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Relatório de Avaliação Marfrig Alimentos S.A. 2 Econômico-Financeira Data-base: 31 de dezembro de 2011 Deloitte Deloitte Touche Touche Tohmatsu Tohmatsu Consultores Ltda. Consultores Ltda.

relatório de avaliacao marfrig

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  • Relatrio de Avaliao

    Marfrig Alimentos S.A.

    2

    Relatrio de Avaliao

    Econmico-Financeira

    Data-base: 31 de dezembro de 2011

    Deloitte Deloitte ToucheTouche TohmatsuTohmatsu Consultores Ltda.Consultores Ltda.

  • Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda. Rua Alexandre Dumas, 1981 So Paulo - SP 04717-906 Brasil Tel: + 55 (11) 5186-1000 Fax: + 55 (11) 5186-1024 www.deloitte.com.br

    Deloitte refere-se sociedade limitada estabelecida no Reino Unido Deloitte Touche Tohmatsu Limited e sua rede de firmas-membro, cada qual constituindo

    uma pessoa jurdica independente e legalmente separada. Acesse www.deloitte.com/about para uma descrio detalhada da estrutura jurdica da Deloitte Touche

    Tohmatsu Limited e de suas firmas-membro.

    2012 Deloitte Touche Tohmatsu. Todos os direitos reservados.

    02 de maio de 2012 e Marfrig Alimentos S.A. BRF Brasil Foods S.A. Av. Chedid Jafet, 222, Bloco A Rua Hungria, 1400 So Paulo SP So Paulo - SP At.: Sr. Carlos Roberto Duarte At.: Sr. Antonio Zanella Sr. Eduardo de Oliveira Miron Sr. Marcos Roberto Badollato Ref.: Relatrio de Avaliao Econmico-Financeira Prezados Senhores, Conforme solicitado por V.Sas., procedemos aos servios de avaliao econmico-financeira dos ativos da Marfrig Alimentos S.A. (Marfrig) que compem o pacote de ativos selecionados (Ativos TCD) para a transao de troca de ativos (Transao) com a BRF Brasil Foods S.A. (BRF), nos termos do Contrato de Permuta de Ativos e Outras Avenas (Contrato de Permuta), celebrado em 20 de maro de 2012 entre BRF e Sadia S.A. de um lado e Marfrig de outro. Essa Transao visa o cumprimento das exigncias do Conselho Administrativo de Defesa Econmica (CADE), firmadas no Termo de Compromisso de Desempenho (TCD) assinado em julho de 2011. A data-base da avaliao 31 de dezembro de 2011 e os resultados deste estudo esto apresentados no Relatrio a seguir. Os ativos da Marfrig que faro parte da Transao so as unidades industriais de alimentos processados e a unidade de abate de San Jorge (conjuntamente denominadas Quickfood Pro Froma), as quais sero segregadas das demais operaes da Quickfood S.A. (Quickfood ou Empresa), sobre a qual a Marfrig detm uma participao societria de 90,05%.

    Dessa forma, fomos contratados pela Marfrig e pela BRF, na qualidade de avaliador independente, para estimar o valor econmico da Quickfood Pro Forma para suporte de decises estratgicas da Marfrig e da BRF quanto Transao, no mbito do Contrato de Permuta. Nenhum outro objetivo pode ser subentendido ou inferido e este documento destina-se ao uso restrito de V.Sas. exclusivamente para a finalidade descrita.

  • 2012 Deloitte Touche Tohmatsu. Todos os direitos reservados. 2

    DEFINIO DE VALOR E METODOLOGIA

    No presente trabalho foi adotado o Income Approach (Mtodo da Lucratividade), baseado no enfoque do Fluxo de Caixa Futuro Descontado a Valor Presente. Essa metodologia de avaliao se baseia no conceito de que o valor econmico de um negcio em operao est diretamente relacionado ao valor presente dos fluxos de caixa lquidos gerados pela Quickfood Pro Forma no futuro.

    Na estimativa do valor econmico da Quickfood Pro Forma, foi adotado o conceito de valor justo de mercado (fair market value), o qual geralmente definido como o preo (expresso em moeda ou valor equivalente moeda) possvel de se obter em um mercado aberto e sem restrio, entre partes informadas e prudentes, agindo com independncia e sem qualquer coao.

    RESULTADOS DA AVALIAO

    Com base nas informaes fornecidas, nas anlises mencionadas, nas principais consideraes e nas premissas descritas no Relatrio a seguir, o valor econmico da Quickfood Pro Forma, na data-base 31 de dezembro de 2011, de R$518 milhes (quinhentos e dezoito milhes de Reais), conforme demonstrado a seguir:

    Permanecemos inteira disposio de V.Sas. para quaisquer esclarecimentos adicionais. Atenciosamente, DELOITTE TOUCHE TOHMATSU Consultores Ltda.

    Pieter Freriks Scio

    Fluxo de Caixa a Valor Presente (em US$ milhes) 67

    (+) Perpetuidade (em US$ milhes) 186

    Valor Operacional do Negcio (em US$ milhes) 253

    (+) Ajustes Diversos (em US$ milhes) 23

    Valor Econmico (em US$ milhes) 276

    Taxa de Cmbio R$/US$* 1,88

    Valor Econmico Total (em R$ milhes) 518

    Participao Societria detida pela Marfrig 90,05%

    Valor Econmico Proporcional (em R$ milhes) 466

    * Fonte: Banco Central do Brasil em 31/12/11.

  • Sumrio

    Notas Importantes 4

    Descrio das Empresas e do TCD 7

    Mercado de Atuao 16

    Metodologia de Avaliao 25

    Documentos Recebidos 28

    Taxa de Desconto 30

    3Copyright 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda. Todos os direitos reservados.

    Premissas de Avaliao 33

    Resultados da Avaliao 43

    Glossrio e Frmulas 45

    Carta de Representao 49

    Anexos 53

  • Notas Importantes

    Copyright 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda. Todos os direitos reservados.

  • Notas Importantes

    1. A Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda. (DeloitteConsultores) foi contratada pela Administrao da MarfrigAlimentos S.A. (Marfrig), para executar a Avaliao Econmico-Financeira dos ativos selecionados da Marfrig, que compem opacote de ativos selecionados (Ativos TCD) para a transao detroca de ativos (Transao) com a BRF Brasil Foods S.A. (BRF),nos termos do Contrato de Permuta de Ativos e Outras Avenas(Contrato de Permuta), celebrado em 20 de maro de 2012 entreBRF e Sadia S.A. de um lado e Marfrig de outro. EssaTransao visa o cumprimento s exigncias do ConselhoAdministrativo de Defesa Econmica (CADE), firmadas no Termode Compromisso de Desempenho (TCD) assinado em julho de2011. A data-base da avaliao 31 de dezembro de 2011 e osresultados deste estudo esto apresentados nesse Relatrio;

    3. Nosso trabalho no incluiu a verificao independente dos dadose das informaes fornecidas pelas Administraes dasEmpresas e no se constituiu em uma auditoria conforme asnormas de auditoria geralmente aceitas. Sendo assim, noestamos expressando nenhuma opinio sobre as demonstraesfinanceiras das Empresas ou de qualquer outra coligada e/oucontrolada;

    4. As estimativas e projees discutidas com as Administraes dasEmpresas, especialmente aquelas cuja ocorrncia depende deeventos futuros e incertos, refletem a melhor avaliao de suasAdministraes a respeito do desempenho da Empresa e deseus mercados de atuao no futuro;

    5. importante enfatizar que a Deloitte Consultores no

    5Copyright 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda. Todos os direitos reservados.

    resultados deste estudo esto apresentados nesse Relatrio;

    2. O trabalho de avaliao utilizou como base, dentre outras, asseguintes informaes ou documentos disponibilizados DeloitteConsultores: (i) informaes financeiras e operacionais histricasdos ativos selecionados da Marfrig que faro parte daTransao; (ii) informaes pblicas sobre o setor de atuao daMarfrig e da Quickfood S.A. (Quickfood ou Empresa), e emconjunto denominadas Empresas; e (iii) discusses com asAdministraes das Empresas em relao ao desempenhopassado e s expectativas futuras sobre os negcios dos ativosselecionados da Marfrig que faro parte da Transao. Odetalhamento das informaes utilizadas est no captuloDocumentos recebidos do presente Relatrio;

    5. importante enfatizar que a Deloitte Consultores no responsvel e no fornece garantias quanto efetivao dasprojees apresentadas neste Relatrio, pois estas estoconsubstanciadas em perspectivas e planos estratgicos dasAdministraes das Empresas;

    6. A Deloitte Consultores no expressa atravs desta avaliaonenhum juzo com relao distribuio do valor econmicoentre as diversas espcies e/ou classes de aes das Empresasou de qualquer outra empresa ou ativo do Grupo;

    7. Este Relatrio no representa uma proposta, solicitao,aconselhamento ou recomendao por parte da DeloitteConsultores sobre a relao de troca de ativos a ser negociadaentre as partes interessadas, sendo essa deciso deresponsabilidade nica e exclusiva dos acionistas e dasAdministraes da Marfrig e da BRF;

  • Notas Importantes

    8. Os acionistas devem realizar suas prprias anlises e devemconsultar seus prprios consultores jurdicos, fiscais efinanceiros a fim de estabelecerem suas prprias opiniessobre a Transao e seus riscos. Dessa forma, tanto a DeloitteConsultores quanto seus scios e profissionais so isentos deresponsabilidade sobre todo e qualquer eventual prejuzodecorrente da Transao;

    9. A Deloitte Consultores no se responsabiliza por perdas diretasou indiretas, nem por lucros cessantes eventualmentedecorrentes do uso deste Relatrio;

    10. A Deloitte Consultores declara: (i) no existir qualquer conflito oucomunho de interesses, atual ou potencial, com a Marfrig ou

    12. Reservamo-nos o direito de, mas no nos obrigamos a, revisartodos os clculos includos ou referidos neste Relatrio, sejulgarmos necessrio, caso tenhamos conhecimento posterior deinformaes no disponveis por ocasio da emisso desteRelatrio.

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    comunho de interesses, atual ou potencial, com a Marfrig oucom a BRF e (ii) no terem os acionistas ou os Administradoresda Marfrig ou da Quickfood direcionado, limitado, dificultado oupraticado quaisquer atos que tenham ou possam tercomprometido o acesso, a utilizao ou o conhecimento deinformaes, bens, documentos ou metodologias de trabalhorelevantes para a qualidade das respectivas concluses;

    11. Esse Relatrio no se destina circulao geral, tampouco podeser reproduzido ou utilizado com outro propsito alm daquelesupracitado sem nossa prvia autorizao por escrito, sendo,porm, liberado o seu uso no mbito da referida Transao,pelos auditores e assessores da Marfrig, bem como osconselheiros do CADE e reguladores do mercado de capitais.No assumimos qualquer responsabilidade ou contingncias pordanos causados ou por eventual perda incorrida por qualquerparte envolvida, como resultado da circulao, publicao,reproduo ou uso deste documento com outra finalidadediferente da definida neste Relatrio e em nossa proposta; e

  • Descrio das Empresas e do TCD

    Copyright 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda. Todos os direitos reservados.

    e do TCD

  • Descrio das Empresas e do TCD

    Introduo

    A Marfrig uma das maiores empresas de alimentos a base decarnes bovina, suna, de aves e peixes do mundo.

