102
CA TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TERRAS DE VIRIATO, CRL RELATÓRIO E CONTAS 2015 - versão síntese -

RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

CA TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO

DE TERRAS DE VIRIATO, CRL

RELATÓRIO E

CONTAS

2015 - versão síntese -

Page 2: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

CA TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

PÁGINA EM BRANCO

Page 3: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

CA TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

ÍNDICE

1. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO 3

1.1. Economia Internacional 3

1.2. Economia Nacional 6

1.3 Mercado Bancário Nacional 8

1.3.1 Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro 2011-Dezembro 2015) 9

1.312 Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro 2011-Dezembro 2015) 10

1.4 Mercados Financeiros 12

1.5 Principais riscos e incertezas para 2016 16

2. CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE 17

2.1 Resultado e Balanço 17

2.1.1 Análise financeira do SICAM (Negócio Bancário do Grupo CA) 17

2.1.2 Outros factos relevantes 24

3. ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO 28

3.1 Estrutura de Governo Societário 28

3.2 Organograma Geral da Caixa Agrícola 28

3.3. Assembleia Geral 28

3.3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral 28

3.3.2. Competência da Mesa da Assembleia Geral 28

3.4. Conselho de Administração 29

3.4.1. Composição do Conselho de Administração 29

3.4.2. Competências do Conselho de Administração 30

3.4.3. Reuniões do Conselho de Administração 30

3.4.4. Funcionamento do Conselho de Administração 30

3.5. Órgãos de Fiscalização 30

3.5.1. Conselho Fiscal 31

3.5.1.1. Composição do Conselho Fiscal 31

3.5.1.2 Reuniões do Conselho Fiscal 31

3.5.2. Revisor Oficial de Contas 31

4. POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO 32

4.1. Introdução 32

Page 4: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

CA TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

4.2 Princípios Gerais 33

4.3 Considerações Gerais 34

4.4 Remuneração do Conselho Fiscal 34

4.5 Remuneração dos Membros do Órgão de Administração: Conselho de Administração 35

4.5.1 Remuneração dos Administradores Executivos 35

4.5.1.1 Quanto À avaliação do desempenho 35

4.5.1.2 Quanto aos mecanismos de malus e clawback 35

4.5.1.3 Disposições gerais 35

4.5.2 Remuneração dos administradores não executivos 37

4.6 Revisor Oficial de Contas 37

4.7 Política de remuneração de colaboradores 38

5 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 39

6 EVOLUÇÃO DA ACTIVIDADE DA CAIXA AGRÍCOLA 41

6.1 A estrutura do Balanço 41

6.2 Conta de Resultados 42

6.3 Evolução da Atividade Comercial 43

7. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 45

7.1 Balanço 45

7.2 Demonstração de Resultados 46

7.3 Demonstração de Alterações no Capital Próprio 47

7.4 Demonstração dos Fluxos de Caixa 48

7.5 Anexo às Contas 49

8 MAPA DE MOVIMENTAÇÃO DE ASSOCIADOS 94

9 PARECER DO CONSELHO FISCAL 95

10 CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS 97

Page 5: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

5

Page 6: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

6

PÁGINA EM BRANCO

Page 7: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

7

1. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO

1.1 ECONOMIA INTERNACIONAL

Segundo as mais recentes previsões do Fundo Monetário Internacional referidas no update do World

Economic Outlook de Janeiro de 2016, a economia mundial registou um crescimento de 3,1% em 2015,

representando uma desaceleração do crescimento face a 2014 que foi de 3,3%. Relativamente às maiores

economias mundiais, avançadas e emergentes, estas registaram evoluções distintas.

Entre os factores que contribuíram para esta diferenciação encontram-se a continuação de políticas

monetárias acomodatícias e de uma política orçamental menos restritiva nos países desenvolvidos, assim

como os desequilíbrios macroeconómicos e a instabilidade política em algumas economias exportadoras

de matérias-primas, sendo de destacar os casos do Brasil e da Rússia com maior decréscimo das respectivas

economias. Na China, a reorientação da política económica para um modelo mais baseado no mercado

interno conduziu a uma diminuição gradual do respectivo crescimento económico, com impacto na procura

mundial de matérias-primas, sendo, deste modo, ultrapassada pela Índia, que registou uma aceleração em

2015.

Por outro lado, as flutuações do preço do petróleo contribuíram também para um decréscimo acentuado

nos preços das matérias-primas.

Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em Janeiro 2016

Page 8: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

8

Na zona Euro, a actividade foi caracterizada pela continuação da recuperação económica, apesar do quadro

de incerteza quanto à situação financeira da Grécia. Esta evolução favorável deveu-se à evolução

do preço das matérias-primas e à política monetária do Banco Central Europeu, além da implementação do

programa de compra de ativos financeiros pelo BCE (Expanded Asset Purchase Programme).

Na Zona Euro estima-se que o PIB cresça 1,5% em 2015, devido essencialmente ao impacto da depreciação

do euro (que ocorre desde meados de 2014), à manutenção de taxas de juro baixas (fomentada pelo

programa alargado de compra de activos), aos efeitos favoráveis do nível do rendimento, resultantes dos

preços mais baixos dos produtos energéticos (especialmente do petróleo) e às políticas de quantitative

easing aplicadas pelo BCE. A maioria dos membros da U.E. acompanhou esta tendência de crescimento.

Em relação ao mercado laboral, verificou-se uma redução generalizada da taxa de desemprego na Zona

Euro. O desemprego prosseguiu uma trajectória de recuperação ao longo dos últimos dois anos, sendo que

em 2015 registou o valor de 11% (-0,6 p.p. face a 2014). Esta melhoria é explicada por factores como o

impacto favorável da moderação salarial, pelas recentes reformas do mercado de trabalho, pela retoma

económica e pelos recentes incentivos orçamentais. Ainda assim, é de salientar que os elevados valores de

2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha

(21,8%) e Grécia (26,8%).

Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em Janeiro 2016

Page 9: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

9

De forma a combater a pressão deflaccionista, foram anunciadas várias medidas por parte do BCE, em 22

de Janeiro de 2015, de entre as quais: (i) o lançamento de um programa alargado de compra de activos,

com compras mensais no valor de 60 mil milhões de euros até ao final de Setembro de 2016, ou até o

Conselho do BCE considerar que se verifica um ajustamento sustentado da trajectória de inflação,

compatível com o seu objectivo de obter taxas de inflação abaixo mas próximo de 2% no médio prazo; e (ii)

a alteração da taxa de juro das restantes seis operações de refinanciamento de prazo alargado

direccionadas (ORPA). Desta forma, a taxa de juro aplicável às futuras ORPA direccionadas será igual à taxa

de juro das operações principais de refinanciamento (OPR) do Eurosistema prevalecente na data em que

cada ORPA direccionada é conduzida, anulando assim o diferencial (spread) de 10 p.b. acima da taxa de

juro das OPR aplicado nas duas primeiras ORPA direccionadas.

Mais recentemente, a 3 de Setembro de 2015, o Conselho do BCE decidiu que a taxa de juro aplicável às (i)

operações principais de refinanciamento, (ii) facilidade permanente de cedência de liquidez e (iii) facilidade

permanente de depósito permanecerão inalteradas em 0,05%, 0,30% e -0,20%, respectivamente.

Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em Janeiro 2016

Page 10: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

10

1.2 ECONOMIA NACIONAL

Após um crescimento de 0,9% em 2014, a economia portuguesa apresentou maior dinamismo que justifica

a perspectiva de crescimento de 1,6% em 2015, o que reflecte um crescimento ligeiramente superior ao

verificado na média da Zona Euro.

Fonte: Banco de Portugal – Boletim Económico Dezembro 2015

Page 11: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

11

Para a aceleração da actividade em 2015 contribuiu, em maior grau, a evolução das exportações

portuguesas, que aumentaram 5,3% e que beneficiaram, em grande medida, da evolução da procura

externa dirigida à economia portuguesa. Este dinamismo esteve associado à recuperação económica de

alguns dos principais parceiros comerciais da Zona Euro, em particular Espanha, França e Itália. As

exportações para países fora da Zona Euro beneficiaram da depreciação do euro e do crescimento da

procura externa oriunda de alguns parceiros comerciais relevantes, em particular o Reino Unido e os EUA.

O crescimento do consumo privado (2,7% em termos homólogos, o que compara com o crescimento de

2,1% registado em 2014) esteve associado a uma melhoria das perspectivas quanto à evolução do

rendimento permanente das famílias, conjugada com um quadro de condições monetárias e financeiras

favoráveis.

Indicadores macroeconómicos (2013-2015)

2013 2014 2015E

Procura Externa tav 1,3 4,6 3,9

EUR/USD Taxa de Câmbio tav 3,1 0,1 -6,4

Preço do Petróleo (euros) tav -4,1 -9,5 -29,7

Produto Interno Bruto tav -1,4 0,9 1,6

Consumo Privado tav -1,7 2,1 2,7

Consumo Público tav -1,8 -0,7 0,1

Formação Bruta de Capital Fixo tav -6,6 2,3 4,8

Exportações tav 6,1 3,4 5,3

Importações tav 2,8 6,2 7,3

Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,4 0,7 0,6

Taxa de Poupança (%) vma 4,5 6,9 7,0

Empregabilidade (sector privado) tav n.d. 2,3 0,8

Taxa de Desemprego % 16,2 13,9 11,8

Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav n.d. -1,3 0,0

Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 2,6 2,1 2,4

Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,7 1,1 1,6

Taxa de referência do BCE (média) % 0,37 0,16 0,05

Euribor 3 meses (média) % 0,29 0,21 0,00

Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 1,93 0,54 0,53

Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 6,13 2,69 2,41

Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2015) e Banco Central Europeu (Dezembro 2015)

tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual

Page 12: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

12

A taxa de desemprego cifrou-se em 11,8% em 2015, ficando 2,1 p.p. abaixo do verificado em 2014, num

contexto de diminuição da população activa. Não obstante esta diminuição, a percentagem de

desempregados continua historicamente elevada, agravada pela existência de um elevado nível de

desemprego de longa duração.

O défice orçamental

deverá atingir os 4,2%

do PIB em 2015,

devido, em grande medida,

à resolução do Banif

ocorrida no final do ano

findo. Estima-se que o impacto desta medida nas contas públicas

venha a ser de 2.255 milhões

de euros (1.766 milhões

de euros numa

injecção de capital no banco e 489 milhões de euros na transferência para o Fundo de Resolução), fazendo

aumentar o défice em 1,2 p.p. do PIB, sendo que, excluindo este impacto, o défice orçamental seria de 3%

em 2015.

O valor de 4,2% encontra-se acima do previsto no Orçamento de Estado de 2015 para o conjunto do ano

(2,7%), mas traduz uma melhoria homóloga de 0,3 p.p. decorrente de um aumento da receita superior ao

da despesa.

1.3 MERCADO BANCÁRIO NACIONAL

O ano de 2015 revelou-se um ano de alguma turbulência no sistema bancário Português, com a venda do

Banif e a permanência de indefinição quanto ao destino do Novo Banco.

A aquisição do Banif pelo Banco Santander Totta foi finalizada a 20 de Dezembro de 2015, pelo valor de

€150 milhões. É de referir que, ainda em 2013, o Banif foi recapitalizado pelo Estado português no

montante de €1.100 milhões, sendo que o plano de recapitalização incluía, adicionalmente, um aumento

de capital por investidores privados de €450 milhões, o qual foi concluído em Junho de 2014. O Banif

revelou não ter capacidade para reembolsar a totalidade do montante, acabando este por vencer em

Dezembro de 2014. Com a venda do banco, a generalidade da actividade do Banif foi transferida para o

Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, Portugal: The Way Forward (Janeiro 2016)

Page 13: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

13

Banco Santander Totta, tendo-se criado um regime de excepção para os activos problemáticos

(transferência para um veículo de gestão de activos específico). Os clientes do Banif foram transferidos para

o Banco Santander Totta e as respectivas agências foram alvo de renovação de imagem.

Relativamente ao Novo Banco, a situação desta instituição continua instável, sobretudo devido à indecisão

do processo de privatização e à decisão do Banco de Portugal, tomada a 29 de Dezembro de 2015, de

transferir a dívida sénior de institucionais do Novo Banco para o Banco Espírito Santo (BES). Em 15 de

Janeiro de 2016, o Banco de Portugal relançou o processo de venda da participação do fundo de resolução

do Novo Banco, em linha com o acordado entre as autoridades nacionais e a Comissão Europeia.

1.3.1 Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro 2011 – Dezembro

2015)

Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal (Dezembro 2015), o volume de

depósitos aumentou 3,1% em Dezembro de 2015 face ao mesmo período de 2014. Para esse crescimento

contribuíram a evolução positiva de 3,8% dos depósitos de particulares (+2,3 p.p. que em 2014) e um

crescimento menos acentuado nos depósitos de empresas de 0,2% (-2,8 p.p. que em 2014).

1.3.2 Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro 2011 – Dezembro

2015)

Depósitos de particulares

Depósitos totais de clientes

Fonte: Banco de Portugal Variações homólogas YoY (12 meses)

162 156 159 163 168

3,9%

-3,8%

2,3% 2,4% 3,1%

0

100

200

300

400

500

600

700

2011 2012 2013 2014 2015

Volume de depósitos Variação homóloga

Depósitos de empresas

129 129 131 133 138

10,1%

0,1% 1,5% 1,5%3,8%

2011 2012 2013 2014 2015

33 27 29 30 30

-14,7% -19,0%

6,3% 3,0% 0,2%

2011 2012 2013 2014 2015

+

Valores em mil milhões euros

Page 14: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

14

Ao invés, o crédito bruto total registou decréscimo homólogo de 4,2% em Dezembro de 2015. A quebra

foi mais significativa no crédito a empresas (-5,0%) do que no crédito a particulares (-3,6%), ambos em

termos homólogos.

De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre 2014 e 2015, o crédito total reduziu

4,2% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no segmento das empresas nas regiões

autónomas e nos distritos de Viseu, Vila Real e Faro. Em Lisboa, o crédito a empresas caiu 2,6 mil milhões

de euros, o que explica mais de 60% da quebra registada no país.

Crédito a particularesCrédito bruto total

265 249 236 210 201

-2,8%

-5,9% -5,3%

-7,9%

-4,2%

2011 2012 2013 2014 2015

Volume de crédito Variação homóloga

Crédito a empresas

150 142 136 124 119

-2,3%-4,9% -4,5%

-8,8%

-3,6%

2011 2012 2013 2014 2015

115 107 100 86 82

-3,5%-7,2% -6,3%

-13,9%

-5,0%

2011 2012 2013 2014 2015

+

Fonte: Banco de Portugal Variações homólogas YoY (12 meses)

Valores em mil milhões euros

Page 15: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

15

Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo deveu-se essencialmente

à diminuição do crédito à habitação (-3,9% em 2015 face ao período homólogo) que representa 82% do

total do crédito a particulares. Relativamente ao crédito vencido de clientes particulares, esse situou-se nos

4,2%, agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no

agregado de crédito.

No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,0% deveu-se principalmente à redução do crédito a

empresas do sector da construção, indústrias extractivas e saúde e apoio social. Apenas nos sectores da

agricultura e pescas e dos transportes e armazenagem foi possível verificar um aumento do crédito

concedido (5,3% e 7,0%, respectivamente).

Valores em milhares de euros

Evolução do crédito total por região - Dez.2014/Dez.2015

Particulares Empresas Total Particulares Empresas Total

Aveiro 5.825 2.985 8.810 4,4% -4,3% -3,9% -4,2%

Beja 1.323 445 1.768 0,9% -4,4% -9,9% -5,9%

Braga 6.477 3.805 10.282 5,1% -3,2% 1,1% -1,7%

Bragança 924 238 1.162 0,6% -4,6% -2,1% -4,1%

Castelo Branco 1.492 410 1.902 0,9% -4,7% -4,2% -4,6%

Coimbra 3.975 1.276 5.251 2,6% -3,6% -2,0% -3,2%

Évora 1.748 708 2.456 1,2% -0,8% -4,3% -1,8%

Faro 5.004 1.722 6.726 3,3% 0,0% -10,9% -3,0%

Guarda 905 287 1.192 0,6% -3,8% -2,0% -3,4%

Leiria 4.309 2.528 6.837 3,4% -3,3% -2,8% -3,1%

Lisboa 43.432 45.766 89.198 44,4% -3,3% -5,5% -4,4%

Portalegre 903 329 1.232 0,6% -4,7% 1,9% -3,1%

Porto 17.694 12.765 30.459 15,2% -4,7% -1,6% -3,4%

Santarém 4.179 1.513 5.692 2,8% -1,0% 0,4% -0,7%

Setúbal 9.618 2.104 11.722 5,8% -2,9% 4,7% -1,6%

Viana do Castelo 1.697 644 2.341 1,2% -5,6% -0,5% -4,2%

Vila Real 1.371 332 1.703 0,8% -6,5% -12,9% -7,8%

Viseu 2.576 1.020 3.596 1,8% -3,0% -23,0% -9,6%

Reg. Autónoma Açores 2.728 1.161 3.889 1,9% -5,4% -14,6% -8,4%

Reg. Autónoma Madeira 3.046 1.552 4.598 2,3% -8,9% -25,6% -15,3%

Total 119.226 81.590 200.816 100% -3,6% -5,0% -4,2%

Var. 2014/2015Crédito Peso

total %

Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2014/Dez.2105

Tipologia Volume de crédito (M€) Var. homóloga % Peso total % Crédito vencido %

Habitação 97.706 -3,9% 82,0% 2,5%

Consumo 12.183 0,7% 10,2% 9,4%

Outros fins 9.337 -5,9% 7,8% 14,7%

Total 119.226 -3,6% 100% 4,2%

Fonte: Banco de Portugal

Page 16: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

16

Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 15,4%, sendo que os sectores com maior

incumprimento continuam a ser a construção, as actividades imobiliárias e o comércio, que mantêm

elevada representatividade no total do crédito a empresas.

1.4 MERCADOS FINANCEIROS

No ano de 2015 a atenção dos investidores esteve centrada, fundamentalmente, na actividade dos Bancos

Centrais, na situação de incerteza quanto à evolução da Grécia, no progresso das economias emergentes e

na cotação das commodities. Em Portugal, o ano ficou marcado pelas eleições legislativas, pela incerteza

em relação à formação do novo Governo, pelas perdas geradas com a queda do Banco Espírito Santo, e,

por fim, pela resolução do Banif com a alienação da sua actividade e abertura do processo de investigação

sobre o auxílio estatal concedido em 2013.

Na Europa, o 1º semestre de 2015 ficou marcado pelo anúncio do início do programa de Quantitative Easing

por parte do BCE, programa criado com o propósito de aumentar os níveis de inflação na Zona Euro, e pelo

processo negocial tenso entre a Grécia e a Troika (BCE, CE e FMI) quanto à aplicação de reformas na

economia, o que conduziu a um aumento da incerteza entre os investidores e, consequentemente, a um

aumento da volatilidade nos mercados accionistas e de dívida pública.

Actividade económicaVar. Dez.

