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Relatório de Gestã o 2006 a 2011

Relatório de Gestão de 2006 a 2011

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R e l a t ó r i o d e G e s t ã o 2 0 0 6 a 2 0 1 1

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Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e AgronomiaSEPN 508, Bloco A, Ed. CONFEA, Brasília-DF

CEP 70740-541

MARCOS TÚLIO DE MELOPRESIDENTE

PEDRO LOPES DE QUEIRÓSVICE-PRESIDENTE

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CONSELHEIROS FEDERAIS

AFONSO LUIZ COSTA LINS JÚNIORANDERSON FIORETI DE MENEZES

ANÍZIO APARECIDO JOSEPETTICLEUDSON CAMPOS DE ANCHIETA

DIRSON ARTUR FREITAGFRANCISCO XAVIER RIBEIRO DO VALE

GRACIO PAULO PESSOA SERRAIDALINO SERRA HORTÊNCIO

JOSÉ CÍCERO ROCHA DA SILVAJOSÉ LUIZ MOTA MENEZES

JOSÉ ROBERTO GERALDINE JÚNIORKLEBER SOUZA DOS SANTOS

LUIZ ARY ROMCYMARCOS VINICIUS SANTIAGO SILVA

MARIA LUIZA POCI PINTOMARTINHO NOBRE TOMAZ DE SOUZA

MELVIS BARRIOS JÚNIORPEDRO LOPES DE QUEIRÓSPETRÚCIO CORREIA FERROROBERTO DA COSTA E SILVA

VERA THEREZINHA DE ALMEIDA DE OLIVEIRA SANTOS

Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia

RELATÓRIO DE GESTÃO

Exercícios 2006 a 2011

BRASÍLIA-DF2011

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RelatóRio de Gestão 2006 a 2011

© Copyright 2011, Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e AgronomiaImpresso no Brasil / Printed in Brazilwww.confea.org.br

Brasil. Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Relatório de gestão: exercício 2010. Brasília: CONFEA, Gerência de Planejamento e Gestão, 2011.44p.

1. Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, relatório, Brasil. 2. Planejamento. I. Título.

Sumário

APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................................................................................................................................................ 9

INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................................................................................................................................................... 10

1 EXERCÍCIO DA LIDERANÇA ........................................................................................................................................................................................................................ 13

1.1 LIDERANÇA NO CONFEA ......................................................................................................................................................................................................................................... 14

1.2 LIDERANÇA NO SISTEMA ......................................................................................................................................................................................................................................... 17

1.3 LIDERANÇA NO BRASIL ........................................................................................................................................................................................................................................... 19

1.4 INSERÇÃO INTERNACIONAL ..................................................................................................................................................................................................................................... 21

2 RELACIONAMENTOS INSTITUCIONAIS ......................................................................................................................................................................................................... 22

2.1 RELACIONAMENTOS COM OS CREAS, A MÚTUA E ENTIDADES ...................................................................................................................................................................................... 23

2.2 RELACIONAMENTOS COM OS PROFISSIONAIS ............................................................................................................................................................................................................ 25

2.3 MOBILIZAÇÃO PROFISSIONAL .................................................................................................................................................................................................................................. 27

3 COMPROMISSO SOCIAL ............................................................................................................................................................................................................................. 29

3.1 CONTROLE, TRANSPARÊNCIA E COMUNICAÇÃO ......................................................................................................................................................................................................... 29

3.2 AÇÃO INSTITUCIONAL ............................................................................................................................................................................................................................................. 32

3.3 PLANEJAR É PRECISO .............................................................................................................................................................................................................................................. 34

3.4 BUSCA PELA EXCELÊNCIA ....................................................................................................................................................................................................................................... 34

3.5 TECNOLOGIA, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO ........................................................................................................................................................................................................ 37

3.6 GESTÃO DE PESSOAS .............................................................................................................................................................................................................................................. 37

3.7 PROCESSOS ........................................................................................................................................................................................................................................................... 39

3.8 NOVA SEDE DO CONFEA.......................................................................................................................................................................................................................................... 42

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Na relação com à sociedade, beneficiária principal dos serviços prestados pelo sistema profissional, ampliamos nossas ações por meio de organizações da sociedade civil. Fomos atuantes na campanha Ficha Limpa, por meio do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral e, em 2010, lançamos o Movimento Anticorrupção da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia, com o objetivo de estimular a contribuição dos técnicos dessas áreas para adoção de procedimentos que diminuam os riscos de corrupção, no setor público e privado. Em parceria com a Controladoria Geral da União e o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, iniciamos ações de estímulo à cultura da transparência e da integridade, dentre as quais a realização do Projeto Jogos Limpos, Dentro e Fora dos Estádios, com o objetivo de acompanhar os investimentos para Copa 2014, com comitês constituídos nas 12 cidades-sede dos jogos. Nestas mesmas cidades, promovemos conjuntamente com os Creas audiências públicas para conhecer e discutir o estado da arte dos projetos e obras para a Copa.

Para dar condições administrativas às diversas ações sintetizadas acima, buscamos a excelência na gestão, dotando o Confea de um planejamento estratégico adequado às condições do presente e aos cenários do futuro. Internamente, reforçamos a área fim do Confea, melhoramos as condições de trabalho de nossos colaboradores, com a adequação salarial ao mercado e com a construção da nova sede em Brasília.

No item transparência, um dos pilares de nossa gestão, demos publicidade a todos os atos da administração, com consultas públicas na internet sobre nossos orçamentos, publicação de balanços e contratos, além da transmissão das sessões plenárias ao vivo. Implantamos a Ouvidoria, a Controladoria Interna e a Corregedoria e fomentamos o mesmo nos Regionais que ainda não as possuíam, deixando um importante legado para a operacionalização da Lei. 12.527/11, que regulamenta o acesso de qualquer cidadão à informação pública.

O Programa de Sustentabilidade do Sistema Confea-Crea (Prodesu), que implantamos em 2011, após vencer uma cultura de desintegração do Sistema, possibilita a ajuda solidária a Creas de menor arrecadação. No primeiro ano, o programa contou com recursos de R$ 15 milhões, sendo R$ 13 milhões aportados pelo Confea. Para 2012, realizamos um aporte financeiro de mais R$ 30 milhões, garantindo um volume orçamentário que possa ser usado para minimizar o impacto da perda de arrecadação em alguns Creas, em função de novas legislações. No período 2006/2011, outros programas somaram recursos, da ordem de R$ 30 milhões repassados aos Creas e às Entidades.

Por tudo que realizamos nos últimos seis anos, acreditamos ter dado nossa contribuição ao sistema profissional. Em muitos aspectos ainda precisamos avançar, dentre os quais destaco a necessidade de aprofundar nossas relações com a sociedade, de manter as ações que valorizem as profissões, elevando seu reconhecimento social e de implementar a fiscalização das atividades profissionais e não apenas do exercício profissional.

A todos que participaram de nossa gestão, apoiando ou criticando, nosso muito obrigado. Só me resta confessar meu orgulho de fazer parte dessa história e ter honrado a confiança de todos vocês.

Valeu muito a pena!

Marcos Túlio de MeloPresidente do ConfeaGestão 2006-2008 e Gestão 2009-2011

APRESENTAÇÃO Quando chegamos a Brasília no primeiro dia útil de 2006 para assumir a presidência do Confea, sabíamos dos imensos desafios que teríamos para implementar as mudanças apresentadas em nosso programa de gestão, aprovado pelos profissionais no processo eleitoral de 2005, pois já tínhamos a experiência de mandatos como conselheiro federal (1995-1997) e como presidente do Crea-MG por duas gestões (2000-2005).

Somos um dos maiores sistemas profissionais do País, com 28 autarquias, uma Mútua de Assistência, mais de um milhão de profissionais registrados, milhares de empresas e centenas de inspetorias nos principais municípios.

Dirigimos o Confea por dois mandatos, onde o trabalho diário, fundamentado em nosso compromisso ético, teve como norte a redução dos conflitos internos, o apoio às entidades, base do sistema profissional, a modernização administrativa, ética, a integração de ações entre os Creas, o aperfeiçoamento de nossos normativos, a busca da eficiência na gestão e na fiscalização e um maior relacionamento e presença junto à sociedade, na discussão das políticas públicas afetas às nossas profissões.

O desenvolvimento econômico e social, alcançado pelo País nos últimos anos, bem como o projetado para os próximos, a exemplo dos investimentos públicos e privados (PAC - Copa 2014, Olimpíadas 2016 e exploração de petróleo na camada pré-sal), reforça ainda mais a importância das profissões da área tecnológica.

Engrandecendo a história de nosso Sistema, vimos a mobilização dos profissionais atingir marcas extraordinárias com a participação de 25 mil lideranças de todo o país no 6º Congresso Nacional dos Profissionais, em 2007. Na sétima edição, em 2010, foram 50 mil profissionais mobilizados durante as etapas municipais, estaduais e nacional. Mais que numérica, a marca se traduziu em propostas que fizeram avançar nossas organizações.

Entremeando todos os debates ocorridos neste período, destacamos a modernização do modo de concessão de atribuições profissionais, consubstanciado na Resolução 1010 de 2005 e na Matriz do Conhecimento, hoje reconhecido pelo Ministério da Educação e por organizações profissionais de outros países como normativo adequado ao desenvolvimento do País, que se prepara para ser a quinta potência econômica do planeta. Ao invés de títulos estanques, a atribuição profissional concedida pelos Creas passa a estar subordinada ao efetivo conhecimento adquirido na graduação e na pós-graduação. Motivos de muitas polêmicas, vez que num sistema multiprofissional é natural que as disputas corporativas sejam discutidas à exaustão para a busca do equilíbrio, a Resolução 1010 está definitivamente implantada.

Constituído como autarquia federal autônoma, desenvolvemos importantes relações com órgãos de Governo, por meio de convênios e de parcerias. No Ministério da Educação, para a análise de criação de novos cursos, no Ministério do Esporte, para capacitar profissionais para emissão de laudos técnicos sobre estádios, no Ministério da Indústria e Comércio Exterior, no fomento à inovação tecnológica e na proposição de políticas para o desenvolvimento industrial. Na defesa do desenvolvimento sustentável, o Confea mantém representação em diversas câmaras técnicas do Conselho Nacional de Meio Ambiente. No Conselho das Cidades, tem cadeira efetiva na discussão de políticas públicas de habitação, saneamento e mobilidade, bem como no Conselho Nacional de Defesa Civil.

A globalização, expressa em nossa área de ação profissional, principalmente pela expansão de nossas empresas no mercado externo, bem como das estrangeiras em nosso país, trouxe-nos a necessidade de investir na inserção internacional do Sistema Confea/Crea. Além da atuação no âmbito do Mercosul e da realização do Congresso Mundial de Engenheiros no Brasil em 2008 (WEC), empreendemos diversas ações de intercâmbio e cooperação com organizações das Américas, Europa e Ásia.

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INTRODUÇÃO

Neste Relatório de Gestão do Confea uma síntese da administração do sistema profissional da engenharia, da arquitetura e da agronomia no Brasil abrangendo o período 2006 a 2011 e um breve resgate histórico reforçam a importância da escolha dos profissionais por dois mandatos que levaram ao centro do Sistema Confea/Crea a necessidade imperativa de pensar o Brasil e contribuir para melhorar a qualidade de vida dos brasileiros.

Resultado de um movimento que aglutinou entidades representativas de diferentes segmentos profissionais, fortalecido por conta das mudanças políticas, sociais e econômicas protagonizadas pela sociedade brasileira, o Sistema Profissional da Engenharia, Arquitetura e Agronomia foi criado pelo Decreto Federal 23.569 em 1933.

Na década de 60 a organização profissional se moderniza, em sintonia com as novas mudanças protagonizadas pelos brasileiros, cujos desafios estão traduzidos na Lei 5.194 de 1966. Nos anos 80 e 90 lideranças políticas, econômicas e profissionais buscam reformular suas organizações, acompanhando a efervescência da redemocratização do país. A Constituição Cidadã de 1988 marca a vida dos brasileiros. No Sistema Confea/Crea, o Congresso Constituinte 1991/92 propõe diretrizes para adequar a legislação profissional ao novo tempo.

No ano 2000 um Plano de Ações Estratégicas vai traduzir o conjunto de esforços realizados ao longo da última década, preparando as bases de atuação do Sistema no milênio que se inicia.

No sistema profissional o segundo semestre de 2005 foi um ano de intensa movimentação político-administrativa e eleitoral. Quase 900 profissionais legitimamente postularam 400 vagas na renovação do terço dos plenários do Federal e dos Regionais. Nos estados, 80 profissionais disputaram as 27 vagas para a presidência dos Conselhos Regionais e 4 profissionais concorreram à presidência do Confea.

Foi um dos momentos de intensos e ricos debates sobre os desafios que se apresentavam ao gerenciamento eficaz do sistema profissional e das propostas das lideranças consideradas mais viáveis para enfrentá-los.

A eleição democrática para a presidência do Conselho Federal define o programa-compromisso voltado para uma firme inserção do sistema profissional junto à sociedade brasileira.

Discussão das políticas públicas: SCC como referência;

Formação profissional: necessidade de mudanças contínuas;

Fortalecimento do sistema: ação integrada como condição;

Nova comunicação institucional: princípios, diretrizes e programas;

Auditoria institucional: fator do desenvolvimento organizacional;

Valorização profissional: nova concepção e mecanismos de ação;

Choque de gestão: para potencializar a adequação dos meios;

Planejamento em todos os níveis: do sistema e dos subsistemas;

Papel do Confea: estimulador do debate indutor das ações;

Proposta: construção de um novo pacto profissional e social e implementação de um abrangente processo de discussão para viabilizá-lo.

Ainda em 2005, com a participação de conselheiros federais e funcionários do Confea, foi elaborada uma Agenda Estratégica que norteou os mandatos daqueles que se elegeram para o ano de 2006 e lançou as bases para o Planejamento Estratégico 2006/2008.

Ano de 2006 – Começo de gestão: desafios das mudanças

O ano de 2006, desde os primeiros dias da nova gestão, foi marcado pelo objetivo maior estabelecido para presidi-la: contribuir para a construção de um projeto de desenvolvimento sustentável para o país, para isso exercitando os papéis e mobilizando o potencial das organizações e das lideranças integrantes do Sistema Confea/Crea.

A implantação do planejamento e orçamento participativo no âmbito do sistema possibilitou o protagonismo das lideranças e do corpo técnico-administrativo do Confea. As contribuições, depois de sistematizadas, basearam o “choque de gestão”, do qual resultaram:

• a adoção do modelo funcional-matricial, que estabeleceu nova estrutura organizacional para o Confea;

• a definição de um novo modelo de gestão para o gerenciamento das atividades fim e meio, baseado nas metodologias do Gerenciamento pelas Diretrizes (GPD), das Rotinas Diárias (GRD) e o Gerenciamento de Projetos (GP);

• o estabelecimento de uma nova política e de programas voltados à gestão de pessoas, para desenvolver o potencial humano e profissional dos empregados do Confea;

• o desenvolvimento de um plano de ações (metas e projetos) para incorporar as ações e as contribuições das organizações do Sistema nos esforços e benefícios das mudanças pretendidas.

Estabelecida a identidade do Confea, como resultado de um intenso exercício institucional de revisão da agenda estratégica para 2005/2006, foram definitivamente fixados os atributos da mesma: negócio (propósito ou finalidade), missão, visão e princípios e valores.

Ano de 2007 – Novos paradigmas para as mudanças

A implantação do novo modelo de gestão demandou intensa mobilização de equipes especializadas do Confea, visando:

• À capacitação de seus integrantes na metodologia associada ao modelo;

• À elaboração dos planos tático-operacionais de cada unidade e subunidade;

• Ao desenvolvimento de uma ferramenta virtual, “que permitisse o gerenciamento independente de cada unidade sobre o seu conteúdo no espaço de hospedagem acessível pelo portal do Confea (árvore hiperbólica)”;

• À criação de um portfólio de programas e projetos, gerenciado por uma superintendência própria.

Foram implementadas - pelas cinco unidades administrativas e 15 subunidades – um total de 72 metas. No gerenciamento de programas e projetos, por sua vez, atuaram 16 equipes de projetos que, vinculadas a seis programas, assumiram 73 diferentes produtos.

Merecem destaques especiais neste exercício:

1. Os eventos de capacitação na nova metodologia de Gerenciamento pelas Diretrizes (GPD), e os eventos de capacitação das equipes de projetos e programas, coordenados pela Superintendência de Programas e Projetos e realizados com a participação de consultorias contratadas.

2. A implementação do Projeto de Planejamento Estratégico do Sistema Profissional, integrante do portfólio de programas e projetos, e por meio desse a realização da Formulação Estratégica do Sistema Profissional 2007, na qual foi estabelecida:

3. A identidade do Sistema Confea/Crea;

4. O cenário mais provável para o desenvolvimento do Sistema no horizonte 2008/2014;

5. Os objetivos estratégicos do Sistema;

6. A realização do 6º CNP – Congresso Nacional de Profissionais, na cidade do Rio de Janeiro, precedido por 293 eventos preparatórios, realizados nos 27 Estados, que contaram com a participação de 25 mil profissionais. Foram 1.500 as proposições iniciais desses participantes que, num processo de sistematizações consecutivas, foram finalmente consolidadas em 49 proposições nacionais, 16 moções e uma Carta Declaratória;

7. A participação em eventos internacionais, como estratégia de inserção internacional do Sistema e preparação de lideranças para a realização, em dezembro de 2008, da III WEC – World Engineers’ Convention. Essa preparação envolveu 80 profissionais que representavam as várias organizações do Sistema em 22 diferentes eventos em 18 países de três continentes.

Ano de 2008 – Consolidação de Resultados e avaliação

O exercício de 2008 foi impulsionado pelos resultados da Formulação Estratégica do Sistema Profissional de 2007, com:

• O estabelecimento da identidade do Sistema, que na sequência motivou o estabelecimento das identidades de todas as organizações a ele integradas (Confea, Mútua, CP, CDEN e CCEC);

• O cenário mais provável constituído, que serviu de importante balizamento para a inserção das organizações em meio às incertezas socioeconômicas nacionais e internacionais;

• Os objetivos estratégicos do Sistema, a partir dos quais cada organização definiu suas diretrizes estratégicas, desdobrando-as em metas e medidas próprias, e passou a manusear as ferramentas necessárias aos respectivos gerenciamentos;

O número de metas das unidades e subunidades de 72, em 2007, passou a 82 em 2008. O número de produtos dos projetos em andamento passou de 73 em 2007, a 133 em 2008.

Merecem destaque especial neste exercício:

1. A organização e realização do processo eleitoral para os cargos de presidentes do Confea e dos Creas, renovação do terço dos Plenários do Federal e dos Regionais, e conjuntamente, pela primeira vez, para os cargos das diretorias regionais das Caixas de Assistência dos Profissionais do Crea, mantidas pela Mútua;

2. Congresso Mundial de Engenheiros - III WEC – World Engineers’ Convention: organização e realização do acontecimento de maior envergadura do Sistema Confea/Crea em seus 75 anos. O evento ocorreu em Brasília, no período de 02 a 06 de dezembro de 2008, com a presença de 40 delegações estrangeiras de todos os continentes e mais de 5.200 participantes, recebidos pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Presentes também o presidente do Senado e da Câmara Federal, Ministros de Estado, senadores, deputados federais, estaduais e representantes de diversas organizações da sociedade civil;

3. Ampliação do quadro técnico administrativo do Confea, com a admissão por meio de concurso público;

4. Início da construção da nova sede do Confea;

5. Revisão da Formulação Estratégica do Sistema Profissional 2007;

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6. Comemoração dos 75 anos do Sistema Confea/Crea, com a realização de um conjunto de eventos e o lançamento, na 65ª Semana da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia, a SOEAA, do livro “Sistema Confea/Crea – 75 anos construindo uma Nação”;

7. A aprovação da Lei de Assistência Técnica Gratuita.

No ano de 2008 houve eleições trienais para a presidência dos Conselhos Federal e Regionais, bem como para a renovação dos terços de conselheiros federais e regionais. Momento de debate amplo e democrático em que as lideranças apresentam ao universo profissional suas propostas de aperfeiçoamento gerencial do Sistema Confea/Crea e novas formas de articulação com a sociedade.

Ano de 2009: Os novos cenários de atuação

Em 2009 o engenheiro civil Marcos Túlio de Melo iniciou um segundo período de gestão na presidência do Confea. Seu programa teve como norte os compromissos assumidos em debates durante o processo eleitoral e os objetivos estratégicos definidos pelo processo da Formulação Estratégica realizada em 2008, conforme se segue:

1. apoio ao fortalecimento das organizações profissionais e defesa de uma maior participação das mesmas no processo de desenvolvimento nacional sustentável e integração aos movimentos ético-cidadãos;

2. elaboração e implementação de uma política de valorização profissional, propugnando por melhores condições de trabalho e a extensão do direito a um salário mínimo profissional à todas as profissões integrantes do Sistema;

3. busca de refroçar os relacionamentos entre os sistemas profissional e educacional, para a melhoria crescente tanto na graduação profissional como na formação continuada;

4. fortalecimento da discussão sobre a ética profissional e cidadã, a igualdade de gênero e a acessibilidade no âmbito do Confea e dos vários fóruns do sistema profissional;

5. inserção internacional dos profissionais e empresas brasileiras, bem como de seus serviços e produtos, em parceria com as organizações do sistema;

6. apoio à descentralização e expansão dos benefícios e serviços oferecidos pela Mútua e pelas Caixas de Assistência;

7. adoção de padrões e a obtenção de resultados de excelência gerencial, tendo em vista ampliar a eficiência e a eficácia da atuação dos Conselhos Profissionais no âmbito do sistema e da sociedade;

8. implementação das decisões aprovadas no 6º Congresso Nacional de Profissionais - CNP.

