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Ministério da Saúde
Sistema Nacional de Vigilância em Saúde
Relatório de Situação
Amapá
5ª ediçãoBrasília/DF
Sistema Nacional de Vigilância em Saúde
Relatório de Situação
Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde
Amapá
Brasília/DF 2011
Série C. Projetos, Programas e Relatórios
© 2011 Ministério da Saúde.
Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total dessa obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens dessa obra é da Secretaria de Vigilância em Saúde.
Série C. Projetos, Programas e Relatórios
Tiragem: 5a edição – 2011 – 300 exemplares
Elaboração, edição e distribuição
MINISTÉRIO DA SAÚDESecretaria de Vigilância em SaúdeOrganização: Coordenação Geral de Planejamento e OrçamentoProdução: Núcleo de Comunicação
Endereço
Esplanada dos Ministérios, bloco GEdifício Sede, sobreloja, sala 134CEP: 70058-900, Brasília – DFE-mail: [email protected]ço na internet: www.saude.gov.br/svs
Produção editorial
Consolidação de dados: Adriana Bacelar Ferreira GomesProjeto gráfico: Fabiano Camilo, Sabrina LopesDiagramação e revisão: All Type Assessoria Editorial Ltda
Impresso no Brasil/Printed in Brazil
Ficha Catalográfica
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.
Sistema nacional de vigilância em saúde : relatório de situação : Amapá / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. – 5. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2011.
35 p. : il. color. – (Série C. Projetos, Programas e Relatórios)
Essa publicação faz parte de um conjunto de 27 Cartilhas, que englobam os 26 Estados da Federação e o Distrito Federal.
ISBN 978-85-334-1864-6
1. Vigilância da População. 2. Saúde Pública. 3. Análise de Situação. I. Título. II. Série.NLM WA 900
Catalogação na fonte – Editora MS – OS.: 0376/2011
Títulos para indexação:
Em inglês: National System in Health Surveillance: situation report: AmapáEm espanhol: Sistema Nacional de Vigilancia en Salud: relatorio de la situación: Amapá
ApresentaçãoSumário4 Dengue
5 Tuberculose
6 Hanseníase
7 Doenças Negligenciadas (Esquistossomose, Tracoma, Oncocercose e Filariose)
8 Malária
9 DST/Aids
11 Hepatites virais
12 Doenças Imunopreveníveis
15 Doenças de transmissão hídrica e alimentar
16 Programa Nacional de Imunizações
17 Zoonoses
19 Rede CIEVS
20 Vigilância Epidemiológica Hospitalar (VEH)
21 Promoção da Saúde
22 Doenças e Agravos Não-Transmissíveis
24 Acidentes e Violências
26 Vigilância em Saúde Ambiental
28 Saúde do Trabalhador
30 Sistemas de Informações (SIM e SINASC, Vigilância dos óbitos e SINAN)
34 Financiamento
35 Capacidade técnica e científica
A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da
Saúde apresenta uma nova edição do Relatório de Situação do
Sistema de Vigilância em Saúde. Cada exemplar reúne dados e
análises sintéticas sobre as principais ações de vigilância, pre-
venção e controle de doenças, gestão dos sistemas de informa-
ção epidemiológica, promoção da saúde, vigilância em saúde
ambiental e saúde do trabalhador.
Os principais avanços e limitações em cada um dos temas que
compõem esse relatório, com destaque às metas relacionadas à
agenda estratégica da vigilância em saúde, estão dispostos de
forma clara e objetiva para uma leitura rápida e agradável.
O Relatório de Situação do Sistema de Vigilância em Saúde é
um instrumento que pode contribuir, substancialmente, para que
os gestores estaduais e municipais possam conhecer e avaliar a
situação atual das ações e dos programas executados em sua
Unidade Federada. Também permite a difusão de informações
para a população e ainda o acompanhamento dos profissionais
de saúde, de modo que todos possam contribuir para o aperfei-
çoamento e fortalecimento da vigilância em saúde.
Uma boa leitura a todos.
Jarbas Barbosa da Silva Jr.Secretário de Vigilância em Saúde/MS
4
Secretaria de Vigilância em Saúde/MS • Relatório de Situação Amapá
Dengue
Em 2010, foram notificados no Amapá 2.366 casos prováveis1 de dengue, um aumento de 50,9% em comparação com 2009 (1.568 notifi-cações). A incidência em 2010 foi de 353,4 ca-sos por 100 mil habitantes, considerada média. Quanto ao monitoramento da circulação viral, foram analisadas seis amostras das quais, uma foi positiva para DENV-1. As internações se-guiram a tendência de aumento observada nas notificações de casos.
Figura 1 Número de casos prováveis e internações por dengue, Amapá, 2000 a 2010
050100150200250300350400450500
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3.000
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2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Inte
rnaç
ões
Caso
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ngue
Ano epidemiológico de início dos sintomas
Casos Dengue Internações
Fonte: SINAN/SIH
A incidência de dengue do estado do Amapá e do município de Macapá, no período de 2000 a 2010, seguiu o padrão observado na região Norte e no Brasil, com os ciclos de alta trans-missão influenciados pela predominância de diferentes sorotipos no país: DENV-3 no perí-odo de 2001 a 2006 e DENV-2 em 2007 a 2009.
1 Consideram-se casos prováveis todos os notificados, EXCETO os casos descartados. Ou seja, todos os casos com classificação final: dengue clássico, dengue com complicações, febre hemorrágica da dengue, síndrome do choque da dengue, ignorado/branco e incon-clusivos.
O ano de 2010 foi marcado por predominância de DENV-1 e foi observada na capital uma in-cidência de 384,7 casos por 100 mil habitantes.
Figura 2 Incidência de casos prováveis de dengue, Brasil, região Norte, Amapá e Macapá, 2000 a 2010
0
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2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
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Ano de Início dos Sintomas
Brasil Norte Amapá Macapá
Fonte: SINAN
Para a análise dos casos graves e óbitos, utili-zamos os dados a partir de 2002, considerando a melhor qualidade dos dados nesse período. Nesse intervalo, a maior letalidade no estado foi observada no ano de 2010, quando foram registrados 11 casos graves, três óbitos e letali-dade de 27,3%.
Figura 3 Número de casos, número de óbitos e taxa de letalidade Dengue Grave, Amapá, 2002 a 2010
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010Casos Graves 0 10 11 10 13 86 25 10 11Óbitos 0 1 0 1 2 5 0 0 3Letalidade 0 10 0 10 15,4 5,8 0,0 0,0 27,3
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Caso
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Casos Graves Óbitos Letalidade
Fonte: SINAN
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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS • Relatório de Situação Amapá
Tuberculose
Em 2010, o estado do Amapá notificou 198 casos novos de tuberculose (TB), apresentando uma taxa de incidência de 29,6/100.000 habitantes. A capital do estado, Macapá, apresentou taxa de incidência entre os casos novos de 30,6/100.000 habitantes. Nos últimos 10 anos, esse indicador vem apresentando tendência de queda, semelhante à taxa de incidência do Brasil.
Figura 1 Taxa de incidência de TB. Brasil, região Norte e Amapá 2001 a 2010
51,2
44,5
38,9
29,6
42,8
37,2
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2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Região Norte Amapá Brasil Fonte: SVS/MS
Em relação à taxa de mortalidade, em 2009, o Amapá apresentou uma taxa de 1,4/100.000 habitantes e a capital, 0,5/100.000 habitantes.
Entre os municípios do estado, dois municípios são considerados priori-tários para o Programa Nacional de Controle da Tuberculose.
Em 2010, 24,2% dos casos novos de TB realizaram Tratamento Direta-mente Observado (TDO) e para 61,1% desses foi oferecido o teste anti--HIV, sendo que 29,3% apresentaram resultados positivo ou negativo no SINAN, com percentual de coinfecção de 4,5%.
Entre os casos de retratamento, 6,7% realizaram exame de cultura. A meta do Ministério da Saúde para 2015 é realizar exame de cultura em 80% dos casos de retratamento.
Avaliando o encerramento dos casos, em 2009 o estado obteve 67,4% de cura e 10,6% de abandono entre os casos novos de TB. A meta é alcançar 85% de cura e menos de 5% de abandono.
Figura 2 Percentual de cura e abandono de casos novos de TB, Amapá, 2001 a 2009*
64,9 61,9 63,5 65,6 60,4
56,5
68,9 62,9
67,4
16,0 15,1 10,4 11,2 10,0
16,1 12,3 10,3 10,6
0
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2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Cura Abandono Fonte: SVS/MS
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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS • Relatório de Situação Amapá
Hanseníase
Apesar da importante redução do coeficiente de prevalência de hansení-ase no Amapá, que atualmente é de 1,9 casos/10 mil habitantes, o estado demanda intensificação das ações para eliminação da doença, justifi-cadas por um padrão de média endemicidade segundo os parâmetros de prevalência. Entre os 16 municípios do Amapá, 7 não apresentam registros e 2 são considerados hiperendêmicos, mas diagnosticaram me-nos de 10 casos em 2010. A capital Macapá apresentou 22,4 casos/100 mil habitantes, com padrão de endemicidade muito alto.
Observa-se flutuação no coeficiente geral de detecção (CGD) nos últi-mos 10 anos, variando de 37,2 em 2003 a 19,7 em 2007. O CGD em 2010 foi de 21,5 casos/100 mil habitantes e para os menores de 15 anos de 7,2 casos/100 mil habitantes, considerados de elevada magnitude. As me-didas de vigilância são voltadas ao aumento do percentual de exame de contatos que em 2010 foi precário, com 44,8%.
O principal indicador de avaliação da qualidade da atenção é o percen-tual de cura dos casos diagnosticados, com resultado também precário de 69,5% em 2010.
Figura 1 Coeficiente geral de detecção de hanseníase por municípios. Amapá – 2010
Sem casos 0,00
Baixo 0,00 --| 1,99
Médio 1,99 --| 9,99
Alto 9,99 --| 19,99
Muito Alto 19,99 --| 39,99
Hiperendêmico > 39,99
Fonte: SVS/MS
Figura 2 Série histórica do coeficiente geral de detecção de hanseníase do estado do Amapá, região Norte e Brasil, 2001 a 2010
Amapá
Norte
Brasil
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
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2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
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Fonte: SVS/MS – Dados disponíveis em 05/05/2011
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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS • Relatório de Situação Amapá
Doenças Negligenciadas (Esquistossomose, Tracoma, Oncocercose e Filariose)
Tracoma
O último inquérito nacional de prevalência de tracoma em escolares, re-alizado no estado do Amapá, no ano de 2006 revelou uma prevalência de tracoma de 5,9%, com variações municipais entre zero e 8,7%.
