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Relatório da Aula prática de Fisiologia do curso e graduação em Enfermagem da Faculdade Anhanguera de Limeira sobre o Sistema Endócrino
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PRÁTICAS LABORATORIAIS DE FISIOLOGIA
TEMA: Sistema Endócrino
OBJETIVO: Analisar a resposta do sistema endócrino na presença de glicose
INTRODUÇÃO
Sistema endócrino é o conjunto de órgãos que apresentam como atividade
característica a produção de secreções denominadas hormônios, que são lançados
na corrente sangüínea e irão atuar em outra parte do organismo, controlando ou
auxiliando o controle de sua função. Os órgãos que têm sua função controlada e/ou
regulada pelos hormônios são denominados órgãos-alvo.
Depois que um hormônio é liberado na corrente sangüínea, não há como apressar
sua remoção; ele continua agindo enquanto estiver circulando. Sua distribuição pela
corrente sanguínea é mais lenta do que uma reação nervosa, mas mantém-se por
um período mais prolongado.
Os hormônios influenciam praticamente todas as funções dos demais sistemas
corporais, o sistema endócrino interage com o sistema nervoso, formando
mecanismos reguladores bastante precisos, atuando na coordenação e regulação
das funções corporais. O sistema nervoso pode fornecer ao endócrino a informação
sobre o meio externo, ao passo que o sistema endócrino regula a resposta interna
do organismo a esta informação.
Todas as células respondem aos transmissores e a maioria delas os produz; são
compostos por proteínas ou derivados das gorduras, alguns transmissores
percorrem somente uma curta distância (inferior a 2,5 cm), enquanto outros
percorrem distâncias consideráveis através da corrente sangüínea para atingirem
seus alvos. Os transmissores ligam-se às suas células alvo utilizando proteínas
receptoras específicas localizadas sobre a superfície celular ou no interior da célula.
Os receptores apresentam-se em três níveis; em nível de membrana, em nível de
citoplasma e em nível nuclear.
A ligação de um hormônio a um receptor acelera, reduz ou altera a função celular de
outra maneira, controlam o crescimento e o desenvolvimento, a reprodução e as
características sexuais; influenciam a maneira como o organismo utiliza e armazena
a energia; além de controlarem o volume de líquido e as concentrações de sal e de
açúcar no sangue. Alguns hormônios afetam somente um ou dois órgãos, enquanto
outros afetam todo o organismo, a insulina afeta o metabolismo da glicose, das
proteínas e das gorduras em todo organismo.
Principais órgãos produtores de hormônios são: a hipófise, o hipotálamo, a tireóide,
as paratireóides, as supra-renais, o pâncreas, o fígado, as gônadas e os ovários.
O pâncreas é uma glândula mista, apresenta determinadas regiões endócrinas e
determinadas regiões exócrinas ao mesmo tempo. A porção exócrina parte dutos
que lançam as secreções para o interior da cavidade intestinal.
As chamadas ilhotas de Langherans são a porção endócrina, constituídas por
diversos tipos de células, onde se destacam as células, beta e alfa, que secretam
os dois hormônios: insulina e glucagon, que atuam no metabolismo da glicose. A
insulina hormônio hidrossolúvel que atua na superfície da membrana celular, cuja
função é permitir a utilização dos açúcares por parte dos tecidos e em particular
dos músculos, para cuja atividade o açúcar é fundamental; induz à armazenagem de
glicose nas células do fígado e dos músculos na forma de glicogênio. O glucagon é um
hormônio que atua de forma antagônica à insulina, permitindo a transformação do
glicogênio em glicose para ser liberada no sangue.
As glândulas que não são controladas pela hipófise, ilhotas pancreáticas, possuem
seus próprios sistemas para determinar quando é necessária uma maior ou uma
menor secreção.
A deficiência ou excesso de qualquer hormônio altera o equilíbrio químico, essencial
à saúde, ao crescimento normal e, em casos extremos, à vida.
MATERIAIS E REAGENTES
Biosensor portátil (aparelho de Dextro);
3 tiras reagentes para determinação quantitativa de glicose (código 25);
3 lancetas;
Algodão;
1 par de luva de procedimento descartável;
1 pedaço de bolo (Torta de banana);
1 voluntário.
