Upload
trinhque
View
213
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
RELATÓRIORELATÓRIORELATÓRIORELATÓRIO DE ATIVIDADES DE ATIVIDADES DE ATIVIDADES DE ATIVIDADES
Etapa 4
ONG RAMUDÁ – Ramos que Brotam em Tempos de Mudança
São Carlos, SP
Janeiro 2009
2
ÍNDICEÍNDICEÍNDICEÍNDICE
IntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntrodução ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 3333 Histórico...........................................................................................................................................4
Circunstâncias de implementação da Quarta Edição .......................................................................7
Orçamento e cronogramaOrçamento e cronogramaOrçamento e cronogramaOrçamento e cronograma ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 8888 Recursos humanos envolvidosRecursos humanos envolvidosRecursos humanos envolvidosRecursos humanos envolvidos ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 10101010
Etapas do trabalho / atividades.......................................................................................................10
Preparação..................................................................................................................................10 Execução do plantio e campanha de sensibilização...................................................................11 Pós-execução..............................................................................................................................11
Considerações Gerais.....................................................................................................................12
Sobre a escolha das espécies......................................................................................................12 Treinamento da equipe de educadores ambientais.....................................................................13 Treinamento da turma do Programa Educação para o Trabalho (PET) - SENAC ....................14 Sensibilização.............................................................................................................................15 Receptividade / Manifestações da comunidade .........................................................................17 Evento “Praça Viva” ..................................................................................................................18 Abertura de calçadas e plantio ...................................................................................................20 Sensibilização na Escola Conde do Pinhal ................................................................................23 Produção de vídeo Institucional.................................................................................................25
Manutenção e reposição.................................................................................................................27
Levantamento de dados..................................................................................................................28
AvaliaçãoAvaliaçãoAvaliaçãoAvaliação .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 31313131 Depoimentos de participantes do projeto Rua Viva...................................................................34
BibliografiaBibliografiaBibliografiaBibliografia................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 37373737 Bibliografia consultadaBibliografia consultadaBibliografia consultadaBibliografia consultada........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ 37373737 ANEXOSANEXOSANEXOSANEXOS.................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 38383838
Anexo 1 – Mapa.............................................................................................................................38
Anexo 2. Cronograma....................................................................................................................40
Anexo 3. Ficha de abordagem........................................................................................................41
Anexo 4. Caderno de apoio............................................................................................................43
Anexo 5. Folheto sobre cuidado com as árvores ...........................................................................44
Anexo 6. Folder de apresentação do projeto Rua Viva..................................................................46
Anexo 7. Folheto do evento Praça Viva ........................................................................................47
Anexo 8. Reportagem do jornal Primeira Página ..........................................................................48
3
IntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntrodução
“ Para alcançar grandes coisas não só devemos agir, mas também sonhar. Não só planejar, mas também crer”
Anatole France
Levantamentos recentes do IBGE indicam que 80% da população brasileira vive
nas grandes cidades, sendo que em muitas delas a grande concentração populacional e o
rápido crescimento desordenado tem provocado sérios problemas que interferem fortemente
na qualidade de vida daqueles que a habitam. (Pivetta & Silva Filho, 2002 e IBGE, 2007)
A arborização urbana é fundamental na manutenção e melhoria da qualidade de
vida dos centros urbanos por sua influência sobre o bem estar do homem e pelos múltiplos
benefícios como a estabilização climática, embelezamento, atenuação de ruídos, melhoria a
qualidade do ar, fornecimento de alimento e abrigo para fauna (Dantas & Souza, 2004).
Entretanto, a falta de planejamento e o crescimento desenfreado das cidades trazem alguns
conflitos como a disputa de espaço entre as árvores e o espaço na calçada, com a fiação
elétrica, pontos de ônibus, sinalização de trânsito, comunicação em fachadas comerciais,
tubulações e redes subterrâneas, corredores de ônibus, dentre outros fatores.
O estilo de vida moderno, onde cada vez mais as pessoas têm menos tempo
disponível, tem feito com que as pessoas preocupem-se mais em retirar do ambiente
elementos que possam trazer qualquer tipo de trabalho ou gasto extra ou que sejam
percebidos como responsáveis pela geração de “sujeira”. Este fato é facilmente percebido
pela dificuldade de se encontrar casas com quintais não impermeabilizados e a construção
de áreas públicas, como “praças”, cheias de concreto e cimento (Monico, 2001). Outros
fatores de rejeição às árvores são as questões de segurança pública quando estas
escurecem as vias públicas ou são identificadas como pontos de reunião de criminosos,
viciados e até mesmo como motivo de conflitos por disputa de vagas sombreadas nas ruas.
Deste modo, a natureza passa a ser percebida pela população urbana como algo
distante, desconectado das áreas urbanas. Monico (2001) também cita que na atual
sociedade de consumo em que vivemos – onde se sacrifica o bem estar coletivo em
detrimento do bem estar e satisfação dos desejos individuais – há uma redução do uso dos
espaços como ruas e praças (espaços públicos e coletivos) como locais de convivência.
4
Deste modo, as árvores que trazem transtornos para alguns cidadãos ou cidadãs são
prontamente eliminadas deixando de oferecer benefícios a toda uma coletividade.
No município de São Carlos aproximadamente 95% da população vive em áreas
urbanas, e o nível de arborização insuficiente é claramente perceptível em determinadas
regiões como o centro e diversos bairros da cidade. Neste contexto, torna-se importante o
esforço conjunto de vários setores da sociedade, no sentido de planejar e implantar a
arborização de vias públicas.
Considerando todas estas questões, a Ong Ramudá elaborou o projeto Rua Viva
visando colaborar para o aumento do nível de arborização urbana do município de São
Carlos através da integração do trabalho de plantio a ações efetivas de educação
ambiental.
A partir das questões citadas acima é necessária uma mudança de valores por parte
da população que vive nas áreas urbanas. A percepção de que não há viabilidade de se
implementar este tipo de melhoria no espaço público sem o desejo, aceitação e
participação dos usuários e beneficiários também foi levada em consideração. A partir destes
princípios, foi elaborado um trabalho de sensibilização dos atores envolvidos, buscando a
colaboração destes e buscando um compromisso para o cuidado com as árvores.
Histórico
O projeto Rua Viva começou a ser pensado pelos integrantes da Ramudá em 2005.
A SMHDU (Secretaria Municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano) de São Carlos,
tomando conhecimento do interesse da entidade em trabalhar com arborização urbana,
expressou seu plano de arborizar a Avenida São Carlos, iniciando assim o diálogo que gerou
uma das primeiras parcerias em torno do projeto.
A versão preliminar do projeto previa ações de Educação Ambiental e arborização
da Avenida São Carlos, o entorno de duas escolas e dois centros comunitários. Na ocasião, a
EPTV apoiou o projeto com a inserção de dois spots de 30 segundos nos intervalos comerciais
durante a programação televisiva e Técnicos do Horto Municipal que colaboraram na escolha
das espécies que seriam utilizadas no projeto.
Como a Prefeitura não dispunha de recursos para investir no projeto, a Ong
Ramudá, ainda em 2005, contatou diversos vereadores, solicitando-lhes que destinassem
verbas de emendas parlamentares para a realização deste. O valor arrecadado precisaria ser
complementado, e a Ramudá tentou buscar recursos junto à iniciativa privada. Entretanto
5
devido as limitações de tempo para uso dos recursos captados, representantes da Ong e da
Prefeitura Municipal decidiram empregar a verba das emendas na execução de um piloto,
para fortalecer e aprimorar a proposta e ampliar os apoios para o ano seguinte. E com isso a
execução do piloto deu-se na Rua Conde do Pinhal, onde foram plantadas 122 árvores no
mês de dezembro de 2006. Os resultados foram avaliados positivamente pelos realizadores,
especialmente no que se refere à boa receptividade, ao forte apoio – inclusive por parte de
técnicos da prefeitura e outras instituições – e significativa participação da população no
projeto, além dos baixos índices de depredação. Outro indicador de sucesso do projeto foi o
aumento de procura por mudas de árvores no Horto Municipal de São Carlos após a
campanha do projeto Rua Viva.
Figuras 1: Abordagem de moradores da Rua Conde do Pinhal (Foto: Marta Kawamura) Figura 2 : Imagem capturada do spot sobre o projeto Rua Viva exibido na EPTV.
Em 2007, com apoio do SESC São Carlos e da Prefeitura Municipal de São Carlos,
através da SMDS (Secretaria Municipal de Ciência Tecnologia e Desenvolvimento Sustentável),
realizou-se a segunda edição do projeto na Vila Prado. O projeto abrangeu a Rua Bernardino
de Campos e arredores, além da arborização das calçadas das instalações do SESC com a
participação das crianças do Projeto Curumim.
Nesta etapa foram plantadas 150 árvores, além da realização de atividades de
educação ambiental em duas escolas municipais da Vila Prado. No início da fase de
sensibilização houve certa resistência ao plantio, em boa parte devido a más experiências
com plantios feitos por conta própria e que foram mal sucedidos no passado. Com o passar
do tempo foram registradas várias manifestações e contatos posteriores,,,, a maioria deles
solicitando plantio, pedidos esses que ultrapassaram o número de mudas disponíveis.
6
Figura 3: Moradora da Vila Prado regando árvore recém plantada (Foto: Angela Nastri). Figura 4: Crianças do projeto Curumim plantando árvores nas calçadas próximas ao SESC São Carlos (Foto: Angela Nastri).
