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RELATÓRIO E CONTAS ABRIL DE 2016 A MARÇO DE 2017 Fundação Vodafone Portugal 17

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RELATÓRIOE CONTASABRIL DE 2016A MARÇO DE 2017

FundaçãoVodafonePortugal

17

2 Relatório e Contas da Fundação Vodafone | abril de 2016 a março de 2017

Principais Projetos e Iniciativas– Cronologia

2001

Constituição da Fundação

2002

Reconhecimento da Fundação

2003

Leitor de Ecrãs para PC

Em parceria com o Ministério da Educação,

a Fundação Vodafone desenvolveu um

sistema que permite a leitura sonora

de um ecrã de computador. Foram

distribuídas 380 licenças a estudantes

e professores cegos ou com baixa visão.

Encontro com o Ambiente no Zoo

A iniciativa teve como objectivo

sensibilizar as crianças e adultos para

o respeito pelo meio ambiente, através

de exemplos práticos e de animações.

2004

Leiria + Verde é um Projeto destinado

à prevenção, deteção e combate a fogos

florestais no distrito de leiria. Durante

o verão de 2004 o distrito de leiria foi

o segundo menos atingido pelos

incêndios e o tempo médio de duração

de incêndio diminuiu cerca de uma hora.

Digitalização do Serviço de Imagiologia

do Centro Hospitalar do Médio Tejo

2005

Praia Saudável

É um programa lançado pela Fundação

Vodafone, em parceria com a Autoridade

Marítima Nacional , a Agência Portuguesa

do Ambiente, a Associação Bandeira Azul

da Europa e o Instituto Nacional para a

Reabilitação, que tem como missão

contribuir para o aumento da segurança

e qualidade ambiental nas praias, bem

como melhoria das acessibilidades para

pessoas com mobilidade condicionada

através da doação de meios pela Fundação

Vodafone. O Programa já permitiu salvar

726 vidas e assistir 1188 banhistas

em dificuldades.

Ludoteca no Hospital D. Estefânia

Com o apoio da Fundação Vodafone

as crianças que se deslocam às consultas

externas desta unidade hospitalar

pediátrica passam a dispor de um espaço

para brincar enquanto aguardam

atendimento médico.

Reflorestação de Nisa

A Fundação Vodafone Portugal ofereceu

10.000 árvores à Câmara Municipal

de Nisa para a reflorestação dos cerca

de 15 hectares que arderam no Concelho

durante o Verão de 2003 e os seus

colaboradores participaram nesta

iniciativa em regime de voluntariado.

2006

Sistema Táxi Seguro

O Sistema Táxi Seguro tem por base as

tecnologias GSM, GPS, Internet e

Cartografia Digital, permitindo à PSP

determinar, a partir do momento em que

o condutor dá o alerta, a sua localização em

tempo real. Em 2008 já atingia 1500 táxis.

AirMed no Hospital de Santa Maria

O Sistema desenvolvido permite, entre

outros, medir o índice de coagulação

do sangue dos doentes submetidos

a transplantes ou a outras intervenções

cirúrgicas em que é de crucial importância

a manutenção dos valores daquele índice

em determinado intervalo. Em 2006

beneficiaram 120 doentes.

Viva a Ria - Um projecto que visa

sensibilizar e educar crianças, jovens

e adultos para a preservação das riquezas

naturais e das actividades tradicionais

da Ria Formosa, que contou com o apoio

da Fundação Vodafone, em parceria com

a Liga para a Protecção da Natureza, a

Junta de Freguesia de Santa Luzia (Tavira)

e a empresa A Vida é Bela, integrando

actividades lúdicas e educativas.

2007

Fundação Vodafone apoia

Monitorização Geodinâmica dos Açores

Um projecto científico de estudo

e quantificação de riscos naturais, devidos

a processos geodinâmicos. Foram

instaladas várias estações GPS no Grupo

Central permitindo a monitorização

permanente de movimentos da crusta

terrestre relacionados com os processos

tectónicos que afectam aquelas ilhas.

Escola Móvel

Em parceria com o Ministério da Educação,

alunos dos 7º, 8º e 9º anos, filhos

de profissionais itinerantes, feirantes

ou artistas de circo, passaram a ter acesso

diário aos programas escolares e a poder

estudar e trabalhar em rede. Até março

de 2010 cerca de 115 alunos beneficiaram

deste projeto, que contava com

42 professores.

3Relatório e Contas da Fundação Vodafone | abril de 2016 a março de 2017

2008

Monitorização Remota de Epilepsia

Pediátrica

A Fundação Vodafone e o Centro

Hospitalar de Lisboa Ocidental,

desenvolveram um sistema de

Monitorização Remota de Epilepsia

Pediátrica, com o objectivo de aumentar

o número e a capacidade de sucesso das

intervenções cirúrgicas em crianças com

epilepsia. Até fevereiro de 2009 o número

de doentes monitorizados aumentou em

64%, em relação ao 12 meses anteriores.

Em 2014 foi lançada uma nova versão

do sistema de monitorização remota de

epilepsia pediátrica que passa a permitir

a visualização remota e em tempo real de

dados de pacientes de epilepsia pediátrica

no Hospital São Francisco Xavier.

2009

TELEMOLD

Com o objetivo de conseguir melhorar

a qualidade de vida dos doentes com

insuficiência respiratória, medicados

com oxigenoterapia de longa duração

domiciliaria (OLD), a Fundação Vodafone

Portugal lançou em parceria com o

Servico de Pneumologia do Hospital

Pulido Valente o programa TELEMOLD.

Belém-Trancão

A Fundação Vodafone Portugal e a Câmara

Municipal de Loures promovereram a

inciativa “Nós Pedalamos” com o objetivo

de sensibilizar os municipios para

a importância da criação de uma rede de

Corredores Verdes ou Ciclovias para a Área

Metropolitana de Lisboa que proporcionem

aos cidadãos uma alternativa às

deslocações em transporte individual.

2010

NATAL + VERDE

Com o objetivo de contribuir para uma

maior sensibilização sobre a necessidade

de preservar a natureza, os filhos dos

colaboradores da Vodafone Portugal

participaram na gravação de 10 histórias

com mensagens ecológicas que passaram

na SIC em dezembro de 2010.

Biblioteca Particular de Fernando

Pessoa Online

A Fundação Vodafone e a Casa Fernando

Pessoa associaram-se para tornar

acessíveis aos leitores em que qualquer

parte do mundo as obras que antes

estavam circunscritas à Casa Fernando

Pessoa e que ascendem a mais de

1.140 volumes.

Geração Net Senior

O programa de formação em novas

tecnologias tem como principal objetivo

contribuir para tornar mais simples a vida

dos seniores, ensinando-os a usar um

computador, navegar na internet, utilizar

o correio eletrónico e ligar-se às redes

sociais. Já usufruíram deste programa mais

de 1000 idosos das freguesias de Odivelas,

Carnide e Olivais, com idades

compreendidas entre os 65 e os 95 anos.

Projecto “Livro Acessível”

A Fundação Vodafone apoiou a produção

do 3.º livro da colecção “4 leituras”, editado

pela CERCICA, que se encontra em

formato acessível a crianças com

necessidades educativas especiais. Foram

produzidos 5000 exemplares.

2011

World of Difference

Um programa inovador cujo objectivo é

financiar a colocação de profissionais

qualificados junto de instituições de

solidariedade social. No âmbito do

programa foram colocados 15 recursos

humanos e abrangidas 12 Instituições.

10.º Aniversário da Fundação

Assinalado com uma campanha de

imprensa “O que é que a Fundação fez em

10 anos?”

2012

Manuais Daisy

A Fundação Vodafone e a Direcção-Geral

da Educação lançaram um programa

de incentivo à criação de audiolivros

nas escolas, destinado a alunos do 5.º

ao 12.º ano de escolaridade com

necessidades educativas especiais.