2014/2015Total Crédito Peso %

% Crédito

Vencido

Agricultura e Pescas 5,3% 2.185 2,7% 4,4%

Indústrias Transformadoras -1,8% 12.881 15,8% 10,3%

Saúde e Apoio Social -7,0% 1.288 1,6% 5,4%

Comércio -0,3% 12.238 15,0% 16,1%

Construção -14,1% 12.870 15,8% 33,4%

Actividades Imobiliárias -4,9% 11.234 13,8% 23,7%

Alojamento e Restauração -5,3% 4.446 5,4% 10,9%

Transporte e Armazenagem 7,0% 7.221 8,9% 6,7%

Energia -0,2% 2.517 3,1% 0,6%

Indústrias Extractivas -13,6% 254 0,3% 13,0%

Água e Saneamento -6,5% 1.548 1,9% 2,6%

Outros -10,1% 12.909 15,8% 8,6%

Total -5,0% 81.591 100% 15,4%

Fonte: PIN Mercado

Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2014/Dez.2015

Valores em milhões de euros

Page 17: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

17

Na China, no final do 1º trimestre, o People Bank of China (PBOC), por forma a dinamizar a economia, cortou

as taxas de juro e baixou as taxas de remuneração dos depósitos em 0,25 p.p.

O 2º trimestre iniciou-se com a decisão por parte da Reserva Federal Americana em manter a política

monetária inalterada, conservando o intervalo objectivo das taxas dos “fed funds” em 0% – 0,25%.

Do lado da Zona Euro, o trimestre ficou marcado pela passagem da taxa Euribor a 3 meses para terreno

negativo (-0,001%) resultante da política seguida pelo BCE.

No mercado accionista começou também a verificar-se a queda do mercado chinês, com o índice Shanghai

Composite a desvalorizar 11% só no mês de Junho. Este crash ocorreu após uma corrida às acções, com os

chineses a recorrerem a crédito para colocarem na bolsa. Como tal, o Banco Central chinês reduziu por duas

vezes (uma em Maio e outra em Junho) a taxa de juro de referência e a taxa de depósitos em 0,25 p.p..

No 3º trimestre assistiu-se a uma grande volatilidade no mercado accionista. Como as desvalorizações

registadas pelas acções chinesas indiciavam que as medidas de Pequim não estavam a aliviar os receios dos

investidores, o regulador chinês e o PBOC avançaram com medidas expansionistas adicionais,

principalmente (i) a proibição de venda de acções por investidores com posições qualificadas, (ii) a

desvalorização do “yuan” em 1,9% e (iii) a redução das taxas de juro e de depósito em 0,25 p.p. Estas

medidas alertaram os investidores para o abrandamento da segunda maior economia do mundo

contagiando os índices europeus e norte-americanos e também as commodities.

Em termos de política monetária, tanto o BCE como a Reserva Federal mantiveram as suas políticas

inalteradas nas reuniões de Setembro.

Reunião Fed

Abrandono negociações

Referendoe controlo de capitais

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5ja

ne

iro

15

fev

ere

iro

15

ma

rço

15

ab

ril

15

ma

io 1

5

jun

ho

15

julh

o 1

5

ag

ost

o 1

5

sete

mb

ro 1

5

ou

tub

ro 1

5

no

ve

mb

ro 1

5

de

zem

bro

15

Mercados de dívida

Alemanha 10 Y Portugal 10 Y Espanha 10 Y Itália 10 Y EUA 10 Y

80%

90%

100%

110%

120%

130%

140%

150%

160%

jan

eir

o 1

5

feve

reir

o 1

5

ma

rço

15

ab

ril

15

ma

io 1

5

jun

ho

15

julh

o 1

5

ag

ost

o 1

5

sete

mb

ro 1

5

ou

tub

ro 1

5

no

ve

mb

ro 1

5

de

zem

bro

15

Mercados acionistas

Índice de Xangai PSI 20 SP500 STOXX 50

BlackMonday

Escândalo VW

Page 18: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

18

No 4º trimestre, a atenção dos investidores esteve centrada nas decisões dos Bancos Centrais, na evolução

das commodities e nas eleições realizadas na região ibérica.

Na Zona Euro, o BCE tomou medidas adicionais na sua reunião de Dezembro, em particular: (i) corte da taxa

de juro dos depósitos em 10 p.b. para -0,30%, mantendo a taxa de juro de referência e a taxa de cedência

de liquidez inalteradas; (ii) alargamento do programa de compra de activos até, pelo menos, Março de 2017

(iiI) reinvestimento dos juros obtidos com os activos comprados e (iv) inclusão da dívida dos governos

regionais e das administrações locais no âmbito das aquisições de dívida do BCE.

Por sua vez, nos EUA, a Reserva Federal subiu a taxa de juro de referência pela primeira vez desde 2006,

passando o intervalo de variação da taxa dos fed funds a estar entre 0,25%-0,50%, justificada com a

melhoria significativa das condições do mercado de trabalho (taxa de desemprego foi de 5% em Dezembro)

e a estimativa de subida da inflação no médio prazo.

Na China, o Banco Central cortou as taxas de juro dos empréstimos à banca e a taxa de juro dos depósitos

dos bancos no Banco Central, tendo ainda sido diminuídos os requisitos de reservas de capital dos bancos

em 50 p.b. e injectados 150 mil milhões de “yuan” na economia com o objectivo de elevar o nível de liquidez

da banca chinesa.

O ano em análise fica também marcado por uma certa instabilidade política em função da dispersão de

votos pelos vários partidos nas eleições de Portugal e Espanha, criando incerteza no processo de formação

de Governo nesses países.

No mercado das commodities, o destaque vai claramente para o petróleo, cuja cotação desvalorizou cerca

de 18% no 4º trimestre e 31% ao longo de 2015, graças ao excesso de oferta existente no mercado e ao

aumento dos conflitos entre os países produtores. Em relação aos produtos agrícolas, a queda foi de cerca

de 2,4% no último trimestre e de 12% no ano.

Page 19: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

19

A evolução do preço das matérias-primas teve também um impacto directo nos níveis de inflação dos

principais países, a saber: (i) nos EUA a taxa YoY foi de 0,5% no mês de Novembro, enquanto que a taxa

core1 foi de 1,4%; e (ii) na Zona Euro, segundo o Eurostat, a taxa YoY foi de 0,1% em Dezembro, o mesmo

valor registado em Outubro e a taxa de inflação core mensal caiu inesperadamente 0,2 p.b. para 0,9%.

Em termos cambiais, no 4º trimestre, assistiu-se a uma apreciação de 2,8% do USD face ao EUR, com o

EUR/USD a fechar o ano nos 1,086. No acumulado do ano, o EUR perdeu 10,2% face ao USD.

Principais focos em 2016:

A evolução das economias emergentes constitui o grande foco de análise em 2016. Para além da

desaceleração da economia chinesa, a situação nestes países encontra-se ainda penalizada pelo início da

subida das taxas de juro nos EUA, pela depreciação ocorrida nas respectivas moedas, e pela acentuada

queda dos preços das matérias-primas. Um enfraquecimento mais acentuado do que o esperado da procura

interna na China poderá afectar a confiança nos mercados financeiros e, dessa forma, comprometer as

perspectivas de muitas outras economias, tanto emergentes como avançadas. A evolução dos mercados

estará assim dependente da resposta dos Bancos Centrais à situação na China, bem como à forma de

conciliar este tema com a tentativa de chegar a níveis de inflação de 2%.

Factores como os conflitos no Médio Oriente, actos terroristas e a consequente variação do preço do

petróleo serão também fundamentais para a evolução dos mercados no ano de 2016.

Em Portugal, a execução orçamental e a decisão da DBRS, única agência que coloca o rating de Portugal no

nível investment grade e como tal possibilitando a aquisição de dívida pública por parte do Banco Central

Europeu, assumem carácter decisivo quanto à situação política e económico-financeira do país em 2016.

1 Taxa que exclui bens energéticos e alimentares.

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

70000ja

ne

iro

12

ma

rço

12

ma

io 1

2

julh

o 1

2

sete

mb

ro 1

2

no

ve

mb

ro 1

2

jan

eir

o 1

3

ma

rço

13

ma

io 1

3

julh

o 1

3

sete

mb

ro 1

3

no

ve

mb

ro 1

3

jan

eir

o 1

4

ma

rço

14

ma

io 1

4

julh

o 1

4

sete

mb

ro 1

4

no

ve

mb

ro 1

4

jan

eir

o 1

5

ma

rço

15

ma

io 1

5

julh

o 1

5

sete

mb

ro 1

5

no

ve

mb

ro 1

5

'00

0 b

arri

s/d

ia

Produção total de petróleo

OPEC Não OPEC

0,9

0,95

1

1,05

1,1

1,15

1,2

1,25

1,3

20

30

40

50

60

70

80

jan

eir

o 1

5

feve

reir

o 1

5

ma

rço

15

ab

ril

15

ma

io 1

5

jun

ho

15

julh

o 1

5

ag

ost

o 1

5

sete

mb

ro 1

5

ou

tub

ro 1

5

no

ve

mb

ro 1

5

de

zem

bro

15

USD

Cotação do Brent e WTI

EUR/USD Brent Crude (WTI)

Page 20: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

20

1.5 PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS PARA 2016

O ano de 2016 será mais um ano marcado pela regulamentação e diversas exigências impostas ao sector

financeiro, tanto para a banca europeia, através do Banco Central Europeu (BCE), como para a banca

nacional por intermédio do Banco de Portugal (BdP).

No início de 2016, o Banco Central Europeu divulgou as cinco prioridades em matéria de supervisão das

instituições financeiras europeias, que se centrarão (i) no risco associado ao modelo de negócio e à

rendibilidade, (ii) no risco de crédito, (iii) na adequação dos fundos próprios, (iv) na governação do risco e

qualidade de dados e (v) nos novos requisitos de liquidez, sendo certo que serão realizadas diversas

iniciativas de supervisão para cada uma das prioridades elencadas e, em alguns casos, a implementação de

algumas medidas estender-se-á por mais de um ano, exigindo dedicação e orçamento acrescidos.

Para além dos dois reguladores acima mencionados, as instituições de crédito e as sociedades financeiras

estão também abrangidas pela regulamentação emitida pelas autoridades reguladoras do mercado de

capitais e das actividades de investimento (e.g. ESMA2, CMVM), estando neste âmbito abrangidas por novos

requisitos e regulamentos, em implementação nacional e em consulta, o que naturalmente inclui o Grupo

Crédito Agrícola.

2 CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE

2.1 RESULTADO E BALANÇO 2.1.1 Análise Financeira do SICAM (Negócio Bancário do Grupo CA)

2 European Securities and Markets Authority

Page 21: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

21

Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas Associadas),

referentes ao exercício de 2015, constituem valores provisórios e não auditados.

Em milhares de euros

Abs. %

Activo

Aplicações em Inst. de Crédito e disp. 501.641 421.057 -80.584 -16,1%

Crédito a Clientes (líquido) 7.309.837 7.555.871 246.034 3,4%

Crédito a Clientes (bruto) 8.147.238 8.429.644 282.406 3,5%

Imparidades 837.401 873.773 36.372 4,3%

Aplicações em Títulos (líquido) 4.277.583 3.748.388 -529.195 -12,4%

Activos Não Correntes Detidos para Venda 429.010 445.441 16.431 3,8%

Outros Activos 748.529 885.955 137.426 18,4%

Total Activo 13.266.600 13.056.712 -209.888 -1,6%

Passivo + Capital

Recursos de bancos centrais e OIC's 1.116.382 625.817 -490.565 -43,9%

Recursos de Clientes 10.620.337 10.969.821 349.485 3,3%

Outros Passivos Subordinados 142.534 120.409 -22.125 -15,5%

Outros Passivos 219.011 168.118 -50.893 -23,2%

Total Passivo 12.098.264 11.884.166 -214.098 -1,8%

Capitais Próprios 1.168.335 1.172.546 4.211 0,4%

Total do Capital Próprio + Passivo 13.266.600 13.056.712 -209.887 -1,6%

Balanço

2014 2015Variação

Demonstração de Resultados

Em milhares de euros

Abs. %

Juros e rendimentos similares 457.014 400.181 -56.833 -12,4%

Juros e encargos similares 208.789 155.052 -53.737 -25,7%

Margem Financeira 248.225 245.129 -3.096 -1,2%

Comissões líquidas 128.522 130.193 1.671 1,3%

Resultado de operações financeiras 171.767 101.989 -69.778 -40,6%

Outros resultados de exploração 5.864 25.445 19.581 333,9%

Produto Bancário 554.378 502.756 -51.622 -9,3%

Custos de estrutura 300.475 300.838 363 0,1%

Custos de pessoal 164.986 166.516 1.529 0,9%

Gastos gerais administrativos 121.298 121.152 -146 -0,1%

Amortizações 14.190 13.170 -1.021 -7,2%

Provisões e imparidades 200.507 126.675 -73.832 -36,8%

Resultado antes de impostos 53.397 75.244 21.847 40,9%

Impostos, após correc. e diferidos 28.891 18.757 -10.134 -35,1%

Resultado Líquido 24.505 56.487 31.982 131%

2014 2015Variação

Page 22: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

22

Após 3 anos de depressão económica em Portugal, entre 2011 e 2013, o ano de 2015 veio confirmar a fase

de recuperação e crescimento iniciada em 2014, sendo que em 2015 o crescimento do PIB foi de 1,6%. Para

2016 e 2017, o Banco de Portugal prevê um crescimento de 1,7% e 1,8% respectivamente.

Apesar do aumento em 2015 da procura interna, assistiu-se a uma redução do nível de alavancagem das

famílias e das empresas não financeiras e consequente redução do crédito em 4,2%, sendo nas famílias de

-3,6% e nas empresas de -5,0%.

O Crédito Agrícola apresentou no final de Dezembro um aumento do resultado líquido em 2015 do negócio

bancário (SICAM) de 32 milhões de euros face a 2014 (56,5 milhões de euros vs. 24,5 milhões de euros),

para o qual contribuiu o aumento do crédito bruto em 3,5%.

Apesar do resultado líquido do SICAM ser significativamente superior ao do ano anterior, o produto

bancário registou, em sentido inverso, uma quebra de 9,3%. Esta quebra resulta sobretudo de uma redução

significativa dos resultados de activos financeiros disponíveis para venda, justificado pela redução das mais-

valias, que em 2014 alcançaram 169,1 milhões de euros e em 2015 somente 99,3 milhões de euros, o que

representa um decréscimo de 41%. Este efeito foi parcialmente compensado através do aumento dos

outros resultados de exploração em 334%, em resultado da alienação da participação financeira das Caixas

Associadas no capital da CA Vida e da CA Seguros, no âmbito da constituição de uma holding seguradora

(CA SeP), operação que resultou no registo de uma mais-valia de 19,8 milhões de euros que será anulada

em termos consolidados nas contas do Grupo.

41,3

1,5

24,5

56,5

2012 2013 2014 2015

Evolução do Resultado líquido(em milhões de euros)

Valores em milhões de euros

Evolução do Resultado Líquido Acumulado mar-15 jun-15 set-15 dez-15

Caixas Associadas 9 18 28 50

Caixa Central 13 1 2 5

SICAM (Consolidado) 22 20 31 57

Page 23: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

23

A margem financeira do SICAM sofreu uma quebra de 1,2%, passando de 248 milhões de euros em 2014

para 245 milhões de euros em 2015. Esta quebra resulta essencialmente:

i. Do efeito preço negativo da redução de spreads na concessão / renovação de crédito a empresas;

ii. Do efeito volume resultante do acréscimo de depósitos de clientes, não compensada pela redução

das taxas de remuneração dos novos depósitos e das renovações;

iii. Da pressão sobre as margens resultantes das reduzidas taxas indexantes do crédito (Euribor), em

particular, no que se refere ao crédito com maturidades longas; e

iv. Da redução dos proveitos com juros da carteira de títulos.

É ainda de realçar que a Caixa Central manteve em 2015 um esforço de remuneração dos recursos das

Caixas Associadas acima dos níveis praticados no mercado, sacrificando a sua margem financeira. Contudo,

as remunerações têm vindo a reduzir, convergindo para taxas semelhantes às praticadas no mercado.

De qualquer forma é inevitável que este processo de convergência com o mercado se mantenha em 2016,

o que implicará desafios acrescidos de rentabilidade para as Caixas Associadas.

Produto Bancário - SICAM Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Margem Financeira 251 248 245 -3 -1,2%

Comissões líquidas 132 129 130 2 1,3%

Resultado de operações financeiras* 79 171 99 -72 -42,0%

Outros resultados de exploração 12 7 29 21 304,4%

Margem Complementar 222 306 258 -49 -15,9%

Produto Bancário 473 554 503 -52 -9,3%

*excluindo o efeito dos resultados de reavaliação cambial e de instrumentos de capital

Page 24: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

24

Globalmente, mesmo com a descida da margem financeira em 1,2% e do produto bancário em 9,3%, o

resultado líquido aumentou 131%, passando de 24,5 milhões de euros, para 56,5 milhões de euros,

resultante fundamentalmente de dois factores: (i) da mais-valia criada com a venda das acções da CA vida

e CA seguros à nova holding e (ii) da redução de 200,5 milhões de euros para 126,7 milhões de euros (-

36,8%) das provisões e imparidades do exercício.

Quanto aos custos de estrutura verificou-se um ligeiro aumento de 0,1% (363 mil euros). Este agravamento

justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 1,5 milhões de euros (+0,9%). Esta subida contudo

foi atenuada com uma quebra ligeira nos gastos gerais administrativos (-0,1%), fruto das negociações

centralizadas de contratos e da estratégia de contenção dos custos já iniciada no ano anterior e pela

redução das amortizações em 7,2%.

2,51% 2,46% 2,39% 2,32% 2,26%2,13% 2,04%

1,89% 1,78%1,66%

1,53%1,40%

1,25%

0,18% 0,17% 0,13% 0,11% 0,09% 0,06% 0,05% 0,05% 0,05% 0,04% 0,03% 0,01% -0,05%

0,08% 0,08% 0,06% 0,04% 0,02% -0,01% -0,01% -0,01% -0,02% -0,03% -0,04% -0,07% -0,12%

dez-14 jan-15 fev-15 mar-15 abr-15 mai-15 jun-15 jul-15 ago-15 set-15 out-15 nov-15 dez-15

Taxas médias de remuneração dos depósitos das CCAM na Caixa Central

Taxa média das aplicações das CCAM na Caixa Central Euribor 6 meses Euribor 3 meses

Valores em milhões de euros

Margem

Financeira

Comissões

Líquidas

Res. Op.

Financeiras

Margem

Complementar

Produto

Bancário

Caixas Associadas 263 109 1 32 404

Caixa Central -18 22 98 116 100

SICAM (Consolidado) 245 130 99 258 503

Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Custos de Estrutura 302 300 301 0,4 0,1%

Custos de Pessoal 164 165 167 1,5 0,9%

Gastos Gerais Administativos 124 121 121 -0,1 -0,1%

Amortizações 15 14 13 -1,0 -7,2%

Page 25: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

25

Nas contas provisórias de 2015, é possível verificar que foram constituídas provisões e imparidades líquidas

no valor de 127 milhões de euros, o que representa uma redução de 73 milhões de euros face a 2014. Em

relação ao rácio de cobertura do crédito vencido registou-se um aumento, passando de 124,7% em 2014

para 130,8% em 2015, prosseguindo o Crédito Agrícola com uma gestão sã e prudente no que respeita a

esta matéria.

