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Relatório de Português Língua Não Materna (PLNM) 2006/07 e 2007/08 Dezembro de 2009

Relatório de Português Língua Não Materna (PLNM) 2006/07 e ... · 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º Bás. Rec. ... tradicionalmente destinos de emigração portuguesa ... ao

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Relatório de

Português Língua Não Materna (PLNM)

2006/07 e 2007/08

Dezembro de 2009

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Índice

1. Introdução .................................................................................................. 3

2. Análise comparativa da população escolar de PLNM nos anos

lectivos de 2006/07 e 2007/08 .......................................................................... 5

3. Análise comparativa da população escolar de PLNM nos anos

lectivos de 2006/07 e 2007/08 por DRE ......................................................... 12

4. Análise comparativa dos dados relativos à transição/ conclusão dos

alunos de PLNM nos anos lectivos de 2006/07 e 2007/08........................... 17

5. Conclusões .............................................................................................. 22

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1. Introdução A informação constante do presente relatório resulta de uma análise de dados

provenientes do Gabinete Coordenador do Sistema de Informação do Ministério de

Educação – MISI – e refere-se aos anos lectivos de 2006/07 e 2007/08. Nesta

caracterização foram tidos em consideração os alunos dos três ciclos do ensino básico

e os alunos dos cursos científico-humanísticos e dos cursos tecnológicos do ensino

secundário inseridos no sistema educativo nacional e cuja língua materna não é o

Português.

Será efectuada uma breve apresentação dos dados relativos à população escolar de

nacionalidade estrangeira, por ano e ciclo de ensino, e uma análise comparativa da

população escolar em 2006/07 e 2007/08. Este segundo ponto visa, essencialmente,

conhecer as mudanças ocorridas entre os dois anos escolares no que diz respeito à

distribuição dos alunos de Português Língua Não Materna (PLNM) pelos diferentes

anos/ciclos e às nacionalidades mais representativas. Numa segunda fase, e num

estudo mais detalhado, proceder-se-á a semelhante exercício comparativo, mas

atendendo à distribuição destes alunos pelas várias Direcções Regionais de Educação

(DRE). Por fim, proceder-se-á a uma análise comparativa dos níveis de

aproveitamento destes alunos.

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Pela observação das figuras 1 e 2, constata-se que a grande maioria dos alunos de

nacionalidade estrangeira se concentra no ensino básico. Verifica-se um decréscimo

de cerca de 3500 alunos de 2006/07 para 2007/08.

Figura 1: População escolar de nacionalidade estrangeira em 2006/07 Fonte: MISI

Ano de escolaridade Ciclo/nível Total

1 2648 E

nsin

o B

ásic

o

Ensino Regular 1º ciclo

13319

36240

2 3311 3 3482 4 3878 5 4349

Ensino Regular 2º ciclo

8879 6 4530 7 4599

Ensino Regular 3º ciclo

12498 8 4117 9 3782

Rec. 1544 Ensino Recorrente 1544

10 2353

Ens

ino

Sec

.

Ensino Regular

6821

9627 11 2176 12 2292

Rec. 2806 Ensino Recorrente 2806

45867

Figura 2: População escolar de nacionalidade estrangeira em 2007/08

Fonte: MISI Ano de escolaridade Ciclo/nível Total

1 2322

Ens

ino

Bás

ico

Ensino Regular 1º ciclo

12718

34425

2 3181 3 3386 4

3829 5 4469

Ensino Regular 2º ciclo

9091 6 4622 7 4659

Ensino Regular 3º ciclo

12265 8 3873 9 3733

Rec. 351 Ensino Recorrente 351 10 2259

Ens

ino

Sec

.

Ensino Regular

6230

7907

11 1969 12 2002

Rec. 1677 Ensino Recorrente 1677 42332

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5

37%

26%

36%

1%

1º ciclo

2º ciclo

3º ciclo

Rec. Bás.

37%

25%

34%

4%

1º ciclo

2º ciclo

3º ciclo

Rec. Bás.

2. Análise comparativa da população escolar de PLNM nos anos lectivos de 2006/07 e 2007/08

Em Portugal, o número de alunos no sistema educativo apresenta uma grande

diversidade relativamente aos países de origem.

