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RELATÓRIO E CONTAS SUMÁRIO
Relatório do Conselho de Administração 4
Mensagem do Conselho de Administração 5
Breve Apresentação 7
Governo da Sociedade 9
Estrutura Organizacional 29
Actividade Global 30
Proposta de Aplicação de Resultados 54
Demonstrações Financeiras 68
Balanço Analítico 69
Demonstração de Resultados 71
Demonstração de Resultados por Funções 72
Demonstração de Fluxos de Caixa 73
Anexo à Demonstração de Fluxos de Caixa 74
Mapa dos Fluxos Financeiros e do Controlo do Orçamento Económico 75
Anexos às Demonstrações Financeiras 85
Certificação Legal das Contas 97
Relatório e Parecer do Fiscal Único 101
Relatório do Fiscal Único de Avaliação do Desempenho dos Gestores Executivos 103
3
O presente Relatório e Contas do Hospital de Santo André E.P.E. diz respeito ao período de 1 de Janeiro a 31 de Março de 2011, data da extinção desta entidade, em conformidade com o Decreto-Lei nº 30/2011, de 2 de Março, que procedeu à criação, com efeitos a 2011.04.01, do Centro Hospitalar de Leiria-Pombal, E.P.E., por fusão, e consequente extinção, do Hospital de Santo André, E.P.E. e do Hospital Distrital de Pombal
5
MENSAGEM DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
O ano de 2010 ficou marcado como um ano de grandes realizações no HSA, em linha com as
orientações estratégicas definidas pelo Conselho de Administração e que se vão consolidando na
nossa instituição.
1. Aumentou-se a acessibilidade, reduzindo-se a lista de espera cirúrgica para números nunca
antes registados. A 31 de Dezembro estavam 2.017 doentes que aguardavam cirurgia, não
havendo doentes em espera há mais de 11,8 meses. Reduziu-se a lista de espera para a
consulta externa, aumentou-se significativamente as visitas domiciliárias de Psiquiatria, num
envolvimento profícuo entre as equipas hospitalares e os cuidados de saúde familiares.
2. A produção estabilizou na maior parte das linhas de actividade, salvo no hospital de dia em
que as sessões cresceram dois dígitos garantindo a aposta no ambulatório e a continuação da
concentração do hospital na sua função essencial - a prestação de cuidados médicos com
qualidade e quantidade apropriados à procura.
3. Iniciaram o seu funcionamento, projectos essenciais para a melhoria da resposta e para a
crescente diferenciação do HSA. O novo Serviço de Cardiologia passou a dispor de uma
Unidade de Hemodinâmica e Intervenção Cardiovascular (UHIC) disponibilizando um
serviço há muito reivindicado e há muito previsto na rede de Referenciação Hospitalar de
Intervenção Cardiológica, realizando-se em 2010 cateterismos (741) e implantação de
pacemakers (124). Inaugurou-se, também, o novo Serviço de Medicina Intensiva com três áreas
distintas (Polivalente, Cardíaca e Neurocrítica) aumentando a capacidade de resposta de ponta
a doentes em situação de risco de vida, estrutura essencial no quadro da Rede dos Cuidados
de Emergência Hospitalar e também como garante de apoio às actividades dos serviços com
doentes de maior risco.
4. Privilegiámos a diferenciação de todos os serviços exortando-os a definir continuamente a
missão dos mesmos, antecipando soluções para a procura cada vez mais exigente e mais
informada. Com isso, diferenciaram-se e autonomizaram-se consultas, meios de diagnóstico e
tipos de tratamentos, celebraram-se protocolos com instituições mais e menos diferenciadas,
6
sabendo que o papel dos serviços de saúde hospitalar deve ser visto numa perspectiva de rede
e de complementaridade.
5. O projecto empresarial, como está definido e como tem sido preocupação assumida da tutela,
tem no HSA reflectido os melhores indicadores de sucesso. Gestão equilibrada, do ponto de
vista económico e financeiro, com alcance de resultados positivos expressivos, em
continuidade com o registado nos anos anteriores e assentes nos resultados operacionais,
necessários à consecução do plano de modernização e de investimento associado.
