Standard Chartered Bank de Angola 2 000 000 15 938 2 015 938 5 500 000 24 795 5 524 795

Banco Regional do Keve 1 900 000 4 748 1 904 748 45 000 647 45 647

Banco Kwanza Invest 1 600 000 7 460 1 607 460 - - -

Banco Postal, S.A 1 450 000 4 425 1 454 425 - - -

Banco Comercial Angolano 1 090 000 515 1 090 515 - - -

Banco Pungo Andongo 200 000 1 493 201 493 - - -

66 240 000 56 652 66 296 652 26 686 600 205 560 26 892 160

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 133

132 Relatório Anual e Contas • 2017

2017

Instituição financeira Até 1 mês Entre 1 mês a

3 mesesTotal

Banco Fomento de Angola 33 000 000 - 33 000 000

Banco Angolano de Investimentos 25 000 000 - 25 000 000

Banco Regional Keve 1 900 000 - 1 900 000

Banco Kwanza Invest 1 600 000 - 1 600 000

Banco Postal, S.A 1 450 000 - 1 450 000

Banco Comercial Angolano 1 090 000 - 1 090 000

Standard Chartered Bank de Angola 1 000 000 1 000 000 2 000 000

Banco Pungo Andongo 200 000 - 200 000

65 240 000 1 000 000 66 240 000

2016

Instituição financeira Até 1 mês Entre 1 mês a

3 mesesTotal

Standard Chartered Bank de Angola 6 950 000 7 691 600 14 641 600

Banco de Negócios Internacional 5 800 000 700 000 6 500 000

Banco Internacional de Crédito 2 500 000 3 000 000 5 500 000

Banco Yetu 25 000 20 000 45 000

15 275 000 11 411 600 26 686 600

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a composição da rubrica “Operações ocasionais de absorção de liquidez – Valor

absorvido” em termos de prazos residuais até ao vencimento é a seguinte:

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a taxa média de remuneração das “Operações ocasionais de absorção de

liquidez” é de 10% e 12%, respectivamente.

16 – Responsabilidades Internas para com Outras Entidades

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

A rubrica “Conta Única do Tesouro” está inserida no âmbito do protocolo celebrado em 2002 com o Ministério das

Finanças, referente à gestão da Política Fiscal e Monetária, na qual o Tesouro deposita, entre outras receitas, as

resultantes dos impostos da exploração de petróleo e dos financiamentos obtidos. A remuneração desta conta apesar

de prevista no protocolo nunca foi implementada, sendo convicção do Conselho de Administração do Banco que a

referida remuneração referente ao exercício de 2017 e exercícios anteriores não seja exigível, dado que o protocolo

se encontra actualmente em revisão.

Em 31 de Dezembro de 2017, o saldo da rubrica “Conta Única do Tesouro” sofreu uma variação, explicada pela

diminuição das suas disponibilidades em moeda estrangeira devido aos diversos pagamentos efectuados em nome

do Tesouro e o aumento das disponibilidades em moeda nacional, justificado essencialmente, pelo financiamento

concedido pelo BNA no montante de Kz 291.900.000 mil (Nota 9).

Em 31 de Dezembro de 2017, o saldo da rubrica “Outras responsabilidades” corresponde ao valor em dívida referente

ao contracto de leasing financeiro celebrado com uma instituição financeira, em Agosto de 2015, para aquisição de

viaturas ligeiras.

17 – Recursos de Instituições Financeiras

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a rubrica “Operações de venda com acordo de recompra” apresenta a seguinte

composição:

2017 2016

Conta Única do Tesouro

Em moeda estrangeira 848 370 755 1 549 001 598

Em moeda nacional 173 865 452 121 018 686

Valores a devolver a CUT 4 172 663 4 172 662

1 026 408 870 1 674 192 946

Outras responsabilidades 84 160 103 844

2017 2016

OperaçõesFinanciamento

ObtidoEncargos a

pagarTotal

Financiamento Obtido

Encargos a pagar

Total

Operações de venda com acordo de recompra

746 658 000 6 340 304 752 998 304 580 660 500 2 835 088 583 495 588

Descobertos bancários 17 335 960 - 17 335 960 - - -

763 993 960 6 340 304 770 334 264 580 660 500 2 835 088 583 495 588

2017 2016

Instituição financeiraFinanciamento

ObtidoEncargos a

pagarTotal

Financiamento Obtido

Encargos a pagar

Total

GemCorp 414 810 000 2 699 023 417 509 023 248 854 500 2 618 126 251 472 626

ICBC Standard Bank 331 848 000 3 641 281 335 489 281 331 806 000 216 962 332 022 962

746 658 000 6 340 304 752 998 304 580 660 500 2 835 088 583 495 588

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 135

134 Relatório Anual e Contas • 2017

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a rubrica “Operações de venda com acordo de recompra” diz respeito a

financiamentos obtidos junto de duas entidades externas, a Gemcorp e o ICBC Standard Bank, pelos montantes

totais de USD 4.500 milhões e 3.500 milhões, respectivamente, tendo sido cedidos como garantias títulos de dívida

soberana estrangeira, no montante de USD 4.815 milhões em 31 de Dezembro de 2017 (Nota 7).

Em 31 de Dezembro de 2017, a taxa média de remuneração das “Operações de venda com acordo de recompra” é de

2,76%.

Em 31 de Dezembro de 2017, o saldo da rubrica “Descobertos bancários” foi resultado de uma transferência em

moeda estrangeira solicitada em nome do Tesouro, no dia 29 de Dezembro numa conta que não estava totalmente

provisionada. No dia 4 de Janeiro de 2018, o descoberto foi regularizado.

2017

Entidade Financiamento MoedaData de inicio (Desembolso)

Data de maturidade (reembolso)

Periodicidade de pagamento

de juros

Taxa de juros

Financiamento MN

Acrescimo de juros

ME

Valor a pagar ME

Valor a pagar MN

GEMCORP 500 000 USD 05/07/17 05/07/19 Anual 2,35% 82 962 000 7 106 1 178 985 84 140 985

GEMCORP 500 000 USD 05/09/17 02/06/20 Anual 2,54% 82 962 000 4 082 677 325 83 639 325

GEMCORP 500 000 USD 03/11/17 04/05/21 Anual 2,60% 82 962 000 2 371 393 335 83 355 335

GEMCORP 1 000 000 USD 01/12/17 01/12/22 Trimestral 3,25% 165 924 000 2 708 449 378 166 373 378

ICBC 1 000 000 USD 27/01/17 27/10/21 Anual 2,70% 165 924 000 20 057 3 327 961 169 251 961

ICBC 1 000 000 USD 09/12/17 09/12/21 Trimestral 3,09% 165 924 000 1 888 313 320 166 237 320

4 500 000 746 658 000 38 212 6 340 304 752 998 304

2016

Entidade Financiamento MoedaData de inicio (Desembolso)

Data de maturidade (reembolso)

Periodicidade de pagamento

de juros

Taxa de juros

Financiamento MN

Acrescimo de juros

ME

Valor a pagar ME

Valor a pagar MN

GEMCORP 500 000 USD 30/06/16 30/06/18 Anual 1,85% 82 951 500 4 663,01 504 663 83 725 108

GEMCORP 500 000 USD 02/09/16 02/09/18 Anual 2,20% 82 951 500 3 596,73 503 597 83 548 208

ICBC Standard Bank

1 000 000 USD 27/10/16 27/10/21 Trimestral 2,70% 165 903 000 4 875,00 1 004 875 166 711 777

ICBC Standard Bank

1 000 000 USD 09/12/16 09/12/21 Trimestral 3,09% 165 903 000 1 888,33 1 001 888 166 216 280

GEMCORP 500 000 USD 09/11/16 09/11/19 Anual 2,60% 82 951 500 2 065,75 502 666 83 294 215

3 500 000 580 660 500 17 089 3 517 689 583 495 588

18 – Responsabilidades com pensões e outros benefícios

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a estimativa das responsabilidades por serviços prestados relativamente aos

reformados e à população activa do Banco elegível ascende a:

O Banco assumiu o compromisso, a título voluntário, de conceder aos seus empregados, ou às suas famílias,

prestações pecuniárias a título de complemento de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada e pensões

de sobrevivência aos seus trabalhadores. Neste sentido, as responsabilidades com pensões e outros benefícios

consistem em provisões que o Conselho de Administração decidiu constituir a partir do exercício de 2010, com

o objectivo de cobertura das responsabilidades com serviços passados relativas a pensões por velhice, reforma

antecipada e de sobrevivência dos seus colaboradores, com base num plano de benefícios definido.

Durante o exercício de 2015, foi constituído o fundo de pensões dos trabalhadores do BNA, mediante a publicação

do Despacho n.º 335/15 de 27 de Outubro. As contribuições para o fundo de pensões tiveram início a 1 de Janeiro

de 2016, sendo que o Conselho de Administração deliberou um aporte financeiro inicial sob a forma de contribuição

extraordinária a cada trabalhador que aderiu ao plano de pensões, de forma proporcional ao tempo de serviço no

Banco, desde a sua admissão, com a finalidade de estimular a adesão ao fundo de pensões, bem como retribuir a

contribuição dada por cada trabalhador ao desenvolvimento e consolidação da instituição. O valor do aporte inicial

ascende a Kz 55.080.893 mil.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, o número de participantes abrangidos pelo plano de benefícios definido (plano

de pensões) é apresentado no quadro seguinte:

2017 2016

Reformados

Pensões de reforma e sobrevivência 124 313 631 104 394 239

Assistência médica e medicamentosa 16 298 532 16 361 074

Cabazes de Natal 6 088 437 5 712 067

Subsídio por morte 2 621 973 2 131 175

Trabalhadores no activo

Pensões de reforma e sobrevivência 55 080 893 55 080 893

Compensação de reforma 6 394 628 4 554 508

Cabazes de Natal 3 037 179 3 495 696

213 835 273 191 729 652

Número de participantes 2017 2016

Activos 2 039 1 894

Reformados e pré-reformados 1 997 1 594

4 036 3 488

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 137

136 Relatório Anual e Contas • 2017

As responsabilidades decorrentes do plano de pensões foram determinadas com base em estudos actuariais com

referência 31 de Dezembro de 2017 e 2016, tendo sido utilizado o método do crédito unitário projectado.

Os principais pressupostos actuariais e financeiros são os seguintes:

Nos exercícios de 31 de Dezembro de 2017 e 2016, os movimentos ocorridos na rubrica de provisões foram os

seguintes:

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, o Banco comparativamente ao ano anterior, com base nas perspectivas de

crescimento do mercado e no grau de liquidez dos seus activos, procedeu à alteração dos pressupostos da provisão

para riscos de mercado, correspondendo a 1% do valor de balanço dos títulos de dívida soberana estrangeira, a

5% do valor de balanço das aplicações geridas por entidades externas e a 0,5% do valor de balanço dos depósitos

a prazo, contra os 2,5%, 5% e 1% do exercício de 2016, respectivamente, uma vez que corresponde à melhor

estimativa do Conselho de Administração relativamente à exposição ao risco de mercado das referidas posições

activas.

Em 31 de Dezembro de 2017, a provisão para riscos sistémicos do sector bancário corresponde à exposição das

instituições financeiras bancárias ao risco e considera na sua base de cálculo o total dos passivos financeiros

deduzidos das disponibilidades líquidas das instituições financeiras bancárias. Tendo por base o scoring atribuído

a cada instituição financeira, o Conselho de Administração definiu percentagens baseadas no risco, para acautelar

possíveis perdas relacionadas com dificuldades financeiras das Instituições de Crédito. Esta provisão enquadra-se

nas funções determinadas pela Lei Orgânica, nomeadamente zelar pela estabilidade do sistema financeiro nacional,

assegurando, com essa finalidade, a função de financiador de última instância.

O saldo da rubrica “Provisão para riscos diversos” corresponde ao montante estimado para cobertura de potenciais

responsabilidades de natureza específica, nomeadamente execução de garantias prestadas ou outros compromissos,

abertura de contingências relativas a questões cambiais e outras responsabilidades ou contingências legais, sendo

que em 31 de Dezembro de 2017 ascende a Kz 1.834.150 mil.

As responsabilidades com compensação de reforma correspondem ao montante a pagar aos colaboradores que

atingem a reforma, conforme disposto nos artigo n.º218 e 262 da Lei n.º 2/2000 e os artigos n.º 218 e 262 da Lei

Geral do Trabalho (Nota 2.2.8) A lei geral do trabalho, foi alterada através da Lei n.º 7/15 de 15 de Junho, revogando

a Lei n.º2/2000 de 11 de Fevereiro. A compensação de reforma prevista no anterior art.º262 deixa de ser exigida por

lei, porém, o Conselho de Administração do BNA deliberou a 27 de Dezembro de 2016, a continuidade deste beneficio

para todos os trabalhadores admitidos antes de 13 de Setembro de 2015 conforme informação nº20 com a Refª DRH/

DIR/2016.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, o Banco reconheceu responsabilidades por serviços passados referentes à

obrigação construtiva associada à assistência médica e medicamentosa dos reformados e às despesas com os

cabazes de Natal dos reformados e dos trabalhadores activos (Nota 36).

19 – Provisões

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a rubrica de Provisões ascende a:

Pressupostos actuariais e financeiros 2017 2016

Taxa de juro 2,50% 2,50%

Taxa esperada de crescimento salarial 2,00% 2,00%

Taxa de crescimento das pensões 0,00% 0,00%

Data de retroatividade 01.01.1987 01.01.1987

Data de corte 31.12.2017 31.12.2017

Tábua de mortalidade/sobrevivência PF-60/64 PF-60/64

Momento de atribuição da pensão de reforma

60 anos de idade com mínimo de 5 anos de serviço

60 anos de idade com mínimo de 5 anos de serviço

Moeda de referência e cálculo Kz (Kwanzas) Kz (Kwanzas)

2017 2016

Para riscos de mercado 59 144 262 94 775 288

Para risco sistémico do sector bancário 37 583 353 28 190 807

Para risco de cobrança duvidosa - 1 151 082

Para riscos diversos 1 834 150 1 834 150

98 561 765 125 951 327

"Saldo em 31-12-2015"

Reforços líquidos

Utilizações Regularizações"Saldo em 31-12-2016"

Reforços líquidos

Utilizações Reversões"Saldo em 31-12-2017"

Provisão para riscos de mercado

76 501 916 18 273 372 - - 94 775 288 - (35 631 026) 59 144 262

Provisão para risco sistémico do sector bancário

- 28 190 807 - - 28 190 807 9 392 546 - 37 583 353

Provisão para cobrança duvidosa

- 1 151 082 - - 1 151 082 - (1 151 082) - -

Provisão para riscos diversos 2 432 410 - - (598 260) 1 834 150 - - 1 834 150

76 501 916 47 615 261 - (598 260) 125 951 327 9 392 546 (1 151 082) (35 631 026) 98 561 765

Fundo Social (Nota 20) - 3 935 000 - - 3 935 000 1 630 000 - - 5 565 000

Responsabilidades c/ pensões e outros benefícios (Nota 18)

143 033 493 - 48 696 159 - 191 729 652 - 22 250 310 (144 689) 213 835 273

143 033 493 3 935 000 48 696 159 - 195 664 652 1 630 000 22 250 310 (144 689) 219 400 273

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 139

138 Relatório Anual e Contas • 2017

20 – Outros valores passivos

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

2017 2016

Fornecedores 10 806 090 11 733 667

Compra da dívida dos trabalhadores (Banco Comercial) 5 365 750 -

Depósitos de transgressões cambiais (Nota 12) 4 539 106 4 243 290

Cauções de empresas 1 253 001 1 222 992

21 963 947 17 199 949

A rubrica “Credores e outros recursos – Fundo habitacional” corresponde à estimativa do Conselho de Administração

para financiar investimentos imobiliários de cariz social, em conformidade com o disposto na Lei Orgânica do Banco.

Em 31 de Dezembro de 2017, o Banco registou a provisão para fundo habitacional no montante de Kz 22.681.800 mil,

uma vez que correspondeu à nossa melhor estimativa para financiar investimentos imobiliários de cariz social, tendo

sido os pressupostos e contribuição devidamente comunicada aos colaboradores com o benefício.

A rubrica “Credores e outros recursos – Valores a pagar ao abrigo do acordo monetário com o Banco da Namíbia”

representa os montantes em Kwanzas repatriados pelo Banco da Namíbia (BoN) e que serão posteriormente

liquidados em Dólares dos Estados Unidos pelo Banco Nacional de Angola (BNA), no âmbito do acordo de conversão

monetária celebrado entre os dois Bancos Centrais.

A rubrica “Credores e outros recursos – Credores diversos” apresenta o seguinte detalhe:

Em 31 de Dezembro de 2017, parte do saldo registado na rubrica “Fornecedores” resulta de contractos cuja avaliação

da sua execução revelou uma série de indícios de procedimentos irregulares, de modo que, a exigibilidade desses

montantes fica condicionada ao processo de negociações encetado pelo Departamento Jurídico no sentido de serem

criadas condições tendentes a rescisão e/ou renovação dos respectivos contractos.

Do mesmo modo, os valores já pagos no âmbito dos referidos contractos por terem ocorrido sem a respectiva

contrapartida de serviço ou aquisição de bens, passarão também pelo processo de negociação no sentido da

recuperação dos valores adiantados. Por forma a ser exercido maior controlo, essas operações reconhecidas

inicialmente como custo e outros activos foram reclassificados contabilisticamente passando para activos de

recuperação duvidosa e, de forma prudente, reconhecidas as respectivas perdas por imparidade (Nota 13).

A rubrica “Credores e outros recursos – Fundo social” corresponde ao montante de recursos financeiros que o Banco

provisionou em 31 de Dezembro de 2017 a título de empréstimo aos trabalhadores.

A rubrica “Credores e outros recursos – Adiantamentos dos Bancos Comerciais” corresponde aos depósitos

adiantados de instituições financeiras bancárias para realização de parte do Capital Social.