Merecem especial destaque neste exercício:

1. Qualificação dos debates sobre políticas públicas, com a inclusão na pauta das sessões plenárias de palestras e debates sobre questões nacionais relevantes, com a participação de dirigentes de órgãos públicos e lideranças da sociedade civil;

2. As mudanças introduzidas na estrutura organizacional do Confea, objetivando a racionalização dos processos de trabalho, o melhor desempenho das funções de controle atribuídas à autarquia federal e a melhor articulação entre planejamento, orçamento e execução;

3. A unificação das áreas de planejamento e gestão (GPG), programas e projetos (GPP) e tecnologia da informação (GTI), na Superintendência de Planejamento e Projetos (SPP);

4. A decisão inovadora de implantar, uma unidade gerencial voltada ao conhecimento institucional (GCI), com a finalidade de coordenar o processo normativo do sistema profissional e cuidar da gestão estratégica da informação;

5. A aprovação de uma política de segurança da informação para orientar os trabalhos da gerência de TI e propiciar uma melhor qualidade de seus serviços aos usuários do Confea e do sistema profissional;

6. Adesão ao Programa de Gestão Pública - GesPública - do Ministério do Planejamento para adequação técnica e capacitação gerencial do pessoal técnico-administrativo para a prestação de serviços de qualidade balizados pelos padrões e critérios do governo federal;

7. Apoio à participação de representações do sistema em 14 eventos em 11 diferentes países, possibilitando o alinhamento do Sistema com seus pares em nível internacionais, bem como a abertura de novas oportunidades e mercados aos profissionais e empresas brasileiras;

8. Definição da Formulação Estratégica do Sistema Profissional de 2009. Após a revisão da FES 2008 e incorporando contribuições de 350 lideranças, foram traçados cenários prospectivos de 2009 a 2014 e redefinidos os objetivos estratégicos do Sistema;

9. Estabelecimento de 14 metas gerenciais e 12 projetos estruturantes e especiais;

10. Retomada de um intenso esforço institucional para mapear, rededesenhar e padronizar processos e procedimentos administrativos;

11. Prosseguimento do programa de partição na origem das receitas de anuidades e taxas, com o objetivo expresso de dar maior transparência ‘a gestão financeira e ampliar a integração com os Regionais, com a adesão de 24 Creas;

12. Avaliação do desempenho do Confea no exercício, com base nos critérios estabelecidos no Gerenciamento Pelas Diretrizes (71,92%) e no Gerenciamento de Projetos (74,15%);

13. A realização, em Manaus/AM, da 66ª SOEAA, programada para a discussão do tema “Pensar o Brasil no Contexto Mundial: Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Ética”.

Ano de 2010 - O Sistema Profissional e os interesses sociais e humanos

No ano de 2010 realizaram-se a 67ª SOEAA, os Congressos Estaduais de Profissionais – CEPs e o 7º Congresso Nacional de Profissionais. O objetivo do 7º CNP foi discutir e aprovar junto ao universo profissional, um Novo Pacto Profissional e Social na perspectiva da formação de uma Agenda Estratégica para o Sistema Profissional, como direcionadores ao processo de Formulação Estratégica que, quando concluído, resultou na Agenda Estratégica 2011/2022.

A realização conjunta da 67ª SOEAA e o 7º CNP foi precedida por 27 congressos estaduais e 520 encontros microrregionais que mobilizou mais de 50 mil lideranças do Sistema Confea/Crea com o resultado de 1.500 (um mil e quinhentas) proposições iniciais, depois sistematizadas estadualmente (557 PES) e nacionalmente (44 PNS). Nesse evento foram apresentadas, por ocasião dos debates à Presidência da República, as “Propostas para o Desenvolvimento Sustentável Brasileiro”, elaborado e discutido no âmbito do projeto Pensar o Brasil e distribuído nacionalmente.

No exercício de 2010 também foram consideradas as seguintes ações:

• de parceria e de representação, em que as lideranças e as organizações do Sistema Profissional mobilizaram-se politicamente em prol dos movimentos direcionados à viabilização de empreendimentos e políticas públicas, a exemplo da participação nos movimentos sociais de combate à corrupção;

• de mobilização das lideranças profissionais e de suas entidades representativas para alcançar objetivos específicos na área Parlamentar, tendo em vista os 215 (duzentos e quinze) projetos de lei em tramitação, identificados como de interesse do Sistema Profissional, e a necessidade de realizar articulações com os representantes eleitos pelo povo;

• de ocupação da Nova Sede, considerada como um elemento catalisador do esforço institucional de integração física, readequação organizacional e motivação funcional do corpo técnico-administrativo e dirigente;

• de articulação com as demais organizações do Sistema, que possibilitou instituir o Programa de Desenvolvimento Sustentável do Sistema Confea/Crea e Mútua – PRODESU, com o objetivo de angariar e gerenciar recursos orçamentários para a aplicação em programas voltados à implementação de políticas de sustentabilidade econômica, financeira e social e apoiar e acompanhar os participantes do programa no desempenho das funções finalísticas e nas ações voltadas à uniformização de procedimentos.

• de criação do Centro de Treinamento e Capacitação Corporativa – CTCC, e a intensificação de um programa de capacitação e desenvolvimento que realizou 28 (vinte e oito) eventos de treinamentos, beneficiando cerca de 750 empregados do Confea e dos Creas.

• de acompanhamento à aprovação e sanção presidencial, no dia 31 de dezembro de 2010, da Lei nº 12.378 (Regulamenta o exercício da Arquitetura e Urbanismo e cria o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil – CAU/BR e os Conselhos de Arquitetura e Urbanismo dos Estados e do Distrito Federal – CAUs) .

ANO DE 2011: EM BUSCA DA EXCELÊNCIA GERENCIAL

Com apoio na formulação de objetivos e das escolhas estratégicas do planejamento em vigor, destacam-se as seguintes ações priorizadas nesse exercício:

• a conclusão da ampla discussão nacional sobre as Matrizes do Conhecimento oportunizando as condições para a operacionalização da Resolução 1.010/2005;

• a implantação do CTCC – Centro de Treinamento e Capacitação Corporativa, já possibilitando treinar mais de 700 operadores em diferentes áreas de trabalho do Sistema Confea/Crea;

• a implementação de mecanismos de financiamento de políticas de sustentabilidade dos Creas e organizações profissionais, com a implantação do Prodesu – Programa de Desenvolvimento Sustentável do Sistema Confea/Crea e Mútua;

• a implantação, já em estágio avançado, da parte tecnológica de apoio à utilização nacional do novo modelo de ART e Acervo Técnico;

• a conclusão da infraestrutura física e tecnológica e a plena ocupação da Nova Sede para atender o plano de desenvolvimento das atividades fim e meio do Confea;

• a ampla participação nos movimentos ético-cidadãos, tais como o Movimento Anticorrupção da Engenharia, Arquitetura e Agronomia, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, o Projeto Jogos Limpos – Dentro e Fora dos Estádios, o apoio à Campanha ficha Limpa, e outros mais;

• a realização, em parceria com o MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comercio, de um Censo dos Profissionais da Engenharia no Brasil, com o fim de orientar as políticas públicas capazes de sustentar o dinamismo da atividade econômica no país, valorizar essa categoria de trabalhadores e gerar mais oportunidades para as empresas brasileiras e para os profissionais abrangidos pelo Sistema Confea/Crea”;

• a articulação e mediações intensas com o fim de obter a aprovação de uma lei que estabelecesse os limites legais para a cobrança de anuidades e taxas, cujo êxito veio nos termos do artigo 11 da Lei nº 12.514/2011, que dá nova redação ao art. 4º da Lei no 6.932, de 7 de julho de 1981, que dispõe sobre as atividades do médico-residente; e trata das contribuições devidas aos conselhos profissionais em geral;

• a tramitação em estágio final da proposta elaborada pelas Comissões de Ética dos Creas, de um Manual de Procedimentos para a Condução de Processos de Ética Profissional para operacionalizar a Resolução 1.004/2003;

• a adesão ao Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça do governo federal, com o objetivo de promover a igualdade de oportunidades e de tratamento entre homens e mulheres;

• a consolidação dos Creas-Jr: estimulando a formação técnico-política de futuros líderes do

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RelatóRio de Gestão 2006 a 2011RelatóRio de Gestão 2006 a 2011

RelatóRio de Gestão 2006 a 2011 15RelatóRio de Gestão 2006 a 2011

Sistema Confea/Crea e Mútua e do país por meio da mobilização dos estudantes das áreas das profissões do Sistema para desenvolver ações conjuntas de cidadania e valorização profissional, por meio de um trabalho de aprimoramento contínuo da habilitação e do exercício profissional, da manutenção do sistema multiárea e multinível e da busca pela excelência de representatividade política em níveis federal, estadual e municipal. Neste ano o número dessas organizações atingiu a marca de 26;

• a melhoria expressiva nos tempos necessários à tramitação de processos dos contenciosos relativos às atividades finalísticas do sistema profissional, cuja meta estabelecida de 90 dias, perseguida desde 2007, apresenta comportamento favorável, sendo atualmente o tempo médio de 111 dias;

• o funcionamento integrado das Comissões de Ética dos Creas, assistidas desde 2008 por uma coordenação Nacional, que atuaram neste ano em estreita parceria com o Projeto Ética das Profissões do Portfólio de 2011;

• a maior transparência e controle permeando o gerenciamento das atividades fim e meio do Confea, decorrentes da atuação da auditoria e dos demais órgãos criados no período: a Controladoria, a Corregedoria e a Ouvidoria; a atuação conjugada desses órgãos permitiu o uso de canais de comunicação mais eficientes com a sociedade para formulação de denúncias e aperfeiçoamento do controle nos processos internos; também contribuiu com a “política de transparência” a abertura de canais que expandiram a capacidade do universo profissional na fiscalização e na avaliação das ações executadas pelo Confea, como o sistema eletrônico de votação e transmissão das sessões plenárias;

• a realização das eleições gerais no Sistema Confea/Crea para os mandatos de 2012 a 2014.

• a redução expressiva do contencioso gerado pelo endividamento dos Creas junto ao Confea e a Mútua, decorrente de medidas de gestão financeira e da prática, incluída desde 2009 a partição na origem.

Para o Confea, em seis anos essa redução foi de 67%, devendo baixar ainda mais por conta dos mecanismos e políticas implantadas como a partição na origem e o fundo de sustentação – Prodesu.

No desejo de expandir o exercício da liderança e os seus relacionamentos no cenário internacional, o Confea incorporou ao escopo do projeto Pensar o Brasil, em parceria com a UPADI, as questões relativas ao Projeto “Pensar en América 2010 – Integración, Solidaridad y Desarrollo”.

No período de 27 a 30 de setembro foi realizada a 68ª SOEAA na cidade de Florianópolis em Santa Catarina cujo tema central foi a “Pesquisa e Inovação Tecnológica: Conhecimento Profissional a Serviço do Desenvolvimento Sustentável”.

Nesse evento foram revisitadas as ideias apresentadas e as ações desenvolvidas nos últimos 20 anos na área socioambiental, numa discussão prévia e abrangente dos que vão integrar a pauta da Conferência Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável – RIO + 20, da ONU, que acontecerá no Rio de Janeiro em 2012.

Para o Confea, em seis anos essa redução foi de 67%, devendo baixar ainda mais por conta dos

mecanismos e políticas implantadas como a partição na origem e o fundo de sustentação – Prodesu.

Fonte: SAF, 2011.

Já os débitos das ARTs dos Creas para com a Mútua, em 6 (seis) anos essa redução foi de

55%, devendo baixar ainda mais por conta dos mesmos mecanismos citados acima.

Fonte: SAF, 2011.

Uma segunda categoria de débitos dos Creas para com a Mútua decorre dos acordos firmados

que em 6 (seis) anos, essa redução foi de 48%.

Fonte: SAF, 2011.

5119997.000 4880143.000

4242154.000

2673534.000

1771844.000

1459112.000 1692925.000

-

1000000.000

2000000.000

3000000.000

4000000.000

5000000.000

6000000.000

1905ral 1905ral 1905ral 1905ral 1905ral 1905ral 1905ral

Valo

res

(R$)

Queda do endivivamento dos Creas com o Confea

5857223.000

4257740.000 4512255.000

2435688.000

2069119.000 1946595.000

2616628.000

-

1000000.000

2000000.000

3000000.000

4000000.000

5000000.000

6000000.000

7000000.000

1905ral 1905ral 1905ral 1905ral 1905ral 1905ral 1905ral

Valo

res

(R$)

Queda do endivivamento de ARTs dos Creas com a Mútua

19805722.000 20500362.000

17679808.000

15738179.000

14277468.000

10842152.000 10335371.000

-

5000000.000

10000000.000

15000000.000

20000000.000

25000000.000

1905ral 1905ral 1905ral 1905ral 1905ral 1905ral 1905ral

Valo

res

(R$)

Queda do endivivamento de acordos dos Creas com a Mútua

1. EXERCÍCIO DA LIDERANÇA

A história do Sistema Confea/Crea acompanhou a própria história do desenvolvimento da engenharia, da arquitetura e da agronomia no Brasil, a partir da sistematização dessas profissões em bases científicas, que vieram a fundamentar o ensino no Brasil e propiciar impactos significativos no seu desenvolvimento econômico e social.

Quando o Sistema Confea/Crea foi criado pela Lei 5.194/1966, o mundo se recuperava da crise em consequência de duas grandes guerras mundiais. Havia um projeto nacional em curso. E a engenharia mostrou-se fundamental para preparar e posicionar o país para o desenvolvimento e o crescimento.

Nas décadas de 40 a 60 e boa parte da década de 1970 o Brasil experimentou um crescimento jamais visto anteriormente. A Engenharia e a Arquitetura brasileiras foram reconhecidas no mundo com o domínio das tecnologias de Concreto Armado e Eletricidade, em especial com as obras fantásticas de Oscar Niemeyer, Lúcio Costa e Israel Pinheiro. Na Agronomia, o desenvolvimento alcançado no campo, aliado ao investimento iniciado na pesquisa agropecuária, fincaria as bases para uma nova realidade na produção agrícola brasileira.

Engenheiros brasileiros se notabilizaram na indústria, na construção civil, na mineração, na agricultura, na sociedade e na política. Tinham-se vez e voz. Poder e grandes responsabilidades. Sempre foram e serão profissões do desenvolvimento e, junto a esse desenvolvimento, também vinculadas.

Infelizmente, o Sistema e as profissões por ele abrangidas, num passado recente, amargaram um período em que o Brasil, por falta de um projeto nacional de desenvolvimento, desmantelou as estruturas técnicas de engenharia, arquitetura e agronomia. As profissões do Sistema perderam importância, espaço e oportunidades. Perdeu-se a visão do planejamento e da cultura técnica. A voz do Sistema perdeu volume e alcance.

Foram duas décadas desfavoráveis, que afastaram jovens e profissionais da carreira tecnológica, e que tiveram consequências no presente, com a falta de profissionais experientes de formação adequada para gerenciar os empreendimentos públicos e privados.

Nesses últimos anos estamos vivenciando um renascimento, oportunidade em que centenas de milhares de profissionais trabalham para a construção de um país rico, soberano, socialmente justo e ambientalmente responsável, empregando seus conhecimentos e tecnologias fortes, que contribuem cada vez mais para a valorização profissional.

1.1 LIDERANÇA NO CONFEA

O Confea é o órgão responsável pela regulamentação e pela fiscalização das profissões da área tecnológica e, como órgão da administração pública, prima pela transparência e busca a participação da sociedade e dos profissionais nele registrados para o controle de suas atividades, dentre as quais exercer funções normativas e regulamentadoras, de julgamento de conflitos em última instância, de promotor das condições para que os Creas acompanhem os egressos das escolas de nível superior e técnico, quando no exercício e desenvolvimento de suas atividades profissionais de engenharia, arquitetura, agronomia, geografia, geologia, meteorologia.

Figura 1 – Identidade Organizacional do Confea

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1.1 LIDERANÇA NO CONFEA

O Confea é o órgão responsável pela regulamentação e pela fiscalização das profissões

da área tecnológica e como órgão da administração pública prima pela transparência e

busca a participação da sociedade e dos profissionais nele registrados para o controle de

suas atividades, que é exercer funções normativas e regulamentadoras, de julgamento de

conflitos em última instância, de promotor das condições para que os Creas acompanhem

os egressos das escolas de nível superior e técnico, quando no exercício e desenvolvimento

de suas atividades profissionais de engenharia, arquitetura, agronomia, geografia,

geologia, meteorologia.

Figura 1 – Identidade Organizacional do Confea

Fonte: GPG, 2011.

Para o cumprimento da sua Missão, o Confea adota ações e práticas que evidenciam os

esforços das lideranças internas relacionadas à reestruturação e modernização

organizacional e à integração com os ambientes de relacionamento de seu interesse,

organizando-se da seguinte forma:

Figura 2 – Estrutura Organizacional do Confea

Fonte: GPG, 2011.

Para o cumprimento da sua Missão, o Confea adota ações e práticas que evidenciam os esforços das lideranças internas relacionadas à reestruturação e modernização organizacional e à integração com os ambientes de relacionamento de seu interesse, organizando-se da seguinte forma:

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RelatóRio de Gestão 2006 a 2011RelatóRio de Gestão 2006 a 2011

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Figura 2 – Estrutura Organizacional do Confea

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C omitêdeAvaliaçãoeArticulação

C AA

AuditoriadoS is temaAUDI

C ontroladoriaInternaC INT

OuvidoriaOUVI

S uperintendênciadeP lanejamento,P rogramas e

P rojetosS P P

GerênciadeP rogramas e

P rojetosGPP

GerênciadeTecnologiadaInformação

GT I

GerênciadeP lanejamentoe

G estãoGPG

S uperintendênciadeIntegraçãodoS is tema

S IS

GerênciadeAss is tênciaaos C olegiados

GAC

GerênciadeR elacionamentos Institucionais

GR I

GerênciadeC onhecimentoInstitucional

GC I

S uperintendênciaAdminis trativaeF inanceira

S AF

GerênciadeDesenvolvimento

P essoalGDP

GerênciadeOrçamentoeC ontabilidade

GOC

GerênciaF inanceiraGF I

GerênciadeInfra‐E strutura

G IE

PR E S IDE NTE

C ONS E L HODIR E TORC D

C onselhodeC omunicaçãoeMarketing

C CM

C omissões E speciais

C omissãodoMéritoCME

C omissãoE leitoralF ederalC E F

C omissãoOrganizadoraNacionalC ON

P rogramas

C omissãodeE ducaçãoeAtribuiçãoP rofiss ional

C E AP

C omissãodeOrganização,Normas eP rocedimentos

C ONP

C omissãodeC ontroleeS ustentabilidadedoS is tema

C C S S

C omissãodeArticulaçãoInstitucionaldoS is tema

C AIS

C omissãodeÉ ticaeE xercícioP rofiss ional

C E E P

C omissões P ermanentes

Û Û ÛÛ Û Û ÛÛÛ

AssessoriadeC omunicaçãoeMarketingAC OM

AssessoriaP arlamentarAPAR

AssessoriaInternacionalAS IN

GabinetedoP res identeGAB I

P rocuradoriaJ urídicaPR OJ

P L E N Á R I O

C R E As /MÚTUA/E NT IDADE S DE C LAS S E /INS T ITUIÇ ÕE S DE E NS INO

C orregedoriaC OR R

C entrodeT reinamentoeC apacitaçãoC orporativa

C TC C

Fonte: Portaria AD-Nº 393/2010.

1) Plenário – apreciar e decidir sobre os assuntos relacionados às competências do

Confea;

2) Comissões permanentes – auxiliar o Plenário nas matérias de sua competência

relacionadas à formação e ao exercício profissional, à gestão administrativo-

financeira e à organização do Sistema Confea/Crea, bem como à comunicação e

aos relacionamentos institucionais;

3) Comitê de Avaliação e Articulação – órgão de articulação entre o Plenário, o

Conselho Diretor e as Comissões Permanentes, com o intuito de conhecer a

pauta da sessão plenária, manifestando-se previamente a respeito, procurando

agilizar o andamento dos trabalhos.

4) Presidente – representante legal de decisão singular; e

5) Conselho Diretor – auxiliar o Plenário na gestão do Confea.

Para subsidiar a execução de suas ações, o Confea é assessorado por:

a) Conselho de Comunicação e Marketing – formular e orientar as diretrizes de

comunicação do Confea;

b) Comissões especiais – atender demandas específicas de caráter transitório; e

c) Grupos de trabalho – coletar dados e estudar temas específicos, objetivando

orientar os órgãos do Confea na solução de questões e na fixação de

entendimentos.

Para a operacionalização de suas ações, o Confea é estruturado em unidades

organizacionais

responsáveis pelos serviços administrativos, financeiros, jurídicos e técnicos.

Fonte: Portaria AD-Nº 393/2010.

1. Plenário – apreciar e decidir sobre os assuntos relacionados às competências do Confea;

2. Comissões permanentes – auxiliar o Plenário nas matérias de sua competência relacionadas à formação e ao exercício profissional, à gestão administrativo-financeira e à organização do Sistema Confea/Crea, bem como à comunicação e aos relacionamentos institucionais;

3. Comitê de Avaliação e Articulação – órgão de articulação entre o Plenário, o Conselho Diretor e as Comissões Permanentes, com o intuito de conhecer a pauta da sessão plenária, manifestando-se previamente a respeito, procurando agilizar o andamento dos trabalhos;

4. Presidente – representante legal de decisão singular; e

5. Conselho Diretor – auxiliar o Plenário na gestão do Confea.

Para subsidiar a execução de suas ações, o Confea é assessorado por:

a) Conselho de Comunicação e Marketing – formular e orientar as diretrizes de comunicação do Confea;

b) Comissões especiais – atender demandas específicas de caráter transitório; e

c) Grupos de trabalho – coletar dados e estudar temas específicos, objetivando orientar os órgãos do Confea na solução de questões e na fixação de entendimentos.

Para a operacionalização de suas ações, o Confea é estruturado em unidades organizacionais

responsáveis pelos serviços administrativos, financeiros, jurídicos e técnicos.

