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EDUCAÇÃO AMBIENTAL: experiências e convivências no bairro Vila Luizão Caroline Silva da Cunha Graduada em Geografia - UFMA/SEMCAS [email protected] Alexsandra Maryllen Roges Costa Falcão Mestranda em Geografia, Natureza e Dinâmica do Espaço PPGEO/UEMA/CAPES [email protected] RESUMO A intervenção humana no meio acarreta sérios problemas socioambientais, principalmente quando o processo de urbanização ocorre de forma desordenada. Nesta perspectiva, as preocupações concernentes às questões ambientais alavancaram-se em aspectos globais e locais. Os temas relacionados à Educação Ambiental tornaram-se altamente debatidos em todos os setores da sociedade tais como econômicos, políticos e sociais. Partindo desse pressuposto, com a expansão urbana do município de São Luís, novas áreas foram ocupadas de forma espontânea, sem as mínimas condições de infraestrutura e saneamento básico. Dentro desta lógica, o bairro Vila Luizão enquadra-se como uma área que reflete as diversas mazelas urbanas tais como moradias inadequadas, ausência de tratamento de esgoto sanitário, resíduos sólidos lançados em locais impróprios, dentre outros. Assim, a presente pesquisa justificou-se pela necessidade de um estudo socioambiental na área, bem como sensibilizar a comunidade escolar acerca da problemática em alusão. Para o alcance dos resultados parciais utilizou-se uma metodologia com suporte qualitativo, orientado para a pesquisa de campo. Fontes secundárias somaram-se à coleta primária de materiais afetos à percepção ambiental enriquecida por entrevistas abertas e semiestruturadas a moradores e gestores escolares da área, registros fotográficos e insistentes passeios de observação. O estudo foi pautado em convivências e trocas de saberes durante o primeiro semestre de 2016, com os usuários do serviço de Convivência-CRAS Sol e Mar com faixa etária de 08 a 17 anos do turno matutino. Dentre as atividades executadas, realizou-se Gincana Socioambiental, entrevistas com moradores antigos “roda viva”, elaboração de vídeos, dinâmica “reinventando meu bairro”, confecção de Jornais e de painéis envolvendo atividades individuais e em grupos sobre Impactos ambientais, execução de oficinas de sementeiras em garrafas pet, os quais foram abordados aspectos geográficos, bem como registrou-se e analisou-se as informações/conhecimentos que os alunos tinham acerca da problemática ambiental vivenciada para construção de novas práticas de ações de Educação Ambiental. Através deste estudo, espera-se que a visão critica e a mudança de hábito e atitudes em relação ao ambiente se torne uma constante no cotidiano dessa comunidade. Graduada em Geografia pela Universidade Federal do Maranhão UFMA/Orientadora Social SEMCAS Graduada em Geografia pela Universidade Federal do Maranhão UFMA/ Mestranda em Geografia, Natureza e Dinâmica do Espaço PPGEO/UEMA/Bolsista: CAPES.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: experiências e convivências no ... · Mestranda em Geografia, Natureza e ... contribuiu para as discussões concernentes a sensibilização da sociedade acerca

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL: experiências e convivências no bairro Vila Luizão

Caroline Silva da Cunha

Graduada em Geografia - UFMA/SEMCAS

[email protected]

Alexsandra Maryllen Roges Costa Falcão

Mestranda em Geografia, Natureza e Dinâmica do Espaço – PPGEO/UEMA/CAPES

[email protected]

RESUMO

A intervenção humana no meio acarreta sérios problemas socioambientais, principalmente quando o processo

de urbanização ocorre de forma desordenada. Nesta perspectiva, as preocupações concernentes às questões

ambientais alavancaram-se em aspectos globais e locais. Os temas relacionados à Educação Ambiental

tornaram-se altamente debatidos em todos os setores da sociedade tais como econômicos, políticos e sociais.

