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Relatório e Contas Exercício de 2009 EDIA Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, S.A.

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Relatório e Contas Exercício de 2009

EDIAEmpresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, S.A.

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sine aqua árida ac misera agri cultura

Varrão

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Índice

1. MensageM do Presidente 7

2. aPresentação da edia, s.a. 11Cronologia do Empreendimento 13Caracterização das principais infra-estruturas 14Em destaque: Subsistema Ardila 16Organograma Empresarial 21Órgãos Sociais 22

3. enquadraMento 25Enquadramento Regional 25Enquadramento Macroeconómico Nacional 27Enquadramento Macroeconómico Internacional 28

4. actividades desenvolvidas 31Infra-estruturas em Exploração 31Infra-estruturas em Construção 38Projectos em curso 43Promoção, Inovação e Internacionalização 48Ambiente, Património e Ordenamento do Território 49

5. governo da sociedade 61

6. estrutura de suPorte 97Recursos Humanos 97Comunicação e Sistemas de Informação 99Documentação, Desenvolvimento e Marketing 100Divulgação e Promoção 101

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7. investiMento e financiaMento 105Investimento do Empreendimento 105Financiamento do Empreendimento 108

8. PersPectivas Para o ano de 2010 111

9. inforMações exigidas Por diPloMas legais 117

10. análise financeira 125Conta de Resultados 125Balanço 127

11. ProPosta de aPlicação de resultados 131

12. deMonstrações financeiras 133

13. certificação legal de contas 173

14. certificação de contas da auditoria externa 179

15. relatório e Parecer do conselho fiscal 183

16. declaração sobre Política de reMuneração dos MeMbros dos órgãos de adMinistração e de fiscalização, Prevista na lei 28/2009 193

siglas e abreviaturas 195

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Em 2009 verificaram-se avanços significativos na execução das infra-estruturas de rega, as quais permitirão que, decorrente da campanha de rega de 2010, esteja implementada cerca de metade da área total a irrigar pelo EFMA. O desempenho conseguido só foi possível com o envolvimento de todos e com uma elevada determinação.

Neste particular merece destaque o início da ex-ploração da distribuição de água associada aos Perímetros de Rega do Monte-Novo. De realçar ainda a entrada em funcionamento, em fase de testes, dos Blocos de Rega de Cuba-Este, Cuba- -Oeste e Vidigueira, do Perímetro de Rega do Al-vito-Pisão.

No Subsistema Alqueva, observou-se a conclusão da Empreitada de Construção do Circuito de Se-gregação de Caudais da Albufeira de Alvito, bem como da Empreitada de Construção do Circuito Hidráulico de adução à Barragem de Odivelas. Concluiu-se ainda a Empreitada de Beneficiação do Caminho Municipal 1119 – Monte Trigo/ER384, a Empreitada de Beneficiação da Estrada do Peral e a Empreitada de Beneficiação da Estrada Muni-cipal 1008 – Cuba-Trigaches.

Ainda neste Subsistema, o ano foi marcado pelo inicio de novas empreitadas, tais como: Empreita-da de Construção do 3.º Troço do Adutor Pisão- -Roxo (Ligação Penedrão-Roxo) e Barragem do

Penedrão, da Ligação Pisão-Roxo e da Empreitada de Construção de Infra-estruturas de Rega, Viária e de Drenagem do Perímetro de Rega de Alfundão e respectiva Adução.

Ainda em 2009 procedeu-se ao lançamento dos Concursos Públicos para as Empreitadas de Cons-trução dos Circuitos Hidráulicos de Segregação de Caudais das Albufeiras do Roxo e de Odivelas e dos 1.º e 2.º Troços do Adutor Pisão-Beja.

No Subsistema Ardila, concluiu-se a Empreitada de Restabelecimento da EN 386 – Trecho de In-terligação das Barragens de Brinches e Amorei-ra e Intervenção Norte-Nascente, assim como, na Rede Secundária, a conclusão das Empreitadas de Construção das Infra-estruturas de Rega, Viária e de Drenagem do Perímetro de Rega de Orada- -Amoreira e Brinches.

No ano em análise procedeu-se, ainda neste Sub-sistema, ao início de novas empreitadas tais como: Empreitada de Construção do Adutor de Pedró-gão – Margem Esquerda e Reservatório da Orada; Empreitada de Construção da Conduta Elevatória de Brinches e Reservatório de Brinches-Sul; Em-preitada de Construção dos Adutores do Enxoé, Serpa, Laje e Barragem da Laje; Empreitada de Construção da Estação Elevatória de Brinches; Empreitada de Construção da Estação Elevatória de Torre do Lóbio, Adutor de Serpa e Reserva-

1. Mensagem do Presidente

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tório Serpa-Norte; Empreitada de Construção das Infra-estruturas de Rega, Viárias e de Drenagem do Perímetro de Rega de Serpa e Empreitada de Construção das Infra-estruturas de Rega, Viárias e de Drenagem do Perímetro de Rega de Brinches--Enxoé.

Em termos de Política Ambiental, Patrimonial e de aposta nas Energias Renováveis, o ano de 2009 foi marcado pela continuidade dos trabalhos nas Empreitadas de Construção e Fornecimento dos Equipamentos de quatro Centrais Mini-Hídricas, nomeadamente, Alvito, Odivelas, Roxo e Serpa, estando a sua conclusão prevista para o início de 2010.

De igual forma foi dada continuidade a diversos projectos de execução e estudos de incidência ambiental e patrimonial para as áreas previstas de regadio ainda não implementadas. Destaque ainda para o início do Projecto das Jangadas Solares para a criação de Bosques Ripícolas de Cabeceira, que tem como finalidade proceder à instalação de bosques ripícolas na envolvente de pequenas al-bufeiras, à instalação de sistemas de rega e bom-bagem solar e à manutenção de todo o sistema durante os três primeiros anos de adaptação.

Ainda em 2009, foi comemorado o Dia Mundial da Água com a apresentação do filme “A História da Gotinha Ai Ai”, a 23 de Março, em Alqueva. O ano foi ainda marcado pela promoção de um concurso de fotografia focado nos recursos naturais “Água e Biodiversidade”, com a finalidade de comemorar o Dia Mundial da Monitorização da Água, a 18 de Outubro, e os dez anos dos “Trabalhos de Biologia no Alqueva”.

Em matéria de Sustentabilidade o ano foi ainda marcado pela distinção atribuída à EDIA com o prémio “BES Biodiversidade”, pelo trabalho de-senvolvido no Parque de Natureza de Noudar nas áreas da salvaguarda e conservação dos valores naturais e promoção da biodiversidade. Neste do-mínio foi ainda celebrado um protocolo entre a EDIA, a Rede de Turismo de Aldeia e o Pólo “Tu-rismo Terras do Grande Lago Alqueva-Alentejo”, tendo em vista fomentar no “Espaço Alqueva”, um destino de Turismo Sustentável. Como primeira iniciativa resultante deste protocolo foi realizado no Alandroal o seminário “Agenda para a Susten-tabilidade nas Terras do Grande Lago Alqueva”.

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No ano de 2009 merece destaque o processo de Internacionalização da Empresa, bem como pelo forte incremento de Políticas de Desenvolvimento. Neste particular importa salientar a presença da EDIA em diversos certames internacionais, tendo em vista a promoção do EFMA e das oportunida-des associadas, numa dupla lógica de captação e fixação de investimento, bem como da promoção externa de serviços da EDIA. Para o efeito foram desenvolvidas algumas ferramentas e serviços de apoio, tais como um “Ponto de Orientação Empre-sarial” e a plataforma “Investinalqueva”, os quais se encontram disponíveis on-line.

No âmbito das relações internacionais merece particular referência a celebração do Protocolo de cooperação empresarial entre a EDIA e a SOPIR – Sociedade de Desenvolvimento de Perímetros Irrigados que prevê, entre outras acções, a par-ceria estratégica em áreas como o planeamento e a concepção de novos aproveitamentos hidroagrí-colas, em Angola.

Ao nível organizacional, o ano foi marcado essen-cialmente pelo aumento dos Recursos Humanos da empresa, por força da calendarização prevista para o EFMA, com a antecipação da conclusão dos investimentos de 2025 para 2013.

O ano ficou ainda assinalado pela conclusão da implementação do projecto de inventariação da Documentação de arquivo e do software de Ges-tão Documental, tendo de igual forma sido adjudi-cada uma plataforma com vista ao lançamento dos concursos públicos por via electrónica.

Os resultados atingidos em 2009 consolidam o posicionamento da EDIA na estratégia de desen-volvimento da Região e do País.

O ano foi ainda marcado pela distinção atribuída à EDIA com o

prémio “BES Biodiversidade”, pelo trabalho desenvolvido no Parque de Natureza de Noudar nas áreas

da salvaguarda e conservação dos valores naturais e promoção da

biodiversidade.

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A Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, S.A. (EDIA, S.A.) foi constituída pelo Decreto-Lei N.º 32/95, de 11 de Fevereiro, tendo--lhe sido acometida a titularidade dos direitos e obrigações que anteriormente pertenciam à sua Comissão Instaladora. A criação da EDIA, S.A. teve como intuito a concepção, execução, cons-trução e exploração do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) e a promoção do de-senvolvimento económico e social da sua área de intervenção.

Com o Decreto-Lei N.º 335/2001, de 24 de De-zembro, foram, posteriormente, introduzidas al-terações no âmbito de intervenção da empresa, tendo a EDIA ficado responsável pela concepção, execução, construção e exploração das infra- -estruturas que asseguram o desenvolvimento da actividade de captação, adução e distribuição de água “em alta”, definidas como “Infra-estruturas Primárias do EFMA”.

A entrada em exploração de algumas infra-estru-turas do Empreendimento deu origem, por outro lado, a um novo ciclo na vida da empresa. Reflexo desta situação é o Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de Fevereiro, que vem confirmar a EDIA, S.A. como entidade à qual foi legalmente atribuído o exercício da gestão, exploração, manutenção e conservação das infra-estruturas que integram o

sistema primário do EFMA. Esta legislação veio, em simultâneo, clarificar alguns aspectos referen-tes à sua envolvente económica e financeira, com o objectivo de assegurar uma eficiente afectação dos recursos que garantam a sustentabilidade económica do projecto e assegurar a adequação legal do Empreendimento ao quadro regulador da gestão de recursos hídricos patente na Lei da Água – Lei N.º 58/2005, de 29 de Dezembro.

O Decreto-Lei N.º 313/2007, de 17 de Setembro, veio aprovar as bases do contrato de concessão a celebrar entre a EDIA e o Estado, tendo em vista a utilização do domínio público hídrico afecto ao EFMA para fins de rega e exploração hidroeléc-trica. Esta legislação veio firmar as bases da con-cessão acordadas entre a EDIA e o Estado, con-ferindo à EDIA a gestão e exploração do EFMA, bem como a utilização do domínio público hídrico afecto ao Empreendimento. Assim, e no âmbito da legislação que regulamenta o sector dos recursos hídricos ficou, por esta via, acometida à empre-sa a titularidade, em regime de exclusividade, dos direitos de utilização privativa do domínio público hídrico afecto ao EFMA para fins de rega e ex-ploração hidroeléctrica, em simultâneo com a res-ponsabilidade na gestão e exploração do EFMA, como entidade concessionária.

2. Apresentação da EDIA, S.A.

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Ao abrigo do disposto no Decreto-Lei N.º 313/2007, de 17 de Setembro os poderes e competências da EDIA abrangem:

A administração do referido domínio público ÔÔhídrico no âmbito da sua actividade;A atribuição dos títulos respeitantes à ÔÔcaptação de água para rega e para produção de energia eléctrica e Poderes de fiscalização da sua utilização por ÔÔterceiros, bem como a competência para a instauração, a instrução e o sancionamento dos processos de contra-ordenação nesse âmbito.

A 25 de Outubro de 2007 celebrou-se, entre a EDIA e a EDP – Gestão da Produção de Energia, S.A. um contrato de exploração das Centrais Hi-droeléctricas de Alqueva e Pedrógão e de Sub-concessão do Domínio Público Hídrico. Este do-cumento veio estabelecer os direitos de utilização privativa do domínio hídrico, potenciando a valia eléctrica do Sistema Alqueva-Pedrógão, e atribuiu à EDP a exploração das Centrais Hidroeléctricas de Alqueva e de Pedrógão durante 35 anos.

Em 2009 a EDIA, sociedade de capitais exclusiva-mente públicos, tinha como objecto social:

A utilização do domínio público hídrico afecto ÔÔao Empreendimento para fins de rega e exploração hidroeléctrica, mediante contrato de concessão celebrado nos termos da Lei N.º 58/2005, de 29 de Dezembro;A concepção, execução e construção das ÔÔinfra-estruturas que integram o sistema primário do Empreendimento, bem como a sua gestão, exploração, manutenção e conservação;A concepção, execução e construção ÔÔdas infra-estruturas que integram a rede secundária afecta ao Empreendimento, em representação do Estado, e de acordo com as instruções que lhe sejam dirigidas pelo

Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas;A promoção, desenvolvimento e prossecução ÔÔde outras actividades económicas cujo aproveitamento contribua para a melhoria das condições de utilização dos recursos afectos ao Empreendimento, designadamente a produção de cartografia e cadastro predial, a prestação de serviços de formação técnica e profissional em todos os níveis do ciclo formativo, nomeadamente na concepção, planeamento, organização, desenvolvimento, acompanhamento e avaliação de programas formativos, bem como a produção e venda de videogramas e material audiovisual.

Refira-se que a construção das redes primária e secundária de rega integradas no Empreendi-mento está dependente de prévia aprovação dos projectos por parte do Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, o qual deve acompanhar todo o respectivo processo, nos termos do regime jurídico das obras de aprovei-tamento hidroagrícola. Acresce ainda que a explo-ração da componente hidroeléctrica das infra-es-truturas integrantes do Sistema Primário do Em-preendimento é atribuída à EDIA no respeito pelos princípios subjacentes à Resolução do Conselho de Ministros N.º 169/2005, de 24 de Outubro, e aos Decretos-Lei N.º 29/2006 e N.º 172/2006, respectivamente, de 15 de Fevereiro e de 23 de Agosto.

Por último, a sociedade pode adquirir, a título ori-ginário ou derivado, participações no capital de sociedades cujo objecto esteja, directa ou indirec-tamente, relacionado com o seu, bem como, por qualquer forma, alienar ou onerar as que sejam integradas no seu património, nos termos do regi-me jurídico do sector empresarial do Estado.

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13Cronologia do Empreendimento

2009 Distribuição de Água ao Perímetro de Rega do Monte Novo Início do processo de transferência de água para a albufeira

de Alvito

2008 Projecto Alquevo 2008 Início do processo de transferência de água para a albufeira

do Monte-Novo Contrato de Exploração das Centrais Hidroeléctricas de Alqueva

e Pedrógão

2007 Contrato de Concessão do Domínio Público Hídrico Prémio Internacional “Puente de Alcântara”

2006 Inauguração do Aproveitamento Hidroeléctrico de Pedrógão Entrada em funcionamento do Sistema Adutor Álamos-Loureiro Abertura ao público do Parque de Natureza de Noudar

2005 Entrada em funcionamento do perímetro de rega da Luz

2004 Início do fornecimento de água para rega, pela Infra-estrutura 12

2003 Início da produção de energia eléctrica na Central de Alqueva, em período de ensaios

2002 Encerramento das comportas de Alqueva

2001 Alterações no âmbito de intervenção da EDIA

1998 Início das betonagens na Barragem de Alqueva

1995 Criação da EDIA, S.A.

1993 Decidida a retoma dos trabalhos

1978 Interrupção das obras

1976 Início das obras preliminares

1957 Plano de Rega do Alentejo

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Caracterização das principais infra-estruturas

O EFMA abrange as Barragens e Centrais Hidroe-léctricas de Alqueva e de Pedrógão e as Redes Pri-mária e Secundária de Rega, com os seus canais principais e secundários, estações elevatórias e reservatórios de regularização, que interligam as barragens a jusante das primeiramente enuncia-das. A conclusão da Barragem de Alqueva, sím-bolo maior do projecto, permitiu o aparecimento do maior lago artificial da Europa, materializado com o objectivo de disponibilizar água ao Alentejo e permitindo, por esta via, a rega de 110.794ha. A concretização do Empreendimento veio as-sim contribuir para o desenvolvimento da região, numa acção concertada em todos os domínios da actividade económica.

No conjunto das infra-estruturas que constituem o Empreendimento, evidenciam-se as que consti-tuem os aproveitamentos hidroeléctricos (Alqueva e Pedrógão) e os hidroagrícolas. A Rede Primária do EFMA, além de garantir a água aos aproveita-mentos hidroagrícolas, vem beneficiar e assegurar a sua disponibilidade aos Sistemas de Abasteci-mento de Água da sua área de intervenção, cujas origens de água são as albufeiras do Monte-Novo, Alvito, Roxo e Enxoé.

A zona de intervenção do Empreendimento abran-ge 20 concelhos. As principais infra-estruturas que o compõem são as seguintes:

barrageM de alquevaTipo abóbada de dupla curvatura em betão96 metros de altura máxima458 metros de coroamento

central hidroelÉctrica de alquevaTipo de pé-de-barragem260 MW de potência instalada

albufeira de alqueva4.150 hm3 de capacidade máxima3.150 hm3 de capacidade útil1.160 Km de margens83 Km de comprimento250 Km2 de superfície

barrageM de PedrógãoTipo gravidade, parte em betão convencional e parte em BCC43 metros de altura máxima473 metros de coroamento

central hidroelÉctrica de PedrógãoTipo de pé-de-barragem10 MW de potência instalada

albufeira de Pedrógão106 hm3 de capacidade máxima54 hm3 de capacidade útil118 Km de margens23 Km de comprimento da albufeira11 Km2 de superfície

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15O Sistema Global de abastecimento de água de Alqueva irá beneficiar uma área com cerca de 110.794ha. Será constituído por 21 estruturas de regularização, 49 estações elevatórias principais e secundárias e 65 barragens, reservatórios, açu-des primários e secundários. Possui 1.389Km de condutas, 10.000 hidrantes e 1.000Km de estradas e redes de drenagem.

O Sistema Global de abastecimento de água de Al-queva divide-se em três subsistemas, de acordo com as diferentes origens de água:

o subsistema de alquevaÔÔ , com origem de água na albufeira de Alqueva: beneficia as áreas a Oeste de Beja e Centro do Alentejo;

o subsistema ardilaÔÔ , com origem de água na albufeira de Pedrógão: beneficia as áreas da margem esquerda nos concelhos de Moura e Serpa e

o subsistema de PedrógãoÔÔ , com origem de água igualmente na albufeira de Pedrógão: beneficia as áreas a Este de Beja até ao rio Guadiana.

sisteMa global de rega3 Subsistemas – Alqueva, Ardila e Pedrógão110.794 hectares21 Estruturas de Regulação49 Estações Elevatórias Principais e Secundárias65 Barragens/Reservatórios/Açudes Primários e Secundários1.389 Km de Condutas10.000 Hidrantes1.000 Km de Estradas e Redes de Drenagem

outras infra-estruturas6 Centrais Mini-Hídricas 1 Central Fotovoltaica

acessibilidades 53,3 Km de estrada 4,3 Km de pontes

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Em destaque: Subsistema Ardila

objectivo

Irrigar uma área de 29.578 hectares.ÔÔ

Reforçar o abastecimento de água para ÔÔconsumo doméstico e industrial.

PrinciPais eixos adutores

ligação Pedrogão/enxoéÔÔ , abastecendo os Perímetros de Rega de Orada-Amoreira, Brinches, Brinches-Enxoé e Serpa, com uma área total de 17.083ha;Ligação Amoreira/Pias, abastecendo os ÔÔPerímetros de Rega de Caliços-Machados, Pias e Caliços-Moura com uma área de cerca de 12.495ha.

PrinciPais órgãos

7 Barragens com um volume útil global de ÔÔ40 hm3;7 Reservatórios de regularização com um ÔÔvolume útil global de 1 hm3;5 Estações elevatórias integradas no sistema ÔÔprimário com uma potência de 40Mw;9 Estações elevatórias integradas no sistema ÔÔsecundário com uma potência de 26Mw;1 Central Mini-Hídrica com a potência ÔÔinstalada de 1,5Mw;30,5 Km de condutas elevatórias;ÔÔ

8 Km de canais adutores;ÔÔ

422,4 Km de condutas de rega.ÔÔ

Ponto de situação

Ligação Pedrógão/Enxoé e Perímetros de ÔÔRega de Orada-Amoreira (já concluído), Brinches, Brinches-Enxoé e Serpa, com uma área total de 17.083ha – EM CONSTRUÇÃO (data de conclusão da Ligação Pedrogão/ /Enxoé – 2.º Trimestre de 2010);Ligação Amoreira/Pias e Perímetros de Rega ÔÔde Caliços-Machados, Pias e Caliços-Moura, com uma área de cerca de 12.495ha – EM PROJECTO (período de construção da Ligação Amoreira/Pias – Dezembro de 2010 a Outubro de 2013).

A conclusão da Barragem de Alqueva, símbolo maior

do projecto, permitiu o aparecimento do maior

lago artificial da Europa, materializado com o objectivo

de disponibilizar água ao Alentejo e permitindo, por esta

via, a rega de 110.794ha.

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17ligação Pedrógão-enxoÉ

estação elevatória de Pedrógão-MargeM esquerda

Tomada de água para a Estação Elevatória na albufeira de Pedrógão, com nível mínimo de ex-ploração à cota 79,00m e Nível de Pleno Armaze-namento (NPA) à cota 84,80m e elevação para o Reservatório da Orada com Nível de Pleno Arma-zenamento à cota 138,70m.

Conduta de adução com 4m de diâmetro;ÔÔ

19,6mÔÔ 3/s de caudal máximo;6 Grupos bomba (3 numa primeira fase);ÔÔ

16,7Mw de potência total;ÔÔ

59,70m de altura máxima de elevação.ÔÔ

conduta elevatória de Pedrógão/orada

Tubos de betão armado com alma de aço;ÔÔ

2,5m de diâmetro;ÔÔ

1 675m de comprimento;ÔÔ

47m de desnível;ÔÔ

10 bars de pressão máxima.ÔÔ

reservatório da orada

Barragem do tipo aterro homogéneo;ÔÔ

350.000mÔÔ 3 de capacidade;15m de altura máxima;ÔÔ

206m de comprimento;ÔÔ

NPA à cota 138,70m.ÔÔ

adutor de Pedrógão MargeM esquerda

Canal de adução com secção trapezoidal, compre-endendo quatro trechos de geometria distinta

1.º Troço, entre a tomada de água e a ÔÔestrutura de bifurcação, com 3.815m de comprimento, dimensionado para um caudal de 19,53m3/s;2.º Troço, entre a estrutura de bifurcação ÔÔe a Barragem da Amoreira, com 1.290m de comprimento, dimensionado para um caudal de 9,16m3/s;3.º Troço, entre a estrutura de bifurcação ÔÔe a derivação para o Reservatório de Brinches Norte, com 1.575m de comprimento, dimensionado para um caudal de 10,37m3/s e4.º Troço, entre o Reservatório de Brinches ÔÔNorte e a Barragem de Brinches, com 1.325m de comprimento, dimensionado para um caudal de 8,17m3/s.

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barrageM da aMoreira

Do tipo aterro zonado;ÔÔ

10,7hmÔÔ 3 de capacidade;24m de altura máxima;ÔÔ

729m de comprimento;ÔÔ

NPA à cota 135,00 m.ÔÔ

bloco de rega da orada-aMoreira

Estação Elevatória da Orada – 5,5 MVA;ÔÔ

Área pressão – 2.522ha;ÔÔ

Condutas – 42,4 Km;ÔÔ

Hidrantes – 138;ÔÔ

Bocas de Rega – 295;ÔÔ

Rede Drenagem – 7,0 Km;ÔÔ

Rede Viária – 26,7 Km.ÔÔ

barrageM de brinches

Do tipo aterro zonado;ÔÔ

9hmÔÔ 3 de capacidade;32m de altura máxima;ÔÔ

550m de comprimento;ÔÔ

NPA à cota 135,00m.ÔÔ

bloco de rega de brinches

Reservatório Norte – 70.000 mÔÔ 3;Estação Elevatória de Brinches Norte ÔÔ– 4,2 MVA;Estação Elevatória de Brinches Sul – 3,4 MVA;ÔÔ

Área gravítica – 746ha;ÔÔ

Área pressão – 4.717ha;ÔÔ

Condutas – 92,3 Km;ÔÔ

Hidrantes – 279;ÔÔ

Bocas de Rega – 591;ÔÔ

Rede Drenagem – 10,5 Km;ÔÔ

Rede Viária – 37,5 Km.ÔÔ

estação elevatória de brinches

Tomada de água para a Estação Elevatória na al-bufeira de Brinches, com nível mínimo de explora-ção à cota 121,25m e elevação para o Reservatório de Brinches Sul com NPA à cota 185,00m.

Conduta de adução com 2,5 m de diâmetro;ÔÔ

8,17mÔÔ 3/s de caudal máximo;6 grupos bomba;ÔÔ

7,8Mw de potência total;ÔÔ

64m de altura máxima de elevação.ÔÔ

conduta elevatória de brinches

Tubos de betão armado com alma de aço;ÔÔ

2,15m de diâmetro;ÔÔ

4.379m de comprimento;ÔÔ

63,35m de desnível;ÔÔ

16 bars de pressão máxima.ÔÔ

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19reservatório de brinches sul

Em escavação e aterro, com revestimento em ÔÔmembrana de PEAD;289.000mÔÔ 3 de capacidade útil;7,00m de altura máxima;ÔÔ

395,00m de comprimento;ÔÔ

290,00m de largura;ÔÔ

NPA à cota 185,00m.ÔÔ

adutores do enxoÉ, serPa e laje

adutor do enxoÉ

Adutor gravítico;ÔÔ

12.033m de comprimento;ÔÔ

Tubos de aço com diâmetro de 2,15m, tubos ÔÔde betão armado com alma de aço, com diâmetros de 1,60 m e tubos de ferro fundido com diâmetro de 0,60m;Caudal na secção inicial – 6,5mÔÔ 3/s;Caudal na secção extrema – 0,15mÔÔ 3/s.

adutor de serPa

Adutor gravítico;ÔÔ

1.927m de comprimento;ÔÔ

Tubos de aço de 1,40 m de diâmetro;ÔÔ

Caudal – 2,5 mÔÔ 3/s.

adutor da laje

Adutor gravítico;ÔÔ

3.757m de comprimento;ÔÔ

Tubos de betão armado com alma de aço, com ÔÔdiâmetro de 1,60m;Caudal – 2,7 mÔÔ 3/s.

barrageM de serPa

Do tipo aterro zonado;ÔÔ

10,2hmÔÔ 3 de capacidade;29m de altura máxima;ÔÔ

430m de comprimento;ÔÔ

NPA à cota 123,50m.ÔÔ

Mini – hídrica de serPa

Potência do grupo turbina – 1.500 Kw;ÔÔ

Potência do grupo bomba – 1.300 Kw;ÔÔ

Queda útil – 63m;ÔÔ

Altura de elevação – 67,50m.ÔÔ

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estação elevatória da torre do lóbio, adutor e reservatório de serPa norte

Reservatório Serpa Norte – 100.000 mÔÔ 3;Estação Elevatória da Torre do Lóbio ÔÔ– 8,1 MVA;Adutor em Aço ø 1800 – 4,02 Km.ÔÔ

bloco de rega de serPa

Reservatório Guadalupe – 600 mÔÔ 3;Estação Elevatória de Serpa – 5,2 MVA;ÔÔ

Área gravítica – 2.654ha;ÔÔ

Área pressão – 1.746ha;ÔÔ

Condutas – 68,7 Km;ÔÔ

Hidrantes – 206;ÔÔ

Bocas de Rega – 375;ÔÔ

Rede Drenagem – 18,7 Km;ÔÔ

Rede Viária – 28,8 Km.ÔÔ

barrageM da laje

Do tipo aterro zonado;ÔÔ

4,17hmÔÔ 3 de capacidade;21m de altura máxima;ÔÔ

475m de comprimento;ÔÔ

NPA à cota 177,50 m.ÔÔ

bloco de rega de brinches-enxoÉ

Reservatório Montinhos – 129.807 mÔÔ 3;Estação Elevatória da Laje – 7,35 MVA;ÔÔ

Área gravítica – 1.230ha;ÔÔ

Área pressão – 3.468ha;ÔÔ

Condutas – 53 Km;ÔÔ

Hidrantes – 85;ÔÔ

Bocas de Rega – 137;ÔÔ

Rede Drenagem – 16 Km;ÔÔ

Rede Viária – 26,5 Km.ÔÔ

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21Organograma Empresarial

Conselho de Administração

Dr. Henrique TronchoPresidenteDr. Pires de AndradeVogalEng. Hemetério MonteiroVogal

Gabinete deApoio Jurídico

Dr. Pedro AiresDirector

Gabinete deGestão de Recursos Humanos

Dr. João CruzDirector

Gabinete de Documentação, Desenvolvimento e Marketing

Dr. João MartinsDirector

Gabinete dePromoção, Inovação e Internacionalização

Eng. Filipe SantosDirector

Parque de Natureza deNoudar

Dra. Bárbara PintoDirectora

Museu da Luz

Dra. Maria JoãoLançaDirectora

Centro deCartografia

Eng. JacintoFrancoDirector

Direcção deEngenharia,Ambiente eOrdenamento doTerritório

Eng. Jorge VazquezDirector Coordenador

Direcção de Infra-estruturasPrimárias e de Energia

Eng. Morim de OliveiraDirector Coordenador

Direcção deAgricultura eDesenvolvimentoRural

Eng. Isabel GrazinaDirectora Coordenadora

Direcção de Gestãodo Património e deExpropriações

Eng. Diogo NascimentoDirector Coordenador

Direcção deAdministração eFinanças

Dra. Augusta de JesusDirectora Coordenadora

Departamento dePlaneamento eElaboração deProjectos

Eng. Jorge VazquezDirector

Departamento deAmbiente eOrdenamento doTerritório

Eng. Ana IlhéuDirectora

Departamento deConstrução deInfra-estruturasPrimárias

Eng. Lourenço da CunhaDirector

Departamento deConstrução deInfra-estruturasde Rega

Eng. Dora AmadorDirectora

Departamento deManutenção,Exploração eSegurança

Eng. João FigueiraDirector

Departamento deImpactesAmbientais ePatrimoniais

Eng. Luísa PintoDirectora

Departamento deInformaçãoGeográficae Cartografia

Eng. Duarte CarreiraDirector

Departamento deExploração deInfra-estruturasde Rega

Eng. José Carlos SaiãoDirector

Departamento deGestão doPatrimónio

Eng. Gonçalo SebastiãoDirector

Departamento deExpropriações

Eng. Maria da Cola LourençoDirectora

Departamento deGestãoAdministrativa eFinanceira

Dr. Luís CrisóstomoDirector

Departamento dePlaneamento eControlo deInvestimentos

Dr. Pedro MachadoDirector

Departamento deContabilidade

Dra. Hélia FonsecaDirectora

Departamento deSistemas deInformação

Eng. Luís EstevensDirector

Gabinete deRelaçõesPúblicas e Comunicação

Sr. Carlos SilvaDirector

Secretariado

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Órgãos Sociais

Mesa da Assembleia Geral

PRESIDENTEProfessor Doutor Carlos Alberto Martins Portas

VogaISDra. Cristina Maria Pereira Freire

Dr. Luís Miguel Ferreira Mendes Braga

Conselho de Administração

PRESIDENTEDr. Henrique António de Oliveira Troncho

VogaISDr. António Albino Pires de Andrade

Eng. Hemetério José Antunes Monteiro

Conselho Fiscal

PRESIDENTEDr. António Bernardo de Menezes e Lorena de Séves

VogaISDra. Graciete Conceição Pires Calejo Pinto

Dra. Clara Susana Pereira Silva Santos

VogaL SUPLENTEDra. Cristina Maria Vieira Sampaio

Revisor Oficial de Contas

Mazars & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A.Representada pelo Dr. Justino Mendes dos Santos Romão

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Enquadramento Regional

Ocupando cerca de um terço do território nacio-nal, a região Alentejo, situada no sul de Portugal (abrange os distritos de Évora, Beja, Portalegre e ainda quatro concelhos do distrito de Setúbal, a sul do Rio Sado: Alcácer do Sal, Grândola, Santia-go do Cacém e Sines), enquadra geograficamente o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, que compreende 20 concelhos, distribuídos pelo Alto e Baixo Alentejo.

Inserida num contexto nacional onde é reconhe-cida pela sua condição periférica face ao total do volume social e económico do país a região apre-senta, em termos de ordenamento do território, uma densidade populacional de aproximadamente 24 habitantes por Km2 (cerca de 5% da popula-ção) e povoamento concentrado, numa área com 31.551,2 Km2, que inclui cinco “sub” regiões tipifi-cadas: Alto Alentejo; Alentejo Central; Baixo Alen-tejo; Alentejo Litoral e Lezíria do Tejo.

O seu clima apresenta características mediter-râneas e continentais, com temperaturas médias anuais elevadas e precipitações fracas e predo-minantes nos meses de Inverno. É neste enqua-dramento que a agricultura, sendo o sector que apresenta menor número de empresas (cerca de

19,3%) continua, contudo, a ter um papel incontor-nável na economia alentejana, facto que se deve, sobretudo, à forte tradição agrícola existente na região.

No entanto, e apesar da maior parte da superfície alentejana se encontrar consagrada à actividade agrícola, ao longo dos últimos anos, a estrutura das actividades económicas tem vindo a sofrer modificações, apresentando o sector dos servi-ços percentagens, em termos de população em-pregada, superiores aos 50%, numa dinâmica de crescimento análoga à registada no resto do país. Os restantes 50% dividem-se pelos sectores agrí-cola e indústria.

Tal como na generalidade do país, a estrutura do tecido empresarial da região caracteriza-se por empresas de micro ou pequena dimensão, com tendência de crescimento nos últimos anos. Refira-se que o sector da indústria alimentar foi um dos que registou uma maior criação de em-presas, resultando o seu florescimento da neces-sidade de transformar muitos dos produtos agrí-colas produzidos na região.

Segundo os dados do Anuário estatístico da Re-gião Alentejo – 2008, e no que diz respeito aos Indicadores de Contas Regionais por NUTS II e actividade económica em 2006 e 2007, a região apresentava a seguinte divisão:

3. Enquadramento

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Agricultura, caça e silvicultura, pesca e ÔÔaquacultura: 8,8%;Indústria, incluindo energia: 25,6%;ÔÔ

Construção: 4,0%;ÔÔ

Comércio e reparação de veículos automóveis ÔÔe de bens de uso pessoal e doméstico, alojamento e restauração (restaurantes e similares), transportes e comunicações: 20,6%;Actividades financeiras, imobiliárias, ÔÔalugueres e serviços prestados às empresas: 13,7% eOutras actividades e serviços: 27,3%.ÔÔ

Ainda de acordo com os dados do mesmo Anuário, mas em termos de Indicadores de Contas Regio-nais por NUTS III, em 2006 e 2007, verificava-se que:

A percentagem do PIB do Alentejo face ao ÔÔtotal nacional era de 6,9% (2007);O PIB per capita, em valor, situava-se nos ÔÔ14,7 milhares de euros (2007) eA Formação Bruta de Capital Fixo, no total do ÔÔVAB, situava-se nos 26,1% (2006).

No capítulo do emprego registou-se, em 2009, um aumento do desemprego na região do Alentejo, mantendo-se a taxa regional acima da média na-cional. No 3.º trimestre de 2009 a Taxa de Desem-prego situava-se nos 10,2%, na região Alentejo, contra os 9,8% verificados a nível nacional. Nas últimas décadas a região tem sido igualmente ca-racterizada por uma perda demográfica substan-cial, essencialmente devida ao envelhecimento da população e ao êxodo rural das zonas rurais para os centros urbanos.

Possuindo uma assinalável debilidade em termos de capacidade de renovação e fixação de recur-sos humanos e com um índice de envelhecimento da população muito elevado, a região tem vindo a ganhar, ao longo dos últimos anos, condições para desenvolver uma nova dinâmica empresarial, onde a consolidação do pólo de desenvolvimento correspondente à zona de influência de Alqueva, ocupa um lugar de destaque. É neste contexto que o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, que se encontra em fase avançada de implemen-tação, com diversas infra-estruturas do sistema global de abastecimento de água já construídas e muitas outras em fase avançada de projecto, constitui, na região Alentejo, um marco de desen-volvimento incontornável, dado o impacto econó-mico e social que lhe está associado.

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27Enquadramento Macroeconómico Nacional

Num contexto caracterizado por uma conjuntura de recessão económica mundial de magnitude iné-dita na história contemporânea, com uma queda abrupta da actividade económica, das expectativas dos agentes económicos e do comércio a nível in-ternacional, em 2009 a economia portuguesa teve um desempenho fortemente condicionado pela desaceleração verificada ao nível da actividade económica internacional.

Paralelamente a este enquadramento de forte crise económica a nível mundial a economia portugue-sa continuou a revelar problemas estruturais de base, com a persistência de algumas fragilidades que condicionam a evolução produtiva dos facto-res. É neste contexto que as estimativas do Banco de Portugal (Boletim Económico, Outono de 2009) apontam para uma queda do PIB de 2,7% em 2009 esperando-se, no entanto, que esta tendência seja inferior à observada na União Europeia.

Associado à conjuntura fortemente recessiva da procura a nível global, o retraimento da procura interna deverá dar origem a que, em 2009, a taxa de variação média anual dos preços seja negati-va (-0,6% em Novembro de 2009, segundo dados do INE), Assim, e de acordo com os dados actual-mente disponíveis, a taxa de inflação, medida pela variação média anual do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor, deverá vir a situar-se em -0,9%, face aos 2,7% de 2008.

A crise actual fica igualmente patente pelo aumen-to da taxa de desemprego verificada em Portugal. De acordo com dados publicados pela EUROSTAT, em Outubro de 2009 a taxa de desemprego oficial atingiu os 10,2% enquanto que, no 3.º trimestre de 2009, era de 9,8%, de acordo com o INE. Este facto significa que, entre Setembro e Outubro de 2009, o desemprego aumentou em cerca de 20.000 efectivos.

Em termos de procura, as exportações de bens e serviços, o consumo de bens duradouros e o in-vestimento empresarial revelou uma queda acen-tuada, nomeadamente, nas variáveis mais sensí-veis à conjuntura cíclica. Refira-se, no entanto, que a partir do 2.º trimestre de 2009 as quedas verifi-cadas foram sendo progressivamente menores.

Em oposição à acentuada diminuição da poupança no sector das administrações públicas, facto que contribuiu para o aumento verificado no défice or-çamental em 2009, a taxa de poupança das famí-lias sofreu um aumento expressivo, num contexto pautado pelo, ainda que ténue, acréscimo do ren-dimento disponível em termos reais.

Por outro lado, o elevado nível de endividamen-to do sector privado não financeiro e a existência de empréstimos bancários com taxas indexadas às taxas de juro do mercado monetário, deu ori-gem a que a dinâmica da economia portuguesa em 2009 fosse também fortemente condicionada pela evolução das taxas de juro oficiais e do mercado da área euro, que registaram uma acentuada di-minuição. Observou-se, contudo, um aumento do incumprimento bancário, sobretudo nos segmen-tos de crédito ao consumo e a empresas, factos explicados, em grande medida, pela forte contrac-ção económica verificada e pelo significativo in-cremento do desemprego.

taxas de variação, em percentagem

2007 2008 2009

PIB 1,8 0,0 -2,7

Consumo Privado 1,6 1,7 -0,9

Consumo Público 0,0 0,7 2,1

FBCF 2,7 -1,3 -13,1

Procura Interna 1,6 1,1 -3,0

Exportações 7,9 -0,5 -13,1

Importações 6,1 2,7 -11,7

IHPC 2,4 2,7 -0,9

Fonte: INE e Banco de Portugal (Boletim Económico/Outono de 2009)

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Enquadramento Macroeconómico Internacional

Em 2009, e apesar da actividade económica mun-dial continuar ainda fortemente condicionada pela grave crise financeira internacional verificada, foram-se revelando indícios mais consistentes de um retorno ao crescimento, numa conjuntura pautada por taxas de inflação muito baixas, justifi-cadas por factores relacionados com a crescente capacidade produtiva disponível e por efeitos de base relacionados com os preços das matérias – primas.

A intervenção das autoridades competentes per-mitiu, no entanto, e através de políticas em muitos casos concertadas, introduzir medidas e estímu-los que possibilitaram a melhoria das expectativas dos agentes, contribuindo para que as perspecti-vas sobre a actividade económica fossem paula-tinamente melhorando, sobretudo a partir do se-gundo semestre de 2009. Assim, e num contexto em que a incerteza ainda se mantém elevada no que diz respeito à sustentabilidade do crescimento futuro, as expectativas sobre a economia mundial, encontram-se, contudo, mais optimistas.

A corroborar este facto indique-se o crescimento económico positivo registado no 2.º e no 3.º tri-mestre de 2009, na sequência da contracção ve-rificada no último trimestre de 2008 e também no 1.º trimestre de 2009. Para além da melhoria da confiança dos agentes económicos e das políticas de estímulo monetário e orçamental implemen-tadas, o regresso ao crescimento da actividade económica mundial foi também impelida pela re-cuperação sentida ao nível do comércio mundial. Estimativas recentes apontam para o seu primei-ro aumento trimestral, em torno de 4% no 3.º tri-mestre de 2009, desde o 1.º trimestre de 2008. A recuperação da indústria transformadora a nível global e um sector dos serviços que continuou a dar sinais de expansão foram outros dos factores impulsionadores do crescimento económico.

Apesar do aumento verificado nos preços do pe-tróleo ter pressionado ultimamente, ainda que de forma ligeira, as pressões inflacionistas descen-dentes, as taxas de inflação a nível mundial conti-nuaram baixas ao longo de 2009. A descida global da inflação foi condicionada, em grande medida, pela evolução anterior dos preços dos produtos energéticos. Nos países da OCDE o IPC global au-mentou 0,2%, no ano, até Outubro, após uma su-cessão de valores negativos consecutivos.

Os novos indícios de expansão da actividade mun-dial ficam também patentes pelo aumento no Índi-ce de Gestores de Compras mundial e no Índice de Produção que, no mês de Outubro de 2009, atingiu os 54,2 face aos 53,2 do mês anterior, constituindo, dessa forma, o seu nível mais eleva-do desde finais de 2007. No entanto, e apesar das melhorias verificadas a partir do 2.º semestre de 2009, os analistas alertam que a economia mun-dial continuará a estar bastante condicionada pela subsistência de condições financeiras limitativas para consumidores e empresas.

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29É neste contexto que as previsões do FMI, para o conjunto de 2009, deixam antever uma queda acentuada da actividade económica e do comér-cio internacional, com o PIB mundial a cair 1,1% em 2009, depois de um crescimento de 3,0% em

2008. No seu conjunto, também a actividade eco-nómica das economias avançadas deverá cair ex-pressivamente em relação a 2008 (3,4%, face a um aumento de 0,6% em 2008).

evolução da economia Mundialtaxas de variação, em percentagem

2008 2009

PIB

Economia Mundial 3,0 -1,1

Economias Avançadas 0,6 -3,4

Reino Unido 0,7 -4,4

Novas economias industrializadas da Ásia 1,5 -2,4

Economias de mercado emergentes e em desenvolvimento 6,0 1,7

Volume de comércio mundial de bens e serviços 3,0 -11,9

Preços no Consumidor

Economias Avançadas 3,4 0,1

Economias de mercado emergentes e em desenvolvimento 9,3 5,5

Fonte: Boletim Económico/Outono de 2009

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Infra-estruturas em Exploração

esquema 1 – infra-estruturas em exploração 1

2009 Segregação de Caudais de Alvito Ligação Loureiro-Alvito Distribuição de Água ao Perímetro de

Rega do Monte Novo

2008 Adução Albufeira Monte Novo

2007 Central Fotovoltaica de Alqueva Canal Loureiro-Monte Novo

2006 Barragem do Loureiro Canal Álamos-Loureiro Barragens dos Álamos III, II e I Central de Pedrógão Barragem de Pedrógão

2004 Estação Elevatória dos Álamos Central de Alqueva

2003 Barragem de Alqueva

1. Apesar de serem consideradas neste capítulo, algumas destas infra-estruturas, por se encontrarem em fase de en-saios, ou por investimentos subsequentes estarem em cur-so, não estão em plena exploração. Os períodos reflectem as datas das recepções provisórias.

barragens de alqueva e Pedrógão e estação elevatória dos álaMos

No decurso de 2009 o nível da albufeira de Al-queva registou variações entre a cota máxima de 150,03m, verificada a 31 de Dezembro, e a cota mínima de 147,16m registada a 07 de Janeiro. O nível médio anual situou-se à cota 148,20m. No final do ano o nível da albufeira de Alqueva registou pequenas variações tendo sido obser-vado um nível praticamente constante, a rondar a cota 147,50m, até à penúltima semana do ano, altura em que se registou uma subida acentuada do nível de armazenamento da albufeira, motivada pelo acréscimo de caudais afluentes registados nas estações hidrométricas do rio Guadiana, que traduziram os elevados índices de precipitação registados nas duas últimas semanas de 2009. Estes acontecimentos resultaram numa subida de aproximadamente de 2,5 metros em cota, que corresponderam a um incremento de cerca de 600 hectómetros cúbicos no volume armazenado. A estabilização a que se assistiu em grande par-te do 4.º trimestre de 2009 traduziu, contudo, os baixos consumos de água que foram verificados e que se deveram à exploração da Central Hidroe-léctrica de Alqueva, através da implementação de ciclos de turbinamento e bombagem, associada aos reduzidos volumes aduzidos à albufeira dos

4. Actividades desenvolvidas

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Álamos, através da operação da Estação Elevató-ria dos Álamos.

A cota registada a 31 de Dezembro de 2009 per-mitiu, neste contexto, renovar as perspectivas de conclusão do 1.º enchimento da albufeira, iniciado com o encerramento das comportas da barragem de Alqueva, a 08 de Fevereiro de 2002. A 12 de Ja-neiro de 2010, data que ficará associada à história do Empreendimento de Alqueva, foi atingido, pela primeira vez, o Nível de Pleno Armazenamento, situado à cota 152,00m, tendo sido iniciadas des-cargas controladas. O enchimento à cota máxima corresponde ao cumprimento do primeiro objec-tivo do projecto Alqueva: a constituição de uma reserva estratégica de água, com capacidade para fazer face a três anos consecutivos de seca, com garantia de disponibilidade para abastecimento público, agricultura e produção de energia.

No cumprimento do disposto nos respectivos Pla-nos de Observação prosseguiram, ao longo de todo o ano de 2009, as campanhas de leitura da apa-relhagem de observação instalada nas barragens de Alqueva e Pedrógão, concluindo-se, da sua

interpretação, a comprovação do bom comporta-mento evidenciado por estas infra-estruturas. Na Barragem de Alqueva foram ainda reactivados os procedimentos e verificações inerentes à conclu-são do 1.º enchimento da albufeira, em função da rápida evolução registada no último trimestre do ano. Em termos de exploração da albufeira de Pe-drógão, manteve-se o padrão de uma variação fre-quente das cotas de armazenamento, entre o nível de pleno armazenamento, à cota (84,80m) e o nível mínimo de exploração, situado à cota (79,00m).

