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relatório e contaS 2008 Portos e Caminhos de FerrodeMoçambique,EP

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Financial StatementS2008

Mozambique Ports and Railways, EP

relatório e contaS2008

Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique, EP

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relatório e contas2008

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Mensagem do Presidente do Conselho de Administração

Corpos Sociais

Estrutura Empresarial

Missão e Objectivos

Introdução

Resultados Operacionais

Projecto de Reestruturação do CFM

Programa de Investimentos

Demonstrações Financeiras do Exercício

Análise dos Resultados Económicos e Financeiros

Análise dos Rácios de Gestão

Perspectivas

Proposta de Aplicação de Resultados

Demonstrações Financeiras

Relatório do Auditor Independente

Notas Sobre as Demonstrações Financeiras

Relatório dos Auditores Externos e Parecer do Conselho Fiscal

0306070810111719202021212223242535

> Índice

Edição

CFM – Portos e CaMinhos

de Ferro de MoçaMbique, e.P.

• Gabinete de CoMuniCação e iMaGeM

FotograFia

João Costa

tradução

Paul Fauvet

dEsign

João Marques/editando

Produção

editando – edição e CoMuniCação, lda.

©outubro 2009

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O ExERCíCIO ECONóMICO-FINANCEIRO do ano de 2008 foi extremamente difícil para a nossa empresa dada a conjuntura internacio-nal caracterizada pela oscilação dos preços dos combustíveis e pelo recrudescer da crise financeira internacional, factores que têm re-flexos negativos na nossa actividade, saben-do quão frágil é ainda a nossa economia. Não obstante, alcançamos, mais uma vez, resulta-dos positivos, tendo obtido um lucro de 39,6 milhões de Meticais, cerca de 32,3% do lucro atingido no exercício de 2007. O nosso resultado (antes de depreciações, re- sultados financeiros e extraordinários) foi da ordem dos 426,2 milhões de Meticais, o que significa uma diminuição de 21% compara-tivamente a 2007. Se tivermos em conta os constantes aumentos dos preços de com-bustíveis e as flutuações do câmbio da nossa moeda em relação ao Rand Sul-Africano e ao Dólar Norte-Americano, principais moedas de referência nas nossas transacções, pode-se

concluir que a empresa teve um desempenho positivo.Ao nível da área produtiva, a empresa registou um crescimento dos proveitos operacionais na ordem dos 12%, comparativamente a igual período de 2007. Contudo, esse aumento não se reflectiu de forma acentuada nos nossos resultados de tesouraria, dado o incumpri-mento no pagamento de rendas por parte de algumas concessionárias.No que concerne a custos operacionais, a em-presa conheceu um incremento de 20%, fun-damentalmente devido ao aumento dos custos de combustíveis, ao aumento das prestações sociais aos nossos trabalhadores e ao aumen-to das provisões para suprir o incumprimento nos pagamentos por parte de algumas con-cessionárias e clientes.No plano operacional, de Janeiro a Dezembro de 2008, a empresa manuseou, na área portu-ária, 11.643,3 milhares de toneladas métricas, contra 11.086,0 milhares de toneladas no ano

anterior, representando um crescimento de 5,0%. No que respeita à área ferroviária, re-gistou-se um crescimento na ordem de 14% no tráfego de carga, ao realizar 4.351,9 milha-res de toneladas líquidas contra 3.822,4 mi-lhares do ano anterior. Sublinhe-se que deste total, 3.806,1 milhares de toneladas líquidas foram transportadas nas linhas sob gestão do CFM, contra 545,8 nas linhas sob gestão dos concessionários. No que respeita ao ser-viço de transporte de passageiros, no global, foram transportados, em todo o sistema fer-roviário do País, no ano de 2008, um total de 2.078.209 mil passageiros, contra 1.720.456 mil em 2007, representando um incremento de cerca de 20,8%. Apesar de factores adversos que pesam so-bre a economia nacional e mundial, situação a que a nossa empresa não pode de forma algu-ma ficar alheia, o CFM tem procurado sempre (e tem-no conseguido) melhorar o seu de-sempenho em prol do crescimento económi-

> Mensagem do Presidente do conselho de administração

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> rElatório e Contas 2008

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de Janeiro a dezembro de 2008, a empresa manuseou, na área portuária, 11.643,3 milhares de toneladas métricas, contra 11.086,0 milhares de toneladas no ano anterior.

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> rElatório e Contas 2008

co do País. O ano de 2009 também se afigura de grandes desafios, que, acredito, serão ul-trapassados com o empenho e abnegação de todos. Para tal, a empresa definiu objectivos claros, e tudo temos feito para promover a eficiência e a competitividade na prestação de serviços aos nossos clientes e apostar na per-manente formação de quadros, que constitui o garante da estabilidade e da excelência na prestação de serviços. O sucesso da empresa está indissociavelmente ligado à atenção que se dispensa aos quadros e aos trabalhadores, devendo para tal haver um forte sentido de responsabilidade social, criando condições para o seu desenvolvimen-to, quer por via de estímulos materiais quer através da permanente formação, de acordo com o desempenho de cada um. Esse apoio e atenção são fundamentais para se implantar uma cultura empresarial forte.Terminada a reestruturação da empresa e no quadro de um CFM totalmente reestru-turado e racionalizado podemos finalmente contar com um novo Regulamento Interno, que resultou desta dinâmica sócio-laboral de discussão interna e de participação colectiva a todos os níveis. As profundas transformações operadas no País e no contexto em que actu-amos a nível regional e internacional, assim como as mutações que a empresa sofreu, que foram um imperativo da mudança, há muito que tinham tornado o anterior Regulamento obsoleto.O novo Regulamento Interno resulta do con-tributo de todos os trabalhadores ferro-por-tuários e resulta de inúmeras discussões e de debates para que reflectisse exactamente as preocupações e os anseios de todos. A sua rigorosa e correcta aplicação por todos e a to-dos os níveis será crucial para atingirmos os objectivos empresariais e sociais que todos queremos ver alcançados.Uma vez aprovado o Regulamento Interno, as Normas Classificadas e o Manual de Proce-dimentos, a nossa aposta é aprimorar e con-ferir um carácter permanente à avaliação de desempenho, facto que nos permitirá fazer uma melhor e correcta gestão da formação, das carreiras profissionais e dos incentivos a adoptar. Para consolidarmos estes resultados alcan-çados com muito trabalho e sacrifício, deve-mos ter a iniciativa de sermos nós próprios a desenvolver a cultura do rigor, a política de proximidade, o espírito de inconformismo, desde o operário ao gestor sénior da empresa. A nossa estratégia é a de melhorar as nossas

condições para sermos mais competitivos no mercado e adoptarmos políticas agressivas e de proximidade junto dos nossos clientes.No exercício económico de 2008 consolida-mos a implementação prática do Sistema Informatizado Integrado de Gestão que cons-titui, sem dúvida, um importante pilar para o desenvolvimento da qualidade e da eficiência da nossa boa gestão. Este sistema já está a ser implementado em todas a Direcções Exe-cutivas e possibilita o exercício de uma gestão humana, financeira, operacional e patrimonial rigorosa.Na perspectiva de angariar maiores volumes de tráfego definimos como estratégia envolver clientes em contratos de grandes volumes. Presentemente, estamos em fase adiantada de reabilitação de locomotivas por forma a melhorarmos a nossa capacidade de tracção e melhor servirmos os nossos clientes. Inici-ámos um ambicioso programa de reabilitação de 670 vagões nas nossas Oficinas Gerais, mas também pretendemos investir em va-gões novos, principalmente para transportar minérios e outras cargas de e para os países do Hinterland. Investimos recursos próprios para reabilitar a linha de Ressano Garcia e outras infra-es-truturas importantes para o nosso pleno fun-cionamento, bem como na área dos equipa-mentos de desenvolvimento tecnológico, quer de gestão quer de exploração operacional.Estamos fortemente apostados na melhoria da nossa capacidade de tracção para poder-mos responder à crescente procura de tráfego proveniente do Hinterland. Estamos a investir no sentido de aumentar a capacidade do Ter-minal de Petróleos do Porto de Maputo para oito milhões de metros cúbicos. Também es-tamos a trabalhar com o objectivo de criarmos uma reserva estratégica no Porto de Maputo e em Ponta Dobela, que é um dos projectos de expansão portuária que temos em carteira.Concebemos um plano de negócios bastante arrojado, o qual queremos ver integralmente cumprido o mais breve possível. Para alcan-çarmos este objectivo temos de ser rigorosos e pró-activos, por forma a que a sua execu-ção seja bem sucedida e os nossos serviços se tornem mais eficazes, competitivos e efi-cientes. No Porto da Beira todos os esforços estão a ser desenvolvidos no sentido de aprofundar-mos os canais de acesso e construirmos um terminal dedicado para o manuseamento do carvão de Moatize, que vai ser exportado em quantidades próximas dos 20 milhões de to-

neladas por ano, a serem atingidas num hori-zonte de aproximadamente 10 anos. Ainda no domínio dos investimentos, devo salientar que reabrimos em 2008 a ligação ferroviária entre o Porto da Beira e Marro-meu, na estratégica Linha Férrea de Sena. A reconstrução da Linha de Sena representa o desencravar do Vale do Zambeze e o concreti-zar de um sonho de há 25 anos. Continuámos a trabalhar arduamente na perspectiva de que as obras de reconstrução daquela via férrea sejam concluídas em Dezembro de 2009. É fundamental para o País e para a região que esta Linha seja inseminadora do desenvolvi-mento económico, social e humano. Tem sido preocupação permanente da em-presa desenvolver uma política social dirigida aos trabalhadores e às suas famílias, e é nes-sa perspectiva que pelo segundo ano conse-cutivo atribuímos o décimo quarto salário em reconhecimento do contributo de todos para o bom desempenho do CFM. O nosso desejo e ambição é apostar sempre na qualidade de vida dos nossos trabalhadores. Pretendemos oferecer maior dignidade laboral a todos e continuar a fazer do CFM um exemplo à se-guir e motivo de orgulho para os profissionais que aqui trabalham.O nosso horizonte é vasto. Com o empenho e dedicação continuaremos, espero, a registar resultados positivos e a contribuir decisiva-mente para o crescimento económico de Mo-çambique. Continuaremos a fazer, de forma redobrada, aquilo que o País espera de nós. Vamos gerar desenvolvimento e participar do esforço para que todos vivam mais felizes e com dignidade, longe do espectro da pobreza que ainda afecta muitos moçambicanos.

rui Cirne Fonseca

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Dr. Abdul Aziza Administrador Não Executivo (Representante do Ministério das Finanças)

Eng. Domingos BaínhaAdministrador Executivo

Eng. Adelino MesquitaAdministrador Executivo

Eng. Rui Fonseca Presidente

Dra. Marta MapileleAdministradora Executiva

Dr. Osório LucasAdministrador Executivo

> conselho de administração

Sr. Matias Mboa Vogal

Dr. João Dias Loureiro Presidente

Dr. Carlos TajúVogal

> conselho Fiscal

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> rElatório e Contas 2008

Conselho de Administração Conselho Fiscal

Inspecção Geral

Auditoria Interna

Direcção de Gestão de

Participações

Direcção de Património

Direcção de Recursos

Humanos

Delegação de xai-xai

Delegação de Inhambane

Delegação da Zambézia

Direcção de Administração

e Finanças

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> rElatório e Contas 2008

Direcção de Planeamento Estratégico e

Desenvolvimento de Negócios

> estrutura orgânica do cFM

Secretariado Geral

Direcção de Estudos e Projectos

de Engenharia

Direcção de Informática

Direcção Executiva Sul

Direcção Executiva Centro

Representação de Manica

Representação de Tete

Delegação de Cabo Delgado

Direcção Executiva Norte

Delegação de Nacala

Representações Comerciais

no Estrangeiro• África do Sul• Swazilândia• Zimbabwe

Gabinete de Assessoria

Jurídica

Gabinete de Comunicação

e Imagem

Gabinete de Consultores e Assessores

LEGENDA(1) Unidade Técnica de Gestão de Redes e Equipamentos(2) Unidade Técnica da Força de Trabalho(3) Brigada de Reconstrução da Linha de Sena(4) Brigada de Reabilitação de Infra-estruturas da Rede Ferroviária Sul(5) Unidade Técnica de Combate ao Sida

UTEGRE(1)

UTFT(2)

BRLS(3)

BRIS(4)

UTCS(5)

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> rElatório e Contas 2008

a grande missão do novo CFM é reconstruir o sistema de transporte ferro-portuário, para que ele seja moderno, competitivo, eficiente, orientado para o mercado e financeiramente viável.

