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IMPERIAL – PRODUTOS ALIMENTARES, S.A.
RUA DE SANT’ANA • 4480-160 AZURARA • VILA DO CONDE • PORTUGAL • TEL. +351 252 240 370 • FAX +351 252 240 371 • e-mail: [email protected] • www.imperial.pt
CAPITAL SOCIAL EUR 2 500 000 • MATRIC. C.R.C. VILA DO CONDE / N.I.P.C. 500 105 359
IMPERIAL – PRODUTOS ALIMENTARES, S.A.
Relatório e Contas 31 de dezembro de 2014
1
ÍNDICE RELATÓRIO DE GESTÃO 2 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 5 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 11 CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS 43 RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO 46
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IMPERIAL – PRODUTOS ALIMENTARES, S.A.
RELATÓRIO DE GESTÃO DE 2014
Senhores Accionistas, No cumprimento das disposições legais e estatutárias, vem o Conselho de Administração submeter à vossa apreciação o Relatório de Gestão e as Contas do Exercício de 2014. Atividade da Empresa O ano de 2014 continuou a ser caracterizado pela manutenção do contexto macroeconómico adverso. A Zona Euro apresentou um crescimento ténue do PIB de 0,8%, tendo a taxa de inflação anual atingido 0,4%. Em Portugal, o cenário foi mesmo de deflação, tendo a taxa de inflação de 2014 registado um valor negativo de -0,3%, que é o valor mais baixo desde 2009, e o PIB em termos reais registou uma variação homóloga de 0,9% no 4.º trimestre. A atividade da empresa durante o exercício sofreu um forte impacto do aumento de custo das matérias-primas de cacau, o que afetou significativamente a margem bruta do ano, que passou de 51,8% em 2013 para 48,4% em 2014. Contudo, não obstante este enquadramento adverso, a Imperial prosseguiu uma estratégia que lhe permitiu, no corrente exercício, o crescimento do seu volume de negócios de 5,3% face ao ano anterior.
A Imperial continuou a reforçar a presença das suas marcas no mercado interno, tendo por base a inovação de produtos e o aumento da sua distribuição e visibilidade no ponto de venda. A Imperial manteve uma intensa atividade de investigação, desenvolvimento e inovação de produto que se traduziu no lançamento de um grande portefólio de produtos diferenciadores para diferentes segmentos do mercado e abrangendo todas as marcas da empresa. As vendas da empresa cresceram no plano internacional 6,7% relativamente ao ano transato, fruto do desenvolvimento e consolidação da comercialização das suas marcas em novos mercados geográficos, em particular, mercados emergentes e de grande dinamismo económico, estando hoje as suas marcas distribuídas em mais de 45 países. RESULTADOS A empresa atingiu um volume de negócios de 26,8 milhões de Euros, que representou um crescimento de 5,3% face ao ano anterior. O cash-flow operacional (EBITDA) foi de 3,5 milhões de Euros, tendo a margem de EBITDA atingido 13%. O endividamento remunerado apresentou um acréscimo de 11,7%, tendo os Resultados Financeiros apresentado, contudo, uma redução de 3,5%, fruto da melhoria dos custos de financiamento. A Imperial encerrou o exercício de 2014 com um resultado líquido de 1.637.451 Euros. Dando cumprimento ao nº 4 do artigo 448º do Código das Sociedades Comerciais, informa-se que o capital social da Empresa é totalmente detido pela RAR – Sociedade de Controle (Holding), S.A.
4
De acordo com o disposto no artigo 21º do Decreto-Lei nº 411/91 de 17 de Outubro, informa-se ainda que a empresa tem regularizada a sua situação com a Segurança Social. O Conselho de Administração propõe a seguinte distribuição dos resultados líquidos do exercício, no valor de 1.637.451 Euros:
a) para distribuição de resultados aos trabalhadores, o valor de 20.000 Euros;
b) para Resultados Transitados, o valor de 1.617.451.
Vila do Conde, 28 de fevereiro de 2015 O Conselho de Administração: João Alberto de Lima Martins Pereira Maria Manuela Freitas Tavares de Sousa João Miguel Geraldes da Silva Carvalho
IMPERIAL – PRODUTOS ALIMENTARES, S.A.
DEMONSTRAÇÕES DAS POSIÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013
(Montantes expressos em Euro)
ATIVO Notas 2014 2013
ATIVOS NÃO CORRENTES:
Ativos fixos tangíveis 5 11.073.216 11.420.312
Ativos intangíveis 6 1.410.896 1.410.896
Ativos por impostos diferidos 7 230.703 1.388
Outros ativos não correntes 8 1.380 -
Total de ativos não correntes 12.716.195 12.832.596
ATIVOS CORRENTES:
Inventários 9 5.743.429 5.027.294
Clientes 10 3.489.774 2.904.162
Estado e outros entes públicos 11 64.809 30.248
Outras dívidas de terceiros 12 29.507 33.741
Outros ativos correntes 13 257.117 179.016
Caixa e equivalentes de caixa 14 369.020 196.872
Total de ativos correntes 9.953.656 8.371.333
Total do ativo 22.669.851 21.203.929
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
CAPITAL PRÓPRIO:
Capital social 15 2.500.000 2.500.000
Reservas legais 15 500.000 500.000
Reservas de reavaliação 15 2.110.958 2.112.617
Outras reservas 15 898.684 898.684
Resultados transitados 373.677 736.923
Resultado líquido do exercício 1.637.451 1.517.530
Total do capital próprio 8.020.770 8.265.754
PASSIVO:
PASSIVO NÃO CORRENTE:
Credores por locações financeiras 17 99.394 105.400
Empréstimos bancários 16 2.390.599 2.280.426
Passivos por impostos diferidos 7 717.740 843.660
Total de passivos não correntes 3.207.733 3.229.486
PASSIVO CORRENTE:
Empréstimos bancários 16 3.123.808 2.904.356
Credores por locações financeiras 17 58.736 54.806
Fornecedores 19 4.033.192 3.648.395
Estado e outros entes públicos 20 355.959 589.995
Outras dívidas a terceiros 21 2.589.714 1.252.386
Outros passivos correntes 22 1.279.939 1.258.751
Total de passivos correntes 11.441.348 9.708.689
Total do capital próprio e passivo 22.669.851 21.203.929
O anexo faz parte integrante destas demonstrações financeiras.
O Técnico Oficial de Contas: Vânia Patrícia Pinto Trindade
O Conselho de Administração: João Alberto de Lima Martins Pereira, Maria Manuela Freitas Tavares de Sousa, João Miguel Geraldes da Silva Carvalho
IMPERIAL – PRODUTOS ALIMENTARES, S.A.
DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS POR NATUREZAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013
(Montantes expressos em Euro)
Notas 2014 2013
Rendimentos operacionais:
Vendas 26 26.792.531 25.446.461
Outros rendimentos operacionais 27 175.871 190.963
Total de proveitos operacionais 26.968.402 25.637.424
Gastos operacionais:
Gasto das vendas 28 14.212.309 12.455.066
Variação da produção 28 (382.714) (200.136)
Fornecimentos e serviços externos 29 5.951.020 6.277.485
Gastos com o pessoal 30 3.383.552 3.177.870
Amortizações e depreciações 5 e 6 1.074.150 1.032.244
Provisões e perdas por imparidade 113.948 66.334
Outros gastos operacionais 31 346.875 365.992
Total de gastos operacionais 24.699.140 23.174.855
Resultados operacionais 2.269.262 2.462.569
Gastos e perdas financeiras 32 417.935 436.039
Rendimentos financeiros 33 42.746 47.690
Resultado antes de impostos 1.894.073 2.074.220
Imposto sobre o rendimento 33 256.622 556.690
Resultado líquido do exercício 1.637.451 1.517.530
Resultados por ação:
Básico 0,65 0,61
Diluído 0,65 0,61
O anexo faz parte integrante destas demonstrações financeiras.
O Técnico Oficial de Contas: Vânia Patrícia Pinto Trindade
O Conselho de Administração: João Alberto de Lima Martins Pereira, Maria Manuela Freitas Tavares de Sousa, João Miguel Geraldes da Silva Carvalho
IMPERIAL – PRODUTOS ALIMENTARES, S.A.
DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS E DO OUTRO RENDIMENTO INTEGRAL PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013
(Montantes expressos em Euro)
2014 2013
Resultado líquido do período 1.637.451 1.517.530
Itens que serão reclassificados por resultados
Variação do justo valor dos instrumentos financeiros de
cobertura - -
Variação das diferenças de conversão cambial e outras - -
- -
Itens que não serão reclassificados por resultados
Variação das reservas de reavaliação 40.090 43.288
Outras variações no capital próprio - -
40.090 43.288
Rendimento reconhecido diretamente no capital próprio - -
Total dos rendimentos e gastos reconhecidos no período 1.677.541 1.560.818
O anexo faz parte integrante destas demonstrações financeiras.
O Técnico Oficial de Contas: Vânia Patrícia Pinto Trindade
O Conselho de Administração: João Alberto de Lima Martins Pereira, Maria Manuela Freitas Tavares de Sousa, João Miguel Geraldes da Silva Carvalho
IMPERIAL – PRODUTOS ALIMENTARES, S.A.
DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013
(Montantes expressos em Euro)
ATIVIDADES OPERACIONAIS: Notas 2014 2013
Recebimentos de clientes 26.512.583 24.824.268
Pagamentos a fornecedores 20.100.956 17.991.992
Pagamentos ao pessoal 3.397.466 3.177.870
Fluxos gerados pelas operações 3.014.161 3.654.406
(Pagamento)/recebimento do imposto sobre o rendimento (20.018) (692.282)
Outros recebimentos/(pagamentos) relativos à atividade operacional (284.133) (3.755)
Fluxos das atividades operacionais (1) 2.710.010 2.958.369
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO:
Recebimentos provenientes de:
Ativos fixos tangíveis 11.840 -
Juros e ganhos similares 14.884 48.121
Empréstimos concedidos 25 6.170.000 9.055.000
6.196.724 9.103.121
Pagamentos respeitantes a:
Ativos fixos tangíveis 740.930 1.392.691
Empréstimos concedidos 25 6.170.000 7.355.000
6.910.930 8.747.691
Fluxos das atividades de investimento (2) (714.206) 355.430
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO:
Recebimentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos 25 8.770.000 3.935.000
8.770.000 3.935.000
Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos 25 8.470.000 2.957.121
Amortizações de contratos de locação financeira 61.017 56.788
Juros e gastos similares 399.520 419.480
Dividendos 1.900.000 3.610.000
10.830.537 7.043.389
Fluxos das atividades de financiamento (3) (2.060.537) (3.108.389)
Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) (64.733) 205.410
Caixa e seus equivalentes no início do período 14 (176.240) (381.650)
Caixa e seus equivalentes no fim do período (240.973) (176.240)
As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.
