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RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO PLANO PLURIANUAL 2008-2011 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE Ano Base 2009

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RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO

DO PLANO PLURIANUAL 2008-2011

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO

DO PLANO PLURIANUAL 2008-2011

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO

DO PLANO PLURIANUAL 2008-2011

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE Ano Base 2009

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PLANO PLURIANUAL

2008-2011

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO

Ministério do Meio Ambiente

EXERCÍCIO 2010

ANO BASE-2009

Brasília

2010

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ÍNDICE

Apresentação 4

Objetivo de Governo Vinculado e Avaliação dos Objetivos Setoriais/MMA 5

Objetivo de Governo Vinculado: 6

“Reduzir as desigualdades regionais a partir das

potencialidades locais do território nacional” 6

Objetivos Setoriais do Ministério do Meio Ambiente: Principais Resultados 8

Objetivo Setorial 1

8

Ampliar a Contribuição do Brasil na Redução de Emissões

por Fontes e Remoção por Sumidouros de Gases do Efeito

Estufa e Preparar o País Para os Efeitos das Mudanças

Climáticas

Objetivo Setorial 2

8 Aprimorar o Licenciamento Ambiental e Desenvolver

Instrumentos de Planejamento e Gestão Ambiental em

Apoio ao Desenvolvimento Sustentável

Objetivo Setorial 3

9

Promover a Queda Contínua e Consistente do

Desmatamento, o Combate à Desertificação e a

Conservação da Biodiversidade em Todos os Biomas

Brasileiros

Objetivo Setorial 4

9 Promover a Disponibilidade de Água com Qualidade e a

Gestão dos Recursos Hídricos, o Controle de Poluição, a

Conservação e a Revitalização de Bacias

Objetivo Setorial 5

10 Ampliar a Participação do Uso Sustentável dos Recursos

da Biodiversidade Continental e Marinha e das Áreas

Protegidas no Desenvolvimento Nacional

Objetivo Setorial 6

10 Promover e Difundir a Gestão Ambiental, a Produção e o

Consumo Sustentável nos Ambientes Urbanos e Rurais e

nos Territórios dos Povos e Comunidades Tradicionais

Objetivo Setorial 7

11 Promover a Articulação Institucional e a Cidadania

Ambiental por Meio do Fortalecimento do SISNAMA, da

Educação Ambiental, da Participação e do Controle Social

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Avaliação dos Programas Finalísticos 12

Combate à Desertificação 13

Comunidades Tradicionais 16

Conservação e Recuperação dos Biomas Brasileiros 19

Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade e dos Recursos

Genéticos 23

Conservação, Manejo e Uso Sustentável da Agrobiodiversidade 26

Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis 29

Nacional de Florestas 32

Prevenção e Combate ao Desmatamento, Queimadas e Incêndios

Florestais - Florescer 37

Probacias - Conservação de Bacias Hidrográficas 39

Qualidade Ambiental 44

Recursos Pesqueiros Sustentáveis 49

Resíduos Sólidos Urbanos 53

Revitalização de Bacias Hidrográficas em Situação de

Vulnerabilidade e Degradação Ambiental 57

Zoneamento Ecológico-Econômico 60

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APRESENTAÇÃO

A fim de cumprir o disposto no art. 19º da Lei nº 11.653, de 07 de abril de 2008

e o Decreto nº 6601 de 10 de outubro de 2008 que trata do modelo de gestão do

Plano Plurianual 2008-20011, coube aos órgãos do Governo Federal elaborar a

avaliação dos Objetivos Setoriais e dos Programas sob sua responsabilidade. O

produto do trabalho é resultado das atividades realizadas em conjunto com

gerentes dos programas e equipes técnicas no âmbito dos órgãos responsáveis

por programas de Governo, que são integrantes das Subsecretarias de

Planejamento, Orçamento e Gestão (SPOA), das Unidades de Monitoramento

e Avaliação (UMAs) e das Secretarias Executivas.

As avaliações versam sobre os resultados provenientes da implementação dos

programas de cada órgão tanto no âmbito do próprio órgão responsável

quanto em outros Ministérios, no caso dos programas multissetoriais. Esse

relatório confere maior transparência em relação aos resultados da aplicação

dos recursos públicos federais. Além disso, facilita a compreensão e a

prestação de contas à sociedade, gerando assim informações para os debates

necessários à promoção da melhoria da qualidade da ação pública e de seus

resultados para a sociedade brasileira.

Na primeira parte estão explicitados os resultados alcançados pelos objetivos

setoriais definidos pelo Ministério do Meio Ambiente e na segunda parte as

informações referentes a cada programa finalístico específico gerenciado pelo

MMA. No caso do registro dos “RESULTADOS ALCANÇADOS”, estão

acumulados os resultados obtidos nos anos base de 2008 e 2009.

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OBJETIVO DE GOVERNO VINCULADO

E

AVALIAÇÃO

DOS OBJETIVOS SETORIAIS/MMA (ANO BASE-2009)

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1 - OBJETIVO DE GOVERNO VINCULADO OS OBJETIVOS SETORIAIS DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE FORAM

DEFINIDOS CONSIDERANDO-SE O OBJETIVO DE GOVERNO VINCULADO:

“REDUZIR AS DESIGUALDADES REGIONAIS A PARTIR DAS

POTENCIALIDADES LOCAIS DO TERRITÓRIO NACIONAL”

ESTABELECIDO NO DOCUMENTO ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA DE GOVERNO –

OEG (PLANO PLURIANUAL 2008-2011 DA SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E

INVESTIMENTOS ESTRATÉGICOS DO MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO,

ORÇAMENTO E GESTÃO) DA FORMA SEGUINTE:

“O desenvolvimento do Brasil tem sido territorialmente desigual. As diversas regiões

brasileiras não possuem as mesmas condições para fazer frente às transformações

socioeconômicas em curso, especialmente aquelas associadas ao processo de inserção

do país na economia mundial. Para mudar essa situação, faz-se necessário promover

políticas públicas, de maneira integrada, a partir das realidades regionais e locais,

levando a um desenvolvimento mais equilibrado e ambientalmente sustentável entre

as diversas regiões do país.

O aproveitamento pleno do território e a valorização da sua diversidade natural e

cultural são, portanto, fatores fundamentais para o desenvolvimento, e devem

nortear-se pelos seguintes aspectos: conservação e uso sustentável dos recursos

naturais; redução das desigualdades regionais; fortalecimento da inter-relação entre

o urbano e o rural; e construção de uma rede equilibrada de cidades.

A conservação e o uso sustentável dos recursos naturais implicam a utilização

consciente do meio ambiente, dentro dos limites capazes de manter sua qualidade,

seu equilíbrio e sua reposição. Compreende também a restauração e a recuperação

do ambiente natural, para que se possa produzir o maior benefício às atuais gerações

e manter seu potencial de satisfazer as necessidades e aspirações das gerações

futuras, garantindo a biodiversidade e o pleno funcionamento dos sistemas naturais.

Nesse sentido, o desenvolvimento deve ter uma abordagem qualitativa a partir de

um padrão de produção e consumo dotado de três pilares interdependentes e

mutuamente sustentadores – desenvolvimento econômico, desenvolvimento social e

proteção ambiental.

A redução das desigualdades regionais está associada à redução das desigualdades

de qualidade de vida entre as regiões brasileiras e à promoção da eqüidade no acesso

a oportunidades de desenvolvimento. As diferenças de riqueza e de dinamismo têm

origem nas deficiências estruturais de fatores-chave de competitividade, tais como

infra-estrutura, capacidade em ciência, tecnologia e inovação e qualificação dos

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recursos humanos. As regiões têm, por conseguinte, necessidade de apoio do Estado

na implementação de políticas públicas destinadas à superação de suas deficiências e

ao desenvolvimento das suas potencialidades.

Já o fortalecimento da inter-relação entre o urbano e o rural envolve a busca pela

interiorização do desenvolvimento, estreitando suas relações de modo a obter mais

oportunidades de prosperidade para ambos, sem que isso signifique moldar um à

imagem do outro. Esse fortalecimento passa pela desconcentração da atividade

econômica, pela maior conexão entre áreas dinâmicas e de dinamismo embrionário e

pela valorização da nova ruralidade, caracterizada pela diversificação das atividades

econômicas. O desenvolvimento crescente de atividades industriais e de serviços no

meio rural torna-o cada vez menos restrito às atividades primárias (agricultura,

pecuária, extrativismo etc.), redefinindo sua relação com o meio urbano.

Nessa perspectiva, a construção de uma rede equilibrada de cidades é de vital

importância. A rede urbana é formada por um sistema de cidades que interagem por

meio dos sistemas de transportes e de comunicações, pelos quais fluem pessoas,

mercadorias e informações. A geografia do Brasil mostra uma forte concentração das

atividades econômicas e da população numa parcela menor do espaço brasileiro –

podendo gerar deseconomias de aglomeração –, enquanto vastos territórios pouco

ocupados e desenvolvidos apresentam reduzida capacidade de competir com os

territórios mais dinâmicos. Uma nova configuração da rede de cidades viabilizará a

especialização produtiva de espaços periféricos, a ascensão de novas centralidades e

a desconcentração da oferta de serviços de maior complexidade, possibilitando

reequilibrar os fluxos econômicos e migratórios no território brasileiro. Do ponto de

vista regional, a construção de uma rede equilibrada de cidades condiciona o

ambiente de produção e inovação, definindo as possibilidades de interação e

aprendizado. Do ponto de vista nacional, permite a integração do território nacional,

no sentido da consolidação do mercado interno, da redução das desigualdades

regionais e de maior complementaridade produtiva entre as regiões do território

brasileiro.”

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2 - OBJETIVOS SETORIAIS DO MINISTÉRIO DO MEIO

AMBIENTE:

PRINCIPAIS RESULTADOS

OBJETIVO SETORIAL 1

“AMPLIAR A CONTRIBUIÇÃO DO BRASIL NA REDUÇÃO DE

EMISSÕES POR FONTES E REMOÇÃO POR SUMIDOUROS DE GASES

DO EFEITO ESTUFA E PREPARAR O PAÍS PARA OS EFEITOS DAS

MUDANÇAS CLIMÁTICAS"

Busca-se alcançar este objetivo setorial por meio do Programa de Qualidade

Ambiental. Os resultados esperados estão vinculados a uma articulação com outros

setores governamentais envolvidos com o tema.

O Plano Nacional de Enfrentamento às Mudanças Climáticas foi lançado pelo

Presidente da República em 1º de dezembro de 2008, e deste modo o indicador

relacionado à sua elaboração já foi alcançado.

Complementarmente, em 2009, foi aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada

pelo Presidente da Republica a Política Nacional sobre Mudança do Clima (Lei nº

12.187/2009), bem como o seu instrumento de implementação, o Fundo Nacional

sobre Mudança do Clima (Lei nº 12.114/2009).

Foram elaborados 2 indicadores ambientais objetivando medir o Consumo Nacional

de Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio, sendo um deles relacionado à

CFC (clorofluorcarbonos) e o outro a HCFC (hidroclorofluorcarbonos). Elaborou-se

ainda 1 indicador ambiental na área de mudanças climáticas, que mede a Emissão

Nacional Total de Gases de Efeito Estufa.

OBJETIVO SETORIAL 2

“APRIMORAR O LICENCIAMENTO AMBIENTAL E DESENVOLVER

INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO AMBIENTAL EM

APOIO AO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL”

Este objetivo é buscado ao se implementar ações para a harmonização de

procedimentos e critérios técnicos e metodológicos para o licenciamento ambiental

no âmbito do SISNAMA por intermédio da elaboração de normas específicas e

integração dos sistemas de informações sobre o licenciamento;

No ano de 2009, consolidou-se a parceria entre os estados e órgãos governamentais, o

que tem contribuído para a eficácia do Licenciamento Ambiental, à vista da

intensificação da troca de informações e de conhecimentos das partes envolvidas,

dando continuidade à estratégia de incentivar a articulação entre os entes integrantes

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do SISNAMA para o aprimoramento do licenciamento ambiental e do planejamento

e gestão ambiental.

OBJETIVO SETORIAL 3 “PROMOVER A QUEDA CONTÍNUA E CONSISTENTE DO DESMATAMENTO, O COMBATE À DESERTIFICAÇÃO E A CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE EM TODOS OS BIOMAS BRASILEIROS”

Busca-se atingir este objetivo com as ações relacionadas ao programa FLORESCER,

ao programa Comunidades Tradicionais e ao Programa de Conservação dos Biomas

Brasileiros. O indicador referente à redução do desmatamento, previsto até o final do

PPA, em 2011(34,59%) já foi superado, uma vez que apenas nos anos de 2008/2009

houve uma redução de 53,5%.

Os Programas Estaduais de Combate à Desertificação nos Estados formalizaram as

parcerias para aprimorar o conhecimento técnico-científico dos processos de

desertificação no Brasil; fornecendo as bases para o monitoramento, avaliação e

prevenção dos efeitos das secas e da desertificação.

Deste modo, a consecução deste objetivo setorial não pode prescindir da integração

do MMA com outros setores governamentais, não governamentais, iniciativa privada

e organismos internacionais. Isto vem acontecendo nas parcerias efetuadas com:

Polícia Federal, Exército, Aeronáutica, Marinha, Policia Rodoviária, Instituto de

Pesquisas Espaciais (INPE), Fundação Banco do Brasil, Governo Japonês, etc.

Ressalta-se ainda o fortalecimento de sistemas de informações sobre a

biodiversidade, com objetivo de organizar informações sobre as espécies brasileiras,

incluindo o controle e a autorização para a realização de pesquisas em Unidades de

Conservação.

OBJETIVO SETORIAL 4 “PROMOVER A DISPONIBILIDADE DE ÁGUA COM QUALIDADE E A GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS, O CONTROLE DE POLUIÇÃO, A CONSERVAÇÃO E A REVITALIZAÇÃO DE BACIAS”

A consecução deste objetivo está contemplada no Plano Nacional de Recursos

Hídricos - PNRH, cuja implementação possibilita o planejamento e a implantação de

uma infraestrutura voltada para os usos múltiplos da água, integrada com as

políticas de desenvolvimento regional, visando à redução dos níveis de pobreza e

melhoria da qualidade de vida da população.

As políticas estão sendo implementadas através das ações de Remoção de Cargas

Poluidoras de Bacias Hidrográficas - PRODES; do PROÁGUA Nacional; do

Programa de Gestão da Política Nocional de Recursos Hídricos, do Programa de

Revitalização de Bacias Hidrográficas em Situação de Vulnerabilidade e Degradação

Ambiental e da ação de Dessalinização de Água – Água Doce.

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Os resultados dos Programas têm sido exitosos, propiciando a melhoria quali-

quantitativa da água, o controle da poluição, a conservação e a revitalização das

bacias ou micro bacias hidrográficas que vêm sendo trabalhadas.

OBJETIVO SETORIAL 5

“AMPLIAR A PARTICIPAÇÃO DO USO SUSTENTÁVEL DOS

RECURSOS DA BIODIVERSIDADE CONTINENTAL E MARINHA E DAS

ÁREAS PROTEGIDAS NO DESENVOLVIMENTO NACIONAL"

Este objetivo setorial parte do pressuposto que a conservação e o uso sustentável da

biodiversidade constituem-se em estratégia para a garantia dos meios de produção e

de reprodução cultural da sociedade visando garantir sua segurança alimentar e

promover o desenvolvimento econômico e social do país.

O uso dos recursos da biodiversidade ainda vem se dando de forma não sustentável,

uma vez que as atividades produtivas de extensas áreas do território nacional vêm

provocando profundas alterações na paisagem e desperdício da riqueza associada à

biodiversidade e aos conhecimentos tradicionais.

O aumento das áreas protegidas nos dois últimos anos incorporou cerca de 9.935.300

hectares ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), o que contribui

significativamente para o alcance do indicador relativo ao percentual do território

nacional ocupado por áreas protegidas.

A implementação, em 2009, da Política Nacional da Biodiversidade voltada para a

conservação e recuperação de espécies ameaçadas de extinção formaliza os

instrumentos para a gestão das referidas espécies.

Foram elaborados 3 indicadores ambientais, objetivando medir o Percentual da

População Brasileira Residente na Zona Costeira; a Existência de Gerenciamento

Integrado de Ecossistemas Costeiros e Marinhos; e Áreas Prioritárias para

Conservação da Biodiversidade Localizadas na Zona Costeira e Marinha. Elaborou-

se ainda 1 indicador ambiental objetivando medir a Cobertura de Áreas Protegidas,

dentro da área temática de Biodiversidade e Florestas.

OBJETIVO SETORIAL 6

“PROMOVER E DIFUNDIR A GESTÃO AMBIENTAL, A PRODUÇÃO E O

CONSUMO SUSTENTÁVEL NOS AMBIENTES URBANOS E RURAIS E NOS TERRITÓRIOS DOS POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS”

O objetivo setorial está vinculado aos resultados dos programas Agenda 21,

Comunidades Tradicionais, Conservação, Manejo e Uso Sustentável da

Agrobiodiversidade, Resíduos Sólidos Urbanos e, Zoneamento Ecológico-

Econômico.

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Os programas utilizam instrumentos para a promoção e difusão da gestão ambiental,

planejamento territorial e de políticas públicas ambientais que favorecem a produção

e o consumo sustentável.

