RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2014 - Fundo Vale · 4 QUEM SOMOS O Fundo Vale é uma associação sem fins lucrativos, com o título de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público

RELATÓRIODE ATIVIDADES 2014

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CARTA DAPRESIDENTE

Desde a criação do Fundo Vale, em 2009, temos buscado, ao lado de nossos parceiros, um olhar criativo e plenamente realista sobre a sustentabilidade de cada um dos territórios em que atuamos.

Pescador na Amazônia. © Imazon/ Rafael Araújo.

Bacia do Rio Negro

Sul do Amazonas

Acre, Rondônia e Mato Grosso

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Leste Paraense

Escudo das Guianas

Costa Amazônica

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Fundo Vale | Relatório de Atividades 2014 3

Nosso objetivo é deixar um legado positivo para as po-pulações locais, mostrando caminhos viáveis que possam ser seguidos, sempre com base no diálogo e na transparência de nossas parcerias.

Em 2014, focamos os nossos esforços na construção de economias mais sustentáveis, no uso adequado dos recursos naturais, no fortalecimento da colaboração em rede e na parti-cipação direta em políticas públicas que beneficiem as comu-nidades que vivem na Amazônia. Buscamos acompanhar de perto cada avanço nesse sentido, por meio do diálogo com os parceiros e em idas ao campo.

Em nossa governança institucional, buscamos maior apro-ximação entre o Conselho Gestor e as organizações parceiras, ajudando-os a melhorar de forma contínua a sua gestão e a busca pelos resultados. E para melhor mensurar nossos avan-ços, iniciamos a fase de testes de um sistema de indicadores que vai nos ajudar a mensurar melhor os resultados e planejar os investimentos futuros.

Dedicamo-nos, também, aos estudos para planejar o futuro e pensar nas direções a seguir. Conhecemos melhor as necessida-

des do estado do Maranhão, que também abriga parte da Amazônia, e já começamos a atuar por lá. Também rea-lizamos um diagnóstico para entender melhor os desafios da Mata Atlântica, com vis-tas a uma atuação futura.

Neste relatório compar-tilhamos as conquistas e novidades na gestão e nas ações do Fundo Vale. Desejamos que você caminhe conosco por essas linhas, afinal, 2014 foi um ano de grandes desafios e avanços.

Boa leitura!

Vania Somavilla

Diretora Presidente do Fundo ValeDiretora Executiva de Recursos Humanos, Saúde e

Segurança, Sustentabilidade e Energia da Vale

Em 2014, focamos os nossos esforços na construção de economias mais sustentáveis, no uso adequado dos

recursos naturais, no fortalecimento da colaboração em rede e na participação direta em políticas públicas

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QUEMSOMOSO Fundo Vale é uma associação sem fins lucrativos, com o título de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), que tem por missão conectar instituições e iniciativas em prol do desenvolvimento sustentável.

Resex do Rio Unini, AM. © arquivo FVA

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Criado em 2009 pela Vale, como contribuição da empresa para a busca de soluções globais de sustentabilidade, se consolidou como um dos principais fundos de sustentabilidade de origem privada na Amazônia.

Sua atuação ocorre por meio de parcerias junto à sociedade civil e organismos governamentais de referência internacional em sustentabilidade. Já estabeleceu parcerias diretas com 25 organi-zações de grande experiência e reputação na área socioambiental, em mais de 40 iniciativas e projetos. Tais ações buscam incidência em temas como fortalecimento da sociedade civil, mecanismos de governança, nova economia, ordenamento territorial, políticas pú-blicas e geração e disseminação de conhecimento.

Priorizando a gestão integrada dos territórios e a construção de legados, o Fundo atua como um agente de fomento e integra-ção de agendas pautadas na melhoria da qualidade de vida das populações, na construção de um modelo econômico sustentá-vel e no fortalecimento de ações estruturantes para o desenvolvi-mento sustentável no país.

O Fundo iniciou suas ações pela Amazônia, mas vem avançan-do e refletindo sobre a melhor estratégia de atuação, ampliando seu olhar para todo o território nacional.

NOSSA VISÃO DE FUTURO:

Ser reconhecido por construir colaborativamente meios para a aceleração do desenvolvimento sustentável nos terri-tórios onde atua

NOSSOS VALORES:

CUIDAR: a vida em primeiro lugar.

COLABORAR: atuação em rede para o bem comum

ESTAR PRESENTE: estar em campo é o melhor aprendizado.

INOVAR: boas ideias fazem a diferença.

SER TRANSPARENTE: diálogo e comunicação como elo das relações.

TRANSFORMAR: valorizando compromissos duradouros.

REALIZAR: fazer acontecer.

NOSSA MISSÃO:

“Promover o desenvolvimento sustentável ao induzir, conectar ou multiplicar soluções transformadoras para as sociedades, mercados e meio ambiente”.

Encontro de Parceiros na Reserva Natural Vale, em Linhares (ES). Arquivo Fundo Vale.

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PROGRAMAS

As ações desenvolvidas pelo Fundo Vale estão agrupadas em três programas de trabalho:

Os projetos apoiados podem abranger mais de um programa em suas atividades.

MUNICÍPIOS VERDES:

Apoia uma nova agenda de desenvolvimento sustentável dos

municípios, com engajamento dos atores locais, conciliando gestão

ambiental efetiva e economia local de base sustentável.

ÁREAS PROTEGIDAS E BIODIVERSIDADE:

Visa promover a gestão integrada das áreas protegidas, em conexão

e sinergia com as estratégias de desenvolvimento local, regional e nacional, de forma a demonstrar a sua contribuição para os territórios e garantir a sustentabilidade destas

áreas e de seus povos.

MONITORAMENTO ESTRATÉGICO:

Busca potencializar iniciativas de monitoramento e políticas de

intervenção, com base na geração e uso de informação estratégica para a conservação dos recursos

naturais, a redução da sua degradação e o desenvolvimento sustentável das populações locais.

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8 iniciativas

7 parceiros

1 Estado

4 pessoas na equipe

LINHA DO TEMPO

2010

2011

2012

2013

2014

27 iniciativas

14 parceiros

4 Estados

6 pessoas na equipe 43 iniciativas

25 parceiros

6 Estados

12 pessoas na equipe

43 iniciativas

25 parceiros

6 Estados


33 iniciativas

20 parceiros

7 Estados


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VISÃO GERALDE 2014Ao longo do ano, foram apoiados 33 projetos, de 20 organizações, em diferentes temas socioambientais, todos na Amazônia.

Coletora da Rede de Sementes do Xingu, MT. © Tui Anandi/ISA

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CAMINHADA EM CONJUNTO

Avanços na gestão institucional e nas parcerias marcam o ano de 2014 do Fundo Vale

Os resultados positivos conquistados em 2014 mostram que os esforços em conjunto valem à pena. Ao longo do ano, foram apoiados 33 projetos de 20 organizações em temas como ma-nejo florestal, pecuária de baixo impacto, ordenamento terri-torial, valorização de produtos florestais não madeireiros e da cultura tradicional de fortalecimento da sociedade civil, além da participação ativa na criação de políticas públicas.

Ao lado de seus parceiros, o Fundo Vale fez parte da cria-ção do Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis (PMS), implantado como política pública no Mato Grosso, além de estimular processos similares em outros Estados. Também promoveu o fortalecimento de diversas cadeias produtivas de base florestal, agroecológicas e de atividades para geração de renda, como o turismo comunitário e extração de óleos e se-mentes para reflorestamento de áreas devastadas. Atividades que são alternativas econômicas frente à tradição do desmata-mento ilegal, e que ajudam os territórios a buscarem um cami-nho mais sustentável.

GESTÃO INSTITUCIONAL

Internamente o Fundo Vale avançou na consolidação do Sis-tema Integrado de Informação e Conhecimento, um sistema ba-seado em indicadores que vai se tornar a principal ferramenta

de avaliação de resultados de sua carteira de projetos e impacto sobre os territórios, bem como de sua eficiência de gestão.

A etapa de construção foi concluída e a aplicação in loco do sistema começou em 2014, testando a efetividade, funcio-namento e pertinência, apontando caminhos para ajustes nas três esferas de avaliação: institucional (desempenho Fundo Vale); projetos (desempenho unificado da carteira de projetos e iniciativas apoiadas pelo Fundo Vale); e local (impacto dos projetos sobre os territórios beneficiados).

Também consolidou instâncias importantes de sua Gover-nança, os comitês de Parceiros e o Consultivo, que contam com a participação de pessoas de referência do meio socioam-biental. Apesar de não terem funções deliberativas, exercem um papel fundamental de aconselhamento técnico e opinião sobre contextos e tendências do setor.

Em 2014, o Fundo Vale ampliou em 21% sua contribuição para a proteção e/ou desenvolvimento sustentável de áreas naturais em unidades de conservação e terras indígenas, atingindo 279 mil quilômetros quadrados em seis Estados da Amazônia.

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Prêmios

Em 2014, O Fundo Vale ganhou dois prêmios em reconhecimento a seu trabalho:

• Prêmio Brasil Ambiental (Amcham) • Prêmio von Martius de Sustentabilidade (Câmara Brasil-Alemanha)

COLHENDO FRUTOS

Em 2014, vencemos dois importantes prêmios com foco socioambiental: o Prê-mio von Martius de Susten-tabilidade, promovido pela Câmara Brasil-Alemanha, na categoria Humanidade; e a 10º edição do Prêmio Bra-sil Ambiental, organizado pela Câmara Americana de Comércio do Rio de Janeiro – AmCham, na categoria Inovação Ambiental. Ambos vieram em reconhecimento ao estudo “Sinergia Pan-Amazônia”, que mapeou o potencial de colaboração entre as organizações que atuam pela conservação da Amazônia, visando melhorar a efe-tividade das ações. Em 2014, esse mapeamento foi atualizado pela Articulação Regional Amazônica (ARA) em parceria com o Fundo Vale.

Os resultados obtidos pelo Fundo Vale em 2014, e o esforço para otimizar e avaliar seus processos, demonstram a vontade crescente de fazer a diferença num bioma que sofre com a pres-são sobre seus recursos e onde não há mais tempo a perder.

Top 10

Em 2014, um estudo ela-borado pela Fundação Gor-don and Betty Moore, citou o Fundo Vale como um dos dez principais financiadores socioambientais da Amazô-nia, sendo o único de ori-gem privada neste grupo.

Cerimônia de entrega do Prêmio von Martius de Sustentabilidade. © Câmara Brasil-Alemanha.

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GESTÃOFINANCEIRAEm seus cinco anos de atuação, até dezembro de 2014 o Fundo Vale comprometeu mais de R$ 110 milhões em iniciativas de desenvolvimento sustentável, abrangendo sete Estados da Amazônia e com a parceria de 25 organizações de grande experiência e reputação na área socioambiental. Do total de recursos aportados no Fundo Vale em 2014 por seus mantenedores, 90% são doados pela Vale S.A. e 10% pela Companhia Portuária da Baía de Sepetiba (CPBS).

