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Relatório de Estágio TOPOGRAFIA E GEORREFENCIAMENTO NO CONTEXTO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO GABRIEL RS. Acadêmico Juliano do Prado Rodrigues CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL São Gabriel, RS, Brasil Junho 2011

Relatório de Estágio TOPOGRAFIA E GEORREFENCIAMENTO NO

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Page 1: Relatório de Estágio TOPOGRAFIA E GEORREFENCIAMENTO NO

Relatório de Estágio

TOPOGRAFIA E GEORREFENCIAMENTO NO CONTEXTO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO GABRIEL – RS.

Acadêmico Juliano do Prado Rodrigues

CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL

São Gabriel, RS, Brasil Junho 2011

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Universidade Federal do Pampa Campus São Gabriel

Curso de Engenharia Florestal

A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o Relatório de Estágio

TOPOGRAFIA E GEORREFENCIAMENTO NO CONTEXTO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO GABRIEL – RS.

elaborado por

Juliano do Prado Rodrigues

como requisito parcial para obtenção do grau de Engenheiro Florestal

COMISSÃO EXAMINADORA: ______________________________ Prof. Me. Adriano Luis Schünemann

(Presidente/Orientador)

______________________________ Prof.ª Dr.ª Ana Caroline Paim Benedetti

______________________________

Prof. Dr. Ítalo Pilippi Teixeira

São Gabriel, Junho de 2011.

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Dedico este Trabalho de Conclusão de Curso aos meus amados pais, Emilio Ozy Rodrigues (em memoria) e Josseli do Prado Rodrigues, que tiveram a mim como o maior objetivo de suas vidas. Nesta empreitada de cinco anos, a distância e as dificuldades serviram para que eu conhecesse ainda mais o poder do amor, da dedicação e do carinho que eles sempre tiveram por mim. Tenho a certeza de que isto foi fundamental em minha caminhada até aqui. Muito Obrigado!

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AGRADECIMENTOS

A Deus por propiciar-me forças e proteção para superar os desafios desta vida. Aos meus tios Aneci Oliveira do Prado e Francisco Teixeira Lopes, pelo apoio, incentivo e exemplo de trabalho e dedicação na buscas de seus ideais, e demais tios, os quais sem exceção me apoiaram. À minha noiva Ana Lucía Salvadé dos Santos pelo seu amor e pelo companheirismo nesta caminhada de quase quatro anos. Ao meu sogro Adil Lopes dos Santo e meu cunhado Felipe Salvadé dos Santos, pelo apoio e exemplo de superação das adversidades que encontramos pelo caminho. Ao professor Adriano Luis Schünemann pela orientação deste estágio e pela amizade. Aos professores Rodrigo Josemar Seminoti Jacques, Italo Filippi Teixeira e Frederico Costa Beber Vieira pela orientação nos trabalhos de iniciação cientifica e pela amizade.

À Prefeitura municipal de São Gabriel, na pessoa do Secretário de Obras, Habitação e Urbanismo Robson Campos Dotto Gonçalves, do Engenheiro de Operações Ubirajara Pedroso e dos demais funcionários desta Secretaria. A todos os colegas de curso pelo convívio e pela amizade. Aos professores e demais servidores da UNIPAMPA Campus São Gabriel, minha gratidão pela forma de conduzir o curso em todas as etapas e possibilitarem o funcionamento desta instituição. Aos muitos que deixei de citar e que direta ou indiretamente contribuíram para a realização deste trabalho, durante o curso e na vida, saibam que os levo no coração e com a certeza que um dia poderei retribuir pessoalmente tal apoio.

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A ciência sem a religião é renga, a religião sem a ciência é cega.

Albert Einstein

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RESUMO

TOPOGRAFIA E GEORREFERENCIAMENTO NO CONTEXTO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO GABRIEL – RS.