Investimentos sensíveis e que são essenciais ao cumprimento da missão do HSA no quadro
do SNS, assumidamente uma instituição de saúde de referência regional quer para os utentes,
quer para os restantes stakeholders.
6. Apostou-se na realização e na motivação dos nossos quadros. Desenvolvemos, para esse
efeito um projecto de formação para a totalidade das chefias, com um protocolo com a
Universidade Católica Portuguesa, de formação de executivos sensibilizando-os para as novas
formas de pensar e trabalhar em saúde.
7. Tem sido grande o esforço de gestão deste hospital. Todavia, o apoio manifestado e os
resultados alcançados com o reconhecimento público tantas vezes manifestado, tem servido
de alavanca à crescente motivação dos nossos quadros que, participando cada vez mais na
gestão do hospital, partilham das nossas preocupações e são parte activa na busca das
melhores práticas de prestação de cuidados e de gestão, que muito nos orgulham.
8. Cumpre-nos, pois, agradecer à comunidade hospitalar. Agradecemos, particularmente, à
Ministra da Saúde, ao Ministro das Finanças e da Administração Pública e respectivos
serviços, às autoridades locais, aos órgãos sociais do hospital, aos nossos doentes e
fornecedores a colaboração prestada no exercício de 2010.
7
BREVE APRESENTAÇÃO
CARACTERIZAÇÃO E ENQUADRAMENTO DO HOSPITAL
O Hospital de Santo André, E.P.E (HSA) é uma unidade hospitalar que entrou em
funcionamento em 1995, de âmbito distrital, abrangendo uma população da ordem dos 390 000
habitantes (concelhos de Batalha, Leiria, Marinha Grande, Porto de Mós, e parte dos concelhos
de Alcobaça, Nazaré, Ourém e Pombal), e natureza geral, dispondo das valências de Anatomia
Patológica, Anestesiologia, Cardiologia, Cirurgia Geral, Dermatologia, Estomatologia, Medicina
Física e Reabilitação, Gastrenterologia, Ginecologia, Hematologia, Imagiologia, Imuno-
Hemoterapia, Medicina Interna, Medicina Intensiva, Neurologia, Neurocirurgia, Obstetrícia,
Oftalmologia, Oncologia Médica, Ortopedia, Otorrinolaringologia, Patologia Clínica, Pediatria,
Neonatologia, Pedopsiquiatria, Pneumologia, Psiquiatria, Hemodinâmica e Pacing Cardíaco,
Cuidados Intensivos Cardíacos e Urologia.
Enquanto unidade hospitalar de referência do Distrito de Leiria, o HSA desenvolve a sua
actividade assistencial em internamento, dispondo para tanto de 443 camas activas (a que
acrescem 50 camas da unidade psiquiátrica de evolução prolongada), urgência, dispondo de três
sectores autónomos (urgência geral, urgência ginecológica/obstétrica e urgência pediátrica),
consultas externas, servidas por 101 gabinetes de consultas e respectivos apoios, hospital de
dia, dotado de 7 camas e 8 cadeirões, e cirurgia de ambulatório, com 3 salas de operações. O
Hospital dispõe, ainda, de Bloco Operatório dotado de 10 salas de operações e dos seguintes
Serviços Complementares de Diagnóstico e Terapêutica: Anatomia Patológica (sectores de
Histopatologia, Citologia e Tanatologia), Patologia Clínica (sectores de Bioquímica,
Hematologia, Imunologia e Bacteriologia), Imagiologia (sectores de Radiologia Convencional,
TAC, Angiografia, Ecografia, Mamografia e Ressonância Magnética Nuclear), Medicina Física e
de Reabilitação (Electroterapia e Termoterapia, Terapia Ocupacional e Actividades da Vida
Diária, Terapia da Fala, Reabilitação Pediátrica, Cinesiterapia Respiratória, Mecanoterapia
(ginásio) e Hidrocinesibalneoterapia), Imuno-Hemoterapia e sector de Exames Especiais
abrangendo técnicas específicas de diversas especialidades médicas.
