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Dilatação dos Sólidos Bruno Rafael Reichert Boaretto Jhenifer Martins Hummel Raphael Pereira Rodrigues Vinícyus de Oliveira Martins Setor de Ciências Exatas – Departamento de Física –Universidade Federal do Paraná Centro Politécnico – Jd. das Américas – 81531-990 – Curitiba – PR – Brasil e-mail 1: [email protected] e-mail 2: [email protected] e-mail 3: [email protected] e-mail4: [email protected] Resumo.O estudo da dilatação térmica em sólidos é feito em relação à dilatação linear. O objetivo deste trabalho foi determinar o coeficiente de dilatação linear de três barras constituídas por materiais distintos (alumínio, cobre e latão) por meio da análise gráfica do comportamento apresentado por cada barra. Os valores obtidos para o alumínio, cobre e latão, foram de 21,9 ¿ 10 -6 °C -1 , 16,1 ¿ 10 -6 °C -1 e 18,0 ¿ 10 -6 °C -1 , respectivamente, com um erro médio de 5,05%. Esperava-se um erro menor, mas isto não foi possível devido aos valores reais dos coeficientes, previamente tabelados, tomarem como referência materiais homogêneos, o que não ocorreu na prática. Contudo, dado que as barras estudadas são formadas por ligas metálicas, os resultados mostraram-se satisfatórios. Palavras chave: dilatação térmica, dilatação linear, sólidos, coeficiente de dilatação linear. Introdução Ao denominar um corpo como sólido, não estamos nos referindo ao corpo em si, mas ao estado físico da matéria que o constituí. O estado sólido é um estado da matéria cujas características são ter volume e forma definidos, isto é, a matéria resiste à deformação. No estado sólido, os átomos ou as moléculas estão relativamente próximos, com uma organização espacial fixa, movendo-se

Relatório Dilatação Linear

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Page 1: Relatório Dilatação Linear

Dilatação dos Sólidos

Bruno Rafael Reichert Boaretto

Jhenifer Martins Hummel

Raphael Pereira Rodrigues

Vinícyus de Oliveira Martins

Setor de Ciências Exatas – Departamento de Física –Universidade Federal do Paraná

Centro Politécnico – Jd. das Américas – 81531-990 – Curitiba – PR – Brasil

e-mail 1: [email protected]

e-mail 2: [email protected]

e-mail 3: [email protected]

e-mail4: [email protected]

Resumo.O estudo da dilatação térmica em sólidos é feito em relação à dilatação linear. O objetivo deste

trabalho foi determinar o coeficiente de dilatação linear de três barras constituídas por materiais distintos

(alumínio, cobre e latão) por meio da análise gráfica do comportamento apresentado por cada barra. Os

valores obtidos para o alumínio, cobre e latão, foram de 21,9¿ 10-6 °C -1, 16,1¿ 10-6 °C -1 e 18,0¿ 10-6 °C -1,

respectivamente, com um erro médio de 5,05%. Esperava-se um erro menor, mas isto não foi possível devido

aos valores reais dos coeficientes, previamente tabelados, tomarem como referência materiais homogêneos, o

que não ocorreu na prática. Contudo, dado que as barras estudadas são formadas por ligas metálicas, os

resultados mostraram-se satisfatórios.

Palavras chave: dilatação térmica, dilatação linear, sólidos, coeficiente de dilatação linear.

Introdução

Ao denominar um corpo como sólido, não

estamos nos referindo ao corpo em si, mas ao

estado físico da matéria que o constituí. O estado

sólido é um estado da matéria cujas características

são ter volume e forma definidos, isto é, a matéria

resiste à deformação. No estado sólido, os átomos

ou as moléculas estão relativamente próximos, com

uma organização espacial fixa, movendo-se

ligeiramente devido à presença de energia cinética.