A rubrica “Credores e outros recursos - Impostos a pagar” corresponde essencialmente aos montantes retidos de

impostos sobre aplicações de capitais nas operações de mercado monetário interbancário, sobre prestação de

serviços e imposto predial durante o exercício de 2017.

Em 31 de Dezembro de 2017, o saldo da rubrica “Credores e outros recursos – Banco Mundial” corresponde

integralmente ao valor recebido para aprovisionamento da conta BIRD – Banco Internacional para Reconstrução e

Desenvolvimento.

Em 31 de Dezembro de 2016, o saldo registado na rubrica “Dividendos a entregar ao Tesouro” correspondia ao

montante de 60% do resultado líquido de 2015, proposto pelo Conselho de Administração para pagamento de

dividendos ao Tesouro. Durante o exercício de 2017, o Tesouro orientou a distribuição do referido montante mediante

dedução ao valor do capital do BNA por realizar (Nota 13).

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a rubrica “Encargos a pagar” corresponde essencialmente à especialização do

subsídio de férias, de natal e do prémio de desempenho a atribuir ao pessoal e aos órgãos de gestão.

Considerando que o montante de subsídio de férias atribuído em determinado exercício é um direito adquirido no

ano imediatamente anterior, o Banco releva contabilisticamente, no final de cada exercício, o valor deste subsídio e

respectivos encargos sociais entregáveis no ano seguinte.

Os prémios de desempenho a pagar ao pessoal e aos órgãos de gestão atribuídos são registados como custo no

exercício a que se referem, embora sejam pagos apenas no exercício seguinte.

Em 31 de Dezembro de 2017, a rubrica “Contas de Regularização” corresponde integralmente aos valores de sobras

de caixa.

2017 2016

Credores e outros recursos

Fundo habitacional 22 681 800 28 767 580

Credores diversos 21 963 947 17 199 949

Valores a pagar ao abrigo do Acordo de Conversão Monetária com o Banco da Namíbia

16 942 513 50 821 107

Habitações a atribuir por contratos não celebrados 8 310 352 -

Fundo social 5 565 000 3 935 000

Impostos a pagar 3 544 878 4 015 335

Banco Mundial 353 361 631 753

Adiantamentos dos Bancos Comerciais 181 991 8 775 717

Dividendos a entregar ao Tesouro (Nota 13) - 7 769 810

Encargos a pagar 2 956 820 3 798 549

Contas de regularização 805 892 321 951

83 306 554 126 036 751

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 141

140 Relatório Anual e Contas • 2017

21 – Capital

O capital do BNA é de Kz 270.000.000 mil, podendo ser aumentado por incorporação de reservas, deliberadas pelo

Conselho de Administração e ratificadas pelo Titular do Poder Executivo (Lei n.º 16/10 de 15 de Junho).

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, o “capital subscrito e não realizado” é de Kz 2.544.492 mil e Kz 13.027.113 mil,

respectivamente. A variação registada é explicada na totalidade pela realização do capital, por via da incorporação

dos dividendos distribuídos, com referência a 31 de Dezembro de 2015 e 2016 (Nota 13), mediante autorização do

Ministério das Finanças.

22 – Diferenças de reavaliação

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

A variação verificada nas “Diferenças de Reavaliação” é justificada pelas valias potenciais da valorização da

cotação do Ouro e do justo valor dos títulos de divida soberana, bem como da transferência para resultado das

valias efectivas da venda dos títulos de divida soberana e das valias cambias potenciais dos activos e passivos

denominados em moeda estrangeira.

23 – Outras reservas e resultados transitados

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

O aumento verificado nas ”Outras Reservas” decorre integralmente da aplicação de Resultados proposta pelo

Conselho de Administração referente ao resultado líquido apurado em 2016, no montante de Kz 4.521.341 mil.

2017 2016

Diferenças de reavaliação de justo valor

Activos financeiros disponíveis para venda (4 933 200) 4 916 899

Ouro (38 672 769) (53 943 804)

(43 605 969) (49 026 905)

Diferenças de reavaliação cambial 430 047 398 594 042 044

386 441 429 545 015 139

2017 2016

Responsabilidades por prestação de serviços 5 546 925 666 4 123 756 603

Garantias prestadas e outros passivos eventuais

945 910 182 1 922 108 793

Notas e moedas fora de circulação 692 937 833 564 924 967

Compromissos perante terceiros

Residentes 27 994 349 29 869 882

Não residentes 17 968 696 17 966 465

Garantias recebidas 5 688 675 5 403 009

Serviços prestados por terceiros 664 854 664 854

7 238 090 255 6 664 694 573

2017 2016

Garantias prestadas e outros passivos eventuais

Garantias institucionais prestadas

Financiamento da China 804 687 250 1 206 807 804

804 687 250 1 206 807 804

Promissórias

Promissórias definitivas da linha Brasil 33 052 876 616 131 944

Promissórias a favor de outros 99 170 055 99 169 044

132 222 931 715 300 988

Garantias prestadas ao abrigo de protocolos de crédito com os bancos comerciais

9 000 000 -

945 910 182 1 922 108 793

2017 2016

Responsabilidades por prestação de serviços

Obrigações do Tesouro em moeda nacional 4 001 801 399 2 695 729 722

Bilhetes do Tesouro 1 158 040 421 941 358 979

Obrigações do Tesouro em moeda estrangeira 383 763 960 480 030 376

Outros valores depositados 3 318 480 6 636 120

Valores administrados pela instituição 1 406 1 406

5 546 925 666 4 123 756 603

2017 2016

Outras reservas

Reserva legal 21 960 441 21 056 173

Reserva livre 21 848 909 20 944 641

43 809 350 42 000 814

Resultados transitados (5 067 619) (5 067 619)

24 – Contas extrapatrimoniais

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, as rubricas extrapatrimoniais apresentam a seguinte composição:

Na rubrica “Responsabilidades por prestação de serviços” encontram-se registadas as responsabilidades do BNA

actuando enquanto custodiante dos títulos emitidos pelo Ministério das Finanças. Esta rubrica apresenta a seguinte

decomposição:

A rubrica “Garantias prestadas e outros passivos eventuais” refere-se essencialmente a garantias e avales prestados

e a promissórias assumidas pelo BNA, perante entidades estrangeiras. Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, esta

rubrica é decomposta em:

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 143

142 Relatório Anual e Contas • 2017

Estas responsabilidades encontram-se suportadas pelo Protocolo sobre a Gestão da Política Fiscal e Monetária

celebrado com o Ministério das Finanças. Este protocolo identifica o Ministério como o responsável pelo seu

pagamento, sendo o BNA o garante da dívida em caso de incumprimento por parte do Ministério das Finanças. A

actualização do valor das garantias é realizado consoante a informação recebida do Ministério das Finanças.

A rubrica “Notas e moedas fora de circulação” é constituída integralmente pelas notas e moedas da nova família de

Kwanza que se encontram prontas para emissão, bem como pelas notas deterioradas que aguardam destruição.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a rubrica “Compromissos perante terceiros – Não Residentes” corresponde aos

compromissos futuros assumidos pelo Banco para chamadas de capital decorrentes de investimentos em fundos

de investimento alternativo junto das entidades externas onde o BNA detém carteiras de gestão discricionária, que

ascendem ao montante de Kz 17.968.696 mil e Kz 17.966.456 mil, respectivamente.

25 – Juros e rendimentos similares

Nos exercícios de 2017 e 2016, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

Nos exercícios de 2017 e 2016, a rubrica “Aplicações em instituições de crédito” diz respeito essencialmente aos

ganhos obtidos com juros de operações de cedência de liquidez realizadas pelo BNA e juros de depósitos a prazo.

As rubricas “Investimentos detidos até à maturidade” e “Activos financeiros disponíveis para venda” representam os

ganhos obtidos com os juros de cupão e os rendimentos resultantes do reconhecimento pelo método da taxa efectiva

das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) das obrigações do Tesouro Nacional

e dos títulos de dívida soberana estrangeira detidos em carteira, respectivamente.

A rubrica “Comissões recebidas por operações realizadas por conta de terceiros” refere-se integralmente a

comissões arrecadadas em consequência das transferências bancárias efectuadas em nome do Tesouro Nacional,

nos termos do protocolo celebrado entre o BNA e o Ministério das Finanças.

A rubrica “Recursos de instituições de crédito” diz respeito aos custos incorridos com os juros das operações de

absorção de liquidez realizadas pelo BNA.

Nos exercícios de 2017 a rubrica “Encargos financeiros disponíveis para venda” diz respeito a menos valia obtida

na venda de títulos de dívida soberana estrangeira e aos juros decorrentes das “Operações de venda com acordo de

recompra” realizadas com a Gemcorp e ICBC Standard Bank.

Os juros referentes a “Operações de venda com acordo de recompra realizadas com a Gemcorp e ICBC” ascendem a

Kz 6.340.304 mil.

27 – Rendimentos de serviços e comissões

Nos exercícios de 2017 e 2016, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

2017 2016

Aplicações em instituições de crédito

Operações de redesconto 43 355 622 42 674 325

Operações overnight 15 232 338 3 087 738

Depósito a prazo 12 929 280 12 129 365

Operações ocasionais de cedência de liquidez 3 004 674 6 643 098

Activos financeiros disponíveis para venda 28 557 244 35 963 945

Investimentos detidos até a maturidade 15 177 152 18 138 583

Disponibilidades em outras instituições de crédito 1 059 999 2 847 413

Juros de crédito interno (Nota 9) 2 534 489 -

FMI -juros de DSE 373 439 -

122 224 237 121 484 468

2017 2016

Recursos de instituições de crédito 29 602 556 10 926 583

Encargo de activos financeiros disponíveis para venda 7 424 096 22 398 016

Juros passivos a fins de negociação 396 176 -

Juros de empréstimos 334 513 147 043

Outros juros e encargos similares 9 331 12 442

37 766 672 33 484 084

2017 2016

Comissões recebidas por operações realizadas por conta de terceiros

Ministério das Finanças 10 888 998 9 515 907

Comissões recebidas por serviços prestados

Sistema de Pagamentos em Tempo Real 46 223 52 638

10 935 221 9 568 545

26 – Juros e encargos similares

Nos exercícios de 2017 e 2016, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 145

144 Relatório Anual e Contas • 2017

28 – Encargos com serviços e comissões

Nos exercícios de 2017 e 2016, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

2017 2016

Comissões pagas por serviços bancários prestados por terceiros

Instrumentos financeiros 4 125 185 5 945 732

Comissões diversas - 3 077

Por operações realizadas por terceiros - 2 247

4 125 185 5 951 056

2017 2016

Ganhos em activos financeiros disponíveis para venda

Títulos de dívida soberana estrangeira 518 569 233 987

518 569 233 987

Perdas em activos financeiros disponíveis para venda

Títulos de dívida soberana estrangeira (1 295 601) (464 187)

(1 295 601) (464 187)

(777 032) (230 200)

2017 2016

Ganhos em outros activos financeiros ao justo valor através de resultados

Aplicações geridas por entidades externas 119 096 182 83 450 312

119 096 182 83 450 312

Perdas em outros activos financeiros ao justo valor através de resultados

Aplicações geridas por entidades externas (78 830 832) (75 249 544)

Correção ao Justo Valor (ABD) (Nota 7) (27 949 431) -

(106 780 263) (75 249 544)

12 315 919 8 200 768

Nos exercícios de 2017 e 2016, esta rubrica ascende a Kz 4.125.185 mil e Kz 5.951.056 mil, respectivamente, dizendo

respeito ao reconhecimento das comissões cobradas pelas entidades externas onde o BNA detém carteiras de gestão

discricionária, comissões de custódia dos títulos de dívida soberana estrangeira, comissões pagas decorrentes das

relações mantidas com o FMI e a comissões de manutenção de contas à ordem.

29 – Resultados de activos financeiros valorizados ao justo valor através de resultados

Nos exercícios de 2017 e 2016, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

Nos exercícios de 2017 e 2016, esta rubrica totaliza perdas líquidas de Kz 777.032 mil e Kz 230.200 mil,

respectivamente, representando as menos-valias obtidas com a alienação de títulos de dívida soberana estrangeira,

classificados na categoria de activos financeiros disponíveis para venda.

31 – Perdas por imparidade líquidas de reversões

Nos exercícios de 2017 e 2016, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

Nos exercícios de 2017 e 2016, esta rubrica ascende a Kz 12.315.919 mil e Kz 8.200.768 mil, respectivamente,

representando o resultado líquido das mais e menos valias potenciais de justo valor associadas às posições das

carteiras geridas por entidades externas.

30 – Resultados de activos financeiros disponíveis para venda

Nos exercícios de 2017 e 2016, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

Saldo em 31-12-2015

ReforçosSaldo em 31-12-2016

Reforços Reposições TransferênciasSaldo em 31-12-2017

- - - 89 955 138 - - 89 955 138

- - - 181 701 552 - 75 261 067 256 962 619

6 585 330 17 636 508 24 221 838 1 906 981 (24 221 838) - 1 906 981

- - - 35 460 486 - - 35 460 486

32 969 552 51 080 822 84 050 374 31 667 933 - (75 261 067) 40 457 240

- 31 537 032 31 537 032 12 365 394 - - 43 902 426

- - - 2 346 521 - 1 151 082 3 497 603

- - - 2 204 745 - -

39 554 882 100 254 362 139 809 244 357 608 750 (24 221 838) 1 151 082 472 142 493

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 147

146 Relatório Anual e Contas • 2017

Durante o exercício de 2017, o BNA procedeu ao registo das perdas por imparidade apresentadas no quadro anterior,

cujo enquadramento se encontra apresentado nas notas em detalhe.

32 – Resultados cambiais

Nos exercícios de 2017 e 2016, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

Tendo como base a deliberação constante da acta nº 08/A/2008 de 26 de Julho do Conselho de Administração,

apenas as variações cambiais realizadas são reflectidas nas rubricas “Ganhos associados a diferenças cambiais”

e “Perdas associadas a diferenças cambiais” da demonstração dos resultados dos exercícios em que ocorrem.

As diferenças cambiais potenciais são reconhecidas na rubrica “Diferenças de reavaliação cambial” nos Capitais

Próprios (Nota 22). Durante o exercício de 2017, as vendas de divisas foram predominantemente realizadas na forma

de vendas directas.

Nos exercícios de 2017 e 2016, o saldo das rubricas “Ganhos em activos não financeiros” e “Perdas com alienação de

outros activos” correspondem aos ganhos e perdas com a alienação de activos tangíveis, respectivamente.

33 – Custos relativos à emissão de notas e moedas

Nos exercícios de 2017 e 2016, esta rubrica ascende a Kz 3.165.364 mil e Kz 2.574.113 mil, respectivamente, sendo

composta pela especialização dos custos relativos à emissão de notas e moedas.

34 – Resultados de alienação de outros activos

Nos exercícios de 2017 e 2016, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

2017 2016

Ganhos cambiais

Ganhos associados a diferenças cambiais 195 006 404 141 878 010

Ganhos em operações cambiais 75 109 935 71 177 350

270 116 339 213 055 360

Perdas cambiais

Perdas em operações cambiais (48 606 263) (24 544 170)

Perdas associadas a diferenças cambiais (120 282) -

(48 726 545) (24 544 170)

221 389 794 188 511 190

2017 2016

Ganhos com alienação de outros activos

Ganhos em activos não financeiros 9 634 13 367

9 634 13 367

Perdas com alienação de outros activos

Perdas em activos não financeiros (3 969) (153)

(3 969) (153)

5 665 13 214

2017

Valores em moeda das saídas/(entradas) no exercício

Descrição USD EUR GBP JPY RND Ganhos associados a diferenças cambiais

mAOA

Leilão de divisas + venda directa - 10 725 092 137 - - - 176 197 399

Compras às empresas petrolíferas (4 307 870 263) - - - -

Pagamentos de divisas 626 221 388 98 654 655 1 710 950 - 98 091 17 535 787

Despesas e comissões 53 735 597 674 727 2 189 540 850 108 486 1 273 218

(3 627 913 277) 10 824 421 519 1 713 139 540 850 206 577 195 006 404

2016

Valores em moeda das saídas/(entradas) no exercício

Descrição USD EUR GBP JPY RND Ganhos associados a diferenças cambiais

mAOA

Leilão de divisas + venda directa 882 070 134 9 368 365 106 - - - 129 892 578

Compras às empresas petrolíferas (6 744 023 081) - - - -

Pagamentos de divisas 408 051 972 7 142 867 716 185 - - 11 306 044

Despesas e comissões 16 182 090 8 137 317 2 516 155 379 465 679 388

(5 437 718 885) 9 383 645 290 718 701 155 379 465 141 878 010

Nos exercícios de 2017 e 2016, a rúbrica “Ganhos associados a diferenças cambiais” decompõe-se da seguinte

forma:

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 149

148 Relatório Anual e Contas • 2017

35 – Outros resultados operacionais

Nos exercícios de 2017 e 2016, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

2017 2016

Outros rendimentos e receitas

Supervisão

Multas e penalidades 1 062 889 807 723

Outros 850 028 139 043

1 912 917 946 766

Outros encargos e gastos

Quotizações e donativos (607 249) (374 952)

Rendas de locação operacional (386 997) (681 009)

Outros encargos e gastos diversos (166 608) (4 584 509)

Impostos

Impostos aduaneiros (2 980) (94 502)

(1 163 834) (5 734 972)

749 083 (4 788 206)

Nos exercícios de 2017 e 2016, a rubrica “Supervisão – Multas e penalidades” corresponde às coimas aplicadas pelo

BNA às instituições financeiras pelo incumprimento das disposições legais em vigor.

A rubrica “Quotização e donativos” corresponde integralmente a doações concedidas pelo BNA às diversas

instituições locais.

36 – Custos com pessoal

Nos exercícios de 2017 e 2016, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

Nos exercícios de 2017 e 2016, a rubrica “Encargos sociais obrigatórios” é constituída essencialmente pelos reforços

efectuados nas estimativas das responsabilidades por serviços prestados referentes a pensões de reforma e

sobrevivência e Subsidio de funeral e luto cujo saldo ascende a Kz 22.250.310 mil (Nota 18).

