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5Hospital São João RC 2010 | Índice
005 1. ÍNDICE
006 2. APRESENTAÇÃO
022 3. ACTIVIDADE ASSISTENCIAL
084 4. INVESTIGAÇÃO CLÍNICA
094 5. INVESTIMENTOS
096 6. RECURSOS HUMANOS
105 7. SUSTENTABILIDADE
110 8. GESTÃO HOSPITALAR
116 9. RELATÓRIO DE GESTÃO
135 10. INFORMAÇÃO FINANCEIRA
136 1 10.1 DOCUMENTAÇÃO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS
153 10.2 ANEXO AO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS - EXERCÍCIO DE 2010
165 10.3 CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS 2010
168 10.4 RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO
170 10.5 RELATÓRIO DO FISCAL ÚNICO AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DOS GESTORES EXECUTIVOS
2. Apresentação
> Quem somosFundado em 1959, o Hospital São João (HSJ) é um dos mais conceituados hospitais universitários de Portugal.
> O que fazemosA excelência na prestação de cuidados de saúde no Hospital de São João possibilita-nos contribuir para uma vida mais completa dos nossos pacientes.
> De quem cuidamosO Hospital de São João, pela sua diferenciação, é a principal referência para os 3.700.000 habitantes da zona norte.
> O futuroO Hospital de São João vai continuar a crescer man-tendo sempre a sua elevada qualidade assistencial.Hoje na linha da frente da Península Ibérica, amanhã da Europa.
7Hospital São João RC 2010 | Apresentação
Mensagem do Presidentedo Conselho de Administração
O Hospital de São João, E.P.E. concluiu, como se demonstra neste relatório, à semelhança de anos anteriores e pela quarta vez consecutiva, o exercício de 2010 com resultados equilibrados.
As tremendas dificuldades que, já em 2009, antecipáva-mos obrigaram à adopção de medidas extraordinárias, consubstanciadas num plano de contenção apresentado em Maio de 2010, mas já em execução desde o início do ano. Este plano, transparentemente tornado público – que obrigou a sacrifícios por parte de todos os profissionais do Hospital, que despertou alguma polémica e, também, críticas e desconfiança – foi essencial para que o Hospital de São João pudesse prosseguir a sua missão no âmbito do SNS e, garantindo a prestação de todos os cuidados de saúde necessários à população que serve, assegurasse a sua própria sustentabilidade, sem a qual hipotecaria o fu-turo e a prossecução do plano estratégico que, com grande esforço, tem vindo a implementar.
O sucesso de mais este ano só foi possível porque, apesar dos sacrifícios exigidos, todos os que somos Hospital de São João, isto é, todos os que aqui trabalhamos soubemos aceitar o desafio e, com um espírito de corpo, que faz parte da nossa própria cultura institucional, responder positiva-mente a mais este sinal dos tempos.
O futuro coloca-nos ainda mais dificuldades e exigências. Se as soubermos entender e estivermos à altura do nos-so dever cívico conseguiremos, no âmbito do novo Centro Hospitalar de São João, E.P.E., vencê-las e prosseguir com a missão que abraçamos – prosseguir a estratégia de colo-car no centro da nossa acção o doente, o envolvimento das nossas pessoas e a eficiência e garantir, por isso e para isso, a continuação da remodelação estrutural e infra-estrutural da instituição que servimos.
António Luís Trindade Sousa Lobo FerreiraPresidente do C.A. do Hospital São João
8
O Hospital de São João pretende ser uma referência en-
tre os Hospitais Universitários Europeus pela excelência
assistencial, de formação, de criação de conhecimento a
níveis elevados de eficiência.
O Hospital de São João é um hospital público universitário
que tem por missão prestar cuidados de saúde diferencia-
dos, em articulação com os cuidados de saúde primários e
com os hospitais integrados na rede do Serviço Nacional
de Saúde, com níveis de qualidade, eficiência e humaniza-
ção elevados. São ainda missão do Hospital de São João a
investigação, o desenvolvimento científico e tecnológico
na área da saúde e a formação pré e pós-graduada.
Competência
Humanismo
Paixão
Rigor
União
Solidariedade
Ambição
> Visão
> Missão
> Valores
9Hospital São João RC 2010 | Apresentação
O Hospital de São João localiza-se na cidade do Porto e
presta assistência directa a população das freguesias do
Bonfi m, Paranhos, Campanha e Aldoar e aos concelhos li-
mítrofes da cidade. Actua como centro de referência para
os distritos do Porto (com excepção dos concelhos de
Baião, Amarante e Marco de Canaveses), Braga e Viana do
Castelo. Em Outubro de 2009, ocorreu uma alteração na
rede de referenciação, deixando o HSJ de servir o conce-
lho de Gondomar (cerca de 174.000 habitantes) e passando
a ter sob sua alçada o concelho da Maia (cerca de 141.000
habitantes).
Inaugurado ofi cialmente em 24 de Junho de 1959, o Hospi-
tal de São Joao, fechou no ano de 2009 o seu primeiro meio
século de vida.
De nome igual ao do seu patrono – São João Batista – o
maior hospital da região norte surgiu dos projectos efec-
tuados pelo arquitecto alemão Hermann Distel, aprovados
em Fevereiro de 1939. No entanto, a construção sofreu
considerável atraso, a que não foi alheia a II Guerra Mun-
dial. Em 1959, sobre a égide do Professor Hernâni Monteiro
o Hospital de São Joao abriu as suas portas ao público.
Após a sua abertura, os serviços de Internamento entra-
ram progressivamente em funcionamento pela seguinte
ordem: Propedêutica Medica, Neurologia, Ortopedia, Pro-
pedêutica Cirúrgica, Patologia Cirúrgica, Patologia Medica,
Terapêutica Medica, Ginecologia, Medicina Operatória,
Dermatologia, Obstetrícia, Clínica Cirúrgica, Clínica Medi-
ca, Pediatria, Urologia e Oftalmologia. Era este o conjunto
de Serviços de Internamento a funcionar no fi m do ano de
1961, com uma lotação de 778 camas e 8.394 doentes.
As Consultas Externas entraram em funcionamento quase
simultaneamente com os Serviços de Internamento cor-
respondentes. As consultas de Serviço de Pessoal, as de
Estomatologia e de Fisioterapia entraram em funciona-
mento respectivamente em Outubro e Novembro de 1959
e Maio de 1961 (ainda no período de instalação hospitalar).
Em Outubro de 1964, deu-se a abertura do serviço de ur-
gência, marcada pela necessidade de maiores cuidados de
emergência na região norte. Em 2006, da se mais uma gran-
de mudança ao nível da gestão do hospital com a passagem
a Entidade Publica Empresarial.
> História > Enquadramento do Hospital
10 Hospital São João RC 2010| Apresentação
Estrutura orgânica do Hospital São João, E.P.E.
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOAté 30 de Abril
Prof. Doutor António Ferreira Presidente do Conselho de AdministraçãoDr. António Oliveira e Silva Director ClínicoEnfermeira Euridice Portela Enfermeira DirectoraDra. Ana Luisa Cardoso Administradora ExecutivaDr. João Oliveira Administrador Executivo
Entre 1 de Abril e 19 de Maio
Prof. Doutor António Ferreira Presidente do Conselho de AdministraçãoProf. Doutor Venceslau Espanhol Director ClínicoEnfermeira Euridice Portela Enfermeira DirectoraDra. Ana Luísa Cardoso Administradora ExecutivaDr. João Oliveira Administrador Executivo
Entre 20 de Maio e 12 de Setembro
Prof. Doutor António Ferreira Presidente do Conselho de AdministraçãoDra. Margarida Tavares Directora ClínicaEnfermeira Euridice Portela Enfermeira DirectoraDra. Ana Luísa Cardoso Administradora ExecutivaDr. João Oliveira Administrador Executivo
Após 13 de Setembro
Prof. Doutor António Ferreira Presidente do Conselho de AdministraçãoDra. Margarida Tavares Directora ClínicaEnfermeira Euridice Portela Enfermeira DirectoraDr. João Oliveira Administrador Executivo
Dr. Alexandre Teixeira Secretário da Administração
UAG DE MEDICINA
Dr. Carlos Dias DirectorDr. Xavier Barreto VogalEnfermeiro José António Fonseca Vogal
UAG DE CIRURGIA
Prof. Doutor Pedro Bastos DirectorDr. João Logarinho Monteiro VogalEnfermeiro António Mota Moreira Vogal
UAG DA MULHER E DA CRIANÇA
Prof. Doutor Almeida Santos DirectorDra. Sofia Leal VogalEnfermeira Teresa Sousa Vogal
UAG MCDT
Prof. Doutor Venceslau Espanhol DirectorDr. Fernando Pereira Vogal
UAG DA SAÚDE MENTAL
Dr. António Roma Torres DirectorDra. Sofia Leal Vogal
UAG DA URGÊNCIA E C.I.
Prof. Doutor Artur Paiva DirectorDr. Afonso Pedrosa VogalEnfermeiro Manuel Silva Rocha Vogal
11Hospital São João RC 2010 | Apresentação
Unidades Áutonomas de Gestão
UAG DE CIRURGIA
Anestesiologia
Cirurgia Geral
Cirurgia Plástica Reconstrutiva
e Máxilo-Facial
Cirurgia Torácica
Cirurgia Vascular
Estomatologia
Neurocirurgia
Oftalmologia
Ortopedia
Otorrinolaringologia
Urologia
UAG MCDT
Anatomia Patológica
Imunohemoterapia
Medicina Nuclear
Neurofisiologia
Neuroradiologia
Patologia Clínica
Radiologia
Radioterapia
UAG DA SAÚDE MENTAL
Psiquiatria
UAG DE MEDICINA
Cardiologia
Cuidados Paliativos
Dermatologia
Endocrinologia
Gastrenterologia
Hematologia Clínica
Imunoalergologia
Doenças Infecciosas
Medicina Interna
Medicina Física e Reabilitação
Nefrologia
Neurologia
Oncologia
Pneumologia
Reumatologia
UAG DA MULHER
E DA CRIANÇA
Cardiologia Pediátrica
Neonatologia
Obstetrícia e Ginecologia
Pediatria
Pediatria Cirúrgica
UCI Pediatria
Urgência Pediátrica
UAG URGÊNCIA
E CUIDADOS INTENSIVOS
Cuidados Intensivos
Urgência
12 Hospital São João RC 2010 | Apresentação
Directores dos Serviços Clínicos
Serviço
Anatomia Patológica
Anestesiologia
Cardiologia
Cardiologia Pediátrica
Cirurgia Geral
Cirurgia Pediátrica
Cirurgia Plástica, Reconstrução e Maxilo-Facial
Cirurgia Torácica
Cirurgia Vascular
Cuidados Intensivos
Cuidados Intensivos de Pediatria
Cuidados Paliativos
Dermatologia
Doenças Infecciosas
Endocrinologia
Estomatologia
Gastrenterologia
Ginecologia e Obstetrícia
Hematologia Clínica
Imunoalergologia
Imunohemoterapia
Medicina Física e de Reabilitação
Medicina Interna
Medicina Nuclear
Nefrologia
Neonatologia
Neurocirurgia
Neurofisiologia
Neurologia
Neurorradiologia
Oftalmologia
Oncologia
Ortopedia e Traumatologia
Otorrinolaringologia
Patologia Clínica
Pediatria Médica
Pneumologia
Psiquiatria
Director de Serviço
Profª. Doutora Fátima Carneiro
Dra. Maria Fernanda Barros
Profª. Doutora Maria Júlia Maciel
Prof. Doutor José Carlos Areias
Dr. José Costa Maia
Dr. António Bessa Monteiro
Dr. Álvaro Pereira da Silva
Dr. Paulo Gonçalves Pinho
Prof. Doutor Roncon Albuquerque
Dra. Ana Maria Mota
Dr. António Augusto Ribeiro
Dra. Edna Gonçalves
Dra. Filomena Maria Azevedo
Prof. Doutor António Sarmento
Prof. Doutor Davide Costa Carvalho
Dr. João Reis Correia Pinto
Prof. Doutor Guilherme Macedo
Prof. Doutor Nuno Montenegro
Prof. Doutor José Eduardo Guimarães
Dr. José Luís Assunção Plácido
Dr. Luís M. Cunha Ribeiro
Dr. Fernando Parada Pereira
Prof. Doutor Paulo Bettencourt
Dr. Jorge Gonçalves Pereira
Prof. Doutor Manuel Pestana
Profª. Doutora Hercília Areias
Prof. Doutor Rui Manuel Vaz
Profª. Doutora Carolina Garrett
Profª. Doutora Carolina Garrett
Dr. José Manuel Fonseca
Prof. Doutor Falcão Reis
Dra. Margarida Damasceno
Dr. Rui Alexandre Peixoto Pinto
Dra. Margarida Carvalho Santos
Prof. Doutor Tiago Guimarães
Prof. Doutor Caldas Afonso
Prof. Doutor Agostinho Marques
Dr. António Roma Torres
13Hospital São João RC 2010 | Apresentação
Directores dos Serviços Não Clínicos
Radiologia
Radioterapia
Reumatologia
Urgência Geral
Urgência Pediátrica
Urologia
Outras áreas clínicas
Gab. de Coordenação de Colheitas e Transplantação
Genética Humana
Grupo de Patologia Mamária
Serviço
Auditor Interno
Centro de Ambulatório
Centro de Formação
Centro de Investigação
Gabinete de Comunicação e Marketing
Gabinete de Relações Externas e Saúde Internacional
Serviço de Administração
Serviço de Aprovisionamento
Serviço de Gestão de Recursos Humanos
Serviço de Humanização
Serviço de Instalações e Equipamentos
Serviço de Planeamento e Controlo de Gestão
Serviço de Qualidade Operativa
Serviço de Sistemas de Informação
Serviço Religioso
Serviços Farmacêuticos
Serviços Financeiros
Unidade Integrada de Gestão do Processo Documental
Profª. Doutora Isabel Ramos
Dra. Maria Gabriela Pinto
Prof. Doutor Simões Ventura
Dr. João Jaime Sá
Dra. Maria Irene Carvalho
Prof. Doutor Francisco Cruz
Prof. Doutor Geraldo Oliveira
Prof. Doutor João Paulo Oliveira
Dr. José Luís Rosas Fougo
Director de Serviço
Dra. Carolina Silva
Dra. Ana Paula Amorim
Dra. Isabel Paquete
Prof. Doutor Ovídio Costa
Dr. Jorge Jorge
Dr. Filipe Basto
Dr. Alexandre Teixeira
Dr. Rui Rocha
Dr. Luís Boavista
Prof. Doutor Filipe Almeida
Eng. Jorge Sousa
Dra. Ana Luísa Cardoso
Eng. Emanuel Silva
Dr. Afonso Pedrosa
Padre José Nuno
Dr. Paulo Carinha
Dra. Darcília Rocha
Dr. Rui Guimarães
14 Hospital São João RC 2009 | Apresentação
Da concorrência à cooperação
Localizada em Matosinhos, a Unidade Local de Saúde de
Matosinhos integra o Hospital Pedro Hispano, o Centro de
Diagnóstico Pneumológico, a Unidade de Saúde Pública e
os Centros de Saúde de Matosinhos, Senhora da Hora, São
Mamede de Infesta e Leça da Palmeira, bem como as três
extensões deste último: Perafi ta, Santa Cruz do Bispo e
Lavra. O Hospital Pedro Hispano, com uma lotação de 432
camas, é referência aos Hospitais de Vila do Conde e da
Póvoa de Varzim, excepto para as áreas de Traumatologia
Crânio-Encefálica e de Neurocirurgia.
O Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco
Gentil posiciona-se na rede pública de cuidados hospita-
lares como instituição altamente diferenciada, de cuida-
dos especializados e de natureza muito específi ca. é além
disso, a unidade de referência de última linha em cuidados
oncológicos da Região Norte, para a qual são drenadas as
situações mais complexas e dispendiosas sendo três as
suas áreas de intervenção: Clínica, Investigação e Ensino.
O IPO-Porto presta cuidados de saúde a doentes da zona
geográfi ca correspondente à ARS Norte, assim como da
sub-região de Aveiro-Norte. Está situado junto ao Hospital
de São João.
O Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/ Espinho, E.P.E., é
constituído por quatro unidades localizadas nos concelhos
de Vila Nova de Gaia e Espinho dispondo de 588 camas.
Todos os Serviços do CHVNG/E estão agrupados em seis
Unidades de Gestão Intermédias (UGI): de Medicina; de
Cirurgia; da Mulher e Criança; dos Meios Complementares
de Diagnóstico e Terapêutica; do Tórax e Circulação; e da
Urgência e Intensivismo.
> Unidade Local de Saúde de Matosinhos
> Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil
> Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho
15Hospital São João RC 2009 | Apresentação
Constituído pelo H.G. Santo António (HGSA), Maternidade
Júlio Dinis e Hospital Pediátrico Maria Pia, o Centro Hospi-
talar do Porto conta com 867 camas. A área de influência
do Hospital Geral de Santo António é constituída por todas
as freguesias da cidade do Porto, com excepção de Bonfim,
Campanhã, Paranhos e Ramalde. O HGSA é ainda referên-
cia para a população dos distritos de Bragança e Vila Real
e para a população dos concelhos de Amarante, Baião e
Marco de Canavezes, do Distrito do Porto e dos concelhos
situados a sul do Douro pertencentes à parte norte dos dis-
tritos de Aveiro e Viseu.
A Maternidade Júlio Dinis tem como área de influência o
grande Porto, com excepção das freguesias de Paranhos
e Miragaia. A sua área de referência é mais alargada, re-
cebendo doentes dos concelhos limítrofes do Porto e de
toda a zona Norte em geral. O Hospital Maria Pia tem como
área de referência toda a zona Norte de Portugal, estando
organicamente ligado aos centros de saúde de Aldoar, Car-
valhosa e Foz do Douro.
Actualmente o Hospital de Joaquim Urbano é o único hos-
pital do país especializado em doenças infecciosas e pneu-
mológicas e localiza-se na freguesia do Bonfim na zona
oriental da cidade do Porto.
Localizado na fronteira entre os concelhos do Porto e Ma-
tosinhos, o Hospital de Magalhães Lemos tem como áreas
de influência o Concelho do Porto (freguesias de Aldoar,
Cedofeita, Foz do Douro, Lordelo do Ouro, Massarelos, Mi-
ragaia, Nevogilde, Ramalde e Vitória), o Concelho de Mato-
sinhos e os Concelhos da Póvoa do Varzim, Vila do Conde,
Santo Tirso e Trofa.
Na sequência do concurso público de 2005, veio a ser cele-
brado, em 9 de Fevereiro de 2009, um contrato de gestão
do novo Hospital de Braga, em regime de parceria público
privada, entre o Estado e as sociedades “Escala Braga – So-
ciedade Gestora do Estabelecimento, S.A.” e “Escala Braga
– Sociedade Gestora do Edifício, S.A”. O Hospital de São
Marcos, SPA extingue-se dando lugar ao Escala de Braga –
Sociedade Gestora do Estabelecimento, S.A”.
> Centro Hospitalar do Porto
> Hospital Joaquim Urbano
> Hospital Magalhães de Lemos > Hospital S. Marcos Parceria Público Privada
16 Hospital São João RC 2010 | Apresentação
Protocolos
> Proposta de protocolo de cooperação entre o Hospital de São João e a Universidade de Lúrio
> Protocolo de colaboração no âmbito da Oncologia (HSJ e CHTMAD)
> Acordo de colaboração para a prestação de cuidados da saúde mental (ARS Norte e HSJ)
> Protocolo entre a Fundação para a Divulgação das Tecnologias de Informação (FDTI) e o HSJ
Este protocolo pretende dinamizar as relações bilaterais
de cooperação entre a Universidade Lúrio (Nampula, Mo-
çambique) e o Hospital de São João, no que respeita aos do-
mínios da assistência médica, capacitação de profissionais
de saúde e na organização de serviços de saúde. Pretende
maximizar as oportunidades de desenvolvimento bilateral
na prestação assistencial e na formação em áreas clínicas,
bem como na estruturação de redes de saúde integradas
de apoio ao ensino médico.
No âmbito deste protocolo, o HSJ e o CHTMAD acordam
em estabelecer uma mútua colaboração, evidenciando a
sua relevância na prestação de cuidados de saúde, no âm-
bito da oncologia aos utentes da região Norte, funcionando
ambas as instituições em estreita articulação funcional, de
modo a efectivar um esquema de permanente colaboração
técnica no tratamento do doente oncológico.
O presente acordo tem como objectivos fundamentais
contribuir para o desenvolvimento da prestação de Cuida-
dos de Saúde Mental ao nível dos Cuidados de Saúde Pri-
mários, desenvolver actividades assistências específicas
na área de Saúde Mental integradas na comunidade e inte-
grar as instituições no sentido de uma resposta eficiente à
população, garantindo continuidade na prestação de cuida-
dos de saúde mental.
Este protocolo tem por objectivo determinar as regras de
cooperação entre a FDTI e o HSJ, com vista à implementa-
ção e à execução continuada na (Unidade Hospitalar) de um
projecto concebido pela FDTI, denominado “Um Sorriso
com as TIC/TIC Pediátrica”.
17Hospital São João RC 2010 | Apresentação
> Protocolo Banco de Tecidos (Centro de Histocompatibilidade do Sul e HSJ)
> Protocolo CEDACE – Registo Português de Dadores de Medula Óssea (Cedace e HSJ)
> Protocolo de Cooperação entre o Hospital de São João, E.P.E. e o Hospital de São Teotónio, E.P.E. Equipamento Cobe Spectra
> Protocolo de Cooperação entre o Hospital de São João, E.P.E. e o Hospital de São Teotónio, E.P.E. Técnicas Biologia Molecular
Este protocolo tem como objectivo definir os termos de
colaboração entre o Banco de Tecidos do Centro de His-
tocompatibilidade do Sul (CHSul) e o Hospital de São João
relativamente à requisição, fornecimento e distribuição de
tecidos humanos para transplantação.
O protocolo com o CEDACE tem como objectivo definir em
termos de colaboração entre o CEDACE - Centro de Histo-
compatibilidade do Sul e o Hospital de São João, relativa-
mente aos pedidos de preparação para a transplantação
com células progenitoras hematopoiéticas ou medula ós-
sea de doentes portugueses com dadores internacionais.
Considerando que no Hospital de São Teotónio existe um
equipamento Cobe Spectra para colheita de células esta-
minais que não está a ser utilizado por falta de técnicos, o
Hospital de São Teotónio cede ao Hospital de São João, o
equipamento acima referido pelo período de um ano, reno-
vável por acordo entre as partes.
O presente protocolo visa regular a repartição entre as
duas entidades bem como o modo de execução das dife-
rentes actividades relacionadas com os estudos analíticos
de Biologia Molecular, nomeadamente o rastreio das dádi-
vas de sangue por técnicas de Biologia Molecular para os
Vírus de Imunodeficiência e das Hepatites B e C.
18 Hospital São João RC 2010 | Apresentação
> Protocolo de Articulação entre a ACSS, DGS e Hospital de São João, E.P.E. Comissão Nacional de Avaliação do Tratamento Cirúrgico da Obesidade
O presente protocolo regula a articulação entre a ACSS,
DGS e HSJ, no âmbito da Comissão Nacional de Avaliação
do Tratamento Cirúrgico da Obesidade, para a prossecu-
ção das acções definidas e aprovadas em sede de Plano de
Actividades.
> Protocolo de Colaboração entre a Administração Regional de Saúde do Norte, I.P. e o Hospital de São João, E.P.E. – Rastreio da Retinopatia Diabética da Região Norte
> Protocolo de Cooperação entre o Hospital de São João e a Unidade de Hemodiálise de Guimarães
> Protocolo de articulação entre o Hospital de São João, E.P.E. e os ACES de Valongo, da Maia e do Porto Oriental que integram a UCF do Hospital de São João
Mediante o presente protocolo, a ARSN e o HSJ manifes-
tam a intenção de cooperar na realização do Programa de
Rastreio de Retinopatia Diabética, adiante designado por
programa, na área de influência da ARS Norte, I.P. Este pro-
grama consubstancia-se na realização de Retinografias a
efectuar a todos os diabéticos inscritos nos Centros de
Saúde ou Unidades de Saúde Familiar.
O protocolo de articulação entre o Hospital de São João e
a Unidade de Hemodiálise de Guimarães, estabelece que a
cooperação por parte do Hospital de São João irá desen-
volver-se nas seguintes vertentes: apoio médico nefrológi-
co de urgência; internamento e assistência médica nefro-
lógica aos doentes em diálise ambulatória na Unidade de
Guimarães.
Este protocolo baseia-se na Circular Normativa Nº 02/
DSMIA de16/01/2006 – “Prestação de Cuidados Pré-Con-
cepcionais”, no programa Nacional de Saúde Reprodutiva.
Pretende-se com este protocolo organizar, coordenar e
aperfeiçoar os procedimentos de referenciação para os
casais inférteis e criar as condições para a prestação de
cuidados aos casais inférteis no menor tempo possível.
19Hospital São João RC 2010 | Apresentação
Este projecto tem com fi nalidade a construção de uma
Ala Pediátrica digna de referência em contexto nacional
e europeu. Um investimento de 15 milhões de euros con-
substanciado num edifício de 5 pisos, dotados das mais
modernas infra-estruturas, equipamentos e tecnologias
de ultima geração.
Este edifício irá integrar:
• 350 m2 de espaço educativo (Parceria com o Ministério
da Educação);
• 220 m2 de espaço lúdico, desmistifi car o conceito de do-
ença (Parceria com a RTP);
• Espaço de visitas;
• Videoconferência pais/fi lhos e escola/doente;
• Condições especiais para acompanhamento 24h/dia pe-
los pais das crianças.
Toda esta Ala foi estruturada para proporcionar às crian-
ças condições de acompanhamento digno e tratamento de
excelência, com toda a privacidade a que as mesmas têm
direito.
Este projecto também será inovador ao nível do seu fi nan-
ciamento, pois pretende ser totalmente fi nanciado por
entidades privadas, almejando também o envolvimento de
toda a sociedade civil. Existem já parcerias fi rmadas com
grandes instituições / empresas, evidenciando o envolvi-
mento nacional na nobre causa “Um Lugar pró Joãozinho”.
Um desafi o projectado para o espaço de quatro anos e cuja
obra terá a duração de cerca de um ano e meio.Durante o
ano de 2010, várias foram as iniciativas realizadas em nome
deste projecto com o objectivo de divulgação do mesmo
perante a sociedade civil e angariação de fundos, dos quais
destacamos alguns:
Projecto "Um Lugar pró Joãozinho"
www.joaozinho.pt
20 Hospital São João RC 2010 | Apresentação
Janeiro/2010: Fim-de-semana de Golfe a favor do Joãozi-
nho e oferta de computadores portáteis munidos de Sof-
tware didáctico à Pediatria pela Fundação Vítor Baía;
Junho/2010: Praça da Alegria especial “Um Lugar pró João-
zinho”;
Setembro/2010: Feira de Combate à Exclusão Social e Po-
breza com Joãozinho; acção de Ioga a favor do Joãozinho no
Style Outlet Vila do Conde;
Novembro/2010: O Joãozinho juntou-se à Caminhada pela
Esperança em Gaia. Mais de 700 pessoas juntaram-se à
caminhada e os fundos angariados por este evento rever-
teram inte¬gralmente para o projecto “Um Lugar pró João-
zinho”.
Dezembro/2010: Leilão de obras de arte promovido pelo
Hospital de São João, em parceria com o Lugar do Desenho
– Fundação Júlio Resende, a favor da construção de “Um
Lugar pró Joãozinho”; Acção do Joãozinho na FNAC; “Sítio
do Pica Pau Amarelo” para o Joãozinho no Politeama.
21Hospital São João RC 2010 | Apresentação
Hospital de São João num dia
8 Partos
119 Doentes Saídos
130 Doentes Intervencionados
487 Sessões de Hospital de Dia
699 Atendimentos nas Urgências
2.751 Consultas Externas
5.600 Kg de consumo de nafta
42.000 doses de medicamento são prescritas
e administradas aos doentes internados
71.000 KWh de consumo de electricidade
23Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
3.1 PRODUÇÃOINTERNAMENTO
Serviço 2009 Δ 09 / 10 2010
Cardiologia 2.548 227 2.775
Cardiologia Pediátrica 171 32 203
Cirurgia Cardiotorácica 1.682 -7 1.675
Cirurgia Geral 6.448 255 6.703
Cirurgia Plástica, Reconstrução
e Maxilo-Facial 1.547 25 1.572
Cirurgia Vascular 1.798 98 1.896
Cuidados Intensivos 1.171 14 1.185
Dermatovenerologia 124 -6 118
Doenças Infecciosas 789 -206 583
Endocrinologia 282 17 299
Gastrenterologia 425 122 547
Ginecologia / Obstetrícia 4.476 329 4.805
Hematologia Clínica 504 3 507
Hematoncologia Pediátrica 286 -29 257
Imunoalergologia 15 -3 12
Medicina Interna 7.494 -161 7.333
Nefrologia 602 -60 542
Neonatologia 407 14 421
Neurocirurgia 1.567 101 1.668
Neurologia 593 46 639
Oftalmologia 1.222 -66 1.156
Oncologia 222 40 262
Ortopedia 3.024 181 3.205
Otorrinolaringologia 1.341 -114 1.227
Pediatria Cirúrgica 955 -60 895
Pediatria Médica 2.696 -473 2.223
Pneumologia 711 78 789
Psiquiatria 521 53 574
Reumatologia 123 -19 104
U. C. Intensivos Pediatria 246 22 268
U.C. Intermédios de Adultos 1.286 -346 940
U.C. Intermédios de Pediatria 1.189 81 1.270
Unidade de Queimados 61 -14 47
Unidade Pós-Anestésica 935 -14 921
Urologia 2.727 133 2.860
DOENTES SAÍDOS
O ano de 2010 manteve a tendência crescente, que se tem vindo a
verificar nos últimos anos, no número de doentes saídos, atingin-
do os 43.523. Este valor representou um acréscimo de 533 doen-
tes saídos face a 2009.
2008 Δ 08 / 09 2009 Δ 09 / 10 2010
Doentes saídos 42.356 1,50% 42.990 1,24% 43.523
As especialidades que mais contribuíram para este aumento fo-
ram: a Ginecologia/Obstetrícia, a Cirurgia Geral, a Cardiologia e a
Ortopedia com mais 329, 255, 227 e 181 doentes saídos, respecti-
vamente.
O aumento verificado na Ginecologia/Obstetrícia é justificado
pelo aumento do número de partos (+245 partos face a 2009). Já
no que se refere à Ortopedia o aumento do número de doentes
saídos é suportado por um aumento de 2% no número de doen-
tes intervencionados.
24 Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
GRUPOS DE DIAGNóSTICOHOMOGéNEO (GDH)
A seguinte análise de GDH's (Grupos de Diagnóstico Homogé-
neo) exclui os episódios referentes aos recém-nascidos e partos.
Pela análise da tabela seguinte podemos concluir que o padrão
dos 10 GDH's com maior expressão no Hospital de São João se
mantém idêntico ao do período homólogo, tendo ganho maior
relevância as patologias associadas a problemas circulatórios e
respiratórios. No que respeita à demora média ponderada deste
grupo de GDH's, verifica-se uma melhoria face a 2009, tendo re-
duzido 5%.
Analisando a demora média individual de cada GDH, podemos
concluir que esta se situa, na maioria destes GDH's, no 1º quartil
do intervalo de normalidade estabelecido pela Portaria n.º 839-
A/2009 de 31 de Julho e, em algumas situações, verificamos signi-
ficativas melhorias face a 2009 (por exemplo, GDH 541).
Também os doentes equivalentes apresentam uma tendência
crescente, ao longo dos últimos anos, registando um aumento
de 1,45% de 2009 para 2010. Consequentemente, verifica-se um
aumento do rácio DE/DS, que atingiu o valor de 95,7% em 2010.
Esta aproximação do número de doentes saídos e de doentes
equivalentes pode ser explicada pela redução do número de do-
entes que não geram GDH, por exemplo, diminuição do número
de internamentos inferiores a 24 horas. A aproximação destes
valores demonstra a preocupação do Hospital de São João com
o correcto registo das suas práticas clínicas.
2008 Δ 08 / 09 2009 Δ 09 / 10 2010
Doentes
equivalentes 40.300 1,89% 41.062 1,45% 41.656
Rácio DE/DS 95,1% 0,37 p.p. 95,5% 0,20 p.p. 95,7%
25Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
GDH Descrição Nº de GDH's Demora Média Limites do GDH*
2010 2009 ∆ 09/10 2010 2009 ∆ 09/10 L. Inferior L. Superior
125 Perturbações circulatórias
excepto enfarte agudo do
miocardio, com cateterismo
cardíaco, sem diagnóstico complexo 833 738 13% 1,5378 1,3428 15% 1 11
541 Perturbações respiratórias,
excepto infecções, bronquite
ou asma, com CC major 733 716 2% 11,9441 13,5531 -12% 3 48
14 Acidente vascular cerebral
com enfarte 700 715 -2% 9,3314 9,7776 -5% 2 34
288 Procedimentos para obesidade,
em B.O. 683 777 -12% 4,3133 4,5006 -4% 1 13
119 Laqueação venosa
e flebo - extracção 606 565 7% 1,0479 1,0035 4% 1 6
167 Apendicectomia sem diagnóstico
principal complicado, sem CC 574 603 -5% 2,4669 2,6318 -6% 1 12
89 Pneumonia e/ou pleurisia simples,
idade> 17 anos, com CC 496 481 3% 9,8427 9,4304 4% 3 39
105 Procedimentos nas válvulas
cardíacas e/ou outros
procedimentos cardiotoracicos
major, sem cateterismo cardíaco 442 415 7% 11,2715 11,4024 -1% 1 28
359 Procedimentos no útero e/ou
seus anexos, por carcinoma
in situ e/ou doença não maligna,
sem CC 441 391 13% 3,5488 3,7596 -6% 1 13
127 Insuficiência cardíaca
e/ou choque 440 429 3% 8,4114 8,8625 -5% 2 34
TOTAL 5.948 5.830 2% 6,1693 6,4969 -5% - -
* Portaria n.º 839-A/2009 de 31 de Julho
26 Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
GDH's Médicos
Código Postal 2010 2009 Δ 09/10
Nº % Total Nº % Total
Porto 5.219 22,07% 5.138 21,92% 1,6%
Ermesinde 4.130 17,46% 3.300 14,08% 25,2%
Maia 2.866 12,12% 1.791 7,64% 60,0%
Valongo 1.341 5,67% 1.320 5,63% 1,6%
Rio Tinto 1.244 5,26% 1.823 7,78% -31,8%
Gondomar 1.084 4,58% 2.386 10,18% -54,6%
Matosinhos 676 2,86% 643 2,74% 5,1%
Paredes 486 2,05% 472 2,01% 3,0%
Santo Tirso 467 1,97% 431 1,84% 8,4%
Vila do Conde 398 1,68% 397 1,69% 0,3%
Vila Nova de Gaia 398 1,68% 384 1,64% 3,6%
São Mamede de Infesta 396 1,67% 366 1,56% 8,2%
Paços de Ferreira 327 1,38% 316 1,35% 3,5%
Trofa 314 1,33% 293 1,25% 7,2%
Vila Nova de Famalicão 295 1,25% 295 1,26% 0,0%
Póvoa do Varzim 224 0,95% 211 0,90% 6,2%
Valadares 201 0,85% 219 0,93% -8,2%
Barcelos 199 0,84% 232 0,99% -14,2%
Braga 196 0,83% 185 0,79% 5,9%
Penafiel 184 0,78% 205 0,87% -10,2%
TOTAL 20.645 87,29% 20.407 87,05% 1,2%
A proveniência dos doentes que acorrem ao Hospital de São
João para procedimentos, classificados com GDH médico, é
bastante ampla, abrangendo todo o norte do país.
Na tabela seguinte estão representados 87% dos utentes
que foram internados no Hospital de São João e deram ori-
gem a um GDH médico. Agrupando os doentes pelo código
postal de residência, conclui-se que perto de 22% dos do-
entes são residentes no Porto, 17% em Ermesinde e 12% na
Maia, representando os doentes provenientes destas três
áreas mais de 50% do total.
De referir que o Hospital de São João deixou de ser o hospital
de referência para o concelho de Gondomar e passou a ser
referência para o concelho da Maia. Daí a redução, de 2009
para 2010, de 55% no número de doentes provenientes de
Gondomar e de 32% nos provenientes de Rio Tinto. Em sen-
tido oposto temos a área da Maia que registou um aumento
de 60%.
27
No que se refere aos GDH's cirúrgicos, também aqui a proveni-
ência dos utentes é muito abrangente. A amostra apresentada
na tabela seguinte reflecte 80% do total dos doentes que de-
ram origem a um GDH cirúrgico. Agregando por códigos postais,
verifica-se, como não poderia deixar de ser, que o Porto, ocupa
o primeiro lugar, com um peso superior a 17%. Imediatamente
a seguir vem Ermesinde com mais de 13% e a Maia com 8,5%.
Também aqui se verifica a alteração de posição da Maia (+67%),
Gondomar (-38%) e Rio Tinto (-31%).
Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
GDH's Cirúrgicos
Código Postal 2010 2009 Δ 09/10
Nº % Total Nº % Total
Porto 3.436 17,29% 3.175 16,25% 8,2%
Ermesinde 2.655 13,36% 2.169 11,10% 22,4%
Maia 1.688 8,49% 1.011 5,17% 67,0%
Gondomar 1.258 6,33% 2.031 10,40% -38,1%
Rio Tinto 993 5,00% 1.441 7,38% -31,1%
Valongo 928 4,67% 908 4,65% 2,2%
Matosinhos 671 3,38% 689 3,53% -2,6%
Santo Tirso 549 2,76% 508 2,60% 8,1%
Paredes 479 2,41% 503 2,57% -4,8%
Vila do Conde 369 1,86% 361 1,85% 2,2%
Vila Nova de Gaia 360 1,81% 349 1,79% 3,2%
Vila Nova de Famalicão 341 1,72% 293 1,50% 16,4%
Paços de Ferreira 330 1,66% 346 1,77% -4,6%
São Mamede de Infesta 319 1,61% 328 1,68% -2,7%
Braga 318 1,60% 277 1,42% 14,8%
Trofa 313 1,58% 308 1,58% 1,6%
Barcelos 277 1,39% 280 1,43% -1,1%
Póvoa do Varzim 245 1,23% 240 1,23% 2,1%
Guimarães 235 1,18% 283 1,45% -17,0%
Penafiel 205 1,03% 236 1,21% -13,1%
TOTAL 15.969 80,36% 15.736 80,56% 1,5%
28 Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
DEMORA MéDIA
No ano de 2010 a demora média do Hospital de São João foi de
7,80 dias, para o total de doentes tratados, e de 8,06 dias se ex-
cluirmos os recém-nascidos. O conceito de demora média ex-
pressa o rácio entre o número de dias de internamento dos doen-
tes saídos e o total de doentes saídos.
A diminuição da demora média verificada no Hospital de São
João, foi evidenciada na maioria dos serviços clínicos. Dos 35 ser-
viços mencionados na tabela seguinte, 21 registaram diminuições
da demora média face a 2009.
Os serviços que registaram diminuições mais significativas fo-
ram: a Psiquiatria (-3,12 dias) e a Reumatologia (-3,03 dias).
No que se refere à Psiquiatria, foi criado um Tratamento de Am-
bulatório Intensivo (TAI), que permite dar altas mais cedo aos do-
entes pois, posteriormente à alta, são acompanhados em regime
de ambulatório.
Em 2010, verificamos uma diminuição da demora média, em cer-
ca de 1,64%, face a 2009. Esta diminuição reflecte a diminuição
registada no ICM (Índice de Case Mix) do Hospital de São João
que passou de 1,5168 para 1,4976 (-1,27%).
2008 Δ 08 / 09 2009 Δ 09 / 10 2010
Demora Média 8,12 0,86% 8,19 -1,64% 8,06
Índice de Case-Mix 1,5065 0,68% 1,5168 -1,27% 1,4976
29Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
Serviço 2009 Δ 09 / 10 2010
Cardiologia 3,22 -0,03 3,19
Cardiologia Pediátrica 4,97 -0,55 4,42
Cirurgia Cardiotorácica 9,52 0,40 9,92
Cirurgia Geral 6,10 -0,26 5,84
Cirurgia Plástica, Reconstrução e Maxilo-Facial 6,71 0,01 6,72
Cirurgia Vascular 6,82 -0,01 6,81
Cuidados Intensivos 10,42 -0,01 10,41
Dermatovenerologia 12,08 0,24 12,32
Doenças Infecciosas 12,94 1,96 14,90
Endocrinologia 6,43 -0,08 6,35
Gastrenterologia 10,47 -0,82 9,65
Ginecologia / Obstetrícia 3,50 -0,09 3,41
Hematologia Clínica 19,83 -0,53 19,30
Hematoncologia Pediátrica 5,32 2,57 7,89
Imunoalergologia 6,33 -1,00 5,33
Medicina Interna 8,62 -0,24 8,38
Nefrologia 7,36 2,34 9,70
Neonatologia 12,46 -0,69 11,77
Neurocirurgia 8,52 -0,28 8,24
Neurologia 10,50 -0,50 10,00
Oftalmologia 4,40 0,36 4,76
Oncologia 9,95 0,09 10,04
Ortopedia 7,64 -0,67 6,97
Otorrinolaringologia 2,61 0,05 2,66
Pediatria Cirurgica 5,30 0,50 5,80
Pediatria Médica 4,84 0,47 5,31
Pneumologia 10,28 -0,42 9,86
Psiquiatria 20,45 -3,12 17,33
Reumatologia 13,98 -3,03 10,95
U. C. Intensivos Pediatria 6,32 -1,18 5,14
U.C. Intermédios de Adultos 4,32 0,59 4,91
U.C. Intermédios de Pediatria 1,18 0,01 1,19
Unidade de Queimados 26,31 9,50 35,81
Unidade Pós-Anestésica 1,74 -0,01 1,73
Urologia 4,70 -0,45 4,25
30 Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
TAXA DE OCUPAçãO
A taxa de ocupação do Hospital de São João, registou um acrés-
cimo de 1,34 p.p. face a 2009, apresentando valores próximos do
nível de plena adequação de utilização dos recursos disponíveis.
2008 Δ 08 / 09 2009 Δ 09 / 10 2010
Taxa
de ocupação 83,40% -0,20 p.p. 83,20% 1,34 p.p. 84,54%
Este aumento ocorre, durante uma intensa fase de reestrutura-
ção/beneficiação dos serviços de internamento. Esta requalifi-
cação da estrutura pretende:
1) Aumentar a qualidade no atendimento ao doente; e
2) Readaptar a capacidade instalada às necessidades da popu-
lação (procura) visando optimizar a utilização dos recursos.
Os serviços que tiveram maior aumento percentual da taxa de
ocupação foram: U.C. Intermédios de Adultos (+7,29 p.p.), Pedia-
tria Cirúrgica (+5,41 p.p.) e Gastrenterologia (+5,29 p.p.).
O aumento verificado na U.C. Intermédio de Adultos explica-se
pela alteração de lotação ocorrida nesta Unidade em meados
do ano de 2009, passando de uma lotação de 20 camas para 13.
Apesar do número de doentes saídos desta Unidade ter dimi-
nuído em 346, a demora média aumentou e a conjugação destes
factores provocou um aumento de 7 p.p. na taxa de ocupação.
A Pediatria Cirúrgica apresenta um aumento da taxa de ocupa-
ção (+5,41 p.p.), no entanto, regista uma diminuição do número
de doentes saídos (-60) que é superado pelo aumento da demo-
ra média (mais 0,5 dias por doente internado) e pela diminuição
da lotação de 20 para 19 camas.
O aumento verificado no serviço de Gastrenterologia é explica-
do pelo aumento do número de doentes saídos (+122 DS), ape-
sar de se ter verificado uma ligeira diminuição da demora média
(-0,8 dias por doente).
De referir que em 2010, o serviço de Reumatologia deixou de ter
um serviço de internamento especifico para os seus doentes
passando a internar no serviço de Medicina Interna. O mesmo
acontece nos serviços de Cardiologia Pediátrica e Hematon-
cologia Pediátrica que não tem lotação própria e internam os
seus doentes na Pediatria Médica. Esta redução de camas visa
adequar os recursos disponíveis às necessidades e optimizar
os recursos existentes.
31Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
Serviço 2009 Δ 09 / 10 2010
Cardiologia 101,68% -0,21 p.p. 101,47%
Cardiologia Pediátrica - - -
Cirurgia Cardiotorácica 86,10% 0,62 p.p. 86,72%
Cirurgia Geral 88,16% -3,43 p.p. 84,73%
Cirurgia Plástica, Reconstrução e Maxilo-Facial 92,57% 0,76 p.p. 93,33%
Cirurgia Vascular 95,84% 2,25 p.p. 98,09%
Cuidados Intensivos 96,50% -5,92 p.p. 90,58%
Doenças Infecciosas 81,90% 0,97 p.p. 82,87%
Endocrinologia 81,05% 2,79 p.p. 83,84%
Gastrenterologia 92,66% 5,29 p.p. 97,95%
Ginecologia / Obstetrícia 73,33% 4,76 p.p. 78,09%
Hematologia Clínica 95,98% -2,70 p.p. 93,28%
Hematoncologia Pediátrica - - -
Medicina Interna 86,20% -1,05 p.p. 85,15%
Nefrologia 89,53% 4,78 p.p. 94,31%
Neonatologia 82,37% 1,28 p.p. 83,65%
Neurocirurgia 89,58% 0,52 p.p. 90,10%
Neurologia 82,65% 0,81 p.p. 83,46%
Oftalmologia 85,33% -0,70 p.p. 84,63%
Ortopedia 80,36% -3,34 p.p. 77,02%
Otorrinolaringologia 71,20% -6,41 p.p. 64,79%
Pediatria Cirúrgica 71,63% 5,41 p.p. 77,04%
Pediatria Médica 67,45% 0,69 p.p. 68,14%
Pneumologia 86,94% 3,60 p.p. 90,54%
Psiquiatria 95,25% -4,34 p.p. 90,91%
Reumatologia 40,57% - -
U. C. Intensivos Pediatria 69,45% -6,34 p.p. 63,11%
U.C. Intermédios de Adultos 90,41% 7,29 p.p. 97,70%
U.C. Intermédios de Pediatria 42,16% -0,90 p.p. 41,26%
Unidade de Queimados 82,47% 1,86 p.p. 84,33%
Unidade Pós-Anestésica 89,59% -4,06 p.p. 85,53%
Urologia 92,15% 1,28 p.p. 93,43%
32 Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
ACTIVIDADE CIRÚRGICA
2008 Δ 08/09 2009 Δ 09/10 2010
Ambulatório 10.345 11% 11.444 14% 13.092
Convencional 15.615 -3% 15.185 2% 15.449
Urgente 5.797 3% 5.952 -2% 5.816
TOTAL 31.757 2,59% 32.581 5,45% 34.357
DOENTES INTERVENCIONADOS
A actividade cirúrgica, representada por doentes intervenciona-
dos, teve um crescimento acentuado em 2010, face a 2009, de
5,45%. Quando comparado com o período homólogo, consta-
tamos um acréscimo de 2,86 p.p.. De referir que, este aumento
(5,45%) não reflecte na totalidade o esforço de aumento de pro-
dução uma vez que, este crescimento verificou-se num ano em
que existiram vários dias sem utilização de blocos operatórios
devido a greves.
No mesmo período, a actividade cirúrgica urgente teve um de-
créscimo de 2%. Esta diminuição é reflexo de uma diminuição no
número de atendimentos em urgência, apesar de algumas urgên-
cias cirúrgicas estarem concentradas no Hospital São João.
Tal como no ano anterior, também em 2010, o crescimento mais
significativo ocorreu na cirurgia de ambulatório, onde o cresci-
mento face ao período homólogo foi de 14%.
33Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
O aumento da actividade cirúrgica de ambulatório registado
na especialidade de Dermatologia deve-se ao facto até ao final
de 2009 as excisões de pequenas lesões não serem registadas
como cirurgias de ambulatório, apenas ficavam registadas em
módulo de Consulta. Nessa altura foi criado um procedimento de
inscrição dos doentes em LIC e de registo destes actos em mó-
dulo de Bloco.
2009 2010
Serviço Ambulatório Convencional Urgente Δ 09/10 Ambulatório Convencional Urgente
Anestesia 7 33 2 -16,67% 6 29 -
Cirurgia Cardiotorácica - 1.429 122 0,77% 1 1.452 110
Cirurgia Geral 1.346 3.360 884 -4,47% 1.256 3.314 770
Cir. Plástica, Reconstrução
e Maxilo-Facial 906 1.309 288 -6,03% 785 1.302 265
Cirurgia Vascular 226 1.398 249 3,36% 284 1.434 218
Estomatologia 811 39 3 6,68% 858 49 3
Ginecologia 241 725 53 1,86% 279 695 64
Neurocirurgia 8 745 467 -3,36% 5 737 437
Obstetrícia 4 234 738 -0,31% - 223 750
Oftalmologia 5.984 977 126 -0,08% 5.947 1.014 120
Ortopedia 335 1.691 1.268 5,34% 448 1.816 1.206
Otorrinolaringologia 362 1.062 188 -1,74% 449 963 172
Pediatria Cirúrgica 941 601 846 3,02% 964 581 915
Urologia 159 1.582 718 14,31% 194 1.832 785
Dermatologia 114 - - 1149% 1.424 8 -
Nefrologia - 192 0 1
TOTAL 11.444 15.185 5.952 5,45% 13.092 15.449 5.816
Nota: Em 2009 não foram considerados cerca de 670 doentes operados no PACO – Programa de Acesso à Cirurgia Oftalmológica, uma vez que nesse ano, à data de conclu-
são do R&C, ainda não se encontrava definido pela ACSS e ARS Norte o enquadramento desta produção.
34 Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
No que respeita ao serviço de Nefrologia, a produção aqui men-
cionada respeita à reparação de acessos vasculares a alguns
doentes que realizam tratamentos de hemodiálise. Embora este
tipo de procedimento já fosse realizado em anos anteriores, só a
partir de 2010 se inicia o respectivo registo em bloco operatório.
Tal como em anos anteriores, também em 2010 se demonstrou
que o crescimento da taxa de ambulatorização continua a ser
uma das apostas estratégicas do Hospital de São João.
DEMORA MéDIA PRé-OPERATóRIA
Sem urgência Com urgência
Especialidade 2009 2010 Δ09/10 2009 2010 Δ09/10
Cirurgia Plástica, Reconstrução
e Maxilo-Facial 1,01 0,92 -0,09 1,66 1,54 -0,12
Cirurgia Cardiotorácica 1,41 1,13 -0,28 1,46 1,26 -0,2
Cirurgia Geral 1,01 1,09 0,08 2,08 2,36 0,28
Cirurgia Vascular 1,48 1,21 -0,27 3,18 2,95 -0,23
Neurocirurgia 2,09 1,73 -0,36 3,64 3,55 -0,09
Oftalmologia 1,67 1,59 -0,08 2,20 2,31 0,11
Ortopedia 1,55 1,37 -0,18 2,87 2,61 -0,26
Otorrinolaringologia 0,29 0,14 -0,15 0,55 0,38 -0,17
Urologia 1,20 0,98 -0,22 1,90 1,46 -0,44
Ginecologia 1,00 1,05 0,05 1,05 1,10 0,05
Obstetrícia 0,23 0,52 0,29 1,11 1,00 -0,11
Pediatria Cirúrgica 0,11 0,29 0,18 1,07 1,02 -0,05
TOTAL 1,15 1,07 -0,08 2,04 1,98 -0,06
Doentes Intervencionados
Ambulatório
2008 2009 2010
10.3
45
11.44
4
13.0
92
15.6
15
15.18
5
15.4
49
5.797
5.952
5.816
Convencional Urgente
35Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
A Demora Média Pré-Operatória, historicamente, sempre foi
um indicador de grande relevância no Hospital de São João,
essencialmente pelo impacto que tem no bem-estar e na ade-
quação dos internamentos. A redução deste tempo, através
de melhorias no planeamento pré-operatório, permitirá ao
doente um maior conforto e uma menor exposição aos riscos
do internamento hospitalar, mantendo a mesma qualidade do
acompanhamento médico.
O esforço para redução do número de dias de demora média
pré-operatória é visível de 2009 para 2010, independente-
mente da proveniência do doente, assim, no ano 2010, em
média, um doente aguardou 1,07 dias entre a data de interna-
mento e a data de intervenção (excluindo os internamentos
via Serviço de Urgência).
Demora Média Pré-Operatória (em dias)
2009
s/ Urg. c/ Urg.
20092010 2010
1,15
1,07
2,04
1,98
36 Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
CONSULTA EXTERNA
A consulta externa apresenta nos últimos anos uma tendên-
cia crescente, reflexo da política implementada pelo Hospital
de São João visando o aumento da acessibilidade dos utentes
às consultas de especialidade.
No ano de 2010 assistiu-se a um crescimento de aproximada-
mente 3%.
As consultas externas incluem consultas médicas e não médi-
cas (psicologia, dietética e nutrição, podologia, entre outras). O
aumento mais significativo, em valor absoluto, centra-se nas
consultas médicas, representando 95% do total das consultas
do hospital.
CONSULTAS MéDICAS
As consultas médicas, que como foi referido anteriormente,
representam 95% do total das consultas, registaram um au-
mento de 2% face ao ano anterior. Este aumento deve-se, es-
sencialmente, às seguintes especialidades: Genética Médica
(30%), Neonatologia (22%), Cuidados Paliativos (20%), Gas-
trenterologia (17%), Reumatologia (16%) e Medicina Física e
Reabilitação (12%).
As consultas de grupo - geral e oncológico - também regista-
ram um aumento excepcional, 47% e 21%, respectivamente.
O Hospital tem incentivado o crescimento das consultas de
grupo, uma vez que acredita que a melhoria dos cuidados de
saúde prestados também passa pela multidisciplinaridade de
conhecimentos e tratamentos médicos.
As especialidades que tiveram uma diminuição do número de
consultas mais acentuada foram: Hematoncologia Pediátrica
(-18%), Imunoalergologia (-17%) e Cirurgia Plástica (-14%), fru-
to da carência de recursos nestas áreas da medicina.
2008 Δ 08/09 2009 Δ 09/10 2010
Médicas 590.476 8% 636.273 2% 651.935
Não Médicas 26.858 21% 32.628 10% 35.937
TOTAL 617.334 8% 668.901 3% 687.872
Consulta externa
2008 2009 2010
617.3
34
668.
901
687.8
72
37Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
CONSULTAS MÉDICAS POR ESPECIALIDADE
Serviço 2009 2010 Δ 09 / 10
Anestesia 11.845 11.355 -4,14%
Cardiologia 14.433 13.874 -3,87%
Cardiologia Pediátrica 6.006 5.876 -2,16%
Cirurgia Geral 29.000 30.142 3,94%
Cirurgia Pediátrica 8.399 8.067 -3,95%
Cirurgia Plástica, Reconstrução
e Maxilo-Facial 10.867 9.386 -13,63%
Cirurgia Torácica 6.654 6.946 4,39%
Cirurgia Vascular 10.100 10.465 3,61%
Consultas de Grupo 739 1.088 47,23%
Consultas de Grupo - Oncologia 4.264 5.166 21,15%
Cuidados Intensivos 239 239 0,00%
Cuidados Intensivos Pediatria 105 102 -2,86%
Cuidados Paliativos 1.068 1.279 19,76%
Dermatovenerologia 19.732 21.242 7,65%
Doenças Infecciosas 11.946 12.105 1,33%
Endocrinologia 19.843 19.741 -0,51%
Estomatologia 23.588 21.746 -7,81%
Gastrenterologia 11.125 13.005 16,90%
Genética Médica 1.228 1.593 29,72%
Ginecologia 20.236 21.682 7,15%
Hematologia Clínica 16.901 18.585 9,96%
Hematoncologia Pediátrica 3.931 3.213 -18,27%
Imunoalergologia 23.154 19.184 -17,15%
Imunohemoterapia 58.371 58.777 0,70%
Medicina Física e de Reabilitação 7.719 8.660 12,19%
Medicina Interna 16.032 15.937 -0,59%
Nefrologia 19.833 21.501 8,41%
Neonatologia 2.114 2.576 21,85%
Neurocirurgia 9.375 9.689 3,35%
Neurologia 16.017 17.471 9,08%
Obstetrícia 15.698 17.013 8,38%
Oftalmologia 71.622 69.208 -3,37%
Oncologia Médica 14.414 14.159 -1,77%
Ortopedia 26.612 27.510 3,37%
Otorrinolaringologia 18.071 16.581 -8,25%
Pediatria Médica 24.430 26.430 8,19%
Pneumologia 21.730 23.323 7,33%
Psiquiatria 22.994 24.668 7,28%
Radioterapia 11.379 11.066 -2,75%
Reumatologia 13.646 15.774 15,59%
Urologia 13.842 15.163 9,54%
38 Hospital São João RC 2010 |Actividade Assistencial
TAXA DE ACESSIBILIDADE
O indicador que mede o grau de acessibilidade dos utentes às
consultas externas, de uma instituição de saúde, é a taxa de
acessibilidade. Este indicador pondera o peso das primeiras
consultas médicas no total das consultas médicas.
Podemos, assim, verificar, na seguinte tabela, que o aumento
das primeiras consultas é, em termos percentuais, sempre
superior ao das consultas subsequentes. Estes valores vão de
encontro à política de aumento da acessibilidade que o Hos-
pital de São João tem vindo a levar a cabo nos últimos anos.
Apesar, do desígnio de aumento da taxa de acessibilidade, es-
tes valores são também uma característica de um hospital de
agudos, como o Hospital de São João.
Como podemos verificar através da análise da tabela anterior,
a taxa de acessibilidade tem vindo a aumentar gradualmente
nos últimos três anos.
As especialidades que tiveram maior aumento percentual, da
taxa de acessibilidade, foram:
1) Cuidados Intensivos;
2) Anestesia;
3) Estomatologia;
4) Obstetrícia.
Estas especialidades, como seria de esperar, registaram au-
mentos significativos das primeiras consultas.
2008 Δ 08/09 2009 Δ 09/10 2010
Primeiras 138.393 9% 150.431 6% 160.055
Subsequentes 478.941 8% 518.470 2% 527.817
TOTAL 617.334 8% 668.901 3% 687.872
Taxa de Acessibilidade 22,42% 0,07 p.p. 22,49% 0,78 p.p. 23,27%
39Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
PRIMEIRAS CONSULTAS TAXA DE ACESSIBILIDADE
Serviço 2009 2010 Δ 09 / 10 2009 2010 Δ 09 / 10
Anestesia 5.362 5.549 3,49% 45,3% 48,9% 0,04 p.p.
Cardiologia 2.880 2.746 -4,65% 20,0% 19,8% 0,00 p.p.
Cardiologia Pediátrica 1.808 1.739 -3,82% 30,1% 29,6% -0,01 p.p.
Cirurgia Geral 10.348 11.062 6,90% 35,7% 36,7% 0,01 p.p.
Cirurgia Pediátrica 3.475 3.595 3,45% 41,4% 44,6% 0,03 p.p.
Cirurgia Plástica, Reconstrução e Maxilo-Facial 3.402 2.685 -21,08% 31,3% 28,6% -0,03 p.p.
Cirurgia Torácica 1.692 1.759 3,96% 25,4% 25,3% 0,00 p.p.
Cirurgia Vascular 3.742 4.098 9,51% 37,0% 39,2% 0,02 p.p.
Consultas de Grupo - Geral 413 505 22,28% 55,9% 46,4% -0,09 p.p.
Consultas de Grupo - Oncologia 3.433 3.430 -0,09% 80,5% 66,4% -0,14 p.p.
Cuidados Intensivos 190 201 5,79% 79,5% 84,1% 0,05 p.p.
Cuidados Intensivos Pediatria 37 30 -18,92% 35,2% 29,4% -0,06 p.p.
Cuidados Paliativos 218 287 31,65% 20,4% 22,4% 0,02 p.p.
Dermatovenerologia 8.829 9.775 10,71% 44,7% 46,0% 0,01 p.p.
Doenças Infecciosas 1.421 1.431 0,70% 11,9% 11,8% 0,00 p.p.
Endocrinologia 3.761 3.165 -15,85% 19,0% 16,0% -0,03 p.p.
Estomatologia 4.825 5.257 8,95% 20,5% 24,2% 0,04 p.p.
Gastrenterologia 1.792 2.486 38,73% 16,1% 19,1% 0,03 p.p.
Genética Médica 604 713 18,05% 49,2% 44,8% -0,04 p.p.
Ginecologia 6.362 6.678 4,97% 31,4% 30,8% -0,01 p.p.
Hematologia Clínica 1.689 2.166 28,24% 10,0% 11,7% 0,02 p.p.
Hematoncologia Pediátrica 119 128 7,56% 3,0% 4,0% 0,01 p.p.
Imunoalergologia 3.223 2.545 -21,04% 13,9% 13,3% -0,01 p.p.
Imunohemoterapia 11.273 11.696 3,75% 19,3% 19,9% 0,01 p.p.
Medicina Física e de Reabilitação 2.458 2.461 0,12% 31,8% 28,4% -0,03 p.p.
Medicina Interna 2.032 1.895 -6,74% 12,7% 11,9% -0,01 p.p.
Nefrologia 2.930 2.881 -1,67% 14,8% 13,4% -0,01 p.p.
Neonatologia 595 626 5,21% 28,1% 24,3% -0,04 p.p.
Neurocirurgia 2.729 3.015 10,48% 29,1% 31,1% 0,02 p.p.
Neurologia 3.424 3.503 2,31% 21,4% 20,1% -0,01 p.p.
Obstetrícia 3.660 4.723 29,04% 23,3% 27,8% 0,04 p.p.
Oftalmologia 16.683 13.347 -20,00% 23,3% 19,3% -0,04 p.p.
Oncologia Médica 816 723 -11,40% 5,7% 5,1% -0,01 p.p.
Ortopedia 9.973 10.540 5,69% 37,5% 38,3% 0,01 p.p.
Otorrinolaringologia 5.736 4.738 -17,40% 31,7% 28,6% -0,03 p.p.
Pediatria Médica 4.850 4.462 -8,00% 19,9% 16,9% -0,03 p.p.
Pneumologia 3.037 2.986 -1,68% 14,0% 12,8% -0,01 p.p.
Psiquiatria 3.604 3.805 5,58% 15,7% 15,4% 0,00 p.p.
Radioterapia 1.202 1.233 2,58% 10,6% 11,1% 0,01 p.p.
Reumatologia 2.080 1.974 -5,10% 15,2% 12,5% -0,03 p.p.
Urologia 3.725 4.248 14,04% 26,9% 28,0% 0,01 p.p
40 Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
HOSPITAIS DE DIA
A tendência de crescimento das Sessões de Hospital de Dia
continua a manter-se, tendo -se verificado um crescimento
de aproximadamente 6% no número de sessões realizadas
e de 13% relativamente ao número de doentes tratados face
ao período homólogo. Em termos líquidos observamos um
aumento de 6.393 sessões e 2.111 doentes tratados.
O número de sessões por doente tratado manteve-se estável
de um ano para o outro, situando-se a média em 7 sessões por
doente.
SESSÕES E DOENTES TRATADOS (TOTAIS - COM E SEM PROCEDIMENTOS PASSÍVEIS DE GERAR GDH)
2009 Δ 09 / 10 2010
Serviço Sessões Doentes Sessões/ Sessões Doentes Sessões Doentes Sessões/ Tratados Doente Tratados Tratados Doente Tratado Tratado
Cirurgia Vascular 161 13 12 83% 115% 294 28 11
Dermatovenerologia 10.411 1.069 10 -10% 14% 9.406 1.216 8
Doenças Infecciosas 4.120 1.015 4 -16% 4% 3.477 1.055 3
Doenças Metabólicas Adultos 288 14 21 1% -14% 290 12 24
Doenças Metabólicas Pediatria 449 24 19 23% -17% 551 20 28
Dor 2.574 403 6 15% 49% 2.954 601 5
Endocrinologia 4.869 2.774 2 10% 12% 5.353 3.115 2
Gastrenterologia 1.934 339 6 4% 20% 2.014 407 5
Ginecologia - - - 100% 100% 184 63 -
Hematologia 8.016 1.577 5 3% 1% 8.279 1.591 5
Imunoalergologia 904 363 2 461% 231% 5.073 1.200 4
Imunohemoterapia 3.514 996 4 -12% -21% 3.106 783 4
Medicina Interna 189 38 5 -17% 18% 157 45 3
Nefrologia 5.671 985 6 27% 23% 7.193 1.213 6
Neurologia 1.318 178 7 -2% -1% 1.288 177 7
Ortopedia 430 148 3 127% 63% 974 241 4
Pediatria 777 220 4 10% 12% 852 247 3
Pediatria Cirúrgica - - - 100% 100% 31 23 -
Pneumologia 1.016 33 31 -37% -9% 640 30 21
Psiquiatria 10.070 908 11 7% 1% 10.749 918 12
Reprodução Medicamente Assistida 124 96 1 - - - - -
Reumatologia 1.508 439 3 11% 18% 1.671 518 3
Obstetrícia 2.590 540 5 34% 4% 3.469 563 6
Otorrinolaringologia 828 199 4 48% 6% 1.226 210 6
Cuidados Paliativos 20 9 2 -50% -33% 10 6 2
Acupunctura - - - 100% 100% 625 74 -
Cirurgia Geral - - - 100% 100% 23 1 -
Radioterapia 28.567 1.321 22 -7% -4% 26.652 1.268 21
Quimioterapia 24.981 2.835 9 1% 7% 25.181 3.022 8
TOTAL 115.329 16.536 7 6% 13% 121.722 18.647 7
41Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
SESSÕES ExCLUÍDAS DE PROCEDIMENTOS QUE GERAM GDH
Serviço 2009 Δ 09 / 10 2010
Acupunctura - 100% 625
Cirurgia Geral - 100% 23
Cirurgia Vascular 161 82% 293
Cuidados Paliativos 20 -50% 10
Dermatovenerologia 10.315 -9% 9.378
Doenças Infecciosas 4.005 -13% 3.472
Doenças Metabólicas Adultos 10 2650% 275
Doenças Metabólicas Pediatria 36 1358% 525
Dor 2.343 26% 2.944
Endocrinologia 4.646 13% 5.249
Gastrenterologia 1.197 68% 2.011
Ginecologia - 100% 184
Hematologia 7.950 4% 8.269
Imunoalergologia 648 651% 4.864
Imunohemoterapia 3.504 -11% 3.106
Medicina Interna 152 1% 153
Nefrologia 2.848 117% 6.188
Neurologia 1.049 -4% 1.003
Obstetrícia 2.590 34% 3.470
Ortopedia 420 132% 974
Otorrinolaringologia 829 48% 1.224
Pediatria 667 23% 823
Pediatria Cirúrgica - 100% 31
Pneumologia 872 -40% 519
Psiquiatria 10.070 7% 10.748
Quimioterapia 15.051 -1% 14.908
Radioterapia 999 6% 1.058
Reprodução Medicamente Assistida 124 -100% 0
Reumatologia 1.021 50% 1.535
TOTAL 71.527 17% 83.862
A tendência de crescimento mantém-se mesmo quando ana-
lisamos a evolução do número de Sessões de Hospital de Dia
excluídas de procedimentos geradores GDH, conforme tabe-
la infra.
42 Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
Os crescimentos ocorridos tratam-se, essencialmente, de
melhorias de acesso e garantia de registo de toda a produção,
esforço que tem vindo a ser realizado internamente desde
2009, o que origina taxas de crescimento mais elevadas.
O Hospital de Dia de Nefrologia evidencia um aumento de
3.340 sessões face a 2009, fruto de um aumento do número
de doentes que realizam Hemodiálise e da passagem a paga-
mento por preço compreensivo e não por GDH dos procedi-
mentos realizados por estes doentes.
GDH´s DE AMBULATóRIO
O aumento da taxa de ambulatorização continua a ser uma
realidade evidente em 2010, nomeadamente no que respeita
à Cirurgia de Ambulatório.
Embora já não se registem crescimentos a dois dígitos, de
2009 para 2010, evidenciamos um crescimento de 9,17% nos
GDH´s Cirúrgicos de Ambulatório.
Relativamente aos GDH´s Médicos de Ambulatório, o de-
créscimo de 8,5%, que se reflectiu numa diminuição líquida
de 3.606 GDH, respeita essencialmente às especialidades de
Quimioterapia e Radioterapia.
O decréscimo de 7% na produção de Radioterapia é explicado
pelo facto de em 2010 se terem realizado mais tratamentos
IMRT, e mais tratamentos a crianças, levando a sessões mais
demoradas.
Por outro lado, assistiu-se a um aumento expressivo do envio
de exames para o exterior – Radioterapia – devido à avaria de
um equipamento (acelerador linear) sem possibilidade de re-
paração. Foram enviados para o exterior os exames enquanto
aguardávamos autorização do Ministério das Finanças para a
aquisição de um acelerador linear. Neste momento apesar de
já ter sido obtida autorização do Ministério das Finanças para
a aquisição, o processo encontra-se em fase de concurso.
Quanto à redução dos GDH´s Médicos de Ambulatório origi-
nada por tratamentos de Quimioterapia, a mesma é explicada
por um melhor registo e clareza da natureza dos tratamentos
de Quimioterapia.
2008 Δ 08/09 2009 Δ 09/10 2010
GDH Ambulatório Cirúrgicos 10.040 12,21% 11.266 9,17% 12.299
GDH Ambulatório Médicos 42.333 0,08% 42.365 -8,51% 38.759
2009 Δ 09/10 2010
Radioterapia 27.617 -7% 25.607
Quimioterapia 12.623 -11% 11.260
43Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
A tendência crescente do número de atendimentos na Urgên-
cia, que se vinha a verificar desde o ano de 2006, terminou no
ano de 2010, com uma quebra do número de atendimentos de
4% face a 2009 (-11.066 episódios).
Em termos de facturação, o número de atendimentos na Ur-
gência relevantes são os episódios que não deram origem a
internamento. Também aqui registamos uma diminuição na
ordem dos 4%.
Até Setembro de 2009, o Concelho de Gondomar pertencia
a área de influência directa do Hospital de São João, a partir
dessa data, e por indicação da ARS Norte, este concelho pas-
sa a ser servido pelo Centro Hospitalar do Porto e o concelho
da Maia passa a ser servido pelo Hospital de São João. Uma
vez que estamos perante concelhos com características po-
pulacionais bastante diferentes, nomeadamente factores
económico-financeiros e etários, este facto levou a um de-
créscimo do número de atendimentos.
Como se pode verificar através da análise da tabela seguinte,
o concelho Gondomar diminui 17.879 atendimentos e a Maia
aumenta, apenas, 9.973 atendimentos. Esta variação entre o
concelho de Gondomar e Maia (-7.900 episódios) explica gran-
de parte da variação do número de atendimentos verificado
no Hospital de São João (-11.600).
Total de Atendimentos 2008 Δ 08/09 2009 Δ 09/10 2010
Urgência Geral 165.854 1,20% 167.839 -3,71% 161.616
Urgência Pediatra 78.501 3,25% 81.052 -4,31% 77.558
Urgência Ginecologia/Obstetrícia 14.866 3,60% 15.401 5,10% 16.186
Urgência de Isolamento - - 2.134 - -
TOTAL 259.221 2,78% 266.426 -4,15% 255.360
Total de Atendimentos 2008 Δ 08/09 2009 Δ 09/10 2010
Urgência Geral 149.883 1,38% 151.944 -4,09% 145.723
Urgência Pediatra 75.121 3,07% 77.429 -4,23% 74.155
Urgência Ginecologia/Obstetrícia 11.982 4,36% 12.504 5,02% 13.132
Urgência de Isolamento - - 1.963 - -
TOTAL 236.986 2,89% 243.840 -4,44% 233.010
URGÊNCIA
44 Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
PROVENIêNCIA DOS UTENTES
Concelho 2009 2010
Nº de atendimentos % Nº de atendimentos %
Porto 63.358 23,8% 62.779 24,6%
Gondomar 55.702 20,9% 37.823 14,8%
Maia 37.036 13,9% 47.009 18,4%
Valongo 33.448 12,6% 33.662 13,2%
Matosinhos 24.190 9,1% 22.825 8,9%
Vila Nova de Gaia 8.478 3,2% 8.153 3,2%
Paredes 4.821 1,8% 4.816 1,9%
Santo Tirso 3.338 1,3% 3.329 1,3%
Vila do Conde 3.235 1,2% 3.170 1,2%
Paços de Ferreira 2.584 1,0% 2.685 1,1%
Vila Nova Famalicão 2.282 0,9% 2.251 0,9%
Penafiel 2.194 0,8% 2.209 0,9%
TOTAL 240.666 90,3% 230.711 90,3%
TEMPO MéDIO DE PERMANêNCIA (ADMISSãO - ALTA)
Local da urgência 2009 2010 Δ 09/10
Urgência Geral 4:06:10 3:58:32 (Urgência Geral - Isolamento 3:10:58 n.a. n.a.
Urgência Ginecologia/ Obstetrícia 1:58:38 1:56:40 (Urgência Pediátrica 2:58:45 3:05:52 &TOTAL 3:37:50 3:34:49 (
Por outro lado, esta diminuição da procura do serviço de ur-
gência poderá ser reflexo de:
i) a taxa de acessibilidade à actividade programada ser supe-
rior; e
ii) a melhor e mais rápida resposta pelos cuidados de saúde
primários.
A diminuição do número de episódios levou a uma ligeira di-
minuição (melhoria) dos tempos médios de permanência nas
urgências do Hospital de São João, de 2009 para 2010.
45Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
PRINCIPAIS CAUSAS DE ADMISSãO à URGêNCIA
Causa 2009 2010
Nº episódios % Nº episódios %
Doença 201.086 75% 194.455 76%
Acidente pessoal 15.284 6% 16.111 6%
Queda 13.912 5% 13.543 5%
Grávidas e parturientes 11.421 4% 12.483 5%
Acidente escolar 5.466 2% 5.773 2%
Doença - sintomas H1N1 4.826 2% n.a. n.a.
Acidente de trabalho 4.256 2% 3.880 2%
Outras 3.039 1% 2.406 1%
Agressão 1.976 1% 1.856 1%
Intoxicação 1.587 1% 1.295 1%
TOTAL 262.853 99% 251.802 99%
Os principais motivos de acesso nas Urgências do Hospital
de São João são: doença (75%) e acidentes pessoais (6%). As
grávidas e parturientes aumentaram de 4% para 5% o que
justifica o aumento verificado na Urgência de Gineco logia/
Obstetrícia de 2009 para 2010 (5%).
URGÊNCIA GERAL
Na Urgência Geral é utilizada a Triagem de Manchester ® que
nos permite fazer uma análise mais detalhada desta Urgência.
No que se refere à gravidade dos utentes que recorrem a esta
Urgência, 67% dos utentes são emergentes (vermelhos),
muito urgentes (laranjas) e urgentes (amarelos). Esta percen-
tagem diminui face a 2009 (72% passou para 67%) e foi nos
utentes triados com cor amarela que essa diminuição se ve-
rificou (58% passa para 53%). No entanto, os utentes triados
com cor verde aumentaram na mesma proporção (25% passa
para 30%).