Nesse inquérito, foram encontradas prevalências acima de 5% e abaixo de 10% nos municípios de Calçoene, Cutias, Ferreira Gomes, Itaubal, La-ranjal do Jari, Oiapoque, Porto Grande e Santana.
A presença de alta e média prevalência em municípios do estado refor-çam a necessidade de implementação e fortalecimento das ações de vigi-lância epidemiológica e controle de tracoma com o objetivo de eliminar a doença como causa de cegueira. Tais ações visam o alcance das metas de prevalência de tracoma ativo menor que 5% e prevalência de triquíase tracomatosa menor que um por 1.000 habitantes em todos os territórios e comunidades dos municípios do estado.
Figura 1 Prevalência de tracoma por município – Inquérito nacional de prevalência. Brasil-Amapá 2006
Não realizado
0 Casos
>0 >5%
5 a < 10%
≥ 10%
Fonte: SVS/MS
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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS • Relatório de Situação Amapá
Malária
No estado do Amapá, foram notificados 12.431 casos de malária autóctones em 2010, correspondendo a 3,8% dos casos notificados no país no ano de 2010. Quando comparados os anos de 2009 e 2010, observa-se uma re-dução de 2% dos casos registrados no estado.
Os municípios de Oiapoque e Porto Grande (dentre os 16 existentes no estado) fazem par-te da lista de municípios que contribuem com 80% das notificações por malária no país no ano de 2010. Esses dois municípios apresenta-ram 13,4% e 5,8% de aumento no número de casos quando comparados os anos de 2009 e 2010, respectivamente. Esses dois municípios também, além deles outros quatro municípios (Calçoene, Mazagão, Pedra Branca do Amapa-rí e Serra do Navio) apresentaram, em 2010, IPA ≥50/mil habitantes que representa alto ris-co de contrair malária.
Com relação às espécies parasitárias mais pre-valentes no estado, observa-se que 82,2% das infecções por malária foram causadas pelo P. vivax, aproximadamente 16% por P. falcipa-rum, forma mais grave da doença, seguido de 1% por malária mista e 0,8% por P. malariae. Observa-se também um aumento de 27,6% de malária por P. falciparum entre os anos de 2009 e 2010 no estado. No entanto, isso não se refle-tiu nos registros de internação, onde se perce-be uma redução de 24,5%. Cabe ressaltar que o município de Oiapoque apresentou aumen-to dos casos de malária por P. falciparum de 151,4% e Porto Grande uma redução de 16,8%.
Figura 1 Distribuição do IPA segundo município, Amapá, 2010
Sem Informação
IPA < 50
IPA ≥ 50
Tabela 1 Distribuição de casos autóctones, proporção de malária por P. falciparum e internações por malária. Amapá, 2009 e 2010
Municípios*Total de casos
% de variação de casos
Casos de falciparum% de variação
de falcip.
% falciparum Internação** Variação de Internação
%2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010
Oiapoque 3.637 4.124 13,4 473 1.189 151,4 13,0 28,8 44 42 -4,5
Porto Grande 2.035 2.153 5,8 358 298 -16,8 17,6 13,8 13 18 38,5
Total 5.672 6.277 10,7 831 1.487 78,9 14,7 23,7 57 60 5,3
Amapá 12.690 12.431 -2,0 1.553 1.981 27,6 12,2 15,9 237 179 -24,5
Amazônia Legal 301.604 325.306 7,9 45.161 44.655 -1,1 15,0 13,7 4.427 5.069 14,5
* Municípios que contribuíram com 80% dos casos de malária na região Amazônica em 2010. Dados por local provável de infecção** Internações por local de residênciaFonte: SIVEP-Malária e SIH/DATASUS
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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS • Relatório de Situação Amapá
DST/Aids
Desde 1988, ano do primeiro caso de aids notificado no Amapá, até ju-nho de 2010, o estado notificou 783 casos no SINAN. Por meio de meto-dologia de relacionamento de bases de dados, com os sistemas SIM, SIS-CEL/SICLOM, foram identificados 196 casos não notificados no SINAN, representando sub-registro de 20%, elevando o número total de casos no período para 979.
Em 2009, a taxa de incidência do estado foi de 20,6/100.000 habitantes, a da região Norte, 20,1 e a do Brasil, 20,1.
Figura 1 Taxa de incidência (por 100.000 habitantes) de casos de aids notificados no SINAN, declarados no SIM e registrados no SISCEL/SICLOM (1), segundo ano de diagnóstico e local de residência. Brasil, região Norte e Amapá, 1997 a 2009 (2)
0.0
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Brasil Norte AmapáFonte: MS/SVS/D-DST/Aids/HVNota: (1) SICLOM utilizado para validação dos dados do SISCEL (2) SINAN e SISCEL até 30/06/2010 e SIM de 2000 a 2009População: MS/SE/DATASUS em <www.datasus.gov.br no menu Informações em saúde > Demográfica e socioeconômicas, acessado em 17/02/2011
A razão de sexos em 1991 era de quatro homens para cada mulher e em 2009 é de 1,4 homem para cada mulher, seguindo a tendência nacional.
De 1997 a junho de 2010, foram identificados 24 casos de aids em meno-res de cinco anos.
Figura 2 Taxa de incidência (por 100.000 habitantes) de casos de aids em menores de 5 anos de idade notificados no SINAN, declarados no SIM e registrados no SISCEL/SICLOM (1), segundo ano de diagnóstico e local de residência. Brasil, região Norte e Amapá, 1997 a 2009 (2)
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Ano de diagnóstico
Taxa
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iaBrasil Norte Amapá
Fonte: MS/SVS/D-DST/Aids/HVNota: (1) SICLOM utilizado para validação dos dados do SISCEL (2) SINAN e SISCEL até 30/06/2010 e SIM de 2000 a 2009População: MS/SE/DATASUS em <www.datasus.gov.br no menu Informações em saúde > Demográfica e socioeconômicas, acessado em 17/02/2011
Os cinco municípios do Amapá que apresentaram o maior número de casos de aids acumulados até junho de 2010 foram: Macapá (829), San-tana (65), Oiapoque (41), Laranjal do Jari (13) e Calçoene (8). Dentre esses municípios, a maior incidência em 2009 foi observada em Macapá (30,8/100.000habitantes).
DST/Aids
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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS • Relatório de Situação Amapá
Em relação à gestante HIV+, foram notificados 160 casos no Amapá en-tre os anos de 2000 e junho de 2010 e 18 casos de aids por transmissão vertical até junho de 2010.
Quanto à mortalidade por aids, o estado acumulou, até 2009, um total de 161 óbitos. O coeficiente de mortalidade por aids no Amapá foi de 0,5/100.000 habitantes em 2009.
Figura 3 Coeficiente de mortalidade bruto por aids (por 100.000 hab.) segundo e local do óbito. Brasil, região Norte e Amapá, 1997 a 2009
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Ano do óbito
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Brasil Norte AmapáFonte: MS/ SVS/ DASIS/ Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIMPopulação: MS/ SVS/ DATASUS, em <www.datasus.gov.br/informações de saúde/demográficas e socioeconômicas>, acessado em 17/02/2011
Em relação à sífilis congênita, o Amapá notificou entre os anos de 2000 e junho de 2010 um total de 729 casos, apresentando em 2007 e 2008 taxa de incidência (por 1.000 nascidos vivos) de 6,7 e 5,2, respectivamente. Entre os anos de 1998 e 2009 foram registrados 15 óbitos por sífilis con-gênita no estado.
Figura 4 Taxa de incidência (por 1.000 nascidos vivos) de casos notificados e investigados de sífilis congênita em menores de 01 ano de idade segundo ano de diagnóstico. Brasil, região Norte e Amapá, 2000 a 2009
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Brasil Norte Amapá Fonte: MS/SVS/D-DST/Aids/HVPopulação: MS/ SVS/ DATASUS, em <www.datasus.gov.br/informações de saúde/demográficas e socioeconômicas>, acessado em 17/02/2011
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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS • Relatório de Situação Amapá
Hepatites virais
Foram confirmados no Amapá, entre 1999 e 2010, 2.900 casos de hepatite A, sendo 224 no último ano. A taxa de incidência em 2009 foi de 27,0 casos por 100 mil habitantes enquanto que para a região Norte e o Brasil essa taxa foi de 16,5 e 5,6, respectivamente.
Figura 1 Taxa de incidência de hepatite A por 100 mil habitantes, Amapá, região Norte e Brasil, 1999 a 2010
0
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1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010Ano de notificação
Brasil Região Norte AmapáFontes: Casos de hepatites virais: SINAN/SVS/MS; população: estimativas popula-cionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) segundo os Censos (1980, 1991 e 2000), contagem da população (1996) e projeções intercensitárias (1981 a 2009)Notas: (1) Casos de hepatite A confirmados segundo critérios laboratorial (Anti-HAV IgM reagente) ou clínico epidemiológico; (2) casos notificados no SINAN até 31 de dezembro de 2010; (3) dados preliminares para 2010Execução: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais
Os casos confirmados de hepatite B no referi-do estado totalizaram 333 no período de 1999 a 2010. A taxa de detecção de casos em 2009 foi de 3,4 por 100 mil habitantes. Ainda nesse ano, a região Norte registrou uma taxa de 12,6 e o Brasil de 7,6 casos para cada 100 mil habi-tantes.
Figura 2 Taxa de detecção de hepatite B por 100 mil habitantes, Amapá, região Norte e Brasil, 1999 a 2010
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Ano de notificação
Brasil Região Norte AmapáFontes: Casos de hepatites virais: SINAN/SVS/MS; população: estimativas popula-cionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) segundo os Censos (1980, 1991 e 2000), contagem da população (1996) e projeções intercensitárias (1981 a 2009) Notas: (1) Foram considerados casos confirmados aqueles que apresentaram pelo menos um dos seguintes marcadores sorológicos reagentes: HBsAg ou anti-HBc IgM ou HBeAg; (2) casos notificados no SINAN até 31 de dezembro de 2010; (3) dados preliminares para 2010Execução: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais
Em relação à hepatite C, 149 casos foram con-firmados no Amapá na série histórica dos anos de 1999 a 2010, sendo 13 nesse último ano. A taxa de detecção no Brasil, em 2009, foi de 5,3 casos por 100 mil habitantes, para a região Norte foi de 1,8 e para o Amapá, 5,4.