Partindo desse pressuposto, com a expansão urbana do município de São Luís, novas áreas foram ocupadas

de forma espontânea, sem as mínimas condições de infraestrutura e saneamento básico. Dentro desta lógica,

o bairro Vila Luizão enquadra-se como uma área que reflete as diversas mazelas urbanas tais como moradias

inadequadas, ausência de tratamento de esgoto sanitário, resíduos sólidos lançados em locais impróprios,

dentre outros. Assim, a presente pesquisa justificou-se pela necessidade de um estudo socioambiental na área,

bem como sensibilizar a comunidade escolar acerca da problemática em alusão. Para o alcance dos resultados

parciais utilizou-se uma metodologia com suporte qualitativo, orientado para a pesquisa de campo. Fontes

secundárias somaram-se à coleta primária de materiais afetos à percepção ambiental enriquecida por

entrevistas abertas e semiestruturadas a moradores e gestores escolares da área, registros fotográficos e

insistentes passeios de observação. O estudo foi pautado em convivências e trocas de saberes durante o

primeiro semestre de 2016, com os usuários do serviço de Convivência-CRAS Sol e Mar com faixa etária de

08 a 17 anos do turno matutino. Dentre as atividades executadas, realizou-se Gincana Socioambiental,

entrevistas com moradores antigos “roda viva”, elaboração de vídeos, dinâmica “reinventando meu bairro”,

confecção de Jornais e de painéis envolvendo atividades individuais e em grupos sobre Impactos ambientais,

execução de oficinas de sementeiras em garrafas pet, os quais foram abordados aspectos geográficos, bem

como registrou-se e analisou-se as informações/conhecimentos que os alunos tinham acerca da problemática

ambiental vivenciada para construção de novas práticas de ações de Educação Ambiental. Através deste

estudo, espera-se que a visão critica e a mudança de hábito e atitudes em relação ao ambiente se torne uma

constante no cotidiano dessa comunidade.

Graduada em Geografia pela Universidade Federal do Maranhão – UFMA/Orientadora Social – SEMCAS

Graduada em Geografia pela Universidade Federal do Maranhão – UFMA/ Mestranda em Geografia,

Natureza e Dinâmica do Espaço – PPGEO/UEMA/Bolsista: CAPES.

Palavras – Chave: Educação Ambiental; Serviço de Convivência; Vila Luizão.

ABSTRACT

Human intervention in the causes serious environmental problems, especially when the urbanization process

takes place in a disorderly fashion. In this perspective, the concerns regarding environmental issues is

leveraged in global and local aspects. The issues related to environmental education have become highly

debated in all sectors of society such as economic, political and social. Based on this assumption, with the

urban expansion of the St. Louis city, new areas were occupied spontaneously, without the minimum

conditions of infrastructure and basic sanitation. Within this logic, the Luizão Village neighborhood fits as an

area that reflects the diverse urban ills such as inadequate housing, lack of sewage treatment, solid waste

released in inappropriate places, among others. Thus, this research is justified by the need for an

environmental study in the area, as well as to sensitize the school community about the problems alluded. To

achieve the partial results used a methodology with qualitative support, oriented to the field research.

Secondary sources were added to the primary collection of materials affects the environmental perception

enriched by open and semi-structured interviews with residents and school managers in the area,

photographic records and repeated tours of observation. The study was guided by cohabitation and

knowledge exchange during the first half of 2016, with users of the Coexistence-CRAS Sun and Sea service

aged 08-17 years of the morning shift. Among the activities performed, held Gymkhana Environmental,

interviews with former residents "treadmill", development of videos, dynamic "reinventing my

neighborhood," making newspapers and panels involving individual activities and group on environmental

impacts, implementation workshops sowings in PET bottles, which were addressed geographical aspects, and

it is recorded and analyzed the information / knowledge that students had about the environmental problems

experienced to build new practices of environmental education actions. Through this study, it is expected that

the critical view and change habits and attitudes towards the environment becomes a constant in the daily life

of the community.

Key - words: Environmental; Education; Coexistence service; Vila Luizão.

1 INTRODUÇÃO

Para que haja mudança de algo é fundamental conhecer o fenômeno que se quer

mudar. Acreditamos que a consciência que impede a qualidade de vida almejada pela

comunidade que desenvolve seu processo de Educação Ambiental é favorecida pelo

conhecimento da realidade global e local, do contexto em que determinado problema situa-

se, este conhecimento é produzido nos próprios caminhos teóricos e práticos seguidos para

a solução do problema.