Em 2009 teve igualmente continuidade a explo-ração dos equipamentos da Estação Elevatória dos Álamos registando-se, no final do ano, uma acentuada redução na exploração dos seus equi-pamentos, tendo sido interrompidos os regimes de bombagem no final do mês de Outubro, como resultado da diminuição drástica dos consumos na Rede Secundária de Rega.

Ao longo do ano decorreram também as visitas de inspecção das autoridades competentes, veri-ficando-se o bom estado dos equipamentos e o normal funcionamento destas estruturas.

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33centrais de alqueva e Pedrógão

Nos termos do Contrato de Exploração das Cen-trais Hidroeléctricas de Alqueva e Pedrógão e de Subconcessão do Domínio Público Hídrico, esta-belecido entre a EDIA, S.A. e a EDP – Gestão da Produção de Energia, S.A., prosseguiram as acti-vidades de exploração destas infra-estruturas por parte da concessionária. Ao longo de 2009 a EDIA acompanhou as actividades de exploração da EDP, em cumprimento do estabelecido no referido contrato. A construção do reforço de potência da Central de Alqueva, a desenvolver pela concessio-nária ao abrigo do contrato de concessão supra citado, teve seguimento com as actividades de es-cavação, contenção e sustimento.

No final de 2009 a EDP – Gestão da Produção de Energia, S.A. informou a EDIA relativamente à transmissão da posição contratual desta última para a Empresa Hidroeléctrica do Guadiana, S.A. Esta empresa tem por objecto a gestão dos direitos que a EDP Produção dispõe ao abrigo do Contrato de Exploração e de Subconcessão do Domínio Pú-blico Hídrico, em relação à exploração dos centros electroprodutores de Alqueva e Pedrógão e à utili-zação do domínio público que lhes está associado.

redes PriMária e secundária

Em 2009 o nível de armazenamento na albufeira dos Álamos registou algumas oscilações, motiva-das pelas diversas operações de adução de água à albufeira do Loureiro. Ao longo do ano procedeu-se ainda à transferência de água a partir da albu-feira dos Álamos para suprir as necessidades de abastecimento ao Perímetro de Rega de Monte-Novo e também para alimentação da adução de água à albufeira de Alvito, reforçando-se, desta forma, o volume armazenado para abastecimento aos Reservatórios da Rede Secundária associa-dos à Ligação Alvito-Pisão, nomeadamente, Cuba Oeste, Cuba Este e Vidigueira.

Tiveram igualmente continuidade as campanhas previstas nos Planos de Observação das Barra-gens de Álamos III, II e I e do Loureiro, sendo de realçar o bom comportamento de todas essas es-truturas de retenção.

Nas duas últimas semanas de 2009, e após a re-alização da visita de inspecção prévia ao primeiro enchimento das barragens de Amoreira, Brinches, Serpa e Vale de Carro (Segregação de Caudais de Alvito), teve seguimento o 1.º enchimento das res-pectivas albufeiras, registando-se um incremento significativo nos seus níveis de armazenamento.

Das actividades realizadas em 2009, destaca-se ainda a conclusão dos trabalhos de montagem e comissionamento do Sistema de Observação Sís-mica das Barragens de Alqueva e Pedrógão e do Fornecimento de Equipamentos de Telegestão e Televigilância para as Ligações Álamos-Loureiro, Loureiro-Monte Novo e Loureiro-Alvito. Registe--se, neste particular, o funcionamento dos equi-pamentos de telegestão e de televigilância ao ser-viço da exploração das infra-estruturas da Rede Primária da EDIA, com uma assinalável economia de recursos proporcionada pela operação remota dos diversos órgãos de exploração. Prosseguiram também, neste âmbito, as actividades relaciona-

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das com a manutenção e conservação das infra-estruturas da Rede Primária da EDIA, em parti-cular dos seus equipamentos. Em 2009 indicam-se igualmente as actividades desenvolvidas nos canais Álamos-Loureiro, Loureiro-Monte Novo e Alvito-Pisão, como forma de preparar as campa-nhas de adução de água a realizar a partir do início da Primavera.

Referência, por fim, para a entrada em exploração do perímetro de rega do Monte Novo, integrado no Subsistema de Alqueva, que possui uma área de regadio de 7.714ha e inclui 4 blocos, no âmbito da qual foi constituída uma Associação de Regantes. Cabe também ao Estado Português, sob proposta do Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, aprovar o respectivo tarifário a cobrar pela EDIA. Dos 7.714ha equipados foram inscritos 2.870ha, que registaram um consumo de água de cerca de 10.684.177m3. Como cultu-ras predominantes refira-se o olival, com 50% da área, sendo o remanescente ocupado pela vinha, pastagem e milho.

central fotovoltaica de alqueva

No decurso de 2009 prosseguiu a exploração da Central Fotovoltaica de Alqueva, tendo-se regista-do uma média mensal de produção de 5.315 kWh e uma produção total de 63.775 kWh.

albufeiras do efMa – gestão e exPloração de recursos naturais

No âmbito da avaliação das Fontes de Poluição na Área de Influência do Sistema Alqueva foi conclu-ído, em 2009, o estudo referente ao “Levantamen-to das Fontes de Poluição Localizadas na Bacia Hidrográfica da Barragem de Alvito” e entregue a

respectiva base de dados e tiveram inicio os tra-balhos de “Quantificação de Cargas Afluentes às Linhas de Água situadas na Bacia Hidrográfica do Rio Degebe” e de “Quantificação das Cargas Po-luentes Afluentes às albufeiras de Brinches, Ser-pa, Amoreira, Alvito e Pisão”.

No âmbito da colaboração Luso-Espanhola no ano de 2009, teve seguimento o acompanhamento do “Estudo das Condições Ambientais no Estuário do Rio Guadiana e Zonas Adjacentes – Conclusões Operacionais – Fevereiro de 2005”. Continuou também a participação da EDIA na actividade da CADC, nomeadamente, no que respeita às acti-vidades do Grupo de Trabalho ad-hoc sobre as questões relacionadas com o rio Guadiana.

Procedeu-se, por outro lado, ao acompanhamento do cumprimento das medidas referentes ao re-gime de manutenção dos caudais ecológicos de infra-estruturas da Rede Primária do EFMA em fase de exploração (infra-estruturas do Sistema dos Álamos, Loureiro e Reservatório R4 do Bloco do Monte Novo).

Decorreu simultaneamente a manutenção regular da sinalização de segurança junto às barragens de Alqueva, Pedrógão e Captação dos Álamos, ini-ciada no mês de Fevereiro. No final de 2009 teve ainda lugar o procedimento de ajuste directo para a sinalização dos acessos, margens e planos de água das seguintes infra-estruturas:

Barragens dos Álamos I, II e III;ÔÔ

Barragem do Loureiro;ÔÔ

Barragem do Pisão;ÔÔ

Barragem da Amoreira;ÔÔ

Barragem de Brinches eÔÔ

Barragem de Serpa.ÔÔ

Neste processo foi ainda incluída a execução de placas de interdição de entrada na área vedada dos canais da rede primária de distribuição de água do EFMA.

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No âmbito da beneficiação do coberto vegetal na envolvente das albufeiras de Alqueva e de Pedró-gão a Equipa de Fiscalização e Vigilância realizou, durante 2009, visitas periódicas às diversas áreas, com o objectivo de garantir a detecção atempada de eventuais ocorrências que possam prejudicar a sanidade ou o desenvolvimento das plantas insta-ladas nessas áreas.

No final de 2009 foram iniciados os trabalhos de campo no âmbito do Projecto das Jangadas Solares para a Criação de Bosques Ripícolas de Cabeceira, que tem como objectivo proceder à instalação de

bosques ripícolas na envolvente de pequenas albu-feiras, a instalação de sistemas de rega e bomba-gem solar e a manutenção de todo o sistema durante os primeiros três anos de adaptação, Procedeu-se, em cada uma das áreas, à requalificação das veda-ções tendo sido instaladas as passagens canadia-nas à entrada de cada um dos perímetros vedados. Foram também realizados trabalhos de escavação para instalação das fundações dos equipamentos e colocação dos sistemas de rega subterrânea. A plantação das árvores e a instalação de todos os equipamentos associados à bombagem solar estão previstos para o início de 2010.

Procedeu-se, em cada uma das áreas, à requalificação das vedações

tendo sido instaladas as passagens canadianas à entrada de cada um dos perímetros vedados. Foram também

realizados trabalhos de escavação para instalação das fundações

dos equipamentos e colocação dos sistemas de rega subterrânea.

A plantação das árvores e a instalação de todos os equipamentos associados

à bombagem solar estão previstos para o início de 2010.

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utilização Privativa do doMínio Público hídrico

Ao longo do ano continuou a ser prestado apoio aos requerentes na instrução dos pedidos de Li-cença/Concessão de Captação de Águas Superfi-ciais. Foram emitidos, desde Novembro de 2008 até ao final de 2009 um conjunto de títulos para captação de água para rega, a partir das albu-feiras de Alqueva e Pedrógão que perfazem um volume total de 9, 71 hm3. Durante 2009, o volume captado 2 referente a estes títulos foi de cerca de 1,99 hm3.

No âmbito das actividades da Equipa de Fiscali-zação e Vigilância foram igualmente realizadas diversas visitas de campo às zonas de instalação de algumas das captações requeridas com o ob-jectivo de caracterizar a situação inicial, prévia à emissão dos títulos de utilização privativa pela EDIA, e de acompanhar a evolução dessas zonas após a atribuição dos títulos.

Para além das actividades relacionadas com o processo de licenciamento de captações de água, realizaram-se ainda as seguintes tarefas:

Apoio à equipa de campo responsável pelos ÔÔtrabalhos de Monitorização da Eficácia das Medidas de Minimização dos Efeitos Barreira e Armadilha;Verificação do estado da sinalização ÔÔimplementada nas albufeiras;Registo de ocorrências e sua comunicação, ÔÔquando necessário, a entidades externas, tais como a ARHAlentejo e SEPNA, para sua resolução;Identificação de áreas em que se observem ÔÔnão conformidades ambientais com relevância para os objectivos da EDIA na área da

2. O volume captado foi estimado com base nos registos do autocontrolo enviados pelos requerentes. No caso em que não foram comunicados esses registos foram considerados os valores que constam dos títulos atribuídos.

concessão do EFMA;Verificação do estado das áreas de ÔÔbeneficiação do coberto vegetal;Visita às áreas onde decorre o projecto das ÔÔjangadas solares;Identificação das captações existentes a ÔÔjusante da Barragem de Pedrógão;Verificação do estado das áreas recreativas e ÔÔde lazer eVisita às ilhas da albufeira de Alqueva ÔÔcom áreas superiores a 2ha e pelas ilhas referidas nos relatórios da Monitorização da Biodiversidade na Envolvente da Albufeira de Alqueva.

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37No que respeita à gestão do património concluíram--se os trabalhos de beneficiação e manutenção das áreas sobrantes e interníveis da EDIA, referentes à implementação da 2.ª fase do Plano de Gestão definido para 2008/2009 e da 2.ª fase do Plano de Gestão definido para 2009/2010. As actividades em causa compreenderam operações de controlo de vegetação espontânea, retancha, sacha, podas de árvores e remoção de árvores decrépitas e do-entes. Ainda em 2009 foram iniciados, no terreno, os trabalhos de Outono/Inverno relativos à manu-tenção de outras áreas florestais, património da EDIA, caso da Herdade dos Bravos.

Ao longo do ano, e no âmbito do processo de ren-tabilização do património da EDIA, deu-se conti-nuidade ao arrendamento dos terrenos identifica-dos para este efeito, tendo-se procedido às re-novações dos contratos cujo prazo respectivo te-nha expirado. Deu-se igualmente continuidade ao trabalho de reconhecimento e caracterização do efectivo pecuário, existente nos prédios confinan-tes à albufeira de Alqueva e Pedrógão, tendo por objectivo quantificá-lo e qualificá-lo. Finalizaram-se também os trabalhos de beneficiação do arma-zém de Alqueva, junto à Central Fotovoltaica.

No decurso de 2009 teve seguimento o projec-to do portal imobiliário da EDIA que, em estreita ligação com o SGP, irá gerir todo o processo de alienação e arrendamento de terrenos património da empresa e cuja principal finalidade será a de cativar potenciais interessados na sua compra e arrendamento.

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Infra-estruturas em Construção

redes PriMária e secundária

Com data prevista para 2013, para a conclusão das obras do EFMA, a actividade desenvolvida pela EDIA ao longo de 2009 continuou a privile-giar o avanço do Sistema Global de Rega, tendo a materialização das Redes Primária e Secundária registado um avanço assinalável.

No decurso do ano teve assim lugar o início, a con-tinuação e a conclusão da construção de um signi-ficativo conjunto de empreitadas, cujo respectivo ponto de situação, a 31 de Dezembro, se apresenta, mais à frente, nos Quadros 1 e 2. Para efeitos das listagens apresentadas nesses quadros, e com a finalidade de parametrizar a informação apresen-tada, consideraram-se as empreitadas “em curso” a partir do momento do lançamento do Concur-so Público para a adjudicação das obras, até ao momento da sua entrada em exploração caso, no-meadamente, das Empreitadas de Construção dos Circuitos Hidráulicos de Segregação de Caudais das Albufeiras do Roxo e de Odivelas e dos 1.º e 2.º Troços do Adutor Pisão-Beja.

O ano de 2009 ficou, no entanto, marcado pela en-trada em exploração da distribuição de água ao Perímetro de Rega do Monte-Novo e pelo início do funcionamento dos Blocos de Rega de Cuba-Este, Cuba-Oeste e Vidigueira, integrados no Perímetro de Rega do Alvito-Pisão.

Em termos de Rede Primária e no que respeita às obras do SUBSISTEMA DE ALQUEVA, que se desenvolve a partir do braço da albufeira de Al-queva ao longo do vale do Rio Degebe, merece relevo, em 2009, a conclusão das Empreitadas de Construção do Circuito de Segregação de Caudais da Albufeira de Alvito e do Circuito Hidráulico de Adução à Barragem de Odivelas.

Decorrentes da afectação causada pela utilização de acessibilidades dos veículos pesados ao servi-ço dos empreiteiros responsáveis pela construção das infra-estruturas do EFMA, foram ainda con-cluídas, em 2009, as Empreitadas de Beneficiação do Caminho Municipal 1119 – Monte Trigo/ER384, no âmbito da qual se efectuou a respectiva visto-ria para efeitos de recepção provisória em Janei-ro de 2010, e da Estrada Municipal 1008 – Cuba- -Trigaches. Em 2009, e no âmbito da compensa-ção dos impactes provocados pela realização do Canal Álamos-Loureiro, foi também finalizada a Empreitada de Beneficiação da Estrada do Peral.

Por outro lado, e de modo a assegurar a distri-buição de água até à albufeira do Roxo, tiveram continuidade as Empreitadas de Construção dos três Troços do Adutor Pisão-Roxo através, nome-adamente, das obras nas Ligações Pisão-Ferreira

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(1.º Troço); Ferreira-Penedrão (2.º Troço) e Pene-drão-Roxo e Barragem do Penedrão (3.º Troço). Após a finalização destas obras ficará assegurada a ligação entre as albufeiras de Alqueva e do Roxo garantindo-se, desta forma, água aos perímetros de rega existentes e às populações de Beja e Al-justrel.

O ano de 2009 ficou simultaneamente marcado pelo avanço nas empreitadas de construção da Rede Secundária, tendo decorrido as respeitantes às Infra-estruturas de Rega, Viárias e de Drena-gem do Perímetro de Rega de Alfundão e respec-tiva Adução. Foram ainda finalizadas as Empreita-das de Construção do Bloco de Rega de Faro, do Perímetro de Rega de Alvito-Pisão e dos Blocos de Rega de Figueirinha e Valbom, do Perímetro de Rega do Pisão-Roxo.

Em termos de Rede Primária

e no que respeita às obras do

SUBSISTEMA DE ALQUEVA, que

se desenvolve a partir do braço

da albufeira de Alqueva ao longo

do vale do Rio Degebe, merece

relevo, em 2009, a conclusão

das Empreitadas de Construção do

Circuito de Segregação de Caudais

da Albufeira de Alvito e do Circuito

Hidráulico de Adução à Barragem

de Odivelas.

Em 2009 procedeu-se ainda ao lançamento dos Concursos Públicos para as Empreitadas de Cons-trução dos Circuitos Hidráulicos de Segregação de Caudais das Albufeiras do Roxo (já adjudicada) e de Odivelas e dos 1.º e 2.º Troços do Adutor – Pisão-Beja, encontrando-se a decorrer os res-pectivos processos de concurso.

O montante de investimento efectuado ao longo do ano ficou igualmente patente nas obras do SUB-SISTEMA ARDILA, desenvolvido com o intuito de beneficiar a margem esquerda do rio Guadiana mediante a elevação de água armazenada na al-bufeira de Pedrógão. No início de 2009 foi conclu-ída, neste subsistema, a Empreitada de Restabe-lecimento da EN 386 – Trecho de Interligação das Barragens de Brinches e Amoreira e Intervenção Norte/Nascente. Ainda na Rede Primária, na mar-gem esquerda do Guadiana, tiveram continuidade as Empreitadas de Construção da Estação Eleva-tória de Pedrógão – Margem Esquerda e de For-necimento dos seus Equipamentos e da Estação Elevatória de Torre do Lóbio, Adutor de Serpa e Reservatório de Serpa Norte.

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quadro 1 – empreitadas da rede Primária em 2009

Designação Ponto de Situação

Circuito de Segregação de Caudias da Albufeira de Alvito Concluída

Benefiação da Estrada do Peral Concluída

Circuito Hidráulico de Adução à Barragem de Odivelas Concluída

1.º Troço do Ligação Pisão-Roxo (Pisão-Ferreira) Em curso

2.º Troço do Ligação Pisão-Roxo (Ferreira-Penedrão) Em curso

3.º Troço do Ligação Pisão-Roxo (Penedrão-Roxo) e Barragem do Penedrão Em curso

1.º Troço do Adutor Pisão-Beja do Sistema Primário de Rega do EFMA a) Em curso

2.º Troço do Adutor Pisão-Beja do Sistema Primário de Rega do EFMA a) Em curso

Beneficiação do Caminho Municipal 1119 (Monte do Trigo/ER 384 – Portel-Viana do Alentejo) Concluída

Beneficiação da Estrada Municipal 1008-Cuba-Trigaches Concluída

Empreitada de Construção do Circuito Hidráulico de Segregação de Caudais da Albufeira do Roxo b) Em curso

Empreitada de Construção do Circuito Hidráulico de Segregação de Caudais da Albufeira de Odivelas a) Em curso

Restabelecimento da EN 386 – Trecho de Interligação das Barragens de Brinches e Amoreira e Intervenção Norte/Nascente

Concluída

Empreitada de Construção da Estação Elevatória de Pedrógão-Margem Esquerda Em curso

Adutor de Pedrógão-Margem Esquerda e Reservatório da Orada Em curso

Empreitada de Construção da Estação Elevatória de Brinches Em curso

Conduta Elevatória de Brinches e Reservatório de Brinches Sul Em curso

Adutores do Enxoé, Serpa, Laje e Barragem da Laje Em curso

Construção da Estação Elevatória da Torre do Lóbio, Adutor de Serpa e Reservatório de Serpa-Norte

Em curso

a) A decorrer o processo de concurso.b) Adjudicada no final de 2009.

16

14

12

10

8

6

4

2

0

Infra-estruturas secundárias na rede

primária em 2009

Infra-estruturas em curso na rede primária em 2009

40,00%

35,00%

30,00%

25,00%

20,00%

15,00%

10,00%

5,00%

0,00%

80,00%

70,00%

60,00%

50,00%

40,00%

30,00%

20,00%

10,00%

0,00%

Barragem de Alqueva

Central Hidroeléctrica de Alqueva

Barragem e Central de Pedrógão

Estação Elevatória Alqueva-Álamos

Rede Primária de Rega

Rede Secundária de Rega

Desenvolvimento Regional

6

5

4

3

2

1

0

Infra-estruturas concluídas na rede secundária em 2009

Infra-estruturas em curso na rede

secundária em 2009

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

TécnicoTécnico

especialistaTécnicosuperior

Infra-estruturas do Sistema Primário

Infra-estruturas Secundárias

Promoção e Desenvolvimento Regional

60,00%

50,00%

40,00%

30,00%

20,00%

10,00%

0,00%

Escalão Hidroeléctrico de Alqueva

Escalão Hidroeléctrico de Pedrógão

Sistema Global de Rega

Ambiente e Património

16

14

12

10

8

6

4

2

0

Infra-estruturas secundárias na rede

primária em 2009

Infra-estruturas em curso na rede primária em 2009

40,00%

35,00%

30,00%

25,00%

20,00%

15,00%

10,00%

5,00%

0,00%

80,00%

70,00%

60,00%

50,00%

40,00%

30,00%

20,00%

10,00%

0,00%

Barragem de Alqueva

Central Hidroeléctrica de Alqueva

Barragem e Central de Pedrógão

Estação Elevatória Alqueva-Álamos

Rede Primária de Rega

Rede Secundária de Rega

Desenvolvimento Regional

6

5

4

3

2

1

0

Infra-estruturas concluídas na rede secundária em 2009

Infra-estruturas em curso na rede

secundária em 2009

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

TécnicoTécnico

especialistaTécnicosuperior

Infra-estruturas do Sistema Primário

Infra-estruturas Secundárias

Promoção e Desenvolvimento Regional

60,00%

50,00%

40,00%

30,00%

20,00%

10,00%

0,00%

Escalão Hidroeléctrico de Alqueva

Escalão Hidroeléctrico de Pedrógão

Sistema Global de Rega

Ambiente e Património

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Neste subsistema foram ainda iniciadas as se-guintes Empreitadas de Construção:

Adutor de Pedrógão – Margem Esquerda e ÔÔReservatório da Orada;Conduta Elevatória de Brinches e ÔÔReservatório de Brinches-Sul;Adutores do Enxoé, Serpa, Laje e Barragem ÔÔda Laje eEstação Elevatória de Brinches.ÔÔ

De forma a preparar a entrada em exploração das Estações Elevatórias de Pedrógão, Margem Es-querda, e de Brinches, teve ainda continuidade o acompanhamento dos fornecimentos de equipa-mentos destas infra-estruturas tendo decorrido, igualmente, a contratação e acompanhamento das empreitadas destinadas à construção das linhas eléctricas de alimentação das mesmas.

Em termos de Rede Secundária decorreram tam-bém as Empreitadas de Construção das Infra-es-truturas de Rega, Viária e de Drenagem do Pe-rímetro de Rega de Orada-Amoreira e Brinches,

concluídas no final de 2009, e dos Perímetros de Rega de Brinches-Enxoé e Serpa.

Em simultâneo com as empreitadas realizaram-se os respectivos trabalhos arqueológicos de mi-nimização de impactes em diversas ocorrências patrimoniais resultantes de situações desconhe-cidas identificadas na fase prévia às obras ou no decurso das mesmas.

quadro 2 – empreitadas da rede secundária em 2009

Designação Ponto de Situação

Bloco de Rega de Cuba-Este do Perímetro de Rega de Alvito-PisãoEntrou em funcionamento no

1.º Trimestre de 2009

Bloco de Rega de Cuba-Oeste do Perímetro de Rega de Alvito-PisãoEntrou em funcionamento no

2.º Trimestre de 2009

Bloco de Rega de Vidigueira do Perímetro de Rega de Alvito-PisãoEntrou em funcionamento no

2.º Trimestre de 2009

Infra-estruturas de Rega, Viárias e de Drenagem do Perímetro de Rega de Alvito-Pisão (inclui o Bloco de Faro)

Concluída

Blocos de Rega de Figueirinha e Valbom do Perímetro de Rega de Pisão-Roxo Concluída

Blocos de Rega de Ferreira do Perímetro de Rega de Pisão-Roxo Em curso

Infra-estruturas de Rega, Viárias e de Drenagem do Perímetro de Rega de Alfundão Em curso

Infra-estruturas de Rega, Viárias e de Drenagem do Perímetro de Rega de Orada-Amoreira

Concluída

Infra-estruturas de Rega, Viárias e de Drenagem do Perímetro de Rega de Brinches Concluída

Infra-estruturas de Rega, Viárias e de Drenagem do Perímetro de Rega de Serpa Em curso

Infra-estruturas de Rega, Viárias e de Drenagem do Perímetro de Rega de Brinches-Enxoé

Em curso

Em 2009 procedeu-se ainda ao lançamento dos Concursos Públicos para as Empreitadas de Construção dos Circuitos Hidráulicos de Segregação de Caudais das Albufeiras do Roxo (já adjudicada) e de Odivelas e dos 1.º e 2.º Troços do Adutor – Pisão-Beja, encontrando-se a decorrer os respectivos processos de concurso.

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Mini-hídricas

Com o objectivo de aproveitar a transferência de água que é feita pelas infra-estruturas da Rede Primária e de optimizar a produção de energia ao longo de todo o sistema, tiveram continuidade, ao longo de 2009, as Empreitadas de Construção e de Fornecimento dos Equipamentos das quatro Centrais Mini-Hídricas: Alvito, Odivelas, Roxo, e Serpa. Prosseguiu, de igual forma, a contratação e acompanhamento das empreitadas destinadas à construção das linhas eléctricas de alimentação às infra-estruturas supra referidas.

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43Projectos em curso

redes PriMária e secundária

Em 2009, e tendo em consideração o desenvolvi-mento dos aproveitamentos do EFMA, bem como as diversas reprogramações efectuadas em con-formidade com o real avanço dos múltiplos pro-jectos ou objectivos, teve lugar a continuação e conclusão de vários estudos e projectos referen-tes às infra-estruturas primárias e secundárias, a implementar nos Subsistemas de Alqueva, Ardila e Pedrógão. Em simultâneo com os diversos estu-dos de análise e validação de projectos em fase já muito avançada, e paralelamente com os Projec-tos de Execução referentes às infra-estruturas a implementar em cada Subsistema, tiveram lugar, ao longo do ano, as respectivas AIA’s, dando se-quência às directrizes decorrentes da aprovação do Estudo Integrado de Impacte Ambiental (1995). No âmbito da ocupação cultural das áreas inte-ressadas pelo EFMA e visando contribuir para a sustentabilidade do Empreendimento, a sua infra-estruturação actual e futura e dotações inerentes têm vindo a ser objecto de estudos internos com vista à caracterização da sua situação de referên-cia, definição de tendências e antecipação de so-luções.

No SUBSISTEMA ALQUEVA e relativamente ao Relatório de Conformidade Ambiental ao Projecto de Execução da Ligação Pisão-Roxo, da Rede Pri-mária, aguarda-se resposta da APA aos elemen-tos condicionantes ao licenciamento do Projecto, constantes no Parecer da Comissão de Avaliação ao RECAPE. Nesta ligação, mas quanto ao EIA da Barragem do Penedrão, aguarda-se igualmente resposta da APA aos elementos condicionantes ao licenciamento do projecto (constantes do Parecer da Comissão de Avaliação EIA do Projecto).

No âmbito das respostas ao processo de concur-so das respectivas empreitadas foram analisadas,

no Projecto de Execução da Adução Pisão-Beja, as medições apresentadas pelos concorrentes. Na componente ambiental foi elaborada resposta a condicionantes do Projecto. A finalização deste documento encontra-se dependente das altera-ções a efectuar ao Projecto de Execução.

O Projecto de Execução da Adução a Vale de Gaio foi concluído, tendo sido entregue o último troço do Adutor de Vale de Gaio (Nó do Torrão até à al-bufeira de Vale de Gaio) e Central Hidroeléctrica de Vale de Gaio e recepcionado, a 14 de Outubro, a Declaração de Conformidade do respectivo EIA. No âmbito do procedimento de AIA foi ainda recep-cionado, a 23 de Outubro, o ofício da APA relativo à Consulta Pública. Nesta data foi igualmente recebi-do o Pedido de Elementos Complementares, tendo-se enviado a respectiva resposta para a APA, a 26 de Outubro. Aguarda-se a emissão da Declaração de Impacte Ambiental no 1.º trimestre de 2010.

Na Rede Secundária, e em relação ao Projecto de Execução do Bloco de Rega Loureiro-Alvito, foi entregue a versão final do Projecto de Execução provisório, para análise da EDIA e DGADR, bem como o Relatório Final do Estudo de Incidências Ambientais e Projecto de Execução destes Blocos de Rega.

No âmbito do Projecto de Execução e EIA do Blo-co de Rega de Ervidel, do Perímetro de Rega do Pisão-Roxo, foi entregue e enviada para a APA a versão final do projecto. Para efeitos de procedi-mento de AIA junto da entidade licenciadora (DGA--DR), foi igualmente entregue o Relatório Final do EIA, a 19 de Outubro.

Quanto ao Projecto de Execução e EIA do Períme-tro de Rega de Vale de Gaio, foi entregue a versão provisória dos projectos dos Blocos de Rega para análise da EDIA e da DGADR. O Relatório Final do EIA foi entregue de forma faseada, aguardando-se a conclusão do Projecto de Execução para forne-cimento da totalidade deste documento.

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No Perímetro de Rega do Pisão-Beja decorre o Projecto de Execução e EIA dos Blocos de Rega de Cinco Reis, Trindade e Chancuda, tendo sido entregues as suas Notas Técnicas N.º 1, N.º 2 e N.º 3. A prospecção geológico-geotécnica terá início em Janeiro de 2010. Na parte ambiental, a entrega da Nota Técnica do EIA aguarda o desen-volvimento do Projecto de Execução. Ainda neste Perímetro de Rega, e também com a entrega de três Notas Técnicas, teve seguimento o Projecto de Execução e EIA dos Blocos de Rega Beringel e Beja. Em 2009 decorreu igualmente o acompanha-mento técnico da elaboração do EIA, aguardando-se o desenvolvimento do Projecto de Execução para entrega da respectiva Nota Técnica.

O Projecto de Execução do Bloco de Rega de Al-justrel, do Perímetro do Rega de Roxo-Sado, en-contra-se em fase de conclusão, estando prevista a sua entrega no início de 2010, após a consoli-dação e pormenorização da optimização recente-mente efectuada. Em 2009 foi também validado o Relatório Final do Estudo de Incidências Ambien-tais deste projecto.

No SUBSISTEMA ARDILA, e no que diz respei-to aos Adutores de Pedrógão, Brinches-Enxoé e Serpa, aguarda-se resposta da APA aos elemen-tos condicionantes ao Licenciamento do Projecto, na sequência de resposta enviada, pela EDIA, para a APA, a 15 de Julho.

Quanto ao EIA e Projecto de Execução dos Blocos de Rega de Pias, procedeu-se à entrega, na enti-dade licenciadora (DGADR), a 16 de Dezembro, do EIA deste Bloco de Rega, em simultâneo com o respectivo Projecto de Execução, para validação final.

Neste subsistema foi também finalizado o Projec-to de Execução do Circuito Hidráulico Amoreira- -Caliços, com a entrega da sua versão final e con-comitante envio para a APA. Procedeu-se ainda à entrega, análise e validação do Relatório Final

do EIA, que deu entrada na ARHAlentejo a 23 de Dezembro. O Projecto de Execução do Circuito Hidráulico Caliços-Pias foi igualmente concluído e enviado para a APA. O Relatório Final do EIA foi entregue, tendo-se procedido ao seu envio para a ARHAlentejo (com entrada a 15 de Dezembro).

Decorre, por outro lado, o Projecto de Execução e EIA do Adutor Caliços-Machados e respectivo Bloco de Rega tendo-se realizado, neste âmbito, diversas reuniões com a DGADR e Projectista de modo a analisar e definir as soluções apresenta-das nas Notas Técnicas entregues. A entrega do Relatório Intercalar do EIA aguarda o desenvolvi-mento do projecto.

Relativamente ao Projecto de Execução e EIA do Adutor Caliços-Moura e respectivos Blocos de Rega, em curso, foi entregue, no último trimes-tre do ano, a componente respeitante à rede viária aguardando-se para breve a recepção das restan-tes peças deste projecto. Em termos ambientais procedeu-se à recepção do Relatório Intercalar do EIA do Bloco de Rega Moura Gravítico, aguar-dando-se conclusão do Relatório Final. Foi ainda recepcionado o Relatório Intercalar do Estudo de Incidências Ambientais da Barragem de Brenhas e respectivos Blocos de Rega.

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Na Estação Elevatória e Circuito Hidráulico do Pedrógão (Margem Direita), do SUBSISTEMA PEDRÓGÃO, teve lugar a recepção da Declaração de Conformidade do EIA (entrada na EDIA a 23 de Outubro), a recepção de pedidos de elementos adicionais, a 5 de Novembro, e o envio de respos-ta para a APA, a 13 de Novembro. Aguarda-se a emissão da DIA no 1.º trimestre de 2010.

Ainda neste subsistema, cujos respectivos EIA’s incidem simultaneamente sobre as Redes Primá-ria e Secundária, decorreu, ao longo do ano, o Projecto de Execução do Circuito Hidráulico de S. Matias e respectivo Bloco de Rega, tendo sido en-tregues as respectivas Notas Técnicas e, no final do ano, os Projectos de Execução provisórios dos Blocos de Rega 2 e 3 e Estação Elevatória de S. Matias para aprovação da EDIA e DGADR. O EIA deste projecto encontra-se em fase de conclusão, aguardando-se desenvolvimento do Projecto de Execução para entrega da respectiva Nota Téc-nica.

Relativamente ao Projecto de Execução e EIA do Circuito Hidráulico Baleizão-Quintos e respectivo Bloco de Rega, em curso, foram remetidas, para análise, as respectivas Notas Técnicas. A entrega da Nota Técnica do EIA aguarda o desenvolvimen-to do Projecto de Execução.

Quanto ao Projecto de Execução e EIA do Circuito Hidráulico São Pedro-Baleizão e respectivo Bloco

de Rega, igualmente em curso, foram entregues, no final de 2009, as Notas Técnicas dos trabalhos de campo. Foram também aprovados os trabalhos de prospecção geológico-geotécnica e iniciados os trabalhos de topografia. Na componente am-biental, aguarda-se o desenvolvimento do Projecto de Execução para entrega do Relatório Intercalar do EIA.

ProcediMentos exProPriativos

No decurso de 2009 desenvolveram-se ainda vá-rias actividades relativas aos procedimentos ex-propriativos associados aos projectos em curso, tendo-se registado intervenções em várias áreas geográficas do Empreendimento, quer em projec-tos a terminar, quer em projectos em curso.

Nos projectos em fase final do processo expropria-tivo teve lugar o acompanhamento de comissões arbitrais e peritagens, regularizações de situações de registo (em Conservatórias do Registo Predial e Repartições de Finanças) e o acompanhamento de situações resultantes das obras.

Nos projectos em curso decorreram os levanta-mentos de campo; avaliações; negociações; reali-zações de vistorias ad perpetuam rei memoriam; de autos de posse administrativa e de expropria-ção amigável; registos e também o acompanha-mento de situações de obra.

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Em termos de intervenção destacam-se os se-guintes projectos apresentando-se, nos quadros abaixo, os respectivos pontos de situação, com referência a Dezembro de 2009.

Relativamente a alguns projectos que estão a ini-ciar-se aguarda-se a publicação das respectivas Declarações de Utilidade Pública, nomeadamente, para o Circuito de Segregação de Caudais da Bar-ragem do Roxo, Circuito de Segregação de Cau-dais da Barragem de Odivelas e Blocos de Rega de Selmes e Pedrógão.

Relativamente aos trabalhos desenvolvidos no âm-bito da prestação de serviços com a SIMARSUL teve lugar o encaminhamento dos processos das parcelas a expropriar e/ou a constituir servidão a favor desta empresa e dos demais subsistemas/ /empreitadas, nas várias fases do procedimento administrativo no âmbito do código das expropria-ções (Lei 168/99 de 18 de Setembro), destacando--se:

A preparação e acompanhamento dos autos ÔÔe/ou escrituras públicas de indemnização

quadro 3 – Projectos em fase de Processo expropriativo – rede Primária

Projectos Ponto de Situação

REDE PRIMÁRIA

Troço de Ligação Alvito-Pisão Fase final

Adutor da Vidigueira Fase final

Circuito de Adução a Odivelas Fase final

Ligação Pisão-Roxo Em curso

Adutor de Pedrógão-Margem Esquerda Fase final

Adutor Brinches-Enxoé Fase final

Adutor Pisão-Beja Em curso

Circuito de Segregação de Caudais da Barragem do Roxo Em curso

Circuito de Segregação de Caudais da Barragem de Odivelas Em curso

Circuito Hidráulico de Vale de Gaio Em curso

Circuito Hidráulico de Pedrógão Margem Direita Em curso

Adutor de Serpa Fase final

quadro 4 – Projectos em fase de Processo expropriativo – rede secundária

Projectos Ponto de Situação

REDE SECUNDÁRIA

Bloco de Rega de Selmes e Pedrógão A iniciar-se

Bloco de Rega de Brinches Fase final

Bloco de Rega Orada-Amoreira Em curso

Bloco de Rega Brinches-Enxoé Em curso

Bloco de Rega de Serpa Em curso

Bloco de Rega de Ferreira, Figueirinha e Valbom Em curso

Bloco de Rega de Alfundão e respectiva adução Em curso

Bloco de Rega do Pisão Fase final

Bloco de Rega Alvito-Pisão Fase final

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por constituição de servidão administrativa e expropriação; O registo dos ónus e das aquisições a favor ÔÔda SIMARSUL eA preparação e acompanhamento dos ÔÔprocessos de vistoria ad memoriam rei perpetuam, dos processos de arbitragem e “follow up da obra”.

No âmbito desta prestação de serviços e uma vez que ainda não foram publicadas as DUP’s requeri-das ao longo de 2009, levaram-se a cabo trabalhos de negociação, escrituras públicas de indemniza-ção por constituição de servidão administrativa e respectivos registos a favor daquela empresa, nos processos em que foi possível chegar a acordo pela via do direito privado. Procedeu-se ainda à preparação e acompanhamento de vistorias ad perpetuam rei memoriam, nos projectos não fina-lizados. Decorreu também o acompanhamento e posterior análise dos processos de arbitragem.

No âmbito das prestações de serviços para o ex-terior a EDIA foi ainda convidada, no final de 2009, a apresentar proposta com vista à realização de Expropriações e Servidões entre a ETAR de San-tiago de Cacém e a Ribeira de Moinhos, projecto que contempla quarenta (40) parcelas.

quadro 5 – total dos Projectos em fase de Processo expropriativo em 2009

ProjectosPrédios

AvaliadosPrédios

AprovadosPrédios

AcordadosAutos

Efectuados

Total Redes Primária e Secundária 194 195 101 281

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Promoção, Inovação e Internacionalização

Em 2009 tiveram continuidade as actividades de implementação do novo módulo do SISAP – Elabo-ração de Cartas de Aptidão Cultural para o Períme-tro de Rega do Alqueva. Neste âmbito, e para além da viabilidade técnica e adaptabilidade agronómica das culturas, foram criados novos módulos, no sen-tido de determinar a sua rentabilidade económica e sustentabilidade ambiental, por via do cálculo dos balanços energéticos e de carbono. Os novos mó-dulos implementados foram instalados num portal web. Em 2009 mantiveram-se igualmente as ac-ções de divulgação deste programa e de forneci-mento de resultados aos seus utilizadores.

Por outro lado, e tendo em consideração a nova estratégia da EDIA de promoção do espaço Alque-va, de captação de investimento essencialmente no sector agro-alimentar e de internacionalização de diferentes áreas de negócio da empresa, re-ferencie-se seu envolvimento em diversas parce-rias estratégicas a nível nacional e internacional. Destaque, neste âmbito, para o Integralar – Pólo de Competitividade para o Sector Agro-Alimentar, o AICEP e AICEP Global Parques, a AEP, a Câma-ra de Comércio e Indústria e a SOPIR – Sociedade de Desenvolvimento dos Perímetros Irrigados de Angola.

O ano de 2009 ficou inequivocamente marcado pela participação da EDIA em vários certames de carácter internacional. Indique-se, neste particu-lar, a participação da EDIA na 76.ª Internacional Agricultural Fair em Novi Sad, na República da Sérvia.

Ainda no âmbito do quadro estratégico de interna-cionalização da empresa participou-se igualmente na FILDA, em Luanda, Angola, certame no qual a EDIA apresentou um stand próprio e teve oportu-

nidade de integrar a delegação do Sr. Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas de Portugal.

Dado o interesse demonstrado na criação de uma parceria no âmbito do “core business” da EDIA, intenção ademais sublinhada pelas autoridades angolanas, importa destacar, no seguimento da participação nesta feira, a celebração, no mês de Outubro, na sede da EDIA em Beja, de um pro-tocolo de cooperação estratégica e empresarial entre a EDIA e a SOPIR que abrange várias áre-as de intervenção. Assim, e para além da media-ção entre investidores portugueses e angolanos nos sectores agroalimentar e turismo, prevê-se a formação de técnicos na área do regadio e em áreas que integram o objecto da EDIA, bem como o estabelecimento de uma parceria em questões relacionadas com o planeamento e concepção de novos aproveitamentos hidroagrícolas, gestão e monitorização de redes de rega e, finalmente, o desenvolvimento de um modelo de avaliação de aptidão cultural para áreas irrigadas de Angola.

No final de 2009 a EDIA marcou também presença na 14. ª Feira Internacional de Macau (FIM) que decorreu, de 22 a 25 de Outubro, em Macau, tendo integrado a representação portuguesa a cargo da AEP, com a parceria do AICEP Portugal Global. A missão empresarial foi subordinada ao tema “Oportunidade de Investimento e Parceria em Por-tugal” tendo sido promovidas, neste âmbito, opor-tunidades de investimento na zona de influência do EFMA. Também neste âmbito, a 23 de Outubro, tiveram lugar dois seminários onde foram efectu-adas apresentações a potenciais investidores.

No mês de Novembro a EDIA participou igual-mente na Feira Internacional WATEC, em Israel, Telavive, onde apresentou um stand próprio de di-vulgação do Empreendimento de Alqueva. Foram efectuados, neste âmbito, variados contactos com empresas israelitas na área da agricultura, equi-pamentos e turismo.

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No que respeita ao acompanhamento de poten-ciais investidores na área de influência do EFMA, a EDIA tem vindo a colaborar, concertadamente com o AICEP, no apoio empresarial e avaliação da possibilidade de implementação de um projecto industrial de produtos farmacêuticos, na área de influência de Alqueva.

No último trimestre do ano foi lançado o Concur-so Público Internacional para a realização de um estudo intitulado “Uma Visão Estratégica para um Desenvolvimento Sustentável da EDIA”.

biocoMbustíveis

Em termos de Biocombustíveis, a EDIA continuou a promover, ao longo de 2009, actividades com a finalidade de fomentar a experimentação, estudo e a implementação de culturas oleaginosas em Al-queva. Assim, e em colaboração com a ESAB e a DRAPAlentejo, tiveram continuidade as acções de experimentação da colza e girassol, tendo-se realizado ensaios de variedade, determinação do teor de óleo, de biodiesel e determinação dos cus-tos de produção da cultura. No que respeita ao Bioetanol, e ainda em colaboração com estas enti-dades, foram iniciadas acções de experimentação de milho.

Ambiente, Património e Ordenamento do Território

valorização do PatriMónio cultural – iMPleMentação de Medidas de MiniMização

Relativamente à implementação de medidas de minimização desenvolveram-se diversos projec-tos relacionados com o património cultural relati-vos a obras a iniciar.

Projectos de recuPeração/ /reabilitação de galerias riPícolas

Durante o ano de 2009 desenvolveram-se diversos Projectos de Recuperação/Reabilitação de Galerias Ripícolas, com o seguinte ponto de situação:

Aguarda-se resposta da APA à Adenda ÔÔrelativa ao “Projecto de Enquadramento e Recuperação Paisagística das Barragens da Amoreira, Brinches e Serpa”;Aguarda-se parecer da APA ao “Projecto de ÔÔMelhoria/Requalificação de Linhas de Água dos Blocos de Rega Alvito-Pisão”.Acompanhamento técnico da prestação ÔÔde serviços relativa à implementação do “Projecto-Tipo para Melhoria/Reabilitação de Galerias Ripícolas, no âmbito da “Rede de Drenagem do Bloco de Rega do Pisão”.

diversos

Execução de Planos de Prevenção e Gestão ÔÔde Resíduos de Construção e Demolição para diversos Projectos, a implementar no âmbito das empreitadas da Rede Primária e

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Secundária (ao abrigo do Decreto-Lei N.º 46/2008 de 12 de Março);Colaboração na actividade de ÔÔacompanhamento ambiental de obra, no âmbito das Infra-estruturas da Rede Primária do EFMA;Acompanhamento, em obra, das intervenções ÔÔde limpeza e reperfilamento da Rede de Drenagem das Empreitadas dos Perímetros de Rega: de Alvito-Pisão; de Orada-Amoreira; de Brinches; de Brinches-Enxoé; de Serpa e de Ferreira, Figueirinha e Valbom;Preparação e envio de resposta, à solicitação ÔÔda ARHAlentejo, relativamente “à indicação de todos os atravessamentos de linhas de água e/ou ocupações da faixa do Domínio Público Hídrico, indicação do N.º de folha da carta militar, coordenadas Hayford-Gauss militares”, para os seguintes processos:

Perímetro de Rega de Alfundão;ÔÎ

Adutor de Serpa e respectivos Blocos de ÔÎRega;Infra-estruturas de Rega, Viárias e de ÔÎDrenagem dos Blocos de Ferreira, Figueirinha e Valbom;Infra-estruturas de Rega, Viárias e de ÔÎDrenagem do Perímetro de Rega de Brinches-Enxoé;Estação Elevatória de Serpa Norte e ÔÎAdutor de Serpa;

Envio do documento relativo ao “Estudo ÔÔComparativo das Medidas de Minimização e Compensação dos Impactes de Transferência de Água Guadiana Sado” para as seguintes entidades: ICNB, Instituto da Água e ARHAlentejo. Aguarda-se resposta por parte do Instituto da Água;

Conclusão e envio, para o ICNB, do Plano de ÔÔConservação para os Charcos Temporários Mediterrânicos;

Envio de resposta para o ICNB (com data de ÔÔsaída da EDIA a 25 de Maio), relativamente ao “Programa de Medidas Compensatórias para a Ictiofauna Autóctone e Continental da Bacia Hidrográfica do Sado” – Relatório Final (revisão 2);Recepção do 2.º Relatório de Progresso ÔÔreferente à prospecção de Linaria ricardoi no Perímetro de Rega do Pisão;Conclusão da análise ao Relatório Final relativo ÔÔao Estudo do Regime de Manutenção Ecológica para as Barragens do Subsistema Ardila;Levantamento da área a intervencionar e ÔÔpreparação de elementos técnicos no âmbito da elaboração do “Plano de Recuperação Paisagística em Zonas de Marnel” ePreparação do procedimento para lançamento ÔÔdo concurso relativo à Acção II – Criação de Bypass a Obstáculo Transversal, que integra o PMCSado.