2017 2016

Encargos sociais obrigatórios 32 729 564 45 922 959

Remuneração de empregados 22 007 572 17 598 005

Encargos sociais facultativos 7 689 552 16 146 315

Outros 1 865 112 599 911

Remuneração dos órgãos de gestão 641 632 565 139

64 933 432 80 832 329

2017 2016

Fornecimentos

Outros fornecimentos de terceiros 1 335 664 309 050

Material de consumo corrente 549 755 213 860

Água, energia e combustíveis 333 631 251 388

Material de decoração e conforto 211 243 12 268

Material de higiene e limpeza 96 543 24 313

Material para assistência e reparação 90 366 110 368

Publicações 43 176 10 725

Serviços

Serviços especializados 7 701 658 6 992 453

Conservação e reparação 1 807 690 1 552 731

Publicidade e edição de publicações 1 018 881 871 810

Deslocações, estadas e representação 768 127 643 695

Rendas e alugueres 761 314 975 099

Comunicações 509 866 599 149

Transportes 280 664 329 115

Seguros 96 776 41 145

Outros serviços não especializados 58 4

15 605 412 12 937 173

Nos exercícios de 2017 e 2016, a rubrica “Encargos sociais facultativos” inclui o reconhecimento das

responsabilidades por serviços passados referentes a assistência médica e medicamentosa dos reformados e às

responsabilidades com cabazes de Natal (Nota 18).

37 – Fornecimentos e serviços de terceiros

Nos exercícios de 2017 e 2016, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 151

150 Relatório Anual e Contas • 2017

Nos exercícios de 2017 e 2016, a rubrica “Serviços – Serviços especializados” apresenta o seguinte detalhe:

Nos exercícios de 2017 e 2016, a rubrica “Consultoria e auditoria” regista essencialmente os custos relativos

a serviços prestados no âmbito de projectos de consultoria, bem como de serviços de auditoria externa das

demonstrações financeiras do Banco. Em 2017, foram registados custos provenientes de contractos que ocorreram

sem a respectiva contrapartida de serviço ou aquisição de bens. Por forma a ser exercido maior controlo, essas

operações reconhecidas inicialmente como custo foram reclassificadas contabilisticamente, passando para activos de

recuperação duvidosa e, de forma prudente, foram reconhecidas as respectivas perdas por imparidade (Nota 11).

38 – Transacções com entidades relacionadas

As entidades relacionadas do Banco com as quais manteve saldos ou transacções nos exercícios findos em 31 de

Dezembro de 2017 e 2016 são as seguintes:

38.1 – Ministério das Finanças

O Ministério das Finanças (MINFIN) representa o Estado enquanto único accionista do BNA, constituindo a

principal entidade relacionada do Banco.

2017 2016

Consultoria e auditoria 4 349 385 4 581 586

Outros custos com trabalho independente 979 806 433 930

Licença de utilização de usuários 736 255 715 808

Limpeza 521 199 225 834

Informática 285 325 302 028

Avenças e honorários 156 471 238 463

Segurança e vigilância 179 744 117 678

Judiciais 160 292 14 361

Recrutamento de Pessoal 94 957 66 207

Avaliadores externos 84 905 17 289

Jardinagem 63 170 18 510

Outros serviços especializados 55 987 220 674

Mão-de-obra eventual 25 926 27 812

Desinfestação de instalações 8 236 9 197

Serviços Bancarios - 3 076

7 701 658 6 992 453

2017 2016

Activo

Activos financeiros disponíveis para venda (Nota 7) 106 995 542 70 203 243

Activos financeiros recebidos em aumento de capital (Nota 7) 174 440 000 174 440 000

Activos financeiros concedidos ao Estado (Nota 9) 567 396 489 272 951 500

Devedores por capital não realizado (Nota 13) 2 544 492 13 027 113

Devedores e outras aplicações (Nota 12) - -

Total do Activo 851 376 523 530 621 856

Passivo

Ajustamentos do FMI a regularizar (Nota 8) - -

Conta Única do Tesouro (Nota 16)

Em moeda estrangeira 848 370 755 1 549 001 598

Em moeda nacional 173 865 452 121 018 686

Valores a devolver à CUT 4 172 663 4 172 662

Total do Passivo 1 026 408 870 1 674 192 946

Capital próprio

Capital (Nota 21) 270 000 000 270 000 000

Total dos Capitais Próprios 270 000 000 270 000 000

Valor líquido de balanço (445 032 347) (1 413 571 090)

2017 2016

Resultados

Juros de activos financeiros disponíveis para venda (Nota 25) 15 177 152 18 138 583

Comissões recebidas (Nota 27) 10 888 998 9 515 907

Impostos (Nota 34) 2 980 94 502

Total dos Resultados 26 069 130 27 748 992

2017 2016

Extrapatrimoniais (Nota 24)

Responsabilidades por prestação de serviços

Custódia de títulos emitidos pelo Tesouro

Obrigações do Tesouro em moeda nacional 4 001 801 399 2 695 729 722

Obrigações do Tesouro em moeda estrangeira 1 158 040 421 941 358 979

Bilhetes do Tesouro 383 763 960 480 030 376

Garantias prestadas e outros passivos eventuais

Garantias institucionais prestadas 804 687 250 1 206 807 804

Promissórias 132 222 931 715 300 988

Total das Extrapatrimoniais 6 480 515 961 6 039 227 869

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, os saldos ou transacções mantidas com esta entidade podem ser

apresentados da seguinte forma:

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 153

152 Relatório Anual e Contas • 2017

Em 31 de Dezembro de 2017, contrariamente ao definido no art. 33º da Lei do BNA, não foi aprovada pela

Assembleia Nacional, por ocasião da aprovação do Orçamento Geral do Estado, o limite dos créditos à título

de adesão ou participação em Organismos internacionais (art. 30º da referida Lei) e dos Títulos emitidos e

garantidos pelo Estado (art. 31º da Lei) a conceder pelo BNA ao Estado. Face a esta situação, o Conselho de

Administração do BNA desconhece se existe um eventual incumprimento do disposto na Lei orgânica.

38.2 – Empresa Interbancária de Angola (EMIS)

Trata-se do processador e operador de referência do sistema de pagamentos a nível nacional.

O BNA constitui o maior accionista, sendo que a participação maioritária de 51% tem vindo a ser

gradualmente reduzida, apresentando em 31 de Dezembro de 2017 uma participação de 37% no capital social

da entidade, na sequência da constituição de dois Bancos Comerciais (Banco de Investimento Rural e Banco

de Credito do Sul). Esta participação que visou assegurar a promoção do desenvolvimento do sistema de

pagamentos de Angola, vai continuar a ser reduzida até a sua completa extinção, tal como previsto na lei que

a autorizou.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, os saldos activos do BNA para com a EMIS incluem a participação no

capital social que ascende a Kz 359.969 mil, que representa 359.969 acções, com o valor nominal unitário de

AOA 1.000.

Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, o Banco apresenta suprimentos junto da EMIS no valor

de Kz 103.614 mil (Nota 13).

38.3 – Conselho de Administração do Banco

Representa o órgão com o poder exclusivo de tomada de decisão no Banco, sendo actualmente composto por

sete membros.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, as remunerações atribuídas ao Conselho de Administração do Banco,

bem como outros benefícios atribuídos, nos termos do respectivo regulamento, ascenderam a Kz 641.632 mil

e Kz 565.139 mil, respectivamente (Nota 36).

39 – Divulgações relativas a instrumentos financeiros

A gestão de riscos no Banco visa assegurar a sustentabilidade e rendibilidade da própria instituição, salvaguardando

a sua independência e assegurando a sua efectiva participação no Sistema Financeiro Nacional. Assim, o BNA segue

uma política de gestão de riscos rigorosa e prudente, traduzida no perfil e grau de tolerância ao risco definidos pelo

Conselho de Administração.

Gestão das reservas internacionais

O Banco Nacional de Angola está exposto a riscos financeiros na sua actividade. A gestão dos riscos financeiros

relacionados com as reservas internacionais é assegurada pelo Departamento de Gestão das Reservas, enquanto

o Departamento de Gestão de Risco - Unidade Independente – é responsável pelo monitoramento e reporte destes

riscos.

A avaliação e controlo do risco de crédito, liquidez, mercado e operacional são efectuados de acordo com as

directrizes de investimento e perfil de risco espelhadas na Política de Investimento e Linhas Mestres aprovados pelo

Conselho de Administração, que têm como objectivo primordial a preservação do capital.

No âmbito da prossecução desse objectivo, a gestão de reservas deverá ter em consideração a liquidez necessária

para fazer face aos compromissos do Estado Angolano e do Banco Nacional de Angola, bem como a maximização da

rentabilidade, com base na tolerância ao risco definida.

Considerando a necessidade de optimizar o desempenho e concretizar os objectivos estratégicos do BNA, a Política

de Investimento e as Linhas Mestres têm promovido o desenvolvimento do sistema vigente, definindo limites e

restrições relativamente à exposição das reservas internacionais, dos quais se destacam:

Definição de limites por tipo de instrumento financeiro;

Definição de limites por contraparte, atendendo à sua qualidade creditícia;

Definição de limites por moeda;

Definição de prazos médios de investimento;

Definição de benchmarks de rentabilidade e de limites de flutuação face à carteira de referência definida

(stop-loss);

Definição de uma delegação de competências para os investimentos sob gestão.

Gestão da política monetária e cambial

Para a execução da política monetária durante o exercício de 31 de Dezembro de 2017, o Banco Nacional de Angola

manteve intervenções regulares de absorção de liquidez no mercado monetário, através da realização de operações

de mercado aberto (OMA), instrumento previsto no seu quadro operacional de política monetária. O BNA utilizou os

demais instrumentos regulamentares, com particularidade para as facilidades permanente de liquidez Overnight (FCO

e FAO), facilidade de absorção de liquidez a 7 dias (FAL7) e as reservas obrigatórias.

As operações de mercado aberto realizadas pelo Banco Nacional de Angola tiveram como suporte a sua carteira

própria de títulos, tendo a magnitude das suas intervenções sido adequadas à sazonalidade dos factores

condicionantes da sua variação, tendo em vista a persecução dos objectivos de regulação de liquidez e variação da

base monetária.

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 155

154 Relatório Anual e Contas • 2017

O exercício da função de autoridade monetária e estabilizador do sistema financeiro, pelo Banco Nacional de Angola,

visou igualmente a criação de referências remuneratórias para as aplicações de recursos financeiros. Assim, ao longo

do exercício de 2017 verificaram-se os seguintes factos:

i. Alteração da Taxa Básica do Banco Nacional de Angola (a Taxa BNA), que por decisão do Comité de Política

Monetária, foi aumentada em 2 (dois) pontos percentuais, passando de 16% para 18% ao ano;

ii. Alteração da taxa de juros das Facilidade permanentes de absorção de liquidez, passando de 2,75% para

0% ao ano, como forma de transmitir ao mercado a direcção para a curva de juros do dinheiro;

iii. Alteração do coeficiente das reservas obrigatórias em moeda nacional, passando de 30% para 21%, na

sequência do definido no Instrutivo n.º 6/2017, de 1 de Dezembro, bem como a reversão da elegibilidade dos

títulos e contractos de financiamento ao Estado para o cumprimento das referidas reservas por parte das

Instituições Financeiras Bancárias.

Como reflexo de um exercício rigoroso de gestão da liquidez a LUIBOR teve a seguinte tendência de crescimento,

taxa de juro das operações interbancárias de cedência de liquidez descreveu uma tendência de aumento,

fundamentalmente observando-se, no mercado interbancário, oportunidades de financiamento de curto prazo a

custos significativamente elevados.

Do ponto de vista da estabilidade cambial, o Banco Nacional de Angola manteve, de igual modo, regulares as suas

intervenções no mercado cambial primário, alocando recursos para o suprimento de necessidades do sector produtivo

de acordo com os programas dirigidos do executivo e outras operações de caracter prioritário e de pagamentos

externos da economia, assim como para o exercício da regulação de liquidez, no âmbito da gestão operacional

coordenada de políticas monetária e fiscal.

Nessa perspectiva, a gestão da política cambial visou a estabilidade das taxas de câmbio dos mercados, em todos

os seus segmentos, formal e informal, que permitiram a variação da taxa de câmbio em níveis confortáveis com a

estabilidade de preços.

No contexto descrito acima, apresentam-se de seguida as divulgações relacionadas com os principais riscos

requeridas pelas normas IFRS 7 e IFRS 13 para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2017 e 2016.

2017 2016

Valorizados ao justo valor

Não valorizados ao justo valor

TotalValorizados ao

justo valorNão valorizados ao justo valor

Total

Activo

Ouro 128 164 847 - 128 164 847 112 872 696 - 112 872 696

Activos sobre o exterior

Caixa e disponibilidades em instituições de crédito

- 190 810 622 190 810 622 - 160 334 290 160 334 290

Aplicações em instituições de crédito - 938 079 116 938 079 116 - 1 586 214 698 1 586 214 698

Activos financeiros ao justo valor através de resultados

867 700 826 - 867 700 826 880 881 575 - 880 881 575

Activos financeiros disponíveis para venda 966 932 941 - 966 932 941 1 394 681 535 - 1 394 681 535

Fundo Monetário Internacional - 220 356 614 220 356 614 - 227 640 067 227 640 067

Outros valores activos externo a receber - 82 962 000 82 962 000 - - -

Activos internos

Caixa e disponibilidades em instituições de crédito de crédito relacionadas com operações de política monetária

- 14 515 547 14 515 547 - 16 047 801 16 047 801

de crédito relacionadas com operações de política monetária

- 619 246 705 619 246 705 - 1 069 001 961 1 069 001 961

Investimentos detidos até à maturidade - 106 995 542 106 995 542 - 70 203 243 70 203 243

Activos financeiros recebidos em aumento de capital

- 174 440 000 174 440 000 - 174 440 000 174 440 000

Activos financeiros concedidos ao Estado - 567 396 489 567 396 489 - 272 951 500 272 951 500

Investimentos em associadas e outras entidades - 1 425 250 1 425 250 - 359 969 359 969

Outros valores activos internos a receber - -

Total 1 962 798 614 2 916 227 885 4 879 026 499 2 388 435 806 3 577 193 529 5 965 629 335

Passivo

Notas e moedas em circulação - 527 716 718 527 716 718 - 506 005 614 506 005 614

Responsabilidades para com instituições de crédito nacionais relacionadas com oper-ações de política monetária

Reservas bancárias - 1 332 968 725 1 332 968 725 - 1 663 200 343 1 663 200 343

Mercado monetário interbancário - 66 296 652 66 296 652 - 69 092 160 69 092 160

Responsabilidades internas para com outras entidades

Conta Única do Tesouro - 1 026 408 870 1 026 408 870 - 1 674 192 946 1 674 192 946

Outras responsabilidades - 84 160 84 160 - 103 844 103 844

Investimentos em associadas e outras entidades - 852 549 852 549

Responsabilidades externas para com outras entidades

Fundo Monetário Internacional - 230 551 057 230 551 057 - 243 284 360 243 284 360

Recursos em instituições de crédito 770 334 264 770 334 264 - 583 495 588 583 495 588

Total - 3 955 212 995 3 955 212 995 - 4 739 374 855 4 739 374 855

Justo valor de instrumentos financeiros

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, os instrumentos financeiros e o ouro apresentam o seguinte valor de balanço,

por metodologia de valorização:

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 157

156 Relatório Anual e Contas • 2017

Justo valor para os activos e passivos financeiros não reconhecidos em balanço ao justo valor

2017 2016

Valor de balanço

Justo valor DiferençaValor de balanço

Justo valor Diferença

Activo

Activos sobre o exterior

Caixa e disponibilidades em instituições de crédito 190 810 622 190 810 622 - 160 334 290 160 334 290 -

Aplicações em instituições de crédito 938 079 116 933 393 512 (4 685 604) 1 586 214 698 1 615 602 738 29 388 040

Fundo Monetário Internacional 220 356 614 220 356 614 - 227 640 067 227 640 067 -

Outros valores activos externo a receber 82 962 000 82 962 000 -

Activos internos

Caixa e disponibilidades em instituições de crédito

14 515 547 14 515 547 - 16 047 801 16 047 801 -

Operações de financiamento às instituições de crédito relacionadas com operações de política monetária

619 246 705 587 667 043 (31 579 662) 1 069 001 961 1 069 001 961 -

Investimentos detidos até à maturidade 106 995 542 88 095 203 (18 900 339) 70 203 243 70 229 635 26 392

Activos financeiros recebidos em aumento de capital

174 440 000 5 303 788 (169 136 212) 174 440 000 52 482 624 (121 957 376)

Activos financeiros concedidos ao Estado 567 396 489 227 065 560 (340 330 929) 272 951 500 176 074 631 (96 876 869)

Investimentos em associadas e outras entidades 1 425 250 127 957 (1 297 293) 359 969 613 551 253 582

Outros valores activos internos a receber - - -

Total 2 916 227 885 2 350 297 846 (565 930 039) 3 577 193 529 3 388 027 298 (189 166 231)

Passivo

Notas e moedas em circulação 527 716 718 527 716 718 - 506 005 614 506 005 614 -

Responsabilidades para com instituições de crédito nacionais relacionadas com operações de política monetária

Reservas bancárias 1 332 968 725 1 332 968 725 - 1 663 200 343 1 663 200 343 -

Mercado monetário interbancário 66 296 652 66 287 164 (9 488) 69 092 160 69 075 091 (17 069)

Responsabilidades internas para com outras entidades

Conta Única do Tesouro 1 026 408 870 1 026 408 870 - 1 674 192 946 1 674 192 946 -

Outras responsabilidades 84 160 91 182 7 022 103 844 103 844 -

Investimentos em associadas e outras entidades 852 549 852 549 -

Responsabilidades externas para com outras entidades

Fundo Monetário Internacional 230 551 057 230 551 057 - 243 284 360 243 284 360 -

Recursos em instituições de crédito 770 334 264 698 172 750 (72 161 514) 583 495 588 583 495 588 -

Total 3 955 212 995 3 883 049 016 (72 163 979) 4 739 374 855 4 739 357 786 (17 069)

2017 2016

Custo de aquisição

Justo valorValia

potencialCusto de aquisição

Justo valorValia

potencial

Activo

Ouro 166 837 615 128 164 847 (38 672 768) 166 816 500 112 872 696 (53 943 804)

Activos sobre o exterior

Activos financeiros ao justo valor através de resultados

1 026 313 361 867 700 826 (158 612 535) 967 146 876 880 881 575 (86 265 301)

Activos financeiros disponíveis para venda

972 069 523 966 932 941 (5 136 582) 1 389 764 636 1 394 681 535 4 916 899

Total 2 165 220 499 1 962 798 614 (202 421 885) 2 523 728 012 2 388 435 806 (135 292 206)

No apuramento do justo valor apresentado no quadro anterior, foram utilizados os seguintes pressupostos:

Para efeitos do cálculo do justo valor das “Aplicações em instituições de crédito” foram descontados os

fluxos de caixa futuros a taxas de mercado tendo em consideração as moedas e os prazos residuais das

aplicações, acrescidas de um spread de risco representado pelas curvas CDS (credit default swaps) das

respectivas contrapartes;

Para efeitos do cálculo do justo valor dos “Investimentos em associadas e outras entidades” foi considerado

o método da equivalência patrimonial, tendo por base a situação líquida da EMIS à data das últimas

demonstrações financeiras disponíveis e auditadas na percentagem de participação detida pelo Banco;

Para os instrumentos classificados na categoria “Investimentos detidos até à maturidade”, “Activos

financeiros recebidos no aumento de capital” e “Activos financeiros concedidos ao Estado” (titulados) o

justo valor foi apurado com base nos fluxos de caixa previsionais futuros, sendo que a taxa de actualização

utilizada corresponde à média da taxa nominal de juro das últimas emissões de títulos do Tesouro colocada

pelo BNA no mercado primário, com prazos residuais equivalentes aos das emissões constantes em carteira.