Cabe ao CFM o papel de investidor, promotor e fomentador do desenvolvimento estratégico das infra-estruturas ferro-portuárias. o CFM não deixa por completo a função de operador. vai continuar a operar alguns terminais que não serão concessionados, como sejam os terminais de combustíveis e de granéis sólidos.

Por outro lado, o CFM passa a diversificar a sua intervenção empresarial, como forma de promover a sua sustentabilidade a longo prazo e de rentabilizar os seus activos. deste modo alargará a sua participação para sectores como o turismo, transporte aéreo, indústria de construção, gestão imobiliária e sector financeiro, rentabilizando os activos que possui e que constituem o seu património secular.

os objectivos do novo CFM, à luz do Contrato-Programa assinado entre o Governo, em representação do estado, e o seu Conselho de administração, são:

• Promover e desenvolver as infra-estruturas ferro-portuárias e serviços;

• Promover o desenvolvimento das actividades de transporte e logística através da participação incrementada do sector privado na sua operação e gestão;

• envolver-se, em associação com o sector privado, na operação dos sistemas ferro-portuários de forma sustentável, segura, eficiente e proveitosa para o transporte de passageiros e carga e prestação de serviços portuários;

• Maximizar a racionalização dos seus activos.

> Missão e objectivos

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> rElatório e Contas 2008

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> introduçãoo Presente relatório tem por objectivo reportar as principais realizações e resultados económico-financeiros da empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique, E.P. – CFM, no exercício eco-nómico do ano de 2008.Ao nível da área produtiva registou-se no exercício de 2008 um crescimento dos proveitos operacionais na ordem dos 12%, com-parativamente a igual período de 2007. Contudo, nos resultados de tesouraria esse aumento não é totalmente visível devido ao incum-primento no pagamento das rendas das concessões por parte das concessionárias MPDC e CDN.Relativamente aos custos operacionais, a empresa registou um incremento de 20%, tendo como principais causas o aumento dos custos de combustíveis, o aumento das remunerações e o aumento das provisões devido ao incumprimento por parte de algumas con-cessionárias e outros clientes.O nosso resultado (antes de depreciações, resultados financeiros e extraordinários) foi da ordem dos 426,2 milhões de Meticais, o que significa uma diminuição de 21% comparativamente a 2007. Se tivermos em conta os constantes aumentos dos preços de com-bustíveis e as flutuações do câmbio da nossa moeda em relação ao Rand Sul-Africano e ao Dólar Norte-Americano, principais moedas

de referência nas nossas transacções, pode-se concluir que a em-presa teve um desempenho muito positivo. O resultado líquido final do exercício revela um lucro da ordem dos 39,6 milhões de MT, isto é, cerca de 32,3% do lucro atingido no exercício anterior.Em Moçambique as primeiras estimativas apontam para um cres-cimento da produção nacional global de 6,0% em 2008, segundo o Ministério da Planificação e Desenvolvimento. Dados do INE indicam que o PIB em 2008 cresceu 8,6%, após os 7,3% registados em 2007.Na região Austral, a África do Sul, um dos nossos principais parcei-ros, registou um crescimento do seu Produto Interno Bruto em 2008 na ordem de 3%, apesar da crise mundial que se vive actualmente. Relativamente ao Zimbabwe, onde o CFM possui alguns investimen-tos e relações comerciais, a crise que se vive neste país continua a afectar o plano de negócios da empresa, com grande influência na sua tesouraria.Apesar de os factores adversos que pesam sobre a economia nacio-nal e mundial, situação a que a nossa empresa não pode ficar alheia, o CFM tem procurado sempre (e tem-no conseguido) melhorar o seu desempenho em prol do crescimento económico do País e do combate à pobreza absoluta, tendo para isso, durante o ano 2008, participado de forma directa em acções de responsabilidade social.

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> rElatório e Contas 2008

> resultados operacionais

Manuseamento de Carga e ContentoresManuseamento de CargaForam manuseadas no global 11.643,3 mil toneladas métricas contra os 11.086,0 mil toneladas métricas do ano anterior, representando um crescimento de 5,0% (+557.3 mil toneladas métricas).

Comparativamente ao ano anterior, registámos os seguintes núme-ros:

• Porto de Maputo cresceu 8,0% (+548,6 mil toneladas métricas)• Porto da Beira cresceu 2,6% (+75,8 mil toneladas métricas)• Porto de Nacala decresceu 4,9% (-54,3 mil toneladas métricas)• Porto de Quelimane decresceu 23,3% (-20 mil toneladas

métricas)• Porto de Pemba cresceu 3,3% (+3,2 mil toneladas métricas)• Porto de Mocímboa da Praia cresceu 25,6% (+4 mil toneladas

métricas).O tráfego internacional representa 97,6% do total manuseado, registando o internacional de Moçambique (importações e exporta-ções) 54,2% e o em trânsito 43,3%. A cabotagem representa 2,1% e a baldeação 0,3%.

12.000,0

Manuseamento de Carga

Maputo Beira Nacala Quel. Pemba M. Praia Total

7.374,6 3.036,9 1.045,9 65,7 100,6 19,6 11.6436.826,0 2.961,1 1.100,2 85,7 97,4 15,6 11.0862007

2008

10.000,0

8.000,0

6.000,0

4.000,0

2.000,0

0,0

5,0%

12.000,0

Manuseamento de Carga

Maputo Beira Nacala Quel. Pemba M. Praia Total

80,8 72,4 58,5 16,7 19,7 0,0 248,14.397,7 1.069,5 699,4 49,0 80,9 19,6 6.316,1Int. Moc.

Cab.

10.000,0

8.000,0

6.000,0

4.000,0

2.000,0

0,0

2.896,2 1.895,0 252,6 0,0 0,0 - 5.043,8- - 35,3 - 0,0 - 35,3Bald.

Transito

7.374,6 3.036,9 1.045,9 65,7 100,6 19,6 11.643,3Total

No tráfego nacional (cabotagem) manusearam-se 248,1 mil tonela-das métricas, o que representa uma diminuição de 5,0% (-13,1 mil toneladas métricas) relativamente ao ano anterior. Contribuíram para esta diminuição, nomeadamente, os portos de:

• Nacala 22,3% (-16,8 mil toneladas métricas)• Quelimane 38,2% (-10,3 mil toneladas métricas)• Pemba 23,7% (-6,1 mil toneladas métricas).

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de adubo, milho, trigo, óleo vegetal, carga contentorizada e klinker pelo Malawi, as ex-portações de açúcar e as importações de car-ga contentorizada pela Zâmbia; e no Porto de Nacala contribuíram para o crescimento do tráfego de trânsito as exportações de açúcar e importações de combustíveis, óleo de soja, klinker e carga contentorizada.

No tráfego internacional Moçambique (expor-tações e importações) manusearam- -se 6.316,1 mil toneladas métricas, o que representa um aumento de 5,1% (+305,1 mil toneladas métricas) relativamente ao ano anterior.As exportações, ao manusearem 2.044,3 mil toneladas métricas, cresceram 21,1% (+355,9 mil toneladas métricas), relativamen-te ao ano anterior. Contribuíram para este crescimento os portos de:

• Maputo com 29,0%, (+326,7 mil toneladas métricas)

• Beira 25,1% (+51,1 mil toneladas métricas)

• Mocímboa da Praia 25,6% (+3,6 mil toneladas métricas).

No Porto de Maputo contribuíram para o crescimento as exportações de citrinos, de combustíveis, de sucata, de açúcar, de milho, de carga diversa e de carga contentorizada; No Porto da Beira as exportações de açúcar, de citrinos, de sucata e de carga conten-torizada. As importações, ao manusearem 4.271,8 mil toneladas métricas, decresceram 1,2% (-50,8 mil toneladas métricas) relati-vamente ao ano anterior. Contribuíram para este decréscimo:

• Porto da Beira 1,1%, (-8,9 mil toneladas métricas)

• Porto de Nacala 12,9% (-70,8 mil toneladas métricas)

• Porto de Quelimane 1,0% (- 0,1 mil toneladas métricas).

No tráfego em trânsito manusearam-se 5.043,8 mil toneladas métricas represen-tando um crescimento de 5,3% (+252,9 mil toneladas métricas) relativamente ao ano anterior. Contribuíram para este crescimento os portos de:

• Maputo 7,0%, (+188,6 mil toneladas métricas)

• Beira 1,6% (+29,8 8,9 mil toneladas métricas)

• Nacala 15,8% (+34,5 mil toneladas métricas).

No Porto de Maputo contribuíram para o crescimento as exportações o carvão, os citrinos, a magnetite, o granito, o ferro- -crómio, as ferroalloys, e os toros de madeira da África do Sul, as exportações de citrinos da Suazilândia e as importações de enxofre pelo Zimbabwe; no Porto da Beira contribu-íram para o crescimento as importações de combustível, de carga contentorizada e de carga diversa pelo Zimbabwe, as importações

21%Malawi

4%Zâmbia

49%África do Sul

23%Zimbabwe

Manuseamento nos terminais sob gestão directa do CFMManusearam-se nos Terminais sob ges-tão directa do CFM 4.024,0 mil toneladas métricas, representando 34,6% do total manuseado em todos os portos do País e um crescimento de 6,4% (+241,6 mil toneladas métricas) relativamente a igual período do ano anterior.

103 ton. métricas

MaPuto BEira naCala QuEliManE PEMBa M. da Praia total

tErMinais 2008 2007 2008 2007 2008 2007 2008 2007 2008 2007 2008 2007 2008 2007

CARGA GERAL 51,9 37,4 100,6 97,4 19,6 15,6 172,2 150,4

CEREAIS 232,3 181,3 232,3 181,3

ALUMíNIO 1.818,2 1.901,2 1.818,2 1.901,2

COMBUSTíVEIS 664,5 448,2 954,6 940,4 170,0 148,3 12,3 12,6 1.801,3 1.549,5

total 2.714,9 2.530,7 1.006,5 977,7 170,0 148,3 12,3 12,6 100,6 97,4 19,6 15,6 4.024,0 3.782,4

Porto de Maputo Foram manuseadas 2.714,9 mil toneladas métricas contra 2.530,7 mil em igual período do ano anterior, representando um cresci-mento de 7,3% (+184,2 mil toneladas métri-cas). No Terminal de Cereais manusearam- -se 232,3 mil toneladas em 2008 contra os 181,3 mil em 2007, representando um cresci-mento de 28,1% (+51 mil toneladas métricas).No Terminal de Alumínio manusearam-se 1.818,2 mil toneladas métricas contra 1.901,2 mil manuseadas no ano anterior, repre-sentando um decréscimo de 4,4% (-83 mil toneladas métricas).

103 ton. métricas

Produtos 2008 2007alumínio 537,9 549,4alumina 1.037,9 1.080,6Pet coke 198,9 224,0Pitch 43,5 47,2total 1.818,2 1.901,2

No Terminal de Combustíveis manusearam- -se 664,5 mil toneladas métricas contra os 448,2 registados em 2007, representando um aumento de 48,3% (+216,3 mil toneladas métricas).103 ton. métricas

Produtos 2008 2007Combustíveis 595,1 374,1Gás Condensado 69,4 74,1total 664,5 448,2

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> rElatório e Contas 2008

Porto da beiraNo Terminal de Combustíveis manusearam- -se 954,6 mil toneladas métricas contra os 940,4 manuseados no ano anterior, repre-sentando um crescimento de 1,5% (+14,2 mil toneladas métricas).No Terminal de Carga Geral (Cais 8) incluem- -se outros granéis líquidos (sebo, melaço e óleo vegetal), tendo-se manuseado 51,9 mil toneladas métricas contra os 37,4 mil de 2007, representando um crescimento de 38,8% (+14,5 mil toneladas métricas).

Porto de nacalaManusearam-se 170,0 mil toneladas métri-cas de granéis líquidos contra os 148,3 mil do ano anterior, representando um crescimento de 14,6% (+21,7 mil toneladas métricas).

Porto de quelimane Manusearam-se 12,3 mil toneladas métricas de granéis líquidos contra os 12,6 mil do ano anterior, representando um decréscimo de 2,4% (-0,3 mil toneladas métricas).

Porto de PembaManusearam-se 100,6 mil toneladas mé-tricas contra os 97,4 mil do ano anterior, representando um crescimento de 3,3% (+2,9 mil toneladas métricas).

Porto de Mocímboa da PraiaManusearam-se 19,6 mil toneladas métricas contra as 15,6 mil do ano anterior, represen-tando um aumento de 25,6% (+4 mil tonela-das métricas).

