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RELATÓRIO E CONTAS 2016 RELATÓRIO E CONTAS 2016

RELATÓRIO E CONTAS 2016 - Banco BAI · Iniciámos a implementação do plano estratégico para o pe-ríodo 2016-2021, a que denominamos “Geração BAI”. Nesse ... ao crescimento

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01 02 03ASPECTOSRELEVANTES pág.08

01.1 Síntese dos Indicadorespág.10

01.2 Análise Gráfica dos Principais Indicadores pág.11

01.3 Principais realizações em 2016pág.13

ESTRATÉGIA E ESTRUTURAORGANIZACIONALpág.14

02.1 Modelo de Governação Corporativapág.16

02.2 Estratégia e modelo de negóciopág.30

02.3 Responsabilidade Socialpág.34

02.4 Marcas | Reconhecimento pág.40

ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICOpág.42

03.1 Contexto Internacional pág.44

03.2 Contexto Nacional pág.48

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04 05ENQUADRAMENTO DA ACTIVIDADE POR SEGMENTOSpág.64

04.1 Enquadramento da actividade por segmentospág. 66

04.2 Particularespág. 69

04.3 Banca Electrónicapág. 73

PARTICIPAÇÕES FINANCEIRASpág. 76

05.1 Participações financeiraspág. 78

06GESTÃO DE RISCOpág. 84

06.1 Governo e organização do sistema de gestão do risco pág. 87

06.2 Risco de crédito e contrapartepág. 90

06.3 Risco de Balanço e Mercadopág. 93

06.4 Risco Operacionalpág. 95

06.5 Risco de Compliance pág. 99

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07 08 09CAPITAL HUMANOpág. 104

07.1 Capital humanopág. 106

ANÁLISE FINANCEIRA pág.112

08.1 Resultadospág. 114

08.2 Balançopág. 118

08.3 Rentabilidadepág. 122

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOSpág. 124

09.1 Proposta de aplicação de resultadospág. 126

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10 11DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASpág. 128

10.1 Balançopág. 130

10.2 Demonstração dos Resultadospág. 131

10.3 Demonstração do Rendimento Integralpág. 132

10.4 Demonstração de Alterações nos Capitais Própriospág. 133

10.5 Demonstrações dos Fluxos de Caixapág. 134

10.6 Anexo às Demonstrações Financeiraspág. 135

RELATÓRIO DO AUDITOR EXTERNOpág. 224

12RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCALpág. 228

13RELATÓRIO RESPONSABILIDADESOCIALpág. 233

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Mensagem Conjunta do Presidente do Conselho de Administração e do Presidente da Comissão Executiva

Presidente da Comissão Executiva José de Lima Massano

006

O Banco conseguiu ter um desempenho excepcional num ano em que o contexto económico-financeiro local ficou marcado por uma situação macroeconómica desafiante, caracterizada pela redução do valor das exportações de petróleo e, consequentemente, das receitas fiscais e dis-ponibilidade de divisas. Tal contexto contribuiu para a redu-ção significativa da actividade económica e para o aumento da taxa de inflação, que passou de 14,27% em 2015 para 41,95% em 2016. A recuperação do preço do barril de petróleo ao longo do ano não foi suficiente para aliviar a pressão sobre as fi-nanças públicas angolanas, tendo implicado o aumento das necessidades de financiamento e, por consequência, influenciado o aumento das taxas de juro. O curso expan-sionista do sector fiscal contrastou com o da política mo-netária, que se centrou na gestão da liquidez excedentária do sector bancário, tentando proporcionar condições mo-netárias mais restritivas por forma a diminuir as crescentes pressões inflacionistas. Neste ambiente económico, o sis-tema bancário registou um crescimento do rácio de crédito vencido de 11,6% em 2015 para 13,1% em 2016. O esforço feito em matéria de prevenção e combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo foi reconhecido publicamente em Fevereiro de 2016 pelo Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI), que nessa altura retirou Angola da lista das jurisdições não cooperan-tes e/ou com risco alto. Não obstante, o sector continuou a ser afectado pelo de-risking seguido por alguns bancos internacionais, com implicações relevantes ao nível de tran-sacções em dólares dos Estados Unidos. Pese embora este contexto, conseguimos aumentar os depósitos em 21%, acima do crescimento do mercado, au-

mentar os resultados líquidos em 213%, tendo atingido AKZ 49.741 milhões, os mais elevados de sempre na história do Banco, bem como reforçar o rácio de solvabilidade regula-mentar em 4,7 pontos percentuais, atingindo 25% no final do ano. Um conjunto de factores contribuíram para a habilidade do Banco em fazer frente ao contexto nacional e internacional.Iniciámos a implementação do plano estratégico para o pe-ríodo 2016-2021, a que denominamos “Geração BAI”. Nesse âmbito, destacamos o reforço da posição nos segmentos Corporate e Premium, através, entre outros, da segmenta-ção e encarteiramento dos clientes, e o início do desenvol-vimento do segmento de Pequenas e Médias Empresas.No que diz respeito a produtos e serviços, realçamos o lan-çamento (i) do novo serviço do BAI Directo, abrangendo o SMS, mobile e internet banking, através da utilização de tec-nologia de ponta, tendo por objectivo melhorar a qualidade do atendimento aos clientes, aumentando os níveis de efi-ciência dos serviços e comodidade dos clientes do banco.Do ponto de vista financeiro, optámos por uma gestão prudente do balanço do Banco, tendo direcionado a maior parte do crescimento dos depósitos para investimentos em títulos da dívida pública, que aumentaram 40% no ano, sem deixarmos, no entanto, de estar atentos a oportunidades de concessão de crédito à economia, tendo resultado num crescimento de 7%. Em simultâneo, foram reforçadas as acções de recupera-ção de crédito abatido ao activo, o que permitiu reduzir os custos com imparidade para crédito a clientes em 30%, e de controlo dos custos administrativos, que aumentaram 17% no ano, bastante inferior à taxa de inflação.Do ponto de vista regulamentar, concluímos com sucesso

BAIRELATÓRIO E CONTAS2016

Presidente do Conselho de Administração José Carlos de Castro Paiva

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o processo de adopção plena das IAS/IFRS1, reforçámos a função de gestão do risco e as medidas de prevenção do branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo. No que diz respeito ao Capital Humano, destacamos o de-senho do Programa de Transformação Cultural, tendo por objectivo enfatizar os valores enquanto organização, no-meadamente o respeito, a conduta ética, a transparência, a orientação ao cliente e o profissionalismo. Orgulhamo-nos de ser uma instituição com forte partici-pação em acções de responsabilidade social, contando também com a intervenção da Fundação BAI. As áreas de eleição têm sido a educação, a saúde, o desporto e a arte. Destacámos a intervenção num novo bloco operatório do Hospital Pediátrico David Bernardino e o apoio institucional à realização do Campeonato Africano de Andebol Femini-no, evento em que a Selecção Nacional recuperou o título de campeã. O ano de 2017 não será muito diferente daquele em análise

1 International Accounting Standards / International Financial Reporting Standards

neste relatório, principalmente, do ponto de vista dos de-safios que nos coloca o contexto económico. Porém, man-ter-nos-emos concentrados em contribuir para que a eco-nomia angolana se diversifique e se torne mais sustentável no médio-longo prazo. Como instituição, iremos continuar a implementação do Geração BAI, principalmente, no reforço das competências do nosso capital humano e nas platafor-mas tecnológicas e processuais que permitem oferecer um serviço eficiente e eficaz.Em nome do Conselho de Administração e da Comissão Executiva, agradecemos a todos os Colaboradores, pelo espírito permanente de compromisso, dedicação e pro-fissionalismo, que tem permitido ao BAI ser uma das prin-cipais referências do sector financeiro angolano. Agrade-cemos também aos Clientes, Accionistas, Fornecedores e todos os Stakeholders, pela confiança depositada no BAI, facto que nos motiva a manter o engajamento no apoio ao crescimento económico de Angola.

007

BAIRELATÓRIO E CONTAS

2016

“O Banco conseguiu ter um desempenho excepcional num ano em que o contexto económico-financeiro local ficou marcado por uma situação macroeconómica desafiante”.

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

008

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01ASPECTOS

RELEVANTES

009

01ASPECTOS RELEVANTES

CONFIANÇA É ACREDITAR TODOS OS DIAS NUM FUTURO MELHOR

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010

BAIRELATÓRIO E CONTAS2016

01.1Valores em milhões de AKZ

2012 2013 2014 2015 2015 2016

2015/2016%

CONTIF IAS/IFRS

¹) Crédito a clientes, líquidos de imparidades²) Número de clientes activos, de acordo com a metodologia definida pelo BNA e não inclui contas encerradas³) Imparidade para crédito a clientes líquida de reversões e recuperações (conta de resultados) / crédito a clientes

SÍNTESE DOS INDICADORES

BALANÇO E EXTRAPATRIMONIAISActivo Líquido 1.033.428 1.039.693 1.101.072 1.097.612 1.096.381 1.365.685 24,6%

Crédito a clientes¹ 257.314 245.708 365.461 353.686 346.974 379.864 9,5%

Depósitos de clientes 815.204 902.936 950.917 938.494 939.007 1.137.304 21,1%

Fundos Próprios 99.450 104.430 113.654 125.158 123.414 167.490 35,7%

Produto bancário 55.634 56.784 58.835 72.234 72.819 95.644 31,3%

Custos administrativos 20.953 21.951 25.723 27.341 26.164 30.568 16,8%

Resultados Líquidos 17.217 12.082 12.849 15.358 15.913 49.741 212,6%

FUNCIONAMENTO Colaboradores BAI 1.747 1.870 2.000 2.004 2.004 1.943 -3,0%

Canais de distribuição 112 128 138 144 144 143 -0,7%

Clientes activos² 360.285 435.296 515.862 587.444 587.444 681.346 16,0%

ATMs activos 264 292 321 334 334 341 2,1%

TPAs activos 2.040 2.196 2.539 2.806 2.806 4.616 64,5%

Cartões activos 146.115 164.131 202.484 202.133 202.133 223.638 10,6%

PRODUTIVIDADE / EFICIÊNCIA Número de clientes por colaborador 206 299 258 293 293 351 19,6%

Número de cliente por balcão 3.217 4.364 3.738 4.079 4.079 4.765 16,8%

Número de empregados por balcão 16 15 14 14 14 14 -2,4%

Cost to Income Ratio 37,7% 38,7% 43,7% 37,9% 35,9% 32,0% -53,0%

RENTABILIDADE P.P.

ROAE 18,4% 11,9% 11,8% 12,9% 13,4% 34,2% 20,77

ROAA 1,6% 1,2% 1,2% 1,4% 1,4% 4,0% 2,59

LIQUIDEZ E GESTÃO DE FUNDOS P.P.

Rácio de Transformação (Créditos / Depósitos) 31,6% 27,2% 38,4% 37,7% 37,0% 33,4% -3,6

Concentração Depósitos = Top 20 50,5% 38,0% 38,7% 37,0% 37,0% 38,7% 1,72

Concentração Crédito = Top 20 48,8% 48,0% 56,9% 57,1% 57,1% 59,6% 2,49

QUALIDADE DOS ACTIVOS P.P.

Crédito vencido há mais de 30 dias (balanço)

/ crédito a Clientes 6,6% 6,3% 7,2% 7,8% 7,6% 7,4% 1,49

Rácio de cobertura do crédito

por imparidades 9,7% 13,7% 10,1% 12,3% 12,5% 15,3% 2,83

Rácio de cobertura do crédito vencido

por imparidades 133,7% 198,7% 88,2% 125,7% - - -

Perda líquida de crédito3 - - - - 6,1% 6,1% -

Total Crédito / Total Activo 24,9% 23,6% 33,2% 32,2% 36,2% 32,9% -3,32

ADEQUAÇÃO DO CAPITAL P.P.

Rácio de imobilizado 46,1% 49,9% 52,3% 49,4% 49,4% 34,5% -14,94

Rácio de Solvabilidade Regulamentar 16,1% 17,4% 17,4% 19,9% 19,7% 23,4% 3,4

Fundos Próprios Regulamentares 84.998 82.810 88.877 101.702 101.702 151.596 49.894

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01ASPECTOS

RELEVANTES

01.2ANÁLISE GRÁFICA DOS PRINCIPAIS INDICADORES

2014

2013

2012

2015

2016

AKZ MILHÕES

RESULTADOS LÍQUIDOS

12.849

12.082

17.217

15.913

49.741

AKZ MILHÕES

FUNDOS PRÓPRIOS

113.654

104.430

99.450

123.414

167.490

2014

2013

2012

2015

2016

AKZ MILHÕES

CRÉDITO VENCIDO

29.258

18.058

18.765

30.184

33.081

2014

2013

2012

2015

2016

AKZ MILHÕES

ACTIVOS LÍQUIDOS

1.101.072

1.039.693

1.033.428

1.096.381

1.365.685

2014

2013

2012

2015

2016

AKZ MILHÕES

VOLUME DE NEGÓCIOS

201420132012 2015 2016

Depósitos

Crédito Bruto

815.204 902.936 950.917 939.007 1.137.304

406.441284.669284.898

396.590

448.711

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

012

01.2ANÁLISE GRÁFICA DOS PRINCIPAIS INDICADORES

2014

2013

2012

2015

2016

RÁCIO DE SOLVABILIDADE

17,4%

17,4%

16,1%

19,7%

23,4%

CLIENTES ACTIVOS

515.862

435.296

360.285

587.444

681.346

RENTABILIDADE

COST TO INCOME

43,7%

38,7%

37,7%

35,9%

32,0%

2014

2013

2012

2015

2016

COLABORADORES

2014

2013

2012

2015

2016

2.0002014

1.8702013

1.7472012

2.0042015

1.9432016

1,6%

2012

18,4%ROAE

ROAA

2013

11,9%

1,2%

ROAE

ROAA

2014

1,2%

11,8% ROAE

ROAA1,4%

13,4%

2015

ROAE

ROAA

4,0%

34,2%

2016

ROAE

ROAA

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01ASPECTOS

RELEVANTES

013

Janeiro• Actualização da política de prevenção e detecção

do Branqueamento de Capitais, Financiamento do Terrorismo e do Cumprimento de Sanções;

• Implementação dos processos e procedimentos de Know Your Customer (KYC), de forma a garantir um conhecimento adequado dos clientes aplicáveis no quadro de uma Diligência Simples – Customer Due Diligence (CDD) ou uma Diligência Reforçada – Enhanced Due Diligence (EDD);

• Lançamento do selo BAI 20 anos em alusão à comemoração do 20º aniversário do BAI.

Março• Inauguração, a 22 de Março de 2016, da nova Sede

(“Torre BAI”), congregando assim os serviços centrais no mesmo edifício.

Abril• Apresentação do programa Geração BAI, inserido no

Plano Estratégico 2016-2021. Este programa tem como objectivo implementar uma nova cultura organizacional de serviço, traduzindo-se numa nova forma de ser e de estar de modo a proporcionar a melhor experiência bancária para colaboradores e clientes;

• Lançamento de um questionário de satisfação da qualidade de serviço prestado pela Direcção de Capital Humano junto dos colaboradores.

Maio • Nomeação do BAI para a presidência do Conselho

de Administração da Câmara do Comércio Angola-Estados Unidos da América (USACC);

• Lançamento da campanha de poupança para clientes particulares e empresas, com vantagens exclusivas e condições especiais, “Com o BAI Poupar é ganhar”.

Junho• Inauguração da Agência Cabolombo.

1 “Southern African Development Community (SADC) Integrated Regional Electronic Settlement System”

Julho• Lançamento da revista corporativa “Meu BAI”, um

novo instrumento de comunicação interna criado para partilhar informação sobre as principais realizações do Banco, os principais programas, assim como informação genérica sobre o Grupo BAI, economia internacional e nacional;

• Reconhecimento do BAI pela revista Euromoney como o Melhor Banco em Angola em 2016, pela dedicação, profissionalismo e constante procura pelas melhores soluções para os seus clientes.

Setembro• BAI volta a liderar a quota de mercado de depósitos.

Novembro• Comemoração do 20º aniversário do Banco;• Lançamento da inovadora plataforma BAI Directo,

agregando Internet, mobile e SMS banking;• Lançamento do novo portal institucional;• Inauguração do posto médico na Torre BAI;• Adesão ao SIRESS1; • Migração de títulos para custódia do sistema centrali-

zado da BODIVA (CEVAMA);• O BAI é distinguido, pela segunda vez consecutiva,

com o prémio Sirius de Melhor Relatório de Gestão e Contas do Sector Financeiro;

• Patrocínio ao Campeonato Africano de Andebol Feminino;• Realização do BAI Arte 2016;• Realização da conferência sobre Agronegócio na

Academia BAI.

Dezembro• Homenagem à Selecção Sénior Feminina de Andebol,

campeã do 22º CAN de Andebol Feminino 2016.

01.3PRINCIPAIS REALIZAÇÕES EM 2016

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TRANSPARÊNCIA É FAZER BEM FEITO E TER ORGULHO EM TUDO O QUE SE FAZ

02ESTRATÉGIA E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

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016

BAIRELATÓRIO E CONTAS2016

Os mecanismos de governação corporativa no BAI visam garantir a implementação de processos efectivos e independentes de controlo interno e de gestão do risco, tendo como referência as melhores práticas internacionais na matéria.

Mecanismos de governação corporativa no BAI

• O conjunto de normas que regulam a participação dos accionistas no Banco, sendo de especial relevância as referentes ao exercício dos seus direitos, e que constam dos Estatutos;

• O conjunto de normas que regulam o Conselho de Administração, tanto nos seus aspectos funcionais como na fixação dos deveres e obrigações dos administradores. Estas normas constam dos Estatutos e do Regulamento do Conselho de Administração, das suas Comissões e da Comissão Executiva;

• As normas internas que contêm uma série de princípios e regras concretas de actuação, que estão contidas no código de conduta;

• O organograma assenta numa estrutura funcional, que permite uma clara segregação de funções e responsabilidades dos diferentes órgãos. A distribuição dos pelouros sob alçada de cada administrador executivo é feita de forma a procurar garantir a segregação entre as funções de negócio, suporte e controlo;

• Os instrumentos utilizados para melhorar a informação prestada aos accionistas (com destaque para o Relatório e Contas e a página de Internet do Banco) e os processos destinados a fazer com que esta informação seja precisa, completa e tempestiva, incluindo tudo o que está vinculado à relação com o Conselho Fiscal e o Auditor Externo.

02.1MODELO DE GOVERNAÇÃO CORPORATIVA

ESTRUTURA DO MODELO DE GOVERNAÇÃO

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

CONSELHO FISCAL

ASSEMBLEIAGERAL

COMISSÃO EXECUTIVA

COMITÉ DE CRÉDITO

COMISSÃO DE REMUNERAÇÕES DOS MEMBROS DOS ORGÃOS SOCIAIS

DIRECÇÃO DE AUDITORIA INTERNA

AUDITOR EXTERNO

COMITÉ DE ACTIVOSE PASSIVOS

COMITÉ DE INFORMÁTICAE SEGURANÇA

COMITÉ DE PRODUTOS E SERVIÇOS

COMISSÃO DE CONTROLO INTERNO DIRECÇÃO

DE COMPLIANCE

COMISSÃO DE GESTÃO DOS RECURSOS HUMANOS

DIRECÇÃO DE CAPITAL HUMANO

COMISSÃO DE GESTÃO DE RISCO

DIRECÇÃO DE GESTÃO DO RISCO

Supervisão

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017

02ESTRATÉGIA E ESTRUTURA

ORGANIZACIONAL

Estrutura accionista

O capital social do BAI é de AKZ 14.786.704.520, integralmente subscrito e realizado em dinheiro, e encontra-se dividido em 19.450.000 acções ordinárias representadas por títulos, com o valor nominal de AKZ 760,24 cada.

A estrutura accionista é composta por 54 accionistas, não detendo nenhum destes participações qualificadas nos termos do artigo 6º do Aviso nº 1/13 de 19 de Abril. O capital é detido por entidades residentes cambiais e não residentes cambiais na proporção de, respectivamente, 65,5% e 34,5%. As participações dos membros dos Órgãos Sociais encontram-se divulgadas na nota nº 20 do anexo às demonstrações financeiras.

Assembleia Geral

A Assembleia Geral é constituída por todos os Accionistas com direito a voto, delibera sobre todos os assuntos para os quais a lei e os estatutos lhe atribuem competência. Compete em especial à Assembleia Geral (i) eleger e destituir os membros dos Órgãos Sociais, incluindo os respectivos presidentes, (ii) deliberar sobre aumentos de capital, (iii) aprovar o relatório de gestão e contas de cada exercício e o parecer do Conselho Fiscal, (iv) bem como deliberar sobre a aplicação de resultados.

A Assembleia Geral reúne-se anualmente, em sessão ordinária, até ao final do primeiro trimestre de cada ano, podendo ser convocadas reuniões extraordinárias por deliberação do Conselho de Administração ou Conselho Fiscal, ou quando

ESTRUTURA ACCIONISTA (ACCIONISTAS COM 4% OU MAIS DO CAPITAL)

OUTROS61,8%

COROMASI PARTICIPAÇÕES LDA.4,8%

LOBINA ANSTALT5,0% THEODORE JAMESON

GILETTI5,0%

MÁRIO ABÍLIO PALHARES5,0%

DABAS MANAGEMENT LIMITED5,0%

OBERMAN FINANCE CORP.5,0%

SONANGOL HOLDINGS SGPS, LDA.8,5%

ACCIONISTAS

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

018

requeridas por escrito, por um ou mais accionistas possuidores das acções correspondentes a, pelo menos, 5% do capital.As deliberações da Assembleia Geral são tomadas por maioria absoluta dos votos presentes, salvo quando as deliberações exijam maioria qualificada dos votos. O direito a 1 (um) voto é adquirido por cada lote de 100 acções. Os accionistas com menos de 100 acções poderão agrupar-se de forma a completar o mínimo exigido e fazerem-se representar por um deles.

A duração do mandato dos membros dos órgãos sociais é de quatro anos, sendo que o presente mandato iniciou-se em 2014 e terminará a 31 de Dezembro de 2017.

Comissão de remunerações dos membros dos órgãos sociais

A Comissão de Remunerações dos Membros dos Órgãos Sociais tem como objectivo definir, implementar e rever a política de remuneração dos membros dos órgãos sociais nos termos do artigo nº17, Aviso nº 1/13 de 19 de Abril. A Comissão de Remunerações foi implementada na Assembleia Geral de 2014, tendo sido designados os seus membros, três accionistas dos quais nenhum faz parte dos Órgãos de Gestão ou Fiscalização. A Comissão reúne-se anualmente e sempre que for convocada pelo seu Presidente.

Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal composto por um presidente, dois vogais efectivos e um suplente, sendo um dos vogais perito contabilista, reúne-se trimestralmente e sempre que for convocado pelo seu Presidente ou requerido pela maioria dos seus membros. As regras de funcionamento deste órgão encontram-se descritas nos Estatutos e no seu regulamento, do qual destacamos as seguintes atribuições:• Fiscalizar os actos da administração do Banco;• Verificar a exactidão do Balanço e Demonstração de Resultados;• Verificar a regularidade dos livros, registos contabilísticos e documentos que lhe servem de suporte; • Convocar a Assembleia Geral, quando o presidente da respectiva mesa não o faça.

As reuniões ordinárias deste órgão ocorrem trimestralmente e as extraordinárias sempre que necessário. As deliberações são lavradas em actas e assinadas por todos os membros.

Composição da Mesa da Assembleia Geral

PRESIDENTE

Domingos Lima Viegas

VICE-PRESIDENTE

Josina Baião Magalhães

SECRETÁRIO

Alice Trindade Escórcio

CONSELHO FISCAL FUNÇÃO

JÚLIO FERREIRA SAMPAIO PRESIDENTE

MOISÉS ANTÓNIO JOAQUIM VOGAL

ALBERTO SEVERINO PEREIRA VOGAL

ISABEL LOPES VOGAL SUPLENTE

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02ESTRATÉGIA E ESTRUTURA

ORGANIZACIONAL

019

Auditor Externo

A nomeação do auditor externo é feita de quatro em quatro anos pelo Conselho de Administração, sendo a sua actividade e independência supervisionadas desde o exercício de 2015 pela Comissão de Controlo Interno. A auditoria externa é assegurada pela KPMG Angola, nomeada em 2014 nas condições definidas no Aviso nº 4/13 de 22 de Abril, em particular no que diz respeito aos requisitos de capacidade e independência.

Conselho de Administração

O Conselho de Administração (CA) é composto por um número ímpar de membros, num mínimo de cinco e num máximo de treze, com competência para exercer os mais amplos poderes de gestão e de representação do Banco, praticando todos os actos necessários ou convenientes à prossecução da sua actividade.

O actual CA é composto por 13 administradores, sendo 7 executivos e 6 não executivos e, entre estes últimos,

independentes e não independentes. O BAI adopta o conceito de administrador independente em linha com os critérios do Aviso nº 1/13 de 19 de Abril (nº 9 do artigo 3º). Os currículos dos membros do Conselho de Administração constam da página institucional do Banco na Internet.As competências e regras de funcionamento do CA encontram-se descritas num regulamento próprio elaborado de acordo com os Estatutos. O Conselho reúne-se trimestralmente e sempre que for convocado pelo seu Presidente ou requerido pela maioria dos seus membros.

Comissões do Conselho de Administração

O CA dispõe das seguintes Comissões especializadas: Controlo Interno, Gestão dos Recursos Humanos e Gestão do Risco. Nenhuma delas possui poderes de decisão, mas sim exclusivamente de supervisão (informação, assessoria e proposta). As regras de funcionamento destas comissões encontram-se definidas nos respectivos regulamentos, prevendo, entre outros, que devem reunir-se pelo menos uma vez por trimestre ou sempre que forem convocadas pelos seus Presidentes.

COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E COMISSÕES

NÃO EXECUTIVO

COMISSÃO EXECUTIVA

COMISSÃO DE CONTROLO

INTERNO

COMISSÃO DE GESTÃO DO RISCO

COMISSÃO DE GESTÃO DOS RECURSOS HUMANOS

JOSÉ CARLOS DE CASTRO PAIVA P P

FRANCISCO DE LEMOS JOSÉ MARIA VP

ANA PAULA GRAY VP

THEODORE JAMESON GILETTI P

MÁRIO ALBERTO BARBER

JAIME DE CARVALHO BASTOS I P

JOSÉ DE LIMA MASSANO P

LUÍS FILIPE LÉLIS

INOKCELINA BEN’ÁFRICA SANTOS

HELDER MIGUEL JASSE AGUIAR

SIMÃO FRANCISCO FONSECA

JOÃO CÂNDIDO FONSECA

PEDRO CASTRO E SILVA

Nota: P: Presidente, VP: Vice-Presidente, I: Independente

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

020

As funções das Comissões do Conselho de Administração são apresentadas no seguinte quadro:

Das actividades realizadas em 2016, agrupadas em torno das diferentes funções de cada Comissão, destacam-se as seguintes:

a) Comissão de controlo interno • Acompanhamento dos planos de resolução das deficiências de controlo interno; • Apreciação dos relatórios trimestrais sobre as deficiências de controlo interno; • Apreciação dos relatórios trimestrais de actividade da direcção de auditoria interna; • Apreciação dos Relatórios anuais da função de compliance e de auditoria interna; • Apreciação dos relatórios sobre a governação corporativa e o sistema de controlo interno;

FUNÇÕES DA COMISSÃO DE CONTROLO INTERNO

• Assegurar a formalização e operacionalização de um sistema de prestação de informação eficaz e devidamente documentado, incluindo o processo de preparação e divulgação das demonstrações financeiras;

• Supervisionar a formalização e operacionalização das políticas e práticas contabilísticas da instituição; • Rever todas as informações de cariz financeiro para publicação ou divulgação interna, designadamente as contas

anuais da administração; • Fiscalizar a independência e a eficácia da auditoria interna, aprovar e rever o âmbito e a frequência das suas acções e

supervisionar a implementação das medidas correctivas propostas; • Supervisionar a actuação da função de compliance; • Supervisionar a actividade e a independência dos auditores externos, estabelecendo um canal de comunicação com o

objectivo de conhecer as conclusões dos exames efectuados e os relatórios emitidos.

FUNÇÕES DA COMISSÃO DE GESTÃO DOS RECURSOS HUMANOS

• Definir a política de contratação de novos colaboradores; • Definir as políticas e processos de remuneração para os colaboradores, adequados à cultura e estratégia de longo

prazo e considerando as vertentes de negócio e do risco; • Recomendar ao órgão de administração a nomeação de novos colaboradores para funções de direcção, para os quais

deve elaborar uma descrição detalhada de funções, tomando em consideração as competências internas existentes; • Apoiar e supervisionar a definição e condução do processo de avaliação dos colaboradores.

FUNÇÕES DA COMISSÃO DE GESTÃO DO RISCO

• Aconselhar o CA no que respeita à estratégia do risco tomando em consideração: – A situação financeira do Banco; – A natureza, dimensão e complexidade da sua actividade; – A sua capacidade para identificar, avaliar, monitorizar e controlar os riscos; – O trabalho realizado pela auditoria externa e pela delegação de competências

de acompanhamento do sistema de controlo interno; e – Todas as categorias de riscos relevantes na instituição, designadamente os riscos

de crédito, de mercado, de liquidez, operacional, de estratégia e de reputação;

• Supervisionar a implementação da estratégia do risco por parte do Banco;

• Supervisionar a actuação da função de gestão do risco.

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02ESTRATÉGIA E ESTRUTURA

ORGANIZACIONAL

021

b) Comissão de gestão do risco • Apreciação das propostas de revisão da Política de

Crédito e das novas normas sobre Gestão do Risco (i) de Balanço e Mercado e (ii) Operacional;

• Ponto de situação da Iniciativa Estratégica 7 - Fortalecimento dos processos-chave de gestão de risco e controlo interno;

• Análise dos impactos do novo pacote regulamentar sobre o RSR e sistemas de gestão do risco;

• Apreciação do grau de cumprimento dos limites aprovados e risco operacional;

• Apreciação dos Relatórios anuais da função de gestão do risco;

c) Comissão de gestão dos recursos humanos: • Apreciação do Plano Estratégico da direcção de

capital humano para 2016-21; • Apreciação dos resultados do Inquérito de satisfação

dos serviços prestados pela Direcção de capital humano (DCH);

• Apreciação do balanço das actividades desenvolvidas pela DCH em 2016.

Comissão Executiva

A Comissão Executiva do Conselho de Administração (CE) é composta por três a sete membros, designados pelo CA, de entre os seus membros. As competências e regras de funcionamento encontram-se descritas num regulamento próprio. A Comissão reúne-se pelo menos uma vez por mês ou sempre que for convocada pelo seu Presidente ou por, pelo menos, dois administradores executivos. As suas competências são:

• Gestão da actividade diária do Banco, assegurando o cumprimento de toda a legislação e regulamentação aplicável;

• Preparação dos planos e orçamentos anuais e plurianuais, bem como as suas eventuais alterações, para aprovação pelo CA;

• Preparação dos documentos de prestação de contas para aprovação pelo CA;

• Aprovação das normas de funcionamento interno; • Aquisição, alienação e oneração de bens móveis e

imobilizado incorpóreo intangível necessários para a actividade do Banco;

• Aquisição, alienação e oneração de bens imóveis para a actividade do Banco;

• Aquisição de serviços necessários para a actividade do Banco;

• Implementação da política de recursos humanos; • Exercício do poder disciplinar; • Abertura ou encerramento de balcões; • Constituição de mandatários para a prática de actos

determinados ou categoria de actos; • Representação da sociedade em juízo ou fora dele, activa

e passivamente, instaurar e contestar procedimentos judiciais ou arbitrais, confessar, desistir ou transigir em quaisquer acções.

No âmbito das suas funções, a Comissão Executiva conta com o auxílio de quatro comités especializados, nomeadamente o Comité de Activos e Passivos (ALCO), Comité de Crédito (CCR), Comité de Informática e Segurança (CIS) e Comité de Produtos e Serviços (CPS), delegando a estes o tratamento, gestão e decisão de temas específicos.

COMPOSIÇÃO DOS COMITÉS CISCCR (4º ESCALAO)ALCO CPS

Nota: P - Presidente: M - Membro. Os directores das direcções relevantes também participam como membros permanentes nos respectivos comités.

JOSÉ DE LIMA MASSANO P P P

LUÍS FILIPE LÉLIS P M

INOKCELINA BEN’ÁFRICA SANTOS M M

HELDER MIGUEL JASSE AGUIAR M

SIMÃO FRANCISCO FONSECA M M M

JOÃO CÂNDIDO FONSECA M M

PEDRO CASTRO E SILVA M M M

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

022

PRESIDENTE DA COMISSÃO EXECUTIVAJOSÉ DE LIMA MASSANO

1. Direcção de Auditoria Interna 2. Direcção de Compliance 3. Direcção de Mercados Financeiros 4. Direcção de Capital Humano

ADMINISTRADOR EXECUTIVOLUÍS FILIPE LÉLIS

1. Direcção Jurídica e Contencioso 2. Direcção de Organização e Qualidade 3. Direcção de Sistemas de Informação 4. Direcção de Banca Electrónica

ADMINISTRADORA EXECUTIVAINOKCELINA BEN’ÁFRICA DOS SANTOS

1. Direcção de Análise de Crédito 2. Direcção de Crédito Especializado 3. Direcção de Gestão do Risco 4. Direcção de Recuperação de Crédito

ADMINISTRADOR EXECUTIVOHELDER MIGUEL JASSE AGUIAR

1. Unidade de Negócios de Correspondente Bancário 2. Unidade de Negócios de Pagamentos Digitais

ADMINISTRADOR EXECUTIVOSIMÃO FRANCISCO FONSECA

1. Gabinete de Segurança Integrada 2. Direcção de Empresas e Instituições 3. Direcção de Pequenas e Médias Empresas 4. Direcção de Serviços Gerais

ADMINISTRADOR EXECUTIVOJOÃO CÂNDIDO FONSECA

1. Direcção de Contabilidade e Finanças 2. Direcção de Planeamento e Controlo 3. Direcção de Tesouraria e Custódia 4. Direcção de Operações

ADMINISTRADOR EXECUTIVOPEDRO CASTRO E SILVA

1. Gabinete de Estudos Económicos e Financeiros 2. Direcção de Marketing e Comunicação 3. Gabinete de Serviços Premium 4. Direcção de Banca de Retalho

DISTRIBUIÇÃO DE PELOUROS

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02ESTRATÉGIA E ESTRUTURA

ORGANIZACIONAL

023

ORGANOGRAMA

Controlo

Segurança Integrada

Planeamento e Controlo Gestão do Risco

Compliance Auditoria Interna

Conselho de Administração

Comissão de Gestão do Risco

ComissãoExecutiva

Comissão de Controlo Interno

Comissão de Gestão de Recursos Humanos

Comité de Produtos e Serviços

Comité de Activos e Passivos

Comité Informática e Segurança

Comité de Crédito

Suporte

Secretariado da Comissão Executiva

Estudos Económicos e Financeiros

Organização e qualidade

Jurídica e de contencioso

Marketing e Comunicação Capital Humano

Mercados Financeiros Operações

Contabilidade e Finanças Tesouraria e Custódia

Sistemas de Informação Banca Electrónica

Análise de Crédito Recuperação de Crédito

Serviços Gerais

Negócio

Empresas e Instituições Crédito Especializado

Banca de Retalho Região-Centro Banca de Retalho Região-Sul

Premium Pequenas e Médias Empresas

Unidade de Negócios de Correspondente Bancário

Unidade de Negócios de Pagamentos Digitais

Banca de Retalho RegiãoLuanda-Bengo

Banca de Retalho Região-Norte

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

024

Sistema de controlo interno

O sistema de controlo interno define-se como o conjunto integrado de políticas e processos, com carácter permanente e transversal a toda a instituição, realizados pelo órgão de administração e demais colaboradores com vista a garantir:

i) A continuidade do negócio através da eficiente afectação dos recursos, execução das operações e do controlo dos riscos (objectivos de desempenho);

ii) A fiabilidade e tempestividade da informação contabilística e de suporte à gestão (objectivos de informação); e, iii) O cumprimento dos normativos legais e das normas internas (objectivos de compliance).

Tendo em conta estes objectivos, o BAI procura garantir um adequado ambiente e actividade de controlo, um sólido sistema de gestão do risco1, um eficiente sistema de informação e comunicação, e um contínuo processo de monitorização, com o objectivo de assegurar a qualidade e eficácia do próprio sistema ao longo do tempo.

1 - A gestão do risco é objecto de um capítulo autónomo no presente Relatório e de uma divulgação específica na nota nº 40 do anexo às demonstrações financeiras.

DESCRIÇÃO SUMÁRIA DAS FUNÇÕES CHAVE DO SISTEMA DE CONTROLO INTERNO

Conselho de Administração (CA)Rever e aprovar, periodicamente, a estratégia e políticas de controlo interno e gestão do risco, bem como o seu progressivo alinhamento das entidades do Grupo financeiro com as mesmas.

Comissão Executiva (CE)Propor a revisão de políticas de controlo interno e gestão do risco e garantir a sua implementação no Banco.

Direcção de Planeamento e Controlo (DPC)Implementar e monitorizar o processo de planeamento e controlo de gestão do Banco, através do orçamento e de indicadores de gestão e acompanhar o desempenho das participadas.

Direcção de Gestão do Risco (DGR)Identificar, avaliar, monitorizar, controlar e prestar informações de todos os riscos relevantes da actividade desenvolvida pelo Banco, conforme o previsto na legislação e regulamentação.

Direcção de Compliance (DCL)Assegurar o cumprimento e a correcta aplicação das disposições legais, regulamentares, estatutárias, éticas, recomendações e orientações emitidas pelas entidades supervisoras competentes. Avaliar a eficácia e eficiência do modelo de governação corporativa e sistema de controlo interno para mitigação de riscos reputacional e de compliance que podem colocar em causa o alcance dos objectivos do Banco, bem como assegurar a função de compliance com enfoque nas medidas de combate ao Branqueamento de Capitais e Financiamento do Terrorismo.

Direcção de Auditoria Interna (DAI)Assegura e coordena globalmente as acções de auditoria e inspecção interna às unidades de estrutura do Banco, de forma a assegurar o controlo e cumprimento da regulamentação, dos processos instituídos e normas de serviço em vigor. Apoia na identificação de riscos inerentes a novos negócios, produtos ou sistemas de informação e controla os valores constantes no património do Banco.

Gabinete de Segurança Integrada (GSI)Definir políticas, regras e controlos que garantam uma adequada gestão e monitorização da segurança dos sistemas e equipamentos informáticos e electrónicos, assim como garantir a sua implementação.

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025

Política de Remuneração

O Banco possui uma política de remuneração consistente com os objectivos, valores, interesses e solvabilidade no longo prazo cujos princípios gerais orientadores são:

i) A definição das regras deve ser clara, simples, transparente e alinhada com a cultura e os valores do Banco considerando a natureza da sua actividade;

ii) A definição de princípios de proporcionalidade que garantam a competitividade externa suficiente para atrair e reter os colaboradores, bem como a equidade interna promovendo o sentimento de justiça e coesão das equipas;

iii) A definição da política deve considerar as necessidades constantes de mitigação do risco e evitar situações que potenciem conflitos de interesse;

iv) A definição da política deve considerar todas as formas retributivas (fixas, variáveis e benefícios) e estar alinhada com a estratégia e objectivos de negócio do Banco;

v) O apuramento da remuneração individual fixa, variável e outros benefícios, deve considerar a avaliação do desempenho respectivo (objectivos e competências), de acordo com as funções desempenhadas e a situação económica e financeira do Banco.

Membros dos Órgãos Sociais

Os Órgãos Sociais com funções executivas têm uma política de remuneração distinta dos trabalhadores, que é aprovada pela Comissão de Remunerações dos membros dos Órgãos Sociais e divulgada na Assembleia Geral anual. A remuneração dos membros não executivos do Conselho de Administração (CA), do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral é exclusivamente fixa. A remuneração variável dos membros executivos do CA é decidida anualmente, associada ao desempenho global do Banco. A determinação da remuneração é feita em linha com a materialização dos objectivos estratégicos do Banco, considerando o seguinte, conforme aplicável aos diferentes órgãos:

i) A situação económica e financeira do Banco;ii) Os interesses do Banco numa perspectiva de continuidade do negócio;

REMUNERAÇÃO FIXA REMUNERAÇÃO VARIÁVEL OUTROS BENEFÍCIOS

VENCIMENTO BASE SUBSÍDIO DE FALHAS SUBSÍDIO DE DESLOCAÇÃO CRÉDITO BONIFICADO

13ª MÊS (FÉRIAS) HORAS EXTRAS PRÉMIO DE DESEMPENHO SEGURO DE SAÚDE

14º MÊS (NATAL) SUBSÍDIO DE RISCO SUBSÍDIO DE COMBUSTÍVEL FUNDO DE PENSÕES

SUBSÍDIO DE ALIMENTAÇÃO SUBSÍDIO DE INTERINAÇÃO SUBSÍDIO TÉCNICO INCENTIVO À AUTO-FORMAÇÃO

ABONO DE FAMÍLIA SUBSÍDIO DE FUNÇÃO SUBSÍDIO DE ASSIDUIDADE TRANSPORTE

SUBSÍDIO DE TRANSPORTE OUTROS SUBSÍDIOS (TURNO/ATM) PLAFOND PARA COMUNICAÇÕES

REMUNERAÇÕES POR TIPO

02ESTRATÉGIA E ESTRUTURA

ORGANIZACIONAL

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

026

iii) As características da função desempenhada;iv) O desempenho da função nas diferentes componentes (performance técnica/operacional e comportamental).

A remuneração dos órgãos sociais é divulgada na nota nº 29 do anexo às demonstrações financeiras.

Colaboradores

A política é assente nos seguintes Instrumentos e Políticas de Gestão dos Recursos Humanos:

1. Descritivos funcionais;2. Qualificador de funções;3. Tabela salarial (com níveis e escalões de enquadramento);4. Sistema de Avaliação e Gestão do Desempenho (SAGD);5. Política de Gestão de Carreiras;6. Política de Desenvolvimento Individual dos colaboradores.

O Sistema de Avaliação e Gestão do Desempenho tem como objectivo reconhecer e melhorar o desempenho dos colaboradores através do apoio ao desenvolvimento pessoal e profissional, com base nos seguintes critérios: Objectivos, Competências, Pontualidade e Assiduidade.

Código de Conduta

O Banco dispõe de um Código de Conduta que consagra os princípios de actuação e as normas de conduta profissional observados no exercício da sua actividade aplicáveis a todos os colaboradores e membros dos órgãos de gestão, designadamente:

• Deveres éticos: princípio da igualdade de tratamento de todos os clientes, deveres de profissionalismo, seriedade, competência, diligência, lealdade, neutralidade e integridade, princípio da prevalência dos interesses dos clientes sobre o interesse dos trabalhadores, dever de sigilo, de colaboração com todas as autoridades de supervisão, deveres de conduta interna e deveres especiais de tutela do mercado e da sua transparência;

• Princípios gerais relacionados com a prevenção do branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo;• Princípios gerais sobre a comunicação de fraude e irregularidades e o tratamento das reclamações de clientes.

O Código de Conduta é entregue a todos os novos colaboradores do Banco e encontra-se disponível na intranet.

Política de transacções com partes relacionadas

A Política de transacções com partes relacionadas foi elaborada, nos termos do Aviso n.º 02/13 de 19 de Abril e Aviso nº09/16 de 22 de Junho ambos do BNA, Código do Imposto Industrial e Decreto Presidencial n.º 147 /13, de 1 de Outubro, bem como do IAS 24 e abrange (i) as definições, (ii) os termos em que devem ser realizadas as transacções com partes relacionadas, (ii) a legislação aplicável, (iii) as limitações na concessão de crédito a partes relacionadas e (iv) a divulgação.

As definições dos termos em que devem ser realizadas as transacções com partes relacionadas encontram-se descritas na nota nº 38 do anexo às demonstrações financeiras.

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027

POLÍTICA DE CONFLITOS DE INTERESSES

1. Primazia dos interesses do cliente

2. Prestação de informação transparente

3. Proibição de ocupação de cargos potencialmente conflituantes noutras sociedades

4. Utilização de informação

5. Contratação de serviços ou produtos

6. Decisões de crédito a pessoas ligadas

7. Proibição à concessão de crédito

8. Preçário do crédito

O BAI reconhece primazia aos interesses dos seus Clientes, constituindo o dever de lealdade a estes um princípio de conduta fundamental no conjunto das normas que pautam a actuação do Banco;

O BAI presta aos seus Clientes esclarecimentos claros e informações precisas sobre os benefícios ou remunerações que o Banco ofereça pelos depósitos recebidos e sobre os preços ou encargos inerentes aos produtos e serviços que disponibilize;

Observa-se um regime de exclusividade que a ocupação profissional impõe quer por motivação ética quer pelas exigências de desempenho;

Está interdito a revelação, fora os casos expressamente previstos na lei, e a utilização de informações sobre a actividade do BAI ou as relações deste com os seus Clientes;

Está interdito o envolvimento, directo ou indirecto, na contratação de serviços ou produtos nos quais exista, por parte do colaborador, interesse financeiro;

Em conformidade com o previsto na Lei nº 12/15, Lei de Bases das Instituições Financeiras, no seu artigo 84º – “Crédito a pessoas ligadas”;

Em conformidade com o previsto na Lei nº 12/15, Lei de Bases das Instituições Financeiras, no seu artigo 83º – “Crédito a membros dos órgãos sociais”;

Os créditos concedidos aos accionistas e às Pessoas Afectas1 serão efectuados em condições normais de mercado, atendendo ao seu nível de risco e ao preçário praticado pelo BAI, com excepção dos créditos para compra de habitação própria permanente e para o pagamento de despesas de saúde, que são alvo de Política definida em sede da Comissão de Gestão de Recursos Humanos.

1 - O conceito “Pessoas Afectas” abrange (i) todos os membros dos órgãos sociais, (ii) todos os trabalhadores do Banco, (iii) qualquer pessoa que preste serviços ao Banco em regime de subcontratação; e (iv) qualquer pessoa que preste serviços ao Banco e que trabalhando sob seu controlo e responsabilidade assegure a prestação de serviços incluído na actividade do Banco.

02ESTRATÉGIA E ESTRUTURA

ORGANIZACIONAL

A política prevê, em particular, a existência de um processo, previamente à tomada de decisões no CE e CA, que assegura que estas decisões não potenciam conflitos de interesse e que são identificadas e de avaliação das transacções com partes relacionadas nos termos do Aviso nº 1/13 de 19 de Abril. Outras situações de conflito de interesse são analisadas pela Direcção de Compliance, cabendo a decisão ser tomada pela CE.

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

028

Política de Transparência e Divulgação de Informação

A Política de Transparência e de Divulgação de Informação tem por objectivo garantir a transparência e fácil compreensão do modelo de governação corporativa do BAI de acordo com requisitos do Aviso nº 1/13 de 19 de Abril, estando assente nos seguintes princípios gerais:

• A informação de publicação obrigatória deverá ser divulgada de forma completa, correcta e atempada;• Qualquer divulgação institucional que seja decidida efectuar sobre o Banco ao mercado deverá basear-se em informação

completa, correcta, actualizada e adequada;• A prestação de informação deverá sempre obedecer às regras de sigilo bancário.

Cabe ao Conselho de Administração rever e actualizar a política anualmente, ou sempre que necessário, designadamente quando existir uma alteração da informação de divulgação obrigatória.

ConteúdoSim Não Não

aplicável

Divulgação

Composição dos órgãos de administração e fiscalização e a identificação dos administradores executivos e não executivos

Identificação dos auditores externos, incluindo as suas credenciais e o cumprimento dos requisitos de independência previstos no Aviso nº 4/13, de 22 de Abril

Identificação das unidades de estrutura, das competências que lhes estão atribuídas e dos respectivos responsáveis, designadamente no caso das funções-chave do sistema de controlo interno (auditoria interna, compliance e gestão do risco)

Distribuição de pelouros e a segregação entre as funções de negócio, suporte e controlo

Identificação das políticas e canais de comunicação relativos às relações de autoridade, à delegação de competências e à comunicação e prestação de informação, designadamente no que respeita às irregularidades no âmbito da governação corporativa

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Relatório e Contas e website institucional

Relatório e Contas

Relatório e Contas

Relatório e Contas e website institucional

Relatório e Contas

CUMPRIMENTO DOS REQUISITOS DE TRANSPARÊNCIA (ARTIGO 21º DO AVISO Nº 1/13)

Comentários

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029

02ESTRATÉGIA E ESTRUTURA

ORGANIZACIONAL

Conteúdo

Sim Não Nãoaplicável

Divulgação

a) estrutura de capital da instituição com identificação dos detentores de participações qualificadas.

b) actos societários respeitantes a alterações relevantes nos objectivos globais estratégicos e nas estruturas orgânicas e funcionais das instituições e empresarial dos grupos financeiros.

c) informação financeira

d) Informação sobre os membros dos órgãos sociais, incluindo: i. política de remuneração, explicitando os valores

globais pagos pela instituição à totalidade de cada órgão;

ii. qualificações e experiência profissional; iii. identificação de participações na instituição; iv. identificação de cargos em órgãos sociais de

outras sociedades, pertencentes ou não ao grupo financeiro; e

v. categorização dos membros do órgão de administração como executivos ou não executivos e, nestes últimos, como independentes ou não independentes.

e) descrição dos riscos materialmente relevantes para a instituição, dos processos existentes para a gestão dos mesmos e previsão da evolução dos factores de risco associados.

f) políticas de governação corporativa, nomeadamente o código de conduta da instituição e as políticas de identificação e mitigação de conflitos de interesses.

g) política de formação, enunciando o número de horas anual de formação, detalhadas por natureza de formação, identificando, em particular, as dirigidas aos colaboradores das áreas tomadoras do risco e aos das áreas ou funções de controlo.

h) divulgação da informação acima referida respeitante ao âmbito consolidado do grupo financeiro.

X

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Relatório e Contas

Relatório e Contas

Relatório e Contas e balancetes trimestrais

Relatório e Contas

Website institucionalRelatório e ContasWebsite de cada sociedade participada

Relatório e Contas

Relatório e Contas

Relatório e Contas

Relatório e Contas

É publicada anualmente no website a informação financeira.

CUMPRIMENTO DO DEVER DE DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO (ARTIGO 22º DO AVISO Nº 1/13)

Comentários

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

030

A expectativa de crescimento do sector financeiro angolano a médio prazo é marcada por uma maior exigência ao nível regulamentar, tendo em vista o enquadramento do sector financeiro às melhores práticas internacionais de compliance, governação corporativa, relato financeiro e de combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo; por um crescimento económico mais moderado e a inerente necessidade de transformação estrutural da economia; pela incerteza sobre a estabilidade macroeconómica; e pelas transformações sociais, demográficas e políticas.

Face a este cenário, o BAI reviu a sua estratégia de modo a definir novos rumos, aproveitar as melhores oportunidades e contornar os desafios futuros. O Plano Estratégico para o período 2016–2021 define como missão a consolidação do posicionamento competitivo do BAI como um banco universal, assente na Visão de oferecer a melhor experiência de banca em todos os segmentos, através da oferta de produtos e serviços de excelência.

O Plano Estratégico 2016–2021 é suportado por 3 pilares de negócio:

1. Defesa dos segmentos core: A nossa primeira prioridade é defender e reforçar a relação de confian-ça estabelecida nos segmentos Large Corporate e Premium, oferecendo produtos e serviços inovadores, bem como melhorar a qualidade dos serviços prestados a estes segmentos.

2. Desenvolvimento dos segmentos de elevado potencial e exploração de novas fronteiras: O segmento das PMEs é a base do tecido empresarial de qualquer economia, por isso é nosso objectivo aumentar o envolvimento com este segmento. O número de clientes Affluent tem crescido significativamente nos últimos anos, o que exige que o Banco ofereça uma proposta de valor diferenciada de forma a fidelizar uma classe de clientes cada vez mais exigente. O segmento do Mass Market é o último desafio para nos tornarmos num banco universal, por isso pretendemos

explorá-lo por meio de uma abordagem adaptada às características particulares deste segmento.

3. Transformação das plataformas críticas: A oferta de produtos e serviços de excelência e inovadores resulta da eficiência e eficácia das plataformas de suporte aos negócios em termos de organização, processos, sistemas e capital humano. A melhoria das principais plataformas de negócio é a base para o sucesso da nossa estratégia.

A política de crescimento da rede comercial do Banco rege-se por princípios de sustentabilidade, tendo como foco a disponibilização dos serviços a todos os seus segmentos-alvo. A rede encontra-se dividida em agências, dependências, centros de atendimento às empresas e centros de serviços premium. Além da presença física, o BAI dispõe de uma estratégia multicanal na sua relação com os clientes abrangendo (i) Internet banking, (ii) mobile banking, (iii) mobile payments, (iv) correspondentes bancários e (v) contact center.

O sucesso do Plano Estratégico 2016–2021 depende, fundamentalmente, da capacidade do Banco atrair, captar, reter e desenvolver o capital humano, com o objectivo de constituir uma equipa de profissionais competentes e dinâmicos, com cultura de desempenho orientada para “oferecer a melhor experiência de banca” aos clientes. Para a concretização deste objectivo, o BAI oferece uma gama de incentivos e formação profissional, principalmente através da Academia BAI.

No âmbito da estratégia de expansão da actividade em Angola, e de forma complementar à actividade bancária, o BAI possui uma participação na Nossa Seguros que actua nos ramos de seguros Vida e Não Vida e também na gestão de fundos de pensões.

Para complementar a sua actividade doméstica, o BAI desenvolve uma actividade internacional focada no mercado financeiro do espaço lusófono:

02.2ESTRATÉGIA E MODELO DE NEGÓCIO

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• Iniciou o processo de internacionalização, em 1998, com a abertura do BAI Europa, focalizado no apoio às transacções entre empresas residentes em Portugal com clientes residentes em Angola, dos sectores público e privado, bem como na prestação de serviços de banca correspondente;

• Abriu o BAI Cabo Verde, em 2008, tendo como principal segmento-alvo as empresas (dispõe de uma reduzida rede de retalho);

• Detém uma participação no Banco Internacional de São Tomé e Príncipe, o banco mais antigo e líder no mercado santomense, com uma quota de 71% em depósitos e 45% em crédito.

As principais áreas de negócio do Grupo financeiro são:

• Banca de Retalho – Refere-se, essencialmente, à captação de recursos e a operações de concessão de crédito relacionados com clientes particulares, atendidos pela rede de balcões e internet banking e, no caso de Angola, mobile e SMS banking;

• Banca Privada – Agrega toda a actividade com clientes private;

• Banca Comercial – Refere-se, essencialmente, à captação de recursos e a operações de concessão de crédito relacionados com o segmento de Empresas e Instituições, incluindo o comércio externo;

• Banca de Investimento – Disponibiliza serviços de assessoria financeira e soluções integradas de financia-mentos para a realização e o desenvolvimento do negócio, incluindo soluções de combinação de negócios, tais como repasse de recursos, subscrição ou aquisição de valores mobiliários, fusões e aquisições e privatizações;

• Serviços de Banca Correspondente – Estes serviços são prestados pelo BAI Europa e BAICV a bancos angolanos, facilitando, assim, a estes bancos e aos seus clientes o acesso a pagamentos em moeda estrangeira e aos instrumentos internacionais;

• Actividade Seguradora e Gestão de Fundos de Pensões – Seguro de Vida e Não Vida, bem como a gestão de fundos de pensões, prestados pela Nossa Seguros.

BAI BAIE BAICV BISTP BMF NOSSA

Nota: BAIE – BAI Europa; BAICV - BAI Cabo Verde; BISTP – Banco Internacional de São Tomé e Príncipe

BANCA DE RETALHO X X X

MICROCRÉDITO X

BANCA PRIVADA X

BANCA COMERCIAL X X X X

BANCA DE INVESTIMENTO X

SERVIÇOS DE BANCA DE CORRESPONDENTE X

ACTIVIDADE SEGURADORA E GESTÃO DE FUNDOS DE PENSÕES X

PRINCIPAIS ÁREAS DE NEGÓCIO DO GRUPO FINANCEIRO

02ESTRATÉGIA E ESTRUTURA

ORGANIZACIONAL

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

032

MECANISMOS DE GOVERNAÇÃO CORPORATIVA DO GRUPO

Acompanhamento do negócio

De acordo com o Regulamento do Conselho de Administração (CA) do BAI, compete a este, entre outros, assegurar, para o conjunto das instituições financeiras dominadas directa ou indirectamente pelo Banco, a consistência de (i) estratégia; (ii) informação financeira; (iii) sistema de gestão do risco e de compliance; (iv) monitorização do controlo interno; e (v) políticas e processos aplicáveis às partes relacionadas. O acompanhamento do grupo financeiro pelo CA do BAI é feito a três níveis:• Regularmente (no mínimo trimestralmente) nas reuniões do CA, através da revisão das linhas estratégicas e análise da

informação financeira;• Através da participação nas Assembleias Gerais de cada participada, pelo Presidente do CA do BAI ou um administrador

mandatado para o efeito; • Pela designação de membros do CA do BAI para nomeação para os órgãos sociais das participadas.

Política de remuneração

A política de remuneração é definida individualmente por cada uma das entidades que compõem o Grupo, seguindo os seguintes princípios comuns:• É revista anualmente para garantir a consistência e coerência entre o desempenho e a situação económica de cada

entidade e os seus objectivos;• Tem em consideração: - A natureza do negócio da entidade; - A situação económica e financeira da entidade; - Os interesses da entidade numa perspectiva de continuidade do negócio; - As características da função desempenhada; - O desempenho da função nas diferentes componentes (técnica/operacional e comportamental).

Políticas e processos relativos às transacções entre as sociedades

No contexto de empresa-mãe do grupo financeiro, o BAI segue os princípios e os processos descritos neste capítulo para assegurar que as transacções entre as sociedades do grupo financeiro sejam controladas no que diz respeito ao seu objecto e condições.

Outras políticas e processos para aplicação ao nível do grupo financeiro

No contexto da evolução e melhoria do modelo de governação corporativa (GC) e sistema de controlo interno (SCI) ao nível do grupo financeiro, o CA do BAI faz um acompanhamento dos sistemas de controlo interno do BAI e das suas participadas bancárias através do relatório anual preparado para envio ao BNA, assegurando assim uma gestão adequada de cada entidade e o controlo dos riscos inerentes ao negócio.Decorrente das situações identificadas pelo Auditor Externo e BNA em períodos anteriores que carecem de melhoria ao nível do cumprimento dos requisitos regulamentares em matéria de modelo de GC e SCI do Grupo Financeiro, estão actualmente em curso as seguintes iniciativas:

• A implementação do modelo de governação do SCI do Grupo, que assegura o acompanhamento e a monitorização das áreas de controlo interno das participadas pelo BAI (empresa-mãe), aprovado pela CA do BAI.

• A implementação do modelo de GC e SCI do Grupo Financeiro BAI será completada por um programa de acções de formação e de sensibilização, aprovado em 2016 e a realizar durante 2017, que incluirá também as entidades participadas.

• A intervenção transversal da Função de Auditoria Interna do BAI no Grupo Financeiro, visando coordenar, avaliar a eficácia e eficiência do SCI. Esta actividade será extensiva às restantes funções chave de controlo interno, compliance e gestão do risco.

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Conflitos de interesses

Cada entidade do grupo dispõe de um Código de Conduta próprio que consagra os princípios de actuação no exercício da sua actividade. Os principais princípios comuns dos códigos são coincidentes com os do BAI, nomeadamente:• Impõem um conjunto de deveres éticos: princípio da igualdade de tratamento de todos os clientes do Banco, competência,

diligência, princípio da prevalência dos interesses dos clientes sobre o interesse dos trabalhadores, dever de sigilo, de colaboração com todas as autoridades de supervisão;

• Estabelecem princípios gerais relacionados com a prevenção do branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo;

• Estabelecem princípios gerais sobre a comunicação de fraude e irregularidades e o tratamento das reclamações de clientes.

CUNENE

NAMIBE

BENGUELA

HUÍLA

KUANZA SUL

BIÉ MOXICO

LUNDA SUL

LUNDA NORTEMALANJEKUANZA

NORTE

BENGO

ZAIRE

UÍGE

CABINDA

LUANDA

HUAMBO

1

9

1

3

1

1

6

1

5

2

3

4

3

17

6

1

13

2

6

22

3

67

3

PRESENÇA GEOGRÁFICA E CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO

Agências e dependências

Postos de Atendimento

Centro de Atendimento Empresas

Serviços Premium e Canal BAI Directo

02ESTRATÉGIA E ESTRUTURA

ORGANIZACIONAL

KUANDO-KUBANGO

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

034

As acções desenvolvidas pelo BAI no âmbito do programa de responsabilidade social abarcam as seguintes áreas:

• Educação;• Arte e Cultura;• Desporto;• Saúde;• Bem-estar Social.

Educação

“A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces”, Aristóteles.A educação é o factor fundamental para o desenvolvimento das sociedades e o BAI, comprometido com a Responsabilidade Social, tem procurado fazer a sua parte. Através da Fundação BAI, durante o 1º semestre de 2016 prestou apoio à construção de raiz de mais três salas de aulas, para responder à demanda das crianças carentes da Funda, sob responsabilidade da ONG AMEN. Conseguiu ainda atribuir subsídios de Bolsa de Estudo para o ensino superior a cinco meninas do Centro Feminino Horizonte Azul.

Arte e Cultura

“A arte diz o indizível; exprime o inexprimível, traduz o intraduzível”, Leonardo da VinciA arte, da expressão cultural de um povo, tem merecido uma atenção particular por parte do BAI. O Banco alia-se à Arte e Cultura visando promover a diversidade artística e os novos talentos, porque considera que a salvaguarda do património cultural tem um papel essencial no seu desenvolvimento sustentável e do seu meio envolvente.Neste contexto, a intervenção do BAI, através da Fundação BAI, direccionou-se para as seguintes acções:

02.3RESPONSABILIDADE SOCIAL

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02ESTRATÉGIA E ESTRUTURA

ORGANIZACIONAL

• Apoio à Companhia de Dança Contemporânea de Angola na realização de dois shows culturais de grande vulto.

