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Disciplina: Tecnologia da Construção Ano Lectivo: 2010/2011 Turma: 12º PRO_C Professor: Ramiro Correia

sensibilização ambiental

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Disciplina: Tecnologia da Construção Ano Lectivo: 2010/2011

Turma: 12º PRO_C Professor: Ramiro Correia

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Índice

Introdução ............................................................................................................................ 3

1. Desenvolvimento sustentável ......................................................................................... 4

2. Eficiência Energética ...................................................................................................... 6

3. Ordenamento do território .............................................................................................. 9

4. Eficiência energética na construção civil ..................................................................... 11

5. Energias renováveis na construção ............................................................................... 15

6.Casas eco eficientes ....................................................................................................... 17

7. Coberturas verdes .......................................................................................................... 19

8. Resíduos da construção ................................................................................................. 22

Conclusão .......................................................................................................................... 24

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Introdução

Na disciplina de Tecnologia da Construção, a turma do 12º ano do curso

profissional de Técnico de Construção Civil foi convidada a reflectir sobre alguns temas

relacionados com o meio ambiente e a sua preservação. Dos diversos trabalhos

realizados pelos alunos, decidimos retirar alguns aspectos e realizar um apanhado geral

para divulgação a outros colegas.

Assim, os assuntos escolhidos foram:

Desenvolvimento sustentável;

Eficiência energética;

Ordenamento do território;

A eficiência energética na construção;

Uso de energias renováveis na construção civil;

Habitações eco eficientes;

Coberturas verdes;

Resíduos da construção civil.

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1. Desenvolvimento sustentável

O que é?

O desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração actual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades, significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e económico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais.

O campo do desenvolvimento sustentável pode ser conceptualmente dividido em três

componentes: a sustentabilidade ambiental, sustentabilidade económica e sustentabilidade

sócio-política, ligando-se á ideia de “pegada ecológica”: “O conceito de pegada ecológica foi

desenvolvido com o intuito de destacar o impacto que as cidades têm sobre o ambiente, e é

representado pela área de território que é precisa para fornecer os recursos necessários e

absorver os resíduos gerados pela comunidade.”

Sustentabilidade ambiental - consiste na manutenção das funções e

componentes do ecossistema, de modo sustentável, podendo igualmente designar-se

como a capacidade que o ambiente natural tem de manter as condições de vida para as

pessoas e para os outros seres vivos, tendo em conta a habitabilidade, a beleza do

ambiente e a sua função como fonte de energias renováveis. As Nações Unidas, através

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do sétimo ponto das Metas de desenvolvimento do milénio procura garantir ou melhorar

a sustentabilidade ambiental, através de quatro objectivos principais:

1. Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e programas

nacionais e reverter a perda de recursos ambientais.

2. Reduzir de forma significativa a perda da biodiversidade.

3. Reduzir para metade a proporção de população sem acesso a água potável e

saneamento básico.

4. Alcançar, até 2020 uma melhoria significativa em pelo menos cem milhões de

pessoas a viver abaixo do limiar da pobreza.

Sustentabilidade económica - enquadrada no âmbito do desenvolvimento

sustentável, é um conjunto de medidas e politicas que visam a incorporação de

preocupações e conceitos ambientais e sociais. Aos

conceitos tradicionais de mais valias económicas são

adicionados como factores a ter em conta os

parâmetros ambientais e sócio-económicos, criando

assim uma interligação entre os vários sectores.

Assim, o lucro não é somente medido na sua vertente

financeira, mas igualmente na vertente ambiental e

social, o que potencia um uso mais correto quer das

matérias primas, como dos recursos humanos.

Sustentabilidade sócio-politica - centra-se no equilíbrio social, tanto na sua

vertente de desenvolvimento social como sócio-económica. É um veículo de

humanização da economia, e, ao mesmo tempo, pretende desenvolver o tecido social

nos seus componentes humanos e culturais. Neste sentido, foram desenvolvidos dois

grandes planos: a agenda 21 e as metas de desenvolvimento do milénio.

Principais problemas:

O problema da população humana é frequentemente citado como a principal

causa de problemas para o planeta. De facto a humidade esta a crescer a um ritmo

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exponencial e a exploração acelerada dos recursos da terra geram problemas. Problemas

globais, como o aumento do efeito de estufa ou a redução da camada de ozono e

problemas locais como a redução da qualidade da água e do ar e também a redução da

biodiversidade. As preocupações com o ambiente global estão então relacionadas com a

evolução da população humana do planeta.