Relativamente à estrutura de balanço, registou-se uma redução de 1,6% no activo total do SICAM que

passou de 13.267 milhões de euros em 2014 para 13.057 milhões de euros em 2015. Em 2015 apesar do

aumento do crédito a clientes de 3,5% (282 milhões de euros), este não foi suficiente para compensar a

redução no valor das aplicações em títulos de 12,4% (-529 milhões de euros face a 2014).

O crédito a clientes consolidado aumentou 3,5% com o crédito a empresas a subir 8,9% e o crédito a

particulares a reduzir 2,6% face a 2014. Em termos líquidos, o crédito aumentou 3,4%, o que representa

Provisões/Imparidades do Exercício Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Correcção de valor em crédito de clientes 106 160 101 -59 -37%

Imparidade de outros activos 44 40 26 -14 -36%

Total de provisões e imparidades do exercício 150 200 127 -73 -37%

Total de provisões e imparidades acumuladas 707 837 874 36 4%

Rácio de cobertura do crédito vencido 107,5% 124,7% 130,8% 6,1 p.p. -

Evolução da carteira de crédito Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Crédito total sobre clientes 8.199 8.147 8.430 282 3,5%

Crédito e juros vencidos 658 672 668 -4 -0,5%

13.748

12.969

13.267

13.057

2012 2013 2014 2015

Evolução do Activo Líquido(em milhões de euros)

Page 26: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

26

um aumento de 246 milhões de euros, que inclui um reforço de imparidade de 36,4 milhões de euros

(4,3%).

O passivo total do SICAM reduziu cerca de 214 milhões de euros, muito por conta do reembolso ao Banco

Central Europeu (491 milhões de euros), enquanto o capital próprio registou um aumento de 4 milhões de

euros.

É importante mencionar a evolução ligeira do rácio de transformação que, em 2015 face a 2014, alcançou

um crescimento de 0,1 p.p. que se traduziu num aumento de 68,8% para 68,9%. Este nível do rácio de

transformação é justificado pelo facto do montante dos recursos de clientes ser significativamente superior

ao valor do crédito a clientes, mantendo o Crédito Agrícola num nível de transformação dos depósitos

bastante abaixo do praticado pela restante banca em Portugal.

Crédito a clientes Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Crédito bruto 8.199 8.147 8.430 282 3,5%

Imparidades 707 837 874 36 4,3%

Crédito líquido 7.492 7.310 7.556 246 3,4%

Valores em milhões de euros

Activo PassivoCapitais

Próprios

Caixas Associadas 12.664 11.444 1.219

Caixa Central 6.020 5.765 255

SICAM (Consolidado) 13.057 11.884 1.173

7.492 7.310 7.556

10.234 10.620 10.970

73,2%

68,8% 68,9%

60%

65%

70%

75%

80%

85%

90%

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

2013 2014 2015

Evolução do Crédito e Recursos de Clientes(em milhões de euros)

Crédito a Clientes Recursos de Clientes Rácio de Transformação

Page 27: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

27

2.1.2 Outros Factos Relevantes

Nos últimos 3 anos a marca CA assumiu um papel relevante junto dos consumidores, pois conseguiu

demonstrar os valores e as iniciativas que esta instituição desenvolve junto da

sociedade. O reconhecimento perante os portugueses tem sido evidente, e

ficou patente nos resultados obtidos não só pelo estudo promovido pela

Aximage em 2014, que revelou que o Crédito Agrícola é o segundo banco em

quem os portugueses mais confiam, mas também pelo prémio de 5 Estrelas

recebido em 2015 e que classificou o Crédito Agrícola na categoria do

“Atendimento ao Cliente” como a instituição mais bem classificada.

O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido acções de promoção junto de empresas, donde se

destacam:

O ciclo de seminários sobre o tema empreendedorismo, enquadrado na 2ª edição do “Prémio

Empreendedorismo e Inovação”, acentuando o posicionamento de grupo financeiro que aposta e

reconhece o tecido empresarial português;

O workshop “Cooperar para Exportar” dirigido a empresários e produtores do sector hortofrutícola;

A homenagem às 193 empresas clientes CA (mais 105 empresas face ao ano anterior) com o

estatuto de PME Líder e PME Excelência em 2014, realizada pelo segundo ano consecutivo, num

evento que sublinha o contributo das Empresas, Clientes do Grupo, para a competitividade e

crescimento da economia portuguesa;

O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo segundo ano consecutivo, realizado

juntamente com a Associação dos Escanções de Portugal, destinado a Produtores e Cooperativas

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Crédito a Clientes 7.492 7.310 7.556 246 3,4%

Recursos de Clientes 10.234 10.620 10.970 349 3,3%

Rácio de Transformação 73,2% 68,8% 68,9% 0,1 p.b. -

Evolução do crédito e recursos de clientes

Page 28: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

28

de todas as regiões vitivinícolas do país. As cerimónias de entrega de prémios decorreram na FIL,

em Lisboa, no “Portugal Agro” e na “Alimentaria & Horexpo Lisboa 2015”;

A associação à Academia do Centro de Frutologia Compal, pela 4ª vez consecutiva, tendo, em 2015,

sido desenvolvida uma acção de formação e apoio à instalação frutícola destinada a

empreendedores agrícolas que se pretendem instalar, aumentar ou reconverter a sua exploração

agrícola.

Quanto ao reconhecimento público em 2015, o Crédito Agrícola foi galardoado com seis distinções em

diversas áreas: banca, seguros e fundos de investimento. O

Banco foi considerado, pela revista britânica The Banker, no seu

estudo “Top 1000 World Banks”, o terceiro mais sólido a operar

em Portugal e o primeiro de capitais exclusivamente nacionais.

A CA Seguros, a seguradora não vida do Grupo Crédito Agrícola,

foi eleita, pela quinta vez, a Melhor Seguradora Não Vida do seu

segmento. Esta distinção resulta de um estudo realizado pela

revista EXAME, em parceria com a Deloitte e com a Informa D&B.

O Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Obrigações CA

Rendimento, gerido pela Crédito Agrícola Gest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário,

S.A. (CA Gest), foi distinguido com o prémio “Gestão Nacional de Organismos de Investimento Colectivo”,

na categoria “Fundos de Obrigações de Taxa Indexada”.

Em 2015, o serviço Balcão 24 terminou com 249 balcões em funcionamento, o que representa um

crescimento de 6% face a 2014 (236 balcões). É ainda de salientar a evolução semestral do volume de

transacções realizadas no serviço Balcão 24, que registou um crescimento de 6% face a igual período de

2014.

No ano 2015, registou-se um aumento do parque de ATM do Crédito Agrícola de 2,2%, passando de 1.465

máquinas em 2014 para 1.497 em 2015, contrariando a tendência de decréscimo verificada no mercado (-

2,1% face a 2014) e permitindo um reforço da quota de mercado em 0,5 p.p. O número de transacções em

ATM do Crédito Agrícola subiu 3% em 2015.

Page 29: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

29

A instalação de terminais de pagamento automático (TPA) continuou a registar uma evolução positiva,

verificando-se um aumento do número de equipamentos (+10,5% face a 2014) e do número de transacções

efectuadas (+24,5% face a 2014). O serviço Rede CA & Companhia continua a consolidar a sua posição,

tendo apresentado em 2015 um crescimento de 33,5%, estando instalado em 49% dos terminais de

pagamento automático do Crédito Agrícola.

Durante o ano de 2015 verificou-se um aumento da carteira global de cartões de pagamento, sendo que a

carteira de cartões de pagamento a débito cresceu 10,4% e a carteira de cartões de pagamento a crédito

aumentou 2,6%. Esta evolução originou um crescimento da quota de mercado do Crédito Agrícola de 0,7

p.p. nos cartões de débito e 0,4 p.p. nos cartões de crédito. À semelhança do crescimento da carteira de

cartões, o ano 2015 evidenciou igualmente um aumento do número de transacções com cartões (+8,1%),

assim como, um aumento do volume de transacções em valor (+6,3%).

No âmbito da estratégia de estabelecimento de parcerias com entidades do segmento institucional, o

Crédito Agrícola celebrou um protocolo de parceria com a Associação Portuguesa de Imprensa no final de

2015, aproveitando igualmente para assinar um protocolo comercial que permite aos colaboradores dos

400 órgãos de comunicação social associados aceder à oferta do Crédito Agrícola em condições favoráveis.

Ainda ao nível da assessoria de imprensa, foram realizadas diversas acções juntos dos meios de

comunicação social, de âmbito nacional e regional, bem como a realização de entrevistas individuais

concedidas pelo Presidente do CAE da Caixa Central em diversos meios de comunicação.

Quanto ao nível de comunicação externa foram realizadas 2 novas macro-campanhas:

“Planos você já tem, só precisa do Banco certo”, que teve por objectivo promover as soluções de

crédito pessoal disponibilizadas pelo CA; e

“CA Destino”, que desafiou os jovens a poupar de modo a habilitarem-se a ganhar passagens áreas

duplas para a Europa.

O Crédito Agrícola começou a sua pegada nas redes sociais da melhor forma, iniciando a sua presença no

Facebook, Instagram e Youtube, com o objectivo de aproximar o Grupo ao target mais jovem e ao público

dos centros urbanos. De referir que o Banco terminou o ano com mais de 55.000 seguidores na sua página

oficial de Facebook.

Page 30: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

30

Em 2015 registaram-se 19.192.755 visitas ao site institucional do Grupo Crédito Agrícola (+28% face a 2014),

o que representa uma média de 1.599.396 visitas/mês realizadas por 5.499.609 visitantes únicos.

Em 2009, o Crédito Agrícola integrou no seu Plano de Meios de Comunicação, o

patrocínio a um programa televisivo inovador, denominado “1 Minuto de

Economia”. Tratando-se de um programa sobre a actualidade financeira com um

formato diferenciador transmitido diariamente no canal SIC, permitido impactar

mais de 1.300.000 telespectadores, alavancando assim a notoriedade da marca CA.

Em 2015 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica de patrocínios a

alguns desportistas, modalidades e eventos, como:

Teresa Almeida, Campeã do Mundo de Bodyboard em 2014;

Mário Patrão, Campeão Nacional de TT e da classe “Maratona” no Rali

Dakar 2016, em motociclismo;

João Ruivo, Vice-Campeão Nacional de Rali na Categoria I;

Alcobaça Club de Ciclismo, com destaque para o Ciclista Pedro Lopes por

ter alcançado o título de Campeão Nacional de Contra-relógio, na categoria

de cadetes;

33ª Volta ao Alentejo em Bicicleta;

Entre outros eventos e atletas.

A longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre as quais, o Salão

Imobiliário de Portugal (SIL), Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB), PORTUGAL AGRO,

Fruit Logistica e Fruit Attraction e Festa dos Santos Populares em Paris.

Page 31: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

31

3 ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO

3.1 ESTRUTURA DE GOVERNO SOCIETÁRIO

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Terras de Viriato, CRL adota o modelo de governação vulgarmente

conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor

Oficial de Contas.

Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, para um

mandato de três anos.

3.2 ORGANOGRAMA GERAL DA CAIXA AGRÍCOLA

3.3. ASSEMBLEIA GERAL

A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário.

3.3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral

Presidente: Dom Duarte Pio de Bragança

Vice-Presidente: Nuno Carlos Ferreira Carrilho

Secretário: António Alberto Chaves Ferreira

3.3.2. Competência da Mesa da Assembleia Geral

Assembleia Geral

Conselho de Administração

Conselho Fiscal ROC

Page 32: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

32

A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam

competências, competindo-lhe, em especial:

Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes;

Votar a proposta de plano de atividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício

seguinte;

Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior;

Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;

Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de organismos

cooperativos de grau superior;

Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;

Decidir do exercício do direito de ação cível ou penal contra o revisor oficial de contas,

administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia

Geral;

Decidir da alteração dos Estatutos.

3.4. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efetivos, no mínimo de três

e de um suplente.

Atualmente o Conselho de Administração é composto por 9 membros, com mandato para o triénio 2013/

2015.

3.4.1 Composição do Conselho de Administração

Presidente: Américo Afonso Cardoso Loureiro

Vice-Presidente: Francisco António Coelho Pessoa da Silva Campos

Vice-Presidente: José de Oliveira Gonçalves

Vogal: Alfredo Soares de Albergaria Antunes

Vogal: Augusto Paulo Duarte Araújo

Vogal: António José Mendes Garcia

Vogal: Almiro Nascimento Carpinteiro

Vogal: José Eugénio da Silva Simões

Vogal: José Manuel Lopes de Almeida

Page 33: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

33

3.4.2 Competência do Conselho de Administração

As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de acordo

com os Estatutos:

Administrar e representar a Caixa Agrícola;

Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de atividades e de

orçamento para o exercício seguinte;

Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao exercício

anterior;

Adotar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola;

Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola.

Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;

Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos;

Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.

3.4.3 Reuniões do Conselho de Administração

O Conselho de Administração reúne, pelo menos, 1 vez por semana, tendo realizado um total de 56

reuniões em 2015.

3.4.4 Funcionamento do Conselho de Administração

O Conselho de Administração deliberou a distribuição de pelouros entre os seus membros da seguinte

forma:

Presidente: Américo Afonso Cardoso Loureiro a Coordenação Geral da Caixa Agrícola.

Vice-Presidente: Francisco António Coelho Pessoa da Silva Campos a área comercial das agências de Nelas

e Canas de Senhorim.

Vice-Presidente: José de Oliveira Gonçalves a área comercial da agência de Tondela.

Vogal: Alfredo Soares de Albergaria Antunes a área comercial das agências de Carregal do Sal e Cabanas de

Viriato.

3.5. ORGÃO DE FISCALIZÇÃO

Page 34: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

34

A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor Oficial de Contas

ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.

As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho

Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de atividade e de orçamento.

3.5.1. Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é composto por três membros efetivos e, pelo menos, um suplente.

3.5.1.1. Composição do Conselho Fiscal

Presidente: Eduardo Dias Marques

Vogal: Paulo Alexandre Pais Pinto Botelho

Vogal: Francisco José Soares Pinto

3.5.1.2. Reuniões do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal reúne, por regra, 1 vezes por trimestre, tendo realizado, em 2014, um total de 5 reuniões.

3.5.2. Revisores Oficiais de Contas

O mandato atual do Revisor Oficial de Contas é de 2013 a 2015, encontrando-se designado para o cargo:

Efetivo: Mariquito, Correia & Associados SROC Lda, representada por António Francisco Escarameia

Mariquito.

Suplente: José Martins Correia, ROC nº 203.

Page 35: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

35

4. POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS ÓRGÃOS DE GESTÃO E DE

FISCALIZAÇÃO

Em 30 de março de 2015 a Assembleia Geral Ordinária da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Terras de

Viriato, CRL apreciou e aprovou a Declaração sobre Política de Remuneração dos Órgãos de Administração

e de Fiscalização da Instituição, em cumprimento do disposto no art. 2º, nº 1, da Lei nº 28/2009, de 19 de

Junho.

Nos termos do nº 4 do Art. 115º-C do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras

(RGICSF), aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, na redação que lhe foi dada pelo

Decreto-Lei nº 157/2014, de 24 de Outubro, vem o Conselho de Administração da CAIXA DE CRÉDITO

AGRÍCOLA MÚTUO DE TERRAS DE VIRIATO, CRL (doravante CAIXA AGRÍCOLA), submeter à aprovação da

Assembleia Geral a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização

da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2015.

Propõe-se que a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da

CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2015 seja aprovada nos seguintes termos:

4.1. INTRODUÇÃO

Em cumprimento do normativo aplicável, a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de

Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA foi definida e elaborada de modo a refletir adequada

e proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a natureza da Instituição, o âmbito e a

complexidade da atividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos assumidos e a assumir

e o grau de centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição.

A mesma Política de Remuneração, atenta a ainda não existência de regulamentação do Banco de Portugal

para a versão do RGICSF introduzida pelo Decreto-Lei nº 157/2014, teve em consideração os seguintes

instrumentos:

a. O RGICSF;

b. O Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, quanto às normas neste contidas que não sejam

incompatíveis com a nova redação do RGICSF e que não devam, por isso, considerar-se revogadas pela

mesma;

c. A Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, na redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014.

Page 36: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

36

4.2. PRINCÍPIOS GERAIS

Pese embora as alterações legislativas acima referidas, considera-se que o novo regime legal preserva a

aplicação do princípio da proporcionalidade na definição das políticas de remuneração, pelo que se optou

por manter a relevância dada até aqui a elementos como a natureza jurídica de cooperativa da Instituição

e a dela decorrente ausência de fins lucrativos, a imposição de restrições de natureza geográfica à atuação

da dita Instituição, fatores que determinam que a tais funções correspondam muitas vezes remunerações

de valor senão simbólico, pelo menos inferior ao da média dos Colaboradores da Instituição, sendo por

conseguinte tais remunerações insuscetíveis de qualquer comparação com as que são auferidas no resto

do Sector Bancário, tal como são insuscetíveis de levar à assunção de riscos excessivos ou de pôr em causa

os interesses de longo prazo da Instituição, a sua estabilidade financeira ou a sua base de capital.

Nesta perspetiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à CAIXA AGRÍCOLA todas as disposições

do RGICSF, da Lei nº 28/2009 e do Aviso nº 10/2011 (os últimos na medida em que se considerem

compatíveis com o primeiro) que pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas revestem a natureza

jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação de muitas das demais normas, sempre

por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do nº 3 do art. 115º-C do RGICSF.

Consequentemente, o referido princípio da proporcionalidade presidiu à elaboração da presente Política

de Remuneração que, nos termos do RGICSF, prossegue ainda os seguintes objetivos:

a. Promover e ser coerente com uma gestão de riscos sã e prudente e não incentivar a assunção de

riscos superiores ao nível de risco tolerado pela Instituição;

b. Ser compatível com a estratégia empresarial da Instituição, os seus objetivos, valores e interesses de

longo prazo e incluir medidas destinadas a evitar conflitos de interesses;

c. Distinguir de forma clara os critérios para a fixação da componente fixa da remuneração,

fundamentados principalmente na experiência profissional relevante e na responsabilidade organizacional

de cada Membro de Órgão de Administração ou de Fiscalização.

