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RELATÓRIO E CONTAS 2015 BANCO PRIVADO ATLANTICO

RELATÓRIO E CONTAS 2015 - atlantico.ao · Marcos da actividade ... Administração O Banco ATLANTICO celebrou, em 2015, ... sa Pública e à introdução de medidas com efei-

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RELATÓRIO E CONTAS2015

BANCO PRIVADO ATLANTICO

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Índice

1. Introdução1.1. Mensagem do presidente do Conselho de Administração .............................. 6

1.2. Enquadramento macroeconómico .......................................................................... 10

1.3. Alterações regulamentares ....................................................................................... 24

1.4. Estrutura accionista e organização ....................................................................... 26

1.5. Marcos da actividade ................................................................................................. 28

1.6. Visão, missão e valores ............................................................................................... 30

1.7. Principais indicadores de gestão ............................................................................. 31

2. Negócio2.1. Estratégia e modelo de negócio ............................................................................. 34

2.2. Corporate & Rede ATLANTICO .............................................................................. 34

2.3. Large corporate ............................................................................................................ 36

2.4. Private banking ............................................................................................................. 37

2.5. Banca de investimento ................................................................................................ 38

2.6. Rede de distribuição .................................................................................................. 40

2.7. Produtos e serviços lançados em 2015 ..................................................................41

2.8. Canais complementares ............................................................................................ 42

2.9. Tecnologia & Inovação ............................................................................................... 43

3. Gestão do risco3.1. Risco de crédito .............................................................................................................49

3.2. Risco de mercado .........................................................................................................50

3.3. Risco operacional ........................................................................................................... 51

3.4. Compliance .....................................................................................................................54

3.5. Auditoria ...........................................................................................................................56

3.6. Controlo interno ............................................................................................................ 57

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ÍNDICE ATLANTICO | Relatório e Contas 2015

4. Capital humano4.1. Equipa ATLANTICO ..................................................................................................... 61

4.2. Atrair e integrar............................................................................................................ 62

4.3. Gerar oportunidades ...................................................................................................64

4.4. Desenvolver ................................................................................................................... 65

4.5. Gerir o desempenho ................................................................................................... 66

5. Marketing e comunicação5.1. Campanhas publicitárias .............................................................................................70

5.2. Eventos e patrocínios ................................................................................................. 72

5.3. Prémios e distinções ................................................................................................... 73

6. Responsabilidade social6.1. Projecto LOGOS ........................................................................................................... 76

7. Informação financeira7.1. Estrutura do balanço ..................................................................................................... 81

7.2. Demonstração de resultados ................................................................................... 91

7.3. Proposta de aplicação de resultados .................................................................. 101

8. Demonstrações financeiras e notasDemonstrações financeiras ............................................................................................. 104

Notas às demonstrações financeiras ........................................................................... 108

9. CertificaçõesRelatório do auditor independente ............................................................................. 170

Relatório e parecer do Conselho Fiscal ..................................................................... 172

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1. INTRODuçãO1.1. MeNsAGeM dO PResIdeNTe

dO CONseLhO de AdMINIsTRAçãO

1.2. eNquAdRAMeNTO MACROeCONóMICO

1.3. ALTeRAções ReGuLAMeNTARes

1.4. esTRuTuRA ACCIONIsTA, GOveRNO

dA sOCIedAde e ORGANIzAçãO

1.5. MARCOs dA ACTIvIdAde

1.6. vIsãO, MIssãO e vALORes

1.7. PRINCIPAIs INdICAdORes de GesTãO

06

10

24

26

28

30

31

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ATLANTICO | Relatório e Contas 20156 INTRODUÇÃO

1.1. Mensagem do Presidente do Conselho de Administração

O Banco ATLANTICO celebrou, em 2015, o dé-cimo aniversário de actividade e concluiu com sucesso o Programa Estratégico ATLANTICO 20.15, superando os seis objectivos assumidos perante os Accionistas e perante o Mercado.

O ATLANTICO é um Banco Sólido e Rentável.

O que foi alcançado nestes dez anos é resultado do trabalho diário dos Profissionais ATLANTICO; é resultado da sua entrega, com rigor, com processos, com compliance e com sigilo; é resultado do trabalho diário para renovar a confiança dos Clientes e a respeitabilidade das Autoridades de Supervisão e dos Bancos Contrapartes Internacionais.

O ambiente económico de 2015 foi, uma vez mais, muito desafiante. Diversos factos eco-nómicos confirmaram que o Mundo estava a entrar numa Nova Normalidade, onde as ma-trizes nas quais assentou a criação excepcional de prosperidade do período de 2004 a 2014 tinham terminado, e que dificilmente seriam repetíveis.

A economia angolana foi fortemente impacta-da pela redução do valor de venda do petróleo, com efeitos negativos em todos os sectores, o que implicou a redução das Receitas no Or-çamento Geral do Estado e o desequilíbrio da Balança de Bens e Serviços. Esta realidade, que se intensificou de forma abrupta e acentuada na segunda metade de 2015, levou à necessi-dade da revisão sucessiva dos níveis de Despe-sa Pública e à introdução de medidas com efei-tos recessivos, ao nível da Política Monetária e Cambial. A equipa ATLANTICO trabalhou dia-riamente com os seus Clientes, com as Autori-dades Governamentais e de Supervisão, bem como com os Bancos Contrapartes Internacio-nais, para criar equações e soluções financeiras

com vista a apoiar as famílias e as empresas a su-perar com sucesso estes momentos desafiantes.

Apesar dos constrangimentos económicos, con-cluímos 2015 com resultados encorajadores, alcançando:

• Mais de 209 mil Clientes (+ 64% face a 2014);

• Um Activo Líquido superior a 514 mil milhões de AKZ (+ 37% face a 2014);

• Um Resultado Líquido de 11 mil milhões de AKZ (+73% face a 2014);

• Uma Rentabilidade dos Capitais Próprios de 24,12%;

• Um Cost to Income de 49% (-8,7 p.p. face a 2014);

• Mais de 940 Profissionais e 67 Centros de Negócio, com presença em todo o território angolano;

• Manutenção de uma política de elevada pru-dência na gestão dos Riscos do Balanço, na defesa das poupanças dos Clientes e dos ca-pitais dos Accionistas, que nos são confiados:

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7ATLANTICO | Relatório e Contas 2015INTRODUÇÃO

Para vencer no futuro, é preciso estar no mercado com dimensão, com ambição, com compliance e em paridade com os Bancos que constituem a praça financeira internacional. É preciso estar no mercado como um Banco de Serviço Universal e competir para ser líder. Um Banco cujo ponto de partida é o Futuro...

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ATLANTICO | Relatório e Contas 20158 INTRODUÇÃO

• Fechámos 2015 com um Rácio de Solvabi-lidade de 11,2%;

• O crédito vencido é de 3,16%;

• O Rácio de Transformação é inferior a 65%;

• O Balanço tem Provisões para Riscos Ge-rais de Crédito, o que garante uma cober-tura 2,28 vezes superior aos valores em incumprimento.

O ano 2015 fecha um ciclo estratégico no ATLANTICO e lança as bases para a constru-ção do futuro.

O quadro económico e sociológico no qual assentará a actividade bancária está a mudar, porque:

• Se perspectivam, para os próximos anos, crescimentos moderados nos principais blo-cos económicos mundiais, com impactos re-levantes em todas as economias;

• Esta Nova Normalidade terá impactos impor-tantes na capacidade de crescimento do ne-gócio bancário e trará um aumento relevante dos riscos de crédito corporativo;

• Uma política monetária excessivamente ex-pansionista nos países desenvolvidos criou um novo paradigma de rentabilidades nega-tivas, o que ameaça a sustentabilidade dos Bancos a prazo, com riscos de ocorrer um novo ciclo de quebra de confiança entre os players do sistema;

• E, sociologicamente, vivemos um novo pa-radigma de mudança nos hábitos das pes-soas, que passaram a estar interligadas num mundo digital e que exigem que os Bancos

reinventem o seu modelo de negócio, de or-ganização e de distribuição, para os servir no mundo digital. Novos players, nascidos já num ambiente digital e tecnológico, desafiam toda a indústria financeira reinventar-se.

Perante estes desafios, os Accionistas do ATLANTICO e do Millennium Angola decidi-ram criar um novo ponto de partida para estas duas Instituições financeiras.

O Banco MILLENIUM ATLANTICO representa a resposta aos novos desafios e aos novos para-digmas do negócio bancário, em Angola e no Mundo; dois bancos sólidos e rentáveis, opta-ram por juntar sinergias e potenciar vinte anos de história bancária em Angola.

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9ATLANTICO | Relatório e Contas 2015INTRODUÇÃO

Para vencer no futuro, é preciso estar no mer-cado com dimensão, com ambição, com com-pliance e em paridade com os Bancos que constituem a praça financeira internacional. É preciso estar no mercado como um Banco de Serviço Universal e competir para ser líder. Um Banco cujo ponto de partida é o Futuro... com mais de dois mil Profissionais, mais de 150 Bal-cões, servindo mais de um milhão de Clientes.

O Conselho de Administração do ATLANTICO expressa um profundo agradecimento aos Clien-tes pela preferência e confiança, comprometen-do-nos, no futuro MILLENNIUM ATLANTICO, a continuar a inovar e elevar os níveis de serviço, de rigor e de excelência, sempre com o objectivo de superar as Vossas Expectativas.

Aos Profissionais ATLANTICO, muito agrade-cemos a dedicação e o profissionalismo de-monstrado no desempenho da actividade, sa-bendo que o Vosso contributo é fundamental para o alcance dos resultados, ano após ano; contamos com a energia e com o saber de to-dos, para o futuro.

Aos Accionistas, agradecemos a reiterada con-fiança e a visão estratégica que têm demonstra-do, fundamental para o crescimento e desen-volvimento sustentado do ATLANTICO em Angola e no Mundo. Hoje no ATLANTICO e amanhã no MILLENNIUM ATLANTICO, con-tinuaremos a trabalhar para respeitar e remu-nerar os Capitais por Vós investidos e para manter a Vossa confiança.

Às Autoridades Governamentais e de Supervi-são, agradecemos o compromisso e o trabalho realizado para melhorar e reforçar cada vez mais a respeitabilidade, a solidez e a estabili-dade do sistema bancário nacional.

ATLANTICO, Futuro com Valores.

Carlos José da Silva

Presidente

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201510 INTRODUÇÃO

1.2. enquadramento macroeconómico

economia mundial

A economia mundial foi marcada pela desaceleração do crescimento económico nas economias emergentes, acentuada pela política monetária contraccionista nos Estados Unidos da América e pela política expansionista do Banco Central Europeu (BCE) na tentativa de estimular a inflação face à redução do preço das commodities.

O crescimento da economia mundial em 2015 foi de 3,1%, ou seja 0,3 pontos percentuais (p.p.) inferior ao ano anterior, influenciado pela desaceleração das economias emergentes e em vias de desenvolvimento em 0,6 p.p., para 4%, e pelo crescimento modesto das econo-mias desenvolvidas de 1,9%.

A desaceleração das economias emergentes e desenvolvidas é fruto de factores conjuntu-rais e estruturais. Os conjunturais estão liga-dos às externalidades negativas da redução do crescimento na China, à queda do preço das commodities e à divergência entre a política monetária no Japão, na Zona Euro e nos Es-tados Unidos da América (EUA). Os factores estruturais envolvem a redução da produtivi-dade após a crise, o legado da crise em muitas economias desenvolvidas – representado por elevados níveis de endividamento público e privado, fragilidades no sector financeiro e bai-xo nível de investimento – e as transformações demográficas e ajustamentos que se seguiram ao período da crise do crédito e do investimen-to em diversas economias emergentes1.

O crescimento nas economias emergentes está a ser fortemente afectado pela desaceleração da China e dos seus homólogos dos BRIC, devido à sua interligação e peso no conjunto destas economias. Segundo estudos do Banco Mundial, uma desaceleração de 1 p.p. nos BRIC leva a uma redução de 0,8 p.p. nos restantes mercados emergentes, durante cerca de dois

anos, e de 0,4 p.p. na economia global. Porém, se a redução do crescimento for combinada com a instabilidade no sistema financeiro o efeito adverso pode ser mais profundo.

A queda do preço do petróleo foi um dos prin-cipais factores com efeito negativo na econo-mia global. Esta redução está a afectar as con-tas fiscais e as perspectivas de crescimento das economias exportadoras, face à diminuição dos investimentos no sector de petróleo e gás e a um aumento do consumo inferior ao estimado, devido à rigidez dos preços. Ao mesmo tempo, tem suportado o aumento da procura nas eco-nomias importadoras, principalmente nas eco-nomias desenvolvidas onde a redução tem sido completamente repassada para o consumidor final, com reflexo nos baixos níveis de inflação.

O aumento das taxas de juro nos EUA, em 25 p.b. para 0,5%, e a expectativa de novos aumentos poderão contribuir ainda mais para a redução da procura global, dado o seu peso no PIB global. Em contraste, para estimular a inflação, o BCE e o Banco do Japão estão a conceder estímulos monetários para atingir a sua meta de inflação.

A combinação destes factores fará com que as taxas de crescimento do PIB mundial se fixem em 3,4% em 2016 e 3,6% em 2017, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), enquan-to o Banco Mundial espera que estes efeitos sejam mais severos e conduzam o crescimento global para baixo.

1 Segundo o Banco Mundial no seu último relatório sobre as Perspectivas Económicas Mundiais de Janeiro de 2016: Global Economic Prospects – Spillovers amid Weak Growth.

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11ATLANTICO | Relatório e Contas 2015INTRODUÇÃO

Evolução do PIB (%)

3,4

2,4

0,9

4,7

7,3

2,9

0,9

0,0

3,12,5

1,5

6,66,9

2,21,6

3,4

1,7

2,6

7,3

2,2

3,6

1,7

2,6

7,3

2,2

6,0

1,8

0,3

6,3

1,71,0

0,6

2014

Fonte: FMI, WEO Outubro de 2015 e Banco de Portugal

2015 2016 (P) 2017 (P)

EUAGlobal Zona Euro Angola Japão China Reino Unido Portugal

Reino Unido

Evolução da inflação (homóloga fim de período em %)

Fonte: FMI, WEO Outubro de 2015 e Banco de Portugal

0,6

0,0

2,6

1,5

0,9

0,0

0,90,7

0,1

1,8

0,3

0,0

1,4

1,1

0,6

1,81,7

3,4

EUA Zona Euro Japão China Portugal

2014 2015 (E) 2016 (P)

0

22012 2013 2014 2015 2016 2017

-4

-6

-8

-2

-10

Fonte: FMI, WEO Outubro de 2015

Evolução do défice fiscal (% do PIB)

China Portugal Reino Unido EUA

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201512 INTRODUÇÃO

economias desenvolvidas

Em 2015, a valorização do dólar face à recuperação da economia norte-americana e a postura excessivamente expansionista adoptada na Zona Euro e no Japão marcaram o contexto económico das economias desenvolvidas.

euA

A procura doméstica foi impulsionada pelo incremento do consumo, suportado pelo au-mento da criação de emprego, e pelo investi-mento no sector não petrolífero. Apesar de um primeiro trimestre marcado pelo mau tempo, pela contracção dos investimentos no sector petrolífero e pelas greves na Costa Oeste, em 2015, a taxa de crescimento foi estimada em 2,5%, a maior taxa do período pós-crise.

Em contraste, a valorização do USD em mais de 20% face às moedas das maiores econo-mias da região e à redução da procura externa penalizaram as exportações líquidas, consti-tuindo-se em entraves ao crescimento econó-mico. Segundo o Banco Mundial, apreciações da moeda norte-americana nestas magnitudes podem levar à redução do seu PIB em 1 p.p. ao longo de dois anos.

Para 2016, espera-se uma taxa de cresci-mento de 2,6%, segundo o FMI. No entanto, o crescimento da economia dos EUA pode-rá ser afectado pela materialização do risco de uma contínua valorização do USD e pelas perspectivas de novos aumentos das taxas de juro. Em Dezembro, verificou-se um pri-meiro aumento de 25 p.b., justificado pela redução do desemprego e pela subida da in-flação para 0,9%.

Reino unido

No Reino Unido, a taxa de crescimento e o emprego mantiveram-se robustos, 2,2% e 5,1% respectivamente, impulsionados pela dinâmica do sector privado, suportado pela política mo-netária expansionista, apesar da consolidação fiscal em curso.

A taxa de inflação manteve-se moderada, 0,3%, e inferior à taxa de 2014 (0,9%) como resulta-do da redução dos preços das commodities e da apreciação de 15% na taxa de câmbio nomi-nal efectiva, entre 2013 e 2015. No médio pra-zo, prevê-se um aumento da inflação para 1,7%, próximo do nível target de 2%, ao mesmo tem-po que se espera pela redução do hiato do pro-duto para zero.

Japão

A economia japonesa cresceu moderadamente em 2015 (0,6%), apesar dos estímulos concedi-dos pelo BoJ (Banco Central do Japão), que se comprometeu a dar continuidade ao programa de incentivos depois de 2016, dado que não se conseguirá atingir o target de inflação em 2016. Este crescimento é explicado, em parte, pela contracção do consumo das famílias e pela estagnação do investimento, contrabalançado parcialmente pelo aumento moderado nas ex-portações, mesmo com o baixo valor do yen.

O crescimento das exportações está abaixo das expectativas, apesar da forte depreciação real do yen, cerca de 35% no período de 2012 a 2015. Este facto pode ser explicado pelo efeito da apreciação do yen no período pós-crise entre 2008-2011 e pela resistência dos produtores em transferir os ganhos derivados da desvaloriza-ção para o consumidor final e pela redução da procura nos países emergentes.

O Japão enfrenta igualmente desafios demo-gráficos ligados ao aumento da população em idade de aposentadoria. Neste âmbito, a redu-ção da taxa de desemprego entre as mulheres ajudou a diminuir a taxa de desemprego na-cional e a aliviar a respectiva pressão demo-gráfica.

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13ATLANTICO | Relatório e Contas 2015INTRODUÇÃO

Em 2016, espera-se uma subida do crescimen-to para 1% e, segundo o FMI, que a inflação aumente de 0,1% para 0,6%. Estas evoluções estão dependentes da dissipação do efeito dos preços baixos das matérias-primas.

zona euro

Em 2015, a Zona Euro foi marcada pela adop-ção firme da estratégia de política monetária expansionista, via Quantitative Easing (QE), com o objectivo de contrariar a pressão de-flacionista gerada pela consolidação fiscal em curso na zona e pela redução do preço das principais matérias-primas. Com efeito, em fi-nais de 2015, o crescimento atingiu 1,5%, acima dos 0,9% de 2014, enquanto a inflação atingiu 0,7%, muito abaixo da meta de médio prazo de 2%. Para estimular a economia, o Banco Cen-tral Europeu levou as taxas de juro dos depósi-tos para terreno negativo e a taxa de referên-cia activa para níveis muito próximos de zero2.

Para 2016, espera-se que o crescimento au-mente para 1,7%, nível que se prevê manter no médio prazo com um nível de inflação de 1,1%, suportado pelas políticas do BCE e pela estabilidade do sistema financeiro. Entretan-to, para atingir estas metas, as economias da zona continuarão a depender do consumo in-terno, mas encontrarão entraves face à pers-pectiva de redução da procura externa gerada pelo abrandamento do crescimento nos países emergentes.

Na Alemanha, o elevado nível de procura do-méstica deverá continuar a suportar o cres-cimento, que atingiu 1,5% apesar do aumento do superávite fiscal em 2015, suportado pelo aumento das receitas fiscais sobre o rendi-mento e aligeirado pelos baixos níveis de exportações e investimento em capital fixo. Porém, a taxa de inflação recuperou para ter-reno positivo, para 0,7%, mas espera-se que aumente para 1,1% em 2016, suportada pelos estímulos do BCE.

França e Itália cresceram muito próximo do seu nível target, mas ficaram abaixo de Espa-

nha e da Alemanha. Em França, o crescimen-to atingiu 1,1%, muito acima do nível anterior de 0,2%, e em Itália ficou em 0,8%, depois de uma recessão em 2014 (-0,4%). Em espanha, o crescimento foi de 3,2%. No médio prazo, é expectável que estas três economias con-tinuem a ter níveis de crescimento robustos. Em França e Itália, espera-se uma taxa de crescimento de 1,3%, enquanto em Espanha se prevê um ligeiro abrandamento para 2,7%. A taxa de inflação em 2016 poderá melhorar nas três economias: 1,2% em França; 1% em Itália e 0,9% em Espanha.

Portugal

A economia portuguesa cresceu 1,6%3 em 2015, alavancada pelo aumento do investimento pri-vado (formação bruta de capital fixo), pelo consumo privado e por melhorias na produti-vidade do trabalho.

A situação fiscal melhorou significativamen-te durante o período de 2010-2015, tendo o défice saído de -11,2% para -4,3%, segundo o Ministério das Finanças. A evolução da conta fiscal resulta da redução das despesas com pessoal, por via de despedimentos e redução de salários na Administração Pública, para além do corte das despesas de capital. To-davia, para 2015, era previsível um défice de apenas 3%, prejudicado pelo suporte público ao BANIF.

Por outro lado, a dívida pública continua eleva-da, tendo atingido 128,8% em 2015, uma melho-ria relativa em relação a 2014, mas muito acima dos níveis de 2010, apesar da redução da taxa de juro implícita da dívida pública, suportada pela política monetária expansionista do BCE.

Para 2016, espera-se por um crescimento re-lativamente superior a 2015, suportado pela dinâmica da formação bruta de capital fixo, justificada pela necessidade de investimento em novas tecnologias, pelo consumo interno e pela melhoria das contas externas. Estes facto-res deverão reflectir-se na taxa de desempre-go, que se prevê melhorar para 11,3%.

2 Entretanto, no dia 10 de Março, o Presidente do BCE reduziu esta taxa para zero e passou a taxa de absorção de depósitos de -0,3% para -0,4%.3 FMI, WEO Outubro de 2015.

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201514 INTRODUÇÃO

Espera-se também por uma melhoria da taxa de inflação para 3,4% em 2016, depois da evo-lução de -0,3 em 2014 para 0,0% em 2015, su-portada igualmente pela pressão da procura interna.

Porém, existem riscos relevantes para a eco-nomia portuguesa, ligados à desaceleração do crescimento nos BRIC e aos efeitos adversos da redução do petróleo sobre a economia an-golana, dado o peso desta última sobre a eco-nomia lusa (6,7% em 2014).

economias emergentes

A desaceleração do crescimento nos BRIC, com realce para a China, terá um impacto significativo no desempenho do grupo de países emergentes, dada a intensidade das relações entre os mesmos

e o seu peso na economia do grupo.

A China, que se destaca por ser a segunda maior economia mundial e a maior economia emergen-te, está a passar por um processo de mudança estrutural com efeito sobre o seu crescimento, tendo saído de 7,3% em 2014 para 6,9% em 2015. O FMI aconselhou os governantes chineses a fa-zer mudanças significativas no seu modelo eco-nómico, de uma abordagem virada para o mer-cado externo para o consumo interno.

As políticas monetária e fiscal na China con-tinuaram a ser contracíclicas, marcadas pela redução das taxas de juro, do coeficiente das reservas obrigatórias e pela flexibilização da política de colateralização de empréstimos do Banco Central para ajudar o refinanciamento dos bancos comerciais e aumentar o défice fis-cal para cerca de 2,3% do PIB, só comparado ao nível mais elevado registado há seis anos.

Apesar das reformas já efectuadas, espera-se que o ajustamento se prolongue no médio pra-zo, levando a economia a crescer 6,3% em 2016 e 6% em 2017.

Por outro lado, o abrandamento da economia chinesa poderá gerar importantes externalida-des negativas para a economia global e para os BRIC, em particular, dado o peso desta no comércio internacional.

Os BRIC estão a sofrer de factores internos e externos. No Brasil, as perspectivas de cres-cimento deterioraram-se para -3,8% devido à queda do preço do petróleo, à fuga de capi-tais e à consequente desvalorização cambial em curso. Apesar do elevado nível de diver-sificação económica do país, o aumento do risco político será determinante para a ma-nutenção do crescimento em terreno nega-tivo, -3,5% para 2016-2017. Na Rússia, a taxa de crescimento reduziu para -3,7% afectada pelas sanções impostas pelo Ocidente, pela redução do preço do petróleo e pela conse-quente desvalorização do rublo – superior a 66% nos últimos dois anos. Entretanto, pre-vê-se uma ligeira recuperação das duas eco-nomias em 2016 e 2017 para -3,5% e 0% no Brasil, contra -1% e 1% na Rússia.

Em contraste, o crescimento económico na Índia continua robusto, 7,5% em 2015, com perspetivas de se repetir a performance em 2016. A perspectiva de crescimento da Índia em 2016 é suportada pela percepção positi-va dos investidores em relação a melhorias no ambiente de negócios e ao efeito positi-vo do aumento do rendimento real gerado pela redução dos preços petrolíferos, dado que a Índia é um importador líquido desta commodity.

A África subsariana continuará a ressentir--se da redução dos preços das commodities. Prevê-se uma ligeira recuperação no cresci-mento económico de 0,5 p.p. em 2016, para 4%, após se ter fixado em 3,5% em 2014, representando uma queda de 1,5 p.p. face a 2014. Para este nível de crescimento con-tribuiu muito a desaceleração de economias como a da Nigéria, cuja taxa recuou de 6,3% em 2014 para 3% em 2015, de Angola, de 4,8% para 2,8%, e da África do Sul, de 1,5% para 1,3%.

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15ATLANTICO | Relatório e Contas 2015INTRODUÇÃO

A redução do crescimento na região está a ser acompanhada pelo aumento do défice fiscal e do endividamento, ao mesmo tempo que as agências de rating reduzem a classificação de economias como a da Zâmbia, de Angola, do Gana e da Nigéria, tornando cada vez mais de-safiante o acesso aos mercados internacionais de dívida pública.

Outro risco visível na zona reside na intensa desvalorização das moedas, seguida por au-mentos fortes na inflação doméstica, devido à subida das taxas de juro em curso nos EUA.

economia angolana

O contexto económico pelo ajustamento cambial como resposta à redução do preço do petróleo e pela consequente postura contraccionista da política monetária.

Em 2015, a economia angolana registou níveis moderados de crescimento económico, se-gundo dados do Governo, divulgados no De-creto Presidencial n.º 40/16, apesar do aumen-to da produção petrolífera em 6,3%, principal sector de alavancagem da produção interna. O crescimento foi prejudicado pela redução do preço internacional de petróleo (Brent) em 34,97% de Dezembro de 2014 a Dezembro de 2015, penalizando a actividade económica não petrolífera, cuja taxa de crescimento recuou para 1,3% depois de ter crescido cerca de 8,2% em 2014.

A redução do crescimento na economia não petrolífera resulta do baixo crescimento dos sectores agrícola (0,8%), pescas (5,8%), cons-trução (3,5%), serviços mercantis (2,2%), ener-gia (2,5%) e indústria (-4%). Esta situação é explicada pela menor disponibilidade de divi-sas para alimentar o crescimento da pequena indústria nascente e pela redução das despe-sas públicas.

PIB de Angola (%)

20162015 (E)2013 2014

Crescimento do PIB real

Fonte: MINFIN, OGE 2016 e LMSC

Petrolífero

Não petrolífero

10,9

-0,9

6,8

8,2

-2,6

4,8

6,3

2,8 2,7

4,8

3,3

1,3

Défice orçamental (se +, % do PIB)

20162015 (R) 2015 (E)2013 2014

Fonte: MINFIN, OGE 2016

-0,3

6,67,0

4,2

5,5

Durante o ano, o Governo procedeu a um ajustamento significativo nas previsões de receitas e despesas, no âmbito da revisão ao OGE ocorrida em Março de 2015. Previa-se, assim, que as despesas reduzissem 33,3% em relação a 2014, suportadas pelo ajustamento de -22% nas despesas correntes e de -59% nas despesas de capital. Este ajustamento era necessário dada a alteração da previ-são do preço do petróleo, de 81 USD para 45 USD/barril, fazendo com que as receitas previstas caíssem cerca de 38,8%, levando a previsão do défice a fixar-se em 7% do PIB.

Porém, durante o ano, o contexto interna-cional alterou e as previsões do FMI e do Governo convergiram para 53 USD/barril. O aumento das previsões de receitas permitiu ao Governo reduzir a estimativa de queda nas despesas para 28% ao invés dos 33,3%, supor-tada pelo aumento nas despesas de capital. Do mesmo modo, o défice previsto reduziu para 4,2%, segundo as previsões do Governo.

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201516 INTRODUÇÃO

Apesar desta evolução, ao longo do ano o Ban-co Central reduziu a venda de divisas em cer-ca de 9,67% quando comparada com 2014, de 19,17 mil milhões de USD para 17,48 mil milhões de USD. Esta decisão foi uma consequência da redução do valor nominal das exportações petrolíferas em cerca de 40%, que levaram à diminuição das reservas internacionais líqui-das em 10%, de 27,28 mil milhões de USD para 24,55 mil milhões de USD, em 2015.

Por este motivo, o Banco Central desvalorizou o kwanza em 31%, para manter o rácio de re-servas internacionais em níveis compatíveis a seis meses de importações, levando a taxa de câmbio para 135,22 AKZ face ao USD.

10

0

5

2011 2012 20142013 Out.-15 Nov.-15 Dez.-15

20

25

30

15

35

0

0,4

0,8

1,0

1,4

1,8

Fonte: BNA

Reservas internacionais líquidas e divisas (mil milhões de USD)

26,32

1,24

1,52 1,61

1,601,53

1,48 1,46

30,83 31,15

27,28

23,4824,89 24,55

RIL Vendas de divisas média mensal (dir.)

Ao nível interno, para controlar os efeitos externos sobre a economia, o Banco Nacional de Angola (BNA) e o Ministério das Finanças (MINFIN) depararam-se com a necessidade de coordenar as po-líticas fiscal e monetária para estabilizar a inflação e criar um ambiente propício para a emissão de dívida interna. Este ambiente tinha como objectivo estimular o surgimento do mercado secundário de dívida, promovido pela Comissão de Mercado de Capitais (CMC) e operacionalizado pela Bolsa de Valores e Derivativos de Angola (BODIVA).

O Banco Central elevou as reservas obrigatórias em kwanzas de 15% para 25%, dando aos bancos a possibilidade de constituírem 40% da respectiva exigibilidade em títulos públicos, inicialmente, e elevando a mesma para 80% no final do ano, expandindo-a às reservas em moeda externa. Criou também a exigência de depósitos antecipados para acesso à compra de USD e elevou a taxa bá-sica de juro de 9% para 11%.

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17ATLANTICO | Relatório e Contas 2015INTRODUÇÃO

Ao nível interno, para compensar a perda de receitas fiscais petrolíferas, o Governo viu-se forçado a financiar-se no mercado doméstico com taxas mais elevadas do que no ano anterior, tendo as taxas dos BT para 91 dias evoluído de 6,44% para 13,90% e, para seis meses, de 7,11% para 14,95% entre Dezembro de 2014 e Dezembro de 2015. Enquanto isso, as taxas de juro das obrigações mantiveram-se constantes entre 7% e 7,75%. Apesar da estabilidade destas taxas, o Governo teve de emitir, maioritariamente, obrigações indexadas à taxa de câmbio para estimular os investidores, elevando o stock de dívida pública para 47% do PIB.

0

15

20

25

5

10

30

Coeficiente de reservas obrigatórias

Dez.-13 Mar.-14 Jun.-14 Set.-14 Dez.-14 Mar.-15 Jun.-15 Set.-15 Dez.-15

Fonte: BNA

MN ME

4

Dez.-14 Fev.-15 Abr.-15 Jun.-15 Ago.-15 Out.-15 Dez.-15

10

12

14

6

8

16

Fonte: BNA

Taxas de juros de referência BNA, tesouro e mercado (%)

Taxa Facilidade Cedência BNA LUIBOR 1 anoBT 182 dias Crédito a Emp. até 1 ano

A conjugação destes dois factores levou ao aumento das taxas de Juro LUIBOR e à redução das transacções no Mercado Monetário Interbancário (MMI). A LUIBOR Overnight aumentou de 6,14% em Dezembro de 2014 para 13,26% em Agosto e 11,31% em Dezembro de 2015, enquanto a taxa a 12 meses evoluiu de 9,55% em Dezembro de 2014 para 12,84% em 2015.

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201518 INTRODUÇÃO

O comportamento das taxas de juro do MMI teve um impacto modesto nas taxas de juro dos créditos para clientes. Com efeito, as taxas de financiamento a empresas até um ano variaram de 13,59 para 14,64.

Em 2015, o comportamento dos agregados monetários foi fortemente influenciado pelo sector externo. A base monetária aumentou cerca de 6% em Kwanzas e 7.5% em USD, como resultado da redução dos activos externos líquidos e do aumento do crédito líquido ao Governo, face à redução do preço do petróleo e à necessidade do Governo reduzir os seus depósitos em USD no BNA. Do mesmo modo, a massa monetária (M3) aumentou cerca de 11,78% como resultado do aumento do crédito ao sector privado (17,6%) e à administração pública central (32%).

Apesar do forte incremento das taxas de juro e do aumento moderado dos agregados monetários, no final do ano a inflação acelerou e atingiu 14,27%.

Para 2016, perspectiva-se um crescimento económico de 3,3%, suportado por uma evolução de 2,7% do PIB do sector não petrolífero e 4,8% do sector petrolífero. Segundo o OGE 2016, é expectável que a taxa de inflação se situe entre 11% e 13%.

105

100

95

2011 2012 2013 2014 2015

125

130

135

120

140

9

8

7

5

6

12

13

14

10

11

15

Fonte: BNA e INE

Taxa de câmbio (AKZ/USD) e taxa de inflação (%)

Taxa de câmbio (esq.) Taxa de inflação

110

115

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19ATLANTICO | Relatório e Contas 2015INTRODUÇÃO

Mercados

Os mercados internacionais foram marcados pela redução do preço das commodities, em especial o petróleo, e pela divergente política monetária adoptada pelos bancos centrais das economias desenvolvidas.

Mercado de taxas de juro

A recuperação da economia norte-americana ao longo do último ano permitiu à Reserva Federal (Fed) elevar as taxas de juro de referência pela primeira vez desde 2009, com o aumento das taxas de juro directoras lower e upper bound de 0% e 0,25%, respectivamente, para 0,25% e 0,50% em Dezembro. A melhoria da situação económica dos EUA foi suportada pelo sucesso do programa de compra de activos (Quantitative Easing) implementado durante cinco anos até Outubro de 2014, com a compra mensal de 85 mil milhões de USD em títulos de dívida.

A estratégia norte-americana influenciou os demais bancos centrais, como o BCE e o BoJ. O BCE deu início ao seu programa de compra de activos em Março de 2015, com um montante mensal à volta de 60 mil milhões de EUR. O programa, que devia terminar em Setembro de 2016, foi prolon-gado até Março de 2017, devido ao baixo crescimento do nível geral de preços, altas taxas de desemprego e níveis moderados de consumo e investimento na maior parte dos países da Zona Euro.

Em paralelo, o BCE manteve a Taxa Principal de Refinanciamento e a Facilidade Marginal de Cedência em mínimos históricos ao longo do ano, de 0,05% e 0,30%, respectivamente, tendo a Facilidade Permanente de Depósito contraído de -0,20%, em Janeiro de 2015, para -0,30% durante o resto do ano.

0,0

Dez.-14 Mar.-15 Jun.-15 Set.-15 Dez.-15

0,4

0,8

1,2 12

10

8

6

4

Evolução da taxa de juro de referência (%)

Fonte: Bloomberg

EUA Angola (dir.)Reino Unido Zona Euro

0,05

0,25

0,50

0,05

0,25

0,50

0,05

0,25

0,50

0,05

0,25

0,50

0,05

0,50

9,009,25

9,75

10,5011,00

10,25

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201520 INTRODUÇÃO

O Banco do Japão, por sua vez, após ter dado início ao QE em Abril com um volume de compras entre os 60 e os 70 mil milhões de JPY ao ano, reajustou para 80 mil milhões em Outubro de 2014, com a adopção de medidas suplementares de forma a encorajar a redução da taxa de juro ao longo de toda a yield curve em Dezembro de 2015, ajustando o foco na aquisição de títulos com maturidade entre os sete e dez anos para sete e doze anos. Adicionalmente, manteve a taxa de juro directora em 0,10% ao longo do ano 2015.

A China, para estimular as suas economias, diminuiu em 1,25 p.p. a taxa de juro de referência para 4,35% e o coeficiente de reservas caiu de 19,50% para 17,50% até Dezembro, com quatro reajus-tes no ano.

Mercado obrigacionista

O contraste entre a situação económica dos EUA e a Zona Euro influenciou as políticas dos bancos centrais de forma divergente, com o BCE com medidas expansionistas e a Fed com o aumento da taxa de juro em Dezembro de 2015 (política contraccionista), com influência sobre as taxas de juro da dívida soberana (yields). Nos EUA, a dívida pública a dois anos cresceu 38 p.b., equivalente a uma valorização de 57,5%, para 1,05%, em 2015. Em contraste, a dívida pública da Alemanha a dois anos perdeu 23 p.b., uma desvalorização de 216,3%, tendo atingido os -0,35% no final do mesmo ano.

No que se refere ao longo prazo, a dívida soberana alemã a dez anos registou um aumento das yields de 0,538% para 0,628%, um incremento de aproximadamente 16,55% ao longo do ano 2015, tendo atingido o mínimo do ano em Abril com a yield em 0,074%, que corresponde aos primeiros meses em que o BCE interveio directamente nos mercados para adquirir títulos de dívida. As yields da dívida norte-americana a dez anos também registaram uma tendência positiva, evoluindo de 2,17% para 2,27% no mesmo ano.

A evolução das yields da dívida soberana norte-americana reflecte a expectativa de incrementos futuros das taxas de juro pela Fed dado o melhor momento da economia norte-americana, em es-pecial no que se refere ao mercado laboral. Por sua vez, a evolução das yields da dívida soberana alemã espelha a delicada situação económica da região, com dificuldades para obter níveis signifi-cativos de crescimento económico e de inflação e garantir a estabilidade e a união da região, com destaque para a expectativa gerada pelo risco de saída da Grécia da Zona Euro ao longo do ano e pelo risco de que o Reino Unido também o fizesse no final do ano.

Global Soberanos (Iboxx)

EUA Corporate (Finra)

EUA High Yield (Finra)

Europa Soberanos (Iboxx)

Europa Corporate (Iboxx)

Europa Corporate High Yield (Iboxx)

Emergentes (Iboxx EM LC)

Fonte: Bloomberg

1,6

-0,5-1,2

-0,7

-5,3

-10,7

-7,0

Performance – Mercados de obrigações (%)

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21ATLANTICO | Relatório e Contas 2015INTRODUÇÃO

Mercado accionista

As bolsas de valores das economias desenvolvidas ficaram marcadas por alguma volatilidade ao longo do ano 2015, tendo acumulado um desempenho negativo, segundo o índice bolsista MSCI World Index, contraindo 2,74% ao atingir os 1.662,79 pontos.

O mercado accionista nas economias desenvolvidas foi penalizado pelo fraco desempenho das economias e, no caso dos EUA, também pelas expectativas e o posterior aumento da taxa de juro pelo Banco Central.

Para a performance negativa do índice contribuíram, principalmente, as bolsas norte-americanas, tendo os índices Dow Jones e S&P 500 perdido 2,23% e 0,73% do seu valor até ao final do ano e se fixado em 17.425,03 e 2.043,94 pontos, respectivamente.

No que se refere aos mercados bolsistas emergentes, o desempenho foi significativamente negativo, tendo o índice bolsista dos mercados emergentes (MSCI Emerging Markets Index) caído 16,96% para 794,14 pontos, com destaque para a regressão do índice bolsista brasileiro, Ibovespa, que perdeu 13,31% para 43.349,96 pontos. As bolsas chinesas, representadas pelo índice CSI 300, fecharam o ano com um incremento de 5,58%, positivo mas muito inferior aos 51,66% registados no ano transacto.