Em 2009 decorreu também a preparação do 4.º Colóquio de Arqueologia do Alqueva – O Plano de Rega (2002-2010), organizado pela EDIA, a reali-zar nos dias 24, 25 e 26 de Fevereiro de 2010.

Monitorização aMbiental

No domínio da monitorização ambiental decorre-ram ao longo de 2009 vários Programas de Moni-torização no Sistema Alqueva – Pedrógão e Redes Primária e Secundária de Rega, apresentando-se o respectivo ponto de situação, com referência a Dezembro de 2009, nos quadros seguintes.

Em relação às Estações Automáticas do Sistema Alqueva-Pedrógão, em 2009 prosseguiram as ac-ções de manutenção das estações da EDIA e do equipamento instalado pela EDIA em algumas das estações do INAG. No final do ano procedeu-se à adjudicação da continuação dos trabalhos de ma-nutenção, até Dezembro de 2010.

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51quadro 6 – Programas de Monitorização do sistema alqueva-Pedrógão

Sistema Alqueva-PedrógãoPonto de Situação

Programas de Monitorização

estado das águas de superfície

Monitorização da Qualidade da Água do Sistema Alqueva-Pedrógão (Ano Hidrológico 2008/2009 – 2.º Semestre)

Em fase de conclusão

fauna, flora e vegetação

Monitorização da Biodiversidade na Envolvente do Sistema Alqueva-Pedrógão – Comunidades Avifaunísticas (Inverno 2007/2008)

Concluído

Monitorização do Dispositivo de Passagem para Peixes, instalado na Barragem de Pedrógão Em fase de conclusão

quadro 7 – Programas de Monitorização da rede Primária de rega

Rede Primária e Outras Origens de ÁguaPonto de Situação

Programas de Monitorização

estado das águas de superfície e estado das águas subterrâneas

Programa de Monitorização do Sistema Primário de Rega do EFMA (Ano Hidrológico 2008/2009) – 2.º Semestre

Em fase de conclusão

Monitorização dos Recursos Hídricos Superficiais da Rede Primária do EFMA (Ano Hidrológico 2009/2010)

Em curso

Monitorização dos Potenciais Impactes da Transferência da Água Guadiana-Sado na Ictiofauna Em curso

Monitorização das Linhas de Água a Jusante das Barragens de Odivelas, Furta Galinhas, S. Pedro e Pias

Em fase de conclusão

Monitorização dos Recursos Hídricos Superficiais e Subterrâneos – Troço de Ligação Alvito-Pisão (fase de construção)

Concluído

Monitorização dos Recursos Hídricos Superficiais e Subterrâneos – Troço de Ligação Alvito-Pisão (fase de exploração)

Em curso

Mon. dos Rec. Hídricos Superficiais da Rede Primária do Subsistema de Rega do Ardila (Fase de Construção) – Barragem da Laje

Em curso

Monitorização dos Recursos Hídricos Subterrâneos e Superficiais do Circuito Hidráulico de Adução à Barragem de Odivelas

Em curso

Monitorização dos Recursos Hídricos do Troço de Ligação Pisão-Roxo e Barragem do Penedrão Em curso

Monitorização dos Recursos Hídricos do Troço de Ligação Pisão-Beja Em curso

fauna, flora e vegetação

Monitorização da Eficácia das Medidas de Minimização do Efeito Barreira e do Efeito Armadilha Em curso

Caracterização da Situação de Referência de Flora e Vegetação na Área Envolvente do Circuito de Adução à Bar. de Odivelas

Concluído

Monitorização da Flora e Vegetação no Circuito Hidráulico de Adução à Barragem de Odivelas e By-pass

Preparação do processo

de Ajuste Directo

outros descritores

Monitorização do Ambiente Sonoro na Estação Elevatória Serpa-Norte Em curso

Monitorização do Ambiente Sonoro no Troço de Ligação Pisão-Roxo e Barragem do Penedrão Em curso

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quadro 8 – Programas de Monitorização da rede secundária de rega

Rede Secundária RegaPonto de Situação

Programas de Monitorização

estado das águas de superfície e estado das águas subterrâneas

Monitorização da Qualidade da Água e da Ictiofauna nos Blocos de Rega do Pisão Em fase de conclusão

Monitorização dos Recursos Hídricos e Qualidade Ecológica na Área dos Blocos de Rega Alvito-Pisão

Em curso

Monitorização dos Recursos Hídricos na Área dos Blocos de Rega de Alfundão e Respectiva Adução para a Fase de Construção

Em curso

Monitorização dos Recursos Hídricos Subterrâneos na Área da Barragem do Pisão e dos Blocos de Rega do Pisão

Em fase de conclusão

Monitorização dos Recursos Hídricos Subterrâneos dos Blocos de Rega do Monte Novo Em fase de conclusão

Monitorização dos Recursos Hídricos Subterrâneos na Área dos Blocos de Rega no Subsistema Alqueva

Preparação do processo

de Ajuste Directo

fauna, flora e vegetação

Caracterização da situação de referência da flora e vegetação na envolvente da Barragem do Pisão, realizada em 2007

Concluído

Monitorização da Flora e Vegetação na Envolvente da Barragem do Pisão – Primavera/Verão 2008

Concluído

Monitorização da Flora e Vegetação na Envolvente da Barragem do Pisão – Outono de 2008 Em fase de conclusão

Monitorização da Avifauna na Barragem do Pisão (2008/2009) Em fase de conclusão

Monitorização da Avifauna na Barragem do Pisão (2009/2011) Em curso

Monitorização da Ictiofauna no Bloco de Rega do Monte-Novo Concluído

Monitorização da Ictiofauna e dos Recursos Hídricos Superficiais nos Blocos de Rega do Monte Novo

Em curso

Monitorização das Aves Estepárias e de Rapina nos Blocos de Rega do Monte Novo, Alvito-Pisão e Pisão (2008/2009)

Em fase de conclusão

Monitorização das Aves Estepárias e de Rapina nos Blocos de Rega do Monte Novo, Alvito-Pisão e Pisão (2009/2010)

Em curso

Caracterização da Situação de Referência das Aves Estepárias nos Blocos de Rega de Alfundão e de Ferreira e Valbom (2008/2009)

Em fase de conclusão

Monitorização das Aves Estepárias nos Blocos de Rega de Alfundão e de Ferreira e Valbom (2009/2010)

Em curso

Linaria ricardoi na Rede Secundária de Rega (2008) Em fase de conclusão

Linaria ricardoi na Rede Secundária de Rega (2009/2010) Em curso

solos

Monitorização do Solo nos Blocos de Rega do Monte Novo, Alvito-Pisão e Pisão Em curso

Monitorização do Solo nos Blocos de Rega do Concelho de Fereira do Alentejo e Serpa*Preparação do

processo de Ajuste Directo

* Blocos de Ferreira, Valbom, Figueirinha e Perímetros de Rega de Alfundão, Brinches, Brinches-Enxoé, Serpa e Orada-Amoreira

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53Foi concluído o Programa de Monitorização dos Recursos Hídricos Superficiais para o Sistema Al-queva-Pedrógão e Rede Primária, Fase de Explo-ração, o qual define, de forma integrada, as acções de monitorização a desenvolver para monitoriza-ção das albufeiras da rede primária do EFMA e principais linhas de água associadas.

Em Agosto de 2009 foi enviado à Autoridade de AIA o “Programa de Monitorização dos Recursos Hídricos Superficiais para o Sistema Alqueva-Pe-drógão e Rede Primária de Rega – Fase de Explo-ração. Avaliação dos Impactes da Transferência de Água Guadiana-Sado“, o qual define as acções de monitorização a adoptar para avaliação dos potenciais impactes resultantes da transferência de água da Bacia Hidrográfica do Guadiana para a Bacia Hidrográfica do Sado. Aguarda-se a aprova-ção do Programa de Monitorização.

No que respeita ao ordenamento do território a EDIA assegurou, no final de 2009, a sua presen-ça na reunião de acompanhamento do Plano de Gestão do Parque Nacional do Vale do Guadiana, assim como, nas reuniões do Conselho de Região Hidrográfica da ARHAlentejo.

sisteMas de gestão na área aMbiental

No âmbito do SHIRAL encontra-se em apreciação a versão preliminar dos documentos que consti-tuem o Relatório Final – Sumário Executivo; Sis-tema de Informação, com três anexos; Sistema de Modelação; Sistema de Análise; e Exemplos de Aplicação.

Ao longo do ano tiveram ainda continuidade as ac-tividades de divulgação e disseminação da infor-mação associada aos recursos hídricos através, nomeadamente, dos Boletins Diário, de Qualidade da Água e do Boletim com periodicidade mensal para divulgação interna do regime de caudais eco-lógicos para o sistema Alqueva – Pedrógão e Rede Primária do EFMA, actualmente em exploração.

Com o objectivo de assinalar as comemorações do Dia Mundial da Monitorização da Água, assina-lado a 18 de Outubro, e os dez anos dos “Traba-lhos de Biologia no Alqueva”, realizados pela EDIA antes da construção da barragem de Alqueva, foi promovido um concurso de fotografia focado nos recursos naturais “Água e Biodiversidade”. A ce-rimónia de entrega dos prémios e inauguração da exibição teve lugar dia 19 de Outubro na Galeria de Arte da EDIA. Os trabalhos apresentados a con-curso foram expostos nas instalações do Parque de Natureza Noudar a partir de 9 de Dezembro.

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Projectos Especiais

Consideram-se “Projectos Especiais” o Parque de Natureza de Noudar, o Museu da Luz, o Centro de Cartografia e os Sistemas de Informação Geográ-fica.

Parque de natureza de noudar

O Parque de Natureza de Noudar surge na sequên-cia da aquisição da Herdade da Coitadinha, pela EDIA, em 1997, com o objectivo de desenvolver nesta propriedade um projecto de compensação pela perda de habitats a nível dos ecossistemas de montado, galerias ripícolas e matagais mediterrâ-nicos induzidos por Alqueva.

Ao longo do ano as actividades desenvolvidas no Parque continuaram a basear-se no fomento da multifuncionalidade e sustentabilidade da explo-ração agro-florestal contribuindo, de igual forma, para a conservação dos valores naturais. Assim e de acordo com o estipulado no Plano de Explo-ração Agro-Florestal 2008/2009 prosseguiram as actividades de exploração florestal e agrícola, bem como as actividades pecuárias, hortícolas e cinegéticas da herdade. Tiveram igualmente con-tinuidade as acções relacionadas com a explora-ção ambiental, interpretativa, turística e hoteleira do CIA, tendo sido efectuada uma auditoria com o objectivo de obter, por parte do IPJ, a certificação das instalações para campo de férias. Foi ainda implementado o sistema de vigilância aos incên-dios – 2009 e aprovado, pela Autoridade Florestal Nacional, o Plano de Gestão Florestal da Herdade da Coitadinha.

Em 2009 continuaram, em simultâneo, as activi-dades relacionadas com a exploração turística e hoteleira do CIA. No que respeita à implementação e organização de actividades interpretativas refi-

ra-se a implementação do Campo Arqueológico Experimental, com a conclusão da obra de adap-tação do Monte da Guarda, o início da construção da vedação envolvente e a concepção de sinalética direccional. Tiveram ainda lugar preparativos para o reforço da sinalética direccional e melhoria na informação adicional disponibilizadas aos visitan-tes do Parque.

Realizou-se igualmente uma visita de controlo e certificação do Modo de Produção Biológico e continuaram os trabalhos de reactivação do cer-cado dos coelhos (projecto IBERLINX) e de moni-torização de borboletas, no âmbito do protocolo com a TAGIS. Relativamente a eventos interpre-tativos, evidencie-se a organização e realização do “Desafio Botânico” e a visita de parceiros es-panhóis e do Presidente do Município de Moura, no âmbito do Projecto IBERLINX. Destaque-se também a realização do workshop de identifica-ção e anilhagem de aves, a actividade Biologia no Verão – Ciência Viva: “Aprender Botânica no Parque de Natureza de Noudar” e a concepção e produção do novo modelo de “Caderno de Cam-po”, para apoio às visitas de estudo e a elaboração de fichas para as novas actividades no âmbito da temática “O Passado em Noudar” – arqueologia e paleontologia. No final do ano referencie-se ainda a 2.ª e 3.ª visitas de imprensa alemã, organizadas pela Turismo do Alentejo, no âmbito da temática do Contrabando e apoio aos refugiados da Guerra Civil Espanhola, com a entrega de Medalha da Ex-tremadura a Barrancos.

No decurso de 2009 procedeu-se, simultanea-mente, ao acompanhamento das visitas de estu-do de escolas de diversas localidades: Barrancos; Beja; Moura; Serpa; Portel; Vidigueira; Odemira; Évora; Arraiolos; Castro Verde; Crato; Cacém; Olhão; Viana do Castelo e Porto e foram assegu-rados os serviços de apoio às escolas no agenda-mento e planificação de visitas ao Parque.

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No que respeita à implementação e organização de actividades

interpretativas refira-se a implementação do Campo Arqueológico

Experimental, com a conclusão da obra de adaptação do Monte da Guarda, o início da construção da

vedação envolvente e a concepção de sinalética direccional.

55No âmbito do protocolo de cooperação com a Câ-mara Municipal de Barrancos foram finalizados, no terreno, os trabalhos de recuperação da estrada municipal, com o apoio da EDIA. No final de 2009 decorriam os procedimentos com vista ao início das obras referentes à construção do tanque lú-dico, arrumos do edifício A e restaurante, encon-trando-se em preparação o processo de aquisição de equipamentos e projecto de decoração de inte-riores da adaptação da cafetaria e tanque lúdico.

Referencie-se por último a distinção da EDIA com o Prémio “BES Biodiversidade”, pelo trabalho de conservação e promoção da biodiversidade em curso no Parque de Natureza de Noudar. O Prémio BES Biodiversidade foi lançado pelo Banco Espírito Santo em parceria com o CIBIO e destina-se, na edi-ção 2009, a premiar e apoiar projectos e iniciativas inovadoras de conservação e gestão da diversidade biológica em Portugal, sendo atribuído pela primei-ra vez na temática “Biodiversidade e Empresas”. O galardão foi entregue pelo Ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimen-to Regional, Exmo. Sr. Dr. Francisco Nunes Cor-reia, em cerimónia realizada em Lisboa.

Museu da luz

O Museu da Luz foi concebido com a missão de interpretar, estudar, debater e divulgar os proces-sos inéditos da transferência da aldeia da Luz no contexto da implementação do Empreendimento de Alqueva, num quadro de definição e concreti-zação de medidas compensatórias dos impactes decorrentes da execução do projecto. Como es-paço evocativo da identidade e memórias colec-tivas, assume-se como uma referência no cam-po da interpretação de Alqueva e impulsiona as suas actividades privilegiando as áreas do Estudo e Investigação, Incorporação, Inventário e Docu-mentação, Conservação do Acervo, Interpretação e Exposição, Educação, Projecção e Divulgação e no estabelecimento de parcerias com diversas entidades.

Em 2009 teve assim seguimento a projecção e di-vulgação do Museu e da sua actividade através, nomeadamente, da promoção de iniciativas ex-positivas e da concretização de uma política de divulgação das suas edições junto das bibliotecas do país, ofertas e permutas institucionais. É neste contexto que se procedeu à reformulação do sítio do Museu da Luz, instrumento fundamental na sua política de difusão enquanto alavanca no fomen-

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to à proximidade e conhecimento da instituição, agora na plataforma museudaluz.org.pt. Prosse-guiram também as recepções especiais a escolas, grupos de professores, universidades, grupos de acção cultural e operadores turísticos.

Ao longo do ano continuou a ser privilegiada a po-lítica de incorporação da instituição, com a recep-ção formal, a 05 de Fevereiro, do espólio arque-ológico da freguesia da Luz proveniente do PMI, num evento cerimonial de integração de espólios que contou com a presença da Administração da EDIA, Autarquia de Mourão e Governo Civil de Évora.

No que diz respeito a actividades interpretativas e expositivas efectuou-se o planeamento e concre-tização das exposições do projecto “Dar voz aos objectos” e de exposições temporárias de curta e longa duração. Destaquem-se, neste âmbito, as exposições comissariadas por Luís Serpa – “O Museu Temporário” e a exposição temporária de longa duração “Alqueva e Luz: um território em mudança”. Teve ainda lugar a produção da exposi-ção de fotografia de Eurico Lino do Vale, o planea-mento da exposição de fotografia e vídeo de Nuno Cera (TERRA), a estar patente de Abril a Julho 2010, e da exposição de cartoons de Luis Afonso, a realizar de Outubro a Novembro de 2010.

Em 2009 teve continuidade a parceria no âmbito do Protocolo com a Universidade de Évora: Pro-jecto ‘Mercator’. Referencie-se ainda, neste âmbi-to, a parceria levada a cabo com o projecto “Mu-seu Temporário”, com exposições simultâneas em museus e instituições culturais em Lisboa, Alen-tejo, Centro e Extremadura Espanhola e o Festival Escrita na Paisagem, patente ao público de 1 de Julho a 30 de Setembro.

No âmbito da preparação da nova edição com a publicação dos resultados científicos das esca-vações arqueológicas efectuadas no Castelo da Lousa, procedeu-se também definição dos conte-

údos e ao acompanhamento da produção de textos científicos, no âmbito da proposta para parceria editorial com o Museu Arqueológico de Mérida.

Quanto ao projecto educativo, procedeu-se ao en-cerramento do ano lectivo e do Programa Edu-cativo Escolar do Museu da Luz (2008-2009) e à apresentação e divulgação dos Programas de Ac-tividades para os Públicos Escolar e Geral (2009-2010). Tiveram ainda sequência, junto dos respec-tivos públicos – alvo, as actividades previstas no âmbito dos Projectos Educativos para o Público Geral e Comunidade Concelhia, assim como a sua projecção e divulgação e o desenvolvimento de di-versas “Iniciativas de Dinamização Comunitária”.

Decorreu, em simultâneo, a preparação dos pro-cedimentos concursais da obra de reabilitação do Monte dos Pássaros, aguardando-se, no final do ano, a reformulação do respectivo projecto. Aguarda-se, por outro lado, decisão quanto à cre-denciação do Museu por parte do IMC, no âmbito da sua candidatura para adesão à Rede Portugue-sa de Museus.

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57centro de cartografia

Associado aos projectos de cartografia, topogra-fia e cadastro, o Centro de Cartografia tem como finalidade assegurar as competências necessárias à auto – suficiência da EDIA nestes domínios. Em 2009 o Centro continuou a dar especial atenção às necessidades internas da empresa através, nomeadamente, do acompanhamento das mais modernas tecnologias de informação geográfica. As actividades efectuadas focaram-se também na preparação e apresentação de concursos de cartografia, topografia, piquetagem, colocação de marcos de propriedade e fiscalização.

No decurso do ano teve assim continuidade a execução de ortofotomapas e altimetria vecto-rial, à escala 1:10.000, para a área de influência do EFMA. Com conclusão prevista para Março de 2010, tiveram também sequência os trabalhos de colocação de marcos de propriedade de modo a delimitar a área expropriada nas Albufeiras de Pe-drógão, Loureiro, Álamos I, II, III e Pisão, Adutor Álamos-Loureiro e Bloco de Rega da Infra-estru-tura 12. Finalizou-se igualmente a piquetagem dos limites de expropriação e indemnização e servidão do Perímetro de Rega de Alfundão.

Prosseguiu, por outro lado, a fiscalização dos trabalhos no âmbito do Concurso Público para a Colocação de Marcos de Propriedade de modo a Delimitar a Área Expropriada na Albufeira de Al-queva, a finalizar no início de 2010. Decorreu, em simultâneo, a execução da Piquetagem dos Limi-tes de Expropriação e Indemnização e Servidão do Circuito Hidráulico do Pedrógão e da Adução a Vale de Gaio, bem como a fiscalização aos traba-lhos de Piquetagem dos Limites de Expropriação, Servidão e Indemnização destas infra-estruturas.

No final do ano foi também concluída a Piqueta-gem dos Limites de Expropriação, Indemnização e Servidão do Perímetro de Rega Pisão-Beja, assim como a prestação de serviços para a Certificação

de Qualidade, segundo a Norma ISO 9001:2008, com a realização das auditorias finais de con-cessão. No término de 2009 foi ainda finalizada a prestação de serviços externa para a produção de uma Carta de Ocupação/Uso do Solo de Por-tugal Continental, tendo sido realizada a terceira entrega.

Em 2009 procedeu-se igualmente à elaboração dos Programas de Concursos e respectivo Cader-no de Encargos para:

A Colocação de Marcos de Propriedade para ÔÔa Delimitar a Área Expropriada nas Albufeiras da Amoreira, Brinches, Serpa e Laje; Adutores Alvito-Pisão, da Margem Esquerda, Brinches-Enxoé, e Loureiro-Monte Novo; Estação Elevatória dos Álamos e acessos, acessos às Albufeiras de Serpa e do Loureiro (CM-1119); Túnel Loureiro Alvito e acessos; Segregação das Águas da Barragem de Alvito e Barragem do Pedrógão e acessos eA Colocação de Marcos de Propriedade para a ÔÔDelimitar a Área Expropriada nos Perímetros de Rega de Brinches, Monte Novo e Alvito- -Pisão.

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sisteMas de inforMação geográfica

Em 2009 continuaram as actividades relativas ao desenvolvimento do Sistema para Apoio à Gestão do Património, que se encontra já em produção, tendo sido focados aspectos relacionados com a produção de relatórios de arrendamento e a pre-paração dos relatórios das operações nos terrenos sob gestão da EDIA. Para consulta dos terrenos da empresa disponíveis para venda e aluguer foi tam-bém desenvolvida uma aplicação web, destinada ao público. Esta aplicação integra-se com a Base de Dados de Sobrantes e publicita os sobrantes que a EDIA pretende rentabilizar através de alie-nação ou arrendamento. Está igualmente prevista a integração com o site da empresa para anúncios de oportunidades de arrendamento e aquisição de imóveis da empresa.

Relativamente ao processo de integração entre dados SIG e SAP, procedeu-se ao acompanha-mento e melhoramento da informação respeitante à componente de expropriações. Foi ainda con-cebido um novo processo de integração entre a informação CAD de projecto e telas finais produ-zida por projectistas e empreiteiros, de forma a solucionar a duplicação de esforços para produzir informação CAD e SIG e a dificuldade em manter estes dois conjuntos de informação sincronizados, consoante se verificam alterações aos projectos. No final do ano foram igualmente concluídos os trabalhos de conversão das telas finais de projec-tos mais antigos cuja qualidade dos ficheiros CAD em arquivo colocaram maior dificuldade à sua in-tegração na base de dados da EDIA.

Quanto à infra-estrutura do SIG, foi implementado um sistema de monitorização de desempenho do servidor, sendo assim possível controlar o desem-penho dos serviços existentes e detectar e resol-ver eventuais quebras de serviço garantindo-se, desta forma, maiores níveis de disponibilidade de todas as aplicações.

No que respeita à carta de condicionantes da área envolvente ao regadio do EFMA, realizou-se o es-tudo cartográfico para delimitar áreas de potencial beneficiação. No âmbito do contrato referente à Carta de Ocupação do Solo, procedeu-se também ao desenvolvimento de ferramentas com o objec-tivo de permitir a automação da validação carto-gráfica produzida internamente.

Em termos de cartografia temática da evolução do EFMA elaborou-se, em 2009, uma colecção de cartas ilustrativas da evolução da construção das infra-estruturas do Empreendimento, com evidên-cia para as vertentes de engenharia e obra, patri-mónio cultural e questões ambientais.

Referencie-se, por outro lado, o desenvolvimento, pela equipa, de um visualizador de informação ge-ográfica sensível ao toque, utilizado pela primeira vez no certame OviBeja, A expansão do uso deste equipamento tem sido concretizada noutras feiras.

No final do ano foi disponibilizado à empresa o sis-tema de Cadastro de Infra-estruturas do EFMA, encontrando-se disponível a 1.ª versão para con-sulta via Intranet. Esta aplicação permite:

O acesso ao Arquivo de Projectos e Telas ÔÔFinais, mesmo aos colaboradores localizados fora do edifício Sede, usando o Internet Explorer;Visualização e impressão de ficheiros CAD ÔÔsem uso do AutoCAD (no próprio browser, embora seja instalado um plugin);Acesso ao cadastro de infra-estruturas, que ÔÔtem vindo a ser constituído com base na compilação da informação de projecto e telas finais;A consulta das características dos elementos ÔÔda rede, recolhidas até ao momento, como caudais, diâmetros, materiais, etc;Impressão e criação de PDF com o mapa que ÔÔestá visível no ecrã; (as impressões podem ter anotações de texto e gráficos adicionados pelo utilizador;)

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Pretende-se, de futuro, adicionar maior funciona-lidade à aplicação, que se ajuste às tarefas rela-cionadas com a construção, exploração e manu-tenção das infra-estruturas do EFMA, tais como:

Pesquisa de hidrantes, condutas e proprietá-ÔÔrios por nome, ou outra característica;Traçar perfis longitudinais ao longo de eixos ÔÔarbitrários traçados pelo utilizador, ou ao longo de infra-estruturas seleccionadas pelo utilizador;Listar contactos dos proprietários servidos ÔÔpelas bocas de rega;Indicar a distância de um ponto à origem de ÔÔágua através da rede, ou ao nó/reservatório mais próximo;Permitir a edição das características dos ÔÔelementos da rede, utilizando pequenas fichas de edição;Permitir a correcção da localização e traçado ÔÔdos elementos da rede;

Registo ou interligação com operação das ÔÔinfra-estruturas;Registo ou interligação com consumos/ÔÔdébitos de água eRegisto ou interligação com manutenção das ÔÔinfra-estruturas.

A EDIA foi ainda nomeada membro Charter da Fundação OSGeo, Fundação Internacional que re-úne os maiores projectos de software aberto rela-cionados com SIG a nível mundial e convidada para membro da Comissão Científica das II Jornadas de Software Aberto de Sistemas de Informação Geográfica. O SASIG é um encontro que pretende apresentar casos de estudo de implementação de Sistemas Abertos para SIG na Administração Pú-blica, nas Organizações, na Educação, na Investi-gação, e diversas soluções abertas e de interope-rabilidade entre sistemas SIG.

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História, Missão, Visão, Objectivos, Políticas da Empresa e Participações

história

Foi criada, em 1995, a EDIA – Empresa de Desen-volvimento e Infra-estruturas do Alqueva, S.A., tendo sido reiniciados, nesse mesmo ano e após uma interrupção de quase duas décadas, os tra-balhos de construção da barragem de Alqueva, o elemento central de todo o Empreendimento.

Sendo o Alentejo uma das zonas mais pobres da União Europeia, onde as taxas de desemprego, envelhecimento da população e desertificação hu-mana e física atingem dos valores mais elevados, a barragem de Alqueva foi durante décadas consi-derada como o elemento principal do projecto que poderia melhorar a Região.

Até ao encerramento das comportas da barragem de Alqueva, e consequente enchimento da sua al-bufeira, a EDIA afirmou-se como a empresa ga-rante da construção das infra-estruturas. A EDIA, consciente do papel que assumia na região, como parceiro estratégico e com o objectivo de associar às infra-estruturas do Projecto de Alqueva pólos

de desenvolvimento, apostou na perspectiva em-presarial na sua orientação.

Hoje em dia a EDIA é reconhecida a nível nacio-nal e além fronteiras como uma empresa sólida e estratégica para o estabelecimento de parcerias em diversas áreas de negócio, para além de ser responsável directa pela concepção, construção e exploração das infra-estruturas primárias que estão afectas ao EFMA.

Missão

A EDIA, sociedade de capitais exclusivamente pú-blicos, foi criada através do pelo Decreto-Lei N.º 32/95, de 11 de Fevereiro, com o intuito de proce-der à concepção, execução, construção e explora-ção do EFMA e à promoção do desenvolvimento económico e social da sua área de intervenção, sendo a sua missão conceber e potenciar o EFMA. Desta forma, foi atribuída à EDIA titularidade dos direitos e obrigações que eram responsabilidade da sua Comissão Instaladora.

Posteriormente, e através do Decreto-Lei N.º 335/2001, de 24 de Dezembro, à EDIA foi acome-tida a responsabilidade pela concepção, execu-ção, construção e exploração das infra-estruturas que asseguram o desenvolvimento da actividade de captação, adução e distribuição de água “em

5. Governo da sociedade

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alta”, definidas como “Infra-estruturas Primárias do EFMA”, o que traduziu uma alteração sensível no âmbito de intervenção da empresa.

Com o Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de Fevereiro, e o arranque efectivo em exploração de algumas in-fra-estruturas do Empreendimento, deu-se origem a um novo ciclo na vida da empresa, tendo a EDIA sido corroborada como entidade à qual legalmente foi atribuído o exercício da gestão, exploração, ma-nutenção e conservação das infra-estruturas que integram o sistema primário do EFMA.

As bases da concessão acordadas entre a EDIA e o Estado, conferindo à EDIA a gestão e exploração do EFMA, bem como a utilização do domínio públi-co hídrico afecto ao Empreendimento foram con-solidadas através do Decreto-Lei N.º 313/2007, de 17 de Setembro. Tendo em vista a utilização do domínio público hídrico afecto ao EFMA para fins de rega e exploração hidroeléctrica foram, desta forma, aprovadas as bases do contrato de conces-são a celebrar entre a EDIA e o Estado.

Em 2009, o objecto social da EDIA assentava na concepção, execução e construção das infra-es-truturas que integram o sistema primário do Em-preendimento, bem como a sua gestão, explora-ção, manutenção e conservação; na concepção, execução e construção das infra-estruturas que integram a rede secundária afecta ao Empreendi-mento, em representação do Estado e de acordo com as instruções que lhe sejam dirigidas pelo MADRP; na promoção, desenvolvimento e pros-secução de outras actividades económicas cujo aproveitamento contribua para a melhoria das condições de utilização dos recursos afectos ao Empreendimento e na utilização do domínio públi-co hídrico afecto ao Empreendimento para fins de rega e exploração hidroeléctrica, mediante con-trato de concessão celebrado nos termos da Lei N.º 58/2005, de 29 de Dezembro.

Ao longo dos anos a EDIA tem vindo a afirmar-se como a empresa garante da construção das infra-

-estruturas do EFMA, associando-se ao desenvol-vimento integrado da sua área de inserção, numa postura de consolidação da sua presença no con-texto regional e nacional. A criação da EDIA veio assim assumir-se como uma referência incontor-nável a nível regional, tendo a sua materialização registado importantes impactes a nível social, económico e ambiental. A empresa tem igualmen-te vindo a pautar a sua actuação numa perspectiva de utilização sustentável dos seus recursos natu-rais e na aposta empresarial da sua orientação, contribuindo, desta forma, para o desenvolvimen-to do Alentejo.

visão

Consolidar a empresa no contexto regional e ÔÔnacional.

objectivos

Construir, gerir e explorar o conjunto infra-ÔÔestrutural integrante do sistema primário do EFMA;Potenciar o desenvolvimento económico e ÔÔsocial sustentável na área de intervenção da empresa;Operar no sector do domínio público hídrico ÔÔde captação, adução e distribuição de água em “alta”, rega e exploração hidroeléctrica eDesenvolver uma estratégia empresarial que ÔÔassegure a sustentabilidade da actividade da empresa.

A EDIA assumiu como compromissos fundamen-tais assegurar o elevado grau de desempenho am-biental consubstanciado na adopção de práticas de gestão ambiental, gestão e monitorização da água, valorização de áreas de interesse para a conser-vação da natureza e a valorização profissional dos seus trabalhadores.

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63Políticas da eMPresa

Cumprir a missão e os objectivos ÔÔdeterminados, de forma económica, financeira, social e ambientalmente eficiente;Cumprir a legislação e regulamentação em ÔÔvigor;Salvaguardar os bens activos;ÔÔ

Cumprir o princípio da igualdade de ÔÔoportunidades entre homens e mulheres;Tratar com respeito e integridade os seus ÔÔtrabalhadores, contribuindo activamente para a sua valorização profissional;Tratar com equidade todos os clientes e ÔÔfornecedores eInformar e divulgar as actividades de acordo ÔÔcom a legislação e outras orientações do Accionista.

ParticiPações

GestAlqueva – 51%ÔÔ

LUSOFUEL – 10%ÔÔ

COTR – 8,8%ÔÔ

Águas do Centro Alentejo – 5%ÔÔ

ADRAL – 4,11%ÔÔ

EDAB – 1,25%ÔÔ

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Previsão de execução das orientações específicas e objectivos de gestão para o triénio 2008-2010

i. introdução

Nos termos do regime jurídico do sector empre-sarial do Estado e do Estatuto do Gestor Público, o Estado, enquanto accionista da sociedade EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estrutu-ras do Alqueva, S.A., e tendo presentes as orien-tações estratégicas aprovadas pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 70/2008, de 22 de Abril, define, no presente documento, as orienta-ções gerais e específicas dirigidas ao Conselho de Administração da sociedade, para o Triénio 2008-2010, durante o mandato a iniciar em 2008, que constituirão as coordenadas essenciais da acção dos gestores que integram esse órgão, bem como o compromisso com a excelência de gestão que ao serem eleitos aqueles gestores assumem para com os accionistas.

ii. PrincíPios orientadores

Constituem princípios orientadores da gestão da Sociedade EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas do Alqueva, S.A.:

A implantação de uma filosofia de gestão ÔÔprofissionalizada, baseada nas competências adequadas e no incremento da capacidade produtiva segundo os mais exigentes parâmetros de qualidade, em prol do cumprimento da sua missão;

A adopção das melhores práticas de gestão, ÔÔsegundo os princípios de bom governo das empresas públicas;

O desenvolvimento de uma cultura ÔÔorganizacional orientada para a excelência do desempenho, através da utilização de um conjunto de práticas empresariais de referência, que possibilitem à empresa o sucesso no caminho da procura da sustentabilidade empresarial, assente, fundamentalmente, numa nova filosofia de gestão que complete as dimensões económica, ambiental, social e ética.

iii. orientações gerais do sector

A Sociedade EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas do Alqueva, S.A. desenvolve a sua actividade nos sectores Agrícola e Energético, através da implementação e exploração das com-ponentes hidroagrícola e de produção de energia do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA), cujo enquadramento estratégico se en-contra definido no respectivo plano sectorial de-nominado Plano Estratégico Nacional (PEN), cujas orientações fundamentais para a sua elaboração foram aprovadas através da Resolução do Conse-lho de Ministros N.º 147/2006, de 2 de Novembro, e apresentado em Fevereiro de 2007.

A construção de infra-estruturas da rede primá-ria e da rede secundária de rega, constituem uma prioridade para o Triénio 2008-2010.

iv. orientações esPecíficas

1. Missão

A EDIA tem como missão, “construir, gerir e ex-plorar o conjunto infraestrutural integrante do sistema primário do EFMA, operar no sector do domínio público hídrico de captação, adução e dis-tribuição de água em “alta”, para abastecimento público, rega e exploração hidroeléctrica, poten-ciar o desenvolvimento económico, social e am-

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65bientalmente sustentável na área de intervenção da empresa e desenvolver uma estratégia empre-sarial que assegure a sustentabilidade da activida-de de exploração da empresa”.

No âmbito da sua missão, a EDIA assumiu como compromissos fundamentais assegurar o elevado grau de desempenho ambiental consubstanciado na adopção de práticas de gestão ambiental, ges-tão e monitorização da água, valorização de áreas de interesse para a conservação da natureza e a valorização profissional dos seus trabalhadores.

Deste modo, o maior desafio que se coloca à EDIA, no Triénio 2008-2010, passa por uma concentra-ção de recursos na implementação e potenciali-zação das dimensões hidroagrícola do empreen-dimento, visando a obtenção, no mais curto prazo possível, de benefícios efectivos provenientes do aproveitamento dos recursos hídricos afectos ao EFMA.

Assim, a EDIA, no quadro da sua missão nuclear de potenciar o EFMA, aproveitando o potencial ge-rado pelas infra-estruturas de regadio e, enquanto pólo de excelência de desenvolvimento regional, tem condições únicas para contribuir para o de-senvolvimento de clusters agro-alimentares, atra-vés de políticas activas de incentivo, atracção e de captação de investimento em actividades agrí-colas e agro-industriais, em especial, nas áreas estratégicas da política agrícola do Governo, esti-mulando as parcerias entre operadores da fileira agro-alimentar. Esta missão da EDIA integra um conjunto de competências geradas ao longo do seu percurso empresarial – engenharia, gestão e exploração de infra-estruturas de regadio e hi-droeléctricas, gestão ambiental e de recursos hí-dricos e planeamento estratégico, que podem ser internacionalizadas.

2. objectivos estratégicos

No Sistema Global de Rega e nas energias reno-váveis do EFMA, o Conselho de Administração, estabeleceu como objectivos específicos, até ao ano de 2010:

Na rede de rega, equipar os seguintes períme-tros:

subsistema de alqueva

Bloco do Pisão – 2 588 ha;Bloco 4 do Monte Novo – 2 378 ha;Blocos Alvito-Pisão (inclui bloco de Faro 1) – 10 058 ha;Blocos de Alfundão – 4 216 ha;Blocos Pisão-Roxo (1.ºs) – 5 118 ha;Sub-Total – 24 358 ha

subsistema do ardila

Bloco Orada Amoreira – 2 522 ha;Blocos de Brinches – 5 463 ha;Blocos de Serpa – 4 400 ha.Blocos Brinches-Enxoé – 4 698 ha.Sub-total – 17 083 haTotal – 41 441 ha

na energia renovável

Proceder à conclusão das Mini-hídricas de Alvito, de Odivelas, do Roxo e de Serpa;

1. A execução do Bloco de Faro depende da decisão acerca das condições em que os trabalhos podem ser desenvolvi-dos e a área a equipar em função da recente classificação da mesma como ZPE.

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anexo i – objectivos operacionais de gestão para triénio 2008-2010

2007 2008 2009 2010Total Triénio

2008-2010Total

Obra concluída Obra iniciadaObra

concluídaObra iniciada Obra concluída Obra iniciada Obra concluída Obra concluída Obra concluída

1. operacionais

Perímetros da rede de rega (em ha) 11 907 13 103 12 281 16 057 15 846 12 992 13 314 41 441 53 348

subsistema alqueva 11 316 5 118 12 281 6 959 7 861 8 192 4 216 24 358 35 674

Infra-estruturas 12 5 980 0 5 980

Bloco do Pisão 2 588 2 588 2 588

Blocos 1, 2 e 3 do Monte Novo 5 336 0 5 336

Bloco 4 do Monte Novo 2 378 2 378 2 378

Blocos Alvito-Pisão (inclui Bloco de Faro)* 7 315 2 743 2 743 10 058 10 058

Blocos de Alfundão 4 216 4 216 4 216 4 216

Blocos de Pisão-Roxo 5 118 5 118 5 118 5 118

Bloco Loureiro-Alvito 470 0 0

Blocos de Ervidel (2.º blocos Pisão-Roxo) 6 422 0 0

Bloco de Aljustrel (Roxo-Sado) 1 300 0 0

subsistema de ardila 0 7 985 0 9 098 7 985 0 9 098 17 083 17 083

Bloco Orada Amoreira 2 522 2 522 2 522 2 522

Blocos de Brinches 5 463 5 463 5 463 5 463

Blocos de Serpa 4 400 4 400 4 400 4 400

Blocos Brinches Enxoé 4 698 4 698 4 698 4 698

subsistema de Pedrógão 0 0 0 0 0 4 800 0 0 0

Blocos de Pedrógão, Selmes e S.Pedro Norte 4 800 0 0

Perimetro da luz 591 591

Pisão Alvito Alvito Alvito Pisão, Alvito

Energia Renovável (Mini-hídricas)Odivelas, Roxo e

SerpaOdivelas, Roxo e

SerpaOdivelas, Roxo e

SerpaOdivelas, Roxo e

Serpa

distribuição de água em alta

Reforço de abastecimento de água (habitantes)

100 000 74 000 26 000 74 000 100 000 200 000

* A execução do Bloco de Faro depende da decisão acerca das condições em que os trabalhos podem ser desenvolvidos e a área a equipar em função da recente classificação da mesma como ZPE.

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anexo i – objectivos operacionais de gestão para triénio 2008-2010

2007 2008 2009 2010Total Triénio

2008-2010Total

Obra concluída Obra iniciadaObra

concluídaObra iniciada Obra concluída Obra iniciada Obra concluída Obra concluída Obra concluída

1. operacionais

Perímetros da rede de rega (em ha) 11 907 13 103 12 281 16 057 15 846 12 992 13 314 41 441 53 348

subsistema alqueva 11 316 5 118 12 281 6 959 7 861 8 192 4 216 24 358 35 674

Infra-estruturas 12 5 980 0 5 980

Bloco do Pisão 2 588 2 588 2 588

Blocos 1, 2 e 3 do Monte Novo 5 336 0 5 336

Bloco 4 do Monte Novo 2 378 2 378 2 378

Blocos Alvito-Pisão (inclui Bloco de Faro)* 7 315 2 743 2 743 10 058 10 058

Blocos de Alfundão 4 216 4 216 4 216 4 216

Blocos de Pisão-Roxo 5 118 5 118 5 118 5 118

Bloco Loureiro-Alvito 470 0 0

Blocos de Ervidel (2.º blocos Pisão-Roxo) 6 422 0 0

Bloco de Aljustrel (Roxo-Sado) 1 300 0 0

subsistema de ardila 0 7 985 0 9 098 7 985 0 9 098 17 083 17 083

Bloco Orada Amoreira 2 522 2 522 2 522 2 522

Blocos de Brinches 5 463 5 463 5 463 5 463

Blocos de Serpa 4 400 4 400 4 400 4 400

Blocos Brinches Enxoé 4 698 4 698 4 698 4 698

subsistema de Pedrógão 0 0 0 0 0 4 800 0 0 0

Blocos de Pedrógão, Selmes e S.Pedro Norte 4 800 0 0

Perimetro da luz 591 591

Pisão Alvito Alvito Alvito Pisão, Alvito

Energia Renovável (Mini-hídricas)Odivelas, Roxo e

SerpaOdivelas, Roxo e

SerpaOdivelas, Roxo e

SerpaOdivelas, Roxo e

Serpa

distribuição de água em alta

Reforço de abastecimento de água (habitantes)

100 000 74 000 26 000 74 000 100 000 200 000

* A execução do Bloco de Faro depende da decisão acerca das condições em que os trabalhos podem ser desenvolvidos e a área a equipar em função da recente classificação da mesma como ZPE.

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na distribuição de água em alta:

Reforçar o abastecimento de água através ÔÔda Albufeira de Alvito, cujos Concelhos abrangidos são os de Viana do Alentejo, Portel, Vidigueira, Cuba e Alvito;Reforçar o abastecimento de água através ÔÔda Albufeira do Enxoé, cujos Concelhos abrangidos são os de Serpa e Mértola;Reforçar o abastecimento de água através ÔÔda Albufeira do Roxo, cujos Concelhos abrangidos são os de Beja e Aljustrel.

Reforço de Abastecimento de Água – 100.000 ha-bitantes.

3. objectivos de gestão para o triénio 2008-2010

na área económico-financeira

As políticas de custos assumidas nos últimos dois anos, permitiram apresentar um decréscimo glo-bal nos custos de funcionamento, ajustados ao ritmo da implementação e execução do anterior calendário do EFMA. Dadas as novas orientações ao programa de implementação infra-estrutural do Empreendimento que se traduz numa redução de 13 anos, será necessário um acréscimo de meios humanos e materiais, até 2013. Contudo, aprovei-tando as sinergias possíveis pretende-se limitar este acréscimo de custos de acordo com as orien-tações recebidas e atendendo ao seguinte:

O acréscimo de custos deve respeitar os ÔÔpressupostos macroeconómicos verificados anualmente;Os custos financeiros devem ser minimizados ÔÔde acordo com a política de financiamento definida pelo Accionista;Redução do prazo médio de pagamentos nos ÔÔtermos constantes da RCM N.º 34/2008.

4. quantificação dos objectivos de gestão para triénio 2008-2010

2008 2009 2010

1. Operacionais (Quadro em Anexo 1)

2. Financeiros

PMP de acordo c/ RCM 34/2008 (dias) 57 45 30

Resultado Operacional (milhares de Euros) 5 000 3 500 4 500

Custos Operacionais/EBITDA 1,10 1,44 1,32

Custos com Pessoal/EBITDA 0,31 0,55 0,51

Taxa de Actualização Salarial 2,1% 2,9% *

Dívida/Capital Próprio 1,85 0,94 1,06

EBITDA/Juros Líquidos 1,68 1,71 1,96

Resultado Líquido (milhares de Euros) 328 709 1 056

* A taxa de actualização salarial não excederá a que for fixada pelo Governo para a Administração Pública

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69Grau de Execução das Orientações Específicas e Objectivos de Gestão para o ano 2009

Relativamente aos objectivos operacionais de gestão para o ano 2009, indicados nas Orienta-ções Específicas para a empresa pública EDIA, para o triénio 2008-2010, o grau de realização é o seguinte:

Planeado 2009 Real 2009 Variação

Obra iniciada

Obra concluída

Obra iniciada

Obra concluída

Obra iniciada

Obra concluída

1. operacionais

Perímetros da rede de rega (em ha) 16 057 15 846 14 451 10 639 -1 606 -5 207

subsistema alqueva 6 959 7 861 5 353 2 654 -1 606 -5 207

Blocos Alvito-Pisão (inclui Bloco de Faro)* 2 743 2 743 1 137 1 137 -1 606 -1 606

Blocos de Alfundão 4 216 4 216

Blocos de Pisão-Roxo 5 118 1 517 -3 601

subsistema de ardila 9 098 7 985 9 098 7 985 - -

Bloco Orada Amoreira 2 522 2 522

Blocos de Brinches 5 463 5 463

Blocos de Serpa 4 400 4 400

Blocos Brinches Enxoé 4 698 4 698

distribuição de água em alta

Reforço de abastecimento de água (habitantes)

26 000 26 000

* Relativamente aos objectivos indicados para o triénio 2008-2010 actualizou-se a área do Bloco de Rega de Faro visto que, dos 2.743ha da área prevista, está-se a equipar apenas 1.137ha devido a condicionantes relacionadas com a ZPE de Cuba, criada pelo Decreto Regulamentar N.º 6/2008, de 26 de Fevereiro.