2. Eficiência Energética

Eficiência energética é uma actividade que procura optimizar o uso das fontes de

energia. A utilização racional de energia, às vezes chamada simplesmente de eficiência

energética, consiste em usar menos energia para fornecer a mesma quantidade de valor

energético.

Os equipamentos em nossa casa, escritório, o nosso carro, a iluminação nas

nossas ruas e até as centrais que produzem e distribuem a nossa energia, quer ela seja

electricidade, gás natural ou outra, consomem de alguma forma uma fonte de energia. A

utilização abusiva das fontes de energia de origem de combustíveis fósseis, como o

petróleo (que representa 37% do consumo), o carvão (27%), o gás natural e o urânio,

contribuem grandemente para a libertação de dióxido de carbono para a atmosfera

trazendo consequências desastrosas para o nosso Planeta, como as chuvas ácidas, o

aquecimento global e a redução da camada de ozono.

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Tipos de energias

Tipos de energias

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Gestos que pode ter no seu dia-a-dia para usar eficientemente a energia

*Evite ter as luzes ou os equipamentos ligados, quando não for necessário.

*Procure utilizar os transportes colectivos nos seus

trajectos diários. E, para distâncias curtas, opte por se

deslocar a pé.

*Procure calafetar as portas e janelas, e isolar paredes,

tectos e pavimento da sua casa. Ao fazê-lo, está a

economizar energia e a reduzir o investimento em

sistemas de climatização.

*Antes de comprar um novo equipamento, verifique a etiqueta energética e opte por

aquele que apresenta menor consumo de energia.

*Substitua as lâmpadas incandescentes por lâmpadas economizadoras. Dão a mesma

luz, mas poupam 80% da energia eléctrica utilizada e duram 8 vezes mais.

*Desligue os equipamentos no botão, ao invés de desligar apenas no comando.

*Os aparelhos em modo stand-by continuam a gastar energia.

*Evite abrir desnecessariamente a porta do frigorífico e, quando o fizer, seja o mais

rápido possível. Verifique periodicamente o estado da(s) borracha(s) das portas do

frigorífico.

*No Inverno, aproveite a radiação solar para aquecer a casa, através das janelas.

*No Verão, evite os ganhos solares excessivos. Em ambas as estações, evite ter os

aparelhos de climatização a funcionar com as janelas aberta

*Sempre que possível, procure proceder à separação dos diferentes lixos. Utilize as

máquinas de lavar, sempre que puder, com a carga completa e num programa de baixa

temperatura.

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3. Ordenamento do território

Ordenamento do território é um processo colaborativo em que o

desenvolvimento sustentável e as práticas de profissionais de design de todo o mundo

estão em rede para fornecer consultoria e soluções de desenho urbano e ordenamento do

território. O público-alvo inclui os proprietários, comunidades, empresas e agências

governamentais que têm acesso limitado, tempo, dinheiro ou pessoal para tomar

decisões informadas sobre o uso da terra. Assim, a reconfiguração do território nacional

é uma política de ordenamento territorial, uma vez que ela deverá agir na base que

sustenta a sociedade e suas acções.

O meio de reduzir os riscos aplica-se a qualquer região, mas as medidas têm de

ser adequadas às especificidades de cada terra e aos perigos potenciais. Não são sempre

iguais as soluções para diminuir os efeitos de cheias, enfrentar escorregamentos de terra

ou sismos. A reflexão sobre a problemática específica da Região, tomando também em

consideração a política nacional e comunitária em matéria de ambiente, conduziu à

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formulação das seguintes linhas de orientação estratégicas para o desenvolvimento e

aplicação da política regional de ambiente:

Consciencializar a população, os decisores políticos e os agentes Económicos

para a importância estratégica do ambiente e estimular a participação activa da

sociedade.

Qualificar o ambiente urbano, resolver as carências de Infra-estruturação básica e

corrigir os problemas ambientais existentes.

Prevenir e minimizar riscos ambientais naturais e induzidos pelo Homem.

Promover a valorização das áreas protegidas, das zonas sensíveis e de outros

elementos do património natural e paisagístico.

Integrar os valores ambientais nos modelos de desenvolvimento Socioeconómico

e potenciar oportunidades económicas e sociais que valorizem o ambiente e

contribuam para a sua preservação.

Reforço a aplicação do princípio da responsabilidade partilhada e os mecanismos

de protecção do direito ao ambiente, adequando e qualificando a Administração

ambiental.

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4. Eficiência energética na construção civil

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Localização

Se vai construir uma casa numa zona onde o Inverno é rigoroso, o edifício deve estar

bem projectado para o frio. Se, por outro lado, vai comprar casa numa zona de clima

ameno, a exigência das condições regulamentares é diferente.