• Aquisição de um conjunto de instrumentos musicais para a concretização e formação da orquestra sinfónica da Funda (ONG AMEN), totalmente financiados pela Fundação BAI.

• Patrocínio da edição do livro “História da Universidade Católica de Angola”, com os volumes l e ll, da autoria do Padre Apolinário Hilemusinda.

• Ainda dentro da atenção às manifestações literárias e musicais angolanas e internacionais, e com vista a apoiar a promoção e o aumento dos hábitos de leitura, o BAI

patrocinou a 10ª edição da Feira Internacional do Livro e do Disco, um dos maiores eventos culturais do país, promovido pela ARTEVIVA, edições e eventos culturais.

• O BAI contribuiu também para o lançamento de uma Obra Literária da autoria de Hélder Caculo, jornalista, acreditando que iniciativas do género devem ser abraçadas, pois a Literatura é de grande importância para a sociedade.

• O Banco apoiou a realização de vários espectáculos do Show do Mês, um projecto que valoriza a música e os músicos angolanos e que teve início em Janeiro de 2014 com o objectivo de criar um conceito diferente de shows em Luanda, distinguindo artistas de vanguarda e novos

O BAI CONTRIBUIU TAMBÉM PARA O LANÇAMENTO DE UMA OBRA LITERÁRIA DA AUTORIA DE HÉLDER CACULO

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

036

talentos, juntando no mesmo espaço, várias gerações, fusões musicais e resultando em novas experiências para a musicalidade angolana. Para apoiar o Show do Mês, o BAI associou-se à qualidade de cada espectáculo com a marca BAI Arte. Ao longo do ano, mais de 8.000 pessoas assistiram ao acender das luzes no palco do Show do Mês.

• A concessão de apoio ao Projecto Folclórico para resgate da Rebita (canção, dança e instrumentos) foi também uma realidade.

• Também enquadrado na política de Responsabilidade Social do Banco, o BAI Arte teve início há 17 anos. O Banco, ciente da sua dimensão cultural, mantém a sua aposta no apoio ao desenvolvimento das artes visuais angolanas, nas suas diversas disciplinas. Este compromisso de parceiro participativo na cultura nacional foi reforçado com a realização de uma exposição subordinada ao tema “20 Anos, 20 obras, BAI Arte 2016”, com obras do Acervo

BAI, seleccionadas pelo Professor e Artista, Sr. Jorge Gumbe, realizada de 17 a 30 de Novembro. Esta actividade, inserida nas comemorações do 20º aniversário do Banco, realizou-se na Academia BAI – Espaço Multifunções e teve um intuito educativo e de divulgação da criatividade artística de Angola.

• O BAI apoiou a construção da Casa das Artes, um projecto independente, dirigido pela cineasta Maria João Ganga, especializado na formação e educação cultural. Naquele espaço são ministradas aulas de dança, pintura, teatro, fotografia, entre outras actividades criativas. A Casa das Artes foi inaugurada no dia 10 de Setembro de 2016 e abriga também workshops e exposições, possuindo ainda um teatro para a apresentação de espectáculos com capacidade para 270 pessoas.

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02ESTRATÉGIA E ESTRUTURA

ORGANIZACIONAL

Desporto

“O desporto é uma guerra sem armas”, George Orwell

O BAI tem ainda patrocinado outras actividades desportivas como futebol, basquetebol, ciclismo e judo.

• Apoio total à atleta olímpica de judo, Antónia de Fátima Moreira “FAYA’’ para deslocação à Hungria em estágio de preparação (Maio 2016) rumo ao campeonato Olímpico Rio 2016 (Brasil – Agosto 2016).

• No âmbito do desporto, o BAI patrocinou também actividades de Basquetebol, Ciclismo, Andebol e Futebol, nomeadamente:

- Benfica Petróleos do Lubango, em Basquetebol feminino; - Associação Nacional de Basquetebol; - Sporting Clube de Benguela; - 2º Prémio em Ciclismo, Baía de Luanda; - CAN de Andebol 2016.

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

038

ANGOLA SAGROU-SE

CAMPEÃ AFRICANA AO DERROTAR A

TUNÍSIA NA FINAL DO CAMPEONATO,

EM DEZEMBRO

Em termos de apoio ao desporto, o grande destaque vai para o patrocínio do 22º CAN de Andebol Feminino 2016, uma iniciativa de relevo para o país, na qual o BAI participou como patrocinador oficial. Angola sagrou-se campeã africana ao derrotar a Tunísia na final do campeonato, em Dezembro.

Saúde

Em 2016, destaca-se a doação de Vacinas para a Febre Amarela ao Estabelecimento Prisional da Comarca de Viana e o apoio ao Hospital Pediátrico David Bernardino, em Luanda.

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Sector Social/ Bem-estar

“Dever-se-ia pensar mais em fazer o bem do que em estar bem: e assim também se acabaria por estar melhor”, Alessandro ManzoniO BAI, sensibilizado e atento aos problemas e carências das pessoas, concedeu apoio recorrente no domínio alimentar, escolar e de transporte para os residentes de um centro de acolhimento e orfanato feminino de Viana, denominado Horizonte Azul. Durante o ano de 2016, apoiou com géneros alimentícios a AACA- Associação Angolana das Crianças Abandonadas.

• Financiamento para a construção de dez casas sociais para famílias carenciadas, sob a égide da ONG – Associação de Profissionais e Amigos de Combate à Pobreza (APACP);

• Garantia de apoio em bens alimentares (frescos) ao Orfanato, sob gestão e acompanhamento da Associação Angolana de Crianças Abandonadas (AACA);

• Apoio Natal da Criança Doente e Desprotegida (Casa Civil da PR);

• Apoio Natalício às Crianças Amigos do Quicabo;• Apoio à iniciativa da Sra. Ana Maria Carneiro (Natal

solidário crianças Luanda);• Apoio ao Projecto Aldeia Osivambi (Escola com 5 salas

de aulas e 2 gabinetes, posto médico e uma Igreja Católica);

• Apoio à Escola S. José de Cluny (construção de complexo escolar de raiz);

• Projecto TISA (Tecnologia de Informação na Sala de Aulas).

O BAI continua, igualmente, a promover e a criar oportunidades em acções de apoio à sociedade civil. Neste âmbito, garantiu um conjunto de iniciativas de apoio a instituições e de acções com capacidade para acrescentar valor social, tais como:

• Combater a problemática da pobreza, um mal a eliminar, levou o BAI a apoiar a ALCOPA, uma associação que visa, entre outros aspectos, informar, educar e sensibilizar a população em questões que dizem respeito ao combate à pobreza;

• Esclarecer as nuances do Direito do Trabalho, no seu apoio regular a instituições. O Banco apoiou a iniciativa dos escritórios FBL Advogados que, em parceria com as Faculdades de Direito das Universidades Agostinho Neto e Católica de Angola, materializou o 1º Congresso do Direito de Trabalho.

• Alavancar a afirmação das mulheres como empresárias, na perspectiva do apoio ao empreendedorismo. O BAI contribuiu para as Jornadas Março Mulher, apoiando a FMEA - Federação de Mulheres Empreendedoras, organização que procura dar condições às mulheres para que possam ter empresas sólidas, capazes de diversificar a economia e de reduzir a pobreza.

02ESTRATÉGIA E ESTRUTURA

ORGANIZACIONAL

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

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A “Euromoney”, prestigiada revista do sector bancário, elegeu o BAI como o Melhor Banco em Angola para o ano de 2016. Foi a quarta vez que o BAI teve essa distinção.

Na edição dos prémios Sirius 2016, uma iniciativa da Deloitte, foi atribuído ao BAI o prémio Melhor Relatório e Contas do Sector Financeiro.

02.4MARCAS E RECONHECIMENTO

BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

O BAI FOI ELEITO O MELHOR BANCO EM ANGOLA PARA O ANO DE 2016

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DIVERSIFICAÇÃO É PARTICIPAR COM FIBRA NO CRESCIMENTO DO PAÍS

03ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

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Crescimento económico

De acordo com o World Economic Outlook (WEO), de Janeiro de 2017, o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que a economia mundial tenha crescido 3,1% em 2016, o que sugere uma desaceleração de 0,1 p.p. face a 2015. As economias emergentes e em desenvolvimento mantiveram a sua trajectória face a 2015 (4,1%), enquanto as economias desenvolvidas apresentaram uma desaceleração de 0,5 p.p. (de 2,1% em 2015 para 1,6% para 2016). O ano de 2016 foi caracterizado por elevados riscos de ordem geopolítica, tais como os resultados do referendo do Brexit, a continuidade das tensões no Médio Oriente, o impeachment de Dilma Rousseff no Brasil, a eleição de Donald Trump nos EUA, entre outras. Adicionalmente, o fenómeno El Niño influenciou negativamente a performance do sector agrícola em muitas economias, particularmente nos mercados emergentes.

Para 2017 e 2018, o FMI projecta uma aceleração do crescimento da economia global para 3,4% e 3,6%, respectivamente, projecções que se mantêm inalteradas face às que tinha publicado no mês de Outubro de 2016. Esta aceleração do crescimento é impulsionada tanto pelas economias desenvolvidas, com acelerações anuais projectadas de 0,3 p.p. para 2017 e 0,1 p.p. para 2018, como pelas economias emergentes, onde se projecta uma aceleração de 0,4 p.p. e 0,3 p.p. para 2017 e 2018. Alerta-se para os riscos subjacentes a estas projecções, entre eles, a orientação política da nova administração dos EUA e suas consequências a nível global.

Na África Subsaariana, após uma desaceleração estimada para 2016 (-1,8 p.p.), devendo ter crescido 1,6%, projecta-se uma aceleração do crescimento para 2,8% e 3,7% em 2017 e 2018, respectivamente. A previsão para 2017 tem por base uma maior produção petrolífera por parte da Nigéria devido às melhores condições de segurança, bem como à recuperação dos preços das commodities. O melhor desempenho do sector agrícola poderá alavancar o comércio na região.

03.1CONTEXTO INTERNACIONAL

MUNDO ECONOMIAS AVANÇADAS ECONOMIAS EMERGENTES ÁFRICA SUBSAARIANA

3,2 3,1 3,4 3,6 2,1 1,6 1,9 2,0 4,1 4,1 4,5 4,8 3,4 1,4 2,8 3,7

2015 2016 E 2017 P 2018 P

CRESCIMENTO REAL A NÍVEL GLOBAL (%)

FONTE: FMI: WEO - JANEIRO 2017

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03ENQUADRAMENTO

MACROECONÓMICO

045

Mercado Cambial e Monetário

No ano em análise, o mercado cambial ficou marcado pela valorização generalizada do dólar norte-americano face à maioria das moedas, tendo o US Dollar Index apreciado em cerca de 4%. Após as eleições presidências dos EUA, ocorridas em Novembro de 2016, surgiram expectativas de maiores estímulos orçamentais, tanto pela via do corte de impostos, como de gastos em infra-estrutura e de desregulamentação de alguns sectores chaves, como o financeiro e o petrolífero. Desta forma, subiram as expectativas da inflação, tais como as yields das obrigações do Tesouro e as taxas LIBOR.

Assim, à medida que a taxa de desemprego se reduzia (4,7% em Dezembro de 2016) e a taxa de inflação aumentava (2,1% em Dezembro de 2016) nos EUA, aumentavam as expectativas sobre a orientação da política monetária da Fed e consequente fortalecimento do USD. Estas expectativas concretizaram-se no final do ano, com a Fed a subir em 25 p.b. da taxa de juro dos Fed funds, ficando no intervalo de 0,50% e 0,75%. Esta postura contrastou com a política monetária mais acomodatícia adoptada pelo Banco Central Europeu (BCE), Banco de Inglaterra (BoE) e Banco do Japão (BoJ).

Desta forma, o USD apreciou 3,33% face ao Euro e 19,4% face à Libra. Importa ressalvar que a evolução face à Libra teve uma depreciação constante no primeiro semestre devido à especulação e depois da confirmação do resultado positivo do referendo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit). Atingindo o seu culminar pouco depois dos resultados do referendo, no segundo semestre verificou-se uma correcção da moeda inglesa, dada a maior procura de libras para investimento no mercado accionista e imobiliário. O BOE reduziu a sua taxa directora para 0,25%, para acalmar investidores após o referendo Brexit, e manteve o programa de compra de activos em GBP 435 mil milhões de libras, com o compromisso de alargá-lo caso as repercussões do Brexit se intensifiquem.

4 - Depois o ritmo da compra de activos reduzir-se-á de 80 para 60 mil milhões de euros mensais.

Na Zona Euro, depois de ter reduzido, em Março, a taxa de juro de referência em 5 pontos base para os 0% e procedido ao reforço dos estímulos monetários, o BCE tem deixado em aberto a possibilidade de reforçar os estímulos à economia. De acordo com a instituição, até Março deste ano serão comprados cerca de EUR 1,76 mil milhões em activos, principalmente dívida pública, injectando, assim, mais EUR 540 mil milhões na economia da região 4.

Já o Iene seguiu uma tendência de apreciação ao longo do ano de 2016 (2,7%), nomeadamente no 1º semestre no qual o USD depreciou face à moeda japonesa em 14%, devido ao facto de ser visto como um activo de refúgio dado o ano turbulento nos mercados financeiros. Porém, esta tendência só se inverteu à medida que as probabilidades de subida da taxa de juros da Fed se aproximavam dos 100%, sendo que só no segundo semestre do ano o iene depreciou 13% face à moeda norte-americana.

Na área monetária, o BoJ fixou a sua taxa de remuneração das reservas excedentárias adicionais para -0,1% (anteriormente era de 0,1%) e alterou o seu programa de estímulos à economia, fixando a taxa de juro de financiamento do Governo a 10 anos em 0%, abdicando dessa forma do controlo da injecção futura de reservas.

Quanto às economias emergentes e em desenvolvimento, o desempenho do USD foi de certa forma misto. Por um lado, diversas moedas de mercados emergentes depreciaram substancialmente nos últimos meses, como a lira turca e o peso mexicano. Refira-se que a moeda mexicana funcionou como um barómetro para as probabilidades de o partido republicano ganhar as eleições dos EUA, chegando a renovar mínimos históricos após a divulgação dos resultados das eleições. Outras depreciações importantes a realçar dos mercados emergentes são as da moeda chinesa (7%) e da moeda

NO ANO EM ANÁLISE, O MERCADO CAMBIAL FICOU MARCADO PELA VALORIZAÇÃO GENERALIZADA DO DÓLAR NORTE-AMERICANO FACE À MAIORIA DAS MOEDAS,

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

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indiana (2,7%). Por outro lado, as moedas de vários países exportadores de commodities valorizaram-se face ao dólar. A destacar temos a depreciação acumulada do Dólar face ao Rublo e ao Real de 16% e 18%, respectivamente.

Relativamente à inflação, em particular a evolução da inflação homóloga dos principais parceiros comerciais de Angola no primeiro semestre do ano, verificou-se um ligeiro abrandamento do crescimento dos preços no Brasil, de 10,67% em 2015 para 6,29% neste ano; uma melhoria no cenário de baixa inflação na Zona Euro (de 0,2% em 2015 para 1,1% em 2016); e, por fim, a recuperação da inflação na China (2,1%) e na África do Sul (6,8%).

Commodities

O ano de 2016 foi um ano agitado no cenário político a nível global, o que impulsionou a procura de ouro, um activo que serve um refúgio seguro em tempos de incerteza. Adicionalmente, as condições monetárias caracterizadas pela baixa das taxas de juros impulsionaram ainda mais o apetite pelo ouro. Além do ouro, o preço de outros metais básicos também se fortaleceu, devido ao forte investimento em imobiliário e infra-estruturas na China, bem como às expectativas de flexibilização fiscal nos EUA.

A trajectória da cotação das commodities agrícolas seguiu o mesmo sentido, com o índice de preços dos alimentos (FAO) a atingir no final do ano 171,80 pontos, o que sugere uma variação anual de 11%. À excepção da queda do preço dos cereais (6,3%), todas as outras commodities contribuíram positivamente para esta evolução. Contudo, apesar da evolução ascendente ao longo do ano das commodities agrícolas, a comparação dos índices FAO em termos médios anuais dá-nos registos inferiores face a 2015.

Quanto ao mercado petrolífero, de acordo com o relatório de Janeiro de 2017 da OPEP, a média de produção diária de petróleo em 2016 atingiu os 96,9 milhões de barris/dia, para satisfazer uma procura na ordem de 96,5 milhões de barris/dia. Esta oferta excessiva contribuiu para a acumulação de stock equivalente a 1,8 milhões de barris/dia, o que poderia contribuir para pressionar o preço no sentido descendente. Contudo, e não obstante o excesso de oferta efectiva e potencial sobre a procura, assim como o elevado nível de stock existente, o preço desta commodity registou aumentos significativos ao longo do ano, desde o patamar mínimo atingido em Janeiro, reflectindo uma combinação de diversos factores.

USD/ONÇA DE OUROPREÇO DO OURO ÍNDICES DA FAO

FEV2015

ABR2015

JUN2015

AGO2015

OUT2015

DEZ2015

FEV2016

ABR2016

JUN2016

AGO2016

OUT2016

DEZ2016

1400

1300

1200

1100

1000

Fonte: Bloomberg

320

220

120

FEV

15

AB

R 1

5

JU

N15

AG

O 1

5

OU

T 15

DE

Z 15

FEV

16

AB

R 1

6

JU

N 1

6

AG

O 1

6

OU

T 16

DE

Z 16

Fonte: FAO

Óleos e gorduras Açúcar

Indice FAO Carnes

CereaisLacticínios

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047

A título de exemplo, criou-se um sentimento mais positivo no mercado na sequência da divulgação de dados que confirmam as expectativas de redução da produção nos EUA. Adicionalmente, a redução da produção em outras regiões, associada ao corte de investimentos das empresas do sector, interrupções não planeadas na produção no Iraque e Nigéria e o maior optimismo quanto à evolução da economia norte-americana, também contribuíram para o movimento ascendente, embora com oscilações, do preço do petróleo. Porém, foram as expectativas sobre um eventual acordo de corte da produção pelos membros da OPEP um dos factores que mais impulsionou os preços. Este acordo

chegou mesmo a ocorrer na reunião de Novembro da OPEP que estipulava uma redução de 1,2 milhões de barris/dia a partir do início de 2017. Adicionalmente, no início de Dezembro de 2017, a OPEP estendeu este acordo a alguns países produtores não-membros, com destaque para a Rússia e o México, assegurando, pela parte destes, uma redução adicional da produção, em quase 600 mil barris/dia, também a contar do início de 2017. Assim, no final de 2016, o preço do petróleo Brent, negociado em Londres, registou uma valorização na ordem de 52% face ao final de 2015, negociando a USD 52,41 por barril. Quanto ao preço do WTI, negociado em Nova Iorque, valorizou 45% face ao registado no final de 2015.

2014 2015 2016 2017 Anual Anual Anual Anual (P)

Países da OCDE 45,70 46,20 46,40 46,60

Países Fora da OCDE 45,70 46,80 49,80 51,20

Procura Global 91,40 93,00 96,50 97,80 Países da OPEP 30,80 31,80 32,60 …

Países Fora da OPEP 55,60 57,10 57,60 58,00

OPEP Gás Natural 6,00 6,10 6,70 6,70

Oferta Global 92,40 95,10 96,90 … Excesso de Oferta 1,00 2,10 0,40 …

MERCADO PETROLÍFERO (MÉDIA DE MILHÕES DE BARRIS POR DIA)

Fonte: Relatórios Mensais da OPEP

FEV2015

ABR2015

JUN2015

AGO2015

OUT2015

DEZ2015

FEV2016

ABR2016

JUN2016

AGO2016

OUT2016

DEZ2016

65

45

25

Brent

WTI

(USD POR BARRIL)

EVOLUÇÃO DO PREÇO DO CRUDE

Fonte: Bloomberg

03ENQUADRAMENTO

MACROECONÓMICO

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

048

Perspectivas de crescimento económico

Dados fornecidos pelo Executivo através do OGE referente ao ano de 2016 apontavam inicialmente para um crescimento da economia angolana de 3,3% do PIB, sendo que a contribuição dos sectores petrolífero e não petrolífero seria de 4,8% e 2,7%, respectivamente. Entretanto, devido a uma forte quebra das receitas com a exportação de petróleo e ao aprofundamento das fragilidades da conjuntura económica, foi elaborada em Setembro uma revisão ao OGE inicial.

De acordo com o OGE revisto para 2016, as projecções apontavam para um crescimento real da economia de 1,1% em termos agregados, com o PIB petrolífero a crescer 0,8% e o PIB não petrolífero 1,2%. Nestas projecções consideraram-se como pressupostos uma produção petrolífera de 1.793 mil barris/dia, a um preço médio de 40,9 USD/barril, e uma taxa de inflação no final de 2016 de 38,5%.

03.2CONTEXTO NACIONAL

TAXA DE CRESCIMENTO REAL DO PIB

2014 2015 OGE-16 OGE-16 Rev OGE-17

-2,6%

8,2%

4,8% 3,0%

6,3%

4,8%

3,3% 0,8%

2,3%1,8%

2,1%

1,5%2,7%

1,2%

1,1%

PIB PIB Petrolífero PIB Não Petrolífero

Fonte: Relatórios de fundamentação do OGE 2016; OGE 2016 - Revisto; OGE 2017

A revisão em baixa do crescimento económico para o ano de 2016 é explicada, fundamentalmente, pelo fraco desempenho do sector petrolífero, para o qual se prevê um abrandamento significativo de 5,5 p.p., com um crescimento de 0,8% em 2016. Esta dinâmica do sector petrolífero deve-se a problemas técnico-operacionais restritivos da produção em alguns blocos de produção, a atrasos no arranque de alguns projectos e à redução tendencial dos volumes de investimento realizados no sector.

Comparativamente ao ano de 2015, estima-se uma desaceleração em 0,3 p.p. para o sector não-petrolífero, passando de 1,5% para 1,2% apontados para 2016. Não obstante o facto de ser expectável que a economia angolana venha a apresentar um crescimento fraco, constata-se que a mesma continua ainda dependente do petróleo, colocando a actividade económica, no seu todo, exposta aos riscos da evolução desfavorável do preço do petróleo, prevendo-se, em 2016, um abrandamento do crescimento do PIB em termos globais de aproximadamente 1,9 p.p. relativamente a 2015.

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049

Refira-se que os sectores da Energia e Agricultura são identificados como os que mais contribuem para o crescimento do sector não petrolífero1, com previsões de crescimento de 40,2% e 7,3%, respectivamente. Por outro lado, os sectores dos Diamantes e os Serviços Mercantis são os que menos deverão contribuir para o crescimento do PIB não petrolífero, sendo 0,5% para o primeiro, esperando-se mesmo uma estagnação para o segundo.

Segundo o OGE para 2017, as projecções para o crescimento económico apresentam-se mais optimistas, ao apontar para uma aceleração do crescimento real da economia para 2,1%, com o sector petrolífero a crescer 1,8% e o sector não petrolífero 2,3%. Salienta-se a alteração dos pressupostos utilizados pelo Executivo para a elaboração do OGE 2017 face ao OGE 2016 Revisto, os quais passam por uma produção petrolífera de 1.821 milhões de barris/dia (superior em 2% face ao OGE 2016 Revisto), um preço médio do petróleo de 46 USD/barril (superior em 5,1 USD/barril) e uma taxa de inflação 15,8% (inferior em 22,7 p.p.).

Segundo estas projecções, a Energia e a Agricultura são os sectores que mais se destacam, com um crescimento de 40,2% e 7,3%, respectivamente, seguidos do sector da Indústria Transformadora com 4,0% de crescimento em

1 - Esta afirmação deve-se ao facto de estes sectores terem peso superior a 30% do PIB não petrolífero, sendo os sectores com maior peso nesta componente do PIB, após o sector de Serviços Mercantis.

termos reais. O crescimento projectado para o sector da Energia é justificado com os projectos estruturantes que permitirão o funcionamento das Centrais de Cambambe, de Laúca e da Central de Ciclo Combinado do Soyo. No sector Agrícola argumenta-se com o melhoramento da distribuição de inputs e a continuação de acções no âmbito da Campanha Agrícola 2015-2016 - tais como o aumento da preparação mecanizada de terras, incremento do uso da tracção animal e facilitação do crédito ao sector. Por fim, para a Indústria Transformadora aponta-se um crescimento de 4,0%, justificado essencialmente pelo potencial dinamismo do sector Agrícola, bem como pela a retoma da disponibilidade de divisas.

Inflação

O Índice de Preços no Consumidor (IPC) de Luanda registou, em 2016, uma variação de 41,95%, o que compara a uma inflação de 14,27% em 2015, assistindo-se a um acréscimo de 27,68 p.p.. Saliente-se que esta foi a taxa de inflação mais elevada desde 2003. Entre as principais causas que têm pressionado o nível de preços, temos a desvalorização abrupta da moeda no início do ano, os cortes de subsídios aos combustíveis, o aumento do preço das telecomunicações e as restrições na importação, tanto de bens finais como de bens intermédios.

03ENQUADRAMENTO

MACROECONÓMICO

TAXA DE INFLAÇÃO

JA

N 1

6

FE

V 1

6

MA

R 1

6

AB

R 1

6

MA

I 16

JU

N 1

6

JU

L 16

AG

O 1

6

SE

T 1

6

OU

T 1

6

NO

V 1

6

DE

Z 1

6

0,0%

1,0%

2,0%

3,0%

4,0%

5,0%

0%

6%

12%

18%

24%

30%

36%

42%

48%INFLAÇÃO ACUMULADA (esc. dir)

INFLAÇÃO MENSAL

INFLAÇÃO HOMÓLOGA (esc.dir)

ÍNDICE DE PREÇOS NO CONSUMIDOR (IPC) DE LUANDA

REGISTOU, EM 2016, UMA VARIAÇÃO DE

41,95%

Fonte: INE

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

050

Este aumento do IPC foi impulsionado tanto pelo aumento dos preços dos bens (45,03%) como dos serviços (33,87%). Na categoria de Bens, os bens industriais foram os que mais variaram (48,16%), seguidos dos bens alimentares (43,02%). Ao nível das classes que compõem o IPC, a classe da Saúde foi a que registou a variação mais elevada no período em análise (75,57%), seguida da classe de Bens e Serviços Diversos (64,87%), onde os artigos e produtos de cuidado pessoal, como os artigos de bijutaria, joalharia e relojoaria foram os que mais subiram, e a classe de Bebidas Alcoólicas e Tabaco (53,84%), com especial destaque para a parcela do tabaco.

CONTAS FISCAIS

OGE Revisto VS OGE Inicial

O OGE inicial para 2016 foi estabelecido tendo por base alguns pressupostos que deixaram de ser consistentes, tendo em conta a conjuntura envolvente à economia no ano. Assim, o OGE revisto para 2016 alterou o cenário económico e os pressupostos subjacentes ao mesmo. Entre os pressupostos mais relevantes estão o preço do petróleo, que passa de 45 USD/barril para 40,9 USD/barril, uma taxa de inflação que passa de 11% para 38,5% e uma taxa de crescimento real do PIB de 1,1% (mais modesta do que o valor tido como pressuposto no OGE inicial de 3,3%).

Comparativamente ao OGE inicial, do lado das receitas, a revisão do OGE previu uma redução, quando convertidas em MN, de 9,1% das receitas petrolíferas, situando-se nos 9,1% do PIB (11,9% no OGE inicial). Já a previsão para a arrecadação de impostos associados ao sector não petrolífero, não obstante a revisão em alta em termos nominais, correspondeu a 9,2% do PIB, menos 1,7%, p.p. face ao OGE inicial.

Do lado das despesas, previu-se uma diminuição do peso das despesas correntes em percentagem do PIB (de 24,5% do PIB no OGE inicial para 20,9% do PIB no revisto), compensada com o aumento do peso das despesas de capital (5,7% do PIB em ambas as versões do OGE, sendo que na versão revista, existe um aumento no valor nominal destas despesas de 17,8%).

Em termos da composição das despesas por função, destaca-se o enfoque do OGE nas despesas com o sector económico, com um incremento de 35,5%, ao passarem de AKZ 630.5 mil milhões do OGE inicial para AKZ 854.4 mil milhões do OGE revisto.

Assim, com receitas fiscais previstas de AKZ 3.486,6 mil milhões e despesas fiscais de AKZ 4.484,6 mil milhões, o OGE revisto apontou para um défice fiscal de AKZ 1.000 mil milhões, equivalente a 5,9% do PIB, superior em 0,4 p.p. face ao OGE inicial.

Execução e Mercado de Dívida - 2016

Quanto à execução, durante o ano de 2016, o Estado arrecadou receitas petrolíferas, no total de AKZ 1.308 mil milhões (equivalente a USD 7.963 milhões), o que corresponde a uma queda de 6,6% face ao ano anterior (queda de 32% se analisarmos em USD), das quais, AKZ 347 mil milhões (USD 2.117 milhões) são receitas de Impostos sobre Rendimento do Petróleo, AKZ 119 mil milhões (USD 723 milhões) corresponde a Impostos sobre a Produção de Petróleo, enquanto AKZ 842 mil milhões (USD 5.123 milhões) foi referente à receita da Concessionária.

Além da contracção do preço médio do petróleo em 22,1% (preço médio de 38,8 USD/barril) e da contracção de 2,1% das exportações petrolíferas (484 milhões de barris) também o agravamento do cost oil das companhias petrolíferas reduziu o lucro das mesmas, influenciando a potencial receita da Concessionária e as receitas dos impostos petrolíferos.

Assim, a execução dos impostos e das receitas petrolíferas abaixo do previsto no OGE inicial levou o Tesouro a recorrer à emissão de dívida interna titulada para colmatar necessidades de tesouraria, num total de AKZ 2.429 mil milhões, dos quais 67% em Bilhetes do Tesouro e 33% em Obrigações do Tesouro. Tendo em conta os resgates de Bilhetes do Tesouro de AKZ 1.176 mil milhões e de Obrigações do Tesouro de AKZ 431 mil milhões, o stock de dívida titulada situou-se perto dos AKZ 4.307 mil milhões em 2016, onde 22% são BT (AKZ 941 mil milhões) e 78% são OT (AKZ 3.366 mil milhões).

DURANTE O ANO DE 2016, O ESTADO ARRECADOU RECEITAS PETROLÍFERAS,NO TOTAL DE AKZ 1.308 MIL MILHÕES

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051

(USD MILHÕES) RECEITAS FISCAIS PETROLÍFERAS

FEV

15

AB

R 1

5

JU

N 1

5

AG

O 1

5

OU

T 15

DE

Z 1

5

FEV

16

AB

R 1

6

JU

N 1

6

AG

O 1

6

OU

T 16

DE

Z 1

6

65

55

45

35

25

1.500

1.250

1.000

750

500

250

0

Fonte: MINFIN

Impostos Operadoras

Receita da Concessionária

Preço Médio (USD/Bbl, esc. direita)

(EM % DO PIB) EVOLUÇÃO DO DÉFICE FISCAL

24,7

-30,2

20,6

-26,6

18,6

-23,9

2015 OGE-16 OGE-16 REV 2017

27,4

-31,3

Receita Despesa Défice Fiscal

Fonte:Relatório de Fundamentação OGE 2016 Revisto; 2017

-5,5 -5,9-2,8

-5,8

O OGE 2016 revisto projecta que a dívida pública seja de 62% do PIB, com a dívida interna a corresponder a cerca de 33% do PIB, enquanto a dívida externa corresponde a 29%. Para 2017, o OGE 2017 aponta para uma dívida pública de 53% do PIB, com a dívida interna e externa a corresponderem a 25% e 27% do PIB, respectivamente.

03ENQUADRAMENTO

MACROECONÓMICO

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

052

As taxas de juro dos BTs com maturidades inferiores a um ano mais que duplicaram face ao período homólogo, sendo que as taxas dos BTs a 91, 182 e 364 dias em Dezembro de 2016, situaram-se em 16,38%, 24,49% e 24,49%, respectivamente, o que representa aumentos entre os 2,48 p.p. e os 9,54 p.p. face a Dezembro de 2015.

Este aumento dos custos de financiamento do Estado ilustra a necessidade de financiamento, principalmente a curto prazo, por parte do Estado, a qual é comprovada com o aumento de 142% das emissões de BT face a 2015, correspondendo a mais de 380% das estimativas constantes do plano anual de endividamento (PAE) de 2016. Também a longo prazo, esta necessidade foi evidente, com a emissão de OT a aumentar em 87% face a 2015, o que implicou uma execução de 153% do PAE 2016.

(EM % DO PIB) STOCK DÍVIDA DO GOVERNO

2015 2016

Oferta BT 1.006,51 1.918,69

Emissão BT 615,20 1.546,05

Resgate BT 571,65 1.194,59

Colocação Líquida 43,55 351,46

Oferta OT 495,19 1.100,95

Emissão OT 330,22 732,29

Resgate + Juros OT 245,28 570,98

Colocação Líquida 84,94 161,31

MERCADO PRIMÁRIO (AKZ MIL MILHÕES)

Fonte: Sigma/ BNA

TAXAS DE JUROS DOS BT

FEV

15

AB

R 1

5

JU

N 1

5

AG

O 1

5

OU

T 15

DE

Z 1

5

FEV

16

AB

R 1

6

JU

N 1

6

AG

O 1

6

OU

T 16

DE

Z 1

6

0%

10%

5%

15%

20%

25%

BT 91 dias

BT 182 dias

BT 364 dias

Fonte: BNA

Dívida Externa Dívida Interna

Fonte: Relatório de Fundamentação OGE 2016;2016-REV; 2017

2015 OGE-16 OGE-16REV OGE-2017

23 31 29 27

17

1933

2541

50

62

53

Stock da Dívida do Governo

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053

OGE 2017

Relativamente às perspectivas do Governo expostas no Orçamento Geral do Estado para o ano 2017, prevê-se alterações nos pressupostos mais relevantes, como o preço do petróleo, que passou para 46,0 USD/barril, contra os 40,9 USD/barril constante do OGE 2016 revisto, uma taxa de inflação que passou de 38,5% para 15,8%, e uma taxa de câmbio que, apesar de não ser divulgada, deduz--se que seja estável face à assumida no OGE 2016 revisto.

No que toca às receitas, o OGE 2017 prevê um aumento em 10,4% das receitas petrolíferas, situando-se nos 8,6% do PIB. Já a previsão para a arrecadação de impostos associados ao sector não petrolífero, não obstante a revisão em alta em termos nominais, correspondeu a 8,7% do PIB, menos 0,5 p.p. face ao OGE 2016 revisto.

Do lado das despesas, estima-se uma diminuição do peso das despesas totais em 2,3 p.p., justificada pela redução do peso das despesas correntes em percentagem do PIB (de 20,9% do PIB no OGE 2016 revisto para 19,3% do PIB 2017) e da diminuição do peso das despesas de capital (que passou de 5,7% para 5%). Em termos de composição das despesas por função, as referentes ao sector económico, representam 17%, em percentagem do PIB, indicando uma redução em 1 p.p., tendo passado de AKZ 854 mil milhões do OGE 2016 revisto para AKZ 825 mil milhões no OGE 2017.

Avaliação da Dívida do Estado

Tendo em conta a evolução esperada para a dívida pública e os vários factores que condicionam a evolução da economia angolana, as agências de rating internacionais decidiram, todas elas, rever as suas atribuições de rating e/ou de Outlook ao longo do ano:

• Após ter revisto em baixa o rating de Angola em dois níveis, de “Ba2” para “B1”, na primeira metade de 2016, a agência de notação financeira Moody’s voltou a atribuir, em Janeiro do ano corrente, uma perspectiva negativa à nota de rating do país, adiantando que Angola enfrentará dificuldades de liquidez induzidas pelas matérias-primas em 2017, com défices orçamentais recorrentes em condições financeiras desafiantes. A agência recorre a indicadores como a responsabilização política, os indicadores de estabilidade política e o PIB per capita em paridade do poder de compra para justificar a sua perspectiva;

• A Fitch manteve o rating da dívida de Angola em “B+”, embora tenha alterado o Outlook de estável para negativo, devido à combinação de uma forte dependência do país face às receitas petrolíferas e da deterioração dos preços da commodity nos mercados financeiros internacionais;

• A Standard & Poor’s decidiu baixar em um nível o rating de longo-prazo da dívida angolana para “B” devido à revisão em baixa dos preços do Brent; por outro

DISTRIBUIÇÃO FUNCIONAL DA DESPESA

Fonte: Relatório de Fundamentação OGE 2017

SECTOR SOCIAL

SECTOR ECONÓMICO

DEFESA, SEGURANÇA E ORDEM PÚBLICA

SERVIÇOS PÚBLICOS GERAIS

41% 39% 18% 17% 20% 20% 22% 25%

OGE 2016 Rev.

OGE 2017

03ENQUADRAMENTO

MACROECONÓMICO

A PREVISÃO PARA A ARRECADAÇÃO DE IMPOSTOS ASSOCIADOS AO SECTOR NÃO PETROLÍFERO, NÃO OBSTANTE A REVISÃO EM ALTA EM TERMOS NOMINAIS, CORRESPONDEU A 8,7% DO PIB

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

054

lado, a agência manteve o Outlook estável, devido à perspectiva da agência de que as necessidades de financiamento externo de Angola possam diminuir, em linha com a expectativa de redução gradual do défice da balança corrente.

Contas Externas e Mercado Cambial

Em 2016, o saldo acumulado da Conta de Bens foi superavitário e apresentou uma melhoria de 6% face ao período homólogo, justificada pelo facto de a redução acumulada das importações (41%) ter ocorrido em maior magnitude face à redução das exportações (cerca de 18%).

A queda das exportações é explicada sobretudo pela combinação da queda em cerca de 22% do preço médio das ramas angolanas e de 2,1% da quantidade exportada em 2016 face ao período homólogo. A queda das importações, por sua vez, é justificada com a gestão rigorosa das reservas internacionais levada a cabo pelo BNA, que implicou uma menor disponibilidade de cambiais para a execução das operações com o estrangeiro.

Deste modo, o valor das reservas internacionais brutas no ano situou-se nos USD 24.438 milhões (um aumento em cerca de 0,08%), o que poderá corresponder a um rácio de cobertura equivalente a 8,19 meses de importações futuras de bens e serviços. No entanto, devido ao aumento das obrigações de curto prazo, que passaram de USD 154 milhões em 2015 para USD 3.039 milhões em 2016, as reservas internacionais líquidas (RIL) reduziram cerca de 12% para USD 21.399 milhões.

Em 2016, os bancos comerciais compraram divisas no mercado primário e aos seus clientes no valor de USD 13.276 milhões, o que corresponde a uma diminuição em cerca de 32% face ao montante comprado no mesmo período do ano anterior (USD 19.569 milhões). Destes, USD 10.962 milhões foram adquiridos ao BNA, sendo 82% sob a forma de vendas directas (-7% do que em 2015) e o restante adquirido através do sistema de leilões. Adicionalmente, os bancos ainda adquiriram USD 2.312,03 milhões aos clientes (menos 13,38% face a 2015) e USD 12,09 milhões no mercado interbancário (mais 62,65% face a 2015).

DE

Z 1

5

JA

N 1

6

FEV

16

MA

R 1

6

AB

R 1

6

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I 16

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N 1

6

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DE

Z 1

6

NO

V 1

6

(USD MILHÕES) CONTA DE BENS

0

900

450

1.350

1.800

2.250

2.700

Exportações Importações Conta de Bens

Fonte: BNA

RIB (esc. dir) Cobertura das Importações (meses, esc. dir)

Fonte: BNA

15.000

20.000

17.500

22.500

25.000

27.500

30.000

6,0

7,0

6,5

7,5

8,0

8,5

9,0

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(USD MILHÕES) RESERVAS INTERNACIONAIS

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055

03ENQUADRAMENTO

MACROECONÓMICO

0

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1.500

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60%

80%

20%

40%

100%

Clientes BNA Total Venda Directa/BNA (esc. dir)

Fonte: BNA

(USD MILHÕES) VENDA DE DIVISAS

(USD/AKZ) TAXAS DE CÂMBIO

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6

Fonte: BNA

Mercado Informal (Notas) Mercado Primário (Taxa Referência)

80

280

480

No mercado cambial primário, o Kwanza desvalorizou face ao Dólar em torno de 22,60%, ao passar de 135,32 USD/AKZ, no final de 2015, para 165,90 USD/AKZ em Dezembro de 2016. De referir que grande parte desta desvalorização ocorreu logo no início do ano, com uma correcção de 15% na taxa de câmbio USD/AKZ, à qual se seguiu uma desvalorização mais gradual até Abril, retomando a estabilidade da taxa de câmbio primária desde então. Já no mercado informal, a taxa de câmbio, média de compra e venda, que em 2015 cotava 265 AKZ/USD, passou para 480 AKZ/USD em Dezembro de 2016, uma depreciação superior a 80%. No seu pico anual, a taxa média do mercado informal chegou a atingir perto dos 600 AKZ/USD.

PANORAMA MONETÁRIO E FINANCEIRO

Política Monetária e Liquidez

Em 2016, a política monetária centrou-se na gestão da liquidez excedentária do sector bancário, tentando proporcionar condições monetárias mais restritivas por forma a diminuir as pressões inflacionistas crescentes na economia. Desta forma, o BNA efectuou diversas alterações na taxa de juro de referência (Taxa BNA) e na taxa de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez overnight no sentido restritivo, tendo decidido aumentar a primeira em 5,5 p.p. ao longo do ano para os 16%, e a segunda em 7 p.p., ou seja, de 13% em Dezembro de 2015 para 20% em Junho. A facilidade permanente de absorção de liquidez passou a operacionalizar a uma maturidade mais longa, de overnight para 7 dias, a uma taxa de 1,75%, a partir de Janeiro deste ano, tendo depois, em Julho, aumentado 5,5 p.p. para 7,25%. Adicionalmente, através do instrutivo nº4/2016 de 13 de Maio, o coeficiente de reservas obrigatórias (RO) em MN foi aumentado em 5 p.p., de 25% para 30%, enquanto o coeficiente de RO em ME manteve-se nos 15% 5.

5 - O referido instrutivo estabelece um tratamento discriminatório para alguns sectores de actividade económica, no sentido de alinhar a política monetária com as medidas de política económica que visam a diversificação da economia. Dessa forma, os bancos comerciais passam a deduzir da exigibilidade o valor correspondente a 80% da carteira de crédito concedido aos sectores da agricultura, pecuária, silvicultura, pescas, indústria, energia, águas e prestação de serviços de restauração e hotelaria, transportação e informática, e outros a considerar pontualmente, bem como todos os créditos concedidos no âmbito do Programa Angola Investe e das Linhas de Crédito do BDA, desde que sejam de maturidade maior ou igual a 24 meses.

EM 2016, OS BANCOS COMERCIAIS COMPRARAM DIVISAS NO MERCADO PRIMÁRIO E AOS SEUS CLIENTES NO VALOR DE USD 13.276 MILHÕES

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

056

TAXAS DE JUROS DIRECTORAS

Fonte: BNA

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15%

20%

25%D

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6

FAO FAL7 Taxa BNA FCO REDESCONTO

0

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N 1

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OU

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6

NO

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6

500

1.000

1.500

2.000

Fonte: BNA

NMC Res. Obr. MN Res. Liv. MN Outros OIFM

(AKZ MIL MILHÕES)BASE MONETÁRIA (EXCL. ME)

Não obstante o aumento do coeficiente em reservas obrigatórias em MN, as reservas bancárias diminuíram 11% nos últimos 12 meses, justificado pelo recuo dos depósitos livres dos bancos no BNA (25,93%) e dos depósitos obrigatórios (7%). Já nas componentes em ME realça-se um ligeiro aumento, em termos homólogos, tanto dos depósitos obrigatórios como dos depósitos livres em cerca de 16% e 17%, respectivamente. Por fim, as operações de absorção de liquidez, passaram de AKZ 18 mil milhões no final de 2016, para AKZ 230 mil milhões, aumento este que não foi suficiente para que se verificasse uma redução de 7,2% da base monetária ampla para AKZ 1.554 mil milhões no final do período analisado.

Por seu lado, perante as condições monetárias mais restritivas, registou-se uma redução dos montantes transacionados no Mercado Monetário Interbancário (MMI) de 79% face a 2015, atingindo AKZ 1.286 mil milhões. Adicionalmente, neste período, o volume cedido pela FCO atingiu perto de AKZ 240 mil milhões, inferior em 47% face ao montante cedido no ano transacto. Perante este menor volume de liquidez transacionada e dadas as perspectivas de continuidade do aperto da política monetária,

REGISTOU-SE UMA REDUÇÃO DOS MONTANTES TRANSACIONADOS NO MERCADO MONETÁRIO INTERBANCÁRIO (MMI) EM 79% FACE A 2015

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057

as taxas de juro do MMI (LUIBOR) aumentaram para todas as maturidades ao longo desse período. A LUIBOR overnight subiu 12,35 p.p. para 23,66% no final de 2016. Já a Luibor a 1 mês aumentou, de Janeiro a Dezembro, 7,23 p.p. fixando-se em 18,90% e as taxas de juro nas maturidades de 3, 6, 9 e 12 meses registaram aumentos entre 6,00 p.p. e 8,00 p.p, fixando-se nos 19,67%, 19,91%, 21,01% e 21,50%, respectivamente.Importa referir um período particular no ano, correspondente à introdução da contribuição especial sobre as operações

bancárias, em que a incerteza inicial do pagamento desta contribuição no MMI teve alguma influência no aumento da recorrência à FCO em vez das transacções no MMI. Refira-se que a recorrência à FCO de Outubro do ano passado a Maio deste ano tinha sido nula.

Síntese Monetária

Os activos externos líquidos, quando denominados em AKZ, evidenciaram um crescimento de 11,1% em

Fonte: BNA

Luibor ON (ELD)MMI F.C. 7 dias F.C.O

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(AKZ MIL MILHÕES)TRANSACÇÕES NO MMI E FCO

Fonte: BNA

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Overnight 3 Meses 1 Mês 12 Meses

%EVOLUÇÃO DAS LUIBOR

03ENQUADRAMENTO

MACROECONÓMICO

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

058

termos homólogos. Importa referir que o crescimento homólogo desta rúbrica não reflecte a depreciação cambial ocorrida no início do ano. Já os activos internos líquidos expandiram 140%, em termos homólogos, como resultado da expansão significativa do crédito ao Governo Central em 40%, para fazer face às suas necessidades de tesouraria, e do crédito à economia em 14,6%. De realçar que a posição devedora do Governo Central aumentou 165% devido ao aumento do crédito ao Governo em 40% ter sido superior ao aumento dos depósitos que o mesmo tem constituídos no sistema bancário (+20,3%). Quanto ao crédito à economia, não obstante o aumento em termos nominais (14,6%), quando analisado por componente em ME e componente em MN, estas variações ficam mais modestas. Quando analisada em

USD, apresenta uma contracção de 7% ao longo do ano. Já a componente do crédito à economia em MN teve um avanço ligeiro de 14,8% neste período. Por um lado, este crescimento fica muito aquém da taxa de inflação registada em termos homólogos. Por outro lado, considerando que uma parte relevante do crédito concedido à economia em MN terá como destino operações cambiais, a desvalorização da taxa de câmbio faz com que o crescimento do crédito em termos reais seja ainda menor.O crédito ao sector privado, o qual tem um peso superior a 90% no crédito à economia, situava-se no final de 2016 em AKZ 3.857 mil milhões, o que corresponde a um crescimento de 15%. Tal como no crédito à economia, ao excluir o efeito da reavaliação cambial, estas variações tornam-se mais modestas. Refira-se que, ao excluir o

dez-15 dez-16 T.v. (%)

Activos Externos Líquidos 3.570,4 3.967,8 11,1

BNA 3.361,0 3.637,0 8,2

Reservas Internacionais Líquidas 3.283,5 3.550,2 8,1

Bancos Comerciais 209,4 330,8 58,0

Activo interno líquido 3.998,0 5.143,4 28,6

Crédito Interno líquido 3.821,2 4.908,5 28,5

Crédito ao Governo Central (líquido) 351,8 932,2 165,0

Crédito ao Governo Central 2.582,2 3.614,4 40,0

Depósitos do Governo Central 2.230,4 2.682,2 20,3

Crédito à Economia 3.469,4 3.976,3 14,6

Crédito a outras instituições financeiras não monetárias 33,0 33,9 2,7

Crédito ao Sector Público 82,0 85,0 3,7

Crédito ao Sector Privado 3.354,4 3.857,3 15,0

Outros activos líquidos 176,8 234,9 32,9

M3 5.711,9 6.450,5 12,9

M2 5.703,7 6.446,7 13,0

M2 MN 3.902,7 54.461,6 14,3

M1 3.419,8 3.807,8 11,3

Notas e Moedas em poder do público 380,7 385,3 1,2

Depósitos à ordem – MN 2.263,8 2.555,0 12,9

Depósitos à ordem – ME 775,4 867,5 11,9

Quase-Moeda 2.283,9 2.638,9 15,5

Depósitos a Prazo- MN 1.258,3 1.521,4 20,9

Depósitos a Prazo- ME 1.025,7 1.117,5 9,0

Outros Instrumentos Equiparados a Depósitos 8,2 3,8 -53,4

SÍNTESE MONETÁRIA (UNIDADE: AKZ MIL MILHÕES)

Fonte: Sigma/ BNA

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059

efeito da depreciação da moeda nacional 7, na qual se pode constatar uma diminuição da componente em ME da rúbrica referida, o crédito total ao sector privado aumentou 10,5% no ano.

Como contrapartida do crescimento dos activos da síntese monetária, verificou-se uma expansão da massa monetária, com o agregado monetário mais amplo (M3) a crescer 13% em termos homólogos. O M2 aumentou na mesma proporção do M3 dado o peso residual dos Outros Instrumentos Financeiros equiparados a depósitos 9. Realça-se, em particular, o aumento a rondar os 13% dos depósitos à ordem e de 16% dos depósitos a prazo.

Refira-se que os depósitos denominados em moeda nacional registaram um crescimento anual de 16%, ao passarem de AKZ 3.039 mil milhões em Dezembro de 2015 para AKZ 3.423 mil milhões no final do período em análise, em que os depósitos à ordem e a prazo cresceram 13% e 21%, respectivamente. Por seu lado,

7 - A exclusão do efeito cambial é efectuada através do ajustamento das componentes em moeda estrangeira a uma taxa de câmbio fixa, nomeadamente, fixando à taxa de Dezembro de 2011. A escolha da taxa de câmbio deste período é arbitrária pois o propósito é poder-se somar as rúbricas em MN e ME e efectuar-se uma variação em que o factor taxa de câmbio não tem influência nessa variação.9 - Títulos excepto acções e acordos de recompra.

o crescimento dos depósitos em moeda estrangeira foi de 10%, com os depósitos à ordem a crescerem 12% enquanto os depósitos a prazo aumentaram a um ritmo mais moderado (9%).

Os depósitos denominados em moeda estrangeira, quando convertidos em USD, situaram-se em USD 12 mil milhões no final de 2016, o que compara aos USD 13 mil milhões registados no período homólogo (-10%), sendo que a contracção dos depósitos à ordem foi de 9%, enquanto os depósitos a prazo recuaram cerca de 11%.

Estabilidade do Sector Bancário

Tal como já se verificou em 2015, o sistema bancário foi fortemente condicionado pelo cenário de escassez de divisas no mercado cambial, com consequências sobre a liquidez em moeda estrangeira. Em termos de regulamentação, a implementação do processo de adopção plena das IAS/IFRS continuou a ser promovido

DE

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Crédito ao SP

Crédito ao SP (MN)

Crédito ao SP ME (USD)

Crédito ao SP (Real)

Fonte: Sigma/ BNA

(VARIAÇÃO HOMÓLOGA)

CRÉDITO AO SECTOR PRIVADO

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-35%

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DO MN DP MN DP ME (USD) DO ME (USD)

Fonte: BNA

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(VARIAÇÃO HOMÓLOGA)

EVOLUÇÃO DOS DEPÓSITOS

03ENQUADRAMENTO

MACROECONÓMICO

OS DEPÓSITOS DENOMINADOS EM MOEDA NACIONAL PASSARAM DE AKZ 3.039 MIL MILHÕES EM DEZEMBRO DE 2015 PARA AKZ 3.423 MIL MILHÕES NO FINAL DO PERÍODO EM ANÁLISE

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

060

pelo banco central, tendo igualmente merecido destaque o tema da prevenção contra o branqueamento de capitais e combate ao financiamento do terrorismo 6. Entretanto, em termos de solidez do sistema bancário, o risco associado à carteira de crédito do sistema evoluiu de forma desfavorável, com o crédito vencido a representar, em Outubro 8 de 2016, 15,1% do crédito total, cerca de 2,1 p.p. acima do rácio verificado no período homólogo. Quanto à análise ao rácio do crédito vencido líquido de provisões, este situava-se nos 20,3%, inferior aos registos de 23,7% em Outubro de 2015.

O rácio de exposição cambial sobre fundos próprios manteve-se numa posição longa, tendo aumentado de 38,6% em Outubro de 2015 para 53,8% em Outubro de 2016. Assim, este rácio de sensibilidade face ao mercado cambial tem-se distanciado dos limites de 20% de exposição cambial, com posição longa, de acordo com o estipulado no Aviso nº 2/2015, de 29 de Janeiro. Ao mesmo tempo, a proporção do crédito e do passivo em moeda estrangeira sobre a totalidade tem seguido uma tendência crescente. Porém, a análise da evolução do crédito em moeda estrangeira revela que este tem diminuído consideravelmente quando analisado em USD. Desta forma, a variação da exposição cambial deve-se em grande parte à isenção, do seu cálculo, dos títulos indexados à moeda estrangeira e à depreciação da moeda nacional.

A média da rentabilidade dos capitais próprios (ROE), medida pelo rácio entre os resultados líquidos e os fundos próprios, aumentou em 0,7 p.p. face ao período homólogo. Por sua vez, a rentabilidade do activo, medida pelo rácio entre os resultados líquidos e o activo total médio, atingiu 1,6% em Outubro de 2016 (+0,1 p.p. face ao período homólogo), explicado por um aumento dos resultados líquidos superior ao crescimento dos activos no período.

6 - Através da orientação de um conjunto de medidas para o reforço do controlo das operações, melhoria da informação estatística e reporte, requisitos de Due Dilligence e Know Your Client, entre outros. 8 - No momento da elaboração deste relatório, os dados disponíveis reportavam até Outubro.

Out 2015 Dez 2015 Out 2016

Crédito Vencido/Crédito Total 13 11,6 15,1

(crédito vencido - provisões p/crédito vencido)/FPR 23,7 19,6 20,3

Fonte: DSI/BNA

QUALIDADE DA CARTEIRA DE ACTIVOS (%)

Out 2015 Dez 2015 Out 2016

Exposição cambial aberta líquida /Fundos Próprios 38,6 34,4 53,8

Crédito ME/Crédito Total 35,2 30,8 32,4

Passivo ME/Passivo Total 35,1 33,5 33,4

Fonte: DSI/BNA

SENSIBILIDADE E MUTAÇÕES DO MERCADO CAMBIAL (%)

A ANÁLISE AO RÁCIO DO CRÉDITO VENCIDO LÍQUIDO DE PROVISÕES, SITUA-SE NOS 20,3%, INFERIOR AOS REGISTOS DE 23,7% EM OUTUBRO DE 2015

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061

Este aumento de rentabilidade ocorreu não obstante o aumento do rácio cost-to-income no sistema. Os custos administrativos e de comercialização que valiam perto de 45,3% do produto bancário, no final do ano passado, passaram a corresponder a cerca de 47,3% em Outubro de 2016. Outro indicador que se pretende destacar relaciona-se com as taxas de remuneração dos depósitos de poupança praticadas pelos bancos, que aumentaram em 1 p.p. face ao período homólogo, tendo-se situado em Outubro de 2016 nos 4,9%. Adicionalmente, verificou-se a redução do peso da margem financeira sobre a margem bruta de intermediação em 8,5 p.p., em termos homólogos, e 8,3 desde o final de 2015.

Quanto aos rácios de liquidez do sistema, a proporção dos activos líquidos em relação ao total dos activos aumentou, em termos homólogos, em 1,6 p.p. para 41,13% (diminuição de 1,4 p.p. desde o início do ano). Também, neste período, a cobertura dos passivos de curto prazo pelos activos líquidos aumentou em 1,2 p.p. para 52,09% (diminuição de 1,5 p.p. face a Dezembro de 2015). Adicionalmente, o rácio de transformação, dado pela relação entre crédito e depósitos, situou-se nos 58,19%, o que representa uma redução em 0,81 p.p. face ao final do ano anterior e em relação ao período homólogo.

Por fim, o rácio de solvabilidade regulamentar do sistema sugere que este tem níveis de capitalização confortáveis face ao limite mínimo regulamentar (10%). O rácio de solvabilidade regulamentar em Outubro de 2016 situou-se nos 18,3%, inferior em 1,4 p.p. face ao rácio do final do ano de 2015 e inferior em 0,2 p.p. face ao período homólogo. Já considerando a participação dos fundos próprios de base (de melhor qualidade) nos activos ponderados pelo risco (APR), esta situou-se nos 13,09%, encontrando-se num nível inferior ao registado no período homólogo (13,5%) e no final do ano anterior (13,8%).

03ENQUADRAMENTO

MACROECONÓMICO

Out 2015 Dez 2015 Out 2016

ROA 1,5 1,7 1,6

ROE 11,6 12,9 12,3

Cost-to-income 45,3 47,4 47,3

Taxas activas -Taxa de Depósitos à ordem (Spread) 10,2 9,9 21,1

Taxa de Depósitos de Poupanças 3,9 3,5 4,9

Margem Financeira / Margem Bruta de Intermediação 52,8 53,0 61,3

Fonte: DSI/BNA

LUCRO E RENTABILIDADE (%)

Out 2015 Dez 2015 Out 2016

Activos Líquidos / Activos Totais 39,5 39,7 41,1

Activos Líquidos / Passivos de Curto Prazo 50,9 50,6 52,09

Crédito Total/ Depósitos Totais 59,0 59,0 58,19

Fonte: DSI/BNA

NÍVEIS DE LIQUIDEZ (%)

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

062

Mercado de Dívida

Em 2016, a Bolsa de Dívida e Valores Mobiliários de Angola registou mais de 1.820 negociações, totalizando um volume de transacções de AKZ 299,6 mil milhões, sendo todas elas de títulos em MN. Apesar de, em 2015, as actividades da BODIVA terem iniciado apenas no mês de Maio, a BODIVA registou, até ao final do ano de 2016, cerca de 942 negociações, tendo sido transaccionadas cerca de 661 mil Obrigações do Tesouro, totalizando um volume de transacções de AKZ 88,5 mil milhões, 3% dos quais em transacções de títulos em moeda estrangeira.

Out 2015 Dez 2015 Out 2016

Solvabilidade = FPR/(APR+ECRC/0,10) 18,5 19,8 18,33

Fundos Próprios de Base (Nível 1)/APR 13,5 13,8 13,09

Fonte: DSI/BNA

ADEQUAÇÃO DE CAPITAL (%)

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60.000 1.000.000

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T 1

6

OU

T 1

6

DE

Z 1

6

NO

V 1

6

DE

Z 1

5

MA

I 15

JU

N 1

5

JU

L 15

AG

O 1

5

SE

T 1

5

OU

T 1

5

NO

V 1

5

Fonte: BODIVA- Relatórios de Negociação

Quantidade Negociada (Esc. dir)Montante negociado

(AKZ MIL MILHÕES)MERCADO DE REGISTO DE TÍTULO DO TESOURO MN

A criação de alternativas de investimentos através de produtos diferenciados, conforme previsto no Plano Anual de Endividamento para o ano de 2017, poderá incentivar a admissão de mais instituições como membros da BODIVA, dinamizando nos próximos meses o mercado secundário de títulos públicos, conferindo-lhes maior liquidez. Por outro lado, o esforço que tem sido implementado pela Comissão de Mercado de Capitais para o lançamento do Mercado de Dívida Corporativa vai permitir alternativas de financiamento para as empresas.