No exercício de seus mandatos, os Conselheiros Federais são integrantes natos do Pleno do Conselho, participam obrigatoriamente de uma das 5 (cinco) comissões permanentes e, por indicação desse Pleno, conforme estabelece o Regimento, de um ou mais dos colegiados internos (CD - Conselho Diretor, CEF - Comissão Eleitoral Federal, CCM - Conselho de Comunicação e Marketing, CM - Comissão do Mérito, Comissões Especiais e Grupos de Trabalho).

Os Coordenadores de Comissões Permanentes, os membros do Conselho Diretor, incluindo o vice-presidente e o presidente, são membros natos do Comitê de Avaliação e Articulação – CAA.

Quadro 1 – Distribuição do Plenário nas Comissões Permanentes do Confea no Período de 2006 a 2011

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No exercício de seus mandatos, os Conselheiros Federais são integrantes natos do

Pleno do Conselho, participam obrigatoriamente de uma das 5 (cinco) comissões

permanentes e, por indicação desse Pleno, conforme estabelece o Regimento, de um ou

mais dos colegiados internos (CD - Conselho Diretor, CEF - Comissão Eleitoral Federal, CCM

- Conselho de Comunicação e Marketing, CM - Comissão do Mérito, Comissões Especiais e

Grupos de Trabalho).

Os Coordenadores de Comissões Permanentes, os membros do Conselho Diretor,

incluindo o vice-presidente e o presidente, são membros natos do Comitê de Avaliação e

Articulação – CAA.

Quadro 1 – Distribuição do Plenário nas Comissões Permanentes do Confea no Período de 2006 a 2011

EXERCÍCIO CONSELHEIRO TÍTULO REPRESENTAÇÃO

20

06

Liberalino Jacinto de Souza Engenheiro Mecânico DF

Fernando Antônio Souza Bermerguy Engenheiro Florestal IES

João Américo Pereira Técnico Industrial RTI

João de Oliveira Sobrinho Engenheiro Civil PA

Maria Higina do Nascimento Engenheiro Agrônomo BA

Milton da Costa Pinto Júnior Engenheiro Eletricista PE

Renato de Melo Rocha Arquiteto GO

20

07

Ainabil Machado Lobo Engenheiro Agrônomo MT

Cláudio Brandão Nina Arquiteto AM

Fernando José de Medeiros Costa Arquiteto IES

Jorge Luiz da Rosa Vargas Engenheiro Mecânico MS

Lino Gilberto da Silva Técnico em Edificações IEM

Paulo Bubach Engenheiro Eletricista ES

Pedro Idelano de Alencar Felício Engenheiro Civil CE

20

08

Admar Bezerra Alves Engenheiro Agrônomo RR

Fernando Luiz Beckman Pereira Engenheiro Civil MA

Jaques Sherique Engenheiro Mecânico RJ

João de Deus Coelho Correia Técnico em Agropecuária RTA

Osni Shröeder Arquiteto e Eng. de Segurança de Trabalho

RS

Pedro Lopes Queirós Engenheiro Civil IES

Rodrigo Guaracy Santana Engenheiro Eletricista MG

20

09

Ângela Canabrava Buchmann Arquiteta PR

Claudio Pereira Calheiros Engenheiro Agrônomo AL

Iracy Vieira Santos Silvano Técnico em Edificações DF

Isacarias Carlos Rebouças Engenheiro Mecânico RO

José Elieser de Oliveira Júnior Engenheiro Eletricista AC

Ricardo Antônio de Arruda Veiga Engenheiro Agrônomo IES

Valmir da Silva Engenheiro Civil SC

20

10

Ana Karine Batista de Sousa Arquiteta PI

Etelvino de Oliveira Freitas Engenheiro Civil SE

José Clemerson Santos Batista Engenheiro Eletricista AP

José Roberto Geraldine Júnior Arquiteto IES

Lino Gilberto da Silva Técnico em Edificações IET

Modesto Ferreira dos Santos Filho Engenheiro Têxtil RN

15

EXERCÍCIO CONSELHEIRO TÍTULO REPRESENTAÇÃO

Pedro Shigueru Katayama Engenheiro Agrônomo SP

2011

José Luiz Mota Menezes Arquiteto PE

Idalino Serra Hortêncio Engenheiro Civil GO

Gracio Paulo Pessoa Serra Engenheiro Mecânico PA

Maria Luiza Poci Pinto Técnico em Meteorologia RJ

Petrúcio Correia Ferro Engenheiro Agrônomo TO

Martinho Nobre Tomaz de Souza Engenheiro Eletricista PB

Pedro Lopes de Queirós Engenheiro Civil IES

Francisco Xavier Ribeiro Vale Engenheiro Agrônomo IES

Roberto da Costa e Silva Engenheiro Eletricista BA

José Cícero Rocha da Silva Técnico em Mecânica AL

Luiz Ary Romcy Eng. Industrial e Metalúrgico CE

Afonso Luiz Costa Lins Jr Engenheiro Civil AM

Kleber Souza dos Santos Engenheiro Agrônomo DF

Anderson Fioreti de Menezes Arquiteto ES

José Roberto Geraldine Junior Arquiteto e Urbanista IES

Melvis Barrios Júnior Engenheiro Civil RS

Marcos Vinicius Santiago Silva Engenheiro Eletricista MT

Dirson Artur Freitag Engenheiro Agrônomo MS

Vera Therezinha de Almeida de Oliveira Santos Arquiteta MG

Luis Eduardo Castro Quitério Técnico em Mecânica IET

Adriano Henrique Martins Rabelo Engenheiro Industrial Mecânico MA CAIS(M)

A terminologia das comissões em 2006 obedeceu ao regimento do Confea, vigente a época. Legenda: CEP – Comissão de Exercício Profissional CES – Comissão Educação do Sistema CCS – Comissão de Controle do Sistema CAN – Comissão de Assuntos Nacionais COS – Comissão de Organização do Sistema (M): membro (C): coordenador

Nova terminologia fixada em regimento. Legenda: CEEP – Comissão de Ética e Exercício Profissional CAIS – Comissão de Articulação Institucional do Sistema CEAP – Comissão de Educação e Atribuição Profissional CONP – Comissão de Organização, Normas e Procedimentos CCSS – Comissão de Controle e Sustentabilidade do Sistema (M): membro (C): coordenador

Fonte: GAC, 2011.

Os principais resultados apresentados pelos órgãos colegiados são as decisões e ou

deliberações, conforme estabelecido pelo Regimento do Confea. Para enriquecer esse

trabalho foram promovidas palestras com temas de interesse do sistema profissional e da

sociedade,cujos resultados se vê nos quadros a seguir .

Figura 3 – Atuação do Plenário Federal

A terminologia das comissões em 2006 obedeceu ao regimento do Confea, vigente à época.

Legenda:CEP – Comissão de Exercício ProfissionalCES – Comissão Educação do SistemaCCS – Comissão de Controle do Sistema CAN – Comissão de Assuntos NacionaisCOS – Comissão de Organização do Sistema(M): membro(C): coordenador

Nova terminologia fixada em regimento.

Legenda:CEEP – Comissão de Ética e Exercício Profissional CAIS – Comissão de Articulação Institucional do SistemaCEAP – Comissão de Educação e Atribuição ProfissionalCONP – Comissão de Organização, Normas e ProcedimentosCCSS – Comissão de Controle e Sustentabilidade do Sistema(M): membro(C): coordenador

Fonte: GAC, 2011.

Os principais resultados apresentados pelos órgãos colegiados são as decisões e/ou deliberações, conforme estabelecido pelo Regimento do Confea. Para enriquecer esse trabalho foram promovidas palestras com temas de interesse do sistema profissional e da sociedade, cujos resultados se veem nos quadros a seguir .

Figura 3 – Atuação do Plenário Federal

* dados consolidados até 17/out/2011

Fonte: GAC, 2011.

16

* dados consolidados até 17/out/2011 Fonte: GAC, 2011.

Figura 4 – Atuação das Comissões Permanentes

* dados consolidados até 17/OUT/2011 Fonte: GAC, 2011.

Page 10: Relatório de Gestão de 2006 a 2011

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RelatóRio de Gestão 2006 a 2011RelatóRio de Gestão 2006 a 2011

RelatóRio de Gestão 2006 a 2011 19RelatóRio de Gestão 2006 a 2011

Figura 4 – Atuação das Comissões Permanentes

* dados consolidados até 17/OUT/2011

Fonte: GAC, 2011.

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* dados consolidados até 17/out/2011 Fonte: GAC, 2011.

Figura 4 – Atuação das Comissões Permanentes

* dados consolidados até 17/OUT/2011 Fonte: GAC, 2011.

Os Grupos de Trabalho (GT), pelo regimento do Confea, têm por finalidade coletar dados e estudar temas específicos, para orientar os integrantes dos órgãos do Confea na solução de questões. Criados por tempo determinado, analisam e apresentam propostas sobre os assuntos de sua responsabilidade, a saber:

• GT Ordem Econômica do Sistema;

• GT São Francisco;

• GT Meio Ambiente;

• GT Ética;

• GT Mulher;

• GT Agências de Regulamentação e Autarquias;

• GT Confea/DNPM;

• GT Manutenção Predial;

• GT Plano Diretor Urbano e Regional;

• GT Tecnólogos;

• GT Profissionais Técnicos;

• GT Creas Juniores;

• GT Instalações Elétricas;

• GT Micro e pequenas empresas das áreas abrangidas pelo Sistema Confea/Crea;

• GT Pró-Equidade de Gênero do Confea;

• GT Haiti;

• GT Expo Xangai;

• GT Empreendimento Agropecuário;

• GT Sustentabilidade.

No período de 2006 a 2011, as unidades administrativas e a equipe diretiva, compostas por lideranças formais representadas por superintendentes, gerentes, assessores de unidades de apoio e

comissão de compra, foram ocupadas por empregados e assessores da presidência de diferentes perfis, possibilitando rica troca de experiências. Ao longo desses seis anos, houve ajustes e melhorias na estrutura organizacional com a criação de unidades administrativas que totalizaram 29, das quais 23 estão em vigor.

Nesse período de 2006 a 2011, as lideranças proporcionaram resultados permanentes para os profissionais e para a sociedade, em especial com a adoção do novo modelo de ART; do programa de desenvolvimento sustentável do Sistema Confea/Crea e Mútua; da compatibilização da matriz do conhecimento para a concessão de atribuições profissionais; da fixação de valores de anuidades e taxas de serviços, entre outros, que totalizam mais de 50 resoluções, 12 decisões normativas e cerca de 11 mil decisões plenárias.

1.2 LIDERANÇA NO SISTEMA

Em momentos históricos, como o da redemocratização, na década de 80, da luta por eleições diretas em todos os níveis, o Confea esteve alinhado com o anseio popular. A discussão sobre a democratização no Sistema ocorreu simultaneamente à discussão da redemocratização no processo eleitoral no país. A partir de 1991 (com a Lei nº 8.195/91) as eleições diretas para presidente do Confea e dos Creas passaram a ser adotadas.

Com a nova ordem, o processo democrático ganhou espaço. O momento foi um marco na história do sistema profissional, pois possibilitou aos profissionais a participação efetiva na escolha dos seus representantes.

Com o passar dos anos, a eleição direta também foi ampliada para os cargos dos conselheiros representantes das modalidades profissionais, tendo o Confea em 2011 ousado estender essa prática para escolha dos dirigentes da Mútua - Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea.

Para o exercício da liderança no Sistema, o Confea interage com diferentes lideranças das áreas tecnológicas e se relaciona por meio de Fóruns Consultivos com 27 presidentes de Creas e da Mútua, 28 presidentes de entidades nacionais e com representantes do Crea Jr/Jovens dos estados da federação.

As organizações do Sistema e o Confea se expandiram quando o País passou a se modernizar, exigindo cada vez mais o empenho das lideranças e empregados para torná-lo mais eficiente, transparente e socialmente responsável.

Para auxiliar e fundamentar o desenvolvimento de ações estratégicas dentro e fora do Sistema, o Confea desenvolveu instrumentos e capacitou pessoas com a obtenção de marcos importantes como o cadastro de mais de um milhão de profissionais, cerca de 225 mil empresas e de três mil e quinhentas escolas de nível superior e técnico.

Iniciativas importantes no exercício dessa liderança no Sistema foram desenvolvidas, como:

• a defesa do salário mínimo profissional e a remuneração justa para serviços e obras;

• o planejamento das organizações do Sistema contendo políticas e objetivos que promovam a sustentabilidade financeira, política e social de todo o Sistema;

• a criação de mecanismos de participação de estudantes e jovens profissionais e mulheres, visando formar novas lideranças e incorporá-las ao Sistema Profissional e às entidades de classe;

• a participação do Sistema Profissional na definição de abertura de novos cursos, na avaliação da qualidade da graduação e na definição de procedimentos para o registro profissional;

• a defesa do ensino tecnológico de qualidade e de sua ampliação em todo o país e a participação do Sistema, em parceria com as entidades de ensino, nos processos de abertura e reconhecimento de cursos;

• o processo de mobilização, organização e representação da categoria profissional, incentivando a participação das mulheres, dos estudantes e dos jovens profissionais nos debates das políticas públicas relacionadas às suas atividades profissionais.

Todas essas realizações foram possíveis por causa da efetiva contribuição das lideranças atuantes nos Fóruns e Colegiados Consultivos, dos presidentes dos Creas e da Mútua, dos dirigentes das entidades de classe e das instituições de ensino e dos coordenadores nacionais das câmaras especializadas dos Creas, o que resultou em propostas consistentes apresentadas ao Confea. O Confea garantiu essa consultoria qualificada, mantendo e viabilizando para aqueles órgãos uma agenda anual de reuniões temáticas, como se constata adiante.

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RelatóRio de Gestão 2006 a 2011RelatóRio de Gestão 2006 a 2011

RelatóRio de Gestão 2006 a 2011 21RelatóRio de Gestão 2006 a 2011

Quadro 2 – Órgãos Consultivos dos Creas

Órgão Finalidade Composição

Colégio de Presidentes (CP)

Tratar de temas relativos à área tecnológica, de assuntos institucionais e das políticas de abrangência municipal, nacional e internacional, que requeiram ações do Sistema.

Presidentes do Confea, da Mútua e dos Creas

Colégio de Entidades Nacionais (CDEN)

Opinar sobre: assuntos nacionais de interesse das profissões do Sistema;planejamento estratégico do Sistema;resoluções específicas de interesse geral das profissões;políticas de formação e atualização de conhecimentos para profissionais do Sistema.

Presidentes das Entidades Nacionais credenciadas

Coordenadorias de Câmaras Especializadas dos Creas (CCEC)

Estudar, discutir e propor providências, inclusive de cunho normativo, voltadas para a uniformização de procedimentos que visem à unidade de ação no Território Nacional.

Coordenadores nacionais de câmaras especializadas dos Creas das modalidades e campos de atuação profissional do Sistema.

Fonte: GRI, 2011.

Faz parte da cultura do Sistema Confea/Crea homenagear profissionais, instituições de ensino e empresas que tenham contribuído para o desenvolvimento científico e tecnológico do país, para o aprimoramento técnico das profissões e para estabelecimento de relevantes exemplos de condutas éticas e cidadãs, dispondo para tal de dois tipos de homenagens:

• A concessão da Medalha do Mérito, distinção que cabe aos profissionais, aos conselhos de fiscalização profissional, às entidades de classe e às instituições de ensino.

• A inscrição no Livro do Mérito dos nomes dos profissionais falecidos, e a manifestação de reconhecimento do Sistema ao profissional e seus familiares.

Prestada desde 1958 durante a realização da Semana Oficial da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia – Soeaa, essa homenagem valoriza os profissionais do Sistema. No período de 2006 a 2011 foram concedidas 78 Medalhas e 73 inscrições no Livro do Mérito.

Importantes atores para o Sistema Profissional, os estudantes tiveram atenção especial nessa gestão. O projeto Crea Júnior, que tem representação em 26 Creas, estimula a participação dos futuros profissionais na defesa e no desenvolvimento da sociedade, na reflexão e divulgação da legislação profissional e das regras de conduta às quais estarão submetidos no exercício da profissão.

A implantação da Resolução nº 1.010, de 2005, que regulamentou a atribuição de títulos profissionais, atividades, competências e caracterização do âmbito de atuação dos profissionais, estabelecendo normas estruturadas dentro de uma concepção matricial, foi um importante marco dessa gestão. O que só foi possível em função da produção de um expressivo conteúdo técnico por especialistas indicados pelas Coordenadorias de Câmaras Especializadas dos Creas (CCE), em suas diferentes áreas de conhecimento.

A aprovação pelo Plenário do Confea da Resolução 1.010 (PL-0414/11) foi fundamentada em estudos, pesquisas, pareceres e na legislação que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96). Foram realizados nove workshops para análise e contribuições de melhorias, objetivando garantir operacionalidade da Resolução nº 1.010/05 utilizando, para tanto, um aplicativo (software) especialmente desenvolvido com a funcionalidade de interagir com o conteúdo formativo de cada egresso e identificada Instituição de Ensino, demonstrando, ao final, as atribuições profissionais pertinentes ao mesmo, ao tempo que também interage com o estabelecido na Resolução nº 1.025/09, que dispõe sobre a Anotação de Responsabilidade Técnica e o Acervo Técnico Profissional. Tudo isso teve como ponto de partida o fato de que tanto os conteúdos dos campos de conhecimento quanto as profissões regulamentadas que compõem o Sistema Confea/Crea são dinâmicos e sofrem, de forma acelerada, mudanças cada vez mais profundas.

Esse cenário confirma a importância das CCEs dos Regionais por constituírem os Fóruns Técnicos Consultivos do Confea responsáveis por, continuadamente, analisarem e proporem atualizações e melhorias na aplicação dos normativos pertinentes ao exercício e fiscalização das atividades profissionais.

A partir daí estabeleceu-se uma nova possibilidade técnica e administrativa no âmbito do Sistema Confea/Crea, propiciando unidade de ação nos procedimentos para concessão de atribuições profissionais e responsabilidades técnicas.

Destaca-se também, nessa gestão, o Encontro de Lideranças, realizado a cada início de ano, desde 2006, e que reuniu cerca de 500 (quinhentas) lideranças do Sistema, a cada ano, na área da fiscalização profissional, para tratar de assuntos importantes para a sociedade brasileira e os profissionais. O objetivo dele é unificar as visões estratégicas e elaborar um plano de ação conjunto, alinhando o pensamento e as ações das lideranças com a visão de desenvolvimento que o Sistema propõe para o país.

Quadro 3 – Encontro de Lideranças

Evento 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Encontro de Lideranças

Edição 1º 2º 3º 4º 5º 6º

Nº participantes

340 420 480 448 534 597

Fonte: ACOM, 2011.

Apesar da posição assumida pelos participantes do 7º Congresso Nacional de Profissionais (CNP), realizado em 2010, contrária ao desligamento dos arquitetos do Sistema Confea/Crea, e a favor da manutenção do sistema multiprofissional, a luta dos arquitetos por um conselho profissional próprio, que teve origem em 1958, antes ainda da Lei 5.194/66, teve êxito em 2011.

A Lei n° 12.378, de 2010, criou o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil – CAU/BR e os Conselhos de Arquitetura e Urbanismo dos Estados e do Distrito Federal – CAUs e estabeleceu prazos para o Sistema Confea/Crea fazer as devidas adequações. Os profissionais com título de arquitetos e urbanistas, arquitetos e engenheiro arquiteto, com registro nos atuais Creas terão, automaticamente, registro nos CAUs com o título único de arquiteto e urbanista. A Comissão de Organização, Normas e Procedimentos (Conp) vem trabalhando na análise das propostas de composição do plenário dos Creas para o exercício de 2012, no sentido de uniformizar os procedimentos para composição dos plenários do Confea e dos Regionais, no intuito de garantir a representação de todos os estados brasileiros na instância máxima do Sistema Confea/Crea e Mútua.

LIDERANÇA NO BRASIL

O Sistema Profissional postula há muito participar da formulação de propostas de políticas públicas que ampliem os investimentos em saneamento, habitação, transportes e gestão de recursos hídricos, entre outros. A Lei 5.194 de 1966, que regulamenta o exercício das profissões de engenheiros, arquitetos e engenheiros-agrônomos, define em seu artigo primeiro os compromissos sociais e humanos das profissões abrangidas pelos conselhos. Cumprindo a lei, as lideranças e as respectivas organizações assumiram o compromisso de acompanhar crítica e construtivamente a elaboração das políticas públicas e a execução dos correspondentes planos de governo propostos e que afetam a todos os brasileiros.

O Confea, no plano nacional, e os Creas, nas jurisdições estaduais, e as entidades de classe no nível dos municípios atuam junto ao poder público visando assumir espaços de representação nos

diversos órgãos colegiados que tratam de questões relacionadas às profissões do Sistema Confea/Crea. Ao longo dos últimos seis anos, o Sistema esteve presente nos principais fóruns que discutem e decidem os rumos do país, como por exemplo:

• Conama: Conselho Nacional de Meio Ambiente - órgão de natureza consultiva e deliberativa do Sistema Nacional de Meio Ambiente;

• CNRH: Conselho Nacional de Recursos Hídricos, colegiado que desenvolve regras de mediação entre os diversos usuários da água;

• Conselho das Cidades (ConCidades): estuda e propõe diretrizes para a formulação e implementação da PNDU;

• Ministério de Ciência e Tecnologia: formula propostas para a Política Nacional de Meteorologia e Climatologia e para o Sistema Nacional de Meteorologia e Climatologia;

• Conselho Nacional de Defesa Civil;

• GT de Obras Públicas do Senado Federal: discute legislação específica para fiscalização de obras públicas.