Durante o processo de aquecimento de um

corpo estamos transferindo energia de um sistema

(o ambiente externo, por exemplo) para outro (o

corpo em questão). Esta transferência de energia

(denominada energia térmica) é conhecida como

calor, e ocorre exclusivamente devido à diferença

de temperatura entre os sistemas. Temperatura é

uma grandeza física que mensura a energia cinética

média dos graus de liberdade de cada uma das

partículas de um sistema em equilíbrio térmico, o

que nada mais é que o equilíbrio (igualdade) das

temperaturas dos sistemas considerados.

Assim, consideremos a situação dos trilhos de

trem: porque, em determinadas circunstâncias,

vemos que as barras de ferro que o formam ficam

distorcidas? A resposta chave para este problema

provém de um conceito físico muito importante e

presente no nosso dia-a-dia, embora quase

imperceptível: a dilatação térmica.

As barras do trilho ficam expostas por longos

períodos a grandes variações de temperatura,

Page 2: Relatório Dilatação Linear

ficando muito quentes durante o dia e frias durante

a noite. Durante o dia, elas estão “recebendo” uma

grande quantidade de energia térmica provinda do

Sol, a qual faz com que a energia cinética dos

átomos que as constituem aumente

consideravelmente, aumentando a temperatura.

Quando isto ocorre, os átomos passam a vibrar com

uma amplitude cada vez maior (vide gráfico 1), e

este aumento na amplitude de agitação implica no

aumento de volume do corpo. Durante a noite, o

mesmo fenômeno ocorre, porém os trilhos resfriam-

se devido à “ausência” de uma fonte de calor como

o Sol e a amplitude de vibração dos átomos

diminui, fazendo com que o volume do corpo seja

contraído. Devido à esta variação significativa no

volume das barras do trilho, pode acontecer de uma

barra “forçar” a outra, ocasionando a deformação

do material de maneira permanente. É devido a este

fato que, ao olharmos atentamente para a região

entre duas barras que constituem o trilho,

percebemos que há um espaço vago entre elas,

justamente para considerar este efeito da dilatação,

evitando possíveis danos ao trilho e um provável

descarrilamento de um trem.

Conforme dito anteriormente, a dilatação

provém do aumento de energia interna do sistema

termodinâmico, o que fica evidenciado com base no

gráfico 1, o qual representa a curva de energia

potencial do sistema em relação à distância entre

duas partículas que o constituem.

Gráfico 1 - Representação da dilatação térmica em termos do aumento de energia interna (potencial).

Embora a dilatação térmica ocorra e todas as

direções e sentidos (volumétrica), no caso particular

deste experimento será tratado somente a dilatação

linear, a qual é um caso especial da dilatação

volumétrica. Pelo fato dos materiais analisados

serem barras metálicas delgadas (cilíndricas), a

dilatação em relação à largura e espessura (raio) é

desprezível, pois é extremamente difícil mensurar a

dilatação em termos do raio. Por isso considerou-se

somente uma dimensão, o comprimento. A este

fato, onde a dilatação ocorre de maneira

significativa em apenas uma dimensão, denomina-

se dilatação linear.

A dilatação linear de uma barra depende apenas

da temperatura desta e de um coeficiente, α, o qual

é denominado coeficiente de dilatação linear. O

coeficiente de dilatação linear é uma grandeza que

não depende do formato do corpo, mas apenas do

material que o constitui. Este, por sua vez, indica

qual material ou substância dilata ou contrai-se

mais do que outra. Quanto maior for, maior será a

facilidade em dilatar, aumentando seu tamanho (a

recíproca é verdadeira).

Apesar do coeficiente ser denominado linear,

este é constante em apenas alguns intervalos de

temperatura. Por isso, a análise experimental a

partir deste ponto de não-linearidade pode ser

desconsiderada.

Page 3: Relatório Dilatação Linear

A dilatação linear de um sólido pode ser

descrita por meio da equação

Lf=L0+L0αT(1)

ondeLf é o comprimento final da barra,

L0 é o

comprimento inicial, α é o coeficiente de dilatação

linear do material que a constitui e T é a

temperatura instantânea.