0,85% 0,83%
2009 2010
13,32% 13,23%
57,73% 52,84%
24,71% 29,81%
0,71% 0,73%
2,68% 2,56%
46 Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
Os tempos de espera para atendimento (desde a triagem até
à primeira observação médica) variam ao longo do ano verifi-
cando-se os picos no tempo de atendimento no 2º semestre
do ano, especialmente em Agosto e Dezembro.
A Triagem de Manchester ® define tempos médios de espera
por cor, os quais o Hospital de São João cumpre na sua maioria
à excepção dos laranjas, nestes utentes ainda não consegui-
mos atingir o tempo proposto pelo sistema de triagem.
TEMPO MéDIO DE ESPERA PARA ATENDIMENTO
(MINUTOS)
Objectivo TM ® 2010
Vermelho 1 <1
Laranja 10 18
Amarelo 60 59
Verde 120 72
Azul 360 130
Jan.
121,3
72,17
56,53
20,5Laranja
Amarelo
Verde
Azul
Fev.
125,76
66,73
57,31
18,58
Mar.
130,27
71,66
60,29
15,48
Abr.
111,37
73,92
61,47
17,94
Mai.
127,70
72
55,33
17,38
Jun.
134,76
66,19
53,79
17,29
Jul.
119,25
73,52
59,16
16,14
Ago.
166,18
78,31
64,51
19,24
Set.
121,77
69,82
53,92
17,49
Out.
128,79
68,94
58,54
20,43
Nov.
123,92
63,12
48,27
18,14
Dez.
151,12
88,67
72,98
21,76
Méd
ia do
tem
po de
espe
ra
por g
ravid
ade
- minu
tos
47Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
No Hospital de São João o número de nascimentos tem vindo
a aumentar, apesar da tendência nacional para diminuição da
natalidade. Quando analisamos os últimos anos, verifica-se
que existiu um ligeiro decréscimo (menos 14 partos) entre
2008 e 2009. No entanto, em 2010, registou-se um aumento
de cerca de 9% face a 2009 (mais 245 partos). O número de
partos vaginais aumentou 10% (mais 214 partos) e as cesaria-
nas 4% (mais 31 cesarianas) face a 2009.
A taxa de cesarianas, no Hospital de São João, apresenta uma
tendência decrescente nos últimos anos, verificando-se em
2010 um decréscimo de 1,2 p.p. face a 2009. Esta taxa de cesa-
riana coloca o Hospital de São João abaixo da média nacional e
entre os hospitais do Norte com menor taxa de cesariana. No
entanto, ainda estamos muito longe do objectivo da Organiza-
ção Mundial de Saúde (OMS) que coloca a meta nos 15%.
2008
2008 2009 2010
2009 2010
2.044
27,9
3%
27,5
7%
26,3
8%
2.044 2.258
792 778809
Cesarianas
Peso das cesarianas
Partos vaginais
NASCIMENTOS
48 Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
M.C.D.T. REALIZADOS NO HOSPITAL SãO JOãO
PRODUTOR 2009 Δ 09/10 2010
Ambulatório (Bloco + HD) 46.876 119% 102.615
Anatomia Patológica 53.256 10% 58.348
Angiografia Digital 1.078 160% 2.803
Cardiologia 36.933 1% 37.223
Cardiologia Pediátrica 9.575 -3% 9.281
Cirurgia Cardiotorácica 58.007 -5% 55.257
Cirurgia Geral 3.292 -49% 1.684
Cirurgia Plástica 629 398% 3.134
Cirurgia Vascular 10.616 16% 12.347
Cuidados Paliativos 1.150 502% 6.926
Dermatovenerologia 17.415 -3% 16.916
Doenças Infecciosas (H.D.) 13.518 -8% 12.439
Endocrinologia 22.965 -27% 16.771
Estomatologia 21.199 -12% 18.575
Gastrenterologia 9.967 -15% 8.445
Ginecologia/Obstetrícia 64.583 0% 64.402
Hematologia Clínica 115 783% 1.015
Hemodinâmica 5.687 36% 7.738
Imunoalergologia 22.686 -32% 15.395
Imunohemoterapia 599.417 -13% 522.128
Medicina Física
e de Reabilitação 456.581 2% 467.906
Medicina Interna 2.518 -41% 1.497
Medicina Nuclear 9.883 14% 11.279
Nefrologia 22.783 17% 26.714
Neurocirurgia 187 -15% 159
Neurofisiologia 6.090 0% 6.068
Neurologia 7.439 17% 8.712
Oftalmologia 55.494 -4% 53.414
Oncologia (Consulta + H.D.) 19.405 70% 32.986
Ortopedia 18.230 10% 20.014
Otorrinolaringologia 10.693 2% 10.937
Patologia Clínica 5.701.090 3% 5.887.311
Pediatria Cirúrgica 601 18% 709
Pediatria Médica 4.809 15% 5.541
Pneumologia 42.224 10% 46.635
Psiquiatria 28.546 8% 30.734
Radiologia 272.105 -3% 265.117
Radioterapia 37.399 0% 37.322
Ressonância Magnética 17.619 36% 23.905
Reumatologia 1.470 234% 4.917
Tomografia Computorizada 55.650 10% 61.393
Urologia 3.649 46% 5.334
MCDTS REALIZADOS NO HOSPITAL DE SãO JOãO
A área de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêu-
tica (MCDTs) tem vindo a crescer no Hospital de São João
nos últimos anos. Em 2010 esse crescimento traduz-se, em
termos globais, num acréscimo de 11% face a 2009. Este de-
senvolvimento está associado: aos aumentos verificados
nas restantes linhas de produção (internamento, consulta ex-
terna, cirurgias e hospitais de dia), à crescente diferenciação
técnica e tecnológica que o Hospital de São João tem vindo a
alcançar e ainda à preocupação em satisfazer internamente a
procura de MCDTs.
2008 Δ 08/09 2009 Δ 09/10 2010
7.393.487 5,1% 7.773.429 11% 8.630.763
A maioria das especialidades contribuiu para o crescimento,
no entanto, é de realçar os significativos aumentos: da Hema-
tologia Clínica (foi alargado o leque de análises efectuadas
pelo serviço, com especial enfoque nos mielogramas), Cuida-
dos Paliativos, Cirurgia Plástica, Reumatologia, Angiografia
Digital (com o fim das obras realizadas em 2009, o Serviço
voltou ao seu nível de produção normal) e Ambulatório, com
subidas superiores a 100%.
A produção da Patologia Clínica (5.887.311), Imunohemotera-
pia (522.128), Medicina Física e de Reabilitação (467.906) e
Radiologia (265.117), representa 90% do total da produção do
Hospital São João.
MEIOS COMPLEMENTARES DE DIAGNóSTICO E TERAPÊUTICA(MCDT's)
49Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
Todas as linhas de produção do Hospital, à excepção do Inter-
namento, aumentaram os consumos de MCDTs, como se vê
no quadro seguinte. São o internamento e as consultas exter-
nas que mais peso têm na requisição de exames com 35% e
42%, respectivamente.
é de salientar que a realização de MCDT para entidades ex-
ternas cresceu 737%, com principal incidência na Patologia
Clínica, Oftalmologia, Hemodinâmica e Unidade Ecografia
- Ginecologia/ Obstetrícia (devido ao programa de Diagnós-
tico Pré-Natal criado pelo Ministério da Saúde), embora con-
tinuem a representar um número residual face ao total de
exames realizados.
MCDT's REALIZADOS NO EXTERIOR
O número de exames adquiridos ao exterior diminuiu em
8,75% face a 2009.
As linhas de produção requisitantes destes exames são a
Consulta (89%) e o internamento (11%).
M.C.D.T. REALIZADOS NO HOSPITAL SãO JOãO
REQUISITANTES 2008 Δ 08/09 2009 Δ 09/10 2010
Internamento 3.094.767 -0,8% 3.069.696 -1% 3.027.726
Consultas 3.054.774 11,7% 3.413.583 6% 3.616.850
Hospitais de Dia 265.626 -13,0% 231.211 44% 333.450
Urgência 975.296 8,0% 1.053.210 52% 1.604.793
Entidades Externas 3.024 89,5% 5.729 737% 47.944
TOTAL 7.393.487 5,1% 7.773.429 11% 8.630.763
MCDT's AO ExTERIOR
2008 Δ08/09 2009 Δ09/10 2010
Adquiridos ao exterior 10.661 8,53% 11.570 -8,75% 10.558
Produzidos para o exterior 3.024 89,45% 5.729 736,87% 47.944
50 Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
Com a diminuição dos MCDTs adquiridos ao exterior verifi-
cou-se a correspondente diminuição no rácio MCDTs adquiri-
dos ao exterior Vs consumo total (-0,02 p.p.) e com o aumento
da produção um aumento significativo no rácio Produção para
Entidades Externas Vs Produção Total (+0,53 p.p.).
A diminuição de requisição de exames ao exterior deve-se,
essencialmente, à Gastrenterologia, Tomografia Computori-
zada e Angiografia Digital.
No caso da Gastrenterologia (-98%), esta diminuição decorre
de, em Agosto de 2009, ter sido colmatada a falta de médicos
existente e, neste momento, o serviço já consegue responder
à esmagadora maioria da procura interna.
Em 2009 ocorreram algumas avarias nos equipamentos de
TAC do Hospital de São João e fomos forçados a recorrer à
produção externa (638) para satisfazer as nossas necessida-
des. Assim que estas avarias foram ultrapassadas voltamos
ao ritmo normal de produção e em 2010 não foi necessário
recorrer ao exterior.
Como já foi referido anteriormente, em 2009, a Angiografia
Digital foi objecto de remodelação e com o fim destas obras
o serviço passou, novamente, a dar resposta para o todo o
hospital.
MCDT's AO ExTERIOR
RÁCIOS 2008 Δ 09/10 2009 Δ 09/10 2010
Adquiridos ao Exterior Vs Consumo Total 0,14% 0,01 p.p. 0,15% -0,02 p.p. 0,13%
Produção para Entidades Externas Vs Produção Total 0,04% 0,03 p.p. 0,07% 0,53 p.p. 0,60%
51Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
M.C.D.T. REALIZADOS NO ExTERIOR
MCDT 2009 Δ09/10 2010
Acessos Vasculares 316 1,27% 320
Actos Cirúrgicos 12 -91,67% 1
Análises Clínicas 783 28,35% 1.005
Angiografia 146 -99,32% 1
Arteriografias 25 -12,00% 22
Braquio/Radioterapia 1 -100,00% 0
Cardiologia 0 - 4
Citogenética 2.718 -5,67% 2.564
Defecografia 21 28,57% 27
Ecocardiograma 13 -100,00% 0
Ecodoppler 172 11,63% 192
Ecografia 6 -100,00% 0
Enteroscopia 0 - 2
Exames Transplantes 739 18,94% 879
Fibroscan 13 -100,00% 0
Gastrenterologia 765 -98,43% 12
Medicina Física 6 -33,33% 4
Medicina Nuclear 190 -12,11% 167
Micros. Electrónica 0 - 1
Otorrinolaringologia 3 -66,67% 1
Oxigenoterapia Hiperbárica 0 - 1
P.E.T. 195 -34,36% 128
Prótese Biliar por PTC 19 -100,00% 0
Quimioembolização 3 -100,00% 0
Radiocirurgia 34 -47,06% 18
Radiocirurgia G. knife 0 - 34
Radiologia 881 3,52% 912
Ressonância Magnética 3.871 9,20% 4.227
Telerradiologia 0 - 36
Tomografia Computorizada 638 -100,00% 0
TOTAL 11.570 -8,75% 10.558
52 Hospital São João RC 2010 | ©
Tal como em anos anteriores, também em 2010 as linhas de
financiamento vertical representaram um valor considerável
de financiamento no Hospital de São João.
Com o intuito de assegurar o cumprimento de objectivos es-
tratégicos do Ministério da Saúde, o cumprimento destas li-
nhas assume grande relevo.
LINHAS DE PRODUçãO VERTICAL
CONTRATUALIZADO 2010
Linhas de Produção Vertical Preço Unitário (€) Quantidade Valor (€)
6. Diálise
Hemodiálise
Semana/doente 547,94 € 1.002 549.035,88 €
Diálise Peritoneal
Semana/doente 28.492,88 € 67 1.909.022,96 €
7. IG até 10 semanas
Medicamentos
Nº IG 341,00 € 480 163.680,00 €
Cirúrgica
Nº IG 444,00 € 8 3.552,00 €
8. Planos de Saúde
VIH/Sida
Novos doentes em tratamento ambulatório 11.040,00 € 50 552.000,00 €
Doentes Transitados 11.040,00 € 200 2.208.000,00 €
Diagnóstico Pré-Natal
Protocolo I 41,80 € 1.850 77.330,00 €
Protocolo II 71,60 € 1.250 89.500,00 €
53Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
Com excepção do Diagnóstico Pré-Natal e Hemodiálise, to-
dos os restantes valores contratualizados para 2010 foram
cumpridos na íntegra pelo Hospital de São João.
De realçar a criação em 2010 do Programa de Tratamento Ci-rúrgico da Obesidade (PTCO).
Programa Específico para Melhoria
do Acesso ao Diagnóstico
e Tratamento da Infertilidade Preço Unitário (€) Quantidade Valor (€)
Consultas 121,55 € 440 53.482,00 €
Indução Ovárica 300,00 € 44 13.200,00 €
Inseminação intra-uterina 400,00 € 110 44.000,00 €
Fertilização in vitro (FIV) 2.500,00 € 132 330.000,00 €
Injecção intra-citoplasmática
de espermatozóides (ICSI) 2.750,00 € 330 907.500,00 €
Injecção intra-citoplasmática de espermatozóides
recolhido cirurgicamente(ICSI) 3.500,00 € 44 154.000,00 €
Programa de Tratamento Cirúrgico da Obesidade
PTCO - Pré-avaliação e Cirurgia Bariátrica/
Cirurgia de Banda Gástrica 3.377,02 € 161 543.700,22 €
PTCO - Pré-avaliação e Cirurgia Bariátrica/
Cirurgia de Bypass Gástrico 4.295,02 € 54 231.931,08 €
CONTRATUALIZADO 2010 REALIZADO 2010
Programa de Tratamento Preço Preço
Cirúrgico da Obesidade Unitário (€) Quantidade Valor (€) Unitário (€) Quantidade Valor (€)
1ª Fase
PTCO - Pré-avaliação
e Cirurgia Bariátrica/
Cirurgia de Banda Gástrica 3.377,02 € 161 543.700,22 € 3.377,02 € 159 536.946,18 €
PTCO - Pré-avaliação
e Cirurgia Bariátrica/
Cirurgia de Bypass Gástrico 4.295,02 € 54 231.931,08 € 4.295,02 € 59 248.037,41 €
54 Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
Conforme definido neste programa, o objectivo é “garantir o
acesso atempado do doente com obesidade severa à neces-
sária prestação de cuidados, bem como promover que a sua
avaliação seja efectuada por uma equipa multidisciplinar”.
Os doentes ao abrigo deste programa serão financiados por
preço compreensivo e por um período de tempo nunca infe-
rior a três anos.
Assim, em 2010 apenas se contratualizou a 1ª fase de trata-
mento que consiste numa pré-avaliação e cirurgia bariátrica.
Esta fase incluí obrigatoriamente uma consulta pré-operató-
ria, os meios complementares de diagnóstico e terapêutica
prescritos no âmbito dessa consulta, a intervenção de cirurgia
bariátrica e, todas as consultas necessárias no âmbito da do-
ença em causa, identificadas até 60 dias após a alta de inter-
namento.
No que respeita à colocação de banda gástrica, o Hospital de
São João obteve uma taxa de concretização de aproximada-
mente 99%, tendo ficado mesmo acima do valor contratuali-
zado relativamente à colocação de Bypass Gástrico.
Programa tratamento cirúrgico obesidade ano 2010
Banda Gástrica
Realizado Contratualizado
Bypass Gástrico
161
159
54 59
55Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
A actividade do GCCT durante o ano de 2010, recuperou par-
cialmente da quebra registada em 2009, sendo que o ano de
2010, passa a ser o terceiro melhor ano de sempre desde que
existe o GCCT do Hospital de São João, depois dos anos de
2008 e 2007.
Da consulta da tabela destaca-se a recuperação parcial do nú-
mero de dadores e do número de colheitas de rim e de fígado,
estabilização no número de colheitas de coração, a diminuição
do número de colheitas de pulmão e do número de pâncreas,
principalmente se compararmos com o que tinha ocorrido nos
anos de 2007 e 2008.
Transplantes em 2010
Ano Rim Coração
2006 33 -
2007 72 2
2008 80 5
2009 69 8
2010 73 6
Verifica-se um aumento de 6% do número de transplantes de
rim e uma diminuição nos transplantes de coração.
Do total de rins transplantados, 12 eram oriundos de outros
hospitais (11 do Centro Hospitalar do Porto e 1 do Hospital S.
José de Lisboa), sendo importante assinalar que, pela primeira
vez, desde que o programa de transplantação renal se iniciou
no Hospital de São João, se chegou a uma situação de equilí-
brio nas trocas de órgãos entre os dois centros de transplan-
tação do Porto.
Dos 6 corações transplantados, 2 eram oriundos do Hospital
de Santa Maria da Feira. é ainda importante assinalar que a
Unidade de Cirurgia Cardio-Torácica recusou várias ofertas
de coração por não ter receptores adequados ou em situação
de contra-indicação temporária.
COLHEITAS E TRANSPLANTES DE TECIDOS EM 2010
Durante 2010, foram realizados quarenta e dois (42) trans-
plantes de células hematopoiéticas no Serviço de Hemato-
logia dirigido pelo Sr. Prof. Doutor José Eduardo Guimarães.
Este número é praticamente idêntico ao ocorrido em 2009.
Neste período, foram colhidas duzentas e duas córneas (202),
excluídas dezasseis (16) e foram transplantadas cento e no-
venta (190) no Serviço de Oftalmologia dirigido pelo Sr. Prof.
Doutor Falcão dos Reis. Estes números espelham uma esta-
bilização da actividade, embora com uma ligeira subida e mais
importante, confirmam a capacidade do Serviço de Oftalmo-
logia do Hospital de São João em responder às solicitações ao
manter uma lista de espera para transplante de córneas que
não ultrapassa as três dezenas.
COLHEITAS EM 2010
Ano Dadores Rim Fígado Coração Pulmão Pâncreas
2006 22 44 14 4 0 3
2007 51 102 29 10 22 10
2008 53 103 30 10 14 9
2009 42 79 24 13 20 4
2010 46 89 28 13 16 3
GABINETE DE COORDENAçãO DE COLHEITAS E TRANSPLANTAçãO(GCCT)
56 Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
A Rede Nacional para os Cuidados Continuados Integrados
(RNCCI ou Rede) define-se como um modelo de respostas
diversificadas, com a participação de diferentes tipos de
prestadores e articulada através do desenvolvimento de um
processo de contratação da prestação de cuidados.
Criada pelo Decreto-Lei nº 101/2006, de 6 de Junho, como pa-
receria entre o Ministério da Saúde e o Ministério do Trabalho
e Solidariedade Social, veio promover a abertura organizacio-
nal a novos modelos de cuidados orientados para a prestação
de cuidados numa óptica global a doentes que apresentam
dependência, com necessidade de cuidados de saúde espe-
cializados e apoio social.
Preenchendo uma lacuna existente em Portugal, no âmbito da
Saúde e do Apoio Social e colocando, desta forma, o país ao ní-
vel dos seus parceiros europeus no que diz respeito a politicas
de bem-estar promovidas pelo Estado.
O Hospital de São João colocou na RNCCI, em 2010, mais de
500 doentes, que se distribuem pelas seguintes tipologias de
camas:
DISTRIBUIçãO DOS DOENTES REFERENCIADOS
POR TIPOLOGIA DE CAMA
Tipologia das camas Ano de 2010
Convalescença 155
Longa duração e manutenção 57
Média duração e reabilitação 197
Paliativos 93
Equipa de Cuidados Continuados Integrados (ECCI) 7
TOTAL 509
No que se refere aos serviços hospitalares que mais referen-
ciam para a RNCCI, podemos constatar que, o serviço de Medi-
cina Interna destaca-se pelo maior número de referenciações
para a RNCCI. A diferença entre o total da tabela seguinte e
da anterior (540 vs. 509) deve-se ao facto de alguns doentes
referenciados não serem aceites pela rede ou desistirem.
DISTRIBUIçãO DOS DOENTES REFERENCIADOS
POR ESPECIALIDADE DE ALTA
Especialidade da alta Ano de 2010
Cirurgia Cardiotorácica 4
Cirurgia Geral 54
Cirurgia Plástica 2
Cirurgia Vascular 16
Gastrenterologia 3
Ginecologia 2
Medicina Interna 249
Neurocirurgia 36
Neurologia 39
Oncologia Médica 24
Ortopedia 75
Otorrinolaringologia 7
Pneumologia 27
Urologia 2
TOTAL 540
REDE NACIONAL DE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS (RNCCI)
57Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
3.2 INDICADORES DE QUALIDADE E EFICIÊNCIA
LISTA DE INSCRITOS PARA CIRURGIA (LIC)
A análise da LIC - Lista de Inscritos para Cirurgia - a 31 de Dezem-
bro, permite-nos aferir a procura externa e a capacidade de res-
posta do Hospital.
Não obstante um aumento da produção cirúrgica total, o aumen-
to da procura por este tipo produção foi substancialmente supe-
rior, desta forma se compreende que o número total de doentes
em LIC tenha registado um aumento de 14%.
Como consequência deste aumento de procura, também as me-
dianas e tempos médios de espera de doentes em LIC aumenta-
ram. Este aumento na Lista de Espera resulta da melhoria da taxa
de acessibilidade e do aumento no número de primeiras consul-
tas de especialidades cirúrgicas.
Analisando a LIC de Ambulatório, deparamo-nos com uma rea-
lidade muito semelhante, isto é, um aumento do número de do-
entes em LIC, acompanhado por um crescimento da mediana e
tempo médio de espera.
LIC A 31 DE DEZEMBRO
2008 Δ 08/09 2009 Δ 09/10 2010
Doentes em espera na Lista de Inscritos para Cirurgia 6.013 15% 6.913 14% 7.888
Tempo médio de espera dos doentes em LIC (meses) 3,7 -11% 3,3 16% 3,8
Mediana do tempo de espera de doentes em LIC (meses) 2,8 -11% 2,5 32% 3,3
Tempo médio de espera de doentes operados (meses) 2,5 -9% 2,3 17% 2,7
Mediana do tempo de espera de doentes operados (meses) 1,1 -36% 0,7 95% 1,4
2008 Δ 08/09 2009 Δ 09/10 2010
Doentes em espera na Lista de Inscritos
para Cirurgia Ambulatório 1.289 81% 2.332 14% 2.664
Tempo médio de espera dos doentes em LIC (meses) 2,35 -1% 2,32 51% 3,50
Tempo médio de espera de doentes operados (meses) 1,53 -6% 1,44 57% 2,26
58 Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
Quando analisamos o número de doentes em LIC a 31 de De-
zembro de 2009/2010 por especialidade, concluímos que todas
as especialidades aumentaram as suas LICs, com excepção de
Urologia, Cirurgia Plástica, Ginecologia e Neurocirurgia que regis-
taram diminuições.
Nº DE DOENTES EM LIC A 31 DE DEZEMBRO
(CONVENCIONAL + AMBULATÓRIO)
2009 2010 Δ 09/10
Anestesia 2 1 -50%
Cirurgia cardiotorácica 169 219 30%
Cirurgia geral 994 1.110 12%
Cirurgia plastica 592 391 -34%
Cirurgia vascular 971 1.175 21%
Dermatologia 47 674 1334%
Estomatologia 284 427 50%
Ginecologia 297 231 -22%
Neurocirurgia 120 86 -28%
Obstetrícia 3 4 33%
Oftalmologia 420 475 13%
Ortopedia 1.301 1.339 3%
Otorrinolaringologia 901 947 5%
Pediatria cirúrgica 408 437 7%
U.F. "Pavimento pélvico" 138 70 -49%
Urologia 403 302 -25%
TOTAL 7.050 7.888 12%
De notar que, o aumento da LIC total, é basicamente impulsiona-
do pelo aumento da procura de intervenções cirúrgicas de ambu-
latório, conforme se pode constatar pela tabela a seguir.
Nº DE DOENTES EM LIC A 31 DE DEZEMBRO
(AMBULATÓRIO)
2009 2010 Δ 09/10
Anestesia - - -
Cirurgia cardiotorácica - - -
Cirurgia geral 271 327 21%
Cirurgia plastica 93 80 -14%
Cirurgia vascular 87 72 -17%
Dermatologia 47 674 1334%
Estomatologia 283 427 51%
Ginecologia 98 75 -23%
Neurocirurgia 2 - -100%
Obstetricia - - -
Oftalmologia 394 431 9%
Ortopedia 184 153 -17%
Otorrinolaringologia 433 35 -92%
Pediatria cirúrgica 318 333 5%
U.F. "Pavimento pelvico" 13 12 -8%
Urologia 102 45 -56%
TOTAL 102 45 -56%
LISTA DE ESPERA PARA CONSULTA (LEC)
A lista de espera para consulta (LEC) do Hospital de São João, a 31
de Dezembro de 2010, apresentava um número de utentes inscri-
tos 22% inferior ao registado em período homólogo.
LEC A 31 DE DEZEMBRO
2009 Δ 09/10 2010
Nº de utentes
inscritos em LEC 38.713 -22% 30.146
Mediana do tempo de espera
de doentes em LEC (meses) 4,2 -38% 2,6
Tempo médio de espera
dos doentes em LEC (meses) 6,4 -26% 4,8
Nº de utentes inscritos
em LEC à mais de 365 dias 5.762 -47% 3.076
Nº de utentes entrados
em LEC 33.042 -18% 27.061
59Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
De realçar a diminuição da mediana e do tempo médio de espe-
ra para 2,6 e 4,8 meses, respectivamente. Estas diminuições em
muito se devem ao esforço que foi feito para reduzir significativa-
mente o número de utentes inscritos em LEC à espera há mais de
365 dias (-47%). Convém referir que, a 31 de Dezembro de 2010,
apenas a especialidade de Cirurgia Vascular tinha utentes inscri-
tos em LEC há mais de 365 dias. Sendo, um objectivo do Hospital
de São João para 2011 terminar, também, nesta especialidade
com tempos de espera superiores a 365 dias.
Apesar do número de utentes entrados em LEC, em 2010, ter
diminuído 18% face a 2009 é importante salientar que esta dimi-
nuição não justifica as melhorias verificadas. O número de inscri-
tos reduziu em 8.567 e o número de entrados reduziu, em apenas,
5.981 utentes. Assim, registamos um aumento do número de pri-
meiras consultas na ordem dos 6% e um aumento de 3% no total
de consultas.
Analisando por especialidade pode-se verificar, através da se-
guinte tabela, que a esmagadora maioria das especialidades re-
gistou uma diminuição do número de utentes inscritos em LEC a
31 de Dezembro de 2010.
A Dermatologia registou uma diminuição muito significativa
(-67%) consequência do Plano Especial de Combate a Lista de
Espera em Dermatologia (PECLED). Este plano foi uma inicia-
tiva do Hospital de São João que teve como principal objectivo
diminuir a extensa lista de espera que esta especialidade apre-
sentava. Iniciou em Julho de 2009 e terminou em Junho de 2010,
levando a uma redução de mais de 8.500 doentes em LEC. Toda a
produção foi realizada fora do horário de trabalho, com pagamen-
to por acto e com recurso a verbas do Hospital.
Nº DE UTENTES INSCRITOS EM LEC A 31 DE DEZEMBRO
(POR ESPECIALIDADE)
Especialidade 2009 Δ09/10 2010
Anestesiologia 124 -12,1% 109
C.Grupo oncológico 19 57,9% 30
C.Grupo-geral 3 -66,7% 1
Cardiologia 469 1,1% 474
Cardiologia pediátrica 197 22,8% 242
Cirurgia geral 1.940 -19,6% 1.559
Cirurgia pediátrica 347 76,4% 612
Cirurgia plástica 199 -67,8% 64
Cirurgia cardiotorácica 49 -20,4% 39
Cirurgia vascular 6.829 -13,7% 5.896
Cuidados intensivos 1 -100,0% 0
Cuidados paliativos 11 27,3% 14
Dermatovenereologia 6.014 -67,2% 1.973
Doenças infecciosas 22 63,6% 36
Endocrinologia 724 -14,4% 620
Estomatologia 2.309 -60,0% 924
Gastrenterologia 953 -59,4% 387
Genética medica 164 18,3% 194
Ginecologia 1.729 -15,8% 1.455
Hematologia clínica 233 -26,2% 172
Imunoalergologia 493 -8,9% 449
Imunohemoterapia 44 -27,3% 32
Med.física e reabilitação 391 -67,5% 127
Medicina do trabalho 1 -100,0% 0
Medicina interna 102 -33,3% 68
Nefrologia 376 42,3% 535
Neurocirurgia 425 20,5% 512
Neurologia 559 3,4% 578
Obstetrícia 193 62,7% 314
Oftalmologia 7.133 -0,2% 7.118
Oncologia médica 39 -23,1% 30
Ortopedia 782 -15,1% 664
Otorrinolaringologia 1.234 18,5% 1.462
Pediatria 1.140 -37,7% 710
Pneumologia 456 -25,4% 340
Psiquiatria 1.080 -15,1% 917
Radioterapia 12 -16,7% 10
Reumatologia 674 -28,5% 482
Urologia 1.243 -19,8% 997
TOTAL 38.713 -22,1% 30.146
60 Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
Serviço 2009 Δ 09 / 10 2010
Cardiologia 0,71% -0,17 p.p. 0,54%
Cardiologia Pediátrica 0,00% 0,00 p.p. 0,00%
Cirurgia Cardiotorácica 3,03% 0,13 p.p. 3,16%
Cirurgia Geral 2,26% -0,09 p.p. 2,18%
Cirurgia Plástica, Reconstrução
e Maxilo-Facial 0,39% -0,32 p.p. 0,06%
Cirurgia Vascular 1,95% -0,36 p.p. 1,58%
Cuidados Intensivos 23,57% 1,75 p.p. 25,32%
Dermatovenerologia 0,00% 0,00 p.p. 0,00%
Doenças Infecciosas 9,25% 0,01 p.p. 9,26%
Endocrinologia 0,00% 0,33 p.p. 0,33%
Gastrenterologia 2,35% 1,67 p.p. 4,02%
Ginecologia / Obstetrícia 0,11% 0,12 p.p. 0,23%
Hematologia Clínica 8,53% -1,23 p.p. 7,30%
Hematoncologia Pediátrica 1,40% 0,16 p.p. 1,56%
Imunoalergologia 0,00% 0,00 p.p. 0,00%
Medicina Interna 8,29% -1,10 p.p. 7,19%
Nefrologia 0,33% 0,04 p.p. 0,37%
Neonatologia 4,67% -1,34 p.p. 3,33%
Neurocirurgia 1,40% 0,03 p.p. 1,44%
Neurologia 1,35% -0,10 p.p. 1,25%
Oftalmologia 0,08% -0,08 p.p. 0,00%
Oncologia 33,33% 6,36 p.p. 39,69%
Ortopedia 1,03% 0,16 p.p. 1,19%
Otorrinolaringologia 0,22% 0,27 p.p. 0,49%
Pediatria Cirúrgica 0,00% 0,00 p.p. 0,00%
Pediatria Médica 0,04% 0,10 p.p. 0,13%
Pneumologia 11,11% 1,94 p.p. 13,05%
Psiquiatria 0,58% -0,23 p.p. 0,35%
Reumatologia 0,00% 1,92 p.p. 1,92%
U. C. Intensivos Pediatria 7,32% -2,84 p.p. 4,48%
U.C. Intermédios de Adultos 5,52% -2,12 p.p. 3,40%
U.C. Intermédios de Pediatria 0,00% 0,00 p.p. 0,00%
Unidade de Queimados 11,48% -2,96 p.p. 8,51%
Unidade Pós-Anestésica 2,78% -1,26 p.p. 1,52%
Urologia 1,10% -0,02 p.p. 1,08%
TAXA DE MORTALIDADE
Um dos indicadores de qualidade e eficiência monitorizado pelo
Hospital de São João é a taxa de mortalidade. Neste indicador o
Hospital de São João registou um ligeiro aumento (0,72 p.p.).
2008 Δ 08/09 2009 Δ 09/10 2010
Taxa
de mortalidade 3,17% 0,00 p.p. 3,17% 0,72 p.p. 3,89%
De realçar que vários serviços apresentam taxas de mortalidade
igual a zero, como a Cardiologia Pediátrica, Dermatologia, Imuno-
alergologia, Pediatria Cirúrgica e Unidade de Cuidados Intermé-
dios de Pediatria. Esta última, apesar da designação utilizada, não
é uma unidade de nível intermédio de cuidados, mas antes uma
unidade de observação e de internamento de curta duração da
urgência pediátrica.
Convém também notar que o Serviço de Cirugia Geral inclui uma
Unidade de Cuidados Intermédia, a Medicina Interna inclui, tam-
bém, uma Unidade de Cuidados Intermédia e uma Unidade de
AVC e as Doenças Infecciosas incluem uma Unidade de Cuidados
Intensiva, daí as taxas de mortalidade serem relativemente mais
elevadas do que seria expectável.
O serviço que mais aumentou a sua taxa de mortalidade foi a On-
cologia Médica (+6,36 p.p.), este facto é explicado pela elevada
complexidade e severidade dos doentes internados.
Os serviços que apresentaram reduções mais significativas da
taxa de mortalidade foram: Unidade de Queimados (-2,96 p.p.),
U.C. Intensivos de Pediatria (-2,84 p.p.) e U.C. Intermédios de Adul-
tos (-2,12 p.p.), apesar da elevada complexidade e severidade des-
tes doentes a introdução de novas técnicas possibilita o aumento
da esperança de vida destes doentes.
61
TAXA DE READMISSãO
O Hospital de São João sempre monitorizou mensalmente as
readmissões, não só no serviço de Internamento como as re-
admissões subsequentes a cirurgia de ambulatório.
De esclarecer os dois indicadores de acompanhamento do
Hospital de São João:
- Readmissões ao internamento nos primeiros 5 dias (Inter-
namento): é considerada readmissão no internamento, todo
o episódio de Internamento nos 5 dias seguintes a alta de um
episódio de internamento clinicamente relacionado (read-
missões no mesmo Serviço);
- Readmissão ao internamento nos primeiros 5 dias (Interna-
mento e Cirurgia de Ambulatório) é considerada readmissão
no internamento, todo o episódio de Internamento nos 5 dias
seguintes a alta de um episódio de internamento clinicamen-
te relacionado ou a uma cirurgia de ambulatório (no mesmo
Serviço Clínico).
Enquanto o primeiro é especificamente um indicador de
monitorização da ACSS para financiamento, já o segundo
não o é. No entanto, para o Hospital de São João este último
assume grande importância, uma vez que permite monitori-
zar a qualidade e eficiência dos tratamentos realizados em
ambulatório. Ou seja, o objectivo de aumentar a prestação
de cuidados em ambulatório deve ser sempre acompanhada
por uma monitorização rigorosa da qualidade dos cuidados
prestados, no sentido de assegurar a sua eficácia.
Outra diferença convém ser explicada, ou seja, embora para
a ACSS apenas sejam consideradas como readmissões os
episódios clinicamente relacionados com o episódio inicial,
já para o hospital, e por uma questão de prudência, são con-
sideradas readmissões qualquer reinternamento no mesmo
serviço da alta.
Tal como no ano anterior, também em 2010, e para a maioria
dos serviços clínicos, verificou-se uma redução nas taxas de
readmissão.
Esta redução expressa claramente uma melhoria dos cuida-
dos médicos prestados e uma preocupação com a adequa-
ção das altas clínicas, ainda mais se atendermos ao facto de
em 2010 o Hospital de São João ter:
i) reduzido a sua demora média de internamento;
ii) aumentado o nº de doentes saídos; e
iii) aumentado o número de cirurgias de ambulatório.
62 Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
Ano 2010 Ano 2009 Δ 09/10
Especialidade int-int int + (amb-int) int-int int + (amb-int) int-int int + (amb-int)
Cardiologia 0,88% 0,88% 0,95% 0,95% -0,07 p.p. -0,07 p.p.
Cardiologia Pediátrica 4,52% 4,52% 4,67% 4,67% -0,15 p.p. -0,15 p.p.
Cirurgia plástica reconstrutiva
e maxilo facial 1,00% 1,06% 0,39% 0,59% 0,61 p.p. 0,47 p.p.
Cirurgia Cardiotoracica 0,98% 0,98% 0,94% 0,94% 0,04 p.p. 0,04 p.p.
Cirurgia Geral 2,38% 2,56% 2,42% 2,55% -0,04 p.p. 0,01 p.p.
Cirurgia Vascular 1,75% 1,93% 1,74% 1,74% 0,01 p.p. 0,19 p.p.
Dermatologia 0,00% 4,72% 0,00% 1,71% 0,00 p.p. 3,01 p.p.
Endocrinologia 0,69% 0,69% 0,73% 0,73% -0,04 p.p. -0,04 p.p.
Gastrenterologia 4,14% 4,14% 3,87% 3,87% 0,27 p.p. 0,27 p.p.
Ginecologia/Obstetrícia 0,74% 0,76% 0,88% 0,97% -0,14 p.p. -0,21 p.p.
Hematoncologia pediátrica 16,74% 16,74% 16,79% 16,79% -0,05 p.p. -0,05 p.p.
Infecciologia 3,52% 3,52% 2,79% 2,79% 0,73 p.p. 0,73 p.p.