Dos audiolivros produzidos

destacam-se manuais escolares das

disciplinas de História, Ciências Naturais,

Tecnologias da Informação e obras como

‘Os Lusíadas’, ‘Os Maias’ e ‘Viagens na

Minha Terra’.

APP Future Driver

Com o objetivo de contribuir para

o combate à sinistralidade na estrada,

a Fundação Vodafone lançou a aplicação

Future Driver que disponibiliza um

simulador de exames teóricos de

condução sobre o Código da Estrada,

recomendações sobre eco–condução

e sobre telemóvel e condução, entre

outros temas.

4 Relatório e Contas da Fundação Vodafone | abril de 2016 a março de 2017

App Praia em Directo

Esta aplicação fornece dados sobre

questões ambientais, marés, temperatura

da água, velocidade e direção do vento,

segurança e acessibilidade das zonas

balneares, dando a conhecer, por exemplo,

o risco de exposição solar ao longo do dia,

podendo os utilizadores visualizar

o período horário em que os índices

ultravioletas atingem níveis máximos.

A medição dos parâmetros é realizada

em tempo real através de estações

de monitorização autónomas que são

alimentadas por painéis solares.

CRONOS

Em parceria com a CERCICA, foi criado um

Centro de Formação em Tecnologias de

Informação e Comunicações para pessoas

com deficiência no Concelho de Cascais.

2013

Monitorização da Diabetes

Em parceria com Associação Protectora

dos Diabéticos de Portugal, a Fundação

Vodafone desenvolveu um sistema

de Acompanhamento e Monitorização de

Pessoas com Diabetes, com a finalidade

de monitorizar doentes com terapia

de bombas de insulina e para responder

a dúvidas dos utentes da APDP. O sistema

tem ainda a vantagem de permitir ao corpo

clínico a monitorização, a partir de

qualquer local através da web e de modo

contínuo, dos parâmetros fornecidos pelo

utente, assim como consultar o histórico

das terapêuticas aplicadas a cada utente.

App Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

No decorrer do apoio que a Fundação

Vodafone Portugal tem garantido ao

projecto Ciberdúvidas da L íngua

Portuguesa, em Janeiro de 2013 foi

lançada a aplicação Ciberdúvidas para

smartphones com sistemas operativos iOS

e A ndroid. Esta aplicação, financiada

e desenvolvida pela Fundação Vodafone

Portugal, inclui os conteúdos

disponibilizados pelo site www.

ciberduvidas.pt – o espaço de referência

no bom uso da Língua Portuguesa e que

dispõe de um repositório de cerca de trinta

mil respostas.

Plataforma “Dador.pt”

Desenvolvida de raiz pela Fundação

Vodafone Portugal, em parceria com

o Instituto Português do Sangue

e Transplantação, IP (IPST), a plataforma

“Dador.pt” fornece informações sobre o

estado da reserva do Instituto Português

do Sangue, os grupos sanguíneos mais

procurados em cada momento e os locais

mais próximos para a dádiva e pode ser

acedida a partir de uma aplicação para

smartphones Android e iOS, através do

website dador.pt e no Facebook.

2014

Verão de Campeão

A iniciativa consiste no desenvolvimento

de acções de sensibilização no âmbito do

programa Praia Saudável, promovido pela

Fundação Vodafone Portugal, com

o objetivo de alertar os frequentadores

das praias, e em particular as crianças,

para para temas como a acessibilidade,

a segurança e a gestão ambiental nas

zonas balneares, tendo já abrangido

300.000 jovens.

2015

Sala Snoezelen

A Fundação Vodafone Portugal

e a Fundação Irene Rolo, uma Instituição

Particular de Solidariedade Social que

apoia pessoas com deficiência

e incapacidades, de diferentes grupos

etários desenvolveram e equiparam uma

sala de terapia multissensorial Snoezelen.

A sala Snoezelen permite que os utentes

da Fundação Irene Rolo, assim como de

outras Instituições do concelho de Tavira

com as quais esta entidade possua,

ou venha a celebrar, protocolos, possam

igualmente usufruir de sessões de terapia

devidamente acompanhados por técnicos

especialistas.

Aldeia Inteligente de Montanha

A Fundação Vodafone em colaboração

com a Câmara Municipal de Seia lançaram

um projeto-piloto com o objetivo

de instalar soluções tecnológicas na aldeia

do Sabugueiro que contribuam para

a melhoria da qualidade de vida da

Comunidade, e que possam funcionar

como alavanca para a melhoria

do desempenho ambiental

e desenvolvimento económico deste

espaço rural, uma das nove aldeias de

montanha. O investimento gerou, entre

outras transformações, economias de

cerca de 20% ao nível da energia

doméstica e de cerca de 9% no consumo

de energia elétrica na rede pública,

e na vertente de recursos hídricos, uma

redução nas perdas reais da rede de

distribuição de água da freguesia na ordem

dos 12%. Na área da saúde, foi estabelecida

a colaboração com os prestadores de

cuidados de saúde ao nível da

monitorização remota de sinais vitais

(nomeadamente glicémia e tensão

arterial), mas o impacto estende-se à

5Relatório e Contas da Fundação Vodafone | abril de 2016 a março de 2017

redução dos custos de transporte dos

utentes e emissão de carbono nas

distâncias percorridas entre o Sabugueiro

e o Centro de Saúde, com recurso a um

veículo elétrico a funcionar numa lógica de

Eco Táxi Social.

Design the Future

A Fundação Vodafone e a Associação

Better Future desenvolveram uma

plataforma online que pretende difundir

o conhecimento e promover a literacia dos

jovens ao nível das suas opções formativas,

de forma a permitir uma escolha

académica mais orientada aos seus gostos

e aptidões.

2016

SmartReab

O Sistema foi desenvolvido pela Fundação

Vodafone Portugal em parceria com

o Serviço de Pneumologia do Centro

Hospitalar Lisboa Norte, e irá permitir

prolongar a monitorização da atividade

física dos doentes para lá do ambiente

hospitalar, acompanhando e incentivando

com segurança o doente a manter-se ativo

no seu ambiente domiciliário e na

comunidade em que se insere.

Nos doentes respiratórios mais graves,

o Sistema SmartReab permitirá também

ajustar a adequação dos níveis de oxigénio

necessários para aqueles que cumprem

esta terapêutica diariamente.

SmartFarmer

A Fundação Vodafone e a Oikos

desenvolveram uma plataforma digital

inovadora que contribuirá para

o desenvolvimento rural e crescimento

económico local com o objetivo

de potenciar os circuitos agroalimentares

e mercados de proximidade.

2017

App ISEG

Em janeiro de 2017 a Fundação Vodafone

Portugal e o ISEG lançaram uma aplicação

gratuita que promove a comunicação em

tempo real e encurta a distância entre os

alunos, o corpo docente e os serviços

administrativos da escola. Disponível para

iOS e Android, esta aplicação bilingue

pretende contribuir para potenciar

e valorizar a relação e aproximação

dos alunos com a escola, facilitar

a integração dos novos alunos,

designadamente alunos estrangeiros,

e otimizar os fluxos de comunicação.

Circuitos Ciência Viva

A Fundação Vodafone e a Ciência Viva-

Agência Nacional para a Cultura Científica

e Tecnológica lançaram um programa

de turismo de conhecimento educativo,

que desafia a conhecer Portugal através da

ciência e da cultura. O Projeto inclui um

cartão, um guia e uma app. Em família ou

com amigos, são mais de 200 etapas para

explorar em todo o país, com os Centros

Ciência Viva como ponto de partida.

CiberEstudo

A Fundação Vodafone, em parceria com

a Associação Ciberdúvidas da Língua

Portuguesa e a Associação de Professores

de Matemática lançou uma nova

plataforma que serve de complemento

de estudo para as disciplinas de português

e matemática, dirigida a alunos dos

4.º, 6.º e 9.º anos.