A Política de Garantia de Preço Mínimo para produtos extrativistas foi uma

demanda histórica consolidada pelo Ministério do Meio Ambiente, bem como a

abertura à aquisição de produtos oriundos da sociobiodiversidade pelo Programa de

Aquisição de Alimentos (PAA)

OBJETIVO SETORIAL 7

“PROMOVER A ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL E A CIDADANIA AMBIENTAL POR MEIO DO FORTALECIMENTO DO SISNAMA, DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL, DA PARTICIPAÇÃO E DO CONTROLE SOCIAL”

A consecução do objetivo setorial está diretamente relacionada ao Sistema Nacional

do Meio Ambiente SISNAMA, que tem o MMA como seu órgão central e é

constituído pelos órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos

Municípios, bem como pelas Fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis

pela proteção e melhoria da qualidade ambiental.

A atuação dos programas que integram o objetivo setorial busca o fortalecimento do

SISNAMA por meio da implementação coordenada de ações visando a pactuação e a

definição de papéis, o desenvolvimento de capacidades e de financiamento, com

ênfase no incremento da participação dos municípios.

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AVALIAÇÃO

DOS PROGRAMAS FINALÍSTICOS

ANO BASE-2009

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COMBATE À DESERTIFICAÇÃO

GERENTE DO PROGRAMA Secretário Egon Krakhecke

OBJETIVO Reduzir o nível de crescimento das áreas desertificadas ou em processo de desertificação

PÚBLICO-ALVO População das Áreas Susceptíveis á Desertificação - ASD

INDICADOR:

INDICADOR

(UNIDADE DE

MEDIDA)

ÍNDICE DE

REFERÊNCIA

(LINHA DE BASE)

ÍNDICE APURADO

EM 2009

ÍNDICE

PREVISTO

PARA O

FINAL DO

PPA

(2011)

POSSIBILIDADE

DE ALCANCE

DO ÍNDICE

PREVISTO

PARA 2011 Índice

Data de

Apuração Índice

Data de

Apuração

ÁREAS ATENDIDAS

POR INTERVENÇÕES

QUE VISEM O

COMBATE À

DESERTIFICAÇÃO -

KM²

9750 01/03/2005 80975 12/2009 190869 Alta

Fonte: Ministério do Meio Ambiente

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1. PRINCIPAIS RESULTADOS OBTIDOS NOS ANOS-BASE 2008 E 2009

PRINCIPAIS RESULTADOS:

1 - Apoio a elaboração do Programa de Ação Estadual de Combate à Desertificação do

Estado do Ceará- PAE/CE. O PAE/CE foi elaborado e encontra-se na fase de definição da

institucionalidade para seu lançamento em 2010. O programa abrangerá uma área territorial

de 148.825,60 km2 e beneficiará a população de 184 municípios.

2 - Apoio a elaboração do Programa de Ação Estadual de Combate à Desertificação do

Estado do Rio Grande do Norte - PAE/RN. A primeira versão do PAE/RN foi elaborada e

encontra-se em fase de alteração, conforme sugestões da CCD-SEDR/MMA. O programa

abrange uma área territorial de 51.519,01 km2 e beneficiará a população de 159 municípios.

3 - Apoio a elaboração do Programa de Ação Estadual de Combate à Desertificação do

Estado de Pernambuco - PAE/PE. O PAE/PE foi lançado na cidade de Triunfo em dezembro

de 2009. O programa abrange uma área territorial de 89.151,75 km2 e beneficiará a população

de 135 municípios.

4 - Apoio a elaboração do Programa de Ação Estadual de Combate à Desertificação do

Estado de Alagoas - PAE/AL. O programa abrangerá uma área territorial de 17.461,06 km2 e

beneficiará a população de 54 municípios.

5 - Apoio a elaboração do Programa de Ação Estadual de Combate à Desertificação do

Estado da Paraíba - PAE/PB. O programa encontra-se em sua fase de construção e abrangerá

uma área territorial de 53.363,31 km2 e beneficiará a população de 208 municípios. A

previsão para conclusão é junho de 2010.

6 - Apoio a elaboração do Programa de Ação Estadual de Combate à Desertificação do

Estado de Minas Gerais - PAE/MG. O programa encontra-se em sua fase de construção e

abrangerá uma área territorial de 177.842,42 km2 e beneficiará a população de 142

municípios.

7 - Apoio a elaboração do Programa de Ação Estadual de Combate à Desertificação do

Estado do Piauí - PAE/PI. O programa encontra-se em sua fase de construção e abrangerá

uma área territorial de 238.679,76 km2 e beneficiará a população de 216 municípios.

8 - Firmado acordo de Cooperação Técnica com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais -

INPE com vistas a viabilizar a elaboração e a implementação do Sistema de Alerta Precoce de

Seca e Desertificação do Brasil - SAP. Instrumento previsto pela Convenção das Nações

Unidas de Combate a Desertificação - UNCCD e pelo Programa de Ação Nacional de

Combate à Desertificação - PAN-Brasil para aprimorar o conhecimento técnico-científico dos

processos de desertificação no Brasil; fornecendo as bases para o monitoramento, avaliação e

prevenção dos efeitos das secas e da desertificação.

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2. COBERTURA DO PÚBLICO ALVO Vêm sendo desenvolvidas ações de combate a desertificação nos estados do nordeste, Minas

Gerais e Espírito Santo, mobilizando a população local destes estados por meio de consultas

públicas e oficinas. Além disso, são implementados projetos de apoio a comunidades locais

na referida região permitindo assim uma cobertura mais abrangente do público-alvo.

3. MECANISMOS DE PROMOÇÃO DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL O programa deu prosseguimento ao modelo de gestão participativa envolvendo a sociedade

civil organizada, principalmente, a Articulação no Semi-Árido (ASA), na elaboração de

projetos dirigidos à construção de instrumentos de convivência com o semi-árido. Entre os instrumentos utilizados destacam-se:

Consulta Pública: Em concordância com um dos principais pilares e estratégias da UNCCD,

o programa adotou a consulta pública como um dos requisitos para o desenvolvimento dos

seus objetivos e metas. Podem-se citar como exemplo as consultas públicas que estão sendo

efetuadas na elaboração dos Planos de Ação Estaduais de Combate à Desertificação.

Reunião com grupos de interesse: Reuniões com o Grupo de Trabalho de Combate a

Desertificação - GTCD da Articulação para o Semi-Árido - ASA, ocorrem regularmente e

nesse espaço tem-se a oportunidade de ampliar as discussões do tema combate à

desertificação junto à sociedade civil, bem como de formular uma agenda de trabalho que

vise criar uma capacidade regional para o enfrentamento dos problemas diagnosticados nas

ASD. Discussão em Conselho Setorial: Reuniões com a Comissão Nacional de Combate à

Desertificação com a finalidade de propor mecanismos para implementar o Programa de

Ação Nacional de Combate à Desertificação.

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COMUNIDADES TRADICIONAIS

GERENTE DO PROGRAMA Secretário Egon Krakhecke

OBJETIVO Contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos integrantes de comunidades

tradicionais, dinamizando as atividades produtivas e incentivando o uso sustentável dos

ambientes que ocupam, por meio da valorização da cultura e das formas de organização

social

PÚBLICO-ALVO Comunidades e entidades representativas de populações tradicionais

INDICADOR

INDICADOR

(UNIDADE DE

MEDIDA)

ÍNDICE DE

REFERÊNCIA

(LINHA DE BASE)

ÍNDICE APURADO

EM 2009

ÍNDICE

PREVISTO

PARA O

FINAL DO

PPA

(2011)

POSSIBILIDADE

DE ALCANCE

DO ÍNDICE

PREVISTO

PARA 2011 Índice

Data de

Apuração Índice

Data de

Apuração

TAXA DE

COMUNIDADES

TRADICIONAIS COM

BENEFICIAMENTO DA

PRODUÇÃO - %

4,27 31/07/2005 48,72 01/2010 50,33 Alta

Fonte: Ministério do Meio Ambiente

Medidas corretivas necessárias:

O indicador não representa nos últimos anos o único referencial para o processo de

tomada de decisão gerencial. No período de sua criação, as ações do programa

estavam voltadas prioritariamente para apoio a projetos de comunidades

tradicionais com foco na inserção econômica dessas comunidades, por isso a

necessidade de um indicador que mensurasse o beneficiamento da produção dos

produtos extrativistas. Porém o indicador já apresentava um ponto negativo, pois

os projetos apoiados advinham de demanda espontânea, fato que não permitia

prever a localidade e os produtos que seriam beneficiados.

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1. PRINCIPAIS RESULTADOS OBTIDOS NOS ANOS-BASE 2008 E 2009

1 - Nos anos de 2008 e 2009 o Programa Comunidades Tradicionais apoiou 183 projetos de

organizações das comunidades tradicionais, o que beneficiou 14.552 famílias no

fortalecimento de suas atividades produtivas sustentáveis relacionadas ao agroextrativismo,

assim como sua capacidade de organização social.

2 - Por meio da ação de Capacitação de Comunidades Tradicionais foram capacitadas 1.304

pessoas nesse período. O objetivo dessa ação é o de fortalecer o componente de capacitação,

aumentando sua capilarização e ajudando a estruturar e empoderar as comunidades

tradicionais e extrativistas.

3 - Destacam-se também as atividades do Plano Nacional de Promoção das Cadeias de

Produtos da Sociobiodiversidade (PNPSB), instituído por meio da Portaria Interministerial

nº 239, de 21 de julho de 2009. O PNPSB é resultado da parceria entre os Ministérios do Meio

Ambiente, do Desenvolvimento Agrário, do Desenvolvimento Social e a Companhia

Nacional de Abastecimento (CONAB/MAPA). Os investimentos iniciados em 2008 em 10

cadeias produtivas (açaí, andiroba, babaçu, borracha, buriti, carnaúba, castanha-do-Brasil,

copaíba, pequi e piaçava) confluíram para a implantação em 2009 de 02 (duas) cadeias

nacionais (castanha-do-Brasil e babaçu) e 8 cadeias territoriais (demais produtos); o processo

de constituição de instâncias de governança nacional (câmaras setoriais da castanha-do-

brasil e do babaçu), câmaras e grupos de trabalhos setoriais em 10 estados (MA, PA, TO, AC,

AP, AM, MT, RO, CE e PI) e em 300 municípios; a constituição de Rede de Serviços específica

ao atendimento às cadeias de produtos da sociobiodiversidade; e ao início do diálogo com o

setor empresarial.

4 - Outro importante resultado, originado com o processo de inclusão 07 de produtos

extrativistas na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), foi a subvenção para 1.800

famílias extrativistas. Também foi ampliado o acesso dos produtos da sociobiodiversidade

ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e aumentada significativamente a

oportunidade de mercado institucional para esses produtos com a promulgação da Lei

11.947/2009. Ao determinar que pelo menos 30% dos recursos repassados pelo Fundo de

Desenvolvimento da Educação - FNDE, no âmbito do Programa Nacional de Alimentação

Escolar - PNAE, deverão ser utilizados na aquisição de gêneros alimentícios diretamente da

agricultura familiar priorizando-se, as comunidades tradicionais indígenas e comunidades

quilombolas, essa Lei significa geração de renda e agregação de valor por meio da aquisição

de gêneros alimentícios diversificados e produzidos localmente. Apesar dos diversos

esforços para essas iniciativas, existe ainda a dificuldade dos beneficiários em obter a

Declaração de Aptidão ao PRONAF (DAP), documento necessário para acessar esses

programas. Para contornar este problema, foi instituída por meio da Portaria nº 62 de 27 de

novembro de 2009, a Relação de Extrativistas Beneficiários (REB) - instrumento que se

destina a constituir um banco de identificação dos extrativistas de determinada Unidade de

Conservação de Uso Sustentável, visando possibilitar aos relacionados o acesso às Políticas

Públicas dirigidas aos agricultores familiares. Com esse último instrumento espera-se que o

número de famílias extrativistas subvencionadas cresça consideravelmente.

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18

5 - O programa Comunidades Tradicionais também tem papel fundamental para a realização

das atividades da Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e

Comunidades Tradicionais - CNPCT, instituída pelo Decreto de 13 de julho de 2006. É

competência da CNPCT a coordenação da implantação da Política Nacional de

Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, que tem como

objetivo promover o desenvolvimento sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais,

com ênfase no reconhecimento, fortalecimento e garantia de seus direitos territoriais, sociais,

ambientais, econômicos e culturais, com respeito e valorização à sua identidade, suas formas

de organização e suas instituições. Em 2008 foi construído, em conjunto por 16 órgãos do

Governo Federal, um balanço de ações para Comunidades Tradicionais, indicando um total

de R$ 543.154.769,17 (quinhentos e quarenta e três milhões, cento e cinquenta e quatro mil e

setecentos e sessenta e nove reais e dezessete centavos). Também foi elaborado o Plano

prioritário 2009-2010, no qual os órgãos da administração executiva federal propuseram

ações a serem integradas à Agenda Social de Povos e Comunidades Tradicionais e

desenvolvidas nesses anos, visando à consolidação de políticas públicas voltadas a esses

segmentos sociais.

2. COBERTURA DO PÚBLICO ALVO O público-alvo, comunidades tradicionais, foi atingido pelas ações do programa de forma

acima da previsão. Isso pode ser demonstrado através da taxa de comunidades com

beneficiamento da produção, que no ano de 2008 e 2009 foi próximo ao previsto.

3. MECANISMOS DE PROMOÇÃO DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL Os mecanismos de participação social do programa são: a Comissão Nacional de

Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais e o Comitê Gestor do

Programa de Comunidades Tradicionais.

A participação social, por meio da Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos

Povos e Comunidades Tradicionais, propiciou a elaboração da Política Nacional de

Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, que refletem na

criação de ações da Agenda Social dos Povos e Comunidades Tradicionais.

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19

CONSERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO DOS BIOMAS BRASILEIROS

GERENTE DO PROGRAMA Secretária Maria Cecília Wey de Brito

OBJETIVO Contribuir para a sustentabilidade dos biomas brasileiros, respeitando as suas

especificidades, por meio da expansão e consolidação do sistema nacional de unidades de

conservação e outras áreas protegidas, bem como para a definição e disseminação de

políticas e práticas de conservação, uso sustentável e gestão integrada dos biomas, com a

justa repartição dos benefícios decorrentes

PÚBLICO-ALVO Sociedade

INDICADOR

INDICADOR

(UNIDADE DE

MEDIDA)

ÍNDICE DE

REFERÊNCIA

(LINHA DE BASE)

ÍNDICE APURADO

EM 2009

ÍNDICE

PREVISTO

PARA O

FINAL DO

PPA

(2011)

POSSIBILIDADE

DE ALCANCE

DO ÍNDICE

PREVISTO

PARA 2011 Índice

Data de

Apuração Índice

Data de

Apuração

NÚMERO DE

INSTRUMENTOS DE

SISTEMA DE GESTÃO

DESENVOLVIDOS -

UNIDADE

28 31/12/2007 32 03/2010 40 Alta

Fonte: Ministério do Meio Ambiente

TAXA DE PROTEÇÃO

INTEGRAL DOS

BIOMAS -

PERCENTAGEM

3,4 15/08/2005 4,22 12/2009 10 Baixa

Fonte: Cadastro Nacional de Unidades de Conservação - MMA

TAXA DE USO

SUSTENTÁVEL DOS

BIOMAS -

PERCENTAGEM

4,22 15/08/2005 8,45 12/2009 11 Média

Fonte: Cadastro Nacional de Unidades de Conservação

Medidas corretivas necessárias: O tamanho da área, por si só, não é suficiente para

medir a eficácia do programa, pois não garante a representatividade da

biodiversidade conservada. O bioma Amazônico, em virtude de sua extensão, tem

maior peso nos cálculos, distorcendo os resultados. Assim, para a melhor utilidade

do indicador, este deveria ser estabelecido por bioma, e não pela soma de todos,

para que se possa comparar a proteção dos diferentes biomas. Assim sendo, o

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20

indicador do Programa deverá ser ajustado para que a taxa de conservação de cada

bioma seja apresentada de forma individualizada.

1. PRINCIPAIS RESULTADOS OBTIDOS NOS ANOS-BASE 2008 E 2009

1 - Em 2008 e 2009, o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC),

incluindo as unidades federais e estaduais consolidadas pelo DAP, foi ampliado em cerca de

9.935.300 hectares. Em 2008, o sistema federal foi ampliado em cerca de 5.856.500 hectares,

resultantes da criação de sete unidades de conservação federais, sendo cinco de uso

sustentável (Resex do Médio Purus, Resex Ituxi, Resex Rio Xingu, Flona do Iquiri e APA

Serra da Meruoca) e duas de proteção integral (Parna Nascentes do Lago Jari e Parna

Mapinguari), e da ampliação de 2 unidades (Parque Nacional da Serra dos Órgãos e Floresta

Nacional de Balata-Tufari). Em 2009, a ampliação foi de aproximadamente 368.800 hectares

com a criação de quatro unidades de conservação, sendo três de uso sustentável (Resex

Renascer, no Estado do Pará, Resex Cassurubá, no Estado da Bahia e Resex Prainha do Canto

Verde, no Estado do Ceará) e uma de proteção integral (Monumento Natural do Rio São

Francisco nos Estados de Bahia, Sergipe e Alagoas). Adicionalmente, foi realizado o

refinamento das áreas prioritárias para a criação de unidades de conservação, bem como

elaborado o Plano de Criação de Unidades de Conservação Federais.