Orientação

O sol é uma fonte de luz que pode e deve ser aproveitada em sua casa. A orientação do

edifício deverá por isso estar optimizada para as diferentes estações do ano. Tanto

quanto possível, a fachada (principal) do edifício deve estar virada a sul, que deverá

conter a maior área de envidraçados.

Qualidade de construção

Na construção da sua casa, projecte a instalação dos materiais adequados para melhor

isolar janelas, paredes, chão e tecto e torná-la mais confortável e diminuir a necessidade

de climatizar, reduzindo a factura de energia.

Isolamento

Estima-se que cerca de 60% da energia utilizada para o aquecimento durante o

Inverno se perde por falta de isolamento, ou seja, através das paredes, tecto e soalho.

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Existem vários materiais e técnicas de isolamento que aumentam a resistência térmica:

a cortiça; o poliestireno expandido; o poliuretano e as lãs minerais (rocha, vidro). É

também possível alcançar um maior isolamento térmico se calafetar as janelas e portas

com fita adesiva de espuma.

Janelas

Os envidraçados são áreas críticas para

o conforto térmico da casa, pois

conduzem a perdas de calor no Inverno, e

ao sobreaquecimento da casa, no Verão.

Se puder optar por novas janelas, escolha

as de vidro duplo, restringindo as perdas

térmicas, para além de reduzir o barulho

do exterior.

Nas fachadas com elevada exposição solar, os envidraçados devem ter sombreamento

pelo exterior (palas, persianas, etc.), de modo a minimizar os ganhos solares no Verão,

mas também a permitir obter ganhos de calor no Inverno, tendo em atenção a orientação

e as características do local.

Ventilação natural

No Verão, a ventilação natural nocturna assume um papel decisivo no arrefecimento dos

edifícios e no estabelecimento das condições de conforto térmico.

Ao projectar a sua habitação, procure tirar partido da localização das janelas, de modo a

criar diferenças de pressão, facilitando a ventilação natural. Informe-se junto de um

especialista.

Sombra

Um sombreamento correcto dos vãos envidraçados das janelas, evita consumos de

energia desnecessários.

Retire o máximo proveito da orientação solar, do sombreamento das construções

vizinhas ou da vegetação existente no local. Se possível, coloque portadas, estores

exteriores e palas ou plante árvores de folha caduca, de modo a minimizar o

sobreaquecimento durante o Verão e a maximizar a entrada de luz solar no Inverno.

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Pintura

As cores utilizadas nas fachadas e coberturas também influenciam o conforto

térmico. Embora já existam tintas absorventes e reflectoras de todas as cores, sabemos

que as cores claras não absorvem tanto o calor como as cores escuras. Com efeito,

enquanto uma fachada branca pode absorver só 25% da energia do sol, a mesma

fachada, pintada com cor preta, pode absorver a energia do sol em 90%.

5. Energias renováveis na construção

Quando falamos na construção civil dizemos logo que é uma das actividades mais

poluidoras realizadas pelo ser humano.

A actual indústria da construção civil é uma grande consumidora de recursos

naturais. Os prédios usam cerca de 60% de todos os materiais extraídos do planeta.

Além disso, muitos dos materiais usados na construção civil (cerâmica, aço, alumínio,

etc.) requerem para sua produção altos consumos de energia e recursos naturais.

Existe uma grande diferença entre os impactos ambientais de um edifício de

baixo desempenho, em comparação com o que é possível conseguir com as melhores

práticas actuais. Se quisermos cumprir hoje os requisitos de desenvolvimento de uma

forma sustentável, temos de assegurar que os novos edifícios possuam as melhores

qualidades ambientais.

Colectores solares térmicos

É um dos sistemas mais acessíveis para aquecer água.

Captam a energia do sol e transformam-na em calor.

Estes sistemas permitem poupar até 70% da energia

necessária para o aquecimento de água. Os edifícios

novos com condições de exposição solar adequada são

obrigados a ter colectores solares para a produção de

água quente, sempre que seja tecnicamente viável.

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Micro-turbinas eólicas

A energia do vento acciona estes sistemas para produzir

electricidade.

Embora as micro-turbinas eólicas mais comuns sejam

colocadas no terreno, têm vindo a ser desenvolvidos

equipamentos de menor dimensão, que podem ser colocadas

no topo das habitações, evitando a perda do espaço útil. Estes

sistemas podem ser uma boa opção de investimento, podendo

reduzir o consumo de electricidade de 50 a 90%.

Painéis solares fotovoltaicos

São uma das mais promissoras formas de

aproveitamento de energia solar. Por meio

do efeito fotovoltaico, a energia contida

na luz do sol pode ser convertida

directamente em energia eléctrica.