Pode conhecer mais detalhes destes projetos e iniciativas em www.fundacao.vodafone.pt/

ÍNDICE

1RELATÓRIO DE ATIVIDADE 9

1.1 Enquadramento 10

1.2 Programas 12

1.3 Perspetivas 16

1.4 Órgãos Sociais e Orgânica 17

2RELATÓRIO DE AUDITORIA 19

3DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXOS 25

3.1. Balanços em 31 de Março de 2017 e 2016 26

3.2. Demonstrações dos Resultados por Naturezas 27

3.3. Demonstrações das Alterações nos Fundos Patrimoniais 28

3.4. Demonstrações dos Fluxos de Caixa 29

3.5. Anexo às Demonstrações Financeiras 30

RELATÓRIO DE

ATIVIDADE

Fundação Vodafone Portugal

RELATÓRIO E CONTAS

10 Relatório e Contas da Fundação Vodafone | abril de 2016 a março de 2017

Enquadramento

Nos últimos 16 anos a Fundação reforçou o seu papel

de intervenção na Comunidade, mantendo o seu

alinhamento estratégico focado no desenvolvimento

de soluções tecnológicas, centradas nas áreas

que identifica como fundamentais e prioritárias

no contexto do desenvolvimento sustentável

da Sociedade nas suas várias dimensões,

designadamente naquelas que estão relacionadas

com o ambiente, a educação, a saúde, a segurança,

a inclusão e a agricultura, em estreita colaboração

com os Parceiros e alavancadas nas novas

tecnologias da informação.

Ambiente

InclusãoAgricultura

Educação

Segurança

Saúde

Proteção Civil

Municípios IPSSs

ONGs

EntidadesGovernamentais

Forças de Segurança

Pública

EntidadesPúblicas

1.1

No ano em que a sua Fundadora celebra 25 anos de

atividade comercial, a Fundação Vodafone Portugal

mantém-se como um elemento fundamental na

operacionalização da estratégia de responsabilidade

social da Vodafone e ano após ano promove, apoia

e realiza projetos que, alinhados com a sua missão,

contribuem para o desenvolvimento da Sociedade

da Informação, o combate à infoexclusão e a difusão

das tecnologias de telecomunicações.

11Relatório e Contas da Fundação Vodafone | abril de 2016 a março de 2017

A paixão e empenho colocados pela Fundação

Vodafone Portugal nos vários projetos desenvolvidos

fazem com que o apoio vá muito além do simples

financiamento, com acompanhamento ao nível

de planeamento, concretização e divulgação dos

programas, o que contribui definitivamente para

o caráter inovador e diferenciador de cada um dos

projetos em que a Fundação Vodafone Portugal

se envolve.

Alinhado com o seu Programa Estratégico, no ano

fiscal que terminou a 31 de março de 2017 a

Fundação Vodafone Portugal consolidou o seu papel

de intervenção na Sociedade Portuguesa com o

lançamento dos programas Smart Farmer, Circuitos

de Ciência Viva, App ISEG e SmartReab, tendo ainda

mantido a aposta em Programas que são um motivo

de orgulho e que têm uma inequívoca utilidade

pública, como é o caso dos Programas Praia

Saudável, Aldeia Inteligente de Montanha ou da

formação em novas tecnologias para seniores –

Geração Net Sénior.

Neste Relatório está refletido o resumo do trabalho

realizado e das atividades desenvolvidas ao longo

do ano fiscal findo a 31 de março de 2017, tendo

a Fundação, no espaço temporal a que este Relatório

se refere, aplicado em projetos um valor total

de 1.493.580 euros. No mesmo período, recebeu

da Vodafone Group Foundation donativos no valor

de 780.000 euros e um donativo da Vodafone

Portugal de 800.000 euros.

12 Relatório e Contas da Fundação Vodafone | abril de 2016 a março de 2017

Programas

No período compreendido entre 1 de abril de 2016

e 31 de março de 2017, a Fundação Vodafone

Portugal promoveu a realização e deu continuidade

a vários Programas. De entre os Programas que

a Fundação Vodafone Portugal lançou e deu

continuidade, destacamos os seguintes:

SmartReab

Num país onde as doenças respiratórias afetam uma

parte muito significativa da população, a Fundação

Vodafone Portugal lançou o Sistema de

Telemonitorização SmartReab, desenvolvido em

parceria com o Centro Hospitalar Lisboa Norte e pela

Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

O Sistema SmartReab, implementado no Serviço

de Pneumologia do Centro Hospitalar Lisboa Norte,

irá permitir prolongar a monitorização da atividade

física dos doentes para lá do ambiente hospitalar,

acompanhando e incentivando com segurança

o doente a manter-se ativo no seu ambiente

domiciliário e na comunidade em que se insere.

Nos doentes respiratórios mais graves, o Sistema

SmartReab permitirá também ajustar a adequação

dos níveis de oxigénio necessários para aqueles que

cumprem esta terapêutica diariamente.

Através do aumento da atividade física, estima-se

que o Sistema SmartReab contribuirá, a médio e a

longo prazo para:

• Promover um estilo de vida saudável nos doentes

respiratórios crónicos;

• Reduzir o número de episódios de urgência face

a um melhor controlo clínico, minimizando

as agudizações da doença respiratória;

• Reduzir o número de episódios de internamento

como consequência da redução dos episódios

de urgência.

Para os médicos e suas equipas, este sistema de

telemonitorização proporciona dados em tempo

real, contínuos, com o doente em ambiente

domiciliário e na Comunidade. Para além de sinalizar

ocorrências anómalas, permite sobretudo incentivar

com segurança o aumento da atividade física

e acompanhar o benefício obtido pelos programas

de reabilitação respiratória na adoção de hábitos

de vida saudável.

App ISEG

Em janeiro de 2017 a Fundação Vodafone Portugal e

o ISEG – Lisbon School of Economics & Management

lançaram uma aplicação gratuita que promove a

comunicação em tempo real e encurta a distância

entre os alunos, o corpo docente e os serviços

administrativos da escola.

Disponível para iOS e Android, esta aplicação

bilingue pretende contribuir para potenciar

e valorizar a relação e aproximação dos alunos com

1.2

13Relatório e Contas da Fundação Vodafone | abril de 2016 a março de 2017

a escola, facilitar a integração dos novos alunos,

designadamente alunos estrangeiros, e otimizar

os fluxos de comunicação.

Numa iniciativa pioneira em Portugal, esta App

disponibiliza o mapa das instalações do ISEG,

permitindo efetuar uma deslocação assistida no

campus universitário, entre edifícios e no interior dos

mesmos, indicando aos alunos os percursos a seguir,

seja para as salas de aula, auditórios, cantina, seja

para a máquina de multibanco ou para a biblioteca.

A nova App permite ainda consultar conteúdos

curriculares, classificações e notas finais, prazos de

entrega de trabalhos, horários de aulas, conta

corrente dos alunos, livros disponíveis na biblioteca,

ementa da cantina, disponibilidade de

parqueamento, gerar declarações em tempo real

e até receber notificações sobre prazos relevantes

que têm que ser cumpridos.

Circuitos Ciência Viva

A Fundação Vodafone Portugal e a Ciência Viva –

Agência Nacional para a Cultura Científica

e Tecnológica lançaram um programa de turismo

de conhecimento educativo, que desafia a conhecer

Portugal através da ciência e da cultura.

Em família ou com amigos, são mais de 200 etapas

para explorar em todo o país, com os Centros Ciência

Viva como ponto de partida. Com um olhar curioso,

uma praia pode revelar pegadas de dinossauros,

um passeio pelo Alentejo pode transformar-se numa

viagem pelo sistema solar e uma caminhada pela

cidade pode surpreender com uma arte em extinção.