Autor: Juliano do Prado Rodrigues¹ Orientador: Adriano Luis Schünemann²

Supervisor: Ubirajara Pedroso³ O estudo da topografia permite compreender os processos clássicos e modernos utilizados na realização de trabalhos importantes como a medição de glebas, localização de edificações, cálculos de volumes entre outros. O presente relatório trata do estágio realizado no período de primeiro de abril a três de junho de dois mil e onze, na Secretaria de Obras, Habitação e Urbanismo do Município de São Gabriel, Rio Grande do Sul. No decorrer do curso de Engenharia Florestal observou-se a necessidade de um número maior de práticas sobre cada assunto em especifico e outras que exigissem o conjunto de assuntos abordados em sala de aula, bem como o trabalho em equipe com pessoas de formação variada. Em função disto o presente estágio teve como objetivo a realização de atividades práticas em áreas ligadas à topografia, e, além disso, desenvolver a capacidade de trabalho em equipe. As principais atividades desenvolvidas durante o estágio foram a localização e caracterização de áreas urbanas para o devido cadastro, a realização de uma planilha automática para o cálculo analítico das coordenadas dos vértices e área do polígono levantado, acompanhamento de atividades práticas de topografia, estudo de dados ligados a topografia e posterior discussão dos mesmos com o supervisor do estágio. A realização do estágio oportunizou um maior conhecimento a respeito de topografia e assuntos correlatos, colocando-os em prática e sanando dúvidas remanescentes dos componentes curriculares anteriormente realizados. Conclui-se que mesmo com o avanço das técnicas de georreferencimento e do uso de GPS (Global Positioning System), o conhecimento da topografia é a base para compreender o todo e com grande utilização na realização de trabalhos em pequena escala principalmente nos levantamentos altimétricos que envolvem o nivelamento geométrico.

Palavras-chave: altimetria, rede cadastral municipal, GPS.

1 Estudante de graduação do curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Pampa –

UNIPAMPA/Campus de São Gabriel – RS. 2 Professor Assistente da Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA/Campus de São Gabriel –

RS. 3 Engenheiro de Operações da Secretaria de Obras, Habitação e Urbanismo do Município de São

Gabriel, RS.

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1: Sanga da Rivera (a e b), área próxima à antiga estação férrea (c e

d)................................................................................................................................22

FIGURA 2: Situação do “Boeiro do Canjica”: casa onde seria uma rua (a), área de

APP (b), casas e a rua muito próximas da sanga (c, d, e e f)....................................24

FIGURA 3: Equipamentos utilizados: nível (a), teodolito analógico (b).....................27

FIGURA 4: Obra de terraplanagem no local onde foi realizado o trabalho

altimétrico...................................................................................................................27

FIGURA 5: Marcos da Rede Cadastral Municipal de São Gabriel.............................27

FIGURA 6: GPS L1L2................................................................................................28

FIGURA 7: Parte inicial da planilha............................................................................29

FIGURA 8: Parte final da planilha..............................................................................29

FIGURA 9: Totais e cálculo da área pela planilha.....................................................30

FIGURA 10: Corpo técnico da Secretaria de Obra, Habitação e Urbanismo da Prefeitura Municipal de São Gabriel...........................................................................30

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LISTA DE SIGLAS

APP: Área de Preservação Permanente

GPS: Global Positioning System

UTM: Projeção Universal Transversa de Mercator

RN: Referência de Nível

SAD-69: South American Datum - 1969

SIRGAS: Sistema de Referência Geocêntrico para a América do Sul

SGB: Sistema Geodésico Brasileiro

IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia Estatística

IV: Infravermelho

Page 9: Relatório de Estágio TOPOGRAFIA E GEORREFENCIAMENTO NO

SUMÁRIO

1 ORGANIZAÇÃO.....................................................................................................09

2 INTRODUÇÃO........................................................................................................11

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...................................................................................13

3.1 Estatuto das cidades e importância da topografia.........................................13

3.2 Topografia e geodésia.......................................................................................13

3.2.1 Métodos de levantamento topográfico..............................................................14

3.2.2 Normas para levantamento topográfico............................................................14

3.2.2.1 Instrumentos...................................................................................................15

3.2.2.1.1 Instrumental básico.....................................................................................15

3.2.2.1.2 Instrumental auxiliar....................................................................................16

3.3 Georreferenciamento e GPS..............................................................................17

3.3.1 Descrição e Princípio Básico.............................................................................17

3.3.2 Datum oficial brasileiro......................................................................................18

3.3.3 Utilização em cadastro urbano..........................................................................19

3.3.4 Transporte de coordenadas (NBR 14166)........................................................19

4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS..........................................................................20

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO.............................................................................28

6 CONCLUSÃO.........................................................................................................29

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................30

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1 ORGANIZAÇÃO

A Prefeitura do Município de São Gabriel, Rio Grande do Sul, possui 14

secretarias, dentre as quais a Secretaria de Obras, Habitação e Urbanismo onde

realizou-se o estágio curricular. Esta secretaria é responsável pelas obras públicas e

urbanismo, elaboração de planos urbanísticos, sinalização de ruas e logradouros

públicos, fiscalização de edificações e loteamentos, bem como obras públicas não

municipais e parecer sobre o seu licenciamento, demolições e outras.