Esta tendência nos mercados emergentes, além da influência negativa na quebra de receitas de exportação e no desempenho das empresas e da economia em geral, particularmente com a que-da generalizada do preço das commodities, originou, em muitos casos, fluxos de capital para o exterior, para economias desenvolvidas consideradas menos arriscadas.

MSCI World

Evolução dos índices accionistas globais (%)

MSCI Emerging Markets

-7,6

-20,4

13,215,1

24,1

-5,0 -4,6-2,7

-17,0

2,9

Fonte: Bloomberg

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201522 INTRODUÇÃO

Mercado cambial

O mercado cambial ficou marcado pelo contraste entre as medidas e políticas monetárias da Fed e do BCE com consequências sobre as suas moedas, dólar e euro, respectivamente. O dólar valo-rizou significativamente face às principais contrapartes, tendo o USD Index crescido 9,26% para os 98,631 pontos no último ano, influenciado pelo fortalecimento da economia norte-americana e pela expectativa de incremento da taxa de juro pela Fed ao longo do ano.

Em 2015, o euro perdeu 10,20% face ao dólar e fechou o ano a transaccionar 1,09 USD por unidade de euro. A moeda europeia foi pressionada pelo desempenho negativo de algumas economias da Zona, com especial destaque para a da Grécia e a incerteza quanto à sua manutenção na União Monetária, e pela injecção de liquidez na economia pelo BCE com o QE e cortes de taxas de juro, levando a generalidade dos analistas a acreditar que a taxa de câmbio entre a moeda europeia e a norte-americana poderia igualar a unidade.

Dólar australiano

Euro

Franco suíço

Kwanza

Libra

Rand

Yen

Yuan

Fonte: Bloomberg

-12,0-11,4

-0,6

-31,5

-5,8

-34,0

-4,6

-0,3

Evolução das taxas de câmbio vs. USD (%)

O valor da generalidade das moedas das eco-nomias emergentes baixou significativamente como consequência do impacto da queda do preço das commodities sobre essas econo-mias. O índice J.P. Morgan Emerging Market Currency, que avalia o desempenho das moe-das nas economias emergentes, retrocedeu 15,84% em 2015 para 65,706 pontos, com des-taque para os 49,04% de depreciação do real, moeda brasileira, para 3,96 face ao dólar e os 34,03% de perda do rand, moeda sul-africana, para 15,48 por unidade de dólar, até ao final de 2015.

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23ATLANTICO | Relatório e Contas 2015INTRODUÇÃO

5,0

-9,6

-11,6-10,6

-23,3

-35,0

-19,1

Algodão

Milho

Prata

Ouro

Indice TR/Jefferies CRB

Petróleo (Brent)

Gás natural

Fonte: Bloomberg

Evolução do preço das matérias-primas (%)

Mercado de matérias-primas

O ano foi marcado pela queda de preços de diversas commodities, com destaque para o petróleo e o subsequente efeito de contágio sobre as demais matérias-primas. O preço do Brent crude caiu 34,97% tendo finalizado o ano cotado a 37,28 USD/barril e o preço do WTI crude reduziu 30,47% para 37,04 USD/barril.

A descida do preço do petróleo foi suportada pelo excesso de oferta – marcado pela entrada no mercado de petróleo não-convencional ou petróleo de xisto norte-americano e a consequente transformação do país de importador líquido para exportador líquido – pela expectativa de levan-tamento das sanções económicas ao Irão e pelo aumento da produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP); no lado da procura, pelo arrefecimento da economia chinesa, maior importador da matéria-prima em substituição aos EUA.

A diminuição dos preços do petróleo afectou, entre outras commodities, o ouro que desvalori-zou 10,59% para 1.062,19 USD/onça, e penalizou as economias emergentes muito dependentes das receitas provenientes da exportação de matérias-primas, afectando também as econo-mias desenvolvidas que têm de combater epi-sódios persistentes de deflação.

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201524 INTRODUÇÃO

1.3. Alterações regulamentares

Na qualidade de regulador e supervisor do sistema financeiro, o Banco Nacional Angola emitiu 12 novos Avisos durante o ano 2015, dos quais se destacam os que têm maior impacto nas operações do ATLANTICO.

Legislação e regulamentação 2015

Jan.-15 Aviso n.º 01/2015Importação e exportação de moeda estrangeira e cheques de viagem (revoga o Aviso n.º 01/2014)

Jan.-15 Aviso n.º 02/2015Limites de exposição ao risco cambial (revoga o Aviso n.º 05/2010)

Abr.-15 Aviso n.º 03/2015 Publicidade de produtos e serviços financeiros

Abr.-15 Aviso n.º 07/2015Serviço de Compensação de Valores (SVC); Subsistema de Compensação de Cheques (SCC)

Abr.-15 Aviso n.º 08/2015 Transferências por bruto em tempo real

Abr.-15 Aviso n.º 09/2015Prazos de execução e de disponibilização de fundos aplicáveis aos movimentos de depósitos à ordem, transferências e remessas de valores

Abr.-15 Aviso n.º 12/2015

Acordo de Conversão Monetária entre o Banco Nacional de Angola e o Banco da Namíbia – entrada e saída de moeda na fronteira terrestre de Santa Clara (Angola) – regras operacionais a observar

Outra legislação importante

Legislação e regulamentação 2015

Jan.-15 Decreto Presidencial n.º 01/15

Aprova as regras anuais de execução do Orçamento Geral do Estado. Revoga toda a legislação que contrarie o disposto no presente diploma, nomeadamente o Decreto Presidencial n.º 232/13, de 31 de Dezembro

Jan.-15 Decreto Presidencial n.º 12/15

Autoriza o Ministro das Finanças a recorrer à emissão de Bilhetes do Tesouro, nos termos previsto nos artigos 12.º a 21.º do Decreto Presidencial n.º 259/10, de 18 de Novembro, até aos limites estabelecidos no Orçamento Geral do Estado

Jan.-15 Decreto Presidencial n.º 15/15Autoriza o Ministro das Finanças a recorrer à emissão de Obrigações do Tesouro, até aos limites estabelecidos no Orçamento Geral do Estado

Jan.-15 Instrutivo n.º 01/2015Classificação de países, bancos multilaterais de desenvolvimento e organizações internacionais

Jan.-15 Instrutivo n.º 02/2015 Metodologias para a constituição de provisões

Fev.-15 Instrutivo n.º 03/2015 Reservas obrigatórias

Mar.-15 Instrutivo n.º 04/2015Compra e venda de moeda estrangeira – regras operacionais adicionais

Mar.-15 Decreto Presidencial n.º 56/2015Aprova as medidas para fazer face à situação económica actual do país

Abr.-15 Aviso n.º 4/2015 Circulação monetária – nova família do kwanza

(Continua)

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25ATLANTICO | Relatório e Contas 2015INTRODUÇÃO

(Continuação)

Legislação e regulamentação 2015

Abr.-15 Aviso n.º 5/2015 Cheque normalizado

Abr.-15 Aviso n.º 6/2015Número Bancário Angolano (NBA); Número Internacional de Conta Bancária (IBAN)

Abr.-15 Instrutivo n.º 5/2015Sistema de pagamento de Angola: especificações técnicas do cheque normalizado

Mai.-15 Instrutivo n.º 6/2015 Garantias para liquidação de saldos

Mai.-15 Instrutivo n.º 7/2015 Regras operacionais das casas de câmbios

Jun.-15 Instrutivo n.º 8/2015 Reservas obrigatórias

Jun.-15 Instrutivo n.º 9/2015 Metodologias para a constituição de provisões

Jun.-15 Instrutivo n.º 10/2015Sessões de compra e venda de moeda estrangeira – procedimentos extraordinários de participação

Jun.-15 Aviso n.º 10/2015 Entrada e saída de moeda na zona fronteiriça de Santa Clara

Jun.-15 Instrutivo n.º 11/2015Acordo de Conversão Monetária entre o Banco Nacional de Angola e o Banco da Namíbia

Jun.-15 Instrutivo n.º 12/2015 Operações cambiais – procedimentos

Jul.-15 Instrutivo n.º 13/2015Mercado Monetário Interbancário (MMI) – operações de cedência de liquidez dos bancos de desenvolvimento

Jul.-15 Instrutivo n.º 14/2015Mercado cambial – margem máxima para operações de venda de divisas

Jul.-15 Instrutivo n.º 15/2015Mercado cambial – margem máxima para operações de venda de divisas

Jul.-15 Instrutivo n.º 16/2015 Reservas obrigatórias

Ago.-15 Instrutivo n.º 17/2015Procedimentos operacionais a serem observados nas sessões de leilão de venda de moeda estrangeira às casas de câmbio

Ago.-15 Instrutivo n.º 18/2015 Cartões de pagamentos – informação estatística

Out.-15 Directiva n.º 01/DRO/DSI/15Branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo – questionário de auto-avaliação

Dez.-15 Instrutivo n.º 19/2015 Reservas obrigatórias

Dez.-15 Instrutivo n.º 20/2015 Reporte e monitorização de transacções cambiais

Dez.-15 Directiva n.º 02/DRO/DSI/15

Branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo – guia sobre a prevenção do branqueamento de capitais e combate ao financiamento do terrorismo nas relações com os bancos correspondentes e bancos clientes

Dez.-15 Directiva n.º 03/DRO/DSI/15 Taxa de redesconto

Dez.-15 Directiva n.º 13/DMA/15Facilidades permanentes de absorção de liquidez (FAL) – prazo superior a overnight

Dez.-15 Aviso n.º 11/2015 Classificação de subsistemas

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201526 INTRODUÇÃO

1.4. estrutura accionista e organização

Estrutura accionista

O Banco Privado Atlântico, S.A. (doravante designado «ATLANTICO») foi constituído em Novembro de 2006, com um capital social de 801,7 milhões de AKZ (equivalente a 10 milhões de USD), como uma instituição bancária privada de direito angolano, regulada pelo Banco Nacional de Angola (BNA).

Accionista N.º de Acções Ordinárias

Equivalente em AKZ % do Capital

INTERLAGOS EQUITY PARTNERS, S.A. 16.229.493 16.229.493.000,00 47,51315%

Carlos José da Silva 8.991.531 8.991.531.000,00 26,32343%

JASPER CAPITAL PARTNERS, S.A. 3.245.001 3.245.001.000,00 9,50000%

QUADROS – GESTÃO DE ACTIVOS, S.A. 2.220.263 2.220.263.000,00 6,49999%

BANCO MILLENNIUM ANGOLA 2.276.084 2.276.084.000,00 6,66342%

António João Assis de Almeida 853.948 853.948.000,00 2,50000%

Paulo M. da Conceição Marques 170.790 170.790.000,00 0,50000%

Mário Jorge Faria da Cruz 170.790 170.790.000,00 0,50000%

TOTAL 34.157.900Capital Social:

34.157.900.000,001,00

Valor nominal de cada acção ordinária = 1000,00 AKZDISTRIBuIçãO ACCIONISTA EM 31.12.2015

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27ATLANTICO | Relatório e Contas 2015INTRODUÇÃO

Organização

LEGENDA

Negócio

Suporte

Controlo

Assessoria

CarlosSilva

PCE/CEO

DanielSantos

VICE-PCE

AugustoBaptista

ChiefBusinessOfficer

OdyleCardoso

ChiefCorporate

andInv.B.O.

AntónioAssis

Chief PrivateB. and Inst.

Officer

DanielSantos

Chief FinancialOfficer

MárioAlmeida

Chief RiskOfficer

PedroLeitão

Chief Operat. Offic er

Gabinetedo Presidente

(GP)

Auditoria(DAu)

GovernoCorporativo

(GGC)

Capital Humano(DCH)

ProjectosEstruturantes

Centros Atlantico

(DCM)

CentrosEmpresa

(DCE)

Canais Complementares

(DCC)

Banca de Investimento

(DBI)

Corporate Institucional

(DCI)

Investor Relations

(GIR)

Private Banking

(DPB)

Gestão de Participações

(GGP)

Comunicação Inst.

(GCI)

ServiçosGerais

(DSG)

Relaçãocom Fundação

Relação Institucional

Contabilidade

(DCO)

Planeamentoe Controlo

(DPC)

Tesourariae Mercados

(DTM)

Risco Office

(DRO)

Crédito e Rating

(DCR)

Acomp. e Recup.

de Crédito

(DRC)

Compliance

(GCO)

Jurídico

(DJu)

Operações

(DOP)

Tecnologia

(DTC)

Organizaçãoe Projectos

(DOR)

Marketing

(DMK)

Controlo Interno(GCI)

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201528 INTRODUÇÃO

2006 2007 2010

Criação do Departamento de Compliance. O ATLANTICO foi o primeiro Banco angolano a ter na sua estrutura este órgão de controlo interno.

Lançamento da nova marca ATLANTICO em Angola e Portugal.

Criação do Risk Office (para gerir os riscos de crédito, de mercado, operacional e de liquidez, e para monitorar o risco reputacional e estratégico).

Criação do ATLANTICO Research Center, unidade de pesquisa do grupo, especializada em estudos estratégicos e análise de sectores, desenvolvimentos macroeconómicos, entre outros.

Criação da Academia Millennium ATLANTICO, em resultado da parceria entre a Sonangol, o Banco Millennium Angola (BMA) e o ATLANTICO, com o objectivo de ministrar acções de formação que satisfaçam os requisitos e necessidades do sistema financeiro angolano.

Fundação do ATLANTICO em Angola.

Criação do ATLANTICO Europa em Portugal, a plataforma europeia do Grupo ATLANTICO.

Expansão da rede de distribuição do ATLANTICO em Angola, através da criação de 12 novos centros, cobrindo mais de metade das províncias do país.

Aumento do capital social ATLANTICO em Angola de 97,5 milhões de USD para 200 milhões de USD.

Aumento do capital social do ATLANTICO Europa de 18 milhões de EUR para 50 milhões de EUR.

O ATLANTICO Europa torna-se membro do Target 2.

2009 2011

1.5. Marcos da actividade

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29ATLANTICO | Relatório e Contas 2015INTRODUÇÃO

Organização da primeira edição do evento «ATLANTICO Meetings», em Washington D.C. na semana dos encontros anuais do FMI e do Banco Mundial.

Abertura da ATLANTICO Asset Management, no Luxemburgo, com o objectivo de fornecer serviços de gestão de activos alternativos.

Presença geográfica em todas as províncias de Angola, consentânea com a estratégia de alargamento da base de clientes para os segmentos affluent e emerging affluent.

Assessoria financeira para aquisição de uma participação de 66,67% na empresa Soares da Costa Construção SGPS pelo valor de 70 milhões de EUR.

Reconhecimento internacional com o prémio «Melhor Banco de Investimento em Angola 2013» pelas revistas World Finance e Global Banking & Finance Review.

Distinção internacional com o «Melhor Banco de Retalho em Angola 2013» pela revista Global Banking & Finance Review.

Carlos Silva, CEO do ATLANTICO, ganha o prémio «Melhor Gestor do Ano» (Prémios Sirius).

O Projecto «Baía de Luanda» é premiado em Portugal como o melhor projecto de requalificação na categoria de Arquitectura Paisagística.

Aumento do capital social de 250 milhões de USD para 350 milhões de USD.

2013

Distinção com os seguintes prémios: o «Best Investment Bank Angola»

pela World Finance;o «Best Customer Service Bank

Angola» pela IFM Awards;o «Best Investment Bank Angola»

pela IFM Awards, Global Banking & Finance Review Awards e CFI.co;

o «Best Trade Finance Angola» pela Global Banking & Finance Review Awards;

o «Best Wealth Management Team Angola» pela CFI.co;

o «Marca de Excelência» pela Superbrands Angola.

Entrega/Conclusão do Plano estratégico 2015.

Abertura do ATLANTICO Namíbia.

20152012

Participação com assessor financeiro no processo de estruturação, montagem e colocação de um sindicato bancário no valor de 250 milhões USD para o financiamento das obras de infra-estruturas públicas desenvolvidas na Baía de Luanda.

Assessoria ao Banco Regional do Keve, S.A., liderando a estruturação, montagem e colocação da primeira emissão de um empréstimo obrigacionista subordinado em Angola no valor de 20 milhões de USD, que foi integralmente colocada junto de subscritores institucionais domésticos.

Criação do Oil & Gas Desk para responder às necessidades específicas das empresas do sector petrolífero.

Lançamento do Centro de Contactos (Outbound e Inbound) com o objectivo de disponibilizar, divulgar e gerir os serviços de banca à distância (banca telefónica, internet banking, mobile e tablet).

Presença na maioria das províncias de Angola, com 32 Centros de Negócio.

Reconhecimento internacional com o prémio «Melhor Banco de Investimento em Angola 2012» pelas revistas World Finance e Global Banking & Finance Review.

Distinção internacional com o prémio «Banco Inovador em Angola 2012» pela Global Banking & Finance Review.

Aquisição de 61% do capital social da ODELL Global Investors – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, constituída em 2012.

2014

Assessoria financeira para a aquisição de 27,5% do capital social da Controlinveste Conteúdos, em Portugal, pela GAM, empresa controlada por um investidor angolano.

Expansão geográfica com a abertura de 15 novos Centros de Negócio, em linha com a estratégia de alargamento da base de clientes para os segmentos affluent e emerging affluent.

Reconhecimento internacional como «Melhor Banco de Investimento em Angola» pelas revistas World Finance e Global Banking & Finance Review.

Distinção internacional como «Melhor Banco de Trade Finance em Angola» pelas revistas World Finance e Global Banking & Finance Review.

Reconhecimento internacional com o prémio «Melhor Serviço ao Cliente» pela revista internacional Finance Magazine e com o prémio «Best Weath Management Team» pela revista Capital Finance Internacional.

Promoção da segunda edição do evento «ATLANTICO Meetings», em Washington D.C., com o tema «Why Angola? The First Investment Choice in Africa», na semana dos encontros anuais do FMI e do Banco Mundial. O investidor e comentador financeiro Jim Rogers partilhou a sua visão sobre o futuro de Angola.

Migração para a Cidade Financeira, Talatona.

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201530 INTRODUÇÃO

1.6. visão, missão e valores

visão

O ATLANTICO pretende afirmar-se como uma instituição de referência no sistema financeiro angolano, com presença em quatro continentes, reconhecida no mundo como o melhor Banco de Angola e o Banco que melhor conhece Angola.

Missão

A missão do ATLANTICO é criar valor para os accionistas, oferecendo produtos e serviços de excelência, liderando pela inovação da oferta e pela qualidade de serviço oferecido aos clientes num relacionamento de proximidade.

valores

O ATLANTICO é um Banco socialmente respon-sável e comprometido com o desenvolvimento e a realização profissional dos seus colaboradores e com o desenvolvimento económico susten-tado, através da criação de riqueza interna em Angola.

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31ATLANTICO | Relatório e Contas 2015INTRODUÇÃO

1.7. Principais indicadores de gestão

Relativamente aos principais indicadores do Banco durante o ano de 2015, podemos analisar o seguinte quadro:

INDICADORES

(Milhares de AKZ)

2015 2014 Variação abs. Variação %

Actividade

Volume de negócio (milhares de AKZ) 831.773.360 611.998.419 219.774.941 35,9%

Movimento financeiro (milhares de AKZ) 415.886.680 303.361.337 112.525.343 37,1%

Estrutura

Estrutura financeira 93,0% 94,8% -1,8 p.p. -1,9%

Depósitos à ordem/Depósitos totais 43,5% 36,9% 6,5 p.p. 17,7%

Relevância crédito vencido 3,2% 4,1% -1,0 p.p. -23,7%

Rendibilidade

Rendibilidade global 2,6% 1,9% 0,8 p.p. 40,7%

Margem de negócio 9,9% 9,0% 0,9 p.p. 9,6%

Margem financeira 4,5% 5,6% -1,1 p.p. -20,1%

ROA 2,5% 1,7% 0,8 p.p. 44,6%

ROE 24,1% 15,1% 9,0 p.p. 59,2%

Produtividade

Cost to income ratio (%) 49,0% 57,7% -8,7 p.p. -15,0%

Produtividade monetária (%) 2,5% 2,5% 0,0 p.p. -0,8%

Volume de negócio per capita 989.029 805.078 183.951 22,8%

Regulamentar

Rácio de solvabilidade 11,2% 10,7% 0,5 p.p. 4,4%

Limite de imobilização 88,8% 99,4% -10,6 p.p. -10,7%

Fundos próprios regulamentares (milhares de AKZ)

45.769.227 33.698.053 12.071.175 35,8%

Outros indicadores

Custo médio por colaborador (milhares de AKZ) 30.797 20.390 10.406 51,0%

Crédito médio por centro (milhares de AKZ) 3.988.986 3.530.924 458.062 13,0%

Depósitos médios por centro (milhares de AKZ) 5.846.943 5.030.664 816.279 16,2%

N.º de colaboradores dedicados por centro 14 8 6 78,6%

Rácio transformação 62,6% 66,0% -3,4 p.p. -0,1 p.p.

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2. NEGÓCIO2.1. esTRATéGIA e MOdeLO de NeGóCIO

2.2. Corporate & Rede ATLANTICO

2.3. Large Corporate

2.4. private banking

2.5. BANCA de INvesTIMeNTO

2.6. Rede de dIsTRIBuIçãO

2.7. PROduTOs e seRvIçOs LANçAdOs eM 2015

2.8. CANAIs COMPLeMeNTARes

2.9. TeCNOLOGIA & INOvAçãO

34

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201534 NEGÓCIO

2.2. Corporate e rede ATLANTICO

enquadramento

Em 2015, o ATLANTICO registou posições po-sitivas no seu scoring de negócio. As estraté-gias definidas em 2013 e 2014, particularmente a unificação das áreas de negócio, permitiram à Direcção Comercial aumentar o horizonte de identificação de oportunidades de negócio e o nível de envolvimento dos clientes para com o Banco em todos os segmentos.

O aumento de Centros de Negócio, derivado do crescimento significativo de clientes, que pro-porcionou o crescimento da equipa comercial, levou a Direcção a alargar o número de subdire-tores comerciais de forma a garantir o acompa-nhamento mais efectivo e eficiente dos clientes, bem como a concretização das suas necessida-des em todo território nacional.

Para garantir a satisfação dos clientes no que tange à componente processual, a Direcção Comercial reforçou a equipa de suporte admi-nistrativo e comercial e alargou o seu campo de acção e actuação, garantindo uma interação transversal da área comercial com outras áreas de suporte do Banco e entidades externas.

Principais constrangimentos

Em 2015, registámos alguns constrangimentos que impactaram na actividade comercial e se traduziram em oportunidades para a Direcção Comercial.

A baixa do preço do petróleo nos merca-dos internacionais influenciou o volume de negócio das empresas do sector petrolífero

e das empresas prestadoras de serviços ao sector (maioritariamente clientes AC). Esta situação permitiu-nos olhar para os nossos clientes de uma forma pluridimensional, di-versificando a nossa oferta de produtos para estes clientes.

A escassez de divisas teve um impacto directo nas empresas do sector de importação e nos clientes particulares (viagens e projectos de investimento). O Banco direccionou os seus clientes para o mercado local, permitindo a interligação comercial dos vários clientes, au-mentando a oferta de produtos e serviços não dependentes de importação.

O aumento do risco financeiro das empresas nacionais, devido ao fraco rendimento das vendas, permitiu-nos criar um alinhamento nas negociações de garantias financeiras sustentáveis aos projectos de financiamen-to, alavancando a componente do Rigor ATLANTICO.

estratégia comercial

Com base nos resultados obtidos em 2014 e face aos objectivos definidos para 2015, a Direcção Comercial alargou o seu pla-no de acção comercial, redefinindo algu-mas estratégias outrora implementadas, nomeadamente a actuação direccionada para segmentos específicos. Desta forma, o Banco redefiniu em 2015 a estruturação de segmentos na área comercial e implemen-tou ciclos comerciais direccionados a estes segmentos, incorporando rubricas alinhadas com o contexto macroeconómico.

2.1. estratégia e modelo de negócio

O ATLANTICO procurou fortalecer mais ainda a estratégia direccionada aos clientes, o que permitiu a protecção e fidelização dos já encarteirados e a captação de novos potenciais clientes.

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35ATLANTICO | Relatório e Contas 2015NEGÓCIO

ATLANTICO Corporate – a actuação comer-cial centrou-se especificamente na captação de médias e grandes empresas, com vista a alargar o scoring de negócio na componente Corporate. Reforçámos a comercialização de produtos e serviços direccionados às neces-sidades dos clientes, tais como: créditos do-cumentários à importação, depósitos a prazo, pagamentos de salários e protocolos. Estes produtos permitiram-nos fidelizar os clientes e captar cerca de 80% dos colaboradores destas empresas para o segmento particular.

ATLANTICO Negócio – tratando-se de peque-nas e médias empresas, com um volume de facturação entre 405.945 e 676.575 milhares de AKZ, a actuação foi alinhada com a estra-tégia definida para o segmento AC, sendo que, como alavancas para captação de negócio, reforçámos a componente de produtos e ser-viços, tais como: CDI, Multicanal, PSX & PS2, depósitos a prazo e outros produtos.

ParticularesATLANTICO & aFFLUent

Para o segmento de particulares, a Direcção Comercial definiu como estratégia primordial o reajuste das condições dos protocolos de acor-do com as características comerciais dos clien-tes, alavancado o nível de captação de novos clientes e a fidelização dos clientes existentes.

Produtos e serviços

Como alavanca para a concretização dos ob-jectivos, dinamizámos a comercialização de produtos e serviços, através de campanhas co-merciais, incorporando os que visam a concreti-zação das necessidades dos clientes e garantin-do o aumento de clientes fidelizados.

Para a captação e retenção de novos recursos, foram criados dois novos produtos (DP Smash e DP Lançamento Triplo), que serviram de produ-tos-chave para a campanha de depósitos a prazo em 2015, sendo que registámos um número de subscrições na ordem dos 1500 clientes, corres-pondendo aproximadamente a 3.000 milhares de

AKZ, isto para clientes empresas e particulares, onde cerca de 90% correspondem ao DP Triplo.

Reforçámos a acção comercial na comercializa-ção de Cartas de Crédito, registando uma produ-ção positiva de 8% acima do resultado obtido no ano anterior, alargámos a margem de fidelização e captação de found aos clientes com a venda de Terminais de Pagamentos Automáticos o que corresponde a +74% do vendido em 2014.

Quanto à componente de Serviços Bancários, a Direcção Comercial focou-se no início do ano na comercialização de Crédito Documentário à Importação, que resultou em 30% do volume de comissões e proporcionou um crescimento sig-nificativo no volume de recursos da Direcção.

A comercialização de serviços como cartões de crédito, Terminais de Pagamento Automático, realização de transacções via internet banking, cheques, multicaixa, financiamentos e outros serviços, também tiveram um grande impacto no volume de comissões da Direcção compa-rando com o ano anterior.

Marcos

Face ao período em análise, foram captados cerca de 81.052 novos clientes, sendo que 80.233 pertencem ao segmento ATLANTICO e 819 ao segmento Corporate, o que representou um crescimento de 64% do stock de clientes e significa que atingimos aproximadamente 110% dos objectivos estratégicos. Este crescimento permitiu, de igual modo, a evolução positiva de recursos na ordem dos 167.000 milhares de AZK, o que representou uma taxa de realiza-ção acima dos objectivos (110%) e permitiu à Direcção Comercial conceder cerca de 47.000 milhares de AKZ em crédito para empresas e particulares, sem comprometer a gestão crite-riosa do risco afecto.

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201536 NEGÓCIO

A Direcção de Large Corporate & Institucional (DLC) foi constituída em Maio de 2015, com o objetivo de garantir o acompanhamento mais personalizado às grandes empresas, institu-cionais e potenciais clientes com um volume de facturação superior a 5.000.000 milhares de AKZ.

É constituída por quatro Desks, nomeadamen-te, Desk 1 – Corporate Services, Construção e Distribuição, Desk 2 – Real Estate, Indústria e Telecomunicações, Desk 3 – Oil & Gas e o Desk 4 – Institucional.

Os núcleos nesta Direcção são constituídos por uma média de dois gestores e dois assistentes e um coordenador. O Institucio-nal tem apenas um coordenador, um gestor e um assistente, pela especificidade do negócio e pelo facto de realizar poucas transacções. O oposto acontece no Oil & Gas, que por ter uma representação na base da Sonils e ser o Desk com o maior número de clientes, dispõe de um assistente e um gestor a mais do que os outros núcleos.

Desk Corporate Services, Construção e distri-buição: abrange empresas de construção civil, prestadoras de serviços comerciais e empresas de distribuição, promovendo sinergias entre as várias empresas com actividade semelhante no mercado, através de fornecedores comuns.

Desk Institucional: comporta organismos pú-blicos, associações, fundações, instituições reli-giosas e outros clientes institucionais de maior dimensão.

Desk oil & gas: abrange, maioritariamente, em-presas de prestação de serviços ao sector, empresas de downstream e operadoras do nível upstream.

2.3. Large Corporate

Desk real estate, Indústria & Telecom: promo-ve o sector Imobiliário, Indústrias e Teleco-municações.

No ano de 2015, a estratégia comercial para aumentar a base de clientes e, consequente-mente, os recursos da DLC, passou pelo re-forço da relação com os clientes em carteira (fidelização), bem como com a participação do Banco em conferências diretamente ligadas aos respetivos sectores, a fim de fazer face às necessidades dos clientes.

Apesar da desafiante conjuntura macroeconó-mica que impactou todos os Desks, mais parti-cularmente o Oil & Gas, os resultados obtidos pela DLC em 2015 estiveram em linha com os preconizados.

Neste âmbito, ao nível de clientes, a DLC fe-chou o ano com 17%, face a 3% iniciais dos seus clientes fidelizados, os quais representaram 72% do total de recursos e 74% do total de crédito.

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37ATLANTICO | Relatório e Contas 2015NEGÓCIO

A Direcção de Private Banking, enquanto área de negócio especializada, tem como missão garantir que os seus clientes beneficiam de um atendimento personalizado, exclusivo e dedicado, com rigor e segurança e têm dispo-níveis os serviços financeiros e de investimen-to para as suas poupanças pessoais, com vis-ta à maximização do valor do seu património. Garantimos o acompanhamento e assessoria da vida financeira dos nossos clientes, através de uma abordagem integrada das diferentes componentes patrimoniais, apresentando so-luções financeiras com serviços dedicados e adaptados às suas necessidades e sempre com um elevado nível de segurança e confi-dencialidade.

Em 2015, procurámos consolidar o nosso posicionamento especializado ao nível do segmento Private, num ano particularmente desafiante e complexo no que concerne ao enquadramento macroeconómico. Sempre com um grande foco no alinhamento com as melhores práticas internacionais, reforçámos continuadamente a formação e preparação técnica e ética dos private bankers, garan-tindo o cumprimento rigoroso de processos e procedimentos de sigilo e segurança ope-racional em todas as solicitações dos nossos Clientes Private.

Reforçámos a Equipa de Middle Office inter-no, bem como as suas competências técnicas, no sentido de garantir a capacitação dos qua-dros face aos desafios desta área de negócio, nomeadamente ao nível do robustecimento dos núcleos internos com vista à pronta, se-gura e especializada capacidade de resposta às necessidades dos nossos Clientes Private.

Abrimos o segundo centro dedicado ao Priva-te, domiciliado na Cidade Financeira, em Tala-tona, garantindo assim uma maior segurança e eficiência no acompanhamento da vida fi-nanceira dos nossos clientes que, devido à sua vida particular e profissional, identificam uma mais-valia nesta nova localização. Garantimos também no Centro Private Cidade Financeira que todos os produtos e serviços especializa-dos, nomeadamente os exclusivos para o seg-mento Private, estão totalmente disponíveis com igual blindagem, sigilo e excelência do atendimento.

2.4. private Banking

Abrimos o segundo centro dedicado ao Private, domiciliado na Cidade Financeira, em Talatona, garantindo assim uma maior segurança e eficiência no acompanhamento da vida financeira dos nossos clientes.

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201538 NEGÓCIO

A Direcção de Banca de Investimento do ATLANTICO é composta por três equipas, distintas pelos serviços que prestam aos seus clientes: Corporate Finance (CF), Structured Finance (SF) e Capital Markets (CM).

Na componente de Corporate Finance, o ano 2015 foi marcado pela concretização de várias operações de M&A (Mergers & Acquisitions), nomeadamente o processo de venda da Sal-vador Caetano Auto África, SGPS, S.A., tendo o ATLANTICO assessorado o Grupo Salvador Caetano na venda de uma participação na empresa que engloba a operação em África, nomeadamente em Angola, ao fundo tunisino Africinvest.

Durante este ano, a equipa esteve também en-volvida na operação de venda de 61% da em-presa portuguesa responsável pela compo-nente de IT da maioria dos bancos em Angola, a Exictos Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. à empresa holandesa Asseco Po-land S.A. O ATLANTICO apoiou o vendedor, a Ifogest Consultadoria e Investimentos, S.A., na avaliação do target, bem como na preparação dos marketing materials da operação.

Adicionalmente, e ainda na linha de serviços de M&A, a equipa de CF participou como as-sessora de um potencial comprador, num pro-cesso de M&A no sector bancário em Portu-gal, e noutras operações em Angola que ainda se encontram a decorrer, nomeadamente nos sectores dos serviços e construção.

Além dos projectos de M&A, a equipa de CF apoiou o Banco na sua entrada num fundo de investimento que será constituído no decorrer de 2016 e participou em diversos projectos de

start-ups, nomeadamente através da assesso-ria em business plans e processos de angaria-ção de fundos (capitais próprios e/ou alheios) para concretização dos mesmos.

No que se refere à área de Strutured Finance, o ano foi marcado por um relevante trabalho de Business Development e de materialização de um conjunto de operações desenvolvidas em anos anteriores, nos mais variados secto-res da economia angolana.

Seguindo uma estratégia de apoio ao investi-mento nos sectores produtivos, destacamos a participação do ATLANTICO numa impor-tante operação de financiamento no sector industrial, juntamente com outros players do mercado, que irá permitir, a breve trecho, a criação de um número relevante de postos de trabalho e a produção local de um produto muito importado pelo país.

Destacamos ainda a participação do ATLAN-TICO, enquanto advisor e financiador, na mon-tagem de um dos projectos mais relevantes para a economia angolana, em particular do sector agro-industrial, não só devido ao mon-tante de investimento envolvido, mas também por ser um projecto estruturante e fundamen-tal na substituição de importações por produ-ção local de um bem da cesta básica e ain-da pelo facto de ser gerador de centenas de postos de trabalho numa região do interior do país. Perspectiva-se que esta operação, que está em linha com a estratégia definida pelo Executivo angolano, seja concretizada até ao final do primeiro trimestre de 2016.

No que diz respeito à equipa de Capital Markets, em 2015, no âmbito dos primeiros

2.5. Banca de investimento

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39ATLANTICO | Relatório e Contas 2015NEGÓCIO

O ATLANTICO apoia uma importante operação de financiamento no sector industrial, juntamente com outros players do mercado, que irá permitir, a breve trecho, a criação de um número relevante de postos de trabalho e a produção local de um produto muito importado pelo país.

passos do desenvolvimento desta área em Angola, o ATLANTICO foi admitido como membro de negociação e de liquidação da BODIVA (processo liderado pela equipa de Capital Markets) e Bolsa de Valores de An-gola, conseguindo assim participar no MRTT (Mercado de Registo de Títulos de Tesouro), a primeira fase na evolução deste mercado. É esperada, assim, a criação de uma yield curve em Angola para que outros instrumentos fi-nanceiros possam ser valorizados.

A Comissão do Mercado de Capitais (CMC) pu-blicou o Código de Valores Mobiliários, ofere-cendo um quadro de atuação no mercado, com base no qual é esperado o arranque do merca-do obrigacionista (corporate). Apesar das con-dições económicas se terem tornado menos favoráveis para o efeito, com o abrandamento de crescimento de crédito e a subida de taxa de referência, o ATLANTICO está em diálogo de business development com clientes com mais potencial para o efeito, incluindo a participação numa equipa pré-selecionada para estudar a possível emissão de project bonds.

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201540 NEGÓCIO

Com vista a garantir a ligação com toda a sua base de clientes, o ATLANTICO está presente em todas as províncias de Angola, totalizando 67 centros em funcionamento: 51 Centros ATLANTICO, 11 Centros de Empresa, 4 Centros Large Corporate e 1 Centro Private.

2.6. Rede de distribuição

CABINdA

LEGENDA

Centros ATLANTICO

Centro Private

Centros Empresa

Centros Large Corporate

51

1

11

4

ZAIREUÍGE

BENGO

LUANdA KWANZANORTE

MALANGE

KWANZASUL

LUNdA NORTE

LUNdA SUL

BIÉ

HUAMBO

BENGUELA

HUILA

NAMIBE

CUNENE

KUANdO KUBANGO

MOXICO

1 1

1

2 1

1

1

1

2

5 1

27 1 6 4

1

1

1

2 1

1 11

1

1

1

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41ATLANTICO | Relatório e Contas 2015NEGÓCIO

2.7. Produtos e serviços lançados em 2015

O ano 2015 voltou a ser marcado pelo empenho e determinação em trabalhar para ajudar os nossos clientes a conquistarem uma vida melhor. Criámos produtos e serviços financeiros inovadores e competitivos, adequados às suas necessidades e expectativas. Esta estratégia não só contribui para cumprirmos o nosso compromisso de criação de valor, como intensifica a relação de proximidade com os nossos clientes.

depósito sons do Atlântico

depósito lançamento Triplo

depósito especial 9.º Aniversário

É uma aplicação financeira com capital garantido para a rentabilização de recursos em USD e AKZ. O produto é alusivo a uma campanha de poupança, tendo sido lançado em 13 de Abril.Segmentos alvo: AT, AF.

É uma aplicação financeira com capital garantido para a rentabilização de recursos em AKZ e USD. Foi lançada em 16 de Novembro, sendo alusivo à comemoração do 9.º aniversário do ATLANTICO.Segmentos alvo: AT, AF, LC, AN, PV.

É uma aplicação financeira com capital garantido para a rentabilização de recursos. O produto foi lançado em 20 de Fevereiro de 2015, com alusão ao festival Sons do Atlântico.Segmentos alvo: AT, AF, LC, AN, PV.

Glossário:AT: ATLANTICO Particular;AF: ATLANTICO Affluent;AN: ATLANTICO Negócio;LC: Large Corporate;PV: Private

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201542 NEGÓCIO

Para proporcionar maior comodidade aos clien-tes e garantir um acompanhamento próximo e multi-geográfico da sua vida financeira, o ATLANTICO disponibiliza uma oferta diversifi-cada e inovadora de canais de banca telefónica, banca online e banca mobile que podem ser uti-lizados 24 horas por dia, sete dias por semana, onde e quando o cliente pretender.

O ano 2015 da DCC – Direcção de Canais Com-plementares ficou assinalado pela consolidação da Direcção como uma unidade orgânica rele-vante na captação de negócio e gestão da rela-ção com os clientes, pelo lançamento dos novos canais de banca online e mobile, pela introdução dos contactos de aniversário e pela criação da nova marca para os canais de banca telefónica, banca online e banca mobile que passaram a ser designados de ATLANTICO Directo.

Em 2015, a banca telefónica passou a oferecer a possibilidade de realizar aplicações a prazo, recargas, pagamentos de serviços e transfe-rências bancárias em tempo real, de forma se-gura e rápida, através do atendimento telefóni-co personalizado.

O número de clientes que recorreram à ban-ca telefónica como um canal privilegiado na gestão da sua vida financeira cresceu de for-ma constante ao longo do ano e reflectiu-se no aumento de 132% do número de chamadas recebidas, onde a qualidade do atendimento e a resolução célere e eficiente das ocorrências foram os principais objectivos.