4.3. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que:

a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela Assembleia

Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma revê-la periodicamente,

pelo menos uma vez por ano, em sede da sua aprovação nos termos do nº 4 do art. 115º-C do RGICSF;

Page 37: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

37

b) A presente política não contempla a atribuição de remunerações variáveis;

c) Vistas a natureza e dimensões da Instituição, a inexistência de remunerações variáveis, o valor das

remunerações pagas aos Membros dos respetivos Órgãos de Administração e de Fiscalização e o facto de,

não sendo a Instituição uma sociedade anónima, lhe ser impossível pagar qualquer remuneração sob a

forma de ações ou instrumentos nos termos do nº 3 do art. 115º-E do RGICSF, não será diferido o

pagamento de qualquer parte da remuneração;

d) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de

Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea com o

desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que preconiza a atribuição de uma

remuneração de valor moderado, compatível com as tradições e com a natureza específica do Crédito

Agrícola;

e) Atenta a natureza cooperativa da CAIXA AGRÍCOLA, o desempenho dos Órgãos de Administração e de

Fiscalização é, em primeira linha, avaliado pelos Associados em sede de Assembleia Geral, refletindo tal

avaliação não só o desempenho económico da Instituição, mas também outros critérios diretamente

relacionados com a sobredita natureza cooperativa, incluindo a qualidade da relação estabelecida entre

Administração e Cooperadores e da informação prestada aos membros sobre o andamento dos negócios

sociais.

4.4. REMUNERAÇÃO DO CONSELHO FISCAL

A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da composição desse

Órgão Social, consiste exclusivamente numa componente fixa, paga através de senhas de presença de valor

fixado pela Assembleia Geral.

4.5. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO:

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

4.5.1. Remuneração dos Administradores Executivos

A remuneração dos Membros executivos do Conselho de Administração consiste exclusivamente numa

componente fixa, paga através de senhas de presença de valor fixado pela Assembleia Geral.

Refira-se que o Presidente do Conselho de Administração ao suspender as suas funções de Coordenador

Geral ao abrigo do Contrato Coletivo de Trabalho, aufere as regalias inerentes a essas funções

Page 38: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

38

nomeadamente o tempo de serviço, atualizações salarial e tudo o demais que compõe o rendimento

daquele cargo.

Nos termos e para os efeitos dos arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011,

mais se declara que:

4.5.1.1. Quanto à avaliação do desempenho

a) O órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Administradores Executivos é o

Órgão de Fiscalização, sem prejuízo da competência da Assembleia Geral, nos termos acima descritos;

b) A remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, pelo que são

inaplicáveis os arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do

Aviso nº 10/2011.

4.5.1.2. Quanto aos mecanismos de malus e clawback

Conforme referido acima, a remuneração dos Administradores executivos não inclui uma componente

variável, pelo que são inaplicáveis as regras constantes do RGICSF quanto à aquisição do direito à mesma e

aos mecanismos de redução (“malus”) ou reversão (“clawback”).

4.5.1.3. Disposições gerais

a) Uma vez que a remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, são

inaplicáveis as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011;

b) No exercício de 2014 não foram pagas nem se mostraram devidas compensações e indemnizações a

Membros do Órgão de Administração devido à cessação das suas funções;

c) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração qualquer contrato que lhes

confira direito a compensações ou indemnizações em caso de destituição, incluindo pagamentos

relacionados com a duração de um período de pré-aviso ou cláusula de não concorrência, pelo que o direito

a tais compensações ou indemnizações se rege exclusivamente pelas normas legais aplicáveis, sendo

desnecessários os instrumentos jurídicos a que alude o art. 10º do Aviso nº 10/2011; de igual modo, não

vigora na Instituição qualquer regime especial relativo a pagamentos relacionados com a cessação

antecipada de funções, pelo que é igualmente inaplicável o nº 11 do art. 115º-E do RGICSF;

Page 39: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

39

d) Foram pagas ao Presidente do Conselho de Administração da Instituição remunerações sob a forma de

senhas de presença, pela entidade CA Seguros, com a qual a Instituição se encontra em relação de grupo;

e) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada,

nem são concedidos benefícios discricionários de pensão;

f) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados como remuneração.

g) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração ou

responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os efeitos

de alinhamento pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneração.

h) Caso seja atribuída qualquer remuneração a Administrador Executivo eleito para o seu primeiro

mandato que vise compensá-lo pela cessação de funções anteriores, esta terá em consideração os

interesses de longo prazo da Instituição e será sujeita às regras que em cada momento vigorem quanto a

desempenho, indisponibilidade mediante retenção pela Instituição, diferimento e reversão, sem prejuízo

de, conforme referido, não ser atualmente diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração.

4.5.2 REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS

A remuneração dos Membros não executivos do Órgão de Administração consiste exclusivamente numa

componente fixa, paga através de senhas de presença de valor fixado pela Assembleia Geral.

4.6. REVISOR OFICIAL DE CONTAS

A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida

no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.

Quadro com as remunerações auferidas, de forma agregada e individualizada.

Conselho de Administração:

Page 40: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

40

* Esta remuneração inclui uma parte relativa ao Vencimento auferido enquanto colaborador, conforme

aprovado em ata da Assembleia Geral.

Conselho Fiscal

Revisor Oficiais de Contas

4.7. POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DE COLABORADORES

Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, é

prestada a seguinte informação, atinente à política de remuneração de colaboradores:

1. Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011 auferem

uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as condições dispostas no ACT do Crédito

Agrícola, a qual pode ainda integrar um complemento remunerativo mensal fixo, estabelecido

contratualmente ou na sequência de reajustamento remunerativo casuístico.

2. Também se atribui uma hora de Isenção de horário de trabalho às funções cujo nível de responsabilidade

e exigência de disponibilidade assim o justifique.

3. Pode ser atribuída anualmente uma remuneração variável, definida com base num processo de avaliação

de um conjunto de competências críticas para a função, a qual corresponde apenas a um prémio de

desempenho.

Cargo Remuneração Fixa Remuneração Variável Total

Presidente: Américo Afonso Cardoso Loureiro* 83.813,80 € 0,00 € 83.813,80 €Vice-Presidente: Francisco António Coelho

Pessoa da Silva Campos 13.250,00 € 0,00 € 13.250,00 €

Vice-Presidente: José de Oliveira Gonçalves 13.250,00 € 0,00 € 13.250,00 €

Vogal: Alfredo Soares de Albergaria Antunes 13.250,00 € 0,00 € 13.250,00 €

Vogal: Augusto Paulo Duarte Araújo 12.250,00 € 0,00 € 12.250,00 €

Vogal: António José Mendes Garcia 6.500,00 € 0,00 € 6.500,00 €

Vogal: Almiro Nascimento Carpinteiro 5.750,00 € 0,00 € 5.750,00 €

Vogal: José Eugénio da Silva Simões 6.750,00 € 0,00 € 6.750,00 €

Vogal: José Manuel Lopes de Almeida 6.250,00 € 0,00 € 6.250,00 €

Cargo Remuneração Fixa Remuneração Variável Total

Presidente: Eduardo Dias Marques 0,00 € 0,00 € 0,00 €

Vogal: Paulo Alexandre Pais Pinto Botelho 0,00 € 0,00 € 0,00 €

Vogal: Francisco José Soares Pinto 0,00 € 0,00 € 0,00 €

Nome Remuneração Fixa Remuneração Variável Total

Mariquito, Correia & Associados, SROC 7.400,00 € 0,00 € 7.400,00 €

Page 41: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

41

4. A metodologia e critérios de avaliação de desempenho, aprovados pelo órgão de administração, são

divulgados internamente, aprovados e aplicados de forma idêntica, para a generalidade dos colaboradores

da instituição. O órgão de administração valida os resultados finais da avaliação de desempenho efetuada

pela hierarquia direta dos colaboradores.

6. A componente variável é assim atribuída anualmente, considerando os resultados da avaliação de

competências específicas e transversais, que permitem verificar o respeito pelas regras e procedimentos

aplicáveis à atividade, designadamente as regras de controlo interno e as que são relativas às relações com

clientes e investidores. Pretende-se, deste modo, promover a sustentabilidade da instituição e a criação de

valor a longo prazo.

7. A remuneração variável quando atribuída é sempre paga em numerário tendo por base o desempenho

do ano transato.

8. Não é diferida qualquer parte da componente variável da remuneração, porquanto o valor desta não

tem expressividade para que o seu pagamento imediato e de uma só vez possa impedir que se atinja

qualquer um dos objetivos que o diferimento visaria prosseguir.

9. Atento o disposto no nº 3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, em 2013 os

colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do mesmo Aviso auferiram as seguintes remunerações:

Remuneração Fixa Remuneração Variável Total

1.010.668,18 € 53.665,19 € 1.064.333,37 €

Page 42: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

42

5. RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

Estimados Associados, de acordo com o previsto na alínea c) do artigo 29º dos Estatutos, vem o Conselho

de Administração apresentar à digníssima Assembleia, para discussão e votação o Relatório e Contas

referentes ao ano de 2015.

Como é certamente do conhecimento de todos, continuamos a viver tempos de uma forte estagnação

financeira nas famílias e nas Empresas, facto que condiciona fortemente a atividade que desenvolvemos,

com a pouca procura de crédito.

Aliado a este fenómeno assistimos a uma branda atividade dos Tribunais na resolução de alguns dossiers

de crédito, que visto por outro prisma condiciona também e muito a nossa prestação.

Se por um lado verificamos um aumento significativo na carteira de recursos que em 2015 teve um

crescimento de 4,00% para 125.921.629 euros, na concessão de crédito o crescimento foi mais moderado

em termos líquidos para 72.210.718 euros.

Continuamos a verificar algum crescimento no crédito vencido bruto, já que no crédito vencido, líquido de

provisões, nota-se até algum decréscimo.

Apurou-se no ano de 2015 um ativo líquido de 147.924.077 euros a que corresponde um crescimento de

8,23%.

Encerramos o exercício com uma margem financeira de 3.621.913 euros e o produto bancário de 5.206.901

euros.

Quanto aos gastos gerais administrativos verificou-se um crescimento, por outro lado verifica-se uma forte

redução dos juros das aplicações que a Caixa possui junto da Caixa Central.

Quanto aos rácios normativos indicados pela Caixa Central a nossa Caixa apenas continua a não cumprir o

rácio do crédito vencido bruto, em que a Caixa Central recomenda que o mesmo não seja superior a 5% e

apresentamos 8,46%.

A Caixa de Crédito Agrícola de Terras de Viriato continua com os seus índices de rendibilidade acima da

média verificada no SICAM.

O mesmo acontecendo quanto aos rácios normativos, os da nossa Caixa que são na sua totalidade

superiores aos da média do SICAM.

Encerramos assim o ano de 2015 com um resultado líquido de €727.006,35 ligeiramente abaixo do

resultado do ano passado.

Apesar de tudo podemos considerar satisfatório o desempenho comercial da Caixa no ano de 2015.

Por fim propomos, para aprovação da Assembleia Geral a seguinte distribuição de resultados:

Page 43: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

43

Propõe-se que da Reserva Especial seja incorporado em Capital Social o montante de 549.865 euros,

representativos de 109.973 títulos de capital, cujos títulos ficam em posse da Caixa de Crédito Agrícola

Mútuo de Terras de Viriato, CRL e que da Reserva Legal seja incorporado em Capital social o montante de

1.500.000 euros, representativos de 300.000 títulos de capital, cujos títulos ficam em posse da Caixa de

Crédito Agrícola Mútuo de Terras de Viriato, CRL

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Resultados Líquidos de Exercício 727 006,35 €

Resultados Transitados 31 628,00 €

Reserva Legal 145 413,35 €

Reserva para Formação e Educação Cooperativa 50,00 €

Reserva para Mutualismo 50,00 €

Reserva Especial 549 865,00 €

MAPA DE DISTRIBUIÇÃO DE RESULTADOS DE 2015

Page 44: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

44

6. EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE DA CAIXA AGRÍCOLA

6.1. A ESTRUTURA DO BALANÇO

As rubricas do Balanço são apresentadas no seguinte quadro:

O ativo líquido apresenta um forte aumento no crescimento em 2015 face ao verificado em 2014. Para tal

contribuíram as taxas de crescimento positivas de todas as rubricas, em especial para os recursos de

Instituições de Crédito e Recursos de Clientes que se repercutiu em aumento nas Aplicações na Caixa

Central.

Os recursos de outras instituições de crédito dizem respeito a contratos de concessão em garantia de

direitos de crédito adicionais agregados na forma de empréstimos bancários para operações de políticas

monetárias contraídas junto do BCE, rentabilizados em aplicações de depósitos a prazo na Caixa Central,

isto é, nas Disponibilidades e Aplicações.

Os Outros Ativos Tangíveis registaram uma taxa de crescimento muito reduzida que se traduz ainda com as

despesas de conclusão das obras na agência de Silgueiros.

Os Ativos não correntes detidos para venda (ativos recebidos em processos de recuperação de crédito)

registaram um abrandamento no crescimento que passou de uma taxa de crescimento em 2014 de cerca

de 78%, para uma taxa de 26,6% em 2015. Esta situação traduz a resolução de crédito vencido, mas por

outro lado o abrandamento tem a ver com a preocupação na venda deste tipo de ativos que não trazem

rentabilidade para a Caixa Agrícola e por outro lado têm um impacto negativo nos fundos próprios.

Em relação ao crédito vencido o quadro seguinte indica os valores registados nos três últimos anos:

INDICADORES 2013 2014 2015 2013/2014 2014/2015

ATIVIDADE

Ativo Líquido 134.602.130 136.676.189 147.924.077 1,5% 8,2%

Disponibilidades e Aplicações 53.762.528 56.960.810 66.565.510 5,9% 16,9%

Crédito a Clientes (liquido) 72.687.651 71.180.012 72.210.718 -2,1% 1,4%

Ativos não Correntes para Venda (liquido) 478.762 851.748 1.078.029 77,9% 26,6%

Outros Activos tangíveis (liquido) 2.721.368 2.860.509 2.910.394 5,1% 1,7%

Recursos de outras instituições de crédito 5.105.090 390.683 5.757.498 -92,3% 1373,7%

Recursos de Clientes 114.741.529 120.676.053 125.921.629 5,2% 4,3%

Situação Liquida 13.190.334 14.008.853 14.803.184 6,2% 5,7%

Page 45: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

45

A crise económica que o País passou e que se repercute nas empresas e particulares, traduz-se em

insolvências, diminuição do rendimento das famílias e desemprego, são fatores que sustentam a explicação

do aumento do crédito vencido.

Por outro lado, continuamos a assistir à morosidade dos processos em contencioso que em nada nos ajuda

a resolver o nível de crédito vencido.

Apesar do aumento do crédito vencido constatamos que a sua taxa de crescimento é inferior à taxa de

crescimento das provisões/imparidades constituídas pela Caixa Agrícola. Esta situação permite-nos ter o

crédito vencido provisionado em 85,8%.

Com vai sendo referido ao longo dos relatórios é política deste Conselho de Administração constituir

provisões extraordinárias, isto é, provisões para além das mínimas obrigatórias. Se considerássemos as que

estão constituídas e contabilizadas em Crédito de Cobrança Duvidosa, no montante de 1.396.425 euros,

então o grau de cobertura do crédito vencido passaria para 106,14%

Continuamos a desenvolver esforços, ao longo do ano, de forma a tentar que os valores de crédito vencido

voltem para valores mais baixos, tanto pela negociação direta como pela via Judicial.

6.2. CONTA DE RESULTADOS

As contas de exploração da Caixa Agrícola estão de acordo com as expetativas que o Conselho de

Administração orçamentou para 2015.

INDICADORES 2013 2014 2015 2013/2014 2014/2015

CREDITO VENCIDO

Total de Crédito Vencido 4 901 570 5 229 845 6 856 296 6,7% 31,1%

Provisões/Imparidades para crédito Vencido 3 636 112 3 888 331 5 880 533 6,9% 51,2%

Grau de Cobertura do C. V. por Provisões 74,18% 74,35% 85,77% 0,2% 15,4%

Crédito Vencido + 90 dias 4 779 797 5 068 002 6 731 259 6,0% 32,8%

Crédito Vencido + 90 dias/Total Crédito Vencido 97,52% 96,91% 98,18% -0,6% 1,3%

Rácio de Crédito em Risco* 9,19% 9,65% 13,09% 5,0% 35,6%

Rácio de Crédito com Incumprimento* 6,10% 6,53% 8,61% 7,0% 31,9%

* Rácios calculos nos termos definidos pelo Banco de Portugal na Instrução nº 24/2012. Os valores de 2015 dizem

respeito a Set/2015, último mês disponível.

RESULTADOS 2013 2014 2015 2013/2014 2014/2015

CONTA DE EXPLORAÇÃO

Margem Financeira 3.476.624 3.630.402 3.621.913 4,4% -0,2%

Saldo de Seviços de Comissões 1.475.047 1.497.262 1.519.946 1,5% 1,5%

Outros Resultados de exploração 49.029 97.862 58.306 99,6% -40,4%

Produto Bancário 4.999.356 5.182.407 5.206.901 3,7% 0,5%

Custos de Estrutura 2.819.592 2.778.799 2.776.036 -1,4% -0,1%

Provisões/Imparidades Liquidas de Reposições 930.352 1.056.433 1.355.022 13,6% 28,3%

Resultado do Exercício 772.883 787.022 727.006 1,8% -7,6%

Page 46: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

46

Constatamos que a diminuição da Margem Financeira foi contrabalançada com o aumento do saldo de

Serviços de Comissões, pelo que o produto bancário praticamente se manteve, registando apenas uma taxa

de crescimento de 0,5%.

Mais um ano que conseguimos diminuir em 0,1% os custos de estrutura.

O aumento das provisões /imparidades justificam a diminuição dos resultados líquidos, cujo valor registado

fica dentro dos valores expetáveis, pelo Conselho de Administração, para o ano de 2015.

6.3. EVOLUÇÃO DA ACTIVIDADE COMERCIAL

No quadro abaixo indicado verificamos em 2015 taxas de crescimento positivas relativamente ao ano de

2014, com exceção dos Seguros de Ramo Vida com uma taxa de crescimento negativa de 20,7% que se deve

aos produtos de capitalização não serem garantidos com taxas fixas, sendo os depositantes encaminhados

para Fundos de Investimento com esta rúbrica a apresentar uma taxa de crescimento de 53%-

Refira-se que conseguimos no corrente ano inverter a taxa de crescimento do Crédito a Clientes, com uma

taxa de crescimento positiva de 1,7%.

Apesar das taxas de juro das operações passivas terem vindo a diminuir ao longo do ano, conseguimos

obter um crescimento perto dos 5%, o que traduz a confiança dos depositantes no Crédito Agrícola.

Em relação à produção de Leasing salientamos uma taxa de crescimento mais do dobro da verificada no

ano de 2014.

