Upload
nguyenkhuong
View
220
Download
3
Embed Size (px)
Citation preview
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Relatório de Autoavaliação Institucional PUC MINAS
CICLO 2010/2011
Comissão Permanente de Avaliação - CPA
Belo Horizonte 2012
DADOS INSTITUCIONAIS
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Universidade comunitária, confessional, filantrópica e privada, de caráter
público não-estatal.
Mantenedora: Sociedade Mineira de Cultura.
Decreto Lei n.º 45.046, de 12 de dezembro de 1958.
Código da IES: 338
Avenida Dom José Gaspar, 500 – Coração Eucarístico. Belo Horizonte/MG
30535-910 Brasil
(31) 3319-4444/ 4337 Fax: (31) 3319-4225
http://www.pucminas.br
Comissão Permanente de Avaliação – CPA
Ato de Designação: Portaria RN 019/2004
Rua Padre Pedro Evangelista, nº 377 – Coração Eucarístico
30535-490 Belo Horizonte – Minas Gerais – Brasil
Telefones: (31) 3319-3301/ 3319-3305
Site: www.pucminas.br/cpa
Email: [email protected] /[email protected]
COMPOSIÇÃO DA COMISSÃO PERMANENTE DE AVALIAÇÃO – CPA
Presidente: Profª. Antônia Maria da Rocha Montenegro
Vice-presidente: Profª. Josiane Andrade Militão
REPRESENTANTES
Docentes
Arcos: Adriana Guimarães Rodrigues
Barreiro: Suzete Maria Basílio Teixeira
Betim: Josiane Andrade Militão
Contagem: Antônia Maria da Rocha Montenegro
Coração Eucarístico: Hiram Jackson Ferreira Sartori
Guanhães: Jane Carmelita das Dores Garandy Arruda Barroso
Poços de Caldas: Luciana de Nardin
São Gabriel: Angélica Aparecida de Oliveira Bicalho
Serro: Simone Fernandes Queiroz
Associação dos Docentes da PUC Minas – ADPUC: Eduardo Alberti Carnevali
Corpo Técnico-Administrativo
Cristina Lúcia Barbosa
Walter Delcírio dos Santos
Joaquim Soares Ferreira
Corpo Discente
Isabel Isaura Amorim de Castro
Matheus Rancanti Rodrigues Póvoas
Vitor Fernandes Colares
Sociedade Civil Organizada
Antônio Fabrício de Matos Gonçalves – Ordem dos Advogados do Brasil – OAB/MG
Jurema Marteleto Rugani – Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia - CREA/MG
Rosendo Magela Reis – Conselho Regional de Administração - CRA/MG
Representante dos Ex-alunos
Ricardo Othero Luis – Departamento de Obras Públicas do Estado de Minas Gerais
(DEOP/MG)
Comissão de Assessoramento Técnico – Avaliação Institucional
Josiane Andrade Militão - coordenação
Ângela Maria Siman
Carlos Wagner Costa Machado
Elisete de Assis Rebello Leite Ribeiro
Estelina Souto do Nascimento
Hiram Jackson Ferreira Sartori
Nesley Jesus Daher de Oliveira
Otaviano Francisco Neves
Victor Rene Villavicencio Matienzo
Equipe Técnica-Administrativa
Laura Castro Othero – Analista Técnica/Comunicação
Isabel Cristina Correia dos Passos – Analista Técnica
Marisaura dos Santos Cardoso – Analista Técnica
Vinícius Tolentino Oliveira e Silva – Analista Técnico
Rosemar Diniz Oliveira – Auxiliar Administrativo
Yankow Oliveira Peçanha – Auxiliar Administrativo
Weslley Ferreira da Silva – Auxiliar de Serviços
Elaboração do Texto:
Ângela Maria Siman
Antônia Maria da Rocha Montenegro
Carlos Wagner Costa Machado
Elisete de Assis Rebello Leite Ribeiro
Estelina Souto do Nascimento
Hiram Jackson Ferreira Sartori
Josiane Andrade Militão
Laura Castro Othero
Marisaura dos Santos Cardoso
Otaviano Francisco Neves
Colaboradores:
Adriana Libânio Bittencourt
Cláudio Elias Marques
Lista de tabelas TABELA 1 - Comunidade Acadêmica da PUC Minas
TABELA 2 - Perfil do corpo discente
TABELA 3 - Bolsas do corpo discente por campus/núcleo
TABELA 4 - Faixa etária do corpo docente
TABELA 5 - Titulação do corpo docente
TABELA 6 - Evolução do regime de trabalho do corpo docente
TABELA 7 - Evolução das horas de dedicação do corpo docente por
dimensão da graduação
TABELA 8 - Motivos da não-realização das atividades pedagógicas
pelo corpo discente
TABELA 9 - Discussão do corpo discente sobre o Plano de Ensino do corpo
docente
TABELA 10 - Discussão do corpo docente sobre Plano de Ensino
TABELA 11 - Práticas pedagógicas realizadas pelo corpo discente por número de
disciplinas
TABELA 12 - Avaliação pelo corpo discente quanto qualidade das práticas
pedagógicas do corpo docente
TABELA 13 - Contribuição das práticas pedagógicas realizadas para
desenvolvimento de competências do corpo docente
TABELA 14 - Recursos pedagógicos utilizados pelo corpo docente
TABELA 15 - Avaliação pelo corpo discente quanto ao atendimento extraclasse dos
professores
TABELA 16 - Avaliação do corpo docente quanto ao atendimento
TABELA 17 - Participação do corpo discente em discussão sobre o Projeto
Pedagógico
TABELA 18 - Participação do corpo docente em discussão sobre o Projeto
Pedagógico
TABELA 19 - Participação do corpo discente em atividades culturais
TABELA 20 - Motivos da não-participação do corpo discente em atividades culturais
TABELA 21 - Evolução dos cursos realizados e do corpo discente matriculado
TABELA 22 - Corpo discente matriculado nos cursos de especialização forma
modular (Prepes)
TABELA 23 - Horas de dedicação dos professores em projetos de pesquisa
TABELA 24 - Conhecimento do corpo docente sobre as atividades de pesquisa no
Projeto Pedagógico dos Cursos
TABELA 25 - Projetos de pesquisa financiados pelos órgãos de fomento
TABELA 26 - Motivos da não participação dos alunos em atividades pedagógicas
relacionadas a pesquisa
TABELA 27 - Avaliação do atendimento da coordenação de pesquisa
TABELA 28 - Total de defesas de dissertações e teses por institutos
TABELA 29 - Grupos e linhas de pesquisa por área do conhecimento
TABELA 30 - Projetos apresentados por grupos temáticos especiais
TABELA 31 - Projetos registrados por curso de origem CEP, PUC Minas
TABELA 32 - Projetos de pesquisa julgados pela CEUA
TABELA 33 - Equipe da Pró-reitoria de extensão
TABELA 34 - Modalidades extensionistas por campus/unidade
TABELA 35 - Programas por núcleo temático
TABELA 36 - Participação dos alunos em atividades de extensão
TABELA 37 - Motivos da não participação dos alunos em atividades de extensão
TABELA 38 - Avaliação do corpo discente quanto à responsabilidade social da PUC
Minas
TABELA 39 - Horas de dedicação de professores em Projeto/Programa de Extensão
TABELA 40 - Nível de conhecimento do corpo docente quanto aos quesitos dos
Projetos Pedagógicos dos Cursos
TABELA 41 - Tempo de dedicação à coordenação de extensão de curso
TABELA 42 - Outras funções além da coordenação de extensão
TABELA 43 - Validação das ações extensionistas
TABELA 44 - Articulação das ações extensionistas realizadas nos cursos com as
políticas públicas
TABELA 45 - Mudanças ocorridas com a extensão nos cursos, em função da nova
diretriz
TABELA 46 - Atendimento à Pessoas com Necessidades Especiais
TABELA 47 - Avaliação da Participação do corpo discente em atividades da Pastoral
TABELA 48 - Motivos da não-participação do corpo discente em atividades da
Pastoral
TABELA 49 - Participação do corpo docente em atividades da Pastoral
TABELA 50 - Motivos da não-participação do corpo docente em atividades da
Pastoral
TABELA 51- Atividades da Pastoral das quais participaram corpo docente
TABELA 52 - Visitas ao Museu de Ciências Naturais da PUC Minas
TABELA 53 - Avaliação do corpo discente ao atendimento dos setores
TABELA 54 - Avaliação do corpo docente atendimento dos setores
TABELA 55 - Avaliação do corpo discente quanto à ações e atividades de
comunicação
TABELA 56 - Avaliação do corpo docente quanto à ações e atividades de
comunicação
TABELA 57 - Notícias sobre a PUC Minas veiculadas em impressos
TABELA 58 - Avaliação do corpo docente quanto ao grau de satisfação com
diversos públicos
TABELA 59 - Demanda por natureza da questão
TABELA 60 - Demanda por meio em que foi registrada
TABELA 61 - Avaliação do corpo docente e discente ao atendimento da Ouvidoria
TABELA 62 - Seleção e admissão de docentes
TABELA 63 - Avaliação do corpo docente quanto á sala de professores
TABELA 64 - Avaliação do corpo docente quanto aos aspectos relacionados à PUC
Minas
TABELA 65 - Seleção do corpo técnico-administrativo
TABELA 66 - Treinamentos e cursos ao corpo técnico-administrativo
TABELA 67 - Evolução da escolaridade do corpo técnico-administrativo
TABELA 68 - Escolaridade – Corpo Técnico-administrativo
TABELA 69 - Avaliação dos funcionários aos aspectos da PUC Minas
TABELA 70 - Solicitação de serviços à Proinfra
TABELA 71 - Eventos realizados
TABELA 72 - Avaliação dos funcionários do local de trabalho
TABELA 73 - Avaliação dos funcionários quanto aos equipamentos
de informática utilizados no setor
TABELA 74 - Avaliação do corpo docente quanto às condições da sala de aula
TABELA 75 - Avaliação do corpo docente quanto às condições dos espaços
para aulas práticas (Unidade que mais leciona)
TABELA 76 - Avaliação dos funcionários quanto ao atendimento
dos sistemas de informação
TABELA 77 - Avaliação dos sistemas informatizados
TABELA 78 - Avaliação do corpo discente quanto à Biblioteca
TABELA 79 - Avaliação do corpo docente quanto à Biblioteca
TABELA 80 - Evolução das receitas advindas das mensalidades
TABELA 81- Recursos pedagógicos que contribuíram para a formação – Egressos
TABELA 82 - Objetivos da realização da Pós-graduação – Egressos
Lista de gráficos GRÁFICO 1 - Unidades com maior concentração de horas de corpo docente
GRÁFICO 2 - Participação do corpo discente em atividades pedagógicas
GRÁFICO 3 - Conhecimento do corpo docente quantos aos quesitos do PPC
GRÁFICO 4 - Corpo discente matriculado nos cursos de especialização presenciais
por área de conhecimento PUC Minas
GRÁFICO 5 - Corpo discente matriculado nos cursos de curta duração, PUC Minas
GRÁFICO 6 - Titulação dos professores da PUC Minas
GRÁFICO 7 - Corpo discente matriculado
GRÁFICO 8 - Bolsas da pós
GRÁFICO 9 - Total de bolsas da pós
GRÁFICO 10 - Número de teses e dissertações defendidas nos diferentes
Programas nos cursos de pós
GRÁFICO 11 - Produções bibliográficas
GRÁFICO 12 - Produções técnicas
GRÁFICO 13 - Produções artísticas e culturais
GRÁFICO 14 - Corpo docente por Unidade em processo de titulação por instituição
de ensino superior– PUC Minas
GRÁFICO 15 - Corpo docente em processo de titulação, com PPCD
GRÁFICO 16 - Corpo docente em processo de titulação, com e sem PPCD
GRÁFICO 17 - Corpo docente favorecido com auxílio
GRÁFICO 18 - Avaliação do corpo docente da Universidade em relação ao
cumprimento dos quesitos de sua Missão Institucional: articulação do ensino,
pesquisa e extensão
GRÁFICO 19 - Avaliação do corpo docente quanto ao apoio da coordenação de
pesquisa
GRÁFICO 20 - Utilização das práticas investigativas como recursos pedagógicos
utilizados pelos professores
GRÁFICO 21 - Atendimento a solicitações do setor de pesquisa e pós
GRÁFICO 22 - Bolsas de iniciação científica disponibilizadas ao corpo discente
GRÁFICO 23 - Bolsas de iniciação científica por entidade de fomento
GRÁFICO 24 - Avaliação da PUC Minas relativa á integração entre ensino, pesquisa
e extensão
GRÁFICO 25 - Recursos pedagógicos que contribuíram para a formação – Egressos
GRÁFICOS 26 e 27 - Extensão nos últimos três anos
GRÁFICO 28 - Avaliação do corpo discente quanto ao atendimento do coordenador
de extensão do curso
GRÁFICO 29 - Ações de extensão desenvolvidas nos cursos
GRÁFICO 30 - Avaliação do corpo docente ao apoio oferecido pelos setores de
estágio, Extensão e Pesquisa
GRÁFICO 31 - Distribuição percentual de professores mestres e doutores
GRÁFICO 32 - Distribuição de professores do quadro permanente por titulação e por
ano
GRÁFICO 33 - Avaliação do corpo docente quanto á distribuição por enquadramento
GRÁFICO 34 - Relação entre os sujeitos no processo de ensino
GRÁFICO 35 - Construções (m2)
GRÁFICOS 36 e 37 - Aquisições de Aquisições de equipamentos
GRÁFICO 38 - Qualidade da infraestrutura dos cursos
GRÁFICO 39 - Condições das salas dos professores
GRÁFICO 40 - Atendimento realizados pela GTI
GRÁFICO 41 - Relação entre os sujeitos no processo de ensino-aprendizagem
Lista de figuras
FIGURA 1 - Etapas da autoavaliação institucional – 2011
FIGURA 2 - Fluxo da política de extensão na Puc Minas
FIGURA 3 - Organograma Institucional - PDI 2007/2011
FIGURA 4 - Organograma Institucional - PDI 2012/2016
Lista de quadros
QUADRO 1 - Informações gerais dos Programas de Pós-graduação Stricto Sensu
QUADRO 2 - Cursos de graduação extintos ou em extinção
QUADRO 3 - Cursos anualizados – 2010, 2011 e 2012
Lista de Sigla
ABEU – Associação Brasileira de Editoras Universitárias
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
ACG – Atividades Complementares de Graduação
ADPUC – Associação dos Docentes da PUC Minas
ASRP – Assessoria de Relações Públicas
ASSUC – Associação de Sustentação Comunitária
CAE – Centro de Atividades Esportivas
CAPES – Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal da Educação Superior
CCPD – Comissão Central de Pessoal Docente
CEP – Comitê de Ética e Pesquisa
CEPE – Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão
CEUA – Comissão de Ética no Uso de Animais
CLT – Consolidação das Leis do Trabalho
CNPq – Conselho Nacional de Pesquisa/Atualmente chamado de conselho Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
CONEP – Comissão Nacional de Ética em Pesquisa
Consuni – Conselho Universitário
CPA – Comissão Permanente de Avaliação
DAC – Divisão de Apoio Comunitário
DM – Data Mart
DW – Data Warehouse
ENADE – Exame Nacional de Desempenho do Estudante
ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio
FAPEMIG – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais
FAQ – Frequently Asked Questions
FCA – Faculdade de Comunicação e Artes
FIES – Fundo de Financiamento estudantil
FIP – Fundo de Incentivo à Pesquisa
FUMARC – Fundação Mariana Resende Costa
GRA – Gestão da Receita Acadêmica
GTI – Gerência de Tecnologia de Informação
ICBS – Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
IEC – Instituto de Educação Continuada
IES – Instituição de Ensino Superior
INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
MEC – Ministério da Educação
NAI – Núcleo de Apoio à Inclusão de Alunos com Necessidades Educacionais
Especiais
NDE – Núcleo Docente Estruturante
NDHI – Núcleo de Direitos Humanos e Inclusão
NEE – Necessidades Educacionais Especiais
NUMAS – Núcleo da Saúde e Meio Ambiente
NUTEI – Núcleo de Tecnologia e Inovação
NUTRA – Núcleo do Trabalho e Produção
OPUR – Observatório de Políticas Urbanas
PAPG – Planos Plurianuais de Ação Governamental
PDI – Desenvolvimento Institucional
PGE – Planejamento e Gestão Estratégica
PIBIC – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica
PPC – Projeto Pedagógico Curricular
PPCD – Programa Permanente de Capacitação Docente
PPI – Projeto Pedagógico Institucional
Prepes – Programa de Especialização de Professores de Ensino Superior
PROBIC – Programa de Bolsas e Iniciação Científica
PROEX – Pró-reitoria de Extensão
PROGRAD – Pró-reitoria de Graduação
PROINFRA – Pró-reitoria de Infraestrutura
Propav - Programa Permanente de Avaliação
PROPPG – Pró-reitoria de Pós-Graduação
PRORH – Pró-reitoria de Recursos Humanos
PROSUP – Programa de Suporte à Pós-Graduação de Instituições de Ensino
Particulares
ProUni – Programa Universidade para Todos
SAAE – Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar
SAE – Sistema de Autorização de Pagamento Eletrônica
SAJ – Serviço de Assistência Judiciária
SECAC – Secretaria de Cultura e Assuntos Comunitários
SEPLAN – Secretaria de Planejamento
SGA – Sistema de Gestão da Graduação
SGP – Sistema de Gestão de Pós-graduação
SIAV – Sistema Integrado de Avaliação
Siex – Sistema de Informação de Extensão da Universidade
SINAES – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior
SISNEP – Sistema Nacional de Informação de Ética em Pesquisa Envolvendo os
Seres Humanos
SOL – Sistema de Solicitações
SSO – Sistemas de Solicitações da Sociedade Mineira de Cultura
UNESCO – United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization
SUMÁRIO APRESENTAÇÃO__________________________________________________________________________ 17 1. INTRODUÇÃO ___________________________________________________________________ 19 2. REFERENCIAL TEÓRICO E METODOLÓGICO _________________________________________ 21 2.1. REFERENCIAL TEÓRICO __________________________________________________________ 21 2.2. METODOLOGIA __________________________________________________________________ 23 2.2.1. O PLANO AMOSTRAL _____________________________________________________________ 26 2.2.2. ETAPAS DO PROCESSO AVALIATIVO - 2011 __________________________________________ 28 3. DIMENSÕES AVALIADAS __________________________________________________________ 32 3.1. A MISSÃO E O PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL _________________________ 32 3.2. A POLITICA PARA O ENSINO, A PESQUISA, A PÓS-GRADUAÇÃO, A EXTENSÃO ____________ 34 3.2.1. ENSINO DE GRADUAÇÃO _________________________________________________________ 34 3.2.1.1. PERFIL – ALUNOS E PROFESSORES ________________________________________________ 34 3.2.1.2. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS _________________________________________________________ 41 3.2.1.3. CONDIÇÕES DE ENSINO-APRENDIZAGEM ___________________________________________ 49 3.2.2. PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA ____________________________________________________ 53 3.2.2.1. PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU ____________________________________________________ 53 3.2.2.2. PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU ________________________________________________ 60 3.2.3. PESQUISA ______________________________________________________________________ 69 3.2.3.1. AUXÍLIO-VIAGEM _________________________________________________________________ 73 3.2.3.2. PESQUISA DO CORPO DOCENTE ___________________________________________________ 74 3.2.3.3. INICIAÇÃO CIENTÍFICA ____________________________________________________________ 80 3.2.3.4. COMITÊ E COMISSÃO DE ÉTICA EM PESQUISA _______________________________________ 87 3.2.3.5. RELAÇÕES INTERNACIONAIS E INTERCÂMBIO _______________________________________ 91 3.2.3.6. EDITORA PUC ___________________________________________________________________ 92 3.2.4. A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA ______________________________________________________ 93 3.2.4.1. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA EXTENSÃO NA PUC MINAS _________________________ 94 3.2.4.2. MODALIDADES DE AÇÕES EXTENSIONISTAS (CURSOS, EVENTOS E PRÁTICAS EXTENSIONISTAS) ________________________________________________________________________ 97 3.2.4.3. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL: EXTENSÃO ___________________________________________ 102 3.2.4.4. EXTENSÃO NOS CURSOS ________________________________________________________ 108 3.3. A RESPONSABILIDADE SOCIAL DA INSTITUIÇÃO ____________________________________ 118 3.3.1. A SECRETARIA DE ASSUNTOS COMUNITÁRIOS (SECAC) _____________________________ 119 3.3.1.1. DIVISÃO DE APOIO COMUNITÁRIO _________________________________________________ 120 3.3.1.2. NÚCLEO À INCLUSÃO A ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS (NAI) __ 121 3.3.1.3. PASTORAL UNIVERSITÁRIA _______________________________________________________ 124 3.3.1.4. COORDENADORIA DE ATIVIDADES ARTÍSTICAS E CULTURAIS _________________________ 128 3.3.1.4.1. PUC TV ________________________________________________________________________ 128 3.3.1.4.2. ESCOLA DE TEATRO ____________________________________________________________ 129 3.3.1.4.3. MUSEU DE CIÊNCIAS NATURAIS __________________________________________________ 129 3.3.1.4.4. ATIVIDADES CULTURAIS OFERECIDAS PELA PUC MINAS VIRTUAL _____________________ 130 3.3.1.4.5. INVENTÁRIO DO PATRIMÔNIO CULTURAL DA ARQUIDIOCESE DE BELO HORIZONTE _____ 131 3.3.1.5. O ESPORTE NA UNIVERSIDADE ___________________________________________________ 133 3.4. A COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE: ATENDIMENTO, COMUNICAÇÃO E IMAGEM _______ 134 3.4.1. ATENDIMENTO NA PUC MINAS. ___________________________________________________ 134 3.4.2. A COMUNICAÇÃO NA PUC MINAS __________________________________________________ 138 3.4.2.1. NÚCLEO DE CONTEÚDO _________________________________________________________ 139 3.4.2.2. NÚCLEO DE RELACIONAMENTO ___________________________________________________ 140 3.4.2.3. NÚCLEO DE CAMPI E UNIDADES __________________________________________________ 141 3.4.3. COMUNICAÇÃO INTERNA - RESULTADOS___________________________________________ 141 3.4.4. COMUNICAÇÃO EXTERNA ________________________________________________________ 144 3.4.5. IMAGEM DA PUC MINAS __________________________________________________________ 146 3.4.6. OUVIDORIA ____________________________________________________________________ 148 3.5. POLÍTICAS DE PESSOAL _________________________________________________________ 151 3.5.1. CORPO DOCENTE _______________________________________________________________ 151 3.5.1.1. SELEÇÃO E ADMISSÃO DO CORPO DOCENTE _______________________________________ 151 3.5.1.2. APERFEIÇOAMENTO DO CORPO DOCENTE _________________________________________ 152 3.5.1.3. PROGRESSÃO DO CORPO DOCENTE ______________________________________________ 154 3.5.1.4. AVALIAÇÃO DO CORPO DOCENTE _________________________________________________ 155 3.5.1.5. ASPECTOS DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL – CORPO DOCENTE _______________________ 155 3.5.2. CORPO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO _______________________________________________ 157 3.5.2.1. SELEÇÃO E ADMISSÃO DO CORPO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO _______________________ 157
3.5.2.2. CONTRATAÇÃO DO CORPO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO ______________________________ 159 3.5.2.3. APERFEIÇOAMENTO DO CORPO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO _________________________ 159 3.5.2.4. AVALIAÇÃO E PROGRESSÃO DO CORPO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO __________________ 162 3.5.2.5. AVALIAÇÃO QUANTO A SUFICIÊNCIA DA QUANTIDADE DO CORPO TÉCNICO E ADMINISTRATIVO PARA RESPONDER AOS OBJETIVOS E FUNÇÕES DA INSTITUIÇÃO ______________ 163 3.5.2.6. DISTRIBUIÇÃO DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO CORPO TÉCNICO E ADMINISTRATIVO _ 165 3.6. INFRAESTRUTURA E LOGISTICA __________________________________________________ 171 3.6.1. GERÊNCIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (GTI) _________________________________ 179 3.6.2. BIBLIOTECA ____________________________________________________________________ 183 3.7. AVALIAÇÃO, PLANEJAMENTO, GESTÃO E SUSTENTABILIDADE ________________________ 185 3.7.1. ORGANIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO __________________________________________________ 185 3.7.2. GESTÃO _______________________________________________________________________ 187 3.7.3. PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO ____________________________________________________ 189 3.7.4. SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA DA PUC MINAS ____________________________________ 191 3.8. POLÍTICAS DE ATENDIMENTO A EGRESSOS ________________________________________ 193 4. CONCLUSÃO ___________________________________________________________________ 197 4.1. POTENCIALIDADES ______________________________________________________________ 197 4.1.1. POTENCIALIDADES DO ENSINO DE GRADUAÇÃO ____________________________________ 197 4.1.2. POTENCIALIDADES DA PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA _______________________________ 198 4.1.3. POTENCIALIDADES DA EXTENSÃO ________________________________________________ 198 4.1.4. POTENCIALIDADES DAS POLÍTICAS DE PESSOAL ___________________________________ 199 4.1.5. POTENCIALIDADES DA COMUNICAÇÃO E IMAGEM DA PUC MINAS _____________________ 199 4.1.6. POTENCIALIDADES DAS POLÍTICAS DE ATENDIMENTO A EGRESSOS __________________ 200 4.1.7. POTENCIALIDADES DA GESTÃO, INFRAESTRUTURA E SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA __ 200 4.2. FRAGILIDADES _________________________________________________________________ 201 4.2.1. FRAGILIDADES DO ENSINO DE GRADUAÇÃO _______________________________________ 201 4.2.2. FRAGILIDADES DA PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA __________________________________ 201 4.2.3. FRAGILIDADES DA EXTENSÃO ____________________________________________________ 202 4.2.4. FRAGILIDADES DA COMUNICAÇÃO E IMAGEM DA PUC MINAS _________________________ 203 4.2.5. FRAGILIDADES DA GESTÃO, INFRAESTRUTURA E SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA _____ 203 4.2.6. FRAGILIDADES DA POLÍTICA DE ATENDIMENTO A EGRESSOS _________________________ 203 4.2.7. FRAGILIDADES DAS POLÍTICAS DE PESSOAL _______________________________________ 204 5. BIBLIOGRAFIA __________________________________________________________________ 205 ANEXOS ________________________________________________________________________________ 207
17
APRESENTAÇÃO
A necessidade do autoconhecimento é antiga. Atribuídos a Sócrates e a
Platão estariam, por um lado, o imperativo de conhecer-te a ti mesmo, e por outro, a
necessidade do cuidado de si. Sem levarmos em conta as implicações teórico-
metodológicas as quais os conceitos estão submetidos, é possível compreender que
já na antiguidade discutia-se a necessidade de um olhar voltado para o indivíduo,
buscando um conhecimento que permitisse modificar a relação do próprio indivíduo
e deste com o mundo, sendo esta, por exemplo, a base da psicanálise.
A preocupação com o autoconhecimento figura, também, como processo
apropriado por instituições. Comum se tornou, nesse sentido, o desenvolvimento de
ferramentas, no campo da teoria organizacional, capazes de permitir a realização de
autodiagnósticos, que têm como fundamento, essencialmente, possibilitar a
identificação de debilidades, ameaças, forças e oportunidades institucionais.
Mais recentemente, processos de autoavaliação passaram a ser
desenvolvidos e implementados também por Instituições de Ensino Superior,
conforme previsto no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior
(SINAES), proposto pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
(INEP). Etapa de um processo mais amplo, a avaliação interna é permeada de
complexidade, especialmente porque compreende um olhar para dentro por parte de
indivíduos conectados às engrenagens da universidade. Exige daqueles que a
conduzem, nesse sentido, o desenvolvimento de metodologias que consigam captar
as impressões de quem vivencia os processos acadêmicos nos diferentes espaços
(docentes, discentes, o corpo técnico-administrativo, a sociedade/ comunidade).
Sabido é que o exercício de autoavaliação exige uma mudança cultural, que vem
sendo conquistada no âmbito da PUC Minas pela Comissão Permanente de
Avaliação (CPA).
A leitura do relatório permite apreender os intensos trabalhos
desenvolvimento pela Comissão, no intuito de desvelar a realidade de nossa
instituição, compreendendo – numa relação dialógica – os diversos significados
atribuídos aos processos construídos com e pela comunidade acadêmica.
Assim, a autoavaliação que se segue deve ser compreendida menos como
um resultado e mais como meio capaz de permitir o fortalecimento dos aspectos
18
positivos – como a qualificação/formação do quadro docente, a concentração de
esforços sobre as potencialidades e a sucessão sistemática de mudanças do que
aponta como fragilidade/debilidade – como o desenvolvimento de procedimentos
operacionais que efetivem a articulação entre a pesquisa, o ensino graduação e de
pós-graduação, lato e strictu sensu, e a extensão.
Glaucineide Porto Alves1
1 Funcionária da Pró-reitoria de Extensão
19
1. INTRODUÇÃO
Em 2012, o processo de autoavaliação institucional da PUC Minas completa
dez anos. Nessa década de esforços analíticos, muitas foram as transformações
realizadas. Tendo começado como experimento próprio do autoconhecer-se, como
diagnose, o processo de avaliação institucional da Universidade passa a ser
parametrizado pelas definições legais estabelecidas pelo MEC, por meio do
SINAES, em 2004.
A relevância de se desenvolver processos avaliativos está em que é a partir
deles que se pode prevenir e promover resultados de qualidade. Esse é o caso da
instituição do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), pelo
o Ministério da Educação e Cultura (MEC), oficializado pela Lei nº 10.861/04,
definindo princípios, diretrizes e parâmetros para que as Instituições de Ensino
Superior (IES) realizem a sua autoavaliação institucional.
Depreende-se daí que as IES passaram a ter como responsabilidade, na
Política Nacional de Educação, desenvolver processos de avaliação e, nesse
sentido, a PUC Minas não tem medido esforços para garantir que o processo de
avaliação ocorra em condições ótimas de execução tanto no que diz respeito aos
recursos humanos necessários, como nas condições de infraestrutura de
operacionalização. Assim, a PUC Minas adequou ações e estruturas internas para
otimizar a produção dos dados e de resultados satisfatórios que atendam às
exigências da política de educação vigente no País.
Dentre elas, destaca-se a criação da Comissão Permanente de Avaliação
(CPA), em 2009, substituindo o antigo Programa Permanente de Avaliação (Propav)
iniciado em 2002.
Em 2009, o MEC/INEP definiu uma nova sistemática de apresentação dos
resultados, modificando o prazo de postagem dos relatórios de auto avaliação no
sistema e-MEC e estabelecendo um processo anual de auto avaliação das IES.
Desse modo, a demanda de trabalho da CPA, antes diluída em três anos,
concentrou-se em um intervalo de 10 meses. Paralelamente à nova regulação
federal, novos representantes foram eleitos para compor a CPA e, para garantir a
eficiência e eficácia das suas ações, tornou-se inevitável a criação de uma equipe de
20
assessoramento técnico, com professores especialistas para desenvolver as
diversas tarefas que conformam o processo de autoavaliação institucional.
Em março de 2010, postou-se o primeiro relatório anual no sistema e-MEC e,
logo, em seguida, iniciou-se o novo processo de elaboração de questionários, coleta
de dados e análise de informações. Além disso, a CPA realizou o I Ciclo de Estudos
de Avaliação, com dezesseis seminários em todas as unidades da PUC Minas,
contando com a participação dos representantes da comunidade acadêmica –
alunos, professores e funcionários, com o objetivo de expor os resultados da
autoavaliação e submetê-los à crítica.
Nos dois últimos anos, a CPA aumentou consideravelmente seu escopo, haja
vista novos dispositivos legais, como a reedição da Portaria MEC nº 40/2007 e o
novo Estatuto da PUC Minas. Atividades outras como a Avaliação Docente, o
acompanhamento da avaliação dos cursos de graduação, a participação efetiva de
representantes na elaboração do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) para
o quinquênio 2012-2016 e a elaboração da proposta do monitoramento dos Projetos
Pedagógicos foram incorporadas às responsabilidades da CPA.
A fim de articular todos os projetos em uma rede integrada, interativa e
dinâmica, está em processo de elaboração o projeto Sistema Integrado de Avaliação
(SIAV). O objetivo é o de garantir uma interlocução de todas as facetas dos
processos de avaliação do MEC previstos pelo SINAES, acoplados às demandas da
Instituição como as concernentes à Avaliação Docente e o acompanhamento da
execução do Planejamento Estratégico e do PDI. Como centro de gerenciamento de
informação o SIAV irá integrar os processos e coleta de dados da CPA em única
plataforma.
21
2. REFERENCIAL TEÓRICO E METODOLÓGICO
2.1. Referencial teórico
Comumente, a literatura sobre avaliação procura resgatar os pressupostos
epistemológicos que subjazem ao conceito, enfatizando os elementos valorativos
que, em tese, todo processo avaliativo traz em si. Assim, em muitas ocasiões, o
conceito é definido a partir de uma pressuposição de que avaliar é valorar, emitir
juízo sobre algo. Se tornar claro e explícito os pressupostos que orientam a análise,
bem como a definição objetiva dos conceitos com os quais se irá trabalhar, é parte
constitutiva do processo de produção do conhecimento em qualquer ciência e de
modo particular nas ciências humanas, pode-se entender a preocupação em
resgatar a origem do termo. Não se pode, contudo, aceitar, sem discutir, essa
proposição. Se avaliar é emitir juízo, qual seria o status do conhecimento que se
pretende acadêmico, quais seriam os elementos determinantes da validade de um
conhecimento obtido por meio da avaliação. Torna-se, portanto, necessário
estabelecer os parâmetros lógicos e objetivos que permeiam o conceito de
avaliação, parâmetros que balizarão a leitura e análise dos dados que subsidiaram a
elaboração deste relatório.
Quando nos propusemos a avaliar uma instituição ou uma política, e quando
almejamos objetividade desse conhecimento, os critérios devem ser outros que não
aqueles da primeira impressão que, geralmente, resultam em julgamentos morais e
eivados de preconceitos. Não queremos aqui retornar a velha discussão do
objetivismo e da neutralidade positivista. Antes, entendemos que, como sujeitos
imiscuídos nos processos que desejamos avaliar, a dimensão subjetiva está sempre
presente. Não podemos nunca deixar de sermos os sujeitos sociais que somos, mas
temos claro o papel de observadores, não neutros, mas vigilantes
epistemologicamente falando, como diria Bourdieu (2004). Dessa forma, avaliar
adquire outro sentido que não o de emitir juízo de valor per si. Antes, avaliar é
postar-se de maneira crítica frente ao objeto avaliado, comparando e acompanhando
não só os resultados, como os diferentes processos que se desenrolam na vida
acadêmica.
22
Para isso, e como mandam as regras básicas do conhecimento que se deve
produzir nesse espaço – científico, diga-se de passagem – é preciso ter método, é
preciso ter clareza teórico-conceitual a partir dos quais será jogada a luz sobre o
objeto em análise. Assim, metodologicamente, é preciso considerar que o
conhecimento que se pretende gerar seja validado e legitimado. Sendo assim, não
pode ser baseado nas impressões dos analistas. É preciso que os parâmetros que
norteiam essa análise sejam explicitados. É preciso, portanto, que o conhecimento
aqui produzido se enquadre nas regras mínimas de objetividade – o que quer que
isso signifique – para que ele possa ser validado para além das impressões e
valores do pesquisador ou do conjunto de pesquisadores.
No caso da autoavaliação institucional – auto porque realizada por parte dos
sujeitos objetos da avaliação, daí a preocupação em garantir autonomia às
Comissões Permanentes de Avaliação, sob o pressuposto de que esse grupo deve,
ainda que envolvido no universo que avalia, manter um mínimo de distanciamento
necessário para realizar o processo a contento – e de qualquer pesquisa avaliativa
acadêmica, o princípio é o de mensurar o alcance do que foi planejado e a forma
utilizada bem como a percepção dos atores envolvidos na vida acadêmica. As bases
para que se possa realizar a autoavaliação estão dadas pelos próprios componentes
da dinâmica, tanto do ambiente político institucional que norteiam a política de
educação quanto dos elementos internos à própria organização universitária.
Nesse sentido, a ênfase do Ministério da Educação (MEC) e a orientação do
Sinaes em ter o Plano de Desenvolvimento Institucional como parâmetro da
avaliação, reafirma a natureza da avaliação como uma medida de aferição dos
resultados e da qualidade dos processos acadêmico-pedagógicos e administrativos,
propugnados pelas próprias instituições de educação superior como parte do papel
que ocupam na política educacional do país. Dessa forma, a avaliação se
desenvolve de modo interativo e processual, dado o seu caráter de construção
coletiva e da dinâmica de subsidiar proposições de mudanças, balizada pelos
ditames da legislação federal, mas também pelo planejamento institucional
estabelecido pela instituição.
Assim, a avaliação institucional tem seus parâmetros estabelecidos por esse
conjunto de dispositivos, que de fato se constituem como referências delimitadoras
da análise. Não obstante, a objetividade não está dada pelo fato de se utilizar os
23
parâmetros já definidos anteriormente e que também, diga-se de passagem, já traz
em si um olhar. Antes, a objetividade está dada pela explicitação do percurso
teórico-metodológico que possibilitou a análise interpretativa dos dados.
Nessa linha, pautamo-nos pela compreensão do espaço institucional que
ocupa os sujeitos respondentes, inclusive o nosso lugar. Antes de tudo, porém
entendemos que, como analistas, cabe a postura dialético-reflexiva, no dizer de
Habermas (1982), que implica em enxergar o objeto de maneira crítica e realizar o
exercício da reflexão que possibilite não só conhecê-lo analiticamente, em suas
diferentes partes e na conjunção do todo, como também subsidiar proposições que
permitam transformá-lo. Esse é o caminho que traçamos na construção desse
relatório, a metodologia que orientou o trabalho expressa também essa escolha.
2.2. Metodologia
Na pesquisa que se apresenta foi feita uma opção por um procedimento
técnico que proporcionou uma coleta ampla de dados primários junto ao público
alunos da graduação. Outras informações, referentes às dimensões propostas pelo
Sinaes, foram coletadas por meio de levantamento e análise documental e de dados
institucionais e entrevistas semiestruturadas e estruturadas (Egressos).
Assim, foram elaborados instrumentos de coleta de dados específicos para
cada um dos públicos – alunos, professores e funcionários – que se constituíram em
questionários estruturados (vide apêndice 1). Esses questionários foram constituídos
com base nos documentos que orientam as demandas oriundas do SINAES (Lei
10.861/04) e também naqueles que traduzem as demandas internas da Instituição,
como o PDI e o Estatuto da Universidade. Além desses, as portarias do MEC/Inep
que definem as habilidades e competências gerais a serem desenvolvidas pelos
alunos da graduação e também o conteúdo básico que deve ser aprendido, serviram
de baliza para a elaboração de questionários específicos para os cursos. Outras
demandas internas foram recebidas diretamente de membros de Colegiado de
Coordenação Didática, Diretorias de Instituto/Unidade e outras instâncias de
administração superior.
Uma dessas demandas foi a necessidade de elaboração de plano amostral
que permitisse análises relevantes para cada um dos cursos de graduação. Dado
24
que a PUC Minas conta, atualmente, com 109 ofertas desses cursos, a amostra teve
seu tamanho significantemente aumentando.
Para fazer uma coleta tão ampla, os instrumentos foram elaborados de tal
forma que pudessem ser respondidos virtualmente ou presencialmente. Optou-se,
juntos aos alunos de graduação, por fazer uma abordagem mais ostensiva, por meio
de respostas a questionários em formulários impressos, com questões fechadas.
Foram coletados 16.151 formulários. Para essa pesquisa específica, foram
processados apenas aqueles formulários de alunos que faziam parte da amostra
probabilística pré-selecionada, conforme descrito no plano amostral desse relatório.
Essa amostra era composta de 6.881 alunos.
Esse método de coleta, como tudo aquilo que se apresenta como novidade,
apresentou vantagens e desvantagens. Uma das principais vantagens foi a presença
da Comissão Permanente de Avaliação (CPA) em todas as salas de aula da
graduação na Universidade. Foi necessária, para essa presença, a sensibilização,
em primeiro lugar, dos membros da administração superior dos Institutos,
Faculdades e Unidades de PUC Minas, totalizando 18 reuniões de sensibilização
(um para cada instituto/faculdade ou unidade). Acordou-se que uma equipe da CPA,
composta de professores, técnicos e analistas, encarregar-se-ia de coordenar e
operacionalizar a coleta em cada uma das Unidades/Institutos/Faculdades. Essa
equipe visitou cada uma das salas de aula (à exceção do primeiro período de cada
curso, que não fez parte da amostra). Essa abordagem mais ostensiva permitiu
respostas mais rápidas e mais eficazes. Esse, porém, não se constituiu o maior
ganho dessa forma de coleta. Perceberam-se duas outras vantagens: em primeiro
lugar, tanto professores quanto alunos estavam mais inteirados, sensíveis e
envolvidos no processo de autoavaliação; em segundo lugar, a possiblidade de
atender às demandas dos cursos de obterem dados específicos e com relevância
estatística creditou mais relevância à autoavaliação.
O processamento de dados, realizado por empresa contratada, mostrou-se
como uma fragilidade desse novo método, pois foram redimensionados prazos,
logística de empacotamento, distribuição e transporte de formulários. Para uma
universidade com a dimensão da PUC Minas, qualquer proposta de abordagem
presencial e ostensiva com a comunidade acadêmica de maneira mais ampla requer
esse redimensionamento, que incluiu também a equipe da CPA.
25
Como é especificado no histórico e retomado na seção “Etapas do processo
avaliativo”, grande parte da equipe dedicou-se à essa operacionalização, o que
refletiu nos processos subsequentes, quais sejam: a elaboração a implementação na
plataforma virtual dos demais instrumentos, bem como a sensibilização e
acompanhamento dos resultados dos demais públicos e ainda a realização de
entrevistas e coletas de dados secundários em documentos e bancos de dados da
Universidade.
A exemplo de 2010, a pesquisa de 2011 foi sustentada por duas abordagens
metodológicas que, conjugadas, permitiram realizar inferências mais próximas da
realidade da Instituição: a quantitativa e a qualitativa. A abordagem utilizada foi
predominantemente quantitativa, complementada com o método qualitativo, com fins
descritivos/analíticos por meio de pesquisa de campo.
A abordagem quantitativa, centrada nos modelos estatísticos, foi adotada
principalmente na coleta de dados primários, por meio de questionários
estruturados, junto a diferentes públicos que compõem o universo acadêmico.