Logo em seguida foi realizada, em parceria com a Prefeitura Municipal de São
Carlos, uma terceira etapa do projeto Rua Viva na Rua Major José Inácio, também na região
central da cidade. Além da sensibilização e plantio foram realizadas ações de Educação
Ambiental junto a uma escola municipal localizada nesta mesma rua. Ao todo foram
plantadas 177 árvores e a adesão ao plantio foi em torno de 65%. Novamente após o plantio
recebemos muitas manifestações de apoio, em sua maioria pedidos para plantio, que foram
encaminhados à SMDS. Também foi notável o fato de que muitos moradores desconheciam o
direito ao desconto no IPTU concedido pela Prefeitura de São Carlos aos moradores que
possuem árvores ou áreas verdes permeáveis em suas residências, e após serem informados
na fase de sensibilização o solicitaram.
Cabe ressaltar também que nestas duas edições houve a adesão do grupo de
voluntários do projeto “Plante a Vida”, responsáveis pelo plantio de várias árvores na cidade
de São Carlos. No ano de 2007, também foi colocada em pauta de discussão o plano de
arborização da cidade cujos trabalhos iniciaram-se nas reuniões da Câmara técnica de
vegetação e solos do COMDEMA – Conselho Municipal de Meio Ambiente – em dezembro de
2007 com a participação de representantes da ONG Ramudá.
7
Circunstâncias de implementação da Quarta Edição
A quarta edição do projeto começou a ser desenhada ainda no último trimestre 2007,
quando a Ramudá decidiu contatar novamente os vereadores do município de São Carlos
para que estes destinassem verbas para a viabilização de mais esta etapa. O valor
arrecadado foi de R$6.000,00, verba esta que ainda seria insuficiente para a viabilização do
projeto. No início de 2008, através da participação do programa de Redes Sociais do SENAC,
a Ramudá foi convidada a enviar o projeto Rua Viva para uma seleção de projetos
socioambientais a serem apoiados pelo SENAC e pelo Santander Universidades. Nesta seleção
foram captados mais R$15.000,00 em verbas que deveriam incluir a produção de um vídeo
institucional, serviços de gráfica e o pagamento dos educadores que trabalharam no projeto.
Mesmo com estes recursos ainda faltava a verba para a abertura de calçadas,,,, até
que integrantes da Ramudá tomaram conhecimento que havia uma demanda levantada
pelos moradores da região de abrangência da AMOR – Associação de Moradores e Amigos
do Jardins1 – por mais arborização urbana nas ruas dos bairros. Esse encontro gerou uma
proposta de parceria para a complementação desta edição do projeto, que foi considerada
pelos integrantes da Ramudá como uma oportunidade de aproximação e troca de
experiências e informações entre as duas associações. A maior demanda dentro do projeto
foi no Jardim Centenário, bairro com maior déficit de arborização da região abrangida pela
associação e também participante do processo de Desenvolvimento Local, assessorado pelo
SENAC através do Programa de Redes Sociais.
Outras grandes diferenças desta edição do Rua Viva em relação às demais foi a
participação dos jovens, com idades entre 17 e 20 anos, do Programa Educação para o
Trabalho do SENAC, e a área de abrangência do projeto. Nas edições anteriores o projeto
trabalhou mais em uma “única” rua, enquanto nesta edição o projeto foi levado para quatro
bairros próximas ao mesmo tempo, a saber Jardim Centenário e trechos do Jardim Paulistano,
Nova Santa Paula e Hikare (Anexo 1).
1 Os bairros abrangidos pela AMOR são os Jardins Santa Paula, Nova Santa Paula, Paulistano, Centenário e Hikare.
8
Orçamento e cronograma Orçamento e cronograma Orçamento e cronograma Orçamento e cronograma
O cronograma inicial de realização do projeto foi alterado várias vezes e adaptado
em função dos prazos da liberação dos recursos do convênio e em função do planejamento
da atividade conjunta com os alunos do Programa Educação para o Trabalho do SENAC São
Carlos. O cronograma final encontra-se no anexo 2 deste relatório.
O valor total do convênio 134/2008, processo 5558/08 assinado com a Prefeitura
Municipal de São Carlos em 04/09/2008 foi de R$6.000,00, enquanto a contrapartida
financeira foi de R$15.000,18. Além disso, R$6....301,00 foram dadas como contrapartida na
forma de serviços voluntários, cessão de equipamentos e materiais pela convenente.
A indicação das atividades realizadas com recursos próprios e do convênio é
apresentada abaixo de forma resumida:
Produção de materiais de comunicação (folders), serviço de
educação ambiental, plantio, reposição de mudas, registro e edição
de vídeo, sistematização de dados, impostos, tarifas bancárias,
manutenção institucional, insumos, materiais de consumo, xerox,
serviços de cartório.
Recursos próprios
R$15.000,18
Cessão de mão de obra voluntária de profissionais, equipamentos
(computadores, impressora e ilha de edição), parte das recargas de
cartucho, insumos, ferramentas avaliação e relatório.
Recursos próprios
R$6.301,00
Ferramentas, produção de materiais de comunicação (placas e
camisetas), aquisição de mudas, materiais de consumo e insumos,
aluguel de automóvel utilitário, serviços de cartório, xerox e
encadernação.
Recursos do
Convênio
R$ 6.000,00
9
Resumo das despesas realizadas com os recursos do convênio:
Categoria da despesaCategoria da despesaCategoria da despesaCategoria da despesa Valor em R$Valor em R$Valor em R$Valor em R$ Aquisição de mudas de árvores 2.015,90 Prestação de serviços de pessoa jurídica 1.435,00 Materiais de consumo 1.014,74 Aluguel de automóvel 416,43 Alimentação 198,65 Prestação de serviços pessoa física 350,00 Ferramentas 320,20 Cartório 253,10 TOTALTOTALTOTALTOTAL**** 6.004,026.004,026.004,026.004,02
* O Valor excedente de R$4,02 foi complementado pela Ramudá
Resumo das despesas realizadas com recursos financeiros próprios:
Categoria da despesaCategoria da despesaCategoria da despesaCategoria da despesa Valor em R$Valor em R$Valor em R$Valor em R$ Prestação de serviços pessoa física (autônomos) 8768,78 Prestação de serviços de pessoa jurídica 500,00 Impostos 3486,98 Serviços Bancários 126,00 Materiais de consumo 1.195,72 Despesas de manutenção 706,52 Gráfica** 225 TOTALTOTALTOTALTOTAL************ 14.996,1614.996,1614.996,1614.996,16
**Serviço pago diretamente pelo SENAC São Carlos à Gráfica Guillen & Andreolli. ***Com a Inclusão do valor de R$4,02 para a complementação das despesas do convênio o valor total fica em 15.000,18.
Resumo dos valores estimados de recursos cedidos pela Ramudá (serviços voluntários,
equipamentos e materiais)
Categoria da despesaCategoria da despesaCategoria da despesaCategoria da despesa Valor em R$Valor em R$Valor em R$Valor em R$ Serviços de profissionais autônomos 3820,00 Materiais e insumos 194,00 Equipamentos 2.230,00 Ferramentas 57,00 TOTALTOTALTOTALTOTAL 6301,006301,006301,006301,00
Convém ressaltar também que para a viabilização do projeto a parceria coma
Associação de Moradores e Amigos dos Jardins – AMOR foi essencial. O trabalho foi
10
complementado com a abertura das calçadas e a cessão do espaço da sede da
Associação como ponto de apoio, enquanto a Ramudá cedeu os materiais e serviços, acima
citados.
RRRRecursos humanos envolvidosecursos humanos envolvidosecursos humanos envolvidosecursos humanos envolvidos
O projeto contou com 1 coordenadora; 5 educadoras e 1 educador ambiental; 1
pessoa para acompanhar a abertura de calçadas; 3 pessoas para realizar as atividades do
plantio; equipe para executar a abertura de calçadas; 2 pessoas para abrir as covas durante
o plantio. Houve ainda uma pessoa para ajudar na sistematização e análise dos dados de
pesquisa; uma pessoa que ficou no apoio administrativo, e mais 2 pessoas que irão trabalhar
na manutenção das árvores durante os quatro meses seguintes do plantio.
Além destes profissionais houve a participação de vários voluntários, dentre eles o
Sr. Timothy, morador do Jardim Centenário, Sr. Nivaldo Nale, presidente da AMOR, alunos da
turma do Programa Educação para o Trabalho do SENAC São Carlos e crianças da região
que nos auxiliaram em alguns momentos do plantio.
Etapas do trabalho / atividades
PreparaçãoPreparaçãoPreparaçãoPreparação
Durante os meses de Julho a Outubro a preparação envolveu as seguintes atividades:
• Definição do local do plantio junto ao SENAC e AMOR;
• Acompanhamento dos retornos do SENAC e da Prefeitura Municipal de São Carlos;
• Pesquisa e montagem de nova lista de espécies para plantio em calçadas;
• Pesquisa sobre outros fornecedores de mudas, reserva de mudas;
• Elaboração de caderno de apoio contendo descrição e ilustração das espécies
selecionadas e disponíveis para trabalho de sensibilização (Anexo 5);
• Pesquisa de textos para uso das educadoras e educador;
• Preparação do treinamento;
• Treinamento para educadoras responsáveis pela sensibilização;
• Treinamento para alunos do Programa Educação para o Trabalho - SENAC;
• Elaboração e reprodução de ficha de questionário (Anexo 3);
• Preparação de releases e contatos com imprensa;
• Consultas aos técnicos da prefeitura para esclarecimento de dúvidas;
11
• Acompanhamento da preparação dos selos, tutores e folders;
Execução do plantio e campanha de senExecução do plantio e campanha de senExecução do plantio e campanha de senExecução do plantio e campanha de sensibilizaçãosibilizaçãosibilizaçãosibilização Durante o mês de Outubro e Novembro, a execução do projeto envolveu as seguintes
atividades:
• Abordagem de porta em porta para sensibilização e levantamento de dados;
• Registro em foto das atividades (Anexo 4);
• Registro em foto das fachadas, antes e depois do plantio;
• Registro de informações pertinentes ao aprimoramento do projeto: ritmo,
produtividade, rendimento dos insumos utilizados, facilidades e dificuldades,
problemas, observações e comentários dos participantes;
• Sistematização de dados levantados durante a abordagem;
• Sistematização dos contatos;
• Sistematização do mapa para abertura de calçadas;
• Fechamento da lista de mudas para compra, a partir das decisões tomadas na
abordagem, junto com os cidadãos participantes do projeto;
• Abertura de calçadas para o plantio;
• Aquisição e transporte das mudas;
• Aquisição de ferramentas e insumos;
• Plantios (Novembro);
• Pagamentos e controles financeiros;
• Contatos com imprensa;
• Sensibilização de alunos da Escola Estadual Conde do Pinhal (Novembro)
• Realização de evento na praça do Jardim IV Centenário, intitulado “Praça Viva”
(Novembro).