O Técnico Oficial de Contas: Vânia Patrícia Pinto Trindade
O Conselho de Administração: João Alberto de Lima Martins Pereira, Maria Manuela Freitas Tavares de Sousa, João Miguel Geraldes da Silva Carvalho
IMPERIAL – PRODUTOS ALIMENTARES, S.A.
DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E 2013
(Montantes expressos em Euro)
Notas
Capital social
Reservas Resultados transitados
Resultado líquido
do exercício Total
Legais Reavaliação Outras
Saldo em 1 de janeiro de 2013: 2.500.000 500.000 2.806.252 2.566.155 67.184 1.935.460 10.375.051
Aplicação do resultado líquido de 2012:
Transferência para resultados transitados - - - - 1.935.460 (1.935.460) -
Transferência para outras reservas - - - 722.140 (722.140) - -
Dividendos distribuídos - - - (2.389.611) (1.280.504) - (3.670.115)
Variação nas reservas de reavaliação - - (693.635) - 736.923 - 43.288
Resultado líquido do exercício de 2013 - - - - - 1.517.530 1.517.530
Saldo em 31 de dezembro de 2013 2.500.000 500.000 2.112.617 898.684 736.923 1.517.530 8.265.754
Aplicação do resultado líquido de 2013:
Transferência para resultados transitados 15 - - - - 1.517.530 (1.517.530) -
Dividendos distribuídos 36 - - - - (1.900.000) - (1.900.000)
Variação nas reservas de reavaliação 7 e 15 - - (1.659) - 41.749 - 40.090
Outros - - - - (22.525) - (22.525)
Resultado líquido do exercício de 2014 - - - - - 1.637.451 1.637.451
Saldo em 31 de dezembro de 2014 2.500.000 500.000 2.110.958 898.684 373.677 1.637.451 8.020.770
O anexo faz parte integrante destas demonstrações financeiras.
O Técnico Oficial de Contas: Vânia Patrícia Pinto Trindade
O Conselho de Administração: João Alberto de Lima Martins Pereira, Maria Manuela Freitas Tavares de Sousa, João Miguel Geraldes da Silva Carvalho
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IMPERIAL – PRODUTOS ALIMENTARES, S.A.
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014
(Montantes expressos em Euro)
1. NOTA INTRODUTÓRIA A IMPERIAL – Produtos Alimentares, S.A. (“Empresa” ou “Imperial”) é uma sociedade anónima, com sede em Vila do Conde, constituída em 15 de dezembro de 1932 e que tem como atividade principal a produção de produtos alimentares, confeitaria, chocolates e afins e o comércio, distribuição, exportação e importação de quaisquer bens ou produtos, designadamente alimentares.
2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS As principais políticas contabilísticas adotadas na preparação das demonstrações financeiras anexas são as seguintes:
2.1. Bases de apresentação As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos registos contabilísticos da Empresas, mantidos de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”) e interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (“IFRIC”) ou pelo anterior Standing Interpretations Committee (“SIC”) em vigor em 1 janeiro de 2014 tal como adotados pela União Europeia.
2.2. Ativo fixo tangível
a) Imóveis para uso próprio Os imóveis (terrenos e edifícios) para uso próprio são registados por uma quantia revalorizada, que é o seu justo valor à data da revalorização menos qualquer subsequente depreciação acumulada e/ou perdas de imparidade acumuladas. As revalorizações são feitas periodicamente, por avaliadores imobiliários independentes, para que o montante revalorizado não difira materialmente do justo valor do respetivo imóvel. Os ajustamentos resultantes das revalorizações efetuadas aos ativos fixos tangíveis são registados por contrapartida de capital próprio. Quando um ativo fixo tangível, que foi alvo de uma revalorização positiva em exercícios subsequentes, se encontra sujeito a uma revalorização negativa, o ajustamento é registado por contrapartida de capital próprio até ao montante correspondente ao acréscimo no capital próprio resultante das revalorizações anteriores deduzido da quantia realizada através das depreciações, sendo o seu excedente registado como gasto do exercício por contrapartida de resultado líquido do período. As depreciações são imputadas numa base sistemática durante a vida útil estimada dos edifícios, enquanto os terrenos não são depreciáveis.
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b) Outros ativos fixos tangíveis
Os outros ativos fixos tangíveis adquiridas até 1 de janeiro de 2004 (data de transição para IFRS) encontram-se registadas de acordo com a nova base de custo (“deemed cost”), o qual corresponde ao custo de aquisição ou ao custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal até aquela data, deduzido das depreciações acumuladas e de perdas de imparidade. Os ativos adquiridos após aquela data encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das depreciações acumuladas e de perdas de imparidade. As depreciações são calculadas após os bens estarem em condições de serem utilizados e são imputadas numa base sistemática durante a sua vida útil que é determinada tendo em conta a utilização esperada do ativo pela Empresa, do desgaste natural esperado e da sujeição a uma previsível obsolescência técnica. As taxas de depreciação utilizadas correspondem a períodos de vida útil que variam entre (em anos):
Edifícios 1 a 40 Equipamento básico 1 a 40 Equipamento administrativo 1 a 20 Equipamento de transporte 5 a 12 Ferramentas e utensílios 1 a 14 Outros ativos fixos tangíveis 1 a 20
As despesas subsequentes de substituição de componentes de ativos fixos incorridas pela Empresa são adicionadas aos respetivos ativos tangíveis, sendo o valor líquido das componentes substituídas desses ativos abatido e registado como um gasto na rubrica de “Outros gastos operacionais”. As despesas de conservação e reparação que não aumentam a vida útil, nem resultem em benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos dos ativos fixos tangíveis, são registadas como gasto do exercício em que ocorrem. Os ativos fixos tangíveis em curso representam ativos ainda em fase de construção ou instalação, encontrando-se registadas ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade. Estes ativos são depreciados a partir do momento em que os ativos subjacentes estejam em condições de serem utilizados. As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate do ativo fixo tangível são determinados como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação/abate, sendo registados pelo valor líquido na demonstração de resultados, como “Outros ganhos operacionais” ou “Outros gastos operacionais”.
2.3. Ativo intangível O ativo intangível encontra-se registado ao custo de aquisição, deduzido das amortizações acumuladas e perdas de imparidade. O ativo intangível só é reconhecido se for provável que dele advenham benefícios económicos futuros para a Empresa, se a Empresa o puder controlar e se puder medir razoavelmente o seu valor. As despesas de investigação incorridas com novos conhecimentos técnicos são reconhecidas na demonstração de resultados quando incorridas.
14
As despesas de desenvolvimento para as quais a Empresa demonstre capacidade para completar o seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso, e para as quais seja provável que o ativo criado irá gerar benefícios económicos futuros são capitalizadas. As despesas de desenvolvimento que não cumpram com estes critérios são registadas como gasto do exercício quando incorridas. Os gastos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de software são registados como gastos na demonstração de resultados quando incorridos, exceto na situação em que estes custos estejam diretamente associados a projetos para os quais seja provável a geração de benefícios económicos futuros para a Empresa. Nestas situações estes custos são capitalizados como ativos intangíveis. As amortizações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado o qual corresponde genericamente ao período de três a quatro anos. Nos casos de marcas e patentes, com vida útil indefinida, não são calculadas amortizações, sendo o seu valor objeto de testes de imparidade numa base anual.
2.4. Ativos e passivos financeiros Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos na demonstração da posição financeira quando a Empresa se torna parte contratual do respetivo instrumento financeiro. a) Instrumentos financeiros
i) Classificação de ativos financeiros A Empresa classifica os seus ativos financeiros nas seguintes categorias:
- Ativos financeiros mensurados ao justo valor através dos resultados: geralmente enquadram-se nesta categoria apenas os derivados que não cumprem os requisitos definidos no IAS 39 para classificação como instrumentos de cobertura, como tal são classificados como ativos correntes. - Empréstimos e contas a receber: trata-se de ativos financeiros não derivados com pagamentos fixos ou determináveis e não negociados num mercado ativo. São classificados como ativos correntes, exceto se as suas maturidades excederem os doze meses após data da demonstração da posição financeira, situação na qual são classificados como ativos não correntes. A Empresa classifica nesta categoria as dívidas de clientes e as outras dívidas de terceiros (notas 10 e 12), caixa e equivalentes de caixa (nota 14).
ii) Reconhecimento e mensuração de ativos financeiros Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respetivos contratos de compra e venda, independentemente da data da liquidação financeira. Os investimentos são inicialmente reconhecidos pelo seu valor de aquisição, que é o valor pago na data de aquisição e que corresponde ao seu justo valor naquela data, acrescido das despesas com aquisição, exceto se se tratarem de ativos financeiros ao justo valor através de resultados, em que neste caso as despesas com aquisição são reconhecidas nos resultados.