As figuras 3 e 4 referem-se à distribuição dos alunos de nacionalidade estrangeira

pelos diferentes ciclos do ensino básico. É notório um maior índice de alunos no 1.º

ciclo, embora se registe igualmente uma percentagem bastante significativa nos 2.º e

3.º ciclos. Não se verificam diferenças significativas entre os dois anos lectivos

analisados.

Figura 3: Distribuição dos alunos de

nacionalidade estrangeira no ensino básico (2006/07)

Figura 4: Distribuição dos alunos de nacionalidade estrangeira no ensino básico (2007/08)

Fonte: MISI

A distribuição dos alunos estrangeiros pelos diferentes anos de escolaridade mantém-

se constante, sendo de salientar a diminuição do número de alunos inscritos no ensino

básico recorrente (ver figuras 5 e 6).

Figura 5: Distribuição dos alunos de nacionalidade estrangeira pelos vários anos de escolaridade (2006/07)

Fonte: MISI

0

1000

2000

3000

4000

5000

1.º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º Bás.Rec.

10º 11º 12º Sec.Rec.

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6

79%

21%

básico

secundário

81%

19%

básico

secundário

Figura 6: Distribuição dos alunos de nacionalidade estrangeira pelos vários anos de escolaridade (2007/08)

Fonte: MISI

0

1000

2000

3000

4000

5000

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º Bás.Rec.

10º 11º 12º Sec.Rec.

A distribuição destes alunos pelos ensinos básico e secundário revela igualmente uma

variação percentual mínima entre os anos lectivos de 2006/07 e 2007/08, excepto no

ensino básico recorrente, sendo notória uma preponderância de alunos estrangeiros

inscritos nos restantes anos de escolaridade do ensino básico (ver figuras 7 e 8).

Figura 7: Distribuição dos alunos de nacionalidade estrangeira pelos vários anos de escolaridade (2006/07 e 2007/08)

Fonte: MISI

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

1.º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º Bás.Rec.

10º 11º 12º Sec.Rec.

2006/07

2007/08

Figura 8: Distribuição dos alunos de nacionalidade estrangeira pelos ensinos básico e secundário em 2006/07

Figura 9: Distribuição dos alunos de nacionalidade estrangeira pelos ensinos básico e secundário em 2007/08

Fonte: MISI

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Atendendo ao elevado número de nacionalidades dos alunos que frequentam o nosso

sistema de ensino, foram consideradas apenas as que tinham mais de 100 alunos

inscritos.

Verifica-se uma predominância de alunos originários dos PALOP (destacando-se

Angola, Cabo Verde e Guiné-Bissau), seguida de alunos provenientes da Europa de

Leste (com destaque para a Ucrânia) e, finalmente, de alunos originários da França e

da Suíça, tradicionalmente destinos de emigração portuguesa (ver figura 10).

Em 2007/08, não se verificam alterações de fundo no país de origem dos alunos, no

entanto, relativamente aos oriundos dos PALOP, constata-se que o número de alunos

provenientes de Cabo Verde supera os vindos de Angola, ao invés do ocorrido no ano

lectivo anterior (ver figuras 10, 11 e 12).

Figura 10: Principais países de origem dos alunos de nacionalidade estrangeira (2006/07)

Fonte: MISI

0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000

África do SulAlemanha

AndorraAngolaBélgica

BulgáriaCabo Verde

CanadáChina

EspanhaEUA

FrançaGuiné-Bissau

Guiné-ConacriHolanda

ÍndiaItália

LuxemburgoMacau

MarrocosMoçambique

MoldáviaPaquistão

Reino Unido Roménia

RússiaSão Tomé e Príncipe

SenegalSuíça

UcrâniaVenezuela

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0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000

África do SulAlemanha

AndorraAngolaBélgica

BulgáriaCabo Verde

CanadáChina

EspanhaE.U.A

FrançaGuiné-Bissau

Guiné-ConacriHolanda

ÍndiaItália

LuxemburgoMacau

MarrocosMoçambique

MoldáviaPaquistão

Reino Unido Roménia

RússiaSão Tomé e Príncipe

SenegalSuíça

UcrâniaVenezuela

p ç p

0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000

África do SulAlemanha

AndorraAngolaBélgica

BulgáriaCabo Verde

CanadáChina

EspanhaE.U.A

FrançaGuiné-Bissau

Guiné-ConacriHolanda

ÍndiaItália

LuxemburgoMacau

MarrocosMoçambique

MoldáviaPaquistão

Reino Unido Roménia

RússiaSão Tomé e Príncipe

SenegalSuíça

UcrâniaVenezuela

2007/08

2006/07

Figura 11: Principais países de origem dos alunos de nacionalidade estrangeira (2007/08) Fonte: MISI

Figura 12: Principais países de origem dos alunos de nacionalidade estrangeira (2006/07 e 2007/08) Fonte: MISI

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90 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800

África do Sul Alemanha

AndorraAngolaBélgica

BulgáriaCabo Verde

CanadáChina

EspanhaE.U.A.

