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Universidades Santa Ursula Engenharia Civil Tema: Visita tecnica estação de tratamento de água guandu Aluno: Francisco Cassumba Cauenge Prof: Tania Disciplina: Saneamento

relatorio da estaçao tratamento de agua

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Universidades Santa Ursula

Engenharia Civil

Tema: Visita tecnica estação de tratamento de água guandu

Aluno: Francisco Cassumba Cauenge

Prof: Tania

Disciplina: Saneamento

13/12/2014

Visita técnica (ETA) Guandu

A ETA Guandu é uma estação de tratamento de água responsável por cerca de oitenta por cento do abastecimento de água potável da região metropolitana do Rio de Janeiro.

Rio Guandu É um rio brasileiro do estado do Rio de Janeiro, de grande importância para este estado, já que suas águas concorrem para que a Região Metropolitana do Rio de Janeiro - RMRJ, também conhecida como Grande Rio, obtenha água potável, após tratamento na ETA Guandu

Suas nascentes localizam-se na serra do Mar em diversos municípios. Alguns riachos se unem na represa de Ribeirão das Lajes, um dos formadores do rio Guandu, que é importante para a regulação da vazão. No complexo de Lajes (da Light), recebe as águas do rio Paraíba do Sul através de uma transposição em Barra do Piraí pela estação elevatória de Santa Cecília. Entre Paracambi em Japeri, o Ribeirão das Lajes recebe as águas do Rio Santana passando finalmente a denominar-se Rio Guandu.

Depois disso, recebe ainda as águas dos poluídos rios de Queimados, como o Abel e os Poços/Queimados, e os córregos de Seropédica. No município de Nova Iguaçu, localiza-se a estação de tratamento de água - ETA do Guandu, considerada a maior do mundo com uma vazão de até 47 m³/s. Depois da estação de tratamento, recebe as águas do rio Guandu-Mirim e é dividido em vários canais na altura do bairro carioca de Santa Cruz, sendo o principal deles o canal de São Francisco, que serve à importante zona industrial deste bairro, em que se encontram a COSIGUA (Companhia Siderúrgica da Guanabara) e a termelétrica de Santa Cruz, terminando por desaguar na baía de Sepetiba.

Estação de Tratamento da Água - Rio Guandu

A maior unidade de tratamento de água do mundo é a do Guandu, localizada no Km 19,5 da Rodovia BR 465, (Antiga Estrada Rio - São Paulo), em Nova Iguaçu, utiliza as águas do rio Guandu, que é formado pela junção das águas do rio Ribeirão das Lajes e dos rios Piraí e Paraíba do Sul, após elas serem utilizadas pela Light para a geração de energia elétrica.

Inaugurada em 1955, a Estação de Tratamento de Água do Guandu produz cerca de 43 mil litros por segundo, aproximadamente o triplo da capacidade inicial. Isso significa mais de 3,7 bilhões de litros saindo diariamente da ETAG para abastecer os Municípios do Rio de Janeiro, Baixada Fluminense e Itaguaí, atendendo a um padrão de qualidade internacional, controlado através de uma série de análises fisico-químicas e bacteriológicas.

Para se ter uma idéia, a água chega a ETAG barrenta e turva. No entanto, sai pura e cristalina, podendo ser consumida sem qualquer problema, depois de tratada com

uma média diária de 120 toneladas de coagulantes (Sulfato de Alumínio ou Cloreto Férrico ou ainda Sulfato Ferroso Oxidado), 20 toneladas de Cal Virgem, 15 toneladas de Cloro e 200 Kg de polieletrólito, além da adição de 7 toneladas de ácido fluossilícico. Além disso, a ETAG tem um consumo de energia de cerca de 25 mil MWh por mês, o que representa o consumo de energia de uma cidade de 600.000 habitantes, números que, como você pode perceber, são significativos e fazem justiça ao orgulho que a CEDAE tem de sua principal estação de tratamento de água.

Monitoramento da Estação de Tratamento de Água Guandu

Através do monitoramento da água podemos observar desde o momento da sua captação, quando ainda está na natureza, seu direcionamento à estação de tratamento e os vários processos de tratamento até a sua transformação em água potável.