2 - Fortalecimento do Cadastro Nacional de Unidades de Conservação (CNUC) por meio do

cadastramento de todas as unidades de conservação federais e de 53,8% das unidades de

conservação estaduais. Atualmente estão ativas no sistema 304 unidades de conservação

federais e 333 estaduais. Além disso, as seguintes ações foram realizadas para a

implementação do CNUC: disponibilização de informações sobre as unidades de

conservação reconhecidas pelo SNUC, por meio de relatórios, tabelas e mapas; manutenção

do sítio eletrônico do CNUC e inclusão de novas funcionalidades; realização de

capacitação/treinamento de usuários estaduais para operacionalização do sistema do CNUC.

3 - Processo de construção da estratégia para sustentabilidade financeira do SNUC, por meio

da publicação da 2ª edição do “Pilares para a Sustentabilidade Financeira do Sistema

Nacional de Unidades de Conservação” que fornece subsídios para a elaboração de políticas

públicas neste tema. Além desse estudo, o DAP em parceria com o Programa das Nações

Unidas para o Meio Ambiente - PNUMA iniciou o desenvolvimento de uma metodologia

para avaliar a contribuição das unidades de conservação para a economia local, regional e

nacional.

4- Revisão da Estratégia de Conservação e Investimento, ferramenta utilizada para seleção de

novas áreas apoiadas pelo Programa Áreas Protegidas da Amazônia - ARPA, cujo objetivo é

maximizar o atendimento das áreas prioritárias selecionadas no Mapa Áreas Prioritárias para

a Conservação, Uso Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade Brasileira.

5 - Consolidação de instrumentos de gestão territorial para conservação da biodiversidade

por meio da realização de dois encontros para subsidiar a Estratégia Nacional de Gestão

Territorial para o Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC e divulgação da

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Exposição Brasil/França de Mosaicos de Unidades de Conservação e Áreas Protegidas -

Gestão Integrada de Territórios.

6 - Implantação de ferramentas inovadoras para gestão de unidades de conservação por meio

da atualização da Ferramenta de Avaliação de Unidades de Conservação - FAUC que

permite a avaliação da efetividade de gestão, e o monitoramento de projetos, relacionando os

resultados alcançados com o orçamento disponibilizado. Complementarmente, foi

implantado em 13 UCs do Bioma Amazônia o Programa de Gestão para Resultado (PGR)

que visa desenvolver e testar um novo modelo de gestão para unidades de conservação,

tendo como base o Modelo de Excelência em Gestão Pública (MEGP), proposto pelo

Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização - GesPública (Brasil 2008).

7 - Capacitação de aproximadamente 50 gestores em manejo da visitação em unidades de

conservação com objetivo de fomentar o uso público sustentável nessas áreas.

8 - Lançamento das seguintes publicações: - Pilares para a Sustentabilidade Financeira do

Sistema Nacional de Unidades de Conservação - 2ª Edição Revista e Ampliada; -

Planejamento de Unidades de Conservação, Série Cadernos ARPA, Volume 1; - Conselhos

Gestores de Unidades de Conservação, Série Cadernos ARPA, Volume 2; - Gestão para

resultados em Unidades Conservação, Série Cadernos ARPA, Volume 3; - Implementação da

Porção Marinha do Corredor Central da Mata Atlântica, Série Corredores Ecológicos,

Volume 2; - Iniciativas e Metodologias para a implementação do Projeto Corredores

Ecológicos, Série Corredores Ecológicos, Volume 3; Mosaico Sertão Veredas - Peruaçu - Plano

de Desenvolvimento Territorial de Base Conservacionista; Programa de Turismo nos

Parques.

9 - Apoio à realização do VI Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, que teve

como tema "Conservação das Áreas Naturais num Mundo em Transformação". Durante o

congresso, o DAP coordenou o evento paralelo "Sustentabilidade Financeira dos Sistemas de

Unidades de Conservação", que teve por objetivo discutir o status de implementação de

instrumentos financeiros para gestão dos sistemas de unidades de conservação do Brasil; e

apoio ao VII Congresso Nacional de Ecoturismo/III Encontro Interdisciplinar de Ecoturismo

em Unidades de Conservação, que teve como objetivo promover debates sobre o

planejamento e o manejo do ecoturismo de mínimo impacto em ambientes naturais, tendo

como tema transversal a aproximação do público das unidades de conservação

10 - Assinatura do convênio nº 00012/2009, em 18 de janeiro de 2010, com a Prefeitura de

Macapá/AP para a revitalização do Parque Natural Municipal Arivaldo Barreto. Para o

desenvolvimento do projeto, foi prevista a aplicação de recursos no montante de R$

3.051.663,20 (Três milhões, cinquenta e um mil, seiscentos e sessenta e três reais e vinte

centavos), sendo R$2.571.000,00 (Dois milhões quinhentos e setenta e um mil reais) à conta

do Concedente e R$480.663,20 (Quatrocentos e oitenta mil, seiscentos e sessenta e três reais e

vinte centavos) à conta da Convenente.

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2. COBERTURA DO PÚBLICO ALVO Não é possível especificar o público-alvo por se tratar de um programa que propicia

benefícios difusos e onde toda a sociedade brasileira é beneficiária da conservação da

biodiversidade.

3. MECANISMOS DE PROMOÇÃO DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL Consulta Pública: O artigo 22, §2º, da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, que institui o

Sistema Nacional de Unidades de Conservação de Natureza – SNUC, e dá outras

providências, prevê o mecanismo da consulta pública para a criação de unidades de

conservação.

Reunião com grupos de interesse: Este mecanismo é utilizado quando surgem questões

durante os processos de criação, implementação e reconhecimento de unidades de

conservação, dos mosaicos de UC's e corredores ecológicos que estão além das demandas da

sociedade. Dessa forma, as reuniões com grupos de interesses servem para o refinamento das

propostas de criação, dando maior legitimidade e transparência ao processo.

Discussão em Conselho Setorial: As especificidades contidas na criação de UC's podem

trazer novos atores ao processo, como a recente participação da Câmara Técnica do Café, do

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento na criação do Parque Nacional das

Lontras. Quanto à implementação e reconhecimento de mosaicos de UC's e corredores

ecológicos, é fundamental a participação dos comitês e conselhos de reservas da biosfera.

Participação de organizações não-governamentais: a participação de organizações não-

governamentais e de técnicos das esferas municipais e estaduais são necessárias durante os

estudos para criação de unidades de conservação e implementação de mosaicos de UC's e

corredores ecológicos, tendo em vista o seu conhecimento sobre a região pesquisada.

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CONSERVAÇÃO E USO SUSTENTÁVEL DA BIODIVERSIDADE E DOS

RECURSOS GENÉTICOS

GERENTE DO PROGRAMA Secretária Maria Cecília Wey de Brito

OBJETIVO Conhecer, conservar, recuperar e usar sustentavelmente a diversidade biológica e os recursos

genéticos, promover a biossegurança, o acesso e a repartição dos benefícios decorrentes do

uso dos recursos genéticos e do conhecimento tradicional associado

PÚBLICO-ALVO Povos indígenas, comunidades tradicionais e locais, produtores rurais, setor empresarial,

museus e herbários, a academia e a comunidade internacional

INDICADOR

INDICADOR

(UNIDADE DE

MEDIDA)

ÍNDICE DE

REFERÊNCIA

(LINHA DE BASE)

ÍNDICE

APURADO EM

2008

ÍNDICE

PREVISTO

PARA O

FINAL DO

PPA

(2011)

POSSIBILIDADE

DE ALCANCE

DO ÍNDICE

PREVISTO

PARA 2011 Índice

Data de

Apuração Índice

Data de

Apuração

TAXA DE

CONSERVAÇÃO DAS

ESPÉCIES AMEAÇADAS

- PERCENTAGEM

2 15/08/2003 25,30 01/2010 80 Baixa

Fonte: Ministério do Meio Ambiente

Medidas corretivas necessárias: Os resultados abaixo do esperado devem-se,

provavelmente a quatro fatores: a) os números previstos para ser alcançados foram

muito ambiciosos, tendo em vista que em 2003 apenas 2% das espécies ameaçadas

de extinção eram manejadas, b) os recursos destinados para a realização deste

programa são constantemente contingenciados, impedindo que haja um apoio mais

eficaz das políticas de conservação das espécies ameaçadas; c) o número de espécies

ameaçadas de extinção aumentou, tendo em vista a revisão da lista oficial da flora

ameaçada de extinção, lançada em 2008, que aumentou o número de 108 para 472,

resultando que o aumento do número de espécies acarretou a diminuição do índice,

naturalmente; e d) o grande projeto que deve aumentar o desempenho deste

programa, denominado de PROBIO II e que tem entre suas metas a elaboração e

implementação de planos de ação para as espécies ameaçadas de extinção teve

adiamento em sua fase inicial.

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1. PRINCIPAIS RESULTADOS OBTIDOS NOS ANOS-BASE 2008 E 2009

1 - Lançamento da Lista Oficial da Flora Brasileira Ameaçada de Extinção, por intermédio da

Instrução Normativa nº 6, de 23 de setembro de 2008. A lista anterior datava de 1992,

assinada pelo IBAMA, e contava com 108 espécies listadas como ameaçadas. A lista

divulgada em 2008 conta com 472 espécies da flora ameaçada de extinção em seu anexo I e

1079 espécies da flora brasileira com deficiência de dados em seu anexo II. O reconhecimento

oficial das espécies ameaçadas de extinção é fundamental para garantir o sucesso do

Programa.

2 - Lançamento e distribuição do Livro Vermelho das Espécies da Fauna Brasileira

Ameaçadas de Extinção, com informações detalhadas de cada uma das 627 espécies da fauna

ameaçadas de extinção, importantes informações para subsidiar a reversão da perda da

biodiversidade.

3 - No ano de 2009 foi publicada a Portaria Conjunta n° 316 entre o MMA e o Instituto Chico

Mendes de Conservação da Biodiversidade, referente aos instrumentos de implementação da

Política Nacional da Biodiversidade voltados para a conservação e recuperação de espécies

ameaçadas de extinção, formalizando assim os instrumentos para a gestão das espécies

ameaçadas de extinção.

4 - Apoio do FNMA (Fundo Nacional do Meio Ambiente) em projetos de elaboração de

Planos de Manejo de RPPN, projetos de criação de mosaicos de áreas protegidas e projetos

de fauna ligados exclusivamente às espécies presentes na Lista Vermelha da Fauna Brasileira

Ameaçada de Extinção

5 - Distribuição de cerca de 19.000 exemplares de livros e 6000 CD´s de divulgação de

informações sobre a biodiversidade brasileira, para instituições de pesquisa, bibliotecas,

organizações não-governamentais, salas verdes de educação ambiental, etc.

6 - Acompanhamento e monitoramento dos avanços relativos à disseminação e evolução dos

impactos causados por algumas espécies exóticas invasoras, dentre aquelas consideradas

prioritárias e causadoras de prejuízos econômico, ecológico e sociocultural, com destaque

para: (i) Mexilhão-Dourado (Limnoperna fortunei); (ii) Caracol Gigante Africano (Achatina

fulica); e (iii) Capim Annoni (Eragrostis plana).

7 - Estabelecimento, pela Comissão Nacional de Biodiversidade - CONABIO, de diretrizes

para conservação da biodiversidade, resultando em sete deliberações e uma moção.

Publicação o livro intitulado “CONABIO - 5 Anos”, com todas as resoluções e deliberações

advindas dessa Comissão.

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2. COBERTURA DO PÚBLICO ALVO O público-alvo foi atingido pelas atividades desenvolvidas no programa por meio

principalmente da divulgação de informações sobre a biodiversidade brasileira e a

participação em eventos voltados para a discussão da conservação e do uso sustentável da

biodiversidade brasileira. Outrossim, a sociedade brasileira como um todo é beneficiada pela

execução deste programa, pois a conservação e o uso sustentável da biodiversidade

garantem a manutenção da qualidade de vida das pessoas.

3. MECANISMOS DE PROMOÇÃO DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL Reunião com grupos de interesse: Por meio da realização de reuniões com grupos de

interesse, diferentes setores puderam exprimir suas opiniões e influenciar nas tomadas de

decisão relativas à biodiversidade brasileira.

Discussão em Conselho Setorial: Por meio da realização de discussão em conselhos setoriais

(CONABIO – Comissão Nacional de Biodiversidade) diferentes setores puderam exprimir

suas opiniões e influenciar nas tomadas de decisão relativas à biodiversidade brasileira.

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CONSERVAÇÃO, MANEJO E USO SUSTENTÁVEL DA

AGROBIODIVERSIDADE

GERENTE DO PROGRAMA Secretária Maria Cecília Wey de Brito

OBJETIVO Assegurar a conservação e o uso sustentável dos componentes da agrobiodiversidade,

visando a segurança alimentar, a geração de trabalho e renda e a retribuição por serviços

ambientais

PÚBLICO-ALVO Produtores rurais, povos indígenas, comunidades tradicionais e locais, agricultores

familiares e assentados de reforma agrária

INDICADOR

INDICADOR

(UNIDADE DE

MEDIDA)

ÍNDICE DE

REFERÊNCIA

(LINHA DE BASE)

ÍNDICE

APURADO EM

2009

ÍNDICE

PREVISTO

PARA O

FINAL DO

PPA

(2011)

POSSIBILIDADE

DE ALCANCE

DO ÍNDICE

PREVISTO

PARA 2011 Índice

Data de

Apuração Índice

Data de

Apuração

TAXA DE

PARTICIPAÇÃO DOS

ALIMENTOS

ORGÂNICOS NA

PRODUÇÃO

AGROPECUÁRIA

BRASILEIRA - %

0,08 28/02/2003 0 0,21 Média

Fonte: SDC / MAPA

Medidas corretivas necessárias: O indicador deste Programa, em verdade, trata-

se de reprodução de antigo indicador do Programa Pro-Orgânico (PPA 2004-2007),

que teve uma de suas ações transferidas para o mesmo. Tendo em vista que este

indicador não representa os resultados do programa como um todo - pois mede a

eficácia de apenas uma de suas ações – novo indicador deve ser definido e para isto

pretende-se realizar oficina específica.

1. PRINCIPAIS RESULTADOS OBTIDOS NOS ANOS-BASE 2008 E 2009

1 - Publicação do livro “Fontes Brasileiras de Carotenóides – Tabela Brasileira de

Composição de Carotenóides em Alimentos”. Tal publicação tem grande importância no

contexto deste programa, pois representa um avanço no conhecimento dos recursos

genéticos, mais especificamente daqueles ligados à alimentação humana. Esses dados

poderão ser utilizados no aperfeiçoamento de programas governamentais voltados à

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segurança alimentar e nutricional de nossa população, tais como o Fome Zero, Segurança

Alimentar – PSA, Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar – PAA, Consórcios de

Segurança Alimentar e Nutricional e Desenvolvimento Local – CONSAD. A publicação

contribui para uma melhor utilização da flora brasileira, a qual possui uma grande variedade

de espécies ricas em carotenóides. A composição detalhada de carotenóides em alimentos de

origem vegetal consignados neste trabalho constitui uma relevante referência para

pesquisadores brasileiros e estrangeiros que atuam na área de nutrição, além dos

especialistas em saúde pública, engenheiros agrônomos, botânicos e estudiosos da área

ambiental. Igualmente, proporcionará aos agricultores brasileiros a oportunidade de melhor

direcionarem suas atividades produtivas, tendo agora à sua disposição ferramentas básicas

mais precisas e próprias do Brasil.

2 - Lançamento, em parceria, pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado de Santa

Catarina - EPAGRI e Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, de duas cultivares da

goiabeira serrana (Acca sellowiana), uma das espécies priorizadas pelo projeto “Plantas para

o Futuro”, com vistas a promover um melhor aproveitamento dos recursos genéticos

existentes no país.

3 - Ampliação do debate sobre estratégias de promoção da conservação e do uso sustentável

da agrobiodiversidade junto a diversos setores da sociedade e do poder público.

4 - Elaboração do Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e do Plano

Nacional para Promoção dos Produtos da Sociobiodiversidade.

5 - Reconhecimento, no âmbito da gestão ambiental rural, por parte de agentes

governamentais e das comunidades assistidas direta e indiretamente pelo GESTAR, de que

os Planos de Gestão Ambiental Rural (PGAR) são uma ferramenta importante de gestão.

6 - Disponibilização de informações do GESTAR no site do MMA, também importante por

proporcionar maior visibilidade e ampliar o acesso às experiências de cada projeto.

7 - Criação do curso de formação em Agro ecologia, desenvolvida como Unidades

Ambientais de Referência – UAR, que contribuiu para uma nova concepção de extensão

rural, considerando os seguintes aspectos: a) desenvolvimento e difusão de sistemas agro

ecológicos nas áreas de Cerrado, Caatinga e transição; b) recuperação de práticas tradicionais

de manejo e produção sustentáveis; c) desenvolvimento e implementação de propostas de

agro extrativismo sustentável associadas ao beneficiamento da produção; d) sistematização

de experiências agro ecológicas; e) articulação da Rede de Formadores em Agro ecologia.