Medicina interna 3,57% 3,57% 4,45% 4,45% -0,88 p.p. -0,88 p.p.
Nefrologia 2,81% 2,81% 4,36% 4,36% -1,55 p.p. -1,55 p.p.
Neonatologia 0,40% 0,40% 0,00% 0,00% 0,40 p.p. 0,40 p.p.
Neurocirurgia 1,73% 1,73% 1,75% 2,01% -0,02 p.p. -0,28 p.p.
Neurologia 1,70% 1,70% 0,91% 0,91% 0,79 p.p. 0,79 p.p.
Oftalmologia 0,52% 1,48% 0,25% 7,86% 0,27 p.p. -6,38 p.p.
Oncologia 6,00% 6,00% 5,88% 5,88% 0,12 p.p. 0,12 p.p.
Ortopedia 1,05% 1,05% 0,97% 1,00% 0,08 p.p. 0,05 p.p.
Otorrinolaringologia 0,44% 0,52% 0,47% 0,55% -0,03 p.p. -0,03 p.p.
Pediatria 1,69% 1,69% 2,35% 2,35% -0,66 p.p. -0,66 p.p.
Pediatria cirúrgica 1,27% 1,73% 1,43% 2,74% -0,16 p.p. -1,01 p.p.
Pneumologia 3,95% 3,95% 3,14% 3,14% 0,81 p.p. 0,81 p.p.
Psiquiatria 2,33% 2,33% 1,18% 1,18% 1,15 p.p. 1,15 p.p.
Urologia 1,88% 1,88% 2,43% 2,43% -0,55 p.p. -0,55 p.p.
63Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
3.3 NOVOS PROJECTOS CLÍNICOS
O Hospital de São João estimula o clima de inovação e melhoria
contínua com o objectivo de aumentar a qualidade da assistência
prestada e o acesso dos utentes aos cuidados de saúde de que
necessitam. Assim, foram vários os novos projectos dos serviços
clínicos no ano de 2010, os quais identificamos de seguida:
Serviço Projecto
Anestesiologia Implementação da visita pré-anestésica com o objectivo de reduzir os
cancelamentos cirúrgicos por falta de preparação pré-operatória adequada.
Cardiologia Laboratório de Hemodinâmica – Novos procedimentos introduzidos:
- Encerramento percutâneo de fístulas protésicas
- Encerramento percutâneo de CIV pós-enfarte do miocárdio
- Encerramento percutâneo de fenestras pós cirurgia de Senning e Fontan
- Angioplastia com stent em Coarctação da Aorta
- Encerramento percutâneo de fístulas coronárias
- Encerramento percutâneo de fístula A-V pulmonar
- Exclusão de aneurisma coronário com stent revestido
- Valvuloplastia de atrésia pulmonar com radiofrequência em recém-nascido
- Oclusão percutânea de conduto cirúrgico Blalock-Taussig
Cardiologia Arritmologia – Novos procedimentos introduzidos:
- Ablação de Fibrilhação Auricular paroxística – técnica de isolamento de veias pulmonares
- Ablação de Taquicardias Ventriculares em doentes coronários
- Ablação de Taquicardias Auriculares pós–cirúrgicas
- Ablação de WPW por via transeptal
Cardiologia Ecocardiografia – Novos procedimentos introduzidos:
- Estudos ecocardiográficos com técnica 3D
- Ecocardiogramas transesofágicos em idade pediátrica
- Monitorização e “Guia” por ecocardiografia transesofágica, de intervenções
percutâneas no Laboratório de Hemodinâmica
Cirurgia Cardio -Torácica Implementação do projecto relacionado com a utilização da ecocardiografia
transesofágico tridimensional.
Cirurgia Geral - Projecto de Neuro Modulação da Unidade colo-rectal. Implementação da técnica
de fornecimento de implantes de neuro moduladores sagrados internos a doentes
com patologia colo rectal.
- Implementação do projecto de Cirurgia Bariátrica em regime de ambulatório.
Cuidados intensivos - Abertura de mais 4 camas intensivas na Unidade de Doentes Neurocríticos,
que alargou para 38 o número de camas intensivas.
- Melhoria da compliance de adesão ao projecto HELICS-UCI e sua extensão
para a totalidade das Unidades de Cuidados Intensivos do Serviço.
64 Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
Cuidados Intensivos Pediátricos - Na área da ventilação não invasiva (VNI): uso de BIPAP com HELMET e NAVA
em pequenos lactentes. Para manter esta inovação seria importante
adquirir software NAVA.
- Monitorização do débito cardíaco por método PICCO2.
- Uso de EEG contínuo. Esta inovação foi usada em colaboração com a Neurofisiologia.
- Monitorização de CO2 transcutâneo.
- Oscilação de alta frequência torácica (VEST).
- Monitorização dos doentes à distância. Foi adquirida “Central de Monitorização”.
Endocrinologia Novas técnicas:
- O serviço candidatou-se e passou a ser Centro de Referência para o Tratamento
com perfusão subcutânea contínua de insulina, a mulheres com diabetes tipo 1,
em preconceção e gravidez.
- Em colaboração com o serviço de patologia clínica montou a técnica de
doseamento de cortisol salivar para o rastreio e diagnóstico da síndrome de Cushing.
Novos fármacos:
- O serviço colaborou nos estudos de fase 2 para a utilização do pasireotido
no tratamento da doença de Cushing, cujos resultados inicias foram apresentados
em Setembro na reunião da European Neuroendocrine Association estando a ser
preparado o respectivo artigo para publicação (“A Randomized, Double-Blind Study
to Assess the Safety and Efficacy of Different Dose Levels of Pasireotide (SOM230)
s.c. Over a 6 Month Treatment Period in Patients with de Novo, Persistent
or Recurrent Cushing’s Disease”).
Novas Consultas:
- Em colaboração com o serviço de Psiquiatria foi criada a consulta de apoio aos
doentes com perturbações de identidade do género.
- Centro de Elevada Diferenciação do Tratamento Cirúrgico da Obesidade.
Estomatologia - Implementação de Protocolos Clínicos relacionados com o acesso às consultas
de Estomatologia pelos doentes com patologia oncológica, infecciosa e de psiquiátrica.
- Implementação de projecto relacionado com a Prevenção e Sensibilização na área
da saúde oral e alimentar.
65Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
Imunoalergologia Utilização de novas técnicas clínicas e novos fármacos:
- Testes de provocação conjuntival
- Pauta ultra-rápida para administração de imunoterapia com veneno de himenópteros
- Dessensibilização a aspirina
- Testes com soro autólogo no estudo das urticárias crónicas
- Protocolo conjunto com Serviço de Gastroenterologia para estudo da esofagite
eosinofílica
- Novo protocolo para utilização do omalizumab no tratamento da asma grave
- Utilização do icatibant nas crises agudas graves de angioedema hereditário.
Medicina Física e de Reabilitação - Programa de reabilitação pós-cirurgia pulmonar. Resultado de um acordo entre o Serviço
de MFR e o Serviço de Cirurgia Torácica;
- Consulta de Grupo de Reabilitação Pediátrica em que participam elementos do Serviço
de MFR e do Serviço de Ortopedia.
Neonatologia Projecto NIDCAP (Newborn Individualized Developmental Care and Assessement
Program): no âmbito da melhoria dos cuidados ao recém-nascido. Este programa pretende
proporcionar orientações educacionais e treino específico em observação
comportamental da equipa multidisciplinar responsável pela assistência ao recém-nascido
de risco e família. Integram o núcleo deste projecto 3 enfermeiras.
Neonatologia Projecto do transporte do recém-nascido, na alta para o domicílio: Iniciou-se em Maio de
2005, após sessões formais a toda a equipa de cuidados e que se encontra em
desenvolvimento. Todos os recém-nascidos, na altura da alta, deverão fazer o protocolo
de verificação da SapO2 na cadeira de transporte e que é imprescindível na situação dos
recém-nascidos pré-termo.
Neonatologia Projecto de preparação para a alta: Articulação com os Centros de Saúde/USF;
Referenciação de todos os recém-nascidos internados, ao enfermeiro/a do Centro
de Saúde/USF, em que está inscrito; Pedido de colaboração aos enfermeiros da
Comunidade, na identificação e resolução de problemas;
Em 2010, iniciamos a visitação domiciliária em situações específicas (cuidados paliativos
no domicílio e crianças em risco).
Neurocirurgia - Início do Programa cirúrgico destinado ao tratamento das formas graves de epilepsia.
- Abertura do novo Bloco Operatório de Neurocirurgia.
66 Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
Obstetrícia e Ginecologia - Criação de Consultas Multidisciplinares:
“Gravidez e Doenças Auto-Imunes” (com Medicina Interna)
“Gravidez Hipertensão e Nefropatias” (com Nefrologia)
“DPN e Neonatologia” (com Neonatologia).
- Transferência Banco de Gâmetas do Serviço de Genética da FMUP para a U. de Medicina
da Reprodução do Hospital São João.
Oftalmologia Abertura da 3ª sala operatória no período da tarde.
Oncologia Médica Estudo da mutação do gene K-Ras nos doentes com carcinoma do cólon de mau
prognóstico, para desde o inicio ter possibilidade de decidir a melhor estratégia
de tratamento destes doentes.
Ortopedia Implementação do Projecto relacionado com a monitorização da cirurgia da coluna do
anel pélvico com a medição de potenciais sensitivos e motores.
Otorrinolaringologia - Incremento da cirurgia de ambulatório para 35% do total da cirurgia realizada no serviço.
- Incremento da Projecto para desenvolvimento da Unidade de Vertigem e do Equilíbrio.
- Incremento do Projecto para desenvolvimento da Unidade da Voz.
- Incremento do Projecto de Detecção Precoce da Surdez nos recém-nascidos.
Psiquiatria - Criação de equipa multidisciplinar visando a assistência ao domicílio.
- Criação de sistema de informação destinado ao programa de antipsicóticos de longa
duração – PsiqCare.
- Assinatura do protocolo com a Faculdade de Desporto da Universidade do Porto
(FADEUP) para a prática desportiva de doentes em Hospital de Dia.
- Aumento do número de actividades de reabilitação para doentes em ambulatório,
nomeadamente sessões de relaxamento, sessões de estimulação cognitiva e sessões de
movimento.
- Início do grupo de cinedrama destinado a doentes psicóticos.
- Protocolo de orientação de pessoas com problemas de identidade de género
(Transsexuais) com a colaboração dos Serviços de Endocrinologia e Cirurgia Plástica.
- Programa de intervenção sistémica e de rede em menores em risco em ligação com as
EMATs e a Segurança Social.
- Início da consultoria de psiquiatria no Centro de Saúde de Paranhos.
- Acompanhamento de doentes psicóticos crónicos por técnico de referência
(Gestor de Caso) e equipa multi-profissional (cuidados integrados e de recuperação/CRI).
67Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
Reumatologia - Inovações Tecnológicas - Produtos Farmacêuticos
Tocilizumab: Biológico de 1ª linha em alternativa aos agentes Anti-TNFα. Particularmente indicado para
tratamento das Artrites Reumatóides com envolvimento sistémico. Trata-se do 1º e único
agente biológico, a demonstrar superioridade clara face aos DMARDS clássicos quando
usado isoladamente.
Abatacept:
Trata-se de um Biológico de 2ª linha a ser administrado após falência dos Anti-Tnfα.
Apresenta-se como uma alternativa ao Rituximab, particularmente indicado para a Artrite
Reumatóide Seronegativa. Como é um fármaco Intravenoso é possível garantir uma
aderência de 100% ao tratamento.
Iloprost em bomba elastomérica: Permite o tratamento em regime domiciliário.
- Inovações Tecnológicas - Equipamentos e Novos Tratamentos
Aponevrotomia percutânea por agulha: Trata-se de um método pouco invasivo realizado em regime de ambulatório, com
excelentes resultados comprovados - clínicos e estético-sociais, face ao tratamento
actualmente usado no HSJ - Fasciotomia da mão realizado em regime de Internamento
pelo serviço de Ortopedia.
Urgência Geral - Implementação de um novo algoritmo de Via Verde de Dor Torácica.
- Abertura da 3ª sala do BOSU em horário parcial, por indicação da ARSN.
68 Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
PROGRAMA TEMPO DE VIVER
No ano de 2010 iniciou-se, com a colaboração do Serviço de
Oncologia Médica e da Unidade de Patologia Mamária e com
o auxílio da Roche Farmacêutica, o Programa Tempo de Viver.
Este programa serve para pró-activamente apoiar as doen-
tes com carcinoma da mama a efectuarem tratamento anti-
neoplásico no nosso serviço. As doentes têm acesso diaria-
mente a uma linha telefónica para colocarem as suas dúvidas,
a consulta com enfermeiras especializadas e são ainda con-
tactadas directamente pelo serviço, se isso for considerado
oportuno. Em 2010 já foi prestada assistência a mais de 100
doentes.
ECMO
Em Dezembro de 2009 teve inicio a implementação do Pro-
grama de ECMO do Hospital de São João.
O Programa teve como objectivo inicial contribuir para o tra-
tamento dos doentes com ARDS grave que apresentassem
falência da ventilação convencional. Durante o mês de De-
zembro foram incluídos 4 doentes, 3 dos quais com ARDS por
infecção pulmonar pelo vírus H1N1, com uma sobrevivência
hospitalar de 50%. Os resultados positivos desta experiên-
cia inicial estão na base da expansão das indicações clínicas
da utilização do ECMO, nomeadamente no recém-nascido e
na criança, através da criação de uma equipa multidisciplinar
dedicada.
Em 2010 foram tratados mais de 20 doentes com suporte
ECMO, alguns deles referenciados a partir de outros hospi-
tais. Ainda em 2010 este projecto ganhou o Prémio de Boas Práticas em Saúde promovido APDH (Associação Portugue-
sa para o Desenvolvimento Hospitalar).
NOVO MéTODO NO TRATAMENTO DE CANCRO DO FÍGADO E DE DETERMINADOS TIPOS DE METÁSTASES
Uma nova arma terapêutica passa a estar disponível para
os doentes oncológicos com tumores do fígado, primitivos
(hepatocarcinoma) ou secundários (metástases de carcino-
ma colo-rectal, de tumores neuroendócrinos, de tumores da
mama e outros). O Hospital de São João é o primeiro hospital
público a investir na Radioembolização hepática, um trata-
mento com custos elevados para a instituição, que recorre
a um isótopo radioactivo, o ytrium-90. Esta técnica permite
a Braquiterapia dentro dos vasos através da introdução nas
artérias do fígado de esferas de tamanho muito reduzido
(20 a 60 micra) embebidas com um beta-emissor, o ytrium
90, o qual vai interferir com o DNA das células tumorais, com
formação de radicais livres num ambiente rico em oxigénio,
condicionando danos irreparáveis, que levam à morte das cé-
lulas por apoptose. A técnica aplica-se a tumores primitivos
irressecáveis ou não candidatos a transplante hepático e a
alguns tipos de metástases, nomeadamente hipervascula-
res. A selecção dos doentes candidatos à radioembolização,
bem como a preparação das esferas com ytrium e a sua ad-
ministração resulta de um trabalho multidisciplinar, no qual
concorrem várias especialidades, nomeadamente a Radio-
logia de Intervenção, a Medicina Nuclear, a Cirurgia Hepato-
Bilio-Pancreática, a Oncologia Médica, a Gastroenterologia e
a Anatomia Patológica, no sentido de obter melhores resul-
tados e reduzir potenciais complicações ou efeitos secun-
dários da técnica. A Radioembolização hepática é um trata-
mento minimamente invasivo, aplicado por Radiologistas de
Intervenção, normalmente administrado numa única sessão
ou em duas sessões (nos casos com tratamento fraccionado
de cada lobo do fígado), exigindo um internamento de curta
duração, habitualmente 24 horas. O investimento do Hospi-
tal São João na Radioembolização constitui uma evolução
significativa no tratamento integral das neoplasias do fígado,
quer primitivas quer metastáticas.
69Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
CIRURGIA PEDIÁTRICA DO SãO JOãO DESENVOLVE SISTEMA INOVADOR PARA O TRATAMENTO DO PECTUS EXCAVATUM
No ano 2010, o serviço de Cirurgia Pediátrica do Hospital de
São João foi pioneiro, ao introduzir o tratamento minima-
mente invasivo do Pectus Excavatum – Operação de Nuss,
patologia com uma prevalência de 1:400 entre os adolescen-
tes. Esta patologia, ainda que não determine severo compro-
misso cardio-respiratório, condiciona graves perturbações
da auto estima levando os adolescentes portadores desta
deformação a procurarem resolução cirúrgica. Volvidos qua-
se 10 anos, após a implementação desta técnica no Hospital
de São João, o serviço de Cirurgia Pediátrica em colaboração
com o serviço de radiologia deste hospital e com uma equipa
de investigadores da Escola de Ciêncas da Saúde e Enge-
nharia da Universidade do Minho, desenvolveu um sistema
de software e hardware que permite, com base na recons-
trução 3D da imagiologia pré-operatória, a criação de um
molde virtual da prótese a aplicar no paciente. Gerado o mo-
delo virtual, o sistema é capaz de dobrar a prótese de forma
personalizada. Tal, permite melhores resultados estéticos e
menor desconforto pós-operatório, uma vez que possibilita
a construção de uma prótese com ajuste perfeito ao defeito
torácico. Esta iniciativa, submetida sob a forma de patente
Nacional e Internacional, candidatou-se e venceu o prestigia-
do Prémio Nacional de Empreendedorismo – Prémio Start,
que visa a divulgação deste sistema para outros hospitais
através do spin-Off – iSurgical3D O Serviço de Cirurgia Pe-
diátrica congratula-se ao ter contribuído para este avanço
na área da Medicina e Engenharia Biomédica, que pode, em
breve, ter aplicações noutras patologias.
70 Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
3.4 NOVOS PROJECTOS NÃO CLÍNICOS
AUDITORIA INTERNA
Em cumprimento do estabelecido no Artigo 17º do DL 233/2005,
que determinou a transformação do Hospital de São João em
entidade pública empresarial e no sentido de fazer frente às ne-
cessidades de auditoria, foi criada em Junho de 2009 no Hospital
de São João a Função Auditoria Interna, consubstanciada na no-
meação da figura de Auditor Interno.
Em Julho de 2010, dado o enfoque da Instituição no incremento
dos princípios de Corporate Governance, a equipa de Auditoria
Interna foi reforçada com dois elementos, com experiencia ad-
quirida em Auditoria.
Considerando os conceitos inerentes ao conceito de Auditoria
Interna, as acções desenvolvidas em 2010 passaram por:
· Elaboração de uma primeira abordagem do Plano de Gestão de
Riscos e Corrupção e Infracções Conexas, considerando as áreas
mais susceptíveis de gerar riscos.
· Revisão Analítica Trimestral das Principais Rubricas de Custos
identificando as principais variações e respectivas explicações/
fundamentos.
· No âmbito da ADSE, elaboração de um relatório relativo à con-
formidade entre os procedimentos implementados pelo Serviço
de Gestão de Recursos Humanos e respectivo enquadramento
legal que rege o Subsistema ADSE.
· Acompanhamento, análise e discussão dos procedimentos de-
senvolvidos pelo Serviço de Gestão de Recursos Humanos.
· Com o intuito de uniformizar, estabelecer e divulgar de forma
sistemática, simples e coerente, as melhores práticas de contro-
lo relacionadas com os principais processos, a Auditoria Interna,
em conjunto com os Serviços Financeiros iniciou a actualização
dos procedimentos já desenvolvidos até então.
· Elaboração de um relatório sobre a Contratação Pública – Ser-
viço de Aprovisionamento com o intuito de verificar a existência
e a conformidade entre os procedimentos implementados pelo
Serviço de Aprovisionamento e o enquadramento legal que rege
a Contratação Pública.
· No âmbito do Projecto de implementação do Modelo de
Gestão de Activos, acompanhamento de algumas equipas de
inventariação.
· Acompanhamento de acções desenvolvidas por Entidades Ex-
ternas, nomeadamente, Tribunal de Contas, IGAS – Inspecção
Geral das Actividades de Saúde, IGF – Inspecção Geral Finanças,
ACSS – Administração Central do Serviço de Saúde e ARS Norte.
· Acompanhamento do Ponto de Situação do Plano de Redução
de Despesa.
J ONE
Novo software da Urgência Pediátrica que permite aos pro-
fissionais de saúde o registo e a consulta de todos os dados
clínicos necessários à tomada de decisão em saúde.
Esta aplicação está a ser desenvolvida em conjunto entre o
Serviço de Sistemas de Informação e a Urgência Pediátrica
do Hospital de São João. Em Junho foram apresentados à Se-
nhora Ministra da Saúde os módulos que já estão a ser utili-
zados, e podemos dizer com sucesso, dos quais destacamos:
1) Triagem Pediátrica (baseada em Canadian Pediatric Triage
and Acuity Scale);
2) Processo clínico com consulta do histórico do doente, re-
gisto de notas clínicas, diagnósticos (ICD9), prescrição de
exames complementares, prescrição de terapêutica interna,
pedidos de parecer, elaboração de relatórios, entre outros;
71Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
3) Reports;
4) Outros (chat, notícias, favoritos).
Prevê-se para 2011 a conclusão de outras funcionalidades,
tais como a prescrição de terapêutica para o exterior, os mó-
dulos para enfermagem e para assistentes operacionais, e a
articulação total com o processo administrativo.
De referir que, esta aplicação está a ser desenvolvida exclusi-
vamente por recursos humanos do Hospital São João.
SISTEMA DE CONSUMOS ONLINE DO BLOCO OPERATóRIO
O Hospital de São João foi distinguido na 8ª edição das “Boas
Práticas no Sector Público” ao ser premiado o projecto “Sis-
tema de Consumos Online do Bloco Operatório”, vencedor na
catego¬ria de Melhoria de Processos da Saúde do evento
promovido pela Deloitte e pelo Diário Económico.
O “Sistema de Consumos Online do Bloco Opera¬tório”, per-
mite custear as intervenções realizadas no bloco operatório.
Com este projecto será pos¬sível obter o custo por doente
intervencionado para cada tipo de cirurgia e, desta forma, ter
infor¬mação válida e real para apoio à gestão. O Hospital fica
munido de informação que poderá ser útil na discussão com a
tutela sobre o financiamento e incentiva a concorrência entre
prestadores.
RECURSOS HUMANOS
Durante o ano de 2010 o Serviço de Gestão de Recursos Huma-
nos implementou algumas medidas que visaram modernizar e
agilizar os processos do serviço, tornando-o mais eficaz e eficien-
te. Das várias mudanças efectuadas neste serviço destacamos
algumas que em muito alteraram a interligação deste serviço
com os profissionais da instituição:
· Regulamento de Horário de Trabalho e Assiduidade;
· Envio dos recibos de vencimento via correio electrónico;
· Automatização dos pagamentos de suplementos de remunera-
ção via registo biométrico.
MEDIR PARA MELHOR GERIR
O projecto “Medir para me¬lhor gerir” arrecadou o 3º lugar dos
prémios atribu¬ídos pelo “Fórum Hospital do Futuro”.
A iniciativa visa acelerar a tomada de decisão pela automatiza-
ção e disponibilização, em tempo real, de todo um conjunto de
indicadores de desempe¬nho nas áreas da produção, qualidade
e eficiência no atendimento, recursos humanos e financeira.
O “Medir melhor para gerir” foi desenvolvido inter¬namente, fru-
to da cooperação entre a equipa de Sistemas de Informação e a
Unidade de Negócio, não tendo envolvido qualquer custo para o
Hospital.
INAUGURAçãO DA FARMÁCIA DE VENDA AO PÚBLICO
Em 26 de Junho de 2010 foi inaugurada a farmácia de venda ao
público construída nos terrenos do Hospital de São João.
Esta farmácia será uma fonte alternativa de receita para o Hos-
pital de São João e será, também, e acima de tudo, um serviço
disponível para os utentes do Hospital de São João.
72 Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
3.5 SERVIÇOS DE APOIO À ACTIVIDADE ASSISTENCIAL
FARMÁCIA
Evolução da prescrição electrónica, SGICM
No processo da prescrição electrónica, iniciado em Março
de 2006, no serviço Cirurgia Geral homens piso 5 (66 camas),
com a aplicação Sistema de Gestão Integrada do Circuito do
Medicamento (SGICM), a 31 de Dezembro de 2010, temos já
uma cobertura de mais de 95%, em termos de camas.
Nos serviços clínicos, em que o modelo de distribuição indivi-
dual diária em dose unitária não era o mais adequado, optou-
se por implementar os armazéns avançados robotizados
com os armários Pyxis, num total de 16 equipamentos: U. C.
Intermédios da Urgência (UCISU), UCI Urgência (UCIPU), Ur-
gência de Pediatria, Cirurgia Cardiotorácica (UCI e Intermé-
dios), Unidade Queimados, Nefrologia + Unidade Transplante
Renal, Pediatria, Pediatria Cirúrgica, Bloco Pediatria Cirúrgi-
ca, UCI Pediatria, Bloco Otorrinolaringologia, Bloco Obste-
trícia/ Ginecologia, Bloco Oftalmologia, UCI Neurocríticos e
UCIP (Reanimação)
Indicadores de consumos de medicamentos
Com o SGICM, o São João passou a ter disponível uma série
de indicadores sobre o uso do medicamento no hospital, que
se dá como exemplo os seguintes:
Comparação dos consumos em internamento vs ambulatório
2006
0
200720082009
Inter9.830.4397.943.9638.058.5468.942.565
Blocos2.212.007
2.220.4642.546.4193.153.069
UCI4.920.1124.549.6175.430.3874.794.982
Urg1.153.3711.012.641
1.049.5441.031.294
HD15.000.9716.544.8317.411.3919.270.51
Amb34.633.6535.244.2138.229.7639.820.80
Diálise3.524.9173.257.0171.901.101352.934
10.000.000
5.000.000
VALO
R E
UR
OS
15.000.000
25.000.000
30.000.000
35.000.000
40.000.000
45.000.000
20.000.000
73Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
Evolução dos consumos de medicamentos biológicos/
inovadores
Os medicamentos biológicos/inovadores, têm cada vez
maior peso no consumo de medicamento, o que representou
em 2010, cerca de 46%.
Os “medicamentos órfãos” são produtos médicos destinados
à prevenção, diagnóstico ou tratamento de doenças muito
graves ou que constituem um risco para a vida e que são raras.
Na Europa uma doença ou patologia é designada como rara
quando afecta menos de 1 em cada 2.000 indivíduos.
Estes medicamentos são designados como “órfãos” porque,
em condições normais de mercado, a indústria farmacêutica
tem pouco interesse no desenvolvimento e comercialização
de produtos dirigidos para o pequeno número de doentes
afectados por doenças muito raras. Para as companhias
farmacêuticas, os custos do desenvolvimento de um medi-
camento dirigido a uma doença rara não seriam recuperados
pelas vendas esperadas para esse produto. Por este motivo,
os governos e as associações de doentes portadores de do-
ença rara, tais como a EURORDIS, têm enfatizado a necessi-
dade de implementação de incentivos económicos de forma
a promover o desenvolvimento e comercialização de medica-
mentos para os muitos doentes afectados por doenças raras,
há muito negligenciados e “órfãos”.
120.000.000
100.000.000
80.000.000
60.000.000
40.000.000
20.000.000
0
2006 2007 2008 2009 2010
Valor Biológicos N.º Dtes Valor Total Peso Relativo (%)
29.769.136 32.348.022 33.632.458 33.347.158 36.417.882
66.355 114.008 133.025 143.248 157.721
71.264.860 70.763.670 74.628.665 77.337.346 79.115.070
41,8 45,745,1
45,7 46,0
74 Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
Evolução dos consumos de medicamentos órfãos
Também os medicamentos de importação, designados por
autorização de utilização especial (AUE), têm tido a seguinte
evolução:
Evolução dos consumos de medicamentos de AUE
70.000.000
70.000.000
80.000.000
80.000.000
90.000.000
100.000.000
60.000.000
60.000.000
50.000.000
50.000.000
40.000.000
40.000.000
20.000.000
20.000.000
30.000.000
30.000.000
10.000.000
10.000.000
0
0
20067,4
71.264.860220
5.276.202
20060,5
71.264.8602241
339.390
200711,7
70.763.670288
8.300.055
20070,7
70.763.6705051
460.539
200812,7
74.628.665340
9.456.230
20080,6
74.628.6654272
424.595
200913,0
77.337.346392
10.042.681
20090,6
77.337.34612336
471.910
201015,5
79.115.0706468
12.299.907
20100,8
79.115.07024426
670.402
220
2241
288
5051
340
4272
392
12336
6468
24426
71.264.860
71.264.860
70.763.670
70.763.670
74.628.665
74.628.665
77.337.346
77.337.346
79.115.070
79.115.070
7,4
0,5
11,7
0,7
12,7
0,6
13,0
0,6
15,5
0,8
5.276.202
339.390
8.300.055
460.539
9.456.230
424.595
10.042.681
471.910
12.299.907
670.402
Valor MO
Valor AUE
N.º Dtes
N.º Dtes
Valor Total
Valor Total
Peso Relativo (%)
Peso Relativo (%)
VALO
R EU
ROS
VALO
R EU
ROS
75Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
Evolução dos consumos de medicamentos hemoderivados
e recombinantes
Embora o valor percentual dos medicamentos e produtos
farmacêuticos inutilizados, por quebra e prazo de validade
expirado, não represente um valor significativo face ao con-
sumo global, no entanto há necessidade de se tomar medidas
de forma a reduzi-lo.
Quebras e Inutilizações
70.000.000
70.000.000
80.000.000
80.000.000
90.000.000
60.000.000
60.000.000
50.000.000
50.000.000
40.000.000
40.000.000
20.000.000
20.000.000
30.000.000
30.000.000
10.000.000
10.000.000
0
0
2006
20068,1
71.264.86057.439
2007
200711,9
70.763.67084.145
2008
200813,3
74.628.66599.610
2009
200913,9
77.337.346107.791
2010
201029,9
79.115.070229.619
4306
57.439
6362
84.145
8098
99.610
8249
107.791
8648
229.619
71.264.860
71.264.860
70.763.670
70.763.670
74.628.665
74.628.665
77.337.346
77.337.346
79.115.070
76.883.973
10,2
8,1
11,9
11,9
11,2
13,3
10,5
13,9
9,7
29,9
7.247.569 8.414.968 8.355.650 8.113.426 7.675.468
Valor Q&IValor TotalPeso Relativo (%)
Valor Hemoderivados N.º Dtes Valor Total Peso Relativo (%)
76 Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
Dispensa medicamentos e produtos farmacêuticos a doen-
tes em regime de ambulatório
A dispensa de medicamentos aos doentes em regime ambu-
latório é feita mediante Diplomas Legais emanados para Pa-
tologias Especiais, sendo a dispensa destes medicamentos
efectuada exclusiva e gratuitamente pelos Serviços Farma-
cêuticos Hospitalares.
Os medicamentos que se encontrem fora do âmbito Legal,
apenas podem ser cedidos mediante prescrição clínica, sujei-
ta a relatório individual, e após autorização, quer da Direcção
Clínica das respectivas instituições.
Como podemos verificar, o crescimento tem sido contínuo:
• ATENDIMENTO
N.º N.º N.º N.º Doentes Medicamentos Atendimentos Prescrições
2007 6.967 72.448 38.478 38.920
2008 7.656 79.702 39.171 39.200
2009 9.579 104.029 48.742 48.823
2010 11.020 120.093 57.661 57.717
• AFLUÊNCIA DOENTES DIÁRIA - MÉDIA DOENTES DIA
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
120 145 136 155 170 202 272
• AFLUÊNCIA DOENTES DIÁRIA –
Nº MÁxIMO DE DOENTES/DIA
2006 2007 2008 2009 2010
190 200 213 255 316
• ESPECIALIDADES FARMACÊUTICAS PRESENTES
NO ARMAZéM AMBULATÓRIO
2006 263
2007 275
2008 325
2009 371
2010 406
• TOTAL ENCARGOS MEDICAMENTOS AMBULATÓRIO
2004 18.818.495,08 €
2005 28.066.509,99 €
2006 28.491.547,80 €
2007 28.603.519,55 €
2008 29.975.936,11 €
2009 38.273.881,72 €
2010 40.356.609,58 €
• EXISTÊNCIAS DE MEDICAMENTOS
NO ARMAZéM AMBULATÓRIO
2006 790.164,97 €
2007 1.194.074,38 €
2008 1.868.782,64 €
2009 2.284.303,37 €
2010 2.415.997,37 €
O aumento do valor prende-se com:
· Aparecimento de novos medicamentos com custo elevado;
· Novas indicações terapêuticas para medicamentos já exis-
tentes;
· Aumento do nº de doentes em tratamento por patologia, no-
meadamente VIH, Oncologia, Transplante Renais;
· Centralização de dispensa em ambulatório dos medicamen-
tos prescritos na Consulta Externa.
77Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
Unidade de Ensaios Clínicos
Os Ensaios Clínicos têm sido uma área de grande evolução e
desenvolvimento nos Serviços Farmacêuticos em particular,
com a criação de unidade especializada, e no do São João em
geral. Em Outubro de 2006, com a actual direcção do serviço,
apenas 11 ensaios clínicos passavam pelos serviços farma-
cêuticos, e em 31 de Dezembro de 2010, esse indicador era
de 149.
De uma maneira geral, os benefícios associados à participa-
ção em ensaios clínicos, incluem:
· A oportunidade de participar nos ensaios clínicos de um novo
medicamento, que de outra forma não estaria disponível.
· Acesso a cuidados médicos especiais durante o ensaio clínico.
· Contacto próximo com a equipa de cuidados médicos para
uma melhor avaliação da evolução da doença.
· Contribuir para a ciência médica que poderá, no presente e
no futuro, ajudar outros.
· Benefício económico.
Identificamos de seguida alguns dos indicadores desta unidade:
Evolução dos Ensaios Clínicos nos Serviços Farmacêuticos
02006
11
2007
59
2008
91
2009
117
2010
149
20
40
100
80
140
160
60
120
Total EC
78 Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
Ensaios Clínicos por serviço clínico, 31 Dezembro 2010
E-Gestão electrónica de stocks pelos fornecedores
Com o recurso às novas tecnologias de informação e comuni-
cação, desenvolvemos um processo inovador a nível nacional
que temos vindo a alargar o processo de gestão electrónica
de stocks por parte dos fornecedores (E-Gestão Stocks), e
em 2010 num total de compras superior a 90 M€ (sem des-
contos), este processo representa já mais de 69% do valor
(62 M€), num total de 22 laboratórios.
(em branco)
SERVIçO
4
2
4
2
1
5
1
1
1
1
5
6
6
7
7
4
9
9
10
10
4
3
3
12
15
15
Cirurgia Vascular
Pneumologia (OP)
Pneumologia
Pediatria
Oncologia
Oftalmologia
Neurologia
Neurofisiologia
Nefrologia
Medicina Interna
Imunohemoterapia
Hematologia
Ginecologia
Gastrenterologia
Endocrinologia
Dermatologia
Doenças infecciosas
Cardiologia Pediátrica
Cardiologia
Alergologia
Urologia
UCIPU
UCI Pediatria
Psiquiatria
Reumatologia
0 2 4 6 8 10 12 14 16
79Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
CENTRO DE FORMAçãO
O centro de formação do Hospital de São João foi criado em
1978, por determinação superior de 1 de Abril de 1978, com a
sua acção dirigida a pessoal de Enfermagem e de Acção Mé-
dica (DEPE). A sua idoneidade foi reconhecida pela CEPE (Co-
missão de Educação Permanente de Enfermagem) do DRH
da Saúde, em 16/06/1983, após avaliação prévia da estrutura
formativa e do seu funcionamento, de acordo com a Portaria
n.º 828/82, de 30/08/1983. Por despacho do Conselho de
Administração do Hospital de S. João, de 19/10/1988, a esta
estrutura veio juntar-se o Centro de Formação de Pessoal,
criado por despacho de 24/04/1985. Estas duas estruturas
fundiram-se, assim, numa só com a designação de Depar-
tamento de Educação Permanente (DEP), abrangendo dois
sectores distintos - Formação e Documentação com âmbito
multidisciplinar. Por deliberação do Conselho de Administra-
ção de 10 de Julho de 2009, o DEP passou a designar-se como
Centro de Formação do Hospital de São. João, E.P.E.
A actividade do centro de formação visa atingir as seguintes
finalidades:
a. Actualizar as aptidões dos funcionários do Hospital de São
João, em especial no que se refere a abordagem de novas téc-
nicas dirigidas à aquisição de novos conhecimentos;
b. Contribuir para a mudança de comportamentos, de acordo
com as exigências sociais e profissionais;
c. Contribuir para a prossecução dos objectivos definidos
pelo Hospital de São João, como via para a garantia dos me-
lhores cuidados de saúde;
d. Assegurar a realização de Acções de Formação para funcioná-
rios de outras Instituições de Saúde e colaborar através do qua-
dro de protocolos que vierem a ser estabelecidos com os Ser-
viços Centrais do Ministério da Saúde, em articulação com as
necessidades de formação de pessoal do Hospital de São João;
e. Satisfazer as necessidades dos Departamentos e Serviços
no que se refere à documentação científica, técnica e legisla-
tiva no âmbito da Saúde.
Em termos de formação, são de realçar os resultados do ano
de 2010, uma vez que abrangeram 2.135 participantes.