Relativamente à atividade comercial a Caixa Agrícola continua a ser acompanhada nesta área pelo DDN

(Caixa Central – Departamento Dinamização de Negócio) com a atribuição de objetivos, realização de

campanhas comerciais, acompanhamento permanente dos desvios dos objetivos propostos cujos

resultados são apresentados no quadro seguinte:

ATIVIDADE COMERCIAL 2013 2014 2015 2013/2014 2014/2015

Crédito a Clientes 78 085 371 77 115 352 78 453 691 -1,2% 1,7%

Recursos de Clientes e Outros Empréstimos 114 741 529 120 676 053 126 559 693 5,2% 4,9%

Seguros Ramo Vida 3 153 603 3 520 378 2 790 899 11,6% -20,7%

Seguros Ramos Reais 939 971 933 775 1 006 449 -0,7% 7,8%

Fundos de Investimento 1 106 731 2 468 465 3 776 521 123,0% 53,0%

Leasing 393 967 428 085 513 744 8,7% 20,0%

ATIVIDADE COMERCIAL PRODUÇÃO OBJETIVOS VARIAÇÃO % ONCRETIZAÇÃO

Crédito a Clientes 78 453 692 79 838 240 -1 384 548 98,3%

Recursos de Clientes e Outros Empréstimos 126 559 693 120 705 187 5 854 506 104,9%

Seguros Ramo Vida 2 790 899 2 335 006 455 893 119,5%

Seguros Ramos Reais* 232 848 207 872 24 976 112,0%

Fundos de Investimento 3 776 521 3 655 754 120 767 103,3%

Leasing 513 744 464 336 49 408 110,6%

Page 47: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

47

Podemos dizer que globalmente os objetivos propostos e aceites pela Caixa Agrícola foram alcançados.

Pelos números alcançados queremos fazer um agradecimento a todos os colaboradores empenhados na

prossecução destes objetivos e muito especial aos balcões que contribuíram para que os resultados

apresentados estejam de acordo com os que o Conselho de Administração planeou e projetou para 2015.

Page 48: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

48

7. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

7..1 Balanço

CA

IXA

DE

CR

ÉD

ITO

AG

RÍC

OL

A M

ÚT

UO

DE

TE

RR

AS

DE

VIR

IAT

O, C

.R.L

.

BA

LA

OS

EM

31

DE

DE

ZE

MB

RO

DE

20

15

E 2

01

4

20

14

Pro

vis

õe

s,

Act

ivo

imp

ari

da

de

e

Act

ivo

Act

ivo

AC

TIV

ON

ota

sB

ruto

am

ort

iza

çõe

slíq

uid

olíq

uid

oP

AS

SIV

O E

CA

PIT

AL

No

tas

20

15

20

14

Ca

ixa

e d

isp

on

ibili

da

de

s e

m b

an

cos

ce

ntr

ais

51

.30

4.0

27

- 1

.30

4.0

27

1.8

28

.18

9R

ecu

rso

s d

e b

an

cos

ce

ntr

ais

- -

Dis

po

nib

ilid

ad

es

em

ou

tra

s in

stit

uiç

õe

s d

e c

réd

ito6

3.7

45

.91

2-

3.7

45

.91

22

.59

8.5

99

Pa

ss

ivo

s fi

na

nce

iro

s d

etid

os

pa

ra n

eg

oci

açã

o2

3-

-

Act

ivo

s fi

na

nce

iro

s d

etid

os

pa

ra n

eg

oci

açã

o7

- -

- -

Ou

tro

s p

as

siv

os

fin

an

ceir

os

ao

jus

to v

alo

r a

tra

vés

de

re

su

ltad

os

- -

Ou

tro

s a

ctiv

os

fin

an

ceir

os

ao

jus

to v

alo

r a

tra

vés

de

re

su

ltad

os

- -

- -

Re

curs

os

de

ou

tra

s in

stit

uiç

õe

s d

e c

réd

ito2

55

.75

7.4

98

3

90

.68

3

Act

ivo

s fi

na

nce

iro

s d

isp

on

íve

is p

ara

ve

nd

a9

2.1

32

.32

0

- 2

.13

2.3

20

- R

ecu

rso

s d

e c

lien

tes

e o

utr

os

em

pré

stim

os

26

12

5.9

21

.62

91

20

.67

6.0

53

Ap

lica

çõe

s e

m in

stit

uiç

õe

s d

e c

réd

ito1

05

9.3

83

.25

1-

59

.38

3.2

51

52

.53

4.0

23

Re

sp

on

sa

bili

da

de

s r

ep

res

en

tad

as

po

r tít

ulo

s-

-

Cré

dito

a c

lien

tes

11

79

.48

9.6

49

7.2

78

.93

17

2.2

10

.71

87

1.1

80

.01

3P

as

siv

os

fin

an

ceir

os

as

so

cia

do

s a

act

ivo

s tr

an

sfe

rid

os

- -

Inve

stim

en

tos

de

tido

s a

té à

ma

turi

da

de

- -

- -

De

riva

do

s d

e c

ob

ert

ura

- -

Act

ivo

s c

om

aco

rdo

de

re

com

pra

- -

- -

Pa

ss

ivo

s n

ão

co

rre

nte

s d

etid

os

pa

ra v

en

da

- -

De

riva

do

s d

e c

ob

ert

ura

- -

- -

Pro

vis

õe

s3

07

21

.74

67

24

.26

6

Act

ivo

s n

ão

co

rre

nte

s d

etid

os

pa

ra v

en

da

15

1.1

95

.65

51

17

.62

51

.07

8.0

29

85

1.7

48

Pa

ss

ivo

s p

or

imp

os

tos

co

rre

nte

s2

0-

14

9.7

06

Pro

pri

ed

ad

es

de

inve

stim

en

to-

- -

- P

as

siv

os

po

r im

po

sto

s d

iferi

do

s-

-

Ou

tro

s a

ctiv

os

tan

gív

eis

17

4.9

33

.58

92

.02

3.1

94

2.9

10

.39

42

.86

0.5

09

Ins

tru

me

nto

s r

ep

res

en

tativ

os

de

ca

pita

l-

-

Act

ivo

s in

tan

gív

eis

- -

- -

Ou

tro

s p

as

siv

os

su

bo

rdin

ad

os

0

0

Inve

stim

en

tos

em

filia

is, a

ss

oci

ad

as

e e

mp

ree

nd

ime

nto

s c

on

jun

tos

19

2.1

87

.62

33

.61

42

.18

4.0

09

2.1

73

.66

8O

utr

os

pa

ss

ivo

s3

37

20

.02

07

26

.62

7

Act

ivo

s p

or

imp

os

tos

co

rre

nte

s2

07

2.7

46

-

72

.74

6-

T

ota

l do

Pa

ss

ivo

13

3.1

20

.89

21

22

.66

7.3

36

Act

ivo

s p

or

imp

os

tos

dife

rid

os

20

1.3

48

.72

6-

1.3

48

.72

61

.28

5.2

61

Ou

tro

s a

ctiv

os

21

1.6

04

.57

95

0.6

37

1

.55

3.9

42

1.3

64

.18

0C

ap

ital

35

11

.86

4.1

95

11

.21

2.0

55

Pré

mio

s d

e e

mis

o-

-

Ou

tro

s in

str

um

en

tos

de

ca

pita

l-

-

Re

se

rva

s d

e r

ea

valia

ção

17

1.7

47

1

37

.36

4

Ou

tra

s r

es

erv

as

e r

es

ulta

do

s tr

an

sita

do

s3

62

.04

0.2

36

1.8

72

.41

2

Lu

cro

do

exe

rcíc

io3

67

27

.00

67

87

.02

2

Div

ide

nd

os

an

teci

pa

do

s-

-

T

ota

l do

Ca

pita

l1

4.8

03

.18

41

4.0

08

.85

3

To

tal d

o A

ctiv

o1

57

.39

8.0

78

9.4

74

.00

11

47

.92

4.0

77

13

6.6

76

.18

9

To

tal d

o P

as

siv

o e

do

Ca

pita

l1

47

.92

4.0

77

13

6.6

76

.18

9

(Mo

nta

nte

s e

xpre

ss

os

em

Eu

ros

)

20

15

Page 49: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

49

7.2 Demonstração de Resultados

RUBRICA Notas 2015 2014

Juros e rendimentos similares 37 4 517 904 5 095 338

Juros e encargos similares 38 (895 991) (1 464 936)

Margem financeira 3 621 913 3 630 402

Rendimentos de instrumentos de capital 39 254 253

Rendimentos de serviços e comissões 40 1 685 357 1 668 483

Encargos com serviços e comissões 41 (165 411) (171 221)

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados - -

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda - -

Resultados de reavaliação cambial 44 6 482 2 855

Resultados de alienação de outros activos 45 - (46 227)

Outros resultados de exploração 46 58 306 97 862

Produto bancário 5 206 901 5 182 407

Custos com pessoal 47 (1 545 147) (1 616 680)

Gastos gerais administrativos 48 (1 230 888) (1 162 120)

Amortizações do exercício 17 e 18 (107 245) (140 590)

Provisões líquidas de reposições e anulações 30 2 520 (15 311)

Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber 30 (1 359 169) (1 005 608)

de outros devedores (líquidas de reposições e anulações)

Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 30 8 000 -

Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 30 (6 373) (35 514)

Resultado antes de impostos 968 598 1 206 584

Impostos

Correntes 20 (305 057) (415 554)

Diferidos 20 63 466 (4 008)

Resultado líquido do exercício 727 006 787 022

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TERRAS DE VIRIATO, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

(Montantes expressos em Euros)

Page 50: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

50

7.3 Demonstração de Alteração no Capital Próprio

Page 51: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

51

CA

IXA

DE

CR

ÉD

ITO

AG

RÍC

OL

A M

ÚT

UO

TE

RR

AS

DE

VIR

IAT

O, C

.R.L

.

DE

MO

NS

TR

ÕE

S D

E A

LT

ER

ÕE

S N

O C

AP

ITA

L P

PR

IO

PA

RA

OS

EX

ER

CíC

IOS

EM

31

DE

DE

ZE

MB

RO

DE

20

15

E 3

1 D

E D

EZ

EM

BR

O D

E 2

01

4

(Mo

nta

nte

s e

xpre

ss

os

em

Eu

ros

)

Re

se

rva

s d

eO

utr

as

R

es

ulta

do

sR

es

ulta

do

do

Ca

pita

lre

ava

lia

çã

ore

se

rva

str

an

sita

do

sT

ota

le

xerc

ício

To

tal

Sa

ldo

s e

m 3

1 d

e D

eze

mb

ro d

e 2

01

31

0.6

37

.98

56

1.7

99

1.7

59

.60

6(4

1.9

39

)1

.71

7.6

67

77

2.8

83

13

.19

0.3

34

Am

ort

iza

çã

o a

nu

al d

o im

pa

cto

de

tra

ns

içã

o d

as

pe

ns

õe

s (

No

ta ...)

--

- -

--

-

Ap

lica

çã

o d

o r

es

ulta

do

do

exe

rcíc

io d

e 2

01

3:

Tra

ns

ferê

ncia

pa

ra r

es

ulta

do

s tra

ns

ita

do

s-

--

41

.93

94

1.9

39

41

.93

9

Co

ns

titu

içã

o d

e r

es

erv

as

-7

5.5

65

77

2.8

83

77

2.8

83

-8

48

.44

8

--

--

--

-

(…)

- -

Au

me

nto

de

ca

pita

l5

96

.26

0-

(57

6.2

00

)-

(5

76

.20

0)

-2

0.0

60

Re

em

bo

lso

de

ca

pita

l(2

2.1

90

) -

(2

2.1

90

)

Alte

raçõ

es

de

ju

sto

va

lor

líq

uid

as

de

im

po

sto

- -

-(4

1.9

39

) (

41

.93

9)

- (

41

.93

9)

Re

su

lta

do

liq

uid

o d

o e

xerc

ício

de

20

14

--

--

-7

87

.02

27

87

.02

2

Sa

ldo

s e

m 3

1 d

e D

eze

mb

ro d

e 2

01

41

1.2

12

.05

51

37

.36

41

.95

6.2

89

(4

1.9

39

)1

.91

4.3

50

78

7.0

22

14

.00

8.8

52

Am

ort

iza

çã

o a

nu

al d

o im

pa

cto

de

tra

ns

içã

o d

as

pe

ns

õe

s (

No

ta ...)

--

- -

--

-

Ap

lica

çã

o d

o r

es

ulta

do

do

exe

rcíc

io d

e 2

01

4:

-

Tra

ns

ferê

ncia

pa

ra r

es

ulta

do

s tra

ns

ita

do

s-

--

41

.93

94

1.9

39

-4

1.9

39

Co

ns

titu

içã

o d

e r

es

erv

as

-3

4.3

83

74

5.0

83

-7

45

.08

3-

77

9.4

66

Dis

trib

uiç

ão

de

div

ide

nd

os

--

--

--

-

(…)

--

-

Au

me

nto

de

ca

pita

l6

71

.32

0-

(62

9.5

10

)-

(6

29

.51

0)

-4

1.8

11

Re

em

bo

lso

de

ca

pita

l(1

9.1

80

)-

--

--

(1

9.1

80

)

Alte

raçõ

es

de

ju

sto

va

lor

líq

uid

as

de

im

po

sto

- -

-(3

1.6

28

) (

31

.62

8)

- (

31

.62

8)

Re

su

lta

do

liq

uid

o d

o e

xerc

ício

de

20

15

--

--

-7

27

.00

67

27

.00

6

Sa

ldo

s e

m 3

1 d

e D

eze

mb

ro d

e 2

01

51

1.8

64

.19

51

71

.74

72

.07

1.8

63

(3

1.6

28

)2

.04

0.2

35

72

7.0

06

14

.80

3.1

83

O C

ON

SE

LH

O D

E A

DM

INIS

TR

ÃO

EX

EC

UT

IVO

O R

ES

PO

NS

ÁV

EL

PE

LA

CO

NT

AB

ILID

AD

E

Page 52: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

52

7.4 Demonstração dos Fluxos de Caixa

Page 53: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

53

31-12-2015 31-12-2014

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS:

Recebimentos de juros e comissões 6.203.261 6.763.820

Pagamentos de juros e comissões (1.061.402) (1.636.156)

Pagamentos ao pessoal e fornecedores (2.763.737) (2.770.190)

Contribuições para o fundo de pensões (12.299) (8.610)

(Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento (241.592) (419.562)

Resultados cambiais e outros resultados operacionais - -

Recuperação de créditos incobráveis - -

Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional 64.788 72.490

Resultados operacionais antes das alterações nos activos e passivos operacionais 2.189.019 2.001.792

Aumentos/(diminuições) de activos operacionais:

Aplicações em instituições de crédito 6.849.228 2.838.320

Activos financeiros detidos para negociação - -

Activos financeiros disponíveis para venda 2.124.320 (547.774)

Créditos a clientes 2.389.874 (502.030)

Derivados de cobertura - -

Activos não correntes detidos para venda 232.655 426.500

Outros activos 325.974 (127.939)

11.922.051 2.087.077

Aumentos/(diminuições) de passivos operacionais:

Passivos financeiros detidos para negociação - -

Recursos de instituições de crédito 5.366.815 (4.714.407)

Recursos de clientes e outros empréstimos 5.245.576 5.934.524

Derivados de cobertura - -

Passivos não correntes detidos para venda - -

Outros passivos (156.314) 20.112

10.456.077 1.240.229

Caixa líquida das actividades operacionais (723.045) (1.154.944)

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Variação de activos tangiveis e intangiveis 157.130 279.732

Dividendos recebidos (254) (253)

Variação de partes de capital em empresas filiadas e associadas 10.342 547.000

Aquisição de activos disponíveis para venda - -

Alienação de activos disponíveis para venda - -

Rendimentos adquiridos nos activos disponíveis para venda - -

Aquisições de activos tangíveis e intangíveis - -

Vendas de activos tangíveis e intangíveis - -

Investimentos em empresas filiais e associadas - -

Caixa líquida das actividades de investimento 167.218 826.479

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Aumento de capital 652.140 574.070

Variação de passivos subordinados - -

Dividendos pagos - -

Emissão de dívida titulada e subordinada - -

Remuneração paga relativa às obrigações de caixa e outros - -

Remuneração paga relativa a passivos subordinados - -

(584.815) (542.574)

Caixa líquida das actividades de financiamento 67.325 31.496

Aumento (Diminuição) líquida de caixa e seus equivalentes 623.152 359.961

Aumento/ (diminuição) de caixa e seus equivalentes 623.152 359.962

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 4.426.787 4.066.825

Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 5.049.939 4.426.787

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TERRAS DE VIRIATO, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA

PARA O EXERCÍCIO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 31 DE DEZEMBRO DE 2014

(Montantes expressos em Euros)

Page 54: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

54

7.5 Anexo às Contas e Demonstração de Resultados

CCAM DE TERRAS DE VIRIATO, CRL

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXO

Page 55: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

55

0. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Terras de Viriato, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM Terras de Viriato) é uma instituição de crédito constituída em 30 de Julho de 1978 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável. A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. Em 31 de Dezembro de 2015, a Caixa opera através da sua sede, situada na Praça do Município, em Nelas e através de uma rede de 9 balcões situados nos concelhos de Nelas, Carregal do Sal, Viseu e Tondela.

1. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

1.1. Bases de apresentação das contas

As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal.

As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme

adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a:

i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a receber)

– os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões;

ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações

subjacentes aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior;

iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo definidos níveis

mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga;

iv) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo

possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 – Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”.

v) Benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período para diferimento do impacto

contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19.

De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº 12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 31 de Dezembro de 2004, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2009, com excepção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2013.

Page 56: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

56

A preparação das demonstrações financeiras anuais de acordo com as NCA’s requer que a Direcção/Conselho de Administração formule julgamentos, estimativas e pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e o valor dos activos, passivos, rendimentos e gastos. As estimativas e pressupostos associados são baseados na experiência histórica e noutros factores considerados razoáveis de acordo com as circunstâncias. Formam a base para os julgamentos sobre os valores dos activos e passivos cuja valorização não é evidente através de outras fontes.

As Demonstrações Financeiras da Caixa foram aprovadas em reunião da direcção. 1.2. Comparabilidade da informação

1.2.1 Evolução das normas de contabilidade ajustadas/IFRS-IAS. (a) Normas, alterações e interpretações eficazes em ou após 1 de Janeiro de 2015 As principais alterações às normas de aplicação obrigatória com referência a 1 de Janeiro de 2015, não

tiveram impacto material ao nível das divulgações não tendo tido qualquer efeito nas Demonstrações Financeiras da Caixa.

(b) As normas e interpretações emitidas, mas ainda não eficazes: As normas e interpretações que foram emitidas e são obrigatórias para períodos contabilísticos que comecem

em ou após 1 de Janeiro de 2015, ou em períodos posteriores, não se esperam que sejam relevantes para a Caixa.

(c) Adopção antecipada das normas A Caixa não adoptou antecipadamente novas normas ou emendas em 2015. 1.3. Resumo das principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram

as seguintes: a) Especialização dos exercícios A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios (regime de acréscimos) em

relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os gastos e rendimentos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.

b) Transacções em moeda estrangeira Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros ao câmbio de

"fixing" da data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal.

Os gastos e rendimentos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no período em

que ocorrem, de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial. Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são registadas

na posição cambial. c) Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos

As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significatica, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma.

As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de análises de perdas por imparidade.

Page 57: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

57

d) Crédito e outros valores a receber

Conforme descrito na Nota 4.1 estes activos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal. A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os rendimentos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efectiva, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e gastos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efectiva.

Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos.