A equação (1), então, pode ser escrita como

uma função de duas variáveis, obtendo

Lf (α ,T )=L0+L0 αT(2)

e, ainda, pode ser reescrita em termos da variação

de comprimento, ΔL,

ΔL=L0 αT(3)

Como o objetivo do experimento realizado é

determinar o coeficiente de dilatação linear de três

barras metálicas (alumínio, cobre e latão), é plotado

um gráfico (gráfico 2) de ΔL em função de T. Este,

porém, é linear. Então, aplicando-se o Método dos

Mínimos Quadrados sobre os conjunto de dados,

obtém-se as melhores retas que se ajustam aos

valores experimentais. Assim, com base na análise

dos coeficientes angular e linear de cada reta e na

análise da equação (3), podemos chegar à

determinação do coeficiente de dilatação das barras.

Logo, escrevendo (3) na forma da equação reduzida

da reta, dada por

y=ax+b (4)

obtemos que

y=ΔL (5)

x=T (6)

a=L0 α(7)

ondea é o coeficiente angular e b o linear das

melhores retas ajustadas.

Assim, com base na equação (7), podemos

determinar o coeficiente de dilatação linear, α .

Logo

α= aL0 (8)

Procedimento Experimental

A figura (1) mostra o exemplo do arranjo

experimental utilizado neste experimento.

Figura 1 - Arranjo Experimental

O experimento foi dividido em três etapas a fim

de determinar o coeficiente de dilatação linear de

três barras metálicas (cada barra equivalendo a uma

etapa) de diferentes composições: uma de alumínio,

uma de cobre e uma de latão.

Dentro de cada barra foi inserido um tubo de

vidro contendo uma resistência elétrica, onde, por

meio da conexão com uma fonte de tensão, gerou-

se calor para esquentá-las.

Então, a primeira barra (alumínio) foi colocada

e fixada no suporte com o auxílio de dois parafusos

(em lados opostos). Após, com o auxílio de uma

régua, mediu-se o comprimento inicial da barra, o

Page 4: Relatório Dilatação Linear

qual teve origem como o ponto de contato com os

parafusos e extremidade como o ponto de contato

com o micrômetro. Fez-se desta maneira pois a

barra dilata para ambos os lados. Então, para evitar

erros experimentais, determinou-se um ponto fixo

para adotar como referência, enquanto somente

uma das extremidades provocava variação na

leitura do micrômetro.

Assim, inseriu-se um termopar dentro da barra,

o qual fixou próximo ao centro de massa, a fim de

obter uma leitura de temperatura mais uniforme.

Em seguida, a barra foi coberta por um isolante

térmico, a fim de evitar com que houvesse troca

excessiva de calor entre ela e o ambiente externo,

podendo aumentar possíveis erros experimentais.

Devido ao coeficiente de dilatação deixar de ser

linear a partir de um certo intervalo de temperatura,

foi escolhido um intervalo entre 30°C e 90°C para

efetuar as medidas, evitando que este fator

interferisse na análise dos resultados.

Com todos os fatores definidos, ligou-se a fonte

de tensão e começou-se a aquecer a barra. A

temperatura variou de 19°C, a qual era a

temperatura ambiente, até aproximadamente 95°C.

Quando a barra começou a entrar em equilíbrio

térmico, a temperatura começou a decair e, no

instante em que esta atingiu 90°C, as medidas

começaram a ser tomadas, relacionando a dilatação

mostrada pelo micrômetro com a temperatura

naquele instante. A partir do momento em que a

temperatura atingiu o valor mínimo no intervalo

estipulado (35°C), as medidas foram interrompidas

e fez-se a troca da barra analisada.

Para as barras de cobre e latão, o mesmo

procedimento foi adotado.