N.º total de acções realizadas ........................................................ 108
N.º de horas total ..................................................................................... 1.585
N.º total de participantes .................................................................. 2.135
Ainda no âmbito do centro de formação, são de destacar as
actividades desenvolvidas pela biblioteca, já levadas a cabo
em função do novo paradigma das bibliotecas actuais – aces-
so a novos bens e serviços de informação, inteiramente elec-
trónicos, privilegiando-se a congregação de biblioteca física
e virtual, com livre acesso a todas as fontes, através das se-
guintes acções:
· Desenvolvimento da página da biblioteca em função de uma
biblioteca Virtual;
· Aposta numa maior sensibilização e formação dos utilizado-
res para a pesquisa informatizada, actuação imprescindível
ao aproveitamento e à optimização de todos os recursos
disponíveis;
· Investimento numa melhoria contínua dos serviços de in-
formação e conhecimento, em função das necessidades dos
utilizadores;
· Evolução no sentido de uma permanente avaliação do maior
número possível de benefícios informacionais para toda a co-
munidade institucional;
· Organização, em dossiers próprios, dos documentos recebi-
dos e produzidos;
80 Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
· Elaboração de documentos necessários à gestão interna da
Biblioteca;
· Análise de dados estatísticos referentes à utilização dos re-
cursos disponíveis;
· Difusão, em vários suportes, dos recursos que a Biblioteca
disponibiliza;
· Actualização regular da página da Biblioteca - Intranet;
· Apoio aos utilizadores na consulta, recolha e tratamento da
informação;
· Cooperação entre as bibliotecas da área da saúde através
da APDIS, da qual a Instituição é sócia;
· Divulgação de informação actualizada através da mailing list.
SERVIçO DE HUMANIZAçãO
No seu segundo ano oficial de funcionamento, o Serviço de Hu-
manização deu sequência à missão de que se reveste, continu-
ando a aprofundar e a consolidar processos já iniciados.
A comissão plenária deste serviço, reunida quinzenalmente no
decurso do ano de 2010, reflectiu sobre muitos dos problemas
que afectam a Instituição sob o ponto de vista da humanização,
tendo determinado a realização de algumas iniciativas de sensi-
bilização e procurado intervir pedagogicamente nalguns aspec-
tos considerados prioritários.
As principais actividades e acções desenvolvidas ao longo do
ano foram as seguintes:
· Acções de formação dirigidas a toda a comunidade hospita-
lar, focalizaram-se sobre três áreas previamente identificadas
como prioritárias para o ano de 2010: “a acessibilidade das pes-
soas com deficiência”, “o silêncio” e “a morte e o morrer no Hos-
pital”
· II Jornadas de Humanização do Hospital de São João Viver e
Morrer e no Hospital
· I Encontro Nacional de Comissões/Serviços de Humanização
Hospitalares
· Reuniões de sensibilização e acção para a humanização (efectu-
adas com os profissionais nos seus Serviços)
· Elaboração do guia de acolhimento ao doente – Internamento
· Elaboração de um inquérito de satisfação dos doentes
· Programa de integração dos novos funcionários
· Celebração do Dia Mundial do Doente
81Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
· Campanha “O Silêncio no Hospital”
· Viver e morrer no hospital: medidas para o acompanhamento
dos doentes terminais
· Acções de Educação para a Saúde (AES)
· Criação e manutenção de bolsa de intérpretes
· Actividades culturais dinamizadas
· Certificação da Qualidade do Serviço de Humanização
· Programa de Voluntariado Complemento Solidário para Idosos
(CSI)
· Projecto de Criação de um Centro de Escuta
· Ligação com outras instituições hospitalares conducentes à
eventual criação do Serviço de Humanização nessas instituições
GABINETE DO UTENTE
O Gabinete do Utente é uma estrutura funcional destinada a re-
ceber as opiniões, sugestões, reclamações e elogios dos utentes
e a prestar-lhes informações sobre os seus direitos e deveres.
A obtenção de feedback por parte dos utentes é um objectivo
primordial do Hospital de São João como pilar de uma estratégia
de gestão que se pretende centrada no utente e no envolvimen-
to dos profissionais.
Neste sentido é de realçar o esforço na divulgação do gabinete
junto dos utentes, assim como a disponibilização de novas for-
mas de apresentação das reclamações, como o formulário on-
line no site do Hospital de São João e o e-mail.
Assim, o aumento de exposições (reclamações, sugestões e
elogios) no ano de 2010 está associado à maior divulgação do
Gabinete do Utente e à sua importância em garantir aos doen-
tes e utentes o direito de apresentar sugestões, elogios e recla-
mações, permitindo ao hospital, por esta via, corrigir eventuais
erros e introduzir melhorias sistemáticas na qualidade dos seus
serviços. A aposta na ampliação da participação dos doentes e
utentes é deliberada.
O aspecto mais importante do trabalho desenvolvido ao longo
do ano de 2010 está relacionado com as actividades respeitan-
tes ao GU inseridas nos esforços de Certificação do Serviço
de Humanização. Neste particular deu-se especial relevância à
construção do processo de “Apoio do Utente” que visa monito-
rizar a atenção focada no doente e no utente.
Assim, o ano de 2010 foi um ano de crescimento da actividade
do Gabinete do Utente em termos de supervisão do fluxo das
exposições, mas também no domínio da qualidade do trabalho
desenvolvido no qual se inscrevem as actividades de certifica-
ção do Serviço de Humanização.
Outra actividade a referir centrou-se na melhoria dos mecanis-
mos de controlo das exposições através de uma base de dados
82 Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
2008 2009 2010 Δ 09/10
n n n
Cuidados Desadequados 68 75 65 -10
Doente sem Cuidados 73 41 58 17
Tempo Espera para Cuidados 399 472 481 9
Sub-Total 540 588 604 16
Leis/Regras/Normas 113 101 123 22
Procedimentos 75 66 64 -2
Sistemas Informação 37 17 63 46
Sub-Total 225 184 250 66
Atendimento 207 270 316 46
Cuidados Hoteleiros 8 16 4 -12
Instalações Equipamentos 34 41 37 -4
Sub-Total 42 57 41 -16
TOTAL 1.014 1.099 1.211 112
elaborada internamente e que visa ser uma alternativa ao Siste-
ma de Gestão das Sugestões e Reclamações (SGSR - platafor-
ma Web) dadas as dificuldades na capacidade de acesso, tendo
sido solicitada autorização à Comissão Nacional de Protecção
de Dados para se usar a referida base de dados (a aguardar di-
ferimento).
Apresentamos seguidamente a evolução das reclamações por
tipo.
83Hospital São João RC 2010 | Actividade Assistencial
COMISSãO DE éTICA PARA A SAÚDE (CES)
A CES, em 2010, registou um considerável aumento na sua acti-
vidade, nomeadamente na emissão de pareceres assistenciais
(de 46, em 2009, para 158), com um acréscimo impressionante
em mais de 200%, devido a um maior rigor na avaliação da medi-
cação ‘off-label’, exigido pela Direcção Clínica, e melhor monitori-
zação pelos Serviços Farmacêuticos.
A CES, em 2010, participou activamente numa reunião de traba-
lho com as CES da Região Norte e no II Seminário da CES da Re-
gião Norte subordinado ao tema “Investigação Clínica e o papel
das Comissões de ética para a Saúde”.
Colaborou, também, com o Centro de Formação do Hospital
de São João, nas acções de formação “Comunicação em insti-
tuições de Saúde” – Módulo sobre Consentimento Informado e
“Segurança e Controlo” – Módulo sobre ética e Relações Huma-
nas.
A Comissão de ética para a Saúde do Hospital de São João reu-
niu no decurso do ano 2010 em onze sessões plenárias de traba-
lho, emitindo um total de 409 pareceres. Os pareceres assumi-
ram forma escrita, e todos foram aprovados por unanimidade.
Os pareceres incidiram na sua maioria sobre “Projectos de Inves-
tigação” (212 – 51,8%), seguidos dos “Pedidos de Parecer de Ca-
riz Assistencial” (158 – 38,6%) e os restantes 39 (9,5%) incidiram
sobre “Outros Pedidos”.
A evolução dos pedidos de pareceres à CES tem mantido uma
tendência crescente desde 2006, como se pode verificar pela
tabela seguinte:
2006 2007 2008 2009 2010
Projectos de Investigação 127 151 182 188 212
Pareceres assistenciais 10 17 32 46 158
Outros pareceres 5 11 12 21 39
TOTAL 142 179 226 255 409
85Hospital São João RC 2010 | Investigação Clínica
4. INVESTIGAÇÃO CLÍNICA
O Hospital de São João é um hospital universitário que procu-
ra a excelência na actividade assistencial, no ensino pré e pós
graduado e na investigação.
Esta última, mais escondida e não directamente financiada
nem avaliada, tem sido o parente pobre na generalidade dos
hospitais portugueses. Apesar de não ter visibilidade ime-
diata, acreditamos que um hospital com um programa de
Investigação forte e consolidado, prestará melhores cuida-
dos assistenciais e, certamente, formará profissionais mais
competentes.
4.1 ENSAIOS CLÍNICOS
No ano de 2010, o Hospital São João participou nos seguintes
estudos clínicos:
Título do Ensaio Clínico Investigador Principal Serviço Promotor
Estudo CNTO 1275PSO4004: "Ensaio exploratório para avaliar
os resultados de segurança e eficácia na prática clinica habitual
em doentes que transitaram de terapêutica prévia com Janssen Cilag
metotrexato para ustecinumab (Transit)" Dra. Filomena Azevedo Dermatologia International N.V.
WA19926: "A multi-center, randomized, double-blind, parallel
group study of the safety, disease remission and prevention of
structural joint damage during treatment with tocilizumab (TCZ),
as a monotherapy and in combination with methotrexate (MTx),
versus methotrexate in patients with early, moderate to severe
rheumatoid arthritis" Dr. Miguel Bernardes Reumatologia Roche
Bay 12-8039/11980 - MAESTRAL (moxifloxacin in AECB
superiority trial): "A prospective, multinational, multicenter,
randomized, double-blind, double dummy, controlled study
comparing the efficacy and safety of moxifloxacin-clavulanic acid
for the treatment of subjects with acute exacerbations
of chronic bronchitis" Prof. João Almeida Pneumologia Bayer
XL 184-301: "Estudo Internacional, aleatorizado, em dupla
ocultação, de fase III, para comparação da Eficácia de xL184
versus placebo em indivíduos com carcinoma medular da tiróide
irressecável, avançado localmente ou metastático". Dra. Elisabete Rodrigues Endocrinologia PPD
86 Hospital São João RC 2010 | Investigação Clínica
BAY86-5300: IMPACT 14567: Um estudo multicêntrico,
aleatório, com dupla ocultação e controlo activo, de grupos
paralelos com 2 ramos de estudo para investigar o efeito da
contracepção oral com etinilestradiol/ drospirenona
(0,02 mg/3mg) num regime de 24/4 dias comparado com a
contracepção oral com etinilestradiol/ desogestrel
(0,02 mg/0,15 mg) num regime de 21/7 dias sobre sintomas
associados à privação de hormones em mulheres de outro
modo saudáveis após 4 ciclos de tratamento. Dra. Ana Rosa Costa Ginecologia Bayer/Eurotrials
BI 1241.21: Safety, antiviral effect and pharmacokinetics of
BI 207127 in combination with BI 201335 and with ribavirin
for 4 (part 1) and with or without ribavartin for 24-48 weeks
(Part 2) in patients with chronic HCV genotype 1 infection Prof. Dr.Guilherme
(randomized, open label, Phase II) Macedo Gastrenterologia Boehringer
AO221090: A local, multicentre, open-label, extension trial to
evaluate the efficacy and safety of fesoterodine flexible
dose regimen in elderly patients with overactive bladder Prof. Dr. Francisco Cruz Urologia PFIZER
CV185056: A safety and efficacy trial evaluating the use of
apixaban in the treatment of symptomatic deep vein Prof. Dr. Roncon Angiologia PPD Global Ltd./
thrombosis and pulmonary embolism. de Albuquerque e Cirurgia Vascular Pfizer
BI 119.35: A phase 2 open-label, roll over study of the long
term tolerability, safety and efficacy of oral BIBF1120 in
patients with idiopathic pulmonary fibrosis Dr. António Morais Pneumologia Boehringer
AO221090: A local, multicentre, open-label, extension trial to
evaluate the efficacy and safety of fesoterodine flexible dose Prof. Dr. Teresa
regimen in elderly patients with overactive bladder Mascarenhas Uroginecologia PFIZER
CL2-44121-003: "Evaluation of the effects of 4 oral dosages
of S 44121 versus placebo on brain natriuretic peptide and
cardiac function in patients with moderate chronic heart failure
and left ventricular dysfunction A 12-week, randomized,
double-blind, parallel-group, placebo controlled, international Prof. Dr. Paulo
multicentre study". Bettencourt Medicina Servier
CL2-44121-004: "Evaluation of the effects of 4 oral dosages
of S 44121 versus placebo on cardiac function and NT-proBNP
in patients with chronic heart failure and left ventricular
dysfunction not treated with a beta-blocker. A 12-week,
randomized, double-blind, parallel-group, placebo controlled, Prof. Dr. Paulo
international multicentre study." Bettencourt Medicina Servier
87Hospital São João RC 2010 | Investigação Clínica
ABB-09-001: "Desenvolvimento de Inibidor em doentes
previamente não tratados (PNT) ou doentes minimamente
tratados com componentes sanguíneos (MTCS) quando
expostos a concentrados derivados do plasma contendo
Factor von Willebrand / Factor VIII (Vwf/FVIII) e a concentrados
de factor VIII Recombinante (FVIIIr): Um ensaio clínico
independente, internacional, multicêntrico, prospectivo, Dra. Manuela Marques Imuno-
controlado, aleatorizado e aberto". Cardoso de Carvalho Hemoterapia DataMédica
H6D-EW-LVIJ: Impact of Tadalafil (LY 450190)Once a day or
Tadalafil on Demand Compared to Sildenafil Citrate on
Demand on Treatment Discontinuation in Patients With Erectile Prof. Doutor
Dysfunction who are Naive to PDE5 Inhibitors" Pedro Vendeira Urologia Lilly
AI463203: "Estudo da segurança e eficácia de entecavir
com tenofovir em adultos com infecção pelo vírus da
hepatite B, com falha prévia no tratamento com nucleósidos/ Prof. Guilherme Mercantil
nucleótidos". Macedo Gastrenterologia Bristol-Myers
BI1200.75: LUx-Breast 1; Na open label, randomized phase III
trial of BIBW2992 and vinorelbine versus trastuzumab and
vinorelbine in patients with metastatic HER2 overexpressing Dra. Margarida
breast cancer failing one prior trastuzumab treatment. Damasceno Oncologia Médica Boehringer
MAF-AGN-OPH-GLA-010: "A 3 month, multicenter, investigator-
masked, pilot study to evaluate the efficacy and safety of
Bimatoprost/Timolol fixed combination vs Latanoprost in
treatment-naive patients with open-angle glaucoma at high
risk of glaucomatous progression". Dr. José Silva Cotta Oftalmologia Chiltern
LT2345: "Efficacy and Safety assessment of LT2345
unpreserved eyedrops versus xalatan® in ocular hypertensive
or glaucomatous patients" Prof. Dr. Falcão Reis Oftalmologia Théa
CRAD001A2429: "A 24-month, multi-center, open-label,
randomized, controlled trial to investigate efficacy, safety and
evolution of cardiovascular parameters in de novo renal
transplant recipients after early calcineurin inhibitor to
everolimus conversion". Dra. Susana Sampaio Nefrologia Novartis
CFTY720D2316: "A 4-month, open-label, multi-center study
to explore tolerability and safety and health outcomes of
FTY720 in patients with relapsing forms of multiple sclerosis." Prof. Dra. Maria José Sá Neurologia Novartis
88 Hospital São João RC 2010 | Investigação Clínica
BI 205.438: "A randomised, double-blind, placebo-controlled
parallel-group trial to confirm the efficacy after 12 weeks and
safety of tiotropium 5µg adminitered once daily via the
Respimart® device in patients with cystic fibrosis" Dra. Luísa Vaz Pediatria Boehringer
CAMN107EIC01: A phase IIIb, multicentre, open-label study
of nilotinib in adult patients with newly diagnosed Philadelphia Prof. Eduardo
chromosome and/or BCR-ABL positive CML in chronic phase Guimarães Hemato-oncologia Novartis
28431754-DIA-3002: "Estudo aleatorizado, em dupla ocultação,
controlado por placebo, com 3 grupos paralelos de tratamento,
multicêntrico, para avaliar a eficácia, segurança e tolerabilidade
da Canagliflozina no tratamento de doentes com diabetes
mellitus tipo 2 com glicemia não devidamente controlada sob Prof. Dr. Duarte
terapêutica com Metformina e Sulfonilureia." Pignatelli Endocrinologia Janssen-Cilag
20060359: "A randomised, double-blind, placebo-controlled,
multi-center phase 3 study of Denosumab as Adjuvant
Treatment for women with early-stage breast cancer at high Dr.a. Margarida AMGEN/
risk of recurrence (D-CARE)" Damasceno Oncologia Médica EUROTRIALS
GS-US-216-0114: " Estudo clínico de fase 3, aleatorizado, em
dupla ocultação para avaliar a segurança e a eficácia de
atazanavir potenciado com GS-9350 em comparação com
atazanavir potenciado com ritonavir quando administrados
com entricitabina/tenofovir disoproxil fumarato em adultos
infectados por VIH-1 sem tratamento anti-retroviral anterior" Rui Marques Infecciosas PPD
GS-US-236-0103: "Estudo de fase 3, aleatorizado, em dupla
ocultação para avaliar a segurança e a eficácia de Elvitegravir/
Emtricitabina/Tenofovir Disoproxil Fumarato/GS-9350 Versus
Atazanavir potenciado com Ritonavir mais Emtricitabina/
Tenofovir Disoproxil Fumarato em adultos infectados pelo
VIH-1 sem tratamento anti-retroviral anterior" Rui Marques Infecciosas PPD
"Estratégias anti-hipertensoras perindopril arginina/amlodipina
versus valsartan / amlodipina: eficácia e segurança em doentes
com hipertensão ligeira e moderada. Estudo de 6 meses
aleatorizado em dupla ocultação seguido por um periodo de
acompanhamento de 8 meses em aberto com perindopril
arginina/amlodipina" Maria João Lima Medicina Interna Servier
"Estudo aleatorizado, em grupos paralelos, com dupla ocultação,
controlado por placebo, apara avaliar a eficácia e a segurança
de 200 mcg de CEP-33457 em doentes com lupus eritmatoso Dr. Manuel
sistémico" Carlos Dias Medicina Interna PPD/Cephalon
89Hospital São João RC 2010 | Investigação Clínica
Extensão do CIC 32-10: "Estudo aberto a longo prazo da
segurança e tolerabilidade da administração de doses repetidas Dr. Manuel
de CEP-33457 em doente com lupus eritematoso sistémico" Carlos Dias Medicina Interna PPD/Cephalon
HERICA:"Histological and Endoscopic Ervaluation of Remission GEDII - Grupo
Inducted by Infliximab in Moderately to Severely Active de Estudo
Ulcerative Colitis Patients" Prof. Doutor da Doença
Fernando Magro Gastrenterologia Inflam. Intestinal
MO22468: Estudo aleatorizado, de Fase IIIb, para avaliação
da associação de MabThera® (Rituximab) à quimioterapia,
Bendamustina ou Clorambucilo, em doentes com Leucemia
Linfocítica Crónica Dr. Joaquim Andrade Hemato-oncologia Roche
MuTAR (ML25434): Phase II, open-label study of erlotinib
(Tarceva®) treatment in patients with locally advanced or
metastatic non-small cell lung cancer who present activating
mutations in the tyrosine kinase domain of the epidermal Prof. Doutor
growth factor receptor. Henrique Queiroga Pneumologia Roche
CNTO1275PSO3006 / CADMUS: Ensaio de fase 3,
multicêntrico, aleatorizado, em dupla ocultação, controlado
por placebo para avaliar a eficácia e a segurança de
ustecinumab no tratamento de doentes adolescentes com
psoríase em placas moderada a grave. Dra. Sofia Magina Dermatologia Janssen-Cilag
TAGUS: Phase II, open-label, randomized, parallel group,
non-comparative study evaluating the safety and efficacy
of cetuximab plus modified FOLFOx 6 alone as 2 line therapy
after progression on the 1 line treatment with cetuximab*
FOLFORI in patients with metastatic colorectal cancer Dra. Cristina
KRAS wild type Sarmento Oncologia Médica KeyPoint
WA19924: “A multi-center, randomized, double-blind,
parallel-group study of the reduction of signs and symptoms
during monotherapy treatment with Actemra versus Humira
in patients with moderate to severe active rheumatoid arthritis” Dr. Miguel Bernardes Reumatologia Roche
CRFB002F2301: "Ensaio Clínico de fase III multicêntrico,
aleatorizado, em dupla ocultação, activamente controlado,
com a duração de 12 meses para avaliar a eficácia e a segurança
de dois regimes diferentes de dosagem de ranibizumab 0,5 mg
versus terapêutica fotodinâmica (TFD) com verteporfina em
doentes com perda de visão devida a neovascularização
coroideia (NVC) secundária a Miopia Patológica" Dra. Ângela Carneiro Oftalmologia Novartis
90 Hospital São João RC 2010 | Investigação Clínica
IMCL CP-120919: Estudo de fase 3, multicêntrico,
aleatorizado, em dupla ocultação com o medicamento
Ramucirumab (IMC-1121B) e os melhores cuidados de suporte
(MCS) versus placebo e MCS como tratamento de segunda linha
em doentes com carcinoma hepatocelular após terapêutica Prof. Dr. Guilherme
de primeira linha com sorafenib Macedo Gastrenterologia Eurotrials
Estudo clinico contralado com placebo , com dupla ocultação,
aleatorizado, multicêmtrico para avaliar a eficácia e segurança
de uro-vaxom na prostatite crónica e na síndrome de dor OM Pharma/
pélvica crónica (PC/SDPC) Prof. Paulo Dinis Urologia KeyPoint
Estudo multicêntrico, aleatorizado, em dupla ocultação,
controlado por placebo no tratamento a longo prazo com
Sulodexida na prevenção da TVP recorrente em doentes Prof. Dr. Roncon Angiologia Alfa
com tromboembolismo venoso. de Albuquerque e Cirurgia Vascular Wassermann
BI 1245.25 (C-SCADE 8): "A Phase III, international,
randomised, parallel group, double blind cardiovascular safety
study of BI 10773 (10 mg and 25 mg administered orally once daily)
compared to usual care in type 2 diabetes mellitus patients Boehringer
with increased cardiovascular risk." Dra. Joana Queirós Endocrinologia Ingelheim
FTY720: "Ensaio Clínico multicêntrico, aberto, de grupo único,
para avaliação da segurança e tolerabilidade a longo prazo de
fingolimod (FTY720) 0,5 mg, administrado por via oral uma vez Prof. Dra. Maria
ao dia em doentes com esclerose múltipla (EM) surto-remissão." José Sá Neurologia Novartis
BI 1245.28 (C-SCADE 7): "A phase III randomised, double-blind,
active-controlled parallel group efficacy and safety study of
BI 10773 compared to glimepiride administered orally during
104 weeks in patients with type 2 diabetes mellitus and Boehringer
insufficient glycaemic control despite metformin treatment." Dr. José Castedo Endocrinologia Ingelheim
VISUAL I: M10-877: “Estudo Multicêntrico da Eficácia e
Segurança do Anti-corpo Monocolonal Humano Anti-TNF
Adalimumab como Terapia de Manutenção em Doentes
com Uveíte Intermédia, Posterior ou Pan-uveíte, Activa Não
Infecciosa.” Dr. Jorge Palmares Oftalmologia Abbott
VISUAL II: M10-880: “Estudo Multicêntrico da Eficácia e
Segurança do Anti-corpo Monocolonal Humano Anti-TNF
Adalimumab como Terapia de Manutenção em Doentes
com Uveíte Intermédia, Posterior ou Pan-uveíte, Inactiva Não
Infecciosa" Dr. Jorge Palmares Oftalmologia Abbott
91Hospital São João RC 2010 | Investigação Clínica
VISUAL III: M11-327: “Estudo Aberto Multicêntrico da
Eficácia e Segurança a Longo Prazo do Anti-corpo
Monocolonal Humano Anti-TNF Adalimumab como Terapia
de Manutenção em Doentes com Uveíte Intermédia, Posterior
ou Pan-uveíte, Não Infecciosa..” Dr. Jorge Palmares Oftalmologia Abbott
M10-149:"Estudo Fase 3 Multicentrico, Prospectivo,
Aleatorizado, com Dupla Ocultação, Controlado por
Placebo para avaliar a Farmacocinética, Segurança e Eficácia
das cápsulas de Paricalcitol na Diminução dos Niveis Séricos
da Hormona Paratiróide Intacta em Doentes Pediátricos
de 10 a 16 anos de idade com Doença Renal Crónica Prof. Doutor
Moderada a Grave" Caldas Afonso Pediatria Abbott
Título do Estudo Observacional Investigador Principal Serviço Promotor
TOP: TYSABRI® - Estudo observacional, internacional,
multicêntrico e prospectivo cujo objectivo principal é avaliar
o impacto de TYSABRI® na progressão e actividade da doença
e a segurança a longo-prazo em doentes com Esclerose Múltipla Biogen Idec /
Recorrente Remissiva (EMRR). Prof. Dra. Maria José Sá Neurologia Keypoint
GIDEON: Global Investigation of therapeutic Decision in Prof. Dr. Guilherme Bayer
hepatocellular carcinoma and Of its tretment with sorafenib Macedo Gastroenterologia Portugal S.A.
COMPACT: Comparative activity of Carbapenem testing Dra. Manuela Serviço de Patologia
Etest study Ribeiro Clínica / Microbiologia Janssen-Cilag
ENDOMUS: Caracterização Clínica e diagnóstica de doentes
com patologia neuromuscular - estudo epidemiológico
em Portugal. Dra. Goreti Nadais Neurologia Data Médica
Y-79-52120-131: An international observational study to
define factors influencing response to one bont-A
injections cycle in subjects suffering from idiopathic
cervical dystonia. Dra. Maria José Rosas Neurologia IPSEN
4.2. ESTUDOS OBSERVACIONAIS
Também durante o ano de 2010 foram efectuados vários es-
tudos observacionais que muito contribuem para o desenvol-
vimento da actividade clínica.
92 Hospital São João RC 2010 | Investigação Clínica
MV22009 / S-COLLATE: A multicenter, prospective,
observational,non-interventional Cohort study evaluating
On-Treat ment predictors of response in subjects with HBeAg
positive or HBeAg negative Chronic Hepatitis B receiving Prof. Dr. Guilherme
therapy with PEGASYS®. Macedo Gastroenterologia Roche
Estudo Multicêntrico, ambispectivo que pretende estudar
a gestão clínica e a sobrecarga da perturbação bipolar
(WAVE bd Study). Manuela Moura Neurologia AstraZeneca
Estudo Observacional de avaliação de um emoliente em Dermatologia
doentes com eczema atópico - Estudo RepaiR Filomena Azevedo e Veneorologia Astellas Farma
SANTARÉM: Estudo de avaliação da qualidade de vida de
doentes com cancro do pulmão a receber tratamento com Prof. Dr. Henrique
antieméticos como terapêutica de suporte à quimioterapia Queiroga Pneumologia KEYPOINT
20090146: Estudo multinacional retrospectivo "antes e
depois" para avaliação da utilização de recursos de saúde
hospitalar associada a eventos relacionanados ao esqueleto
em doentes com metástases ósseas secundárias ao cancro
da mama, cancro da próstata, cancro do pulmão de não
pequenas células ou em doentes com doença óssea AMGEN/
associada a mieloma múltiplo Dr. Francisco Pina Urologia Quintiles
20090146: Estudo multinacional retrospectivo "antes e
depois" para avaliação da utilização de recursos de saúde
hospitalar associada a eventos relacionanados ao esqueleto
em doentes com metástases ósseas secundárias ao cancro
da mama, cancro da próstata, cancro do pulmão de não
pequenas células ou em doentes com doença óssea Prof. Dr. Henrique AMGEN/
associada a mieloma múltiplo Queiroga Pneumologia Quintiles
20090146: Estudo multinacional retrospectivo "antes e
depois" para avaliação da utilização de recursos de saúde
hospitalar associada a eventos relacionados ao esqueleto
em doentes com metástases ósseas secundárias ao cancro
da mama, cancro da próstata, cancro do pulmão de não
pequenas células ou em doentes com doença óssea Dra. Margarida AMGEN/
associada a mieloma múltiplo Damasceno Oncologia Médica Quintiles
ÉVORA - Estudo de avaliação de opções terapêuticas em
3ª linha de quimioterapi em doentes com CPNPC que Prof. Dr. Henrique
fizeram inibidores TK em 2ª linha. Queiroga Pneumologia KeyPoint
93Hospital São João RC 2010 | Investigação Clínica
"Incidência do bloqueio neuromuscular residual no
pós-operatório - estudo observacional multicêntrico Schering-
em Portugal Inspire" Dra. Fernanda Barros Anestesiologia Plough Pharma
CYNERGY: An observational registry, to evaluate the safety
and performance of the NEVO Sirolimus-eluting coronary
stent in routine clinical practise, and to compare its safety
and performance with the CYPHER Select plus Sirolimus-
eluting coronary stent Dr. Rui Rodrigues Cardiologia TFS
AGIR Study - Angio - seal in Interventional Radiology Dr. Paulo Morgado Radiologia St. Jude Medical
"Estudo Snapshot - estudo descritivo de doentes com BioEpi clinical
esclerose múltipla em tratamento com natalizumab" Prof. Dra. Maria and transational
José Sá Neurologia research
"Avaliação da Adesão, Eficácia e Tolerabilidade à terapêutica
com o Rebif ® multidose utilizando o dispositivo auto-injector
Rebismart na prática clinica (SMART)" José Sá Neurologia Merck, S.A.
MV22255/GUARD-C - "Global Observational Cohort Study
on the Prediction of Unwanted Adverse Effects in Individuals
Infected with Chronic Hepatitis C receiving a long-acting Prof. Dr. Guilherme
interferon plus ribaravin" Macedo Gastroenterologia Roche
"APIDR_C_03909 European post-marketing Observacional
prospective Cohort study of children with type 1 diabetes
treated with APIdra.-OCAPI" Prof. Manuel Fontoura Pediatria Sanofi-Aventis
100JC401: "Epidemiologia da prevalência de anticorpo Prof. Dra. Maria
anti-JCV em doentes com esclerose múltipla: Estudo JEMS." José Sá Neurologia Quintiles
"Genetic screening and obervational study of Niemann-Pick
disease type C in a seleceted population of adult patients
with psychosis or early onset dementia" ZOOM Dra. Joana Guimarães Neurologia Eurotrials
95Hospital São João RC 2010 | Investimentos
5. INVESTIMENTOS
Dando continuidade à política de recuperação de infra-estru-
turas iniciada em 2006 e ao investimento na renovação de
equipamentos, o total investido, em 2010, foi de 29 M€. Este
montante representa um crescimento de 18% face ao perío-
do homólogo de 2009.
Do montante total investido, 87% foram afectos a Obra e os
restantes 13% a Equipamento. Conforme se pode inferir da
tabela seguinte, o montante investido em Obra aumentou
28% e o montante investido em Equipamento reduziu 23%,
face a 2009.
No ano de 2010 foi concluída a ampliação e beneficiação da
Ala Sul Nascente e do Piso 9 (19.343.858,24€), a remodelação
da UCI de Pediatria (1.637.174,68€) e do Piso 5 de Obstetrícia
(1.105.511,04 €).
No que se refere aos equipamentos o investimento foi, es-
sencialmente, na área do material médico-cirúrgico (33%),
mobiliário hospitalar (16%), hardware e software (16%) e
equipamento de imagiologia (13%).
INVESTIMENTOS
2008 Δ08/09 2009 Δ09/10 2010
Obra 21.196.685,39 € -6,7% 19.785.284,66 € 27,9% 25.311.179,98 €
Equipamento 1.670.270,06 € 186,2% 4.780.939,97 € -23,4% 3.661.997,44 €
TOTAL 22.866.955,45 7,4% 24.566.224,63 17,9% 28.973.177,42
2008
35.000.000,00€
30.000.000,00€
25.000.000,00€
20.000.000,00€
15.000.000,00€
10.000.000,00€
5.000.000,00€
0,00€2009 2010
Equipamento Obra
97Hospital São João RC 2010 | Recursos Humanos
6. RECURSOS HUMANOS
Desde 2002, temos assistido a uma evolução positiva no nú-
mero de funcionários do Hospital de São João (note-se que
apenas se considera os profissionais activos, excluindo-se
funcionários em licenças de longa duração ou temporaria-
mente saídos). O crescimento do número de profissionais
tem permitido dotar os serviços com mais recursos para
um melhor atendimento ao doente. Contudo, durante o ano
de 2010, o crescimento em recursos humanos foi inferior ao
crescimento da produção, em virtude da adopção de uma es-
tratégia de redefinição das dotações em cada um dos servi-
ços e unidades do Hospital São João, EPE.
2001
2001 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
44884410 4428
4728 4864 4949 50945237
5462 5482
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Crescimento RH
98 Hospital São João RC 2010 | Recursos Humanos
Assiste-se a um crescimento acentuado em termos do nú-
mero de horas trabalhadas. Podemos observar esta situação
através do gráfico seguinte onde está disposta a evolução do
número de funcionários equivalentes a tempo completo (35 horas).
Mais acentuada também é o diferencial entre o número real
de profissionais do Hospital de São João face ao número de
trabalhadores em tempo equivalente.
2007 2008 2009 2010
5.330 5.4365.727 5.800
ETC
2007
5.330 5.4365.727 5.800
2008 2009 2010
ETC Activos
99Hospital São João RC 2010 | Recursos Humanos
Esta situação decorre das contratações actuais serem, em
regra, efectuadas com uma carga horária contratual semanal
de 40 horas, ao contrário de anos anteriores. Após a transfor-
mação do Hospital São João em Entidade Pública Empresa-
rial a politica de contratações passou pela elaboração prefe-
rencial de contratos com carga horária de 40 horas.
De referir que, apesar do número de funcionários ter au-
mentado e o número de horas trabalhadas ter aumentado,
a massa salarial diminuiu face a 2009 (1,5%). De destacar a
diminuição de aproximadamente 9% em suplementos de re-
munerações onde, as horas extraordinárias e prevenções, re-
presentam uma diminuição de 14% e 7%, respectivamente.
Estes factos permitiram que os funcionários do Hospital de
São João fossem mais produtivos, como se pode constatar
pelo aumento do VAB (Valor Acrescentado Bruto) por traba-
lhador em 2,2%.
O vínculo dos colaboradores do Hospital São João tem-se al-
terado. Actualmente praticamente 30% dos profissionais do
Hospital de São João estão ligados ao hospital através de um
contrato de direito privado, algo que não era possível antes
de 2006, em que apenas existiam agentes da função pública
e prestadores de serviço.
O Hospital de São João pela sua própria natureza tem um
elevado grau de rotação de profissionais. O gráfico seguinte
mostra a evolução durante os últimos anos do índice de rota-
tividade (que representa a relação entre as admissões e as
saídas de profissionais ocorridos em um determinado perío-
do – no caso no período anual).
Podemos ainda observar a evolução da taxa de abandonos
(que representa a relação entre as saídas de profissionais
– independentemente de voluntárias ou involuntárias e da
causa - ocorridos em um determinado período – no caso no
período anual).
Contratos individuais de trabalhoTrabalhadores em funções Públicas
Rotatividade
Taxa de Saídas
2010
2010
10,03%
5,61%
10,83%
4,96%
10,63%
4,62%
12,56%
5,46%
2009
2009
2008
2008
2007
2007
100 Hospital São João RC 2010 | Recursos Humanos
Relativamente à estrutura dos grupos profissionais, esta tem
sido bastante estável ao longo dos últimos anos no Hospital
de São João. Podemos observar que no final de 2010, os pro-
fissionais de saúde representavam quase a totalidade dos
profissionais do hospital, dos quais 40% eram enfermeiros.
Observando a evolução da estrutura através do gráfico se-
guinte, concluímos, que apesar da estabilidade nos últimos
anos, existe uma diminuição nos grupos profissionais afec-
tos a tarefas não clínicas, pelo contraponto do crescimento
dos profissionais clínicos.
Outros
Pessoal dirigente
Assistente Operacional
Assistente Técnico
Pessoal de Enfermagem
Pessoal em formação pré carreira
Pessoal Médico
Pessoal Técnico de Dignóstico e Terapêutica
Internos10,92%
Pessoal Médico14,32% Assistente Operacional
20,46%
Dirigentes0,40%
Assistente Técnico7,81%
Pessoal de Enfermagem36,99%
TDT's5,47%
Outros3,63%
101Hospital São João RC 2010 | Recursos Humanos
As profissionais do sexo feminino representam a maioria no
Hospital de São João. Praticamente ¾ dos profissionais do
Hospital de São João são mulheres.
Além da maioria dos colaboradores serem do sexo feminino,
grande parte dos profissionais têm menos de 40 anos (cerca
de 55%). Aliás, note-se que cerca de um quarto dos funcio-
nários ainda não têm 30 anos de idade. Na pirâmide etária
assiste-se a uma renovação das equipas e dos profissionais,
representando uma aposta de futuro.
Outro aspecto importante prende-se com a formação de
base dos profissionais do Hospital de São João. Quase 56%
dos funcionários têm um grau académico igual ou superior a
licenciatura e mais 16% possuem grau de bacharel. Contudo,
é ainda importante notar que cerca de 10% dos profissionais
ainda não completaram o 9º ano de escolaridade.
2007 2008 2009 2010
72,59%72,84% 72,63% 72,66%
27,41%27,16% 27,37% 27,34%
33
176
142
185
146
175
270
347
2577
888
695
629
471
452
363
354
55> 60
55 - 60
50 - 54
45 - 49
40 - 44
35 - 39
30 - 34
25 - 29
20 - 24
102 Hospital São João RC 2010 | Recursos Humanos
Refira-se ainda que os profissionais do Hospital de São João
residem essencialmente nos concelhos limítrofes ao conce-
lho do Porto. Cerca de 65% residem entre Porto, Gondomar,
Maia e Matosinhos. é também interessante o facto de cerca
de 10% dos profissionais residirem em concelhos com dis-
tância superior a 50 km do Hospital de São João.