    Com 90 mil funcionrios distribudos em 22 pases nos 5 continentes,a Marfrig a maior produtora de ovinos na Amrica do Sul, a maiorprodutora de aves no Reino Unido e a maior companhia de carnes daArgentina.

    Dentre as empresas controladas pela Marfrig destacam-se: MarfoodUSA, Tacuaremb, Quickfood, Moy Park, Seara e Keystone Food.

    E as principais marcas da Marfrig so: Seara, Bassi e Montana noBrasil; Paty, na Argentina; Tacuaremb, no Uruguai; Patagonia, no

    Desempenho Histrico da Marfrig

    Aproximadamente 50% da receita da Marfrig relativa a produtos InNatura, cerca de 37% refere-se a produtos elaborados eprocessados e 13% relativa s linhas de ovinos, couros e outrosprodutos.

    O crescimento de 65% na Receita Lquida da Marfrig em 2010 explicado pela aquisio da Keystone Foods, que isoladamente tinhauma receita lquida da ordem de R$4,8 bilhes. Em uma base pro-forma, a receita lquida apresentou crescimento de 13,4%.

    Em 2011, a receita lquida da Marfrig cresceu 38%. Esse crescimentoreflete o bom desempenho das operaes no exterior da Moy Park

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    Brasil; Paty, na Argentina; Tacuaremb, no Uruguai; Patagonia, noChile; Moy Park, na Europa; Pemmican nos EUA.

    reflete o bom desempenho das operaes no exterior da Moy Parke Keystone, e tambm da sazonalidade das festas de final de ano,que impulsionaram as vendas no 4 trimestre de 2011.

    9.624

    15.878

    21.884

    65,0%37,8%

    0

    0 , 2

    0 , 4

    0 , 6

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    1

    1 , 2

    1 , 4

    -

    5 . 0 0 0

    1 0 . 0 0 0

    1 5 . 0 0 0

    2 0 . 0 0 0

    2 5 . 0 0 0

    3 0 . 0 0 0

    2009 2010 2011

    Receita Lquida (em R$ mil)

    In Natura - Bovinos In Natura - Aves e Sunos Elaborados e ProcessadosOvinos, Couro e Outros Crescimento %

    Fonte: Departamento de Relao com Investidores da Marfrig

  • Descrio das Empresas e do TCD

    Desempenho Histrico da Marfrig (cont.)

    A Margem EBITDA da Marfrig apresentou crescimento, passando de7,5% em 2009 para 9,5% em 2010. A empresa atribui essa evoluo maior utilizao das capacidades produtivas, melhorias no setor defood services, aumento de exportaes para clientes europeus eganhos de sinergias nas operaes da Seara.

    Em 2011, embora o EBITDA da Marfrig tenha crescido 18% emtermos absolutos, a margem EBITDA caiu para 8,1%, refletindo oaumento dos custos de gado e de gros no primeiro semestre do ano.

    Termo de Compromisso de Desempenho

    Conforme mencionado anteriormente, em maio de 2009, a Sadia e aPerdigo assinaram um Acordo de Associao para a unificao desuas operaes, no qual a Sadia passou a ser subsidiria integral daPerdigo, criando a BRF.

    Esse Acordo de Associao entre a Sadia e a Perdigo foisubmetido aprovao do Conselho Administrativo de DefesaEconmica (CADE), em cumprimento s exigncias legais do artigo54 da Lei 8.884/1.994.

    Na anlise do Acordo de Associao, o CADE constatou que a BRF

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    responderia por mais de 50% dos principais mercados de alimentosprocessados, sendo que no Brasil existem poucos concorrentes quepossuam um market share superior 10%. Na viso do CADE, essalimitada concorrncia de mercado decorre da ausncia de empresasque possuam estruturas, escalas de produo e marcas competitivas.

    Com o intuito de prevenir a concentrao do mercado em uma nicaempresa e as possveis consequncias econmicas, o CADEentendeu ser necessria uma interveno na estrutura da BRF.Dessa forma, em julho de 2011, foi assinado um Termo deCompromisso de Desempenho (TCD), no qual esto estabelecidas asaes consideradas necessrias para a garantia de um ambiente deconcorrncia no mercado de alimentos processados.

    Dentre as obrigaes do TCD, a BRF deve alienar um grupo deativos, incluindo unidades produtivas.

    725

    1.503

    1.774

    7,5%

    9,5%8,1%

    -

    5 0 0

    1 . 0 0 0

    1 . 5 0 0

    2 . 0 0 0

    2 . 5 0 0

    2009 2010 2011

    EBITDA (em R$ Milhes)

    EBITDA % Receita Lquida

    Fonte: Departamento de Relao com Investidores da Marfrig

  • Descrio das Empresas e do TCD

    Termo de Compromisso de Desempenho (cont.)

    Visando o cumprimento do TCD, 20 de maro de 2012, a Marfrig, aBRF e a Sadia assinaram um do Contrato de Permuta de Ativos eOutras Avenas (Contrato de Permuta), no qual a Marfrig permutaros seguintes ativos selecionados:

    a) Participao Acionria na Quickfood

    A totalidade da participao acionria detida pela Marfrig, direta eindiretamente, equivalente a 90,05% das aes da Quickfood,sociedade sediada na Argentina.

    Como parte do acordo, a Marfrig obrigou-se a adotar todas as

    Atravs da sua marca "Paty, a Quickfood a principal fornecedorade hambrguer congelado no mercado domstico e a segunda maiorprodutora de salsichas Vienna. A Empresa oferece ainda outrosprodutos congelados e derivados de carne.

    Produtos

    A Quickfood possui um portflio diversificado de produtos paraatender s necessidades dos diferentes segmentos de mercado emque atua. A produo da Empresa est dividida nas seguintes

    10Copyright 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda. Todos os direitos reservados.

    Como parte do acordo, a Marfrig obrigou-se a adotar todas asmedidas necessrias para segregar a atividade de alimentosprocessados (objeto da permuta denominado Quickfood Pro Forma)da atividade de frigorficos que permanecer sob o controle daMarfrig.

    At a data de emisso deste Relatrio, o acordo firmado entre aMarfrig e a BRF contempla a segregao desses ativos antes daTransao. O detalhamento dessa segregao de ativos estdescrito nos slides a seguir.

    Quickfood

    A Quickfood uma das empresas lderes no setor de processamentoe empacotamento de carnes na Argentina, fornecendo cortes decarne, seus derivados e produtos de marca prpria nos mercadosdomstico e internacional, possuindo aproximadamente 4.000funcionrios.

    que atua. A produo da Empresa est dividida nas seguintesunidades de negcios:

    Alimentos Processados

    Inclui produtos como o hambrguer da marca Paty, as salsichas damarca PatyViena, os vegetais congelados da Quickfood, gordura deorigem animal comestvel e banha de porco, cortes resfriados,almndegas congeladas, cortes de novilho precoce ultra-congelados,hambrguer de carne bovina empanado pronto para fritar da marcaPatynesa e batatas fritas da marca Lamb Weston.

    A Quickfood oferece esses produtos a varejistas e supermercados,bem como ao mercado de alimentos como redes de fast-food,delicateseens e buffets para eventos especiais.

  • Descrio das Empresas e do TCD

    Termo de Compromisso de Desempenho (cont.)

    Abate

    Unidade de abate de animais e produo e comercializao de carnebovina, carne suna, cortes de carne e produtos derivados. Essadiviso produz cortes resfriados e congelados, e diversos produtosderivados, inclusive pele, midos e gordura.

    A Quickfood tambm exporta cortes resfriados e cortes de carnebovina congelados de alta qualidade, principalmente para a UnioEuropia (incluindo aproximadamente 10% da participao daArgentina na cota Hilton em 2011), Brasil, Chile e outros mercados.No mercado domstico, a Quickfood comercializa cortes de carne

    Em dezembro de 2010, a Marfrig decidiu conduzir umareestruturao societria, na qual a empresa realizou aportes decapital na Quickfood incorporando a participao da Marfrig naAB&P e suas controladas. Por meio dessa operao, a Marfrigtransferiu as aes e os ativos da AB&P para o capital social daQuickfood aumentando a sua participao na Quickfood para90,05%.

    Adicionalmente, em maio de 2011, a Quickfood incorporou as suascontroladas (exceto pela Estancias del Sur S.A.) com o propsito deatingir sinergias de custo por meio da integrao dos respectivosnegcios.

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    No mercado domstico, a Quickfood comercializa cortes de carneatravs de varejistas e supermercados.

    Estrutura Societria

    Em 20 de novembro de 2007, a Marfrig adquiriu 84% das aes daQuickfood, dos seus ento acionistas controladores (famliaBameule). Nessa transao, a Marfrig adquiriu ainda a controlada daQuickfood no Uruguai, Establecimentos Colonia, bem como doisfrigorficos independentes na Argentina: a Best Beef S.A. emVivorata, na provncia de Buenos Aires; e a Estancia del Sur S.A. emCrdoba, na provncia de Crdoba. A operao foi concluda atravsda subsidiria da Marfrig na Argentina, a Argentine Breeders andPackers S.A. (AB&P).

    negcios.

    A Quickfood listada na bolsa de valores de Buenos Aires, sendoque 9,95% das suas aes so negociadas pelo cdigo PATYAR.

    As aes da Quickfood negociadas no mercado so detidasprincipalmente pela Agncia de Seguridade Social da Argentina(ANSES), com 5,27% de participao no capital da Quickfood.

    2007 2008 2010 2011

    Aquisio da Quickfood, Best

    Beef e Estancias delSur.

    Aquisio da Mirab S.A.

    Aporte de capital porparte da Marfrig na

    Quickfood (integraoda AB&P como parte da

    transao).

    Fuso da AB&P e subsidirias com a

    Quickfood.

  • Descrio das Empresas e do TCD

    Termo de Compromisso de Desempenho (cont.)

    Desde 2009, a capitalizao de mercado da Quickfood variou entreUS$190 milhes e US$85 milhes.

    No entanto, essas operaes no podem ser consideradas comorepresentativas do valor da Quickfood devido iliquidez das suasaes. A partir de 2009, as empresas que fazem parte do ndiceMerval (ndice de referncia da Argentina que inclui 80% do valornegociado no mercado) possuam um volume mdio mensal total deaproximadamente US$250 milhes, sendo que as aes daQuickfood movimentaram em mdia apenas US$290 mil (0,1% dovolume do ndice Merval).

