Relatório de Pigmentos

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAR

    INSTITUTO DE TECNOLOGIAFACULDADE DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS

    PROFESSOR: HERV ROGEZ

    RELATRIO DE BIOQUMICA DE ALIMENTOS II

    Belm, 2011

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARINSTITUTO DE TECNOLOGIA

    FACULDADE DE ENGENHARIA DE ALIMENTOSPROFESSOR: HERV ROGEZ

    ISOLAMENTO DE PIGMENTOS DO CHEIRO-VERDE PORCROMATOGRAFIA EM COLUNA

    LIVIA MARTINS DE MIRANDA- 09091001701

    Trabalho apresentado disciplina deBioqumica de Alimentos II, sobre oisolamento de pigmentos do cheiro-verde por cromatografia em coluna pelo professorHerv Rogez, com requisito avaliativo paraobteno de nota.

    Belm, 2011

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    1. INTRODUOO cheiro verde uma hortalia herbcea e condimentar, ainda no destacada

    pelo volume ou valor comercializado (FILGUEIRA, 2003). tambm utilizada comomatria-prima na indstria de alimentos (MAKISHIMA, 1984), na forma desidratada,sendo de grande importncia socioeconmica, principalmente por ser fonte rica emvitaminas C e E, -caroteno, tiamina, riboflavina e minerais orgnicos (WILLS et al.,1986).

    As folhas das plantas contm um certo nmero de pigmentos corados quegeralmente pertencem a uma das duas categorias: clorofilas ou carotenides Os pigmentos mais abundantes nas folhas so as clorofilasa e b e o -caroteno, bem como pequenas quantidades de outros pigmentos como a xantofila (RICHARDSON;CASTEEN, 1997).

    As clorofilas so os pigmentos verdes que atuam como as principais molculasfoto receptoras das plantas. Elas so capazes de absorver certos tipos de comprimentosde onda da luz visvel que ento so convertidos em energia pelas plantas. Duas formasdiferentes destes pigmentos so as clorofilasa e b. Os carotenides so pigmentosamarelos que tambm esto envolvidos no processo fotossinttico. Adicionalmente, oscloroplastos tambm contm vrios derivados de carotenos contendo oxignio

    chamados de xantofilas. As xantofilas distinguem-se dos carotenos pela presena deoxignio na sua estrutura molecular. Os complexos carotenoide-protena so geralmentemais estveis do que os carotenoides livres. Como os carotenoides so altamenteinsaturados, o oxignio e a luz so os fatores que mais os afetam (BOBBIO, 2003).

    A cromatografia um mtodo de separao de misturas de substncias nos seuscomponentes puros. Existem vrias formas de cromatografia, mas em todas, a misturade substncias separada nos seus componentes puros, por passagem da mistura num

    material insolvel, para o qual as substncias tm vrios graus de afinidade. Assubstncias com forte afinidade para o material insolvel movem-se muito lentamente,enquanto as que tm pouca afinidade ou sem afinidade movem-se rapidamente(HARRIS, 2001).

    Na cromatografia em coluna, o slido utilizado na fase fixa deve ser um materialinsolvel na fase mvel associada (eluente) sendo que os mais empregados so a slicagel (SiO2) e alumina (Al2O3), geralmente na forma de p finamente dividido. A

    mistura a ser separada colocada na coluna com um eluente pouco polar e aumenta-segradativamente a polaridade do eluente e consequentemente o seu poder de arraste de

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    substncias mais polares. O fluxo de eluente deve ser contnuo. Os diferentescomponentes da mistura mover-se-o com velocidades distintas dependendo de suaafinidade relativa pelo adsorvente (grupos polares interagem melhor com o adsorvente)e tambm pelo eluente. Assim, a capacidade de um determinado eluente em arrastar umcomposto adsorvido na coluna depende quase diretamente da polaridade do solventecom relao ao composto. medida que os compostos da mistura so separados, bandas ou zonas mveis comeam a ser formadas; cada banda contendo somente umcomposto (HARRIS, 2001).

    2. OBJETIVOA aula prtica teve como objetivo visualizar o isolamento de pigmentos naturais

    (clorofilas a, b, carotenos e xantofilas) presentes no cheiro- verde.

    3. MATERIAIS E MTODOS3.1 MATERIAIS Cheiro-verde; Alumina (Al2O3); Carbonato de clcio (CaCO3); Metanol (MeOH); ter de petrleo; Benzeno (C6H6); Sulfato de sdio anidro; Acetato de etila (CH3COOCH2CH3); Coluna cromatogrfica (25cm); Areia branca; Balana semi - analtica da marca Logen Scientific; Becker; Proveta; Erlenmayer; Esptula; Basto de vidro; Almofariz e pistilo; Rgua;

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    Bomba de vcuo; Papel filtro; Pipeta;

    3.2 MTODOS3.2.1 Preparo da coluna

    Foram introduzidos 20 ml de ter de petrleo na coluna cromatogrfica e com aajuda de um basto de vidro, colocou-se um pedao de algodo at o fundo para retirar-se as bolhas de ar. Aps, acrescentou-se 1 cm de areia branca, 1,5 cm de alumina, 10 cmde carbonato de sdio e 1cm de areia (ela evita que o carbonato, que mais leve do

    que a areia, se disperse) na respectiva ordem, para constituir o que chamado de f aseslida ou fixa. Todo esse procedimento foi realizado com a torneira da coluna

    fechada.