Resultados e Análise

Com auxílio de uma régua de precisão

1,0×10−3m , foi medido o comprimento inicial

L0 das três barras metálicas utilizadas no

experimento. Estes valores foram anotados na

tabela (1).

Tabela 1 - Comprimento inicial das barras metálicas

Material da Barra L0 (±0 ,0005 ) (m)Alumínio 0,6400

Cobre 0,6400Latão 0,6400

Então, com o auxílio de uma fonte de tensão e

uma resistência elétrica, gerou-se calor e as barras

foram aquecidas, tendo suas temperaturas variadas

de 19°C, a qual era a temperatura ambiente, até

95°C. Com base nisso, foi definido um intervalo

entre 30°C até 90°C para serem feitas as medidas.

Deixou-se a fonte de tensão ligada até 95°C,

esperou-se a barra entrar em equilíbrio térmico e, a

partir daí, quando a temperatura atingiu 90°C, as

medidas começaram a ser tomadas, onde o intervalo

entre cada uma deu-se, no máximo, entre 12°C.

Assim, foi preenchida a tabela (2), a qual

relaciona a dilatação de cada barra em função da

temperatura instantânea.

Após obtida a tabela (2), devido ao objetivo do

experimento, foram plotados três gráficos

relacionando ΔL em função de ΔT, onde cada

gráfico corresponde ao comportamento de dilatação

do material correspondente a cada barra analisada.

Tabela 2 - Relação entre ΔL, T e ΔT.

Material Medida 1 2 3 4 5 6 7 8 9

AlumínioT (°C) 87 82 77 72 60 55 50 40 35

ΔL (mm) 0,93 0,86 0,78 0,70 0,54 0,46 0,40 0,27 0,20ΔT (°C) 68 63 58 53 41 36 31 21 16

Cobre T (°C) 80 70 60 50 45 40 35 - -

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ΔL (mm) 0,62 0,52 0,40 0,30 0,25 0,21 0,16 - -

ΔT (°C) 61 51 41 31 26 21 16 - -

LatãoT (°C) 80 70 60 50 45 40 35 - -

ΔL (mm) 0,71 0,58 0,46 0,35 0,29 0,24 0,19 - -ΔT (°C) 61 51 41 31 26 21 16 - -

Gráfico 2 - Relação ΔL x ΔT para o alumínio.

Gráfico 3 - Relação ΔL x ΔT para o cobre.

Gráfico 4 – Relação ΔL x ΔT para o latão.

Com base nos gráficos (2), (3) e (4), podemos

notar que as barras metálicas, mesmo quando

submetidas a uma mesma variação de temperatura,

dilatam-se de maneiras distintas, pois o fator que

determina o quanto uma barra pode expandir ou

contrair seu tamanho é o coeficiente de dilatação

linear, o qual é específico de cada material.

Para cada gráfico foi determinado o coeficientes

angular da reta que melhor descrevia o fenômeno

(ou melhor se ajustava à curva de pontos

experimentais). Tais coeficientes foram plotados na

tabela (3).

Tabela 3 - Coeficiente angular

MaterialCoeficiente Angular (m⋅° C−1

)Alumínio 1 ,403×10−6

Cobre 1 ,030×10−5

Latão 1 ,154×10−5

O objetivo do experimento é determinar o

coeficiente de dilatação linear, α , para cada barra

metálica analisada, Então, por meio do método

gráfico (tabela (3)), utilizando a equação (9) e os

valores anotados na tabela (1), chegou-se à tabela

(4), a qual contém os valores obtidos

experimentalmente dos coeficientes de dilatação

linear de cada material.

Tabela 4 - Coeficientes de dilatação linear.

Material Coef.de Dilatação (α ) (¿10−6 ° C−1)

Alumínio 21,9Cobre 16,1Latão 18,0

Com base na tabela de referência disponível em

sala de aula e em tabelas disponíveis em livros e na

Internet, os valores reais dos coeficientes de

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dilatação linear para cada material aqui abordado

foram anotados na tabela (5).