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Após o reconhecimento inicial:
- Os ativos financeiros mensurados ao justo valor através dos resultados são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data da demonstração da posição financeira, sendo os ganhos ou as perdas resultantes da alteração do justo valor reconhecidas em resultados. - Os empréstimos e contas a receber são reconhecidos ao custo amortizado utilizando para o efeito o método da taxa de juro efetiva. - Os ativos financeiros disponíveis para venda são mensurados pelo seu custo, porque se tratam de investimentos não negociados num mercado ativo e em relação aos quais o justo valor não pode ser determinado com fiabilidade.
iii) Imparidade de ativos financeiros Os ativos financeiros mensurados ao custo amortizado e os ativos financeiros disponíveis para venda são avaliados quanto à sua imparidade no final de cada exercício, e apenas é registada uma perda de imparidade quando há evidência objetiva da ocorrência de um ou mais eventos passados ocorridos após a data do reconhecimento inicial que impactam diretamente o recebimento dos cash-flows futuros. O montante da perda de imparidade é dado pela diferença entre o valor contabilístico e o valor presente dos cash-flows futuros estimados, sendo que o valor do investimento e os resultados são reduzidos por esse montante.
b) Classificação de instrumentos de capital próprio e passivo financeiro
Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual independente da forma legal que assumam. Os instrumentos de capital próprio são contratos que evidenciam um interesse residual nos ativos da Empresa após dedução dos passivos.
i. Empréstimos
Os empréstimos são registados no passivo pelo “custo amortizado”. Eventuais despesas com a emissão desses empréstimos são registadas como uma dedução à dívida e reconhecidas ao longo do período de vida desses empréstimos, de acordo com a taxa de juro efetiva. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efetiva, e contabilizados na demonstração de resultados de acordo com o princípio de especialização dos exercícios. Os empréstimos encontram-se divulgados nas notas16, 21 e 25.
ii. Fornecedores e outras dívidas de terceiros Os fornecedores (nota 19) referem-se a obrigações de pagamento resultantes da compra de bens ou serviços que são adquiridos durante o decurso normal das operações de negócio. As outras dívidas de terceiros referem-se aos empréstimos obtidos de partes relacionadas divulgados na nota 25. Estes passivos são classificados como passivos correntes se o pagamento é devido até um ano, caso contrário são apresentados como passivos não correntes. As contas a pagar são reconhecidas inicialmente ao seu justo valor e subsequentemente mensuradas pelo custo amortizado utilizando o método da taxa de juro efetiva.
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c) Instrumentos financeiros derivados e contabilização de cobertura
Os derivados são reconhecidos inicialmente ao seu justo valor e mensurados a justo valor nos períodos seguintes. O reconhecimento dos ganhos e perdas do justo valor depende de como o instrumento de cobertura é designado e da natureza do instrumento coberto. O justo valor dos derivados é determinado tendo por base técnicas de avaliação, que maximizam o uso de dados observáveis (nível 2). Na maioria dos casos a Empresa designa os seus derivados como cobertura de cash-flow, uma vez que visa cobrir fundamentalmente flutuações na taxa de câmbio ou determinado risco associado a uma transação futura altamente provável (normalmente risco de flutuações de taxas de câmbio ou de cotações de matérias-primas inerente a contratos de compra já firmados). A Empresa documenta na data da contratação a relação existente entre o instrumento de cobertura e o instrumento coberto, bem como documenta nessa data e nas datas seguintes a sua análise relativamente à eficácia da relação de cobertura. O justo valor dos derivados é divulgado na nota 18. Os movimentos ocorridos na reserva de “Variação de justo valor de instrumentos financeiros” na Demonstração do Resultado Consolidado e do Outro Rendimento Integral são demonstrados na nota 18. Cobertura de cash-flow A parcela efetiva das alterações no justo valor dos derivados designados como cobertura de cash-flow é reconhecida no capital próprio divulgado na demonstração do rendimento integral. O ganho ou perda da parcela ineficaz é reconhecida imediatamente na demonstração dos resultados. Os montantes acumulados no capital próprio são reclassificados para resultados nos períodos em que o instrumento coberto afeta os resultados, ou seja, no caso concreto das estratégias de cobertura da Empresa, quando os juros de empréstimos são reconhecidos em resultados ou quando a matéria-prima é consumida, consoante o propósito da cobertura.
d) Caixa e equivalentes de caixa Os montantes incluídos na rubrica de “Caixa e equivalentes de caixa” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco de alteração de valor insignificante. Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica de “Empréstimos bancários”, na demonstração da posição financeira.
e) Compensação de ativos com passivos financeiros Ativos e passivos financeiros são apenas compensados quando existe um direito de cumprimento obrigatório para compensar as quantias reconhecidas e existe a intenção de realizar o ativo e satisfazer o passivo numa base líquida.
2.5. Locações A classificação sobre se um acordo é (ou contém) uma locação é baseada na substância e não na forma do acordo na data do início do acordo, que é a data mais antiga entre a data do acordo e a
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data do compromisso pelas partes em relação aos principais termos do acordo. O acordo é (ou contém) uma locação se o cumprimento do acordo está dependente do uso de um ativo ou ativos específicos e o acordo transmite um direito de usar o ativo, mesmo que tal não esteja explicitamente indicado no acordo. A locação por referência à data de início do acordo é classificada como financeira ou operacional. Os contratos de locação relativamente aos quais a Empresa assume substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do ativo locado são classificados como locações financeiras. Os contratos de locação financeira são registados na data do seu início como ativo e passivo pelo menor do justo valor da propriedade locada ou do valor atual das rendas de locação vincendas. As rendas são constituídas pelo custo financeiro e pela amortização do capital de modo a determinar uma taxa de juro constante sobre o passivo remanescente. Os custos financeiros são imputados aos gastos financeiros na demonstração de resultados. Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como gasto na demonstração de resultados numa base linear durante o período do contrato de locação.
2.6. Inventários As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo médio de aquisição, que inclui o preço de fatura e todas as despesas até à sua entrada em armazém, o qual é inferior ao respetivo valor de mercado. Os produtos e trabalhos em curso, subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos e produtos acabados e intermédios encontram-se valorizados ao custo de produção (inclui o custo de matérias-primas incorporadas, mão-de-obra direta e os gastos gerais de fabrico), o qual é inferior ao respetivo valor de mercado. As perdas acumuladas de imparidade para depreciação de existências refletem a diferença entre o custo de aquisição e o valor realizável líquido de mercado das existências, bem como a estimativa de perdas de imparidade por baixa rotação, obsolescência e deterioração. O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos gastos para completar a produção e dos gastos de comercialização.
2.7. Provisões As provisões são reconhecidas quando, e somente quando, a Empresa tem uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante dum evento passado e é provável que, para a resolução dessa obrigação, ocorra uma saída de recursos e que o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada demonstração da posição financeira e são ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data.
2.8. Subsídios governamentais ou de outras entidades públicas Os subsídios governamentais são reconhecidos de acordo com o seu justo valor quando existe uma garantia razoável que irão ser recebidos e que a Empresa irá cumprir com as condições exigidas para a sua concessão. Os subsídios e comparticipações recebidos a fundo perdido, para financiamento de ativos fixos tangíveis, são registados nas rubricas “Outros passivos não correntes” e “Outros passivos correntes” sendo reconhecidos na demonstração dos resultados proporcionalmente às depreciações do ativo fixo tangível subsidiado.
Os subsídios à exploração são registados como ganhos do exercício, quando obtidos, independentemente da data do seu recebimento.
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2.9. Imparidade dos ativos não correntes É efetuada uma avaliação de imparidade à data de cada demonstração da posição financeira e sempre que seja identificado um evento ou uma alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o ativo se encontra registado possa não ser recuperado. Sempre que o montante pelo qual o ativo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na demonstração de resultados na rubrica “Outros gastos operacionais”. A quantia recuperável é a mais alta entre o preço de venda líquido e o valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do ativo numa transação entre entidades independentes e conhecedoras deduzido dos gastos diretamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do ativo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada ativo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o ativo pertence. A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando existem indícios de que as perdas de imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas de imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como “Outros rendimentos operacionais”. Contudo, a reversão da perda de imparidade é efetuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda de imparidade não se tivesse registado em exercícios anteriores.
2.10. Encargos financeiros com empréstimos obtidos Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como gasto de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.
2.11. Rédito e especialização de exercícios Os ganhos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração de resultados quando os riscos e benefícios inerentes à posse dos ativos são transferidos para o comprador e o montante dos proveitos possa ser razoavelmente quantificado. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros gastos inerentes à sua concretização pelo justo valor do montante recebido ou a receber. Os juros e ganhos financeiros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios e de acordo com a taxa de juro efetiva aplicável. Os gastos e ganhos são contabilizados no exercício a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento. Os gastos e ganhos cujo valor real não seja conhecido são estimados. Nas rubricas de “Outros ativos correntes” e “Outros passivos correntes”, são registados os gastos e os ganhos imputáveis ao exercício corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em exercícios futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respeitam a exercícios futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses exercícios, pelo valor que lhes corresponde.
2.12. Imposto sobre o rendimento O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis da Empresa e considera a tributação diferida.
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O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis (os quais diferem dos resultados contabilísticos) da Empresa de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sua sede. De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais da Empresa estão sujeitas a revisão e correção por parte da Administração Tributária durante um período de quatro anos e deste modo, a situação fiscal dos anos de 2011 a 2014 poderá ainda a vir a ser sujeita a revisão e eventuais correções. O Conselho de Administração entende que eventuais correções resultantes de revisão por parte da Administração Tributária à situação fiscal e parafiscal da Empresa, em relação aos exercícios em aberto, não deverão ter um efeito significativo nas demonstrações financeiras anexas. A Empresa está integrada no grupo de sociedades dominado pela SIEL, SGPS, S.A. (acionista da RAR – Sociedade de Controle (Holding), S.A.) tributado de acordo com o Regime Especial de Tributação de Grupo de Sociedades (RETGS). Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade da demonstração da posição financeira e refletem as diferenças temporárias entre o montante dos ativos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos ativos e passivos são calculados e anualmente avaliados às taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias. Os ativos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. Na data de cada demonstração da posição financeira é efetuada uma reapreciação das diferenças subjacentes aos ativos por impostos diferidos no sentido de reconhecer ativos por impostos diferidos não registados anteriormente por não terem preenchido as condições para o seu registo e, ou, para reduzir o montante dos impostos diferidos ativos registados em função da expectativa atual da sua recuperação futura. Os impostos diferidos são registados como gasto ou ganho do exercício, exceto se resultarem de itens registados diretamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.