Manuseamento nos terminais ConcessionadosNos Terminais sob gestão da concessionária manusearam-se 7.619,4 mil toneladas mé-tricas, representando 65,4% do total manu-seado em todos os Portos e um crescimento de 4,3% (+315,8 mil toneladas métricas) em relação a igual período do ano anterior. Os pormenores desse manuseamento encontra- -se expressos no quadro abaixo.

103 ton. métricas

MaPuto BEira naCala QuEliManE totaltErMinais 2008 2007 2008 2007 2008 2007 2008 2007 2008 2007CABOTAGEM 80,8 64,5 80,8 64,5MPdC 4.578,9 4.230,8 4.578,9 4.230,8CARGA GERAL 2.429,2 2.245,2 946,8 1.103,0 356,4 475,7 53,3 73,1 3.785,7 3.896,9CARVOEIRA 0,0 0,0 0,0 0,0AÇO 0,0 0,0 0,0 0,0MELAÇO 0,0 6,0 0,0 6,0AÇÚCAR 340,3 399,9 340,3 399,9CARVÃO 731,5 725,5 731,5 725,5CONTENTORES 950,9 804,1 1.083,6 880,4 519,6 476,2 2.554,1 2.160,7CITRINOS 127,1 50,1 127,1 50,1total 4.659,7 4.295,3 2.030,4 1.983,4 875,9 951,8 53,3 73,1 7.619,4 7.303,6

Manuseamento de Contentores

Foram manuseados no global 225.419 Teu’s contra os 194.064 Teu’s do ano anterior, correspondendo a um crescimento de 16,2% (+31.355 Teu’s).

Em termos de evolução no manuseamento de contentores:

• Porto de Maputo cresceu 17,3% (+11.028 teu´s)

• Porto da Beira cresceu 20,4% (+14.549 teu´s)

• Porto de Nacala cresceu 11,4% (+5.083 teu´s)

• Porto de Quelimane decresceu 14,3% (-698 teu´s)

Manuseamento de Contentores

Maputo Beira Nacala Quel. Pemba M. Praia Total

74.792 85.716 49.770 4.172 9.295 1.674 225.41963.764 71.167 44.870 4.870 8.244 1.332 194.0642007

2008

250.000

TEU

's

200.000

150.000

100.000

50.000

0

16,2%

• Porto de Pemba cresceu 12,7% (+1.051 teu´s)

• Porto de Mocímboa da Praia cresceu 25,7% (+342 teu’s) relativamente ao perí-odo homólogo do ano anterior.

Em termos percentuais o tráfego internacio-nal representa 93,8% do total manuseado, sendo que o trânsito representa 19,8% e o internacional Moçambique (exportações e

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importações) 74,0%. A cabotagem representa 4,9% e a baldeação somente 1,3% do tráfego total.No tráfego nacional (cabotagem), manusearam-se 11.137 teu’s con-tra os 17.341 do período homólogo do ano anterior, o que representa um decréscimo de 35,8% (-6.204 teu’s).No tráfego internacional Moçambique (importações e exportações), manusearam-se 166.850 teu’s, correspondentes a um crescimento de 23,1% (+31.362 teu’s) relativamente ao período homólogo do ano anterior.No tráfego em trânsito manusearam-se 44.553 teu’s, corresponden-tes a um crescimento de 14,5% (+5.654 teu’s) relativamente ao período homólogo do ano anterior.

Contentorização de CargaO volume de carga contentorizada, relativamente ao período homó-logo do ano anterior, cresceu 16,7% (+390,0 mil toneladas métricas) e o seu peso no global da carga manuseada passou de 21,1% para 23,4% no presente período.

103 Toneladas métricas

2008 2007Carga em contentores 2.729.9 2.337,9Carga total 11.643,3 11.086,0% de contentores 23,4% 21,1%

transporte ferroviário de Carga e de Passageiros

transporte de CargaForam realizadas 694,8 milhões de toneladas quilómetros contra as 736,3 milhões do ano anterior, representando um decréscimo de 5,6% (-41,5 milhões de tonela-das quilómetros). Deste tráfego, 196,5 milhões de toneladas-km foram realizadas nas Linhas sob gestão da concessionária e 498,2 milhões de toneladas-km nas Linhas sob gestão do CFM. O tráfego internacional representa 88,4% do global realizado, en-quanto que o nacional represen-ta 11,6%.Este tráfego ferroviário de carga corresponde a um volume de 4.351,9 mil toneladas líquidas transportadas contra os 3.822,4 mil do ano anterior, represen-tando um crescimento de 13,9% (+529,6 mil toneladas líquidas). Nas Linhas sob gestão do CFM transportaram-se 3.806,1 mil toneladas líquidas e nas sob gestão das concessionárias (CFM-Centro e CFM-Norte) 545,8 mil toneladas.

No tráfego nacional transportaram-se 873,3 mil toneladas líquidas, representando um crescimento de 53,1% (+303,0 mil toneladas líquidas) relativamente ao período homólogo do ano anterior.No tráfego internacional transportaram-se 3.478,6 mil toneladas líquidas, representando um crescimento de 7,0% (+226,6 mil tonela-das líquidas) relativamente ao período homó-logo do ano anterior. Os motivos deste bom desempenho estão reflectidos na avaliação a seguir apresentada.

desempenho das linhas sob gestão directa do CFMNas Linhas sob gestão do CFM transpor-taram-se 3.806,1 mil toneladas líquidas, representando 87,5% do global transportado em todas as Linhas e um aumento global de 27,3% relativamente ao ano anterior.

descrição 2008 2007 VariaçãoLinha de Goba 673,1 463,9 +45,1%Linha de Ressano Garcia 2.571,7 2.006,7 +28,2%Linha do Limpopo 561,2 518,3 +8,3%total 3.806,1 2.988,9 +27,3%

Na Linha de Goba transportaram-se 673,1 mil toneladas líquidas, sendo 532,4 mil toneladas líquidas de tráfego nacional e 140,7 mil tone-ladas de tráfego internacional, havendo um aumento global de 45,1% (+209,2 mil tonela-das líquidas) relativamente ao período homó-logo do ano anterior. No tráfego internacional registaram-se aumentos dos volumes de carvão, ferro-crómio e carga contentorizada e no tráfego nacional aumentou o transporte dos volumes de calcário, bentonite, pedra, travessas, balastro e carga diversa.Na Linha de Ressano Garcia transportaram- -se 2.571,7 mil toneladas líquidas, sendo 55,8 mil toneladas líquidas de tráfego nacional e 2.516,0 mil toneladas de tráfego internacio-nal, havendo um aumento global de 28,2% (+565,0 mil toneladas líquidas) relativamente ao período homólogo do ano anterior. No tráfego nacional registou-se um aumento nos volumes de pedra, travessas, balastro, carga diversa e recovagens, e no tráfego internacio-nal registou-se um crescimento significativo nos volumes transportados de carvão, aço, citrinos, gesso, milho, magnetite, ferro- -crómio, soja, paletes, bentonite, enxofre, algodão e combustível. Na Linha do Limpopo transportaram-se 561,2 mil toneladas líquidas, sendo 168,4 mil toneladas líquidas de tráfego nacional e 392,8 mil toneladas líquidas de tráfego internacio-

800,0

Tráfego Ferroviário de Carga

Goba R. Gar. Limp. CFM-S CFM-C CFM-N Total

51,9 226,0 220,3 498,2 81,3 115,3 694,839,5 176,5 237,0 453,0 156,7 126,6 736,32007

2008

700,0

600,0

500,0

300,0

100,0

400,0

200,0

0,0

5,6%

106 T

KM

4.500,0

Railway Cargo Traffic

Goba R. Gar. Limp. CFM-S CFM-C CFM-N Total

673,1 2.571,7 561,2 3.806,1 300,9 244,9 4.361,9463,9 2.006,7 518,3 2.988,9 543,0 290,5 3.822,42007

2008

4.000,0

3.500,0

3.000,0

2.000,0

1.000,0

2.500,0

1.500,0

0,0

500,0

13,9%

103 L

iqui

d To

nnes

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> rElatório e Contas 2008

nal, havendo um crescimento global de 8,3% (+42,9 mil toneladas líquidas) relativamente ao período homólogo do ano anterior. No tráfego nacional registou-se um crescimen-to de 61,4% (+64,1 mil toneladas líquidas), com destaque para os volumes tranportados de açúcar, recovagens, travessas, algodão, balastro e pedra; no tráfego internacional registou-se um decréscimo de 5,1% (-21,2 mil toneladas líquidas), com destaque para os volumes de ferro-crómio, asbestos, bento-nite, carris e adubo.

desempenho nas linhas sob gestão das ConcessionáriasNas linhas sob gestão das concessionárias (CFM-Centro e CFM-Norte) transportaram- -se 545,9 mil toneladas líquidas representan-do 12,5% do global transportado em todas as Linhas e uma redução global de 34,5% rela-tivamente ao ano anterior conforme indica a tabela seguinte:

103 Ton. líquidas

descrição 2008 2007 VariaçãoLinha de Machipanda 300,9 543,0 -44,6%Linha do Norte 244,9 290,5 -15,7%total 545,9 833,5 -34,5%

Na linha de Machipanda transportaram-se 300,9 mil toneladas líquidas, sendo 71,8 mil toneladas líquidas de tráfego nacional e 229,1 mil toneladas líquidas de tráfego internacio-nal, tendo-se registado um decréscimo glo-bal de 44,60% (-242,1 mil toneladas líquidas)

relativamente ao período homólogo do ano anterior. No tráfego nacional decresceram os volumes transportados de toros de madei-ra, milho, carvão mineral, refrescos, carris e klinker; no tráfego internacional decres-ceram os volumes transportados de granito, ferro-crómio, carga contentorizada, adubo, gasóleo, sebo e trigo.Na Linha do Norte transportaram-se 244,9 mil toneladas líquidas, sendo 44,9 mil tone-ladas líquidas de tráfego nacional e 200,0 mil de tráfego internacional, registando-se um decréscimo global de 15,7% (-45,5 mil tone-ladas líquidas) relativamente ao período ho-mólogo do ano anterior. No tráfego nacional assistiu-se a uma redução de 30,8% (-19,9 mil toneladas líquidas). No tráfego interna-cional assistiu-se a um decréscimo de 11,3% (-25,6 mil toneladas líquidas) com destaque para os volumes transportados de chá e ta-baco em contentores, batata, açúcar, ervilha em contentores, sal, milho, adubo, óleo de palma, cimento e diversos contentores.

distribuição do tráfego internacional

6%Malawi

4%Suazilândia

72%África do Sul

18%Zimbabwe

4.500,0

Transporte Ferroviário de Carga

Goba R. Gar. Limp. CFM-S CFM-C CFM-N Total

532,4 55,8 168,4 756,6 71,8 44,9 873,3140,7 2.516,0 392,8 3.049,5 229,1 200,0 3.478,6Transit.

Nac.

4.000,0

3.500,0

3.000,0

2.000,0

1.000,0

2.500,0

1.500,0

0,0

500,0

673,1 2.571,7 561,2 3.806,1 300,9 244,9 4.351,9Total

103 To

n. L

íqui

das

transporte de Passageiros

2.500.000

Tráfego Ferroviário de Passageiros

R. Gar. Limp. CFM-S CFM-C CFM-N Total

697.784 632.687 1.330.471 205.687 542.687 2.078.209474.501 542.584 1.017.085 146.300 557.071 1.720.4652007

2008

2.000.000

1.500.000

500.000

1.000.000

0

20,8%

Pass

agei

ros

120,0

Tráfego de Passageiros

R. Gar. Limp. CFM-S CFM-C CFM-N Total

24,2 23,1 47,2 2,4 64,0 113,616,0 21,4 37,4 2,5 66,2 106,12007

2008

100,0

80,0

60,0

20,0

40,0

0,0

7,1%

103 T

PKM

Realizaram-se 113,6 milhões de passageiros quilómetros contra 106,1 milhões em igual período do ano anterior, representando um crescimento de 7,1% (+7,5 milhões de pas-sageiros quilómetros). Este tráfego corres-ponde a 2.078.209 passageiros transportados contra os 1.720.456 em igual período do ano anterior, o que representa um crescimento de 20,8%.