Garantias prestadas, compromissos irrevogáveis e passivos contigentes

As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros ganhos registados em resultados ao longo da vida das operações. Imparidade

A Caixa aplica nas suas contas individuais as NCA’s pelo que, de acordo com o definido nos nº2 e 3 do

Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal, a valorimetria e provisionamento do crédito concedido mantém o regime definido pelas regras do Banco de Portugal aplicado pela Caixa nos exercícios anteriores, como se segue:

i) Provisão para crédito e juros vencidos Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem

prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento.

ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos concedidos

que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:

- As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique,

relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições:

. Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros vencidos; . Estarem em incumprimento há mais de: . seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos; . doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas inferior a

dez anos; . vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos. Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição

de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações.

- Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação acima

definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com

Page 58: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

58

base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos. iii) Provisão para riscos gerais de crédito Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a riscos de

cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados. Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do

crédito não vencido, incluindo as garantias e avales: - 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja

finalidade não possa ser determinada; - 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação

financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário;

- 1% no que se refere ao restante crédito concedido. A caixa avalia regularmente da existência objectiva de imparidade da sua carteira de crédito. Deste

modo verifica se as provisões anteriormente referidas são suficientes para cobrir o risco de incobrabilidade. Em caso de insuficiência é reforçada a provisão para riscos gerais de crédito.

Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da provisão para

riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo.

A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que

sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida. Periodicamente, a Caixa abate ao activo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”.

e) Outros activos e passivos financeiros

Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.

i) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados, passivos

financeiros detidos para negociação Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável

transaccionados em mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica activos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica passivos financeiros detidos para negociação.

Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de rendimento fixo

transaccionados em mercados activos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados.

Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao justo valor

através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados.

Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor

nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Page 59: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

59

O justo valor dos derivados que não são transaccionados em bolsa é estimado com base no montante que seria recebido ou pago para liquidar o contrato na data em análise, considerando as condições de mercado vigentes bem como a qualidade creditícia das contrapartes.

ii) Activos financeiros disponíveis para venda

Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não

sejam classificados como activos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados ou como investimentos a deter até à maturidade ou como crédito ou como empréstimos e contas a receber.

Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com excepção de

instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período.

Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de

aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em que

são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

iii) Investimentos detidos até à maturidade

Os investimentos detidos até à maturidade são investimentos que têm um rendimento fixo, com taxa de juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso determinada, sendo do interesse da Caixa mantê-los até ao seu reembolso.

Os investimentos financeiros detidos até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

iv) Empréstimos e contas a receber de outras instituições de crédito

De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito. São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros. No reconhecimento inicial estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequentemente estes activos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco país. Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é aquela que utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial.

v) Outros passivos financeiros Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de

clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado.

Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia do

Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de

Page 60: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

60

Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, para que o mesmo tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM).

Em 31 de Dezembro de 2015, a Caixa não possuía empréstimos subordinados concedidos pelo

Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo. vi) Imparidade em activos financeiros

A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com excepção de

crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido na alínea d). Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as perdas por

imparidade registam-se por contrapartida de resultados. Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação de

desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.

Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por imparidade

atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados.

No caso de activos disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de imparidade,

resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

No caso de activos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a perda

potencial acumulada em reservas é transferida para resultados.

f) Outros activos tangíveis

Os activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas.

A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem:

Anos de vida útil Imóveis de serviço próprio 50 Despesas em edifícios arrendados 10 Equipamento informático e de escritório 4 a 10 Mobiliário e instalações interiores 6 a 10 Viaturas 4

As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não

Page 61: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

61

sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento.

Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos. Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade.

g) Activos não correntes disponíveis para venda

Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos:

A probabilidade de ocorrência da venda é elevada;

O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual;

Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar num espaço temporal curto após a classificação do activo nesta rubrica.

Os activos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é determinado com base em avaliações de peritos independentes, não sendo sujeitos a amortizações. Pela venda dos bens arrematados procede-se ao seu abate do ativo, sendo os respetivos ganhos ou perdas registados em rubricas de "Resultados de alienação de outros ativos" e “Outros resultados de exploração”.

h) Provisões

Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a riscos fiscais, processos judiciais e outros a riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa, de acordo com o IAS 37 (Nota 30).

i) Benefícios de empregados

A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV. Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma. Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros Fidelidade - Mundial S.A.. De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos. Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas:

Page 62: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

62

Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;

Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões.

Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:

Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total;

Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado.

Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca. Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata. O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV. A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Companhia de Seguros Fidelidade - Mundial S.A. para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito. O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo. No entanto, estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adopção do IAS 19.

j) Impostos sobre os lucros

A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC). O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos. Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável. Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:

Page 63: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

63

Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável;

Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço. Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício.

k) Locação financeira

Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como proveitos financeiros.

l) Eventos subsequentes

Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à

data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras, se materiais. 2. Gestão de Riscos

Risco de crédito

Risco de crédito corresponde a perdas financeiras decorrentes do incumprimento das contrapartes com as quais são celebrados os instrumentos financeiros. Exposição máxima ao risco de crédito Em 31 de Dezembro de 2015, a exposição máxima ao risco de crédito por tipo de instrumento financeiro, excluindo os títulos em carteira, pode ser resumida como segue:

Tipo de Valor Valor

instrumento financeiro bruto Imparidade líquido

Patrimoniais:

Crédito a clientes 79.489.649 (7.278.931) 72.210.718

Derivados de cobertura - - -

Disponibilidades em outras instituições de crédito - - -

Aplicações em instituições de crédito 59.383.251 - 59.383.251

138.872.900 (7.278.931) 131.593.969

Extrapatrimoniais:

Garantias prestadas 2.167.670 - -

Compromissos irrevogáveis 9.460.342 - -

11.628.012 - -

Risco cambial

Page 64: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

64

Em 31 de Dezembro de 2015, os montantes globais dos activos e passivos financeiros por moeda, convertidos para Euros, apresentam a seguinte composição:

EurosTaxa de

juro média

Dólares Norte

Americanos

Taxa de

juro médiaTotal

Activos

Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 59.455 0,00% - 0,00% 59.455

Disponibilidades em outras instituições de crédito - 0,00% - 0,00% -

Activos financeiros detidos para negociação - 0,00% - 0,00% -

Aplicações em instituições de crédito - 0,00% - 0,00% -

Crédito a clientes - 0,00% - 0,00% -

Derivados de cobertura - 0,00% - 0,00% -

(…) - 0,00% - 0,00% -

59.455 - 59.455

Passivos

Recursos de outras instituições de crédito - 0,00% - 0,00% -

Recursos de clientes e outros empréstimos - 0,00% - 0,00% -

Derivados de cobertura - 0,00% - 0,00% -

Outros passivos subordinados - 0,00% - 0,00% -

(…) - 0,00% - 0,00% -

- - -

59.455 - 59.455 Risco de mercado

Risco de mercado corresponde ao risco de variação do justo valor ou dos cash-flows dos instrumentos financeiros

em função de alterações nos preços de mercado, incluindo: - risco cambial - risco de taxa de juro - outro risco de preço. Este risco está associado a variações ao nível dos preços de mercados (excluindo as

variações associadas ao risco cambial ou ao risco de taxa de juro) resultantes de variações em factores específicos de cada instrumento financeiro ou de factores que afectem todos os instrumentos financeiros similares transaccionados no mercado.

Análise de sensibilidade

O risco de mercado da Caixa é avaliado com base na metodologia do “Value-at-Risk” (VaR), sendo este indicador utilizado na gestão da exposição aos riscos gerados pelos instrumentos financeiros.

Risco cambial

O risco cambial existente é de valor muito reduzido ou mesmo nulo.

3. INTRODUÇÃO DAS NORMAS DE CONTABILIDADE AJUSTADAS A aplicação das Normas de Contabilidade Ajustadas nas demonstrações financeiras teve um impacto global

negativo nos capitais próprios da Caixa em 1 de Janeiro de 2006 no montante de 196.231 Euros, em relação ao valor apresentado nas últimas demonstrações financeiras preparadas de acordo com o PCSB resultante dos seguintes efeitos:

Page 65: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

65

Valor Impacto Valor

Bruto Fiscal Líquido

Capitais próprios em 1 de Janeiro de 2006 de acordo com o PCSB 6.819.124

Impacto da adoção dos IAS/IFRS, excluindo IAS 32 e IAS 39:

Activos tangíveis e imparidade IAS 16 e 36 (12.337)

Activos intangíveis IAS 38 -

Responsabilidades com pensões IAS 19 (21.504)

Prémio de antiguidade IAS 19 (116.360)

Encargos com saúde IAS 19 (32.326)

Impostos diferidos IAS 12 (13.704)

Provisões IAS 37 -

Activos detidos para venda IFRS 5 -

(…)

Aplicação do IAS 32 e do IAS 39

Títulos de capital -

Diferimento de comissões associadas a operações de crédito -

Reavaliação de instrumentos financeiros derivados -

De cobertura -

De negociação -

Impacto na valorização dos elementos cobertos por derivados de cobertura -

Mais valias potenciais -

Reconhecimento de títulos detidos até à maturidade ao custo amortizadoIAS 39 -

(…) -

- - (196.231)

Capitais próprios em 1 de Janeiro de 2006 de acordo com as NCA 6.622.893

4. RELATO POR SEGMENTOS Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, a totalidade dos elementos do balanço e da

demonstração dos resultados da Caixa resultaram de operações efectuadas em Portugal. A Caixa possui apenas um segmento dado que não está organizada de forma a separar na sua actividade, a área

de retalho e a área de corporate e empresas pelo que optou por não apresentar quadro discriminativo. 5. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica tem a seguinte composição:

Page 66: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

66

31-12-2015 31-12-2014

Caixa:

Moedas nacionais 1.242.524 1.796.469

Moedas estrangeiras 59.455 27.626

1.301.979 1.824.095

Depósitos à Ordem no Banco de Portugal 2.048 4.093

Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro:

Depósitos à ordem - -

Cheques a cobrar - -

Outras disponibilidades - -

- -

Juros a receber - -

1.304.027 1.828.189

De acordo com o Regulamento nº 2.818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu, a partir de 1 de Janeiro de 1999 as instituições de crédito estabelecidas nos Estados-Membros participantes estão sujeitas à constituição de reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes. A base de incidência compreende todos os depósitos em bancos centrais e em instituições financeiras e monetárias que se situem fora da zona Euro e todos os depósitos de clientes inferiores a dois anos. A esta base é aplicado um coeficiente de 2% e abatido um montante de 100.000 Euros. As reservas mínimas exigidas são remuneradas à média das taxas das operações principais de refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais.

6. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Disponibilidades em Instituições de Crédito no País:

Depósitos à ordem 2.568.755 1.809.493

Cheques a cobrar 1.176.224 788.852

Outras disponibilidades - -

3.744.979 2.598.345

Disponibilidades em Instituições Crédito no Estrangeiro:

Organismos financeiros internacionais

Depósitos à ordem - -

Cheques a cobrar - -

Outras disponibilidades - -

- -

Sucursais de outras instituições de créditos nacionais

Depósitos à ordem - -

Cheques a cobrar - -

Outras disponibilidades - -

- -

Outras instituições de crédito

Depósitos à ordem - -

Cheques a cobrar - -

Outras disponibilidades - -

- -

Juros a Receber 933 254

3.745.912 2.598.599

Page 67: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

67

9. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Títulos

Emitidos por residentes

Instrumentos de dívida 773.060 -

Instrumentos de capital - -

Outros - - *

Emitidos por não residentes

Instrumentos de dívida 1.359.260 -

Instrumentos de capital - -

Outros - - *

Crédito e outros valores a receber - -

Imparidade - -

2.132.320 -

*

10.APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Aplicações em Instituições de Crédito no País:

No Banco de Portugal:

Mercado monetário interbancário - -

Depósitos - -

Empréstimos - -

Operações de compra com acordo de revenda - -

Outras aplicações - -

- -

Em outras instituições de crédito:

Mercado monetário interbancário - -

Aplicações a muito curto prazo - -

Depósitos 59.000.000 52.000.000

Juros Periodificados 383.251 534.023

Empréstimos - -

Operações de compra de acordo com revenda - -

Aplicações subordinadas - -

Outras aplicações - -

59.383.251 52.534.023

Page 68: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

68

Em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2015 31-12-2014

Até três meses 22.265.000 15.000.395

Entre três meses e um ano 31.605.950 31.670.555

Entre um ano e três anos 4.000.000 4.200.000

Entre três e cinco anos 1.129.050 -

Mais de cinco anos - 1.129.050

59.000.000 52.000.000

Juros a receber 383.251 534.023

59.383.251 52.534.023

Page 69: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

69

11. CRÉDITO A CLIENTES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Crédito interno

Médio e longo prazos

Empréstimos à habitação bonificado - -

Empréstimos à habitação regime geral 13.759.651 12.902.002

Empréstimos com garantia real 32.450.157 32.101.462

Empréstimos sem garantia real 13.524.853 14.058.721

Contratos de locação financeira

Clientes

CCAM

Empresas do grupo

Empréstimos subordinados (CA Seguros)

Curto prazo

Outros créditos

Cartão crédito 204.982 192.072

Outros créditos 2.901.641 2.623.278

Créditos em conta corrente

Clientes 8.881.177 9.489.882

Empresas do grupo

Descobertos em depósitos à ordem

Empresas do grupo

Outros residentes 399.032 182.619

72.121.492 71.550.036

Crédito ao exterior

Médio e longo prazo

Empréstimos 531.744 313.359

Curto prazo

Outros créditos

Descobertos dep.ordem - não residentes - -

Outros créditos a clientes 25.113 37.631

556.857 350.990

Juros a receber 198.914 223.143

Comissões associadas ao custo amortizado:

Despesas com encargo diferido

Receitas com rendimento diferido (243.911) (238.662)

(243.911) (238.662)

Correcções de valor dos activos

que sejam objecto de cobertura - -

Total crédito não vencido 72.633.353 71.885.507

Crédito e juros vencidos

Crédito vencido 6.773.575 5.124.349

Devedores e Outras Aplicações 42.236 42.236

Juros vencidos 40.485 63.260

Despesas de Crédito Vencido - -

Total crédito e juros vencidos 6.856.296 5.229.845

79.489.649 77.115.352

Provisões

Para crédito e juros vencidos (5.880.533) (3.888.331)

Para crédito de cobrança duvidosa (1.398.398) (2.047.008)

(7.278.931) (5.935.340)

72.210.718 71.180.013

Page 70: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

70

Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa dispõe em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014 de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de 721.745,87Euros e 724.266,08 Euros, respectivamente, registada na rubrica “Provisões” do passivo (Nota 30). Em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014, o prazo residual dos créditos a clientes apresenta a seguinte estrutura:

31-12-2015 31-12-2014

Até três meses 3.936.430 5.444.618

Entre três meses e um ano 6.982.976 8.393.472

Entre um ano e cinco anos 9.366.973 8.167.659

Mais de cinco anos 50.820.056 49.598.231

Duração Indeterminada 8.383.214 5.511.371

79.489.649 77.115.352

15. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Activos não correntes detidos para venda:

Imóveis 1.195.655 963.000

Equipamento - -

Outros - -

1.195.655 963.000

Outros activos não correntes detidos para venda:

Filiais - -

Associadas - -

Outros activos não correntes detidos para venda - -

- -

1.195.655 963.000

Imparidade:

Imóveis (117.625) (111.252)

Equipamento - -

Outros - -

1.078.029 851.748

O movimento desta rubrica durante os exercícios de 2015 e 2014 pode ser apresentado da seguinte forma:

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor

bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para venda

Imóveis 963.000 (111.252) 232.655 - - (6.373) - 1.195.655 (117.625) 1.078.029

Equipamento - - - - - - - - - -

Outros - - - - - - - - - -

963.000 (111.252) 232.655 - - (6.373) - 1.195.655 (117.625) 1.078.029

31-12-2014 31-12-2015

É perspectiva da Caixa que a alienação dos imóveis se venha a concretizar num espaço temporal curto.

Page 71: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

71

17. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante os exercícios de 2015 e 2014 foi o seguinte:

31-12-2015

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Imóveis:

De serviço próprio 2.721.528 (434.383) - 277.877 - (43.178) - - - 2.521.845

Obras em imóveis arrendados 155.462 (112.421) - - - (1.416) - - - 41.625

Outros imóveis - - - - - - - - - -

2.876.990 (546.804) - 277.877 - (44.594) - - - 2.563.470

Equipamento:

Mobiliário e material 194.721 (166.518) - 8.184 - (7.349) - - - 29.038

Máquinas e ferramentas 126.512 (125.053) - 1.919 - (2.183) - - - 1.194

Equipamento informático 443.246 (436.519) - 27.074 - (7.744) - - - 26.057

Instalações interiores 269.012 (223.738) - - - (9.321) - - - 35.953

Material de transporte 348.513 (117.843) - - - (21.478) - - - 209.192

Equipamento de segurança 227.928 (185.578) - 12.566 - (12.267) - - - 42.650

Outro equipamento 178.367 (173.842) - - - (2.310) - - - 2.215

1.788.299 (1.429.091) - 49.744 - (62.652) - - - 346.301

Equipamento em locação financeira:

Imóveis - - - - - - - - - -

Equipamento - - - - - - - - - -

Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - -

- - - - - - - - - -

Outros activos tangíveis:

Patrimonio artistico 624 - - - - - - - - 624

Activos tangíveis em curso 170.491 - - - - - - (170.491) - -

4.836.405 (1.975.895) - 327.621 - (107.245) - (170.491) - 2.910.394

31-12-2014

18. ACTIVOS INTANGÍVEIS

A Caixa não possui activos Intangíveis em 31 de Dezembro de 2015.

19. INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS Em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014, a rubrica “investimentos” tem a seguinte composição:

Page 72: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

72

efectiva (%) balanço balanço

Empresa Sector de actividade Sede 31-12-2015 31-12-2015 31-12-2014

Caixa Central Serviços Lisboa 0,7235% 2.157.075 2.157.075

CA Seguros & Pensões SGPSServiços Lisboa 0,0106% 13.530 -

CA Seguros Serviços Lisboa 0,0002% 27 50

CA Vida Serviços Lisboa 0,0099% 2.500 5.619

CA INFORMATICA Serviços Lisboa 0,1470% 14.491 14.491

Fenacam Serviços Lisboa 0,0000% 0 70

2.187.623 2.177.304

Em 31 de Dezembro de 2015, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:

Activo LiquidoSituação

Liquida

Resultado

Liquido

Caixa Central 6.019.592.808 254.722.411 4.961.464

CA Seguros & Pensões SGPS 127.688.794 127.688.079 -186

CA Vida 1.880.125.527 80.826.673 6.717.282

CA Seguros 205.881.675 48.941.187 9.811.298

CA Informática 18.573.279 7.017.874 395.900

Fenacam 7.269.121 4.917.483 -346.093

Todos os valores são provisórios. Não foram ainda auditados.

20. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31-12-2015 e 31-12-2014 eram os seguintes:

31-12-2015 31-12-2014

Activos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias 1.348.726 1.285.261

Por prejuízos fiscais reportáveis - -

1.348.726 1.285.261

Passivos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias

1.348.726 1.285.261

Activos por impostos correntes

Pagamentos por conta - -

Outros - -

Imposto sobre o rendimento a recuperar 72.746 -

72.746 -

Passivos por impostos correntes

Imposto sobre o rendimento a pagar - 149.706

72.746 149.706

O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2015 e 2014 é como se segue:

Page 73: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

73

2015

Saldo Variação Variação Variação Saldo

em Adopção da em em Resultados em em

31-12-2014 IAS 39 Resultados Transitados Reservas 31-12-2015

. Activos tangíveis e imparidade - - - - - -

. Activos intangíveis - - - - - -

. Prémio de antiguidade 28.436 - 3.610 - - 32.046

. Encargos com saúde (22) - - - (22)

. Provisões não aceites fiscalmente:

Provisões para cobrança duvidosa 513.958 - (146.201) - - 367.757

Provisões para crédito vencido 590 - 56.801 - - 57.391

Provisões para riscos gerais de crédito 40.368 - - - - 40.368

Provisões para riscos bancários gerais - - - - - -

Provisão para aplicações financeiras - - - - - -

Provisões para imóveis - - - - - -

Provisões para CREDITO HIPOTECARIO 700.625 - 149.324 - - 849.949

Provisões para outros riscos e encargos - - - - -

. Pensões

Reformas antecipadas 1.306 - (69) - - 1.237

Desvios actuariais - - - - -

Contribuição efectuada - - - - -

(…)

. Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente - - - - - -

. Reavaliação de instrumentos financeiros derivados - - - - - -

. Valias fiscais - - - - - -

. Prejuízos fiscais reportáveis - - - - - -

. Comissões - - - - - -

. Correcções no justo valor dos elementos cobertos - - - - - -

. Valorização dos activos disponíveis para venda - - - - - -

. Carteira de títulos detidos até à maturidade - - - - - -

(…) -

1.285.261 - 63.465 - - 1.348.726

Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados (31-12-2015), bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:

31-12-2015 31-12-2014

Impostos correntes 305.057 415.554

Impostos diferidos

Registo e reversão de diferenças temporárias (63.466) 4.008

Prejuízos fiscais reportáveis - -

(63.466) 4.008

Total de impostos reconhecidos em resultados 241.592 419.562

Lucro antes de impostos 968.598 1.206.584

Carga fiscal 24,94% 34,77%

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa relativas aos anos de 2012 a 2015 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria colectável a eventuais correcções. Contudo, na opinião da Direcção da Caixa, não é previsível que ocorram correcções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2015.

Page 74: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

74

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto no exercício de 2015 e 2014 pode ser demonstrada como segue:

Taxa de Taxa de

imposto Montante imposto Montante

Resultado antes de impostos 968.598 1.206.584

Imposto apurado com base na taxa de imposto nominal 21,00% 203.406 23,00% 277.514

Diferenças geradoras de activos e passivos por impostos diferidos

Provisões temporariamente não dedutíveis ou acima dos limites legais 0,01% 57.776 0,01% 98.100

Diferimento de comissões 0,00% - 0,00% -

Activos não correntes detidos para venda 0,00% - 0,00% -

Activos tangíveis e intangíveis 0,00% - 0,00% -

(…)

Diferenças permanentes

Mais valias na venda de participações financeiras 0,00% - 0,00% -

Mais valias na venda de outros activos tangíveis 0,00% - 0,00% -

Variações patrimoniais negativas 0,00% 0,00%

Outras diferenças permanentes 0,00% 0,00%

Tributações autónomas 1,55% 15.015 1,38% 13.382

Derrama 1,63% 15.795 2,60% 25.223

Imposto corrente sobre o lucro do exercício 291.993 414.219

Registo e reversão de activos e passivos por impostos diferidos 0,00% - 0,00% -

Custo com imposto do exercício 24,19% 291.993 27,00% 414.219

Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores 13.064 1.335

Impostos correntes sobre os lucros 305.057 415.554

31-12-2015 31-12-2014

A Caixa TERRAS de VIRIATO é membro de um Agrupamento Complementar de Empresas (Crédito Agrícola Serviços

– Centro de Serviços Partilhados, ACE). De acordo com o regime aplicável, o ACE não apura colecta, sendo o

correspondente resultado fiscal imputado aos seus membros. Deste modo, os investimentos elegíveis realizados pelo

ACE podem ser deduzidos à colecta apurada pelos respectivos membros.

No entanto, na presente data ainda não é possível quantificar o benefício fiscal respeitante ao investimento efectuado

pelo ACE, pelo facto de se encontrar pendente de resposta um pedido de informação vinculativa apresentado à

Autoridade Tributária, pelo próprio ACE, sobre o modo de apuramento do benefício nesta situação específica de

investimentos elegíveis realizados por um ACE.

Page 75: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

75

21. OUTROS ACTIVOS Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Outros activos

Outros metais preciosos 484 484

Devedores por operações sobre futuros - -

Sector Público Administrativo

IVA a recuperar - -

IRC a recuperar - -

Despesas a debitar a clientes - -

Bonificações a receber - -

Outros devedores diversos 530.822 530.503

Rendimentos a receber 579 861

531.886 531.849

Despesas com encargo diferido

Fundo de Pensões 31.624 63.252

Seguros - -

SAMS - -

OUTRAS - -

31.624 63.252

Valores a regularizar

Rejeitados DO a Débito 746 478

Operações cambiais a liquidar - -

Operações activas a regularizar - -

ATM-Caixa automatico 996.500 791.440

Rotina PCSB-FMS Saldos Devedores 5 5

Respons.c/pensões e out.beneficios

IDD Rejeitadas

PSC - Conta para o futuro 40.817 35.533

Outras operações a regularizar 3.001 259

1.041.069 827.715

Imparidade – Outros activos

Outros devedores diversos (50.637) (58.637)

(…) - -

(50.637) (58.637)

1.553.942 1.364.180

25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Recursos de Instituições de Crédito no País

Depósitos a Prazo 5.756.954 390.417

Juros a Pagar 544 266

5.757.498 390.683

Page 76: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

76

26. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Depósitos

À ordem 39.868.834 35.336.868

A prazo 64.705.363 64.693.545

De poupança 21.079.707 20.043.754

Outros recursos de clientes 18.920 -

Cheques e ordens a pagar - -

Outros - 18.435

Subtotal 125.672.823 120.092.602

Juros a pagar 248.806 583.451

125.921.629 120.676.053

Em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2015 31-12-2014

Até três meses 72.075.132 68.808.595

Entre três meses e um ano 52.423.117 50.714.147

Entre um ano e três anos 1.106.557 1.059.614

Entre três e cinco anos 112.746 52.703

Mais de cinco anos 204.077 40.993

125.921.629 120.676.053

Page 77: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

77

30. PROVISÕES E IMPARIDADE O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante os exercícios de 2015 e 2014 foi o seguinte:

Saldos em Reposições e Saldos em

31-12-2014 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2015

Provisões para créditos sobre clientes e aplicações

em instituições de crédito:

- Créditos de cobrança duvidosa 2.047.008 424.141 (1.072.751) - - 1.398.398

- Crédito e juros vencidos 3.888.331 3.239.760 (1.231.982) (15.576) - 5.880.533

- Risco-país - - - - - -

5.935.339 3.663.901 (2.304.733) (15.576) - 7.278.931

Provisões:

- Riscos gerais de crédito 724.266 98.262 (100.783) - - 721.745

- Outros riscos e encargos - - -

- Riscos bancários gerais - - - - - -

724.266 98.262 (100.783) - - 721.745

Imparidade

- Imparidade de outros activos financeiros 3.637 - - (23) 3.614

- Imparidade de outros activos:

Activos não correntes detidos para venda 169.888 6.373 - (8.000) - 168.261

Outros activos tangíveis - - -

Outros activos - - - - - -

173.525 6.373 - (8.023) - 171.875

6.833.130 3.768.536 (2.405.516) (23.622) - 8.172.551

Page 78: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

78

33. OUTROS PASSIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Responsabilidades com pensões e outr.Beneficios 7.811 29.895

Credores e outros recursos

Recursos Diversos 25.013 23.060

Credores por operações sobre futuros

Sector Público Administrativo

Retenção de impostos na fonte 85.139 116.247

Contribuições para a Segurança Social 25.384 27.738

Imposto sobre o Valor Acrescentado 3.537 14.897

Cobranças por conta de terceiros 1.476 1.506

Contribuições para outros sistemas de saúde 4.581 4.686

Credores diversos

Contribuições a entregar – Fundo de Pensões - -

Credores por fornecimento de bens 66.895 40.230

Outros credores 32.171 35.408

Encargos a pagar

Por capitais próprios e equiparados - -

Comissões por operações sobre instrumentos financeiros - -

Por gastos com pessoal

Provisão para férias e subsídio de férias 163.935 167.971

Prémio de antiguidade 134.439 118.393

Subsídio de morte - -

Remunerações variáveis - -

Outros - -

Por gastos gerais administrativos - -

Outros

Receitas com rendimento diferido

Comissões sobre garantias prestadas 5.965 5.429

Outras 1.458 1.740

Valores a regularizar

Posição cambial - -

Operações sobre valores mobiliários a regularizar - -

Outras operações a regularizar 162.218 139.427

720.020 726.627

Page 79: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

79

34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas extra-patrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

31-12-2015 31-12-2014

Garantias prestadas e outros passivos eventuais

Garantias e avales prestados 2.167.670 2.063.094

Outras Garantias pessoais prestadas - -

Aceites e endossos - -

Créditos documentários abertos - -

Outros passivos eventuais - -

Compromissos perante terceiros - -

Contratos a prazo de depósitos - -

Por linhas de crédito

Compromissos irrevogáveis 9.460.342 10.641.926

Compromissos revogáveis 1.770.428 1.807.645

Por subscrição de títulos - -

Responsabilidade potencial para com o Sistema de indemnização aos investidores- -

Responsabilidades por prestação de serviços

Depósito e guarda de valores 1.021.782 1.808.385

Valores recebidos para cobrança 92.033 46.066

Valores administrados pela instituição - -

Outras - -

14.512.255 16.367.115

No âmbito da sua actividade normal a Caixa oferece determinados produtos financeiros que tradicionalmente incluem instrumentos relacionados com crédito registados em contas extra-patrimoniais e cujos riscos não se encontram portanto reflectidos totalmente ou em parte nas demonstrações financeiras. As garantias e avales prestados podem dizer respeito a operações relacionadas ou não com crédito, em que a Caixa presta uma garantia em relação a crédito concedido a um cliente por uma entidade terceira. De acordo com as suas características específicas, espera-se que algumas destas garantias expirem sem terem sido exigidas, pelo que estas operações não representam necessariamente fluxos de caixa de saída. As cartas de crédito e créditos documentários abertos destinam-se particularmente a garantir pagamentos a entidades terceiras no âmbito de transacções comerciais com o estrangeiro, financiando o envio das mercadorias adquiridas. Desta forma o risco de crédito destas transacções encontra-se limitado uma vez que se encontram colateralizadas pelas mercadorias enviadas e são geralmente de curta duração. Os compromissos irrevogáveis constituem partes não utilizadas de facilidades de crédito concedidas a clientes empresas e particulares. Muitas destas operações têm uma duração fixa e uma taxa de juro variável, pelo que o risco de crédito e de taxa de juro é limitado. Os instrumentos financeiros contabilizados como Garantias e outros compromissos estão sujeitos aos mesmos procedimentos de aprovação e controlo aplicados à carteira de crédito nomeadamente quanto à avaliação da adequação das provisões constituídas tal como descrito na política contabilística. A exposição máxima de crédito é representada pelo valor nominal que poderia ser perdido relativo aos passivos contingentes e outros compromissos assumidos pela Caixa na eventualidade de incumprimento pelas respectivas contrapartes, sem ter em consideração potenciais recuperações de crédito ou colaterais. Em virtude da natureza destas operações conforme acima descrito não se prevêem quaisquer perdas materiais nestas operações.

Page 80: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

80

35. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO Em 31-12-2015 e 31-12-2014, a estrutura accionista da Caixa é a seguinte:

Sócios 1.026.635 962.065

Títulos de Capital por incorporação reservas 10.837.560 10.249.990

Reserva Legal 2.025.137 1.867.724

Outras Reservas 46.727 183.991

13.936.059 13.263.770

31-12-201431-12-2015

Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República – I Série B,

nº 129, os prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição de dividendos nem para a aquisição de acções próprias.

36. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO

EXERCÍCIO

Em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Reservas de reavaliação:

Reservas resultantes da valorização ao justo valor: - -

De activos financeiros disponíveis para venda - -

De investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos - -

(…) - -

Reservas de reavaliação do imobilizado - -

Reservas por impostos diferidos - -

De activos financeiros disponíveis para venda - -

F.P. - Ganhos/Perdas atuariais 171.747 137.364

171.747 137.364

Outros instrumentos de capital

Reserva legal 2.025.137 1.867.724

Outras reservas 46.727 46.627

Res. Da Alteração de políticas Cont. (31.628) (41.939)

2.040.236 1.872.412

Lucro do exercício 727.006 787.022

2.938.989 2.796.798 Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº

201/2002, de 26 de Setembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante.

Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital.

Page 81: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

81

37. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Juros de disponibilidades em bancos centraisDepósitos à ordem no Banco de Portugal - -Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro - -

Juros de disponibilidades em outras instituições de créditoDisponibilidades sobre instituições de crédito no país 8.274 4.754Disponibilidades sobre instituições de crédito no estrangeiro - -

Juros de outras disponibilidades - -Juros de aplicações em instituições de crédito

Aplicações em instituições de crédito no país 1.110.009 1.375.624Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro - -

Juros de crédito a clientesCrédito não representado por valores mobiliários

Crédito interno 7904000 Empresas e administrações públicas

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 17.468 44.250Empréstimos 1.352.434 1.562.945Créditos em conta corrente 416.439 481.511Descobertos em depósitos à ordem 209.249 195.005Créditos tomados - factoring - -

79040005 Operações de locação financeiraMobiliária - -Imobiliária - -

Operações de compra com acordo de revenda - - 79040008 Outros créditos 170 -

Particulares 7904001 Habitação

79040010 Operações de locação financeira - -Outros créditos 280.036 273.700

Consumo 79040011 Operações de locação financeira - -

Outros créditos 227.715 217.112 790400118 Outras finalidades

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 1.459 2.495Empréstimos 693.666 734.200Créditos em conta corrente 62.912 64.961Descobertos em depósitos à ordem 42.788 44.835Operações de locação financeira - -Outros créditos

Crédito externoEmpresas e administrações públicas

Operações de compra com acordo de revenda - -Outros créditos - -

Particulares 7904011 Habitação

Operações de locação financeira - -Outros créditos 6.281 * 5.879

790401108 Consumo 79040111 Operações de locação financeira - -

Outros créditos 52 33 790401118 Outras finalidades 3.771 3.302

Outros créditos e valores a receber (titulados)Juros de activos titularizados não desreconhecidos

790630 Crédito a clientes - titularizadoJuros de activos com acordo de recompra - -Juros de investimentos detidos até à maturidade

7906600 Títulos de dívida emitidos por residentes 34.603 34.342 7906601 Títulos de dívida emitidos por não residentes - -

790661 Outros investimentos detidos até à maturidade - -JUROS CREDITO VENCIDO 43.150 48.922

Outros juros e rendimentos similares 7.427 1.467

4.517.904 5.095.337

Page 82: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

82

38. JUROS E ENCARGOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Juros de recursos de outras instituições de crédito

no país 8.039 1.640

no estrangeiro - -

Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 887.952 1.463.296

Juros de passivos financeiros de negociação

instrumentos financeiros derivados - -

Juros de derivados de cobertura - -

Juros de passivos subordinados

Outras comissões pagas:

operações de crédito - -

Outros juros e encargos similares - -

895.991 1.464.936

39. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Activos financeiros disponíveis para venda

Emitidos por residentes - -

Emitidos por não residentes - -

- -

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

No país

Investimentos em filiais 254 253

Investimentos em associadas - -

Investimentos em empreendimentos conjuntos - -

No estrangeiro

Investimentos em filiais - -

Investimentos em associadas - -

Investimentos em empreendimentos conjuntos - -

254 253

Outros instrumentos de capital - -

254 253

Page 83: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

83

40. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Por garantias prestadas

Garantias e avales 64.430 61.068

Fianças e indemnizações (contragarantias) - -

Créditos documentários abertos - -

Outras garantias prestadas - -

64.430 61.068

Por compromissos assumidos perante terceiros

Compromissos irrevogáveis

Linhas de crédito irrevogáveis 95.812 98.764

Subscrição de títulos - -

Outros compromissos irrevogáveis 3.840 3.549

Compromissos revogáveis - -

99.653 102.312

Por operações sobre instrumentos financeiros

Operações de crédito - -

Outras operações sobre instrumentos financeiros - -

- -

Por serviços prestados

Depósito e guarda de valores - -

Cobrança de valores 3.907 5.490

Administração de valores - -

Organismos de investimento colectivo em valores mobiliários

Comissão de gestão - -

Comissão de emissão de unidades de participação - -

Comissão de resgate de unidades de participação - -

Transferência de valores 17.088 21.878

Gestão de cartões 2.515 2.002

Anuidades 64.704 63.748

Montagem de operações - -

Operações de crédito

Por operações de factoring - -

Outras operações de crédito 342.579 352.590

Outros serviços prestados 693.264 603.129

1.124.056 1.048.837

Por operações realizadas por conta de terceiros

Sobre títulos

Em operações de Bolsa - -

Em operações fora de Bolsa - -

Outras operações realizadas por conta de terceiros - -

- -

Outras comissões recebidas 397.218 456.265

1.685.357 1.668.483

Page 84: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

84

41. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Por garantias recebidas - -

Por compromissos assumidos por terceiros - -

Por serviços bancários prestados por terceiros

Depósito e guarda de valores 2.960 3.390

Operações de crédito - -

Cobrança de valores 2.360 2.704

Administração de valores - -

Outros 160.091 165.127

Por operações realizadas por terceiros - -

Outras comissões pagas - -

165.411 171.221

44. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Ganhos/Perdas em Diferenças Cambiais

Divisas 430 440

Notas e Moedas Estrangeiras 6.052 2.414

6.482 2.855

45. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Resultados em activos não financeiros

Outros activos tangíveis - (28.227)

Activos não correntes detidos para venda - (18.000)

Resultados em investimentos em filiais, associadas e

empreendimentos conjuntos - -

- (46.227)

Page 85: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

85

46. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Estas rubricas têm a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Ganhos em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