2.13. Classificação da demonstração da posição financeira Os ativos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um ano da data da demonstração da posição financeira são classificados, respetivamente, como ativos e passivos não correntes. Adicionalmente, pela sua natureza, os impostos diferidos ativos e as provisões para riscos e encargos são classificados como ativos e passivos não correntes.
2.14. Saldos e transações expressos em moeda estrangeira
As transações em outras divisas que não Euro, são registadas às taxas em vigor na data da transação. Em cada data da demonstração da posição financeira, os ativos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros utilizando as taxas de câmbio vigentes naquela data. Ativos e passivos não monetários registados de acordo com o seu justo valor denominado em moeda estrangeira são transpostos para Euros utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transações e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data da demonstração da posição financeira, dessas mesmas transações, são registadas como
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rendimentos e gastos na demonstração de resultados do exercício, exceto aquelas relativas a itens não monetários cuja variação de justo valor seja registada diretamente em capital próprio.
2.15. Ativos e passivos contingentes Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afetando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objeto de divulgação. Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras mas divulgados no anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro.
2.16. Eventos subsequentes Os eventos ocorridos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data da demonstração da posição financeira (“adjusting events”) são refletidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data da demonstração da posição financeira (“non adjusting events”), se materiais, são divulgados no anexo às demonstrações financeiras.
2.17. Indemnizações pela cessação por mútuo acordo de contratos de trabalho Os encargos associados a indemnizações pagas a trabalhadores pela cessação por mútuo acordo de contratos de trabalho são registados no exercício em que o respetivo acordo é concluído. Caso o acordo não seja assinado no mesmo período em que produz efeitos, é constituída uma provisão para fazer face às responsabilidades assumidas pela Empresa.
2.18. Julgamentos e estimativas
As estimativas contabilísticas mais significativas refletidas nas demonstrações financeiras nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 incluem: a) Vidas úteis do ativo fixo tangível e intangível; b) Análises de imparidade de ativos fixos tangíveis e intangíveis (nomeadamente das marcas e
patentes, com vida útil indefinida); c) Registo de ajustamentos aos valores do ativo e provisões; d) Estimativas para descontos/rappel a conceder a clientes e para devoluções de vendas.
As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram considerados nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas em resultados de forma prospetiva, conforme disposto pelo IAS 8.
3. GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO A atividade da Empresa encontra-se exposta a uma variedade de riscos financeiros, tais como o risco de mercado, o risco de crédito e o risco de liquidez. Estes riscos resultam da incerteza subjacente aos mercados financeiros, a qual se reflete na capacidade de projeção de fluxos de caixa e rendibilidades. A política de gestão dos riscos financeiros da Empresa, procura minimizar eventuais efeitos adversos decorrentes destas incertezas características dos mercados financeiros, recorrendo em determinadas situações a instrumentos derivados de cobertura.
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3.1. Risco de mercado
a) Risco de taxa de juro O risco de taxa de juro é essencialmente resultante de endividamento indexado a taxas variáveis. O endividamento da Empresa encontra-se sobretudo indexado a taxas de juro variáveis, expondo o custo da dívida a um risco de volatilidade. O impacto dessa volatilidade nos resultados e no capital próprio da Empresa não é significativo em virtude do relativo baixo nível de endividamento e da possível correlação entre o nível de taxas de juro de mercado e o crescimento económico, com este a ter efeitos positivos nos resultados operacionais da Empresa, por essa via parcialmente compensando os gastos financeiros acrescidos (“natural hedge”). A 31 de dezembro de 2014 e 2013, a Empresa apresenta um endividamento líquido de aproximadamente 5,8 milhões de Euros e 5,2 milhões de Euros, respetivamente, divididos entre empréstimos correntes e não correntes (notas 16 e 25) e caixa e equivalentes de caixa (nota 14) contratados junto de diversas instituições. Análise de sensibilidade de taxa de juro A análise de sensibilidade abaixo foi determinada com base na exposição da Empresa a variações na taxa de juro em instrumentos financeiros tendo por referência a estimativa de endividamento médio em 2014. Para os instrumentos financeiros indexados a taxas de juros variáveis, a análise foi preparada considerando-se que as alterações nas taxas de juros de mercado apenas afetam o ganho ou gasto financeiro dos mesmos. Se a taxa de juro tivesse sido 50 pontos base superior e as restantes variáveis mantidas constantes, o resultado financeiro do exercício findo em 31 de dezembro de 2014 viria diminuído em cerca de 29 milhares de Euros. b) Risco de taxa de câmbio Na sua atividade operacional, a Empresa realiza transações diversas expressas em outras moedas que não Euro. Este risco de taxa de câmbio resulta essencialmente de transações comerciais, decorrentes da compra e venda de produtos e serviços em moeda diferente da moeda funcional da Empresa. A política de gestão de risco de taxa de câmbio de transação da Empresa procura minimizar ou eliminar esse risco, contribuindo para uma menor sensibilidade dos resultados da mesma a flutuações cambiais. Sempre que possível, a Empresa procura realizar coberturas naturais dessas exposições cambiais, compensando os créditos concedidos e os créditos recebidos expressos na mesma divisa. Quando tal não é possível, recorre-se a outros instrumentos derivados de cobertura, fundamentalmente “forwards” de taxas de câmbio. Nos casos em que os instrumentos derivados de cobertura, embora contratados com o objetivo específico de cobertura dos riscos cambiais, não se enquadram nos requisitos definidos no IAS 39 para classificação como instrumentos de cobertura, as variações do justo valor afetam diretamente a demonstração dos resultados. c) Risco de preço A gestão de risco de mercado, tendo em vista a sua mitigação, é efetuada, para as matérias-primas cotadas em bolsa, como a pasta de cacau e a manteiga de cacau, através da celebração de contratos de compra a prazo para um período mínimo de meio ano das necessidades planeadas. Simultaneamente, é efetuado um acompanhamento dinâmico da
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evolução dos preços de mercado das outras matérias-primas principais, de modo a identificar a melhor oportunidade de compra. Ao nível da oferta, o risco é reduzido através da revitalização constante das principais marcas da Empresa e pela oferta de produtos inovadores e diferenciadores no mercado.
3.2. Risco de crédito
A exposição da Empresa ao risco de crédito está maioritariamente associada às contas a receber decorrentes da sua atividade operacional. O risco de crédito refere-se ao risco da contraparte incumprir com as suas obrigações contratuais, resultando uma perda para a Empresa. O risco de crédito decorrente da atividade operacional está essencialmente relacionado com dívidas de vendas realizadas e serviços prestados a clientes (nota 10). A gestão deste risco tem por objetivo garantir a efetiva cobrança dos créditos nos prazos estabelecidos sem afetar o equilíbrio financeiro da Empresa. Este risco é monitorizado numa base regular de negócio, sendo que o objetivo da gestão é (a) limitar o crédito concedido a clientes, considerando o prazo médio de recebimento de cada cliente, (b) monitorar a evolução do nível de crédito concedido, e (c) realizar análise de imparidade aos valores a receber numa base regular. A Empresa não apresenta risco de crédito significativo com algum cliente em particular, ou com algum grupo de clientes com características semelhantes, na medida em que as contas a receber estão repartidas por diversos clientes, diferentes negócios e diferentes áreas geográficas. A Empresa obtém garantias de crédito, sempre que a situação financeira do cliente assim o recomende. Para os clientes em que o risco de crédito o justifique, essas garantias consubstanciam-se em seguros de crédito e garantias bancárias. Os ajustamentos para contas a receber são calculados considerando-se (a) o perfil de risco do cliente, (b) o prazo médio de recebimento, o qual difere de negócio para negócio, e (c) a condição financeira do cliente. Os movimentos destes ajustamentos para os exercícios findos a 31 de dezembro de 2014 e 2013 encontram-se divulgados na nota 23. A 31 de dezembro de 2014 e 2013, a Empresa considera que não existe a necessidade de perdas de imparidade adicionais para além dos montantes registados naquelas datas e evidenciados, de forma resumida, na nota 23. Os montantes relativos aos ativos financeiros apresentados nas demonstrações financeiras, os quais se encontram líquidos de imparidades, representam a máxima exposição da Empresa ao risco de crédito.
3.3. Risco de liquidez
O risco de liquidez é definido como sendo o risco de falta de capacidade para liquidar ou cumprir as obrigações no prazo estipulado e a um preço razoável. A existência de liquidez implica que sejam definidos parâmetros de gestão dessa liquidez que permitam maximizar o retorno obtido e minimizar os custos de oportunidade associados à detenção dessa liquidez de forma segura e eficiente. A gestão do risco de liquidez da Empresa tem por objetivo:
- Liquidez – garantir o acesso permanente e de forma eficiente a fundos suficientes para fazer face aos pagamentos corretos nas respetivas datas de vencimento;
- Segurança – minimizar a probabilidade de incumprimento no reembolso de qualquer aplicação de fundos; e
- Eficiência financeira – garantir a minimização do custo de oportunidade da detenção de liquidez excedentária no curto prazo.
A Empresa tem como política compatibilizar os prazos de vencimento de ativos e passivos, gerindo as respetivas maturidades de forma equilibrada.
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Por política, gerindo a sua exposição ao risco liquidez, a Empresa assegura a contratação de instrumentos e facilidades de crédito de diversas naturezas e em montantes adequados à especificidade das suas necessidades, garantindo níveis confortáveis de folga de liquidez. Também por política, essas facilidades são contratadas sem envolver concessão de garantias. A informação constante neste anexo inclui os montantes em dívida não descontados e os prazos de vencimento foram determinados com base na data mais próxima em que a Empresa pode ser solicitada a liquidar aqueles passivos (“worst case scenario”), no pressuposto do cumprimento de todos os requisitos contratualmente definidos.
4. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORREÇÃO DE ERROS FUNDAMENTAIS
Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013, não se verificaram alterações significativas de políticas contabilísticas nem a necessidade de proceder à correção de erros fundamentais.