Figura 3 Taxa de detecção de hepatite C por 100 mil habitantes, Amapá, região Norte e Brasil, 1999 a 2010
0
1
2
3
4
5
6
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010Ano de notificação
Brasil Região Norte AmapáFontes: Casos de hepatites virais: SINAN/SVS/MS; população: estimativas popula-cionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) segundo os Censos (1980, 1991 e 2000), contagem da população (1996) e projeções intercensitárias (1981 a 2009)Notas: (1) Foram considerados casos confirmados aqueles que apresentaram os testes anti-HCV e HCV-RNA reagentes; (2) casos notificados no SINAN até 31 de dezembro de 2010; (3) dados preliminares para 2010Execução: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais
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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS • Relatório de Situação Amapá
Doenças Imunopreveníveis
Influenza
Considerando os dados registrados no Sistema de Informação da Vigi-lância de Influenza (SIVEP_GRIPE), em 2010, o estado do Amapá não possuía nenhuma unidade sentinela de síndrome gripal para vigilância de vírus respiratórios.
Nos dados registrados no SINAN on line Influenza de síndrome respira-tória aguda grave (SRAG), o estado do Amapá notificou em 2009 e 2010, 66 casos, sendo 17 casos confirmados para influenza pandêmica H1N1 2009 (Figura 1).
Figura 1 Casos de SRAG e casos confirmados de influenza pandêmica H1N1 2009. Amapá, 2009 e 2010
0
1
2
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16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 5052 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50522009 2010
Casos
Confirmados
N= 66
Núm
ero
de N
otifi
caçõ
es
Semana Epidemiológica de Início de Sintomas
Meningites
No estado do Amapá foram confirmados 41 casos de meningite bacteria-na entre 2005 e 2010, destes, foram confirmados por diagnóstico labora-torial específico, que permite a identificação do agente etiológico, 74%. Nos últimos anos, o estado vem mantendo o indicador alcançando 76,5% em 2010, exceto em 2006 (33,3%) que se observa a redução do percentual de diagnóstico em relação aos anos anteriores.
Figura 2 Percentual de casos de meningite bacteriana encerrados por diagnóstico laboratorial específico. Amapá, 2005 a 2010
2005 2006 2007 2008 2009 2010
Casos MB 4 6 4 6 4 17 % Crit Lab 75,0 33,3 75,0 83,3 100,0 76,5
0
20
40
60
80
100
120
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2
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14
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%
Nº C
asos
Ano Fonte:SINAN/SVS/MS
Doenças Imunopreveníveis
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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS • Relatório de Situação Amapá
Paralisia Flácida Aguda (PFA)
Os indicadores que avaliam o desempenho operacional da qualidade da vigilância de PFA são: 1) Taxa de notificação: meta mínima esperada de um caso por 100.000 habitantes menores de quinze anos residente; 2) Investigação em até 48 horas após a notificação do caso; 3) Coleta de uma amostra de fezes, até o 14º dia do início do déficit motor e 4) Notificação negativa/positiva semanal de casos de PFA. Exceto a taxa de notificação para os demais indicadores a meta mínima esperada é de 80%.
Os resultados dos indicadores apresentados nas figuras a seguir sugerem que:
� A taxa de notificação do Amapá apresentou resultados satisfatórios. � Quanto ao indicador coleta oportuna de fezes, o estado não apresenta
bons resultados, melhorando somente em 2009, voltando a cair em 2010.
Recomenda-se empenho da vigilância na manutenção do cumprimento desses indicadores e na qualidade das amostras coletadas, uma vigilância ativa e sensível possibilita a adoção de estratégias e medidas de controle. Uma vigilância frágil põe em risco todo o esforço para manter a pólio erradicada no Brasil.
Figura 3 Taxa de Notificação de Paralisia Flácida Aguda, Amapá, região Norte e Brasil, 2003 a 2010
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Brasil Norte AP Meta
Figura 4 Proporção (%) dos casos de PFA com amostras de fezes coletadas até o 14º dia do início do déficit motor, Amapá, região Norte e Brasil, 2003 a 2010
0
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40
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2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Brasil Norte AP Meta
Doenças Imunopreveníveis
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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS • Relatório de Situação Amapá
Sarampo
Durante os anos de 2009 e 2010 não foram confirmados casos de saram-po no estado do Amapá. A meta estabelecida para os indicadores epide-miológicos do sarampo foi atingida nos dois anos apenas para encerra-mento laboratorial e coleta oportuna. A notificação negativa apresentou--se abaixo do esperado para o período, necessitando de melhoria nesse indicador. A homogeneidade vacinal também esteve nos dois anos abai-xo de 95%. A precariedade dos indicadores de qualidade da vigilância epidemiológica pode comprometer a eliminação do sarampo no estado e a certificação da mesma ao país. Foram notificados no período 562 casos.
Tabela 1 Desempenho dos indicadores de vigilância epidemiológica do sarampo. Amapá, 2009 e 2010
Indicadores 2009 2010
Encerramento laboratorial 100,0 100,0
Encerramento em 30 dias 63,2 0,0
Encerramento em 60 dias 94,7 0,0
Homogeneidade 87,5 68,7
Notificação negativa 48,6 52,0
Investigação oportuna 100,0 0,0
Investigação adequada 89,5 0,0
Coleta oportuna 88,9 100,0
Fonte: SVS/MS
Rubéola
No período de 2009 a 2010, foram notificados 561 casos suspeitos de rubéola no Amapá. Nenhum dos casos foi confirmado.
Tabela 2 Número de casos notificados de rubéola. Amapá, 2009 e 2010
Local 2009 2010
Região Norte 574 550
Amapá 297 264
Fonte: URI/CGDT/DEVEP/SVS/MS
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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS • Relatório de Situação Amapá
Doenças de transmissão hídrica e alimentar
Doenças Diarreicas Agudas (DDA)
No período de 2007 a 2010, foram notificados 97.222 casos de DDA no Amapá. A estimativa de incidência na população nesse período variou de 32,5 a 45,5/1.000 habitantes. O ano de 2008 obteve as maiores estimativas de incidência, tanto na população em geral, quanto na faixa etária de me-nores de 1 ano e de 1 a 4 anos, com 233,4/1.000 habitantes e 172,5/1.000 habitantes, respectivamente.
Ano Número de casos de DDAEstimativa de Incidência/1.000
habitantes
2007 22.001 34,6
2008 27.872 45,5
2009 25.564 40,8
2010 21.785 32,5
Fonte: SIVEP/MDDA – Secretaria Estadual de Saúde do Amapá
Rotavírus
No ano de 2010, foram notificados 38 casos suspeitos de rotavírus no Amapá. Destes, 52,6% (20) tiveram amostras coletadas e 18,4% (7) foram confirmados. A positividade de rotavírus no Amapá foi 27,1%, enquanto a positividade do Brasil no mesmo período foi 39,6%.
Tabela 1 Número de casos suspeitos, amostras coletadas, casos confirmados e positividade de Rotavírus, Amapá e Brasil, 2010
UFNúmero de casos suspeitos
Número de amostras coletadas
Número de casos
confirmadosPositividade (%)
Amapá 38 20 7 27,1
Brasil 3.418 2.890 1.217 39,6
Fonte: SINAN
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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS • Relatório de Situação Amapá
Programa Nacional de Imunizações
Coberturas vacinais e homogeneidade de coberturas de vacinas do calendário da criança
As coberturas vacinais (CV) de rotina em <1 ano de idade no Amapá em 2010 flutuaram em relação à meta estabelecida para cada vacina. Su-peraram 100% somente para a BCG (115,69%), ficando abaixo da meta para as demais vaci-nas: 90,75% para a poliomielite, 93,43% para a DTP+Hib, 90,14% na hepatite B e 73,53% para a vacina oral de rotavírus humano. Do total de municípios, 11 (68,75%) atingiram CV 95% ≥ (homogeneidade) para a vacina DTP+Hib, fican-do abaixo da meta (70%) pactuada intergestores do SUS. Em relação às CV da vacina tríplice viral em um ano de idade, entre 2006 e 2010, a meta foi atingida entre 2007 e 2009, oscilando de 92,10% em 2010 a 97,41% em 2008 e a homogeneidade entre 68,75% (2009) e 87,50% (2006 e 2010).
Figura 1 Coberturas vacinais, por tipo de vacina em menores de um ano de idade, Amapá, 2010
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
BCG Hep B Poliomielite Tetra (DTP+Hib)
Rotavírus
Fonte: SIAPI/CGPNI Denominador SINASC 2009 preliminar
Campanhas de vacinação contra poliomielite em < 5 anos de idade
O desempenho nas campanhas de vacinação com a vacina poliomielite é demonstrado nos índices alcançados no período de 2006 a 2010. As CV ficaram acima da meta de 95% em 2007 (1ª. etapa) e a partir de 2009 nas duas etapas. Flutuaram entre 72,73% em 2008 (2ª etapa) e 110,45% em 2010 (1ª etapa).
Tabela 1 Coberturas vacinais em campanhas de vacinação nacional com a vacina poliomielite, por etapa, em < de 5 anos, Amapá, Brasil, 2006 a 2010
AP 2006 2007 2008 2009 2010
1ª etapa 94,70 95,41 93,13 103,15 110,45
2ª etapa 95,41 93,44 72,73 106,31 103,19
Coberturas vacinais da vacina hepatite B na população de 1 a 29 anos de idade
As CV da vacina hepatite B acumuladas no perí-odo de 1994 a 2011 (até abril) atingiram 74,55% da população de 1 a 29 anos de idade, decres-cendo inversamente com a faixa etária. No gru-po etário de 1 a 19 anos ficou em 91,17%, de-crescendo para 39,53% no grupo de 20 a 24 anos e para 31,63% no grupo de 25 a 29 anos.
Coberturas vacinais da vacina influenza (gripe)
A vacinação em idosos com a vacina influenza demonstrou boa adesão da população-alvo su-perando em todos os anos a meta. No período de 2006 a 2010 houve variação de 86,82% em 2010 a 105,49% em 2009 superando a média nacional no período. Em 2011, dados sobre va-cinação dos grupos prioritários apontam CV de 88,81%. Ficou abaixo da meta somente para as gestantes (53,20%).