56,34%
16,17%
7,28%
2,42%
7,60%
4,62%
5,35%
0,21%
Licenciatura ou grau superior
Bacharelato
12 anos de escolaridade
11 anos de escolaridade
9 anos de escolaridade
6 anos de escolaridade
4 anos de escolaridade
< 4 anos de escolaridade
Braga
Penafiel
Póvoa de VarzimPaços de FerreiraGuimarães
Outros
Porto24,97%
Maia14,30%
Gondomar13,81%
Matosinhos12,16%
V. N. de Gaia9,05%
Valongo7,24%
Outro11,98%
Santo Tirso 1,73%
Paredes 1,31%
Santa Maria da Feira 1,24%
Vila do Conde 1,20%
V. N. de Famalicão 1,00%
103Hospital São João RC 2010 | Recursos Humanos
ABSENTISMO
Ao longo dos últimos anos temos assistido a uma evolução po-
sitiva da taxa de absentismo, sendo que o ano de 2010, apenas
encontra rival em 2008. Entre 2003 e 2010, existe uma redução
superior a 3p.p. na taxa de absentismo.
No ano de 2010, em três meses (Abril, Agosto e Setembro) foi
possível baixar a taxa de absentismo dos 6%.
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
9,86%
8,80% 8,55%
7,65%
6,52% 6,32% 6,47% 6,41%
2010
6,81%
Janeiro
FevereiroMarço
AbrilMaio
JunhoJulho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
6,86%5,60%
11,46%
6,28% 7,44%
5,65% 5,63% 6,09% 6,41%
10,23%
104 Hospital São João RC 2010 | Recursos Humanos
Aliás, a sazonalidade é algo que está muito patente no absentis-
mo e podemos observar isso mesmo no gráfico seguinte.
Através do gráfico seguinte podemos constatar diferenças no
absentismo tendo em conta o grupo profissional.
Concluímos que a taxa de absentismo é superior nos assisten-
tes operacionais ascendendo a 10%. A taxa mais baixa verifica-
se noutras categorias, nomeadamente nos técnicos superiores
sendo, menos de metade da dos assistentes técnicos.
Janeiro
FevereiroMarço
AbrilMaio
JunhoJulho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
2003
Enfermeiros
2004
Ass. Técnicos
2005
Ass. Operacionais
2006
Médicos
2007
Internos
2008
Outros
2009
2010
2003
8,47%
10,35%
12,70%
10,07%
8,67%
8,59%
2004
8,17%
9,76%
10,16%
10,25%
7,47%
6,78%
2005
7,97%
8,83%
9,36%
10,49%
8,17%
6,31%
2006
6,85%
8,55%
11,20%
7,03%
7,54%
5,26%
2007
5,35%
7,45%
8,33%
5,57%
7,72%
5,33%
2008
4,95%
6,72%
8,16%
5,05%
7,81%
4,83%
2009
4,80%
5,35%
8,30%
5,00%
5,48%
4,27%
2010
5,83%
5,57%
10,27%
6,79%
6,33%
4,57%
106 Hospital São João RC 2010 | Sustentabilidade
RESÍDUOS
Segundo o Despacho nº242/96 de 5 de Julho os Resíduos Hospi-
talares devem ser separados em 4 grupos distintos, consoante a
sua perigosidade:
Grupo I – Resíduos Equiparados a Urbanos;
Grupo II – Resíduos Hospitalares Não Perigosos;
Grupo III – Resíduos Hospitalares de Risco Biológico;
Grupo IV – Resíduos Hospitalares Específicos.
Sendo o destino do grupo I e II o mesmo, estes são acondiciona-
dos e quantificados conjuntamente.
2008 2009 2010
Produção (Kg) RSH I-II RSH-III RSH-IV RSH I-II RSH-III RSH-IV RSH I-II RSH-III RSH-IV
Janeiro 98.720 81.944,60 7.630,40 104.400,00 91.444,85 5.996,95 115.540 91.664,15 6.273,80
Fevereiro 73.440 79.739,80 6.338,35 83.260,00 82.130,90 5.289,20 102.420 87.981,60 6.873,00
Março 109.568 77.548,10 6.632,95 104.760,00 90.575,65 6.182,10 121.520 104.812,80 8.401,00
Abril 97.780 83.963,05 6.083,65 94.300,00 89.083,95 6.323,35 113.600 96.651,15 7.250,50
Maio 88.981 82.309,10 6.305,30 100.200,00 94.812,85 6.641,55 116.720 97.070,60 6.663,55
Junho 88.981 80.184,40 5.284,00 102.920,00 89.638,50 6.169,05 110.020 83.706,40 5.655,55
Julho 88.981 82.756,00 6.131,30 104.020,00 94.644,15 7.127,20 107.800 84.651,55 6.430,85
Agosto 84.000 76.862,50 5.000,25 95.140,00 89.223,70 5.807,10 99.480 74.328,20 5.516,55
Setembro 75.920 78.835,55 5.512,70 100.760,00 90.687,95 6.824,55 105.920 79.250,00 5.979,30
Outubro 97.480 85.322,70 6.220,30 106.540,00 94.339,85 6.467,35 108.280 81.251,50 5.836,10
Novembro 74.940 83.793,65 5.786,60 105.820,00 92.100,60 6.126,70 108.120 76.390,75 5.963,85
Dezembro 88.981 84.496,25 5.558,60 103.740,00 91.734,56 5.305,03 107.160 74.654,75 5.578,05
TOTAL 1.067.772 977.755,70 72.484,40 1.205.860,00 1.090.417,51 74.260,13 1.316.580 1.032.323,45 76.422,10
7. SUSTENTABILIDADE
107Hospital São João RC 2010 | Sustentabilidade
Os resíduos do grupo III e IV são pesados diariamente na Cen-
tral de Resíduos do Hospital S. João, através de um sistema de
leitura de código de barras implementado ao nível dos serviços.
Através deste sistema o Hospital tem documentado a produção
dos resíduos perigosos diária por serviço.
A pesagem e recolha do grupo I/II é efectuada por empresa
externa, para integração no circuito de resíduos urbanos. Os
resíduos são acumulados ao longo do dia num compactador lo-
calizado na Central de Resíduos, sendo recolhido pela empresa
diariamente. De realçar o acompanhamento diário das activida-
des da empresa gestora de resíduos.
São separados também determinados tipo de resíduos especi-
ficados no sentido do seu encaminhamento para o destino final
mais adequado às suas características.
No respeita aos Resíduos Tipo I-II e tipo IV, estes têm-se manti-
do estáveis não obstante o aumento da produção verificado no
Hospital de São João.
No que respeita aos resíduos de grupo III foram implementadas
medidas rígidas de triagem, com o apoio do Conselho de Admi-
nistração, dos quais resultaram uma redução significativa da
produção de resíduos com risco biológico.
Através dessas medidas finalizou-se o ano de 2010 com uma
produção de resíduos hospitalares de grupo III inferior em 5%
relativamente ao ano de 2009, com a consequente redução nos
custos associados ao seu tratamento e eliminação.
Estão ainda a ser implementados esforços junto dos serviços
para evitar o desperdício dos jerricanes de acondicionamento
dos resíduos líquidos, problema identificado no final do ano
2010, uma vez que o referido desperdício leva a custos acresci-
dos na eliminação dos resíduos líquidos.
RECICLAGEM
é incentivado nos serviços clínicos e não clínicos a separação do
papel, cartão, plástico e vidro para valorização. De facto, a pro-
blemática da reciclagem enquanto processo de valorização de
resíduos tem sido alvo de diversas acções de sensibilização que
se estendem a toda a comunidade hospitalar. As maiores vanta-
gens da reciclagem consistem na minimização da quantidade de
resíduos que necessita de tratamento final, como aterramento,
ou incineração assim como a minimização da utilização de fon-
tes naturais, muitas vezes não renováveis.
De referir que em 2010, o aumento da reciclagem do plástico,
em cerca de 15%, bastante motivado pelas áreas clínicas, onde
existe bastante material descartável envolvido em plástico e
invólucros susceptível de ser alvo de reciclagem.
CONSUMO DE RECURSOS NATURAIS
São analisados mensalmente os consumos de água, electricida-
de e fuel.
Tendo em conta os valores elevados de consumo de água e elec-
tricidade, são frequentemente abordadas estas temáticas nas
formações leccionadas aos profissionais, salientando o papel
importante dos mesmos na sua racionalização.
108 Hospital São João RC 2010 | Sustentabilidade
Total Δ % Nº Camas Consumo de Água por Cama Δ %
2007 291.003 1103 264
2008 270.191 -7% 1099 246 -7%
2009 298.418 10% 1121 266 8%
2010 337.410 13% 1118 302 13%
ÁGUA
Em termos politica de sustentabilidade relacionada com a re-
dução de água, podemos referir diversas estratégias que têm
vindo a ser implementadas no Hospital de São João, nomeada-
mente:
· Reestruturação do sistema de distribuição de água;
· Gestão de fluxo de água, designadamente através da utilização
de torneiras temporizadas de água;
· Recuperação de águas dos sistemas de refrigeração;
· Recuperação de condensados dos sistemas de vapor.
Adicionalmente, está a ser avaliado em conjunto com uma em-
presa externa a possibilidade de aplicação de redutores de cau-
dal nos vários pontos de água do hospital.
No entanto, o reflexo destas medidas, não é visível desde logo,
uma vez que temos que ter em consideração a actividade de
remodelação acelerada que se assiste no Hospital de São João.
A remodelação da Ala Sul Nascente e Piso 9, a remodelação da
UCI de Pediatria e do Piso 5 de Obstetrícia explicam só por si o
aumento de consumo de água verificado em 2010 face a 2009.
109Hospital São João RC 2010 | Sustentabilidade
NAFTA
O aumento do consumo de Nafta face a 2010, ocorre em estreita
ligação com o aumento dos espaços clínicos na Ala Sul Nascen-
te, (remodelação e ampliação) e consequente aquecimento/ cli-
matização dos mesmos assim como águas sanitárias.
kg Δ %
2007 1.741.380
2008 1.687.120 -3%
2009 1.882.960 12%
2010 2.052.300 9%
Por outro lado, também o acréscimo da actividade cirúrgica teve
como consequência o aumento da matéria-prima (nafta).
ELECTRICIDADE
O aumento do consumo de energia eléctrica está relacionado
essencialmente com a climatização, com a introdução de novos
equipamentos e com as obras em curso.
kwh Δ %
2007 20.562.902
2008 22.215.762 8%
2009 22.818.279 3%
2010 25.914.698 14%
No entanto, a implementação da Cogeração em 2011 resultará
no futuro em economias energéticas substanciais. O ganho pri-
mário com a Cogeração verifica-se quer na responsabilidade
ambiental (com a redução das emissões de CO2 e poluentes
derivados), quer na efectiva melhoria na qualidade do ar no ex-
terior e interior do hospital, com ganhos claros ao nível clínico, na
qualidade do ambiente de trabalho dos profissionais, bem como
na redução dos custos de manutenção nas áreas técnicas de cli-
matização.
111Hospital São João RC 2010 | Gestão Hospitalar
8. GESTÃO HOSPITALAR
8.1 ANÁLISE GDH's
Em 2010, o Hospital de São João registou 43.508 Grupo de Diag-
nóstico Homogéneo (GDH) cujo ICM foi de 1,4976 e a Demora
Média de 8,06 dias.
No que se refere ao número de GDH's, verificamos um aumento
do (+1,25%) face a 2009, distribuindo-se estes em 54% Médicos
(23.640) e 46% Cirúrgicos (19.868).
A complexidade dos GDH's é inversa à sua quantidade, como se
pode constatar no gráfico seguinte. Os GDH's cirúrgicos regista-
ram um ICM de 2,10, sendo este inferior, em 1,25%, ao alcançado
em 2009 (2,13) mas ainda assim superior ao registado em 2008
(2,08).
Quando analisamos a proveniência dos GDH´s cirúrgicos cons-
tatamos que 66% provêm da actividade programada (13.046)
e os restantes 34% da actividade urgente (6.822). Face ao ano
de 2009, registamos um aumento de 1% no peso da actividade
programada no total da actividade cirúrgica e uma diminuição no
mesmo montante no peso da actividade urgente.
Este facto explica a ligeira diminuição do ICM do Hospital de São
João registada em 2010, visto os GDH´s cirúrgicos urgentes se-
rem, normalmente, mais complexos, como podemos verificar no
gráfico seguinte.
2008 Δ 08/09 2009 Δ 09/10 2010
Nº GDH´s 42.339 1,50% 42.972 1,25% 43.508
Índice de Case-Mix (ICM) 1,5065 0,68% 1,5168 -1,27% 1,4976
Demora Média 8,12 0,86% 8,19 -1,64% 8,06
2,5024.000
23.0002,00
22.000
1,5021.000
1,0020.000
0,5018.000
19.000
0,00GDH's M GDH's C
17.000
N.º GDH's ICM
112 Hospital São João RC 2010 | Gestão Hospitalar
Esta diminuição do peso da actividade cirúrgica urgente reflecte
a diminuição registada na actividade do Serviço de Urgência, que
registou uma diminuição de 4% face ao ano de 2009.
Os GDH's cirúrgicos urgentes terem uma complexidade superior
aos programados é um claro reflexo do enquadramento do Hos-
pital de São João no grupo dos Hospitais Terciários, sendo estes
altamente diferenciados, “hospitais de fim de linha”. Tal obriga
a diariamente disponibilizar equipas altamente qualificadas e
diferenciadas para dar resposta a qualquer cenário de grande
complexidade e gravidade.
8.2 DOENTES EQUIVALENTES
No ano de 2010 o número de doentes equivalentes foi de 41.656
face ao total de 43.508 GDH´s, obtivemos um rácio de conver-
são de 96%.
2008 Δ 08/09 2009 Δ 09/10 2010
Nº GDH´s 42.339 1,50% 42.972 1,25% 43.508
Doentes
equivalentes 40.300 1,89% 41.062 1,45% 41.656
Rácio conversão 95,1% 0,37 p.p. 95,5% 0,20 p.p. 95,7%
O número de doentes equivalentes tem vindo a aumentar mais
do que o número de GDH´s causando um aumento no rácio de
conversão, o que significa que os nossos doentes se enquadram
cada vez mais nos limites de estadia propostos, para cada GDH,
pela na Portaria n.º 132 /2009 de 30 de Janeiro com alterações
introduzidas pela Portaria n.º 839-A/2009 de 31 de Julho.
Atendendo à natureza do GDH, o ano de 2010 apresentou os se-
guintes índices de conversão de GDH's em Doentes Equivalen-
tes:
· GDH's Médicos = 93%
· GDH's Cirúrgicos Programados = 99%
· GDH's Cirúrgicos Urgentes = 99%
8.3 PRODUçãO MARGINAL
A produção do Hospital de São João é financiada de duas formas
distintas, de acordo com o subsistema dos doentes.
Os doentes que têm como subsistema responsável o Serviço
Nacional de Saúde são financiados pelo Ministério da Saúde
através de contratualização anual efectuada com a ARSN (Con-
trato Programa), onde são definidas quantidades e preços para
cada linha de produção.
Em 2010, os beneficiários dos subsistemas públicos ADSE, SAD
da GNR e PSP e ADM das Forças Armadas passam a integrar,
para efeitos de pagamento, o Serviço Nacional de Saúde (nos
termos do n.º 3 do artigo 151.º da Lei n.º 3-B/2010, de 28 de Abril).
No que diz respeito aos doentes pertencentes aos restantes
subsistemas o Hospital de São João é ressarcido de acordo com
os valores expressos na Portaria n.º 132 /2009 de 30 de Janeiro
com alterações introduzidas pela Portaria n.º 839-A/2009 de 31
de Julho, ambas do Ministério da Saúde.
Em 2010, o Hospital de São João ultrapassou, em algumas linhas
de produção, os valores contratualizados em Contrato-Progra-
ma (CP) com a ARSN. Desta forma, e de acordo com as regras de
contratualização, qualquer acréscimo de produção, até ao limite
de 10% (excepção: actividade cirúrgica programada), é financia-
do a preços marginais que variam de acordo com a linha de produ-
ção e representam sempre uma percentagem do preço base. No
GDH's C Total
2,10 1,94 2,41
GDH's C Prog. GDH's C Urg.
ICM
113Hospital São João RC 2010 | Gestão Hospitalar
período em análise, a receita marginal poderá atingir o montante
de 13.331.173,87 €.
A produção que vai para além dos 10% adicionais ao valor con-
tratualizado é produção não financiada, podendo em 2010 esta
produção atingir os 995.370,68 €.
Produção Marginal - Financiada Produção Marginal - Não Financiada
Quantidade Valor (€) Quantidade Valor (€)
1. Consultas Externas
Nº Primeiras Consultas Médicas n.a. n.a. n.a. n.a.
Nº Consultas Médicas Subsequentes 26.677 1.709.729 € n.a. n.a.
2. Internamento
Doentes Saídos
GDH Médicos 659 696.749 € n.a. n.a.
GDH Cirúrgicos 2.008 8.032.346 € n.a. n.a.
GDH Cirúrgicos Urgentes n.a. n.a. n.a. n.a.
Doentes Crónicos Ventilados n.a. n.a. n.a. n.a.
3. Episódios de GDH de Ambulatório
GDH Cirúrgicos 2.193 2.193.000 € n.a. n.a.
GDH Médicos n.a. n.a. n.a. n.a.
4. Urgências
Atendimentos 6.280 389.761,92 € n.a. n.a.
5. Sessões de Hospital de Dia
Hematologia Clinica 252 69.605 € n.a. n.a.
Imuno-Hemoterapia n.a. n.a. n.a. n.a.
Infecciologia n.a. n.a. n.a. n.a.
Psiquiatria n.a. n.a. n.a. n.a.
Outros 12.453 84.458 € 7.997 202.077 €
6. Diálise
Hemodiálise
Semana/doente n.a. n.a. n.a. n.a.
Diálise Peritoneal
Doente 34 143.177 € 27 777.856 €
114 Hospital São João RC 2010 | Gestão Hospitalar
Quantidade Valor (€) Quantidade Valor (€)
7. IG até 10 semanas
Medicamentos
Nº IG 61 12.276,00 € 13 4.433,00 €
Cirúrgica
Nº IG n.a. n.a. n.a. n.a.
8. Planos de Saúde
VIH/Sida
Novos doentes em tratamento ambulatório n.a. n.a. n.a. n.a.
Doentes Transitados n.a. n.a. n.a. n.a.
Diagnóstico Pré-Natal
Protocolo I n.a. n.a. n.a. n.a.
Protocolo II n.a. n.a. n.a. n.a.
9. Serviços Domiciliários
Visitas Domiciliárias 268 72 € 265 11.005 €
TOTAL 13.331.173,87 € 995.370,68 €
8.4 INCENTIVOS INSTITUCIONAIS
O Contrato Programa celebrado anualmente entre o Hospital
de São João e a Tutela tem um capítulo dedicado a indicadores
de qualidade e eficiência que, sendo cumpridos, permitem ao
Hospital obter um montante adicional de financiamento, que em
2010 era de 12.216.328,09€ (5% das linhas de produção, excluindo
programas verticais).
115Hospital São João RC 2010 | Gestão Hospitalar
Estes indicadores têm como principal objectivo, para a tutela,
o aumento dos níveis de exigência e de responsabilização dos
prestadores.
Em 2010 o Hospital de São João cumpriu a quase totalidade dos
objectivos (não cumpriu o objectivo B1) e cumpriu parcialmente o
objectivo “Tempo máximo de espera consultas”, o que gerou uma
penalização de 25% no valor deste objectivo. Tendo em conside-
ração todos estes pontos, em 2010, o Hospital de São João arre-
cadou uma verba de 11.035.416€ em incentivos institucionais.
OBJECTIVOS DE QUALIDADE E EFICIêNCIA
Áreas Indicadores Objectivo Valor
INSTITUCIONAIS COMUNS
A. Qualidade e Serviço A.1 Taxa de Readmissões no internamento
nos primeiros cinco dias 2,25% 824.602 €
A.2 Nº de Profissionais envolvidos em programas
de formação na área do controlo de infecção 20% 824.602 €
B. Acesso B.1 Nº de doentes referenciados par a RNCC/
N.º de doentes saídos nas especialidades de Medicina
Interna, Cirurgia e Ortopedia 5,00% 824.602 €
B.2 Peso das Primeiras consultas médicas no total
de consultas médicas 24,00% 824.602 €
C. Desempenho Assistencial C.1 Peso da Cirurgia do ambulatório no total
de Cirurgias programadas 50,00% 549.735 €
C.2 Demora Média (dias) 8,1 549.735 €
D. Desempenho Económico-Financeiro D.1 Custo Unitário por doente padrão tratado
(custos Operacionais) 5.955 549.735 €
D.2 Resultado Operacional -22.994.761 549.735 €
OBJECTIVOS REGIONAIS
E.1 Custos com Fornecimentos e Serviços Externos 2 610.816 €
E.2 Custos com Compras 4 610.816 €
E.3 Custos com Consumos 4 610.816 €
E.4 Custos com Pessoal 2 610.816 €
INSTITUCIONAIS DA REGIãO
Tempo máximo de espera cirúrgico <12 meses 1.425.238 €
Tempo máximo de espera consulta <365 dias 1.425.238 €
Taxa de cesarianas 28% 1.425.238 €
TOTAL 12.216.328 €
117Hospital São João RC 2010 | Relatório de Gestão
9. RELATÓRIO DE GESTÃO
9.1 ANÁLISE ECONóMICO FINANCEIRA
O exercício de 2010 originou um Resultado Antes de Impos-
tos (RAI) de 391 milhares de euros, dando assim continuida-
de ao equilíbrio, que vem sendo sustentado desde 2007, não
obstante a conjuntura económica que se fez sentir em 2010.
Para este resultado contribuiu o Plano de Redução de Custos
implementado ao longo deste ano e que será objecto de tra-
tamento autónomo neste relatório.
Por outro lado, o crescimento da produção conjugado com
o controlo dos custos estruturais permitiu uma melhoria no
Resultado Operacional que aumentou em 770 mil euros face
a 2009, ou seja, aproximadamente o dobro face transacto.
Adicionalmente, assistimos a um crescimento do EBITDA
que em 2010 atingiu os 13,7 milhões de euros comparativa-
mente aos 6,04 milhões de euros de 2008.
Do lado dos custos destacam-se as Matérias de Consumo e os
Custos com Pessoal que passamos a analisar seguidamente:
EVOLUçãO DOS CUSTOS: MATéRIAS DE CONSUMO
Da demonstração de resultados 2008 2009 2010 Var. 2010/2009
Proveitos Totais 322.333.690 351.257.586 347.751.288 -1%
Custos Totais 322.050.182 350.884.804 347.360.420 -1%
Resultado Financeiro 2.541.523 1.175.631 510.741 -57%
Resultado Corrente -1.432.687 2.013.587 2.118.458 5%
Resultado Operacional -3.974.210 837.956 1.607.717 92%
R.A.I. 283.508 372.782 390.868 5%
Resultado Liquido do Exercício 272.915 356.535 374.030 5%
EBITDA 6.044.465 12.230.132 13.696.817 12%
2005 2006 2007 2008 2009 2010 Var 2010/05 Var 2010/09
Total Matérias de Consumo 113.220.626 107.315.367 110.795.198 116.249.519 120.148.231 121.328.253 7% 0,98%
Custo Doente Padrão -
Matérias de Consumo 2.310 2.191 2.053 1.974 1.912 1.934 -16% 1,16%
118 Hospital São João RC 2010 | Relatório de Gestão
Como podemos constatar, apesar de um crescimento em ter-
mos absolutos nos custos suportados com Matérias de Consu-
mo, quando temos em consideração a evolução da Actividade
Produtiva via Doente Padrão, verificamos uma diminuição de
cerca de 16% face a 2005 e um aumento residual de 1% face a
2009, inferior à inflação.
As principais rubricas em Matérias de Consumo residem em
Medicamentos e Material de Consumo Clínico, que passamos a
analisar seguidamente.
MEDICAMENTOS
O custo de Medicamentos em 2010, ponderado pela activi-
dade produtiva, situou-se 17% abaixo do registado em 2005
o que revela a estratégia que tem vindo a ser seguida nesta
área. Estes ganhos em medicamentos foram, essencialmen-
te, conseguidos à custa da definição de uma política de con-
sumos que sustenta a política de aquisições. Esta estratégia
consubstanciou-se através de dois processos:
· Definição de normas de orientação clínica que sustentam
uma racionalização no consumo, combatendo o desperdício;
· Processo de negociação com fornecedores com impacto no
preço.
Isto mesmo é possível verificar mediante a análise da evo-
lução do custo unitário por Doente Padrão em termos de
Medicamentos, que em 2005 era de 1.520 euros, situando-
se em 2010 nos 1.263 euros por Doente Padrão, o que signi-
fica uma redução efectiva de 17% face a 2005.
2005 2006 2007 2008 2009 2010 Var 2010/05 Var 2010/09
Medicamentos 74.479.213 71.270.742 70.763.656 74.628.677 77.366.322 79.218.894
Custo Doente Padrão -
Medicamentos 1.520 1.455 1.312 1.267 1.231 1.263 -17% 2,57%
119Hospital São João RC 2010 | Relatório de Gestão
Se nos centrarmos nos Medicamentos que são da responsabili-
dade do Hospital de São João, ou seja, isolando os medicamentos
em que o Hospital serve de entreposto para fornecimento ao
utente, como é o caso dos medicamentos usados nas Doenças
Lisossomais de Sobrecarga (prescritos pelo Instituto de Gené-
tica Médica), constatamos uma redução nos respectivos custos
de 3,18% nos últimos 5 anos.
MATERIAL DE CONSUMO CLÍNICO
O aumento registado nos custos com Material de Consumo Clíni-
co está essencialmente relacionado com o aumento de produção
cirúrgica, em particular, nas cirurgias de alta diferenciação.
De facto, ponderando os custos com Material de Consumo Clí-
nico pelo número de GDH´s Cirúrgicos realizados, verificamos
uma tendência decrescente desde 2005.
EVOLUçãO DOS CUSTOS COM PESSOAL
2005 2006 2007 2008 2009 2010 Var 2010/05
Medicamentos (excluindo DLS) 74.479.213 66.546.441 63.662.518 67.382.472 70.248.017 72.108.592 -3,18%
2005 2006 2007 2008 2009 2010 Var 2010/05 Var 2010/09
GDH's Cirúrgicos 15.867 17.296 18.226 19.494 19.536 19.868 14,87% 1,70%
GDH's Cirúrgicos
Ambulatório 4.195 5.038 7.152 9.948 12.177 12.299 144,12% 1,00%
20.062 22.334 25.378 29.442 31.713 32.167 44,03% 1,43%
2005 2006 2007 2008 2009 Var 2010/05 Var 2010/09
Material de Consumo Clínico 20.171.526 21.417.286 23.781.033 25.655.803 28.705.961 29.854.683 39,40% 4,00%
Custo por GDH Cirúrgico
- MCC 1.005 959 937 871 905 928 -3,22% 2,53%
2008 2009 2010
Massa Salarial 160.708.444 173.209.456 170.622.054
Rácio Peso Custos com Pessoal nos Custos Totais 49,90% 49,36% 49,12%
Rácio Absorção Proveitos Totais por Custos com Pessoal 49,86% 49,31% 49,06%
VAB 141.365.957 158.123.442 162.224.948
Número de Colaboradores 5.237 5.462 5.482
VAB por Colaborador 26.994 28.950 29.592
120 Hospital São João RC 2010 | Relatório de Gestão
Como se pode constatar, o peso dos Custos com o Pessoal nos
Custos Totais assim como no Total de Proveitos mantém-se es-
tável, sendo, no entanto, de assinalar uma tendência continua-
mente decrescente.
Por outro lado, analisando o Valor Acrescentado Bruto (VAB) por
colaborador, verificamos um incremento face a 2009. Trata-se de
um indicador relevante uma vez que o Valor Acrescentado Bruto
(VAB) exprime a riqueza criada ao longo de um período.
Como podemos verificar, a rubrica que mais contribui para a re-
dução de 1,5% da Massa Salarial refere-se a Suplementos de
Remunerações (-8,7%).
é de destacar a diminuição de Horas Extraordinárias (-14%), as-
sim como de Prevenções (-7%), fruto i) das medidas implementa-
das no âmbito no Plano de Redução de Custos desenvolvido ao
longo do ano de 2010 e ii) diminuição das equipas em serviço de
urgência após término do Plano de Combate à Gripe A (2009).
O aumento de 0,4% da remuneração base prende-se com o
maior número de internos no ano de 2010 face a 2009.
A rubrica Pensões aumentou 3,8%. No entanto, esta variação
não depende da capacidade de gestão do Hospital. Em 2011, de
acordo com a Lei de Orçamento de Estado, esta rubrica irá di-
minuir uma vez que, as responsabilidades passarão para a Caixa
Geral de Aposentações.
EVOLUçãO DAS DESPESAS COM PESSOAL
Rubrica 2009 2010 Variação absoluta 09-10 Variação % 09-10
Remuneração Orgãos Directivos 396.837 332.388 -64.449 -16,2%
Remunerações Base 87.820.214 88.134.616 314.402 0,4%
Suplementos 41.103.790 37.525.860 -3.577.931 -8,7%
Subsídios de férias e Natal 15.504.172 14.999.259 -504.913 -3,3%
Pensões 5.128.179 5.322.331 194.152 3,8%
Encargos s/ remunerações 21.278.366 21.847.151 568.786 2,7%
Outros Custos com Pessoal 1.977.899 2.460.449 482.551 24,4%
TOTAL 173.209.456 170.622.054 -2.587.402 -1,5%
121Hospital São João RC 2010 | Relatório de Gestão
Aumento dos encargos sobre remunerações prende-se com o
crescimento das contribuições sociais, isto é, a substituição de
contratos em funções públicas por contratos individuais de tra-
balho implica um aumento das contribuições sociais; as contri-
buições da entidade patronal para a Segurança Social são supe-
riores às contribuições para a Caixa Geral de Aposentações. Esta
tendência irá manter-se nos próximos anos, agravada pelo novo
Código Contributivo que entrará em vigor em 2011.
Em relação a Outros Custos com Pessoal, o aumento prende-se
essencialmente com a Nova lei da Parentalidade introduzida em
Setembro de 2009 cujo impacto sentiu-se em 2010.
No que se refere à rubrica SIGIC, o valor referente ao ano de 2009
(8,9 ME), deve ser analisado à luz da alteração de procedimentos
internos introduzidos nesse ano, que permitiram com maior rigor
especializar a despesa. Assim, cerca de 3,7ME referem-se a des-
pesa relacionada com a correcção efectuada em 2009 referente
a anos anteriores, uma vez que no ano de 2009, com as alterações
de procedimentos, passamos a ter um atraso de apenas 2 meses
entre realização cirurgia, autorizações, codificação e pagamento.
PROVEITOS
Do lado dos Proveitos relativos a Prestação de Serviços, o ano
de 2010 é marcado pelo facto dos beneficiários dos subsistemas
públicos ADSE, SAD da GNR e PSP e ADM das Forças Armadas
terem passado a integrar, para efeitos de pagamento, o Serviço
Nacional de Saúde (nos termos do n.º 3 do artigo 151.º da Lei n.º
3-B/2010, de 28 de Abril), com as respectivas repercussões em
termos de financiamento.
2009 2010 Var. %
6422-Suplementos de remunerações 41.103.790 37.525.860 -9%
642211-Horas extraordinárias 10.120.075 8.695.274 -14%
642212-Prevenções 2.833.016 2.622.330 -7%
642221-Noites e suplementos 8.041.003 8.346.159 4%
642222-Subsídio de turno 324.358 246.736 -24%
64224-Subsídio de refeição 4.755.699 4.862.611 2%
64225-Ajudas de custo 19.967 14.114 -29%
642281-PECLEC/SIGIC 8.897.701 5.746.249 -35%
642282/9-Outros Suplementos 6.111.970 6.992.388 14%
122 Hospital São João RC 2010 | Relatório de Gestão
Assim, o crescimento registado ao nível das Prestações de Ser-
viços só foi possível devido ao incremento dos Proveitos directa-
mente resultantes do aumento de produção registado em 2010.
Demonstra-se aqui os resultados do esforço do Hospital de São
João em assegurar o financiamento por via da produção, que tem
subjacente uma estratégia de gestão que se pretende centrada
no utente, no envolvimento dos profissionais e na eficiência.
INDICADORES DIVERSOS
Rácios Diversos 2008 2009 2010
De Liquidez
Geral (%) 1,78 1,39 1,40
Reduzida (%) 1,62 1,30 1,29
Imediata (%) 0,48 0,04 0,13
De Eficiência Operativa (Dias)
Prazo Médio Recebimento - Total 98 75 119
Instituições do MS 82 58 98
Prazo Médio Pagamento - Total 77 109 179
Período Rotação Stocks (Dias) 43 36 43
De Rentabilidade
Da Margem Bruta (%) 59,53% 62,11% 62,29%
Rentabilidade das Vendas e Prestação de Serviços (%) 0,09% 0,11% 0,12%
Rentabilidade do Activo (%) 0,12% 0,13% 0,14%
Autonomia Financeira (%) 62,1 51,0 52,0
Solvabilidade (%) 163,7 103,9 108,5
2008 2009 2010 Var 2010/09 Peso 08 Peso 09 Peso 2010
SNS 233.950.883 262.728.933 289.694.906 10% 81% 83% 90%
Subsistemas 38.631.110 32.726.365 10.512.318 -68% 13% 10% 3%
Programas Específicos 10.904.866 12.441.513 10.503.730 -16% 4% 4% 3%
Incentivos Institucionais 3.791.556 9.193.824 11.035.416 20% 1% 3% 3%
Total Prestações de Serviços 287.278.414 317.090.635 321.746.370 1% 100% 100% 100%
123Hospital São João RC 2010 | Relatório de Gestão
Os indicadores de liquidez têm como finalidade analisar a capaci-
dade da Instituição para honrar os seus compromissos financei-
ros no curto prazo. Como podemos verificar, estes indicadores
têm vindo a diminuir, ou seja, a capacidade do Hospital de São
João de fazer face aos compromissos assumidos tem vindo a di-
minuir desde 2008, apesar de uma melhoria ligeira em 2010.
Este facto deve ser analisado conjuntamente com o Prazo Médio
de Recebimento em que se verifica um aumento em 44 dias, face
a 2009. Tendo em consideração os valores em causa, nomeada-
mente nas Instituições do Ministério da Saúde, o aumento do
Prazo Médio de Recebimento têm consequências imediatas na
liquidez do HSJ, que se reflecte também ao nível do aumento do
Prazo Médio de Pagamentos aos Fornecedores.
Esta diminuição da liquidez do Hospital de São João têm também
o respectivo impacto na Autonomia Financeira (a percentagem
em que o activo da sociedade se encontra a ser financiado por
capitais próprios) e Solvabilidade (a parcela do passivo que é fi-
nanciada por capital próprio) do Hospital.
PLANO DE CONTENçãO DE CUSTOS
Tendo em vista a necessidade de manter o equilíbrio econó-
mico-financeiro, o Conselho de Administração do Hospital de
São João apresentou em Maio de 2010, um plano de redução
de custos tendo como objectivo último a defesa dos interes-
ses dos seus doentes e profissionais, centrando-se no res-
peito pelo doente, e promovendo o melhor aproveitamento
dos recursos humanos e técnicos, sem quaisquer roturas na
relação com os seus colaboradores.
124 Hospital São João RC 2010 | Relatório de Gestão
Como podemos verificar, no que respeita às principais medidas
susceptíveis de quantificação, os resultados alcançados foram
claramente positivos.
Mesmo no que respeita aos Fornecimentos e Serviços Externos
(excluindo Subcontratos), o resultado alcançado (redução de
9%) ficou muito próximo do objectivo fixado (redução de 10%) e
muito além do objectivo do Ministério da Saúde (redução de 2%).
As medidas qualitativas determinadas na área de Produtos Far-
macêuticos, permitiram que o aumento fosse apenas de 0,3%,
aumento este inferior à taxa de inflação e simultaneamente infe-
rior ao aumento previsto em termos de Orçamento, não obstan-
te o aumento da produção verificado.
Rubrica Medida Medida Var. % Situação Situação
do MS do HSJ 31/Dez/09 31/Dez/10 2009-2010 de cumprimento de cumprimento
% % (MS) (HSJ)
Horas Extraordinárias -5,0 -10,0 10.120.075,35 8.695.273,53 -14% OK OK
Fornecimentos e Serviços Externos -2,0 -10,0 26.922.159,00 24.590.532,74 -9% OK x
Farmácia 2,8 88.549.348,58 88.813.337,30 0,30% OK OK
Remuneração dos membros do C.A. -5,0 -10,0 396.836,51 332.387,57 -16% OK OK
Subsídios de direcção e chefia dos
Directores de Serviços Clínicos e não
Clínicos, Directores e Administradores
das UAG (por iniciativa própria dos
Serviços) - Medida tomada
no 2o semestre - -5,0 888.732,32 831.706,26 -6% N.A. OK
Não pagamento de horas
extraordinárias das 8:00
às 20:00 nos dias úteis,
à excepção dos casos
de trabalho por turnos - -10,0 2.101.625,60 1.748.071,02 -17% N.A. OK
MS: Ministério da Saúde / HSJ: Hospital de São João, EPE
125Hospital São João RC 2010 | Relatório de Gestão
9.2 PRINCÍPIOS DO BOM GOVERNO
AVALIAçãO DO CUMPRIMENTO DOS PRINCÍPIOS DE BOM GOVERNO
O Hospital de São João desenvolveu um vasto conjunto de
políticas, procedimentos e controlos, que conduziu ao cum-
primento dos princípios do bom governo definidos pela RCM
nº 49/2007, de 28 de Março, tanto no plano económico como
financeiro e assistencial:
1. Missão, Objectivos e princípios gerais de actuação
- A missão, objectivos e princípios gerais de actuação encon-
tram-se definidos no Plano Estratégico do Hospital de São
João.