Nesse mandato, a cada início de ano, foi divulgada uma Agenda Parlamentar Prioritária do Sistema Confea/Crea da qual participam representantes de todos os estados junto aos parlamentares no Congresso Nacional. Essa ação parlamentar tem como objetivo ampliar a participação do Sistema junto ao Poder Legislativo, articulando e acompanhando os representantes do Confea, dos Creas, da Mútua e das entidades profissionais em audiências e reuniões parlamentares com as demais instâncias do Congresso Nacional, elaborando propostas para projetos de lei e subsídios para aperfeiçoar projetos em andamento.

Só uma atuação participativa e propositiva pode evitar a aprovação de projetos que ferem os interesses do sistema profissional e da sociedade. Nessa gestão, o exercício da liderança ocorreu numa relação mais formal com o Congresso Nacional, o que possibilitou o reconhecimento do sistema profissional como interlocutor qualificado, bem como a apresentação de propostas para o desenvolvimento sustentável brasileiro.

As leis de maior impacto para o Sistema Confea/Crea foram:

• Lei nº 11.888, de 24.12.2008, que assegura às famílias de baixa renda assistência técnica pública e gratuita para o projeto e a construção de habitação de interesse social;

• Lei nº 12.378, de 31.12.2010, que regulamenta o exercício da Arquitetura e Urbanismo; cria o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil - CAU/BR e os Conselhos de Arquitetura e Urbanismo dos Estados e do Distrito Federal - CAUs; e dá outras providências;

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• Decreto Legislativo nº 131, de 2011, que aprova o texto do Acordo sobre a Criação e a Implementação de um Sistema de Credenciamento de Cursos de Graduação para o Reconhecimento Regional da Qualidade Acadêmica dos Respectivos Diplomas no Mercosul e Estados Associados;

• Lei nº 12.188, de 11.1.2010, que institui a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma;

• Lei nº 12.305, de 2.8.2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos;

• Lei nº 12.514, de 28.10.2011, que trata das contribuições devidas aos conselhos profissionais em geral.

A grande conquista para o Sistema Confea/Crea nos últimos vinte anos foi conseguir uma legislação que pudesse estabelecer os limites para as cobranças de suas anuidades e Anotação de Responsabilidade Técnica - ART. A insegurança jurídica para a definição dos valores de anuidades e taxas foi superada, com o estabelecimento, em lei, de valores limites a serem praticados por todos os conselhos profissionais.

Para interagir com o governo, com a sociedade civil e com a iniciativa privada, iniciou em 2006 o Projeto Pensar o Brasil – Construir o Futuro da Nação, fruto do envolvimento de centenas de profissionais que em todo o país participaram de oficinas e seminários promovidos para identificar ações e projetos que materializam a proposta que objetiva o desenvolvimento sustentável e a responsabilidade social.

Em 2009, com o apoio da União Panamericana de Associações de Engenheiros (Upadi), foi lançado o projeto Pensar as Américas. O combate às injustiças sociais e à pobreza, desenvolvimento com solidariedade e responsabilidade socioambiental, são essas as metas propostas pelo movimento constituído por profissionais e lideranças da área tecnológica com disposição de iniciar a discussão de políticas que contribuam para a unificação das Américas. Seu objetivo é envolver todo o sistema profissional no processo de desenvolvimento, nos níveis nacional, regional, estadual e municipal e que em todas as suas etapas deve estar orientado para desenvolver ações e obter resultados do tipo:

• formulação de políticas e diretrizes;

• planejamento, concepção, elaboração e execução de projetos;

• fiscalização físico-financeira, transparência, benefícios para a sociedade.

O foco do exercício da liderança no âmbito do Brasil está no desenvolvimento sustentável e sustentado, na responsabilidade social e na relação de todos os segmentos profissionais do Sistema, de nível superior e técnico, com a sociedade.

Preocupação não menos importante é a qualificação dos profissionais do Sistema, como condição indispensável para que o Brasil se desenvolva de forma sustentável, não apenas no que se refere à

execução dos projetos e melhorias dos processos, como também quanto a sua concepção e elaboração. Para atingir esse objetivo, a atuação das entidades de representação das profissões regulamentadas é fundamental. Como outras organizações, o Confea participou ativamente do debate e implantação de políticas públicas que visam melhorar a qualidade de vida do brasileiro.

No período de 2006 a 2011, o Projeto Pensar o Brasil estimulou a discussão dos principais temas do desenvolvimento nacional, explicitando a contribuição das profissões do Sistema nesse processo. Para isso, o Confea instalou os núcleos estaduais a partir do apoio das entidades de classe e dos Creas. Foram publicados os livros: “Amazônia - Soberania e Desenvolvimento Sustentável”; “Semiárido: Uma visão holística”, “Transportes: Fundamentos e Propostas para o Brasil”, “O Cerrado em Disputa: Apropriação global e resistências locais“ e “Setor Elétrico Brasileiro: uma aventura mercantil” e foram realizados 5 Seminários Regionais: Nordeste (Energia e Desenvolvimento do Nordeste Brasileiro); Norte (Amazônia: Soberania e Desenvolvimento Sustentável); Sudeste (Desenvolvimento Urbano e Segurança); Sul (Gestão Social das Águas), e Centro-Oeste (Os Desafios da Agricultura Brasileira no Século XXI), com o objetivo de garantir um suporte teórico sólido e consistente para o debate.

1.3 INSERÇÃO INTERNACIONAL

Discutir o mercado internacional é tarefa complexa e quando o assunto é o livre trânsito profissional e a reciprocidade, trata-se de um grande desafio. Para enfrentar esse desafio, o Confea investiu em ações e articulações para a construção de acordos bilaterais que concedam aos profissionais brasileiros as mesmas condições de tratamento que, porventura, venha-se a conceder aos estrangeiros que pleiteiam atualmente o direito à atuação profissional no país.

O interesse nessa área começou a se manifestar desde a década de 60, motivado pelo Plano Desenvolvimentista de JK, mas com a intensificação do fenômeno da globalização, no final da década de 80, essas questões passaram a ocupar espaços especiais nas agendas do Confea e do Sistema Confea/Crea.

As transformações do modelo de crescimento do país e a abertura à competição internacional evidenciaram a necessidade de um modelo que harmonizasse as condições do exercício profissional e da mobilidade profissional. Essa percepção permitiu que a questão fosse destacada nas reuniões da formulação estratégica do sistema profissional, para fixar objetivos e iniciativas direcionadas a ampliar a influência do Sistema Confea/Crea sobre as posições brasileiras em matéria de negociações internacionais, nos ambientes do MERCOSUL e da CIAM, com perspectivas positivas de expansão a todas as nações componentes da Associação Latino-Americana de Integração - ALADI.

As iniciativas da gestão do Confea no período de 2006 a 2011 levaram a um crescimento sensível de sua inserção internacional, demonstrado nas mais de setenta missões internacionais ocorridas no período, as quais contaram com cerca de 280 profissionais representantes do sistema profissional, conforme Figura 5.

Figura 5 – Participação das lideranças no ambiente internacional

Fonte: ASIN, 2011.

A atuação do Confea junto aos países do Mercosul foi o foco do trabalho da Comissão de Integração de Agrimensura, Agronomia, Arquitetura, Geologia e Engenharia para o Mercosul (Ciam), criada em 1991, após a constituição do mercado comum entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai por meio do Tratado de Assunção. Trata-se de um fórum de entidades profissionais com a missão de incentivar a valorização profissional, a mobilidade dos profissionais entre os países do bloco e normatizar acordos.

Merecem registros os estudos de viabilidade de efetivação de convênios, acordos, ajustes ou contratos com órgãos e entidades, com vistas à rediscussão e ao reestudo aprofundado do Protocolo de Intenções firmado entre o Confea e a Ordem dos Engenheiros de Portugal – OEP, o qual foi firmado há 10 anos, e que não mais atendia à legislação no tocante ao registro de profissionais estrangeiros.

Na dimensão mais global, trata-se de uma questão prioritária, dadas as necessidades bilaterais de nações que, pressionadas pela aceleração do desenvolvimento econômico com atrativos de investimentos e, pressionadas pelos efeitos dos reduzidos ciclos de crises econômicas, impõem aos países desenvolvidos a necessidade de migrar seus profissionais como parte integrante dos investimentos que passam a ser ofertados nos países em desenvolvimento.

Atento a este fenômeno socioeconômico, o Congresso Mundial de Engenheiros é organizado pela WFEO/FMOI (Federação Mundial das Organizações de Engenharia), que representa 15 milhões de profissionais em 90 países, para a cada 3 (três) anos analisar e propor por meio do trabalho de engenheiros, ações em prol da sustentabilidade e desenvolvimento tecnológico nas nações.

A realização do Congresso Mundial de Engenheiros, a WEC 2008, em Brasília, no ano de 2008, marcou o trabalho do Confea nas comemorações de seus 75 anos. Foi o maior evento do Sistema Confea/Crea e um dos maiores já realizados em Brasília. Teve a participação de mais de 5.000 profissionais de 47 países, com a presença do presidente da República e importantes autoridades do país, como se destacou anteriormente.

A World Engineers’ Convention - WEC 2008 teve por finalidade explicitar o desenvolvimento da engenharia e suas aplicações que se voltam cada vez mais para superar os momentos de crise, como nas calamidades públicas oriundas dos desastres e/ou mitigação, surgimento das energias renováveis a partir das crises petrolíferas e a tomada de consciência de que os recursos fósseis vão se esgotar um dia.

A certeza da complexidade das crises que atingem todo o planeta e seus impactos na vida das pessoas e que, infelizmente, têm causado danos enormes e o aumento da extrema pobreza no mundo, especialmente em algumas regiões do planeta como a África Subsaariana, levaram os participantes do Congresso Mundial de Engenheiros e a direção do Confea a assumir publicamente e uma vez mais as Oito Metas do Milênio, aprovadas em 2000 por 191 países da ONU, em Nova Iorque, na maior reunião de dirigentes mundiais de todos os tempos. Os 124 Chefes de Estado e de Governo lá presentes se comprometeram a cumprir esses desafios até 2015, quais sejam:

• Acabar com a fome e a miséria;

• Educação básica e de qualidade para todos;

• Igualdade entre sexos e valorização da mulher;

• Reduzir a mortalidade infantil;

• Melhorar a saúde das gestantes;

• Combater a Aids, a malária e outras doenças;

• Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente;

• Todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento.

A Federação Mundial de Organizações de Engenharia, diante de tal projeto, mobilizou suas afiliadas em torno de novas soluções apontando que as novas tecnologias deveriam estar presentes para que o profissional tenha a responsabilidade com um mundo melhor, a fim de que seus entes futuros busquem na inovação o caminho adequado para o desenvolvimento.

O objetivo do Fórum da Mulher foi diagnosticar a participação da mulher engenheira, bem como as profissionais da área tecnológica no mundo. Foram discutidas questões como política, economia, cultura e responsabilidade social, no âmbito dos desafios enfrentados para a construção da igualdade de gênero, meta explícita nos desafios do milênio. Durante o fórum foram apresentados trabalhos, pesquisas,

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exposições e práticas efetivas de programas de sucesso na inserção da mulher engenheira no contexto mundial.

Também, estudantes e jovens profissionais de vários países se reuniram para trocar experiências e debater temas relativos aos problemas sociais enfrentados pela humanidade: formação e mobilidade profissional, mercado de trabalho, associativismo, empreendedorismo e ética cidadã. O foco do debate foi o estágio de desenvolvimento tecnológico e a inovação, dentro da perspectiva de como os engenheiros podem contribuir para a minimização do impacto provocado pelas desigualdades e, consequentemente, colaborar para a construção de um mundo social, cultural, político e econômico mais justo.

O Congresso Mundial de Engenheiros - WEC 2008 - foi um grande passo para consolidar a posição da Engenharia e do Brasil no cenário internacional. A WEC 2008 proporcionou a milhares de profissionais e estudantes brasileiros a participação em um evento internacional de porte, com palestrantes qualificados e intercâmbio de informações que os colocaram em contato com o estado da arte das suas respectivas profissões.

Finalmente, destaca-se o incremento do nível de informações aprofundadas, precisas e relevantes, tanto ao público nacional, quanto externo, por meio da divulgação de página específica destinada às relações internacionais no website do Confea, por meio da compilação e divulgação de informações atinentes à legislação profissional, visando ao registro de profissionais diplomados no exterior e de pessoas jurídicas estrangeiras, bem como de links de interesse às categorias profissionais abrangidas pelo Sistema Confea/Crea, trazendo, também, informações acerca dos procedimentos para registro em diversas nações.

2 RELACIONAMENTOS INSTITUCIONAIS

O Confea e as demais organizações que compõem o Sistema Profissional, em comum acordo, definem e executam uma pauta orientada aos relacionamentos institucionais. Essas organizações têm uma característica em comum, que é a necessidade de informação e dependem de novos conhecimentos para melhor acompanhar as mudanças dos ambientes do seu relacionamento.

A excelência é o principal desejo gerencial no campo da gestão e o atendimento de qualidade é o principal benefício que o Confea e as demais organizações do sistema profissional devem prestar ao usuário. O Confea na busca desse marco referencial manteve formalmente em seu calendário anual de atividades uma agenda de ações e movimentos, fundamental para a consolidação de uma consciência cidadã junto aos profissionais registrados e demais organizações e instituições do sistema profissional. As principais diretrizes para os relacionamentos institucionais no período de 2006 a 2011, firmados em carta compromisso para a gestão foram:

• Apoiar a organização dos profissionais em entidades e sindicatos, e propor o debate sobre certificação de especialidades;

• Apoiar o processo de descentralização e democratização da Mútua, aprovado nos Congressos Estaduais de Profissionais – CEPs;

• Apoiar e incentivar a Mútua e as Caixas de Assistência nos seus processos de descentralização, ampliação dos benefícios e sua extensão a todos os profissionais;

• Criação de Banco de Empregos e da previdência privada, já prevista na Lei nº 6.496/77;

• Criar mecanismos que assegurem processos de fiscalização cada vez mais eficientes;

• Esclarecer os limites de atuação dos profissionais da área tecnológica, sob a égide da Resolução 1010/2005.

2.1 RELACIONAMENTOS COM OS CREAS, A MÚTUA E ENTIDADES

O Confea, no exercício da sua missão como órgão regulamentador da Lei 5.194/1966, já produziu 47.088 (quarenta e sete mil e oitenta e oito) documentos normativos, dos quais a maior parte destina-se aos 27 conselhos regionais.

É por meio dessas normas reguladoras produzidas pelo Confea que as coordenadorias de câmaras especializadas, as entidades nacionais e os Creas exercem, no seu âmbito, os seus papéis, ora consultivos, ora de fiscalizador de estado, realizando o devido acompanhamento de egressos das escolas e profissionais no mercado de trabalho.

Para alinhar e desenvolver as ações e as medidas com as organizações internas ao Sistema, o Confea se articula aos seguintes fóruns consultivos:

• Colégio de Presidentes - CP: formado pelos presidentes de Creas, Confea e da Mútua;

• Colégio de Entidades Nacionais – CDEN: formado pelos presidentes de entidades nacionais;

• Coordenadorias de Câmaras Especializadas de Creas – CCEC: formadas pelos coordenadores de câmaras de Creas na modalidade profissional respectiva;

Na definição de diretrizes para o efetivo relacionamento do Confea com o Colégio de Presidentes – CP, a pauta que é estabelecida está em acordo com a sua Missão, orientada para fazer a reflexão, análise e deliberação de propostas e ações com o objetivo maior de fortalecer o Sistema Confea/Crea e Mútua, perante seus profissionais e empresas, o mercado e a sociedade brasileira.

Com referência aos relacionamentos com o Colégio de Entidades Nacionais – CDEN as ações planejadas e executadas estão alinhadas com a sua Missão, orientada para atuar em prol da valorização profissional e do desenvolvimento das entidades de classe, afirmando-se como agente de mudanças comprometido com a ética, em defesa da sociedade.

Com relação aos relacionamentos com as Coordenadorias Nacionais de Câmaras Especializadas – CCEC, as ações planejadas e executadas estão alinhadas com a sua Missão, orientada para a formulação de proposituras estratégicas para as atividades finalísticas do sistema profissional.

Nessa gestão, a busca pela excelência no desempenho da fiscalização, atividade final do Sistema Confea/Crea, gerou um processo cuidadoso de identificação dos padrões de atuação praticados na atualidade, e que subsidiaram a formulação e o desenvolvimento de novas diretrizes gerais e específicas, a serem adotadas como referencial para a fiscalização dos Creas.

Em conjunto com os Creas parceiros, o Confea:

• formulou as diretrizes nacionais de fiscalização do exercício profissional;

• elaborou procedimentos padrões para divulgação nos regionais;

• desenvolveu banco de dados de convênios e equipamentos;

• realizou ação integrada de fiscalização de profissionais e empresas estrangeiras;

• firmou convênio entre o Confea e o Ministério do Trabalho e Emprego;

• realizou dois Seminários Nacionais de Fiscalização para troca de experiências;

• desenvolveu ação nacional de fiscalização das obras da Copa de 2014.

Um primeiro resultado específico desse relacionamento com os Creas e a Mútua, que representou um salto de qualidade do Sistema em prol da eficiência da fiscalização do exercício legal, foi a partição das receitas na origem, que exigiu do Confea agilidade na criação de instrumentos normativos.

Consequência desse primeiro sucesso possibilitado pelo Confea, Creas e a Mútua e graças aos recursos repartidos na origem, se viabilizou o fundo mútuo para fortalecer os Creas e as Caixas Regionais de menor arrecadação. Assim, importantes resultados foram alcançados, o que, certamente, garantirá uma migração segura de várias das organizações para um sistema solidário e sustentável.

A partição das receitas é a divisão das receitas pertencentes ao Confea, aos Creas e à Mútua, em seus devidos percentuais, realizadas diretamente pelo agente arrecadador, em conta específica de cada partícipe e na ocasião do recolhimento pelas pessoas físicas e jurídicas. Suas vantagens, entre outras, são:

• modernização da gestão corporativa;

• uniformização dos processos de gestão financeira;

• fornecimento de dados em tempo real para o banco de informações do Sistema;

• eliminação de contenciosos históricos relacionados às receitas dos Conselhos e Mútua;

• uniformização dos processos de gestão administrativo-financeira das organizações ;

• modernização da gestão coorporativa;

• aceleração e disponibilização de dados para o desenvolvimento integrado em TI.

Com a criação de um fundo mútuo e a aprovação da Resolução n.º 1.030/2010, que instituiu o Programa de Desenvolvimento Sustentável do Sistema Confea/Crea e Mútua - Prodesu, criou-se um mecanismo de financiamento de políticas de sustentabilidade que se destinam à eficácia e eficiência administrativa do Sistema Confea/Crea e Mútua. Nessa resolução foram definidos os critérios financeiros e administrativos de distribuição dos recursos, conferindo transparência e isonomia aos interessados, atendo-se à capacidade contributiva e parâmetros financeiro-administrativos de gestão.

Para alcançar esse objetivo, o Prodesu pressupõe o atendimento aos princípios de democratização, descentralização, controle social e transparência dos procedimentos decisórios do Sistema Confea/Crea e Mútua, considerando ainda que, para obter a sustentabilidade almejada, o Prodesu estabelece como diretrizes a adoção de metodologia adequada de planejamento, em especial do programa GesPública, tendo uma abrangência e aplicação dos recursos orientada para a representação institucional, estruturação, melhorias e recuperação da gestão de seus partícipes, haja vista ser de adesão voluntária.

Portanto, nessa gestão, o propósito do Programa de Sustentabilidade foi de alcançar e beneficiar todo o Sistema Confea/Crea e Mútua, fundamentado em pressupostos e resultados que demonstrem convergência com os objetivos do projeto estratégico do Sistema Profissional. Vale salientar que o Prodesu tem sua origem nos contundentes esforços dos entes que compõem o Sistema Confea/Crea e Mútua, exaustivamente exercitados no período de 2009 e 2010, a partir do conceito de pacto federativo, onde todos os integrantes – observada a proporção de sua arrecadação - contribuem para a composição dos recursos do programa, ampliando o volume desses disponíveis e possibilitando sua gestão compartilhada.

O que se espera nessa gestão é que a aplicação dos recursos públicos e os resultados almejados sejam analisados no curto, médio e longo prazo, mediante planejada utilização dos recursos existentes atrelando-os a uma eficaz gestão, e fundamentado em objetivos e resultados institucionais que ultrapassem uma específica gestão.

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Quadro 4 – Repasses por meio de convênios, acordos e parcerias

Tipo de Repasse

Contem–plados

Ano

2006 2007 2008 2009 2010

1 – Prodafisc 26 Creas 401.592,21 965.043,94 960.355,64 2.711.110,99 2.599.840,44

2 – Auxílio SIC – ART 5 Creas 0,00 230.600,00 0,00 273.462,00 10.915,50

3 – Auxílio para Seminário sobre Prodafisc 2008

3 Creas 0,00 0,00 226.653,00

4 – Repasses aos Regionais / Auxílios Diversos

26 Creas 0,00 1.196.492,65 2.335.288,34 3.700.401,57 3.243.674,44

5 – Repasses às Entidades de Classe / Auxílios Diversos

49 Entidades/ Outros

0,00 830.181,82 1.136.690,89 1.267.626,60 973.677,54

6 – Ressarcimento de Auditoria / Contratada pelo Crea

22 Creas 0,00 120.634,35 171.722,99 68.132,85 62.964,37

7 – Auxílio para Ampliação e Reforma de Sede / Inspetorias

5 Creas 0,00 380.000,00 475.690,57 793.512,86 300.000,00

8 – Auxílio para Semana Oficial de Engenharia – SOEAAs e WEC 2008

15 Creas 0,00 99.000,00 210.000,00 990.000,00 1.298.147,01

Total Geral Repassado 401.592,21 3.821.952,76 5.516.401,43 9.804.246,87 8.489.219,30

* Dados consolidados até 14 OUT/2011

Fonte: GFI, 2011.