Tabela 5 - Valores reais dos coeficientes de dilatação.

Material Coef. de Dilatação (α ) (¿10−6 ° C−1)

Alumínio 23,0Cobre 17,0Latão 19,0Então, fez-se uma comparação entre os valores

obtidos experimentalmente com os valores reais,

previamente tabelados. Os erros relativos

percentuais foram dispostos na tabela (6).

Tabela 6 - Erros relativos entre valores experimentais e "teóricos".

Material Erro Relativo PercentualAlumínio 4,78%

Cobre 5,29%Latão 5,08%

Os erros apresentados na tabela (6) devem-se ao

fato das barras metálicas não serem 100% puras,

isto é, não são constituídas, em sua totalidade, por

um único material ou substância. Estas são

constituídas por meio de ligas formadas entre

outros tipos de metais. Como os coeficientes de

dilatação linear dispostos na tabela (5) são valores

que fazem referência aos metais 100% puros, os

erros obtidos estão dentro de um intervalo de

confiança, atestando a satisfatoriedade do

experimento realizado.

Conclusão

O experimento teve como objetivo principal

determinar o coeficiente de dilatação linear (α ) de

três barras metálicas delgadas, sendo uma de

alumínio, uma de cobre e outra de latão.

O coeficiente de dilatação linear é uma grandeza

que indica o quanto uma barra é capaz de dilatar ou

contrair seu volume. É dito linear pois o efeito de

dilatação em relação à largura e espessura (no caso

de barras cilíndricas, o raio) é quase imperceptível,

podendo ser desconsiderado na presente análise.

Para determinar o coeficiente α , foram

plotados três gráficos de ΔL em função de ΔT (ΔT

é a variação de temperatura “instantânea”) em que

cada gráfico representava o fenômeno da dilatação

na respectiva barra analisada e, com base no

coeficiente angular de cada reta e no comprimento

inicial das barras, foi calculado o coeficiente de

dilatação. Para a barra de alumínio obteve-se um

valor de 21 , 9×10−6° C−1, para a de cobre,

16 , 1×10−6° C−1 e, para a de latão, 18 , 0×10−6

° C−1.

Por meio dos gráficos (2), (3) e (4), podemos

notar que para um mesmo intervalo de temperatura

a dilatação das barras ocorreu de maneira diferente,

comprovando que materiais diferentes dilatam-se

de maneiras distintas, onde o parâmetro que

determina qual barra tem mais capacidade para se

dilatar é o coeficiente de dilatação linear, o qual

evidenciou-se ser dependente somente do material

ou substância que constitui o corpo analisado,

conforme observado na tabela (4).

Ao comparar os valores dos coeficientes obtidos

experimentalmente com valores previamente

tabelados, o erro médio entre os coeficientes de

cada barra foi de 5,05% (valor obtido por meio da

média aritmética entre os erros relativos percentuais

de cada material, dispostos na tabela (6)). Este erro

deve-se ao fato das barras estudadas não serem

constituídas por uma mesma substância (não são

homogêneas), onde são formadas por meio de ligas

metálicas.

Os valores dos coeficientes tabelados são

determinados considerando que os materiais são

100% puros, homogêneos, o que não ocorreu na

prática. Por isso a presença deste erro era esperada.

Dadas as condições dos materiais utilizados

(não-homogêneos), o erro obtido

experimentalmente condiz com a realidade,

comprovando a satisfatoriedade dos resultados.

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Referencias

[1] Nussenzveig, Herch Moysés -“Curso de Física Básica”- Vol. 1 / 4ª Edição – São Paulo: Blucher (2002) – 156-164.

[2] Halliday, David; Resnick, J. W. - “Fundamentos de Física”– Vol. 2 / 8ª Edição – Rio de Janeiro (2009) – 183-190.