Durante séculos o homem tem contribuído aos impactos no meio, em diferentes

níveis de intervenção que transformam o ambiente, através da retirada de recursos naturais

para o desenvolvimento de suas atividades ou para simples adaptação ao uso. Com a

urbanização como processo de transformação da sociedade, os problemas socioambientais

promovidos são produtos do processo de transformação da natureza e da sociedade, que

encontra-se organizada em classes sociais. Em relação a atividades de EA prática, observa-

se que para Oliveira (2000, p.16) “Ações e atividades de Educação, para as questões

ambientais, junto a comunidades, devem priorizar aquelas com organizações coletivas,

frente a situações-problema ambientais de sua vivência e convivência”.

Neste contexto, a reflexão acerca dos impactos ambientais no bairro Vila Luizão

contribuiu para as discussões concernentes a sensibilização da sociedade acerca dos riscos

ambientais e da prevenção de doenças no que tange às ações e práticas na comunidade com

o objetivo de instigar a participação desta nas atividades que visam a melhoria da

qualidade ambiental.

A presente pesquisa visou contribuir para a melhoria ambiental da área,

despertando uma visão crítica e reflexiva sobre os problemas ambientais e a sensibilização

escolar bem como a busca de possíveis soluções. Para atingir tal propósito foi necessário o

envolvimento da comunidade, lideranças comunitárias e educandos do Centro de

Convivência “Fortalecendo Vínculos”- CRAS Sol e Mar, tendo como foco

atividades/ações de educação ambiental, passeios de campo, entrevistas, palestras e

oficinas ecológicas. Tais ações proporcionaram informação/conhecimentos acerca da

temática abordada, assim como a mudança de hábitos e atitudes.

2. METODOLOGIA

Para o alcance dos resultados parciais utilizou-se uma metodologia com suporte

qualitativo, orientada para a pesquisa de campo. Fontes secundárias somaram-se à coleta

primária de materiais afetos à percepção ambiental enriquecida por entrevistas abertas e

semiestruturadas a moradores antigos e gestores escolares da área, registros fotográficos e

insistentes passeios de observação. O estudo foi pautado em convivências e trocas de

saberes durante o primeiro semestre de 2016, com os usuários do serviço de Convivência

“Fortalecendo Vínculos” CRAS Sol e Mar.

Partindo dos objetivos propostos, esta pesquisa assumiu um campo de estudo

exploratório no que concerne as questões ambientais. Desta forma, o delineamento do

estudo proporcionou maior conhecimento do assunto abordado e abrangeu: i) pesquisa

bibliográfica de autores sobre a temática ambiental tais como DIAS (2004), LOUREIRO

(2004), MARICATO (2000), MOURA E ULTRAMARINE (1996), PEDRINI (1997),

PHILIPPI JR; PELICIONI (2005), RAZZOLINI E GÜNTER (2008) e REIGOTA (2001),

para a elaboração do referencial teórico; ii) pesquisa documental, a seleção da pesquisa

bibliográfica foi realizada na Biblioteca Central da UFMA e do NDPEG (Núcleo de

documentação, pesquisa e extensão geográfica), Associação de Moradores para pesquisa

em atas e busca de registros fotográficos antigos, além de sites relacionados ao assunto,

para caracterizar o contexto sociohistórico do estudo. iii) pesquisa qualitativa, com

entrevistas a moradores antigos e gestores de Instituições Educacionais da área (U.E. B

Luís Gonzaga Ferreira e U.E. B Leonel Brizola) para obter dados da realidade local. iv)

práticas de educação ambiental no Centro de Convivência- Vila Luizão, tais como Gincana

Ambiental, oficina de Sementeiras em garrafas Pet e pneus, elaboração de vídeos da

realidade local e entrevistas com moradores antigos.

Nesta perspectiva, buscou-se referencial teórico que subsidiou formulação de

hipóteses e discussão de resultados para este estudo.