Figura 2 Coberturas vacinais com a vacina influenza sazonal, Amapá e Brasil, 2006 a 2010
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
2006 2007 2008 2009 2010
AP BR
Fonte: SIAPI/CGPNI
Eventos Adversos Pós-Vacinação
Embora as vacinas estejam entre os produtos bio-lógicos mais seguros e eficazes, ainda que raros, os eventos pós-vacinais são esperados e devem ser notificados no Sistema de Informação de Eventos Adversos Pós-Vacinação (SIEAPV) para o aprimoramento da qualidade desses produtos. Em 2010, do total de municípios, 1 (6,25%) no-tificaram algum tipo de evento pós-vacinação ficando abaixo da média nacional que foi 26,11%.
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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS • Relatório de Situação Amapá
Zoonoses
Leishmaniose
O estado do Amapá, no ano de 2009, registrou 513 casos de leishmaniose tegumentar americana e um coeficiente de detecção de 81,9 casos por 100.000 habitantes. Os municípios de Laranjal do Jari, Oiapoque e Cal-çoene representaram 65,1% do total de casos registrados no ano. Do total de casos, 94,9% ocorreram em maiores de 10 anos e 84% eram do sexo masculino. Evoluíram para cura clínica 49,1% e 93,2% foram confirma-dos laboratorialmente. Dos casos notificados, 17,5% são importados de outros países, sendo que, destes, aproximadamente 96,7% são da Guiana Francesa.
Figura 1 Casos de Leishmaniose Tegumentar Americana por faixa etária segundo forma clínica – Amapá, 2009
< 10 anos 10-14 15-19 20-34 35-49 50-64 65-79 80 e+
Mucosa 2 0 0 0 3 0 0 0
Cutânea 24 21 69 219 135 31 9 0
0
50
100
150
200
250
Caso
s
Faixa Etária Fonte: SINAN/SVS/MS
Acidentes por animais peçonhentos
No estado do Amapá, período de 2007 a 2010*, houve uma redução de 18,2% nas notificações de acidentes causados por animais peçonhentos no SINAN, porém, em relação a 2009, houve um aumento de 3,2% (Fi-gura 2). Em 2010* foram registrados 350 casos, o que corresponde a 3,2% dos casos registrados na região Norte e 0,4% no país. Nenhum óbito foi registrado. O ofidismo foi o acidente predominante, com incidência de 36,5 casos/100.000 hab., seguido pelo escorpionismo (14,4 casos/100.000 hab.), araneísmo (0,6 caso/100.000 hab.), acidente por lagarta (0,4 caso/100.000 hab.) e acidente por abelha (0,0 caso/100.000 hab.).
Figura 2 Número de casos e óbitos causados por acidentes por animais peçonhentos. Amapá, 2007 a 2010*
0
0
0
0
0
1
1
1
1
1
1
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300
350
400
450
500
2007 2008 2009 2010*
Casos Óbitos
Nº de óbitosN
º de
cas
os
* Dados sujeitos a alteraçõesFonte: SINAN/SVS/MS – Dados atualizados até 22/06/2011
Dentre os 350 casos ocorridos em 2010*, 47,7% ocorreram em Macapá, o município com maior registro, seguido por Porto Grande (12,3%), Pedra Branca do Amapari (7,4%), Cutias (7,1%) e Tartarugalzinho (6,0%).
Zoonoses
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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS • Relatório de Situação Amapá
Leptospirose
No ano de 2010, foram notificados 219 casos, sendo 63 confirmados da doença (28,7%) sem óbito (Figura 3). O coeficiente de incidência da do-ença foi de 9,4/100.000 hab, bastante superior ao da região, que foi de 1,6/100.000 hab e ao do país, 1,9/100.000 hab. Oito municípios notifi-caram casos da doença (50.0%), sendo os de maior frequência de casos confirmados, Macapá (40/63), Santana (19/63) e Pedra Branca do Ama-pari (3/63).
A vigilância da doença deve ser intensificada, principalmente nos me-ses de índices pluviométricos elevados, sendo importante incentivar os serviços para ações de vigilância integrada voltados à suspeita clínica, diagnóstico diferencial com outras doenças de sintomas comuns típicas da região e tratamento de casos, notificação, investigação dos mesmos e análise periódica dos dados, para um adequado direcionamento e priori-zação de ações de controle da doença.
Figura 3 Casos e letalidade anual da Leptospirose. Amapá, 2008 a 2010*
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
0
10
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40
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60
70
80
90
100
2008 2009 2010
(%) n
ano Casos Letalidade
Fonte: SINAN/SVS/MS* Dados sujeitos a alterações
Unidade de Vigilância em Zoonoses
Com base no levantamento atual do Ministério da Saúde, o estado do Amapá ainda não possui Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), mas está sendo construído um CCZ na capital Macapá, que atenderá 59,47% da população do estado (o estado possui 16 municípios) e terá suas ações voltadas para o controle de algumas zoonoses e para o controle de popu-lação animal, principalmente cães e gatos.
Raiva
No período de 2007 a 2010, não houve registros de casos de raiva hu-mana ou do ciclo urbano (cães e gatos). Em 2008 foram identificados 04 morcegos não hematófagos positivos e em 2009 dois casos em bovinos.
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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS • Relatório de Situação Amapá
Rede CIEVS
Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (CIEVS)
O CIEVS é uma ferramenta fundamental para a detecção, monitoramento e enfrentamento de emergências de saúde pública de importância nacional e internacional, ampliando a capacida-de de vigilância e resposta já existente no SUS.
Rede de Alerta e Resposta às Emergências de Saúde Pública
Para fortalecer a capacidade de vigilância e resposta as emergências de saúde publica em todo o território nacional, existe a Rede CIE-VS (Rede de Informações Estratégicas e Res-postas em Vigilância em Saúde), composta por centros de monitoramento das emergências de saúde publica situados nas Secretarias de Saú-de das 27 Unidades Federadas e das 26 capitais.
No período de março de 2006 a dezembro de 2010, foram notificados ao CIEVS/nacional 745 (100%) eventos. A região Norte notificou 16% (117), Nordeste 22% (163), Centro-Oeste 19% (141), Sudeste 29% (220), Sul 14% (104). Dentre os estados que compõem a região Nor-te, o estado do Amapá foi responsável por 2% (13) das notificações referente ao Brasil e 11% (13) referente à região Norte.
Para o recebimento dessas notificações, o CIEVS/Nacional disponibiliza aos profissionais de saúde, 24 horas por dia 7 dias na semana, os meios de re-cepção (notificação) e processamento de dados: telefone com chamada gratuita (0800 644 66 45),
e-notifica ([email protected]) e FormSUS (http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=432). O meio mais utilizado pelo estado do Amapá para notificação de even-tos ao CIEVS/Nacional foi o e-notifica (92%).
Figura 1 Distribuição dos eventos notificados pelo estado do Amapá ao CIEVS/Nacional por grupo de notificação. Brasil, 2006 a 2010
0 7 14 21 28 35
Desastres Naturais ou Antropogênicos
Doenças de Transmissão Hídrica/Alimentar
Doenças de Transmissão Respiratória
Doenças Transmitidas por Vetores
Epizootias
Evento Adverso: Produtos e Serviços
Evento Incomum/Inesperado
Zoonoses
(%)
Amapá
Norte
Tabela 1 Distribuição dos eventos notificados pelo estado do Amapá ao CIEVS/Nacional por grupo e meio de notificação. Brasil, 2006 a 2010
Grupo de eventose-notifica Disque notifica FormSUS Total
n (%) n (%) n (%) N (%)
Desastres Naturais ou Antropogênicos 0 (0.0) 0 (0.0) 0 (0.0) 0 (0.0)
Doenças de Transmissão Hídrica/Alimentar 4 (33.3) 0 (0.0) 1 (100.0) 5 (38.5)
Doenças de Transmissão Respiratória 3 (25.0) 0 (0.0) 0 (0.0) 3 (23.1)
Doenças Transmitidas por Vetores 5 (41.7) 0 (0.0) 0 (0.0) 5 (38.5)
Epizootias 0 (0.0) 0 (0.0) 0 (0.0) 0 (0.0)
Evento Adverso: Produtos e Serviços 0 (0.0) 0 (0.0) 0 (0.0) 0 (0.0)
Evento Incomum/Inesperado 0 (0.0) 0 (0.0) 0 (0.0) 0 (0.0)
Zoonoses 0 (0.0) 0 (0.0) 0 (0.0) 0 (0.0)
Total 12 (100.0) 0 (0.0) 1 (100.0) 13 (100.0)
20
Secretaria de Vigilância em Saúde/MS • Relatório de Situação Amapá
Vigilância Epidemiológica Hospitalar (VEH)
A Rede de Referência Nacional (RRN) para a vigilância epidemiológica em âmbito hospita-lar é constituída por 190 hospitais, seleciona-dos de acordo com o perfil assistencial do hos-pital e assim distribuídos: 10% na região Nor-te; 27,4% na região Nordeste; 7,8% na região Centro-Oeste; 14,2% na região Sul e 40,5% na região Sudeste. Esses hospitais também são divididos em nível I (51%), II (28,4%) e III (20,5%), de acordo com o número de leitos.
Em relação ao nível de gestão, 102 (53,7%) são estaduais, 28 (14,7%) são federais e 60 (31,5%) são municipais. De acordo com os resultados da última pesquisa de Assistência Médico-Sa-nitária (IBGE, 2010), essa Rede representava, em 2009, 14,6% do total dos leitos disponíveis no SUS, variando de 12,7% na região Norte a 15,7% na região Sudeste (Tabela 1).
Tabela 1 Número e % de leitos existentes na RRN e % em relação ao total de leitos SUS – Brasil e Regiões, 2009
Região RRN Total SUS % RRNNorte 3.013 23.754 12,7Nordeste 12.955 91.157 14,2Centro-Oeste 3.377 23.413 14,4Sudeste 19.686 125.289 15,7Sul 7.049 51.357 13,7Total 46.080 314.970 14,6
Fonte: CINES/DATASUS e AMS-2009/IBGE
A cobertura estimada dessa RRN em 2010, con-siderando-se as principais doenças e agravos notificados no conjunto da rede de notificação do país, é apresentada na Tabela 2. As menin-
gites, a leishmaniose visceral, a sífilis congênita, as gestantes HIV positivas e as violências foram as principais doenças e agravos captados nessa Rede, variando de 20 a 37%. Observe-se que, mesmo contando com uma baixa proporção de leitos SUS, essa Rede responde por um volume considerável de notificações para as doenças e agravos selecionados. Chama-se a atenção, con-tudo, para os possíveis vieses de informação presentes nessa análise da base nacional do SI-NAN, na medida em que os dados de notifica-ção da RRN são influenciados pelas estratégias de correção de duplicidades adotadas nas secre-tarias municipais de saúde, que ora mantêm na base a notificação primária, ora consideram a digitação da ficha mais completa.