Quadro 5 – Valores do Prodesu

Repasses 2011 Valor (R$)

Outros Auxílios e Repasses 1.234.221,40SOEAA – Crea-SC 500.000,00Chamada Pública 35.000,00Apoio Institucional (Ongs, Órgãos...) 49.835,40Fundo para Imobilização – Crea 82.000,00Calamidade Pública – Crea 100.000,00Publicações e Revistas – CDEN 68.750,00Auxílio para SOEAA – CDEN 12.960,00Auxílio de Projetos de Parcerias com Entidades – CDEN 335.676,00Auxílio para Resgate Memória Histórica das Entidades – CDEN 50.000,00PRODESU 8.999.802,22Fundo Sustentabilidade 878.274,30Reuniões do Sistema 3.000,00Eleições 491.013,85Prodafisc 3.172.533,84Estruturação Tecnológica 320.932,08Auditoria 141.905,66Prodacom 523.602,19Estruturação Física 505.988,28Entidades Regionais 311.482,82Melhoria Administrativa 628.521,17Reengenharia Econômica 2.022.548,03Total Geral Repassado 10.234.023,62

* Dados consolidados até 14 OUT/2011 Fonte: GRI, 2011.

Nessa gestão o fortalecimento de um Sistema profissional no qual as Entidades de Classe se tornassem cada vez mais fortes e atuantes no Sistema foi fundamental. Para que o Sistema trabalhasse com eficiência, foi preciso buscar unidade de ação, parceria e transparência.

Em 2009 foi realizado um diagnóstico com cerca de 600 entidades de classe integradas ao Sistema Confea/Crea, tendo sido constatadas a incipiência gerencial e fragilidade financeira dessas organizações, bem como o baixo nível de desempenho das mesmas junto aos seus associados e à sociedade. Em

decorrência disso foi proposto e adotado nos anos 2009 a 2011, um programa-projeto visando apoiar essas organizações na busca das condições necessárias à sustentabilidade.

Outra linha de ação do sistema profissional tem sido desenvolver ações para o sistema de formação, bem como a busca da melhoria da qualidade de ensino, pois, em parceria com o Ministério da Educação, tem procurado sempre atualizar os currículos e melhorar o sistema educacional.

Em 2007, o Confea celebrou o Termo de Colaboração com a Secretaria de Ensino Superior do Ministério da Educação - SESu/MEC - para manifestação do conselho sobre os processos de credenciamento e recredenciamento de cursos. No ano de 2008, foram celebrados convênios com a ABENGE, ABEAS e ABEA para dar cumprimento ao Termo de Colaboração com a SESu/MEC para manifestação do Confea sobre os processos de reconhecimento e renovação de reconhecimento dos cursos de Engenharia, Arquitetura e Agronomia e até 2011 foram produzidas manifestações em mais de mil processos. O Confea também ampliou as parcerias com o MEC, com a Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), com o Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (Crub) e com as Escolas Técnicas, buscando uma educação de qualidade.

Desde 2009, o Confea passou a coordenar suas ações nessa área por meio de sua Diretoria Institucional que, em conjunto com a Diretoria de Avaliação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) , realizou reuniões com diversos professores colaboradores das Escolas de Engenharia, Arquitetura e Agronomia os quais se dedicaram a essa desafiante tarefa. Publicou em 2010 o compêndio “Trajetória e Estado da Arte da Formação em Engenharia, Arquitetura e Agronomia”, como resultado de um projeto iniciado em 2006 com o Inep/Mec.

2.2 RELACIONAMENTOS COM OS PROFISSIONAIS

As principais diretrizes para os relacionamentos profissionais no período de 2006 a 2011, firmados em carta compromisso para a gestão foram:

• Valorizar o profissional: apoiar os Creas para modernizar o processo de fiscalização de profissionais e empresas registrados, tornando-o eficaz no combate ao exercício ilegal da profissão;

• Promover a integração profissional e social por meio de decisões no 6º Congresso Nacional de Profissionais - CNP;

• Atuar politicamente para que os cargos técnicos do setor público sejam ocupados por profissionais habilitados.

Na harmonização dos relacionamentos entre os profissionais, e destes com os usuários de seus serviços, foi recomendada a adoção dos procedimentos de “mediação e arbitragem” conforme

regulamentação constante da Lei nº 9.307/96. Esta lei estabeleceu um método eficiente de resolução de conflitos, instituiu regras viabilizadoras de um comum acordo entre as partes interessadas e demonstrou as vantagens de usar a arbitragem em vez de levar o caso à justiça comum.

O Sistema Confea/Crea em momento algum ficou fora dessa discussão, e após aprovada a Lei, ofereceu sugestões para o disciplinamento desse tipo de atividades, quando desempenhadas por profissionais com registros nos Creas. Em vista disso já existem, em várias jurisdições, organizações profissionais próprias prestando esses relevantes serviços.

A garantia de qualidade e a certificação profissional constituem diferenciais de grande peso na inserção dos profissionais da área tecnológica no mercado profissional, especialmente diante do acirrado processo de competitividade no contexto da globalização. Também são balizas importantes no planejamento, administração de excelência, produtividade, competitividade e ousadia, fatores necessários ao desenvolvimento do país.

Para facilitar o acesso a informações seguras, o recadastramento profissional feito pelo Sistema Confea/Crea em todos os estados foi outro grande avanço dessa gestão. Teve, como principal objetivo, criar um banco de dados nacional, atualizado e unificado, conhecido pela sigla SIC -Sistema de Informação Confea/Crea -, que pode ser acessado de qualquer lugar do Brasil, permitindo ao profissional o acesso virtual de qualquer serviço prestado pelo Sistema.

Figura 6 – Número de profissionais registrados no SIC

33

Fonte: GTI, 2011.

O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea) e a

Secretaria de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio

Exterior (SCS/MDIC) assinaram Acordo de Cooperação Técnica para a realização de

atividades voltadas a promover e discutir os serviços de engenharia, arquitetura e

agronomia.

Ressalta-se, ainda, a ação que os dois órgãos têm realizado com objetivo de

incentivar o setor. E é nesse sentido que se celebrou o acordo, o que permitirá, ainda,

promover a participação do Confea em fóruns do governo em que sejam discutidas

matérias referentes aos profissionais da área, além de possibilitar a participação de

profissionais brasileiros em outros países, bem como profissionais de outros países no

Brasil, tendo como premissa a reciprocidade. Essas tratativas já foram iniciadas, inclusive,

com o Chile, Estados Unidos e Colômbia

Esse acordo é a efetivação da proposta no. 55 do 7º. Congresso Nacional de

Profissionais – CNP:”formular propostas de política de relacionamento institucional com as

organizações profissionais congêneres, embaixadas, Ministério das Relações Exteriores,

organizações internacionais e instituições diversas de interesse dos profissionais e empresas

da área tecnológica, buscando desenvolver propostas de parceria e cooperação”.

Um dos trabalhos imediatos com alcance no universo de profissionais de 2011,

desenvolvido em parceria com o MDIC, foi o Censo dos Profissionais do Sistema

Confea/Crea por meio de instrumento eletrônico publicado nos respectivos sites dessas

organizações parceiras.

Em setembro de 2011, o Confea e o Governo Federal, por meio do Ministério da

Indústria e Comercio Exterior – MDIC lançaram o Censo dos Profissionais da

Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia.

Diante da atual conjuntura de elevada demanda pelos profissionais de engenharia,

da arquitetura e da agronomia e da crescente entrada de profissionais estrangeiros no

mercado nacional, o censo tem como objetivo conhecer o perfil desses profissionais e a

situação atual do mercado de trabalho no país. É uma pesquisa que servirá para levantar

informações que possam subsidiar o estabelecimento de políticas públicas voltadas ao

desenvolvimento do país e promover ações concretas de capacitação e reinserção dos

profissionais não atuantes no mercado qualificado.

Fonte: GTI, 2011.

O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea) e a Secretaria de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (SCS/MDIC) assinaram Acordo de Cooperação Técnica para a realização de atividades voltadas a promover e discutir os serviços de engenharia, arquitetura e agronomia.

Ressalta-se, ainda, a ação que os dois órgãos têm realizado com objetivo de incentivar o setor.

Page 15: Relatório de Gestão de 2006 a 2011

28

RelatóRio de Gestão 2006 a 2011RelatóRio de Gestão 2006 a 2011

RelatóRio de Gestão 2006 a 2011 29RelatóRio de Gestão 2006 a 2011

E é nesse sentido que se celebrou o acordo, o que permitirá, ainda, promover a participação do Confea em fóruns do governo em que sejam discutidas matérias referentes aos profissionais da área, além de possibilitar a participação de profissionais brasileiros em outros países, bem como profissionais de outros países no Brasil, tendo como premissa a reciprocidade. Essas tratativas já foram iniciadas, inclusive, com o Chile, Estados Unidos e Colômbia.

Esse acordo é a efetivação da proposta no. 55 do 7º Congresso Nacional de Profissionais – CNP:”formular propostas de política de relacionamento institucional com as organizações profissionais congêneres, embaixadas, Ministério das Relações Exteriores, organizações internacionais e instituições diversas de interesse dos profissionais e empresas da área tecnológica, buscando desenvolver propostas de parceria e cooperação”.

Um dos trabalhos imediatos com alcance no universo de profissionais de 2011, desenvolvido em parceria com o MDIC, foi o Censo dos Profissionais do Sistema Confea/Crea por meio de instrumento eletrônico publicado nos respectivos sites dessas organizações parceiras.

Em setembro de 2011, o Confea e o Governo Federal, por meio do Ministério da Indústria e Comercio Exterior – MDIC lançaram o Censo dos Profissionais da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia.

Diante da atual conjuntura de elevada demanda pelos profissionais da engenharia, da arquitetura e da agronomia e da crescente entrada de profissionais estrangeiros no mercado nacional, o censo tem como objetivo conhecer o perfil desses profissionais e a situação atual do mercado de trabalho no país. É uma pesquisa que servirá para levantar informações que possam subsidiar o estabelecimento de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento do país e promover ações concretas de capacitação e reinserção dos profissionais não atuantes no mercado qualificado.

Além do Confea e do MDIC, apoiam com contribuições técnicas para a realização do Censo dos Profissionais da Engenharia, para tabulação e análise dos dados, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

Ainda no âmbito da responsabilidade técnica, o sistema tem buscado desenvolver ações a fim de garantir que os projetos e a execução das obras sejam realizados dentro dos padrões exigidos. Daí o convênio com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), por meio do qual os profissionais registrados têm condições mais fáceis de acesso às normas.

O objetivo é divulgar o conceito de normalização, de forma a conscientizar os profissionais sobre a importância de se conhecer e adotar as normas técnicas. Como contrapartida do convênio, é oferecido a todo profissional em dia com o Crea, desconto de 50% na aquisição das normas (60% caso seja também associado da Mútua), cadastramento de todos os Creas e Mútua como sócios mantenedores da ABNT, uma franquia para impressão de 100.000 páginas de normas, liberação para visualização integral das normas em 700 pontos, indicados pelos Creas.

A Ouvidoria representa um salto de qualidade na prestação dos serviços feitos pelo Conselho Federal para

o relacionamento com os seus usuários e o conjunto da sociedade. A ouvidoria do Confea atua na mediação das demandas, contribuindo na resolução do problema junto às partes envolvidas; garante uma escuta atenta sobre as demandas apresentadas, confidencialidade no tratamento das manifestações e nas orientações fornecidas. Analisa as principais causas das demandas e identifica as necessidades para que a organização aperfeiçoe seu desempenho, traduzindo as expectativas dos usuários em oportunidade de melhoria para a excelência da gestão.

A Ouvidoria fundamenta sua atuação na transparência, na ética, no comprometimento social, no princípio da equidade e no cumprimento das leis. Oferece apoio metodológico e logístico às ouvidorias existentes nos Creas, e dá apoio à criação de novas ouvidorias. O objetivo é implantar um sistema de ouvidorias com representação em todas as unidades da Federação. Nessa gestão a ouvidoria do Confea consolidou sua posição, realizando ações objetivas na busca de integração e uniformidade de procedimentos junto às ouvidorias do Sistema Confea/Crea e Mútua, entre as quais destacam-se:

• O aperfeiçoamento de sua organização e a estruturação de seus serviços informatizados;

• A elaboração e edição das Cartas de Serviços sobre Anotação de Responsabilidade Técnica, Certidão de Acervo Técnico, Registro de Atestado, Cadastro de Curso, Registro de Entidade de Classe, Registro de Instituição de Ensino Superior, Registro de Diplomado no Exterior e Registro de Pessoa Física;

• A reformulação do ambiente da Ouvidoria no site do Confea, tornando-o de fácil acesso e compreensão;

• A realização anual de Seminário Nacional de Ouvidores do Sistema Confea/Crea e Mútua;

• A contribuição para a instalação e funcionamento de novas ouvidorias nos Creas (de 13 ouvidorias existentes em 2006, com diferenciados níveis de estruturação, para 23 ouvidorias estaduais em dezembro de 2011).

Ainda como indicador da consolidação do papel da Ouvidoria do Confea, resultado de uma série de ações, desde a sua implantação e início de série histórica, ocorridos em 2007 e 2008, respectivamente, ressalte-se que 2011 foi o ano no qual a Ouvidoria foi mais demandada pelos cidadãos usuários, conforme indicam os quadros abaixo:

Quadro 7 – Natureza das Demandas na Ouvidoria

Natureza 2008 2009 2010 2011Agradecimento 90 43 10 11Crítica 57 29 26 30Denúncia 49 37 48 60Elogio 2 4 7 4Informação 454 923 564 703Reclamação 360 490 819 733Sugestão 18 17 19 26Total de Demandas 3.038 3.552 3.503 3.578

* Dados consolidados até 14 OUT/2011 Fonte: OUVI, 2011.

Quadro 8 – Resolutividade das Demandas da Ouvidoria

Demanda 2008 2009 2010 2011

Concluída 402 1181 1046 1358

Em tramitação 80 138 304 206

Pendente 170 59 8 3

* Dados consolidados até 14 OUT/2011Fonte: OUVI, 2011.

Os pedidos de informações e as reclamações encaminhadas à Ouvidoria do Confea indicam a importância que o órgão passou a ter para o Sistema, a confiança do usuário em relação ao serviço, o aumento da credibilidade do Confea e sua contribuição para efetivar a proposta de transparência do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – Confea.

2.3 MOBILIZAÇÃO PROFISSIONAL

Em parceria com diversas organizações profissionais - entidades de classe, científicas e de ensino - o Confea realizou no período de 2006 a 2011 um número expressivo de eventos, dos quais participaram milhares de profissionais, que colaboraram na produção de novos conhecimentos, na reflexão conjunta sobre as atividades nas áreas da engenharia, da arquitetura e da agronomia, na discussão e proposição de políticas públicas e assumiram a condição de sujeitos do desenvolvimento sustentável do país.

A Semana Oficial da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia – SOEAA é um evento organizado pelo Confea e pelo Crea anfitrião, que objetiva:

• Debater o posicionamento sobre temas relacionados ao desenvolvimento tecnológico nacional e as condições do exercício das profissões fiscalizadas pelo Sistema Confea/Crea;

• Congregar profissionais das áreas abrangidas pelo Sistema Confea/Crea, visando à abordagem de temas relacionados às suas profissões, incluindo o desenvolvimento e a disseminação do conhecimento tecnológico;

• Homenagear profissionais e pessoas jurídicas que contribuíram com a sociedade e com o Sistema Confea/Crea por intermédio do desenvolvimento tecnológico do País e do aprimoramento técnico das profissões abrangidas pelo Sistema.

O Congresso Nacional de Profissionais – CNP - é um fórum organizado pelo Confea, apoiado pelos Creas e pelas entidades nacionais, que tem por objetivo discutir e propor políticas, estratégias e programas de atuação, visando à participação dos profissionais das áreas abrangidas pelo Sistema Confea/Crea no desenvolvimento nacional, propiciando maior integração com a sociedade e entidades governamentais. O CNP desdobra-se regionalmente nos CEPs - Congressos Estaduais de Profissionais, que são fóruns organizados pelos Creas no âmbito de suas jurisdições, em parceria com as entidades de classe e instituições de ensino, que têm como objetivo eleger os delegados estaduais que participarão do CNP e discutir os temas aprovados pelo Plenário do Confea e encaminhar proposições ao CNP.

Quadro 9 – Principais eventos nacionais

Evento 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Soeaa

Edição 63ª 64ª 65ª 66ª 67ª 68ª

Nº participantes 2.862 2.728 5.300 1.700 2.601 3.400

Local AL RJ BSB AM MT SC

CNPs

Edição - 6º - - 7º -

Nº participantes - 400 - - 487 -

Local - RJ/BSB - - MT/BSB -

Fonte: ACOM, 2011.

Numa síntese retrospectiva desses espaços e momentos, e no âmbito da gestão 2006/2011, torna-se importante pontuar:

1. O marco inicial foi lançado em 2006, no Nordeste brasileiro, quando a capital alagoana – Maceió – recebeu a 63ª Soeaa. Vista como um divisor de águas na história das Semanas, a 63ª SOEAA procurou refletir sobre o tema “Pensar o Brasil – Construir o Futuro da Nação”, síntese do programa-compromisso da gestão 2006 a 2009. A escolha dessa temática partiu do alinhamento político-institucional com o projeto recém-lançado no Sistema com o propósito de viabilizar a promoção e a qualificação do debate sobre políticas públicas, articulado e organizado com a participação dos profissionais integrados ao Sistema, das suas entidades representativas, da academia, dos movimentos sociais, dos governos federal, estaduais e municipais e das demais organizações da sociedade civil. 

2. Em 2007, na região Sudeste, na cidade do Rio de Janeiro foi realizada a 64ª Soeaa e o 6º CNP - Congresso Nacional de Profissionais – momento em que se propôs construir um novo pacto das profissões da área tecnológica.

3. Na 64ª SOEAA o tema foi “Pensar o Brasil – Educar e Inovar: Responsabilidade Social”. Seu propósito: contribuir para o resgate da cultura técnica, perdida pela falta de planejamento e de investimento público nas décadas anteriores. Era necessário vencer os desafios na área da educação, que já eram, à época, enormes.

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30

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4. Em 2008 no Centro-oeste do país, a capital federal recebe a 65ª Soeaa e o Congresso Mundial de Engenheiros, WEC 2008 (World Engineers’ Convention), que, pela primeira vez, seria realizada num país da América Latina.

5. A visão social sobre o processo de inovação tomaria o debate central com o tema “Engenharia: Inovação com Responsabilidade Social”. Num evento internacional o propósito foi alcançar decisões que pudessem influenciar os rumos do desenvolvimento mundial com sustentabilidade.

6.   A partir da reunião de profissionais de vários países, as discussões permitiram que as profissões apresentassem soluções inovadoras, pois também estava posto o desafio de modificar o processo produtivo, de forma a se alcançar as Metas do Milênio definidas pela Organização das Nações Unidas (ONU). Houve avanço na internacionalização das organizações profissionais, reforçando o papel do Brasil na economia mundial. 

7. A região Norte recebeu em Manaus, em 2009, a 66ª SOEAA. Nessa Semana o propósito foi de “Pensar o Brasil no Contexto Mundial: Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Ética”. As questões ambientais afloraram em discussões técnicas, não só pela importância que a região tem para o Planeta, mas pelos impactos das últimas tragédias causadas pelas fortes chuvas em vários estados brasileiros. Evidente a todos, a agenda ambiental, que cresceu em importância nos últimos anos, exigia, e ainda hoje exige, novas tecnologias e novos comportamentos de governos, empresas, organizações não-governamentais, profissionais e consumidores de todo o mundo.

8. Essa reflexão foi consolidada na Carta do Amazonas; um documento que teve o objetivo de reforçar o posicionamento do Brasil nas negociações internacionais sobre mudanças climáticas, e que foi amplamente distribuída em Copenhagen. 

9. No Centro-Oeste, mais uma edição da Soeaa, em 2010. Dessa vez com o propósito de fazer uma profunda introspecção. O horizonte era 2022 e o tema central foi “Construindo uma Agenda Estratégica para o Sistema Profissional: Desafios, Oportunidades e Visão de Futuro”. Essa reflexão foi oportunizada pela junção da 67ª SOEAA e do 7º Congresso Nacional de Profissionais - CNP – numa construção coletiva alcançada em 520 eventos realizados país afora, precedendo o CNP, com a participação de mais de 50 mil profissionais de todas as regiões do Brasil. A proposta foi discutir o futuro do país com os candidatos à Presidência da República, momento em que foi produzido o documento “Propostas para o Desenvolvimento Sustentável Brasileiro”, entregue aos presidenciáveis.

10. Finalmente, em 2011,  o evento chegou à região Sul, com Florianópolis recebendo a 68ª edição da Semana Oficial da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia, com o tema  “Pesquisa e Inovação Tecnológica: Conhecimento Profissional a Serviço do Desenvolvimento Sustentável”. Em Santa Catarina, a oportunidade de debater as ações desenvolvidas nos últimos 20 anos na área ambiental, antecipando as discussões para a Conferência Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, da ONU, que acontecerá no Rio de Janeiro em 2012: a Rio+20.

3 COMPROMISSO SOCIAL

O Confea, nessa gestão, reconheceu a importância e responsabilidades, cada vez maiores, dos profissionais nas realizações de interesse social e humano e assumiu que um dos mais importantes desafios é a formação holística dos profissionais que integram o Sistema Confea/Crea, na qual, além da fundamentação técnico-científica, são também considerados os compromissos socioambientais e de cidadãos, essenciais para o exercício da profissão. Cabe à área de engenharia, na atualidade, importante papel transformador, em especial no tocante à criação de uma cultura de inovação com responsabilidade social, tendo como referência o desenvolvimento sustentável. Não menos importante é o processo de inserção do profissional no mercado de trabalho face às desigualdades presentes no Brasil e no mundo, tendo em vista aspectos culturais, socioeconômicos, de etnia e nacionalidade. Por isso, a opinião do Sistema Profissional nas análises de projetos pedagógicos junto ao Sistema de Formação foi importante nesses últimos anos, e merece continuar.

.