8 - Apoio ao projeto pelo MAPA, no âmbito da Ação 8949 – Conservação e Uso Sustentável

de Recursos Genéticos para Alimentação e Agricultura, para caracterização do Arroz

Vermelho cultivado no Vale do Piancó, Paraíba, juntamente com outros parceiros de Ações

do Programa como Desenvolvimento da Agricultura Orgânica – Pró-orgânico (8606), do

próprio MAPA e Fortalecimento e Valorização de Iniciativas Territoriais de Manejo e Uso

Sustentável da Agrobiodiversidade (8920), do MDA/Secretaria de Desenvolvimento

Territorial.

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2. COBERTURA DO PÚBLICO ALVO O programa apresentou uma ampla cobertura do seu público-alvo, que é formado pelos

produtores rurais, povos indígenas, comunidades tradicionais e locais, agricultores

familiares e assentados de reforma agrária. Com vistas à participação desses setores da

sociedade civil no processo de elaboração do Programa Nacional de Plantas Medicinais e

Fitoterápicos e no Plano Nacional para Promoção dos Produtos da Sociobiodiversidade,

várias reuniões de articulação e discussão foram realizadas, além de uma oficina de consulta

pública. Nos pólos de gestão ambiental rural, buscou-se o envolvimento crescente de

famílias e comunidades, sistematizando experiência agro ecológicas e recuperando práticas

tradicionais de manejo e produção sustentáveis. Camponeses, povos e comunidades

tradicionais e agricultores familiares em geral foram beneficiados pela comercialização da

Produção Agroextrativista Familiar. A formulação dos Planos de Gestão Ambiental Rural

(PGAR) favoreceu as comunidades locais, o que pode ser demonstrado pela avaliação

positiva que essas comunidades fizeram do processo. Dessa forma, pode-se considerar que o

programa conseguiu atingir seu público-alvo satisfatoriamente.

3. MECANISMOS DE PROMOÇÃO DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL Consulta Pública: Ouvidos os diversos segmentos da sociedade envolvidos na temática é

possível construir-se políticas públicas mais identificadas com as realidades locais. Exemplo

disso ocorreu com a construção do Plano de Promoção dos Produtos da Sociobiodiversidade,

que envolveu os agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais - dentre estes

jovens e mulheres, principalmente – além de pesquisadores, setor empresarial, agentes

financeiros, enfim, todos os segmentos das cadeias desses produtos. Foram mais de 1000

pessoas participantes em sete Seminários Regionais e Nacional. O resultado final será

divulgado em 27 de abril de 2009.

Reunião com grupos de interesse: Ocorreram reuniões com representantes da sociedade em

quais foram discutidas as principais dificuldades e problemas enfrentados para a execução

das ações, bem como foram apresentadas sugestões de encaminhamento e aperfeiçoamento

ao programa.

Discussão em Conselho Setorial: Este Programa tem despertado interesse prioritário por

parte do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA), devido o seu público

alvo prioritário, e considerando que possui em seu objeto, além de assegurar a conservação e

o uso sustentável dos componentes da agrobiodiversidade, “visando a segurança alimentar e

a geração de trabalho e renda”, o que vai ao encontro dos objetivos daquele Conselho.

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS

GERENTE DO PROGRAMA Secretária Samyra Brollo de Serpa Crespo

OBJETIVO Construir valores e relações sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências que

contribuam para a participação de todos na edificação de sociedades sustentáveis

PÚBLICO-ALVO Educadores ambientais, profissionais do ensino, estudantes, gestores, técnicos, profissionais

da mídia e voluntários atuantes na área ambiental e usuários e manejadores diretos de

recursos ambientais

INDICADOR

INDICADOR

(UNIDADE DE

MEDIDA)

ÍNDICE DE

REFERÊNCIA

(LINHA DE BASE)

ÍNDICE

APURADO EM

2009

ÍNDICE

PREVISTO

PARA O

FINAL DO

PPA

(2011)

POSSIBILIDADE

DE ALCANCE

DO ÍNDICE

PREVISTO

PARA 2011 Índice

Data de

Apuração Índice

Data de

Apuração

INSTITUIÇÕES

TRABALHANDO EM

PARCERIA COM AS

AÇÕES DO PROGRAMA

- UNIDADE

100 31/12/2007 123 12/2009 400 Média

Fonte: Relatório de Gestão do quadriênio 2003-2006 do Órgão Gestor da Política

Nacional de Educação Ambienta

Medidas corretivas necessárias: O índice está superestimado considerando que é

baseado em um índice de referência e que se pretende fortalecer as parcerias

firmadas. Sugere-se que seja definido um novo parâmetro de referência e um novo

indicador que contribua com a mensuração do efetivo impacto do programa e que

represente a qualidade dos valores mensurados.

1. PRINCIPAIS RESULTADOS OBTIDOS NOS ANOS-BASE 2008 E 2009

1 - Inserção do componente de Educação Ambiental na formulação de Políticas Estaduais e

Municipais de EA e fortalecimento das CIEAs (Comissões Estaduais Interinstitucionais de

Educação Ambiental) nas 27 Unidades Federativas; Apoio a realização das Conferências

Estaduais de Meio Ambiente na discussão do eixo temático de Educação Ambiental; e

Lançamento da campanha educativa em prol do meio ambiente na Bacia do Rio São

Francisco.

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2 - Formação de 990 Educadores Ambientais; Elaboração do Programa de Educação

Ambiental de Angola e a formação de 60 ativistas ambientais (Acordo de cooperação

bilateral entre Brasil e Angola); Fortalecimento da Rede de Salas Verdes (75 estruturas

representadas).

3 - Lançamento em julho de 2008 do periódico eletrônico COLECIONA: fichário do

Educador Ambiental, publicação bimestral, especializada em informações sobre Educação

Ambiental e Edu comunicação. Publicação, no início de 2008 do livro "Viveiros Educadores:

Plantando Vida"; uma contribuição sobre a utilização de espaços para produção de mudas e

que também amplia a construção do conhecimento, facilitando o entendimento da relação

entre o uso do solo e da água, e a importância da interação social em processos de

transformação ambiental. Publicação em junho de 2008 do 3° volume da Revista Brasileira de

Educação Ambiental, que apresenta artigos sobre as diversas temáticas da Educação

Ambiental. Publicado, no segundo semestre de 2008, o Dicionário Socioambiental,

importante na conceituação de termos da área ambiental. Produção, no segundo semestre de

2008, do longa metragem "Bode Rei Cabra Rainha". O documentário foi produzido para

compor a Mochila do Educador Popular, além de ser disponibilizado para as 390 salas de

ensino não-formal, do Projeto Tela Verde. Tem como cenário o semi-árido nordestino e como

foco a Educação Ambiental. Produção, em outubro de 2008, do CD contendo o Texto-base do

Programa Edu comunicação Socioambiental. Publicação, em novembro de 2009, do

documento preliminar da Estratégia Nacional de Comunicação e Educação Ambiental no

âmbito do SNUC (ENCEA); Publicação, em 2009, do livro: Os Diferentes Matizes da

Educação Ambiental no Brasil (1997/2007, 2a edição - Versões: impressa e digital) e do

segundo Kit da Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável, dentro da série

denominada Desafios da Educação Ambiental.

4 - Elaboração do Programa Nacional de Educação Ambiental e Mobilização Social em

Saneamento - PEAMSS, que estabelece diretrizes, princípios, objetivos e estratégias de ação

para orientar as ações de educação ambiental em saneamento. Foi publicado, em maio de

2009, um Kit de materiais de apoio para implementação do programa contendo: (i) Cartilha;

(ii) Caderno Metodológico com elementos práticos para orientar os projetos sociais e de

Educação Ambiental; (iii) Documento Conceitual; e (iv) Livro de experiências exitosas.

5 - Estabelecimento de subsídios para formulação de uma Política Pública de Educação

Ambiental voltada para a Agricultura Familiar, em oficina com 50 representantes de

instituições públicas e privadas, movimentos sociais e sindicais e instituições de fomento e

pesquisa.

6 - Lançamento, em dezembro de 2009, do programa "Nas Ondas do São Francisco",

desenvolvido em parceria com o Departamento de Revitalização de Bacias/SRHU,

objetivando desencadear ações de Edu comunicação voltadas ao empoderamento das

comunidades locais, ao envolvimento ativo das rádios públicas e comerciais e ao

fortalecimento do Programa de Revitalização da Bacia do São Francisco, com a assinatura de

19 Termos de Adesão ao projeto "Nas Ondas do São Francisco", entre o MMA e as rádios

parceiras, e concessão de 20 selos de "Instituição Parceira".

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7 - Estabelecimento de diretrizes gerais de educação ambiental ligadas ao licenciamento

ambiental.

2. COBERTURA DO PÚBLICO ALVO As ações do programa 0052 são direcionadas ao público não-escolar em geral, com a ação

que visa descentralizar a gestão da EA no Brasil focada na interlocução com representantes

de instituições governamentais de meio ambiente e educação executoras (governo Federal),

dos Estados e, por via indireta, Municípios. As ações formativas e de comunicação

socioambiental de caráter educativo visam atingir grupos organizados da sociedade civil,

academia e meios de comunicação de massa e alternativos, com a intenção de garantir a

participação qualificada e crítica dos cidadãos na busca por uma sociedade sustentável.

3. MECANISMOS DE PROMOÇÃO DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL Consulta Pública: Programas e projetos costumam ser disponibilizados para consulta

pública presencial e virtual antes de serem considerados como versão definitiva de

documentos para implementação. Além disso, as deliberações das Conferências Nacionais de

Meio Ambiente costumam ser consideradas como parâmetro para legitimação da

implementação das ações.

Reunião com grupos de interesse: Reuniões com representantes de instituições

governamentais e não governamentais são realizadas periodicamente pela equipe técnica e

gestora do DEA.

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NACIONAL DE FLORESTAS

GERENTE DO PROGRAMA Secretária Maria Cecília Wey de Brito

OBJETIVO Promover a sustentabilidade do setor florestal, contemplando a proteção dos ecossistemas, a

recuperação de áreas degradadas, a expansão da base florestal plantada, o manejo

sustentável de florestas naturais e a ampliação da participação social

PÚBLICO-ALVO Comunidades produtoras e consumidoras dos recursos florestais, agricultores familiares e

setores produtivos de base florestal

INDICADOR (ES)

INDICADOR

(UNIDADE DE

MEDIDA)

ÍNDICE DE

REFERÊNCIA

(LINHA DE BASE)

ÍNDICE APURADO

EM 2009

ÍNDICE

PREVISTO

PARA O

FINAL DO

PPA

(2011)

POSSIBILIDADE

DE ALCANCE

DO ÍNDICE

PREVISTO

PARA 2011 Índice

Data de

Apuração Índice

Data de

Apuração

ÁREA DE

FLORESTAS

PLANTADAS - HA

627000 31/12/2006 Não

apurado 1500000 Alta

Fonte: Ministério do Meio Ambiente

Medidas corretivas necessárias: A dificuldade de se averiguar estes números é a

freqüência de publicação das informações, muitas vezes não anual. As informações

não consolidam a situação do ano da publicação.Como medida corretiva, seria

interessante o Programa rever o indicador.

ÁREA DE

FLORESTAS

NATURAIS EM

REGIME DE

MANEJO

SUSTENTÁVEL - HA

3000000 31/12/2006 Não

apurado 18000000 Média

Fonte: IBAMA

Medidas corretivas necessárias: Com a publicação da Lei Nº 11.284/2006, a gestão

florestal e as informações sobre planos de manejo antes centralizada no IBAMA

foram descentralizadas para os estados. Ainda não há um sistema que consolide

todas as informações de manejo florestal. É interessante a revisão do indicador.

ÁREA DE

FLORESTAS COM

ALTO VALOR PARA

CONSERVAÇÃO

600000 31/12/2006 Não

apurado 3600000 Média

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PROTEGIDA - HA

Fonte: Ministério do Meio Ambiente - PNF

Medidas corretivas necessárias: O método de aferição desse indicador depende

das informações de áreas sob manejo Florestal, descentralizado pela Lei nº

11.284/2006 para os Estados. É interessante a revisão do indicador.

ÁREAS

DEGRADADAS

RECUPERADAS - HA

5000 31/12/2006 Não

apurado 100000 Média

Fonte: Ministério do Meio Ambiente e Órgãos Estaduais de Meio Ambiente

Medidas corretivas necessárias: Para uma melhor apuração dos resultados dessa

ação, é necessário um plano de monitoramento com metas bem definidas e um

trabalho integrado entre os setores do MMA. É interessante a revisão do indicador.

1. PRINCIPAIS RESULTADOS OBTIDOS NOS ANOS-BASE 2008 E 2009

1 - Sensibilização dos setores financeiros e governamentais em relação a linhas de crédito

adequadas para atividades florestais gerando as seguintes alterações:

a) Plano safra 07/08 - mudanças substanciais nas regras do Pronaf Floresta, que foi

dividido em duas linhas de Crédito de Investimento, uma voltada para Sistemas Agro

florestais (Pronaf Floresta) e a outra voltada para Energia Renovável e Sustentabilidade

Ambiental (Pronaf Eco).

b) Plano safra 08/09- Em relação ao Pronaf Floresta, os beneficiários são todos os

grupos do Pronaf e o valor máximo de financiamento é de 7 mil reais. Se os recursos de

financiamento forem provenientes do FNO, do FNE ou do FCO e destinado exclusivamente

para os sistemas agro florestais, o valor máximo a ser financiado é de R$10.000,00 (dez mil

reais). No Pronaf ECO, por sua vez, os beneficiários são agricultores familiares enquadrados

no Pronaf, exceto os classificados nos Grupos "A", "A/C" e "B", desde que apresentem projeto

técnico ou proposta para investimentos. Os valores máximos que podem ser acessados

variam entre R$7.000,00 (sete mil reais) e R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais); dependendo do

valor a ser financiado, as taxas efetivas de juros variam entre 1 a 5,0% aa. Essas alterações nas

linhas de crédito provocaram uma descontinuidade na curva de inserção de pequenos

agricultores como plantadores florestais, visto que, com a retirada da silvicultura do Pronaf

Florestal (com juros subsidiados) e sua transferência para o Pronaf Ecos (com juros de

mercado), diminuiu-se muito a atratividade para o financiamento, tanto por parte dos

bancos quanto dos agricultores.

2 - Promoção de assistência técnica e extensão rural (ATER) em atividades florestais,

possibilitando a participação de produtores rurais, inclusive do produtor familiar, na cadeia

produtiva madeireira: por meio dos editais do Fundo Nacional do Meio Ambiente, foram e

continuam sendo atendidos (alguns convênios ainda não foram concluídos) direta e

indiretamente mais de 20 mil produtores rurais com assistência técnica e desenvolvimento

de projetos de agro silvicultura.

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3 - Capacitação em atividades florestais:

a) O projeto “Capacitação de produtores rurais para a recuperação da cobertura

vegetal de duas sub-bacias do Rio São Francisco”, executado pela Sociedade de Investigações

Florestais – SIF, atendeu aproximadamente 170 produtores rurais e outros interessados, em

municípios estratégicos das duas sub-bacias (Ibiá, Pirapora, Várzea da Palma, Lassance,

Montes Claros e Coração de Jesus).

b) O projeto “Capacitação das Comunidades Rurais da Bacia Hidrográfica do Rio São

Francisco”, executado pelo Instituto Vida Verde, atendeu aproximadamente 198 produtores

rurais e outros interessados nos municípios-pólo de Januária e Paracatu. Foram ainda

beneficiados mais 21 municípios da área de influência.

4 - Promoção da Recuperação de áreas degradadas e nascentes:

a) Produção de mídias eletrônicas com a coletânea dos Trabalhos Técnicos de

Restauração da Paisagem Florestal e Proteção dos Recursos Hídricos da Bacia do São

Francisco.

b) Conclusão do levantamento florístico da sub-região do médio S. Francisco

(realizado pela Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS). Este levantamento

auxiliará na definição de modelos de recuperação de áreas degradadas - RAD no interior da

Bahia.

c) Implantação, nos Estados da Bahia, Minas Gerais e Goiás e no Distrito Federal, de

Planos Integrados de Desenvolvimento Florestal.

d) Elaboração de um relatório referente ao levantamento dos projetos florestais da

bacia do São Francisco. As ações bem-sucedidas relacionadas à recuperação de áreas

degradadas poderão servir de modelo futuramente.

e) Seleção de 12 viveiros-escola na Bacia do São Francisco. A produção de mudas tem

grande importância em alguns modelos de RAD, essencialmente quando a região carece de

remanescentes florestais. Dessa forma, os viveiros-escola poderão capacitar produtores

rurais e outros interessados para que possam obter esse insumo.

5 - Descentralização da gestão florestal, permitida por meio da Lei de Gestão Florestal (Lei

11.284/2006). Esta descentralização, constante do Artigo 83, contribui para a descentralização

do manejo florestal à medida que transfere competências aos órgãos estaduais membros do

SISNAMA. Dentre essas competências pode-se citar a aprovação da exploração de florestas e

formações sucessoras de domínio público ou privado, assim como a aprovação da adoção de

técnicas de condução, exploração, reposição florestal e manejo compatíveis com os variados

ecossistemas.

6 -Articulação com setor governamental para a reestruturação e implementação do Plano

Nacional de Silvicultura de Espécies Nativas e Sistemas Agroflorestais- PENSAF.