Em 2010, a SVS iniciou, junto aos estados, um processo de discussão dos resultados e da ade-quação dessa estratégia de vigilância aos seus objetivos, enfatizando-se a necessidade da sua articulação ao processo de detecção e contro-le precoces de emergências em saúde pública. As visitas técnicas realizadas até o momento na maioria dos estados da Federação apon-tam para a necessidade de aprimoramento das ações da VEH, em particular a superação da fragmentação do seu processo de trabalho e o desenvolvimento de estratégias de articulação efetiva com as demais atividades de vigilância intra-hospitalar, bem como o aprimoramento da sua inserção no Subsistema de Vigilância Epidemiológica/SNVS e no sistema de organi-zação da atenção à saúde.
Em 2011, essa iniciativa tomou novo impulso com a inclusão de duas metas na Agenda Estra-tégica da SVS referentes à expansão da RRN a partir de 2012 e da elaboração, no presente ano, de um Plano de Fortalecimento da VE hospita-lar, em articulação com a SAS e com a ANVISA. Dentre as perspectivas para o fortalecimento da VEH, cujos resultados poderão ser medidos a partir de 2012, destaca-se o desenvolvimento de mecanismos de monitoramento e avaliação da RRN e o aprimoramento do processo de capa-citação da força de trabalho que atua nessa área.
Tabela 2 Cobertura de Notificação da Rede de Referência Nacional para a VE Hospitalar em 2010
Doenças / AgravosNº notifi-cações na
RRN
Nº total de notifi-
cações
Cobertura de notifica-ção na RRN
Dengue 63.400 1.373.712 4,62
Atendimento Antirrábico 19.915 512.103 3,89
Acidente por animais peçonhentos
18.612 123.037 15,13
Hepatites Virais 15.604 92.458 16,88
Violência doméstica, sexual e/ou outras violências
13.914 67.309 20,67
Tuberculose 12.357 89.194 13,85
Aids 11.468 40.047 28,64
Meningite 11.459 30.790 37,22
Intoxicações Exógenas 10.285 45.137 22,79
Leptospirose 3.792 16.591 22,86
Leishmaniose Visceral 2.622 8.456 31,01
Sífilis Congênita 1.510 7.228 20,89
Hanseníase 1.351 42.247 3,20
Gestantes HIV + 1.248 6.253 19,96
Leishmaniose Tegumentar Americana
1.139 23.624 4,82
Fonte: DEVEP/SVS/MS
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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS • Relatório de Situação Amapá
Promoção da Saúde
Promoção da Saúde e Vigilância de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não-Transmissíveis
Prevalência de atividade no lazer entre adultos
No Brasil, a frequência de adultos que praticam atividade física no lazer (prática de atividades de intensidade leve ou moderada por pelo me-nos 30 minutos diários em 5 ou mais dias da semana ou atividades de intensidade vigorosa por pelo menos 20 minutos diários em 3 ou mais dias da semana) foi 14,9% em 2010. Em Macapá, a frequência de adultos ativos no lazer foi superior à do Brasil em 2010 (18,1%).
Figura 1 Percentual de adultos que praticam atividade física no lazer, segundo sexo. Macapá-AP, VIGITEL 2006 a 2010
18,2 17,4 19,7 19,5
18,1
25,7
21,7
28,0
23,9 26,3
11,2 13,3
11,8
15,5
10,4
0
5
10
15
20
25
30
2006 2007 2008 2009 2010
%
Total Masculino Feminino
Prevalência de tabagismo em adultos
O tabagismo aumenta o risco de morbimorta-lidade por doenças coronarianas, hipertensão arterial, acidente vascular encefálico, bronqui-te, enfisema e câncer. Considerou-se fumante todo indivíduo que fuma, independentemente da frequência e intensidade do hábito de fumar. No Brasil, a prevalência em 2010 foi 15,1%. Em Macapá, a frequência do hábito de fumar foi inferior à do Brasil (12,2%).
Figura 2 Percentual de adultos fumantes, segundo sexo. Macapá-AP, VIGITEL 2006 a 2010
Total Masculino Feminino
19,0 17,5
16,0 17,8
12,2
29,3
24,8 24,8
28,1
17,7
9,4 10,6 7,7 8,1 6,9
0
5
10
15
20
25
30
35
2006 2007 2008 2009 2010
%
Prevalência de excesso de peso em adultos
O excesso de peso aumenta o risco de doen-ças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio, doenças cérebro-vasculares, hiper-tensão arterial, cânceres e diabetes. Foi consi-derado com excesso de peso o indivíduo com Índice de Massa Corporal (IMC) ≥30kg/m2. No Brasil, a prevalência de adultos com exces-so de peso foi 48,1% em 2010. Em Macapá, a frequência de excesso de peso foi superior à do Brasil (48,7%).
Figura 3 Percentual de adultos com excesso de peso (IMC 30kg/m2), segundo sexo. Macapá-AP, VIGITEL 2006 a 2010
Total Masculino Feminino
41,5 42,2
47,7 43,5
48,7 47,1 49,8 51,8
46,0
53,5
34,8 33,5
43,5 40,7
43,5
0
10
20
30
40
50
60
2006 2007 2008 2009 2010
%
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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS • Relatório de Situação Amapá
Doenças e Agravos Não-Transmissíveis
As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil. A taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares no Brasil apresentou tendência de declínio no período de 1996 a 2009. No Amapá, a tendência de declínio foi mais acentuada que a apresentada pelo Brasil, sendo os valores apresentados pelo Amapá inferiores aos encontrados na região Norte a partir de 2003.
Figura 1 Taxa de mortalidade padronizada por doenças cardiovasculares no Amapá, na região Norte e no Brasil, 1996 a 2009*
0
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40
60
80
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120
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1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Brasil Região Norte Amapá * Dados de 2009 preliminares. Taxa padronizada (população censo 2000) por 100 mil habitantesFonte: MS/SVS/SIM
A taxa de mortalidade por diabetes no Brasil apresentou tendência de aumento no período de 1996 a 2009. No Amapá, essa taxa apresentou oscilação no período estudado e foi semelhante à apresentada pelo Brasil e pela região Norte no ano de 2009.
Figura 2 Taxa de mortalidade padronizada por diabetes no Amapá, na região Norte e no Brasil, 1996 a 2009*
0
5
10
15
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25
30
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Taxa
de
mor
talid
ade
padr
oniz
ada
(por
100
mil
hab.
)
Brasil Região Norte Amapá
* Dados de 2009 preliminares. Taxa padronizada (população censo 2000) por 100 mil habitantesFonte: MS/SVS/SIM
Doenças e Agravos Não-Transmissíveis
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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS • Relatório de Situação Amapá
As taxas de mortalidade por neoplasias de mama e de útero no Brasil apresentaram tendência de estabilidade no período de 1996 a 2009. No Amapá, na maior parte do período analisado, as taxas de mortalidade por neoplasia de mama apresentaram valores inferiores à região Norte e ao Brasil. Com relação à mortalidade por neoplasia de colo de útero, o Amapá apresentou tendência irregular no período de 1996 a 2009, sendo esses valores sempre superiores ao Brasil.
Figura 3 Taxa de mortalidade padronizada por neoplasias de mama e colo de útero em mulheres, no Amapá, na região Norte e no Brasil, 1996 a 2009*
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
10
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Taxa
de
mor
talid
ade
padr
oniz
ada
(por
100
mil
hab.
)
Brasil - mama Região Norte - mama Amapá - mama
Brasil - útero Região Norte - útero Amapá - útero
* Dados de 2009 preliminares. Taxa padronizada (população censo 2000) por 100 mil habitantesFonte: MS/SVS/SIM
As taxas de mortalidade por neoplasias de traqueia, brônquios e pulmão no Brasil apresentaram tendência à estabilidade no período analisado, sendo sempre inferiores no sexo feminino. No Amapá, essas taxas apre-sentaram oscilação em ambos os sexos (o que provavelmente seria devi-do à subnotificação dos casos ou baixo número de ocorrências).
Figura 4 Taxa de mortalidade padronizada por neoplasia de traqueia, brônquios e pulmão, segundo sexo, no Amapá, na região Norte e no Brasil, 1996 a 2009*
0
1
2
3
4
5
6
7
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1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Taxa
de
mor
talid
ade
padr
oniz
ada
Masculino - Brasil Masculino - Região Norte Masculino - Amapá
Feminino - Brasil Feminino - Região Norte Feminino - Amapá
* Dados de 2009 preliminares. Taxa padronizada (população censo 2000) por 100 mil habitantesFonte: MS/SVS/SIM
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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS • Relatório de Situação Amapá
Acidentes e Violências
Fratura de fêmur
A taxa de internação por fratura de fêmur em idosos (≥60 anos) no Brasil apresentou ten-dência de estabilidade no período de 2000 a 2010, assim como na região Norte. Amapá, no período de 2002 a 2009, apresentou tendência de aumento. Nos anos de 2007 a 2009, a taxa de internação por fratura de fêmur em idosos no Amapá foi superior a observada na região Norte e no Brasil, voltando a decrescer a partir de 2009.
Figura 1 Taxa de internação por fratura de fêmur em idoso (≥60anos) no Amapá, na região Norte e no Brasil, 2000 a 2010*
0
5
10
15
20
25
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Brasil Região Norte Amapá Fonte: SIH/SVS/MS* Dados de 2010 preliminares. Taxa (população censo 2000) por 10 mil habitantes
Acidentes de Transporte Terrestre
A taxa de mortalidade padronizada por aci-dente de transporte terrestre (ATT) no Amapá apresentou tendência de estabilidade durante o período de 1996 a 2009. Durante o período de 1996 a 2006, a taxa de mortalidade padro-nizada por ATT no Amapá foi superior a taxa encontrada para o Brasil e para a região Norte. Um dos principais responsáveis pelo aumento na taxa de mortalidade por ATT é decorrente das mortes com motociclistas; no Brasil a taxa de mortalidade em motociclistas no período de 1996 a 2009 aumentou em 9,2 vezes.