    3.2.2 Preparo do extrato de cheiro verdeO cheiro verde foi macerado, com o auxlio do pistilo, com um pouco de areia

    que ajudou a causar atrito rompendo assim as clulas das folhas mais facilmente. 40 mlde metanol e 80 de ter de petrleo tambm foram adicionados para posteriormentefazer a filtrao a vcuo.

    3.2.3 Anlise cromatogrfica em colunaForam introduzidos na coluna 2 ml do extrato de cheiro verde deixando escoar

    at a superfcie da areia, acrescentando ter de petrleo. Para afase lquida ou mvel foi preparada uma soluo de 100 ml de ter de petrleo e acetato de etila (3:1) para no permitir o secamento do pico da coluna Se o adsorvente secar ou tiver bolhas de ar, a

    obteno da separao completa de uma mistura ser provavelmente impossvel, pois osdois fatores causam inclinao das bandas resultando em separao parcial.

    4. RESULTADOS E DISCUSSOTendo-se a fase fixa utilizada - areia, alumina e carbonato de sdio - e a fase

    mvel - mistura de ter de petrleo acetato de etila, - pode-se ento fazer anlise docomportamento para cada solvente utilizado a partir do estudo das interaes entre a

    fase mvel e a fase fixa obtendo-se os seguintes resultados: Aps a adio do extrato decheiro verde e do eluente observou-se que as estruturas das clorofilasa e b, apresentam

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    um metal (magnsio) no centro de uma porfirina (uma substncia que contm quatrounidades ligeiramente modificadas de pirrol) e favorecem interaes mais fortes com afase fixa.

    As xantofilas, apesar dos grupos hidroxila, possuem uma cadeia carbnicarelativamente longa responsvel pela pouca afinidade com a fase fixa.

    O caroteno, um hidrocarboneto insaturado, mostrou interaes mais efetivascom a fase mvel que com a fixa. Logo, o grau de afinidade de cada pigmento com afase fixa seria, as clorofilas a e b como as que tm maior afinidade seguidas pelasxantofilas e por ltimo os carotenos como os que tm menor afinidade com a fase fixa.

    A polaridade tambm tem influncia na afinidade dos pigmentos com as fases,de um modo geral, os compostos apolares atravessam a coluna com uma velocidademaior do que os compostos polares, porque os primeiros tm menor afinidade com afase fixa que polar, logo, os carotenos, que atravessaram primeiro e mais rpido acoluna, no possuem tanta afinidade com a fase fixa, sendo assim os mais apolares dos pigmentos analisados. A clorofila a foi a que atravessou a coluna logo aps, mostrandoum grau de polaridade diferente do caroteno (menos apolar). A clorofila b tambmapresentou um grau de polaridade diferente, j que demorou mais a sair da coluna. Asxantofilas foram as que mostraram um grau de afinidade maior com a fase fixa, sendo as

    que saram por ltimo da coluna.

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    5. CONCLUSO

    A separao e visualizao dos pigmentos foram obtidas, possibilitando avisualizao de sada dos carotenos, clorofilasa, b e xantofilas na respectiva ordem,

    concluindo-se que o grau de polaridade e a estrutura molecular dos compostosinfluenciam no grau de afinidade de cada um dos pigmentos pelas fases fixa oumvel, sendo o caroteno o mais apolar seguido pela clorofilaa, b, e por ltimo axantofila que seria a menos apolar dos pigmentos.

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    6. REFERNCIAS

    B.C. Richardson, T.G. Casteen,Experience the Extraordinary Chemistry ofOrdinary Things: a Laboratory Manual , 3

    rdedition, John Wiley & Sons, Inc., New

    York, 1997.

    BOBBIO, P. A.Introduo Quimica de Alimentos. 3 ed. Moderna, So Paulo. 2003

    FILGUEIRA, F.A.R.Novo Manual de Olericultura: agrotecnologia moderna na produo e comercializao de hortalias. Viosa: UFV, 2003. 412p.

    HARRIS, D.C.,Anlise Qumica Quantitativa, 5a ed., LTC, RJ, 2001.

    MAKISHIMA, N.Aspectos gerais da cultura da salsa. Informe Agropecurio , BeloHorizonte, v.10, n. 120, p. 78-80, 1984.

    WILLIS, R.B.H.; LIM, JSK.; GREENFIELD, H Composition of Australian foods. Leaf,stem and other vegetables.Food Technology in Australia, Sidney, n.10, p. 416- 417,1986.