No âmbito da execução da sua missão de prestação de cuidados de saúde à população da sua área
de influência, o HSA articula-se, por intermédio de um sistema de referenciação em
desenvolvimento e aperfeiçoamento, com os centros de saúde existentes nessa área geográfica,
8
com os demais hospitais do Serviço Nacional de Saúde do Distrito e centrais de Coimbra e com
as instituições integradas na rede de cuidados continuados integrados, numa óptica de
racionalização, complementaridade e hierarquização do sistema de cuidados; da mesma forma
apoia e colabora, muitas vezes mediante a celebração de protocolos específicos, com as restantes
unidades privadas ou de natureza social integradas no Sistema Nacional de Saúde, através da
aquisição ou prestação de serviços, ou com outras instituições cujas actividades se interligam com
a missão do Hospital, como sejam as entidades com responsabilidades de ensino, formação ou
investigação.
9
GOVERNO DA SOCIEDADE
1. MISSÃO, OBJECTIVOS E POLÍTICAS
Missão
O Hospital tem por missão essencial prestar cuidados de saúde diferenciados, em articulação com
os cuidados de saúde primários e com os demais hospitais integrados na rede do Serviço
Nacional de Saúde. Faz igualmente parte da sua missão colaborar na prevenção e promoção da
saúde da comunidade em geral e assegurar condições de investigação e de formação profissional
aos respectivos colaboradores.
A consecução desta missão é orientada por uma visão centrada no desejo e empenhamento de
construir um hospital de referência em termos de qualidade dos cuidados de saúde prestados,
com reconhecimento da comunidade e elevada satisfação dos doentes e profissionais, e com altos
padrões de eficiência e eficácia na utilização dos recursos disponíveis, subordinada ao seguinte
quadro de valores essenciais: respeito pela dignidade humana; primado do doente; respeito pelos
códigos de conduta próprios de cada grupo profissional, no quadro da prestação de cuidados em
equipa; prossecução da qualidade e da eficiência no desenvolvimento da actividade;
desenvolvimento de uma cultura de dedicação e empenhamento e de conhecimento científico e
técnico.
Objectivos
Objectivos gerais. Atendendo ao posicionamento fulcral do Hospital no quadro do sistema
local e regional da prestação de cuidados de saúde, tem-se como orientação estratégica global a
consolidação desse posicionamento, através da melhoria técnica, social e económica do
desempenho das actividades instaladas, sem embargo de, em áreas específicas, designadamente de
diagnóstico e terapêutica, se promover o reforço da especialização técnica ou de melhorar os
mecanismos de complementaridade com as unidades hospitalares públicas da área de influência
do Hospital.
10
Dentro desta linha de orientação estratégica, o Hospital visa a prossecução dos seguintes
objectivos gerais:
� Desenvolver uma cultura organizacional empresarial, visando o pleno aproveitamento do
potencial proporcionado pelo modelo de gestão que enforma o funcionamento da unidade
hospitalar, no contexto do novo regime jurídico enquanto entidade pública empresarial, e
tendo por orientação a consecução de objectivos de gestão mais exigentes, numa óptica de
consolidação da sustentabilidade técnica, social, económica e financeira do Hospital;
� Aumentar a utilidade social da instituição, através da melhoria da satisfação das necessidades
dos doentes, designadamente pelo esforço sistemático de redução e eliminação das listas de
espera;
� Promover a equidade no acesso e a qualidade na prestação de cuidados, simplificando os
procedimentos de atendimento e da satisfação das necessidades;
� Economizar custos, mediante uma maior eficiência na organização e utilização dos recursos
técnicos e humanos, na gestão de materiais e na racionalização de procedimentos e de
actividades;
� Controlar a situação económico-financeira, através do aumento do esforço de cobrança de
receitas e da contenção da realização de despesas;
� Aperfeiçoar e actualizar o sistema de informação para a gestão, reforçando a utilidade dos
instrumentos disponíveis na óptica da sua adequação à natureza empresarial da organização e
aos novos modelos de gestão e de organização interna;
� Melhorar as condições do exercício da actividade profissional, promovendo acções de
formação continuada, executando uma política de informação clara e coerente e adoptando
um sistema de avaliação do desempenho incentivador do desenvolvimento pessoal e
organizacional assente no reconhecimento do mérito;
� Desenvolver a qualidade organizacional do Hospital em todas as suas vertentes, através da
concretização do processo de acreditação global;
� Adoptar medidas de forma sistemática que visem assegurar adequadas condições de higiene e
segurança no trabalho,
� Dignificar e divulgar a imagem externa do Hospital, nomeadamente através da realização de
inquéritos aos utentes e da auscultação da comunidade e, bem assim, da melhoria da
humanização e das condições de atendimento e tratamento.
