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EQUILÍBRIO QUÍMICO
Bianca Molina de OliveiraLeandro Leal
Marcos Vinicius Mondech
PRESIDENTE PRUDENTE02/08-2011
EQUILÍBRIO QUÍMICO
Relatório apresentado a Professora Ana Maria
Pires da disciplina de Química Geral
Experimental II da turma do 1º ano, do curso
noturno de Licenciatura em Química.
UNESP – Faculdade de Ciências e TecnologiaPresidente Prudente – 02/08
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO______________________________________________________________4OBJETIVOS________________________________________________________________5PARTE EXPERIMENTAL_____________________________________________________5RESULTADOS E DISCUSSÃO_________________________________________________8CONCLUSÕES_____________________________________________________________11REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS____________________________________________11
INTRODUÇÃO
Para elucidar equilíbrio químico devemos entender, primeiramente, as reações reversíveis e
como se dá esse processo de reversibilidade.
Pensemos, então, em um sistema composto, inicialmente, pelas substâncias A e B. Estas
interagem entre si para dar origem a outras duas novas substâncias, C e D.
As substâncias C e D são capazes de interagir e voltar à forma de A e B.Neste suposto sistema, temos, então, a coexistência destas quatro substâncias em um ciclo. O
que nos indica que esta reação de formação e seu estado reverso nunca cessam.
Definimos, assim, uma reação reversível.Podemos atribuir para cada fase desta reação velocidades distintas. Afinal, quando temos alta
concentração de substâncias A e B, a velocidade com que ambas se consomem para que haja a
formação das substâncias C e D é superior à qual C e D se processam para retornar à forma de
A e B.
Por outro lado, conforme a concentração de C e D aumenta, a velocidade de retorno à forma
de A e B tende a aumentar, causando, por conseqüência, a diminuição da velocidade de
formação de C e D.
No entanto, essas velocidades não permanecem neste duelo para sempre. Chega um instante
em que as concentrações de reagentes e de produtos tornam-se constantes e, uma vez com
concentrações constantes, teremos velocidades de formação e retorno iguais.
Agora, alcançamos, então, o que vem a ser equilíbrio químico: um sistema, — em que se
processa uma reação reversível e em que coexistam as substâncias A, B, C e D — com
reagentes e produtos em concentrações constantes para que se tenham velocidades, de
formação e sua reversa, iguais, estará em equilíbrio.
Deslocamento do Equilíbrio Químico: Um sistema que esteja em equilíbrio tenderá a
manter-se assim. Então, quando há alguma interferência no equilíbrio do sistema este se
desloca no sentido favorável à neutralização da mesma.
O “Princípio da Fuga Ante a Força” (enunciado por Henri Louis Le Chatelier, em 1884) nos
diz que: “Quando se exerce uma ação num sistema em equilíbrio — variação da pressão,
temperatura, concentração — o sistema se desloca no sentido da reação que neutraliza a
ação.”
Na prática em questão, o deslocamento que será observado é proveniente da alteração na
concentração de um dos componentes do sistema.
Pelo Princípio de Le Chatelier, pode-se concluir, a respeito da concentração, que:
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- Se a concentração de um dos reagentes aumenta, o deslocamento no equilíbrio será para o
lado da formação de produtos, ou seja, o reagente em excesso será consumido e transformar-
se-á em outra substância, retornando o sistema, assim, ao equilíbrio inicial.
- Se a concentração que sofre alteração é de um dos produtos, a reação se deslocará no sentido
inverso ao de formação do mesmo, teremos, então, no sistema, o deslocamento do equilíbrio
para o sentido em que se formam os reagentes, até que se estabeleça, novamente, o equilíbrio
inicial.
De forma indireta estamos dizendo, também, que se a concentração de um dos componentes
do sistema diminui o equilíbrio se desloca para suprir a falta do mesmo.
OBJETIVO
Compreensão do conceito de reversibilidade nas reações químicas. Para isso, serão aplicadas
substâncias de coloração característica a fim de que se torne possível a percepção visual do
deslocamento no sentido da reação.
PARTE EXPERIMENTAL
Materiais e Métodos
Nesta prática foram utilizados os seguintes materiais:
PARTE I: - Balões volumétricos de 50 e 10 ml para o preparo das soluções de Tiocianato de Potássio – KSCN e Nitrato de Ferro III – Fe(NO3)3;- Béquer com capacidade superior a 50 ml para conter o sistema KSCN + Fe(NO3)3 dissociados em H2O.- 4 tubos de ensaio para dividir a solução do béquer ;- 2 espátulas de inox para manusear os cristais de KSCN e Na2HPO4;
PARTE II: - 3 tubos de ensaio para conter a solução de Dicromato de Potássio – K2Cr2O7;
PARTE III: - 5 tubos de ensaio para conter a solução de Hidróxido de Amônia – NH4OH;Em todas as etapas foram utilizados os seguintes materiais:
- Proveta de 25 e 10 ml, para as medidas das soluções e água destilada;- Pisseta contendo água destilada;- Pipetas Pasteur para gotejamento das soluções: Fe(NO3)3, NH4Cl e Fenolftaleína.