Optou-se por trabalhar com amostras probabilísticas aleatórias, posto que esse
método permite exercer maior controle sobre a representatividade da população
pesquisada e minimizar os riscos de não se contemplar todos os comportamentos
possíveis em uma dada população. Trabalhou-se também com dados secundários,
coletados em banco de dados da Instituição e em documentos institucionais, como
processo complementar.
A exemplo do ciclo avaliativo 2009/2010, o questionário de professores de
graduação foi disponibilizado na internet, por meio do Sistema de Gestão Acadêmica
(SGA) e processado via sistema. Para o público de “egressos”, a aplicação dos
questionários se deu por meio de telefone, realizada por estagiários capacitados
para realizar a abordagem, contou-se com o apoio do Departamento de Marketing
da Secretaria de Planejamento - Seplan. Os funcionários que possuíam acesso ao
Portal RH puderam responder ao questionário online. Para aqueles que não tinham
acesso aos sistemas informatizados ou não queriam responder por este meio, foram
disponibilizados questionários para serem preenchidos manualmente e colocados
em urna própria. Em todos os casos, foram estabelecidos critérios para garantir a
confidencialidade e sigilo das informações.
26
Os dados foram processados e tabulados e os resultados foram apresentados
em formato de uma tabela dinâmica do Excel. Para complementação desses dados
e também para análise dos públicos da pós-graduação foram analisados os vários
documentos oficiais, lidos à luz das ações concretas implementadas, visando
estabelecer comparações entre o que foi proposto e o realizado, bem com inferir os
pressupostos ali estabelecidos.
Complementarmente a isso, foram realizadas entrevistas com gestores e
técnicos com vistas ao entendimento dos processos subjacentes ao estabelecimento
das políticas e aos processos de tomada de decisão, bem como dos condicionantes
que demarcam a atuação da Universidade.
2.2.1. O plano amostral
A tabela 1, abaixo representada, retrata a comunidade acadêmica da PUC
Minas, desagregada pelos públicos que a compõe, universo utilizado para a
elaboração da amostragem estatística. Conforme se pode ver, são quase 70 mil
pessoas entre alunos, professores e funcionários, distribuídos pelos diversos níveis
de ensino.
TABELA 1
Comunidade Acadêmica da PUC Minas
PUC Minas Total
Alunos
Graduação¹ 46.082
Pós-graduação lato sensu 1.087
Pós-graduação stricto sensu 7.848
Sequencial 75
Atualização, aperfeiçoamento e capacitação 9.351
Professores 1.875
Funcionários 2.236
Total 68554
¹ Inclui alunos de cursos a distância Fonte: PUC em números, 2011 Tabela trabalhada pela CPA
27
Em relação às populações de funcionários, alunos e professores da
graduação estabeleceu-se, inicialmente, um o índice de confiabilidade de 95% e
uma margem máxima de erro de 5%. Como medida de controle, o tamanho da
amostra foi superestimado em média em 20%, além de se ter usado a correção de
continuidade para populações finitas no cálculo inicial, para todos os grupos.
Nas pesquisas anteriores, 2009 e 2010, a amostragem considerou os
Institutos ou Unidades como base para o cálculo da amostra, não levando em conta
a proporcionalidade dos cursos. Isso gerou, em alguns casos, número de
questionários muito pequeno por curso, o que não permitiu mensurar
adequadamente a situação de alguns cursos. Para o ano de 2011, o curso foi
inserido no processo.
O cálculo do tamanho da amostra, para um nível de confiança e uma margem
de erro conhecidos, é dado por:
2
2
2
d
z
n
Onde:
n: tamanho da amostra para populações
infinitas
P: Proporção da característica observada
(0,5)
E: margem de erro
Z/2= em score associado ao grau de
confiança
Para uma população finita o tamanho da amostra pode ser corrigido pela
fórmula abaixo e a mesma foi utilizada para o recálculo das subpopulações (1,96):
N
nn
n
1
0 Onde:
n0: tamanho da amostra para populações
finitas
n: tamanho da amostra para populações
Infinitas
N: tamanho da população
28
No segmento professores de graduação2, foram considerados todos os
professores da PUC Minas que ministravam aula apenas neste nível.
A população total desse público, conforme dados da Gerência de Tecnologia
de Informação (GTI) da PUC Minas, compunha-se de 1.215 docentes, considerando
apenas os professores efetivos – contratados por tempo indeterminado.
Considerando os índices de confiança acima listados, a amostra era composta de
293 docentes. Das questões respondidas obteve-se, para o nível de 95% de
confiabilidade, um erro máximo de 5,1%.
Na elaboração do plano amostral para o público alunos de graduação em
2009 e em 2010, foi necessário o cálculo de uma amostragem específica para cada
campi/unidade/núcleo universitário ou, no caso da Unidade Coração Eucarístico,
faculdades e institutos, considerando a proporção que cada uma das
unidades/campi/similares representa no universo geral dos alunos da PUC Minas.
Para tanto, trabalhou-se, inicialmente, com um índice de confiabilidade de 95% e
margem de erro de 5% para cada subconjunto de que compunham os
campi/unidades/institutos/faculdades. Isso possibilitou a geração de relatórios
específicos e individualizados para cada um dos
campi/unidades/institutos/faculdades. Para o ano de 2011 a base foi por curso.
Como o relatório geral exige a análise global da instituição, a amostra
forneceu, para uma confiabilidade de 95%, uma margem de erro inferior a 1,2%,
abaixo dos 2% de 2010.
Para a amostra de funcionários, o cálculo estatístico considerou o universo
de 2.261 pessoas, conforme dados do setor de Recursos Humanos (RH).
Considerando o índice de confiabilidade de 95%, a margem máxima de erro foi de
4,8%.
2.2.2. Etapas do processo avaliativo - 2011
Diferentemente dos outros anos, em que os questionários foram aprimorados
para coletar dados dos diversos públicos que compõem a comunidade acadêmica,
no ano de 2011, os questionários focalizaram professores e alunos da Graduação.
Assim, entre os meses de maio e julho, a equipe analisou o processo anterior e
2 Os professores da PUC Minas, mesmo os lotados nos níveis de pós-graduação, geralmente lecionam no nível da graduação.
29
remodelou os questionários de avaliação institucional para esses públicos. Em
atendimento às demandas internas, foram confeccionados instrumentos específicos
para os cursos de Exatas e de Licenciatura, que participariam do Exame Nacional de
Desempenho do Estudante (Enade) em 2011.
Concomitantemente à aplicação dos questionários para os alunos, estava em
elaboração o questionário de professores, que seria aplicado, por meio digital3, em
novembro. Também, nesse período, foi elaborado o questionário de Egressos, em
conjunto com o Departamento de Marketing da Secretaria de Planejamento e
Desenvolvimento Institucional (Seplan). A pesquisa vem sendo realizada desde
então, por funcionários do marketing e parte da equipe da CPA, por meio de
ligações telefônicas. Alguns egressos optaram por receber o link com o questionário
disponibilizado online.
Em seguida, nos meses de novembro e dezembro, a CPA elaborou o
questionário de funcionários. O desenvolvimento tardio de parte desse processo
resultou em um efeito direto da nova opção de aplicação presencial, que exigiu a
presença de grande parte da equipe nas diversas unidades da PUC Minas. No
entanto, houve rápida resposta e a amostra foi atingida em 30 dias.
3 Na PUC Minas há o Sistema de Gestão Acadêmica (SGA), em que alunos e professores consultam informações acadêmicas. O questionário de professores foi disponibilizado neste Sistema.
30
30
FIGURA 1 Etapas da autoavaliação institucional- 2011
Abril Maio Dezembro
Janeiro Fevereiro Março
2012
2011
Início da atualização dos instrumentos
Elaboração dos questionários
de alunos
Adaptação do processo de
acordo com as novas exigências do MEC e PUC
Minas
Junho
Elaboração dos questionários p/
cursos de Exatas e
Licenciaturas
Validação do questionário de
alunos
Julho
Revisão e elaboração do questionário de
egresso
Agosto
Atualização do questionário de
professor
Início da coleta de dados em
campo - alunos
Setembro
Validação do questionário de
professor
Outubro
Disponibiliza-ção do
questionário de professor
Início da pesquisa c/
egresso
Novembro
Entrega dos resultados p/ os colegiados
dos cursos
Fim da aplicação dos questionários
de professores
Elaboração do questionário de
funcionário
Validação do questionário de
funcionários
Elaboração do escopo do relatório
Disponibiliza-ção dos dados
de alunos e professores
Elaboração do relatório parcial
Formatação do relatório final
Reunião CPA para aprovação
do relatório
Elaboração do Plano Amostral
Início da coleta de dados
secundários
Validação da pesquisa de egressos –CPA/Seplan
Aplicação dos questionários de funcionário
Reuniões de alinhamento
para elaboração do
relatório
Fonte: CPA PUC Minas
Elaboração da metodologia de coleta de dados
Postagem do relatório no e-
MEC
31
O processo utilizado também trouxe benefícios, possibilitando a agilidade do
processamento de dados. Dessa maneira, foi possível entregar dados específicos para
todos os cursos da Universidade. A alta gestão da PUC também recebeu dados
específicos e consolidados, com informações de cada curso e Unidade/Instituto.
32
3. DIMENSÕES AVALIADAS
3.1. A Missão e o Plano de Desenvolvimento Institucional
Instituição de caráter confessional, a PUC Minas retrata em sua missão princípios e
valores condizentes não só com as orientações cristãs as quais se filia, a Igreja Católica,
mas também àqueles que remetem à formação de um sujeito cientifica e tecnicamente
preparados e socialmente responsável e solidário com a sociedade onde vive. A missão
reitera o objetivo precípuo de garantir aos alunos uma formação acadêmica de qualidade,
cientificamente balizada e comprometida com o desenvolvimento responsável da
sociedade dentro dos princípios da ética, da moral e da justiça. Esses princípios e valores
se expressam não só, mas principalmente nas disciplinas de cultura religiosa, nas
atividades implementadas pela Pastoral Universitária e nas ações comunitárias e
extensionistas.
Como parte integrante do Plano de Desenvolvimento Institucional, a missão da
PUC Minas aponta o norte para o planejamento macropolítico da instituição a cada
quinquênio. O PDI estabelece as diretrizes para o desenvolvimento e implementação da
política educacional, dos programas projetos e ações acadêmicas e administrativas da
Universidade.
Tendo em vista sua importância na definição das políticas das IES, o PDI sempre
foi visto como um dos principais documentos a balizar a autoavaliação institucional.
Assim, o SINAES veio referendar a compreensão de que os processos avaliativos dever-
se-iam não só se articularem ao Plano de Desenvolvimento Institucional como também
entremearem seus processos de modo a que a própria instituição deles se apropriassem
no seu planejamento acadêmico-administrativo. Para tanto, os documentos principais que
representam o propósito e descrição dos objetivos de ambas as práticas – o Plano de
Desenvolvimento Institucional e o Relatório de Autoavaliação Institucional – deveriam ser
construídos espelhados um ao outro, de maneira a se retroalimentarem. Na PUC Minas,
essa imbricação se deu de forma substantiva a partir principalmente do ano de 2009,
quando os diagnósticos avaliativos passaram a se constituir como referencias para a
aferição do alcance dos objetivos propostos no Plano Institucional.
O PDI vigente, que engloba os anos 2007 a 2011, teve seu último ano de validade
e coincidiu com o processo avaliativo que resultou neste relatório. Para a construção de
33
um novo plano para o quinquênio 2012-2016, foi feita uma meta-avaliação, a fim de se
estabelecer pontos fortes e fracos, de maneira a constituir o norte para a construção do
novo documento.
O balanço geral demonstrou expressivos avanços no que toca às atividades fins da
Universidade. Dentre eles destacam-se o avanço e consolidação da política de Extensão,
conforme se pode ver na análise da dimensão mais à frente; na consolidação da política
de Pesquisa e Pós-graduação, mormente com o crescimento e aprovação pela Comissão
de Aperfeiçoamento de Pessoal da Educação Superior (CAPES), de novos programas de
Mestrado e Doutorado (ver dimensão específica); e melhoria da qualidade de parte dos
cursos de graduação mensurado por meio da avaliação externa e do ENADE.
Para que fosse possibilitada a elaboração do novo plano, a Administração Central
da PUC Minas criou uma comissão composta por membros das Pró-reitorias-fim
(Graduação, Pesquisa e Pós-graduação e Extensão), da Secretaria de Planejamento e da
Comissão Permanente de Avaliação (CPA). Tendo como base o PDI anterior, os
relatórios de autoavaliação anteriores e o Roteiro do Sinaes, foi elaborado o projeto
estrutural do novo Plano. Esse referencial foi apresentado aos diversos órgãos e setores
da Universidade, que assumiram a responsabilidade da produção do texto referente ao
seu respectivo setor. Dessa maneira, o PDI não só seria democrático e participativo como
também um reflexo da realidade institucional, uma vez que determinado pelos próprios
responsáveis pelas diversas atividades produzidas na Universidade.
À comissão do PDI, coube a responsabilidade de elaborar o constructo final, bem
como revisar os textos enviados, direcionando-o quando incompletos. A estrutura e
redação finais foram elaboradas pela comissão.
Embora tenha mobilizado substantivas parcelas da comunidade acadêmica,
principalmente os gestores em seus diversos níveis, o PDI é ainda, um documento pouco
conhecido pelos diversos públicos que o compõe. A pesquisa de avaliação realizada junto
ao corpo discente e docente da Instituição corrobora essa percepção.
Quanto ao corpo discente, 93,57%, dos respondentes afirmaram desconhecer o
PDI. Já entre os professores 26,54% afirmaram desconhecê-lo. Dentre os professores
que conhecem o Plano, 36,92% afirmaram ter conhecimento das diretrizes gerais; 18,85%
conhecem as metas do PDI e avaliam que elas são coerentes com as ações
desenvolvidas pela Universidade; 16,54% afirmam que elas são parcialmente coerentes
34
com as ações desenvolvidas e apenas 1,15% disse que as metas não são coerentes com
as ações.
Dessa forma, entende-se a necessidade de que o PDI seja melhor discutido, ainda
que por partes, principalmente entre os professores já que são eles atores determinantes
no alcance de metas e resultados ali propostos.
3.2. A Politica para o Ensino, a Pesquisa, a Pós-graduação, a Extensão
3.2.1. Ensino de Graduação
3.2.1.1. Perfil – Alunos e Professores
a) Alunos
O corpo discente da PUC Minas, no 2º semestre de 2010, era composto por 64.443
alunos (PUC em Números – 2º semestre/2010) distribuídos em 109 cursos de graduação
– modalidades presenciais e a distância, incluindo também os cursos superiores de
tecnologia – 27 programas de pós-graduação stricto sensu, 316 de cursos de pós-
graduação lato sensu, 1 curso sequencial e 31 cursos de aperfeiçoamento, atualização
e/ou capacitação.
Apresentam-se, a seguir, os resultados dos alunos da Graduação, um dos públicos
que participou da pesquisa institucional no ano de análise deste relatório. Considerando o
total de 46.082 alunos (no final de 2011), essa população se distribui entre 54,25% de
mulheres e 45,75% de homens.
A tabela 2 desagrega a distribuição do corpo discente segundo representatividade
no conjunto total de matriculados na Universidade por sexo. O maior percentual de alunos
encontra-se no campus Coração Eucarístico (44,7%), seguido das unidades São Gabriel
(12,65%) e Barreiro (10,87%).
35
TABELA 2 Perfil do corpo discente
Campi/Unidade Feminino Masculino
Alunos Matriculados
% % %
Arcos 3,78 2,88 3,37
Barreiro 11,53 10,07 10,87
Betim 10,13 6,84 8,62
Coração Eucarístico 42,92 46,79 44,70
Contagem 8,13 10,65 9,29
Guanhães 0,31 0,32 0,32
Poços de Caldas 9,37 9,27 9,33
São Gabriel 12,84 12,41 12,65
Serro 0,94 0,72 0,85
Total 100 100 100,00 Fonte: CPA - PUC Minas 2011
Em relação às bolsas, quase 39% dos alunos recebe algum benefício dessa
natureza (ProUni, bolsa institucional, bolsa oferecida por Sindicatos etc), como pode se
observar na tabela 3 a seguir:
36
TABELA 3 Bolsas do corpo discente por Campi/Unidade
Campi/Unidade¹ Carência
social ProUni Outras² Total
Belo Horizonte³ 1845 5431 4011 11287
Betim 229 965 453 1647
Contagem 350 743 552 1645
Arcos 139 440 122 701
Guanhães 6 71 6 83
Poços de Caldas 132 975 537 1644
Serro 42 113 33 188
Total 2743 8738 5714 17195
¹ Betim e Contagem são Núcleos Universitários e os demais são Campus
² Convênio cultural, irmãos. Bolsa Colégio Santa Maira, Contratos, Destaque Acadêmico, Sindicato e Acordo Coletivo (ADPUC, SAAE, SINPRO). ³Agrega as Unidades Barreiro, Coração Eucarístico, São Gabriel e Praça da Liberdade Bolsas das Unidades Barreiro, Coração Eucarístico (incluindo cursos ofertados na Praça da Liberdade). Fonte: PUC Minas em Números - 2º/2010
b) Professores de graduação
O corpo docente da PUC Minas, no 2º semestre de 2011, era composto por 1875
professores, dos quais 1215 lecionavam na graduação. Desse total, conforme apontado
na metodologia, 293 compuseram a amostra, dos quais 281 responderam ao
questionário, cujas respostas obedecem a um índice de 95% de confiabilidade e 5,1% de
margem de erro.
O perfil dos professores será aqui descrito pelas respostas ao bloco de questões
composto para esse fim no questionário de coleta de dados primários para a
autoavaliação institucional.
Assim, temos que o corpo docente da PUC Minas está dividido em 54,35% de
professores do sexo masculino e 45,65% do sexo feminino. A faixa etária de maior índice
(38,26%) foi apresentada para os professores que têm entre 42 e 51 anos, ladeada pelas
faixas de 32 a 41 anos (21,74%) e 52 a 61 anos (24,35%). Interessante notar que nas
duas faixas dos extremos (abaixo de 31 ou acima de 70 anos) temos índice igual (2,17%).
37
TABELA 4 Faixa etária do corpo docente
Faixa etária %
Abaixo de 31 anos 2,17
32 a 41 anos 21,74
42 a 51 anos 38,26
52 a 61 anos 24,35
62 a 71 anos 11,31
Mais de 70 anos 2,17
Total 100,00
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
Quanto à titulação, temos a maioria de mestres (61,03%), seguida pelos doutores
(25,37%). Se somadas essas categorias, temos que quase noventa por cento (86,40%)
dos professores da Universidade são titulados.
TABELA 5 Titulação do corpo docente
Titulação %
Doutor 25,37
Especialista 11,76
Graduado 1,84
Mestre 61,03
Total 100,00
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
Esses percentuais são coerentes com os apresentados para a questão sobre o
enquadramento funcional. Isso porque se tem 66,42% de professores Assistentes
(categoria que abrange os docentes com titulação de Mestre) e 27,31% de professores
Adjuntos (abrange os docentes com titulação de Doutor).
Em relação ao tempo de trabalho na Universidade, a maior parte dos professores
leciona na PUC Minas entre seis e 10 anos (33,61%), imediatamente seguida por aqueles
que lecionam entre 11 e 15 anos (28,69%). É interessante apontar que, embora em
38
pequeníssimo número, há professores que trabalham na universidade há mais de 40
anos. Na PUC Minas, a titulação e o tempo de docência na PUC Minas são critérios para
ascensão.
Quanto ao regime de trabalho, no ano de 2009, 77,07% dos respondentes
enquadravam-se como aulistas, e pouco mais de 22% em regime integral ou parcial. Em
relação a esse quesito específico, há que se observar que a PUC Minas passou por
recente readequação de seu quadro docente para atender às exigências do Ministério da
Educação, que requerem número mínimo de professores em Regime de Tempo Integral.
Assim, esses números alteraram significativamente para o ano de 2010.
No ano de 2010, 61,13% dos professores eram aulistas e 38,86% enquadravam-
se em regime integral ou parcial. Na atual pesquisa, referente ao ano de 2011, tem-se um
quadro estabilizado nesses índices, uma vez que permanecem cerca de 60% de
professores aulistas e cerca de 40% de professores em regime integral ou parcial de
trabalho, como pode ser observado na tabela a seguir. Essa situação reflete a
consolidação do RTI, implantado em 2009.
TABELA 6 Evolução do regime de trabalho do corpo docente
Regime 2009 2010 2011
Aulista 77,07 61,13 60,89
Regime integral ou parcial 22,93 38,87 39,11
Total 100,00 100,00 100,00
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
As horas dos professores estão alocadas da seguinte forma: 59% têm horas para
atividades administrativas. Desses, a maioria (57,89%) tem até 12 horas. Em 2010, esse
percentual era de 66,67%. A maioria dos professores que realiza atividade de extensão
tem de uma a quatro horas para esse fim. Essa situação foi apontada no relatório anterior
e se mostra inalterada, uma vez que o edital de extensão prevê quatro horas para cada
coordenador de projeto. Em relação à pesquisa, pode-se dizer que houve um aumento
significativo de professores que tem de uma a quatro horas para esse fim (56,20% em
2010 e 79,41% em 2011). Em 2011, pode-se perceber uma queda brusca no percentual
39
de professores que dedicavam mais de 20 horas à Pesquisa (29,93% em 2010 e 0% em
2011).
Em relação à dedicação às atividades administrativas da Universidade, tem-se que
em 2010, quase a metade dos professores (41%) não tinha horas para esse fim, índice
que foi reduzido para 30,37% em 2011. O percentual de professores que não tem horas
alocadas para atividades de extensão se estabilizou entre 2010 (63,76%) e 2011
(62,07%). Em relação à pesquisa, entre 2010 e 2011, tem-se um aumento de 12,22%
pontos percentuais (considere-se uma margem de erro de 5,2%) no número de
professores que não têm horas para esse fim.
O percentual de horas dedicadas ao Ensino em sala de aula manteve-se estável,
como pode ser percebido na tabela a seguir.
TABELA 7
Evolução das horas de dedicação do corpo docente por
dimensão da graduação
Atividades
1 a 4 5 a 12 13 a 20 Mais de 20 Total
2010 2011 2010 2011 2010 2011 2010 2011 2010 2011
Administrativas 28,03 23,31 38,64 34,58 21,21 23,31 12,12 18,8 100 100
Extensão 70,89 70,91 22,78 27,27 5,06 1,82 1,27 0,00 100 100
Pesquisa 56,2 79,41 13,14 17,65 0,73 2,94 29,93 0,00 100 100
Sala de aula 4,44 3,85 22,98 26,07 44,35 42,31 28,23 27,77 100 100
¹Desconsiderando as horas extra-classe Fonte: CPA - PUC Minas 2011
Os professores estão enquadrados funcionalmente nas seguintes categorias:
Adjunto (I, II e III), Assistente (I, II e III), Aulista e Titular. Em 2011, 27,31% dos
professores eram Adjuntos, 66,43% eram Assistentes, 1,11% Aulistas e 5,17 eram
enquadrados como Titulares.
A PUC Minas está distribuída em cinco campi em Minas Gerais (Arcos, Belo
Horizonte, Guanhães, Poços de Caldas e Serro), três unidades diferentes na região
40
metropolitana de Belo Horizonte (Barreiro, Coração Eucarístico e São Gabriel) e dois
núcleos universitários (Betim e Contagem). Os professores lecionam disciplinas em
campi ou unidades diferentes. A pesquisa levantou os campi/unidades em que os
professores concentram o seu maior número de disciplinas. Dados da PRORH
corroboram os dados da amostra (DW/DM Ensino).
Dada a proporção do campus Coração Eucarístico (que engloba quase 50% dos
alunos da Universidade), a maior parte dos professores respondeu nele concentrar suas
disciplinas (50,55%). Em seguida, tem-se o Núcleo de Betim, no qual 12,09% dos
professores respondentes afirmaram concentrar suas aulas, o campus Poços de Caldas
(10,26%) e a unidade São Gabriel (9,16%).
GRÁFICO 1 Unidades com maior concentração de horas de corpo docente
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
41
3.2.1.2. Práticas pedagógicas
Os questionários para alunos e professores foram construídos de modo que se
pudesse, a partir das mesmas questões, contrapor a visão dos principais atores do
processo de ensino-aprendizagem.
As práticas pedagógicas foram avaliadas pelos alunos que responderam aos
questionários. Considerando os resultados das avaliações anteriores e também a
morosidade das mudanças que ocorrem em instituições do tamanho da PUC Minas,
optou-se pela qualificação das respostas de não participação em atividades pedagógicas,
tendo em vista a comprovação de que a grande maioria do corpo discente não participa
de tais atividades.
GRÁFICO 2
Participação do corpo discente em atividades pedagógicas
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
Dentre as atividades de maior participação de alunos, destacam-se estágios não-
obrigatórios, eventos científicos e monitoria. A maioria dos alunos, no entanto, afirmou
não participar de tais atividades e os principais motivos seguem listados a seguir, em
ordem decrescente: indisponibilidade de tempo para tais atividades, desconhecimento,
outros motivos além dos citados, desinteresse e não contribuição para a formação.
0,00 50,00 100,00
Atividades de extensão
Estágios não-obrigatórios
Eventos científicos promovidos pela PUC Minas
Eventos científicos promovidos por outra instituição
Iniciação científica
Monitoria
Projeto de pesquisa
Participou
Não participou
Não quis responder
Não soube responder
42
TABELA 8 Motivos da não-realização das atividades pedagógicas
pelo corpo discente
Atividades Pedagógicas
Não contribuem para minha formação
Indisponibilidade de horário
Desinteresse Desconhecimento Outros motivos
Total
Atividades de Extensão
0,25 42,15 6,37 34,72 16,51 100
Estágios não-obrigatórios
0,53 44,01 7,23 17,14 31,07 100
Eventos científicos interno
0,66 30,6 6,67 45,63 16,44 100
Eventos científicos externo
0,42 28,25 9,21 47,11 15,01 100
Iniciação científica 0,42 32,17 9,46 35,21 22,73 100
Monitoria 0,57 42,89 19,81 15,4 21,33 100
Projeto de pesquisa 0,29 35,79 9,00 30,86 24,07 100
Fonte: CPA-PUC Minas 2011
Os projetos de pesquisa são oportunidades de construção própria do conhecimento
durante a realização do curso. Cerca de 15% dos alunos respondentes afirmaram que
participam de projetos. Porém, a grande maioria afirmou que não participa, pois não têm
disponibilidade de tempo (35,79%) ou falta de conhecimento (30,86%). 24,07% dos
alunos responderam que são outros os motivos para não realizarem projetos de pesquisa.
Aqueles que não souberam ou não quiseram responder somaram 3,27%.
Em relação aos estágios não-obrigatórios, o percentual de participação dos alunos
é mais expressivo, 31,07%. Os respondentes que afirmaram não participar apontaram
como principal motivo a falta de disponibilidade de tempo para tal atividade (44,01%).
Outros motivos de não-participação, não relacionados na questão, foram a opção de
31,07% dos respondentes.
Sendo assim, perguntou-se ao corpo discente sobre o Plano de Ensino, que
contém objetivos, métodos de ensino, conteúdo, avaliações e bibliografia de cada
disciplina. Grande parte dos alunos respondentes, 71,10%, afirmou que a maioria dos
professores discutiu o Plano de Ensino, considerando tal ação como uma prática
importante para o desenvolvimento das disciplinas, bem como os professores
respondentes: 80,68%. No entanto, 17,81% dos discentes responderam que, apesar de
43
considerar a discussão do Plano de Ensino importante, somente a minoria dos
professores o discute.
TABELA 9
Avaliação do corpo discente sobre a discussão do plano de ensino em sala de aula
Quesitos %
A maioria dos professores discutiu e acredito que essa é uma prática importante para o desenvolvimento das disciplinas
71,10%
A maioria dos professores discutiu, mas não acredito que isso contribua efetivamente para o desenvolvimento das disciplinas
4,31%
A minoria dos professores discutiu e acredito que essa é uma prática importante para o desenvolvimento das disciplinas
17,81%
A minoria dos professores discutiu, mas não acredito que isso contribua efetivamente para o desenvolvimento das disciplinas
2,27%
Não discutiram 2,89%
Não quiseram responder 0,50%
Não souberam responder 1,12%
Total 100
Fonte: CPA PUC Minas 2011
Dos professores respondentes, 12,50% afirmaram que não o discutem, o que é
coerente com a resposta dos alunos, considerando-se a margem de erro de (1,2% par
alunos e 5,1% para professores). Importante apontar que 6,82% dos professores
responderam que discutem o plano, mas que não acreditam que isso contribua para o
desenvolvimento da disciplina.
44
TABELA 10 Avaliação do corpo docente sobre a discussão do plano
de ensino em sala de aula
Discussão do plano de ensino %
Sim, e acredito que essa é uma prática importante para o desenvolvimento da disciplina
80,68
Sim, mas não acredito que isso contribua efetivamente para o desenvolvimento da disciplina
6,82
Não discuti 12,50
Total 100
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
A tabela a seguir apresenta aspectos relacionados às práticas de ensino,
considerando-se o conjunto de disciplinas cursadas no período.
TABELA 11 Práticas pedagógicas realizadas pelo corpo discente
por número de disciplinas
Praticas pedagógicas Todas Muitas Metade Poucas
Muito poucas
Total
% % % % % %
A discussão dos resultados de avaliação orientou uma reelaboração de práticas de ensino
10,13 19,08 29,1 22,98 18,72 100
Houve articulação entre teoria e prática 14,66 27,22 31,9 16,92 9,29 100
Houve interdisciplinaridade 17,05 22,72 27,24 17,09 15,9 100
O conteúdo foi apresentado de forma satisfatória
17,69 36,42 34,18 7,67 4,03 100
Ocorreu processo de avaliação compatível com o trabalho desenvolvido na disciplina
24,36 34,63 26,7 9,68 4,63 100
Os objetivos foram atendidos de forma satisfatória
12,75 34,58 36,02 11,64 5,01 100
Os resultados das avaliações foram discutidos (ainda que coletivamente)
16,95 23,75 27,76 18,69 12,85 100
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
45
Como se pode observar, os estudantes respondentes afirmaram, de um modo
geral, que os princípios e ações que caracterizam o processo de ensino-aprendizagem,
como a articulação entre teoria e prática e a compatibilidade das avaliações com o
trabalho desenvolvido em sala de aula, a discussão dos resultados da avaliação e a
orientação de práticas de ensino a partir dessas discussões ocorreram em grande parte
das disciplinas cursadas. Segundo os respondentes, a discussão dos resultados de
avaliação orientou uma reelaboração das práticas de ensino em todas as disciplinas
(10,13%); em muitas (19,08%); em metade (29,10%). Importante destacar que para essa
prática, mais de 40% dos alunos afirmou que isso ocorre em poucas (22,98%) ou muito
poucas disciplinas (18,72%).
No entanto, para os discentes, ocorreu processo de avaliação compatível com o
trabalho desenvolvido em grande parte das disciplinas (em todas disciplinas – 24,36%,
em muitas – 34,63% e na metade – 26,70%).
Aos professores, foi questionada a forma como contemplavam algumas práticas de
ensino em suas disciplinas. Suas respostas mostraram-se coerentes com as respostas
dos alunos, porque os maiores índices de avaliação para a realização dessas práticas
variaram eminentemente entre muito bom e excelente, como se pode verificar na tabela a
seguir:
46
TABELA 12 Avaliação pelo corpo discente quanto qualidade das práticas pedagógicas
do corpo docente
Práticas Pedagógicas Excelente Bom Regular Ruim Péssimo
Não existe
Total
% % % % % % %
Cumprimento dos objetivos programáticos da disciplina
56,87 38,93 4,2 0,00 0,00 0,00 100
Discussão dos resultados das avaliações com as turmas (ainda que coletivamente)
42,41 38,13 16,73 1,56 0,78 0,39 100
Promoção da articulação entre teoria e prática
46,72 43,24 8,11 0,77 0,00 1,16 100
Realização de avaliações compatíveis com o trabalho desenvolvido na disciplina
60,15 34,48 4,6 0,38 0,00 0,38 100
Realização de práticas interdisciplinares
19,31 34,36 29,34 11,2 2,32 3,47 100
Reelaboração de práticas de ensino a partir dos resultados das avaliações
38,85 40,38 16,54 3,46 0,00 0,77 100
Fonte: CPA-PUC Minas 2011
O Sinaes prevê que as práticas pedagógicas sejam avaliadas “considerando a
relação entre a transmissão de informações e utilização de processos participativos de
construção do conhecimento”. Isso implica em avaliar quais práticas pedagógicas são
adotadas e em que elas contribuem para a formação do docente.
Os professores avaliaram também a contribuição de suas práticas pedagógicas
para a formação de competências. As competências aqui avaliadas são propostas como
competências básicas para todos os cursos de ensino superior, divulgadas pelas portarias
que regulamentam as habilidades, competências e conteúdos a serem analisados pelo
Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes da Educação Superior (Enade). São
elas: análise crítica da realidade; argumentação coerente; atuação ética, com
responsabilidade social, para a construção de uma sociedade includente e solidária;
capacidade de integrar vários conhecimentos na leitura de um problema; leitura e
interpretação de textos; raciocínio lógico; tomada de iniciativa e aplicação de
conhecimento em novas situações. A maioria dos professores (média de 87,51%) apontou
que a contribuição de suas práticas para o desenvolvimento dessas competências é de
muito boa a excelente.
47
TABELA 13 Contribuição das práticas pedagógicas realizadas para desenvolvimento
de competências do corpo docente
Competências Excelente Bom Regular Ruim Péssimo Total
% % % % % %
Análise crítica da realidade 50,96 37,93 10,73 0,38 0,00 100
Argumentação coerente 42,31 48,85 8,08 0,77 0,00 100
Atuação ética, com responsabilidade social
64,89 26,72 7,63 0,76 0,00 100
Capacidade de integrar vários conhecimentos
34,62 48,85 15,38 1,15 0,00 100
Leitura e interpretação de textos 37,79 45,8 14,5 1,15 0,76 100
Raciocínio lógico 48,67 44,11 7,22 0,00 0,00 100
Tomada de iniciativa e aplicação de conhecimento em novas situações
35,38 45,77 17,69 0,77 0,38 100
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
Vários recursos pedagógicos podem ser utilizados pelos professores em suas
disciplinas a fim de contribuírem para o uso de novas tecnologias no ensino, a
interdisciplinaridade e as inovações didático-pedagógicas. Alguns deles foram listados e
aos professores foi solicitado que os qualificassem. Suas respostas demonstraram que a
maioria considera que as práticas investigativas são de muito boas a excelentes
(71,32%), assim como a integração entre as disciplinas (58,56%).
As visitas técnicas não são utilizadas por 33% dos professores. Os que a utilizam a
avaliam distributivamente entre todas as categorias de análise. Em relação à Extensão,
quase 25% dos professores afirmaram que a prática extensionistas realizada é ruim ou
péssima.
48
TABELA 14 Recursos pedagógicos utilizados pelo corpo docente
Recursos pedagógicos
Excelente Bom Regular Ruim Péssimo Não
existe Total
% % % % % % %
Integração com outras disciplinas
21,67 36,88 27,38 6,08 3,80 4,18 100
Práticas extensionistas 9,65 18,15 25,48 16,22 8,11 22,39 100
Práticas investigativas 30,62 40,70 18,99 3,49 0,78 5,43 100
Visitas técnicas 12,45 12,84 16,73 12,84 12,06 33,07 100
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
Professores e alunos concordam quanto ao atendimento extraclasse. A maioria dos
discentes afirmou que o atendimento ocorreu pessoalmente.
TABELA 15 Avaliação pelo corpo discente quanto ao atendimento
extraclasse dos professores
Atendimento Total
n
Sim, antes ou depois das aulas 3493
Sim, por e-mail ou telefone 1567
Não quero responder 215
Não sei, porque não os procuro 856
Não, não há atendimento 775
Total 6906*
Fonte: CPA - PUC Minas 2011 *questão comportava duas ou mais respostas
Os índices de resposta dos docentes confirmam essa afirmativa: 48,67% dos
professores atendem os alunos pessoalmente, antes ou depois das aulas e 31,94% por e-
mail e/ou telefone.
49
TABELA 16
Avaliação do corpo docente quanto ao atendimento extraclasse ao aluno
Atendimento Total Geral
%
Sim, antes ou depois das aulas 48,67
Sim, no horário de dedicação administrativa 17,49
Sim, por telefone ou e-mail 31,94
Não, pois não tenho horas disponíveis 1,14
Não, pois os alunos não procuram 0,76
Total 100,00
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
3.2.1.3. Condições de Ensino-Aprendizagem
O Projeto Pedagógico do Curso é o principal instrumento de referência para
professores e alunos. O conhecimento sobre o PPC proporciona a visão global do curso,
as oportunidades para pesquisa, atuação profissional, dentre outros. Tendo essa
perspectiva em vista, foi perguntado aos alunos se eles haviam participado de discussões
sobre os PPC. As respostas demonstram a não participação dos alunos na discussão dos
projetos (87,23% não participaram); A minoria (3,12%) disse que participou diretamente
de discussões sobre o projeto e 5,98% disseram que participaram indiretamente.
50
TABELA 17 Participação do corpo discente em discussão
sobre o Projeto Pedagógico
Participação Total Geral
%
Sim, diretamente 3,12
Sim, indiretamente 5,98
Não 87,23
Não quero responder 3,67
Total 100,00
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
Os professores destacaram, por outro lado, que participaram das discussões do
projeto pedagógico, seja em todos os cursos em que lecionam (31,06%), em seu curso de
origem (37,88%) ou na maioria dos cursos em que leciona (16,29%). É importante
ressaltar que apenas 3,03 % disseram não haver discussão do projeto nos cursos em que
leciona. Os que afirmaram não ter participado da discussão justificaram que não tiveram
conhecimento (77,42%), não consideram importante para a atividade docente (19,35%)
ou não têm interesse (3,23%).
Tabela 18 Participação do corpo docente em discussão
sobre o Projeto Pedagógico
Participação nas discussões - PPC Total
%
Sim, participei em todos os cursos em que leciono 31,06
Sim, participei na maioria dos cursos em que leciono 16,29
Sim, participei apenas no meu curso de origem, ou naquele (s) em que estão concentradas a maior parte das minhas aulas
37,88
Não houve discussão 3,03
Não participei por falta de tempo ou por não considerar importante para o desempenho de minha atividade docente
2,27
Não participei porque não tenho interesse 0,38
Não participei porque não tive conhecimento 9,09
Total 100
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
51
Também foi perguntado aos docentes sobre o conhecimento de quesitos do Projeto
Pedagógico de Curso. Em relação às Atividades Complementares de Graduação (ACG) a
maioria (62,25%) afirmou que conhece muito bem e bem. Outros 23,74% responderam
que conhecem regularmente as ACG. Os que conhecem pouco representam 9,34% dos
respondentes e 4,67% afirmaram que não conhecem esse quesito. Grande parte dos
docentes afirmaram que conhecem muito bem e bem os quesitos relacionados, a saber:
Atividade de Pesquisa (62,84%), Atividade de Extensão (58,21%), Inserção da disciplina
lecionada no projeto (90,76%), Perfil do egresso (66,67%) e Processos de Avaliação
(87,26%). No Gráfico a seguir é possível conferir os resultados.
GRÁFICO 3 Conhecimento do corpo docente quantos aos quesitos do PPC
Fonte: CPA PUC Minas 2011
As atividades culturais, sociais e religiosas são complementares à formação
acadêmica dos alunos e são fundamentais para a concretização da missão da PUC
Minas. Logo, foi perguntado aos alunos se eles participaram de atividades culturais e da
Pastoral e, em caso de negativa, o motivo de não participarem.
0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00 80,00
Atividade Complementares de Graduação (ACG)
Atividade de pesquisa
Atividades de extensão
Inserção da disciplina que leciono no projeto
Perfil do Egresso
Processos de Avaliação
Não conhece Pouco Regularmente Bem Muito bem
52
Os alunos que responderam ao questionário, em sua maioria, afirmaram que não
participaram de atividades culturais promovidas pela Instituição, como pode ser
observado na tabela 19.
TABELA 19
Participação do corpo discente em atividades culturais
Atividades Participei
Não Participei
Não quero responder
Não sei responder
Total Geral
% % % % %
Artes audiovisuais 3,85 92,48 1,54 2,13 100
Artes cênicas 3,57 92,74 1,66 2,03 100
Atividades de lazer 11,31 85,46 1,53 1,70 100
Atividades esportivas 9,97 86,96 1,46 1,61 100
Atividades musicais 6,62 90,05 1,58 1,75 100
Cultura popular 6,8 89,55 1,65 2,00 100
Exposições/mostras 29,43 67,4 1,5 1,67 100
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
Quando indagado quanto aos motivos da não participação das atividades culturais
a maioria alegou desconhecimento em todas as atividades, conforme se observa na
tabela 20.
53
TABELA 20 Motivos da não-participação do corpo discente
em atividades culturais
Atividades
Não contribuem para minha formação
Indisponibilidade de horário
Desinteresse Desconhecimento Outros motivos
Total
Artes Audiovisuais 0,83 21,74 20,11 44,09 13,23 100
Artes cênicas 1,08 22,22 23,39 39,83 13,48 100
Atividades de lazer 0,71 26,72 13,44 45,87 13,26 100
Atividades esportivas
0,88 27,23 17,67 40,55 13,67 100
Atividades musicais 1,03 25,35 19,11 41,28 13,23 100
Cultura popular 0,84 23,72 17,62 43,94 13,88 100
Exposições/mostras 0,82 27,32 13,96 43,87 14,03 100
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
3.2.2. Pós-Graduação e Pesquisa
3.2.2.1. Pós-graduação lato sensu
A consolidação do ensino de graduação impulsionou a criação dos cursos de pós-
graduação lato sensu na PUC Minas. O crescimento da demanda por educação
continuada possibilitou a expansão da oferta de cursos em diferentes modalidades,
ampliando a atuação da Universidade no aperfeiçoamento profissional e intelectual de
egressos do ensino superior. Esses cursos aglutinaram-se em três grandes formatos: o
Programa de Especialização de Professores de Ensino Superior (Prepes), os cursos de
especialização do Instituto de Educação Continuada (IEC) e os cursos de pós-graduação
a distância da PUC Minas Virtual. Registra-se, ainda, os cursos ofertados pelo Instituto de
Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS), e pelo campus de Poços de Caldas, conduzidos
pelos respectivos institutos e unidade.
O ensino de pós-graduação lato sensu teve início na PUC Minas em 1974, com o
Prepes. Estruturado em módulos e fazendo coincidir os períodos de aula com os de férias
coletivas da categoria docente, criou possibilidades efetivas de participação de um maior
número de professores e alunos e de constituição de um corpo docente altamente
54
qualificado, recrutado em universidades de todo o País, o que seria inviável nas
condições normais do calendário escolar brasileiro.