    Operaes

    A Quickfood opera, direta ou indiretamente, nove unidades deprocessamento, que possuem infraestrutura moderna e eficiente.Cinco das unidades atuam no setor de abate e empacotamento,sendo que as demais tm como foco a produo de produtosprocessados como hambrgeres, salsichas Vienna, cortes resfriadose vegetais congelados, bem como empanados de carne paraexportao.

    Plantas de alimentos Plantas de abate

    Quickfood

    12Copyright 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda. Todos os direitos reservados.

    A seguir est demonstrada a atual estrutura societria da Quickfood:

    95,93%

    9,95%QuickfoodQuickfood

    Quickfood Chile S.A.*Quickfood Chile S.A.*

    90,05%free floatfree float

    MarfrigMarfrig

    Estancias del Sur S.A.Estancias del Sur S.A.

    99,97%

    Fonte: Administrao da Quickfood

    *A partir de dezembro 2011 a Quickfood Chile SA ser uma empresa no-operacional e seu valor contbil na Quickfood pouco representativo.

    As unidades esto estrategicamente localizadas prximas a reascom oferta de gado para corte, como as provncias de Buenos Aires,Crdoba, Santa F e San Luis, ou ainda prximas cidade deBuenos Aires, que representa o maior mercado consumidordomstico.

    A ampla rede de distribuio da Quickfood abrange todo o territrioargentino, oferecendo atendimento ao cliente a partir dos seusprprios centros de distribuio em Martinez (Buenos Aires) e SanJorge (Santa F).

    Plantas de alimentos processados

    Plantas de abate

    Martinez HughesBaradero Villa MercedesArroyo UnquilloPilar VivoratSan Jorge San Jorge

    Fonte: Administrao da Quickfood

  • Descrio das Empresas e do TCD

    Termo de Compromisso de Desempenho (cont.)

    Desempenho Histrico

    Aps a incorporao da AB&P pela Quickfood, o que aumentou onmero de unidades de abate nas operaes, as margens daEmpresa foram reduzidas em virtude das dificuldades enfrentadaspelo setor de abate de carnes.

    Essa reduo das margens da indstria reflexo da diminuio dofornecimento de gado para abate e consequente aumento nos preosdas matrias-primas, que as empresas no conseguiram repassarpara o consumidor devido s restries impostas pelo GovernoFederal.

    O desempenho da unidade de San Jorge ficou acima da mdia dosnegcios de abate por conta da sua integrao com a unidade dealimentos processados e operao com maior nvel de utilizao.Aliado a isso, a unidade abastecida por uma raa especfica degado, que resulta em menor custo de matria-prima.

    Segregao das Operaes Quickfood

    Como parte do acordo firmado entre a Marfrig e a BRF e, em linhacom as determinaes do TCD, faro parte da Transao somenteos ativos da Quickfood relacionados s atividades de processamento

    13Copyright 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda. Todos os direitos reservados.

    Federal.

    Por outro lado, o setor de alimentos processados ainda mostrou umdesempenho positivo, com aumento significativo no volume devendas (principalmente nos segmentos de vegetais e salsichasVienna) e margem slida, uma vez que esse segmento conseguiurepassar os aumentos dos custos para os consumidores.

    Composio do EBITDA por principais categorias:

    os ativos da Quickfood relacionados s atividades de processamentode carnes.

    Dessa forma, a Marfrig pretende realizar a segregao dasoperaes de processados e abates, na qual os ativos seroagrupados da seguinte forma:

    Ativos relacionados s atividades de abates (Unidade Abate)

    Unidades industriais:

    - Hughes;

    - Villa Mercedes;

    - Vivorat;

    - Pilar;

    Instalaes de confinamento;

    Atividades pecurias;

    (em AR$ milhes)

    Resultado 2011Unidade de alimentos

    processados

    Unidade de Abate de San

    Jorge

    Quickfood Pro Forma

    Unidade de abate

    Receita 928 644 1.573 1.808EBITDA 120 -6 114 -199% da receita 12,9% -0,9% 7,2% -11,0%

    Fonte: Administrao da Quickfood

    A unidade de abate de San Jorge far parte do grupo de ativos a serem transacionados, considerando-se essa

    linha de abates est integrada linha de processados.

    Notas: Abertura dos resultados no auditados.

  • Descrio das Empresas e do TCD

    Termo de Compromisso de Desempenho (cont.)

    Participao societria nas Estncias del Sur S.A.;

    Ativos e passivos operacionais relacionados a essas atividades; e

    Outros ativos no operacionais.

    Ativos relacionados s atividades de produtos processados(Quickfood Pro Forma)

    Unidades Industriais:

    - Martinez;

    (em AR$ mil)

    Balano Patrimonial 31/12/2011 Quickfood Unidade de

    Abate Quickfood Pro

    Forma

    Disponibilidades 131.912 - 131.912 Investimentos 29.013 - 29.013 Clientes 251.858 - 251.858 Outros crditos 131.532 - 131.532 Estoque 349.316 247.027 102.289 Outros ativos 4.368 827 3.541

    Total do Ativo Circulante 898.000 247.855 650.145

    Investimentos 129.283 129.103 180 Outros crditos 112.565 103.361 9.204 Imobilizado 320.620 221.687 98.933 Intangveis 1.361 - 1.361 Outros ativos 16.072 5.154 10.918 gio 30.444 30.444 -

    Total do Ativo No Circulante 610.345 489.750 120.596

    14Copyright 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda. Todos os direitos reservados.

    - Martinez;

    - Baradero;

    - Arroyo; e

    - San Jorge, incluindo as atividades de abate e empacotamento,uma vez que a linha de abate dessa planta est integrada linha de processados (hambrgueres), tornando a segregaoinvivel; e

    Ativos e passivos operacionais relacionados s atividades dessasplantas.

    Dessa forma, para fins dessa avaliao, foram consideradas somenteas atividades da Quickfood Pro Forma.

    A seguir, est demonstrado o balano patrimonial pro forma daQuickfood aps a segregao dos ativos.

    Total do Ativo No Circulante 610.345 489.750 120.596

    Ativo Total 1.508.345 737.604 770.741

    Contas a pagar 321.207 - 321.207 Emprstimos 483.463 425.281 58.182 Financiamentos 5.427 - 5.427 Obrigaes sociais 38.461 - 38.461 Obrigaes fiscais 12.911 - 12.911 Outras obrigaes 5.407 - 5.407 Provises 15.292 - 15.292

    Total do Passivo Circulante 882.168 425.281 456.887

    Contas a pagar 4.304 - 4.304 Emprstimos 201.533 177.279 24.253 Financiamentos 4.042 - 4.042 Outras obrigaes 1.838 - 1.838 Provises 3.102 - 3.102

    Total do Passivo No Circulante 214.818 177.279 37.539

    Passivo Total 1.096.986 602.560 494.426

    Patrimnio Lquido 411.359 135.044 276.315

    Passivo + PL Total 1.508.345 737.604 770.741

    1 Balao Patrimonial Auditado

    2 Segregao dos ativos e passivos informados pela Administrao da Quickfood

  • Descrio das Empresas e do TCD

    Termo de Compromisso de Desempenho (cont.)

    O balano patrimonial apresentado foi preparado pela Administraoda Quickfood e no foi auditado.

    Na segregao dos ativos sero transferidos para a Unidade deAbate:

    Ativos operacionais, inclusive imobilizado (mquinas eequipamentos, duas linhas de produo de hambrgueres,terrenos, etc.), estoque (principalmente gado), participaoacionria na Estancias del Sur S.A., bem como outros ativosimateriais;

    As dvidas financeiras so apresentadas lquidas do caixa

    b) Pagamento em Caixa

    O pagamento adicional da importncia de R$350 milhes, dos quaisR$100 milhes sero pagos entre os meses de junho e outubro de2012 e o restante, no valor de R$250 milhes, ser pago em 72parcelas mensais, com juros de mercado.

    c) Opo de Compra da Carambe

    Aps o perodo de arrendamento pela BRF Marfrig, da plantaindustrial de sunos localizada na Cidade de Carambe, haver opagamento da importncia de R$188 milhes, em contrapartida ao

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    As dvidas financeiras so apresentadas lquidas do caixaproveniente da segregao dos ativos; e

    Outros crditos de longo prazo refere-se ao prejuzo fiscalacumulado que ser consumido na operao de segregao dosativos.

    Os demais ativos e passivos ficaro na Quickfood Pro Forma.

    pagamento da importncia de R$188 milhes, em contrapartida aoeventual exerccio de opo de compra desta

  • Mercado de Atuao

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  • Produo Mundial de Carnes

    O crescimento mdio anual da produo mundial de carne entre 2007e 2011 foi de 1,80%. Entre os maiores pases produtores de carne, aChina o pas que observou o maior crescimento (3,14%), seguidapelo Brasil (2,77%).

    223239

    150

    200

    250

    Produo de Mundial de Carnes em geral (em Milhes de Toneladas CWE*)

    A China o principal produtor de Sunos, os EUA o maior produtor deaves, sendo que o Brasil se destaca como principal produtor debovinos e terceiro maior de aves.

    68

    40 39

    Produo dos Tipos de Carne por Pas - 2011 (em Milhes de Toneladas CWE*)

    Mercado de Atuao

    17Copyright 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda. Todos os direitos reservados.

    O Brasil o quinto maior pas do mundo em extenso territorial,sendo que cerca de 20% de sua rea ocupada por pastagens.Segundo a ABIEC (Associao Brasileira das Indstrias Exportadorasde Carne) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), opas tem hoje um rebanho de aproximadamente 205 milhes decabeas de gado bovino, 40 milhes de sunos e 1,2 bilhes defrangos e galinhas. O pas ocupa a terceira posio mundial emproduo de carnes, atrs apenas dos EUA e da China.

    0

    50

    100

    150

    2007 2011

    Rssia Mxico Brasil EUA UE-27 China Outros

    Fonte: United States Department of Agriculture (USDA)* CWE = Peso Equivalente de Carcaa (Carcass Weight Equivalent)

    40 39

    25

    6 6

    China UE-27 EUA Brasil Mxico Rssia

    Sunos Aves Bovinos

    Fonte: USDA* CWE = Peso Equivalente de Carcaa (Carcass Weight Equivalent)

  • Mercado de Atuao

    Consumo Mundial de Carnes

    O mercado mundial de carne passa por uma mudana no perfil deconsumo dos principais pases. A partir de informaes do IBGE, doUnited States Census Bureau e do United States Department ofAgriculture (USDA), nota-se que, enquanto regies desenvolvidas,como EUA e Europa, apresentam quedas no consumo de carne percapita da ordem de 1% ao ano, pases em desenvolvimento, comoChina e Brasil, apresentam crescimentos da ordem de 3 a 4%.

    No grfico abaixo, apresentado o consumo mundial de carnes porpas.

