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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores acionistas: A Nutriplant Indústria e Comércio S.A. têm o prazer de submeter à apreciação de V.Sas. as demonstrações financeiras encerradas em 31 de Dezembro de 2010.

DESCRIÇÃO DOS NEGÓCIOS Somos pioneiros no desenvolvimento e produção de Micronutrientes de Solo no Brasil, sendo que nossa marca FTE é reconhecida como sinônimo de tal produto. Desde 1980, atuamos no desenvolvimento e produção de FTE e Micronutrientes Foliares de alta tecnologia no país. Contamos com um dos maiores portfólios de Micronutrientes do Brasil e acreditamos ser reconhecidos pelo mercado como referência de tecnologia e qualidade em Micronutrientes para aplicação de solo, foliar, fertirrigação e tratamento de sementes.

PARTICIPAÇÃO DE MERCADO O segmento de micronutrientes não é acompanhado por estatísticas oficiais. A Nutriplant estima o tamanho desses mercados através de análises internas. Entendemos que participamos com cerca de 10% do mercado de micronutrientes de solo e cerca de 7% do mercado de micronutrientes foliares. CAPACIDADE DE PRODUÇÃO A Nutriplant possui atualmente duas fábricas em sua unidade industrial em Paulínia, uma para produção de micronutrientes de solo e outra para produção de micronutrientes foliares, podendo este último ser produzido na forma líquida ou em pó. Foram feitos investimentos para ganhos de produtividade em seus processos e ganhos de qualidade em seus produtos. Atualmente, a empresa tem capacidade para produzir cerca de 55 mil toneladas de Micronutrientes por ano, em dois turnos de produção. DESEMPENHO ECONÔMICO FINANCEIRO No período encerrado entre Janeiro e Dezembro de 2010, a Nutriplant apresentou um aumento no faturamento alcançando uma Receita Bruta de R$44,4 milhões, um acréscimo de 1,6% quando comparado aos R$43,7 milhões de Receita Bruta realizada no mesmo período do ano anterior, porém apresentou um decréscimo de 13,7% quando comparado aos R$ 50,5 milhões realizados no mesmo período de 2008. Percebemos ao longo dos últimos três anos uma inversão em nosso mix de produtos sendo que os produtos foliares responderam pela maior parte de nosso faturamento e foram responsáveis, no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2010, por cerca de 56% da nossa receita bruta de vendas, enquanto que os produtos FTE representaram cerca de 44% da nossa receita bruta. VOLUME COMERCIALIZADO O volume comercializado no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2010 foi de 32,2 mil toneladas de micronutrientes, superando em 21,8% o realizado no mesmo período do ano anterior. O volume de micronutrientes foliares aumentou 0,7%, passando de 6,7 mil toneladas comercializadas ao longo do exercício de 2009 para 6,8 mil toneladas neste exercício de 2010, representando 21,0% do total do volume de micronutrientes

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comercializados no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2010. O volume de micronutrientes de solo (FTE) aumentou 29,0%, passando de 19,7 mil toneladas comercializadas ao longo do exercício de 2009 para 25,4 mil toneladas neste exercício de 2010, representando 79,0% do total do volume de micronutrientes comercializados no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2010. No exercício de 2010 distribuímos nossos produtos para clientes localizados em 25 Estados brasileiros, sendo que do nosso faturamento 32,0% foi destinado à Região Sudeste, 23,3% à Região Nordeste, 35,2% à Região Centro-Oeste, 7,1% à Região Sul e 2,4% à Região Norte. A maior concentração de vendas na Região Centro Oeste verificada no período deve-se ao grande volume de Foliar aplicado nas culturas de Soja dos Estados de Mato Grosso e Goiás. Das vendas realizadas no exercício social encerrado em 2010 as culturas de Soja, Hortifruti, Café e Algodão representaram 36,8%, 14,7%, 8,4% e 4,2% respectivamente, sendo 29,3% para as Misturadoras e 6,6% para outras culturas. Entendemos que a diversidade geográfica de nossos clientes, aliada a uma boa distribuição nas vendas entre as principais culturas, protege nossa lucratividade em relação à volatilidade associada a condições climáticas locais e culturas específicas, tais como oscilações cíclicas de preços e pragas das lavouras. CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS Os Custos com os Produtos Vendidos no período entre Janeiro e Dezembro de 2010 foram de R$33,2 milhões, apresentando uma redução de 5,7% quando comparado aos R$35,2 milhões gastos no mesmo período do ano anterior. MARGEM BRUTA Nossa margem bruta apresentou recuperação quando comparada ao mesmo período do ano anterior, sendo 30,5% em 2010 contra 21,4% em 2009. Este aumento foi motivado principalmente pelo nosso esforço em buscar clientes que representam um menor risco de crédito, dado o risco associado ao financiamento de longo prazo das vendas. Tais clientes são, em geral, de maior porte, demandando um maior volume de insumos, mas também um preço diferenciado. Além disso, conseguimos ganhos em nossa margem bruta pelo gerenciamento eficaz do nosso portfólio de produtos. DESPESAS OPERACIONAIS As despesas administrativas no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2010 foram de R$3,5 milhões apresentando um acréscimo de 3,8% com relação ao mesmo período do ano anterior. As despesas comerciais no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2010 foram de R$7,2 milhões, ficando 8,1% maior que o mesmo período do ano anterior. Este aumento se deve principalmente aos serviços prestados pelas representações comerciais em todas as regiões brasileiras. EBITDA O EBITDA realizado no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2010 apresenta o valor negativo de R$ 3,7 milhões, representando uma melhora de 24,8% quando comparado ao valor negativo de R$ 4,9 milhões realizados no mesmo período do ano anterior. Em atendimento a Lei 11.638 a companhia adequou suas demonstrações financeiras ao IFRS, excluindo de suas receitas brutas as receitas de ordem financeira. Para efeito de uma melhor comparação ajustamos o Ebitda1, incluindo o valor qual foi deduzido da receita bruta no valor de R$ 2.226 mil no exercício findo em dezembro de 2010 e R$ 2.197 mil no mesmo período