Nos anos de 1990, o contexto da crescente internacionalização da economia
impulsionou ainda mais essa demanda. A exemplo de experiências internacionais bem-
sucedidas, a PUC Minas, orientada por sua missão corporativa, criou, em 1995, o Instituto
de Educação Continuada (IEC), com o objetivo de oferecer possibilidades de atualização
aos profissionais das mais variadas áreas do conhecimento, promover a reinserção e a
adaptação daqueles afastados da sua área de atuação profissional, bem como possibilitar
a aquisição de novas habilidades.
A partir de 1999, a PUC Minas ampliou ainda mais a sua atuação, passando a
oferecer novas perspectivas de formação continuada por meio da PUC Minas Virtual. O
objetivo era o de estender a educação continuada para além das limitações do espaço
geográfico.
Em 2008, em face da reestruturação da Universidade e a busca de otimização de
processos e de recursos, a PUC Minas agregou os cursos de pós-graduação lato sensu
em um único órgão, a Diretoria de Educação Continuada. A nova estrutura faz parte da
Resolução n.º 06/2008, aprovada pelo Conselho Universitário (Consuni) da PUC Minas
em setembro de 2008. Com a nova determinação, o Instituto de Educação Continuada -
IEC, o PREPES e todos os cursos de pós-graduação lato sensu da Universidade
passaram a fazer parte dessa nova Diretoria.
Visando ampliar o acesso a profissionais e atingir um público cada vez mais amplo
e diversificado, a PUC Minas vem firmando vários tipos de acordos, parcerias, convênios
e permutas com as iniciativas pública e privada.
Os princípios dos cursos de pós-graduação da PUC Minas estão explícitos no
Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI).
O caráter de instituição privada, comunitária, confessional e filantrópica da PUC Minas deve orientar o estabelecimento de critérios para a proposição de novos programas de pós-graduação stricto e lato sensu. Esses critérios podem ser sintetizados: a) em sua identificação com os valores humanistas, traduzidos em destacadas iniciativas sociais; b) na contribuição ao desenvolvimento autossustentável da sociedade; c) na consideração de seus recursos humanos e financeiros; d) em sua tradição nos diversos campos do conhecimento e da formação profissional; e) nas demandas socioculturais e do mundo do trabalho (PDI, 2007.p. 120).
55
Os cursos de especialização obedecem às exigências da Resolução nº. 1, de 3 de
abril de 2001, da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação
(BRASIL, 2001)4. As propostas de curso de especialização podem ser feitas pelo corpo
docente e se submetem às orientações e às normas definidas pela Universidade.
A pós-graduação lato sensu – especialização - tem por finalidade o
aprofundamento da formação da graduação em uma área determinada ou o estudo de
temas mais gerais que proporcionam formação acadêmica e profissional diferenciada.
Possui carga horária mínima de 360 horas, excluindo o estudo individual ou em grupo
sem assistência docente e o tempo destinado à elaboração de monografia ou trabalho de
conclusão de curso.
A tabela 21 mostra os cursos realizados na PUC Minas e o número de alunos
matriculados em várias modalidades de curso nos anos 2009, 2010 e 2011.
Tabela 21 Evolução dos cursos realizados e do corpo
discente matriculado
Cursos 2009 2010 2011
Cursos Alunos Cursos Alunos Cursos Alunos
cursos presenciais contínuos 165 5.573 154 8.072 177 8.041
cursos presenciais de forma modular
26 1.061 22 1.095 20 601
cursos a distância 25 1.349 27 1.631 36 1.439
Total 216 7.983 203 10.798 233 10.081
Fonte: Diretoria de Educação Continuada; Diretoria de Ensino a Distância; SAL - Sistema Acadêmico Lato Sensu 2010
Pode-se observar pela tabela 21 que, no triênio, houve um decréscimo do total de
cursos de especialização de 216 em 2009, para 203 em 2010 e um pequeno acréscimo
de 233 em 2011. Todavia, houve um aumento no número de alunos de 7.983 (2009) para
10.798 (2010), passando em 2011 a um contingente de 10.081 discentes. Tem-se que
nos cursos de curta duração, houve um aumento acentuado do número de alunos,
passando de 8.128 no ano 2009 para 15.173 em 2010, seguida de redução para 5.372
4 BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Câmara de Educação Superior. RESOLUÇÃO CNE/CES Nº 1, de 3 de abril de 2001. Estabelece normas para o funcionamento de cursos de pós-graduação. Diário Oficial da União, Brasília, 9 abril 2001. Seção 1, p. 12.
56
alunos no ano 2011. Esse decréscimo de alunos é justificado pela Diretoria de Educação
Continuada pelo fim do convênio com a Secretaria de Educação do Estado.
O gráfico 4 mostra o número de alunos matriculados em 2011 em cursos de
especialização presenciais, por área de conhecimento.
GRÁFICO 4 Corpo discente matriculado nos cursos de especialização
presenciais por área de conhecimento PUC Minas
Fonte: Diretoria de Educação Continuada; Diretoria de Ensino a Distância; SAL - Sistema Acadêmico Lato Sensu. 2011
Os cursos de especialização são ofertados em áreas diversas e variados locais e
possuem formato semanal, quinzenal ou mensal. A tabela 22 apresentada a seguir mostra
o quantitativo de alunos dos cursos de especialização da PUC Minas em 2011, no formato
modular (Prepes) cujas aulas acontecem nos meses de janeiro e julho.
57
TABELA 22 Corpo discente matriculado nos cursos
de especialização forma modular (Prepes)
CURSO Janeiro Junho
TOTAL TOTAL
Enfermagem em Urgência, Emergência e Trauma 38 23
Microbiologia 43 52
Administração Pública e Gestão Urbana 33 13
Gestão de Pessoas 32 44
Gestão Empreendedora de Empresas 14 -
Pedagogia Empresarial 10 9
Estudos Ambientais Para o Meio Biótico: ênfase em mineração 16 -
Arte-educação - 12
Coordenação/Supervisão Pedagógica 13 10
Docência e Gestão do Ensino Superior: novas linguagens e novas abordagens
51 52
Educação Matemática 13 26
Filosofia e Desafios da Modernidade 15 13
História do Brasil: Diversidade Cultural - 23
História e Cultura Afro-brasileira 19 -
Língua Inglesa 10 23
Língua Portuguesa 29 27
Psicologia da Educação 64 55
Revisão de Textos 34 -
Direito Canônico 12 -
Direito Processual 19 17
434 382
Fonte: Diretoria de Educação Continuada; Diretoria de Ensino a Distância; SAL - Sistema Acadêmico Lato Sensu.
Os cursos de especialização que funcionam em formato modular – meses de
janeiro e julho – são oferecidos por quatro Institutos - Ciências Biológicas e da Saúde;
Ciências Econômicas e Gerenciais; Ciências Exatas e Informática; Ciências Humanas - e
58
pela Faculdade Mineira de Direito resultando em um total de 20 cursos e 382 alunos, em
junho, conforme tabela.
O gráfico 5 mostra o número de alunos matriculados em cursos de curta duração
distribuídos por Institutos da PUC Minas, no ano de 2011.
GRÁFICO 5 Corpo discente matriculado nos cursos
de curta duração, PUC Minas
Fonte: Diretoria de Educação Continuada; SAL - Sistema Acadêmico Lato Sensu. Dados extraídos em 09/12/2011.
Pode-se verificar que o Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde; o Instituto de
Ciências Sociais e o Instituto Politécnico oferecem cursos de curta duração, contando, no
total, com nove cursos e 281 alunos matriculados.
A Universidade oferece também Cursos de Pós-Graduação lato sensu na
modalidade a distância pela PUC Minas Virtual5, Esses cursos são oferecidos de forma
diversificada, dirigidos para públicos interno e externo à Universidade, ou para grupos
menores e setorizados, que queiram promovê-las em parceria com a PUC Minas.
A infraestrutura utilizada para as aulas conta, além dos diversos campi da
Universidade em Minas Gerais, com mais alguns pontos de atendimento em locais que
5 PUC Minas - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. PUC Informa online. Belo Horizonte: Assessoria de Imprensa da PUC Minas. 13 fev 2012 a 26 fev 2012. Disponível em: http://www.PUCminas.br/PUCinforma/PUCinforma_materias.php?codigo=429 Acesso em: 14 fev. 2012
59
favorecem o ambiente da demanda, por meio de instituições conveniadas. Os cursos de
pós-graduação a distância utilizam o Ambiente Virtual de Aprendizagem e atendimento
em polos conveniados.
A Diretoria de Ensino a Distância da PUC Minas foi criada pela Portaria da Reitoria
nº 035/99, de 20 de agosto de 1999. Em 04 de agosto de 2000, a Portaria foi submetida
ao Conselho Universitário, que a aprovou através da Resolução nº 06/2000.
Estruturalmente, a Diretoria se acha ligada diretamente ao Reitor, o que lhe confere maior
flexibilidade e dinamismo.
A missão conferida pela Universidade à Diretoria de Ensino a Distância, mais
conhecida pelo nome de PUC Minas Virtual, foi a de ser um setor de suporte, pedagógico
e tecnológico aos projetos de educação a distância. Com essa finalidade, a partir de
setembro de 1999, iniciou-se a constituição de uma equipe interdisciplinar. Fundamenta
sua ação em uma metodologia que alia as inovações tecnológicas na área da
comunicação e informação a uma orientação pedagógica e didática adaptada a essas
novas ferramentas de difusão do conhecimento.
A PUC Minas Virtual oferece várias perspectivas de formação para profissionais
que pretendem especializar-se em suas áreas de competência ou interesse, por meio de
vários cursos de especialização em diversas áreas do conhecimento. Na modalidade de
ensino a distância os alunos, afastados de grandes centros urbanos ou com tempo
escasso para frequentar uma sala de aula tradicional, têm a possibilidade de aliar
atividade profissional e estudos. Os cursos de especialização são ministrados em 18
meses.
São oferecidos também cursos de atualização a profissionais que pretendem
complementar, ampliar e atualizar seus conhecimentos teórico-práticos em áreas
específicas, permitindo ao aluno a continuidade e o aprofundamento dos estudos. Nessa
modalidade são ofertados módulos de curta duração, dois meses, com certificação
específica de cada área. Tais módulos podem também ser cursados por alunos da
graduação e têm validade como Atividade Complementar de Graduação (ACG). Nos
cursos a distância, o aluno estuda sem sair de casa e conta com acompanhamento de
professores, de tutores e com o suporte das equipes acadêmica e tecnológica da PUC
Minas Virtual. As aulas são ministradas no Ambiente Virtual de Aprendizagem, e o curso é
totalmente a distância, com avaliações presenciais conforme exigência do MEC.
60
Atualmente, os encontros presenciais dos cursos de especialização são realizados
nas cidades de Belo Horizonte, Juiz de Fora, Poços de Caldas, Teófilo Otoni, Belém,
Brasília, Curitiba, Fortaleza e São Paulo, onde a PUC Minas está presente ou possui
parcerias com outras instituições.
Convicta de que esse é um processo importante e irreversível de flexibilização e
democratização do ensino, a PUC Minas está investindo largamente recursos próprios
para que o ensino a distância por ela praticado tenha a marca de qualidade que
caracteriza todas as suas atividades.
3.2.2.2. Pós-Graduação Stricto Sensu
O processo de autoavaliação da pós-graduação stricto sensu deve se constituir em
importante instrumento institucional que se desenvolve sob a perspectiva crítica-
democrática, possibilitando um relatório que é a síntese da criação e recriação coletiva
dos Programas de Pós-graduação stricto sensu da PUC Minas. Estes tiveram início em
1988, com a criação do Mestrado em Letras, e no decorrer de 23 anos houve significativo
aumento com criação e ampliação de programas e modalidades – mestrado (acadêmico e
profissional) e doutorado. Segundo o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI),
A pós-graduação stricto sensu contribui para o avanço e a qualidade do ensino superior pela contínua atualização de conhecimentos propiciada pela pesquisa, garantida pela utilização de uma metodologia científica em ação e pela circulação de múltiplos pontos de vista. Por consequência, possui como conceito regulador o princípio da inovação, por meio da produção e da renovação de conhecimentos expressa na pesquisa. Na pós-graduação, o componente da investigação é dominante. Em razão disso, não pode se ver privada de portais científicos, laboratórios, bibliotecas atualizadas. Uma de suas funções é exatamente a de propiciar o avanço do ensino por meio dos conhecimentos novos trazidos pela pesquisa (PUC Minas, 2007, p. 119).
No que se refere ao desenvolvimento da pesquisa e pós-graduação stricto e lato
sensu, o PDI (2007) atribui à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação as funções de
planejamento, coordenação e acompanhamento das ações de pós-graduação, de acordo
com os padrões de excelência estabelecidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior (Capes), concomitantes ao desenvolvimento da pesquisa. Tais
ações têm o propósito de cumprir o papel que cabe à PUC Minas de realizar pesquisa
acadêmica e produção científica, por força do princípio de integração entre o ensino, a
pesquisa e a extensão.
61
O desenvolvimento da pós-graduação stricto sensu na PUC Minas tem como
princípios orientadores:
mérito na igualdade;
busca da excelência e da qualidade;
abertura para o cosmopolitismo universitário e para o trabalho interdisciplinar;
rigor na pluralidade do método;
ética na pesquisa;
produção e publicação acadêmicas;
integração cooperativa.
Assim, nos últimos anos, houve uma significativa expansão dos programas de pós-
graduação da PUC Minas, respeitando os princípios da unidade e funcionalidade prevista
no PDI, que se traduzem em:
integração acadêmica e administrativa dos seus campi, unidades acadêmicas e núcleos universitários com a unidade Coração Eucarístico (sede);
busca de uma unidade organicamente articulada, que conduza à plena utilização de recursos humanos e materiais;
observância dos mesmos padrões de qualidade existentes na sede; responsabilidade social, através da adaptação de seus cursos às especificidades regionais (PDI, 2007, p. 66).
Segundo a Pró-reitoria de Pesquisa e de Pós-graduação (2011) a PUC Minas, em
2011, ofereceu 27 cursos de pós-graduação stricto sensu, sendo 18 mestrados e 8
doutorados e para o processo seletivo de 2012, foram ofertados 29 cursos, tendo sido
recomendados pela Capes, no corrente ano, os doutorados em Educação e Relações
Internacionais e o doutorado interinstitucional em Geografia, convênio com a Universidade
de Montes Claros.
62
QUADRO 1 Informações gerais dos Programas de Pós-graduação Stricto Sensu
PROGRAMAS FORMAÇÃO CONCEITO (1)
Odontologia mestrado acadêmico 4
Odontologia mestrado profissional 4
Zoologia dos Vertebrados mestrado acadêmico 4
Administração mestrado acadêmico 4
Administração mestrado profissional 5
Administração doutorado 4
Informática mestrado acadêmico 3
Educação mestrado acadêmico 4
Educação - novo doutorado 4
Ensino mestrado profissional 3
Letras mestrado acadêmico 5
Letras doutorado 5
Letras - interinstitucional doutorado 5
Geografia: tratamento da informação espacial mestrado acadêmico 5
Geografia: tratamento da informação espacial doutorado 5
Geografia: tratamento da informação espacial - interinstitucional - novo
doutorado 5
Ciências Sociais mestrado acadêmico 4
Ciências Sociais doutorado 4
Relações Internacionais: política internacional mestrado acadêmico 4
Relações Internacionais: política internacional - novo doutorado 4
Ciências da Religião mestrado acadêmico 3
Engenharia Elétrica mestrado acadêmico 4
Engenharia Mecânica mestrado acadêmico 4
Engenharia Mecânica doutorado 4
Comunicação Social: interações mediáticas mestrado acadêmico 4
Psicologia mestrado acadêmico 4
Psicologia doutorado 4
Direito mestrado acadêmico 5
Direito - interinstitucional mestrado acadêmico 5
Direito doutorado 5
Fonte: Pró-reitoria de Pesquisa e de Pós-graduação (2011)
(1) Conceito obtido pela Capes no Triênio 2007 - 2009.
63
A conceituação dos programas de pós-graduação stricto sensu obedece aos
critérios exigidos pela Capes. No quadro 1 é apresentado o resultado da avaliação
dos programas de pós-graduação stricto sensu da PUC Minas, realizado pela Capes
no triênio 2007-2009. Levando-se em conta o caráter recente da pós-graduação na
Universidade, os resultados da avaliação dos cursos pela Capes foram muito
positivos.
O crescimento dos programas de pós-graduação stricto sensu, de acordo com
o explicitado no PDI, decorreu de uma estratégia de investimento da Universidade
na pós-graduação, por entender que ela atende a diferentes propósitos: primeiro,
porque a experiência do país mostra que é na pós-graduação que se desenvolve o
ambiente mais propício à pesquisa; segundo, porque além de capacitar docentes e
profissionais, sua função primeira, ela fixa os professores doutores, nos quais a PUC
Minas ou as agências de fomento investiram, e qualifica o corpo docente da
Universidade. Tal fato reflete-se no número de professores doutores na PUC Minas,
conforme os dados a seguir.
GRÁFICO 6 Titulação dos professores da PUC Minas
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
Vale ressaltar que os cursos de mestrado e doutorado da Universidade são
recentes e os resultados obtidos nas avaliações da Capes indicam para a
consolidação da pós-graduação stricto sensu na PUC Minas. O resultado da
64
avaliação dos programas implica significativa melhoria na qualidade de ensinos da
instituição. O crescimento do stricto sensu pode ser traduzido pelos indicadores
gerais dos programas apresentados na tabela 5 e pelo número de professores com
título de doutor (Gráfico 6) bem como pelo número de alunos matriculados (Gráfico
7) de dissertações e teses defendidas nos últimos anos. O gráfico 7 mostra o
número de alunos veteranos, calouros e matriculados em disciplinas isoladas no
período de 2009 a 2011.
GRÁFICO 7
Corpo discente matriculado
Fonte: Pró-reitoria de Pesquisa e de Pós-graduação; SGP - Sistema de Gestão de Pós-graduação Stricto Sensu. Dados extraídos em dez./2011. Disciplina isolada - número de matrículas realizadas em disciplinas isoladas.
Os programas apresentam várias linhas de pesquisa e, em 2011, o corpo
discente matriculado na Universidade registrou a marca de 1.399 alunos regulares,
sendo 951 em cursos de mestrado e 448 alunos em cursos de doutorados,
somando-se ainda 564 matrículas realizadas por meio de disciplinas isoladas.
Como forma de auxiliar os alunos na realização dos cursos de mestrado e
doutorado a PUC Minas, além das bolsas de estudo concedidas pela Instituição, são
65
oferecidas outras provenientes de entidades de fomento, tais como Capes-
PROSUP, Fapemig/PAPG ou CNPq, conforme mostrado no gráfico 8 a seguir:
GRÁFICO 8 6 Bolsas da pós-graduação, por órgãos de fomento
Fonte: Secretarias dos Programas de Pós-graduação. 2011
O número de bolsas concedidas ainda é insuficiente para atender à demanda
dos programas, conforme reconhecido no PDI. Ainda assim, há que se ressaltar
conforme mostrado na tabela 9 que, no ano de 2011, houve aumento do número de
bolsas relativo ao ano de 2009. Neste ano, 309 alunos contavam com bolsas no
total, em 2010 houve um acréscimo, totalizando 336 bolsas e em 2011 houve uma
elevação desse número para 495.
6 CAPES: bolsas diversas, exceto PROSUP; CAPES / PROSUP - Programa de Suporte à Pós-graduação de Instituições de Ensino Particular: (A) Modalidade I - concessão, pela Capes, de bolsa e da taxa escolar (mensalidade). (B) Modalidade II - concessão, pela Capes, da taxa escolar (mensalidade); FIP - Fundo de Incentivo a Pesquisa; FAPEMIG / PAPG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais / Programa de Apoio a Pós-graduação; OUTRA - bolsas do Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar de Minas Gerais, bolsas de alunos do Convênio com o Ministério do Petróleo de Angola.
66
GRÁFICO 9 Total de bolsas da pós-graduação
Fonte: Secretarias dos Programas de Pós-graduação.
Quanto ao desenvolvimento dos cursos, o número de teses e dissertações
defendidas é um bom indicador da produção científica e do desenvolvimento dos
cursos e programas da pós-graduação stricto sensu. O gráfico 10 mostra o número
teses e de dissertações defendidas nos diferentes Programas nos anos de 2009,
2010 e 2011 nos cursos de pós-graduação stricto sensu da PUC Minas:
GRÁFICO 10 Número de teses e dissertações defendidas nos diferentes
Programas nos cursos de pós-graduação stricto sensu da PUC Minas
Fonte: Secretarias dos Programas de Pós-graduação 2011
67
Percebe-se o aumento gradativo do número de teses e dissertações
defendidas nos diferentes Programas nos anos de 2009, 2010 e 2011 nos cursos de
pós-graduação stricto sensu da Instituição. Pode-se observar, pelo gráfico 10, que
embora haja uma grande variação do número de dissertações e teses defendidas
nos vários programas, no período compreendido entre os anos 2009 e 2011 o
número total aumentou. De um total de 335 em 2009 passou para 367 no ano de
2010 e 379 em 2011. Há que se relativizar esse número, pois se sabe que o número
de defesas está diretamente ligado ao número de alunos ingressantes no período de
três ou quatro anos antecedentes. Assim, o número de defesas tende a continuar
aumentando nos próximos anos em função do aumento do número de alunos
ingressantes nos programas.
Os gráficos 11, 12, 13 apresentam a produção intelectual do corpo docente
dos programas de pós-graduação:
GRÁFICO 11 Produções bibliográficas
Fonte: Secretarias dos Programas de Pós-graduação Stricto Sensu. Dados extraídos em dez./2011.
Como se pode observar no gráfico 11, houve decréscimo na apresentação de
artigos em periódicos, trabalhos completos em anais e eventos e também na
publicação de livros e capítulos de livros.
68
GRÁFICO 12 Produções técnicas
Fonte: Secretarias dos Programas de Pós-graduação Stricto Sensu. Dados extraídos em dez./2011.
O gráfico 12 mostra a crescente queda nos projetos de pesquisa e na
elaboração de produções técnicas que, de 2009 a 2011, diminuíram em mais da
metade. Houve, por outro lado, um pequeno aumento nas orientações concluídas.
GRÁFICO 13 Produções artísticas e culturais
Fonte: Secretarias dos Programas de Pós-graduação Stricto Sensu. Dados extraídos em dez./2011.
Apesar do crescimento da PUC Minas, conjugado com o incremento na última
década do número e da qualidade de programas de pós-graduação, pode-se
69
perceber um decréscimo na produção intelectual do corpo docente dos Programas
de Pós-graduação no período entre 2009 e 2011.
Percebe-se decréscimo na produção intelectual do corpo docente no último
triênio no total geral, no que se refere a publicação em artigos periódicos; trabalhos
completos em anais de evento; livros e capítulos de livros; produções técnicas.
Percebe-se um pequeno aumento do número de projetos de pesquisa de docentes
do ano de 2009 para o ano 2010, seguida de queda em 2011. Há um aumento na
produção intelectual dos docentes no se refere a orientações concluídas; e
produções artísticas e culturais. Vale lembrar que a produção intelectual não é um
retrato instantâneo uma vez que a produção depois de terminada leva um tempo
para ser publicada nos meios de divulgação.
3.2.3. Pesquisa
A Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais possui um conjunto de
objetivos, metas e ações dedicados ao ensino, pesquisa e extensão em variadas
áreas do conhecimento, de modo sistemático e crítico e com vistas ao proposto na
missão da Instituição:
A Universidade tem como missão promover o desenvolvimento humano e social de alunos, professores, funcionários e comunidade, contribuindo para a formação ética e solidária de profissionais competentes, humana e cientificamente, mediante a produção e disseminação do conhecimento, da arte e da cultura, a integração entre a Universidade e a sociedade, a interdisciplinaridade e a articulação do ensino, pesquisa e extensão (PDI, 2007, p. 18).
Desse modo, fiel a sua missão, a PUC Minas tem como proposta a busca de
conhecimento alicerçado no exercício da autonomia da ciência e liberdade do
pensamento acadêmico, na procura pela transformação ética da sociedade, no
acompanhamento ativo e crítico das mudanças do país, da região e das
comunidades nas quais se encontra inserida, bem como tem por meta a
investigação sistemática e criteriosa das questões atinentes à sociedade e à
população com vistas à qualidade do ensino e de vida das pessoas.
O comprometimento da PUC Minas com sua identidade, missão e valores
bem como com o ensino, a formação de pesquisadores e profissionais e
70
atendimento à população é também traduzido no PDI (2007, p. 28) nos seguintes
termos:
Para a PUC Minas, portanto, o objetivo da pesquisa desenha-se como a busca de atualização e produção de conhecimento, além da formação humana de alto nível. Nesse sentido, a investigação científica transforma-se em importante expressão da identidade da Universidade, quando os esforços e os estímulos propiciam o desenvolvimento do processo de conhecimento da realidade social, abrindo caminho para necessárias intervenções ou aumentando o acervo de ideias, ideais, noções, conceitos, varreduras e generalizações que tornam possíveis outras descobertas e tecnologias e, em sentido mais lato, a promoção do engrandecimento do ser humano, traduzido em seus saberes e nas ações deles decorrentes (Plano de Desenvolvimento Institucional. 2007-2011).
Esse comprometimento da Instituição com a pesquisa traduz-se em
programas de incentivo à pesquisa, tais como o Fundo de Incentivo à Pesquisa
(FIP), o Programa de Bolsas de Iniciação Científica (PROBIC), além do Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), importantes modalidades de
fomento institucional à pesquisa, que se constituem igualmente em instrumento de
integração da pós-graduação stricto sensu e a graduação. A PUC Minas conta ainda
com a pesquisa realizada com recursos captados nas agências de fomento
externas. A Universidade conta com variados grupos de pesquisa, envolvendo
inúmeros pesquisadores, discentes, docentes, profissionais. Esses dados
evidenciam que a instituição realiza investigação científica.
A Universidade entende a pesquisa como um “conjunto de atividades
formalizadas de investigação científica em qualquer área do conhecimento,
mediante projeto articulado e metodologias especificamente adequadas ao perfil
singular de cada área” (PDI, 2007, p. 28)
Com vistas aos propósitos da Universidade no desenvolvimento de
investigação científica fica patente a necessidade de um corpo docente qualificado.
No gráfico 14, são apresentados os docentes da PUC Minas em processo de
titulação por instituição de ensino em 2011.
71
GRÁFICO 14 Corpo docente em processo de
titulação por instituição de ensino superior
Fonte: Plataforma PUC de Currículos. Dados extraídos em 02/12/2011. IES - Instituição de Ensino Superior. 2011
Observa-se, no gráfico 14, que a PUC Minas, em 2011 contava um total de
238 docentes em processo de titulação, sendo 69 na própria Instituição e 169 em
outra Instituição. Percebe-se também que há um maior número de professores em
doutorado (186) em relação ao mestrado, que contava em 2011 com 52 docentes
em titulação.
Na busca de incentivar a titulação dos professores, a PUC Minas possui um
Programa Permanente de Capacitação Docente (PPCD). Esse Programa, criado há
mais de 20 anos, dá-se por intermédio do pagamento de horas-aula e liberação de
carga horária para os docentes que estiverem regularmente matriculados em
Programas de Pós-graduação stricto sensu recomendados pela Capes quando no
país, ou em instituições de renomada excelência acadêmica, quando no exterior.
Atualmente, o auxílio apoia também o estágio pós-doutoral. O gráfico 15 mostra o
corpo docente em processo de titulação nos três últimos anos com e sem utilização
do PPCD.
72
GRÁFICO 15 Corpo docente em processo de titulação, com PPCD
Fonte: Pró-reitoria de Pesquisa e de Pós-graduação. 2011
Pode-se observar no gráfico 15, um decréscimo do número de docentes em
processo de titulação com utilização do PPCD de 159 em 2009, para101 em 2010 e
para 78 em 2011.
O gráfico 16 mostra o corpo docente em processo de titulação com e sem
utilização do PPCD no triênio que compreende os anos 2009, 2010 e 2011.
Gráfico 16 Corpo docente em processo de titulação, com e sem PPCD
Fonte: Pró-reitoria de Pesquisa e de Pós-graduação / Plataforma PUC de Currículos. - PPCD
73
Observa-se que, junto à redução da utilização do PPCD, houve uma
diminuição, ao longo do triênio, do número total de docentes em processo de
titulação, passando de um total de 311 em 2009, para 277 em 2010 e 238 em 2011.
A estabilidade do quadro docente ampara essa evolução. A maior parte dos
professores trabalha há mais de seis anos na instituição. Período em que aqueles
que não possuíam titulação, assim o fizeram. Destaca-se também que a titulação é
um dos requisitos para contratação de novo professores, logo, é natural que eles se
integrem ao corpo docente da universidade, já titulados.
Nos primeiros anos de existência, a concentração do auxílio denominado
Programa Permanente de Capacitação Docente (PPCD) dava-se, atendendo à
demanda do Mestrado. Nos últimos anos os auxílios vêm se dando exclusivamente
para a qualificação no âmbito do Doutorado e estágio pós-doutoral, seja no país ou
no exterior. O auxílio ocorre em duas formas: para o Doutorado durante seis
semestres, em média, e Pós-Doutorado, até um ano de concessão. Após o período
concedido para o doutorado, bem como aprovados os relatórios semestrais e
conforme o desenvolvimento apresentado pelo professor-doutorando, durante o
programa de estudos, há a liberação de mais um período denominado “aceleração
de tese”, com o intuito de concluir a titulação. Ao participar do PPCD o docente
assina um termo de compromisso de retorno e permanência na instituição por pelo
menos o dobro do tempo de liberação.
3.2.3.1. Auxílio-viagem
A PUC Minas financia a participação dos professores da Instituição em
diversos eventos de caráter técnico-científico e didático-pedagógico. A partir de 12
de dezembro de 1997, esses auxílios-viagem foram normatizados pela Portaria Nº
29/97 e, ainda que não possam atender toda a demanda, objetivam custear ou
complementar os esforços e os recursos já disponibilizados pelas agências
nacionais e estaduais de fomento à pesquisa.
Com o objetivo de aumentar o intercâmbio e a divulgação da produção
científica da Instituição, o programa de financiamento de viagens de docentes da
PUC Minas para participação e apresentação de trabalhos em congressos e
seminários, foi concedido auxílio para professores/pesquisadores em eventos
nacionais e internacionais. O programa financiou, também, a viagem de vários
74
professores de outras instituições qualificadas para a troca de experiências, para
participações em bancas e apresentações de seminários. O gráfico 17 apresenta a
evolução do auxílio-viagem concedido para professores dos diferentes campi da
PUC Minas, nos três últimos anos.
GRÁFICO 17
7
CORPO DOCENTE FAVORECIDO COM AUXÍLIO-VIAGEM
Fonte: Dados da Pró-reitoria de Pesquisa e de Pós-graduação. 2011. Dados referentes até 01/12/2011.
Em 2011, a PUC Minas realizou 218 concessões de auxílio-viagem. Destas,
99 foram para o corpo docente, sendo 37 concessões para apresentação de
trabalhos em eventos nacionais e 13 para apresentação em eventos internacionais.
Para os docentes convidados, a PUC Minas realizou 103 concessões para
participação em bancas na Universidade, de acordo com dados da Pró-reitoria de
Pesquisa e Pós-graduação.
3.2.3.2. Pesquisa do corpo docente
A PUC Minas compreende a investigação científica como importante meio
para a construção da identidade da Universidade. Desse modo a pesquisa constitui-
se em fundamento para o desenvolvimento científico e educativo, sendo importante
instrumento na produção do conhecimento, na formação de pessoas críticas e na
construção da cidadania. A Universidade, sob a coordenação da PROPPG, destina
7 Obs.: os programas de pós-graduação stricto sensu estão concentrados na PUC Minas no Coração Eucarístico, com exceção do mestrado em Informática, que funciona na PUC Minas no São Gabriel.
75
um fundo próprio para fomento de projetos de pesquisa de autoria de docentes. O
Fundo de Incentivo à Pesquisa da PUC Minas - FIP/PUC Minas -, tem duas entradas
anuais: uma em março e outra em setembro. Os projetos aprovados iniciam-se em
agosto e fevereiro, respectivamente, com duração de 11 meses e 12 meses. O
programa foi criado em 1982, pela Portaria R/Nº17/82 da Reitoria da PUC Minas,
visando ao estímulo das atividades de pesquisa na Instituição.
Para os grupos de pesquisa que, por intermédio ou não do FIP,
encontrassem-se consolidados, aptos a obter financiamento externo em agências
como a FAPEMIG e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq), o novo modelo do FIP incluiu a concessão de contrapartida,
normalmente em horas para os professores se dedicarem à pesquisa, reservando
para isso 15% dos seus recursos. Desde então, ficou estabelecida a periodicidade
semestral dos Editais do FIP, alternando-se as entradas entre FIP/1 (primeiro
semestre), associado ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica
(PIBIC), do CNPq e FIP/2 (segundo semestre) e o fluxo contínuo para atendimento
das solicitações de contrapartida. Atualmente, a Instituição concede também, como
política de melhoria da pesquisa e da pós-graduação, uma bolsa de apoio ao
doutorando que submeter projeto de pesquisa ao FIP. O FIP tem garantido a
continuidade dos grupos de pesquisa já consolidados e em fase de consolidação.
O estímulo à pesquisa na PUC Minas tem se refletido nas horas dedicadas
pelos professores de graduação a essa atividade, conforme é apontado na tabela 23
76
TABELA 23 Horas de dedicação dos professores
em projetos de pesquisa
Horas de dedicação %
de 1 a 5 horas 82,36
de 6 a 10 horas 13,23
de 11 a 15 horas 2,94
acima de 15 horas 1,47
Total 100,00
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
Em 2011, 41,72% dos respondentes afirmam ter horas de dedicação à
pesquisa Destes, 82,36% possuem de uma a cinco, 13,23% dedicam de seis a 10
horas; 2,94% têm de 11 a 15 horas e 1,47% possui mais de 15 horas para pesquisa.
Todavia, há que se considerar que 58,28% respondeu que não realizou pesquisa
institucionalizada vinculada à PUC Minas, no ano de 2011.
Ainda no que diz respeito à articulação entre ensino, pesquisa e extensão o
resultado do questionário aplicado aos professores mostra a avaliação que fazem da
Universidade quanto ao cumprimento da Missão institucional.
GRÁFICO 18 Avaliação do corpo docente da Universidade em relação ao
cumprimento dos quesitos de sua Missão Institucional: articulação do ensino, pesquisa e extensão
Fonte: CPA – PUC Minas 2011
77
Em 2011, quase a metade (44,14%) dos respondentes fizeram avaliação
positiva a respeito da articulação do ensino, pesquisa e extensão na Universidade
quanto ao cumprimento do quesito da Missão Institucional, sendo que do total dos
professores 13,28% avaliaram como excelente e 30,86% como bom. Do total de
respondentes um número expressivo (31,81%) considerou regular e 18,36%
avaliaram como sendo ruim a integração e 3,13% considerou péssimo e apenas
1,56% afirmou não existir a integração ensino, pesquisa e extensão como quesito da
Missão Institucional da PUC Minas.
O resultado do questionário respondido pelos professores quanto às
condições: de apoio dos setores na unidade que mais leciona no que diz respeito à
coordenação de pesquisa é mostrado no gráfico 19.
GRÁFICO 19 Avaliação do corpo docente quanto ao apoio da
coordenação de pesquisa
Fonte: CPA – PUC Minas 2011
Em 2011, quase metade (43,25%) dos respondentes tiveram opinião positiva
a respeito do apoio recebido pela coordenação de pesquisa da unidade que o
professor mais leciona, excelente (18,25) e bom (25,00%). Do total de respondentes,
17,46% responderam como sendo regular o apoio recebido, 5,56% consideraram
ruim e apenas 1,59% considerou péssimo o apoio recebido. Vale considerar que um
número considerável (32,14%) de professores afirmaram não utilizar o apoio da
Coordenação de Pesquisa da Unidade em que mais leciona.
78
Os professores da PUC Minas também responderam sobre o conhecimento
que possuem das atividades de pesquisa no Projeto Pedagógico dos Cursos,
conforme apresentado na Tabela 24.
TABELA 24 Conhecimento do corpo docente sobre as atividades de
pesquisa no Projeto Pedagógico dos Cursos
Atividades de Pesquisa %
Conhece muito bem 32,57
Conhece bem 30,27
Conhece regularmente 25,67
Conhece pouco 5,75
Não conheço 5,75
Total 100
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
Pode-se observar pelos dados da tabela 24 que mais de 60% dos professores
conhecem as atividades de pesquisa do Projeto Pedagógico dos Cursos em que
lecionam. Dos professores respondentes, 32,57% afirmaram conhecer muito bem,
30,27% disseram conhecer bem as atividades de pesquisa e 25,67% afirmaram
conhecer regularmente. 5,75% dizem conhecer pouco ou não ter conhecimento das
atividades de pesquisa no Projeto Pedagógico do Curso.
O gráfico 20 aponta o resultado da questão, respondida por 258 professores
em uma amostra de 281 professores, relativa à utilização de práticas investigativas
nos Cursos.
79
GRÁFICO 20 Utilização das práticas investigativas como recursos
pedagógicos utilizados pelos professores
Fonte: CPA – PUC Minas 2011
No que se refere utilização das práticas investigativas como recurso
pedagógico pode-se observar, pelo gráfico 20, que 32% dos professores
responderam como excelente, 42,% responderam como bom, totalizando mais de
70%. Dos professores respondentes, 20% responderam como regular, 1% como
péssimo e 5% optaram pela resposta “não se aplica”.
A seguir é apresentado no gráfico 21, o resultado da avaliação realizada pelos
funcionários relativa ao atendimento do setor de pesquisa e pós-graduação.
GRÁFICO 21
Atendimento a solicitações do setor de pesquisa e pós-graduação
Fonte: CPA – PUC Minas 2011
80
Ao observar este gráfico, o que mais se destaca, é o fato que mais da metade
(57,38%) dos funcionários informa sobre a não utilização do setor, e nenhum
considerou o atendimento péssimo. Vale destacar que 34,43% responderam as
opções excelente (14,43%) e bom (20%), enquanto 6,89% considerou regular e
apenas 1,31% dos funcionários respondentes considerou ruim o atendimento do
setor de pesquisa e pós-graduação.
3.2.3.3. Iniciação científica
A PUC Minas possui uma quota de bolsas do Programa Institucional de
Bolsas de Iniciação Científica - PIBIC/CNPq, que são alocadas para os alunos de
graduação que atuem como jovens pesquisadores em projetos de pesquisa
apresentados por professores da própria PUC. Tais projetos devem ter sido
aprovados pelo Fundo de Incentivo à Pesquisa da PUC Minas - FIP/PUC Minas -,
com duas entradas anuais: uma em março e a outra em setembro. Os projetos
aprovados iniciam-se em agosto e fevereiro, respectivamente, com duração de 11 e
12 meses. Os alunos de graduação da PUC Minas também têm a oportunidade de
participar como bolsistas em projetos de pesquisa aprovados por professores dessa
Instituição na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais -
FAPEMIG.
Além disso, a Universidade, sob a coordenação da PROPPG, destina um
fundo próprio para fomento de projetos de pesquisa de autoria do aluno de
graduação, sob a orientação de um pesquisador qualificado: é o Programa de
Bolsas de Iniciação Científica da PUC Minas - PROBIC/PUC Minas.
O Programa de Bolsas de Iniciação Científica – PROBIC – foi criado em 1985
com vistas ao fomento da cultura de pesquisa junto aos estudantes da graduação.
Os projetos de pesquisa dos alunos são financiados pela própria Universidade, com
verba suplementar, e desenvolvidos por um ou dois alunos de graduação sob a
orientação de um pesquisador qualificado no tema, durante 11 meses. A
periodicidade dos editais é anual e o programa prevê o financiamento de uma taxa
para material e uma ou duas bolsas de Iniciação Científica para os alunos. A partir
de 1998, a Universidade passou a alocar também uma hora semanal para o
professor orientador da pesquisa.
81
Pode-se dizer que a presença de doutores nas equipes de pesquisa
orientando bolsistas de Iniciação Científica, mestrandos e doutorandos, além de
outros professores da Instituição que ainda não tinham a pesquisa como atividade
quotidiana é a contribuição dos programas de maior retorno para a Universidade.
Não menos importante é a inclusão de bolsistas de Iniciação Científica na equipe de
pesquisa, com vistas à crescente qualificação em pesquisa bem como a formação
de recursos humanos e estímulo ao ingresso nos Cursos de especialização e nos
Programas de Pós-graduação stricto sensu.
Anualmente, no mês de novembro, realiza-se, no campus Coração
Eucarístico em Belo Horizonte, o Seminário de Iniciação Científica, aberto a todos os
alunos de graduação da PUC Minas que estejam desenvolvendo ou tenham
concluído atividades de Iniciação Científica no período.
Em 2011, a PUC Minas desenvolveu 423 projetos de pesquisa. A tabela
seguir mostra que deste total, 55,31% foram financiados pela FAPEMIG, (35,22% de
projetos do corpo discente sob orientação de professor e 20,09% de projetos do
corpo docente com a participação do corpo discente); 20,80% foram financiados
pelo FIP; 8,27% pelo PROBIC e 15,60% pelo PIBIC.
TABELA 258 Projetos de pesquisa financiadas
pelos órgãos de fomento
Bolsas n %
FAPEMIG (A) 149 35,22
FAPEMIG (B) 85 20,09
FIP 88 20,8
PIBIC 66 15,6
PROBIC 35 8,27
Total 423 100
Fonte: Pró-reitoria de Pesquisa e de Pós-Graduação 2011
8 FIP PUC Minas - Programa de Iniciação Científica concedida pela PUC Minas, dentro dos projetos de pesquisa FIP. PIBIC - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica, patrocinado pelo CNPq. PROBIC - Programa de Bolsas de Iniciação Científica, concedidas pela PUC Minas. (A) Projetos do corpo discente sob a orientação do corpo docente. (B) Projeto do corpo docente com a participação do corpo discente.
82
No ano de 2011 houve redução do número total de bolsas quando comparado
com os dois anos anteriores: de 510 em 2009, passou para 440 em 2010 e 423 em
2011.
O corpo discente da PUC Minas, em 2011, envolveu-se em diversas
pesquisas e contou com bolsas de várias entidades de fomento, além das bolsas de
Iniciação Científica financiadas pelo sistema empresarial. O gráfico 22 mostra bolsas
de iniciação científica por entidade de fomento no último triênio, disponibilizadas ao
corpo discente em 2009 a 2011.