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Planeado 2009 Real 2009 Variação

2. financeiros

PMP de acordo c/RCM 34/2008 (dias) 45 74 29

Resultado Operacional (milhares de Euros)

3500 2192 -1308

Custos Operacionais/EBITDA 1,44 1,51 0,07

Custos com pessoal/EBITDA 0,55 0,56 0,01

Taxa de actualização salarial 2,9% 2,9% -

Dívida/Capital próprio 0,94 1,29 0,35

EBITDA/Juros líquidos 1,71 2,83 1,12

Resultado líquido (milhares de Euros) 709 1334 625

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71Indicação do modelo de governo e identificação dos membros dos órgãos sociais

São Órgãos da Sociedade:

A Assembleia Geral;ÔÔ

O Conselho de Administração;ÔÔ

O Conselho Fiscal eÔÔ

O Revisor Oficial de Contas.ÔÔ

Cargo Órgãos Sociais Eleição Mandato

Mesa da assembleia geral

Presidente Prof. Dr. Carlos Alberto Martins Portas 4/21/2008 2008-2010

Secretária Dra. Cristina Maria Pereira Freire 4/21/2008 2008-2010

Secretário Dr. Luís Miguel Ferreira Mendes Braga 4/17/2009 2008-2010

conselho de administração

Presidente Dr. Henrique António de Oliveira Troncho 4/21/2008 2008-2010

Vogal Dr. António Albino Pires de Andrade 4/21/2008 2008-2010

Vogal Eng. Hemetério José Antunes Monteiro 4/21/2008 2008-2010

Vogal Dr. Jorge Pulido Valente * 9/15/2008 2008-2010

Vogal Dr. José Alexandre Fernandes Rodrigues ** 4/17/2009 2009-2010

conselho fiscal

Presidente Dr. António Bernardo de Menezes e Lorena de Séves 4/21/2008 2008-2010

Vogal Dra. Graciete Conceição Pires Calejo Pinto 4/21/2008 2008-2010

Vogal Dra. Clara Susana Pereira Silva Santos 4/21/2008 2008-2010

Vogal Suplente Dra. Cristina Maria Vieira Sampaio 4/21/2008 2008-2010

revisor oficial de contas

SROCMazars & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A.Representada pelo Dr. Justino Mendes dos Santos Romão

9/4/2008 2008-2010

* O Dr. Jorge Pulido Valente deixou o seu cargo no Conselho de Administração da EDIA a 29 de Outubro de 2009, na sequência da sua eleição para a Presidência da Câmara de Beja.** O Dr. José Alexandre Rodrigues deixou o seu cargo no Conselho de Administração da EDIA a 07 de Janeiro de 2010.

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asseMbleia geral

Compete à Assembleia Geral:

Deliberar sobre o relatório de gestão e as ÔÔcontas do exercício;Deliberar sobre a proposta de aplicação de ÔÔresultados;Proceder à apreciação geral da administração ÔÔe fiscalização da sociedade;

Eleger o Revisor Oficial de Contas e o ÔÔConselho Fiscal;Deliberar sobre alterações dos estatutos eÔÔ

Deliberar sobre qualquer outro assunto para ÔÔque tenha sido convocada.

As deliberações são tomadas por maioria de votos dos accionistas presentes ou representados na Assembleia Geral, sempre que a lei não disponha de forma diversa.

Mesa da assembleia geral

Funções e Responsabilidades

Professor Doutor Carlos Alberto Martins Portas Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Dra. Cristina Maria Pereira Freire Secretária da Mesa da Assembleia Geral

Dr. Luís Miguel Ferreira Mendes Braga Secretário da Mesa da Assembleia Geral

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73conselho de adMinistração (à data de elaboração do relatório & contas – exercício de 2009)

Funções e Responsabilidades

dr. henrique antónio de oliveira troncho

Presidente do Conselho de Administração

Coordenação do Conselho

Gabinete de Apoio Jurídico

Gabinete de Gestão de Recursos Humanos

Gabinete de Relações Públicas e Comunicação

Gabinete de Promoção, Inovação e Internacionalização

Gabinete de Documentação, Desenvolvimento e Marketing

Museu da Luz

Parque de Natureza de Noudar

dr. antónio albino Pires de andrade

Vogal do Conselho de Administração

Direcção de Infra-estruturas Primárias e de Energia

Direcção de Agricultura e Desenvolvimento Rural

Direcção de Administração e Finanças

Núcleo Empresarial da Região de Beja

Energias Renováveis

Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja

Administrador da Agência Regional de Energia do Centro e Baixo Alentejo

Administrador da LUSOFUEL, S.A.

eng. hemetério josé antunes Monteiro

Vogal do Conselho de Administração

Direcção de Engenharia, Ambiente e Ord. Território

Direcção de Gestão do Património e de Expropriações

Centro de Cartografia

Águas do Centro Alentejo, S.A.

Centro Operativo e de Tecnologia de Regadio

Gestalqueva

Nota 1: Por deliberação do Conselho de Administração de 13 de Janeiro de 2010, e na sequência da ces-sação de funções do Administrador Dr. José Alexandre Rodrigues, foi designado o Dr. Pires de Andrade para assegurar a representação da EDIA na Comissão Executiva do NERBE. O Conselho de Administra-ção determinou ainda que todos os pelouros que vinham sendo exercidos pelo Dr. José Alexandre Rodri-gues passarão a ser assegurados pelo Presidente do Conselho de Administração, Dr. Henrique Troncho. A representação da EDAB passa a ser assegurada pelo Dr. Pires de Andrade, ficando a representação da ADRAL a cargo do Dr. João Martins.

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conselho fiscal

revisor oficial de contas

auditor externo

reMuneração dos MeMbros dos órgãos sociais

estatuto remuneratório fixado

Funções e Responsabilidades

Dr. António Bernardo de Menezes e Lorena de Séves Presidente do Conselho Fiscal

Dra. Graciete Conceição Pires Calejo Pinto Vogal do Conselho Fiscal

Dra. Clara Susana Pereira Silva Santos Vogal do Conselho Fiscal

Dra. Cristina Maria Vieira Sampaio Vogal Suplente do Conselho Fiscal

Funções e Responsabilidades

Mazars & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A.Revisor Oficial de Contas

Representado pelo Dr. Justino Mendes dos Santos Romão

Nota: O ROC é o Auditor Externo registado na CMVM.

Funções e Responsabilidades

BDO bdc & AssociadosAuditor Externo

Sociedade de Revisores Oficiais de Contas

Estatuto Remuneratório Fixado

Mesa da assembleia geral

Presidente Senha de Presença no valor de 645,77 euros

Secretário Senha de Presença no valor de 387,97 euros

conselho de administração (administradores executivos)

Presidente

Remuneração de 4.204,18 euros, 14 vezes por ano

Despesas de representação de 1.471,46 euros, 12 vezes por ano

Viatura de Serviço; Telemóvel; Seguro de Saúde; Seguro de Acidentes Pessoais

vogais

Remuneração de 3.719,08 euros, 14 vezes por ano

Despesas de representação de 1.115,72 euros, 12 vezes por ano

Viatura de Serviço; Telemóvel; Seguro de Saúde; Seguro de Acidentes Pessoais

órgãos de fiscalização

Revisor Oficial de Contas * Honorários – 87.800,55 euros

Conselho Fiscal ** Honorários – 50.577,80 euros

* Este montante inclui os honorários relativos ao ano de 2008, por terem sido facturados e registados em 2009.** Este montante contempla os vencimentos desde Abril de 2008, uma vez que apenas foi definido o Estatuto Remuneratório a 1 de Abril de 2009.

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75No quadro seguinte indicam-se as remunerações efectivamente auferidas no exercício por parte de cada um dos membros do Conselho Fiscal, do ROC e do Auditor Externo.

remunerações e outras regalias (valores anuais)

Mesa da assembleia geral

euros

conselho fiscal 2008 2009

Dr. António Bernardo de Menezes e Lorena de Séves 8 459,36 11 771,76

Dra. Graciete Conceição Pires Calejo Pinto 6 344,52 8 828,82

Dra. Clara Susana Pereira Silva Santos 6 344,52 8 828,82

Dra. Cristina Maria Vieira Sampaio

revisor oficial de contas 2008 2009

Mazars & Associados, Sociedades de Revisores Oficias de Contas, S.A. 37 600,00 50 200,55

auditores externos 2008 2009

BDO bdc & Associados 44 025,00

euros

Mesa da Assembleia Geral

Presidente secretário

Senha de Presença na Reunião da Assembleia Geral de 17 de Abril de 2009 645,77 387,97

Senha de Presença na Reunião da Assembleia Geral de 24 de Abril de 2009 645,77 387,97

total 1 291,54 775,94

NOTA: A Dra. Ana Isabel Caeiro Paulino renunciou ao cargo a 24 de Março de 2009 e o Dr. Luis Miguel Ferreira Mendes Braga não participou na Reunião da Assembleia Geral de 24 de Abril de 2009.

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conselho de administraçãoeuros

Presidente Vogal (1) Vogal (2) Vogal (3) Vogal (4)1. remuneraçãoRemuneração base 58 858,52 52 067,12 52 067,12 40 785,91 38 926,37Acumulação de funções de gestãoRemuneração complementarDespesas de representação 17 657,52 13 388,64 13 388,64 11 120,01 9 446,43Prémios de gestãoOutras 3 211,93

2. outras regalias e compensaçõesGastos de utilização de telefones 588,73 1 177,52 402,15 1 195,97 772,38Valor de aquisição, pela empresa, da viatura de serviço Valor do combustível gasto com a viatura de serviço 3.789.07 4.476.71 2.796.97 3.321.67 1.768.03 Subsídios de deslocaçãoSubsídio de refeiçãoOutras Ajudas de Custo 207,60 1 412,33 2 593,54 1 162,28 2 513,16

3. encargos com benefícios sociaisSegurança social obrigatório 4 022,06 5 206,74 4 084,52 2 817,12 2 766,63Planos complementares de reformaSeguros de saúde 302,00 302,00 302,00 251,67 213,96Seguros de vidaOutros Seguro de Acidentes Pessoais 264,00 264,00 264,00 220,00 187,00…

4. informações adicionaisOpção pelo vencimento de origem (s/n) N N N N NIndicação do Regime de Segurança Social CGA/ADSE Geral CGA/ADSE CGA/ADSE CGA/ADSECumprimento do N.º 7 da RCM 155/2005 S S S SAno de aquisição de viatura pela empresa 2006 2007 2006 2002/2009 2002/2009Exercício da opção de aquisição de viatura de serviço (s/n) N N N N NUsufruto de casa de função (s/n) N N N N NExercício de funções remuneradas fora do grupo (s/n)Outras

Nota 1: O Conselho de Administração da EDIA finalizou o ano de 2009 com quatro elementos, tendo o Vogal 4 (Dr. José Alexandre Fernandes Rodrigues) assumido funções a partir de 17 de Abril de 2009. O Vogal 3 (Dr. Jorge Pulido Valente) deixou o seu cargo no Conselho de Administração da EDIA a 29 de Outubro de 2009, na sequência da sua eleição para a Presidência da Câmara Municipal de Beja. Nota 2: O valor constante no item “Outras” do ponto “1. Remunerações” corresponde ao pagamento de 19 dias de férias não gozadas pelo Vogal 3 (Dr. Jorge Pulido Valente).Nota 3: No item “Ano de aquisição de viatura pela empresa” do ponto “4. Informações Adicionais”, refira-se que o Vogal 3 (Dr. Jorge Pulido Valente) utilizou, de Janeiro a Abril, uma viatura com ano de matrícula de 2002 e, de Maio a Outubro, um veículo com ano de matrícula de 2009. O Vogal 4 (Dr. José Alexandre Rodrigues) utilizou, até ao mês de Outubro, uma viatura com matrícula de 2002 tendo, nos meses de Novembro e Dezembro, passado a usar um veículo com matrícula datada de 2009.

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77Regulamentos internos e externos a que a EDIA está sujeita

regulaMentos externos

decreto-lei n.º 42/2007 de 22 de fevereiro

Define o regime jurídico aplicável à gestão, ÔÔexploração, manutenção e conservação das infra-estruturas que integram o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, altera os Estatutos da Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas do Alqueva, S. A., e revoga os Decretos-Lei N.º 32/95, de 11 de Fevereiro; N.º 33/95, de 11 de Fevereiro e N.º 335/2001, de 24 de Dezembro.

decreto-lei n.º 313/2007 de 17 de setembro

Desenvolve o regime jurídico aplicável ÔÔà gestão, exploração, manutenção e conservação das infra-estruturas que integram o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva e aprova as bases do respectivo contrato de concessão.

lei n.º 58/2005 de 29 de dezembro

Aprova a Lei da Água, transpondo para ÔÔa ordem jurídica nacional a Directiva N.º 2000/60/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de Outubro, e estabelece as bases e o quadro institucional para a gestão sustentável das águas.

decreto-lei n.º 21-a/98 de 6 de fevereiro

Visa proceder a uma adequação do regime ÔÔgeral das expropriações, de modo a permitir a rápida disponibilidade dos terrenos situados na zona reservada das albufeiras do Alqueva e de Pedrógão e a concretização urgente dos processos de reinstalação da Aldeia da Luz e realojamento das populações. Deste modo é declarada a utilidade pública com carácter de urgência, das expropriações dos imóveis e direitos a eles relativos necessários à realização do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva. É ainda declarada a utilidade pública das expropriações dos imóveis e direitos a eles relativos necessários à reinstalação da Aldeia da Luz. Nos mesmos termos é também declarada a utilidade pública das expropriações para a construção das infra-estruturas viárias. É conferida à EDIA, sem dependência de ÔÔprazo e de outras formalidades, a posse administrativa imediata dos bens a expropriar.

código dos contratos Públicos aprovado pelo decreto-lei n.º 18/2008 de 29 de janeiro

Estabelece a disciplina aplicável à contratação ÔÔpública e o regime substantivo dos contratos públicos.

código de expropriações – lei n.º 56/2008 de 04 de setembro

Aprova o Código das Expropriações que ÔÔregula todo o procedimento expropriativo.

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78

Princípios do bom governo – resolução do conselho de Ministros n.º 49/2007 de 01 de fevereiro

Aprova os princípios de bom governo das ÔÔempresas do sector empresarial do Estado.

regulaMentos internos

regulamento da avaliação de desempenho dos colaboradores da edia

A Avaliação do Desempenho é um ÔÔinstrumento de desenvolvimento da estratégia da EDIA, que tem como objectivo a melhoria dos resultados, ajudando os colaboradores a atingir níveis de desempenho elevados.

regulamento do centro de documentação

Neste regulamento estão definidos, entre ÔÔoutros assuntos, a natureza e principais funções do centro de documentação.

Manual de Procedimentos

O Manual de Procedimentos da EDIA ÔÔoperacionaliza a sua missão, estratégia e objectivos finais, servindo de fundamento a todas as tarefas executadas, identificando «quem as deve fazer», «como as deve fazer» e que «riscos e controlos estão associados».

Manual de gestão de documentos

O Manual de Gestão de Documentos é ÔÔum Documento Normativo no qual vêm designados os procedimentos relacionados com a organização, funcionamento e implantação do Arquivo da EDIA.

Modelos de documentos

O Procedimento de Modelos de Documentos ÔÔtem como objectivo definir a formatação dos modelos de documentos a utilizar pelos colaboradores da EDIA.

Política de computação Pessoal

A Política de computação Pessoal apresenta ÔÔas normas de conduta que devem ser respeitadas pelos colaboradores da EDIA e a descrição de alguns dos mecanismos automáticos implementados pelo Gabinete de Sistemas de Informação para proteger os seus sistemas de informação.

regulamento para cedência de equipamento informático

O regulamento de cedência de equipamento ÔÔinformático estabelece as normas de requisição e cedência de equipamento informático não adequado para o uso profissional da EDIA.

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79regulamento de gestão de viaturas

O regulamento de gestão de viaturas ÔÔdefine um conjunto de princípios que tem como objectivo a optimização da frota existente, a uniformização de critérios e a responsabilidade dos utilizadores das viaturas da EDIA.

regulamento de utilização do auditório

O auditório do edifício sede da EDIA é um ÔÔespaço ao qual podem ter acesso, além dos serviços desta Empresa, entidades externas, usufruindo deste equipamento vocacionado para colóquios, debates, seminários, conferências, encontros e mesmo manifestações de carácter artístico/cultural. Este regulamento define entre outros aspectos as regras de utilização deste espaço.

regulamento interno do Museu da luz

O regulamento interno do Museu da ÔÔLuz define um conjunto de normas e procedimentos inerentes ao funcionamento do mesmo.

regulamento da Política de incorporação do Museu da luz

O regulamento da política de incorporação ÔÔdo Museu da Luz constitui a politica de incorporação do Museu da Luz definida segundo a vocação e consubstanciada no seu programa de actuação.

regulamento das normas e Procedimentos de conservação Preventiva do Museu da luz

Estabelece normas e procedimentos de ÔÔconservação preventiva tendo em vista o cumprimento de uma função museológica de maior importância para os museus.

Plano de Prevenção de riscos de corrupção e infracções conexas

Este Plano contém, nomeadamente, os ÔÔseguintes elementos:

Identificação, relativamente a cada área ou ÔÎdepartamento, dos riscos de corrupção e infracções conexas;Com base na identificação dos riscos, ÔÎidentificação das medidas adoptadas que previnam a sua ocorrência (por exemplo, mecanismos de controlo interno, segregação de funções, definição prévia de critérios gerais e abstractos, designadamente na concessão de benefícios públicos e no recurso a especialistas externos, nomeação de júris diferenciados para cada concurso, programação de acções de formação adequada, etc);Definição e identificação dos vários ÔÎresponsáveis envolvidos na gestão do plano, sob a direcção do órgão dirigente máximo;Elaboração anual de um relatório sobre a ÔÎexecução do plano.

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informação sobre as transacções relevantes com entidades relacionadas

O Capital Social da EDIA é detido a 100% pelo ÔÔEstado Português, através da DGT. Em 31 de Dezembro de 2009, o capital social totalmente subscrito e realizado, ascende a e 387.267.750,00;

Para fazer face aos investimentos, a ÔÔEDIA obteve financiamento através de diversas origens de fundos (Empréstimo Obrigacionista, Fundos Comunitários e PIDDAC);

O Financiamento Comunitário e de PIDDAC ÔÔem 2009 foi de e185.796.112 e

Este financiamento comunitário considera os ÔÔmontantes recebidos de FEDER, FEOGA e FEADER, através do Eixo lV do “por Alentejo” (PEDIZA II), INTERREG lll – A, POCTI, AGRO, POVT e PRODER, via CCDRA, IFDR e IFAP.

informação sobre outras transacções

Os bens e serviços que integram o activo ÔÔimobilizado estão valorizados ao custo de aquisição, que inclui o valor de factura e ainda todos os gastos adicionais necessários à sua entrada em funcionamento;

As amortizações dos bens são calculadas ÔÔconforme a Política de Amortizações descrita nas notas 3.2. “Imobilizações Incorpóreas” e 3.3 “Imobilizações Corpóreas”, das Notas Anexas ao Balanço e à Demonstração dos Resultados;

As reparações e gastos de manutenção de ÔÔnatureza corrente são reconhecidos como custos do exercício em que ocorrem;

As competências para a realização de ÔÔdespesas em matéria de aquisição de bens e serviços estão definidas na Ordem de Serviço N.º 1/2008 e

A EDIA rege-se de acordo com o Código dos ÔÔContratos Públicos.

Em 2009 a EDIA não efectuou transacções fora das condições de mercado.

identificação dos principais riscos para a actividade e para o futuro da empresa

O sistema de controlo interno é o plano de or-ganização e todos os métodos e procedimentos adoptados pela administração de uma entidade, para auxiliar a atingir o objectivo de gestão de as-segurar, tanto quanto for praticável, a metódica e eficiente conduta dos seus negócios, incluindo a aderência às políticas da administração, a sal-vaguarda dos activos, a prevenção e detecção de fraudes e erros, a precisão e plenitude dos regis-tos contabilísticos e a atempada preparação de in-formação financeira fidedigna.

Neste âmbito, e conforme referido no ponto ante-rior, a empresa está sujeita aos seguintes Regula-mentos Internos e Externos:

Decreto-Lei N.º 42/07 de 22 de Fevereiro; ÔÔ

Decreto-Lei N.º 313/2007; ÔÔ

Lei da água N.º 58/2005 de 29 de Dezembro; ÔÔ

Decreto-Lei N.º 21 A/98 de 6 de Fevereiro; ÔÔ

Código dos Contratos Públicos; ÔÔ

Código de Expropriações; ÔÔ

Código de Ética;ÔÔ

Princípios do Bom Governo;ÔÔ

Regulamento da Avaliação de Desempenho ÔÔdos Colaboradores da EDIA;

Regulamento do Centro de Documentação; ÔÔ

Manual de procedimentos; ÔÔ

Manual de Gestão de Documentos; ÔÔ

Modelos de documentos; ÔÔ

Politica de computação pessoal; ÔÔ

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81Regulamento para cedência de equipamento ÔÔinformático; Regulamento de Gestão de Viaturas; ÔÔ

Regulamento de utilização do auditório; ÔÔ

Regulamento interno do Museu da Luz; ÔÔ

Regulamento da política de incorporação do ÔÔMuseu da Luz; Regulamento das normas e procedimentos de ÔÔconservação preventiva do Museu da Luz;Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e ÔÔInfracções Conexas.

Sendo os significativos investimentos uma cons-tante na EDIA, e de forma a garantir uma maior eficiência de recursos, torna-se essencial um me-lhor controlo na execução financeira traduzindo-se esta actuação numa maior transparência de procedimentos.

No caso particular do controlo orçamental, foram definidas regras claras e eficazes para a gestão dos recursos financeiros, sem prejuízo das com-petências estatutárias atribuídas ao Conselho de Administração, que tem por objectivo a forma de aprovação, conferência e validação da despesa realizada e que passa pelo estabelecimento de uma hierarquia escalonada de delegação de com-petências por níveis de responsabilidade e por montantes.

De salientar ainda que, todo o seu investimento tem por base um orçamento anual e a respectiva realização é devidamente cabimentada, existindo um acompanhamento constante desta execução e uma identificação sistemática dos desvios verifi-cados.

A EDIA realizou igualmente um grande investi-mento em software de qualidade, que se consubs-tancia num dos melhores ERP’s (Programas de Gestão Integrada) existentes no mercado – ERP da SAP.

Este sistema informático procura contemplar a empresa como um todo e encontra-se dividido em diversos módulos, onde cada um destes corres-ponde a uma área específica:

FI – ContabilidadeÔÔ

CO – Controlling / Contabilidade Analítica ÔÔ

SD – Vendas ÔÔ

IM / PS – Controlo e Gestão Orçamental de ÔÔInvestimentos LO – Controlo de Contratos de Empreitadas, ÔÔFornecimento de Equipamentos e Prestação de Serviços RH – Gestão de Recursos HumanosÔÔ

Identificam-se, de seguida, como principais riscos para a actividade e para o futuro da empresa:

O financiamento das infra-estruturas públicas;ÔÔ

O preço da água;ÔÔ

O investimento do accionista na sociedade;ÔÔ

As receitas de Produção de Energia ÔÔHidroeléctrica;As receitas da Distribuição de Água; ÔÔ

Os custos de exploração (sobretudo de ÔÔenergia);Os custos de investimento;ÔÔ

A adesão dos agricultores ao regadio eÔÔ

O acréscimo no VABcf agrícola.ÔÔ

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identificação dos mecanismos adoptados com vista à prevenção de conflitos de interesses

No âmbito da prevenção de conflitos de interes-ses, importa ter presente numa primeira linha as determinações do Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infracções Conexas e o quadro de medidas aí previstas, bem como os princípios e regras do Código de Ética da empresa.

No que respeita aos Órgãos Sociais, em especial ao nível do Conselho de Administração, acresce, para além do cumprimento escrupuloso das obri-gações de comunicação de rendimentos e patri-mónio, a monitorização regular e sistemática de todas as despesas realizadas e que são objecto de apreciação desagregada ao nível do controlo periódico dos custos de funcionamento da empre-sa, com base em relatórios internos, divulgados e apreciados em reuniões, com todas a chefias da empresa.

Como tipologia de medidas especificamente voca-cionadas para a prevenção de conflitos de interes-ses importa considerar a segregação de funções, a concentração do poder de adjudicação no Con-selho de Administração e não no administrador do pelouro cuja margem de decisão é, nesse aspecto, reservada a patamares de despesa pouco eleva-dos.

Merece ainda referência a definição uniformizada de critérios de adjudicação, bem como o estabele-cimento de regras claras e transparentes no Ma-nual de Procedimentos da empresa.

gestão de risco financeirodespacho n.º 101/09-seft

Procedimentos adoptados em matéria de avaliação de risco e medidas de cobertura respectiva

diversificação de instrumentos de financiamen-to, modalidades de taxa de juro disponíveis e entidades credoras

A EDIA apresenta um investimento realizado acu-mulado desde o ano de 1995 até ao final de 2009, no montante de aproximadamente Me1.688. O fi-nanciamento deste investimento consubstancia-se não só com capitais próprios e subsídios de in-vestimento (fundos comunitários e PIDDAC), como também com capitais alheios, através de contrata-ção de empréstimos bancários.

Até à data de 31-12-2009, a estrutura do financia-mento é composta por:

Aumentos de capital social no montante de ÔÔMe387,3;Subsídios de Investimento – Fundos ÔÔComunitários no montante de Me653,2;Subsídios de Investimento – PIDDAC no ÔÔmontante de Me91,6;Financiamento Bancário no montante de ÔÔMe584,4.

Relativamente aos financiamentos bancários:

Banco Europeu Investimento – MÔÔ e135Data de início do contrato: 1999;ÔÎ

Prazo: 20 anos;ÔÎ

Período de carência: 7 anos;ÔÎ

Taxa Juro: taxa determinada pelo BEI em ÔÎconformidade com os procedimentos estabelecidos pelo seu Conselho de Administração e que não poderá exceder a taxa Euribor 3 meses acrescida de 0,15%.

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83Empréstimo Obrigacionista – MÔÔ e300

Data de início do contrato: 2003;ÔÎ

Prazo: 15 anos;ÔÎ

Reembolso: total no final do contrato ÔÎ(2018);Este empréstimo obrigacionista, foi ÔÎcelebrado junto do BNP Paribas e doCaixa – Banco de Investimento, S.A. ÔÎdestinado ao financiamento do EFMA.Os cupões são trimestrais e o seu ÔÎreembolso é “bullet ”;Taxa Juro: Euribor 3 meses + Spread ÔÎ0,10%.

Empréstimo Obrigacionista – MÔÔ e56,2Data de início do contrato: 2007;ÔÎ

Prazo: 20 anos;ÔÎ

Reembolso: total no final do contrato ÔÎ(2027);Este empréstimo obrigacionista, foi ÔÎcontraído junto do Millenium BCP e do BPI;Os cupões são semestrais e o seu ÔÎreembolso é “bullet”;Taxa Juro: Euribor 3 meses + Spread ÔÎ0,005%.

Empréstimo Obrigacionista – MÔÔ e93,5Data de início do contrato: 2008;ÔÎ

Prazo: 3 anos;ÔÎ

Os cupões são semestrais;ÔÎ

Reembolso: 3 prestações anuais;ÔÎ

Este empréstimo obrigacionista foi ÔÎcontraído junto do DEPFA BANKplc, do Banco Efisa SA e da Caixa Banco de Investimento, S.A.;Taxa Juro: Euribor 3 meses – Spread ÔÎ0,005%.

Emissão de Papel ComercialÔÔ

Considerando que o ritmo de execução do investimento exige o cumprimento das obri-gações financeiras aos vários credores, de acordo com os prazos médios de pagamento, recorreu-se a empréstimos de curto prazo.A EDIA emitiu títulos de dívida de curto prazo ao abrigo de Programas de Emissão de Papel Comercial.Para esse efeito a EDIA solicitou a duas insti-tuições, Barclays e Santander Totta, a garantia de subscrição do montante nominal de Me20 e Me25.O prazo dos Programas de Papel Comercial é de 6 meses com possibilidade de prorrogação por iguais períodos por acordo entre as par-tes.

contratação criteriosa de instrumentos de ges-tão de cobertura de riscos em função das con-dições de mercado

Todo o financiamento externo está indexado a taxa variável. Neste momento não existe qualquer co-bertura de taxa juro. Estando o mercado em mí-nimos historicamente baixos, apresenta-se assim, como uma vantagem face aos maiores encargos decorrentes deste tipo de operação. Estabelecen-do uma análise comparativa dos encargos finan-ceiros ao longo do período de vida de cada finan-ciamento, conclui-se que a taxa média é de, apro-ximadamente, 3,16%, taxa esta, manifestamente vantajosa face à contratualização deste tipo de instrumentos financeiros, nomeadamente fixação das taxas de juro.

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adopção de política activa de reforço de capitais permanentes

consolidação do passivo remunerado através da transformação do passivo, de curto em mé-dio e longo prazo, em circunstâncias de merca-do que resultem favoráveis

Em consequência das condições mais favoráveis do mercado, e sempre que a EDIA não tem possi-bilidade de obter financiamento através de aumen-tos de capital, vê-se obrigada a recorrer a financia-mento de capitais alheios, existindo, nessa altura, a preocupação em consolidar o passivo remunerado de curto prazo para médio e longo prazo.

contratação da operação que minimiza o custo financeiro (all-in-cost) da operação

Todas as operações de financiamento externo (ca-pitais alheios) foram alvo de uma análise cuidada em resultado de uma consulta efectuada à Banca, considerando as melhores condições de mercado, quer a nível financeiro, quer a nível fiscal, tendo-se sempre optado sempre por aquela que apresenta a “all-in-cost” mais favorável para a empresa.

Minimização da prestação de garantias reais e de cláusulas restritivas (covenants)

Considerando que o projecto do EFMA se reveste de grande interesse nacional por representar uma obra de aproveitamento dos recursos hídricos associados ao rio Guadiana e contribuindo para a promoção e o desenvolvimento económico e so-cial da região do Alentejo, todo o financiamento da EDIA tem como premissas a garantia pessoal do Estado e uma identificação dos recursos financei-ros estritamente necessários para fazer face ao investimento em determinado período, de modo a facilitar a obtenção do crédito às melhores condi-ções de mercado.

Aquando da contratação das operações de finan-ciamento externo, tanto a EDIA como a própria DGTF, esta última, enquanto representante do accionista único, o Estado, têm especial atenção para a minimização das cláusulas restritivas me-diante a análise das peças documentais.

Medidas prosseguidas com vista à optimização da estrutura financeira da empresa

A EDIA tem, desde a sua criação, centrado a sua actividade na execução de um conjunto de infra-estruturas que integram o Empreendimento do Alqueva, das quais se destacam, pela sua enver-gadura, as Barragens de Alqueva e Pedrógão e respectivas Centrais Hidroeléctricas, o Sistema Adutor Primário e ainda os Blocos de Rega que compõem os cerca de 110.000 ha projectados para esta região do Alentejo e que, inicialmente, estava previsto ser implementado até 2025.

Tanto as decisões de investimento como de financia-mento da EDIA estão dependentes de aprovação do Estado, conforme indicado nos pontos seguintes:

Segundo a alínea c) do ponto 1 do Art.º 3 do ÔÔDL N.º 42/2007 de 22 de Fevereiro, é objecto social da EDIA “A concepção, execução e construção das infra-estruturas que integram a rede secundária afecta ao empreendimento, em representação do Estado e de acordo com as instruções que lhe sejam dirigidas pelo Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas.”, financiada pelo Estado tal como está definido nos termos do ponto 2 “Através do Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, o Estado assegura o financiamento e demais condições relativas à actuação da EDIA, no que respeita à prossecução do objecto definido na alínea c) do número anterior, sendo as respectivas obras da propriedade do Estado”.

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85Relativamente à Rede Primária, no ponto ÔÔ3 define-se que “A construção das Redes Primária e Secundária de rega integradas no Empreendimento está dependente de prévia aprovação dos projectos por parte do Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, o qual deve acompanhar todo o respectivo processo, nos termos do regime jurídico das obras de aproveitamento hidroagrícola.” Existe também, para a execução da rede primária, o requisito da necessidade de prévia aprovação do Accionista Estado.Quanto à contracção de financiamento e ÔÔgarantias, no ponto 1 do Art.º 8 do mesmo Decreto-Lei, indica-se que “A contracção de financiamentos de médio e longo prazos pela EDIA carece de autorização do Ministério das Finanças.”.

Na programação dos investimentos e financia-mentos do EFMA a EDIA tem como único fim o cumprimento dos objectivos atribuídos à empresa pelo Accionista, assim como, no que respeita ao financiamento, são sempre considerados os fun-dos comunitários disponíveis nos diversos pro-gramas operacionais destinados ao EFMA, com-plementado com o recurso a dotações de capital do Accionista.

POLÍTICA DE FINANCIAMENTO

Os projectos do EFMA estão contemplados nos principais programas de financiamento comuni-tário em curso no País, como sejam o POVT e o PRODER. Relativamente aos investimentos elegí-veis, no POVT está previsto o apoio dos projectos da rede primária, a uma taxa de 70% de FEDER, enquanto no PRODER prevê-se o financiamento dos projectos da Rede Secundária, a uma taxa de 100%, 75% de FEADER e 25% de PIDDAC.

Indica-se ainda que, no projecto do EFMA, o finan-ciamento do Accionista visa, sobretudo, assegurar a contrapartida nacional dos projectos comunitá-rios e dos custos de funcionamento que reflectem, principalmente, os custos financeiros resultantes da política de financiamento do EFMA.

A EDIA, até à data, não tem um histórico de dados técnico-financeiros associados à exploração das infra-estruturas, uma vez que só a partir de mea-dos de 2009 se iniciou a distribuição de água com origem na albufeira de Alqueva e por consequên-cia, a utilização de auto financiamento.

Por fim indica-se que o Empreendimento de Al-queva é um projecto de Potencial Interesse Na-cional (PIN), conforme está indicado no ponto 1 do Art.º9 do DL N.º 42/2007, de 22 de Fevereiro.

milhares de euros

Anos 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Total do Passivo Remunerado 446 956,36 446 741,28 476 420,12 543 614,80 631 355,42 593 671,03

Custos Financeiros Suportados 11 224,27 10 797,24 14 801,19 23 702,46 30 479,27 13 499,84

Taxa Média Anual 2,51% 2,42% 3,11% 4,36% 4,83% 2,27%

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Para o período de 2005-2009, a necessidade de financiar as actividades de investimento do EFMA implicou o recurso aos capitais alheios, através da contratação de empréstimos bancários, à ex-cepção do ano de 2009. A obtenção de recursos financeiros pela via de empréstimos bancários (obrigacionistas, papel comercial e outros) tradu-ziu-se num aumento do Total do Passivo Remune-rado na ordem dos 32,89%.

Este aumento significativo, resulta da política fi-nanceira definida pelo único Accionista, assente na contratação de empréstimos com garantia do Estado, da não disponibilização de dotações de capital suficientes para acompanhar o ritmo dos investimentos do EFMA, atendendo a que foram realizados aumentos de Capital Social, no mesmo período, no montante de Me115, para fazer face a um investimento total de cerca de Me736 e ain-da, porque a Empresa não tem gerado os meios necessários para comportar o volume de investi-mentos que vem realizando. Realça-se que estes investimentos, na sua maioria co-financiados por Fundos Comunitários, têm uma taxa de comparti-cipação média na ordem dos 43,80% face ao in-vestimento total.

Face ao exposto verificou-se, até 2008, um re-curso crescente a capitais alheios. Refira-se, no entanto, que o aumento de capital social verificado durante o ano corrente permitiu uma amortização de (1/3) do empréstimo obrigacionista de Me93.5, o que conduziu a uma diminuição do Passivo Re-munerado.

A diminuição acentuada das taxas indexantes, no-meadamente a Euribor, que até ao ano de 2008 teve um crescendo constante, permitiu, por ou-tro lado, uma significativa redução da taxa média anual dos financiamentos da EDIA de 4,83% para 2.27%, contribuindo para a diminuição dos Custo Financeiros suportados em cerca de 55,71%.

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87Análise da sustentabilidade da empresa nos domínios económico, social e ambiental

O desenvolvimento do EFMA constitui, desde há vários anos, um importante desafio, atendendo, por um lado, à dimensão e características do Em-preendimento, e por outro, às expectativas criadas durante algumas décadas acerca dos seus benefí-cios e dos seus riscos potenciais. Efectivamente, a par de vantagens significativas em aspectos es-tratégicos – como a disponibilização duma vasta reserva de água numa região carenciada em re-cursos hídricos e as perspectivas de desenvolvi-mento dum tecido económico e social debilitado – perfilavam-se significativos impactes ambientais adversos em domínios relevantes como os ecos-sistemas naturais e o património cultural, entre outros.

Neste contexto, a decisão de relançamento do Pro-jecto em meados da década de 90 foi precedida de importantes estudos para avaliação do seu impac-te no ambiente biofísico e psicossocial e teve por base o consenso entre os responsáveis de que o desenvolvimento deste processo deveria ter como aspecto fulcral a protecção do ambiente, condi-ção essencial para o seu sucesso. A actividade da EDIA, desde a sua criação, em Fevereiro de 1995, está, particularmente, atenta a esta realidade.

O planeamento estratégico e a gestão corrente da Empresa incorporam uma perspectiva bastante complexa que, além da satisfação do accionista Estado no cumprimento de planos de actividades e de orçamentos, abrange também um importante e diversificado conjunto de responsabilidades nos planos ambiental e social em relação à área direc-tamente intervencionada ou que irá sentir a influ-ência do Projecto. Essas responsabilidades cons-tituem vectores estruturantes da resposta da EDIA

ao desafio representado pelo desenvolvimento do EFMA e à definição da relação da Empresa com os respectivos “stakeholders”: accionistas, gestores, parceiros estratégicos, clientes, entidades finan-ciadoras, colaboradores, fornecedores, subcon-tratados e comunidade em geral.

Em termos de Sustentabilidade as directrizes es-tratégicas fundamentais no contexto da empresa assentam, em termos do seu nível de compromis-so, nas seguintes áreas de actuação:

resPonsabilidade social

Promover ou desenvolver acções de ÔÔformação dos quadros da empresa, tendo em vista a aquisição de novas competências e a actualização dos conhecimentos dos colaboradores a vários níveis, possibilitando melhorias de desempenho e de produtividade laboral e valorizando as capacidades próprias da empresa em áreas de reconhecido interesse potencial;Desenvolver acções no sentido de manter ÔÔelevados índices de empregabilidade dos seus colaboradores apostando, nomeadamente, no desenvolvimento de novas capacidades ao nível pessoal, social e profissional que garantam a possibilidade, a cada um dos colaboradores, de poder aceder ao exercício de funções diferentes das que exerce actualmente, num contexto de mudança constante dos desafios que se colocam às empresas;Incentivar nos colaboradores o ÔÔdesenvolvimento do sentido de responsabilidade, do espírito de equipa e da criatividade;Dinamizar a implementação de novas ÔÔtecnologias;Criar regras de utilização dos sistemas, ÔÔde que é exemplo a política interna de computação pessoal;

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Criar regulamentos para cedência de ÔÔcomputadores aos colaboradores permitindo, desta forma, o acesso as novas tecnologia;Implementação de um Sistema de Gestão ÔÔDocumental contribuindo, deste modo, para a transparência e normalização de processos e segurança da documentação;Elaborar e divulgar suportes informativos ÔÔsobre a actividade da EDIA, caso, do Plano de Actividades e Orçamento; Relatórios Trimestrais; Relatório Semestral; Relatório e Contas; Relatórios e Contas Consolidadas (Semestral e Anual); Notas de Imprensa; Brochuras e sítio próprio na internet, traduzindo a evolução do projecto EFMA;Patrocinar e apoiar eventos de relevante ÔÔinteresse formativo ou informativo e promover e divulgar as intervenções efectuadas na empresa com o objectivo de dar a conhecer à sociedade todo o saber acumulado através, designadamente, da disponibilização de informação referente aos trabalhos realizados no âmbito da minimização de impactes dos projectos que integram o EFMA. Tendo em vista a contribuição para a salvaguarda da memória colectiva do projecto indique-se, neste contexto, o Programa de Monitorização das Ocorrências Patrimoniais na faixa interníveis da albufeira de Alqueva, assim como as acções de Promoção e Valorização do Património Histórico-Cultural do Empreendimento; Colaborar com eventos de reconhecida ÔÔimportância cultural e social, ou eventos de divulgação e sensibilização das temáticas relacionadas com os domínios de actuação do EFMA caso, nomeadamente, das iniciativas de apresentação do filme “A História da Gotinha Ai Ai”, no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Água. Ao abrigo do protocolo de cooperação com a Direcção Regional de Educação do Alentejo,

e no âmbito do Programa “Alqueva vai à Escola”, a EDIA acolheu ainda duas visitas, de turmas diferentes, dos alunos da Escola EB4 Pré Escolar ao Centro de Documentação da empresa, desenvolvendo actividades em torno do elemento “água” e das novas oportunidades geradas por Alqueva. Ainda em Junho de 2009 a EDIA participou na Festa da Criança, no Parque de Feiras e Exposições com todo um conjunto de actividades pedagógicas;Apoiar iniciativas de enquadramento lúdico ÔÔdos colaboradores;Desenvolver formas de apoio social aos ÔÔcolaboradores;Criar o Ponto de Orientação Empresarial ÔÔ(poe.edia.pt), permitindo a disponibilização “online” de serviços que vão de encontro às necessidades dos investidores;Disponibilizar uma Plataforma para a ÔÔCompetitividade e Inovação http://investinalqueva.poe.edia.pt;Promover o Espaço Alqueva como pólo ÔÔde desenvolvimento de diferentes fileiras, nomeadamente, agricultura, agro – industrias e turismo eImplementar acções de reforço de ÔÔcompetências nucleares da EDIA visando a sua internacionalização.

A EDIA tutela o Museu da Luz que tem como mis-são principal a interpretação dos inéditos proces-sos de relocalização da aldeia da Luz. O Museu da Luz, uma das mais importantes infra-estruturas da aldeia com o mesmo nome, tem vindo a afirmar-se como um espaço museológico e cultural único, contribuindo, de forma inequívoca, para a afirma-ção da presença da EDIA na região, num espaço onde se efectua a interpretação, por excelência, do projecto Alqueva e das suas idiossincrasias.

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89resPonsabilidade aMbiental

Promover e/ou realizar estudos e projectos ÔÔsobre temas ambientais de interesse relevante para o sucesso do Empreendimento, que possibilitem o aprofundamento do conhecimento em determinadas matérias ou a minimização/compensação de impactes ambientais negativos associados ao Projecto caso, nomeadamente, do Projecto de Protecção do Charcos Temporários Mediterrânicos – Iniciativa B&B; dos Projectos de Reabilitação de Galerias Ripícolas; das Jangadas Solares para a Criação de Bosques Ripícolas de Cabeceira; da Conservação ex-situ de Linaria Ricardoi e da Prospecção de Linaria Ricardoi e do Programa de Medidas Compensatórias para a Ictiofauna Autóctone e Continental da Bacia Hidrográfica do Sado, entre outros;Desenvolver requisitos ambientais para ÔÔintegração nos cadernos de encargos das empreitadas do EFMA, adequados à natureza e às características dos trabalhos previstos, caso do Guia Técnico para a Elaboração de Estudos de Impacte Ambiental de Projectos do EFMA, que visa promover e assegurar a qualidade dos EIA’s e das medidas propostas e tomadas com o intuito de minimizar os impactes ambientais dos projectos do EFMA, assim como a implementação dos SGA’s nos projectos a efectivar;Proceder ao rigoroso acompanhamento ÔÔambiental e patrimonial das obras correspondentes à implementação do EFMA, através da promoção de boas práticas ambientais em obra e do desenvolvimento e implementação dos SGA nos projectos e actividades a desenvolver;Conceber e implementar Programas de ÔÔMonitorização Ambiental sobre descritores ambientais relevantes para avaliação dos

impactes do EFMA na respectiva área de influência;Acompanhar regularmente a publicação de ÔÔlegislação e regulamentação relevante em matéria de protecção ambiental e promover a sua divulgação interna, quando necessário;Desenvolver sistemas de informação e ÔÔaplicações desenvolvidas à medida para o controlo ambiental, permitindo a tomada de decisões nessa áreas;Diminuir o consumo de papel através da ÔÔsubstituição de processos em papel por processos electrónicos eSensibilizar os fornecedores e ÔÔsubempreiteiros para a melhoria do seu desempenho ambiental, integrando critérios nesse domínio nos procedimentos para sua selecção e avaliação.

Com o objectivo de desenvolver um projecto de compensação pela perda de habitats a nível dos ecossistemas de montado, galerias ripícolas e matagais mediterrânicos induzidos por Alqueva a EDIA adquiriu, em 1997, a Herdade da Coitadinha, actualmente Parque de Natureza de Noudar, onde se efectua a promoção da conservação e salva-guarda dos valores naturais em paralelo com as actividades de exploração agrícola, turística e am-biental da propriedade. Referencie-se, neste par-ticular, a distinção da EDIA, em 2009, com o pré-mio “BES Biodiversidade”, pelo trabalho levado a cabo nas áreas da salvaguarda e conservação dos valores naturais e promoção da biodiversidade no Parque.

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resPonsabilidade econóMica

Tendo em consideração os objectivos prossegui-dos pela EDIA (Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de Fevereiro), com particular destaque para a “pro-moção, desenvolvimento e prossecução de outras actividades económicas cujo aproveitamento con-tribua para a melhoria das condições de utiliza-ção dos recursos afectos ao Empreendimento”, e considerando que o EFMA impulsiona inúmeras oportunidades em diferentes fileiras, onde impor-ta promover a concertação de estratégias, a EDIA procurou, ao longo de 2009, promover o estabe-lecimento de protocolos e parcerias nacionais e internacionais com diferentes entidades.

Como exemplos que espelham esta linha estraté-gica referencie-se a assinatura do protocolo de cooperação empresarial entre a EDIA e a SOPIR, que prevê a colaboração em áreas como o plane-amento e a concepção de novos aproveitamentos hidroagrícolas, e a preparação de um protocolo a formalizar entre a EDIA e o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau, tendo em vista o estreitamento de relações na promoção e captação de investimento nos dois territórios, bem como a eventual prestação de serviços da EDIA em território Chinês, em áreas que integram o seu domínio de actuação.

Também numa perspectiva de promoção do es-paço Alqueva, de captação de investimento es-sencialmente no sector agro-alimentar e de inter-nacionalização de diferentes áreas de negócio da empresa, indique-se o envolvimento da empresa em diversas parcerias estratégicas, caso do In-tegralar – Pólo de Competitividade para o Sector Agro-Alimentar, da AICEP e AICEP Global Par-ques e da AEP.

A espelhar o esforço desenvolvido pela EDIA nes-te âmbito indique-se, analogamente, a sua par-ticipação em diversos certames de carácter in-ternacional de divulgação assinalando-se, neste contexto: a 76.ª Internacional Agricultural Fair em Novi Sad, na República da Sérvia, a Feira Interna-cional de Luanda, em Angola; a Feira Internacional de Macau 2009 e a 2.ª Conferência Internacional de Tecnologias da Água e Controlo Ambiental em Tel Aviv.