5. ATIVO FIXO TANGÍVEL Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o movimento ocorrido no valor do ativo fixo tangível, bem como nas respetivas depreciações acumuladas, foi o seguinte:
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2014
Terrenos e recursos naturais
Edifícios e outras
construções
Equipamento básico
Equipamento de
transporte
Equipamento administrativo
Ferramentas e utensílios
Outros ativos fixos tangíveis
Ativos fixos tangíveis em
curso
Adiant. por conta
ativos fixos tangíveis
Total
Ativo bruto:
Saldo inicial 1.216.000 7.087.564 18.717.457 682.043 891.418 105.502 647.382 360.110 69.061 29.776.537
Adições - 92.293 357.605 61.095 4.579 904 6.446 200.699 17.309 740.930
Alienações - - - (63.194) - - - - - (63.194)
Abates - - - - - - - - - -
Transferências - - 25.383 - - - - 36.191 (70.652) (9.078)
Saldo final 1.216.000 7.179.857 19.100.445 679.944 895.997 106.406 653.828 597.000 15.718 30.445.195
Depreciações acumuladas:
Saldo inicial - 3.971.432 12.612.366 380.602 764.289 95.658 531.878 - - 18.356.225
Depreciação do exercício - 217.988 743.461 74.953 21.175 1.785 14.788 - - 1.074.150
Alienações - - - (58.396) - - - - - (58.396)
Abates - - - - - - - - - -
Transferências - - - - - - - - - -
Saldo final - 4.189.420 13.355.827 397.159 785.464 97.443 546.666 - - 19.371.979
Valor líquido 1.216.000 2.990.437 5.744.618 282.785 110.533 8.963 107.162 597.000 15.718 11.073.216
25
2013
Terrenos e recursos naturais
Edifícios e outras
construções
Equipamento básico
Equipamento de
transporte
Equipamento administrativo
Ferramentas e utensílios
Outros ativos fixos tangíveis
Ativos fixos tangíveis em
curso
Adiant. por conta
ativos fixos tangíveis
Total
Ativo bruto:
Saldo inicial 1.216.000 6.684.910 18.354.890 677.599 901.960 101.936 639.860 49.260 - 28.626.415
Adições - 362.204 498.081 73.226 20.461 3.566 7.743 358.350 69.061 1.392.692
Alienações - - (78.157) (68.782) - - - - - (146.939)
Abates - (7.050) (57.357) - (31.003) - (221) - - (95.631)
Transferências - 47.500 - - - - - (47.500) - -
Saldo final 1.216.000 7.087.564 18.717.457 682.043 891.418 105.502 647.382 360.110 69.061 29.776.537
Depreciações acumuladas:
Saldo inicial - 3.777.601 12.029.205 374.840 770.667 93.395 517.100 - - 17.562.808
Depreciação do exercício - 200.598 715.215 74.544 24.625 2.263 14.999 - - 1.032.244
Alienações - - (78.157) (68.782) - - - - - (146.939)
Abates - (6.767) (53.897) - (31.003) - (221) - - (91.888)
Transferências - - - - - - - - - -
Saldo final - 3.971.432 12.612.366 380.602 764.289 95.658 531.878 - - 18.356.225
Valor líquido 1.216.000 3.116.132 6.105.091 301.441 127.129 9.844 115.504 360.110 69.061 11.420.312
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o valor líquido contabilístico dos bens adquiridos com o recurso a locação financeira totalizava:
31.12.14 31.12.13
Equipamento de transporte 167.377 172.080
167.377 172.080
O ativo fixo tangível em curso apresentava, em 31 de dezembro de 2014 e 2013, a seguinte composição:
31.12.14 31.12.13
Equipamento básico 597.000 360.110
597.000 360.110
Os adiantamentos para ativo fixo tangível em curso apresentavam, em 31 de dezembro de 2014 e 2013, a seguinte composição:
31.12.14 31.12.13
Equipamento básico 15.718 69.061
15.718 69.061
Em 31 de dezembro de 2014, a Empresa não tinha hipotecado ou penhorado quaisquer ativos fixos tangíveis.
6. ATIVO INTANGÍVEL Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o movimento ocorrido no ativo intangível, bem como nas respetivas amortizações acumuladas, foram os seguintes:
2014
Propriedade
industrial Software Total
Ativo Bruto:
Saldo inicial 1.475.362 4.524 1.479.886
Adições - - -
Saldo final 1.475.362 4.524 1.479.886
Amortizações acumuladas:
Saldo inicial 64.466 4.524 68.990
Amortização do exercício - - -
Saldo final 64.466 4.524 68.990
Valor líquido 1.410.896 - 1.410.896
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2013
Propriedade
industrial Software Total
Ativo Bruto:
Saldo inicial 1.475.362 4.524 1.479.886
Adições - - -
Saldo final 1.475.362 4.524 1.479.886
Amortizações acumuladas:
Saldo inicial 64.466 4.524 68.990
Amortização do exercício - - -
Saldo final 64.466 4.524 68.990
Valor líquido 1.410.896 - 1.410.896
O saldo da rubrica “Propriedade industrial” inclui gastos com direitos sobre marcas de produtos produzidos e/ou comercializados pela Empresa, os quais, por terem vida útil indefinida, não são amortizados, sendo o seu valor objeto de testes de imparidade numa base anual.
7. IMPOSTOS DIFERIDOS O detalhe dos ativos e passivos por impostos diferidos em 31 de dezembro de 2014 e 2013, de acordo com as diferenças temporárias que os geraram, é o seguinte:
Impostos diferidos ativos Impostos diferidos passivos
2014 2013 2014 2013
Diferença na base tributável do ativo fixo 733 1.388 (448.827) (341.313)
Reavaliações do ativo fixo reintegrável - - (268.913) (502.347)
SIFIDE 194.970 - - -
Outras diferenças temporárias – SIFIDE 35.000 - - -
230.703 1.388 (717.740) (843.660)
O movimento ocorrido nos ativos e passivos por impostos diferidos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 foi como segue:
Impostos diferidos ativos Impostos diferidos passivos
2014 2013 2014 2013
Saldo inicial 1.388 2.433 (843.660) (984.791)
Efeito em resultados (nota 33):
Diferença na base tributável do ativo fixo (655) (1.045) 72.399 84.748
Reavaliações do ativo fixo reintegrável - - 13.431 13.094
SIFIDE 194.970 - - -
Perdas de imparidade 35.000
Sub-total 229.315 (1.045) 85.830 97.842
Efeito em capital:
Variação da taxa – reav.de ativos fixos - - 40.090 43.289
- - 40.090 43.289
Saldo final 230.703 1.388 717.740 (843.660)
28
8. OUTROS ATIVOS NÃO CORRENTES
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 esta rubrica tinha a seguinte composição:
31.12.14 31.12.13
Fundo de compensação de trabalho 1.380 -
1.380 -
9. INVENTÁRIOS
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 estas rubricas tinham a seguinte composição:
31.12.14 31.12.13
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 2.157.111 1.798.632
Mercadorias 197.644 233.699
Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos 53.271 40.942
Produtos acabados e intermédios 3.421.776 3.002.142
5.829.802 5.075.415
Perdas de imparidade acumuladas em produtos acabados (nota 23)
(86.373) (48.121)
5.743.429 5.027.294
10. CLIENTES Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Clientes” tinha a seguinte composição:
31.12.14 31.12.13
Clientes, conta corrente 3.592.703 2.911.349
Clientes de cobrança duvidosa 585.673 567.416
4.178.376 3.478.765
Perdas de imparidade acumuladas em clientes (nota 23) (688.602) (574.603)
3.489.774 2.904.162
A exposição da Empresa ao risco de crédito é atribuível, às contas a receber da sua atividade operacional. Os montantes apresentados na demonstração da posição financeira encontram-se líquidos das perdas acumuladas por imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas pela Empresa de acordo com a sua experiência e com base na sua avaliação da conjuntura e envolvente económica. Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 a antiguidade das contas a receber de clientes é como segue:
31.12.14 31.12.13
Saldo não vencido 3.346.152 2.279.019
Saldo vencido
Entre 0 e 90 dias - 420.080
Entre 90 e 180 dias 41.356 90.649
Há mais de 180 dias 102.266 114.414
3.489.774 2.904.162
29
11. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS (ATIVO) Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, a rubrica “Estado e outros entes públicos” tinha a seguinte composição:
31.12.14 31.12.13
Estado e outros entes públicos:
Imposto sobre o valor acrescentado 64.809 30.092
Outros - 156
64.809 30.248
12. OUTRAS DÍVIDAS DE TERCEIROS Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, a rubrica “Outras dívidas de terceiros” tinha a seguinte composição:
31.12.14 31.12.13
Outras dívidas de terceiros:
Outros devedores 27.887 26.299
Adiantamentos a fornecedores 1.620 7.037
Empresas do Grupo (nota 25) - 405
29.507 33.741
O Conselho de Administração entende que o valor contabilístico das contas a receber é próximo do seu justo valor. Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 a antiguidade destes saldos é como segue:
31.12.14 31.12.13
Saldo não vencido 23.969 607
Saldo vencido
Entre 0 e 90 dias 3.001 28.398
Entre 90 e 180 dias 445 169
Há mais de 180 dias 2.092 4.567
29.507 33.741
13. OUTROS ATIVOS CORRENTES Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 esta rubrica tinha a seguinte composição:
31.12.14 31.12.13
Seguros pagos antecipadamente 21.511 14.840
Despesas com eventos a realizar 31.246 48.932
Outros gastos diferidos 204.360 115.244
257.117 179.016
30
14. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 o detalhe de caixa e seus equivalentes era o seguinte:
31.12.14 31.12.13
Numerário 1.361 1.248
Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 367.659 195.624
Caixa e equivalentes de caixa 369.020 196.872
Descobertos bancários (nota 16) (609.993) (373.112)
(240.973) (176.240)
A rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende os valores de caixa, depósitos imediatamente mobilizáveis, aplicações de tesouraria e depósitos a prazo com vencimento a menos de três meses, e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante. Em descobertos bancários estão registados os saldos credores de contas correntes com instituições financeiras.