A cidade de São Gabriel constitui um dos primeiros povoamentos da região

da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. Remontam ao século XVIII as primeiras

instâncias jesuíticas, das Reduções de São Luis, São João e São Lourenço, na

região onde se localiza atualmente o município. Pelo tratado de Madri, assinado no

ano de 1750, o que constituía o território do atual município passou a pertencer a

Portugal, pois até então era espanhol, servindo o rio Santa Maria de divisa. As

disputas internas entre castelhanos, portugueses e índios só permitiram a

demarcação partir de 1784. Em 1800 o naturalista espanhol Félix de Azara chega a

atual localidade do Cerro do Batovi e funda o primeiro povoamento, de origem

espanhola, já com o nome de São Gabriel. Em 4 de abril de 1846, já no seu atual

local - antiga Sesmaria do Trilha, com colonização portuguesa, foi elevada a

categoria de vila, com a instalação da Câmara de Vereadores, sendo considerada a

data de aniversário de fundação (CHAGAS, 2004).

São Gabriel está localizada na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, às

margens da BR 290, sendo esta um importante corredor de importação e

exportação. Dista 320 Km da capital Porto Alegre, 290 Km do Porto Internacional de

Rio Grande, 300 Km de Uruguaiana/Argentina, 170 Km de Livramento/Uruguai, 64

Km de Rosário do Sul, 35 Km de Santa Margarida do Sul e 170 Km de Santa Maria.

A área do município é de 5024 Km2, com uma população de 60.425 pessoas e tem

por bioma o Pampa.

A base econômica do município esta ligada às atividades agropecuárias, onde

predominam a produção de arroz, soja e gado de corte. Recentemente, iniciou-se

uma diversificação de culturas com o desenvolvimento da piscicultura, da apicultura,

da fruticultura e da silvicultura. O Setor de Comércio e Serviços responde por mais

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da metade do Produto Interno Bruto (PIB) Municipal, especialmente a pequena e

microempresa. A indústria atua especialmente no setor têxtil e agroindustrial. A

cidade possui ainda um campus universitário da Universidade da Região da

Campanha (URCAMP) e um da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), bem

como três unidades do Exército brasileiro.

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2 INTRODUÇÃO

A topografia é uma ciência que tem por objetivo a descrever as características

naturais e as benfeitorias de uma determinada área com raio não superior a 30 Km,

expressando estas em uma planta. Nos levantamentos planimétricos basicamente

são calculadas as áreas e localizados pontos de interesse, já nos levantamentos

altimetricos são levados em consideração os valores de altitude e com isto é

possível representar com boa aproximação as curvas de nível do terreno e com isto

através do cálculo de corte e aterro tronar uma área antes declivosa em plana.

O manuseio destas informações passadas para o papel é fundamental na

realização dos mais diversos tipos de projetos, entre os quais podemos citar:

construção de pontes, estradas, edifícios, canais de irrigação, oleodutos, cálculo de

áreas e volumes.

O estudo da topografia envolve a utilização de diversos métodos e

equipamentos os quais evoluíram bastante nas últimas décadas, principalmente com

a utilização de equipamentos eletrônicos e programas computacionais no cálculo

dos dados levantados a campo. Para tal é exigindo conhecimento e pratica no

levantamento e manuseio dos dados.

Tendo em vista todos estes fatores anteriormente relacionados o presente

estágio teve como objetivo a realização de atividades práticas em áreas ligadas à

topografia, e, além disso, desenvolver a capacidade de trabalho em equipe.

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3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 Estatuto das cidades e importância da topografia

O Estatuto das Cidades faz parte da Lei no 10.257 de 10 de julho de 2001

que regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição Federal de 1988, que estão

de acordo com o capítulo relativo à Política Urbana. O artigo 182 estabeleceu que a

política de desenvolvimento urbano, executada pelo poder público municipal, têm

por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e

garantir o bem-estar de seus habitantes, definindo que o instrumento básico desta

política é o Plano Diretor (OLIVEIRA, 2001).

O estudo da topografia na construção de uma cidade é de fundamental

importância para o funcionamento desta ao longo do tempo, e com influência direta

sobre a população. Isto vai desde o planejamento de uma rua com sua largura de

trânsito para carros, quanto ao cálculo das sarjetas para escoamento das águas

(McCORMAC, 2004).