    A seguir, apresentado o perfil de consumo de carne nos principaispases consumidores em 2011:

    68

    3834

    Consumo dos Tipos de Carne por Pas - 2011(em Milhes de Toneladas CWE*)

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    222237

    2007 2011

    China UE-27 Estados Unidos Brasil Rssia Mxico Outros

    Fonte: USDA* CWE = Peso Equivalente de Carcaa (Carcass Weight Equivalent)

    Consumo Mundial de Carnes em geral (em Milhes de Toneladas CWE*)20

    8 7

    China UE-27 Estados Unidos Brasil Rssia Mxico

    Bovinos Aves Sunos

    Fonte: USDA* CWE = Peso Equivalente de Carcaa (Carcass Weight Equivalent)

  • Mercado de Atuao

    Aps diversos anos de expanso, o abate de gado na Argentina caiu26% em 2010 e 7% em 2011. Essa queda foi causada pela reduodo rebanho, que diminuiu de 58 milhes de cabeas no incio de 2007para 48 milhes em 2011, reflexo de uma das piores secas dahistria. Esse fenmeno natural afetou vastas reas rurais, forandoos produtores a reduzir o nmero de animais nos pastos.

    Setor de Carne Bovina na Argentina

    Em virtude das normas de qualidade em vigor nos pases queimportam carnes argentinas, nos ltimos anos, os principaisfrigorficos argentinos desenvolveram modernos processos deproduo, investiram na qualificao e eficincia da fora de trabalhoe possuem alto nvel de higiene e condies sanitrias.

    O setor de carnes na Argentina possui um grupo grande eheterogneo de participantes de mercado, compostos de abatedourospequenos, mdios e grandes. Dentre esses, os pequenosestabelecimentos (abate abaixo de 20.000 cabeas/ano) totalizam338 estabelecimentos de um total de 500. Por outro lado, os doismaiores sub-grupos de estabelecimentos foram responsveis por

    14.296 14.24213.418

    14.925 14.62416.053

    Abate de bovinos na Argentina (em milhes de cabeas)

    19Copyright 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda. Todos os direitos reservados.

    A falta de regulamentao do setor, refletiu no aumento do abate defmeas juntamente com a reduo no abate de novilhos,prejudicando tambm o estoque de gado no pas.

    Adicionalmente, a ausncia de incentivos, e a implantao de umsistema de licenas de exportao (ROE), a suspenso dasexportaes de carne bovina e imposio de preos para gado vivoafetam adversamente a eficincia e os investimentos no setorprimrio.

    maiores sub-grupos de estabelecimentos foram responsveis por41% e 11% da produo total, respectivamente, em termos dequantidade total de animais abatidos.

    Porm, espera-se uma acelerao no processo de concentrao dosetor nos prximos anos, segundo o Instituto de la Promocin de laCarne Vacuna Argentina (IPVCA), devido entrada, nos ltimosanos, de empresas internacionais (principalmente brasileiras) nomercado de processamento de carne e s polticas governamentaislocais destinadas a implantar uma norma sanitria por todo o pas.Nesse processo de consolidao do setor de carne, as empresascom disponibilidade de capital, eficincia produtiva e tecnologiasuperior sairo na frente.

    GrupoEntre1 -

    1.000

    Entre 1.001- 20.000

    Entre 20.001- 50.000

    Entre 50.001- 100.000

    Entre 100.001- 200.000

    Acima de

    200.000Total

    Nmero de estabelecimentos 138 200 63 51 41 7 500 Animais abatidos (mil) 42 1.176 2.044 3.766 6.042 1.671 14.742 Abate dirio (mdia) 1,3 24,5 135,2 307,7 614,0 994,7 122,9

    Fonte: IPVCA

    Cabeas de gado abatidas anualmente (exceto quando indicado)

    11.587 11.50012.532

    13.41811.883

    11.058

    2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

    Volume de abate

    Fonte: Ministerio de Agricultura, Ganadera y Pesca da Argentina

  • Mercado de Atuao

    Setor de Carne Bovina na Argentina (cont.)

    Como consequncia os preos do gado vivo aumentaramsignificativamente nos ltimos anos.

    Considerando-se as restries impostas pelo Governo argentino aoaumento de preos ao consumidor, as margens da indstria dealimentos, principalmente do segmento de abatedouros, forampressionados pelo aumento do custo do gado (matria-prima).

    O grfico a seguir demonstra o deslocamento da curva dos preos dogado em relao aos preos da carne para o consumidor.

    Consumo de Carne na Argentina

    Em 2011, cerca de 2,2 milhes de toneladas de carne bovina ou 90%da produo, foram destinados ao mercado domstico, enquanto os10% restantes foram destinados ao mercado internacional.

    O baixo volume de produo no ano de 2011 levou a um aumentonos preos da carne que, por sua vez, levou a uma diminuio noconsumo per capita, atingindo 57 kg per capita ao ano (aps atingir omaior nvel em 2008/09 dos ltimos 15 anos: 69 kg por pessoa).

    Consumo per capita de carne bovina na Argentina (kg/hab)

    20Copyright 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda. Todos os direitos reservados.

    0

    5 0

    1 00

    1 50

    2 00

    2 50

    3 00

    3 50

    4 00

    2008 2009 2010 2011

    Evoluo dos Preos da Carne (2008 => BASE 100)

    Preo de Venda do Boi por kg de Carne (preo das fazendas)

    Preo de Venda ao Consumidor por kg de Carne

    6359 60

    63 6265

    69 69 69

    58 57

    2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

    Consumo de carne por habitante

    Fonte: Ministerio de Agricultura, Ganadera y Pesca da Argentina

  • Mercado de Atuao

    Alimentos Processados na Argentina

    O setor de industrializao de carne na Argentina possui 386 fbricasqualificadas, segundo os registros da ONCCA (Oficina Nacional deControl Comercial Agropecuario), com alto nvel de concentraogeogrfica no sudeste de Buenos Aires (64) e na provncia de BuenosAires (191), seguida de Santa F (47), Crdoba (29), e do restante dopas (55). Essa distribuio reflete as reas de maior consumo dopas.

    Segundo estimativas da CAICHA (Cmara Argentina de la Industriade Chacinados y Afines), a produo de alimentos processados apartir de carne suna e bovina cresceu 62% entre 2002 e 2007,atingindo 390 mil toneladas. Entre 2008 e 2011 o ritmo de

    Ainda assim, a indstria tem capacidade ociosa, a qual poderia serusada para aumentar o nvel de exportaes, considerando-se aqualidade dos produtos argentinos

    Os produtos so primordialmente comercializados por meio dedistribuidores que, em virtude da escala, tm recursos para investirem equipamentos refrigerados. Os pontos de venda mais importantesem termos de volume de venda so os varejistas e atacadistas (70%)em comparao com os supermercados.

    Consumo de Alimentos Processados na Argentina2

    21Copyright 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda. Todos os direitos reservados.

    atingindo 390 mil toneladas. Entre 2008 e 2011 o ritmo decrescimento desacelerou para 8%, atingindo 409 mil toneladas.

    Mais de 99,5% da produo destinada ao consumo interno,refletindo as polticas governamentais de restrio s exportaesdos ltimos anos.

    1. Alimentos processados incluem: embutidos, salsichas Viena, defumados, hambrgueres eoutros.

    Consumo de Alimentos Processados na Argentina2

    O mercado argentino de produtos processados incipiente quandocomparado a grandes pases da Amrica Latina.

    Uma pesquisa conduzida pela TNS Gallup Argentina3 sobre omercado de alimentos processados, traou as principaiscaractersticas do setor:

    Trs em cada dez argentinos consumiram um produto processadono ltimo ms.

    60% consumiu hambrgueres, seguido do frango que foiconsumido por duas em cada dez pessoas.

    Os motivos para o consumo desses produtos so (por ordem deimportncia para o consumidor): simplicidade e prazo de validademaior quando mantidos no refrigerador.

    2. Fonte: revista Actualidad, agosto de 2011.

    3. Membro da Gallup International Association que conduz estudos de mercado e pesquisasde opinio pblica

    38%

    24%

    21%

    13%4%

    Alimentos processados na Argentina em 2011 (%)

    Salsichas Presunto Salsichas Viena Hamburgers Outros

    Fonte: CAICHA

  • Mercado de Atuao

    Consumo de Alimentos Processados na Argentina(cont.)

    Os motivos identificados para o no consumo desses produtosso: averso ao sabor, alto preo dos produtos e no aparentamser frescos.

    H um consumo maior entre as pessoas jovens do que entre aspessoas mais velhas.

    O consumo maior nas classes sociais mais altas.

    70% do consumo total no pas est concentrado na cidade deBuenos Aires e na Grande Buenos Aires.

    Outros motivos citados para o relativo subdesenvolvimento desse

    Consumo de Alimentos Congelados na Argentina

    O consumo per capita de alimentos congelados1 na Argentina foi de1,6 quilo/ano em 2010, refletindo uma taxa de crescimento de 25%entre 2006 e 2010. Esse mercado vem crescendo mais rapidamentedo que o mercado de alimentos em geral, impulsionadoprincipalmente pelos produtos a base de soja e frango, bem comoempanados.

    O mercado argentino relativamente subdesenvolvido quandocomparado com os mercados de outros pases da Amrica Latina,como o Chile ou o Brasil, onde foi registrado em 2010 consumo percapita de 3,9 e 3,7 quilos, respectivamente.

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    Outros motivos citados para o relativo subdesenvolvimento dessemercado so a no-competitividade dos preos e a falta de opes deescolha dos produtos nos pontos de venda.

    A Argentina tem crescido acima das taxas histricas dos ltimos anose, uma vez que o consumo de produtos processados diretamenteproporcional ao poder de compra, espera-se que os participantes domercado atinjam altas taxas de crescimento em um futuro prximo.

    Aliado a esse fator, o crescimento econmico produz mudanas noshbitos do consumidor, conforme demonstrado atravs de estatsticasobservadas nos pases desenvolvidos. H uma tendncia de seconsumir produtos de rpido preparo e cozimento mas que, aomesmo tempo, mantm suas propriedades nutricionais.

    Por ltimo, a redefinio das estratgias dos participantes domercado atravs da diversificao de produtos e marketingdirecionado tambm devem contribuir para o crescimento dessesetor.

    Porm, o consumo na Amrica Latina substancialmente menor doque na maioria dos pases desenvolvidos. A Inglaterra, o maiormercado consumidor de alimentos congelados, registra nveis deconsumo per capita de 42,5 quilos/ano.

    1. Alimentos congelados incluem: hambrgueres, frango e empanados de frango, vegetais,peixe e empanados de peixe, produtos a base de soja, massas e pizzas.