Figura 2 Taxa de mortalidade padronizada por acidente de transporte terrestre no Amapá, na região Norte e no Brasil, 1996 a 2009*
0
5
10
15
20
25
30
35
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1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Brasil Norte Amapá Fonte: SIM/SVS/MS * Dados de 2009 preliminares. Taxa padronizada (população censo 2000) por 100 mil habitantes
Agressões
A taxa de mortalidade padronizada por agres-sões no Brasil apresentou tendência de estabi-lidade no período de 1996 a 2009. Amapá, no mesmo período, apresentou tendência de ins-tabilidade, sendo esses valores superiores aos observados na região Norte e no Brasil, exceto no ano de 2009.
Figura 3 Taxa de mortalidade padronizada por agressões no Amapá, na região Norte e no Brasil, 1996 a 2009*
0
5
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15
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45
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1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Brasil Norte Amapá
Fonte: SIM/SVS/MS* Dados de 2009 preliminares. Taxa padronizada (população censo 2000) por 100 mil habitantes
Acidentes de trabalho
A notificação dos acidentes de trabalho gra-ves que englobam os acidentes fatais, os com amputações e os com crianças e adolescentes tornou-se compulsória no SINAN em 2004 com a publicação da Portaria MS 777/04, sen-do mantida pela Portaria MS 104/11.
Acidentes e Violências
25
Secretaria de Vigilância em Saúde/MS • Relatório de Situação Amapá
Segundo os dados notificados no SINAN para o ano de 2010, o estado do Amapá possui uma incidência (número de casos divididos pela população economicamente ativa X 100.000) de acidentes com crianças e adolescentes de 9,76, cerca de 10 vezes maior que a região Nor-te que registrou 1,73 e quase 5 vezes maior que a incidência observada no Brasil, que atingiu 2,17/100.000. O estado registrou dois casos fa-tais em trabalhadores durante o ano de 2010 e uma incidência de 0,72, enquanto que a região Norte atingiu 2,30 e o Brasil 1,41. A incidência de acidentes graves foi cerca de 5 vezes maior em comparação com a região com 206,06 ca-sos por 100.000 pessoas em idade de trabalho, enquanto que na região Norte foi de 42,84 e no Brasil de 42,36.
Figura 4 Incidência de acidentes de trabalho em crianças e adolescentes, fatais e graves, Amapá, região Norte e Brasil, 2010
0,00
50,00
100,00
150,00
200,00
250,00
Crianças/Adolescentes Fatais Graves
Inci
dênc
ia
Tipo de acidente
Amapá Região Norte Brasil
Fonte: UT-SINAN/SVS/MS. Database 15/06/2011
Acidentes em geral
A fim de monitorar esses atendimentos, o Mi-nistério da Saúde implantou, em 2006, o Sis-tema de Vigilância de Violências e Acidentes
(VIVA), que possui dois componentes: Vigi-lância Contínua/SINAN (notificação compul-sória de violências) e Sentinela (inquéritos de violências e acidentes em serviços sentinela de urgência e emergência). Os dados a seguir são da Vigilância Sentinela (VIVA Sentinela), que ocorreu em 2009 por meio de inquérito por amostragem em 23 capitais e Distrito Federal.
Figura 5 Atendimentos por acidentes em serviços sentinelas de urgência e emergência no município de Macapá – AP e Brasil*, 2009
0,0 5,0
10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0
Out
ros
Ento
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ente
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tre
Que
da
Macapá Brasil
Fonte: VIVA Inquérito 2009/SVS/MS* Pesquisa realizada em 23 capitais e DF (São Paulo, Cuiabá e Manaus não realiza-ram a pesquisa)
No Brasil, as quedas foram as principais causas de atendimentos de emergência por acidentes (37,1%), seguidas dos acidentes de transportes (26,8%). Macapá-AP apresentou situação seme-lhante à observada no Brasil predominando as quedas (38,2%), seguidas de acidentes de trans-porte terrestre (25,6%), ferimentos por objeto perfurocortante (10,0%), acidentes com animais (6,8%), corpos estranhos (5,7%), choques contra objeto/pessoa (4,2%), quedas de objeto sobre pessoa (4,0%), entorses/torções ( 2,3%); os ou-
tros acidentes foram responsáveis por 3,4% do total de atendimentos por acidentes.
Violências doméstica, sexual e outras violências
Dados da Vigilância Contínua (VIVA Con-tínua/SINAN) de 2010 apontaram que dos 5.565 municípios brasileiros 44,9% estão no-tificando violência doméstica, sexual e outras violências. Na região Norte verificou-se noti-ficação em 16,5% dos municípios, enquanto que no Amapá, com 16 municípios, 10,8% estão notificando.
Os principais tipos de violência notificados (n=289) no Amapá foram: os atendimentos decorrentes de violência física (84,8%), segui-dos dos eventos decorrentes de violência sexu-al (26,5%) e lesão autoprovocada (9,3%).
Figura 6 Proporção de municípios notificantes de violência doméstica, sexual e/ou outras violências, segundo Brasil, região Norte e Amapá, 2010
44,9
16,5 10,8
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
100
Brasil Região Norte AP
%
Fonte: VIVA SINAN/SVS/MS
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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS • Relatório de Situação Amapá
Vigilância em Saúde Ambiental
Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (VIGIAGUA)
A Vigilância da Qualidade da Água para Con-sumo Humano (VIGIAGUA) objetiva garantir a população o direito à água com qualidade, con-forme estabelecido na Norma de Potabilidade da Água. A Figura 1 apresenta o percentual de municípios que realizam ações do VIGIAGUA no Amapá, na região Norte e no Brasil.
Figura 1 Percentual de municípios com ações do VIGIAGUA, Amapá, região Norte e Brasil, 2010
88%
73%
86%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Amapá Norte Brasil
Fonte: SISAGUA 2010
O tratamento da água é uma exigência da le-gislação, por ser reconhecido como uma das ações de promoção da saúde e prevenção dos agravos transmitidos pela água.
Os municípios de Pedra Branca do Amapari e Serra do Navio no Amapá possuem sistemas de abastecimento de água (SAA) sem tratamento (Figura 2), o que equivale a 17% dos Sistemas de Abastecimento de Água (SAA) cadastra-dos no Sistema de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (SISAGUA).
Ações municipais devem se adotadas para a resolução do problema, haja vista a determina-ção da Norma de Potabilidade de água de que toda água para consumo humano deve ser sub-metida a um tratamento com vistas a torná-la potável.
Figura 2 Municípios que possuem pelo menos um SAA sem tratamento, estado do Amapá-2010
Municípios sem informação
Municípios com pelo menos um SAA sem tratamento
Municípios com todos SAA com tratamento
Fonte: SISAGUA/2010
Para avaliar a qualidade da água para consumo humano são utilizados os indicadores turbidez, coliformes totais (CT) e Escherichia coli, dentre outros, que podem indicar a contaminação por micro-organismo patogênicos.
A Tabela 1 mostra que as análises de água, realizadas nas soluções alternativas coleti-vas (SAC) e soluções alternativas individuais (SAI), apresentam maior percentual de E. coli, uma bactéria de origem fecal.
Tabela 1 Avaliação da Qualidade da Água para Consumo Humano, segundo os indicadores turbidez e Coliformes Totais e Escherichia coli, Amapá-2010
Forma abastecimento
Nº de amostras realizadas
Percentual de amostras
CT
Turb
idez
Pres
ença
CT
Pres
ença
E.
col
i
Turb
idez
fora
do
pad
rão
de
pota
bilid
ade
SAA 419 419 18,62 6,92 9,55
SAC 30 29 50 40 0
SAI 241 241 53,53 29,05 7,88
Fonte: SISAGUA/2010
As análises de controle da qualidade da água para detecção de agrotóxicos são preconizadas pela Norma de Potabilidade da Água. Entretan-to, segundo o SISAGUA, o Amapá não realizou essas análises, em 2010, o que impossibilita a avaliação da ocorrência dessas substâncias quí-micas nos mananciais de abastecimento.
A presença de cianobactérias nos corpos d’água indica poluição e eutrofização destes. Alguns gêneros de cianobactérias podem pro-duzir e liberar substâncias tóxicas que afetam a saúde humana. Segundo o SISAGUA, em 2010,
Vigilância em Saúde Ambiental
27
Secretaria de Vigilância em Saúde/MS • Relatório de Situação Amapá
o Amapá não apresentou informações sobre o monitoramento de ciano-bactérias nos mananciais de abastecimento de água.
Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Áreas Contaminadas por Contaminantes Químicos
No estado do Amapá, foram identificadas 24 áreas contaminadas até o ano de 2009, porém, não houve alimentação do SISSOLO no decorrer do ano de 2010. A identificação dessas áreas é um instrumento importante e subsidia o estabelecimento de ações de vigilância, de curto, médio e/ou longo prazo, no âmbito do setor saúde.
Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Poluentes Atmosféricos
A Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Poluentes Atmosféricos busca a identificação das populações expostas e a gestão e organização dos serviços de vigilância e atenção à saúde, visto que a exposição hu-mana a poluentes atmosféricos, em curto ou longo prazo, pode provocar impactos à saúde como o surgimento de agravos respiratórios, oculares e cardiovasculares ou o agravamento de doenças preexistentes, especial-mente em crianças e idosos.
No estado do Amapá, o Instrumento de Identificação de Municípios de Risco (IIMR) não foi aplicado em nenhum município.
As queimadas favorecem intensa produção de poluentes atmosféricos, entre os quais o material particulado com diâmetro igual ou menor a 2,5 μm (PM 2,5) e é considerado um dos indicadores de monitoramento e apresenta-se como fator de risco para doenças respiratórias, aumentando a procura por atendimentos médicos.
Figura 3 Número de focos de queimada, Amapá, região Norte e Brasil, 2010
0
100
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160.000
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Que
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Região Norte Amapá
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Fonte: INPE/CPTEC – 2011
Observa-se que o pico de queimadas ocorre entre os meses de setembro a novembro. Considerando a importante quantidade de focos de quei-madas no estado, ações de vigilância em saúde para as populações mais vulneráveis à poluição atmosférica devem ser intensificadas, bem como a utilização de instrumentos como o IIMR.
Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos
O consumo de agrotóxico no estado do Amapá em 2009 ultrapassou o valor de 106 toneladas de princípios ativos (75% herbicidas) em 23.520 hectares de área plantada. Desde a implementação da ficha de intoxica-ção exógena no SINAN o estado do AP não notificou intoxicação por agrotóxico.
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Secretaria de Vigilância em Saúde/MS • Relatório de Situação Amapá
Saúde do Trabalhador
Agravos que têm o trabalho como causa essencial
O perfil nacional dos agravos relacionados na Tabela 1, registrados no SINAN no ano de 2010, apresenta uma distribuição diferenciada em três grupos: 1) Os acidentes de trabalho grave e acidentes com material bio-lógico, que apresentam 88% dos registros; 2) as intoxicações exógenas e LER/DORT, que apresentam um perfil intermediário, com uma propor-ção de 10%; e 3) os demais agravos (transtornos mentais, PAIR, derma-toses, pneumoconioses e câncer), que apresentam uma baixa proporção de registros, cerca de 2% dos casos.
Essa distribuição é explicada pela história da vigilância dos agravos re-lacionados ao trabalho no Brasil, que esteve focalizada, desde a década de 80, nos acidentes de trabalho. O grupo intermediário das LER/DORT e das intoxicações exógenas em alguns estados foram objetos de progra-mas de vigilância e de acolhimento de casos em situações focais.
No Amapá foram registrados 653 casos segundo Tabela 1, com uma alta concentração nos acidentes de trabalho graves (88%), que inclui aciden-te de trabalho fatal, acidente de trabalho com crianças e adolescentes e acidente de trabalho com amputações. Acidente com material biológico teve 10% (n=67) das notificações e os transtornos mentais relacionados ao trabalho 2% (n=14).
Não houve registro de casos dos demais agravos (intoxicação exóxegena, LER/DORT, dermatose, PAIR, pneumocomiose e câncer) no estado.
Tabela 1 Frequência de notificações de agravos relacionados ao trabalho* no Amapá, na região Norte e no Brasil em 2010
UFAgravo
Amapá Norte Brasil
Acidentes graves 572 2.613 41.424
Acidentes com material biológico 67 1.037 31.220
Transtornos mentais 14 16 352
Intoxicações Exógenas 0 121 3.036
LER/DORT 0 110 5.452
Dermatoses ocupacionais 0 8 501
PAIR 0 0 304
Pneumoconioses 0 2 186
Câncer 0 0 27
Total 653 3.907 82.502
* Agravos do Anexo 3 da Portaria GM/MS n° 104 de 2011 e intoxicação exógena relacionada ao trabalho Fonte: UT-SINAN/SVS/MSDatabase: 15/06/2011
Saúde do Trabalhador
29
Secretaria de Vigilância em Saúde/MS • Relatório de Situação Amapá
Outros agravos relacionados ao trabalho
Dos demais agravos de notificação compulsória no SINAN e que a re-lação com o trabalho foi identificada, no estado do Amapá em 2010, os quatro de maior frequência foram a leishmaniose tegumentar ame-ricana, os acidentes com animais peçonhentos, as hepatites virais e a violência (Figura 1).
A incidência dos casos de LTA (Leishmaniose Tegumentar Americana) relacionados ao trabalho foi de 65,1/100 mil superiores as taxas da região Norte (47,4) e do Brasil (6,4), em 2010. Os casos não relacionados tive-ram incidência de 86,3/100 mil habitantes, também maiores do que os coeficientes da região (50,6) e maior do que a do Brasil (12,9).
Os acidentes por animais peçonhentos totalizaram de 13.632 casos na região Norte. No Amapá, 71 (inc. 25,7/100.000 hab.) são relacionados ao trabalho dos 430 (inc. 66,3/100.000 hab.) casos na população geral. Nota-se que a incidência de casos no estado foi menor que da região que apresentou incidência de 78,9 entre pessoas economicamente ativa e menor do que na população geral (88,0); e superior ao do Brasil com 22,9 entre os economicamente ativos e próximos ao da população geral (67,1).
Em relação à violência, foram notificados um total de 205 casos, dos quais 9 (4,3%) são relacionados ao trabalho. A taxa de incidência (por 1000 mil habitantes) foi de 3,3 casos relacionados ao trabalho e de 31,6 casos na população geral. A incidência dos casos relacionados ao traba-lho no estado foi superior, comparada à região Norte (1,5/100 mil hab.) e ao Brasil (1,4/100 mil hab.).
Em 2010, houve 832 casos registrados de hepatites virais, dentre os quais 6 (0,7%) são relacionados ao trabalho, com incidência de 2,2/100 mil hab., inferior ao coeficiente da região (4,0) e maior do que o Brasil (2,0) e os casos não relacionados a incidência foi de 128,3/100 mil hab. superior aos coeficientes nacionais (2,0 e 50,4), respectivamente.
Figura 1 Taxa de incidência (por 100 mil hab.), segundo doença ou evento*, Amapá, região Norte, Brasil, 2010
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
140,0
Amapá Norte Brasil Amapá Norte Brasil Amapá Norte Brasil Amapá Norte Brasil
LTA (Leishmaniose Tegumentar)
Animais Peçonhentos Violências Hepatites Virais
Incidência dos casos relacionados ao trabalho
Incidência dos casos da população geral * Quatro agravos/eventos de maior frequência de notificação no estado, em que a relação com o trabalho foi identificadaFonte: UT-SINAN/SVS/MSDatabase: 18/06/2011
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Sistemas de Informações (SIM e SINASC, Vigilância dos óbitos e SINAN)
Sistemas de Informações SIM e SINASC
As três esferas de gestão da informação têm responsabilidades definidas na produção de dados confiáveis para a análise da situação de saúde. As coberturas do SIM e SINASC são cri-térios para a utilização de suas bases no cálculo direto de indicadores. Do mesmo modo, a sua alimentação regular é um atributo importan-te a ser perseguido para o uso qualificado das estatísticas vitais, medindo a oportunidade em que o dado é disponibilizado a quem dela pre-cisa para a tomada de decisões.
Coberturas do SIM e SINASC1
A pesquisa demográfica (IBGE) é o parâmetro utilizado de avaliação dos registros de óbitos e nascimentos captados pelos sistemas SIM e SINASC. Entretanto, por não ter caráter de continuidade, não permite a avaliação ime-diata de efetividade das políticas públicas em determinados grupos populacionais – evidente naquelas ações de saúde dirigidas à diminui-ção da mortalidade infantil nas regiões Norte e Nordeste, na última década – o que dificulta a interpretação das tendências temporais e o reconhecimento do nível real das mortalidade geral e infantil. Outro problema desse tipo de pesquisa é que as estimativas não podem ser
1 Texto baseado no Capítulo do livro Saúde Brasil (Szwarcwald et all. 2011. Busca ativa de óbitos e nascimentos no Nordeste e Amazônia legal: estimação das coberturas do SIM e SINASC nos municípios brasileiros).
fornecidas para municípios, impossibilitando o monitoramento da cobertura das estatísticas vitais para esse nível de desagregação geográ-fica.
Com o objetivo principal de estimar coberturas do SIM e SINASC nos municípios brasileiros, com vistas a possibilitar a estimação direta de indicadores de mortalidade por município e por Unidade da Federação, utilizando as in-formações do SIM e SINASC, a SVS/MS e a FIOCRUZ conduziram uma pesquisa de busca ativa de óbitos e nascimentos, em 2010. Quase 60% dos óbitos encontrados fora do sistema foram captados em hospitais e cartórios. En-quanto mais de 90% dos nascimentos foram captados nessas mesmas fontes. Chama aten-ção, 28% dos óbitos encontrados em cemité-rios ou funerárias.
O fator de correção para os óbitos encontrado na Amazônia Legal (1,18) é ligeiramente supe-rior ao do Nordeste (1,15), correspondendo as coberturas de 84,5% e 87,1%, respectivamente. As maiores correções foram obtidas entre os municípios de pequeno porte populacional. As informações do SINASC têm melhor nível de adequação que as do SIM, com 91% de cober-tura na região Norte e 93,2% no Nordeste. O Brasil tem cobertura de 93% no SIM e 95,6% no SINASC.
Em, 2008 o estado do Amapá apresentou cober-tura de 81,3% no SIM, cujo fator de correção foi de 1,23. E o Coeficiente Geral de Mortali-
dade foi corrigido de 3,4 para 4,1. O CGM cor-rigido da região Norte foi de 4,8 e do Brasil 6,2. Enquanto, o SINASC apresentou cobertura de 93,1%, fator de correção 1,07. A taxa de nata-lidade foi corrigida de 24,1 para 25,8. A taxa corrigida da região foi de 23,2, a nacional 16,4.
Regularidade do SIM
O estado do Amapá apresentou progressivo aumento no envio de óbitos transferidos ao SIM dentro do prazo, atingindo a meta (80%) em 4 meses, dos 15 observados (em média 49,5%). O estado permaneceu por quase todo o período abaixo da média nacional. O pior de-sempenho foi o 1º trimestre de 2010 e o melhor o 1º trimestre de 2011.
Figura 1 Razão entre o número de óbitos coletados e transferidos dentro do prazo de 60 dias após o final do mês de ocorrência e óbitos esperados (critério da Portaria 116/2009). Brasil, Amapá, jan-2010 a mar-2011
916
918 17
3425
61
43
72
8389 88
102
76
6874 76 72 76
81 7880
80 83 8287
92 90 91
0
20
40
60
80
100
jan-
10
fev-
10
mar
-10
abr-
10
mai
-10
jun-
10
jul-1
0
ago-
10
set-
10
out-
10
nov-
10
dez-
10
jan-
11
fev-
11
mar
-11
Razã
o %
AP Brasil
Fonte: SIM/SVS/MS e IBGE
Sistemas de Informações (SIM e SINASC, Vigilância dos óbitos e SINAN)
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Considerações gerais
Os resultados para nascidos vivos mostram uma homogeneidade bem maior por UF, com todos os estados e DF com coberturas próximas ou superiores a 90%, incluindo os das regiões Norte e Nordeste. Embora, persista a desigual-dade na informação da mortalidade: 30% dos municípios brasileiros ainda têm coberturas de óbitos inferiores a 80%, sendo a maioria lo-calizada nas regiões N e NE. Nota-se, porém, avanços importantes na informação dos siste-mas vitais: são raros os municípios terem co-berturas menores do que 50% para ambos os sistemas. A regularidade do envio do dado do SIM se apresenta satisfatória em 2011. Ações são implementadas para o aumento da capta-ção de registros, como: os processos de insti-tucionalização da busca direcionada de óbitos e nascimentos; de padronização do registro de sepultamentos e de monitoramento e avaliação da regularidade do envio das informações ao SIM; transferência de registros via SISNET e a rotina de auditoria eletrônica de volume de re-gistros entre os níveis de gerência dos sistemas.