7 - Promoção de debates sobre legislação ambiental tendo em vista a proteção do Código

Florestal, considerando se as proposições legislativas para mudança do mesmo. Isto

resultou na publicação do Decreto 7.029/2009, que Institui o Programa Federal de

Apoio à Regularização Ambiental de Imóveis Rurais, denominado “Programa Mais

Ambiente”, incentivando a averbação da reserva legal para agricultores, em especial

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para o agricultor familiar, o empreendedor familiar rural e os povos e comunidades

tradicionais.

8 - Participação, junto ao BNDES na definição de novas formas de empréstimos

facilitados para reflorestamentos com essências nativas, como parte da estratégia de

fortalecer as redes de sementes e dar suporte à realização de projetos de recuperação

florestal no Brasil.

9 - Implantação dos Centros de Referência em Recuperação de Áreas degradadas da

Bacia do São Francisco (CR-ad’s), como parte do Programa de Revitalização do São

Francisco (PRSF).

10 - Objetivando a promoção do manejo florestal em biomas brasileiros foram

realizados estudos em áreas prioritárias para realização de concessão florestal:

a) levantamentos socioeconômicos das áreas, inventários florestais e apoio ao

desenvolvimento dos planos de manejo e elaboração do edital de licitação de

concessão florestal para a Flona do Amana (PA), contendo um lote de três Unidades

de Manejo Florestal totalizando 354.459 hectares;

b) apoio aos estados do Pará, Acre e Amapá para a implementação de

concessões florestais em florestas públicas estaduais;

c) assinatura do Decreto nº 6.874, em 05 e junho de 2009 instituindo o

Programa Federal de Manejo Florestal Comunitário e Familiar;

d) Lançamento do Plano Anual de Manejo Florestal Comunitário e Familiar;

11 - Atividades de fiscalização em parceria com os estados, visando manter a

integridade das florestas, reduzir os desmatamentos ilegais, monitorar as áreas de

reserva legal e de preservação permanente.

12 - Atualização do Cadastro Nacional de Florestas Públicas, totalizando

aproximadamente 239 milhões de hectares de florestas públicas, o que significa um

aumento em 13% da área cadastrada em relação ao ano de 2008.

2 - COBERTURA DO PÚBLICO ALVO O público alvo do Programa Nacional de Florestas são agricultores, populações tradicionais

com foco em atividades florestais, setor empresarial, sociedade civil organizada, governos

municipais e estaduais. O PNF atua com o seu público alvo de forma indireta, por meio de

negociação de normas de linha de crédito adequadas ao investimento florestal. Outra

atividade é a estratégia para inclusão de produtores rurais, inclusive o familiar, em cadeias

produtivas madeireiras, por meio de capacitações e assistência técnica. Estes meios,

capacitações e assistência técnica, também são utilizados para incentivar a recuperação de

áreas degradadas.

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3. MECANISMOS DE PROMOÇÃO DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL Audiência/Consulta Pública: É prática do PNF proporcionar a discussão com toda a

sociedade sobre os aperfeiçoamentos dos seus instrumentos de política pública. Assim,

quando existem possíveis alterações ou proposições de normas (leis, decretos, instruções

normativas, etc.), são realizadas audiências públicas, utilizando como meio principal a rede

mundial de computadores.

Discussão em Conselho Setorial: A CONAFLOR é a Comissão Nacional de Florestas,

instituída pelo Decreto nº 3.420, de 20 de abril de 2000. Esta Comissão fornece diretrizes para

a implementação das ações do PNF e permite articular a participação dos diversos grupos de

interesse no desenvolvimento das políticas públicas do setor florestal brasileiro. É composta

por 39 representantes distribuídos paritariamente entre governo (20) e sociedade civil (19),

incluindo órgãos e entidades do governo federal, órgãos estaduais de meio ambiente,

sociedade civil organizada, setores da área florestal, ONGs e instituições de ensino e

pesquisa.

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PREVENÇÃO E COMBATE AO DESMATAMENTO, QUEIMADAS E

INCÊNDIOS FLORESTAIS - FLORESCER

GERENTE DO PROGRAMA Roberto Messias Franco

OBJETIVO Prevenir e combater desmatamentos ilegais, queimadas predatórias e incêndios florestais em

todos os biomas brasileiros

PÚBLICO-ALVO Sociedade

INDICADOR (ES)

INDICADOR

(UNIDADE DE

MEDIDA)

ÍNDICE DE

REFERÊNCIA

(LINHA DE BASE)

ÍNDICE APURADO

EM 2009

ÍNDICE

PREVISTO

PARA O

FINAL DO

PPA

(2011)

POSSIBILIDADE

DE ALCANCE

DO ÍNDICE

PREVISTO

PARA 2011 Índice

Data de

Apuração Índice

Data de

Apuração

ÁREA ANUAL

DESMATADA DA

AMAZÔNIA LEGAL

- KM²

13100 31/12/2006 7008 08/2009 7736 Alta

Fonte: Ministério do Meio Ambiente

NÚMERO DE FOCOS

DE CALOR -

UNIDADE

85359 31/12/2002 69367 12/2009 85359 Alta

Fonte: Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia - IPAM

1. PRINCIPAIS RESULTADOS OBTIDOS NOS ANOS-BASE 2008 E 2009

1 - Redução do índice de desmatamento da Amazônia Legal no período 2008/2009, de 12.911

km² para 7.008 km².

2 - Realização de 634 operações de fiscalização de desmatamento;

3 - Capacitação de servidores efetivos, temporários e parceiros em ações de prevenção e

combate a incêndios florestais, totalizando 3.117 pessoas capacitadas;

4 - Formação de 28 peritos em Investigação de Incêndios Florestais;

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5 - Gestão junto a estados e municípios objetivando instituir comitês inter agencias para

ações de prevenção e combate a incêndios florestais (Paraíba, Distrito Federal, Piauí, Ceará,

Roraima, Tocantins e Bahia);

6 - Realização de parceria entre o Centro de Sensoriamento Remoto do IBAMA e o INPE

visando ao tratamento dos dados do satélite DETER, para que as imagens sejam enviadas

quinzenalmente às Superintendências do IBAMA a fim de orientar as equipes de

fiscalização.

7 - Estabelecimento do Plano de Ação para Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais e

Controle de Queimadas, com a formação de 61 brigadas e contratação de 1.352 brigadistas,

nos estados do Amapá, Amazonas, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,

Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

2. MECANISMOS DE PROMOÇÃO DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL Ouvidoria: A Linha Verde do IBAMA é o canal aberto para a população fazer denúncias

sobre ilícitos ambientais e contribui para redirecionar ações de fiscalização, trazendo

informações da população em tempo real. Existe ainda a participação por meio do Programa

de Agentes Ambientais Voluntários e por intermédio da Web Cidadão, que permite o acesso

às informações relativas à dinâmica do desmatamento (DETER e PRODES) a partir do Site

do IBAMA/CEMAM.

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PROBACIAS - CONSERVAÇÃO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS

GERENTE DO PROGRAMA José Machado

OBJETIVO Implementar o Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos e promover a

recuperação e a conservação de bacias hidrográficas

PÚBLICO-ALVO Usuários de recursos hídricos e populações das bacias hidrográficas

INDICADOR (ES)

INDICADOR

(UNIDADE DE

MEDIDA)

ÍNDICE DE

REFERÊNCIA

(LINHA DE BASE)

ÍNDICE

APURADO EM

2009

ÍNDICE

PREVISTO

PARA O

FINAL DO

PPA

(2011)

POSSIBILIDADE

DE ALCANCE

DO ÍNDICE

PREVISTO

PARA 2011 Índice

Data de

Apuração Índice

Data de

Apuração

POPULAÇÃO

BRASILEIRA

BENEFICIADA COM A

IMPLEMENTAÇÃO DE

PROJETOS

DECORRENTES DA

COBRANÇA PELO

DIREITO DE USO DOS

RECURSOS HÍDRICOS -

%

5,93 31/12/2006 5,93 12/2009 14,34 Alta

Fonte: Agencia Nacional de Águas

Medidas corretivas necessárias: Esse indicador afere a evolução da

implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e representa o percentual

da população brasileira residente em bacias hidrográficas e beneficiadas com a

implementação dos instrumentos da Política, expressa pelo percentual da

população já beneficiada. No atual PPA, duas bacias, a do rio São Francisco e a do

rio Doce, representam a totalidade do indicador, sendo que a cobrança deverá se

concretizar na bacia do São Francisco, em 2010, que, cuja população, de 16,1

milhões de pessoas, representa 84% do grau de alcance do indicador do programa.

ÁREA DO TERRITÓRIO

BRASILEIRO COM

IMPLEMENTAÇÃO DA

COBRANÇA PELO

DIREITO DE USO DE

RECURSO HÍDRICOS,

EXCLUÍDA A BACIA

1,58 31/12/2006 1,58 12/2009 16,96 Alta

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AMAZÔNICA - %

Fonte: Agência Nacional de Águas

Medidas corretivas necessárias: A implantação da cobrança na bacia hidrográfica

do rio São Francisco, que representa mais de 90% desse indicador no período do

atual PPA, depende apenas da aprovação dos mecanismos de cobrança e dos

valores a serem cobrados dos usuários, pelo Conselho Nacional de Recursos

Hídricos. O Comitê da Bacia deverá apresentar nova proposta no início do exercício

de 2010, o que leva ao entendimento da possibilidade de realização superior a 90%

do indicador previsto, pois se trata da maior bacia hidrográfica, em extensão

territorial, com previsão de impacto no indicador do programa.

1. PRINCIPAIS RESULTADOS OBTIDOS NOS ANOS-BASE 2008 E 2009

1 - Planos e Estudos Estratégicos:

a) Plano Estratégico de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica dos Rios Tocantins-

Araguaia, com meta atingida em 2008. Sua elaboração foi realizada de forma participativa

por meio de reuniões públicas abertas com os Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos das

seis unidades da federação que integram a região e da constituição de um Grupo Técnico de

Acompanhamento (GAT), formado por representantes dos governos federal e estaduais,

sociedade civil e usuários de água;

b) Primeira versão do "Atlas Nordeste" contemplando as sedes municipais com mais

de 5.000 habitantes situadas nos nove Estados do Nordeste e nas bacias dos rios Pardo,

Mucuri, Jequitinhonha e São Francisco no Estado de Minas Gerais. A área de abrangência foi

ampliada de forma a contemplar os municípios com população inferior a 5.000 habitantes

localizados no Semi-Árido e entorno, resultando em um universo de 1.892 sedes urbanas e

cerca de 40 milhões de habitantes. Os estudos incluem todas as sedes urbanas situadas nos

Estados da Região Nordeste com área semi-árida (Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba,

Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe) e no semi-árido mineiro. São

consideradas, ainda, as sedes urbanas com mais de 5.000 habitantes situadas no Estado do

Maranhão e na bacia do rio São Francisco em Minas Gerais, remanescentes da primeira

versão do Atlas Nordeste;

c) No "Atlas Regiões Metropolitanas" são consideradas todas as Regiões

Metropolitanas e Regiões Integradas de Desenvolvimento do País, as capitais de Estado e as

cidades com população superior a 250 mil habitantes, em um total de 430 cidades e 94

milhões de habitantes. Esse universo está distribuído em 11 das 12 regiões hidrográficas

(exceção à região do Uruguai) e em todas as regiões político-administrativas (norte, nordeste,

centro-oeste, sudeste e sul), destacando-se 14 sedes urbanas com mais de 1 milhão de

habitantes: Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Goiânia,

Guarulhos, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo;

d) A área de abrangência do "Atlas Sul" foi definida buscando contemplar os

municípios inseridos nas bacias do Atlântico Sul e Uruguai, predominantemente localizados

nos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Esses Estados possuem 789 municípios,

com população urbana de 13,5 milhões de habitantes. Essa região está sujeita a problemas de

disponibilidade hídrica e de qualidade da água, justificando ações integradas de

planejamento e gestão de recursos hídricos;

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e) O Relatório "Conjuntura de Recursos Hídricos" é uma ferramenta de

acompanhamento sistemático e periódico, seja do ponto de vista das informações quali-

quantitativas quanto do ponto vista da gestão dos recursos hídricos que consolida todas as

informações disponíveis até o final do ano base de 2007. Entende-se que, em função do

caráter das informações utilizadas e a sua constante evolução em função do tempo, obrigam

que este tipo de produto seja necessariamente atualizado, de preferência anualmente, e a sua

importância justifica que ele seja produzido sistematicamente sem interrupção. O relatório se

insere em um importante lugar na série de documentos que vêm sendo produzidos pela

ANA, para organizar e sistematizar informações relacionadas com recursos hídricos. A

operacionalização do Conjuntura será fundamental para a organização, concepção e

estruturação do Subsistema de Planejamento e Gestão, que se encontra em desenvolvimento

no Sistema Nacional de Informações de Recursos Hídricos - SNIRH, como ferramenta de

acompanhamento sistemático da implantação desses planos e de seus resultados sobre a

gestão dos recursos hídricos.

2 - Emissão de 1.282 outorgas de direito de uso de recursos hídricos. Desde a sua criação, em

dezembro de 2000, a ANA emitiu 7.170 outorgas de direito de uso de recursos hídricos.

3 - Aprovação das regras de uso das águas do rio Verde Grande: resultado de um processo

de regularização de uso de recursos hídricos iniciado em 2004. O marco regulatório do rio

Verde Grande foi aprovado em dezembro pela diretoria colegiada da ANA, após ter passado

pela apreciação do comitê de bacia;

4 - Delegação de competência para outorga no Estado do Ceará: trata-se da delegação de

competência concedida a esse estado para outorgar as captações para abastecimento público

(Resolução nº 052, de 11 de março de 2008), bem como para os demais usos, com exceção da

finalidade de aqüicultura em tanques-rede em reservatórios, nas Bacias dos rios Poti e

Longa;

5 - Concedida outorga de direito de uso de água do rio Madeira para instalação da Usina

Hidrelétrica de Santo Antônio, em Porto Velho (RO), que está autorizada a explorar os

recursos hídricos, desde que cumpra exigências feitas pela Agência Nacional de Águas entre

elas a garantia de abastecimento de água da cidade de Porto Velho e de comunidades

vizinhas. Além dessa outorga, após avaliação, a ANA autorizou a implantação da

ensecadeira de primeira fase referente ao Aproveitamento Hidrelétrico Jirau, situado,

também, no rio Madeira (Resolução Nº 784/2008). Outorga de direito de uso de recursos

hídricos no rio Doce (Usina Hidrelétrica - UHE Baguari), no rio Aripuanã (UHE Dardanelos)

e no rio São Marcos (UHE Batalha);

6 - Disponibilizado ao público, dentro do Sistema Nacional de Informações sobre Recursos

Hídricos, o Portal do SNIRH (http://www.ana.gov.br/portalsnirh) que objetiva atender à

necessidade de um sítio na Internet, agregando funcionalidades dos diversos subsistemas do

Sistema, destacando-se: i) Base de dados georreferenciados; ii) Dados Hidrometeorológicos;

iii) Informações sobre usuários de recursos hídricos; iv) Informações sobre o

desenvolvimento do SNIRH; v) Fórum para discussão sobre temas relativos a recursos

hídricos; vi) Notícias atualizadas sobre o SNIRH, a ANA e o Ministério do Meio Ambiente

(MMA); e, vii) Informações sobre projetos financiados pelo CT-HIDRO;

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7 - Alimentação do CNARH - Cadastro Nacional de Recursos Hídricos, utilizando-se o

estímulo das campanhas realizadas por meio de parcerias entre a ANA e entidades

relacionadas à gestão de recursos hídricos, ou por meio de registros individuais de usuários

de água. Sua base de dados conta hoje com cerca de 100.000 usuários cadastrados. Em 2008

foram incluídos 5.526 registros, dos quais 34% referem-se a usuários do Estado do Rio de

Janeiro, no âmbito da Superintendência Estadual de Rios e Lagoas - SERLA, e 12% referem-

se a cadastros espontâneos em diferentes bacias;

8 - Os contratos de gestão com as agências delegatárias das funções de Agências de Águas,

nos rios PCJ e Paraíba do Sul, proporcionaram um efetivo repasse de recursos da ordem de

R$ 18.729.974,00 (PCJ), aplicados em conscientização regional dos problemas ambientais;

planos diretores e projetos executivos para tratamento de esgotos em 17 municípios; plano

diretor de captação e produção de água para as bacias dos rios Piracicaba e Jundiaí;

experiências práticas de tecnologia de tratamento de esgotos (ETEs Cosmópolis e Ajapi-Rio

Claro); programa de investimento para recuperação das bacias PCJ, com a participação de 10

municípios; desenvolvimento e aplicação do programa de proteção de mananciais, por meio

do reflorestamento de mais de 2 milhões de mudas em áreas de matas ciliares; aumento do

índice de tratamento de esgotos domésticos de 3% para 66%; implantação do programa de

resíduos sólidos; e implantação do programa de combate às perdas em sistemas de

abastecimento de águas em 10 cidades; e R$ 8.876.353,00 (Paraíba do SUL), com destaque

para a revisão do Plano de Trabalho do Contrato de Gestão; a criação da Comissão de

Acompanhamento do Contrato de Gestão; a revisão da metodologia de cobrança; revisão do

Plano da Bacia; a alteração do Regimento Interno do CEIVAP.