OBJETIVO

Verificar o processo de tratamento de água, desde a sua captação no Rio Guandu até o consumo, além da obtenção de dados sobre os problemas e dificuldades físicas e políticas enfrentadas pela empresa e por seus funcionários para colocar em funcionamento todas metas instituídas pela empresa. Segundo os biólogos da CEDAE a água que é distribuída pela Cedae é potável, ou seja, pode ser consumida sem nenhum outro tipo de tratamento. Costumamos utilizar filtros em nossas residências, o que nos garante que qualquer resíduo que possa estar acumulado em nossas caixas de água e cisternas ficará retido.

DESARENADORESDo túnel, a água segue para os desarenadores, que são canais, medindo 270 metros de

comprimento por 9 metros de largura, e servem para remover areia e materiais pesados que ainda estão em suspensão na água.

No final ficam localizados as

Elevatórias de água bruta (BRG e NBRG). Depois

de bombeada a água bruta segue através de 5

grandes adutoras

FLOCULAÇÃO – CAIXA DE TRANQUILIZAÇÃO

Depois disso, adiciona-se sulfato de alumínio para que as impurezas se unam em flocos. Durante a floculação, a água torna-se ácida e o pH baixa de 6.8 para 4.4, em época de chuvas. Esta acidez é corrigida ao final do tratamento, quando se adiciona Cal Virgem á água, tornando-a menos corrosiva com o pH acima de 7.0. passa por uma unidade, chamada Caixa de Tranquilização onde são aplicados coagulantes, para aumentar os pesos dos flocos e, após, que seguirá por dois caminhos: Velha Estação de Tratamento (VETA) e Nova Estação de Tratamento (NETA). Com o auxilio de um sistema avançado de telemetria, os sensores eletrônicos monitoram o pH "on line" 24 h/dia, podendo, desta forma, corrigir instantaneamente qualquer variação indesejada. Mantendo o pH estável em uma faixa ideal, evitamos problemas de saúde e também a corrosão nas tubulações de distribuição de água. Os flocos formados são conseqüência da união provocada pelos coagulantes químicos com as partículas que provocam o aspecto barrento na água bruta; dessa forma, inicia-se um processo de separação das impurezas da água, que é realizada em uma unidade denominada Floculador. Hoje são usados duzentas toneladas por dia de sulfato de alumínio.

DECANTAÇÃO

Na NETA existem 4 floculadores, mecanizados. Após passar por estas unidades a água floculada é conduzida à grandes tanques de sedimentação

denominados Decantadores de fluxo vertical formados por módulos tubulares em forma de

colméias que, após a sedimentação das partículas e clarificação, é coletada por calhas e

destas conduzidas para 60 filtros de areia e antracto (carvão mineral).

Na VETA a água passa por nove decantadores onde as partículas floculadas sedimentam pela ação da gravidade. Neste ponto calhas introduzidas nos decantadores conduzem a água clarificada para 72 filtros de areia.

CLORAÇÃO

Após a passagem pelos 132 filtros (72 na VETA e 60 na NETA), a água toma-se totalmente límpida e daí chega a um grande reservatório de contato onde será efetuada a aplicação de Cloro para a desinfecção, permanecendo o tempo necessário para a total eliminação de bactérias e outros microorganismos patogênicos que não tenham sido eliminados nos processos anteriores de tratamento. Posteriormente, adiciona-se Cal Virgem para eliminação total da acidez da água, protegendo as tubulações e equipamentos. Hoje são usados dezoito toneladas dia.

FLUORETAÇÃO

Por fim, tem-se a Fluoretação que é efetuada para o auxílio na prevenção da cárie dentária.

ADUÇÃO

Após o tratamento a água segue para o sistema de adução através de dois sub-sistemas: 1. Sub-sistema Marapicu - através de 3 elevatórias com um total de 15 grupos moto-bombas. Aproximadamente 50% da água é bombeada da ETAG para o Reservatório do Marapicu, que será distribuído por adutoras.