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Descrição dos reagentes aplicados:
Tiocianato de Potássio – KSCN - Nocivo! Substância nociva por ingestão, inalação e em contato com a pele. Quando em contato com ácidos libera gases muito tóxicos.
Dicromato de Potássio – K2Cr2O7 - Tóxico! Pode causar câncer por inalação, nocivo em contato com a pele e tóxico por ingestão e inalação. Requer instruções especiais antes do uso.
Cloreto de Amônia – NH4Cl - Por inalação causa irritação ao aparelho respiratório, quando ingerido é moderadamente tóxico devido à solubilidade. Grandes doses podem causar severos problemas, náusea e vômito. O contato prolongado ou repetido com a pele pode causar possível irritação.
Hidróxido de Sódio – NaOH - Corrosivo! Substância corrosiva. Provoca queimaduras. Cuidados: utilizar equipamento de proteção adequado, principalmente que proteja os olhos.
Nitrato de Potássio – KNO3 - Nocivo! Comburente! A inalação causa irritação das vias respiratórias. Irritação se em contato com a pele e mucosas. Grave irritação se em contato com os olhos.
Hidróxido de Amônia – NH4OH - Corrosivo! Provoca queimaduras. Muito tóxico para os organismos aquáticos. Risco de projeção quando da abertura da tampa em temperatura ambiente. Evitar a liberação para o meio ambiente.
Fenolftaleína – C20H14O4 - Nocivo! Não ingerir! Possíveis riscos de efeitos danosos. Evitar contato com os olhos.
Ácido Clorídrico – HCl - Corrosivo! Corrosivo à pele e pode causar severas queimaduras se não for removido com lavagem, contato repetido pode levar ao desenvolvimento de dermatite. Causa irritação severa aos olhos e pálpebras e se não for removido rapidamente por meio de lavagem pode causar dano permanente ou perda total da visão.
Dicromatos – Cr2O7-2 - Cancerígeno! Explosivo! Causa irritação nos olhos, pele e vias
respiratórias. Se ingerido causa hepatite.
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Procedimento Experimental
Parte I
Parte II
Agitar e observar
Cristais de Na2HPO4
3 gotas de Fe(NO3)3 0,2 M
Pequenos cristais de KSCN
50 mL KSCN 0,002 M10 mL Fé(NO3)3.9H2O 0,2 M acidificado (40 mL de HNO3 concentrado por litro)
25 mL KSCN 0,002 M 25 mL H2O
3 ou 4 gotas de Fe(NO3)3
Tubo de ensaio II Tubo de ensaio III Tubo de ensaio IV
Referência
Agitar e observar Agitar e observar
3 mL HCl 0,1 M
Tubo de ensaio I10 mL K2Cr2O7 0,01 M
Tubo de ensaio II10 mL K2Cr2O7 0,01 M
Tubo de ensaio III10 mL K2Cr2O7 0,01 M
3 mL NaOH 0,1 M
Agitar e observar Agitar e observar
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Parte III
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Parte I
A princípio foi-se preparada a solução de KSCN da seguinte maneira:
M= n/ V 0,002 mol/L . 0,05 L= nKSCN nKSCN = 0,0001 mol
n= m/ MM 0,0001 mol . 97,1 g/ mol= mKSCN mKSCN = 0,00971 g
obs: se realmente fosse necessário fazer 50 ml dessa solução a 0,002 mol/L, como vimos pelo cálculo, a massa de KSCN necessária seria muito pequena e ficaria difícil obter essa massa mesmo que utilizando a balança analítica. Uma resolução, então, seria trabalhar inicialmente com uma solução 1M e obter 0,002M pelo método das dissoluções. M1.V1= M2.V2
Já a solução de Fe(NO3)3 a 0,2 M preparou-se da seguinte maneira:
-Acerto do volume de ácido para 10ml de solução:1000 mlsolução 40ml HNO3 conc. X= 0,4ml HNO3 em 10ml de solução Fe(NO3)3.9H2O 10 mlsolução X ml HNO3 conc.
-Cálculo da massa de Nitrato de Ferro III hidratado:
Tubo I1 gota NH4OH 3 M 10 mL de H2O
Tubo III3 gotas NH4OH 3 M10 mL de H2O
Tubo V10 gotas NH4OH 3 M10 mL de H2O
Tubo IV4 gotas NH4OH 3 M10 mL de H2O
Tubo II2 gotas NH4OH 3 M10 mL de H2O
Gotejar solução de NH4Cl 2 M até descoloração da solução
Agitar e observar
Repetiu-se o procedimento com os demais tubos.