Breves, Marajó (PA). © Arquivo IEB

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2014 2013ATIVOCIRCULANTECaixa e equivalentes de caixa 15.263 15.534

Recursos repassados 5.980 4.200

Total 21.243 19.734

NÃO CIRCULANTE Intangíveis e softwares 139 184

Total do Ativo 21.382 19.918

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDOCIRCULANTERecursos de projetos 16.020 9.080

Parceiros 512

Outros 17 7

Total 16.549 9.087

NÃO CIRCULANTE Recursos a projetos 9.565

PATRIMÔNIO LÍQUIDOSuperávit acumulado 4.833 1.266

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 21.382 19.918

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014(Valores expressos em milhares de reais)

2014 2013OPERAÇÕES CONTINUADASRECEITAS OPERACIONAISReceitas de doações 25.995 21.507

Recursos aplicados em projetos (24.211) (19.497)

SUPERÁVIT BRUTO 1. 784 2.010

RECEITAS (DESPESAS)Gerais e administrativas (2.826) (2.234)

Outras receitas 2.840

Total 14 (2.234)

2014 2013SUPERÁVIT (DÉFICIT) ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO

1.798 (224)

Receita financeira 1.775 916

Despesa financeira (6) (33)

Total 1.769 883

SUPERÁVIT DO EXERCÍCIO 3.567 659

AUDITORIA FINANCEIRA

Desde 2011, o Fundo Vale tem se submetido a uma audito-ria financeira externa, de forma a garantir transparência sob os recursos utilizados. As demonstrações contábeis são analisadas de acordo com normas brasileiras, e é emitido um relatório dos auditores independentes. Este ano, o processo de auditoria foi

realizado pela empresa Premium Bravo Auditores Associados, que em seu relatório final não apresentou nenhuma ressalva em rela-ção ao desempenho de operações e fluxos de caixa do Fundo Vale, para o período encerrado em dezembro de 2014.

A íntegra da auditoria financeira encontra-se disponível em: www.fundovale.org.

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TERRITÓRIOSDE ATUAÇÃOEM 2014

O Fundo Vale foi criado para atuar em biomas críticos e desde 2009 focou sua atuação na Amazônia. Suas atividades abrangem sete Estados (Pará, Amazonas, Mato Grosso, Rondônia, Acre, Amapá e Maranhão), em nove territórios de atuação.

Rio Tapajós, PA. © Paulo Barreto/ Imazon.

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GUIANAFRANCESA

S U R I N A M E

G U I A N AV E N E Z U E L A

CO LÔ M B I A

P E R U

B O L Í V I A

A M A P ÁA M A P Á

P A R ÁP A R Á

T O C A N T I N ST O C A N T I N S

M A R A N H Ã OM A R A N H Ã O

Macapá

SãoLuís

Belém

Palmas

Manaus

PortoVelho

Rio Branco

Cuiabá

A M A Z O N A SA M A Z O N A S

mi

km

0 150

0 150

A M A ZÔ N I A

B R A S I L E I R A

Brasí l ia

Limite Amazônia Legal

Hidrogra�a

Degradação - SAD Junho 2015

Terra Indígena

Unidade de Conservação Federal

Unidade de Conservação Estadual

Área Militar

Assentamento

A C R EA C R E

R O R A I M AR O R A I M A

BoaVista

R O N D Ô N I AR O N D Ô N I A

M A T O G R O S S OM A T O G R O S S O

Fonte de Imagens: Modis, Nasa

Limite Bioma Amazônia

Desmatamento - SAD Junho 2015

O C E A N O AT L Â N T I CO

Fonte do mapa: Imazon

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Rondônia e Mato Grosso

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BACIA DO RIO NEGRO

Articulação e economia de base sustentável contra a expansão do desmatamento ilegal

Somado às pressões econômicas comuns a todo o território amazônico, a região do Rio Negro, no Amazonas, conta com um fator a mais: a proximidade com a capital Manaus. Os municípios próximos à Região Metropolitana vivem o reflexo da expansão da malha urbana e dos grandes investimentos em infraestrutura implementados nos últimos anos. Esses fatores aumentam ain-da mais a pressão sobre as florestas e sobre os recursos da biodi-versidade, especialmente em unidades de conservação e terras indígenas, exigindo articulação de novas estratégias e atores para controlar o impacto ao meio ambiente.

Neste sentido, o Fundo Vale buscou parcerias capazes de di-versificar as atividades econômicas já desenvolvidas na região, como o turismo de base comunitária e o manejo da cadeia da castanha, além de dinamizar a agenda de fortalecimento da gestão ambiental dos municípios vizinhos.

Cadeia Produtiva da Castanha

Dentre os vetores de desenvolvimento para comunida-des na Bacia do Rio Negro, a cadeia produtiva da Castanha da Amazônia tem se estabelecido como atividade fundamen-tal para a região, com potenciais de geração de renda e de ar-ticulação intercomunitária. Com o apoio do Fundo Vale, a Fundação Vitória Amazônica (FVA) tem ajudado no desenvolvi-

mento econômico sustentável e na articulação das comunidades engajadas nessa cadeia produtiva.

Na região do rio Unini, a estratégia se deu através do apri-moramento e fortalecimento da coleta e beneficiamento da castanha através do apoio à organização dos coletores, reali-zação de atividades de treinamento técnico, suporte ao bene-ficiamento do produto com o refinamento do processo produ-tivo da fábrica (CAUMORU) junto com a COOMARU e no acesso a políticas públicas de financiamento da produção.

Casa de farinha no Rio Negro, AM. © Arquivo IPÊ

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Em 2014 foram beneficiadas cerca de 15 toneladas de cas-tanha bruta, uma produção recorde frente a uma média dos últimos dois anos de 11 toneladas, movimentando R$ 100 mil na economia local e gerando benefícios diretos para quase 200 famílias do rio Unini.

O Grupo de Trabalho da Castanha, que é liderado por mulhe-res, esteve diretamente envolvido nas ações da FVA, assegurando o bom andamento das atividades da fábrica de beneficiamento. Esse engajamento tem sido de extrema relevância para a dinami-zação da cadeia produtiva, ao mesmo tempo em que demonstra o importante papel de liderança feminina. Graças às novas téc-nicas de manejo e beneficiamento compartilhadas, a castanha dessa região vem alcançando um novo patamar de qualidade e avança em seu processo de conquista do mercado local.

Outros potenciais de uma economia sustentável

Para aprofundar o conhecimento sobre a Bacia do Rio Ne-gro e descobrir vocações econômicas para além da castanha, o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), em parceria com o Fundo Vale, realizou um diagnóstico com quase 15% da po-pulação do território. Através desse estudo, constatou-se que a produção dessas comunidades é bem diversificada, indo do artesanato à produção agrícola orgânica. Por outro lado, ficou claro o tamanho dos desafios enfrentados para a regularização das atividades econômicas, além dos entraves já conhecidos, como comunicação, transporte e acesso ao mercado.

Com base nesse diagnóstico, as comunidades envolvidas perceberam que alcançariam valores mais atrativos em suas vendas se estivessem formalmente organizadas. A partir daí, agricultores da margem esquerda do Baixo Rio Negro se reuni-ram para fundar a Rede Tucumã – Associação dos Agricultores da Margem Esquerda do Baixo Rio Negro. Visando agregar va-lor aos produtos da agricultura familiar, a rede optou por criar o seu próprio sistema de certificação orgânica, para que os produtos sejam vendidos tanto em feiras, como para progra-mas institucionais como o PAA.

Outro canal de fortalecimento da agricultura familiar é através do acesso à DAP (Declaração de Aptidão ao Pronaf ) e à Carteira de Produtor Rural (CPR), documentos que conferem aos agroprodutores acesso a políticas públicas de compra e financiamento da produção. Por isso, o IPÊ, em parceria com o Incra e o Idam, organizou ações para que os agricultores pu-

Agricultura orgânica no Rio Negro, AM. © Arquivo IPÊ

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dessem se cadastrar e avançar na conquista desses direitos, resultando na emissão de 180 DAPs. Além disso, uma parceria com a Secretaria Estadual de Trabalho (Setrab-Am) permitiu que 144 comunitários do Baixo Rio Negro conseguissem sua Carteira do Artesão, mais um passo no esforço de regulariza-ção das atividades econômicas no território.

Além das ações de formalização dos grupos de agricultores e artesãos, o IPÊ também investiu na infraestrutura física para melhoria do artesanato e beneficiamento dos produtos agríco-las, de forma a garantir armazenamento adequado e logística de escoamento, agregando valor aos produtos.

Turismo de base comunitária

Tendo em vista o potencial gerado pelo turismo na re-gião, o Fundo Vale também apoiou o IPÊ no desenvolvimen-to do Plano de Negócios do Roteiro Turístico Comunitário do Baixo Rio Negro (Tucorin). A partir de práticas associativas sustentáveis, o plano busca articular as formas tradicionais de vida da região a uma infraestrutura para recepção de eco-turistas na bacia do Rio Negro. Além disso, foi construído um restaurante comunitário e um redário, de forma e melhorar a infraestrutura para recebimento e estadia dos turistas, bem como o consumo de produtos e serviços por períodos mais longos de visitação. As atrações destes novos investimentos foram incluídas no Roteiro Tucorin.

Região Metropolitana de Manaus

Nos últimos anos, o estado do Amazonas tem recebido mui-tos investimentos em obras de infraestrutura, o que amplia os impactos sociais e ambientais nos municípios da Região Metro-politana de Manaus (RMM). Esse cenário chamou a atenção da Fundação Vitória Amazônica (FVA) que, com a parceria do Fundo

O contexto socioambiental mostrou a importância do diálogo e da mobilização de novos atores

sociais no acompanhamento das transformações ocorridas

nesse território.

Rio Unini, AM. © Arquivo FVA.


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Vale, se empenhou em fomentar processos de desenvolvimen-to sustentável, alinhando as necessidades de grandes projetos de infraestrutura com a preservação da biodiversidade local e a qualidade de vida dos moradores da região.

A análise do contexto socioambiental demonstrava a im-portância de se expandir o diálogo, mobilizando novos atores sociais e gestores públicos municipais no acompanhamento das transformações ocorridas nesse território. Daí surgiu o Ob-servatório da RMM com o objetivo de servir de canal crítico, técnico e propositivo às iniciativas públicas e privadas que te-nham impactos sobre o meio ambiente e comunidades. Além disso, buscou engajar atores públicos municipais de Novo Ai-rão, Iranduba, e Manacapuru na construção de sinergias em torno de temas comuns.

Destaques da Bacia do Rio Negro

• Fortalecimento do associativismo para comercialização dos produtos da região (Rede Tucumã) por meio de capacitação em diversos temas (150 comunitários capacitados) e parti-cipação em eventos e feiras.

• Produção recorde de castanha e estruturação da cadeia produtiva melhorando a geração de renda.

• Formalização de atividades produtivas de base sustentável facilitando acesso a mercados para os agricultores e arte-sãos (emissão de 180 DAPs e emissão de 144 Carteiras de Artesãos).

• Incremento do ecoturismo local com desenvolvimento par-ticipativo do Plano de Negócios do Roteiro Turístico Comu-nitário do Baixo Rio Negro (Tucorin), incluindo 10 rotas de turismo.

• Fortalecimento da participação social com a criação do Ob-servatório da Região Metropolitana de Manaus.

• Integração dos gestores públicos de Novo Airão, Iranduba, e Manacapuru, no entorno de Manaus, visando melhoria na gestão ambiental municipal.

Lago no Rio Jauaperi, AM. © Arquivo FVA.


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SUL DO AMAZONAS

Fortalecimento social e nova economia como instrumentos para o desenvolvimento ambiental.