A topografia é a base para qualquer projeto de obra realizada por engenheiros

ou arquitetos, tais como trabalhos de obras viárias, núcleos habitacionais, edifícios,

aeroportos, hidrografia, usinas hidrelétricas, telecomunicações, sistemas de água e

esgoto, planejamento, urbanismo, paisagismo, irrigação, drenagem, cultura,

reflorestamento que são desenvolvidos em função do terreno sobre o qual se

assentam. Sendo fundamental o conhecimento pormenorizado deste terreno, tanto

na etapa do projeto, quanto da sua construção ou execução, e, a Topografia,

fornece os métodos e os instrumentos que permitem este conhecimento do terreno e

asseguram uma correta implantação da obra ou serviço (COSTA, 2010).

3.2 Topografia e geodésia

A topografia é muitas vezes confundida com a geodésia. Enquanto a

topografia tem por finalidade mapear uma pequena porção de superfície (área de

raio até 30km), a geodésia, tem por finalidade, mapear grandes porções desta

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mesma superfície, levando em consideração as deformações devido à sua

esfericidade (BORGES, 1977).

No desenvolvimento do estudo da geodésia, se considera o elipsóide de

revolução como superfície de referência com parâmetros a e b (semi-eixo maior e

semi-eixo menor, respectivamente), numericamente determinados. A geodésia

determina com precisão malhas triangulares justapostas à do elipsoide de revolução

terrestre determinando as coordenadas de seus vértices (McCORMAC, 2004;

CARVALHO FILHO, 2009).

3.2.1 Métodos de levantamento topográfico

O levantamento topográfico é um conjunto de operações com a finalidade de

determinar a posição relativa de pontos na superfície terrestre. As determinações

são obtidas por meio medidas de ângulos e distâncias, ligando os pontos descritores

dos objetos a serem representados com posterior processamento em modelo

matemático adequado (BRANDALIZE, 2008).

Os métodos de levantamento topográficos mais utilizados são os da

triangulação e método da poligonal para a planimetria e nivelamento, geométrico

para a altimetria. Os métodos de irradiação, coordenadas retangulares,

decomposição em triângulos, para a planimetria e nivelamento trigonométrico para a

altimetria são considerados métodos secundários, já a taqueometria é um método

secundário em levantamentos planialtimétricos (ORTH, 2008).

3.2.2 Normas para levantamento topográfico

As normas para levantamentos topográficos a nível federal utilizadas são a

NBR 13.133 “Execução de Levantamento Topográfico” de maio de 1994, bem como

os documentos complementares citados nesta e a “Norma Técnica para

Levantamentos Topográficos” do INCRA de julho de 2001 (VEIGA et al,.2007;

BRASIL, 2001).

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3.2.2.1 Instrumentos

3.2.2.1.1 Instrumental básico

O teodolito é um instrumento óptico de precisão, lê ângulos horizontais, do

tipo goniométrico e ângulos verticais, permitindo fazer levantamentos planimétricos e

taqueometria. Os fios estadimétricos verticais permitem a execução de

levantamentos utilizando-se mira horizontal, e os fios horizontais são para utilização

de mira falante. O princípio da estadimetria é usado em topografia para determinar,

de forma indireta, a distância horizontal entre a estação topográfica e um ponto

visado (BORGES, 1977).

Existe ainda o teodolito eletrônico, com os mesmos princípios de um teodolito

convencional, sua resolução óptica é de alto rendimento, de fácil manuseio,

confiável e normalmente faz parte de um sistema modular que permite adaptar uma

trena eletrônica. Possui um visor de cristal liquido, permitindo observar todas as

informações da visada, tais como ângulo vertical e horizontal. Estes equipamentos

são bem resistentes, alguns fabricantes disponibilizam equipamentos a prova d’água

(RODRIGUES, 2003).

Os distanciômetros são aparelhos que vem geralmente acoplados a

equipamentos como o teodolito eletrônico ou a estação total, os quais como o nome

sugere são capazes de medir distâncias relativamente grandes com precisão

conhecida. Estes podem ser do tipo eletrônico ou de micro-ondas e ainda do tipo

electro-óptico que funcionam com raios Infra Vermelhos (IV) ou a Laser (ANTUNES,

1995).

A estações totais são instrumentos eletrônicos dos mais utilizados atualmente

em topografia. São constituídos por um teodolito electrónico e um instrumento de

medição eletro-óptica, este ultimo é colocado numa posição concêntrica em relação

à luneta do teodolito formando um único bloco. O conceito de estação total não

apareceu, na era dos instrumentos eletrônicos, pois ele se define como sendo um

instrumento que permite medir, em simultâneo ou em tempo útil, os ângulos vertical,

horizontal e as distâncias. As estações eletrônicas estão munidas de um

microprocessador, tal como nos teodolitos electrónicos, que geram o conjunto de

operações possíveis numa estação total, permitindo a quase totalidade do cálculo

topográfico em tempo real através de programas computacionais inseridos na sua

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memória, bem como, o armazenamento de grandes quantidades de dados

(ANTUNES, 1995).