A constituição de aplicações a prazo através da banca telefónica registou um crescimento de 396%, num total imobilizado de 6.396.964.001 AKZ, e a rubrica de recursos teve uma concre-tização de 2.559.818.325 AKZ. A vertente de ne-gócio da Direcção de Canais Complementares saiu ainda reforçada pelas campanhas de reacti-vação de clientes, pelo contributo para o aumen-to da taxa de vinculação nos cartões de crédito, cartões de débito e serviço ATLANTICO Direc-

to, assim como pela constituição de aplicações a prazo através dos canais de internet e mobile banking que totalizaram 1.580.510.576 AKZ.

Comprometida com a excelência no atendi-mento e em criar uma relação próxima com os clientes, toda a actividade de banca telefónica foi suportada por uma estratégia de planea-mento e comunicação que permitiu potenciar acções de melhoria no atendimento e venda telefónica, sistematizar o processo de comuni-cação e desenvolver o know-how das equipas para garantir a consistência no serviço e na co-municação com o cliente.

Fundamental na recuperação da relação de confiança com os clientes, a gestão de reclama-ções teve especial enfoque na resolução céle-re das ocorrências recebidas e na identificação de oportunidades de melhoria que permitissem reforçar a estratégia de qualidade de serviço do Banco Privado Atlântico. A identificação de oportunidades de melhoria foi também susten-tada pela realização trimestral do NPS – Net Promoter Score do Banco, um indicador que avalia a satisfação e a lealdade dos clientes, e que, em 2015, registou um resultado global po-sitivo de 47, numa escala de -100 a 100.

No segundo semestre de 2015, os canais de in-ternet banking e mobile banking foram total-mente redesenhados para privilegiar a comodi-dade e oferecer uma experiência de utilização mais intuitiva e adaptada às necessidades do mercado angolano.

Com a introdução no mercado das novas solu-ções de banca online e banca mobile para clientes particulares e empresas, o ATLANTICO reforçou o compromisso com a inovação, tornando-se no primeiro Banco em Angola a disponibilizar soluções de mobile e tablet banking desenvol-vidas especificamente para o segmento em-presas e no primeiro a oferecer a possibilida-de de visualização dos saldos e movimentos das contas no Apple Watch.

2.8. Canais complementares

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43ATLANTICO | Relatório e Contas 2015NEGÓCIO

Em 2015, a Direcção de Tecnologias entregou o Plano Estratégico de Sistemas de Informação (PESI) e preparou a estabilização da platafor-ma tecnológica e a inovação nos canais não presenciais (mobile, tablet e internet banking).

Inovação

Continuámos a investir e a garantir que a plataforma de CRM (Costumer Relationship Management) é a peça central para a gestão da relação e gestão de campanhas para as nossas equipas comerciais e de controlo, in-tegrando as funcionalidades desta plataforma em diversos canais (internet banking, contact center, etc.).

No Contact Center, ampliámos o leque de fun-cionalidades de power-dialing ou predictive--dialing, garantindo que somos mais eficientes e competitivos nas campanhas de outbound, e assegurámos também a integração com o CRM em vários níveis.

Lançámos o internet banking, o mobile banking e o tablet banking com funcionalidades inova-doras e usabilidade extremamente atractiva.

Integrámos com sucesso a primeira vaga de Bancos com o sistema de compensação de cheques electrónicos, isto é, implementação de processos como: operações sobre o estran-geiro, concessão de crédito, subscrição multi-canal e subscrição multicaixa.

Risco operacional

Implementámos um projecto piloto para a segurança de documentação não estrutura-da (Word, Excel, PDF, etc.), de forma a ga-rantir a segurança da informação que circula no Banco.

Foram implementados os seguintes processos de reconciliação operacional e contabilística:

• Cartões Visa• Cheques• Movimentos e saldos entre o sistema opera-

cional e contabilidade

Implementámos uma ferramenta de cálculos de imparidades e cálculo de provisões de acor-do com os requisitos do regulador.

Compliance & legal

Materializámos a implementação do projecto de Gestão Documental e Arquivo, capacitan-do o Banco com uma plataforma de Gestão Documental que garante o cumprimento legal dos prazos de retenção de documentos físicos requeridos por Lei. Potenciámos também o Arquivo Central Físico, com a gestão através desta plataforma, garantindo a digitalização de perto de 70.000 processos físicos de abertura de conta e, em 2016, iremos iniciar o tratamen-to de processos de forma retroactiva.

Implementámos uma plataforma que garante os cumprimentos legais nacionais e interna-cionais de controlo sobre o branqueamento de capitais, garantindo que as operações são filtradas contra listas internacionais da OFAC, UN e outras 32 organizações.

Infra-estruturas e IT3

Implementámos os processos de Gestão de Problemas e assegurámos a melhoria e massi-ficação do processo de Gestão de Alterações para garantir a mitigação do risco operacional.

Terminámos a implementação nacional do projecto de MPLS para a WAN, o que garante agora melhor conectividade de todas as de-pendências do ATLANTICO, garantido assim um atendimento ao público de excelência.

2.9. Tecnologia & Inovação

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201544 NEGÓCIO

Revisitámos e evoluímos os processos de Bussiness Continuity, e adaptámos as platafor-mas do Banco de forma a mitigar o risco operacional.

Em 2016, iremos garantir o cumprimento do pri-meiro objectivo do ATLANTICO para este ano, a fusão com o Banco Millennium Angola, pro-cesso que será um grande desafio, sendo que é a primeira fusão entre dois bancos em Angola.

Implementaremos uma nova arquitectura orien-tada para os serviços (SOA), o que garantirá uma melhor orquestração e normalização de processos de integração.

Iremos implementar uma plataforma de defi-nição de regras geridas de forma centralizada, com os conceitos e definições a serem reutili-zados por todas as plataformas.

Aumentaremos a nossa capacidade de proces-samento e armazenamento para as centenas de terabytes.

Terminaremos a construção e certificação do nosso Data Centre, obtendo o certificado de «Tier III Certification (Contruction Docu-ments)», primeiro em Angola e terceiro em África para todas as indústrias.

A missão da Direcção de Tecnologias é ser a Direcção que mais contribui para o crescimen-to das outras estruturas orgânicas e, por con-sequência, do Banco.

No decorrer do ano 2015, ATLANTICO imple-mentou o sistema de Gestão da Continuidade de Negócio integrado com o seu sistema de gestão de risco, que tem como objectivo iden-tificar riscos operacionais (internos e externos) e o seu impacto no negócio, implementando políticas e procedimentos de prevenção e re-cuperação que permitam responder de forma rápida e eficaz a desastres, nomeadamente, catástrofes naturais, pandemias, actos de ter-rorismo, falhas nos sistemas informáticos, in-

cêndios, inundações, falhas de energia, entre outros, mantendo em funcionamento os seus processos de negócio mais críticos.

Para o efeito foi desenvolvido um conjunto de actividades nos seguintes âmbitos:

Resposta de Emergência: actividades que se focam na contenção dos impactos imediatos do incidente de forma a garantir a segurança de pessoas e dos activos do ATLANTICO;

Gestão de Crise: actividades que têm como principal objectivo coordenar a resposta da Instituição ao incidente, procurando controlar e mitigar os seus impactos nos processos crí-ticos, gerindo os meios e recursos necessários;

Recuperação de Negócio: actividades que têm como principal objectivo garantir a recu-peração dos processos de negócio e repor o normal funcionamento do ATLANTICO;

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45ATLANTICO | Relatório e Contas 2015NEGÓCIO

Recuperação de Sistemas de Informação: con-junto de actividades que visam a recuperação da infra-estrutura tecnológica e das aplicações e sistemas críticos que suportam os processos de negócio do ATLANTICO.

Em sede do Plano de Continuidade de Negócio definiu-se:

• a Política de CN, Modelo de Governo da CN que descreve os papéis e responsabilida-des de governo, definição, implementação, facilitação e operacionalização da CN no ATLANTICO;

• foram realizados workshops com os respon-sáveis pelas Direcções participantes nos pro-cessos de negócio críticos, para Análise de Impacto no Negócio, definição dos Requisi-tos de Recuperação de Negócio e Avaliação do Risco;

• foram definidos os seguintes planos: Plano de Gestão de Crise, Plano de Comunicação,

Planos de Recuperação de Negócio, Planos de Segurança, Plano de Recuperação Tec-nológica e Plano de Manutenção do Sistema de Gestão da Continuidade de Negócio. Este último descreve as actividades de GCN pla-neadas para os próximos três anos, incluin-do a descrição das actividades, calendário de implementação e responsáveis.

Finalmente, foram realizados:

• exercício de Gestão de Crise com vista a afe-rir a adequabilidade do conteúdo do Plano e a exercitar a EGC nas suas responsabilidades em caso de catástrofe, i.e. salvaguarda da vida humana, comunicação interna e externa e ga-rantia da execução das actividades de RN;

• exercício de Recuperação de Negócio que simula um cenário de desastre, com vista a enraizar a cultura de CN no ATLANTICO e a aferir se as actividades e procedimentos estabelecidos nos Planos de Recuperação de Negócio são adequados às necessidades do Banco.

Glossário:CN: Continuidade de NegócioGCN: Gestão da Continuidade de NegócioEGC: Equipa da Gestão da CriseRN: Recuperação de Negócio

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3. GESTãO DO RISCO

3.1. RIsCO de CRédITO

3.2. RIsCO de MeRCAdO

3.3. RIsCO OPeRACIONAL

3.4. CompLianCe

3.5. AudITORIA

3.6. CONTROLO INTeRNO

49

50

51

54

56

57

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A Direcção de Risco encetou um conjunto de iniciativas que visaram optimizar os processos de Gestão de Risco do Banco, como a implementação de uma ferramenta para o cálculo de provisões.

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49ATLANTICO | Relatório e Contas 2015GESTÃO DO RISCO

O Comité de Crédito é o órgão com intervenção na Gestão do Risco de Crédito. Tem como princi-pais objectivos: analisar e decidir sobre propostas de operações de crédito, acompanhar de forma end-to-end os processos e concessão de crédito, analisar e decidir sobre as operações de crédito que lhe são submetidas de acordo com as políticas e regras de concessão de crédito em vigor e acompanhar a evolução da Carteira de Crédito.

A Direcção de Crédito assume funções primordialmente na concessão, gestão e acompanhamento da Carteira de Crédito. Os pareceres de crédito são emitidos pelos órgãos intervenientes na pro-posta, incluindo as áreas comerciais. Sempre que a proposta exceda o montante equivalente a 10 milhões de dólares, o Risk Office emite um parecer sendo que cabe ao Comité de Crédito a tomada de decisão.

A responsabilidade da recuperação de créditos a clientes em incumprimento é partilhada entre as Áreas Comerciais, a Direcção de Recuperação de Crédito e a Área de Contencioso, que intervêm de acordo com o período em incumprimento do cliente.

O Banco utiliza metodologias de análise diferenciadas para particulares, empresas e contrapartes. Estes modelos, são tipicamente designados de Nível de Risco Particulares, Rating Empresas e Modelo de Contrapartes.

O cálculo das provisões é feito pelo Risk Office e tem em conta os requisitos regulamentares defi-nidos pelo Banco Nacional de Angola. Adicionalmente, é sua responsabilidade a definição e acom-panhamento do Perfil de Risco de Crédito do Banco.

3.1. Risco de crédito

A gestão de riscos é apoiada por uma estrutura de órgãos colegiais que terão poderes de decisão de acordo com a delegação de competências definida no Banco.

O Comité de Crédito é o órgão colegial responsável pela decisão das operações de crédito que lhe são submetidas, tendo em consideração não só os requisitos para a concessão de crédito mas também os impactos nos indicadores definidos no perfil de risco do ATLANTICO.

O Comité de Riscos é o órgão colegial encarregue de avaliar, executar e acompanhar a política de gestão global dos riscos do Banco nas suas diferentes componentes (Operacional, Crédito, Mercado), assim como a instância onde é definida a orientação para a gestão agregada das diversas massas de activos e passivos da Instituição.

Durante o ano 2015, a Direcção de Risco (DRO) encetou um conjunto de iniciativas que visaram optimizar os processos de Gestão de Risco do Banco, como a implementação de uma ferramenta para o cálculo de provisões, revisão do modelo de pricing e workshops transversais de consciencialização para o Risco Operacional pela Instituição.

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201550 GESTÃO DO RISCO

A gestão diária do Risco de Mercado é efec-tuada pelo Risk Office e pela Direcção de Te-souraria e Mercados (DTM) e supervisionada pelo Comité de Riscos.

O Risk Office que tem a responsabilidade de definir as políticas, acompanhar e monitorizar o risco, garantindo que os limites definidos são cumpridos e a Direcção de Tesouraria e Mercados tem a responsabilidade de fazer a gestão de liquidez tendo em conta os limites definidos no perfil de risco do Banco.

A avaliação do risco de taxa de juro é definida através de um processo de análise de sensibi-lidade ao risco, realizado para o universo de operações que integram o balanço do Banco. A análise dos activos e passivos sensíveis à taxa de juro permite identificar a existência de desajustamentos nos prazos médios de refixa-ção das taxas de juro entre activos e passivos que, a prazo, conduzem a oscilações assimé-tricas nos fluxos de juro a receber e a pagar e, por consequência, na margem financeira e valor económico.

A avaliação do Risco de Liquidez baseia-se no cálculo e análise de indicadores que permitem identificar a evolução da situação de liquidez do Banco para horizontes temporais de curto prazo.

Um dos indicadores utilizados é o Gap de Li-quidez, que tem como base a distribuição por intervalos temporais de fluxos passivos e ac-tivos, existentes na data de análise, de acordo com pressupostos ou uma abordagem pré--definida. O apuramento regular da evolução da posição de liquidez do Banco visa a toma-da de decisões que conduzam à manutenção das condições de financiamento adequadas à prossecução das actividades.

No cálculo do Gap Cambial, as massas pa-trimoniais sensíveis às taxas de câmbio são agrupadas por moeda e classificadas em in-tervalos temporais em função do prazo de maturidade. Para cada moeda e respectivos intervalos temporais é calculada a diferença (gap) entre activos e passivos, apurando-se, deste modo, uma medida da exposição líqui-da do balanço a variações cambiais.

3.2. Risco de mercado e liquidez

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51ATLANTICO | Relatório e Contas 2015GESTÃO DO RISCO

O modelo de Gestão de Risco Operacional aborda as seguintes áreas de actuação:

• Processo de auto-avaliação – identificação dos eventos de Risco Operacional a pro-cessos previamente selecionados, pelo Risk Office ou pelas equipas de Controlo Inter-no, analisando a probabilidade e impacto em caso de ocorrência. Esta identificação é suportada por exercícios de auto-avaliação com as próprias unidades orgânicas. Após a identificação/análise dos eventos, os mes-mos são categorizados com base nas cate-gorias de risco definidas na Matriz de Risco Operacional (MRO);

• Processo de Recolha de Perdas – o Banco tem um sistema de recolha de perdas, que permite às unidades orgânicas reportar in-cidentes para alimentar a base de dados de Risco Operacional, que, por sua vez, é geri-da, monitorizada e utilizada pelo Risk Office na avaliação e mensuração do risco;

• Processo de Key Risk Indicators (Indicado-res-Chave de Risco) – o Banco encontra--se a definir um conjunto de Indicadores de Risco por forma a definir de um glossá-rio de Key Risk Indicators (KRI) para risco operacional com identificação de owners e frequência de análise e reporte desses mes-mos indicadores;

• Processo de Controlo Interno – identifica-ção dos principais objectivos, actividades, riscos e controlos associados a cada pro-cesso, numa vertente de risco operacional. Posteriormente, em caso justificável, é defi-nido um plano de correcções e acções de melhoria.

3.3. Risco operacional

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201552 GESTÃO DO RISCO

No decorrer do ano 2015, o ATLANTICO im-plementou o sistema de Gestão da Continui-dade de Negócio integrado com o seu sistema de Gestão de Risco, que tem como objecti-vo identificar riscos operacionais (internos e externos) e o seu impacto no negócio, im-plementando políticas e procedimentos de prevenção e recuperação que permitam res-ponder de forma rápida e eficaz a desastres, nomeadamente catástrofes naturais, pande-mias, actos de terrorismo, falhas nos sistemas informáticos, incêndios, inundações, falhas de energia, entre outros, mantendo em funcio-namento os seus processos de negócio mais críticos.

Para o efeito, foi desenvolvido um conjunto de actividades nos seguintes âmbitos:

Resposta de Emergência: actividades que se focam na contenção dos impactos imediatos do incidente de forma a garantir a segurança de pessoas e dos activos do ATLANTICO;

Gestão de Crise: actividades que têm como principal objectivo coordenar a resposta da Instituição ao incidente, procurando contro-lar e mitigar os seus impactos nos processos críticos, gerindo os meios e recursos neces-sários;

Recuperação de Negócio: actividades que têm como principal objectivo garantir a recu-peração dos processos de negócio e repor o normal funcionamento do ATLANTICO;

Recuperação de Sistemas de Informação: ac-tividades que visam a recuperação da infra--estrutura tecnológica e das aplicações e sis-temas críticos que suportam os processos de negócio do ATLANTICO.

Em sede do Plano de Continuidade de Negó-cio procedeu-se ao seguinte:

• definição da Política de Continuidade de Ne-gócio: Modelo de Governo da Continuidade de Negócio que descreve os papéis e as res-ponsabilidades de governo, definição, imple-mentação, facilitação e operacionalização da continuidade de negócio no ATLANTICO;

• realização de workshops com os responsá-veis pelas Direcções participantes nos pro-cessos de negócio críticos, para Análise de Impacto no Negócio, definição dos Requisi-tos de Recuperação de Negócio e Avaliação do Risco.

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53ATLANTICO | Relatório e Contas 2015GESTÃO DO RISCO

• definição dos seguintes planos: Plano de Gestão de Crise, Plano de Comunicação, Pla-nos de Recuperação de Negócio, Planos de Segurança, Plano de Recuperação Tecnoló-gica e Plano de Manutenção do Sistema de Gestão da Continuidade de Negócio. Este último descreve as actividades de Gestão da Continuidade de Negócio planeadas para os próximos três anos, incluindo a descrição das actividades, calendário de implementa-ção e responsáveis.

• exercício de Gestão de Crise com vista a aferir a adequabilidade do conteúdo do pla-no e a exercitar a Equipa da Gestão da Cri-se nas suas responsabilidades em caso de

catástrofe, i.e. salvaguarda da vida humana, comunicação interna e externa e garantia da execução das actividades de Recuperação de Negócio.

• exercício de Recuperação de Negócio que simula um cenário de desastre, com vis-ta a enraizar a cultura de continuidade de negócio no ATLANTICO e a aferir se as ac-tividades e procedimentos estabelecidos nos Planos de Recuperação de Negócio são adequados às necessidades do Banco.

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201554 GESTÃO DO RISCO

O exercício de 2015 representou para o Compliance o prolongar da estratégia iniciada em exercícios passados, a qual visava a conso-lidação das práticas transversais a toda a ope-rativa, assim como do ambiente que envolve o sistema bancário angolano.

Além de marcar o exercício da entrega dos ob-jectivos 20.15, o exercício de 2015 representou ainda a preparação e introdução de um novo ciclo estratégico, que será focado na prepara-ção e aproximação da unidade de Compliance com as boas práticas internacionais e com a plena conformidade com os processos assu-midos no sistema financeiro nacional.

Como resultado do novo modelo de governo implementado (Governance), foram efectua-dos ao longo deste exercício de 2015 os ne-cessários ajustes na unidade de Compliance, garantindo o desenvolvimento dos proces-sos que suportam o sistema de comunicação e informação para com os Órgãos Sociais do Banco, investindo na sistematização de ta-refas e criação de novos reportes que abor-dam a contínua monitorização do risco de Compliance.

O contributo directo da unidade de Compliance em 2015 na operativa core bancária passou por diferentes áreas, desde o suporte na garantia da conformidade dos processos de encarteira-mento de novos clientes, como pela garantia da conformidade nos produtos e serviços dis-ponibilizados aos clientes.

Neste âmbito, o Gabinete de Compliance ana-lisou os novos produtos e serviços lançados ao longo do exercício de 2015, dos quais des-tacamos no primeiro semestre (i) o depósito

a prazo «Sons do ATLANTICO» e o depósito a prazo «Lançamento Triplo», e (ii) o depósito a prazo «Aniversário» já na segunda metade do exercício.

No mesmo sentido, também as campanhas de comunicação destes produtos, assim como das Soluções Poupança e da campanha ATLANTICO Directo, puderam contar com o suporte da unidade de Compliance, na garan-tia dos princípios de conformidade ética e de protecção do consumidor.

Num ponto de vista macro, em 2015, o Gabi-nete de Compliance liderou o processo inter-no de revisão da política de AML – Anti Money Laudering (Anti-branqueamento de Capitais), clarificando a posição do ATLANTICO quanto à aceitação de clientes, do controlo de opera-ções e respectivas monitorizações sucessivas. Com isso, contribuiu ainda para a natural cla-rificação do perfil de risco assumido.

Neste mesmo sentido, o código de ética e conduta, assim como a política de conflito de interesses, foram também alvo de revisão, adequando estas matérias às melhores práti-cas de mercado e às melhores práticas inter-nacionais, em consonância e ajustamento ao modelo de governação.

Ainda no âmbito do programa de branquea-mento de capitais, o ATLANTICO, no exercí-cio de 2015, investiu no desenvolvimento das suas ferramentas de monitorização, com o reforço da aplicação U-Comply e com a aqui-sição de uma nova ferramenta para a monito-rização das operações do canal Swift (o Swift Sanctions Screening).

3.4. Compliance

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55ATLANTICO | Relatório e Contas 2015GESTÃO DO RISCO

Em 2015, passou a estar disponível na unidade de Compliance, e como fruto dos esforços de desenvolvimento interno, um conjunto de ou-tras novas ferramentas de monitorização e acompanhamento, como é exemplo o controlo de operações de Trade Finance e das opera-ções com o exterior (OPE), ou ainda meramen-te de recolha e registo de dados das entidades e respectivos beneficiários efectivos no âmbito do programa do FATCA – Foreign Account Tax Compliance Act.

Do ponto de vista da Gestão do Risco, em 2015, o ATLANTICO deu mais alguns pas-sos significativos na implementação dos processos operacionais para o controlo de operações acima de determinados valores, implementando um controlo mais apertado quanto à justificação de origem e destino de fundos, assim como na sistematização dos reportes regulares às autoridades de super-visão (UIF – Unidade de Informação Finan-ceira e BNA – Banco Nacional de Angola).

A formação em matérias de AML continuou a ser um investimento prioritário do ATLAN-TICO na criação de uma cultura de controlo transversal que abrace todos os seus colabo-radores, reforçada no esclarecimento e ele-vação de conhecimentos técnicos dos cola-boradores identificados como relevantes na implementação da renovada política de AML.

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201556 GESTÃO DO RISCO

De acordo com o IIA (The Institute of Internal Auditors), «a Auditoria Interna é uma activida-de independente de avaliação objectiva e de consultoria destinada a acrescentar valor e melhorar as operações de uma organização. Assiste a organização na consecução dos seus objectivos, através de uma abordagem siste-mática e disciplinada e na avaliação da eficácia dos processos de Gestão de Risco, do Controlo e Governação».

Em Angola, a consagração legal e normativa da função no sector financeiro foi revisitada com o Aviso n.º 2/2013 de 19 de Abril o qual revogou o Aviso n.º 2/2006 de 10 de Março, actualizando as responsabilidades da função relativamente ao Sistema de Controlo Interno.

Como organização orientada à satisfação dos seus clientes e compreendendo a importância da Auditoria Interna, o ATLANTICO desde a sua génese não se limitou a ver a função como uma mera obrigação legal, mas antes como um aliado de gestão e um garante dos pilares fun-dacionais da Instituição.

Como tal, a função tem as seguintes atribuições:

• análise de procedimentos e sua validação an-tes da aprovação e publicação;

• levantamento de riscos e controlos e vali-dação do cumprimento de procedimentos e normativos internos pelas áreas de Negócio e pelos Serviços Centrais (Controlo e Suporte);

• avaliação periódica e melhoria dos procedi-mentos e normativos internos;

• realização de inquéritos/inspecções na se-quência de suspeitas de fraudes (internas ou externas).

Durante o exercício 2014, a Direcção de Au-ditoria propôs um Plano Estratégico em linha com a nova legislação, o qual foi pensado para o biénio 2014/2015.

Na sequência do referido plano, reforçou o seu quadro de colaboradores, identificou fer-ramentas informáticas de suporte à função, realizou formações e reforçou o processo de especialização por núcleos.

Por outro lado, realizou 118 auditorias as quais contribuíram sobremaneira para o reforço do Ambiente de Controlo e consequentemente ao fortalecimento do Sistema de Controlo Interno.A transversalidade das auditorias realizadas permitiu a identificação de recomendações com vista à melhoria contínua dos procedi-mentos vigentes.

A monitorização do Processo de Falhas (diver-sas) concorreu para a mitigação das perdas fi-nanceiras do Banco.

Por fim, fez o balanço da materialização dos objectivos definidos no Plano Estratégico con-siderando uma percentagem significativa de sucesso.

As oportunidades de melhoria identificadas serviram de ponto de partida para a elabora-ção do Plano Estratégico 2016/2018.

3.5. Auditoria

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57ATLANTICO | Relatório e Contas 2015GESTÃO DO RISCO

No ATLANTICO, pretendemos alcançar um am-biente de Controlo Interno sólido e confiável por meio de ética profissional e a implementa-ção de controlos em conformidade com a legis-lação em vigor.

O nosso modelo anual de dinamização do Siste-ma de Controlo Interno é feito em quatro fases: (i) a definição da estratégia de actuação, (ii) a análise do negócio para se estabelecer o plano de Auditoria e Controlo (iii) a avaliação e imple-mentação de procedimentos e (iv) a Avaliação da performance do Ambiente de Controlo.

Este modelo tem por base sete princípios que representam o conjunto de regras, directrizes e sistemas, que contribuem para o cumprimento de objectivos específicos de controlo, tais como:

• relação custo-benefício: minimizando a pro-babilidade de desvios quanto ao atendimento dos objectivos e metas. Reconhecendo que o custo de um controlo não deve exceder os benefícios que possa proporcionar;

• qualificação adequada, formação e rotativi-dade de colaboradores: considerando que a eficácia dos controlos internos está directa-mente relacionada com a competência e in-tegridade das pessoas;

• delegação de competências e definição de res-ponsabilidades: para assegurar maior rapidez e objectividade às decisões, com um modelo de Governance adequado, onde a definição de competências e responsabilidades satisfazem plenamente as necessidades da organização;

• segregação de funções: a fim de prever a se-paração entre as funções de autorização ou aprovação das funções de execução. Salva-guardando situações de conflito de interes-ses e risco operacional;

• instruções devidamente formalizadas: para atingir um grau de segurança adequado é in-dispensável que as acções, instruções e pro-cedimentos sejam formalizados através de circuitos e processos eficazes, claros e objecti-vos, validados pelas hierarquias competentes;

• controlos sobre as transacções: é imprescindí-vel estabelecer o acompanhamento dos factos contábeis, financeiros e operacionais, objec-

tivando que sejam efectuados com base em acções legítimas, relacionadas com a finalidade do órgão/entidade e autorizados em linha com a respectiva delegação de competências;

• adesão às directrizes e normas legais: é ne-cessária a existência, em cada área, de ins-trumentos e circuitos para determinar e asse-gurar a observância dos planos, normas, leis, regulamentos e procedimentos internos, para salvaguarda do adequado funcionamento, com a separação de atribuições específicas para cada colaborador, a fim de se evitarem possíveis erros ou fraudes.

No ATLANTICO, o controlo interno no frame-work estabelecido pelo Aviso n.º 2 de 19 de Abril de 2013, começou por efectuar uma ava-liação interna aprofundada para identificarmos as oportunidades de melhoria em 2013. Nesse ano, também se estruturou a equipa responsá-vel por dinamizar e assegurar a implementação do Sistema de Controlo Interno.

Em 2014, os principais desafios passaram pela avaliação dos riscos dos principais processos críticos e a identificação das ferramentas tecno-lógicas para auxílio no desenho dos controlos, análise e correcção de irregularidades, comu-nicação da equipa em tempo útil do resultado dos testes e follow-ups das oportunidades de melhoria, gestão de riscos e gestão de acessos.

O ano 2015 foi de consolidação da implemen-tação da dinâmica de actuação da equipa de controlo interno e dos sistemas tecnológicos considerados críticos, a fim de assegurar a op-timização de processos cujo risco operacional impactava na eficiência e eficácia transversal. Este investimento contribuiu para a resolução de 85% destas oportunidades de melhoria e desta forma para um Sistema de Controlo In-terno gerador de maior confiança para os nos-sos stakeholders e shareholders.

Para 2016, perspectiva-se como principal de-safio o processo de fusão entre o Banco Mil-lennium Angola e o Banco Privado Atlântico. O modelo de actuação estará centrado em re-forçar a monitorização do novo ambiente de Controlo Interno.

3.6. Controlo interno

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4. CAPITAL HuMANO

4.1. equIPA ATLANTICO

4.2. ATRAIR e INTeGRAR

4.3. GeRAR OPORTuNIdAdes

4.4. deseNvOLveR

4.5. GeRIR O deseMPeNhO

61

62

64

65

66

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60

A aposta na formação e no desenvolvimento das equipas é uma prioridade e um compromisso assumido pelo ATLANTICO. Acreditamos que o conhecimento é o único activo que poderá gerar desenvolvimento sustentado.

40%COLABORADORES COM 26 A 30 ANOS

DE IDADE

Formarpara desenvolver

65%ELEMENTOS QuE FREQuENTARAM LICENCIATuRAS

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61ATLANTICO | Relatório e Contas 2015CAPITAL HUMANO

No ATLANTICO, as pessoas são um dos principais factores críticos do nosso sucesso. Acolher, in-tegrar, desenvolver e reter talento materializam o nosso compromisso de formar quadros e futuras lideranças actuantes no sistema financeiro angolano.

Em 2015, o ATLANTICO encerrou o ano com 943 colaboradores, o que representa um crescimento de 24% em relação ao ano 2014. Este crescimento também se verificou nas outras províncias com um aumento de 13% nas admissões.

4.1. equipa ATLANTICO

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 20152014

1000

800

600

400

200

0

Crescimento da equipa ATLANTICO desde a fundação

Outras Provincias Luanda

72101

130171

252

324

415

526

623

788

7 1156

103130 137 155

2

O compromisso com os objectivos do 2015, foi a premissa para materialização destes resultados. Além disso, o ATLANTICO procurou assegurar que este crescimento das equipas estivesse alinha-do com as melhores práticas de gestão de capital humano.

<= 25 anosEntre 26 a 30 anos

Entre 31 a 35 anos

Entre 36 a 40 anos

Entre 41 a 45 anos > 46 anos

16%

40%

29%

10%

3%2%

Jovialidade Equidade

Masculino Feminino

50%50%

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201562 CAPITAL HUMANO

Distribuição por áreas

7%

31%

61%

8%

31%

61%

2014 2015

Controlo Suporte ao negócio Negócio

A idade média no ATLANTICO é de 30 anos, o que ilustra a forte aposta que o Banco tem feito no potencial de jovens ta-lentos e do compromisso profundamente enraizado nos princípios e na cultura da Instituição. De igual forma, a equidade en-tre os géneros também está alinhada con-forme ilustrado.

Relativamente à distribuição das equipas, verificou-se que as de suporte e de controlo têm acompanhado o crescimento da área negócio, mantendo o ATLANTICO alinhado com as melhores práticas de gestão.

O crescimento da equipa e o desafio da ex-pansão foram apoiados pela adopção de um conjunto de iniciativas. Para o efeito, contámos com o site ATLANTICO, empresas especializa-das em recrutamento e instituições de ensino superior. No mesmo contexto, o Banco tam-bém dinamizou o programa interno Member get Member (MGM).

4.2. Atrair e integrar

Candidaturas ATLANTICO

8%Universidades

9%Parceiros

18%MGM

19%Site

46%Espontâneas

Por meio do Programa MGM, o colaborador ATLANTICO tem a possibilidade de contribuir na apresentação de potenciais candidatos do seu círculo pessoal e que se adequam aos valo-res e cultura da Instituição, passando por todo o processo de avaliação. Em 2015, o ATLANTICO contou com um total de 4028 candidaturas, das quais 19% via site e 18% via programa Member get Member.

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63ATLANTICO | Relatório e Contas 2015CAPITAL HUMANO

Admissões 2015

4%Universidades

10%Parceiros

23%MGM

35%Espontâneas

28%Site

Tendo-se assumido como uma instituição que aposta na inovação, em 2015 o ATLANTICO dinami-zou o seu site. Esta decisão permitiu atrair potenciais clientes e candidatos, facilitando-lhes a con-sulta das nossas soluções financeiras, mas também dando-lhes a possibilidade de se candidatarem a uma oportunidade de trabalho no ATLANTICO.

Dos 264 colaboradores admitidos em 2015, 35% entraram por meio de candidaturas espontâ-neas. No exercício em análise, 28% das admis-sões chegaram através do site ATLANTICO e 23% pelo programa Member get Member. Os resultados indicados no gráfico ao lado espelham a forte aposta do ATLANTICO na cria-ção de mecanismos para a captação de talentos.

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201564 CAPITAL HUMANO

Perfil académico

Ensino médio

Freq. universitária

Licenciatura

Formação pós-licenciatura

10%

65%

21%

4%

O ano 2015 foi marcado pela inauguração de mais nove novos centros, dos quais seis foram na província de Luanda e três noutras provín-cias (Huila, Kwanza-Sul e Benguela). O Plano de Expansão da Rede de Centros deu um for-te contributo para a criação de mais 24 novos postos de trabalho nas províncias acima indi-cadas e um total de 35 novos postos localiza-dos nas outras províncias.

Neste ano, o Banco participou na Feira de Em-preendedorismo realizada pela Universidade Católica de Angola, permitindo que os jovens estudantes contactassem com a Banca que os apoia nas suas escolhas futuras.

Ao nível de perfis académicos dos colabora-dores, em 2015, 65% dos membros da equipa ATLANTICO frequentaram licenciaturas. Esta percentagem demonstra o importante contri-buto que o ATLANTICO tem oferecido a mui-tas famílias e à sociedade.

4.3. Gerar oportunidades

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65ATLANTICO | Relatório e Contas 2015CAPITAL HUMANO

Investimento por área

Estratégica Técnica Transversal

21%

26%

53%

A aposta na formação e no desenvolvimento das equipas tem sido uma prioridade contínua do ATLANTICO e um compromisso assumido perante os seus colaboradores. O Banco acredita que o conhecimento é o único activo que poderá gerar desenvolvimento sustentado.

Nesse sentido, para consolidar o modelo de Banca Relação e os valores de sigilo, rigor, segurança nas operações e inovação foram fortalecidos os programas de formações e acrescentadas novas temáticas do âmbito comportamental, técnico e de negócio.

Em 2015, o ATLANTICO investiu cerca de 466 milhões de AKZ e promoveu um total de 29.867 ho-ras de formação. Para o efeito, foram realizadas 434 acções de formação, o que perfaz uma média 36 acções de formação/mês. Foram envolvidos, em média, 135 colaboradores por formação.

4.4. desenvolver

Verificou-se um investimento de 53% em horas de formações transversais e de 26% em formações técnicas, o que demonstra a grande aposta do ATLANTICO no desenvol-vimento das competências dos seus colabo-radores e o forte investimento para garantir que todos estejam alinhados com a cultura do Banco.

Evolução das acções de formação

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201566 CAPITAL HUMANO

O ATLANTICO defende uma cultura de meri-tocracia, em que o sistema de avaliação de de-sempenho é uma ferramenta de gestão crucial para acompanhar os seus colaboradores. A gestão de carreira, quer seja por via da mo-bilidade ou de promoções, assenta em factores relacionados com o desempenho e o potencial do colaborador.

A expansão geográfica do Banco proporcio-nou oportunidades de progressão profissional e permitiu criar oportunidades de emprego, com colaboradores ATLANTICO a serem con-templados em processos de transferência e mobilidade geográfica.

Movimentos em 2015 Total

Mobilidade geográfica 4

Transferência 34

Total 38

O investimento na formação e a criação de oportunidades de carreiras internamente tem dado aos colaboradores a possibilidade de aplicarem o seu conhecimento e ganharem ex-periência em várias áreas, adquirindo uma va-liosa visão transversal do negócio.

Por este motivo, em 2015, surgiram 83 proces-sos de mobilidade dos quais 53% foram para funções de liderança.

Este resultado reflecte que o Banco reco-nheceu a experiência e maturidade profis-sional dos seus colaboradores para asse-gurarem, com sucesso, o início de novas actividades.

O ATLANTICO continua comprometido em promover iniciativas com impacto a longo--prazo no desenvolvimento das suas pessoas, garantindo o desenvolvimento e a consolida-ção de soft skills de uma equipa de líderes de referência.

4.5. Gerir o desempenho

Colaboradores que assumiram novas responsabilidades

Liderança intermédia Técnicos

47%53%

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67ATLANTICO | Relatório e Contas 2015CAPITAL HUMANO

O ATLANTICO defende uma cultura de meritocracia, em que o sistema de avaliação de desempenho é uma ferramenta de gestão crucial para acompanhar os seus colaboradores.

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5. MARKETING E COMuNICAçãO

5.1. CAMPANhAs PuBLICITÁRIAs

5.2. eveNTOs e PATROCÍNIOs

5.3. PRéMIOs e dIsTINções

70

72

73

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201570 MARKETING E COMUNICAÇÃO

O ano 2015 ficou marcado pela continuidade da expansão do Banco e pelo desenvolvimento de uma rede de serviços/atendimento de maior proximidade, à qual se aliou a disponibilização de um portefólio de soluções financeiras inovadoras, orientadas para as necessidades dos clientes. Durante o ano, reforçámos igualmente a divulgação da marca ATLANTICO nas zonas de maior capilaridade e potencial de negócio. Como resultado, o Banco tornou-se ainda mais próximo dos seus clientes e potenciais clientes.

Com o desenvolvimento destes pilares, o ATLANTICO intensificou o processo de captação de clientes e, alicerçado num serviço de excelência, fortaleceu as suas relações comerciais, gerando resultados positivos para todos os seus stakeholders.

De entre os vários resultados materializados, destacam-se os seguintes:

• cumprimento com sucesso do objectivo de clientes do Plano Estratégico de 2015, tendo ultra-passado os 209 mil clientes;

• aumento da presença nos principais municípios e novas centralidades de Luanda (oito novos centros), e alargamento da presença nas províncias da Huíla e Kwanza Sul, com a abertura de um Centro Corporate e um Centro ATLANTICO, respectivamente.

Para o ATLANTICO, todos os anos são de compromisso com o futuro dos clientes e do país. É nosso objectivo contribuir para o crescimento e desenvolvimento da economia angolana, com a inovação e criação de soluções financeiras orientadas para a satisfação das necessidades e desafios dos clientes, criando valor real nas suas vidas e excedendo as suas expectativas.

5.1. Campanhas publicitárias

Com vista à divulgação de novos produtos e serviços, e de modo a reforçar a marca ATLANTICO, o Banco apostou em campanhas publicitárias, impulsionando a dinamização de recursos sólidos.

Campanha produto «sons do ATLANTICO»

Em Fevereiro de 2015, lançámos a campanha «Sons do ATLANTICO» que teve um forte impacto na captação de clientes, com cerca de 1269 novos clientes, acima do valor captado na segunda edição.

A campanha foi divulgada em rádio, web e nos centros ATLANTICO.

Campanha «soluções de Poupança ATLANTICO»

Em Maio de 2015, foi lançada a campanha «Soluções de Poupança ATLANTICO». A campanha teve o cuidado de ser emocional, com o intuito de promover a mensagem de que «poupar é saber as-segurar o futuro que foi construído e conquistado com muito empenho».

A campanha foi divulgada em TV, outdoors, imprensa escrita, rádio, web e decoração de centros.

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71ATLANTICO | Relatório e Contas 2015MARKETING E COMUNICAÇÃO

Campanha «ATLANTICO directo»

O ATLANTICO Directo foi relançado em Setembro de 2015. Este serviço permite efectuar di-versas operações bancárias, através de um atendimento telefónico 24 horas por dia, Internet, mobile, tablet e computador, com a mesma facilidade que o cliente teria se estivesse num Centro ATLANTICO.