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Concessões Como a experiência tem demonstrado, a gestão das concessões é um processo extremamente complexo, dos pontos de vista técnico, legal e financeiro, porque envolve in-teresses privados, estrangeiros e nacionais, nem sempre alinhados com os interesses do País e do CFM, sendo, por isso, urgente reflectir profundamente sobre o assunto e adoptar medidas e mecanismos eficazes para a sua boa gestão.Sem prejuízo de outras ideias que resultem dessa reflexão, consideramos que existe, como medida mínima um imperativo de acção concertada, harmoniosa e comum, inter-institucional para fazer cumprir os acordos de concessão e travar as anomalias e as irregularidades graves existentes. Há que reforçar o poder institucional do CFM na fiscalização das concessões, inclusive por via legislativa, pois esta entidade actua, verdadeiramente, como braço executivo do Governo nessa matéria.

estrutura da Força de trabalho Uma vez concluído o processo de racionaliza-ção da força de trabalho, estão em processo de finalização os novos instrumentos de ges-tão dos Recursos Humanos, nomeadamente o Manual de Procedimentos, o Regulamento Interno, a sua Estrutura Orgânica e Funcio-nal, bem como a de Carreiras Profissionais do CFM.Presentemente, de um universo de 2450, o CFM tem 1595 trabalhadores contratados a prazo indeterminado, do qual constam 839 contratados a prazo certo ou incerto e 16 estagiários pré-profissionais.Esta força de trabalho distribui-se da se-guinte forma: 1009 trabalhadores na área ferroviária, 412 na área de apoio e 174 na área portuária.Decorrem neste momento os trabalhos conclusivos da elaboração do Quadro de Pes-soal da empresa, que servirá de base para a avaliação do desempenho de todos os trabalhadores da empresa para o enqua-dramento daqueles que forem seleccionados para integrarem o Quadro de Pessoal.

> Projecto de reestruturação do cFM

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> rElatório e Contas 2008

Projectos prioritáriossistema Ferro-Portuário do sul

• Recondicionamento e reconversão de um parque de 45 locomotivas (US$ 31 milhões) e reabilitação e requalificação das Oficinas Gerais do CFM-Sul de modo a certificá-las com a Norma ISO 14001 (US$ 3 milhões).

• Reabilitação total de 670 vagões.• Aquisição de três Automotoras Triplas,

com capacidade de 173 passageiros cada, num investimento de cerca de 1.6 milhões de Euros, provenientes de fundos próprios da Empresa. Com a introdução deste serviço de transporte seguro, rápido e de grande comodidade, o CFM cumpre, uma vez mais, o seu papel de responsabilidade social.

• Projecto de remodelação do sistema de controlo de tráfego e gestão de frota orçado em cerca de USD 4 milhões. Este projecto está essencialmente virado para a área de exploração ferroviária e permi-tirá que a operação informe, em tempo real, os nossos clientes sobre a localiza-ção exacta das suas cargas e o momento preciso em que as vão receber.

• Construção de um novo Terminal de Granito no Porto de Maputo.

• Construção de um novo Terminal de Ferro-Crómio no Porto de Maputo.

• Expansão do Terminal de Contentores do Porto de Maputo.

• Construção da segunda fase do Terminal de Viaturas no Porto de Maputo.

• Expansão do Terminal de Carvão/Magne-tite no Porto Industrial da Matola.

Projecto Ponta dobelaO projecto ‘Ponta Dobela’ tem por objecto a construção, manutenção e operação de um Porto em Ponta Techobanine, no âmbito do desenvolvimento da actividade industrial, comercial, turística, bem como dos acessos ferroviário e rodoviário através de sub-pro-jectos específicos na zona franca industrial.O projecto ocupará uma área global de 22.382,4 hectares para o desenvolvimento da zona económica especial. O valor do inves-timento está orçado em USD 500 milhões, dos quais USD 15 milhões constituirá investi-

mento nacional a desembolsar pelo CFM.Prevê-se, numa primeira fase, a constru-ção de uma armazenagem estratégica de combustíveis para sua distribuição na região e, posteriormente, a implementação de um porto comercial para manuseamento, em especial, de minerais.

sistema Ferro-Portuário do Centro• Projecto de Reconstrução da Linha de

Sena (USD 194 milhões; que poderá atingir USD 400 milhões, para poder satisfazer o tráfego adicional do carvão de Moatize).

• Dragagem de Emergência dos Canais de Acesso, Cais, Bacias de Manobras de modo a aprofundá-los para -8 metros, para que possam atracar navios até 60.000 DWT. Parte das areias resultante da dragagem será utilizada para fazer um aterro hidráulico na área do futuro Terminal de Carvão. Este investimento orçado em 43 milhões de USD é co-financiado pelo BEI (Banco Europeu de Investimento), ORET (Agência de De-senvolvimento Internacional dos Países Baixos) e CFM.

• Aquisição de uma Draga Oceânica com capacidade de 2000 m3 para fazer a manutenção do canal de acesso ao Porto da Beira, cais e bacias de manobras após terem sido dragados até à quota de -8 metros. Este investimento está orçado em 35 Milhões de Euros, financiados pela DANIDA.

• Construção de um Terminal de Cereais no Porto da Beira – BGT (USD 12 mi-lhões).

• Construção de um novo Terminal no Por-to da Beira dedicado ao manuseamento do carvão de Moatize, que vai ser ex-portado em quantidades próximo dos 20 milhões de toneladas por ano, a serem atingidas num horizonte de aproximada-mente 10 anos.

Planeamento estratégico e Gestão dos negóciosEsta actividade está orientada para estudar com particular atenção o nosso relaciona-mento com o Shipping internacional que hoje domina toda a corrente logística e

> Programa de investimentos

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de transportes. Nos estudos já realizados dedicamos particular atenção à tipologia e às características da intermodalidade, para que possamos maximizar impactos de fluxos de tráfego através dos nossos portos e das vias ferroviárias, assumindo um papel mais activo e contundente na promoção dos nossos ser-viços face às características geo-estratégicas de excelência que o nosso País oferece ao mercado regional. Neste contexto, estamos a explorar vias de interface entre as potencialidades da nossa costa, das nossas baías, das nossas ense-adas, dos nossos portos, actuais e futuros, e o Shipping Internacional, bem como a sua complementaridade com a indústria marí-tima e de turismo. Esta acção, e os estudos exploratórios, estão inseridos no contexto da diversificação das nossas actividades e negócios.

Participações FinanceirasO envolvimento do sector privado na gestão de infra-estruturas ferro-portuárias consti-tuiu uma das vertentes que nortearam a estratégia de reestruturação do CFM. Para além disso, no âmbito da diversificação das actividades da empresa para a rentabilização dos seus activos, o CFM participa noutros empreendimentos e iniciativas.Assim, o CFM possui participações nas se-guintes Sociedades:

sociedades Participadas% do capital social detida pelo CFM

Cimentos de Moçambique, SARL 4.0Cornelder de Quelimane, SARL 49.0MIPS, SARL 33.0SDCM – Soc. De Desenvolv. do Corredor de Maputo, SARL

27.5

Cornelder de Moçambique, SA 33.0Central East African Railways 49.0Airplus, SARL 18.4Terminal de Cabotagem de Maputo 49.0Bukusha, Lda 49.0Transmarítima de Maputo 10.0Transcarga, SARL 17.0xitimela Leasing Limited 67.5CFM-Transporte e Trabalhos Aéreos 100.0CCFB – Companhia dos Caminhos de Ferro de Moçambique

49.0

STM – Sociedade de Terminais de Moçambique 27.5

CDN – Corredor do Norte SARL 49.0MPDC – Sociedade de Des. Do Porto de Maputo 49.0

Terminal de Granitos 50.0

De notar que uma parte destas Sociedades participadas apresentam já capitais próprios negativos, pelo que foram constituídas, nas contas do CFM, provisões no montante da sua participação nessas Sociedades.

resultados Económico-FinanceirosDemonstração de Resultados em 31.12.07 e em 31.12.08(Expresso em Milhares de Meticais)

ProVEitos 2007 2008VENDA DE MEIOS CIRCULANTES MATERIAIS 300VENDA DE SERVIÇOS 1,881,782 2,106,487INVESTIMENTOS REALIZADOS P/EMPRESA 17,645 16,388OUTROS PROVEITOS 86,931 106,213total dos ProVEitos 1,986,658 2,229,088 Custos CUSTOS DOS MATERIAIS CONSUMIDOS 39,832 23,459REMUNERAÇÕES AOS TRABALHADORES 439,092 540,801FORNECIMENTO E SERVIÇOS DE TERCEIROS 808,797 918,767IMPOSTOS E TAxAS 8,889 8,402AMORTIZAÇÕES DO ExERCíCIO 536,678 582,608PROVISÕES DO ExERCíCIO 94,618 248,429OUTROS CUSTOS E PERDAS OPERACIONAIS 58,424 63,417total dos Custos 1,986,330 2,385,523 rEsultados oPEraCionais 328 (156,435)RESULTADOS FINANCEIROS 157,798 240,013RESULTADOS ExTRAORDINÁRIOS DO ExERCíCIO 33,417 26,781RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS 191,543 110,359IRPS -68,881 (70,791) rEsultado lÍQuido do EXErCÍCio 122,662 39,568

Balanço em 31.12.2007 e 31.12.2008(Expressa em Milhares de Meticais) 2007 2008aCtiVo CorrEntE 3,355,747 3,613,097

ExISTÊNCIA 94,022 79,363CLIENTES 828,193 876,770DEVEDORES 232,862 272,307CAIxA E BANCOS 1,958,963 2,173,179ACRÉSCIMOS DE PROVEITOS E CUSTOS DIFERIDOS 241,707 211,478

PassiVo CorrEntE 1,132,745 1,103,441

EMPRÉSTIMOS 63,421 49,295FORNECEDORES 97,913 93,510CREDORES 93,326 86,706ACRÉSCIMOS DE CUSTOS E PROVEITOS DIFERIDOS 878,085 873,930

aCtiVo FiXo 21,686,238 21,909,914

IMOBILIZAÇÕES FINANCEIRAS 180,459 190,109MEIOS IMOBILIZADOS LíQUIDOS 21,505,779 21,719,805

total dE aPliCaçÕEs 23,909,240 24,419,570 PassiVo dE MÉdio E longo PraZo 1,933,697 2,125,416

EMPRÉSTIMOS 16,902 21,156FINANCIAMENTOS DO ESTADO 1,916,795 2,104,260

Fundos PróPrios 21,975,543 22,294,154

RESERVA PARA INVESTIMENTO 13,559 93,289RESERVA LEGAL 2,606 14,873RESERVA-FUNDO SOCIAL DOS TRABALHADORES 2,606 14,873FUNDO DE CONSTITUIÇÃO 1,242,981 1,242,981RESERVA DE REAVALIAÇÃO 20,164,429 20,443,471RESULTADOS TRANSITADOS 426,700 445,099RESULTADOS DO ExERCíCIO 122,662 39,568

total dE rECursos 23,909,240 24,419,570

> Demonstrações Financeiras do exercício

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> rElatório e Contas 2008

análise de resultados Económicos e FinanceirosProveitosOs proveitos totais da empresa no ano 2008 (excluindo as receitas financeiras e extraor-dinárias) foram de 2.229,1 milhões de Meti-cais (mais 242,4 milhões de Meticais do que em 2007), correspondendo a um crescimento de cerca de 12%, principalmente devido ao aumento dos proveitos resultantes da venda de serviços.

CustosO volume total dos custos operacionais no ano 2008 (antes das depreciações e custos financeiros) foi de cerca de 1.802,9 milhões de Meticais e indicam um aumento em cerca de 24% em relação a 2007. Tal aumento resulta fundamentalmente da criação de provisões em consequência do incumprimen-to de alguns clientes no pagamento das suas

dívidas (concessionárias e outros clientes) e em consequência da melhoria das remune-rações.

resultadosO Lucro Operacional de 2008 (antes das depreciações, resultados extraordinários fi-nanceiros) foi negativo no montante de 156,4 milhões de Meticais contra os 0,33 milhões de Meticais positivos de 2007. Esta redução é fundamentalmente explicada pela melhoria salarial (aumento dos custos com remunera-ções), pelo aumento das provisões e também pela oscilação cambial (negativa para o CFM) das principais moedas de referência do CFM.Com a inclusão das depreciações e resulta-dos financeiros e extraordinários, a empresa obteve um resultado positivo líquido final de cerca de 39,6 milhões de Meticais, contra os 122,7 milhões de Meticais de 2007, isto é, atingiu-se um resultado líquido final corres-pondente a 32,3% do atingido em 2007.

análise dos rácios de gestãorácio de liquidez GeralMostra uma evolução positiva, ao crescer de 296% para 327% entre os anos 2007 e 2008. A redução dos devedores entre os dois anos em análise contribuiu para o melhoramento deste rácio.rácio de trabalho (exclui amortizações)Mostra um aumento, ao passar de 0,73 para 0,81 do ano 2007 para o ano 2008. A variação deste rácio é explicada pelo aumento dos custos.rácio operacional (inclui amortizações)Registou uma variação negativa, ao passar de 1,0 em 2007, para 1,07 em 2008. Esta variação é explicada por um aumento dos custos operacionais em 20%, não compen-sada com o aumento dos proveitos, que foi apenas de 12%.