- O Plano de Actividades é discutido com a tutela e assinado
anualmente.
- Há um tratamento de absoluta igualdade em termos de
género (homens e mulheres), bem como obediência escrupu-
losa a regras de não discriminação religiosa, de orientações
sexuais, de nacionalidade ou outras.
- Há uma natural preocupação pelo cumprimento da legisla-
ção e regulamentações em vigor.
- O tratamento transparente e em condições de igualdade de
todas as entidades que se relacionam com o Hospital mate-
rializa-se no seguimento de regras (concursos públicos, etc.)
que garantam essa mesma transparência.
- O serviço de Humanização foi criado em 2009 e a sua activi-
dade está dividida em duas grandes áreas: a acção executiva
e a gestão de processos. Tendo sempre presente o doente
como centro da actividade, o Serviço de Humanização ela-
borou e publicou a Carta de Humanização do Hospital de São
João.
- A Sustentabilidade da empresa nos domínios económicos,
social e ambiental decorreu em 2010 de acordo com os objec-
tivos gerais que haviam sido estabelecidos, tendo-se desen-
volvido um conjunto de acções que se encontram descritas
em capítulo autónomo do Relatório e Contas.
2. Regulamentos internos e externos a que a Instituição
está sujeita
Desde 2005 que o Decreto-Lei 233/2005, de 29 de Dezem-
bro é o regulamento fundamental do Hospital de São João.
Nele, está a determinação da transformação do Hospital de
São João em Entidade Pública Empresarial. A partir deste,
foi elaborado o Regulamento Interno do Hospital de S. João
E.P.E. homologado pelo Secretário de Estado da Saúde em
10/03/06. Do regulamento interno surgiram as Unidades Au-
tónomas de Gestão.
Dentro das UAG’s, a Unidade Autónoma de Gestão da Urgên-
cia e Cuidados Intensivos apresentou o seu próprio regula-
mento interno ao CA, que o aprovou a 12/07/06.
No que diz respeito a serviços, o Serviço de Cirurgia Plástica,
Reconstrutiva, Estética e Maxilo-Facial e a Unidade de Quei-
mados, integrados na UAG Cirurgia, regem-se pelos seus pró-
prios Regulamentos Internos (elaborados com base no Regu-
lamento Interno do HSJ), aprovados a 12/07/06 e 06/07/06.
é importante ainda salientar um conjunto de regulamentos
existentes no Hospital de São João:
· Em cumprimento do disposto no nº.5 do artº.13 do Decreto-
Regulamentar 19-A/2004 de 14 de Maio, definiu-se num regu-
lamento interno, a composição, competência e funcionamen-
to do Conselho de Coordenação da Avaliação de todos os
trabalhadores do HSJ. Também o recrutamento e selecção
estão regulamentados Internamente.
126 Hospital São João RC 2010 | Relatório de Gestão
· Relativamente ao processo de Compras, foi homologado em
18/12/08, o novo Regulamento Interno de Compras do Hospi-
tal de S. João, por força da entrada em vigor a 30/07/08 do
Decreto-Lei 18/2008, de 29 de Janeiro sobre os Contratos
Públicos.
· Dada a crescente dimensão e importância do sistema infor-
mático do Hospital, sentiu-se a necessidade de elaborar um
Regulamento do Sistema de Informação Clínica e um Regula-
mento dos Fornecedores de Tecnologias de Informação e Co-
municação (aprovado a 22/03/06), evitando assim situações
de desconformidade dentro do sistema.
· Dada a grande dimensão do Hospital foi necessário estabe-
lecer as normas e procedimentos a seguir pelos visitantes do
Hospital de S. João, elaborando-se o Regulamento Interno de
Visitas do Hospital de São João, aprovado pelo CA a 21/12/05,
bem como o Regulamento Interno de Acesso ao Hospital de
São João para os Delegados de Informação Médica.
· O Gabinete do Utente é um serviço destinado a receber
opiniões, sugestões, reclamações e louvores dos utentes,
bem como prestar-lhes informação sobre os seus direitos e
deveres enquanto utentes do Hospital de São João. Para um
melhor funcionamento deste Serviço, elaborou-se o Regula-
mento Interno do Gabinete do Utente, aprovado a 07/02/07.
· O acesso à informação de saúde foi definida como uma área
prioritária, tendo sido criada a Unidade Integrada de Ges-
tão de Processos Documentais que lançou em 2009 o seu
próprio regulamento interno que defini as directrizes para o
acesso à informação.
· No âmbito da Comissão de ética, criou-se um órgão mul-
tidisciplinar e independente, a Entidade de Verificação da
Admissibilidade da Colheita para Transplante do HSJ que é
regida pelo próprio Regulamento Interno, aprovado pelo CA
a 13/11/08, de acordo com o previsto na Lei 22/2007, de 29 de
Junho.
· O Regulamento do Conselho Técnico de Diagnóstico e Tera-
pêutica do HSJ, aprovado a 15/09/04, estabelece a constitui-
ção, funcionamento e competências de acordo com o deter-
minado no artº.13 do Decreto-Lei 564/99, de 21 de Dezembro.
· A Comissão de Controlo da Infecção do HSJ encontra-se
regulamentada pelo despacho de 23 de Outubro de 1996
da DGS, cujo Regulamento Interno foi homologado em CA a
05/09/01.
· Outros Regulamentos foram elaborados e apresentados
para aprovação do CA, durante os últimos anos, nomeada-
mente o Regulamento de Atribuição de Ajudas Técnicas, o
Regulamento Interno de Codificação Clínica, o Regulamento
de Utilização dos Certificados de Óbito e o Regulamento In-
terno da UAG Cirurgia.
3. Informação sobre transacções relevantes com entidades
relacionadas
INSTITUIçÕES DO MINISTéRIO DA SAÚDE
Créditos sobre essas instituições, processados no ano 2010
– 375.285.004,93 €
Entidades com maior peso neste fluxo:
SNS – 367.562.528,09 €
ARS Norte Sub-região do Porto – 3.922.488,18€
Débitos a essas instituições processados no ano 2010 –
1.416.913,97 €
Entidades com maior peso neste fluxo:
Instituto Português do Sangue – 822.890,00 €
Instituto Português de Oncologia – 124.078,80 €
Centro Histocompatibilidade do Norte – 291.347,30 €
Instituto Nacional Ricardo Jorge – 90.154,73 €
127Hospital São João RC 2010 | Relatório de Gestão
4. Informação sobre outras transacções
Os procedimentos adoptados para a aquisição de bens e ser-
viços, decorrem da observância do Regulamento Interno de
Compras do Hospital de S. João de 18 Dezembro de 2008.
Não foram efectuadas compras fora das condições do mer-
cado.
Lista dos fornecedores que representam mais de 5% dos
fornecimentos e serviços externos:
SUCH – 6.867.037,29 €
EDP – 2.223.748,16 €
SMAS – 1.134.110,92 €
5. Indicação do modelo de governo e identificação dos
membros dos órgãos sociais
128 Hospital São João RC 2010 | Relatório de Gestão
CONSELHO DE ADMINISTRAçãO
Pelouros Presidente do Conselho Director Administradores Enfermeira de Administração Clínico Executivos Directora António Luís António Venceslau Margarida Ana Luísa João Porfírio Euridice Maria Trindade Sousa Oliveira e Silva José Espanhol Tavares Seabra Coutinho Carvalho Correia Portela Lobo Ferreira (até 14/04/2010) (de 15/04 até (desde 21/06/2010) Cardoso Oliveira Rodrigues Silva 20/06/2010) (até 12/09/2010) Representação institucional e relações com a Tutela x Serviço de Sistemas de Informação x x (1) Unidade Integrada de Gestão de Processos Documentais x Serviço de Administração x Serviço de Assistência Religiosa x Gabinete Jurídico e Contencioso x Gabinete de Comunicação e Marketing x Gabinete de Relações Externas e Saúde Internacional x Centro de monitorização de produção científica x Liga dos Amigos do Hospital de São João x Projecto do Novo hospital Pediátrico x Unidades Autónomas de Gestão x x x Serviço e Orgãos de Acção Médica x x x Orgãos e Comissões de Apoio Técnico x x x Serviço de Aprovisonamento x Serviço de Instalações e Equipamentos x Serviços Farmacêuticos x Acompanhamento do dossier "BragaParques" x Gestão Documental x Serviço de Gestão de Recursos Humanos x (1) x Serviços Financeiros x (1) x Centro de Ambulatório x (1) x Serviço de Planeamento e Controlo de Gestão x (1) x Acompanhamento do processo de "registo electrónico de assiduidade" x (1) x Responsável pelo processo SIADAP x (1) x Auditor Interno x (1) x Direcção e supervisão da actividade de enfermagem no âmbito da acção desenvolvida pelas UAG´s e pelos serviços de acção médica que as integram xServiço de Qualidade Operativa xServiço de Humanização x
Nota: X (1) Após 13/09/2010 com a saída da Administradora Executiva
O Presidente do Conselho de Administração – Prof. Doutor António Luís Trindade Sousa Lobo Ferreira – presidiu, até ao dia 15 de Dezembro de 2010, a Comissão de Farmácia e Terapêutica do Hospital de São João.
FISCAL ÚNICONeves da Silva e Maria J. Pimenta, SROCRepresentado por: Manuel António Neves da Silva
129Hospital São João RC 2010 | Relatório de Gestão
6. Remuneração dos membros dos órgãos sociais
UNID. EUROS
Presidente do Conselho Director Administradores Enfermeira de Administração Clínico Executivos Directora TOTAL António Luís António Venceslau Margarida Ana Luísa João Porfírio Euridice Maria Trindade Sousa Oliveira e Silva José Espanhol Tavares Seabra Coutinho Carvalho Correia Portela Lobo Ferreira (até 14/04/2010) (de 15/04 até (até 12/09/2010) Cardoso Oliveira Rodrigues Silva 20/06/2010) (desde 21/06/2010) 1. Remuneração1.1. Remuneração base/ fixa líquida de redução 54.001,22 15.904,84 10.960,55 25.295,84 33.633,43 47.507,22 47.507,22 234.810,321.2. Redução da Lei 12-A (30/06/2010) 2.613,93 0,00 0,00 2.032,03 1.681,68 2.312,31 2.312,31 10.952,261.2. Acumulação de funções de gestão1.3. Prémio de gestão1.4. IHT (sub. de isenção de horário de trabalho)2. Outras regalias e compensações2.1 Gastos na utilização de telefones 2.191,00 2.191,002.2. Valor de aquisição/renda das viaturas de serviço 10.160,96 10.160,962.3. Valor do combustível gasto com a viatura de serviço2.4. Subsídio de deslocação2.5. Subsídio de refeição 973,56 307,17 192,15 477,70 678,93 922,32 947,94 4.499,772.6. Outros (identificar detalhadamente)3. Encargos com benefícios sociais3.1. Regime convencionado 9.704,22 2.385,73 2.387,60 4.410,08 9.725,32 13.529,58 8.545,05 50.687,583.2. Seguro de saúde3.3. Seguro de vida3.4. Outros (identificar detalhadamente)4. Informações Adicionais4.1. Opção pelo vencimento de origem (s/n) Não Não Sim Não Não Não Não4.2. Regime Convencionado4.2.1. Segurança social (s/n) Não Não Não Não Sim Sim Não4.2.2. Outro - CGA Sim Sim Sim Sim Não Não Sim 4.3. Ano de aquisição da viatura de serviço 2006 2006 2006 2003 2006 20064.4. Exercício funções remuneradas fora grupo4.5. Outras (identificar detalhadamente)
130 Hospital São João RC 2010 | Relatório de Gestão
7. A análise de sustentabilidade do Hospital de São João
encontra-se descrita no capítulo 6 deste documento.
8. O Hospital de São João cumpre todos os Princípios do
Bom Governo previstos na RCM nº 49/2007 de 28 de Mar-
ço.
9. Código de Ética
A 12/12/07 foram aprovadas as alterações e homologado o
Regulamento da Comissão de ética para a Saúde do Hospital
de São João, o qual contempla não só a matéria legal relativa
a Ensaios Clínicos (Lei 46/2004, de 19 de Agosto) e às boas
práticas clínicas no que respeita aos medicamentos para uso
humano (Decreto-Lei 102/2007, de 02 de Abril), bem como
alguns aspectos intrínsecos à sua natureza, composição e
competências. O regulamento encontra-se disponível na In-
tranet.
10. Existência de um sistema de controlo
O Conselho de Administração, ciente da relevância de um Sis-
tema de Controlo Interno eficaz e eficiente, e no sentido de
reforçar o sistema de controlo interno já existente, procedeu
em 2010 ao reforço da função Auditoria Interna com a contra-
tação de dois elementos.
Adicionalmente, está em curso pelo Conselho de Administra-
ção a elaboração do Plano de Prevenção de Riscos de Corrup-
ção e Infracções Conexas que pretende sistematizar o siste-
ma de gestão de riscos do Hospital de São João.
11. Prevenção de conflitos de interesse
As declarações de inexistência de incompatibilidades ou
impedimentos para o exercício de altos cargos públicos dos
membros do Conselho de Administração são remetidas à
Procuradoria-Geral da República.
12. Divulgação de informação relevante
Todas as informações que se manifestem relevantes são
devidamente divulgadas através dos meios de comunicação
internos – Intranet e Boletim de Pessoal, bem como sítio pró-
prio na internet.
9.3 . OUTROS(Cumprimento do disposto no artigo 13.º - A do DL nº 558/99 de 17 de Dezembro pela redacção pelo DL nº 300/2007 de 23 de Agosto)
1 - Ao Governo das Sociedades, nos termos da RCM n.º
49/2007, de 28 de Março, que aprovou os Princípios de
Bom Governo (PBG), respeitando a sistematização apre-
sentada nos Anexos 1 e 3 ao presente ofício.
2 - A explicitação das condições e níveis do cumprimento de
orientações e objectivos de gestão previstos no artigo 11º
do DL n.º 300/2007, de 23 de Agosto, caso estes tenham
sido aprovados.
Em 2010 são de destacar as seguintes orientações estratégi-
cas ao Hospital de São João, no âmbito do artigo 11º do DL n.º
300/2007, de 23 de Agosto:
i) Contrato Programa
O Contrato Programa define os objectivos no âmbito da
prestação de serviço e cuidados de saúde, nomeadamente,
em termos de produção contratada, respectiva remuneração
e custos e incentivos institucionais atribuídos em função do
cumprimento de objectivos de qualidade e eficiência.
De referir que, em 2010, o Hospital de São João cumpriu to-
dos os objectivos da actividade produtiva tendo mesmo ul-
trapassado em algumas áreas; o orçamento foi integralmen-
te respeitado e no que se refere aos objectivos de qualidade
e eficiência apenas não foi alcançado um dos objectivos (Nº
de doentes referenciados para a RNCC/N.º de doentes saí-
131Hospital São João RC 2010 | Relatório de Gestão
dos nas especialidades de Medicina Interna, Cirurgia e Orto-
pedia) e fomos penalizados em 25% no objectivo – Lista de
Espera para Consulta (doentes com espera superior a 1 ano).
ii) Lei 12-A DE 2010/Medidas estabelecidas pelo Gabinete
da Ministra da Saúde
Com a Publicação em Diário da República da Lei n.º 12-A/2010,
foi aprovado um conjunto de medidas adicionais de conso-
lidação orçamental que visam reforçar e acelerar a redução
de défice excessivo e o controlo do crescimento da dívida pú-
blica previstos no Programa de Estabilidade e Crescimento
(PEC).
Neste âmbito foram estabelecidos objectivos concretos por
parte do Ministério da Saúde, nomeadamente: (i) baixar pelo
menos 5% a despesa com horas extraordinárias, (ii) baixar
pelo menos 2% a despesa com Fornecimentos e Serviços
Externos, (iii) assegurar o cumprimento da meta orçamental
de crescimento de apenas até 2,8% da despesa em farmácia
hospitalar.
Estes objectivos foram alcançados com a dedicação e esfor-
ço de todos os profissionais desta instituição.
3 - À gestão do risco financeiro, nos termos do Despacho
n.º 101/2009 – SETF, de 30 de Janeiro, com a identificação
dos aspectos descriminados no Anexo 4 ao presente ofício.
O regime financeiro aplicável ao Hospital de São João, EPE
é o descrito de no Artigo 10º do DL. 233/2005, ou seja, é da
competência do Ministério das Finanças e do Ministério da
Saúde. Neste âmbito, convêm referir, que o Hospital de São
João, EPE não detém qualquer tipo de empréstimo financei-
ro, estando a contratação deste tipo de instrumento finan-
ceiro dependente da aprovação da tutela.
4 - À evolução do Prazo Médio de Pagamento (PMP) a forne-
cedores, em conformidade com a RCM 34/2008, de 22 de
Fevereiro, que aprovou o Programa Pagar a Tempo e Horas,
com a alteração introduzida pelo Despacho n.º 9870/2009,
de 13 de Abril.
132 Hospital São João RC 2010 | Relatório de Gestão
Aumento sistemático do PMP resultante da impossibili-
dade de cobrança das dívidas de clientes – especial desta-
que para as dívidas das entidades do Ministério da Saúde,
47.372.054,78 2º trimestre, 45.080.972,99 3º trimestre e
83.923.192,54€ 4º trimestre. Esclarecemos, ainda que apesar
do PMP ter crescido no 4º trimestre o valor da dívida diminui
37.584.349,43€.
5 - Ao cumprimento dos deveres especiais de informação,
nos termos do Despacho n.º 14277/2008, de 23 de Maio,
designadamente, por via do reporte à DGTF e à Inspecção
– Geral de Finanças (IGF) dos:
· Planos de actividades anuais e plurianuais;
· Orçamentos anuais, incluindo estimativas das operações
financeiras com o Estado;
· Planos de investimentos anuais e plurianuais e respectivas
fontes de financiamento;
· Relatórios trimestrais de execução de execução orçamen-
tal, acompanhados dos relatórios do órgão de fiscalização.
é reportado à Direcção Geral de Finanças através da plata-
forma SIRIEF (Sistema de Recolha de Informação Económica
e Financeira) toda a informação solicitada por esta entidade.
6 - As diligências tomadas e os resultados obtidos no âmbi-
to do cumprimento das recomendações do accionista emiti-
das aquando da aprovação das contas de 2009.
Valores Totais T1 2010 T2 2010 T3 2010 T4 2010
Valor da conta 22 – Fornecedores 68.185.379,68 96.301.221,27 116.705.071,40 79.540.481,64
Valor da conta 252 - Credores pela Execução do Orçamento 0,00 0,00 0,00 0,00
Valor da conta 261- Fornecedores de imobilizado 6.293.137,67 7.713.257,85 4.665.180,34 3.651.655,89
Valor da conta 267 - Consultores, assessores e intermediários 0,00 0,00 0,00 0,00
Valor da conta 2685 - Credores por reembolsos a utentes 0,00 0,00 0,00 0,00
Valor da conta 2686 - Credores por acordos comerciais 185.830,23 383.250,62 570.824,39 1.205.985,97
Valor da conta 2687 - Credores por honorários clínicos 0,00 0,00 0,00 0,00
Valor da conta 2688 - Outros credores Diversos 1.936.788,02 1.146.318,86 898.796,07 1.371.626,88
Valor da conta 26881 - Outros credores Diversos - IMS 1.918.738,56 1.126.678,51 878.116,25 1.360.779,76
Valor da conta 2689 - Outros credores Diversos 31.975,79 62.847,59 32.127,16 563,06
Outras Contas 0,00 0,00 0,00 0,00
Total 74.714.372,83 104.480.217,68 121.993.883,11 84.409.533,68
Valor da conta 31-Compras para o período 32.456.365,22 34.333.017,76 32.277.884,87 24.541.559,75
Valor da conta 62 – FSE 6.352.532,81 8.265.857,63 7.815.071,03 15.654.887,05
Valor da conta 62181 – Trab Exec Ext MS no trimestre 142.630,24 139.957,34 394.440,26 413.697,04
Valor da conta 42- Aquisições de imobilizado 827.437,21 1.423.205,94 943.225,27 1.663.688,41
Valor da conta 442- Aquisições de imobilizado 3.030.310,52 3.970.877,22 1.156.392,10 774.250,37
Valor da conta 445- Aquisições de imobilizado no trimestre 0,00 0,00 0,00 0,00
Valor da conta 45- Aquisições de imobilizado no trimestre 0,00 0,00 0,00 0,00
Outras Contas 0,00 0,00 0,00 0,00
Total 42.524.015,52 47.853.001,21 41.798.133,01 42.220.688,54
PMP 45,70 63,00 99,20 201,80
133Hospital São João RC 2010 | Relatório de Gestão
Conforme referido na Nota 8.2.32 do Anexo ao Balanço e De-
monstração de Resultados aguarda-se a aprovação de con-
tas do ano de 2009.
7 - Ao cumprimento das “orientações genéricas sobre ne-
gociações salariais para as empresas públicas (EP), nos ter-
mos do ofício n.º 1730, de 25 de Fevereiro de 2010, desta
Direcção-Geral:”… não actualização dos salários nominais
para o corrente ano…”.
Em 2010 não houve actualização dos salários nominais nos
termos do ofício nº 1730 de 25 de Fevereiro de 2010.
8 - Ao cumprimento do Despacho de 25 de Março de 2010 do
Ministro de Estado e das Finanças (MEF), comunicação atra-
vés de ofício circular n.º 2590, de 26 de Março de 2010, que
determina a não atribuição de prémios de gestão nos anos de
2010 e 2011, aos membros do órgão de administração.
Nos termos da legislação acima referida não foram atribuí-
dos prémios de gestão em 2010 nem em anos anteriores, aos
membros do órgão de administração.
9 - Ao cumprimento da orientação constante no Despacho
n.º 428/10 – SETF, de 10 de Maio, transmitida através do
ofício circular n.º 6132, de 6 de Agosto de 2010, desta Direc-
ção-Geral, relativamente às normas de contratação pública.
a) O recurso a prestação de serviços de valor >= 125.000€
ocorreu em áreas tais como a Alimentação, Limpeza, Resí-
duos, Segurança, Gases Medicinais, Transporte de Doentes,
Serviços de Diagnóstico e Serviços de Comunicação, áreas
para as quais o Hospital não dispõe de capacidade interna e/
ou estão fora do seu âmbito de actuação (Ex. Correios, Água,
Electricidade, etc);
b) O Hospital de S. João, EPE aplica o CCP decorrente da en-
trada em vigor do DL 18/2008, para as aquisições de bens e
serviços que efectua, aplicando concomitantemente e sem-
pre que excepcionado do referido diploma, o Regulamento
Interno de Compras aprovado por deliberação do Conselho
de Administração de 18/12/2008;
10 - Ao cumprimento dos limites máximos de acréscimo de
endividamento definidos para 2010 no PEC e aprovado pela
Resolução da Assembleia da República n.º 29/2010, de 12
de Abril, e explicitados no Despacho n.º 510/10 – SETF, de 1
de Junho, comunicado pelo Ofício Circular n.º 4348, de 1 de
Junho de 2010, desta Direcção-Geral.
Não aplicável.
11 - À implementação de medidas previstas no Plano de Es-
tabilidade e Crescimento (PEC), ao nível da racionalização
de política de aprovisionamento de bens e serviços, desig-
nadamente sobre a adesão da empresa ao Sistema Nacio-
nal de Compras Públicas (SNCP).
Não recorreu o Hospital São João durante o ano 2010, en-
quanto entidade voluntária, a procedimentos levados a cabo
pela ANCP, não deixando, no entanto, de consultar os pro-
cedimentos (Acordos-Quadro) que a Agência tem levado a
cabo, no sentido de aproveitar mais-valias que possam con-
correr para a melhoria dos resultados do Hospital São João,
EPE em matéria de aquisições públicas.
12 - Ao cumprimento do previsto no artigo 12º da Lei n.º
12/A/2010, de 30 de Junho: “A remuneração fixa mensal ilí-
quida dos gestores públicos e não executivos, incluindo os
pertencentes ao sector local e regional, e dos equiparados a
gestores públicos, é reduzida a título excepcional em 5%”.
De acordo com o previsto no artigo 12º da Lei n.º 12/A/2010,
de 30 de Junho foi reduzida em 5% a remuneração fixa men-
sal ilíquida dos membros do órgão de administração.
De acordo com o Plano de Contenção de Custos elaborado
pelo Hospital em Maio de 2010, foi decidido uma redução de
134 Hospital São João RC 2010 | Relatório de Gestão
10%. Assim, durante sete meses (Junho a Dezembro) a redu-
ção de remuneração dos membros do Conselho de Adminis-
tração foi de 10%.
A partir de 13 de Setembro, o Conselho de Administração do
hospital passou a ser constituído por 4 elementos.
13 - Ao cumprimento do previsto no artigo 17º da Lei n.º 12-
A/2010, de 30 de Junho, ao nível do Principio da Unidade de
Tesouraria do Estado, segundo o qual “… as entidades que
integram o sector empresarial do Estado…, devem manter
as suas disponibilidades e aplicações financeiras junto do
IGCP, I.P…”.
As disponibilidades do Hospital de São João encontram-se
discriminadas no Balanço constante no Capítulo 9.1 deste
documento.
14 - Ao cumprimento das recomendações constantes no ofí-
cio n.º 2873 de 8 de Abril de 2010, relativamente à contabi-
lização dos imóveis afectos à actividade.
Conforme referido na nota 8.2.14. do Anexo ao Balanço e
à Demonstração de Resultados, o edifício utilizado para o
desenvolvimento da actividade do Hospital São João, está
registado em nome do Estado, pelo que o seu valor patri-
monial não está incluído nas Demonstrações Financeiras. A
integração do edifício e do terreno no património do Hospital
será concretizado logo que a Direcção Geral do Tesouro e Fi-
nanças, produza despacho de integração – foram efectuadas
duas propostas de avaliação dos imóveis, por entidades indi-
cadas pela Direcção Geral do Tesouro e Finanças, tendo-lhe
sido remetidas para apreciação.
No ano de 2011, com a constituição do Centro Hospitalar São
João (Hospital de São João e Hospital Nossa Senhora da Con-
ceição – Valongo), o património será integrado no capital so-
cial do Centro Hospitalar São João.
136 Hospital São João RC 2010 | Informação Financeira
10. INFORMAÇÃO FINANCEIRAPROPOSTA DE APLICAçãO DE RESULTADOS
O Conselho de Administração propõe que o lucro apurado no
exercício, no montante de 374.030,30€ (trezentos e setenta e
quatro mil, trinta euros e trinta cêntimos), seja aplicado 20%
em Reservas Legais, 5% em Reservas de Investimento e o
restante integrado na conta “Resultados Transitados”.