GRÁFICO 22
Bolsas de iniciação científica disponibilizadas ao corpo discente
Fonte: Pró-reitoria de Pesquisa e de Pós-graduação. 2011
Percebe-se que houve um aumento significativo de bolsas de iniciação
científico para corpo discente, (aproximadamente 76,00%), no ano de 2011 em
relação aos outros anos do período. O gráfico a seguir mostra o número de bolsas
por entidade de fomento.
83
GRÁFICO 239 Bolsas de iniciação científica por entidade de fomento
Fonte: Pró-reitoria de Pesquisa e de Pós-graduação. 2011
O resultado do questionário respondido pelos alunos quanto às atividades
pedagógicas no que se refere a participação deles em eventos científicos, iniciação
científica e projeto de pesquisa é apresentado no gráfico 22, bem como a justificativa
para a não participação em tais atividades é mostrada na Tabela 26
TABELA 26 Motivos da não participação dos alunos em atividades pedagógicas
relacionadas a pesquisa
Atividades pedagógicas relacionadas à pesquisa
ParticiparamNão
Participaram
Não quero
responder
Não sei responder
Total Geral
Eventos científicos promovidos pela PUC Minas
2125 4152 47 149 6473
Eventos científicos promovidos por outra instituição
1205 5058 65 138 6466
Iniciação científica 421 5654 78 228 6381
Projeto de pesquisa 1031 5214 74 137 6456
Fonte: CPA - PUC Minas
9 FIP PUC Minas - Programa de Iniciação Científica concedida pela PUC Minas, dentro dos projetos de pesquisa FIP. PIBIC - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica, patrocinado pelo CNPq. PROBIC - Programa de Bolsas de Iniciação Científica, concedidas pela PUC Minas. (A) Projetos do corpo discente sob a orientação do corpo docente. (B) Projeto do corpo docente com a participação do corpo discente.
84
Em 2011, a participação dos alunos em atividades pedagógicas ligadas ao
desenvolvimento e divulgação de pesquisa é bastante baixa. O mais alto percentual,
32,83%, é referente a eventos promovidos pela Instituição. Grande percentual de
alunos respondentes afirma não ter participado de eventos científicos promovidos
pela instituição (64,14%) ou por outra instituição (78,22%). Esse percentual aumenta
para 80,76% que afirmaram não terem participado de pesquisa e 88,61% não terem
participado de iniciação científica. A tabela 27 mostra a avaliação dos alunos relativo
ao atendimento da coordenação de pesquisa.
TABELA 27
Avaliação do atendimento da coordenação de pesquisa
Coordenação de Pesquisa %
Plenamente satisfatório 19,66
Muito satisfatório 27,39
Satisfatório 29,25
Pouco satisfatório 13,42
Insatisfatório 10,28
Total 100
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
É possível observar na tabela 27 os alunos que avaliaram a coordenação de
pesquisa mostram elevado percentual de satisfação, ou seja, um total de 76,30%
fizeram uma avaliação satisfatória.
Vale a pena destacar que 20,08% disseram não saber responder e que
35,55% informaram não utilizar os serviços oferecidos pela coordenação de
pesquisa.
O resultado do questionário respondido pelos egressos relativo aos recursos
pedagógicos no que diz respeito à pesquisa é mostrado no gráfico 25.
85
GRÁFICO 25 Recursos pedagógicos que contribuíram para a formação – Egressos
Fonte: Pró-reitoria de Pesquisa e de Pós-graduação 2011
Em 2011, a opinião dos egressos relativa à participação em eventos
científicos e de pesquisa podem ser averiguados com a seguinte avaliação: para os
quesitos excelente e bom, a pesquisa obteve um total de 44,6% de respostas e a
participação em eventos científicos o somatório das duas opções totaliza 33,45%. Já
a opção regular tem 23,20% na participação em eventos e 18,98% na pesquisa. Tais
valores aproximam-se da opção relativa à não realização, tendo a pesquisa 17,32%
de respostas e a participação em eventos científicos recebido 24,26%.
O desenvolvimento de pesquisa na PUC Minas é perceptível na produção de
professores, de alunos de iniciação científica e também nos programas de Pós–
graduação stricto sensu – com a produção dos professores dos cursos de mestrado
e doutorado e também pelo desenvolvimento de dissertações e teses concluídas. A
tabela 28 a seguir mostra o total de defesas de dissertações e teses dos diversos
programas no último triênio. As orientações concluídas totalizam, no ano de 2011,
393 defesas.
86
TABELA 28 Total de defesas de dissertações e teses por institutos
Institutos
2009 2010 2011 Total
mestrado/doutorado
mestrado/doutorado
mestrado/doutorado
mestrado/doutorado
Faculdade Mineira de Direito 84 56 99 239
Instituto de Ciências Biológicas 35 35 37 107
Letras 34 39 33 106
Ensino de Ciências e Matemática 27 34 26 87
Instituto de Ciências Sociais 25 29 28 82
Instituto Politécnico 34 25 21 80
Instituto de Ciências Econômicas e Gerenciais
24 30 20 74
Tratamento da Informação Espacial: Geografia
10 15 39 64
Instituto de Ciências Humanas 24 24 15 63
Faculdade de Psicologia 20 21 21 62
Instituto de Ciências Exatas e Informática 18 19 15 52
Faculdade de Comunicação e Artes 16 14 21 51
Instituto de Filosofia e Teologia Dom João Resende Costa
2 19 18 39
Total de produções 353 360 393 1106
Fonte: Pró-reitoria de Pesquisa e de Pós-graduação – 2011
Na busca de consolidação de vocação para a pesquisa, a PUC Minas tem
fomentado a estruturação de grupos de pesquisa formalizados no Diretório de
Grupos de Pesquisas do CNPq, como instrumento que possibilita a identificação dos
protagonistas na atividade científica na PUC Minas. O número desses grupos
aumentou consideravelmente nos últimos três anos. Esses grupos estão distribuídos
pelas diversas áreas de conhecimento e nos últimos anos tem havido um
87
crescimento na quantidade das linhas de pesquisa conforme mostrado na tabela 29,
enquanto a quantidade de grupos se manteve igual em 2010 e em 2011.
TABELA 29 Grupos e linhas de pesquisa por área do conhecimento
Área de Conhecimento 2009 2010 2011
GruposLinha de Pesquisa
GruposLinha de Pesquisa
Grupos Linha de Pesquisa
Ciências Agrárias 1 2 2 6 2 6
Ciências Biológicas 6 25 7 26 7 25
Ciências da Saúde 7 20 16 55 16 54
Ciências Exatas e da Terra 4 8 5 14 5 12
Ciências Humanas 42 75 52 113 52 122
Ciências Sociais Aplicadas 42 92 42 120 43 117
Engenharias 16 48 17 61 18 60
Linguística, Letras e Artes 18 18 19 17 17 17
Total 136 288 160 412 160 413
Fonte: Pró-reitoria de Pesquisa e de Pós-graduação – 2011
3.2.3.4. Comitê e Comissão de Ética em Pesquisa
O Comitê de Ética em Pesquisa – CEP - da PUC Minas, vinculado à Pró-
Reitoria de Pesquisa e de Pós-graduação foi criado em julho de 2000 e tem por
objetivo atender à demanda de avaliação de projetos de pesquisa envolvendo seres
humanos. O CEP está registrado na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa
(CONEP), do Ministério da Saúde, desde agosto de 2002. Possui instalações
próprias e uma secretária administrativa que propicia atendimento diário aos
pesquisadores da PUC Minas. Os protocolos de pesquisa são registrados no
Sistema Nacional de Informação de Ética em Pesquisa envolvendo Seres Humanos
(SISNEP), propiciando o registro eletrônico dos mesmos desde 2005. Os membros
do Comitê possuem mandato de três anos; participam de forma voluntária e se
reúnem mensalmente para apreciação e avaliação dos projetos de pesquisa. Além
do trabalho de avaliação dos projetos de pesquisa, o CEP realiza palestras e
88
atividades educativas, no intuito de orientar e promover o tema da ética em pesquisa
na Universidade.
A Tabela 30 mostra o quantitativo de projetos de pesquisa apresentados por
grupo temático no triênio 2009 a 2011.
TABELA 30 Projetos apresentados por grupos temáticos especiais
Grupos 2009 2010 2011
Grupo I - Genética Humana; Reprodução Humana; Novos equipamentos, Insumos e Dispositivos; Novos Procedimentos; Populações Indígenas; Biossegurança; Pesquisas com Cooperação Estrangeira
2 1 2
Grupo II - Novos Fármacos, Vacinas e Testes Diagnósticos - - -
Grupo III - Todos os outros que não se enquadram em áreas temáticas especiais
332 387 399
Total 334 388 401
Fonte: SISNEP - Sistema Nacional de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos - PUC Minas 2011
Pode-se observar pela tabela 30 que, no último triênio, a demanda de
avaliação de pesquisa relativa à ética em pesquisa recaiu no Grupo III. Não houve
demanda para avaliação de projetos no grupo II e poucos projetos relativos à área
temática do Grupo I foram submetidos à avaliação. A Tabela 31 mostra o número de
projetos registrados no CEP da PUC MINAS, no ano de 2011, por curso de origem.
89
TABELA 31 Projetos registrados por curso de origem CEP, PUC Minas
Curso de origem Protocolos
Enfermagem 151
Psicologia 67
Fisioterapia 52
Odontologia 20
Outros (IEC, IES externa, Pró-Saúde, etc.) 19
Fonoaudiologia 18
Educação 17
Nutrição 17
Ciências Sociais 5
Comunicação Social 5
Ciências da Religião - mestrado 4
Direito 4
Educação Física 4
Letras 3
Serviço Social 3
Administração 2
Ciências Biológicas 1
Ciências da Computação 1
Engenharia Elétrica 1
Geografia 1
História 1
Matemática 1
Pedagogia 1
Sistemas de Informação 1
Total 399
Fonte: Pró-reitoria de Pesquisa e de Pós-graduação. 2011
Os projetos de pesquisa envolvendo seres humanos que dão entrada no CEP
não se restringem à área da saúde, compreende também as áreas de ciências
90
exatas, humanas e sociais. Todavia, a área da saúde lidera o registro de projetos,
com a apresentação de 151 projetos só pelo curso de Enfermagem.
Em seguida vem a Faculdade de Psicologia com 67 projetos, seguido por
dois outros cursos da área da saúde, o curso de Fisioterapia com 52 projetos e o
Curso de Odontologia com 20 projetos. Entende-se pela Resolução do Conselho
Nacional de Saúde (BRASIL, 1996) que muitos outros projetos de várias outras
áreas adotariam a submissão de seus projetos de pesquisa ao Comitê de Ética em
Pesquisa, uma vez que a Resolução adota para pesquisa envolvendo seres
humanos a seguinte definição: “pesquisa que, individual ou coletivamente, envolva o
ser humano, de forma direta ou indireta, em sua totalidade ou partes dele, incluindo
o manejo de informações ou materiais”; e para riscos da pesquisa a “possibilidade
de danos à dimensão física, psíquica, moral, intelectual, social, cultural ou espiritual
do ser humano, em qualquer fase de uma pesquisa e dela decorrente”.
Além do Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo seres humanos, a PUC
Minas conta com a Comissão de Ética no Uso de Animais – CEUA – que desenvolve
análise de projetos de pesquisa apresentados aos programas FIP, PROBIC,
Trabalhos de Conclusão de Curso de Graduação e experimentos oriundos do
Programa de Pós-Graduação em Odontologia e do Mestrado em Zoologia de
Vertebrados. No ano de 2011, o CEUA julgou 37 projetos com o seguinte resultado:
TABELA 32 Projetos de pesquisa julgados
pela CEUA
n
Aprovados 7
Com pendências 14
Sem julgamento 14
Reprovado 2
total geral 37
Fonte: Pró-reitoria de Pesquisa e de Pós-Graduação.
91
Dos sete projetos aprovados, três tiveram origem no curso de Medicina
Veterinária – PBE; um no curso de Medicina Veterinária – PPC; e três no Curso de
Mestrado em Zoologia dos Vertebrados.
3.2.3.5. Relações Internacionais e intercâmbio
De acordo com o Plano de Desenvolvimento Institucional, a PUC Minas
recebe, desde 1967, alunos originários de países africanos e da América Latina, que
estudam em suas faculdades e departamentos, sem quaisquer custos (PUC Minas,
2007, p. 180).
A prática de internacionalização se desenvolve na PUC Minas há mais de 40
anos e ganhou maior relevância devido à intensificação das trocas internacionais no
mundo. A PUC Minas, no intuito de desenvolver uma política de internacionalização
da Universidade, possui órgão específico para essa promoção, qual seja a
Assessoria de Relações Internacionais.
Suas atividades principais são:
Realizar convênios com instituições estrangeiras de ensino e pesquisa;
apoiar alunos, professores e funcionários da PUC Minas para a execução de
pesquisas e estudos no exterior;
monitorar oportunidades de bolsas de estudos e financiamento a pesquisas
para a comunidade acadêmica da Universidade;
recepcionar e orientar alunos, professores e pesquisadores estrangeiros em
visita à PUC Minas;
promover eventos internacionais na Universidade;
realizar acordos para estudo de idiomas e trabalho no exterior.
Assim, a Assessoria de Relações Internacionais desenvolve intercâmbio que
consiste, basicamente, em:
a) Programas Acadêmicos Bilaterais: Convênios de caráter internacional,
existente entre a PUC Minas e uma instituição estrangeira, que pode ser uma
universidade, um instituto de pesquisa ou uma organização internacional, com
objetivo de estudos, realização de pesquisas ou estágios acadêmicos.
92
b) Programas de Treinamento Profissional: Acordos para realização de estágio
profissional de caráter internacional, a ser realizado no Brasil, por estagiário
estrangeiro ou no exterior, por estudante brasileiro, podendo o mesmo ser
remunerado ou não. Estes estágios são, geralmente, feitos em empresas
conveniadas com a PUC Minas.
c) Programas de Aperfeiçoamento em Idiomas: Acordos com universidades e
escolas de línguas para estudo de idiomas em um país estrangeiro ou no
Brasil.
d) PEC: Programa de Estudante-Convênio de Graduação e Pós-Graduação:
constitui um dos instrumentos de cooperação educacional que o Governo
brasileiro oferece estudantes originários de países em vias de
desenvolvimento, especialmente da África e da América Latina.
3.2.3.6. Editora PUC
Criada oficialmente pela Portaria R-057/2002, de 30/9/2002, a Editora PUC
Minas ganhou autonomia para desenvolver projetos que privilegiem publicações de
qualidade cultural e editorial. A Editora conta com uma equipe e uma comissão
editorial atenta ao compromisso de publicar livros voltados para o público
universitário, pretendendo também alcançar leitores situados além desse universo.
Para garantir o interesse de suas obras, adota critérios rigorosos de julgamento e
apreciação dos textos originais e de seus respectivos projetos gráficos.
Embora a meta da Editora seja a publicação de livros e sua divulgação entre
o público leitor, os periódicos também merecem sua atenção. Alguns, já
consolidados, têm um alcance nacional e internacional. Além disso, a Editora
estimula publicações coletivas sobre temas de interesse da comunidade acadêmica,
que se transformam em fonte de consulta para alunos e professores. Dentre os
objetivos da Editora PUC Minas, conta-se incentivar a experimentação de novas
linguagens, a pesquisa e a reflexão crítica sobre os temas priorizados em suas
linhas editoriais. Vinculada a uma universidade confessional, a Editora valoriza a
93
ética, a liberdade de expressão e o respeito à pluralidade de ideias e opiniões, na
perspectiva da produção e do refinamento do saber. A Editora faz parte da
Associação Brasileira de Editoras Universitárias – ABEU – e vem se esforçando para
implementar estratégias que agilizam a circulação de seus produtos, contribuindo
para a transformação de um mercado cada vez mais profissionalizado e competitivo.
Assim, participa desde 2002 do Salão do Livro de Belo Horizonte, bem como de
outros eventos culturais.
Em 2011, a Editora PUC Minas teve uma participação ativa em diversos
eventos, como os listados a seguir:
4ª Feira Universitária do Livro da UFMG (campus da Pampulha).
XII Congresso Internacional Abralic (Curitiba).
10ª Bienal do Livro da Bahia (Salvador).
Congresso do Instituto de Ciências Humanas da PUC Minas.
Prepes, na PUC Minas no Coração Eucarístico.
Seminário do Meio Ambiente e Relações Internacionais, na PUC Minas no
Coração Eucarístico.
Seminário Internacional de Educação: etnografia para a América Latina, na
PUC Minas no Coração Eucarístico.
6º Feira Nacional do Livro de Poços de Caldas (Poços de Caldas).
3.2.4. A Extensão Universitária
A extensão faz parte do tripé da formação universitária, juntamente com o
ensino e com a pesquisa. Compreendendo um processo “educativo, cultural e
científico que articula o ensino e a pesquisa de forma indissociável”, a extensão
estabelece uma relação dialógica entre os diversos saberes, e essa troca de
experiências faz parte de estratégias circunscritas em uma ação pedagógica em que
alunos, professores e funcionários da Universidade passam a ser educadores e
educandos e a comunidade também se apresenta compartilhando o saber popular
para construção de novos conhecimentos e novas metodologias (Brasil, 2001. P.5).
Em consonância com esta definição, a Política de Extensão Universitária da PUC
Minas” de 2006 declara que
94
A extensão consolida-se como um dos meios que permite ampliar os canais de interlocução com os segmentos externos à universidade. Simultaneamente, o contato com a sociedade retroalimenta o ensino e a pesquisa e a própria extensão, possibilitando o desenvolvimento de novos conhecimentos científicos (PUC Minas. 2006).
Entende-se que a extensão é uma ação da universidade junto à comunidade,
e disponibiliza ao público externo o conhecimento adquirido com o ensino e com a
pesquisa. A comunidade, por sua vez, contribui nessa construção fomentando
discussões, reflexões, metodologias e estratégias para enfrentamento dos
problemas e desafios. Essa ação produz um novo conhecimento que pode ser
trabalhado e articulado entre as diversas áreas do saber acadêmico. Nesse sentido,
entende-se que a extensão é uma via de mão dupla, em que o encontro com a
comunidade externa contribui na formação do aluno, e isso o possibilita
problematizar e buscar respostas, produzir novos questionamentos, num movimento
de produção constante do conhecimento. Assim, este se torna uma construção e
reconstrução permanentes.
Os princípios, as diretrizes e os objetivos da extensão universitária podem ser
encontrados no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e no Projeto
Pedagógico Institucional (PPI) – o qual define a Extensão Universitária como parte
do fazer acadêmico. Estes documentos ressaltam ainda que a extensão universitária
é um dos lugares de exercício da função social da universidade, em que se faz
necessária participação dos diversos atores: docentes que estejam dispostos a
construir os espaços onde as disciplinas se dialoguem num movimento perene de
construção-reconstrução. Discentes que apreendem e praticam os conhecimentos e
habilidades para tornarem-se profissionais preparados tecnicamente, responsáveis e
comprometidos ética e politicamente frente aos dilemas que a sociedade enfrenta.
3.2.4.1. Estrutura organizacional da extensão na PUC Minas
O órgão gestor responsável pela extensão é a Pró-reitoria de Extensão
(Proex) e está subordinado à reitoria da PUC Minas. A figura mostra como o fluxo da
Política de Extensão está se implementando na Universidade, provocando uma
reestruturação interna dos processos da Extensão para corresponder à nova
dinâmica desta dimensão acadêmica.
95
FIGURA 2
Fluxo da Política de Extensão na PUC Minas
Fonte: Pró-reitoria de Extensão 2012
Com as mudanças, pode-se observar que alguns núcleos temáticos se uniram
como é o caso dos núcleos da Saúde com o do Meio Ambiente; Instituto da Criança
e Adolescente com o Educativo e a Sociedade Inclusiva com o Núcleo de Direitos
Humanos, já o Observatório de Políticas Urbanas (OPUR) permaneceu como está, o
Núcleo do Trabalho, Produção e Tecnologia se desdobrou dando origem a mais um
núcleo. Com essas mudanças, acredita-se que os núcleos poderão acompanhar
cada Instituto e Faculdade, conforme a área do conhecimento. Segue relação dos
novos núcleos temáticos da Proex:
Núcleo de Direitos Humanos e Inclusão (NDHI);
Núcleo de Tecnologia e Inovação (NUTEI);
Núcleo de Políticas Urbanas e Socioespaciais (Observatório de Políticas
Urbanas – OPUR);
Núcleo da Infância, Juventude e Educação;
Núcleo do Trabalho e Produção (NUTRA);
PROEX
ASSESSORIA TÉCNICO‐ACADÊMICA
NÚCLEOS TEMÁTICOS
COORDENADORES DE EXTENSÃO DE UNIDADES/CAMPI, INSTITUTOS
E FACULDADES
COORDENADORES DE EXTENSÃO DOS CURSOS
* Fórum de Coordenadores de Núcleos Temáticos * Fórum de Coordenadores de Extensão dos campi, Unidades, Institutos e Faculdades * Fórum de Coordenadores de Extensão dos Cursos de Graduação * Colegiado de Extensão
NUMAS
NUTEI
NUTRA
OPUR
NDHI
ICA
COMISSÃO DE PUBLICAÇÕES
COMISSÃO DE EVENTOS
COMISSÃO DE FORMAÇÃO
AÇÕES DE EXTENSÃO
96
Núcleo da Saúde e Meio Ambiente (NUMAS).
O coordenador de Extensão dos institutos e faculdades é uma função em
processo de institucionalização e que tem como grande desafio planejar
articuladamente as ações de extensão, estabelecer a interlocução com os
colegiados, corpo docente e discente. Este coordenador é um sujeito importante
para a ampliação e fortalecimento da integração entre a Proex e os coordenadores
de extensão dos cursos de graduação. Estes novos sujeitos estão se incorporando
ao Fórum de Coordenadores de Extensão e, como um fomentador da extensão no
seu Instituto, eles farão acompanhamento didático e pedagógico desta dimensão.
Foram criadas mais duas comissões que, juntamente à Comissão de
Formação, possuem um caráter permanente de atuação e são formadas por
professores, técnicos e extensionistas.
A Comissão de Publicações trabalha para a implementação, coordenação e
gestão da revista eletrônica da Proex, pela indexação e catalogação de artigos,
periódicos e livros publicados pela Proex, além de estimular a produção acadêmica
com temas relacionados à Extensão Universitária e à indissociabilidade com a
Pesquisa e o Ensino.
Já a Comissão de Eventos atua no planejamento e organização de eventos
relacionados à Proex, incluindo a administração dos recursos humanos e
financeiros.
A Comissão de Formação desenvolve ações voltadas para a formação de
docentes e discentes em relação a práticas e quaisquer outras ações de caráter
extensionistas.
A tabela a seguir mostra a quantidade de pessoas envolvidas com as ações
da Proex:
97
TABELA 33 Equipe da Pró-reitoria de extensão
n
Alunos extensionistas (nos núcleos) 187
Professores que atuam diretamente em ações extensionistas 91
Coordenadores de extensão nos cursos 89
Professores que atuam diretamente nos núcleos 32
Corpo técnico administrativo 32
Coordenadores de extensão nos campi/unidades 8
Coordenadores dos Núcleos 6
Total 445
Fonte: Pró-reitoria de Extensão 2011
3.2.4.2. Modalidades de ações extensionistas (cursos, eventos e
práticas extensionistas)
Os dados sobre as diversas modalidades extensionistas foram encaminhados
pela Proex, com vistas a refletir como foi a extensão no ano de 2011, em seus mais
variados aspectos como: a promoção das ações, a articulação com ensino e com a
pesquisa, os beneficiários de cada projeto, sua interface com a política de
assistência social, dentre outros. A extensão na PUC Minas via programas, projetos,
cursos e eventos extensionistas se afina com as novas demandas da Universidade e
como tem procurado demonstrar capacidade para oportunizar aos alunos uma
formação superior que priorize as três dimensões. A tabela 34 mostra o índice das
modalidades extensionistas por campus/unidade.
98
TABELA 34 Modalidades extensionistas por campus/unidade10
Campus/Unidade Projetos
de extensão
Eventos de
extensão
Cursos de extensão
Prática extensionista vinculada ao ensino e/ou
pesquisa
Total
Arcos 19 13 0 31 63
Barreiro 10 15 2 21 48
Betim 18 22 2 31 73
Contagem 10 19 3 54 86
Coração Eucarístico 55 69 50 112 286
Guanhães 2 3 0 3 8
Poços de Caldas 19 11 4 211 245
São Gabriel 9 13 10 72 104
Serro 4 4 0 2 10
Multicampi 19 0 0 19
Virtual 0 0 8 0 8
Total 165 169 79 537 950
Fonte: Pró-reitoria de Extensão
A tabela 34 mostra que mais de 55,00% das ações extensionistas realizadas
em 2011 são as práticas vinculadas ao ensino e/ou a pesquisa; o segundo maior
índice é dos projetos e eventos de extensão (quase 20,00%) e os cursos
extensionistas ficaram com quase 9,00%. As práticas extensionistas constituem-se,
segundo estes dados, como ação predominante da extensão em 2011, e vinculadas
ao ensino e à pesquisa, revelam-se como práticas de grande capilaridade, capazes
de envolver um número cada vez maior de alunos.
É importante ressaltar que as ações extensionistas de prestação de serviço
são realizadas no âmbito dos núcleos temáticos sendo integralizadas às demais
ações.
O programa é uma modalidade que agrega, organiza e articula as ações de
extensão. Tem caráter orgânico-institucional, clareza de diretrizes e orientação para
um objetivo comum, sendo executado a médio e longo prazo. É um conjunto de 10 As ações extensionistas de prestação de serviço são realizadas no âmbito dos Núcleos Temáticos sendo integralizadas às demais ações extensionistas. As ações extensionistas do Núcleo Universitário Praça da Liberdade estão mensuradas juntamente com as ações do Núcleo Universitário de Belo Horizonte – Coração Eucarístico.
99
práticas extensionistas integradas e complementares, com tempo e espaço
definidos, e contribui para o fortalecimento da extensão como atividade-fim da PUC
Minas. A tabela 35 mostra a quantidade de programas por Núcleo temático:
TABELA 35 Programas por núcleo temático
Núcleos temáticos n
Saúde e Meio Ambiente 4
Direitos Humanos e Inclusão 3
Infância Juventude e Educação 2
Tecnologia e Inovação 2
Políticas Urbanas e Socioespaciais 1
Trabalho e Produção 1
Total de programas 13
Fonte: Pró-reitoria de Extensão 2011
Os gráficos a seguir mostram a evolução da extensão nos últimos três anos,
destacando-se as ações extensionistas e a participação de alunos e professores. É
possível notar que houve um aumento no número de ações extensionistas,
especialmente no ano de 2010 (183 ações) para 2011 (887 ações). Entretanto, a
mesma situação não se repete com a participação dos professores que se elevou
em 2010 em relação a 2009, mas se estagnou em 2011. Estes dados revelam o
quanto a extensão vem crescendo, ano após ano, com aumento de ações e o com o
crescente o envolvimento dos alunos. A participação dos professores não
acompanha a mesma tendência.
100
GRÁFICOS 26 e 27 Extensão nos últimos três anos
Fonte: Pró-reitoria de Extensão 2011
Em relação às ações reconhecidas como de assistência social, em 2011,
nota-se que houve um aumento destas em 12,00%, em relação a 2010, que foi de
36 ações reconhecidas.
Para visualizar alguns aspectos das práticas extensionistas, visando
identificar potencialidades e fragilidades, a Proex realizou um diagnóstico de várias
ações realizadas em 2011. Foram construídos instrumentos de coleta e um banco
de dados. Nesse sistema foram cadastradas as seguintes modalidades de extensão:
eventos, cursos e práticas de extensão sem vínculo com o edital da Proex.
O “Relatório de Dados / Informações – Aspectos quantitativos sobre práticas,
cursos e eventos extensionistas” elaborado, em novembro de 2011, pela Pró-reitoria
de Extensão, apresenta os resultados desse diagnóstico.
No documento ressalta-se que o número de respondentes foi muito reduzido.
As informações coletadas servirão de parâmetros para subsidiar os estudos e as
decisões do órgão gestor, no que tange ao aprimoramento do uso da Tecnologia de
Informação para o registro e sistematização das ações de extensão executadas em
toda universidade, dentre outras questões.
Nesse sistema foram registrados 12 cursos extensionistas. Destes, o curso de
Sistemas de Informação da unidade de São Gabriel realizou quatro ações desta
modalidade. O curso de Direito do Coração Eucarístico registrou três cursos. Os
cursos de Filosofia Presbiteral, bem como Enfermagem e Nutrição do Barreiro,
Engenharia Mecânica de Contagem, Matemática de Betim registraram um curso
cada. Em relação à produção acadêmica, 75,00% destes cursos não previram
nenhuma produção técnica, cultural ou bibliográfica. 50,00% dos cursos foram
101
classificados como de qualificação, capacitação e treinamento. A carga horária
média foi de 30 horas. 66,70% dos registros, do curso de Sistemas de Informação,
mostraram que cada turma foi formada por um aluno.
O relatório apresenta as dificuldades dos professores no preenchimento do
formulário, quais sejam: problemas relacionados à classificação das ações quanto à
área do conhecimento, uma vez que não há padronização nas informações
fornecidas pelos professores. Essa fragilidade mostra a dificuldade de alguns
professores em classificar suas ações conforme o CNPq e áreas temáticas: principal
e secundária, definidas pelo Sistema de Informação de Extensão da Universidade –
Siex. Acredita-se na existência de professores que desconhecem essas
classificações.
Dos cursos cadastrados, 83,30% têm como proponente apenas um professor.
Em 66,70% desses não houve a participação de alunos do curso proponente. Em
91,70% dos registros não constam a participação de alunos de outras IES. Em cerca
de 50,00% dos registros consta a participação de uma pessoa sem vínculo com a
universidade no apoio à organização do curso.
No relatório foram analisados 40 eventos de extensão e destacou-se os
seguintes pontos: o curso que mais apresentou registro de eventos extensionistas foi
o de Sistema de Informação da unidade de São Gabriel, seguido pela Fisioterapia do
Coração Eucarístico e Nutrição do Barreiro. Em 42,50% dos eventos registrados não
foram informadas a área temática principal e em 57,50% não foram informadas a
área secundária. Apenas 7,00% desses previram produções técnicas, culturais e
bibliográficas. A carga horária média desses eventos foi de quatro horas. Em
45,00% não houve participação de alunos do curso proponente. 85,00% não tiveram
a participação de alunos de outros cursos.
Foram analisadas 65 práticas extensionistas, sem vínculo com o edital,
realizadas no primeiro semestre de 2011. No relatório, destacaram-se os seguintes
resultados: a Faculdade de Comunicação e Artes (FCA) deteve o maior número de
registros (41,50%), seguida pelo Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS)
com 38,50%. O Instituto de Psicologia e a Faculdade Mineira de Direito não
registraram práticas extensionistas e os demais institutos/faculdades registraram
juntos os 20,00% restantes.
102
Como ocorreram com os registros de cursos, os docentes não seguiram os
padrões do CNPq e do Siex para a classificação das práticas extensionistas, por
área do conhecimento e áreas temáticas. Com relação à produção acadêmica, em
81,70% das práticas registradas não foram previstas nenhuma produção. 18,30%
registraram a previsão de 1 (uma) a 20 produções. A média de carga de horária para
execução dessas ações foi de duas horas.
3.2.4.3. Avaliação Institucional: Extensão
Os dados que serão apresentados foram extraídos da avaliação institucional
realizada com os alunos e professores da graduação e funcionários. A tabela 36 traz
as respostas dos alunos no que tange à sua participação em atividades de extensão
em 2011:
TABELA 36 Participação dos alunos em atividades
de extensão
Atividades de extensão n %
Participei 1326 20,55
Não participei 4833 74,88
Não quero responder 55 0,85
Não sei responder 240 3,72
Total 6454 100
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
Os dados mostram que dos 6881 amostrados, 6454 (93,79%) responderam a
questão. Destes, 1326 (20,55%) alunos afirmaram participação em ações de
extensão; 4833 (74,88%) disseram que não participaram; 295 (4,57%) dos alunos
não souberam e/ou não quiseram responder a questão.
Em relação aos motivos alegados pelos alunos que impossibilitam a
participação em atividades de extensão, a tabela a seguir mostra os dados:
103
TABELA 37 Motivos da não participação dos alunos em
atividades de extensão
Motivos da não-participação n %
Indisponibilidade de horário 2037 42,15
Desconhecimento 1678 34,72
Outros motivos 798 16,51
Desinteresse 308 6,37
Não contribuem para a minha formação 12 0,25
Total 4833 100
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
Os dois primeiros motivos somam 76,87% dos respondentes e revelam a
dificuldade dos alunos para se inserirem em práticas extensionistas desenvolvidas
pela universidade.
O coordenador de extensão de curso vem adquirindo um papel relevante para
o fomento da extensão nos cursos. Este sujeito deve articular o ensino, a pesquisa e
a extensão, a fim de proporcionar aos alunos a interlocução entre teoria e prática,
promovendo a aproximação do corpo discente com a realidade social, além de
construir um espaço dialógico entre o saber acadêmico e o saber empírico. As
estratégias de mobilização que envolvem o corpo docente, as coordenações do
curso e do instituto e os alunos em ações de extensão, devem ser elaboradas com
todos os envolvidos neste processo para que a extensão tenha o alcance desejável.
O gráfico a seguir mostra a avaliação do atendimento do coordenador de
extensão feita pelos alunos.
104
GRÁFICO 28 Avaliação do corpo discente quanto ao atendimento do
coordenador de extensão do curso
Fonte: CPA – PUC Minas 2011
Segundo os dados, mais de 70,00% dos alunos avaliaram satisfatoriamente o
atendimento dos coordenadores de extensão dos cursos e 21,95% avaliaram esse
atendimento pouco satisfatório e insatisfatório.
As respostas dos alunos que participaram de ações extensionistas em 2011
seguem a mesma tendência da avaliação geral. Segundo as respostas deste
público, mais de 60,00% avaliaram positivamente o atendimento da coordenação de
extensão do curso, em contrapartida, 6,48% destes avaliaram-no negativamente.
11,08% não quiseram ou não souberam responder e 13,80% não utilizaram o
serviço da coordenação. Estes últimos resultados mostrados (24,88%) revelam que
muitos alunos extensionistas não fizeram uma interlocução com o coordenador de
extensão do seu curso.
O mesmo quadro se repete em relação à avaliação dos professores. 46,83%
dos respondentes avaliaram a coordenação de extensão dos cursos como excelente
e boa; 16,36% avaliaram-no como regular e quase 2,00% consideraram a sua
atuação ruim e péssima.
A preocupação da instituição com a formação humana e ética foi avaliada
positivamente por 64,74% dos alunos extensionistas e por 63,42% daqueles que não
participaram dessas ações. De um modo geral, a grande maioria dos respondentes
105
reconhece que a missão da instituição está presente em todas as dimensões da
formação superior, seja no ensino, na pesquisa ou na extensão.
A responsabilidade social da PUC Minas é uma dimensão consoante com
seus princípios e com a missão institucional, os quais fundamentam os projetos e
atividades didático-pedagógicas conferindo-lhes marca singular, e no processo de
aprendizado do aluno, produz saberes que estejam em consonância com os
princípios da instituição. Nesse sentido a universidade procura desenvolver ações e
projetos para oferecer uma formação profissional qualificada para o mercado de
trabalho, mas também para o desenvolvimento do aluno enquanto cidadão
comprometido ética e politicamente. A tabela a seguir mostra como os respondentes
avaliaram a preocupação da PUC Minas com a responsabilidade social.
Para análise deste quesito foi feito um comparativo entre as respostas dos
amostrados e aqueles que fizeram atividades de extensão. Do primeiro grupo, foram
analisadas 6485 respostas e do segundo grupo, 4982 respostas. A tabela a seguir
traz os dados comparativos:
TABELA 38
Avaliação do corpo discente quanto à responsabilidade social da PUC Minas
Responsabilidade Social
% do total de alunos % dos extensionistas
Excelente 27,42 28,36
Bom 28,45 26,01
Regular 20,89 21,24
Ruim 7,36 12,48
Péssimo 3,16 7,41
Não quero responder 1,25 3,25
Não sei responder 11,47 1,16
Total 100 100
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
106
Dos que avaliaram, a maioria considera a preocupação da PUC Minas quanto
à responsabilidade social boa, de um modo geral. Já 10,52% consideram-na ruim e
péssima. Os alunos que participaram de extensão seguiram a mesma tendência
geral, avaliando positivamente a preocupação da Universidade com a
responsabilidade social. 54,37% destes avaliaram como excelente e bom esse
quesito e 19,89% avaliaram-no como ruim e péssimo.
A articulação entre ensino, pesquisa e extensão contribui para que o aluno
tenha uma formação inovadora, e ao articular a teoria com a prática, ele pode, não
só fazer a reflexão destas duas dimensões, mas também construir metodologias
novas para sua atuação profissional. Sendo assim, as IES precisam estar atentas
para captarem os problemas e a dinâmica da sociedade, desenvolver ações
inovadoras, promover espaços de investigação e de intervenção, e assim, produzir
as inovações científicas, tecnológicas, culturais, sociais e políticas necessárias de
forma que o discente, ao apreender todo este conhecimento, torne-se um
profissional com competência técnica e princípios humanos e éticos. Para atingir
este objetivo, a promoção de atividades inovadoras, dentro da Universidade, deve
ser uma constante na formação do discente. 34,69% dos alunos que participaram de
ações extensionistas avaliaram esse quesito como excelente e bom; 22,70%
avaliaram-no quesito como ruim e péssimo; 18,33% desses alunos não souberam
avaliar este quesito.
O reconhecimento do diploma no mercado de trabalho foi avaliado
positivamente pela maioria dos alunos amostrados. Dos alunos extensionistas;
75,94% avaliaram positivamente esse aspecto. Esse quadro se repete entre os
alunos que não fizeram extensão, dos quais; 73,74% fizeram a mesma avaliação.
Este resultado demonstra que, na compreensão dos alunos, a PUC Minas continua
sendo uma universidade reconhecida pela sua qualidade do ensino.
Os dados apresentados foram extraídos dos questionários de avaliação
institucional realizada com 281 professores amostrados dos diversos
campi/unidades, institutos, faculdades e cursos.
Em relação as horas de dedicação em práticas extensionistas, 145
professores responderam a questão e 136 não a responderam. Dos respondentes,
55 professores disseram que têm horas de dedicação para extensão e 90 falaram
que não têm horas de dedicação. A tabela a seguir mostra os dados:
107
TABELA 39 Horas de dedicação de professores em
Projeto/Programa de Extensão
Horas de dedicação em extensão Total
n %
Não tem horas de dedicação 90 62,07
De 1 a 5 horas 44 30,34
De 6 a 10 horas 9 6,21
De 11 a 15 horas 1 0,69
Acima de 15 horas 1 0,69
Total 145 100
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
Em relação à titulação máxima dos professores extensionistas, 36 são
mestres, 15 são doutores e três professores são especialistas. Já em relação ao
seu regime de trabalho, aproximadamente 56,00% são de Regime Integral e Parcial
e em torno de 44,00% são professores aulistas.
No que se refere a tempo de trabalho na PUC Minas, pode-se observar que
cerca de 38,00% dos professores que realizaram práticas extensionistas têm até 10
anos de trabalho na Instituição, cerca de 30,00% dos professores têm de 11 a 20
anos de trabalho, e aproximadamente 25,00% são professores com 21 a 25 anos de
trabalho.
Em relação ao projeto pedagógico do curso, foi perguntado aos professores,
como avaliam o seu conhecimento sobre alguns quesitos, dentre eles, as ações de
extensão.
A tabela a seguir mostra os seguintes resultados:
108
TABELA 40 Nível de conhecimento do corpo docente quanto aos quesitos
dos Projetos Pedagógicos dos Cursos
Quesitos do Projeto Pedagógico de Curso
Muito bem
Bem Regularmente PoucoNão
conhece Total
% % % % % %
Atividade Complementares de Graduação (ACG)
33,85 28,40 23,74 9,34 4,67 100,00
Atividade de pesquisa 32,57 30,27 25,67 5,75 5,75 100,00
Atividades de extensão 28,52 29,69 29,30 7,81 4,69 100,00
Inserção da disciplina que leciono no projeto
70,38 20,38 5,77 1,54 1,92 100,00
Perfil do Egresso 33,72 32,95 21,07 6,90 5,36 100,00
Processos de Avaliação 52,90 34,36 10,04 1,16 1,54 100,00
Fonte: CPA - PUC Minas
87,50% dos respodentes disseram que muto bem a um conhecimento regular
das atividades de extensão. O índice de respostas dos professores que dedicaram
horas em práticas extensionistas também foi positivo, mais de 70,00% destes
professores têm um conhecimento muito bom das atividades extensionistas
previstas nos projetos pedagógicos dos cursos. Cerca de 14,00% dos professores
conhecem regularmente o quesito e cerca de 5,00% conhecem pouco as ações
extensionistas.
Quanto à avaliação que fazem da utilização dessas práticas como recurso
pedagógico, dos respondentes (professores extensionistas e não extensionistas),
27,80% avaliaram como excelente e bom, a utilização desses recursos pedagógicos;
25,48% como regular e 24,33% consideram ruim e péssimo. Embora este recurso
tenha sido bem avaliado por 53,28% dos respondentes, no conjunto dos recursos
pedagógicos utilizados pelos professores, essas práticas ficaram abaixo da
Integração com outras disciplinas e práticas investigativas.
3.2.4.4. Extensão nos cursos
A nova diretriz para extensão na PUC Minas determina a transferência da
execução da Política de Extensão para os cursos e institutos. A reestruturação da
109
Universidade com a criação dos institutos e faculdades possibilita melhor
acompanhamento dos núcleos temáticos da Proex, junto aos coordenadores de
extensão destes setores. Com a nova diretriz, os coordenadores de extensão de
instituto e cursos tornam-se protagonistas na condução das ações de extensão.
Para captar essa realidade, foi elaborado um instrumental em que as
coordenações de extensão de cursos de toda a PUC Minas pudessem avaliar como
está se efetivou em 2011, no âmbito dos cursos de graduação. O instrumental foi
encaminhado aos coordenadores. 32 professores preencheram-no e puderam
avaliar os vários aspectos da extensão nos seus respectivos cursos.