Com um cartão, um guia e uma aplicação,

os Circuitos Ciência Viva oferecem entrada gratuita

nos vinte centros Ciência Viva, descontos em mais

de cem instituições de ciência, cultura e lazer, como

museus e monumentos, parques e reservas naturais,

grutas e minas, jardins zoológicos e aquários, entre

outros, e ainda vantagens em alojamento,

alimentação e viagens.

A plataforma digital garante um dinamismo e uma

atualização constante a este programa. Disponível

em iOS e Android, a aplicação inclui mapas

interativos dos percursos, lança desafios aos

exploradores e permite partilhar as experiências,

aceder às vantagens de cada parceiro e consultar

a agenda de atividades.

Esta aplicação proporciona aos utilizadores uma

experiência completa e altamente criativa. Permite

não só o conhecimento do património nacional

e regional de uma forma mais clara e prática, como

ainda possibilita a partilha de viagens, fotografias

e saberes. É, acima de tudo, uma forma dinâmica,

pedagógica e divertida de descobrir ou redescobrir

Portugal.

Geração Net sénior

Na área da literacia digital, a Fundação Vodafone,

emparceria com Municípios e Organizações Não-

-Governamentais, tem vindo a desenvolver um

14 Relatório e Contas da Fundação Vodafone | abril de 2016 a março de 2017

programa de formação em novas tecnologias para

seniores, com o nome de Geração Net Sénior,

que tem como objetivo contribuir para a redução

do isolamento dos idosos, mas também prestar

apoio em tarefas burocráticas e obrigações

quotidianas, nomeadamente no pagamento de

serviços, movimentação das contas bancárias ou no

acesso a serviços de saúde e marcação de consultas.

Já usufruíram deste programa mais de 1000 idosos

das freguesias de Odivelas, Carnide e Olivais,

com idades compreendidas entre os 65 e os 95 anos.

O programa teve início em 2009, tem lugar durante

a manhã numa sala de formação na Sede

da Empresa, e realiza-se três vezes por semana,

ao longo de 5 semanas, contando com dois níveis

de aprendizagem:

Nível 1 – Conhecimentos Básicos da Utilização

de Computador e internet

Nível 2 – Utilização avançada das ferramentas

e serviços Web

Aldeia Inteligente de Montanha

No ano fiscal que agora termina a Fundação

Vodafone deu continuidade ao projeto Aldeia

Inteligente de Montanha (Smart Mountain Village),

que foi lançado com o objetivo de instalar soluções

tecnológicas na aldeia do Sabugueiro que

contribuam para a melhoria da qualidade de vida da

Comunidade, e que possam funcionar como

alavanca para a melhoria do desempenho ambiental

e desenvolvimento económico deste espaço rural,

uma das nove aldeias de montanha em Portugal.

Mantendo os traços da aldeia e da sua envolvente,

a Fundação Vodafone Portugal e os seus Parceiros

implementaram tecnologia funcional e utilitária,

como pilar de uma sociedade sustentável, em áreas

tão diversas como a eficiência energética dos

edifícios e domicílios, a mobilidade, a saúde,

a iluminação pública e os recursos hídricos

do Sabugueiro. No terreno, foram instaladas, por

exemplo, soluções M2M (Machine to Machine)

ou IoT (Internet of Things) que permitem responder

eficazmente a algumas das necessidades e desafios

que hoje se colocam à nossa Sociedade.

Com este projeto procura-se, acima de tudo, valorizar

as potencialidades e o aproveitamento

socioeconómico das zonas interiores e populações

rurais, antecipando o futuro e as necessidades

tecnológicas que os cidadãos, cada vez mais, têm ao

nível da inovação, criatividade e empreendedorismo.

Por norma, estamos habituados a ouvir falar

da aplicação deste tipo de tecnologias em grandes

espaços urbanos. Mais rara é a sua disponibilização

em espaços afastados dos principais centros

de decisão, razão pela qual sentimos agora um

redobrado orgulho com o programa desenvolvido no

Sabugueiro. É um exemplo de sucesso de utilização

da tecnologia de ponta ao serviço da Sociedade.

O investimento gerou, entre outras transformações,

economias ao nível da energia doméstica,

no consumo de energia elétrica na rede pública,

e na vertente de recursos hídricos, uma redução

nas perdas reais da rede de distribuição de água

da freguesia. Na área da saúde, foi estabelecida

a colaboração com os prestadores de cuidados

de saúde ao nível da monitorização remota de sinais

vitais (nomeadamente glicémia e tensão arterial),

mas o impacto estende-se à redução dos custos

de transporte dos utentes e emissão de carbono nas

distâncias percorridas entre o Sabugueiro e o Centro

de Saúde, com recurso a um veículo elétrico

a funcionar numa lógica de Eco Táxi Social.

15Relatório e Contas da Fundação Vodafone | abril de 2016 a março de 2017

De destacar ainda o acesso da população à rede de

fibra de última geração da Vodafone como motor de

combate à infoexclusão e fator de competitividade

económica.

No decurso deste ano fiscal a Fundação Vodafone

reforçou a disponibilização de equipamentos nos

Centros de Saúde de Seia, tendo doado 4 PCs para

estas unidades de saúde.

Em julho, a Fundação Vodafone Portugal foi

condecorada pela Câmara Municipal de Seia com

a Campânula Municipal de Mérito e Dedicação,

atribuída pelos serviços prestados no âmbito do

projeto Primeira Aldeia Inteligente de Montanha,

no Sabugueiro. A distinção entregue a Mário Vaz,

Presidente da Fundação Vodafone Portugal, é mais

um reconhecimento do compromisso com o

progresso socioeconómico das zonas interiores

e as populações rurais, antecipando o futuro e as

necessidades tecnológicas dos cidadãos. A Aldeia

Inteligente de Montanha ganhou ainda uma menção

honrosa nos Prémios Exame Informática 2016,

na categoria de Sustentabilidade.

Praia Saudável

O Programa Praia Saudável conta com mais de uma

década de existência e é possível fazer um balanço

muito positivo dos resultados alcançados: o

Programa já permitiu salvar 726 vidas e assistir 1188

banhistas em dificuldades.

Lançado em maio de 2005, o Programa Praia

Saudável abrange atualmente mais de 185 zonas

balneares de Portugal Continental e das Regiões

Autónomas, e tem como missão contribuir para o

aumento da segurança e qualidade ambiental nas

praias, bem como das acessibilidades para pessoas

com mobilidade condicionada através da doação de

meios pela Fundação Vodafone Portugal.

No campo da segurança foram disponibilizados

importantes equipamentos, tais como 14 motos de

salvamento marítimo, 14 macas flutuantes ou 70

torres de vigia, entre outros. Foi, também, criada uma

rede de comunicações móveis simplificada e acessível

ao público, através da qual os nadadores-salvadores

podem ser alertados para potenciais situações de

emergência, tendo sido já efetuadas através desta

rede mais de 340.000 chamadas. Neste âmbito foram

fornecidos telefones móveis aos nadadores-

-salvadores e atribuído um número telefónico a 250

postos de praia abrangidos pelo Programa.

No capítulo das melhorias ambientais, o Programa

atribuiu aos municípios mais de 4,5 milhões

de cinzeiros de praia, procedendo-se à instalação de

15 quiosques de madeira para utilização das câmaras

(por exemplo, como bibliotecas de praia), tendo sido

fornecidas 25 máquinas para limpeza das zonas

balneares.

Em termos de acessibilidades para pessoas com

necessidades especiais, o número de praias com

equipamentos que permitem a criação de espaços

mais inclusivos não tem parado de crescer ano

após ano. Foram doadas 145 cadeiras anfíbias, 124

passadeiras acessíveis e 124 painéis informativos

em Braille.

Relativamente a atividades de sensibilização que

visam alertar os visitantes das praias, destacam-se

as várias campanhas institucionais promovidas na

televisão e na rádio e as campanhas de sensibilização

dirigidas especificamente a crianças,

designadamente a Campanha Verão de Campeão,

a qual já abrangeu cerca de 300.000 jovens.