• Roteiro e gravações para o vídeo institucional
PósPósPósPós----execuçãoexecuçãoexecuçãoexecução Nos meses de Dezembro a Janeiro, já foram desenvolvidas as seguintes atividades:
• Reuniões de avaliação;
• Elaboração de relatórios – de atividades e financeiro;
• Reposição de árvores roubadas e depredadas;
12
• Finalização do registro em foto das árvores e organização das fotos;
• Preparação da ficha de registro dos retornos e programação dos retornos;
• Organização e registro de documentos referentes aos gastos realizados;
• Pré-exibição do vídeo durante formatura da turma de alunos do Programa
Educação para o Trabalho do SENAC São Carlos;
• Edição e finalização do vídeo;
• Prestação de contas a Prefeitura Municipal de São Carlos e ao SENAC São Carlos.
Nos meses de fevereiro a abril de 2009 ainda serão realizadas três etapas de
manutenção e se necessário reposição das árvores perdidas/depredadas além de sessões de
exibição do vídeo produzido durante o projeto em escolas, centros comunitários, SENAC São
Carlos e em outros locais ainda em negociação.
Considerações Gerais
Sobre a escolha das espécies Sobre a escolha das espécies Sobre a escolha das espécies Sobre a escolha das espécies
Para a escolha das espécies que seriam plantadas, partiu-se do princípio de que a
diversidade de espécies é muito saudável, pois protege o sistema de eventuais infestações de
doenças e o torna esteticamente mais interessante. Além disto, entendemos que se o morador
escolher a espécie que será plantada em sua casa, aumenta o potencial de envolvimento
afetivo com a árvore. As mudas a serem plantadas foram escolhidas levando em conta a
escolha do morador em consonância com as espécies, as quantidades disponíveis. O
caderno de apoio (Anexo 5) continha fotos e outras informações que ajudavam na hora da
decisão.
Dentre os critérios adotados para a escolha das árvores estão: árvores de porte
pequeno e médio, que dessem flores, que não tivessem espinhos, com raízes pivotantes e
nativas do Brasil, preferencialmente. Durante a pesquisa e revisão bibliográfica de espécies
adequadas para plantio também se levou em conta outros aspectos como a contribuição
para melhoria do conforto físico, com sombreamento, transpiração e trocas gasosas.
13
Após pesquisa e levantamento da disponibilidade das mudas no viveiro onde foi
realizada a aquisição das mudas, chegamos à seguinte lista de espécies:
Manduirana Senna macranthera Nativa Canudo de Pito Senna bicapsularis Nativa
Oiti Licania tomentosa Nativa Quaresmeira Tibouchina granulosa Nativa
Manacá da serra Tibouchina mutabilis Nativa
Ipê Rosa Anão Tabebuia avellanedae var.
paulensis Nativa
Ipê amarelo Tabebuia chrysotricha Nativa Ipê branco do cerrado Tabebuia dura Nativa
Urucum Bixa orellana Nativa Calistemon Callistemon viminalis Exótica
Resedá branco Lagerstroemia indica Exótica Resedá rosa e branco Lagerstroemia indica Exótica
Acácia mimosa Acácia podalyraefolia Exótica Grevílea Anã Grevillea banksii Exótica Calicarpa Calicarpa revesii Exótica
Caso o Horto tivesse condições de fornecer todas as mudas necessárias, o projeto
poderia custar menos aos cofres públicos municipais, que afinal mantém o Horto. Além disto,
com a campanha procurou-se estimular as iniciativas de plantio por toda a cidade, sempre
que possível divulgando que o Horto Municipal fornece mudas gratuitamente.2
Treinamento da eTreinamento da eTreinamento da eTreinamento da equipequipequipequipe de educadores ambientais de educadores ambientais de educadores ambientais de educadores ambientais
A preparação da equipe de sensibilização envolveu duas oficinas de 4 horas e a
leitura de textos sobre arborização urbana e o histórico do projeto. Na primeira sessão foi feito
o entrosamento da equipe de educadoras e educador que se iniciou através da dinâmica do
“Jogo dos Quadrados”, onde foram discutidas questões sobre trabalho em grupo,
comunicação e troca de informações, além de paciência e dedicação. Complementando o
processo de construção da transparência e dedicação foi feita a dinâmica “Quem sou eu?”,
onde se suscitou a apresentação de alguns interesses e perfis pessoais. Então o raciocínio do
grupo foi transferido de foco (do objetivo do jogo para o objetivo do projeto) onde, em
construção coletiva, foi estabelecido que o nosso objetivo é “contracenar com a
comunidade” para construir conhecimento sobre “arborização urbana”, fomentando
2 Informação constante no folder. Vide anexo 6
14
discussões quanto “as mudanças climáticas”, “o pertencimento”, “a responsabilidade social
para/com o bem comum” e “IPTU Verde”.
Figura 5: Primeiro encontro de treinamento da equipe de educador e educadoras do projeto Rua Viva (Foto: Sabrina Mieko Viana). No segundo encontro houve a continuação do entrosamento da equipe, com o
planejamento participativo do cronograma de execução das atividades de sensibilização do
Projeto e a montagem da Ficha de Abordagem (Anexo 3), discussão das várias opções de
respostas e assuntos relevantes. Ao final a equipe foi levada a campo para ensaio da
abordagem.
Treinamento daTreinamento daTreinamento daTreinamento da turma do turma do turma do turma do Programa Educação para o TrabalhoPrograma Educação para o TrabalhoPrograma Educação para o TrabalhoPrograma Educação para o Trabalho (PET) (PET) (PET) (PET) ---- SENAC SENAC SENAC SENAC
A preparação dos jovens do PET-SENAC foi realizada em 3 oficinas, a primeira delas
com toda turma do programa e as outras duas somente com os alunos que participariam
diretamente das fases de sensibilização e plantio do Rua Viva.
Na primeira oficina houve a participação de 28 alunos, mais a docente responsável
pela turma e o mediador do programa Rede Social do SENAC. O objetivo desta primeira
oficina foi buscar a integração do grupo e fomentar discussões socioambientais através de
15
Jogos Cooperativos. Ao final de cada atividade, foram discutidas informações sobre trabalho
em grupo, paciência, dedicação, comunicação, troca de informações, além de iniciar os
temas socioambientais.
A segunda contou com a presença de 12 alunos e nela foram realizadas conversas
sobre as atividades da oficina anterior, reforçando questões de base apresentadas com as
atividades. Foi feita a apresentação da Ramudá, sua missão e objetivos dos principais
projetos, além da discussão sobre imagens e exemplos da arborização urbana no município
de São Carlos, tentando-se trabalhar questões técnicas, sociais e ambientais.
Figura 6: Primeiro encontro de integração e preparação com os alunos do Programa Educação para o Trabalho do SENAC São Carlos (Foto: Sabrina Mieko Viana) Figura 7: Segundo encontro de integração e preparação com os alunos do Programa Educação para o Trabalho do SENAC São Carlos (Foto: Sabrina Mieko Viana)
A terceira e última oficina contou também com a presença de 12 alunos. Nesta oficina
o tema foi mais uma vez o fortalecimento e entrosamento do trabalho em grupo, através de
dinâmicas. Foi apresentado em forma de palestra o manual de arborização e poda do
município de São Paulo, assim como a ficha de abordagem que seria utilizada na fase de
sensibilização do projeto.
SSSSensibilização ensibilização ensibilização ensibilização
A fase de sensibilização foi realizada entre os meses de outubro e novembro, sendo
que no período da tarde dos dias 15, 16 e 17 de outubro contou com a participação dos
jovens do Programa Educação para o Trabalho do SENAC São Carlos. A média de trabalho
dos educadores foi de 6 a 8 horas por dia.
16
Tão ou mais importante do que o plantio, é o envolvimento da população no projeto e
sua sensibilização para a questão do cuidado com o espaço público. A sensibilização foi feita
porta-a-porta, levando à população informações sobre arborização urbana e sobre o próprio
projeto. Nesta ocasião os educadores conversavam e buscavam estimular os cidadãos e
cidadãs a observarem o entorno de suas casas, o estado das calçadas, os benefícios de se
ter uma rua mais arborizada e a questão da participação individual para o bem-estar
coletivo. Durante esta conversa, o morador ou moradora era convidado(a) a participar do
projeto adotando uma árvore na calçada em frente a sua casa e em caso positivo, junto com
os educadores, decidiam qual o melhor local para plantio, a espécie de preferência
levando-se em conta os aspectos técnicos. O morador que aderiu ao projeto assinou um
termo de responsabilidade comprometendo-se a cuidar da árvore plantada e recebeu um
pequeno folheto com informações de como cuidar da muda de árvore (Anexo 6).
Para cada casa abordada, foi feita uma entrevista, utilizando-se a ficha de
abordagem anteriormente citada, com o morador ou moradora da casa – independente da
adesão ou não ao projeto – para posterior avaliação do projeto além de tentar levantar quais
os motivos de recusa ou aceitação do plantio.