Com relação ao tempo em que se dedicaram à coordenação de extensão do
curso, a tabela a seguir mostra os valores:
TABELA 41 Tempo de dedicação à coordenação
de extensão de curso
Tempo n
Até 2 anos e meio 17
De 3 a 5 anos 12
Acima de 5 anos 3
Total 32
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
Os dados mostram que 53,12% dos respondentes estão nesta função até dois
anos e meio; 37,50% dos professores estão nesta função de três a cinco anos e
9,37% estão na coordenação a mais de cinco anos. A política de extensão na PUC
Minas trouxe avanços significativos para essa dimensão acadêmica. Ela vem
reforçar no contexto universitário a importância da extensão enquanto atividade fim
da universidade.
Para o coordenador de extensão de curso, a política prevê, no mínimo, 8
horas de dedicação para esta função. Entretanto, há de se considerar as
especificidades de curso, como a extensão está inserida e como se efetiva em cada
uma das especificidades do ensino na PUC Minas. Assim sendo, é possível
observar, a partir dos respondentes que a média de horas de dedicação à
coordenação de extensão no curso é de 4 horas e 30 minutos. Além disso, existe um
110
professor que dedica 10 horas para extensão do seu curso e dois professores que
dedicam uma hora a esta função. A carga horária dos demais se encontra na média.
A respeito das horas que os cursos disponibilizam para ações de extensão e
para a dedicação do coordenador, pode-se perceber que 53,13% dos respondentes
alegaram que as horas disponibilizadas pelo curso para a extensão, são canalizadas
para a dedicação do coordenador, não restando mais horas, além destas, para
realização de ações de extensão. Já 43,75% disseram que a coordenação do curso
disponibiliza horas para dedicação do coordenador de extensão e para realização de
ações de extensão.
Foi perguntado aos coordenadores se exerceram outras funções além da
coordenação de extensão de curso. A tabela a seguir mostra os seguintes
resultados:
TABELA 42 Outras funções além da coordenação
de extensão
Funções n
1 função 9
2 funções 10
3 funções 7
4 funções 1
Apenas lecionou disciplina (s) 5
Total 32
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
Os dados revelam que 84,38% dos respondentes assumiram outras tarefas,
além da coordenação de extensão, tendo que compatibilizar as ações da extensão
com outras demandas do curso. Apenas 1/6 dos respondentes puderam dedicar-se
integralmente a esta função.
Além da coordenação de extensão do curso, a função que mais apareceu foi
a de coordenador de ações extensionistas. Aproximadamente 53,00% dos
professores marcaram esta função. Em segundo lugar estão os cargos de
Coordenação de Grupos de Estudo e/ou Pesquisa e Membro do Colegiado, com
15,63% cada um. Em terceiro lugar estão as funções de Coordenação de estágio e
111
Membro do Núcleo Docente Estruturante (NDE), com 12,50% cada uma. O gráfico a
seguir, apresenta os dados referentes às ações realizadas no curso em 2011:
GRÁFICO 29 Ações de extensão desenvolvidas nos cursos
Fonte: CPA – PUC Minas 2011
Segundo este gráfico, em torno de 35,00% dos respondentes afirmaram que
as ações desenvolvidas pelo curso receberam apoio da PUC Minas e de parceiros
externos; 31,00% disseram que elas receberam recursos dos setores internos à
Universidade (cursos, institutos e Proex); 12,50% dos respondentes afirmaram que
as ações realizadas em 2011 receberam fomento somente da Proex; 6,25%
receberam recursos de órgãos públicos e entidades da iniciativa privada. As ações
executadas sem nenhum apoio foram mencionadas por 6,25% dos respondentes.
Em torno de 3,00% dos respondentes disseram que o curso ou instituto não realizou
ações extensionistas.
Os dados mostram que as práticas extensionistas estão sendo executadas
em praticamente todos os cursos da Universidade. A maioria dos respondentes
(90,00%) afirmaram que as ações receberam fomento de parceiros. Os atores
externos à PUC Minas deram sua contrapartida para que a extensão pudesse ser
viabilizada nos cursos em 2011. 40,63% dos respondentes declararam a
participação de instituições da sociedade no fomento das práticas extensionistas, no
ano que passou. 27,00% afirmaram que essas práticas foram fomentadas pela PUC
Minas, seja via Proex, cursos ou institutos.
112
Foi solicitado que os professores quantificassem as ações de extensão
realizadas pelos cursos, em 2011, sem vínculo com o edital da Proex. Foram
mencionadas 217 ações sem vinculação ao edital. Este resultado mostra que os
cursos desenvolvem ações de extensão, para além do edital, porém elas não estão
mapeadas e registradas no sistema da Proex.
Perguntou-se aos coordenadores sobre as origens das ações de extensão
realizadas pelos cursos. Os dados são os seguintes: 81,00% dos coordenadores
responderam que essas ações surgiram a partir de um diagnóstico da realidade
social; 75,00% disseram que elas originaram-se nas disciplinas curriculares e
estavam vinculadas às mesmas; pelo menos 25,00% afirmaram que essas ações
são frutos de um projeto de pesquisa; aproximadamente 3,00% dos respondentes
destacaram que as práticas extensionistas surgiram a partir de uma parceria externa
e articulação com outros cursos e com a Proex; o mesmo índice de respondentes
afirmou que essas práticas surgiram com as mudanças implementadas no projeto
pedagógico e com a criação de uma disciplina extensionista no curso.
No que tange a validação das ações extensionistas para certificação dos
alunos, a tabela a seguir traz os seguintes resultados, os quais mostram como a
extensão se vincula ao ensino:
TABELA 43
Validação das ações extensionistas
Práticas pedagógicas %
Atividade complementar 93,75
Campo de estágio 28,13
Atividades acadêmicas de disciplina 3,13
Outro 3,13
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
Em relação às contribuições das práticas extensionistas para atenderem às
diversas demandas sociais, em articulação ou não com as políticas públicas, a
tabela mostra os dados:
113
TABELA 44 Articulação das ações extensionistas realizadas nos cursos
com as políticas públicas
Formas de atuação das ações de extensão n %
Atendeu(ram) demandas de uma comunidade específica, sem vinculação com as políticas públicas
25 78,13
Realizou(ram) pesquisas, levantamentos e diagnósticos, com vistas à formulação e avaliação das políticas públicas
17 53,13
Atuou(aram) nos espaços de controle social e defesa de direitos 16 50,00
Desenvolveu(ram) ações que estejam relacionadas à cultura 14 43,75
Foi(ram) articulada(s), com vistas à criação de novas metodologias que subsidiem a gestão ou a execução das políticas públicas
7 21,88
Atendeu(ram) demandas de empresas privadas 6 18,75
Atuou(aram) na capacitação de profissionais do âmbito das políticas públicas
6 18,75
Outro 1 3,13
Fonte: CPA - PUC Minas 2011 Obs: A questão comportou mais de uma resposta
A grande maioria dos professores disse que foram realizadas práticas
extensionistas articuladas com as políticas públicas, sejam atuando na capacitação
de profissionais das áreas, no diagnóstico e pesquisas que subsidiem essas
políticas, ou até mesmo na construção de novas metodologias para gestão das
mesmas. 20 professores destacaram que, de alguma maneira, as ações estavam
articuladas com as políticas públicas. Seis professores disseram que as ações do
seu curso não estavam articuladas com as políticas, mas atuaram no controle social,
os outros seis professores afirmaram que as ações desenvolvidas pelos cursos não
tiveram nenhuma articulação com as políticas nem atuaram nos espaços de controle
social.
Em relação à nova diretriz para extensão na PUC Minas, que determina a
transferência da execução das atividades extensionistas para os cursos e institutos,
a tabela a seguir mostra os resultados:
114
TABELA 45 Mudanças ocorridas com a extensão nos cursos,
em função da nova diretriz
Mudanças ocorridas com a extensão nos cursos, em função da nova diretriz.
n
Promoveu a integração da extensão com o ensino e com a pesquisa. 23
Ampliou e fortaleceu o conceito de extensão como atividade fim da universidade, vinculada ao ensino e à pesquisa, visando promover uma relação transformadora entre a universidade e a sociedade.
19
Resultou num aumento da participação dos alunos nas ações extensionistas.
19
Promoveu maior envolvimento da coordenação e do colegiado na extensão.
17
Foi ou está sendo realizado um diagnóstico para levantamento das especificidades de cada curso ou instituto, a fim de se conhecer melhor a realidade local, e assim, criar ações que promovam a extensão nesses espaços.
13
Foram ou estão sendo definidas linhas prioritárias de extensão no projeto pedagógico a fim de que a mesma se efetive no curso ou instituto.
13
Promoveu aumento das ações de extensão a serem executadas pelo curso ou instituto.
12
Provocou maior interesse dos docentes pelas ações extensionistas. 7
Provocou aumento do investimento financeiro do curso ou instituto para extensão
5
Criação e implementação de uma disciplina de extensão no projeto pedagógico do curso.
1
Não tenho conhecimento da nova diretriz para extensão. 1
Outro 1
Fonte: CPA - PUC Minas 2011 Obs.: A questão comportou mais de uma resposta
A nova diretriz para extensão define que a execução de práticas
extensionistas será de responsabilidade dos cursos e institutos. A Proex e seus
núcleos temáticos realizarão as funções de gestão dessas ações, orientando e
115
acompanhando a sua execução. Dentre as mudanças ocorridas com a extensão nos
cursos, em função da nova diretriz, merece destaque, a resposta de 37,50% dos
coordenadores quando afirmam que houve o aumento do número de ações de
extensão a serem executadas pelo curso ou instituto, e apenas 15,63% dos
coordenadores destacaram que houve aumento de recursos financeiros para sua
realização, ou seja, menos da metade do percentual anterior. É perceptível que a
extensão ao ser transferida para os cursos, aumentaria as demandas destes com
essa dimensão acadêmica, todavia os recursos financeiros ainda não
acompanharam, efetivamente, a dinâmica desse processo.
Em levantamento realizado junto à Assessoria Técnico-Acadêmica da Proex,
no que se refere à criação de linhas prioritárias de extensão nos Projeto Pedagógico
dos cursos, foi possível coletar informações referentes às formas como alguns
cursos já estão prevendo a extensão em seus Projetos Pedagógicos. Seguem
alguns exemplos11:
a) Curso de Psicologia de Arcos: este curso compreende que as práticas
extensionistas são concebidas como práticas acadêmicas realizadas nas disciplinas
que compõem o currículo do curso. Estas podem ser de caráter interdisciplinar ou
não, e estar articuladas ou não a práticas investigativas ou demais modalidades de
ações extensionistas. Para este curso, o diferencial desse tipo de prática é o
compromisso com a transformação da realidade social, tanto para alunos quanto
para o público alvo. Estas práticas pretendem ainda identificar demandas
educacionais e sociais existentes na comunidade além de abrir espaços para a
construção de projetos extensionistas. O Curso realizará práticas extensionistas,
enquanto atividades formadoras, onde os professores darão orientação aos alunos
no trabalho de campo, com destaque para o contato com a comunidade e a
identificação de demandas sociais; na elaboração de relatórios e de outros produtos
acadêmicos. Essas práticas devem constituir estratégia de ensino em todas as
disciplinas, como prática pedagógica de ensino e de aprendizagem no processo de
formação. Estas poderão ocorrer nas disciplinas, a critério do professor e as
mesmas deverão estar previstas nos planos de ensino de cada disciplina. Pensando
na indissociabilidade entre ensino/pesquisa/extensão as práticas extensionistas
11 As informações referentes a esses cursos foram extraídas dos respectivos projetos pedagógicos.
116
estão previstas, como atividade obrigatória, nas seguintes disciplinas do Curso:
Teorias do Desenvolvimento da Criança; Psicologia e Políticas Públicas; Psicologia
Educacional/Escolar; Psicologia da Vida Adulta e da Velhice; Orientação Profissional
e Estágio Supervisionado: pesquisa e extensão.
b) Ciência da Computação e Engenharia da Computação do Instituto de
Ciências Exatas e Informática: para estes cursos, a adoção de práticas
extensionistas, tem como objetivo, dentro da sua área de formação, fornecer ao
aluno uma visão da importância dos avanços tecnológicos para as relações sociais.
Introduzir o aluno às preocupações individuais e sociológicas suscitadas pelo
advento da Informática. Analisar as perspectivas para o futuro das sociedades
automatizadas. Discutir com os alunos a influência do computador sobre a
mentalidade dos programadores e usuários. Realizar diversas atividades na
comunidade de modo a promover o acesso participativo e universal do cidadão às
novas tecnologias da informação e comunicação. Com vistas à operacionalização
das práticas extensionistas em informática na disciplina “Computadores e
Sociedade”, propõe-se o “Regimento das práticas extensionistas em informática”,
que contemplam de maneira estruturada, “práticas de diagnóstico das demandas da
comunidade por conhecimento e recursos da tecnologia da informação;
planejamento das ações extensionistas; intervenção na comunidade e avaliação da
intervenção.”
c) Curso Superior de Tecnologia de Design de Interiores do campus Poços
de Caldas: o Projeto Pedagógico do curso prevê como “as disciplinas de Projeto
Prático Científico devem fomentar e permitir a execução de práticas extensionistas
realizando a interlocução com projetos extensionistas desenvolvidos no campus
Poços de Caldas e a articulação com a comunidade atendendo demandas vindas
dos diferentes setores da sociedade – organizações públicas, privadas e não
governamentais. Parte-se do princípio de que a produção do conhecimento ocorre
através da retroalimentação entre os saberes produzidos no ambiente acadêmico e
na sociedade”.
117
d) Curso Superior de Tecnologia em Logística da unidade do Barreiro: as
atividades desenvolvidas nas disciplinas “Projeto em Logística I, II e III” do Curso
Superior de Tecnologia em Logística têm como objetivo auxiliar o desenvolvimento
das competências necessárias ao aluno visando seu preparo para atuação no
mundo do trabalho. Através dessas disciplinas o curso proporciona ao aluno a
oportunidade de participar de atividades práticas relacionadas a sua formação, tais
como atividades de extensão e práticas investigativas que proverão aos alunos os
conteúdos para desenvolvimento dos Projetos. Os referidos Projetos, que
constituem prática investigativa multidisciplinar, buscam a integração entre as
disciplinas por meio da evidenciação de seus conteúdos teóricos nas práticas
cotidianas de organizações empresariais. Serão elaborados de forma a contemplar
os conteúdos das disciplinas profissionalizantes, sendo desenvolvido a partir do
segundo módulo, de acordo com as ênfases específicas dos respectivos módulos.
Assim, permitirão ao aluno, ao final do curso, uma visão ampla, sistêmica e
integrada das principais atividades logísticas que permeiam a Cadeia de
Suprimento. A definição dos produtos ou cadeias produtivas alvo dos referidos
Projetos será feita a partir da orientação de professores do curso, da experiência
profissional do aluno ou ainda de seu interesse no desenvolvimento de
competências específicas. Cabe, portanto, enfatizar que a proposta das disciplinas
de Projeto em Logística I, II e III pretende estabelecer um elo efetivo entre o ensino,
a pesquisa e a extensão, incorporando ao Projeto Pedagógico do curso a evidência
da busca da indissociabilidade entre essas três áreas, sustentada e incentivada pela
Lei de Diretrizes e Bases (Lei n. 9.394/1996), que propõe, entre seus princípios
fundamentais, o fortalecimento da articulação entre teoria e prática, o estímulo às
práticas de estudo independente e o incentivo a sólida formação geral.
O quadro de funcionários da PUC Minas, em relação à participação do setor
em extensão universitária, tem-se os seguintes resultados: 30,45% destes estão
localizados em setores que se dedicam a extensão e 69,55% disseram que seu
setor de trabalho não está envolvido com esta dimensão.
No que se refere a participação em projeto/programa de extensão, em 2011,
17,60% destes disseram que participam de ações de extensão e 82,40% não
participam.
118
3.3. A RESPONSABILIDADE SOCIAL DA INSTITUIÇÃO
Uma Instituição de Educação Superior (IES) deve estar em sintonia com a
realidade do mundo que a cerca, dos problemas do país e das questões sociais e
econômicas da região onde está localizada. Além da função de formar profissionais
qualificados para enfrentar as necessidades do mercado de trabalho, uma IES deve,
também, formar cidadãos eticamente responsáveis e estar comprometida com as
transformações que assinalam conquistas democráticas. Assim, a PUC Minas, em
seu Projeto Pedagógico Institucional, ao estabelecer premissas para a formação na
Universidade, prevê que não deve se submeter apenas ao mercado de trabalho,
mas também assumir compromissos “com os princípios relativos à promoção de
justiça social, da paz, da preservação do meio ambiente, do desarmamento, da
solidariedade e respeito entre os povos [...]” (PDI, 2007. p. 19), reconhecendo a
responsabilidade que tem, como instituição educacional, para com a sociedade.
O Projeto Pedagógico Institucional da PUC Minas busca manter-se na
vanguarda para sustentar a excelência quanto à qualidade de sua atividade-fim,
buscando evidenciar na educação que promove “o compromisso com a realidade
social brasileira em suas relações com o contexto internacional e formação
humanista para o exercício profissional como dimensão da cidadania” (PDI, 2007. p.
20).
A preocupação de conduzir suas atividades de maneira que se torne
corresponsável pelo desenvolvimento da sociedade está evidente na Missão da
PUC Minas, que almeja “[...] contribuir para a formação ética, solidária e de
profissionais competentes humana e cientificamente, mediante a produção e
disseminação do conhecimento, a integração entre a universidade e a sociedade”
(PDI, 2007. p. 18). Neste contexto, para que se construa a formação humanística
proposta pela Universidade, tais ideais devem estar incutidos nas atividades e nas
relações sociais da Instituição em sua totalidade e nos próprios projetos
pedagógicos dos cursos.
Assim, para que se pudesse avaliar as ações de responsabilidade social que
a Instituição promove e como estas estão comprometidas com a comunidade interna
e externa, buscou-se, inicialmente, conhecer como os setores desenvolvem projetos
de natureza social, voltados para a inclusão social de pessoas com necessidades
119
especiais, a qualidade de vida da população local e regional; a efetivação dos
direitos humanos e a promoção da cidadania.
Para desenvolver o potencial da responsabilidade social que lhe cabe, a PUC
Minas busca organização e melhoria da oferta de bolsas de estudo; qualidade dos
processos de seleção de docentes; democratização do acesso ao Ensino Superior;
inclusão de pessoas com necessidades especiais, entre outras medidas. Neste
relatório será dada maior ênfase às ações de cunho social promovidas pela
Secretaria de Cultura e Assuntos Comunitários, com o intuito de compreender as
ações de responsabilidade social voltadas ao público interno.
Além disso, o presente relatório é sistematizado de tal forma a apresentar,
após análise documental e análise dos questionários, o conjunto de ações voltadas
à compreensão das atividades de responsabilidade social desenvolvidas nestes
setores.
3.3.1. A Secretaria de Assuntos Comunitários (SECAC)
A Secretaria de Cultura e Assuntos Comunitários (SECAC) integra uma série
de reformas estruturais realizadas com o intuito de adequar a Instituição aos
desafios dos tempos atuais. Tem como objetivo desenvolver o atendimento social
ao público interno e a ampliação de ações culturais e de patrimônio histórico natural.
Por meio dessa estrutura, busca-se a sistematização dos procedimentos dos
segmentos que integram a Secretaria, objetivando maior identificação das políticas
comunitárias e culturais com os princípios que norteiam a PUC Minas, bem como a
racionalização e a otimização dos recursos disponíveis.
Para atender aos desafios propostos, a SECAC atua em dois eixos: um,
orientado para a assistência comunitária, no seu sentido amplo, exercido pelo Apoio
Comunitário, pelo NAI e pela Pastoral Universitária. O outro, orientado para a
cultura, cabe, de maneira especial, aos segmentos PUC TV, Escola de Teatro,
Grupo de Teatro Filhos da PUC, Museu, Coral, exposições, seminários,
videoconferências, publicações, etc. Neste particular, atua também a Pastoral,
fazendo a convergência dos dois eixos de atuação.
120
3.3.1.1. Divisão de Apoio Comunitário
Conforme informações da Secretaria de Cultura e Assuntos Comunitários
(SECAC), compete à Divisão de Apoio Comunitário (DAC) implementar, coordenar e
executar políticas assistenciais destinadas à comunidade acadêmica, dando
prioridade aos grupos menos favorecidos, buscando garantir os recursos financeiros
que possibilitem a permanência de alunos carentes na Universidade. Assim, a DAC
é o setor responsável pela operacionalização de algumas das modalidades de
bolsas de estudos e financiamento estudantil e está presente em todas as unidades
da PUC Minas. São linhas de atuação da Divisão de Apoio Comunitário:
a) Programas de concessão de bolsas e financiamento estudantil:
Programa Universidade para Todos – PROUNI: criado pelo Governo Federal
em 2005, por intermédio da Lei nº 11.096, o programa tem concedido bolsas
de 50% e 100%, tendo sido beneficiados, em 2010, 10.862 e, em 2011,
11.465 alunos12.
Bolsa Institucional: estabelecida pela PUC Minas no 1º semestre de 2007. O
benefício destina-se a calouros que não se enquadrem nos critérios do
PROUNI. Em 2010 foram concedidas 2.743 e, em 2011, 2511 bolsas13.
Financiamento Estudantil MEC/Fundo de Financiamento estudantil (Fies) por
meio desse programa, mantido pelo Governo Federal, foram beneficiados,
em 2010, 7118 alunos e, em 2011, 8.525 alunos.14
Crédito Educacional Rotativo Especial: para alunos em situação de
inadimplência com a Universidade e em situação de carência
socioeconômica. Modalidade de financiamento instituída em 2005 pela PUC
Minas com o objetivo de possibilitar aos alunos a quitação de seus débitos e
a continuidade de seus estudos. Em 2010 foram beneficiados 195 alunos e,
em 2011, 149 alunos15.
b) Atendimento e acompanhamento de alunos e funcionários:
12 Dados coletados junto ao Setor de Bolsas, março 2012 13 Idem, Idem 14 Dados fornecidos pelo Setor de PROGEF/CER-FIES, março 2012 15 Idem, Idem.
121
Acompanhamento de alunos bolsistas da PUC Minas e do Prouni;
Atendimento a alunos e funcionários;
Suporte ao Núcleo de Apoio à Inclusão de Alunos com Necessidades
Educacionais Especiais (NAI).
Outra linha de atendimento e acompanhamento a alunos e funcionários é a
que acolhe as dúvidas sobre os procedimentos em relação a bolsas de estudos. Tais
atendimentos visam, num trabalho de escuta, buscar alternativas, dar assistência e
suporte aos diversos problemas em relação aos benefícios.
Atualmente, a DAC participa, ao lado de outros setores da SECAC e também
do ICBS, do Instituto de Psicologia e da Proinfra, da implementação do Programa
Qualidade de Vida, que busca, por meio de palestras e conferências, dentre outras
atividades, levar à comunidade acadêmica discussões sobre temas relacionados à
saúde e ao bem-estar.
A DAC desenvolve, ainda, o Programa Primeiro Caminho, cujo objetivo é o de
contribuir para a formação ética e qualificação profissional dos menores aprendizes
da Cruz Vermelha. Para isso, conta com o apoio de professores, funcionários e
alunos da PUC Minas.
3.3.1.2. Núcleo à Inclusão a Alunos com Necessidades
Educacionais Especiais (NAI)
“A inclusão do aluno com necessidades educacionais especiais na PUC
Minas é um compromisso institucional” (Relatório de Responsabilidade Social da
PUC Minas. 2009 p. 9). Nesse âmbito, o Núcleo de Apoio à Inclusão, (NAI), criado
em 200416, objetiva o atendimento, em todas as unidades e campi da PUC Minas,
aos alunos com necessidades associadas às deficiências visual, auditiva e
locomotora. Sua missão é articular e coordenar as ações que vários setores e
órgãos da Universidade desenvolvem, com vistas ao atendimento aos discentes nas
suas dificuldades de natureza didático-pedagógica ou de acessibilidade. Para tanto,
disponibiliza recursos especializados como ledores e copistas, intérpretes de Libras,
16 Portaria R/Nº 011/2004
122
textos digitalizados e gravados, apoio didático-pedagógico a docentes e discentes,
dentre outros.
O trabalho do NAI tem-se consolidado de maneira significativa, podendo ser
mencionados, entre outros, os seguintes esforços: realização do “Programa de
Reuniões Técnicas”, destinado à discussão de temas referentes à educação de
alunos com deficiência, e do “Programa Anual de Qualificação de Intérpretes”, cujo
objetivo é avaliar e aperfeiçoar a interpretação; implementação da “Oficina de Língua
Portuguesa” para alunos surdos; elaboração da “Cartilha do NAI”, com depoimentos
de alunos e professores da PUC Minas sobre o processo de aprendizagem;
promoção de “Encontro de Instituições de Ensino Superior Inclusivo”, com
programação focada nos suportes pedagógicos e adaptações curriculares
necessários aos alunos com deficiência, e a elaboração de Dicionário Temático de
Libras, premiado pelo CNPq.
Para além das ações no âmbito do próprio Núcleo, o NAI estabeleceu
parceria com a Pró-reitoria de Recursos Humanos (PRORH) para a realização do
Projeto Inclusão no Trabalho. O Projeto objetiva dar prioridade à contratação, no
quadro de funcionários da PUC Minas, de alunos com deficiência cadastrados no
NAI, contribuindo, também por essa via, com a inclusão social. A tabela a seguir
registra o comparativo de dados de atendimento do setor nos anos 2009, 2010 e
2011.
TABELA 46 Atendimento a Pessoas com Necessidades
Especiais
Período
Tipo de Deficiência
Total
Auditiva Física Visual
2009 38 76 45 159
2010 39 86 64 189
2011 83 114 81 278
Fonte: NAI PUC Minas 2011
123
Observa-se que, em 2011, houve um acréscimo significativo de atendimento a
pessoas com necessidades especiais quando se compara aos dois últimos anos.
O NAI reconhece investimentos já feitos pela Universidade no que se refere à:
a) acessibilidade arquitetônica para pessoas com deficiência física; b) acessibilidade
digital para pessoas com deficiência visual; c) acessibilidade comunicacional para
pessoas com deficiência auditiva.
A coordenação de Apoio Comunitário presta assistência aos membros da
comunidade universitária, apoiando e estimulando programas que busquem uma
maior integração dessa comunidade. Dentre suas atribuições, também está a gestão
das políticas de concessão de benefícios e de financiamento escolar para os alunos
carentes da Universidade.
O Apoio comunitário é responsável, ainda, pela operacionalização do Projeto
Primeiro Caminho. Este projeto, fruto de uma parceria com a Pró-reitoria de
Recursos Humanos e a Cruz Vermelha, destina-se a promover acolhimento
adequado aos adolescentes da Cruz Vermelha que atuam na Universidade,
franqueando a eles um elenco de atividades culturais, socioeducativas e de iniciação
profissional, formação ética e profissional desses.
Entende-se que cabe à Universidade garantir a permanência confortável e
produtiva ao aluno que conquista o acesso ao ensino superior, conforme determina
a Portaria do MEC Nº 3284 de 2003.
Dentre as estratégias de intervenção desenvolvidas pelo NAI, destacam-se as
seguintes:
a) Identificação dos alunos com necessidades educacionais especiais que
procuram o ingresso na PUC, desde a fase do Vestibular;
b) Apoio especializado a este aluno, de forma a assegurar o seu percurso
escolar universitário;
c) Apresentação de recursos pedagógicos, metodológicos e tecnológicos
alternativos aos professores destes alunos, visando facilitar a sua
convivência, bem como o seu processo de ensino-aprendizagem;
d) Suporte à implantação de medidas de acessibilidade nos campi da PUC
Minas, de forma a permitir o acesso destes alunos aos vários espaços
acadêmicos;
124
e) Desenvolvimento de pesquisas permanentes sobre os avanços referentes às
tecnologias que possam facilitar a inclusão dos alunos na Universidade;
f) Seleção, orientação e coordenação de estagiários, monitores e bolsistas
interessados neste campo de atuação.
g) Promoção de eventos informativos e de sensibilização para alunos e
profissionais interessados.
3.3.1.3. Pastoral Universitária
Implantada em 2006 em todas as unidades e campi da Universidade, a
Pastoral objetiva, conforme seu regulamento, contribuir para a “realização da missão
da PUC Minas, especialmente na promoção do desenvolvimento humano e social
dos alunos, professores, funcionários e comunidade”. Em outubro de 2008,
incorporada pela SECAC e considerada como um dos seus eixos de atuação, a
Pastoral iniciou trabalho de aproximação com o Apoio Comunitário e com o NAI,
objetivando facilitar as ações voltadas ao seu objetivo maior, com especial destaque
ao atendimento de necessidades pessoais dos membros da comunidade
universitária.
Nesse contexto, estão implantados, em parceria com a Pró-reitoria de
Extensão – Proex, com a Secretaria de Comunicação, além de outros setores da
SECAC e da PUC Minas, inúmeros trabalhos nas unidades e campi. Dentre eles,
Projeto “Beira Linha”; o “Dia da Solidariedade PUC Minas”; Projeto “Lições da Terra”;
Programa PUC TV sobre projetos de Solidariedade; Campanha da Fraternidade;
Projeto “Outras Margens”; debates sobre diversos temas, procurando estabelecer
um diálogo entre ciência, fé e cultura, além de celebrações eucarísticas e
ecumênicas, tardes e dias de espiritualidade para professores, funcionários e
alunos, oficinas de oração, acolhida dos calouros, atendimentos individuais de
confissão, aconselhamento espiritual, atendimento aos doentes e exéquias.
A Pastoral atua em comunhão efetiva com os demais projetos da própria
universidade (ensino, pesquisa e extensão), articulando pessoas, Instituição e
sociedade tendo em vista a construção de um mundo mais justo e mais humano.
Sendo presença da Igreja no mundo universitário, ela é parte integrante da Pastoral
125
de Conjunto da Arquidiocese de Belo Horizonte e demais dioceses onde a PUC
Minas está presente.
Quatro linhas mestras norteiam o trabalho da Pastoral na Universidade. São
elas:
a) Evangelização dialogal, reconhecendo toda atividade que promove valores
como a dignidade humana, a cidadania e a ética e criando espaços de
trabalho conjunto com essas iniciativas;
b) Serviço aos mais necessitados, dentro da perspectiva da opção preferencial
pelos pobres, numa atitude de mútuo aprendizado e colaboração;
c) Testemunho de vida, comunhão e serviço, a partir da espiritualidade cristã;
d) Anúncio da mensagem cristã, com abertura ecumênica e inter-religiosa, a fim
de que cada um, de acordo com sua realidade, encontre algo de definitivo
para o sentido de sua vida.
TABELA 47 Avaliação da Participação do corpo discente
em atividades da Pastoral
Participação Total
%
Sim 4,65
Não 92,47
Não quero responder 1,53
Não sei responder 1,35
Total 100,00
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
Os alunos respondentes afirmaram participar pouco das atividades da
Pastoral, seja por falta de disponibilidade de tempo (29,04%), por falta de interesse
(24,83%), por falta de conhecimento (21,11%) ou por outros motivos (25,02%).
Somente 4,65% afirmaram participar das atividades promovidas pela Pastoral
universitária. Ao serem questionados sobre as atividades pastorais das quais haviam
participado, a maioria dos alunos (71,39%) respondeu que não sabe ou não quer
responder. As atividades da pastoral tiveram participação assim distribuída: Missa
126
de Formatura (9,37%), Missa/Celebração ecumênica (7,10%), Campanha da
Fraternidade (4,89%), Campanha da Solidariedade (3,87%) e, por fim, Crisma
(3,38%). Os professores (80,15%) afirmaram não participar das atividades da
pastoral por motivos variados, mas grande parte por falta de disponibilidade de
tempo. As atividades das quais os professores mais participaram foram a Campanha
da Fraternidade e a Missa/Celebração ecumênica.
TABELA 48 Motivos da não-participação do corpo discente
em atividades da Pastoral
Motivos %
Não, por falta de conhecimento 21,11
Não, por falta de disponibilidade de tempo 29,04
Não, por falta de interesse 24,83
Não, por motivos religiosos/filosóficos 8,20
Não, por outro motivo 16,82
Total 100,00
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
Os professores, em sua maioria (80,15%), afirmaram não participar das
atividades da pastoral, como se pode verificar na tabela a seguir.
TABELA 49 Participação do corpo docente em
atividades da Pastoral
Participação Total
%
Sim 19,85
Não 80,15
Total 100,00
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
127
Os motivos da não participação podem ser visualizados na tabela 50. Verifica-
se que grande parte dos docentes não participa por falta de disponibilidade de
tempo.
TABELA 50 Motivos da não-participação do corpo docente
em atividades da Pastoral
Motivos Total
%
Não, por falta de conhecimento 5,71
Não, por falta de disponibilidade de tempo 29,52
Não, por motivos religiosos/filosóficos 3,81
Não, por outros motivos 57,62
Não, pro falta de interesse 3,33
Total 100,00
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
As atividades das quais os professores mais participaram foram a Campanha
da Fraternidade e de Missa/Celebração ecumênica.
TABELA 51 Atividades da Pastoral das quais participaram
corpo docente
Atividades da Pastoral n
Campanha da Fraternidade 159
Campanha da Solidariedade 132
Crisma 28
Missa de Formatura 114
Missa/Celebração Ecumênica 148
Não Participo 32
Outro evento ou atividade da Pastoral 51
Total 664
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
128
3.3.1.4. Coordenadoria de atividades artísticas e culturais
A Coordenadoria de Atividades Artísticas e Culturais tem seu trabalho inserido
no processo de formação da comunidade acadêmica em geral, visando ao
desenvolvimento das habilidades artísticas e de competências para o trabalho com a
cultura. Essa ação é também estendida para o público externo à Universidade,
dentro da perspectiva da responsabilidade social para com o seu entorno. Assim,
realiza exposições, oficinas culturais, circuito de arte cênica e produção de
videoconferências acerca de temas científicos e culturais.
Além dos aspectos apontados, a Coordenadoria também participa da gestão
do patrimônio histórico, do acervo artístico e dos espaços culturais da Universidade,
em conjunto com outras áreas interessadas. Cabe à Coordenação de Atividades
Artísticas e Culturais planejar e supervisionar a diversidade de manifestações
culturais da Universidade. Destacam-se entre elas:
3.3.1.4.1. PUC TV
A PUC TV entrou no ar em setembro de 1998, através da Lei 8977, de 6 de
janeiro de 1995, conhecida como Lei da Cabodifusão. O objetivo da PUC TV é
oferecer uma programação que privilegia o ensino, a pesquisa e a extensão com a
exibição de conteúdos que se destacam pela experimentação de novas linguagens e
formatos. O compromisso com a promoção da cultura e da cidadania perpassa a
programação da PUC TV que busca socializar o saber produzido na Universidade,
aproximando a academia da sociedade.
Os programas são desenvolvidos por estagiários e trainees da PUC Minas,
sob a coordenação de professores e profissionais de Comunicação. A experiência
na PUC TV tem um papel importante na formação ética, técnica e estética dos
estudantes de Comunicação Social que encontram nessa experiência uma
oportunidade para desenvolver a prática profissional aliada a uma reflexão crítica
sobre o fazer comunicacional.
A PUC TV produz, por semana, cerca de quarenta horas de programação que
coloca em pauta os mais diversos temas. A grade da emissora é composta por
129
programas diários, como o Espaço PUC, programas semanais, quinzenais e
mensais.
A PUC TV, emissora universitária da Pontifícia Universidade Católica de
Minas Gerais, é Sede do Canal Universitário de Belo Horizonte, transmitido pelo
cabo, através da NET (canal 12) e da WAY (canal 14). O canal reúne, ainda, as
produções de outras duas instituições: UFMG e UNI-BH.
3.3.1.4.2. Escola de teatro
A Escola de Teatro PUC Minas, desde sua criação em janeiro de 2006,
oferece o Curso Processo Profissionalizante – formação de nível técnico para
capacitação profissional em convênio com o Sindicato dos Artistas e Técnicos em
Espetáculos de Diversões do Estado de Minas Gerais (SATED-MG) e desenvolve
atividades nas áreas de iniciação para crianças, adolescentes e adultos, preparação
artística e pedagógica, pesquisa e criação, proporcionando aos estudantes e ao
público em geral um rico painel que contempla as tendências mais significativas do
teatro contemporâneo.
Os cursos são ofertados pela manhã, à tarde e à noite por meio de um
qualificado corpo docente – todos atuando de modo destacado no cenário artístico e
cultural de Minas Gerais. As montagens são levadas à cena em curtas temporadas,
ao final de cada semestre, para um grande público convidado, no palco experimental
do Espaço PUC Minas de Teatro, situado à Rua Sergipe nº 790.
3.3.1.4.3. Museu de Ciências Naturais
A SECAC, no intuito de contribuir para o desenvolvimento científico e cultural
da humanidade, mantém o Museu de Ciências Naturais, depositário de acervo de
fósseis valiosos e únicos, com consistente programa de educação ambiental para o
público em geral, incluindo programa de exposições e de conferências.
A equipe do Museu é composta de profissionais qualificados e de estudantes
universitários que participam de diversos projetos. O Museu é um espaço
interdisciplinar da Universidade que complementa sua extensão de serviços à
comunidade. No acervo do Museu encontra-se uma das principais coleções de
130
mamíferos fósseis da América do Sul, além de coleções da fauna brasileira atual de
mamíferos, aves, répteis e anfíbios, com especial destaque para as espécies do
cerrado. A equipe do Museu desenvolve pesquisas nas áreas de paleontologia,
zoologia e conservação da natureza.
A missão do Museu é promover o interesse dos visitantes pelas ciências
naturais, por meio de exposições, educação e pesquisa. É objetivo do Museu,
preservar o patrimônio natural, histórico e cultural do Brasil.
No quadro a seguir, é possível verificar o número de visitantes no ano, por
tipo de público. O1º semestre de 2011 teve um aumento de 30% no número total de
visitantes, proporcionado pelo crescimento do número de alunos de escolas públicas
e de visitantes isentos.
TABELA 52 Visitas ao Museu de Ciências Naturais da PUC Minas
Público externo Visitas
2º semestre 2010
1º semestre 2011
Alunos de escolas particulares 3.500 3.319
Alunos de escolas públicas 7.603 12.955
Visitas isentas¹ 3.300 7.890
Atividades Educativas e Férias no Museu 276 -
Professores acompanhantes 1.025 1.475
Visitantes individuais 5.665 2.318
Total 21.369 27.957
¹ Público menos de 5 anos e maior de 60 anos; alunos, funcionários da PUC Minas
Fonte: Museu de Ciências Naturais 2011
3.3.1.4.4. Atividades culturais oferecidas pela PUC Minas Virtual
A PUC Minas Virtual produz uma média de oito horas mensais de material
audiovisual constituído principalmente de palestras e conferências que é distribuída
em duas séries;
a) Pensadores – Nesta série, professores e estudiosos falam sobre a trajetória
pessoal e profissional de pensadores das mais diversas áreas do
conhecimento. Peter Lund, Walter Benjamin, Boaventura Souza Santos,
131
Gilberto Freyre, Ib in Al Arabi e Jean Piaget são alguns dos pensadores
abordados nas conferências.
b) Panorama Arte e Cultura – A série Panorama Arte e Cultura abriga palestras
e conferências de vários campos do conhecimento como artes, ecologia,
ciências, política, religião, cultura, entre outros.
As séries Pensadores e Panorama Arte e Cultura integram a Biblioteca Digital
Multimídia, projeto do Instituto Embratel 2, e que tem por objetivo abrigar os diversos
conteúdos gerados sob a forma de palestras, debates, entrevistas, vídeos e
conferências, por parceiros tais como a PUC Minas, a PUC Rio, o Instituto
EDUMED, os Ministérios da Cultura e da Educação (TV Escola), a UNESCO, o
Instituto Cultural Itaú, entre outros.
A Coordenadoria de Atividades Artísticas e Culturais tem seu trabalho inserido
no processo de formação da comunidade acadêmica em geral, visando ao
desenvolvimento das habilidades artísticas e de competências para o trabalho com a
cultura. Essa ação é também estendida para o público externo à Universidade,
dentro da perspectiva da responsabilidade social para com o seu entorno. Assim,
realiza exposições, oficinas culturais, circuito de arte cênica e produção de
videoconferências acerca de temas científicos e culturais.
Além dos aspectos apontados, a Coordenadoria também participa da gestão
do patrimônio histórico, do acervo artístico e dos espaços culturais da Universidade,
em conjunto com outras áreas interessadas.
3.3.1.4.5. Inventário do Patrimônio Cultural da Arquidiocese de
Belo Horizonte
Em 1997, a PUC Minas instituiu comissão de especialistas, da comunidade e
de seu corpo técnico, para elaborar estudos com o objetivo de promover a
preservação e divulgação do patrimônio cultural da Arquidiocese de Belo Horizonte.
Dessa atividade resultou o documento Patrimônio Cultural da Arquitetura de Belo
Horizonte, em que foram arrolados e sumariados, entre outros, os seguintes tópicos:
Realização do inventário dos bens culturais da Igreja na Arquidiocese de
Belo Horizonte;
132
Criação do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural da Arquitetura de
Belo Horizonte;
Criação do Museu de Arte Sacra da Arquidiocese;
Organização do Arquivo da Cúria;
Atualização permanente do Atlas da Arquidiocese.
Salientou-se a necessidade de elaboração do Inventário dos Bens Culturais
como atividade primeira, sugerindo-se, para isso, roteiro metodológico a ser
observado. O referido documento indicou que:
Como premissa ao estabelecimento de uma política de tutela e de valorização
dos bens culturais da Igreja, impõe-se o reconhecimento de cada um dos elementos
que constituem o patrimônio da instituição. O inventário e a catalogação sistemática
dos bens representam, portanto, o momento preliminar de todas as ações a serem
implementadas, pelo simples motivo de que não se podem conservar e difundir
valores que não se conhecem (Inventário dos Bens Culturais, 1997).
Em 2000, decidiu-se iniciar a elaboração do Inventário do Patrimônio Cultural
da Arquidiocese de Belo Horizonte, formalizada em texto datado de 2001.
Fundamentando conceitualmente as razões e necessidades de se inventariar o
acervo de bens culturais, imóveis e móveis que constituem o patrimônio da
Arquidiocese. Seu universo de pesquisa abrange todas as edificações católicas de
culto – igrejas e capelas, incluindo as de propriedade e situadas em instituições
públicas e privadas, localizadas no território da Arquidiocese.
A pesquisa documental pretende esgotar as informações disponíveis,
arquivística, Mineiro, bibliográfica e outras e, no arquivo da própria paróquia em
estudo, de modo a procurar reconstituir a história da edificação, suas características
técnicas – arquitetônicas e de ornamentação – bem como sua função cultural e
religiosa na história da cidade.
Uma vez concluído, cada inventário resulta em publicação seriada,
disponibilizada na Arquidiocese – bibliotecas, centros de documentação e
informação e similares – e digitalizados para acesso de pesquisadores.