16 Relatório e Contas da Fundação Vodafone | abril de 2016 a março de 2017

Ainda na vertente de sensibilização e disponibilização

de informação aos utilizadores das zonas balneares,

destaca-se a Aplicação Praia Direto, que fornece

dados sobre questões ambientais, segurança

e acessibilidade das zonas balneares, dando

a conhecer, por exemplo, o risco de exposição solar

ao longo do dia, podendo os utilizadores visualizar

o período horário em que os índices ultravioletas

atingem níveis máximos. A medição dos parâmetros

é realizada em tempo real através de estações

de monitorização autónomas que são alimentadas

por painéis solares.

TUR4allNo mundo em que uma em cada três pessoas tem

necessidades especiais de acessibilidades, sejam

elas definitivas ou temporárias, surge a primeira

plataforma ibérica na área do turismo acessível,

TUR4all. O projeto resulta de uma ação conjunta da

Fundação Vodafone Portugal, Accessible Portugal

e Turismo de Portugal com o apoio da ENAT -

European Network for Accessible Tourism, em

colaboração com a PREDIF em Espanha, apoiada pela

Fundação Vodafone Espanha. A plataforma TUR4all

permite consultar a oferta turística de Portugal

e Espanha, disponibilizando informação objetiva

e atualizada sobre as condições de acessibilidade

para todos nos hotéis, monumentos e museus,

a existência de transportes adaptados, restaurantes

com menus em braille, entre outras funcionalidades.

O site e a App, disponíveis em Portugal a partir de

setembro de 2017, serão um instrumento de troca de

informações e uma referência no que diz respeito

ao turismo acessível.

Perspetivas

Em termos de perspetiva do seu trabalho num futuro

próximo, a Fundação Vodafone Portugal pretende dar

continuidade ao seu enfoque nas áreas da educação,

saúde, segurança, inclusão e agricultura. Neste

alinhamento, os Programas continuarão a ser

desenhados e projetados em estreita articulação

com entidades de reconhecido destaque na

Sociedade Civil, organizações não-governamentais

e organismos públicos, mantendo-se presente

o objetivo de selecionar preferencialmente projetos

que possam ser sustentáveis após o envolvimento

da Fundação.

Por sua vez, a estratégia da Fundação continuará

alavancada nas tecnologias da informação e das

comunicações móveis, pois continuamos convictos

que a tecnologia pode contribuir para introduzir

melhorias na Comunidade em que estamos

inseridos, bem como ser um veículo facilitador na

resolução de alguns dos mais prementes desafios

sociais.

No que se refere ao nível de atividade a executar,

não se prevê variação significativa, pelo que o nível

de investimento se deverá manter.

O resultado líquido do período de 1 e abril de 2016

a 31 de março de 2017 foi de 0 € (zero euros), pelo

que não será efetuada proposta de aplicação de

resultados.

Estamos conscientes que os desafios são grandes,

atendendo ao atual enquadramento

macroeconómico, mas a Fundação Vodafone

Portugal está empenhada em continuar a contribuir

para o desenvolvimento de uma Sociedade mais

justa.

1.3

17Relatório e Contas da Fundação Vodafone | abril de 2016 a março de 2017

Órgãos Sociais e Orgânica

O organigrama da Fundação continua a manter a sua

filosofia organizacional e a conseguir responder aos

desafios do plano de atividades e aos projetos

lançados.

No início de 2017 foram reeleitos os membros

dos órgãos sociais para um novo mandato de 3 anos,

tendo-se mantido, na sua generalidade,

a composição destes órgãos e eleito 2 novos

membros, acompanhando as alterações verificadas

na estrutura orgânica da sua Fundadora.

Assim, o cargo de Presidente que é, por inerência,

o Presidente do Conselho de Administração da

Vodafone Portugal, é exercido por Mário Vaz.

O Conselho Diretivo, constituído por 7 membros,

é presidido por Mário Vaz, e passou a ter a seguinte

composição: Mário Vaz, António Coimbra,

Alexandre Maurício, João Nascimento, Luísa Pestana,

Ana Barrêto e Francisco Pereira do Valle.

O Conselho Fiscal, constituído por 3 membros, é

presidido pela PricewaterhouseCoopers & Associados,

e tem como vogais Alexandre de Sousa Machado

e Paulo Barradas.

A Comissão Executiva é constituída por 3 membros,

nomeados pelo Conselho Diretivo, sendo presidida

por Luísa Pestana e manteve como Vogais Ana

Barrêto e Francisco Pereira do Valle.

O mandato dos membros dos órgãos sociais tem

a duração de 3 anos.

Por sua vez, a equipa da Fundação Vodafone

Portugal, afeta à execução dos projetos, manteve a

composição de três Colaboradores, que mantêm o

vínculo laboral com a fundadora Vodafone Portugal.

1.4

Estes colaboradores têm como missão assegurar

o desenvolvimento e execução do Programa

da Fundação Vodafone Portugal, assim como manter

a comunicação e diálogo permanentes com as várias

instituições, parceiros e interlocutores da

comunidade em geral.

As competências multidisciplinares e o dedicado

empenho e profissionalismo que a equipa coloca

nos Programas da Fundação Vodafone Portugal

têm-se revelado fundamentais para o sucesso

destes Programas.

Todos os recursos indispensáveis ao exercício das

atividades da Fundação Vodafone Portugal, desde

as competências profissionais ao espaço físico

e outras valências, são cedidos pela Vodafone

Portugal, ganhando os projetos maior valorização

com a capacidade criativa dos seus colaboradores

e o conhecimento único na área das Tecnologias

da Informação e Comunicação.

Lisboa, 28 de julho de 2017

Luísa Pestana

Francisco Pereira do Valle

RELATÓRIO DE

AUDITORIA

Fundação Vodafone Portugal

RELATÓRIO E CONTAS

20 Relatório e Contas da Fundação Vodafone | abril de 2016 a março de 2017

21Relatório e Contas da Fundação Vodafone | abril de 2016 a março de 2017 21Relatório e Contas da Fundação Vodafone | abril de 2016 a março de 2017

22 Relatório e Contas da Fundação Vodafone | abril de 2016 a março de 201722 Relatório e Contas da Fundação Vodafone | abril de 2016 a março de 2017

23Relatório e Contas da Fundação Vodafone | abril de 2016 a março de 2017 23Relatório e Contas da Fundação Vodafone | abril de 2016 a março de 2017

DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRASE ANEXOS

Fundação Vodafone Portugal

RELATÓRIO E CONTAS

26 Relatório e Contas da Fundação Vodafone | abril de 2016 a março de 2017

Balanços em 31 de março de 2017 e 2016(montantes expressos em euros)

3.1

ATIVO NOTAS 31/03/2017 31/03/2016

ATIVO CORRENTE

Diferimentos 8 11.009 –

Caixa e depósitos bancários 4 420.337 339.599

Total do ativo corrente 431.345 339.599

Total do ativo 431.345 339.599

FUNDOS PATRIMONIAIS E PASSIVO

FUNDOS PATRIMONIAIS

Fundos 6 4.987.979 4.987.979

Resultados transitados (4.911.530) (4.911.530)

76.449 76.449

Resultado líquido do exercício – –

Total dos fundos patrimoniais 76.449 76.449

PASSIVO CORRENTE

Fornecedores 7 13.427 3.415

Outros passivos correntes 7 6.226 5.677

Diferimentos 8 335.243 254.058

Total do passivo corrente 354.896 263.150

Total do passivo 354.896 263.150

Total dos fundos patrimoniais e do passivo 431.345 339.599

27Relatório e Contas da Fundação Vodafone | abril de 2016 a março de 2017

Demonstrações dos resultados por naturezas dos exercícios findos em 31 de março de 2017 e 2016(montantes expressos em euros)