O sul do Amazonas hoje é visto como a grande fronteira para o avanço de atividades econômicas tradicionais (como pecuá-ria e agricultura) e exploração ilegal da madeira sobre a floresta Amazônica. A baixa regularização fundiária do território agrava esse contexto e deixa a sociedade local, especialmente os pro-dutores, em um quadro de fragilidade sobre a posse de suas terras e o acesso às políticas públicas ambientais e econômicas.

A forma encontrada pelo Fundo Vale e seus parceiros para criar uma linha de resistência foi apoiar a conquista dos direi-tos fundiários das comunidades locais, fortalecer os processos coletivos de tomada de decisão e, em paralelo, tornar o terri-tório um laboratório de práticas inovadoras na agricultura, pe-cuária e manejo florestal, colocando a conservação e uso sus-tentável da floresta como instrumento para aumento de renda dos produtores e extrativistas.

Ao lado de parceiros como o Idesam, IEB e IFT, o Fundo Vale apoia ações que buscam a qualificação da produção local (com destaque para a produção pecuária, de café e o manejo flores-tal comunitário da madeira), o empoderamento social e a me-lhoria da articulação da sociedade com atores governamentais. Assim, o Fundo acredita que pode dinamizar a transformação da região, inserindo-a no mapa das políticas públicas e na van-guarda da produção sustentável.

Café agroflorestal e pecuária sustentável

À sombra da floresta, os pés de café têm se mostrado mais produtivos, gerando frutos de qualidade superior e em maior quantidade. As sementes dessa transformação foram planta-das em 2012 por meio de uma parceria entre o Idesam e o Fun-do Vale, aliando geração de renda e preservação ambiental.

O projeto avançou em 2014, alcançando 28 agriculto-res familiares, com aplicação de técnicas sustentáveis para a produção de café agroflorestal. O grupo conseguiu melhorar a qualidade do produto final e dobrar a produtividade das áreas manejadas, e agora estão se adequando para obter a certifi-cação de produto orgânico. Para garantir o engajamento dos agricultores e ampliar a divulgação do projeto, o Idesam pro-moveu a formação técnica e a extensão rural, além de premia-

Resex Rio Madeira, Manicoré, AM. © Arquivo IEB.

http://www.idesam.org.br/

http://www.iieb.org.br/

http://ift.org.br/


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ções. Já se pode sentir no campo, no bolso e no meio ambien-te, as vantagens das novas práticas.

Outra frente de ações do Idesam no território é o desen-volvimento da pecuária em sistema silvipastoril em Apuí (AM), que já trouxe avanços em relação à qualificação e capacitação dos produtores rurais. Trata-se de um modelo onde a produção de bovinos é realizada em áreas subdivididas para pastoreio, além da incorporação de espécies arbóreas e arbustivas para a produção de madeira, sombra e forragens aos animais, intensi-ficando assim o uso da terra.

Ao longo de três Encontros de Capacitação Continuada em Pecuária Sustentável, o Idesam, junto com os produtores locais e outros parceiros, puderam refletir sobre as experiências, be-nefícios e desafios desse modelo para a região. A visita de al-guns produtores de Apuí à Colômbia (onde esse modelo já está avançado), no final de 2013, foi fundamental para o alcance dos resultados. Eles conseguiram incorporar à prática os conheci-mentos acumulados durante intercâmbio no país vizinho.

Fortalecimento da governança social e regularização fundiária

A regularização fundiária de comunidades tradicionais é outro desafio do território. Ao lado do IEB, o Fundo Vale cola-borou com duas inciativas focadas na mobilização e articula-ção de atores sociais e governamentais para solucionar o défi-cit fundiário de sete municípios (Boca do Acre, Pauiní, Lábrea, Canutama, Humaitá, Manicoré e Novo Aripuanã) e Unidades de Conservação do Sul do Amazonas.

Como resultado, 91 famílias de Boca do Acre já receberam seus títulos definitivos emitidos pelo Programa Terra Legal do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Outras 786 famílias residentes em áreas de várzea dos rios Purus e Madeira estão sendo cadastradas pela Secretaria do Patrimônio da União (SPU) para receberem os seus Termos de Autorização de Uso (TAUS), documento oficial que reconhece seus direitos territoriais.

Avançando nessa linha de atuação, o IEB esteve à frente do Fórum Diálogo Amazonas, espaço multisetorial de debate e negociação sobre regularização fundiária de UCs federais, com a participação de comunidades, governo do Estado, ICMBio e Ministério Público Federal. Todo esse processo representou um marco no tema, tanto pela importância e disposição para o diálogo dos atores envolvidos, como pelo protagonismo das comunidades que participaram ativamente da discussão. Além do empoderamento social, o Diálogo concluiu 2014 com assinatura de seis CCDRU em nome de associações, garantindo a posse legítima da terra a quem nela vive, beneficiando cerca de 100 famílias da Resex Médio Purus e outras 400 famílias de outras UCs do Médio Solimões.

A regularização fundiária de comunidades

tradicionais é outro desafio do Sul do Amazonas.


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Manejo sustentável para comunidades da Resex Ituxi

Buscando um olhar integrado sobre o território, a parceria entre o IFT e o Fundo Vale tem como objetivo desenvolver o manejo florestal comunitário e familiar em florestas públicas da Amazônia. Entre os resultados destaca-se a elaboração do Plano de Manejo Florestal Sustentável da Resex do Ituxi e seu plano operacional anual, possibilitando que os membros da APADRIT conseguissem a Autorização de Exploração (Autex), após um esforço iniciado há mais de oito anos pelos morado-res e ICMBio. Com o apoio do IFT, o manejo florestal foi licen-ciado e a Autex emitida. As atividades exploratórias do manejo madeireiro estão previstas para iniciar em agosto de 2015.

Além da assessoria técnica e operacional, o IFT trabalha pelo fortalecimento institucional da APADRIT e dos manejado-res (grupo de moradores que realizam atividades madeireiras na Resex Ituxi), com o objetivo de criar uma cooperativa para comercializar a madeira beneficiada, além de outros produtos florestais, como a castanha do Brasil e a copaíba e produtos da agricultura familiar.

Todas as ações do IFT no território contam com o apoio e participação de diversas instituições locais, como o ICMBio, APADRIT, CNS e CPT. O envolvimento dessas instituições é es-sencial para a autonomia dos trabalhos e consequente fortale-cimento da governança florestal no território.

O blog Observatório Florestal complementa as ações em campo, promovendo a divulgação de textos, áudios e vídeos so-

bre as boas práticas de manejo florestal comunitário e familiar na Amazônia, por meio de uma plataforma online de produção de conhecimento. Com essa ferramenta, espera-se disseminar as atividades e os resultados das ações de manejo florestal rea-lizadas por pequenos produtores e comunidades tradicionais, servindo de referência para futuras e novas iniciativas.

Destaques do Sul do Amazonas

• Fortalecimento da cadeia produtiva do café agroflorestal como uma alternativa de renda viável para o território, en-gajando novos agricultores e promovendo espaços de de-bate e divulgação.

• Fortalecimento da pecuária sustentável por meio de capa-citação continuada e assistência técnica junto aos peque-nos produtores e técnicos da área.

• Articulação de atores sociais e governamentais para a re-gularização fundiária em unidades de conservação de uso sustentável, com a emissão de 91 títulos definitivos de ter-ras para agricultores familiares de Boca do Acre.

• Promoção de espaços de diálogo e participação por meio da criação do Fórum Diálogo Amazonas, resultando na assi-natura de CCDRUS de seis UCs, beneficiando 1.460 famílias extrativistas.

• Concretização do manejo florestal comunitário e familiar em florestas públicas na Amazônia com a concessão da au-torização de exploração da Resex Ituxi.

http://ift.org.br/observatorio-florestal/

http://www.icmbio.gov.br/


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Corredor Tapajós

Leste Paraense

Escudo das Guianas

Costa Amazônica

Bioma Amazônia

ACRE, RONDÔNIA E MATO GROSSO

Diálogo, parceria e articulação como fatores de transformação

A partir da articulação e do diálogo permanente com par-ceiros de reconhecida atuação no Acre, em Rondônia e no Mato Grosso, o Fundo Vale vem buscando deixar um legado positivo nesses três Estados, tão diferentes em suas políticas públicas e em seus avanços na agenda socioambiental. As parcerias realizadas nos últimos anos impulsionaram a articu-lação da sociedade para promover mudanças e fortaleceram o surgimento de novos atores sociais e de espaços de gestão participativa, beneficiando tanto povos indígenas, quanto pro-dutores, comunidades e governos locais.

Políticas públicas

Sabendo o tamanho do desafio que envolve reverter o ce-nário de desmatamento no Mato Grosso, o Fundo Vale desde 2011 é parceiro do Instituto Centro de Vida (ICV) em iniciativas voltadas à melhoria da gestão socioambiental, à produção sustentável e ao fortalecimento sociocultural e econômico das diversas populações locais, com foco nos municípios de Cotri-guaçu e Alta Floresta.

Esse movimento foi se ampliando pelo Estado e, em 2013, se concretizou na articulação de municípios, consórcios e or-ganizações da sociedade civil em torno de uma agenda co-mum: a sustentabilidade do território. Essa agenda ganhou

Pecuária integrada de baixo carbono. © Arquivo ICV.

http://www.icv.org.br/


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força e resultou na criação do Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis (PMS), lançado oficialmente pelo go-verno estadual em março de 2014.

Para zelar pelo cumprimento dos objetivos e ações do pro-grama, foi instituído um Comitê Gestor que reúne instâncias públicas e organizações que fizeram parte da criação do PMS, entre elas o ICV, o Instituto Socioambiental – ISA (parceiro do Fundo Vale no Corredor Xingu, que atua nos municípios que fazem divisa com o Pará) e o Fundo Vale. Já em 2014, além da adesão de quase 30 municípios, o PMS desenvolveu um plano de metas voltado à redução do desmatamento.

Inspirados no exemplo dos estados do Mato Grosso e do Pará, a Ecam, iniciou os primeiros passos de articulação para estruturar o Programa Gestão Socioambiental Municipal de

Rondônia, já com o engajamento dos municípios de Porto Ve-lho, Cacoal e Guajará-Mirim. Em 2014, o foco foi criar as bases de mobilização em prol de um futuro programa estadual para o estado de Rondônia.

Empoderamento social e avanços na produção sustentável

Os avanços na consolidação da gestão ambiental, aliada à organização das atividades produtivas, são visíveis no municí-pio de Cotriguaçu e Alta Floresta. Com o apoio do Fundo Vale, o ICV ajudou no empoderamento de organizações da sociedade civil, no fortalecimento de espaços de gestão compartilhada (como o CMMA), na estruturação do poder público municipal e na construção de políticas públicas, como a Política Municipal de Meio Ambiente, entre outras conquistas.

As ações realizadas no município permitiram, também, aces-so a financiamento para continuidade das ações, com a aprova-ção do projeto “Semeando novos rumos em Cotriguaçu”, fruto de um convênio entre a prefeitura e o BNDES/Fundo Amazônia.

Para analisar os resultados alcançados em Cotriguaçu, re-presentantes do poder público municipal, madeireiros, indí-genas, pecuaristas e agricultores familiares se reuniram em 2014 no evento Diálogo Intersetorial. A partir do aprendizado compartilhado ao longo dos últimos anos e dos laços construí-dos ao longo do projeto, elaboraram a Carta Cotriguaçu, docu-mento que apresenta a visão de futuro do território, com acor-dos que buscam consolidar a trajetória de desenvolvimento econômico, social e ambiental até 2020.