Em 2005, foi criado o Memorial da Arquidiocese de Belo Horizonte, através do
Decreto 04G/2005, ampliando o raio e instituindo juridicamente o Museu
Arquidiocesano de Arte Sacra. Em 2006, contemplados com recursos públicos da
agência de financiamento de pesquisa do Governo do Estado de Minas Gerais
133
(FAPEMIG), foi possível interiorizar o trabalho, atingindo áreas ainda desprotegidas
e cujos preciosos acervos não haviam merecido, até aquela ocasião, nenhum tipo de
estudo e proteção, resultando na inventariação e catalogação dos bens, na
descoberta e registro de importantes documentos e na publicação de medidas legais
de proteção para alguns dos bens pesquisados. Até o momento, cerca de 100
igrejas e capelas foram inventariadas.
3.3.1.5. O esporte na Universidade
Conforme o documento “Relatório de Responsabilidade Social da PUC
Minas”, para a Organização das Nações Unidas, o esporte e o lazer fazem parte das
necessidades básicas do indivíduo. Dessa forma, passaram a ser encarados como
direito social o que foi confirmado na Constituição Federal de 1998, em seu artigo
217.
A institucionalização do esporte na PUC Minas objetiva a humanização,
saúde, qualidade de vida e a contribuição para um ambiente saudável na
comunidade universitária e na sociedade em geral. Em consonância à missão,
estabelece-se como fenômeno sociocultural importante, pois o esporte contempla os
valores e os princípios que distinguem a Instituição e têm como norte a qualidade de
vida, possibilitando a pessoas de todas as idades e condições a vivência e a
convivência.
O Centro de Atividades Esportivas (CAE) tem como missão promover a
educação física, o esporte e o lazer, visando a qualidade de vida da comunidade da
PUC Minas e da sociedade em geral. Alguns projetos visam o desenvolvimento
social e atuam em creches comunitárias e junto a adolescentes de comunidades em
situação de vulnerabilidade social, pessoas com deficiências e da terceira idade.
No que diz respeito ao lazer e à qualidade de vida, os projetos desenvolvidos
pelo centro olímpico garantem a possibilidade de recreação para a comunidade
universitária e para comunidade externa, como caminhadas, prevenção e tratamento
da obesidade, controle de hipertensão, dentre outros.
134
3.4. A COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE: ATENDIMENTO,
COMUNICAÇÃO E IMAGEM
3.4.1. Atendimento na PUC Minas.
A imagem de uma instituição pode ser também construída pelo atendimento
que esta oferece aos membros de sua comunidade. Portanto, perguntamos aos
alunos e professores, a sua opinião sobre o atendimento recebido em cada um dos
setores da PUC Minas.
As respostas revelaram, além da qualidade, o uso que fazem desses setores.
Os setores da PUC Minas menos utilizados pelos alunos são a Pastoral (44,55%
não utilizam), o Núcleo de Apoio à Inclusão (NAI), que não é utilizado por 40,84%
dos alunos e a Ouvidoria (40,55% não utilizam). Além disso, foi também alto o índice
de alunos que disseram não saber qualificar o atendimento nesses setores: Pastoral
23%%, NAI 23,8% e Ouvidoria 20,78%. Assim, por volta de 60% dos alunos não
utilizam ou não sabem responder sobre esses setores. Os 40% que avaliaram o
atendimento desses setores optaram, em sua maioria, pelas categorias de
satisfatório a plenamente satisfatório, como é possível observar na tabela a seguir.
135
TABELA 53 Avaliação do corpo discente ao atendimento dos setores
Setores da PUC Minas
Plenamente Satisfatório
Muito Satisfatório
SatisfatórioPouco
satisfatório Insatisfatório Total
Biblioteca 43,50 35,28 14,94 3,40 2,89 100,00
Central de Informações 22,22 34,09 27,18 10,16 6,34 100,00
Centro de Registros Acadêmicos (CRA)
23,38 31,55 28,46 9,96 6,65 100,00
Colegiado do curso 22,91 27,32 25,77 11,72 12,28 100,00
Coordenação de Extensão
22,38 27,30 28,38 12,25 9,70 100,00
Coordenação de Pesquisa
19,66 27,39 29,25 13,42 10,28 100,00
Núcleo de Apoio à Inclusão (NAI)
20,72 23,67 29,86 13,15 12,60 100,00
Ouvidoria 18,87 23,44 28,39 13,97 15,34 100,00
Pastoral 27,95 25,94 27,49 9,70 8,92 100,00
Secretaria acadêmica 24,02 30,74 25,09 10,46 9,69 100,00
Setor de estágio 24,52 27,74 25,91 11,10 10,73 100,00
Setor de infraestrutura (estacionamento etc.)
21,65 25,84 24,43 12,74 15,33 100,00
Setor financeiro 25,69 29,67 26,27 9,92 8,46 100,00
Suporte de informática 19,99 25,83 28,55 13,85 11,78 100,00
Fonte: CPA – PUC Minas 2011
Os professores apresentaram um comportamento parecido, na medida em
que também apontaram esses mesmos setores NAI (51,19%), Pastoral (55,34%) e
Ouvidoria (65,85%) como os menos utilizados.
De uma maneira geral, o atendimento na PUC Minas foi bem avaliado, pois a
maioria dos alunos respondeu ser o atendimento de bom a excelente para a maioria
dos setores. O mesmo comportamento foi apresentado pelos professores.
O setor mais utilizado é a Biblioteca (apenas 1,35% dos alunos e 3,52% dos
professores disseram que não a utilizam). Além disso, é também o setor mais bem
avaliado: 41,84% dos alunos e 41,41% dos professores disseram que o atendimento
é plenamente satisfatório e 33,93% dos alunos e 42,97% dos professores o
136
classificaram como muito satisfatório. A secretaria acadêmica é também um setor
muito utilizado pelos professores (apenas 3,46% afirmaram não a utilizar) e alunos
(7,27% não utilizam). A maioria de professores (83,46%) e alunos (69,54%) avalia o
atendimento da secretaria como satisfatório, muito satisfatório e plenamente
satisfatório.
TABELA 54 Avaliação do corpo docente atendimento dos setores
Setores da PUC Minas
Plenamente satisfatório
Muito satisfatório
SatisfatórioPouco
satisfatórioInsatisfatório
Não Utilizei
Total
Biblioteca 41,41 42,97 10,16 1,56 0,39 3,52 100,00
Infraestrutura e Logística 18,36 28,52 29,69 7,03 2,34 14,06
100,00
Núcleo de apoio à Inclusão (NAI) 16,67 22,22 5,95 3,57 0,40 51,19
100,00
Ouvidoria 8,94 13,01 9,35 2,44 0,41 65,85 100,00
Pastoral 18,58 15,02 8,70 1,98 0,40 55,34 100,00
Posto Médico 24,22 30,47 19,53 3,52 1,56 20,70 100,00
Secretaria Acadêmica 48,08 35,38 11,15 1,54 0,38 3,46 100,00
Setor de Recursos Humanos 28,63 32,16 14,51 5,49 2,75 16,47
100,00
Setor financeiro 19,37 18,58 12,25 1,98 1,19 46,64 100,00
Suporte de Informática 20,95 34,78 19,37 5,93 3,56 15,42 100,00
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
Os setores de extensão e pesquisa são utilizados por cerca de um terço dos
alunos, pois 30,96% dos alunos disseram não utilizar a extensão e 35,55% disseram
não utilizar o setor de pesquisa.
137
GRÁFICO 30 Avaliação do corpo docente ao apoio oferecido pelos setores de Estágio,
Extensão e Pesquisa
Fonte: CPA PUC Minas 2011
Esse dado pode ser validado pelo percentual de alunos que responderam
participar dessas atividades e se mostraram coerentes (cerca de 20,00% dos alunos
são extensionistas e 15,97% pesquisadores – considerou-se a diferença creditada
aos que buscam informações, mas não realizam atividades de extensão ou
pesquisa, porém a proporção está dentro de padrões coerentes com os que
avaliaram esses setores). Por volta de 20,00% disseram não saber responder sobre
eles. Os alunos que qualificaram o atendimento desses setores o classificaram de
satisfatório a plenamente satisfatório.
A maioria dos alunos busca atendimento dos colegiados e eles estão, de
certa maneira, satisfeitos, pois dos 71,87% que o qualificaram, 18,52% o classificam
como satisfatório, 19,63% como muito satisfatório e 21,42% como plenamente
satisfatório. Convém ressaltar que, por outro lado, o colegiado figura entre os
setores que receberam os maiores índices, se comparados a outros setores, nas
categorias mais baixas, quais sejam: pouco satisfatório (8,42%) e insatisfatório
(8,83%).
A central de informações, muito procurada pelos alunos (78,8%), teve seu
atendimento avaliado como satisfatório 21,42% e muito satisfatório 26,86%. 17,51%
o classificaram plenamente satisfatório. Apenas 8,00% o classificaram como pouco
satisfatório e 5,00% como insatisfatório.
0,00
7,00
14,00
21,00
28,00
35,00
Coordenação de Estágio Coordenação de Extensão
Coordenação de Pesquisa
24,40 24,21 25,00
10,40
14,29
17,46
3,603,17
5,56
0,80 1,59 1,59
33,60 34,1332,14
Excelente Bom Regular Ruim Péssimo Não utilizei
138
36,85% dos alunos declaram não utilizar, não saber ou não querer responder
sobre o setor de estágio. Dos 63,15% que quiseram e souberam classificar o setor, a
maioria classificou seu atendimento como satisfatório (16,36%), muito satisfatório
(17,52%) ou plenamente satisfatório (15,48%).
O setor financeiro, também muito utilizado pelos alunos (83,94%), teve seu
atendimento bem avaliado, pois a maioria o classificou de satisfatório a plenamente
satisfatório (68,52% se somadas as categorias). Ao contrário dos alunos, muitos
professores não utilizam o setor financeiro. Aqueles que disseram utilizar avaliaram
bem seu atendimento.
O Posto Médico é utilizado por cerca de 80% dos professores. Eles avaliam
seu atendimento como satisfatório (30,47%) e plenamente satisfatório (24,22%).
Assim, de uma maneira geral, os setores mais utilizados, de acordo com os
alunos respondentes, são a Biblioteca, a Secretaria Acadêmica e o Setor Financeiro.
Guardadas as proporções do uso, os atendimentos mais bem avaliados são os da
Biblioteca, Central de Informações e Centro de Registros Acadêmicos.
3.4.2. A Comunicação na PUC Minas
A área da comunicação na PUC Minas abrange processos, programas, ações
e produtos de divulgação e relacionamento. Para a operacionalização de tais
atividades, tem-se uma política de comunicação que valoriza tanto o aspecto
informacional quanto o avanço nas estratégias de relacionamento com os públicos
envolvidos e são coordenados pela Secretaria de Comunicação. Com o propósito de
solidificar tal política, o compromisso foi explicitado no Plano de Desenvolvimento
Institucional 2012/2016.
Além da intensa atuação nas áreas consideradas tradicionais do campo da comunicação (jornalismo, publicidade e propaganda e relações públicas), o crescimento da Instituição, bem como a complexificação de seus processos e estruturas, exigiu a constituição e incremento de setores, a saber, a Central de Informações, o Portal, além da constituição de um programa específico de comunicação interna, para fazer frente aos desafios da circulação da informação e do relacionamento entre os públicos na Universidade (PUC MINAS, 2011, p. 64).
A Secretaria de Comunicação é composta por cinco assessorias (Imprensa,
Publicidade, Relações Públicas, Central de Informações e Portal) que se relacionam
com todos os órgãos e setores da Universidade. Além disso, em cada campus ou
139
unidade acadêmica existe uma base de apoio da Secretaria de Comunicação, que
conta com dois profissionais – um jornalista e um profissional de relações públicas.
A equipe tem como atribuições dar maior visibilidade às ações da PUC Minas,
estabelecendo um diálogo permanente com os seus principais públicos: meios de
comunicação (jornal, rádio, revista, televisão etc.); mundo oficial; entidades
representativas da sociedade civil; instituições de ensino; corpo docente, discente e
funcionários.
Para tal, houve uma reestruturação do setor, que trabalha com três núcleos:
Núcleo de Conteúdo, Núcleo de Relacionamento e Núcleo de Campi e Unidades.
Por meio desses núcleos, a Secretaria não apenas discute e define suas estratégias
e ações, como também define seus modos e formas de presença e atuação junto à
comunidade acadêmica.
3.4.2.1. Núcleo de Conteúdo
O Núcleo de Conteúdo é composto pela Assessoria de Imprensa, que é
responsável por: produção diária de releases, notas e matérias para diversos
informativos e para envio à imprensa; produção de “PUC Informa on-line”,
informativo eletrônico semanal, enviado para todos os estudantes, funcionários e
professores; informativo semanal “Folha do Professor”; elaboração da Revista PUC
Minas (semestral, dirigida aos públicos interno e externo); produção de informativo
mensal “No Ponto” (dirigido aos funcionários), em versões eletrônica e impressa.
Em relação à comunicação externa, a Imprensa é responsável por:
produção/acompanhamento de notas de programetes (microprogramas) de rádios
CDL e Itatiaia; atendimento à imprensa; relacionamento com os veículos de
comunicação locais, regionais e nacionais, para onde são enviados releases e/ou
sugestão de pautas e artigos, tanto os de autoria do Reitor quanto de professores e
pró-reitores; acompanhamento de coberturas jornalísticas; atualização do Mapa de
Conhecimento, banco de fontes on-line, com lista de especialistas da PUC Minas
nas várias áreas do conhecimento, dentre outros.
A Assessoria de Publicidade, da Secretaria de Comunicação, tem função
principal dar maior visibilidade às ações da PUC Minas, por meio do design e da
produção de peças gráficas, de campanhas institucionais, de divulgação e da
140
papelaria institucional, buscando ampliar e fortalecer sua imagem institucional junto
a seus diversos públicos. Além dessas atividades, é responsável pelo atendimento a
solicitações de peças gráficas e campanhas publicitárias demandadas pelos corpos
técnico-administrativo, docente e discente, Pró-reitorias, Vice-reitoria e Reitoria,
dentre outras atividades. Também promove reuniões de avaliação e de briefing,
acompanhamento da criação e do plano de mídia, revisão e aprovação das peças
gráficas das Campanhas do Vestibular (graduação, graduação Tecnológica,
Processo Seletivo para ingresso por meio do ENEM) junto às chefias, agência de
publicidade e setores envolvidos.
O Portal da PUC Minas visa garantir uma comunicação eficaz entre a
Universidade e sua comunidade interna (alunos, professores e funcionários) e
externa, planejando, coordenando e desenvolvendo projetos institucionais relativos a
ferramentas, sites e sistemas eletrônicos, zelando pela imagem institucional da PUC
Minas, sua missão e seus valores. O Portal Institucional é, também, responsável
pela divulgação e coordenação de projetos de comunicação eletrônica dos
processos seletivos, das campanhas e dos eventos institucionais. Planeja, executa e
administra não apenas o Portal da Universidade, mas dezenas de sites de cursos de
graduação e pós-graduação e das instâncias administrativas da Universidade, além
de hotsites de campanhas, eventos etc.
3.4.2.2. Núcleo de Relacionamento
. A Assessoria de Relações Públicas é responsável pela organização dos
eventos institucionais, pelo Cerimonial da Universidade, pelo assessoramento ao
Reitor na organização de visitas institucionais. Também gerencia ações como a
divulgação dos vestibulares junto à escolas localizadas nas regiões de atuação da
Universidade, em conjunto com as Assessorias de Comunicação dos Núcleos
Universitários. Isso permite o diálogo permanente com escolas, marcando presença
nas feiras, palestras e programas de orientação vocacional.
Atua também no apoio aos eventos da Arquidiocese de Belo Horizonte,
quando solicitado. Outro grande papel da Assessoria de RP é coordenar todas as
atividades relacionadas com as Formaturas na PUC Minas.
141
Atualmente, a ASRP coordena o projeto do Programa de Comunicação
Interna, que vem sendo testa na PUC Minas em São Gabriel (Belo Horizonte). Com
o Programa, que será posteriormente estendido a toda a Universidade, a expectativa
é que os fluxos e canais dentro da Instituição facilitem a circulação das informações
relevantes e de interesse da comunidade acadêmica.
A Central de Informações da PUC Minas presta serviços de informações e
esclarecimentos de dúvidas, encaminhamento de sugestões e reclamações, envio
de informações e outras ações complementares Entre as atividades da Central de
Informações, destacam-se: a implementação da Central de Informações Unificada, a
realização de treinamentos sobre atendimento ao público, aplicados a diversos
setores da PUC, atualização do site da Central de Informações, que disponibiliza
informações importantes de acesso, telefones, FAQ (perguntas e respostas
frequentes), além do formulário para registro de questão/dúvida e preparação e
divulgação do resultado do vestibular da PUC Minas à comunidade e aos candidatos
aprovados.
3.4.2.3. Núcleo de campi e unidades
As assessorias de comunicação das unidades e campi da PUC Minas são os
setores de atuação da Secretaria de Comunicação em todas as unidades da
Universidade. A Secretaria mantém profissionais nas unidades no Barreiro, São
Gabriel, Betim, Contagem, Arcos e Poços de Caldas, na Diretoria de Educação
Continuada, na Diretoria de Ensino a Distância e na Pró-reitoria de Extensão. Tal
presença tem garantido agilidade e acompanhamento próximo desses setores,
contribuindo para o avanço dos processos de informação e de relacionamento.
3.4.3. Comunicação Interna - Resultados
A comunicação institucional deve estar alinhada à missão da Universidade,
sendo este o fundamento maior que consubstancia o trabalho com o conhecimento e
as práticas comunicativas internas. Observando os objetivos e metas estabelecidos
nas diretrizes que norteiam a atividade acadêmica, a Secretaria de Comunicação
tem procurado levar à comunidade acadêmica e a toda a sociedade informações
relevantes a respeito do conhecimento nela produzido, como forma também de
142
contribuir para uma sociedade mais esclarecida e justa. Tal participação, na busca
da concretização da missão institucional, se manifesta no trabalho cotidiano de
apoio aos mais diversos setores acadêmicos e administrativos da Universidade, com
a oferta de serviços e soluções especializadas. Essa dinâmica tem como objetivo
principal facilitar o fluxo e a socialização dos mais diversos tipos de informação.
Na pesquisa anterior, relativa ao ano de 2010, foram identificados os meios
de comunicação mais utilizados pela comunidade acadêmica. Percebemos que o
Sistema de Gestão da Graduação (SGA) é o meio mais utilizado pelos professores e
alunos para tomar conhecimento sobre eventos acadêmicos e sobre a própria CPA.
Desta feita, optou-se por qualificar a comunicação da PUC Minas, e para isso,
solicitamos uma classificação avaliativa das várias atividades desenvolvidas.
TABELA 55 Avaliação do corpo discente quanto à ações e
atividades de comunicação
Ações
Excelente Bom Regular Ruim Péssimo Total
% % % % % %
Acesso a manuais, diretrizes, projetos pedagógicos etc.
14,51 28,40 32,48 14,98 9,63 100,00
Atualização do portal PUC Minas
33,92 35,38 20,86 6,49 3,35 100,00
Divulgação das informações 20,32 31,38 29,10 12,01 7,19 100,00
Organização dos eventos 14,93 29,72 34,05 14,37 6,94 100,00
Qualidade das peças gráficas (banners, cartazes etc.)
29,32 33,33 25,11 8,04 4,20 100,00
Qualidade dos informativos 24,53 33,36 28,12 8,98 5,03 100,00
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
Os alunos de graduação consideram de regular a excelente o acesso a
manuais, diretrizes, projetos pedagógicos etc. (75,39%). Interessante ressaltar que
12,00% afirmaram não saber responder esta questão. Não se pode afirmar a
justificativa para essa negativa, mas se levantou duas hipóteses: esses alunos não
sabem o que são ou não sabem como são divulgados esses documentos.
143
Creditaram (90,00%) à atualização do Portal PUC Minas a qualificação de regular a
excelente. Em relação à divulgação das informações, a maioria (80,79%) a
classificou como regular (28,30%), muito boa (30,52%) ou excelente (19,76%),
enquanto 18,68% declararam que a divulgação era ruim e péssima. A maior parte
dos alunos acredita que os eventos da Comunicação da PUC MINAS são bem ou
muito bem organizados (57,69%). As peças gráficas produzidas foram também muito
bem avaliadas, pois ao se somar os percentuais das categorias regulares, muito
bons e excelentes têm-se mais de 80,00% das respostas. A mesma avaliação foi
feita da qualidade dos informativos: regular (26,42%), muito boa (31,34%) e
excelente (23,05%).
Os professores que lecionam na graduação também responderam às
mesmas questões. Os resultados se comportaram de maneira parecida com aqueles
apresentados pelos alunos, com uma concentração próxima a 90,00% de
professores que avaliaram bem as ações da comunicação. Eles classificaram o
acesso a manuais, a atualização do Portal PUC Minas, a divulgação das
informações, a organização dos eventos e a qualidade das peças gráficas como
regulares (média 25,00%), muito boas (média 42,00%) ou excelentes (média
24,00%).
TABELA 56
Avaliação do corpo docente quanto à ações e atividades de comunicação
Ações de comunicação
Excelente Bom Regular Ruim Péssimo
Total
% % % % %
Acesso a manuais, diretrizes, projetos pedagógicos etc
21,54 42,31 27,69 6,15 2,31 100,00
Atualização do Portal PUC Minas 32,95 42,15 18,77 4,21 1,92 100,00
Divulgação das informações 24,71 43,63 22,78 6,95 1,93 100,00
Organização de eventos 14,06 44,92 30,47 7,81 2,73 100,00
Qualidade das peças gráficas (folders, cartazes etc)
26,95 40,63 24,61 3,91 3,91 100,00
Qualidade dos informativos 23,74 41,25 27,63 4,28 3,11 100,00
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
144
Assim, de uma maneira geral, as ações da comunicação da PUC Minas foram
bem avaliadas, pois os percentuais das categorias: bom, muito bom e excelente
foram sempre bem superiores aos das categorias ruim e péssimo em todas as
atividades pesquisadas junto aos alunos.
3.4.4. Comunicação externa
Em relação à pesquisa com egressos, 49,56% dos respondentes afirmaram
que não mantém contato com a PUC Minas. Desses respondentes, 45,06%
indicaram a opção “Falta de interesse” como motivo principal para a falta de contato.
Os outros motivos (falta de acesso às informações, maior interesse por outras
instituições, não atuar na área, relação custo-benefício) somam um percentual de
18,08%. Um percentual representativo, 36,87%, indica que esse contato ocorre por
outros motivos que não foram citados.
Os que afirmaram que mantém contato com a Instituição somam 50,44%
sendo que esse contato, segundo os respondentes, acontece principalmente por
meio do Portal PUC Minas (32,59%) ou pelos professores (38,27%). Os principais
motivos apontados para esse contato são a participação em cursos de pós-
graduação (28,03%) e a busca de informações sobre os cursos oferecidos (21,72%).
A Universidade mantém um monitoramento das notícias veiculadas na mídia
externa sobre as suas atividades, sua comunidade acadêmica, dentre outros. O
Clipping Eletrônico, produzido pela Assessoria de Imprensa da Secretaria de
Comunicação e disponível no Portal institucional, reuniu mais de mil notícias que
citaram a PUC Minas em 2011. O Clipping é resultado da coleta de informações
diárias em jornais impressos, destacando-se O Estado de Minas e O Tempo.
145
TABELA 57 Notícias sobre a PUC Minas veiculadas em impressos
Categorias n %
Notícia sobre evento na PUC Minas. 197 17,82
Notícia sobre resultado da PUC Minas. 14 1,26
Notícia sobre Pesquisa desenvolvida pela PUC Minas (quando a PUC for a principal).
4 0,36
Sobre curso/pesquisa realizada por professor/gestor da PUC Minas.
198 17,92
Notícia que utiliza alguém da PUC Minas como fonte. 417 37,74
Notícia falando sobre a PUC Minas como referência local. 131 11,85
Inserção social / responsabilidade social. 98 8,88
Notícia com caráter de utilidade pública. Exemplo: MG Tempo / PUC Minas.
42 3,8
Outros 4 0,36
Total 1105 100
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
A partir desse conjunto de notícias, foi criada uma classificação das mesmas.
Ainda em relação à categorização das notícias, pode-se classificá-las como
positivas, neutras ou negativas e também como diretas ou indiretas.
A classificação positiva foi considerada quando a notícia trazia algum
benefício, elogio e/ou ranqueamento da Instituição. As notícias consideradas
neutras, geralmente, destacavam outro objeto central e a Universidade era citada
apenas como referência local. No caso das notícias negativas, o critério utilizado
considerou o caráter depreciativo, de reclamação e/ou difamação da PUC Minas. Do
total, 23,26% foram consideradas positivas, 75,48% neutras e apenas 1,26% foram
consideradas negativas.
As que citaram a PUC Minas como objeto central da notícia, consideradas
diretas, representaram 49,05%. Na outra metade, teve-se as notícias indiretas.
146
3.4.5. Imagem da PUC Minas
É possível, por meio da análise das dez dimensões avaliativas previstas para
a autoavaliação das instituições de educação superior, construir uma análise que
permita verificar o grau de satisfação da comunidade acadêmica com a Instituição.
Na pesquisa que ora se apresenta, não houve a preocupação em atestar ou medir
as expectativas da comunidade, mas sim as percepções sobre as ações, os
processos, as relações, a infraestrutura física e administrativa da Universidade.
Todas essas percepções podem direcionar uma análise da imagem da instituição
perante a comunidade interna e externa. Assim, a partir dos dados coletados junto
aos alunos, professores, funcionários e egressos, buscou-se identificar a satisfação
desses em relação a aspectos gerais da PUC Minas, de acordo com a
especificidade de cada público.
Os alunos dos cursos de graduação responderam questões sobre os
atendimentos recebidos pelos setores, cuja análise mais elaborada foi especificada
anteriormente. De uma maneira geral, os alunos os avaliaram bem, conforme
descrito no item citado. Para além dessa questão, solicitamos também que
avaliassem o grau de satisfação com algumas instâncias importantes no percurso
acadêmico do aluno, quais sejam: o colegiado do curso, o corpo docente, o curso de
graduação como um todo e a PUC Minas. A métrica utilizada para analisar o grau de
satisfação foi uma escala de cinco pontos, cujos rótulos eram: muito alto, alto,
médio, baixo e muito baixo. Havia também as opções "não quero responder" e "não
sei responder". O grau de satisfação com essas instâncias da PUC Minas varia
entre alto e muito alto, pois, em média, 57,94% dos alunos apontaram essas
categorias como representativas de sua satisfação com colegiado, curso e PUC
Minas. Se estratificada, essa média se apresenta da seguinte forma: 44,20% dos
alunos apresentam como alta ou muito alta sua satisfação com o colegiado.
Importante apontar que 16,57% não souberam responder essa questão,
provavelmente porque não têm ou têm pouco contato com/ ou não têm ou têm
pouca informação sobre o colegiado.
Em relação ao corpo docente, mais da metade, 53,56%, apontaram como alta
ou muito alta a sua satisfação. Um percentual ainda maior (67,60%) apontou a
satisfação com o curso nas categorias alta ou muito alta. A PUC Minas como um
147
todo também é apontada com um grau de satisfação alto ou muito alto pela maioria
dos alunos (66,41%).
Os professores analisaram seu grau de satisfação quanto ao colegiado do
curso, ao corpo técnico-administrativo, à diretoria do instituto/unidade e quanto à
PUC Minas. Os resultados se apresentaram, mais uma vez, parecidos com os
resultados dos alunos, mas com índices ainda maiores de satisfação, uma vez que o
grau de satisfação variou entre alto e muito alto. Ao fatorar essa média apresentada
pelos professores, tem-se que 77,31% consideram alta ou muito alta a satisfação
com o colegiado.
Importante dizer que o índice de professores que não souberam responder
essa questão é muito inferior ao dos alunos: 3,08% de professores contra dos
16,57% dos alunos. Em relação ao corpo técnico-administrativo, temos 80,31% de
professores que apontam um grau de satisfação alto ou muito alto. Quanto às
diretorias, dos professores apontaram um grau de satisfação alto ou muito alto. Os
professores estão, em sua grande maioria, satisfeitos com a Universidade, pois a
PUC Minas, como um todo, foi apontada em um grau de satisfação muito alto
(41,63%) ou alto (30,74%). Os índices de satisfação: baixo ou muito baixo são
ínfimos: 0,77%, como se pode verificar na tabela a seguir:
TABELA 58
Avaliação do corpo docente quanto ao grau de satisfação com diversos públicos
2011
Os funcionários, por sua vez, também puderam analisar seu grau de
satisfação com a prática profissional na Universidade. Dessa feita, 74,63% o
classificaram como alto (47,49%) ou muito alto (27,14%).
Os egressos analisaram sua satisfação com o curso de graduação em que se
formaram e com a PUC Minas como um todo. Mais uma vez os resultados se
mostraram muito positivos, uma vez que quase 80,00% apontaram seu grau de
PúblicoTotal Geral
Colegiado do curso 100,00Corpo técnico administrativo 100,00Diretoria de Instituto/Unidade 100,00PUC Minas 100,00Fonte: CPA - PUC Minas
Excelente Bom Regular Ruim Péssimo
40,95 39,71 17,39 1,95 0,0042,92 35,89 12,52 4,60 4,06
41,63 34,00 14,90 5,06 4,4047,83 34,81 15,83 0,77 0,77
148
satisfação em relação à PUC Minas como alto (47,84%) ou muito alto (31,93%). Em
relação aos cursos de graduação os resultados não foram diferentes. Quase
74,00% dos egressos apontou seu grau de satisfação com o curso como alto
(47,07%) o muito alto (26,72%).
3.4.6. Ouvidoria
A Ouvidoria Geral da PUC Minas é um órgão ligado à Reitoria, o que lhe
confere autonomia funcional em relação aos demais órgãos da Universidade. É um
canal direto de comunicação entre a Instituição e todos os segmentos que compõem
a comunidade acadêmica (alunos, professores e funcionários), a comunidade
externa, incluídos aí os parceiros da Universidade em diversos projetos. Como
descrito no PDI,
Os princípios que têm orientado o trabalho da Ouvidoria durante seus 10 anos de existência são o compromisso com a verdade; acolhimento respeitoso ao solicitante e ágil encaminhamento das questões apresentadas; respeito ao ser humano, dando o devido retorno às partes interessadas; defesa da liberdade de expressão. (PUC Minas, 2011, p. 95).
Em 2011, foi lançada a campanha de “Sensibilização e Conhecimento” sobre
a importância da Ouvidoria, em parceria com a Secretaria de Comunicação. No
projeto foram destacados os principais propósitos do setor, quais sejam: a busca de
soluções para questões levantadas; o auxílio na identificação de pontos a serem
aprimorados; o conhecimento do grau de satisfação do usuário; a orientação sobre a
busca de solução na instância adequada – quando o caso não for de sua
competência; o fornecimento de informações e sugestões à Reitoria.
Na tabela a seguir é possível conferir a quantidade de informações recebidas
pela ouvidoria, por natureza da demanda.
149
TABELA 59 Demanda por natureza da questão
Mês Elogio Sugestão Solicitação Orientação Reclamação Total
Janeiro 2 2 69 154 70 297
Fevereiro 2 3 110 145 165 425
Março 6 1 73 81 129 290
Abril 3 3 39 78 113 236
Maio 5 14 56 91 105 271
Junho 18 13 118 101 290 540
Julho 4 5 94 144 113 360
Agosto 6 7 120 118 306 557
Setembro 4 10 79 86 147 326
Outubro 4 6 39 85 151 285
Novembro 19 4 65 85 249 422
Dezembro 3 4 92 164 176 439
Total 76 72 954 1332 2014 4448
Fonte: Ouvidoria - PUC Minas 2011
É possível observar que grande parte da demanda se concentra nos meses
que correspondem ao início (fevereiro e agosto) e ao final dos semestres letivos
(junho e dezembro). Grande parte das demandas são reclamações (45,29%),
seguido por Orientações (29,95%) e Solicitações (21,45%). Os Elogios (1,62%) e
Sugestões (1,71%) são as demandas menos frequentes registradas pela Ouvidoria
em 2011.
O registro das demandas pode ser feitos por e-mail, telefone e pessoalmente
e os resultados de 2011 podem ser observados a seguir.
150
TABELA 60 Demanda por meio em que foi registrada
Mês Por E-mail Por Telefone Pessoalmente Total
Janeiro 201 94 2 297
Fevereiro 280 123 22 425
Março 195 66 29 290
Abril 170 42 24 236
Maio 197 58 16 271
Junho 436 79 25 540
Julho 268 78 14 360
Agosto 380 123 54 557
Setembro 253 41 32 326
Outubro 235 33 17 285
Novembro 346 58 18 422
Dezembro 280 139 20 439
Total 3241 934 273 4448
Fonte: Ouvidoria - PUC Minas 2011
Em 2010, foram registradas 4.655 demandas, sendo que 75,28% delas foram
realizadas por e-mail. Em 2011 o cenário foi similar, sendo que 72,86% das 4.448
demandas foram registradas por e-mail. Os contatos telefônicos representam
19,18% dos registros em 2010 e 21% em 2011. No ano de 2010, 5,54% dos
contatos foram realizados pessoalmente e, em 2011, 6,13% das demandas foram
presenciais.
Os alunos e professores que utilizaram a Ouvidoria puderam avaliar seu
atendimento e os resultados podem ser conferidos na tabela 61.
TABELA 61
Avaliação do corpo docente e discente ao atendimento da Ouvidoria
Fonte: CPA PUC Minas 2011
Professores
Alunos
%%% % % % %
6,75 7,41 51,65 100
1002,44 0,41 65,85
Pouco satisfatório
InsatisfatórioNão
UtilizeiTotal Geral
8,94
9,13
13,01
11,34
9,35
13,72
Plenamente satisfatório
Muito satisfatório
SatisfatórioPúblico
151
3.5. POLÍTICAS DE PESSOAL
3.5.1. Corpo docente
3.5.1.1. Seleção e admissão do corpo docente
A carreira dos docentes da PUC Minas é regida, desde 1988, pelo Estatuto da
Carreira Docente, fruto de negociações entre os professores e a direção da
Instituição, estabelecendo as regras básicas para o ingresso, a promoção, a
concessão de regimes e o desligamento dos professores.
A PUC Minas mantém, na sua estrutura, um órgão consultivo da Reitoria,
para questões relativas à política de pessoal docente, a CCPD, Comissão Central de
Pessoal Docente, à qual compete zelar pela aplicação do Estatuto da Carreira
Docente. Como órgão colegiado e consultivo, a CCPD emite pareceres sobre os
assuntos que lhe são pertinentes, destacando-se o exame e a discussão de
processos de seleção interna e externa, a contratação de professores por tempo
determinado, as promoções, a licença de pessoal docente, a dispensa de
professores por motivação acadêmica, e o atendimento às solicitações da Reitoria,
dos diversos órgãos da Universidade e do corpo docente. A CCPD é composta por
seis membros, sendo quatro indicados pela Reitoria, e dois representantes da
Associação dos Docentes da PUC Minas (ADPUC).
Consoante com as suas funções e características, a CCPD tem como meta
para os próximos anos, aperfeiçoar a qualidade dos serviços prestados à
comunidade universitária. Neste sentido e em especial, propõe-se intensificar a
comunicação com os diversos órgãos da Universidade, principalmente os
Departamentos, visando a promover mais ampla divulgação do Estatuto da Carreira
Docente e maior orientação sobre procedimentos de gestão de pessoal docente.
Na tabela a seguir é possível verificar a evolução da seleção/admissão de
docentes no período de 2009 a 2011.
152
TABELA 62 Seleção e admissão de docentes
Provimento
2009 2010 2011
Vagas Selecionados Vagas Selecionados Vagas Selecionados
Provimento interno
504 306 424 135 435 191
Provimento externo
20 18 21 17 31 25
Total 524 324 445 152 436
216
Fonte: Pró-reitoria de Recursos Humanos 2011
3.5.1.2. Aperfeiçoamento do corpo docente
A PUC Minas mantém um programa permanente de capacitação docente
(PPCD), que consiste no pagamento de horas-aula e liberação de carga horária para
os docentes que estiverem regularmente matriculados em Programas de Pós-
graduação stricto sensu recomendados pela Capes, quando no País, como foi
explicitado anteriormente no capítulo sobre Pesquisa e Pós-graduação.
Como resultado do investimento na capacitação de seus professores, bem
como do processo de recrutamento e seleção, a Universidade apresenta um
significativo número de professores doutores e mestres, representando mais de 80%
de todo o efetivo docente, como pode ser observado no Gráfico 31.
153
GRÁFICO 31 Distribuição percentual de professores mestres e doutores
Fonte: FONTE: DW – PUC Minas, referência: out. 2011
Ciente da importância de manter o percentual estabelecido pela legislação, a
PUC Minas já empreende um plano de ação para garantir o cumprimento da meta,
com as seguintes linhas gerais:
finalizar a revisão do Estatuto da Carreira Docente, alterando os processos de
seleção, contratação, concessão de regimes de tempo contínuo, previsão de
atividades acadêmicas por níveis da carreira, avaliação e promoção de
docentes;
estudar a alteração nas modalidades atuais de contratação de docentes,
identificando as alternativas para minimizar os impactos econômico-
financeiros da transição do modelo atual para o proposto;
negociar com a entidade de representação docente da Universidade, de
representação sindical de professores e com os colegiados internos, para
identificar os processos mais adequados à transição proposta, de forma a não
provocar perda de qualidade nos serviços oferecidos à comunidade.
consolidar da criação dos Departamentos bem como alocação do corpo
docente nos mesmos.
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Coração Eucarístico
Barreiro
São Gabriel
Betim
Contagem
Arcos
Guanhães
Poços de Caldas
Serro
47,4
66,7
51,4
56,3
54,4
70,1
100
50,6
80
36,8
26,2
36,9
35,9
33,8
14,9
0
35,3
15,6
Mestres
Doutores
154
GRÁFICO 32 Distribuição de professores do quadro permanente
por titulação e por ano
Fonte: GTI–DM/DW - 2011
3.5.1.3. Progressão do corpo docente
A carreira docente compreende as seguintes categorias e níveis: Professor
Auxiliar, Professor Assistente I, II e III; Professor Adjunto, I, II e III; e Professor
Titular. Para a admissão na categoria de Professor Assistente, nível inicial da
carreira, o estatuto exige, no mínimo, o título de especialista; para a admissão e a
promoção a Professor Adjunto, o título de mestre17; para a promoção a Professor
Titular, caracterizada a existência de vaga, o título de doutor. Atualmente, uma
comissão paritária, designada pelo Reitor, finaliza estudos de atualização do
Estatuto da Carreira Docente, para ser apresentado aos Conselhos superiores da
Universidade e implantado, após aprovação.
17 Na prática, os professores Assistentes tem o nível de Mestrado e os Adjuntos tem o nível de Doutorado.
0
200
400
600
800
1000
1200
Graduado Especialista Mestre Doutor
141
333
1078
567
135
286
1074
620
131
253
998
620
128
241
988
629 2008
2009
2010
2011
155
GRÁFICO 33 Avaliação do corpo docente quanto á distribuição
por enquadramento
Fonte: CPA PUC Minas 2011
3.5.1.4. Avaliação do corpo docente
Não existe na PUC Minas um sistema de avaliação do corpo docente. Este
sistema está sendo desenvolvido atualmente por um grupo de trabalho dirigido pela
CPA – Comissão Permanente de Avaliação.
3.5.1.5. Aspectos da avaliação institucional – Corpo docente
Os aspectos relativos à sala de professores são percebidos como regulares:
mobiliário (40,23%), disponibilidade de recursos de informática (29,57%) e
atualização dos recursos de informática (27,13%) ou péssimo, caso da adequação
do espaço físico (38,32%).
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
Adjunto I Adjunto II Adjunto III Assistente I
Assistente II
Assistente III
Aulista Titular
2,95 1,48
22,88
9,23
4,06
53,14
1,11
5,17
156
TABELA 63 Avaliação do corpo docente quanto á sala de professores
Ao realizar a sua avaliação da PUC Minas, o corpo docente considera
excelente o reconhecimento do diploma no mercado de trabalho (49,03%), e regular
o apoio a eventos culturais e esportivos (41,63%) e a promoção de atividades
inovadoras (36,86%). Outros aspectos são considerados bons - atendimento às
necessidades do mercado de trabalho (47,67%), infraestrutura adequada (39,46%),
localização (42,91%), preocupação com a formação humana e ética (40,93%),
preocupação com a responsabilidade social (39,46%), qualidade dos cursos
(50,97%), qualificação dos professores (44,14%), preocupação com a
responsabilidade social, e relação custo-benefício (39,84%).
TABELA 64
Avaliação do corpo docente quanto aos aspectos relacionados à PUC Minas
Sala de ProfessoresTotal Geral
Adequação do espaço físico 100,00
Atualização dos recursos de informática
100,00
Disponibilidade de recursos de informática
100,00
Mobiliário 100,00
Fonte: CPA - PUC Minas
15,95 26,07 29,57 19,07 9,34
14,94 28,74 40,23 13,41 2,68
16,67 26,36 27,13 20,93 8,91
0,00 0,00 24,77 36,92 38,32
Excelente Bom Regular Ruim Péssimo
QuesitosTotal Geral
Apoio a eventos culturais e esportivos
100,00
Atendimento às necessidades do mercado de trabalho
100,00
Infraestrutura adequada 100,00
Localização 100,00
Preocupação com a formação humana e ética
100,00
Preocupação com a responsabilidade social
100,00
Promoção de atividades inovadoras 100,00
Qualidade dos cursos 100,00
Qualificação dos professores 100,00
Reconhecimento do diploma no mercado de trabalho
100,00
Relação custo-benefício 100,00
Fonte: CPA - PUC Minas
0,39
0,39
0,38
0,00
0,39
0,77
1,57
3,83
15,69
4,28
0,78
1,92
0,00
1,93
1,53
2,75
0,39
4,25
30,23 5,81
12,26
3,0719,54
21,01
36,86
21,07
16,99
34,87
35,52
33,33
12,55
22,96
47,67
39,46
42,91
40,93
39,46
30,59
50,97
30,86 39,84 23,05 5,08 0,00 1,17
15,12
11,11
34,48
0,77
34,77 44,14 15,63 4,30 0,78 0,39
49,03 39,77 8,88 1,54 0,00
0,789,34 32,30 41,63 12,06 3,89
Não Existe
Excelente Bom Regular Ruim Péssimo
157
O grau de satisfação dos professores, segundo sua autoavaliação, é
excelente em relação a colegiado do curso (41,92%), corpo técnico-administrativo
(40,93%), diretoria de instituto ou unidade (41,63%) e PUC Minas (47,13%).