3. RESULTADOS PRELIMINARES

O foco desta pesquisa refere-se às experiências e convivências no bairro Vila

Luizão, São Luís-MA, durante o primeiro semestre de 2016 foram realizadas diversas

atividades de Educação Ambiental com o intuito de sensibilizar a comunidade local

referente a problemática vivenciada, as quais envolveram os usuários do Centro de

Convivência-CRAS Sol e Mar com faixa etária de 08 a 17 anos do turno matutino no que

concerne a troca de saberes e mudanças de hábitos e atitudes relacionados ao meio

ambiente.

Para o alcance dos resultados parciais realizou-se várias ações de Educação

Ambiental tais como:

I) Gincana Socioambiental:

Com a temática “Responsabilidade social e meio ambiente”, esta ação envolveu

aproximadamente 80 educandos do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos,

incluindo crianças e adolescentes, a atividade foi realizada no 1° mês de 2016.

Desenvolveram - se várias práticas de Educação Ambiental tais como criação de maquetes

com material reutilizado pelas equipes participantes, coleta de resíduos sólidos no

ambiente do Centro de Convivência, elaboração e exibição de vídeos sobre a questão

socioambiental da área e criação e apresentação de cartazes sobre os impactos ambientais,

proporcionando a troca de saberes assim como a sensibilização acerca do meio. (Ver

imagem 01)

Nesta prática relacionada à EA, no bairro Vila Luizão foi abordado pelas equipes de

trabalho à questão da disposição do lixo de forma inapropriada e como o mesmo prejudica

o escoamento das águas favorecendo a ocorrência de enchentes no local. De acordo com

Maricato (2000), “a área de saneamento apresenta uma das mais graves mazelas

decorrentes do processo de urbanização brasileira em que parte da população é excluída do

mercado residencial legal e da produção formal da cidade”.

Com todos os avanços, serviços de saneamento básico são distribuídos de maneira

segregada nas cidades, há uma necessidade de infraestrutura na periferia. Nesse âmbito, o

local em estudo não difere-se da exclusão do processo de urbanização do país.

Segundo as ideias de Razzolini e Günter (2008, p.28), as condições locais de

saneamento podem contribuir para a qualidade da água de consumo. Nos lugares onde não

existe ou é precário o esgotamento sanitário, observa-se disposição de resíduos sólidos a

céu aberto, o que contribui a proliferação de insetos e roedores, vetores contaminantes

Imagem 01: Apresentação da equipe Defensores da Natureza apresentando o tema “Impactos

Ambientais”.

Fonte: Dados da Pesquisa, 2016.

F

podem ser disseminados e alcançar fontes de água e reservatórios de armazenamento.

Nesse sentido, a comunidade exposta pode adquirir doenças e afetar a saúde.

Tal insensibilidade do poder público pode ser analisada através do descaso destas

áreas ditas periféricas, expondo os moradores às mazelas urbanas. Por se diferenciar na

questão econômica certamente não justifica a exclusão no que se refere às obras básicas de

infraestrutura, conforme retrata Moura e Ultramarine (1996, p. 53):

Mesmo que a economia cresça e se globalize se os serviços

públicos não acompanharem esse crescimento, dificilmente se verá

uma cidade harmônica. Estará exposta uma cidade com demandas

reprimidas, com serviços e infraestruturas saturados e

insuficientes. Uma cidade aberta ao mundo, porém dividida em

partes desiguais.

Nos vídeos elaborados pela equipe observou-se que pela vivência na comunidade

os educandos mostraram os serviços básicos de infraestrutura ineficazes, o ambiente em

situação crítica em relação a poluição, assim como foram entrevistados os moradores das

áreas que sofrem cotidianamente com as mazelas urbanas.

II) Entrevistas com moradores antigos “Roda viva”

O resgate da memória viva de um lugar é um dos meios para traçar a história de

uma comunidade, a atividade contou com a participação de moradores mais antigos da área

durante a roda de conversa, foram convidados dois residentes para contar a história do

bairro (primeiros moradores, equipamentos públicos, aspectos geoambientais, mudanças na

paisagem, percepção socioambiental). Os educandos enfatizaram o histórico do bairro e as

transformações socioespaciais ocorridas, bem como o processo de ocupação.