2. Sub-sistema Lameirão - o restante da água (50%) é aduzido para a elevatória do Lameirão através de um túnel subterrâneo. Ao longo do trajeto deste nível, várias adutoras estão conectadas para fazer a distribuição para os diversos bairros do Rio de Janeiro.

LABORATÓRIO DE CONTROLE

A Estação de Tratamento dispõe também de um laboratório de controle de qualidade que realiza análises físico-químicas e bacteriológicas periodicamente controlando cada fase do processo e garantindo assim os padrões de potabilidade exigidos (Resoluções Conama nº 357/2005, Conama nº 274, Conama nº 344/2004, e Portaria N° 518, do Ministério da Saúde). Hoje a nossa água é classificada como classe 2, a 2ª melhor água do mundo.

MONITORAMENTO

O monitoramento de qualidade das águas é um dos mais importantes instrumentos da gestão ambiental. Ele consiste, basicamente, no acompanhamento sistemático dos aspectos qualitativos das águas, visando a produção de informações e é destinado à comunidade científica, ao público em geral e, principalmente, às diversas instâncias decisórias. O monitoramento da bacia do rio Guandu é feito pela Feema e pela CEDAE na Estação de Tratamento com o objetivo de acompanhar os principais indicadores físico-químicos de qualidade de água, bem como a comunidade fitoplanctônica quanto à composição quantitativa e qualitativa e biotestes qualitativos para avaliar a possível toxidez de cianobactérias e de sedimentos. Segundo os técnicos, o monitoramento é feito de forma sistemática (convencional) e também automática, on line, através de através de seu Centro de Controle

Operacional o que permite uma avaliação contínua da qualidade da água, detectando alterações instantâneas e possibilitando agilizar as providências necessárias à solução do problema imediatamente. Na estação de monitoramento automático do Guandu, são analisados os parâmetros OD, pH, Temperatura, Condutividade e TOC (carbono orgânico total). Ressalta-se que esse monitoramento pode ser intensificado em função de possíveis eventos adversos, em especial durante o verão. Normalmente são aduzidos 220m3 de água. No dia de visita foram monitorados 330m3 de água devido às fortes chuvas na semana. Havendo o monitoramento da barragem com a transmissão on-line, os técnicos monitoram o quanto entra de água e quanto sai para o controle da quantidade de químicos para se chegar à qualidade da água esperada. Dependendo da quantidade e da poluição, há a necessidade do desligamento de bombas para o tratamento, caso contrário a qualidade não seria a mesma.

CONCLUSÃO

Em função do crescimento populacional (elevação do consumo per capita) e do desenvolvimento das cidades, observa-se um aumento da demanda de água. Assim, torna-se cada vez mais urgente a necessidade de escolha de mananciais para o abastecimento público de água. A escolha do manancial é uma decisão de grande importância e responsabilidade em um projeto de abastecimento de água. Os mananciais próximos, mais volumosos, capazes de atender à demanda por um tempo maior e os mananciais com água de melhor qualidade e menos sujeitos à poluição são ideais para a utilização na captação. A água destinada ao consumo humano deve obedecer a uma série de requisitos para se constituir em água potável. A importância dos sistemas de abastecimento de água está relacionada com a melhoria da qualidadede vida e com o aumento da vida média dos habitantes. À medida que se aumenta a eficiência dos serviços de abastecimento de água, diminui-se a incidência de doenças relacionadas com a água.

Outros fatores muito importantes são quanto ao planejamento e à proteção adequados dos mananciais para a garantia da qualidade e a conservação dos mesmos. Alguns impactos ambientais nos recursos hídricos brasileiros são causados por: desmatamentos irregulares de matas ciliares; assoreamentos e contaminação de

mananciais devido a ações criminosas de mineradoras; aporte de grandes volumes diários de esgotodoméstico e industrial sem qualquer tratamento. Os mananciais constituem áreas protegidas por uma Legislação Ambiental bastante vasta, que não é cumprida, na maioria das vezes, colocando em risco a sua qualidade ambiental.