FrançaGuiné-Bissau

Guiné- ConacriHolanda

ÍndiaItália

LuxemburgoMacau

MarrocosMoçambique

MoldáviaPaquistão

Reino UnidoRoménia

RússiaSão Tomé e Principe

SenegalSuiça

UcrâniaVenezuela

2007/08

2006/07

0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000

África do Sul Alemanha

AndorraAngolaBélgica

BulgáriaCabo Verde

CanadáChina

EspanhaE.U.A.

FrançaGuiné-Bissau

Guiné- ConacriHolanda

ÍndiaItália

LuxemburgoMacau

MarrocosMoçambique

MoldáviaPaquistão

Reino UnidoRoménia

RússiaSão Tomé e Principe

SenegalSuiça

UcrâniaVenezuela

2007/08

2006/07

Constata-se, em 2007/08, um decréscimo do número de alunos ucranianos e

angolanos inscritos no 1º ciclo, bem como de franceses e de suíços, a par de um

aumento de romenos, guineenses e cabo-verdianos.

Figura 13: Principais nacionalidades dos alunos estrangeiros inscritos no 1.º ciclo do ensino básico (2006/07 e 2007/08)

Fonte: MISI

No 2.º ciclo, a tendência é semelhante à do 1º, excepto no que diz respeito à Ucrânia,

que apresenta um aumento de alunos inscritos em 2007/08.

Figura 14: Principais nacionalidades dos alunos estrangeiros do 2.º ciclo (2006/07 e 2007/08)

Fonte: MISI

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0 500 1000 1500 2000 2500

África do Sul Alemanha

AndorraAngolaBélgica

BulgáriaCabo Verde

CanadáChina

EspanhaE.U.A.

FrançaGuiné-Bissau

Guiné- ConacriHolanda

ÍndiaItália

LuxemburgoMacau

MarrocosMoçambique

MoldáviaPaquistão

Reino UnidoRoménia

RússiaSão Tomé e Principe

SenegalSuiça

UcrâniaVenezuela

2007/08

2006/07

Os dados apresentados na figura 15, concernentes ao número de alunos estrangeiros

inscritos no 3º ciclo, espelham tendências idênticas às dos ciclos de ensino anteriores,

salientando-se, contudo, um aumento do número de alunos provenientes da Moldávia

Figura 15: Nacionalidades dos alunos estrangeiros do 3.º ciclo (2006/07 e 2007/08) Fonte: MISI

Os dados constantes na figura 16 não trazem alterações dignas de nota

relativamente às principais nacionalidades dos alunos. No entanto, como se

verifica uma redução significativa no número total de alunos, pode-se concluir que

a maioria apenas concluiu a escolaridade obrigatória, não tendo prosseguido

estudos no ensino secundário.

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11

0 200 400 600 800 1000 1200

África do Sul Alemanha

AndorraAngolaBélgica

BulgáriaCabo Verde

CanadáChina

EspanhaE.U.A.

FrançaGuiné-Bissau

Guiné- ConacriHolanda

ÍndiaItália

LuxemburgoMacau

MarrocosMoçambique

MoldáviaPaquistão

Reino UnidoRoménia

RússiaSão Tomé e Principe

SenegalSuiça

UcrâniaVenezuela

2007/08

2006/07

Figura 16: Nacionalidades dos alunos estrangeiros dos alunos do ensino secundário

(2006/07 e 2007/08) Fonte: MISI

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12

0

5 000

10 000

15 000

20 000

25 000

30 000

DREN DREC DRELVT DREA DREALG

básico

secundário

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

DREN DREC DRELVT DREA DREALG

básico

secundário

3. Análise comparativa da população escolar de PLNM nos anos lectivos de 2006/07 e 2007/08 por DRE

Numa análise mais fina, procedeu-se ao levantamento da distribuição dos alunos por

nacionalidade nas várias Direcções Regionais de Educação (DRE).