O nível é usado em levantamentos topográficos altimétricos principais, pelo

método do nivelamento geométrico, sendo um instrumento similar ao teodolito,

óptico e de precisão, para leitura de alturas sobre uma mira colocada verticalmente

sobre os pontos topográficos a nivelar. O nível, ao contrário do teodolito, nunca é

instalado sobre um ponto topográfico, mas sempre entre os pontos a nivelar. A

luneta do nível se estrutura de tal forma que seja possível o seu movimento

horizontal, sendo impossível bascular-se a mesma no sentido vertical, cuja linha de

visada é o referencial para as leituras de alturas (ORTH, 2008).

3.2.2.1.2 Instrumental auxiliar

As balizas são utilizadas para manter o alinhamento, na medição entre

pontos, quando há necessidade de se executar vários lances. Suas características

são: construídas em madeira ou ferro, arredondado, sextavado ou oitavado;

terminadas em ponta guarnecida de ferro, comprimento de 2 metros normalmente,

sendo pintadas em cores contrastantes (branco e vermelho ou branco e preto) para

facilitar a visualização à distância. Sua operação exige que sejam mantidas na

posição vertical, sobre o ponto topográfico marcado no piquete, com auxílio de um

nível de cantoneira (ORTH, 2008).

O nível de cantoneira é um equipamento em forma de cantoneira e dotado de

bolha circular que permite ao operador segurar a baliza na posição vertical sobre o

piquete ou sobre o alinhamento a medir (ORTH, 2008).

A trena é um instrumento utilizado para medição direta de distâncias entre

dois pontos topográficos sobre alinhamentos. Na utilização desse instrumento

existem dificuldades de uso em espaços abertos, em terrenos acidentados, e

distâncias longas (VEIGA et al, 2007).

Os piquetes são peças de madeira, com secção quadrada ou circular com 2 a

4 cm de diâmetro, providos de ponta. São inseridos no terreno e usados para

materializar um vértice de poligonal ou alinhamento (VEIGA et al, 2007).

As estacas testemunha são utilizadas para facilitar a localização dos piquetes,

indicando a sua posição aproximada, sendo assentadas próximas ao piquete cerca

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de 30 a 50cm, com comprimento que varia de 15 a 40cm e diâmetro de 3 a 5cm,

podendo ser chanfradas na parte superior para permitir uma inscrição, indicando o

nome ou número do piquete (VEIGA et al, 2007).

A mira é uma régua graduada de 0 a 4,0 metros em centímetros, decímetros

e as vezes até milímetros, cujas leituras podem ser feitas com detalhamento

correspondente a sua graduação mínima. A mira é colocada sobre um ponto

topográfico para leitura de alturas entre o ponto no terreno e o plano horizontal

formado pela visada do nível (BORGES,1977).

O prisma é um equipamento com a capacidade de refletir o sinal eletrônico

emitido por equipamentos eletrônicos como Estação Total e distanciômetros, e

reenviá-lo de volta a estes, possibilitando a medição eletrônica da distância entre o

emissor do sinal e o ponto de interesse, de maneira bastante precisa (FRIEDMANN,

2010).

Outros instrumentos auxiliares que por vezes podem ser utilizados são:

termômetro, barômetro, psicômetro, dinamômetro, sapatas para mira, bússola,

marreta, caderneta e para-sol.

3.3 Georreferenciamento e GPS

3.3.1 Descrição e princípio básico

A georreferenciamento consiste na ligação de um levantamento à rede

geodésica nacional, usando como recurso equipamentos como estações totais ou

GPS, ou seja, é um levantamento topográfico ligado à rede geodésica nacional com

coordenadas iniciais georreferenciadas e não valores fictícios (McCORMAC, 2004).

O GPS é um sistema de posicionamento de cobertura global, isto é, possível

de ser utilizado em qualquer ponto à superfície da Terra ou nas suas imediações

atmosféricas, e que se baseia na medição de distâncias através de tempos de

percurso e diferença de fase de sinais eletromagnéticos emitidos por uma

constelação de satélites artificiais, sendo o sistema constituído por três componentes

principais, a componente espacial, a componente de controle e a componente

utilitária. (McCORMAC, 2004; BRASIL, 2005).