A campanha foi divulgada em TV, rádio, outdoors, imprensa, web e decoração de centros. Para complementar o lançamento deste serviço, foram também apresentados tutoriais.

Campanha «dP 9.º Aniversário»

Em Novembro de 2015, foi lançado o «DP 9.º Aniversário», um depósito a prazo que celebrou os nove anos do ATLANTICO com taxas de remuneração muito atractivas.

A campanha foi divulgada em rádio, imprensa, web e decoração de centros.

Campanha produto«Sons do ATLANTICO» Campanha «Soluções de Poupança ATLANTICO»

Campanha «ATLANTICO Directo»

Campanha «DP 9.º Aniversário»

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201572 MARKETING E COMUNICAÇÃO

Ao longo do ano, o ATLANTICO promoveu a realização de diversos eventos e apoiou inicia-tivas realizadas por outras entidades.

Janeiro a dezembro

BAsqueTeBOL – 1.º de AGOsTO O ATLANTICO é patrocinador oficial da equipa de basquetebol masculino e feminino do Clube Desportivo 1.º de Agosto.

Fevereiro

MINIsTéRIO dA CuLTuRA O ATLANTICO apoiou a 56.ª Exposição Inter-nacional de Arte – «La Biennale di Venezia».

Março

3.º FesTIvAL «sONs dO ATLANTICO» A terceira edição contou com a presença de diversos artistas nacionais e internacionais e reuniu, aproximadamente, 70 mil pessoas na Baía de Luanda.

Maio

Participação na Feira de Benguela.

Junho

8.ª edIçãO dA ReGATA ATLANTICOEsta iniciativa, que se realiza desde 2008, de-corre no âmbito de uma parceria estabeleci-

da entre o ATLANTICO e o Clube Naval de Luanda, e está inserida no projecto de res-ponsabilidade social LOGOS. Esta regata é promovida anualmente com o objectivo de incentivar as crianças e os jovens à prática deste desporto náutico.

Novembro

1.º de AGOsTO – TAçA AFRICANA dOs CLuBes CAMPeões eM BAsqueTeBOL A edição de 2015 da Taça Africana dos Clubes Campeões contou com o apoio do ATLANTICO.

INsTITuTO de CAMões – CeNTRO CuLTuRAL PORTuGuês eM LuANdAO ATLANTICO apoiou a exposição de fotogra-fia, pintura e instalação do mestre angolano António Ole, assim como o ciclo de cinema de-dicado a este artista.

5.2. eventos e patrocínios

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73ATLANTICO | Relatório e Contas 2015MARKETING E COMUNICAÇÃO

Durante o ano 2015, o ATLANTICO foi distinguido por diferentes meios e organismos com os mais prestigiantes prémios económicos:

5.3. Prémios e distinções

superbrand – Marca de excelência 2015

Best Trade Finance Bank – Global Banking & Finance Review

Best Investment Bank – World Finance

Best Investment Bank – Global Banking & Finance Review

Best Customer service Bank – International Finance Magazine

Best Wealth Management Team – Capital Finance International

Best Investment Bank – International Finance Magazine

Best Investment Bank – Capital Finance International

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6. RESPONSABILIDADE SOCIAL

6.1. PROJeCTO LOGOs 76

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201576 RESPONSABILIDADE SOCIAL

O projecto LOGOS é a matriz da responsabili-dade social do Banco Privado Atlântico e en-volve uma equipa com mais de uma centena de pessoas, entre coordenadores, administra-tivos, orientadora pedagógica e monitores.

Implementar uma cultura sustentada em cada homem ou mulher, desde a infância à ado-lescência, é apenas um dos objectivos que persegue o Projecto LOGOS, programa de responsabilidade social do ATLANTICO que contribui para a criação de uma «Geração com Valor».

Fundado em Fevereiro de 2009, em Luanda, o projecto assenta em programas psicopedagó-gicos, de âmbito desportivo, social e cultural.

Trata-se de um projecto de carácter social com o objectivo de dar critérios e propósito à vida de crianças e jovens com idades com-preendidas entre 6 e 18 anos. A estratégia de actuação assenta na missão de desenvolver o carácter e o talento das crianças e jovens, fun-damentalmente os mais desfavorecidos, para que façam escolhas positivas na vida. Entre outras ações, o projecto contempla a prática de diversas actividades extra-escolares.

6.1. Projecto LOGOS

LOGOs contribui para a criação de uma «Geração com valor»

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77ATLANTICO | Relatório e Contas 2015RESPONSABILIDADE SOCIAL

O grupo alvo tem sido capacitado por inter-médio dos diferentes programas implemen-tados nos centros, nomeadamente, Família, Escola, Cultura e Arte, Cidadania e Craque do Futuro, onde se enquadram a prática despor-tiva, saúde e «Mestre dos Mestres».

Com sete anos de existência, o LOGOS conta já com mais de 4000 participantes e uma área geográfica de abrangência que se estende às províncias de Luanda, Benguela, Huíla, Nami-be, Bié, Cunene, Malanje, Cabinda, Huambo, Kwanza Sul e Uíge.

É com um espírito colaborativo e sinérgico que o LOGOS e a responsabilidade social do Banco ATLANTICO caminham na construção de parcerias estratégicas que têm contribuí-do com conhecimento para a implementa-ção sustentável da cultura de investimento social que desejamos para o LOGOS e para Angola.

Em 2015, o LOGOS celebrou mais de seis protocolos com vista à implementação do projecto nas 18 províncias do nosso país, objetivo que ficará concluído até setembro de 2016.

No seu exercício foram também atribuídos mais de uma dezena de donativos e patrocí-nios com vista a colorir a vida de muitas pes-soas e organizações.

Em resultado dos 365 dias de investimento social, e tendo como lema «Juntos por uma Causa Chegamos Mais Longe», no dia 5 de Dezembro o LOGOS realizou a festa do 7.º aniversário. Pela primeira vez na história do projecto, e fruto do crescimento sustentado, a festa realizou-se em sete províncias em si-multâneo: Luanda, Malanje, Benguela, Huíla, Namibe, Ondjiva e Bié, o que perfez uma au-diência de mais de cinco mil pessoas.

Só em Luanda estiveram presentes mais de três mil pessoas na festa que decorreu na Baía de Luanda, onde contámos com a pre-sença de figuras públicas e representantes de algumas instituições, tais como: Os Tuneza, Zona 5, Victor Hugo Mendes, Herlander Gle-nóide, MINFAMU, Ministério da Juventude e Desporto, Ministério da Educação, INAC, Lar Kuzola, Escuteiros, INTASA, MLA, Escola de Xadrez MACOVI, Complexo Escolar Mártires do Uganda, etc.

De facto, foram sete anos de história, sete anos de crescimento e sete anos em que, jun-tos, promovemos a valorização e consolida-ção do investimento social em Angola.

É com este compromisso que sabemos que amanhã chegaremos mais longe na aposta no desenvolvimento da educação, cultura e saú-de como pilares fundamentais para um futuro cívico e sustentável do nosso país.

Convidamos a juntar-se a nós!

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7. INFORMAçãO FINANCEIRA

7.1. esTRuTuRA dO BALANçO

7.2. deMONsTRAçãO de ResuLTAdOs

7.3. PROPOsTA de APLICAçãO

de ResuLTAdOs

81

91

101

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201580 INFORMAÇÃO FINANCEIRA

A evolução da actividade do ATLANTICO no ano 2015 esteve associada a diversos desafios que marcaram o sector financeiro em resulta-do das relevantes alterações macroeconómi-cas ocorridas na economia angolana. O ano foi pautado por um forte ambiente concorrencial, com um mercado ainda muito concentrado e competitivo, num final de ano marcado por in-certezas económicas decorrentes da baixa do preço do petróleo, que culminou na desvalo-rização da moeda nacional e na escassez de moeda estrangeira.

Em termos globais, e apesar deste contexto desafiante e de uma performance menos fulgu-rante de alguns indicadores de gestão, quando comparados com período homólogo os mes-mos apresentam um resultado muito positivo.

A Rendibilidade dos Fundos Próprios (ROE) e dos Activos (ROA) passou de 15,1% e 1,7% em 2014 para 24,1% e 2,5% em 2015, respectiva-mente.

O Banco manteve, ao longo do ano 2015, uma política de gestão do Balanço, especialmente no controlo da principal componente do Activo – Crédito a Clientes, garantindo uma gestão de risco alinhada com o perfil de risco definido pelo Banco e fazendo face às necessidades de financiamento da economia e dos clientes.

O ano pautou-se pela expansão dos Centros de Negócio (+9) e o crescimento de clientes (+81.550) o que reflectiu a dinâmica comercial do Banco, com um impacto positivo ao nível dos Depósitos de Clientes e do Crédito sobre Clientes. Assistiu-se a um aumento dos Depósi-tos de Clientes em 94.119.740 milhares de AKZ (+32%) em relação ao ano 2014. O Crédito so-bre Clientes cresceu em relação ao período ho-mólogo, 50.285.810 milhares de AKZ (+26%). Consequentemente, o Rácio de Transformação registou, em 2015, uma taxa de 63%, o que re-presenta um decréscimo de 3 p.p. relativamen-te ao Rácio de 2014 que era de 66%.

O Resultado Líquido do Exercício no ano 2015 atingiu o montante de 11.028.078 milhares de AKZ, apresentando um acréscimo de 73% (+4.652.599 milhares de AKZ) face ao ano an-terior, impulsionado pelo aumento da Margem Complementar que atingiu um peso prepon-derante sobre o Produto Bancário (55%), pelo desempenho dos Serviços Bancários e dos Resultados de Operações Financeiras.

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81ATLANTICO | Relatório e Contas 2015INFORMAÇÃO FINANCEIRA

7.1. estrutura do balanço

BALANçO

(Milhares de AKZ)

2015 2014 Variação abs. Variação %

ACTIVO

Disponibilidades 72.721.042 66.808.903 5.912.139 9%

Aplicações de liquidez 11.009.586 17.661.233 (6.651.647) -38%

Crédito sobre clientes (líquido) 245.909.674 195.623.864 50.285.810 26%

Obrigações e outros títulos 124.405.273 43.846.708 80.558.565 184%

Participações 8.059.571 8.425.375 (365.804) -4%

Imobilizações incorpóreas 1.854.939 1.339.642 515.297 38%

Imobilizações corpóreas 38.765.417 32.140.073 6.625.344 21%

Outros activos 11.613.004 9.460.582 2.152.422 23%

Activo total 514.338.506 375.306.380 139.032.126 37%

FuNDOS PRÓPRIOS

Capital social 34.157.900 34.157.900 - 0%

Reservas 6.374.260 5.099.164 1.275.096 25%

Resultados potenciais 89.474 76.717 12.757 17%

Resultados transitados 3.456.251 2.818.703 637.548 23%

Resultado líquido 11.028.078 6.375.479 4.652.599 73%

Fundos próprios 55.105.963 48.527.963 6.578.000 14%

PASSIVO

Empréstimo subordinado 6.777.154 5.275.746 1.501.408 28%

Recursos de instituições financeiras 54.114.771 18.983.761 35.131.010 185%

Depósitos de clientes 385.898.261 291.778.521 94.119.740 32%

Outros passivos 9.929.618 8.724.595 1.205.023 14%

Provisões para riscos e encargos 2.512.739 2.015.794 496.945 25%

Passivo total 459.232.543 326.778.417 132.454.126 41%

Fundos próprios + passivo 514.338.506 375.306.380 139.032.126 37%

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201582 INFORMAÇÃO FINANCEIRA

O Activo Total do Banco atingiu os 514.338.506 milhares de AKZ, tendo-se registado um aumento de 139.032.126 milhares de AKZ (+37%) em relação a 2014, em resultado do crescimento do Cré-dito sobre Clientes em 50.285.810 de milhares AKZ (+26%), das Obrigações e outros títulos em 80.558.665 (+184%) e das Imobilizações Corpóreas em 6.625.344 (+21%).

Activo 2014

5%

52%

18%3%

9%

0,4%

2%

12%

Disponibilidades

Aplicações de liquidez

Cred. s/ clientes(líquido)

Imob. corpóreas

O. activos

Imob. incorp.

Obg. e o. títulos

Participações

Activo 2015

2%

48%

14%2%

8%0,4%

2%

24%

Disponibilidades

Aplicações de liquidez

Cred. s/ clientes(líquido)

Imob. corpóreas

O. activos

Imob. incorp.

Obg. e o. títulos

Participações

A estrutura do Passivo do Banco cresceu face ao período homólogo em 41%, cifrando-se em 459.232.543 milhares de 2015. É de salientar o aumento do volume de recursos de clientes em 94.119.740 milhares de AKZ (+32%), atingindo os 385.898.261 milhares de AKZ, mantendo-se a principal fonte de financiamento do Banco.

Empréstimo subordinado

Recursos de instituições financeiras

Provisões para riscos e encargos

Outros passivos

Depósitos de clientes

Passivo 2014

89%

2%

1%

3% 6%

Empréstimo subordinado

Recursos de instituições financeiras

Provisões para riscos e encargos

Outros passivos

Depósitos de clientes

Passivo 2015

84%

1%1%

2%12%

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83ATLANTICO | Relatório e Contas 2015INFORMAÇÃO FINANCEIRA

Os Fundos Próprios registaram uma evolu-ção resultante do crescimento dos resulta-dos, que aumentaram em 4.652.599 milhares de AKZ (+73%) em relação ao fecho de 2014. Neste período, verificámos um crescimento de 1.275.096 milhares de AKZ (+25%) das Re-servas e 637.548 AKZ (+23%) dos Resultados Transitados.

Fundos próprios 2014

Capital social

Reservas Resultado líquido

Resultados transitados

Resultados potenciais

70%13%

11%

6%

0,2%

Capital social

Reservas Resultado líquido

Resultados transitados

Resultados potenciais

Fundos próprios 2015

62%

20%

0%

6%

12%

Em 31 de Dezembro de 2015, verificou-se um crescimento líquido da carteira de crédito em 50.285.810 milhares de AKZ (+26%) face ao período homólogo, em resultado da política do Banco de apoio a projectos de investimento. As provisões de crédito vencido aumentaram face a 2014 em 8.193.694 (+89%) e correspon-deram a 6,6% do total do crédito concedido.

-20

250

Créditos s/ clientes bruto

(-) Provisões de crédito

Dez.-14 Dez.-15

-9.169.729

+26%

-17.363.423

195.623.864

245.909.674

204.793.593

263.273.097

Crédito líquido

(Milhares de AKZ)

Crédito sobre clientes (líquido)245.909.674 milhares de AKZ (+26%)

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201584 INFORMAÇÃO FINANCEIRA

CRéDITO SOBRE CLIENTES

(Milhares de AKZ)

2015 2014 Variação abs. Variação %

Empresas 227.873.202 178.204.341 49.668.861 28%

Crédito em conta corrente 23.762.464 16.389.396 7.373.068 45%

Adiantamento a depositantes 17.438.567 5.511.473 11.927.094 216%

Empréstimos 186.672.171 156.303.472 30.368.699 19%

Particulares 13.361.828 12.122.264 1.239.564 10%

Crédito habitação 8.584.550 6.737.743 1.846.807 27%

Crédito consumo 937.165 1.011.413 (74.248) -7%

Outras finalidades 3.840.113 4.373.108 (532.995) -12%

Proveitos a receber 22.038.067 14.466.988 7.571.079 52%

Total crédito concedido 263.273.097 204.793.593 58.479.504 29%

O crédito concedido a empresas representa 87% do crédito total concedido em 2015. Cerca de 71% do crédito concedido correspondeu a empréstimos, ou seja, operações de médio e longo prazo para apoio ao desenvolvimento de projectos de investimento, nomeadamente construção e pro-moção imobiliária.

O Crédito Indirecto registou um aumento no ano 2015 passando de 28.993.977 milhares de AKZ para 31.588.736 milhares de AKZ. Apesar da redução verificada face ao ano 2014 (-6%), os Créditos Documentários de Importação representaram 52% (16.404.979 milhares de AKZ) do total do Crédito Indirecto, fruto da es-tratégia de controlo de risco do Banco, do au-mento das necessidades de importação, tendo em conta o contexto macroeconómico actual e do apoio à importação e à tesouraria.

+9%

28.993.97731.588.736

11.464.14315.183.757

17.529.834 16.404.979

Crédito indirecto

0

10

20

30

40

50

Garantiasprestadas

Créditos documentáriosde importação

Dez.-14 Dez.-15

(Milhares de AKZ)

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85ATLANTICO | Relatório e Contas 2015INFORMAÇÃO FINANCEIRA

O crédito por cartões cifrou-se em 965.227 milhares de AKZ. Verificámos um aumento de 419.766 milhares (+77%) comparativamente a 2014, em resultado do aumento do crédito aos Cartões Visa +303.289 milhares de AKZ (+155%) face ao período homólogo.

+77%

545.461499.392

465.835

196.103

349.358

965.227

Crédito por cartões

Visa Unicre

Dez.-14 Dez.-15

0

500

1000

(Milhares de AKZ)

O investimento em Títulos e Valores Mobi-liários cresceu 80.558.565 milhares de AKZ (+184%) no ano 2015, atingindo um montante de 124.405.273 milhares de AKZ.

A alteração do instrutivo das reservas obriga-tórias em 2015 esteve na base do aumento dos títulos, na medida em que possibilitou o cum-primento da exigibilidade em Obrigações do Tesouro em 20%, quando se tratam de opera-ções em moeda nacional.

Face a 31 de Dezembro de 2014, registou-se maior crescimento nos Títulos Mantidos até ao Vencimento, especialmente nas Obrigações do Tesouro indexadas à moeda estrangeira em +167% (51.146.376 milhares de AKZ).

O Banco detinha a 31 de Dezembro de 2015 na sua carteira Títulos Mantidos até ao Venci-mento (106.586.134 milhares de AKZ), Títulos

Mantidos para Negociação (14.321.519 milha-res de AKZ) e Títulos Disponíveis para Venda (3.497.620 milhares de AKZ).

+184%

43.846.708

43.269.211

577.497

106.586.134

3.497.62014.321.519

124.405.273

Títulos mantidos até ao vencimento

Títulos disponíveis para venda

Títulos mantidos para negociação

Dez.-14 Dez.-15

Títulos e valores mobiliários

(Milhares de AKZ)

0

75

150

Títulos e valores mobiliários 124.405.273 milhares de AKZ (+184%)

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201586 INFORMAÇÃO FINANCEIRA

As Disponibilidades atingiram o total de 72.721.042 milhares de AKZ. Este valor representa um acréscimo de 9% (+5.912.139 milhares de AKZ) em relação ao ano anterior associado ao aumento das Disponibilidades no Banco Central, uma vez que se assistiu a uma redução das Disponibilida-des em caixa e noutras instituições financeiras.

O decréscimo dos valores em caixa face a Dezembro 2014 em 4% (-533.184 milhares de AKZ) esteve associado à redução das Disponibilidades em moeda estrangeira, justificada pela actual conjuntura macroeconómica.

DISPONIBILIDADES

(Milhares de AKZ)

2015 2014 Variação abs. Variação %

Caixa 12.275.079 12.808.263 (533.184) -4%

Disponibilidades Banco Central 52.755.768 44.153.001 8.602.767 19%

Disponibilidades instituições financeiras 7.690.195 9.847.639 (2.157.444) -22%

disponibilidades 72.721.042 66.808.903 5.912.139 9%

Caixa

Disponibilidades Banco Central

Disponibilidades instituições financeiras

Dez.-14 Dez.-15

Disponibilidades

(Milhares de AKZ)

0

50

100+9%

66.808.903

12.808.263

44.153.001

9.847.639

12.275.079

52.755.768

7.690.195

72.721.042

A rubrica de Depósitos do Banco Central no montante de 52.755.768 milhares de AKZ inclui a posição de Reservas Obrigatórias definidas pelo BNA. As Reservas Obrigatórias são deter-minadas de acordo com disposto no instrutivo n.º 19/15. Assistiu-se a um acréscimo das Re-servas Obrigatórias em 8.602.767 milhares de AKZ (19%) essencialmente pelo aumento em +122% dos depósitos em moeda nacional no Banco Central.

A redução das Reservas Obrigatórias em moe-da estrangeira está associada à redução dos depósitos em moeda estrangeira no Banco Central, devido à conjuntura actual.

disponibilidades 72.721.042 milhares de AKZ (+9%)

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87ATLANTICO | Relatório e Contas 2015INFORMAÇÃO FINANCEIRA

+19%

44.153.001

52.755.768

21.593.404 48.014.747

22.559.597

4.741.021

Moeda nacional Moeda estrangeira

Dez.-14 Dez.-15

Reservas obrigatórias

(Milhares de AKZ)

0

30

60

A evolução do imobilizado corpóreo reflecte o processo de crescimento do ATLANTICO ao longo de 2015, nomeadamente o efeito re-sultante da abertura de Centros ATLANTICO alinhado com o plano de expansão, facto que implicou o aumento dos imóveis de uso pró-

prio em 5.697.869 milhares de AKZ (+31%) e igualmente dos equipamentos necessários para equipar os centros em 1.551.922 milhares de AKZ (+22%). Em 2015, das dez estruturas fí-sicas para os Centros de Negócio abertos, sete são imóveis próprios.

Imobilizações corpóreas 38.765.417 milhares de AKZ (+21%)

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201588 INFORMAÇÃO FINANCEIRA

O total de recursos do Banco atingiu os 440.012.032 milhares de AKZ, o que correspondeu a um crescimento de 129.250.750 milhares de AKZ (+42%) face ao ano 2014, em que os Depósitos de Clientes representaram 73% desse crescimento. O peso dos Depósitos de Clientes foi de 88% do total de recursos, ligeiramente abaixo do verificado no ano 2014 (94%).

RECuRSOS TOTAIS

(Milhares de AKZ)

2015 2014 Variação abs. Variação %

Recursos de instituições financeiras 54.114.771 18.983.761 35.131.010 185%

Depósitos de clientes à vista 167.752.545 114.090.462 53.662.083 47%

Moeda nacional 127.307.591 75.215.669 52.091.922 69%

Moeda estrangeira 40.444.954 38.874.793 1.570.161 4%

Depósitos de clientes a prazo 218.145.716 177.688.059 40.457.657 23%

Moeda nacional 100.142.553 78.605.887 21.536.666 27%

Moeda estrangeira 115.914.392 97.184.482 18.729.910 19%

Custos a pagar 2.088.771 1.897.690 191.081 10%

Recursos totais 440.013.032 310.762.282 129.250.750 42%

Recursos totais 440.013.032 milhares de AKZ (+42%)

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89ATLANTICO | Relatório e Contas 2015INFORMAÇÃO FINANCEIRA

Recursos totais

(Milhares de AKZ)

Depósitos de clientes

Dez.-14 Dez.-15

0

250

500

+42%

310.762.282

18.983.761

291.778.521

54.114.771

385.898.261

440.013.032

Recursos de instituições financeiras

Os recursos de clientes atingiram em 2015 o total de 385.898.261 milhares de AKZ. Este va-lor representa um crescimento de 94.119.740 (+32%) em relação ao ano prévio, reflectindo o esforço que o Banco tem vindo a fazer na dinamização da captação de recursos. Os De-pósitos a Prazo correspondem a 57% dos De-pósitos de Clientes, -4 p.p. do que em 2014 e os Depósitos à Vista 43%, -4 p.p.

O crescimento mais significativo verificou-se nos Depósitos à Vista, cujo montante atingiu o valor de 167.752.545 milhares de AKZ em 2015, face aos 114.090.462 milhares de AKZ regista-dos em 2014, o que representa um aumento de 53.662.083 milhares de AKZ (+47%).

O aumento dos Depósitos à Vista foi essencial-mente em moeda nacional no valor de 52.091.922 milhares de AKZ (+69%), em relação à evolução da moeda estrangeira em 4%, esteve associado principalmente à desvalorização cambial.

O crescimento dos Depósitos a Prazo em moeda estrangeira reflecte, por um lado, o im-pacto da flutuação cambial tendo em conta o contexto macroeconómico e, por outro lado, a tendência de poupança dos clientes nessa moeda, o qual representou, em 2015, 53% do total de Depósitos a Prazo do Banco.

Depósitos de clientes

(Milhares de AKZ)

Depósitos de clientes à vista

Dez.-14 Dez.-15

0

250

500

Depósitos de clientes a prazo

+32%

291.778.521

385.898.261

114.090.462

167.752.545

177.688.059218.145.716

depósitos de clientes 385.898.261 milhares de AKZ (+32%)

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201590 INFORMAÇÃO FINANCEIRA

Apesar da estratégia de funding do Banco ser assegurada fundamentalmente por Depósitos de Clientes, o ano 2015 foi pautado por um au-mento de Captações de Liquidez em compara-ção com o período homólogo, associado a uma necessidade de liquidez tanto em moeda nacio-nal como em moeda estrangeira, face à conjun-tura do mercado.

As Captações de Liquidez registaram um au-mento significativo (35.131.010 milhares de AKZ) quando comparadas ao período homólogo.

Captações de liquidez

(Milhares de AKZ)

Captações de liquidez – no país

Dez.-14 Dez.-15

Captações de liquidez – no estrangeiro

+185%

18.983.761

54.114.771

28.180.642

25.934.12815.158.857

3.824.9040

30

15

45

60

Recursos de instituições financeiras 54.114.771 milhares de AKZ (+185%)

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91ATLANTICO | Relatório e Contas 2015INFORMAÇÃO FINANCEIRA

7.2. demonstração de resultados

DEMONSTRAçãO DE RESuLTADOS

(Milhares de AKZ)

2015 2014 Variação Variação

(+) Juros e proveitos equiparados 29.380.842 24.413.450 4.967.392 20%

(-) Juros e custos equiparados (10.023.842) (7.300.470) (2.723.372) 37%

Margem financeira 19.357.000 17.112.980 2.244.020 13%

(+) Comissões líquidas e outros proveitos 7.121.289 3.859.584 3.261.705 85%

(+) Resultados em operações financeiras 16.168.562 5.895.050 10.273.512 174%

Produto bancário líquido 42.646.851 26.867.614 15.779.237 59%

(-) Fornecimentos e serviços de terceiros 9.059.224 8.579.218 480.006 6%

(-) Custos com pessoal 9.304.415 5.124.388 4.180.027 82%

(-) Outros custos e proveitos 756.342 313.071 443.271 142%

(-) Depreciações 1.962.045 1.479.855 482.190 33%

(-) Provisões crédito 6.592.202 2.244.889 4.347.313 194%

(-) Outras provisões exercício 1.366.906 709.310 657.596 93%

Resultado operacional 13.605.717 8.416.883 5.188.834 62%

Resultado não operacional 700.720 (265.056) 965.776 -364%

Resultado antes de impostos 14.306.437 8.151.827 6.154.610 75%

(-) Imposto corrente (3.278.359) (1.776.348) (1.502.011) 85%

(-) Imposto diferido - - - -

Resultado líquido 11.028.078 6.375.479 4.652.599 73%

O Resultado Líquido situou-se nos 11.028.078 milhares de AKZ no ano 2015, significando um aumento de 4.652.599 milhares de AKZ face ao período homólogo (+73%). Este resultado está associado ao crescimento verificado no Produ-to Bancário.

Resultado líquido 11.028.078 milhares de AKZ(+73%)

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201592 INFORMAÇÃO FINANCEIRA

O Produto Bancário atingiu os 42.646.851 mi-lhares de AKZ, representando um aumento de 15.779.237 milhares de AKZ (+59%) face ao ho-mólogo, essencialmente pelo crescimento da Margem Complementar em 13.535.217 milhares de AKZ (+139%). A Margem Complementar re-presentou 55% do Produto Bancário em 2015, enquanto a Margem Financeira teve um peso de 45%, tendo ainda a primeira ganho peso em relação ao ano 2014 em +18 p.p.

PRODuTO BANCáRIO LíQuIDO

(Milhares de AKZ)

2015 2014 Variação abs. Variação %

(+) Margem financeira 19.357.000 17.112.980 2.244.020 13%

(+) Juros e proveitos equiparados 29.380.842 24.413.450 4.967.392 20%

(-) Juros e custos equiparados 10.023.842 7.300.470 2.723.372 37%

(+) Margem complementar 23.289.851 9.754.634 13.535.217 139%

(+) Comissões líquidas e outros proveitos 7.121.289 3.859.584 3.261.705 85%

(+) Resultados em operações financeiras 16.168.562 5.895.050 10.273.512 174%

Produto bancário líquido 42.646.851 26.867.614 15.779.237 59%

Produto bancário líquido

(Milhares de AKZ)

Margem financeira

Dez.-14 Dez.-15

Margem complementar

+59%

26.867.614

17.112.980

9.754.634

19.357.000

23.289.851

42.646.851

0

10

20

30

40

50

Produto bancário 42.646.851 milhares de AKZ (+59%)

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93ATLANTICO | Relatório e Contas 2015INFORMAÇÃO FINANCEIRA

A Margem Complementar atingiu os 23.289.851 milhares de AKZ, correspondendo a um cresci-mento de 13.535.217 milhares de AKZ (+139%) que em 2014. Este aumento deve-se essencial-mente à evolução das Operações Financeiras, que cresceram face ao ano 2014 em 10.273.512 milhares de AKZ (+174%) e por outro lado, pelo aumento das Comissões Líquidas que cresce-ram em 3.261.705 milhares de AKZ, +85% em relação ao período homólogo.

Representado 69% da Margem Complementar, as Operações Financeiras atingiram os 16.168.562 milhares de AKZ (+174%) que em 2014.

Margem complementar

(Milhares de AKZ)

Comissões líquidas

Dez.-14 Dez.-15

Resultados em operações financeiras

+139%

9.754.634

23.289.851

7.121.289

16.168.5623.859.584

5.895.050

10

0

20

30

Margem complementar 23.289.851 milhares de AKZ (+139%)

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201594 INFORMAÇÃO FINANCEIRA

As Operações Financeiras atingiram no ano 2015 um montante de 16.168.562 milhares de AKZ. Este valor registou um acréscimo 10.273.512 mi-lhares de AKZ (+ 174%), associado essencialmen-te ao aumento do volume dos ganhos derivados de operações cambiais que passou de 5.682.618 milhares de AKZ em 2014 para 12.201.672 mi-lhares de AKZ em 2015 (+115%), explicado pelo spread (5,43%) acima do homólogo em 4,13 p.p.

Contribuindo com 37% no crescimento das Ope-rações Financeiras estiveram os resultados de reavaliação cambial no valor de 3.966.890 mi-lhares de AKZ, gerados essencialmente por pro-veitos de reavaliação das obrigações indexadas.

Os Serviços Bancários (comissões) atingiram no ano 2015 um montante de 7.121.289 milhares de AKZ. Este valor de comissionamento líquido registou um crescimento de 3.261.705 milhares de AKZ, +85% face ao ano anterior, cujo mon-tante era de 3.859.584 milhares de AKZ.

O aumento deveu-se ao crescimento do núme-ro de operações em +1.921.379 unidades em re-lação a 2014 (+63%), que gerou o incremento de +3.261.705 milhares de AKZ no volume de Comissões Líquidas, +24% do aumento da Mar-gem Complementar.

Explicando 85% do incremento no volume de comissões, estiveram as Comissões de Crédi-to Documentário +1.587.533 milhares de AKZ (+406%), Comissões de Operações Cambiais +762.450 milhares de AKZ (+97%) e Comis-sões de Banca de Investimento com +407.986 milhares de AKZ (+279%).

Operações financeiras

(Milhares de AKZ)

Ganhos cambiais

Dez.-14 Dez.-15

Reavaliação cambial

+174%

5.895.050

212.432

5.682.6183.966.890

12.201.672

16.168.562

0

10

15

5

20

Operações financeiras 16.168.562 milhares de AKZ (+174%)

Comissões 7.121.289 milhares de AKZ (+85%)

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95ATLANTICO | Relatório e Contas 2015INFORMAÇÃO FINANCEIRA

COMISSõES LíQuIDAS E OuTROS PROVEITOS

(Milhares de AKZ)

2015 2014 Variação abs. Variação %

(+) Comissões recebidas 7.422.054 3.974.175 3.447.879 87%

Transferências emitidas/recebidas 672.693 593.378 79.315 13%

Levantamentos 572.722 173.443 399.279 230%

Prestação de garantias 423.261 206.774 216.487 105%

Aberturas de créditos documentários 1.978.481 390.928 1.587.553 406%

Aberturas de linhas de crédito 982.490 874.252 108.238 12%

Comissão banca de investimento 554.147 146.161 407.986 279%

Comissões operações cambiais 1.546.918 784.468 762.450 97%

Alfândega 286.438 283.911 2.527 1%

Comissões TPA 193.023 163.504 29.519 18%

Outras comissões 211.881 357.356 -145.475 -41%

(-) Comissões pagas 300.765 114.591 186.174 162%

Outros serviços 300.765 114.591 186.174 162%

Comissões líquidas e outros proveitos 7.121.289 3.859.584 3.261.705 85%

A evolução da Margem Financeira durante o exercício de 2015 esteve associada ao cresci-mento absoluto dos proveitos dos activos, que foram superiores aos dos custos dos passivos, 29.380.842 milhares de AKZ e 10.023.842 mi-lhares de AKZ, respectivamente.

À semelhança do ano transacto, os Juros de Créditos foram a rubrica com maior peso nos Juros e Proveitos Equiparados (AKZ 23.662.770 milhares de AKZ), correspondendo a 81% do total de Proveitos Financeiros.

A evolução dos Proveitos Financeiros justifi-ca-se pelo aumento dos juros provenientes de crédito em 3.034.446 milhares de AKZ (+15%) e pelo aumento dos juros provenientes dos títulos em 1.719.661 milhares de AKZ (+47%), associado ao crescimento do volume destes activos em +50.285.810 milhares de AKZ de créditos (+26%) e +80.558.565 milhares de AKZ de títulos +184%.

Margem financeira

(Milhares de AKZ)

+13%

17.112.98019.357.000

24.413.450 29.380.842

7.300.47010.023.842

Custos financeiros

Proveitos financeiros

Dez.-14 Dez.-15

0

25

50

-25

Margem financeira 19.357.000 milhares de AKZ (+13%)

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201596 INFORMAÇÃO FINANCEIRA

Proveitos equiparados

(Milhares de AKZ)

+20%

24.413.450

29.380.842

3.634.444

5.354.105

20.628.324

150.682

23.662.770

363.9670

10

20

30

Juros de títulos

Crédito sobre clientes

Aplicações em instituições financeiras

Dez.-14 Dez.-15

Do lado do passivo, verificou-se um crescimento do valor total de juros a pagar, tanto nos depó-sitos como nas Captações de Liquidez de 1.355.956 milhares de AKZ (+128%) e 1.323.584 milhares de AKZ (+21%), respectivamente.

Os custos com depósitos corresponderam a 75% dos custos financeiros em 2015.

O crescimento dos custos procedentes dos Depósitos a Prazo esteve associado ao aumento do volume destes em 40.457.657 milhares de AKZ (+23%).

Custos equiparados

(Milhares de AKZ)

+37%

7.300.470

10.023.842

1.059.563

7.484.7176.161.133

79.774

2.415.519

123.6060

5

10

15

Recursos de instituições financeiras

Depósitos

Custos de outras captações

Dez.-14 Dez.-15

JuROS E PROVEITOS EQuIPARADOS

(Milhares de AKZ)

2015 2014 Variação abs. Variação %

Juros de títulos 5.354.105 3.634.444 1.719.661 47%

BT - - - 0%

TBC - - - 0%

OT 5.354.105 3.634.444 1.719.661 47%

Crédito sobre clientes 23.662.770 20.628.324 3.034.446 15%

Aplicações em instituições financeiras 363.967 150.682 213.285 142%

Juros e proveitos equiparados 29.380.842 24.413.450 4.967.392 20%

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97ATLANTICO | Relatório e Contas 2015INFORMAÇÃO FINANCEIRA

JuROS E CuSTOS EQuIPARADOS

(Milhares de AKZ)

2015 2014 Variação abs. Variação %

Recursos de instituições financeiras 2.415.519 1.059.563 1.355.956 128%

Depósitos 7.484.717 6.161.133 1.323.584 21%

Custos de outras capt. (div. subordinada) 123.606 79.774 43.832 55%

Juros e custos equiparados 10.023.842 7.300.470 2.723.372 37%

Em 2015, os Custos Operacionais alcançaram 29.041.134 milhares de AKZ, tendo registado um aumento de 57% comparativamente ao ano 2014 (+10.590.403 milhares de AKZ), es-sencialmente pelo aumento com Custos com Pessoal e Provisões.

Atingindo 9.304.415 milhares de AKZ, os Custos com Pessoal corresponderam a cerca de 32% do peso total dos Custos Operacionais durante o ano, registando um aumento de 4.180.027 mi-lhares de AKZ (+82%) face a 2014. O aumento esteve associado ao crescimento da estrutura de colaboradores do Banco que atingiu a cifra de 943 colaboradores, superior em +24% que 2014 (+183 colaboradores) e adicionalmente, ao efeito da variação cambial (+32%).

Custos operacionais 29.041.134 milhares de AKZ (+57%)

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ATLANTICO | Relatório e Contas 201598 INFORMAÇÃO FINANCEIRA

Custos operacionais

(Milhares de AKZ)

+57%

18.450.731

29.041.134

5.124.388

8.579.218

313.0711.479.8552.954.199

9.304.415

9.059.224

756.3421.962.045

7.959.108

0

10

20

30

Dez.-14 Dez.-15

Custos com pessoal

Fornecimento de terceiros

Outros custos e proveitos

Provisões

Amortizações

CuSTOS OPERACIONAIS

(Milhares de AKZ)

2015 2014 Variação abs. Variação %

Custos com pessoal 9.304.415 5.124.388 4.180.027 82%

Fornecimento de terceiros 9.059.224 8.579.218 480.006 6%

Outros custos e proveitos 756.342 313.071 443.271 142%

Impostos e taxas 362.649 140.364 222.285 158%

Penalidades autoridades reguladoras 10.000 5.692 4.308 76%

Outros custos e proveitos 383.693 167.015 216.678 130%

Amortizações 1.962.045 1.479.855 482.190 33%

Provisões 7.959.108 2.954.199 5.004.909 169%

Custos operacionais 29.041.134 18.450.731 10.590.403 57%

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99ATLANTICO | Relatório e Contas 2015INFORMAÇÃO FINANCEIRA

CuSTOS COM PESSOAL

(Milhares de AKZ)

2015 2014 Variação abs. Variação %

Remunerações 8.440.310 4.520.615 3.919.695 87%

Encargos sociais obrigatórios 273.340 207.611 65.729 32%

Outros custos com o pessoal 365.262 208.284 156.978 75%

Custos c/ formação 225.503 187.878 37.625 20%

Custos com pessoal 9.304.415 5.124.388 4.180.027 82%

As remunerações representaram 91% do total de Custos com Pessoal e inclui as remunera-ções base, o subsídio de colaboradores (férias, Natal, falhas, deslocação, renda e outros) e a remuneração variável (bónus).

O crescimento das remunerações foi de 3.919.695 milhares de AKZ (+87%), associado a variação cambial.

Os maiores crescimentos de custos de Forne-cimentos e Serviços de Terceiros em valores absolutos foram nas rubricas de serviços de se-gurança e vigilância (+353.891 milhares de AKZ) e comunicações (+220.255 milhares de AKZ). A evolução destas rubricas esteve associada à expansão do ATLANTICO, bem como à neces-sidade de reforçar estas duas áreas desenvolvi-mento do Banco.

Representando 31% dos custos operacionais, os Fornecimentos e Serviços de Terceiros au-mentaram em 480.006 milhares de AKZ (+6%), atingindo um total de 9.059.224 milhares de AKZ.

O custo com Fornecimentos e Serviços de Terceiros é explicado em 68% por: serviços especializados (+26%), segurança e vigilân-cia (+14%), deslocações (12%), comunicações (+10%) e publicidade (7%).