A BODIVA REGISTOU, ATÉ AO FINAL DO ANO DE 2016, CERCA DE 942 NEGOCIAÇÕES, TENDO SIDO TRANSACCIONADAS CERCA DE 661 MIL OBRIGAÇÕES DO TESOURO

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063

Diploma Descrição

Regulamento nº02/ 16, da CMC, de 05 de Maio

Estabelece o limite mínimo de capital social das instituições financeiras não bancárias ligadas ao mercado de capitais

Instrutivo n.º 01/2016, do BNA, de 22 de Janeiro

Regulamentação dos Subsistemas de Compensação e Liquidação

Directiva n° 13/DMA/BNA/15 Operações de Facilidades Permanentes de Absorção de Liquidez (FAL) - Prazo Superior à Overnight

Decreto Legislativo Presidencial nº 1/16, de 24 de Fevereiro de 2016

Define a aplicação de uma Contribuição Especial sobre as Operações Bancárias a uma taxa de 0,1%, afectando os débitos em contas de depósito à ordem

Decreto Executivo 111/16 - Ministério das Finanças, de 01 de Março

Atribui à AGT competência para a elaboração da lista de contribuintes em situação de incumprimento

Aviso nº 01/2016, do BNA, de 15 de Abril

Limites de saída e entrada de moeda

Instrutivo n.º 02/2016, do BNA, de 11 de Abril

Reservas Obrigatórias

Instrutivo n.º 03/2016, do BNA, de 25 de Abril

Câmara de Compensação Automatizada de Angola - Garantia para Liquidação de Saldos

Instrutivo n.º 04/2016, do BNA, de 13 de Maio

Reservas Obrigatórias

Regulamento nº 3/16 da CMC, de 02 de Junho

Estabelece as regras aplicáveis ao prospecto de oferta pública de valores mobiliários

Regulamento nº 4/16 da CMC, de 02 de Junho

Aprova o regulamento que estabelece as condições para prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo

Aviso nº6/2016, do BNA, de 22 de Junho

Estabelece os princípios gerais a serem observados, a partir do exercício de 2016, inclusive, pelas instituições financeiras bancárias, no âmbito da adopção plena das IAS/IFRS

Aviso nº 9/2016, do BNA, de 22 de Junho

Estabelece limites aos grandes riscos e à detenção de participaçõesem empresas não financeiras

Aviso n.º 7/16, do BNA, de 22 de Junho

Estabelece os requisitos e princípios pelos quais se devem reger os sistemas internos de governação do risco das Instituições Financeiras

Aviso n.º 4/16, do BNA, de 22 de Junho

Estabelece o requisito de Fundos Próprios Regulamentares que as Instituições Financeiras devem considerar no âmbito do risco de mercado e de crédito de contraparte na carteira de negociação sobre Fundos Próprios Regulamentares - Revoga o Instrutivo n.º 06/2007, de 12 de Setembro, do Banco Nacional de Angola, após 18 meses da data de publicação do presente Aviso

Aviso n.º 8/16, do BNA, de 22 de Junho

Estabelece os Requisitos de análise a observar pelas Instituições Financeiras sob supervisão do Banco Nacional de Angola, no âmbito do risco de taxa de juro na carteira bancária

Regulamento nº08/16, da CMC, de 06 de Julho

Estabelece as regras sobre registo, organização, deveres e serviços reservados às sociedades de notação de risco

Decreto Presidencial 162/16, de 29 de Agosto

Aprova o Acordo entre Angola e os EUA sobre o FATCA

Aviso nº10 /16, do BNA, de 05 de Setembro

Estabelece os termos e condições gerais da abertura, movimentação e encerramento de contas de depósito bancário

Aviso nº11 /16, do BNA, de 05 de Setembro

Define os procedimentos e requisitos de confirmação acerca da abertura e encerramento de agências e dependências

Aviso nº12/16, do BNA, de 05 de Setembro

Estabelece as regras e procedimentos a serem observados na comercialização de produtos e serviços financeiros

Aviso nº13/16, do BNA, de 05 de Setembro

Estabelece os deveres de informação a observar no âmbito da actividade de recepção de depósitos por parte das instituições financeiras bancárias e não bancárias

Aviso nº14/16 do BNA, de 07 de Setembro

Estabelece os deveres de informação a observar no âmbito da actividade de concessão de crédito por parte das instituições financeiras

Despacho 427/16 do MINFIN,

de 06 de Outubro

Subdelega na AGT competência para exercício de funções de autoridade competente,

para efeitos do acordo intergovernamental celebrado entre o governo da república de Angola

e dos EUA para implementação do FATCA

LEGISLAÇÃO RELEVANTE NO ANO

03ENQUADRAMENTO

MACROECONÓMICO

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DINAMISMO É APOSTAR COM ENTUSIASMO NAS FORÇAS VIVAS DA ECONOMIA

04ENQUADRAMENTO DA ACTIVIDADE POR SEGMENTOS

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

066

O BAI é um banco de carácter universal servindo todos os segmentos de clientes. A inovação de produtos e serviços, a orientação para a qualidade de serviço e a força da marca, em particular o seu reconhecimento em termos de atributos fundamentais como a solidez, confiança e a dimensão, fazem do BAI uma referência no mercado nacional e internacional.

O BAI tem uma abordagem segmentada ao mercado de modo a oferecer uma gama abrangente de produtos e serviços que vão de encontro às necessidades dos clientes. Os serviços de front-office e de atendimento directo ao cliente são disponibilizados através da rede de balcões especializados.

BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

EmpresasA. Banca de Empresas e Instituições – Grandes empresas e instituições;B. Pequenas e médias empresas C. Banca de Retalho – Micro Empresas;

ParticularesD. Centros de Serviços Premium – Profissionais liberais, empresários e Top Private;E. Banca de Retalho – Particulares – Affluents e Mass market.

O segmento de Empresas e Instituições constitui o segmento de maior valor para o Banco, sendo responsável por 77% dos depósitos captados e 85% dos créditos concedidos. Em 2016, o Banco reforçou o serviço às empresas com a criação da Direcção de Pequenas e Médias Empresas (DPME), uma unidade especializada no apoio e acompanhamento de empresas com níveis de facturação anual superior ao equivalente a USD 1 milhão e inferior a USD 30 milhões, servidas quer por Centros de Atendimento de Empresas como por agências estrategicamente localizados. Em 2016,

(AKZ MILHÕES) COMPOSIÇÃO DOS DEPÓSITOS

2014

714.603

950.917

2015 PROFORMA

688.538

939.007

2016

878.000

1.137.304

Empresas e Instituições Depósitos totais

04.1

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067

04ENQUADRAMENTO DA ACTIVIDADE

POR SEGMENTOS

o número de clientes neste segmento situou-se em 46.330, um aumento de 20% relativamente ao exercício de 2015 (38.593 clientes).

Carteira de Depósitos

Em 2016, registou-se um aumento do volume de depósitos da carteira afecta ao segmento empresas, contrariamente ao ano anterior. Os depósitos deste segmento situaram-se em AKZ 878.000 milhões, que representa um aumento de 28% relativamente a 2015 (AKZ 688.538 milhões).

No final de 2016, 64% dos depósitos deste segmento eram mantidos à ordem, registando um aumento de 3 pontos percentuais face ao período homólogo. Os depósitos à ordem deste segmento situaram-se em AKZ 564.152 milhões, um aumento de AKZ 146.111 milhões (+35%), devido essencialmente ao aumento de depósitos do sector privado empresarial não financeiro na ordem dos AKZ 171.544 milhões (+52%).

Os depósitos a prazo do segmento de empresas atingiram AKZ 313.522 milhões, registando um aumento de AKZ 43.351 milhões relativamente ao ano de 2015, influenciado pelos depósitos a prazo do sector privado empresarial não financeiro e dos fundos de segurança social, com aumentos de AKZ 28.682 milhões (+13%) e AKZ 11.549 milhões (+23%), respectivamente.

Em termos de composição dos depósitos por produtos e moeda, neste segmento, os depósitos à ordem em moeda nacional representavam 41%, tendo se situado em AKZ 362.919 milhões, um aumento de AKZ 82.857 milhões face a 2015 (+30%), impulsionado pelo aumento de AKZ 104.788 milhões (+48%) nos depósitos à ordem em moeda nacional do sector privado não financeiro. Os depósitos à ordem em moeda estrangeira, situaram-se em AKZ 201.233 milhões (23% do total dos depósitos deste segmento), um aumento de AKZ 63.254 face ao ano transacto (+46%), devido sobretudo ao aumento de AKZ 66.899 milhões nos depósitos do sector privado não financeiro (+59%).

DEPÓSITOS POR PRODUTOEMPRESAS (AKZ MILHÕES)

39%270.496DEPÓSITOSA PRAZO

61%418.042

DEPÓSITOS À ORDEM

2015

64%564.152DEPÓSITOS À ORDEM

36%313.847 DEPÓSITOSA PRAZO

2016

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

068

DEPÓSITOS POR MOEDAS E PRODUTOSEMPRESAS (AKZ MILHÕES)

41%280.063

DO MN

16%162.162 DP ME

24%137.979 DO ME

20%108.335

DP MN

2015

41%362.919

DO MN

22%192.709 DP MN

14%121.139 DP ME

23%201.233

DO ME

20152016

Carteira de Crédito

O crédito concedido ao segmento das empresas situou-se em AKZ 382.493 milhões, que compara com AKZ 331.869 milhões registados em 2015, representando um aumento de 15% no crédito. O crédito concedido a este segmento representa 85% do total do crédito concedido.

O crédito de médio e longo prazo situou-se em AKZ 307.977 milhões, um aumento de 21% causado pelo aumento de AKZ 50.487 milhões nos desembolsos ao sector Privado Não Financeiro. Por outro, o crédito de curto prazo registou uma redução de 4% no ano, situando-se em AKZ 74.516 milhões. Assim, o peso do crédito de curto prazo passou de 23% em 2015 para 19% em 2016, reduzindo o gap entre a exigibilidade dos recursos e a liquidez das aplicações no curto prazo.

(AKZ MILHÕES)

COMPOSIÇÃO DO CRÉDITO

2014 2015 PROFORMA 2016

354.193

406.440

331.869

396.590

382.493

448.711

Crédito Empresas e Instituições Total Crédito

O CRÉDITO CONCEDIDO

AO SEGMENTO DAS EMPRESAS

SITUOU-SE EM AKZ 382.493

MILHÕES

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069

23%77.941 CURTO PRAZO

19%74.516 CURTO PRAZO

77%253.927

MÉDIO-LONGO PRAZO

81%307.977

MÉDIO-LONGO PRAZO

2015 2016

CRÉDITO POR PRAZOEMPRESAS (AKZ MILHÕES)

Na sua abordagem aos clientes particulares, o BAI aposta numa oferta diversificada e distintiva, de acordo com as necessidades financeiras dos seus clientes. A proposta de valor da oferta do BAI assenta em soluções inovadoras, que procuram prover ao cliente uma forma rápida, eficiente e cómoda de fazer as suas operações bancárias.

Assim, e ao longo dos últimos anos, o BAI tem vindo a criar propostas de valor inovadoras ao nível de clientes particulares, divididas em três subsegmentos, a saber: (i) Premium, Affluent (“BAI Loengo”) e Mass-market. Os clientes particulares são, actualmente, servidos por uma rede de 135 balcões (um aumento líquido de 5 balcões ao longo do ano), dos quais 81 balcões estão localizados em Luanda e 54 no resto do país.

Durante o ano, o número de clientes particulares activos, aumentou 86.165 (+16%) comparativamente ao registado em 2015, tendo atingido um total de 635.016.

No mesmo período, o número de clientes do segmento Premium, em particular, aumentou de 570 para 1.204, resultante da implementação de medidas de melhoria de segmentação e encarteiramento de clientes particulares da rede retalho, que preenchem os requisitos para fazerem parte do segmento já referido.

O volume de negócios, medido pela carteira de depósitos e créditos, do segmento de particulares aumentou em 3%, atingindo um montante de AKZ 325.523 milhões, que compara com os AKZ 315.190 milhões registados em 2015. Este aumento reflecte uma maior acção comercial por parte da equipa de colaboradores, assim como a introdução de produtos e serviços adequados aos subsegmentos de clientes particulares.

O CRÉDITO DE MÉDIO E LONGO PRAZO SITUOU-SE EM AKZ 307.977 MILHÕES, UM AUMENTO DE 21% CAUSADO PELO AUMENTO DE AKZ 50.487 MILHÕES NOS DESEMBOLSOS AO SECTOR PRIVADO NÃO FINANCEIRO.

04.2PARTICULARES

04ENQUADRAMENTO DA ACTIVIDADE

POR SEGMENTOS

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

070

(AKZ MILHÕES) VOLUME DE NEGÓCIOS - PARTICULARES

2014 2015 PROFORMA 2016

288.560

315.190

325.523

9%

3%

Carteira de depósitos

No final de 2016, a carteira de depósitos do segmento de particulares situou-se em AKZ 259.304 milhões, representando 23% do total dos depósitos do Banco (2015: 27%). Este valor situou-se acima do registado em 2015 (AKZ 250.304 milhões), evidenciando a importância do segmento de particulares na estratégia de diversificação da carteira.

(AKZ MILHÕES)

COMPOSIÇÃO DOS DEPÓSITOS

236.314

950.917 939.007

1.137.304

250.468 259.304

2014 2015 PROFORMA 2016

Particulares Depósitos totais

A carteira de depósitos a prazo da banca de retalho particulares situou-se em AKZ 148.721 milhões, representando um aumento de 28% face ao registado em 2015 (AKZ 116.562 Milhões). Os depósitos à ordem representavam 43% do total de depósitos deste segmento, totalizando AKZ 116.562 milhões, o que representou uma redução de 17% face ao ano anterior.

O VOLUME DE NEGÓCIOS, MEDIDO PELA CARTEIRA DE DEPÓSITOS E CRÉDITOS, DO SEGMENTO DE PARTICULARES AUMENTOU EM 3%, ATINGINDO UM MONTANTE DE AKZ 325.523 MILHÕES

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071

OS DEPÓSITOS EM MOEDA ESTRANGEIRA MANTIVERAM-SE NO MESMO NÍVEL FACE AO REGISTADO NO FINAL DE 2015

DEPÓSITOS POR PRODUTOPARTICULARES (AKZ MILHÕES)

2015

47%116.562 DP

53%133.906

DO

57%148.721 DP

43%110.583

DO

2016

Os depósitos em moeda nacional (MN) representavam 52% dos depósitos de clientes particulares, ficando em AKZ 135.229 milhões influenciado, pelo aumento em AKZ 6.873 milhões nos depósitos a prazo em moeda nacional. Este valor reflecte um aumento de 7% face ao verificado em 2015

(AKZ 126.363 milhões). Os depósitos em moeda estrangeira mantiveram-se no mesmo nível face ao registado no final de 2015, tendo atingido AKZ 124.075 milhões (2015: AKZ 124.106 milhões), derivado essencialmente à estabilidade do Kwanza face ao Dólar americano de Abril a Dezembro de 2016.

DEPÓSITOS POR MOEDAPARTICULARES (AKZ MILHÕES)

2015

124.106ME

126.363MN

2015

48%124.075 ME

52%135.229

MN

20162016

04ENQUADRAMENTO DA ACTIVIDADE

POR SEGMENTOS

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

072

Carteira de crédito

A carteira de crédito de clientes particulares situou-se em AKZ 66.219 milhões, registando um aumento de 2% relativamente ao final de 2015 (AKZ 64.277 milhões), derivado do aumento de 16% do crédito a longo prazo em ME. Em 2016, a carteira de crédito de clientes particulares representou 15% no total da carteira de crédito concedido pelo Banco, reduzindo o seu peso em 1 ponto percentual relativamente ao exercício anterior.

(AKZ MILHÕES) COMPOSIÇÃO DO CRÉDITO

50.459

406.440 396.590448.711

64.722 66.219

2014 2015 PROFORMA 2016

Crédito Particulares Total Crédito

Em termos de composição do crédito por moeda, o crédito em moeda estrangeira (AKZ 33.732 milhões) representou 51% dos desembolsos aos clientes particulares, um aumento de 34 pontos percentuais face ao ano transacto, influenciado essencialmente pelo efeito cambial da desvalorização do Kwanza.

CRÉDITO POR MOEDAPARTICULARES (AKZ MILHÕES)

2015

46%30.030 ME

51%33.732 ME

54%34.692

MN

49%32.487

MN

201620162015

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073

04.3BANCA ELECTRÓNICA

O ano 2016 ficou marcado pelo lançamento da nova versão do BAI Directo, o que evidencia o esforço contínuo do Banco na procura de soluções bancárias electrónicas, assim como de uma maior satisfação dos clientes.

BAI Directo

No dia 10 de Novembro de 2016, o BAI implementou a nova plataforma electrónica que proporciona aos clientes o acesso único ao mobile (MB) e Internet banking (IB). No final do exercício de 2016, encontravam-se cadastrados 36.683 clientes com acesso à nova plataforma.

Os serviços do BAI Directo são caracterizados por um conjunto de soluções disponibilizadas aos clientes através do telemóvel e da Internet, designados por Mobile Banking

e Internet Banking. Com uma utilização muito intuitiva, o canal BAI Directo permite ao cliente acompanhar os saldos e movimentos das contas à ordem, realizar as operações mais comuns como pagamentos, carregamento de telemóveis e transferências, de forma simples, rápida e segura.

Terminais Bancários

Ao longo do ano de 2016, o BAI assistiu a um crescimento da sua rede de Caixas Automáticas (Automatic Teller Machines - ATM) e Terminais de Pagamento Automático (TPA). Assim, encontravam-se activos 343 ATM e 4.616 TPA, relativamente aos 334 ATM e 2.806 TPA activos em 2015, o que representa um crescimento de 3% e 64,5%, respectivamente. Este crescimento deve-se a uma maior acção comercial, orientada quer para as grandes como para as pequenas e médias empresas.

2014

2015

20164.616

341

2.806

334

2.539

321

2.000 3.000 4.000 5.0001.000

TPA’s Activos

ATM’s Activo

TERMINAIS BANCÁRIOS BAI

AO LONGO DO ANO DE 2016, O BAI ASSISTIU A UM CRESCIMENTO DA SUA REDE DE CAIXAS AUTOMÁTICAS (AUTOMATIC TELLER MACHINES - ATM) E TERMINAIS DE PAGAMENTO AUTOMÁTICO (TPA).

04ENQUADRAMENTO DA ACTIVIDADE

POR SEGMENTOS

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

074

Cartões de Pagamento

Os cartões activos registaram um crescimento de 9% comparativamente a 2015, atingindo 223.638 cartões, enquanto os cartões Vivos e válidos 11 registaram um aumento total de 29.459 cartões (4%) influenciado pelo aumento de emissão de cartões de débito Multicaixa. Em 2016, o BAI atingiu um rácio operacional de 56%, mais 3% que o ano passado, atingindo uma quota de mercado de 9%.

Relativamente aos cartões internacionais da rede Visa, verificou-se uma redução de 18% do número cartões de crédito, registando 5.579 cartões válidos no final do ano, e de 42% no número dos cartões de débito Kamba, alcançando-se 34.183 cartões válidos no final do ano. A diminuição do número de cartões foi causada pela redução de cambiais disponíveis para a cobertura dos mesmos.

11 - Cartões Válidos: total de cartões registados na rede com data de expiração válida no último dia do mês.Cartões Vivos: total de cartões válidos utilizados na rede até ao último dia do mês.

2014

2015

2016

402.326

321.108

223.638

387.415

306.560

205.133

470.105

359.897

202.484

100.000 200.000 300.000 400.000 500.000

Cartões Válidos Cartões Vivos Cartões Activos

CARTÃO DE DÉBITO MULTICAIXA

63.471

6.959

59.060

6.834

34.183

5.579

Dez 14 Dez 15 Dez 16

Crédito Débito pré-pago

CARTÕES VISA

EM 2016, O BAI ATINGIU UM RÁCIO

OPERACIONAL DE 56%, MAIS

3% QUE O ANO PASSADO,

ATINGINDO UMA QUOTA DE

MERCADO DE 9%

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INOVAÇÃO É TER PRESENTE QUE O MAIS IMPORTANTE SÃO AS IDEIAS

05PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

078

As participações financeiras encontram-se detalhadas na nota nº 13 do anexo às demonstrações financeiras.

BAI Europa

Em 2016, o activo total aumentou 87% face a 2015, em virtude do crescimento dos depósitos de clientes. A qualidade da carteira de crédito manteve-se estável e com risco reduzido, atingindo EUR 113 milhões (AKZ 20.994 milhões), representando um aumento de 9%.

A actividade do banco permitiu gerar um resultado líquido de EUR 3,7 milhões (AKZ 678 milhões), mais 13% comparativamente a 2015. Esta performance é explicada pelo aumento da margem complementar em 7% (EUR 0,2 milhões; AKZ 134,2 milhões), melhoria nos outros ganhos e gastos operacionais, mantendo-se, no entanto, negativos em termos líquidos (menos EUR 0,3 milhões; AKZ 152,2 milhões) e a redução nas provisões e imparidade em EUR 0,5 milhões (AKZ 92,4 milhões).

Montantes expressos em EUR milhões, excepto quando indicado de outra forma

Abs

Dez-16(preliminar)

Dez-15(auditado)

Dez-14(auditado)

%

2015/2016

Activo Total 699 437 818 381 87,3%

Crédito sobre Clientes 94 110 113 3 3,0%

Depósitos de Clientes 628 363 737 374 103,0%

Capitais Próprios 65 67 72 5 7,4%

Resultado do Exercício 3,5 3,2 3,7 0,4 13,4%

Pontos percentuais

ROAE 5,8% 4,8% 5,1% 0,3 6,4%

Cost-to-income 39,8% 43,2% 42,6% -0,6 -1,4%

Crédito vencido 3,0% 0,5% 0,0% -0,6 -100%

Rácio de solvabilidade (BdP) 18,3% 28,6% 17,0% -11,6 -40,5%

Número de balcões 2 2 2 0 0%

Número de colaboradores 27 26 27 1 3,8%

BAI EUROPA – SÍNTESE DOS INDICADORES

BdP – Banco de Portugal

05.1PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS

Em termos de variação homóloga, o rácio de solvabilidade reduziu 11,6 pontos percentuais por via do aumento dos activos ponderados pelo risco.

BAI Microfinanças

Em 2016, o BMF apresentou resultados positivos na ordem de AKZ 1.917 milhões, melhorando também o Rácio de Solvabilidade Regulamentar (RSR) que se situou em 18,1% no final do ano (este rácio era negativo de 52% em Dezembro de 2015). A melhoria dos resultados e do RSR deveu-se, essencialmente, ao processo de cessão das operações de crédito em situação patrimonial para o BAI, no âmbito do processo de reestruturação do Banco, no valor de cerca AKZ 4.300 milhões.

No activo, destaca-se o crescimento dos títulos e valores mobiliários, que passaram de AKZ 41 milhões em Dezembro de 2015 para AKZ 4.346 milhões em Dezembro de 2016, e a redução do crédito líquido sobre clientes em AKZ 1.799 milhões resultante do processo de cessão acima referido.

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05PARTICIPAÇÕES

FINANCEIRAS

079

Montantes expressos em AKZ milhões, excepto quando indicado de outra forma Abs

Dez-16(preliminar)

Dez-15(auditado)

Dez-14(auditado) %

2015/2016

Activo Total 8.970 8.100 8.534 435 5,4%

Crédito sobre Clientes 4.765 2.063 264 -1.799 -87,2%

Depósitos de Clientes 6.416 7.475 6.542 -933 -12,5%

Capitais Próprios 380 -1.723 569 2.291 -133,0%

Resultado Líquido do Exercício -2.959 -2.097 1.917 4.015 -191,4%

Pontos percentuais

ROAE -88,8% -552,8% 142,0% 694,8 -125,7%

Cost-to-income 91,1% 202,4% 181,0% -21,4 -10,6%

Crédito vencido 32,0% 46,0% 38,0% -8,0 -17,4%

Rácio de solvabilidade (BNA) 4,6% -51,5% 18,1% 69,6 -135,1%

Número de balcões 28 21 18 -3 -14,3%

Número de colaboradores 248 216 199 -17 -7,9%

BAI MICROFINANÇAS – SÍNTESE DOS INDICADORES

BAI Cabo Verde

Em Dezembro de 2016, o activo líquido atingiu ECV 16.856 milhões (AKZ 28.338 milhões), registando um aumento de 20,5% face a Dezembro de 2015, do qual se destaca:

• Aumento dos activos financeiros disponíveis para venda em cerca de ECV 914,4 milhões (AKZ 1.536 milhões), derivado de novas subscrições em Obrigações do Tesouro em ECV 2.336,6 milhões (AKZ 3.928 milhões) desde Janeiro, conjugado com o vencimento de cerca de ECV 1.405,9 milhões (AKZ 2.362 milhões) da carteira viva em Dez-15;

• Aumento de ECV 1.029 milhões (AKZ 1.730 milhões) da carteira de crédito, essencialmente do efeito

conjugado da atribuição de novos créditos no valor de ECV 1.109 milhões (AKZ 1.865 milhões) devido essencialmente ao aumento do crédito de médio e longo prazo a empresas e do aumento das imparidades da carteira de crédito no montante de ECV 80 milhões (AKZ 135 milhões).

O rácio de transformação passou de 49,8% em 2015 para 47,5% em Dezembro de 2016, decorrente do aumento dos depósitos superior ao do crédito.

O Banco registou um resultado líquido positivo de CVE 56 milhões (AKZ 94 milhões) em 2016, correspondente a um aumento de 212% comparativamente a 2015, resultante do aumento dos juros de crédito e outros resultados de exploração.

EM 2016, O BMF APRESENTOU RESULTADOS POSITIVOS NA ORDEM DE AKZ 1.917 MILHÕES, MELHORANDO TAMBÉM O RÁCIO DE SOLVABILIDADE REGULAMENTAR (RSR) QUE SE SITUOU EM 18,1% NO FINAL DO ANO.

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

080

BISTP - Banco Internacional de São Tomé e Príncipe

Em 2016, o BISTP registou um resultado líquido de STD 33,4 mil milhões (AKZ 253 milhões), representando um aumento de 30,9% face ao ano anterior. Este aumento deveu-se, essencialmente, à melhoria da margem complementar em STD 8,6 mil milhões (AKZ 65 milhões) e à diminuição dos custos com imparidade e provisões em STD 3,1 mil milhões (AKZ 24 milhões).

Montantes expressos em ECV milhões, excepto quando indicado de outra forma

Montantes expressos em STD milhões, excepto quando indicado de outra forma

Abs

Abs

Dez-16(preliminar)

Dez-16(preliminar)

Dez-15(auditado)

Dez-15(auditado)

Dez-14(auditado)

Dez-14(auditado)

%

%

2015/2016

2015/2016

Activo Total 15.104 13.988 16.856 2.868 20,5%

Crédito sobre Clientes 4.664 6.410 7.439 1.029 16,1%

Depósitos de Clientes 4.286 6.453 8.916 2.463 38,2%

Capitais Próprios 1.016 1.034 1.089 56 5,4%

Resultado Líquido do Exercício 13 18 56 38 211,9%

Pontos percentuais

ROAE 1,3% 1,7% 5,3% 3,6 211,8%

Cost-to-income 79,0% 79,8% 78,8% -1,0 -1,3%

Crédito vencido 10,9% 12,2% 9,3% -2,9 -23,8%

Rácio de solvabilidade (BCV) 17,1% 14,0% 15,3% 1,2 8,7% Número de balcões 5 6 7 1 16,7%

Número de colaboradores 72 81 79 -2 -2,5%

Activo Total 2.121.672 2.445.436 2.493.093 37.657 1,5%

Crédito sobre Clientes 607.641 637.948 614.429 -23.518 -3,7%

Depósitos de Clientes 1.739.644 1.925.788 1.888.675 -37.113 -1,9%

Capitais Próprios 299.338 305.767 323.905 18.138 5,9%

Resultado Líquido do Exercício 31.912 25.577 33.484 7.907 30,9%

Pontos percentuais

ROAE 9,9% 8,4% 10,3% 2,0 23,6%

Cost-to-income 67,7% 75,5% 72,6% -2,9 -3,8%

Crédito vencido 17,0% 19,7% 14,8% -5,0 -25,2%

Rácio de Solvabilidade 19,9% 20,6% 24,1% 3,5 17,1% Número de balcões 12 12 12 0 0%

Número de colaboradores 152 168 165 -3 -1,8%

BAICV – SÍNTESE DOS INDICADORES

BISTP – SÍNTESE DOS INDICADORES

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081

O activo líquido situou-se em STD 2.493 mil milhões (AKZ 19 mil milhões), mais 1,5% comparativamente ao ano transacto. A carteira de depósitos evidenciou uma diminuição de 1,9%, situando-se em STD 1.889 mil milhões (AKZ 14 mil milhões). O crédito a clientes registou uma diminuição de 3,7% em termos líquidos, atingindo o valor de STD 614 mil milhões (AKZ 4.649 milhões), principalmente devido ao reforço da imparidade de crédito em STD 27 mil milhões (AKZ 206 milhões).

NOSSA Seguros

Em 2016, entre as principais realizações, destacam-se: i) a autorização para a constituição do Fundo de Pensões Aberto “Nossa Seguros”; ii) a elaboração da Política de Combate ao Financiamento do Terrorismo e ao Branqueamento de Capitais; iii) modelo integrado de governação no canal Bancassurance, bem como iv)

a abertura de duas agências (Dundo e SIAC Talatona), aumentando para 26 o total dos pontos de vendas.O resultado líquido atingiu os AKZ 827 milhões em 2016, apresentando uma variação de 143% relativamente ao ano transacto, tendo como base: i) aumento dos proveitos de prémios e seus adicionais em 7%; ii) diminuição dos custos com sinistros em 17%, com destaque para redução de sinistros nos ramos de acidentes de trabalho em 58% e automóvel em 19% e iii) crescimento dos rendimentos de aplicações financeiras em 68%.

O activo total atingiu AKZ 12.268 milhões no final do ano, apresentando um acréscimo de 11% em relação ao exercício anterior. A maior variação no activo registou- -se na rubrica de títulos de rendimento fixo, que passou dos AKZ 3.707 milhões em 2015 para AKZ 5.807 milhões em 2016, resultante da estratégia de diversificação da sua carteira.

Activo Total 9.466 11.028 12.268 1.240 11,2%

Capitais Próprios 1.803 2.177 3.105 928 42,6%

Prémios de Seguro Directo 5.384 5.544 5.959 415 7,5%

Custo com sinistros 1.514 2.509 2.095 -414 -16,5%

Resultado Líquido do Exercício 297 340 827 487 143,2%

Pontos percentuais

Rácio de Sinistralidade 28% 45% 35% -10

ROE 18% 17% 31% 11

Margem de Solvência 120% 166% 195% 29

Número de colaboradores 137 139 138 -1 -0,7%

Nº de agências 21 24 26 2 8,3%

NOSSA SEGUROS – SÍNTESE DOS INDICADORES

Montantes expressos em AKZ milhões, excepto quando indicado de outra forma Abs

Dez-16(preliminar)

Dez-15(auditado)

Dez-14(auditado) %

2015/2016

O RESULTADO LÍQUIDO ATINGIU OS AKZ 827 MILHÕES EM 2016, APRESENTANDO UMA VARIAÇÃO DE 143% RELATIVAMENTE AO ANO TRANSACTO.

05PARTICIPAÇÕES

FINANCEIRAS

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

082

Sociedade Angolana de Ensino Superior Privado (SAESP)

A actividade da SAESP foi marcada pelo processo de criação do Instituto Superior de Administração e Finanças (ISAF), concluído em Fevereiro de 2017 com a obtenção da autorização do Conselho de Ministros. O ISAF iniciará ainda em 2017 o seu primeiro ciclo de formação com o grau de licenciatura em ciências económicas.

A SAESP registou um resultado líquido negativo de AKZ 59 milhões em 2016, tendo apresentado uma melhoria de 48% face ao ano anterior. O resultado antes de impostos, amortizações e depreciações (EBTDA) passou de AKZ 99 milhões em 2015 para AKZ 97 milhões em 2016, resultante do aumento do volume de negócios em 30%, com destaque para os proveitos de rendas, escritórios e lojas, que passaram de AKZ 391 milhões em 2015 para AKZ 555 milhões em 2016.

Activo não corrente 7.008 6.797 6.673 -124 -2%

Activo corrente 288 341 398 57 17%

Passivo corrente 255 211 203 -8 -4%

Capital Próprio 7.042 6.927 6.868 -59 -1%

Volume de negócios 664 688 897 209 30%

EBITDA -36 -24 97 121 504%

Resultado Líquido do Exercício -298 -114 -59 55 48%

ROAE -4,14% -1,65% -1,0% 0,7 -48%

SAESP – SÍNTESE DOS INDICADORES

Montantes expressos em AKZ milhões, excepto quando indicado de outra forma Abs

Dez-16(preliminar)

Dez-15(auditado)

Dez-14(auditado)

%

2015/2016

BAI Center

A sociedade faz a gestão de um único edifício, denominado BAI Center, destinado a uso comercial e escritórios, estando parte arrendada ao BAI Cabo Verde.

Em 2016, registou resultados líquidos negativos no valor de ECV 48 milhões (AKZ 81 milhões), uma melhoria face ao registado no ano anterior em 25% devido ao aumento

no volume de negócios em 16% e à diminuição dos custos operacionais em 2%. O resultado antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) aumentou 36%, tendo atingido ECV 69 milhões (AKZ 115 milhões) em 2016.

Fundo de Investimento Privado de Angola

O FIPA angariou USD 39 milhões de capital comprometido com uma maturidade de 10 anos, com a possibilidade

O activo líquido situou-se em AKZ 6.673 milhões, uma redução de 2% face a 2015, o capital próprio situou-se em AKZ 6.868 milhões, registando também uma variação negativa de AKZ 59 milhões em relação ao período homólogo decorrente dos resultados líquidos registados no período. Em termos de rentabilidade, registaram-se melhorias no ROAE em 0,7 pontos percentuais, situando-se em menos 1,0%.

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O RESULTADO ANTES DOS JUROS, IMPOSTOS, DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES (EBITDA) AUMENTOU 36%, TENDO ATINGIDO ECV 69 MILHÕES (AKZ 115 MILHÕES) EM 2016.

083

Investidores(valores em USD milhões)

Justo Valor em 31-12-16

Justo Valor em 31-12-16

Ganhos ou Perdas

acumuladas

Compromissoassumido

Contribuiçõesem falta

Banco Angolano de Investimentos 25,6% 10 8,85 -1,56 16,00 1,15

Norfund 25,6% 10 8,85 -1,56 16,00 1,15

European Investment Bank 15,4% 6 5,31 -0,94 9,60 0,69

MAEC Spain 15,4% 6 5,31 -0,94 9,60 1,69

IFU (Danish Investment Fund) 12,8% 5 4,42 -0,78 8,00 0,58

Banco Millennium Atlântico 5,1% 2 1,77 -0,31 3,20 0,23

Total 100,0% 39 32,13 -5,71 62,84 6,87

FIPA – SÍNTESE DOS INDICADORES

Participação%

05PARTICIPAÇÕES

FINANCEIRAS

Total do Activo 5.270 2.598 2.610 12 0,5%

Capital Próprio 2.091 2.032 1.990 -42 -2,1%

Volume de Negócios 43 88 102 14 16%

Custos Operacionais 49 37 37 -1 -1,7%

EBITDA 1 50 69 18 36,3%

Resultado Líquido do Exercício -69 -65 -48 16 -25%

ROAE -3% -3% -2% 1% -24%

ROAA -1,30% -2,49% -1,85% 0,6% -26%

BAI CENTER – SÍNTESE DOS INDICADORES

Montantes expressos em milhões de ECV, excepto quando indicado de outra forma

Abs

Dez-16(preliminar)

Dez-15(auditado)

Dez-14(auditado)

%

2015/2016

de extensão de 2 anos. Os seus investidores incluem o BAI, Norfund, o Banco Europeu de Investimento, o Ministério dos Negócios Estrangeiros Espanhol, o Fundo de Industrialização Dinamarquês para os Países em Desenvolvimento e o Banco Atlântico.

Após um período de investimentos, que decorreu nos anos 2010-2015, o Fundo encontra-se na fase de desinvestimento, cuja duração está prevista para 5 anos. Igualmente, está em fase de arranque o FIPA II, dando assim continuidade na contribuição ao desenvolvimento de negócios em Angola.

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SOLIDEZ É SABER AVALIAR EM CADA MOMENTO O QUE REALMENTE IMPORTA

06GESTÃO DO RISCO

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

086

PRINCIPAIS DESENVOLVIMENTOS EM 2016:

• Revisão da Política de Crédito;

• Revisão da matriz de decisão de crédito;

• Aprovação da Politica de Gestão do Risco;

• Aprovação das normas de Gestão de Risco Operacional, Gestão de Risco de Balanço e Mercado, e o Reporte de

Eventos de Risco Operacional

• Implementação do modelo de cálculo de perdas por imparidade;

• Aprovação do modelo de análise do comportamento dos depósitos em moeda nacional e estrangeira;

• Cálculo do RSR e Risco de taxa de juro no âmbito dos novos avisos do BNA;

• Introdução de medidas de rentabilidade associadas ao risco;

• Cálculo da modified duration e da yield to maturity da carteira de títulos e valores mobiliários;

• Acções de formação e sessões de Workshop, abrangendo várias regiões do país, para a disseminação da cultura de

reporte de eventos de risco operacional;

• Conclusão do plano de continuidade operacional da rede comercial, no âmbito do Plano de Continuidade de Negócio.

Sistema de gestão do risco

A gestão do risco é um elemento central na estratégia do BAI, através do qual identifica, avalia, monitoriza e controla sistematicamente os riscos inerentes ao negócio, visando garantir a conformidade legal, a solidez financeira e a confiança dos depositantes, parceiros e de outros stakeholders, de acordo as melhores práticas do mercado e as recomendações efectuadas pelos supervisores e reguladores.

O sistema de gestão do risco está documentado através de políticas, normas internas (processos) e manuais de procedimentos.

A gestão do risco rege-se pelos seguintes princípios:

• Proteger a solidez financeira: controlar os riscos com a finalidade de limitar os impactos de potenciais efeitos adversos no capital e nos resultados do Banco;

• Proteger a reputação: a reputação é essencial para o bom desempenho do Banco e deve ser preservada de forma diligente;

• Transparência: para uma boa percepção da situação financeira do Banco, é fundamental identificar todos os riscos. Para tal, a definição dos riscos deverá ser sempre a mais exacta e os mesmos deverão ser correctamente avaliados, por forma a apoiar o órgão de administração no processo de tomada de decisão;

• Independência: existe uma estrutura de governação que permite a identificação, a avaliação, o acompanhamento e o controlo dos riscos, efectuados por uma área que opera de forma independente das áreas de negócio;

• Controlo de limites: a monitorização dos riscos é feita através do enquadramento dos riscos nos limites definidos.

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06GESTÃO

DO RISCO

06.1 GOVERNO E ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DO RISCO

O sistema de gestão do risco no BAI foi definido, considerando a orientação estratégica e o nível de tolerância ao risco definidos pelo Conselho de Administração (CA) e a dimensão, natureza e complexidade da actividade do Banco. A estrutura organizacional do sistema de gestão do risco inclui uma função autónoma e independente – a Direcção de Gestão do Risco (DGR) –, sem responsabilidade directa sobre qualquer função tomadora de risco, que depende hierárquica e funcionalmente do Conselho de Administração, sendo supervisionada pela Comissão de Gestão do Risco e acompanhada diariamente por uma administradora executiva:

Os órgãos envolvidos no sistema de gestão do risco, e as suas respectivas funções, encontram-se descritos na nota nº 40 do anexo às demonstrações financeiras (“Organização interna”).

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO SISTEMA DE GESTÃO DO RISCO

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

COMISSÃO DE GESTÃO DO RISCO

DIRECÇÃO DE GESTÃO DO RISCO

RISCO DE CRÉDITOE CONTRAPARTE

RISCO OPERACIONAL

RISCO DE BALANÇOE MERCADO

087

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

088

FAI - FUNÇÃO DE AUDITORIA INTERNA

AVALIAÇÃO E JULGAMENTO

FUNÇÃO DE CONTROLO DE RISCO (RESPONSÁVEL PELO CONTROLO DO RISCO)

SEGUNDA LINHA DE DEFESA

GARANTIA, DESAFIO E VALIDAÇÃO

NEGÓCIOS E FUNÇÕES

TERCEIRA LINHA DE DEFESA

PRIMEIRA LINHA DE DEFESA

AVALIAÇÃO E MENSURAÇÃO DO RISCO

IDENTIFICAÇÃO DO RISCO

ACEITAÇÃO DO RISCO

MONITORAMENTODO RISCO

Modelo de responsabilidades na gestão do risco

A gestão do risco no BAI é composta por uma estrutura de controlos internos e avaliações definidas por três linhas de defesa:

A primeira linha de defesa é composta pelas áreas proprietárias do risco, que devem assegurar a efectiva gestão do risco dentro do escopo das suas responsabilidades organizacionais directas, nomeadamente:

• Informar: assegurar que todos os riscos materiais são identificados, avaliados, mitigados, monitorados e reportados;• Controlar: assegurar a implementação e conformidade de todas as políticas aplicáveis, procedimentos, limites e outros

requerimentos de controlo de risco, bem como propor melhorias nos controlos para assegurar que qualquer risco identificado seja controlado dentro das fronteiras aceitáveis e consistentes com os padrões;

• Planear e optimizar: alinhar as estratégias das áreas de negócios ou funções de suporte com o apetite ao risco e procurar maximizar o perfil de risco retorno.

A segunda linha de defesa consiste no processo de revisão independente realizada pelas equipas da Direcção de Gestão do Risco e da Direcção de Compliance. Estas têm responsabilidade sobre as actividades a serem examinadas. Estas funções

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089

efectuam uma análise independente do controlo de gestão sobre as suas próprias actividades (primeira linha de defesa) e dos processos mantidos pelas funções de controlo do risco e compliance (segunda linha de defesa). A DGR garante a efectividade total do sistema de gestão do risco.

A Auditoria Interna é a terceira e última linha de defesa no BAI e cabe-lhe avaliar regularmente as políticas, as metodologias e os procedimentos para garantir que são adequados e estão a ser aplicados de forma eficaz.

Definição do perfil de risco e grau de tolerância face ao Risco

O Conselho de Administração (CA) definiu como objectivo global a adopção de um perfil de risco conservador para todos os riscos materiais assumidos pelo Banco e consequentemente um grau de tolerância baixo face ao risco, garantindo assim a continuidade do negócio. Este perfil foi determinado com base na estratégia de negócio definida e no enquadramento macroeconómico em que actua.

Identificação e avaliação das categorias de risco mais relevantes

O BAI caracteriza os riscos de acordo com as seguintes categorias:

• Risco financeiro: risco de crédito; risco de balanço (taxa de juro e taxa de câmbio); risco de liquidez;• Risco não-financeiro: risco operacional; risco de estratégia; risco de reputação.

As principais componentes de gestão do risco são as seguintes:

1.ºIDENTIFICAÇÃO E REGISTO DOS

PRINCIPAIS RISCOS

2.ºAVALIAÇÃO

QUANTITATIVA E QUALITATIVA

DOS RISCOS IDENTIFICADOS

4.ºACOMPANHAMENTO

E REPORTE DE INFORMAÇÃO

3.ºCONTROLO

DA EFECTIVIDADE E EFICIÊNCIA DAS

MEDIDAS DE MITIGAÇÃO

1º IDENTIFICAÇÃO

• Riscos e controlos;

2º AVALIAÇÃO

• Análises de sensibilidade;

• Testes aos controlos;

• Testes de esforço; 3º CONTROLO

• Indicadores de risco;

• Limites definidos;

4º ACOMPANHAMENTO E REPORTE

Relatórios de acompanhamento.

06GESTÃO

DO RISCO

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

090

Risco de crédito

O Banco conta com modelos próprios de rating (factor de risco) e scoring (pontuação) para classificação do risco de crédito a empresas e particulares, respectivamente.

No caso das empresas, a atribuição do rating é resultante da avaliação da (i) capacidade de gestão da empresa, da (ii) situação económico-financeira, do (iii) historial na banca, da (iv) qualidade das garantias e do (v) sector de actividade. Para cada um destes parâmetros fixaram-se ponderadores que quando multiplicados à classificação atribuída encontra-se a respectiva nota. A soma das notas dos 5 parâmetros é igual ao rating da empresa (ver quadro abaixo).

No caso dos particulares, o modelo de scoring avalia (i) o envolvimento comercial, (ii) a estabilidade social1 , (iii) a situação profissional e (iv) a situação económico-financeira do cliente. Para cada um destes parâmetros existem ponderadores que quando multiplicados à classificação atribuída encontra-se a nota para cada parâmetro. A soma das notas dos 4 parâmetros é igual ao scoring do cliente (ver quadro abaixo).

A Comissão Executiva definiu uma matriz de decisão de crédito, onde estão instituídos vários subcomités de crédito que se reúnem semanalmente. A matriz de decisão é aplicável apenas para clientes com níveis de risco de A a C resultante da aplicação do modelo de scoring ou rating do BAI. Qualquer operação com notação de risco superior a C é decidida ao nível do 4º escalão, com excepção das operações de renegociação ou reestruturação, cujo risco decorre da evolução por incumprimento. A tabela que se segue apresenta a matriz de decisão de crédito.

1 - Avaliada por factos como a antiguidade no emprego, a idade e a morada.

06.2 RISCO DE CRÉDITO E CONTRAPARTE

RISCOFACTOR DE RISCO(ESCALA DE PONTUAÇÃO)

A NULO (6,5A7)

B MUITOREDUZIDO (5,5A6,4)

C REDUZIDO (4,5A5,4)

D MODERADO (3,5A4,4)

E ELEVADO (2,5A3,4)

F MUITOELEVADO (1,5A2,4)

G PERDA (OA1,4)

CLASSIFICAÇÃO DO CRÉDITO CONCEDIDO

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091

A monitorização e o acompanhamento do risco de crédito é feito periodicamente pela CE e pelo CA com base em relatórios específicos. A Política de Crédito estabelece os seguintes limites relevantes:

Escalão de Decisão Órgãos de decisão1

3º (Comité de Crédito - CCR3)

4º (Comité de Crédito – CCR4)

Coordenador Comercial + Gerente.

Director DAC + Director DRC + Director GSP + Director DPME+ + Directores Regionais.

2 Administradores + Director DAC + Director DRC + Director GSP + +Directores Regionais + Director DEI + Director DPME.

PCE + 4 Administradores + Directores Coordenadores + Director DAC + + Director DRC + Director GSP + Directores Regionais + Director DEI + +Director DPME + Director DCE.

Conselho de Administração (CA).

MATRIZ DE DECISÃO DE CRÉDITO

Indicadores LimiteDefinido e

acompanhado por

Limite máximo de exposição por cliente 25% dos FPR BNA/CA Limite de exposição ao risco dos maiores devedores 300% dos FPR BNA/CA Limite máximo de exposição - Segmento empresas (% total da carteira) 2

30% CA

Limite máximo de exposição - Segmento Particulares (% total da carteira) 10% CA Limite máximo de exposição - Estado (% total da carteira)

60% CA

Limite máximo de exposição em função dos FPR (% de 7,69 * FPR)

100% CA

LIMITES DE RISCO DE CRÉDITO

FPR – Fundos próprios regulamentares1

1 - DAC – Direcção de Análise de Crédito; DBR – Direcção de Banca de Retalho; DEI – Direcção de Empresa e Instituições; DRC – Direcção de Recuperação de Crédito; DCE – Direcção de Crédito Especializado; GSP – Gabinete de Serviços Premium; DPME – Direcção de Pequenas e Médias Empresas.2 - Incluindo investimentos em instrumentos de dívida.

06GESTÃO

DO RISCO

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

092

SECTOR ECONÓMICO % MÁXIMA DE 7,69*FPR

Notas sobre os quadros acima: (i) No cálculo do limite aplicam-se os ponderadores de 100% aos créditos em moeda nacional (MN) e de 130% aos créditos em moeda estrangeira (ME)(ii) 7,69 é resultado do quociente entre 1 e o limite interno de rácio de solvabilidade de 13%.

LIMITES DE CONCENTRAÇÃO DE RISCO PARA EXPOSIÇÕES POR SECTOR ECONÓMICO (ENTIDADES NÃO FINANCEIRAS)

O modelo de apuramento das perdas de imparidade da carteira de crédito encontra-se descrito na nota nº 2.3 do anexo às demonstrações financeiras.

Risco de Contraparte

O risco de contraparte é entendido como a possibilidade de não cumprimento, por determinada contraparte, das obrigações relativas à liquidação de operações de mercados monetários, de capitais e cambiais. No âmbito da gestão dos riscos de contraparte, o CA definiu o limite de exposição de 50% dos fundos próprios regulamentares (FPR), sem prejuízo da Comissão Executiva (CE) definir outro limite mais conservador. Deste modo, o Banco utiliza igualmente limites de exposição máxima às contrapartes associados a uma análise global da situação das mesmas, mediante a utilização de um modelo interno com variáveis financeiras e económicas aprovado e revisto pelo Comité de Activos e Passivos (ALCO).É da responsabilidade da DMF proceder ao acompanhamento das posições de risco globais do Banco às contrapartes nacionais e estrangeiras e controlar o cumprimento dos limites.Cabe à CE autorizar os excessos aos limites de exposição às contrapartes, havendo delegação de competências até uma determinada percentagem de excesso, segundo os seguintes escalões hierárquicos:

• Ao Director da DMF até um máximo de 10% do limite;• Ao Administrador do Pelouro da DMF até um máximo de 25% do limite;• À CE (pelo menos dois administradores) acima de 25% do limite, até ao máximo de 50% dos FPR.

O Banco poderá aumentar a sua exposição a determinada contraparte além do limite calculado no modelo de rating, desde que a contraparte apresente um colateral, aceitável pelo Banco, para garantir a operação.

EMPRESAS 30,00%

AGRICULTURA 1,50%

AGRO-INDÚSTRIA 5,00%

AGRO-PECUÁRIA 1,50%

COMÉRCIO 7,00%

CONSTRUÇÃO 1,80%

HOTELARIAETURISMO 0,50%

INDÚSTRIAEXTRACTIVA 2,00%

INDÚSTRIATRANSFORMADORA 4,00%

PESCA 0,55%

PROMOÇÃOIMOBILIÁRIA 5,00%

SERVIÇOS 1,15%

OUTROS 0,00%

ESTADO 60,00%

TOTAL GERAL 90,00%

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093

06.3 RISCO DE BALANÇO E MERCADO

O risco de balanço mede a capacidade do Banco cumprir com as suas obrigações (passivos) face à estrutura dos activos que dispõe no seu balanço. Está sujeito aos seguintes tipos de riscos: i) risco de taxa de juro do balanço, que resulta dos activos e passivos sensíveis a variações da taxa de juro; ii) risco de taxa de câmbio; e iii) risco de liquidez tanto na sua vertente de transaccionabilidade dos diferentes activos, bem como na capacidade de cumprimento das suas obrigações financeiras.

Os vários tipos de riscos mencionados são monitorizados diariamente pela Direcção de Mercados Financeiros (DMF) através de reportes, que também são enviados para os membros da CE. É ainda produzido mensalmente um relatório de gestão de activos e passivos que serve de base para análise do Comité de Activos e Passivos (ALCO).

O BAI utiliza as seguintes métricas na avaliação destes riscos:

Risco Métricas e ferramentas

Liquidez Gaps de Liquidez;

• Evolução dos rácios de liquidez;

• Concentração dos maiores depositantes;

• Simulações.

Taxa de juro • Gaps de taxas de juro;

• Evolução dos rácios de rentabilidade;

• Simulações;

• Análise das taxas de juros mensais e da carteira;

• Earning at Risk;

• Exposição por intervalo de maturidade ou refixação

da taxa – Impacto na Situação Líquida e Margem financeira.

Cambial • Modelo de Valor em Risco (Value at Risk);

• Simulações;

• Análises de cenários;

• Avaliação dos limites de exposição cambial.

MÉTRICAS DE AVALIAÇÃO DO RISCO

06GESTÃO

DO RISCO

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

094

O gap representa os activos e passivos distribuídos por períodos de maturidade, ilustrando desta forma os fluxos de pagamentos e recebimentos ao longo do horizonte temporal das operações. O Banco calcula o gap de liquidez contratual e o gap de liquidez comportamental.

No gap de liquidez contratual, a distribuição dos montantes dos activos e passivos é feita por períodos de maturidade residual, sendo os depósitos à ordem enquadrados na primeira banda temporal.

Por outro lado, no gap comportamental, o crédito é distribuído de acordo ao plano financeiro de cada operação e os depósitos de acordo com o modelo de regressão linear que projecta o comportamento futuro dos depósitos com base na informação histórica, adoptando-se desta forma uma medida comportamental que não considera apenas as saídas dos depósitos. Todo o crédito vencido bem como as provisões são excluídos deste gap.

De modo a gerir este risco, o Banco recorre ao modelo do Valor em Risco (VaR) mensal da taxa de câmbio:

• O VaR da taxa de câmbio representa a perda máxima potencial, com um nível de confiança de 99%, resultante da evolução desfavorável da taxa de câmbio durante um mês, na reavaliação da exposição cambial.

• A determinação do valor em risco resultante das alterações da taxa de câmbio do Dólar dos Estados Unidos (moeda estrangeira mais representativa do balanço) em termos de moeda nacional é feita com base nos métodos histórico e normal ou paramétrico.

Indicadores Limite

Rácio de transformação agregado (1) 50%

Rácio de transformação agregado

incluindo Títulos e Valores mobiliários (1) 85%(2)

(i) 0% para maturidades até 2 semanas

Gap de liquidez (ii) 5% para maturidades superiores a 2 semanas

até 3 meses

Rácio de solvabilidade regulamentar 13%

Rácio de exposição cambial 20% dos FPR aplicáveis as exposições longas e curtas

LIMITES DEFINIDOS

Os principais limites internos para controlo dos riscos financeiros são os seguintes:

1

1 - Agregado = moeda nacional mais moeda estrangeira. Para o cálculo do rácio de transformação são excluídas as reservas obrigatórias e a reserva especial para aquisição de moeda estrangeira2 - O limite poderá ir até 90% desde que o excesso seja utilizado em Bilhetes do Tesouro.

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06.4 RISCO OPERACIONAL

O BAI define o risco operacional à probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, decorrentes de falhas na análise, processamento ou liquidação das operações, de fraudes internas e externas, da utilização de recursos em regime de subcontratação, de processos de decisão internos ineficazes, de recursos humanos insuficientes ou inadequados, ou da inoperacionalidade das infra-estruturas.

O BAI gere o risco operacional baseando-se numa visão por processos de negócio, suporte e controlo, sendo uma visão transversal às unidades de estrutura da organização. Este tipo de gestão é suportado por princípios, metodologias e mecanismos de controlo, tais como: segregação de funções, linhas de responsabilidade, código de conduta, auto-avaliação de risco e controlo (RCSA - Risk and Control Self-Assessment), indicadores-chave de risco (KRI – Key Risk Indicators), controlos de acessos (físicos e lógicos), actividades de reconciliação, relatórios de excepção, planos de contingência, contratação de seguros e formação interna sobre processos, produtos, serviços e sistemas.

É da responsabilidade do Departamento de Risco Operacional da Direcção de Gestão do Risco assegurar a identificação, avaliação e monitorização do risco operacional inerente à actividade do Banco. A área reforçou a sua equipa com a entrada de novos colaboradores e promoveu a sua capacitação por meio de sessões de formação.

O BAI utiliza as seguintes ferramentas para identificar, analisar e controlar os níveis de risco operacional:

• Base de dados de eventos de risco operacional: Todas as Unidades de Estrutura devem reportar os eventos de risco operacional à Direcção de Gestão do Risco;

• Indicadores-chave de risco (KRI): São métricas construídas para indicar ou evidenciar actividades do Banco com elevado potencial de eventos de risco operacional;

• Matriz Integrada de Risco Operacional (MIRO): Consiste em mapas associados aos diversos processos do Banco, em que são identificados os riscos e controlos existentes para cada fase do processo, bem como os responsáveis pela sua mitigação.

Base de dados sobre eventos de risco operacional:

A recolha dos eventos de risco operacional consiste na sua identificação, registo e classificação, tendo por objectivo:

• Possibilitar a identificação e análise da raiz dos eventos, as suas causas e actuação preventiva sobre a origem dos eventos;

• Reforçar a percepção da escala de importância do risco operacional no Banco;

• Quantificar o nº de vezes que um risco pode colocar em perigo a organização;

• Formar indicadores de risco operacional;• Servir de backtesting dos resultados do mapeamento

do risco operacional, possibilitando a avaliação/classificação atribuída às categorias de risco em cada processo.

A detecção e reporte são da responsabilidade de todos os colaboradores do BAI. O registo e a classificação na base de dados são da responsabilidade da DGR.

Os eventos de risco operacional são categorizados de acordo com Basileia II, conforme tabela a seguir:

É DA RESPONSABILIDADE DO DEPARTAMENTO DE RISCO OPERACIONAL DA DIRECÇÃO DE GESTÃO DO RISCO ASSEGURAR A IDENTIFICAÇÃO, AVALIAÇÃO E MONITORIZAÇÃO DO RISCO OPERACIONAL INERENTE À ACTIVIDADE DO BANCO.

06GESTÃO

DO RISCO

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

096

RISCO FACTOR DE RISCO (ESCALA DE PONTUAÇÃO)

Fraude Interna

Fraude Externa

Práticas em matéria deemprego e segurança no local de trabalho

Clientes, produtos e práticas comerciais

Danos ocasionados a activos físicos

Perturbação das actividades comerciais e falhas do sistema

Execução, entrega e gestão de processos

Perdas decorrentes de actos destinados intencionalmente à prática de fraudes, à apropriação indevida de activos ou a contornar legislação, regulamentação ou políticas empresariais, com excepção de actos relacionados com a diferenciação/discriminação, que envolvam, pelo menos, uma parte interna da empresa.

Perdas decorrentes de actos destinados intencionalmente à prática de fraudes, à apropriação indevida de activos ou a contornar legislação por parte de um terceiro.

Perdas decorrentes de actos que não se encontram em conformidade com legislação ou acordos de trabalho, saúde ou segurança, bem como do pagamento de danos pessoais ou de actos relacionados com a diferenciação/discriminação.

Perdas decorrentes de incumprimento intencional ou por negligência de uma obrigação profissional relativamente a clientes específicos (incluindo requisitos fiduciários e de adequação) ou da natureza ou concepção de um produto.

Perdas decorrentes de danos ou prejuízos causados a activos físicos por catástrofes naturais ou outros acontecimentos.

Perdas decorrentes da perturbação das actividades comerciais ou de falhas do sistema.

Perdas decorrentes de falhas no processamento de operações ou na gestão de processos, bem como das relações com contrapartes comerciais e vendedores.

CATEGORIAS DE EVENTOS DE RISCO OPERACIONAL

Durante o quarto trimestre do ano em curso foram realizados seis workshops sobre o reporte de eventos de risco operacional em várias províncias do país para três Direcções Regionais Comerciais.

Indicadores-chave de risco (KRI):

Os KRIs são indicadores de monitorização do risco definidos por processo, para ajudar a rápida detecção de potenciais perdas. Funcionam como alarmes, avisando que alguma coisa não está a correr como esperado, ou orientam a antecipação de riscos que estão na iminência de ocorrer. Chamam a atenção para situações da actividade do Banco em geral que, pelo facto de possuírem correlação positiva com a exposição ao risco, o aumento dos indicadores corresponde ao aumento do risco operacional.

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Matriz Integrada de Risco Operacional (MIRO):

Na MIRO, a avaliação inicial é efectuada com base em três factores que resultarão no Número de Prioridade do Risco (NPR), sendo o impacto do evento (I), a probabilidade de ocorrência (O) e a probabilidade de surpresa (S) ou o grau de habilidade de detecção do risco.

O valor do NPR situa-se entre 1 - 8.000, tendo uma relação positiva com o nível de risco operacional, uma vez que quanto maior o valor NPR, maior o nível de risco operacional do Banco. Tendo em conta o valor do NPR, o risco pode ser classificado por baixo, médio baixo, médio, médio alto e alto. É nesta fase que o risco implícito é determinado.

A avaliação final é realizada em conjunto com o dono do processo, sendo julgada a relação entre a probabilidade de ocorrência e consequência dessa exposição ao risco, caso se materialize, e a qualidade dos controlos. Os controlos podem ser fortes, satisfatórios, requerer melhorias, deficientes e muito deficientes. A diferença entre o risco implícito e a qualidade dos controlos corresponde ao risco residual.

A figura a seguir apresenta a distribuição dos riscos mapeados por categorias de risco operacional, sendo a categoria “execução, entrega e gestão de processos” a que mais ocorre nos diferentes riscos identificados:

4%

76%

2%

2% 8%

7%

1% Fraude Interna

Fraude Externa

Práticas em matéria de emprego e segurança no local de trabalho

Danos ocasionados a activos físicos

Perturbação das actividades comerciais e falhas do sistema

Clientes, produtos e práticas comerciais

DISTRIBUIÇÃO DOS RISCOS POR CATEGORIAS DE RISCO OPERACIONAL

06GESTÃO

DO RISCO

O VALOR DO NPR SITUA-SE ENTRE 1 - 8.000, TENDO

UMA RELAÇÃO POSITIVA COM O NÍVEL DE RISCO

OPERACIONAL

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

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Plano de Continuidade de Negócio

Nos termos dos pontos nº 1 e 2 do artigo 15, do Aviso nº 2/2013 de 19 de Abril do BNA, o BAI desenvolveu um programa para a implementação do Plano de Continuidade de Negócio (PCN), com o objectivo de assegurar o funcionamento contínuo do negócio, bem como a mitigação dos prejuízos envolvidos, em consequência de um evento adverso que comprometa a realização regular das suas actividades. O PCN abrange, entre outros a:

• Estrutura de governo; • Definição dos respectivos processos e meios tecnológicos de suporte; • Formalização e promoção da adopção de procedimentos de resposta adequados.

Segurança electrónica, patrimonial e da informação

Para garantir a segurança da informação, electrónica e patrimonial, o Banco dispõe do Gabinete de Segurança Integrada (GSI). A área de segurança patrimonial foi integrada no Gabinete em 2016 tendo como objectivo assegurar o relacionamento com as empresas externas de segurança e supervisionar o seu desempenho, assegurar o controlo de acessos de pessoas e bens nas instalações, bem como a protecção do transporte e abastecimento de valores pelos diferentes canais; e promover a disseminação de uma cultura de segurança no Banco.

A gestão da segurança da informação é objecto de revisão pelo GSI com uma periodicidade mínima anual ou sempre que se verifiquem alterações significativas, de forma a aferir sobre a sua adequabilidade e eficácia. No decurso desta revisão pode resultar a identificação de não conformidades, procedendo-se à elaboração de um plano de acção para a sua resolução, bem como oportunidades de melhoria. Durante o ano de 2016 foram realizados 108 controlos sobre a política, os processos e os procedimentos de segurança da informação.

PARA GARANTIR A SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO, ELECTRÓNICA E PATRIMONIAL, O BANCO DISPÕE DO GABINETE DE SEGURANÇA INTEGRADA (GSI). A ÁREA DE SEGURANÇA PATRIMONIAL FOI INTEGRADA NO GABINETE EM 2016.

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A gestão do risco de compliance é assegurada pela Di-recção de Compliance (DCL), que depende hierárqui-ca e funcionalmente do Conselho de Administração (CA) sendo a sua actuação de âmbito nacional de acor-do com a natureza específica das atribuições que lhe são acometidas, podendo esta actuação ser extensível ao grupo financeiro no quadro de tarefas relacionadas com o Controlo Interno e a Governação Corporativa. A DCL reporta trimestralmente à Comissão de Controlo Interno (CCI).

A DCL foi recentemente restruturada, com vista a (i) adequar os processos de Compliance face ao estabe-lecido no Plano Estratégico do BAI (Gestão de risco e controlo interno), (ii) responder às exigências internas e externas de fortalecimento do controlo interno apli-cáveis ao combate do BC e FT com a função Financial Crime Compliance, e (iii) garantir o tratamento eficiente de informação que permita uma acção proactiva sobre ocorrências de várias naturezas nas unidades de estru-tura e bancos correspondentes.