9 - Implantada a "Sala de Situação", que funciona como um centro de gestão de situações

críticas e subsidia a tomada de decisões por parte de sua Diretoria Colegiada, em especial, na

operação de curto prazo de reservatórios, através do acompanhamento das condições

hidrológicas dos principais sistemas hídricos nacionais de modo a identificar possíveis

ocorrências de eventos críticos, permitindo a adoção antecipada de medidas mitigadoras

com o objetivo de minimizar os efeitos de secas e inundações. O foco da "Sala" é o

monitoramento de bacias hidrográficas consideradas prioritárias, sistemas de reservatórios,

sistemas de alerta hidrológicos já implantados no País e decretações de Situação de

Emergência ou Estado de Calamidade Pública. Novos produtos/ serviços estão em fase de

desenvolvimento. Além do monitoramento dos sistemas de alerta existentes, a Sala de

Situação também emite alertas quando são detectadas situações de anormalidade hidrológica

em algum rio ou reservatório por ela monitorado, ou seja, quando da previsão ou

acompanhamento de algum evento hidrológico crítico. Esse comunicado se dá através dos

Informes da Sala de Situação, que têm a periodicidade adequada ao evento crítico em

questão.

10 - Lançado o Portal dos Comitês de Bacia (www.cbh.gov.br), para dar acesso às

informações sobre os comitês de bacia, nos Estados, no País e no Mundo. O Portal visa

apresentar estudos, notícias, eventos e outros temas de interesse sobre esses colegiados.

11 - Concluída a primeira etapa do Plano de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio

verde Grande, o Diagnóstico, com a realização das reuniões públicas. Em novembro foram

iniciados os trabalhos da etapa de Prognóstico. No mesmo mês o contrato foi aditada a

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prorrogação do prazo em quatro meses, sem alteração de valor, estendendo sua conclusão de

dezembro para abril de 2010.

12 - Consolidadas as etapas de Diagnóstico e Prognóstico da Bacia Hidrográfica do Rio Doce,

além de desenvolvidos os produtos parciais da terceira etapa de elaboração do Plano, com

destaque para a definição das metas, montagem dos programas de investimentos e proposta

de arranjo institucional para a bacia. Foram ainda realizadas a segunda e a terceira etapas de

reuniões públicas, para apresentação dos resultados para a população da bacia.

2. COBERTURA DO PÚBLICO ALVO O Programa atua sistemática e permanentemente com o seu público-alvo, formado pelos

comitês de bacias hidrográficas, pelas agências de bacias, pelos órgãos gestores de recursos

hídricos, estaduais e municipais e pela sociedade que participa da problemática que envolve

a gestão de recursos hídricos e que afeta diariamente as populações.

3. MECANISMOS DE PROMOÇÃO DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL Os contratos de gestão firmados entre a ANA e as Agências delegatárias das funções de

agências de águas, nas bacias hidrográficas que já contam com a arrecadação própria e

estabelecimento de prioridades pelo Comitê da Bacia Hidrográfica, reflete bem o espírito

descentralizado e participativo de implementação do programa. Ouvidoria: Nas agências delegatárias das funções de agência de águas, por meio do contrato

de gestão, por exemplo, a sociedade, representada pelos membros dos comitês, é consultada

e se manifesta sobre as prioridades para aplicação dos recursos públicos, sobre o alcance dos

projetos implementados no local e a eficiência da gestão.

Reunião com grupos de interesse: Uma das ações da ANA, no âmbito deste programa, é o

apoio aos órgãos gestores de recursos hídricos, aos comitês de bacia e às entidades voltadas

para a gestão de recursos hídricos, que permanentemente fornecem feedbacks sobre o

desempenho do Programa e sugestões alternativas para ampliar a sua eficiência.

Discussão em Conselho Setorial: Em especial no Conselho Nacional de Recursos Hídricos

(CNRH) que estabelece prioridade para a aplicação dos recursos alocados ao programa e

verifica a boa aplicação dos mesmos.

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QUALIDADE AMBIENTAL

GERENTE DO PROGRAMA Suzana Kahn Ribeiro

OBJETIVO Promover a melhoria da qualidade ambiental por meio do fortalecimento dos instrumentos

de gestão, controle de riscos e atendimento às emergências decorrentes de substâncias

perigosas e resíduos industriais, controle de emissões de gases de efeito estufa na atmosfera

e a definição de medidas de adaptação às mudanças climáticas

PÚBLICO-ALVO Sociedade

INDICADOR (ES)

INDICADOR

(UNIDADE DE

MEDIDA)

ÍNDICE DE

REFERÊNCIA

(LINHA DE BASE)

ÍNDICE APURADO

EM 2009

ÍNDICE

PREVISTO

PARA O

FINAL DO

PPA

(2011)

POSSIBILIDADE

DE ALCANCE

DO ÍNDICE

PREVISTO

PARA 2011 Índice

Data de

Apuração Índice

Data de

Apuração

NÚMERO DE

EMPREENDIMENTOS

DE INFRA-

ESTRUTURA SEM

LICENÇA DE

OPERAÇÃO -

UNIDADE

440 30/06/2004 59 01/2010 10 Média

Fonte: IBAMA, órgãos estaduais de meio ambiente, MME e MT

Medidas corretivas necessárias: O indicador considera o número de

empreendimentos de infra-estrutura (sistemas de transmissão, usinas

hidroelétricas, portos marítimos, rodovias federais) que atualmente operam sem

licença de operação (LO), e que, conforme a legislação ambiental devem regularizar

sua situação junto aos órgãos de meio ambiente. O IBAMA vem tentando

regularizar esta situação realizando reuniões de ajuste para definição de soluções

para regularidade e aumentando o efetivo de analistas.

NÚMERO DE

EPISÓDIOS ANUAIS

DE VIOLAÇÃO DO

PADRÃO DIÁRIO DE

QUALIDADE DO AR

PARA OS

PARÂMETROS

MATERIAL

PARTICULADO

461 03/01/2006 379 01/2010 250 Média

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INALÁVEL (PM10) E

OZÔNIO (O3) -

UNIDADE

Fonte:

Medidas corretivas necessárias: O aumento do número de violações do padrão

primário de material particulado inalável (PM10) pode ser atribuído aos dados

fornecidos pelo INEA para a Baixada Fluminense, notadamente as estações de

monitoramento de Campos Elíseos, Cidade dos Meninos, Jardim Primavera e São

Bento, localizadas próximas a pólos industriais. A redução quase pela metade do

número de violações para o ozônio estratosférico no indicador, em parte pode ser

explicada pela ausência dos dados para a região metropolitana do Rio de Janeiro e

Baixada Fluminense. Em que pese à ausência dos dados em questão, chama-nos a

atenção o número elevado de episódios de ultrapassagem do nível de atenção

ocorridos na região metropolitana de São Paulo, o que atinge mais de 10 % da

população brasileira. Apesar dos índices de material particulado ainda serem

elevados em determinadas regiões, o ozônio é hoje a principal preocupação dos

gestores públicos que monitoram a qualidade do ar das grandes cidades, apesar

dos avanços do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos

Automotores, legislação federal sobre emissões veiculares/PROCONVE. Trata-se de

um poluente secundário, cujos precursores são dióxido de nitrogênio, cuja principal

fonte são os veículos pesados, e os hidrocarbonetos, oriundos das emissões

veiculares e também industriais, sendo a indústria petroquímica uma importante

fonte emissora dessa família de poluentes. Tal fato se verifica claramente nos níveis

de ozônio medidos nas regiões metropolitanas que concentram grande número de

veículos, bem como nas regiões mais industrializadas Apesar das recentes ações

governamentais, entre elas os avanços do PROCONVE, cuja fase L6 foi

recentemente aprovada pela Resolução CONAMA Nº 415, de 24 de setembro de

2009, que prevê reduções de até 66% de NOx para veículos leves de passageiros e

com entrada em vigor no ano de 2014, verifica-se que medidas mais intensas ainda

devem ser tomadas para redução deste poluente. Entre elas está a implementação

do Programa de Inspeção e Manutenção Veicular (Programas I/M), cuja

consolidação das diversas Resoluções que tratavam da matéria, se deu através da

Resolução CONAMA Nº 418, de 25 de novembro de 2009, que irá incrementar as

ações de controle e monitoramento da poluição causada por veículos em uso. Sob

este aspecto, cabe ao MMA, nos próximos anos, desempenhar um papel estratégico

no tocante à consolidação das políticas publicas de controle da poluição veicular,

prestando apoio técnico institucional e financeiro ao estados-membros e municípios

na elaboração do Planos de Controle de Poluição Veicular - PCPV. Trata-se de

instrumento exigido pela legislação previamente à implantação do Programas I/M

por aqueles membros federados. Ressalte-se que também se encontra em curso o

inventário nacional de fontes móveis, que possibilitará a elaboração de diagnósticos

mais precisos sobre a poluição por fontes móveis. No tocante a poluição gerada por

fontes fixas, a demanda de crescimento do parque industrial, especialmente a

indústria petroquímica e de geração de calor (termelétricas), requerem medidas

ainda mais intensas no sentido do controle da poluição atmosférica.

CONSUMO 4000 31/12/2003 290,4 04/2009 100 Alta

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NACIONAL DE

SUBSTÂNCIAS QUE

DESTROEM A

CAMADA DE

OZÔNIO (CFCS) -

TONELADA

Fonte: Cadastro Técnico Federal do IBAMA

CONSUMO

NACIONAL DE

SUBSTÂNCIAS QUE

DESTROEM A

CAMADA DE

OZÔNIO (HCFCS) -

TONELADA

874,4 30/04/2007 1.810,4 04/2009 1.167,7 Alta

Fonte: Cadastro Técnico Federal do IBAMA

1. PRINCIPAIS RESULTADOS OBTIDOS NOS ANOS-BASE 2008 E 2009

1 - Lançamento do Plano Nacional sobre Mudança do Clima, no qual o Brasil se

compromete, pela primeira vez, a possuir médias decrescentes de desmatamento em todos

os biomas, mensuráveis a cada quatro anos, até atingir o chamado desmatamento ilegal zero;

2 - Aprovação pelo Congresso Nacional e sanção pelo presidente da República no ano de

2009 da Política Nacional sobre Mudança do Clima e do Fundo Nacional sobre Mudança do

Clima (Leis nº 12.187/2009 e Lei nº 12.114/2009). A Política Nacional sobre Mudança do Clima

tem dois objetivos principais: (i) reduzir as emissões e fortalecer as remoções de gases de

efeito estufa no território nacional, assumindo o compromisso de reduzir, até 2020, as

emissões projetadas de gases do efeito estufa, entre 36,1% e 38,9%; (ii) definir e implementar

medidas para promover a adaptação à mudança do clima. O Fundo Nacional sobre Mudança

do Clima é o instrumento de implementação da Política, financiando empreendimentos e

apoiando projetos e/ou estudos que visem à mitigação e à adaptação à Mudança do Clima. O

Fundo terá recursos oriundos da participação especial da receita da produção de petróleo

3 - Execução do Plano Nacional de Eliminação de CFCs, divulgado em 2008, com recursos

financeiros do Fundo Multilateral para a Implementação do Protocolo de Montreal,

destacando-se os seguintes resultados:

a) Eliminação do consumo total de CFCs no Brasil.

b) Regeneração de aproximadamente 15 toneladas de SDOs em 2009, pelas Centrais de

Regeneração instaladas no âmbito do PNC.

c) Conclusão e envio da Estratégia de Transição de MDIs CFC para MDIs livres de CFCs à

Secretaria do Protocolo de Montreal.

d) Divulgação da Estratégia de Transição em periódicos especializados de sociedades

médicas, como o Jornal Brasileiro de Pneumologia, Pulmão RJ, Jornal Brasileiro de

Pneumologia Sanitária, Jornal de Pneumologia de São Paulo, Jornal de Pediatria, JBM, Jornal

da AMB, Ars Curand, etc.

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e) Inauguração do Centro do Regeneração de Fluidos Refrigerantes em Recife, com

capacidade para regenerar o CFC, HCFC e HFC.

f) Aperfeiçoamento dos Centros de Regeneração com a doação de 10 equipamentos para

recolhimento e reciclagem de fluidos refrigerantes em resfriadores centrífugos, empregados

em aparelhos centrais de ar condicionado e de refrigeração industrial, durante a manutenção

e reparo;

g) Treinamento e certificação de 5.154 de novos técnicos em refrigeração no período de 2008-

2009, totalizando assim, 25.317 treinamento de técnicos no setor de RAC pelo Programa

Nacional de Treinamento de Boas Práticas.

h) Estabelecimento e implantação de nova ferramenta de controle para o Cadastro Técnico

Federal/IBAMA possibilitando a geração de relatórios sobre uso, recolhimento, reciclagem,

regeneração, destruição, venda, compra, importação e exportação de SDOs.

i) Publicação de Portaria MMA, de 26 de março de 2009, instituindo Grupo de trabalho para

estabelecimento de novos procedimentos para avaliar e propor o controle do comércio de

SDOs (Portaria MMA e IBAMA com participação da Receita Federal do Brasil).

j) Publicação da Portaria MMA nº 42, de 22 de dezembro de 2009, estabelecendo critérios

para elegibilidade de empresas nacionais candidatas ao recebimento de equipamentos para

reciclagem de CFC-12, contemplando as maiores cidades das unidades federativas que não

sejam atendidas por Centrais de Regeneração.

k) Elaboração, em conjunto com a ABRAVA, de 04 propostas de normas técnicas enviadas à

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - de acordo com os padrões internacionais

e características nacionais (procedimentos para redução de emissões de fluidos refrigerantes

em instalações de refrigeração e ar condicionado; procedimentos para atividades de

recolhimento, reciclagem e regeneração; procedimentos para destinação final adequada de

equipamentos de refrigeração comercial e doméstica; e procedimentos para redução de

emissões de fluidos refrigerantes em instalações de supermercados).

4 - Incentivo à articulação entre os integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente

(SISNAMA), objetivando o estabelecimento de uma Agenda Nacional para o

Aprimoramento do Licenciamento Ambiental, que propicie condições para o pleno

desempenho dos órgãos ambientais licenciadores no cumprimento de suas atribuições legais;

a definição de procedimentos, normas, capacitação e apoio para o desenvolvimento

tecnológico dos Sistemas de Licenciamento Ambiental, incluindo apoio aos Sistemas de

informação sobre Licenciamento Ambiental, em especial, o Sistema de Licenciamento

Ambiental Federal (SisLic).

5- Capacitação das Comissões Técnicas Estaduais do Projeto Orla (CTEs), na Bahia, Rio

Grande do Norte e Espírito Santo objetivando dinamizar sua atuação como impulsionador e

fomentador de processos (novos e em andamento) através do estabelecimento de agendas

estaduais do Projeto.

(6 - Conclusão da primeira parte do Programa Nacional para o Gerenciamento Integrado

de Áreas Contaminadas em três componentes: a) desenvolvimento e implementação de

reformas regulatórias referentes ao estabelecimento e sustentabilidade financeira do Fundo

Ambiental Brasileiro; b) desenvolvimento de um Inventário Nacional de Áreas

Contaminadas e uma Lista Nacional de Prioridades para as áreas contaminadas; c) seleção de

área para futura implementação de projeto piloto;

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7 – Apoio, em 2008, ao Estado da Paraíba para o Mapeamento de Áreas de Risco de

Acidentes com Produtos Perigosos (na BR-230 entre Cabedelo e Campina Grande); e, em

2009 aos Estados de Mato Grosso do Sul e Tocantins.

8 – Aprovação, em 2009 do Projeto que estabelece a Gestão de Resíduos de Bifenilas

Policloradas (PCBs) e Sistemas de Disposição (Full-sized – FSP - GEF/PNUD/MMA) O

projeto, que terá duração de cinco anos e tem como objetivo, reforçar a capacidade de gestão

e de disposição dos óleos PCBs, dos equipamentos contendo PCBs e de outros resíduos de

PCBs de forma sustentável, a fim de cumprir com as responsabilidades de país signatário da

Convenção de Estocolmo.

9 - Desenvolvimento de proposta preliminar de metodologia para elaboração de Plano de

Área relativo à prevenção, preparação e resposta a incidentes de derramamento de óleo na

zona costeira e marinha.

2. COBERTURA DO PÚBLICO ALVO O programa abrange toda a sociedade, por meio de ações junto aos órgãos ambientais

estaduais, Organizações Não Governamentais e Setor Produtivo, principalmente no que

diz respeito à capacitação. Além disso, a interlocução com outras áreas de governo estão se

consolidando, principalmente com o MME, ANEEL, EPE, MRE, MCT, MP e MAPA.