Os fluxos de caixa previsionais foram apurados mediante a fixação do valor nominal a cada data de relato

financeiro;

Para as posições activas e passivas junto do “Fundo Monetário Internacional” foi considerada como

aproximação ao justo valor as posições divulgadas por esta entidade;

Para as restantes rubricas considera-se que o justo valor é igual ao seu valor de balanço, por representarem

investimentos e financiamentos de curto prazo (inferiores a 1 ano);

Conforme mencionado na nota 2.a o Banco não utiliza modelos internos de valorização de Investimentos

Financeiros não cotados, utilizando como referência a valorização reportada pelos Gestores Externos e no

caso dos fundos obtém as demonstrações financeiras auditadas para determinar o NAV.

Justo valor para os activos financeiros reconhecidos em balanço ao justo valor

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 159

158 Relatório Anual e Contas • 2017

O valor dos activos financeiros ao justo valor através de resultados, no exercício de 2017, inclui uma correcção de

100% ao justo valor das obrigações adquiridas da sociedade gestora Golden Assets, emitidas pela entidade ABD,

no montante total de EUR 150.752 mil, no âmbito do contracto de gestão discricionária com o BNA. Neste contexto,

tratando-se de activos com um risco elevado e, considerando que o BNA não obteve a informação necessária para

determinar a correcção do justo valor reportado pela referida sociedade gestora, o Conselho de Administração,

decidiu realizar uma correcção do justo valor associado a este Investimento no valor de Kz 27.944.430 mil,

correspondente à totalidade do referido investimento, até que seja possível obter a informação em causa.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a forma de apuramento do justo valor dos instrumentos financeiros e do ouro,

reconhecidos em balanço ao justo valor, apresenta o seguinte detalhe por hierarquia de valorização ao justo valor:

Para efeitos de apresentação nesta nota, os instrumentos financeiros registados em balanço ao justo valor são

classificados de acordo com a seguinte hierarquia, tendo por base as orientações na IFRS 13 – Mensuração ao justo

valor:

Nível 1 - Instrumentos financeiros registados ao justo valor com base em cotações publicadas em mercados

activos a que o Banco tem acesso. Incluem-se nesta categoria os títulos valorizados com base em preços

executáveis (com liquidez imediata) publicados por fontes externas;

2017

Técnicas de valorização

Nivel 1 Cotações de

mercado

Nível 2 Inputs observáveis

de mercado

Nível 3 Outras técnicas de

valorizaçãoTotal

Activo

Ouro 128 164 847 - - 128 164 847

Activos sobre o exterior

Activos financeiros ao justo valor através de resultados

- 745 859 508 121 841 585 867 700 826

Activos financeiros disponíveis para venda 966 932 941 - - 966 932 941

Total 1 095 097 788 745 859 508 121 841 585 1 962 798 614

2016

Técnicas de valorização

Nivel 1 Cotações de

mercado

Nível 2 Inputs observáveis

de mercado

Nível 3 Outras técnicas de

valorizaçãoTotal

Activo

Ouro 112 872 696 - - 112 872 696

Activos sobre o exterior

Activos financeiros ao justo valor através de resultados

- 796 197 018 84 684 557 880 881 575

Activos financeiros disponíveis para venda 1 394 681 535 - - 1 394 681 535

Total 1 507 554 231 796 197 018 84 684 557 2 388 435 806

Nível 2 - Instrumentos financeiros registados ao justo valor mediante a utilização de dados observáveis

directa ou indirectamente em mercados activos. Incluem-se nesta categoria os títulos valorizados tendo

por base avaliações fornecidas por contrapartes externas e técnicas de valorização interna que utilizam

exclusivamente dados observáveis de mercado;

Nível 3 - Os instrumentos financeiros que são valorizados através de modelos internos com alguns inputs que

não correspondem a dados observáveis de mercado.

Na forma de apuramento do justo valor apresentado nos quadros anteriores, foram considerados os seguintes

pressupostos:

Tratando-se de um activo líquido transaccionado em mercado activo, o justo valor do ouro corresponde ao

produto da quantidade de ouro detida pelo BNA pela cotação da Onça nos mercados internacionais a cada

data de relato financeiro. Adicionalmente, no apuramento do custo de aquisição considerou-se a taxa de

câmbio praticada em cada transacção, pelo que, as valias potenciais apuradas incluem uma componente de

valia cambial.

O justo valor dos instrumentos classificados na categoria “Activos financeiros ao justo valor através de

resultados” corresponde à valorização evidenciada nos reportes periódicos enviados pelas contrapartes.

O Banco considera todos os fundos de capital de risco no nível 3, sendo que no nível 2, considera todos os

restantes instrumentos geridos pelos gestores externos, que incluem instrumentos financeiros cotados,

fundos imobiliários e outros instrumentos financeiros.

O justo valor da rubrica “Activos financeiros disponíveis para venda” foi apurado com base nos preços de

mercado dos títulos de dívida soberana estrangeira detidos em carteira. Para o efeito, considerou-se o preço

“bid” dado pelo contribuidor BGN, extraído do terminal financeiro da Bloomberg, bem como as taxas de

câmbio em vigor na data de relato financeiro. Para o apuramento do custo de aquisição foram consideradas

as taxas de câmbio em vigor nas respectivas datas de transacção, pelo que, as valias potenciais apuradas

incluem uma componente de valia cambial.

Risco de crédito

A gestão de risco de crédito é assegurada pelas áreas de negócio do Banco, nomeadamente pelo Departamento de

Gestão de Reservas (DGR) e Departamento de Mercados de Activos (DMA), sendo as mesmas responsáveis pela

segmentação do risco em função das características dos produtos e dos seus emitentes.

O risco de contraparte consiste no risco de crédito inerente a transacções nos mercados financeiros, correspondendo

à possibilidade de incumprimento pelas contrapartes dos termos contratados, e subsequente ocorrência de perdas

financeiras para o Banco. Os tipos de transacções abrangidas incluem disponibilidades e aplicações em instituições

de crédito, compra e venda de títulos e a contratação de operações de venda com acordo de recompra.

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 161

160 Relatório Anual e Contas • 2017

Na gestão e aplicação das reservas internacionais e dos activos internos, o DGR e o DMA assumem na sua

actividade um determinado nível de exposição ao risco de crédito. Estes departamentos de negócio regulam de

forma criteriosa e prudente a exposição ao risco de crédito, estabelecendo limites de concentração de risco, que são

revistos periodicamente.

Exposição máxima ao risco de crédito

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a exposição máxima ao risco de crédito pode detalhar-se da seguinte forma:

Qualidade de crédito dos activos financeiros

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a exposição ao risco de crédito por rating de contraparte, pode detalhar-se da

seguinte forma:

2017 2016

Exposição máxima

Colaterais Recebidos

Exposição máxima

Colaterais Recebidos

Activo

Activos sobre o exterior

Caixa e disponibilidades em instituições de crédito 190 810 622 - 160 334 290 -

Aplicações em instituições de crédito 938 079 116 - 1 586 214 698 -

Activos financeiros ao justo valor através de resultados 867 700 826 - 880 881 575 -

Activos financeiros disponíveis para venda 966 932 941 - 1 394 681 535 -

Fundo Monetário Internacional 220 356 614 - 227 640 067 -

Outros activos externos a receber 82 962 000 - - -

Activos internos

Caixa e disponibilidades em instituições de crédito 14 515 547 - 16 047 801 -

Operações de financiamento às instituições de crédito relacionadas com operações de política monetária

619 246 705 105 283 285 1 069 001 961 245 158 899

Investimentos detidos até à maturidade 106 995 542 - 70 203 243 -

Activos financeiros recebidos em aumento de capital 174 440 000 - 174 440 000 -

Activos financeiros concedidos ao Estado 567 396 489 - 272 951 500 -

Investimentos em associadas e outras entidades 1 425 250 - 359 969 -

Outros activos Internos a receber - - - -

Total 4 750 861 652 105 283 285 5 852 756 639 245 158 899

2017

Rating externo

AAA a AA- AA+ a AA A+ a A- BBB+ a

BBB- BB+ a BB- B+ a B-

Inferior a B-

Sem Rating Total

Activo

Activos sobre o exterior

Caixa e disponibilidades em instituições de crédito

2 341 064 - 186 177 234 - 1 685 950 147 428 - 458 947 190 810 622

Aplicações em instituições de crédito 92 561 852 - 279 152 418 157 885 389 265 863 074 95 393 372 - 47 223 011 938 079 116

Activos financeiros ao justo valor através de resultados

- - - - - - - 867 700 826 867 700 826

Activos financeiros disponíveis para venda

923 266 729 - 12 674 699 10 039 687 11 105 928 - - 9 845 899 966 932 942

Fundo Monetário Internacional - - - - - - - 220 356 614 220 356 614

Outros activos externos a receber 82 962 000 82 962 000

Activos internos

Caixa e disponibilidades em instituições de crédito

- - - - - - - 14 515 547 14 515 547

Operações de financiamento às instituições de crédito relacionadas com operações de política monetária

- - - - - - - 619 246 705 619 246 705

Investimentos detidos até à maturidade

- - - - - 106 995 542 - - 106 995 542

Activos financeiros recebidos em aumento de capital

- - - - - 174 440 000 - - 174 440 000

Activos financeiros concedidos ao Estado

- - - - - 567 396 489 - - 567 396 489

Investimentos em associadas e outras entidades

- - - - - - - 1 425 250 1 425 250

Outros activos internos a receber - - - - - - - - -

Total 1 018 169 645 - 478 004 351 167 925 076 278 654 952 944 372 831 - 1 863 734 799 4 750 861 653

2016

Rating externo

AAA a AA- AA+ a AA A+ a A- BBB+ a

BBB- BB+ a BB- B+ a B-

Inferior a B-

Sem Rating Total

Activo

Activos sobre o exterior

Caixa e disponibilidades em instituições de crédito

14 847 885 - 137 399 069 (4 696 392) 1 595 947 42 6 070 11 181 670 160 334 290

Aplicações em instituições de crédito 67 147 471 - 905 621 108 173 767 324 334 712 334 32 973 588 71 992 873 1 586 214 697

Activos financeiros ao justo valor através de resultados

- - - - - - - 880 881 575 880 881 575

Activos financeiros disponíveis para venda

1 271 005 757 - 41 096 129 61 291 335 21 288 314 - - - 1 394 681 535

Fundo Monetário Internacional - - - - - - - 227 640 067 227 640 067

Investimentos em associadas e outras entidades

- -

Activos internos

Caixa e disponibilidades em instituições de crédito

- - - - - - - 16 047 801 16 047 801

Operações de financiamento às instituições de crédito relacionadas com operações de política monetária

- - - - - - - 1 069 001 961 1 069 001 961

Investimentos detidos até à maturidade

- - - - - 70 203 243 - - 70 203 243

Activos financeiros recebidos em aumento de capital

- - - - - 174 440 000 - - 174 440 000

Activos financeiros concedidos ao Estado

- - - - - 272 951 500 - - 272 951 500

Investimentos em associadas e outras entidades

- - - - - - - 359 969 359 969

Total 1 353 001 113 - 1 084 116 306 230 362 268 357 596 595 550 568 373 6 070 2 277 105 916 5 852 756 638

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 163

162 Relatório Anual e Contas • 2017

Na construção destes quadros foram considerados os seguintes pressupostos:

O rating considerado para as contrapartes é extraído do terminal financeiro da Bloomberg, através das

notações atribuídas entre a Standard & Poors e Moody’s ou equivalente.

Para as entidades Federal Reserve System (FED) e Bank for International Settlements (BIS) considerou-se a

atribuição de rating AAA por representarem uma instituição central e internacional, respectivamente, que

visam a estabilidade monetária e financeira.

Para os instrumentos financeiros emitidos pelo Estado registados nas rubricas “Investimentos detidos até

à maturidade”, “Activos financeiros recebidos no aumento de capital” e “Activos financeiros concedidos ao

Estado” considerou-se o rating da República de Angola.

Tendo em consideração a informação insuficiente divulgada pelas entidades externas sobre os títulos detidos

nas várias carteiras discricionárias classificadas na categoria “Activos financeiros ao justo valor através de

resultados”, não é possível divulgar a qualidade creditícia das mesmas.

Para as restantes rubricas activas e passivas não existe informação de rating disponível.

Concentração de risco de crédito

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a exposição a risco de crédito, por região geográfica detalha-se da seguinte

forma:

2017

Área Geográfica

Europa América África Ásia Oceânia Supranacionais Total

Activo

Activos sobre o exterior

Caixa e disponibilidades em instituições de crédito

147 631 013 1 690 951 (1 819) 41 490 478 - - 190 810 622

Aplicações em instituições de crédito 884 943 376 - 36 064 173 17 071 567 - - 938 079 116

Activos financeiros ao justo valor através de resultados

685 282 236 182 418 857 - - - - 867 700 826

Activos financeiros disponíveis para venda 104 072 584 784 740 644 13 593 026 19 130 044 20 457 894 24 938 749 966 932 942

Fundo Monetário Internacional - - - - - 220 356 614 220 356 614

Outros valores activos externo a receber 82 962 000 82 962 000

Activos internos

Caixa e disponibilidades em instituições de crédito

- - 14 515 547 - - - 14 515 547

Operações de financiamento às instituições de crédito relacionadas com operações de política monetária

- - 619 246 705 - - - 619 246 705

Investimentos detidos até à maturidade - - 106 995 542 - - - 106 995 542

Activos financeiros recebidos em aumento de capital

- - 174 440 000 - - - 174 440 000

Activos financeiros concedidos ao Estado - - 567 396 489 - - - 567 396 489

Investimentos em associadas e outras entidades

- - 1 425 250 - - - 1 425 250

Outros valores activos internos a receber - -

Total 1 821 929 209 968 850 452 1 616 636 913 77 692 089 20 457 894 245 295 363 4 750 861 653

2016

Área Geográfica

Europa América África Ásia Oceânia Supranacionais Total

Activo

Activos sobre o exterior

Caixa e disponibilidades em instituições de crédito

(31 235 315) 190 633 402 102 936 102 - - 160 334 290

Aplicações em instituições de crédito 1 348 141 970 - - 238 072 728 - - 1 586 214 698

Activos financeiros ao justo valor através de resultados

687 641 013 193 240 562 - - - - 880 881 575

Activos financeiros disponíveis para venda 370 212 645 777 331 928 12 744 999 64 186 927 19 599 491 150 605 546 1 394 681 535

Fundo Monetário Internacional - - - - - 227 640 067 227 640 067

Activos internos

Caixa e disponibilidades em instituições de crédito

- - 16 047 801 - - - 16 047 801

Operações de financiamento às instituições de crédito relacionadas com operações de política monetária

- - 1 069 001 961 - - - 1 069 001 961

Investimentos detidos até à maturidade - - 70 203 243 - - - 70 203 243

Activos financeiros recebidos em aumento de capital

- - 174 440 000 - - - 174 440 000

Activos financeiros concedidos ao Estado - - 272 951 500 - - - 272 951 500

Investimentos em associadas e outras entidades

- - 359 969 - - - 359 969

Total 2 374 760 313 1 161 205 892 1 615 749 575 303 195 757 19 599 491 378 245 613 5 852 756 639

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 165

164 Relatório Anual e Contas • 2017

Risco de liquidez

O risco de liquidez é o risco de uma instituição não dispor de fundos necessários para fazer face, a cada momento, às

suas obrigações de pagamento.

O Conselho de Administração do Banco define limites de concentração por prazos de maturidade, os quais são

revistos anualmente, sendo responsabilidade do Departamento de Mercados de Activos (DMA) e do Departamento

de Gestão de Reservas (DGR) verificar, numa base diária, o cumprimento dos limites.