III) Elaboração de vídeos

Foram elaborados dois tipos de vídeos pela equipe envolvida, o primeiro concerne

aos desenvolvidos durante a gincana socioambiental, o qual mostrou os pontos críticos do

bairro e a discussão dos educandos em relação à vivência desta problemática, os principais

pontos negativos abordados foram o lixo lançado em local inadequado e o esgoto “in

natura”. (Imagem 02) O segundo vídeo foi realizado durante a dinâmica “Roda viva”,

como forma de documentário da ação desenvolvida, os pontos relevantes desta ação

referem-se principalmente ao contexto histórico da área e a situação socioambiental atual

da comunidade, destacando as modificações socioespaciais.

IV) Dinâmica Tempestade de ideias “Reinventando meu bairro”:

Imagem 02: “Esgoto in natura” durante a elaboração dos vídeos.

Fonte: Dados da Pesquisa, 2016.

Tal ação foi realizada com aproximadamente 40 educandos, a dinâmica

desenvolveu-se através de fichas distribuídas e orientadas pelos educadores, as quais os

participantes discorreram sobre os pontos positivos e negativos do bairro Vila Luizão e

possíveis sugestões de melhoria para o ambiente mais saudável. Na prática, os principais

pontos positivos foram a presença de escolas, praça, campo de futebol e igrejas. Como

pontos negativos destacaram-se lixo em locais inadequados, presença de esgoto a céu

aberto e a violência.

IV) Confecção de Jornal:

Após o levantamento de dados/informações durantes as pesquisas nos núcleos,

atividades de campo e entrevistas referentes aos aspectos históricos e socioambientais

recentes da área de pesquisa, foi elaborado junto à equipe um Jornal da comunidade em

Vila Luizão. Na ação, foram abordados aspectos geográficos como percepção da paisagem

e a reflexão sobre o lugar onde vivem.

V) Oficina de Sementeiras em Pneus e garrafas PET:

No último mês, foi realizada a oficina de Sementeiras em garrafas pet e pneus para

finalizar as ações de educação ambiental do primeiro semestre de 2016 junto aos

educandos do Centro de Convivência (Imagem 03), com a participação de

aproximadamente 40 discentes, a atividade direcionada teve início com a exibição do vídeo

“Ilha das Flores”. Posteriormente, fomentou-se a discussão sobre a questão ambiental e os

alunos puderam experienciar o plantio das sementes em pneus e garrafas PET, o contato

com a terra e a produção das sementeiras, que além de deixar o ambiente agradável

proporcionou um novo saber aos envolvidos, o cuidado com as mudas, mostrou o

comprometimento do público em relação aos hábitos e atitudes acerca do meio.

4. CONCLUSÕES

Como todos sabem, a educação ambiental é um processo gradativo, contínuo,

coletivo e pessoal. Na realização do trabalho ora em referência, tem-se a destacar que esse

entendimento está sendo ampliado e ratificado, na medida em a experiência nos indica que

em toda atividade dessa área é necessário a participação da comunidade, e para que possa

haver esse envolvimento, a população deve ser informada e sensibilizada acerca da

problemática e suas possíveis soluções, assim como a participação de outros setores da

sociedade como o poder público que deve também ser ativo nesse processo.

Acreditamos que ocorreram trocas significativas de enriquecimentos em ambos os

lados, da comunidade através das orientações acerca da temática abordada que lhes é

extremamente familiar, pois que faz parte do seu cotidiano, bem como da equipe

Imagem 03: Oficina de Sementeiras.

Fonte: Dados da Pesquisa, 2016.

acadêmica pela experiência vivenciada. Tais práticas proporcionaram acréscimo de

informações/conhecimentos sobre o assunto, e porque não dizer melhorias nos hábitos e

atitudes. Esperamos que os resultados dessas ações se façam realmente permanentes na

comunidade, desse modo, somente o tempo poderá constatar.

REFERÊNCIAS

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São Paulo: Gaia, 2004.

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MARICATO, Ermínia. As ideias fora do lugar e o lugar fora das ideias. Planejamento

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MOURA, Rosa; ULTRAMARI, Clovis. O que é periferia urbana. São Paulo: Ed.

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