    Consumo per capita de alimentos congelados

    Pas kg/hab em 2010

    Argentina 1,6 Brasil 3,7 Chile 3,9 Inglaterra 42,5 USA 36,0 Espanha 19,0 Frana 17,0

    Fonte: Kantar Worldpanel

  • Mercado de Atuao

    Principais Players no Mercado Interno

    Molinos Rio de la Plata

    A Molinos Ro de la Plata (Molinos) a maior empresa de produtosalimentcios de marca prpria da Argentina. A Molinos produz umaampla variedade de alimentos embalados para consumo domstico,incluindo alimentos congelados, leo em garrafa, margarina, massas,pr-misturas, farinhas embaladas, ch mate, arroz, e cortesresfriados. A empresa tambm exporta leo refinado de girassol e um dos principais exportadores de leo em garrafa da Argentina.

    As principais marcas da Molinos so: Granja del Sol (hambrgueres,produtos empanados e vegetais congelados), Vienissima (salsichas

    Paladini

    A Paladini uma das principais empresas de alimentos da Argentinaque atua na produo de cortes resfriados, embutidos e carnesprocessadas. A empresa familiar e 100% financiada por meio decapital argentino, e investe continuamente em maquinrios einfraestrutura, o que a ajudou a atingir um crescimento contnuo nosltimos anos.

    Marcas Granja Iris e Ser

    23Copyright 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda. Todos os direitos reservados.

    produtos empanados e vegetais congelados), Vienissima (salsichasViena), Patitas (produtos empanados) e GoodMark (hambrgueres).

    Swift

    A Swift Armour Inc. uma empresa sediada na Argentina que, desde2005, uma subsidiria da JBS S.A. Brasil. A empresa tem comofoco a produo de carne congelada, crua e enlatada, alm de cortesresfriados, hambrgueres e embutidos.

    Essas marcas foram vendidas pela Mastellone Hermanos S.A., aprincipal fabricante argentina de produtos derivados de leite, para aVisom, uma empresa proprietria de um abatedouro na provncia deBuenos Aires.

  • Mercado de Atuao

    Participao de Mercado

    Hambrger

    A Quickfood lder no mercado de hambrguer uma vez que quase63% do mercado consome os produtos da Empresa.

    Os concorrentes mais prximos so a Molinos Ro de la Plata e aSwift, que individualmente tiveram uma participao de mercado de11% em 2011.

    Embutidos

    A participao de mercado nesse segmento da Quickfood cresceude 15% em 2009 para 20% em 2011, reduzindo a participao daempresa lder no mercado: a Molinos Ro de la Plata.

    Concentrao de vendas de hambrguers na Argentina (%)

    14% 14%

    12% 12% 12%

    16% 16% 16%

    Concentrao de vendas de embutidos na Argentina (%)

    24Copyright 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda. Todos os direitos reservados.

    Vegetais Congelados

    A Quickfood comeou a atuar nesse mercado em 2010, aps aaquisio dos negcios de vegetais congelados da Arcor. O lder demercado a Molinos Ro de la Plata, com participao de mercadode 66% em 2011.

    Esse mercado dever crescer em um futuro prximo pois atualmente relativamente subdesenvolvido na Argentina e o potencial deconsumo ser impulsionado pelo aquecimento da economia.

    66% 63% 63%

    12% 14% 11%

    8% 8% 11%

    14% 15% 15%

    2009 2010 2011

    QF - Paty e outras marcas Quickfood Molinos Rio de la Plata Swift Outros

    Fonte: Agncia de Pesquisa de Mercado CCR

    15% 18%20%

    42% 41% 38%

    15% 14% 14%

    2009 2010 2011

    QF - Paty e outras marcas Quickfood Molinos Rio de la Plata

    Paladini Granja Iris - Ser

    Outros

    Fonte: Agncia de Pesquisa de Mercado CCR

  • Metodologia de Avaliao

    Copyright 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda. Todos os direitos reservados.

    Avaliao

  • Mltiplos de mercado, obtidos nomercado de capitais (ex. Preo da ao por lucro);

    Mltiplos de transaes realizadas no passado, de empresas que possam ser comparveis, obtendo o preo pago por vendas, EBITDA, etc.

    Avaliao dos ativos e passivos a valor de realizao ou mercado, ajustando o patrimnio lquido da empresa.

    Fluxo de caixa futuro, gerado pelas operaes da empresa, descontados a valor presente;

    Capitalizao dos lucros, onde os lucros histricos normalizados so capitalizados por ndice (taxa de capitalizao).

    Enfoques

    Adotado quando h expectativas de continuidade do empreendimento, visando seu potencial de gerar lucros futuros.

    Adotado na avaliao de empresa holding (no operacional) ou empresa incapaz de gerar retorno, devendo o negcio ser liquidado.

    Adotado quando h expectativas de continuidade do empreendimento, visando seu potencial de gerar lucros futuros.

    Aplicao

    Market ApproachAsset ApproachIncome Approach

    Metodologia de Avaliao

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    Indisponibilidade de dados pblicos;

    Dificuldade na anlise da comparabilidade dos dados coletados;

    Dificuldade na definio da amostra.

    No reflete o potencial de valor do negcio;

    Dificuldade em se avaliar os ativos intangveis.

    Alto grau de subjetividade nas premissas e projees;

    Clculo de taxa de desconto apropriada;

    Valor residual relevante (perpetuidade).

    Principais Desvantagens

    Obteno de parmetros de mercado;

    Melhor indicativo de valor quando adquirido o controle acionrio.

    Simplicidade na aplicao. Os aspectos relevantes e intrnsecos ao negcio so considerados;

    Mtodo aceito mundialmente como o mais completo e adequado.

    Principais Vantagens

  • Considerando o objetivo desta Avaliao e as expectativas degerao de lucros e caixa no futuro, na Avaliao Econmico-Financeira da Quickfood Pro Forma foi adotada a metodologia deFluxo de Caixa Futuro Descontado a valor presente.

    A metodologia de Fluxo de Caixa Descontado considera que o valoreconmico de um negcio est diretamente relacionado ao valorpresente dos fluxos de caixa lquidos gerados pelas suas operaesno futuro, conforme apresentado a seguir:

    Metodologia de Avaliao

    Valor Residual

    Projees Ano ...

    Projees Ano 2Estratgia

    CENRIO PROJETIVO

    Baseado na perpetuidade do ltimo fluxo de caixa projetado.

    Experincia

    Deloitte

    27Copyright 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda. Todos os direitos reservados.

    Investim

    ento

    s

    Mer

    cad

    o

    Operaes

    Projees Ano 1

    Fluxo de Caixa LivreAntes da Dvida

    Receita Operacional Lquida(-) Custos e Despesas Operacionais(+) Depreciao e Amortizao(=) EBITDA(-) IR e CSLL(-) Investimentos(-) Necessidade de Capital de Giro

    Valor Econmico das Operaes( Enterprise Value )

    Valor Econmico do Negcio ou Empresa( Equity Value )

    BUSINESS PLAN

    Taxa deDesconto

    DvidaLquida

    Expertise

    Anlise Histrica

    Pesquisa

    Conhecimento

    Cliente

  • Documentos Recebidos

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  • Documentos Recebidos

    Em nosso processo de avaliao, baseamos nossas estimativas econsideraes em documentos e informaes da Administrao daQuickfood e da Marfrig. Estes documentos e informaes por nsrevisados e considerados, mas no auditados, incluem,principalmente, os seguintes:

    Plano de negcios e projees financeiras preparadas pelaAdministrao da Quickfood para o perodo de janeiro de 2012 adezembro de 2016, incluindo as projees de receitas, custos,despesas e investimentos;

    Demonstraes financeiras auditadas da Quickfood Pro Formapara os perodos findos em 30 de junho de 2011 e 31 de dezembrode 2011;

    Projees e indicadores macroeconmicos do The Economist e doBanco central do Brasil;

    Consulta eletrnica ao site da Quickfood; e

    Banco de Dados Deloitte e outras informaes pblicas.

    Alm da utilizao dos documentos e das informaes mencionadosanteriormente, realizamos reunies com a Administrao daQuickfood e da Marfrig, buscando informaes que permitissemmelhorar nosso entendimento do seu processo operacional, bemcomo discutir as principais premissas e consideraes que balizaramas projees dos seus fluxos de caixa futuros.

    29Copyright 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda. Todos os direitos reservados.

    Informaes financeiras histricas da Quickfood Pro Formasegregadas por unidade de negcio para o perodo de janeiro dezembro de 2011;

    Balano patrimonial pro forma das unidades de negcios deprodutos processados e frigorfico, separadamente;

    Outras informaes relevantes sobre o desempenho das unidadesde negcios (produtos processados e frigorfico);

    Informaes sobre a Transao e caractersticas dos ativos aserem transacionados;

    Consulta eletrnica s diversas fontes de informao do setor;

  • Taxa de Desconto

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  • Taxa de Desconto

    Notas:

    a. Representa o retorno requerido pelo investidor parainvestimentos em ttulos conceitualmente sem risco (Risk Free).Foi adotado como parmetro de taxa livre de risco a mdiaaritmtica histrica dos ltimos 24 meses das taxas oferecidaspelo governo norte-americano (T-Bond norte-americano de 20anos). Fonte: Anlises Deloitte.

    b. Representa o retorno acima da taxa livre de risco que o investidorexige para investir (estar exposto ao risco) no mercado decapitais (Equity Risk Premium), devido a seu risco inerente. Foiadotado o prmio mdio verificado para as aes (valorizao edividendos pagos) de pequenas empresas norte-americanas

    WACC* = Ke(E/E+D) + Kd(1-tributos)(D/D+E)

    Taxa livre de risco (rf) 3,71% (a)Prmio de Mercado (ERP) 6,70% (b)Beta 0,65 (c)Risco Pas (CRP) 7,20% (d)Prmio pelo tamanho da empresa (SP) 4,07% (e)Risco especfico relacionado 2,00% (f)

    Custo do capital prprio nominal (CAPM) - US$ 21,32%

    Participao do capital prprio (E) 67,5% (h)

    Taxa de Desconto

    CAPM** = rf + (ERP) + CRP + SP

    31Copyright 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda. Todos os direitos reservados.

    dividendos pagos) de pequenas empresas norte-americanasdesde 1926. Fonte: Morningstar (ex: Ibbotson Associates).

    c. Representa a medida do risco da empresa ou do setor emanlise. Para o clculo do Beta, foi utilizado o Betadesalavancado mdio de empresas que atuam no mesmosegmento da Quickfood com base na estrutura de capitais etaxa de imposto de renda de cada empresa. Esse beta mdio foirealavancado utilizando-se a estrutura de capitais mdia domercado e pela taxa mdia de 35% de imposto de renda (IR) econtribuio social (CSLL). Fonte: Anlises Deloitte.

    d. Representa o retorno adicional (prmio) exigido pelo investidorinstitucional para investir na Argentina (Country Risk Premium).Foi adotado como prmio o spread normalizado praticado entreos ttulos do Governo argentino e do Governo norte-americano deprazos similares. Fonte: Anlises Deloitte.