De seguida apresentam-se os mapas referentes ao risco de liquidez, considerando a totalidade dos fluxos de caixa

contratuais não descontados dos instrumentos financeiros, de acordo com a respectiva maturidade contratual.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, os fluxos de caixa contratuais não descontados dos activos e passivos

financeiros apresentam a seguinte estrutura:

2017

Prazos residuais

Até 1 mês Entre 1 mês e

3 meses Entre 3 e 6

meses Entre 6 meses

e 1 ano Entre 1 e 3

anos Entre 3 e 5

anos Mais de 5

anos Indeterminado Total

Activo

Activos sobre o exterior

Caixa e disponibilidades em instituições de crédito

190 810 622 - - - - - - - 190 810 622

Aplicações em instituições de crédito 366 730 297 162 430 353 223 084 470 188 992 806 - - - - 941 237 926

Activos financeiros ao justo valor através de resultados

- - - - - - - 867 700 826 867 700 826

Activos financeiros disponíveis para venda - 30 583 501 28 015 401 77 192 457 410 128 243 234 397 423 213 604 030 - 993 921 055

Fundo Monetário Internacional - - - - - - - 220 356 614 220 356 614

Outros valores activos externo a receber 82 962 000 82 962 000

Activos internos

Caixa e disponibilidades em instituições de crédito

14 515 547 - - - - - - - 14 515 547

Operações de financiamento às instituições de crédito relacionadas com operações de política monetária

604 781 109 - 16 495 500 - - - - - 621 276 609

Investimentos detidos até à maturidade 7 143 5 484 692 6 381 445 7 882 908 34 582 763 105 569 486 588 567 061 - 748 475 497

Activos financeiros recebidos em aumento de capital

- - - - - - 174 440 000 - 174 440 000

Activos financeiros concedidos ao Estado - - - - 377 396 489 - 190 000 000 - 567 396 489

Investimentos em associadas e outras entidades

- - - - - - - 1 425 250 1 425 250

Outros valores activos internos a receber - -

Total 1 176 844 717 198 498 546 273 976 816 274 068 171 822 107 495 339 966 909 1 166 611 091 1 172 444 690 5 424 518 435

Passivo

Notas e moedas em circulação - - - - - - - 527 716 718 527 716 718

Responsabilidades para com instituições de crédito nacionais relacionadas com operações de política monetária

Reservas bancárias - - - - - - - 1 332 968 725 1 332 968 725

Mercado monetário interbancário 65 287 853 1 008 798 - - - - - - 66 296 652

Responsabilidades internas para com outras entidades

Conta Única do Tesouro - - - - - - - 1 026 408 870 1 026 408 870

Outras responsabilidades 14 803 14 803 14 803 29 605 32 854 - - - 106 868

Investimentos em associadas e outras entidades

852 549 852 549

Responsabilidades externas para com outras entidades

Fundo Monetário Internacional - - - - - - - 230 551 057 230 551 057

Recursos em instituições de crédito - 2 629 895 9 059 450 9 855 886 203 008 014 613 982 072 - - 838 535 317

Total 65 302 656 3 653 496 9 074 253 9 885 491 203 040 868 613 982 072 - 3 118 497 919 4 023 436 756

Liquidez ajustada 1 111 542 061 194 845 050 264 902 563 264 182 680 619 066 627 (274 015 163) 1 166 611 091 (1 946 053 229)

Liquidez acumulada 1 111 542 061 1 306 387 111 1 571 289 674 1 835 472 354 2 454 538 981 2 180 523 818 3 347 134 909 1 401 081 680

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 167

166 Relatório Anual e Contas • 2017

2016

Prazos residuais

Até 1 mês Entre 1 mês e

3 meses Entre 3 e 6

meses Entre 6 meses

e 1 ano Entre 1 e 3

anos Entre 3 e 5

anos Mais de 5

anos Indeterminado Total

Activo

Activos sobre o exterior

Caixa e disponibilidades em instituições de crédito

160 334 290 - - - - - - - 160 334 290

Aplicações em instituições de crédito 624 232 001 195 553 442 235 665 001 530 764 254 - - - - 1 586 214 698

Activos financeiros ao justo valor através de resultados

- - - - - - - 880 881 575 880 881 575

Activos financeiros disponíveis para venda 21 250 004 54 984 750 140 215 076 145 836 994 514 846 620 301 356 723 264 961 663 - 1 443 451 830

Fundo Monetário Internacional - - - - - - - 227 640 067 227 640 067

Activos internos

Caixa e disponibilidades em instituições de crédito

16 047 801 - - - - - - - 16 047 801

Aplicações em instituições de crédito - 24 221 838 - - - - - - 24 221 838

Operações de financiamento às instituições de crédito relacionadas com operações de política monetária

1 069 001 961 - - - - - - - 1 069 001 961

Investimentos detidos até à maturidade - - 71 493 294 20 738 82 952 82 952 365 310 991 - 436 990 926

Activos financeiros recebidos em aumento de capital

- - - - - - 174 440 000 - 174 440 000

Activos financeiros concedidos ao Estado - - - - - - 190 000 000 82 951 500 272 951 500

Investimentos em associadas e outras entidades

- - - - - - - 359 969 359 969

Total 1 890 866 057 274 760 030 447 373 372 676 621 986 514 929 571 301 439 674 994 712 654 1 191 833 111 6 292 536 455

Passivo

Notas e moedas em circulação - - - - - - - 506 005 614 506 005 614

Responsabilidades para com instituições de crédito nacionais relacionadas com operações de política monetária

Reservas bancárias - - - - - - - 1 663 200 343 1 663 200 343

Mercado monetário interbancário 57 701 704 11 654 887 - - - - - - 69 356 592

Responsabilidades internas para com outras entidades

Conta Única do Tesouro - - - - - - - 1 674 192 946 1 674 192 946

Outras responsabilidades - 13 839 14 803 29 605 92 065 - - - 150 312

Responsabilidades externas para com outras entidades

Fundo Monetário Internacional 2 524 193 2 540 772 10 066 - - - - 238 235 974 243 311 005

Recursos em instituições de crédito 4 479 381 5 126 403 - 5 516 275 273 582 342 175 508 784 165 903 000 - 630 116 184

Total 64 705 278 19 335 901 24 869 5 545 880 273 674 407 175 508 784 165 903 000 4 081 634 877 4 786 332 996

Liquidez ajustada 1 826 160 779 255 424 129 447 348 503 671 076 106 241 255 164 125 930 890 828 809 654 (2 889 801 766)

Liquidez acumulada 1 826 160 779 2 081 584 908 2 528 933 411 3 200 009 517 3 441 264 681 3 567 195 572 4 396 005 225 1 506 203 459

Os principais pressupostos utilizados na construção dos quadros acima apresentados são os seguintes:

Os juros dependentes de indexantes de mercado ou outros referenciais, apenas determináveis em data futura

(por exemplo os juros das Obrigações do Tesouro Nacional indexadas à taxa de câmbio ou ao índice de preços

do consumidor) foram apurados com base nos indexantes a cada data de relato financeiro.

Os depósitos à ordem (incluindo juros) são considerados activos à vista, pelo que se encontram contemplados

na coluna “Até 1 mês”.

Para os restantes activos financeiros foi considerado que a sua maturidade era indeterminada, tendo sido

incluídos na coluna “Indeterminado”, assim como as notas e moedas em circulação, reservas bancárias

e Conta Única do Tesouro que embora sejam passivos financeiros exigíveis à vista não é expectável que

tenham esse prazo de liquidação.

Não foram considerados eventuais incumprimentos ou reembolsos antecipados.

Risco de mercado

O risco de mercado corresponde à probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou nos capitais

próprios, devido a movimentos desfavoráveis no preço de mercado dos instrumentos financeiros detidos pelo Banco,

como, por exemplo, o risco de oscilações nas taxas de juro e de câmbio.

O Banco assume exposição a riscos de mercado, ou seja, a riscos provenientes de posições em aberto em taxas de

juro, moeda estrangeira e outros produtos expostos a movimentos do mercado.

Risco cambial

Traduz-se na probabilidade do valor de um instrumento financeiro se alterar devido à flutuação da taxa de câmbio da

moeda estrangeira associada ao instrumento.

A política de investimentos em moeda externa é definida por uma das áreas de negócio do Banco, designadamente

o Departamento de Gestão de Reservas (DGR). As disponibilidades, aplicações e recursos em instituições de crédito,

os títulos detidos em carteiras geridas interna e externamente, bem como os financiamentos expõem o Banco a risco

cambial, ainda que o mesmo seja gerido com a definição de limites de exposição por cada moeda, à composição das

Reservas Internacionais. Estes limites são definidos pelo DGR e aprovados pelo Conselho de Administração do Banco.

Decorrente da política contabilística descrita na alínea b) da Nota 2.1.4, o Banco regista todos os custos e proveitos

relativos a diferenças cambiais potenciais numa rubrica de capitais próprios, não tendo qualquer impacto na

demonstração dos resultados do Banco.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, os instrumentos financeiros, por moeda nacional e estrangeira, apresentam o

seguinte: detalhe:

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 169

168 Relatório Anual e Contas • 2017

2017

KwanzasDólares dos

Estados Unidos

EurosLibras

EsterlinasYuan

Renminbi Outros Total

Activo

Ouro - 128 164 847 - - - 128 164 847

Activos externos

Caixa e disponibilidades em instituições de crédito

- 189 084 563 469 298 685 211 306 1 044 769 190 810 621

Aplicações em instituições de crédito - 775 927 113 27 746 314 134 405 689 - - 938 079 116

Activos financeiros ao justo valor através de resultados

- 772 986 424 94 714 402 - - - 867 700 826

Activos financeiros disponíveis para venda

- 820 716 750 100 192 830 (791 804) 19 130 044 27 685 121 966 932 941

Fundo Monetário Internacional - - - - - 220 356 614 220 356 614

Outros valores activos externo a receber 82 962 000 82 962 000

Activos internos

Caixa e disponibilidades em instituições de crédito

16 765 13 722 354 769 943 - - 6 484 14 515 546

Operações de financiamento às instituições de crédito relacionadas com operações de política monetária

294 459 215 323 345 073 1 442 417 - - - 619 246 705

Investimentos detidos até à maturidade 106 021 398 974 144 - - - - 106 995 542

Activos financeiros recebidos em aumento de capital

174 440 000 - - - - - 174 440 000

Activos financeiros concedidos ao Estado 481 900 000 85 496 489 - - - - 567 396 489

Investimentos em associadas e outras entidades

1 425 250 - - - - - 1 425 250

Outros valores activos internos a receber - - - - - - -

Total 1 058 262 628 3 193 379 757 225 335 204 133 614 570 19 341 350 249 092 988 4 879 026 497

Passivo

Notas e moedas em circulação 527 716 718 - - - - - 527 716 718

Responsabilidades para com instituições de crédito nacionais relacionadas com operações de política monetária

Reservas bancárias 925 641 186 406 908 767 21 830 413 - - - 1 354 380 366

Mercado monetário interbancário 66 296 652 - - - - - 66 296 652

Responsabilidades internas para com outras entidades

Conta Única do Tesouro 178 038 114 848 370 755 - - - - 1 026 408 869

Outras responsabilidades 84 160 - - - - - 84 160

Investimentos em associadas e outras entidades

852 549 852 549

Responsabilidades externas para com outras entidades

Fundo Monetário Internacional - - - - - 230 551 057 230 551 057

Recursos em instituições de crédito - 770 334 264 - - - - 770 334 264

Total 1 698 629 379 2 025 613 787 21 830 413 - - 230 551 057 3 976 624 636

2016

KwanzasDólares dos

Estados Unidos

EurosLibras

EsterlinasYuan

Renminbi Outros Total

Activo

Ouro - 112 872 696 - - - 112 872 696

Activos externos

Caixa e disponibilidades em instituições de crédito

- 152 108 565 4 533 078 819 601 1 883 203 989 843 160 334 290

Aplicações em instituições de crédito - 1 397 222 465 37 885 661 151 106 572 1 586 214 698

Activos financeiros ao justo valor através de resultados

- 705 092 714 175 788 861 - - - 880 881 575

Activos financeiros disponíveis para venda

- 977 468 266 161 873 907 163 972 400 64 186 927 27 180 034 1 394 681 535

Fundo Monetário Internacional - - - - - 227 640 067 227 640 067

Activos internos

Caixa e disponibilidades em instituições de crédito

8 172 16 033 345 (88) - - 6 371 16 047 800

Operações de financiamento às instituições

Operações de financiamento às instituições de crédito relacionadas com operações de política monetária

754 179 250 314 513 013 309 697 - - - 1 069 001 960

Investimentos detidos até à maturidade 69 199 362 1 003 881 - - - - 70 203 243

Activos financeiros recebidos em aumento de capital

174 440 000 - - - - - 174 440 000

Activos financeiros concedidos ao Estado 190 000 000 82 951 500 - 272 951 500

Investimentos em associadas e outras entidades

359 969 - - - - - 359 969

Total 1 188 186 753 3 759 266 445 380 391 117 315 898 574 66 070 130 255 816 315 5 965 629 333

Passivo

Notas e moedas em circulação 506 005 614 - - - - - 506 005 614

Responsabilidades para com instituições de crédito nacionais relacionadas com operações de política monetária

Reservas bancárias 1 245 583 471 395 367 261 22 249 611 - - - 1 663 200 343

Mercado monetário interbancário 69 092 160 - - - - - 69 092 160

Responsabilidades internas para com outras entidades

Conta Única do Tesouro 125 191 348 1 549 001 598 - - - - 1 674 192 946

Outras responsabilidades 103 844 - - - - - 103 844

Responsabilidades externas para com outras entidades

Fundo Monetário Internacional - - - - - 243 284 360 243 284 360

Recursos em instituições de crédito - 583 495 588 - - - - 583 495 588

Total 1 945 976 437 2 527 864 448 22 249 611 - - 243 284 360 4 739 374 855

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 171

170 Relatório Anual e Contas • 2017

Risco de taxa de juro

O risco de taxa de juro diz respeito ao impacto que movimentos nas taxas de juro têm nos resultados e no valor

patrimonial dos activos e passivos do Banco. Este risco decorre essencialmente da existência de diferentes prazos

de vencimento ou de reapreciação dos activos, passivos e posições fora de balanço da entidade, face a alterações

na inclinação da curva de taxas de juro. Desta forma, o risco de taxa de juro corresponde ao risco do valor actual dos

fluxos de caixa futuros de um instrumento financeiro sofrer flutuações em virtude de alterações nas taxas de juro de

mercado.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, os instrumentos financeiros, por tipo de taxa de juro, apresentam o seguinte

detalhe:

Para efeitos da elaboração dos quadros anteriores, foram considerados os seguintes pressupostos:

Na rubrica “Caixa e disponibilidades em instituições de crédito” foram distinguidos os montantes de depósitos à

ordem regulares em instituições de crédito, não sujeitos a taxa de juro, dos que se encontram sujeitos a taxa de juro

variável, nomeadamente os depósitos com aplicações overnight contratadas.

Tendo em consideração a informação insuficiente divulgada pelas entidades externas sobre os títulos detidos nas

várias carteiras discricionárias classificadas na categoria “Activos financeiros ao justo valor através de resultados”,

não é possível divulgar a exposição por tipo de taxa de juro destas aplicações.

Apesar do cupão pago pelas obrigações do Tesouro Nacional, classificadas na categoria “Investimentos detidos até à

2017

Exposição

Sujeito a taxa de juro Não sujeito a taxa de juro

TotalTaxa fixa Taxa variável

Activo

Ouro - - 128 164 847 128 164 847

Activos externos

Caixa e disponibilidades em instituições de crédito - - 190 810 622 190 810 622

Aplicações em instituições de crédito 938 079 116 - - 938 079 116

Activos financeiros ao justo valor através de resultados - - 867 700 826 867 700 826

Activos financeiros disponíveis para venda 966 932 941 - - 966 932 941

Fundo Monetário Internacional - - 220 356 614 220 356 614

Outros valores activos externo a receber 82 962 000 82 962 000

Activos internos

Caixa e disponibilidades em instituições de crédito - - 14 515 547 14 515 547

Operações de financiamento às instituições de crédito relacionadas com operações de política monetária

619 246 705 - - 619 246 705

Investimentos detidos até à maturidade 106 995 542 - - 106 995 542

Activos financeiros recebidos em aumento de capital - - 174 440 000 174 440 000

Activos financeiros concedidos ao Estado 377 396 489 - 190 000 000 567 396 489

Investimentos em associadas e outras entidades - - 1 425 250 1 425 250

Outros valores activos internos a receber - - - -

Total 3 008 650 793 - 1 870 375 706 4 879 026 499

Passivo

Notas e moedas em circulação - - 527 716 718 527 716 718

Responsabilidades para com instituições de crédito nacionais relacionadas com operações de política monetária

Reservas bancárias - - 1 332 968 725 1 332 968 725

Mercado monetário interbancário 66 296 652 - - 66 296 652

Responsabilidades internas para com outras entidades

Conta Única do Tesouro - - 1 026 408 870 1 026 408 870

Outras responsabilidades - - 84 160 84 160

Investimentos em associadas e outras entidades - 852 549 852 549

Responsabilidades externas para com outras entidades

Fundo Monetário Internacional 230 551 057 - - 230 551 057

Recursos em instituições de crédito 770 334 264 - - 770 334 264

Total 1 067 181 973 - 2 888 031 022 3 955 212 995

2016

Exposição

Sujeito a taxa de juro Não sujeito a taxa de juro

TotalTaxa fixa Taxa variável

Activo

Ouro - - 112 872 696 112 872 696

Activos externos

Caixa e disponibilidades em instituições de crédito - 72 577 814 87 756 476 160 334 290

Aplicações em instituições de crédito 1 586 214 698 - - 1 586 214 698

Activos financeiros ao justo valor através de resultados - - 880 881 575 880 881 575

Activos financeiros disponíveis para venda 1 394 681 535 - - 1 394 681 535

Fundo Monetário Internacional - - 227 640 067 227 640 067

Activos internos

Caixa e disponibilidades em instituições de crédito - - 16 047 801 16 047 801

Operações de financiamento às instituições de crédito relacionadas com operações de política monetária

1 069 001 961 - - 1 069 001 961

Investimentos detidos até à maturidade 70 203 243 - - 70 203 243

Activos financeiros recebidos em aumento de capital - - 174 440 000 174 440 000

Activos financeiros concedidos ao Estado 272 951 500 - - 272 951 500

Investimentos em associadas e outras entidades - - 359 969 359 969

Total 4 393 052 937 72 577 814 1 499 998 584 5 965 629 335

Passivo

Notas e moedas em circulação - - 506 005 614 506 005 614

Responsabilidades para com instituições de crédito nacionais relacionadas com operações de política monetária

Reservas bancárias - - 1 663 200 343 1 663 200 343

Mercado monetário interbancário 69 092 160 - - 69 092 160

Responsabilidades internas para com outras entidades

Conta Única do Tesouro - - 1 674 192 946 1 674 192 946

Outras responsabilidades - - 103 844 103 844

Responsabilidades externas para com outras entidades

Fundo Monetário Internacional 243 284 360 - - 243 284 360

Recursos em instituições de crédito 583 495 588 - - 583 495 588

Total 895 872 108 - 3 843 502 747 4 739 374 855

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 173

172 Relatório Anual e Contas • 2017

maturidade”, ser variável devido à flutuação do valor nominal em função da taxa de câmbio da data de liquidação, a

taxa de cupão associada a cada título é fixa.