Óbitos com causa básica definida
O percentual de óbitos não fetais com causa básica definida no Amapá (AP) manteve-se entre 83% e 87% na última década. Macapá atingiu 90% em 2001, mas alcançou 84,5% em 2009. Nesse último ano, essa proporção na re-gião Norte foi 86,9% e no Brasil, 92,7%.
Figura 2 Percentual de óbitos por causa definida, 2000 a 2009
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%
100%
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Brasil Região Norte Amapa Macapá
Fonte: CGIAE/DASIS/SVS/MS
Em 2009, a distribuição de municípios segun-do o percentual de óbitos por causas definidas foi:
� menor que 80%: 5 municípios (31,2%); � de 80% a 89%: 4 municípios (25,0%); � 90% e mais: 7 municípios (43,8%)
A qualidade da informação sobre a causa bá-sica de morte na declaração de óbito no AP não melhorou na última década, mantendo--se abaixo do nível adequado (≥90% de óbitos com causa definida). Esse nível foi observado em 7 dos 16 municípios do estado, em 2009.
Destaca-se que a capital atingiu percentuais adequados somente nos anos 2001 e 2002.
Figura 3 Percentual de óbitos por causa definida, por municípios. Amapá, 2009
< 80%
80 - < 90%
90 - 100%
Sistemas de Informações (SIM e SINASC, Vigilância dos óbitos e SINAN)
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Óbitos investigados em 2010
No AP foram notificados 140 óbitos fetais dos quais 85 corresponderam à capital. Nenhum dos óbitos foi investigado. O percentual investigado da região Norte foi 19,9% e do país, 28,7%.
Foram notificados 253 óbitos infantis em todo o estado, sendo que, des-ses óbitos, 165 aconteceram em Macapá. Nenhum dos óbitos foi investi-gado. O percentual investigado na região Norte foi 17,8% e no país, 35%.
Com relação aos óbitos de mulheres em idade fértil (MIF), foram infor-madas 162 mortes no estado e 100 em Macapá. As investigações ocorre-ram em 48,1% dos óbitos MIF acontecidos em todo o estado e em 60,0% na capital. O percentual investigado na região Norte foi 46,9% e no país, 64,7%.
Em referência às mortes maternas, foram notificadas 3 no estado, das quais uma ocorreu em Macapá e foi investigada. Na região Norte o per-centual de mortes maternas investigadas foi 51,1% e no Brasil, 56,5%.
Figura 4 Percentual de óbitos fetais e infantis investigados em 2010
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Fetal Infantil
Brasil Norte Amapá Macapá
Figura 5 Percentual de mortes maternas e de MIF investigadas em 2010
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
MIF Maternas
Brasil Norte Amapá Macapá
Ressalta-se que a investigação de óbito infantil, fetal e materno, coorde-nada pela área de vigilância em saúde, é um processo recente, em cons-tante aprimoramento, necessitando, assim, de investimento e esforços contínuos para que se alcance o mais alto percentual de investigação em todos os municípios do estado.
Sistema de informações de agravos de notificação (SINAN)
Proporção de casos residentes encerrados oportunamente, por agravo
O estado do Amapá pactuou para o ano de 2010 uma meta de 73% de casos com encerramento oportuno, e até o momento está com 57%, por-tanto essa meta ainda não foi alcançada.
Os agravos coqueluche, doença de Chagas, leishmaniose tegumentar americana, meningite e rubéola não atingiram a meta estabelecida para o ano de 2010.
Sistemas de Informações (SIM e SINASC, Vigilância dos óbitos e SINAN)
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Figura 6 Proporção de casos residentes encerrados oportunamente, por município, Amapá, 2010*
Até 72% InoportunoA partir de 73% Oportuno
* Atualizado em 11/07/2011Fonte: MS/SVS/SINAN
Regularidade do envio de dados do SINAN ao Ministério da Saúde
O Estado, em 2011, está com 100% de envio regular dos dados do SINAN ao Ministério da Saúde, e em 2010 alcançou os 100%.
Tabela 1 Proporção de casos residentes encerrados oportunamente, por agravo, Amapá, 2010*
AgravoCasos
Notificados Encerrados OportunamenteTotal Nº %
Botulismo 0 0 0,00Cólera 0 0 0,00Coqueluche 22 13 59,00Dengue 4 3 75,00Difteria 0 0 0,00Doenca de Chagas 17 5 29,00Febre Amarela 0 0 0,00Febre do Nilo 0 0 0,00Febre Maculosa 0 0 0,00Febre Tifoide 0 0 0,00Hantavirose 0 0 0,00Hepatite Viral 384 340 88,00Leishmaniose Visceral 2 2 100,00Leptospirose 119 89 74,00LTA 338 54 15,00Malária 0 0 0,00Meningite 39 25 64,00Paralisia Flácida Aguda 3 3 100,00Peste 0 0 0,00Raiva 0 0 0,00Rubéola 48 29 60,00Sarampo 0 0 0,00SRC 0 0 0,00Tétano Acidental 0 0 0,00Tétano Neonatal 0 0 0,00Total 976 563 57,00
* Atualizado em 11/07/2011Dados preliminares sujeitos à revisãoFonte: MS/SVS/SINAN
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Financiamento
Com a publicação da Portaria GM/MS n° 3.252, de 22 de dezembro de 2009, que aprovou as diretrizes para execução e financiamento das ações de Vigilância em Saúde pela União, estados, Distrito Federal e municí-pios, destaca-se a reorganização da composição do Bloco Financeiro de Vigilância em Saúde com alteração da periodicidade do repasse dos re-cursos, definida em três parcelas anuais, nos meses de janeiro, maio e setembro. O Componente de Vigilância e Promoção da Saúde passou a ser composto por:
� Piso Fixo de Vigilância e Promoção da Saúde (PFVPS) – estabelecido com base na estratificação, população e área territorial de cada uni-dade federativa acrescido dos valores referentes às campanhas de va-cinação anuais de influenza sazonal, poliomielite e raiva animal; e do Fator de Incentivo para os Laboratórios Centrais de Saúde Pública--FINLACEN para as Secretarias Estaduais de Saúde.
� Piso Variável de Vigilância e Promoção da Saúde (PVVPS), constituí-do por incentivos específicos, por adesão ou indicação epidemiológi-ca, conforme normatização específica.
Tabela 1 Recursos destinados ao Componente de Vigilância e Promoção da Saúde do Bloco Financeiro de Vigilância em Saúde. Amapá, 2010
Descrição Instituição Valor
Piso Fixo de Vigilância e Promoção da Saúde – PFVPSSES 2.102.929,25
Municípios 5.687.512,99
Total 1 7.790.442,24
Piso Variável de Viglância e Promoção da Saúde – PVVPS
X Núcleos Hospitalares de Epidemiologia 1 Hospital (*) 18.000,00
X Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza Pandêmica H1N1 2009
16 Municípios 305.829,06
X Incentivos no âmbito do Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids
SES 489.155,64
Macapá e Oiapoque 234.189,92
Total 2 1.047.174,62
SES: Secretaria Estadual de Saúde* 1 Hospital Estadual
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Capacidade técnica e científica
Em relação ao desenvolvimento técnico e científico dos profissionais que atuam nos serviços do Sistema Único de Saúde, o estado do Ama-pá tem investido na formação destes, enviando para outros estados para que participem de cursos de pós-graduação (cursos oferecidos por meio da Rede de Formação de Recursos Humanos em Vigilância em Saúde) como a seguir se detalha no quadro abaixo.
Tabela 1 Número de profissionais de saúde por 1000 habitantes em 2008, Amapá
região/UF
Méd
icos
Odo
ntól
ogos
Enfe
rmei
ros
Nut
rici
onis
tas
Vete
riná
rios
Farm
acêu
tico
s
Técn
icos
En
ferm
agem
Aux
iliar
es
Enfe
rmag
em
Norte 0,92 0,58 0,90 0,51 0,17 0,30 6,96 3,89
AP 0,93 0,6 0,71 2,79 ... 3,34 39,91 13,6
Fonte: Ministério da Saúde/SGTES/DEGERTS/CONPROF – Conselho de Profissionais
Vale ressaltar ainda a participação, no período de 2009 a 2010, das se-cretarias de saúde na submissão de seis trabalho na Mostra Nacional de Experiências Bem-sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (EXPOEPI) e a submissão por profissionais dos serviços ou das academias de um artigo na Revista Epidemiologia e Serviços de Saú-de, editada pela SVS/MS.
Curso Local Quantitativo
Especialização de Vigilância de Doenças Transmissíveis Belém/PA 2
Especialização em Vigilância Saúde Ambiental Belém/PA 4
Mestrado Profissional em Vigilância em Saúde Brasília/DF 7
Total 13
A Secretaria de Vigilância em Saúde é uma grande produtora de publicações na área de saúde pública no Brasil. São títulos de referência revisados e
reeditados periodicamente, além de outros lançamentos inéditos.
O objetivo principal é promover o desenvolvimento científico e tecnológico, prestar cooperação técnica e financeira aos estados, ao
Distrito Federal e aos municípios, contribuindo para a descentralização das ações de saúde e para a melhoria dos serviços públicos.
Nossas publicações são distribuídas gratuitamente, sendo proibida a comercialização. Os critérios de distribuição objetivam atender,
prioritariamente, aos gestores, às secretarias e à rede de serviços de saúde dos estados e municípios, às bibliotecas de instituições acadêmicas e aos
eventos das áreas de atuação da SVS.
Aqui você encontra as publicações da Secretaria de Vigilância em
Saúde do Ministério da Saúde
A coleção das publicações da Secretaria de Vigilância em Saúde está atualizada e disponibilizada em formato PDF
www.saude.gov.br/svs
Sistema Único de Saúde
Ouvidoria do SUS136
Secretaria de Vigilância em Saúdewww.saude.gov.br/svs
Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde www.saude.gov.br/bvs
Apoio:
ISBN: 978-85-334-1864-6
9 788533 418646