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do ano anterior, por ordem do desconto do valor presente referente às vendas com prazo safra. A apropriação desta receita ocorrerá mensalmente como receita financeira. Também foram excluídas do CPV (Custos dos Produtos Vendidos) as despesas de ordem financeira. Para efeito de uma melhor comparação ajustamos o Ebitda1, excluindo o valor qual foi adicionado ao CPV no valor de R$ 659 mil neste exercício, por ordem de desconto do valor presente referente às compras a prazo. A apropriação desta despesa ocorrerá mensalmente como receita financeira.

Ajuste do lucro (prejuízo) líquido ao EBITDA ajustado: (em milhares de Reais)

2010 2009 2008

Lucro (Prejuízo) líquido

(7.769)

(8.293)

(4.417) Imposto de renda (2.562) (3.648) (1.691)

Resultado não operacional - - 302

Resultado Financeiro Líquido 4.239 2.806 2.658

Receita do Ajuste a Valor Presente – IFRS 1.567 1.236 2.269

Depreciação e amortização 840 859 726

Ajuste impacto não recorrente referente adesão ao REFIS - 2.137 -

Despesas com IPO - 1.810

EBITDA (3.685) (4.902) 1.657

1 - EBITDA é o lucro (prejuízo) operacional adicionado das receitas (despesas) financeiras líquidas e de depreciações e amortizações. O EBITDA não é uma medida utilizada nas práticas contábeis adotadas no Brasil, não representando o fluxo de caixa para os períodos apresentados e não deve ser considerado como sendo uma alternativa ao lucro líquido na qualidade de indicador do nosso desempenho operacional ou como uma alternativa ao fluxo de caixa na qualidade de indicador de liquidez. O EBITDA não tem um significado padronizado e nossa definição de EBITDA pode não ser comparável ao EBITDA ou EBITDA ajustado conforme definido por outras companhias. Ainda que o EBITDA não forneça, de acordo com as práticas contábeis utilizadas no Brasil uma medida do fluxo de caixa operacional, nossa administração o utiliza para mensurar nosso desempenho operacional. Adicionalmente, entendemos que determinados investidores e analistas financeiros utilizam o EBITDA como indicador do desempenho operacional de uma companhia e/ou de seu fluxo de caixa.

CAPITAL DE GIRO Nosso estoque de matérias-primas é realizado com base na demanda de nossos clientes. Devido à característica natural de sazonalidade do agronegócio, procuramos manter nossos estoques preparados para a maior demanda nas temporadas de plantio, antecipando a compra de matérias-primas, para que não nos deparemos com uma situação de excesso de demanda em relação à capacidade produtiva. Também buscamos manter uma relação otimizada com o fluxo de caixa, não implicando, portanto, no aumento de custos pelo estoque excessivo e desta forma aumentamos a nossa disponibilidade de capital. Continuamos com nosso objetivo de redução de estoques durante o ano de 2010 sendo que o mesmo apresentou um saldo final de R$ 4,9 milhões em 31 de Dezembro de 2010, representando uma redução de 28,1% quando comparado aos R$ 6,7 milhões do ano anterior. O saldo das contas a receber de clientes em 31 de dezembro de 2010 é de R$ 7,8 milhões, apresentando uma redução de 45,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. O saldo das contas a pagar aos fornecedores em 31 de Dezembro de 2010 é R$ 13,1 milhões, redução de 4,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esta redução ocorreu pelo decréscimo do volume de compras com maior prazo de pagamento para atendimento da demanda prevista. ENDIVIDAMENTO BANCÁRIO O endividamento bancário líquido da Companhia apresentou um aumento de R$ 4,2 milhões sendo R$ 11,9 milhões em 31 de Dezembro de 2010 contra um saldo de R$ 7,7 milhões em 31 de Dezembro de 2009. Tal acréscimo da nossa necessidade de capital de giro ocorreu face ao aumento em nosso faturamento bem como a redução de nossos prazos de