Álcool 70%
Relógio
METODOLOGIA
O voluntário será submetido ao exame de glicemia capilar antes e após a ingesta de
uma porção de torta de banana.
1- Coloca-se a fita reagente no aparelho biosensor portátil, ligando-o
automaticamente
2- Verifica-se se o código do lote da fita reagente condiz com o calibrado no
biosensor portátil.
3- Aguardar-se o sinal para receber o volume de sangue a ser analisado,
sinalizado por uma gota.
4- Calça-se as luvas de procedimento descartáveis
5- Umedece-se o algodão com álcool 70%
6- Realiza-se anti-sepsia com algodão umedecido com álcool 70% nas
proximidades distais de um dos dedos do voluntário.
7- Aguarda-se a secagem espontânea do álcool 70% para evitar erros de
análise quantitativa
8- Realiza-se perfuração cutânea do local que anteriormente foi realizado a anti-
sepsia com uma lanceta.
9- Comprime-se até a retirada de sangue suficiente para o preenchimento total
da fita reagente
10-Aplica-se na fita reagente
11-Aguarda-se o resultado e anota-se
12-Oferecer ao voluntário uma porção de torta de banana
13-Aguarda-se 15 minutos
14-Verifica-se novamente a glicemia capilar do voluntário
15-Aguarda-se mais 15 minutos
16- Verifica-se a glicemia capilar
RESULTADOS
TEMPO SITUAÇÃO RESULTADO
GLICEMIA
0 Após a ultima refeição do voluntário (um Lanche
com suco)
105mg/dL
1 15 minutos após a ingesta de 1 porção de torta
de banana
110mg/dL
2 30 minutos após a ingesta da porção de torta de
banana
94mg/dL
Observações:
As Recomendações da Associação Americana de Diabetes (ADA) são:
Glicemia em jejum: 70 a 110 mg/dL
Glicemia até 2 horas pós-prandial: 70 a 140 mg/dL
O perfil glicemico do voluntário está dentro dos parâmetros de referencia
O ideal é que este exame seja realizado em jejum de 8 horas.
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
O pâncreas produz o hormônio insulina, que regula o nível de glicose no sangue.
Nesta condição a concentração de insulina aumenta logo após a refeição, pois o
organismo precisa processar os açúcares dos alimentos. O pâncreas libera insulina
no sangue, esse hormônio aumenta a absorção de glicose nas células, assim, o
excesso de glicose é retirado do sangue e o nível desse açúcar volta ao normal.
Entretanto, se a concentração de insulina permanecesse elevada, a concentração
sérica de açúcar diminuiria perigosamente. Para evitar que ocorra uma hipoglicemia
acentuada no organismo de uma pessoa, é liberado outro hormônio, o glucagon, que
faz com que a glicose sanguínea aumente, através da liberação da mesma, ocorrida
pelo fígado; e conseqüentemente retorne aos valores aceitáveis como normal.
Há um equilíbrio dinâmico entre os diferentes hormônios, que produzem seus efeitos
em concentrações muito pequenas; as respostas desencadeadas por hormônios
dependem do tempo para agir, podendo variar de minutos, horas, dias e até meses.
A diminuição da taxa apresentada, após 30 minutos, pode estar relacionada a outros
fatores, destacando principalmente ao nível de estresse em que se encontra.
Quando o pâncreas produz uma quantidade insuficiente de insulina, os açúcares
não podem ser utilizados pelos músculos e ficam no sangue, surge uma doença
conhecida como diabetes. Neste caso, o excesso de glicose permanece no sangue,
é a hiperglicemia, constatada pela presença de glicose na urina.
CONCLUSÃO
Quando as glândulas endócrinas funcionam mal, as concentrações séricas dos hormônios podem tornar-se anormalmente altas ou baixas, alterando as funções orgânicas. Para controlar as funções endócrinas, a secreção de cada hormônio deve ser regulada dentro de limites precisos. O organismo precisa detectar a cada momento a necessidade de uma maior ou menor quantidade de um determinado hormônio.A insulina produzida pelo pâncreas reduz a concentração sérica de açúcar; afeta o metabolismo da glicose, das proteínas e das gorduras em todo corpo.
REFERÊNCIA
GUYTON, Artur C. Fisiologia humana. Sexta Edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988, p. 478:483.