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• O CFM tem um papel crucial como instrumento do Estado e do Governo na efectivação de uma política de fomen-to ao desenvolvimento integrado e global do País. Neste quadro, há que estruturar, a longo prazo, o modelo de transportes e de comercialização com uma política sectorial que assente, sobretudo, na rede ferro-portuária e no transporte marítimo de cabotagem.

• É preciso que seja repensado o modelo de transportede passageiros que é uma actividade intrinsecamente social, ga-rantindo a sua característica de serviço público, devendo, obviamente, o Estado comparticipar na sua sustentabilidade.

• Há um claro imperativo de acção concer-tada, harmoniosa e comum inter-institu-cional para fazer cumprir os acordos de concessão existentes e travar anomalias e irregularidades presentes, em tempo reportadas, constituindo isso uma defesa aos interesses nacionais.

• No âmbito do plano de expansão do sis-tema ferro-portuário nacional, os inves-tidores nacionais, públicos ou privados, devem deter uma participação maioritá-ria nas sociedades concessionárias.

• Riscos elevados de incumprimento de contratos de concessão, por parte de alguns investidores estrangeiros, daí a necessidade de acção coesa e articulada.

• O CFM entende que as Direcções Execu-tivas devem ter uma estrutura reduzida, mas capazes de virem, a prazo relativa-mente curto, a suprir eventuais defici-ências que venham a ser constatadas e que as concessionárias não resolvam satisfatoriamente.

• Revisão do Decreto 51/2000 de 21 de De-zembro, relativo à repartição das rendas das concessões.

• Tornar eficaz e célere o processo de transferência de reformados que aguardam a fixação das pensões, neste momento a cargo da empresa, para a responsabilidade do Estado.

• É imperiosa a definição e criação de dis-positivos legais que assegurem uma po-lítica fiscal especial para investimentos estratégicos do sector ferro-portuário.

• É também importante criar dispositivos legais que garantam a protecção, preser-vação e valorização de infra-estruturas, património imobilizado e móvel ferro- -portuário.

• Definir mecanismos claros de investi-mento e financiamento de infra-estrutu-ras ferro-portuárias.

• Reforçar o papel fiscalizador do CFM/ MTC nas concessões actuais.

• Prosseguir a política agressiva e contundente de Marketing, no sentido de maximizar a utilização das nossas acessibilidades e portos nacionais. Este é um factor fundamental e a garantia de sucesso da estratégia e da materializa-ção dos projectos de investimento e da expansão do sector.

• Promover o desenvolvimento e a expan-são da rede ferroviária na perspectiva de espinha dorsal das infra-estruturas de transporte, em função do desenvolvi-mento económico do País.

> Perspectivas

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> rElatório e Contas 2008

aneXos:Balanço e Demonstração de Resultados – 2008Demonstrações Financeiras em 31/12/2008, com Parecer do Auditor ExternoParecer do Conselho Fiscal

o Conselho de administraçãoEng. rui CirnE FonsECa Presidente do Conselho de administração

Eng. doMingos BaÍnha administrador executivo

dr. osório luCas administrador executivo

dra. Marta MaPilElE administradora executiva

Eng. adElino MEsQuita administrador executivo

dr. aBdul aZiZa administrador representante do Ministério das Finanças

> Proposta de aplicação de resultados

Embora a empresa tenha obtido em 2008 um resultado positivo de 39.568 milhares de Meticais, tal resultado não foi traduzido em entradas nas nossas contas. Com efeito, as receitas resul-tantes das facturações ao MPDC – Porto de Maputo e à CDN Corredor de Desenvolvimento do Norte, continuam a não ser pagas, o que tem criado grandes transtornos à tesouraria do CFM.Das receitas obtidas, tendo em conta o seu plano de desenvolvimento e crescimento, a empre-sa vai dar, durante o ano de 2008 e subsequentes, grande ênfase aos investimentos nas suas infra-estruturas e equipamentos, bem como ao pagamento dos juros ao Estado resultantes dos acordos firmados.

Assim, o Conselho de Administração, dando cumprimento ao preconizado no Artigo 29 dos Estatutos da empresa, propõe a seguinte aplicação do resultado líquido do exercício de 2008 no montante total de MT 39.568.122,89:

• 5% - Reserva Legal MT 1.978.406,14• 10% - Fundo para Fins Sociais MT 3.956.812,29• 85% - Reserva para Investimentos MT 33.632.904,46

Maputo, Julho 2009

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> Demonstrações Financeiras

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Relatório do Auditor Independente

Demonstrações de Resultados para o Exercício findo em 31 Dez. 2008

Notas sobre as Demosntrações Financeiras

Relatório dos Auditores Externos e do Conselho Fiscal

24252535

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> rElatório e Contas 2008

> relatório do auditor independente

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> rElatório e Contas 2008

notas 2008 2007activo correnteExistências 30 79.363 94.022Clientes 31 809.339 828.193Devedores 32 339.739 232.862Caixa e bancos 33 2.173.180 1.958.963Acréscimos de proveitos e custos diferidos 34 211.478 241.707

3.613.099 3.355.747Passivo correnteEmpréstimos bancários 35 49.295 63.421Fornecedores 36 93.510 97.913Credores 37 86.708 93.326Acréscimos de custos e proveitos diferidos 38 873.930 878.085

1.103.443 1.132.745activo corrente líquido 2.509.656 2.223.002Imobilizações financeiras 13 190.109 180.459Meios imobilizados líquidos 7 21.719.805 21.505.779

21.909.914 21.686.23824.419.570 23.909.240

Passivo de médio e longo prazoEmpréstimos bancários 35 21.156 16.902Financiamentos do Estado 39 2.104.260 1.916.795

2.125.416 1.933.697Fundos própriosReserva para investimento 22 93.289 13.559Reserva legal 22 14.873 2.606Reserva – fundo social dos trabalhadores 22 14.873 2.606Fundo de constituição 22 1.242.981 1.242.981Reserva de reavaliação 22 20.443.471 20.164.429Resultados transitados 22 445.099 426.700Resultado do exercício 39.568 122.662

22.294.154 21.975.54324.419.570 23.909.240

notas 2008 2007ProveitosVendas de meios circulantes materiais - 300Vendas de serviços 40 2.106.487 1.881.782Investimentos realizados p/ própria empresa 16.388 17.645Outros proveitos 41 106.213 86.931

2.229.088 1.986.658CustosCusto dos materiais consumidos 23.459 39.832Custos com o pessoal 42 540.801 439.092Fornecimentos e serviços de terceiros 43 918.767 808.797Impostos e taxas 8.042 8.889Amortizações do exercício 7 582.608 536.678Provisões do exercício 21 248.429 94.618Outros custos e perdas operacionais 63.416 58.424

2.385.522 1.986.330

resultados operacionais (156.435) 328resultados financeiros 26 240.013 157.798resultados extraordinários 27 26.781 33.417resultado antes de impostos 110.359 191.543irPC (70.791) (68.881)resultado líquido do exercício 39.568 122.662

A EMPRESA NACIONAL DE PORTOS E CAMI-NHOS DE FERRO DE MOÇAMBIQUE, E.E. era inicialmente uma Empresa Estatal, tutelada pelo Ministério dos Transportes e Comunica-ções, constituída através do Decreto nº 6/89 de 11 de Maio, tinha a sua sede em Maputo e encontrava-se implantada em grande parte do território nacional.

> notas sobre as Demonstrações Financeiras

Com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 1995, e ao abrigo do Decreto nº 40/94, de 18 de Setembro, a Empresa Estatal foi transfor-mada em empresa pública, passando a ter a designação de PORTOS E CAMINHOS DE FERRO DE MOÇAMBIQUE, E.P., sendo abre-viadamente denominada por CFM. O capital estatutário estabelecido pelo decreto supra-

citado foi de 1.242. 981 milhares de Meticais.A empresa tem como objecto principal, o serviço público de transporte ferroviário de passageiros e de mercadorias em territó-rio moçambicano com carácter regular e não regular, para além do manuseamento de mercadorias nos portos.

demonstração de resultados para o exercício Findo em 31 dez.2008

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Participação privada na gestão dos Portos e Caminhos de Ferro de MoçambiqueTem vindo a ser implementado um conjunto de acções no âmbito do Projecto de Rees-truturação do sector ferro-portuário em Mo-çambique, o qual inclui a cedência ao sector privado da gestão e da exploração em regime de concessão, dos sistemas ferro-portuários do País. Na concepção original do programa de con-cessões, exceptuavam-se deste esquema de envolvimento do sector privado, as acti-vidades consideradas de índole estratégica ou que não requerem grande tecnologia de operação e gestão, como por exemplo os Ter-minais de Combustíveis (e de outros líquidos a granel) em todos os portos internacionais, o Terminal de Cereais do Porto de Maputo. Estas unidades foram transformadas em centros de resultados específicos e devida-mente capacitados para gerirem o negócio com eficiência.Face aos graves problemas enfrentados em algumas das concessões já concretizadas, foi decidido, em finais de 2005, princípios de 2006, encerrar o processo de concessões das linhas férreas do Sul e do Porto de Pemba. Nesta base, continuarão a ser directamente exploradas pelo CFM as seguintes infra- -estruturas:• Linha Férrea de Ressano Garcia;• Linha Férrea do Limpopo;• Linha Férrea de Goba;• Secção comum às 3 linhas da Rede Sul

e zona de Manobras de Maputo;• Oficinas Gerais (CFM-Sul);• Terminal de Alumínio da Matola;• Terminais de Combustíveis (em todos

os portos nacionais);• Terminal de Cereais do Porto de Maputo;• Porto de Pemba; • Demais infra-estruturas e instalações não

incluídas nas concessões outorgadas.

Actualmente, as empresas já criadas para a exploração em regime de concessão ou sub-concessão de terminais específicos e de outras infra-estruturas, com envolvimento de parceiros do sector privado, são a seguir designadas:

Na zona Sul• Sociedade de Desenvolvimento do Porto

de Maputo (MPDC), que tem a concessão de exploração do Porto de Maputo e que absorveu as concessões e sub-concessões

de terminais específicos anteriormente cedidos pelo CFM, nomeadamente:• MIPS – Mozambique International Port

Services – (exploração do Terminal de Contentores);

• MPT – Maputo Produce Terminal (exploração do Terminal de Frutas);

• STAM – Sociedade Terminal de Açúcar de Maputo (exploração do Terminal do Açúcar);

• TCM – Terminal de Carvão da Matola – (exploração do Terminal de Carvão da Matola);

• BH – Belavista Holding, SA.• Terminal de Cabotagem de Maputo,

SARL (TCM), que tem a concessão de exploração do Terminal de Cabotagem de Maputo.

• STM – Sociedade de Terminais de Mo-çambique, que tem a concessão para exploração do Terminal Ferro-rodoviário das Mahotas.

Na zona Centro• CdM – Cornelder de Moçambique SARL,

que tem a concessão para exploração dos Terminais de Carga Geral e de Contentores e Propósitos Múltiplos do Porto da Beira.

• CCFB – Companhia dos Caminhos de Ferro da Beira, SARL, que é titular da concessão do sistema ferroviário da Beira (Linhas Férreas de Machipanda, de Sena, incluin-do os ramais de Marromeu e Vila Nova da Fronteira – Malawi e a Linha de D. Ana - Moatize).

• CQ – Cornelder Quelimane, SARL, que tem a concessão do Porto de Quelimane.

• BGT – Beira Grain Terminal, sociedade formalmente constituída com quem se irá

firmar contrato de concessão do Terminal de Cereais da Beira, em fase de conclusão.

Na zona Norte• CDN – Corredor de Desenvolvimento do

Norte, com quem se firmou o contrato de concessão para a exploração do sistema ferroviário do Norte e do Porto de Nacala.

• Kenmare Moma Processing (Mauritius) Limited (Mozambique Branch), que possui a concessão para a concepção, construção e exploração de um Cais (Jetty) a ser cons-truído na costa da Província de Nampula, próximo das minas de exploração de areias pesadas de Moma.