3.2

RENDIMENTOS E GASTOS NOTAS 31/03/2017 31/03/2016

Subsídios, doações e legados à exploração 9 1.498.815 2.107.187

Fornecimentos e serviços externos 10 (4.428) (7.744)

Outros gastos 11 (1.494.087) (2.099.032)

Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos

299 411

Juros e gastos similares suportados (299) (411)

Resultado antes de impostos – –

Imposto sobre o rendimento do exercício – –

Resultado líquido do exercício 0 0

28 Relatório e Contas da Fundação Vodafone | abril de 2016 a março de 2017

3.3

Demonstrações das alterações nos fundos patrimoniais dos exercícios findos em 31 de março de 2017 e 2016(montantes expressos em euros)

NOTASFUNDOS(NOTA 6)

RESULTADOSTRANSITADOS

RESULTADO LÍQUIDO

DO EXERCÍCIO(NOTA 6)

TOTAL DOS FUNDOS

PATRIMONIAIS

Saldo em 31 de março de 2015 4.987.979 (4.905.498) (6.033) 76.449

Aplicação do resultado líquido do exercício anterior

6 – (6.033) 6.033 –

Saldo em 31 de março de 2016 4.987.979 (4.911.530) – 76.449

Aplicação do resultado líquido do exercício anterior

6 – – – –

Saldo em 31 de março de 2017 4.987.979 (4.911.530) – 76.449

29Relatório e Contas da Fundação Vodafone | abril de 2016 a março de 2017

3.4

Demonstrações dos fluxos de caixa dos exercícios findos de 2017 e 2016(montantes expressos em euros)

NOTAS 31/03/2017 31/03/2016

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS:

Pagamentos a fornecedores – –

Pagamentos relacionados com subsídios concedidos (1.498.894) (2.104.982)

Fluxos gerados pelas operações (1.498.894) (2.104.982)

Fluxos de caixa das atividades operacionais [1] (1.498.894) (2.104.982)

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Recebimentos provenientes de:

Subsídios da Vodafone Portugal 12 800.000 800.000

Subsídios da Vodafone Group Foundation 12 780.000 800.000

1.580.000 1.600.000

Pagamentos respeitantes a:

Juros e gastos similares (368) (456)

(368) (456)

Fluxos das atividades de financiamento [3] 1.579.632 1.599.544

Variação de caixa e seus equivalentes [4]=[1]+[2]+[3] 80.738 (505.438)

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 4 339.599 845.037

Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 4 420.337 339.599

30 Relatório e Contas da Fundação Vodafone | abril de 2016 a março de 2017

3.5

Anexo às demonstrações financeiras relativas ao exercício findo em 31 de março de 2017 (montantes expressos em euros)

1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Fundação Vodafone Portugal (adiante designada por “Fundação” ou “Entidade”), com sede em Avenida Dom

João II, Lote 36, Parque das Nações, Lisboa, com o Número de Identificação Único de Pessoa Coletiva de

505263416, foi constituída em 16 de abril de 2001, em resultado do compromisso assumido pela Vodafone

Portugal – Comunicações Pessoais, S.A. (“Vodafone Portugal”, ou “Fundador”) à data da sua candidatura à licença

para operar uma rede UMTS.

A Fundação tem como principais objetivos a promoção de projetos de investigação científica e tecnológica,

que contribuam para o desenvolvimento da sociedade de informação, a promoção de projetos de formação

e qualificação profissional no setor das telecomunicações e tecnologias de informação, a viabilização de projetos

de integração social e de manifesta utilidade geral, a realização de projetos de mecenato nas áreas de promoção

de conteúdos e no desenvolvimento de iniciativas que promovam a língua e cultura portuguesa na Internet e o

apoio à criação e desenvolvimento de empresas portuguesas no sector da informática ou das telecomunicações.

A Fundação, instituída pela Vodafone Portugal, iniciou a sua atividade em 13 de julho de 2001 e a personalidade

jurídica da Fundação foi reconhecida por despacho do Ministério da Administração Interna, de 12 de julho de 2002,

publicado no D.R., II série, nº 179, de 5 de agosto de 2002.

Em caso de extinção da Fundação, o seu património será sempre afeto à prossecução dos fins previstos nos

objetivos que estão subjacentes à sua constituição, podendo a sua gestão ser entregue a uma entidade

vocacionada para a continuidade deste tipo de atividade.

Para efeitos do Estatuto dos Benefícios Fiscais as atividades desenvolvidas pela Fundação foram reconhecidas como

tendo natureza científica, por despacho nº 18 106/2006, do Ministério das Finanças e Administração Pública e da

Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, de 21 de agosto de 2006, publicado no D.R., II série, nº 172, de 6 de setembro

de 2006. A renovação deste reconhecimento para o período entre 14 de maio de 2014 e 31 de dezembro de 2016 foi

concedida por despacho conjunto do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e da Secretária de Estado da Ciência

datado de 2 de abril de 2015, e publicado em Diário da República II série, nº 87, de 6 de maio de 2015.

O património inicial da Fundação Vodafone Portugal foi constituído por um fundo financeiro de mil milhões de

escudos, cujo contravalor em Euros corresponde a 4.987.979 euros, subscritos integralmente pelo Fundador.

De acordo com os estatutos da Fundação, o seu património poderá ainda ser integrado por contribuições regulares

ou extraordinárias do Fundador, por subsídios periódicos ou extraordinários que quaisquer entidades lhe possam

31Relatório e Contas da Fundação Vodafone | abril de 2016 a março de 2017

conceder, por todos os bens móveis ou imóveis que a Fundação adquira por compra, doação, herança, legado ou

a qualquer outro título e pelo produto da alienação dos direitos de que seja titular, pelos rendimentos dos direitos

de que seja ou venha a ser titular, pelas contrapartidas financeiras realizadas no âmbito de protocolos ou qualquer

outro tipo de contratos com instituições nacionais ou estrangeiras, e pelas receitas provenientes de eventuais

prestações de serviços e de consultoria.

Tendo em consideração que a Fundação Vodafone Portugal cumpre os requisitos subjacentes às entidades cuja

atividade se enquadra exclusivamente no domínio da ausência de fins lucrativos, que os rendimentos obtidos

são tributados em retenção na fonte com carácter liberatório e que a Fundação não efetua despesas sujeitas

a tributação autónoma, a Fundação está dispensada das formalidades associadas ao cálculo da tributação

em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas.

No decorrer do exercício findo em 31 de março de 2017, a Fundação manteve um índice de atividade semelhante

ao do exercício anterior, mantendo o enfoque na prossecução de iniciativas e projetos diretamente relacionados

com os seus fins estatutários.

Os únicos mecenas das atividades levadas a efeito pela Fundação continuam a ser o seu Fundador e a Vodafone

Group Foundation.

Estas demonstrações financeiras foram aprovadas pela Comissão Executiva na reunião de 28 de julho de 2017.

2. REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

2.1. Referencial contabilístico

No exercício findo em 31 de março de 2017, as demonstrações financeiras anexas foram preparadas no quadro das

disposições em vigor em Portugal em 31 de março de 2017, vertidos no Decreto–Lei nº 36–A/2011, de 9 de Março,

alterado pelo Decreto–Lei nº 98/2015, de 2 de junho, que aprovou o regime da normalização contabilística para as

Entidades do Sector Não Lucrativo (“ESNL”), consubstanciado no Aviso nº 8259/2015, de 19 de julho, que faz parte

integrante do Sistema de Normalização Contabilística, aprovado pelo Decreto–Lei nº 158/2009, de 13 de Julho,

alterado pelo Decreto–Lei nº 98/2015, de 2 de junho, e na Portaria nº 220/2015, de 24 de julho, que aprova os

modelos das demonstrações financeiras a apresentar pelas entidades que apliquem a normalização contabilística

para entidades do setor não lucrativo. De ora em diante, o conjunto daquelas normas serão designadas

genericamente por “SNC–ESNL”.