Custos com pessoal 9.304.415 milhares de AKZ (+82%)

FST 9.059.224 milhares de AKZ (+6%)

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ATLANTICO | Relatório e Contas 2015100 INFORMAÇÃO FINANCEIRA

FORNECIMENTOS E SERVIçOS ExTERNOS

(Milhares de AKZ)

2015 2014 Variação abs. Variação %

Serviços especializados 2.384.035 2.564.307 - 180.272 -7%

Deslocações 1.071.871 910.405 161.466 18%

Rendas 504.271 484.422 19.849 4%

Publicidade 596.491 628.937 - 32.446 -5%

Serviços de informática 497.551 606.592 - 109.041 -18%

Conservação e reparação 507.862 508.645 -783 0%

Comunicações 878.257 658.002 220.255 33%

Segurança e vigilância 1.259.168 905.277 353.891 39%

Material de consumo corrente 337.924 234.698 103.226 44%

Despesas de representação 104.441 385.555 - 281.114 -73%

Limpeza 137.000 103.583 33.417 32%

Seguros 43.085 59.319 - 16.234 -

Serviços Aduaneiros – Alfândega 97.647 124.197 - 26.550 -21%

Avenças e honorários 82.546 45.494 37.052 81%

Outros 557.075 359.785 197.290 55%

Fornecimentos e serviços externos 9.059.224 8.579.218 480.006 6%

De salientar que, em 2015, fruto da estratégia de eficiência de custo, assistiu-se a uma redu-ção de custos de várias rubricas: Serviços Espe-cializados em 180.272 milhares de AKZ (-7%) e Serviços de Informática em 109.041 em milhares de AKZ (-18%).

Em linha com a estratégia de eficiência de cus-tos estiveram o Plano de Expansão do Banco e a Estratégia de Dinamização do Negócio, o que se traduziu num cost-to-income de 49%, -8,7 p.p. abaixo do cost-to-income de 2014 (57,7%).

Cost-to-income

58%

74%

49%

69%

Dez.-14 Dez.-15

Cost-to-income com ganhos cambiais

Cost-to-income sem ganhos cambiais

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101ATLANTICO | Relatório e Contas 2015INFORMAÇÃO FINANCEIRA

7.3. Proposta de aplicação de resultados

• Resultado líquido de 11.028.078 milhares de kwanzas, em linha com o Parecer do Auditor Externo;

• 60,88% para distribuição de dividendos.

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8. DEMONSTRAçõES FINANCEIRAS E NOTAS

deMONsTRAções FINANCeIRAs

NOTAs Às deMONsTRAções

FINANCeIRAs

104

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ATLANTICO | Relatório e Contas 2015104 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

demonstrações Financeiras em Dezembro de 2015 e 2014BALANçO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

(Milhares de AKZ)

Notas 2015 2014

ACTIVO

Disponibilidades 3 72.721.042 66.808.903

Aplicações de liquidez 11.009.586 17.661.233

Operações no mercado monetário interfinanceiro 4 11.009.586 17.661.233

Títulos e valores mobiliários 124.405.273 43.846.708

Mantidos para negociação 5 14.321.519 -

Disponíveis para venda 5 3.497.620 577.497

Mantidos até o vencimento 5 106.586.134 43.269.211

Créditos no sistema de pagamentos 6 86.659 97.885

Operações cambiais 7 517.412 2.057.260

Créditos 245.909.674 195.623.864

Créditos 8 263.273.097 204.793.593

(-) Provisões para créditos de liquidação duvidosa 8 (17.363.423) (9.169.729)

Outros valores 9 11.008.933 7.305.437

Imobilizações 48.679.927 41.905.090

Imobilizações financeiras 10 8.059.571 8.425.375

Imobilizações corpóreas 10 38.765.417 32.140.073

Imobilizações incorpóreas 10 1.854.939 1.339.642

Total do activo 514.338.506 375.306.380

PASSIVO

Depósitos 385.898.261 291.778.521

À ordem 11 167.752.545 114.090.462

A prazo 11 218.145.716 177.688.059

Captações para liquidez 54.114.771 18.983.761

Operações no mercado monetário interfinanceiro 12 54.114.771 18.983.761

Obrigações no sistema de pagamentos 13 799.164 844.870

Operações cambiais 7 516.085 2.058.400

Outras captações 6.777.154 5.275.746

Dívidas subordinadas 14 6.777.154 5.275.746

Passivos por impostos correntes 15 3.278.359 1.776.348

Outras obrigações 15 5.336.010 4.044.977

Provisões para responsabilidades prováveis 16 2.512.739 2.015.794

Total do passivo 459.232.543 326.778.417

Fundos próprios 55.105.963 48.527.963

Capital social 17 34.157.900 34.157.900

Reservas e fundos 17 6.374.260 5.099.164

Resultados potenciais 17 89.474 76.717

Resultados transitados 17 3.456.251 2.818.703

Resultado do exercício 11.028.078 6.375.479

Total do passivo e dos fundos próprios 514.338.506 375.306.380

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105ATLANTICO | Relatório e Contas 2015DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

DEMONSTRAçãO DE RESuLTADOS PARA OS ExERCíCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

(Milhares de AKZ)

Notas 2015 2014

Margem financeira 19.357.000 17.112.980

Proveitos de instrumentos financeiros activos 29.380.842 24.413.450

Proveitos de créditos 18 23.662.770 20.628.324

Proveitos de títulos e valores mobiliários 18 5.354.105 3.634.444

Proveitos de aplicações de liquidez 18 363.967 150.682

(-) Custos de instrumentos financeiros passivos (10.023.842) (7.300.470)

Custos de depósitos 18 (7.484.717) (6.161.133)

Custos de captação para liquidez 18 (2.415.519) (1.059.563)

Custos de outras captações 18 (123.606) (79.774)

Resultados de operações cambiais 19 16.168.562 5.895.050

os de prestação de serviços financeiros 20 7.121.289 3.859.584

(-) Provisões para créditos de liquidação duvidosa e prestação

de garantias8 e 16 (6.592.202) (2.244.889)

Resultado de intermediação financeira 36.054.649 24.622.725

(-) Custos administrativos e de comercialização (20.717.761) (15.387.633)

Pessoal 21 (9.304.415) (5.124.388)

Fornecimentos de terceiros 22 (9.059.224) (8.579.218)

Impostos e taxas não incidentes sobre o resultado 23 (362.649) (140.364)

Penalidades aplicadas por autoridades reguladoras (10.000) (5.692)

Outros administrativos e de comercialização (19.428) (58.116)

Depreciações e amortizações 10 (1.962.045) (1.479.855)

(-) Provisões sobre outros valores e responsabilidades

Prováveis9,10 e 16 (1.366.906) (709.310)

Resultado de imobilizações financeiras 24 95.864 203.829

Outros proveitos e custos operacionais 25 (460.129) (312.728)

Proveitos e custos operacionais (22.448.932) (16.205.842)

Resultado operacional 13.605.717 8.416.883

Resultado não operacional 26 700.720 (265.056)

Resultado antes dos impostos e outros encargos 14.306.437 8.151.827

(-) Imposto corrente 27 (3.278.359) (1.776.348)

Resultado corrente líquido 11.028.078 6.375.479

Resultado do exercício 11.028.078 6.375.479

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ATLANTICO | Relatório e Contas 2015106

DEMONSTRAçãO DE MuTAçõES NOS FuNDOS PRÓPRIOS PARA OS ExERCíCIOS FINDOS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

(Milhares de AKZ)

Capital

social Reservas

Resultados

potenciais

Resultados

transitados

Resultado

do exercício Total

Saldos em 1 de Janeiro de

201433.181.960 3.868.372 50.136 1.587.910 6.153.964 44.842.342

Transferência do resultado

de 2013- 1.230.792 - 1.230.793 (2.461.585) -

Distribuição de dividendos - - - - (3.692.379) (3.692.379)

Reserva de justo valor - - 26.581 - - 26.581

Aumento de capital por:

Numerário 975.940 - - - - 975.940

Resultado do exercício - - - - 6.375.479 6.375.479

Saldos em 31 de Dezembro

de 201434.157.900 5.099.164 76.717 2.818.703 6.375.479 48.527.963

Transferência do resultado

de 2014- 1.275.096 - 637.548 (1.912.644) -

Distribuição de dividendos - - - - (4.462.835) (4.462.835)

Reserva de justo valor - - 12.757 - - 12.757

Aumento de capital por:

Numerário - - - - - -

Resultado do exercício - - - - 11.028.078 11.028.078

saldos em 31 de dezembro de 2015

34.157.900 6.374.260 89.474 3.456.251 11.028.078 55.105.963

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

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107ATLANTICO | Relatório e Contas 2015

DEMONSTRAçãO DE FLuxOS DE CAIxA PARA OS ExERCíCIOS FINDOS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

(Milhares de AKZ)

Notas 2015 2014

Fluxo de caixa da margem financeira 11.702.332 12.470.189

Recebimento de proveitos de instrumentos financeiros activos 20.557.980 19.572.333

Recebimento de proveitos de aplicações de liquidez 338.605 147.441

Recebimento de proveitos de títulos e valores mobiliários 4.437.460 3.613.891

Recebimento de proveitos de créditos 15.781.915 15.811.001

(-) Pagamento de custos de instrumentos financeiros passivos (8.855.648) (7.102.144)

Pagamento de custos de depósitos (7.291.942) (5.819.863)

Pagamento de custos de captações de liquidez (1.318.909) (1.203.333)

Pagamento de custos de outras captações (244.797) (78.948)

Fluxo de caixa dos resultado de operações cambiais 16.168.562 5.895.050

Fluxo de caixa dos resultados de prestação de serviços financeiros 7.133.049 3.859.584

Fluxo de caixa operacional da intermediação financeira 35.003.943 22.224.823

(-) Pagamento de custos administrativos e de comercialização (17.441.183) (13.369.239)

(-) Pagamento de outros encargos sobre o resultado (1.776.348) (2.288.544)

Fluxo de caixa da liquidação de operações no sistema de pagamentos (34.480) (140.235)

Fluxo de caixa dos outros valores e outras obrigações (3.554.663) 1.126.119

Recebimentos de proveitos de imobilizações financeiras - 26.581

Fluxo de caixa de outros custos e proveitos operacionais (460.129) (312.728)

Recebimento e pagamentos de outros proveitos e custos operacionais (23.266.803) (14.958.046)

Fluxo de caixa das operações 11.737.140 7.266.777

Fluxo de caixa dos investimentos em aplicações de liquidez 6.677.009 (7.087.383)

Fluxo de caixa dos investimentos em títulos e valores mobiliarios activos (79.629.163) (9.903.157)

Fluxo de caixa dos investimentos em operações cambiais (2.467) (3.904)

Fluxo de caixa dos investimentos em créditos (48.775.738) (11.008.715)

Fluxo de caixa dos investimentos da intermediação financeira (121.730.359) (28.003.159)

Fluxo de caixa dos investimentos em imobilizações (9.440.018) (13.875.249)

Fluxo de caixa dos resultados na alienação de imobilizações (14.655) 16.345

Fluxo de caixa dos outros ganhos e perdas não-operacionais 715.375 (281.401)

Fluxo de caixa das imobilizações (8.739.298) (14.140.305)

Fluxo de caixa dos investimentos (130.469.657) (42.143.464)

Fluxo de caixa dos financiamentos com depósitos 93.928.644 15.147.751

Fluxo de caixa dos financiamentos com captações para liquidez 34.034.399 (110.353)

Fluxo de caixa dos financiamentos com outras captações 1.622.600 262.200

Fluxo de caixa dos financiamentos de intermediação financeira 129.585.643 15.299.598

Recebimentos por aumentos de capital - 975.940

(-) Pagamento de dividendos (4.940.987) (3.692.379)

Fluxo de caixa dos financiamentos com fundos próprios (4.940.987) (2.716.439)

Fluxo de caixa dos financiamentos 124.644.656 12.583.159

Saldo em disponibilidades no início do exercício 3 66.808.903 89.102.431

Saldo em disponibilidades ao final do exercício 3 72.721.042 66.808.903

Variações em disponibilidades 5.912.139 (22.293.528)

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

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ATLANTICO | Relatório e Contas 2015108 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

Notas às demonstrações Financeirasem 31 de Dezembro de 2015 e 2014

1. Actividade

O Banco Privado Atlântico, S.A., que também usa a marca ATLANTICO (adiante igualmen-te designado por «Banco» ou «ATLANTICO»), foi constituído por Escritura Pública de 31 de Agosto de 2006. Através de comunicação do Banco Nacional de Angola (adiante igualmen-te designado por «BNA») de 6 de Novembro de 2006, foi autorizado e admitido o registo definitivo do ATLANTICO, tendo este iniciado a sua actividade em 17 de Novembro de 2006. O ATLANTICO opera e tem sede social em Angola, na Rua Dr. Agostinho Neto, LT2, Edifí-cio ATLANTICO, Chicala, Luanda.

O Banco dedica-se à obtenção de recursos de terceiros sob a forma de depósitos ou ou-tros, os quais aplica, juntamente com os seus recursos próprios, na concessão de emprés-timos, em depósitos no BNA, em aplicações em instituições de crédito, na aquisição de títulos e em outros activos, para os quais se encontra devidamente autorizado. O Banco presta ainda outros serviços bancários e rea-liza diversos tipos de operações em moeda estrangeira, dispondo para o efeito, em 31 de Dezembro de 2015, de uma rede de 51 bal-cões e de 15 centros de atendimento (31 de Dezembro de 2014: 45 balcões e 13 centros de atendimento).

No que se refere à estrutura accionista, confor-me detalhado na nota 17, o Banco é detido por accionistas privados angolanos.

2. Principais políticas contabilísticas

2.1. BAses de APReseNTAçãOAs demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e regis-tos mantidos pelo Banco, de acordo com os princípios contabilísticos consagrados no Pla-no Contabilístico das Instituições Financeiras (CONTIF), nos termos do Instrutivo nº 9/2007, de 19 de Setembro, emitido pelo BNA, o qual passou a vigorar a partir de 1 de Janeiro de 2010 e actualizações subsequentes, nomeadamen-te a Directiva nº 04/DSI/2011, que estabelece a obrigatoriedade de adopção das Normas Inter-nacionais de Relato Financeiro (IFRS – Interna-tional Financial Reporting Standards) em todas as matérias relacionadas com procedimentos e critérios contabilísticos que não se encontrem estabelecidos no CONTIF. O CONTIF tem como objectivo a uniformização dos registos conta-bilísticos e das divulgações financeiras numa aproximação às práticas internacionais, através da convergência dos princípios contabilísticos às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS – International Financial Reporting Stan-dards). Estes princípios poderão diferir dos ge-ralmente aceites em outros países.

As demonstrações financeiras agora apresenta-das reflectem os resultados das operações do Banco para os exercícios findos em 31 de De-zembro de 2015 e 2014 e foram preparadas de acordo com os pressupostos da continuidade e

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109ATLANTICO | Relatório e Contas 2015DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

do princípio da especialização no qual os itens são reconhecidos como activos, passivos, fundos próprios, proveitos e custos quando satisfaçam as definições e os critérios de reconhecimen-to para esses elementos contidos na estrutura conceptual, em conformidade com as caracte-rísticas qualitativas da compreensibilidade, rele-vância, materialidade, fiabilidade, representação fidedigna, substância sobre a forma, neutrali-dade, prudência, plenitude e comparabilidade.

As demonstrações financeiras do Banco, re-lativas ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2015, foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 26 de Janeiro de 2016.

As políticas contabilísticas apresentadas nesta nota foram aplicadas de forma consistente em todos os períodos das demonstrações finan-ceiras agora apresentadas. As demonstrações financeiras do Banco, em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 encontram-se expressas em milha-res de Kwanzas, conforme Aviso nº 15/2007, Artº 5º do BNA, tendo os activos e passivos denominados em moeda estrangeira sido con-vertidos com base no câmbio indicativo pu-blicado pelo BNA naquelas datas. Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, os câmbios indica-tivos do Kwanza (AKZ), publicados pelo BNA, face às divisas a que o Banco se encontra mais exposto eram os seguintes:

31.12.2015 31.12.2014

1 USD = 135,315 102,863

1 EUR = 147,832 125,195

2.2. POLÍTICAs CONTABILÍsTICAs

As políticas contabilísticas mais significativas utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes:

a) especialização dos exercíciosOs proveitos e custos são reconhecidos em função do período de vigência das operações, de acordo com o princípio contabilístico da especialização dos exercícios, sendo regista-dos quando se vencem, independentemente do momento do seu recebimento ou pagamento.

Os proveitos são considerados realizados quando: a) nas transacções com terceiros, o pagamento for efectuado ou assumido firme compromisso de efectivá-lo; b) na extinção, parcial ou total, de um activo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento simul-tâneo de um activo de valor igual ou maior; c) na geração natural de novos activos, inde-pendentemente da intervenção de terceiros; ou d) no recebimento efectivo de doações e subvenções.

Os custos, por sua vez, são considerados incor-ridos quando: a) deixar de existir o correspon-dente valor activo, por transferência da sua propriedade para um terceiro; b) pela diminui-ção ou extinção do valor económico de um ac-tivo; ou c) pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente activo.

Os dividendos são reconhecidos quando dis-tribuídos.

b) Transacções em moeda estrangeiraAs operações em moeda estrangeira são re-gistadas de acordo com os princípios do sis-tema multi-currency, sendo cada operação registada em função das respectivas moedas de denominação. As transacções em moeda estrangeira são convertidas para Kwanzas à taxa de câmbio indicativa publicada pelo BNA na data da transacção. Os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para Kwanzas à taxa de câm-bio indicativa publicada pelo BNA à data do

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ATLANTICO | Relatório e Contas 2015110 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

balanço. Os custos e proveitos relativos a dife-renças cambiais, realizadas ou potenciais, são registados na demonstração dos resultados do exercício em que ocorrem.

Os activos e passivos não monetários são re-gistados ao custo histórico.

Os activos e passivos não monetários expres-sos em moeda estrangeira, registados ao custo histórico, são convertidos para Kwanzas à taxa de câmbio indicativa publicada pelo BNA na data da transacção.

Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a pra-zo são imediatamente registadas na posição cambial. Sempre que estas operações condu-zam a variações dos saldos líquidos das dife-rentes moedas, há lugar à movimentação das contas de posição cambial, à vista ou a pra-zo, cujo conteúdo e critério de reavaliação são como segue:

Posição cambial à vistaA posição cambial à vista em cada moeda é dada pelo saldo líquido dos activos e passivos dessa moeda, assim como das operações à vista a aguardar liquidação e das operações a prazo com vencimento nos dois dias úteis sub-sequentes. A posição cambial à vista é reava-liada diariamente com base na taxa de câmbio indicativa publicada pelo BNA nessa data, dan-do origem à movimentação da conta de posi-ção cambial (moeda nacional), por contrapar-tida de resultados.

Posição cambial a prazoA posição cambial a prazo em cada moeda corresponde ao saldo líquido das operações a prazo a aguardar liquidação, com exclusão das que se vençam dentro dos dois dias úteis sub-sequentes. Todos os contratos relativos a estas operações (forwards de moeda) são reavalia-dos às taxas de câmbio a prazo do mercado

ou, na ausência destas, através do seu cálculo com base nas taxas de juro aplicáveis ao prazo residual de cada operação. A diferença entre os contravalores em Kwanzas às taxas de rea-valiação a prazo aplicadas, e os contravalores às taxas contratadas, que representam o custo ou proveito ou o custo de reavaliação da po-sição cambial a prazo, é registada nas rubricas de «Operações cambiais» do activo ou do pas-sivo, por contrapartida de resultados.

c) Créditos

Classificação dos créditosOs créditos concedidos a clientes são activos financeiros inicialmente registados pelos valo-res contratados, quando originados pelo Ban-co, ou pelos valores pagos, quando adquiridos a outras entidades. A componente de juros é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de balanço, sendo os respectivos proveitos periodificados em resul-tados ao longo da vida das operações de cré-dito, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos.

Os créditos são subsequentemente registados pelo seu valor inicial, líquido das amortizações e provisões para créditos de liquidação duvidosa.

As responsabilidades relativas a garantias e avales prestados e créditos documentários são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comis-sões ou outros proveitos registados em rubricas de resultados ao longo da vida das operações. Desde a publicação do Aviso nº 11/2014, de 10 de Dezembro, do BNA, as operações de crédi-to, por desembolso, são concedidas em moeda nacional para todas as entidades, com excepção das operações de crédito concedido aos ex-portadores e ao Estado angolano, em quais-quer prazos e para quaisquer finalidades de crédito.

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111ATLANTICO | Relatório e Contas 2015DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

As operações de crédito concedido a clientes, as garantias e avales prestados e os créditos docu-mentários, são classificadas em função do seu risco e submetidas à constituição de provisões, de acordo com o Aviso nº 3/2012, de 28 de Mar-ço, do BNA, que veio revogar o Aviso nº 4/2011, de 8 de Junho, do BNA, sobre a metodologia e classificação do crédito concedido a clientes e a determinação das respectivas provisões.

Nos termos do Aviso nº 3/2012, de 28 de Mar-ço, do BNA, o Banco classifica as operações de crédito concedido, as garantias e avales pres-tados e os créditos documentários por ordem crescente de risco, de acordo com os seguin-tes níveis:

Nível Risco

A Nulo

B Muito reduzido

C Reduzido

D Moderado

E Elevado

F Muito elevado

G Perda

Na fase de concessão de crédito, as operações de crédito são classificadas com base nos se-guintes critérios definidos pelo Banco:

• os créditos assumidos pelo Estado angola-no, englobando as suas administrações cen-trais e provinciais, são classificados no nível de risco A;

• os créditos concedidos a empresas públicas são classificados no nível de risco B;

• os créditos concedidos a colaboradores são classificados no nível de risco B;

• as restantes operações de crédito são classifi-cados no nível B ou C consoante a percepção de risco que decorre da avaliação do cliente, nomeadamente da sua capacidade para fa-zer face ao serviço de dívida, e da compo-nente financeira da operação, sustentada na análise de cash-flows e garantias (tipologia e rácio de cobertura do crédito).

As operações de crédito que registam incum-primento são classificadas em função dos ní-veis de risco atribuídos na fase de concessão de crédito e da antiguidade do incumprimento na data de referência das demonstrações fi-nanceiras, respectivamente.

A classificação das operações de crédito a um mesmo cliente, para efeitos de constituição de provisões, é efectuada na classe que apresen-tar maior risco.

A revisão e reclassificação do nível de risco de uma operação decorre de avaliação efec-tuada em sede de reunião semanal do Comité de Crédito do Banco, tendo em consideração a percepção de risco associada à operação de crédito e a existência de eventuais garantias que estejam a colateralizar a dívida junto do Banco.

Sem prejuízo da revisão anteriormente des-crita, a classificação das operações de crédito é revista mensalmente, em função do tempo decorrido desde a data de entrada das ope-rações em incumprimento, de acordo com a seguinte tabela:

Níveis de risco A B C D E F G

Tempo decorrido

desde a data de

incumprimento

até 15

dias

de 15 a 30

dias

de 1 a 2

meses

de 2 a 3

meses

de 3 a 5

meses

de 5 a 6

meses

mais de 6

meses

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ATLANTICO | Relatório e Contas 2015112 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

A reclassificação do crédito para uma categoria de menor risco, em função da redução do atraso, está limitada ao nível estabelecido na classificação inicial ou decorrente da avaliação periódica do risco.

Para os créditos concedidos a clientes por prazos superiores a dois anos, o tempo decorrido desde a entrada em incumprimento é considerado em dobro face ao período de tempo acima indicado.

Provisões para créditos de liquidação duvidosa e prestação de garantiasAs provisões para créditos de liquidação duvidosa, destinam-se a cobrir riscos potenciais existen-tes na carteira de crédito, incluído as garantias e avales prestados e os créditos documentários e são constituídas mensalmente, resultando do produto decorrente da aplicação dos percentuais de provisionamento sobre o valor contabilístico de cada crédito, assim considerado o montante a receber do tomador do crédito, acrescido dos proveitos e dos encargos de qualquer natureza não recebidos, inclusive aqueles decorrentes de variação cambial, se houver.

Os níveis mínimos de provisionamento a aplicar a cada operação de crédito, em função do nível de risco em que a mesma se encontra classificada, são os seguintes:

Níveis de risco A B C D E F G

% de provisão

mínima0% 1% 3% 10% 20% 50% 100%

As provisões para créditos de liquidação duvidosa assim calculadas asseguram o cumprimento dos requisitos estabelecidos pelo BNA, através do Aviso nº 3/2012, de 28 de Março.

As provisões para crédito concedido são registadas no activo na rubrica «Provisões para créditos de liquidação duvidosa», a abater à rubrica «Créditos» (ver nota 8) e as provisões para garantias e avales prestados e créditos documentários não garantidos à data do balanço são apresentadas no passivo, na rubrica «Provisões para responsabilidades prováveis na prestação de garantias» (ver nota 16).

Créditos transferidos para prejuízoSeis meses após a classificação de uma operação na Classe G, desde que a mesma apresente um atraso superior a 180 dias, o Banco abate esse crédito ao activo e utiliza a respectiva provisão (transferência de crédito para prejuízo). Adicionalmente, estes créditos permanecem registados numa rubrica extrapatrimonial por um prazo mínimo de dez anos.

Renegociação dos créditosAs operações que sejam objecto de renegociação são mantidas, pelo menos, no mesmo nível de ris-co em que estavam classificadas no mês imediatamente anterior à renegociação. A reclassificação para uma classe de risco inferior ocorre apenas se houver uma amortização regular e significati-va das responsabilidades. Os ganhos ou proveitos resultantes da renegociação só são registados aquando do seu efectivo recebimento.

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113ATLANTICO | Relatório e Contas 2015DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

Recuperação dos créditos transferidos para prejuízoNas situações em que são efectuadas recu-perações de créditos anteriormente abatidos ao activo por utilização de provisões, os mon-tantes recebidos são registados na rubrica de «Resultado não operacional».

Apropriação de proveitosO Banco procede à anulação de juros vencidos há mais de 60 dias e cessa a contagem dos juros a partir dessa data, para as operações de crédito em incumprimento, até ao momento em que o cliente regularize a situação.

d) Títulos e valores mobiliários

Classificação dos títulos e valores mobiliáriosOs títulos e valores mobiliários adquiridos pelo Banco são registados pelo valor efectivamen-te pago, incluindo corretagens e emolumentos. O Conselho de Administração do Banco determi-na a classificação dos seus investimentos no reco-nhecimento inicial, numa das seguintes catego-rias, atendendo às características dos títulos e à sua intenção aquando da aquisição dos mesmos:

i. títulos para negociação;ii. títulos disponíveis para venda;iii. títulos mantidos até o vencimento.

Os rendimentos produzidos pelos títulos e va-lores mobiliários, relativos a juros corridos du-rante o prazo até o vencimento ou dividendos declarados, devem ser considerados directa-mente no resultado do período, independente-mente da categoria em que tenham sido clas-sificados, observado que os relativos às acções adquiridas há menos de seis meses devem ser reconhecidos em contrapartida à adequada conta que regista o correspondente custo de aquisição.

O Banco classifica, de igual modo, os títulos e va-lores mobiliários, em ordem crescente de riscos, nos seguintes níveis, tendo em conta os critérios definidos pelo CONTIF para a carteira de crédito:

Nível Risco

A Nulo

B Muito reduzido

C Reduzido

D Moderado

E Elevado

F Muito elevado

G Perda

Os títulos e valores mobiliários são classifica-dos com base nos seguintes critérios definidos pelo Banco:

• os títulos de dívida do Estado angolano e do BNA são classificados no nível A;

• as emissões de dívida titulada, estruturadas pelo ATLANTICO, são classificadas no nível B;

• os restantes títulos são alvo de avaliação ca-suística do seu nível de risco, em função do risco de crédito do emitente.

Títulos para negociaçãoSão considerados títulos para negociação os títulos adquiridos com o objectivo de serem activa e frequentemente negociados.

Os títulos mantidos para negociação são reco-nhecidos inicialmente ao custo de aquisição, incluindo custos directamente atribuíveis à aquisição do activo. Posteriormente, são va-lorizados ao justo valor, sendo o respectivo proveito ou custo proveniente da valorização reconhecido em resultados do exercício.

Títulos disponíveis para vendaSão considerados títulos disponíveis para ven-da os títulos passíveis de serem eventualmente negociados e que não se enquadrem nas de-mais categorias. São registados, no momento inicial, ao custo de aquisição, sendo posteriormente valorizados ao justo valor. As variações do justo valor são re-gistadas por contrapartida de fundos próprios, sendo as valias reconhecidas em resultados do exercício quando da venda definitiva do activo.

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ATLANTICO | Relatório e Contas 2015114 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

Títulos mantidos até o vencimentoSão considerados títulos mantidos até o venci-mento, aqueles que são adquiridos com a fina-lidade de os manter em carteira até ao seu ven-cimento, desde que haja capacidade financeira do Banco para tal. Essa capacidade financeira é comprovada com base em projecção de flu-xo de caixa, não considerando a possibilidade de venda dos títulos antes do vencimento.

As acções não resgatáveis não podem ser clas-sificadas na categoria «Títulos mantidos até o vencimento».

Os títulos mantidos até o vencimento são re-gistados pelo seu custo de aquisição, acres-cido dos rendimentos auferidos pela fluência dos seus prazos (incluindo periodificação do juro e do prémio/desconto por contrapartida de resultados), reconhecendo o Banco even-tuais lucros ou prejuízos apurados na data do vencimento pela diferença entre o preço reali-zado e o respectivo valor contabilístico. No caso de eventual venda dos títulos e valo-res mobiliários classificados na categoria «Títu-los mantidos até o vencimento antes do resga-te», devem ser registados os eventuais lucros ou prejuízos apurados na data da venda pela diferença entre o preço de venda e o seu valor contabilístico.

O Banco não poderá classificar quaisquer tí-tulos e valores mobiliários na categoria «Títu-los mantidos até o vencimento» se, durante o exercício económico corrente ou em algum dos dois exercícios económicos anteriores, vendeu ou reclassificou parte substancial deles antes de seu vencimento, exceptuados os ca-sos em que o valor de custo de aquisição dos títulos, acrescido dos rendimentos auferidos, não apresente diferença significativa em rela-ção ao valor de mercado. Os Títulos do Banco Central, os Bilhetes do Te-souro e as Obrigações do Tesouro são emiti-dos a valor descontado e registados pelo seu custo de aquisição. A diferença entre este e

o valor nominal, que constitui a remuneração do Banco, é reconhecida contabilisticamen-te como proveito ao longo do período com-preendido entre a data de compra e a data de vencimento dos títulos, na própria conta com a especificação «Proveitos a receber».

As Obrigações do Tesouro emitidas em moe-da nacional indexadas à taxa de câmbio do Dólar dos Estados Unidos estão sujeitas a actualização cambial. O resultado da actuali-zação cambial do valor nominal do título, do desconto e do juro corrido, é reflectido na de-monstração dos resultados do exercício em que ocorre, na rubrica «Proveitos de títulos e valores mobiliários».

Valor de mercadoA metodologia utilizada pelo Banco para apu-ramento do valor de mercado (justo valor) dos títulos é conforme segue:

i) preço médio de negociação no dia do apu-ramento ou, quando não disponível, o preço médio de negociação no dia útil anterior;

ii) valor líquido provável de realização obtido mediante adopção de técnica ou modelo in-terno de valorização;

iii) preço de instrumento financeiro semelhan-te, levando em consideração, no mínimo, os prazos de pagamento e vencimento, o risco de crédito e a moeda ou indexador; e,

iv) preço definido pelo BNA.

No caso de títulos com prazo de vencimento inferior a um ano, para os quais não existe cota-ção em mercado activo com transacções regu-lares, os mesmos são valorizados com base no custo de aquisição por se entender que reflecte a melhor aproximação ao seu valor de mercado.

Transferência de títulos entre categoriasAs transferências de uma categoria para outra somente poderão ocorrer por motivo isolado, não usual, não recorrente e que não pudesse ter sido razoavelmente antecipado, ocorrido após a data da classificação, devendo per-manecer à disposição do BNA a documenta-

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115ATLANTICO | Relatório e Contas 2015DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

ção que servir de base para a reclassificação, devidamente acompanhada de exposição de motivos do Conselho de Administração do Banco.

A eventual transferência para categoria di-versa deve levar em conta a intenção e a ca-pacidade financeira do Banco e ser efectuada pelo valor de mercado do título ou valor mo-biliário, observando-se, ainda, os seguintes procedimentos:

1) na hipótese de transferência da categoria de títulos para negociação para as demais cate-gorias, não será admitido o estorno dos va-lores já registados no resultado decorrentes de ganhos ou perdas não realizados;

2) na hipótese de transferência da categoria títulos disponíveis para venda, os ganhos e perdas não realizados, registados como componente destacado nos fundos pró-prios, devem ser reconhecidos no resultado do período: i. imediatamente, quando para a categoria

«Títulos para a negociação»; ii. em função do prazo remanescente até o

vencimento, quando para a categoria «Tí-tulos mantidos até o vencimento»;

3) na hipótese de transferência da categoria «Mantidos até o vencimento» para as de-mais categorias, os ganhos e perdas não realizados devem ser reconhecidos: i. imediatamente no resultado do período,

quando para a categoria «Títulos para a negociação»;

ii. como componente destacado nos fundos próprios, quando para a categoria «Títu-los disponíveis para a venda».

ImparidadeAs perdas de carácter permanente em títulos e valores mobiliários devem ser reconhecidas imediatamente no resultado do período, ob-servado que o valor ajustado em decorrência do reconhecimento das referidas perdas passa a constituir a nova base de valor para efeito de apropriação de rendimentos. Não se admite a reversão destas perdas.

e) Imobilizações financeiras

Participações em coligadas e equiparadas São consideradas participações em coligadas ou equiparadas, as participações em sociedades, nas quais o Banco detém, directa ou indirecta-mente, uma percentagem igual ou superior a 10% do respectivo capital votante, sem controlá-la.

O Banco aplica o método da equivalência patrimo-nial para a valorização das suas participações em coligadas e equiparadas nas seguintes situações:

a) quando as participações societárias estejam em relação de grupo; ou

b) quando as participações societárias sejam relevantes e o Banco tenha influência na sua administração, ou quando a percentagem de participação, directa ou indirectamente, representar 20% (vinte por cento) ou mais do capital votante da participada.

Uma participação societária considera-se em relação de grupo quando seja exercido um do-mínio sobre a Sociedade, reflectido através de um controlo operacional, nos casos em que te-nham administração ou gestão comum, ou por um controlo societário, quando o controlo é ob-tido através do somatório da percentagem de-tida directamente pelo Banco, pelos seus admi-nistradores, controladores e empresas ligadas.

Uma participação societária considera-se rele-vante quando:

a) o seu valor contabilístico for igual ou supe-rior a 10% dos fundos próprios do Banco; ou

b) o valor contabilístico das várias participadas, considerado em conjunto, for igual ou supe-rior a 15% dos fundos próprios do Banco.

De acordo com o método da equivalência pa-trimonial, as imobilizações financeiras são re-gistadas inicialmente pelo seu custo de aqui-sição e posteriormente ajustadas em função das alterações verificadas, após a aquisição, na quota-parte do Banco nos activos líquidos das correspondentes participadas. Os resultados

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ATLANTICO | Relatório e Contas 2015116 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

do Banco incluem a parte que lhe corresponde nos resultados dessas participadas.

Adicionalmente, o Banco deve constituir uma provisão para perdas, quando existir passivo a descoberto, na participada, e houver intenção manifesta do Banco em manter o seu apoio fi-nanceiro à mesma.

Deve deixar de ser avaliado pelo método da equivalência patrimonial, a participação socie-tária em sociedades coligadas e equiparadas com efectiva e clara evidência de perda de continuidade de suas operações ou no caso em que estas estejam a operar sob severas restrições a longo prazo que prejudiquem sig-nificativamente a sua capacidade de transferir recursos para a investidora.

Nas situações em que a valorização pelo mé-todo da equivalência patrimonial não é aplicá-vel, as imobilizações financeiras encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido de provisões para perdas.

Quando esta se encontra denominada em moe-da estrangeira e o método de equivalência pa-trimonial é aplicável, a participação societária é objecto de actualização cambial, sendo o resul-tado desta actualização cambial reflectido em rubrica específica nos fundos próprios. Quan-do o método de equivalência patrimonial não é aplicável, o custo de aquisição não é objecto de actualização cambial. Participações em outras sociedadesSão consideradas participações em outras so-ciedades, as participações em sociedades, nas quais o Banco detém, directa ou indirectamen-te, uma percentagem inferior a 10% do respec-tivo capital votante.

As participações em outras sociedades são avaliadas pelo custo de aquisição, deduzido da provisão para perdas.

Os rendimentos decorrentes desses inves-timentos, relativos a dividendos declarados,

devem ser considerados directamente no re-sultado do período. As participações adquiri-das com dividendos propostos e não pagos (ex-dividendos) devem ter esses dividendos reconhecidos como custo de aquisição em contrapartida à respectiva conta no resultado do período.

Quando esta se encontra denominada em moeda estrangeira não é objecto de actualiza-ção cambial.

Outros investimentosEsta rubrica inclui direitos de qualquer natu-reza não classificáveis nas demais rubricas do activo, nem em imobilizações corpóreas ou in-corpóreas, tais como, património artístico.

f) Imobilizações incorpóreas e corpóreas

Imobilizações incorpóreasAs imobilizações incorpóreas correspondem, essencialmente, a gastos com trespasses, or-ganização e expansão, benfeitorias em imóveis de terceiros e software, sempre que o Banco consiga demonstrar que os mesmos venham a gerar benefícios económicos futuros. Estas despesas são registadas pelo seu custo de aquisição e amortizadas linearmente por duo-décimos ao longo de um período de três anos, com excepção das benfeitorias realizadas em imóveis de terceiros, as quais são amortizadas pelo menor entre o período de expectativa de permanência no imóvel por parte do Banco e a sua vida útil estimada, de 10 anos.

As imobilizações em curso, que correspondem, essencialmente, a desenvolvimento de software, encontram-se registadas pelo seu custo de aquisição e iniciarão a sua amortização a partir do momento em que se encontrem disponíveis para uso.

Imobilizações corpóreasAs imobilizações corpóreas encontram-se re-gistadas ao custo de aquisição, sendo permiti-da a sua reavaliação ao abrigo das disposições legais aplicáveis.

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117ATLANTICO | Relatório e Contas 2015DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

Uma percentagem equivalente a 30% do au-mento das amortizações que resulta das rea-valiações efectuadas não é aceite como custo para efeitos fiscais.

A depreciação é calculada pelo método das quotas constantes às taxas máximas fiscal-mente aceites como custo, de acordo com o Código do Imposto Industrial, que correspon-dem aos seguintes anos de vida útil estimada:

Imobilizado adquirido em 2015 Anos de vida útil

Imóveis de uso próprio (edifícios) 25 a 50

Equipamento:

Mobiliário e material 8

Equipamento informático 3 a 6

Instalações interiores 4 a 10

Material de transporte 4

Equipamento de segurança 8 a 15

Imobilizado adquirido em 2014e anteriores

Anos de vida útil

Imóveis de uso próprio (edifícios) 50

Equipamento:

Mobiliário e material 10

Máquinas e ferramentas 6 a 10

Equipamento informático 6

Instalações interiores 10

Material de transporte 3

Equipamento de segurança 6 a 10

As imobilizações em curso, que correspondem, essencialmente, a edifícios e a balcões/centros de atendimento em construção e ao respec-tivo mobiliário, encontram-se registadas pelo seu custo de aquisição e iniciarão a sua amor-tização quando os respectivos edifícios e os balcões/centros de atendimento se encontrem disponíveis para uso.

g) Bens não de uso próprioOs bens não de uso próprio são classificados como detidos para venda quando existe a in-tenção de alienar os referidos activos e os ac-

tivos ou grupos de activos estão disponíveis para venda imediata e a sua venda é muito provável.