É de realçar que existem investimentos realizados pela gestão externa (incluídos na rubrica “Activos financeiros ao

juso valor através de resultados”) que têm exposição ao risco de taxa de juro, porém, o Banco enquadra globalmente

este risco como sendo de mercado.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, os instrumentos financeiros por data de maturidade ou prazo de refixação de

taxa, apresentam o seguinte detalhe:

2017

Datas de refixação

Até 1 mês Entre 1 mês e 3 meses

Entre 3 e 6 meses

Entre 6 meses e 1

ano

Entre 1 e 3 anos

Entre 3 e 5 anos

Mais de 5 anos

Indeterminado Total

Activo

Ouro - - - - - - - - -

Activos externos

Caixa e disponibilidades em instituições de crédito

- - - - - - - - -

Aplicações em instituições de crédito 366 481 194 162 161 341 222 236 196 187 200 384 - - - - 938 079 115

Activos financeiros ao justo valor através de resultados

- - - - - - - - -

Activos financeiros disponíveis para venda - 13 897 562 28 060 196 76 146 979 402 071 116 253 430 855 193 326 234 - 966 932 942

Fundo Monetário Internacional - - - - - - - - -

Outros valores activos externo a receber - -

Activos internos

Caixa e disponibilidades em instituições de crédito

- - - - - - - - -

Aplicações em instituições de crédito - - - - - - - - -

Operações de financiamento às instituições de crédito relacionadas com operações de política monetária

(15 912 091) - 15 912 091 - - - - - -

Investimentos detidos até à maturidade - 2 924 368 1 002 234 - 4 116 424 62 393 661 402 905 835 - 106 995 542

Activos financeiros recebidos em aumento de capital

- - - - - - - - -

Activos financeiros concedidos ao Estado - - - - - - 190 000 000 (190 000 000) -

Investimentos em associadas e outras entidades - - - - - - - - -

Outros valores activos internos a receber - -

Total 350 569 103 178 983 271 267 210 717 263 347 363 406 187 540 315 824 516 786 232 069 (190 000 000) 2 012 007 599

Passivo

Notas e moedas em circulação - - - - - - - - -

Títulos do Banco Central - - - - - - - - -

Responsabilidades para com instituições de crédito nacionais relacionadas com operações de política monetária

Reservas bancárias - - - - - - - - -

Mercado monetário interbancário 65 287 853 1 008 798 - - - - - 66 296 651

Responsabilidades internas para com outras entidades

Conta Única do Tesouro - - - - - - - - -

Outras responsabilidades 17 025 10 014 10 264 21 305 25 553 - - - 84 161

Investimentos em associadas e outras entidades 852 549 852 549

Responsabilidades externas para com outras entidades

Fundo Monetário Internacional - - - - - - - 230 551 057 230 551 057

Recursos em instituições de crédito - 762 697 4 506 947 1 070 660 165 924 000 598 069 960 - - 770 334 264

Total 65 304 878 1 781 509 4 517 211 1 091 965 165 949 553 598 069 960 - 231 403 606 1 068 118 682

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 175

174 Relatório Anual e Contas • 2017

2016

Datas de refixação

Até 1 mês Entre 1 mês e 3 meses

Entre 3 e 6 meses

Entre 6 meses e 1

ano

Entre 1 e 3 anos

Entre 3 e 5 anos

Mais de 5 anos

Indeterminado Total

Activo

Ouro - - - - - - - 112 872 696 112 872 696

Activos externos

Caixa e disponibilidades em instituições de crédito

160 334 290 - - - - - - - 160 334 290

Aplicações em instituições de crédito 624 232 001 195 553 442 235 665 001 530 764 254 - - - - 1 586 214 698

Activos financeiros ao justo valor através de resultados

- - - - - - - 880 881 575 880 881 575

Activos financeiros disponíveis para venda 20 952 387 54 923 753 139 643 355 142 501 329 492 005 409 292 161 399 252 493 904 - 1 394 681 535

Fundo Monetário Internacional - - - - - - - 227 640 067 227 640 067

Activos internos

Caixa e disponibilidades em instituições de crédito

16 047 801 - - - - - - - 16 047 801

Aplicações em instituições de crédito - - - - - - - - -

Operações de financiamento às instituições de crédito relacionadas com operações de política monetária

1 069 001 961 - - - - - - - 1 069 001 961

Investimentos detidos até à maturidade - - - - 69 371 309 - 831 934 - 70 203 243

Activos financeiros recebidos em aumento de capital

- - - - - - 174 440 000 - 174 440 000

Activos financeiros concedidos ao Estado - - - - - - 190 000 000 82 951 500 272 951 500

Investimentos em associadas e outras entidades - - - - - - - 359 969 359 969

Total 1 890 568 440 250 477 195 375 308 356 673 265 583 561 376 718 292 161 399 617 765 838 1 304 705 807 5 965 629 335

Passivo

Notas e moedas em circulação 506 005 614 - - - - - - - 506 005 614

Títulos do Banco Central - - - - - - - - -

Responsabilidades para com instituições de crédito nacionais relacionadas com operações de política monetária

Reservas bancárias 1 663 200 343 - - - - - - - 1 663 200 343

Mercado monetário interbancário 57 628 431 11 463 729 - - - - - 69 092 160

Responsabilidades internas para com outras entidades

Conta Única do Tesouro 1 674 192 946 - - - - - - - 1 674 192 946

Outras responsabilidades - 8 109 9 299 19 300 67 136 - - - 103 844

Responsabilidades externas para com outras entidades

Fundo Monetário Internacional 2 524 193 2 524 193 - - - - - 238 235 974 243 284 360

Recursos em instituições de crédito 808 777 313 280 - 1 713 031 248 854 500 165 903 000 165 903 000 - 583 495 588

Total 3 904 360 304 14 309 311 9 299 1 732 331 248 921 636 165 903 000 165 903 000 238 235 974 4 739 374 855

40 - Responsabilidades contingentes

Devido às alterações regulamentares em sede de Imposto Consumo que ocorreram durante o exercício de 2014,

através da aprovação do Decreto-Legislativo Presidencial n.º 3-A/14, de 21 de Outubro de 2014, bem como as

alterações que já haviam sido introduzidas pelo Decreto Presidencial n.º 7/11, de 30 de Dezembro, o Banco Nacional

de Angola está analisar o enquadramento da isenção prevista no art.92º da Lei nº 16/2010 de 15 de Julho Lei do

Banco Nacional de Angola, à luz do referido Decreto-Legislativo Presidencial. Até à presente data ainda não foram

concluídos os trabalhos de enquadramento, apenas foram identificadas possíveis contingências não mensuradas.

41 – Eventos subsequentes à data de referência

Seguidamente apresentam-se os eventos relevantes subsequentes a 31 de Dezembro de 2017, sendo convicção do

Conselho de Administração do BNA, nos termos da IAS 10, que os mesmos não dão lugar a ajustamentos na posição

financeira do Banco com referência a 31 de Dezembro de 2017.

a) Operação com a Mais Financial Services, S.A.

Em 31 de Dezembro de 2017, o saldo apresentado na rubrica “Valor a receber – Mais Financial” corresponde

a direitos do BNA junto de uma Instituição Internacional, denominados em Dólares dos Estados Unidos, no

montante de USD 500 milhões (Nota 11). No decorrer do ano de 2017, a empresa Mais Financial Services,

S.A. (“MFS”) propôs ao Executivo a constituição de um Fundo de Investimento Estratégico que mobilizaria 35

mil milhões de dólares americanos para o financiamento de projectos considerados estratégicos para o país e

de um outro Fundo de Moeda Externa que colocaria a quantia semanal de 300 milhões de dólares americanos

para atender as necessidades do mercado cambial interno por um período de 12 meses. Note-se que toda a

operação seria intermediada pela MFS que contava, alegadamente, com o suporte de um sindicato de bancos

internacionais de primeira linha. Assim, em Agosto do mesmo ano foram transferidos 500 milhões de dólares

americanos para a conta da PerfectBit, entidade contratada pelos promotores da operação, alegadamente

para fins de custódia dos fundos a estruturar.

Da “due dilligence” feita pelo Ministério das Finanças e pelo escritório de advogados por si contratados,

concluiu-se que a empresa PerfectBit era uma empresa dormente, ou seja, um veículo sem qualquer histórico

em operações similares, tendo sido este valor recuperado em 28 de Março de 2018, como resultado das

várias diligências encetadas pelo Banco Nacional Angola e o Estado Angolano em conjunto com Instituições

Britânicas.

b) Operação de reestruturação de dívida de instituição de crédito

Encontra-se em curso a formalização de um acordo entre o BNA e uma Instituição Financeira com

vista à definição de um plano de reestruturação da sua dívida. No entanto, à data de aprovação destas

demonstrações financeiras não são estimados impactos significativos nas mesmas decorrentes do referido

acordo (Nota 10).

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 177

176 Relatório Anual e Contas • 2017

c) Activos geridos pela Quantum Global Wealth Management AG

Durante o mês de Maio de 2018, o BNA foi informado que um dos gestores externos recebeu uma ordem

de congelamento de fundos a nível mundial, proveniente do Supremo Tribunal de Justiça de Inglaterra.

É entendimento dos responsáveis do Fundo e do BNA que não obstante a Quantum Global Wealth

Management AG, gerir, na qualidade de sociedade gestora de activos do Banco Nacional de Angola, os

factos mencionados não têm impactos significativos nas demonstrações financeiras do BNA. Esta convicção

baseia-se essencialmente no facto dos fundos do Banco Nacional de Angola, sob gestão da referida entidade

gestora (2017: kz 319.332 838 mil), encontrarem-se investidos em activos cotados em mercado e com elevado

grau de liquidez, sendo que cerca de 63% encontram-se depositados junto de uma conta de custódia do

BNA domiciliada numa Instituição Financeira Custodiante, 33% estão investidos em activos registados

em nome do BNA e apenas o remanescente 4% estão domiciliados em contas da Quantum Global Wealth

Management AG abertas em nome do BNA domiciliadas em países diferentes dos que a referida entidade

está a ser alvo de investigação (Nota 7).

d) Operação de cedência de liquidez

Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a rubrica “Cedência de liquidez” corresponde a uma operação de

cedência de liquidez em moeda estrangeira a uma instituição financeira bancária nacional, com vista à

abertura de cartas de crédito para operações de importação de bens alimentares. Em 31 de Dezembro de

2017, o BNA procedeu ao registo adicional de uma perda por imparidade no valor de Kz 12.365.394 mil,

tendo por base os recebimentos efectivos que ocorreram até Maio de 2018, decorrentes de um acordo

de reestruturação por dificuldades financeiras. Face às incertezas existentes sobre a capacidade desta

instituição proceder à liquidação do remanescente da linha de financiamento, o valor da imparidade registada

com referência a 31 de Dezembro de 2017 (Kz 43.902.426 mil) corresponde ao valor da Cedência de Liquidez

não liquidado até Maio de 2018 (Nota 6).

e) Financiamentos concedidos ao Estado

Em 19 de Abril de 2018, o BNA recebeu do MINFIN Obrigações de Tesouro no valor nominal de Kz

291.900.000 mil com uma taxa de remuneração de 12,5% e uma maturidade de 10 anos, por meio do Decreto

Executivo nº 17/18 de 2 de Março de 2018, através da emissão de títulos de Dívida Pública Directa, para

liquidação do financiamento concedido ao Estado, que se encontravam registados em 31 de Dezembro de

2017 na rubrica “Activos financeiros concedidos ao Estado” (Nota 9).

f) Outros valores passivos – Banco da Namíbia

No primeiro trimestre de 2018 foi liquidado o valor de Kz 16.942.513 mil, incluído na rubrica “Outros valores

passivos” em 31 de Dezembro de 2017, relativo ao acordo de conversão monetária celebrado entre o BNA e o

Banco da Namíbia (Nota 20).

g) Evolução cambial

O BNA iniciou em Janeiro de 2018 a implementação de um novo regime cambial com o objectivo de garantir

a sustentabilidade das contas externas e conferir maior previsibilidade ao mercado cambial. Neste contexto,

o novo regime de taxa de câmbio, prevê que o apuramento da taxa de câmbio de referência resulta do

cálculo da média ponderada das taxas de venda dos leilões de divisas organizados pelo BNA. Conforme

apresentado de seguida, a aplicação das taxas de câmbio com referência a 16 de Maio de 2018, sobre os

activos em moeda estrangeira em 31 de Dezembro de 2017, teria um possível efeito positivo nas Reservas de

reavaliação de Kz 684.472.110 mil.

31/12/17

ACTIVO Taxas de

câmbio de 16-05-2018

Taxas de câmbio de 31-12-2017

Variação %

Ouro 179 327 588 128 164 847 51 162 741 40%

Activos sobre o exterior -

Caixa e disponibilidades em instituições de crédito 272 159 513 190 810 622 81 348 891 43%

Aplicações em instituições de crédito 1 315 377 260 938 079 116 377 298 144 40%

Activos financeiros ao justo valor através de resultados

1 222 043 335 867 700 826 354 342 509 41%

Activos financeiros disponíveis para venda 1 360 571 090 966 932 941 393 638 149 41%

Fundo Monetário Internacional 220 356 614 220 356 614 - 0%

Outros activos externos a receber 116 080 000 82 962 000 33 118 000 100%

4 506 587 812 3 266 842 119 1 239 745 693 38%

Activos internos

Caixa e disponibilidades em instituições de crédito 20 367 972 14 515 547 5 852 425 40%

Aplicações em instituições de crédito - - - -

Operações às instituições de crédito relacionadas com operações de política monetária

749 025 351 619 246 705 129 778 646 21%

Investimentos detidos até à maturidade 107 185 584 106 995 542 190 042 0%

Activos financeiros recebidos em aumento de capital 174 440 000 174 440 000 - -

Activos financeiros concedidos ao Estado 601 526 244 567 396 489 34 129 755 20%

Investimentos em associadas e outras entidades 1 425 250 1 425 250 - 0%

Outros activos internos a receber - - - 100%

1 653 970 401 1 484 019 533 169 950 868 11%

Activos tangíveis 49 715 990 49 715 991 (1) 0%

Activos intangíveis 1 350 559 1 350 558 1 0%

Outros valores activos 50 372 800 45 256 832 5 115 968 11%

Total do Activo 6 441 325 150 4 975 349 880 1 465 975 270 29%

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 179

178 Relatório Anual e Contas • 2017

42 – Afectação do resultado de 2017

Tendo em consideração que o resultado apurado no exercício foi, um prejuízo de Kz 70.749.867 mil, o Conselho de

Administração deliberou no dia 17 de Maio de 2018, no sentido de se proceder à transferência deste valor para

Resultados Transitados, ficando a aguardar a emissão por parte do accionista único do BNA de títulos de dívida

pública a favor do Banco Nacional de Angola pelo montante que se tornar necessário para que a situação seja

sanada, nos termos do disposto no artigo 89.º da Lei do BNA.

Estas Demonstrações Financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração em sessão realizada em 17 de

Maio de 2018, pelo que são assinadas pelos seus membros.

31/12/17

PASSIVO E CAPITAIS PRÓPRIOS Taxas de

câmbio de 16-05-2018

Taxas de câmbio de 31-12-2017

Variação %

Notas e moedas em circulação 527 716 718 527 716 718 - 0%

Responsabilidades para com instituições de crédito nacionais relacionadas com operações de política monetária

Reservas bancárias 1 495 606 963 1 332 968 725 162 638 238 12%

Mercado monetário interbancário 66 296 652 66 296 652 - 0%

Responsabilidades internas para com outras entidades

Conta Única do Tesouro 1 365 074 074 1 026 408 870 338 665 204 33%

Outras responsabilidades 84 160 84 160 - 0%

Investimentos em associadas e outras entidades 852 549 852 549 - 100%

Responsabilidades externas para com outras entidades

Fundo Monetário Internacional 230 551 057 230 551 057 - 0%

Recursos de instituições financeiras 1 077 847 706 770 334 264 307 513 442 40%

Responsabilidades com pensões e outros benefícios 213 835 273 213 835 273 - 0%

Provisões 97 236 345 98 561 765 (1 325 420) -1%

Outros valores passivos 93 318 250 83 306 554 10 011 696 12%

Total do Passivo 5 168 419 747 4 350 916 587 817 503 160 19%

Capital 270 000 000 270 000 000 - -

Diferenças de reavaliação 1 034 913 539 386 441 429 648 472 110 168%

Outras reservas 43 809 350 43 809 350 - 0%

Resultado transitado (5 067 618) (5 067 619) 1 (0)

Resultado do exercício (70 749 867) (70 749 867) - 0%

Total dos Capitais Próprios 1 272 905 404 624 433 293 648 472 111 104%

Total do Passivo e Capitais Próprios 6 441 325 151 4 975 349 880 1 465 975 271 29%

43 – Novas normas e interpretações aplicáveis ao exercício

Adopção de normas (novas ou revistas) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e

interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (IFRIC).