3. MECANISMOS DE PROMOÇÃO DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL Por tratar-se de Programa que promove a melhoria da qualidade ambiental por meio do

fortalecimento dos instrumentos de gestão, não existem formalizações de mecanismos de

participação social. No entanto existe uma articulação efetiva através de reuniões/encontros

entre o Ministério do Meio Ambiente e os Órgãos Estaduais de Meio Ambiente

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RECURSOS PESQUEIROS SUSTENTÁVEIS

GERENTE DO PROGRAMA Maria Cecília Wey de Brito

OBJETIVO Promover o uso sustentável dos recursos pesqueiros, conciliando os interesses da exploração

comercial com a necessidade de sua conservação

PÚBLICO-ALVO Pescadores, armadores de pesca, empresários de pesca, aqüicultores e sociedade

INDICADOR (ES)

INDICADOR

(UNIDADE DE

MEDIDA)

ÍNDICE DE

REFERÊNCIA

(LINHA DE BASE)

ÍNDICE

APURADO EM

2009

ÍNDICE

PREVISTO

PARA O

FINAL DO

PPA

(2011)

POSSIBILIDADE

DE ALCANCE

DO ÍNDICE

PREVISTO

PARA 2011 Índice

Data de

Apuração Índice

Data de

Apuração

ÍNDICE DE

RECUPERAÇÃO DOS

ESTOQUES

PESQUEIROS EM

RELAÇÃO AO NÍVEL DE

SUSTENTABILIDADE -

PERCENTUAL

ALCANÇADO

2 15/08/2003 Não

apurado 0,5 Média

Fonte: IBAMA, IBGE, IPEA

Medidas corretivas necessárias: As análises dos resultados do programa com

relação ao indicador foram feitas por meio de avaliação utilizando os boletins de

estatística pesqueira do IBAMA, apoiada por dados do IBGE e IPEA, calculando-se

o índice de recuperação de alguns dos principais recursos pesqueiros

sobreexplotados com base na produção pesqueira. Porém esses dados não refletem

de forma fidedigna a recuperação dos estoques pesqueiros, o que será corrigido

com a redefinição, pela equipe técnica do MMA, IBAMA e ICMBio, e futura adoção

de um novo índice que possa refletir a condição de sustentabilidade de exploração

dos estoques.

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1. PRINCIPAIS RESULTADOS OBTIDOS NOS ANOS-BASE 2008 E 2009

1 - Elaboração e implementação de planos de gestão do uso sustentável de lagostas e de

sardinha.

2 - Elaboração de planos de gestão de espécies de peixes e invertebrados aquáticos

sobreexplotadas e ameaçadas.

3 - Lançamento oficial do Plano de gestão do uso sustentável de lagostas, com atualização e

implementação de medidas de ordenamento.

4 - Atualização e discussão do plano de gestão do uso sustentável da sardinha-verdadeira.

5 - Conclusão da primeira etapa da elaboração dos planos de gestão para elasmobrânquios

(tubarões), camarões, e caranguejos.

6 - Execução nos estados do Pará, Amazonas e Mato Grosso do projeto para o Manejo

integrado de recursos aquáticos na Amazônia – AquaBio; criação dos comitês locais e

estaduais de acompanhamento do projeto, com a inclusão paritária de atores representando

entes públicos, instituições de ensino e pesquisa e sociedade civil nos diversos níveis;

elaboração do Planejamento Participativo das atividades para 2009 e execução de atividades

de capacitação.

7 - Implementação do projeto de conservação de manguezais. Implementação do conselho da

APA do Delta do Parnaíba, PI, como ferramenta efetiva para a conservação de grande

extensão de manguezais que ocorrem nessa Unidade de Conservação.

8 - Medidas de ordenamento dos principais recursos pesqueiros sobreexplotados atualizadas

e editadas. Foram atualizadas as normativas de ordenamento da pesca do pargo, da

piramutaba, da anchova, da sardinha, dos camarões, do caranguejo, da pesca amadora, de

defesos da piracema nas bacias hidrográficas, e consensuadas novas medidas em relação ao

conjunto dos recursos pesqueiros marinhos e continentais a partir de um novo modelo de

permissionamento.

9 - Fiscalização e controle do uso de recursos pesqueiros executado em escala nacional em

mais de 5.000 Unidades de Produção Pesqueiras, com ênfase na captura e comércio de

Lagosta;

10 - Fortalecimento e ampliação do Programa Nacional de Rastreamento de Embarcações

Pesqueiras por Satélite - PREPS, implementado em conjunto com a Marinha do Brasil e

Ministério da Pesca e Aqüicultura, que possibilita o rastreamento via satélite de várias frotas

pesqueiras.

11 - Apoio a Comunidades Tradicionais em Reservas Extrativistas, compostas de pescadores,

marisqueiras e catadores de caranguejo, para o uso sustentável de recursos pesqueiros.

12 - Instrumentos econômicos de apoio à gestão de recursos pesqueiros implementados na

forma do pagamento do seguro desemprego ao pescador artesanal. Embora tenha

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prosseguido a tendência de incremento do número de pescadores beneficiados e do

montante pago como benefício, foram discutidas e aprovadas junto ao MPA, Marinha do

Brasil, Ministério da Fazenda e Ministério da Previdência Social novas medidas legais que

deverão gerar maior controle e seletividade dos beneficiários para se evitar pagamentos

indevidos.

13 - Ampliação do número de licenças para a pesca amadora e implementação de ações de

maior sustentabilidade no desenvolvimento dessa atividade, com atividades de pesquisa e

monitoramento.

14 - Publicação de um guia didático para conservação de manguezais a ser divulgado e

aplicado em atividades educacionais junto à rede de ensino público bem como em unidades

de conservação que abriguem esse ecossistema.

2. COBERTURA DO PÚBLICO ALVO O programa deu prosseguimento ao modelo de Gestão Compartilhada do Uso Sustentável

dos Recursos Pesqueiros que tem como principal fundamento o compartilhamento de poder

e responsabilidade entre o Estado e os usuários (pescadores artesanais, armadores de pesca,

industriais, etc.) dos recursos pesqueiros. Além desses constituem público-alvo a sociedade

civil organizada e a comunidade acadêmica, que fornecem apoio, orientação e colaboração

para o planejamento e formulação de políticas públicas para a gestão pesqueira. Este modelo

permite a participação de significativa parcela dos usuários dos recursos pesqueiros, que

podem negociar seus objetivos e projetos, de forma democrática e participativa, tendo o

conceito pleno de sustentabilidade como vetor instituidor da nova ordem no uso desses

recursos.

3. SATISFAÇÃO DOS BENEFICIÁRIOS Embora não exista avaliação formal da satisfação dos beneficiários, o modelo adotado

proporciona aos mesmos a oportunidade de participar efetivamente do processo de decisão

das medidas de ordenamento a serem adotadas, o que gera um grau de satisfação adequado

em relação à execução do Programa. As reuniões com os grupos de beneficiários para

negociação das medidas de gestão resultam, na maior parte, em acordos para a adoção de

novas medidas e normas. Não obstante, existem ainda deficiências das ações de fiscalização

da atividade pesqueira por dificuldades orçamentárias e de falta de pessoal, e relacionadas a

conflitos de ordem social e econômica das pescarias frente à sustentabilidade ambiental dos

estoques pesqueiros que geram insatisfação pelos beneficiários, ainda que as soluções mais

permanentes possam envolver outras políticas socioeconômicas (ex. realocação de

pescadores para outras atividades quando há esforço de pesca excessivo) que extrapolam em

parte as atribuições do programa.

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4. MECANISMOS DE PROMOÇÃO DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL Reunião com grupos de interesse:

Foram executadas reuniões de comitês de gestão de recursos pesqueiros legalmente

instituídos além de grupos de trabalho e reuniões com setores específicos do setor pesqueiro.

Essas reuniões contaram com a participação de parcela representativa dos usuários dos

recursos pesqueiros, além de ONGs e do setor acadêmico, possibilitando a negociação de

seus objetivos e projetos, de forma democrática e participativa, tendo o conceito pleno de

sustentabilidade como vetor instituidor da nova ordem no uso desses recursos.

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RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

GERENTE DO PROGRAMA Vicente Andreu Guillo

OBJETIVO Ampliar a área de cobertura e eficiência dos serviços públicos de manejo de resíduos sólidos,

com ênfase no encerramento de lixões, na redução, no reaproveitamento e na reciclagem de

materiais, por meio da inclusão socioeconômica de catadores

PÚBLICO-ALVO População localizada em áreas de maior concentração de pobreza do país e/ou de fragilidade

físico-ambiental; em municípios de pequeno e médio portes, nas periferias de grandes

centros e de regiões metropolitanas

INDICADOR (ES)

INDICADOR

(UNIDADE DE

MEDIDA)

ÍNDICE DE

REFERÊNCIA

(LINHA DE BASE)

ÍNDICE APURADO

EM 2009

ÍNDICE

PREVISTO

PARA O

FINAL DO

PPA

(2011)

POSSIBILIDADE

DE ALCANCE

DO ÍNDICE

PREVISTO

PARA 2011 Índice

Data de

Apuração Índice

Data de

Apuração

TAXA DE

COBERTURA DE

COLETA DE

RESÍDUOS SÓLIDOS

URBANOS -

PERCENTAGEM

91,1 01/07/2000 0 Não

apurado 94,02 Alta

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD

Medidas corretivas necessárias: Apesar do indicador não ter sido apurado, pode-

se considerar alta a possibilidade de alcance do índice previsto para 2011 dado o

processo histórico de crescimento das coletas de resíduos. Tanto o indicador quanto

a fonte não são adequados

TAXA DE

MUNICÍPIOS COM

DESTINO FINAL

ADEQUADO DE

RESÍDUOS SÓLIDOS -

PERCENTAGEM

29 07/01/2000 0 Não

apurado 47 Média

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD

Medidas corretivas necessárias: Conforme já enunciado no ano anterior a fonte

indicada para apuração do índice (PNAD) não é adequada para o que se deseja

obter. O índice de 2000 está baseado na Pesquisa Nacional em Saneamento Básico -

PNSB/2000, na qual se considera aterro controlado como disposição adequada, o

que não procede. Os municípios com destinação adequada seriam de 13% e não

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29%. Por outro lado, a PNSB é realizada em datas que não coincidem com os

períodos necessários. Dessa forma sugere-se a alteração do indicador para TAXA

DE DESTINO FINAL ADEQUADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS, tendo

como fonte o SNIS ou os OEMAS (Órgãos licenciadores nos estados) e como

fórmula de cálculo a especificação da massa de resíduos sólidos urbanos destinada

de forma adequada a empreendimentos regularmente licenciados. Grande parte

das debilidades da área de resíduos sólidos se originam nas deficiências da

qualidade da prestação dos serviços públicos de manejo dos resíduos sólidos, em

decorrência da baixa institucionalidade dos serviços, baixa capacitação institucional

e técnica dos municípios, com conseqüências negativas sobre o ambiente e a

qualidade de vida nas cidades e que atingem de forma mais intensa a população de

menor nível socioeconômico e os municípios de menor porte. Muitos investimentos

realizados no passado para ampliar a disposição adequada dos resíduos sólidos

urbanos não são operados de forma correta e resultam ineficazes. Segundo o

Panorama da Associação Brasileira de Empresa de Limpeza Pública - ABRELPE,

2009 a destinação final ambientalmente adequada, pela primeira vez, ultrapassou o

índice de 50% do resíduo coleta no país.

1. PRINCIPAIS RESULTADOS OBTIDOS NOS ANOS-BASE 2008 E 2009

1 - Proposta da Política Nacional de Resíduos Sólidos finalizada no âmbito do Governo

Federal, após discussão com Grupo de Trabalho do Congresso Nacional;

2 - Financiamento e estruturação de cooperativas de catadores e reciclagem;

3 - Financiamento a implantação e ampliação dos sistemas de limpeza urbana e manejo de

resíduos sólidos;

4 - Aprovação da Resolução 404 do CONAMA, sobre licenciamento simplificado para aterro

de pequeno porte.

5 - Aprovação da Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais

para o saneamento básico, e inclui entre seus componentes a limpeza urbana e manejo de

resíduos sólidos urbanos, o abastecimento de água potável, o esgotamento sanitário e a

drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. Essa legislação vem possibilitando a melhor

gestão dos serviços de saneamento junto aos municípios brasileiros, dando-lhes a necessária

segurança jurídica e viabilizando a ampliação dos investimentos no setor.

6 - No mesmo ano de 2007 o Presidente enviou ao Congresso Nacional o Projeto de Lei nº

1991/2007, cuja concepção mantém estreita consonância com a Lei de Saneamento Básico e a

Lei dos Consórcios Públicos, prevê a responsabilização do gerador pelos resíduos sólidos, a

elaboração de Planos de Resíduos, a integração das ações nas diferentes esferas de governo, o

apoio aos catadores de materiais recicláveis, dentre outras medidas.

7 - Foi criado o Comitê Interministerial de Inclusão Social dos Catadores de Lixo, sob a

coordenação do Ministério do Desenvolvimento Social, integrando as ações de diversos

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ministérios no intuito de propor ações de inclusão social dos catadores e de apoio à

reciclagem de materiais, inclusive junto aos órgãos públicos

8 - Está em desenvolvimento também, o Programa de Pagamento por Serviços Ambientais

Urbanos para os Catadores de recicláveis, bem como a ampliação do índice de reciclagem no

País no Plano Nacional de Mudanças Climáticas para 20% até 2015

9 - Outra iniciativa é o apoio aos municípios para viabilizar Mecanismos de

Desenvolvimento Limpo - MDL para aterros sanitários tendo sido realizada a capacitação de

cerca de 350 gestores municipais sobre o tema em todo o Brasil, além da publicação e

divulgação de Manuais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos com foco em MDL,

orientando para a captura dos gases de efeito estufa dos aterros e viabilizando a obtenção de

créditos de carbono pelos operadores e municípios brasileiros.

10 - Até 2010 será publicada, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a Pesquisa

Nacional de Saneamento Básico - PNSB 2008 com informações que subsidiarão as políticas

públicas voltadas para o setor

11 - Em 2007 foram firmados convênios com os estados das bacias hidrográficas do São

Francisco e Parnaíba para elaboração do estudo de regionalização e do plano de gestão

integrada dos municípios que pertencem às respectivas bacias.

12 - Convênios firmados com os estados das bacias do rio São Francisco e Parnaíba e com os

estados do Pará, Rio Grande do Norte, Ceara, Acre, Santa Catarina e Rio de Janeiro para

elaboração de Plano de Regionalização da Gestão de Resíduos Sólidos, com 4 planos já

contratados pelos órgãos estaduais conveniados;

13 - Definição de consórcios e obras prioritárias, bem como preparação da contratação das

obras prioritárias do PAC - Revitalização do São Francisco: 13 consórcios e 395 unidades de

manejo para resíduos sólidos urbanos (aterros sanitários, pontos de entrega voluntária,

aterro para resíduos da construção e demolição, unidades de compostagem, galpões de

triagem...)

14 - Apoio ao fortalecimento institucional de 8 consórcios públicos por meio de convênios

firmados com municípios inseridos na região.

2. COBERTURA DO PÚBLICO ALVO Como decorrência da aprovação da Lei de Diretrizes do Saneamento Básico (Lei

11.445/2007), o setor de resíduos sólidos urbanos vem experimentando uma crescente

evolução no atendimento da população urbana quanto à coleta domiciliar, bem como à

destinação final ambientalmente adequada. Isso significa ações concretas no que se refere ao

encerramento de lixões com a organização dos catadores em associações ou cooperativas,

especialmente na periferia das grandes centros urbanos.

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3. SATISFAÇÃO DOS BENEFICIÁRIOS O programa não avalia a satisfação dos beneficiários uma vez que a prestação dos serviços

ocorre de forma descentralizadas nos municípios e ainda não existe um sistema de

informações de resíduos sólidos estruturado para isto. A eminência da aprovação da Política

Nacional de Resíduos Sólidos, em 2010, aponta para a criação do sistema de informações -

SINIR, como o principal instrumento de aferição, monitoramento e controle da prestação dos

serviços no setor, e consequentemente viabilizando a avaliação da satisfação dos

beneficiários.

4. MECANISMOS DE PROMOÇÃO DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL As contribuições da participação social contribuíram para a formulação do novo modelo de

gestão do programa; do aprimoramento do PL 1991/07 que institui a Política Nacional de

Resíduos Sólidos; das articulações com o governo federal para apoio aos catadores e da

definição dos investimentos prioritários do programa. Destacam-se:

Audiências Públicas: Realizadas, principalmente por meio do Comitê Interministerial de

Coleta Seletiva, contando com a participação dos movimentos sociais organizados;

Reuniões com grupos de interesse: Reuniões com o setor empresarial, estados, municípios,

distrito federal, entidades de classe, movimentos organizados, dentre outros

Discussões em Conselho Setorial: CONAMA, Conselho Nacional de Recursos Hídricos e

Conselho das Cidades

Conferências regionais e nacionais: Conferencias Nacionais das Cidades, do Meio Ambiente

e de Saúde Ambiental

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REVITALIZAÇÃO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS EM SITUAÇÃO DE

VULNERABILIDADE E DEGRADAÇÃO AMBIENTAL

GERENTE DO PROGRAMA Vicente Andreu Guillo

OBJETIVO Revitalizar as principais bacias hidrográficas nacionais em situação de vulnerabilidade

ambiental, efetivando sua recuperação, conservação e preservação

PÚBLICO-ALVO Usuários dos recursos hídricos das bacias dos rios São Francisco, Araguaia, Tocantins,

Paraíba do Sul, Alto Paraguai e Parnaíba

INDICADOR (ES)

NÃO HOUVE APURAÇÃO DE INDICADOR EM 2009.

1. PRINCIPAIS RESULTADOS OBTIDOS NOS ANOS-BASE 2008 E 2009

PRINCIPAIS RESULTADOS:

1 - Elaboração de convenio para o fortalecimento e criação de Conselhos Municipais de Meio

Ambiente (CONDEMAS) em 50 municípios do Estado de Alagoas; apoio às ações de

educação ambiental; e consolidação dos projetos de Parques Fluviais em 10 municípios da

bacia do rio São Francisco.