3.1 CONTROLE, TRANSPARÊNCIA E COMUNICAÇÃO

Transparência e controle são valores que podem ser destacados na gestão de 2006 a 2011. Muito já se evoluiu com várias iniciativas: a criação da Controladoria, da Ouvidoria, da Corregedoria e a consolidação da Auditoria no Confea. O Confea demonstrou essa evolução administrativa dos últimos anos, garantindo canais de comunicação mais eficientes com a sociedade para denúncias, reclamações, pedidos de informações e sugestões e um maior controle em seus processos internos de contratação de recursos humanos, de serviços e produtos.

Uma das principais ações visando a transparência foi a ampliação dos mecanismos de controle interno e implementação de procedimentos visando a maior eficiência no processo de despesa e na construção e avaliação dos ativos. Além disso, destaca-se também a contribuição com a política de transparência da gestão, implantada desde 2006, mediante a abertura de canais que expandiram a capacidade do empregado de participar da fiscalização e da avaliação das ações e execução orçamentária.

A democratização também é outro valor importante no aprimoramento político-administrativo do Confea. A principal iniciativa foi adotar a elaboração do Orçamento Participativo na instituição, com a efetiva contribuição de cada uma das unidades.

Quando da realização do planejamento estratégico, foi definido que seria adotada uma Política de Modernização Administrativa e Tecnológica com a finalidade de buscar a eficiência do Confea, expandindo a capacidade de gerenciamento de suas atividades, modernizando a infraestrutura, implantando novo modelo de gestão e alterando a cultura no contexto da organizacão.

Em 2006, por iniciativa da Superintendência de Integração do Sistema – SIS, em conjunto com as

gerências de Assistência aos Colegiados – GAC e de Modernização do Sistema – GTM, implantou-se um sistema eletrônico para ser utilizado nas sessões plenárias do Confea, gerando os seguintes benefícios:

Economia de tempo: pelo sistema manual, após a discussão de cada matéria, os conselheiros declaravam, um a um e em ordem alfabética, o voto a respeito do tema. Agora, a votação é simultânea, e o sistema também faz o somatório automático dos votos favoráveis e contrários aos pareceres de cada processo. Assim, a escolha do plenário não excede 30 segundos a cada votação, o que reduziu entre 30 a 40% o tempo da apreciação dos processos em geral;

Transparência e democratização do voto: a vantagem do sistema eletrônico é que ele registra automaticamente quando algum processo recebe pedido de vista por parte dos conselheiros ou sofre alguma alteração de conteúdo ou de encaminhamento, permitindo a visualização do texto final e garantindo a integralidade do texto votado. Como a votação é simultânea, há independência em cada voto, pois um conselheiro não toma conhecimento do voto do colega, o que reduz a influência de parte a parte, garantindo a democratização do voto;

Inovação: A condução da iniciativa possibilitou agilidade na condução dos trabalhos; eliminação do retrabalho para geração das pautas em papel; eliminação de aproximadamente setenta mil cópias em papel que eram distribuídas a cada sessão Plenária;

Economia: 70.000 cópias era a média de papel gasto em cada sessão. Em 5 anos a economia foi de 19,5 toneladas de papel ou 585 árvores.

Todas as instituições públicas – como os Conselhos Federal e Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – têm por finalidade central contribuir para a segurança e o desenvolvimento da sociedade. Para que isso aconteça da forma eficiente e eficaz que se deseja, elas elaboram seus planejamentos estratégicos, definem seus objetivos, estabelecem as metas a eles associadas que se desdobram nas medidas necessárias e nos correspondentes planos de ação.

Associado a esse trabalho, e fator determinante de seu sucesso, está a Comunicação Institucional: um conjunto de ações, projetos e programas, de mecanismos e de instrumentos capazes de alinhar os esforços de todos os que trabalham na instituição com os objetivos estabelecidos, compatibilizando as ações a serem efetivadas com os recursos disponíveis e, cada vez mais, com a visão de futuro construída solidariamente.

Sem um sistema de comunicação adequado uma instituição, ou sistema de instituições, não será capaz de trabalhar a comunicação de uma forma clara e precisa, perdendo substância o próprio processo administrativo, prejudicando a transparência necessária, muitas vezes até mesmo distorcendo a divulgação de seus atos e fatos junto aos colaboradores, clientes, parceiros e a sociedade.

Nesse âmbito, fez parte das preocupações do Confea a caracterização da imagem que o Sistema e seus integrantes têm internamente, a explicitação crítica da imagem que o Sistema pretende ter externamente e, face às diferenças constatadas, a definição de um modelo e de um programa de comunicação para o Sistema, no qual se explicitassem claramente os objetivos, se definissem os instrumentos e mecanismos de ação e fossem designados os responsáveis pelo adequado gerenciamento.

A necessidade de implementar uma comunicação integrada no Sistema Confea/Confea está relacionada aos desafios já apontados nesse relatório, e exigiu um reposicionamento da imagem dos profissionais e de suas organizações perante a sociedade.

No período 2006/2011, diversas ações de comunicação e marketing foram realizadas com o objetivo de valorizar as profissões e promover um maior conhecimento do Sistema Confea/Crea. Houve importante evolução no grau de reconhecimento do Confea pela sociedade, conforme apurado em nossas pesquisas.

Além das ações de mídia nacional, o papel das entidades representativas e associativas das categorias profissionais para o êxito dessas ações foi essencial, razão pela qual, durante o período foram aprovados e liberados significativos volumes de recursos, via convênios e parcerias, para apoio a publicações e realização de eventos, em todas as regiões do país.

A instituição do Conselho de Comunicação e Marketing, com representação de todas as instâncias do Sistema Confea/Crea, foi fundamental para que a visão de todos fosse contemplada na política de comunicação instituída no Conselho.

A normatização e padronização de parcerias ganharam novo impulso em 2010 com a criação do Programa de Apoio e Aperfeiçoamento da Comunicação dos Creas (Prodacom), no âmbito do Prodesu. Junto com o repasse de recursos financeiros, há o estabelecimento de contrapartidas, instituição de metas e acompanhamento de resultados, com o objetivo de promover o melhor aproveitamento dos investimentos.

Em várias oportunidades foram desenvolvidas ações integradas entre os profissionais de comunicação como, por exemplo, nas coberturas das Semanas Oficiais da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia, com produção e distribuição de conteúdo para mídia interna e externa.

As ações conjuntas de comunicação foram multiplicadas, algumas delas com grande repercussão na mídia, como o projeto Confea/ Crea em Campo, que realizou audiências públicas e seminários nas 12 cidades-sede dos jogos da Copa 2014.

Diversas mídias foram utilizadas, com destaque para o ambiente internet, inclusive nas chamadas redes sociais, e no rádio, onde o aproveitamento espontâneo da produção do conselho em comunicação alcança mais de 500 emissoras em todo o território nacional. Todo o conteúdo de textos, rádio e vídeo é disponibilizado no portal do Confea, que teve nova reformulação visual para facilitar o acesso e a navegação. A qualidade do conteúdo disponibilizado pode ser aferida por meio dos índices de credibilidade obtidos nas pesquisas realizadas em 2010:

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RelatóRio de Gestão 2006 a 2011RelatóRio de Gestão 2006 a 2011

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Figura 7 – Avaliação do Site do Confea – Relevância das informações para sua prática profissional

41

A instituição do Conselho de Comunicação e Marketing, com representação de

todas as instâncias do Sistema Confea/Crea, foi fundamental para que a visão de todos

fosse contemplada em na política de comunicação instituída no Conselho.

A normatização e padronização de parcerias ganharam novo impulso em 2010 com

a criação do Programa de Apoio e Aperfeiçoamento da Comunicação dos Creas

(Prodacom), no âmbito do Prodesu. Junto com o repasse de recursos financeiros, há o

estabelecimento de contrapartidas, instituição de metas e acompanhamento de resultados,

com o objetivo de promover o melhor aproveitamento dos investimentos.

Em várias oportunidades foram desenvolvidas ações integradas entre os

profissionais de comunicação como, por exemplo, nas coberturas das Semanas Oficiais da

Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia, com produção e distribuição de conteúdo

para mídia interna e externa.

As ações conjuntas de comunicação foram multiplicadas, algumas delas com grande

repercussão na mídia, como o projeto Confea/ Crea em Campo, que realizou audiências

públicas e seminários nas 12 cidades-sede dos jogos da Copa 2014.

Diversas mídias foram utilizadas, com destaque para o ambiente internet, inclusive

nas chamadas redes sociais, e no rádio, onde o aproveitamento espontâneo da produção

do conselho em comunicação alcança mais de 500 emissoras em todo o território nacional.

Todo o conteúdo de textos, rádio e vídeo é disponibilizado no portal do Confea, que teve

nova reformulação visual para facilitar o acesso e a navegação. A qualidade do conteúdo

disponibilizado pode ser aferida por meio dos índices de credibilidade obtidos nas

pesquisas realizadas em 2010:

Figura 7 – Avaliação do Site do Confea – Relevância das informações para sua prática profissional

Fonte: ACOM, 2011.

Os eventos institucionais foram potencializados em sua programação técnica e em

número de participantes. Além das Semanas Oficiais da Engenharia, da Arquitetura e da

Agronomia (Soeaa), o calendário do Sistema Confea/Crea ganhou o Encontro de

Lideranças, que reúne as principais lideranças do sistema profissional no mês de fevereiro

para debates que vão nortear a ação durante o exercício. A realização pelo Confea de um

evento internacional (WEC 2008) foi um fator de grande mobilização de profissionais e de

fortalecimento de sua imagem junto aos profissionais e a sociedade. Por último, os

Fonte: ACOM, 2011.

Os eventos institucionais foram potencializados em sua programação técnica e em número de participantes. Além das Semanas Oficiais da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia (Soeaa), o calendário do Sistema Confea/Crea ganhou o Encontro de Lideranças, que reúne as principais lideranças do sistema profissional no mês de fevereiro para debates que vão nortear a ação durante o exercício. A realização pelo Confea de um evento internacional (WEC 2008) foi um fator de grande mobilização de profissionais e de fortalecimento de sua imagem junto aos profissionais e a sociedade. Por último, os Congressos de Profissionais (CNP) foram fortalecidos com diversas ações de comunicação que contribuíram com a mobilização de milhares de profissionais em todo o país, melhorando, assim, o fluxo de informações entre as organizações e os profissionais.

Principais ações/produtos:

• Boletim eletrônico E-Confea – Enviado semanalmente a mais de 400 mil profissionais, que têm endereços de email cadastrados no Confea.

• Site - Mais de quatro mil visitas diárias – com notícias de interesse das profissões e serviços.

• Campanhas Publicitárias desenvolvidas – ART, Confea Forte, Suas Ideias valem Ouro (7º CNP), Busque competência e Ética (valorização profissional), Eleições, Censo dos Profissionais, Confea/Crea em Campo.

• Redes Sociais na internet – construção da cidade colaborativa em 3D, envolvendo milhares de participantes, com destaque para estudantes da área de engenharia, arquitetura e agronomia; Criação do perfil @confeacrea no Twitter, com cerca de 2,6 mil seguidores.

• Rádio/TV – produção e distribuição de matérias jornalísticas de interesse público, relacionadas às atividades profissionais, com alto índice de aproveitamento por emissoras de todo o país.

• Eventos – Correalização de dezenas de eventos institucionais e apoio operacional a centenas de outros promovidos pelos Creas, entidades e parceiros. Destaques para as Semanas Oficiais da Engenharia, a WEC 2008, os Congressos Nacionais de Profissionais (CNP) e os Encontros de Lideranças.

• Pesquisas de Opinião – Ferramenta indispensável a qualquer planejamento. Foram realizadas seis pesquisas de opinião no período, junto aos públicos profissionais, estudantes, professores, sendo que nas duas últimas foi incluído o público sociedade.

• Assessoria de Imprensa – Atendimento diário a veículos de comunicação de todo o país, com repercussão em jornais, revistas,  TV e portais de internet. No exercício de 2011, o Confea foi fonte em aproximadamente 200 matérias, inclusive nos veículos de maior circulação nacional, como jornal Folha de São Paulo, O Globo, e em programas de grande audiência, como Jornal Nacional. As demandas principais de informações referiram-se à falta de profissionais no mercado e às obras para a Copa 2014, além da atuação de profissionais estrangeiros no Brasil. Na mídia rádio o Confea é fonte em cerca de 400 veiculações por mês, em emissoras de pequeno e médio porte em todo o território nacional.

• Publicações – Livros e cartilhas do Projeto Pensar o Brasil,  revistas,  cartazes, folders e campanhas de divulgação temáticas, Em Dia (boletim eletrônico diário para o público interno) e clipping de noticiário.

3.2 AÇÃO INSTITUCIONAL

O Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia têm por finalidade contribuir para a segurança e o desenvolvimento da sociedade. Neste sentido, o Confea desenvolve ações que contribuem efetivamente com o conjunto da sociedade.

No período de 2006 a 2010 o Confea, por intermédio da presidência e conselheiros federais, esteve presente em todos os estados brasileiros, participando, discutindo e propondo novas ações e debates de interesse da área tecnológica. Promoveu, ainda, a articulação com os Creas, as entidades nacionais e estaduais, dentro de um esforço comum de um Sistema Profissional no qual a unidade institucional fortalece as profissões e os profissionais a ele vinculados.

A história do Sistema tem variados exemplos de que a busca do bem coletivo fortalece os alicerces institucionais, consolidando a prática democrática e a ética nas instituições. Pensando assim foi lançado, em parceria com organizações profissionais e empresariais, o Movimento Anticorrupção da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia, que nasceu da convicção de que as práticas de corrupção existentes no campo de atuação das nossas profissões devem ser combatidas de forma coletiva e articulada.

Importante resultado disso foi a assinatura com a Controladoria Geral da União (CGU), o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social e o Confea (representando o Movimento) de um acordo

de cooperação em que as três instituições se comprometem a desenvolver mecanismos, instrumentos e técnicas que contribuam para a prevenção e o combate à corrupção no âmbito das licitações, contratações e execuções de obras públicas e para a promoção da ética e da transparência pública junto aos agentes e profissionais dos segmentos abrangidos pelo Conselho Federal..

O envolvimento das organizações profissionais da engenharia no combate à corrupção é estimulado pelo Conselho Mundial dos Engenheiros Civis e já foi assumido em alguns países. No Brasil, atuam diversas organizações de combate à corrupção e defesa da ética, como a Transparência Brasil, o Instituto Ethos, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral e a Associação Brasileira contra a Corrupção e a Impunidade (Abracci) e o Confea, nessa gestão buscou estar em sintonia com todos eles..

Os resultados institucionais alcançados ao longo dos últimos seis anos no Confea são fruto do amadurecimento político da instituição, de um projeto que vem evoluindo no Sistema Confea/Crea e de uma visão mais progressista pela qual passou a administração pública brasileira nos últimos anos.

No Confea, essa maior articulação político-institucional permitiu que o Conselho Federal participasse de forma mais efetiva nas discussões sobre políticas públicas inclusivas, possibilitando maior atuação fora das suas atribuições legais.

Sancionada em dezembro de 2008 e entrando em vigor em junho de 2009, a Lei 11.888/08 marcou a vitória de um movimento social que teve a participação do Sistema Confea/Crea e Entidades e que, por 20 anos, defendeu o direito à moradia com qualidade, e a assistência técnica gratuita. Ferramenta de grande valia para o Programa Minha Casa, Minha Vida, a Lei – conhecida como da Engenharia e Arquitetura Públicas – beneficiará 10 milhões de brasileiros que ganham até três salários mínimos e ajudará a diminuir significativamente o déficit nacional de 8 milhões de moradias. Aplicada, a legislação vem trazendo reflexos no mercado de trabalho com a abertura de amplas perspectivas para outros tantos profissionais que se transformaram em agentes diretos da ordenação e ocupação do solo, urbano ou rural. Mais que uma necessidade; um imperativo para a melhoria da qualidade de vida de todos.

O Conselho Federal assumiu o Projeto Confea/Crea em Campo que realizou audiências públicas nas 12 cidades-sede dos jogos da Copa de Mundo de 2014. No mesmo tema, o Confea aderiu ao Projeto Jogos Limpos – Dentro e Fora dos Estádios, coordenado pelo Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social.

O Confea coordenou um dos projetos do Programa de Inovação Tecnológica da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em 2009 e 2010, com o propósito de difundir a inovação dentre os profissionais e empresas nele registrados.

O conselho atuou também em diversas frentes da Sociedade Civil Organizada de 2006 a 2010, o que representou reconhecida presença nas conquistas da sociedade. A participação foi efetiva e os profissionais do Sistema Confea/Crea, deslocados de diversos pontos do país, contribuíram com seus

conhecimentos técnicos e políticos para o desenvolvimento de políticas públicas que redundaram em melhor qualidade de vida para os cidadãos brasileiros. São elas:

1 – Aprovação da Lei Complementar 135/2010, a Lei da Ficha Limpa;

2 – 5º Fórum Urbano Mundial – Rio de Janeiro;

3 – 2ª, 3ª e 4ª Conferências Nacionais das Cidades;

4 – 1ª Conferência Nacional de Defesa Civil;

5– Defesa da aprovação da PEC 285/2008: “Moradia Digna – Uma Prioridade Social”;

6 – Participação em dez Câmaras Técnicas do Conselho Nacional de Recursos Hídricos;

7 – Debates sobre a CPI da Dívida Pública, na Câmara dos Deputados;

8 – Convênio de cooperação técnica com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para colaborar com o programa “Começar de Novo”, que prevê a inclusão de egressos do sistema penitenciário no mercado de trabalho.

O Brasil caminha para uma condição de amadurecimento democrático essencial à consolidação da democracia. A aprovação da Lei da Ficha Limpa é um indicador de que as instituições estão alcançando um nível de organização saudável e determinante para a conquista de avanços que ainda faltam. A Reforma Política é uma delas. O Confea, assim como na articulação com o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), também vem contribuindo para que se discuta e alcance, mais uma vez, um patamar de país com uma democracia consolidada.

Em parceria com o Ministério da Indústria e Comércio Exterior – MDIC, o Confea lançou, em setembro de 2011, o Censo dos Profissionais da Engenharia, com o objetivo de conhecer o perfil dos engenheiros e a situação atual do mercado de trabalho.

Diante da atual conjuntura de elevada demanda pelos profissionais de engenharia e da crescente entrada de profissionais estrangeiros no mercado nacional, o censo tem por objetivo conhecer o perfil dos engenheiros e a situação atual do mercado de trabalho. O levantamento servirá ainda para traçar políticas públicas para o desenvolvimento do país e promover ações concretas de capacitação e reinserção dos profissionais não atuantes no mercado tecnológico.

Além do Confea e do MDIC, apoiam com contribuições técnicas para a realização do Censo dos Profissionais da Engenharia, para tabulação e análise dos dados, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

3 PLANEJAMENTO E REESTRUTURAÇÃO

Alinhar as organizações e agregar conhecimento para a evolução do Sistema Confea/Crea foi

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um dos objetivos mais importantes internamente nessa gestão. Para sua consecução, foi necessário planejar. As expectativas de crescimento e a falta de profissionais habilitados para atender as exigências do país são uma realidade, por isso defende-se não só mais qualidade na formação, como o resgate de profissionais que se formam na área tecnológica, mas atuam em outras áreas. De cada sete egressos dos cursos de Engenharia, apenas dois atuam em sua área de formação.

3.3 PLANEJAR É PRECISO

Muitas tentativas foram feitas no passado, mas, episódicas e desestruturadas, não conseguiram se adaptar às renovações de comando que, periodicamente, ocorrem nos Conselhos Federal e Regionais. Por isso, nessa gestão, decidiu-se desenvolver um processo que empolgasse os dirigentes e motivasse o corpo funcional do Confea, conduzindo-os à definição de um plano de ações estratégicas capaz de propiciar ao Conselho o alcance de seus objetivos profissionais e sociais alinhados nos programas-compromisso aceitos democraticamente em dois processos eleitorais.

Em 2006 foi feita uma revisão da Agenda Estratégica (construída na gestão anterior) e a elaboração do Plano Estratégico do Confea 2007, com a participação de mais de 150 lideranças profissionais manifestando-se pela definição de Políticas Estruturantes a partir das quais se desdobraram, dentro de novo modelo de gestão adotado, Planos Tático-Operacionais para as unidades do Confea e 12 projetos vinculados a um conjunto de Programas e Projetos.

Dentre aqueles projetos, estava o do Plano Estratégico do Sistema Profissional para tratar da concepção e implantação de um processo que proporcione às organizações do Sistema a possibilidade de pensar, formular, encaminhar e acompanhar, juntas, as questões fundamentais e conjunturais do Sistema em abrangência e suficiência para que as diferentes organizações possam elaborar os planejamentos e planos de desenvolvimento sustentado e sustentável.

Lançavam-se as bases de um novo tempo na elaboração de um planejamento contendo políticas e iniciativas que promovessem a unidade de ação em todo o Sistema por meio do Plenário do Confea, Colégio de Presidentes, Colégio de Entidades Nacionais, Coordenadorias Nacionais de Câmaras Especializadas e Mútua.

O processo de Formulação Estratégica do Sistema Profissional 2007 inovou sobremaneira em relação aos anteriores, aplicando-se ao Sistema Confea/Crea como um todo e estabelecendo consensualmente para o mesmo, pela primeira vez, a Identidade, os Cenários de Futuro e os Objetivos Estratégicos. A partir desses elementos fundamentais as organizações integrantes do Sistema definiram suas metas associadas para o ano de 2008: Confea (12), Mútua (5), Coordenadorias Nacionais de Câmaras Especializadas (6), Colégio das Entidades Nacionais (7) e Colégio de Presidentes (12). Na parte do gerenciamento de projetos, o Portfólio de 2008 foi previsto para a implementação de 20 projetos estratégicos.