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pagamentos com os fornecedores de matéria-prima. Em 9 de setembro de 2009, foi constituído o Nutriplant Fundo de Investimento em Direitos Creditórios Agroindustriais (“FIDC”), nos termos da Instrução CVM nº 356, de 17 de dezembro de 2001. O FIDC é administrado pela Oliveira Trust DTVM S.A. e tem por objeto a aquisição de direitos creditórios oriundos de operações de compra e venda mercantil a prazo de produtos fabricados e comercializados pela Companhia. As cotas seniores do FIDC, no montante de R$14 milhões, serão totalmente integralizadas pelo Rabobank International S.A., sendo que as cotas subordinadas serão subscritas privadamente pela Companhia em percentual correspondente a 31% do patrimônio líquido do fundo. As cotas seniores terão como remuneração alvo 100% do CDI, acrescido de 4,5% ao ano. O prazo de duração das cotas seniores da primeira série é de trinta e seis meses. A posição do FIDC em 31 de dezembro de 2010 era de R$ 2,6 milhões de cotas subordinadas e R$ 4,2 milhões de cotas seniores. MERCADO DE CAPITAIS As Ações da Nutriplant (NUTR3M) desvalorizaram 70,0% desde seu lançamento em 12 de fevereiro de 2008 até 31 de março de 2011. O BOVESPA MAIS é o segmento de listagem do mercado de balcão organizado administrado pela BOVESPA e idealizado para tornar o mercado acionário brasileiro acessível a um número maior de empresas, em especial, àquelas que sejam particularmente atrativas aos investidores que buscam investimentos de médio e longo prazo e cuja preocupação com o retorno potencial sobrepõe-se à necessidade de liquidez imediata. PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA

Acionistas 2010 % Participação Tripto Participações 2.898.922 55,6% Mercado 2.070.100 39,7% Outros 248.246 4,8% Total de Ações Ordinárias 5.217.268 100,0%

PERSPECTIVAS PARA 2011 As perspectivas para agronegócio brasileiro em 2011 estão relacionadas ao desenvolvimento da economia mundial e a nossa capacidade de exportação de commodities agrícolas. O agronegócio brasileiro tem grande potencial de crescimento para os próximos anos, puxado pelo complexo: soja, milho e etanol. O aumento da demanda interna e a carência de áreas agricultáveis em outros países devem impulsionar o setor. Os baixos estoques mundiais de alimentos, a crescente urbanização e o aumento da classe média mundial, somados ao crescimento de produtividade maior do que a expansão da área agrícola cria condições favoráveis para que países como o Brasil ocupem espaço no agronegócio mundial. A estimativa da área plantada nacional para a safra 2010/2011 é de 49,3 milhões de hectares(*), 3,9% maior que a área cultivada na safra anterior. Espera-se que o PIB brasileiro cresça 4,5% em 2011, sendo que o agronegócio é parte relevante desse crescimento. Neste cenário continuamos a seguir a nossa estratégia de crescimento, buscando capturar um maior volume no segmento de produtos foliares. Introduzimos nessa estratégia uma maior rigidez na análise e concessão de crédito, e um crescimento focado em mercados e clientes com menor risco de crédito. Buscamos também uma maior liquidez e menor dependência em captação de recursos de terceiros para financiar o nosso capital de giro. (*)

fonte: CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento

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DIREITO DOS ACIONISTAS De acordo com o Estatuto Social da Companhia, aos acionistas é assegurado o direito ao recebimento de um dividendo obrigatório anual não inferior a 25% do lucro líquido do exercício, após compensação de prejuízos acumulados, se houver, e deduzido ou acrescido dos seguintes valores: (i) importância destinada à constituição de reserva legal; (ii) importância destinada à formação de reservas para contingências ou reversão das mesmas reservas formadas em exercícios anteriores; (iii) importância decorrente da reversão da reserva de lucros a realizar formada em exercícios anteriores, nos termos do artigo 202, inciso II da Lei das Sociedades por Ações. INSTRUÇÃO CVM 381 A política de atuação da Companhia na contratação de serviços não relacionados à auditoria externa junto aos nossos auditores independentes se fundamenta nos princípios que preservam a independência do auditor independente. Estes princípios consistem, de acordo com preceitos internacionalmente adotados, em: (a) o auditor não deve auditar o seu próprio trabalho, (b) o auditor não deve exercer funções gerenciais no seu cliente e (c) o auditor não deve promover os interesses de seu cliente. Neste sentido, nos anos de 2010, 2009, 2008 e de 2007, os nossos auditores externos somente efetuaram trabalhos relacionados à auditoria das demonstrações financeiras.

CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA A Companhia está vinculada à arbitragem na Câmara de Arbitragem do Mercado da BOVESPA, conforme Cláusula Compromissória constante no artigo 32 de seu Estatuto Social.

AGRADECIMENTOS Ao término de mais um exercício, agradecemos aos nossos funcionários pela dedicação e pela coragem ao enfrentar este ano de desafios, aos acionistas, clientes, fornecedores e mercado financeiro em geral pela confiança depositada nos planos empreendidos pela Nutriplant.

Paulínia, 03 de maio de 2011.

A Administração.