    Custo do capital de terceiros nominal 12,00%Alquota de imposto de renda 35,0%

    Custo do capital de terceiros nominal (Kd) 7,80% (g)

    Participao do capital de terceiros (D) 32,5% (h)

    WACC nominal em US$ - taxa de desconto adotada 16,93%

    WACC real - para referncia 14,37%

    *Custo Mdio Ponderado de Capital

    **Modelo de Precificao de Ativos de Capital

  • Taxa de Desconto

    Notas (cont.)

    e. Representa o prmio adicional exigido pelo investidor institucionalconforme o tamanho da empresa (size premium). Para aavaliao da Quickfood Pro Forma, foi considerado o prmiopara Micro empresas, conforme os critrios da Morningstar. Fonte:Morningstar (ex: Ibbotson Associates).

    f. Representa o risco especfico relacionado concretizao doplano de negcios da Administrao da Quickfood. Fonte:Anlises Deloitte.

    g. O custo de capital de terceiros foi calculado com base no customdio de captao de longo prazo estimado para o benchmark demercado, lquido do benefcio de imposto de renda de 35%. Fonte:

    32Copyright 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda. Todos os direitos reservados.

    mercado, lquido do benefcio de imposto de renda de 35%. Fonte:Anlises Deloitte.

    h. Para o clculo da alavancagem financeira, foi considerada amdia aritmtica da relao debt/equity para uma amostra deempresas comparveis do mesmo segmento da Quickfood.Fonte: Anlises Deloitte.

  • Premissas de Avaliao

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  • A avaliao contempla um nico cenrio de projeo, o qualreflete a continuidade das operaes dos bens e direitos quesero permutados conforme o TCD e seus respectivoscrescimentos, baseados na perspectiva de comportamento futurodas operaes das unidades produtivas, considerando os planosde expanso;

    Esta avaliao contempla a projeo dos resultados operacionais(modelo Debt Free), sendo que os ativos e passivos no-operacionais foram somados ou deduzidos do valor dasoperaes dos bens e direitos que sero permutados, quandoaplicvel; e

    As premissas macroeconmicas adotadas nas projees estodemonstradas abaixo:

    Premissas de Avaliao

    A seguir, apresentamos as premissas gerais aplicadas no presenteestudo:

    Conforme descrito no captulo Descrio das Empresas e doTCD, o trabalho de avaliao econmico-financeira foi realizadoconsiderando-se as operaes da Quickfood Pro Forma;

    Data-base de avaliao: 31 de dezembro de 2011;

    As projees esto apresentadas em termos nominais, ou seja,contemplam efeitos inflacionrios futuros;

    Os valores projetados so expressos em milhes de pesosargentinos (milhes de AR$), exceto quando de outra formaindicada;

    Os fluxos de caixa nominais projetados em pesos foram

    34Copyright 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda. Todos os direitos reservados.

    demonstradas abaixo: Os fluxos de caixa nominais projetados em pesos foramconvertidos para dlares norte-americanos e descontadosutilizando-se uma taxa estimada de 16,93% (WACC nominal emdlares);

    Considerou-se, na avaliao econmico-financeira da QuickfoodPro Forma, um horizonte projetivo compreendido entre osperodos de janeiro de 2012 a dezembro de 2016;

    O valor residual foi calculado com base na perpetuidade do ltimofluxo de caixa projetado, ajustado para necessidade deinvestimentos no longo prazo, considerando-se um crescimentonominal constante em dlares de 3,00% a.a.;

    Premissas Macroeconmicas 2012 2013 2014 2015 2016

    Taxa de inflao - Argentina 22,0% 16,0% 12,0% 8,4% 8,1%Taxa de inflao - Estados Unidos 1,8% 1,8% 2,2% 2,3% 2,3%PIB - Argentina 3,8% 4,0% 3,7% 3,8% 3,5%Taxa de cmbio mdia (AR$:US$) 4,59 5,21 5,82 6,26 6,63 Taxa de cmbio (R$:US$) 1,75 1,75 1,80 1,83 1,80

    Fonte: Economist Intelligence Unit. Anlises Deloitte e Banco Central em 30/12/2011.

  • Volume

    O volume de vendas foi projetado com base no plano de negciosda Administrao da Quickfood (Plano de Negcios) para asprincipais linhas de produtos: i) produtos processados,hambrgeres, salsichas Vienna, vegetais congelados, cortesresfriados e outros produtos processados; e ii) carnes in natura eprodutos derivados.

    Produtos Processados

    O volume de vendas foi projetado separadamente por categoria deproduto considerando-se as perspectivas de aumento da demanda

    Premissas de Avaliao

    63.929 64.20571.800

    82.38090.400

    100.0000,4%

    11,8%14,7%

    9,7% 10,6%

    - 0 , 3

    - 0 , 2

    - 0 , 1

    0

    0 , 1

    0 , 2

    2 0 . 0 0 0

    4 0 . 0 0 0

    6 0 . 0 0 0

    8 0 . 0 0 0

    1 0 0 . 0 0 0

    1 2 0 . 0 0 0

    1 4 0 . 0 0 0

    Volume de Produtos Processados (em toneladas)

    35Copyright 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda. Todos os direitos reservados.

    produto considerando-se as perspectivas de aumento da demandapor produtos processados, decorrente do crescimento econmicoe da potencial mudana no perfil de consumo de parte dapopulao argentina.

    De 2012 a 2016 foi projetado um CAGR de 9,4% a.a,acompanhando o crescimento da demanda e tambm o aumentodo market share dos produtos da Quickfood Pro Forma, que jvem ganhando participao de mercado nos ltimos anos.

    Esse crescimento est baseado em uma estratgia de aumentodas despesas de marketing e ser suportado pela estrutura dedistribuio desenvolvida pela Quickfood Pro Forma, para fins decomercializao dos produtos da marca Paty em todo o pas.

    A Administrao da Quickfood espera incorrer em investimentospara a ampliao (aproximadamente US$43 milhes no perodo2013-2016), de modo a aumentar a capacidade das suasinstalaes.

    - 0 , 40

    2011R 2012 2013 2014 2015 2016

    Mercado Interno Mercado Externo % Crescimento

  • A Administrao da Empresa tem como expectativa aumentar aprodutividade em virtude da implementao de novas tcnicas queesto sendo utilizadas em outros pases da Amrica Latina (porexemplo, Brasil).

    Volume (cont.)

    Carnes In Natura e Produtos Derivados (operaes de abate emSan Jorge)

    O volume de carnes e produtos derivados foi projetado com baseno volume de abate e no aumento da produtividade a partir de2013, considerando-se tambm a recuperao do estoque de gadona Argentina.

    Premissas de Avaliao

    87% 89%90% 90% 91%

    92%1 0 0 %2 5 0 . 0 0 0

    Volume de Abate e Taxa de Utilizao da Planta

    2,0% 2,0%1,0% 1,0% 1,0% 0 , 0 2

    0 , 0 4

    0 , 0 6

    0 , 0 8

    0 , 1

    8 0 . 0 0 0

    1 0 0 . 0 0 0

    1 2 0 . 0 0 0

    1 4 0 . 0 0 0

    Volume de Carnes In Natura e Derivados (em toneladas)

    36Copyright 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda. Todos os direitos reservados.

    153.405 156.473 158.038159.618 161.214 162.827

    87%

    2 0 %

    3 0 %

    4 0 %

    5 0 %

    6 0 %

    7 0 %

    8 0 %

    9 0 %

    0

    5 0 . 0 0 0

    1 0 0 . 0 0 0

    1 5 0 . 0 0 0

    2 0 0 . 0 0 0

    2011R 2012 2013 2014 2015 2016

    Volume de Abate (em cabeas) Taxa de Utilizao da Planta de San Jorge (em %)

    44.897 45.795 46.715 47.183 47.654 48.131

    - 0 , 1

    - 0 , 0 8

    - 0 , 0 6

    - 0 , 0 4

    - 0 , 0 2

    0

    0

    2 0 . 0 0 0

    4 0 . 0 0 0

    6 0 . 0 0 0

    8 0 . 0 0 0

    2011R 2012 2013 2014 2015 2016

    Mercado Interno Mercado Externo % Crescimento

  • Preo Mdio

    A evoluo do preo mdio dos produtos processados no mercadodomstico foi estimada com base na taxa de inflao argentinaprojetada.

    Para a projeo do preo das carnes in natura, foi considerado umreajuste real, refletindo as expectativas de melhora das margensdo setor.

    Os preos de exportao foram projetados com base nadesvalorizao da moeda local e nas taxas de inflao nosEstados Unidos.

    O preo mdio contempla a alterao projetada no mix deprodutos.

    Premissas de Avaliao

    Receita Bruta

    No grfico a seguir, est apresentada a evoluo da receita brutaresultante das premissas anteriormente discutidas:

    2.542

    3.126

    3.614

    4.155

    23,1%26,5%

    23,0%

    15,6% 15,0%

    - 0 , 1

    0

    0 , 1

    0 , 2

    0 , 3

    0 , 4

    3 . 0 0 0

    4 . 0 0 0

    5 . 0 0 0

    6 . 0 0 0

    7 . 0 0 0

    Receita Bruta (em AR$ milhes)

    37Copyright 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda. Todos os direitos reservados.

    produtos.

    15

    18

    2123

    2527

    15

    18

    22

    25

    2830

    1 0

    1 5

    2 0

    2 5

    3 0

    3 5

    4 0

    4 5

    5 0

    2011R 2012 2013 2014 2015 2016

    Preo Bruto Mdio (em AR$/kg)

    Produtos Processados Carne In Natura e Derivados

    1.6332.010

    2.542

    - 0 , 5

    - 0 , 4

    - 0 , 3

    - 0 , 2

    0

    1 . 0 0 0

    2 . 0 0 0

    2011R 2012 2013 2014 2015 2016

    Produtos Processados Carne In Natura e Derivados % Crescimento

  • Premissas de Avaliao

    Dedues da Receita Bruta

    As dedues da Receita Bruta referem-se aos impostos sobre asvendas e foram calculadas com base nas dedues histricas,sendo:

    - Alquota de 1,2% para vendas no mercado interno.

    - Alquota de 13% para vendas no mercado externo.

    - A partir de 2013, as vendas de carne in natura e derivados aomercado externo sero isentas.

    A reduo da proporo das dedues sobre a Receita Bruta nolongo prazo est ligada iseno fiscal sobre as exportaes decarne in natura e derivados.

    Receita Lquida

    No grfico a seguir, est apresentada a evoluo da receita lquidaresultante das premissas anteriormente discutidas:

    2.514

    3.089

    3.571

    4.104

    24,8%28,1%

    22,9%

    15,6% 14,9%

    - 0 , 1

    0

    0 , 1

    0 , 2

    0 , 3

    0 , 4

    3 . 0 0 0

    4 . 0 0 0

    5 . 0 0 0

    6 . 0 0 0

    7 . 0 0 0

    Receita Lquida (em AR$ milhes)

    38Copyright 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda. Todos os direitos reservados.