3.5.2. Corpo técnico-administrativo
3.5.2.1. Seleção e admissão do corpo técnico-administrativo
O processo de seleção de recursos humanos administrativos para a PUC
Minas contempla a identificação de talentos potenciais no mercado ou internamente,
levando em consideração o atendimento aos requisitos formais de cada cargo. Cada
atividade, portanto, prevê um conjunto de competências necessárias, pessoais ou
técnicas, e determina um perfil de ocupante. Os critérios de seleção são definidos
em uma política formal, ou seja, cada cargo traz seu conjunto de requisitos para
novas admissões ou promoções.
O processo de seleção de candidatos à ocupação de vagas no corpo técnico-
administrativo obedece às diretrizes de atração e retenção de competências
aplicáveis ao cumprimento dos objetivos organizacionais, em dois formatos:
Seleção Interna:
Mecanismo pelo qual as vagas abertas são ocupadas por profissionais da
Instituição, possuidores das competências requeridas. O Processo de seleção
interna oportuniza a qualquer funcionário da PUC Minas ou de uma das instituições
vinculadas à mantenedora – Sociedade Mineira de Cultura, se candidatar e
participar das etapas de seleção, cumpridas as exigências descritas em editais
internos de divulgação de vagas. Neste processo, são as seguintes as ferramentas
utilizadas para divulgação de vagas:
Portal RH,
Correio eletrônico,
Quadros de aviso,
Informativos semanais online da entidade mantenedora.
158
Seleção externa:
Mecanismo de suprimento de vagas com candidatos prospectados no
mercado local ou regional de trabalho. O processo de seleção externa obedece às
diretrizes institucionais de contratação. A seleção externa objetiva suprir as vagas
disponíveis para a contratação por meio da observância do equilíbrio entre as
variáveis (necessidades do cargo + expectativas organizacionais) = (habilidades +
conhecimentos + atitudes dos candidatos). Para que este objetivo seja alcançado
observam-se os requisitos formais do cargo (escolaridade, experiência, registros
profissionais) e os informais (habilidades e atitudes). As etapas do processo de
seleção são:
Triagem de candidatos
o Banco de currículos internos
o Sites de RH
o Grupos profissionais de RH
Análise de currículo
Entrevista individual ou coletiva
Teste de conhecimentos específicos
Avaliação psicológica / psicotécnica
Entrevista técnica com a chefia da unidade/departamento solicitante.
Na tabela 65 apresenta-se a evolução destes processos entre os anos de 209
e 2011.
159
TABELA 65 Seleção do corpo técnico-administrativo
Descrição
2009 2010 2011
Eventos Participantes Eventos Participantes Eventos Participantes
Avaliação de conhecimentos de informática
67 67 54 54 81 81
Avaliação psicológica (serviço externo)
239 239 229 229 373 373
Avaliação psicológica (interna)
59 59 150 150 212 212
Entrevista coletiva 19 223 23 276 27 295
Entrevista psicológica individual
1.530 1.530 890 890 1555 1555
Entrevista psicológica individual - PCD
35 35 321 321 151 151
Provimento interno 23 149 22 250 49 308
Total 1.972 2.302 1.689 2.170 2448 2975
Fonte: PRORH; Gerência de Desenvolvimento de Pessoas. PCD - pessoa com deficiência
3.5.2.2. Contratação do corpo técnico-administrativo
O processo de admissão e contratação dos integrantes do corpo técnico
administrativo é pautado nos parâmetros legais previstos na Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT), e pode ocorrer nas seguintes modalidades: contratação de prazo
indeterminado: suprimento de vagas definitivas e integrantes do quadro permanente
aprovado para cada unidade administrativa, ou contratação de prazo determinado:
suprimento de vagas de caráter temporário, motivado por projetos de prazo
determinado ou licenças (administrativas, saúde ou maternidade) cuja necessidade
ultrapasse o prazo mínimo de 30 dias.
3.5.2.3. Aperfeiçoamento do corpo técnico-administrativo
Investir em aprendizado e desenvolvimento permanente faz parte da
estratégia organizacional para o alcance dos objetivos institucionais. Todos os
programas decorrem do plano de iniciativas alinhados ao planejamento estratégico.
160
Os principais focos de investimento em aperfeiçoamento são:
desenvolvimento de competências de gestão;
desenvolvimento de habilidades técnicas e
cursos internos e externos de aperfeiçoamento técnico e/ou
comportamental.
A oferta de treinamentos aplicáveis ao corpo administrativo ocorre de acordo
com a necessidade evidenciada em levantamento formal de demanda de educação
corporativa. No ano de 2009, foram ofertados 16 cursos de capacitação, com 605
participantes, totalizando 3.619 horas de treinamento. Em 2010, ocorreram 18
programas, com 908 participantes, integralizando 36.707 horas. A tabela 66 detalha
as ofertas de cursos e treinamentos e a participação do corpo técnico administrativo,
durante o ano de 2011.
161
TABELA 66 Treinamentos e cursos ao corpo técnico-administrativo
Evento/Curso Carga horária Participantes
Cabeamento Estruturado 16 29
Curso Portal dos Convênios 16 9
Encontro SEPLAN / Participantes Gestão de Projetos
2 40
Introdução à Gestão de Projetos 32 33
Oficina "Desenvolvimento de Equipes" 8 72
Oficina “Administração de Conflito” 8 85
Operação e Manutenção de Tratores Agrícolas
40 9
Palestra “Inovação” 2 38
Palestra "Desafios da Liderança" 2 68
Palestra "Administração do Tempo" 2 133
Palestra "Felicidade no Trabalho" 2 157
Programa de Capacitação no Trabalho para Deficientes para o Trabalho
3 27
Programa de Desenvolvimento de Gestores - Administrativo
92 45
Seminário Gestão Integrada de Território 12 32
Serviços de Copa - Atualização 3 10
Sessão de Cinema "Alguém para Dividir os Sonhos"
2 74
Sessão de Cinema "Mestre dos Mares" 2,5 68
Treinamento Introdutório - PUC Minas 3 21
Total 247,5 950 Fonte: PRORH. PCD - pessoa com deficiência
Deve-se citar ainda a existência de uma capacitação direcionada para o corpo
técnico-administrativo denominado Programa de Desenvolvimento Gerencial –
Gestão de Pessoas que ocorreu no ano de 2010 nas diversas unidades e campi.
Este programa resultou em propostas de novos treinamentos e/ou cursos, inclusive
para outros segmentos do corpo funcional.
162
Para melhor qualificação de seu corpo de gestores composto por docentes,
no segundo semestre de 2010 e no primeiro semestre de 2011, a Universidade
promoveu o Programa de Desenvolvimento Gerencial – Corpo Docente, como um
treinamento importante para estes gestores que ocupam cargos na mesma.
Desde 2011 tem sido promovido um treinamento para professores que
assumem cargos eletivos na Universidade, tais como Diretores de Institutos e
Faculdades, Chefes de Departamentos, Coordenadores e membros de Colegiados
de Cursos, no sentido de orientar e esclarecer as diversas atividades associadas a
esses cargos.
3.5.2.4. Avaliação e progressão do corpo técnico-administrativo
De acordo com a Pró-reitoria de Recursos Humanos (ProRH), a estrutura de
cargos e salários da PUC Minas obedece ao modelo funcional, com uma distribuição
de cargos e funções hierarquizada. A carreira apresenta características de
polivalência, mas é principalmente hierárquica. Os mecanismos de progressão na
carreira estão alinhados com a existência de vagas, nos casos de promoções
verticais e no reconhecimento de mérito nas progressões horizontais, e a política de
remuneração, por sua vez, ampara-se em pesquisas constantes de mercado com
vistas a:
estabelecer uma remuneração adequada no que diz respeito à média
regional das empresas que desenvolvem o mesmo ramo de atividades;
e
estabelecer avanços salariais que permitam diferenciar os
colaboradores que ocupam os mesmos cargos em função de seus
méritos.
A Universidade não possui plano de carreira formalmente registrado no
Ministério do Trabalho, mas opera de acordo com a sua estrutura interna de cargos
e salários. O corpo administrativo possui Manual de Descrição de Cargos, atualizado
regularmente e entregue aos gestores de três em três anos. A Instituição possui uma
estrutura de cargos e salários com cerca de 115 cargos genéricos, que abrigam uma
multiplicidade de funções, distribuídas de acordo com as suas particularidades e
requisitos formais. As tabelas salariais são elaboradas de acordo com os segmentos
163
de atuação ou regiões geográficas onde a PUC Minas atua. Dentro do quadro
técnico-administrativo, há possibilidade de promoções horizontais e verticais.
O processo de avaliação dos funcionários ocorre pontualmente em algumas
unidades acadêmico administrativas. Existe modelo de avaliação de competências
em teste na entidade mantenedora, com previsão de implantação, para todo o corpo
técnico administrativo da PUC Minas, a partir do segundo semestre de 2012.
O programa de avaliação de competências adotará o modelo de múltiplas
fontes (360º) em que são considerados vários avaliadores de um mesmo
colaborador. O sistema em análise apresenta os resultados da avaliação por meio
de gráficos de radar e barras, para mostrar os resultados por competência avaliada,
e de dispersão, para descrever o resultado geral. Priorizam-se para a avaliação as
competências técnicas, comportamentais e organizacionais. Espera-se, ao final do
processo, o mapeamento e a distribuição dos profissionais em quadrantes, com
significados específicos, e que permitam identificar potenciais sucessores para
postos chave da universidade. O processo de avaliação está inteiramente ligado ao
desenvolvimento de pessoal, na medida em que alimenta o sistema de ações de
aprendizagem organizacional aplicáveis ao corpo técnico administrativo.
A avaliação de desempenho do corpo administrativo, em fase de pré-
implantação, possui projeto aprovado pela administração superior da Universidade,
fornecedor de softwares compatíveis com o mapeamento de competências também
já definido e os quesitos de avaliação propostos, já definidos com projeto piloto
implantado no segundo semestre de 2011, e implantação para todo o corpo
administrativo a partir do segundo semestre de 2012.
3.5.2.5. Avaliação quanto a suficiência da quantidade do corpo
técnico e administrativo para responder aos objetivos e
funções da Instituição
A Instituição adota a prática de planejamento da alocação de recursos
humanos com base em indicadores, que permitem a elaboração de um quadro de
vagas por unidade acadêmico/administrativa. A elaboração do quadro de vagas é
feita considerando:
levantamento de indicadores externos;
164
estudo comparativo dos indicadores externos;
definição de indicadores internos, por tipo de serviço;
comparativo interno da alocação de RH para o desenvolvimento de
atividades similares;
análise da estrutura funcional das Unidades;
análise das atividades desenvolvidas, por setor;
análise das atividades desenvolvidas, por funcionário;
análise das atividades desenvolvidas, por cargo.
Responsabilidade do RH:
gerir o Quadro de Vagas da Universidade, em todas as suas unidades
acadêmicas e administrativas;
proceder e autorizar alterações de acordo com o Quadro de Vagas;
estabelecer e rever indicadores para composição do Quadro de Vagas.
Responsabilidade do Gestor:
gerir o Quadro de Vagas de sua unidade de acordo com as diretrizes
estabelecidas;
auxiliar na manutenção do equilíbrio interno e preventivo de passivos
trabalhistas, garantindo ao funcionário a correta compreensão da
natureza das suas atividades.
A gestão do Quadro de Vagas baseado em indicadores faz parte de uma
proposta compartilhada de gestão responsável de pessoas. A gestão responsável
aqui diz respeito à necessidade de manutenção do funcionamento da Instituição,
realidade que pode ser mais difícil não sendo encontrado o ponto de equilíbrio entre
receitas e despesas.
No que diz respeito a alterações funcionais, que são um processo contínuo na
Instituição, foram registradas 279 destas ações durante o ano de 2011, a maior parte
das quais relacionada a re-enquadramento, oriundas de processos de provimento
interno.
De forma geral a Universidade, através da Pró-Reitoria de Recursos
Humanos juntamente com a Diretoria de Recursos Humanos da Sociedade Mineira
165
de Cultura, fomenta e incentiva a participação, tanto de gestores oriundos do corpo
docente quanto do corpo técnico administrativo, em programas de capacitação.
No que diz respeito a inclusão social de pessoas com necessidades
especiais, existe uma parceria da Pró-Reitoria de Recursos Humanos – ProRH, com
o Núcleo de Apoio à Inclusão - NAI, para a contratação de funcionários com
Necessidades Educacionais Especiais - NEE, no Programa de Empregabilidade de
Pessoas com Deficiência. Dentro desta parceria, envolvendo também a Prograd, são
realizados diversos seminários semestrais sobre Inclusão na PUC Minas, destinados
a professores da Universidade.
3.5.2.6. Distribuição da formação profissional do corpo técnico e
administrativo
A tabela 67 apresenta a evolução da composição do corpo técnico-
administrativo.
TABELA 67 Evolução da escolaridade do corpo
técnico-administrativo
Instrução 2009 2010 2011
Até ensino fundamental 22,8 12,8 4,99
Ensino médio - completo 23,8 38 42,01
Graduação 36,9 34,1 33,03
Especialização 12,9 12 16,98
Mestrado/Doutorado 3,6 3,1 2,99
Total 100 100 100
Fonte: PRORH; INT - Banco de currículos internos e Sispro
É perceptível a crescente queda dos funcionários com escolaridade até o
ensino fundamental, entre os anos de 2009 e 2011. Em contrapartida, houve
crescimento dos funcionários com ensino médio completo e especialistas.
Considerada a autoavaliação realizada pela CPA durante o ano de 2011,
junto ao corpo técnico administrativo da PUC Minas, que compilou as respostas de
um total de 363 respondentes, tem-se que para a ocasião, dentre estes
166
respondentes, 61,25% são mulheres, 52,61% têm menos de 42 anos de idade,
55,06% trabalham nos turnos da manhã e da tarde, 59,33% trabalham na PUC
Minas há até 5 anos, e 71,95% dedicam 40 horas semanais ao seu trabalho.
Em relação à sua escolaridade, os funcionários se, distribuem entre os
seguintes graus:
TABELA 68 Escolaridade – Corpo Técnico-administrativo
Escolaridade/Nível Ensino Total
%
Ensino Fundamental completo 2,01
Ensino Fundamental incompleto 2,29
Ensino Médio completo 18,62
Ensino Médio incompleto 1,15
Ensino Superior completo 24,07
Ensino Superior incompleto 26,65
Mestrado 21,78
Doutorado 3,44
Total 100,00
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
A discrepância entre os dados primário e secundário em relação à
escolaridade dos funcionários pode ter causas diferentes e as mais prováveis entre
elas seriam: a desatualização cadastral do Banco de currículos da ProRH; a
ampliação de instrutores da PUC Minas Virtual, dentre outras.
Dentre os respondentes, 89,97% não possuem qualquer deficiência, e dentre
os funcionários que possuem alguma deficiência, 60,00% consideram o atendimento
do NAI muito bom ou excelente. Em relação aos recursos específicos
disponibilizados para a prática profissional de portadores de deficiência, 67,12% dos
funcionários que os utilizaram, os consideraram excelentes ou bons.
Avaliado o “cumprimento da missão institucional da Universidade”, os
funcionários consideram excelente ou boa, a “integração entre a Universidade e a
sociedade” (74,78%), a “produção e disseminação do conhecimento, da arte e da
167
cultura” (77,06%) e a “promoção do desenvolvimento humano e social da
comunidade acadêmica” (73,47%).
Consultados sobre o PDI da PUC Minas, 61,64% dos entrevistados
respondentes afirmam desconhecê-lo. Quanto às atividades de extensão, 82,40%
informam “não participar de projeto ou programa de extensão universitária” e 69,55%
informam que “o setor não participa de projeto ou programa de extensão
universitária”.
Em relação às atividades de pesquisa, 83,05% afirmam “não participar de
projeto ou programa de pesquisa institucional” e 65,98% informam que “o setor não
participa de projeto ou programa de pesquisa institucional”.
Solicitados a manifestar-se sobre os treinamentos oferecidos pela Instituição,
56,85% dos respondentes afirmam ter participado destes treinamentos nos últimos
dois anos, sendo que, na maioria (46,39%) das ocasiões, para atualização
profissional. Ao avaliar os treinamentos de que participaram, os funcionários
consideram que a “qualidade dos treinamentos” é boa (41,40%), a “atualização dos
treinamentos” é boa (33,33%), porém a “periodicidade dos treinamentos” é regular
(30,97%). Quanto à contribuição dos treinamentos, os respondentes avaliam que é
excelente ou boa para o “desempenho de sua função” (65,77% e o “seu
aperfeiçoamento profissional” 77,33%).
Em relação aos critérios utilizados na avaliação de desempenho, em 51,96%
das respostas fornecidas, o grau de satisfação dos funcionários é alto ou muito alto.
Elencados e avaliados os benefícios lhes concedidos pela instituição, e
identificando-se a moda das respostas, em relação a cada benefício,
desconsiderando-se as situações em que não cabe o benefício, os funcionários
consideram:
Excelente:
o Plano de saúde (40,24%),
o Vale-transporte (24,69%),
o Bolsa de estudo (19,75%),
o Previdência privada (14,01%).
Regular:
o Auxílio creche (4,75%);
168
Péssimo:
o Cesta básica (92,85%),
o Vale-alimentação (92,63%).
Sobre o relacionamento interpessoal nas atividades ocupacionais
(identificada a moda das respostas em relação a cada ator em particular), os
funcionários afirmam ser excelente o relacionamento com a “chefia” (52,70%), com
os “professores” (37,93%) e com os “subordinados e estagiários” (32,91%), e
consideram bom (38,32%), o “relacionamento com os alunos”. Quanto à integração
entre os funcionários dos vários setores da Instituição, a maioria dos funcionários
considera regular (39,43%) e muito boa (37,14%).
No seu relacionamento com a chefia, 89,16% dos funcionários atestam a
“clareza das informações repassadas pela chefia”, e consideram a “postura da
chefia” excelente, em relação à “coerência entre as solicitações e as cobranças”
(79,61%), ao “estabelecimento de tarefas” (80,50%), ao “respeito humano” (81,71%),
e ao “tempo estipulado para a realização das tarefas” (91,16%).
Compilando-se os itens relativos à avaliação das condições de trabalho
pelos funcionários, observa-se que segundo 57,76% do corpo técnico administrativo,
o número de funcionários do setor é suficiente. As atividades desenvolvidas são na
sua maioria desafiadoras (77,67%), inovadoras (60,47%) e interessantes (88,33%),
não sendo consideradas cansativas por 58,77% dos funcionários.
Quanto ao atendimento às suas solicitações, os funcionários consideram
excelente o posto médico (32,81%), o setor financeiro (24,36%), a Pastoral (15,46%)
e a CPA (10,83%), enquanto indicam como bons o GTI (38,24%), o setor de
recursos humanos (36,50%), o setor de infraestrutura e logística (28,84%), o setor
de pesquisa e pós-graduação (20,00%), a diretoria de graduação (19,30%), o NAI
(16,88%), o setor de extensão (16,09%) e a ouvidoria (9,29%).
Sobre as condições do local de trabalho, os funcionários consideram
ótimos a iluminação (46,65%), o tamanho (32,17%) e a ventilação (31,88%),
enquanto reputam como bons a limpeza (35,03%), o mobiliário (33,86%) e o ruído
(32,47%). Quanto aos equipamentos de informática, 52,79% dos funcionários os
consideram atualizados e bem conservados, e em relação aos sistemas de
informação, 65,74% dos entrevistados consideram que atendem plenamente ou
169
muito. Detalhando a avaliação dos sistemas informatizados, os funcionários
classificam como excelente (34,48%) o número de máquinas do setor, bom (40,26%)
a facilidade para operar o sistema, e apenas regular, a velocidade nos períodos de
maior demanda (32,70%) e o treinamento para a operação do sistema (24,29%).
Para 52,73% dos funcionários, o suporte oferecido pela universidade para o
deficiente no ambiente de trabalho é excelente ou bom.
As ações de comunicação da PUC Minas foram consideradas, pelos
funcionários, boas em sua maioria:
acesso a manuais, diretrizes, portarias etc (45,34%);
atualização do Portal PUC Minas (44,33%);
organização de eventos (41,22%);
qualidade das peças gráficas (folders, banners, cartazes etc) (40,94%);
divulgação das informações (39,81%);
Enquanto a Qualidade dos informativos (Informativo No Ponto, Revista PUC
Minas etc), por sua vez, foi considerada excelente (42,17%). Conclusivamente,
quanto ao seu grau de satisfação em relação à prática profissional na Universidade,
74,61% dos funcionários o consideram muito alto ou alto.
Ao fazer sua avaliação da Universidade, os funcionários produziram o
seguinte resultado:
170
TABELA 69 Avaliação dos funcionários aos aspectos da PUC Minas
Aspectos da PUC Minas Concordo
Plenamente Concordo
Parcialmente Indiferente
Discordo parcialmente
Discordo totalmente
Total
A PUC Minas é uma instituição preocupada com a formação humana e ética da comunidade acadêmica
61,68 29,91 4,98 3,43 0,00 100,00
A PUC Minas é uma universidade que está sempre inovando
44,06 42,50 5,31 6,88 1,25 100,00
A PUC Minas é valorizada no mercado 44,06 42,50 5,31 6,88 1,25 100,00
A PUC Minas incentiva e promove eventos culturais e esportivos
77,22 18,99 3,16 0,32 0,32 100,00
A PUC Minas investe na qualificação de seu corpo técnico-administrativo
20,38 38,54 11,46 21,02 8,60 100,00
A PUC Minas oferece salários compatíveis com o mercado
25,48 39,17 10,19 15,92 9,24 100,00
A PUC Minas possui boa infraestrutura 40,19 47,15 3,80 8,23 0,63 100,00
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
171
3.6. INFRAESTRUTURA E LOGISTICA
A PUC Minas chegou ao final de 2011 com uma área total construída de
246.742 m2, distribuída em 211 edificações, nas 10 unidades e núcleos universitários
pertencentes ao Campus Belo Horizonte e nos campi de Arcos, Guanhães, Poços
de Caldas e Serro.
Estes dados foram atualizados para dezembro de 2011 pela Pró-Reitoria de
Logística e Infraestrutura (Proinfra) e contém ligeiras mudanças metodológicas em
relação às informações disponíveis para 2010, acarretando eventuais ressalvas na
comparação anual. A atualização metodológica foi realizada para atender às
exigências dos poderes municipais para o licenciamento ambiental das construções.
De tal forma, pode-se afirmar que os dados a seguir apresentam um retrato mais
criterioso da infraestrutura da Universidade, utilizando padrões quantitativos
estabelecidos pelo poder público, a partir da normatização da Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT). São 211 edificações e 246.742 m2 de área construída.
O gráfico a seguir, apresenta outros dados:
GRÁFICO 3518
Construções (m2)
Fonte: Pró-reitoria de Logística e Infraestrutura. 2011
18 (1) Estacionamento, vias de acesso, áreas a construir. (2) Área de mata nativa, reflorestada ou taludes. (3) Área ocupada com quadra, campo, ginásio e piscina, incluindo áreas adjacentes. (4) Na Unidade Coração Eucarístico - outras áreas, considerou-se as áreas do Edifício Redentoristas, Edifício Pio XII (Ensino a Distância), Edifício do DataPUC e Fumarc (DataPUC, Jornal Opinião, Superintendência e Gráfica da Fumarc), Edifício Dom Cabral (cursos de Administração, Direito e Fonoaudiologia, Escola de Teatro, Diretoria de Educação Continuada) e Edifícios nas ruas Dom José Pereira Lara, Dom Pedro Evangelista, Dom Lúcio Antunes e Cláudio Manuel.
0
100.000
200.000
300.000
400.000
308.794293.182
165.270
123.830
56.436
OUTRAS ÁREAS (1)
VERDE (2)
JARDINAGEM
ÁREA OCUPADA (3)
CENTRO ESPORTIVO
172
Em relação ao ano anterior, a área construída cresceu 9,80%; o crescimento
efetivo, porém, foi menor, já que parte do aumento deveu-se às correções
metodológicas no processo de medição. Contudo, o relatório fornecido pela Proinfra
referente ao ano de 2011 informa a execução de obras de construção diversas,
entre elas o Auditório do Museu de História Natural, novos pavimentos para salas de
aulas, ampliação da Biblioteca e do Laboratório de Informática na Unidade Barreiro,
construção do Bloco I e abrigo de resíduos na Unidade Betim, criação de
laboratórios de Enfermagem e Psicologia na PUC Arcos, nova sala de aula em
Guanhães, entre outras.
A relação entre a área construída e o número de alunos matriculados em
2011 (47.334 alunos), foi de 5,2 m2 por aluno. Embora sem poder indicar com
precisão a variação deste indicador em comparação ao ano anterior, é possível
supor que a área construída por aluno tenha apresentado ligeiro crescimento. Para
isso, compare-se a evolução da área construída de 9,80% (com as ressalvas
recomendadas, pois esta variação inclui a correção metodológica) com o
crescimento do número de alunos entre 2010 e 2011, que foi de 2,60%.
Em relação aos espaços para a prática de esportes, se por um lado a PUC
Minas possui um complexo esportivo com 48.060 m2 Campus Coração Eucarístico
com estrutura adequada à realização de diversas modalidades esportivas (em
especial o Atletismo, contando inclusive com uma pista oficial com dimensões
internacionais), nota-se a ausência de espaço próprio destinado à prática esportiva
nas unidades Barreiro e São Gabriel, bem como nos campi de Arcos e Guanhães.
Devido ao porte da Instituição, as obras de melhoria e manutenção são
constantes, demandando da Proinfra uma atividade intensa, como pode ser
verificada abaixo a partir do número de solicitações de serviços nas áreas de
arquitetura e manutenção civil, elétrica e telefônica.
173
TABELA 70 Solicitação de serviços à Proinfra
SERVIÇO 2009 2010 2011
Arquitetura 200 102 183
Manutenção civil 4.649 4.059 3.838
Manutenção elétrica 1.632 2.039 1.826
Manutenção telefônica 1.179 1.515 1.382
Total 7.660 7.715 7.229
Fonte: SSO - Sistema de Solicitações. Dados extraídos em 16/12/2011.
Além disso, os eventos realizados na Universidade, e que também compõem
sua atividade fim, demandam estrutura física, cuja viabilização fica a cargo da Pró-
Reitoria de Infraestrutura e Logística. O quadro abaixo fornece uma indicação da
demanda feita à Proinfra em relação às estruturas físicas destinada aos eventos;
apesar de elevado volume, nota-se uma queda deste tipo de demanda entre 2009 e
2011.
TABELA 71
Eventos realizados
TIPO DO EVENTO 2009 2010 2011
Acadêmico 152 117 110
Arte e cultura 7 15 18
Disciplina Seminários 165 134 106
Extensão 43 42 9
Institucional 54 65 51
Pastoral 20 33 27
Pesquisa e pós-graduação 11 10 8
Total 452 416 329
Fonte: Pró-reitoria de Logística e Infraestrutura; SAE - Autorização de Pagamento e SSO. Dados extraídos em 25/01/2012. Elaboração: PROINFRA
174
Em relação aos equipamentos destinados ao trabalho técnico administrativo e
às atividades acadêmicas, o histórico recente de aquisições entre 2009 e 2011
sugere que houve um empenho maior da instituição em 2010 neste aspecto, seguido
de certo arrefecimento em 2011. Como se pode observar no primeiro gráfico, as
aquisições de computadores nestes três últimos anos foram de, respectivamente,
179, 1.393 e 754 unidades. O mesmo movimento pode ser notado no caso dos
demais equipamentos.
GRÁFICOS 36 e 3719
Aquisições de Aquisições de equipamentos
Fonte: Pró-reitoria de Logística e Infraestrutura; EMS 5 - Ativo Fixo. Dados extraídos em 22/12/2011.
Entre os equipamentos listados, os computadores têm como finalidade,
predominantemente, atender às necessidades de trabalho do corpo técnico-
administrativo, enquanto a aquisição de datashows, aparelhos de DVD e quadros
brancos tem repercussão na forma como a infraestrutura é percebida por docentes e
discentes; as avaliações de cada um destes segmentos da comunidade acadêmica
quanto à infraestrutura da Universidade serão apresentadas a seguir.
Em geral, a estrutura física foi avaliada positivamente por funcionários, alunos
e professores nas respostas aos questionários da avaliação institucional.
Entre os funcionários, 87,34% concordaram que a Universidade possui boa
infraestrutura conforme tabela que será mostrada a seguir. A iluminação e a limpeza
dos locais de trabalho foram consideradas, no mínimo regulares ou adequadas por
19 (1) Estão incluídos, nesta Unidade, o prédio Emaús, o prédio Redentorista, a Unidade da Praça da Liberdade, PUC Minas Virtual e a Gerência de Tecnologia da Informação.
(2) Estão incluídos, neste item, os notebooks.
175
92,34% e 90,70% dos funcionários. Também foram avaliados positivamente o
tamanho dos espaços (81,79%) e o mobiliário (83,91%). Entretanto, como se pode
ver, em relação à ventilação e ao nível de ruído ou barulho nos locais de trabalho a
aprovação é um pouco menor, quase chegando a 40,00% o percentual dos
funcionários insatisfeitos com estes quesitos.
TABELA 72
Avaliação dos funcionários do local de trabalho
Quesitos da infraestrutura Excelente Bom Regular Ruim Péssimo
Total Geral
% % % % % %
Disponibilidade dos recursos multimídia 20,77 34,23 28,46 12,69 3,85
100,00
Funcionalidade dos recursos multimídia 16,35 33,08 28,14 17,11 5,32
100,00
Iluminação 28,74 41,38 22,22 5,36 2,30 100,00
Limpeza 25,58 38,76 26,36 7,75 1,55 100,00
Mobiliário 14,94 28,74 40,23 13,41 2,68 100,00
Ruído/barulho 6,13 20,69 33,72 25,67 13,79 100,00
Tamanho 24,81 31,01 25,97 13,57 4,65 100,00
Ventilação 18,53 28,19 27,03 19,31 6,95 100,00
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
Em relação aos equipamentos de informática utilizados pelos funcionários,
apesar do esforço de atualização verificado entre 2010 e 2011, conforme dados
acima, pouco mais da metade dos funcionários (52,79%) os consideram atualizados
e bem conservados, enquanto 8,94% disseram que são atualizados, mas mal
conservados. O percentual daqueles que consideram os equipamentos
desatualizados chegou a um terço. 5,31% dos informantes não utilizavam
equipamentos de informática.
176
TABELA 73 Avaliação dos funcionários quanto aos equipamentos
de informática utilizados no setor
Fonte: CPA PUC Minas 2011
Entre os alunos da graduação, a infraestrutura foi considerada no mínimo
adequada para 78,66% dos entrevistados. Conforme os dados do gráfico a seguir,
quesitos mais básicos como iluminação das salas e limpeza foram muito bem
avaliados. A avaliação negativa nestes itens (ruim ou péssimo) ficou restrita,
respectivamente, a 7,39% e 10,71% dos estudantes. A adequação do espaço da
sala de aula ao número de estudantes também foi por eles bem avaliada, com
79,45% de respostas indicando o espaço, no mínimo, adequado. A maior parte dos
estudantes considerou de adequados a plenamente adequados os recursos
multimeio (76,15%) e o mobiliário (74,58%). A avaliação positiva dos equipamentos
de laboratório situou-se num patamar inferior (72,26%) e a aprovação caiu quando
os mesmos equipamentos foram relacionados ao número de estudantes (68,28%).
Em relação à qualidade da infraestrutura, os quesitos que receberam pior
avaliação dos estudantes foram ventilação e ruído/barulho: 31,29% deles
consideraram que as salas têm ventilação ruim ou péssima e 41,49% indicaram que
os níveis de ruído ou barulho estão inadequados.
Total Geral%
Atualizados e bem conservados 52,79Atualizados, mas mal conservados 8,94Desatualizados e mal conservados 5,03Desatualizados, mas bem conservados 27,93Não utilizo equipamentos 5,31Total Geral 100,00
177
GRÁFICO 38 Qualidade da infraestrutura dos cursos
Fonte: CPA – PUC Minas 2011.
Em praticamente todos os quesitos da infraestrutura avaliados, a percepção
dos estudantes foi corroborada pelo resultado da avaliação dos professores da
graduação: os percentuais de notas favoráveis obedecem a um mesmo
ordenamento, sendo apenas ligeiramente maiores entre os professores. Iluminação
e limpeza foram positivamente avaliados por 93,34% e 90,70%, respectivamente. A
maior parte dos professores aprovou o tamanho das salas (81,78%) e o mobiliário
(83,91%); o mesmo ocorreu com a disponibilidade de recursos multimídia (83,46%),
embora sua funcionalidade tenha recebido um percentual de aprovação um pouco
menor (77,57%). Da mesma forma, a ventilação das salas e o nível de ruído ou
barulho receberam o maior percentual de notas desfavoráveis (ruim ou péssimo),
quais sejam, 26,25% e 39,46% respectivamente.
178
TABELA 74 Avaliação do corpo docente quanto às condições da sala de aula
Quesitos da infraestrutura Excelente Bom Regular Ruim Péssimo
Total Geral
% % % % % %
Disponibilidade dos recursos multimídia
20,77 34,23 28,46 12,69 3,85 100,00
Funcionalidade dos recursos multimídia
16,35 33,08 28,14 17,11 5,32 100,00
Iluminação 28,74 41,38 22,22 5,36 2,30 100,00
Limpeza 25,58 38,76 26,36 7,75 1,55 100,00
Mobiliário 14,94 28,74 40,23 13,41 2,68 100,00
Ruído/barulho 6,13 20,69 33,72 25,67 13,79 100,00
Tamanho 24,81 31,01 25,97 13,57 4,65 100,00
Ventilação 18,53 28,19 27,03 19,31 6,95 100,00
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
Entretanto, os professores avaliaram melhor que os alunos a quantidade de
equipamentos por estudante (76,59% de notas positivas, contra 68,28% entre os
alunos). A adequação dos espaços pedagógicos foi considerada entre regular e
excelente por 81,82% e a conservação e atualização dos equipamentos por 78,57%
dos docentes.
TABELA 75 Avaliação do corpo docente quanto às condições dos espaços
para aulas práticas (Unidade que mais leciona)
Excelente Bom Regular Ruim Péssimo Total Geral
Adequação do espaço pedagógico (laboratórios, clínicas, ilhas de edição e etc.) ao número de estudantes
17,68 34,34 29,80 12,12 6,06 100,00
Conservação e atualização dos equipamentos
13,81 30,00 34,76 14,76 6,67 100,00
Números de equipamentos em relação ao número de estudantes
14,63 27,80 34,15 15,61 7,80 100,00
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
179
Em relação às salas de professores, em que pese ter sido o seu mobiliário
bem avaliado (83,91%), a atualização dos recursos de informática e sua
disponibilidade apresentaram percentuais menores de aprovação (70,16% e
71,60%, respectivamente).
Os espaços físicos destinados às salas de professores, no entanto, foram
considerados como apenas regulares ou adequados por 24,77% dos seus usuários.
A grande maioria dos professores considerou estes espaços inadequados: eles são
ruins para 36,92% e péssimos na visão de 38,32%.
GRÁFICO 39 Condições das salas dos professores
Fonte: CPA – PUC Minas 2011
3.6.1. Gerência de Tecnologia da Informação (GTI)
Outro aspecto crucial da infraestrutura da Universidade também de
responsabilidade da Pró-Reitoria de Infraestrutura e Logística diz respeito à
infraestrutura tecnológica, a cargo da Gerência de Tecnologia da Informação (GTI).
A GTI é responsável por manter em operação 66 sistemas de informação que
atendem não apenas à PUC Minas, mas a todas as demandas computacionais da
Sociedade Mineira de Cultura. Em 2011 foram realizados 99 projetos de melhoria
em tais sistemas. Listam-se as principais intervenções implantadas e em
desenvolvimento no ano de 2011:
180
Painel do Gestor - versão 02;
adequações para a nova estrutura de centros de custos;
construção de relatórios consolidados dos atendimentos do SAJ;
implantação do fluxo de solicitações de compras integrado ao EMS;
novo formulário de acompanhamento e relatórios de monitoramento;
descentralização de gerenciamentos de eventos que não são de
responsabilidades da PROINFRA;
adequação do controle para a Semana de Planejamento da PUC Minas;
manutenções adaptativas nas inscrições do MiniONU;
reconstrução dos módulos Web de inscrições e resultados na nova
arquitetura de sistemas;
unificação da gestão de receitas acadêmicas com a inclusão da receita dos
colégios;
implantação da ferramenta de Planejamento Estratégico da PUC Minas;
implantação do controle de atestados médicos;
controle de contas de energia elétrica;
adaptações na carga de dados dos alunos do ensino à distância;
adaptações nos processos de inscrição e matrícula Web dos cursos de
especialização;
lançamento de notas pelos professores através da Web;
melhorias na alocação do espaço físico e manutenção de locais;
gestão da carga horária para professores de Regime de Tempo Integral;
adequação de critérios para ingressantes através do Enade;
compartilhamento de disciplinas para otimizar a gestão de turmas;
implementação de critério de Média Geométrica para apuração de nota final
do aluno;
implantação da declaração de pagamentos na Web;
implantação do controle de disciplinas compartilhadas;
melhorias nas funcionalidades referentes ao Núcleo de Apoio à Inclusão de
Alunos – NAI;
melhorias nos processos de matrículas;
181
integração com do controle financeiro com Gestão da Receita Acadêmica –
GRA;
criação do painel do Gestor - versão 03;
elaboração do relatório: Análise de Desempenho de Cursos Pós-graduação
Lato Sensu;
projeto de migração da estrutura de centro de custos;
implantação do Microsoft CRM para a SEPLAN;
adaptação do sistema para se adequar aos horários flexíveis de disciplinas na
grade;
integração com a nota fiscal eletrônica (NF-e);
adaptações nas regras de pagamento de cursos de pós-graduação;
adaptações nas rotinas de integração do SGA com o sistema de bibliotecas
Pergamum;
melhorias no controle de turmas em oferta;
melhoria na adesão de contrato de serviços educacionais para a pós-
graduação stricto sensu;
adequação dos sistemas de informação para atender a nova estruturação de
centro de custo / unidade a ser utilizado a partir de 2012.
A infraestrutura tecnológica avançou em 2011 com a instalação de um
equipamento de grande porte na GTI para atender à rede de dados interna e à
internet e de um equipamento de médio porte no IEC, ampliação de circuitos da rede
corporativa, licitação, aquisição e implantação de 24 servidores para a rede
corporativa, licitação, aquisição e implantação de Projeto de Segurança Corporativa,
entre outras melhorias informadas no relatório da Proinfra.
O volume de atendimentos realizados pela GTI, incluindo processamentos
programados e suporte aos usuários, em sistemas de informação e suporte técnico
avançado, cresceu consideravelmente nos últimos 2 anos, passando de 24.040 em
2009 para 26.963 em 2010 e 32.444 em 2011, ou seja um salto de quase 35,00% no
período. O tipo de atendimento que mais contribuiu para esse aumento foi o suporte
ao usuário, que passou de 14.812 em 2009 para 17.334 em 2010 e 21.867 no último
ano, um aumento de aproximadamente 47,00%. O gráfico a seguir mostra a
evolução dos atendimentos realizados pela GTI no período de 2009 a 2011:
182
GRÁFICO 40
Atendimento realizados pela GTI
Fonte: DM SOL - Sistema de Solicitações. Dados extraídos em 28/12/2011. Obs.: estão incluídos nestes atendimentos, aqueles realizados para toda a Sociedade Mineira de Cultura.
O atendimento às solicitações feitas à GTI foi considerado excelente por
23,70% dos funcionários que utilizam os sistemas informatizados; 52,59% deles
consideraram os atendimentos como bons ou muito adequados e 17,67% disseram
ser regulares ou adequados. A avaliação negativa destes atendimentos ficou restrita
a 6,04% dos funcionários.
Em relação aos sistemas de informação, 21,50% dos funcionários declararam
que eles atendem plenamente às necessidades, 44,24% disseram que atendem
muito e 26,17% que atendem parcialmente.
183
TABELA 76 Avaliação dos funcionários quanto ao atendimento
dos sistemas de informação
%
Plenamente 21,50
Muito 44,24
Parcialmente 26,17
Pouco 1,56
Não atendem 1,56
Não utilizo 4,98
Total Geral 100,00
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
Quanto ao quesito facilidade de operação, quase a totalidade dos funcionários
que utilizam sistemas informatizados (96,90%) consideraram no mínimo adequado
ou regular. O número de máquinas no setor foi aprovado por 89,04% dos usuários,
enquanto a aprovação dos treinamentos para operação dos sistemas situou-se num
patamar inferior, com 74,09% de respostas positivas. A velocidade do sistema em
períodos de maior demanda foi considerada ruim ou péssima por 31,25% daqueles
que o utilizam.
TABELA 77 Avaliação dos sistemas informatizados
Excelente Bom Regular Ruim Péssimo Não
utilizo/Não se aplica
Total Geral
Facilidade para operar o sistema
35,78 40,26 13,74 2,24 0,64 7,35 100,00
Numero de máquinas no setor 34,48 32,60 14,42 7,52 2,51 8,46 100,00
Treinamento para operação do sistema
12,93 20,50 24,29 10,41 9,78 22,08 100,00
Velocidade nos períodos de maior demanda
8,89 21,27 32,70 16,83 11,75 8,57 100,00
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
3.6.2. Biblioteca
184
Em relação à biblioteca, aos alunos foi solicitado que avaliassem sua
adequação em relação ao acervo, às instalações físicas e aos recursos de
informática disponíveis.
A tabela a seguir demonstra que em todos os quesitos avaliados os alunos,
em sua maioria consideram a atualização do acervo adequada (20,12%), muito
adequada (30,18%) ou plenamente adequada (25,61%). O mesmo acontece com a
disponibilização do acervo, que foi considerada adequada (25,36%), muito
adequada (26,53%) ou plenamente adequada (18,46%). As instalações físicas da
biblioteca foram ainda melhor avaliadas, pois, se somarmos as categorias
adequadas, muito adequadas ou plenamente adequadas temos um total de 87,19%.
Os recursos de informática da biblioteca foram também muito bem avaliados, pois a
maioria dos alunos (65,37%) os considerou adequados, muito adequados ou
plenamente adequados.