Pode verificar-se uma forte tendência para a concentração desta população escolar na

área da Grande Lisboa (Direcção Regional de Lisboa e Vale do Tejo - DRELVT), em

ambos os anos lectivos. As regiões do Algarve e de Lisboa apresentam, em 2007/08,

um ligeiro acréscimo do número de alunos do ensino básico de nacionalidade

estrangeira (vide figuras 17 e 18).

Figura 17: Distribuição dos alunos de nacionalidade estrangeira por DRE e nível de ensino (2006/07)

Fonte: MISI

Figura 18: Distribuição dos alunos de nacionalidade estrangeira por DRE/ciclo de ensino (2007/08)

Fonte: MISI

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13

0 200 400 600 800 1 000 1 200 1 400 1 600

África do SulAlemanhaAndorraAngolaBélgica

Cabo VerdeCanadá

ChinaEspanha

E.U.A. França

Guiné-BissauLuxemburgo

M oldáviaReino Unido

RoméniaRússia

SuiçaUcrânia

Venezuela

2007/2008

2006/2007

Nas figuras 17 e 18, das 150 nacionalidades representadas, apenas foram

consideradas as que tinham mais de 50 alunos inscritos.

Os dados da figura 19, relativos à Direcção Regional de Educação do Norte (DREN),

não revelam alterações significativas nas principais nacionalidades dos alunos,

notando-se em 2007/ 2008 uma ligeira diminuição do número de inscritos.

Salienta-se a elevada predominância de alunos provenientes da França e Suíça, que

foram alguns dos principais destinos de emigração portuguesa. Destacam-se ainda as

nacionalidades ucraniana e angolana. A presença nesta DRE de um número

considerável de alunos espanhóis poderá estar directamente relacionada com a

proximidade do país vizinho.

Figura 19: Principais nacionalidades dos alunos estrangeiros da DREN (2006/07 e 2007/08) Fonte: MISI

Quanto aos dados relativos à Direcção Regional do Centro (DREC), destacamos, mais

uma vez, a predominância de alunos provenientes de França, da Suíça, da Ucrânia,

da Alemanha e de Angola.

Comparando as principais nacionalidades indicadas nas figuras 19 e 20, constata-se a

ausência de alunos de nacionalidade espanhola na DREC e de nacionalidade búlgara

na DREN.

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14

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900

AlemanhaAngolaBélgica

BulgáriaCabo Verde

CanadáChinaE.U.A.

FrançaGuiné-BissauLuxemburgo

MoldáviaReino Unido

RoméniaRússiaSuíça

UcrâniaVenezuela

2007/2008

2006/2007

Figura 20: Principais nacionalidades dos alunos estrangeiros da DREC (2006/07 e 2007/08)

Fonte: MISI

Observando a figura 21, relativa à DRELVT, pode-se constatar que os países mais

representados são os PALOP – Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e

Príncipe. Outra presença marcante é a de países da Europa de Leste como a Ucrânia,

a Moldávia e a Roménia. Importante seria também salientar que, contrariamente à

tendência geral de decréscimo do número de alunos em 2007/08, a Ucrânia, a

Roménia, a Moldávia, a Guiné-Bissau e Cabo Verde apresentam uma tendência

crescente.

De notar ainda, na figura 21, que o total de alunos por nacionalidade é muito superior

ao verificado nas outras DRE, o que reforça o exposto nas figuras 17 e 18, nas quais

se verifica que o grosso da população escolar de alunos de nacionalidade estrangeira

se concentra em torno da capital portuguesa, que é também o local onde se localizam

os maiores centros empresariais e a maior oferta de emprego.

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15

0 50 100 150 200 250

Alemanha

Cabo Verde

Espanha

França

Holanda

M oldávia

Reino Unido

Roménia

Suíça

Ucrânia

2007/08

2006/07

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000 5500 6000 6500

África do SulAlemanha

AngolaBélgica

BulgáriaCabo Verde

CanadáChina

EspanhaE.U.A.