Estes sistemas podem ser utilizados em locais isolados, sem rede eléctrica, ou como

sistemas ligados à rede.

Sistemas de aquecimento a biomassa

A biomassa pressupõe o aproveitamento da matéria

orgânica (resíduos provenientes da limpeza das florestas, da

agricultura e outros). Em casa, este tipo de matéria pode ser

utilizada, por exemplo, em sistemas de aquecimento,

representando importantes vantagens económicas e

ambientais.

Bombas de calor geotérmico

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Estes sistemas aproveitam o calor do interior da terra para o aquecimento ambiente. Ao

contrário das caldeiras convencionais, as bombas de calor geotérmico actuam como

máquinas de transferência de calor. No Inverno, absorvem o calor da terra e levam-no

para sua casa. No Verão, funcionam como o ar condicionado, retirando o calor de sua

casa para refrigerá-lo, no solo.

6.Casas eco eficientes

O que é?

Para obter uma Casa Eficiente, é necessário adoptar materiais de

construção de baixo impacto ambiental, como betão reciclado,

madeira de reflorestação, tijolo de produção local, entre outros.

Para evitar a radiação solar directa, existem protecções solares nas

aberturas, como persianas externas e beirais de bambu e madeira.

E, para impedir o desperdício de água potável, as águas de chuva

são armazenadas e utilizadas para limpeza de pisos, lavagem de roupas e descarga

sanitária. Os efluentes da Casa Eficiente são tratados em sistemas de leitos cultivados e

parte deles é usada na irrigação do jardim.

Um sistema fotovoltaico, com painel

instalado na cobertura central, é responsável pela

geração de energia eléctrica, a partir da luz solar.

Existem ainda, nas coberturas laterais, painéis solares

responsáveis pelo aquecimento da água de chuveiros

e torneiras. A água aquecida também é utilizada,

durante o inverno, para aquecer os quartos, passando

por uma tubulação de cobre instalada no rodapé

desses ambientes.

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Exemplos concretos:

Com área útil de 350 metros quadrados, esta casa oferece programas de formação

profissional, serviços tecnológicos e a difusão de tecnologias nas áreas das energias

solar térmica, solar fotovoltaica e eólica. Foi projectada com ventilação e iluminação

naturais, tijolos e paredes monolíticas de solo-cimento, painéis térmicos, telhas de fibras

vegetais e piso feito com madeira de demolição e resíduos industriais. A energia

eléctrica vem de um sistema híbrido, composto por painéis fotovoltaicos, com potência

de mil watts, e uma turbina eólica, com a mesma potência.

A “Casa Alemã – a casa eco eficiente” é um protótipo de casa sustentável sob o ponto

de vista energético. Nela são utilizadas tecnologias inovadoras alemãs para a construção

de residências, tais como o abastecimento de energia resultante do aproveitamento da

energia solar.

A “Casa Alemã” mostra que a estética e o conforto se harmonizam com a

eficiência energética e as energias renováveis; a combinação de arquitectura sofisticada

e

tecnologia inovadora demonstram que a sustentabilidade e a qualidade do design

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7. Coberturas verdes

Definição:

Cobertura verde consiste num sistema

artificial de construção de coberturas de edifícios,

habitações ou mesmo estruturas de apoio, sobre as

quais são aplicados diversos tipos de materiais,

nomeadamente vegetação, que permitem o correcto

funcionamento do mesmo e tirar partido das suas

enormes vantagens ao nível arquitectónico, estético e

ambiental.

Benefícios Ambientais/Financeiros

Filtra poluição e gás carbónico do ar

Filtra poluentes e metais pesados da água da chuva

Serve para reduzir o custo das contas de água e luz

Aumenta a vida útil do telhado

Aumenta o valor do imóvel

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Vantagens para o Meio Ambiente

Combate o efeito ilha de calor urbano, fenómeno responsável pelo incremento de

temperatura dentro do perímetro de uma cidade devido ao aquecimento que produzem

os gases de veículos e aparelhos de ar condicionado, assim como pela energia solar

absorvida pelas superfícies urbanas, depois irradiada à atmosfera como calor.

Melhoria da qualidade do ar na cidade devido à capacidade das plantas e árvores para

absorver as emissões de CO2.

Reduz a incidência de ventos.

Filtra o ar absorvendo partículas de pó até 85%.

Provoca uma redução das águas pluviais até 70%, e consequente redução da pressão nos

esgotos da cidade.

Proporcionam espaços agradáveis à vista, com possibilidade de uso para lazer, a nível

público (jardim ou parque urbano), ou para os vizinhos de um imóvel, ou para os

trabalhadores de uma empresa.

