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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE
PERNAMBUCO – IFPE – Campus RECIFE
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SISTEMAS, PROCESSOS E CONTROLES
INDUSTRIAIS – DACI
COORDENAÇÃO DO CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA INDUSTRIAL – CQUI
DISCIPLINA DE PROCESSOS BIOTECNOLÓGICOS INDUSTRIAIS
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA:
ANÁLISE TECNOLÓGICA DA FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA
Determinações: pH, ° Brix, Acidez Sulfúrica,Açúcares Redutores Totais e Teor Alcoólico
PROFESSOR RESPONSÁVEL:
Cristina Nascimento
EQUIPE:
Adalberto Bezerra – 20092c3-rc0358
Ana Christina Peixoto – 08104
Lorena Ferreira de Araújo – 0810406
Rafaela da Silva Reis – 20091c6-rc0420
Thaís Maria Xavier – 0810416
BANCADA: 01
DATA DE REALIZAÇÃO DA PRÁTICA: 20 e 21 de Outubro de 2011
26 de Outubro de 2011
RECIFE - PE
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SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS................................................................................................... 2
1. OBJETIVO...................................................................................................................... 3
2. INTRODUÇÃO............................................................................................................... 4
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................................... 5
4. CONCLUSÕES............................................................................................................... 8
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................... 9
2
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Esquematização dos resultados............................................................................ 6
3
1. OBJETIVO
A prática descrita neste relatório teve por objetivo a realização de fermentação
alcoólica a partir do caldo-de-cana comum, incluindo a preparação e caracterização do
mosto, caracterização do vinho e verificação do rendimento da fermentação através do teor
alcoólico.
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2. INTRODUÇÃO
A fermentação alcoólica é um processo anaeróbio de transformação de uma matéria
em outra com a finalidade de obtenção de energia para o microrganismo fermentador e a
eficiência dessa fermentação é baseada em análises físico-químicas feitas no mosto e no
vinho.
No início do procedimento, antes da fermentação, essas análises são importantes
para a verificação da qualidade do mosto que irá ser usado na produção do álcool etílico. E,
no final, também são feitas análises para verificar rendimento e qualidade do vinho obtido,
que é produto da fermentação.
Entre elas está a determinação do pH, que deve estar entre 4,5 e 5,5, pois como se
trata de fermentação de levedura necessita de um meio ácido e essa é a faixa ideal, para
isso na análises descritas foi utilizado um pHmetro. No final da fermentação é
recomendável fazer uma análise do pH do vinho, para fins de comparação.
Outra análise importante no mosto é a determinação do °Brix, indicando a
quantidade de sacarose, que é o dissacarídeo utilizado no processo de produção do álcool
etílico, além de outros sólidos em solução, com faixa recomendável de 14° a 18°
trabalhando-se com caldo de cana. A análise do Brix no vinho é interessante para observar
que toda a sacarose foi transformada em glicose e a mesma em álcool, resultado em 0°
brix.
Faz-se a medição do volume do mosto e do vinho como controle de rendimento do
caldo de cana utilizado. E para indicar a quantidade de ácido sulfúrico tanto no mosto
como no vinho, faz-se a determinação da acidez sulfúrica – no caso destas práticas
descritas, usou-se a volumetria, que é o ácido encontrado em maior quantidade, devido ao
solo usado no cultivo da cana. Assim como no pH, a acidez do vinho também é
recomendável para fins de comparação.
Outra determinação de suma importância é o dos Açúcares Redutores Totais
(ART), dos quais pertence a glicose, utilizada para a fermentação da levedura,
transformando todo o açúcar em álcool etílico mais subprodutos. Essa análise é feita pelo
método volumétrico e expressa em quantidade o rendimento da glicose, que é verificado
correlacionando com o do teor alcoólico do vinho, expressado em °GL – graus Gay-
Lussac. Na análise posteriormente discutida, para a determinação do teor alcoólico foi
usado um ebuliômetro com régua calibrada.
.
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3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados abaixo apresentados e os cálculos, quando necessários, foram
realizados com base nos valores encontrados durante a prática.
Determinação do pH na Matéria-Prima
pH = 5,1
Determinação do °Brix na Matéria-Prima
°Brix = 17°
Volume do Mosto
V = 400ml
Determinação da Acidez Sulfúrica no Mosto
Vg = (V1+V2+V3)/2 = (3,5ml+3,5ml+3,5ml)/3 = 3,5ml
Acidez do Mosto = Vg x 0,049g de H2SO4
Acidez do Mosto = 3,5ml x 0,049g de H2SO4
Acidez do Mosto = 0,1715
Determinação de Açúcares Redutores Totais (ART) no Mosto
Vg = (V1+V2)/2 = (20ml+23,9ml)/2 = 21,95ml
z = ART % mosto = 320 / Vg
z = ART % mosto = 320 / 21,95 ml
ART % mosto = 14,578
Determinação do pH no Vinho
pH = 4,3
Determinação do °Brix no Vinho
°Brix = 2°
6
Volume do Vinho
V = 425ml
Determinação da Acidez Sulfúrica no Vinho
Vg = (V1+V2+V3)/2 = (1,7ml+1,8ml+1,7ml)/3 = 1,73ml
Acidez do Mosto = Vg x 0,049g de H2SO4
Acidez do Mosto = 1,73ml x 0,049g de H2SO4
Acidez do Mosto = 0,085
Teor Alcoólico em °GL no Vinho
°GL = 7,5°
Conforme os valores esquematizados na Tabela 1, levantou-se fatores que
poderiam ter ocasionado a determinação desses resultado.