Identificam-se ainda como princípios-base na área da Responsabilidade Económica da empresa:

Melhorar os métodos de avaliação do ÔÔdesempenho financeiro e dos objectivos prosseguidos pela EDIA; Promover a racionalidade económica das ÔÔpropostas apresentadas, sendo os estudos realizados alvo de concurso e sujeitos às regras de mercado e submetidos à apreciação técnica das diversas áreas da empresa;Aprofundar os processos de controlo ÔÔsistemático do desenvolvimento temporal e financeiro dos trabalhos adjudicados, visando garantir o cumprimento do planeamento financeiro estabelecido ou o seu ajustamento atempado se necessário;Desenvolver formas de selecção e avaliação ÔÔrigorosas de fornecedores e subcontratados em relação ao cumprimento das condições de prazo e custos contratualmente estabelecidas e à qualidade dos bens ou serviços fornecidos;

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91Promover a elaboração de projectos e o ÔÔdesenvolvimento de ferramentas inovadoras de apoio à decisão na área da economia do regadio, caso, nomeadamente, dos estudos da determinação dos custos e tarificação da água para rega e do aperfeiçoamento e integração do SISAP em sistemas de gestão de recursos hídricos; da optimização das soluções de projecto visando contribuir para a sustentabilidade do EFMA, ao nível das soluções de delimitação das áreas dos blocos e sub-blocos de regadio e circuito hidráulico inerente e do desenvolvimento de estudos vocacionados especificamente para a rentabilização das infra-estruturas primárias e secundárias integrantes do EFMA face à evolução do cenário de referência, no que concerne às dotações de base e aos critérios de aceitabilidade dos terrenos a beneficiar, visando, designadamente, conseguir uma maior garantia de utilização dos recursos concessionados e um beneficio hidroagrícola mais amplo e contribuindo assim para a viabilização técnico-económica do Empreendimento eContribuir para o Desenvolvimento Turístico ÔÔda Região instalando as infra-estruturas náuticas essenciais ao total aproveitamento das potencialidades de algumas componentes do Empreendimento.

Também numa perspectiva de

promoção do espaço Alqueva,

de captação de investimento

essencialmente no sector agro-

-alimentar e de internacionalização

de diferentes áreas de negócio

da empresa, indique-se o

envolvimento da empresa em

diversas parcerias estratégicas,

caso do Integralar – Pólo de

Competitividade para o Sector

Agro-Alimentar, da AICEP e AICEP

Global Parques e da AEP.

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Avaliação sobre o grau de cumprimento dos Princípios do Bom Governo

A EDIA aplica e segue as boas práticas de gover-nação de acordo com os seguintes princípios:

Sítio Próprio na internet (www.edia.pt) com ÔÔas informações relevantes da empresa;Estrutura Orgânica bem definida;ÔÔ

Órgão de Fiscalização Independente;ÔÔ

Auditores Externos Anuais;ÔÔ

Existência de um Código de Ética e de ÔÔConduta eDeveres de Informação e Meios de Divulgação ÔÔadequados.

Apresentação do Código de Ética

1. ÂMbito de aPlicação

As normas gerais de conduta do Código de Éti-ca aplicam-se a todos os colaboradores da EDIA, entendendo-se como tais todos os membros dos órgãos sociais, dirigentes e demais colaboradores da EDIA. A EDIA garante a disponibilização do Có-digo de Ética a todos os colaboradores, bem como a existência de um canal de comunicação e de re-solução de dúvidas. A EDIA assume este Código como instrumento privilegiado na resolução de questões éticas, garantindo a conformidade deste com as práticas legais a que está sujeita.

2. PrincíPios e norMas

2.1 cumprimento da legalidade

A EDIA e todos os seus colaboradores compro-metem-se a garantir em todas as suas actividades a total conformidade com as legislações nacionais e internacionais vigentes. Os colaboradores nun-ca deverão executar, em nome da EDIA, qualquer acção que viole as legislações e os regulamentos aplicáveis à sua actividade.

2.2 salvaguarda dos bens Patrimoniais

Os colaboradores devem assegurar a protecção e conservação do património físico, financeiro, inte-lectual e da informação da EDIA. Os recursos da EDIA devem ser utilizados de forma eficiente, com vista à prossecução dos seus objectivos e não de-verão ser utilizados pelos colaboradores para fins pessoais.

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932.3 lealdade

Os colaboradores devem assumir um comporta-mento de lealdade para com a EDIA, empenhan-do-se em salvaguardar a sua credibilidade e boa imagem em todas as situações, bem como em ga-rantir o seu prestígio.

2.4 confidencialidade e sigilo Profissional

Os colaboradores, mesmo depois do termo das suas funções, estão sujeitos ao sigilo profissional, em particular nas matérias que, pela sua efectiva importância, por virtude de decisão da EDIA ou por força da legislação em vigor, não devam ser do conhecimento geral. Os colaboradores, seja no interior da EDIA, seja no exterior à mesma, devem usar de reserva e discrição em relação a factos e informações de que tenham conhecimento por via do exercício das suas funções, bem como respei-tar as regras instituídas quanto à confidencialidade da informação. As informações pessoais sobre os colaboradores estão sujeitas ao princípio da con-fidencialidade, apenas podendo a elas ter acesso o próprio ou quem tenha como responsabilidade es-pecífica a sua guarda, manutenção ou tratamento da informação.

2.5 governo da sociedade

A Administração da EDIA e o exercício de funções de Alta Direcção devem ser desenvolvidos com ri-gor, zelo e transparência, estimulando a criação de condições de diálogo no seio do órgão de admi-nistração e dos dirigentes, nomeadamente no que respeita a estratégias, objectivos, análise de risco e avaliação de desempenho, em observância dos padrões de bom governo das sociedades.

2.6 responsabilidade

Os colaboradores devem pautar a sua actuação pelo rigoroso cumprimento dos limites de respon-sabilidade que lhe estão atribuídos, com especial relevo quanto aos limites e tolerância ao risco e aos objectivos orçamentais definidos para a EDIA. Os colaboradores devem usar o poder que lhes tenha sido delegado de forma não abusiva, orien-tado para a concretização dos objectivos da EDIA e não para a obtenção de vantagens pessoais sen-do responsáveis perante a EDIA pela forma como exercem as suas funções.

2.7 relações institucionais com outras entidades

Nas relações com outras entidades ou organiza-ções, nacionais e internacionais, públicas ou pri-vadas, a EDIA deve manter uma postura de par-ticipação e cooperação, apoiando iniciativas que se enquadrem no âmbito das suas actividades e possam traduzir-se em valorização da EDIA e dos seus colaboradores.

2.8 divulgação e fiabilidade da informação

A informação produzida e divulgada pela EDIA deve cumprir as leis e regulamentos aplicáveis, ser exacta, completa, realizada atempadamente e representar com fiabilidade a situação financeira e os resultados das operações em todos os aspec-tos materialmente relevantes para o adequado co-nhecimento sobre a sua condição e performance financeira.

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2.9 conflito de interesses

Em todos os casos em que no exercício da sua actividade profissional os colaboradores sejam chamados a intervir em processos de decisão que envolvem directa ou indirectamente entida-des com que colaborem ou tenham colaborado, ou pessoas singulares a que estejam ou tenham estado ligados por laços de parentesco ou afini-dade de qualquer natureza, devem comunicar às chefias respectivas a existência dessas relações. Os colaboradores devem abster-se de exercer quaisquer funções fora da EDIA, sempre que tais actividades ponham em causa o cumprimento dos seus deveres enquanto colaboradores da EDIA, ou em organizações cujos objectivos possam colidir ou interferir com os objectivos da EDIA.

2.10 integridade

É interdita toda a prática de corrupção, em todas as suas formas activas e passivas, quer através de actos e omissões quer por via da criação e ma-nutenção de situações de favor ou irregulares. A EDIA e os seus colaboradores recusarão quais-quer ofertas que possam ser consideradas ou in-terpretadas como uma tentativa de influenciar a EDIA ou o colaborador. Em caso de dúvida, o co-laborador deverá comunicar, por escrito, a situa-ção à respectiva hierarquia. Os colaboradores não podem negociar nem efectuar quaisquer acordos relativamente a preços, partilha de mercados ou de clientes, em qualquer actividade susceptível de restringir ou falsear a concorrência.

2.11 relações interpessoais e ambiente de trabalho

Os colaboradores devem contribuir para a criação e a manutenção de um bom clima de trabalho, cimen-tando a unidade, mormente através da colaboração e cooperação mútuas. A EDIA promoverá a correc-ção, urbanidade, afabilidade e brio profissional nas relações entre colaboradores, bem como o respeito pelos respectivos direitos, sensibilidades e diver-sidade. Todos os colaboradores deverão conhecer, cumprir e fazer cumprir as normas de higiene e se-gurança no trabalho, bem como reportar quaisquer não conformidades verificadas. Os colaboradores pautarão as suas relações recíprocas por um tra-tamento cordial, respeitoso e profissional, deven-do apresentar-se condignamente no seu local de trabalho e desenvolver a sua actividade com zelo, espírito de iniciativa e integridade.

2.12 igualdade de oportunidades e não discriminação

A EDIA respeita o princípio da igualdade de opor-tunidades e promove a implementação de instru-mentos que permitam avaliar o desempenho dos seus colaboradores com base no mérito individual efectivamente demonstrado, procurando valorizar as respectivas carreiras de acordo com estes cri-térios. A EDIA deve promover a valorização pro-fissional dos seus colaboradores ao longo da vida laboral dos mesmos. Os colaboradores devem pro-curar, de forma permanente, o aperfeiçoamento e actualização dos seus conhecimentos, tendo em

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95vista a manutenção, o desenvolvimento e a melho-ria das suas capacidades profissionais e a presta-ção de melhor serviço público. São inadmissíveis quaisquer formas de discriminação individual in-compatíveis com a dignidade da pessoa humana, nomeadamente em razão da origem, etnia, sexo, confissão política e confissão religiosa. O direito à reserva da intimidade da vida privada deve ser res-peitado escrupulosamente.

2.13 relações com os fornecedores e os Parceiros

Os colaboradores da EDIA devem negociar na ob-servância do princípio da boa fé e honrar integral-mente os seus compromissos com os fornecedo-res e os parceiros, bem como verificar o integral cumprimento por aqueles das normas definidas contratualmente. Os contratos devem ser clara-mente redigidos, sem ambiguidades ou omissões e no respeito pela Lei e pelas disposições norma-tivas internas que na EDIA vigorem sobre a ma-téria. A selecção de fornecedores ou prestadores de serviços deve processar-se em conformidade com as condições de mercado, devendo ser con-siderados não apenas os indicadores económicos e financeiros, condições comerciais e qualidade dos bens ou serviços propostos, mas também o comportamento ético do fornecedor ou prestador de serviços percebido pelo público em geral. Os colaboradores devem chamar a atenção dos seus fornecedores, prestadores de serviços e parceiros para o cumprimento dos valores éticos da EDIA, nomeadamente no que se refere à confidenciali-dade da informação relativa à empresa.

2.14 relações com a comunicação social

As informações prestadas aos meios de comuni-cação social através de publicidade devem pos-suir carácter informativo e verdadeiro, respeitar os parâmetros culturais e éticos da comunidade e a dignidade da pessoa humana, contribuir para a imagem da EDIA e para a criação de valor e digni-ficação da EDIA. A oportunidade das informações deve ser validada pela linha hierárquica relevante, quando prestadas por colaborador não mandatado para agir na qualidade de representante ou porta-voz da EDIA para o exterior.

2.15 responsabilidade social e desenvolvimento sustentável

A EDIA assume a sua responsabilidade social jun-to das comunidades onde desenvolve as suas ac-tividades empresariais de forma a contribuir para o seu progresso e bem-estar. A responsabilidade social da EDIA é entendida como a contribuição dos negócios para o desenvolvimento sustentá-vel por via de uma gestão proactiva dos impactes ambientais, sociais e económicos das respectivas actividades. A EDIA e os seus colaboradores de-vem participar activamente em políticas de meio ambiente e separação de resíduos, de eficiência energética, cuidando da gestão de bens escassos e dando preferência à utilização de materiais biode-gradáveis/recicláveis. Os colaboradores, em espe-cial os dirigentes, da EDIA devem garantir que, do exercício das suas actividades não resulta directa ou indirectamente qualquer agressão ou prejuízo para o património das comunidades, cuidando da sua imagem externa no respeito do património ar-queológico, arquitectónico, ambiental e linguístico e melhorando a qualidade de vida dos cidadãos. A EDIA considera o desenvolvimento sustentável um objectivo estratégico para alcançar o crescimento económico e contribuir para uma sociedade mais evoluída, preservando o meio ambiente e os recur-sos não regeneráveis para as próximas gerações.

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Recursos Humanos

No início de 2009 decorreu o processo de Avalia-ção de Desempenho de 2008, do qual resultou um relatório apresentado à Administração pelo Con-selho de Coordenação da Avaliação, com efeitos a partir do mês de Maio. No âmbito do Processo de Avaliação de Desempenho de 2009, foi efectuada a fixação dos objectivos para este ano por parte de todos os sectores da empresa.

Com o início da actividade de construção e imple-mentação do EFMA, a EDIA em 1995, ano da sua criação, procurou dotar-se dos meios humanos adequados a essa missão, recrutando, por contra-to de trabalho sem termo, um conjunto de técni-cos, um núcleo duro, que lhe permitisse proceder ao arranque e acompanhamento dos primeiros projectos e obras, concentrados essencialmente na barragem de Alqueva até ao final de 2001.

Com a conclusão da barragem de Alqueva e o avanço, de forma particularmente intensa, para a implementação da rede secundária de rega, tor-nou-se evidente a necessidade de dotar a EDIA de mais meios humanos.

Para a equação desse reforço gradual de meios contribuíram ainda as seguintes variáveis:

A assunção directa, pela EDIA, da ÔÔcomponente de expropriações necessárias à construção do Empreendimento;

A assunção directa, pela EDIA, num número ÔÔsignificativo de obras, da fiscalização das respectivas empreitadas.

As referidas opções foram determinadas pela constatação óbvia de que a assunção pela EDIA daquelas responsabilidades viria a representar ganhos significativos em termos de economia de tempo e custos e de controlo de desvios, quer ao nível da programação física, quer em termos or-çamentais.

E assim, as tarefas que até então vinham sendo asseguradas com recurso a prestações de servi-ços por empresas contratadas em regime “out-sourcing”, passaram a ser assumidas directamen-te pela EDIA, ao nível da respectiva coordenação e orientação de meios, recorrendo-se então à contratação de prestadores de serviços pessoas singulares, para a realização de determinado pro-jecto ou tarefa específica.

6. Estrutura de suporte

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A antecipação do prazo de conclusão das infra-estruturas em mais de uma década agudizou na-turalmente a necessidade de reforçar, nos referi-dos moldes, os meios humanos associados àquele objectivo.

Ora, o que foi possível constatar foi que os pres-tadores de serviços contratados inicialmente para um projecto ou tarefa específica, mas sujeitos a um imprescindível acompanhamento por parte da estrutura da EDIA face a uma exigente e ambiciosa programação física e financeira, vieram a assumir gradualmente uma maior necessidade de receber instruções da hierarquia da empresa, passando a colaborar de forma mais estreita com os colabo-radores efectivos da EDIA, sendo, nalguns casos, difícil distinguir claramente o seu desempenho de uma prestação típica de um vínculo laboral.

Assim, e analisado todo o universo de pessoas singulares contratadas em regime de prestação de serviços pela EDIA, foi possível proceder ao seu agrupamento em três categorias:

I – Grupo dos prestadores de serviço que, ÔÔpela natureza da prestação a que estavam obrigados, em particular quando associada a funções decorrentes da missão de exploração do EFMA a cargo da EDIA, nos pareciam melhor enquadrados numa relação laboral;II – Um segundo grupo de prestadores de ÔÔserviço que, embora contratados para uma determinada tarefa específica ou resultado, viram gradualmente esbatidos os traços típicos de uma prestação de serviços, sendo em alguns casos difícil distingui-los claramente dos demais trabalhadores da EDIA;III – Um terceiro grupo onde incluímos os ÔÔtécnicos que inequivocamente prestam serviços à EDIA no âmbito de uma relação totalmente estranha ao vínculo laboral.

O primeiro e o segundo grupo viram a sua situ-ação regularizada através da celebração de um contrato de trabalho.

O terceiro grupo manteve-se, como é óbvio, em regime de prestação de serviços.

Nos casos em que foi considerada a sua integra-ção na empresa através de contrato de trabalho, seguiram-se os seguintes princípios gerais:

Integração na categoria e grelha salarial da ÔÔempresa em nível remuneratório equivalente ou aproximado ao valor até aqui auferido, tendo por referência o rendimento anual;Integração nas áreas funcionais da empresa ÔÔque eram as destinatárias da sua prestação.

Subjacente a esta decisão esteve também o con-junto de alterações introduzidas no Código do Trabalho (publicado no início de 2009) no que à qualificação do Contrato de Trabalho diz respeito. Após aturada e cuidada análise concluiu-se que muitas das relações jurídicas constituídas como prestação de serviços eram na verdade contratos de trabalho, vg. pela utilização de meios da em-presa, pela actuação por conta e em nome da em-presa, etc.

Assim, entre Outubro e Dezembro de 2008, pas-saram aos quadros da empresa 20 colaborado-res, 18 dos quais ligados directamente às áreas de projecto, expropriações e construção de infra-estruturas.

No mês de Janeiro de 2009 foram integrados mais 59 colaboradores, 56 dos quais para as áre-as de expropriações, construção e exploração (a finalização de algumas infra-estruturas, implicou, a partir de 2008/2009, a constituição de equipas específicas para assegurar a operação, manuten-ção e segurança dos equipamentos).

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99Assim, no final de 2009, a empresa contava com um total de cento e oitenta e cinco (185) colabora-dores, entre efectivos e contratados a termo cer-to, distribuídos pelas diferentes categorias pro-fissionais (Técnico, Técnico Superior e Técnico Especialista).

Participou-se igualmente no projecto de imple-mentação das melhorias no módulo de Recursos Humanos, em SAP, com o estudo, execução, teste e implementação de diversas alterações. Neste pe-ríodo foi ainda dado seguimento à acreditação da EDIA como entidade Formadora junto da DGERT.

Por último, e dando continuidade ao Plano de For-mação da empresa, manteve-se o calendário de formação previsto para 2009, com a execução das acções planeadas. Realizaram-se, neste âm-bito, diversos cursos de formação profissional em regime intra-empresa, com especial ênfase para as áreas de Ambiente; Rega; Legislação Laboral; Legislação de Contratação Pública; Sistemas de Informação Geográfica; Expropriações; Gestão; Finanças e Contabilidade.

distribuição dos colaboradores em 31.12.2009 por categoria Profissional

Comunicação e Sistemas de Informação

Em 2009 destaca-se a implementação do Projecto de Inventariação da Documentação de Arquivo e do Software de Gestão Documental, com melho-rias ao nível SAP nos módulos FI e MM, assim como a finalização das melhorias SAP nas áreas recursos humanos e financeira.

O software de Gestão Documental possibilitou a desmaterialização de documentação e de alguns processos fazendo uso das assinaturas digitais qualificadas existentes no cartão do cidadão. Ga-rantiu-se desta forma o aumento da segurança, velocidade e controlo da informação da empresa, bem como uma maior facilidade dos colaborado-res em aceder à informação que necessitam inde-pendentemente do local onde estejam.

Decorreu igualmente a conclusão da adaptação do SAP aos requisitos legais resultantes da obrigato-riedade de utilização da norma IAS e apresentação de contas consolidadas das diversas empresas do Grupo EDIA, aplicando-se as normas internacio-nais de contabilidade.

Foi ainda necessário implementar uma aplicação informática que permitisse levar a cabo o contro-lo do limite estabelecido para os ajustes directos, tanto para as prestações de serviços como para as empreitadas, no âmbito da aprovação do novo Código de Contratos Públicos. Esta aplicação pos-sui um interface web de consulta ao software de gestão SAP, permitindo averiguar se um determi-nado fornecedor poderá ou não ser consultado. Esta situação acarretou alterações nos procedi-mentos internos ao nível do processo de compras da empresa, sendo os mesmos reflectidos no ERP SAP R3.

16

14

12

10

8

6

4

2

0

Infra-estruturas secundárias na rede

primária em 2009

Infra-estruturas em curso na rede primária em 2009

40,00%

35,00%

30,00%

25,00%

20,00%

15,00%

10,00%

5,00%

0,00%

80,00%

70,00%

60,00%

50,00%

40,00%

30,00%

20,00%

10,00%

0,00%

Barragem de Alqueva

Central Hidroeléctrica de Alqueva

Barragem e Central de Pedrógão

Estação Elevatória Alqueva-Álamos

Rede Primária de Rega

Rede Secundária de Rega

Desenvolvimento Regional

6

5

4

3

2

1

0

Infra-estruturas concluídas na rede secundária em 2009

Infra-estruturas em curso na rede

secundária em 2009

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

TécnicoTécnico

especialistaTécnicosuperior

Infra-estruturas do Sistema Primário

Infra-estruturas Secundárias

Promoção e Desenvolvimento Regional

60,00%

50,00%

40,00%

30,00%

20,00%

10,00%

0,00%

Escalão Hidroeléctrico de Alqueva

Escalão Hidroeléctrico de Pedrógão

Sistema Global de Rega

Ambiente e Património

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No ano de 2009 foi igualmente realizado um con-junto de melhorias no Módulo de Recursos Huma-nos ERP, permitindo o envio de documentação por e-mail (recibos de vencimento) e desenvolvendo o suporte para o processo de avaliação.

Foi também adjudicada uma plataforma com vis-ta ao lançamento dos concursos públicos por via electrónica, o que veio a permitir a desmateriali-zação do processo associado. A referida aplica-ção é certificada por “base.gov.pt”.

Documentação, Desenvolvimento e Marketing

O ano de 2009 ficou marcado por diversas acções e iniciativas que tiveram como objectivo princi-pal promover as políticas de “Desenvolvimento” da região, visando o melhor aproveitamento das novas oportunidades geradas em torno do EFMA. Neste âmbito, realizou-se o primeiro “Dia Aber-to de Alqueva e do Aeroporto de Beja”, encontro promovido pela EDIA e EDAB, em colaboração com a ACOS, NERBE, Associação Comercial do Distrito de Beja, IAPMEI e Municípios da área de intervenção do EFMA.

Em parceria com o Observatório de Emprego do IEFP decorreu, por outro lado, a apresentação pú-blica da publicação do “Estudo sobre o Impacto do Projecto de Fins Múltiplos do Alqueva na Con-figuração dos Recursos Humanos”. Em 2009 teve ainda lugar a programação de várias acções en-quadradas pelo protocolo assinado com o IAPMEI, na sequência das conclusões do “Encontro para a Competitividade” realizado nas instalações da EDIA.

No âmbito do protocolo assinado entre a EDIA, a Rede de Aldeias e o Pólo Turístico de Alqueva, foi apresentado publicamente, no Alandroal, a 20 de Maio de 2009, a “Estratégia para a Implementa-ção da Agenda para a Sustentabilidade e Compe-titividade do Turismo na área de Intervenção das Terras do Grande Lago Alqueva”. Ao longo do ano procedeu-se igualmente ao acompanhamento das actividades da Gestalqueva referenciando-se, neste contexto, as obras para a instalação de um novo Posto de Acolhimento junto à Barragem de Alqueva.

A 13 de Outubro a EDIA realizou uma sessão de informação sobre “Instrumentos de Apoio ao Te-cido Empresarial”. Esta iniciativa, dirigida essen-

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101cialmente ao tecido empresarial do Alentejo, em particular na área de influência do EFMA, foi rea-lizada em colaboração com a DREAlentejo, o Cen-tro de Desenvolvimento Empresarial do Alentejo/ /DAE – IAPMEI e a AICEP Global Parques.

A 10 de Dezembro registe-se ainda a realização de uma visita da AICEP Global Parques e do Director Geral da Câmara de Comércio Luso Francesa ao Empreendimento de Alqueva e à EDIA, onde foi efectuada uma apresentação do Projecto EFMA e das oportunidades de investimento que lhe estão associadas.

A 15 de Dezembro referencie-se igualmente a apresentação, a um conjunto de entidades pú-blicas e privadas, regionais e nacionais, de uma proposta de constituição de uma estrutura deno-minada “DNA Alqueva”, a qual pretende fomentar um estímulo activo ao empreendedorismo, capta-ção de investimento e promoção de Alqueva como espaço único de oportunidades.

No término de 2009 foi também lançado o Con-curso Público para a elaboração do estudo “Uma Visão Estratégica para um Desenvolvimento Sus-tentável da EDIA”.

Para além do Ponto de Orientação Empresarial (http://poe.edia.pt), em 2009 ficou de igual forma disponível on-line uma Plataforma para a Compe-titividade e Inovação (http://investinalqueva.poe.edia.pt), a qual pretende, entre outros aspectos, promover as oportunidades associadas ao EFMA, junto de mercados externos, encontrando-se a mesma acessível em diversas línguas.

Divulgação e Promoção

Com o objectivo de consolidar a interacção com os diversos interlocutores da EDIA e de modo a proceder ao reforço e afirmação do projecto jun-to da opinião pública, a política de comunicação da empresa continuou a assentar, em 2009, no acompanhamento, em reportagem, de diversos Órgãos de Comunicação Social, na realização do “cliping” diário aos vários OCS nacionais, regio-nais e online, com registo para a publicação de aproximadamente 1.500 notícias com referência à EDIA ou ao EFMA, e na produção e distribuição de Notas de Imprensa.

Na componente de relações públicas prosseguiu, ao longo do ano, a recepção personalizada, com explicação multimédia do EFMA e visionamento das obras e/ou Central Hidroeléctrica de Alqueva, a vários grupos de visitantes de diversos países: Portugal, Espanha; França; Itália; Inglaterra; Escó-cia; Bélgica; Moçambique; Guiné; Brasil; Angola; Cabo Verde; São Tomé e Príncipe. Destaque-se, neste particular, a recepção em Alqueva do grupo de Deputados dos Parlamentos de vários países da União Europeia, no âmbito do Projecto Eureka. No âmbito da cerimónia de assinatura do protoco-lo entre a EDIA/SOPIR teve ainda lugar, em Ou-tubro, o acompanhamento da visita da delegação angolana a Alqueva,

Considerando a estratégia prosseguida pela EDIA de promoção do espaço Alqueva e de divulgação do Empreendimento assinale-se, por outro lado, a participação da empresa em inúmeros certames de âmbito nacional e internacional em 2009.

A nível nacional a EDIA esteve presente em diver-sas iniciativas expositivas, das quais se identifi-cam a Ovibeja e a Feira Nacional de Agricultura, em Santarém.

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Em termos internacionais, referencie-se a partici-pação nos seguintes certames no Fórum Mundial da Água (Istambul); 76.ª Internacional Agricultural Fair em Novi Sad (República da Sérvia); FILDA – Feira Internacional de Luanda (Angola); Feira In-ternacional de Macau (Macau) e Watec/2009 – 5.ª Feira Internacional e 2.ª Conferência Internacional de Tecnologias da Água e Controlo Ambiental, em Tel Aviv (Israel).

A participação na FILDA, principal Feira Interna-cional de Luanda, em Angola, e na WATEC/2009, Feira Internacional de Tecnologia da Água em Tel Aviv/Israel, abrangeu todas as áreas operacionais e logísticas destes certames, incluindo a concep-ção dos espaços, a representação física da em-presa durante os eventos e a participação nas reuniões bilaterais realizadas.

No que respeita a outras realizações em evidên-cia levadas a cabo em 2009 indica-se, para além das comemorações do Dia Mundial da Água, a 22 de Março, a apresentação do filme “A Histó-ria da Gotinha Ai Ai”, a 23 de Março, em Alqueva, com presença do Exmo. Sr. Director Regional de Educação do Alentejo. Este filme de sensibiliza-ção para a qualidade da água foi posteriormente distribuído por todas as escolas EB1 do Alentejo (cerca de 700). No final do ano referencie-se ainda a participação da EDIA no evento “Portugal Tecno-lógico”, realizado na FIL, em Lisboa, a convite da CCDRAlentejo.

Em 2009 foi ainda iniciada a produção de um pro-grama informativo para a SulTV, na sequência da finalização do procedimento negocial levado a cabo com esta estação de televisão. O processo negocial com a SulTV, canal televisivo transmitido por cabo e satélite, teve como objectivo a cria-ção de um espaço informativo semanal da EDIA, “5 minutos com Alqueva” e seis documentários institucionais.

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Investimento do Empreendimento

O investimento realizado em 2009 pela EDIA, não incluindo as capitalizações de encargos de estrutura e financeiros, atingiu o montante de me256.584,90, o que eleva o total de investimento no EFMA, desde 1995 até ao final do ano em aná-

7. Investimento e financiamento

lise, para me1.687.975,54. Face ao ano de 2008 a percentagem de execução foi superior em cer-ca de 45%, o que denota uma acentuada subida da realização do investimento comparativamente com a evolução registada desde o ano de 2005.

milhares de euros

Programas TotalAté 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Barragem de Alqueva 568 047,32 3 263,03 15 808,87 14 375,72 4 815,05 2 063,54 608 373,53

Central Hidroeléctrica de Alqueva 130 004,46 557,43 183,33 56,56 15,53 52,30 130 869,62

Barragem e Central de Pedrógão 46 883,18 23 528,64 14 443,19 698,35 200,81 1 922,04 87 676,21

Estação Elevatória Alqueva- -Álamos

41 238,02 396,52 453,46 271,25 255,09 589,12 43 203,46

Rede Primária de Rega 39 773,87 50 255,84 52 793,76 79 872,19 63 306,62 112 180,63 398 182,91

Rede Secundária de Rega 118 826,19 12 663,16 29 581,05 34 472,46 71 081,12 139 266,17 405 890,14

Desenvolvimento Regional 7 065,78 3 029,25 1 910,93 1 078,95 183,66 511,10 13 779,67

total 951 838,82 93 693,86 115 174,60 130 825,48 139 857,88 256 584,90 1 687 975,54

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Com o aproximar da data de conclusão das obras do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, doze anos mais cedo que a data prevista, o esforço do investimento efectuado em 2009 caracterizou-se pela consolidação do Sistema Global de Rega através, nomeadamente, da infra-estruturação das Redes Primária e Secundária, que represen-taram, no total do ano, cerca de 98% do total do investimento efectuado.

Em termos de realização anual o montante re-gistado no Programa Barragem de Alqueva

(me2.063,54) ficou a dever-se, essencialmente, a processos no âmbito da componente de expro-priações e indemnizações dos terrenos afectados pela albufeira de Alqueva, bem como a actividades relacionadas com a delimitação cadastral de Al-queva e com o reforço da potência de Alqueva.

Relativamente ao programa Desenvolvimento Re-gional, a execução de me511,10 decorreu funda-mentalmente de investimentos levados a cabo no Parque de Natureza de Noudar, Sistema de Infor-mação Geográfica, Envolvente da Barragem de Al-queva e Energias Renováveis.

Em 2009 os programas Barragem e Central de Pe-drógão e Estação Elevatória Alqueva Álamos, re-gistaram investimentos na ordem dos me1.922,00 e me589,12, respectivamente.

Ainda no que diz respeito aos valores “por Pro-gramas” observa-se, face ao ano de 2008, que o investimento sofreu um significativo aumento nas actividades centradas nas infra-estruturas de dis-tribuição de água “em alta” (Rede Primária) e nos Aproveitamentos Hidroagrícolas (Rede Secundária) assinalando-se, neste sentido, a quase duplicação da execução financeira verificada em 2009, face ao ano anterior. Destaca-se ainda, neste aspecto, o facto de, em 2009, os investimentos nas infra-estruturas secundárias terem sido superiores aos das infra-estruturas do sistema primário, o que vem confirmar o ponto de viragem iniciado em 2008.

16

14

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8

6

4

2

0

Infra-estruturas secundárias na rede

primária em 2009

Infra-estruturas em curso na rede primária em 2009

40,00%

35,00%

30,00%

25,00%

20,00%

15,00%

10,00%

5,00%

0,00%

80,00%

70,00%

60,00%

50,00%

40,00%

30,00%

20,00%

10,00%

0,00%

Barragem de Alqueva

Central Hidroeléctrica de Alqueva

Barragem e Central de Pedrógão

Estação Elevatória Alqueva-Álamos

Rede Primária de Rega

Rede Secundária de Rega

Desenvolvimento Regional

6

5

4

3

2

1

0

Infra-estruturas concluídas na rede secundária em 2009

Infra-estruturas em curso na rede

secundária em 2009

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

TécnicoTécnico

especialistaTécnicosuperior

Infra-estruturas do Sistema Primário

Infra-estruturas Secundárias

Promoção e Desenvolvimento Regional

60,00%

50,00%

40,00%

30,00%

20,00%

10,00%

0,00%

Escalão Hidroeléctrico de Alqueva

Escalão Hidroeléctrico de Pedrógão

Sistema Global de Rega

Ambiente e Património

milhares de euros

Sistemas TotalAté 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Infra-estruturas do Sistema Primário

821 869,46 77 875,02 83 623,00 95 274,07 68 593,11 116 807,30 1 264 041,96

Infra-estruturas Secundárias 118 826,20 12 663,16 29 581,05 34 472,46 71 081,12 139 266,15 405 890,14Promoção e Desenvolvimento Regional

11 143,16 3 155,68 1 970,55 1 078,95 183,66 511,44 18 043,44

total 951 838,82 93 693,86 115 174,60 130 825,48 139 857,89 256 584,89 1 687 975,54

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Ainda na análise dos investimentos “por Sistemas” verifica-se que o investimento na rubrica “Infra-estruturas do Sistema Primário” e “Infra-estrutu-ras Secundárias” sofreu um aumento expressivo comparativamente com o ano anterior. O valor de investimento do item “Promoção e Desenvolvi-mento Regional” resulta, em grande medida, e tal como já foi referido anteriormente, da actual fase de investimentos do projecto EFMA, assim como do facto de algumas infra-estruturas e projectos terem entrado em exploração.

16

14

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10

8

6

4

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0

Infra-estruturas secundárias na rede

primária em 2009

Infra-estruturas em curso na rede primária em 2009

40,00%

35,00%

30,00%

25,00%

20,00%

15,00%

10,00%

5,00%

0,00%

80,00%

70,00%

60,00%

50,00%

40,00%

30,00%

20,00%

10,00%

0,00%

Barragem de Alqueva

Central Hidroeléctrica de Alqueva

Barragem e Central de Pedrógão

Estação Elevatória Alqueva-Álamos

Rede Primária de Rega

Rede Secundária de Rega

Desenvolvimento Regional

6

5

4

3

2

1

0

Infra-estruturas concluídas na rede secundária em 2009

Infra-estruturas em curso na rede

secundária em 2009

100

90

80

70

60

50

40

30

20

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TécnicoTécnico

especialistaTécnicosuperior

Infra-estruturas do Sistema Primário

Infra-estruturas Secundárias

Promoção e Desenvolvimento Regional

60,00%

50,00%

40,00%

30,00%

20,00%

10,00%

0,00%

Escalão Hidroeléctrico de Alqueva

Escalão Hidroeléctrico de Pedrógão

Sistema Global de Rega

Ambiente e Património

milhares de euros

Projectos TotalAté 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Escalão Hidroeléctrico de Alqueva

595 249,31 933,74 14 833,91 13 371,18 4 156,43 1 959,69 630 504,26

Escalão Hidroeléctrico de Pedrógão

45 315,57 22 310,75 14 048,74 458,94 189,21 1 881,26 84 204,46

Sistema Global de Rega 199 839,37 63 315,52 82 643,86 114 269,34 134 327,69 251 507,07 845 902,85Ambiente e Património 98 009,24 3 420,76 1 365,15 1 300,51 685,77 196,93 104 978,35Promoção e Desenvolvimento Regional

11 143,16 3 155,68 1 970,55 1 078,95 183,66 511,44 18 043,44

Acções de Apoio 2 282,17 557,41 312,39 346,55 315,14 528,51 4 342,18total 951 838,82 93 693,86 115 174,60 130 825,48 139 857,88 256 584,90 1 687 975,54

Na avaliação “por Projectos” e pelas razões descri-tas nos parágrafos anteriores, a execução mais sig-nificativa incidiu no Sistema Global de Rega que re-gistou em 2009 um valor na ordem dos me251.507, face ao valor de me134.328 obtido em 2008.

16

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8

6

4

2

0

Infra-estruturas secundárias na rede

primária em 2009

Infra-estruturas em curso na rede primária em 2009

40,00%

35,00%

30,00%

25,00%

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15,00%

10,00%

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80,00%

70,00%

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50,00%

40,00%

30,00%

20,00%

10,00%

0,00%

Barragem de Alqueva

Central Hidroeléctrica de Alqueva

Barragem e Central de Pedrógão

Estação Elevatória Alqueva-Álamos

Rede Primária de Rega

Rede Secundária de Rega

Desenvolvimento Regional

6

5

4

3

2

1

0

Infra-estruturas concluídas na rede secundária em 2009

Infra-estruturas em curso na rede

secundária em 2009

100

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70

60

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40

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TécnicoTécnico

especialistaTécnicosuperior

Infra-estruturas do Sistema Primário

Infra-estruturas Secundárias

Promoção e Desenvolvimento Regional

60,00%

50,00%

40,00%

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20,00%

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0,00%

Escalão Hidroeléctrico de Alqueva

Escalão Hidroeléctrico de Pedrógão

Sistema Global de Rega

Ambiente e Património

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Financiamento do Empreendimento

Em 2009 a EDIA obteve um financiamento de me281.556, através de um aumento de Capital So-cial, de Financiamento Comunitário e PIDDAC. Por outro lado registou-se uma diminuição efectiva nos Empréstimos de Médio/Longo Prazo, sendo mais representativa nos Empréstimos Obrigacio-nistas.

O Financiamento Comunitário e PIDDAC atin-giu o montante de me185.796, ou seja, cerca de 66% do total. Este valor considera os montantes recebidos de FEDER (e19.310.915,27), FEADER (e17.163.333,12), FEOGA (e105.719.855,10) e PI-DDAC (e43.602.008,43), através do INTERREG III – A, PEDIZA II, AGRO, POCTI, POVT e PRODER.

O montante recebido de PIDDAC refere-se à con-trapartida nacional dos projectos aprovados no âmbito da Medida 4 do Eixo IV do “por Alentejo” (PEDIZA II), do Programa AGRO e do PRODER.

Nesta matéria evidencia-se ainda, o peso do QCA III para o resultado verificado, cifrando-se em cer-ca de 80% do total do Financiamento Comunitário obtido no corrente ano. Procederam-se aos diver-sos encerramentos de candidaturas do anterior

QCA, estando à data, apenas uma candidatura por encerrar a qual aguarda a libertação de saldos fi-nais a disponibilizar pelo PEDIZA II.

Na parte das novas perspectivas financeiras con-sagradas no QREN, refira-se que foi aprovado, pelas entidades nacionais, no final do ano a pri-meira operação classificada como “Grande Pro-jecto” – Ligação Pisão-Roxo, a qual se encontra na Comissão Europeia para aprovação definitiva. Contudo, esta operação permitiu a recepção de fundos ainda no decorrer de 2009. Foi igualmente aprovada (pela Comissão Directiva do POVT) uma segunda operação a “Grande Projecto” – Adutor Brinches-Enxoé.

Relativamente ao PRODER registou-se no último trimestre do ano o início do financiamento para os 6 Projectos aprovados, referentes aos Blocos de Rega de Alfundão, Blocos de Rega Pisão-Roxo (Ferreira Figueirinha e Valbom), Blocos de Rega de Orada-Amoreira, Blocos de Rega Barragem de Brinches, Blocos de Rega Brinches-Enxoé, e ain-da do Adutor de Serpa e Bloco de Rega de Serpa. Nestes projectos recebeu-se a parte correspon-dente a 20% do montante aprovado, relativa ao limite máximo, actualmente permitido, para adian-tamentos.

milhares de euros

Até 2004 2005 2006 2007 2008 2009

capital social 272 508 19 000 95 760

fundos comunitários 294 984 44 457 55 991 65 320 50 266 142 194

(QCA II e QCA III) 294 984 44 457 55 991 65 320 42 577 115 698

(QREN e FEADER) 7 689 26 496

Piddac 29 449 4 434 6 906 5 721 1 534 43 602

empréstimos de Médio/longo Prazo 435 000 52 714 90 034 -37 852

Obrigacionista 300 000 56 180 93 500 -31 167

BEI 135 000 -3 466 -3 466 -6 685

total 1 031 941 48 891 81 897 123 755 141 834 243 704

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Na actual data de conclusão das obras do EFMA (2013), Alqueva terá criado mais de 110 mil hec-tares de novos perímetros de rega no Alentejo e concluído todas as suas infra-estruturas, nomea-damente, a ligação da “Barragem Mãe”, Alqueva, a todas as barragens da região que integram o Sistema Global de Alqueva. É neste contexto que, em 2010, com a finalidade de conceber, executar e construir as infra-estruturas do sistema primá-rio e as integrantes na rede secundária afecta ao EFMA, agora que o regadio de Alqueva passou a ser uma realidade, com a infra-estruturação e conclusão de uma área substancial beneficiada com rede secundária de rega e o consequente alargamento do regadio de Alqueva com novos Perímetros de Rega, se dará continuidade, ao lon-go do ano, a todo um conjunto de empreitadas que irão assegurar a consolidação do EFMA.

Durante o ano de 2010 terão ainda continuidade todas as actividades relacionadas com a observa-ção e a manutenção das barragens de Alqueva e Pedrógão e dos seus órgãos de descarga e com a operação dos respectivos equipamentos para com-provação da sua permanente operacionalidade.

Relativamente às Ligações Álamos-Loureiro, Loureiro-Monte Novo, Loureiro-Alvito e Alvito- -Pisão, do Subsistema de Alqueva, será concluí-da, no decurso do próximo ano, a implementação do funcionamento automático dos seus sistemas de telegestão e televigilância. Prosseguirá ainda a transferência de caudais a partir de Alqueva para os perímetros de rega do Monte Novo e para os Blocos de Cuba-Este e Oeste. Terá também con-tinuidade a realização das campanhas de obser-vação das barragens integradas nestas ligações, em observância do estabelecido nos respectivos Planos de Observação e no Regulamento de Se-gurança, assim como das Barragens da Amoreira, Brinches e Serpa, no Subsistema Ardila.

Em termos de obra, no Subsistema Alqueva, e re-lativamente à Ligação Pisão-Roxo, serão concluí-dos, até ao final do mês de Abril de 2010, os três Troços que compõem o Adutor Pisão-Roxo e a Barragem do Penedrão. Com consignação previs-ta para o princípio do próximo ano terão início, por outro lado, o 1.º e o 2.º Troços do Adutor Pisão- -Beja. Dar-se-á também início à construção do Circuito Hidráulico de Vale do Gaio, prevendo-se que a respectiva consignação venha a ocorrer em meados de 2010. Até ao final do ano deverão ainda ser finalizadas as empreitadas de Construção dos

8. Perspectivas para o ano de 2010

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Circuitos Hidráulicos de Segregação de Caudais das Albufeiras do Roxo e de Odivelas.

No Perímetro de Rega do Pisão-Roxo, será tam-bém finalizada a Empreitada de Construção do Bloco de Rega de Ferreira, incluído nos “Primei-ros Blocos” deste perímetro. A construção dos “Segundos Blocos” deste Perímetro de Rega terá início no último trimestre de 2010 e corresponde à Empreitada de Construção do Bloco de Rega de Ervidel. Até ao final do 1.º semestre do próximo ano está ainda prevista a conclusão da Empreitada de Construção do Perímetro de Rega de Alfundão e respectiva Adução. No final do 1.º semestre te-rão início, por outro lado, as Empreitadas de Cons-trução dos Blocos de Rega de Loureiro-Alvito e, no Perímetro de Rega do Roxo-Sado, do Bloco de Rega de Aljustrel. No final de 2010 terá também início a Empreitada de Construção dos Blocos de Rega de Vale de Gaio.

Por outro lado, e no que diz respeito aos projectos de execução a levar a cabo no Subsistema Alque-va, prevê-se a adjudicação do Projecto de Execu-ção da Ligação e Blocos do Roxo-Sado e a conclu-são da Ligação Torrão-Vale de Gaio. No Perímetro de Rega do Pisão-Beja (Rede Secundária), e sob a forma de Projecto de Execução e EIA, está pre-vista a conclusão, até ao final do 1.º trimestre de 2010, do projecto respeitante aos Blocos de Rega de Cinco Reis, Trindade e Chancuda. Ainda neste Perímetro de Rega, prevê-se igualmente a conclu-são, próximo do final do 1.º semestre de 2010, do Projecto de Execução e EIA dos Blocos de Rega de Beringel-Beja.

No Subsistema Ardila concluir-se-ão, até finais do mês de Abril, as empreitadas da Rede Primária respeitantes aos Adutores de Enxoé, Serpa e Laje e da Barragem da Laje; Estação e Conduta Ele-vatória de Pedrógão-Margem Esquerda; Estação e Conduta Elevatória de Brinches e Reservatório de Brinches Sul, Adutor de Pedrógão – Margem Esquerda e Reservatório da Orada e Estação Ele-

vatória de Torre do Lóbio, Adutor de Serpa e Re-servatório de Serpa Norte.

Na Rede Secundária devem ser finalizadas, no 1.º trimestre do próximo ano, as obras respeitan-tes às Empreitadas de Construção dos Blocos de Rega de Brinches-Enxoé e Serpa, esperando-se, por outro lado, que a Empreitada de Construção do Bloco de Rega de Pias seja consignada e inicia-da no final de 2010.

Na área de estudos e projectos, ainda neste sub-sistema, deverão ficar concluídos, no 1.º semestre de 2010, os projectos (sob a forma de Projecto de Execução e EIA) dos Circuitos Hidráulicos de Ca-liços – Moura e Caliços – Machados, incluindo os respectivos Blocos de Rega. Ambos os projectos, em curso em 2009, deverão ser objecto de revisão no decurso de 2010. Os Projectos de Execução dos Circuitos Hidráulicos de Amoreira-Caliços, Caliços-Pias e dos Blocos de Rega de Pias deve-rão ser igualmente objecto de revisão e concomi-tante validação no próximo ano.

Em 2010 terão início, no Subsistema Pedrógão, as Empreitadas de Construção e Fornecimento dos Equipamentos da Estação e Conduta Elevatória de Pedrógão – Margem Direita, do Reservatório de Pedrógão, do Adutor de Pedrógão – Margem Di-reita e da Barragem de S. Pedro, com consignação prevista para o mês Julho. Também no próximo ano, e pela primeira vez na trajectória do EFMA, o alargamento do regadio de Alqueva chegará a este subsistema com o início, previsto para o úl-timo trimestre de 2010, das obras respeitantes ao Bloco de Rega de Pedrógão-Selmes.

Os EIA’s relativos ao Subsistema de Pedrógão in-cidem em simultâneo sobre as redes Primária e Secundária. É neste âmbito que, em 2010, deverão ficar concluídos os estudos referentes ao Circuito Hidráulico de S. Matias (a terminar no 1.º trimestre) e dos Circuitos Hidráulicos de Baleizão-Quintos e S. Pedro-Baleizão e respectivos Blocos de Rega.