2.2. Derrogação das disposições do SNC–ESNL.

No presente exercício não foram derrogadas quaisquer disposições do SNC–ESNL.

2.3. Comparabilidade das demonstrações financeiras

Os valores constantes das demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de março de 2017 são comparáveis

em todos os aspetos significativos com os valores do exercício findo em 31 de março de 2016, apresentados para

efeitos comparativos.

3. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

3.1. Bases de apresentação

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir

dos livros e registos contabilísticos da Fundação mantidos de acordo com o SNC–ESNL. Todos os montantes são

apresentados em euros, salvo se indicado o contrário.

32 Relatório e Contas da Fundação Vodafone | abril de 2016 a março de 2017

A preparação das demonstrações financeiras de acordo com as NCRF–ESNL requer que o Conselho Diretivo

formule julgamentos, estimativas e pressupostos que afetam a aplicação das políticas contabilísticas e o valor

dos ativos, passivos, rendimentos e gastos. As estimativas e pressupostos associados são baseados na experiência

histórica e noutros fatores considerados razoáveis de acordo com as circunstâncias e formam a base para os

julgamentos sobre os valores dos ativos e passivos cuja valorização não é evidente através de outras fontes.

Os resultados reais podem diferir das estimativas.

3.2. Especialização dos exercícios

Os gastos e rendimentos são reconhecidos no período a que dizem respeito, de acordo com o princípio da

especialização de exercícios, independentemente da data/momento em que as transações são faturadas.

Os gastos e rendimentos cujo valor real não seja conhecido são estimados.

Os gastos e rendimentos imputáveis ao período corrente e cujos pagamentos e recebimentos apenas ocorrerão

em períodos futuros, bem com os pagamentos e recebimentos que já ocorreram, mas que respeitam a

rendimentos e gastos de períodos futuros e que serão imputados aos resultados de cada um desses períodos, pelo

valor que lhes corresponde, são registados nas rubricas “Outros ativos correntes”, “Outros passivos correntes”

e “Diferimentos”, respetivamente.

3.3. Impostos sobre o rendimento

De acordo com a legislação em vigor, a Fundação está sujeita ao pagamento de Imposto sobre o Rendimento das

Pessoas Coletivas. O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base no lucro tributável do exercício

da Fundação. O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui diversos gastos

e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis em exercícios subsequentes, bem como gastos

e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis de acordo com as regras fiscais em vigor.

3.4. Rédito

Os subsídios recebidos pela Fundação são atribuídos como rendimentos a reconhecer, no âmbi–to dos projetos

apresentados pela sua Comissão Executiva. Na data do seu recebimento e en–quanto as iniciativas a que

correspondem não se tiverem iniciado, os subsídios são contabiliza–dos na rubrica de “Diferimentos”,

sendo reconhecidos como rendimento operacional em simultâ–neo com o registo do respetivo gasto.

Assim, o rédito é reconhecido de acordo com os subsídios recebidos em função dos montantes dos gastos

incorridos.

O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efetivo, desde que seja provável que benefícios

económicos fluam para a Fundação e o seu montante possa ser mensurado com fiabilidade.

3.5. Ativos e passivos financeiros

Os ativos e os passivos financeiros são reconhecidos no balanço quando a Fundação se torna parte das

correspondentes disposições contratuais.

Os ativos financeiros e os passivos financeiros são mensurados ao custo ou custo amortizado deduzido de

eventuais perdas de imparidade acumuladas (no caso de ativos financeiros), quan–do sejam à vista ou tenham

maturidade definida, tenham associado um retorno fixo ou determi–nável, e não sejam ou não incorporem um

instrumento financeiro derivado.

O custo amortizado corresponde ao valor pelo qual um ativo financeiro ou um passivo financeiro é mensurado

no reconhecimento inicial, menos os reembolsos de capital, mais ou menos a amortização cumulativa, usando

o método da taxa de juro efetiva. A taxa de juro efetiva é a taxa que desconta os pagamentos ou recebimentos

futuros estimados no valor líquido contabilístico do ativo ou passivo financeiro.

33Relatório e Contas da Fundação Vodafone | abril de 2016 a março de 2017

Os ativos e passivos financeiros ao custo ou ao custo amortizado incluem:

• Caixa e depósitos bancários;

• Fornecedores;

• Outras dívidas a pagar.

Por norma, o custo amortizado dos saldos a receber e dos saldos a pagar não difere substancialmente do seu

valor nominal.

A rubrica de caixa e seus equivalentes inclui os valores de caixa e depósitos bancários que possam ser

imediatamente mobilizáveis (prazo inferior a 3 meses) com risco insignificante de alteração de valor.

Imparidade de ativos financeiros

Os ativos financeiros são sujeitos a testes de imparidade em cada data de relato. Tais ativos financeiros

encontram–se em imparidade quando existe uma evidência objetiva de que, em resultado de um ou mais

acontecimentos ocorridos após o seu reconhecimento inicial, os seus fluxos de caixa futuros estimados são

afetados negativamente.

Com base na informação histórica disponível referente à capacidade de cobrança das contas a receber de clientes

e outras entidades, a Fundação regista uma perda por imparidade para o risco de cobrança estimado, por forma

a reduzir aquelas contas a receber ao seu valor líquido estimado de realização.

Para os ativos financeiros mensurados ao custo amortizado, a perda por imparidade a reconhecer corresponde

à diferença entre o valor líquido contabilístico do ativo e o valor presente dos novos fluxos de caixa futuros

estimados descontados à respetiva taxa de juro efetiva original.

Desreconhecimento de ativos e.passivos financeiros

A Fundação desreconhece ativos financeiros apenas quando os direitos contratuais aos seus fluxos de caixa

expiram, ou quando transfere para outra entidade os ativos financeiros e todos os riscos e benefícios significativos

associados à posse dos mesmos. São desreconhecidos os ativos financeiros transferidos relativamente aos quais

a Fundação reteve alguns riscos e benefícios significativos, desde que o controlo sobre os mesmos tenha sido

cedido.

A Fundação desreconhece passivos financeiros apenas quando a correspondente obrigação seja liquidada,

cancelada ou expire.

4. FLUXOS DE CAIXA

A rubrica “Caixa e depósitos bancários”, em 31 de março de 2017 e 2016, têm a seguinte composição:

2017 2016

Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 420.337 339.599

Caixa e seus equivalentes 420.337 339.599

34 Relatório e Contas da Fundação Vodafone | abril de 2016 a março de 2017

5. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS, ALTERAÇÕES NAS ESTIMATIVAS CONTABILÍSTICAS E ERROS

Durante o exercício findo em 31 de março de 2017, não ocorreram quaisquer alterações de políticas contabilísticas

ou alterações significativas de estimativas, nem foram identificados erros materiais que devessem ser corrigidos.

6. FUNDOS PATRIMONIAIS

Em 31 de março de 2017 e 2016, a dotação inicial da Fundação Vodafone Portugal, registada na rubrica “Fundos”,

ascende a 4.987.979 Euros e encontra–se integralmente subscrita e realizada.

No exercício findo em 31 de março de 2017, o resultado liquido é nulo pelo que não será proposto qualquer

aplicação de resultado.

O resultado líquido do exercício anterior foi nulo, pelo que não houve lugar a transferência para resultados

transitados, conforme aprovação do Conselho Diretivo da Fundação em 05 de setembro de 2016.

7. FORNECEDORES E OUTROS PASSÍVOS CORRENTES

Em 31 de março de 2017 e 2016, as rubricas “Fornecedores” e “Outros passivos correntes” têm a seguinte

composição:

2017 2016

Fornecedores

Partes relacionadas 2.429 3.426

Fornecedores Gerais 10.998 (10)

13.427 3.415

Outras dívidas a pagar

Credores por acréscimos de gastos com fornecimentos

e serviços externos 6.226 5.677

19.653 9.092

8. DIFERIMENTOS PASSIVOS

Em 31 de março de 2017, a rubrica “Diferimentos” do ativo no valor de 11.009 euros, corresponde a gastos já

faturados, mas não incorridos no exercício findo nesta data.