Em 2008 realizou-se, ao longo de cinco meses, mais uma edição da Formulação Estratégica do Sistema Profissional, com a participação de mais de 350 lideranças em suas diferentes etapas. Desdobrados em 4 eixos, 13 dimensões referenciais, 13 objetivos estratégicos e 67 linhas de ação, os resultados gerais foram também situados em relação aos 16 fatos portadores de futuro selecionados como sendo capazes de influenciar o desenvolvimento do Sistema.

Com base nesses objetivos e linhas de ação, as organizações do Sistema discutiram amplamente e aprovaram o seguinte número de metas associadas e projetos estratégicos: Confea - 4 metas e 10 projetos, Colégio de Presidentes – 13 metas, Colégio das Entidades Nacionais – 12 metas, Coordenadorias Nacionais de Câmaras Especializadas – 13 metas e Mútua – 11 metas.

Além da visão da Formulação Estratégica, o novo processo de planejar para o Confea e para todo o Sistema passa a contar em 2009 com recursos específicos para sua operacionalização, com a criação da Superintendência de Planejamento, Programas e Projetos, uma Gerência de Planejamento e Gestão e uma Gerência de Programas e Projetos. Esses esforços integrados proporcionaram avanços por meio de ações integradas em Projetos Nacionais, dos quais se destaca o 7º Congresso Nacional de Profissionais, com o tema “Construindo uma agenda estratégica para o sistema profissional”.

Assim, um novo processo de formulação se inicia com uma contribuição especial e altamente significativa: as propostas recolhidas nos mais de 520 eventos dos Congressos Profissionais realizados no transcurso do 7º CNP. Essas propostas, consideradas como Fatos Condicionadores do Presente, somaram-se aos Fatos Relevantes do Passado e aos Fatos Portadores de Futuro para, no conjunto, fundamentarem os trabalhos da Agenda Estratégica 2011/2022. A esse conjunto se integraram diferentes visões, de profissionais e de suas organizações, perpassando passado, presente e futuro.

A adoção do horizonte 2011/2022 decorreu da decisão tomada pelas lideranças do Sistema Confea/Crea de situar seu trabalho estratégico no âmbito daquele realizado pela União Federal, por alguns Estados e por diversas organizações nacionais, permitindo, dessa maneira, a convergência de programas, projetos e ações para a consecução de objetivos comuns. O tema central adotado foi Construindo uma Agenda Estratégica para o Sistema Profissional: desafios, oportunidades e visão de futuro.

O documento final Agenda Estratégica do Sistema Profissional 2011/2022 foi apresentado no Encontro de Lideranças de 2011 como um norteador para o Sistema para os próximos anos.

3.4 BUSCA PELA EXCELÊNCIA

O Confea tem se empenhado para atuar eficiente e eficazmente como instância superior da verificação, da fiscalização e do aperfeiçoamento do exercício e das atividades profissionais, orientando seus esforços de agente público para a defesa da cidadania e a promoção do desenvolvimento sustentável e; da mesma forma, para que na organização do Conselho Federal e dos Creas seja assegurada a indispensável unidade de ação.

Para que essa missão institucional e social pudesse ser cumprida num momento histórico caracterizado por intensas transformações políticas, sociais e econômicas que tanto afetaram o exercício das profissões integradas ao Sistema Profissional, foi preciso se utilizar das melhores ferramentas do moderno arsenal de metodologias, métodos e técnicas gerenciais.

Por isso, foi necessário desde os primeiros momentos da gestão 2006/2008 da atual administração, o comprometimento, dentre outras coisas, com as seguintes mudanças:

• um processo de planejamento estratégico participativo e integrado, para definir as políticas institucionais e as estratégias de ação, e a partir delas, um Portfólio de Programas e Projetos Estratégicos, organizado de forma a recobrir o conjunto de necessidades, aspirações e demandas do Sistema Confea/Crea;

• uma ampla reestruturação organizacional, com a adoção de um sistema matricial adequado ao gerenciamento desse portfólio e dos planos táticos e operacionais dos órgãos de apoio técnico e administrativo, necessários à melhoria e agilização dos processos;

• um intenso trabalho de capacitação das pessoas que trabalham nos Conselhos, procurando promover o desenvolvimento do capital humano dessas instituições e aproveitar intensamente tal potencial em benefício das mudanças;

• um conjunto planejado e organizado de ações capazes de estimular as lideranças profissionais a uma maior iniciativa na discussão e no acompanhamento das políticas públicas e respectivos planos governamentais, em todos os níveis;

• a formulação e implementação de um projeto voltado ao desenvolvimento das organizações profissionais, nacionais e regionais, para que elas pudessem contribuir de forma cada vez mais intensa no gerenciamento do sistema profissional e na defesa dos interesses sociais e humanos relacionados às profissões integradas a esse sistema;

• a criação de um modelo e a implementação de um plano e programa de comunicação institucional capaz de, fundamentalmente, criar uma imagem única do sistema profissional e de seus valores, e integrá-lo tanto à sua clientela interna como à externa.

Como fundação ampla e consistente, indispensável às mudanças, foi aprovada uma nova estrutura organizacional para o Confea, caracterizada por um novo paradigma gerencial – instrumentação metodológica, foco nos resultados e capacitação continuada –, que começou a apresentar resultados satisfatórios já no ano de sua implantação em 2007.

Dentre as várias opções de modelos organizacionais existentes para viabilizar a proposta de Choque de Gestão, a equipe coordenadora dos trabalhos da reorganização estrutural, organizacional e gerencial do novo Confea optou por um modelo misto, tipo funcional-matricial por projetos.

O organograma abaixo traz uma estrutura do tipo misto funcional-matricial. que é resultante

das possibilidades de mudança organizacional abertas pela Resolução 1.015/2006, que aprovou o atual Regimento do Confea. Esta nova estrutura resultou do desejo dos novos administradores de somar às características próprias de organizações de natureza pública alguns mecanismos e instrumentos comuns às chamadas organizações focadas na estratégia.

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contribuir de forma cada vez mais intensa no gerenciamento do sistema

profissional e na defesa dos interesses sociais e humanos relacionados às

profissões integradas a esse sistema;

• a criação de um modelo e a implementação de um plano e programa de

comunicação institucional capaz de, fundamentalmente, criar uma imagem

única do sistema profissional e de seus valores, e integrá-lo tanto à sua clientela

interna como à externa.

Como fundação ampla e consistente, indispensável às mudanças, foi aprovada uma

nova estrutura organizacional para o Confea, caracterizada por um novo paradigma

gerencial – instrumentação metodológica, foco nos resultados e capacitação continuada –,

que começou a apresentar resultados satisfatórios já no ano de sua implantação em 2007.

Dentre as várias opções de modelos organizacionais existentes para viabilizar a

proposta de Choque de Gestão, a equipe coordenadora dos trabalhos da reorganização

estrutural, organizacional e gerencial do novo Confea optou por um modelo misto, tipo

funcional-matricial por projetos.

O organograma abaixo traz uma estrutura do tipo misto funcional-matricial. que é

resultante das possibilidades de mudança organizacional abertas pela Resolução

1.015/2006, que aprovou o atual Regimento do Confea. Esta nova estrutura resultou do

desejo dos novos administradores de somar às características próprias de organizações de

natureza pública alguns mecanismos e instrumentos comuns às chamadas organizações

focadas na estratégia.

Fonte: GPG, 2011.

Fonte: GPG, 2011.

Na busca de uma melhoria contínua das rotinas do Confea, foi dado início ao processo de desdobramento das metas globais estabelecidas pela Presidência do Confea. Adotou-se para tanto o método do gerenciamento pelas diretrizes, cabendo às unidades funcionais um conjunto de medidas a considerar na sua unidade e, quando necessário, desdobrá-las com as gerências.

A introdução no Confea de um modelo de gestão utilizando a metodologia do GPD – Gerenciamento pelas Diretrizes foi determinante para a adoção de uma sistemática de trabalho baseada no estabelecimento, na implementação e no controle de metas, seus decorrentes planos de ação e respectivos orçamentos. Muitas melhorias nos processos de gestão das unidades foram obtidas, tais como:

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- O Gerenciamento de Programas e Projetos passou a valer-se, desde sua implantação em 2007, das possibilidades oferecidas pela estruturação funcional-matricial implantada, destacando-se nessa a criação de uma Superintendência de Programas e Projetos. Esta, por sua vez, teve seu escopo ampliado em 2009, passando a tratar também dos processos estratégicos de planejamento e de gestão e distribuindo suas atividades em três diferentes Gerências: a GTI – Gerência de Tecnologia da Informação, a GPG – Gerência de Planejamento e Gestão e a GPP – Gerência de Programas e Projetos.

- O Gerenciamento de Programas e Projetos no Confea foi implementado a partir dos Conjuntos de Programas e Projetos – em 2007, 2008, 2009, 2010 e 2011 - responsáveis pela indicação das ações inovadoras e estruturantes previstas nos processos de formulação estratégica do sistema profissional e planejamento estratégico do Confea, anualmente desenvolvidos. Os programas são associados aos escopos das Comissões Permanentes e do Conselho Diretor e os projetos, em face de seu moderno conceito, são meio de organizar atividades que não podem ser abordadas dentro dos limites operacionais das rotinas da organização.

Nos exercícios de 2007 a 2011, a SPP e a GPP desenvolveram uma série de atividades para capacitar gestores de programas, coordenadores de projetos e membros de equipes nessa importante área do gerenciamento institucional, bem como procuraram estender a todo o corpo funcional do Confea os benefícios decorrentes do aprendizado e da prática dessa nova cultura.

O quadro a seguir apresentado é ilustrativo da mobilização de recursos humanos no Confea em decorrência dos programas instituídos e dos projetos que deles se desdobraram em cada exercício.

Quadro 10 – Equipes técnicas dos programas e projetos

Ano Programas Gestores Projetos Coordenadores Membros

2007 7 7 16 16 47

2008 6 6 20 11 42

2009 6 6 12 12 32

2010 5 5 8 8 19

2011 6 5 11 11 26

Fonte: GPP, 2011.

Acresce salientar que cada projeto, em função de suas características e especificidades, ainda contou com o acompanhamento atento e prestativo de competentes “stakeholders” (parceiros interessados) e a parceria de pessoal técnico dos regionais.

No período de 13 a 17 de julho de 2009, o Confea realizou sua primeira autoavaliação da gestão e validação. A nota alcançada pelo Confea denota a necessidade de ajuste dos tópicos avaliados, visando à melhora da performance organizacional.

Conclui-se que as maiores dificuldades resultam da falta de metas e indicadores para as unidades do Confea, de um mapeamento efetivo de processos, de padronização e planejamento das rotinas, deficiência na estruturação das Unidades e, sobretudo, da insuficiência de conhecimento e competência do corpo funcional.

Após a identificação dos Pontos de Melhoria da Gestão, foi contratada a Fundação Getúlio Vargas com vistas a apoiar a organização na implantação de um modelo de gestão sólido. Assim foram tratados:

• Planejamento estratégico do Confea 2011-2022;

• Análise da atual estrutura organizacional;

• Proposta de redesenho organizacional, acordada a sua necessidade;

• Organograma;

• Implementação da nova estrutura organizacional;

• Mapeamento de Processos;

• Proposta de melhorias nos processos;

• Fluxogramação dos processos;

• Mapa de processos;

• Sistema Contábil;

• Sistema Orçamentário;

• Centro de Custos – Apropriação por Centro de Custo;

• Fluxo Financeiro;

• Controle de pagamentos e recebimentos;

• Partição da Receita na Origem (identificação e controle);

• Controle de Passagens e Diárias;

• Políticas de Gestão de Pessoas (Diretrizes e Normativos);

• Modelo de Gestão;

• Aplicação de Recursos Humanos;

• Retenção de Recursos Humanos;

• Desenvolvimento de Recursos Humanos;

• Monitoramento de Recursos Humanos.

3.5 TECNOLOGIA, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO

O grande desafio do Confea foi sua desburocratização e busca de eficácia, utilizando tecnologia da informação desde a fiscalização até a prestação de serviço para os profissionais, empresas e sociedade. Um exemplo é o projeto Desenvolvimento Integrado em Tecnologia da Informação – DITI, serviço que possibilita aos Creas atualizarem os dados sobre anuidade profissional automaticamente no Sistema de Informações do Confea, que está em desenvolvimento.

No ano de 2006, início dessa gestão, a tecnologia e a estrutura de tecnologia da informação eram precárias. Visando a uma melhoria na infraestrutura e serviços disponibilizados, a gestão do Confea fez um planejamento de aquisições de hardware e software para ampliar e melhorar os serviços prestados. Ainda no ano de 2006 foram feitas aquisições de estações de trabalho e servidores HP, um investimento de aproximadamente R$ 850.000,00 (oitocentos e cinquenta mil reais), valores da época. Além dos investimentos em hardware, houve a contratação de consultorias técnicas para migração e evolução dos serviços, somando aproximadamente R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), valores da época. As melhorias obtidas a partir desses investimentos foram no âmbito da segurança e ampliação dos serviços disponibilizados.

 Nos anos de 2007 a 2011, foi mantido o planejamento de aquisições de hardware e software. Em 2007 foi criado o Grupo de Apoio Tecnológico – GAT, cuja finalidade foi a de subsidiar o Colégio de Presidentes do Sistema Confea/Crea e Mútua nas diretrizes tecnológicas e em suas tomadas de decisões. Em 2011 houve nova etapa de modernização da estrutura de Tecnologia da Informação.

O portfólio de tecnologia da informação para apoio às atividades administrativas e finalísticas do Conselho contabiliza inúmeras soluções, que em 2011 passaram por uma grande evolução tecnológica, recebendo um significativo investimento em novos servidores, estruturas de rede, novos aplicativos, desenvolvimento de melhorias e de novas funcionalidades:

• NOVO MÓDULO DE SEGURANÇA: foi desenvolvido pela empresa contratada um novo aplicativo que impede que usuários não autorizados tenham acesso a informações ou realizem operações em um dos sistemas do CONFEA sem sua prévia autorização.

• MÓDULO DE ATRIBUIÇÃO PROFISSIONAL: para operacionalização da Resolução 1.010.

• WEBSERVICES DE INTEGRAÇÃO SIC: foram desenvolvidos vários WebServices de integração buscando agilizar a impressão de carteiras.

• SISTEMA EXTRATO DE PAGAMENTO ON LINE: implantado em dezembro de 2010, permite ao usuário a visualização e ou impressão do contracheque.

• MALA DIRETA: sistema atualizado e disponibilizado em outubro de 2010, responsável pelo envio de mais de 400.000 mensagens por semana.

• SISPADI: manutenção do Sistema de Passagens e Diárias.

• VIDEOCONFERÊNCIA: a utilização sistematizada de reuniões por videoconferência trouxe economia de recursos, maior agilidade nas negociações e rapidez na tomada de decisões.

• TRANSMISSÃO DAS PLENÁRIAS: em tempo real, garante maior transparência e permite aos profissionais e à sociedade acompanharem as decisões do Conselho Federal.

• SISTEMA DE GESTÃO DE OUVIDORIA (TAG): a ouvidoria foi modernizada para atender melhor ao profissional e à sociedade, e disponibilizou uma linha telefônica 0800 para seus públicos.

• SISTEMA DE INFORMAÇÕES CONFEA/CREA (SIC): possui banco de dados nacional atualizado e unificado dos profissionais registrados nos Creas. Contempla também as instituições de ensino e os cursos cadastrados nos Creas.

• BANCO DE CONHECIMENTO INSTITUCIONAL: manutenção do histórico dos normativos do Sistema.

3.6 GESTÃO DE PESSOAS

O período de 2006 a 2011 foi marcado pelo aprimoramento da gestão de pessoas, com a implantação da Gerência de Desenvolvimento Pessoal, no ano de 2009, responsável pelas ações relacionadas à contratação, operacionalização, controle e avaliação das atividades de treinamentos e desenvolvimento dos empregados do Confea.

Houve investimento permanente na gestão de pessoas com o estabelecimento de verbas orçamentárias específicas visando ao treinamento e à capacitação do capital humano.

Quadro 11 – Quantidade de Colaboradores

Quadro de Pessoal do Confea DEZ 2006 DEZ 2007 DEZ 2008 DEZ 2009 DEZ 2010 DEZ 2011

Empregados do PCS 170 175 172 169

Empregados de Cargos de Livre Provimento 30 27 30 28

Estagiários 28 35 40

Menores Aprendizes 8 6 7

TOTAL 226 23 225 238 243 244

* Dados consolidados até 14 OUT/2011 Fonte: GDP, 2011.

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RelatóRio de Gestão 2006 a 2011 39RelatóRio de Gestão 2006 a 2011

Essas ações de capacitação compreendem cursos, encontros, seminários, palestras e eventos que agregam valores e virtudes imprescindíveis ao mundo corporativo contemporâneo.

Destaca-se a realização do TREINAR, que faz parte do calendário oficial do Confea, e reúne dirigentes e empregados da Casa, parceiros e convidados e acontece duas vezes por ano, nos meses de julho e dezembro.

Além de promover a socialização e integração, a formação de consciência coletiva e respeito às diferenças individuais, promove a formação do pensamento ético e da autonomia moral, o desenvolvimento do pensamento criativo e educação comportamental e informal.

Quadro 12 – Investimentos em Treinamento e Aperfeiçoamento

Tipo 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Treinamentos diversos (cursos, seminários, congressos e outros)

39.976,00 168.923,24 147.179,64 43.913,00 63.976,00 96.326,40

Programa de Treinamento e Desenvolvimento (graduação, pós-graduação e idioma)

61.723,94 0,00 12.067,25 13.261,25 0,00 5.907,94

Treinar 425.756,00 629.817,88 626.177,57

Total 101.699,94 168.923,24 587.010,89 689.001,13 692.163,57 104.245,34

* Dados consolidados até 14 OUT/2011

Fonte: GDP, 2011.

Quadro 13 – Beneficiados em Treinamento e Aperfeiçoamento

Tipo 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Treinamentos sem ônus para o Confea 00 00 00 43 00 00

Treinamentos diversos (cursos, seminários, congressos e outros)

33 138 149 37 52 90

Programa de Treinamento e Desenvolvimento (graduação, pós-graduação e idioma)

28 00 11 08 00 07

Total 61 138 160 88 52 97

* Dados consolidados até 14 OUT/2011

Fonte: GDP, 2011.

Nessa última década foi crescente o reconhecimento das lideranças do Sistema que os Creas, a Mútua e o Confea são organizações do conhecimento, a ponto de nos últimos planejamentos estratégicos terem sido definidos objetivos e iniciativas que possibilitaram e viabilizaram o desenvolvimento de programas e projetos com diretrizes para adequar a estrutura organizacional e a infraestrutura do Confea para desenvolver a educação corporativa no âmbito do Sistema Confea/Crea e Mútua.

Nesse mandato foi criado o Centro de Treinamento e Capacitação Corporativa – CTCC. No primeiro ano de funcionamento o Centro atendeu 20 pedidos de treinamentos corporativos com a expedição de cerca de 750 certificados.

Os reajustes salariais no período de 2006 a 2011 foram concedidos por meio de Acordos Coletivos firmados entre o Confea e o Sindecof/DF:

Quadro 14 – Evolução salarial

Ano Reajuste Salarial Ganho Real Total

2006 4,63% 0,37% 5,00%

2007 3,23% 1,10% 4,37%

2008 6,19% 0,77% 7,01%

2009 6,69% 1,31% 8,00%

2010 3,57% 3,31% 7,00%

2011 7,97% 1,89% 10,01%

* Dados consolidados até 14 OUT/2011

Fonte: GDP, 2011.

Também por intermédio de Acordos Coletivos de Trabalho, em decorrência de impossibilidades técnicas, o Confea concedeu a seus empregados, observados os critérios de exclusão existentes em Normativo de Pessoal, Promoção Horizontal equivalente a 01 (um) Padrão Salarial no mês de Março/2008 na ordem de 4% (quatro por cento), relativamente aos exercícios de 2006/2007, e também no mês de Janeiro/2010, no mesmo percentual, correspondente aos exercícios de 2008/2009.

Produtividade, qualidade e segurança no trabalho devem caminhar juntos, por isso procurou-se manter programas de prevenção com a finalidade de preservar a integridade física e a saúde dos colaboradores das diversas áreas.

Entre as ações que visam melhorar a qualidade de vida dos profissionais atuantes no Confea, motivando as pessoas e promovendo um ambiente de trabalho mais humano e saudável, destacam-se:

• Assistências médica e odontológica aos empregados e seus dependentes conforme disposto em Acordo Coletivo de Trabalho e dos benefícios de auxílio creche, transporte, alimentação e funeral.

• Programa de Ginástica Laboral, que tem por objetivo melhorar a condição física do trabalhador por meio da prática voluntária de exercícios de alongamento, relaxamento e dinâmica de grupo dentro do local de trabalho, prevenindo o surgimento de doenças como a Lesão por Esforço Repetitivo – LER e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho - DORT.

• Programa de Vacinação contra a gripe, realizado por empresa especializada, em época apropriada, voltado para todos os seus empregados.

• Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO e do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA em conformidade com as Normas Regulamentadoras - NR da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em especial pelas NRs 7 e 9, respectivamente.

• Compromisso de coibir a prática do assédio moral no ambiente de trabalho.

• Nova sede do Confea com a introdução dos mais modernos conceitos tecnológicos, dos prediais aos de apoio, bem como a utilização de recursos de última geração que proporcionassem melhores condições de trabalho aos Conselheiros, funcionários e eventuais visitantes e colaboradores deste Federal. Houve a preocupação em proporcionar instalações físicas e áreas de trabalho que garantissem não só a produtividade, mas também o bem-estar das pessoas e a manutenção da saúde ocupacional.

3.7 PROCESSOS

A organização pública deve funcionar de modo integrado, com todas as suas ações sistematizadas e direcionadas para a consecução de seus objetivos.

Sob essa condição, processo de trabalho é um conjunto de atividades interligadas que geram produtos ou serviços. No caso do Confea, responsável por normatizar e regulamentar o exercício e a fiscalização das atividades profissionais, conta-se com procedimentos administrativos considerados processos de apoio.