06.5RISCO DE COMPLIANCE

DIRECÇÃODE COMPLIANCE

(DCL)

DEPARTAMENTO DE CONFORMIDADE

REGULAMENTAR(RCL)

DEPARTAMENTODE MONITORIZAÇÃODE TRANSACÇÕESECLIENTES(RMO)

DEPARTAMENTODEANÁLISE

EINVESTIGAÇÃO(RAI)

ORGANOGRAMA DA DCL

06GESTÃO

DO RISCO

PRINCIPAIS DESENVOLVIMENTOS EM 2016:

• Restruturação da função de Compliance;

• Elaboração da Política de Prevenção e Detecção do Branqueamento de Capitais, Financiamento do Terrorismo e do

Cumprimento de Sanções;

• Elaboração dos procedimentos de diligência simples - Customer Due Diligence (CDD) e Diligência Reforçada –

Enhanced Due Diligence (EDD);

• Elaboração dos procedimentos de comunicação de operações suspeitas;

• Início da implementação de um workflow de abertura de conta, para automatização do processo de abertura de conta;

• Inserção de nível de risco de compliance nas contas;

• Análise de Conformidade de Operações sobre o Estrangeiro;

• Workshops sobre temas de compliance para os clientes do Banco nos sectores de Oil and Gas e importadores de bens

alimentares;

• Resposta ao Questionário de Autoavaliação em matéria de BC e FT;

• Elaboração do Relatório sobre a Governação Corporativa e o Sistema de Controlo Interno individual e do Grupo

Financeiro.

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

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A DCL é composta por uma equipa de 11 colaboradores. Esta estrutura é complementada pela figura do “Agente de Compliance” que actua como uma extensão da DCL ao nível das áreas comerciais (Rede de retalho, Centros de Serviços Premium e Centros de Atendimento a Empresas), Direcção de Operações (DOP) e Direcção da Banca Electrónica (DBE), para assegurar o cumprimento integral das normas internas e externas nas áreas onde estão inseridos.

O âmbito e as funções-chave de cada um dos Departamentos são essencialmente as seguintes:

DEPARTAMENTO DE CONFORMIDADE REGULAMENTAR

DEPARTAMENTO DEANÁLISEE INVESTIGAÇÃO

DEPARTAMENTO DE MONITORIZAÇÃO DE TRANSACÇÕES E CLIENTES

Assegurar o planeamento, execução, supervisão e reporte do cumprimento do quadro regulamentar não associado às medidas de combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo do banco.

Efectuar a análise e investigação de operações numa base consolidada para efeitos de reporte às autoridades competentes, internas ou externas, bem como prestar suporte às áreas de negócio na análise de conformidade das operações.

Assegurar o cumprimento efectivo de processos e procedimentos relacionados com abertura e manutenção de contas, bem como a monitorização efectiva de todas as transações originadas no banco ou recebidas contra os riscos de compliance e de reputação do ponto de vista de BC/FT.

Modelo de gestão do risco de compliance

O modelo adoptado pelo banco para gestão do risco de compliance, assenta sobre cinco pilares fundamentais por forma a assegurar um cumprimento legal e regulamentar das disposições aplicáveis, assim como assegurar uma mitigação adequada dos riscos. O modelo tem enfoque nas áreas maiores tomadoras de risco para o Banco nomeadamente, as áreas comerciais, a Direcção de Operações e a Direcção da Banca Electrónica.

COMPLIANCE

POLÍTICAS EPROCEDIMENTOS

SISTEMASFORMAÇÃO

REPORTE PROGRAMAKYC

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À gestão de risco de compliance é dado um especial enfoque à legislação e regulamentação referente à prevenção do BC e FT.

Foi revista, em 2016, a Política de Prevenção e Detecção do Branqueamento de Capitais e do Financiamento ao Terrorismo e do Cumprimento de Sanções, que define as linhas orientadoras para as medidas preventivas de BC e FT, bem como o cumprimento de sanções internacionais.

Esta política aplica-se a todos os colaboradores do BAI. As suas filiais, subsidiárias e participadas têm obrigação de cumprir com a legislação e regulamentação aplicável no país em que operam ou esta política, no que for mais exigente.

Em complemento do Manual “Conheça o Seu Cliente”, foram igualmente actualizados os Procedimentos de Diligência que visam definir os procedimentos aplicáveis no quadro de uma Diligência Simples - Customer Due Diligence (CDD) ou uma Diligência Reforçada – Enhanced Due Diligence (EDD).

No quadro da monitorização do cumprimento das obrigações de reporte ao BNA, à UIF e aos demais stake-

holders, a Direcção de Compliance prepara os seguintes documentos:• Relatório mensal sobre o cumprimento dos reportes

para o BNA e UIF;• Relatório diário sobre o cumprimento de procedimentos

relacionados com a movimentação de contas em numerário;

• Relatório Trimestral sobre o cumprimento dos proce-dimentos relacionados com a abertura de contas;

• Relatório Trimestral sobre a actividade desenvolvida;• Relatório anual sobre a Função Compliance;• Questionário de Auto-avaliação do BNA;• Relatório de Governação Corporativa e Sistema de

Controlo Interno Individual e do Grupo Financeiro.

No âmbito da abertura, manutenção e movimentação de contas bancárias, além de se terem definido proce-dimentos de aceitação de clientes, é também efectuada uma avaliação do perfil qualitativo do risco dos clientes e definidos mecanismos e procedimentos de controlo instituídos para a mitigação dos riscos identificados de forma eficaz.

Os níveis de risco de BC e FT do cliente obedecem às seguintes directrizes:

CLIENTE DE RISCO BAIXO

Apenas os clientes definidos por lei, nomeadamente: (i) o Estado ou uma pessoa colectiva de direito público, de qualquer natureza, integrada na administração central, provincial ou local: (ii) uma autoridade ou organismo público, sujeito a práticas contabilísticas transparentes e a fiscalização - aplicam-se os procedimentos de diligência simplificada.

CLIENTE DE RISCO NORMAL

Todos os clientes que não se enquadram nos níveis de risco baixo ou elevado aplicam-se os procedimentos de diligência normal.

CLIENTE DE RISCO ELEVADO

Clientes definidos por lei, como por exemplo pessoas politicamente expostas (PEP), organizações sem fins lucrativos; e outros clientes identificados pelo Banco como tendo perfil de risco elevado aplicam-se os procedimentos de diligência reforçada.

CLIENTE DE RISCO INACEITÁVEL

Clientes definidos por lei, como por exemplo bancos de fachada, e outros clientes identificados pelo Banco como sendo de risco inaceitável - a relação de negócio não deve ser estabelecida ou se existente, deve ser terminada.

06GESTÃO

DO RISCO

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

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Modelo orgânico e funcional implementado em sede de prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento ao terrorismo

A Direcção de Compliance é a componente fundamental do sistema de combate ao BC e FT, mas não actua fora de um sistema de prevenção onde, da base ao topo, estão devidamente definidas as funções e tarefas conforme mapa em baixo:

• O CA define políticas de risco e linhas orientadoras de actuação do DCL;• A CCI é o órgão supervisor da função de compliance; • A CE é o órgão de gestão do Banco responsável (no âmbito das suas atribuições) pela autorização de abertura de

contas quando o risco de Compliance for elevado, bem como pelo acompanhamento da actividade comercial;• A DCL implementa e monitoriza os processos de prevenção do BC e FT bem como a supervisão do cumprimento e a

correcta aplicação e éticas, das recomendações e orientações emitidas pelas entidades supervisoras competentes;• As áreas de negócio e de suporte (DOP e DBE) actuam como extensão da DCL para assegurar o cumprimento

integral das normas internas e externas.

A DCL IMPLEMENTA E MONITORIZA OS PROCESSOS DE PREVENÇÃO DO BC E FT BEM COMO A SUPERVISÃO DO CUMPRIMENTO E A CORRECTA APLICAÇÃO E ÉTICAS.

CA

CE

DCL

UNIDADES DE NEGÓCIO

E DE SUPORTE

COMBATE BC E FT

CCI

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PROFISSIONALISMO É TRATAR CADA CLIENTE COMO UM PARCEIRO DE NEGÓCIOS

07CAPITAL HUMANO

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

106

O BAI aspira posicionar-se como uma referência incontornável no mercado de trabalho em Angola, proporcionando a melhor experiência bancária aos seus Clientes, de acordo com a Visão BAI 2021.

Em 2016, deu-se início a um conjunto de alterações ao modelo organizativo tendo por objectivo permitir um melhor posicionamento da actuação da função e do alinhamento com todas as demais iniciativas no âmbito do Plano Estratégico do Banco. Neste sentido, foi alterada a designação da então Direcção de Recursos Humanos (DRH) para Capital Humano (DCH) e procedeu-se a uma restruturação funcional, tendo passado a comportar três departamentos cujas actividades estão divididas i) nas iniciativas de recrutamento, formação, desenvolvimento e gestão de carreiras (front office), ii) na concepção de políticas, procedimentos, estudos, métricas de desempenho e relatórios da gestão do Capital Humano (Middle Office), e iii) nas actividades de gestão operacional, quer na componente dos sistemas de informação como na gestão e processamento corrente dos benefícios e toda a componente administrativa (back office).

Neste processo de adequação, um marco notável foi a eliminação dos vários canais de contacto com os “clientes internos” passando a DCH a ter um canal único – o “Atendimento DCH”, que permitiu uma maior eficiência no controlo da informação recebida e do feedback aos vários temas colocados à Direcção. Este feito permitiu igualmente melhorar os tempos de resposta, a qualidade da informação prestada e, sobretudo, reduzir significativamente o uso do papel.

Foi feito um inquérito sobre a satisfação dos serviços prestados pela Direcção, tendo o índice global se situado em 3,6 numa escala de 0 a 5, despertando a necessidade para a sua melhoria, por via de uma atitude mais proactiva, que está a ser consolidada através da introdução do conceito de “parceiros, próximos e profissionais” e da criação da figura do “Business Partner”, cujo objectivo é o de assegurar maior proximidade da Direcção junto de todos os colaboradores do Banco.

No período em análise, foram feitos ajustamentos pontuais e tomadas medidas de adequação de algumas rubricas remuneratórias complementares, sobretudo ao nível dos subsídios, conferindo maior objectividade à

sua atribuição. Neste mesmo ano, procedeu-se a dois ajustamentos salariais de 10% cada um, com o objectivo de contribuir para o esforço de minimização da perda do poder de compra dos colaboradores.

Destaca-se ainda a realização do I Fórum de Recursos Humanos, com o objectivo de abordar temas de interesse comum ao nível das empresas participadas do BAI, partilhar ideias e trocar informações sobre os procedimentos em vigor em cada uma das instituições e estudar bases para uma eventual implementação da gestão integrada da função de recursos humanos.

Um marco incontornável na acção da DCH no ano de 2016 foi ainda o lançamento do Programa de Transformação Cultural, tendo como elementos chave a elaboração, disseminação e apropriação do Manual de Cultura Organizacional. Assim, prevê-se a realização de acções com vista ao reforço da cultura de excelência de serviço, da comunicação, da valorização, da eficiência e rigor e da liderança – como não podia deixar de ser. O Manual não deixará de fazer igualmente uma incursão em temas candentes como a história, a marca, a assinatura, a Missão, a Visão e os Valores do Banco.

Pretende-se, deste modo, lançar as bases para o estabelecimento de uma nova forma de estar na organização, privilegiando um atendimento de qualidade, uma prestação de serviços de alto nível e em perfeita harmonia com princípios de meritocracia e valorização do talento.

A DCH participou nas sessões de auscultação dos técnicos das diferentes áreas dos serviços centrais do Banco que serviram de antecâmara para avaliação do clima organizacional e através das quais se adoptaram algumas medidas internas para prevenir e corrigir situações que colocavam em perigo o bom ambiente laboral.

No domínio da formação e capacitação foi prestada uma atenção especial à equipa de profissionais que assegurará os serviços ao novo segmento de clientes Affluent, com a adopção de um programa de formação específico.

Por outro lado, foi criada uma bolsa de formadores internos que foi igualmente alvo de uma acção de formação de certificação. De resto, o grande objectivo neste domínio será o estabelecimento de um novo paradigma no capítulo

BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

07.1

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107

07CAPITAL

HUMANO

da formação, com a adopção de métodos de formação mais eficazes, sobretudo com a introdução massiva do e-learning e do on-the-job training.

Ainda em 2016, assistiu-se à inauguração do Posto Médico na Torre BAI, com a presença de um médico com condições de realizar exames laboratoriais de patologias diversas. Admissão versus mobilidade interna

Em 2016, a estratégia do Banco em termos de política de recrutamento baseou-se principalmente na mobilidade interna, em detrimento da admissão de novos quadros, impulsionando deste modo, as oportunidades de crescimento aos colaboradores, bem como o estímulo a uma atitude constante de autodesenvolvimento. No final de 2016, o Banco contava com um total de 1.943 colaboradores, representando uma diminuição de 3% em

termos líquidos face ao ano anterior, correspondente a 69 rescisões contratuais, principalmente por iniciativa própria e despedimento disciplinar, e à admissão de 8 novos colaboradores para atender às necessidades identificadas e que não puderam ser preenchidas por meio de recrutamento interno (sobretudo na área de tecnologias de informação). A taxa de rotação reduziu para 2,0% em 2016 devido à redução das novas admissões no ano, uma vez que o número de rescisões foi sensivelmente o mesmo.

Em termos de distribuição dos colaboradores por áreas, 62% estão afectos a área de negócio, tendo havido uma redução de 3 p.p face a 2015, explicado pelas rescisões contratuais e transferência de colaboradores para os serviços centrais através do recrutamento interno. Como resultado, a percentagem de colaboradores afectos às áreas de suporte e controlo aumentaram, respectivamente, 2 p.p (para 34%) e 1 p.p. (para 4%).

NÚMERO DE COLABORADORES E TAXA DE ROTAÇÃO

2014

7,0%

2.000

2015

2.004

3,3%

2016

1.943

Taxa de rotação

2500

2000

1500

1000

500

0

6%

4%

2%

0%

1,9%

DISTRIBUIÇÃO POR ÁREA

2014

3% 3% 4%

65% 65% 62%

2015 2016

100%

50%

0

32% 32% 34%

Controlo Suporte Negócios

NO FINAL DE 2016, O BANCO CONTAVA COM UM TOTAL DE 1.943 COLABORADORES

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

108

Em 31 de Dezembro de 2016, a distribuição dos colaboradores por unidades de estrutura funcional é apresentada da seguinte forma:

Unidade de Estrutura Sigla Responsável Categoria Total

Órg

ãos

soci

ais

Sup

orte

Con

trol

o

Neg

ócio

Tota

l

Conselho de Administração

Conselho Fiscal

Secretariado da Comissão Executiva

Gabinete de Segurança Integrada

Gabinete de Serviços Premium

Gabinete de Estudos Económicos e Financeiros

Direcção de Compliance

Direcção de Planeamento Controlo

Direcção de Gestão do Risco

Direcção Auditoria Interna

Unidade de Négocios de Pagamentos Digitais

Unidade de Négocios de Correspondente Bancário

Direcção da Banca de Retalho

Direcção Regional Norte

Direcção Regional Luanda - Bengo

Direcção Regional Centro

Direcção Regional Sul

Direcção de Empresas e Instituições

Direcção de Empresas e Instituições

Direcção da Banca Electrónica

Direcção de Crédito Especializado

Direcção de Mercados Financeiros

Direcção de Operações

Direcção de Análise de Crédito

Direcção de Recuperação de Crédito

Direcção de Capital Humano

Direcção Serviços Gerais

Direcção de Contabilidade e Finanças

Direcção de Sistemas de Informação

Direcção de Marketing e Comunicação

Direcção de Organização e Qualidade

Direcção Jurídica e Contencioso

Direcção de Tesouraria e Custódia

Direcção de Pequenas e Médias Empresas

Outros (Associadas BAI)

(1) Total Dezembro de 2016

(2) Total Dezembro de 2015

(3) Total Dezembro de 2014

(1)-(2) Variação

CA

CF

SCE

GSI

GSP

GEF

DCL

DPC

DGR

DAI

UPD

UCB

DBR

DRN

DRLB

DRC

DRS

DEI

DEI

DBE

DCE

DMF

DOP

DAC

DRC

DCH

DSG

DCF

DSI

DMC

DOQ

DJC

DTC

DPME

José Paiva

Júlio Sampaio

Sandra Santos

N´vunda Ferreira

Nzola Rangel

Diogo Silva

Ulanga Martins

Francisco Figueira

António Buta

Luís Fernandes

Helena Faria

Helena Faria

Raquel Gourgel

Feliciano Tavares

Petra Mangueira

Carlos Gonçalves

José C. Manuel

Jorge Almeida

Paulo Assis

Antónia Cardoso

João Lourenço

Calisto Ebo

Irisolange Verdades

Gisela Fonseca

Paula Lélis

Tavares Cristóvão

Lucamba Magalhães

Juvelino Domingos

Nuno Veiga

Fábio Correia

Diala Monteiro

Alexandre Morgado

Eduardo Rodrigues

Jorge Silva

PCA

Presidente

Chefe

Director

Director

Assessor

Director

Director

Director

Director

Coordenadora interina

Coordenadora

Director Coordenador

Director

Directora

Director

Director

Director Coordenador

Director

Director

Director

Director interino

Directora

Director

Director

Director

Director

Director

Director

Director

Director

Director

Director

Director

13

4

17

13

11

4

1%

13

11

9

12

23

68

53

53

15

3%

8

3

2

3

5

36

7

4

9

16

57

11

16

67

23

33

29

127

17

67

23

22

9

39

5

14

652

644

639

8

34%

16

2

3

188

604

156

128

109

1.206

1.294

1.297

-88

62%

13

4

8

13

19

2

11

9

12

23

2

3

3

193

640

163

132

9

125

57

11

16

67

23

33

29

127

17

67

23

22

9

39

5

14

1.943

2.004

2.000

-61

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109

Em 31 de Dezembro de 2016, a idade média dos colaboradores foi de 35 anos. A estrutura etária era maioritariamente representada por colaboradores com mais de 35 anos idade, com 37% do total, apresentando este escalão o maior crescimento nos últimos 3 anos comparativamente aos restantes.

ESTRUTURA ETÁRIA

100%90%80%70%60%50%40%30%20%10%0%

2014 2015 2016

2014 2015 2016

De 31-35 anos

29%

29%

32%

Até 24 anos

5%

4%

2%

De 25-30 anos

36%

29%

35%

Mais de 35 anos

30%

37%

31%

A estrutura da antiguidade registou ligeiras alterações comparativamente a Dezembro de 2015, tendo os colaboradores com antiguidade de 2 a 4 anos mantido a maior representação, com 31% do total.

Em 2016, 20% dos colaboradores possuíam licenciatura concluída, enquanto 41% dos colaboradores possuíam o bacharelato ou frequência universitária e 32% dos colaboradores tinham concluído o ensino médio ou pré-universitário, não tendo havido alterações na estrutura comparativamente a 2015.

HABILITAÇÕES LITERÁRIAS

2014 2015 2016

50%

0

Bacharelato e frequência universitária

Mestrado e Doutoramento Pós-graduação

Ensino primário e secundário

Licenciatura

18%

41%39%

1% 1% 1%

37%41%

1%

20% 20%

1%1%

37%41%

Unidade de Estrutura Sigla Responsável Categoria Total

07CAPITAL

HUMANO

ANTIGUIDADE

24%23%

14%

5-7 anos

8-10 anos

2-4 anos

24%25%

27%

31%32%

31%

18%18%

13%

Mais de 11 anos

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35%

Até 1 ano3%3%

15%

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

110

PARTICIPANTES E NÚMEROS DE HORAS DE FORMAÇÃO POR ÁREAS

Acolhimentos a novos Colaboradores - - 827 71

Auditoria 90 4 19 4

Branqueamento de Capitais e Prevenção de Fraudes 795 115 5.119 556

Contabilidade e Análise Financeira 3.383 494 5.005 345

Ética e Deontologia Bancária 2.389 1.561 379 99

Gestão da Actividade Comercial 4.310 368 - -

Gestão de Processos 2.745 329 - -

Gestão de Recursos Humanos 2.655 97 8.849 1.423

Gestão de Risco 810 35 4.540 195

Gestão Patrimonial - - - -

Legislação Tributária e Contributiva 812 155 594 75

Liderança e Gestão de Equipas 770 71 1.295 37

Línguas 4.540 221 6.600 167

Mercados Financeiros 56 11 6.701 248

Operações e Técnicas Bancárias 11.995 982 21.788 664

Pensamento Crítico: Raciocínio Lógico e Numérico 2.464 74 10.760 307

Pós-Graduação - Gestão Bancária - - 365 1

Produtos e Serviços bancários 7.561 845 1.448 276

Qualidade de Serviço ao Cliente - Atendimento 8.729 2.449 3.430 204

Sistemas Informáticos 2.172 152 4.850 174

Total Geral, do qual (por áreas) 56.274 7.963 82.568 4.846

Negócio 6.399 3.529

Suporte 1.228 916

Controlo 336 401

Nº deHoras

2016 2015

Nº deHoras

Nº deParticipantes

Nº deParticipantes

Em 2016, foram realizadas 266 acções de formação, das quais 97% foram efectivadas no país e 3% no exterior. Foram ministradas 56.274 horas de formação (menos 32% do que em 2015) para 7.963 participantes (mais 64% do que em 2015), tendo cada colaborador beneficiado em média de duas acções de formação no ano. Os custos com formação, incluindo os indirectos (relativos a alojamento, alimentação e outros), ascenderam a AKZ 287 milhões em 2016, tendo aumentado 14% em relação ao ano anterior.

Áreas de Formação

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111

O investimento nos incentivos à autoformação ascendeu aos AKZ 1,2 milhões em 2016, represen-tando uma redução de 58% quando comparado com o período homólogo, tendo beneficiado cinco colaboradores.

Para mitigar as dificuldades de deslocação (distância, horários e estacionamento) dos colaboradores, o BAI tem disponibilizado, desde 2014, um serviço de transporte

colectivo, abrangendo, actualmente, 97 colaboradores residentes na Província de Luanda.

Ao nível dos cuidados de saúde, os colaboradores dispõem de um seguro de saúde, cuja cobertura é abrangente ao agregado familiar de acordo com critérios definidos. De forma complementar ao seguro de saúde, o Banco passou a dispor de um posto saúde de trabalho na sede, conforme referido anteriormente.

2014 2015

Custos Directos Custos Indirectos

2016

94

193

201

113

116

69

(AKZ MILHÕES)

CUSTOS COM FORMAÇÃO

Autoformação 2014 2015 2016 2015/2014 2016/2015

Nº de beneficiários, dos quais: 4 13 5 225% -62%

Rede Comercial 4 7 3 75% -57%

Serviços Centrais 0 6 2 0% -67%

Investimento (AKZ milhões) 2,0 2,8 1,2 43% -58%

07CAPITAL

HUMANO

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EFICIÊNCIA É DAR ATENÇÃO AOS MAIS PEQUENOS PORMENORES

08 ANÁLISE FINANCEIRA

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

114

Os resultados líquidos atingiram AKZ 49.741 milhões (+212,6%) quando comparado com o ano 2015 (AKZ 15.913 milhões). Este aumento reflecte principalmente:

(i) A melhoria da margem financeira devido ao aumento no valor dos investimentos em instrumentos de dívida de curto prazo e aumento das taxas de juro de crédito,

(ii) A recuperação de crédito abatido ao activo; e (iii) O aumento controlado dos custos administrativos.

08.1RESULTADOS

(AKZ MILHÕES)

RESULTADOS LÍQUIDOS

2015

15.913

2016

49.7413,1 X

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

Margem financeira 43.778 71.719 63,8%

Rendimentos de instrumentos de capital 20 49 148,4%Resultados de activos e passivos financeiros ao JV através dos resultados

232 2.693 1062,8%

Resultados cambiais 19.585 17.864 -8,8%Rendimentos de serviços e comissões 6.927 9.093 31,3%Outros resultados operacionais 2.277 -5.774 -353,6%

Produto da actividade bancária 72.819 95.644 31,3%

Custos com o pessoal -12.648 -14.405 13,9%Fornecimentos e serviços de terceiros -10.862 -12.732 17,2%Depreciações e amortizações do exercício -2.654 -3.431 29,3%

Custos administrativos -26.164 -30.568 16,8%

Imparidade para crédito a clientes líquida de reversões e recuperações -23.229 -16.231 -30,1%

Provisões líquidas de anulações -4.346 1.307 -130,1%Imparidade para outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações -1.353 716 -152,9%

Imparidade para outros activos líquida de reversões e recuperações -1.024 -60 -94,2%

Resultado antes de impostos de operações em continuação 16.703 50.807 204,2%

Impostos diferidos activos -790 -1.066 34,9%

Resultado líquido individual do exercício 15.913 49.741 212,6%

OS RESULTADOS LÍQUIDOS ATINGIRAM AKZ 49.741

MILHÕES (+212,6%) QUANDO COMPARADO

COM O ANO 2015

Milhões de AKZDez. 2015Proforma Dez. 2016

∆% 2015/2016

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08 ANÁLISE

FINANCEIRA

115

Produto bancário

O produto bancário cifrou-se em AKZ 95.644 milhões, correspondendo a um aumento de 31% comparativamente a 2015, suportado pela evolução da margem financeira.

A margem financeira ascendeu a AKZ 71.074 milhões, mais 62% relativamente a 2015, principalmente decorrente do aumento do investimento em Bilhetes do Tesouro e do aumento das respectivas taxas de juro, do aumento das taxas de juro do crédito devido à evolução da Luibor e da gestão adequada dos spreads dos passivos.

Os rendimentos de serviços e comissões cifraram-se em AKZ 9.681 milhões, 40% acima do valor registado no período homólogo, resultado do aumento do volume de cartas de crédito, no preçário em geral e no volume de arrecadação de impostos.

Os resultados de negociação de instrumentos financeiros aumentaram de AKZ 232 milhões em 2015 para AKZ 2.693 milhões em 2016 resultante do aumento da actividade no Mercado de Bolsa de Títulos do Tesouro (MBTT).

Os resultados cambiais situaram-se em AKZ 17.864 milhões que compara com AKZ 19.585 milhões no período homólogo, reflectindo o impacto da menor desvalorização da moeda nacional (23% em 2016 contra 32% em 2015) sobre a posição cambial e os activos e passivos indexados

à moeda estrangeira em 2016, a redução do volume total de venda de moeda estrangeira em 12% em termos de USD, e o aumento do spread cambial médio.

Os outros resultados operacionais foram negativos em AKZ 5.774 milhões no ano devido aos custos com Impostos e taxas não incidentes sobre o resultado (cerca de AKZ 5.268 milhões), principalmente no imposto de aplicação sobre os capitais (IAC) e com perdões de dívida (AKZ 4.700 milhões).

No final de 2016, o investimento médio em instrumentos financeiros que geram retorno para o Banco situou-se em AKZ 925.189 milhões, registando um aumento de AKZ 115.741 milhões (+14%) comparativamente à média registada no ano de 2015. O aumento dos juros e rendimentos similares decorrente da estratégia de investimentos em activos com maiores oportunidades de retorno e o crescente aumento das taxas dos instrumentos financeiros, implicou o aumento destes proveitos em AKZ 36.310 milhões, situando-se em AKZ 92.579 milhões no final de 2016.

O esforço de captação e de manutenção da carteira de depósitos associado ao aumento das taxas de juro passivas resultou no aumento do custo com depósitos, tendo o passivo financeiro médio apresentado um crescimento de 21,4% atingindo AKZ 439.875 milhões e as taxas de juro médias destes instrumentos passaram de 3,4% em 2015 para 4,7% em 2016.

2015

Resultados de activos e passivos financeiros ao JV através dos resultados

Outros resultados operacionais

Rendimentos de serviços e comissões Margem financeira

Resultados cambiais

(AKZ MILHÕES)

PRODUTO BANCÁRIO

2016

43.778

2.2776.927

-5.774

71.073

17.864

19.585

9.681

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

116

A margem unitária de intermediação – definida como a margem da taxa de juro da carteira de crédito e o custo dos depósitos – melhorou 1,3 p.p. de 5,7% em 2015 para 7,0% em 2016.

Custos administrativos

Os custos administrativos – custos com pessoal, fornecimento e serviços de terceiros e as amortizações e depreciações – registaram um aumento homólogo de 16,8% (+AKZ 4.404 milhões).

Os custos com fornecimentos de terceiros ascenderam a AKZ 12.732 milhões, mais 17% relativamente ao ano anterior, principalmente explicado pelo aumento dos custos com serviços de consultoria especializada de informática e campanhas de publicidades. Os custos com amortizações e depreciações ascenderam aos AKZ 3.431 milhões devido ao início da utilização do novo edifício Sede (Torre BAI).

(AKZ MILHÕES)

CUSTOS ADMINISTRATIVOS

Dez. 2015

Fornecimentos e serviços de terceiros

Custos com o pessoal Depreciações e amortizações do exercício

Dez. 2016

12.648

26.164

2.654

10.862

30.568

14.405

12.732

3.431

Activo Financeiro 809.448 7,0% 925.189 10,0% 14,3%

Aplicações em BC e outras Instituições 132.355 1,5% 62.735 4,6% -52,6%

Aplicações em títulos e valores mobiliários 323.689 6,7% 499.035 9,4% 54,2%

Crédito 353.404 9,1% 363.419 11,8% 2,8%

Outros activos 288.233 305.844 6,1%Activo Líquido Médio 1.097.681 1.231.033 12,1% Passivo Financeiro 362.202 3,4% 439.875 4,7% 21,4%

Depósitos a prazo 350.293 3,5% 424.813 4,8% 21,3%Recursos de BC e de outras instituições de crédito 11.909 2,9% 15.062 2,0% 26,5%

Outros passivos 617.770 645.706 4,5%Passivo Médio 979.973 1.085.581 10,8%Total de Fundos Próprios Médios 117.708 145.452 23,6% Total do Passivo e Fundos Próprios Médios 1.097.681 1.231.033 12,1%

As taxas médias do activo e passivo financeiro correspondem ao quociente entre os proveitos ou custos pelos activos ou passivos que lhes dão origem

Valores em milhões de AKZ, excepto percentagens

2015Proforma

TaxasMédias

∆% 2015/2016

TaxasMédias

2016

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117

Os custos com o pessoal totalizaram AKZ 14.405 milhões no final de 2016, tendo aumentado 14% (AKZ 1.757 milhões) relativamente ao exercício de 2015, devido aos aumentos salariais que o Banco realizou em 2016 para minimização da perda do poder de compra dos colaboradores (10% no início do segundo semestre e 10% no início do último trimestre do ano).

O número de colaboradores ascendeu a 1.943 no final do ano, tendo-se registado uma redução líquida de 61 colaboradores no ano (ver análise no capítulo sobre o Capital humano).

Eficiência

O aumento tanto da margem financeira como da margem complementar, associado ao crescimento moderado dos

custos administrativos, conduziu à melhoria do rácio cost to income em 3,9 pontos percentuais no ano, tendo reduzido de 35,9% em 2015 para 32,0% em 2016.

Imparidade para crédito

O Banco reconheceu custos com imparidade para crédito a clientes líquida de reversões e recuperações no montante de AKZ 16.231 milhões, representando uma redução de 30,1% face ao registo do período homólogo. A redução deveu-se à recuperação de crédito e aos juros abatidos ao activo, mais AKZ 8.360 milhões comparativamente a 2015, uma vez que a dotação de imparidade no ano aumentou AKZ 1.362 milhões, para AKZ 25.666 milhões. A imparidade para crédito líquida em 2016 representou 6,1% do saldo médio do crédito, a mesma percentagem verificada no ano anterior.

(AKZ MILHÕES)

IMPARIDADE PARA CRÉDITO

2015 2016

Imparidade para crédito líquida (custo)

Dotação do exercício líquida de reversões (custo)

Imparidade para crédito sobre o crédito

Recuperação de créditos e juros (proveito)

30,000

20,000

10,000

1000

0

-10,000

24.30323.229 25.666

16.232

-9.434

3,8%

5,8%

-1.074

O BANCO RECONHECEU CUSTOS COM IMPARIDADE PARA CRÉDITO A CLIENTES LÍQUIDA DE REVERSÕES E RECUPERAÇÕES NO MONTANTE DE AKZ 16.231 MILHÕES.

08 ANÁLISE

FINANCEIRA

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

118

O activo total situou-se em AKZ 1.365.685 milhões no final de 2016, mais 24,6% comparativamente ao ano de 2015, repercutindo o efeito do aumento da carteira de investimentos em activos detidos até à maturidade, o aumento das disponibilidades em moeda estrangeira junto do Banco Central, bem como o aumento de aplicações em instituições de crédito no estrangeiro. Os recursos de clientes e outros empréstimos aumentaram 21,1% principalmente devido ao aumento da captação de depósitos em moeda nacional e ao efeito da desvalorização do Kwanza em 23% sobre os depósitos em moeda estrangeira.

08.2BALANÇO

BALANÇO PATRIMONIAL

Caixa e disponibilidades 184.289 219.527 19,1%

Aplicações em BC e outras instituições 47.971 77.499 61,6%

Activos financeiros ao justo valor através de resultado 13.232 13.696 3,5%

Activos financeiros disponíveis para venda 67.043 19.057 -71,6%

Investimentos detidos até à maturidade 334.876 550.167 64,3%

Créditos a clientes 346.974 379.864 9,5%

Investimentos em filiais, associadas

e empreendimentos conjuntos 7.261 7.976 9,8%

Activos Tangíveis e Intangíveis 50.198 50.316 0,2%

Activos não correntes detidos para venda 16.338 15.681 -4,0%

Outros activos 28.200 31.902 13,1%

Recursos de clientes e outros empréstimos 939.007 1.137.304 21,1%

Recursos de BC e de outras

instituições de crédito 13.532 16.592 22,6%

Outros passivos 13.684 36.610 167,5%

Provisões 6.745 7.689 14,0%

Fundos próprios 123.414 167.490 35,7%

Total do Activo 1.096.382 1.365.685 24,6%

Total do Passivo e Fundos Próprios 1.096.382 1.365.685 24,6%

A estrutura do activo foi significativamente alterada pelo aumento das aplicações em instrumentos de dívida de curto prazo, o seu peso sobre o total do activo aumentado de 38% em 2015 para 53% em Dezembro 2016, implicando a redução do peso do crédito de 32% em 2015 para 28% em Dezembro 2016.

Valores em milhões de AKZDez. 2015Proforma Dez. 2016

∆% 2015/2016

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119

Crédito a clientes

O crédito bruto aumentou AKZ 52.121 milhões (13%) em Dezembro 2016, influenciado pelo efeito da des-valorização do Kwanza sobre o crédito em moeda es-trangeira e o aumento do crédito em moeda nacional em AKZ 16.059 milhões (7%), o qual foi principalmen-te aplicado no sector privado (o crédito ao Estado au-mentou AKZ 1.400 milhões). O crédito em moeda es-trangeira teve uma redução de 4% em termos de USD, em parte explicada pela conversão de reembolsos de crédito para AKZ.

Os créditos e juros vencidos1 atingiram AKZ 33.081 mi-lhões, tendo registado um aumento de 8% relativamente

1 - O conceito de crédito vencido inclui há mais de 30 dias e considera a totalidade do crédito, vencido e vincendo.

a Dezembro 2015, com maior incidência no crédito venci-do até 90 dias (crescimento de 34%).

O saldo de perda por imparidade da carteira de crédito a clientes aumentou em AKZ 19.231 milhões relativamente a 2015, situando-se em AKZ 68.847 milhões em Dezembro de 2016, refletindo o agravamento do risco da carteira de crédito. Como consequência do aumento das perdas por imparidade superior ao do crédito, o peso da imparidade sobre o crédito aumentou de 12,5% em Dezembro de 2015 para 15,3% em Dezembro de 2016.O rácio do crédito sobre depósitos situou-se em 33,4%, no final de 2016 menos 2,6 p.p. que o registado em 2015 in-fluenciado pelo aumento dos depósitos ter sido superior ao aumento do crédito.

ESTRUTURA DO ACTIVO

Aplicações em BC e outras InstituiçõesOutros activos

Créditos a clientes Caixa e Disponibilidades

Aplicações em títulos e outros instrumentos financeiros

Dez. 2015

4%17%

38%

32%

3%100%

75%

50%

25%

0Dez. 2016

53%

35%

2%

7%

20%

(AKZ MILHÕES)CRÉDITO

2015 2016 2015 /2016

Crédito MN − em AKZ 215.534 231.593 7%

Crédito ME− em AKZ 181.057 217.118 20%

396.590 448.711 13%

Crédito ME− em USD 1.338 1.309 - 2%

Dez. 2016- 68.847

415.630

33.081600.000

400.000

200.000

0

-200.000

Perdas por imparidade

Crédito Crédito vencido

Dez. 2015

- 49.616

365.849

30.741

08 ANÁLISE

FINANCEIRA

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Aplicações em títulos e valores mobiliários

A carteira de títulos e valores mobiliários encontram-se segmentados nas categorias de activos financeiros mantidos para negociação, activos financeiros disponíveis para venda e investimentos detidos até a maturidade. No seu conjunto, estes activos ascenderam aos AKZ 582.919 milhões em 2016, correspondente a um aumento de 40% comparativamente a 2015. O aumento da carteira foi influenciado (i) pela aquisição de BT classificado em investimentos detidos até a maturidade, (ii) pelo vencimento de obrigações do tesouro, e pela (iii) desvalorização do Kwanza em 23%.

(AKZ MILHÕES)APLICAÇÕES EM TÍTULO E VALORES MOBILIÁRIOS

2015 2016

334.876

67.04313.232

13.696415.150

582.919

415,630

550.167

19.057

Disponíveis para vendaInvestimentos detidos até à maturidade

Mantidos para negociação

Disponibilidades e aplicações no banco central e outras instituições de crédito

As disponibilidades situaram-se em AKZ 219.268 milhões, representando um aumento de AKZ 34.984 milhões (+19%) relativamente a 2015, explicado sobretudo pelo aumento das disponibilidades no Banco Central em moeda nacional e estrangeira decorrente do aumento dos depósitos.As aplicações em outras instituições de crédito registaram um aumento de 62%, situando-se em AKZ 77.499 milhões (2015: AKZ 47.971 milhões). O aumento foi particularmente visível nas aplicações em instituições de crédito no estrangeiro resultantes da gestão prudente da moeda estrangeira e do reflexo das vendas directas realizadas pelo BNA pendentes de execução por parte dos clientes.

Recursos de clientes e outros empréstimos

Os depósitos de clientes situaram-se em AKZ 1.137.304 milhões em 2016, um aumento de 21,1% face ao registado em 2015.Os depósitos à ordem situaram-se em AKZ 674.735 milhões, o que representa um aumento de 22% (AKZ 122.787 milhões) comparativamente a 2015, explicado pelo aumento dos depósitos do Sector Privado e do segmento de particulares. Por seu turno, os depósitos a prazo registaram um aumento de 20% (AKZ 75.510 milhões), situando-se em AKZ 462.568 milhões impulsionado em parte pelo produto BAI 20 anos, lançado no terceiro trimestre de 2016, com maturidade de 90 dias e que oferecia uma taxa de remuneração de 15%. Os depósitos à ordem representavam 59% do total, a mesma representatividade que apresentava em 2015.

Os depósitos em moeda nacional1 tiveram um aumento de 34% face a 2015, situando-se em AKZ 690.630 milhões em 2016. Por sua vez, os depósitos em moeda estrangeira tiveram um aumento de 5% no ano, atingindo em AKZ

1 - Inclui depósitos indexados a moeda estrangeira.

BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

120

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446.495 milhões devido ao efeito cambial, uma vez que estes depósitos tiveram uma redução de 14% em termos de USD. Os depósitos de clientes do sector privado apresentaram

um crescimento de 36% face ao ano anterior resultante da estratégia comercial de captação de recursos e melhorias da qualidade de serviços prestados aos clientes deste sector.

(AKZ MILHÕES)RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS

2015

551.948

59%

41%

387.059

939.007

Depósitos a prazoDepósitos à ordem

2016

1.137.304

415,630674.735

462.568

59%

41%

21,1%

Instituições financeiras

Públicas-Banco Central 0 3 100%

OSFP - Sociedades de Seguros e Fundos de Pensões 3 0 -100%

OSFP - Auxiliares Financeiros 24 22 -8%

OSFP - Outros Intermediários Financeiros 255 240 -6%

Governo Central 26.218 45.609 74%

Governos Locais (Províncias) 190 83 -56%

Administrações Municipais 0 12 100%

Fundos e Serviços Públicos Autónomos 1.438 8.595 498%

Fundos de Segurança Social 53.184 61.909 16%

Sector Público Empresarial Não Financeiro 52.736 7.224 -86%

Sector Privado Empresarial Não Financeiro 549.938 750.486 36%

Instituições sem Fins Lucrativos 4.551 3.816 -16%

Particulares 250.468 259.304 4%

Moeda:Moeda estrangeira (MN), dos quais: 514.760 690.857 34%

Depósitos indexados 5.352 35.946 571,6%

Moeda estrangeira (ME) 424.246 446.446 5%

Total 939.007 1.137.303 21%

Rácios P.P.

MN 55% 61% 5,9

MNE 45% 39% -5,9

OSFP - Outras Sociedades Financeiras Privadas

2015/2016%

20162015Proforma

Milhões de AKZ

121

08 ANÁLISE

FINANCEIRA

OS DEPÓSITOS DE CLIENTES SITUARAM-SE EM AKZ 1.137.304 MILHÕES EM 2016

COMPOSIÇÃO DOS DEPÓSITOS DE CLIENTES

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

122

A rentabilidade dos capitais próprios médios (ROAE) situou-se em 34,2%, mais 20,7 pontos percentuais face ao ano de 2015, devido ao aumento da rentabilidade do activo líquido médio (ROAA) de 3 pontos percentuais, que compensou o menor grau de alavancagem.

08.3RENTABILIDADE

DECOMPOSIÇÃO DA RENTABILIDADE

2015 2016

2015/2016

Margem financeira 4,0% 5,8% 1,84

Resultados cambiais 1,8% 1,5% -0,33

Comissões e outros ganhos e perdas 0,9% 0,5% -0,37

Produto bancário 6,6% 7,8% 1,14

Custos administrativos -2,4% -2,5% -0,10

Imparidade para outros activos financeiros

líquida de reversões e recuperações -0,2% 0,0% 0,22

Imparidade para crédito a clientes líquida

de reversões e recuperações -2,1% -1,3% 0,80

Provisões líquidas de anulações -0,4% 0,2% 0,60

Resultados antes de impostos 1,5% 4,1% 2,61

Impostos correntes e diferidos -0,1% -0,1% -0,01

Rendibilidade do Activo Líquido Médio (ROAA) 1,4% 4,0% 2,59

Alavancagem 9,3 8,5 -0,86

Rendibilidade do Capital Próprio Médio (ROAE) 13,5% 34,2% 20,70

Var. p.p.

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REFERÊNCIA É SER OLHADO PELO MERCADO COMO UM MODELO A SEGUIR

09 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

126

O Conselho de Administração propõe, tendo em conta as disposições legais e estatutárias, que o resultado líquido de AKZ 49.740.872.834,8 (quarenta e nove mil milhões, setecentos e quarenta milhões, oitocentos e setenta e dois mil e oitocentos e trinta e quatro Kwanzas e oitenta cêntimos), referente ao exercício findo a 31 de Dezembro de 2016, tenha a seguinte aplicação:

09.1

% AKZ

Transferidos para reservas livres 70% 34.818.610.984,36Para Dividendos 30% 14.922.261.850,44

Luanda, 29 de Março de 2017

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

José Carlos de Castro PaivaPresidente do Conselho de Administração

Ana Paula GrayVice-Presidente

Theodore Jameson GilettiAdministrador

Jaime de Carvalho BastosAdministrador

Luís Filipe LélisAdministrador

Inokcelina Ben´África dos SantosAdministrador

João Cândido FonsecaAdministrador

Francisco de Lemos MariaVice-Presidente

Mário Alberto BarberAdministrador

José de Lima MassanoAdministrador

Helder Miguel AguiarAdministrador

Simão Francisco FonsecaAdministrador

Pedro Castro SilvaAdministrador

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ESTRATÉGIA É DEFINIR OBJECTIVOS E NUNCA OSPERDER DE VISTA

10DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

130

BALANÇO10.1

ACTIVOCaixa e disponibilidades em bancos centrais 4 194.593.850 - 194.593.850 176.637.749

Disponibilidades em outras

instituições de crédito 5 24.934.154 - 24.934.154 7.650.781

Aplicações em bancos centrais

e em outras instituições de crédito 6 77.499.381 - 77.499.381 47.971.451

Activos financeiros detidos para negociação

e ao justo valor através de resultados 7 15.862.414 - 15.862.414 13.231.602

Activos financeiros disponíveis para venda 8 17.376.081 486.143 16.889.938 67.043.065

Investimentos detidos até à maturidade 9 550.166.579 - 550.166.579 334.875.749

Crédito a clientes 10 448.711.397 68.847.353 379.864.044 346.974.273

Activos não correntes detidos para venda 11 16.880.212 1.199.579 15.680.633 16.337.668

Outros activos tangíveis 12 61.305.414 12.045.805 49.259.609 49.740.154

Activos intangíveis 12 3.532.383 2.475.656 1.056.727 457.284

Investimentos em filiais, associadas

e empreendimentos conjuntos 13 13.492.044 5.515.995 7.976.049 7.260.645

Activos por impostos correntes 14 1.507.122 - 1.507.122 1.507.122

Activos por impostos diferidos 14 2.851.545 - 2.851.545 3.917.454

Outros activos 15 28.295.139 752.230 27.542.909 22.775.774

Total do Activo 1.457.007.715 91.322.761 1.365.684.954 1.096.380.771

PASSIVO E CAPITAIS PRÓPRIOSRecursos de bancos centrais

e de outras instituições de crédito 16 19.207.649 - 19.207.649 14.826.548

Recursos de clientes e outros empréstimos 17 1.137.303.582 - 1.137.303.582 939.006.549

Provisões 18 7.689.187 - 7.689.187 6.745.397

Outros passivos 19 33.994.150 - 33.994.150 12.388.764

Total do Passivo 1.198.194.568 - 1.198.194.568 972.967.258 Capital Social 20 14.786.705 - 14.786.705 14.786.705

Reserva de actualização monetária

do capital social 28.669 - 28.669 28.669

Acções próprias - - (47.260)

Outras reservas e resultados transitados 21 102.934.139 - 102.934.139 92.732.301

Resultado líquido do exercício 49.740.873 - 49.740.873 15.913.098

Total dos Capitais Próprios 167.490.386 - 167.490.386 123.413.513

Total do Passivo e dos Capitais Próprios 1.365.684.954 - 1.365.684.954 1.096.380.771

As notas anexas fazem parte integrante desta demonstração

BAIBALANÇO INDIVIDUAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 (PROFORMA) E EM 1 DE JANEIRO DE 2015 (PROFORMA)(MONTANTES EXPRESSOS EM MILHARES DE KWANZAS - mAKZ EXCEPTO QUANDO EXPRESSAMENTE INDICADO)

Not

as

31-12-2016

Valor antes deimparidades eamortizações

31-12-2015(Proforma)

Valor líquido

Imparidades eamortizações

Valorlíquido

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31-12-2015(Proforma)

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 (PROFORMA)(MONTANTES EXPRESSOS EM MILHARES DE KWANZAS - mAKZ EXCEPTO QUANDO EXPRESSAMENTE INDICADO)

31-12-2016Notas

10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

131

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS 10.2

BAI

Juros e rendimentos similares 22 91.932.207 56.268.452

Juros e encargos similares 22 (20.859.675) (12.490.579)

Margem financeira 71.072.532 43.777.873

Rendimentos de instrumentos de capital 23 49.397 19.888

Rendimentos de serviços e comissões 24 11.213.926 8.383.005

Encargos com serviços e comissões 24 (1.532.885) (1.455.687)

Resultados de activos e passivos financeiros

avaliados ao justo valor através de resultados 25 2.692.934 231.586

Resultados cambiais 26 17.863.595 19.585.153

Resultados de alienação de outros activos 27 (66.899) (385.750)

Outros resultados de exploração 28 (5.648.940) 2.662.801 Produto da actividade bancária 95.643.660 72.818.869

Custos com o pessoal 29 (14.404.799) (12.663.184)

Fornecimentos e serviços de terceiros 31 (12.731.791) (10.846.662)

Depreciações e amortizações do exercício 32 (3.431.318) (2.654.141)

Provisões líquidas de anulações 33 1.306.552 (4.345.662)

Imparidade para crédito a clientes líquida

de reversões e recuperações 34 (16.231.077) (23.229.063)

Imparidade para outros activos financeiros líquida

de reversões e recuperações 35 715.404 (1.353.231)

Imparidade para outros activos líquida

de reversões e recuperações 36 (59.849) (1.023.826) Resultado antes de impostos 50.806.782 16.703.100

Imposto sobre os resultados

Impostos diferidos 14 (1.065.909) (790.002)

Resultado após impostos 49.740.873 15.913.098

Resultado líquido do exercício 49.740.873 15 913.098

As notas anexas fazem parte integrante desta demonstração

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

132

10.3DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL

BAIDEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 (PROFORMA)(MONTANTES EXPRESSOS EM MILHARES DE KWANZAS - mAKZ EXCEPTO QUANDO EXPRESSAMENTE INDICADO)

31-12-2015(Proforma)31-12-2016Notas

Resultado líquido do exercício 49.740.873 15.913.098

Outro rendimento integral

Itens que poderão vir a ser reclassificados

para resultados

Variação no justo valor dos activos

financeiros dísponíveis para venda 21 (336.060) -

Total do rendimento integral do exercício 49.404.813 15.913.098

As notas anexas fazem parte integrante desta demonstração

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133

DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES NOS CAPITAIS PRÓPRIOS10.4

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10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

134

10.5 DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAISJuros, comissões e outros proveitos equiparados recebidos 103.146.133 90.314.205Juros, comissões e outros custos equiparados pagos (22.392.560) (17.495.336)Pagamentos a empregados e fornecedores (29.623.422) (23.509.846)Pagamentos e contribuições para fundos de pensões e outros benefícios (277.572) (222.814)

Recuperação de créditos abatidos ao activo 9.434.466 1.074.302Outros resultados 17.863.595 19.585.153

Fluxos de caixa antes das alterações nos activos e passivos operacionais 78.150.640 69.745.664

(Aumentos)/Diminuições de activos operacionais:Aplicações em bancos centrais e em outras instituições de crédito

(29.527.930) 168.766.291

Activos financeiros ao justo valor através de resultados 62.122 (9.757.082)Activos financeiros disponíveis para venda 49.817.068 (78.092.147)Investimentos detidos até à maturidade (215.290.831) (103.447.422)Crédito a clientes (60.457.347) (25.353.948)Activos não correntes detidos para venda 3.447.280 (6.610.562)Outros activos (2.458.039) (2.883.572)

Fluxo líquido proveniente dos activos operacionais (254.407.677) (57.378.442)

Aumentos/(Diminuições) de passivos operacionais:Recursos de bancos centrais e de outras instituições de crédito 4.381.101 1.191.811Recursos de clientes e outros empréstimos 198.297.033 (15.484.463)Outros passivos 17.556.568 (1.323.326)

Fluxo líquido proveniente dos passivos operacionais 220.234.702 (15.615.978)

Caixa líquida das actividades operacionais antes dos impostos sobre o rendimento

43.977.665 (3.248.756)

Impostos sobre o rendimento pagos - -

Caixa líquida das actividades operacionais 43.977.665 (3.248.756)

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO

Dividendos recebidos 49.397 19.888Aquisições de outros activos tangíveis, líquidas de alienações (2.673.178) (7.031.007)Aquisições de activos intangíveis, líquidas de alienações (943.939) 611.748Aquisições de participações em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos, líquidas de alienações

61.728 (415.913)

Caixa líquida das actividades de investimento (3.505.992) (6.815.284)

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTOAquisições de acções próprias, líquidas de alienações 47.260 -Distribuição de dividendos (5.279.459) (4.699.939)

Caixa líquida das actividades de financiamento (5.232.199) (4.699.939)

Variação de caixa e seus equivalentes 35.239.474 (14.763.979)

Caixa e seus equivalentes no início do período 184.288.530 199.052.509

Caixa e seus equivalentes no fim do período 219.528.004 184.288.530

Caixa e seus equivalente engloba:Caixa 17.477.732 27.829.288Depósitos à ordem no Banco Nacional de Angola 4 177.116.118 148.808.461Disponibilidades em outras instituições de crédito 5 24.934.154 7.650.781

219.528.004 184.288.530

31-12-201531-12-2015(Proforma)

31-12-2016Notas

BAIDEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 (PROFORMA)

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135

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 10.6

1 – Nota Introdutória

O Banco Angolano de Investimentos, S.A. (adiante igualmente designado por “Banco” ou “BAI”), com sede em Luanda, é um Banco de capitais privados, sendo parte destes de entidades não residentes. O Banco foi constituído a 13 de Novembro de 1996. A actividade comercial foi iniciada no dia 4 de Novembro de 1997. A 4 de Maio de 2008, o BAI alterou a sua denominação social de sociedade anónima de responsabilidade limitada (S.A.R.L.) para Sociedade Anónima (S.A.). A 11 de Janeiro de 2011, o Banco alterou a sua designação de Banco Africano de Investimentos, S.A. para Banco Angolano de Investimentos, S.A.

O Banco tem por objecto social o exercício da actividade bancária, nos termos e dentro dos limites definidos pelo Banco Nacional de Angola (adiante designado por “BNA”), dedicando-se à obtenção de recursos de terceiros sob a forma de depósitos, certificados de depósito e de obrigações de caixa, os quais aplica, juntamente com os seus recursos próprios, na concessão de empréstimos, depósitos no BNA, aplicações em instituições financeiras, aquisição de títulos ou em outros activos para os quais se encontra devidamente autorizado. Presta ainda outros serviços bancários e realiza diversos tipos de operações em moeda estrangeira, dispondo para o efeito de uma rede nacional de 143 pontos de atendimento.

2 – Políticas Contabilísticas2.1 Bases de apresentação

No âmbito do disposto no Aviso n.º 6/2016 de 22 de Junho, do BNA, as demonstrações financeiras do BAI são preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade/Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS). Estas demonstrações financeiras referem-se à actividade individual do Banco a 31 de Dezembro de 2016 e foram elaboradas no sentido de dar cumprimento aos requisitos de apresentação de contas individuais definidos pelo BNA.

As IAS/IFRS incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e as interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (IFRIC), e pelos respectivos órgãos antecessores.

As demonstrações financeiras individuais agora apresentadas reportam-se ao exercício findo a 31 de Dezembro de 2016. Considerando que até 31 de Dezembro de 2015 o Banco preparou as suas demonstrações financeiras de acordo com o CONTIF, as demonstrações financeiras para o exercício findo naquela data, apresentadas neste relatório, foram preparadas de acordo com as IAS/IFRS para efeitos meramente comparativos em cumprimento da IFRS 1 (Nota 41).

As demonstrações financeiras estão expressas em milhares de Kwanzas, arredondado ao milhar mais próximo, e foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com excepção dos activos registados ao seu justo valor, nomeadamente activos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através dos resultados e activos financeiros disponíveis para venda.

A preparação de demonstrações financeiras de acordo com as IAS/IFRS requer que o Banco efectue julgamentos e estimativas e utilize pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e os montantes de proveitos, custos, activos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou diferenças destes face à realidade poderão ter impactos sobre as actuais estimativas e julgamentos. As áreas que envolvem um maior nível de julgamento ou complexidade, ou onde são utilizados pressupostos e estimativas significativas na preparação das demonstrações financeiras, encontram-se analisadas na Nota 3.

As demonstrações financeiras do exercício findo a 31 de Dezembro de 2016 foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração, a 29 de Março de 2017.

10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

136

2.2 Transacções em moeda estrangeira

Os activos e passivos denominados em moeda estrangeira são registados segundo o sistema multi-currency, isto é, nas respectivas moedas de denominação.

As transacções em moeda estrangeira são convertidas para Kwanzas à taxa de câmbio em vigor na data da transacção.

Os activos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são convertidos para Kwanzas à taxa de câmbio em vigor na data de balanço. As diferenças cambiais resultantes da conversão são reconhecidas em resultados.

Os activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira são convertidos para Kwanzas segundo a seguinte metodologia:

• Registados ao custo histórico – à taxa de câmbio em vigor na data da transacção.• Registados ao justo valor – à taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor é determinado e reconhecido por

contrapartida de resultados, com excepção daqueles reconhecidos em activos financeiros disponíveis para venda, cuja diferença é registada por contrapartida de capitais próprios.

A 31 de Dezembro de 2016 e 2015, os câmbios de referência do Kwanza (AKZ) face ao Dólar dos Estados Unidos (USD) e ao Euro (EUR) eram as seguintes:

Período de referência USD EUR

31-12-2016 165,903 185,379

31-12-2015 135,315 147,832

2.3 Crédito a clientes

O crédito a clientes inclui os empréstimos originados pelo Banco, cuja intenção não é a de venda no curto prazo, os quais são registados na data em que o montante do crédito é desembolsado ao cliente. O crédito a clientes é reconhecido inicialmente ao seu justo valor, acrescido dos custos de transacção, e é subsequentemente valorizado ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efectiva, sendo apresentado em balanço deduzido de perdas por imparidade.

O crédito a clientes é desreconhecido do balanço (abatido ao activo) quando (i) os direitos contratuais do Banco relativos aos respectivos fluxos de caixa expiraram, (ii) o Banco transferiu substancialmente todos os riscos e

benefícios associados à sua detenção, ou (iii) não obstante o Banco ter retido parte, mas não substancialmente todos, os riscos e benefícios associados à sua detenção, o controlo sobre os activos foi transferido.

ImparidadeA política do Banco consiste na avaliação regular da existência de evidência objectiva de imparidade estimadas com base no valor recuperável da carteira de crédito. As perdas por imparidade identificadas são registadas por contrapartida de resultados, sendo subsequentemente revertidas por resultados caso se verifique uma redução do montante da perda estimada, num exercício posterior.

Após o reconhecimento inicial, um crédito ou uma carteira de créditos a clientes, definida como um conjunto de créditos com características de risco semelhantes, poderá

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

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ser classificada como carteira com imparidade quando existe evidência objectiva de que tenha ocorrido um ou mais eventos de perda após o reconhecimento inicial do activo e esses eventos tenham impacto na estimativa do valor recuperável dos fluxos de caixa futuros do activo considerado para efeitos de apuramento da imparidade da carteira de crédito. O Banco segmentou a sua carteira da seguinte forma:

− Sector Público; − Crédito a Grandes Empresas; − Crédito a Pequenas Empresas; − Crédito ao Consumo; − Cartões de crédito; − Crédito à Habitação; − Descobertos.

De acordo com a IAS 39, existem dois métodos para o cálculo das perdas por imparidade: (i) análise individual e (ii) análise colectiva.

(i) Análise individualA avaliação da existência de perdas por imparidade em termos individuais é determinada através de uma análise da exposição total de crédito caso a caso. Para cada crédito considerado individualmente significativo, o Banco avalia, em cada data de balanço, a existência de evidência objectiva de imparidade.

O Banco considera como exposições individualmente significativas as seguintes:

1. Valor da exposição global do cliente/grupo económico que seja igual ou superior a 0,5% dos fundos próprios regulamentares da instituição;

2. Os vinte maiores clientes particulares.

Para os restantes segmentos da carteira de crédito, o Banco efectua uma análise colectiva para apuramento das perdas por imparidade.

Para uma detecção e valorização tempestiva e adequada do montante de perda por imparidade, o Banco toma em consideração um conjunto significativo e abrangente de indícios.

A evidência objectiva da perda refere-se a eventos que possam ser dados observáveis que ocorrem ou são

recolhidos pela instituição relativos a eventos de perda, nomeadamente:

• Evidente dificuldade financeira do mutuário;• Existência de operações de crédito em situação de

contencioso nos últimos cinco anos;• Existência de cheques devolvidos no sistema financeiro

de acordo com a informação disponível na Central de Informação e Risco de Crédito (CIRC);

• Existência de descobertos não autorizados ou descobertos autorizados utilizados acima do limite formalmente contratualizado;

• Existência de operações de crédito renováveis utilizadas de forma permanente em, pelo menos, 95% do limite inicialmente contratualizado nos últimos doze meses;

• Existência de créditos referentes a projectos imobiliários com decréscimo material do valor da garantia real (superior a 20%), quando tal resulte num rácio financiamento-garantia superior a 80%;

• Conhecimento da existência de dívidas fiscais e/ou à segurança social;

• Existência de situações de desemprego ou doença prolongada no caso de clientes particulares;

• Existência de penhoras das contas bancárias;• Cliente com expectativa de falência ou objecto de

processo de recuperação/reorganização financeira e/ou operacional;

• Desaparecimento ou quebra significativa de um mercado relevante para o mutuário;

• Mora no pagamento de juros ou capital: - Existência de operações de crédito com atrasos

nos pagamentos superiores a trinta dias junto do banco;

- Existência de operações de crédito no sistema financeiro com atraso superior a 90 dias, capital e juros abatidos/anulados ou em situação de contencioso, que represente mais de 2% das responsabilidades do cliente junto do sistema financeiro, de acordo com a informação disponível na CIRC.

• Existência de, pelo menos, uma operação de crédito reestruturado por dificuldades financeiras nos últimos doze meses ou com perspectiva/pedido de reestruturação de crédito;

• Existência de fraudes cometidas pelos clientes, com base na informação que é do conhecimento do Banco;

• Existência de litígios entre o Banco e o cliente;• Existência de efeitos protestados/não cobrados.

10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

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As perdas por imparidade são calculadas através da comparação do valor actual dos fluxos de caixa futuros esperados descontados à taxa de juro efectiva original de cada contrato e o valor contabilístico de cada crédito, sendo as perdas registadas por contrapartida de resultados. O valor contabilístico dos créditos com imparidade é apresentado no balanço líquido das perdas por imparidade. Para os créditos com uma taxa de juro variável, a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de juro efectiva aplicável no período em que foi calculada a imparidade.