No folder (Anexo 7) utilizado para apresentação do projeto também foi divulgado o
artigo 44 da Lei 13.692/05 que trata do incentivo oferecido pela prefeitura municipal para que
as pessoas mantém árvores nas calçadas através do desconto no IPTU. A aplicação desta lei
ocorre desde 2007, entretanto muitas pessoas ainda a desconheciam. Outra informação que
chamou a atenção dos moradores abordados foi a doação de mudas de árvores pelo Horto
Municipal de São Carlos. Parte dos moradores e moradoras que sabiam desta informação
queixou-se do horário de atendimento para retirada das mudas no Horto que na opinião deles
é muito restrito assim como a dificuldade de acesso ao local. Apenas um morador citou a falta
de variedade de mudas disponíveis.
17
Figura 8: Equipe de educadores e alunos do Programa Educação para o Trabalho preparando-se para primeira saída de sensibilização no Jardim Centenário (Foto: Sabrina Mieko Viana).
Figuras 9 e 10: Educadores do Rua Viva e alunos do Programa Educação para o Trabalho realizando a abordagem dos moradores do Jardim Centenário (Fotos: Eduardo H. Ferin da Cunha).
Receptividade / Manifestações da comunidadeReceptividade / Manifestações da comunidadeReceptividade / Manifestações da comunidadeReceptividade / Manifestações da comunidade
18
A receptividade da população foi considerada boa em todos os bairros trabalhados.
No Jardim Centenário houve certa dificuldade de encontrar os moradores em suas residências
durante os dias da semana. Como o bairro tem alguns problemas de segurança pública, os
educadores foram orientados a evitarem trabalhar sozinhos nos períodos do começo da noite
e aos finais de semana de tarde.
No trecho da Miguel Petroni, adjacente ao Jardim IV Centenário, a boa parte das
calçadas são estreitas e mesmo naquelas onde havia possibilidade de plantio houve grande
resistência. Uma das entrevistadas, dona de uma escola de educação infantil, cita que já
teve árvores em frente ao seu estabelecimento, entretanto preferiu removê-las porque os
ônibus que passam na Avenida sempre arrancavam galhos deixando a árvore feia. Além
disso, como se trata de uma rua de comércio, muitos estabelecimentos tem toldos e também
temem que as copas das árvores escondam a “marca” do estabelecimento.
Foram registrados vários contatos e solicitações após as fases de abertura de calçada
e plantio, a maioria deles solicitando plantio. Nesta edição do projeto, já tendo diagnosticado
a grande quantidade de solicitações após a fase de sensibilização, optou-se por deixar uma
parcela de 20 árvores reservadas para estas adesões tardias ainda durante a fase de
abertura de calçadas. Apesar de algumas desistências terem ocorrido às vésperas da fase de
plantio, constatou-se que a margem dessa reserva poderia ter sido maior.
Os pedidos para plantio, feitos na fase final de plantio e após, infelizmente não
puderam ser atendidos e orientamos os cidadãos e cidadãs que nos procuraram a solicitar
mudas junto ao Horto Municipal de São Carlos.
Recebemos muitas manifestações de apoio por parte dos moradores e associados da
AMOR, que não foram contabilizadas, mas que nos leva ao sentimento de que muitos
moradores sentem falta de espaços mais arborizados e aprovam que esta seja incrementada
– isso mesmo em regiões onde há quantidade considerável de árvores, como trechos do
Jardim Nova Santa Paula.
Evento “Praça Viva”Evento “Praça Viva”Evento “Praça Viva”Evento “Praça Viva”
No dia 09 de novembro, das 10:00hs as 17:00hs foi realizado o evento denominado
“Praça Viva”, na Praça em frente à rua Domingos Jorge Velho, sendo que os períodos de maior
movimentação foram durante a manhã e no final da tarde. Esta atividade foi realizada como
uma abertura simbólica da semana de plantios do projeto Rua Viva e também foi parte de um
projeto de alunas da ACIEPE (Atividade Curricular de Integração de Ensino, Pesquisa e
19
Extensão) de Educação Ambiental da UFSCar. Para a realização deste houve o apoio do USP
Recicla, grupo Trilha da Natureza, APASC e da Prefeitura Municipal de São Carlos através do
Barganha Book e da Sala Verde da Biblioteca Municipal Amadeu Amaral. Houve também a
colaboração da Sra. Alisangela Spignolon que conseguiu junto ao horto de Brotas a doação
de mudas de árvores que foram trocadas por livros, roupas e outros objetos que foram
posteriormente doados para instituições filantrópicas.
Foram organizadas atividades como a estante de trocas, exposição de cartazes e
móbiles sobre desperdício de água, alimentos, consumo e artesanatos feitos de materiais
reaproveitados e outros objetos relacionados como canecas e sacolas duráveis – com
intenção de divulgar e incentivar o uso de materiais duráveis e biodegradáveis. Também
aconteceram as trocas de livros através do Barganha Book, aula aberta de artes circenses,
contação de histórias, divulgação do acervo da Sala Verde, distribuição de folhetos com
orientação de como cuidar das mudas de árvores e sobre o Rua Viva e o plantio de 5 árvores
na calçada de uma residência em frente ao local do evento.
A divulgação foi feita através de folders (Anexo 9) e de um carro de som que passou na
região do Jardim Centenário. Muitos moradores da região elogiaram a iniciativa e
comentaram que a praça é relativamente pouco utilizada pela população, que eventos e
outras atividades deveriam acontecer mais vezes naquele local. Um dos motivos apontados no
dia do evento para o pouco aproveitamento da praça foi a falta de sombra e arborização no
local, uma vez que as árvores plantadas após a reforma da praça ainda estão muito
pequenas. Também foram levantadas questões como a falta de lixeiras no local e a falta de
cuidados com o terreno baldio logo ao lado da praça, onde muitas pessoas jogam todo tipo
de resíduo. Uma quantidade considerável de pessoas também se interessou em saber mais
sobre o trabalho da AMOR e demonstraram algum interesse em associar-se.
20
Figuras 11 e 12: Evento Praça Viva e plantio simbólico de árvores em calçada próxima ao local do evento.
Várias pessoas participaram da estante de trocas trazendo objetos, notadamente a
maioria delas eram crianças. Não foi possível contabilizar as entradas e saídas de objetos da
estante, já que o movimento muito intenso. Estima-se que foram trocados de mais de 100
objetos ao longo do evento. Das 30 mudas trazidas para as troca somente sobraram 6, que
foram doadas ao final do evento. Um morador também propôs a troca das mudas disponíveis
por outras que tinham em suas casas.
Abertura de calçadAbertura de calçadAbertura de calçadAbertura de calçadas e plantioas e plantioas e plantioas e plantio
A abertura de calçadas foi realizada entre os meses de outubro e novembro, com
equipe de 3 pessoas, que abriam as calçadas com serra circular nos locais indicados e
quando necessário faziam o acabamento interno com argamassa. Nas calçadas maiores a
abertura para cada árvore foi de 60cmx60cm, e em calçadas mais estreitas, para não
atrapalhar a passagem de pedestres a abertura foi de 80cmx30cm.
Figura 13: Abertura de calçada no Jardim Centenário com serra circular.
21
O plantio foi realizado entre os dias 12 e 14 de novembro por uma equipe que variou
de 3 a 7 pessoas e sempre que possível também com a participação do morador ou
moradora que aderiu ao projeto. Contamos também com a ajuda de voluntários, como o sr.
Timothy, morador do Jardim Centenário, Nivaldo Nale. Em um dos plantios próximos a escola
Conde do Pinhal, algumas crianças que haviam participado da sensibilização na escola e
ajudaram a plantar 4 mudas de árvores, além de outras pessoas – crianças e adultos – que
alguns momentos auxiliaram a equipe no plantio de árvores próximas de suas residências.
Nos dias 12 e 13 de novembro no período da tarde também contamos com a
participação dos alunos do Programa Educação para o Trabalho, que divididos em duas
turmas fizeram cada uma em um dia um plantio na região do Jardim Centenário e outra no
Jardim Nova Santa Paula.
O plantio realizado em área urbana requer uma série de cuidados especiais devido ao
fato de que o espaço precisa ser compartilhado com pedestres e demais usuários e se for mal
planejada pode causar vários transtornos. Portanto o recolhimento dos resíduos gerados pela
atividade (terra, folhagens e pedras), precisa ser feito rapidamente para evitar incômodos aos
usuários e entupimento de bueiros; durante as atividades foi necessário estar atento para não
obstruir da passagem de pedestres e automóveis. Além disso, a área de plantio que era
dispersa e descontínua, exigiu que a equipe se deslocasse por distâncias razoáveis entre um
plantio e outro. Outro fator importante é que as mudas adquiridas tinham em sua maioria
tamanho superior a 1,00m-1,20m, uma vez que por serem expostas em condições adversas,
precisam ser fortes e bem desenvolvidas. Mudas neste porte e muitas vezes em torrões de terra
de 20 litros exigem da equipe grande esforço físico.
22
Figura 14 e 15: Educador do projeto Rua Viva , Timothy e Nivaldo Nale realizando o plantio de árvores no Jardim Centenário e alunos da escola Conde do Pinhal durante plantio em área próxima à mesma (Fotos : Sabrina Mieko Viana).
Figura 16 e 17: Alunos do Programa Educação para o Trabalho do SENAC São Carlos que auxiliaram no plantio de árvores no Jardim Centenário e no Jardim Nova Santa Paula, respectivamente (Foto: Sabrina Mieko Viana e Daniela da Silva)
Nesta edição optamos por testar o uso de tutores de bambu, devido à facilidade de
obtenção, leveza e custo mais baixo. Ainda não se sabe qual a durabilidade destes e com
que frequência estes terão de ser repostos.