    6047

    28 3744 51

    3,7% 2,3% 1,1% 1,2% 1,2% 1,2%

    - 3 5 , 0 %

    - 2 5 , 0 %

    - 1 5 , 0 %

    - 5 , 0 %

    5 , 0 %

    1 5 , 0 %

    2 5 , 0 %

    3 5 , 0 %

    4 5 , 0 %

    0

    5 0

    1 0 0

    1 5 0

    2 0 0

    2 5 0

    3 0 0

    3 5 0

    4 0 0

    2011R 2012 2013 2014 2015 2016

    Dedues da Receita Bruta (em AR$ milhes)

    Produtos Processados Carne In Natura e Derivados % Receita Bruta

    1.5731.963

    2.514

    - 0 , 5

    - 0 , 4

    - 0 , 3

    - 0 , 2

    0

    1 . 0 0 0

    2 . 0 0 0

    2011R 2012 2013 2014 2015 2016

    Produtos Processados Carne In Natura e Derivados % Crescimento

  • Premissas de Avaliao

    Custo dos Produtos Vendidos (CPV)

    O CPV composto pelos custos de matria-prima, insumos e osgastos gerais de fabricao, sendo que o custo da carne um dosprincipais itens do CPV.

    Produtos Processados

    Os custos dos produtos processados foram projetados com basenas margens mdias histricas por linha de produto, considerando-se um ganho de escala no longo prazo.

    Carnes In Natura e Produtos Derivados (operaes de abate emSan Jorge)

    Conforme mencionado anteriormente, nos ltimos anos, o preo dogado foi pressionado pela reduo do rebanho argentino,consequncia de fenmenos naturais e das polticasgovernamentais.

    Apesar do aumento dos preos mdios de vendas dos produtos, oaumento do preo da carne como matria-prima impactounegativamente as margens da indstria de abates. No longo prazo,a Administrao da Empresa tem a expectativa de recuperar asmargens, por meio de um alinhamento da curva de reajuste dospreos da carne e de venda para o consumidor.

    3 . 5 0 0

    Custos dos Produtos Processados Vendidos (em AR$ milhes)

    39Copyright 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda. Todos os direitos reservados.

    preos da carne e de venda para o consumidor.

    0

    1 0 0

    2 0 0

    3 0 0

    4 0 0

    5 0 0

    6 0 0

    2008R 2009R 2010R 2011R 2012 2013 2014 2015 2016

    Evoluo dos Preos da Carne (2008 => BASE 100)

    Preo de Venda do Boi por kg de Carne (preo das fazendas)

    Preo de Venda ao Consumidor por kg de Carne

    703870

    1.123

    1.429

    1.686

    1.981

    76,0% 75,9% 75,3% 75,0% 74,8% 74,3%

    0 , 0 %

    2 0 , 0 %

    4 0 , 0 %

    6 0 , 0 %

    8 0 , 0 %

    1 0 0 , 0 %

    0

    5 0 0

    1 . 0 0 0

    1 . 5 0 0

    2 . 0 0 0

    2 . 5 0 0

    3 . 0 0 0

    2011R 2012 2013 2014 2015 2016

    Custo dos Produtos Vendidos % Receita Lquida

  • Premissas de Avaliao

    Custo dos Produtos Vendidos (CPV) (cont.)

    Os custos da operao frigorfica de San Jorge foram projetadasconsiderando-se a recomposio das margens da indstria, combase nas seguintes premissas:

    - Mudanas no ambiente regulatrio argentino, de forma apossibilitar reajustes de preos em termos reais e nominais,permitindo assim a viabilidade econmica desta cadeia denegcios;

    - Recomposio do estoque de gado argentino, permitindomelhor utilizao da capacidade produtiva das indstrias(reduo de ociosidade) e permitindo tambm a reduo doscustos de aquisio de gado dada a maior oferta;

    Outros Custos e Despesas Operacionais

    Outros custos e despesas operacionais contemplam despesascom pessoal, energia eltrica, manuteno, aluguis, marketing,gastos gerais, despesas administrativas, dentre outros.

    Esses custos e despesas foram projetados com base na suanatureza fixa/varivel: i) custos variveis foram estimadosmantendo-se sua proporo histrica em relao a receita lquida,e ii) custos fixos foram estimados com base na projeo dainflao durante o perodo projetivo.

    Adicionalmente, a Administrao da Empresa estima um aumentode 25% nas despesas com marketing, para suportar a estratgiade crescimento de volume e um aumento de 25% nas despesasadministrativas e gastos gerais em 2012, refletindo a perda de

    40Copyright 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda. Todos os direitos reservados.

    - Melhorias no processo produtivo da planta industrial de SanJorge.

    administrativas e gastos gerais em 2012, refletindo a perda desinergia resultante da segregao dos ativos.

    125

    187 229

    273 310

    352

    8,0%9,5% 9,1% 8,8% 8,7% 8,6%

    - 1 0 , 0 %

    - 5 , 0 %

    0 , 0 %

    5 , 0 %

    1 0 , 0 %

    1 5 , 0 %

    2 0 , 0 %

    2 5 , 0 %

    -

    1 0 0

    2 0 0

    3 0 0

    4 0 0

    5 0 0

    6 0 0

    7 0 0

    8 0 0

    9 0 0

    2011R 2012 2013 2014 2015 2016

    Outros Custos e Despesas Operacionais (em AR$ milhes)

    Outros Custos e Despesas Operacionais % Receita Lquida

    630766

    888999

    1.0931.194

    97,3%93,8%

    86,9% 84,3% 83,0% 82,9%

    0 , 0 %

    2 0 , 0 %

    4 0 , 0 %

    6 0 , 0 %

    8 0 , 0 %

    1 0 0 , 0 %

    1 2 0 , 0 %

    0

    5 0 0

    1 . 0 0 0

    1 . 5 0 0

    2 . 0 0 0

    2 . 5 0 0

    3 . 0 0 0

    3 . 5 0 0

    2011R 2012 2013 2014 2015 2016

    Custos dos Produtos Vendidos - Carne In Natura e Derivados (em AR$ milhes)

    Custo dos Produtos Vendidos % Receita Lquida

  • Premissas de Avaliao

    Investimentos

    Os investimentos foram projetados com base na manuteno daoperao do ativo fixo e na expanso da capacidade de produo demodo a atingir o nvel de produo projetado.

    EBITDA

    O EBITDA projetado, resultante das premissas descritasanteriormente, est apresentado no grfico a seguir:

    388

    482

    577

    3 0 , 0 %

    4 0 , 0 %

    5 0 , 0 %

    6 0 , 0 %

    7 0 , 0 %

    4 0 0

    5 0 0

    6 0 0

    7 0 0

    8 0 0

    9 0 0

    EBITDA (em AR$ milhes)

    110 113

    1 5 0

    2 0 0

    2 5 0

    3 0 0

    Investimentos (em AR$ milhes)

    41Copyright 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda. Todos os direitos reservados.

    114 139

    274

    7,2% 7,1%

    10,9% 12,6%13,5% 14,1%

    0 , 0 %

    1 0 , 0 %

    2 0 , 0 %

    -

    1 0 0

    2 0 0

    3 0 0

    2011R 2012 2013 2014 2015 2016

    EBITDA % Receita Lquida

    20

    45

    110 113

    54

    -

    5 0

    1 0 0

    2012 2013 2014 2015 2016

    Investimentos

  • Premissas de Avaliao

    Ativos e Passivos No Operacionais

    Os ativos e passivos no operacionais adicionados ou reduzidosdo valor das operaes da Quickfood Pro Forma foram extradosdo Balano Patrimonial na data-base da avaliao. No foramrealizadas anlises ou auditoria para averiguar a adequaodestes:

    Depreciao

    Para o clculo da depreciao e amortizao, foram utilizadastaxas informadas pela Administrao da Empresa, baseadas navida til fiscal para cada grupo de ativos.

    Para a depreciao dos novos investimentos, foi utilizada a taxamdia de depreciao, considerando-se a natureza destesinvestimentos.

    Capital de Giro

    A variao de capital de giro foi calculada considerando-se ascontas a receber, crditos fiscais, estoques, contas a pagar,

    (em AR$ milhes)Ajustes Econmicos

    . Disponibilidades 132

    . Outros Crditos (Intercompany e outros) 80

    . Emprstimos e Financiamentos (92)

    . Passivos no operacionais (19)

    Total do Ajuste (em AR$ milhes) 101

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    obrigaes sociais e obrigaes fiscais.

    No balano de partida foram consideradas apenas os saldosreferentes s operaes da Quickfood Pro Forma.

    A evoluo das necessidades de capital de giro relacionadas soperaes da Quickfood Proforma foram estimadas em 8% dareceita lquida, em linha com a necessidade de capital de giro emdezembro de 2011.

    Imposto de Renda

    O imposto de renda foi calculado de acordo com a alquota vigentede 35%.

    Segundo a Administrao da Quickfood, uma parte substancial dosaldo de prejuzos fiscais em dezembro de 2011 ser consumidana operao de segregao dos ativos da Empresa. O saldoremanescente foi includo nas projees, sendo amortizadointegralmente em 2012.

    Total do Ajuste (em AR$ milhes) 101

    Total do Ajuste (em US$ milhes) 23

    Nota: Taxa de cmbio em 31/12/11 AR$:US$ de 4,30.

  • Resultados da Avaliao

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  • Resultados da Avaliao

    Valor Econmico

    Na avaliao econmico-financeira da Quickfood Pro Forma foiadotado o Income Approach, aplicando-se a metodologia do Fluxo deCaixa Descontado. Dessa forma, com base no escopo de anlises,pesquisas, metodologia aplicada, premissas e consideraesadotadas e informaes obtidas durante a execuo dos trabalhos,conforme detalhado neste relatrio, foi estimado que, na data-base de31 de dezembro de 2011, o valor econmico da totalidade daQuickfood Pro Forma de R$518 milhes (quinhentos e dezoitomilhes de Reais), conforme demonstrado a seguir:

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    Fluxo de Caixa a Valor Presente (em US$ milhes) 67

    (+) Perpetuidade (em US$ milhes) 186

    Valor Operacional do Negcio (em US$ milhes) 253

    (+) Ajustes Diversos (em US$ milhes) 23

    Valor Econmico (em US$ milhes) 276

    Taxa de Cmbio R$/US$* 1,88

    Valor Econmico Total (em R$ milhes) 518

    Participao Societria detida pela Marfrig 90,05%

    Valor Econmico Proporcional (em R$ milhes) 466

    * Fonte: Banco Central do Brasil em 31/12/11.

  • Glossrio e Frmulas

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  • Glossrio

    Apresentamos, a seguir, o glossrio de termos tcnicos, deexpresses em lngua estrangeira e outras siglas ou quaisquerindicadores utilizados neste Relatrio de Avaliao Econmico--Financeira, em ordem alfabtica:

    a.a.: ao ano.