• CEAR – Central East Africa Railways (no Malawi): não obstante esta concessão não se localizar no território nacional, o CFM ganhou o concurso internacional de concessão de exploração dos Caminhos de Ferro do Malawi, em associação com o parceiro privado da concessão do Corredor do Norte – a Sociedade de Desenvolvimento do Corredor de Nacala (SDCN) – tendo sido constituída a empresa concessionária CEAR e firmado com o Go-verno do Malawi o contrato de concessão da exploração daquele caminho-de-ferro.

As notas que se seguem respeitam a nume-ração sequencial definida no Plano Geral de Contabilidade (PGC). As notas cuja numera-ção se encontra omissa deste Anexo não são aplicáveis à empresa ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demons-trações financeiras anexas.Os valores constantes neste Anexo são ex-pressos em milhares de Meticais.

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> rElatório e Contas 2008

Bases de apresentação e principais critérios valorimétricosAs demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e regis-tos contabilísticos da empresa, mantidos de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Moçambique.Os principais critérios valorimétricos uti-lizados na preparação das demonstrações financeiras foram os seguintes:

a) Imobilizações incorpóreasEstão valorizadas ao custo de aquisição líquido das amortizações acumuladas. As amortizações são calculadas segundo o método das quotas constantes, de forma a reintegrar totalmente o seu valor ilíquido durante um período de 9 anos, por aplicação das seguintes taxas permitidas fiscalmente:

Taxa Anual %Encargos Plurianuais 11.11

b) Imobilizações corpóreasAs imobilizações corpóreas são, na sua maior parte, apresentadas pelo seu valor de substituição depreciado, determinado com base numa reavaliação efectuada por uma entidade independente e especializada.A reavaliação técnica do imobilizado foi elaborada com referência à data de 31 de Dezembro de 2001, tendo sido totalmente concluída no exercício de 2002, e foi efec-tuada uma actualização deste estudo com referência à data de 31 de Dezembro de 2007. A referida reavaliação abrangeu cerca de 83% dos activos da empresa, aplicando-se para o efeito os seguintes critérios: valor de reposição em novo/valor de substituição depreciado e justo valor/valor de mercado. Em 2008 foi feita uma actualização com referência a 31 de Dezembro de 2008, deste estudo, com a inclusão de alguns bens, nomeadamente, feixes localizados em quatro (4) zonas, designadamente, Sede (Estação Central e Porto de Maputo), Área Operacional da Matola, Machava e Gare de Mercadoria, aplicando os mesmos critérios aplicados no estudo anterior.

Estes critérios foram aplicados para os se-guintes grupos de activos:• Valor de reposição em novo/valor de subs-

tituição depreciado (Construções, Edifícios,

Linhas Férreas, Cais e Equipamentos);• Justo valor (Terrenos e Aeronave Beech-

craft C90)

As amortizações dos bens reavaliados são calculadas usando o método das quotas constantes de modo a reintegrar os bens de acordo com o período de vida útil esperado, conforme indicado no estudo de avaliação independente.A partir do exercício de 2004, inclusive, os principais bens imobilizados foram amorti-zados a uma taxa inferior à taxa normal defi-nida no estudo (um terço das taxas normais de amortização), com base nos seguintes imperativos de racionalidade operacional e financeira:i) A larga maioria dos custos de deprecia-

ção dos activos fixos do CFM, na ordem dos 80%, dizem respeito a bens de domí-nio público, como sejam infra-estruturas de via, isto é, as linhas férreas propria-mente ditas e todos os seus componentes (bem como a respectiva super-estrutura, compreendendo estações, pontes, aquedutos, pontões, sinalização, alguns edifícios de escritórios e de habitação de carácter produtivo, etc.) e a infra-estru-tura portuária (cais, terminais, armazéns, pavimentos, meios fixos de manuseamen-to, etc.). Estes activos de domínio público são precisamente aqueles que têm sido cedidos à exploração, a sociedades con-cessionárias privadas. Nos termos dos contratos de concessão, todas as conces-sionárias privadas têm obrigações contra-tuais que lhes impõem responsabilidades financeiras de reabilitação desses activos e a sua correcta manutenção, segundo padrões internacionais, devendo no fim da concessão entregar esses activos num estado técnico similar ou, sempre que possível, melhor do que os receberam.

ii) Além do referido na alínea anterior, existe outra razão que explica a racionalidade financeira da depreciação a 1/3, nome-adamente, as rendas das concessões, nos termos do Decreto 51/2000, de 21 de Dezembro (e sua emenda contida no Diploma Ministerial conjunto, de 13 de Outubro de 2004, que aprovou o sanea-mento), são repartidas, como regra geral, em 50% para o Estado e 50% para o CFM, com excepção do período que decorre até ao ano 2008, para permitir uma boa evolução da situação financeira do CFM,

nos termos dos objectivos do exercício de saneamento económico-financeiro do CFM, recentemente aprovado. Isto impli-ca, obviamente, que o Estado ao recolher esses fundos, terá que ter responsabili-dades no financiamento de reposição des-tes activos. Com a autorização do Governo para depreciar apenas 1/3, o Estado assume, implicitamente, responsabilida-des no futuro financiamento de reposição dos activos.

iii) Acresce que do ponto de vista técnico (como referido pelo avaliador inde-pendente), as infra-estruturas ferro-portuárias foram dimensionadas, a nível nacional, para manusear e transportar volumes na ordem dos 25-30 milhões de toneladas anuais. Tais volumes, nos termos dos modelos financeiros das concessões, talvez venham a ser atingi-dos apenas nos anos finais das conces-sões. Presentemente, mesmo incluindo as concessões, os volumes situam-se na ordem dos 10 milhões de toneladas nos portos e em 4 milhões de toneladas nos caminhos-de-ferro. Obviamente que o ní-vel de desgaste e, consequentemente, de depreciação dos activos não é o mesmo que seria se estivesse a operar próximo da sua capacidade instalada.

A partir do exercício de 2005, a empresa, au-torizada pela Administração Fiscal, procedeu à alteração da sua política de depreciações, nos termos referidos no Diploma Ministerial 64/2005, de 28 de Fevereiro, conjugado com o Despacho do Ministro das Finanças de 26 de Maio de 2006, relativamente a parte significativa dos seus bens afectos à explo-ração, com excepção das infra-estruturas ferroviárias e portuárias cedidas a terceiros, assim como todos os equipamentos afectos a actividades sociais e desportivas (não são amortizáveis).Os restantes bens corpóreos estão contabili-zados ao custo de aquisição.As taxas de amortização utilizadas são as seguintes:

Taxa Anual %Edifícios 0,67 - 1,33Instalações, equipamentos e maquinaria 1,67 - 6,67Móveis e utensílios e “outros” 2,08 - 6,67

Os bens adquiridos em regime de locação financeira estão incluídos nas imobilizações corpóreas pelos valores dos contratos, sendo depreciados na mesma base dos outros bens.

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As despesas de reparação e manutenção do imobilizado, bem como as relacionadas com grandes reparações e benfeitorias, são consideradas como custos no ano em que ocorrem.Os donativos obtidos para aquisição de acti-vos imobilizados ou reabilitação de infra- -estruturas até 31 de Dezembro de 2003 es-tavam contabilizados numa conta de capitais próprios denominada ‘Donativos recebidos para investimento’, e, a partir do exercício de 2004, passaram a ser registados em Acrésci-mos de Custos e Proveitos Diferidos.

c) Imobilizações financeirasEstão valorizadas ao custo de aquisição. As participações financeiras nas empresas que apresentam fundos próprios negativos apresentam-se integralmente provisionadas.

d) Meios circulantes materiaisOs materiais em armazém à data do balan-ço encontram-se valorizados aos preços atribuídos pelos avaliadores independentes (valor realizável líquido), em resultado de um estudo efectuado à data de 31 de Dezembro de 2003, acrescidos de aquisições feitas nos exercícios subsequentes.As existências consideradas de uso corrente (stock activo) são compostas principalmente por carris e outro material permanente para ferrovias, peças para locomotivas e consumí-veis, incluindo combustíveis.As restantes existências consideradas obso-letas foram igualmente incluídas no referi-do estudo e apresentam-se integralmente provisionadas.

e) ProvisõesAs Provisões mostradas a deduzir a algumas rubricas do Activo são calculadas de acordo com o critério económico, por forma a reflec-tirem o valor esperado de realização desses activos:i) Provisões para clientes de cobranças

duvidosas: A provisão para clientes de cobranças

duvidosas corresponde ao risco de inco-brabilidade dos créditos existentes à data de 31 de Dezembro de 2008, reflectindo desta forma o valor provável de perda fu-tura associado aos saldos em que existe expectativa de não recebimento;

ii) Provisões para depreciação de meios circulantes materiais:

A provisão para depreciação de meios cir-culantes materiais é constituída sempre

que a valorização dos meios circulantes materiais é excessiva em resultado da utilização do custo de aquisição ou de produção, ou se os referidos meios tive-rem sido considerados obsoletos, tiverem sofrido deterioração física, quebra de pre-ços, ou outros factos semelhantes. Dessa forma, a provisão constituída para este efeito reflecte perdas futuras prováveis na utilização ou alienação destes activos.

iii) Provisões para imobilizações financeiras: A provisão para imobilizações financei-

ras foi constituída por apresentar um valor abaixo do mercado à data de 31 de Dezembro de 2008.

iv) Provisões para riscos e encargos: A provisão para riscos e encargos inclui

as seguintes provisões: Processos judiciais em curso – a respecti-

va provisão foi constituída para fazer face a perdas com acções judiciais em que a empresa é ré e foi calculada com base na análise cuidada dos processos em curso. Essas análises são revistas no final de cada exercício, de forma a reflectirem a melhor estimativa da responsabilidade da empresa na data do balanço, tendo em conta os factos conhecidos à data.

f) Saldos e transacções em moeda estrangeira

Os saldos expressos em moeda estrangeira para os quais não há fixação do câmbio estão actualizados à taxa de câmbio de valorimetria na data do balanço. As emergentes diferen-ças de câmbio positivas e negativas são con-tabilizadas em resultados. As diferenças de câmbio relacionadas com operações a médio e longo prazo, se aplicável, são diferidas caso se considerem reversíveis.

g) Juros de financiamentosOs juros de financiamentos afectos à aquisi-ção de meios imobilizados anteriores à data da reavaliação foram totalmente regula-rizados, por contrapartida da Reserva de reavaliação criada em 1 de Janeiro de 1995. Para os anos seguintes, os juros vencidos são imputados a resultados do exercício.Os juros de financiamentos afectos a pro-jectos em curso, bem como as respectivas diferenças de câmbio, são capitalizados na rubrica de Investimentos em Curso, quando se justifica.

h) Pensões de reformaAo atingirem a idade da reforma todos os trabalhadores da empresa, excepto os traba-lhadores eventuais e os admitidos depois de 1989, têm direito a uma pensão mensal cujo montante será determinado pelo Estado nos termos da legislação em vigor.Embora este encargo seja da responsabilida-de do Estado, que recebe do CFM uma pres-tação equivalente a 7% dos salários de cada trabalhador, a qual é retida mensalmente, a empresa suporta tal encargo enquanto o mesmo não é definitivamente assumido pelo Estado.O montante de pensões pagas no exercício de 2008 foi de 15.265 milhares de Meticais e está a ser pago na base do último salário auferido pelos trabalhadores antes de se reformarem.

i) Indemnizações para compensação da mão-de-obra excedentária

Entre os anos de 2000 e 2007, a empresa recebeu do Ministério do Plano e Finanças cerca de 389.816 milhares de Meticais e do Banco Mundial cerca de 1.948.327 milhares de Meticais, a título de financiamento do pro-jecto RPRP (Railways Project Restructuration of Port). Este montante foi integralmente aplicado em despesas directamente relacio-nadas com o próprio projecto, designada-mente: Racionalização da força de trabalho. Isto é, pagamento de compensações ao pes-soal excedentário, aquisição de equipamen-tos e bens e pagamento de diversos contratos de consultoria no âmbito do projecto.Adicionalmente, a empresa aplicou fundos próprios da Empresa no montante de apro-ximadamente 31.619 milhares de Meticais, para fazer face aos custos incorridos com o referido projecto de reestruturação.

j) Subsídios para investimento (Donativos)Os bens de capital fixo adquiridos ao abrigo de subsídios para investimento são regista-dos a débito na rubrica específica de Meios Imobilizados Corpóreos e a crédito na de Antecipações Passivas – Proveitos Diferidos.O proveito em Acréscimos de Custos e Pro-veitos Diferidos – Proveitos Diferidos é trans-ferido, numa base sistemática, para a rubrica de Resultados do Exercício – Subsídios para Investimento, à medida que são contabiliza-das as amortizações ou reintegrações do imobilizado a que respeitam.