Noroeste do MT. © Arquivo ICV.

http://municipiossustentaveis.org.br/

http://municipiossustentaveis.org.br/

http://www.fundoamazonia.gov.br/

http://www.equipe.org.br/


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O mesmo ciclo, marcado pela organização dos aprendiza-dos e de multiplicação dos resultados, repete-se no campo da pecuária de baixo carbono a partir de experiências desenvolvi-das no município de Alta Floresta (MT). Os bons resultados ob-tidos desde 2012 nessa frente contribuíram para o lançamen-to, em 2014, do Programa Novo Campo, que nasce com uma meta de ganho de escala para disseminar práticas sustentáveis a um maior número de fazendas de gado na região, envolven-do um número maior de municípios.

Empoderamento de povos indígenas

Na perspectiva de um olhar integrado para o desenvolvi-mento territorial, o ICV apoiou indígenas da etnia Rikbaktsa a construírem o Plano de Gestão Ambiental e Territorial da Ter-ra Indígena Escondido, como parte das atividades do Projeto Cotriguaçu Sempre Verde. Para isso, foram necessárias várias oficinas para discussão de temas como categorias de uso da TI e ocupação e estratégia de segurança territorial, que subsidia-ram a construção do Plano.

No estado vizinho, Rondônia, onde os povos indígenas sofrem as mesmas pressões e desafios do Mato Grosso, uma parceria entre o Fundo Vale, a Ecam e a Forest Trends vem im-pulsionando o empoderamento do povo Suruí, por meio de ações que estruturam o caminho construído no Plano de Vida e Gestão Territorial para os próximos 50 anos.

Como parte dessas ações, está em andamento um projeto pioneiro que envolve a venda de crédito de carbono, gestão

territorial, captação de recursos financeiros, e, principalmente, a conservação da floresta: o Fundo Carbono Suruí. Em 2014, esse Fundo concretizou a segunda venda de créditos de car-bono, dando mais um passo para consolidar sua viabilidade como mecanismo financeiro de desenvolvimento territorial. Complementando o processo, foi desenvolvido pela Ecam, um edital para financiamento de pequenos projetos visando for-talecer a autonomia das Associações do Povo Suruí e já prepa-rá-las para as futuras exigências que deverão atender para o levantamento de recursos do Fundo Suruí.

Essa experiência tem potencial de inspirar outros territó-rios e etnias, como os povos indígenas do Acre que, através da atuação do Forest Trends e a parceria do Fundo Vale, seguem o mesmo caminho na busca de sua sustentabilidade. Hoje, estão avançando na construção de seus planos de gestão territorial e nas discussões e entendimento sobre incentivos econômicos para os serviços ambientais.

Corredor Tupi-Mondé

As ações da Ecam em parceria com o Fundo Vale impactaram também o corredor Etnoambiental Tupi-Mondé. Um dos resulta-dos foi a inciativa do Sistema Agroflorestal Experimental na terra indígena Igarapé Lourdes (povos Gavião e Arara), demandada pe-las lideranças do corredor. A atividade se iniciou em 2014, está em fase de implementação e conta com a ação sinérgica de outras organizações locais como a Ecoporé e o Pacto das Águas.

http://www.icv.org.br/site/wp-content/uploads/2015/06/Estrategia_pecuaria_sustentavel_amazonia_ICV.pdf

http://www.forest-trends.org/

http://www.paiter.org/


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O Sistema de Incentivos aos Serviços Ambientais (SISA), política pública lançada pelo estado do Acre em 2010, contou com o apoio da Forest Trends em sua construção e tem estimu-lado várias ações junto aos povos indígenas, entre elas a elabo-ração de princípios e critérios para a repartição de benefícios do Subprograma Indígena.

Em 2014, foram desenvolvidas atividades para promover a participação das comunidades locais em projetos ou esquemas que distribuam benefícios entre aqueles que conservam ou re-cuperam os ativos florestais como carbono, biodiversidade, água, conhecimento tradicional e outros. Um dos resultados mais signi-ficativos foi o repasse de aproximadamente R$ 6 milhões a povos indígenas do Estado, através de suas organizações, oriundos de um investimento do Governo da Alemanha no SISA.

Destaques do Mato Grosso-Rondônia-Acre:

• Articulação da sociedade civil e governo estadual em torno de uma agenda de sustentabilidade, que culminou com o lançamento do Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis (PMS), consolidando as ações em torno de uma política pública estadual no Mato Grosso.

• Fortalecimento da gestão ambiental municipal em Cotri-guaçu (MT), com criação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e a aprovação da Política Municipal de Meio Ambiente.

• Ampliação de escala das experiências de municípios sus-tentáveis, com início de articulação no estado de Rondônia.

• Modelagem de novas estratégias de financiamento para povos indígenas, com a criação de fundos com foco em ser-viços ambientais e acesso a políticas públicas e esquemas de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA), já resultan-do em repasse de aproximadamente R$ 6 milhões a povos indígenas do Estado, através de suas organizações, oriun-dos de um investimento do Governo da Alemanha no SISA.

• Apoio para acesso a novas linhas de financiamento, com a aprovação pelo Fundo Amazônia do projeto “Semeando Novos Rumos em Cotriguaçu”.

• Fortalecimento da gestão ambiental e desenvolvimento territorial sustentável em terras indígenas nos três Estados.

Oficina de serviços ambientais, AC. © Forest Trends / Nilson Tuwe.

http://www.ac.gov.br/wps/wcm/connect/fc02fb0047d011498a7bdb9c939a56dd/publica%25C3%25A7%25C3%25A3o_lei_2308_ling_PT.pdf%3FMOD%3DAJPERES%2520


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CORREDOR XINGU

Valorização da floresta e da diversidade cultural

Tão complexo quanto seu ecossistema é o perfil de ocu-pação humana ao longo do Corredor Xingu. Tão necessária quanto a conservação de sua biodiversidade é a conexão e integração entre seus mais diversos habitantes. O Fundo Vale e seus parceiros enxergam no Corredor Xingu um momento promissor, em que jovens lideranças surgem cientes da impor-tância de sua história e de seu papel na construção do futuro. Um momento em que as ações desenvolvidas na esfera local podem ultrapassar fronteiras, seja na forma de manejar a terra, na valorização de seus produtos, ou no cuidado de suas comu-nidades que, pela primeira vez, conhecem um pouco melhor o que é saúde e educação.

Parque Indígena do Xingu

Após mais de três anos, a Formação em Gestão Territorial do Xingu, uma iniciativa do ISA e da ATIX, com o apoio do Fundo Vale e da Rainforest, da Noruega, formou sua primeira turma de novos líderes indígenas. Ao todo, foram 700 horas de curso, nas quais 32 alunos compartilharam saberes que constroem pontes entre as tradições do mundo indígena e da sociedade moderna.

Ao longo da formação foi possível promover um processo de discussão coletiva capaz de ampliar a integração entre as di-versas etnias da Casa Grande, e ao mesmo tempo fortalecer as relações entre o universo indígena e não indígena. Além disso,

os parceiros do Fundo Vale tiveram a preocupação de garantir que ao longo de todo o processo os alunos fossem estimulados a aprofundar o conhecimento sobre o local onde vivem e reali-zar tarefas que pudessem ser articuladas com a elaboração do Plano de Gestão do Parque Indígena do Xingu. A proposta de formação é fundamental para a apropriação dos jovens sobre seu território porque todos os participantes fazem parte de uma geração que nasceu após a demarcação do Parque, em 1961, e não acompanharam seu processo de construção.

Os processos de Formação Territorial do PIX continuam. Agora o grupo irá participar da Rede de Gestores do Parque e vão utilizar as novas ferramentas que conheceram para ajudar na fiscalização e monitoramento do território, utilizando para isso GPS, softwares de construção de mapas e imagens de sa-télite. Também já estão convocados para apoiar a implementa-ção do Plano de Gestão Territorial.

Formatura do curso de Formação em Gestão Territorial do Xingu, MT. © Letícia Leite/ISA.

http://www.regnskog.no/en/home

http://www.socioambiental.org/


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Rede de Sementes do Xingu

O Fundo Vale e seus parceiros sabem que o Corredor Xingu vai muito além do PIX, envolve seu entorno e áreas ainda mais distantes, abrangendo inclusive um grande corredor de áreas protegidas de uso sustentável. E para sua sustentabilidade fu-tura, é essencial pensar em estratégias sustentáveis de geração de renda.

Neste sentido, a Rede de Sementes do Xingu, iniciativa do Ins-tituto Socioambiental, vem se destacando por garantir a conser-vação da biodiversidade local e das nascentes dos rios que cor-tam o PIX, ao mesmo tempo que aproxima os diversos moradores do Corredor Xingu e organiza a cadeia de produção de sementes. Ao contrário de outras iniciativas que mobilizam essencialmen-te coletores, a Rede se tornou pioneira por ser uma articulação multiatores, organizando índios, assentados e produtores rurais, somando hoje 350 coletores ao longo de 16 núcleos.

Ao longo de 2014, a Rede alcançou sua autonomia insti-tucional através de sua formalização como associação e ama-dureceu importantes parcerias com órgãos públicos, organiza-ções da sociedade civil, empresas, além das prefeituras onde os núcleos estão inseridos. Ao lado desses parceiros, tem con-seguido mobilizar redes socioambientais dos municípios onde está presente e fortalecer sua atuação, acessando programas públicos governamentais.

Outra importante articulação acontece junto a instituições de ensino e pesquisa. Em maio deste ano, a UNEMAT inaugu-rou, em parceria com a Rede, um laboratório para analisar a qualidade de suas sementes. Indo além das fronteiras do Mato Grosso, a Rede participou de intercâmbio com grandes uni-versidades de São Paulo, com destaque para a Esalq, na busca pelo fortalecimento do mercado florestal de base comunitária.

Solo fértil de aprendizados e vontade de seguir em frente

Do lado de fora das terras indígenas, alternativas econômi-cas mais sustentáveis também são alvo das ações do Programa Xingu Ambiente Sustentável (XAS), desenvolvido pelo IEB em parceria com o Fundo Vale. Resultado de um investimento ini-ciado em 2009, hoje o programa já colhe resultados como o Fundo Xingu Sustentável e o Programa Xingu de Saberes, con-tribuições diretas para o fortalecimento da agricultura familiar na região. A iniciativa tem dado suporte financeiro e técnico a agricultores e estudantes da Casa Familiar Rural em São Felix do Xingu, no Pará. Líderes comunitários que participaram das

Rede de Sementes do Xingu, MT.© Letícia Leite/ISA.


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capacitações do Programa, hoje passam a ser protagonistas de um novo ciclo de desenvolvimento econômico local.

Desde o início do XAS, foram concedidas bolsas para 36 jo-vens agricultores estudantes das Casas Familiares Rurais que puderam realizar pequenos projetos, aliando conhecimento e prática à geração de renda. Já o Fundo Xingu Sustentável be-neficiou mais de 200 famílias de agricultores, empoderando-os para vender sua produção em novos mercados e articulando-se com políticas públicas.

Estas iniciativas de fomento à transição agroecológica ocorreram no âmbito do Coletivo da Agricultura Familiar, outro legado deixado pelo projeto de articulação de políticas públi-cas, a partir da incidência em espaços públicos. Os agricultores são os protagonistas diretos desses espaços, a partir de uma agenda de sustentabilidade.