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113Indique-se ainda que os Projectos dos Circuitos Hidráulicos de Baleizão – Quintos, S. Pedro – Ba-leizão (Projecto de Execução e EIA) e de São Ma-tias serão objecto de revisão no próximo ano. No próximo ano deverá ainda ser iniciado o Projecto do Bloco de Rega dos Coutos de Moura.

O ano de 2010 constituirá também uma referência no que diz respeito às Mini-Hídricas, com a con-clusão das de Alvito, Odivelas, Serpa e Roxo.

No próximo ano a EDIA continuará igualmente a dar seguimento à sua política ambiental, no cum-primento das directrizes decorrentes do Estudo Integrado de Impacte Ambiental de 1995, com a promoção e a realização dos EIA e respectivos procedimentos formais de AIA dos diversos pro-jectos das infra-estruturas integradas no EFMA. Ainda na vertente ambiental e património cultural, prosseguirão as actividades de acompanhamen-to das empreitadas transitadas de 2009 e a ini-ciar em 2010, com a concomitante elaboração dos respectivos SGA e trabalhos arqueológicos. Está também previsto o desenvolvimento de vários es-tudos e projectos dando cumprimento a algumas das medidas consagradas nas DIA’s de projectos cujo processo de AIA já se encontram finalizados e tendo em conta a gestão ambiental de empreita-das já concluídas ou em fase de conclusão,

É neste contexto que, entre diversas outras acções, será assegurada a monitorização dos recursos hí-dricos superficiais prevista nas DIA’s, durante a fase de construção, para as seguintes empreitadas: Troço de Ligação Alvito-Pisão, Circuito Hidráulico de Adução à Barragem de Odivelas, Barragem da Laje, Troço de Ligação Pisão-Roxo e Penedrão e Troço de Ligação Pisão-Beja. Prosseguirá, por ou-tro lado, a implementação do Programa de Monito-rização da Rede Primária de Rega, dando-se tam-bém continuidade à monitorização dos potenciais impactes da transferência de água Guadiana-Sado sobre a ictiofauna, iniciada em 2009.

Terão igualmente seguimento os Programas de Monitorização do Estado das Águas de Superfície na Rede Secundária de Rega, nomeadamente, na área dos Blocos de Rega do Monte Novo, Pisão, Alvito-Pisão e Alfundão e será iniciada a moni-torização prevista nas DIA dos blocos de rega de Ferreira-Valbom, Oeste e Sul do Ardila, para a fase de construção e/ou no início da fase de ex-ploração. Em 2010 efectuar-se-á também a mo-nitorização qualitativa e quantitativa dos recursos hídricos subterrâneos, quando da responsabilida-de da EDIA, quer ao nível da rede primária, quer ao nível da rede secundária, até à entrega desta última às respectivas entidades gestoras e terão continuidade diversos programas de monitoriza-ção no âmbito da fauna, flora e vegetação.

Com o objectivo proceder à apresentação pública dos inúmeros trabalhos arqueológicos desenvol-vidos no âmbito do Plano de Rega, desde o fecho das comportas de Alqueva, decorrerá ainda, em 2010, o 4.º Colóquio de Arqueologia de Alqueva.

Numa perspectiva de expansão das competências internas da própria empresa dever-se-á continuar a apostar na promoção do Empreendimento e da região, através de acções de divulgação e de sen-sibilização, numa óptica de atracção e de captação de investimento, e ainda, de estímulo às parcerias estratégicas entre operadores da fileira agro-ali-mentar e, entre estes e centros de competência externos, nomeadamente, na área da investiga-ção.

A EDIA deverá assumir-se também como pólo agregador do aumento de competências nos seus domínios nucleares de especialização – enge-nharia, gestão e exploração de infra-estruturas de regadio e hidroeléctricas, gestão ambiental e de recursos hídricos, planeamento estratégico e consultoria de investimento agro-alimentar. Nesta óptica, deverá ser dado grande ênfase à necessi-dade da empresa assumir um papel determinante na gestão integrada das redes primária e secun-

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dária de rega do EFMA, com as vantagens inegá-veis que uma gestão e exploração inovadoras e diferenciadoras trariam à região e ao negócio de distribuição da água, considerando o “now-how” adquirido, ao longo do tempo, pela empresa.

No próximo ano e no sentido de facultar informa-ção a processos de decisão relacionados com a gestão da procura e oferta de água no EFMA será criada uma base de dados geográficos que reúna um conjunto de indicadores relevantes para esta vertente. Prevê-se ainda o arranque de um pro-jecto de cadastro predial de grandes dimensões – SiNErGIC, encontrando-se actualmente este pro-cesso em fase de adjudicação.

Na vertente ambiental e património

cultural, prosseguirão as actividades

de acompanhamento das empreitadas

transitadas de 2009 e a iniciar

em 2010, com a concomitante

elaboração dos respectivos SGA e

trabalhos arqueológicos.

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Em 2009 o Conselho de Administração realizou quarenta e três (43) reuniões, de onde resultaram, como mais relevantes, as seguintes deliberações:

janeiro de 2009

Aprovada a adjudicação do Programa ÔÔde Monitorização dos Recursos Hídricos Superficiais e Subterrâneos no Troço de Ligação Alvito-Pisão (Fase de Exploração).

Aprovada a participação no processo de ÔÔimplementação do Plano de Acção para a Conservação do Lince Ibérico em Portugal.

Aprovada a adjudicação da prestação de ÔÔserviços para a elaboração do Projecto de Execução e Estudo de Impacte Ambiental do Circuito Hidráulico de S. Pedro-Baleizão e respectivo Bloco de Rega.

Aprovada a adjudicação da prestação de ÔÔserviços para a elaboração do Projecto de Execução do Bloco de Rega Loureiro-Alvito.

Aprovada a despesa estimada, bem como o ÔÔprocedimento proposto, para contratação dos trabalhos de Monitorização da Ictiofauna e dos Recursos Hídricos Superficiais no Bloco de Rega do Monte Novo.

Aprovada a proposta de Protocolo entre a ÔÔRede de Turismo de Aldeia e o Turismo Terras do Grande Lago Alqueva – Alentejo.

fevereiro de 2009

Autorizada a despesa estimada, bem como ÔÔo procedimento proposto para contratação dos serviços de Monitorização da Qualidade da Água e do Estado Ecológico do Sistema Alqueva-Pedrógão e Rega Primária do EFMA.

Aprovada a adjudicação da prestação de ÔÔserviços para a elaboração do Projecto de Execução e Estudo de Impacte Ambiental do Circuito Hidráulico Baleizão-Quintos.

Aprovada a adjudicação da prestação de ÔÔserviços para a elaboração do Projecto de Execução e Estudo de Impacte Ambiental do Bloco de Rega de Beringel-Beja.

Aprovadas as Bases de Avaliação para efeitos ÔÔda aquisição de bens imóveis afectados pelo troço de Ligação Pisão-Beja.

Aprovada a adjudicação dos trabalhos de ÔÔMonitorização da Ictiofauna e dos Recursos Hídricos Superficiais na Área do Bloco de Rega do Monte Novo.

Autorizada a realização da despesa com a ÔÔimplementação do Programa de Monitorização “Aves Estepárias e de Rapina nos Blocos de Rega de Monte Novo, Alvito-Pisão e Pisão”, bem como a abertura do procedimento proposto para a respectiva contratação.

9. Informações exigidas por diplomas legais

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Autorizada a realização da despesa com a ÔÔrealização de Trabalhos Arqueológicos de Minimização de Impactes sobre o Património Cultural decorrentes da implementação do Bloco de Rega de Alfundão – Bloco B.Autorizada a realização da despesa com a ÔÔrealização de Trabalhos Arqueológicos de Minimização de Impactes sobre o Património Cultural decorrentes da implementação do Bloco de Rega de Alfundão – Bloco A.

Março de 2009

Aprovada a adjudicação dos trabalhos de ÔÔMinimização de Impactes sobre o Património Cultural decorrentes da implementação do Bloco de Rega de Ferreira e Valbom – Bloco A (fase prévia à obra).Autorizada a realização da despesa estimada ÔÔcom a implementação do Programa de Monitorização dos Recursos Hídricos na Área dos Blocos de Rega do Alfundão – Fase de Construção.Aprovada a adjudicação da execução ÔÔde Caminhos Agrícolas afectados pelas Albufeiras das Barragens da Amoreira e Brinches e Restabelecimento da EN 386.Aprovada a adjudicação dos Trabalhos de ÔÔMinimização de Impactes sobre o Património Cultural decorrentes da implementação do Bloco de Rega de Ferreira e Valbom – Bloco B (fase prévia à obra).Aprovada a adjudicação dos trabalhos de ÔÔexecução do “Programa de Monitorização dos Recursos Hídricos na Área dos Blocos de Rega do Alfundão” – fase de construção.Autorizada a despesa estimada com a ÔÔexecução da minimização de impactes sobre o Património Cultural decorrentes da execução do Bloco de Rega de Serpa – Fase da Obra.Autorizada a despesa estimada com a ÔÔ

execução da Minimização de Impactes sobre o Património Cultural decorrentes da execução do Bloco de Rega de Brinches-Enxoé – Fase da Obra.

Aprovadas as Bases de Avaliação relativas ÔÔàs aquisições e expropriações do Bloco de Rega Brinches-Enxoé, Bloco de Rega Orada Amoreira, Bloco de Rega de Brinches e Adutor de Serpa e respectivo Bloco de Rega.

Aprovada a adjudicação da empreitada de ÔÔconstrução das Infra-estruturas de Rega, Viárias e de Drenagem do Bloco de Alfundão.

Aprovado o Programa de Monitorização dos ÔÔRecursos Hídricos Superficiais para o Sistema Alqueva-Pedrógão e Rede Primária de Rega.

Aprovada a adjudicação dos serviços de ÔÔMonitorização da Qualidade da Água e do Estado Ecológico da Rede Primária do EFMA no 2.º semestre de 2008/2009.

abril de 2009

Aprovada a adjudicação a execução da ÔÔMinimização de Impactes sobre o Património Cultural decorrentes da implementação do Adutor de Serpa e do Adutor da Guadalupe.

Aprovadas a adjudicação dos trabalhos de ÔÔMonitorização dos Recursos Hídricos nas Áreas do Troço de Ligação Pisão-Roxo e da Barragem do Penedrão.

Autorizada a realização da despesa estimada ÔÔcom a Monitorização do Solo nas Áreas Beneficiadas pelo EFMA (Blocos de Rega do Monte Novo, Alvito-Pisão e Pisão).

Aprovada a adjudicação dos trabalhos de ÔÔMinimização de Impactes sobre o Património Cultural decorrentes da implementação do Adutor de Brinches-Enxoé (Troço 1).

Aprovada a adjudicação dos Estudos de ÔÔImpacte Ambiental do Circuito Hidráulico de

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119S. Matias (em fase de Projecto de Execução); da Ligação Amoreira-Caliços (em fase de Projecto de Execução) e da Ligação Caliços- -Pias (em fase de Projecto de Execução).Autorizada a realização da despesa estimada ÔÔcom a Minimização de Impactes sobre o Património Cultural decorrentes da execução do Bloco de Rega de Alfundão – fase de obra.Aprovada a realização do concurso de ÔÔfotografia “Água e Biodiversidade”.Aprovada a adjudicação da execução da ÔÔMinimização de Impactes sobre o Património Cultural decorrentes da Implementação do Bloco de Rega de Alfundão-Bloco A (fase prévia à obra).Aprovada a adjudicação da Minimização ÔÔde Impactes sobre o Património Cultural decorrentes da execução do Bloco de Rega de Brinches-Enxoé – Fase de obra.

Maio de 2009

Aprovada a adjudicação dos serviços de ÔÔMinimização de Impactes sobre o Património Cultural decorrentes da execução do Bloco de Rega de Serpa – Fase de Obra.Aprovada a adjudicação dos serviços de ÔÔMinimização de Impactes sobre o Património Cultural decorrentes da implementação do Bloco de Rega de Alfundão – (fase de obra).Aprovada a proposta de Plano de ÔÔInvestimentos do EFMA para o período 1995-2013, no montante de 2.417,77 milhões de euros.Autorizada a realização da despesa estimada ÔÔcom a Construção do Sistema de Segregação de Caudais à Barragem do Roxo do EFMA.Aprovado o Plano de Exposições no Museu da ÔÔLuz para 2009.

junho de 2009

Aprovada a adjudicação dos Trabalhos ÔÔArqueológicos de Minimização de Impactes no Sítio Porto Torrão (Sectores 3 – Oeste).Aprovada a adjudicação dos Trabalhos ÔÔArqueológicos de Minimização de Impactes no Sítio Porto Torrão (Sectores 1 e 2).Aprovada a realização da despesa estimada ÔÔcom a Monitorização dos Recursos Hídricos Superficiais da Rede Primária do EFMA (Ano Hidrológico 2009/2010).

julho de 2009

Aprovada a minuta de Protocolo de ÔÔCooperação com a Universidade do Algarve.Autorizada a realização da despesa com a ÔÔimpressão e fornecimento da Monografia “Castelo da Lousa – Intervenções Arqueológicas de 1997 a 2002”.Autorizada a realização da despesa com a ÔÔrealização de Trabalhos Arqueológicos de Minimização de Impactes sobre o Património Cultural decorrentes da implementação do Troço de Ligação Pisão-Beja.Autorizada a realização da despesa estimada ÔÔcom a execução da empreitada de Construção do Circuito Hidráulico de Segregação de Caudais da Albufeira de Odivelas do EFMA.

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agosto de 2009

Aprovada a adjudicação da empreitada para ÔÔa elaboração dos Projectos e Execução das Linhas de Média Tensão para ER1 do Canal Ferreira-Penedrão, CV do Canal Ferreira-Penedrão, Barragem do Penedrão e TA Barragem do Penedrão.Aprovada a adjudicação da empreitada para ÔÔa elaboração dos Projectos e Execução das Linhas de Média Tensão para Reservatório da Orada, T4 no reservatório da Orada, ER1 e ER3 do Canal da Orada, Barragem da Laje.Aprovada autorização de despesa estimada ÔÔpara formação de contrato para a execução da empreitada de construção da Conduta Elevatória Reservatório de Álamo/ /Reservatório de Beringel, da Conduta Reservatório da Beringel/Barragem de Cinco Reis e da Barragem de Cinco Reis da Adução Pisão-Beja do Sistema Primário de Rega do EFMA.Aprovado o Relatório e Contas Consolidadas ÔÔ1.º Semestre de 2009.

seteMbro de 2009

Autorizada a realização da despesa estimada ÔÔcom a execução da empreitada de construção do Troço de Ligação Nó de Trigaches/ /Reservatório de Álamo, do Reservatório de Álamo e Estação Elevatória de Álamo, Adução Pisão-Beja do Sistema Primário de Rega do EFMA.Aprovada a divulgação da informação ÔÔdos conteúdos produzidos no âmbito da participação de Portugal no 5.º Fórum Mundial da Água no futuro portal da parceria portuguesa para a água.Aprovada a minuta de Protocolo de ÔÔCooperação SOPIR – EDIA.Aprovada a adjudicação dos serviços de ÔÔMonitorização dos Recursos Hídricos Superficiais da Rede Primária do EFMA.

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121outubro de 2009

Aprovadas as Bases de Avaliação de suporte ÔÔà aquisição de bens imóveis necessários à implementação do Circuito Hidráulico de Pedrógão e Blocos de Rega de Selmes e Pedrógão.

Autorizada a realização da despesa estimada ÔÔcom a implementação do Programa de Monitorização dos Recursos Hídricos na Área do Troço de Ligação Pisão-Beja.

noveMbro de 2009

Aprovada a adjudicação da empreitada ÔÔde construção do Circuito Hidráulico de Segregação de Caudais da Albufeira do Roxo.

Aprovada a adjudicação dos Trabalhos ÔÔArqueológicos de Minimização de impactes resultantes da execução do Bloco de Rega de Brinches-Enxoé – fase de obra.

Aprovada a adjudicação dos trabalhos de ÔÔMonitorização do Solo nos Blocos de Rega do EFMA, localizados nos concelhos de Ferreira do Alentejo e de Serpa.

Autorizada a realização da despesa estimada ÔÔcom a colocação de marcos de propriedade para delimitar a área expropriada nas Albufeiras da Amoreira, Brinches, Serpa e Laje; Adutores Alvito-Pisão, da Margem Esquerda, Brinches Enxoé, Loureiro-Monte Novo; Estação Elevatória dos Álamos e acessos; acessos às Albufeiras de Serpa e do Loureiro (CM-1119); Túnel Loureiro-Alvito e acessos; Segregação das Águas da Barragem de Alvito e Barragem do Pedrógão e acessos.

Aprovado o Plano de Investimentos para 2010, ÔÔcom um valor de e168.634.251,00.

Aprovado o Orçamento de Instalações e ÔÔEquipamentos, Orçamento de Funcionamento e Contas de Exploração para 2010.

Aprovado o Plano de Actividades e ÔÔOrçamento para 2010.

Autorizada a realização da despesa estimada ÔÔcom a prestação de serviços de Minimização de Impactes sobre o Património Cultural decorrentes da execução do Bloco de Rega de Brinches e do Bloco de Rega de Ferreira, Figueirinha e Valbom – fase de obra.

Autorizada a realização da despesa estimada ÔÔcom a prestação de serviços de Minimização de Impactes sobre o Património Cultural decorrentes da execução do Bloco de Rega de Serpa – Fase de Obra – 2.ª Fase.

dezeMbro de 2009

Aprovados os termos e condições do ÔÔpatrocínio da EDIA à participação de Portugal na EXPO 2010 – SHANGHAI.

Autorizada a realização da despesa estimada ÔÔcom os serviços de manutenção das Estações de Monitorização Automáticas Integradas na Rede Especifica de Monitorização do Sistema Alqueva-Pedrógão.

Autorizada a realização da despesa estimada ÔÔcom a elaboração do Estudo “Uma visão Estratégica para um Desenvolvimento Sustentável”.

O Conselho de Administração aprovou o ÔÔPlano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infracções Conexas.

Aprovada a adjudicação dos trabalhos de ÔÔMinimização de Impactes sobre o Património Cultural decorrentes da execução do Bloco de Rega de Ferreira e Valbom.

Autorizada a realização da despesa estimada ÔÔcom a implementação do Programa de Monitorização dos Recursos Hídricos Subterrâneos na Área dos Blocos de Rega no Subsistema Alqueva.

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Aprovada a adjudicação da prestação de ÔÔserviços Minimização de Impactes sobre o Património Cultural decorrentes da execução do Bloco de Rega de Brinches e do Bloco de Ferreira, Figueirinha e Valbom – Fase de Obra.

Poderes de autoridade

Pelo Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de Fevereiro, foram atribuídos à EDIA os seguintes poderes de autoridade:

Os poderes para, nos termos da lei, ÔÔnomeadamente, do Código das Expropriações, agir como entidade expropriante dos bens imóveis e direitos a eles inerentes a expropriarem que sejam necessários à prossecução do seu escopo social;O direito de utilizar e administrar os bens do ÔÔdomínio público do Estado que estejam ou venham a estar afectos ao exercício da sua actividade;Os poderes e prerrogativas do Estado quanto ÔÔà protecção, desocupação, demolição e defesa administrativa da posse dos terrenos e instalações que lhe sejam afectos e das obras por si executadas ou contratadas, podendo ainda, nos termos da lei, ocupar temporariamente os terrenos particulares de que necessite para estaleiros, depósito de materiais, alojamento de pessoal operário e instalação de escritórios, sem prejuízo do direito a indemnização a que houver lugar.

Ao abrigo do disposto no Decreto-Lei N.º 313/2007, de 17 de Setembro, que aprovou as bases da con-cessão outorgada por contrato entre o Estado e a EDIA em 17 de Outubro de 2007, a EDIA detêm, enquanto concessionária da gestão, exploração e utilização privativa do domínio público hídrico afecto ao EFMA, os poderes de administração do referido domínio público hídrico no âmbito da sua actividade, as competências para atribuição dos títulos respeitantes à captação de água para rega e para produção de energia eléctrica e ainda os poderes de fiscalização da sua utilização por ter-ceiros, bem como a competência para a instaura-ção, a instrução e o sancionamento dos processos de contra-ordenação nesse âmbito.

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Conta de Resultados

Esta análise é realizada tendo em conta apenas os custos e proveitos não capitalizados, isto é, foram expurgados os custos e proveitos de trabalhos para a própria empresa, bem como, os custos e provei-tos referentes ao Investimento da Rede Secundária,

10. Análise financeira

milhares de euros

2009 2008

custos não capitalizados

Fornecimentos e Serviços Externos

1 353 1 380

Custos com o Pessoal 2 217 1 660

Amortizações do Exercício 9 136 7 507

Custos e Perdas Financeiros 3 715 6 994

Outros 131 190

16 552 17 732

Proveitos não capitalizados

Vendas e Prestações de Serviços 14 085 14 111

Proveitos e Ganhos Financeiros 168 473

Proveitos e Ganhos Extraordinarios

3 349 2 758

Outros 283 718

17 885 18 060

resultado líquido exercício 1 334 328

que se anulam por meio da Variação de Produção (investimento realizado nas obras integrantes da Rede Secundária de Rega do EFMA que são pro-priedade do Estado à excepção da Infra-estrutura 12 e do perímetro de rega da Aldeia da Luz).

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O exercício económico de 2009 apresentou um Resultado Líquido Positivo de cerca de Me1,33, mais Me1,01 do que em 2008. Para este resul-tado contribuíram essencialmente a descida das taxas de juro indexantes dos empréstimos, o que provocou um decréscimo muito significativo dos encargos financeiros.

No caso particular dos Proveitos verificou-se o decréscimo global na ordem dos Me0,17 menos 0,97% que o ano anterior, identificando-se da se-guinte forma as variações nas rubricas mais sig-nificativas:

Os Proveitos e Ganhos Suplementares ÔÔtiveram um decréscimo em cerca de Me0,46, resultantes de uma diminuição das vendas de processos de concurso público e de uma facturação à EDP realizada em 2008, referentes a custos de manutenção, de telecomunicações, de vigilância e segurança nas Centrais Hidroeléctricas de Alqueva e Pedrógão, suportados pela EDIA em período posterior à data da subconcessão da exploração destas infra-estruturas.Os Proveitos e Ganhos Financeiros ÔÔapresentam uma diminuição de Me0,31 em resultado de uma redução significativa das taxas de juros indexantes.Os Proveitos e Ganhos Extraordinários ÔÔapresentam uma variação positiva de Me0,59 que reflecte o efeito da comparticipação dos fundos comunitários sobre as amortizações das diversas infra-estruturas do EFMA em exploração.

Relativamente aos custos não capitalizáveis, es-tes tiveram um decréscimo global de Me1,18 me-nos 6,66% relativamente ao ano anterior, onde se identificam as rubricas mais significativas:

Os Custos com o Pessoal com um aumento ÔÔde 33,57% cerca de Me0,56 justificado pela entrada de um número significativo de colaboradores no final de 2008 e no inicio de 2009 que anteriormente se encontravam em regime de prestação de serviço.As Amortizações que aumentaram na ordem ÔÔdos Me1,63, essencialmente, em resultado da entrada em exploração do Bloco de Rega do Monte Novo.Os Custos e Perdas Financeiros registaram ÔÔum decréscimo de Me3,28 cerca de 46,89%, montante que reflecte a significativa diminuição das taxas de juros indexantes do empréstimo contratado com o Banco Europeu de Investimento.

Na conta de resultados as rubricas financeiras ca-pitalizáveis foram deduzidas às respectivas contas de custos e proveitos. Assim a rubrica Trabalhos para a própria empresa reflecte os montantes ca-pitalizados de todas as contas de custos excepto as financeiras.

Com efeito:

Todos os custos de estrutura foram ÔÔcapitalizáveis, à excepção das áreas de gestão, apoio e órgãos sociais.Os Proveitos Financeiros, fruto da gestão ÔÔde disponibilidades de tesouraria, foram deduzidos aos custos financeiros incorridos com o empréstimo de curto, médio e longo prazo destinados ao financiamento do EFMA, capitalizando-se somente, o remanescente desses custos.

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127Balanço

Em 31 de Dezembro de 2009, a EDIA atingiu um activo líquido no montante de Me1.948, verifican-do-se um acréscimo de cerca de Me251,10, face ao fecho das contas de 2008.

milhares de euros

ActivoActivo Líquido

2009 2008

imobilizado 1 560 547 1 440 833

Imobilizado Incorpóreo 194 420 194 644

Imobilizado Corpóreo 1 365 588 1 245 633

Investimentos Financeiros 539 556

circulante 387 324 255 937

Existências 293 842 153 238

Dívidas de Terceiros – Curto Prazo 88 215 87 127

Depósitos Bancários e Caixa 5 021 15 384

Acréscimos e Diferimentos 246 188

total do activo 1 947 871 1 696 770

Este acréscimo resultou, essencialmente, pelo en-contro das seguintes variações:

variação Positiva

Do Imobilizado Corpóreo no montante de ÔÔMe119,96 que reflecte o aumento do volume de investimento no Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva.Das Existências em cerca de MÔÔ e140,60, que reflectem o investimento na Rede Secundária de Rega, com excepção da Infra-estrutura 12 e do perímetro de rega da Aldeia da Luz.

variação negativa

Dos Depósitos Bancários e Caixa no ÔÔmontante de Me10,36, resultante da falta de liquidez, atendendo ao volume significativo de investimento realizado e demais

compromissos financeiros (amortização das quatro tranches do empréstimo do BEI e 1/3 do empréstimo obrigacionista de Me93,5).

O Capital Próprio apresentou uma variação po-sitiva na ordem dos Me97,09, justificado essen-cialmente pelas rubricas de Resultado Líquido do Exercício e de Capital Social, que reflecte os au-mentos de Me1,01 e de Me95,76, respectivamente. Salienta-se que este último montante corresponde ao aumento do capital social, totalmente subscrito e realizado, em 30 de Março de 2009.

O passivo registou as seguintes variações:

variação Positiva

Das Dívidas a Terceiros de Curto Prazo na ÔÔordem dos Me12,82, justificadas:

Pelo aumento das dívidas de Fornecedores ÔÔde Imobilizado, no montante de Me12,68, em resultado do significativo volume de investimento do EFMA verificado em 2009.

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128

Dos Acréscimos de Diferimentos na ordem ÔÔdos Me178,33, essencialmente, como resultado dos recebimentos de fundos comunitários e de PIDDAC.

variação negativa

Na rubrica Dívidas a Terceiros de Médio e ÔÔLongo Prazo, verificou-se uma diminuição de Me37,91, resultante da:

Amortização de 1/3 do empréstimo ÔÔobrigacionista dos Me93,50 e da passagem de 1/3 deste empréstimo a liquidar no próximo ano para dívidas de curto prazo.

Amortização das parcelas relativas às ÔÔtranches A, B, C e D do empréstimo do BEI e da passagem para dívidas de curto prazo do montante a liquidar em 2010.

milhares de euros

Capital Próprio e do Passivo 2009 2008

capital Próprio 388 656 291 563

Capital 387 268 291 508

Ajustam. Partes Capital Filiais/Assoc. 200 200

Reservas 9 203 9 203

Resultados Transitados -9 348 -9 676

Resultado Líquido do Exercício 1 334 328

Passivo 1 559 215 1 405 208

Provisões para Riscos e Encargos 19 175 18 414

Dividas a Terceiros – M/L Prazo 501 982 539 896

Dividas a Terceiros – C. Prazo 160 624 147 798

Acréscimos e Diferimentos 877 433 699 100

total do capital Próprio e do Passivo 1 947 871 1 696 770

milhares de euros

Cash-Flow 2009 2008

Resultados Líquidos 1 334 328

Amortizações 9 481 7 716

Provisões 0 0

10 815 8 044

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129análise financeira

O Cash-Flow atingiu os cerca de MS10,82, regis-tando um aumento na ordem de 34,44%, face ao período homólogo, tendo contribuído para este o aumento do Resultado Líquido do Exercício na or-dem de Me1,01 e um acréscimo das Amortizações em cerca de Me1,77.

Em 31 de Dezembro de 2009, a EDIA apresenta um nível de solvabilidade de 24,93%, superior ao do ano anterior (20,75%), este facto deve-se, es-sencialmente, ao aumento de capital social reali-zado em 2009 no montante de Me95,76.

Em termos de Investimentos Financeiros, a EDIA apresenta a seguinte variação nas participações do capital social das suas empresas participadas, com o seguinte montante:

Gestalqueva, S.A. – Sociedade de ÔÔAproveitamento das Potencialidades das Albufeiras de Alqueva e de Pedrógão: me17,17 negativos.

O valor da participação de capital da EDIA na Ges-talqueva resulta da aplicação do Método da Equi-valência Patrimonial, mantendo-se a participação dos 51% no capital social.

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13111. Proposta de aplicação de resultados

Nos termos previstos na alínea f) do N.º 5 do Ar-tigo 66.º do Código das Sociedades Comerciais, o Conselho de Administração,

Considerando:

Que no exercício de 2009 foi apurado um ÔÔResultado Líquido positivo de e1.333.725,15.

Propõe:

Que o Resultado Líquido positivo apurado no ÔÔexercício de 2009 e constante no Balanço a 31 de Dezembro de 2009, no valor de e1.333.725,15, seja levado a Resultados Transitados.

10 de Fevereiro de 2010

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Dr. Henrique António de Oliveira Troncho(Presidente)

Dr. António Albino Pires de Andrade(Vogal)

Eng. Hemetério José Antunes Monteiro(Vogal)

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13312. Demonstrações financeirasbalanço eM 31 de dezeMbro de 2009

euros

Activo2009 2008

Valor Bruto Amort. e Ajust. Valor Líquido Valor Líquido

imobilizado

Imobilizado Incorpóreo Despesas de Instalação 261 104,29 258 724,68 2 379,61 20 510,04 Despesas Investigação e Desenvolvimento 116 948,76 79 590,13 37 358,63 56 850,09 Propriedade Industrial e Outros Direitos 195 000 100,00 619 999,03 194 380 100,97 194 566 683,34

195 378 153,05 958 313,84 194 419 839,21 194 644 043,47 Imobilizado Corpóreo Terrenos e Recursos Naturais 204 989 910,38 3 280 291,25 201 709 619,13 197 343 728,04 Edifícios e Outras Construções 687 067 999,40 13 481 674,12 673 586 325,28 533 973 742,80 Equipamento Básico 122 962 608,79 9 765 415,23 113 197 193,56 97 020 613,71 Equipamento de Transporte 910 584,27 718 845,83 191 738,44 257 363,67 Ferramentas e Utensílios 41 737,74 24 387,72 17 350,02 25 803,78 Equipamento Administrativo 4 743 892,62 3 141 509,18 1 602 383,44 2 132 212,28 Outras Imobilizações Corpóreas 351 542,52 108 346,26 243 196,26 200 447,78 Imobilizações em Curso 373 428 006,70 373 428 006,70 412 931 480,64 Adiantamentos por conta Imobilizações em Curso 1 612 483,94 1 612 483,94 1 747 126,80

1 396 108 766,36 30 520 469,59 1 365 588 296,77 1 245 632 519,50 Investimentos Financeiros Partes de Capital em Empresas do Grupo 162 829,84 162 829,84 179 994,35 Títulos e Outras Aplicações Financeiras 376 000,59 376 000,59 376 000,59 538 830,43 538 830,43 555 994,94circulante Existências Produtos e Trabalhos em Curso 241 308 219,96 241 308 219,96 153 219 057,36 Produtos Acabados e Intermédios 52 506 680,64 52 506 680,64 Mercadorias 26 773,06 26 773,06 19 427,74

293 841 673,66 293 841 673,66 153 238 485,10 Dívidas de Terceiros – Curto Prazo Clientes c/c 357 332,74 357 332,74 530 768,47 Adiantamentos a Fornecedores 373 364,18 373 364,18 220 069,93 Adiantamentos a Fornecedores de Imobilizado 894 705,72 894 705,72 837 728,80 Estado e Outros Entes Públicos 2 959 973,61 1 293 749,69 1 666 223,92 1 802 824,45 Outros Devedores 84 922 987,44 84 922 987,44 83 735 208,25

89 508 363,69 1 293 749,69 88 214 614,00 87 126 599,90

Depósitos Bancários Depósitos Bancários 5 012 642,40 5 012 642,40 15 368 491,57 Caixa 8 583,17 8 583,17 15 637,32

5 021 225,57 5 021 225,57 15 384 128,89 acréscimos e diferimentos Acréscimos de Proveitos 149,10 149,10 7 789,57 Custos Diferidos 246 085,67 246 085,67 180 647,91

246 234,77 246 234,77 188 437,48total de amortizações 31 478 783,43total de ajustamentos 1 293 749,69total do activo 1 980 643 247,53 32 772 533,12 1 947 870 714,41 1 696 770 209,28

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134

10 de Fevereiro de 2010

Dra. Hélia da Conceição E. S. Fonseca(Técnica Oficial de Contas)

O CONSELHO DE ADMNISTRAÇÃO

Dr. Henrique António de Oliveira Troncho(Presidente)

Dr. António Albino Pires de Andrade(Vogal)

Eng. Hemetério José Antunes Monteiro(Vogal)

euros

Capital Próprio e Passivo 2009 2008capital Próprio Capital 387 267 750,00 291 507 750,00 Ajustamentos de Partes de Capital em Filiais e Associadas

200 124,11 200 124,11

Reservas Outras Reservas 9 202 700,11 9 202 700,11 Resultados Transitados -9 348 011,84 -9 676 448,70

387 322 562,38 291 234 125,52 Resultado Líquido do Exercício 1 333 725,15 328 436,86 total do capital Próprio 388 656 287,53 291 562 562,38Passivo Provisões Provisões para Processos Judiciais em curso 19 175 101,52 18 413 556,87

19 175 101,52 18 413 556,87 Dívidas a Terceiros – Médio e Longo Prazo Empréstimos por obrigações Não convertíveis 387 241 672,66 418 513 327,10 Dívidas a Instituições de Crédito 114 698 067,64 121 382 850,24 Fornecedores de Imobilizado c/c 42 493,93

501 982 234,23 539 896 177,34 Dívidas a Terceiros – Curto Prazo Empréstimos por obrigações Não convertíveis 31 326 434,88 31 166 672,90 Dívidas a Instituições de Crédito 15 404 856,95 15 292 566,88 Fornecedores c/c 365 592,58 543 116,64 Outros Empréstimos Obtidos 45 000 000,00 45 000 000,00 Fornecedores de Imobilizado c/c 67 827 264,19 55 149 118,56 Estado e Outros Entes Públicos 310 361,63 205 408,89 Outros Credores 389 544,22 441 189,06

160 624 054,45 147 798 072,93 Acréscimos e Diferimentos Acréscimos de Custos 3 429 823,90 6 369 007,90 Proveitos Diferidos 874 003 212,78 692 730 831,86

877 433 036,68 699 099 839,76 total do Passivo 1 559 214 426,88 1 405 207 646,90total do capital Próprio e do Passivo 1 947 870 714,41 1 696 770 209,28

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135deMonstração dos resultados Por natureza eM 31 de dezeMbro de 2009

euros

2009 2008custos e PerdasCusto das Mercadorias Vendidas e das Matérias ConsumidasMercadorias Consumidas 28 497,51 33 327,76Fornecimentos e Serviços Externos 140 090 777,87 72 741 073,36Custos com PessoalRemunerações 5 199 827,69 3 277 001,84Encargos SociaisOutros 1 287 013,85 831 373,18Amortizações do Imobilizado Corpóreo e Incorpóreo 9 480 695,08 7 715 671,88ProvisõesImpostos 41 385,70 105 589,37Outros Custos e Perdas Operacionais 26 197,87 35 795,26

(a) 156 154 395,57 84 739 832,65Perdas em Empresas do Grupo e Associadas 17 164,51 16 817,96Juros e Custos Similares 4 288 591,02 8 296 627,13

(c) 160 460 151,10 93 053 277,74Custos e Perdas Extraordinários 6 435,88 10 632,10

(e) 160 466 586,98 93 063 909,84Imposto sobre o Rendimento do Exercício 63 312,35 50 834,95

(g) 160 529 899,33 93 114 744,79Resultado Líquido do Exercício 1 333 725,15 328 436,86

161 863 624,48 93 443 181,65Proveitos e ganhosVendas 21 426,97 84 759,19Prestações de Serviços 14 063 459,63 14 026 500,52Variação da Produção 140 595 843,24 73 433 128,62Trabalhos para a Própria Empresa 3 382 394,51 1 949 902,40Proveitos Suplementares 210 706,29 666 530,42Subsídios à Exploração 72 205,57 51 247,64

(b) 158 346 036,21 90 212 068,79Ganhos em Empresas do Grupo e Associadas 30 522,28Outros Juros e Proveitos Similares 168 263,33 442 972,38

(d) 158 514 299,54 90 685 563,45Proveitos e Ganhos Extraordinários 3 349 324,94 2 757 618,20

(f) 161 863 624,48 93 443 181,65

Resumo:Resultados Operacionais: (b) - (a) = 2 191 640,64 5 472 236,14Resultados Financeiros: (d-b) - (c-a) = -4 137 492,20 -7 839 950,43Resultados Correntes: (d) - (c) = -1 945 851,56 -2 367 714,29Resultados Antes de Impostos: (f) - (e) = 1 397 037,50 379 271,81Resultado Líquido do Exercício: (f) - (g) = 1 333 725,15 328 436,86

10 de Fevereiro de 2010

Dra. Hélia da Conceição E. S. Fonseca(Técnica Oficial de Contas)

O CONSELHO DE ADMNISTRAÇÃO

Dr. Henrique António de Oliveira Troncho(Presidente)

Dr. António Albino Pires de Andrade(Vogal)

Eng. Hemetério José Antunes Monteiro(Vogal)

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136

deMonstração dos resultados Por funções 2009

euros

Demonstração dos Resultados por Funções 2009 2008

1) Vendas e Prestações de Serviços14 084 886,60

14 111 259,71

2) Custo das Vendas e Prestações de Serviços13 779 347,35

-14 512 065,41

3) Resultados Brutos (1-2) 305 539,25-400

805,70

4) Outros Proveitos e Ganhos Operacionais3 632

236,803 475

427,82

5) Custos de Distribuição 0,00 0,00

6) Custos Administrativos2 679

516,45-1 799

954,20

7) Outros Custos e Perdas Operacionais 8 685,57 -25 401,70

8) Resultados Operacionais (3+4+5+6+7)1 249

574,031 249

266,22

9) Custo Líquido de Financiamento 3 635,35-1 326 671,11

10) Ganhos (perdas) em Filiais e Associadas 17 164,51 13 704,32

11) Ganhos (perdas) em Outros Investimentos 168 263,33 442 972,38

12) Resultados Correntes (8+9+10+11)1 397

037,50379 271,81

13) Impostos sobre os Resultados Correntes 63 312,35 -50 834,95

14) Resultados Correntes Após Impostos (12+13)1 333

725,15328 436,86

15) Resultados Extraordinários 0,00 0,00

16) Impostos sobre os Resultados Extraordinários 0,00 0,00

17) Resultados Líquidos (14+15-16)1 333

725,15328 436,86

resultados por acção 0,02 0,00

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137deMonstração dos fluxos de caixa 2009

euros2009 2008

actividades oPeracionais

Recebimento de Clientes 15 242 816,05 14 270 834,92

Pagamento a Fornecedores -139 839 452,94 -72 484 127,35

Pagamentos ao Pessoal -4 317 283,10 -2 918 072,30

fluxo gerado pelas operações -128 913 919,99 -61 131 364,73

Pagamento/Recebimento de Imposto sobre o Rendimento 266 639,98 286 879,24

Outros Recebimentos/Pagamentos relativos à Actividade Operacional 1 021 090,82 -4 818 775,39

fluxo gerados antes das rubricas extraordinárias -127 626 189,19 -65 663 260,88

Recebimentos Relacionados com Rubricas Extraordinárias 111 918,63

Pagamentos Relacionados com Rubricas Extraordinárias 2 585,99 -7 716,92

fluxo das actividades operacionais -127 623 603,20 -127 623 603,20 -65 559 059,17 -65 559 059,17

actividades de investiMento

Recebimentos Provenientes de:

Investimentos Financeiros 0,00

Imobilizações Corpóreas 3 187,49 0,00

Imobilizações Incorpóreas 0,00

Subsídios de Investimento 185 796 111,94 51 787 738,09

Juros e Proveitos Similares 248 758,73 0,00

Dividendos 0,00

Pagamentos Respeitantes a:

Investimentos Financeiros -0,00

Imobilizações Corpóreas / em curso -111 953 189,24 -43 337 305,91

Imobilizações Incorpóreas 100,00

Juros e Custos similares 0,00

fluxo das actividades de investimento 74 094 868,92 8 450 532,18

actividades de financiaMento

Recebimentos Provenientes de:

Empréstimos Obtidos 138 500 000,00

Aumentos de Capit., Prest. Suplement. e Prémios de Emissão 95 760 000,00 0,00

Subsídios e Doações 0,00

Venda de acções (quotas) Próprias 0,00

Cobertura de Prejuizos 0,00

Accionistas (Sócios) 0,00

Pagamentos respeitantes a:

Empréstimos Obtidos -37 851 449,28 -50 759 382,25

Amortizações de Contratos de Locação Financeira -55 307,69

Juros e Custos Similares -14 742 719,79 -31 781 651,52

Dividendos 0,00

Reduções de Capital e Prestações Suplementares 0,00

Aquisição de Acções (quotas próprias) 0,00

fluxos das actividades de financiamento 43 165 830,93 55 903 658,54

variação de caixa e seus equivalentes -10 362 903,35 -1 204 868,45

efeitos da diferença de câmbio 0,00

caixa e seus equivalentes no inicío do Periodo 15 384 128,89 16 588 997,34

caixa e seus equivalentes no fim do Periodo 5 021 225,57 15 384 128,89

Anexo à Demonstração de Fluxos de Caixa para o exercício de 2009

numerário 8 583,17 15 637,32

depósitos bancários imediatamente Mobilizáveis 5 012 642,40 15 368 491,57

outras aplicações de tesouraria 0,00 0,00

5 021 225,57 15 384 128,89

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Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados em 31 de Dezembro de 2009

indicações gerais

As Demonstrações Financeiras de 2009 da Em-presa, que compreendem o Balanço, a Demons-tração dos Resultados, por Natureza e por Fun-ções, a Demonstração dos Fluxos de Caixa e cor-respondentes notas, foram preparadas atendendo à sua relevância, fiabilidade e comparabilidade, em harmonia com os Princípios Contabilísticos defini-dos pelo Plano Oficial de Contabilidade.

As Demonstrações Financeiras foram prepara-das segundo a convenção do custo histórico e na base da continuidade das operações em confor-midade com os Princípios da Prudência, Consis-tência, Substância sobre a forma, Materialidade e da Especialização dos exercícios, de modo a que as contas evidenciem uma imagem verdadeira e apropriada dos resultados e da posição financeira da Empresa.

Durante o exercício de 2009, não ocorreram alte-rações de políticas contabilísticas nem alterações de critérios de mensuração face aos utilizados nas Demonstrações Financeiras de 31 de Dezem-bro de 2008.

As Demonstrações Financeiras são apresentadas em euros por esta ser a moeda principal das ope-rações ocorridas.

As notas que se seguem respeitam a numeração definida no POC.

As notas omitidas ou não são aplicáveis à Empre-sa ou a sua apresentação não é relevante para a compreensão das Demonstrações Financeiras.

Actividade e Comparabilidade das Demonstrações Financeiras

A EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas do Alqueva é uma sociedade anónima, constituída pelo Decreto-Lei N.º 32/95, de 11 de Fevereiro, com capitais exclusivamente públicos. O seu capital social é integralmente detido pelo Estado Português, através da Direcção Geral do Tesouro e Finanças. A 31 de Dezembro de 2009, o Capital encontrava-se subscrito e realizado em 100%.

A Empresa com sede social em Beja conta, em 31 de Dezembro de 2009, com 185 colaboradores.

A EDIA tem como objecto social a concepção, execução e exploração do EFMA e a promoção do desenvolvimento económico e social na sua área de intervenção.

Através do Decreto-Lei N.º 335/01, de 24 de De-zembro, foram introduzidas alterações que rede-finem o âmbito de intervenção da EDIA, estipulan-do que a Empresa é responsável pela concepção, execução, construção e exploração das infra-estruturas, que asseguram o desenvolvimento da actividade de captação, adução e distribuição “em alta”, definidas como infra-estruturas primárias do EFMA. Neste sentido o Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de Fevereiro, representou a consolidação da EDIA, enquanto entidade responsável pelo exercí-cio da gestão, exploração, manutenção e conser-vação das infra-estruturas que integram o sistema primário do EFMA, facto ao qual ficou associado um novo ciclo na vida da Empresa, com a entrada em exploração de algumas infra-estruturas. Esta legislação procedeu, em simultâneo, à adequação do enquadramento legal do EFMA ao quadro regu-lador decorrente da Lei da Água – Lei N.º 58/2005, de 29 de Dezembro.

Page 139: Relatório e Contas - edia.pt · Água com a apresentação do filme “A História da Gotinha Ai Ai”, a 23 de Março, em Alqueva. O ano ... o Dia Mundial da Monitorização da

139Ao abrigo do disposto no Decreto-Lei N.º 313/2007, de 17 de Setembro, que aprovou as bases da con-cessão outorgada por Contrato entre o Estado e a EDIA em 17 de Outubro de 2007, foram atribuídos a esta última, enquanto concessionária da gestão, exploração e utilização privativa do domínio públi-co hídrico afecto ao EFMA, os poderes de admi-nistração do referido domínio público hídrico no âmbito da sua actividade, as competências para atribuição dos títulos respeitantes à captação de água para rega e para produção de energia eléc-trica e ainda os poderes de fiscalização da sua utilização por terceiros, bem como a competência para a instauração, a instrução e o sancionamento dos processos de contra-ordenação nesse âmbi-to.

Com efeito, com base na regulamentação cons-tante do recente pacote legislativo dos recursos hídricos, a EDIA surge simultaneamente como entidade concessionária da gestão e exploração do Empreendimento e como titular, em regime exclusivo, dos direitos de utilização privativa do domínio público hídrico afecto ao EFMA para fins de rega e exploração hidroeléctrica.

O Contrato de Concessão concretizou assim as condições a que obedecerá a relação concedente – concessionária, precisando o conteúdo da mis-são associada à exploração do Empreendimento e definindo as regras para o exercício dos referidos direitos de utilização privativa do domínio púbico hídrico.

Neste contexto, o Decreto-Lei N.º 313/2007, de 17 de Setembro, enquadrou a concessão dos direi-tos de exploração das Centrais Hidroeléctricas de Alqueva e de Pedrógão, no respeito pelos direitos adquiridos por terceiros ao abrigo de legislação anterior.

Face ao exposto, a 24 de Outubro de 2007, foi celebrado um Contrato entre a EDIA e a EDP – Gestão da Produção de Energia, S.A. que atribui à

EDP Produção a exploração, durante 35 anos, das Centrais Hidroeléctricas de Alqueva (260 MW), em regime de mercado, e de Pedrógão (10MW), em re-gime especial, bem como os direitos de utilização privativa do respectivo domínio hídrico. Este Con-trato veio potenciar a valia eléctrica do sistema Alqueva-Pedrógão.