O Banco classifica em bens de não uso próprio os bens detidos em resultado de recuperações de crédito, que se encontram mensurados inicial-mente pelo menor entre o seu justo valor líquido de despesas e o valor contabilístico do crédito existente na data em que foi efectuada a dação.

Adicionalmente, são classificados em bens não de uso próprio os imóveis que não são parte integrante das instalações do ATLANTICO, nem se destinam à prossecução do seu objec-to social.

O justo valor é baseado no valor de mercado, sendo este determinado com base no preço expectável de venda obtido através de avalia-ções periódicas efectuadas pelo Banco.

A mensuração subsequente destes activos é efectuada ao menor do seu valor contabilístico e o correspondente justo valor, líquido de des-pesas, não sendo sujeitos a amortização. Caso existam perdas não realizadas, estas são regis-tadas como perdas de imparidade por contra-partida de resultados do exercício.

h) Redução no valor recuperável de activos (Imparidade)O Banco avalia periodicamente os seus activos, especialmente na ocasião da elaboração de demonstrações financeiras, com vista a iden-tificar activos que apresentem o valor recupe-rável inferior ao valor contabilístico. O reco-nhecimento da redução no valor contabilístico (imparidade) de um activo acontece sempre que o seu valor contabilístico exceder o valor recuperável, por contrapartida de resultados.

Na avaliação do indício de imparidade, a insti-tuição deve considerar, no mínimo, as seguin-tes indicações:

1) declínio significativo no valor de um activo, maior do que o esperado no seu uso normal;

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ATLANTICO | Relatório e Contas 2015118 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

2) mudanças significativas no ambiente tec-nológico, económico ou legal, com efeitos adversos sobre o Banco;

3) aumento nas taxas de juros ou outras taxas de mercado, com efeitos sobre as taxas de desconto e consequente redução no valor presente ou no valor recuperável dos activos;

4) valor contabilístico de activos líquidos maior do que o valor de mercado;

5) evidência disponível de obsolescência ou perda de capacidade física de um activo;

6) mudanças significativas na forma de utilização do activo, como descontinuidade ou reestru-turação, com efeitos adversos para o Banco;

7) indicação de que o desempenho económico do activo será pior do que o esperado.

i) Reserva de actualização monetária das imobilizações e dos fundos própriosNos termos do Aviso nº 2/2009, de 8 de Maio, do BNA sobre actualização monetária, o qual revogou o Aviso nº 19/2007, de 26 de Setem-bro, do BNA, as instituições financeiras devem, em caso de existência de inflação, considerar mensalmente os efeitos da modificação no po-der de compra da moeda nacional, com base na aplicação do índice de Preços ao Consumi-dor, nas imobilizações e nos saldos de capital, reservas e resultados transitados.

As demonstrações financeiras de uma entida-de cuja moeda funcional seja a moeda de uma economia hiperinflacionária devem ser expres-sas em termos da unidade de mensuração corrente à data do balanço. A hiperinflação é indicada pelas características do ambiente económico de um país que inclui, mas sem li-mitar, as seguintes situações:

i. a população em geral prefere guardar a sua ri-queza em activos não monetários ou em moe-da estrangeira relativamente estável. As quan-tias da moeda local detidas são imediatamente investidas para manter o poder de compra;

ii. a população em geral vê as quantias monetá-rias em termos de moeda estrangeira estável. Os preços podem ser cotados nessa moeda;

iii. as vendas e compras a crédito têm lugar a preços que compensem a perda esperada

do poder de compra durante o período do crédito, mesmo que o período seja curto;

iv. as taxas de juro, salários e preços estão liga-dos a um índice de preços; e,

v. a taxa acumulada de inflação durante os últi- mos três anos aproxima-se de, ou excede, 100%.

O valor resultante da actualização monetária das imobilizações deve ser reflectido mensal-mente a crédito na conta de «Resultado da Ac-tualização Monetária», por contrapartida das rubricas de valor bruto e amortizações acumu-ladas das imobilizações.

O valor resultante da actualização monetária deve ser reflectido mensalmente, a débito na conta de «Resultado da Actualização Monetá-ria» da demonstração de resultados, por con-trapartida do aumento dos saldos de fundos próprios, com excepção da rubrica «Capital Social», que deve ser classificada numa rubrica específica («Reserva de actualização monetá-ria do Capital Social») que só pode ser utilizada para posterior aumento de capital.

Em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014, o Banco não procedeu à actualização monetária das suas imobilizações financeiras e dos seus fundos próprios, em virtude da infla-ção verificada, bem como a evolução cambial que ocorreu ao longo do período, não perspec-tivarem que Angola pudesse ser considerada uma economia hiperinflacionária, nos termos do normativo em vigor.

j) Benefícios a colaboradores

Responsabilidades com pensões de reformaA Lei nº 07/04, de 15 de Outubro, que revogou a Lei nº 18/90, de 27 de Outubro, que regula-menta o sistema de Segurança Social de An-gola, prevê a atribuição de pensões de reforma a todos os trabalhadores angolanos inscritos na Segurança Social. O valor destas pensões é calculado com base numa tabela proporcional ao número de anos de trabalho, aplicada sobre a média dos salários ilíquidos mensais recebi-dos nos períodos imediatamente anteriores à data em que o trabalhador cessar a sua activi-

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119ATLANTICO | Relatório e Contas 2015

dade. De acordo com o Decreto nº 7/99, de 28 de Maio, as taxas de contribuição para este sis-tema são de 8% para a entidade empregadora e de 3% para os trabalhadores.

Por deliberação do Conselho de Administração do Banco, o ATLANTICO encontra-se a efec-tuar contribuições no âmbito de um plano de contribuição definida, correspondentes a uma percentagem fixa de 8% do salário pensioná-vel mensal de cada colaborador, com vista a assegurar aos empregados contratados local-mente, ou às suas famílias, o direito a presta-ções pecuniárias a título de complementos de reforma por velhice, pensão por invalidez ou por morte. A pensão de reforma por velhice é atribuída aos colaboradores caso estes com-pletem 60 anos de idade e tenham no mínimo 5 anos de serviço contínuo no Banco. O benefí-cio por invalidez é atribuído aos Colaboradores que tenham 5 anos de serviço contínuo e aos quais tenha sido diagnosticada invalidez total e permanente igual a 100%. Em caso de morte os colaboradores poderão designar os bene-ficiários e as respectivas percentagens de re-partição do reembolso por morte. As respon-sabilidades com as contribuições devidas em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 encontram-se reconhecidas na rubrica «Provisões para res-ponsabilidades prováveis» (ver nota 16).

Por último, o Banco concedeu a membros do Conselho de Administração um «Plano Com-plementar de Pensões» de contribuição defi-nida, mediante a subscrição de um contrato Unit-Linked junto da Ocidental – Companhia Portuguesa de Seguros de Vida, S.A., para co-bertura do pagamento de pensões de reforma complementares. As responsabilidades com as contribuições devidas em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, encontram-se reconhecidas na rubrica «Provisões para responsabilidades pro-váveis» (ver nota 16).

Remuneração variável paga aos colaborado-res e administradoresO Banco atribui remunerações variáveis aos seus colaboradores e administradores em re-sultado do seu desempenho (prémios de de-

sempenho). Compete ao Conselho de Ad-ministração e à Comissão de Avaliações e Remunerações fixar os respectivos critérios de alocação a cada colaborador e administrador, respectivamente, sempre que a mesma seja atribuída. A remuneração variável atribuída aos colaboradores e administradores é regis-tada por contrapartida de resultados no exer-cício a que dizem respeito, apesar de pagável no ano seguinte (ver notas 15 e 21).

Provisão subsídio de fériasA Lei Geral do Trabalho, em vigor em 31 de Dezembro de 2015, determina que o montante de subsídio de férias pagável aos trabalhado-res em determinado exercício é um direito por eles adquirido no ano imediatamente anterior. Consequentemente, o Banco releva contabi-listicamente no exercício os valores relativos a subsídio de férias pagáveis no ano seguinte.

k) Impostos sobre o rendimentoOs rendimentos obtidos pelo Banco, no âmbito do exercício normal da sua actividade, estão sujeitos a diversos impostos, consoante a sua natureza.

Deste modo, o Banco é tributado pela totalida-de dos lucros obtidos quer no país, quer no es-trangeiro e o seu lucro tributável corresponde à diferença entre todos os proveitos ou ganhos realizados e os custos ou perdas imputáveis ao exercício em apreço, eventualmente corrigidos nos termos do Código do Imposto Industrial (ver nota 29).

O Banco encontra-se sujeito a tributação em sede de Imposto Industrial, sendo considera-do fiscalmente um contribuinte do Grupo A. A tributação dos seus rendimentos é efectuada nos termos do número 1 do Artigo 64º da Lei nº 19/14, de 22 de Outubro, sendo, actualmente, a taxa de imposto aplicável de 30%.

Os prejuízos fiscais apurados em determinado exercício, conforme disposto no artigo 48º do Código do Imposto Industrial, podem ser de-duzidos aos lucros tributáveis dos três anos posteriores.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

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ATLANTICO | Relatório e Contas 2015120

As declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de cinco anos, podendo resultar, devido a diferentes interpretações da legislação fiscal, em eventuais correcções ao lucro tributável dos exercícios de 2011 a 2015. No entanto, não é previsível que qualquer cor-recção relativa a estes exercícios venha a ocor-rer e, caso ocorra, não são esperados impactos significativos nas demonstrações financeiras.

Imposto correnteO imposto corrente é calculado com base no lucro tributável do exercício, o qual difere do re-sultado contabilístico devido a ajustamentos re-sultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais ou que apenas serão consi-derados em outros períodos contabilísticos.

Imposto diferidoOs impostos diferidos correspondem ao im-pacto no imposto a recuperar/pagar em perío-dos futuros resultante de diferenças temporá-rias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tribu-tável. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados com base nas taxas fiscais em vigor para o período em que se prevê que seja realizado o respectivo activo ou passivo. Os prejuízos fiscais reportáveis dão também ori-gem a impostos diferidos activos.

Os passivos fiscais diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporá-rias tributáveis, enquanto os activos fiscais di-feridos só são reconhecidos até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias de-dutíveis ou de reporte de prejuízos fiscais. Adi-cionalmente, não são registados activos fiscais diferidos nos casos em que a sua recuperabi-lidade possa ser questionável devido a outras situações, incluindo questões de interpretação da legislação fiscal em vigor.

Apesar disto, não são registados activos ou passi-vos fiscais diferidos relativos a diferenças tempo-

rárias originadas no reconhecimento inicial de ac-tivos e passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável.

Imposto sobre a Aplicação de CapitaisO Decreto Legislativo Presidencial nº 2/14, de 20 de Outubro, em vigor desde o dia 19 de No-vembro, veio, rever e introduzir diversas altera-ções legislativas ao Código do IAC, na sequên-cia do projecto da Reforma Tributária. O IAC incide, genericamente, sobre os rendi-mentos provenientes das aplicações financei-ras do Banco. A taxa varia entre 5% (no caso de juros, prémios de amortização ou reembol-so e outras formas de remuneração de títulos de dívida pública, obrigações, títulos de par-ticipação ou outros títulos análogos emitidos por qualquer sociedade, que se encontrem ad-mitidos à negociação em mercado regulamen-tado e a sua emissão apresente uma maturi-dade igual ou superior a três anos) e 15%. Sem prejuízo do exposto, no que diz respeito aos rendimentos de títulos de dívida pública, se-gundo último entendimento das Autoridades Fiscais e do Banco Nacional de Angola dirigido à ABANC (carta do Banco Nacional de Angola, datada de 26 de Setembro de 2013), apenas os que decorrerem de títulos emitidos em data igual ou posterior a 1 de Janeiro de 2013 se en-contram sujeitos a este imposto.

Adicionalmente, nos termos do artigo 18º do Có-digo do Imposto Industrial, não é aceite como custo dedutível para efeitos de apuramento da matéria colectável o próprio IAC, bem como, por outro lado, deduzir-se-ão ao lucro tributá-vel, e até à concorrência deste, os proveitos ou ganhos sujeitos a IAC, conforme o disposto no artigo 47º do Código do Imposto Industrial.

l) Impostos sobre o património

Imposto Predial UrbanoEm face da redacção introduzida pela Lei nº 18/11, de 21 de Abril, foi revogada a isenção anterior-mente prevista no Código do IPU, passando a incidir IPU, à taxa de 0,5%, sobre o valor patri-monial dos imóveis próprios que se destinem

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

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121ATLANTICO | Relatório e Contas 2015

ao desenvolvimento da actividade normal do Banco (superior a 5.000.000 AKZ).

SISANos termos do Diploma Legislativo nº 230, de 18 de Maio de 1931 e, bem assim, das alterações in-troduzidas pela Lei nº 15/92, de 3 de Julho e Lei nº 16/11, de 21 de Abril, a SISA incide sobre todos os actos que importem transmissão perpétua ou temporária de propriedade de qualquer valor, espécie ou natureza, qualquer que seja a deno-minação ou forma do título (v.g., actos que im-portam transmissão de benfeitorias em prédios rústicos ou urbanos, as transmissões de bens imobiliários por meio de doações com entradas ou pensões ou a transmissão de bens imobiliá-rios por meio de doações), à taxa de 2%.

m) Outros impostos O Banco está igualmente sujeito a impostos indirectos, designadamente, impostos adua-neiros, Imposto do Selo, Imposto de Consumo, bem como outras taxas.

n) substituição tributária

Imposto sobre a Aplicação de Capitais De acordo com o Decreto Legislativo Presi-dencial nº 2/14, de 20 de Outubro, o Banco procede a retenção na fonte de IAC, à taxa de 10%, sobre os juros de depósitos a prazo pagos a clientes.

Imposto do SeloDe acordo com o Decreto Legislativo Presiden-cial nº 3/14, de 21 de Outubro, recai sobre o Ban-co a responsabilidade de liquidação e entrega do Imposto do Selo devido pelos seus clientes na generalidade das operações bancárias (v.g., financiamentos, cobrança de juros de financia-mentos, comissões por serviços financeiros), procedendo o Banco à liquidação do imposto, às taxas previstas na Tabela do Imposto do Selo.

Imposto IndustrialDe acordo com o previsto no Artigo 67º da Lei nº 19/14, de 22 de Outubro, as prestações de ser-viços de qualquer natureza, estão sujeitas a tri-butação, por retenção na fonte, à taxa de 6,5%.

Imposto Predial Urbano De acordo com o previsto na Lei nº 18/11, de 21 de Abril, o Banco procede a retenção na fonte do IPU devido, à taxa de 15%, sobre o paga-mento ou entrega de rendas relativas a imóveis arrendados.

o) Provisões e contingências

ProvisõesAs provisões representam responsabilidades prováveis com prazos e valores estimados. São reconhecidas provisões quando: (i) o Banco tem uma obrigação presente, legal ou constru-tiva; (ii) seja provável que o seu pagamento ve-nha a ser exigido; e (iii) quando possa ser feita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação. O montante da provisão corresponde à melhor estimativa do valor a desembolsar para liquidar a responsabilidade, na data do balanço.

Contingências passivasCaso o Banco tenha uma responsabilidade em que não seja provável o futuro dispêndio de re-cursos, trata-se de uma contingência passiva. As contingências passivas são apenas objecto de divulgação, a menos que a possibilidade da sua concretização seja remota.

São reconhecidas contingências passivas em contas extrapatrimoniais quando: (i) o Ban-co tem uma possível obrigação presente cuja existência será confirmada somente pela ocor-rência ou não de um ou mais eventos futuros, que não estejam sob o controlo do Banco; (ii) uma obrigação presente que surge de eventos passados, mas que não é reconhecida porque não é provável que o Banco tenha de a liquidar ou o valor da obrigação não pode ser mensu-rado com suficiente segurança.

As contingências passivas são reavaliadas pe-riodicamente para determinar se a avaliação an-terior continua válida. Se for provável que uma saída de recursos será exigida para um item ante-riormente tratado como uma contingência pas-siva, é reconhecida uma provisão nas demons-trações financeiras do período no qual ocorre a mudança na estimativa de probabilidade.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

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ATLANTICO | Relatório e Contas 2015122

Contingências activasUma contingência activa é um possível activo presente, decorrente de eventos passados, cuja existência será confirmada somente pela ocor-rência ou não de um ou mais eventos futuros, que não estejam totalmente sob o controlo da instituição. As contingências activas são apenas objecto de divulgação e reconhecidas em con-tas extrapatrimoniais, a menos que a possibili-dade da sua concretização seja remota.

As contingências activas devem ser reavaliadas periodicamente para determinar se a avaliação inicial continua válida. Se for praticamente cer-to que uma entrada de recursos ocorrerá por conta de um activo, entrada esta anteriormen-te classificada como provável, o activo e o cor-respondente ganho devem ser reconhecidos nas demonstrações financeiras do período em que ocorrer a mudança de estimativa.

p) Reconhecimento de proveitos resultantes de serviços e comissõesAs comissões por serviços prestados são nor-malmente reconhecidas como proveito ao longo do período de prestação do serviço ou de uma só vez, se resultarem da execução de actos únicos.

q) Resultado por acçãoO resultado por acção é calculado dividindo o resultado líquido atribuível a accionistas do Ban-co pelo número médio ponderado de acções ordinárias em circulação no exercício, excluindo o número médio de acções ordinárias compra-das pelo Banco e detidas como acções próprias.

Se o resultado por acção for alterado em re-sultado de uma emissão a prémio ou desconto ou outro evento que altere o número potencial de acções ordinárias ou alterações nas políti-cas contabilísticas, o cálculo do resultado por acção para todos os períodos apresentados é ajustado retrospectivamente.

r) distribuição de dividendosOs dividendos são reconhecidos como passivo e deduzidos da rubrica de capital próprio após aprovação pelos accionistas.

s) Principais estimativas e incertezas associadas à aplicação das políticas contabilísticasAs contas do Banco integram estimativas rea-lizadas em condições de incerteza, que reque-rem que o Conselho de Administração utilize o julgamento de forma a apurar a estimativa adequada.

Desta forma, em algumas situações as estima-tivas apuradas pelo Conselho de Administra-ção do Banco, poderiam ser diferentes caso um julgamento distinto fosse efectuado. O Conselho de Administração considera que os critérios adoptados são apropriados e que as demonstrações financeiras apresentam de for-ma adequada a posição financeira do Banco e das suas operações em todos os aspectos ma-terialmente relevantes.

Utilizaram-se estimativas e pressupostos, no-meadamente nas áreas significativas de «Pro-visões para créditos de liquidação duvidosa», «Títulos e valores mobiliários», «Outros valo-res», «Imobilizações financeiras», «Imobiliza-ções corpóreas e incorpóreas», «Benefícios a colaboradores», «Impostos sobre os lucros» e «Provisões para responsabilidades prováveis».

t) Fluxos de caixaPara efeitos da preparação da demonstra-ção de fluxos de caixa, o Banco considera como disponibilidades o total dos saldos das rubricas de caixa, disponibilidades no Banco Central e disponibilidades em instituições fi-nanceiras.

u) Compensação de saldosOs elementos do activo e do passivo devem ser valorizados separadamente, não sendo permitidas quaisquer compensações entre os saldos devedores e credores, inclusive das contas de resultado, com excepção das com-pensações relativas às operações interdepar-tamentais ou interdependências, ou outras definidas pelo BNA.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

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123ATLANTICO | Relatório e Contas 2015

3. disponibilidades

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica tem a seguinte composição:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

CAIxA

Notas e moedas nacionais 9.308.281 8.337.396

Notas e moedas estrangeiras 2.966.798 4.470.867

Em Euros 1.389.406 905.177

Em Dólares dos Estados Unidos 1.351.927 3.126.834

Em outras divisas 225.465 438.856

12.275.079 12.808.263

DISPONIBILIDADES NO BANCO CENTRAL

Em moeda nacional 48.014.747 21.593.404

Em Dólares dos Estados Unidos 4.741.021 22.559.597

52.755.768 44.153.001

DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Banco Privado Atlântico Europa 4.480.904 928.558

Em Euros 4.153.305 281.051

Em Libras 294.869 57.125

Em Dólares dos Estados Unidos - 571.924

Em outras divisas 32.730 18.458

Banco de Investimento Global 1.140.320 985.869

Em Dólares dos Estados Unidos 812.164 567.768

Em Euros 328.156 418.101

Millennium bcp 1.044.333 3.019.260

Em Dólares dos Estados Unidos 895.530 2.089.942

Em Libras 402 218.283

Em Euros - 683.022

Em outras divisas 148.401 28.013

Mashreq Bank 271.926 -

Em Dólares dos Estados Unidos 271.926 -

Commerzbank 166.382 3.702.328

Em Dólares dos Estados Unidos 85.327 2.675.909

Em Libras 63.868 50.866

Em Euros 17.187 975.553

Outras instituições de crédito 580.649 972.076

Em Dólares dos Estados Unidos 392.676 673.041

Em Euros 110.844 230.449

Em Libras 28.529 22.789

Em outras divisas 48.600 45.797

7.684.514 9.608.091

Cheques a cobrar – no país 5.681 239.548

72.721.042 66.808.903

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

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ATLANTICO | Relatório e Contas 2015124 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

As «Disponibilidades no Banco Central» em moeda nacional e moeda estrangeira visam cumprir as disposições em vigor de manutenção de reservas mínimas obrigatórias, não sendo remuneradas.

As reservas obrigatórias são apuradas de acordo o instrutivo do BNA sobre a Política Monetária, e são constituídas em moeda nacional e em moeda estrangeira, em função da respectiva denomi-nação dos passivos que constituem a sua base de incidência, devendo ser mantidas durante todo o período a que se referem.

Em 31 de Dezembro de 2015, as exigibilidades de manutenção de reservas obrigatórias foram apu-radas através da aplicação de uma taxa de 25% (31 de Dezembro de 2014: 12,5%) sobre a média aritmética dos saldos diários dos passivos elegíveis em moeda nacional e de 15% (31 de Dezembro de 2014: 15%) sobre a média aritmética dos saldos diários dos passivos elegíveis em moeda estran-geira, exceptuando os depósitos do Governo Central, em que se aplica uma taxa de 75% (31 de Dezembro de 2014: 100%) e os Governos Locais e Administrações Municipais, cujas taxas são de 50% (31 de Dezembro de 2014: 50%) para Depósitos em Moeda Nacional e 100% (31 de Dezembro de 2014: 100%) para Moeda Estrangeira.

No decorrer do mês de Dezembro de 2015, o Banco Nacional de Angola procedeu à conversão de parte das reservas obrigatórias em USD do ATLANTICO, em títulos denominados na mesma moe-da, com o valor nominal de 136.280.000 USD e maturidade de sete anos. Estes títulos de dívida foram reconhecidos ao seu custo de aquisição e mensurados posteriormente segundo o descrito na política contabilística 2.2.

Segundo o Instrutivo nº 19/2015, que irá entrar em vigor a 04 de Janeiro de 2016, as reservas míni-mas obrigatórias poderão ser constituídas em 20% com os montantes depositados junto do Banco Nacional de Angola e 80% em Obrigações do Tesouro em moeda estrangeira, sendo elegíveis para o efeito os títulos identificados no parágrafo anterior.

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, as disponibilidades em outras instituições de crédito também não são remuneradas.

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, o saldo da rubrica «Cheques a cobrar – no país» corresponde a cheques sacados por terceiros sobre outras instituições de crédito que foram apresentados à compensação e que se encontram em cobrança.

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125ATLANTICO | Relatório e Contas 2015DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

4. Aplicações de liquidez

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica tem a seguinte composição:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro

Banco Privado Atlântico Europa 9.045.425 4.661.542

Millennium BCP 1.896.813 12.683.278

Banco Investimento Global - 274.427

10.942.238 17.619.247

Juros a receber 67.348 41.986

11.009.586 17.661.233

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, as aplicações de liquidez, excluindo os respectivos juros a re-ceber, apresentam a seguinte estrutura por moeda e taxa de juro média:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

Taxa de

juro média

Montante

em divisa

Montante

em mAKz

Taxa de

juro média

Montante

em divisa

Montante

em mAKZ

Em Dólares dos Estados

Unidos1,43% 12.294.000 1.663.563 0,24% 124.105.000 12.765.812

Em Euros 2,29% 62.765.000 9.278.675 1,90% 38.767.000 4.853.435

10.942.238 17.619.247

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, as aplicações de liquidez, excluindo os respectivos juros a receber, apresentavam a seguinte estrutura, de acordo com os prazos residuais de vencimento:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

Até três meses 364.539 14.041.800

De três a seis meses 2.718.955 1.981.837

De seis meses a um ano 7.851.353 1.589.350

Superior a um ano 7.391 6.260

10.942.238 17.619.247

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ATLANTICO | Relatório e Contas 2015126 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

5. Títulos e valores mobiliários

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica tem a seguinte composição:

(Milhares de AKZ)

Dez.-15

Nível

Risco País

Taxa de

juro média

Custo de

aquisição

Actualização

valor nominal

Ajustamento

justo valor

Proveitos

a receber

Valor de

balanço

Títulos disponíveis para venda

Unit-Linked em

moeda estrangeiraB Portugal n.a. 537.544 53.784 89.474 - 680.802

Obrigações em

moeda estrangeiraB Holanda 7,95% 2.706.300 - - 110.518 2.816.818

3.243.844 53.784 89.474 110.518 3.497.620

Títulos mantidos para negociação

Obrigações do

Tesouro em

moeda nacional

Indexadas ao

Dólar dos Estados

Unidos

A Angola 7,25% 10.717.954 3.180.195 - 423.370 14.321.519

10.717.954 3.180.195 - 423.370 14.321.519

Títulos mantidos até ao vencimento

Obrigações do

Tesouro em

moeda nacional

A Angola 7,98% 3.437.880 17.581 - 12.187 3.467.648

Obrigações do

Tesouro em

moeda nacional

Indexadas ao

Dólar dos Estados

Unidos

A Angola 6,77% 70.979.568 9.901.999 - 898.596 81.780.163

Obrigações do

Tesouro em

moeda estrangeira

A Angola 3,48% 20.836.642 14.760 - 78.955 20.930.357

Obrigações

de Instituições

Financeiras

nacionais

D Angola 11,00% 135.315 - - 3.833 139.148

Obrigações

de Instituições

Financeiras

estrangeiras

BReino

Unido5,05% 200.559 68.059 - 200 268.818

95.589.964 10.002.399 - 993.771 106.586.134

Total dos títulos e valores mobiliários

109.551.762 13.236.378 89.474 1.527.659 124.405.273

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127ATLANTICO | Relatório e Contas 2015DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

(Milhares de AKZ)

Dez.-14

Nível

Risco País

Taxa de

juro média

Custo de

aquisição

Actualização

valor nominal

Ajustamento

justo valor

Proveitos

a receber

Valor de

balanço

Títulos disponíveis para venda

Unit-Linked em moeda estrangeira

B Portugal n.a. 537.544 (36.764) 76.717 - 577.497

537.544 (36.764) 76.717 - 577.497

Títulos mantidos até ao vencimento

Obrigações do Tesouro em moeda nacional

A Angola 7,00% 9.621.200 - - 215.813 9.837.013

Obrigações do Tesouro em moeda nacional Indexadas ao Dólar dos Estados Unidos

A Angola 6,80% 23.914.478 6.448.100 - 271.209 30.633.787

Obrigações do Tesouro em moeda estrangeira

A Angola 3,54% 2.326.666 13.358 - 20.553 2.360.577

Obrigações de InstituiçõesFinanceiras nacionais

D Angola 11,00% 102.863 - - 3.112 105.975

Obrigações deInstituições Financeirasestrangeiras

BReino Unido

5,18% 254.772 76.486 - 601 331.859

36.219.979 6.537.944 - 511.288 43.269.211

Total dos títulos e valores mobiliários

36.757.523 6.501.180 - 511.288 43.846.708

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, a distribuição dos títulos de dívida por indexante é a seguinte:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

valor de balanço Valor de balanço

Taxa Fixa Taxa variável Total Taxa Fixa Taxa variável Total

Títulos disponíveis para venda

Unit-Linked em moeda estrangeira - 680.802 680.802 - 577.497 577.497

Obrigações em moeda estrangeira - 2.816.818 2.816.818 - - -

- 3.497.620 3.497.620 - 577.497 577.497

Títulos mantidos para negociação

Obrigações do Tesouro em moeda nacional Indexadas ao Dólar dos Estados Unidos

14.321.519 - 14.321.519 - - -

14.321.519 - 14.321.519 - - -

Títulos mantidos até o vencimento

Obrigações do Tesouro em moeda nacional

3.467.648 - 3.467.648 9.837.013 - 9.837.013

Obrigações do Tesouro em moeda nacional Indexadas ao Dólar dos Estados Unidos

81.780.163 - 81.780.163 30.633.787 - 30.633.787

Obrigações do Tesouro em moeda estrangeira

- 20.930.357 20.930.357 - 2.360.577 2.360.577

Obrigações de Instituições Financeiras nacionais

139.148 - 139.148 105.975 - 105.975

Obrigações de Instituições Financeiras estrangeiras

- 268.818 268.818 - 331.859 331.859

85.386.959 21.199.175 106.586.134 40.576.775 2.692.436 43.269.211

99.708.478 24.696.795 124.405.273 40.576.775 3.269.933 43.846.708

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ATLANTICO | Relatório e Contas 2015128 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, os títulos em carteira, excluindo os respectivos juros a receber, apresentam a seguinte estrutura por moeda:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

Montante em divisa Montante Montante em divisa Montante

Em Kwanzas 98.235.177.000 98.235.177 39.983.778.000 39.983.778

Em Dólares dos Estados Unidos 175.108.031 23.692.817 23.748.938 2.442.887

Em Euros 5.657.069 860.146 7.258.716 908.755

122.788.140 43.335.420

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, os títulos em carteira apresentavam a seguinte estrutura, de acordo com os prazos residuais de vencimento:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

Até três meses - 316.564

De três meses a seis meses - 5.546.797

De seis meses a um ano 7.538.273 12.457.378

Mais de um ano 116.867.000 25.525.969

124.405.273 43.846.708

6. Créditos no sistema de pagamentos

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica tem a seguinte composição:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

Operações pendentes de liquidação 86.659 97.885

86.659 97.885

7. Operações cambiais

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica tem a seguinte composição:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

Operações cambiais

Proveitos por compra e venda de moedas estrangeiras a receber 517.412 2.057.260

Custos por compra e venda de moedas estrangeiras a pagar (516.085) (2.058.400)

1.327 (1.140)

A rubrica «Operações cambiais» corresponde a operações de compra e venda de moeda a aguar-dar liquidação financeira tendo as mesmas sido liquidadas nos primeiros dias de Janeiro de 2016 e Janeiro de 2015, respectivamente.

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129ATLANTICO | Relatório e Contas 2015DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

8. Créditos

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica tem a seguinte composição:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

CRéDITO VINCENDO:

Crédito interno

Moeda nacional

Empréstimos 122.000.408 92.089.450

Crédito em conta corrente 22.483.906 14.119.938

Descobertos 10.964.894 1.930.471

155.449.208 108.139.859

Moeda estrangeira

Empréstimos 58.158.995 57.344.320

Crédito em conta corrente 1.210.341 1.857.596

Descobertos 175.666 -

59.545.002 59.201.916

214.994.210 167.341.775

Crédito ao exterior 18.613.716 17.402.483

Total do crédito vincendo 233.607.926 184.744.258

Crédito vencido: 7.627.104 5.582.347

Total do crédito concedido 241.235.030 190.326.605

Juros a receber de crédito concedido 22.038.067 14.466.988

Total do crédito concedido e juros a receber 263.273.097 204.793.593

Provisões para créditos de liquidação duvidosa (17.363.423) (9.169.729)

245.909.674 195.623.864

Em 31 de Dezembro de 2015, os créditos concedidos a clientes vencem juros à taxa média anual de 14,49% para o crédito concedido em moeda nacional e de 11,24% para o crédito concedido em moeda estrangeira, respectivamente (31 de Dezembro de 2014: 13,15% em moeda nacional e 10,61% em moeda estrangeira).

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ATLANTICO | Relatório e Contas 2015130 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS130

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, a carteira de crédito, excluindo juros a receber, apresentava a seguinte distribuição por indexante:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

TAxA FIxA 44.233.801 28.643.065

Taxa variável

Luibor 6 meses 46.811.622 16.288.353

TBC 182 dias 17.199.923 47.137.552

Libor 6 meses 35.452.836 50.313.891

Luibor 12 meses 31.678.754 22.237.874

Luibor 3 meses 14.250.449 15.471.357

Libor 12 meses 12.185.649 -

Libor 1 mês 6.278.967 2.118.801

Luibor 1 mês 30.281.918 -

Libor 3 meses 1.912.276 6.577.562

TBC 91 dias 823.659 1.420.712

Outros 125.176 117.438

197.001.229 161.683.540

Total 241.235.030 190.326.605

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, a composição da carteira de créditos, excluindo juros a rece-ber, apresenta a seguinte estrutura, por tipo de tomador e modalidade operacional:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

vincendo vencido Total Vincendo Vencido Total

Empresas e Administração

Pública

Empréstimos 185.535.197 1.136.974 186.672.171 155.407.526 895.946 156.303.472

Crédito em conta corrente 23.694.247 68.217 23.762.464 15.977.534 411.862 16.389.396

Descobertos 11.122.540 6.316.027 17.438.567 1.378.476 4.132.997 5.511.473

Outras finalidades - - - - - -

220.351.984 7.521.218 227.873.202 172.763.536 5.440.805 178.204.341

Particulares

Crédito à habitação 8.575.023 9.527 8.584.550 6.723.125 14.618 6.737.743

Crédito ao consumo 909.728 27.437 937.165 984.121 27.292 1.011.413

Outras finalidades 3.771.191 68.922 3.840.113 4.273.476 99.632 4.373.108

13.255.942 105.886 13.361.828 11.980.722 141.542 12.122.264

Total 233.607.926 7.627.104 241.235.030 184.744.258 5.582.347 190.326.605

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131ATLANTICO | Relatório e Contas 2015DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS 131

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, o prazo residual das operações de crédito vincendo, excluindo juros a receber, apresenta a seguinte estrutura:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

Até três meses 22.975.545 26.917.745

De três a seis meses 29.184.972 24.491.161

De seis meses a um ano 4.813.497 1.185.799

De um a três anos 53.442.148 26.085.607

De três a cinco anos 23.946.589 48.693.247

Mais de cinco anos 99.245.175 57.370.699

233.607.926 184.744.258

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, a carteira de créditos, excluindo juros a receber, por moeda apresenta a seguinte estrutura:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

Kwanzas 176.065.007 126.613.295

Dólares dos Estados Unidos 64.402.009 63.265.049

Euros 768.014 448.261

Randes Sul Africanos - -

241.235.030 190.326.605

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, a composição da carteira de crédito, garantias e créditos do-cumentários, excluindo juros a receber, com base no Código de Actividade Económica atribuído pelo Banco, é a seguinte:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

DescriçãoCrédito

vincendoCrédito vencido

Garantias e Créd.

document. (nota 28) Total %

Crédito vincendo

Crédito vencido

Garantias e Créd.

Document. (nota 28) Total %

Actividades imobiliárias

119.528.204 903.478 4.363.976 123.892.180 46,73% 98.708.615 2.369.194 2.905.765 103.983.574 47,41%

Construção 38.014.267 2.288.603 8.357.057 46.371.324 17,49% 29.949.702 298.250 10.107.715 40.355.667 18,40%

Comércio por grosso e retalho

26.190.093 2.343.347 13.327.685 39.517.778 14,91% 24.155.306 1.032.340 10.425.070 35.612.716 16,24%

Particulares 13.255.943 105.884 87.753 13.343.696 5,03% 11.980.723 141.542 84.832 12.207.097 5,57%

Indústrias extractivas

12.788.367 635.108 503.149 13.291.516 5,01% 2.869.690 463.842 85.814 3.419.346 1,56%

Indústrias transformadoras

5.575.755 717.570 2.276.219 7.851.974 2,96% 2.273.783 433.077 3.726.818 6.433.678 2,93%

Outras empresas de serviços

5.280.346 100.758 2.024.623 7.304.969 2,76% 3.398.560 72.153 35.256 3.505.969 1,60%

Saúde e acção social

2.918.300 1.386 - 2.918.300 1,10% 1.926.332 463.874 - 2.390.206 1,09%

Transportes, armaz. e comunic.

2.339.252 354.286 559.126 2.898.378 1,09% 1.572.100 243.525 1.622.707 3.438.332 1,57%

Outros sectores 7.717.399 176.684 - 7.717.399 2,91% 7.909.447 64.550 - 7.973.997 3,64%

Total 233.607.926 7.627.104 31.499.588 265.107.514 100,00% 184.744.258 5.582.347 28.993.977 219.320.582 100,00%

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ATLANTICO | Relatório e Contas 2015132 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

Apresenta-se de seguida a distribuição dos créditos e proveitos a receber, excluindo crédito indi-recto, por classe de risco e respectivas provisões para créditos de liquidação duvidosa em 31 de Dezembro de 2015 e 2014:

(Milhares de AKZ)

Dez.-15

Crédito Vincendo

Crédito Vencido Total

Taxa de provisão Provisão

Classe A - - - 0%-1% -

Classe B 6.942.153 172.900 7.115.053 1%-3% 70.443

Classe C 205.306.649 3.465.764 208.772.413 3%-10% 6.371.537

Classe D 30.018.530 1.114.296 31.132.826 10%-20% 3.994.191

Classe E 11.003.477 853.781 11.857.258 20%-50% 3.291.525

Classe F 1.040.341 416.948 1.457.289 50%-100% 728.586

Classe G 1.334.843 1.603.415 2.938.258 100% 2.907.141

255.645.993 7.627.104 263.273.097 17.363.423

(Milhares de AKZ)

Dez.-14

Crédito Vincendo

Crédito Vencido Total

Taxa de provisão Provisão

Classe A 3.613.414 197 3.613.611 0%-1% -

Classe B 12.475.723 259.155 12.734.878 1%-3% 127.349

Classe C 172.533.215 2.604.621 175.137.836 3%-10% 4.812.249

Classe D 7.554.617 1.139.191 8.693.808 10%.-20% 869.381

Classe E 1.325.657 196.672 1.522.329 20%-50% 304.466

Classe F 52.223 17.471 69.694 50%-100% 34.847

Classe G 1.656.397 1.365.040 3.021.437 100% 3.021.437

199.211.246 5.582.347 204.793.593 9.169.729

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133ATLANTICO | Relatório e Contas 2015DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

De 31 de Dezembro de 2014 para 31 de Dezembro de 2015, a migração do risco dos tomadores de crédito pode ser apresentada como se segue:

(Milhares de AKZ)

Dez.-15

Risco A B C D E F G

Liquidações/

amortizações/

reestruturações Total

Distribuição

da carteira

em Dez. 14

Dez.14

A 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 100,00% 1,76% 3.613.611

B 0,00% 19,17% 42,73% 1,93% 0,39% 0,01% 0,25% 35,51% 6,22% 12.734.878

C 0,00% 0,75% 68,79% 8,19% 0,14% 0,77% 0,35% 21,01% 85,87% 175.137.836

D 0,00% 0,00% 0,00% 19,42% 25,05% 0,00% 1,18% 54,35% 4,27% 8.693.808

E 0,00% 0,00% 4,68% 12,63% 28,51% 0,00% 52,09% 2,09% 0,74% 1.522.329

F 0,00% 0,00% 0,07% 0,00% 0,00% 0,00% 99,64% 0,29% 0,03% 69.694

G 0,00% 0,49% 3,85% 0,00% 16,92% 4,45% 44,57% 29,71% 1,09% 3.021.437

Total 0,00% 1,85% 61,81% 8,07% 1,61% 0,71% 1,28% 24,68% 100,00% -

distribuição

da carteira

de 31-12- 2014

a 31-12-2015

- 3.779.215 126.573.681 16.534.900 3.307.367 1.449.108 2.614.916 50.534.407 204.793.593

A análise da matriz de migração do risco mostra que do total dos créditos em balanço, em 31 de Dezembro de 2014, no montante de 204.793.593 mAKZ, 61,79% não sofreram mudança de nível em 31 de Dezembro de 2015. As movimentações entre os níveis de risco indicam também que 12,47% dos créditos migraram para níveis de risco mais gravosos.