Políticas públicas para acesso a direitos básicos

Na parte do Corredor Xingu conhecida como Terra do Meio, o desafio do ISA tem sido fortalecer as cadeias produtivas de base florestal e possibilitar o acesso a direitos básicos (como educação e saúde) aos moradores das isoladas Reservas Extra-tivistas do território: Riozinho do Anfrísio, Iriri e Xingu.

O esforço tem surtido efeito. A partir de uma articulação com o Ministério da Saúde foi possível ampliar em 80% os re-cursos para equipes de Saúde da Família Ribeirinhas e Fluviais, permitindo o acesso à rede pública de saúde e melhorando a

remuneração para os profissionais que se dispõem a atuar em áreas remotas. A partir disso, o ISA, com apoio da Rainforest e do Fundo Vale, garantiu a infraestrutura necessária - que in-clui pista de pouso, escola, refeitório, sistema básico de ener-gia, alojamentos, e os prédios das Unidades Básicas de Saúde (UBS) - para esse novo padrão de atendimento, beneficiando 300 famílias. Com essa articulação, as ações já desenvolvidas na região foram replicadas, transformando-se em políticas pú-blicas federais que beneficiam agora os ribeirinhos da Amazô-nia Legal e do Pantanal Sul Mato-Grossense.

Agricultor da região da APA Triunfo do Xingu. © Arquivo IEB.

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No campo da educação, as ações do ISA também foram fortes indutoras para que o poder público se posicionasse de forma mais ampla e constante na disponibilização de serviços sociais para as populações isoladas da Terra do Meio. Por conta dos resultados de sua iniciativa, de levar educação para jovens e crianças das Resex, o governo estadual aumentou o número de escolas naquele território, passando de quatro para 12 escolas.

Selo Xingu de Origem: uma marca de todos

Pensar na valorização dos produtos agroflorestais produ-zidos por comunidades tradicionais também tem sido o foco de outro parceiro do Fundo Vale nesse território: o Imaflora . O selo Origens Brasil® surge da necessidade de valorizar os pro-dutos manejados por populações tradicionais e indígenas, em territórios de diversidade socioambiental como o Xingu.

Em fase final de desenvolvimento, o selo teve em 2014 o ano de estruturação de sua governança e gestão, com o fun-cionamento ativo do Conselho do Origens Brasil® e do Comitê territorial do Xingu, com representação e papéis variados en-tre diferentes organizações atuantes no território.

Além disso, foi desenvolvida a Plataforma Tecnológica do Origens Brasil® através da qual as comunidades e instituições de apoio acessam e alimentam informações sobre produção,

O selo “Origens Brasil” busca agregar valor aos

produtos da floresta e melhorar a renda das

populações que vivem no Corredor Xingu.

Crianças da Reserva Extrativista Riozinho do Anfrísio, no sul do Pará, Terra do Meio. © Lilo Clareto/ISA.

http://www.imaflora.org/


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comercialização e indicadores de impacto, usando dispositivos móveis (tablets e celulares). O objetivo é conferir transparên-cia e auxiliar na gestão das cadeias de valor do território. As informações poderão ser visualizadas em mapas georreferen-ciados, de forma consolidada.

Através do seu site, o Origens Brasil®, oferecerá ainda às empresas e comunidades que aderirem à iniciativa, um meca-nismo que permite comunicar ao consumidor, a história por trás de cada produto, através do uso da logomarca que é o pró-prio código QR (Quick Response).

O mapeamento de potenciais produtos do Xingu que le-varão o selo Origens Brasil® para todo o Brasil já foi feito. Mel, copaíba e castanhas serão os primeiros a fazer parte desta ini-ciativa. Dada a variedade e riqueza da produção no território,

e interesse das empresas, muitos outros produtos poderão in-corporar essa marca, agregando valor aos produtos e melho-rando a renda das populações locais.

Destaques do Corredor Xingu:

• Formação de jovens lideranças locais, com a conclusão da I Formação em Gestão Territorial do Xingu, com 32 novas lideranças de 13 etnias indígenas.

• Fortalecimento da gestão do Parque Indígena do Xingu, com a estruturação do Plano de Gestão do PIX e conclusão do Plano de Gestão de 13 etnias do PIX.

• Incremento da economia local com base sustentável, com a autonomia econômica e institucional da Rede de Sementes do Xingu (RSX), além de parcerias com universidades para desenvolvimento de pesquisas sobre sementes.

• Criação de mecanismos de financiamento e de fortaleci-mento do capital social com o Fundo Xingu Sustentável e Programa Xingu de Saberes.

• Ampliação e estruturação dos sistemas de saúde e edu-cação para comunidades isoladas da Terra do Meio, cujo exemplo serviu de base para que o Ministério do Meio Am-biente transformasse o modelo em uma política pública para toda a Amazônia (portaria n. 837, 9/5/2014, MS).

• Fortalecimento de cadeias produtivas de produtos da flo-resta, com foco na certificação e na rastreabilidade da pro-dução (Selo Origens Brasil® Xingu).

Pelo QR code no rótulo, é possível conhecer a origem de cada produto. © Imaflora.


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CORREDOR TAPAJÓS

Uma nova economia estimulada pelo manejo florestal familiar nas comunidades

O Corredor Tapajós é um dos territórios com maior núme-ro de assentamentos no estado do Pará. Além disso, a região resguarda um bloco de áreas protegidas que fazem frente à pressão econômica exercida pela pecuária, ao Sul, e pela ex-ploração madeireira ilegal, ao norte. Junto com seus parceiros IEB e Saúde e Alegria, o Fundo Vale vem apoiando ações que promovam uma nova perspectiva de desenvolvimento susten-tável. A aposta teve como foco duas atividades econômicas: a agricultura familiar e o Manejo Florestal Comunitário Familiar

(MFCF), aliando a eles processos de fortalecimento comunitá-rio, disseminação de conhecimento e melhorias das condições básicas de vida.

Manejo Florestal Comunitário Familiar

Para fortalecimento do MFCF no território, uma das estraté-gias tem sido a realização de capacitações, que unem conheci-mento técnico com articulação em rede. Nesse sentido, o For-mar Florestal, desenvolvido pelo IEB, foca no empoderamento das lideranças comunitárias através da troca de conhecimen-tos sobre MFCF e sua importância para a governança florestal no Pará. Além disso, o Formar Florestal também trouxe a dis-cussão em torno da questão de gênero, reforçando a impor-tância do papel da mulher na comunidade.

Para potencializar os resultados, o Formar foi desenvolvi-do sob a perspectiva da Alternância Pedagógica, que articu-la atividades teóricas com ações práticas desenvolvidas nas próprias comunidades. Seja a partir de suas atividades de for-mação e troca de experiências, seja pelo papel das lideranças na multiplicação desse conhecimento em suas comunidades, o Formar Florestal tem apoiado a construção de um novo ce-nário para o MFCF no Pará, além de trazer elementos para a discussão do tema em nível federal.

A importância do fortalecimento organizacional por meio de troca de experiências é outra frente no território. Um bom exemplo foi o intercâmbio para lideranças de organizações co-munitárias, realizado na Coomflona, para sensibilizá-los para o

Turma do Formar Florestal. © Arquivo IEB.

http://www.saudeealegria.org.br/


http://www.coomflona.com.br/


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Manejo Florestal Comunitário e Familiar, facilitando com isso o processo de Governança Florestal no território do Marajó, BR 163 e Transamazônica .

Já no campo da profissionalização, seguindo o exemplo da Coomflona, a associação Arimum recebeu a primeira parcela de um apoio financeiro internacional - conquistado com a ajuda do

IEB - para estruturação de sua área de manejo florestal comuni-tário. Com isso será possível adquirir equipamentos, capacitar pessoal e fazer obras necessárias à certificação para o MFCF.

Desenvolvimento econômico e social

Buscando outras alternativas econômicas para o território, agregando o componente da inovação, o Fundo Vale apoiou a organização Projeto Saúde & Alegria (PSA) na construção do Centro Experimental Floresta Ativa - CEFA, unidade demons-trativa que promove os princípios agroecológicos da perma-cultura, dentro da Reserva Extrativista Tapajós Arapiuns. Pen-sado dentro do escopo do projeto Floresta Ativa, o CEFA busca desenvolver e compartilhar tecnologias a partir dos potenciais agroecológicos das comunidades, além de testar novos mo-delos para reflorestamento, agricultura orgânica, apicultura, aquicultura, dentre outros.

Com a conclusão de sua primeira etapa em 2014 (do total de três), o Centro já ofereceu nesse ano cursos para morado-res da Resex e para técnicos, abordando tanto a permacultu-ra, como a meliponicultura, destacando novas formas de se

Agenda indutora de políticas públicas

Além das ações de formação, a consolidação da agen-da do MFCF exige a promoção de políticas públicas, e para isso é fundamental a articulação entre sociedade e governo. Para isso, o Fundo Vale apoiou o IEB em ações de articula-ção, como o Seminário Repactuação da Agenda do Mane-jo Florestal Comunitário e Familiar, que debateu o cenário atual e perspectivas. Um dos resultados foi a Carta de Bra-sília, documento que alinha ações de estruturação do ma-nejo familiar até 2018, com foco na implementação de uma agenda mínima que envolve capacitações, fiscalização do desmatamento ilegal e o fortalecimento das organizações comunitárias de manejo florestal familiar. A reaproximação de atores sociais e governamentais ao redor da promoção e estruturação do MFCF ficam como legado do encontro e dão novas perspectivas para o fortalecimento da agenda do manejo florestal.

O projeto Flo resta Ativa também busca melhorar as

condições de vida das populações da Resex por meio do acesso

a serviços essenciais.


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pensar o que produzir e como produzir a partir das vocações do território. Quando concluído, o CEFA será gerido por uma estrutura que articula atores públicos e privados, envolvendo o Saúde & Alegria, a Associação Tapajoara (concessionária da área), o ICMBIO (órgão responsável pela Resex) e as comunida-des diretamente envolvidas.

Além de incrementar a produção sustentável, o projeto Flo-resta Ativa também busca melhorar as condições de vida das populações da Resex por meio do acesso a serviços essenciais. Assim, estruturam um modelo para distribuir água para quatro localidades, beneficiando neste ano cerca de 100 famílias. A ex-periência também contribuiu para o fortalecimento do capital social local com a formação de uma comissão intercomunitária

composta de 15 lideranças responsáveis pela gestão técnica e financeira do sistema de água, nos moldes de um “empreendi-mento comunitário”, gerido por todos e para todos.

Destaques do Corredor Tapajós

• Fortalecimento do capital social por meio de formação vol-tada para o Manejo Florestal Comunitário Familiar (MFCF), com foco nas lideranças comunitárias (Formar Florestal).

• Articulação da agenda de Manejo Florestal Comunitário Fa-miliar (MFCF) em nível federal, com realização de seminário e publicação da Carta de Brasília e da Agenda Mínima do MFCF.

• Disseminação de conhecimento sobre MFCF por meio de intercâmbios entre associações e comunidades.

• Apoio no acesso a novos financiamentos para estruturação do MFCF no território, como o Fundo Comunitário do FSC, que apoiará a estruturação da área de manejo da associa-ção Arimum.