Com relação às placas identificadoras das árvores, nas edições anteriores
constataram-se alguns problemas com os adesivos de identificação das árvores, seja porque
na madeira estes descolavam com muita facilidade ou porque sua identificação feita a
caneta sumia rapidamente após exposição as intempéries. Optamos então por utilizar uma
pequena placa adesivada, fixada ao tutor com o uso de abraçadeiras plásticas.
23
Figura 18: Placa identificadora do projeto Rua Viva afixada em tutor de bambu (Foto: Sabrina Mieko Viana).
Como nesta edição optou-se por trabalhar com uma área muito extensa e não
somente uma rua como nas anteriores, houve a necessidade de alugar um carro utilitário –
próprio para o transporte das mudas e ferramentas – que otimizou e facilitou muito o trabalho
da equipe, em alguns momentos bem reduzida devido a imprevistos e disponibilidades de
seus integrantes. Apesar do custo do aluguel ser muito mais elevado do que o frete de uma
kombi, por exemplo, considerou-se que nas circunstâncias do plantio, as vantagens de se ter
um automóvel à disposição por todo tempo compensou a despesa. Tentamos junto a SMDS a
cessão da Kombi, como já ocorrera em outros anos, entretanto os horários disponíveis
estavam restritos para a época em que o plantio se realizaria.
Os pontos de apoio próximos aos locais de intervenção, como a sede da AMOR e um
terreno onde foram guardadas as mudas, foram de grande valia pois pouparam a equipe de
ter de se deslocar por grandes distâncias para buscar ferramentas, insumos, mudas, dentre
outros materiais.
Sensibilização na Sensibilização na Sensibilização na Sensibilização na Escola Conde do PinhalEscola Conde do PinhalEscola Conde do PinhalEscola Conde do Pinhal
24
Integrar as novas gerações no debate sobre meio ambiente e arborização urbana
também faz parte dos objetivos do projeto Rua Viva. A sensibilização, realizada com alunos
que circulam pelos bairros, possibilita a reflexão e o cuidado com o meio em que vivem. Com
esse intuito, fez parte das atividades dinâmicas e debates na Escola Conde do Pinhal.
A Escola Estadual Conde do Pinhal localiza-se no bairro Jardim Centenário. Trata-se de
uma escola de centralidade para a região dos bairros integrantes da AMOR. Os monitores e
integrantes da ONG Ramudá realizaram no dia 10 do mês de novembro, atividades
socioeducativas lúdicas e de reflexão com cada uma das séries já com prévio apoio da
direção e coordenação da escola.
Os alunos e professores colaboraram para a realização da atividade que envolvia sua
necessária participação a fim de tratar de assuntos ligados ao meio ambiente e à
preservação ambiental. Desenvolveram-se dinâmicas e conversas coletivas para possibilitar a
expressão das opiniões dos participantes, bem como para suscitar o debate.
A dinâmica “Árvore Humana” convidava os participantes a se tornar parte integrante
de uma grande árvore à qual tinham que dar vida através de movimentos e sons. “Árvore dos
sonhos” foi a atividade seguinte e procurou refletir em torno da pergunta: “qual é seu sonho?”
a fim de pensar questões pessoais e coletivas tanto para o indivíduo quanto para o planeta.
Os sonhos, escritos em filipetas, eram colocados em ordem de prioridades em uma árvore
(desenhada em papel Kraft colado coloca em uma parede). Depois da primeira dinâmica
para descontração, a seguinte (“Arvore dos sonhos”) iniciava uma reflexão que prosseguiu
com uma conversa coletiva em torno do tema proposto pelo projeto.
25
Figura 19: Árvore dos Sonhos confeccionada pelos alunos da Escola Estadual Conde do Pinhal durante processo de sensibilização.
Os alunos, tanto os da quinta série do Ensino Fundamental, quanto os das três séries do
Ensino Médio, mostraram-se preocupados com o ambiente dentro e fora da escola, o que
possibilitou que refletissem sobre suas ações. No início da atividade, apresentou-se o projeto
Rua Viva bem como se falou também da ONG Ramudá e da AMOR, do SENAC e demais
parceiros do projeto.
Vale ressaltar que nem todos os alunos eram moradores dos jardins e muitos deles
perguntaram pela possibilidade de plantar árvores em suas casas em outros bairros da
cidade. Escola, alunos e professores desde o início se mostraram receptivos e foram
convidados a participar das próximas atividades do projeto.
Produção de vídeo InstitucionalProdução de vídeo InstitucionalProdução de vídeo InstitucionalProdução de vídeo Institucional
A finalidade principal do vídeo sobre o projeto é de apresentá-lo a todos interessados,
informando sua dinâmica de funcionamento, os propósitos, desafios, resultados e contexto.
Com a ampla exibição do vídeo, seria possível apresentar à população em geral um projeto
que vem acontecendo na cidade há dois anos, alterando a paisagem dos locais atendidos,
26
que por enquanto são restritos. Este vídeo também permite mostrar a experiência a gestores
de outras cidades, de modo a inspirar a elaboração de novos programas de arborização.
Figura 20: Morador do Jardim Centenário entrevistado para vídeo institucional.
Para a Ramudá também é interessante poder mostrar o vídeo a potenciais
patrocinadores ou parceiros na ocasião dos contatos necessários à realização das futuras
edições, uma vez que a sustentabilidade do projeto ainda não está totalmente resolvida.
Às informações referentes ao projeto, resolvemos acrescentar outras sobre os benefícios
da arborização urbana e a motivação dos cidadãos em cuidar das árvores, de modo a
sensibilizar o público para o tema.
Parte das imagens foi gravada durante a execução do projeto nas ruas, e parte foi
feita em desenho animado. A duração do filme ficou em 13 minutos, será reproduzido em 150
DVD´s, os quais serão distribuídos entre os parceiros do projeto, a Ramudá, bibliotecas e ouras
instituições que tenham interesse no tema.
Pretende-se fazer neste primeiro semestre de 2009 uma exibição, em local próximo aos
bairros Jardim Centenário, Paulistano, Nova Santa Paula e Hikare, para que a população
deste bairro possa conhecê-lo. Também será programada uma exibição no SENAC São
27
Carlos, em data ainda a ser definida, bem como em outros locais - ainda em negociação - e
na TV Educativa de São Carlos.
Manutenção e reposição
Durante o mês de dezembro de 2008, foi realizada uma sessão de manutenção e
reposição de árvores.
Durante a fase de manutenção os educadores tentaram contatar todos os moradores
que aderiram ao projeto para dar continuidade ao processo educativo, verificar se havia
alguma dúvida com relação ao cuidado das árvores, como fazer as primeiras podas, dentre
outros assuntos.
Durante a primeira sessão de manutenção e reposição tomamos conhecimento do
roubo de dois Manacás na Rua Conselheiro Joaquim Delfino (em frente à Escola Conde do
Pinhal) e duas árvores foram depredadas na Rua Borba Gato, ambos os casos no Jardim
Centenário. Houve também o desaparecimento de duas árvores, junto com os tutores, em
uma rua próxima a Escola Conde do Pinhal e durante a reposição, a equipe foi avisada por
uma moradora de que o próprio dono da casa havia retirado as árvores – dois Resedás – pois
discordava da decisão da esposa de plantar as árvores. O responsável não foi encontrado
em casa no dia desta reposição. No início de fevereiro tentamos novamente contato com o
responsável para apurar o ocorrido e o mesmo recusou-se a atender as educadoras, pedindo
que estas fossem embora imediatamente.
Uma moradora do Jardim Centenário informou que sua árvore, um Urucum, foi
depredada por crianças e ela por conta própria repôs a muda por outra, obtida no Horto,
logo após o ocorrido.
No Jardim Paulistano, até mês de dezembro não foi registrado até o momento nenhum
caso de depredação. Somente uma Acácia Mimosa plantada na Avenida Liberdade morreu
logo após o plantio.
Levando-se em conta estes números, temos que até o final de dezembro de 2008 a
taxa de depredação foi de apenas 3,5%.
Na primeira semana de fevereiro de 2009 foi realizada mais uma sessão de
manutenção e reposição e houve a necessidade de repor 8 árvores, 5 no Jardim Nova Santa
Paula e Paulistano e 3 no Jardim Centenário. Duas delas morreram por causas
desconhecidas, e as demais foram quebradas a menos de 30 centímetros do chão. Além
28
disso, pelo menos 5 árvores nos Jardins Paulistano e Nova Santa Paula e 3 no Jardim
Centenário foram quebradas e rebrotaram. Curiosamente todas as árvores depredadas e qie
necessitaram ser substituídas eram Manacás.
Sendo assim, neste último levantamento calculamos que a taxa de depredação ficou
em aproximadamente 7%.
Foram programadas mais duas sessões de reposição e manutenção programadas
para os meses de março e abril de 2009. Nas sessões de manutenção, será dada mais
atenção aos cuidados necessários para manutenção das árvores por parte dos próprios
moradores, com a finalidade de dar continuidade ao processo de sensibilização iniciado no
ano 2008.
Levantamento de dados
Como já citado anteriormente, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com
moradores e moradoras dos locais de intervenção do Rua Viva, com a finalidade de subsidiar
o trabalho de sensibilização e levantamento de informações para a própria avaliação e
aprimoramento do projeto. Os resultados obtidos são representativos apenas do segmento,
dos locais onde o projeto trabalhou, portanto não devem ser generalizados para outros locais
da cidade.