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3.3.2 Datum oficial brasileiro

O Datum é um sistema de referência utilizado para computar ou correlacionar

como os resultados de um levantamento. Existem os Datums verticais os quais são

uma superfície de nível utilizada no referenciamento das altitudes tomadas sobre a

superfície terrestre e os Datums horizontais utilizados no referenciamento das

posições tomadas sobre a superfície terrestre. O Datum horizontal é definido pelas

coordenadas geográficas de um ponto inicial, pela direção da linha entre este ponto

inicial e um segundo ponto especificado, e pelas duas dimensões (a= semi-eixo

maior e b= semi-eixo menor) que definem o elipsóide utilizado para representação

da superfície terrestre (BRANDALIZE, 2008).

O Sistema de Referência Geocêntrico para a América do Sul – SIRGAS, é um

projeto criado a partir da Conferência Internacional para Definição de um Datum

Geocêntrico para a América do Sul, ocorrida de 04 a 07 de outubro de 1993, em

Assunção, Paraguai (FORTES, 2000). O SIRGAS2000 foi oficializado em fevereiro

de 2005 como o novo referencial do Sistema Geodésico Brasileiro (SGB), conforme

publicação da resolução 01/2005 do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística

(IBGE), sendo que os Datuns Córrego Alegre e SAD69 devem entrar em desuso a

partir de 2014. Com a utilização do SIRGAS ocorrerá uma uniformidade e

compatibilidade entre as informações geoespaciais tanto no âmbito nacional como

internacional para o novos e a necessidade de conversões nos bancos de dados

existentes (BONATTO, 2008).

3.3.3 Utilização em cadastro urbano

O cadastro urbano tem por objetivo localizar e descrever uma determinada

área do ponto de vista jurídico e geométrico. O uso de ferramentas como a

topografia e geodésia, torna estas informações georreferenciadas, pois amarra os

pontos cadastrados a uma malha geodésica conhecida e certificada pelos órgãos

responsáveis. O uso do GPS torna isto viável identificando as coordenadas do ponto

em questão tornado-o conhecido em relação a outro na malha oficial (McCORMAC,

2004).

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3.3.4 Transporte de coordenadas (NBR 14166)

A NBR 14166 fixa a condições para a implantação e manutenção de uma

Rede Cadastral Municipal, apresenta as fórmulas para transformação de

coordenadas geodésicas em coordenadas plano-retangulares no sistema

topográfico local, cálculo da convergência meridiana a partir de coordenadas

geodésicas e plano-retangulares no sistema topográfico local e modelo de

instrumento legal para a oficialização da Rede de Referência Cadastral Municipal

(VEIGA et al, 2007).

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4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

No presente estágio, realizou-se o acompanhamento das atividades rotineiras

da Secretaria de Obras, Habitação e Urbanismo do município de São Gabriel, com

ênfase nas atividades práticas de topografia e atividades correlatas, bem como

participação em discussões e atividades referentes a outros temas abordados pelo

curso.

As atividades iniciaram-se no dia primeiro de abril do corrente ano, com uma

carga horária diária de seis horas. No primeiro dia conheceu-se o corpo técnico da

referida secretaria a qual conta com três engenheiros civis, uma arquiteta, três

desenhistas, comumente chamados de cadistas e um engenheiro de operações,

sendo este último o supervisor durante o estágio. O Engenheiro Ubirajara Pedroso é

responsável pelas questões topográficas relacionadas às estradas e ruas realizadas

nesta secretaria.

Em uma das primeiras atividades acompanhou-se o supervisor do estágio no

trabalho de recuperação de ruas não pavimentadas no bairro Santa Clara, na

oportunidade uma equipe da Prefeitura responsável por este tipo de serviço fez o

esgotamento de águas superficiais, aterramento do leito da rua, correção das

imperfeições no piso da mesma e vistoriou-se nas ruas do entorno para averiguar a

situação destas.

A prefeitura em parceria com o governo federal pretende realizar obras de

revitalização da Sanga da Rivera (Figura 1a e Figura 1b), em função disto, realizou-

se a medição expedita de uma área próxima à antiga estação férrea (Figura 1c e

Figura 1d), para conferir os dados que a Secretaria possuía.

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Figura 1: Sanga da Rivera (a e b), área próxima à antiga estação férrea (c e d).

Fonte: Autor

Outro ponto da Sanga da Rivera visitado em duas oportunidades foi no Bairro

Independência iniciando na esquina da Rua Carlos Traur com a Avenida Tiradentes,

conhecida popularmente como “Boeiro do Canjica”. Neste local realizou-se medições

da largura das calçadas, distância da sanga até a rua em diversos pontos,

localização dos terrenos em relação à esquina citada e a sanga ao fundo, coleta de

pontos de referência através de um receptor GPS, modelo Trimble Juno ST, sendo

estes dados posteriormente armazenados em um computador da secretaria para

que as coordenadas fossem amarradas a dados já existentes quando necessário.