O cálculo do valor actual dos fluxos de caixa futuros esperados de um crédito garantido reflecte os fluxos de caixa que possam resultar da recuperação e venda do colateral, deduzido dos custos inerentes com a sua recuperação e venda.

(ii) Análise colectivaNo âmbito da análise da imparidade numa base colectiva, os créditos são agrupados tendo por base características de risco semelhantes, com base na segmentação da carteira que foi definida pelo Banco.

As perdas por imparidade baseadas na análise colectiva são calculadas através de duas perspectivas:

• Para grupos homogéneos de créditos não considerados individualmente significativos; ou

• Em relação a perdas incorridas, mas não identificadas (“Incurred but not reported” - IBNR) em créditos para os quais não existe evidência objectiva de imparidade.

Os fluxos de caixa futuros para uma carteira de créditos, cuja imparidade é avaliada colectivamente, são estimados com base nos fluxos de caixa contratuais e na experiência histórica de perdas. A metodologia e os pressupostos utilizados para estimar os fluxos de caixa futuros são revistos regularmente pelo Banco de forma a monitorizar as diferenças entre as estimativas de perdas e as perdas reais.

As perdas por imparidade para os clientes sem incumprimento correspondem ao produto entre a probabilidade de incumprimento “PD” e o montante correspondente à diferença entre o valor de balanço dos respectivos créditos e o valor actualizado dos fluxos de caixa futuros estimados dessas operações. A PD corresponde

à probabilidade de uma operação ou cliente entrar em situação de incumprimento durante um determinado período de emergência. Este período equivale ao tempo que decorre entre a ocorrência de um evento originador de perdas e o momento em que a existência desse evento é percepcionada pelo Banco (IBNR).

Para este efeito, o Banco determina os respectivos parâmetros de risco PD e Loss Given Default (LGD), tendo por base as orientações definidas pela IAS 39 e as melhores práticas de mercado. A imparidade colectiva resulta da multiplicação destes dois factores à exposição associada a cada segmento definido no modelo de imparidade.

Processo de avaliação de colaterais

A avaliação das garantias é assegurada de forma regular para que o Banco disponha de informação actualizada sobre o valor destes instrumentos e, consequentemente, da sua capacidade de mitigação do risco das operações de crédito.

Fase de Concessão de créditoNo âmbito das condições de aprovação das operações de crédito, sempre que é definida a necessidade de obter uma garantia por parte do cliente, caso a tipologia da garantia ou colateral identificada implique um pedido de avaliação para a definição e validação do seu valor, é solicitado um pedido de avaliação da garantia à Direcção de Análise de Crédito no caso de imóveis, como forma de esta contactar e desencadear o processo junto de peritos avaliadores de imóveis registados na Comissão do Mercado de Capitais (CMC). Para os restantes colaterais é igualmente solicitado o pedido de avaliação à Direcção de Análise de Crédito.

Fase de Acompanhamento de CréditoRelativamente ao processo de reavaliação periódica de colaterais, tendo por base os requisitos regulamentares em vigor, nomeadamente no que respeita aos critérios que foram definidos para a realização de uma nova avaliação dos colaterais hipotecários, foi definido que a Direcção de Gestão do Risco será responsável pela identificação das garantias que são sujeitas a reavaliação (com base em avisos do sistema de gestão de colaterais) e comunicada à Direcção de Análise de Crédito, a qual desencadeia o respectivo processo junto de avaliadores externos.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

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Fase de Recuperação de créditoSempre que relevante no âmbito do processo de recuperação de crédito, e de forma a determinar o montante recuperável do crédito através da execução das garantias existentes ou para suportar uma operação de reestruturação de crédito, a Direcção de Recuperação de Crédito pode solicitar a reavaliação das garantias associadas às operações sob sua gestão.

O valor de avaliação de cada tipo de garantia é deter-minado tendo por base as especificidades de cada um destes instrumentos, considerando os seguintes critérios:

(i) ImóveisO valor de avaliação é determinado com base em critérios de prudência e considerando os aspectos sustentáveis de longo prazo do imóvel, as condições do mercado local, a utilização corrente e as utilizações alternativas adequadas do imóvel.

De acordo com o Aviso n.º 10/2014 do BNA, emitido em Dezembro de 2014, sobre as garantias aceites para fins prudenciais, os direitos sobre propriedade imobiliária devem ser objecto de reavaliação, no mínimo, de 2 em 2 anos, sempre que a posição em risco represente:

• Um montante igual ou superior a 1% do total da carteira de crédito da instituição ou igual ou superior a AKZ 100.000.000; ou

• Situações de crédito vencido há mais de 90 dias e/ou outros indícios materiais de imparidade desde que a última data de avaliação seja superior a 6 meses; ou

• Situações em que sejam identificadas alterações de outra natureza nas condições de mercado com um potencial impacto relevante no valor dos activos imobiliários e/ou num grupo ou mais de activos imobiliários com características semelhantes.

Os valores e datas de avaliação das garantias são registados no sistema de gestão de colaterais, que emite avisos sobre as datas para reavaliação.

(ii) Penhor de depósitos a prazoO valor da garantia será o valor nominal do depósito, bem com os respectivos juros (caso se encontrem igualmente empenhados).

(iii) Outras garantias recebidasRelativamente a outras garantias recebidas, designa-damente penhores de equipamentos, é considerado o valor de mercado determinado com base numa avaliação actualizada, com uma antiguidade inferior a 1 ano, a ser realizada por uma entidade idónea e com competência específica tendo em conta a natureza particular de cada garantia recebida. É condição necessária para a avaliação desta tipologia de garantias, a validação da propriedade, salvaguarda e condições de funcionamento dos bens subjacentes.

As eventuais excepções a esta regra são sujeitas a julgamento profissional e são aplicados descontos ajustados à natureza específica dos activos.

No caso de não existir uma avaliação da garantia, ou não se conseguir garantir a propriedade e salvaguarda dos bens, o valor da garantia recebida não é considerado para efeitos de apuramento de perdas por imparidade.

Tendo em conta as dificuldades subjacentes a uma correcta e criteriosa avaliação deste tipo de garantias recebidas, o Banco tem optado por seguir uma abordagem conservadora e não as considerar enquanto mitigadores de risco de crédito.

(iv) Outros activos financeiros empenhadosNo caso de títulos e participações sociais cotados, o valor a considerar será o valor de mercado à data de referência do reporte. Para títulos e participações sociais não cotados, são consideradas avaliações através do método dos fluxos de caixa descontados ou outro método alternativo caso se considere mais aplicável.

Como métodos alternativos de avaliação de títulos e participações sociais não cotadas, caso seja aplicável, o Banco utiliza (i) o método dos múltiplos ou em alternativa (ii) o método do valor patrimonial ajustado, sendo que a escolha do respectivo método de avaliação encontra-se dependente da informação disponível e das características específicas de cada instrumento, no momento dessa avaliação, sendo que a cada momento o Banco decide qual o método mais apropriado a ser empregue.

10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

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De forma a adoptar uma abordagem conservadora na incorporação do valor das garantias para a carteira de crédito, o Banco definiu um conjunto de coeficientes de desvalorização (haircuts) que pretendem reflectir o risco na utilização das garantias e que se pode traduzir em duas dimensões, nomeadamente: i) os obstáculos legais e processuais à sua execução; ii) a volatilidade do seu valor de mercado.

Reversão de imparidade

Se, num período subsequente, a quantia da perda por imparidade diminuir e a diminuição puder ser objectivamente relacionada com um acontecimento que ocorra após o reconhecimento da imparidade, a perda por imparidade anteriormente reconhecida é revertida. A quantia da reversão é reconhecida nos resultados do exercício.

Créditos abatidos ao activo

A anulação contabilística dos créditos é efectuada quando não existem perspectivas realistas de recuperação dos créditos, numa perspectiva económica, e para créditos colateralizados, quando os fundos provenientes da realização dos colaterais já foram recebidos, pela utilização de perdas por imparidade quando estas correspondem a 100% do valor dos créditos considerados como não recuperáveis.

2.4 Instrumentos financeiros

(i) Classificação, reconhecimento inicial e mensuração subsequenteO Banco reconhece contas a receber e a pagar e depósitos na data em que são originados. Todos os outros instrumentos financeiros são reconhecidos na data da transacção, que é o momento a partir do qual o Banco se torna parte integrante do contrato e são classificados considerando a intenção que lhes está subjacente de acordo com as categorias descritas seguidamente:

• Activos financeiros ao justo valor através de resultados, e dentro desta categoria como:

- Detidos para negociação; - Designados ao justo valor através de resultados.• Investimentos detidos até à maturidade;• Activos financeiros disponíveis para venda;

• Contas a receber;• Passivos financeiros.

Um activo ou passivo financeiro é inicialmente mensurado ao justo valor acrescido de custos de transacção directamente atribuíveis à aquisição ou emissão, excepto se forem itens registados ao justo valor através de resultados em que os custos de transacção são imediatamente reconhecidos como gastos do exercício.

1) Activos e passivos financeiros ao justo valor através de resultados

1a) Activos financeiros detidos para negociaçãoOs activos financeiros detidos para negociação, são aqueles adquiridos com o objectivo principal de serem transaccionados no curto prazo ou que são detidos como parte integrante de uma carteira de activos, normalmente de títulos ou derivados, em relação à qual existe evidência de actividades recentes conducentes à realização de ganhos de curto prazo.

1b) Designados ao justo valor através de resultadosA designação de activos ou passivos financeiros ao justo valor através de resultados (Fair Value Option) pode ser realizada desde que se verifique pelo menos um dos seguintes requisitos:

• os activos ou passivos financeiros são geridos, avaliados e reportados internamente ao seu justo valor;

• a designação elimina ou reduz significativamente o mismatch contabilístico das transacções; ou

• os activos ou passivos financeiros contêm derivados embutidos que alteram significativamente os fluxos de caixa dos contratos originais (host contracts).

Os activos e passivos financeiros ao justo valor através de resultados são reconhecidos inicialmente ao seu justo valor, com os custos ou proveitos associados às transacções reconhecidos em resultados no momento inicial, com as variações subsequentes de justo valor reconhecidas em resultados. A periodificação dos juros e do prémio/desconto (quando aplicável) é reconhecida na margem financeira com base na taxa de juro efectiva de cada transacção, assim como a periodificação dos juros dos derivados associados a instrumentos financeiros classificados nesta categoria.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

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2) Investimentos detidos até à maturidadeNesta categoria são reconhecidos activos financeiros não derivados, com pagamentos fixos ou determináveis e maturidade fixa, para os quais o Banco tem a intenção e capacidade de manter até à maturidade e que não foram designados para nenhuma outra categoria de activos financeiros. Estes activos financeiros são reconhecidos ao custo amortizado no momento inicial do seu reconhecimento e mensurados subsequentemente ao custo amortizado, usando o método da taxa de juro efectiva. O juro é calculado através do método da taxa de juro efectiva e reconhecido em margem financeira. As perdas por imparidade são reconhecidas em resultados quando identificadas.

Qualquer reclassificação ou venda de activos financeiros reconhecidos nesta categoria que não seja realizada próxima da maturidade, obrigará o Banco a reclassificar integralmente esta carteira para activos financeiros disponíveis para venda e ficará durante dois anos impossibilitado de classificar qualquer activo financeiro nesta categoria.

3) Activos financeiros disponíveis para vendaSão activos financeiros não derivados aqueles que (i) o Banco tem intenção de manter por tempo indeterminado, (ii) que são designados como disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial ou (iii) que não se enquadram nas categorias anteriormente referidas. Esta categoria pode incluir títulos de dívida ou de capital.

Os activos financeiros disponíveis para venda são reconhecidos inicialmente ao justo valor, incluindo os custos ou proveitos associados às transacções e posteriormente mensurados ao seu justo valor. As alterações no justo valor são registadas por contrapartida de reservas de justo valor até ao momento em que são vendidos ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade, caso em que passam a ser reconhecidos em resultados. Instrumentos de capital que não sejam cotados e cujo justo valor não é possível ser calculado com fiabilidade são registados ao custo.

Na alienação dos activos financeiros disponíveis para venda, os ganhos ou perdas acumulados reconhecidos em reservas de justo valor são reconhecidos na rubrica “Resultados de activos financeiros disponíveis para venda” da demonstração dos resultados. A flutuação cambial dos títulos

de dívida em moeda estrangeira é registada na demonstração de resultados. Para os instrumentos de capital, por se tratar de activos não monetários, a flutuação cambial é reconhecida na Reserva de justo valor (Capitais próprios), como uma componente integrante do respectivo justo valor.Os juros de instrumentos de dívida são reconhecidos com base na taxa de juro efectiva na margem financeira, incluindo um prémio ou desconto, quando aplicável. Os dividendos são reconhecidos em resultados quando for atribuído o direito ao recebimento.

4) Contas a receberOs activos financeiros não derivados com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados em mercado e que o Banco não tenha a intenção de venda imediata, nem num futuro próximo, podem ser classificados nesta categoria.

O Banco apresenta nesta categoria o crédito concedido. Caso fosse aplicável, iria também classificar obrigações não cotadas e papel comercial.

Os activos financeiros aqui reconhecidos são inicialmente registados ao seu justo valor e subsequentemente ao custo amortizado líquido de imparidade. Os custos de transacção associados fazem parte da taxa de juro efectiva destes instrumentos financeiros. Os juros reconhecidos pelo método da taxa de juro efectiva são reconhecidos na margem financeira.

As perdas por imparidade são reconhecidas em resultados quando identificadas.

5) Passivos financeirosUm instrumento financeiro é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual de uma liquidação a ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou outro activo financeiro, independente da sua forma legal.

Os passivos financeiros não derivados incluem recurso de instituições de crédito e de clientes, empréstimos, responsabilidades representadas por títulos, outros passivos subordinados e vendas a descoberto.

Os passivos financeiros são inicialmente reconhecidos ao justo valor e subsequentemente ao custo amortizado. Os custos de transacção associados fazem parte da taxa

10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

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de juro efectiva. Os juros reconhecidos pelo método da taxa de juro efectiva são reconhecidos em margem financeira.

As mais e menos valias apuradas no momento da recompra de outros passivos financeiros são reconhecidas em resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados no momento em que ocorrem.

O Banco classifica os seus passivos financeiros que não garantias e compromissos, mensurados ao custo amortizado, com base no método da taxa efectiva.

(ii) Custo amortizadoO custo amortizado de um activo ou passivo financeiro é o montante pelo qual um activo ou passivo financeiro é reconhecido inicialmente, deduzido de recebimentos de capital, acrescido ou deduzido de amortizações acumuladas usando o método da taxa de juro efectiva, decorrentes da diferença entre o valor inicialmente reconhecido e o montante na maturidade, menos as reduções decorrentes de perdas por imparidade.

(iii) Identificação e mensuração de imparidadeAdicionalmente à análise de imparidade sobre os créditos a clientes, em cada data de balanço é efectuada uma avaliação da existência de evidência objectiva de imparidade para todos os restantes activos financeiros que não estejam registados ao justo valor através de resultados. Um activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, encontra-se em imparidade sempre que exista evidência objectiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu reconhecimento inicial, tenham impacto nos fluxos de caixa futuros do activo que possam ser estimados com fiabilidade.

O Banco avalia regularmente se existe evidência objectiva de que um activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, apresenta sinais de imparidade.

Um activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, encontra-se em imparidade sempre que exista evidência objectiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu reconhecimento inicial, tais como: (i) para as acções e outros instrumentos de capital, uma desvalorização continuada ou de valor significativo no seu valor de mercado abaixo do custo de aquisição, e (ii) para os títulos de dívida, quando esse

evento (ou eventos) tenha um impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, que possa ser estimado com razoabilidade.

No que se refere aos investimentos detidos até à maturidade, as perdas por imparidade correspondem à diferença entre o valor contabilístico do activo e o valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados (considerando o período de recuperação) descontados à taxa de juro efectiva original do activo financeiro e são registadas por contrapartida de resultados. Estes activos são apresentados no balanço líquido de imparidade. Caso estejamos perante um activo com uma taxa de juro variável, a taxa de desconto a utilizar para a determinação da respectiva perda por imparidade é a taxa de juro efectiva actual, determinada com base nas regras de cada contrato. Em relação aos investimentos detidos até à maturidade, se num período subsequente o montante da perda por imparidade diminui, e essa diminuição pode ser objectivamente relacionada com um evento que ocorreu após o reconhecimento da imparidade, esta é revertida por contrapartida de resultados do exercício.

Quando existe evidência de imparidade nos activos financeiros disponíveis para venda, a perda potencial acumulada em reservas correspondente à diferença entre o custo de aquisição e o justo valor actual, deduzida de qualquer perda por imparidade no activo anteriormente reconhecida em resultados, é transferida para resultados. Se num período subsequente o montante por perda de imparidade diminui, a perda de imparidade anteriormente reconhecida é revertida por contrapartida de resultados do exercício até à reposição do custo de aquisição se o aumento for objectivamente relacionado com um evento ocorrido após o reconhecimento da perda por imparidade, excepto no que se refere a acções ou outros instrumentos de capital, em que as mais-valias subsequentes são reconhecidas em reservas.

(iv) Transferências entre categoriasO Banco apenas procede à transferência de activos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis e maturidades definidas, da categoria de activos financeiros disponíveis para venda para a categoria de activos financeiros detidos até à maturidade, desde que tenha a intenção e a capacidade de manter estes activos financeiros até à sua maturidade.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

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Estas transferências são efectuadas com base no justo valor dos activos transferidos, determinado na data da transferência. A diferença entre este justo valor e o respectivo valor nominal é reconhecida em resultados até à maturidade do activo, com base no método da taxa efectiva. A reserva de justo valor existente na data da transferência é também reconhecida em resultados com base no método da taxa efectiva.

(v) DesreconhecimentoO Banco desreconhece os seus activos financeiros quando expiram todos os direitos aos fluxos de caixa futuros. Numa transferência de activos, o desreconhecimento apenas pode ocorrer quando substancialmente todos os riscos e benefícios dos activos financeiros foram transferidos ou na qual o Banco nem transfere nem retém substancialmente todos os riscos e benefícios e não mantém o controlo dos activos financeiros.

O Banco procede ao desreconhecimento de passivos financeiros quando estes são cancelados, extintos ou expirados.

(vi) Compensação de instrumentos financeirosO Banco procede à compensação de activos e passivos financeiros, apresentando um valor líquido no balanço quando, e apenas quando, o Banco tem o direito irrevogável de os compensar numa base líquida e tem a intenção de os liquidar numa base líquida ou de receber o valor do activo e liquidar o passivo simultaneamente.

Ganhos e perdas apenas são compensados quando tal é permitido pelas IFRS ou para ganhos e perdas decorrentes de um grupo de transacções de natureza similar.

(vii) Mensuração ao justo valorO justo valor é o preço que seria recebido ao vender um activo ou pago para transferir um passivo numa transacção corrente entre participantes de mercado à data da mensuração ou, na sua ausência, o mercado mais vantajoso a que o Banco tem acesso para efectuar a transacção aquela data. O justo valor de um passivo reflecte o risco de crédito do próprio Banco.

Quando disponível, o justo valor de um investimento é mensurado utilizando a sua cotação de mercado num mercado activo para aquele instrumento. Um mercado é considerado activo se houver frequência e volume de

transacções suficientes para que exista uma cotação de preços numa base constante.

Se não houver cotação num mercado activo, o Banco utiliza técnicas de valorização que maximizem a utilização de dados de mercado observáveis e minimizem a utilização de dados não observáveis em mercado. A técnica de valorização escolhida incorpora todos os factores que um participante no mercado levaria em consideração para calcular um preço para a transacção.

2.5 Instrumentos de Capital

Um instrumento financeiro é classificado como instrumento de capital quando não existe uma obrigação contratual de a sua liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro activo financeiro a terceiros, independentemente da sua forma legal, evidenciando um interesse residual nos activos de uma entidade após a dedução de todos os seus passivos.

Os custos de transacção directamente atribuíveis à emissão de instrumentos de capital são registados por contrapartida do capital próprio como uma dedução ao valor da emissão. Os valores pagos e recebidos pelas compras e vendas de instrumentos de capital são registados no capital próprio, líquidos dos custos de transacção.

Os rendimentos de instrumentos de capital (dividendos) são reconhecidos quando o direito ao seu recebimento é estabelecido e deduzidos ao capital próprio.

2.6 Outros activos tangíveis

(i) Reconhecimento e mensuraçãoOs outros activos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das respectivas amortizações acumuladas e perdas por imparidade. O custo inclui despesas que são directamente atribuíveis à aquisição dos bens.

(ii) Custos subsequentesOs custos subsequentes são reconhecidos como um activo separado apenas se for provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para o Banco. As despesas com manutenção e reparação são reconhecidas como custo à medida que são incorridas de acordo com o regime de acréscimo.

10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

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AmortizaçõesOs terrenos não são amortizados. As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, de acordo com os seguintes períodos de vida útil esperada:

Quando existe indicação de que um activo possa estar em imparidade, o IAS 36 – Imparidade de activos exige que o seu valor recuperável seja estimado, devendo ser reconhecida uma perda por imparidade sempre que o valor líquido de um activo exceda o seu valor recuperável. As perdas por imparidade são reconhecidas na demonstração dos resultados.

O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu preço de venda líquido e o seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor actual dos fluxos de caixa estimados futuros que se esperam vir a obter do uso continuado do activo e da sua alienação no fim da sua vida útil.

2.7 Activos intangíveis

SoftwareOs custos incorridos com a aquisição e software a terceiras entidades são capitalizados, assim como as despesas adicionais suportadas pelo Banco necessárias à sua implementação. Estes custos são amortizados linearmente pelo período da vida útil estimado, que se situa normalmente nos 3 anos.

Encargos com projectos de investigação e desenvolvimentoOs custos directamente relacionados com o desenvolvimento de aplicações informáticas, sobre os quais seja expectável que estes venham a gerar benefícios económicos futuros além de um exercício,

são reconhecidos e registados como activos intangíveis.

Todos os restantes encargos relacionados com os serviços informáticos são reconhecidos como custos quando incorridos.

2.8 Transacções com acordo de recompra

Títulos vendidos com acordo de recompra (repos) por um preço fixo ou por um preço que iguala o preço de venda acrescido de um juro inerente ao prazo da operação não são desreconhecidos do balanço. O correspondente passivo é contabilizado em valores a pagar a outras instituições de crédito ou a clientes, conforme apropriado. A diferença entre o valor de venda e o valor de recompra é tratada como juro e é diferida durante a vida do acordo, através do método da taxa efectiva.

Títulos comprados com acordo de revenda (reverse repos) por um preço fixo ou por um preço que iguala o preço de compra acrescido de um juro inerente ao prazo da operação, não são reconhecidos no balanço, sendo o valor de compra registado como empréstimos a outras instituições de crédito ou clientes, conforme apropriado. A diferença entre o valor de compra e o valor de revenda é tratada como juro e é diferido durante a vida do acordo, através do método da taxa efectiva. 2.9 Investimentos em filiais e associadas

Os investimentos em filiais e associadas são conta-bilizados nas demonstrações financeiras do Banco ao seu custo histórico deduzido de quaisquer perdas por imparidade.

Filiais são entidades (incluindo fundos de investimento e veículos de securitização) controladas pelo Banco. O Banco controla uma entidade quando está exposta, ou tenha direitos, à variabilidade nos retornos provenientes do seu envolvimento com essa entidade e possa apoderar-se dos mesmos através do poder que detém sobre as actividades relevantes dessa entidade (controlo de facto).

As empresas associadas são entidades nas quais o Banco tem influência significativa mas não exerce controlo sobre a sua política financeira e operacional. Presume-se que o Banco exerce influência significativa quando detém o poder de exercer mais de 20% dos

Imóveis de serviço próprio 50Obras em imóveis arrendados 10Equipamento

Mobiliário e Material 10Máquinas e ferramentas 6 a 10Equipamento informático 3 a 10Viaturas de transportes terrestres 4Outras imobilizações corpóreas 10

Número de anos

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direitos de voto da associada. Caso o Banco detenha, directa ou indirectamente, menos de 20% dos direitos de voto, presume-se que o Banco não possui influência significativa, excepto quando essa influência possa ser claramente demonstrada.

A existência de influência significativa por parte do Banco é normalmente demonstrada por uma ou mais das seguintes formas:

• Representação no Conselho de Administração ou órgão de direcção equivalente;

• Participação em processos de definição de políticas, incluindo a participação em decisões sobre dividendos ou outras distribuições;

• Transacções materiais entre o Banco e a participada;• Intercâmbio de pessoal de gestão;• Fornecimento de informação técnica essencial.

ImparidadeO valor recuperável dos investimentos em filiais e associadas é avaliado sempre que existam sinais de evidência de imparidade. As perdas por imparidade são apuradas tendo por base a diferença entre o valor recuperável dos investimentos em filiais ou associadas e o seu valor contabilístico. As perdas por imparidade identificadas são registadas por contrapartida de resultados, sendo subsequentemente revertidas por resultados, caso se verifique uma redução do montante da perda estimada, num período posterior. O valor recuperável é determinado com base no maior entre o valor de uso dos activos e o justo valor deduzido dos custos de venda, sendo calculado com recurso a metodologias de avaliação, suportadas em técnicas de fluxos de caixa descontados, considerando as condições de mercado, o valor temporal e os riscos de negócio.

2.10 Activos não correntes detidos para venda e operações descontinuadas

Os activos não correntes, grupos de activos não correntes detidos para venda (grupos de activos em conjunto com os respectivos passivos, que incluem pelo menos um activo não corrente) e operações descontinuadas são classificados como detidos para venda quando existe a intenção de alienar os referidos activos e passivos e os activos ou grupos de activos estão disponíveis para venda imediata e a sua venda é muito provável.

O Banco também classifica como activos não correntes detidos para venda os activos não correntes ou grupos de activos adquiridos apenas com o objectivo de venda posterior, que estão disponíveis para venda imediata e cuja venda é muito provável.Imediatamente antes da sua classificação como activos não correntes detidos para venda, a mensuração de todos os activos não correntes e todos os activos e passivos incluídos num grupo de activos para venda é efectuada de acordo com as IFRS aplicáveis. Após a sua reclassificação, estes activos ou grupos de activos são mensurados ao menor entre o seu custo e o seu justo valor deduzido dos custos de venda.

As operações descontinuadas e as subsidiárias adquiridas exclusivamente com o objectivo de venda no curto prazo são consolidadas até ao momento da sua venda.

O Banco classifica igualmente em activos não correntes detidos para venda os imóveis detidos por recuperação de crédito, que se encontram mensurados inicialmente pelo menor entre o seu justo valor líquido de custos de venda e o valor contabilístico do crédito existente na data em que foi efectuada a dação ou arrematação judicial do bem.

O justo valor é baseado no valor de mercado, sendo este determinado com base no preço expectável de venda obtido através de avaliações periódicas efectuadas pelo Banco.

A mensuração subsequente destes activos é efectuada ao menor do seu valor contabilístico e o correspondente justo valor, líquido dos custos de venda, não sendo sujeitos a amortização. Caso existam perdas não realizadas, estas são registadas como perdas por imparidade por contrapartida de resultados do exercício.

2.11 Impostos sobre lucros

Os impostos sobre lucros registados em resultados incluem o efeito dos impostos correntes e impostos diferidos. O imposto é reconhecido na demonstração dos resultados, excepto quando relacionado com itens que sejam movimentados em capitais próprios, facto que implica o seu reconhecimento em capitais próprios. Os impostos diferidos reconhecidos nos capitais próprios

10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

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decorrentes da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda e de derivados de cobertura de fluxos de caixa são posteriormente reconhecidos em resultados no momento em que forem reconhecidos em resultados os ganhos e perdas que lhes deram origem.

i. Imposto correnteOs impostos correntes correspondem ao valor que se apura relativamente ao rendimento tributável do período, utilizando a taxa de imposto em vigor ou substancialmente aprovada pelas autoridades à data de balanço e quaisquer ajustamentos aos impostos de exercícios anteriores.

Com a publicação da Lei n.º 19/14, de 22 de Outubro, que entrou em vigor a 1 de Janeiro de 2015, o Imposto Industrial é objecto de liquidação provisória numa única prestação a ser efectuada no mês de Agosto, apurada através da aplicação de uma taxa de 2% sobre o resultado derivado das operações de intermediação financeira, apurados nos primeiros seis meses do exercício fiscal anterior, excluídos os proveitos sujeitos a Imposto sobre Aplicação de Capitais (“IAC”), independentemente da existência de matéria colectável no exercício.

ii. Imposto diferidoOs impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base no balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à data de balanço e que se espera que venham a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem.

Os impostos diferidos passivos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias tributáveis com excepção do goodwill, não dedutível para efeitos fiscais, das diferenças resultantes do reconhecimento inicial de activos e passivos que não afectem quer o lucro contabilístico quer o fiscal, e de diferenças relacionadas com investimentos em subsidiárias na medida em que não seja provável que se revertam no futuro.

Os activos por impostos diferidos são reconhecidos quando é provável a existência de lucros tributáveis futuros que absorvam as diferenças temporárias dedutíveis para efeitos fiscais (incluindo prejuízos fiscais reportáveis).

O Banco procede, conforme estabelecido na IAS 12 – Imposto sobre o Rendimento, parágrafo 74, à compensação dos activos e passivos por impostos diferidos sempre que: (i) tenha o direito legalmente executável de compensar activos por impostos correntes e passivos por impostos correntes; e (ii) os activos e passivos por impostos diferidos se relacionarem com impostos sobre o rendimento lançados pela mesma autoridade fiscal sobre a mesma entidade tributável ou diferentes entidades tributáveis que pretendam liquidar passivos e activos por impostos correntes numa base líquida, ou realizar os activos e liquidar os passivos simultaneamente, em cada período futuro em que os passivos ou activos por impostos diferidos se esperem que sejam liquidados ou recuperados.

iii. Imposto sobre a Aplicação de CapitaisO Decreto Legislativo Presidencial n.º 2/14, de 20 de Outubro, em vigor desde o dia 19 de Novembro, veio rever e introduzir diversas alterações legislativas ao Código do IAC, na sequência do projecto da Reforma Tributária.

O IAC incide, genericamente, sobre os rendimentos provenientes das aplicações financeiras do Banco. A taxa varia entre 5% (no caso de juros, prémios de amortização ou reembolso e outras formas de remuneração de títulos de dívida pública, obrigações, títulos de participação ou outros títulos análogos emitidos por qualquer sociedade, que se encontrem admitidos à negociação em mercado regulamentado e a sua emissão apresente uma maturidade igual ou superior a três anos) e 15%.

Importa referir que, nos termos do artigo 18º do Código do Imposto Industrial, não é aceite como gasto dedutível para efeitos de apuramento da matéria colectável o próprio IAC, bem como, por outro lado, deduzir-se-ão ao lucro tributável, os rendimentos sujeitos a IAC, conforme o disposto no artigo 47º do Código do Imposto Industrial.

iv. Imposto Predial Urbano De acordo com as alterações introduzidas pela Lei n.º 18/11, de 21 de Abril, ao Código do Imposto Predial Urbano (“IPU”), sobre as rendas auferidas de imóveis arrendados incide IPU, à taxa de 15%.

Adicionalmente, nos termos do artigo 18º do Código do Imposto Industrial, não é aceite como gasto dedutível

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

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para efeitos de apuramento da matéria colectável o próprio IPU, bem como os gastos de conservação e reparação de imóveis arrendados, considerados como gastos no apuramento do IPU.

2.12 Restante tributação

i. Impostos sobre o património

Imposto Predial Urbano Em face da redacção introduzida pela Lei n.º 18/11, de 21 de Abril, foi revogada a isenção anteriormente prevista no Regulamento do IPU, passando a incidir IPU, à taxa de 0,5%, sobre o valor patrimonial dos imóveis próprios que se destinem ao desenvolvimento da actividade normal do Banco (superior a AKZ 5.000.000).

SisaNos termos do Diploma Legislativo n.º 230, de 18 de Maio de 1931, bem como das alterações introduzidas pela Lei n.º 15/92, de 3 de Julho e Lei n.º 16/11, de 21 de Abril, a Sisa incide sobre todos os actos que importem transmissão perpétua ou temporária de propriedade de qualquer valor, espécie ou natureza, qualquer que seja a denominação ou forma do título (v.g., actos que importam transmissão de benfeitorias em prédios rústicos ou urbanos, as transmissões de bens imobiliários por meio de doações com entradas ou pensões ou a transmissão de bens imobiliários por meio de doações), à taxa de 2%.

ii. Outros impostosO Banco está igualmente sujeito a impostos indirectos, designadamente, impostos aduaneiros, Imposto do Selo, Imposto de Consumo, bem como outras taxas.

iii. Substituição tributáriaNo âmbito da sua actividade, o Banco assume a figura de substituto tributário, efectuando retenção na fonte dos impostos relativos a terceiros, os quais entrega posteriormente ao Estado.

Imposto sobre a Aplicação de Capitais De acordo com o Decreto Legislativo Presidencial n.º 2/14, de 20 de Outubro, o Banco procede à retenção na fonte de IAC, à taxa de 10%, sobre os juros de depósitos a prazo pagos a clientes.

Imposto do Selo De acordo com o Decreto Legislativo Presidencial n.º 3/14,

de 21 de Outubro, recai sobre o Banco a responsabilidade de liquidação e entrega do Imposto do Selo devido pelos seus clientes na generalidade das operações bancárias (v.g., financiamentos, cobrança de juros de financiamentos, comissões por serviços financeiros), procedendo o Banco à liquidação do imposto, às taxas previstas na Tabela do Imposto do Selo.

Imposto IndustrialDe acordo com o previsto no n.º 1 do artigo 67º da Lei n.º 19/14, de 22 de Outubro, as prestações de serviços de qualquer natureza, estão sujeitas a tributação, por retenção na fonte à taxa de 6,5%.

Imposto Predial Urbano De acordo com o previsto na Lei n.º 18/11, de 21 de Abril, o Banco procede à retenção na fonte do IPU devido, à taxa de 15%, sobre o pagamento ou entrega de rendas relativas a imóveis arrendados.

2.13 Benefícios aos empregados

i. Planos de contribuição definida Para os planos de contribuição definida, as respon-sabilidades relativas ao benefício atribuível aos colaboradores do Banco são reconhecidas como um gasto do exercício quando devidas. Contribuições pagas antecipadamente são reconhecidas como um activo se estiver disponível uma restituição ou redução de pagamentos futuros.

ii. Benefícios de longo prazo aos empregadosA responsabilidade líquida do Banco, relativa a benefícios de longo prazo a empregados, é o montante de benefício futuro que se estima que os empregados irão usufruir em troca do seu serviço no período corrente e em períodos passados. Esse benefício é descontado para determinar o seu valor presente. As re-mensurações são reconhecidas nos resultados do exercício.

iii. Benefícios associados à cessação de funçõesOs benefícios associados à cessação de funções são reconhecidos como custo, no momento que ocorrer mais cedo, entre o momento em que o Banco já não pode retirar a oferta desses benefícios ou no momento em que o grupo reconhece custos associados a uma reestruturação. Se não é expectável que os benefícios sejam líquidos no prazo até 12 meses, então são descontados.

10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

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iv. Benefícios de curto prazo aos empregadosOs benefícios de curto prazo a empregados são registados como custo assim que o serviço associado tiver sido prestado. É reconhecido um passivo pelo montante expectável a ser liquidado, se o Banco tiver uma obrigação presente, legal ou construtiva, de pagar este montante como resultado de um serviço prestado no passado pelo colaborador e essa obrigação possa ser fiavelmente estimada.

A Lei Geral do Trabalho determina que o montante de subsídio de férias pagável aos trabalhadores em determinado exercício é um direito por eles adquirido no ano imediatamente anterior. Consequentemente, o Banco releva contabilisticamente no exercício os valores relativos a férias e subsídio de férias pagáveis no ano seguinte. v. Fundo SocialDe acordo com o regulamento do Fundo Social, este tem por finalidade a prestação de apoio social aos trabalhadores do BAI e às suas famílias.

O referido apoio social poderá revestir-se, designa-damente, das seguintes modalidades:

(i) Disponibilização/alienação de fracções autónomas/imóveis, em regime de preços bonificados;

(ii) Outros apoios sociais a definir pela Comissão de Gestão do Fundo, tais como disponibilização de transportes colectivos e de creches.

A Assembleia Geral do BAI, sob proposta do Conselho de Administração, deliberará a afectação anual de cada exercício, a qual constituirá a dotação financeira do Fundo Social, sendo a mesma registada na demonstração dos resultados.

As dotações não utilizadas anualmente transitarão para o orçamento do Fundo Social do ano seguinte.

Só poderão beneficiar do apoio do Fundo Social os trabalhadores que cumpram com as seguintes condições à data de concessão do referido apoio social:

(i) ter antiguidade mínima de 3 anos;

(ii) não possuir registo de processo disciplinar nos últimos 3 anos;

(iii) ter obtido avaliação de desempenho acima da média.

2.14 Provisões

São reconhecidas provisões quando (i) o Banco tem uma obrigação presente (legal ou decorrente de práticas passadas ou políticas publicadas que impliquem o reconhecimento de certas responsabilidades), (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii) quando possa ser feita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação.

A mensuração das provisões tem em conta os princípios definidos na IAS 37 no que respeita à melhor estimativa do custo expectável, ao resultado mais provável das acções em curso e tendo em conta os riscos e as incertezas inerentes ao processo.

As provisões são revistas no final de cada data de reporte e ajustadas para reflectir a melhor estimativa, sendo revertidas por contrapartida de resultados na proporção dos pagamentos que não sejam prováveis.

As provisões são desreconhecidas através da sua utilização para as obrigações para as quais foram inicialmente constituídas ou nos casos em que estas deixem de se observar.

2.15 Reconhecimento de juros

Os resultados referentes a juros de instrumentos financeiros activos e passivos mensurados ao custo amortizado são reconhecidos nas rubricas de juros e rendimentos similares ou juros e encargos similares (margem financeira), pelo método da taxa de juro efectiva. Os juros à taxa efectiva de activos financeiros disponíveis para venda, também são reconhecidos em margem financeira, assim como dos activos e passivos financeiros ao justo valor através de resultados.

A taxa de juro efectiva corresponde à taxa que desconta os recebimentos ou pagamentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro (ou, quando apropriado, por um período mais curto) para o valor líquido actual de balanço do activo ou passivo financeiro.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

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Para a determinação da taxa de juro efectiva, o Banco procede à estimativa dos fluxos de caixa futuros considerando todos os termos contratuais do instrumento financeiro (por exemplo, opções de pagamento antecipado), não considerando eventuais perdas por imparidade.O cálculo inclui as comissões pagas ou recebidas consideradas como parte integrante da taxa de juro efectiva, custos de transacção e todos os prémios ou descontos directamente relacionados com a transacção, excepto para activos e passivos financeiros ao justo valor através de resultados.

No caso de activos financeiros ou grupos de activos financeiros semelhantes para os quais foram reconhecidas perdas por imparidade, os juros registados em resultados são determinados com base na taxa de juro utilizada para desconto de fluxos de caixa futuros na mensuração da perda por imparidade.

Especificamente no que diz respeito à política de registo dos juros de crédito vencido são considerados os seguintes aspectos:

- Os juros de créditos vencidos com garantias reais até que seja atingido o limite de cobertura prudentemente avaliado são registados por contrapartida de resultados de acordo com a IAS 18 – Rédito no pressuposto de que existe uma razoável probabilidade da sua recuperação;

- Os juros já reconhecidos e não pagos relativos a crédito vencido há mais de 90 dias que não estejam cobertos por garantia real são anulados, sendo os mesmos apenas reconhecidos quando recebidos por se considerar, no âmbito da IAS 18 – Rédito, que a sua recuperação é remota.

2.16 Reconhecimento de dividendos

Os dividendos (rendimento de instrumentos de capital) são reconhecidos em resultados quando for atribuído o direito ao seu recebimento. Os dividendos são apresentados nos resultados de operações financeiras, resultados líquidos de outros instrumentos financeiros ao justo valor através de resultados ou outros rendimentos, dependendo da classificação do instrumento que lhe está subjacente.

2.17 Reconhecimento de rendimentos de serviços e comissões

Os rendimentos resultantes de serviços e comissões são reconhecidos de acordo com os seguintes critérios:

- quando são obtidos à medida que os serviços são prestados, o seu reconhecimento em resultados é efectuado no período a que respeitam;

- quando resultam de uma prestação de serviços, o seu reconhecimento é efectuado quando o referido serviço está concluído;

- quando são uma parte integrante da taxa de juro efectiva de um instrumento financeiro, os proveitos resultantes de serviços e comissões são registados na margem financeira.

2.18 Actividades fiduciárias

Os activos detidos no âmbito de actividades fiduciárias não são reconhecidos nas demonstrações financeiras do Banco. Os resultados obtidos com serviços e comissões provenientes destas actividades são reconhecidos na demonstração de resultados no período em que ocorrem.

2.19 Resultados em operações financeiras

Os resultados em operações financeiras incluem os ganhos e perdas gerados por activos e passivos financeiros ao justo valor através de resultados, nomeadamente das carteiras de negociação e de outros activos e passivos ao justo valor através de resultados, incluindo dividendos associados a estas carteiras.

Estes resultados incluem igualmente as valias nas vendas de activos financeiros disponíveis para venda e de activos financeiros detidos até à maturidade.

2.20 Caixa e seus equivalentes

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da data de balanço, onde se incluem a caixa, as disponibilidades em bancos centrais e as disponibilidades em outras instituições de crédito.

10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

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2.21 Garantias financeiras e compromissos

As garantias financeiras são contratos que obrigam o Banco a efectuar pagamentos específicos de forma a reembolsar o detentor por uma perda incorrida em virtude de um devedor falhar o cumprimento de um pagamento. Os compromissos irrevogáveis têm o objectivo de fornecer crédito ao abrigo de condições pré-determinadas.

Os passivos que decorrem de garantias financeiras ou compromissos dados para fornecer um empréstimo a uma taxa de juro abaixo do valor de mercado são inicialmente reconhecidos ao justo valor, sendo o justo valor inicial amortizado durante o período de vida útil da garantia ou compromisso. Subsequentemente, o passivo é registado ao mais alto entre o valor amortizado e o valor presente de qualquer pagamento expectável para liquidar.

3 – Principais estimativas e julgamentos utilizados na elaboração das demonstrações financeiras

As IAS/IFRS estabelecem uma série de tratamentos contabilísticos e requerem que o Conselho de Administração efectue julgamentos e faça as estimativas necessárias para decidir qual o tratamento contabilístico mais adequado. As principais estimativas contabilísticas e julgamentos utilizados na aplicação dos princípios contabilísticos pelo Banco são apresentadas nesta Nota, tendo como objectivo melhorar o entendimento de como a sua aplicação afecta os resultados reportados do Banco e a sua divulgação. Uma descrição alargada das principais políticas contabilísticas utilizadas pelo Banco é apresentada na Nota 2 às demonstrações financeiras.

Considerando que, em muitas situações, existem alter-nativas ao tratamento contabilístico adoptado pelo Conselho de Administração, os resultados reportados pelo Banco poderiam ser diferentes caso um tratamento diferente fosse escolhido. O Conselho de Administração considera que as escolhas efectuadas são apropriadas e que as demonstrações financeiras apresentam de forma

verdadeira e apropriada a posição financeira do Banco e o resultado das suas operações em todos os aspectos materialmente relevantes.

3.1 Imparidade dos activos financeiros disponíveis para venda

O Banco determina que existe imparidade nos seus acti-vos financeiros disponíveis para venda quando existe uma desvalorização continuada ou de valor significativo no seu justo valor ou quando prevê existir um impacto nos fluxos de caixa futuros dos activos. Esta determinação requer jul-gamento, no qual o Banco recolhe e avalia toda a informa-ção relevante à formulação da decisão, nomeadamente a volatilidade normal dos preços dos instrumentos financei-ros. Para o efeito e em consequência da forte volatilidade dos mercados, consideraram-se os seguintes parâmetros como indicadores da existência de imparidade:

i) Títulos de capital: desvalorização continuada ou de valor significativo no seu valor de mercado face ao custo de aquisição;

ii) Títulos de dívida: sempre que exista evidência objectiva de eventos com impacto no valor recuperável dos fluxos de caixa futuros destes activos.

Adicionalmente, as avaliações são obtidas através de preços de mercado (mark to market) ou de modelos de avaliação (mark to model), os quais requerem a utilização de determinados pressupostos ou de julgamento no estabelecimento de estimativas de justo valor.

A utilização de metodologias alternativas e de diferentes pressupostos e estimativas poderá resultar num nível diferente de perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados do Banco.

3.2 Justo valor de outros activos e passivos financeiros valorizados ao justo valor

O justo valor é baseado em cotações de mercado, quando disponíveis, e na ausência de cotação é de-

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

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terminado com base na utilização de preços de transacções recentes semelhantes e realizadas em condições de mercado, ou com base em metodologias de avaliação baseadas em técnicas de fluxos de caixa futuros descontados considerando as condições de mercado, o valor temporal, a curva de rentabilidade e factores de volatilidade. Estas metodologias podem requerer a utilização de pressupostos ou julgamentos na estimativa do justo valor.

Consequentemente, a utilização de diferentes meto-dologias ou de diferentes pressupostos ou julgamentos na aplicação de determinado modelo, poderia originar resultados financeiros diferentes daqueles reportados.

3.3 Perdas por imparidade em crédito a clientes

O Banco efectua uma revisão periódica da sua carteira de crédito de forma a avaliar a existência de perdas por imparidade, conforme referido na política contabilística descrita na Nota 2.3.

O processo de avaliação da carteira de crédito de forma a determinar se uma perda por imparidade deve ser reconhecida é sujeito a diversas estimativas e julgamentos. Este processo inclui factores como a probabilidade de incumprimento, as notações de risco, o valor dos colaterais associado a cada operação, as taxas de recuperação e as estimativas quer dos fluxos de caixa futuros, quer do momento do seu recebimento.

Metodologias alternativas e a utilização de outros pressupostos e estimativas poderiam resultar em níveis diferentes das perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados do Banco.

3.4 Investimentos detidos até à maturidade

O Banco classifica os seus activos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis e maturidades definidas como investimentos detidos

até à maturidade, de acordo com os requisitos do IAS 39. Esta classificação requer um nível de julgamento significativo.

No julgamento efectuado, o Banco avalia a sua intenção e capacidade de deter estes investimentos até à maturidade. Caso o Banco não detenha estes investimentos até à maturidade, excepto em circunstâncias específicas – por exemplo, alienar uma parte não significativa – é requerida a reclassificação de toda a carteira para activos financeiros disponíveis para venda, com a sua consequente mensuração ao justo valor e não ao custo amortizado.

Os activos detidos até à maturidade são objecto de teste sobre a existência de imparidade, o qual segue uma análise e decisão do Banco. 3.5 Impostos sobre os lucros

Para determinar o montante global de impostos sobre os lucros foi necessário efectuar determinadas interpretações e estimativas. Existem diversas transa-cções e cálculos para os quais a determinação dos impostos a pagar é incerta durante o ciclo normal de negócios.

Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente de impostos sobre os lucros, correntes e diferidos, reconhecidos no exercício.

A Autoridade Tributária tem a possibilidade de rever o cálculo da matéria colectável efectuado pelo Banco durante um período de cinco anos. Desta forma, é possível que haja correcções à matéria colectável, resultantes principalmente de diferenças na interpretação da legislação fiscal, que pela sua probabilidade o Conselho de Administração considera que não terão efeito materialmente relevante nas demonstrações financeiras.

10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

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4 – Caixa e disponibilidades em bancos centrais

O valor desta rubrica é composto por:

A rubrica Depósitos à ordem no Banco Nacional de Angola inclui depósitos de carácter obrigatório, que têm por objectivo satisfazer os requisitos legais quanto à constituição de disponibilidades mínimas.

De acordo com o Instrutivo n.º 02/2016 do BNA, de 11 de Abril de 2016, as reservas obrigatórias em depósitos à ordem no BNA, são resumidas de acordo com a seguinte tabela:

O cumprimento das reservas obrigatórias, para um dado período de observação semanal (Outros Sectores), é concretizado tendo em consideração o valor médio dos saldos dos depósitos junto do Banco durante o referido período.

A 10 de Dezembro de 2015, o BNA procedeu à conversão de parte das reservas obrigatórias em moeda estrangeira em títulos denominados em USD, com valor nominal de mUSD 491.140 e com maturidade de 7 anos. Estes títulos de dívida foram reconhecidos e valorizados conforme a política contabilística referida na Nota 2.4. Conforme referido na Nota 9, estes títulos foram inicialmente classificados na categoria de activos financeiros disponíveis para venda, tendo, em 2016, sido transferidos parte para a categoria de investimentos detidos até à maturidade o valor de mUSD 386.140.

Segundo o Instrutivo n.º 19/2015, que entrou em vigor a 4 de Janeiro de 2016, as reservas obrigatórias em moeda estrangeira podem ser cumpridas em 20% com os montantes depositados junto do BNA e 80% em obrigações do tesouro em moeda estrangeira, sendo elegíveis para o cumprimento os títulos identificados no parágrafo anterior.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

CaixaEm moeda nacional 14.395.828 21.339.215

Em moeda estrangeira 3.081.904 6.490.073

Depósitos à ordem no Banco Nacional de Angola

Em moeda nacional 136.783.183 117.454.624

Em moeda estrangeira 40.332.935 31.353.837

194.593.850 176.637.749

31-12-201631-12-2015(Proforma)

Taxas sobre Base de Incidência

Governo Central, Governos Locais Apuramento Diário 75% / 50% 100%

e Administrações Municipais

Outros Sectores Apuramento Semanal 30% 15%

MoedaNacional

MoedaEstrangeira

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10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

Em 31 de Dezembro de 2016, o montante de exigibilidades totais (Governo Central, Governos Locais, Administrações Locais e Outros Sectores) ascende a mAKZ 245.444.892 (2015: mAKZ 197.658.784).

Em 2015, foi celebrado um protocolo de prestação de serviços com o BNA, no âmbito da materialização das responsabilidades do Banco Central ao abrigo do Acordo de Conversão Monetária, celebrado com o Banco da Namíbia, de acordo com o Aviso n.º 12/2015 de 21 de Dezembro do BNA e conforme detalhado na Nota 19.

5 – Disponibilidades em outras instituições de crédito

O saldo da rubrica Disponibilidades em outras instituições de crédito é composto, quanto à sua natureza, como se segue:

A rubrica Disponibilidades em instituições de crédito no país – Outras disponibilidades inclui o montante de mAKZ 250.000 referente a remessas de tesouraria em trânsito entre a tesouraria central e os balcões do Banco.

6 – Aplicações em bancos centrais e noutras instituições de crédito

Esta rubrica a 31 de Dezembro de 2016 e 2015 é analisada como se segue:

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

Disponibilidade em instituições de crédito no paísCheques a cobrar 501.786 525.926

Outras disponibilidades 254.898 4.664

Disponibilidade em instituições de crédito no estrangeiro Depósitos à ordem 24.180.002 7.126.310

Cheques a cobrar (7.568) (6.119)

Outras disponibilidades 5.036 -

24.934.154 7.650.781

31-12-201631-12-2015(Proforma)

Aplicações no banco central e em outrasinstituições de crédito no paísDepósitos

Banco Nacional de Angola 6.000.000 9.000.000Juros a receber 8.384 1.470Operações de compra de títulos de terceiros com acordo de revenda - 4.003.159

6.008.384 13.004.629

Aplicações em instituições de crédito no estrangeiroMercado monetário interbancário 71.256.060 32.777.349Juros a receber 84.934 104.225Depósitos colaterais 150.003 2.085.248

71.490.997 34.966.822

77.499.381 47.971.451

31-12-201631-12-2015(Proforma)

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

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O escalonamento das aplicações em bancos centrais e noutras instituições de crédito por prazos de vencimento a 31 de Dezembro de 2016 e 2015, é como se segue:

As aplicações em Bancos centrais e noutras ICs no país, em 31 de Dezembro de 2016, venciam juro à taxa média de 25,50% em moeda nacional e 1,10% em moeda estrangeira (31 de Dezembro de 2015: 2,89% em moeda nacional e 5,66% em moeda estrangeira).

Os depósitos em instituições de crédito no estrangeiro vencem juros às taxas de mercados internacionais onde o Banco opera.

Em 31 de Dezembro de 2016 o saldo que compõe a rubrica Depósitos colaterais é referente ao aprovisionamento no correspondente para liquidações diárias das utilizações de cartões VISA para posterior regularização junto do cliente.

Em 31 de Dezembro de 2016 a rubrica Aplicações de liquidez no estrangeiro – Mercado monetário interbancário inclui os montantes de mAKZ 518.446, que se encontram a colaterizar operações de crédito concedidas pelo BAI Europa.

7 – Activos financeiros detidos para negociação

Esta rubrica a 31 de Dezembro de 2016 e 2015 é analisada como se segue:

Conforme a política contabilística descrita na Nota 2.4 1a), os títulos detidos para negociação são aqueles adquiridos com o objectivo de serem transaccionados no curto prazo independentemente da sua maturidade.

A análise dos activos financeiros disponíveis para venda, líquida de imparidade, por níveis de valorização, com referência em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, é apresentada como se segue:

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

Até três meses 61.616.455 36.490.262

De três a seis meses 12.726.349 3.717.794

De seis meses a um ano 3.156.577 7.763.395

77.499.381 47.971.451

31-12-2016 31-12-2015(Proforma)

Activos financeiros detidos para negociaçãoTítulos

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos

Obrigações Indexadas à taxa de câmbio do Dólar

dos Estados Unidos 13.658.766 13.231.602

Obrigações em moeda estrangeira 2.203.648 -

15.862.414 13.231.602

31-12-201631-12-2015(Proforma)

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10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

Activos financeiros detidos para negociaçãoTítulos

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos - 15.862.414 - 15.862.414

Saldo a 31 de Dezembro de 2016 - 15.862.414 - 15.862.414

Activos financeiros detidos para negociaçãoTítulos

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos - 13.231.602 - 13.231.602

Saldo a 31 de Dezembro de 2015 - 13.231.602 - 13.231.602

Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total

Conforme disposto na IFRS 13, os instrumentos financeiros estão mensurados de acordo com os níveis de valorização descritos na Nota 39.

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, o escalonamento dos títulos detidos para negociação por prazos de maturidade é como se segue:

Obrigações e outros títulos de rendimento fixoDe emissores públicos 7.439 2.026.341 13.217.580 611.054 15.862.414

Saldo a 31 de Dezembro de 2016 7.439 2.026.341 13.217.580 611.054 15.862.414 Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos - 11.637 13.140.724 79.241 13.231.602 Saldo a 31 de Dezembro de 2015 - 11.637 13.140.724 79.241 13.231.602

Inferior a trêsmeses

Entre trêsmeses

e um ano

De um a cinco

anos

Mais de cinco

anosTotal

O valor de balanço dos títulos detidos para negociação a 31 de Dezembro de 2016 e 2015, podem ser analisados como se segue:

Activos financeiros detidos para negociaçãoTítulosObrigações do Tesouro em moeda estrangeira Estado Angola Governo USD n.a. 4,20% 2.166.688 2.166.688 36.960 - 2.203.648OT’s Indexadas à taxa de câmbio do Dólar dos Estados Unidos Estado Angola Governo AKZ USD 5,95% 13.069.580 13.052.626 246.062 360.078 13.658.766

15.236.268 15.219.314 283.022 360.078 15.862.414

Emissor31-12-2016 Domicílio Actividade Moeda IndexanteTaxa

médiaValor

nominalCusto de

aquisiçãoJuros

corridosAjuste do

justo valorValor deBalanço

Emissor31-12-2015 (Proforma) Domicílio Actividade Moeda IndexanteTaxa

médiaValor

nominalCusto de

aquisiçãoJuros

corridosAjuste do

justo valorValor deBalanço

Activos financeiros detidos para negociaçãoTítulosOT’s Indexadas à taxa de câmbio do Dólar dos Estados Unidos Estado Angola Governo AKZ USD 5,35% 13.183.333 13.073.797 157.805 - 13.231.602

13.183.333 13.073.797 157.805 - 13.231.602

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

156

8 – Activos financeiros disponíveis para venda

Esta rubrica em 31 de Dezembro de 2016 e 2015 é analisada como se segue:

Obrigações e outros títulos de rendimento fixoDe emissores públicos 16.638.118 - - - 16.638.118

De outros emissores 512.847 - (336.060) - 176.787

Acções 561.176 - - (486.143) 75.033

Saldo a 31 de Dezembro de 2016 17.712.141 - (336.060) (486.143) 16.889.938 Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos 66.649.269 - - - 66.649.269

De outros emissores 318.763 - - - 318.763

Acções 561.176 - - (486.143) 75.033

Saldo a 31 de Dezembro de 2015 67.529.208 - - (486.143) 67.043.065

Valor debalanço

Perdas porimparidade

Negativa Positiva

Reserva de justo valorCusto

De acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.4, o Banco avalia regularmente se existe evidência objectiva de imparidade na sua carteira de activos disponíveis para venda seguindo os critérios de julgamento descritos na Nota 40.

O Banco procedeu a testes de imparidade nas acções que detém sobre o BPN Brasil no montante de mAKZ 486.143, por esta ter apresentado com regularidade resultados negativos. Em exercícios anteriores, e de acordo com o descrito na Nota 2.4, com base nesses testes, o Banco reconheceu imparidade em 100% para o valor da participação. Em Setembro de 2013, o BAI celebrou um contrato de alienação da totalidade da sua participação no capital social do BPN Participações, sociedade limitada cujo objecto social se limita à participação no Banco BPN Brasil tendo este contrato sido rescindido em 2016 e, consequentemente, feita a devolução do valor recebido na data da sua assinatura.

A rubrica Obrigações e títulos de rendimento fixo – De emissores públicos refere-se a títulos e respectivos juros a receber que resultaram da conversão das reservas obrigatórias em USD, no âmbito dos requisitos definidos pelo BNA, conforme descrito na Nota 4. A 21 de Outubro de 2016, foi reclassificado o montante de mUSD 386.140 para a rubrica de investimentos detidos até à maturidade, conforme apresentado no mapa abaixo:

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

Saldo inicial 486.143 486.143Reforços - -

Reposições - -

Saldo final 486.143 486.143

31-12-201631-12-2015(Proforma)

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157

10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

Activos financeiros disponíveis para venda para: Activos financeiros detidos até à maturidade 63.762.180 63.762.180 64.246.427 64.246.427

Total 63.762.180 63.762.180 64.246.427 64.246.427

A análise dos activos financeiros disponíveis para venda, líquida de imparidade, por níveis de valorização, com referência em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, é apresentada como se segue:

Obrigações e outros títulos de rendimento fixoDe emissores públicos - 16.638.118 - - 16.638.118

De outros emissores - 176.787 - - 176.787

Acções - - - 75.033 75.033 Saldo a 31 de Dezembro de 2016 - 16.814.905 - 75.033 16.889.938 Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos 66.649.269 - - 66.649.269

De outros emissores - 318.763 - - 318.763

Acções - - - 75.033 75.033 Saldo a 31 de Dezembro de 2015 - 66.968.032 - 75.033 67.043.065

Ao custo Nível 3 Nível 2Nível 1 Total

Conforme disposto na IFRS 13, os instrumentos financeiros estão mensurados de acordo com os níveis de valorização descritos na Nota 39.

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, o escalonamento dos activos financeiros disponíveis para venda por prazos de vencimento é como se segue:

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos - - - 16.638.118 - 16.638.118

De outros emissores - - - - 176.787 176.787

Acções - - - - 75.033 75.033 Saldo a 31 de Dezembro de 2016 - - - 16.638.118 251.820 16.889.938 Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos - - - 66.649.269 - 66.649.269

De outros emissores - - - - 318.763 318.763

Acções - - - - 75.033 75.033 Saldo a 31 de Dezembro de 2015 - - - 66.649.269 393.796 67.043.065

Inferior a trêsmeses

Entre trêsmeses

e um ano

De um a cinco

anos

Mais de cinco

anos

Duraçãoindeterminada Total

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

Valor de balanço

À data da reclassificação 31-12-2016

Justo valor Valor de balanço Justo valor

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Emissor Domicílio Actividade Moeda IndexanteTaxa

médiaValor

nominalCusto de

aquisiçãoJuros

corridosPrémio/

descontoAjuste do

justo valorValor deBalanço31-12-2016

BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

158

O valor de balanço dos activos financeiros disponíveis para venda em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, podem ser analisados como se segue:

Activos financeiros detidos para vendaObrigações do Tesouro em moeda estrangeira Estado Angola Governo USD n.a. 5,00% 66.458.609 66.458.609 190.660 -

-

66.649.269Outros títulos Carlyle EUA Fundo de Investimentos

USD n.a. n.a. n.a. 318.763 n.a. n.a. - 318.763

66.458.609 66.777.372 190.660 - - 66.968.032

Emissor Domicílio Actividade Moeda IndexanteTaxa

médiaValor

nominalCusto de

aquisiçãoJuros

corridosPrémio/

descontoAjuste do

justo valorValor deBalanço31-12-2015 (Proforma)

Activos financeiros detidos para vendaObrigações do Tesouro em moeda estrangeira Estado Angola Governo USD n.a. 5,00% 16.590.261 16.590.261 47.857 - - 16.638.118Outros títulos Carlyle EUA Fundo de Investimentos

USD n.a. n.a. n.a. 512.847 n.a. n.a. (336.060) 176.787

16.590.261 17.103.108 47.857 - (336.060) 16.814.905

9 – Investimentos detidos até à maturidade

Esta rubrica em 31 de Dezembro de 2016 e 2015 é analisada como se segue:

A rubrica Obrigações do Tesouro em moeda estrangeira inclui os títulos que resultaram da conversão das reservas obrigatórias em moeda estrangeira, reclassificadas da rubrica Activos financeiros disponíveis para venda, conforme descrito na Nota 8.