Dentre os resultados obtidos após análise e tabulação das fichas de abordagem
destacamos os seguintes:
• Das 286 fichas de abordagem analisadas, os responsáveis por 154 imóveis a
responderam, o que corresponde a aproximadamente 53,8% do total de imóveis. As
fichas não preenchidas em sua grande maioria correspondem a moradores e
moradoras ausentes que não puderam ser contatados após 3 tentativas. Menos de
1% das fichas não preenchidas corresponderam a pessoas que se recusaram a
realizar entrevista;
• Considerando-se somente os moradores e moradoras que responderam a entrevista,
aproximadamente 66,8% dos responsáveis pelos imóveis contatados pelos
educadores aderiram ao plantio. Cabe ressaltar que em muitos locais do Jardim
Centenário, notadamente na Av. IV Centenário, não há condições de se realizar
plantios pois muitas calçadas são muito estreitas e em certos casos, há quarteirões
inteiros com guia rebaixada;
29
• Ao todo, foram plantadas 198 árvores, sendo 94 no Jardim Centenário e 104 no
Jardim Paulistano, Nova Santa Paula e Hikare. Está incluso neste total a doação de 3
árvores feita ao abrigo Lar Rosa de Sarom (Jardim IV Centenário), para plantio no
pátio da instituição;
• A média de árvores plantadas por imóvel foi de 1,28 considerando-se todos os
imóveis com condições de plantio. Se considerarmos apenas os imóveis onde houve
plantio efetivo a média foi de 1,92 é de árvores plantas por imóvel;
• Dentre os entrevistados, 79,1% consideraram a arborização na rua em que mora
insuficiente, 63,4% insuficiente no bairro, 67,3% na cidade toda.
• As árvores com maior preferência das pessoas que aderiram ao projeto foram o
Manacá da Serra (22,7%), seguido do Canudo de Pito (15,7%), Resedá Rosa e
Manduirana (ambas 11,1%);
Quantidade de árvores
Na rua No bairro Na cidade
Variedade de árvores na cidade Opinião
NR % NR % NR % NR %
Insuficiente 121 79,1% 97 63,4% 103 67,3% 70 45,8%
Adequado 20 13,1% 28 18,3% 17 11,1% 24 15,7%
Excessivo 3 2,0% 9 5,9% 16 10,5% 14 9,2%
Não sabe 7 4,6% 15 9,8% 11 7,2% 28 18,3%
Não respondeu 2 1,3% 4 2,6% 6 3,9% 17 11,1%
TOTAL 153 100,0% 153 100,0% 153 100,0% 153 100,0%
Tabela 1: Opinião dos entrevistados sobre a quantidade de árvores na rua onde mora, no bairro, na cidade de São Carlos e opinião sobre variedade de espécies na cidade.
Jardim Jardim Jardim Jardim CentenárioCentenárioCentenárioCentenário
Jardins Jardins Jardins Jardins Paulistano, Paulistano, Paulistano, Paulistano, Nova Santa Nova Santa Nova Santa Nova Santa
Paula e HikarePaula e HikarePaula e HikarePaula e Hikare
TOTALTOTALTOTALTOTAL
EspécieEspécieEspécieEspécie NANANANA %%%% NANANANA %%%% NANANANA %%%%
Manacá 18 19,1% 27 26,0% 45 22,7% Manduirana 11 11,7% 11 10,6% 22 11,1%
Ipê Branco 2 2,1% 0 0,0% 2 1,0%
Resedá Branco 4 4,3% 5 4,8% 9 4,5% Escova de Garrafa 11 11,7% 8 7,7% 19 9,6% Oiti 8 8,5% 8 7,7% 16 8,1% Ipê Rosa Anão 3 3,2% 1 1,0% 4 2,0% Canudo 16 17,0% 15 14,4% 31 15,7% Acácia 4 4,3% 9 8,7% 13 6,6% Resedá Rosa 6 6,4% 16 15,4% 22 11,1% Urucum 3 3,2% 1 1,0% 4 2,0%
30
Quaresmeira 2 2,1% 1 1,0% 3 1,5% Calicarpa 2 2,1% 0 0,0% 2 1,0% Grevílea 2 2,1% 0 0,0% 2 1,0% Ipê amarelo 2 2,1% 2 1,9% 4 2,0%
TOTALTOTALTOTALTOTAL 94 100,0% 104 100,0% 198 100,0% Tabela 2: Porcentagem de árvores plantadas nos Jardins Centenário, Paulistano, nova Santa Paula e Hikare por espécie.
Tabelas 3 e 4: Porcentagem de árvores plantas por ruas. Observamos que os endereços da
tabela referem-se aqueles dados para cadastro, alguns deles tratam de esquinas onde o plantio
pode ter sido realizado em rua diferente daquela registrada na ficha.
Árvore é sinônimo de:Árvore é sinônimo de:Árvore é sinônimo de:Árvore é sinônimo de: NRNRNRNR %%%%
Sombra 53 25,4%
Meio Ambiente / Natureza 38 18,2%
Ar puro 25 12,0%
Vida 23 11,0%
Animais / pássaros 12 5,7%
Plantas / flores / frutas 10 4,8%
Saúde 10 4,8%
Beleza 9 4,3%
Paz / Tranquilidade 5 2,4%
Clima 4 1,9%
Fazenda 3 1,4%
Alegria 2 1,0%
Pessoas usando drogas 1 0,5%
Nova Santa Paula, Paulistano e HikareNova Santa Paula, Paulistano e HikareNova Santa Paula, Paulistano e HikareNova Santa Paula, Paulistano e Hikare
EndereçoEndereçoEndereçoEndereço NANANANA %%%% Elisa Gonzalez Rabelo 1 1,0% Avenida Liberdade 6 5,8% Oscar de Souza Geribelo 4 3,8% José Duarte de Souza 12 11,5% Vitório Giometi 30 28,8% Libório Marino 7 6,7% Américo Jacomino Canhoto 6 5,8% Donato F. dos Santos 2 1,9% Paulo Elias 3 2,9% Antonio Fischer dos Santos 7 6,7% Iwagiro Toyama 16 15,4% Carlos Del Nero 10 9,6% TOTALTOTALTOTALTOTAL 104 100,0%
Jardim CentenárioJardim CentenárioJardim CentenárioJardim Centenário
EndereçoEndereçoEndereçoEndereço NANANANA %%%% Brás Cubas 20 21,3% Renato de Toledo Porto 1 1,1% Domingos Jorge Velho 6 6,4% Jorge Tibiriçá 4 4,3% Borba Gato 18 19,1% Conselheiro Joaquim Delfino 2 2,1% João Ramalho 21 22,3% IV Centenário 12 12,8% Fernão dias 9 9,6% Miguel Petroni 1 1,1% TOTALTOTALTOTALTOTAL 94 100,0%
31
Balanço 1 0,5%
Água 1 0,5%
Poluição 1 0,5%
Sertão 1 0,5%
Convivência 2 1,0%
Cores 2 1,0%
Árvore 6 2,9%
TOTALTOTALTOTALTOTAL 209 100,0%
Tabela 5: Respostas dos entrevistados para a pergunta “Para você árvore é sinônimo de...”
AAAAvalivalivalivaliaçãoaçãoaçãoação
A avaliação é uma das fases mais importantes de um projeto. É o momento onde se
analisa qual o impacto do projeto, assim como o alcance das metas e objetivos
estabelecidos e as possibilidades de aperfeiçoamento do mesmo. Também é um momento
de reflexão e de enriquecimento, onde os atores envolvidos tem mais uma oportunidade de
aprendizado. (Anadón, 2003)
Comparando esta edição do projeto Rua Viva com as anteriores, o primeiro ponto que
nos chama atenção foi a complexidade e o desafio para a viabilização deste por vários
fatores, que iam desde a quantidade de parceiros envolvidos, passando pela área de
abrangência muito mais ampla, da maior quantidade de pessoas na equipe de educadores,
a realização do vídeo e a participação dos jovens do Programa Educação para o Trabalho
do SENAC. Tudo isto exigiu uma maior organização dos dados – planilhas e mapas - que
deveriam estar de forma antecipada nas mãos das equipes de educadores, dos responsáveis
pela abertura das calçadas e dos próprios parceiros. Mais do que em outras edições, houve
necessidade de muitas negociações para a montagem de um cronograma comum acordo
entre os parceiros para que os trabalhos fossem realizados da melhor forma possível. Apesar
dos contratempos que ocorreram ao longo dos meses de execução do projeto, avaliamos
que o projeto trouxe retornos extremamente positivos.
Os aspectos positivos e negativos, assim como as facilidades e dificuldades do projeto
foram registrados e estão em discussão para constante aprimoramento do projeto. As
manifestações de apoio recebidas durante o projeto via e-mail, durante as atividades na rua
e de moradores e associados da AMOR nos motivam a dar continuidade ao projeto, a busca
de novas parceiras e reforço daquelas estabelecidas.
32
De acordo com o relato do presidente da AMOR, Sr. Nivaldo Nale e do Sr. Carlos, que
trabalha como jardineiro na região da associação, o nível de comprometimento de boa
parte das pessoas que aderiram ao projeto foi considerado como bom. Ambos também têm
auxiliado no cuidado com as árvores seja na rega ou em cuidados como adubação de
mudas que estavam muito fracas.
Ao longo de todo projeto, em maior ou menor grau, a coordenação tentou estimular o
grupo a trabalhar e tomar decisões pertinentes de forma participativa, embora em algumas
etapas, mais especificamente no planejamento, isto não tenha ocorrido de forma tão ampla
como, ocorreu durante a execução do mesmo. Como decisões participativas demandam
tempo, pode ser que isso tenha ocorrido de forma mais fácil na execução pela maior
facilidade do grupo se encontrar pessoalmente e discutir as questões que surgiam ao longo
do processo. Muitas vezes durante a fase de planejamento os prazos cobrados pelos
parceiros demandavam decisões rápidas que de certa forma limitaram a participação do
grupo. Podemos também levar em conta que a própria coordenação pode ter falhado neste
aspecto por falta de experiência. Entretanto frente ao desafio de lidar com tantas variáveis, a
complexidade do projeto no atual formato e a heterogeneidade do grupo pode-se dizer que
já é um grande ganho que todas essas dificuldades tenham sido conhecidas durante a
execução do projeto. Isto nos leva a crer isto além de aperfeiçoar o próprio projeto, faz com
que cada um dos envolvidos e envolvidas nele também tenha oportunidade de aprender e
refletir sobre sua própria participação e do seu papel na coletividade.