10.1 DOCUMENTOS DE PRESTAçãO DE CONTAS
137Hospital São João RC 2010 | Informação Financeira
BALANçO ANALÍTICO ACTIVO
CONTAS ExERCÍCIO
2010 2009
POCMS Designação Activo Bruto Amort./Prov. Activo Líquido Activo Líquido
IMOBILIZADO
Bens de domínio público:
451 Terrenos e recursos naturais 0,00 0,00 0,00 0,00
452 Edíficios 0,00 0,00 0,00 0,00
453 Outras construções e infra-estruturas 0,00 0,00 0,00 0,00
455 Património histórico, artístico e cultural 0,00 0,00 0,00 0,00
459 Outros 0,00 0,00 0,00 0,00
445 Imobilizações em curso 0,00 0,00 0,00 0,00
446 Adiantamentos por conta 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00
Imobilizações Incorpóreas:
431 Despesas de instalação 100.792,79 0,00 100.792,79 100.792,79
432 Despesas de I & D 529.544,92 190.235,01 339.309,91 339.309,91
443 Imobilizações em curso 0,00 0,00 0,00 0,00
449 Adiantamentos por conta 0,00 0,00 0,00 0,00
630.337,71 190.235,01 440.102,70 440.102,70
Imobilizações Corpóreas:
421 Terrenos e recursos naturais 0,00 0,00 0,00 0,00
422 Edíficios e outras construções 87.321.623,24 24.328.963,72 62.992.659,52 41.092.214,36
423 Equipamento básico 75.933.406,20 56.475.038,90 19.458.367,30 23.104.307,22
424 Equipamento de transporte 261.491,41 261.491,41 0,00 7.553,04
425 Ferramentas e utensílios 15.254,26 10.074,96 5.179,30 5.373,12
426 Equipamento administartivo e informático 17.722.473,69 14.851.799,72 2.870.673,97 3.116.372,42
427 Taras e vasilhame 0,00 0,00 0,00 0,00
429 Outras 0,00 0,00 0,00 0,00
442 Imobilizações em curso 7.503.365,81 7.503.365,81 22.833.155,36
448 Adiantamentos por conta 0,00 0,00 0,00
188.757.614,61 95.927.368,71 92.830.245,90 90.158.975,52
Investimentos Financeiros:
411 Partes de capital 0,00 0,00 0,00
412 Obrigações e títulos de participação 0,00 0,00 0,00 0,00
414 Imóveis 0,00 0,00 0,00
415 Outros 0,00 0,00 0,00 0,00
441 Imobilizações em curso 0,00 0,00 0,00
447 Adiantamentos por conta 0,00 0,00 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00
CIRCULANTE
Existências:
36 Matérias primas, subsidiárias e de consumo 14.140.135,82 0,00 14.140.135,82 11.942.362,61
34 Subprodutos, desperdícios, resid. e refugos 0,00 0,00 0,00 0,00
33 Produtos acabados e intermédios 0,00 0,00 0,00 0,00
32 Mercadorias 0,00 0,00 0,00 0,00
37 Adiantamento por conta de compras 0,00 0,00 0,00 0,00
14.140.135,82 0,00 14.140.135,82 11.942.362,61
138 Hospital São João RC 2010 | Informação Financeira
BALANçO ANALÍTICO ACTIVO
CONTAS ExERCÍCIO
2010 2009
POCMS Designação Activo Bruto Amort./Prov. Activo Líquido Activo Líquido
Dívidas de terceiros - MLP: 0,00 0,00 0,00 0,00
Dívidas de terceiros - CP:
28 Empréstimos concedidos 0,00 0,00 0,00
211 Clientes c/c 20.911.871,19 20.911.871,19 20.005.032,86
213 Utentes c/c 1.366,80 1.366,80 778,80
215 Instituições do MS 83.923.192,54 83.923.192,54 44.971.189,81
218 Clientes e Utentes de cobrança duvidosa 1.209.503,97 820.282,10 389.221,87 439.072,56
251 Devedores pela execução do orçamento 0,00 0,00 0,00
229 Adiantamentos a fornecedores 39.033,35 39.033,35 3.600,99
2619 Adiantamentos a fornecedores de imobilizado 0,00 0,00 0,00
24 Estado e outros entes públicos 193.462,78 193.462,78 176.912,97
267+268 Outros devedores 432.714,20 432.714,20 532.283,09
106.711.144,83 820.282,10 105.890.862,73 66.128.871,08
Títulos negociáveis:
151 Acções 0,00 0,00 0,00 0,00
152 Obrigações e títulos de participação 0,00 0,00 0,00 0,00
153 Títulos da dívida pública 0,00 0,00 0,00 0,00
159 Outros 0,00 0,00 0,00 0,00
18 Outras aplicações de tesouraria 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00
Depósitos em inst. financeiras e caixa:
13 Contas no tesouro 16.309.842,69 16.309.842,69 0,00
12 Depósitos 163.575,50 163.575,50 5.353.860,69
11 Caixa 2.811,00 2.811,00 5.100,77
16.476.229,19 16.476.229,19 5.358.961,46
Acréscimos e diferimentos:
271 Acréscimos de proveitos 44.287.112,94 44.287.112,94 104.720.564,93
272 Custos diferidos 0,00 0,00 245,97
44.287.112,94 44.287.112,94 104.720.810,90
Total de Amortizações 96.117.603,72
Total de Provisões 820.282,10
TOTAL DO ACTIVO 371.002.575,10 96.937.885,82 274.064.689,28 278.750.084,27
139Hospital São João RC 2010 | Informação Financeira
BALANçO ANALÍTICO FUNDOS PRÓPRIOS E PASSIVO
CONTAS ExERCÍCIO
POCMS Designação 2010 2009
FUNDOS PRÓPRIOS
Fundo Patrimonial:
51 Património 112.000.000,00 112.163.313,21
56 Reservas de reavaliação 0,00 0,00
112.000.000,00 112.163.313,21
Reservas:
571 Reservas legais 0,00 0,00
572 Reservas estatutárias 197.288,52 197.288,52
574 Reservas livres 212.635,33 49.322,12
575 Subsídios 0,00 0,00
576 Doações 18.670.688,19 18.484.419,31
577 Decorrentes da transferência de activos 0,00 0,00
19.080.612,04 18.731.029,95
59 Resultados transitados 11.140.171,19 10.783.636,48
88 Resultado líquido do exercício 374.030,30 356.534,71
TOTAL DOS FUNDOS PRÓPIOS 142.594.813,53 142.034.514,35
PASSIVO
Provisões:
291 Cobranças duvidosas 0,00 0,00
292 Riscos e encargos 2.215.797,42 1.250.000,00
2.215.797,42 1.250.000,00
Dívidas a terceiros - MLP: 0,00 0,00
Dívidas a terceiros - CP:
219 Adiantamentos de clientes, utentes e inst. MS 521.320,69 34.232.047,30
221 Fornecedores c/c 79.473.702,55 46.924.777,87
228 Fornecedores - facturas em recepção e conf. 0,00 0,00
23 Empréstimos obtidos 0,00 0,00
252 Credores pela execução do orçamento 0,00 0,00
2611 Fornecedores de imobilizado c/c 3.651.655,89 7.553.548,40
24 Estado e outros entes públicos 4.911.765,32 3.846.482,54
262/3/4/7/8 Outros credores 2.637.582,22 2.539.470,15
91.196.026,67 95.096.326,26
Acréscimos e diferimentos:
273 Acréscimos de custos 20.923.066,75 21.984.092,41
274 Proveitos diferidos 17.134.984,91 18.385.151,25
38.058.051,66 40.369.243,66
TOTAL DO PASSIVO 131.469.875,75 136.715.569,92
TOTAL FUNDOS PRÓPRIOS E PASSIVO 274.064.689,28 278.750.084,27
140 Hospital São João RC 2010 | Informação Financeira
DEMONSTRAçãO DE RESULTADOS CUSTOS E PERDAS
CONTAS ExERCÍCIO
2010 2009
CUSTOS E PERDAS
61 C. M. V. M. C.:
612 Mat. Primas, subsidiárias e de consumo 0,00 0,00
616 Subprodutos, desperdícios, resíd. e refugos 121.328.253,07 121.328.253,07 120.148.231,07 120.148.231,07
62 FORNECIMENTO E SERVIçOS ExTERNOS 38.253.980,62 38.902.955,80
64 Custos com pessoal:
641 Remunerações dos orgãos directivos 332.387,57 396.836,51
642 Remunerações base do pessoal 141.627.564,26 145.879.792,00
643 Pensões 5.322.330,86 5.128.178,93
645 Encargos sobre remunerações 21.847.151,49 21.278.365,77
646 Seguros de acid. de trabalho e doenças prof. 245.111,77 189.131,94
647 Encargos sociais voluntários 951.462,81 0,00
648 Outros 296.045,39 170.622.054,15 337.151,22 173.209.456,37
63 Transf. correntes conced. e prest. soc. 0,00 0,00
66 Amortizações do exercício 10.952.074,31 10.642.176,10
67 Provisões do exercício 1.137.025,84 12.089.100,15 750.000,00 11.392.176,10
65 Outros custos e perdas operacionais 218.842,43 207.853,35
(A) 342.512.230,42 343.860.672,69
68 Custos e perdas financeiras 38.394,86 21.024,05
(C) 342.550.625,28 343.881.696,74
69 Custos e perdas extraordinários 4.809.794,86 7.003.107,68
(E) 347.360.420,14 350.884.804,42
86 Imposto sobre o rendimento do exercício 16.837,21 16.247,13
(G) 347.377.257,35 350.901.051,55
88 Resultado líquido do exercício 374.030,30 356.534,71
347.751.287,65 351.257.586,26
141Hospital São João RC 2010 | Informação Financeira
DEMONSTRAçãO DE RESULTADOS PROVEITOS E GANHOS
CONTAS ExERCÍCIO
POCMS Designação 2010 2009
PROVEITOS E GANHOS
71 Vendas e prestação de serviços
711 Vendas 4.102,61 5.608,33
712 Prestação de serviços 321.746.369,71 321.750.472,32 317.090.634,91 317.096.243,24
72 Impostos e taxas 0,00 0,00
75 Trabalhos para a própria instituição 0,00 0,00
73 Proveitos suplementares 380.413,18 334.514,48
74 TRANSF. E SUBSÍDIOS CORRENTES OBTIDOS:
741 Tesouro 0,00 0,00
742 Transf. correntes obtidas 13.306,87 24.302,12
743 Subs. correntes obtidos - outros entes públicos 43.402,98 54.083,34
749 Subs. correntes obtidos - outras entidades 0,00 56.709,85 0,00 78.385,46
76 Outros proveitos e ganhos operacionais 21.932.351,97 27.189.485,53
(B) 344.119.947,32 344.698.628,71
78 Proveitos e ganhos financeiros 549.136,17 1.196.655,09
(D) 344.669.083,49 345.895.283,80
79 Proveitos e ganhos extraordinários 3.082.204,16 5.362.302,46
(F) 347.751.287,65 351.257.586,26
RESUMO 2010 2009
Resultados Operacionais 1.607.716,90 837.956,02
Resultados Financeiros 510.741,31 1.175.631,04
Resultados Correntes 2.118.458,21 2.013.587,06
Resultados Extraordinários -1.727.590,70 -1.640.805,22
Resultado Antes de Impostos 390.867,51 372.781,84
Imposto sobre o Rendimento do Exercício 16.837,21 16.247,13
Resultado Líquido do Exercício 374.030,30 356.534,71
142 Hospital São João RC 2010 | Informação Financeira
DEMONSTRAçãO DE FLUxOS DE CAIxA MéTODO DIRECTO
ExERCÍCIO
2010 2009
ACTIVIDADES OPERACIONAIS:
Recebimentos: 634.266.519,85 505.756.664,82
Clientes e outros c/c 634.266.519,85 505.756.664,82
Pagamentos: 304.389.365,64 313.667.084,53
Fornecedores e outros c/c 132.889.489,15 141.172.113,11
Custos com pessoal 171.499.876,49 172.494.971,42
Pagamentos/Recebimentos imposto sobre rendimento 0,00 0,00
Imposto s/ rendimento 0,00 0,00
Outros recebimentos/pagamentos actividade operacional -301.895.470,26 -209.197.230,20
Outros recebimentos/pagamentos -301.895.470,26 -209.197.230,20
Pagamentos/Recebimentos rubricas extraordinárias -24.959,27 -636.403,61
Pagamentos/recebimentos rubricas extraordinárias -24.959,27 -636.403,61
Fluxo das actividades operacionais (a/imp.) 27.956.724,68 -17.744.053,52
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:
Recebimentos provenientes de: 549.030,99 2.582.795,16
Investimentos financeiros 0,00 0,00
Imobilizações corpóreas 0,00 0,00
Imobilizações incorpóreas 0,00 0,00
Subsídios ao investimento 0,00 1.352.752,08
Juros e proveitos similares 549.030,99 1.230.043,08
Dividendos 0,00 0,00
Pagamentos respeitantes a: 17.350.093,08 21.137.116,93
Investimentos financeiros 0,00 0,00
Imobilizações corpóreas 17.350.093,08 21.137.116,93
Imobilizações incorpóreas 0,00 0,00
Fluxo das actividades de investimento (a/imp.) -16.801.062,09 -18.554.321,77
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:
Recebimentos provenientes de: 0,00 0,00
Empréstimos obtidos 0,00 0,00
Aumentos de capital e prov. suplementares 0,00 0,00
Subsídios e doações 0,00 0,00
Vendas de acções próprias 0,00 0,00
Cobertura de prejuízos 0,00 0,00
Pagamentos respeitantes a: 38.394,86 21.024,05
Empréstimos obtidos 0,00 0,00
Amortizações de contratos de Leasing 0,00 0,00
Juros e custos similares 38.394,86 21.024,05
Dividendos 0,00 0,00
Reduções de capital e prov. suplementares 0,00 0,00
Aquisição de acções próprias 0,00 0,00
Fluxo das actividades de financiamento (a/imp.) -38.394,86 -21.024,05
Variação de caixa e seus equivalentes: 11.117.267,73 -36.319.399,34
Caixa e seus equivalentes - início do período 5.358.961,46 41.678.360,80
Caixa e seus equivalentes - fim do período 16.476.229,19 5.358.961,46
143Hospital São João RC 2010 | Informação Financeira
FLUxOS FINANCEIROS RECEITA
CONTAS A DéBITO VALORES - 2010
POCMS Designação Cobrados A Cobrar Total
- Caixa 5.100,77 5.100,77
- Depósitos 5.353.860,69 5.353.860,69
SALDO INICIAL 5.358.961,46 5.358.961,46
15 Títulos negociáveis 0,00 0,00 0,00
18 Outras aplicações de tesouraria 0,00 0,00 0,00
Total das contas 15/18 0,00 0,00 0,00
219 Adiantamentos de clientes 275.951.149,14 0,00 275.951.149,14
229 Adiantamentos de fornecedores 1.880.602,20 39.033,35 1.919.635,55
23 Empréstimos obtidos 0,00 0,00 0,00
24 Estado e outros entes públicos 38.806.993,95 193.462,78 39.000.456,73
261 Adiantamentos a fornecedores de imobilizado 0,00 0,00 0,00
262 Adiantamentos ao pessoal 404.872,53 212.449,13 617.321,66
263 Sindicatos 264.423,99 0,00 264.423,99
264 Regulariz. de dívidas por ordem do Tesouro 0,00 0,00 0,00
268 Devedores e credores diversos 697.654,04 32.354,72 730.008,76
Total das receitas de fundos alheios 318.005.695,85 477.299,98 318.482.995,83
2745 Subsídios de investimento 0,00 0,00 0,00
2748/9 Outros proveitos diferidos 0,00 0,00 0,00
Total da conta proveitos diferidos 0,00 0,00 0,00
51 Fundo patrimonial 0,00 0,00 0,00
575 Subsídios 0,00 0,00 0,00
576 Doações 0,00 0,00 0,00
Total da conta de reservas 0,00 0,00 0,00
711 Vendas 4.102,61 0,00 4.102,61
712 Prestações de serviços 253.581.185,51 68.165.184,20 321.746.369,71
72 Impostos e taxas 0,00 0,00 0,00
73 Proveitos suplementares 365.813,18 14.600,00 380.413,18
741 Transferências do tesouro 0,00 0,00 0,00
742 Transferências correntes obtidas 13.306,87 0,00 13.306,87
743 Subs. correntes obtidos - outros entes públ. 40.038,34 3.364,64 43.402,98
749 Subs. correntes obtidos - de outras entidades 0,00 0,00 0,00
76 Outros proveitos e ganhos operacionais 3.704.104,52 18.228.247,45 21.932.351,97
78 Proveitos e ganhos financeiros 548.992,54 143,63 549.136,17
792/3/4/5/8 Proveitos e ganhos extraordinários 0,00 0,00 0,00
Total dos proveitos do exercício 258.257.543,57 86.411.539,92 344.669.083,49
RECEITAS DO EXERCÍCIO 576.263.239,42 86.888.839,90 663.152.079,32
797 Correcções relativas a exercícios anteriores 105.281.886,67 64.109.417,87 169.391.304,54
RECEITAS EXERCÍCIOS ANTERIORES 105.281.886,67 64.109.417,87 169.391.304,54
TOTAL GERAL 686.904.087,55 150.998.257,77 837.902.345,32
144 Hospital São João RC 2010 | Informação Financeira
FLUxOS FINANCEIROS DESPESA
CONTAS A CRéDITO VALORES - 2010
POCMS Designação Pagos Em dívida Total
219 Adiantamentos de clientes 309.661.875,75 521.320,69 310.183.196,44
229 Adiantamentos a fornecedores 1.916.034,56 0,00 1.916.034,56
23 Empréstimos obtidos 0,00 0,00 0,00
24 Estado e outros entes públicos 37.855.502,67 4.911.765,32 42.767.267,99
261 Adiantamentos a fornecedores de imobilizado 0,00 0,00 0,00
262 Adiantamentos ao pessoal 459.490,57 0,00 459.490,57
263 Sindicatos 286.564,90 141,53 286.706,43
264 Regulariz. de dívidas por ordem do Tesouro 0,00 0,00 0,00
268 Devedores e credores diversos 578.700,10 563,06 579.263,16
Total da despesa de fundos alheios 350.758.168,55 5.433.790,60 356.191.959,15
272 Custos diferidos 0,00 0,00 0,00
28 Empréstimos concedidos 0,00 0,00 0,00
312 Mercadorias 0,00 0,00 0,00
3161 Produtos farmacêuticos 39.706.849,48 50.714.361,09 90.421.210,57
3162 Material de consumo clínico 13.683.263,26 17.126.747,18 30.810.010,44
3163 Produtos alimentares 0,00 0,00 0,00
3164 Material de consumo hoteleiro 1.152.738,15 396.098,70 1.548.836,85
3165 Material de consumo administrativo 401.906,32 96.219,77 498.126,09
3166 Material de manutenção e conservação 430.355,99 122.849,08 553.205,07
3169 Outro material de consumo 5.535,08 266,68 5.801,76
Total da conta compras 55.380.648,28 68.456.542,50 123.837.190,78
41 Investimentos financeiros 0,00 0,00 0,00
42 Imobilizações corpóreas 2.428.733,48 1.756.675,44 4.185.408,92
43 Imobilizações incorpóreas 0,00 0,00 0,00
44 Imobilizações em curso 7.575.173,27 1.676.493,62 9.251.666,89
45 Bens de domínio público 0,00 0,00 0,00
Total da conta de imobilizações 10.003.906,75 3.433.169,06 13.437.075,81
6211 Assistência ambulatória 0,00 0,00 0,00
6212 Meios complementares de diagnóstico 0,00 0,00 0,00
6213 Meios complementares de terapêutica 0,00 0,00 0,00
6214 Produtos vendidos por farmácias 0,00 0,00 0,00
6215 Internamentos 0,00 0,00 0,00
6216 Transportes de doentes 0,00 0,00 0,00
6217 Aparelhos complementares de terapêutica 0,00 0,00 0,00
6218 Trabalhos executados no exterior 8.234.673,35 5.428.774,53 13.663.447,88
6219 Outros subcontratos 0,00 0,00 0,00
Total da conta de subcontratos 8.234.673,35 5.428.774,53 13.663.447,88
6221 Fornecimento e serviços I 4.154.528,63 543.102,31 4.697.630,94
6222 Fornecimento e serviços II 1.252.497,96 70.341,12 1.322.839,08
6223 Fornecimento e serviços III 13.225.971,40 5.344.091,32 18.570.062,72
Total da conta de subcontratos 18.632.997,99 5.957.534,75 24.590.532,74
63 Transf. correntes concedidas e prest. sociais 0,00 0,00 0,00
145Hospital São João RC 2010 | Informação Financeira
FLUxOS FINANCEIROS DESPESA
CONTAS A CRéDITO VALORES - 2010
POCMS Designação Pagos Em dívida Total
641 Remunerações dos orgãos directivos 302.693,31 29.694,26 332.387,57
6421 Remunerações base do pessoal 81.109.955,54 7.024.660,18 88.134.615,72
6422 Suplementos de remunerações 32.087.724,62 5.438.135,11 37.525.859,73
6423 Prestações sociais directas 964.829,48 0,00 964.829,48
6424 Subsídios de férias e natal 7.923.840,93 7.075.418,40 14.999.259,33
6425 Prémios de desempenho 3.000,00 0,00 3.000,00
643 Pensões 5.322.330,86 0,00 5.322.330,86
645 Encargos sobre remunerações 17.046.994,51 4.800.156,98 21.847.151,49
646 Seguros de acid. de trabalho e doenças prof. 219.977,45 25.134,32 245.111,77
647 Encargos sociais voluntários 951.462,81 0,00 951.462,81
648 Outros custos com pessoal 284.720,39 11.325,00 296.045,39
Total da conta despesas com pessoal 146.217.529,90 24.404.524,25 170.622.054,15
65 Outros custos e perdas operacionais 207.017,31 11.825,12 218.842,43
68 Custos e perdas financeiras 38.394,86 0,00 38.394,86
691 Transferências de capital concedidas 0,00 0,00 0,00
693 Perdas em existências 0,00 0,00 0,00
694 Perdas em imobilizações 0,00 0,00 0,00
695 Multas e penalidades 2.905,79 0,00 2.905,79
698 Outros custos e perdas operacionais 0,00 0,00 0,00
Total da conta custos e perdas extraord. 2.905,79 0,00 2.905,79
86 Imposto sobre o rendimento do exercício 0,00 0,00 0,00
DESPESAS DO ExERCÍCIO 589.476.242,78 113.126.160,81 702.602.403,59
69764 CREA - Despesas com pessoal 24.822.856,02 115.775,94 24.938.631,96
697… CREA - Outros 56.128.759,56 543.324,60 56.672.084,16
DESPESAS ExERCÍCIOS ANTERIORES 80.951.615,58 659.100,54 81.610.716,12
- Caixa 2.811,00 2.811,00
- Depósitos 16.473.418,19 16.473.418,19
SALDO FINAL 16.476.229,19 16.476.229,19
TOTAL GERAL 686.904.087,55 113.785.261,35 800.689.348,90
146 Hospital São João RC 2010 | Informação Financeira
MAP
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150 Hospital São João RC 2010 | Informação Financeira
MAPA DE CONTROLO DO ORçAMENTO ECONÓMICO
RUBRICAS
POCMS Designação Emitido Orçamentado Orç. - Emitido Cobrado
71 Vendas e prestações de serviços 305.999.064,60 321.750.472,32 -15.751.407,72 253.585.288,12
711 Vendas 2.921,30 4.102,61 -1.181,31 4.102,61
712 Prestações de serviços 305.996.143,30 321.746.369,71 -15.750.226,41 253.581.185,51
7121 Internamento 139.664.057,40 147.628.971,85 -7.964.914,45 124.426.432,11
7122 Consulta 67.934.469,90 74.437.615,11 -6.503.145,21 61.447.354,55
7123 Urgência 31.259.298,10 31.562.097,96 -302.799,86 28.157.269,76
7124 Quartos particulares 0,00 3.744,00 -3.744,00 3.744,00
7125 Hospital de dia 9.967.221,10 11.227.249,22 -1.260.028,12 6.843.180,62
71261 Meios complementares de diagnóstico 5.028.319,70 2.191.333,64 2.836.986,06 279.491,27
71262 Meios complementares de terapêutica 3.523.779,80 143.407,98 3.380.371,82 33.096,27
7127 Taxas moderadoras 1.419.032,20 1.751.917,64 -332.885,44 1.751.917,64
7128 Outras prestações de serviços de saúde 47.199.965,10 52.800.032,31 -5.600.067,21 30.638.699,29
72 Impostos e taxas 0,00 0,00 0,00 0,00
73 Proveitos suplementares 341.204,80 380.413,18 -39.208,38 365.813,18
74 Transf. subsídios correntes obtidos 0,00 56.709,85 -56.709,85 53.345,21
741 Transferências do tesouro 0,00 0,00 0,00 0,00
742 Transferências correntes obtidas 0,00 13.306,87 -13.306,87 13.306,87
7421 da ACSS 0,00 0,00 0,00 0,00
7422 do PIDDAC 0,00 0,00 0,00 0,00
7423 da EU - fundos comunit., proj. não co-financiados 0,00 13.306,87 -13.306,87 13.306,87
7429 Outras 0,00 0,00 0,00 0,00
743 Subsídios correntes obtidos - outros entes públicos 0,00 43.402,98 -43.402,98 40.038,34
749 Subsídios correntes obtidos - de outras entidades 0,00 0,00 0,00 0,00
75 Trabalhos para a própria entidade 0,00 0,00 0,00 0,00
76 Outros proveitos e ganhos operacionais 25.393.846,60 21.932.351,97 3.461.494,63 3.704.104,52
762 Reembolsos 22.070.193,30 16.930.653,26 5.139.540,04 1.828.308,50
763 Produtos de fabricação interna 0,00 0,00 0,00
768 Não especificados alheios ao valor acrescentado 0,00 0,00 0,00
769 Outros 3.323.653,30 5.001.698,71 -1.678.045,41 1.875.796,02
78 Proveitos e ganhos financeiros 0,00 549.136,17 -549.136,17 548.992,54
79 Proveitos e ganhos extraordinários 4.986.941,30 3.082.204,16 1.904.737,14 105.281.886,67
TOTAL GERAL 336.721.057,30 347.751.287,65 -11.030.230,35 363.539.430,24
151Hospital São João RC 2010 | Informação Financeira
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152 Hospital São João RC 2010 | Informação Financeira
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153Hospital São João RC 2010 | Informação Financeira
10.2 ANEXO AO BALANçO E DEMONSTRAçãO DE RESULTADOS – EXERCÍCIO DE 2010
NOTA INTRODUTóRIA
O Hospital São João, E.P.E. com sede na Alameda Prof. Hernâ-
ni Monteiro 4200-319 Porto, foi transformado em Entidade
Pública Empresarial, com efeitos a partir de 31 de Dezembro
de 2005, conforme estabelecido no Decreto-Lei n.º 233/2005
de 29 de Dezembro.
As Demonstrações Financeiras foram preparadas em harmo-
nia com os princípios contabilísticos da prudência, consistên-
cia, substância sob a forma, materialidade e especialização
dos exercícios, definidos no Plano Oficial de Contabilidade
do Ministério da Saúde (POCMS).
As notas não mencionadas não se aplicam à Instituição ou
respeitam a factos não materialmente relevantes ou que não
ocorreram durante o exercício em causa.
Todas as notas apresentam valores em euros e respeitam a
ordem estabelecida no POCMS.
NOTA 8.2.3
Critérios Valorimétricos utilizados relativamente às várias
rubricas do Balanço e da Demonstração de Resultados, bem
como métodos de cálculo respeitantes aos ajustamentos de
valor:
a. Imobilizações Corpóreas:
O Imobilizado Corpóreo encontra-se registado pelo custo de
aquisição, sendo as ofertas registadas pelo justo valor.
As Amortizações são calculadas pelo método das quotas
constantes e por duodécimos sendo as taxas aplicadas, as
previstas na Decreto Regulamentar 25/2009.
b. Existências:
As Existências estão valorizadas ao custo de aquisição, utili-
zando-se como método de custeio das saídas, o custo médio
ponderado.
c. Provisões para outros riscos e encargos:
As Provisões para outros riscos e encargos foram calculadas
tendo em conta o princípio da prudência, tomando por base a
probabilidade de ocorrência dos factos subjacentes.
Para os processos judiciais em curso foi criada uma Provisão
com base no parecer do responsável pelo Gabinete Jurídico,
sustentado pelos desenvolvimentos processuais já conhecidos.
d. Ajustamento de dívidas a receber:
Os Ajustamentos de dívidas a receber são reconhecidos com
base na avaliação dos riscos de não cobrança das contas a
receber de clientes.
e. Acréscimos e Diferimentos:
A Entidade regista os seus custos e proveitos de acordo com
o princípio da especialização dos exercícios.
· Acréscimos de Proveitos:
Esta conta regista nomeadamente o valor do proveito cor-
respondente a serviços de saúde prestados ao SNS e outros
Subsistemas de Saúde, durante o exercício, cujos direitos se-
rão reconhecidos no exercício seguinte.
· Acréscimos de Custos:
Esta conta evidencia as estimativas de custos imputáveis ao
exercício mas cujo vencimento ocorre em exercícios seguintes.
· Proveitos Diferidos:
Nesta conta são contabilizados os subsídios de investimento
que serão reconhecidos em resultados de exercícios futuros,
na medida das amortizações dos referidos activos.
f. Pensões de Reforma:
Os encargos com Pensões encontram-se registados pela
despesa efectivamente paga.
g. Imposto sobre o Rendimento:
Os impostos correntes, quando devidos, são calculados e
154 Hospital São João RC 2010 | Informação Financeira
contabilizados de acordo com a legislação aplicável. Neste
exercício não existia matéria colectável para efeitos de liqui-
dação do imposto sobre o rendimento, pelo que apenas foi
registada a Tributação Autónoma, a qual incide sobre certo
tipo de despesas.
São reconhecidas contabilisticamente as situações de dife-
rimento de impostos, determinados nos termos da Directriz
Contabilística nº28. Os activos por impostos diferidos as-
sociados a prejuízos fiscais reportáveis são registados uni-
camente quando existem expectativas razoáveis de lucros
fiscais futuros suficientes para os utilizar .
NOTA 8.2.4
Transacções em moeda estrangeira:
As operações em moeda estrangeira são convertidas para
euros à taxa de câmbio vigente na data da sua ocorrência.
NOTA 8.2.7
Movimentos ocorridos nas rubricas do activo imobilizado:
Os aumentos do Activo Bruto, estão essencialmente relacio-
nados com a modernização e reestruturação das infra-estru-
turas de apoio à prestação de cuidados de saúde. Incluem,
ainda o montante de 186.268,88€ relativos a doações no
exercício.
155Hospital São João RC 2010 | Informação Financeira
ACTIVO IMOBILIZADO 2010
CONTAS
POCMS Designação Saldo Inicial Reavaliações Aumentos Alienações Transf. e Abates Saldo Final
Imobiliz. Incorpóreas:
431 Despesas de instalação 100.792,79 0,00 0,00 0,00 0,00 100.792,79
432 Despesas de I & D 529.544,92 0,00 0,00 0,00 0,00 529.544,92
443 Imobilizações em curso 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
449 Adiantamentos por conta 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
630.337,71 0,00 0,00 0,00 0,00 630.337,71
Imobiliz. Corpóreas:
421 Terrenos e rec. naturais 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
422 Edíficios e outras constr. 62.010.443,64 0,00 25.311.179,60 0,00 0,00 87.321.623,24
423 Equipamento básico 74.539.054,90 0,00 2.973.752,49 0,00 1.579.401,19 75.933.406,20
424 Equipamento de transporte 261.491,41 0,00 0,00 0,00 0,00 261.491,41
425 Ferramentas e utensílios 15.589,30 0,00 0,00 0,00 335,04 15.254,26
426 Equipamento admin. e infor. 17.128.017,03 0,00 688.245,02 0,00 93.788,36 17.722.473,69
427 Taras e vasilhame 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
429 Outras 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
442 Imobilizações em curso 22.833.155,36 0,00 9.251.666,89 0,00 24.581.456,44 7.503.365,81
448 Adiantamentos por conta 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
176.787.751,64 0,00 38.224.844,00 0,00 26.254.981,03 188.757.614,61
TOTAL GERAL 177.418.089,35 0,00 38.224.844,00 0,00 26.254.981,03 189.387.952,32
156 Hospital São João RC 2010 | Informação Financeira
AMORTIZAçÕES 2010
CONTAS
POCMS Designação Saldo Inicial Reforços Regularizações Saldo Final
Bens de domínio público:
4851 Terrenos e recursos naturais 0,00 0,00 0,00 0,00
4852 Edíficios 0,00 0,00 0,00 0,00
4853 Outras construções e infra-estruturas 0,00 0,00 0,00 0,00
4855 Património histórico, artístico e cultural 0,00 0,00 0,00 0,00
4859 Outros 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00
Imobilizações Incorpóreas:
4831 Despesas de instalação 0,00 0,00 0,00 0,00
4832 Despesas de I & D 190.235,01 0,00 0,00 190.235,01
190.235,01 0,00 0,00 190.235,01
Imobilizações Corpóreas:
4821 Terrenos e recursos naturais 0,00 0,00 0,00 0,00
4822 Edíficios e outras construções 20.918.229,28 3.410.734,44 0,00 24.328.963,72
4823 Equipamento básico 51.434.747,68 6.609.452,71 1.569.161,49 56.475.038,90
4824 Equipamento de transporte 253.938,37 7.553,04 0,00 261.491,41
4825 Ferramentas e utensílios 10.216,18 193,82 335,04 10.074,96
4826 Equipamento administartivo e informático 14.011.644,61 924.140,30 83.985,19 14.851.799,72
4827 Taras e vasilhame 0,00 0,00 0,00 0,00
4829 Outras 0,00 0,00 0,00 0,00
86.628.776,12 10.952.074,31 1.653.481,72 95.927.368,71
Investimentos Financeiros:
491 Partes de capital 0,00 0,00 0,00 0,00
492 Obrigações e títulos de participação 0,00 0,00 0,00 0,00
495 Outros 0,00 0,00 0,00 0,00
0,00 0,00 0,00 0,00
TOTAL GERAL 86.819.011,13 10.952.074,31 1.653.481,72 96.117.603,72
NOTA 8.2.14
O edifício utilizado para o desenvolvimento da actividade do
Hospital São João, EPE, está registado em nome do Estado,
pelo que o seu valor patrimonial não está incluído nas De-
monstrações Financeiras. A integração do edifício e do ter-
reno no património do Hospital será concretizado logo que a
Direcção Geral do Tesouro e Finanças, produza despacho de
integração – foram efectuadas duas propostas de avaliação
dos imóveis, por entidades indicadas pela Direcção geral do
Tesouro e Finanças, tendo-lhe sido remetidas para aprecia-
ção.
No ano de 2011, com a constituição do Centro Hospitalar São
João (Hospital de São João e Hospital Nossa Senhora da Con-
ceição – Valongo), o património será integrado no capital so-
cial do CHSJ.
157Hospital São João RC 2010 | Informação Financeira
NOTA 8.2.23
Valor global das dívidas de cobrança duvidosa:
NOTA 8.2.24
Valor global das dívidas activas e passivas respeitantes ao
pessoal das instituições do MS:
O valor das dívidas activas dos funcionários do Hospital de
São João, EPE é de 212.449,13€ e diz respeito a reposições
devidas.
NOTA 8.2.26
Discriminação das dívidas incluídas na conta “Estado e ou-
tros entes públicos” em situação de mora:
Esta Instituição a 31/12/2010, não possuía qualquer dívida em
mora ao Estado ou a Outro Ente Público.
RUBRICAS Saldo Inicial Reforços Regularizações Saldo Final
Clientes e utentes cobrança duvidosa: 1.697.140,20 454.865,95 942.502,18 1.209.503,97
Companhias Seguros 1.119.681,80 381.121,61 535.243,40 965.560,01
Outros Clientes 338.704,14 73.361,40 222.273,46 189.792,08
Utentes c/c 238.754,26 382,94 184.985,32 54.151,88
158 Hospital São João RC 2010 | Informação Financeira
NOTA 8.2.31
Movimentos ocorridos nas rubricas de Provisões acumuladas:
Os ajustamentos de dívidas a receber correspondem à dívida
dos clientes classificados como de cobrança duvidosa nas
percentagens que se indicam:
· 40% na situação de cobrança judicial em curso, conforme
indicação do Responsável pelo Gabinete Jurídico;
· 100% nas dívidas > 24 meses;
· 75% nas dívidas <24 meses e > a 18 meses;
· 50% nas dívidas < 18 meses e > a 12 meses;
· 25% nas dívidas <12 meses e > a 6 meses.
O acréscimo da provisão para riscos e encargos é devido ao
crescimento do número de acções a decorrer em tribunal,
maioritariamente, relativas a negligência médica.
Compromissos relativos a Pensões – esta Instituição não
possui qualquer fundo próprio ou autónomo para pensões.
Relativamente a este assunto a ACSS emitiu normas de pro-
cedimento no seu ofício n.º 15091 de 04/12/2007, continuan-
do a aguardar os resultados do grupo de trabalho.
De acordo com a Lei de Orçamento de Estado para 2011 as
pensões passaram a ser, maioritariamente, da responsabili-
dade da Caixa Geral de Aposentações.
CÓDIGO CONTAS MOVIMENTOS Saldo Inicial Reforços Regularizações Saldo Final
291 Provisões para Cobrança Duvidosa 1.258.067,63 171.228,42 609.013,95 820.282,10
292 Provisões para riscos e encargos 1.250.000,00 965.797,42 0,00 2.215.797,42
160 Hospital São João RC 2010 | Informação Financeira
NOTA 8.2.32
Movimentos registados nas rubricas de Capitais Próprios:
O movimento apresentado no Capital Estatutário e nas Re-
servas resulta do cumprimento do artº 3º, nº 2, do Decreto
Lei nº 233/2005, de 29 de Dezembro, conforme oficio da
ACSS que se anexa.
A constituição da reserva por doações representa:
· A contrapartida do Imobilizado Corpóreo obtido a título gra-
tuito, conforme referido no ponto 8.2.7.
Os movimentos apresentados nos resultados transitados e
reservas resultam:
· Da integração do resultado liquido obtido em 2009 (aguar-
da-se aprovação das contas de 2009 para poder fazer a apli-
cação proposta do resultado líquido).
MOVIMENTO NO EXERCÍCIO
CONTA Saldo Inicial Débito Crédito Saldo Final
Capital estatutário 112.163.313,21 163.313,21 0,00 112.000.000,00
Reservas:
Reservas 246.610,64 0,00 163.313,21 409.923,85
Subsídios 0,00 0,00 0,00 0,00
Doações 18.484.419,31 0,00 186.268,88 18.670.688,19
Decor. da Transf. Activos 0,00 0,00 0,00 0,00
Resultados Transitados 10.783.636,48 0,00 356.534,71 11.140.171,19
Resultado Liquido do Exercício 356.534,71 356.534,71 374.030,30 374.030,30
TOTAL 142.034.514,35 519.847,92 1.080.147,10 142.594.813,53
162 Hospital São João RC 2010 | Informação Financeira
DEMONSTRAçãO DO CUSTO MERC. VEND. E MAT. CONSUMIDAS
CONTA S Designação Mercadorias Matérias primas, subsidiárias e de consumo
36 Existências iniciais 0,00 11.942.362,61
312+316 Compras 0,00 123.871.812,01
793+693 Regularização de existências 0,00 -345.785,73
36 Existências finais 0,00 14.140.135,82
61 Custos do exercício 0,00 121.328.253,07
NOTA 8.2.33
Demonstração do custo das mercadorias vendidas e das ma-
térias consumidas:
163Hospital São João RC 2010 | Informação Financeira
NOTA 8.2.35
Repartição das Prestações de Serviços por modalidade de
assistência ou linhas de produção:
Verificou-se um aumento generalizado da facturação resul-
tante do acréscimo significativo da produção. A diminuição
do valor apresentado pela linha de produção “MCDT” e “Ou-
tras Prestações de Serviços” ficou a dever-se à alteração da
facturação dos subsistemas públicos – ADSE, IASFA, SAD-
PSP e GNR. A facturação a estas entidades até 2009, era
efectuada com base nos preços constantes na Portaria n.º
132 /2009 de 30 de Janeiro, com alterações introduzidas pela
Portaria n.º 839-A/2009 de 31 de Julho, que estabelece o va-
lor dos actos praticados no SNS e a partir de Janeiro de 2010
a facturação é realizada com base nos preços do Contrato
Programa SNS.
LINHAS DE PRODUçãO 2009 2010
Internamento 140.077.814,47 147.628.971,85
Consulta Externa 65.100.093,35 74.437.615,11
Urgência 33.661.115,06 31.562.097,96
Hospital de Dia 8.718.259,90 11.227.249,22
MCDT 8.492.196,20 2.334.741,62
Outras Prestações de Serviços 60.954.002,93 54.551.949,95
TOTAL 317.003.481,91 321.742.625,71
164 Hospital São João RC 2010 | Informação Financeira
NOTA 8.2.37
Demonstração dos resultados financeiros:
A diminuição dos proveitos financeiros resultou de:
· No ano de 2009, no sentido da manutenção dos prazos de
pagamento a que a Instituição está obrigada, o Hospital uti-
lizou 73% do capital aplicado no FASP até Junho e o rema-
nescente até Dezembro, pelo que em 2010 deixam de existir
juros referentes às aplicações mencionadas;
· Aumento considerável da dívida por parte da ACSS ao Hos-
pital que impossibilitou a aplicação de novos capitais no
FASP;
· Diminuição das taxas de juro;
· Como resultado do ponto anterior, não foi possível manter
os prazos de pagamento a que estamos obrigados, perdendo
por conseguinte os descontos financeiros de pronto paga-
mento.
DEMONSTRAçãO DE RESULTADOS FINANCEIROS
CONTAS ExERCÍCIO
Designação 2010 2009
681 Juros suportados 624,83 308,61
683 Amort. de inv. em imóveis 0,00 0,00
684 Prov. p/ aplic. financeiras 0,00 0,00
685 Dif. de câmbio desfavoráveis 1.489,61 0,00
687 Perdas em alien. e aplic. tes. 0,00 0,00
688 Outros custos e perdas fin. 36.280,42 20.715,44
Result. Financeiros (+/-) 510.741,31 1.175.631,04
TOTAL GERAL 549.136,17 1.196.655,09
CONTAS ExERCÍCIO
Designação 2010 2009
781 Juros obtidos 20.402,40 242.261,35
783 Rendimentos de imóveis 0,00 0,00
785 Dif. de câmbio favoráveis 0,00 0,00
786 Desc. de pronto pag. obtidos 528.733,77 954.393,74
787 Ganhos em alien. e aplic. tes. 0,00 0,00
788 Outros prov. e ganhos extra. 0,00 0,00
TOTAL GERAL 549.136,17 1.196.655,09
165Hospital São João RC 2010 | Informação Financeira
NOTA 8.2.38
Demonstração dos resultados extraordinários:
Em custos e perdas de exercícios anteriores estão incluídos,
entre outros correcções a facturas emitidas em anos anterio-
res, no montante de 2.008.673,72€; sendo grande parte deste
valor relativo à rectificação da facturação das doenças lisos-
somais, que sofreu redução do valor mensal pago ao hospital;
Na rubrica outros proveitos e ganhos extraordinários está
contabilizado o valor da amortização dos subsídios para in-
vestimento recebidos.
DEMONSTRAçãO DE RESULTADOS ExTRAORDINÁRIOS
CONTAS ExERCÍCIO
Designação 2010 2009
691 Transf. capital concedidas 0,00 0,00
692 Dívidas incobráveis 29.673,35 0,00
693 Perdas em existências 1.452.753,50 512.605,96
694 Perdas em imobilizações 10.974,18 33.261,10
695 Multas e penalidades 2.905,79 145,94
696 Aumentos amort. e prov. 0,00 0,00
697 Correc. exerc. anteriores 3.313.488,04 6.457.094,68
698 Outros custos perdas extra. 0,00 0,00
Result. Extraordinários (+/-) -1.727.590,70 -1.640.805,22
TOTAL GERAL 3.082.204,16 5.362.302,46
CONTAS ExERCÍCIO
Designação 2010 2009
792 Recuperação de dívidas 0,00 0,00
793 Ganhos em existências 1.106.967,77 423.930,89
794 Ganhos em imobilizações 0,00 0,00
795 Benef. e penalid. contratuais 0,00 0,00
796 Reduções amort e prov. 17.457,93 354.109,77
797 Correc. exerc. anteriores 707.612,12 2.603.787,30
798 Outros prov. ganhos extra 1.250.166,34 1.980.474,50
TOTAL GERAL 3.082.204,16 5.362.302,46
166 Hospital São João RC 2010 | Informação Financeira
NOTA 8.2.39
Outras Informações:
a. O Contrato Programa estabelecido entre o Hospital de São
João, EPE e o Ministério da Saúde (através da Administração
Regional de Saúde do Norte) constitui o instrumento de de-
finição e de quantificação das actividades a realizar pelo
Hospital, no âmbito do Serviço Nacional de Saúde. Assim, o
Contrato Programa define, nomeadamente, os objectivos de
produção e de remuneração desta, bem como os incentivos
institucionais de qualidade e eficiência no âmbito do serviço
público de saúde e ainda os programas especiais propostos
pelo Ministério da Saúde.
b. Foram facturados à ACSS:
· os programas específicos – Ajudas Técnicas, Assistência
Médica no Estrangeiro, Doenças Lisossomais de Sobrecarga
e Transplantes – no montante de 10.503.790,39€.
· a produção relativa ao Serviço Nacional de Saúde no valor de
300.198.636,16€ assim discriminado:
· Internamento – 143.208.950,15 €
· GDH’s Ambulatório – 30.575.067,02 €
· Consulta externa – 74.264.413,11 €
· Urgência – 30.419.166,27 €
· Hospital Dia – 11.227.249,22 €
· os Incentivos Institucionais no montante de 11.035.416,00 €
Das componentes do Contrato Programa mencionadas, foi
recebido no exercício, o montante de 245.255.380,61 €.
c. Na conta de acréscimos de proveitos estão registados os
valores contratados com SNS, para o exercício 2010, e rela-
tivos à produção marginal (3.226.641,98€), adicional SIGIC
(9.930.476,40€), incentivo institucional (11.035.416,00€), pro-
gramas especiais (16.246.185,32€).
d. Não receberemos o valor total do Incentivo Institucional
previsto porque não cumprimos um dos objectivos pro-
postos – nº doentes referenciados para RNCC – no valor
de 824.602,00€ e fomos penalizados em 25% em outro
objectivo - Tempo máximo de espera consulta – no valor de
356.309,56€.
e. Na rubrica acréscimos de custos evidenciam-se os valores
das responsabilidades com férias, subsídio de férias e res-
pectivos encargos (22.758.321,90€) e das despesas com os
contratos de água (113.221,10€).
f. Esta Instituição, a partir de Setembro de 2010, iniciou o pro-
cedimento de inventariação do património existente, confor-
me planeado, por uma entidade externa. No entanto, dada a
dimensão e complexidade das actividades desenvolvidas
pela Instituição, não foi possível concluir o procedimento até
31/12/2010. Prevê-se a conclusão da reconciliação contabi-
lística até ao final do 1º trimestre de 2011, sendo elaborado
o manual de procedimentos e constituição de equipa que se
responsabilizará pela manutenção e actualização do registo
do património, até finais de Maio de 2011.
Porto, 25 de Março de 2011
O Técnico Oficial de Contas
O Conselho Administração
172 Hospital São João RC 2010 | Informação Financeira
10.5 RELATóRIO DO FISCAL ÚNICO - AVALIAçãO DO DESEMPENHO DOS GESTORES EXECUTIVOS
CENTRO HOSPITALAR DE SÃO JOÃO, E.P.E.
(Sede) Alameda Professor Hernâni Monteiro4202-451 Porto
T +351 225 512 100E [email protected] www.hsjoao.min-saude.ptG
abin
ete
de C
omun
icaç
ão e
Mar
ketin
g · C
entr
o H
ospi
tala
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São
João
· 201
1 / F
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