A rubrica OT’s não reajustáveis inclui Obrigações do Tesouro no montante de mAKZ 52.600.000 resultante de uma operação de crédito directo ao Estado, sob a forma de “Bridge Finance”, em regime de sindicato bancário, cuja liquidação foi efectuada em Obrigações do Tesouro, conforme condições estabelecidas pelo Decreto Presidencial n.º 136/14 de 16 de Julho.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos

Bilhetes de Tesouro 248.057.293 98.897.503

Obrigações de Tesouro em moeda nacional

OT’s indexadas à taxa de câmbio

do Dólar dos Estados Unidos 53.629.920 52.052.392

OT’s não reajustáveis 68.550.995 87.897.501

Obrigações de Tesouro em moeda estrangeira 178.201.622 94.958.925

Outras obrigações em moeda estrangeira 1.726.749 1.069.428

550.166.579 334.875.749

31-12-201631-12-2015(Proforma)

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159

10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

No âmbito do processo de reestruturação financeira do Banco BAI Micro Finanças, S.A. (“BMF”), acordado com o BNA, no final de 2016, o BAI adquiriu ao BMF uma carteira de créditos no montante total de mAKZ 4.297.256. Este negócio formalizou-se através da cedência de uma carteira de títulos mobiliários emitidos pelo Estado Angolano por igual montante, pelo que a operação não gerou qualquer valia na Demonstração de Resultados do BAI. Os títulos cedidos pelo BAI encontravam-se classificados na rubrica Investimentos detidos até à maturidade, tendo a operação sido enquadrada no âmbito do definido pela IAS 39, que refere que, em situações excepcionais, poderá ser alienada uma percentagem insignificante da carteira desde que não seja um procedimento recorrente. Os activos cedidos representam 0,78% do total da carteira. Na Nota 42 encontra-se explicado com maior detalhe o enquadramento desta operação.

O justo valor da carteira de investimentos detidos até à maturidade encontra-se apresentado na Nota 39, no âmbito das exigências de divulgação definidas na IAS 39.

O Banco avaliou com referência a 31 de Dezembro de 2016 e 2015, a existência de evidência objectiva de imparidade na sua carteira de investimentos detidos até à maturidade, não tendo verificado eventos com impacto no montante recuperável dos fluxos de caixa futuros desses investimentos.

O escalonamento dos investimentos detidos até à maturidade por prazos de vencimento é como se segue:

Obrigações de emissores públicos nacionais

Bilhetes de Tesouro 99.567.379 148.489.914 - - 248.057.293

Obrigações de Tesouro em moeda nacional

OT’s indexadas à taxa de câmbio do Dólar

dos Estados Unidos 16.954.911 12.995.040 22.442.535 1.237.434 53.629.920

OT’s não reajustáveis 3.972.892 19.174.456 37.196.198 8.207.449 68.550.995

Obrigações de Tesouro em moeda estrangeira 40.456 2.701.789 112.506.597 64.679.529 179.928.371 Saldo a 31 de Dezembro de 2016 120.535.638 183.361.199 172.145.330 74.124.412 550.166.579 Obrigações de emissores públicos nacionais

Bilhetes de Tesouro 62.728.411 36.169.092 - - 98.897.503

Obrigações de Tesouro em moeda nacional

OT’s indexadas à taxa de câmbio do Dólar

dos Estados Unidos - 9.831.134 42.221.258 - 52.052.392

OT’s não reajustáveis 7.663.362 4.997.909 58.877.256 16.358.974 87.897.501

Obrigações de Tesouro em moeda estrangeira - 2.491.430 79.996.974 13.539.949 96.028.353 Saldo a 31 de Dezembro de 2015 70.391.773 53.489.565 181.095.488 29.898.923 334.875.749

Inferior a trêsmeses

Entre trêsmeses

e um ano

De um a cinco

anos

Mais de cinco

anosTotal

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

160

O valor de balanço dos investimentos detidos até à maturidade a 31 de Dezembro de 2016 e 2015, podem ser analisados como se segue:

Activos financeiros detidos até à maturidade Bilhetes de Tesouro Estado Angola Governo AKZ n.a. 18,44% 264.249.375 234.735.679 13.321.614 - 248.057.293

Obrigações do Tesouro em moeda nacional

OT’s indexadas à taxa de câmbio

do Dólar dos Estados Unidos Estado Angola Governo AKZ USD 6,03% 53.036.661 52.857.403 661.277 111.240 53.629.920

OT’s não reajustáveis Estado Angola Governo AKZ n.a. 7,53% 67.147.041 67.147.041 624.970 778.984 68.550.995

Obrigações de Tesouro em moeda estrangeira Estado Angola Governo

USD n.a. 7,62% 176.798.277 175.986.267 1 713.573 501.782 178.201.622

Outras obrigações em moeda estrangeira - EUR

Outros Cabo Verde

Instituições

Financeiras;

Construção;

Transportes

EUR n.a. 6,82% 849.863 849.863 23.041 - 872.904

Outras obrigações em moeda estrangeira - USD Outros Angola Instituições

Financeiras USD n.a. 11,00% 829.513 829.513 24.332 - 853.845

562.910.730 532.405.766 16.368.807 1.392.006 550.166.579

Emissor31-12-2016 Domicílio Actividade Moeda IndexanteTaxa

médiaValor

nominalCusto de

aquisiçãoJuros

corridosPrémio/

Desconto Valor deBalanço

Activos financeiros detidos até à maturidade Bilhetes de Tesouro Estado Angola Governo AKZ n.a. 8,28% 100.956.107 95.101.393 3.796.110 - 98.897.503

Obrigações do Tesouro em moeda nacional

OT’s indexadas à taxa de câmbio

do Dólar dos Estados Unidos Estado Angola Governo AKZ USD 6,23% 52.136.452 51.718.879 128.327 205.186 52.052.392

OT’s não reajustáveis Estado Angola Governo AKZ n.a. 7,25% 89.041.700 86.601.550 977.704 318.247 87.897.501

Obrigações de Tesouro em moeda estrangeira Estado Angola Governo USD n.a. 3,41% 94.293.407 93.632.646 1.070.669 255.610 94.958.925

Outras obrigações em moeda estrangeira - EUR Outros Cabo Verde

Instituições

Financeiras;

Construção;

Transportes

EUR n.a. 7,73% 472.288 351.591 18.154 3.262 373.007

Outras obrigações em moeda estrangeira - USD Outros Angola Instituições

Financeiras USD n.a. 11,00% 676.575 676.575 19.846 - 696.421

337.576.529 328.082.634 6.010.810 782.305 334.875.749

Emissor31-12-2015 (Proforma) Domicílio Actividade Moeda IndexanteTaxa

médiaValor

nominalCusto de

aquisiçãoJuros

corridosPrémio/

Desconto Valor deBalanço

10 – Crédito a Clientes

Esta rubrica em 31 de Dezembro de 2016 e 2015 é analisada como se segue:

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

31-12-2015 (Proforma)

Crédito interno

A empresas 359.098.678 293.500.874Créditos em conta corrente 35.471.336 27.317.208

Empréstimos 314.784.055 261.700.469

Descobertos 8.766.469 4.295.387

Cartões de crédito 76.818 187.811

A particulares 45.498.262 62.061.147

Habitação 27.129.216 25.583.603

Consumo e outros 18.369.046 36.477.544

404.596.940 355.562.021

31-12-2016

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161

10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

Crédito ao exterior

A empresas 11.032.815 10.285.715

A particulares 875 1.294

11.033.690 10.287.009

Crédito vencido - menos de 90 dias 13.636.864 10.158.947

Crédito vencido - mais de 90 dias 19.443.903 20.582.227

33.080.767 30.741.174

448.711.397 396.590.203Perdas por imparidade (68.847.353) (49.615.930)

379.864.044 346.974.273

O Banco classifica como crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos 30 dias após o seu vencimento.

De acordo com o Aviso n.º 9/2016, de 22 de Junho, o limite prudencial aos grandes riscos não é aplicável à exposição à República de Angola (Estado), única posição superior a 25% dos fundos próprios regulamentares. Adicionalmente, o conjunto dos vinte maiores Clientes do Banco representa aproximadamente 196% dos FPR e 66% do total da carteira de crédito.

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, o crédito a clientes e imparidade por moeda são apresentados como se segue:

31-12-2016 31-12-2015 (Proforma)

AKZ 231.593.402 47.779.491 215.533.643 34.288.732USD 217.114.340 21.067.312 181.051.023 15.324.213

EUR 3.655 550 5.537 2.985

Total 448.711.397 68.847.353 396.590.203 49.615.930

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, a composição da carteira de crédito por prazos residuais de maturidades é a seguinte:

31-12-2015

(Proforma)

Até 3 meses 28.569.339 10.026.032

De 3 meses a um ano 35.211.246 75.676.827

De um a cinco anos 181.239.884 37.828.459

Mais de cinco anos 161.351.539 234.130.939

Duração indeterminada 42.339.389 38.927.946

448.711.397 396.590.203

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

31-12-2015

(Proforma)31-12-2016

Moeda Créditoa clientes

Créditoa clientes

Imparidade Imparidade

31-12-2016

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

162

O crédito e juros vencidos encontram-se na duração indeterminada devido à condição que os mesmos apresentam. Em 31 de Dezembro de 2016, cerca de 55% do crédito apresentava-se com maturidades de até 5 anos.

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, a composição do crédito e imparidade por segmento e por situação é a seguinte:

Exposição - 31-12-2016

Exposiçãototal

Crédito emcumprimento

Crédito emincumprimento

Imparidade - 31-12-2016

Exposiçãototal

Crédito emcumprimento

Crédito emincumprimento

Segmento

Cartões 493.742 468.666 25.076 1.975 29 1.946

Consumo 22.569.706 18.932.928 3.636.778 3.862.854 1.010.846 2.852.008

Descoberto 50.676 - 50.676 19.678 - 19.678

Grandes Empresas 235.998.794 202.584.091 33.414.703 51.153.959 31.681.751 19.472.208

Habitação 42.759.042 40.286.585 2.472.457 2.100.207 683.111 1.417.096

Pequenas Empresas 28.107.068 20.262.682 7.844.386 11.700.684 6.554.859 5.145.825

Sector Público 118.732.369 118.732.281 88 7.996 7.978 18

448.711.397 401.267.233 47.444.164 68.847.353 39.938.574 28.908.779

Cartões 1.402.931 500.022 902.909 674.858 7.911 666.947

Consumo 24.875.578 23.554.512 1.321.066 3.440.696 2.535.926 904.770

Descoberto 125.426 - 125.426 44.971 - 44.971

Grandes Empresas 198.045.489 157.703.969 40.341.520 37.818.846 22.059.714 15.759.132

Habitação 38.602.422 36.827.681 1.774.741 755.474 243.120 512.354

Pequenas Empresas 33.117.177 14.086.219 19.030.958 6.880.397 1.003.882 5.876.515

Sector Público 100.421.180 100.421.146 34 688 686 2

396.590.203 333.093.549 63.496.654 49.615.930 25.851.239 23.764.691

Exposição - 31-12-2015 (Proforma)

Exposiçãototal

Crédito emcumprimento

Crédito emincumprimento

Imparidade - 31-12-2015 (Proforma)

Exposiçãototal

Crédito emcumprimento

Crédito emincumprimento

Segmento

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

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163

10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

Cartões - - 490.841 1.946 2.901 29 493.742 1.975Consumo 3.295.602 2.628.655 16.147.160 1.138.174 3.126.944 96.025 22.569.706 3.862.854Descoberto - - 50.676 19.678 - - 50.676 19.678Grandes empresas 138.375.742 36.995.358 21.683.860 1.085.114 75.939.192 13.073.487 235.998.794 51.153.959Habitação - - 41.015.863 2.072.287 1.743.179 27.920 42.759.042 2.100.207Pequenas empresas 16.930.138 9.818.080 8.240.090 1.692.404 2.936.840 190.200 28.107.068 11.700.684Sector Público 118.726.996 7.977 5.373 19 - - 118.732.369 7.996

277.328.478 49.450.070 87.633.863 6.009.622 83.749.056 13.387.661 448.711.397 68.847.353

Imparidade individual

Exposição Imparidade

Imparidade colectiva

Exposição Imparidade

Imparidade IBN

Exposição Imparidade

Total

Exposição ImparidadeSegmento

Cartões 6.582 382.267 1.954 624 60.233 - 352 38.033 5 278 13.209 16 7.836 493.742 1.975

Consumo 2.352 1.824.194 818.413 3.525 6.105.861 2.116.316 4.094 7.997.253 340.410 942 6.642.398 587.715 10.913 22.569.706 3.862.854

Descoberto - - - - - - 377 11.395 5.945 1.567 39.281 13.733 1.944 50.676 19.678

Grandes

Empresas 463 59.137.405 17.678.042 73 27.000.673 3.274.391 82 30.986.794 8.118.714 548 118.873.922 22.082.812 1.166 235.998.794 51.153.959

Habitação 1.342 32.738.334 1.904.989 206 4.995.139 139.940 155 3.778.206 49.113 33 1.247.363 6.165 1.736 42.759.042 2.100.207

Pequenas

Empresas 431 3.316.845 2.231.083 85 4.100.968 2.252.675 65 4.402.972 1.062.298 261 16.286.283 6.154.628 842 28.107.068 11.700.684

Sector Público 52 4.500 - 11 116.388.632 - 5 938.634 - 56 1.400.603 7.996 124 118.732.369 7.996

11.222 97.403.545 22.634.481 4.524 158.651.506 7.783.322 5.130 48.153.287 9.576.485 3.685 144.503.059 28.853.065 24.561 448.711.397 68.847.353

2013 e anteriores

Nº Nº Nº Nº NºMontante Montante Montante Montante MontanteImparidade Imparidade Imparidade Imparidade Imparidade

2014 2015 2016 TOTALSegmento

Devido à sua natureza, o Banco classifica os Descobertos como crédito em incumprimento.

Em 31 de Dezembro de 2016, a composição do crédito e imparidade por ano de concessão é a seguinte:

Em 31 de Dezembro de 2016, a composição do crédito e imparidade por segmento é a seguinte:

A avaliação da existência de perdas por imparidade em termos individuais é determinada através de uma análise da exposição total de crédito caso a caso. O Banco considera como exposições individualmente significativas quando o montante seja igual ou superior a 0,5% dos fundos próprios regulamentares da instituição, bem como os vinte maiores clientes particulares. Os créditos que foram objecto de análise individual explicavam 62% da carteira de crédito e 72% da imparidade total, no final de 2016.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

164

O Banco procedeu em 2016 à implementação do Aviso nº 12/2014 de 10 de Dezembro do BNA, referente à constituição de provisões, que define como crédito reestruturado as prorrogações, renovações, refinanciamento, renegociação dos créditos ou qualquer procedimento que altere parcial ou integralmente quaisquer condições do contrato originalmente acordadas. Dado que a marcação do crédito reestruturado teve início apenas neste ano, não é possível apresentar-se o comparativo com o ano anterior.

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, a concentração geográfica do risco de crédito é a seguinte:

31-12-2016

Saldo inicial da carteira de créditos reestruturados (bruto de imparidade) 68.379.477

Créditos reestruturados no período 79.852.038

Juros corridos da carteira de créditos reestruturados 1.392.842

Liquidação de créditos reestruturados (parcial ou total) (6.092.463)

Créditos reclassificados de “reestruturado” para “normal” -

Outros - Abates (5.522.075)

Saldo final da carteira de créditos reestruturados (bruto de imparidade) 138.009.819

Angola Outros países de África Total

Particulares 65.873.233 - 65.873.233

Empresas 255.125.778 - 255.125.778

Sector Público 8.902.506 - 8.902.506

Estado 107.777.356 11.032.524 118.809.880

437.678.873 11.032.524 448.711.397

Área geográfica

Angola Outros países de África Total

Particulares 65.006.356 - 65.006.356

Empresas 231.162.667 - 231.162.667

Sector Público 6.981 - 6.981

Estado 90.130.259 10.283.940 100.414.199

386.306.263 10.283.940 396.590.203

Área geográfica31-12-2015 (Proforma)

A posição de créditos reestruturados em 31 de Dezembro de 2016 pode ser desagregada da seguinte forma:

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

31-12-2016

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Crédito a clientes

Vincendo Vencido Exposição total Pesorelativo

Imparidade

Valor %

Sector de Actividade

31-12-2016

Crédito a clientes

Vincendo Vencido Exposição total Pesorelativo

Imparidade

Valor %

Sector de Actividade

31-12-2015 (Proforma)

165

10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

Em 31 de Dezembro de 2016, a composição da carteira de crédito por sectores de actividade, incluindo o crédito e os juros vencidos e os proveitos a receber, é a seguinte:

Empresas 359.711.952 23.126.279 382.838.231 62.862.640

Estado 118.716.924 38 118.716.962 26,5% 8 0,0%

Promoção imobiliária 85.798.050 12.339.058 98.137.108 21,9% 28.650.098 29,2%

Indústria transformadora 43.995.054 868.677 44.863.731 10,0% 5.383.794 12,0%

Indústria extractiva 30.879.942 21 30.879.963 6,9% 5.335.326 17,3%

Comércio 22.470.906 2.406.704 24.877.610 5,5% 10.357.057 41,6%

Construção 24.047.343 127.037 24.174.380 5,4% 2.394.365 9,9%

Agro-indústria 19.806.182 9.541 19.815.723 4,4% 3.699.884 18,7%

Outros 7.084.895 431.404 7.516.299 1,7% 2.449.521 32,6%

Serviços 5.964.315 1.006.352 6.970.667 1,6% 1.084.871 15,6%

Pesca 334.825 2.784.065 3.118.890 0,7% 1.124.350 36,0%

Hotelaria e turismo 321.141 2.785.480 3.106.621 0,7% 2.129.605 68,6%

Agricultura 291.190 291.541 582.731 0,1% 226.606 38,9%

Agro-pecuária 1.185 76.361 77.546 0,0% 27.155 35,0%

Particulares 55.918.676 9.954.490 65.873.166 - 5.984.713 9,09%

Consumo 17.898.650 5.215.474 23.114.124 5,2% 3.884.506 16,8%

Habitação 38.020.026 4.739.016 42.759.042 9,5% 2.100.207 4,9%

415.630.628 33.080.769 448.711.397 68.847.353 15,3%

Empresas 304.061.573 27.526.577 331.588.150 44.703.263

Promoção imobiliária 105.193.198 3.314.375 108.507.573 24,2% 16.027.876 14,8%

Estado 100.414.199 - 100.414.199 22,4% 684 0,0%

Indústria transformadora 29.391.805 3.732.652 33.124.457 7,4% 10.850.345 32,8%

Comércio 22.713.172 4.662.787 27.375.959 6,1% 7.429.698 27,1%

Agro-indústria 14.593.236 3.500.431 18.093.667 4,0% 502.566 2,8%

Construção 16.594.396 563.941 17.158.337 3,8% 553.130 3,2%

Indústria extractiva 7.941.540 2.855.642 10.797.182 2,4% 4.694.373 43,5%

Serviços 4.959.215 1.777.052 6.736.267 1,5% 1.559.551 23,2%

Hotelaria e turismo 580.136 3.496.751 4.076.887 0,9% 832.810 20,4%

Pesca 292.857 2.936.537 3.229.394 0,7% 1.813.092 56,1%

Agricultura 383.334 432.315 815.649 0,2% 89.487 11,0%

Agro-pecuária 57.716 38.627 96.343 0,0% 24.699 25,6%

Outros 946.769 215.467 1.162.236 0,3% 324.952 28,0%

Particulares 61.787.456 3.214.597 65.002.053 4.912.667 7,56%

Consumo 24.957.315 1.442.316 26.399.631 5,9% 4.157.193 15,7%Habitação 36.830.141 1.772.281 38.602.422 8,6% 755.474 2,0%

365.849.029 30.741.174 396.590.203 49.615.930 12,51%

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

166

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, as perdas por imparidade apresentam os seguintes movimentos:

Em 31 de Dezembro de 2016, a composição dos factores de risco associados à imparidade é a seguinte:

11 – Activos não correntes detidos para venda

Esta rubrica em 31 de Dezembro de 2016 e 2015 é analisada como se segue:

Cartões 0,00% 0,00% 0,00% 8,19% 2,81% 7,18% 40,24% 75,85%Consumo 4,09% 24,59% 61,32% 68,24% 12,66% 22,69% 90,06% 57,73%Descoberto 1,06% 12,46% 56,72% 51,80% 0,00% 6,40% 62,54% 123,24%Grandes empresas 16,19% 35,28% 76,86% 42,14% 5,68% 52,23% 72,13% 51,62%Habitação 2,34% 6,98% 50,70% 68,25% 1,94% 19,06% 52,52% 52,65%Pequenas empresas 18,80% 34,42% 99,10% 44,31% 48,26% 57,54% 77,29% 54,81%Sector Público 0,20% 28,02% 41,43% 36,54% 0,01% 8,73% 15,45% 7,68%

7,93% 34,24% 77,81% 44,50% 6,53% 50,44% 73,76% 42,66%

Probabilidade de Incumprimento Probabilidade de Incumprimento

< 30 dias sem

indícios

< 30 dias sem

indícios

< 30 dias com

indícios

< 30 dias com

indícios

Entre 30 e 90 dias

Entre 30 e 90 dias

Perda dado oincumprimento

(%)

Perda dado oincumprimento

(%)

Segmento

Imparidade - 31-12-2015 (Proforma)Imparidade - 31-12-2016

31-12-2015

(Proforma)

Imóveis recebidos em dação em pagamento 14.068.165 14.147.890Outros imóveis 2.812.047 3.390.257Imparidade (1.199.579) (1.200.479)

15.680.633 16.337.668

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

31-12-2015 (Proforma)

Saldo inicial 49.615.930 42.001.268Reforços 146.139.722 80.923.253

Reposições (120.474.179) (56.620.158)

(Nota 34) 25.665.543 24.303.095Utilizações (6.986.679) (22.159.214)

Transferências (Nota 18) (2.996.292) -

Regularizações 3.548.851 5.470.781 Saldo final 68.847.353 49.615.930

31-12-2016

31-12-2016

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167

10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

O Banco mantém a expectativa de alienar os imóveis no prazo de dois anos, excepto se as condições de mercado não o permitirem.

Em 31 de Dezembro de 2016, os recebimentos decorrentes da alienação dos imóveis em dação no montante de mAKZ 2.790.245 encontram-se registados na rubrica Outros valores – sinais recebidos (Nota 19).

Em 31 de Dezembro de 2016, a rubrica Outros imóveis apresenta o investimento em edifícios adquiridos pelo Banco, ainda em planta, no exercício de 2008, com vista à sua alienação aos colaboradores do Banco por preços similares aos preços de aquisição, estando os mesmos enquadrados no regime previsto pelo Fundo Social do Banco (Nota 2.13 v.). Em 31 de Dezembro de 2016, esta rubrica é composta por dois edifícios. No âmbito deste processo, foi estimada uma perda para o Banco, pelo que foi reconhecida imparidade correspondente à estimativa da perda. Parte das fracções constituintes dos referidos imóveis foram já alvo de formalização contratual em nome dos colaboradores, tendo o Banco reconhecido a perda por imparidade respectiva.

O movimento dos Activos não correntes detidos para venda durante o exercício de 2016 e 2015, bem como os ocorridos nas perdas por imparidade associadas, foram os seguintes:

Imóveis recebidos em dação em pagamento

14.147.890 (331.445) - (79.683) (42) - - 14.068.165 (331.445) 13.736.720

Outros imóveis 3.390.257 (869.034) - (578.210) - - 900 2.812.047 (868.134) 1.943.913

17.538.147 (1.200.479) - (657.893) (42) - 900 16.880.212 (1.199.579) 15.680.633

Imóveis recebidos em dação em pagamento 6.911.492 - 7.341.236 (56.828) (48.009) (331.445) - 14.147.890 (331.445) 13.816.445

Outros imóveis 3.847.860 (1.032.245) 411.254 (652.938) (215.919) - 163.211 3.390.257 (869.034) 2.521.223

10.759.352 (1.032.245) 7.752.490 (709.766) (263.928) (331.445) 163.211 17.538.147 (1.200.479) 16.337.668

12 – Outros activos tangíveis e activos intangíveis

Esta rubrica em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, bem como os movimentos durante aqueles períodos, é apresentada como se segue:

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

EntradasValor bruto Imparidade

acumulada

Saldos a 31-12-2015 (Proforma)

Dotações Utilizações

Imparidade

AlienaçõesTransferências

e outros31-12-2016

Valor bruto Imparidadeacumulada

Saldos a 31-12-2016

Valor líquido

EntradasValor bruto Imparidade

acumulada

Saldos a 01-01-2015 (Proforma)

Dotações Utilizações

Imparidade

AlienaçõesTransferências

e outros31-12-2016

Valor bruto Imparidadeacumulada

Saldos a 31-12-2015 (Proforma)

Valor líquido

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

168

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

Alie

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4)

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84

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5)

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61)

50.3

16.3

36

50.19

7.43

8

Page 171: RELATÓRIO E CONTAS 2016 - Banco BAI · Iniciámos a implementação do plano estratégico para o pe-ríodo 2016-2021, a que denominamos “Geração BAI”. Nesse ... ao crescimento

169

10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

Alie

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38

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55)

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2

-

-

- -

6.80

2

6.80

2

- (5

26.7

40)

13.13

5

(2.14

4.56

0)

450.

482

79

7.181

2.

428.

136

15

7.81

7 (1

3.07

6)

28.9

67

2.60

1.844

(1

.630

.955

) (5

26.7

40)

13.13

5

(2.14

4.56

0)

457.

284

79

7.181

56

.453

.842

6.

634.

790

(1

.382

.975

) -

61.7

05.6

57

(10.

021.6

00)

(2.6

54.14

1)

1.167

.522

(1

1.508

.219

) 50

.197.

438

46

.432

.242

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

170

A diminuição do saldo da rubrica Imóveis em curso – imóveis de serviço próprio, verificada em 31 de Dezembro de 2016, no montante de mAKZ 20.650.037, corresponde à passagem do Edifício Torre BAI para imóveis de uso.

13 – Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

Os dados financeiros relativos às empresas subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos são apresentados no quadro seguinte:

Participações em coligadas e equiparadas no paísBAI Micro Finanças, S.A. Luanda Serviços bancários AKZ 5.334.907 96,79% 5.163.656 4.940.884 4.940.884BAI Micro Finanças, S.A. - Imparidade (4.455.605) (5.171.009)NOSSA - Nova Sociedade Seguros Angola, S.A. Luanda Seguros AKZ 933.807 72,24% 717.926 1.074.661 1.074.661

BAIGEST, S.A. Luanda Sociedade gestora de

AKZ 60.000 100,00% 60.000 60.000 60.000 fundos de investimento

1.619.940 904.536

Participações em coligadas e equiparadas no estrangeiroBAI Europa, S.A. Lisboa Serviços bancários EUR 40.000 99,99% 39.996 4.322.614 4.322.614BAI Cabo Verde, S.A. Praia Serviços bancários CVE 2.330.795 80,43% 1.874.658 2.193.319 2.193.319BAI Cabo Verde, S.A. - Imparidade (1.060.390) (1.060.390)Banco Internacional de São Tomé e Príncipe S. Tomé Serviços bancários STD 150.000.000 25,00% 37.500.000 65.136 65.136BAI Center, S.A. Praia Serviços imobiliários CVE 2.500 100,00% 2.500 2.950 2.950

5.523.629 5.523.629

7.143.569 6.428.165

Participações em outras sociedades no país

Fundação BAI Luanda Fundação de

AKZ 10.000 100,00% 10.000 10.000 10.000 utilidade pública SAESP Luanda Ensino AKZ 2.000 80,00% 2.394 2.394 2.394

12.394 12.394Participações em outras sociedades no estrangeiroFIPA - Fundo Privado de Investimento de Angola Luxemburgo Fundo de investimento USD 8.344.346 25,64% 5.892 820.086 820.086

820.086 820.086

832.480 832.480

7.976.049 7.260.645

Participada Sede Actividade MoedaCapital Social

% deParticipação

Custo de aquisiçãoem moeda

31-12-201631-12-2015 (Proforma)

O Conselho de Administração está a concluir o processo de reorganização societária de todo o universo de actividades associadas ao Grupo BAI, que, entre outros aspectos, implicou a criação de uma holding e duas sub-holdings que concentram, respectivamente, a actividade bancária/seguradora e as restantes actividades não financeiras. Decorrente deste processo, não são estimados quaisquer impactos patrimoniais relevantes nas demonstrações financeiras do BAI.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

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171

10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

31-12-2015

31-12-2016 (Proforma)

Saldo inicial 6.231.399 4.878.168

Reforços - 1.502.995

Reposições (715.404) (149.764)

Saldo Final 5.515.995 6.231.399

Apresentamos de seguida a movimentação de imparidade para os exercícios de 31 de Dezembro de 2016 e 2015:

Em exercícios anteriores, e de acordo com o descrito na Nota 2.9, o Banco procedeu a testes de imparidade na filial BMF por esta ter apresentado, com regularidade, resultados negativos tendo reconhecido imparidade em 100% para o valor da participação, acrescida de uma provisão para responsabilidades prováveis resultantes dos capitais próprios desta entidade se encontrarem negativos. Em 31 de Dezembro de 2016, e decorrente do teste de imparidade sobre esta participada, o Banco reverteu por resultados a provisão constituída no montante de mAKZ 2.202.359, bem como imparidade no montante de mAKZ 715.404. Esta situação resultou do processo de reorganização financeira estabelecido para o BMF, com o acordo do BNA, conforme descrito na Nota 42.

Os saldos com operações activas, passivas e extrapatrimoniais com as entidades participadas do Banco encontram--se detalhados na Nota 37.

Em 31 de Dezembro de 2016, a informação financeira auditada das participadas é a seguinte (valores em mAKZ convertidos ao câmbio do final do ano):

BAI Europa, S.A.* AKZ 31.12.2016 151.716.053 13.400.457 678.357 13.399.117 4.322.614

BAI Micro Finanças, S.A.* AKZ 31.12.2016 8.543.363 837.707 2.186.269 810.816 4.940.884

BAI Cabo Verde, S.A.* AKZ 31.12.2016 28.289.062 1.844.808 107.218 1.483.779 2.193.319

NOSSA - Nova Sociedade

Seguros Angola, S.A. AKZ 31.12.2016 12.268.585 3.104.702 826.937 2.242.837 1.074.661

FIPA - Fundo Privado

de Investimento de Angola* AKZ 31.12.2016 12.020.093 11.510.327 76.864 2.951.248 820.086

Banco Internacional

de São Tomé e Príncipe* AKZ 31.12.2016 18.856.363 2.449.839 253.254 612.460 65.136

Fundação BAI* AKZ 31.12.2016 355.399 146.388 205.675 146.388 10.000

BAI Center, S.A. AKZ 31.12.2016 4.388.503 3.345.251 (81.325) 3.345.251 2.950

BAIGEST, S.A. AKZ 31.12.2016 n.d. n.d. n.d. n.d. 60.000SAESP* AKZ 31.12.2016 7.077.924 6.872.168 (55.206) 5.497.734 2.394

13.492.044

MoedaData de

referênciaActivo líquido

Capital próprio

Resultadolíquido

Participaçãono capital

31-12-2016Valor

de balanço

* - não auditadon.d. - não disponível

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

172

14 – Impostos

O Banco encontra-se sujeito a tributação em sede de Imposto Industrial, sendo considerado um contribuinte do Grupo A.

Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio. Nestas situações, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício.

O cálculo da estimativa de imposto corrente dos exercícios findos a 31 de Dezembro de 2016 e 2015 foi apurado nos termos dos n.ºs 1 e 2 do artigo 64º, da Lei n.º 19/14, de 22 de Outubro, sendo a taxa de imposto aplicável de 30%.

As declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de cinco anos, podendo resultar, devido a diferentes interpretações da legislação fiscal, em eventuais correcções ao lucro tributável dos exercícios de 2012 a 2016.

No entanto, não é previsível que qualquer correcção relativa a estes exercícios venha a ocorrer e, caso ocorra, não são esperados impactos significativos nas demonstrações financeiras. Os prejuízos fiscais apurados em determinado exercício, conforme disposto no n.º1 do artigo 48º do Código do Imposto Industrial, podem ser deduzidos aos lucros tributáveis dos três anos posteriores.

A rubrica de Impostos correntes inclui impostos a recuperar por via de crédito de imposto liquidado nos últimos exercícios, que ascende ao montante de mAKZ 1.507.122 (2015: mAKZ 1.507.122). Este montante pode ser detalhado da seguinte forma a 31 de Dezembro de 2016 e 2015:

31-12-2015

31-12-2016

(Proforma)

Impostos a recuperar 616.611 616.611

Pagamento por conta efectuados 880.803 880.803

IAC repos / Imposto Lei 7/97 9.708 9.708

1.507.122 1.507.122

Provisão para contigências fiscais (Nota18) (616.611) -

Imposto a recuperar no fim do exercício 890.511 1.507.122

O Banco constituiu uma provisão no montante de AKZ 616.611, relacionada com o imposto a recuperar registado nesta rubrica, por via do risco da impossibilidade de utilização destes saldos em períodos futuros. Esta provisão encontra-se registada na rubrica Provisões, conforme descrito na Nota 18.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, as quais correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço. Assim, para o exercício de 2016 e 2015, o imposto diferido foi, em termos gerais, apurado com base numa taxa de 30%.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

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173

10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

Os activos por impostos diferidos reconhecidos em balanço em 31 de Dezembro de 2016 e 2015 podem ser analisados como se segue:

O Banco avaliou a recuperabilidade dos seus impostos diferidos em balanço tendo por base a expectativa de lucros futuros tributáveis.

Os movimentos ocorridos nas rubricas de impostos diferidos de balanço tiveram as seguintes contrapartidas:

31-12-2015

31-12-2016

(Proforma)

Saldo inicial 3.917.454 4.707.456

Reconhecido em resultados (1.065.909) (790.002)

Saldo no final (Activo) 2.851.545 3.917.454

O imposto reconhecido em resultados durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2016 e 2015 teve as seguintes origens:

31-12-2015 31-12-2016 (Proforma)

Impostos diferidosCrédito a clientes 172.755 357.913

Activos não correntes detidos para venda 270 (50.470)

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 196.666 (613.684)

Recursos de clientes 153.755 (21.925)

Provisões 542.463 856.364

Compensação de reforma - 66.858

Prejuízos fiscais reportáveis - 194.946

1.065.909 790.002

Impostos Correntes - -

Total de imposto reconhecido 1.065.909 790.002

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

Activo Líquido

31-12-2016

31-12-2015 31-12-2016

31-12-2015 (Proforma) (Proforma)

Crédito a clientes 420.921 593.676 420.921 593.676

Activos não correntes detidos para venda 359.874 360.144 359.874 360.144

Investimentos em filiais, associadas

e empreendimentos conjuntos 1.962.921 2.159.587 1.962.921 2.159.587

Recursos de clientes - 153.755 - 153.755

Provisões 107.829 650.292 107.829 650.292

Activo por imposto diferido 2.851.545 3.917.454 2.851.545 3.917.454

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

174

Os ajustamentos de transição para as IAS/IFRS geraram impactos nos impostos diferidos do exercício de 2016 e 2015 do Banco no montante de AKZ 326.510 (2015: mAKZ 335.998).

A reconciliação da taxa de imposto, na parte respeitante ao montante reconhecido em resultados, pode ser analisada como se segue:

31-12-2015

(Proforma) 31-12-2016

Resultado antes de impostos 50.806.782 16.703.100Taxa de imposto 30,0% 30,0%

Imposto apurado com base na taxa de imposto 15.242.035 5.010.930

Variações patrimoniais positivas (artigo 13º) 0,2% 78.576 0,4% 64.398

Provisões não previstas (artigo 36º) -1,0% (526.959) 3,6% 602.517

Imposto sobre a Aplicação de Capitais e Imposto Predial Urbano (artigo 18º) 2,5% 1.281.381 2,1% 348.106

Multas e encargos sobre infracções (artigo 18º) 0,1% 25.897 0,0% 4.393

Donativos não previstos (artigo 18º) 0,3% 150.985 0,4% 72.157

Correcções relativas a exercícios anteriores e extraordinários (artigo 18º) 0,4% 213.373 0,0% -

Despesas não especificadas 0,0% 964 10,4% 1.736.482

Rendimentos sujeitos a Imposto sobre a Aplicação de Capitais (artigo 47º) -28,7% (14.577.974) -50,5% (8.432.273)

Rendimentos de operações de crédito -3,7% (1.869.480) -12,2% (2.035.312)

Outros ajustamentos 2,1% 1.047.111 20,5% 3.418.604

Imposto do exercício 2,1% 1.065.909 4,7% 790.002

% Valor % Valor

Os rendimentos dos títulos da dívida pública, resultantes de Obrigações do Tesouro e de Bilhetes do Tesouro emitidos pelo Estado Angolano, cuja emissão se encontra regulamentada pelo Decreto Presidencial n.º 259/10, de 18 de Novembro e pelo Decreto Presidencial n.º 31/12, de 30 de Janeiro, gozam da isenção de todos os impostos.

Adicionalmente, o Decreto Legislativo Presidencial n.º 5/11, de 30 de Dezembro (revisto e republicado através do Decreto Legislativo Presidencial n.º 2/14, de 20 de Outubro) introduziu uma norma de sujeição a IAC sobre os rendimentos dos títulos da dívida pública resultantes de Obrigações do Tesouro e de Bilhetes do Tesouro emitidos pelo Estado Angolano.

Não obstante, de acordo com o disposto no artigo 47º do Código do Imposto Industrial (Lei n.º 19/14, de 22 de Outubro), em vigor desde 1 de Janeiro de 2015, na determinação da matéria tributável deduzir-se-ão os rendimentos sujeitos a IAC.

Desta forma, na determinação do lucro tributável para os exercícios findos a 31 de Dezembro de 2016 e 2015, tais rendimentos foram deduzidos ao lucro tributável.

De igual forma, o gasto apurado com a liquidação de IAC não é fiscalmente aceite para apuramento da matéria colectável, conforme disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 18º do Código do Imposto Industrial.

Sem prejuízo do exposto, no que diz respeito aos rendimentos dos títulos da dívida pública, segundo o último entendimento da Autoridade Tributária dirigido à ABANC (carta com a referência 196/DGC/AGT/2016, de 17 de Maio de 2016), apenas os que decorrerem de títulos emitidos em data igual ou posterior a 1 de Janeiro de 2012 se encontram sujeitos a este imposto.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

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175

10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

Cumpre ainda referir que segundo a posição da Autoridade Tributária, as reavaliações cambiais dos títulos da dívida pública emitidos em moeda nacional, mas indexados a moeda estrangeira, emitidos desde 1 de Janeiro de 2012, deverão ser sujeitas a Imposto Industrial até que o Banco Nacional de Angola se encontre em condições de efectuar a devida retenção na fonte em sede de IAC.

15 – Outros activos

A rubrica Outros activos em 31 de Dezembro de 2016 e 2015 é analisada como se segue:

31-12-2015 31-12-2016 (Proforma)

Devedores e outras aplicações

Suprimentos e prestações acessórias em empresas filiais e associadas

SAESP 7.614.153 7.614.153

SAESP - Imparidade (752.230) (692.381)

EMIS 108.738 108.738

BAI Micro Finanças, S.A. 230.125 230.125

BAI Center, S.A. 4.449.084 3.547.958

Governo Central – Ministério das Finanças 5.874.215 3.019.031

Devedores - Empréstimos 1.191.787 1.326.332

Devedores - Fundo de Pensões - 176.354

Devedores - Novinvest 3.655 1.444

Devedores BAI INVEST 906.392 1.957

Devedores - Nossa Seguros 60.299 15.646

Gestor de Rede E-Kwanza 101.000 101.000

Entidade Reguladora - BNA 23.537 140.325

Outros 182.568 418.621

19.993.323 16.009.303

Rendimentos a receber

Por compromissos assumidos perante terceiros 18.233 1.184

18.233 1.184

Despesas com encargo diferido

Material de expediente 92.454 176.289

Rendas e alugueres 78.158 232.028

Seguros 55.838 15.402

Publicidade 60.669 128.130

Outros 35.707 169.931

322.826 721.780

Outros activos

Incidentes de risco operacional 1.423.006 1.133.332

Operações activas a regularizar 488.753 69.780

Falhas de caixa 57.852 76.748

Outros 5.238.916 4.763.647

7.208.527 6.043.507

27 542 909 22.775.774

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

176

Em 31 de Dezembro de 2016, a rubrica Suprimentos em empresas filiais e associadas – BAI Center inclui um saldo de mAKZ 4.449.084 (2015: mAKZ 3.547.958) referente a suprimentos realizados na entidade BAI Center S.A., os quais são remunerados semestralmente, a uma taxa de 1,5%.

Em 31 de Dezembro de 2016, a rubrica de Suprimentos em empresas filiais e associadas – SAESP inclui o montante de mAKZ 7.614.153 (2015: mAKZ 7.614.153) correspondente a prestações acessórias de capital realizadas na entidade SAESP, os quais não vencem juros nem têm prazos de reembolso definido. O Banco também procedeu a testes de imparidade sobre estes suprimentos concedidos à SAESP, tendo reconhecido imparidade no montante total de mAKZ 752.230 (2015: mAKZ 692.381).

Apresentamos de seguida o movimento de imparidade para outros activos para os exercícios a 31 de Dezembro de 2016 e 2015:

Em 31 de Dezembro de 2016, a rubrica Governo Central – Ministério das Finanças corresponde a montantes a receber do Ministério das Finanças, relativos a comissões de colectas de impostos do exercício, no âmbito do contrato assinado entre ambas as partes. As comissões relativas a colecta de impostos encontram-se reconhecidas como proveitos do exercício na rubrica Resultados de serviços e comissões (Nota 24).

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, a rubrica Devedores – Empréstimos no montante de mAKZ 1.191.787, e mAKZ 1.326.362, respectivamente, corresponde essencialmente ao reembolso de capital referente a empréstimos efectuados ao BAI Cabo Verde S.A. e a outras empresas relacionadas com este Banco.

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, a rubrica Incidentes de risco operacional correspondem a operações pendentes de regularização relacionadas com o risco operacional, principalmente pelo facto de estarem sob investigação interna ou cujos processos judiciais se encontram em curso, tendo o Banco constituído as provisões necessárias para fazer face aos riscos associados, através da rubrica Provisões (Nota 18).

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, a rubrica Outros activos – Outros inclui o ajustamento ao crédito a colaboradores no montante de mAKZ 5.199.934 e mAKZ 4.732.561, respectivamente, no âmbito da aplicação da IAS 19: Benefícios dos empregados.

Com efeito, o BAI, à semelhança da generalidade das instituições financeiras angolanas, concede crédito aos seus colaboradores a taxas de juro abaixo das praticadas para os seus clientes, sendo este mais um complemento ao seu salário base. Este benefício permite ao colaborador ter uma taxa de esforço muito inferior à que teria se o seu crédito tivesse uma taxa de mercado, razão pela qual deverá ser contabilizado o custo de oportunidade para o Banco, em linha com o definido na IAS 19.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

31-12-2015

31-12-2016

(Proforma)

Saldo inicial 692.381 -

Reforços 59.849 692.381

Reposições - -

Saldo final 752.230 692.381

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10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

16 – Recursos de bancos centrais e de outras instituições de crédito

A rubrica de Recursos de outras instituições de crédito é apresentada como se segue:

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, o saldo da rubrica Recursos a muito curto prazo corresponde a uma tomada no montante de mUSD 100.000 (2016: mAKZ 16.590.261) e mUSD 100.000 (2015: mAKZ 13.531.500), remunerada a uma taxa de juro de 1% e 0,3%, respectivamente.

O escalonamento dos Recursos de outras instituições de crédito por prazos de vencimento, a 31 de Dezembro de 2016 e 2015, é como segue:

Recursos de instituições de crédito no país

Outros recursos 2.615.545 1.295.048

2.615.545 1.295.048

Recursos de instituições de crédito no estrangeiro

Recursos a muito curto prazo 16.590.261 13.531.500

Juros a pagar 1.843 -

16.592.104 13.531.500

19.207.649 14.826.548

31-12-2015

31-12-2016

(Proforma)

Até 3 meses 19.207.649 14.826.548

19.207.649 14.826.548

31-12-2015

31-12-2016

(Proforma)

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

178

31-12-2015

31-12-2016

(Proforma)

Depósitos à ordem de residentesMoeda nacional

Empresas 320.845.887 211.745.182

Particulares 82.462.925 80.691.502

Sector público empresarial 11.461.169 50.641.147

Sector público administrativo 28.240.635 12.544.522

443.010.616 355.622.353

Moeda estrangeira

Empresas 180.403.500 117.397.572

Particulares 26.506.334 51.999.626

Sector público empresarial 808.054 2.558.836

Sector público administrativo 17.447.291 16.681.810

225.165.179 188.637.844

668.175.795 544.260.197

Depósitos à ordem de não residentesMoeda nacional 3.463.048 6.000.488

Moeda estrangeira 3.096.404 1.687.355

6.559.452 7.687.843

Total de Depósitos à Ordem 674.735.247 551.948.040

Depósitos a prazo em moeda nacionalEmpresas 122.926.897 52.502.207

Particulares 43.198.800 39.589.189

Sector público empresarial 64.519.828 574.829

Sector público administrativo 15.982 49.573.158

Não Residentes 464.286 90.849

231.125.793 142.330.232

Depósitos a prazo em moeda estrangeiraEmpresas 117.454.576 159.101.861

Particulares 96.439.321 71.091.133

Sector público empresarial 124.826 73.299

Sector público administrativo 986 -

Não Residentes 142.094 94.746

214.161.803 230.361.039

Total de Depósitos a Prazo 445.287.596 372.691.271

Total de juros a pagar de depósitos a prazo 17.280.739 14.367.238

Total de Depósitos e Juros a Pagar a Prazo 462.568.335 387.058.509

Total de Depósitos de Clientes 1.137.303.582 939.006.549

17 – Recursos de clientes e outros empréstimos

O saldo da rubrica recursos de clientes e outros empréstimos é composta, quanto à sua natureza, como se segue:

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

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10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

O escalonamento dos recursos de clientes e outros empréstimos por prazos de vencimento, em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, apresenta-se como se segue:

31-12-2015

31-12-2016

(Proforma)

Moeda nacional

Até três meses 132.057.665 48.579.143

De três a seis meses 48.654.543 57.864.861

De seis meses a um ano 48.068.068 20.677.255

Mais de um ano 2.345.517 15.208.973

231.125.793 142.330.232

Moeda estrangeira

Até três meses 62.915.874 113.779.184

De três a seis meses 59.599.102 37.682.199

De seis meses a um ano 83.096.340 22.447.243

Mais de um ano 8.550.487 56.452.413

214.161.803 230.361.039

445.287.596 372.691.271

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, os depósitos a prazo de clientes, excluindo juros a pagar, apresentavam a seguinte estrutura por moeda e taxa de juro média:

31-12-2015 (Proforma) 31-12-2015 (Proforma)

Taxa de juro

média

Taxa de juro

média Montante Montante

Em Kwanzas 5,50% 231.642.726 6,06% 142.330.231

Em Dólares dos Estados Unidos 2,13% 211.563.763 2,56% 222.813.265

Em Euros 1,37% 2.081.107 1,77% 7.547.775

445.287.596 372.691.271

18 – Provisões

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, as provisões apresentam os seguintes movimentos:

Saldo inicial 6.745.397 9.153.967

Reforços (Nota 33) 2.057.242 4.442.200

Reposições (Nota 33) (3.363.794) (96.538)

Utilizações (771.863) (6.766.268)

Transferências (Nota 18) 2.996.292 -

Regularizações 25.913 12.036

Saldo final 7.689.187 6.745.397

31-12-2015

31-12-2016

(Proforma)

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

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O saldo da rubrica de Provisões visa a cobertura de determinadas contingências devidamente identificadas, decorrente da actividade do Banco, sendo revistas em cada data de reporte de forma a reflectir a melhor estimativa do montante e respectiva probabilidade de pagamento.

As principais provisões constituídas podem ser detalhadas da seguinte forma:

Provisões para responsabilidades prováveis:

Incidentes de risco operacional (Nota 15) 1.659.917 1.319.275

Obrigações em moeda estrangeira (Nota 9) 862.614 836.701

Contingências fiscais (Nota 14) 616.611 613.254

Rendas a pagar 488.758 581.999

Sistema de Transferências a Crédito (STC) 418.447 418.447

Empresas associadas 266.469 266.469

Operações activas a regularizar 175.389 175.389

Instituto Nacional de Segurança Social 50.394 77.000

Activos tangíveis em curso 39.199 39.199

Falhas de caixa 1.485 1.485

BAI Micro Finanças (Nota 13) - 1.653.279

Outros 113.612 762.900

4.692.895 6.745.397

Provisão para crédito por assinatura (Nota 10) 2.996.292 -

7.689.187 6.745.397

A rubrica Provisão para crédito por assinatura refere-se à provisão determinada no âmbito da aplicação do modelo de imparidade de crédito utilizado pelo Banco sobre as responsabilidades extrapatrimoniais relacionadas com crédito assumidas junto de clientes, conforme estabelecido na Nota 2.3.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

31-12-2015

31-12-2016 (Proforma)

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31-12-2015

31-12-2016 (Proforma)

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10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

Dividendos a pagar 363.122 267.382

Encargos fiscais a pagar - retidos de terceiros 2.169.107 252.992

Recursos de Garantias Realizadas - Dações em pagamento 33.477 33.477

Encargos fiscais a pagar - próprios 89.326 84.335

Impostos sobre o rendimento do trabalho dependente 119.067 81.795

Credores por aquisição de bens e direitos 1.288.462 291.814

Credores pela prestação de serviços 44.502 168.675

Credores diversos:

Operações pendentes de liquidação 3.895.455 2.952.587

Acordo Monetário BNA - Banco da Namíbia 102.152 1.056.568

Operações de passagem Visa - 1.471.023

Fundos para falhas 261.254 168.343

Sobras de caixa 92.861 66.078

Gestor de Rede E-Kwanza 101.621 101.748

Sinais recebidos 2.790.245 -

Outros 941.297 480.707

Salários e outras remunerações

Prémio de produtividade 720.000 839.416

Subsídio de férias 716.000 470.883

Fundo Social 1.700.342 1.700.342

Contribuições para a Segurança Social

Entidade patronal 48.263 40.781

Empregados 18.654 16.035

Outros custos administrativos 1.193.786 96.667

Recursos vinculados a operações cambiais 14.566.151 244.673

Adiantamentos de clientes - cartões pré-pagos BAI Kamba 2.739.006 1.502.443

33.994.150 12.388.764

19 – Outros passivos

Esta rubrica é analisada como se segue:

Em 31 de Dezembro de 2016, a rubrica Dividendos a pagar corresponde aos dividendos por distribuir.

A rubrica Encargos fiscais a pagar – retidos de terceiros inclui o montante de mAKZ 1.455.625 relativo a imposto sobre aplicação de capitais a pagar ao Estado Angolano. Esta rubrica inclui ainda o montante de mAKZ 578.988 referente à contribuição especial sobre operações bancárias a pagar no âmbito da legislação especial emitida pela Autoridade Tributária, no ano de 2016.

Em 31 de Dezembro de 2016, a rubrica Alienação de Imóveis recebidos em dação no montante de mAKZ 2.790.245 corresponde aos sinais recebidos decorrentes dos contratos promessa de compra e venda celebrados com diversos promitentes-compradores dos activos recebidos em dação. Estes valores são regularizados após a transferência substancial para a esfera dos promitentes-compradores de todos os riscos e benefícios associados à detenção dos imóveis (Nota 11).

Em 31 de Dezembro de 2016, a rubrica Salários e outras remunerações inclui o montante de mAKZ 716.000 (2015: mAKZ 470.883) relativo ao subsídio de férias a pagar, de acordo com o disposto na política contabilística (Nota 2.13). A

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

182

referida rubrica inclui igualmente o montante de mAKZ 720.000 (2015: mAKZ 839.416) relativo à estimativa do prémio de desempenho a ser distribuído aos colaboradores (Nota 29).

A rubrica Fundo Social, no montante de mAKZ 1.700.342, corresponde ao valor do Fundo Social a 31 de Dezembro de 2016 e 2015, cuja alocação ainda não foi efectuada no âmbito do seu regulamento.

A rubrica Recursos vinculados a operações cambiais diz respeito ao valor de depósitos de clientes em moeda estrangeira associados a créditos documentários à importação e a operações cambiais no âmbito das vendas directas do BNA pendentes de execução (emissão de ordens de pagamento sobre o exterior).

20 – Capital, Prémios de Emissão e Acções Próprias

Acções ordináriasEm 31 de Dezembro de 2016, o capital social do Banco, no valor de mAKZ 14.786.705, encontrava-se representado por 19.450.000 acções ordinárias, totalmente subscritas e realizadas por diferentes accionistas, dos quais se destacam:

Sonangol Holding

Limitada - SGPS 1.653.250 8,50% 16.533 1.653.250 8,50% 16.533

Oberman Finance Corp 972.500 5,00% 9.725 972.500 5,00% 9.725

Dabas Management Limited 972.500 5,00% 9.725 972.500 5,00% 9.725

Mário Abílio R. M. Palhares 972.500 5,00% 9.725 972.500 5,00% 9.725

Theodore Jameson Giletti 972.500 5,00% 9.725 972.500 5,00% 9.725

Lobina Anstalt 972.500 5,00% 9.725 972.500 5,00% 9.725

Coromasi Participações Lda. 923.875 4,75% 9.239 923.875 4,75% 9.239

Mário Alberto dos Santos Barber 752.715 3,87% 7.527 752.715 3,87% 7.527

Outros 11.257.660 57,88% 112.576 11.257.660 57,88% 112.576

19.450.000 100% 194.500 19.450.000 100% 194.500

31-12-2016

Número de acções

Número de acções

% de participação

% de participaçãoMontante Montante

31-12-2015 (Proforma)

As partes de capitais detidas por membros dos órgãos sociais (alínea n.º3, do artigo 446, Lei n.º 1/04, de 13 de Fevereiro – Lei das Sociedades Comerciais) são desagregadas da seguinte forma:

Theodore Giletti Administrador nominal 972.500 5,00%

Mário Alberto dos Santos Barber Administrador nominal 752.715 3,87%

Luis Lélis Administrador nominal 583.500 3,00%

Paula Gray Administrador nominal 486.250 2,50%

Francisco de Lemos Vice-Presidente

do Conselho de Administração nominal 194.500 1,00%

Helder Aguiar Administrador nominal 97.250 0,50%

Inokcelina dos Santos Administrador nominal 97.250 0,50%

Accionistas Cargo Aquisição Nº Acções % Participação

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

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10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

Ações própriasO Banco pode, nos termos e condições que a lei permite, adquirir acções próprias e realizar sobre elas todas as operações legalmente autorizadas.

Durante 2016, foi regularizado um montante de acções próprias registadas nos Capitais próprios considerando a liquidação das mesmas.

21 – Reservas, Resultados Transitados e Outro Rendimento Integral

Reserva legalEsta rubrica é constituída integralmente pela Reserva legal, que só pode ser utilizada para cobrir prejuízos acumulados ou para aumentar o Capital.

A legislação aplicável exige que a Reserva legal seja anualmente creditada com pelo menos 10% do lucro líquido anual, até à concorrência do capital social. A esta data, o Banco já procedeu à constituição da reserva legal até à concorrência do capital social.

Reservas de reavaliação, outras reservas e resultados transitadosEm 31 de Dezembro de 2016, os movimentos nas reservas de reavaliação, outras reservas e resultados transitados são apresentados como se segue:

Saldo a 1 de Janeiro de 2015 (Proforma) - 14.786.705 81.571.672 96.358.377 96.358.377Alterações de justo valor - - - - -Pagamento de dividendos - - (3.854.661) (3.854.661) (3.854.661)Anulação da reserva de reavaliação - - 228.585 228.585 228.585

Saldo a 31 de Dezembro de 2015 (Proforma) - 14.786.705 77.945.596 92.732.301 92.732.301

Alterações de justo valor (336.060) - - - (336 060)Constituição de reservas - - 10.537.898 10.537.898 10.537.898Outros movimentos - - - - -

Saldo a 31 de Dezembro de 2016 (336.060) 14.786.705 88.483.494 103.270.199 102.934.139

Outras Reservas e Resultados TransitadosReservas de reavaliação

(Activos financeirosdisponíveis p/venda) Reserva Legal Outras reservas

e Resultados TransitadosTotal Outras Reservas

e Resultados Transitados

Total

Reservas de justo valorAs reservas de justo valor representam as mais e menos valias potenciais relativas à carteira de activos financeiros disponíveis para venda, líquidas de imparidade reconhecida em resultados no exercício e/ou em exercícios anteriores.

O movimento da reserva de justo valor, líquida de impostos diferidos, pode ser assim analisado:

31-12-2015 31-12-2016 (Proforma)

Saldo no início do exercício - -

Variação de justo valor (336.060) -

Saldo no final do exercício (336.060) -

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

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22 – Margem Financeira

O valor desta rubrica é composto por:

Juros e rendimentos similares

Juros de crédito a clientes 42.257.425 - 42.257.425 32.651.382 - 32.651.382

Juros de investimentos detidos até à maturidade 43.162.484 - 43.162.484 21.022.917 - 21.022.917

Juros de activos financeiros ao justo valor através de resultados - 2.848.450 2.848.450 - 619.744 619.744

Juros de disponibilidades e aplicações em instituições de crédito 2.877.488 - 2.877.488 1.974.409 - 1.974.409

Juros de activos financeiros disponíveis para venda 786.360 - 786.360 - - -

89.083.757 2.848.450 91.932.207 55.648.708 619.744 56.268.452

Juros e encargos similares

Juros de recursos de clientes (20.557.350) - (20.557.350) (12.144.837) - (12.144.837)

Juros de recursos de bancos centrais e instituições de crédito (302.325) - (302.325) (345.742) - (345.742)

(20.859.675) - (20.859.675) (12.490.579) - (12.490.579)

Margem Financeira 68.224.082 2.848.450 71.072.532 43.158.129 619.744 43.777.873

31-12-2015 (Proforma)

De activos/ passivos ao custo

amortizado e activos disponíveis para

venda

De activos/ passivos ao justo

valor através de resultados

Total

31-12-2016

De activos/passivos ao custo amortizado e activos disponíveis

para venda

De activos/passivos ao justo valor através de

resultadosTotal

Nos períodos findos a 31 de Dezembro de 2016 e 2015, a rubrica Juros de crédito a clientes inclui os montantes de mAKZ 6.198.619 e de mAKZ 6.359.124, respectivamente, relativos a rendimentos de operações de crédito com o Ministério das Finanças.

A rubrica de juros de crédito a clientes inclui o efeito negativo de mAKZ 646.442 (2015: efeito negativo de mAKZ 43.359) relativo a comissões e outros proveitos contabilizados de acordo com o método da taxa de juro efectiva, conforme estabelecido na IAS 39 e Nota 2.3.

A rubrica de Juros de crédito inclui também o montante de mAKZ 322.101 (2015: mAKZ 245.608) referente ao efeito do crédito concedido a colaboradores, de acordo com a IAS 19.

Nos períodos findos a 31 de Dezembro de 2016 e 2015, a rubrica Juros de disponibilidades e aplicações em instituições de crédito inclui os montantes de mAKZ 1.441.667 e mAKZ 566.418, respectivamente, relativos a juros de operações de compra de títulos de terceiros com acordo de recompra contratadas com o BNA, as quais gozam de isenção fiscal.

23 – Rendimentos de Instrumentos de Capital

O valor desta rubrica é composto por:

Dividendos recebidos de investimentos em filiais, associadas

e empreendimentos conjuntos

Banco Internacional de São Tomé e Príncipe 49.397 19.888

49.397 19.888

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

31-12-2015

31-12-2016 (Proforma)

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Em 31 de Dezembro 2016 e 2015, a rubrica Rendimentos de serviços e comissões - por serviços bancários prestados corresponde essencialmente a comissões de arrecadação de impostos relacionadas com a abertura de créditos e a comissões associadas a diversos serviços bancários prestados a clientes.

Em 31 de Dezembro 2016 e 2015, a rubrica Rendimentos de serviços e comissões – por operações cambiais corresponde a comissões cobradas pelo Banco nas operações de venda de moeda estrangeira.

Em 31 de Dezembro 2016 e 2015, a rubrica Encargos com serviços e comissões – por serviços bancários prestados inclui os montantes de mAKZ 924.817 e mAKZ 502.790, respectivamente, relacionados com custos de compensação electrónica.

25 – Resultados de activos e passivos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados

O valor desta rubrica é composto por:

185

10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

24 – Resultados de serviços e comissões

O valor desta rubrica é composto por:

31-12-2015

31-12-2016 (Proforma)

Rendimentos de serviços e comissões 11.213.926 8.383.005

Por serviços bancários prestados 8.713.779 5.895.689

Por operações cambiais 1.572.528 1.899.881

Por garantias prestadas 459.584 136.791

Por compromissos assumidos perante terceiros 309.693 121.782

Por operações realizadas por conta de terceiros 129.152 278.714

Outras comissões recebidas 29.190 50.148

Encargos com serviços e comissões (1.532.885) (1.455.687)

Por serviços bancários prestados por terceiros (1.248.740) (1.235.477)

Por compromissos assumidos perante terceiros (248.243) (192.430)

Por outros serviços prestados (3.247) (9.523)

Outras comissões pagas (32.655) (18.257)

9.681.041 6.927.318

Títulos detidos para negociação

Títulos

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos 2.754.535 (61.601) 2.692.934 231.586 - 231.586

2.754.535 (61.601) 2.692.934 231.586 - 231.586

Proveitos Custos TotalProveitos Custos Total

31-12-2015 (Proforma)31-12-2016

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

186

Esta rubrica regista o resultado das alienações de títulos registados na carteira de activos financeiros detidos para negociação, conforme definido na Nota 2.4.

26 – Resultados cambiais

O valor desta rubrica é composto por:

Reavaliação da posição

cambial à vista 1.131.502.438 (1.133.800.478) (2.298.040) 995.980.523 (996.852.707) (872.184)

Reavaliação de activos

e passivos 184.211.171 (188.167.046) (3.955.875) 210.454.145 (217.650.469) (7.196.324)

Compra e venda

de moeda estrangeira 13.954.046 (4.423.894) 9.530.152 9.225.116 (87.043) 9.138.073

Reavaliação de Obrigações

do Tesouro Indexadas ao USD 14.964.355 (376.997) 14.587.358 19.059.498 (543.910) 18.515.588

1.344.632.010 (1.326.768.415) 17.863.595 1.234.719.282 (1.215.134.129) 19.585.153

Proveitos Custos TotalProveitos Custos Total

31-12-2015 (Proforma)31-12-2016

Esta rubrica inclui os resultados decorrentes da reavaliação cambial de activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira, de acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.2.