No país

Investimentos em filiais 10.412 0

Investimentos em associadas - -

Investimentos em empreendimentos conjuntos - -

No estrangeiro

Investimentos em filiais - -

Investimentos em associadas - -

Investimentos em empreendimentos conjuntos - -

10.412 0

Ganhos em activos não financeiros

Activos não correntes detidos para venda

Ganhos realizados - -

Ganhos não realizados - -

Propriedades de investimento

Propriedades de investimento em locação financeira - -

Propriedades de investimento em locação operacional - -

Outras propriedades de investimento

Ganhos realizados - -

Ganhos não realizados - -

Outros activos tangíveis

Locação financeira - -

Locação operacional - -

Outros activos tangíveis

Ganhos realizados - -

Ganhos não realizados (reversão de menos valias) - -

Outros activos não financeiros - -

- -

Outros rendimentos de exploração

Rendas de locação operacional - -

Ganhos em operações descontinuadas - -

Reembolso de despesas 2.094 498

Recuperação de créditos, juros e despesas

Recuperação de créditos incobráveis 26.917 56.844

Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 58.781 133.271

Rendimentos da prestação de serviços diversos 22.878 22.175

Outros 22.064 45.556

132.733 258.345

Outros encargos de exploração

Quotizações e donativos 4.815 16.456

Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo 21.900 46.848

Anulação de Juros Vencidos 48.072 85.882

Outros encargos e gastos operacionais 3.511 6.000

Outros Impostos 6.541 5.297

84.839 160.483

58.306 97.862

Page 86: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

86

47. CUSTOS COM PESSOAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

O número médio de colaboradores da Caixa em 31-12-2015 e 31-12-2014 apresenta a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Direcção 1 1

Chefias e gerência 8 8

Quadros técnicos 22 24

Administrativos 2 2

Outros 3 3

31-12-2015 31-12-2014

Salários e vencimentos

Órgãos de Gestão e Fiscalização 149.688 123.686

Empregados 1.064.333 1.147.211

Encargos sociais obrigatórios

Fundos de Pensões (Nota 18) 12.299 17.018

Encargos relativos a remunerações:

Caixa de Abono de Família - -

Segurança Social 236.347 239.313

SAMS 51.713 50.771

Outros - -

Outros encargos sociais obrigatórios:

Subsídio por morte - -

Outros 12.514 21.588

Outros - -

Encargos sociais facultativos - -

Outros custos com pessoal:

Indemnizações contratuais 14.758 8.573

Outros 3.496 8.520

1.545.147 1.616.680

Page 87: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

87

48. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Com fornecimentos:

Água energia e combustíveis 69.742 62.889

Material de consumo corrente 30.852 27.168

Publicações - -

Material de higiene e limpeza 1.227 1.346

Outros fornecimentos de terceiros 2.984 2.223

104.805 93.627

Com serviços:

Rendas e alugueres 22.034 22.300

Comunicações 130.519 117.483

Deslocações, estadas e representação 14.889 24.736

Publicidade e edição de publicações 49.985 29.231

Conservação e reparação 61.495 44.793

Transportes 41.001 34.286

Formação de pessoal 2.829 204

Seguros 32.781 22.716

Serviços especializados:

Avenças e honorários 40.901 50.652

Judiciais contencioso e notariado 26.318 36.986

Informática 462.124 461.359

Segurança e vigilância - 1.915

Limpeza 9.156 6.914

Informações 55 -

Bancos de dados - -

Mão de obra eventual - -

Outros serviços especializados:

Estudos e consultas - -

Consultores e auditores externos 23.765 16.905

Tratamento de valores - -

Avaliadores externos 10.963 9.568

SIBS 90.190 89.157

Serviços de Compensação 14.655 15.866

Outros serviços de terceiros 92.425 83.421

1.126.083 1.068.493

1.230.888 1.162.120

Page 88: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

88

49. ENTIDADES RELACIONADAS Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola

Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo. Em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014, as demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas:

Associadas Coligadas

Outras

empresas do

Grupo Total Associadas Coligadas

Outras

empresas do

Grupo Total

Activos:

Disponibilidades em outras instituições de crédito 2.568.755 2.568.755 1.809.493 1.809.493

Activos financeiros detidos para negociação - -

Activos financeiros disponíveis para venda - - - -

Aplicações em instituições de crédito 59.000.000 59.000.000 52.000.000 52.000.000

Crédito a clientes - -

Outros activos - -

Passivos:

Passivos financeiros detidos para negociação - -

Recursos de outras instituições de crédito - -

Recursos de clientes e outros empréstimos - -

Responsabilidades representadas por títulos - -

Passivos subordinados - -

Outros passivos - -

Custos:

Juros e encargos similares 8.039 8.039 1.640 1.640

Encargos com serviços e comissões 77.606 77.606 171.217 171.217

Resultados de activos e passivos avaliados

ao justo valor através de resultados - -

Gastos gerais administrativos 715.971 1.147 717.118 713.461 5.935 719.396

Proveitos:

Juros e rendimentos similares 113 1.118.282 1.118.396 1.380.378 1.380.378

Rendimentos de instrumentos de capital - -

Rendimentos de serviços e comissões 380.583 34.159 414.742 286.954 30.932 317.885

Outros resultados de exploração - 2.053 2.053 - 2.053 2.053

Extrapatrimoniais:

Garantias prestadas e outros passivos eventuais: - - - - - - - -

Garantias recebidas - - - - - - - -

Compromissos perante terceiros - - - - - - - -

31-12-2015 31-12-2014

As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas datas.

Page 89: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

89

50. PENSÕES DE REFORMA

Em conformidade com o Acordo Colectivo de Trabalho das Instituições do Crédito Agrícola Mútuo, o Crédito

Agrícola assumiu o compromisso de conceder aos seus empregados, ou às suas famílias, prestações pecuniárias

a título de reforma antecipada (regime da Segurança Social de flexibilização da idade de reforma), reforma por

velhice, invalidez e pensões de sobrevivência. Foi constituído um fundo de pensões destinado a cobrir as

responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e cuidados médicos pós-emprego.

A 01 de Janeiro de 2013 entraram em vigor as alterações, publicadas em Junho de 2011, à IAS 19 – norma

contabilística internacional que trata os benefícios dos empregados.

O período de transição para implementação das alterações à IAS 19 terminou no início de 2013, e todas as

empresas que adoptem esta norma para a contabilização dos benefícios dos empregados (planos de pensões),

ficaram obrigadas a ter de reflectir as alterações à IAS 19 durante 2013.

Dessa forma, a informação financeira passou a ser apurada e reportada, a partir do exercício de 2013 (com base

no estudo actuarial elaborado em 31/12/2013), seguindo a IAS 19 revista.

As principais alterações são:

Reconhecimento

Eliminação da possibilidade de reconhecimento diferido dos ganhos e perdas actuariais, ou seja, da utilização

do método do corredor. Os ganhos e perdas actuariais deverão ser totalmente reconhecidos em “outro

rendimento integral” no ano em que ocorrem;

Eliminação do conceito "retorno esperado dos activos".

Page 90: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

90

Apresentação

Custo do Serviço (P&L): O custo do serviço inclui o custo dos serviços correntes, custo dos serviços passados

e ganhos ou perdas aquando das liquidações;

Juro líquido (P&L): O juro líquido é determinado pela multiplicação da taxa de desconto pelo passivo (activo)

líquido de benefícios definidos (ambos determinados no início do período de relato anual, tendo em conta

qualquer variação do passivo (activo) líquido de benefícios definidos durante o período em consequência do

pagamento de contribuições e benefícios);

Remensurações (Outro Rendimento Integral): Inclui todas as alterações resultantes da remensuração das

responsabilidades por serviços passados e activos do plano.

Decorrente da introdução das Normas Internacionais de Contabilidade e no que diz respeito à “IAS 19 – Benefícios

dos empregados”, foi registado em 1 de Janeiro de 2007 o valor dos ajustamentos de transição referentes a 31

de Dezembro de 2006.

Em 1 de Janeiro de 2007, o valor das responsabilidades com complementos de pensões de reforma, prémio de

antiguidade e SAMS e respectivas coberturas, em NCA’s foram as seguintes:

1-01-2007

Fundo de pensões

A.1. Responsabilidades PCSB 310.911

A.2. Impacto da transição para IAS 19: 169.603

A.2.1. Tábua de mortalidade 24.222

A.2.2. Pressupostos financeiros 145.381

A.3. Responsabilidades IAS 19 (A.1. + A.2.) 480.514

A.4. Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2006 366.072

A. Insuficiência de cobertura pelo Fundo de Pensões (A.3. – A.4.) 114.442

1-01-2007

Encargos com saúde (SAMS):

B.1. Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 231.480

B.2. Com licenças sem vencimento 0

B.3. Com pré-reformados 0

B.4. Com pensões em pagamento 76.388

B. Total 307.868

1-01-2007

Prémio de antiguidade:

C.1. Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 158.313

C.2. Com licenças sem vencimento 0

C. Total 158.313

Page 91: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

91

De acordo com o Aviso nº 12/2005, de 30 de Dezembro, o acréscimo de responsabilidades decorrente da

alteração da tábua de mortalidade em data posterior a 1 de Janeiro de 2005 pode ser reconhecido através da

aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos).

De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, o aumento de responsabilidades

com o Fundo de Pensões, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de

um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2011 (5 anos).

Adicionalmente, de acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, as responsabilidades

com o SAMS, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de

amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos).

Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008),

no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face

ao período estipulado inicialmente.

Foi decisão da CCAM de TERRAS DE VIRIATO prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como

permitido no Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008.

Assim, em 31-12-2007 o valor por reconhecer em resultados transitados, que deriva dos impactos da adopção do

IAS 19, e o número de anos pelos quais agora serão reconhecidos em resultados transitados, é como segue:

31-12-2007 Nº anos a

diferir

Data limite de

diferimento

A.2.1.2007 Alteração da tábua de mortalidade 20.762 9 anos 2016

A.2.2.2007 Alteração dos pressupostos

financeiros 116.305

7 anos 2014

A.2.3.2007 Excesso de cobertura em PCSB 44.129 7 anos 2014

B.2007 Encargos com saúde (SAMS) 263.887 9 anos 2016

No exercício de 2014 terminou o prazo limite de diferimento do impacto de transição na adopção da IAS 19, no

que respeita a:

- Alteração dos pressupostos financeiros;

- Excesso de cobertura em PCSB.

Ficaram por ainda diferir em 2015 e 2016, o valor respeitante a:

- Alteração da tábua de mortalidade;

- Encargos com saúde (SAMS).

Assim sendo, o reconhecimento anual nos resultados transitados no atual exercício é o seguinte:

Page 92: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

92

31-12-2015

A.2.1.2015 Alteração da tábua de mortalidade 2,307

B.2015 Encargos com saúde (SAMS) 29,321

2015 TOTAL 31,628

Os pressupostos atuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da CCAM TERRAS DE

VIRIATO com referência a 31 de Dezembro de 2015 e de 2014 foram os seguintes:

Em 31 de Dezembro de 2015, o valor das responsabilidades por serviços passados com o pagamento de

complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos de saúde pós-emprego (SAMS),

com trabalhadores no ativo, licenças sem vencimento, pré-reformados e pensões em pagamento, é o seguinte:

31-12-2015

F.2015 Valor actual das Responsabilidades por serviços passados 901,984

F.1 Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 494,109

F.2 Com licenças sem vencimento 38,911

F.3 Com pré-reformados 0

F.4 Com pensões em pagamento 368,964

31/12/2015 31/12/2014

Pressupostos demográficos

Tábua de mortalidade TV – 88/90 TV – 88/90

Tábua de invalidez EVK 80 EVK 80

Idade normal de reforma (**) (**)

Método de financiamento atuarial “Projected Unit

Credit”

“Projected Unit

Credit”

Pressupostos financeiros:

Taxa de desconto (*) (*)

Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios 1,40% 1,40%

Taxa de crescimento das pensões 1,00% 1,00%

Taxa de revalorização de salários para a Segurança Social:

- de acordo com nº2 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,40%

- de acordo com nº1 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,40%

(*) Taxa de desconto diferente para diferentes grupos da população:

Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial < 55 anos : 2,70% 3,25%

Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial >=55 anos : 2,30% 2,75%

Pré-reformados, reformados e pensionistas : 2,00% 2,25%

(**) De acordo com o Decreto-lei nº167-E/2013

Page 93: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

93

O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência referente à CCAM TERRAS DE

VIRIATO é o que a seguir se apresenta:

G.1 + Custo do serviço corrente 19,291

G.3 + Custo dos juros Líquido “Net Interest” 911

G.4.Ano +/- (Ganhos) e Perdas atuariais -41,429

G.4.1.Ano Relativos a diferenças entre os pressupostos e os valores realizados

-108,942

G.4.2.Ano Relativos a alterações verificadas nos pressupostos e nas condições dos planos

67,513

G.5 + Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas

0

G.6 = Acréscimo anual de responsabilidades -21,227

O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM TERRAS DE VIRIATO foi o

seguinte:

A.4.2014 (+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2014 920,445

H.1 (+) Contribuições efectuadas 7,902

H.1.1 Pela CCAM TERRAS DE VIRIATO 0

H.1.2 Pelos empregados 7,902

H.2 (+) Capitais recebidos de seguro 0

H.3 (+) Rendimento dos ativos do Fundo de Pensões (liquido) 3,594

H.4 (-) Prémios de seguro pagos 12,634

H.9 (+) Participação de resultados no seguro 5,588

H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 19,302

H.5.1 Por reformas antecipadas 308

H.5.2 Outros 18,994

H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 4,013

H.7.2015 (=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2015 901,581

H.8. Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2015

(H.7.2015 – A.4.2014) -18,864

Page 94: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

94

O movimento ocorrido durante o exercício de 2015 relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços passados foi o seguinte:

F.2014 (+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de 2014 942,931

G.1 (+) Custo do serviço corrente 19,291

G.1.1 Custo do serviço corrente da Entidade 11,389

H.1.2 Contribuições para o Fundo efectuadas pelos empregados 7,902

G.2 (+) Custo dos juros 25,478

G.4.1 (+/-) (Ganhos) e perdas atuariais nas responsabilidades -62,402

G.5 (+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas

antecipadas 0

H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 19,302

H.5.1 Por reformas antecipadas 308

H.5.2 Outros 18,994

H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 4,013

F.2015 (=) Responsabilidades totais em 31-12-2015 901,984

K. Variação nas responsabilidades em 2014 (F.2015 – F.2014) -40,948

O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2015, de acordo com o Aviso 12/2001 do

Banco de Portugal, era o seguinte:

F.2015 Valor actual das responsabilidades com serviços passados 901,984

I.1 Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2015 (Aviso 7/2008) 30,697

I.2 Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001) 845,729

I.3 Nível de cobertura (Aviso 12/2001) (%) 107

A cobertura do nível mínimo de solvência da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões em 31

de Dezembro de 2015 era o seguinte:

I.4 Responsabilidades por serviços passados (ASF) 586,422

I.5 Nível de cobertura (ASF) (%) 154

Page 95: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

95

Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto, os desvios

atuariais por amortizar apurados à data de 31 de Dezembro de 2012, foram transferidos para uma rubrica do

rendimento integral “reservas de reavaliação”.

No exercício de 2015, o valor dos desvios atuariais existentes e o movimento ocorrido no exercício no

“rendimento integral”, foi o seguinte:

RI.2014 Desvios atuariais em 31-12-2014 137,364

RI.ano Desvios atuariais gerados em 2015 – Ganhos e

perdas atuariais 34,384

RI.2015 Desvios atuariais em 31-12-2015 171,747

Prémios de antiguidade:

A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros, com

trabalhadores no ativo e licenças sem vencimento, foi a seguinte:

Prémio de Antiguidade 31-12-2014

N.1.2014 Com trabalhadores no ativo 118,393

N.2.2014 Com licenças sem vencimento 0

N.2014 Total 118,393

Prémio de Antiguidade 31-12-2015

N.1.2015 Com trabalhadores no ativo 134,439

N.2.2015 Com licenças sem vencimento 0

N.2015 Total 134,439

Prémio de Antiguidade Variação

O.1. Com trabalhadores no ativo 16,046

O.2. Com licenças sem vencimento 0

O. Total 16,046

Page 96: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

96

51. NORMA REGULAMENTAR N.º 15/2009-R

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Terras de Viriato está inscrita na Autoridade de Supervisão de Seguros

e Fundos de Pensões, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i),

do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as

Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de

Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e

com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de

seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões.

No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de seguros e de adesões a Fundos

de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que

sejam entregues nos Balcões da CCAM.

Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM recebe

remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em

Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras.

As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de Resultados, na

rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31

de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de

emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de

Dezembro de 2015, encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras.

O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CCAM nos últimos

3 anos (valores em euros):

Origem Segurador

a

2013 2014 2015 % por

Origem 2015

Ramos Não Vida CA

Seguros

152.033,00 180.129,12 250.857,03 66,0%

Ramo Vida CA Vida 98.361,32 105.138,43 126.062,88 33,1%

Fundos de Pensões CA Vida 565,53 1.689,07 3.409,70 0,9%

Total 250.959,85 286.956,62 380.329,61 100,0%

A CCAM não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de quaisquer

tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo, passivo, rendimento ou

gasto a reportar, relativo à actividade de mediação de seguros exercida pela CCAM.

52. RÁCIOS PRUDENCIAIS

No exercício de 2014, a Instrução 23/2007 foi descontinuada, dado lugar ao cálculo dos requisitos e rácios

prudenciais, de acordo com os reportes Corep, aplicando as regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº

575/2013., tendo-se, obtido os seguintes rácios do reporte de solvabilidade das contas individuais da Caixa

Agrícola:

Page 97: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

97

FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIO DE SOLVABILIDADE - Caixa Agrícola de Terras de Viriato

Em euros 2014 2015 Δ 13/14

Fundos Próprios totais 13.854.023 14.397.887 3,9%

Common equity tier 1* 13.221.505 14.075.934 ---

Tier 1* 13.221.505 14.075.934 6,5%

Tier 2 632.518 321.953 -49,1%

Posição em risco de activos e equivalentes 143.426.087 152.776.722 6,5%

Requisitos de fundos próprios 75.074.038 72.030.032 -4,1%

Crédito 64.591.468 61.893.409 -4,2%

Operacional 10.482.571 10.136.622 -3,3%

CVA 0 0 ---

Rácios de solvabilidade

Common equity tier 1* 18,0% 20,0% ---

Tier 1 * 18,0% 20,0% 2,0 P.P

Tier 2 0,8% 0,4% -0,4 P.P

Total* 18,0% 20,0% 2,0 P.P

* Incorporando o resultado líquido do exercício.

O Técnico de Contas A Direcção

Catarina Marques Américo Loureiro Francisco Campos Augusto Araújo Alfredo Antunes José Gonçalves José Almeida Almiro Carpinteiro António Garcia José Simões

Page 98: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

98

8. MAPA DE MOVIMENTAÇÃO DE ASSOCIADOS

O movimento de sócios em 2015 foi o seguinte:

Sócios existentes em 31 de Dezembro de 2014 7.732

Sócios admitidos durante o ano de 2015 136

Sócios demitidos durante o ano de 2015 40

Sócios existentes em 31 de Dezembro de 2015 7.828

Page 99: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

99

9. PARECER DO CONSELHO FISCAL

Page 100: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

100

Page 101: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

101

10. CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS

Page 102: RELATORIO E CONTAS 2015 - Banco de Portugal...2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha (21,8%) e Grécia (26,8%). Fonte:

Crédito Agrícola TERRAS DE VIRIATO RELATÓRIO E CONTAS 2015

102