A carteira de crédito do ATLANTICO inclui contratos que resultaram de uma renegociação formal com os clientes em consequência de um reforço de garantia e/ou liquidação parcial do crédito e/ou juros, podendo implicar prorrogação do prazo de vencimento, redefinição do plano de paga-mentos e/ou alteração da taxa de juro.

Os créditos renegociados são objecto de uma reavaliação periódica da sua classificação de risco, tendo em conta a regularidade e a relevância dos pagamentos efectuados, bem como as novas garantias apresentadas.

O movimento nas provisões para créditos de liquidação duvidosa nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 foi o seguinte:

(Milhares de AKZ)

Dez.-15

Saldo em 31.12.2014 Reforços Anulações

Reposições/ (utilizações)

Diferenças cambiais

Saldo em 31.12.2015

Provisões para créditos de liquidação duvidosa

9.169.729 18.433.217 (11.512.902) 339.841 933.538 17.363.423

(Milhares de AKZ)

Dez.-14

Saldo em 31.12.2013 Reforços Anulações

Reposições/ (utilizações)

Diferenças cambiais

Saldo em 31.12.2014

Provisões para créditos de liquidação duvidosa

6.997.642 6.714.761 (4.765.913) 18.543 204.696 9.169.729

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ATLANTICO | Relatório e Contas 2015134 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

Em conformidade com a política contabilística descrita na nota 2.2. c), seis meses após a clas-sificação de uma operação de crédito na classe G, desde que a mesma apresente um atraso superior a 180 dias, o ATLANTICO abate esse crédito ao activo mediante a utilização da pro-visão de 100% do valor do crédito, constituí-da para o efeito (transferência de crédito para prejuízos).

O montante de créditos transferidos para pre-juízos durante o exercício de 2015 ascende a 1.720.983 mAKZ (2014: 898.579 mAKZ). Os princípios básicos da política de conces-são de crédito e provisionamento das perdas com créditos de liquidação duvidosa adopta-dos pelo Banco podem ser resumidos como segue:

• a concessão de crédito está sujeita a proce-dimentos que asseguram o cumprimento da estratégia definida e, também, das normas estabelecidas pela Supervisão, o Banco Na-cional de Angola;

• no processo de avaliação dos riscos asso-ciados à concessão de crédito, os aspectos considerados pretendem analisar as várias componentes do Risco de Crédito, através da identificação do impacto marginal de cada crédito, nomeadamente por sector (exposição ao sector e/ou país) e cliente (estabilidade económica e financeira e cola-teralização); e,

• com vista a potenciar os efeitos de mitiga-ção, em particular no que concerne à diminui-ção de perdas associadas ao Risco de Crédi-to, o Conselho de Administração tem vindo a apostar na consolidação do ambiente de controlo, em conformidade com o seu perfil de risco prudente.

a) Concessão de crédito

i. Princípios gerais A concessão de crédito obedece a um conjun-to de factores, nos termos do Regulamento de Crédito em vigor:

• Liquidez: o cliente deve demonstrar capaci-dade cumprir com os compromissos finan-ceiros assumidos nos prazos acordados;

• Rentabilidade: cada operação de crédito de-verá gerar retorno positivo para o Banco;

• Segurança: a operação de crédito deve sem-pre cumprir as regras definidas internamen-te, bem como o enquadramento legal a que o Banco está sujeito, na presunção de que a obtenção de garantias adicionais aumenta a segurança creditícia da operação;

• Concentração: deverá ser sempre analisado o envolvimento e concentração de risco do cliente ou Grupo, na perspectiva de que quanto mais dispersa for a carteira de crédito, menor a probabilidade de perda ao nível da mesma. Nas reuniões do Comité de Crédito, é efectua-da uma análise sectorial da carteira de crédito.

ii. Fundamentação da proposta de créditoTodas as propostas de crédito são originadas nas Áreas de Negócio (Direcção de Banca de Investimento, Direcção de Private Banking, Direcção de Corporate Institucional, Direcção de Centros Atlântico, Direcção de Centros Em-presa e Direcção de Canais Complementares), formuladas em impressos normalizados, devi-damente fundamentadas.

iii. Apreciação e decisão da proposta de créditoOs diferentes Órgãos de Decisão de Crédito procedem à análise, emissão de pareceres e decisão do crédito, dentro das competências delegadas pelo Conselho de Administração.

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135ATLANTICO | Relatório e Contas 2015DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

As decisões de crédito são solidárias e respon-sabilizam de igual forma todos os níveis inter-venientes.

As decisões de crédito devem apoiar-se, na me-dida do possível, em modelos aplicacionais de «Cálculo do Nível de Risco», baseados em infor-mações de natureza quantitativa e qualitativa dos clientes, nomeadamente a avaliação prévia do risco do cliente e da operação (pelas Áreas de Negócio e pela Direcção de Crédito e Rating) e a tomada de decisão em Comité de Crédito.

Na ausência dos modelos aplicacionais para o efeito, revestem-se de primordial importância as Análises e Pareceres das Áreas de Negócio e da Direcção de Crédito e Rating, elaborados com base, no conhecimento do cliente, negó-cio, capacidade de gestão, sector de activida-de, mercado, experiência no relacionamento, Demonstrações Financeiras, Valor e liquidez das Garantias Acessórias oferecidas, etc..

Toda e qualquer operação de crédito exige o parecer da Direcção de Crédito e Rating.

Todas as decisões de Crédito do Banco são tomadas em Comité de Crédito, constituído e regulado pelo Regulamento de Crédito e por delegação aprovada expressamente pelo Con-selho de Administração. b) Acompanhamento da carteira de créditoO acompanhamento das operações de crédito de uma forma geral é da responsabilidade das Áreas de Negócio que as propõem e da Direc-ção de Crédito e Rating.

A frequência com que a monitorização é efec-tuada depende da natureza e do grau de ex-

posição, sendo as situações que representam um menor potencial de risco para a Instituição acompanhadas periodicamente numa análise por grupos que agregam operações por tipo de exposição, por evolução dos factores de risco ou pelas características creditícias. As si-tuações que representam um maior potencial de risco para a carteira de crédito da Institui-ção serão acompanhadas numa base regular pelo gestor do cliente. Estas situações serão reportadas ao Comité de Crédito sempre que necessário, que aprovará eventuais medidas correctivas ou acções preventivas propostas. O nível de risco e maturidade de toda a car-teira de crédito serão acompanhados por este órgão através de reporte periódico a efectuar pelo Risk Office.

Adicionalmente, o Banco considera alguns sinais de alerta na monitorização da cartei-ra de crédito, como sejam aspectos internos (ex.: mudança de sócios ou gerência) e exter-nos (ex.: diminuição das vendas ou carteira de encomendas), aspectos relacionados com pagamentos e com a exploração e aspec-tos bancários. Perante evidência de sinais de alerta será delineada uma forma de actuação e acompanhamento mais próximo e regular do cliente.

O Risk Office e a Direcção de Crédito e Rating, com o objectivo de ter um controlo regular da actividade creditícia do Banco, preparam reportes, listagens e mapas que permitem o acompanhamento da carteira de crédito no que diz respeito à evolução da carteira de crédito global, da evolução do crédi-to vencido, dos descobertos em depósitos à ordem e provisões para as posições em carteira.

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ATLANTICO | Relatório e Contas 2015136 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

9. Outros valores

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica tem a seguinte composição:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

DEVEDORES 2.749.148 1.870.776

Contas de regularização do activo

Operações activas a regularizar 1.527.964 60.450

Falhas de caixa 152.706 135.514

Adiantamentos a fornecedores de imobilizado 137.467 3.187

Outros adiantamentos 5.446.184 4.146.308

7.264.321 4.345.459

Dividendos a receber 315.533 464.137

Bens não de uso próprio 296.527 291.796

Imposto a compensar 243.451 -

Despesas com custo diferido

Rendas e alugueres 229.421 245.364

Material de expediente 86.204 177.476

Seguros 54.981 47.924

Publicidade 1.838 68.173

Outras despesas com custo diferido 80.257 58.282

452.701 597.219

Provisões para outros valores (312.748) (263.950)

11.008.933 7.305.437

Em 31 de Dezembro de 2015, a rubrica «Devedores» inclui o montante de 1.478.320 mAKZ (31 de Dezembro de 2014: 1.251.950 mAKZ), a receber da Global Pactum, Gestão de Activos, S.A., relativo à venda de 15.000.000 de acções preferenciais da participada Atlântico Europa S.G.P.S, S.A., pelo montante de 15.000 mEUR (ver nota 10) e o montante de 429.074 mAKZ (31 de Dezembro de 2014: 392.162 mAKZ) a receber de clientes, relativo a comissões de estruturação de operações e de prestação de serviços de assessoria financeira. Em 31 de Dezembro de 2015, a rubrica «Contas de regularização do activo - Operações activas a regularizar» respeitava, essencialmente, a operações de tesouraria em trânsito, as quais foram essencialmente regularizadas no decorrer do mês de Janeiro de 2016.

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137ATLANTICO | Relatório e Contas 2015DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

Em 31 de Dezembro de 2015, a rubrica «Contas de regularização do activo - Outros adiantamentos» inclui:

(i) o adiantamento no montante de 3.220.646 mAKZ (31 de Dezembro de 2014: 2.807.479 mAKZ) relativo ao Projecto Vila Rubra, (ii) o adiantamento efectuado ao Banco Angolano de Investimen-tos, no montante de 784.933 mAKZ (31 de Dezembro de 2014: 666.254 mAKZ), no âmbito do processo de emissão de cartões de crédito VISA, (iii) o adiantamento de 656.261 mAKZ (31 de De-zembro de 2014: 228.36 mAKZ) no âmbito do projecto de construção de um Hospital Universitário e (iv) o adiantamento de 526.909 mAKZ no âmbito da constituição de uma entidade seguradora.

Em 31 de Dezembro de 2014, esta rubrica incluía ainda o adiantamento, no montante de 400.000 mAKZ, efectuado no âmbito do contrato promessa de arrendamento de 38 apartamentos e uma loja no empreendimento Cidade Financeira, em Talatona, que foi devolvido ao Banco durante o primeiro semestre de 2015, na sequência da resolução do referido contrato.

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, a rubrica «Bens não de uso próprio» regista imóveis adquiridos pelo Banco com vista à abertura de novos centros para os quais, fruto de alterações na sua estra-tégia comercial e no seu plano de expansão, é expectativa actual do Conselho de Administração que não venham a ser utilizados no exercício da actividade bancária (ver nota 10).

Em 31 de Dezembro de 2015, a rubrica «Imposto a compensar» respeita à liquidação provisória de Imposto Industrial por parte do Banco referente ao exercício de 2015. O referido montante será deduzido ao imposto a pagar apurado aquando da entrega da Declaração Modelo 1. O montante registado na rubrica «Provisões para outros valores», corresponde, na sua totalidade, à melhor estimativa do valor potencial de perdas associadas às rubricas «Devedores», «Contas de regularização do activo – Falhas de caixa» e «Bens não de uso próprio».

O movimento nas «Provisões para outros valores» nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 foi o seguinte:

(Milhares de AKZ)

Dez.-15

Saldo em

31.12.2014 Reforços Anulações

Reposições/

(utilizações)

Diferenças

cambiais

Saldo em

31.12.2015

Provisões para outros

valores263.950 459.043 (88.710) (336.960) 15.425 312.748

(Milhares de AKZ)

Dez.-14

Saldo em

31.12.2013 Reforços Anulações

Reposições/

(utilizações)

Diferenças

cambiais

Saldo em

31.12.2014

Provisões para outros

valores56.370 490.879 - (283.299) - 263.950

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ATLANTICO | Relatório e Contas 2015138 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

10. Imobilizações

Imobilizações financeirasEm 31 de Dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica tem a seguinte composição:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

Participações em coligadas e equiparadas

No país 2.690.903 2.856.045

No estrangeiro 3.341.612 2.494.086

6.032.515 5.350.131

Participações em outras sociedades

No país 1.562.707 1.840.522

No estrangeiro 1.287.521 1.254.010

2.850.228 3.094.532

8.882.743 8.444.663

Provisões para redução no valor recuperável (840.011) (35.765)

8.042.732 8.408.898

Património artístico 16.839 16.477

8.059.571 8.425.375

O movimento nas «Provisões para redução no valor recuperável» em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014 foi o seguinte:

(Milhares de AKZ)

Dez.-15

Saldo em

31.12.2014 Reforços Anulações

Reposições/

(utilizações)

Diferenças

cambiais

Saldo em

31.12.2015

Provisão para redução

no valor recuperável35.765 799.000 (944) - 6.190 840.011

(Milhares de AKZ)

Dez.-14

Saldo em

31.12.2013 Reforços Anulações

Reposições/

(utilizações)

Diferenças

cambiais

Saldo em

31.12.2014

Provisão para redução

no valor recuperável- 35.765 - - - 35.765

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139ATLANTICO | Relatório e Contas 2015DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, o Banco detinha as seguintes participações financeiras:

dez.-15 Dez.-14

Participada

Activo líquido

(em moeda '000)

Fundos próprios

(em moeda '000)

Resultado líquido

(em moeda '000) Moeda

% de participação

valor bruto (em mAKz)

Provisões (em mAKz)

valor de balanço

(em mAKz)

Valor de balanço

(em mAKZ)

Participações em coligadas no país

Banco Millenium Angola (1) 244.668.683 38.092.404 5.741.201 AKZ 15% 2.675.703 - 2.675.703 2.675.703

ODELL Global Investors (2) 33.741 (36.285) (87.496) AKZ 0% - - - 60.997

Academia Millenium Atlântico (2) 6.896 (20.428) (15.184) AKZ 32% 15.200 (15.200) - -

Participações em coligadas no estrangeiro

Feurvogel, S.A. n.d. n.d. n.d. EUR 19,5% 3.341.612 (799.000) 2.542.612 2.494.086

Participações em outras sociedades no país

Mota-Engil Angola (1) 85.849.729 21.469.158 3.834.567 AKZ 5% 1.512.294 - 1.512.294 1.786.090

EMIS - Empresa Interbancária de Serviços, S.A.(1)

4.744.157 1.377.815 111.290 AKZ 2,08% 50.413 - 50.413 54.432

Participações em outras sociedade no estrangeiro

Luanda Waterfront Corporation (LWF) (2) 196.739 (30.649) (13.905) USD 2,6% 719.768 (25.811) 693.957 627.036

Atlântico Europa SGPS, S.A. (1)

569.550 55.491 3.014 EUR 7% 408.490 - 408.490 438.183

Fundo de Investimento - FIPA (2) 6.740.400 6.452.204 3.778.711 USD 5,9% 159.263 - 159.263 169.508

Outras participações

Fundação Atlântico - - - - - - - - 102.863

8.882.743 (840.011) 8.042.732 8.408.898

(1) Informação extraída das demonstrações financeiras auditadas de 31 de Dezembro de 2014

(2) Informação extraída das demonstrações financeiras não auditadas de 31 de Dezembro de 2014

n.d. – informação financeira actualizada não disponível

Em Dezembro de 2008, o Banco Nacional de Angola aprovou a aquisição por parte do ATLANTICO de 20% do capital social do Banco Millennium Angola, sendo 15,8% a adquirir de imediato e os restantes 5% a adquirir no prazo de um ano pelo ATLANTICO ou por quem este indicasse. O Banco optou por não accionar esta opção e indicou uma outra entidade para a sua aquisição. Em 2012, o ATLANTICO manteve a sua participação inalterada no capital social do Banco Millennium Angola, tendo a sua parti-cipação decrescido para 15%, correspondente a 1.497.006 acções com o valor nominal de 401,79 AKZ cada, decorrente da entrada de um novo accionista no capital social do Banco Millennium Angola.

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ATLANTICO | Relatório e Contas 2015140 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

Durante o exercício de 2012, o Banco subscreveu e realizou 61% do capital social da ODELL GLO-BAL INVESTORS – Organismo de Investimento Colectivo, S.A., correspondente a 60.997 acções com o valor nominal de 1.000 AKZ cada. No de-correr do exercício de 2015, o ATLANTICO pro-cedeu à alienação da participação nesta Socie-dade pelo valor nominal, o qual correspondia ao custo de aquisição, não gerando quaisquer valias.

Durante o exercício de 2010, o Banco subscre-veu e realizou 32% do capital social da Aca-demia Millennium Atlântico, que ainda não deu início à sua actividade. Em 2014, fruto da al-teração de estratégia inicialmente preconizada para a Academia Millennium Atlântico, no que respeita ao exercício da sua actividade e tendo em conta os Fundos Próprios negativos apre-sentados nas demonstrações financeiras da mesma, com referência a 31 de Dezembro de 2013, o Banco optou por constituir uma provi-são para esta participação financeira no mon-tante de 15.216 mAKZ, correspondente a 100% do investimento efectuado na mesma.

Durante o exercício de 2012, o Banco subscre-veu 19,5% do capital social da Feurvogel, S.A. Em Outubro de 2013, foi realizado um contrato de cessão de créditos entre o Banco e a Ifo-gest (accionista da Feurvogel), tendo o Banco adquirido uma parte substancial dos direitos que a Ifogest detinha sobre esta Sociedade, sob a forma de suprimentos. Posteriormente, o Banco procedeu à realização de investimentos financeiros adicionais nesta Sociedade, sendo que, em 31 de Dezembro de 2015, o montante da participação financeira detida pelo Banco na Feurvogel, S.A. ascende a 3.341.612 mAKZ. Com referência a 31 de Dezembro de 2015 e com base numa avaliação efectuada, o Banco optou por registar uma provisão para esta par-ticipação no montante de 799.000 mAKZ, cor-respondente à diferença entre o valor líquido contabilístico da participação e valor recuperá-vel do investimento (2.542.612 mAKZ).

Durante o exercício de 2010, o Banco subscre-veu e adquiriu 5% do capital social da Mota-Engil Angola, correspondente a 200 acções com o va-lor nominal de 500 AKZ cada. Posteriormente, o

Banco procedeu à realização de investimentos financeiros adicionais nesta Sociedade, sendo que, em 31 de Dezembro de 2015, o montante da participação financeira detida pelo Banco na Mota-Engil Angola ascende a 1.512.294 mAKZ.

A EMIS - Empresa Interbancária de Serviços, S.A. (EMIS) foi constituída com a função de gestão dos meios electrónicos e de pagamentos, bem como a prestação de serviços complementares. Em 31 de Dezembro de 2015, o Banco detém uma participação de 2,08%, no capital social desta empresa, correspondente a 3.557 acções com o valor nominal de 1.000 AKZ cada. Em 31 de Dezembro de 2015, o montante da participa-ção financeira detida pelo Banco na EMIS inclui ainda investimentos financeiros adicionais, tota-lizando o montante de 50.413 mAKZ.

Durante o exercício de 2011, o Banco adquiriu à Finicapital 2,6% do capital social da Luanda Waterfront Corporation (entidade que detém a 100% a sociedade Baía de Luanda, S.A.), cor-respondente a 281.060 acções com o valor no-minal de 1 USD cada. O preço pago ascendeu a 3.219.287 USD, incluindo a aquisição de 2,6% dos direitos societários e dos direitos económi-cos do Projecto Baía de Luanda. Ainda em 2011, o Banco efectuou investimentos financeiros nesta entidade no montante de 1.820.000 USD, que por sua vez recomprou créditos concedi-dos pelo Banco à sociedade Baía de Luanda no valor de 506.353 USD.

Em Junho de 2009, o ATLANTICO participou na subscrição inicial de capital social da Atlân-tico Europa SGPS, S.A. (entidade que detém a 100% o ATLANTICO Europa S.A.), tendo subs-crito e realizado acções no montante de Euros 1.800.000. Em Novembro e Dezembro de 2009, foram realizadas prestações suplementares nos montantes de 500.000 Euros e 750.000 Euros, respectivamente, totalizando 1.250.000 Euros. Em 2010, foram realizadas prestações suple-mentares adicionais de 2.750.000 Euros. Por deliberação da Assembleia Geral da Atlântico Europa SGPS, S.A realizada em 21 de Dezembro de 2011, foi aprovado um aumento de capital no valor de 32.000.000 Euros a realizar da seguin-te forma: (i) por emissão de 15.300.000 novas

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141ATLANTICO | Relatório e Contas 2015DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

acções com o valor de 1 Euro cada, a subscrever pelos accionistas, excluindo o Banco, por entradas em numerário, na proporção da participação detida; (ii) por emissão de 1.700.000 novas acções com o valor de Euro 1 cada a subscrever pelo Banco por conversão de prestações acessórias no valor de 1.700.000 Euros; e (iii) por emissão de 15.000.000 acções preferenciais sem voto a 1 Euro cada, a subscrever pelo Banco mediante a conversão de prestações acessórias no montante de 2.300.000 Euros e entradas em numerário no montante de 12.700.000 Euros. Com este aumento de capital o Banco ficou com uma participação de 37% no capital social e acções preferenciais emitidas pela sociedade, sendo 27% correspondente a acções preferenciais sem direito a voto. Em Março de 2013, o Banco procedeu à alienação das referidas acções preferenciais ao accionista Global Pactum Gestão de Activos, S.A., pelo preço de 15.000 mEuros (ver nota 9), ficando com uma participação de 7% no capital social da Atlântico Europa S.G.P.S., S.A..

Durante o exercício de 2010, o Banco realizou duas chamadas de capital por conta da subscrição efectuada no Fundo de Investimento Privado – Angola S.C.A., SICAV – SIF (FIPA), no montante de 103.800 USD. Em Dezembro de 2011, o Banco subscreveu a terceira chamada de capital no montante de 109.400 USD, perfazendo um total de 213.200 USD. Em Agosto de 2012, o Banco subscreveu a quarta chamada de capital no montante de 451.400 USD, perfazendo um total de 664.400 USD. Durante 2013, o Banco subscreveu três chamadas de capital, que ascenderam a 498.974 USD. Durante 2014, o Banco subscreveu três chamadas de capital, que ascenderam a 484.322 USD, perfazendo um total de 1.647.896 USD. O Fundo foi constituído em 4 de Dezembro de 2009 por um período de dez anos (cinco de investimento e cinco de desinvestimento), estando previsto que as contribuições de capital do Banco ascendam a 2.000.000 USD.

As participações coligadas e equiparadas para as quais será aplicável a valorização pelo Método de Equivalência Patrimonial ainda não têm actividade ou a mesma ainda se revela incipiente, pelo que o Conselho de Administração acredita que o custo de aquisição das mesmas reflecte o seu valor de mercado.

Em 31 de Dezembro de 2015, o detalhe das participadas, tendo em consideração a sua sede e actividade é o seguinte:

Participada Sede Actividade

Participações em coligadas no país

Banco Millenium Angola Luanda Serviços bancários

Academia Millenium Atlântico Luanda Formação

Participações em coligadas no estrangeiro

Feurvogel, S.A. Lisboa Transportes aéreos

Participações em outras sociedades no país

Mota-Engil Angola Luanda Construção

EMIS - Empresa Interbancária de Serviços, S.A. Luanda Serviços bancários

Participações em outras sociedades no estrangeiro

Luanda Waterfront Corporation (LWF) George Town Gestão de projectos

Atlântico Europa SGPS, S.A. Lisboa Gestão de Parti. Sociais

Fundo de Investimento - FIPA Luxemburgo Fundo de investimento

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, os saldos com as empresas participadas encontram-se apre-sentados na nota 31.

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ATLANTICO | Relatório e Contas 2015142 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

Imobilizações corpóreas e incorpóreasO movimento nas rubricas de imobilizações corpóreas e incorpóreas, para o período de 1 de Janei-ro a 31 de Dezembro de 2015 e no exercício de 2014 foi o seguinte:

(Milhares de AKZ)

Dez.-15

Saldos em 31.12.2014 Aumentos

Transf. / reclas.

Alienaç./abates

Amort. do exercício

Saldos em 31.12.2015

IMOBILIZAçõES CORPÓREAS

Imóveis

Valor bruto 18.177.900 4.982.799 715.070 - - 23.875.769

Amortizações acumuladas (327.491) - - - (426.524) (754.015)

Valor líquido 17.850.409 4.982.799 715.070 - (426.524) 23.121.754

Móveis, utensílios, instalações e equipamentos

Valor bruto 6.914.324 1.654.677 67.109 (169.864) - 8.466.246

Amortizações acumuladas (2.350.570) - - 108.406 (1.152.454) (3.394.618)

Valor líquido 4.563.754 1.654.677 67.109 (61.458) (1.152.454) 5.071.628

Imobilizações em curso

Valor bruto 9.725.910 4.538.418 (892.293) (2.800.000) - 10.572.035

Valor líquido 9.725.910 4.538.418 (892.293) (2.800.000) - 10.572.035

32.140.073 11.175.894 (110.114) (2.861.458) (1.578.978) 38.765.417

IMOBILIZAçõES INCORPÓREAS

Gastos de organização e expansão

Valor bruto 161.707 - - - - 161.707

Amortizações acumuladas (161.707) - - - - (161.707)

Valor líquido - - - - - -

Benfeitorias em imóveis de terceiros

Valor bruto 1.404.155 524.435 110.114 (176.701) - 1.862.003

Amortizações acumuladas (694.729) - - 150.374 (123.228) (667.583)

Valor líquido 709.426 524.435 110.114 (26.327) (123.228) 1.194.420

Trespasses

Valor bruto 285.129 - - - - 285.129

Amortizações acumuladas (285.129) - - - - (285.129)

Valor líquido - - - - - -

Sistemas de tratamento automático de dados software

Valor bruto 1.078.991 290.142 - - - 1.369.133

Amortizações acumuladas (641.661) - - - (259.839) (901.500)

Valor líquido 437.330 290.142 - - (259.839) 467.633

Imobilizações em curso

Valor bruto 192.886 - - - - 192.886

Valor líquido 192.886 - - - - 192.886

1.339.642 814.577 110.114 (26.327) (383.067) 1.854.939

33.479.715 11.990.471 - (2.887.785) (1.962.045) 40.620.356

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143ATLANTICO | Relatório e Contas 2015DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

(Milhares de AKZ)

Dez.-14

Saldos em 31.12.2013 Aumentos

Transf. / reclas

Alienaç./abates

Amort. do exercício

Variação Cambial Regular.

Saldos em 31.12.2014

IMOBILIZAçõES CORPÓREAS

Imóveis

Valor bruto 7.224.457 1.072.039 9.881.404 - - - - 18.177.900

Amortizações acumuladas (296.347) - 180.199 - (211.343) - - (327.491)

Valor líquido 6.928.110 1.072.039 10.061.603 - (211.343) - - 17.850.409

Móveis, utensílios, instalações e equipamentos

Valor bruto 4.740.561 1.154.012 1.136.329 (116.578) - - - 6.914.324

Amortizações acumuladas (1.602.675) - - 119.430 (867.325) - - (2.350.570)

Valor líquido 3.137.886 1.154.012 1.136.329 2.852 (867.325) - - 4.563.754

Imobilizações em curso

Valor bruto 9.800.186 8.824.692 (8.918.016) - - 27.538 (8.490) 9.725.910

Amortizações acumuladas - - - - - - - -

Valor líquido 9.800.186 8.824.692 (8.918.016) - - 27.538 (8.490) 9.725.910

19.866.182 11.050.743 2.279.916 2.852 (1.078.668) 27.538 (8.490) 32.140.073

IMOBILIZAçõES INCORPÓREAS

Gastos de organização e expansão

Valor bruto 161.707 - - - - - - 161.707

Amortizações acumuladas (161.707) - - - - - - (161.707)

Valor líquido - - - - - - - -

Benfeitorias em imóveis de terceiros

Valor bruto 1.013.792 211.263 179.100 - - - - 1.404.155

Amortizações acumuladas (346.178) - (179.100) - (169.451) - - (694.729)

Valor líquido 667.614 211.263 - - (169.451) - - 709.426

Trespasses

Valor bruto 285.129 - - - - - - 285.129

Amortizações acumuladas (285.129) - - - - - - (285.129)

Valor líquido - - - - - - - -

Sistemas de tratamento automático de dados software

Valor bruto 803.709 142.736 132.546 - - 1.078.991

Amortizações acumuladas (409.925) - - - (231.736) - - (641.661)

Valor líquido 393.784 142.736 132.546 - (231.736) - - 437.330

Outras imobilizações incorpóreas

Valor bruto 325.432 - (132.546) - - - - 192.886

Valor líquido 325.432 - (132.546) - - - - 192.886

1.386.830 353.999 - - (401.187) - - 1.339.642

21.253.012 11.404.742 2.279.916 2.852 (1.479.855) 27.538 (8.490) 33.479.715

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ATLANTICO | Relatório e Contas 2015144 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

Em 31 de Dezembro de 2015, a rubrica de «Imobilizações corpóreas – Imobilizações em curso» in-clui o montante de 6.183.752 mAKZ (31 de Dezembro de 2014: 5.937.075 mAKZ) relativo à constru-ção do novo Edifício Sede do Banco na Baía de Luanda e o montante de 2.978.501 mAKZ, relativo à aquisição de três fracções sitas no Empreendimento Cidade Financeira em Talatona.

Durante o exercício de 2015, o Banco procedeu à resolução do contrato celebrado com a Finicapi-tal, S.A. referente à aquisição da fracção em que funcionaria a academia de formação da Academia Millenium Atlântico, no empreendimento Cidade Financeira, em Talatona, cujo montante ascendia a 2.800.000 mAKZ.

11. depósitos

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica tem a seguinte composição:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

DEPÓSITOS à ORDEM DE RESIDENTES

Em moeda nacional

Empresas 102.716.169 58.331.445

Particulares 16.459.258 12.861.772

Sector público 2.239.500 2.358.178

121.414.927 73.551.395

Em moeda estrangeira

Empresas 17.887.401 23.050.220

Particulares 13.561.760 7.956.951

Sector público 8.615.208 7.530.217

40.064.369 38.537.388

DEPÓSITOS à ORDEM DE NãO RESIDENTES

Em moeda nacional 5.892.664 1.664.274

Em moeda estrangeira 380.585 337.405

6.273.249 2.001.679

Total de depósitos à ordem 167.752.545 114.090.462

DEPÓSITOS A PRAZO DE RESIDENTES

Em moeda nacional

Empresas 61.564.972 51.611.006

Particulares 30.974.798 24.426.215

Sector público 6.244.588 2.317.226

98.784.358 78.354.447

Em moeda estrangeira

Empresas 78.039.959 72.420.111

Particulares 35.714.610 23.348.356

Sector público 1.704.683 1.145.910

115.459.252 96.914.377

DEPÓSITOS A PRAZO DE NãO RESIDENTES

Em moeda nacional 1.358.195 251.440

Em moeda estrangeira 455.140 270.105

1.813.335 521.545

216.056.945 175.790.369

Juros a pagar 2.088.771 1.897.690

Total de depósitos a prazo 218.145.716 177.688.059

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145ATLANTICO | Relatório e Contas 2015DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, a totalidade de depósitos de clientes, excluindo os respectivos juros a pagar, apresentam a seguinte estrutura por moeda e taxa de juro média:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

Taxa de juro

Montante em divisa Montante

Taxa

de juro

Montante

em divisa Montante

Depósitos à ordem

Kwanzas - 127.307.591.800 127.307.592 - 75.215.668.817 75.215.669

Dólares dos Estados Unidos - 257.095.842 34.788.924 - 344.993.299 35.487.046

Euros - 37.628.269 5.562.662 - 26.334.203 3.296.911

Outras moedas - n.a. 93.367 - n.a. 90.836

167.752.545 114.090.462

Depósitos a prazo

Dólares dos Estados Unidos 3,01% 807.095.518 109.212.130 3,05% 878.197.806 90.334.061

Kwanzas 7,08% 100.142.553.169 100.142.553 6,12% 78.624.550.956 78.624.551

Euros 3,15% 45.337.019 6.702.262 3,29% 54.568.923 6.831.756

216.056.945 175.790.368

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, a generalidade dos depósitos à ordem de clientes não são remunerados.

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, a generalidade dos depósitos a prazo de clientes apresentam taxas fixas.

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, os depósitos a prazo de clientes, excluindo os juros a pa-gar, apresentam a seguinte estrutura, de acordo com os prazos residuais de vencimento das operações:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

Até três meses 144.266.942 114.660.371

De três meses a um ano 71.790.003 61.129.997

216.056.945 175.790.368

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ATLANTICO | Relatório e Contas 2015146 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

12. Captações para liquidez

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica tem a seguinte composição:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

OPERAçõES NO MERCADO MONETáRIO INTERFINANCEIRO

Captações em instituições de crédito no país

Banco de Desenvolvimento de Angola 18.219.056 2.219.056

Banco Millennium Angola 7.272.461 4.937.424

Banco Angolano de Investimentos 2.414.020 -

Finibanco Angola - 5.000.000

Banco Keve - 3.000.000

27.905.537 15.156.480

Captações em instituições de crédito no estrangeiro

Millennium BCP 15.556.277 3.785.328

Banco Atlântico Europa 9.487.275 -

Caixa Geral de Depósitos 13.631 -

Mashreq Bank 13.486 -

25.070.669 3.785.328

Juros a pagar 1.138.565 41.953

54.114.771 18.983.761

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, as operações no mercado monetário interfinanceiro, excluindo os respectivos juros a pagar, apresentavam a seguinte estrutura por moeda e taxa de juro média:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

Taxa de juro

Montante em divisa Montante

Taxa

de juro

Montante

em divisa Montante

Dólares dos Estados Unidos 3,33% 198.852.184 26.907.683 5,83% 66.500.000 6.840.390

Kwanzas 7,89% 18.996.397.365 18.996.397 5,63% 10.219.056.248 10.219.056

Euros 1,50% 47.838.941 7.072.127 2,41% 15.000.000 1.877.925

Randes Sul Africanos - - - 8,00% 500.000 4.438

52.976.207 18.941.808

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147ATLANTICO | Relatório e Contas 2015DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, as captações de liquidez, excluindo os respectivos juros a pa-gar, apresentavam a seguinte estrutura, de acordo com os prazos residuais de vencimento:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

Até três meses 34.489.511 18.941.808

De três a seis meses 18.219.056 -

De seis meses a um ano 267.640 -

52.976.207 18.941.808

13. Obrigações no sistema de pagamentos

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica tem a seguinte composição:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

RELAçõES ENTRE INSTITuIçõES

Compensação de cheques e outros papéis

Cheques visados 584.829 463.800

Outras operações pendentes de liquidação

Outras operações 214.335 381.070

799.164 844.870

14. Outras captações

Em 31 de Dezembro de 2015, o saldo desta rubrica, no montante de 6.777.154 mAKZ (31 de Dezembro de 2014: 5.275.746 mAKZ) corresponde a 50.000 obrigações subordinadas com um valor nominal correspondente a 1.000 USD cada, emitidas no final de 2011 e integralmente subs-critas pela Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola, E.P. As obrigações de caixa são emitidas por um prazo de seis anos, ocorrendo o seu reembolso a partir do dia 30 de Dezembro do quinto ano de maturidade, em três tranches de 50% do capital, 25% e 25% das obrigações subscritas. Os juros associados a esta emissão são calculados diariamente e pagos numa base semestral, correspondendo à aplicação da taxa de referência LIBOR a seis meses acrescida de um spread de 1,25% nos primeiros cinco semestres após a data de emissão, de um spread de 1,50% nos três semestres subsequentes, de um spread de 2,50% no 10º semestre e de um spread de 3,00% nos dois últimos semestres.

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ATLANTICO | Relatório e Contas 2015148 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

15. Outras obrigações

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica tem a seguinte composição:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

PASSIVOS POR IMPOSTOS CORRENTES

Imposto industrial 3.278.359 1.776.348

3.278.359 1.776.348

OuTRAS OBRIGAçõES DE NATuREZA ADMINISTRATIVA

Salários e outras remunerações a pagar

Empregados 2.318.972 1.013.325

OuTRAS OBRIGAçõES DE NATuREZA CíVEL

Credores pela prestação de serviços 2.106.567 2.163.292

Imposto sobre o rendimento de trabalho dependente 248.011 50.935

Outros impostos 208.457 94.766

OuTROS CuSTOS ADMINISTRATIVOS

Sobras de caixa 80.566 57.794

Outros 227.009 25.827

OuTRAS OBRIGAçõES DE NATuREZA FISCAL

Imposto cobrado sobre operações bancárias

Imposto do Selo 113.369 117.975

Contribuição para a segurança social

Patronal 33.059 42.911

OuTRAS OBRIGAçõES DE NATuREZA SOCIAL Ou ESTATuTáRIA

Dividendos a pagar - 478.152

5.336.010 4.044.977

A rubrica «Passivos por impostos correntes - Imposto industrial» regista a estimativa de imposto industrial a liquidar (ver nota 29).

Em 31 de Dezembro de 2015, a rubrica «Outras Obrigações de Natureza Administrativa - Salários e remunerações a pagar a Empregados» inclui o montante de 2.029.726 mAKZ (31 de Dezembro de 2014: 815.687 mAKZ) referente à estimativa de remunerações variáveis dos colaboradores e órgãos de gestão relativas ao exercício de 2015, a liquidar no exercício de 2016 (ver nota 21).

Em 31 de Dezembro de 2015, a rubrica «Outras Obrigações de Natureza Cível - Credores pela prestação de serviços» inclui o montante de 255.652 mAKZ (31 de Dezembro de 2014: 305.881 mAKZ) de custos a liquidar ao Banco Privado Atlântico Europa, S.A. por serviços prestados por esta entidade. Adicional-mente, tal como em 31 de Dezembro de 2014, esta rubrica inclui montantes a pagar a prestadores de ser-viços relativos a serviços de telecomunicações, segurança, transporte de valores e limpeza, entre outros.

Em 31 de Dezembro de 2014, a rubrica «Outras Obrigações de Natureza Social ou Estatutária - Dividendos a pagar», registava o montante que se encontrava por liquidar a accionistas do Banco, relativo à distribuição de dividendos de exercícios anteriores.

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149ATLANTICO | Relatório e Contas 2015DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

16. Provisões para responsabilidades prováveis

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica tem a seguinte composição:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

Provisões para gar. prestadas e créd. docum. 1.150.921 927.822

Provisões para complementos de reforma 1.361.818 1.046.953

Outras provisões - 41.019

2.512.739 2.015.794

As provisões para garantias prestadas e créditos documentários foram constituídas de acordo com o disposto no Aviso 3/12, de 28 de Março, do BNA, conforme referido na política contabilística 2.2. c).

O movimento nas provisões para responsabilidades prováveis no período de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2015 e no exercício de 2014 foi o seguinte:

(Milhares de AKZ)

Dez.-15

Saldo em

31.12.2014 Reforços Anulações

Reposições/

(utilizações)

Diferenças

cambiais

Saldo em

31.12.2015

Provisões para gar. prestadas

e créd. docum.927.822 1.171.748 (1.499.861) - 551.212 1.150.921

Provisões para complementos

de reforma1.046.953 239.206 (12.288) (2.600) 90.547 1.361.818

Outras provisões 41.019 653.077 (681.478) (17.793) 5.175 -

2.015.794 2.064.031 (2.193.627) (20.393) 646.934 2.512.739

(Milhares de AKZ)

Dez.-14

Saldo em

31.12.2013 Reforços Anulações

Reposições/

(utilizações)

Diferenças

cambiais

Saldo em

31.12.2014

Provisões para gar. prestadas

e créd. docum.614.619 952.156 (656.115) - 17.162 927.822

Provisões para complementos

de reforma939.512 156.657 - (11.962) (37.254) 1.046.953

Outras provisões 15.010 29.496 (3.487) - - 41.019

1.569.141 1.138.309 (659.602) (11.962) (20.092) 2.015.794

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, o saldo da rubrica «Provisões para complementos de refor-ma» destina-se a cobrir as responsabilidades do Banco decorrentes do «Plano Complementar de Pensões» concedido a membros do Conselho de Administração, bem como as responsabilidades resultantes da contribuição de 8% do salário pensionável mensal de cada colaborador efectuado pelo ATLANTICO a título de complemento de reforma.