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> rElatório e Contas 2008

k) Imposto sobre o rendimentoO imposto sobre o rendimento do exercício é determinado com base no resultado ajustado de acordo com a legislação fiscal.

l) Reconhecimento de custos e proveitosOs proveitos inerentes a vendas são reco-nhecidos na demonstração dos resultados quando os riscos e vantagens inerentes à posse dos bens vendidos são transferidos para o comprador. Os proveitos relaciona-dos com a prestação de serviços são reco-nhecidos quando prestados. Os custos são registados no período a que dizem respeito independentemente da data de pagamento ou recebimento, de forma a cumprir o princípio contabilístico geralmente aceite da especiali-zação do exercício.

Cotações de moedas estrangeirasAs cotações de câmbio utilizadas para a conversão dos saldos a receber e a pagar em moeda estrangeira existentes na data do balanço foram as seguintes:

2008 2007Moeda Compra Venda Compra VendaUSD 25.0 25.5 23.5 23.97ZAR 2.77 2.83 3.42 3.48

PessoalO número médio de empregados durante o exercício foi de 2.450 trabalhadores em 2008, repartido do seguinte modo:

departamento nº de trabalhadores2008 2007

CFM SEDE 277 260CFM SUL 1.549 1,350CFM CENTRO 332 320BRLS 30 34CFM NORTE 262 226total 2.450 2,190

Meios imobilizados líquidosO movimento ocorrido na rubrica de Meios Imobilizados e respectivas Amortizações e ajustamentos foi o seguinte:

activo Brutosaldo inicial

reavaliação/ ajustamento aumentos alienações transfer.

abatessaldo Final

imobilizações incorpóreasEncargos plurianuais 20,702 - 4.569 - - 25.271

20,702 - 4.569 - - 25.271imobilizações CorpóreasTerrenos 12,273 - - - - 12.273Construções 44,136,869 441.052 11.386 (6.519) - 44.582.788Equipamentos 12,802,431 (138.687) 163.984 (434.051) - 12.393.677Outros meios básicos 754,250 - 48.981 (108.991) - 694.240Investimentos em curso 697,767 - 317.073 - - 1.014.840

58,403,590 302.365 541.424 (549.561) - 58,697,81858,424,292 302.365 545.993 (549.561) - 58,723,089

amortizaçõessaldo inicial reforço anulação/

reversãosaldo Final

imobilizações incorpóreasEncargos plurianuais 15,504 3.108 - 18.612

15,504 3.108 - 18.612imobilizações CorpóreasConstruções 25,022,455 380.930 158.837 25.562.222Equipamentos 11,223,683 183.788 (314.758) 11.092.713Outros meios básicos 656,871 14.782 (341.916) 329.737Grandes reparações - - - -

36,903,009 579.500 (497.837) 36,984,67236,918,513 582.608 (497.837) 37,003,284

total de imobilizações líquidas 21,505,779 21,719,805

Base das reavaliaçõesOs imóveis e equipamentos foram reavalia-dos em referência à data de 31 de Dezem-bro de 2007 com suporte numa avaliação independente efectuada por uma empresa especializada. Para a determinação do novo valor dos Activos Fixos foram utilizados os seguintes critérios: valor de reposição em novo, valor de substituição depreciado e justo valor. A referida reavaliação abrangeu cerca de 679 bens, cujo valor representa cerca de 83% do valor total do imobilizado corpóreo. À data do Balanço o impacto desta reavaliação na Reserva de Reavaliação foi de aproximadamente 2.427.526 milhares de

Meticais. Em 2008 foi feita uma actualização com referência a 31 de Dezembro de 2008, deste estudo, com a inclusão de alguns bens que haviam sido omitidos no estudo anterior, nomeadamente, feixes localizados em quatro (4) zonas, designadamente, Sede (Estação Central e Porto de Maputo), Área Operacional da Matola, Machava e Gare de Mercadoria, tendo sido aplicados, para o efeito, os mes-mos critérios aplicados no estudo anterior. À data do Balanço o impacto desta actualização na Reserva de Reavaliação foi de aproxima-damente 302.365 milhares de Meticais.

Quadro Discriminativo das Reavaliações Efectuadas

rubricas Valor líquidoContabilístico reavaliações Valores após

reavaliaçõesimobilizações corpóreasTerrenos e recursos naturais (48,416) - (48,416)Construções 18,001,643 302,365 18,304,008Equipamentos 2,044,503 - 2,044,503Outros meios básicos 166,699 - 166,699total 20,164,429 302,365 20,466,594

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imobilizações financeiras

saldo em 31.12.08 saldo em 31.12.07 %Ressano Garcia Railway - -Cimentos de Moçambique, SARL 39.747 40,268 3.98Transmarítima de Maputo - 45 10.00MIPS – Moz. International Port Services, SARL 23.762 23,762 33.00Transcarga, SARL 14 14 17.00SDCM – Soc. Desenvol. Corredor de Maputo, SARL 23.230 23,230 27.50Cornelder de Moçambique, SARL 3.795 3,795 33.00Central East African Raiways 13.523 13,523 49.00Cornelder de Quelimane, SARL 11.760 11,760 49.00AIRPLUS, SARL 2.254 2,254 18.40Terminal de Cabotagem Maputo 5.831 5,831 49.00Bukusha, Lda 784 784 49.00STM – Sociedade Terminais de Moçambique 53.300 53,300 27.50CDN – Corredor de Desenvolvimento do Norte, SARL 22.638 22,638 49.00MPDC – Maputo Port Development Company 7.590 7,590 49.00Intur 16.096 16,096 -Terminal de Granitos 2.364 2,364 50.00xitimela Leasing Limited 5.214 5,214 67.50Beira GrainTerminal 405 405 -Beira GrainTerminal c/suprimentos 14.865 - -CFM – Transporte Trabalho Aéreo 100 100 100.00CCFB – Cª dos Caminhos de Ferro da Beira 58.800 58.800 49.00Belavista Holding, SA 520 - 40.00

306.592 291,772Provisões por perda do valor de investimentos financeiros (116.483) (111,313)

190.109 180,459

dívidas de cobrança duvidosa

2008 2007Clientes de cobrança duvidosa 838.695 613.355Devedores de cobrança duvidosa 67.432 56.924

(Nota 21) 906.127 670.279

dívidas activas e passivas de/ao pessoalAs dívidas do pessoal no final do ano eram as seguintes:

2008 2007Devedores trabalhadores 23.521 13.370

23.521 13.370

As dívidas ao pessoal no final do ano eram as seguintes:

2008 2007Credores trabalhadores 4.687 2.203 4.687 2.203

Passivo a médio e a longo prazoO valor das dívidas a pagar com prazo igual ou superior a 5 (cinco) anos são as seguintes:

2008 2007Ministério das Finanças - Tesouro do Estado 448.445 421,539

Banco Mundial Projecto RPRP 1.344.395 1,244,452Financiamento do Porto de Quelimane 239.509 218,109

Financiamento para Reabilitação Linha de Sena 56.406 32,695

SIDA/Estrada Acesso Porto 21.156 16,902Financiamento da Electrificação do Porto da Matola 15.505

2.125.416 1,933,697

Provisões do exercícioDesdobramento da conta de provisões e explicitação dos movimentos ocorridos no exercício:

Contas saldo inicial reforço ajustamento saldo finalProvisão para depreciação de existências – (Nota 30) 34.764 - - 34.764Provisão para clientes de cobranças duvidosas – (Nota 31) 613.355 237.921 (12.581) 838.695Provisão para devedores de cobranças duvidosas – (Nota 32) 56.924 10.508 - 67.432Provisão para outros riscos e encargos – (Nota 37) 2.610 - - 2,610Provisão para perda do valor de participações financeiras – (Nota 13) 111.313 5.215 (45) 116.483

818.966 253.644 (12.626) 1.051.201

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> rElatório e Contas 2008

Movimentos ocorridos nas contas de Capital e Fundos PrópriosNo exercício ocorreram os seguintes mo-vimentos nas contas de Capital e Fundos Próprios:

saldo no iníciodo exercício

aumentos transferênciassaldo no finaldo exercício

Fundo de constituição 1,242,981 - - 1,242,981Reserva para investimento 13,559 79.730 - 93.289Reserva legal 2,606 12.266 - 14.872Reserva - Fundo Social dos Trabalhadores 2,606 12.266 - 14.872Reserva de reavaliação 20,164,429 279.044 - 20,443.473Resultados transitados 426,700 18.399 - 445.099Resultado do exercício 122,662 39.568 (122.662) 39.568total 21,975,543 441.273 (122.662) 22.294.154

De acordo com a lei vigente, a empresa deve transferir para reserva legal 5% dos lucros líquidos até que esta represente pelo menos 20% do capital social (Artº 441 (1) do Código Comercial). Esta reserva não é distribuível e só pode ser utilizada para incorporação no capital ou para cobrir prejuízos, depois

saldos e transações com empresas do grupoEmpresa

saldosClientes C/C Juros

STM – Soc. Terminais de Maputo, Lda

633 -

Cornelder de Moçambique, SARL 15.876 -MPDC – Maputo Port Development Company

66.697 3.745

Terminal de Cabotagem 3.104 -CCFB – Cª dos Caminhos de Ferro da Beira

2.891 11.968

Mozal 36.874 -Hotel Africa 1.096 -Transcom 1.848 -CDN – Corredor dp Norte, SARL 196.898 -Central East African Raiways - 2.179MIPS – Moz. International Port Services, SARL

1.942 -

Cornelder de Quelimane, SARL 1.138 -328.997 17,892

Empresatransacções

Custos ProveitosSTM – Soc. Terminais de Maputo, Lda - 18.374Cornelder de Moçambique, SARL - 103.595MPDC – Maputo Port Development Company - 361.158

Terminal de Cabotagem - 13.251CCFB – Cª dos Caminhos de Ferro da Beira - 8.693

Hotel Africa - 2.643Transcom - 3.388Mozal - 251.213CDN – Corredor dp Norte, SARL - 213.557MIPS – Moz. International Port Services, SARL

- 13.317

Cornelder de Quelimane, SARL - 6.323- 995.512

Meios circulantes materiais

2008 2007Produtos ou serviços em curso 4.596 11,640Matérias-primas, auxiliares e materiais 109.531 117,146

114.127 128,786Provisão para perda de valor de existências (34.764) (34,764)

79.363 94,022

Clientes2008 2007

Em moeda nacional 324.092 113,896Em moeda estrangeira 1.391.373 1,327,652

1.715.465 1,441,548Provisão para créditos de cobrança duvidosa (838.695) (613,355)

876.770 828,193

devedores2008 2007

Estado 290.533 254,629Trabalhadores 23.521 13,370Outros 25.686 21,787

339.740 289,786Provisão para devedores duvidosos (67.432) (56,924)

272.308 232,862

de esgotadas todas as outras reservas.As reservas de reavaliação podem ser trans-feridas para resultados transitados, desde que parcialmente ou totalmente realizadas, através da alienação dos activos que lhe deram origem ou através do seu uso por via da respectiva depreciação.

demonstração dos resultados financeirosCustos e perdas 2008 2007 Proveitos e ganhos 2008 2007681 - Juros suportados 23.234 19,163 781 - Juros obtidos 87.737 117,340682 - Amortizações de imob. fin. - - 782 - Rendimentos de imóveis - -683 - Provisões para aplicações fin. - - 783 - Rendimentos de part. sociais - -684 - Diferenças de câmbio desfav. 168.489 278,680 784 - Diferenças de câmbio favoráveis 208.482 196,728685 - Descontos de p.p. concedidos - - 785 - Descontos de p.p. obtidos - -686 - Perdas na alienação titulos neg. - - 786 - Ganhos na alien.de títulos neg. - -689 - Outros custos e perdas fin. 5.418 3,488 789 - Outros proveitos e ganhos fin. 140.935 145,060resultados Financeiros 240.013 157,797 - -total 437.154 459,128 437.154 459,128

demonstração dos resultados extraordináriosCustos e Perdas 2008 2007 Proveitos e ganhos 2008 2007691 - Perdas em meios imobiliz. 8.303 - 791 - Ganhos em meios imobiliz. 4.777 24,358692 - Perdas em meios circ. mater. - 1,373 792 - Ganhos em meios circ. mater. 29.414 22,026693 - Créditos incobráveis - - 793 - Recuperação de créditos - -694 - Donativos 3.706 2,453 794 - Restituição de impostos - -

695 - Multas e penalidades 179 697 795 - Benefícios e penalidades contratuais 748 8,612

696 - Aumentos de amortizações e provisões 46.182 3,759 796 - Reduções de amortizações

e provisões 56.201 -

697 - Regularização do IVA a favor do Estado - pro-rata - - 797 - Regularização do IVA a favor

do Sujeito Passivo – pró-rata - -

698 - Correcções imp. exerc. ant. 26.688 32,071 798 - Correcções imp. exerc. ant. 33.014 44,606699 - Outros custos e perdas extraordinários 12.757 28,666 799 - Outros proveitos e ganhos

extraordinários 442 2,834

resultados Extraordinários 26.781 33,417 - -total 124.596 102,436 124.596 102,436

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Caixa e bancos2008 2007

CaixaEm moeda nacional 704 1,427Em moeda estrangeira - -

704 1,427BancosDepósitos à ordem – em meticais 58.257 181,287Depósitos à ordem – em moeda estrangeira 2.114.218 1,776,249

2.172.475 1,957,5362.173.251 1,958,963

acréscimos de proveitos e custos diferidos

2008 2007

Acréscimos de proveitos 158.353 178,045Outros 53.125 63,662

211.478 241,707

Empréstimos bancários2008 2007

Curto prazoBanco Comercial e de Investimentos b) 49.295 63,421

49.295 63,421Médio e longo prazoSIDA – Agência Sueca pª Desenvol. Internacional a) 21.156 16,902

21.156 16,90270.451 80,323

a) Este saldo corresponde ao desembolso parcial do empréstimo obtido junto do Governo da Suécia, representado pela SIDA – Agência Sueca para o Desenvolvimento Internacional, para construção da estrada que dá acesso ao Porto de Maputo. Este empréstimo vence juros à taxa de 5,57% por ano e será amortizado em três presta-ções anuais iguais, cuja primeira prestação venceu em 2006.