2 - Projeto de recomposição de matas ciliares em Pernambuco; monitoramento da

biodiversidade para definição do grupo de espécies indicadoras de conservação e de alvos

de ação para as políticas de conservação e subsidiar a avaliação da efetividade dessas

políticas; levantamento de espécies invasoras e conservação da onça pintada (principal

espécie indicadora de conservação); publicação e divulgação do Plano Florestal da Bacia

Hidrográfica do Rio São Francisco;

3 - Elaboração de Planos Estaduais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS) em

todos os Estados integrantes da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (AL, BA, GO, DF,

MG, PE e SE); definição, a partir desses estudos, de 13 (treze) consórcios em regiões

prioritárias da Bacia do Rio São Francisco, englobando um total de 171 municípios, que

receberão investimentos do PAC- Recursos Hídricos, além de convênio para Gestão

Integrada de Resíduos Sólidos em AL, MG, SE, BA e PI e recuperação de dessalinizadores;

4 - Conclusão dos projetos de recuperação e preservação de microbacias no Alto São

Francisco, que são referência para revitalização do São Francisco, nos municípios de Luz,

Pains, Martinho Campos e Pedra do Indaiá, no qual pode se constatar a revitalização e

educação ambiental desenvolvidas pelos projetos, por meio de conservação de solo,

medições de quantidade e qualidade das águas, cercamento de nascentes, readequações de

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estradas vicinais, plantio em áreas de mata ciliar e de recarga de lençol freático, além de

captações de águas pluviais mediante a construção de microbarragens.

5 - Implantação de quatro Centros de Referências em Recuperação de Áreas Degradadas

(CR-ad), numa ação conjunta do MMA, CODEVASF e as Universidades Federais de Lavras

(UFLA), de Brasília (UNB), de Sergipe (UFSE) e do Vale do São Francisco (UNIVASF). O

objetivo destes Centros é efetivar-se como referência para a produção de modelos

apropriados de recuperação de áreas degradadas que serão reproduzidas em larga escala no

alto São Francisco.

6 - Publicação do Censo Estrutural da Pesca na Bacia do São Francisco, elaborado pelo

IBAMA, como passo fundamental para o estabelecimento definitivo e seguro como parte

integrante da metodologia de implementação de um programa contínuo de monitoramento

da pesca, que proporcionará a base do conhecimento para a gestão do uso sustentável dos

recursos pesqueiros neste ambiente;

7 - Lançamento do Plano Integrado de Desenvolvimento Florestal Sustentável da Bacia do

São Francisco, documento elaborado pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), sob a

supervisão e o apoio logístico do MMA e da Codevasf, que faz parte dos Estudos

Estratégicos de Apoio ao Programa de Revitalização da Bacia do São Francisco e do

8- Lançamento do Plano de Ações Estratégicas e Integradas para o Desenvolvimento do

Turismo Sustentável na Bacia do Rio São Francisco.

9 - Elaboração do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) da Bacia Hidrográfica do rio São

Francisco, em parceria com a SEDR/MMA. Para publicação de todos os resultados, foi

apoiado o projeto de Diagnóstico Integrado do ZEE da Bacia do Rio São Francisco, no intuito

de apoiar a tomada de decisão tanto de órgãos do Governo Federal quanto dos gestores da

bacia do rio São Francisco.

10 - Intervenções de recuperação e controle de processos erosivos com execução de obras

para estabilização das margens em pontos sob processos erosivos críticos, revegetação das

bacias, proteção de encostas, recomposição da mata ciliar, técnicas de conservação de solo e

água e práticas de gestão hídrica;

11 - Início dos processos de implantação de sistemas de abastecimento de água em 106

Municípios da calha do Rio São Francisco, de implantação de obras de esgotamento sanitário

em 194 Municípios (ligações domiciliares, unidades sanitárias, coleta, elevação, tratamento e

destinação final de efluentes), de implantação de 13 (treze) consórcios intermunicipais de

sistemas de tratamento de resíduos sólidos, além de convênio para Gestão Integrada de

Resíduos Sólidos em AL, MG, SE, BA e PI.

12 - Execução de convênios firmados na região hidrográfica do Alto Paraguai com os

municípios de São Gabriel do Oeste e Anastácio, ambos no Estado de Mato Grosso do Sul,

com desenvolvimento de projetos de revitalização na parte alta (planalto) da sub-bacia do rio

Aquidauana, através da recuperação de áreas degradadas por meio de ações integradas de

conservação de solo e água.

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2. COBERTURA DO PÚBLICO ALVO O programa possui um público alvo extenso diante da dimensão das bacias. Daí é necessário

a participação de cada um dos atores (públicos, ONGs, privados) na implementação. A

estratégia adotada pelo programa é priorizar a concentração de ações em uma microbacia

hidrográfica, levando em consideração as externalidades positivas e o poder multiplicador

que pequenas ações podem representar. Por isso um efetivo processo de revitalização

somente será alcançado com o necessário e efetivo envolvimento das pessoas como

partícipes deste processo de revitalização e de todas as Unidades da Federação (estados e

municípios) que integram as bacias.

3. MECANISMOS DE PROMOÇÃO DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL A participação social viabiliza acessibilidade a um entendimento aprofundado da realidade

local/regional ao nível das micro-bacias, que é a unidade básica de intervenção das ações de

revitalização. A partir da perspectiva desenvolvida pelo olhar oriundo da participação social

é possível identificar potenciais, demandas, problemas de cada bacia, bem como apontar as

diretrizes para a priorização das ações e metas a serem alcançadas nas próximas etapas.

Como mecanismos de promoção da participação social destacam-se: Audiência Pública: Por intermédio de programas externos, a exemplo da parceria entre o

MMA e o Ministério Público da Bahia, em alguns municípios baianos.

Reunião com grupos de interesse: Reuniões periódicas com os parceiros do Programa de

Revitalização, bem como com técnicos das diversas áreas de interesse do Programa.

Reuniões com parceiros para convênios e estabelecimento de parcerias.

Discussão em Conselho Setorial: Os Comitês de Bacias Hidrográficas, os Conselhos

Estaduais de Recursos Hídricos, Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, bem como a

sociedade civil organizada participam das discussões sobre a definição das diretrizes

regionais e locais do Programa de Revitalização bem como do acompanhamento e avaliação

dos resultados obtidos através de eventos locais e regionais especificamente realizados para

estas finalidades.

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ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO

GERENTE DO PROGRAMA Egon Krakhecke

OBJETIVO Promover o zoneamento ecológico-econômico para planejar e organizar, de forma

sustentável, o processo de uso e ocupação, subsidiando o planejamento territorial do País

PÚBLICO-ALVO Agentes de planejamento e gestão ambiental (locais, regionais, nacionais) e agentes

econômicos e sociais (segmentos produtivos, agências de controle e de fomento, investidores,

trabalhadores)

INDICADOR (ES)

INDICADOR

(UNIDADE DE

MEDIDA)

ÍNDICE DE

REFERÊNCIA

(LINHA DE BASE)

ÍNDICE APURADO

EM 2009

ÍNDICE

PREVISTO

PARA O

FINAL DO

PPA

(2011)

POSSIBILIDADE

DE ALCANCE

DO ÍNDICE

PREVISTO

PARA 2011 Índice

Data de

Apuração Índice

Data de

Apuração

TAXA DE

ZONEAMENTO DO

TERRITÓRIO

NACIONAL -

PERCENTAGEM

16 31/12/2003 48,20 12/2009 67 Alta

Fonte: Ministério do Meio Ambiente

Medidas corretivas necessárias: Foi efetuado o ajuste do índice final do percentual

do território nacional com zoneamento, uma vez que o estabelecido inicialmente

era superior ao território (225%). A série efetiva nos anos do PPA 2008-2011 são:

32% em 2008; 45% em 2009; 55% em 2010 e 67% em 2011. Deste modo no final do

Plano cerca de 2/3 do território nacional (67%) possuirá Zoneamentos com a fase de

Prognóstico concluída. O índice alcançado em 2009 também foi alterado, uma vez

que o valor registrado no SIGPLAN era inferior ao informado para 2008.

1. PRINCIPAIS RESULTADOS OBTIDOS NOS ANOS-BASE 2008 E 2009

1 - Elaboração e discussão, em 2008, do documento de referência para:

(a)Projeto MacroZEE Amazônia Legal; (b) Mapa Integrado dos ZEE dos Estados da

Amazônia Legal integrado e atualizado; (c) Publicação do ZEE da Área de Influência

da BR163 (diagnósticos, diretrizes e cenários prospectivos) em parceria com a

Embrapa Amazônia Oriental e Governo do Estado do Pará; (d) Recuperação e

publicação das bases de informação dos Projetos Binacionais Fronteiriços Brasil -

Venezuela, Brasil - Colômbia, Brasil - Peru, Brasil - Bolívia, em parceria com a CPRM

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- Serviço Geológico do Brasil; (e) Elaboração e divulgação pela internet dos artigos

temáticos relativos à Dinâmica Territorial Brasileira, como insumo para trabalhar

uma perspectiva nacional no Projeto MacroZEE Brasil.

Conclusão, em 2009, da proposta de Macro ZEE da Amazônia Legal incluindo: (a)

elaboração e aprovação do marco teórico-conceitual; (b) levantamento e integração

de dados; (c) consultas setoriais; e (d) refinamento das Unidades Territoriais e suas

respectivas estratégias.

2 - Elaboração, em 2009, de termo de referência e articulação com interessados no

projeto e articulação entre MMA, INPE e IBGE para elaboração do mapeamento do

uso da terra para a região nordeste.

3 - Diagnóstico Prognóstico e disseminação das informações do projeto ZEE da Bacia

do São Francisco, incluídos:

Em 2008, a indicação dos Alvos Prioritários para Conservação da Biodiversidade e do

Meio Físico, na escala do milhão, com a elaboração das respectivas diretrizes,

fortalecimento da gestão ambiental local, por meio da implantação de um Centro de

Gestão Ambiental e Territorial - CEGAT em Formosa-GO e dos arranjos

institucionais para a implantação de outros cinco Centros na bacia, envolvendo

gestores estaduais e universidades; e

Em 2009 foi lançado na internet o diagnóstico do ZEE da bacia hidrográfica do São

Francisco bem como foi firmado acordo de cooperação técnica para a instalação do

Centro de Apoio à Gestão Ambiental e Territorial - CEGATs, em Parceria coma a

SRHU/MMA e a Universidade Federal de Alagoas, em Penedo/AL, e o início das

licitações para a elaboração dos cenários para o ZEE do São Francisco e para

aquisição dos equipamentos para os CEGATs.

4 - Elaboração do macrodiagonóstico da Bacia do Parnaíba, na escala de 1:1. 000.000

com a implantação da base institucional e tecnológica para execução desta fase. Na

fase de Prognóstico, foi firmado Acordo de Cooperação Técnica com o Piauí e

iniciados os procedimentos para instalação de 2(dois) Centros de Gestão Ambiental e

Territorial - CEGAT, de modo a qualificar a atuação dos gestores locais. O Programa

aportou apoio institucional e financeiro para a instalação do Conselho Gestor,

elaboração do Plano de Gestão Ambiental e Territorial e do Regimento Interno do

Conselho Consultivo da APA Delta do Parnaíba, bem como para a contratação de

estudos para levantamento da situação sócio-econômica e fundiária da área proposta

para a criação da RVS do Peixe Boi Marinho.

5 - Elaboração do diagnóstico temático preliminar e do mapa de sistemas naturais e

uso e ocupação do solo, e implantação do Centro de Gestão Ambiental e Territorial -

CEGAT na Universidade Estadual de Goiás - UEG, no município de Cristalina-GO.

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6 - Realização de ações de apoio aos estados para execução dos seus próprios projetos

de Zoneamento através de acordos institucionais, documentos de cooperação com ou

sem repasse de recursos e à atuação em grupos de trabalho para orientação aos

mesmo, destacando-se:

(a) construção dos arranjos institucionais com os Estados do Amazonas, Bahia,

Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Piauí,

Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, com vistas à cooperação técnica para a

elaboração de seus respectivos ZEE,

(b) atuação no projeto de Zoneamento Agro ecológico da Cana de Açúcar, sob

responsabilidade do MAPA/EMBRAPA, visando a compatibilização com os ZEE

estaduais,

(c) apoio técnico e institucional ao Estado do Pará para a incorporação do ZEE da BR-

163, elaborado pelo governo federal, ao Sistema Estadual de Planejamento e

Ordenamento Territorial,

(d) apoio institucional ao Estado de Roraima para retomada do processo de validação

do ZEE estadual,

(e) apoio técnico e institucional ao Mato Grosso para a realização dos seminários

técnicos e audiências públicas de discussão do ZEE do estado,

(f) realização, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Ambiental do estado

de Rondônia - SEDAM, de um balanço acerca dos avanços e necessidades das ações

de implantação do ZEE no Estado.

7 - Montagem do Banco de Dados geral do ZEE e dos mecanismos de divulgação dos dados,

incluindo-se: (1) aquisição dos dados dos ZEE de MT, AM, AC, BR-163, RR, RO e MA;

organização do banco de dados do Macrozoneamento da Amazônia Legal; (2) incorporação

dos produtos gerados pelo Projeto Base Cartográfica Digital em escala 1:100.000 da

Amazônia Legal ao Sistema Nacional de Cartografia, por meio da Comissão Nacional de

Cartografia, (3) aquisição das bases cartográficas da Região Integrada de Desenvolvimento

Econômico do Distrito Federal e Entorno - RIDE-DF, confeccionada pelo exército,

necessitando de atualização para a versão 2007 da Mapoteca Nacional Digital.

Divulgação e disponibilização dos dados referentes ao desenvolvimento do Atlas do

Macrozoneamento Amazônia Legal, realização da XIV Reunião Anual do Sistema de Bases

Compartilhadas de Dados sobre a Amazônia - BCDAM, com planejamento, execução e

divulgação de resultados, e a inserção das informações do Programa ZEE no Sistema de

Georeferenciamento de Programas - SIGEPRO.

8 - O Projeto base Cartográfica para a Amazônia Legal atingiu 100% do montante previsto

em termos de cartas produzidas. As cartas, em escala 1:100.000, vão sendo incorporadas à

cartografia nacional, representando a unificação das bases cartográficas existentes para os

estados da Amazônia assim como a cobertura dos vazios cartográficos ainda existentes.

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9 - Elaboração das minutas de Decreto para instituição do Plano Nacional de Contingência

e da Proposta para os Planos de Área, em face de possível derrame de óleo no mar, dentro

da chamada Agenda Ambiental do Petróleo.

10 - Produção das Cartas de Sensibilidade Ambiental ao Óleo (Cartas SAO)

11 - Avaliação do estado da arte e da produção de uma série de guias de trabalho para os

portos, na chamada Agenda Ambiental Portuária, tendo a ANTAQ dado sequencia à

elaboração do primeiro título da série sobre o tema: Água de Lastro

12 - Publicação, referente aos instrumentos de gestão costeira stritu sensu, da versão

impressa do Macrodiagnóstico da Zona Costeira e Marinha do Brasil, seguida da edição e

distribuição do trabalho em versão digital, contendo os bancos de dados.

2. COBERTURA DO PÚBLICO ALVO Considera-se público alvo do Programa os agentes do poder publico, gestores ambientais,

federais, estaduais e municipais. O alcance mais amplo do Programa diz respeito à melhor

disseminação dos produtos, o que vai ser alcançado com o avanço de componentes como os

Centros de Gestão Ambiental e Territorial (CEGAT), o banco de dados acessível via Portal na

rede internet e melhor estrutura para capacitação dos gestores.

3. MECANISMOS DE PROMOÇÃO DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL A participação social promove a articulação política com os representantes locais para a

formalização e normatização das diretrizes de uso e ocupação do território, por meio da

aprovação de leis e políticas públicas nos poderes locais. Dentre os mecanismos utilizados

destacam-se:

Audiência Pública: As audiências públicas são utilizadas para compartilhar as propostas do

Zoneamento com a sociedade. A critério podem ser feitas audiências no decorrer das etapas

de Diagnostico ou de Prognósticos. Apos a conclusão do ZEE, os resultados são

necessariamente debatidos em audiências publicas em quantidade e local de realização

suficientes para alcançar a área geográfica objeto de estudo.

Consulta Pública: Mecanismo usado para aferir os produtos elaborados, adequar

metodologias ou definir objetivos específicos. Etapa prevista nas diretrizes metodológicas

para todas as fases do projeto.

Reunião com grupos de interesse: Para a consolidação do diagnóstico, do prognóstico e das

diretrizes de uso do território, o programa se utiliza de reuniões com grupos de estudos e de

pesquisas regionais, Associações locais, Organizações não governamentais, Fóruns locais de

meio ambiente e planejamento.

Discussão em Conselho Setorial: Para definição das políticas e diretrizes metodológicas e

encaminhamento técnico dos projetos, o Programa organiza os Conselhos de ZEE reunindo

especialistas da área (regionais, estaduais, locais), além de estimular a articulação com os

conselhos setoriais locais (meio ambiente, transporte, planejamento).

Page 65: RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO PLANO PLURIANUAL 2008 … · RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO ... 6 1 - OBJETIVO DE GOVERNO VINCULADO ... integração dos sistemas de informações sobre o

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