Consideramos que a questão do enfoque técnico e educativo, bem como as
motivações políticas e educativas que levaram ao projeto o Rua Viva, foram discutidas
durante a fase de treinamento dos educadores e educadoras. Porém não sabemos dizer o
quanto estas motivações foram “internalizadas” de fato em cada um daqueles e daquelas
que participaram do projeto. Em avaliação levantamos a necessidade de desenvolver ainda
mais esse debate, a fim de gerar um equilíbrio ainda maior para ambos os enfoques
destacados pelo projeto.
Durante as discussões sobre a avaliação deste projeto, também foi levantada a
necessidade de se buscar dentro do projeto equilíbrio entre os enfoques técnico e educativo
e de ter sempre claro dentro da equipe quais as motivações políticas e educativas de se
realizar um projeto como o Rua Viva. Consideramos que parte destas questões foram
discutidas durante a fase de treinamento dos educadores e educadoras, entretanto não
33
sabemos dizer o quanto estas motivações foram “internalizadas” de fato em cada um
daquelas e daquelas que participaram do projeto.
Todas as partes envolvidas concordam que sem dúvida alguma que um dos destaques
desta edição foi a participação dos jovens do Programa Educação para o Trabalho nas
diferentes fases do projeto. No início das atividades de sensibilização a maioria da turma
estava um pouco retraída no contato com os moradores e moradoras do Jardim Centenário,
mas no decorrer dos dias, a turma se soltou e mostrou-se extremamente participativa e
animada. A ressalva é em relação ao envolvimento dos docentes ligados ao programa, que
poderia ter sido um pouco maior e o tempo de treinamento com os jovens, que ao final, foi
considerado relativamente curto para trabalhar as questões técnicas, educativas, políticas e
integração do grupo. Além disso, sentimos falta de um outro momento após as atividades de
plantio e sensibilização para fechamento das discussões e idéias iniciadas durante a fase de
treinamento, que infelizmente não pode ser realizado. Entretanto, sobre esta última
consideração, compreendemos que quando as conversas de como seria a participação
destes jovens no Rua Viva se iniciaram, o calendário do programa já estava planejado e
houve necessidade de “negociar” as disponibilidades para participação sem prejuízo as
demais atividades do programa. Deste modo, pensamos que caso haja uma outra
oportunidade de realizar uma parceria com o programa, talvez seja interessante que o
planejamento destas atividades conjuntas se inicie com maior antecedência para não gerar
conflitos entre os calendários do programa e do projeto.
Ainda sobre o treinamento, chegamos à conclusão de que nas próximas edições
devemos também estender essa atividade à equipe que irá trabalhar com a abertura de
calçadas e auxílio no plantio. Considerando-se que este é um projeto com uma proposição
educativa muito forte, e é natural que se leve em conta que o aprendizado e a sensibilização
não são uma via de mão única. Logo, a intenção é que dentro deste projeto todos –
comunidade, educadores e educadoras e os próprios parceiros - tenham oportunidade de
aprender e refletir.
Com relação à ficha de abordagem para as entrevistas, durante a sensibilização
percebemos que a mesma havia ficado muito extensa e isso acabou prejudicando o
levantamento de dados, pois muitas perguntas e fichas deixaram de ser preenchidas. Pode
ser que essa dificuldade não tenha aparecido antes, na saída a campo do treinamento dos
educadores e teste da mesma, já que esta fase foi prejudicada por ser véspera de período
eleitoral e muitos moradores evitarem atender a porta. Talvez em uma próxima oportunidade
34
seja interessante investir mais em outras estratégias, como ensaios e simulações de possíveis
situações entre os próprios educadores com situações que eles podem encontrar durante as
saídas para sensibilização na rua.
Consideramos que a aproximação com a AMOR, como uma das associações de
moradores mais ativas da cidade de São Carlos, foi extremamente enriquecedora para
ambas instituições e sem dúvida alguma a amizade criada entre seus integrantes trará bons
frutos em possíveis futuros projetos e troca de experiências.
A confecção do folheto informativo sobre primeiros cuidados com as mudas foi uma
idéia que se originou de uma sugestão dada por uma moradora da Rua Conde do Pinhal,
que aderiu ao plantio na primeira edição do projeto, e dizia sentir falta de algum material que
a orientasse sobre quais cuidados deveria tomar com sua muda. Este folheto foi bem avaliado
tanto pelos moradores e moradoras que aderiram ao projeto, como pela própria equipe de
educadores e educadoras. A sugestão é que futuramente a idéia deste folheto seja
desenvolvida e se transforme em uma cartilha ou mesmo um pequeno vídeo de animação.
Outra sugestão dada tanto por uma moradora do Jardim Centenário, quanto por um
dos integrantes da equipe que nos auxiliou na abertura de calçadas e no plantio, o Sr. Carlos,
foi a de reforçar as intervenções pós-plantio, orientando mais a população com relação à
poda e outros cuidados com as mudas. Esta demanda, de certa forma, também foi levantada
por outras pessoas que já participaram de edições anteriores do projeto Rua Viva e nos levam
a questionar sobre quanto tempo seria o ideal para esse trabalho no pós plantio, como
viabilizar essa idéia e qual seria a melhor forma de manter contato com estes participantes.
Depoimentos de participantes do projeto Rua VivaDepoimentos de participantes do projeto Rua VivaDepoimentos de participantes do projeto Rua VivaDepoimentos de participantes do projeto Rua Viva
“O Rua Viva acrescenta às reflexões, às preocupações e aos debates ambientais algo que por vezes é aquilo que mais se espera deles: a ação. A reflexão perpassa todas as partes do projeto, o planejamento, a experiência, a ação, a avaliação. Novas propostas e possíveis ações ambientais brotam desse novo chão. O projeto é recebido com apreço pelos moradores. Um desejo pessoal é fortalecido pela possibilidade de romper com a falta de tempo e agir em pró de uma cidade mais arborizada, bonita, fresca, limpa, viva. A ação efetiva proposta pelo projeto é decisiva para o entrosamento e integração da comunidade com o projeto e por meio desse, com o meio ambiente, a preservação e a reflexão sobre como é possível contribuir para transformações. Uma marca é deixada em cada participante. Nos educadores uma relação de harmonia com a proposta vem de encontro com a receptividade dos moradores. A proposta
35
os envolve e cativa em prol de uma cidade mais verde. Efetivo, participativo e envolvente o projeto lembra diariamente a cada morador o compromisso vital assumido com a árvore que vai se enraizar frente à sua casa e que dele depende para que cresça e viva. A ONG Ramudá, a AMOR e o SENAC: três parceiros fundamentais que reúnem sociedade civil organizada, comunidade e educação/investimento tornado efetiva a idéia de que é possível viver transformações reais começando por tornar nossa rua mais viva. Enquanto as árvores crescem (e enquanto se cuida delas), prepara-se para cuidar melhor do mundo que nós habitamos e que habita em nós.” Tatiana Massaro – Educadora Ambiental do projeto Rua Viva – ONG Ramudá
“Não houve nenhum documento, nenhum pedaço de papel com assinatura de
alguém de ambos os lados. E no entanto, pelo menos na perspectiva da Associação de Moradores e Amigos dos Jardins - AMOR - foi a parceria mais proveitosa que já fizemos. A AMOR, em geral por meio de mutirões, já plantou algumas centenas de árvores nas margens do córrego Santa Maria do Leme, no parque infantil administrado pela entidade e no Parque do Kartódromo. Plantar árvore nas calçadas do bairro era um velho desejo nosso mas sabíamos que tal empreitada era muito mais complexa do que plantar árvores na beira de rio. Era preciso ter um know how que não tínhamos: para treinar pessoal para a tarefa de sensibilização dos moradores; para organizar as várias etapas do trabalho; para saber que tipo de árvores plantar em calçadas com e sem fiação... Era preciso também dispor de material didático acessível aos moradores, para "conquistar" sua participação e orientá-lo a respeito de como cuidar das mudas.... A parceria com a RAMUDÁ permitiu que esse conhecimento fosse usado para beneficiar os moradores dos bairros da área de abrangência da AMOR: hoje quem circula pelas ruas do Jardim Centenário, Paulistano e Nova Santa Paula vai ver as calçadas mais bonitas, enriquecidas com 200 mudas de árvores. Eu, particularmente, que participei mais intensamente de boa parte da atividade, pude conhecer mais de perto a Sabrina e o Iuri, que são pessoas admiráveis com quem muito aprendi. Só espero que a parceria também tenha sido positiva para a RAMUDÁ!” Nivaldo Nale – Presidente da Associação de Moradores e Amigos dos Jardins - AMOR
“Trabalhar no projeto Rua Viva foi uma experiência muito boa. É um projeto consolidado, muito bem planejado, servindo de exemplo para os projetos de Educação Ambiental. Trabalhar com pessoas de diferentes formações, o contato direto com os moradores e com os alunos do SENAC tornou essa convivência e a troca de experiências interessantes. A organização do projeto mereceu destaque, não havendo problema que não tivesse sido resolvido. A parceria com a AMOR também rendeu belos frutos em ambos os lados, fortalecendo o trabalho de Educação Ambiental realizado por ela. Além de tudo isso, ainda me despertou novos valores, e com certeza, hoje em dia, gosto e aprecio mais as ruas São Carlenses, prestando atenção na quantidade e diversidade das árvores.” Tatiana Correa – Bióloga AMOR e Educadora Ambiental do projeto Rua Viva
36
"O Rua Viva 2008 foi muito bom, pois houve uma grande integração entre os atores envolvidos - comunidade do Jd. Centenário, agentes da Ramudá e alunos do Programa Educação para o Trabalho. Atingiu os objetivos propostos pelo Programa de Agentes Sócio Ambientais do SENAC São Paulo, especialmente pela arborização urbana" Eduardo Henrique Ferin da Cunha – SENAC São Carlos
“A Arborização do Jd. Centenário só foi possível graças a parceria entre pessoas e organizações... Algumas pessoas do bairro que tentam unir forças pra melhorar o bairro, junto com a AMOR, explicitando e ressaltando a participação do Nivaldo, presidente da Associação dos moradores e a ONG Ramudá, realizaram está ação, que hoje já embeleza o bairro e contribui para as questões ambientais e no amanhã, tenho certeza, que a beleza e o meio ambiente se tornarão muito maiores!!! Esta ação só vem de encontro com aquele velho ditado: "a união faz a força" e que possamos aprender com isso, para juntos conquistarmos mais melhorias para todos !!!” Glória Izildinha Sanches de Lima – Jardim Centenário “Participo do projeto Rua Viva desde a segunda edição que ocorreu em 2007 e acho que a maior marca dele e que o diferencia dos demais projetos de arborização urbana são as conversas, as histórias, os laços que se criam e o redescobrir do ambiente que vai acontecendo durante as conversas. Não que o projeto por si só e em curto prazo vá resolver todos os problemas com o nosso distanciamento do meio ambiente, mas creio que é um ótimo começo! É muito gratificante ao final de cada etapa olhar pra trás e perceber que o projeto foi além das mudanças paisagísticas das ruas, mas que despertou dentro de cada um daqueles e daquelas que aderiram ao projeto um momento de reflexão sobre o nosso papel no mundo e na coletividade... Esta edição em especial foi desafiadora, e mesmo com a bagagem de conhecimentos do Rua Viva das edições anteriores houve momentos em que ficávamos desconcertados pensando no modo de contornar as dificuldades que apareciam. Avalio que esta edição foi bem sucedida – e devemos muito à parceria com a AMOR e com o SENAC – e gerou frutos importantes, como a aproximação da Ramudá com estas instituições, e em especial com a AMOR – e o vídeo que com certeza será de grande valia na busca de novas parcerias para dar continuidade ao projeto. A participação dos alunos e alunas do Programa Educação para o Trabalho foi fantástica e nos deu um grande ânimo! Espero que outras oportunidades como essa aconteçam mais e mais vezes no Rua Viva e em outros projeto da Ramudá.