TABELA 78 Avaliação do corpo discente quanto à Biblioteca
Quesitos
Plenamente Adequado
Muito Adequado
AdequadoParcialmente
Adequado Pouco
AdequadoTotal Geral
% % % % % %
Atualização do acervo 27,81 32,77 21,84 8,16 9,42 100,00
Disponibilidade do acervo
19,38 27,85 26,63 14,22 11,93 100,00
Instalações físicas 41,11 32,18 17,07 5,77 3,86 100,00
Recursos de informática
18,04 23,50 27,81 16,87 13,78 100,00
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
Aos professores foi feito o mesmo questionamento, desta feita em relação à
Biblioteca da unidade da PUC Minas em que mais lecionavam. As respostas
reveladas na tabela a seguir demonstram uma satisfação parecida com a dos
alunos. A atualização e a disponibilidade do acervo foram consideradas de
satisfatórias a plenamente satisfatórias pela maioria dos professores. As instalações
físicas foram ainda melhor avaliadas, a exemplo da resposta dos alunos, pois a
maioria (74,81%) dos professores as considerou muito ou plenamente satisfatórias.
Os recursos de informática foram considerados muito ou plenamente satisfatórios
pela maioria do corpo docente (61,09%).
185
TABELA 79 Avaliação do corpo docente quanto à Biblioteca
Fonte: CPA PUC Minas 2011
3.7. AVALIAÇÃO, PLANEJAMENTO, GESTÃO E SUSTENTABILIDADE
3.7.1. Organização da Instituição
A estrutura organizacional da PUC Minas é composta por órgãos de execução
superior, auxiliar, bem como órgãos de deliberação e assessoramento. Os diversos
campi, Institutos e faculdades estão submetidos à organização superior.
Algumas mudanças na organização da PUC Minas foram efetuadas ao longo
dos anos. A departamentalização e a alocação de cursos em novos Institutos, bem
como a redefinição de órgãos da Administração Superior foram algumas
reestruturações.
Como se pode observar nos organogramas a seguir, em amarelo é verificada
a transformação da antiga Pró-reitoria de Planejamento e Desenvolvimento
Institucional na nova Secretaria de Planejamento (Seplan). A Pró-reitoria de
graduação, em roxo, agora é responsável pela Biblioteca e o Centro de Registros
Acadêmicos. Em verde é possível observar que a antiga Unidade Especial PUC
Virtual foi transformada na Diretoria de Educação a Distância. E órgãos como a
Secretaria de Comunicação e de Cultura e Assuntos Comunitários, em laranja, estão
agora posicionados em destaque no organograma.
BibliotecaTotal Geral
Atualização do acervo 100,00Disponibilidade do acervo 100,00Intalação físicas 100,00Recursos de informática 100,00
0,000,00
40,31 34,50 19,38 3,88 1,9421,01 40,08 27,24 9,73 1,95
21,0918,53 38,22 31,27 9,27
10,9440,23 26,56 1,17
Não Existe
2,70
SatisfatórioPouco
satisfatórioInsatisfatório
0,000,00
Plenamente satisfatório
Muito satisfatório
186
Figura 3 Organograma Institucional - PDI 2007/2011
Figura 4 Organograma Institucional - PDI 2012/2016
Fonte: PDI /2007- 2011 Fonte: PDI /2012 - 2016
CAM PUS DE BELO HORIZONTE
CAM PUS DE ARCOSCAM PUS DE
GUANHÃESCAM PUS POÇOS DE
CALDASCAM PUS DE
SERRO
UNIDADE ACADÊM ICA SEDE - PUC M INAS CORAÇÃO EUCARÍSTICO
ACADÊM ICAS ESPECIAIS (PREPES, IEC) E PUC M INAS VIRTUAL) (4)
(4) As Unidades Acadêmicas Especiais atuam em todas as Unidades, Núcleos e Campi da PUC M inas.
ÓRGÃOS AUXILIARES (3)
CONSELHO DE GESTÃO E POLÍTICAS - CGP
CONSULTORIA JURÍDICA
PRÓ-REITORIAS ADM INISTRATIVAS E ACADÊM ICAS
(2) A Vice-Reitoria engloba o Núcleo de Estudos em Teo logia, o Instituto Superio r da Pastoral e a Secretaria de Assuntos Estudantis.
PESQUISA E DE PÓS-GRADUAÇÃO
GESTÃO FINANCEIRA
GRADUAÇÃO
INFRA-ESTRUTURA
LOGÍSTICA E OPERAÇÕES
RECURSOS HUM ANOS
CEPE
CPA
EXTENSÃOPLANEJAM ENTO E
DESENVOLVIM ENTO INSTITUCIONAL
REITORIA (1)
VICE-REITORIA (2)
CCPD
CONSUNI
(3) Órgãos Auxiliares: B iblio teca, Centro de Registros Acadêmicos, Centro de Atividades Esportivas, Direto ria de Ação Pastoral Universitária, Diretoriade Arte e Cultura, Diretoria de Relações Institucionais, Instituto de Desenvolvimento Humano Sutentável, Núcleo de Bioética, Secretária de AçãoComunitária, Secretaria de Comunicação e a Secretaria de Relações Internacionais.
UNIDADE ACADÊM ICA - PUC M INAS NO BARREIRO
UNIDADE ACADÊM ICA - PUC M INAS NO SÃO GABRIEL
NÚCLEO UNIVERSITÁRIO PUC M INAS BETIM
(1) A Reitoria engloba a Assessoria Especial, a Chefia de Gabinete do Reitor e a Ouvidoria.
NÚCLEO UNIVERSITÁRIO PUC M INAS CONTAGEM
SECRETARIA GERAL
GRÃ-CHANCELARIA
BELO HORIZONTE
ARCOSGUANHÃESPOÇOS DE CALDASSERRO
CIÊNCIAS EXATAS E INFORMÁTICA
CIÊNCIAS SOCIAIS
FILOSOFIA E TEOLOGIA DOM JOÃO RESENDE COSTA
POLITÉCNICO
CIÊNCIAS HUMANAS
(4) À Pró-reitoria de Pesquisa e de Pós-graduação estão vinculados a Diretoria de Educação Continuada (IEC e Prepes) e a Editora PUC Minas.
(5) A Diretoria de Educação a Distância segue as diretrizes da PROGRAD e da PROPPG, podendo sua atuação atingir todas as Unidades, Núcleos e Campi da PUC Minas
FACULDADE DE COMUNICAÇÃO E ARTESFACULDADE DE PSICOLOGIA
FACULDADE MINEIRA DE DIREITO
(1) A Reitoria engloba a Assessoria Especial, a Chefia de Gabinete do Reitor, o Núcleo de Bioética e a Ouvidoria.
GRADUAÇÃO(3
RECURSOS HUMANOS
EXTENSÃO
(3) À Pró-reitoria de Graduação estão vinculados a Biblioteca, o Centro de Registros Acadêmicos e a Coordenação de Estágio Integrado.
(2) À Vice-Reitoria está vinculado a Assessoria para Assuntos Estudantis.
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - PUC MINAS VIRTUAL
(5)
CAMPI INSTITUTOS E FACULDADESCIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CIÊNCIAS ECONÔMICAS E GERENCIAIS
COMISSÃO PERMANENTE DE AVALIAÇÃO
REITORIA(1)
INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA
PESQUISA E DE PÓS-GRADUAÇÃO (4
)
GESTÃO FINANCEIRA
VICE-REITORIA
(2)
PRÓ-REITORIAS ADMINISTRATIVAS E ACADÊMICAS
GRÃ-CHANCELARIA
CONSELHO DE PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO
CONSELHO UNIVERSITÁRIO
SECRETARIA DE CULTURA E ASSUNTOS COMUNITÁRIOS
CONSULTORIA JURÍDICA
SECRETARIA
GERAL
SECRETARIA DE
COMUNICAÇÃO
SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E iNSTITUCIONAL
NÚCLEO UNIVERSITÁRIO PUC MINAS EM CONTAGEM
UNIDADE ACADÊMICA SEDE-PUC MINAS NO CORAÇÃO EUCARÍSTICO UNIDADE ACADÊMICA - PUC MINAS NO BARREIRO
UNIDADE ACADÊMICA - PUC MINAS NO SÃO GABRIEL
NÚCLEO UNIVERSITÁRIO PUC MINAS EM BETIM
COMISSÃO CENTRAL DE
PESSOAL DOCENTE
CONSELHO DE
GESTÃO E POLÍTICAS
187
O Estatuto da PUC Minas, com as alterações aprovadas pela Resolução nº
12, de 14 de dezembro de 2010, define o Conselho Universitário como o órgão
consultivo e deliberativo superior da Universidade, bem como o CEPE – Conselho
de Ensino, Pesquisa e Extensão. Tem-se também um órgão de deliberação
intermediária, o Conselho de Gestão e Políticas.
A sua estrutura compreende ainda, órgãos de assessoramento (Consultoria
Jurídica, Comissão Central de Pessoal Docente). Por fim, a estrutura organizacional
da Instituição conta com a administração dos Campi, dos Núcleos Universitários e
das Unidades Acadêmicas, que participam das decisões, com o Conselho
Acadêmico-Administrativo – CAA e com o Pró-reitor Adjunto.
3.7.2. Gestão
O Consuni funciona a partir de uma estrutura colegiada com a presença de
membros natos (o Reitor e o Vice, Pró-Reitores e Adjuntos, Diretores de Institutos,
Faculdades e Unidades Acadêmicas Especiais e representações da Grã-
Chancelaria e da Entidade Mantenedora) e representantes de departamento, dos
docentes de cada unidade, núcleos ou campi, da CCPD, da ADPUC, da ASSUC, da
CPA, da comunidade externa e a representação estudantil.
Guardadas as devidas proporções e competências, esta estrutura de decisão
colegiada é estendida a todas as instâncias deliberativas, seja ao Conselho de
Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE), outro órgão superior de deliberação, seja aos
níveis deliberativos dos campi, núcleos e unidades, institutos e faculdades,
departamentos, cursos de graduação e programas de pós-graduação. A exceção é o
Conselho de Gestão e Políticas, órgão de deliberação intermediária, para o qual não
está prevista a participação de representantes da comunidade e cujos membros não
ocupam cargos inferiores ao de diretor.
No CEPE, nos Conselhos Acadêmico-Administrativos (campi e unidades), nos
Conselhos Diretores de Institutos e Faculdades e nos colegiados de cursos de
graduação e pós-graduação está prevista a participação, além dos membros natos
em cada caso, de representante docente eleito entre seus pares, da representação
discente, da ADPUC e da CPA.
188
Ao longo de 2011, as reuniões do conselho de deliberação máxima, o
Consuni, foram incorporando novos conselheiros eleitos, chegando ao final do ano
com a representação praticamente completa: a ata da reunião de 3 de outubro de
2011 não registra ainda o ingresso apenas do representante da comunidade
externa. Nas atas do CEPE, por sua vez, não se registrou a presença da
participação estudantil. As atas e as pautas das reuniões destes dois conselhos
superiores encontram-se disponíveis em pastas virtuais da rede interna (pastas
públicas).
Foram consultadas, ainda, as atas de todas as reuniões referentes a 2011 de
quatro Conselhos Acadêmico-Administrativos (41 documentos) e de conselhos
Conselhos Diretores de Institutos (20 documentos).
No âmbito dos campi e unidades, um conjunto de documentos, dos quatro
consultados, não trouxe informações sobre os participantes. Em nenhum dos outros
documentos houve registro de avanço na representação docente (eleita) e discente
(duas destas instâncias, inclusive, guardavam a denominação anterior à reforma
estatutária – Conselho Técnico Administrativo).
Entre os registros dos quatro Institutos que enviaram as informações sobre a
atividade do respectivo Conselho Diretor, um deles deu posse aos representantes
docente e discentes e outro apenas ao docente eleito. Um terceiro não avançou
neste aspecto da representação e um dos conjuntos de atas não informou o nome
ou origem dos participantes.
As instâncias deliberativas no nível dos cursos de graduação, por sua vez,
foram avaliadas a partir do ponto de vista dos estudantes e professores, expresso
nas respostas aos questionários das pesquisas amostrais.
189
GRÁFICO 41 Relação entre os sujeitos no processo
de ensino-aprendizagem
Fonte: CPA PUC Minas 2011
3.7.3. Planejamento e Avaliação
A PUC Minas estabeleceu a partir de 2010 o Planejamento e Gestão
Estratégica, (PGE) com vistas à operacionalização das diretrizes emanadas do PDI.
O PGE, elaborado de forma participativa, incorporando todos os níveis de gestão da
Universidade, desde a administração superior até o nível do colegiado, estabeleceu
a criação de instrumentos de acompanhamento gerencial de forma a dar suporte aos
gestores da instituição. Destaca-se nessa linha, o Painel do Gestor, mecanismo de
acompanhamento da evasão do curso, que municia o coordenador do curso com
informações em tempo hábil no processo de tomada de decisão. A avaliação da
Secretaria de Planejamento, responsável pela coordenação do PGE e desses
instrumentos, é de que por meio dessa ferramenta várias ações foram
implementadas por coordenadores de curso resultando em inversão de altas taxas
de evasão e não efetivação de matrículas entre alunos.
Outro aspecto a considerar no que toca ao PGE da Universidade, refere-se à
diagnose quanto à estabilização da demanda de mercado da educação superior.
Entre o final da década de 90 e a primeira década de 2000, a PUC Minas, no
contexto da ampliação e democratização da educação superior, estabeleceu uma
política expansionista de suas unidades, interiorizando sua ação. Foram criados
190
vários campi e unidades numa expansão que, se no primeiro momento parecia
necessária, à medida do esgotamento da demanda se mostrou onerosa e deficitária
para a instituição.
O estabelecimento do planejamento, da racionalização dos processos de
gestão tem levado a administração superior a adotar políticas que visem dar maior
racionalidade à gestão dessas unidades sem que isso traga impactos significativos
para as populações dessas localidades. Assim, vários cursos têm tido suas entradas
anualizadas com uma ou duas entradas. Alguns cursos foram extintos e outros se
encontram em processos de extinção, conforme quadro 2.
QUADRO 2
Cursos de graduação extintos ou em extinção
Unidade Curso Modalidade
Arcos Efermagem / noite Bacharelado
Arcos Jornalismo Bacharelado
Arcos Direito / manhã Bacharelado
Betim Efermagem / tarde Bacharelado
Betim Psicologia / manhã Bacharelado
Betim Sistemas de informação / manhã Bacharelado
Betim Letras Licenciatura
Betim Matemática Licenciatura
Contagem Geografia Licenciatura
Coração Eucarístico Fisioterapia / tarde Bacharelado
Coração Eucarístico Fonoaudiologia / tarde Bacharelado
Coração Eucarístico Turismo Bacharelado
Coração Eucarístico Ciência da informação Bacharelado
Guanhães Sistemas de informação Bacharelado
Poços de Caldas Fisioterapia / tarde Bacharelado
Poços de Caldas Turismo/ noite Bacharelado
São Gabriel Letras Licenciatura
São Gabriel Ciências atuariais / noite Bacharelado
Serro Administração Bacharelado
Virtual Gestão pública- estab. Prisionais Tecnólogo
Fonte: Pró-reitoria de Graduação - 2012
191
A inserção da CPA na equipe de elaboração do PDI se fez acompanhar,
igualmente, pela participação e contribuição no estabelecimento das ações e na
construção indicadores para o planejamento estratégico da Universidade. Assim,
25% dos índices do planejamento estratégico serão coletados pela CPA por meio
das pesquisas de avaliação institucional. Exemplos desses índices são os referentes
ao clima organizacional, que resulta da coleta de dados junto ao corpo técnico-
administrativo, e à infraestrutura, avaliada por alunos, professores e funcionários.
Outro aspecto importante foi a inserção de funcionário da CPA na equipe, que
possibilitou a visão técnica e operacional na estruturação do Plano, de maneira que
o mesmo fosse mais facilmente executável e compatível com os processos de
Avaliação Institucional.
Desta feita, está em elaboração um projeto entre CPA e Seplan que visa ao
acompanhamento permanente tanto das proposições do PDI quanto das metas do
PGE. Tais processos têm por objetivo sistematizar e tornar rotineiras as ações
conjuntas de planejamento, gestão e avaliação.
3.7.4. Sustentabilidade Financeira da PUC Minas
O quadro de sustentabilidade financeira da Universidade reproduz com
poucas alterações, a situação do ano anterior. Entende-se que isso decorre
principalmente da impossibilidade de que mudanças drásticas ou substantivas,
principalmente no campo financeiro, possam ocorrer de um ano a outro. Dados da
Pró-Reitoria de Gestão Financeira (PROGEF) continuam a demonstrar a
dependência da IES em relação ao pagamento das mensalidades escolares, já que
o foco da Instituição é o Ensino, segundo o setor. O percentual de origem dessas
receitas, para o ano de 2011 gira em torno de 98%, o mesmo do ano anterior.
A estabilização da demanda do mercado de educação superior não impactou
significativamente o desempenho financeiro da Instituição. Dados da PROGEF
indicam o crescimento do número de matrículas. Isso pode ser creditado, em parte,
ao grande número de transferências, em face do reconhecimento do mercado da
qualidade do ensino da instituição e pelas ações de contenção das taxas de evasão
do aluno. Por outro lado, destaca-se o crescimento da demanda pelo FIES, facilitado
192
pelas novas regras estabelecidas pelo governo federal para o financiamento
estudantil.
Em 2011 não se registrou investimentos vultosos, os recursos foram dirigidos
para a manutenção da infraestrutura instalada, concentrando as obras em reformas
e novas instalações que dêem sustentação ao que já está implantado.
A tabela 80 demonstra a evolução da receita da Instituição, o que aponta
para a redução das taxas de crescimento. Já no ano de 2011, é percebido o
aumento expressivo da receita advinda das mensalidades. Considerando-se o
quadro competitivo do mercado, a geração de receita da IES apresenta-se favorável.
TABELA 80 Evolução das receitas advindas
das mensalidades Ano %
2009 6,6
2010 2
2011 11,4
Fonte: Progef, 2012
As medidas adotadas para racionalização dos processos internos, contidas no
PGE, têm contribuído para a saúde financeira da IES por meio da redução de custos
e otimização da estrutura administrativa.
A ampliação dos convênios para manutenção de estruturas de ensino, como
as realizadas com o Ministério da Saúde e os recursos dirigidos para a clínica de
Fonoaudiologia como contrapartida à oferta de serviços de média complexidade à
população, tem contribuído para a sustentabilidade da instituição. Bem como o
processo de anualização dos cursos, de acordo com quadro a seguir.
193
Quadro 3 Cursos anualizados – 2010, 2011 e 2012
Cursos anualizados com duas entradas a partir do 1º semestre de 2010 Barreiro Enfermagem Manhã Betim Ciências Biológicas Manhã
Contagem Administração – Comércio Exterior (anualizado a partir do 5º período, ou seja 1º/2012)
Noite
Serviço Social Manhã
Coração Eucarístico Ciências Sociais Manhã Filosofia Noite
Guanhães Administração Noite
Poços de Caldas
Administração Manhã Enfermagem Noite Fisioterapia Manhã Pedagogia Noite
São Gabriel Psicologia Manhã Anualizados com duas entradas a partir do 1º semestre de 2011
Barreiro Nutrição Manhã Betim Sistemas de Informação Noite Contagem Administração Manhã
Coração Eucarístico Física Tarde Fonoaudiologia Manhã Matemática Tarde
São Gabriel
Jornalismo Noite Publicidade e Propaganda Noite Sistemas de Informação Manhã CST Produção Multimídia Manhã
Analisar para anualização a partir do 1º semestre de 2012 GPP – 16 a 20/08/2011
Betim
Administração Noite Enfermagem Noite Fisioterapia (volta anualizado em 2012, com convergência com a Enfermagem)
Noite
Psicologia Noite
Coração Eucarístico
Geografia Noite História Manhã Letras Noite Pedagogia Manhã Pedagogia Noite Fisioterapia Manhã
Poços de Caldas
Ciência da Computação (vai postar alteração solicitando revisão da decisão diante do compartilhamento proposto)
Noite
Psicologia Manhã São Gabriel Administração Manhã
Anualizados com uma entrada
Coração Eucarístico Filosofia (Presbiteral) Manhã Teologia Manhã
Fonte: Pró Reitoria de Graduação
3.8. POLÍTICAS DE ATENDIMENTO A EGRESSOS
As Instituições de Educação Superior (IES), assim como seus departamentos
e colegiados de cursos, consideram fundamentais a opinião e o perfil de seus
194
egressos, para criação de novos cursos e aferição da qualidade de seus cursos já
existentes. Essas informações são úteis para revisão de programas e planos de
ensino e também são utilizadas para criação de novas oportunidades de formação
continuada. Assim, é importante conhecê-los, bem como desenvolver ações que os
mantenham em permanente contato com a Instituição.
A fim de conhecer o perfil do egresso da PUC Minas e considerando que essa
é uma dimensão importante no processo de autoavaliação das IES, foram
elaborados questionários estruturados. O total de alunos egressos que se
dispuseram a responder os questionários aplicados através de entrevistas
telefônicas foi de 884. As análises dos dados referentes ao curso de graduação e à
atividade profissional serão apresentadas a seguir:
A formação em um curso de graduação tem como objetivo principal a
produção de conhecimento e de habilidades necessárias para inclusão do futuro
profissional no mercado de trabalho. Este conhecimento pode ser entendido e
adquirido pela interação e articulação do trinômio ensino, pesquisa e extensão. Com
base na avaliação de diversos cursos da Universidade, em relação à graduação na
PUC Minas, observa-se que, para 73,79% dos respondentes, o grau de satisfação
com o curso é alto (47,07%) ou muito alto (26,72%). Mais de 68% dos egressos
entrevistados afirmaram que o conjunto de disciplinas cursadas desenvolveu de
forma boa ou excelente a análise crítica da realidade (77,19%); a atuação ética, com
responsabilidade social, competente e comprometida com a sociedade em que vive
(82,80%); a compreensão de processos, tomada de decisão e resolução de
problemas no âmbito de sua área de atuação (68,83%); a leitura e interpretação de
textos (72,57%) e o raciocínio lógico (77,36%).
A participação dos egressos, enquanto aluno, em atividades acadêmicas,
pode ser observada, na ordem decrescente a seguir: participação estágio (88,55%),
prática de pesquisa (82,68%), participação em eventos científicos (75,74%)
atividades de extensão (68,45%) e monitoria (66,46%), Observa-se um acréscimo na
participação em relação ao ano de 2010 para todas as atividades, com destaque
para pesquisa e extensão que tiveram acréscimos superiores a 20%. A satisfação,
para os que participaram das atividades, está apresentada na tabela seguir:
195
TABELA 81 Recursos pedagógicos que contribuíram para a formação – Egressos
É notório que, ao falar em conhecimento, não se pode deixar de mencionar a
formação ou educação continuada, pois o conhecimento ultrapassa os limites da
graduação. Ao se avaliar a formação continuada do egresso PUC Minas, é possível
observar que apenas 46,75% dos egressos realizaram algum curso após a
graduação, sendo 14,57% em curso de aperfeiçoamento, 7,55% em curso de
atualização, 24,64% em curso de curta duração.
A IES oferece diversos cursos de pós-graduação lato sensu, pelo IEC PUC
Minas (Instituto de Educação Continuada) e PREPES, além de cursos de pós-
graduação stricto sensu ofertados por diversos institutos, porém observa-se que
mais de 50% dos respondentes não realizou uma pós-graduação. Dos que
realizaram mais de 60% o realizou em outra instituição. Dos que não realizaram uma
pós-graduação observa-se que para os cursos lato sensu (especialização) 72,70%
tem interesse de realizar. Para os cursos stricto sensu (mestrado e doutorado) o
percentual de interessados cai para 59,16% e 41,18 % respectivamente.
Os principais objetivos da formação continuada estão apresentados a Tabela
82:
TABELA 82
Objetivos da realização da Pós-graduação – Egressos
Recursos
Atividade de ExtensãoEstágioMonitoriaParticipação em eventos científicosPesquisaFonte: CPA - PUC Minas
Não realizei
Excelente Bom Regular Ruim Péssimo Não sei
responderTotal Geral
13,28 20,10 20,83 6,70 6,70 0,85 100,00100,00
14,39 16,71 18,29 8,29 8,29 0,49 100,0032,89 25,54 16,27 6,63 6,63 0,60
100,0017,91 26,69 18,98 9,13 9,13 0,83 100,0012,60 20,85 23,20 9,19 9,19 0,71
31,5511,4533,5424,2617,32
Quesitos Total GeralAmpliação minhas oportunidades de trabalho 19,00Atualização de conhecimento 24,57Busca por mais títulos acadêmicos 3,14Ingresso na carreira acadêmica 4,57Ocupação do tempo ocioso 0,57Promoção de cargo/salário 2,71Qualificação para a minha área de trabalho 39,57Outro 5,86Total Geral 100,00Fonte: CPA - PUC Minas
196
Observa-se que para os respondentes 39,57% tem como objetivo a
qualificação na área de trabalho, 19,00% na ampliação das oportunidades de
trabalho e 24,57 % na atualização do conhecimento. Isso mostra um grande foco do
egresso no mercado de trabalho.
Em relação ao exercício da profissão em que se formou, observa-se que,
entre os egressos entrevistados, 73,27% trabalham na área de sua graduação,
20,05% trabalham em outra área e apenas 6,68% não estão trabalhando. Isto
mostra uma boa inserção dos egressos da PUC Minas no mercado de trabalho
(93,32%).
No grupo inserido no mercado de trabalho 61,33%, é empregado, 75,68% já
autuava na área ou levou menos de seis meses para atuar na área de sua formação,
92,08% recebe menos de 10 salários mínimos sendo 61,17%, com menos de cinco
salários mínimos e 30,90% entre seis e 10 salários.
No grupo de egresso que não atua na área ou não está trabalhando, observa-
se que os principais motivos para não exercerem a profissão na qual se graduou
são: falta de oportunidade (29,34%) e opção por outra profissão mais rentável
(24,55%).
Em relação à participação dos Egressos na vida da Universidade, uma
maneira eficaz de estreitar o relacionamento com os mesmos é através da
comunicação, ou seja, através dos contatos mantidos entre instituição formadora e
egressos. Assim, observou-se que apenas 50,44% dos egressos mantêm algum
contato com a PUC Minas (este contato se dá aproximadamente 32,59% pelo site e
38,27% pelos professores). Os principais motivos dos egressos manterem contato
com a PUC Minas são a busca de informações sobre cursos oferecidos (21,72%), a
participação em curso de pós-graduação (28,03%), inserção no mercado profissional
(16,16%) e a participação em eventos e seminários (10,35%). Em contrapartida, a
principal razão do egresso não manter contato com a PUC Minas é a falta de
interesse (45,06%).
De maneira geral, observa-se que os principais motivos que levaram o
egresso a realizar seu curso de graduação na PUC Minas são a tradição e a
inserção no mercado de trabalho.
197
4. CONCLUSÃO
A autoavaliação é um processo que auxilia na localização de situações ótimas
e de desafios, aqui denominados potencialidades e fragilidades e que servem como
instrumento de reflexão e reelaboração das práticas.
A análise dos dados permite considerar que as metas estabelecidas no PDI
para o quinquênio 2007-2011 foram parcialmente alcançadas, conforme avaliação
dos diferentes atores pesquisados. Nesse sentido, a pesquisa demonstrou que, se
há ainda alguns desafios com os quais a Universidade tem que se deparar, por outro
lado, as potencialidades que o contexto institucional apresenta são reais
possibilidades de transformação. Elas serão doravante apresentadas por dimensão
de análise.
4.1. Potencialidades
4.1.1. Potencialidades do Ensino de graduação
Em relação ao regime de trabalho dos professores de graduação, uma
potencialidade identificada na pesquisa de autoavaliação passada foi
mantida, pois os índices aproximados de 60,00% de professores aulistas e
quase 40,00% de professores em regime integral ou parcial foram mantidos;
Outra potencialidade que se manteve para o ensino de graduação é a de que
a grande maioria dos alunos (71,00%) e dos professores (80,68%) acredita
que o plano de ensino é discutido em sala de aula e que essa é uma prática
importante para o desenvolvimento da disciplina;
No relatório passado, foi apontada a necessidade de maior estímulo às
práticas de pesquisa e extensão e, desta feita, professores e alunos
afirmaram que os princípios e ações que contribuem para o bom
desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem (tais como práticas
investigativas, extensionistas, integração com outras disciplinas) foram
realizados na maioria das disciplinas. Os professores classificaram essas
práticas como regulares, muito boas ou excelentes em suas disciplinas. Além
198
disso, mais de 70,00% dos professores afirmaram participar de atividade de
pesquisa;
Em média, quase 90,00% dos professores consideraram que suas práticas
pedagógicas contribuíram para o desenvolvimento de leitura e interpretação
de textos, análise crítica, raciocínio lógico e atuação ética;
4.1.2. Potencialidades da Pós-graduação e Pesquisa
O reconhecimento do mercado da qualidade dos serviços educacionais da
Instituição continua sendo um dos quesitos que motivam os alunos a busca
por cursos de pós-graduação na PUC Minas;
Nos últimos anos, houve um aumento significativo no número de bolsas de
estudo concedidas para a pós-graduação stricto sensu, tanto institucionais
quanto aquelas oferecidas pelos órgãos de fomento estaduais e federais, o
que reforça a parceria da PUC Minas com estas instituições, como já
apontava o relatório anterior;
O investimento nos programas de pós-graduação stricto sensu e na
qualificação dos professores reflete-se em uma considerável evolução nos
conceitos Capes obtidos pelos programas no último triênio (2007-2009);
Continua perceptível o aumento do número de projetos de pesquisa de
docentes. O aumento do número de professores envolvidos com pesquisa na
PUC Minas está também refletido na criação de diversificados grupos e várias
linhas de pesquisa;
Entre os professores que realizaram pesquisa no ano de 2011, muitos o
fizeram de modo integrado às disciplinas da graduação, fato confirmado pelos
alunos que se envolveram com investigação científica na graduação;
4.1.3. Potencialidades da Extensão
Há um contínuo envolvimento de maior número de alunos nas ações de
extensão, conforme relatado na pesquisa anterior;
199
A nova diretriz para extensão que determina a transferência da execução das
ações extensionistas para os cursos e institutos fomentou a
criação/implementação de novas práticas extensionistas vinculadas às
disciplinas curriculares;
A extensão tem conseguido cada vez mais envolver setores internos da PUC
Minas e instituições externas como parceiros na execução das ações;
4.1.4. Potencialidades das Políticas de Pessoal
A PUC Minas continua dispondo de um um profissional técnico-administrativo
comprometido com os valores e a missão institucionais e que se sente bem
em desempenhar as tarefas propostas, o que pode ser comprovado pelo alto
grau de satisfação desses funcionários com o trabalho e também pela boa
avaliação que fazem do cumprimento da missão da Universidade;
Observa-se que a bolsa de estudo e o plano de saúde são benefícios que
ainda atingem alto grau de satisfação entre os funcionários, como apontado
no relatório anterior.
4.1.5. Potencialidades da Comunicação e Imagem da PUC Minas
A instituição PUC Minas é apontada com um grau de satisfação alto ou muito
alto pela maioria dos alunos (66,41%). Entre os professores, funcionários e
egressos esse índice é ainda mais alto: 82,00%, 74,63% e 97,07%,
respectivamente;
Mais da metade dos alunos da PUC Minas (média de 58%) considera alto ou
muito alto seu grau de satisfação com o colegiado do curso, com o corpo
docente e com o curso de graduação em que estão matriculados;
As ações da comunicação da PUC Minas foram bem avaliadas, pois os
percentuais das categorias bom, muito bom e excelente foram sempre bem
superiores aos das categorias ruim e péssimo em todas as atividades
pesquisadas junto aos alunos e professores (divulgação das informações,
organização de eventos, peças gráficas e qualidade dos informativos);
200
De uma maneira geral, o atendimento na PUC Minas foi bem avaliado, pois a
maioria dos professores e alunos respondeu que o atendimento é de bom a
excelente na maior parte dos setores;
A maioria dos alunos busca atendimento dos colegiados e eles estão, de
certa maneira, satisfeitos, pois quase 60,00% desses qualificaram o
atendimento como satisfatório, muito satisfatório ou plenamente satisfatório;
4.1.6. Potencialidades das políticas de atendimento a egressos
Os egressos respondentes têm alto grau de satisfação com o curso realizado;
Os egressos respondentes, em sua maioria, continuam considerando que o
curso contribuiu de forma boa ou excelente para a análise crítica da
realidade, a atuação ética, com responsabilidade social, competente e
comprometida com a sociedade em que vive; a compreensão de processos,
tomada de decisão e resolução de problemas no âmbito de sua área de
atuação; a leitura e interpretação de textos e o raciocínio lógico.
4.1.7. Potencialidades da Gestão, Infraestrutura e Sustentabilidade
Financeira
A estrutura de decisão colegiada, prevista no Estatuto da PUC Minas para
todos os níveis decisórios com participação de representantes da comunidade
acadêmica, pode favorecer uma gestão mais transparente e participativa e
tem sido bem avaliada desde a pesquisa anterior;
Os colegiados de curso foram bem avaliados pelos docentes em aspectos
relacionados à implementação do projeto pedagógico e às medidas de
melhoria das condições de ensino e aprendizagem;
A infraestrutura foi considerada adequada pela maioria da comunidade
acadêmica, corrigindo o problema apontado com conforto do mobiliário de
salas e laboratórios apontado na pesquisa passada;
O número de equipamentos de informática cresceu consideravelmente em
2010 e 2011;
201
A Universidade possui uma infraestrutura tecnológica de grande porte e em
constante atualização; os sistemas de gestão e o atendimento são bem
avaliados pelos usuários;
O Plano de Gestão Estratégica prevê o estímulo e a ampliação de ofertas de
serviços da Universidade a fim de compensar a estabilização da demanda.
4.2. Fragilidades
Ainda há pontos que merecem a atenção e o cuidado para uma reorientação
das práticas, que serão aqui apontados como fragilidades. Esses desafios serão
agora apontados por dimensões de análise:
4.2.1. Fragilidades do ensino de graduação
A grande maioria dos alunos (85,00%) e dos professores (70,00%) não
participa de projetos de pesquisa institucionalizados, embora os professores
declarem realizar práticas investigativas em sala de aula;
O relatório passado apontou que os projetos pedagógicos deveriam ser mais
discutidos com os professores, mas ainda há aqueles (cerca de 20,00%) que
não consideram importantes ou não têm interesse em conhecer o projeto
pedagógico do curso em que lecionam;
A grande maioria dos alunos (87,00%) não discute o projeto pedagógico do
curso em que estão matriculados, embora haja discussão.
A maioria dos alunos não participa de atividades culturais por
desconhecimento ou falta de tempo.
4.2.2. Fragilidades da pós-graduação e pesquisa
Ainda faltam estímulos a alunos egressos da PUC Minas para ingressar em
cursos de pós-graduação lato sensu, o que havia sido apontado na pesquisa
anterior.
O número de bolsas concedidas, embora tenha aumentado nos últimos
anos, ainda é insuficiente para atender à demanda dos programas de pós-
graduação stricto sensu, conforme reconhecido no PDI;
202
Faltam mecanismos que promovam a articulação entre os programas de pós-
graduação stricto sensu e lato sensu;
O sistema de auxílio financeiro para participação de professores e
pesquisadores em eventos de caráter científico nacional e internacional teve
baixa concessão;
O enrijecimento dos critérios para concessão de bolsas para o Programa
Permanente de Capacitação Docente, a partir do Acordo Coletivo celebrado
em 2009, ainda reflete em uma redução do número de professores bolsistas.
Embora o número de professores que se dedicam à pesquisa tenha
aumentado esse fato ainda não apresentou impacto na produção intelectual
do corpo docente da PUC Minas, pois continua claramente perceptível o
decréscimo da produção intelectual desse grupo no período entre 2009 e
2011;
Ausência de acompanhamento e monitoramento das práticas de pesquisa na
universidade;
Os alunos alegam não participar de eventos científicos e de atividades de
pesquisa devido à indisponibilidade de horário ou por desconhecimento.
4.2.3. Fragilidades da Extensão
Apenas 20,00% dos alunos realizam atividades de extensão;
Há uma quantidade relativamente pequena de horas de professores alocadas
para extensão, tendo em vista que mais da metade desses alegou que as
horas alocadas do curso para extensão são destinadas somente ao
coordenador do projeto;
Embora a Pró-reitoria de Extensão esteja envidando esforços para ampliar a
articulação da extensão com outras áreas da universidade, dentre elas a
própria pesquisa e os outros níveis do ensino, a articulação com a pesquisa e
com o ensino de pós-graduação, lato e stricto sensu, ainda continua muito
pequena;
A produção acadêmica, sistematização e divulgação dos conhecimentos
gerados pela extensão ainda é muito baixa na visão dos respondentes.
203
4.2.4. Fragilidades da Comunicação e Imagem da PUC Minas
A maior justificativa para a não participação dos alunos em atividades
culturais foi o desconhecimento, ou seja, a falta de informação sobre elas;
Um quarto dos alunos e metade dos professores que não participam das
atividades da Pastoral não o fazem por desconhecimento, o que aponta uma
fraca divulgação.
4.2.5. Fragilidades da Gestão, Infraestrutura e Sustentabilidade
Financeira
A participação de representantes da comunidade acadêmica nas instâncias
de decisão colegiadas nas Unidades (CAA’s) e Faculdades e Institutos
(Conselhos Diretores) – professores eleitos e alunos, conforme previsto no
Estatuto – avançou no último ano, mas ainda não é verificada na totalidade
destes colegiados;
Os alunos foram mais críticos em relação à atuação dos colegiados do que
foram os professores;
Em que pese a boa infraestrutura da Universidade, problemas relacionados a
barulho e elevado nível de ruído foram apontados pela comunidade
acadêmica em geral;
Os espaços destinados às salas de professores foram considerados
inadequados pelos docentes;
A estabilização de demanda pela educação universitária, principalmente no
interior do estado, tem impelido a extinção de alguns cursos e a anualização
de outros, com possíveis impactos na gestão financeira da universidade.
4.2.6. Fragilidades da política de atendimento a egressos
Continua baixo o índice de egressos que ingressam em cursos de pós-
graduação oferecidos pela PUC Minas, situação recorrente entre as análises
dos anos de 2009 a 2011.
204
4.2.7. Fragilidades das políticas de pessoal
Poucos funcionários (28,61%) relataram passar por avaliação de
desempenho;
Embora os funcionários que passaram por avaliação de desempenho tenham
ficado satisfeitos com os critérios utilizados, alguns ainda ressentem da
ausência de retorno das avaliações (45,00% dos que foram avaliados).
205
5. BIBLIOGRAFIA
BOURDIEU, Pierre; CHAMBOREDON, Jean-Claude e PASSERON, Jean-Claude. O Ofício de Sociólogo: Metodologia da pesquisa na sociologia. 5ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB nº 9394/1996. Disponível em < http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf> Acesso em 02 fev. 2010. BRASIL. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior. Roteiro de Autoavaliação Institucional: Orientações Gerais. Brasília, Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior, 2004. DUARTE, Jorge; BARROS, Antonio. Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação. São Paulo: Atlas, 2005. 380p. FÓRUM NACIONAL DE PRÓ-REITORES DE EXTENSÃO DAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS BRASILEIRAS E SESU /MEC. Plano Nacional de Extensão Universitária. Edição Atualizada. Brasil, 2000/2001. Disponível em: http://proex.epm.br/projetossociais/renex/plano_nacional.htm. Acesso em: 15 de março de 2011. HABERMAS, J. Discurso Filosófico da Modernidade. Trad. Luiz Repa. São Paulo: Martins Fontes, 2000. HABERMAS, J. Verdade e Justificação. Trad. Milton Camargo Mota. São Paulo: Loyola, 2004. LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. A construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas. Porto Alegre: Artmed, 1999. 340p. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Inventário dos Bens Culturais. Belo Horizonte: PUC Minas, 1997. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Plano de Desenvolvimento Institucional 2007/2011. Belo Horizonte: PUC Minas, 2007. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Pró-reitoria de Extensão. Política de Extensão Universitária. Belo Horizonte: PUC MINAS, 2006. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. COMISSÃO PERMANENTE DE AVALIAÇÃO. Projeto do Programa de Avaliação Institucional Disponível em <http://www.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI200503301 71802.pdf> Acesso em: 08 dez. 2009.
206
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Projeto Pedagógico Institucional. Belo Horizonte: PUC Minas, 2006. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. PUC Minas em números 2010. Belo Horizonte, PUC Minas, 2010 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. COMISSÃO PERMANENTE DE AVALIAÇÃO. Relatório de Autoavaliação Institucional: Ensino de Graduação 2005/2007. Belo Horizonte: PUC Minas, 2008. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. COMISSÃO PERMANENTE DE AVALIAÇÃO. Relatório de Avaliação Institucional Interna. Belo Horizonte: PUC Minas, 2006. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. COMISSÃO PERMANENTE DE AVALIAÇÃO. Relatório de Autoavaliação Institucional – Ciclo 2009/2010. Belo Horizonte: PUC Minas, 2011. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Relatório de Responsabilidade Social. Belo Horizonte: PUC Minas, 2009. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Política de Extensão Universitária. 2006. Disponível em: http://www.pucminas.br/proex//hotsite/3encontro/politica.doc. Acesso em: 15 de março de 2011. Projetos Pedagógicos Curriculares dos cursos de Psicologia de Arcos, Ciência da Computação e Engenharia da Computação, Curso Superior de Tecnologia de Design de Interiores de Poços de Caldas, Curso Superior de Tecnologia em Logística da unidade do Barreiro. Relatório de Dados / Informações – Aspectos quantitativos sobre práticas, cursos e eventos extensionistas”. 2011.
ANEXOS
Público participante das atividades promovidas pelo CAE
Fonte: CPA - PUC Minas 2011
Faixa etária Público
Musculação e ginástica de academia
Adultos 3.524
Caminhada orientada todos 1.342
Escola de ginástico Crianças e jovens 20
Lutas todos 30
CBF Adultos -
Secretaria de Estado de Esportes e da Juventude
Crianças e adolescentes entre 10
a 15 anos335
Associação dos Amigos do Instituto São Rafael
Adultos (Pessoas com deficiência)
20
Associação dos Deficientes Visuais de BH
Adultos (Pessoas com deficiência)
20
Espaço Criança EsperançaCrianças e jovens até
17 anos120
Jornada de Biologia
ENCIPEF
Mostra de Dança
Eventos D.A e DCE - torneis esportivos
Adultos 300
Eventos culturais
Parceria com a DAC
Apresentação artísticas, mostras, exposições, teatros e outros
Formação de Equipes competitivas
Equipe PUC Minas de Futsal Adultos 20
Grupo PUC Minas de Ginástica Geral
Adultos 50
Grupo PUC Minas de Dança Contemporânea
Adultos 50
8131
1800
500
Total
Projeto/Ação
Academia PUC Minas
Convênios e Parcerias
Eventos Acadêmicos
Grupos de Práticas Corporais
Adultos
Todos