15. CAPITAL SOCIAL E RESERVAS Em 31 de dezembro de 2014, o capital social está representado por 2.500.000 ações ordinárias, integralmente subscritas e realizadas, com o valor nominal de um Euro cada uma. Em 31 de dezembro de 2014 a Empresa é integralmente detida pela RAR – Sociedade de Controle (Holding), S.A.. A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital social. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Empresa, podendo ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas ou incorporada no capital. A rubrica “Reservas de reavaliação” resulta da reavaliação do ativo fixo tangível efetuada nos termos da legislação aplicável e no âmbito das revalorizações do ativo efetuadas a partir do final do exercício de 2002, líquida do correspondente passivo por imposto diferido (nota 7). De acordo com a legislação vigente em Portugal, as reservas resultantes de reavaliações legais não são distribuíveis aos acionistas podendo apenas, em determinadas circunstâncias, ser utilizadas em futuros aumentos de capital da Empresa ou em outras situações especificadas na legislação. Em 2014, foi transferido para resultados transitados o valor de 41.749 Euros, correspondente à parcela da reserva de reavaliação realizada. Nos termos do Decreto-Lei nº 23/2004, de 23 de janeiro, a Empresa procedeu no exercício de 2005 à dedução ao imposto sobre o rendimento declarado relativo ao exercício de 2004 de uma reserva fiscal ao investimento no montante de 82.655 Euros, correspondente a 20% da coleta apurada naquele exercício. Visando o cumprimento do previsto no Artigo 9º do supra-mencionado Decreto-Lei, foi constituída uma reserva especial no montante correspondente à dedução acima mencionada incluída na rubrica “Outras reservas”. De acordo com o número dois do artigo 9º do Decreto-Lei nº 23/2004, de 23 de janeiro, esta reserva especial não pode ser utilizada para distribuição aos acionistas antes do fim do quinto exercício posterior ao da sua constituição, sem prejuízo dos demais requisitos legais.
31
16. EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 os empréstimos bancários obtidos tinham o seguinte detalhe:
31.12.14 31.12.13
Montante utilizado Montante utilizado
Entidade financiadora
Limite Corrente Não
corrente Limite Corrente
Não corrente
API – BCP SI Inovação 351.577 148.675 202.903 958.515 32.570 925.945
API – BCP SI Inovação 935.396 65.140 870.256 500.251 148.674 351.577
API – BCP SI Inovação 313.563 - 313.563 - - -
BIC 300.000 300.000 - 500.000 300.000 -
Caixa Agrícola - - - 1.000.000 50.000 -
513.815 1.386.722 531.244 1.277.522
Descobertos bancários (nota 14)
609.993 - 373.112 -
1.123.808 1.386.722 904.356 1.277.522
Em 31 de dezembro de 2014, os empréstimos bancários tinham o seguinte plano de reembolso e pagamento de juros previsto:
31.12.2014
2014
Amortização 300.000
Juros 82
300.082
Emissão
Valor nominal da emissão
2014
Corrente
Não corrente
Juros e comissões
Valor nominal 6.000.000 2.000.000 1.000.000 3.877
Emissão
Valor nominal da emissão
2013
Corrente
Não corrente
Juros e comissões
Valor nominal 5.000.000 2.000.000 1.000.000 2.904
O saldo das emissões de papel comercial, classificado no passivo não corrente em 31 de dezembro de 2014 está subjacente a um programa de emissão de papel comercial, no montante de 1.000.000 Euros, com validade até 5 de janeiro de 2015. De acordo com as condições do contrato, as emissões podem ser efetuadas até um ano, até ao limite do montante contratado, tendo as instituições financeiras assumido a garantia de colocação integral de cada emissão a efetuar no âmbito do referido contrato de programa. É intenção do Conselho de Administração utilizar os programas acima referidos num período superior a doze meses. Em 31 de dezembro de 2014, os programas de papel comercial tinham o seguinte plano de reembolso previsto e pagamento de juros previsto:
31.12.2014
2015
Amortização 2.000.000
Juros 1.564
2.001.564
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17. CREDORES POR LOCAÇÕES FINANCEIRAS
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 esta rubrica tinha a seguinte composição:
Pagamentos mínimos da locação financeira
Valor presente dos
pagamentos mínimos da locação financeira
31.12.14 31.12.13 31.12.14 31.12.13
Montantes a pagar por locações financeiras:
2014 - 60.973 - 54.806
2015 63.277 54.607 58.736 50.814
2016 34.808 23.750 31.959 21.706
2017 34.088 22.311 32.394 21.206
2018 23.666 11.896 23.083 11.674
2019 10.084 - 9.950 -
2020 2.017 - 2.008 -
167.940 173.537 158.130 160.206
Juros futuros (9.810) (13.331) - -
158.130 160.206 158.130 160.206
Componente de curto prazo (58.736) (54.806)
Credores por locações financeiras - líquidos da parcela de curto prazo 99.394 105.400
Os contratos de locação financeira vencem juros a taxas de mercado e têm períodos de vida definidos. Em 31 de dezembro de 2014, o justo valor das obrigações financeiras em contratos de locação financeira corresponde, aproximadamente, ao seu valor contabilístico. As obrigações financeiras por locações são garantidas pela reserva de propriedade dos bens locados (equipamento de transporte). No quadro acima entende-se que a diferença entre os pagamentos mínimos da locação financeira (somatório das rendas futuras) e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação financeira (somatório das rendas futuras excluindo o montante de juros) corresponde ao valor de juros a pagar. Os contratos de locação financeira respeitam a equipamento de transporte.
18. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS Derivados de taxa de câmbio A Empresa utilizou, durante os exercícios de 2014 e 2013, derivados de taxa de câmbio por forma a efetuar a cobertura de fluxos de caixa futuros. Desta forma, contrataram-se diversos “forwards” de taxa de câmbio de forma a gerir o risco de taxa de câmbio a que está exposta. Face à natureza e montantes destas operações e ao objetivo das mesmas, o impacto nas demonstrações financeiras não foi materialmente relevante.
33
Os contratos de cobertura de taxa de câmbio em aberto à data de 31 de dezembro de 2014 eram os seguintes:
Moeda Nocional em
moeda Vencimento
Taxa contratada
Justo valor
Dólar americano 189.890 14-01-2015 1,2141 8,50
Dólar americano 194.802 16-01-2015 1,2141 9,06
Dólar americano 7.998 14-01-2015 1,2141 0,49
Dólar americano 3.519 16-01-2015 1,2141 0,13
19. FORNECEDORES Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 esta rubrica respeitava a valores a pagar resultantes de aquisições decorrentes do curso normal das atividades da Empresa.
31.12.14 31.12.13
Fornecedores, conta corrente 3.904.487 3.530.678
Fornecedores, faturas em receção e conferência 128.705 117.717
4.033.192 3.648.395
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o Conselho de Administração entendeu que o valor contabilístico destas dívidas é aproximado ao seu justo valor. Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 a antiguidade das contas a pagar é como segue:
31.12.14 31.12.13
Até 3 meses 3.784.363 3.420.828
Entre 3 e 4 meses 167.633 187.283
Há mais de 4 meses 81.196 40.284
4.033.192 3.648.395
20. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS (PASSIVOS) Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Estado e outros entes públicos” tinha a seguinte composição:
31.12.14 31.12.13
Estado e outros entes públicos:
Imposto sobre o valor acrescentado 226.137 458.659
Contribuições para a segurança social 61.703 55.171
Retenções de imposto sobre o rendimento 63.948 71.735
Outros 4.171 4.430
355.959 589.995
34
21. OUTRAS DÍVIDAS A TERCEIROS Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 a rubrica “Outras dívidas a terceiros” tinha a seguinte composição:
31.12.14 31.12.13
Outras dívidas a terceiros:
Empresas do Grupo (nota 25) 1.555.649 657.628
Rappel concedido a clientes 338.936 338.596
Outros credores 695.129 256.162
2.589.714 1.252.386
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 a antiguidade destes saldos é como segue:
31.12.14 31.12.13
Sem vencimento 2.427.680 1.176.317
Com vencimento
Entre 0 e 90 dias 104.550 35.068
Entre 90 e 180 dias 2.089 15.983
Há mais de 180 dias 55.395 25.018
2.589.714 1.252.386
22. OUTROS PASSIVOS CORRENTES
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 esta rubrica tinha a seguinte composição:
31.12.14 31.12.13
Acréscimos de custos:
Ações de loja a pagar a clientes 189.786 212.943
Devoluções previsionais 469.408 429.985
Gastos com o pessoal 391.863 406.021
Outros gastos a pagar 228.882 209.802
1.279.939 1.258.751
23. PROVISÕES E PERDAS DE IMPARIDADE ACUMULADAS O movimento ocorrido nas provisões e nas perdas de imparidade acumuladas durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 foi o seguinte:
Rubricas
Saldo final
31.12.13 Reforço Utilização Redução
Saldo final
31.12.14
Perdas de imparidade acumuladas em produtos acabados (nota 9)
36.690 49.250 - - 85.940
Perdas de imparidade acumuladas em mercadorias (nota 9)
7.124 - - (6.692) 432
Perdas de imparidade acumuladas em matérias-primas (nota 9)
4.306 - - (4.306) -
Perdas de imparidade acumuladas em clientes (nota 10)
574.603 113.999 - - 688.602
622.723 163.249 - (10.998) 774.974
As perdas de imparidade estão deduzidas ao valor do correspondente ativo.
35
A variação das perdas de imparidade relativas a inventários está registada na rubrica de “Gasto das vendas e variação da produção” (nota 28). A diferença entre o reforço das perdas de imparidade e o valor divulgado na demonstração dos resultados (51 Euros) deve-se à recuperação de dívidas incobráveis.
24. ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES As responsabilidades por garantias prestadas, que não figuram na demonstração da posição financeira durante os exercícios de 2014 e 2013 podem ser detalhados como segue:
31.12.14 31.12.13
Por processos fiscais em curso:
Repartição de Finanças de Vila do Conde 120.034 120.034
Outros:
Direção Geral das Alfândegas 609 609
IAPMEI 329.885 125.062
450.528 245.705
A empresa tem em curso um processo fiscal relativo a liquidação do IRC e Derrama do exercício de 1996 e correspondentes juros compensatórios, no valor de 87.293,71 Euros, essencialmente decorrente da caducidade da tributação pelo lucro consolidado de 1996, cujo perímetro de consolidação incluía a Nutriger – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. (então casa-mãe) e a Imperial – Produtos Alimentares, S.A., para além de outras empresas, para o qual foi interposta impugnação judicial e foi constituída garantia bancária no valor de 120.034 Euros.