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ATLANTICO | Relatório e Contas 2015150 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

17. Fundos próprios

Capital socialO Banco foi constituído com um capital de 801.728 mAKZ (equivalente ao contravalor de 10.000.000 USD, à taxa de câmbio em vigor em 6 e 21 de Novembro de 2006), representado por 1.000.000 de acções nominativas de dez dólares norte americanos (USD) cada, tendo sido integralmente subscrito e realizado em dinheiro.

Em Junho de 2009, foi efectuado um aumento de capital no valor de 6.510.772 mAKZ (equivalente ao contravalor de 55.000.000 USD), representado por 5.500.000 novas acções com o valor nominal de 10 USD cada, tendo sido integralmente subscrito e realizado através da incorporação de resulta-dos transitados (268.346 mAKZ), conversão de um empréstimo subordinado (300.886 mAKZ), en-tradas em numerário (3.504.040 mAKZ) e mediante a emissão de acções preferenciais sem voto, não remíveis de 2.437.500 mAKZ (equivalente ao contravalor de 32.500.000 USD). As acções preferenciais foram emitidas por 25,14 USD cada, as quais englobavam um prémio de emissão de 15,14 USD por acção.

Em Junho de 2011, foi efectuado um aumento de capital no montante de 4.949.243 mAKZ (equi-valente ao contravalor de 52.500.000 USD), representado por 5.250.000 novas acções com o valor nominal de 10 USD cada, tendo sido integralmente subscrito e realizado através da incorpo-ração de resultados transitados (3.764.524 mAKZ) e entradas em numerário (1.183.719 mAKZ). Em Novembro de 2011, ocorreu um novo aumento de capital no montante de 4.763.650 mAKZ (equi-valente ao contravalor de 50.000.000 USD), representado por 5.000.000 novas acções com o valor nominal de 10 USD cada, tendo sido integralmente subscrito e realizado através de entradas em numerário. No âmbito deste novo aumento de capital, foram efectuadas entregas adicionais em numerário no montante de 2.029.207 mAKZ, de forma a manter o contravalor em Kwanzas da totalidade das dotações em USD para o capital social, com base na taxa de câmbio de 13 de Dezembro de 2011.

Em Setembro de 2013, o ATLANTICO procedeu à incorporação do prémio de emissão das acções preferenciais, emitidas em Junho de 2009, no montante de 1.467.930 mAKZ, no seu capital social, através da emissão de 1.144.740 novas acções ordinárias, como o valor nominal de 1.000 AKZ cada, no montante de 1.144.740 mAKZ e da correcção do valor nominal das 1.292.760 acções preferenciais para 1.000 AKZ, no montante de 323.190 mAKZ. Adicionalmente, e na mesma data, o ATLANTICO procedeu a um aumento de capital por incorporação de resultados transitados, no montante de 205.400 AKZ, de modo a que o capital social do Banco ficasse equivalente ao con-travalor de 200.000.000 USD, à taxa de câmbio de 6 de Setembro de 2013.

Em Dezembro de 2013, o Banco procedeu à conversão das acções preferenciais sem voto, não remí-veis, no montante de 1.292.760 mAKZ, em acções ordinárias, em igual número e valor nominal. Ainda em Dezembro de 2013, foi efectuado um aumento de capital no montante de 14.897.900 mAKZ, repre-sentado por 14.897.900 novas acções com o valor nominal de 1.000 AKZ, tendo sido integralmente subscrito, através da incorporação de resultados transitados no montante de 4.879.700 mAKZ (equivalente ao contravalor de 50.000.000 USD, à taxa de câmbio de 17 de Dezembro de 2013) e entradas em numerário no montante de 9.759.400 mAKZ (equivalente ao contravalor de

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151ATLANTICO | Relatório e Contas 2015DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

100.000.000 USD, à taxa de câmbio de 17 de Dezembro de 2013). Em 31 de Dezembro de 2013, este aumento de capital ainda não se encontrava integralmente realizado, faltando realizar entra-das em numerário no montante de 975.940 mAKZ. No âmbito deste novo aumento de capital, fo-ram ainda incorporados resultados transitados no montante de 258.800 mAKZ, de forma a manter o contravalor em Kwanzas do capital social do ATLANTICO, em 350.000.000 USD, à taxa de câm-bio de 17 de Dezembro de 2013. No exercício de 2014, foram efectuadas as entradas em numerário no montante de 975.940 mAKZ, encontrando-se desta forma o aumento de capital acima referido totalmente realizado.

Como resultado das operações acima descritas, em 31 de Dezembro de 2015, o capital social do Banco ascende a 34.157.900 mAKZ (31 de Dezembro de 2014: 34.157.900 mAKZ), representado por 34.157.900 (31 de Dezembro de 2014: 34.157.900) acções ordinárias com o valor nominal de 1.000 AKZ.

No decorrer do exercício de 2015, o principal accionista do ATLANTICO, Global Pactum, Gestão de Activos, S.A., procedeu à venda da maioria da participação que detinha no Banco, dando origem a uma nova estrutura accionista. Em 31 de Dezembro de 2015, a estrutura accionista do Banco é a seguinte:

Dez.-15

Número de acções % de participação

Interlagos Equity Partners 16.229.493 47,51%

Carlos José da Silva 7.966.794 23,32%

Jasper Capital Partners 3.245.001 9,50%

Banco Millennium Angola 2.276.084 6,66%

Quadros – Gestão de Activos 2.220.263 6,50%

Gemcorp Fund I 1.024.737 3,00%

Outras entidades 1.195.528 3,50%

34.157.900 100%

Em 31 de Dezembro de 2014, a estrutura accionista do Banco era a seguinte:

Dez.-14

Número de acções % de participação

Global Pactum, Gestão de Activos, S.A. 24.712.153 72,35%

Carlos José da Silva 6.600.476 19,32%

Banco Millennium Angola 2.276.084 6,66%

Outras entidades 569.187 1,67%

34.157.900 100%

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ATLANTICO | Relatório e Contas 2015152 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

Dando cumprimento ao disposto no nº 3, do artigo 446º da Lei nº 1/2004, de 13 de Fevereiro, que enquadra a Lei das Sociedades Comerciais, no qual é exigido que os membros dos órgãos de admi-nistração e de fiscalização das sociedades anónimas divulguem o número de acções e obrigações de que são titulares, apresentamos de seguida as partes de capital detidas por parte de membros dos órgãos sociais:

Accionistas Cargo

Valor de

aquisição

Número de

acções %

Carlos José da Silva Administrador Valor nominal 7.966.794 23,32%

António João Assis de Almeida Administrador Valor nominal 853.948 2,50%

Mário Jorge Faria da Cruz Administrador Valor nominal 170.790 0,50%

8.991.532

Reservas e fundos, resultados potenciais e resultados transitadosEm 31 de Dezembro de 2015 e 2014, estas rubricas têm a seguinte composição:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

Reservas e fundos

Reserva legal 6.374.260 5.099.164

Resultados transitados 3.456.251 2.818.703

Resultados potenciais 89.474 76.717

9.919.985 7.994.584

Nos termos da legislação vigente, o Banco deve constituir um fundo de reserva legal até à concor-rência do seu capital. Para tal, deverá ser anualmente transferido para esta reserva um mínimo de 10% do resultado líquido do exercício anterior. Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados, quando esgotadas as demais reservas constituídas.

Por deliberação unânime da Assembleia Geral de 22 de Maio de 2015, foi decidido distribuir aos ac-cionistas dividendos no valor correspondente a 70% do resultado líquido de 2014 (4.462.835 mAKZ), tendo sido aplicado o valor remanescente nas rubricas de «Reservas e fundos» (1.275.096 mAKZ) para o referido reforço da «Reserva legal» e «Resultados transitados» (637.548 mAKZ).

Resultado e dividendo por acçãoEm 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014, o resultado por acção e o dividendo atri-buído em cada exercício, relativo ao lucro do ano anterior, foram os seguintes:

dez.-15 Dez.-14

Resultado do exercício (mAKZ) 11.028.078 6.375.479

Número médio de acções em circulação no exercício 34.157.900 34.157.900

Resultado por acção (AKZ) 322,86 186,65

Dividendo por acção atribuído no exercício (AKZ) 130,65 108,10

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153ATLANTICO | Relatório e Contas 2015DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

18. Margem financeira

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, estas rubricas apresentam a seguinte composição:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

PROVEITOS DE INSTRuMENTOS FINANCEIROS ACTIVOS

De créditos concedidos

Empresas e Administração Pública

Empréstimos 18.927.950 15.009.083

Créditos em conta corrente 2.427.910 3.151.481

Adiantamentos a depositantes 1.451.991 1.639.476

22.807.851 19.800.040

Particulares

Crédito à habitação 409.831 274.573

Crédito ao consumo 110.355 77.121

Outras finalidades 334.733 476.590

854.919 828.284

23.662.770 20.628.324

De títulos e outros valores mobiliários

Mantidos até ao vencimento

Obrigações do Tesouro em moeda nacional indexadas a moeda

estrangeira e em moeda estrangeira4.729.754 2.960.960

Obrigações do Tesouro em moeda nacional 624.351 673.484

5.354.105 3.634.444

De aplicações de liquidez

Operações no Mercado Monetário Interfinanceiro

Aplicações em instituições de crédito no país 177.826 55.565

Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro 164.889 75.994

Aplicações no Banco Central 21.252 19.123

363.967 150.682

29.380.842 24.413.450

CuSTOS DE INSTRuMENTOS FINANCEIROS PASSIVOS

De depósitos

Depósitos a prazo 7.439.243 6.118.671

Depósitos à ordem 45.474 42.462

7.484.717 6.161.133

De captações para liquidez

Operações do mercado monetário interfinanceiro 2.415.519 1.059.563

De outras captações

Dívida subordinada 123.606 79.774

10.023.842 7.300.470

Margem financeira 19.357.000 17.112.980

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ATLANTICO | Relatório e Contas 2015154 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

19. Resultados de operações cambiais

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, estas rubricas apresentam a seguinte composição:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

Operações de compra e venda de moeda estrangeira 12.201.672 5.682.618

Variação cambial em activos e passivos denominados em moeda estrangeira 3.966.890 212.432

16.168.562 5.895.050

Os resultados em operações cambiais registam a reavaliação da posição cambial do Banco, bem como o resultado das operações cambiais realizadas.

20. Resultados de prestação de serviços financeiros

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, estas rubricas apresentam a seguinte composição:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

PROVEITOS POR PRESTAçõES DE SERVIçOS FINANCEIROS

Comissões recebidas

Abertura de créditos documentários 1.978.481 390.928

Operações cambiais 1.546.918 784.468

Abertura de linhas de crédito 982.490 874.252

Transferências emitidas/recebidas 672.693 593.378

Levantamentos 572.722 173.443

Estruturação de operações e assessoria financeira 554.147 146.161

Prestação de garantias 423.261 206.774

Alfândega - Arrecadação de receitas 286.438 283.911

Utilização de TPA 193.023 163.504

Outras comissões 211.881 357.356

7.422.054 3.974.175

CuSTOS DE PRESTAçãO DE SERVIçOS FINANCEIROS

Comissões pagas

Outros serviços 300.765 114.591

300.765 114.591

Resultados de prestação de serviços financeiros 7.121.289 3.859.584

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155ATLANTICO | Relatório e Contas 2015DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

21. Pessoal

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

Salários e vencimentos

Remunerações 6.535.709 3.168.904

Subsídio para falhas 786.250 324.390

Subsídio de natal 361.259 228.706

Subsídio de férias 294.475 222.455

Remunerações adicionais 427.422 552.910

Outros subsídios 35.195 23.250

8.440.310 4.520.615

Encargos sociais obrigatórios 273.340 207.611

Outros custos

Com pessoal 365.262 208.284

Encargos com formação 225.503 187.878

9.304.415 5.124.388

Em 31 de Dezembro de 2015 a rubrica de «Remunerações» inclui 2.029.726 mAKZ (31 de Dezembro de 2014: 815.687 mAKZ) relativos à estimativa de remunerações variáveis dos colaboradores e órgãos de gestão para o exercício de 2015, a liquidar no exercício seguinte, em resultado do seu desempenho no exercício (ver nota 15).

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, os colaboradores do Banco dividiam-se nas seguintes catego-rias profissionais:

dez.-15 Dez.-14

Executivo de Topo 13 9

Director 48 26

Coordenador 89 124

Técnico 737 536

Administrativo 56 65

943 760

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ATLANTICO | Relatório e Contas 2015156 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

22. Fornecimentos de terceiros

Em 31 de Dezembro de 201 5 e 2014, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

Serviços especializados 2.384.035 2.564.307

Segurança e vigilância 1.259.168 905.277

Deslocações 1.071.871 910.405

Comunicações 878.257 658.002

Publicidade 596.491 628.937

Conservação e reparação 507.862 508.645

Rendas 504.271 484.422

Serviços de informática 497.551 606.592

Material de consumo corrente 337.924 234.698

Limpeza 137.000 103.583

Despesas de representação 104.441 385.555

Serviços aduaneiros 97.647 124.197

Avenças e honorários 82.546 45.494

Seguros 43.085 59.319

Outros fornecimentos de terceiros 557.075 359.785

9.059.224 8.579.218

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, a rubrica «Serviços especializados» inclui essencialmente: (i) serviços de consultoria de gestão e processos; (ii) serviços de auditoria externa; (iii) serviços de consultoria informática; e (iv) serviços de procurement.

23. Impostos e taxas não incidentes sobre o resultado

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, esta rubrica apresenta a seguinte composição:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

Impostos retidos sobre operações no país 242.138 93.106

Imposto do Selo 69.081 1.664

Taxas 47.284 5.376

Imposto Predial Urbano sobre imóveis próprios 2.233 1.077

Impostos retidos sobre operações no estrangeiro 1.913 39.141

362.649 140.364

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157ATLANTICO | Relatório e Contas 2015DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

24. Resultado de imobilizações financeiras

Em 31 de Dezembro de 2015, esta rubrica regista os dividendos distribuídos pela participada Mota-Engil Angola, relativos ao exercício de 2014, no montante de 95.864 mAKZ (31 de Dezembro de 2014: relativos ao exercício de 2013, no montante de 203.829 mAKZ).

25. Outros proveitos e custos operacionais

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, estas rubricas apresentam a seguinte composição:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

Outros proveitos operacionais

Outros 16.635 22.737

16.635 22.737

Outros custos operacionais

Patrocínios e donativos (441.273) (288.605)

Quotizações (27.012) (26.918)

Outros (8.479) (19.942)

(476.764) (335.465)

(460.129) (312.728)

26. Resultado não operacional

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, estas rubricas apresentam a seguinte composição:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

Proveitos ou ganhos não operacionais

Ganhos relativos a exercícios anteriores 1.394.156 437.316

Outros ganhos em imobilizações (14.655) 16.345

1.379.501 453.661

Custos ou perdas não operacionais

Perdas relativas a exercícios anteriores (678.781) (718.717)

Resultado não operacional 700.720 (265.056)

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, a rubrica «Ganhos relativos a exercícios anteriores» regista os recebimentos de juros de crédito e juros de mora que respeitam a exercícios anteriores.

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ATLANTICO | Relatório e Contas 2015158 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

27. Impostos

O Banco encontra-se sujeito a tributação em sede de Imposto Industrial, sendo considerado fiscal-mente um contribuinte do Grupo A. Em 31 de Dezembro de 2015 a tributação dos seus rendimen-tos é efectuada nos termos do número 1 do Artigo 64º, da Lei nº 19/14, de 22 de Outubro, sendo a taxa de imposto aplicável de 30% (ver nota 2.2. k).

A reconciliação entre a taxa nominal de imposto e a carga fiscal verificada em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, bem como a reconciliação entre o custo/proveito de imposto e o produto do lucro contabilístico pela taxa nominal de imposto, pode ser analisada como se segue:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

Taxa de imposto valor

Taxa de

imposto Valor

Resultados antes de impostos 14.306.437 8.151.827

Imposto apurado com base na taxa nominal de imposto 30,0% 4.291.931 30,0% 2.445.548

Amortizações excessivas 0,0% 4.859 0,0% 2.007

Provisões não previstas 3,1% 445.259 2,6% 212.793

Despesas de representação 0,0% - 1,4% 115.666

Benefícios fiscais em rendimentos de títulos de dívida pública -10,7% (1.525.814) -13,3% (1.087.037)

Outros 0,4% 62.124 1,1% 87.371

22,9% 3.278.359 21,8% 1.776.348

Os proveitos dos títulos da dívida pública resultantes de Obrigações do Tesouro e de Bilhetes do Tesouro emitidos pelo Estado angolano, cuja emissão se encontra regulamentada pela Lei-quadro da Dívida Pública Directa (Lei nº 16/02, de 5 de Dezembro), bem como pelos Decretos Regulamentares números 51/03 e 52/03, de 8 de Julho, gozam de isenção de todos os impostos. Tal facto é comple-mentado pelo disposto no Artigo 47º do Código do Imposto Industrial, onde é referido que para a de-terminação da matéria tributável deduzir-se-ão do lucro líquido apurado, e até à concorrência deste, os proveitos ou ganhos sujeitos a imposto sobre a aplicação de capitais. Desta forma, na determina-ção do lucro tributável em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014, tais proveitos foram deduzidos ao lucro tributável. Não obstante, importa referir que o Decreto Legislativo Presidencial nº 5/11, de 30 de Dezembro (revisto e republicado através do Decreto Legislativo Presidencial nº 2/14, de 20 de Outubro), introduziu uma norma de sujeição a Imposto sobre a Aplicação de Capitais (IAC) sobre os juros das Obrigações do Tesouro e de Bilhetes do Tesouro. Sem prejuízo do exposto, no que diz respeito aos rendimentos de títulos de dívida pública, segundo o último entendimento das Autori-dades Fiscais e do Banco Nacional de Angola dirigido à ABANC (carta do Banco Nacional de Angola, datada de 26 de Setembro de 2013), apenas os que decorrerem de títulos emitidos em data igual ou posterior a 1 de Janeiro de 2013 se encontram sujeitos a este imposto.

As autoridades fiscais têm a possibilidade de rever a situação fiscal do Banco durante um período de cinco anos, podendo resultar devido a diferentes interpretações da legislação fiscal, eventuais correcções ao lucro tributável dos exercícios de 2011 a 2015. O Conselho de Administração do Ban-co entende que eventuais liquidações adicionais que possam resultar destas revisões não serão significativas para as demonstrações financeiras anexas.

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159ATLANTICO | Relatório e Contas 2015DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

28. Rubricas extrapatrimoniais

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, estas rubricas têm a seguinte composição:

(Milhares de AKZ)

dez.-15 Dez.-14

Garantias prestadas e outros passivos (nota 8)

Créditos documentários abertos 16.404.979 17.529.834

Garantias e avales prestados 15.183.757 11.464.143

31.588.736 28.993.977

Garantias recebidas 572.696.674 358.555.395

Compromissos perante terceiros 7.158.217 5.876.113

Operações cambiais, de taxa de juro e sobre cotações 86.500 4.071.861

Responsabilidades por prestação de serviços 94.341.642 32.964.322

674.283.033 401.467.691

As garantias e avales prestados são operações bancárias que não se traduzem por mobilização de fundos por parte do Banco, estando relacionadas com créditos documentários abertos para suporte de operações de importação e garantias prestadas para execução de contratos por parte de clientes do Banco, representando valores que podem ser exigíveis no futuro.

Os créditos documentários abertos são compromissos irrevogáveis, por parte do Banco, por conta dos seus clientes, de pagar/mandar pagar um montante determinado ao fornecedor de uma dada mercadoria ou serviço, dentro de um prazo estipulado, contra a apresentação de documentos re-ferentes à expedição da mercadoria ou prestação do serviço. A condição de irrevogável consiste no facto de não ser viável o seu cancelamento ou alteração sem o acordo expresso de todas as partes envolvidas.

Não obstante as particularidades destes passivos contingentes e compromissos, a apreciação destas operações obedece aos mesmos princípios básicos de uma qualquer outra operação comercial, nomeadamente o da solvabilidade quer do cliente quer do negócio que lhes estão subjacentes, sendo que o Banco requer que estas operações sejam devidamente colaterali-zadas quando necessário. Uma vez que é expectável que a maioria dos mesmos expire sem ter sido utilizado, os montantes indicados não representam necessariamente necessidades de caixa futuras.

Em 31 de Dezembro de 2015, as provisões constituídas sobre responsabilidades por garantias pres-tadas e créditos documentários abertos ascendem a 1.150.921 mAKZ (31 de Dezembro de 2014: 927.822 mAKZ) (ver nota 16).

Os compromissos assumidos perante terceiros representam acordos contratuais para a concessão de crédito com os clientes do Banco (por exemplo linhas de crédito não utilizadas) os quais, de for-ma geral, são contratados por prazos fixos ou com outros requisitos de expiração e, normalmente, requerem o pagamento de uma comissão. Estes compromissos representam valores que podem ser exigíveis no futuro.

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ATLANTICO | Relatório e Contas 2015160 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

29. Accionistas, participadas e outras entidades relacionadas

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, os principais saldos e transacções mantidos pelo Banco com accionistas, participadas e outras entidades relacionadas, são os seguintes:

(Milhares de AKZ)

Dez.-15

Accionistas Participadas

Outras entidades

relacionadas Total

ACTIVO

Crédito 8.363.679 17.877.392 135.250 26.376.321

Aplicações de liquidez - - 11.008.742 11.008.742

Imobilizações financeiras - 8.042.732 - 8.042.732

Disponibilidades - - 2.136.162 2.136.162

Outros valores - 320.242 1.478.320 1.798.562

Operações cambiais (Activas) - - 517.412 517.412

Total do activo 8.363.679 26.240.366 15.275.886 49.879.931

PASSIVO

Captações para liquidez 7.391.265 - 25.099.909 32.491.174

Depósitos 3.050.678 231.777 9.278.724 12.561.179

Operações cambiais (Passivas) - - 516.085 516.085

Outras obrigações - 23.619 255.652 279.271

Total do passivo 10.441.943 255.396 35.150.370 45.847.709

(Milhares de AKZ)

Dez.-14

Accionistas Participadas

Outras entidades

relacionadas Total

ACTIVO

Aplicações de liquidez - - 17.380.086 17.380.086

Crédito 368.591 16.573.218 - 16.941.809

Imobilizações financeiras - 8.408.898 - 8.408.898

Disponibilidades - - 3.950.188 3.950.188

Outros valores 1.251.950 467.717 - 1.719.667

Total do activo 1.620.541 25.449.833 21.330.274 48.400.648

PASSIVO

Depósitos 1.226.390 682.618 6.560.256 8.469.264

Captações para liquidez 6.840.390 - 1.882.363 8.722.753

Outras obrigações 478.152 324.557 - 802.709

Total do passivo 8.544.932 1.007.175 8.442.619 17.994.726

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161ATLANTICO | Relatório e Contas 2015DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

Em 31 de dezembro de 2015, as entidades accionistas são as seguintes:Interlagos Equity PartnersCarlos José da SilvaJasper Capital PartnersBanco Millennium AngolaQuadros – Gestão de ActivosGemcorp Fund IAntónio João Assis de AlmeidaMário Jorge Faria da Cruz

Em 31 de dezembro de 2015, as entidades participadas são as seguintes:Banco Millenium AngolaMota-Engil AngolaLuanda Waterfront Corporation (LWF)EMIS - Empresa Interbancária de Serviços, S.A.Fundo de Investimento – FIPAAcademia Millenium AtlânticoAtlântico Europa SGPS, S.A.Feurvogel, S.A.¬Em 31 de dezembro de 2015, as outras entidades relacionadas são as seguintes:Banco Privado Atlântico Europa, S.A. (Portugal)Atlântico Europa Capital Lux, SARLAngola Growth SICAV – FISAngola Growth Management, S.A.Advisory Partners, SARLAtlântico Asset Management S.à.r.l.Atlântico Investment Strategies Management, S.à.r.lAtlântico Investment Strategies SCA SICAV – SIFAtlântico Europa Capital, SGPS, S.A.Global Pactum, Gestão de Activos, S.A.ODELL Global Investors – Sociedade Gestora de Organismos de Investimento Colectivo, S.A.Banco Comercial Português, S.A.Sonangol E.P.

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ATLANTICO | Relatório e Contas 2015162 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

30. Balanço por moeda

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, o balanço por moeda do Banco apresentava a seguinte estrutura:

(Milhares de AKZ)

Dez.-15

Moeda Moeda nacional Moeda estrangeira Total

Disponibilidades 57.729.566 14.991.476 72.721.042

Aplicações de liquidez - 11.009.586 11.009.586

Títulos e valores mobiliários 99.576.063 24.829.210 124.405.273

Créditos no sistema de pagamentos 86.659 - 86.659

Operações cambiais - 517.412 517.412

Créditos 182.740.370 63.169.304 245.909.674

Outros valores 5.970.017 5.038.916 11.008.933

Imobilizações financeiras 2.415.003 5.644.568 8.059.571

Imobilizações corpóreas 38.765.417 - 38.765.417

Imobilizações incorpóreas 1.854.939 - 1.854.939

Total do activo 389.138.034 125.200.472 514.338.506

Depósitos 228.355.166 157.543.095 385.898.261

Captações para liquidez 19.971.113 34.143.658 54.114.771

Obrigações no sistema de pagamentos 799.164 - 799.164

Operações cambiais - 516.085 516.085

Outras captações - 6.777.154 6.777.154

Passivos por impostos correntes 3.278.359 - 3.278.359

Outras obrigações 2.207.276 3.128.734 5.336.010

Provisões para responsabilidades prováveis 991.173 1.521.566 2.512.739

Total do passivo 255.602.251 203.630.292 459.232.543

Fundos próprios 55.105.963

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163ATLANTICO | Relatório e Contas 2015DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

(Milhares de AKZ)

Dez.-14

Moeda Moeda nacional Moeda estrangeira Total

Disponibilidades 30.170.348 36.638.555 66.808.903

Aplicações de liquidez - 17.661.233 17.661.233

Títulos e valores mobiliários 40.470.590 3.376.118 43.846.708

Créditos no sistema de pagamentos 97.885 - 97.885

Operações cambiais - 2.057.260 2.057.260

Créditos 130.305.593 65.318.271 195.623.864

Outros valores 3.457.590 3.847.847 7.305.437

Imobilizações financeiras 2.737.031 5.688.344 8.425.375

Imobilizações corpóreas 30.220.252 1.919.821 32.140.073

Imobilizações incorpóreas 1.146.756 192.886 1.339.642

Total do activo 238.606.045 136.700.335 375.306.380

Depósitos 154.579.876 137.198.645 291.778.521

Captações para liquidez 10.220.633 8.763.128 18.983.761

Obrigações no sistema de pagamentos 844.870 - 844.870

Operações cambiais 2.058.400 - 2.058.400

Outras captações - 5.275.746 5.275.746

Outras obrigações 5.269.769 551.556 5.821.325

Provisões para responsabilidades prováveis 718.622 1.297.172 2.015.794

Total do passivo 173.692.170 153.086.247 326.778.417

Fundos próprios 48.527.963

Em 22 de Janeiro de 2016, o Banco Nacional de Angola remeteu ao ATLANTICO uma carta com es-clarecimentos relativos à taxa de câmbio a ser considerada para a elaboração das demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2015. A carta em questão refere que, embora a taxa de câmbio AKZ/USD a ser considerada seja de 135,315, conforme publicação no site do Banco Nacional de An-gola, o Banco deverá apresentar os impactos decorrente da variação cambial ocorrida entre 31 de Dezembro de 2015 e 04 de Janeiro de 2016 nas «notas explicativas» às demonstrações financeiras.

Para este efeito, considerando o câmbio de 155,612 AKZ/USD e 154,838 AKZ/USD, para conversão dos valores de balanço denominados em USD e indexados ao USD, respectivamente. Os impactos estimados nos principais indicadores encontram-se detalhados no quadro seguinte:

Câmbio de 31/ Dez./15 Câmbio de 04/Jan./16

Crédito 245.909.674 255.245.302

Total activo 514.338.506 544.270.851

Depósitos 385.898.261 408.890.784

Total de passivo 459.232.543 487.891.315

Resultado líquido 11.028.078 12.301.651

Total de fundos próprios 55.105.963 56.379.536

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ATLANTICO | Relatório e Contas 2015164 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

31. Políticas de gestão de risco e limites de competência definidos

Gestão de RiscosA definição da estratégia global de assumpção de riscos, definindo objectivos mensuráveis re-lativamente ao risco que se pretende assumir e à rentabilidade que se deseja alcançar é da estrita competência do Conselho de Adminis-tração do Banco.

No entanto, a Direcção Risk Office (DRO) as-sume um papel de extrema importância na definição de políticas e acompanhamento dos riscos incorridos pelo Banco. A estratégia para a gestão de riscos financeiros, nomeadamente a estipulação e acompanhamento de regras, políticas e procedimentos necessários à sua aplicação é também da competência da DRO.

Adicionalmente está previsto com uma fre-quência trimestral, o Comité de Riscos, onde se analisa a situação global de risco do Banco nas suas diferentes componentes (operacional, crédito, mercado e reputacional), bem como a definição de medidas de médio e longo prazo para a mitigação dos riscos existentes na ins-tituição.

Cabe assim ao Risk Office propor a actualiza-ção e o ajustamento da Política de Gestão de Risco ao Conselho de Administração, assim como quaisquer outros manuais que considere oportuno no âmbito das suas funções.

Função de RiscoA Função de Gestão de Risco no ATLANTICO, procura identificar, avaliar e controlar todos os riscos materialmente relevantes a que a acti-vidade do Banco se encontra sujeita, interna e externamente, para que os mesmos se mante-nham dentro dos limites definidos no Perfil de

Risco e, dessa forma, não afectarem a situação financeira do Banco.

A Função de Risco desempenha as suas acti-vidades de forma independente face às áreas funcionais, devendo produzir informação que permita um controlo e acompanhamento cor-recto dos riscos e permita um aconselhamento atempado à Administração.

Risco de MercadoRisco de Mercado representa a probabilidade de perda resultante de uma alteração adver-sa do valor de um investimento financeiro em consequência da variação de taxas de juro, ta-xas de câmbio, preço de acções, de mercado-rias, e spreads de crédito.

O Risco de Mercado é controlado numa visão de curto e longo prazo para a carteira bancária. A gestão deste conjunto de riscos é efectuada pelo Risk Office e pela Direcção de Tesouraria e Mercados (DTM). A gestão da actividade da DTM deverá estar alinhada com os limites defi-nidos no perfil de risco do Banco.

• o Risk Office que tem a responsabilidade de defi-nir as políticas, acompanhar e monitorizar o risco, garantindo que os limites definidos no perfil de risco são cumpridos. Deverá também identificar impactos nos resultados do Banco, derivados de alterações nas variáveis macroeconómicas.

• a Direcção de Tesouraria e Mercados tem a responsabilidade de fazer a gestão de liqui-dez tendo em conta os limites definidos no perfil de risco do Banco.

O Risco de Mercado pode ser medido, essen-cialmente de três formas:

1) Risco de Taxa de Juro – entendido como o efeito sobre a margem financeira e como o efeito sobre o valor do capital, decorrente de oscilações nas taxas de juro que afectam a carteira do banco.

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165ATLANTICO | Relatório e Contas 2015DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

Uma abordagem ao risco de taxa de juro, atra-vés da avaliação a preços de mercado do con-junto de activos e passivos sensíveis à taxa de juro, mesmo no pressuposto de estes não se-rem na sua totalidade transaccionáveis, permi-te identificar a existência de desajustamentos nos prazos médios de refixação das taxas de juro entre activos e passivos que, a prazo, con-duzem a oscilações assimétricas nos fluxos de juro a receber e a pagar e, por consequência, na margem financeira e valor económico.

2) Risco de Liquidez – pode ser definido como o risco de incapacidade por parte da institui-ção, em satisfazer as suas obrigações à medi-da que estas se tornem exigíveis. Este tipo de risco surge em qualquer situação onde activos e passivos não são completamente igualados.

No ATLANTICO a avaliação do risco de liqui-dez é feita mediante as seguintes análises:

• análise do gap de liquidez: agregação e alo-cações das operações de activos e passi-vos aos respectivos time buckets que é feita por moeda, dado que a convertibilidade das moedas pressupõe uma alteração da posição cambial do Banco.

• análise de indicadores e rácios de liquidez para apoio à tomada de decisão de gestão, onde são considerados a posição líquida à vista, rácio de liquidez por prazos residuais e rácio de transformação, entre outros.

3) Risco Cambial – é um risco que consiste na incerteza face ao valor de um activo ou passi-vo num período de tempo futuro, sempre que este esteja expresso numa outra moeda que não a utilizada por uma entidade.

Tendo por base o balanço à data da análise, no cálculo do gap cambial as massas patrimo-niais sensíveis às taxas de câmbio são agrupa-das por moeda e classificadas em intervalos temporais em função do prazo de maturida-

de. Para cada moeda e respectivos intervalos temporais é calculada a diferença (gap) entre activos e passivos, apurando-se, deste modo, uma medida da exposição líquida do balanço a variações cambiais.

Partindo da agregação dos gaps associados a distintos intervalos temporais adjacentes obtém-se o gap acumulado para determinado horizonte temporal.

Risco de CréditoProbabilidade de ocorrência de impactos ne-gativos nos resultados e/ou no capital devido à incapacidade de uma contraparte cumprir com os seus compromissos financeiros peran-te o Banco. Este risco também pode resultar na perda de valor dos títulos emitidos pela contraparte em incumprimento.

A actividade de risco de crédito tem como fun-ções principais:

• definir as regras de provisionamento/cálculo de imparidade;

• definir o processo de análise de risco;• analisar os riscos sectoriais e geográficos;• analisar os riscos de concentração;• definir e monitorizar limites internos de con-

trapartes • monitorizar a implementação de planos de

redução de riscos, através de acompanha-mento da carteira de crédito vencido.

Por forma a mitigar o risco de crédito, a análise da carteira tem em conta os seguintes parâmetros:

• histórico do cliente em que se apura a exis-tência de incidentes, incumprimentos, penho-ras ou dívidas;

• limites de exposição ao risco de crédito em que se atribui um rating interno mediante a avaliação da capacidade creditícia das con-trapartes, bem como a definição de limites máximos de exposição às contrapartes;

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ATLANTICO | Relatório e Contas 2015166 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

• risco de incumprimento onde são rejeitados os clientes com ratings de elevada probabili-dade de incumprimento;

• garantias pessoais ou reais no acto da con-cepção de crédito a fim de mitigar a exposi-ção do Banco a esta contraparte.

Risco OperacionalO ATLANTICO encetou um conjunto de linhas orientadoras e acções destinadas a uma melhor adequação dos sistemas, recursos humanos e processos de forma a permitir uma efectiva mitigação contínua do Risco Operacional, reali-zando um investimento contínuo para estar em linha com as melhores práticas internacionais.

O Risco Operacional representa a probabilidade de ocorrência de eventos, com impactos negati-vos nos resultados e/ou no capital, resultantes da inadequação ou deficiência de procedimentos, sistemas de informação, comportamento das pes-soas ou motivados por acontecimentos externos.

De forma a alcançar um sistema de gestão de risco operacional efectivo, o Risk Office aborda as seguintes áreas de actuação:

• Processo de Auto Avaliação;• Processo de Recolha de Perdas;• Processo de Key Risk Indicators;• Processo de Controlo Interno.

Processo de Auto AvaliaçãoProcede-se à identificação dos eventos de ris-co operacional a que o Banco se encontra ex-posto, identificando a probabilidade e impacto em caso de ocorrência.

Processo de Recolha de PerdasUm sistema de recolha de perdas, que permite às diversas unidades orgânicas da instituição

reportar incidentes de risco operacional, para alimentar a base de dados de Risco Operacio-nal do Banco.Esta base de dados por sua vez é gerida, mo-nitorizada e utilizada pelo Risk Office na avalia-ção e mensuração do Risco Operacional.

Processo de Key Risk Indicators (Indicadores Chave de Risco)Definição de KRI associados a eventos de risco na instituição. Esta actividade é elaborada em conjunto com o processo de auto avaliação, permitindo assim a definição de um glossário de KRI para risco operacional com identifica-ção de owners e frequência de análise e repor-te desses mesmos indicadores.

Processo de Controlo InternoIdentificação dos principais objectivos, acti-vidades, riscos e controlos associados a cada processo, numa vertente de risco operacional. Posteriormente é realizada também, a avalia-ção do desenho e da efectividade de um con-junto de controlos podendo, caso se justifique, ser definido um plano de correcções e acções de melhoria:

• integração do Risk Office no processo de criação de produtos/serviços relativamen-te à exposição a diversas fontes de risco operacional;

• consolidação do modelo interno de gestão do risco operacional, com interacção do Risco Operacional com as várias áreas da Instituição;

• identificação das principais fontes de risco através de exercícios de auto-avaliação;

• identificação em conjunto com os owners dos processos possíveis incidentes, as acções de mitigação ou eliminação do risco e acompa-nhamento da sua implementação.

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167ATLANTICO | Relatório e Contas 2015DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS

32. Factos relevantes

FusãO dO BANCO PRIvAdO ATLâNTICO e BANCO MILLeNNIuM ANGOLA

No decorrer do exercício de 2015 foi acordada a fusão do Banco Privado Atlântico e do Ban-co Millennium Angola, a qual foi apresentada ao Banco Nacional de Angola para apreciação e aprovação.

Com mais de dois mil colaboradores, centena e meia de sucursais em todo o país e mais de meio milhão de clientes, a nova Instituição irá criar sinergias e ganhos de escala, que per-mitirão disponibilizar uma oferta mais direc-cionada para os desafios e necessidades das famílias, onde se inclui o forte compromisso no crescimento da inclusão bancária, através da sua rede nacional e através de soluções tecnológicas de banca digital. A nova esca-la de intervenção visa também criar novas soluções para as pequenas e médias empre-sas a operar em Angola, que são a base de geração de emprego, à semelhança do que acontece em todos os países que estão em processo de diversificação e sustentabilida-de económica.

TRANsIçãO PARA As NORMAs INTeRNACIONAIs de RePORTe FINANCeIRO (IFRs)

Plano de conversão para as IFRsA partir do início de 2015, o ATLANTICO iniciou o seu plano de conversão com vista à prepa-ração das suas demonstrações financeiras de acordo com as IFRS a partir de 1 de Janeiro de 2016, ou seja com as primeiras demonstrações financeiras publicadas, de acordo com as IFRS, em 30 de Junho de 2016.

O plano definido pelo ATLANTICO visa igual-mente acolher todos os reportes intercalares solicitados pelo BNA no âmbito do processo de conversão.

33. eventos subsequentes

Não temos conhecimento de quaisquer factos ou acontecimentos posteriores a 31 de Dezem-bro de 2015, até à aprovação das Demonstra-ções Financeiras, que justifiquem ajustamentos ou divulgações nas Notas às Contas relativas ao exercício analisado, que afectem as situa-ções e/ou informações nas mesmas reveladas de forma significativa e/ou que tenham altera-do ou se espere que venham a alterar significa-tivamente, favorável ou desfavoravelmente, a situação financeira do Banco, os seus resulta-dos e/ou as suas actividades.

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9. CERTIFICAçõES

ReLATóRIO dO AudITOR INdePeNdeNTe

ReLATóRIO e PAReCeR dO CONseLhO

FIsCAL

170

172

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ATLANTICO | Relatório e Contas 2015170 CERTIFICAÇÕES

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171ATLANTICO | Relatório e Contas 2015CERTIFICAÇÕES

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ATLANTICO | Relatório e Contas 2015172 CERTIFICAÇÕES

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173ATLANTICO | Relatório e Contas 2015CERTIFICAÇÕES

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Relatório e Contas 2015

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Edição: Agosto 2016