Nestas visitas pode-se observar que todas as residências que ali se encontram

estão em situação irregular (Figura 2a), visto que naquele local, estaria alocada uma

rua, segundo o plano diretor munnicipal. Outra constatação é de que as moradias se

encontram em situação de risco (Figura 2b, Figura 2c, Figura 2d, e Figura 2e) por

estar muito próximas do córrego, caracterizando portanto Área de Preservação

Permanente (APP). Após a realização deste levantamento, e estudo do caso,

A B

C D

Page 22: Relatório de Estágio TOPOGRAFIA E GEORREFENCIAMENTO NO

21

concluiu-se que a retirada dos moradores deste local, a recuperação desta área

através da restituição dos taludes e a recuperação da vegetação, compreende

atitude correta e adequada ao local, regularizando sua situação e proporcionando

uma área verde à população do entorno.

Figura 2: Situação do “Boeiro do Canjica”: casa onde seria uma rua (a), área de APP

(b), casas e a rua muito próximas da sanga (c, d, e, e f).

Fonte: Autor

A B

C D

E F

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22

Juntamente com o supervisor de estágio realizou-se medições expeditas in

loco para confrontar com os dados de mapas cadastrais existentes na prefeitura e

identificar a correta localização do terreno onde se encontra o marco do local da

morte do índio guarani Sepé Tiaraju, localizada próximo à esquina das ruas Juca

Tigre e Gen. Câmara. Estes dados estarão inclusos em posteriores projetos para

esta área de valor histórico e sociocultural para o município.

Realizou-se o trabalho de confecção de uma planilha automática para o

cálculo analítico das coordenadas dos vértices e área do polígono levantado,

utilizando dados já existentes e levantados pelo método de caminhamento. A

realização desta planilha proporcionou uma maior compreensão dos cálculos de

área, um maior conhecimento das ferramentas do programa Microsoft Excel, pois

com o desenvolvimento de uma ferramenta digital como esta diminuem os riscos de

erros no momento dos cálculos e torna-os rápidos de serem realizados.

No processo de estruturação desta planilha utilizou-se as formulas adequadas

para cada item transformando-as em uma linguagem acessível ao programa

Microsoft Excel, descritos a seguir:

O primeiro passo foi a criação de um cabeçalho conforme as planilhas já

descritas pela literatura (CARVALHO FILHO, 1998) para este cálculo. Os cabeçalhos

elaborados foram os seguintes: estação (célula A), estação visada (célula B);

elementos angulares: ângulos internos (lidos, compensados), rumos calculados;

linhas trigonométricas: senos e cossenos; distâncias medidas; projeções calculadas:

sobre o eixo dos X (d x seno) E+ e O-, sobre eixo dos Y (d x cos) N+ e S-; correções:

X e Y; projeções compensadas: sobre o eixo dos X (x), sobre o eixo dos Y (y);

coordenadas: abcissas X, ordenadas Y; ∑ X (x + x); duplas áreas (∑X . y): a somar,

a diminuir); ∑ Y (y + y); duplas áreas (∑Y . x): a somar, a diminuir. Outras duas

células foram criadas para introdução do azimute inicial e número de vértices, sendo

este ultimo gerado automaticamente em função da fórmula

“=CONT.VALORES(A8:A108)”, que conta o número de elementos na coluna das

estações que por consequência este é o número de estações utilizadas.

Os valores que deverão ser inseridos na planilha são: estação (célula A),

estação visada (célula B); ângulos internos lidos (célula C), distâncias (célula AM) e

azimute inicial, os demais campos são gerados automaticamente. Os valores

referentes aos angulos precisaram ser transformados em números decimais.

Page 24: Relatório de Estágio TOPOGRAFIA E GEORREFENCIAMENTO NO

23

Para obtenção dos ângulos internos compensados, primeiramente calculou-se

o erro de fechamento e dividiu-se estes igualmente para todos os ângulos lidos. Os

rumos calculados foram dados em função do azimute inicial mais o ângulo

compensado.

Para o cálculo das linhas trigonométricas senos e cossenos foram

necessários transformar o rumo em radiano, para o programa poder calcular o seno

e o cosseno dos rumos.

Após a obtenção das duplas áreas a somar e a subtrair, somou-se o valor

destes e o resultado dividido por dois foi calculado a área em questão, feito isto para

X e Y teve-se em ambos o mesmo valor de área.