FrançaGuiné-Bissau

Guiné-ConacriHolanda

ÍndiaItália

MoçambiqueMoldávia

PaquistãoReino Unido

RoméniaRússia

São Tomé e PríncipeSenegal

SuíçaUcrânia

Venezuela

2007/08

2006/07

Figura 21: Principais nacionalidades dos alunos estrangeiros da DRELVT (2006/07 e 2007/08)

Fonte: MISI

Na Direcção Regional do Alentejo (DREA) (figura 22) as nacionalidades mais

representativas são europeias, nomeadamente, ucraniana, suíça, romena, moldava e

alemã. De destacar, por um lado, o decréscimo considerável no número de alunos

suíços em 2007/08 e o facto de esta ser a DRE em que o total do número de alunos

estrangeiros é menor (vide figuras 17 e 18).

Figura 22: Principais nacionalidades dos alunos estrangeiros da DREA (2006/07 e 2007/08) Fonte: MISI

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16

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900

Alemanha

Angola

Bulgária

Cabo Verde

ChinaEspanha

França

Guiné-Bissau

Holanda

M arrocos

M oldáviaReino Unido

Roménia

Rússia

Suíça

Ucrânia

2007/08

2006/07

Na Direcção Regional do Algarve (DREALG), salienta-se, no ano lectivo de 2007/2008,

um acréscimo significativo do número de alunos estrangeiros inscritos.

Como se pode observar através da figura 23, mais uma vez sobressaem os países de

leste como os principais países de origem dos alunos estrangeiros – Ucrânia, Roménia

e Moldávia. Seguem-se a Guiné-Bissau, Cabo Verde e também Angola, ainda que

este último com um número inferior. Por fim, destacamos a presença de um número

considerável de alunos oriundos do Reino Unido, que poderá ser explicável pela

preferência deste povo pela região do Algarve, quer como destino de férias quer para

residência.

Figura 23: Principais nacionalidades dos alunos estrangeiros da DREALG (2006/07 e 2007/08) Fonte: MISI

Page 17: Relatório de Português Língua Não Materna (PLNM) 2006/07 e ... · 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º Bás. Rec. ... tradicionalmente destinos de emigração portuguesa ... ao

17

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

1º ciclo 2º ciclo 3º ciclo secundário

4. Análise comparativa dos dados relativos à transição/ conclusão dos alunos de PLNM nos anos lectivos de 2006/07 e 2007/08

Neste capítulo, apresenta-se uma análise comparativa dos dados relativos ao

aproveitamento dos alunos de nacionalidade estrangeira por ciclo/ nível de ensino e

por nacionalidade.

Na análise destes dados, considerou-se o seu tratamento em termos percentuais.

Uma vez que, no sistema de ensino nacional, se usa a designação de «transição»

para os anos intermédios de ciclo e de «conclusão» para os anos finais de ciclo,

optou-se, no tratamento dos dados, por juntar os valores relativos à «transição» e

«conclusão» e englobá-los numa única categoria designada por «aproveitamento».

Como se pode observar pelas figuras 24 e 25, a percentagem de alunos de

nacionalidade estrangeira com aproveitamento sofre um ligeiro decréscimo ao longo

da escolaridade.

Figura 24: Aproveitamento dos alunos de nacionalidade estrangeira nos ensinos

básico e secundário em (2006/07) Fonte: MISI

Page 18: Relatório de Português Língua Não Materna (PLNM) 2006/07 e ... · 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º Bás. Rec. ... tradicionalmente destinos de emigração portuguesa ... ao

18

0102030405060708090

100

1º ciclo 2º ciclo 3º ciclo secundário

Figura 25: Aproveitamento dos alunos de nacionalidade estrangeira (2007/08)

Fonte: MISI

As figuras 26 e 27 apresentam a percentagem de alunos de nacionalidade estrangeira

com aproveitamento, por ano de escolaridade. De uma maneira geral, não se

constatam diferenças muito acentuadas, notando-se uma melhoria do aproveitamento

em 2007/08.

De salientar ainda que, no ensino básico, essa percentagem, à excepção do 7.º ano

(2006/07:73%; 2007/08:75%) e do 9.º (2006/07:73%; 2007/08:79%), é superior aos

80%. No ensino secundário, o aproveitamento é inferior ao que se verifica no ensino

básico, porém seria de destacar que os resultados obtidos no 11.º ano em 2007/08

(82%) são superiores aos obtidos no 10.º ano.

De notar também a melhoria considerável no ensino básico recorrente em 2007/08

(2006/07:34%; 2007/08:50%).