Aumenta os espaços de habitat para pássaros e borboletas.

Métodos de execução

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Os edifícios verdes ou Green buildings, são edifícios construídos para a redução

de energias, uma das opções de harmonização com a natureza e a amenização dos

impactos, não propriamente no meio ambiente, mas em relação à economia de recursos

destas.

Porém ainda é muito pouco. A indústria da construção civil como um todo e o processo

inerente é por si só um factor de causa de grande parte do desastre ambiental, vez que o

seu ciclo já se inicia com uma depredação da natureza, à procura de matéria-prima para

sua movimentação, e termina com eliminação dos resíduos.

Projeto Básico de um Telhado Verde

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8. Resíduos da construção

A Construção Civil é reconhecida como uma das mais importantes actividades

para o desenvolvimento económico e social, e, por outro lado, comporta-se, ainda, como

grande geradora de impactos ambientais, quer seja pelo consumo de recursos naturais,

pela modificação da paisagem ou pela geração de resíduos.

O sector tem um grande desafio: como conciliar uma actividade produtiva desta

magnitude com as condições que conduzam a um desenvolvimento sustentável

consciente, menos agressivo ao meio ambiente? É uma pergunta, embora antiga, ainda

sem respostas satisfatórias. Sem dúvida, por ser uma questão bastante complexa, requer

grandes mudanças culturais e ampla consciencialização.

O consumo de materiais pela construção civil nas cidades é pulverizado. Cerca de

75% dos resíduos gerados pela construção nos municípios provêm de eventos informais

(obras de construção, reformas e demolições, geralmente realizadas pelos próprios

usuários dos imóveis). O poder público municipal deve exercer um papel fundamental

para disciplinar o fluxo dos resíduos, utilizando instrumentos para regular especialmente

a geração de resíduos provenientes dos eventos informais.

A falta de efectividade ou, em alguns casos, a inexistência de políticas públicas

que disciplinam e ordenam os fluxos da destinação dos resíduos da construção civil nas

cidades, associada ao descompromisso dos geradores no manejo e, principalmente, na

destinação dos resíduos, provocam os seguintes impactos ambientais:

• degradação das áreas de manancial e de protecção permanente;

• proliferação de agentes transmissores de doenças;

• assoreamento de rios e córregos;

• obstrução dos sistemas de drenagem, tais como piscinas, galerias, sarjetas, etc.

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• ocupação de vias e logradouros públicos por resíduos, com prejuízo à circulação de

pessoas e veículos, além da própria degradação da paisagem urbana;

• existência e acumulação de resíduos que podem gerar risco por sua periculosidade.

RC (Resíduos de construção e demolição)

A forma como têm sido produzidos e

geridos os RCD, sem qualquer controlo e

sem qualquer preocupação de triagem na

origem, tem introduzido dificuldades

acrescidas na obtenção de soluções

conducentes à valorização/eliminação dos

RCD como um todo, mas também à

valorização dos resíduos especificamente

resultantes da sua triagem. Acresce referir

que, na maioria dos casos, os que até agora

têm tentado legalizar unidades de gestão destes resíduos têm esbarrado em diversas

dificuldades em encontrar locais apropriados e disponíveis para a sua instalação e pouca

aceitação por parte dos Municípios.

É certo que as Câmaras Municipais têm um papel fundamental, não só pela

criação de espaços para a instalação das unidades de triagem mas também pela

disponibilização de locais para deposição dos inertes não passíveis de aproveitamento,

sendo que estes locais terão que obedecer ao disposto no Decreto-Lei que regulamenta

os aterros.

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Conclusão

Depois de tudo o que foi apresentado anteriormente, verificou-se que a turma se

envolveu na realização destes trabalhos, cuja compilação permitiu, agora sistematizar as

ideias e tirar algumas conclusões importantes para o futuro.

Assim, ficou claro em todos os temas que o meio ambiente está em risco, que a

sustentabilidade do planeta está nas mãos das novas gerações e que cada vez mais é

preciso pensar em desenvolver formas de utilizar as energias e os materiais de forma

eficiente. E para quem está a estudar no ramo da construção, é ainda mais importante

esta sensibilização ambiental: para saber usar materiais e estratégias amigos do

ambiente, é preciso estudar as várias possibilidades existentes, compreender a relação

qualidade – preço – impacto ambiental.

A divulgação destes trabalhos, compilados neste ficheiro, tem como objectivo

partilhar os conhecimentos adquiridos pela turma e, ao mesmo tempo, despertar as

consciências de todos os que acederem ao nosso “livro”.