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2. indicação e coMentário das contas de balanço e da deMonstração dos resultados cujos conteúdos não sejaM coMParáveis coM os do exercício anterior

O Decreto-Lei N.º 42/2007, de 22 de Fevereiro, representou a consolidação de um novo ciclo na vida do EFMA, associado ao arranque da sua efec-tiva exploração.

Este Decreto-Lei N.º 42/2007 veio também ade-quar o enquadramento legal do EFMA ao novo quadro regulador da gestão de recursos hídricos plasmado na Lei N.º 58/2005, de 29 de Dezembro, a Lei da Água.

Assim e na sequência da assinatura do Contra-to de concessão com o Ministério do Ambiente, do Ordenamento, do Território e do Desenvolvi-mento Regional, a 17 de Outubro de 2007, relativo à utilização dos recursos hídricos para captação de água destinada à rega no sistema primário do EFMA, foi conferida à EDIA a gestão e exploração do EFMA, bem como a utilização do domínio públi-co hídrico afecto ao Empreendimento.

Com efeito, com base na regulamentação cons-tante do recente pacote legislativo dos recursos hídricos, a EDIA surge simultaneamente como entidade concessionária da gestão e exploração do Empreendimento e como titular, em regime de exclusivo, dos direitos de utilização privativa do domínio público hídrico afecto ao EFMA para fins de rega e exploração hidroeléctrica.

Como contrapartida deste Contrato, a EDIA re-cebeu uma compensação financeira no valor de Me195, a qual foi registada na rubrica “Imobiliza-ções Incorpóreas”.

Em 2007 este valor foi alvo de amortização refe-

rente aos dois últimos meses do ano (período em que se encontrava já em vigor o Contrato de Con-cessão), a que corresponderam e433.333,33.

Em 2008, os perímetros de rega não entraram em exploração, não originando por isso quaisquer re-tiradas de água e uma vez que esta verba está mais directamente relacionada com a actividade de distribuição de água e não com a actividade de produção de energia eléctrica subconcessionada à EDP, este montante não foi alvo de amortizações durante esse ano.

No início de 2009, na sequência da entrada em exploração das infra-estruturas associadas à ac-tividade de distribuição de água do Perímetro de Rega do Monte Novo, (i) procedeu-se à passagem para imobilizado definitivo dos investimentos rea-lizados com a implementação das infra-estruturas da rede primária a montante: (Estação Elevatória dos Álamos, as Barragens dos Álamos, a Liga-ção Álamos-Loureiro, a Barragem do Loureiro e a Ligação Loureiro-Monte Novo) e (ii) iniciou-se a amortização da parcela da comparticipação fi-nanceira inicial (registada em Imobilizações Incor-póreas) relativa a este Perímetro de Rega (7%), ao longo do período remanescente da concessão (73 anos).

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1413. bases de aPresentação e PrinciPais critÉrios valoriMÉtricos

3.1 imobilizações incorpóreas

As “Imobilizações Incorpóreas” encontram-se registadas ao custo de aquisição deduzido das amortizações.

As “Imobilizações Incorpóreas” são constituídas basicamente pela licença de exploração da con-cessão, a qual é amortizada pelo método das quo-tas constantes durante o período de vigência da mesma.

O valor inscrito na rubrica de “Imobilizações In-corpóreas” reflecte na sua globalidade o dispêndio de me195.000 da compensação financeira inicial, resultante do “Contrato de Concessão da Utiliza-ção do Domínio Público Hídrico afecto ao Empre-endimento de Fins Múltiplos de Alqueva”, de 17 de Outubro de 2007, celebrado entre a EDIA e o Esta-do, com a duração de 75 anos. Este Contrato con-cretiza os termos e condições a que obedecerá a relação concedente-concessionária, precisan-do o conteúdo da missão associada à exploração do Empreendimento e definindo as regras para o exercício dos referidos direitos de utilização pri-vativa do domínio púbico hídrico.

Estando esta verba directamente relacionada com a actividade de distribuição de água e não com a actividade de produção de energia eléctrica subconcessionada à EDP e uma vez que os perí-metros de rega não entraram em exploração em 2008, não originando por isso quaisquer retiradas de água com origem em Alqueva e, consequente-mente, quaisquer receitas, não se efectuaram por isso amortizações em 2008.

A amortização deste Imobilizado Incorpóreo está directamente associada ao período de exploração

de cada um dos Perímetros de Rega, sendo efec-tuada, por quotas constantes desde o momento em que o perímetro entra em exploração até ao final do período da concessão.

Em 1 de Janeiro de 2009, entrou em exploração o Perímetro de Rega do Monte Novo com 7.714ha equipados. Deste modo o Perímetro inclui quatro blocos e está integrado no subsistema de Alque-va que totaliza 59.690ha e no EFMA (110.203ha). As contas da EDIA iniciaram uma nova fase de exploração relacionada com a distribuição de água para rega.

Verificado este facto, iniciou-se a amortização da parcela do valor líquido da compensação financeira correspondente à área beneficiada pelo Perímetro de Rega do Monte Novo (7.714ha), isto é, imputá-vel a este Perímetro (7%), calculada com base na proporção que a área beneficiada pelo Perímetro do Monte Novo representa, face à área total que se prevê que venha a ser beneficiada pelo EFMA (110.203ha).

O prazo de amortização será de 73 anos que correspondente ao período que decorre desde a entrada em exploração deste Perímetro (ano de 2009) até ao ano que termina a concessão (2082).

3.2 imobilizações corpóreas

As “Imobilizações Corpóreas” da EDIA encontram-se valorizadas ao custo, deduzido das respectivas amortizações acumuladas.

“Imobilizações Corpóreas” são itens que: a) sejam detidos para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, para arrendamento a outros, ou para fins administrativos; e b) se espera que sejam usados durante mais do que um período.

No reconhecimento inicial de um Imobilizado Cor-póreo, a EDIA considera no respectivo custo: a) o seu preço de compra; b) quaisquer custos direc-

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tamente atribuíveis para colocar o Imobilizado na localização e condições necessárias para o mes-mo ser capaz de funcionar da forma pretendida pelo Conselho de Administração; e c) a estimativa inicial dos custos de desmantelamento e remoção do item e de restauração do local no qual este está localizado.

Os custos directos relacionados com as áreas técnicas envolvidas na construção de “Imobiliza-dos Corpóreos“ da EDIA são capitalizados. Esta capitalização é efectuada em função dos recursos internos de cada área operacional, por contrapar-tida de “Trabalhos para a Própria Empresa”.

Os custos subsequentes com os Imobilizados Corpóreos são reconhecidos como Imobilizados apenas se for provável que deles resultarão be-nefícios económicos futuros para a EDIA. Todas as despesas com a manutenção e reparação dos Imobilizados são reconhecidas como custo, de acordo com o princípio do acréscimo.

As amortizações são calculadas após os bens es-tarem em condições de serem utilizados, ou seja, quando os activos subjacentes se encontrem dis-poníveis para uso e nas condições necessárias, em termos de qualidade e fiabilidade técnica, para operar de acordo com o pretendido pelo Órgão de Gestão e são imputadas numa base sistemática durante a sua vida útil, que é determinada tendo em conta a utilização esperada do activo pela Em-presa, do desgaste natural esperado, da sujeição a uma previsível obsolescência técnica e do valor residual atribuível ao bem.

Política de amortização – bens afectos à concessão

Os bens imobilizados da EDIA encontram-se, na sua maioria, afectos à concessão estabelecida no Contrato de Concessão do EFMA que entrou em vigor em 1 de Novembro de 2007, revertendo

para o Estado no final do período da concessão (75 anos). Os bens que, estando afectos à concessão, entraram em funcionamento até 1 de Novembro de 2007, foram depreciados com base em critérios diferentes até 31 de Outubro de 2007 e a partir de 1 de Novembro 2007, uma vez que o referido Con-trato de Concessão alterou de forma significativa a forma esperada de utilização desses bens:

a) amortização dos bens afectos à concessão – até 31 de outubro de 2007

O método de reintegração da generalidade dos bens afectos à Concessão que entraram em fun-cionamento até 31 de Outubro de 2007, nomeada-mente as Centrais Hidroeléctricas do Alqueva e de Pedrógão e respectivas Barragens, que entraram em funcionamento em 2005 (Alqueva) e 2006 (Pe-drógão), não foi, até à referida data de 31 de Ou-tubro, o método das quotas constantes e sim um método mais ajustado à realidade económica e de exploração da EDIA.

De facto, os custos com as amortizações das Cen-trais Hidroeléctricas do Alqueva e de Pedrógão (incluindo a parte das Barragens afectas à pro-dução de energia, que se encontra estimada em 35,1% do investimento total das Barragens) foram calculados, até 31 de Outubro de 2007, com base numa taxa de amortização variável em função do rácio entre a quantidade real de energia produzida e o nível de produção esperado durante o prazo de vida útil destes investimentos (60 anos). Desta forma, a amortização dos investimentos era re-conhecida por todo o ciclo de vida do próprio in-vestimento, de modo proporcional aos proveitos planeados ou aos volumes de utilização da água e produção de energia, ou seja, seria mais significa-tiva quando se esperassem maiores proveitos ou níveis de produção e menores quando os provei-tos ou níveis de produção fossem reduzidos.

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143Os custos são imputados directamente à área de negócio dos produtos, isto é, os custos das Cen-trais Hidroeléctricas são imputados à área de ne-gócio “Energias Renováveis”e os custos das Bar-ragens, são imputados à área de negócio “Adução de água”.

Não estando ainda reunidas todas as condições para disponibilizar água para consumo e rega, não se amortizam os 100% dos custos das Barragens, mas 35,1% (percentagem a imputar às Centrais Hi-droeléctricas).

A percentagem de 35,1% acima referida corres-ponde à relação entre a valia eléctrica líquida e os custos totais de investimento. Aplicava-se esta taxa por simplificação ao cálculo do custo de opor-tunidade da construção de uma Barragem apenas para a exploração hidroeléctrica.

As vidas úteis máximas dos equipamentos integra-dos das duas Centrais, considerados para efeitos de definição da taxa de amortização, variavam en-tre os 16 e os 40 anos. Para os terrenos submer-sos e outras infra-estruturas de vida útil estimada superior a 60 anos, estabeleceu-se este período como sendo o seu período de vida médio.

Este método de amortização (i.e., com base numa taxa de amortização variável), mais ajustado à re-alidade económica e de exploração da EDIA (muito dependente dos níveis de pluviosidade e afluên-cias de água), não se encontra previsto no Decre-to-Regulamentar N.º 2/90, de 12 de Janeiro, pelo que a Empresa apresentou, nos termos do N.º 3 do artigo 4.º desse diploma, um requerimento à Direcção-Geral de Contribuições e Impostos para a adopção deste modelo de reintegrações, ao qual ainda não obteve resposta até à presente data.

b) amortização dos bens afectos à concessão – a partir de 1 de novembro de 2007

Em 1 de Novembro de 2007, entraram em vigor:

O “Contrato de Concessão relativo à ÔÔUtilização dos Recursos Hídricos para Captação de Água Destinada a Rega e à Produção de Energia Eléctrica no Sistema Primário do Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva”, celebrado em 17 de Outubro de 2007 entre a EDIA e o Estado; eO “Contrato de Exploração das Centrais ÔÔHidroeléctricas de Alqueva e de Pedrógão e de Subconcessão do Domínio Público Hídrico”, celebrado a 24 de Outubro de 2007 entre a EDIA e a EDP – Gestão da Produção de Energia, SA, que atribui a esta última a exploração, pelo período de 35 anos, das Centrais Hidroeléctricas de Alqueva (260 MW), em regime de mercado, e de Pedrógão (10MW), em regime especial, assim como todos os direitos de utilização privativa do respectivo domínio hídrico.

Estes dois Contratos alteraram decisivamente o modelo por que se espera que os futuros bene-fícios económicos dos bens afectos à concessão (e nomeadamente os afectos à produção de ener-gia eléctrica, que já estavam a ser depreciados) serão obtidos pela EDIA, o que motivou a revisão do modelo de amortizações adoptado.

Assim, a partir de 1 de Novembro de 2007, os bens afectos à concessão e que integram o Imobilizado Corpóreo da EDIA, revertendo para o Estado no fi-nal do período da concessão (75 anos), passaram a ser depreciados, pelo método das quotas cons-tantes, ao longo do período de concessão, com ex-cepção dos bens que têm um período de vida útil inferior aos referidos 75 anos, os quais estão a ser depreciados, pelo método das quotas constantes, ao longo do seu período de vida útil específico.

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Face ao atrás referido e conforme o disposto no Artigo 13.º do Decreto-Regulamentar N.º 2/90 de 12 de Janeiro, a EDIA adoptou um novo critério de amortização a aplicar aos elementos do activo imobilizado que nos termos do Contrato de Con-cessão são revertíveis no final deste, sem que fos-se necessário apresentar um requerimento prévio à Direcção Geral de Contribuições e Impostos, para a adopção deste modelo de amortizações.

As despesas subsequentes de substituição de componentes de Imobilizados Corpóreos incorri-das pela Empresa são adicionadas aos respectivos activos corpóreos. As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil nem re-sultem em benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos das Imobilizações Corpóreas são registadas como custo do exercício em que ocor-rem.

As amortizações do Imobilizado Corpóreo e as amortizações do Incorpóreo são registadas por duodécimos na rubrica de “Amortizações”, na De-monstração dos Resultados.

Os períodos de amortização considerados são os seguintes:

Na sequência da entrada em exploração, em 1 de Janeiro de 2009, das infra-estruturas do Períme-tro de Rega do Monte Novo, teve início nessa data a amortização do investimento em infra-estruturas da Rede Primária a montante (Estação Elevatória dos Álamos, as Barragens dos Álamos, a Ligação Álamos-Loureiro, a Barragem do Loureiro e a Li-gação Loureiro-Monte Novo) e do investimento efectuado nas Barragens de Alqueva e Pedrógão, na parte correspondente que foi imputada à acti-vidade de distribuição de água (64,9%) e de acordo com a percentagem que representa a área do Pe-rímetro de Rega de Monte Novo, 7.714ha, no total da Rede secundária de Rega do EFMA, 110.203ha (7%), respeitando o período de vida útil restante atribuído a cada um dos elementos do activo Imo-bilizado anteriormente registados (equipamentos – 16, 20, 32 ou 40 anos e construção civil – 75 anos).

De igual modo, com base no Contrato de Conces-são do Domínio Público Hídrico assinado entre a EDIA e o Estado, também se iniciou a amortização da parte proporcional da compensação financeira dos 195Me imputável a este Perímetro, que são 7% (correspondente a 7.714 hectares em explora-ção), calculada com base na proporção que a área beneficiada pelo Perímetro representa face à área total que se prevê que venha a ser beneficiada pelo EFMA (110.203ha).

Vida Útil

Barragens de Alqueva e Pedrógão 75 anos

Construção das Centrais de Alqueva e Pedrógão 75 anos

Rede Primária de RegaDesde a entrada em exploração até ao término do Contrato de Concessão do Domínio Público Hidrico

Distribuição de Água do Perímetro de Rega do Monte Novo 73 anos

Equipamentos 16/20/32/40 anos

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145Política de amortização – restantes bens

Os bens não afectos à Concessão continuam a ser amortizados, de forma consistente ao longo dos anos, de acordo com o método da linha recta (mé-todo das quotas constantes).

3.3 imobilizado em curso

As “Imobilizações em Curso” representam o Imo-bilizado ainda em fase de construção/desenvol-vimento, encontrando-se o mesmo, registado ao custo de aquisição.

Em virtude da EDIA permanecer ainda em fase de investimento, foi definida a seguinte política de ca-pitalização de custos:

A totalidade dos custos financeiros ÔÔdirectamente relacionados com o financiamento do investimento que ainda se encontra em fase de construção/ /desenvolvimento;Os custos com o pessoal directamente ÔÔrelacionado com a actividade de planeamento e obra eOs fornecimentos e serviços externos, que ÔÔforam, pela sua natureza, registados nos centros de custos directamente relacionados com a construção das infra-estruturas.

3.4 Política de capitalização – encargos de estrutura e financeiros

encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros de empréstimos obtidos directamente relacionados com a aquisição, cons-trução ou produção de activos, associados ou não às concessões, ou a existências, são capitaliza-dos, fazendo parte do custo do activo.

A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das actividades de constru-ção ou desenvolvimento dos activos e é interrom-pida, quando esses activos, após uma fase experi-mental, entram em funcionamento.

Os encargos financeiros relacionados com em-préstimos obtidos são reconhecidos como custo de acordo com o Princípio da Especialização dos exercícios.

Os custos de estrutura da Empresa, bem como os custos financeiros, têm vindo a ser capitali-zados de forma consistente ao longo do tempo, nomeadamente os que têm ligação directa com o Empreendimento em fase de construção, uma vez que, com a entrada em exploração das Bar-ragens de Alqueva e Pedrógão e das respecti-vas Centrais Hidroeléctricas, os custos afectos a essas infra-estruturas passaram a ser consi-derados directamente como custos de funciona-mento (onde se destacam os custos financeiros com o empréstimo do Banco Europeu de Inves-timento).

À semelhança do procedimento tido com outras infra-estruturas, também com a entrada em ex-ploração do Perímetro de Rega do Monte Novo no 1.º semestre de 2009, se procedeu à passagem para imobilizado definitivo dos investimentos rea-lizados com a implementação das infra-estruturas da Rede Primária a montante, assim sendo, todos os custos financeiros a elas associados, deixaram de ser capitalizados.

Segundo a política de capitalização definida, não são capitalizados os custos relativos: a) aos ór-gãos sociais, ao secretariado, aos gabinetes de assessoria, recursos humanos, documentação e desenvolvimento de marketing; b) à Direcção de Administração e Finanças, com excepção do De-partamento de Planeamento e Controlo de Inves-timentos e do Departamento de Sistemas de In-formação; c) à Direcção de Gestão do Património

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e Expropriações com excepção do Departamen-to de Expropriações; d) a Projectos e parcerias; e) ao Departamento de Manutenção, Exploração e Segurança, que pertence à Direcção de Infra -estruturas Primárias e Energia.

A chave de repartição para os custos de funcio-namento imputados ao investimento tem em conta o seguinte:

Os custos de funcionamento dos serviços são ÔÔdistribuídos pelas Direcções capitalizáveis com base no número de colaboradores;Os custos das Direcções são imputados aos ÔÔprogramas de investimento com base nas seguintes percentagens:

Direcção de Agricultura e ÔÔDesenvolvimento Rural: 100% para a Rede Secundária;Direcção de Infra-estruturas Primárias e ÔÔEnergia: 95% para a Rede Primária e 5% para o Desenvolvimento Regional eDirecção de Engenharia Ambiente e ÔÔOrdenamento do Território: 5% para a Barragem do Alqueva, 5% para a Barragem e Central de Pedrógão, 50% para a Rede Primária, 35% para a Rede Secundária e 5% para o Desenvolvimento Regional.

3.5 trabalhos para a Própria empresa

Os Trabalhos para a própria Empresa registam a imputação ao Imobilizado em Curso dos custos afectos às áreas operacionais da EDIA ligadas di-rectamente ao Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva.

Tais despesas são objecto de capitalização apenas quando sejam preenchidos os seguintes requisi-tos:

As Imobilizações desenvolvidas são ÔÔidentificáveis;Existe forte probabilidade dos Imobilizados ÔÔvirem a gerar benefícios económicos futuros eOs custos de desenvolvimento são ÔÔmensuráveis de forma fiável.

3.6 investimentos financeiros

empresas do grupo

As participações financeiras em Empresas nas quais a EDIA exerce domínio ou alguma influência significativa são registadas pelo Método da Equi-valência Patrimonial. As participações são ajusta-das anualmente pelo valor correspondente à par-ticipação nos resultados líquidos das Empresas do grupo, por contrapartida de ganhos ou perdas do exercício. As participações são ainda ajustadas pelo valor correspondente à participação noutras variações nos capitais próprios dessas Empresas por contrapartida da rubrica “Ajustamentos de Partes de Capital em Filiais e Associadas”.

3.7 existências

As Existências estão valorizadas ao custo de aqui-sição.

À semelhança de anos anteriores e para cumpri-mento do Decreto-Lei N.º 335/2001 de 24 de De-zembro, que prevê a transferência para o Estado (MADRP) das infra-estruturas integrantes na Rede Secundária de Rega afecta ao EFMA, a EDIA pas-sou, a partir do exercício de 2002, a evidenciar o custo das obras com as infra-estruturas da rede secundária de rega que ainda não tenham sido transferidas para as Associações de Regantes ou outra entidade indicada pelo Estado, na rubrica de Existências (ao invés de as registar em “Imobiliza-ções Corpóreas em Curso”).

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147Os investimentos são transferidos da conta «Pro-dutos e Trabalhos em Curso» para a de «Produtos Acabados e Intermédios» à medida que as infra-estruturas entram em exploração.

3.8 disponibilidades

Os montantes incluídos na rubrica de “Depósitos Bancários e Caixa” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários à ordem e a prazo, de liquidez elevada e com maturidades iniciais até 1 ano.

3.9 capital social

As acções representativas do Capital Social da EDIA realizado pelo Estado são detidas pela Di-recção-Geral do Tesouro e Finanças e são classi-ficadas no Capital Próprio. A 31 de Dezembro de 2009, o Capital encontrava-se subscrito e realiza-do em 100%.

3.10 Provisões

As Provisões são reconhecidas quando e somente quando, a EDIA tem uma obrigação presente (le-gal ou implícita) resultante de um evento passado e que seja provável que, para a resolução des-sa obrigação, ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As Provisões são revistas na data de cada Balanço e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data, tendo em con-sideração os riscos e incertezas inerentes a tais estimativas.

As estimativas e julgamentos com impacto nas Demonstrações Financeiras da EDIA são continu-amente avaliados, representando à data de cada relato a melhor estimativa da Empresa, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acu-

mulada e as expectativas sobre eventos futuros, que nas circunstâncias em causa, se acreditam serem razoáveis.

A natureza intrínseca das estimativas pode levar a que o reflexo real das situações que haviam sido alvo de estimativa possam, para efeitos de relato financeiro, vir a diferir dos montantes estimados.

As estimativas e os julgamentos que apresentam um risco significativo de originar um ajustamento material no valor contabilístico de activos e pas-sivos no decurso do exercício são periodicamente avaliados.

3.11 especialização dos exercícios

A Empresa regista os seus custos e proveitos de acordo com o Princípio da Especialização dos exercícios, pelo qual os mesmos são reconhecidos à medida em que são gerados, independentemente do momento em que são liquidados ou pagos.

3.12 dívidas a terceiros

As dívidas a pagar a terceiros estão reflectidas pelo seu valor nominal.

3.13 comparticipações financeiras

As comparticipações comunitárias atribuídas a fundo perdido, a projectos apresentados pela Em-presa são contabilizadas na rubrica de “Proveitos Diferidos” com base na sua execução financeira, independentemente do seu recebimento e reco-nhecidas na Demonstração dos Resultados pro-porcionalmente às Amortizações das Imobiliza-ções Corpóreas financiadas.

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3.14 imparidade de activos

À data da emissão das Demonstrações Financei-ras da EDIA, poder-se-á considerar como prová-vel a existência de alguma situação de imparidade nos activos reportados.

A determinação de um eventual custo por impari-dade pode ser despoletada pela ocorrência de di-versos eventos, alguns dos quais fora da esfera de influência da EDIA, bem como por quaisquer alte-rações internas à EDIA em geral e em particular.

A identificação dos indicadores de imparidade, a estimativa de fluxos de caixa futuros e a determi-nação do justo valor de activos (ou de conjunto de activos) implicam um elevado grau de julgamento por parte da Administração no que respeita à iden-tificação e avaliação dos diferentes indicadores de imparidade, fluxos de caixa esperados, vidas úteis e valores residuais.

6. iMPostos

A Empresa encontra-se sujeita a Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) à taxa de 25%, acrescida em 1,5% pela aplicação da Der-rama, resultando numa taxa de imposto agregada de 26,5%.

Nos termos do artigo 88.º do Código do IRC, a Em-presa encontra-se sujeita adicionalmente a tribu-tação autónoma sobre um conjunto de encargos, às taxas previstas no mencionado artigo.

De acordo com a legislação em vigor, as declara-ções fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um pe-ríodo de quatro anos (dez anos para a Segurança Social até 2000, inclusive, e cinco anos a partir de 2001), excepto quando tenha havido prejuízos fiscais, ou estejam em curso inspecções, reclama-ções ou impugnações, caso em que dependendo das circunstâncias, os prazos são prolongados ou

suspensos. Deste modo, as declarações fiscais da Empresa dos anos de 2004 a 2009 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e correcção. O Con-selho de Administração da Empresa entende que eventuais correcções resultantes de revisões/ins-pecções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito sig-nificativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2009.

Nos termos da legislação em vigor, os prejuízos fiscais são reportáveis durante um período de seis anos após a sua ocorrência e susceptíveis de dedução a lucros fiscais gerados durante esse período. Em 31 de Dezembro de 2009, a Empresa tem e4.681.702,25 de prejuízos fiscais reportáveis (após dedução, na determinação da matéria colec-tável de 2009,de e1.482.976,41 de prejuízos repor-tados de 2003 e de 2004): e705.720,79 de 2004, e1.538.108,17 de 2005 e e2.437.873,29 de 2006.

A Empresa não contabilizou activos por impostos diferidos relacionados com o reporte de prejuí-zos fiscais por não haver uma segurança razoável quanto à existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização desses prejuízos fiscais.

7. núMero MÉdio de Pessoal

Durante o exercício de 2009, o número médio de pessoal ao serviço da Empresa foi de 190

8. iMobilizado incorPóreo

8.1 Movimentos de imobilizado bruto incorpóreo

As rubricas “Despesas de Instalação” e “Despesas de Investigação e de Desenvolvimento” reflectem o imposto de selo pago aquando a escritura do au-mento de capital realizado em 2006 e as despesas associadas ao Museu da Luz, com o objectivo de

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149obter novos conhecimentos técnicos, respectiva-mente.

A rubrica “Propriedade Industrial e Outros Direi-tos” inclui o dispêndio da compensação financeira no valor de Me195, conforme patenteado no Con-trato de Concessão da utilização do domínio pú-blico hídrico afecto ao EFMA, assinado em 17 de Outubro de 2007, entre a EDIA e o Ministério do Ambiente, do Ordenamento, do Território e do De-senvolvimento Regional, relativo à utilização dos recursos hídricos.

8.2 amortizações de imobilizado incorpóreo

O valor registado na rubrica “Imobilizações Incor-póreas – Propriedade Industrial e Outros Direitos” decorrente do Contrato de concessão de utiliza-ção dos recursos hídricos (ponto 8, cláusula 24.ª – Regime Económico e Financeiro) não foi alvo de amortizações no ano de 2008, uma vez que a en-trada em exploração de alguns perímetros de rega (Blocos 1, 2, 3 e 4 de Rega do Monte-Novo, Bloco do Pisão e Bloco de Cuba Este, Cuba Oeste e Vidi-gueira, do perímetro de rega do Alvito-Pisão), não se verificou em 2008, como era esperado, não ori-ginando quaisquer retiradas de água com origem em Alqueva e, consequentemente, não se verifi-cando também as respectivas amortizações.

Em 1 de Janeiro de 2009, entrou em exploração o Perímetro de Rega do Monte Novo, que inclui qua-tro blocos de rega e está integrado no subsistema de Alqueva. Assim, teve início uma nova fase de exploração relacionada com a distribuição de água para rega.

Verificado este facto procedeu-se ao início da amortização da parte proporcional da compensa-ção financeira correspondente à área beneficiada pelo Perímetro de Rega do Monte Novo (7.714ha), isto é, imputável a este Perímetro (7%), calcula-

da com base na proporção que a área beneficiada pelo Perímetro do Monte Novo representa, face à área total que se prevê que venha a ser beneficia-da pelo EFMA (110.203ha).

O prazo de amortização será de 73 anos que correspondente ao período que decorre desde a entrada em exploração deste Perímetro (ano de 2009) até ao ano que termina a concessão (2082).

As Despesas de Instalação e as Despesas de In-vestigação e Desenvolvimento são registadas ao custo e amortizadas pelo método das quotas cons-tantes, segundo o Decreto-Regulamentar 2/90, de 12 de Janeiro.

10. iMobilizado corPóreo

O Imobilizado Corpóreo líquido de amortizações decompõe-se do modo indicado no quadro da pá-gina seguinte.

Em resultado da entrada em funcionamento pleno:

Da Central Hidroeléctrica de Alqueva, ÔÔBarragem de Alqueva e Museu da Luz em Dezembro de 2005; Da Barragem e Central Hidroeléctrica de ÔÔPedrógão, em Dezembro de 2006;Do Parque de Natureza de Noudar, em Junho ÔÔde 2008 eDa Estação Elevatória dos Álamos, as ÔÔBarragens dos Álamos, a Ligação Álamos- -Loureiro, a Barragem do Loureiro e a Ligação Loureiro-Monte Novo, em Janeiro de 2009.

Foi efectuada a transferência dessas infra-estru-turas de “Imobilizações em Curso” para as devidas contas de “Imobilizações Corpóreas” e iniciada a sua amortização, bem como o reconhecimento dos proveitos (na mesma proporção em que são depreciados) com os subsídios associados a essas infra-estruturas, nas respectivas datas de entrada em funcionamento, acima mencionadas.

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10.1 Movimentos de imobilizado bruto

euros

2009 2008 imobilizado corpóreo Terrenos e Recursos Naturais 201 709 619,13 197 343 728,04 Edifícios e Outras Construções 673 586 325,28 533 973 742,80 Equipamento Básico 113 197 193,56 97 020 613,71 Equipamento de Transporte 191 738,44 257 363,67 Ferramentas e Utensílios 17 350,02 25 803,78 Equipamento Administrativo 1 602 383,44 2 132 212,28 Outras Imobilizações Corpóreas 243 196,26 200 447,78 Imobilizações em Curso 373 428 006,70 412 931 480,64 Adiantam. por conta Imob. Curso 1 612 483,94 1 747 126,80

1 365 588 296,77 1 245 632 519,50

euros

Rubricas Saldo InicialReavalições/

AjustamentosAumentos Alienações

Transferências/ Abates

Saldo Final

imobilizações incorpóreasDespesas de Instalação 261 104,29 261 104,29Desp Investigação e Desenvolvimento 116 948,76 116 948,76Propriedade Industrial e Outros Direitos

195 000 100,00 195 000 100,00

195 378 153,05 195 378 153,05

imobilizações corpóreasTerrenos e Recursos Naturais 199 591 798,88 1 096 218,03 4 301 893,47 204 989 910,38Edifícios e Outras Construções 543 107 879,79 3 183 514,35 140 776 605,26 687 067 999,40Equipamento Básico 103 753 673,63 126 796,65 17 500,00 19 099 638,51 122 962 608,79Equipamento de Transporte 909 041,94 45 343,99 43 801,66 910 584,27Ferramentas e Utensílios 41 882,69 144,95 41 737,74Equipamento Administrativo 4 664 621,15 154 435,02 75 163,55 4 743 892,62Outras Imobilizações Corpóreas 268 706,53 82 835,99 351 542,52

852 337 604,61 4 689 144,03 136 465,21 164 178 282,19 1 021 068 275,72

imobilizações em cursoImobilizações em Curso 412 931 480,64 124 674 663,30 -164 178 137,24 373 428 006,70Adiantamentos por Conta de Imobilizações em Curso

1 747 126,80 9 507 675,75 -9 642 318,61 1 612 483,94

414 678 607,44 134 182 339,05 -173 820 455,85 375 040 490,64

total imobilizações corpóreas + imobilizações em curso

1 267 016 212,05 138 871 483,08 136 465,21 -9 642 173,66 1 396 108 766,36

investimentos financeirosPartes de Capital 555 994,94 17 164,51 538 830,43

555 994,94 17 164,51 538 830,43

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15110.2 Movimentos das amortizações e ajustamentos

11. custos incorridos no exercício e resPeitantes a eMPrÉstiMos obtidos Para financiar iMobilizado eM curso, que foraM caPitalizados neste Período

No exercício de 2009 foram capitalizados e9.194.088.98 de juros e comissões, o que repre-sentou um decréscimo muito significativo no valor de e12.971.731.91 face a 2008. Este valor reflecte a descida acentuada das taxas de juro associadas aos empréstimos contraídos pela Empresa. O va-lor capitalizado corresponde, na sua maioria, aos juros e comissões decorrentes dos Empréstimos Obrigacionistas e das Emissões de Papel Comer-cial, que foram contraídos, essencialmente, para fazer face aos investimentos na Rede Primária de Rega, que se encontra em fase de construção.

O decréscimo do valor dos juros capitalizados em relação ao período homólogo, numa pequena par-te, também se deve a terem sido considerados os custos financeiros afectos ao Perímetro de Rega do Monte Novo como custos de exploração.

14. iMobilizações corPóreas e eM curso

À semelhança do ano anterior, durante o ano de 2009 a grande parte do investimento realizado verificou-se nas Redes Primária e Secundária de Rega. Esta situação traduz o grande número de actividades que se estão a desenvolver nestas duas grandes áreas, distribuição de água “em alta” e aproveitamento hidroagrícola, rede primária e secundária de rega respectivamente.

A 31 de Dezembro de 2009, os investimentos re-alizados durante o ano, em infra-estruturas que já se encontravam em funcionamento/exploração, como as Barragens e Centrais de Alqueva e Pe-drógão, Central Fotovoltaica de Alqueva, Museu da Luz, Parque de Natureza de Noudar e Centro de Cartografia foram transferidos mais uma vez para Imobilizado Corpóreo definitivo e amortizados. À semelhança do procedimento anterior e uma vez que entraram em exploração infra-estruturas novas, no primeiro semestre de 2009, também foi efectuada a respectiva transferência de Imo-bilizações em Curso para as devidas contas de

euros

Rubricas Saldo Inicial Reforço Regularizações Saldo Finalimobilizações incorpóreas Despesas de instalação 240 594,25 18 130,43 258 724,68 Despesas de investigação e de desenvolvimento 60 098,67 19 491,46 79 590,13 Propriedade industrial e outros direitos 433 416,66 186 582,37 619 999,03

734 109,58 224 204,26 958 313,84imobilizações corpóreas Terrenos e recursos naturais 2 248 070,84 1 032 220,41 3 280 291,25 Edifícios e outras construções 9 134 136,99 4 347 537,13 13 481 674,12 Equipamento básico 6 733 059,92 3 033 389,26 1 033,95 9 765 415,23 Equipamento de transporte 651 678,27 110 969,22 43 801,66 718 845,83 Ferramentas e utensílios 16 078,91 8 453,76 144,95 24 387,72 Equipamento administrativo 2 532 408,87 683 833,53 74 733,22 3 141 509,18 Taras e vasilhame Outras imobilizações corpóreas 68 258,75 40 087,51 108 346,26

21 383 692,55 9 256 490,82 119 713,78 30 520 469,5922 117 802,13 9 480 695,08 119 713,78 31 478 783,43

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Imobilizações Corpóreas e iniciado o processo de amortizações destes investimentos, bem como o reconhecimento como proveitos (na mesma pro-porção em que são depreciados) dos subsídios que lhes estão associados. São elas as seguintes infra-estruturas, afectas ao Perímetro de Rega do Monte Novo: a Estação Elevatória dos Álamos, as Barragens dos Álamos, a Ligação Álamos-Lourei-ro, a Barragem do Loureiro e a Ligação Loureiro-Monte Novo.

As infra-estruturas relativas às utilizações do do-mínio público hídrico afecto ao EFMA objecto do respectivo Contrato de Concessão, celebrado en-tre a EDIA e o Estado, e que fazem parte do Siste-ma Primário (Barragens; Centrais Hidroeléctricas e Rede Primária) do Empreendimento, enquanto durar a concessão, são propriedade da conces-sionária.

No termo da concessão, os bens referidos ante-riormente, revertem, sem qualquer indemnização, para o Estado, livres de quaisquer ónus ou encar-gos e em perfeitas condições de operacionalidade, utilização e manutenção.

Na contabilização dos bens imobilizados estão a ser considerados como bens não reversíveis os activos não afectos directamente à exploração de infra-estruturas.

Foram identificados como bens não reversíveis os terrenos sobrantes de expropriações, os edifícios da Sede da EDIA, Museu da Luz, Parque de Natu-reza de Noudar, a Casa do Grande Lago e a Marina de Alqueva.

A valorização líquida dos bens reversíveis e dos bens não reversíveis é a seguinte:

euros

Rubricas Bens ReversíveisBens Não

ReversíveisValor Líquido

imobilizações incorpóreas

Despesas de Instalação 2 379,61 2 379,61

Desp Investigação e Desenvolvimento 37 358,63 37 358,63

Propriedade Industrial e Outros Direitos 194 380 100,97 194 380 100,97

194 380 100,97 39 738,24 194 419 839,21

imobilizações corpóreas

Terrenos e Recursos Naturais 196 664 792,89 5 044 826,24 201 709 619,13

Edifícios e Outras Construções 663 928 531,86 9 657 793,42 673 586 325,28

Equipamento Básico 112 611 414,93 585 778,63 113 197 193,56

Equipamento de Transporte 191 738,44 191 738,44

Ferramentas e Utensílios 17 350,02 17 350,02

Equipamento Administrativo 1 602 383,44 1 602 383,44

Outras Imobilizações Corpóreas 243 196,26 243 196,26

973 204 739,68 17 343 066,45 990 547 806,13

imobilizações em curso

Imobilizações em Curso 372 502 951,24 925 055,46 373 428 006,70

Adiantamentos por Conta Imobilizações em Curso

1 612 483,94 1 612 483,94

374 115 435,18 925 055,46 375 040 490,64

1 541 700 275,83 18 307 860,15 1 560 008 135,98

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153Os custos de estrutura da EDIA, bem como os custos financeiros, têm vindo a ser capitalizados, de forma consistente ao longo do tempo em Imo-bilizações em Curso, nomeadamente os que têm ligação directa com o Empreendimento em fase de construção. Com a entrada em exploração das Barragens de Alqueva e Pedrógão e das respecti-vas Centrais Hidroeléctricas, Museu da Luz, Par-que Natureza de Noudar, Centro de Cartografia, Estação Elevatória dos Álamos, as Barragens dos Álamos, a Ligação Álamos-Loureiro, a Barragem do Loureiro e a Ligação Loureiro -Monte Novo afectas ao Perímetro de Rega do Monte Novo, os custos afectos a essas infra-estruturas passaram a ser considerados directamente como custos de funcionamento.

No âmbito do Decreto-Lei N.º 335/2001 de 24 de Dezembro, os investimentos relativos à Rede Se-cundária de Rega, são realizados pela EDIA em representação do Estado e de acordo com as instruções que lhe foram dirigidas pelo MADRP. Nesse âmbito a EDIA procedeu, no final dos exer-cícios de 2002 a 2009, à transferência do custo das obras realizadas até estas datas, da rubrica de Imobilizações em Curso para a de Existências, excepto no que respeita ao investimento feito no Perímetro de Rega da Aldeia da Luz.

Os investimentos relacionados com o Perímetro de Rega da Aldeia da Luz, não geraram benefí-cios económicos directos para a EDIA. Desta for-ma, estes investimentos foram entendidos como investimentos necessários para a construção da Barragem de Alqueva, à semelhança do que acon-teceu com os investimentos efectuados com a re-localização da Aldeia da Luz, pelo que podemos referir até, com “carácter indemnizatório”.

Atendendo à especificidade da “Infra-Estrutura 12”, integrada na Rede Secundária, mas propriedade da EDIA sob o regime de concessão ao Ministério da Agricultura e à formalização com o Instituto de Desenvolvimento Rural e Hidráulica (actualmente

Direcção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Regional), em Abril de 2006, do Contrato de ces-são da gestão, exploração, manutenção e conser-vação por um prazo de 30 anos, a EDIA transferiu os investimentos associados à mesma, para Ou-tros Devedores.

O valor do Imobilizado em Curso no ano de 2009 é de e373.428.006,70, sendo a sua maioria, resul-tado do valor investido na Rede Primária de Rega do EFMA.

Apresenta-se de seguida, a discriminação das ca-pitalizações de imobilizações relativas aos custos financeiros deduzidos dos proveitos financeiros, respeitantes aos exercícios de 2009 e 2008:

Os encargos financeiros capitalizados sofreram uma significativa redução face a 2008, devido essencialmente à descida das taxas de juro dos vários empréstimos contraídos, mas também à entrada em exploração das infra-estruturas do Perímetro de Rega do Monte Novo e consequente cessação da capitalização de encargos financei-ros afectos às infra-estruturas da Rede Primária a montante.

euros

Rede Primária de Rega 365 182 983,14

Desenvolvimento Regional 7 500 059,02

Açude de Pedrogão 726 342,87

Estação Elevatória dos Álamos 18 621,67

euros

2009 2008

Encargos Financeiros Capitalizados

8 940 422,06 21 041 957,96

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15. bens eM regiMe de locação financeira

Os Contratos de locação são classificados como (i) locações financeiras se, através deles, forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do activo sob loca-ção; e como (ii) locações operacionais se, através deles, não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do activo sob locação.

A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do Contrato.

Os activos imobilizados adquiridos mediante Con-tratos de locação financeira, bem como as corres-pondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo o imobiliza-do corpóreo e as amortizações acumuladas cor-respondentes, conforme definido anteriormente e as dívidas pendentes de liquidação de acordo com o plano financeiro contratual. Adicionalmente, os juros incluídos no valor das rendas e as amorti-zações do imobilizado corpóreo são reconhecidos como custos na Demonstração dos Resultados do exercício a que respeitam.

Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como custo na Demonstração dos Resultados numa base linear durante o período do Contrato de locação.

Os bens registados em regime de locação finan-ceira na EDIA são 6 viaturas ligeiras de passa-geiros, as quais apresentam os seguintes valores contabilísticos, conforme mapa que se segue:

16. investiMentos financeiros eM eMPresas do gruPo, associadas e ParticiPadas

As participações financeiras em Empresas nas quais a EDIA exerce domínio ou alguma influência significativa são registadas pelo Método da Equi-valência Patrimonial. As participações são ajusta-das anualmente pelo valor correspondente à par-ticipação nos resultados líquidos das Empresas do grupo, por contrapartida de ganhos ou perdas do exercício. As participações são ainda ajustadas pelo valor correspondente à participação noutras variações nos capitais próprios dessas Empresas por contrapartida da rubrica “Ajustamentos de Partes de Capital em Filiais e Associadas”.

Em 31 de Dezembro de 2009 os investimentos fi-nanceiros eram como no quadro ao lado.

Os movimentos ocorridos no exercício, em Inves-timentos Financeiros e respectivos ajustamentos, foram como no quadro ao lado.

A participação da EDIA na Empresa do grupo (Ges-talqueva, S.A.) foi ajustada pelo valor de e17.164,51, segundo o Método da Equivalência Patrimonial.

16.1 empresas do grupo

A EDIA detém uma influência dominante na Em-presa Gestalqueva – Sociedade de Aproveitamen-to das Potencialidades das Albufeiras de Alqueva e de Pedrógão, S.A., cuja participação financeira, nas contas individuais da EDIA se encontra re-gistada pelo Método da Equivalência Patrimonial. À data de 31 de Dezembro de 2009, a Empresa

euros

RubricasValor de

AquisiçãoAmortizações

AcumuladasValor

Contabilistico

42 – Imobilizações Corpóreas

42.4 – Equipamento de Transporte 261 878,90 170 459,43 91 419,47

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do grupo, constituída em Março de 2003, com um capital social de e500.000,00, subscrito em 51% pela EDIA e totalmente realizado, com sede so-cial em Beja, na Rua Zeca Afonso N.º2, apresen-ta um Resultado Líquido do Exercício negativo de e33.655,91.

16.2 Participadas

A EDIA também possui um conjunto de participa-ções financeiras, representativas de menos de 20%

do Capital Social das respectivas entidades, em que não detém influência dominante nem significativa. A EDIA mantém todas estas participações regista-das ao custo de aquisição, conforme estabelecido no POC sendo de destacar, pelo montante envol-vido, a participação nas Águas do Centro Alente-jo, S.A. com um capital social de e5.000.000,00, subscrito e realizado em 5% pela EDIA.

Em 31 de Dezembro de 2009 estas participações financeiras podem ser discriminadas da seguinte forma:

euros

Denominação Social Capital Social%

ParticipaçãoN.º Acções

Valor NominalValor da

ParticipaçãoUP

Centro Operativo e de Tecnologia do Regadio

62 500,00 8,8 11 UP 500 5 500,00

Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo, S.A.

499 000,00 4,11 4.110 A 4,99 20 500,59

Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja, S.A.

4 000 000,00 1,25 50.000 A 1 50 000,00

Águas do Centro Alentejo, S.A. 5 000 000,00 5 50.000 A 5 250 000,00

Lusofuel – Produção de Biocombustíveis e Derivados, S.A.

500 000,00 10 10. 000 A 5 50 000,00

euros

Rubricas 2009

Partes de capital em empresas do grupo 162 829,84

Partes de capital em outras empresas participadas 376 000,59

538 830,43

euros

2008 Reforços Reduções 2009

Partes de capital em empresas do grupo 179 994,35 17 164,51 162 829,84

Partes de capital em outras empresas participadas 376 000,59 376 000,59

555 994,94 17 164,51 538 830,43

euros

Denominação SocialCapital Social

% Participação

N.º Acções Valor Nominal

Valor da ParticipaçãoUP

Gestalqueva – Sociedade de Aproveitamento das Potencialidades Albufeiras de Alqueva e de Pedrógão, S.A.

500 000,00 51 51.000A 5 162 829,84

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21. ajustaMentos-MoviMentos ocorridos nas rubricas do activo circulante

Este ajustamento, foi constituído para fazer face à possibilidade da EDIA não vir a recuperar o mon-tante de e1.293.749,69,registado na conta de “Ou-tros Devedores – Restantes Impostos”, relativo a Imposto Municipal de SISA pago pela EDIA no âmbito de Processos de Expropriação e cuja res-tituição a Empresa veio a requerer junto das au-tarquias (por eventual intempestividade do reque-rimento de restituição do referido imposto, tendo presente o indeferimento, em Janeiro de 2008, da reclamação graciosa que a Empresa havia apre-sentado).

29. dívidas a terceiros a Mais de cinco anos

O financiamento dos investimentos realizados para conclusão do programa de implementação das infra-estruturas do EFMA, envolveu até à pre-sente data a contratação de empréstimos (Banco Europeu de Investimento e Empréstimos Obriga-cionistas), com prazo de amortização superior a cinco anos.

O montante de e135.000.000,00, cuja data de iní-cio do contrato com o BEI, foi de 1999 pelo prazo de 20 anos e com um período de carência de 7 anos está reflectido na conta de empréstimos e re-sulta da utilização total das tranches A, B, C e D.