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M= n/ V 0,2 mol/L . 0,0096 L= nFe(NO3)3 n Fe(NO3)3= 0,00192 mol
N= m/ MM 0,00192 mol . 404 g/mol= m Fe(NO3)3 m Fe(NO3)3= 0,77568g
Observando os procedimentos experimentais, fez-se possível a coleta dos seguintes resultados:
PARTE I:Íons presentes nesta etapa
K+ Potássio
Fe+3 Ferro III – férrico
Na+ Sódio
SCN- Tiocianato
NO3- Nitrato
HPO4-2 Hidrogeno Fosfato Dissódico
Resultados observados com as reações
KSCN + Fe(NO3)3 Fe(SCN)3 + KNO3
Béquer: A solução adquiriu a coloração alaranjado característica do Tiocianato de
Ferro III. Não houve formação de precipitado devido à solubilidade deste sal e da segunda
substância formada, KNO3.
[KSCN] + Fe(NO3)3 Fe(SCN)3 + KNO3
Tubo 2: Devido ao fornecimento de KSCN – um dos reagentes iniciais – o equilíbrio da reação deslocou-se no sentido da formação
de produtos. A coloração obtida foi um vermelho escuro indicando que havia maior
concentração de Fe(SCN)3
KSCN + [Fe(NO3)3] Fe(SCN)3 + KNO3
Tubo 3: Foi fornecido para a solução Nitrato de Ferro III – um reagente inicial. Ainda
desta vez o equilíbrio deslocou-se favorável à formação de produtos. O resultado obtido foi a intensificação da coloração inicial, afinal, os íons Fe+3 inseridos estavam disponíveis
para uma reação com SCN-.
Fe(SCN)3 + KNO3 + Na2HPO4 FePO4 + NaSCN + K+ + NO3
- + H+
Tubo 4: Com a adição de Hidrogenofosfato Dissódico a coloração alaranjado deixou gradativamente de ser predominante até
desaparecer por completo. A solução adquiriu uma coloração opaca esbranquiçada
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e após algum tempo houve o aparecimento de um corpo de fundo branco.
PARTE II:
Íons presentes nesta etapa
K+ Potássio
H+ Hidrogênio
Na+ Sódio
Cr2O7-2 Dicromato
Cl- Cloreto
OH- Hidroxila
Resultados observados com as reações
K2Cr2O7 + HCl K+ + Cr2O7-2 + H+ + Cl-
Tubo 2: A acidificação da solução não fez com que esta alterasse sua coloração
amarela. Cor, esta, característica do íon Dicromato.
K2Cr2O7 +NaOH K++CrO4-2 +OH- +Na+
Tubo 3: a solução deixou de ter a coloração amarela e assumiu a coloração verde claro,
característica do íon Cromato.
PARTE III: Íons presentes nesta etapa
NH4+ Amônio
Cl- Cloreto
OH- Hidroxila
Resultados observados com as reações
NH4OH NH4+ + OH- roxo avermelhado
adição de NH4Cl: [NH4+] + OH- NH4OH incolor
Tubo 1: até a completa descoloração foram gotejadas 16 gotas de Cloreto de Amônia.
Tubo 2: até a completa descoloração foram gotejadas 17 gotas de Cloreto de Amônia.
Tubo 3: até a completa descoloração foram gotejadas 75 gotas de Cloreto de Amônia.
Tubo 4: até a completa descoloração foram gotejadas 90 gotas de Cloreto de Amônia.
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Tubo 5: até a completa descoloração foram gotejadas 230 gotas de Cloreto de Amônia.
CONCLUSÕES
O princípio de Le Chatelier (ou Princípio da Fuga Ante a Força) é aplicável e realmente faz
sentido quanto, como foi o caso deste experimento, à alteração na concentração de uma das
substâncias componentes de um sistema em equilíbrio.
Em um sistema em equilíbrio, fatores como a concentração e temperatura, podem alterar o
equilíbrio e causar mudanças visíveis. Quando, em um equilíbrio, a concentração de algum
dos reagentes ou produtos aumenta, devido a fatores como: acréscimo ou decréscimo direto
de algum componente da reação ou mudanças de pH; acarretarão conseqüências que
deslocarão o equilíbrio de forma a minimizar os efeitos de tal alteração.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Livros
MORITA, Tokio e ASSUMPÇÃO, Rosely Maria Viegas Química – Manual de soluções,
reagentes e solventes. 2º ed. São Paulo: Ed. Blucher ltda, 1972.
EYRING, Henry Química – Uma Ciência Experimental, Vol. 2. 2º ed. São Paulo: Ed. Edart ltda 1971.
MAHAN, Bruce M. e MYERS, Rollie J. Química – Um Curso Universitário, 4º ed. São Paulo: Ed. Edgard Blucher ltda, 2002.
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