As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões têm aplicação obrigatória pela primeira vez no exercício

findo em 31 de Dezembro de 2017:

Norma /interpretação Data de emissãoAplicável os

exercícios iniciados em ou após

IAS 12 - Impostos sobre o rendimento (Emenda) 19-01-2016 01-01-2017

IAS 7 - Demonstrações dos Fluxos de Caixa (Emenda) 29-01-2016 01-01-2017

IFRS 12 - Divulgação de Interesses em Outras Entidades 08-12-2016 01-01-2017

(Melhorias anuais das Normas IFRS Ciclo 2014-2016)

Não foram produzidos efeitos significativos nas demonstrações financeiras no exercício findo em 31 de Dezembro de

2017, decorrente da adopção das normas, interpretações, emendas e revisões acima referidas.

Normas, interpretações, emendas e revisões que irão entrar em vigor em exercícios futuros

As normas e interpretações recentemente emitidas pelo IASB cuja aplicação é obrigatória apenas em períodos com

início após 1 de Janeiro de 2018 ou posteriores e que o Banco não adoptou antecipadamente são as seguintes:

Norma /interpretação Data de emissãoAplicável os

exercícios iniciados em ou após

IFRS 15 - Rédito de Contratos com Clientes 28-05-2014 01-01-2018

IFRS 15 - Rédito de Contratos com Clientes (Emenda) 11-09-2015 01-01-2018

IFRS 9 - Instrumentos Financeiros 27-07-2014 01-01-2018

IFRS 16 - Locações 13-01-2016 01-01-2019

IAS 28 - Investimentos em Associadas e Empreendimentos Conjuntos 08-12-2016 01-01-2018

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 181

180 Relatório Anual e Contas • 2017

IFRS 9 Instrumentos financeiros:

Esta norma insere-se no projecto de revisão da IAS 39 e estabelece os novos requisitos relativamente à classificação

e mensuração de activos e passivos financeiros, à metodologia de cálculo de imparidade e à aplicação das regras de

contabilidade de cobertura.

O projecto de implementação da IFRS 9 estabelece novas regras de classificação e mensuração dos activos e

passivos financeiros, tendo sido estruturados em três etapas:

Etapa 1: Classificação e mensuração de activos e passivos financeiros;

Etapa 2: Imparidade de activos financeiros: redução no valor recuperável;

Etapa 3: Contabilidade de cobertura.

No que respeita à classificação de activos e passivos financeiros, são identificados, de seguida, os principais

aspectos a reter da IFRS 9:

Classificação e mensuração de activos financeiros

Todos os activos financeiros são mensurados ao justo valor na data do reconhecimento inicial, ajustado pelos custos

de transacção no caso de os instrumentos não serem contabilizadas pelo valor justo através de resultado (Fair value

through Profit loss). No entanto, as contas de clientes sem uma componente de financiamento significativa são

inicialmente mensuradas pelo seu valor de transacção, conforme definido na IFRS - 15 rendimentos de contractos

com os clientes.

Os instrumentos de dívida são posteriormente mensurados com base nos seus fluxos de caixa contratuais e

no modelo de negócio no qual tais instrumentos são detidos. Se um instrumento de dívida tem fluxos de caixa

contratuais que são apenas os pagamentos do principal e dos juros sobre o capital em dívida e é detido dentro de um

modelo de negócio com o objectivo de deter os activos para recolher fluxos de caixa contratuais, então o instrumento

é contabilizado pelo custo amortizado. Se um instrumento de dívida tem fluxos de caixa contratuais que são

exclusivamente os pagamentos do capital e dos juros sobre o capital em dívida e é detido num modelo de negócios

cujo objectivo é recolher fluxos de caixa contratuais e de venda de activos financeiros, então o instrumento é medido

pelo justo valor através do resultado integral (Fair value through other comprehensive income) com subsequente

reclassificação para resultados.

Todos os outros instrumentos de dívida são subsequentemente contabilizados pelo FVTPL. Além disso, existe uma

opção que permite que os activos financeiros no reconhecimento inicial possam ser designados como FVTPL se isso

eliminar ou reduzir significativamente descompensação contabilística significativa nos resultados do exercício.

Os instrumentos de capital são geralmente mensurados ao FVTPL. No entanto, as entidades têm uma opção

irrevogável, numa base de instrumento a instrumento, de apresentar as variações de justo valor dos instrumentos

não-comerciais na demonstração do rendimento integral (sem subsequente reclassificação para resultados do

exercício).

Classificação e mensuração dos passivos financeiros

Para os passivos financeiros designados como justo valor através de resultados, usando a opção do justo valor,

a quantia da alteração no valor justo desses passivos financeiros que seja atribuível a alterações no risco de

crédito devem ser apresentada na demonstração do resultado integral. O resto da alteração no justo valor deve

ser apresentado no resultado, a não ser que a apresentação da alteração de justo valor relativamente ao risco de

crédito do passivo na demonstração do resultado integral vá criar ou ampliar uma descompensação contabilística nos

resultados do exercício.

Todas os restantes requisitos de classificação e mensuração de passivos financeiros da IAS 39 foram transportados

para IFRS 9, incluindo as regras de separação de derivados embutidos e os critérios para usar a opção do justo valor.

Em síntese, no que diz respeito à classificação e mensuração dos activos e passivos financeiros, verificamos que

a nova norma veio reduzir a complexidade da contabilização dos instrumentos financeiros através da redução da

complexidade da contabilização dos instrumentos financeiros atendendo à redução do número de classes onde se

podem contabilizar os instrumentos financeiros que passam das 4 classes da IAS 39 para 2 classes (Justo valor ou

Custo amortizado) e à previsível redução do número de instrumentos contabilizados ao justo valor.

Contudo, no que diz respeito aos instrumentos de dívida, a eliminação de investimentos detidos até à maturidade,

possibilita que mais instrumentos de dívida sejam contabilizados ao custo amortizado sem ter que se demonstrar

a intenção e capacidade de os deter até à maturidade. Note-se que a única forma de contabilizar instrumentos de

dívida cotados ao custo amortizado na IAS 39 era através da classe de investimentos detidos até à maturidade.

As reclassificações de activos financeiros são possíveis quando existam alterações aos modelos de negócio.

Estas reclassificações devem afectar todos os instrumentos financeiros incluídos na classe que foi reclassificada.

Relativamente à contabilização dos passivos financeiros, pouco se altera na IFRS 9 face ao que estava previsto na

IAS 39, ou seja, mantém-se a possibilidade de separar os derivados embutidos incluídos em passivos financeiros e

manter o instrumento hospedeiro contabilizado ao custo amortizado. Adicionalmente, mantém-se a possibilidade de

aplicar uma opção pelo justo valor e contabilizar de passivos financeiros ao justo valor, devendo ser efectuada uma

separação das variações no justo valor ocorridas. Quando estas variações se devem a alterações no risco de crédito

do emitente, essas variações devem ser reconhecidas no rendimento integral. Quando se devem a causas exógenas à

entidade, devem ser reconhecidas na demonstração dos resultados.

Na segunda etapa da implementação desta norma, introduziu-se uma alteração na forma como as instituições

financeiras calculam as imparidades sobre os seus instrumentos financeiros. A IFRS 9 veio introduzir um modelo

de perda esperada em substituição do modelo de perda incorrida utilizado pela IAS 39. De acordo com este novo

modelo, as entidades devem reconhecer perdas esperadas antes da ocorrência dos eventos de perda. Existe também

a necessidade de inclusão de informação prospectiva (“forward looking”) nas estimativas de perda esperada, com

inclusão de tendências e cenários futuros, nomeadamente macroeconómicos.

O conceito de perda esperada de crédito apresenta diferenças face ao conceito de perda esperada previsto no acordo

de Basileia III, nomeadamente na Capital Requirements Directive IV (CRD IV). De acordo com este novo modelo,

os activos sujeitos ao cálculo de imparidade, deverão ser categorizados numas das seguintes fases, em função de

alterações do risco de crédito desde o reconhecimento inicial do activo e não em função do risco de crédito à data de

reporte:

Parte VI - Notas anexas às demonstrações financeiras 183

182 Relatório Anual e Contas • 2017

Fase 1 – A partir do reconhecimento inicial do activo e sempre que não exista uma degradação significativa

do risco de crédito desde essa data, os activos são classificados nesta 1ª fase. Para estes activos deverá ser

reconhecida uma imparidade correspondente à perda esperada para o horizonte temporal de um ano, a contar

desde a data de referência do reporte.

Fase 2 – Caso exista uma degradação significativa de risco desde o reconhecimento inicial, os activos

deverão ser classificados na 2ª fase. Nesta fase, a imparidade corresponderá à perda esperada para a

restante vida desse activo. O conceito de degradação significativa do risco de crédito, preconizado pela

IFRS 9, introduz um maior nível de subjectividade no cálculo da imparidade, obrigando também a uma maior

ligação com as políticas de gestão de risco de crédito da entidade. As perspetivas lifetime e forward-looking

introduzem desafios na modelação, por parte das instituições financeiras, dos parâmetros de risco de crédito.

Fase 3 – Os activos em situação de imparidade deverão ser classificados nesta fase, com imparidade

correspondente à perda esperada para a restante vida desse activo. Em relação à fase anterior, a distinção

corresponde à forma de reconhecimento do juro efectivo, que deverá ter por base o valor líquido de balanço

(na 2ª fase tinha por base o valor bruto de balanço).

Imparidade: redução no valor recuperável

Os requisitos de imparidade são baseados num modelo de perda esperada de crédito, que substitui o modelo

de perda incorrida da IAS 39.

O modelo de perda esperada de crédito aplica-se: (i) aos instrumentos de dívida contabilizados ao custo

amortizado ou ao justo valor através de rendimento integral, (ii) à maioria dos compromissos de empréstimos,

(iii) aos contractos de garantia financeira, (iv) aos activos contratuais no âmbito da IFRS 15 e (v) às contas a

receber de locações no âmbito da IAS 17 - Locações.

A mensuração das PEC deve reflectir a probabilidade ponderada do resultado, o efeito do valor temporal do

dinheiro, e ser baseada em informação razoável e suportável que esteja disponível sem custo ou esforço

excessivo.

Por último, a terceira etapa de implementação da IFRS 9, diz respeito à contabilidade de cobertura e os

novos requisitos que advêm da aplicação do novo normativo contabilístico. A IFRS 9 veio simplificar as

necessidades actuais e o alinhamento entre a contabilidade de cobertura e a gestão de risco das instituições.

Contabilidade de cobertura

Os testes de eficácia de cobertura devem ser prospectivos e podem ser qualitativos, dependendo da

complexidade da cobertura, sem o teste dos 80,0% - 125,0%.

Uma componente de risco de um instrumento financeiro ou não financeiro pode ser designada como o item

coberto se a componente de risco for identificável separadamente e mensurável de forma confiável.

O valor temporal de uma opção, o elemento forward de um contrato forward e qualquer spread base

de moeda estrangeira podem ser excluídos da designação como instrumentos de cobertura e serem

contabilizado como custos da cobertura.

Conjuntos mais alargados de itens podem ser designados como itens cobertos, incluindo designações por

camadas e algumas posições líquidas.

A norma é aplicável para exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2018. A aplicação antecipada é permitida

desde que devidamente divulgada. A aplicação varia consoante os requisitos da norma sendo parcialmente

retrospectiva e parcialmente prospectiva. O BNA não procedeu à aplicação antecipada nas demonstrações

financeiras do exercício findo em 31 de Dezembro de 2017 da IFRS 9. Foi constituído um grupo de trabalho, com

vista a adopção da norma IFRS 9, com competências multidisciplinares (área de negócio e de contabilidade e gestão

financeira) com o envolvimento de membros dos órgãos de gestão, com o objectivo de apurar os impactos inerentes

a norma, bem como a sua aplicabilidade para os exercícios que se aproximam, porém até à presente data, a

Administração do Banco desconhece os potenciais impactos da adopção desta norma.

Luanda, 17 de Maio de 2018

_____________________________________________

José de Lima Massano (Governador)

_____________________________________________

Rui Miguêns de Oliveira (Vice-Governador)

_____________________________________________

Manuel António Tiago Dias (Vice-Governador)

_____________________________________________

Beatriz Ferreira de Andrade dos Santos (Administrador)

_____________________________________________

Miguel Bartolomeu Miguel (Administrador)

_____________________________________________

Pedro Rodrigo Gonçalves de Castro e Silva (Administrador)

_____________________________________________

Tavares André Cristóvão (Administrador)

Parte IX - Anexos 185

184 Relatório Anual e Contas • 2017

PARTE VII – Relatório e Parecer do Conselho de Auditoria

Parte IX - Anexos 187

186 Relatório Anual e Contas • 2017

Parte IX - Anexos 189

188 Relatório Anual e Contas • 2017

Parte IX - Anexos 191

190 Relatório Anual e Contas • 2017

Parte IX - Anexos 193

192 Relatório Anual e Contas • 2017

PARTE VIII – Relatório do Auditor Externo

Parte IX - Anexos 195

194 Relatório Anual e Contas • 2017

Parte IX - Anexos 197

196 Relatório Anual e Contas • 2017

Parte IX - Anexos 199

198 Relatório Anual e Contas • 2017

PARTE IX – Anexos

Normativos publicados

I. AVISOS

• Aviso n.º 01/2017, de 03 Fevereiro de 17, DR- I Série, n.º21, - Regulamentação Cambial-Realização

de Investimentos no Mercado de Valores Mobiliários por Entidades não Residentes Cambiais. Estabelece os

procedimentos para a realização de investimentos, transferências de capitais, juros, dividendos e outros rendimentos

relacionados com transacções de valores mobiliários por parte de entidades não residentes cambiais. – Revoga -

Aviso n.º4/05/de 30 Dezembro.

• Aviso n.º 02/2017, de 03 Fevereiro de 17, DR- I Série, n.º 21, - Regulamentação Cambial - Abertura e

Movimentação de Contas de Depósito Tituladas por não Residentes Cambiais. Estabelece as regras aplicáveis à

abertura e movimentação de contas de depósito domiciliadas junto das Instituições Financeiras Bancárias nacionais,

tituladas por não residentes cambiais, denominadas em moeda nacional e estrangeira. Revoga - Aviso n.º 3/09, de 05

de Junho.

• Aviso n.º 03/2017, de 30 de Março 17, DR- I Série, n.º 51, - Política Monetária-Isenção de Comissões no Âmbito

dos Serviços Mínimos Bancários. Estabelece as regras e os procedimentos aplicáveis à isenção de cobrança de

comissões bem como os deveres de informação a observar no âmbito dos serviços mínimos bancários.

• Aviso n.º 04/2017, de 28 de Junho 17, DR- I Série, n.º 105, - Regime Cambial sobre a Exportação de

Mercadoria. Estabelece as regras e os procedimentos a observar na realização de operações cambiais destinadas à

recepção de receitas de exportação e reexportação de mercadorias na República de Angola. Revoga - Capítulo III do

Aviso n.º 19/12, de 25 de Abril.

• Aviso n.º 05/2017, de 10 de Julho 17, DR- I Série, n.º 113, - Regulamentação de Cartões de Pagamentos e

Rede Multicaixa. Visa regulamentar as actividades de emissão, aceitação e utilização de cartões de pagamento e os

princípios de funcionamento do subsistema Multicaixa. Revoga - Aviso n.º10/12, de 02 de Abril, o Aviso nº.08/03,de

29 de Agosto e o Instrutivo nº.07/98,de 29 Maio.

• Aviso n.º 06/2017, de 10 de Julho 17, DR- I Série, n.113, - Níveis de Serviço-Operações em Tempo Real.

Estabelece os níveis de serviços das operações em tempo real da rede Multicaixa.

• Aviso n.º 07/2017, de 12 de Setembro 17, DR- I Série, n.º158, -Sistema de Pagamentos de Angola-Prestação

de Serviços de Pagamentos. Visa regulamentar a prestação de serviços de pagamentos no âmbito do Sistema de

Pagamento de Angola. Revoga - Aviso n.º6/2014, de 1 de Outubro.

• Aviso n.º 08/2017, de 12 de Setembro 17, DR- I Série, n.º158, - Sistema de Pagamento de Angola-Classificação

dos Subsistemas-. Visa regular a classificação dos subsistemas de compensação e de liquidação do Sistema

de Pagamentos de Angola (SPA, bem como dispor sobre o funcionamento e operacionalização dos referidos

subsistemas. E sobre as responsabilidades dos respectivos operadores. Revoga o Aviso n.º 11/2015, de 24 de

Dezembro.

Parte IX - Anexos 201

200 Relatório Anual e Contas • 2017

• Aviso n.º 09/2017, de 12 de Setembro, DR- I Série, n.º 158, -Sistema de Pagamento de Angola - Prazos de

Execução e de Disponibilização de Fundos Aplicáveis aos Movimentos de Depósitos à Ordem, Transferências e

Remessas de Valores. Estabelece os prazos para a execução de transferências e de remessas de valores, bem

como para a disponibilização de fundos ao beneficiário, em resultado de depósitos de numerário e de cheques, de

transferências ou de remessas de valores. Revoga o Aviso n.º 09/15, de 20 de Abril.

II. INSTRUTIVOS

• Instrutivo n.º 01/2017, 10 de Janeiro - Sistemas de Pagamentos- Limites de valor- Emissão de cheques,

subsistemas de compensação e liquidação. Visa mitigar os riscos inerentes à utilização de instrumentos e

subsistemas de pagamento de compensação e liquidação- revoga o Instrutivo n.º 09/13, de 21 de Novembro.

• Instrutivo n.º 02/2017, 30 de Janeiro – Testes de Esforço-Estabelece a obrigatoriedade de realização de testes

de esforço, nomeadamente os riscos a considerar, a tipologia e a periodicidade, as metodologias e a prestação de

informação.

• Instrutivo n.º 03/2017, 30 de Janeiro – Prestação de Informação sobre Limites Prudenciais aos Grandes Riscos -

Visa regulamentar o envio de informação a ser prestada pelas Instituições Financeiras ao Banco Nacional de Angola,

no âmbito das disposições sobre os limites prudenciais aos grandes riscos e detenção em empresas não financeiras

pelas instituições financeiras sob supervisão do BNA.