• Investimento em inovação e novas tecnologias em agroe-cologia, com a construção do Centro Experimental Floresta Ativa (CEFA), na Reserva Extrativista Tapajós-Arapius.

• Fortalecimento social das comunidades da Resex, com en-gajamento dos moradores na Comissão Intercomunitária de Acompanhamento do Projeto para gerir a construção e atuação da CEFA.

• Melhoria das condições de vida dos moradores da Resex com acesso a serviços essenciais, de forma colaborativa, desenvol-vendo modelo intercomunitário de distribuição de água.

Viveiro de mudas, Resex Tapajós-Arapiuns, PA. © Arquivo Saúde & Alegria.



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LESTE PARAENSE

A pecuária sustentável como indutora de um novo modelo de crescimento

Em uma região onde o crescimento da atividade de pe-cuária é diretamente associado a problemas socioambientais, como o desmatamento ilegal, o baixo uso de mão-de-obra for-mal e conflitos fundiários, o Fundo Vale e seus parceiros enxer-garam uma oportunidade e uma vontade de transformação no Leste Paraense, especialmente no município de Paragominas (PA). Assim, desde 2010 o Fundo Vale apoiou iniciativas com diferentes parceiros buscando sua transformação em um mu-nicípio verde. Após cinco anos de trabalho, percebemos que o município avançou muito, e continua avançando, consolidan-do-se como um exemplo de sucesso na Amazônia.

Exemplo de Pecuária Verde

Fazer um desenho colaborativo e pensar modelos para a melhoria da gestão ambiental em nível municipal e desenvol-vimento de uma pecuária sustentável na região foi o pontapé inicial das ações e parcerias do Fundo Vale no Leste Paraense. Nesse contexto, apoiou o Sindicato dos Produtores Rurais de Paragominas (SPRP) no Pecuária Verde, um projeto que contou com a colaboração de especialistas para orientar os proprietá-rios em metodologias que possibilitassem aumentar a produ-tividade sem avançar sobre a floresta.

Em 2014, último ano do projeto, o foco foi fazer com que o conhecimento gerado se expandisse pela Amazônia, incluindo

intercâmbios com municípios do Estado vizinho, o Maranhão, para explorar o potencial de desenvolvimento da cadeia da pecuária com menor impacto.

Estimulando a colaboração e atuação em rede, em 2014 o Fundo Vale reuniu seus parceiros de diferentes territórios, que desenvolvem projetos de pecuária sustentável, para dialogar sobre as estratégias dessa cadeia produtiva na Amazônia, vi-sando dar escala, de forma sustentável e estruturante. Os par-ticipantes identificaram os principais eixos de uma agenda de evolução do tema para os próximos anos.

Um dos grandes resultados do projeto Pecuária Verde é a mudança de cultura na cadeia da pecuária e a melhoria da qualidade de vida dos profissionais que tocam o dia-a-dia da fazenda. Hoje, por exemplo, há um novo conceito de bem-estar na fazenda, agregando responsabilidade social, mudança de paradigmas na atividade agropecuária e ade-quação ambiental.

Contribuição para políticas públicas

As experiências e resultados do Pecuária Verde também co-laboraram com a construção de novas políticas públicas. A ade-quação ambiental das fazendas do Pecuária Verde, por exemplo, serviram de exemplo na construção do Programa de Readequa-ção Ambiental (PRA) do Pará, política que está sendo construída para que o Estado se adeque à nova legislação ambiental do país.

http://www.sprparagominas.com.br/

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Outra frente de apoio do Fundo Vale em 2014 é fruto da par-ceria com o Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazô-nia (Imazon) no desenvolvimento de estudos sobre a viabilidade econômica da cadeia produtiva da pecuária, bem como o modelo de ocupação do espaço e a relação econômica do uso da terra, contribuindo para melhorar as políticas públicas e a tomada de decisão. Sobre a dinâmica da economia na Amazônia, o estudo mostrou, entre outras coisas, que as pessoas desmatam e ocupam terras públicas aguardando a valorização futura, fato que gera perdas ambientais, sociais e econômicas.

No fim de 2014, um evento realizado em Belém com a parti-cipação de representantes da sociedade civil, governo e empre-sas, marcou o encerramento e apresentação dos resultados fi-

nais do projeto Pecuária Verde. Na ocasião, foram lançadas duas publicações: o estudo “ITR - Imposto Territorial Rural”, desen-volvido pelo Imazon; e o livro “Pecuária Verde - Produtividade, legalidade e bem-estar na fazenda”, do SPRP, que apresenta os resultados da experiência do modelo de pecuária em Paragomi-nas, bem como seus desafios.

Destaques do Leste Paraense:

• Pioneirismo em testar e experimentar um modelo de pe-cuária de menor impacto na Amazônia, com resultados po-sitivos mostrando que é possível aumentar a produtividade sem avançar sobre a floresta.

• Contribuição com novas políticas públicas a partir dos aprendizados e resultados do projeto Pecuária Verde (como o PRA, do estado do Pará).

• Compartilhamento dos aprendizados do projeto Pecuária Verde por meio de eventos, debates e intercâmbios, indu-zindo o surgimento de novas iniciativas.

• Desenvolvimento de estudos sobre a viabilidade econômi-ca da cadeia produtiva da pecuária.

• Desenvolvimento de estudos sobre o modelo de ocupação do espaço e a relação econômica do uso da terra, contribuin-do para melhorar as políticas públicas e a tomada de decisão.

Fazenda Marupiara, PA. © Rafael Araújo/ Imazon.


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Legado e compromisso com a floresta e seus moradores

Guardando o maior bloco contínuo de florestas tropicais do planeta e habitado por uma rica sociodiversidade, a con-servação ambiental do Escudo das Guianas apresenta desafios que só serão superados com o fortalecimento de suas comu-nidades e organizações. Ao lado de parceiros como o IFT, IEB e Imazon, o Fundo Vale atua em frentes complementares que ar-ticulam educação ambiental e fomento a uma nova economia, com ações para fortalecimento do capital social.

Ao longo de mais de quatro anos, o IFT e o Fundo Vale es-tiveram ao lado das comunidades de Almeirim, Porto de Moz, e Monte Alegre na construção de novas e sólidas bases para o desenvolvimento sustentável local. O projeto Almeirim Susten-tável teve grande alcance social, desenvolvendo atividades com mais de 100 comunidades que, mobilizadas, participaram ativa-mente das ações de fortalecimento socioeconômico local pela qualificação do extrativismo e pelo apoio a agricultura familiar.

Foi para sustentar esse legado e consolidar o capital social acumulado que os participantes criaram a Rede Intercomuni-tária Almeirim em Ação (RICA), garantindo a consolidação das

ações após o encerramento do projeto, que se deu em 2014. Pela dimensão dos desafios a Rede tem se posicionado como articuladora local, estabelecendo alianças entre comunidades, empresas, e governos.

O Escudo das Guianas guarda o maior bloco contínuo de

florestas tropicais do planeta.

Ribeirinho na Calha Norte Paraense, PA. © Rafael Araújo/ Imazon.


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A visão integrada do território e fortalecimento da partici-pação social também deixou como fruto o Plano de Desenvol-vimento Sustentável de Almeirim, que apresenta possibilida-des e caminhos para a continuidade das ações realizadas nos últimos quatro anos pelo IFT.

Conhecer a história, construir o futuro

Outra frente de apoio do Fundo Vale no Escudo das Guianas teve como objetivo o fortalecimento das áreas protegidas da região da Calha Norte (por meio da implementação de seus planos de manejo) e apoio à implantação do Programa Mu-nicípios Verdes, do estado do Pará, nessa região. Por meio de uma parceria com o Imazon, buscou-se a sustentabilidade de unidades de conservação com o desenvolvimento de ações de comunicação, educação ambiental e ordenamento territorial das áreas de uso comunitário, sensibilizando e fortalecendo as comunidades locais. Diagnósticos, capacitações e articulação para o desenvolvimento de pactos e planos de trabalho busca-ram o fortalecimento da gestão ambiental nos municípios de Alenquer, Monte Alegre e Óbidos, na Calha Norte.

Em 2014, um dos destaques foi o lançamento do livro “A flo-resta habitada”, obra que faz um resgate do histórico de ocupa-ção da Amazônia, desde a chegada dos primeiros homens há 14 mil anos até os dias atuais. O livro foi adotado como mate-rial didático em escolas públicas da região, atendendo alunos do 5º ao 9º ano do primeiro grau, e teve um primeiro lote de distribuição de 2.000 cópias.

Seguindo a mesma linha está previsto para 2015 o lançamen-to de uma nova publicação, dessa vez desenrolando o novelo da história natural da Amazônia. Nesse livro serão apresentados o histórico de formação natural da floresta, seus rios, fauna e flora. Com isso os alunos poderão aprender os caminhos que a natu-reza trilhou para construir o maior patrimônio que eles têm.

Fortalecendo a economia da floresta

Ainda com foco no fortalecimento de áreas protegidas, mas na perspectiva de promover a conservação ambiental por meio de atividades econômicas sustentáveis, o IFT realizou ações de capacitação, treinamento e discussão de modelos de Manejo Florestal Comunitário (MFC) na Reserva Extrativis-ta Verde para Sempre, localizada em Porto de Moz. Também apoiou associações comunitárias dentro da Resex na elabo-ração de documentos técnicos indispensáveis para o licen-ciamento da atividade madeireira, como o Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS). Os planos foram finalizados e protocolados junto ao ICMBio.

Na frente do fortalecimento da governança florestal local, em 2014 o IFT apoiou o Grupo de Ação e Reflexão Florestal (GARF) – espaço interinstitucional criado em 2011pelo ICMBio, SFB, CDS e o próprio IFT – convidando outras instituições que atuam no território a fazerem parte do coletivo, entre elas o IEB e a Tramitty (empresa contratada pelo SFB para fomentar a comercialização de produtos da sociobiodiversidade em qua-tro UCs no Pará e Amazonas).



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Apoio às organizações sociais do Amapá

Na outra ponta do Escudo da Guianas, no Amapá, o Fundo Vale também apoia o fortalecimento do capital social como instrumento de conservação ambiental, a partir de uma parce-ria com o IEB. As ações estão alinhadas ao atual cenário, mar-cado por grandes desafios para a população do campo e para a manutenção do perfil do Estado com a maior taxa de conser-vação ambiental do país. O estado do Amapá hoje se converte na principal fronteira para a expansão de dinâmicas de desen-volvimento que já causaram desmatamento e degradação em outras regiões, como o exemplo emblemático do Pará.

Neste cenário, a atuação do IEB tem se pautado por pro-cessos formativos e de articulação interinstitucional junto à

lideranças comunitárias (de unidades de conservação, assen-tamentos e escolas família), visando a sustentabilidade. O for-talecimento da educação do campo como uma estratégia do projeto ocorre por meio das Escolas Família (EFAs) e da Rede das Associações das Escolas Família do Amapá (RAEFAP), como espaços educativos para alavancar o desenvolvimento local e a conservação ambiental. Estes processos visam culminar com a formatação de uma agenda socioambiental baseada na sus-tentabilidade e pertinente à realidade do estado do Amapá.

Destaques do Escudo das Guianas:

• Encerramento do projeto Almeirim Sustentável, com o envol-vimento de mais de 100 comunidades ao longo do processo e fortalecimento do capital social local, derivando na forma-ção da Rede Intercomunitária Almeirim em Ação (RICA).