25. PARTES RELACIONADAS Os saldos e transações efetuados com entidades relacionadas durante os exercícios de 2014 e 2013 podem ser detalhados como segue:
Vendas, prestações de
serviços e outros ganhos
Compras e serviços obtidos
Transações 31.12.14 31.12.13 31.12.14 31.12.13
Acembex – Comércio e Serviços, Lda. 215 - 2.866.895 2.428.445
Centrar – Centro de Serviços de Gestão, S.A. 17 39 411.125 411.321
Colep Portugal, S.A. 5.487 6.472 327.246 325.652
COMP-RAR – Central de Compras, S.A. - - 10.481 8.517
RAR – Refinarias de Açúcar Reunidas, S.A. 275 277 1.103.534 1.511.434
RAR Imobiliária, S.A. - - 51.144 57.650
RAR – Serviços de Assistência Clínica, Lda. 246 304 89.770 88.959
RAR – Sociedade de Controle (Holding), S.A. 1.786 870 143.604 129.523
RASO – Viagens e Turismo, S.A. - - 82.684 129.802
8.026 7.962 5.086.483 5.091.303
Juros debitados Juros suportados
Transações 31.12.14 31.12.13 31.12.14 31.12.13
RAR – Sociedade de Controle (Holding), S.A. 14.350 43.789 5.384 12.658
14.350 43.789 5.384 12.658
36
Contas a receber Contas a pagar
Saldos 31.12.14 31.12.13 31.12.14 31.12.13
Acembex – Comércio e Serviços, Lda. 204 - 251.289 453.298
Centrar – Centro de Serviços de Gestão, S.A. 455 455 41.768 41.083
Colep Portugal, S.A. 1.154 - 90.750 68.792
COMP-RAR – Central de Compras, S.A. 2.274 341 - -
RAR – Refinarias de Açúcar Reunidas, S.A. 319 414 89.802 -
RAR Imobiliária, S.A. - - - 6.061
RAR – Serviços de Assistência Clínica, Lda. 393 375 29.630 27.750
RAR – Sociedade de Controle (Holding), S.A. 229 1.111 44.153 40.846
RASO – Viagens e Turismo, S.A. - - 13.205 22.780
5.028 2.696 560.597 660.610
Outras dívidas
a receber Outras dívidas
a pagar
Saldos 31.12.14 31.12.13 31.12.14 31.12.13
RAR – Sociedade de Controle (Holding), S.A. - 405 5.385 12.658
SIEL, SGPS, S.A. - - 1.250.264 644.970
- 405 1.255.649 657.628
Empréstimos obtidos: Saldo
31.12.13 Aumentos Diminuições
Saldo 31.12.14
RAR – Sociedade de Controle (Holding), S.A.
- 8.770.000 (8.470.000) 300.000
- 8.770.000 (8.470.000) 300.000
A remuneração da Administração pode ser decomposta como segue:
2014 2013
Remuneração fixa 84.000 174.000
Remuneração variável 21.000 38.462
105.000 212.462
26. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS As vendas e as prestações de serviços nos exercícios de 2014 e 2013 foram como segue:
31.12.14 31.12.13
Vendas:
Mercado interno 21.415.138 20.338.675
Mercado intracomunitário 1.124.979 881.057
Mercado externo 4.252.414 4.226.729
26.792.531 25.446.461
37
27. OUTROS RENDIMENTOS OPERACIONAIS A repartição dos outros rendimentos operacionais nos exercícios de 2014 e 2013 é a seguinte:
31.12.14 31.12.13
Rendimentos suplementares 74.836 81.221
Benefícios de penalidades contratuais 2.955 938
Ganhos na alienação de ativo fixo tangível 7.043 12.866
Subsídios ao investimento - 607
Diferenças de câmbio 22.573 4.871
Serviços de transporte 31.144 20.783
Outros 37.320 69.677
175.871 190.963
28. GASTO DAS VENDAS E VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO
2014 2013
Mercadorias Matérias-primas, subsidiárias e de
consumo Mercadorias
Matérias-primas, subsidiárias e de
consumo
Saldo inicial 233.699 1.798.632 140.856 2.182.449
Compras 1.671.767 12.862.966 1.542.181 10.640.269
Regularização de existências - - 7.440 (21.751)
Saldo final 197.644 2.157.111 233.699 1.798.632
Perdas de imparidade (nota 23) - - (5.158) 1.111
Gasto do exercício 1.707.822 12.504.487 1.451.620 11.003.446
A rubrica “Variação da produção” nos exercícios de 2014 e 2013 pode ser detalhada como segue:
2014 2013
Produtos
acabados e intermédios
Subprodutos. desp., resíduos
e refugos
Produtos acabados e intermédios
Subprodutos. desp., resíduos
e refugos
Saldo inicial 3.002.141 40.942 2.766.185 63.970
Saldo final 3.421.776 53.271 3.002.141 40.942
Perdas de imparidade (nota 23) 49.250 - 12.792 -
Variação da produção (370.385) (12.329) (223.164) 23.028
38
29. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS
A rubrica “Fornecimentos e serviços externos”, nos exercícios de 2014 e 2013 pode ser detalhada como segue:
31.12.14 31.12.13
Publicidade e propaganda 2.172.213 2.537.607
Transportes de mercadorias 928.522 790.417
Trabalhos especializados 891.884 983.015
Eletricidade 467.480 442.433
Deslocações e estadas 233.961 259.852
Outros 226.219 198.138
Comissões 217.874 207.199
Combustíveis 187.439 180.823
Conservação e reparação 173.887 168.151
Contencioso e notariado 113.707 166.190
Seguros 77.164 71.966
Limpeza, higiene e conforto 63.072 69.132
Vigilância e segurança 62.361 54.092
Rendas e alugueres 57.122 56.308
Comunicação 50.959 67.818
Material de escritório 18.744 16.724
Honorários 8.412 7.620
5.951.020 6.277.485
30. GASTOS COM O PESSOAL A repartição dos gastos com o pessoal nos exercícios de 2014 e 2013 é a seguinte:
31.12.14 31.12.13
Remunerações órgãos sociais 105.000 162.480
Remunerações do pessoal 2.442.090 2.261.111
Encargos sobre remunerações 525.254 489.291
Seguros 25.552 20.644
Encargos com saúde 122.066 132.228
Cantina 19.774 16.874
Formação 8.639 30.376
Indemnizações 18.846 35.961
Outros gastos com pessoal 116.331 28.905
3.383.552 3.177.870
Durante os exercícios de 2014 e 2013 o número médio do pessoal foi de 179 e 174, respetivamente.
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31. OUTROS GASTOS OPERACIONAIS
A rubrica “Outros gastos operacionais” nos exercícios de 2014 e 2013 pode ser detalhada como segue:
31.12.14 31.12.13
Impostos 53.352 43.498
Quotizações 11.541 10.336
Multas e penalidades 14.677 32.082
Ofertas e amostras 60.005 55.473
Diferenças de câmbio desfavoráveis 9.417 10.476
Serviços bancários 5.881 3.888
Descontos de pronto pagamento concedidos 175.909 196.739
Perdas na alienação de ativos fixos tangíveis - 282
Outros 16.093 13.218
346.875 365.992
32. RESULTADOS FINANCEIROS
Os resultados financeiros têm a seguinte composição:
31.12.14 31.12.13
Gastos e perdas:
Juros suportados:
Relativos a descobertos e empréstimos bancários 54.188 51.449
Relativos a contratos de locação financeira 6.583 6.223
Relativos a empréstimos a empresas do Grupo (nota 25) 5.385 12.658
Relativos a factoring 105.746 94.330
Relativos a papel comercial 107.143 119.769
Outros 39.232 60.548
318.277 344.977
Diferenças de câmbio desfavoráveis 13.029 7.832
Comissões factoring 36.902 34.957
Outros gastos e perdas financeiras 49.727 48.273
417.935 436.039
Resultados financeiros (375.189) (388.349)
42.746 47.690
Rendimentos:
Juros obtidos:
Relativos a operações bancárias 128 -
Relativos a empréstimos a empresas do Grupo (nota 25) 14.351 43.790
Diferenças de câmbio favoráveis 28.267 3.900
42.746 47.690
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33. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO
Os impostos sobre o rendimento reconhecidos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013 são detalhados como segue:
31.12.14 31.12.13
Imposto corrente 571.767 653.487
Imposto diferido (nota 7) (315.145) (96.797)
256.622 556.690
A reconciliação do resultado antes de imposto com o imposto do exercício é como segue:
31.12.14 31.12.13
Resultado antes de impostos 1.894.073 2.074.220
Taxa nominal de imposto 23,00% 25,00%
Imposto esperado 435.637 518.555
Diferenças permanentes 87.874 63.561
Diferença da taxa nominal de imposto
Derrama 34.142 34.927
Derrama estadual 23.284 24.854
Acerto de estimativa de imposto diferido (315.145) (96.797)
Tributação autónoma 44.398 27.697
Insuficiência de estimativa para imposto - (16.107)
Outros (53.568) -
Imposto sobre o rendimento 256.622 556.690
Diferenças permanentes Amortizações e depreciações não aceites fiscalmente 267.135 276.763
Benefícios fiscais (7.356) (7.125)
Outros 122.280 (15.395)
382.059 254.243
Taxa nominal de imposto 23,00% 25,00%
Diferenças permanentes 87.874 63.561
Pelo facto da Empresa estar integrada no grupo de sociedades dominado pela SIEL, SGPS, S.A. (acionista da RAR – Sociedade de Controle (Holding), S.A.) tributado de acordo com o Regime Especial de Tributação de Grupo de Sociedades (RETGS), registou-se em gastos no exercício de 2014, o montante de 625.334 Euros, por contrapartida de conta a pagar da SIEL, SGPS, S.A., relativamente ao seu contributo para o apuramento do lucro do grupo fiscal. (nota 25).