Acompanhou-se o supervisor do estágio na realização de um levantamento

geométrico objetivando a futura terraplanagem de uma área para a instalação de

silos cerealistas. Para tal atividade utilizou-se um equipamento de nível (Figura 3a),

um teodolito (Figura 3b), três balizas, uma mira, estacas, prego, martelo. Duas

semanas após este trabalho ocorreu o retorno ao local (Figura 4), onde com base na

Referencia de Nível (RN) situado em um moirão de fácil visualização e um piquete

anteriormente materializado, criou-se uma linha de apoio para a construção dos

silos. Ainda foram colocadas estacas indicando os ajustes no nivelamento da área

demonstrando onde deveria ser aterrado ou cortado.

Visitou-se a Rede Cadastral Municipal da prefeitura (Figura 5) e descobriu-se

que alguns marcos não existiam mais. Dos existentes, apenas três situados na vila

Santa Brigida e Santa Clara, são intervisíveis entre si o que permite a utilização dos

mesmos para tomada de 1ré e 2vante.

Utilizando um receptor GPS de dupla freqüência, levantou-se as coordenadas

de dois marcos da rede cadastral na vila Santa Brigida (Figura 6) para posterior

confronto dos dados processados, com os relatórios dos marcos da prefeitura,

objetivando-se uma análise da discrepância em suas coordenadas planas.

1Ré: Leitura feita a um ponto cuja cota ou altitude é conhecida e serve somente para o cálculo do

altura do plano de visada APV. 2Vante: Leitura feita a um ponto cuja cota ou altitude é desconhecida e serve para o cálculo da cota

do ponto.

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Figura 3: Equipamentos utilizados: nível optico (a), teodolito analógico (b).

Fonte: Autor

Figura 4: Obra de terraplanagem no local onde foi realizado o levantamento

altimétrico.

Fonte: Autor

Figura 5: Marcos da Rede Cadastral Municipal de São Gabriel. Fonte: Autor

A B

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Figura 6: GPS de dupla freqüência, estacionado em um marco da rede cadastral

municipal.

Fonte: Autor

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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Ao final do estágio teve-se como resultado a conclusão da planilha

automatizada para o cálculo analítico das coordenadas dos vértices e área do

polígono levantado (Figura 7, 8 e 9).

Figura 7: Parte inicial da planilha.

Fonte: Autor

Figura 8: Parte final da planilha.

Fonte: Autor

Page 28: Relatório de Estágio TOPOGRAFIA E GEORREFENCIAMENTO NO

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Figura 9: Fragmento da planilha, mostrando os totais e o cálculo da área.

Fonte: Autor

As formulas utilizadas no cálculo destas planilhas são há muito tempo

conhecidas, porem no momento de adapta-las a linguagem do programa isto tornou-

se mais complexo, por exemplo, para calcular o seno e o cosseno dos rumos

calculados foi necessário transformar este último em radiano e com este valor poder

calcular os primeiros. Em outro exemplo, para diferenciar valores positivos e

negativos no cálculo das projeções calculadas foi preciso utilizar a linguagem

computacional “SE” a qual expressa um teste lógico onde se uma condição dada

(=,<,>) for verdadeira o valor em questão aparecerá na célula, caso contrario será a

outra condição dada. Com a montagem de uma planilha automática de cálculos,

possibilita a realização destes em menor tempo e com um menor risco de ocorrência

de erros.

Foi possível também, através das atividades desenvolvidas no estágio, obter

conhecimentos práticos sobre a topografia, tendo uma vivência em atividades

práticas, nas atividades ligadas a engenharia agrícola, obter uma experiência, na

realização do trabalho em equipe, junto a um órgão municipal (Figura 10).

Figura 10: Corpo técnico da Secretaria de Obra, Habitação e Urbanismo da

Prefeitura Municipal de São Gabriel. Fonte: Autor

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6 CONCLUSÃO

A realização de atividades prática de topografia proporciona um aprendizado

mais rápido dos assuntos teóricos, e prepara o profissional para a realização

trabalho sem a mediação de outros. Possibilita ainda o primeiro contato com

situações atípicas encontradas no exercício pratico da topografia as quais devem ser

resolvidas a campo e somente a prática pode auxiliar.

Após a realização de um estágio adquire-se maior confiança para a realização

de trabalhos futuros, como profissional atuante em áreas diversas da Engenharia

florestal.

A interação com o grupo de pessoas envolvidos em um trabalho, o

comprometimento e o respeito dos limites interpessoais são fundamentais para o

bom funcionamento de um grupo de trabalho, na solução de problemas e na

realização das tarefas propostas.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Page 31: Relatório de Estágio TOPOGRAFIA E GEORREFENCIAMENTO NO

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