• Apoio às organizações sociais do Amapá por meio de ativi-dades de fortalecimento das organizações da sociedade civil.

• Conclusão de diagnósticos sobre o desenvolvimento orga-nizacional das EFA´s e do tecido social do Amapá.

• Conclusão de um ciclo de ações para sustentabilidade das unidades de conservação da Calha Norte paraense e forta-lecimento da gestão municipal da região.

• Ações de educação ambiental voltadas para os jovens da Ca-lha Norte, com destaque para o lançamento do livro “A flores-ta habitada”, a ser usado como material didático de apoio nas disciplinas História, Geografia e Estudos Amazônicos.

Comunidades ribeirinhas no Amapá, AP. © Arquivo IEB.


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COSTA AMAZÔNICA

Na Costa Amazônica, diálogo e empoderamento para construir legado

A Costa Amazônica, território que vai do Amapá ao Maranhão, abrange 9 mil km2 e correspondem a 70% dos manguezais do Brasil. Além de formar o maior cinturão contínuo de manguezais do mundo, sendo refúgio de diversas espécies de crustáceos, peixes, moluscos e aves marinhas. Essa abundância de recursos naturais, de inigualável biodiversidade e importância ecológica, se contrapõe à dura realidade das comunidades locais. Detendo conhecimentos tradicionais centenários, essas populações são os principais meios de conservação da biodiversidade, mas depen-dem dos recursos naturais para sua sobrevivência.

A partir do grande desafio que isso representa, o Fundo Vale apoia seus parceiros no território – o IEB, o IFT, o GTA e a Unesco – numa estratégia de ação focada na promoção do diálogo e construção de sinergias com diversos atores sociais e governamentais, para o desenvolvimento de uma economia mais sustentável.

Marajó: um ano de troca de informações e articulações

No arquipélago do Marajó, localizado na Foz do rio Ama-zonas, o Fundo Vale está ao lado do IEB para apoiar ações de fortalecimento das unidades de conservação e da governança florestal, além da formação de lideranças agroextrativistas. A partir de articulações junto a representantes de comunidades

locais, foi estruturada uma agenda de Manejo Florestal Co-munitário na região e um plano de ação estabelecendo como as instituições irão atuar na implementação dessa agenda no município de Portel.

Com o IFT foi iniciada uma nova parceria para desenvol-ver e disseminar modelos de uso dos recursos florestais, como uma alternativa produtiva legal e sustentável, de forma a ge-rar benefícios socioeconômicos e ambientais para as famílias e comunidades rurais. O Seminário sobre Manejo Florestal, reali-zado em 2014, foi um importante espaço de articulações, mar-cando a assinatura de um Termo de Cooperação Técnica entre Emater e o ICMBio para fortalecer suas ações junto a duas mil famílias das reservas extrativistas no Marajó.

Açaí do Marajó, PA. © Rafael Araújo.

http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/natural-sciences/environment/

http://www.emater.pa.gov.br/


http://ift.org.br/


http://www.gta.org.br/


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Além disso, o IFT apoiou a criação de um grupo de trabalho interinstitucional para discutir e implementar, junto com mo-radores de Reservas Extrativistas, ações de fomento ao manejo florestal comunitário. Com isso, foi criado o Grupo de Trabalho do Manejo Florestal Comunitário do Marajó, formado pelo ICM-Bio, IFT, IEB, IFPA/Breves e Emater-Pará. O GT conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Breves e está pactuando com as fa-mílias ações de regularização da cadeia de valor da madeira e fortalecimento da cadeia do açaí.

Protocolo Comunitário Bailique: pela repartição justa dos benefícios oriundos da biodiversidade

Fruto de uma ampla articulação de atores sociais e governa-mentais, o Protocolo Comunitário do Bailique é a primeira ini-ciativa brasileira para formalizar a repartição justa e equitativa dos benefícios advindos do uso da biodiversidade e fortalecer a gestão dos recursos naturais do território, construído de forma participativa a partir das demandas e interesses das comunida-des. Sua elaboração foi resultado de uma intensa mobilização social, promovida pelo Grupo de Trabalho Amazônico (GTA),

marcada pelo engajamento das comunidades nas oficinas e nos chamados “Encontrões”, realizados no próprio arquipélago ama-paense, formado por oito ilhas, com aproximadamente 10 mil pessoas distribuídas em 50 comunidades, distante quase 180 km da capital Macapá.

Ao longo dos encontros, ao mesmo tempo em que se avan-çava no mapeamento das práticas tradicionais e dos recursos naturais de cada comunidade, iam sendo debatidos temas fun-damentais à apropriação comunitária de seus recursos e rique-zas naturais. Pela predominância de seu caráter participativo, a instância de gestão desse processo privilegiou o protagonismo dos próprios moradores do arquipélago. Assim, a Associação das Comunidades Tradicionais do Bailique (ACTB) foi formada pelos próprios participantes para atuar como instância comunitária res-ponsável pela participação social e a execução das ações estabe-lecidas no Protocolo.

No início de 2014, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) as-sinou em Brasília o Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para o Protocolo Comunitário, e isso reforçou a parceria do Ministério, que desde então tem acompanhado de perto a iniciativa, impor-tante contribuição para a consolidação de políticas públicas na-cionais ligadas à Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB).

Articulação com associações de pescadores gera fortalecimento da cadeia do caranguejo e do camarão

Na região da Costa Amazônica, outra importante parceria do Fundo Vale é com a Unesco, com foco na articulação para o de-

Comunitários com o Protocolo do Bailique. © arquivo GTA/ Paulo Santos

http://www.emater.pa.gov.br/

http://www.gta.org.br/wp-content/uploads/2015/01/GTA_metodologia_ONLINE_PT1.pdf

http://www.mma.gov.br/

https://www.cbd.int/

http://www.breves.ifpa.edu.br/


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Bioma Amazônia

senvolvimento e fortalecimento das cadeias produtivas sustentá-veis da pesca artesanal. Tendo como base a corresponsabilidade dos atores envolvidos e a valorização da diversidade cultural e de saberes das comunidades tradicionais, a iniciativa pretende es-tabelecer de forma sólida as cadeias produtivas sustentáveis da pesca de camarão e cata de caranguejo, do Amapá ao Maranhão.

Nesta primeira etapa, o foco de atuação esteve na construção colaborativa do próprio projeto, envolvendo representantes go-vernamentais da União e dos três Estados, universidades, orga-nizações não governamentais e, principalmente, associações e comunidades ligadas à pesca e cata de caranguejo. Essas asso-ciações e comunidades, previstas para serem as protagonistas de todo o processo, mesmo antes da implementação da iniciativa já puderam experimentaram o valor dessa articulação.

Fruto do compartilhamento de experiências ao longo desses encontros, os pescadores trocaram informações sobre técnicas para acondicionamento e transporte de caranguejos capazes de ampliar os ganhos em mais de 2/3 do volume comercializado, aumentando o tempo de sobrevivência dos animais e acessando novos mercados. Seja pela riqueza natural da região seja pelo co-nhecimento e experiências dos atores envolvidos, tudo leva a crer que essa é só uma pequena amostra do potencial dessa iniciativa para o território.

Destaques da Costa Amazônica

• Desenvolvimento da primeira iniciativa brasileira para for-malizar a repartição justa e equitativa dos benefícios ad-vindos do uso da biodiversidade e fortalecer a gestão dos recursos naturais do território, construído de forma partici-pativa a partir das demandas e interesses das comunidades: o Protocolo Comunitário do Bailique.

• Fortalecimento do capital social na região do Marajó, além do fortalecimento do Manejo Florestal Comunitário, esti-mulando uma nova economia.

• Envolvimento de universidades, órgãos públicos, associa-ções de pescadores e catadores de caranguejo da Costa Amazônica para elaboração de iniciativa conjunta para fo-mento sustentável da cadeia produtiva da pesca e cata do caranguejo, do Amapá ao Maranhão.

ACTB e regularização fundiária

Um dos primeiros resultados do Protocolo Comunitário do Bailique foi o encaminhamento da Associação das Comu-nidades Tradicionais do Bailique (ACTB) ao Ministério Publico Federal (MPF) para que fizesse um levantamento sobre a real situação fundiária das comunidades tradicionais do arquipé-lago. Ao mesmo tempo, a Associação esteve em campo em processo de consulta nas unidades familiares para o levanta-mento, junto a estas famílias, sobre o modelo de regulariza-ção fundiária mais adequado.


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BIOMA AMAZÔNIA

Diálogo em rede: uma aposta para o desenvolvimento sustentável

O estímulo à ação colaborativa e em rede como base de seu modelo de atuação é um dos valores mais preciosos na gestão do Fundo Vale. A instituição acredita que soluções mais integradas e eficientes fortalecem as iniciativas de seus parceiros. Especialmente na Amazônia, bioma de tão grande extensão e complexidade. Diversas culturas, milhões de habitantes e uma economia diversificada estão unidos em um enorme território que, além de grande riqueza ambiental e cultural, concentra também forte pressão sobre seus recursos naturais.

Articulação em torno das mudanças climáticas

Desde a metade de 2014, o país convive com o agravamento de uma crise hídrica que mostra claramente o quanto as popula-ções estão vulneráveis ao crescente desequilíbrio ambiental, e, também, que para esse desequilíbrio não há fronteiras. Em meio a este cenário, a Articulação Regional Amazônica (ARA), com a parceria do Fundo Vale e da Aliança Avina/Skoll, dava andamen-to ao estudo O Futuro Climático da Amazônia, desenvolvido pelo renomado pesquisador PhD Antonio Nobre.

O estudo mostrou, entre outras coisas, que há uma conexão entre a destruição da Floresta Amazônica e o regime de chu-vas na região Sudeste. Além disso, o pesquisador aponta cinco passos para a recuperação do clima. Um dos grandes objetivos

da ARA com ações como esta é chamar a atenção e gerar dis-cussão sobre os recorrentes problemas da maior floresta tro-pical do planeta. Composta por mais de 50 organizações que atuam no bioma, a ARA Regional transcende fronteiras geo-gráficas e busca um olhar integrado e ações convergentes para a Pan-Amazônia.

A parceria entre o Fundo Vale e a ARA teve início em 2012, com o objetivo de fortalecer a rede. Esta parceria prevê várias ações de articulação, entre elas o Encontro Pan-Amazônico, que foi realizado em agosto de 2014, em Lima, no Peru.

Capacitação para fortalecimento da gestão territorial na Amazônia

Buscando entender cada vez mais a realidade da gestão am-biental na Amazônia, e estimular o diálogo entre organizações

Encontro Pan-Amazônico no Peru. © ARA

http://araamazonia.org

http://www.avina.net/por/

http://www.ccst.inpe.br/wp-content/uploads/2014/10/Futuro-Climatico-da-Amazonia.pdf


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como uma ferramenta poderosa para o fortalecimento dos mu-nicípios, o Fundo Vale vem participando da Rede de Capacita-ção da Amazônia (Recam), ao lado de diversos parceiros. A Re-cam, criada em 2013, tem como missão promover e dar escala a iniciativas de municípios verdes ou sustentáveis, por meio da colaboração e da capacitação em gestão socioambiental.