    ABIEC: Associao Brasileira das Indstrias Exportadoras deCarne.

    BM&F Bovespa: Bolsa de Valores de So Paulo.

    Business Plan: plano de negcios.

    CCR: CCR International Research. Agncia internacional depesquisa de mercado.

    CPI: Consumer Price Index. Representa a inflao projetada nosEstados Unidos.

    CPV: Custo dos Produtos Vendidos.

    CVM: Comisso de Valores Mobilirios.

    CWE: Carcass Wieght Equivalent. Preo equivalente da carcaa.

    DFP: Demonstraes Financeiras Padronizadas.

    EBITDA: Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation andAmortization.

    EIU: The Economist Intelligence Unit.

    FCD: Fluxo de Caixa Descontado.

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    pesquisa de mercado.

    CADE: Conselho Administrativo de Defesa Econmica.

    CAGR: Compound Average Growth Rate. Taxa composta decrescimento anual.

    CAICHA: Cmara Argentina de la Industria de Chacinados y Afines cmara argentina da indstria de embutidos e afins.

    CAPEX: Capital Expenditure. Capital utilizado para adquirir,melhorar ou manter os bens fsicos da empresa.

    CAPM: Capital Asset Pricing Model. Representa o mtodo utilizadopara determinao do custo de capital prprio.

    Corporate Finance: Finanas Corporativas.

    Cota Hilton: Consiste em uma quota internacional de importaode carne bovina de alta qualidade, fresca, refrigerada e congelada.

    FCD: Fluxo de Caixa Descontado.

    Food service: segmento de negcios e produtos voltados paraalimentao corporativa (ex. restaurantes, refeitrios, etc.).

    GATT: General Agreement on Tariffs and Trade. Acordo geral detarifas e comrcio.

    IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica.

    IGP-M: ndice Geral de Preos de Mercado.

    IPCA: ndice de Preos ao Consumidor Amplo.

    IPCVA: Instituto de Promocin de la Carne Vacuna Argentina Instituto de promoo da carne bovina argentina

    Kantar Worldpanel: Agncia internacional de pesquisas aoconsumidor.

    IR/CS: Imposto de Renda e Contribuio Social.

  • Glossrio

    ITR: Informaes Trimestrais.

    LTM: Last twelve months period. 12 meses findos.

    MAGyP: Ministrio de Agricultura, Pecuria e Pesca ministriode agricultura pecuria e pesca da argentina.

    Market Share: participao de mercado

    Morningstar (ex-Ibbotson Associates): provedor de informaessobre dados histricos e esperados para o mercado de capitais qual tivemos acesso para o desenvolvimento do trabalho.

    ONCCA: Oficina Nacional de Control Comercial Agropecuario departamento nacional de controle comercial agropecurio daArgentina.

    Taxa de IR: taxa de Imposto de Renda.

    Taxa SELIC: meta de taxa de juros em reais.

    T-Bond: Treasury Bonds. Representa ttulos emitidos pelo governonorte-americano.

    TCD: Termo de Compromisso de Desempenho assinado pela BRFjunto ao CADE em julho de 2011.

    TNS GALLUP Argentina: Membro da Gallup InternationalAssociation que conduz estudos de mercado e pesquisas deopinio pblica.

    United States Census Bureau: Departamento de estatsticas dosEstados Unidos.

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    Argentina.

    Peers: competidores de mercado.

    Perpetuidade: o valor presente dos fluxos de caixa futuros,assumidos com crescimento constantes em intervalos regularespara sempre.

    PIB: Produto Interno Bruto.

    ROE: Registro de Operaciones de Exportacin. Registro deOperaes de Exportao.

    San Jorge Slaughter Operations: Operaes de abate daQuickfood realizada na planta industrial de San Jorge

    SP: Size Premium.

    Taxa de Crescimento Perptuo: representa a taxa de crescimentodas operaes (fluxo de caixa) aplicada para o perodo daperpetuidade.

    Estados Unidos.

    USDA: United States Department of Agriculture departamento deagricultura dos Estados Unidos.

  • Frmulas

    Beta Desalavancado = Beta1+ (1-tax) x (D / E)

    em que:Beta

    tax

    DE

    = beta local de cinco anos da empresa comparvelcalculado semanalmente no mercado local

    = alquota de impostos (IR/CS) efetiva da empresacomparvel

    = dvida lquida= capital prprio

    KER$ = (1 + KEUS$) x (1 + InfR$)

    (1 + InfUS$)- 1

    em que:KER$InfR$InfUS$

    = retorno esperado pelo acionista (CAPM) em reais= inflao brasileira esperada= inflao norte-americana esperada

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    em que:KEUS$

    RfPRMCRSP

    KEUS$ = Rf + (PRM x ) + (CR) (SP)+

    = retorno esperado pelo acionista (CAPM) em dlaresnorte-americanos

    = taxa livre de risco= beta= prmio de mercado= risco pas= prmio pelo tamanho da empresa

    Perpetuidade =(Modelo de Gordon)

    FCp x Fd x (1 + G)

    WACC - G

    em que:FCpFdGCAPM

    = fluxo de caixa na perpetuidade= fator de desconto= crescimento na perpetuidade= custo de capital prprio

  • Carta de Representao

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  • Anexos

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  • Demonstrao de Resultado Projetada(em AR$ milhes)

    ProjetadoDemonstrao do Resultado 2012 2013 2014 2015 2016

    Receita Operacional Lquida 1.963 2.514 3.089 3.571 4.104. % Crescimento 24,8% 28,1% 22,9% 15,6% 14,9%

    Custo dos Produtos Vendidos (1.636) (2.011) (2.428) (2.779) (3.175) . % Receita Lquida -83,4% -80,0% -78,6% -77,8% -77,4%

    Lucro Bruto 327 503 661 792 929 . % Receita Lquida 16,6% 20,0% 21,4% 22,2% 22,6%

    Outros Custos e Despesas Operacionais (187) (229) (273) (310) (352) . % Receita Lquida -9,5% -9,1% -8,8% -8,7% -8,6%

    EBITDA 139 274 388 482 577. % Receita Lquida 7,1% 10,9% 12,6% 13,5% 14,1%

    . Depreciao e Amortizao (13) (17) (24) (36) (44)

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    Lucro / (Prejuzo) Antes do Imposto de Renda 126 257 364 446 533. % Receita Lquida 6,4% 10,2% 11,8% 12,5% 13,0%

    . Imposto de Renda (15) (90) (127) (156) (187) . % IR e CSLL 12,0% 35,0% 35,0% 35,0% 35,0%

    Lucro / (Prejuzo) Lquido do Exerccio 111 167 236 290 347. % Receita Lquida 5,7% 6,7% 7,7% 8,1% 8,4%

  • Fluxo de Caixa ProjetadoProjetado Base

    2012 2013 2014 2015 2016 Perpetuidade

    EBITDA (em AR$ milhes) 139 274 388 482 577 577

    . Variao de Capital de Giro (em AR$ milhes) (92) (46) (47) (39) (43) (10)

    EBITDA Lquido de Capital de Giro (em AR$ milhes) 47 228 341 442 534 567

    . Investimentos (em AR$ milhes) (20) (45) (110) (113) (54) (44)

    . Imposto de Renda (em AR$ milhes) (15) (90) (127) (156) (187) (187)

    Fluxo de Caixa (em AR$ milhes) 13 93 104 173 294 337

    . Taxa de Cmbio (AR$:US$) 4,6 5,2 5,8 6,3 6,6 6,6

    Fluxo de Caixa (em US$ milhes) 3 18 18 28 44 51

    Fator de Desconto ==> 0,9248 0,7909 0,6764 0,5784 0,4947 0,4947

    Fluxo de Caixa a Valor Presente (em US$ milhes) 3 14 12 16 22 26

    Participao (em %) 100,00% 90,05%

    Fluxo de Caixa a Valor Presente (em US$ milhes) 67 60

    Fluxo de Caixa Descontado

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    Anlise de Sensibilidade Fluxo Operacional da Empresa

    Fluxo de Caixa a Valor Presente (em US$ milhes) 67 60

    (+) Perpetuidade (em US$ milhes) 186 167

    Valor Operacional do Negcio (em US$ milhes) 253 227

    (+) Ajustes Diversos (em US$ milhes)* 23 21

    Valor Econmico (em US$ milhes) 276 249

    Nota: *Taxa de Cmbio AR$4,30/US$ em 31/12/11.

    Participao 100%

    17,23% 16,93% 16,63%

    2,70% 242 248 255

    3,00% 246 253 259

    3,30% 250 257 264

    Taxa de Desconto

    Cre

    scim

    ento

    P

    erp

    etu

    idad

    e

    Participao 90,05%

    17,23% 16,93% 16,63%

    2,70% 218 223 229

    3,00% 222 227 234

    3,30% 226 232 238

    Taxa de Desconto

    Cre

    scim

    ento

    P

    erp

    etu

    idad

    e

  • 56Copyright 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Consultores Ltda. Todos os direitos reservados.

    A Deloitte oferece servios nas reas de Auditoria, Consultoria Tributria, Consultoria em Gesto de Riscos Empresariais, Corporate Finance, Consultoria Empresarial, Outsourcing, Consultoriaem Capital Humano e Consultoria Atuarial para clientes dos mais diversos setores. Com uma rede global de firmas-membro em 140 pases, a Deloitte rene habilidades excepcionais e umprofundo conhecimento local para ajudar seus clientes a alcanar o melhor desempenho, qualquer que seja o seu segmento ou regio de atuao.

    Os 170 mil profissionais da Deloitte esto comprometidos a tornarem-se o padro de excelncia do mercado e esto unidos por uma cultura colaborativa, que encoraja a integridade, ocomprometimento, a fora da diversidade e a gerao de valor aos clientes. Eles vivenciam um ambiente de aprendizado contnuo, experincias desafiadoras e oportunidades de carreiraenriquecedoras, dedicando-se ao fortalecimento da responsabilidade corporativa, conquista da confiana do pblico e gerao de impactos positivos em suas comunidades.

    No Brasil, onde atua desde 1911, a Deloitte uma das lderes de mercado e seus mais de 3.300 profissionais so reconhecidos pela integridade, competncia e habilidade em transformar seusconhecimentos em solues para seus clientes. Suas operaes cobrem todo o territrio nacional, com escritrios em So Paulo, Belo Horizonte, Braslia, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Joinville,Porto Alegre, Rio de Janeiro, Recife e Salvador.

    Deloitte refere-se sociedade limitada estabelecida no Reino Unido Deloitte Touche Tohmatsu Limited e sua rede de firmas-membro, cada qual constituindo uma pessoa jurdicaindependente. Acesse www.deloitte.com/about para uma descrio detalhada da estrutura jurdica da Deloitte Touche Tohmatsu Limited e de suas firmas-membro.