O valor dos juros só será pago caso os dividendos, entretanto recebidos do MPDC, cubram o valor dos mesmos.

b) Este empréstimo refere-se à dívida que a Empresa Intur – Sociedade de Turismo do índico, possuía com a banca. Foram transferidos para responsabilidades do CFM, E.P. porque esta assumiu o paga-mento da dívida no âmbito de contrato de saneamento financeiro da Intur, assinado no dia 13 de Novembro de 2007. Até à data de emissão do presente relatório o CFM, E.P. ainda não havia liquidado a referida dívida.

b) Este montante corresponde aos desembol-sos efectuados à construtora CMC África Austral, Lda. pela reabilitação do Porto de Quelimane.

c) Este montante corresponde ao emprés-timo concedido pelo Banco Mundial para a racionalização da força de trabalho no âmbito do Projecto RPRP (Railways Project Restructuration of Port) a liquidar em 30 anos, com 10 anos de período de graça capital e juros e posteriormente vai vencer juros a taxa de 2% ao ano (contagem de iní-cio de pagamento de capital e juros a partir do ano 2014).

Venda de serviços2008 2007

Sede 675.752 662,715Sul 817.372 694,180Centro 467.269 386,559Norte 146.094 138,328

2.106.487 1,881,782

outros proveitos2008 2007

Rendas e alugueres 19.340 7,629Fornecimento de água e energia 35.213 33,266Outros 51.660 46,036

106.213 86,931

Custos com o pessoal2008 2007

Remunerações dos órgãos sociais 24.480 20,850Remunerações aos trabalhadores 422.755 339,695Encargos sobre remunerações 51 39Pensões 15.265 17,387Ajudas de custos 9.688 7,984Indemnizações 180 434Seguros de acidentes no trabalho e doenças 26 11

Custos de acção social 19.605 18,506Outros custos com o pessoal 48.751 34,186

540.801 439,092

Fornecedores2008 2007

Em moeda nacional 92.164 70,404Em moeda estrangeira 1.346 27,509

93.510 97,913

Credores2008 2007

Estado 4.049 28,388Trabalhadores 4.615 2,203Provisões para outros riscos e encargos 2.610 2,610

Outros 75.432 60,12586.706 93,326

acréscimos de custos e proveitos diferidos

2008 2007Racionalização da força de trabalho - 11,011Donativos recebidos para investimentos 787.056 818,210

Outros custos diferidos 86.875 48,864873.931 878,085

O saldo da rubrica ‘Donativos recebidos para investimentos’ corresponde ao rema-nescente do valor da doação para reabilitar a Linha-Férrea do Limpopo (financiada pelo Governo do Canadá). Este montante tem vindo a ser regularizado por contrapartida do valor da amortização da Linha durante o período esperado da vida útil contabilística.

Financiamento do EstadoA rubrica ‘Financiamentos do Estado’ regista a responsabilidade do CFM resultante dos financiamentos contraídos no âmbito dos acordos de retrocessão assinados com as seguintes instituições Estatais:

2008 2007Ministério das Finanças a) 448.445 421,539Porto de Quelimane b) 239.509 218,109Banco Mundial - RPRP c) 1.344.395 1,244,452Reabilitação da Linha de Sena 56.406 32,695Electrificação do Porto da Matola 15.505 -

2.104.260 1,916,795

a) Este montante corresponde ao emprés-timo concedido pelo Banco Mundial para a racionalização da força de trabalho no âmbito do Projecto RPRP (Railways Project Restructuration of Port) a liquidar em 30 anos, com 10 anos de período de graça capital e juros e posteriormente vai vencer juros a taxa de 2% ao ano (contagem de iní-cio de pagamento de capital e juros a partir do ano 2014).

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> rElatório e Contas 2008

Fornecimentos e serviços de terceiros

2008 2007Água e electricidade 37.741 34,176Combustíveis e lubrificantes 219.514 163,256Ferramentas e utensílios 2.403 1,994Materiais de manutenção e reparação 48.371 53,124

Material de escritório 14.201 14,764Serviços de dragagem 96.454 73,785Manutenção e reparação 38.517 40,365Transporte de carga e de passageiros 2.015 1,784

Comunicações 24.982 22,170Honorários 2.583 3,285Publicidade e propaganda 10.471 8,600Deslocações e estadias 22.647 16,873Despesas de representação 1.888 1,850Contencioso e notariado 632 1,615Rendas e alugueres 78.790 41,066Seguros 15.008 13,195Limpeza, higiene e conforto 6.613 5,261Vigilância e segurança 89.170 78,831Trabalhos especializados 11.730 9,967Outros fornecimentos e serviços 195.037 222,836

918.767 808,797

Eventos subsequentesPrevê-se a realização dos seguintes investi-mentos e actividades:

• Sistema Ferro-Portuário do Sul Recondicionamento e reconversão de um

parque 45 locomotivas (USD 31 milhões) e reabilitação e requalificação das Oficinas Gerais do CFM-Sul de modo a certificá-las com as normas ISO 14001 (USD 3 milhões);

Reabilitação total de 670 vagões; Aquisição de três Automotoras Triplas,

com capacidade de 173 passageiros cada, num investimento de cerca de 1.6 milhões de Euros, provenientes de fundos pró-prios da Empresa. Com a introdução deste serviço de transporte seguro, rápido e de grande comodidade o CFM cumpre, uma vez mais, o seu papel de responsabilidade social.

Projecto de remodelação do sistema de controlo de tráfego e gestão de frota orçado em cerca de USD 4 milhões. Este projecto está essencialmente virado para a área de exploração ferroviária e permitirá que a operação informe, em tempo real, aos nossos clientes sobre a localização exacta das suas cargas e o momento preci-so em que as vão receber.

Construção de um novo Terminal de Granito no Porto de Maputo;

Construção de um novo Terminal de Ferro-Crómio no Porto de Maputo;

Expansão do Terminal de Contentores

do Porto de Maputo; Construção da segunda fase do Terminal

de Viaturas no Porto de Maputo; Expansão do Terminal de Carvão/ Magneti-

te no Porto Industrial da Matola.

• Projecto Ponta Dobela O projecto ‘Ponta Dobela’ tem por objecto a

construção, manutenção e operação de um porto em Ponta Techobanine, no âmbito do desenvolvimento da actividade indus-trial, comercial, turística, bem como dos acessos ferroviário e rodoviário através de sub-projectos específicos na zona franca industrial.

O projecto ocupará uma área global de 22.382,4 hectares para o desenvolvi-mento da zona económica especial. O valor do investimento está orçado em USD 500 milhões, dos quais USD 15 milhões consti-tuirá investimento nacional a desembolsar pelo CFM.

Prevê-se, numa primeira fase, a cons-trução de uma armazenagem estratégica de combustíveis para sua distribuição na região e, posteriormente, a implementação de um porto comercial para manuseamen-to, em especial, de minerais.

• Sistema Ferro-Portuário do Centro Projecto de Reconstrução da Linha de Sena

(USD 194 milhões, que poderá atingir USD 400 milhões, para poder satisfazer o tráfe-go adicional do carvão de Moatize);

Dragagem de Emergência dos Canais de Acesso, Cais, Bacias de Manobras de modo a aprofundá-los para -8 metros para que possam atracar navios até 60.000 DWT. Parte das areias produto da dragagem será utilizada para fazer um aterro hidráu-lico na área do futuro Terminal de Carvão. Este investimento, orçado em 43 milhões de USD, é co-financiado pelo BEI (Banco Europeu de Investimento), ORET (Agência de Desenvolvimento Internacional dos Países Baixos) e pelo CFM;

Aquisição de uma Draga Oceânica com ca-pacidade de 2000 m3 para fazer a manuten-ção do canal de acesso ao Porto da Beira, cais e bacias de manobras após terem sido dragados até a quota -8 metros. Este investimento está orçado em 35 Milhões de Euros, financiados pela DANIDA.

Construção de um Terminal de Cereais no Porto da Beira – BGT (USD 12 milhões);

Construção de um novo Terminal no Porto da Beira dedicado ao manuseamento do

carvão de Moatize, que vai ser exportado em quantidades de cerca de 20 milhões de toneladas por ano, a serem atingidas num horizonte de aproximadamente 10 anos.

Planeamento Estratégico e Gestão dos Negócios

Esta actividade está orientada para estudar com particular atenção o nosso relaciona-mento com o Shipping Internacional que hoje domina toda a corrente logística e de transportes. Nos estudos já realizados dedicamos particular atenção à tipologia e as características da intermodalidade, para que possamos maximizar impactos de fluxos de tráfego através dos nossos portos e das vias ferroviárias, assumindo um pa-pel mais activo e contundente na promoção dos nossos serviços face às características geo-estratégicas de excelência que o nosso País oferece ao mercado regional.

Neste contexto, estamos a explorar vias de interface entre as potencialidades da nossa costa, das nossas baías, das nossas ense-adas, dos nossos portos, actuais e futuros, e o Shipping Internacional, bem como a sua complementaridade com a indústria marí-tima e de turismo. Esta acção e os estudos exploratórios, estão inseridas no contexto da diversificação das nossas actividades e negócios.

responsabilidades contratuais e contingentesa) Acidente Ferroviário Em Maio de 2002, ocorreu um acidente fer-

roviário na Estação de Tenga que envolveu vagões de carga e carruagens de passagei-ros. Neste acidente perderam a vida cerca de 200 pessoas (passageiros). Existe uma potencial contingência resultante deste acidente que não é possível quantificar antes da conclusão/divulgação dos resul-tados pelo tribunal competente. Até à data, não havia desfecho deste caso. O CFM tem vindo a financiar acções de apoio social aos familiares das vítimas.

b) Processos judiciais em curso Em referência a 31 de Dezembro de 2008

encontravam-se em curso processos judi-ciais diversos de impugnação por despedi-mento, reclamando indemnizações no valor global de 20.468 milhares de Meticais. Por

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se tratar de despedimentos por justa causa não são esperadas quaisquer responsabili-dades para a empresa.

c) Contingências fiscais As autoridades fiscais têm a possibilidade

de rever a situação da empresa durante um período de dez anos, podendo resul-tar, devido a diferentes interpretações e/ou incumprimento da legislação fiscal, nomeadamente em sede do Imposto sobre Rendimentos de Pessoas Colectivas, Im-posto sobre o Valor Acrescentado, Imposto sobre Rendimentos de Pessoas Singulares e Direitos Aduaneiros, eventuais correc-ções.

A empresa espera ter cumprido todas as suas obrigações fiscais, pelo que eventuais correcções à matéria colectável declara-da, decorrentes destas revisões, não terão um efeito significativo nas Demonstrações financeiras.

O Técnico de contasO Director Financeiro

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> rElatório e Contas 2008

> relatório dos auditores externos e Parecer do conselho Fiscal

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