27 – Resultados de alienação de outros activos

O valor desta rubrica é composto por:

Ganhos em outros activos tangíveis 23.829 12.294

23.829 12.294

Perdas em outros activos tangíveis (77.329) (232.028)

Perdas em outros activos intangíveis (13.399) (166.016)

(90.728) (398.044)

(66.899) (385.750)

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

31-12-2015

31-12-2016 (Proforma)

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187

10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

28 – Outros resultados de exploração

O valor desta rubrica é composto por:

Outros rendimentos de exploração

Rendimentos da prestação de serviços diversos 2.131.015 1.868.905

Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 1.562.127 3.084.544

Outros ganhos em investimentos em participadas 100.932 -

Outras receitas operacionais 636.880 872.673

4.430.954 5.826.122

Outros encargos de exploração

Impostos e taxas não incidentes sobre o resultado (5.268.755) (1.397.884)

Perdões de dívida (4.700.720) (1.715.474)

Penalidades aplicadas por entidades reguladoras (43.161) (7.322)

Outras perdas em investimentos em participadas (39.204) -

Outros encargos e gastos operacionais (28.054) (42.641)

(10.079.894) (3.163.321)

(5.648.940) 2.662.801

Nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, o saldo da rubrica Outros rendimentos de exploração – rendimentos da prestação de serviços diversos reflecte os proveitos obtidos durante o exercício com comissões de expedientes cobradas pelos diversos serviços prestados pelo Banco e com comissões cobradas pela emissão de cheques.

A rubrica Outros encargos de exploração – Impostos e taxas não incidentes sobre o resultado inclui o montante de mAKZ 3.870.594 (2015: mAKZ 993.181) relativo ao imposto sobre aplicação de capitais a que o Banco foi sujeito durante o exercício.

A rubrica Outros encargos de exploração – Perdões de dívida refere-se às perdas assumidas pelo Banco no âmbito da restruturação de créditos, que já se encontravam totalmente provisionadas.

29 – Custos com o pessoal

O valor desta rubrica é composto por:

31-12-2015

31-12-2016 (Proforma)

31-12-2015

31-12-2016 (Proforma)

Vencimentos e salários 7.400.272 6.425.694

Outras remunerações 4.261.691 4.838.371

Encargos sociais e obrigatórios 1.646.871 718.288

Custos com benefícios pós emprego 800.461 675.222

Outros custos 295.504 5.609

14.404.799 12.663.184

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

188

A rubrica Outras renumerações inclui o montante de mAKZ 322.101 (2015: mAKZ 245.608) referente ao efeito do crédito concedido a colaboradores, de acordo com a IAS 19.

A rubrica Custos com benefícios pós emprego inclui o montante de mAKZ 522.888 (2015: mAKZ 452.407) relativo às contribuições para o fundo de Segurança Social. Esta rubrica inclui também o montante de mAKZ 277.572 (2015: mAKZ 222.814) referente às contribuições para o fundo de contribuição definida assumido pelo BAI (“Fundo de Pensões BAI”), conforme definido na Nota 30. Os custos com as remunerações e outros benefícios atribuídos ao Conselho de Administração e Conselho Fiscal, durante os exercícios de 2016 e 2015, são apresentados como se segue:

Vencimentos e salários 448.593 22.297 470.890 399.702 18.655 418.357

Outras remunerações 288.612 - 288.612 222.009 - 222.009

Custos com benefícios pós emprego 39.063 1.778 40.841 36.468 1.662 38.130

776.268 24.075 800.343 658.179 20.317 678.496

Conselho deAdministração

ConselhoFiscal Total Conselho de

AdministraçãoConselho

Fiscal Total

31-12-2016 31-12-2015

O número de colaboradores do Banco, considerando os efectivos e os contratados a termo, apresenta a seguinte desagregação por categoria profissional:

Média do exercício

Final do exercício

31-12-2016

Média do exercício

Final do exercício

31-12-2015

Administradores 13 12 12 13

Direcção e Coordenação 52 48 57 55

Chefia e Gerência 309 303 307 314

Técnicos 614 660 563 567

Administrativos 850 779 931 921

Outros colaboradores 138 141 132 134

1.974 1.943 2.002 2.004

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

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189

10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

30 – Benefícios dos empregados

A Lei n.º 07/04 de 15 de Outubro, que regulamenta o sis-tema de Segurança Social de Angola, prevê a atribuição de pensões de reforma a todos os trabalhadores Ango-lanos inscritos na Segurança Social. O valor destas pen-sões é calculado com base numa tabela proporcional ao número de anos de trabalho, aplicada à média dos salá-rios ilíquidos mensais recebidos nos períodos imediata-mente anteriores à data em que o trabalhador cessar a sua actividade. De acordo com o Decreto n.º 7/99, de 28 de Maio, as taxas de contribuição para este sistema são de 8% para a entidade empregadora e de 3% para os tra-balhadores. Em 2004, o Banco assumiu o compromisso, a título voluntário, através da constituição de um fundo de pensões, de conceder aos seus empregados, ou às suas famílias, prestações pecuniárias a título de complemen-to de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada e subsídio de morte, nos termos acordados no contrato de constituição do “Fundo de Pensões BAI”.

Até 31 de Dezembro de 2009, o Banco tinha concedido, a título voluntário, na modalidade de benefício definido, um complemento de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada e pensões de sobrevivência aos seus trabalha-dores. A 21 de Novembro de 2012, foi publicado em Diário da República o Despacho n.º 2529/12 aprovado pelo Minis-tério das Finanças, cujo ponto único foi a aprovação das alterações ao plano de pensões e ao contrato de consti-tuição do Fundo de Pensões dos trabalhadores do Banco, que passou assim de um plano de pensões de benefícios definido para um plano de contribuição definida.

No seguimento da referida alteração ao Fundo, foi man-tido o plano de pensões de benefícios definido para os pensionistas existentes e para os participantes que ces-saram o seu vínculo contratual com o Banco e com direi-tos adquiridos até 31 de Dezembro de 2009.

Ainda de acordo com esta alteração, aprovada em 2012 ao contrato de constituição do Fundo, o BAI deveria pas-sar a contribuir mensalmente com 6% sobre o salário dos colaboradores, estando também prevista uma contribui-

ção a realizar pelos participantes do Fundo de 3% sobre o seu salário, para o novo plano de contribuição definida.

Até 31 de Dezembro de 2012, o Banco encontrava-se a provisionar, a título excepcional, a contribuição de 3% so-bre os salários correspondente à responsabilidade po-tencial dos participantes (colaboradores). No exercício de 2013, em face do acima exposto, esta provisão foi anula-da, tendo este procedimento sido suportado por parecer jurídico e por decisão favorável da ARSEG (Agência Ango-lana de Regulação e Supervisão de Seguros).

Importa ainda salientar que o Banco, entre 2010 e Dezem-bro de 2013, criou provisões relativas à sua potencial con-tribuição de 6% sobre o salário dos colaboradores e decidiu que irá considerar este período, mesmo que não haja con-tribuição dos trabalhadores, como tempo de serviço pen-sionável dos participantes que aderiram ao Fundo.

A gestão do “Fundo de Pensões BAI” foi transferida da AAA Pensões, S.A. para a NOSSA – Nova Sociedade An-golana de Seguros de Angola, S.A. com data de 31 de Ou-tubro de 2013, em conformidade com o Despacho do Mi-nistério das Finanças, datado de 28 de Outubro de 2013.

O BAI passou a descontar mensalmente o valor corres-pondente a 3% do salário dos colaboradores que aderi-ram ao Fundo, mantendo a sua contribuição de 6% sobre o salário dos referidos colaboradores.

No que se refere ao montante a ressarcir aos colabora-dores anteriormente abrangidos pelo Plano de Benefícios Definido e que transitaram para o Plano de Pensões de Contribuição Definida, o Fundo possui à data a dotação para fazer face a esta responsabilidade.

Relativamente ao Plano de Benefícios Definido que ain-da se mantinha em vigor, foi decido liquidar todas as responsabilidades a todos os participantes deste fundo (ex-colaboradores e pensionistas), pelo que este fundo encontra-se integralmente liquidado a 31 de Dezembro de 2015. Todo este processo foi acompanhado e autori-zado pela ARSEG.

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

190

31 – Fornecimentos e serviços de terceiros

O valor desta rubrica é composto por:

Auditorias, Consultoria e outros serviços técnicos especializados 3.847.523 3.129.874

Comunicações 1.869.082 1.725.207

Rendas e alugueres 1.730.039 2.078.019

Materiais diversos 1.626.865 1.445.043

Segurança, conservação e reparação 1.447.112 920.964

Publicações, publicidade e propaganda 1.047.463 754.691

Seguros 393.178 303.622

Transportes, deslocações e alojamentos 138.519 121.356

Água e energia 116.683 60.807

Outros fornecimentos de terceiros 515.327 307.079

12.731.791 10.846.662

Activos intangíveis

Gastos de organização e expansão 100.517 223.070

Sistema de tratamento automático de dados 230.579 303.670

331.096 526.740

Outros activos tangíveis

Imóveis de uso

Imóveis de serviço próprio 554.238 323.744

Obras em imóveis arrendados 556.716 459.457

Móveis, utensílios, instalações e equipamentos

Mobiliário e material 330.766 143.598

Máquinas e ferramentas 571.697 487.291

Equipamento informático 483.694 146.109

Instalações interiores 60.022 59.428

Material de transporte 329.878 341.975

Equipamento de segurança 72.771 55.863

Outro equipamento 103.760 72.688

Outros activos tangíveis 36.680 37.248

3.100.222 2.127.401

3.431.318 2.654.141

32 – Depreciações e amortizações do exercício

O valor desta rubrica é composto por:

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

31-12-2015

31-12-2016 (Proforma)

31-12-2015

31-12-2016 (Proforma)

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31-12-2015

31-12-2016 (Proforma)

31-12-2015

31-12-2016 (Proforma)

31-12-2015

31-12-2016 (Proforma)

31-12-2015

31-12-2016 (Proforma)

191

10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

33 – Provisões líquidas de anulações

O valor desta rubrica é composto por:

34 – Imparidade para crédito a clientes líquida de reversões e recuperações

O valor desta rubrica é composto por:

35 – Imparidade para outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações

36 – Imparidade para outros activos líquida de reversões e recuperações

Dotação do exercício (Nota 18) 2.057.242 4.442.200

Reversão do exercício (Nota 18) (3.363.794) (96.538)

(1.306.552) 4.345.662

Dotação do exercício líquida de reversões (Nota 10) 25.665.543 24.303.095

Recuperação de créditos e de juros (9.434.466) (1.074.032)

16.231.077 23.229.063

Dotação do exercício - 1.502.995

Reversão do exercício (715.404) (149.764)

(715.404) 1.353.231

Dotação do exercício 59.849 1.023.826

Reversão do exercício - -

59.849 1.023.826

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

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37 – Contas extrapatrimoniais

Esta rubrica é apresentada como se segue:

As garantias e os avales prestados são operações bancárias que não se traduzem por mobilização de fundos por parte do Banco e incluem garantias bancárias e créditos documentários.

Os créditos documentários são compromissos irrevogáveis por parte do Banco, por conta dos seus clientes, de pagar/ordenar pagar um montante determinado ao fornecedor de uma dada mercadoria ou serviço, dentro de um prazo estipulado, contra a apresentação de documentos referentes à expedição da mercadoria ou prestação do serviço. A condição de irrevogável consiste no facto de não ser viável o seu cancelamento ou alteração sem o acordo expresso de todas as partes envolvidas.

Os compromissos assumidos perante terceiros apresentam acordos contratuais para a concessão de crédito com os clientes do Banco (por exemplo, linhas de crédito não utilizadas), os quais, de forma geral, são contratados por prazos fixos ou com outros requisitos de expiração e, normalmente, requerem o pagamento de uma comissão. Substancialmente, todos os compromissos de concessão de crédito em vigor requerem que os clientes mantenham determinados requisitos verificados aquando da contratualização dos mesmos. Podem ser revogáveis e irrevogáveis.

Garantias e avales prestados 61.850.125 24.196.195

Garantias e avales recebidos (270.229.062) (263.235.229)

Compromissos assumidos perante terceiros 3.898.198 32.875

Depósito e guarda de valores (369.143.054) (296.938.558)

Responsabilidades por prestação de serviços:

Custódia de títulos 132.056.372 58.776.986

Bilhetes do tesouro 8.701.244 5.090.917

Custódia de valores BNA (Soyo) 5.412.862 1.715.955

Outras responsabilidades por prestação de serviços 4.827.268 4.997.354

Valores consignados 528.287 457.835

Crédito abatido ao activo:

Empréstimos 85.531.778 79.599.049

Contas correntes caucionadas 20.085.561 16.500.796

Adiantamento a depositantes 10.352.806 9.482.209

Outras contas extrapatrimoniais (4.646) 149.938

Crédito concedido por terceiros:

Aplicações colateralizadas no BAI Europa 518.446 870.759

Aplicações colateralizadas no BAI Cabo Verde - 710.404

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

31-12-2015

31-12-2016 (Proforma)

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10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

Não obstante as particularidades destes compromissos, a apreciação destas operações obedece aos mesmos princípios básicos de uma qualquer outra operação comercial, nomeadamente o da solvabilidade, quer do cliente, quer do negócio que lhe está subjacente, sendo que o Banco requer que estas operações sejam devidamente colaterizadas quando necessário. Uma vez que é expectável que a maioria dos mesmos expire sem ter sido utilizado, os montantes indicados não representam necessariamente necessidades de caixa futuras.

Todos os instrumentos financeiros referidos anteriormente estão sujeitos aos mesmos procedimentos de aprovação e controlo aplicados à carteira de crédito a clientes, nomeadamente quanto à avaliação da adequação das provisões, constituídas tal como descrito na política contabilística referida na Nota 2.3. A referida provisão encontra-se registada na rubrica de Provisões, conforme descrito na Nota 18.

38– Transacções com partes relacionadas

De acordo com a IAS 24, são consideradas entidades relacionadas com o BAI:

• Titulares de participações qualificadas – Accionistas, presumindo-se que tal sucede quando a participação de capital é não inferior a 10%;

• Entidades que se encontrem directa ou indirectamente em relação de domínio ou em relação de grupo – Filiais, empresas associadas e de controlo conjunto;

• Membros dos órgãos de administração e fiscalização do Banco e seus cônjuges, descendentes ou ascendentes até ao segundo grau da linha recta, considerados beneficiários últimos das transacções ou dos activos.

As entidades relacionadas do Banco com as quais este manteve saldos ou transacções no exercício findo em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, são as seguintes:

Sede%

Empresas que directa ou indirectamente são controladas pelo Banco

BAI Micro Finanças, S.A. 96,79% Angola

BAI Europa S.A. 99,99% Portugal

BAI Cabo Verde S.A. 80,43% Cabo Verde

BAI Center S.A 100,00% Cabo Verde

NOSSA - Nova Sociedade de Seguros de Angola S.A. 72,24% Angola

SAESP - Sociedade Angolana de Ensino Superior Privado S.A. 80,00% Angola

Fundação BAI 100,00% Angola

BAIGEST S.A. 100,00% Angola

Nome da entidade relacionada

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

194

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

Sede%

Membros do Conselho de Administração do BAI n.a. n.a.

José Carlos de Castro Paiva - Presidente n.a. n.a.

Francisco de Lemos José Maria - Vice-Presidente n.a. n.a.

Ana Paula Gray - Vice-Presidente n.a. n.a.

Theodore Jameson Giletti - Administrador n.a. n.a.

Mário Alberto Barber - Administrador n.a. n.a.

Jaime de Carvalho Bastos - Administrador Independente n.a. n.a.

José de Lima Massano - Presidente da Comissão Executiva n.a. n.a.

Luís Filipe Lélis - Administrador Executivo n.a. n.a.

Inokcelina Ben’África Santos - Administradora Executiva n.a. n.a.

Helder Miguel Jasse Aguiar - Administrador Executivo n.a. n.a.

Simão Francisco Fonseca - Administrador Executivo n.a. n.a.

João Cândido Fonseca - Administrador Executivo n.a. n.a.

Pedro Castro e Silva - Administrador Executivo n.a. n.a.

Membros do Conselho Fiscal do BAI

Júlio Ferreira Sampaio - Presidente n.a. n.a.

Moisés António Joaquim - Vogal n.a. n.a.

Alberto Severino Pereira - Vogal n.a. n.a.

Isabel Lopes - Vogal Suplente n.a. n.a.

Membros da Mesa da Assembleia Geral do BAI

Domingos Lima Viegas - Presidente n.a. n.a.

Josina Baião Magalhães - Vice-presidente n.a. n.a.

Alice Trindade Escórcio - Secretária n.a. n.a.

Empresas sob controlo comum

AAA Pensões S.A. n.a. Angola

AAA Seguros S.A. na. Angola

EMIS - Empresa Interbancária de Serviços S.A. Angola

BAI Invest S.A. n.a. Angola

FIPA - Fundo de Investimento Privado de Angola S.A. n.a. Luxemburgo

GRINER Engenharia S.A. n.a. Angola

Nova Cimangola S.A. n.a. Angola

BISTP - Banco Internacional de São Tomé e Príncipe S.A. n.a. São Tomé e Príncipe

SODIMO - Sociedade de Desenvolvimento Imobiliário S.A. n.a. Angola

Novinvest S.A. n.a. Angola

Benguela Premium LDA n.a. Angola

Benfica Boulevard Empreendimentos S.A. n.a. Angola

SOPROS S.A. n.a. Angola

Hotel Terminus Lobito LDA n.a. Angola

IMOGESTIN SA n.a. Angola

Nome da entidade relacionada

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195

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

O valor das transacções do Banco com partes relacionadas em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, assim como os respectivos custos e proveitos reconhecidos no período em análise, resume-se como segue:

Activos

Disponibilidades em outras instituições

de crédito - 7.220.108 - 7.220.108 5.058.030

Aplicações em bancos centrais e em

outras instituições de crédito - 48.716.717 - 48.716.717 24.638.195

Activos financeiros disponíveis para venda - - 75.033 75.033 75.033

Investimentos detidos até à maturidade - 432.442 - 432.442 139.410

Investimentos em filiais, associadas e

empreendimentos conjuntos - 7.976.049 - 7.976.049 7.260.645

Crédito a clientes 2.073.115 - 17.508.367 19.581.482 26.454.995

Crédito directo 2.086.688 - 18.921.259 21.007.947 29.988.767

Crédito indirecto 46.345 - 2.656.131 2.702.476 7.168.989

Imparidade da carteira de crédito (59.918) - (4.069.023) (4.128.941) (10.702.761)

Outros activos - 11.898.770 1.029.312 12.928.082 11.575.435

Total do Activo 2.073.115 76.244.086 18.612.712 96.929.913 75.201.743

Passivo

Depósitos à ordem 831.047 659.049 4.421.036 5.911.132 4.594.154

Depósitos a prazo 3.387.538 740.987 1.208.138 5.336.663 1.722.165

Outros passivos 1.806 - - 1.806 1.806

Total do Passivo 4.220.391 1.400.036 5.629.174 11.249.601 6.318.125

Garantias recebidas 211.839 - 369.883 581.722 5.873.272

Crédito abatido ao Activo 1.506 1.506 1.229

Total (Proforma)

Total (Proforma)

Membros dos Órgãos

Sociais

Membros dos Órgãos

Sociais

Filiais, associadas e empreendimentos

conjuntos

Filiais, associadas e empreendimentos

conjuntos

Empresas sob controlocomum

Empresas sob controlocomum

31-12-2015 (Proforma)

31-12-2015 (Proforma)

31-12-2016

31-12-2016

Juros de disponibilidades e aplicações

em instituições de crédito - 252 - 252 3.732

Juros de crédito a clientes 249.780 - 2.190.068 2.439.848 3.636.333

Juros e rendimentos similares 249.780 252 2.190.068 2.440.100 3.640.065

Juros de recursos de clientes (134.567) (45.540) (22.519) (202.626) (88.630)

Juros de recursos de bancos centrais

e instituições de crédito - 24.145 - 24.145 (2.122)

Juros e encargos similares (134.567) (21.395) (22.519) (178.481) (90.752)

Margem financeira 115.213 (21.143) 2.167.549 2.261.619 3.549.313

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31-12-2015

31-12-2016 (Proforma)

Aplicações em outras instituições de crédito

BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

196

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, o montante global de caixa e disponibilidades, bem como aplicações em outras instituições de crédito que se referem a operações realizadas com entidades filiais, associadas e empreendimentos conjuntos, além das acima referidas, resume-se como se segue:

31-12-2015

31-12-2016 (Proforma)

BAI Europa, S.A. 7.121.583 4.926.861

BAI Cabo Verde, S.A. 98.525 131.170

Total 7.220.108 5.058.031

Disponibilidades em outras instituições de crédito

BAI Europa, S.A. 39.853.171 16.542.259

BAI Micro Finanças, S.A. - 1.000.000

BAI Cabo Verde, S.A. 8.863.546 7.095.936

Total 48.716.717 24.638.195

Os custos com remunerações e outros benefícios atribuídos ao pessoal-chave da gestão do Banco (de curto e longo prazo) são apresentados na Nota 29.

As transacções com partes relacionadas são realizadas nas seguintes condições, conforme Política do Banco:

• Transacções comerciais – realizadas nas condições normais de mercado e aplicáveis a operações com as mesmas características e a clientes de perfil semelhante, em termos de, entre outros, nível de risco, volume de negócios, sector de actividade, etc., de acordo com o preçário praticado pelo BAI, i.e. o preço das transacções deve ser estabelecido através do método do preço comparável de mercado.

• Transacções de partilha de custos – o preço das transacções é definido utilizando o método do custo majorado.

39 – Justo valor de activos e passivos financeiros

O justo valor tem como base as cotações de mercado, sempre que estes se encontrem disponíveis. Caso estas não existam, o justo valor é estimado através de modelos internos baseados em técnicas de desconto de fluxos de caixa. A geração de fluxos de caixa dos diferentes instrumentos é feita com base nas respectivas características financeiras e as taxas de desconto utilizadas incorporam quer a curva de taxas de juro de mercado, quer os actuais níveis de risco do respectivo emitente.

Assim, o justo valor obtido encontra-se influenciado pelos parâmetros utilizados no modelo de avaliação, que necessariamente incorporam algum grau de subjectividade, e reflecte exclusivamente o valor atribuído aos diferentes instrumentos financeiros.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

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197

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

O justo valor dos activos e passivos financeiros detidos pelo Banco é apresentado como se segue:

Relativamente ao período comparativo a 31 de Dezembro de 2015 não foi apresentado este mapa, dado ser informação proforma relativa a um período histórico, em que não existia obrigatoriedade de apresentação da mesma.

O Banco utiliza a seguinte hierarquia de justo valor, com três níveis na valorização de instrumentos financeiros (activos ou passivos), a qual reflecte o nível de julgamento, a observabilidade dos dados utilizados e a importância dos parâmetros aplicados na determinação da avaliação do justo valor do instrumento, de acordo com o disposto na IFRS 13:

• Nível 1: O justo valor é determinado com base em preços cotados não ajustados, capturados em transacções em mercados activos envolvendo instrumentos financeiros idênticos aos instrumentos a avaliar. Existindo mais que um mercado activo para o mesmo instrumento financeiro, o preço relevante é o que prevalece no mercado principal do instrumento ou o mercado mais vantajoso para os quais o acesso existe;

• Nível 2: O justo valor é apurado a partir de técnicas de avaliação suportadas em dados observáveis em mercados activos, sejam dados directos (preços, taxas, spreads, etc) ou indirectos (derivados) e pressupostos de valorização semelhantes aos que uma parte não relacionada usaria na estimativa do justo valor do mesmo instrumento financeiro. Inclui ainda instrumentos cuja valorização é obtida através de cotações divulgadas por entidades independentes mas cujos mercados têm liquidez mais reduzida;

• Nível 3: O justo valor é determinado com base em dados não observáveis em mercados activos, com recurso a técnicas e pressupostos que os participantes do mercado utilizariam para avaliar os mesmos instrumentos, incluindo hipóteses acerca dos riscos inerentes, à técnica de avaliação utilizada e aos inputs utilizados e contemplados processos de revisão da acuidade dos valores assim obtidos.

O Banco considera um mercado activo para um dado instrumento financeiro, na data de mensuração, dependendo

31 de Dezembro de 2016

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 194.593.850 - - - 194.593.850 194.593.850

Disponibilidades em outras instituições de crédito 24.934.154 - - - 24.934.154 24.934.154

Aplicações em bancos centrais

e em outras instituições de crédito 77.499.381 - - - 77.499.381 77.499.381

Activos financeiros detidos para negociação

e ao justo valor através de resultados - - 15.862.414 - 15.862.414 15.862.414

Activos financeiros disponíveis para venda - - 16.889.938 - 16.889.938 16.889.938

Investimentos detidos até à maturidade 550.166.579 - - - 550.166.579 534.769.770

Crédito a clientes 379.864.044 - - - 379.864.044 368.788.626

Activos financeiros 1.227.058.008 - 32.752.352 - 1.259.810.360 1.233.338.133

Recursos de bancos centrais

e outras instituições de crédito 19.207.649 - - - 19.207.649 19.207.649

Recursos de clientes e outros empréstimos 1.137.303.582 - - - 1.137.303.582 1.137.303.582

Passivos financeiros 1.156.511.231 - - - 1.156.511. 231 1.156.511.231

Total Valor de Balanço Justo Valor

Custo Amortizado

Cotações de mercado(Nível 1)

Modelos de valorização

com parâmetros observáveis no mercado

(Nível 2)

Modelos de valorização

com parâmetros não observáveis

no mercado(Nível 3)

Valorizados ao Justo Valor

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

198

do volume de negócios e da liquidez das operações realizadas, da volatilidade relativa dos preços cotados e da prontidão e disponibilidade da informação, devendo, para o efeito, verificar as seguintes condições mínimas:

• Existência de cotações diárias frequentes de negociação no último ano;

• As cotações acima mencionadas alteram-se com regularidade;

• Existem cotações executáveis de mais do que uma entidade.

Um parâmetro utilizado numa técnica de valorização é considerado um dado observável no mercado se estiverem reunidas as condições seguintes:

• Se o seu valor é determinado num mercado activo;• Se existe um mercado OTC e é razoável assumir-se

que se verificam as condições de mercado activo, com excepção da condição de volumes de negociação;

• O valor do parâmetro pode ser obtido pelo cálculo inverso dos preços dos instrumentos financeiros e/ou derivados onde os restantes parâmetros necessários à avaliação inicial são observáveis num mercado líquido ou num mercado OTC que cumprem com os parágrafos anteriores.

Em 2015 e 2016, os activos financeiros detidos pelo Banco, não estão a ser valorizados com recurso a métodos com parâmetros não observáveis no mercado (nível 3), razão pela qual não é apresentado qualquer movimento das rubricas valorizadas de acordo com este nível.

Em 2016, todos os activos financeiros contabilizados ao justo valor foram classificados no nível 2, pese embora o facto de serem preços verificados no mercado de capitais angolano (BODIVA). O facto deste mercado ter iniciado a sua actividade no final de 2016, dada a pouca liquidez e profundidade do mercado de capitais e a fase embrionária em que se encontra, considerou-se que os mesmos não tinham as condições necessárias para serem classificados no nível 1.

As principais metodologias e pressupostos utilizados na estimativa do justo valor dos activos e passivos

financeiros registados no balanço ao custo amortizado são analisados como segue:

Caixa e disponibilidades em bancos centrais, Disponibilidades noutras instituições de crédito e Aplicações em Bancos Centrais e noutras instituições de créditoEstes activos são de muito curto prazo pelo que o valor de balanço é uma estimativa razoável do seu respectivo justo valor.

Activos financeiros detidos para negociação e Activos financeiros disponíveis para vendaEstes instrumentos financeiros estão contabilizados ao justo valor. O justo valor tem como base as cotações de mercado disponíveis na BODIVA, sempre que estas se encontrem disponíveis. Caso estas não existam, o cálculo do justo valor assenta na utilização de modelos numéricos, baseados em técnicas de desconto de fluxos de caixa que, para calcular o justo valor, utilizam as curvas de taxa de juro de mercado ajustadas pelos factores associados, predominantemente o risco de crédito e o risco de liquidez, determinados de acordo com as condições de mercado e os prazos respectivos. As taxas de juro de mercado são apuradas com base em informação difundida pelos fornecedores de conteúdos financeiros e pelo BNA. As taxas de juro para os prazos específicos dos fluxos de caixa são determinadas por métodos de interpolação adequados. As mesmas curvas de taxa de juro são ainda utilizadas na projecção dos fluxos de caixa não determinísticos como, por exemplo, os indexantes.

Investimentos detidos até à maturidadeO justo valor destes instrumentos financeiros é baseado em cotações de mercado, quando disponíveis. Caso não existam, o justo valor é estimado com base na actualização dos fluxos de caixa esperados de capital e juros no futuro para estes instrumentos.

Para efeitos desta divulgação, assumiu-se que os Bilhetes do Tesouro apresentam prazos residuais de curto prazo e que as Obrigações do Tesouro em moeda estrangeira apresentam taxas de juro alinhadas com as taxas comparáveis de mercado em vigor, pelo que,

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

o seu valor contabilístico representa substancialmente o justo valor destes activos.

Crédito a clientesO justo valor do crédito a clientes é estimado com base na actualização dos fluxos de caixa esperados de capital e de juros, considerando que as prestações são pagas nas datas contratualmente definidas. As taxas de juro e de desconto utilizadas são as taxas médias actuais praticadas para empréstimos com características similares nos últimos três meses.

Para efeitos desta divulgação, assumiu-se que os contratos de crédito a taxa de juro variável apresentam actualizações regulares da taxa de juro e não estão a ser efectuadas alterações relevantes aos spreads associados, razão pela qual se assume que o valor contabilístico representa substancialmente o justo valor destes activos.

Recursos de bancos centrais e outras instituições de crédito Estes passivos são de muito curto prazo, pelo que o valor de balanço é uma estimativa razoável do seu respectivo justo valor.

Recursos de clientes e outros empréstimosO justo valor destes instrumentos financeiros é estimado com base na actualização dos fluxos de caixa esperados de capital e de juros. A taxa de desconto utilizada é a que reflecte as taxas praticadas para os depósitos com características similares à data do balanço. Considerando que, na grande maioria da carteira de recursos de clientes detidos pelo Banco, as taxas de juro aplicáveis são renovadas por períodos inferiores a um ano, não existem diferenças materialmente relevantes no seu justo valor.

40 – Gestão do Risco da Actividade

O Banco está sujeito a riscos de diversa ordem no âmbito do desenvolvimento da sua actividade. A gestão dos riscos é efectuada de forma centralizada em relação aos riscos específicos de cada negócio.

A política de gestão do risco visa definir o perfil para cada

risco identificado como material para o Banco, visando a protecção da solidez do BAI, bem como as linhas de orientação para a implementação de um sistema de gestão do risco que permita a identificação, avaliação, acompanhamento, controlo e reporte de todos os riscos materiais inerentes à actividade do Banco.

Neste âmbito, assume uma particular relevância o acompanhamento e controlo dos principais riscos financeiros – crédito, mercado e liquidez – e não financeiros – operacional – a que se encontra sujeita a actividade do Banco:

Principais Categorias de Risco

Crédito – Reflecte a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, devido à incapacidade de uma contraparte cumprir os seus compromissos financeiros perante a instituição, incluindo possíveis restrições à transferência de pagamentos do exterior.

Mercado – O conceito de risco de mercado reflecte a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, devido a movimentos adversos nas taxas de juro e de câmbio e/ou dos preços dos diferentes instrumentos financeiros que a compõem, considerando quer as correlações existentes entre eles, quer as respectivas volatilidades. Assim, o Risco de Mercado engloba o risco de taxa de juro, cambial e outros riscos de preço.

Liquidez – Este risco reflecte a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, decorrentes da incapacidade de a instituição dispor de fundos líquidos para cumprir as suas obrigações financeiras, à medida que as mesmas se vencem.

Operacional – Como risco operacional entende-se a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, decorrentes de falhas na análise, no processamento ou na liquidação das operações, de fraudes internas e externas, da utilização de recursos em regime de subcontratação, de processos de decisão internos ineficazes, de

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recursos humanos insuficientes ou inadequados ou da inoperacionalidade das infra-estruturas.

Organização InternaA estrutura organizacional do sistema de gestão do risco inclui uma função autónoma e independente – a Direcção de Gestão do Risco (“DGR”) –, sem responsabilidade directa sobre qualquer função tomadora de risco, que depende hierárquica e funcionalmente do Conselho de Administração (“CA”), sendo supervisionada pela Comissão de Gestão do Risco (“CGR”) e acompanhada diariamente por um Administrador de pelouro indicado pela Comissão Executiva (“CE”).

O CA é responsável por definir, aprovar e implementar um sistema de gestão do risco que permita a identificação, avaliação, controlo e acompanhamento de todos os riscos materiais a que o Banco se encontra exposto, por forma a assegurar que aqueles se mantêm ao nível previamente definido e que não afectarão significativamente a situação financeira do Banco.

Cabe ao CA: (i) aprovar o regulamento de funcionamento da CGR; (ii) assegurar os recursos materiais e humanos adequados ao desempenho das funções de gestão do risco; (iii) assegurar que as actividades de gestão do risco têm uma independência, um estatuto e uma visibilidade suficientes e que são sujeitas a revisões periódicas; (iv) aprovar os limites de exposição aos vários riscos materiais a que o Banco se encontra exposto; e (v) definir linhas gerais de orientação do sistema de gestão do risco e definição do perfil de risco do Banco, formalizados na política de gestão do risco.

A CGR é responsável pela avaliação da eficácia do sistema de gestão do risco, bem como aconselhar o CA

no que respeita à estratégia do risco, supervisionar a implementação da estratégia do risco e supervisionar a actuação da DGR, como prevista no Aviso n.º 2/13, de 19 de Abril.

A DGR é responsável pela identificação, avaliação e pelo acompanhamento dos riscos materialmente relevantes para o Banco, bem como do acompanhamento da adequação e da eficácia das medidas tomadas para corrigir eventuais deficiências do sistema de gestão do risco.

As Unidades de Estrutura do Banco são responsáveis pelo controlo efectivo dos riscos e pelo cumprimento dos manuais de procedimentos internos definidos pela CE.

O sistema de gestão do risco está documentado através de políticas, normas internas (processos) e manuais de procedimentos.

No decorrer do exercício de 2016, o BNA emitiu um conjunto de Avisos e Instrutivos com especial enfoque na gestão e reporte de risco por parte das Instituições Financeiras. O Banco encontra-se em fase de implementação dos mesmos, no sentido de proceder ao reporte e cumprimento dentro dos prazos legalmente aplicáveis. Avaliação de riscos

Risco de CréditoOs modelos de risco de crédito desempenham um papel essencial no processo de decisão de atribuição do crédito. Assim, o processo de decisão de atribuição de um crédito baseia-se num conjunto de políticas e parâmetros que estão consubstanciados em modelos de scoring, para as carteiras de clientes Particulares, e modelos de rating, para o segmento de Empresas.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

200

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Seguidamente apresenta-se a informação relativa à exposição do Banco ao risco de crédito:

No que diz respeito à qualidade do risco de crédito dos activos financeiros, tendo por base os níveis de rating internos, o Banco encontra-se a desenvolver as ferramentas necessárias para a apresentação da informação nestes moldes.

Não obstante, é importante ter em consideração os seguintes pontos relacionados com a mitigação de risco de crédito dos activos financeiros do Banco:

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

201

10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

Patrimoniais

Disponibilidades em outras instituições de crédito 24.934.154 - 24.934.154

Aplicações em bancos centrais e em outras instituições de crédito 77.499.381 - 77. 499.381

Activos financeiros detidos para negociação

e ao justo valor através de resultados 15.862.414 - 15.862.414

Activos financeiros disponíveis para venda 17.376.081 486.143 16.889.938

Investimentos detidos até à maturidade 550.166.579 - 550 166 579

Crédito a clientes 448.711.397 68.847.353 379.864.044

1.134.550.006 69.333.496 1.065.216.510

Extrapatrimoniais

Garantias prestadas e cartas de crédito 61.850.125 2.996.292 58.853.833

Compromissos assumidos perante terceiros 3.898.198 - 3.898.198

65.748.323 2.996.292 62.752.031

1.200.298.329 72.329.788 1.127.968.541

Valor contabilístico bruto Imparidade Valor contabilístico

líquido

31-12-2016

Patrimoniais

Disponibilidades em outras instituições de crédito 7.650.781 - 7.650.781

Aplicações em bancos centrais e em outras instituições de crédito 47.971.451 - 47 971 451

Activos financeiros detidos para negociação

e ao justo valor através de resultados 13.231.602 - 13.231.602

Activos financeiros disponíveis para venda 67.529.208 486.143 67.043.065

Investimentos detidos até à maturidade 334.875.749 - 334.875.749

Crédito a clientes 396.590.203 49.615.930 346.974.273

867.848.994 50.102.073 817.746.921

Extrapatrimoniais

Garantias prestadas e cartas de crédito 24.196.195 - 24.196.195

Compromissos assumidos perante terceiros 32.875 - 32.875

24.229.070 - 24.229.070

892.078.064 50.102.073 841.975.991

Valor contabilístico bruto Imparidade Valor contabilístico

líquido

31-12-2015 (Proforma)

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— No que respeita ao risco de crédito, a carteira de activos financeiros titulados mantém a sua posição predominantemente em obrigações da República de Angola;

— Para efeitos de redução do risco de crédito concedido a clientes, são relevantes as garantias reais hipotecárias e os colaterais financeiros, que permitam a redução directa do valor da posição. São ainda consideradas as garantias de protecção pessoal com efeito de substituição na posição em risco;

— Em termos de redução directa do risco de crédito a clientes, estão contempladas as operações de crédito colateralizadas por cauções financeiras, nomeadamente, depósitos, obrigações da República de Angola, entre outras similares;

— Relativamente às garantias reais hipotecárias, as avaliações dos bens são realizadas por avaliadores independentes registados juntos da CMC. A reavaliação dos bens é efectuada pela realização de avaliações no local, por técnico avaliador, de acordo com as melhores práticas adoptadas no mercado;

— O modelo de cálculo das perdas por imparidade da carteira de crédito do Banco encontra-se em produção desde Dezembro de 2016, regendo-se pelos princípios gerais definidos na IAS 39, bem como definido pelo BNA, por forma a alinhar o processo de cálculo com as IAS/IFRS;

— O modelo de imparidade do Banco começa por segmentar os clientes da carteira de crédito em grupos distintos, nomeadamente em sector público, grandes empresas, pequenas e médias empresas, e para os particulares em crédito ao consumo, cartões de crédito, crédito à habitação e descobertos;

— A avaliação da existência de perdas por imparidade em termos individuais é determinada através de uma análise da exposição total de crédito caso a caso. Para cada crédito considerado individualmente significativo, o Banco avalia, em cada data de balanço, a existência de evidência objectiva de imparidade;

— De referir que o crédito reestruturado é um sinal de imparidade pelo que a carteira de créditos marcados

como reestruturados está incluída nos créditos com sinais de imparidade;

— De acordo com o modelo definido, são analisados em base individual os clientes (ou grupos económicos) cuja exposição creditícia seja individualmente significativa. Neste âmbito, a exposição considera-se significativa sempre que seja igual ou superior a 0,5% dos fundos próprios regulamentares do Banco. O Banco procede ainda à análise individual dos seus 20 clientes com maior exposição no segmento de particulares;

— Para os restantes segmentos da carteira de crédito, o Banco efectua uma análise colectiva para o apuramento das perdas por imparidade. O cálculo do valor da imparidade para os créditos dos clientes pertencentes às populações homogéneas resulta do produto da exposição à data do incumprimento (“EAD”), deduzida de colaterais financeiros sem risco e garantias soberanas, pelos seguintes parâmetros de risco:

— Probabilidade de incumprimento (“PD”): corresponde às estimativas internas de incumprimento, baseadas nas classificações de risco associadas às operações/clientes, aos segmentos e respectivos sinais de imparidade. Caso o crédito se encontre em situação de incumprimento (“default”) ou exista um outro crédito desse cliente em incumprimento (“cross-default”), a PD corresponde a 100%;

— Perda em caso de incumprimento (“LGD”): corresponde às estimativas internas de perda em caso de incumprimento, que variam consoante o segmento, em função do tipo garantia real, da taxa de cobertura do empréstimo (“Loan-to-Value” ou “LTV”) e da antiguidade do default, tendo por base a experiência histórica de recuperação de créditos que entraram em incumprimento;

— No grupo dos clientes individualmente significativos, as exposições dos clientes estão sujeitas a análise em base individual. Esta análise incide sobre a qualidade creditícia do devedor, bem como sobre as expectativas de recuperação de crédito, atendendo designadamente aos colaterais e garantias existentes;

— O valor de imparidade para os clientes alvo de análise individual é apurado através do método dos fluxos de

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

202

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caixa descontados (“discounted cash-flows”), ou seja, o valor de imparidade corresponde à diferença entre o valor do crédito e o somatório dos fluxos de caixa esperados relativos às diversas operações do cliente, actualizados segundo as taxas de juro de cada operação.

Risco de Mercado

No que respeita à informação e análise de risco de mercado é assegurado o reporte regular sobre as carteiras de activos financeiros. Ao nível das carteiras próprias, encontram-se definidos limites de posições em aberto durante a secção e no final do dia, limites de volume de execução por tipo de operador, bem como limites de exposição a contrapartes.

O Banco efectua o cálculo da exposição do risco de taxa de juro, de acordo com o Aviso n.º 08/2016, de 16 de Maio, encontrando-se dentro dos limites regulamentares, apesar do seu cumprimento apenas ser obrigatório a partir do exercício de 2017.

A carteira de investimento está principalmente exposta a obrigações soberanas da República de Angola, sendo

que, em Dezembro de 2016, representavam 94,38% (2015: 80,66%) do total da carteira de títulos.

A avaliação do risco de taxa de juro originado por operações da carteira bancária é efectuada por análise de sensibilidade ao risco, com base nas características financeiras de cada contrato e é feita a respectiva projecção dos fluxos de caixa esperados, de acordo com as datas de refixação de taxa e eventuais pressupostos comportamentais considerados.

A agregação para cada uma das moedas analisadas, dos fluxos de caixa esperados em cada um dos intervalos de tempo, permite determinar os gaps de taxa de juro por prazo de refixação.

No seguimento das recomendações do Instrutivo n.º 06/2016 de 08 de Agosto, do BNA, o Banco calcula a sua exposição ao risco de taxa de juro de balanço baseado na metodologia definida no instrutivo.

Os activos e passivos do Banco são decompostos por tipo de taxa à data de 31 de Dezembro de 2016 e 2015 como segue:

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

203

10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

Taxa fixa

Exposição a

Taxa variável

Não sujeito a risco de

taxa de juroTotal

31-12-2016

Activos

Aplicações em bancos centrais e em outras instituições de crédito 77.499.381 - - 77.499 381

Activos financeiros detidos para negociação

e ao justo valor através de resultados 15.862.414 - - 15.862.414

Activos financeiros disponíveis para venda 16.638.118 - 251.820 16.889.938

Activos financeiros detidos até ao vencimento 550.166.579 - - 550.166.579

Crédito a clientes 154.251.617 225.612.427 - 379.864.044

814.418.109 225.612.427 251.820 1.040.282.356

Passivos

Recursos de clientes e outros empréstimos (a prazo) 462.568.335 - - 462.568.335

Recursos de bancos centrais e de outras instituições de crédito 16.592.104 - 2.615.545 19.207.649

479.160.439 - 2.615.545 481.775.984

1.293.578.548 225.612.427 2.867.365 1.522.058.340

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Duração Indeterminada TotalAté

3 meses

Entre 3 meses e 1 ano

Entre 1 ano e 5 anos

Mais de 5 anos

31-12-2016

Datas de refixação / Datas de maturidade

O detalhe dos instrumentos financeiros com exposição a risco de taxa de juro, em função da data de refixação, a 31 de Dezembro de 2016 e 2015, é o seguinte:

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

204

Taxa fixa

Exposição a

Taxa variável

Não sujeito a risco de

taxa de juroTotal

31-12-2015 (Proforma)

Activos

Aplicações em bancos centrais e em outras instituições de crédito 47.971.451 - - 47.971.451

Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor

através de resultados 13.231.602 - - 13.231.602

Activos financeiros disponíveis para venda 66.649.269 - 393.796 67.043.065

Activos financeiros detidos até ao vencimento 334.875.749 - - 334.875.749

Crédito a clientes 149.030.434 197.943.839 - 346.974.273

611.758.505 197.943.839 393.796 810.096.140

Passivos

Recursos de clientes e outros empréstimos (a prazo) 387.058.409 - - 387.058.409

Recursos de bancos centrais e de outras instituições de crédito 13.531.500 - 1.295.048 14.826.548

400.589.909 - 1.295.048 401.884.957

1.012.348.414 197.943.839 1.688.844 1.211 .981 .097

Activos

Aplicações em bancos centrais

e em outras instituições de crédito 61.616.455 15.882.926 - - - 77.499.381

Activos financeiros detidos para negociação

e ao justo valor através de resultados 7.439 2.026.341 13.217.580 611.054 - 15.862.414

Activos financeiros disponíveis para venda - - - 16.638.118 251.820 16.889.938

Investimentos detidos até à maturidade 120.535.638 183.361.199 172.145.330 74.124.412 - 550.166.579

Crédito a Clientes 217.266.985 49.842.693 54.546.607 58.207.759 - 379.864.044

399.426.517 251.113.159 239.909.517 149.581.343 251.820 1.040.282.356

Passivos

Recursos de bancos centrais

e de outras instituições de crédito 19.207.649 - - - - 19.207.649

Recursos de clientes e outros empréstimos 194.973.539 239.418.053 10.896.004 - - 445.287.596

214.181.188 239.418.053 10.896.004 - - 464.495.245

Exposição líquida 185.245.329 11.695.106 229.013.513 149.581.343 251.820 575.787.111

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Duração Indeterminada TotalAté

3 mesesEntre 3 meses

e 1 anoEntre 1 ano

e 5 anosMais

de 5 anos

31-12-2015 (Proforma)

Datas de refixação / Datas de maturidade

A sensibilidade ao risco de taxa de juro do balanço, por moeda, é calculada pela diferença entre o valor actual do diferencial (“mismatch”) de taxa de juro, descontado à taxa de juro de mercado e o valor descontado dos mesmos fluxos de caixa, simulando deslocações paralelas da curva de rendimentos.

No quadro seguinte, apresentam-se as taxas médias de juro verificadas para as grandes categorias de activos e passivos financeiros do Banco, para os exercícios findos a 31 de Dezembro de 2016 e 2015, bem como os respectivos saldos médios e os proveitos e custos do exercício:

Juro do exercício

Taxa de juro média

Saldo médio do exercício*

Juro do exercício

Taxa de juro média

Saldo médio do exercício*

31-12-2015 (Proforma) 31-12-2016

AplicaçõesAplicações em bancos centrais

e em outras instituições de crédito 94.513.132 2.877.488 3,04% 91.205.722 1.974.409 2,16%

Títulos e valores mobiliários** 528.432.774 46.797.294 8,86% 339.275.975 21.642.661 6,38%

Crédito a clientes*** 432.256.668 42.257.425 9,78% 406.846.724 32.651.382 8,03%

Total Aplicações 1.055.202.574 91.932.207 837.328.421 56.268.452

RecursosRecursos de clientes

e outros empréstimos (a prazo) 401.643.721 20.557.350 5,12% 352.135.090 12.144.837 3,45%

Recursos de bancos centrais

e outras instituições de crédito 16.414.689 302.325 1,84% 12.123.194 345.742 2,85%

Passivos financeiros 418.058.410 20.859.675 364.258.284 12.490.579

Margem Financeira 71.072.532 43.777.873

*Soma do saldo de final do mês de Janeiro a Dezembro dividido por 12**Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados + Activos financeiros disponíveis para venda + Investimentos detidos até à maturidade***Crédito a clientes bruto, não considerando imparidade e ajustamentos IFRS (taxa efectiva e crédito a colaboradores)

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

205

10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

Activos

Aplicações em bancos centrais

e em outras instituições de crédito 36.490.262 11.481.189 - - - 47.971.451

Activos financeiros detidos para negociação

e ao justo valor através de resultados - 11.637 13.140.724 79.241 - 13.231.602

Activos financeiros disponíveis para venda - - - 66.649.269 393.796 67.043.065

Investimentos detidos até à maturidade 70.391.773 53.489.565 181.095.488 29.898.923 - 334.875.749

Crédito a clientes 66.321.531 26.783.062 173.500.183 80.369.497 - 346.974.273

173.203.566 91.765.453 367.736.395 176.996.930 393.796 810.096.140

Passivos

Recursos de bancos centrais

e de outras instituições de crédito 14.826.548 - - - - 14.826.548

Recursos de clientes e outros empréstimos 162.358.327 138.671.558 71.661.386 - - 372.691.271

177.184.875 138.671.558 71.661.386 - - 387.517.819

Exposição líquida (3.981.309) (46.906.105) 296.075.009 176.996.930 393.796 422.578.321

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PosiçãoFactor de

PonderaçãoBanda

TemporalActivos Passivos

Elementos extrapatrimoniais

+ -

Exposições por intervalo de maturidade ou refixação da taxa - Impacto na situação líquida

Posição deponderação

Em 31 de Dezembro de 2016, a análise de sensibilidade dos instrumentos financeiros a variações de taxa de juro são como segue:

à vista - 1 mês 150.761 -41.960 - - 108.801 0,08% 87

1 - 3 meses 248.363 -184.777 - - 63.587 0,32% 203

3 - 6 meses 154.482 -109.119 - - 45.363 0,72% 327

6 - 12 meses 94.726 -132.137 - - 37.411 1,43% -535

1 - 2 anos 113.350 -140.668 - - 27.318 2,77% -757

2 - 3 anos 45.927 -296 - - 45.631 4,49% 2.049

3 - 4 anos 9.049 -352 - - 8.698 6,14% 534

4 - 5 anos 58.541 -323 - - 58.218 7,71% 4.489

5 -7 anos 91.986 - - - 91.986 10,15% 9.337

7 - 10 anos 17.353 -1.825 - - 15.528 13,26% 2.059

10 - 15 anos 27.249 -2.651 - - 24.599 18,84% 4.634

15 - 20 anos 252 - - - 252 22,43% 56

>20 anos 12.379 - - - 12.379 26,03% 3.222

Total 25.706

Impacto acumulado dos instrumentos sensíveis à taxa de juro 25.706

Fundos Próprios Regulamentares 149.007

Impacto no Valor Económico/Fundos Próprios Regulamentares 17%

PosiçãoFactor de

PonderaçãoBanda

TemporalActivos Passivos

Elementos extrapatrimoniais

+ -

Exposições por intervalo de maturidade ou refixação da taxa - Impacto na situação líquida

Posição deponderação

à vista 57.963 -879 57.083 2,00% 1 142

à vista - 1 mês 92.799 -41.080 51.718 1,92% 991

1 - 2 meses 147.716 -58.788 88.928 1,75% 1 556

2 - 3 meses 100.647 -125.989 -25.341 1,58% -401

3 - 4 meses 51.272 - 51.272 1,42% 726

4 - 5 meses 56.712 - 56.712 1,25% 709

5 - 6 meses 46.498 -109.119 -62.621 1,08% -678

6 - 7 meses 19.726 - 19.726 0,92% 181

7 - 8 meses 11.505 - 11.505 0,75% 86

8 - 9 meses 14.147 - 14.147 0,58% 83

9 -10 meses 27.203 - 27.203 0,42% 113

10 - 11 meses 9.497 - 9.497 0,25% 24

11 - 12 meses 12.647 -132.137 -119.490 0,08% -100

Total 4.432

Impacto acumulado dos instrumentos sensíveis à taxa de juro até um ano 4.432

Margem de Juros 71.719

Impacto Acumulado dos instrumentos sensíveis à taxa de juro até um ano/Margem de Juros 6%

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

206

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Nos termos do artigo 6º do Aviso nº 08/2016 de 16 de Maio, o Banco deverá informar o BNA sempre que se verifique uma redução potencial do valor económico igual na sua carteira bancária ou superior a 20% dos fundos próprios regulamentares ou da margem financeira como resultado de uma alteração da taxa de juro de 2%. No decorrer dos exercícios de 2016, o Banco cumpriu com este requisito.

A repartição dos activos e passivos, a 31 de Dezembro de 2016 e 2015, por moeda, é a seguinte:

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

207

10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

Activos

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 151.179.011 19.710.788 23.457.286 246.765 194.593.850

Disponibilidades em outras instituições de crédito 756.684 14.446.590 9.091.600 639.280 24.934.154

Aplicações em bancos centrais e em outras

instituições de crédito 6.008.384 49.839.837 21.651.160 - 77 499 381

Activos financeiros detidos para negociação

e ao justo valor através de resultados - 15.862.414 - - 15.862.414

Activos financeiros disponíveis para venda 75.033 16.814.905 - - 16.889.938

Investimentos detidos até à maturidade 316.608.288 232.692.568 865.723 - 550.166.579

Crédito a clientes 183.813.844 197.244.572 (1.194.135) (237) 379.864.044

Activos não correntes detidos para venda 15.680.633 - - - 15.680.633

Outros activos tangíveis 49.259.609 - - - 49.259.609

Activos intangíveis 1.056.727 - - - 1.056.727

Investimentos em filiais, associadas

e empreendimentos conjuntos 7.976.049 - - - 7.976.049

Activos por impostos correntes 1.507.122 - - - 1.507.122

Activos por impostos diferidos 2.851.545 - - - 2.851.545

Outros activos 20.936.340 1.499.834 5.106.769 (34) 27.542.909

757 .709.269 548.111.508 58.978.403 885.774 1.365.684.954

Passivos

Recursos de bancos centrais e outras

instituições de crédito 2.926.254 16.276.526 4.858 11 19.207.649

Recursos de clientes e outros empréstimos 654.911.277 467.915.671 13.971.792 504.842 1.137.303.582

Provisões 7.561.247 - 127.940 - 7.689.187

Outros passivos 15.265.594 1.696.888 16.801.919 229.749 33.994.150

680.664.372 485.889.085 30.906.509 734.602 1.198.194.568

77.044.897 62.222.423 28.071.894 151.172 167.490.386

Outras moedas TotalKwanzas

Dólares dos Estados Unidos

da América*Euros

31-12-2016

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Outras moedas TotalKwanzas

Dólares dos Estados Unidos

da América*Euros

31-12-2015 (Proforma)

Risco de Liquidez

A avaliação do risco de liquidez é feita utilizando métricas internas definidas pela gestão do Banco, nomeadamente, limites de exposição.

Este controlo é reforçado com a execução mensal de análises de sensibilidade, com o objectivo de caracterizar o perfil de risco do Banco e assegurar que as suas obrigações num cenário de crise de liquidez são cumpridas.

O controlo dos níveis de liquidez tem como objectivo manter um nível satisfatório de disponibilidades para fazer face às necessidades financeiras no curto, médio e longo prazo. O risco de liquidez é monitorizado diariamente, sendo elaborados diversos relatórios, para efeitos de controlo e

para acompanhamento e apoio à tomada de decisão em sede de comité ALCO.

A evolução da situação de liquidez é efectuada, em particular, com base nos fluxos de caixa futuros estimados para vários horizontes temporais, tendo em conta o balanço do Banco. Aos valores apurados é adicionada a posição de liquidez do dia e o montante de activos considerados altamente líquidos existentes na carteira de títulos descomprometidos, determinando-se assim o gap de liquidez acumulado para vários horizontes temporais. Adicionalmente, é também realizado um acompanhamento das posições de liquidez de um ponto de vista prudencial, calculadas segundo as regras exigidas pelo BNA (Instrutivo n.º 19/2016 de 30 de Agosto).

Activos

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 138.793.840 30.716.559 5.818.497 1.308.853 176.637.749

Disponibilidades em outras instituições de crédito 530.590 6.483.330 516.218 120.643 7.650.781

Aplicações em bancos centrais

e em outras instituições de crédito 13.004.629 25.750.579 9.216.243 - 47.971.451

Activos financeiros detidos para negociação

e ao justo valor através de resultados 13.231.602 - - - 13.231.602

Activos financeiros disponíveis para venda 75.033 66.968.032 - - 67.043.065

Investimentos detidos até à maturidade 238.847.396 95.543.769 484. 584 - 334.875.749

Crédito a clientes 181.244.911 165.730.764 (1.456) 54 346.974.273

Activos não correntes detidos para venda 7.330.473 9.007.195 - - 16.337.668

Outros activos tangíveis 49.740.154 - - - 49.740.154

Activos intangíveis 457.284 - - - 457.284

Investimentos em filiais, associadas

e empreendimentos conjuntos 7.260.645 - - - 7.260.645

Activos por impostos correntes 1.507.122 - - - 1.507.122

Activos por impostos diferidos 3.917.454 - - - 3.917.454

Outros activos 17.208.230 1.274.003 4.293.578 (37) 22.775.774

673.149.363 401.474.231 20.327.664 1.429.513 1.096.380.771

Passivos

Recursos de bancos centrais

e outras instituições de crédito 1.407.514 13.415.510 3.353 171 14.826.548

Recursos de clientes e outros empréstimos 514.760.175 412.248.902 11.702.477 294.995 939.006.549

Provisões 6.643.370 102.027 - - 6.745.397

Outros passivos 10.769.451 1.488.342 (769.243) 900.214 12.388.764

533.580.510 427.254.781 10.936.587 1.195.380 972.967.258

139.568.853 (25.780.550) 9.391.077 234.133 123.413.513

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

208

Page 211: RELATÓRIO E CONTAS 2016 - Banco BAI · Iniciámos a implementação do plano estratégico para o pe-ríodo 2016-2021, a que denominamos “Geração BAI”. Nesse ... ao crescimento

Duração Indeterminada

Duração Indeterminada

Total

Total

Até 3 meses

Até 3 meses

Entre 3 meses e 1 ano

Entre 3 meses e 1 ano

Entre 1 ano e 5 anos

Entre 1 ano e 5 anos

Mais de 5 anos

Mais de 5 anos

31-12-2016

31-12-2015 (Proforma)

Prazos residuais contratuais

Prazos residuais contratuais

À vista

À vista

Activos

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 194.593.850 - - - - - 194.593.850

Disponibilidades em outras instituições de crédito 24.934.154 - - - - - 24.934.154

Aplicações em bancos centrais e em outras

instituições de crédito - 61.616.455 15.882.926 - - - 77.499.381

Activos financeiros detidos para negociação

e ao justo valor através de resultados - 7.439 2.026.341 13.217.580 611.054 - 15.862.414

Activos financeiros disponíveis para venda - - - - 16.638.118 251.820 16.889.938

Investimentos detidos até à maturidade - 120.535.638 183.361.199 172.145.330 74.124.412 - 550.166.579

Crédito a Clientes - 28.569.339 35.211.245 146.816.208 126.927.863 42.339.389 379.864.044

219.528.004 210.728.871 236.481.711 332.179.118 218.301.447 42.591.209 1.259.810.360

Passivos

Recursos de bancos centrais e de outras

instituições de crédito - 19.207.649 - - - - 19.207.649

Recursos de clientes e outros empréstimos (a prazo) - 194.973.539 239.418.053 10.896.004 - - 445.287.596

- 214.181.188 239.418.053 10.896.004 - - 464.495.245

Gap de liquidez 219.528.004 (3.452.317) (2.936.342) 321.283.114 218.301.447 42.591.209 795.315.115

Gap acumulado de liquidez 219.528.004 216.075.687 213.139.345 534.422.459 752.723.906 795.315.115

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, o gap de liquidez do balanço do Banco apresentava a seguinte estrutura:

Activos

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 176.637.749 - - - - - 176.637.749

Disponibilidades em outras instituições de crédito 7.650.781 - - - - - 7.650.781

Aplicações em bancos centrais

e em outras instituições de crédito - 36.490.262 11.481.189 - - - 47.971.451

Activos financeiros detidos para negociação

e ao justo valor através de resultados - - 11.637 13.140.724 79.241 - 13.231.602

Activos financeiros disponíveis para venda - - - - 66.649.269 393.796 67.043.065

Investimentos detidos até à maturidade - 70.391.773 53.489.565 181.095.488 29.898.923 - 334.875.749

Crédito a clientes - 10.026.032 75.676.827 37.828.459 184.515.009 38.927.946 346.974.273

184.288.530 116.908.067 140.659.218 232.064.671 281 .142. 442 39.321.742 994.384.670

Passivos

Recursos de bancos centrais

e de outras instituições de crédito - 14.826.548 - - - - 14.826.548

Recursos de clientes e outros empréstimos (a prazo) - 162.358.327 138.671.558 71.661.386 - - 372.691.271

- 177.184.875 138.671.558 71.661.386 - - 387.517.819

Gap de liquidez 184.288.530 (60.276.808) 1.987.660 160.403.285 281.142.442 39.321.742 606.866.851

Gap acumulado de liquidez 184.288.530 124.011.722 125.999.382 286.402.667 567.545.109 606.866.851

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

209

10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

Page 212: RELATÓRIO E CONTAS 2016 - Banco BAI · Iniciámos a implementação do plano estratégico para o pe-ríodo 2016-2021, a que denominamos “Geração BAI”. Nesse ... ao crescimento

De referir que o Banco dispõe do montante de mAKZ 550.116.579 respeitante a obrigações soberanas da República de Angola, não oneradas, que poderão ser dadas em colateral para efeitos de obtenção de liquidez.

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, o rácio de liquidez calculado, em conformidade com o Instrutivo n.º 19/2016 de 30 de Agosto, ascende a 306% e a 319%, respectivamente. Este instrutivo define como mínimo um rácio de 100% em Kwanzas e 150% para a exposição em moeda estrangeira. O Banco apresenta rácios de observação para o período temporal de 1 a 3 meses de 1.000% em 2016 e 2.145% em 2015. O regulador definiu rácios mínimos similares aos anteriores.