Figura 26: Aproveitamento dos alunos de nacionalidade estrangeira por ano de

escolaridade (2006/07) Fonte: MISI

0

20

40

60

80

100

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12ºSec. Bás.Rec.Rec.

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19

Figura 27: Aproveitamento dos alunos de nacionalidade estrangeira por ano de escolaridade (2007/08)

Fonte: MISI

0

20

40

60

80

100

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º Bás.Rec.

10º 11º 12º Sec.Rec.

Em seguida, procedeu-se ao tratamento comparativo dos dados relativos ao

aproveitamento dos alunos estrangeiros tanto no ensino básico como no ensino

secundário. Neste ponto, consideraram-se todas as nacionalidades que

apresentassem um total de alunos inscritos 1 superior a 100, no caso do ensino básico,

e superior a 50, no caso do ensino secundário.

Quanto aos dados relativos ao aproveitamento dos alunos estrangeiros no ensino

básico, é de referir que, regra geral, houve uma melhoria dos resultados de 2006/07

para 2007/08. Constata-se ainda que a percentagem de alunos com aproveitamento é

superior a 80%.

Com uma percentagem de alunos com aproveitamento superior a 90% (nos dois anos

lectivos), destacam-se os seguintes países de origem: Alemanha, Canadá, E.U.A.,

Holanda, Luxemburgo, Moldávia e Suíça. Países como a África do Sul, Bélgica,

França, Itália, Rússia e Venezuela ascendem a estes valores em 2007/08 (vide fig.28).

1 Neste total de alunos considerou-se a soma do número de alunos incluídos nas categorias conclui, não conclui, transita e não transita.

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20

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

África do SulAlemanha

AngolaBélgica

BulgáriaCabo Verde

CanadáChina

EspanhaE.U.A.

FrançaGuiné-Bissau

Guiné-ConacriHolanda

ÍndiaItália

LuxemburgoMoçambique

MoldáviaReino Unido

RoméniaRússia

São Tomé e PríncipeSuíça

UcrâniaVenezuela

2007/08

2006/07

Figura 28: Gráfico comparativo do aproveitamento por nacionalidade dos alunos dos três ciclos

do ensino básico (em %) Fonte: MISI

No ensino secundário, salienta-se igualmente a melhoria dos resultados em 2007/08

em praticamente de todas as nacionalidades, à excepção das dos PALOP (Angola,

Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe) e da China, que

apresentaram uma percentagem que ronda os 60%. Destacam-se os alunos suíços e

romenos, com mais de 80% de índice de aproveitamento.

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0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

África do SulAlemanha

AngolaCabo Verde

CanadáChina

E.U.A.Espanha

FrançaGuiné-BissauMoçambique

MoldáviaReino Unido

RoméniaRússia

São Tomé e PríncipeSuiça

UcrâniaVenezuela

2007/08

2006/07

Figura 29: Gráfico comparativo do aproveitamento por nacionalidade dos alunos do ensino secundário (em %)

Fonte: MISI

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5. Conclusões

1. A grande concentração de alunos de nacionalidade estrangeira verifica-se no ensino

básico, essencialmente no 1.º e 3.º ciclos.

2. Os principais países de proveniência dos alunos estrangeiros a estudarem no nosso

sistema educativo são os PALOP (Angola, Cabo Verde e Guiné-Bissau), o que se

justificará se atendermos à longa história entre Portugal e estes países e ao facto de

terem como língua oficial o Português.

Outros países que apresentam um elevado número de alunos são os da Europa de

Leste (Ucrânia, Roménia e Moldávia), de onde é originária uma das principais franjas

da imigração portuguesa.

Por fim, destacam-se os alunos vindos da França, Suíça e Alemanha, países que

foram alguns dos principais destinos da emigração portuguesa.

3. Quanto à distribuição geográfica de alunos de nacionalidade estrangeira, será de

referir que estes se concentram na área metropolitana da grande Lisboa, ou seja, na

DRELVT.

4. O aproveitamento dos alunos de nacionalidade estrangeira em 2007-08 é bastante

positivo, situando-se acima dos 50% a percentagem de alunos com aproveitamento

verificando-se, no geral, uma melhoria comparativamente a 2006/07.

Os alunos oriundos de países europeus, dos Estados Unidos e do Canadá,

apresentam melhores níveis de aproveitamento.