A área finalística é coordenada pela Superintendência de Integração do Sistema e composta pelas Gerências de Assistência aos Colegiados, de Conhecimento Institucional e de Relacionamentos Institucionais. Como um todo, a área finalística visa promover o equilíbrio, a integração e o relacionamento pleno entre as organizações do Sistema Confea/Crea, a Mútua, as Entidades de Classe, as Instituições de Ensino e a sociedade.

O tempo médio de tramitação de processos no âmbito da GAC começou a ser efetivamente medido a partir de 2008 por meio da planilha de controle. Em 2008, o resultado do tempo médio de tramitação foi de 166,6 dias. Em 2009, 179 dias e, em 2010, 149,7 dias. Atualmente em 2011 o tempo de tramitação diminuiu para 111 dias. A meta é chegar a 90 dias, no máximo.

Figura 8 – Tempo acumulado despendido na SIS para tramitação e análise de assuntos - 2010

55

3.7 PROCESSOS

A organização pública deve funcionar de modo integrado, com todas as suas ações

sistematizadas e direcionadas para a consecução de seus objetivos.

Sob essa condição, processo de trabalho é um conjunto de atividades interligadas

que geram produtos ou serviços. No caso do Confea, responsável por normatizar e

regulamentar o exercício e a fiscalização das atividades profissionais, conta-se com

procedimentos administrativos considerados processos de apoio.

A área finalística é coordenada pela Superintendência de Integração do Sistema e

composta pelas Gerências de Assistência aos Colegiados, de Conhecimento Institucional e

de Relacionamentos Institucionais. Como um todo, a área finalística visa promover o

equilíbrio, a integração e o relacionamento pleno entre as organizações do Sistema

Confea/Crea, a Mútua, as Entidades de Classe, as Instituições de Ensino e a sociedade.

O tempo médio de tramitação de processos no âmbito da GAC começou a ser

efetivamente medido a partir de 2008 por meio da planilha de controle. Em 2008, o

resultado do tempo médio de tramitação foi de 166,6 dias. Em 2009, 179 dias e, em 2010,

149,7 dias. Atualmente em 2011 o tempo de tramitação diminui para 111 dias. A meta é

chegar a 90 dias, no máximo.

Figura 8 – Tempo acumulado despendido na SIS para tramitação e análise de assuntos - 2010

Fonte: SIS, 2011.

Figura 9 – Tempo acumulado despendido na SIS para tramitação e análise de assuntos - 2011

Fonte: SIS, 2011.

Figura 9 – Tempo acumulado despendido na SIS para tramitação e análise de assuntos - 2011

56

Fonte: SIS, 2011.

Figura 10 – Tempo acumulado despendido na SIS para análise de assuntos - 2011

Fonte: SIS, 2011.

A regulamentação do exercício profissional constitui uma das competências legais

mais importantes do Confea, tendo em vista a abrangência da aplicação das resoluções e

decisões normativas sobre os procedimentos do Confea, dos Creas e da Mútua, e sobre o

modo de interação destes com os profissionais, empresas, órgãos públicos e a sociedade

em geral.

Um aspecto a ser considerado é a interface entre o processo de normatização e o

planejamento estratégico, tendo em vista que usualmente os produtos dos projetos

estratégicos são oficializados no âmbito do Sistema Confea/Crea por meio da aprovação

dos atos administrativos correspondentes. Como exemplos, citam-se:

Quadro 15 – Interface entre Projetos Estratégicos Projeto Regulamentação

Projeto Estratégico Novo Modelo de Concessão de Atribuições Profissionais

- Resolução 1010/2005 - Projeto de decisão normativa que aprova o manual de procedimentos operacionais da Resolução 1010/2005 - Projeto de decisão normativa que vincula a matriz do conhecimento às obras e serviços da ART - Plano de informatização Resolução 1010/2005 - Plano de comunicação Resolução 1010/2005

Projeto Estratégico Nova ART

- Resolução 1025/2009 - Resolução 1033/2011 - Decisão Normativa 85/2011 que aprova o manual de

Fonte: SIS, 2011.

Page 21: Relatório de Gestão de 2006 a 2011

40

RelatóRio de Gestão 2006 a 2011RelatóRio de Gestão 2006 a 2011

RelatóRio de Gestão 2006 a 2011 41RelatóRio de Gestão 2006 a 2011

Figura 10 – Tempo acumulado despendido na SIS para análise de assuntos - 2011

56

Fonte: SIS, 2011.

Figura 10 – Tempo acumulado despendido na SIS para análise de assuntos - 2011

Fonte: SIS, 2011.

A regulamentação do exercício profissional constitui uma das competências legais

mais importantes do Confea, tendo em vista a abrangência da aplicação das resoluções e

decisões normativas sobre os procedimentos do Confea, dos Creas e da Mútua, e sobre o

modo de interação destes com os profissionais, empresas, órgãos públicos e a sociedade

em geral.

Um aspecto a ser considerado é a interface entre o processo de normatização e o

planejamento estratégico, tendo em vista que usualmente os produtos dos projetos

estratégicos são oficializados no âmbito do Sistema Confea/Crea por meio da aprovação

dos atos administrativos correspondentes. Como exemplos, citam-se:

Quadro 15 – Interface entre Projetos Estratégicos Projeto Regulamentação

Projeto Estratégico Novo Modelo de Concessão de Atribuições Profissionais

- Resolução 1010/2005 - Projeto de decisão normativa que aprova o manual de procedimentos operacionais da Resolução 1010/2005 - Projeto de decisão normativa que vincula a matriz do conhecimento às obras e serviços da ART - Plano de informatização Resolução 1010/2005 - Plano de comunicação Resolução 1010/2005

Projeto Estratégico Nova ART

- Resolução 1025/2009 - Resolução 1033/2011 - Decisão Normativa 85/2011 que aprova o manual de

Fonte: SIS, 2011.

A regulamentação do exercício profissional constitui uma das competências legais mais importantes do Confea, tendo em vista a abrangência da aplicação das resoluções e decisões normativas sobre os procedimentos do Confea, dos Creas e da Mútua, e sobre o modo de interação destes com os profissionais, empresas, órgãos públicos e a sociedade em geral.

Um aspecto a ser considerado é a interface entre o processo de normatização e o planejamento estratégico, tendo em vista que usualmente os produtos dos projetos estratégicos são oficializados no âmbito do Sistema Confea/Crea por meio da aprovação dos atos administrativos correspondentes. Como exemplos, citam-se:

Quadro 15 – Interface entre Projetos Estratégicos

Projeto Regulamentação

Projeto Estratégico Novo Modelo de Concessão de Atribuições Profissionais

- Resolução 1010/2005- Projeto de decisão normativa que aprova o manual de procedimentos operacionais da Resolução 1010/2005 - Projeto de decisão normativa que vincula a matriz do conhecimento às obras e serviços da ART - Plano de informatização Resolução 1010/2005- Plano de comunicação Resolução 1010/2005

Projeto Estratégico Nova ART

- Resolução 1025/2009 - Resolução 1033/2011- Decisão Normativa 85/2011 que aprova o manual de procedimentos operacionais da Resolução 1025/2009 - Projeto de decisão normativa que vincula a matriz do conhecimento às obras e serviços da ART- Plano de informatização Resolução 1025/2009- Plano de comunicação Resolução 1025/2009

Projeto Regulamentação

Projeto Sustentabilidade

- Resolução 1030/2010 - Resolução 1031/2011- Decisão Normativa 87/2011 que regulamenta a aplicação da Resolução 1030/2010 - Decisão Normativa 88/2011 que regulamenta os programas do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Sistema Confea/Crea e Mútua – Prodesu- Projeto de decisão normativa que aprova o manual de procedimentos operacionais da Resolução 1010/2005; - Plano de informatização Resolução 1030/2011

Projeto Crea-Jr- Projeto de decisão normativa que aprova o programa Crea-Jr e institui o Fórum Nacional de Creas Juniores

Projeto Fiscalização - Projeto de decisão normativa que aprova as Diretrizes Nacionais de fiscalização

* Dados consolidados até 14 OUT/2011

Fonte: GCI, 2011.

A gestão de atividades de suporte permeia toda a organização para a consecução da atividade finalística e da missão institucional.

No ano de 2006 foi iniciado o resgate da memória administrativa da unidade, que vem se aperfeiçoando ano a ano. Serviram como referenciais outras assessorias jurídicas de órgãos públicos. Atualmente, há total controle dos trâmites internos da unidade, assegurando a sua atualização, confidencialidade, integridade e disponibilidade.

A Superintendência Administrativa e Financeira – SAF – congrega a Gerência de Desenvolvimento Pessoal – GDP, Gerência de Infraestrutura – GIE, que tem atividades de Compras, Patrimônio, Engenharia de Manutenção, Almoxarifado, Serviços Gerais, Transporte, Gestão Documental, Passagens e Diárias, Biblioteca; Gerência Financeira – GFI – que teve na partição das receitas na origem um dos marcos da gestão proporcionando inúmeras vantagens na modernização da gestão corporativa; Gerência de Orçamento e Contabilidade – GOC – que teve como marco a elaboração do Orçamento no formato “participativo” e por Unidade de Centro de Custo, trazendo as seguintes vantagens:

• Participação efetiva de todos os níveis da administração.

• Formalização das responsabilidades pelo planejamento.

• Maior conscientização do custo (quanto, quando, onde e como).

• Evitar tomada de decisão baseada no improviso.

• Incorporação de espírito investigador, questionador e planejador nas questões financeiras e orçamentárias.

• Controle sobre como e de onde foram geradas as despesas.

A atuação das unidades de suporte durante o quinquênio 2006/2011 foi de transformação e transposição de paradigmas, pois se buscou a implementação de novos sistemas de controle e aperfeiçoamento das rotinas de trabalho.

Nesses seis anos de gestão, a metodologia administrativa implantada nas áreas financeira, orçamentária e patrimonial possibilitou ao Confea uma elevação patrimonial sem precedentes, gerando ao órgão maior credibilidade e estabilidade econômica e financeira.

A elevação patrimonial foi pautada, principalmente, pela construção da Nova Sede, no período de 2009/2010 e pela formação de disponibilidade alcançada pela Administração. Registra-se que a elevação patrimonial conseguida, no período de janeiro de 2006 a 30 de setembro de 2011, é de 678,66%, em valores nominais, ou seja, sem correção. A preço de mercado, o ativo permanente ultrapassaria a casa de R$ 170 milhões, aumentando ainda mais a situação patrimonial do Conselho.

A partir do orçamento aprovado, da receita arrecadada e da despesa realizada nestes seis anos de gestão, visualizam-se os resultados obtidos a partir do superávit financeiro apurado em conjunto com as disponibilidades a cada final de exercício, conforme demonstrativo abaixo:

Quadro 16 – Radiografia da Gestão - 2006 a 2011

ANOOrçamento Receita

%Despesa

%Superávit Disponível

Aprovado Arrecadada Realizada Financeiro em Caixa

2006 56.355.000,00 52.371.263,50 93 43.592.274,48 77 22.823.284,77 24.207.494,29

2007 65.446.019,16 60.574.030,31 93 51.362.960,40 78 31.935.319,05 40.582.163,77

2008 92.415.000,00 74.625.694,09 81 79.153.146,50 86 29.627.216,91 62.545.358,75

2009 78.265.600,00 78.200.757,37 100 55.853.752,01 71 55.446.998,44 67.870.431,64

2010 106.313.249,00 90.722.606,41 85 70.458.712,65 66 75.739.758,37 83.225.919,20

2011* 160.965.000,00 80.273.919,12 50 43.836.848,52 27 111.660.111,00 111.956.484,18

(*) Posição em 30 de setembro de 2011.

Fonte: GOC, 2011.

58

Nesses seis anos de gestão, a metodologia administrativa implantada nas áreas

financeira, orçamentária e patrimonial possibilitou ao Confea uma elevação patrimonial

sem precedentes, gerando ao órgão maior credibilidade e estabilidade econômica e

financeira.

A elevação patrimonial foi pautada, principalmente, pela construção da Nova Sede,

no período de 2009/2010 e pela formação de disponibilidade alcançada pela

Administração. Registra-se que a elevação patrimonial conseguida, no período de janeiro

de 2006 a 30 de setembro de 2011, é de 678,66%, em valores nominais, ou seja, sem

correção. A preço de mercado, o ativo permanente ultrapassaria a casa de R$ 170 milhões,

aumentando ainda mais a situação patrimonial do Conselho.

A partir do orçamento aprovado, da receita arrecadada e da despesa realizada

nestes seis anos de gestão, visualizam-se os resultados obtidos a partir do superávit

financeiro apurado em conjunto com as disponibilidades a cada final de exercício,

conforme demonstrativo abaixo:

Quadro 16 – Radiografia da Gestão - 2006 a 2011

ANO Orçamento Receita

% Despesa

% Superávit Disponível

Aprovado Arrecadada Realizada Financeiro em Caixa

2006 56.355.000,00 52.371.263,5

0 93 43.592.274,4

8 77 22.823.284,77 24.207.494,29

2007 65.446.019,16 60.574.030,3

1 93 51.362.960,4

0 78 31.935.319,05 40.582.163,77

2008 92.415.000,00 74.625.694,0

9 81 79.153.146,5

0 86 29.627.216,91 62.545.358,75

2009 78.265.600,00 78.200.757,3

7 100

55.853.752,01

71 55.446.998,44 67.870.431,64

2010 106.313.249,0

0 90.722.606,4

1 85 70.458.712,6

5 66 75.739.758,37 83.225.919,20

2011*

160.965.000,00

80.273.919,12 50

43.836.848,52

27

111.660.111,00

111.956.484,18

(*) Posição em 30 de setembro de 2011. Fonte: GOC, 2011.

Figura 11 – Receita e Despesa

Fonte: GOC, 2011.

Receita: a arrecadação de 2011 atingirá a casa dos R$ 97 milhões, superior aos anos

anteriores, superando a previsão inicial do Orçamento original, subtraído o superávit

utilizado para compor o Orçamento aprovado, seguindo a tendência da evolução

59

econômica brasileira. A figura 14 demonstra a evolução da receita nestes seis anos de

gestão.

Despesa: os desembolsos de 2011 chegarão a R$ 68 milhões, seguindo as ações e

planejamento da Administração para este exercício. Percebe-se uma elevação no ano de

2008 em função do empenhamento da construção da Nova Sede e, em 2010, evidencia-se

leve aumento em função de aquisição de mobiliários e equipamentos para ocupação do

edifício “Nova Sede do Confea”.

Figura 12 – Superávit e Disponibilidade

Fonte: GOC, 2011.

Superávit Financeiro: a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo

financeiro gera o famoso “Superávit Financeiro”. Em outras palavras, significa o quanto o

Conselho possui de recursos financeiros já deduzidos de suas obrigações. Esse resultado é

perseguido por todos os gestores e ordenadores de despesas, tornando-se sinônimo de

eficiência administrativa. Registra-se que foi a gestão que obteve os melhores resultados

neste item de apuração. Projetamos um Superávit de R$ 90 milhões no encerramento de

2011.

Disponibilidade: consequentemente, obtendo-se um excelente superávit financeiro,

a disponibilidade de recursos em caixa é claramente percebida em 31 de dezembro nas

demonstrações contábeis. Projetou-se uma disponibilidade em dezembro de R$ 95 milhões,

e salienta-se que nunca na história do Confea houve disponibilidade neste monte.

Como mostrado acima, a atual gestão apresenta indicadores extremamente

positivos, demonstrando uma administração coesa, responsável, transparente e pautada na

legalidade, eficiência e eficácia, resgatando a credibilidade do Órgão diante da sociedade.

3.8 NOVA SEDE DO CONFEA

Em 2008, foi lançada a pedra fundamental da nova sede do Confea, construída com

o que existe de mais avançado em termos de engenharia e arquitetura.

O edifício destinado ao Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia

– Confea, é uma construção composta de cobertura, 4 pavimentos tipo térreo e 3 subsolos

destinados para área técnica e estacionamento de veículos, com área total de 10.141,09

m2.

Figura 11 – Receita e Despesa

Fonte: GOC, 2011.

Receita: a arrecadação de 2011 atingirá a casa dos R$ 97 milhões, superior aos anos anteriores, superando a previsão inicial do Orçamento original, subtraído o superávit utilizado para compor o Orçamento aprovado, seguindo a tendência da evolução econômica brasileira. A figura 11 demonstra a evolução da receita nestes seis anos de gestão.

Despesa: os desembolsos de 2011 chegarão a R$ 68 milhões, seguindo as ações e planejamento da Administração para este exercício. Percebe-se uma elevação no ano de 2008 em função do empenhamento da construção da Nova Sede e, em 2010, evidencia-se leve aumento em função de aquisição de mobiliários e equipamentos para ocupação do edifício “Nova Sede do Confea”.

Figura 12 – Superávit e Disponibilidade

Fonte: GOC, 2011.

Superávit Financeiro: a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro gera o famoso “Superávit Financeiro”. Em outras palavras, significa o quanto o Conselho possui de recursos financeiros já deduzidos de suas obrigações. Esse resultado é perseguido por todos os gestores e ordenadores de despesas, tornando-se sinônimo de eficiência administrativa. Registra-se que foi a gestão que obteve os melhores resultados neste item de apuração. Projetamos um Superávit de R$ 90 milhões no encerramento de 2011.

Page 22: Relatório de Gestão de 2006 a 2011

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RelatóRio de Gestão 2006 a 2011RelatóRio de Gestão 2006 a 2011

RelatóRio de Gestão 2006 a 2011 43RelatóRio de Gestão 2006 a 2011

Disponibilidade: consequentemente, obtendo-se um excelente superávit financeiro, a disponibilidade de recursos em caixa é claramente percebida em 31 de dezembro nas demonstrações contábeis. Projetou-se uma disponibilidade em dezembro de R$ 95 milhões, e salienta-se que nunca na história do Confea houve disponibilidade neste monte.

Como mostrado acima, a atual gestão apresenta indicadores extremamente positivos, demonstrando uma administração coesa, responsável, transparente e pautada na legalidade, eficiência e eficácia, resgatando a credibilidade do Órgão diante da sociedade.

3.8 NOVA SEDE DO CONFEA

Em 2008, foi lançada a pedra fundamental da Nova Sede do Confea e, logo em seguida, construída com o que existe de mais atual em termos de engenharia e arquitetura.

A nova sede do Confea, que se integra e complementa ações de gestões anteriores e será útil às gerações que sucederão no sistema Confea/Crea e Mútua, assegurando melhores condições de trabalho aos empregados e também a todas as lideranças profissionais.

Como consequência do aumento e mudança da estrutura administrativa, houve a pulverização dos setores do Confea no edifício sede da SEPN 508 – Bloco B e no edifício da SEPN 516 – Bloco A, prejudicando o desenvolvimento dos trabalhos devido a falta de integração e interatividade dos setores.

A edificação da Nova Sede do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – Confea é uma construção composta de cobertura, 4 (quatro) pavimentos tipo, térreo e 3 (três) subsolos destinados para área técnica e estacionamento de veículos, com área total de 10.141,09 m², e serviu como piloto no projeto de etiquetagem do Nível de Eficiência Energética de Edifícios junto ao Programa Brasileiro de Etiquetagem – PBE do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

A nova edificação incorporou conceitos de edificações sustentáveis, cujos principais benefícios são:

• Aumento da eficiência energética e de uso da água;

• Utilização de materiais que propiciassem a redução do impacto ambiental, das emissões de carbono na atmosfera e dos custos operacionais da edificação; e

• Melhoria da qualidade do ambiente interno, cujo efeito é a maior satisfação dos usuários, a redução dos problemas de saúde e maior produtividade.

Em sua concepção e construção, utilizando as mais modernas tecnologias, sistemas e materiais, procurou-se dotar as instalações físicas e as áreas de trabalho de condições que garantissem não só a produtividade, mas também o bem-estar das pessoas e a manutenção da saúde ocupacional.

O consagrado artista plástico Francisco Brennand foi convidado para criar e executar um mural cerâmico medindo 16,80m de comprimento por 3,80m de altura, totalizando 63,84m², que está fixado na parede do vestíbulo (hall) de entrada do novo edifício.

O custo total da edificação, incluindo a construção, suas sofisticadas instalações, divisórias, mobiliário e painel artístico é compatível para uma edificação com a área total de 10.141,09 m2, e nos padrões utilizados, esse custo final demonstra a capacidade técnico-administrativa de todos aqueles que, no transcurso de dois anos, emprestaram a sua colaboração ao empreendimento.

Atividade Valor

Obra: contenção/escavação R$ 2.330.289,76

Obra: construção R$ 27.747.568,44

Móveis R$ 1.424.465,93

Cadeiras R$ 707.671,55

Mural – Painel Artístico R$ 331.608,00

Divisórias R$ 247.932,00

Som/Vídeo R$ 1.915.900,00

Poltronas R$ 154.560,00

TOTAL R$ 34.859.995,68

Figura 13 – BENEFÍCIOS DA NOVA SEDE

Benefício total para o meio ambiente

Redução do consumo de energia

Custos operacionais mais baixos

Benefício de saúde

Saúde

Custos

Meio Ambiente Produtividade

Energia Marketing

Maior produtividade

Valor promocional e de marketing

Cidadania

Sustentabilidade

Eficiência

Qualidade de vida

Missão eficaz

Visibilidade

Realização

CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA

Comissão Especial – Portaria AD-Nº 284/2011

EDSON CEZAR MELLO JÚNIOR – COORDENADOR

EDISON FLÁVIO MACEDO

VINÍCIO DUARTE FERREIRA

CAMONE CRISTIANE ZANGHELINI

Assessoria Técnica

ANA FABÍOLA COSTA TORRES

CRISTIANE LIMA

Permitida a reprodução da obra, desde que citada a fonte, exceto para fins comerciais.

GPG:

Fone: (61) 2105-3885

E-mail: [email protected]

http://www.confea.org.br

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