Em 31 de março de 2017 e 2016, a rubrica “Diferimentos” do passivo ascende a 335.243 Euros e 254.058 Euros,

respetivamente, e correspondem aos valores recebidos dos mecenas, mas que até à data ainda não foram

utilizados, decorrente da realização plurianual dos projetos aos quais se destinam (Nota 11).

35Relatório e Contas da Fundação Vodafone | abril de 2016 a março de 2017

9. SUBSÍDIOS, DOAÇÕES E LEGADOS À EXPLORAÇÃO

Nos exercícios findos em 31 de março de 2017 e 2016, os subsídios obtidos foram aplicados em projetos

diretamente relacionados com a atividade estatutária da Fundação e em alguns custos operacionais

relacionados com a atividade da Fundação. O detalhe da aplicação de subsídios obtidos de acordo com

a sua natureza é como segue:

2017 2016

Atividades estatutárias:

Integração Social e Utilidade Geral 1.073.783 1.305.908

Combate às diferenças 16.664 194.999

Educação 394.301 497.864

Arte e Cultura 7.349 –

Saúde 1.482 99.749

Sub–total 1.493.580 2.098.520

Gastos Operacionais 5.234 8.667

1.498.815 2.107.187

10. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

A rubrica “Fornecimentos e serviços externos”, nos exercícios findos em 31 de março de 2017 e 2016,

têm a seguinte composição:

2017 2016

Honorários 4.428 7.503

Contencioso e notariado – 241

4.428 7.744

11. OUTROS GASTOS

A rubrica “Outros gastos”, nos exercícios findos em 31 de março de 2017 e 2016, tem a seguinte composição:

2017 2016

Subsídios concedidos 1.493.580 2.098.520

Impostos 7 12

Outros 500 500

1.494.087 2.099.032

36 Relatório e Contas da Fundação Vodafone | abril de 2016 a março de 2017

À semelhança dos subsídios obtidos, os subsídios concedidos seguem o racional e a aplicação temporal de acordo

com as atividades estatutárias da Fundação. O detalhe dos subsídios concedidos, por natureza de atividade

estatutária, é como segue:

2017 2016

Atividades estatutárias:

Integração Social e Utilidade Geral 1.073.783 1.305.908

Combate às diferenças 16.664 194.999

Educação 394.301 497.864

Arte e Cultura 7.349 –

Saúde 1.482 99.749

Total 1.493.580 2.098.520

12. DETALHE DOS SUBSIDIOS OBTIDOS E CONCEDIDOS

Os subsídios obtidos e concedidos, bem como os rendimentos diferidos para os exercícios findos em 31 de março

de 2017 e 2016, têm a seguinte distribuição por projeto:

2017

PROJETO

RENDIMENTOS

A RECONHECER

A 31–03–2016

(NOTA 8)

TRANSFERÊNCIA

DE RENDIMENTOS

A RECONHECER

DONATIVOS

RECEBIDOS

NO EXERCÍCIO

GASTOS DO

EXERCÍCIO

(NOTA 11)

RENDIMENTOS

DO EXERCÍCIO

(NOTA 9)”

RENDIMENTOS

A RECONHECER

A 31–03–2017

(NOTA 8)

AIRMED – – (700) 700 (700) –

Telemold – – (704) 704 (704) –

APDP –

acompanhamento e

monitorização de

diabéticos

– – (78) 78 (78) –

Universidade minho

– SMS aluno– – (16.666) 16.666 (16.666) –

APEC – apoio

domiciliário em TI– – (13.837) 13.837 (13.837) –

Praia saudável (254.058) – (1.122.235) 1.041.050 (1.041.050) (324.234)

Taxi seguro – – (14.910) 14.910 (14.910) –

Smart mountain

village – aldeias da

montanha

– – (13.384) 13.384 (13.384) –

Design the Future – – (3.665) 3.665 (3.665) –

Futuro Driver – – (4.440) 4.440 (4.440) –

Isto é Matemática – – (58.671) 58.671 (58.671) –

Plataforma

português mais

matemática

– – (31.077) 31.077 (31.077) (11.009)

Plataforma plano

nac. Mercados elect.

Proximidade

– – (16.664) 16.664 (16.664) –

Circuitos de ciência

viva– – (136.236) 136.236 (136.236) –

Tur4all – – (134.148) 134.148 (134.148) –

Ciberdúvidas – – (7.349) 7.349 (7.349) –

(254.058) – (1.574.766) 1.493.580 (1.493.580) (335.243)

Gastos operacionais

(notas 10 e 11)– – (5.234) 5.234 (5.234)

(254.058) – (1.580.000) 1.498.815 (1.498.815) (335.243)

37Relatório e Contas da Fundação Vodafone | abril de 2016 a março de 2017

Durante o exercício findo em 31 de março de 2017, a Fundação recebeu 780.000 Euros a título de donativo da

Vodafone Group Foundation e 800.000 Euros como donativo da Vodafone Portugal.

2016

PROJETO

RENDIMENTOS

A RECONHECER

A 31–03–2015

(NOTA 8)

TRANSFERÊNCIA

DE RENDIMENTOS

A RECONHECER

DONATIVOS

RECEBIDOS

NO EXERCÍCIO

GASTOS DO

EXERCÍCIO

(NOTA 11)

RENDIMENTOS

DO EXERCÍCIO

(NOTA 9)”

RENDIMENTOS

A RECONHECER

A 31–03–2016

(NOTA 8)

Acompanhamento e

Monitorização de

Diabéticos

– – (83) 83 (83) –

AIRMED – – (552) 552 (552) –

Aldeias da Montanha (101.151) – (16.938) 118.090 (118.090) –

APEC - Apoio

domiciliário em TI

(2.000) – (22.194) 24.194 (24.194) –

App de Alarmística

Transplantação

(81.918) 16.359 – 65.559 (65.559) –

App Universitária

ISEG

– – (63.714) 63.714 (63.714) –

Design the Future (8.400) – (17.050) 25.450 (25.450) –

Futuro Driver – – (775) 775 (775) –

Isto é Matemática – (173.000) (28.449) 201.449 (201.449) –

Plat. Plano Nac.

Mercados Elect. de

Proximidade

– – (194.999) 194.999 (194.999) –

Plataforma

Português +

Matemática

– (136.837) (32.276) 169.113 (169.113) –

Praia Saudável (274.297) – (1.142.151) 1.162.391 (1.162.391) (254.058)

Sala Snoezelen – – (10.347) 10.347 (10.347) –

SMS - Aluno Univ.

Minho

– – (13.943) 13.943 (13.943) –

Táxi Seguro – – (14.306) 14.306 (14.306) –

Telemold – – (33.555) 33.555 (33.555) –

Todos Bons Alunos (293.478) 293.478 (0) 0 (0) –

(761.245) – (1.591.333) 2.098.520 (2.098.520) (254.058)

Gastos Operacionais

(Nota 10)

– – (8.667) 8.667 (8.667)

(761.245) – (1.600.000) 2.107.187 (2.107.187) (254.058)

Durante o exercício findo em 31 de março de 2016, a Fundação recebeu 800.000 Euros a título de donativo da

Vodafone Group Foundation e 800.000 Euros como donativo da Vodafone Portugal.

13. EVENTOS SUBSEQUENTES

À data de emissão do Relatório e Contas, para o exercício findo a 31 de março de 2017, não existem eventos

subsequentes a relatar ou a ajustar.

O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS A COMISSÃO EXECUTIVA

FUNDAÇÃO VODAFONE PORTUGAL