O reembolso deste empréstimo será efectuado da seguinte forma:

eÔÔ 35.000.000-Tranche A – 18 amortizações anuais e consecutivas com início em Setembro de 2007;eÔÔ 35.000.000-Tranche B – 23 amortizações anuais e consecutivas com início em Setembro de 2007;

eÔÔ 32.500.000-Tranche C – 18 amortizações anuais e consecutivas com início em Março de 2009;eÔÔ 32.500.000-Tranche D – 23 amortizações anuais e consecutivas com início em Março de 2009;

O 1.º Empréstimo Obrigacionista no montante de e300.000.000,00 foi celebrado junto do BNP Pa-ribas e do Caixa Banco de Investimento, S.A. des-tinado ao financiamento do EFMA, com início em 2003, por um prazo de 15 anos com reembolso total no final do contrato. Os juros são trimestrais e postecipados.

O 2.º Empréstimo Obrigacionista no montante de e56.180.000,00 foi contratualizado, em 2007, junto do Millenium BCP e do BPI, pelo prazo de 20 anos com reembolso total no final do contrato. Os juros são semestrais e postecipados.

O escalonamento das dívidas constantes do Ba-lanço em 31 de Dezembro de 2009 com vencimen-to a mais de 5 anos, ascende a:

euros

Montante

dívidas a terceiros – Médio e longo Prazo

Empréstimos por obrigações não convertíveis

Empréstimo Obrigacionista no ano de 2003

300 000 000,00

Empréstimo Obrigacionista no ano de 2007

56 180 000,00

356 180 000,00

Dívidas a Instituições de Crédito

Banco Europeu de Investimento (BEI) 87 958 937,20

87 958 937,20

444 138 937,20

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15732. garantias Prestadas

Em 31 de Dezembro de 2009 a Empresa tinha as-sumido responsabilidades por garantias prestadas como segue:

euros

Montante

a) Garantia bancária prestada a favor da DGCI 11 534 598,22

b) Garantia bancária prestada a favor da Estradas de Portugal 91 670,95

11 626 269,17

euros

Rubricas Saldo Inicial Aumentos Reduções Saldo Final

29 – Provisões

29.3 – Provisões para processos judiciais em curso

18 413 556,87 1 006 255,11 244 710,46 19 175 101,52

18 413 556,87 1 006 255,11 244 710,46 19 175 101,52

34. Provisões

A EDIA analisa de forma periódica eventuais obriga-ções que resultem de eventos passados e que de-vam ser objecto de reconhecimento ou divulgação.

Em 31 de Dezembro de 2009 são conhecidos vá-rios processos litigiosos, resultantes quer de pro-cessos judiciais em curso quer de expropriações, associados ao investimento do EFMA, que pode-rão resultar em encargos e responsabilidades adi-cionais para a EDIA, tendo a Empresa constituído provisões para cobrir estas responsabilidades, com base na sua melhor estimativa do valor dos encargos futuros a suportar.

A subjectividade inerente à determinação da pro-babilidade e montante de exfluxo de recursos ne-cessário para a liquidação das obrigações, poderá conduzir a ajustamentos significativos quer por variação daquele pressuposto quer pelo futuro re-conhecimento de provisões anteriormente divul-gadas como passivos contingentes.

À data da elaboração das presentes Demonstra-ções Financeiras a evolução das Provisões é a constante no quadro abaixo.

O montante de e19.175.101,52 reflectido na rubrica de “Provisões” a 31 de Dezembro de 2009, deve-se essencialmente aos processos judiciais em curso, a seguir discriminados, bem como aos processos a decorrer no âmbito de expropriações litigiosas.

a) No âmbito da apreciação dos pedidos de reem-bolso do IVA efectuados pela EDIA, foi desenca-deada uma inspecção externa por parte da Admi-nistração Fiscal, sendo entendimento desta última, que a EDIA não deveria ter deduzido o IVA supor-tado com os custos da construção da Nova Aldeia da Luz.

A EDIA após notificação através de dois documen-tos de cobrança, emanados pela Direcção Geral dos Impostos para proceder ao pagamento do montante de e11.534.598,22, prestou uma Garan-tia Bancária para efeitos de suspensão da liquida-ção do IVA e respectivos juros compensatórios, constantes do processo de execução fiscal, por igual montante.

b) A EDIA, para execução de algumas empreitadas, tanto da Rede Primária como da Rede Secundária de Rega, tem que realizar perfurações horizon-tais nas estradas. Para isso, teve que fazer um pedido de licenciamento à Estradas de Portugal, S.A. a qual exige que a EDIA, por cada atravessa-mento preste uma garantia bancária a seu favor (Estradas de Portugal, S.A.), pelo prazo de cinco anos. Até 31/12/2009 o montante constituído é de e91.670,95.

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A provisão relativa ao IVA da Aldeia da Luz de-corre de uma Inspecção Tributária, na sequência da qual a Administração Fiscal veio a contestar o direito à dedução do Imposto suportado na cons-trução da Nova Aldeia da Luz, por parte da EDIA, o que originou liquidações adicionais de IVA e res-pectivos juros compensatórios. Na sequência do indeferimento do Recurso Hierárquico interposto pela EDIA, esta efectuou a respectiva Impugna-ção Judicial, que ainda se encontra em curso. Não obstante ser entendimento da EDIA, que não de-verá existir qualquer restrição ao direito à dedu-ção do IVA, ao abrigo do princípio contabilístico da prudência, a EDIA constituiu uma provisão para fazer face a eventuais responsabilidades decor-rentes deste processo.

A Portucel Recicla intentou contra a EDIA uma ac-ção para pagamento de quantia certa, sob a forma de processo ordinário, onde reclama o pagamen-to de e8.280.913,87 (correspondendo ao valor já facturado de e7.832.833,00 acrescido de juros de mora). A EDIA respondeu a esta acção, alegando que nada deve por se terem alterado os pressu-postos que presidiram à outorga do auto de ex-propriação. Constituiu no entanto, uma provisão para fazer face a eventuais responsabilidades de-

correntes deste processo em metade do valor re-clamado pela Portucel Recicla, considerado como a melhor estimativa dos encargos, para a EDIA, que poderão advir deste processo.

A provisão constituída pelo valor de e917.117,43 resulta do processo arbitral interposto pelo con-sórcio Edifer/Obrecol/Sopol, relativo à Empreita-da das Habitações e Comércios da construção da Nova Aldeia da Luz, a título de revisões de preços e juros.

No que respeita ao processo intentado pela Tec-nasol FGE à EDIA, a autora reclama, a título de trabalhos a mais e indemnização de maior one-rosidade na realização dos trabalhos, a quantia de e1.198.089,98 acrescida de juros no montante de e254.596,00. A EDIA constituiu uma provisão que corresponde a 50% dos valores reclamados, a qual corresponde à melhor estimativa da EDIA quanto ao valor dos encargos que poderão advir deste processo.

euros

Provisões

Processos Judiciais

IVA Aldeia da Luz 11 534 598,22

Portucel Recicla SA 4 140 456,94

Consórcio Edifer/Obrecol/Sopol 917 117,43

Tecnasol FGE 726 342,87

Outros 763 347,17

18 081 862,63

Processos de Expropriação Litigiosas

Herdade do Pinheiro e do Rosalinho 272 632,00

Herdade da Palmeirinha 176 906,20

Outros 643 700,69

1 093 238,89

19 175 101,52

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15935. caPital subscrito

O Capital Social da EDIA é integralmente detido pelo Estado Português, através da Direcção Geral do Tesouro e Finanças. À data de 31 de Dezembro de 2009, o Capital Social encontra-se integral-mente subscrito e realizado em 100%.

36. coMPosição do caPital

O Capital Social em 31 de Dezembro de 2009, é representado por 77.453,550 acções, com o valor nominal de e5,00 cada.

37. identificação de Pessoas colectivas coM Mais de 20% do caPital

Como único accionista, o Estado Português atra-vés da Direcção Geral do Tesouro e Finanças de-tém 100% do Capital Social da Empresa.

40. MoviMentos ocorridos nas contas de caPitais PróPrios

O Capital inicial da EDIA (e2.493.989,49) detido na sua totalidade pelo Estado Português, foi sucessi-vamente aumentado, no período de 1996 a 2006, até atingir, em 31 de Dezembro de 2006, o valor de e291.507.750,00. Em 17 de Março de 2009, atra-vés de Deliberação Social Unânime por escrito, o Estado procedeu a um novo aumento de Capi-tal Social, em e95.760.000,00, através da emis-são de 19.152.000 acções com o valor nominal de e5,00 cada.

A 31 de Dezembro de 2009, o valor do Capital So-cial é de e387.267.750,00.

A rubrica de Reservas inclui e8.479.554,00 de subsídios recebidos em 1995, no âmbito da trans-ferência para a EDIA das verbas incluídas no Or-çamento de Estado para a extinta Comissão Insta-ladora do Alqueva.

O movimento ocorrido nas rubricas de Capital Próprio, durante o ano 2009, foi como segue:

euros

Contas Saldo Inicial Aumentos Diminuições Saldo Final

51 – Capital Social 291 507 750,00 95 760 000,00 387 267 750,00

55 – Ajustamentos de Partes de Capital em Filiais/Associadas

200 124,11 200 124,11

57 – Reservas 9 202 700,11 9 202 700,11

59 – Resultados Transitados -9 676 448,70 328 436,86 -9 348 011,84

88 – Resultado Líquido do Exercício 328 436,86 1 381 304,63 328 436,86 1 381 304,63

291 562 562,38 97 469 741,49 328 436,86 388 703 867,01

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A variação ocorrida nos Resultados Transitados corresponde à aplicação do Resultado Liquido ob-tido em 2008, no montante de e328.436,86, con-forme proposta de aplicação dos resultados apro-vada em Assembleia Geral da EDIA realizada a 17 de Abril de 2009.

42. deMonstração da variação da Produção

Explicitação e justificação dos movimentos ocorri-dos no exercício, constantes do Balanço e da De-monstração dos resultados:

Rubricas Saldo Inicial Aumentos Reduções Saldo Final

33 – Produtos Acabados e Intermédios 52 506 680,64 52 506 680,64

35 – Produtos e Trabalhos em Curso 153 219 057,36 140 595 843,24 52 506 680,64 241 308 219,96

153 219 057,36 193 102 523,88 52 506 680,64 293 814 900,60

Na sequência da publicação do Decreto-Lei N.º 335/2001, de 24 de Dezembro, que, com excepção da Infra-estrutura 12, prevê a transferência para o Estado (Ministério da Agricultura, do Desenvol-vimento Rural e das Pescas) das Infra-estruturas integrantes da Rede Secundária de Rega afecta ao EFMA, a EDIA passou, a partir do exercício de 2002, a evidenciar o custo das obras com as infra-estruturas da Rede Secundária de Rega que ainda não tenham sido transferidas para as Associações de Regantes ou outra entidade indicada pelo Esta-do, na rubrica de Existências (ao invés de as re-gistar em Imobilizações Corpóreas em Curso).

Assim, em 31 de Dezembro de 2009, as Existên-cias correspondem, na sua quase totalidade, aos investimentos dos projectos da Rede Secundária de Rega, concluídos e em curso, respectivamente registados nas rubricas de Produtos Acabados e Intermédios e de Produtos e Trabalhos em Curso, no valor me52.507 e me241.308 respectivamen-te, que ainda não foram transferidos para as As-

sociações de Regantes ou outra entidade indicada pelo Ministério da Agricultura, do Desenvolvimen-to Rural e das Pescas.

No exercício de 2006, na sequência da formaliza-ção com o Instituto de Desenvolvimento Rural e Hidráulica (actualmente Direcção Geral de Agri-cultura e Desenvolvimento Regional), em Abril de 2006, do contrato de cessão da gestão, exploração, manutenção e conservação da ”Infra-estrutura 12” por um prazo de 30 anos, a EDIA transferiu o in-vestimento efectuado até à data nessa infra-estru-tura, no montante de e123.630.000,00 da rubrica de ”Existências” para a de “Outros Devedores”.

Os aumentos desta rubrica no exercício de 2009 decorrem integralmente dos investimentos nas infra-estruturas da Rede Secundária, sendo ainda de relevar que o montante de me52.507 corres-ponde ao investimento no Perímetro de Rega de Monte Novo que aguarda a preparação do dossier técnico para posterior transferência.

Tendo-se verificado a entrada em exploração des-te Perímetro, procedeu-se à transferência dos investimentos que lhe estão associados que se encontravam na conta “Produtos e Trabalhos em Curso” para a conta “Produtos Acabados e Inter-médios”.

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16143. reMunerações atribuídas aos MeMbros dos órgãos sociais

Foram atribuídas, no decorrer do ano 2009, aos membros dos órgãos sociais, as seguintes remu-nerações relacionadas com o exercício das suas funções:

44. vendas e Prestações de serviços

a) vendas

As vendas de 2009 decorrem, no essencial, da produção de energia da Central Fotovoltaica de Alqueva.

Com a entrada em exploração do Perímetro de Rega do Monte Novo, integrado no Subsistema de Alqueva, que possui uma área de regadio de 7.714ha e inclui 4 blocos, no âmbito da qual foi constituída uma Associação de Regantes, caberá também ao Estado Português, sob proposta do Mi-nistro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, aprovar o respectivo tarifário a cobrar pela EDIA. À presente data, não existe qualquer facturação de água, uma vez que as tarifas acima

mencionadas não se encontram definidas

b) Prestações de serviços

Em 2009, foi reconhecido o montante anual de e13.781.465,12 na rubrica de “Prestações de Ser-viços” no âmbito do Contrato de Concessão de ex-ploração das Centrais Hidroeléctricas de Alqueva e Pedrógão, por 35 anos, celebrado entre a EDIA e a EDP. Neste Contrato, a EDP obriga-se a propor-cionar à EDIA uma compensação financeira nos seguintes termos:

Um montante inicial no valor de MÔÔ e195, acrescido de IVA à taxa legal e pago na data de entrada em vigor do presente Contrato;

Um montante anual periódico, no valor de ÔÔMe12,67, acrescido de IVA à taxa legal e pago anualmente no mesmo dia e mês da entrada em vigor do presente Contrato, ao longo do período de vigência do Contrato.

Os Proveitos Diferidos são reconhecidos nos pro-veitos anuais, de acordo com os prazos previstos nos Contratos de concessão e subconcessão.

45. deMonstração dos resultados financeiros

Os Resultados Financeiros dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 são os se-guintes:

euros

Custos e Perdas 2009 2008 Proveitos e Ganhos 2009 2008681 – Juros Suportados 3 996 287,24 7 284 248,72 781 – Juros Obtidos 167 556,18 442 962,62682 – Perdas em Empresas do Grupo e Associadas

17 164,51 16 817,96782 – Ganhos em Empresas do Grupo e Associadas

30 522,28

785 – Diferenças de Câmbio Favoráveis

707,15

786 – Descontos Obtidos 9,76688 – Outros Custos e Perdas Financeiros

292 303,78 1 012 378,41

Resultados Financeiros 4 137 492,20 7 839 950,434 305 755,53 8 313 445,09 4 305 755,53 8 313 445,09

euros

Conselho de Administração 310 918,21

Fiscal Único 87 800,55

Conselho Fiscal 50 577,80

Mesa da Assembleia Geral 2 067,48

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A conta de “Juros suportados” compreende os juros não capitalizados em “Imobilizações em Curso”, associados aos empréstimos contraídos, nomeadamente, os do BEI e do Papel Comercial, mas também os juros da parte dos empréstimos obrigacionistas destinada a financiar as infra-estruturas do Perímetro de Rega do Monte Novo, que já se encontra em exploração.

Os “Juros obtidos” incluem, fundamentalmente, os juros das aplicações financeiras.

Os Resultados Financeiros negativos apresenta-ram uma melhoria face ao período homólogo de-vido à descida das taxas de juro associadas aos vários empréstimos obtidos.

46. deMonstração dos resultados extraordinários

Os Resultados Extraordinários à data de 31 de De-zembro de 2009 e 2008 têm a seguinte composi-ção:

euros

Custos e Perdas 2009 2008 Proveitos e Ganhos 2009 2008691 – Donativos 1 000,00 5,00693 – Perdas em Existências 31,02

694 – Perdas em Imobilizações 430,33 29,63794 – Ganhos em Imobilizações

3 033,95 7 800,00

695 – Multas e penalidades 3 401,12 4 144,42796 – Redução de Amortiz/Provisões

0,11

697 – Correcções relativas a exercícios anteriores

942,24 5 980,90797 – Correcções relativas a exercícios anteriores

6 202,71 11 086,16

698 – Outros custos e perdas extraordinários

662,19 441,13798 – Outros proveitos e ganhos extraordinários

3 340 088,28 2 738 731,93

Resultados Extraordinários 3 342 889,06 2 746 986,103 349 324,94 2 757 618,20 3 349 324,94 2 757 618,20

Os “Outros Proveitos e Ganhos Extraordinários” reflectem, essencialmente, o reconhecimento como proveitos dos subsídios associados aos investimentos, na medida em que são amortiza-dos, nomeadamente em resultado da entrada em funcionamento pleno das várias infra-estruturas. Esta situação resulta da transferência de “Imobili-zações em Curso” para Imobilizado definitivo, que cada vez mais, é a realidade da EDIA resultante da entrada em exploração de mais infra-estruturas do EFMA.

47. inforMações exigidas Por diPloMas legais

47.1 dívidas à administração fiscal e ao instituto de solidariedade e segurança social

Das informações legalmente exigidas noutros di-plomas, designadamente nos artigos 66.º, 324.º, 397.º, 447.º e 448.º do CSC, das disposições le-

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163gais decorrentes do Decreto-Lei N.º534/80 de 7 de Novembro emanado pelo Ministério das Fi-nanças e do Plano e das disposições referidas no Decreto-Lei N.º 411/91 de 17 de Outubro emanado pelo Ministério do Emprego e da Segurança So-cial, importa referir que a EDIA através do docu-mento de prestação de contas, vem divulgar que não está em incumprimento das suas obrigações, nem perante o sector estatal nem perante a segu-rança social.

48. outras inforMações relevantes

48.1 dedução de iva na construção da nova aldeia da luz

A construção da Nova Aldeia da Luz e de todas as suas infra-estruturas (rede de água, rede eléctri-ca, rede viária etc.), como é facilmente demons-trável, estão intimamente conexas com as obras das infra-estruturas indispensáveis à actividade da EDIA.

A EDIA sempre deduziu o IVA suportado com as despesas necessárias à construção da Nova Al-deia da Luz, sem que a Administração Fiscal te-nha, alguma vez, questionado tal actuação.

No âmbito da apreciação dos pedidos de reembolso do IVA efectuados pela EDIA foi desencadeada uma inspecção externa em 2003, da qual resultou um relatório com correcções de imposto em falta. As notas de liquidação, emitidas pela Administração Fiscal, de e8.921.100,53 e e192.598,01 referentes ao IVA em falta e respectivos juros compensató-rios, foram objecto de Reclamação Graciosa apre-sentada pela EDIA, com contra-apresentação de Garantia Bancária para suspensão da liquidação do imposto e respectivos juros compensatórios, apresentados nos documentos de cobrança acima referidos.

Não obstante os factos, foi indeferida a Reclama-ção Graciosa apresentada, pelo que a EDIA apre-sentou um Recurso Hierárquico.

A 05 de Janeiro de 2007,a EDIA recebeu a noti-ficação de indeferimento do Recurso Hierárquico que, por decisão do Exm.º Sr. Subdirector-Geral dos Impostos o considerou como improcedente.

A EDIA não concordou com os argumentos adu-zidos na decisão de improcedência do Recurso Hierárquico apresentado contra indeferimento de Reclamação Graciosa, porquanto, apresentou Im-pugnação Judicial a 04 de Abril de 2007.

Em Novembro de 2008, a EDIA como impugnante nos autos em referência, notificada que foi para alegar por escrito, apresentou nos termos do ar-tigo 120.º do Código de Procedimento e de Pro-cesso Tributário, ao Exmo. Sr. Juiz de Direito do Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja, as alega-ções que entendeu por convenientes.

Em face das alegações produzidas, é entendimen-to da EDIA, que não se verifica qualquer restri-ção ao direito à dedução do IVA suportado com os custos da construção da Nova Aldeia da Luz, nem há lugar à liquidação de IVA, assim deverá a impugnação ser julgada procedente, com as legais consequências.

Ao abrigo do Principio Contabilístico da Prudência e para fazer face a eventuais responsabilidades decorrentes do processo, a EDIA não concor-dando com a liquidação de IVA, constituiu uma Provisão no exercício de 2006, no montante de e11.534.598,22 que cobre quer o valor do IVA quer o valor dos respectivos juros compensatórios.

A 31 de Dezembro de 2009, não há elementos a acrescentar a este Processo.

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48.2 informações sobre Matérias ambientais

As matérias ambientais devem ser objecto de di-vulgação na medida em que sejam materialmente relevantes para avaliação do desempenho finan-ceiro ou para a posição financeira da entidade.

O Contrato de Concessão da Utilização do Domí-nio Público Hídrico afecto ao Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, de 17 de Outubro de 2007, celebrado entre a EDIA e o Estado, concre-tizou os termos e condições a que obedecerá a relação concedente-concessionária, precisando o conteúdo da missão associada à exploração do Empreendimento e definindo as regras para o exercício dos referidos direitos de utilização pri-vativa do domínio púbico hídrico.

Para além de garantir a implementação das medi-das de minimização definidas no Plano de Gestão Ambiental, a concessionária obriga-se a imple-mentar, durante a fase de construção, um conjun-to de medidas, que após a execução das interven-ções nas áreas afectadas, eliminem quaisquer si-nais de intervenção, repondo a situação original.

Neste sentido, tendo em conta a natureza e a di-mensão das actividades da entidade e os tipos de problemas ambientais associados a essa ac-tividade, informações sobre o seu desempenho ambiental, tais como, redução das emissões at-mosféricas, remoção de resíduos, não se reflecte nas contas um passivo de carácter ambiental uma vez que não o entendemos como materialmente relevante, considerando assim não aplicável a Di-rectriz Contabilística N.º 29.

48.3 empréstimos

O financiamento dos investimentos realizados para conclusão do programa de implementação das in-fra-estruturas do EFMA, envolveu até à presente data a contratação dos empréstimos mencionados:

bei – e 135 000 000,00

Data de início do contrato: 1999.Prazo: 20 anos.Período de carência: 7 anos.O montante de e135.000.000,00, reflectido na conta de empréstimos, resulta da utilização total das tranches A, B, C e D.O reembolso deste empréstimo será efectuado da seguinte forma:

eÔÔ 35.000.000-Tranche A-18 amortizações anuais e consecutivas com início em Setembro de 2007.eÔÔ 35.000.000-Tranche B-23 amortizações anuais e consecutivas com início em Setembro de 2007.eÔÔ 32.500.000-Tranche C-18 amortizações anuais e consecutivas com início em Março de 2009.eÔÔ 32.500.000-Tranche D-23 amortizações anuais e consecutivas com início em Março de 2009.

empréstimo obrigacionista – e 300 000 000,00

Data de início do contrato: 2003.Prazo: 15 anos.Reembolso: total no final do contrato (2018).Este empréstimo obrigacionista foi celebrado jun-to do BNP Paribas e do Caixa – Banco de Investi-mento, S.A. destinado ao financiamento do EFMA.Os cupões são trimestrais.

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165O Empréstimo Obrigacionista como meio de finan-ciamento de um activo qualificável – Investimento do EFMA – levou a EDIA a incorrer em custos as-sociados ao empréstimo e em simultâneo a obter proveitos financeiros associados à eficiente ges-tão das disponibilidades de tesouraria.

empréstimo obrigacionista – e 56 180 000,00

Data de início do contrato: 2007.Prazo: 20 anos.Reembolso: total no final do contrato (2027).Este empréstimo obrigacionista foi contraído jun-to do Millennium BCP e do BPI.Os cupões são semestrais.

emissão de Papel comercial

Considerando que o ritmo de execução do inves-timento exige o cumprimento das obrigações fi-nanceiras aos vários credores, de acordo com os prazos médios de pagamento, recorreu-se a um empréstimo de apoio de tesouraria. A EDIA emitiu títulos de dívida de curto prazo ao abrigo de Pro-gramas de Emissão de Papel Comercial.Para esse efeito a EDIA solicitou a duas institui-ções, a garantia de subscrição do montante nomi-nal de e20.000.000,00 e e25.000.000,00.O prazo dos Programas de Papel Comercial é de 6 meses com possibilidade de prorrogação por iguais períodos por acordo entre as partes.

empréstimo obrigacionista – e 93 500 000,00

Data de início do contrato: 2008.Prazo: 3 anos.Reembolso: 3 prestações anuais.Este empréstimo obrigacionista foi contraído jun-to do DEPFA BANKplc, do Banco Efisa SA e do Caixa Banco de Investimento, S.A. vencendo juros semestrais postecipados.

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48.4 fornecedores c/c e fornecedores de imobilizado

As contas a pagar, que não vencem juros, são registadas pelo seu valor nominal. As entidades que mais concorreram para o saldo da rubrica de “Fornecedores c/c” a 31 de Dezembro de 2009 fo-ram:

Os montantes registados nesta rubrica, dizem es-sencialmente respeito a dívidas com origem em subcontratação na realização de obras em curso adjudicadas.

euros

PT Prime – Sol. Emp. Telecomun. e Sistemas, S.A. 39 924,66

Mazars & Associados SROC, S.A. 28 800,00

TMN, S.A. 27 073,97

Creditex – Aluguer de Equipam. S.A. 21 400,64

EDP – Serviço Universal, S.A. 15 360,41

Brisa Eng. e Gestão, S.A. 8 100,00

euros

Mota-Engil, Engenharia e Construção, S.A. 14 607 271,43

Somague/Neopul/Teodoro Gomes, ACE 6 742 692,65

RRC – Ramalho Rosa Cobetar, S.A. 6,285.620,48

MSF – Moniz da Maia, Serra & Fortunato-Empreiteiros, S.A.

6 250 399,77

Ferrovial Agroman/Castillejos, ACE 5 502 404,19

Monte Adriano – Engenharia & Construção S.A. 4 254 862,54

DST – Domingos da Silva Teixeira, S.A. 3 895 159,58

OPWAY – Engenharia, S.A. 3 827 002,30

Soares da Costa, SGPS 2 415 731,36

Efacec Engenharia, S.A. 1 546 353,71

Hagen Engenharia S.A. 1 240 507,63

Efacec Ambiente, S.A. 1 178 423,60

Contacto – Sociedade de Construção, S.A. 1 101 044,67

Construções Gabriel A.S. Couto, S.A. 961 315,56

Da análise da rubrica de “Fornecedores de Imobi-lizado”, os fornecedores com saldos mais eleva-dos em 31 de Dezembro de 2009 foram:

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16748.5 subsídios ao investimento

Os subsídios atribuídos, a fundo perdido, para financiamento de Imobilizações Corpóreas, são registados na rubrica “Proveitos Diferidos” e re-conhecidos na Demonstração dos Resultados na rubrica “Proveitos Extraordinários”, proporcional-mente às Amortizações das Imobilizações Corpó-reas subsidiadas.

Os investimentos apresentados pela EDIA para fi-nanciamento comunitário foram objecto de apoio através da contrapartida nacional dos projectos relativos à Rede Secundária de Rega do EFMA e financiamentos comunitários, no âmbito do QCAlll (FEDER e FEOGA-O) e QREN (FEDER /FEADER), e de PIDDAC.

O aumento significativo evidenciado nesta conta, resulta essencialmente de recebimentos aprova-dos no âmbito do Programa AGRO e do PEDIZA II.

O valor recebido de “Subsídios ao Investimento” no ano de 2009 detalha-se do seguinte modo:

euros

2009

QCAIII

FEDER 9 977 911,31

FEOGA-O 105 719 855,10

SUB-TOTAL 115 697 766,41

QREN

FEADER 17 163 333,12

FEDER 9 333 003,96

SUB-TOTAL 26 496 337,08

PIDDAC

QCAIII 37 834 025,32

FEADER 5 721 111,04

sub-total 43 555 136,36

oe 46 872,09

total 185 796 111,94

48.6 acréscimos e diferimentos

A conta de “Acréscimos e Diferimentos” incluem essencialmente:

Custos diferidos – Traduz os encargos pagos ÔÔno corrente exercício mas cujo consumo se verificará no próximo exercício, isto é que correspondem a períodos de vigência posterior, nomeadamente os referentes a seguros de responsabilidade civil geral/ /exploração, obras e montagens terminadas, acidentes pessoais, automóvel e multi-riscos, bem como os relacionados com rendas.Acréscimos de custos – Esta conta reflecte ÔÔem grande parte, o valor da estimativa de custos já incorridos com os consumos próprios da Central Hidroeléctrica de Alqueva no valor de e1.650.000,00, atendendo ao Princípio da Especialização dos Exercícios e ainda que na ausência de um contrato formal. Não foi ainda celebrado qualquer contrato específico com a EDP Distribuição S.A., no sentido de se apurar a tarifa a aplicar à EDIA nos contratos de Muito Alta Tensão Consumos próprios da Central Hidroeléctrica de Alqueva. Contudo, o funcionamento da Central implica consumos próprios de energia que, no entanto, não foram debitados até à presente data. Face à estimativa apresentada pelo Departamento de Exploração, do valor dos custos com os consumos já incorridos e ainda não debitados pela entidade fornecedora de energia, foi contabilizada essa estimativa de custos. Esta rubrica engloba também os custos ÔÔincorridos no exercício mas cuja despesa só ocorrerá em períodos posteriores, designadamente, os encargos com férias e subsídio de férias e de Natal, assim como os juros e as comissões de endividamento bancário (Empréstimos Obrigacionistas, Papel Comercial e Empréstimo do BEI).

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Proveitos Diferidos – O saldo desta conta ÔÔresulta da contabilização dos subsídios provenientes de Fundos Comunitários destinados a financiar parte do investimento do EFMA, que foram efectivamente recebidos. O reconhecimento dos subsídios ao investimento como proveito do exercício é efectuado a partir do momento, e durante o mesmo período, em que os bens subsidiados são amortizados.

O valor desses subsídios está detalhado no quadro seguinte:

euros

POA_FEDER 15 034 506,85

IR lll_ FEDER 3 509 732,96

PEDIZA_FUNDO DE COESÃO 58 036 466,60

PEDIZA_FEOGA 2 506 472,29

PEDIZA_FEDER 104 537 476,00

PORA_FEDER 196 695 756,72

Artº.7º_FEDER 146 196,83

PORA_FEOGA 104 392 816,17

PIDDAC 36 764 612,08

POE_PRIME 91 155,41

POVT_FEDER 17 021 779,08

EQUAL_FSE 5 331,23

PRODER_FEADER 17 163 333,11

PRODER_PIDDAC 5 721 111,03

QREN_AGRO_FEOGA 91 256 872,86

QREN_AGRO_PIDDAC 30 418 957,59

OE 59 872,07

683 362 448,88

Os “Proveitos Diferidos” resultantes do ÔÔContrato de Concessão de exploração das Centrais Hidroeléctricas de Alqueva e Pedrógão, por 35 anos, celebrado entre a EDIA e a EDP, são no montante de e190.640.763.90. No âmbito deste Contrato, a EDP pagou à EDIA um montante inicial de Me195, em Outubro de 2007 e irá efectuar pagamentos anuais de Me12,67 em Outubro de cada ano, sendo que o primeiro desses pagamentos foi recebido em 2008.Em 2009, a EDIA reconheceu em “Prestações ÔÔde Serviços” o montante anual de e13.781.465.12 de proveitos decorrentes deste Contrato, imputáveis a este exercício.

48.10 clientes e outros devedores

As dívidas de “Clientes” e as de “Outros devedo-res” são registadas pelo seu valor nominal.

O Decreto-Lei N.º 335/2001, de 24 de Dezembro redefine o âmbito de intervenção da EDIA, come-tendo-lhe responsabilidades concretas nos domí-nios da concepção, execução, construção, gestão e exploração das infra-estruturas integrantes do sistema primário.

No entanto prevê-se também que a actividade da EDIA na execução dos investimentos associados ao EFMA não se esgote estritamente no desenvol-vimento das infra-estruturas do sistema primário, contemplando-se a possibilidade de a EDIA repre-sentar o Estado no que respeita à Rede Secundá-ria de Rega.

Deste modo se compatibiliza a responsabilidade inerente à contratação, financiamento e respectiva propriedade das redes secundárias.

A rubrica “Outros Devedores” apresenta um saldo, que na sua grande parte corresponde ao crédito de e73.826.576,83 sobre a DGADR. Este valor lí-quido traduz o montante pelo qual a DGADR deve-

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169rá ressarcir a EDIA do investimento que a mesma efectivamente suportou com a “Infra-estrutura 12” integrante da Rede Secundária de Rega do EFMA.

O Contrato de cessão terá um prazo de duração de 30 anos, contados a partir da data de entrada em exploração da “Infra-estrutura 12” findo o qual, a propriedade da mesma é transferida para o Estado que passa a ser o titular de todos os correspon-dentes direitos e obrigações.

Neste âmbito, as duas entidades acordaram sub-meter à consideração do MADRP a questão do ressarcimento da EDIA pelo valor de investimen-to por ela suportado, deduzido dos subsídios que lhes estão associados.

Atendendo ao exposto, a EDIA não manteve o in-vestimento desta infra-estrutura registado nas suas Existências nem no seu Imobilizado, transferindo esse investimento e os subsídios que lhes estão associados para a conta de “Outros Devedores”.

Os restantes investimentos na Rede Secundária de Rega mantiveram-se em “Existências”.

Os depósitos caução constituídos pela EDIA, em Instituições Bancárias a favor dos Tribunais Ju-diciais referentes a processos judiciais em curso e processos de expropriação litigiosos, represen-tam também um valor significativo da rubrica de “Outros Devedores” (e10.958.615,83), sendo que deste montante, e8.720.516,83 reflectem depósi-tos cativos para os quais foram contraídos em-préstimos. Este montante respeita essencialmen-te aos seguintes processos:

48.11 estado e outros entes Públicos

Nos termos do disposto do Código da Contribuição Autárquica e nos termos do disposto do Código do Imposto Municipal sobre Transacções de Imóveis, o Estado está isento do pagamento de impostos sobre os imóveis integrados no seu património.

A EDIA ao abrigo do disposto no Decreto-Lei N.º 21-A/98, de 6 de Fevereiro, considera após a sua adjudicação à entidade expropriante, imediata-mente integrados no domínio público do Estado os bens imóveis que expropriou para implementação do EFMA.

A rubrica “Estado e Outros Entes Públicos”, sub-conta de restantes Impostos, apresenta um saldo devedor no valor de e1.293.749,69 referente a IMT pago pela EDIA, indevidamente, no âmbito de pro-cessos de expropriação e cuja restituição a EDIA veio a requerer junto das autarquias, solicitando ainda que relativamente aos referidos prédios seja reconhecida a citada isenção, evitando-se futuros actos de liquidação.

No exercício de 2008, a EDIA para fazer face à possibilidade de não recebimento deste valor (por eventual intempestividade do requerimento de restituição do referido imposto, tendo presente o indeferimento, em Janeiro de 2008, da Recla-mação Graciosa que a EDIA tinha apresentado), constituiu um ajustamento para cobrir a totalidade do referido valor, o qual ainda se encontra regis-tado no exercício de 2009.

euros

BancoProcesso Judicial/

ExpropriaçãoTribunal Judicial Valor

BCP Portucel Recicla Reguengos de Monsaraz 8 280 913,83

BES Herdade do Pinheiro Serpa 242 752,00

BES Herdade da Pereira Reguengos de Monsaraz 166 971,00

BES Herdade do Rosalinho Serpa 29 880,00

total 8 720 516,83

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O saldo devedor da conta de “Estado e Outros En-tes Públicos”, inclui também i) e612.934,99 refe-rente ao montante de pedidos de reembolsos de Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), dos meses de Agosto a Outubro de 2009 decorren-te da fase de investimento em que se encontra a Empresa, ii) e871.933,52 de IVA a recuperar re-ferente aos meses de Novembro e Dezembro de 2009, sendo que este montante à data de 31 de Dezembro ainda não tinha sido objecto de pedido de reembolso.

No que se refere ao Pagamento Especial por Con-ta (PEC) do ano de 2004, no valor de e1.250,00, a EDIA assumiu como custo do exercício de 2009 esse valor, uma vez que só é possível recuperar o PEC até aos 4 anos anteriores e mediante apre-sentação do respectivo pedido de reembolso.

O saldo credor da conta “Estado e Outros Entes Públicos” inclui os valores apurados da Tribu-tação Autónoma e Derrama, nos montantes de e41.710,01 e e21.602,34 respectivamente.

48.12 fornecimentos e serviços externos

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, os Fornecimentos e Serviços Externos decompõem-se conforme quadro ao lado.

A 31 de Dezembro de 2009, o acentuado aumento na conta “Subcontratos” traduz o acréscimo sig-nificativo de investimento feito pela EDIA na Rede Secundária de Rega. A EDIA regista estes investi-mentos em Imobilizado em Curso e procede à sua transferência para custos, apurando o valor das Existências finais e da Variação da Produção (ver Nota 42).

Também a rubrica “Electricidade” apresentou um valor muito superior de custos, relativamente ao período homólogo. O aumento desta rubrica está relacionado com o aumento do consumo de elec-tricidade associado ao investimento na Rede Se-cundária de Rega o qual, por sua vez, decorre da aceleração do investimento por parte da EDIA.

O valor da conta de “Honorários” é justificado es-sencialmente pelos custos com os prestadores de serviços associados aos Projectos da Rede Se-cundária de Rega. A diminuição significativa do saldo desta conta deve-se fundamentalmente à redução do número de colaboradores em regime de prestação de serviços, uma vez que os mes-mos transitaram para um regime de Contrato de Trabalho.

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171euros

2009 2008

Subcontratos 136 930 763,28 69 111 187,28

Electricidade 922 526,69 459 872,30

Trabalhos Especializados 536 226,15 530 747,24

Honorários 401 629,40 888 354,09

Rendas e Alugueres 184 941,23 142 766,57

Conservação e Reparação 147 495,44 181 538,75

Seguros 145 837,25 142 033,19

Combustíveis 136 856,23 153 574,49

Comunicação 120 999,48 211 206,51

Publicidade e Propaganda 87 407,10 277 352,10

Limpeza, Higiene e Conforto 84 115,10 78 114,05

Deslocações e Estadas 64 214,99 33 815,09

Vigilância e Segurança 64 042,78 163 461,06

Outros FSE’s 263 722,75 367 050,64

140 090 777,87 72 741 073,36

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17313. Certificação legal de contas

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17914. Certificação de contas da auditoria externa

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18315. Relatório e parecer do conselho fiscal

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1) A Lei N.º 28/2009, de 19 de Junho, determina que seja submetida à aprovação pela Assembleia Geral anual de accionistas uma declaração sobre a política de remunerações dos órgãos de admi-nistração e fiscalização.

2) A política de remuneração dos membros dos órgãos sociais da empresa, à excepção do Con-selho Fiscal, foi fixada a 05 de Setembro de 2002, pela Comissão de Fixação de Remuneração, na sequência das instruções recebidas pelo Senhor Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, através do seu Despacho N.º 18367/2002, de 25 de Julho, publicado no Diário da República N.º 192, II Série, de 21 de Agosto.

Nessa decisão manteve-se a equiparação da so-ciedade a empresa pública do Grupo A, nível 2, aplicando-se a disciplina prevista na Resolução do Conselho de Ministros N.º 28/98, de 3 de Agosto, publicado no Diário da República N.º 196, I Série, de 26 de Agosto de 1989, com as actualizações in-troduzidas pelo Despacho do Senhor Ministro das Finanças N.º 8035/2002, de 26 de Março, publi-cado no Diário da República N.º 92, II Série, de 19 de Abril.

A remuneração do Conselho Fiscal foi fixada pela Comissão de Fixação de Remuneração, em 1 de Abril de 2009, em conformidade com o Despacho

Conjunto dos Senhores Secretários de Estado do Tesouro e Finanças e Adjunto, da Agricultura e das Pescas, proferido em 19 de Março.

3) Da informação referida no ponto 3 do Artigo 2 da Lei N.º 28/2009, de 19 de Junho, apenas se aplica à Empresa o indicado na alínea a), podendo ser consultado no Capítulo 5 do Relatório e Contas de 2009, as orientações específicas para a empre-sa pública “EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas do Alqueva, S.A.” para o triénio 2008-2010.

4) Mais se informa que não existe na empresa componentes variáveis de remuneração, planos de atribuição de acções ou de opções de aquisição de acções. Isto é, não se aplica na empresa quais-quer das situações referidas nas alíneas b), c), d) e e) do ponto 3 do Artigo 2 da Lei N.º 28/2009.

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Dr. Henrique António de Oliveira Troncho(Presidente)

Dr. António Albino Pires de Andrade(Vogal)

Eng. Hemetério José Antunes Monteiro(Vogal)

16. Declaração sobre política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização, prevista na lei 28/2009

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195Siglas e abreviaturasacos – Associação de Criadores de Ovinos do Sul

aeP – Associação Empresarial de Portugal

afn – Autoridade Floresta Nacional

aia – Avaliação de Impacte Ambiental

aiceP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal

aPa – Associação Portuguesa do Ambiente

arhalentejo – Administração da Região Hidrográfica do Alentejo

associação integralar – Intervenção de Excelência no Sector Agro-Alimentar

b&b – Business & Biodiversity

bcc – Betão Compactado por Cilindro

bei – Banco Europeu de Investimentos

bes – Banco Espírito Santo

cad – Computer Aided Design

cadc – Comissão para a Aplicação e o Desenvolvimento da Convenção sobre a Cooperação para a Protecção e o Aproveitamento Sustentável das Águas das Bacias Hidrográficas Luso-Espanholas

ccdra – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo

ccP – Código dos Contratos Públicos

cia – Centro de Interpretação Ambiental

cM – Caminho Municipal

cotr – Centro Operativo de Tecnologias do Regadio

csc – Código das Sociedades Comerciais

dgadr – Direcção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural

dgert – Direcção Geral do Emprego e das Relações do Trabalho

dgt – Direcção Geral do Tesouro

dia – Declaração de Impacte Ambiental

digc – Departamento de Informação Geográfica e Cartografia

dPh – Domínio Público Hídrico

draPa – Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Alentejo

drealentejo – Direcção Regional de Educação do Alentejo

duP – Declaração de Utilidade Pública

eb – Escolas Básicas

edab – Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja

edia – Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, S.A.

edP – Energias de Portugal

efMa – Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva

eia – Estudo de Impacte Ambiental

en – Estrada Nacional

equal – Programa de Iniciativa Comunitária EQUAL

er – Estrada Regional

esab – Escola Superior Agrária de Beja

etar – Estação de Tratamento de Águas Resíduais

eurostat – Estatísticas da Comissão Europeia

feder – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional

feoga – Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agrícola

filda – Feira Internacional de Luanda

fiM – Feira Internacional de Macau

fMi – Fundo Monetário Internacional

fse – Fundo Social Europeu

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196

gddM – Gabinete de Desenvolvimento, Documentação e Marketing

iaPMei – Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas

ias – International Accounting Standard

iberlinx – Acção Territorial Transfronteiriça de Conservação do Lince Ibérico

icnb – Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade

ifaP – Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas

ifdr – Instituto de Financiamento de Desenvolvimento Regional

ihPc – Índice Harmonizado de Preços do Consumidor

iMc – Instituto de Museus e Conservação

iMt – Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis

inag – Instituto da Água, I.P.

ine – Instituto Nacional de Estatística

interreg iii – a – Programa de Cooperação Transfronteiriço Portugal-Espanha

iPc – Índice de Preços no Consumidor

iPiM – Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau

iPj – Instituto Português da Juventude

iso – International Organization for Standartization

Mva – MEGA VOLT AMPERE

nerbe – Núcleo Empresarial da Região de Beja

nic – Normas Internacionais da Contabilidade

nPa – Nível de Pleno Armazenamento

o.e. – Orçamento de Estado

ocde – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico

ocs – Órgãos de Comunicação Social

odeana – Operação, Decisão e Análise para a Gestão da Água em Alqueva

oefP – Observatório do Emprego e Formação Profissional

osgeo – Open Source Geospatial Foundation

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197Pead – PoliEtileno de Alta Densidade

Pediza – Programa de Desenvolvimento Integrado da Zona de Alqueva

Pgf – Plano de Gestão Florestal

Pib – Produto Interno Bruto

Piddac – Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central

PMcsado – Programa de Medidas Compensatórias para a Ictiofauna Autóctone e Continental da Bacia Hidrográfica do Sado

PMi – Plano de Minimização de Impactes Patrimoniais de Alqueva

Pnn – Parque de Natureza de Noudar

PoaaP – Plano de Ordenamento das Albufeiras de Alqueva e de Pedrógão

Poc – Plano Oficial de Contabilidade

Poci – Programa Operacional de Ciência e Inovação – Ciência Viva

Pocti – Programa Operacional Ciência, Tecnologia, Inovação

Povt – Programa Operacional Temático de Valorização do Território

PriMe – Programa de Incentivos à Modernização da Economia

Proder – Programa de Desenvolvimento Rural

PrP – Plano de Recuperação Paisagística

qca – Quadro Comunitário de Apoio

qren – Quadro de Referência Estratégico Nacional

recaPe – Relatório de Conformidade Ambiental do Projecto de Execução

saP – Sistemas, Aplicativos e Produtos para Processamento de Dados

sasig – Software Aberto para Sistemas de Informação Geográfica

sePna – Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente

sga – Sistema de Gestão Ambiental

sgP – Sistema de Gestão do Património

shiral – Sistema de Informação de Recursos Hídricos de Alqueva

sig – Sistema de Informação Geográfica

siMarsul – Sistema Integrado Multimunicipal de Águas Residuais da Península de Setúbal

sinergic – Sistema Nacional de Exploração e Gestão de Informação Cadastral

sisaP – Elaboração de Cartas de Aptidão Cultural para o Perímetro de Rega do Alqueva

soPir – Sociedade de Desenvolvimento de Perímetros Irrigados

tagis – Centro de Conservação das Borboletas em Portugal

ue – União Europeia

vab cf – Valor Acrescentado Bruto a Custo de Factores

Watec – 5.ª Feira Internacional e 2.ª Conferência Internacional de Tecnologias da Água e Controlo Ambiental

zPe – Zona de Protecção Especial

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Capital Social:

387.267.750,00 €

Número de Pessoa Colectiva:

503 450 189

Matrícula:

01 084/950316 da Conservatória do Registo Comercial de Beja

Sede Social:

Rua Zeca afonso, n.º 2 – 7800-522 BEJa

Delegação Lisboa:

av. da República, n.º 83, 4.º dt.º – 1 050-243 LISBoa

Delegação Alqueva:

apartado 126 – 7860-199 MoURa

Delegação aldeia da Luz:

Rua do Montinho, n.º 38 – 7240-LUZ – MoURÃo

Delegação Monte Trigo:

apartado 29 – 7220-129 PoRTEL

Site:

www.edia.pt

Fotografias:

antónio Cunha / EDIa

EDIAEmpresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, S.A.

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