Risco Operacional

Encontra-se implementado um sistema de gestão do risco operacional que se baseia na identificação, avaliação, acompanhamento, medição, mitigação e reporte deste tipo de risco.

O BAI gere o risco operacional baseando-se numa visão por processos de negócio, suporte e controlo, sendo uma visão transversal às unidades de estrutura da organização. Este tipo de gestão é suportado por princípios, metodologias e mecanismos de controlo, tais como: segregação de funções, linhas de responsabilidade, códigos de conduta, Risk and Control Self-Assessment (RCSA), Key Risk Indicators (KRI), controlos de acessos (físicos e lógicos), actividades de reconciliação, relatórios de excepção, planos de contingência, contratação de seguros e formação interna sobre processos, produtos, serviços e sistemas.

Gestão de Capital e Rácio de Solvabilidade

Os fundos próprios do Banco são apurados de acordo com as normas regulamentares aplicáveis, nomeadamente com o Aviso n.º 05/2007 de 12 de Setembro e Instrutivo n.º 03/2011 de 08 de Junho.

As instituições financeiras devem manter um nível de fundos próprios compatíveis com a natureza e escala das operações devidamente ponderados pelos riscos inerentes às operações, sendo o Rácio de Solvabilidade Regulamentar mínimo de 10%. Os Fundos Próprios Regulamentares compreendem:

1. Fundos Próprios de Base – compreendem (i) Capital Social realizado; (ii) reserva para registo do valor da actualização monetária do capital social realizado; (iii) resultados transitados de exercícios anteriores; (iv) reservas legais, estatutárias e outras reservas provenientes de resultados não distribuídos, ou constituídas para o aumento de capital; e (v) resultado líquido do exercício.

2. Fundos Próprios Complementares – compreendem: (i) acções preferenciais remíveis; (ii) fundos e provisões genéricas; (iii) reservas provenientes da realização dos imóveis de uso próprio; (iv) dívidas subordinadas e instrumentos híbridos de capital e dívida; e (v) outros valores autorizados pelo BNA.

3. Deduções – compreendem: (i) acções da própria instituição objecto de recompra; (ii) acções preferenciais remíveis e com dividendos fixos e cumulativos; (iii) empréstimos concedidos com natureza de capital; (iv) empréstimos concedidos com natureza de capital; valor das participações; (v) créditos tributários decorrentes de prejuízos fiscais; (vi) goodwill (trespasse); (vii) outros activos incorpóreos líquidos das amortizações; e (viii) outros valores, por determinação do BNA.

O Aviso n.º 08/2007 de 12 de Setembro estabelece que, para efeitos de cálculo do Rácio de Solvabilidade Regulamentar, deve ser deduzido dos Fundos Próprios Regulamentares o excesso verificado no limite de exposição ao risco por cliente. O quadro seguinte apresenta os cálculos de requisitos de capital do Banco para 31 de Dezembro de 2016 e 2015:

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

210

Page 213: RELATÓRIO E CONTAS 2016 - Banco BAI · Iniciámos a implementação do plano estratégico para o pe-ríodo 2016-2021, a que denominamos “Geração BAI”. Nesse ... ao crescimento

31-12-2015

31-12-2016 (Proforma)

Activos ponderados pelo risco

Com factor 0% - -

Com factor 20% 2.697.642 2.509.059

Com factor 30% 61.608.406 40.021.664

Com factor 50% 188.377 (2.763)

Com factor 60% 12.157.362 12.420.450

Com factor 100% 252.873.126 252.952.946

Com factor 130% 171.756.802 111.563.795

Total de activos ponderados pelo risco A 501.281.715 419.465.151

Risco de câmbio e ouro B 14.643.409 9.499.841

Fundos próprios

Base D 151.931.746 102.495.414

Complementares E (336.060) 221.200

F = D + E 151.595.686 102.716.614

Excesso de risco de crédito G - (1.014.966)

Fundos próprios regulamentares H = F + G 151.595.686 101.701.648

Rácio de solvabilidade K = I + J 23,4% 19,7%

Nível I I = (D + G)/ (A+B/10%) 23,5% 19,7%

Nível II J = E/ (A+B/10%) 0% 0%

41 – Impactos da transição para as IAS/IFRS

Principais impactos da transição para as IAS/IFRS no capital próprio e no resultado líquido do exercício findo a 31 de Dezembro de 2015

A entrada em vigor das IAS/IFRS, a 1 de Janeiro de 2016, conforme previsto no Aviso n.º 6/16, de 22 de Junho, do BNA, tornou necessária a introdução de ajustamentos decorrentes da aplicação dos novos princípios contabilísticos, que determinam alterações aos valores de Balanço, Capital Próprio e dos Resultados Líquidos do exercício de 2015, preparados de acordo com as anteriores normas de contabilidade, estabelecidas no Plano de Contas das Instituições Financeiras (“CONTIF”).

Estas são as primeiras demonstrações financeiras anuais individuais do BAI preparadas de acordo com as IAS/IFRS, tendo sido cumprido o disposto na IFRS 1 para a determinação dos ajustamentos de transição, com referência a 1 de Janeiro de 2015. A reconciliação do Resultado Líquido e do Capital Próprio de 2015, de acordo como o CONTIF e as IAS/IFRS, conforme o definido na IFRS 1.

Na preparação das demonstrações financeiras individuais na data de transição, o BAI decidiu optar por algumas das excepções permitidas na IFRS 1 apresentadas como segue:

(i) Desreconhecimento de activos financeiros De acordo com a opção da IFRS 1, o BAI decidiu aplicar

os requisitos de desreconhecimento da IAS 39 apenas para as operações realizadas a partir de 1 de Janeiro de 2015. Assim, os activos desreconhecidos até essa data, de acordo com as normas contabilísticas anteriormente aplicadas, não foram reexpressos no balanço.

(ii) Valorização dos activos fixos tangíveis O BAI decidiu considerar como custo dos activos fixos

tangíveis, com referência a 1 de Janeiro de 2015, o valor de balanço determinado em conformidade com as políticas contabilísticas anteriormente aplicadas.

Com excepção das situações referidas acima, o BAI adoptou, retrospectivamente, as restantes IAS/IFRS.

São apresentados de seguida os impactos da transição para as IAS/IFRS na posição financeira do Banco.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

211

10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

BALANÇO A 1 DE JANEIRO E 31 DE DEZEMBRO DE 2015

BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

212

31-1

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97

2.4

54. 7

42

51

2.51

6

- 97

2.96

7.25

8

T ota

l do

Pass

ivo

Cap

ital

Pró

prio

Cap

ital S

ocia

l 14

.786

.705

-

-

14

.786

.705

C

apita

l Soc

ial

Rese

rva

de A

ctua

lizaç

ão M

onet

ária

do

Cap

ital S

ocia

l 28

.669

-

-

28

.669

Re

serv

a de

Act

ualiz

ação

Mon

etár

ia d

o C

apita

l Soc

ial

Acçõ

es p

rópr

ias

em te

sour

aria

(4

7.260

) -

-

(4

7.260

) Ac

ções

Pró

pria

sRe

sulta

dos

pote

ncia

is

442.

400

-

(4

42.4

00)

-

Rese

rvas

de

Reav

alia

ção

Out

ras

rese

rvas

e re

sulta

dos

tran

sita

dos

94

.589

.293

(2

.299

.392

) 44

2.40

0

92.7

32.3

01

Out

ras

rese

rvas

e re

sulta

dos

tran

sita

dos

Resu

ltado

líqu

ido

indi

vidu

al d

o ex

ercí

cio

15

.357

.710

55

5.38

8

-

15.9

13.0

98

Resu

ltado

líqu

ido

indi

vidu

al d

o ex

ercí

cio

Tota

is d

e C

apit

al P

rópr

io

125.

157.

517

(1

.74

4.0

04)

-

123.

413

.513

To

tais

de

Cap

ital

Pró

prio

Page 215: RELATÓRIO E CONTAS 2016 - Banco BAI · Iniciámos a implementação do plano estratégico para o pe-ríodo 2016-2021, a que denominamos “Geração BAI”. Nesse ... ao crescimento

BALANÇO A 1 DE JANEIRO E 31 DE DEZEMBRO DE 2015

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

213

10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS01

-01-

2015

IFRS

Pro

form

aB

alan

ço IF

RS01

-01-

2015

CON

TIF

Bal

anço

CO

NTI

FA

just

amen

tos

tran

siçã

oRe

clas

sifi

caçõ

es

Act

ivo

Dis

poni

bilid

ades

19

9.05

2.50

9 -

38

7.130

17

7.732

.870

C

aixa

e d

ispo

nibi

lidad

es e

m b

anco

s ce

ntra

is

21.7

06.76

9

Dis

poni

bilid

ades

em

out

ras

inst

ituiç

ões

de c

rédi

toO

pera

ções

cam

biai

s (A

ctiv

as)

216.

737.7

42

-

-

216.

737.7

42

Não

apl

icáv

elC

rédi

tos

no s

iste

ma

de p

agam

ento

s

387.1

30

-

(387

.130)

-

N

ão a

plic

ável

Títu

los

man

tidos

par

a ne

goci

ação

3.

474.

520

-

-

3.

474.

520

Ac

tivos

Fin

ance

iros

ao ju

sto

valo

r atr

avés

de

resu

ltado

sTí

tulo

s di

spon

ívei

s pa

ra v

enda

-

-

75

.033

75

.033

Ac

tivos

fina

ncei

ros

disp

onív

eis

para

ven

daTí

tulo

s m

antid

os a

té a

o ve

ncim

ento

22

8.67

8.43

4

-

-

228.

678.

434

In

vest

imen

tos

detid

os a

té à

mat

urid

ade

Cré

dito

s

365.

460.

572

(2

.958

.901

) (2

.452

.138)

36

0.04

9.53

3

Cré

dito

a c

lient

es-

-

-

9 .

727.1

06

9 .72

7.106

A c

tivos

não

cor

rent

es d

etid

os p

ara

vend

aIm

obiliz

açõe

s co

rpór

eas

41

.776

.224

-

3.

858.

837

45

.635

.061

O

utro

s ac

tivos

tang

ívei

sIm

obiliz

açõe

s in

corp

órea

s

4.68

7.181

-

(3

.890

.000

) 79

7.181

Ac

tivos

inta

ngív

eis

Imob

ilizaç

ões

finan

ceira

s

19.7

54.8

03

-

(11.1

86.5

83)

8.56

8.22

0

Inve

stim

ento

s em

filia

is, a

ssoc

iada

s e

empr

eend

imen

tos

conj

unto

s-

-

-

1.5

01.0

19

1.501

.019

Ac

tivos

por

impo

stos

cor

rent

es-

-

1. 0

83.4

19

3.62

4.03

7

4 .70

7.456

A c

tivos

por

impo

stos

dife

ridos

Out

ros

valo

res

21

.062

.735

-

(1

.257

.311

) 19

.805

.424

O

utro

s ac

tivos

Tota

is d

o A

ctiv

o

1.10

1.0

71.8

50

(1.8

75.4

82)

-

1.0

99.1

96.3

68

Tota

is d

o A

ctiv

o

Pass

ivo

Cap

taçõ

es d

e liq

uide

z

10.2

87.4

18

-

3.34

7.318

13

.634

.737

Re

curs

os d

e ba

ncos

cen

trai

s e

de o

utra

s in

stitu

içõe

s de

cré

dito

Dep

ósito

s

950.

916.

588

43

9.43

4

-

951.3

56.0

22

Recu

rsos

de

clie

ntes

e o

utro

s em

prés

timos

Out

ras

capt

açõe

s

-

-

-

-

Pass

ivos

sub

ordi

nado

sO

brig

açõe

s no

sis

tem

a de

pag

amen

tos

3.

347.3

18

-

(3.3

47.3

18)

-

Não

apl

icáv

elO

pera

ções

cam

biai

s (P

assi

vas)

34

8.73

8

-

(348

.738

) -

N

ão a

plic

ável

Adia

ntam

ento

s de

clie

ntes

5.

868.

012

-

(5

.868

.012

) -

N

ão a

plic

ável

Prov

isõe

s pa

ra re

spon

sabi

lidad

es p

rová

veis

9.1

53.9

67

213.

061

-

9.36

7.028

Pr

ovis

ões

Out

ras

obrig

açõe

s

7.495

.341

-

6.

216.

750

13

.712

.090

O

utro

s pa

ssiv

os

Tota

l do

Pass

ivo

98

7.4

17.3

82

65

2.4

95

- 98

8.0

69.8

77

Tota

l do

Pass

ivo

Cap

ital

Pró

prio

Cap

ital S

ocia

l 14

.786

.705

-

-

14

.786

.705

C

apita

l Soc

ial

Rese

rva

de A

ctua

lizaç

ão M

onet

ária

do

Cap

ital S

ocia

l 28

.669

-

-

28

.669

Re

serv

a de

Act

ualiz

ação

Mon

etár

ia d

o C

apita

l Soc

ial

Acçõ

es p

rópr

ias

em te

sour

aria

(4

7.260

) -

-

(4

7.260

) Ac

ções

Pró

pria

sRe

sulta

dos

pote

ncia

is

670.

985

-

(6

70.9

85)

-

Rese

rvas

de

Reav

alia

ção

Out

ras

rese

rvas

e re

sulta

dos

tran

sita

dos

98

.215

.369

(2

.527

.977

) 67

0.98

5

96.3

58.3

77

Out

ras

rese

rvas

e re

sulta

dos

tran

sita

dos

Resu

ltado

líqu

ido

indi

vidu

al d

o ex

ercí

cio

-

-

-

-

Re

sulta

do lí

quid

o in

divi

dual

do

exer

cíci

o

Tota

is d

e C

apit

al P

rópr

io

113.

654

.468

(2

.527

.977

) -

111.

126.

491

To

tais

de

Cap

ital

Pró

prio

Page 216: RELATÓRIO E CONTAS 2016 - Banco BAI · Iniciámos a implementação do plano estratégico para o pe-ríodo 2016-2021, a que denominamos “Geração BAI”. Nesse ... ao crescimento

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS A 31 DE DEZEMBRO DE 2015

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

214

31-1

2-20

15IF

RSD

emon

stra

ção

de R

esul

tado

s IF

RS31

-12-

2015

CON

TIF

Dem

onst

raçã

o de

Re

sult

ados

CO

NTI

FA

just

amen

tos

tran

siçã

oRe

clas

sifi

caçõ

es

Prov

eitos

de A

plica

ções

de

Liqui

dez

1.974

.409

(4

3.35

9)

54.3

37.4

02

56.2

68.4

52

Juro

s e R

endi

men

tos S

imila

res

Prov

eitos

de T

ítulos

e V

alore

s Mob

iliário

s 21

.642

.661

-

(21.6

42.6

61)

- Nã

o ap

licáv

elPr

oveit

os d

e Cr

édito

s 31

.994.

650

-

(31.9

94.6

50)

- Nã

o ap

licáv

elCu

stos

de

Depó

sitos

(12

.144.

836)

(7

3.08

2)

(272

.661

) (12

.490

.579

) Ju

ros e

enc

argo

s Sim

ilare

sCu

stos

de

Capt

açõe

s de

Liqui

dez

(271

.120)

-

271.1

20

- Nã

o ap

licáv

elCu

stos

de

capt

açõe

s com

Titu

los e

Valo

res M

obilia

rios

(1.54

1)

- 1.5

41

- Nã

o ap

licáv

el

Mar

gem

Fin

ance

ira

43.19

4.22

3

(116

.441

) 70

0.09

1 43

.777

.873

M

arge

m F

inan

ceira

Resu

ltado

s de

Imob

ilizaç

ões fi

nanc

eiras

(2

.025

.724)

-

2.045

.612

19

.888

Re

ndim

ento

s de

inst

rum

ento

s de

capi

tal

Resu

ltado

s de

pres

taçã

o de

serv

iços fi

nanc

eiros

7.3

61.96

0

- 1.0

21.0

45

8.38

3.00

5

Rend

imen

tos d

e se

rviço

s e c

omiss

ões

Não

aplic

ável

-

- (1.

455.6

87)

(1.45

5.687

) En

carg

os c

om se

rviço

s e c

omiss

ões

Resu

ltado

de

nego

ciaçõ

es d

e títu

los

e va

lores

mob

iliário

s 23

1.586

-

- 23

1.586

Re

sulta

dos d

e ac

tivos

e p

assiv

os a

o ju

sto v

alor a

travé

s de

resu

ltado

s

Resu

ltado

s de

oper

açõe

s cam

biais

19

.585

.153

-

- 19

.585

.153

Re

sulta

dos c

ambi

aisRe

sulta

do n

ão o

pera

ciona

l 2.0

84.5

79

(228

.585

) (2

.241.7

44)

(385

.750)

Re

sulta

dos d

e ali

enaç

ão d

e ou

tros a

ctivo

sOu

tros p

rove

itos e

cus

tos o

pera

ciona

is

1.863

.566

-

799.2

35

2.662

.801

Ou

tros r

esul

tado

s de

expl

oraç

ão

Prod

uto

da ac

tivid

ade b

ancá

ria

72.2

95.3

43

(345

.026

) 86

8.55

2

72.8

18.8

69

Prod

uto

da ac

tivid

ade b

ancá

ria

Pess

oal

(11.6

00.67

5)

- (1.

062.

509)

(12

.663

.184)

Cu

stos

com

pes

soal

Forn

ecim

ento

s de t

erce

iros

(11.6

63.5

63)

- 81

6.901

(10

.846

.662

) Fo

rnec

imen

tos e

serv

iços d

e ter

ceiro

sPe

nalid

ades

apl

icada

s por

aut

orid

ades

regu

lador

as

(7.32

2)

- 7.3

22

- Nã

o ap

licáv

elIm

post

os e

taxa

s não

incid

ente

s sob

re o

resu

ltado

(1.

397.8

84)

- 1.3

97.8

84

- Nã

o ap

licáv

elDe

prec

iaçõe

s e a

mor

tizaç

ões

(2.6

54.14

1)

- -

(2.6

54.14

1)

Depr

eciaç

ões e

am

ortiz

açõe

s do

exer

cício

Outro

s cus

tos a

dmin

istra

tivos

e d

e co

mer

cializ

ação

(17

.462

) -

17.4

62

- Nã

o ap

licáv

elPr

ovisõ

es so

bre

outro

s valo

res

e

resp

onsa

bilid

ades

pro

váve

is

(4.67

7.107

) -

331.4

45

(4.3

45.6

62)

Prov

isões

líqui

das d

e an

ulaç

ões

Prov

isões

de

créd

itos d

e liq

uida

ção

duvid

osa

e

pres

taçã

o de

gar

antia

s (2

4.46

5.465

) 1.2

36.4

02

- (2

3.22

9.063

) Im

parid

ade

para

cré

dito

a c

lient

es líq

uida

de

reve

rsõe

s e re

cupe

raçõ

es

Não

aplic

ável

-

- (1.

353.

231)

(1.

353.

231)

Im

parid

ade

para

out

ros a

ctivo

s fina

nceir

os líq

. de

reve

rsõe

s e re

cupe

raçõ

esNã

o ap

licáv

el

- -

( 1.02

3.82

6)

( 1.02

3.82

6)

Impa

ridad

e pa

r a o

utro

s act

ivos l

íq. d

e re

vers

ões e

recu

pera

ções

Resu

ltado

Ant

es d

e Im

post

os

15.8

11.7

24

891

.376

-

16.7

03.10

0

Resu

ltado

s ant

es d

e im

post

os d

e ope

raçõ

es em

cont

inua

ção

Enca

rgos

sobr

e o

resu

ltado

cor

rent

e

(454

.014

) -

454.

014

-

Impo

stos

cor

rent

esNã

o ap

licáv

el

- (3

35.98

8)

(454

.014

) (7

90.0

02)

Impo

stos

dife

ridos

Resu

ltado

líqui

do in

divi

dual

do

exer

cíci

o

15.3

57.7

10

555.

388

-

15.9

13.0

98

Resu

ltado

líqui

do in

divi

dual

do

exer

cíci

o

Page 217: RELATÓRIO E CONTAS 2016 - Banco BAI · Iniciámos a implementação do plano estratégico para o pe-ríodo 2016-2021, a que denominamos “Geração BAI”. Nesse ... ao crescimento

As diferenças entre o CONTIF e as IAS/IFRS, com impacto nas demonstrações financeiras individuais em 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2015 e a reconciliação dos capitais próprios e resultados nas referidas datas, são apresentadas como segue:

Notas:a) De acordo com a IAS 39, a carteira de crédito é

mensurada ao custo amortizado e sujeita a testes de imparidade. As perdas de imparidade resultam da diferença entre o valor de balanço dos créditos e o valor dos fluxos de caixa futuros esperados descontados à sua taxa de juro efectiva, apurada no início do contrato (taxa efectiva apurada individualmente por contrato). O valor dos fluxos de caixa esperados é estimado com base no que será o valor recuperável do crédito, em resultado da análise económica do mesmo.

A política de imparidade do BAI consiste na avaliação regular da existência de evidência objectiva de imparidade. As perdas por imparidade identificadas são registadas por contrapartida de resultados, sendo num período posterior revertidas por resultados, caso se verifique uma redução do montante da perda estimada.

A aplicação do modelo de imparidade na carteira de

crédito do Banco implicou, a 31 de Dezembro de 2015, uma redução de mAKZ 214.659, quando comparado com a aplicação das provisões regulamentares determinadas de acordo com os avisos emitidos pelo BNA.

b) O Instrutivo n.º 07/2016 de 08 de Agosto estabelece os procedimentos que as instituições financeiras bancárias deverão observar na aplicação do método da taxa de juro efectiva no reconhecimento de rendimentos e gastos associados aos instrumentos financeiros, nos termos previstos pela Norma Internacional de Contabilidade 39 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, adiante abreviadamente designada por IAS 39.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

215

10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

Normas locais CONTIF 125.157.517 15.357.710 113.654.468

Imparidade para o crédito

a clientes - crédito directo a) 214.659 1.023.341 (808.682)

Imparidade para o crédito a clientes - crédito indirecto a) - 213.061 (213.061)

Aplicação do conceito de taxa efectiva

ao crédito a clientes b) (2.193.578) (43.359) (2.150.219)

Aplicação da taxa efectiva à carteira

de depósitos de taxa crescente c) (512.516) (73.082) (439.434)

Anulação reserva de reavaliação

de activos tangíveis e intangíveis d) - (228.585) -

Sub-total ajustamentos (2.491.435) 891.376 (3.611.396)

Imposto diferido 30% e) 747.431 (335.988) 1.083.419

Total dos ajustamentos de transição (1.744.00) 555.388 (2.527.977)

Capitais próprios - IAS/IFRS 123.413.513 15.913.098 111.126.491

31-12-2015 (Proforma)

01-01-2015(Proforma)

Resultados do exercício

Capitais próprios

Capitais próprios

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O “Método da taxa de juro efectiva” de um activo financeiro ou de um passivo financeiro (ou grupo de activos financeiros ou de passivos financeiros) tem como objectivo a imputação de rendimento de juros ou o gasto de juros durante o período relevante. O cálculo inclui as comissões e outros custos de transacção elegíveis, pagas ou recebidas entre as partes do contrato.

Para esse efeito, terá de ser determinada a “Taxa de juro efectiva”, taxa que desconta exactamente os pagamentos ou recebimentos de caixa futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro ou, quando apropriado, um período mais curto para o valor líquido contabilístico do activo financeiro ou do passivo financeiro.

Considerando a necessidade de adaptar os sistemas informáticos para o cálculo das comissões de crédito de acordo com o método da taxa efectiva, ainda não foi possível, a esta data, determinar o ajustamento com base neste método, tendo-se optado pelo diferimento linear das comissões pelo período de vida remanescente dos créditos vivos à data do balanço.

Foi apurado um valor de ajustamento no montante de mAKZ 2.193.578, com referência em 31 de Dezembro de 2015. Este montante é reconhecido na margem financeira nos próximos exercícios, ao longo do período remanescente até à maturidade dos créditos. Neste cálculo, foram contempladas todas as comissões e despesas associadas a créditos concedidos a clientes.

c) O Banco tinha no seu balanço produtos de poupança com taxa de remuneração crescente, i.e. aumenta a cada período de vigência do produto, sendo que à data de contratação do depósito as taxas de remuneração dos diferentes períodos encontravam-se definidas.

De acordo com a IAS 39, deve ser determinada a taxa de juro efectiva para cada um dos depósitos em carteira, não devendo o custo ser reconhecido no período com base na taxa nominal. Assim sendo, o custo é reconhecido com base na aplicação de uma única taxa ao longo da vigência do produto.

d) Em 31 de Dezembro de 2015, foi parcialmente consumido em CONTIF o saldo da rubrica de Resultados potenciais decorrente da alienação de activos. Uma vez que esta rubrica não é aplicável em IAS/IFRS, tal como mencionado no ponto anterior, reclassificou--se este montante para o Resultado do exercício na rubrica de Resultados de alienação de outros activos.

e) De acordo com o critério definido pela IAS 12, os impostos diferidos são calculados considerando as diferenças temporárias entre o valor contabilístico dos activos e passivos para efeitos contabilísticos e os valores utilizados para efeitos fiscais, usando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço, e que se espera que sejam aplicadas na data de reversão das diferenças temporárias.

Os impostos diferidos são reconhecidos quando existe uma expectativa razoável de que sejam obtidos lucros tributáveis futuros que permitam absorver as diferenças temporárias dedutíveis para efeitos fiscais (incluindo prejuízos fiscais reportáveis).

Neste âmbito, os ajustamentos de transição com referência em 1 de Janeiro de 2015 e em 31 de Dezembro de 2015 resultam em variações patrimoniais negativas. De acordo com o Código do Imposto Industrial em vigor, as variações patrimoniais negativas não relevam para o apuramento do imposto a pagar, isto é, para efeitos de imposto corrente. Em 31 de Dezembro de 2015 foram reconhecidos os efeitos fiscais decorrentes dos ajustamentos de transição.

À medida que os ajustamentos de conversão se vão revertendo, por exemplo, à medida que as comissões associadas ao crédito vão sendo reconhecidas em resultados, também o valor do imposto diferido activo deverá ser revertido por via de resultados do exercício.

Refira-se que o BNA definiu que para efeitos: (i) da preparação do balanço de abertura de acordo com as IFRS e (ii) da reconciliação entre os capitais próprios em conformidade com os princípios contabilísticos

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

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geralmente aceites e os capitais próprios de acordo com as IFRS, as instituições financeiras deveriam considerar o enquadramento fiscal em vigor em Angola, razão pela qual o Banco definiu este tratamento contabilístico.

42 – Factos relevantes

No âmbito do processo de reestruturação financeira do BMF, foi celebrado um acordo de cessão de créditos com o BAI, em Dezembro de 2016, cujos principais aspectos são os seguintes:

— O acordo teve em vista o restabelecimento do Rácio de solvabilidade regulamentar do BMF acima do mínimo de 10%, conforme exigido pelo BNA;

— O acordo resultou na transferência de duas pools de operações de crédito no montante total de mAKZ 4.297.256 (mAKZ 1.895.688, a 14 de Dezembro de 2016, e mAKZ 2.401.568, a 21 de Dezembro de 2016) pelo valor idêntico ao valor bruto dos créditos, incluindo capital e juros (vencidos e de mora);

— A cessão foi liquidada através da transferência para o BMF de um conjunto de títulos detidos até à maturidade, nomeadamente Obrigações do Tesouro e Bilhetes do Tesouro, pelo seu valor nominal e respectivos proveitos, pelo montante referido acima,

situação que não implicou qualquer valia directa nas contas de ambas as entidades;

— Dado que os títulos transferidos representavam apenas 0,78% do total da carteira de títulos detidos até à maturidade do BAI, foi possível manter a restante carteira classificada nesta categoria, de acordo com o parágrafo 9 da IAS 39. Não obstante, importa reforçar que estas operações, mesmo que insignificantes, apenas podem ocorrer se tiverem um carácter não recorrente, pelo que, não deverá ser considerada uma solução da gestão para operações a realizar no futuro;

— Tendo em conta a reduzida qualidade da carteira adquirida, foram constituídas perdas por imparidade de crédito no valor total de mAKZ 3.216.000 no BAI, tendo, no entanto, o seu impacto líquido sido de apenas mAKZ 298.237 devido à reversão de perdas por imparidade e provisões relativas à participação no BMF no valor total de mAKZ 2.917.763 (Tabela no fim da página).

43 – Normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas

As normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas que entraram em vigor e que o Banco considerou na elaboração das suas demonstrações financeiras, são as seguintes:

Valor total da cessão de créditos do BMF (1) 4.297.256

Perdas por imparidade sobre créditos do BMF (2) 3.216.000

Reversão da imparidade sobre a participação no BMF (Nota 13) 715.404

Reversão da provisão sobre fundos próprios negativos do BMF

Saldo a 31-12-2015 (Nota 18) 1.653.279

Reforço a 30-06-2016 549.080 2.202.359

Total reversões de imparidade e provisões (3) 2.917.763

Impacto líquido nos resultados (2)-(3) 298.237

mAKZ

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

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10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

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IAS 19 (Alterada) – Planos de Benefícios Definido: Contribuição dos empregados

O IASB emitiu esta alteração em 21 de Novembro de 2013, com data efectiva de aplicação (de forma retrospectiva) para períodos que se iniciem a, ou após, 1 de Julho de 2014.

A presente alteração clarifica a orientação quando estejam em causa contribuições efectuadas pelos empregados ou por terceiras entidades, ligadas aos serviços, exigindo que a entidade atribua tais contribuições em conformidade com o parágrafo 70 da IAS 19 (2011). Assim, tais contribuições são atribuídas usando a fórmula de contribuição do plano ou de uma forma linear.

A alteração reduz a complexidade introduzindo uma forma simples que permite a uma entidade reconhecer contribuições efectuadas por empregados ou por terceiras entidades ligadas ao serviço, que sejam independentes do número de anos de serviço (por exemplo, uma percentagem do vencimento), como redução do custo dos serviços no período em que o serviço seja prestado.

O Banco não teve qualquer impacto relevante na aplicação desta alteração nas suas demonstrações financeiras.

Melhoramentos às IFRS (2010-2012)

Os melhoramentos anuais do ciclo 2010-2012, emitidos pelo IASB em 12 de Dezembro de 2013, introduzem alterações, com data efectiva de aplicação para períodos que se iniciaram a, ou após, 1 de Julho de 2014, às normas IFRS 2, IFRS 3, IFRS 8, IFRS 13, IAS 16, IAS 24 e IAS 38.

IFRS 2 – Definição de condição de aquisição (“vesting”)A alteração clarifica a definição de condição de aquisição (“vesting”) contida no Apêndice A da IFRS 2 – Pagamentos Baseados em Acções, separando a definição de “condição de desempenho” e “condição de serviço” da “condição de aquisição”, fazendo uma descrição de cada uma das condições de forma mais clara.

IFRS 3 – Contabilização de uma consideração contingente no âmbito de uma concentração de actividades empresariaisO objectivo da alteração visa clarificar certos aspectos da contabilização da consideração contingente no âmbito de uma concentração de actividades empresariais, nomeadamente, a classificação da consideração con-

tingente, tomando em linha de conta se tal consideração contingente é um instrumento financeiro ou um activo ou passivo não-financeiro.

IFRS 8 – Agregação de segmentos operacionais e reconciliação entre o total dos activos dos segmentos reportáveis e os activos da empresaA alteração clarifica o critério de agregação e exige que uma entidade divulgue os factores utilizados para identificar os segmentos reportáveis, quando o segmento operacional tenha sido agregado. Para atingir consistência interna, uma reconciliação do total dos activos dos segmentos reportáveis para o total dos activos de uma entidade deverá ser divulgada, se tais quantias forem regularmente proporcionadas ao tomador de decisões operacionais.

IFRS 13 – Contas a receber ou pagar de curto prazoO IASB alterou as bases de conclusão no sentido de esclarecer que, ao eliminar o AG 79 da IAS 39, não pretendeu eliminar a necessidade de determinar o valor actual de uma conta a receber ou pagar no curto prazo, cuja factura foi emitida sem juro, se esse desconto for material. De salientar que o parágrafo 8 da IAS 8 já permite que uma entidade não aplique políticas contabilísticas definidas nas IFRS se o seu impacto for imaterial.

IAS 16 e IAS 40 – Modelo de Revalorização – reformulação proporcional da depreciação ou amortização acumuladaDe forma a clarificar o cálculo da depreciação ou amortização acumulada, à data da reavaliação, o IASB alterou o parágrafo 35 da IAS 16 e o parágrafo 80 da IAS 38, no sentido de: (i) a determinação da depreciação (ou amortização) acumulada não depende da selecção da técnica de valorização; e (ii) a depreciação (ou amortização) acumulada é calculada pela diferença entre a quantia bruta e o valor líquido contabilístico.

IAS 24 – Transacções com partes relacionadas – serviços do pessoal-chave da gestãoPara resolver alguma preocupação sobre a identificação dos custos do serviço do pessoal- -chave da gestão (KMP), quando estes serviços são prestados por uma entidade (entidade gestora como, por exemplo, nos fundos de investimento), o IASB clarificou que as divulgações das quantias incorridas pelos serviços de KMP fornecidos por uma entidade de gestão separada devem ser divulgados, mas não é necessário apresentar a desagregação prevista no parágrafo 17.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

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O Banco não teve qualquer impacto relevante na aplicação destas alterações nas suas demonstrações financeiras.

Melhoramentos às IFRS (2012-2014)

Os melhoramentos anuais do ciclo 2012-2014, emitidos pelo IASB, a 25 de Setembro de 2014, introduzem alterações, com data efectiva de aplicação para períodos que se iniciaram a, ou após, 1 de Janeiro de 2016, às normas IFRS 5, IFRS 7, IAS 19 e IAS 34.

IFRS 5 Activos Não Correntes Detidos Para Venda e Operações Descontinuadas: Alterações no Método de DisposiçãoAs alterações à IFRS 5 clarificam que caso uma entidade reclassifique um activo (ou um grupo em descontinuação) directamente de “detido para venda” para “detido para distribuição aos proprietários” (ou vice-versa) então a alteração de classificação é considerada uma continuação do plano original de disposição. Assim sendo, nenhum ganho ou perda de mensuração será contabilizado na demonstração de resultados ou na demonstração de rendimento integral.

IFRS 7 Instrumentos Financeiros: Divulgações: contratos de Serviços PrestadosAs alterações à IFRS 7 clarificam - adicionando orientação de aplicação adicional - quando os contratos de prestação de serviços constituem envolvimento continuado para efeitos da aplicação dos requisitos de divulgação no parágrafo 42 C da IFRS 7.

IFRS 7 Instrumentos Financeiros: Divulgações: Aplicabilidade das Emendas à IFRS 7 na compensação de activos e passivos financeiros para demonstrações financeiras intercalares condensadasA presente alteração esclarece que as divulgações adicionais exigidas que foram introduzidas, em Dezembro de 2011, pelas alterações à IFRS 7 - compensação de activos e passivos financeiros –, não são necessárias em períodos intercalares após o ano da sua aplicação inicial, a menos que a IAS 34 Relato Financeiro Intercalar exija essas divulgações.

IAS 19 Benefícios dos Empregados: Taxa de desconto: emissão mercado regionalAs alterações à IAS 19 clarificam que as obrigações de empresas de alta qualidade utilizadas para estimar a taxa de desconto devem ser determinadas considerando

a mesma moeda em que os benefícios vão ser pagos. Consequentemente, a profundidade do mercado de títulos corporativos de alta qualidade deve ser avaliado ao nível da moeda, em vez de ao nível do país. Se um mercado activo não existir, deve ser utilizada a taxa de mercado dos títulos do governo denominados nessa moeda.

IAS 34 Relato Financeiro Intercalar: Divulgação de informações “em outras partes do relatório financeiro intercalar“As alterações esclarecem que “outras divulgações” exigidas pelo parágrafo 16A do IAS 34, devem ser apresentadas ou nas demonstrações financeiras intercalares ou incorporadas por referência cruzada das demonstrações financeiras intercalares para algum outro documento (como comentários da gestão ou de um relatório de risco) que esteja disponível para os utentes das demonstrações financeiras nos mesmos termos que as demonstrações financeiras intercalares e ao mesmo tempo.

As alterações à IAS 34 também clarificam que, se os utentes das demonstrações financeiras não tiverem acesso a essa informação, incluída por referência cruzada, nas mesmas condições e ao mesmo tempo, o relatório financeiro intercalar é incompleto.

O Banco não teve qualquer impacto na aplicação destas alterações, dado que não prepara demonstrações financeiras intercalares de acordo com a IAS 34.

IAS 27: Equivalência patrimonial em demonstrações financeiras separadasO IASB, emitiu, a 12 de Agosto de 2014, alterações à IAS 27, com data efectiva de aplicação para períodos que se iniciaram a, ou após, 1 de Janeiro de 2016, visando introduzir uma opção pela mensuração de subsidiárias, associadas ou empreendimentos conjuntos pelo método de equivalência patrimonial nas demonstrações financeiras separadas.

O Banco não adoptou esta opção nas suas contas separadas (se nas contas individuais aplicarem as IFRS).

Excepção à consolidação (alterações à IFRS 10, IFRS 12 e IAS 28)O IASB emitiu, a 18 de Dezembro de 2014, e aplicável aos períodos que se iniciaram a, ou após, 1 de Janeiro de 2016,

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

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10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

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as alterações à IFRS 10, IFRS 12 e IAS 28, Entidades de Investimento: Aplicação da excepção de consolidação, permitindo que entidades de investimento possam ficar isentas de consolidação desde que verificados determinados requisitos.

Estas alterações não são aplicáveis ao Banco.

Outras alterações

Foram ainda emitidas pelo IASB, em 2014, e aplicáveis aos períodos que se iniciaram a, ou após, 1 de Janeiro de 2016, as seguintes alterações:• Alterações à IAS 16 e IAS 38: Clarificação dos métodos

aceites para depreciação e amortização (emitida a 12 de Maio);

• Alterações à IFRS 11: Contabilização de aquisições de interesses em empreendimentos conjuntos (emitida a 6 de Maio);

• Alterações à IAS 1: Iniciativa de Divulgações (emitida a 18 de Dezembro).

O Banco não teve qualquer impacto na aplicação destas alterações nas suas demonstrações financeiras.

O Banco decidiu optar pela não aplicação antecipada das seguintes normas e/ou interpretações:

IFRS 9 - Instrumentos Financeiros (emitida em 2009 e alterada em 2010, 2013 e 2014)A IFRS 9 foi adoptada definindo a entrada em vigor, o mais tardar, a partir da data de início do primeiro exercício financeiro, que começa a, ou após, 1 de Janeiro de 2018.A IFRS 9 (2009) introduziu novos requisitos para a classificação e mensuração de activos financeiros. A IFRS 9 (2010) introduziu requisitos adicionais relacionados com passivos financeiros. A IFRS 9 (2013) introduziu a metodologia da cobertura. A IFRS 9 (2014) procedeu a alterações limitadas à classificação e mensuração contidas na IFRS 9 e novos requisitos para lidar com a imparidade de activos financeiros.

Os requisitos da IFRS 9 representam uma mudança significativa dos actuais requisitos previstos na IAS 39, no que respeita aos activos financeiros. A norma contém três categorias de mensuração de activos financeiros: custo amortizado, justo valor por contrapartida em outro rendimento integral (OCI) e justo valor por contrapartida em resultados. Um activo financeiro será mensurado ao custo amortizado caso seja detido no âmbito do modelo de

negócio, cujo objectivo é deter o activo por forma a receber os fluxos de caixa contratuais e os termos dos seus fluxos de caixa dão lugar a recebimentos, em datas especificadas, relacionadas apenas com o montante nominal e o juro em vigor. Se o instrumento de dívida for detido no âmbito de um modelo de negócio que tanto capte os fluxos de caixa contratuais do instrumento, como capte por vendas, a mensuração será ao justo valor com a contrapartida em outro rendimento integral (OCI), mantendo-se o rendimento de juros a afectar os resultados.

Para um investimento em instrumentos de capital próprio que não seja detido para negociação, a norma permite uma eleição irrevogável, no reconhecimento inicial, numa base individual por cada acção, de apresentação das alterações de justo valor em OCI. Nenhuma desta quantia reconhecida em OCI será reclassificada para resultados em qualquer data futura. No entanto, dividendos gerados por tais investimentos, são reconhecidos em resultados em vez de OCI, a não ser que claramente representem uma recuperação parcial do custo do investimento.

Nas restantes situações, quer os casos em que os activos financeiros sejam detidos no âmbito de um modelo de negócio de trading, quer outros instrumentos que não tenham apenas o propósito de receber juro e amortização e capital, são mensurados ao justo valor por contrapartida de resultados.

Nesta situação, incluem-se igualmente investimentos em instrumentos de capital próprio, os quais a entidade não designe a apresentação das alterações do justo valor em OCI, sendo, assim, mensurados ao justo valor com as alterações reconhecidas em resultados.

A norma exige que derivados embutidos em contratos, cujo contrato base seja um activo financeiro abrangido pelo âmbito de aplicação da norma, não sejam separados; ao invés, o instrumento financeiro híbrido é aferido na íntegra e, verificando-se os derivados embutidos, terão de ser mensurados ao justo valor através de resultados.

A norma elimina as categorias actualmente existentes na IAS 39 de “detido até à maturidade”, “disponível para venda” e “contas a receber e pagar”.

A IFRS 9 (2010) introduz um novo requisito aplicável a passivos financeiros designados ao justo valor, por

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

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opção, passando a impor a separação da componente de alteração de justo valor que seja atribuível ao risco de crédito da entidade e a sua apresentação em OCI, ao invés de resultados. Com excepção desta alteração, a IFRS 9, na sua generalidade, transpõe as orientações de classificação e mensuração previstas na IAS 39 para passivos financeiros, sem alterações substanciais.

A IFRS 9 (2013) introduziu novos requisitos para a contabilidade de cobertura, que alinha esta de forma mais próxima com a gestão do risco. Os requisitos também estabelecem uma maior abordagem de princípios à contabilidade de cobertura, resolvendo alguns pontos fracos contidos no modelo de cobertura da IAS 39.

A IFRS 9 (2014) estabelece um novo modelo de imparidade baseado em “perdas esperadas” que substituirá o actual modelo baseado em “perdas incorridas” previsto na IAS 39.

Assim, o evento de perda não mais necessita de vir a ser verificado antes de se constituir uma imparidade. Este novo modelo pretende acelerar o reconhecimento de perdas por via de imparidade aplicável aos instrumentos de dívida detidos, cuja mensuração seja ao custo amortizado ou ao justo valor por contrapartida em OCI.

No caso do risco de crédito de um activo financeiro não tenha aumentado significativamente desde o seu reconhecimento inicial, o activo financeiro gerará uma imparidade acumulada igual à expectativa de perda que se estime poder ocorrer nos próximos 12 meses.

No caso do risco de crédito ter aumentado signifi-cativamente, o activo financeiro gerará uma imparidade acumulada igual à expectativa de perda que se estime poder ocorrer até à respectiva maturidade, aumentando assim a quantia de imparidade reconhecida.

Uma vez verificando-se o evento de perda (o que actualmente se designa por “prova objectiva de imparidade”), a imparidade acumulada é afecta directamente ao instrumento em causa, ficando o seu tratamento contabilístico similar ao previsto na IAS 39, incluindo o tratamento do respectivo juro.

A IFRS 9 será aplicável a, ou após, 1 de Janeiro de 2018.

Após a preparação, pela primeira vez, de demonstrações financeiras de acordo com as normas IAS/IFRS, a 31 de Dezembro de 2016, o Banco pretende iniciar, nos próximos

exercícios, um processo de avaliação dos efeitos potenciais desta norma, mas dada a natureza das actividades do Banco, é expectável que esta norma venha a ter impactos relevantes nas demonstrações financeiras do Banco.

IFRS 15 - Rédito de contratos com clientesO IASB emitiu, a 28 de Maio de 2014, a norma IFRS 15 - Rédito de contratos com clientes.

A sua adopção antecipada é permitida. Esta norma revoga as normas IAS 11 - Contratos de construção, IAS 18 - Rédito, IFRIC 13 - Programas de Fidelidade do Cliente, IFRIC 15 - Acordos para a Construção de Imóveis, IFRIC 18 - Transferências de Activos Provenientes de Clientes e SIC 31 Rédito - Transacções de Troca Directa Envolvendo Serviços de Publicidade.

A IFRS 15 determina um modelo baseado em 5 passos de análise por forma a determinar quando o rédito deve ser reconhecido e qual o montante. O modelo especifica que o rédito deve ser reconhecido quando uma entidade transfere bens ou serviços ao cliente, mensurado pelo montante que a entidade espera ter direito a receber. Dependendo do cumprimento de alguns critérios, o rédito é reconhecido:

i. No momento preciso, quando o controlo dos bens ou serviços é transferido para o cliente; ou

ii. Ao longo do período, na medida em que retrata a performance da entidade.

O Banco encontra-se a avaliar os impactos decorrentes da adopção desta norma.

Normas, alterações e interpretações emitidas mas ainda não efectivas para o Banco

IFRIC 22 – Transacções em moeda estrangeira e contra-prestação de adiantamentosFoi emitida, a 8 de Dezembro de 2016, a interpretação IFRIC 22, com data de aplicação obrigatória para períodos que se iniciem a, ou após, 1 de Janeiro de 2018.

A nova IFRIC 22 vem definir que, tendo existido adiantamentos em moeda estrangeira para efeitos de aquisição de activos, suporte de gastos ou geração de rendimentos, ao aplicar os parágrafos 21 a 22 da IAS 21, a data considerada de transacção para efeitos da determinação da taxa de câmbio a utilizar no reconhecimento do activo, gasto ou rendimento (ou parte dele) inerente, é a data em que a entidade

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

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10 DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

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reconhece inicialmente o activo ou passivo não monetário resultante do pagamento ou recebimento do adiantamento na moeda estrangeiram (ou havendo múltiplos adiantamentos, as taxas que vigorarem em cada adiantamento).

O Banco encontra-se a avaliar os impactos decorrentes da adopção desta norma.

IFRS 16 - LocaçõesO IASB, emitiu, a 13 de Janeiro de 2016, a norma IFRS 16 - Locações, de aplicação obrigatória em períodos que se iniciem a, ou após, 1 de Janeiro de 2019. A sua adopção antecipada é permitida desde que adoptada igualmente a IFRS 15. Esta norma revoga a norma IAS 17 – Locações.

A IFRS 16 retira a classificação das locações como operacionais ou financeiras (para o locador – o cliente do leasing), tratando todas as locações como financeiras.

Locações de curto-prazo (menos de 12 meses) e locações de activos de baixo valor (como computadores pessoais) são isentos de aplicação dos requisitos da norma.

A esta data, o Banco não tem registadas locações nas demonstrações financeiras, quer na óptica do locador, quer na óptica do locatário. No entanto, caso venha a registar operações deste tipo, serão avaliados os impactos da aplicação desta norma.

Outras alterações

Foram ainda emitidas pelo IASB:

• Em 19 de Janeiro de 2016, e aplicável aos períodos que se iniciam a, ou após, 1 de Janeiro de 2017, alterações à IAS 12 que visaram clarificar os requisitos de reconhecimento de activos por impostos diferidos

para perdas não realizadas para resolver divergências praticadas;

• Em 29 de Janeiro de 2016, e aplicável aos períodos que se iniciam a, ou após 1 de Janeiro de 2017, alterações à IAS 7, iniciativa de divulgações, exigindo às empresas prestação de informação sobre alterações nos seus passivos financeiros, proporcionando informação que auxilie os investidores na compreensão do endividamento das empresas;

• Em 20 de Junho de 2016, e aplicável aos períodos que se iniciam a, ou após, 1 de Janeiro de 2018, alterações à IFRS 2 – Classificação e Mensuração de Transacções com pagamentos baseados em acções;

• Em 8 de Dezembro de 2016, e aplicável aos períodos que se iniciam a, ou após 1 de Janeiro de 2018, alterações à IAS 40 – Transferência de propriedades de investimento clarificando o momento em que a entidade deve transferir propriedades em construção ou desenvolvimento de, ou para, propriedades de investimento quando ocorra alteração no uso de tais propriedades que seja suportado por evidência (além do listado no parágrafo 57 da IAS 40);

• Os melhoramentos anuais do ciclo 2014-2016, emitidos pelo IASB a 8 de Dezembro de 2016, introduzem alterações, com data efectiva de aplicação para períodos que se iniciem a, ou após, 1 de Julho de 2018, às normas IFRS 1 (eliminação da excepção de curto prazo para aplicantes das IFRS pela primeira vez) e IAS 28 (mensuração de uma associada ou joint venture ao justo valor) e com data efectiva a, ou após, 1 de Janeiro de 2017, à norma IFRS 12 (clarificação do âmbito de aplicação da norma).

O Banco encontra-se a avaliar os impactos decorrentes da adopção desta norma.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (PROFORMA)(Montantes em milhares de Kwanzas – mAKZ, excepto quando expressamente indicado)

BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

222

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EXCELÊNCIA É SER LÍDER E SABER ESTAR À ALTURA DESSA LIDERANÇA

11RELATÓRIO DO AUDITOR EXTERNO

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

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11RELATÓRIO

DO AUDITOR EXTERNO

227

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RIGOR É DAR IMPORTÂNCIA MESMO À VÍRGULA MAIS INSIGNIFICANTE

12RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL

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BAI RELATÓRIO E CONTAS2016

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12RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL

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RELATÓRIORESPONSABILIDADESOCIAL2016

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01 02 03EDUCAÇÃOpágina 236

ARTE E CULTURApágina 238

DESPORTOpágina 244

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04 05 06 SAÚDEpágina 248

BEM-ESTAR SOCIALpágina 250

MARCAS E RECONHECIMENTO página 254

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236

BAIRESPONSABILIDADE SOCIAL2016

0.1

A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces.Aristóteles

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BAIRESPONSABILIDADE SOCIAL

EDUCAÇÃO

A educação é o factor fundamental para o desenvol-vimento das sociedades e o BAI, comprometido com a Responsabilidade Social, tem procurado fazer a sua parte. Através da Fundação BAI, durante o 1º semestre de 2016, prestou apoio à construção de raiz de mais três salas de

aulas, para responder à demanda das crianças carentes da Funda, sob responsabilidade da ONG AMEN. Conseguiu ainda atribuir subsídios de Bolsa de estudo para o ensino superior a cinco meninas do Centro Feminino Horizonte Azul.

Através da Fundação BAI, durante o 1º semestre de 2016, o Banco prestou apoio à construção de raiz de mais três salas de aulas

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Leonardo da Vinci

A arte diz o indizível; exprime o inexprimível, traduz o intraduzível.

BAIRESPONSABILIDADE SOCIAL2016

0.2

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BAIRESPONSABILIDADE SOCIAL

ARTE E CULTURA

A arte, como forma primeira da expressão cultural de um povo, mereceu sempre do Banco BAI uma atenção particular. O Banco alia-se à Arte e Cultura visando promover a diversidade artística e os novos talentos porque considera que a salvaguarda do património cultural tem um papel essencial no seu desenvolvimento sustentável e do seu meio envolvente.

Neste contexto, a intervenção do BAI, através da Fundação BAI, direccionou-se para as seguintes acções:

• Apoios à Companhia de Dança Contemporânea de Angola na realização de dois espectáculos culturais de grande dimensão.

• Aquisição de um conjunto de instrumentos musicais para a concretização e formação da orquestra sinfónica da Funda (ONG AMEN), totalmente financiado pela Fundação BAI.

• Patrocínio da edição do livro “História da Universidade

Católica de Angola”, volumes l e ll, da autoria do Padre Apolinário Hilemusinda.

• Ainda relacionado com a atenção às manifestações literárias e musicais angolanas e internacionais, e com vista a apoiar a promoção e o aumento dos hábitos de leitura, o BAI patrocinou a 10ª edição da Feira Internacional do Livro e do Disco, um dos maiores eventos culturais do país, promovido pela ARTEVIVA, edições e eventos culturais.

• O BAI contribuiu também para o lançamento de uma Obra Literária da autoria de Hélder Caculo, jornalista, acreditando que iniciativas do género devem ser abraçadas, pois a literatura é de grande importância para a sociedade.

• O Banco apoiou a realização de vários espectáculos do Show do Mês, um projecto que valoriza a música e os músicos angolanos e que teve início em Janeiro de 2014, com o objectivo de criar um conceito diferente de

ARTE E CULTURA

COMPANHIA DE DANÇA

CONTEMPORÂNEA DE ANGOLA

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BAIRESPONSABILIDADE SOCIAL2016

Membros da Administração do BAI e convidados visitam exposição BAI Arte, na Academia BAI

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BAIRESPONSABILIDADE SOCIAL

ARTE E CULTURA

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shows em Luanda, distinguindo artistas de vanguarda e novos talentos, juntando no mesmo espaço várias gerações e fusões musicais, que resultam em novas experiências para a musicalidade angolana. Para apoiar o Show do Mês, o BAI associou-se à qualidade de cada espectáculo com a marca BAI Arte. Ao longo do ano, mais de 8.000 angolanos assistiram ao acender das luzes no palco do Show do Mês.

• A concessão de apoio ao Projecto Folclórico para resgate da Rebita (canção, dança e instrumentos) foi também uma realidade.

• Também enquadrado na política de Responsabilidade Social do Banco, o BAI Arte teve início há 17 anos. O Banco, ciente da sua dimensão cultural, mantém a sua aposta no apoio ao desenvolvimento das artes visuais angolanas, nas suas diversas disciplinas. Este compromisso de parceiro participativo na cultura

nacional foi reforçado com a realização de uma exposição subordinada ao tema “20 Anos, 20 obras, BAI Arte 2016”, com obras do Acervo BAI, seleccionadas pelo Professor e Artista, Sr. Jorge Gumbe, realizada de 17 a 30 de Novembro. Esta actividade, inserida nas comemorações do 20º aniversário do Banco, realizou-se na Academia BAI – Espaço Multifunções e teve um intuito educativo e de divulgação da criatividade artística de Angola.

• O BAI apoiou a construção da Casa das Artes, um

projecto independente dirigido pela cineasta Maria João Ganga, especializado na formação e educação cultural. Um espaço onde são ministradas aulas de dança, pintura, teatro, fotografia, entre outras actividades criativas. A Casa das Artes foi inaugurada dia 10 de Setembro e abriga também workshops e exposições tendo ainda um teatro para a apresentação de espectáculos, com capacidade para 270 pessoas.

O BAI APOIOU A CONSTRUÇÃO DA CASA DAS ARTES, UM PROJECTO

INDEPENDENTE DIRIGIDO PELA CINEASTA MARIA JOÃO GANGA

BAIRESPONSABILIDADE SOCIAL2016

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Artistas na inauguração da Casa das Artes

O BANCO APOIOU A REALIZAÇÃO DE VÁRIOS ESPECTÁCULOS DO SHOW DO MÊS, UM PROJECTO QUE VALORIZA A MÚSICA E OS MÚSICOS ANGOLANOS E QUE TEVE INÍCIO EM JANEIRO DE 2014 COM O OBJECTIVO DE CRIAR UM CONCEITO DIFERENTE DE SHOWS EM LUANDA

Artistas nacionais cantaram vários sucessos musicais no Show do Mês

BAIRESPONSABILIDADE SOCIAL

ARTE E CULTURA

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George Orwell

O desporto é uma guerra sem armas.

BAIRESPONSABILIDADE SOCIAL2016

0.3

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• Apoio total à atleta olímpica de judo, Antónia de Fátima Moreira ‘’FAYA’’ para a sua deslocação à Hungria em estágio de preparação (Maio, 2016), rumo ao campeonato Olímpico Rio 2016 (Brasil – Agosto, 2016).

• No âmbito do desporto, o BAI patrocinou também actividades como Basquetebol, Ciclismo, Andebol e Futebol, nomeadamente:

- Benfica Petróleos do Lubango, em Basquetebol feminino;

- Associação Nacional de Basquetebol; - Sporting Clube de Benguela; - 2º Prémio em ciclismo, Baía de Luanda.

DESPORTO

BAIRESPONSABILIDADE SOCIAL

DESPORTO

No âmbito do desporto, o BAI patrocinou também actividades como Basquetebol, Ciclismo, Andebol e Futebol

2º PRÉMIO EM CICLISMO, BAÍA DE LUANDA

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BAIRESPONSABILIDADE SOCIAL2016

Em termos de apoio ao desporto, o grande destaque vai para o patrocínio do 22º CAN de Andebol Feminino 2016, uma iniciativa de relevo para o país, onde o BAI participou como patrocinador oficial do evento. Angola sagrou-se campeã africana ao derrotar a Tunísia na final do campeonato, em Dezembro.

O BAI PARTICIPOU COMO PATROCINADOR OFICIAL DO EVENTO

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BAIRESPONSABILIDADE SOCIAL

DESPORTO

A festa da selecção Angolana após a vitória na final contra a Tunísia, com a presença de convidados especiais e representantes do Banco BAI

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248

BAIRESPONSABILIDADE SOCIAL2016

BAIRESPONSABILIDADE SOCIAL2016

0.4

Em geral, nove décimos da nossa felicidade baseiam-se exclusivamentena saúde.Arthur Schopenhauer

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BAIRESPONSABILIDADE SOCIAL

SAÚDE

No âmbito da saúde, realizámos uma doação de Vacinas contra a Febre Amarela, no Estabelecimento Prisional da Comarca de Viana, e concedemos apoio de continuidade ao Hospital Pediátrico David Bernardino, em Luanda, bem como a algumas iniciativas particulares.

SAÚDE

Doação de Vacinas contra a Febre Amarela no Estabelecimento Prisional da Comarca de Viana

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Alessandro Manzoni

Dever-se-ia pensar mais em fazer o bem do que em estar bem: e assim também se acabaria por estar melhor.

BAIRESPONSABILIDADE SOCIAL2016

0.5

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BAIRESPONSABILIDADE SOCIAL

BEM-ESTAR SOCIAL

BEM-ESTAR SOCIAL

Aldeia Osivambi

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BAIRESPONSABILIDADE SOCIAL2016

Em situação nacional de crise, o BAI assumiu uma vez mais a sua responsabilidade social, desta feita através de:

• Financiamento para a construção de 10 casas sociais para famílias carenciadas sob a égide da ONG – Associação de Profissionais e Amigos de Combate à Pobreza (APACP);

• Garantia de apoio em bens alimentares (Frescos) ao Orfanato sob gestão e acompanhamento da Associação Angolana de Crianças Abandonadas (AACA);

• Apoio Natal da Criança Doente e Desprotegida (Casa Civil da PR);

• Apoio Natalício Crianças Amigos do Quicabo;

• Apoio à iniciativa da Sra. Ana Maria Carneiro (Natal solidário crianças de Luanda);

• Apoio ao Projecto Aldeia Osivambi (Escola com cinco salas de aulas e dois gabinetes, Posto médico e uma Igreja Católica);

• Apoio à Escola S. José de Cluny (construção de raiz do complexo escolar);

• Projecto TISA (tecnologia de informação na sala de aulas).

O BAI continua igualmente a promover e a criar oportunidades em acções de apoio à sociedade civil. Neste âmbito, o BAI garantiu um conjunto de iniciativas de apoio a instituições e acções com capacidade para acrescentar valor social, tais como:

Aldeia Osivambi

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• Combater a problemática da pobreza, como um mal a combater, levou o BAI a apoiar a ALCOPA, uma associação que visa, entre outros aspectos, informar, educar e sensibilizar a população em questões que dizem respeito ao combate à pobreza;

• Esclarecer as nuances do Direito do Trabalho, no seu apoio regular a instituições. O Banco apoiou a iniciativa dos escritórios FBL Advogados que, em parceria com as Faculdades de Direito das Universidades Agostinho

Neto e Católica de Angola, materializou o 1º Congresso do Direito de Trabalho;

• Alavancar a afirmação das mulheres como empresárias, na perspectiva do apoio ao empreendedorismo. O BAI contribuiu para as Jornadas Março Mulher, apoiando a FMEA - Federação de Mulheres Empreendedoras, organização que procura dar condições às mulheres para que possam ter empresas sólidas, capazes de diversificar a economia e reduzir a pobreza.

O BAI assumiu uma vez mais a sua responsabilidade social, desta feita através do financiamento para a construção de 10 casas sociais para famílias carenciadas sob a égide da ONG – Associação de Profissionais e Amigos de Combate à Pobreza (APACP)

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BAIRESPONSABILIDADE SOCIAL

BEM-ESTAR SOCIAL

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BAIRESPONSABILIDADE SOCIAL2016

O louvor só vale pela pessoa que o atribui.

0.6

Miguel de Cervantes

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A Euromoney, prestigiada revista do sector bancário, elegeu o BAI como o Melhor Banco em Angola para o ano de 2016. Foi a quarta vez que o BAI mereceu esta distinção. O prémio foi entregue à Administração do Banco durante uma cerimónia realizada em Londres, no dia 6 de Julho do ano corrente. A solidez financeira, o dinamismo e o sentido de inovação são factores que distinguem o BAI dos seus pares no sistema bancário angolano.

• Ainda no 1º semestre, a revista britânica The Banker, publicou a lista dos 1.000 Melhores Bancos do

Mundo, na sua edição de 2016. Angola constou na lista dos 1.000 Melhores Bancos do Mundo. No sector africano, o BAI ocupa uma honrosa 22ª posição no ranking. Para efectuar a classificação, a The Banker mede indicadores como activos, rácios de solvência e liquidez e os resultados antes dos impostos como critérios de selecção.

• Na edição dos prémios Sirius 2016, uma iniciativa da Delloitte, foi atribuído ao BAI o prémio Melhor Relatório e Contas do Sector Financeiro.

MARCAS E RECONHECIMENTO

A Euromoney, prestigiada revista do sector bancário, elegeu o BAI como o Melhor Banco em Angola para o ano de 2016

Prémio Euromoney Awards for Excellence 2016

Administrador Pedro Castro e Silva a receber o prémio.

Prémio Sirius para o Melhor Relatório de Gestão e Contas

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BAIRESPONSABILIDADE SOCIAL

MARCAS E RECONHECIMENTO

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