Ao final disto tudo, só não podemos esquecer que após 2 anos de Rua Viva temos novos desafios pela frente como o de dar continuidade do processo educacional e técnico das edições anteriores. Também adorei participar da criação da animação para o vídeo do Rua Viva. Esse, como tantos outros momentos, foram extremamente enriquecedores. Llevarei esta experiência para a minha vida. Vida longa ao Rua Viva!”
Sabrina Mieko Viana – Coordenadora do projeto Rua Viva – ONG Ramudá
37
BibliografiaBibliografiaBibliografiaBibliografia
Anadón, M. (2003) Quando Avaliar é Formar.Quando Avaliar é Formar.Quando Avaliar é Formar.Quando Avaliar é Formar. . In: Santos, J.E., Sato, M. (orgs). A contribuição A contribuição A contribuição A contribuição da Educaçãda Educaçãda Educaçãda Educação Ambiental à Esperança de Pandora. o Ambiental à Esperança de Pandora. o Ambiental à Esperança de Pandora. o Ambiental à Esperança de Pandora. 2ª Ed São Carlos. Ed. Rima
IBGE (2007) Tendências Demográficas: Uma Análise da População com Base nos Resultados Tendências Demográficas: Uma Análise da População com Base nos Resultados Tendências Demográficas: Uma Análise da População com Base nos Resultados Tendências Demográficas: Uma Análise da População com Base nos Resultados dos Censos Demográficos de 1940 e 2000dos Censos Demográficos de 1940 e 2000dos Censos Demográficos de 1940 e 2000dos Censos Demográficos de 1940 e 2000.... Disponível em http://www.ibge.gov.br. Acesso em 15/01/2009.
Dantas, I.C. & Souza, C.M.C. (2004) Arborização Urbana na cidade de Campina Grande Arborização Urbana na cidade de Campina Grande Arborização Urbana na cidade de Campina Grande Arborização Urbana na cidade de Campina Grande –––– PB: PB: PB: PB: Inventário e suas espécies. Inventário e suas espécies. Inventário e suas espécies. Inventário e suas espécies. Revista de Biologia e Ciências da Terra. Vol. 4, nº 2.
Monico, I. M. (2001) Árvores e arborização urbanÁrvores e arborização urbanÁrvores e arborização urbanÁrvores e arborização urbana na cidade de Piracicaba, SP: um olhar a na cidade de Piracicaba, SP: um olhar a na cidade de Piracicaba, SP: um olhar a na cidade de Piracicaba, SP: um olhar sobre a questão sob a luz da Educação Ambientalsobre a questão sob a luz da Educação Ambientalsobre a questão sob a luz da Educação Ambientalsobre a questão sob a luz da Educação Ambiental. Dissertação de mestrado. Piracicaba, SP. ESALQ /USP.
Pivetta K.F.L. & D.F. Silva Filho (2002) Arborização UrbanaArborização UrbanaArborização UrbanaArborização Urbana. Boletim Acadêmico – NNESP/FCAV/FUNEP. Jaboticabal, SP.
Bibliografia consultadaBibliografia consultadaBibliografia consultadaBibliografia consultada
Lorenzi, H. (1992) Árvores Brasileiras. Árvores Brasileiras. Árvores Brasileiras. Árvores Brasileiras. Volume 1. Nova Odessa, SP. Instituto Plantarum.
Lorenzi, H. (1998) Árvores Brasileiras. Árvores Brasileiras. Árvores Brasileiras. Árvores Brasileiras. Volume 2. Nova Odessa, SP. Instituto Plantarum.
Guzzo, P. & Carneiro (orgs.)(2008) Vamos ArborizaVamos ArborizaVamos ArborizaVamos Arborizar Ribeirão Pretor Ribeirão Pretor Ribeirão Pretor Ribeirão Preto. . . . Ribeirão Preto, SP.
Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
38
Bastos, G. (2008) Belas e muito parecidasBelas e muito parecidasBelas e muito parecidasBelas e muito parecidas. Revista Natureza. Edição 244, ano 21. São Paulo, SP. Editora Europa.
ANEXOSANEXOSANEXOSANEXOS
Anexo 1 – Mapa
Anexo 2. Cronograma
2008200820082008 2009200920092009 AçãoAçãoAçãoAção JulJulJulJul AgoAgoAgoAgo SetSetSetSet OutOutOutOut NovNovNovNov DezDezDezDez JanJanJanJan FevFevFevFev MarMarMarMar Acompanhamento de retornos do SENAC e Prefeitura Municipal de São Carlos Planejamento e definição de local para plantio Preparação de material de apoio Planejamento do treinamento dos educadores e voluntários Treinamento educadores e voluntários Planejamento sensibilização Aquisição de ferramentas e materiais Sensibilização Sistematização de dados Abertura de calçadas Evento "Praça Viva" Registro fotográfico e audiovisual Planejamento plantio Plantio Avaliação Planejamento reposição e manutenção Reposição e manutenção Desenho de animação para vídeo Edição de vídeo Pré-exibição do vídeo Pagamentos Organização e registro de documentos para relatório Relatório Entrega do vídeo e exibição pública
Anexo 3. Ficha de abordagem
Ficha de abordagemFicha de abordagemFicha de abordagemFicha de abordagem
Endereço: Rua n. Data:
Ocorrência:
( ) Morador ausente data:
( ) Imóvel desocupado data:
( ) Não quis atender data: ( ) Não podia atender pediu para voltar em:
data: Pediu para voltar em:
Nome completo:
Idade:
Responsável pela casa:
o mesmo ( ) outro ( ) quem?
Concorda em plantar e cuidar de uma árvore na calçada em frente à sua casa? Sim ( ) Não ( )
Por que?
Número de árvores:
Quais espécies (listar três de preferência, com posterior análise da espécie mais adequada ao local)?
1o
2o
3o Observações sobre o local para o plantio
Telefone:
E-mail:
Sugestões/observações:
Você tinha ouvido falar da campanha Rua Viva?
( ) SIM ( ) NÃO Onde? ( ) TV ( ) Rádio ( ) Jornal ( ) Boca a boca
42
Tem interesse em receber mais informações e/ou participar das discussões para proposta de plano de arborizaçãopara a cidade? ( ) sim ( ) não
Na sua opinião, a quantidade de árvores em São Carlos é:
( ) insuficiente ( ) Não sabe
( ) adequada ( ) não respondeu
( ) excessiva
Na sua opinião, a quantidade de árvores nesta rua é:
( ) insuficiente ( ) Não sabe
( ) adequada ( ) não respondeu
( ) excessiva
Na sua opinião, a diversidade de espécies de árvores em São Carlos é:
( ) insuficiente ( ) Não sabe
( ) adequada ( ) não respondeu
( ) excessiva
Para você, árvore é sinônimo de: (colocar números e não falar as alternativas)
( ) beleza, verde ( ) sujeira ( )
( ) equilíbrio, natureza ( ) insegurança ( )
( ) sombra, frescor ( ) calçada quebrada ( )
( ) flores ( ) trabalho ( )
( ) saúde ( )bagunça
( ) passarinho ( )
Responsável pelo preenchimento:
43
Anexo 4. Caderno de apoio
Exemplos de espécies para áreas, respectivamente, com e sem fiação que constavam do caderno de apoio.