• Instrutivo n.º 04/2017, 27 de Março – Operações de Mercadorias Suspensão Temporária da aplicação dos

Números 3 e 5 do artigo 14º do Aviso nº.19/12,de 25 de Abril - Visa conferir maior agilidade às instituições

financeiras na liquidação de operações de importação de mercadoria.

• Instrutivo n.º 05/2017, 01 de Dezembro – Política Cambial-Revogação do Instrutivo nº.12/15 e dos pontos

4.1.4,4.1.5,4.1.6 e 4.1.7 do Instrutivo nº 10/2015, de 04 de Junho. Visa melhor conciliar a operacionalização do

mercado cambial aos objectivos das políticas monetária e cambial.

• Instrutivo n.º 06/2017, 01 de Dezembro – Política Monetária-Reservas Obrigatórias – Estabelece que as

Instituições Financeiras Bancárias no País, devem manter reservas obrigatórias nos termos do presente Instrutivo.

Revoga o Instrutivo n.º2 / 16, de 11 de Abril e 04/2016 de 13 de Maio.

III. DIRECTIVAS

Individuais

• Directiva N.º 01/DMA/2017 – Facilidades Permanentes de Cedência (FCO) e de Absorção de Liquidez de Liquidez

(FAO) A Taxa de Juro das Operações. Facilidade Permanente de Cedência de Liquidez (FCO) mantém-se em 20,00% ao

ano.

• Directiva N.º 02/DMA/2017 – Taxa Básica de Juro do BNA- Taxa BNA-Aviso Nº.10/2011, de 20 de Outubro, visa

ajustar as taxas de juro para as -Facilidades Permanentes de Cedência e de Absorção de liquidez, regulamentadas ao

abrigo do Avisº nº.11/2011. Revoga a Directiva nº.05/DMA2016, de 30 de Junho.

• Directiva N.º 03/DMA/2017 – Facilidades Permanentes de Cedência (FCO) e de Absorção de liquidez (FAO) -

Taxas de Juro das Operações - A Taxa de juro da Facilidade permanente de Cedência de Liquidez (FCO) mantém-se

em 20,00% ao ano.

• Directiva N.º 04/DMA/2017 – Taxa básica de juro do BNA-Taxa BNA Aviso nº. 10/2011, de 20 de Outubro- A Taxa

Básica de Juro do BNA-Taxa BNA-mantém em 16,00%ao ano. A Taxa BNA é reavaliada mensalmente pelo Comité de

Política Monetária do BNA.

• Directiva N.º 07/DMA/2017 – Critérios Adaptados para Apuramento da Venda de Dividas para cobertura de

Operações de Particulares e Cartões de Marca Internacional.

• Directiva N.º08/DMA/2017 – Taxa Básica de Juro do BNA-Taxa BNA, Taxa de Juro das Operações de Facilidades

Permanentes de Cedência e de Absorção de Liquidez.

• Directiva N.º 05/DMA/2017 – Taxa Básica de Juro do BNA-A Taxa Básica de Juro do BNA – Taxa BNA - é

aumentada em 4 (quatro) pontos percentuais, passando de 14,00% para 16,00% ao ano a Taxa BNA é reavaliada

mensalmente pelo Comité de Política Monetária do BNA.

Directivas conjuntas

• Directiva N.º 01/DRO/DSI/2017 – Guia sobre a implementação de um programa de testes de esforço - Visa

orientar as instituições financeiras, no desenvolvimento dos seus testes de esforço.

• Directiva N.º 02/DRO/DSI/2017 – Orientações para a realização de testes de esforço pontuais no âmbito do

Instrutivo nº. 02/17, de 25 de Janeiro- Visa os termos e condições que as instituições financeiras devem observar na

realização de testes de esforço pontuais.

• Directiva N.º 03/DRO/DSI/2017 – Guia de Recomendações Sobre a Gestão da Continuidade de Negócio das

Instituições.

IV. DESPACHOS

Organização

• Despacho n.º 56/2017 – Concurso Limitado para Empreitada Reabilitação do Edifício da Ex- Confabril –

Constituição da Comissão de Avaliação.

• Despacho n.º 57/2017 – Imobilizado Corpóreo.

Parte IX - Anexos 203

202 Relatório Anual e Contas • 2017

• Despacho Nº 58/2017 – (Política Cambial-Revisão da Lei Cambial-Constituição de Grupo de Trabalho) – sobre

reajustar e aproximar o regime jurídico cambial ao quadro de desenvolvimento económico Internacional garantindo a

sustentabilidade dos meios financeiros no País.

• Despacho n.º 61/2017 – Programa de Reestruturação Orgânica e Funcional do BNA-Projectos de Reestruturação

do Pelouro do Governador-Constituição das Equipas de Projectos.

• Despacho n.º 65/2017 – X Encontro de Estatísticas dos Bancos Centrais dos Países de Língua Oficial Portuguesa-

Constituição da Comissão Organizadora.

• Despacho n.º 66/2017 – X Encontro de Estatísticas dos Bancos Centrais dos Países de Língua Oficial Portuguesa-

Constituição da Comissão Organizadora Aprovação do Regulamento do X Encontro de Estatísticas dos BCPL.

• Despacho n.º67/2017 – Conferência Internacional sobre Regulação e Supervisão Bancária – Criação da Comissão

Organizadora-Aprovação do Regulamento da Conferência Internacional sobre Regulação e Supervisão Bancária.

• Despacho n.º 78/2017 – Criação do Fundo Habitacional e Desenvolvimento do Trabalhadores – FHD-BNA.

• Despacho n.º 79/2017 – Distribuição de Pelouros.

• Despacho n.º 100/2017 – Declaração de Apetite ao Risco.

• Despacho n.º 104/2017 – Feira da “Semana da Poupança” - Constituição da Comissão Organizadora.

• Despacho n.º 162/2017 – Revisão de Contratos – Constituição da Comissão de Trabalho.

• Despacho n.º 170/2017 – Regulamento de Aquisições de Bens, Serviços e Empreitadas – Alteração.

• Despacho n.º 172/2017 – Adequação da Estrutura Orgânica e Funcional.

• Despacho n.º 173/2017 – Distribuição de Pelouros.

• Despacho n.º 177/2017 – Política Habitacional – Constituição da Comissão de Reestruturação.

• Despacho 186 – Conselho de Administração – Matriz de Funcionamento.

Projectos

• Despacho Nº 37/2017 – Referente Projectos de reestruturação do Pelouro de Gestão dos Recursos Humanos.

Riscos e Tecnologias da Informação Constituição das equipas de projectos- de Reestrutura Orgânica e Funcional

subordinam-se ao modelo de governação do PROF-BNA.

• Despacho Nº 38/2017 – Referente Projectos de reestruturação do Pelouro da Gestão do Meio Circulante,

Sistemas de Pagamentos e Rede Regional Constituição das equipas de Projectos visando a sua modernização, para o

tornar mais funcional e adequado as novas necessidades tecnológicas e organizacionais.

• Despacho Nº 39/2017 – Referente Projectos de reestruturação do Pelouro de Gestão Capacitação, Comunicação

e Relacionamento com Sociedade-Constituição das equipas de Projectos, visa a Implementação da Governação por

Processos.

• Despacho Nº 40/2017 – Referente ao Programa de Reestruturação Orgânica e Funcional do BNA-Projectos de

Reestruturação do Pelouro da Contabilidades gestão Patrimonial e Financeira Constituição das equipas de Projectos.

• Despacho Nº 56/2017 – Referente Concurso Limitado para Empreitada de Reabilitação do Edifícios Ex-Confabril

Adjacente ao Edifício Sede do BNA-Constituição da Comissão de Avaliação.

• Despacho Nº 57/2017 – Referente Constituição da Comissão para Abate e Alineação de Bens do Activo

Imobilizado Corpóreo do Banco Nacional de Angola.

• Despacho Nº 61/2017 – Referente ao Programa de Reestruturação Orgânica e Funcional do BNA-Projectos de

Reestruturação do Pelouro do Governador-Constituição das Equipas de Projectos.

• Despacho Nº 62/2017 – Referente -Projecto de Reestruturação do Instituto de Formação Bancária de Angola-

Despacho Constituição da Comissão de Avaliação e Reestruturação.

• Despacho N.º 105/2017 - Projecto de Reestruturação do Departamento de Educação Financeira-DEF.

• Despacho N.º 106/2017 - Projecto de Reestruturação da Delegação Regional de Benguela.

• Despacho N.º 107/2017 - Projecto de Reestruturação da Delegação Regional de Cabinda.

• Despacho N.º 109/2017 - Projecto de Reestruturação da Delegação Regional de Malange.

• Despacho N.º 110/2017 - Projecto de Reestruturação da Delegação Regional do Huambo.

• Despacho N.º 111/2017- Projecto de Reestruturação do Departamento do Meio Circulante-DMC.

• Despacho N.º 112/2017- Projecto de Reestruturação do Departamento de Sistema de Pagamento-DSP.

• Despacho N.º 113/2017 - Projecto de Reestruturação do Departamento de Regulação e Organização do Sistema

Financeira.

• Despacho N.º 114/2017 - Projecto de Reestruturação do Departamento Jurídico.

• Despacho N.º 115/2017 - Projecto de Reestruturação da Provedoria do Consumidor de Serviços e Produtos

Financeiros-PSF.

Parte IX - Anexos 205

204 Relatório Anual e Contas • 2017

• Despacho N.º 116/2017 - Projecto de Reestruturação do Departamento de Estatística

• Despacho N.º 117/2017 - Projecto de Reestruturação do Departamento de Operações Bancárias-DOB.

• Despacho N.º 118/2017 - Projecto de Reestruturação do Departamento de Controlo Cambial-DCC.

•Despacho N.º119/2017 - Projecto de Reestruturação do Departamento de Marcado de Activos-DMA.

•Despacho N.º 120/2017 - Projecto de Reestruturação do Departamento de Gestão de Reservas-DGR.

•Despacho N.º 121/2017 - Projecto de Reestruturação do Departamento de Gestão de Risco-DRI.

•Despacho N.º 145/2017 - Projecto de Reestruturação do Departamento de Estudo Económico.

•Despacho N.º 146/2017 - Projecto de Reestruturação do Departamento de Supervisão Comportamental.

•Despacho N.º 170/2017 - Regulamento de aquisição de bens, Serviços e Empreitadas Alteração.

Circulação monetária

•Despacho Nº 18/2017 - sobre a Constituição da Comissão para Conferência e Destruição de Notas Retiradas de

Circulação.

•Despacho Nº 41/2017 - sobre a Constituição da comissão para conferência e destruição de notas retiradas de

circulação.

•Despacho Nº 55/2017 - sobre a Constituição da comissão para conferência e destruição de notas retiradas de

circulação.

•Despacho Nº 59/2017 - sobre a Constituição da comissão para conferência e

Destruição de notas retiradas de circulação.

•Despacho Nº 171/2017 - sobre a Constituição da Comissão para Conferência e Destruição de Notas Retiradas de

Circulação.

•Despacho Nº 186/2017 - sobre a Constituição da Comissão para Conferência e Destruição de Notas Retiradas de

Circulação.

Persuasão� moral

Comunicados�públicos

Memorandos de cooperação

Contratualizaçãode serviços

Regulação

Induziralterações

AnalisarMonitorar

Subsistemasde compensação

Liquidação por bruto

Mercadode Títulos

Periódica

Eventual

Contínua

Tipo

PagamentosMóveis

Subsistema em funcionamentoSubsistema em definição ou planeado

(A definir)SPM

EMISSDD

EMISSCC

EMISSTC

EMISMCX

BNASPTR

BNASIGMA

BODIVACEVAMA

DébitosDirectos

Cheques Cartões BT/OT/TBCAcções e

DívidaPrivada

•Compra/v. ME•Banco a Banco•Valor elevado…

Transf.Crédito

Metodologia

Pagamentos Liquidação de Títulos

Instrumento

Persuasão� moral

Comunicados�públicos

Memorandos de cooperação

Contratualizaçãode serviços

Regulação

Induziralterações

AnalisarMonitorar

Subsistemasde compensação

Liquidação por bruto

Mercadode Títulos

Periódica

Eventual

Contínua

Tipo

PagamentosMóveis

Subsistema em funcionamentoSubsistema em definição ou planeado

(A definir)SPM

EMISSDD

EMISSCC

EMISSTC

EMISMCX

BNASPTR

BNASIGMA

BODIVACEVAMA

DébitosDirectos

Cheques Cartões BT/OT/TBCAcções e

DívidaPrivada

•Compra/v. ME•Banco a Banco•Valor elevado…

Transf.Crédito

Metodologia

Pagamentos Liquidação de Títulos

Instrumento

Intervenção, Metodologia e Instrumento do Banco Central

Estrutura do Sistema de Pagamentos de Angola

Fonte: BNA

Fonte: BNA

Parte X - Abreviaturas 207

206 Relatório Anual e Contas • 2017

Abreviaturas

ATM: Automatic Teller Machine

BAD: Banco Africano de Desenvolvimento

BAI: Banco Angolano de Investimentos, S.A.

BANC: Banco Angolano de Negócios e Comércio, S.A.

BCA: Banco Comercial Angolano, S.A.R.L.

BCE: Banco Central Europeu

BCGTA: Banco Caixa Geral Totta de Angola, S.A.R.L.

BCH: Banco Comercial do Huambo, S.A.

BCI: Banco de Comércio e Indústria, S.A.R.L.

BDA: Banco de Desenvolvimento de Angola

BESA: Banco Espírito Santo Angola, S.A.R.L.

BFA: Banco de Fomento Angola, S.A.R.L.

BC/FT: Branqueamento de capitais e financiamento de

terrorismo

BI: Bilhete de Identidade

BIC: Banco BIC, S.A.

BIS: Banco Internacional de Pagamentos

BKI: Banco Kwanza Investimento, S.A.

BM: Base Monetária

BMA: Banco Millennium Angola, S.A.

BMF: Banco BAI Micro Finanças, S.A.

BMMOEDA NACIONAL: Base Monetária em Moeda

Nacional

BNA: Banco Nacional de Angola

BNI: Banco de Negócios Internacional, S.A.

BPA: Banco Privado do Atlântico, S.A.

BPC: Banco de Poupança e Crédito, S.A.R.L.

BRICS: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul

BRM: Delegação Regional de Malange

BT: Bilhetes do Tesouro

BVB: Banco Valor, S.A.

CCAA: Câmara de Compensação Automatizada de

Angola

CCBG: Comité dos Governadores dos Bancos Centrais

da SADC

CCTV: Circuito de Fechado de Televisão

CPD: Centro de Processamento de Dados

CI: Comité de Investimentos

CMA: Zona Monetária Comum

COMEF: Comité de Estabilidade Financeira

CPM: Comité de Política Monetária

CTSPA: Conselho Técnico do Sistema de Pagamento

Angolano

CUA: Comissão da União Africana

DEE: Departamento de Estudos Económicos

DES: Departamento de Estatística

DJU: Departamento Jurídico

DMA: Departamento de Mercados de Activos

DPS: Departamento de Património e Serviços

DRI: Departamento de Gestão de Risco

DSC: Departamento de Supervisão Comportamental

DSI: Departamento de Supervisão Prudencial das

Instituições Financeiras

DSP: Departamento de Sistemas de Pagamento

EMIS: Empresa Interbancária de Serviços

EUA: Estados Unidos da América

FAO: Facilidade de Absorção de Liquidez

FAO: Organização das Nações Unidas para Alimentação

e Agricultura

FCO: Facilidade de Cedência de Liquidez

PARTE X – Abreviaturas

208 Relatório Anual e Contas • 2017

FMI: Fundo Monetário Internacional

FNB: Finibanco Angola

GCI: Gabinete de Comunicação Institucional

ICE: Indicador de Clima Económico

INE: Instituto Nacional de Estatística

Inf: Inflação

INF_IR: Componente Irregular Presente na Inflação

INF_SA: Inflação Ajustada da Componente Sazonal

INF_SF: Componente Sazonal Presente na Inflação

INF_TC: Componente Tendencial e Cíclica

IPC: Índice de Preços ao Consumidor

IPI: Índice de Produção Industrial

KEVE: Banco Keve, S.A.R.L.

LUIBOR: Luanda Interbank Offered Rate

Mb/d: milhões de barris por dia

mb/d: milhares de barris por dia

MCX: Multicaixa

MEFMI: Instituto de Gestão Macroeconómica e

Financeira da África Austral e do Leste

MT102 e MT103: São mensagens que transferem

os pagamentos realizados pelos bancos em nome

de clientes e os pagamentos a clientes de bancos

realizados pelo BNA em seu nome próprio ou do

Tesouro Nacional.

MT202: São mensagens que transferem os pagamentos

feitos pelos bancos em nome próprio a outro banco.

OGE: Orçamento Geral do Estado

OMA: Operações de Mercado Aberto

OT: Obrigações do Tesouro

PERT: Projecto Executivo para a Reforma Tributária

PIB: Produto Interno Bruto

PRP: Painel de Revisão de Estudos

ROA: Rendibilidade do Activo

ROE: Rendibilidade dos Capitais

SADC: Comunidade de Desenvolvimento dos Países da

África Austral

SADCBA: Associação Bancária da SADC

SBA: Standard Bank de Angola, S.A.

SCC: Subsistema de Compensação de Cheques

SCV: Serviço de Compensação de Valores

SFA: Sistema Financeiro Angolano

SIGMA: Sistema de Gestão de Mercados e Activos

SIRESS: Sistema de Liquidação Electrónica Regional da

SADC

SNM: Sistema de Notas e Moedas

SOL: Banco Sol

SPA: Sistema de Pagamento Angolano

SPTR: Sistema de Pagamento em Tempo Real

SSIF: Sistema de Supervisão das Instituições

Financeiras

STC: Subsistema de Transferência a Crédito

TBC: Títulos do Banco Central

TPA: Terminal de Pagamento Automático

VTB: Banco VTB África, S.A.

ZEE: Zona Económica Especial

Av. 4 de Fevereiro, nº 151 - Luanda, AngolaCaixa Postal 1243

Tel: (+244) 222 679 200 - Fax: (+244) 222 339 125www.bna.ao