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34. RESULTADOS POR AÇÃO Os resultados líquidos por ação foram calculados tendo em consideração o número de ações acima apresentado mas considerando os resultados calculados como segue:
31.12.14 31.12.13
Resultado:
Resultado para efeito de cálculo do resultado líquido por ação básico (resultado líquido do exercício)
1.637.451 1.517.530
Resultado para efeito do cálculo do resultado líquido por ação diluído
1.637.451 1.517.530
Número de ações:
Número médio ponderado de ações para efeito de cálculo do resultado líquido por ação básico
2.500.000 2.500.000
Número médio ponderado de ações para efeito de cálculo do resultado líquido por ação diluído
2.500.000 2.500.000
35. EVENTOS SUBSEQUENTES
Após 31 de dezembro de 2014 não ocorreram factos relevantes para apresentação.
36. DIVIDENDOS De acordo com deliberação na Assembleia Geral de Acionistas, realizada em 22 de abril de 2014, foram distribuídos dividendos em 2014 no valor de 1.900.000 Euros, enquanto em 2013 foram distribuídos 3.610.000 Euros.
37. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para emissão em 28 de fevereiro de 2015, contudo as mesmas estão ainda sujeitas a aprovação pela Assembleia Geral de Acionistas nos termos da legislação comercial em vigor em Portugal.
38. OUTRAS INFORMAÇÕES Sistema de Incentivos Fiscais à I&D Empresarial (“SIFIDE”) A Empresa tem vindo a incorrer em despesas de Investigação e Desenvolvimento (“I&D”) as quais, no seu entendimento, são suscetíveis de serem elegíveis no âmbito do Sistema de Incentivos Fiscais em Investigação e Desenvolvimento Empresarial (“SIFIDE”), previsto na Lei n.º 40/2005, de 3 de agosto, entretanto alterada pela Lei n.º 10/2009, de 10 de março. Neste sentido, a Empresa formalizou a submissão de várias candidaturas ao referido sistema de incentivos tendo, para o efeito, apurado um montante global de despesas em atividades de I&D e um crédito fiscal estimado, expresso na tabela infra apresentada (valores expressos em Euro):
Ano Despesas I&D Crédito fiscal
2009 318.873 104.162
2010 436.079 209.752
2011 379.928 124.703
2012 411.332 135.347
2013 348.275 113.189
Por fim, no que respeita ao exercício de 2014, a Empresa encontra-se, de igual modo, a preparar uma candidatura ao sistema de incentivos supra referido, contudo, ainda não foi apurado o valor da despesa de I&D suportada, nem a estimativa do benefício fiscal correspondente. Não obstante, a Empresa prevê finalizar o processo de candidatura até à data da submissão da
42
Declaração de IRC (Modelo 22) relativa ao exercício de 2014, pelo que o valor do benefício fiscal que venha a ser solicitado deverá ser refletido nesta declaração, sendo posteriormente reportado no Anexo as Demonstrações Financeiras de 2015 Regime Fiscal de Apoio ao Investimento (“RFAI”) realizado em 2011 No exercício de 2011, a Imperial beneficiou do incentivo fiscal previsto no âmbito do RFAI, de acordo com o enquadramento previsto na Lei n.º 10/2009, de 10 de março, entretanto prorrogada para 2011, pela Lei n.º 55-A/2010, de 31 de dezembro. Neste sentido, foi apurado um montante de Euro 1.069.172,99 de despesas relevantes incorridas, com um correspondente benefício fiscal de Euro 63.768,16.
Vila do Conde, 28 de fevereiro de 2015
O Conselho de Administração: João Alberto de Lima Martins Pereira Maria Manuela Freitas Tavares de Sousa João Miguel Geraldes da Silva Carvalho
Sociedade Anónima - Capital Social 1.335.000 euros - Inscrição n.º 178 na Ordem dos Revisores Oficiais de Contas - Inscrição N.º 9011 na Comissão do Mercado de Valores MobiliáriosContribuinte N.º 505 988 283 - C. R. Comercial de Lisboa sob o mesmo número – Sede: Av. da República, 90 – 6.º - 1600-206 LisboaA member firm of Ernst & Young Global Limited
Ernst & YoungAudit & Associados - SROC, S.A.Avenida da Boavista, 36, 3º4050-112 PortoPortugal
Tel: +351 226 002 015Fax: +351 226 000 004www.ey.com
Certificação Legal das Contas
Introdução
1. Examinámos as demonstrações financeiras anexas de Imperial – Produtos Alimentares, S.A., as
quais compreendem a Demonstração da Posição Financeira em 31 de Dezembro de 2014 (que
evidencia um total de 22.669.851 Euros e um total de capital próprio de 8.020.770 Euros,
incluindo um resultado líquido de 1.637.451 Euros), a Demonstração dos Resultados por
Naturezas, a Demonstração do Rendimento Integral, a Demonstração das Alterações no Capital
Próprio e a Demonstração dos Fluxos de Caixa do exercício findo naquela data, e as Notas.
Responsabilidades
2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações
financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa,
o resultado e o rendimento integral das suas operações, as alterações no seu capital próprio e
os seus fluxos de caixa, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e
a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado.
3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente,
baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.
Âmbito
4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e Directrizes de
Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo
seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as
demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o
referido exame incluiu:
- a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações
constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em
juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação;
2
- a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua
divulgação, tendo em conta as circunstâncias;
- a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e
- a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações
financeiras.
5. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira
constante do Relatório de Gestão com as demonstrações financeiras.
6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa
opinião.
Opinião
7. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas apresentam de forma verdadeira e
apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira de Imperial –
Produtos Alimentares, S.A., em 31 de Dezembro de 2014, o resultado e o rendimento integral
das suas operações, as alterações no seu capital próprio e os seus fluxos de caixa no exercício
findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal
como adoptadas na União Europeia.
Relato sobre outros requisitos legais
8. É também nossa opinião que a informação financeira constante do Relatório de Gestão é
concordante com as demonstrações financeiras do exercício.
Porto, 17 de Março de 2015
Ernst & Young Audit & Associados – SROC, S.A.Sociedade de Revisores Oficiais de Contas (nº 178)Representada por:
Rui Manuel da Cunha Vieira (ROC nº 1154)
Sociedade Anónima - Capital Social 1.335.000 euros - Inscrição n.º 178 na Ordem dos Revisores Oficiais de Contas - Inscrição N.º 9011 na Comissão do Mercado de Valores MobiliáriosContribuinte N.º 505 988 283 - C. R. Comercial de Lisboa sob o mesmo número – Sede: Av. da República, 90 – 6.º - 1600-206 LisboaA member firm of Ernst & Young Global Limited
Ernst & YoungAudit & Associados - SROC, S.A.Avenida da Boavista, 36, 3º4050-112 PortoPortugal
Tel: +351 226 002 015Fax: +351 226 000 004www.ey.com
Relatório e Parecer do Fiscal Único
Senhores Accionistas,
Em cumprimento do disposto na alínea g) do artº. 420 do Código das Sociedades Comerciais,
compete-nos emitir o relatório anual sobre a nossa acção fiscalizadora e dar parecer sobre o Relatório
de Gestão, as Demonstrações financeiras e a proposta de aplicação de resultados apresentados pelo
Conselho de Administração de Imperial - Produtos Alimentares, S.A., referente ao exercício findo em
31 de Dezembro de 2014.
Desde a data em que fomos nomeados, acompanhámos a actividade da empresa tendo efectuado os
seguintes procedimentos:
- Verificámos, com a extensão considerada necessária, os registos contabilísticos e documentos
que lhes servem de suporte;
- Verificámos, quando julgámos conveniente, da forma que julgámos adequada e na extensão
considerada apropriada, a existência de bens ou valores pertencentes à sociedade ou por ela
recebidos em garantia, depósito ou outro título;
- Verificámos a adequacidade dos documentos de prestação de contas;
- Verificámos que as políticas contabilísticas e os critérios valorimétricos adoptados conduzem a
uma adequada apresentação do património e dos resultados da sociedade;
- Estivemos disponíveis para receber as comunicações de irregularidades provenientes dos
accionistas, colaboradores da sociedade e outros;
- Fiscalizámos a eficácia do sistema de gestão de riscos, dos sistemas de controlo interno e do
sistema de auditoria interna;
- Confirmámos que o Relatório de Gestão, a Demonstração da Posição Financeira, a Demonstração
dos Resultados por Naturezas, a Demonstração do Rendimento Integral, a Demonstração das
Alterações no Capital Próprio, a Demonstração dos Fluxos de Caixa e as Notas, satisfazem os
requisitos legais e reflectem a posição dos registos contabilísticos no final do exercício;
- Averiguámos da observância pelo cumprimento da lei e do contrato de sociedade; e
- Cumprimos as demais atribuições constantes da lei.
2
No decurso dos nossos actos de verificação e validação que efectuámos com vista ao cumprimento
das nossas obrigações de fiscalização, obtivemos do Conselho de Administração e dos Serviços as
provas e os esclarecimentos que consideramos necessários.
No âmbito do trabalho de revisão legal contas que efectuámos, foi emitida, nesta data, a
correspondente Certificação Legal das Contas, sem reservas nem ênfases.
Face ao exposto decidimos emitir o seguinte parecer:
(a) A proposta de aplicação de resultados constante do Relatório de Gestão do exercício de 2014
cumpre com os requisitos relativos à constituição da reserva legal e com os limites de distribuição
de lucros aos accionistas previstos no Código das Sociedades Comerciais;
(b) O Relatório de Gestão do exercício de 2014 satisfaz os requisitos previstos no Código nas
Sociedades Comerciais; e
(c) A Demonstração da Posição Financeira, a Demonstração dos Resultados por Naturezas, a
Demonstração do Rendimento Integral, a Demonstração das Alterações no Capital Próprio, a
Demonstração dos Fluxos de Caixa e as Notas do exercício de 2014, satisfazem os requisitos
legais e contabilísticos aplicáveis.
Porto, 17 de Março de 2015
O Fiscal Único
Ernst & Young Audit & Associados – SROC, S.A.Sociedade de Revisores Oficiais de Contas (nº178)Representada por:
Rui Manuel da Cunha Vieira (ROC nº 1154)