Tabela 1: Esquematização dos resultados.
Início (Mosto) Final (Vinho)
ph = 5,1 pH = 4,2
°Brix = 17° °Brix = 2
Volume = 400ml Volume = 425ml
Acidez Sulfúrica = 0,1715 Acidez Sulfúrica = 0,085
ART = 14,578 Teor Alcoólico = 7,5°GL
No mosto,pode-se observar que o pH obtido foi 5,1, ficando na faixa desejável para
o mesmo, visto que para a fermentação ocorrer, necessita-se de um pH entre 4,5 e 5,5, um
pH ácido para o crescimento da levedura. Através das determinações de pH realizadas no
vinho, pode-se perceber a redução do mesmo, o que se deve ação combinada da formação
de etanol, levemente mais ácido que a sacarose, do CO2, que pode se combinar com a água
presente no meio levando a ácido carbônico, e por ação ainda mais forte do ácido acético
formado como sub produto da reação de fermentação alcoólica, assim como outros
alcoóis,ácidos, ésteres e éteres.
Quanto ao °Brix no mosto, que foi de 17°, este estava na faixa desejável para a
quantidade de material sólido, que tem como principal representante a sacarose, que é de
14 a 18°. A redução do °Brix, comparando-se os resultados anterior e posterior a
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fermentação, é causada pela conversão da sacarose em etanol por meio da ação do
microrganismo. A verificação do °Brix no vinho, para fermentações em escala industrial,
não é necessária, pois o carboidrato presente no mosto, a sacarose, foi quase totalmente
convertida em glicose e fermentada, deixando o valor do °Brix tendendo a zero, entretanto
essa determinação foi realizada durante a prática para melhor visualização do processo
pelos alunos.
Foi observado, através de medição, a variação do volume pré e pós-fermentação, o
fator que influenciou nessa diferença foi o aumento da população microbiana, que por
consequencia, aumentou o volume de matéria no recipiente da fermentação.
A determinação da acidez sulfúrica no vinho é puramente para observar,
comparando com o encontrado no mosto, que o ácido sulfúrico foi utilizado pela levedura
como fonte de enxofre, fato demonstrado pela redução do valor encontrado antes da
fermentação.
Como é sabido, a determinação de açúcares redutores totais compreende tanto os
fermentescíveis como os não-fermentescíveis, por isso é de se esperar que o teor de ART
seja alto antes da fermentação, pois os açúcares ainda não foram metabolizados. Da mesma
forma que o °Brix, o teor de ART, que tem como seu principal representante a glicose, não
precisa ser verificado após o processo fermentativo, uma vez que seu valor se aproximará
de zero.
Após a fermentação, verificou-se o teor alcoólico, que permaneceu em faixa
recomendável, que é entre 7 e 9° GL, confirmando o rendimento esperado para o processo.
A técnica utilizada para evitar a formação exagerada de ácido acético durante a
fermentação do mosto, que causaria alteração das características químicas e organolépticas
do produto, foi o borbulhamento do CO2 produzido em solução saturada de Ca(OH)2,
formando um precipitado branco de carbonato de cálcio, seguindo a reação abaixo descrita:
CO2(g) + Ca(OH)2(aq) → CaCO3(s) + H2O(l)
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4. CONCLUSÕES
As análises realizadas serviram como parâmetros para indicar a qualidade do mosto
e a do vinho e pode-se observar que os valores obtidos estavam de acordo com o desejável.
Nessas análises pode-se perceber que o pH obtido tanto no mosto quanto no vinho
mantiveram-se na faixa recomendável – em pH ácido, ideal para crescimento de leveduras.
O Brix encontrado estava em quantidade ideal para a produção de álcool etílico. Pode-se
também observar uma variação no volume do mosto e do vinho, o vinho contém, além do
mosto que fora fermentado, a levedura. Já a determinação do ácido sulfúrico serviu apenas
como quantificação do teor ácido do mosto e vinho, determinando também quanto de
enxofre estava disponível para as leveduras. Quanto a determinação de ART no mosto, foi
necessária apenas para verificar o teor de carboidratos fermentescíveis, a glicose.
E, finalmente, através da verificação do teor alcoólico, pode-se perceber que a
fermentação ocorreu da forma esperada, seguindo os padrões de um processo com
rendimento satisfatório.
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
APOSTILA DE FERMENTAÇÃO ETANÓLICA, MICROBIOLOGIA. Campinas,
Buckman Laboratórios Ltda. & Departamento de Biociências. UNESP, 1986.
FERREIRA, E. C.; MONTES, R. A química da produção de bebidas alcoólica. Química
Nova na Escola. Nº10, novembro de 1999.