Em 2014, a experiência da Recam foi apresentada durante a 20ª Conferência das Partes de Mudanças Climáticas (COP), em

“A floresta mantém úmido o ar em movimento, o que leva chuvas

para áreas continente adentro, distantes dos oceanos. Isso se dá

pela capacidade inata das árvores de transferir grandes volumes de água

do solo para a atmosfera através da transpiração”

Antonio Nobre - O Futuro Climático da Amazônia.

Sinergia Pan-Amazônica

Com o objetivo de entender o fluxo de informação e po-tencial de colaboração entre as pessoas que atuam na área socioambiental no bioma Amazônia, em 2014 a ARA deu continuidade ao estudo realizado pelo Fundo Vale em 2012: Sinergia Pan-Amazônia. A segunda rodada da pesquisa, que também contou com o apoio da Aliança Avina/ Skoll, mos-trou que há um afunilamento da comunicação entre o Brasil e demais países da Pan-Amazônia, destacando assim o papel fundamental de articulação promovido pela ARA. Usando metodologias de inteligência de rede como pano de fundo, o estudo ajudou a rede a pensar sua estratégia de mobiliza-ção, com o intuito de criar pontes, gerar conexões, aproximar as pessoas, abrindo espaços e facilitando a colaboração. Os resultados estão disponíveis para consulta na internet em http://sinergiapanamazoniav2.org

Lima, no Peru, no evento paralelo “Desenvolvimento Resiliente na Amazônia: estratégias promissoras para dar escala à gover-nança territorial”, organizado pela rede em parceria com a ARA e Aliança Avina/Skoll. O evento tratou de experiências locais de governança territorial na Amazônia e as condições para que elas possam ser reproduzidas em escala.

Além disso, o grupo realizou em novembro seu Encontro Anual na cidade de Cuiabá, Mato Grosso, em paralelo ao 2º Seminário de Municípios Sustentáveis (Iniciativa do Programa Mato-grossense de Municípios Sustentáveis – PMS). Na ocasião, o grupo fez um balanço do primeiro ano de atuação da rede, redefiniu grupos de trabalho para 2015 e repactuou compro-missos de atuação colaborativa.

http://www.ccst.inpe.br/wp-content/uploads/2014/10/Futuro-Climatico-da-Amazonia.pdf


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Maranhão

Buscando complementar sua visão territorial sobre o bioma Amazônia, o Fundo Vale deu início em 2014 à construção colaborativa de uma agenda estratégica para o desenvolvimento sustentável do estado do Maranhão. Para isso, realizou um processo de escuta da sociedade civil e reuniu atores da sociedade civil, poder público e setor produtivo, incluindo áreas de operação e corporativa da Vale, que tem longa atuação no Estado. Paralelamente a este processo, deu início a uma parceria com o Unesco voltada para o uso susten-tável dos recursos pesqueiros e organização da cadeia produtiva da pesca na Costa Amazônica.

Mercado brasileiro de serviços ecossistêmicos

O Fundo Vale acredita que a conservação do meio ambiente está diretamente ligada à articulação e disseminação de conhe-cimento, para além da Amazônia. Uma iniciativa neste senti-do, abrangendo todo o território nacional, é a Matriz Brasilei-ra de Serviços Ecossistêmicos (Matriz-PSA). Em parceria com a Forest Trends, a iniciativa teve como objetivo mapear os estímu-los econômicos para serviços ambientais no Brasil, entender o funcionamento desse mercado e tendências, além de trazer in-sumos para tomadores de decisão e para as políticas dessa área.

Os resultados da pesquisa, realizada desde 2012 e con-cluída no início de 2015, foi sistematizada na publicação Incentivos Econômicos para Serviços Ecossistêmicos no Brasil e em uma base de dados disponível para consulta pública na internet em http://brazil.forest-trends.org/. Mais de 2400 iniciativas tendo provedor-pagador foram mapeadas, classificadas entre os servi-ços de carbono, água, biodiversidade e serviços múltiplos. Como Seminário Matriz PSA. © Forest Trends

http://www.forest-trends.org/

http://brazil.forest-trends.org/documentos/matriz_book.pdf

http://brazil.forest-trends.org/


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resultado, já se percebe que o crescimento deste tipo de investi-mento esbarra em entraves como a falta de regulamentação.

Eventos realizados em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro em maio de 2015 marcaram o lançamento da Matriz para diversos públicos, e apontaram a continuidade da iniciativa com novos arranjos. O projeto teve como objetivos apontar os melhores caminhos para esses incentivos, colaborando com as políticas públicas que regulamentam os investimentos e fomentando a adoção de esquemas de PSA que beneficiem comunidades e produtores dos diversos biomas e ecossistemas brasileiros.

Entre esses caminhos, destaca-se a contribuição da Matriz como instrumento de análise para a discussão e consulta pú-blica para o Projeto de Lei 792/2007, que define os serviços ambientais e prevê a transferência de recursos, monetários ou não, aos que ajudam a produzir ou conservar estes serviços.

Destaques do Bioma Amazônia

• Estudo realizado pelo pesquisador Antônio Nobre sobre a importância da Amazônia para a regulação do clima, sis-tematizado no livro “O futuro Climático da Amazônia”, que aponta as conexões entre o desmatamento e os eventos climáticos extremos.

• Estímulo à troca e colaboração entre organizações que atuam na Amazônia por meio da Rede de Capacitação da Amazônia (Recam).

• Mapeamento e mobilização de atores sociais para constru-ção colaborativa de uma agenda estratégica para o desen-volvimento sustentável do estado do Maranhão.

• Mapeamento de mais de 2000 iniciativas e análise do merca-do brasileiro de incentivos econômicos para os serviços ecos-sistêmicos, sistematizados na Matriz PSA, com publicação e livro e lançamento de uma base para consulta na internet.

A Matriz de Serviços Ecossistêmicos teve como objetivo mapear os estímulos econômicos

para serviços ambientais no Brasil, entender o funcionamento desse mercado e tendências futuras.

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PERSPECTIVASPARA O FUTURO

É hora de olhar para o legado já construido, colher as muitas lições aprendidas e estruturar os próximos passos de atuação do Fundo Vale.

Crianças da Reserva Extrativista Riozinho do Anfrísio, Corredor Xingu, PA. © Lilo Clareto/ISA.

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AMADURECIMENTO PARA PLANEJAR NOVOS RUMOS

Ao longo de seus cinco anos de atuação, o Fundo Vale passou a ser reconhecido como articulador e apoiador estratégico em ações voltadas para o empoderamento de comunidades e forta-lecimento da gestão pública como meios de garantir a conserva-ção ambiental na Região Amazônica. Nesse período, o Fundo foi capaz de conectar importantes parceiros através dos mais diver-sos projetos, focando sempre nas demandas e na potencialidade de cada território dessa vasta região.

Hoje, é hora de olhar para o legado já construído, colher as muitas lições aprendidas e estruturar os próximos passos. Com uma gestão mais madura, é capaz de centrar esforços de forma mais objetiva, colaborando para o desenvolvimento de seus par-ceiros e dos territórios onde atua.

Além das atuais frentes de trabalho, temos mapeado oportu-nidades para o futuro, como dar seguimento ao nosso trabalho no Maranhão e a perspectiva de entrada na Mata Atlântica. No Maranhão, junto com nossos parceiros, fizemos um diagnóstico identificando atores locais e demandas do território. Isso já nos dá maior clareza das frentes de grandes linhas de projetos que são factíveis de serem implementadas naquele Estado, que vão ao encontro de suas necessidades como, por exemplo, cadeias produtivas de base sustentável, restauração florestal e educação, articulando conservação ambiental com geração de renda. A ideia é começar com projetos pequenos que se transformem em modelos para serem replicados.

Para a Mata Atlântica, iniciamos um mapeamento para en-tender quais são as principais questões do território, as institui-

ções que atuam no bioma e como tudo se conecta. As análises iniciais nos levam a pensar numa estratégia para conservação e restauração, com foco em conservação de remanescente e água, res-tauração em si e governança territorial. Como território de possível atuação, o estudo trouxe especial destaque para a Bacia do Rio Doce e conexão com o Cor-redor Central da Mata Atlântica.

No que diz respeito à nossa governança institucional e re-lação com a Vale, nossa mantenedora, pretendemos manter as conquistas de 2014 em termos de uma maior aproximação, como foco na troca de experiências e conhecimento. O Fundo Vale tem acumulado uma experiência riquíssima em suas parcerias e pro-jetos, testando modelos e formas de relacionamento que podem ser incorporados pela operação da empresa nos territórios onde ela está presente.

Se, no futuro, o Fundo Vale se consolidar como um mecanis-mo de inovação e conhecimento socioambiental, capaz de cola-borar com a empresa em suas ações de sustentabilidade e cons-trução de legados positivos para as populações locais e o meio ambiente, terá cumprido um importante e precioso papel. Para além, é claro, da contribuição direta que vem dando nos territó-rios onde atua.

Gleuza Jesué

Diretora Executiva do Fundo Vale Gerente Executiva de Meio Ambiente da Vale

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EXPEDIENTE

GOVERNANÇA

Conselho Gestor:

Titulares: Luiz Eduardo Lopes (presidente), Regina Bronstein (vice-presidente), Rodrigo Dutra Amaral, Luiz Gustavo Gouvêa e Paulo Henrique Soares. Suplentes: Salma Ferrari (Presidente), Vitor Cabral, Rodrigo Lauria e Mirka Scherck.

Conselho Fiscal:

Titulares: DDioni Brasil, Ênio Stein e Benjamim Moro. Suplentes: Bruno Moraes, Ana Demillecamps e Luiz Carlos dos Santos.

Comitê Consultivo:

Adriana Moreira, Jorge Madeira Nogueira, Ludovino Lopes, Manoel Serrão, Mary Alegretti, Miguel Milano e Rita Mesquita.

Comitê de Parceiros:

André Villas-Boas (ISA), Beto Verissimo (Imazon), Carlos Koury (Idesam), Cecilia Barja (Avina), Claudio Pádua (IPÊ), Laurent Micol (ICV), Luiz Lima (Unesco), Maria José Gontijo (IEB), Mauricio Voivodic (Imaflora), Michael Jenkins (Forest Trends), Natalino Macedo Silva (IFT), Sérgio Guimarães (ARA) e Vasco Roosmalen (Ecam).

Diretoria:

Diretora-Presidente: Vania SomavillaDiretora Executiva: Gleuza JesuéDiretora de Operações: Patrícia Daros

Equipe:

Gerência: Carina PimentaGovernança e Gestão Financeira: Cintia Andrade, Uedson Verli e Mirtes CavalcantiGestão de Parcerias: Márcia Soares, Michelini Lima, Gabriela Ataíde, Mayra Abreu e Hélio Laubenheimer.

PRODUÇÃO DO RELATÓRIO 2014

Edição: Márcia SoaresTexto: Approach Comunicação Projeto gráfico e diagramação: I Graficci Comunicação e DesignFoto da capa: Rio Jauaperi, com Itaquera, AM. © Arquivo FVA.

Bacia do Rio Negro

Sul do Amazonas


Corredor Xingu

Corredor Tapajós

Leste Paraense

Escudo das Guianas

Costa Amazônica

Bioma Amazônia

Rua Paraíba, 1.122 / 18º andar – Funcionários

Cep: 30.130-141 – Belo Horizonte – MG

Tel.: (31) 3254-6832

E-mail: [email protected]

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2014 - Fundo Vale · 4 QUEM SOMOS O Fundo Vale é uma associação sem fins lucrativos, com o título de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público