11
Objectivos operacionais, de eficiência e económico-financeiros. Para o exercício de 2011
foram estabelecidos objectivos de gestão específicos, que se sintetizam nos quadros seguintes e
no qual também se indica o respectivo grau de cumprimento.
Quadro 1
Actividade Assistencial Total
Realizado 1ºT 2011
Contratualizado 2011
Taxa de Cumprimento
1. Consultas Externas: 49.994 206.236 24,24%
Nº Primeiras Consultas Médicas 17.696 72.882 24,28%
Nº Consultas Médicas Subsequentes 32.298 133.354 24,22%
2. Internamento:
Doentes Saídos (base dados GDH) 5.878 22.969 25,59%
GDH Médicos 3.908 16.433 23,78%
GDH Cirúrgicos Programados (Base + Adicional) 1.338 4.082 32,78%
GDH Cirúrgicos Urgentes 632 2.454 25,75%
Dias de Internamento de Doentes Crónicos
Psiquiatria Crónicos no Hospital 4.582 18.853 24,30%
3. Episódios de GDH de Ambulatório: 2.196 8.515 25,79%
GDH Cirúrgicos (Base + Adicional) 1.632 6.550 24,92%
GDH Médicos 564 1.965 28,70%
4. Urgências:
Atendimentos totais 37.976 153.500 24,74%
Atendimentos sem internamento 34.168 137.216 24,90%
5. Sessões em Hospital de Dia (s/GDH): 1.570 7.082 22,17%
Hematologia 237 1.081 21,92%
Outras sessões 1.333 6.001 22,21%
6. IG até 10 semanas:
IG medicamentosa 108 455 23,74%
IG Cirúrgica 0 0 -
7. Serviços Domiciliários:
Visitas domiciliárias 404 1.500 26,93%
8. Diagnóstico e Tratamento da Infertilidade
N.º Consultas de Apoio à Fertilidade (Estudo Inicial) 16 197 8,12%
N.º Induções Ováricas 15 166 9,04%
9. Actividade Cirúrgica 3.611 13.263 27,23%
Convencional 1.449 4.303 33,67%
Ambulatório 1.595 6.487 24,59%
Urgente 567 2.473 22,93%
10. Partos 477 2.200 21,68%
Eutócicos 271 1.209 22,42%
Cesarianas 131 736 17,80%
Outros Partos 75 255 29,41%
Quadro 2
12
Actividade assistencial SNS e Subsistemas Públicos
Objectivos Contrato-Programa Taxa de
Cumprimento Realizado 1ºT 2011
Contratualizado 2011
1. Consultas Externas: 49.026 202.939 24,16%
Nº Primeiras Consultas Médicas 17.278 71.359 24,21%
Nº Consultas Médicas Subsequentes 31.748 131.580 24,13%
2. Internamento:
Doentes Saídos (base dados GDH) 5.748 22.155 25,94%
GDH Médicos 3.825 15.814 24,19%
GDH Cirúrgicos Programados (Base + Adicional) 1.325 4.033 32,85%
GDH Cirúrgicos Urgentes 598 2.308 25,91%
Dias de Internamento de Doentes Crónicos
Psiquiatria Crónicos no Hospital 4.582 18.853 24,30%
3. Episódios de GDH de Ambulatório: 2.179 8.414 25,90%
GDH Cirúrgicos (Base + Adicional) 1.617 6.500 24,88%
GDH Médicos 562 1.914 29,36%
4. Urgências:
Atendimentos totais 36.464 145.888 24,99%
Atendimentos sem internamento 32.776 130.295 25,16%
5. Sessões em Hospital de Dia (s/GDH): 1.558 6.935 22,47%
Hematologia 230 1.033 22,27%
Outras sessões 1.328 5.902 22,50%
6. IG até 10 semanas:
IG medicamentosa 108 455 23,74%
IG Cirúrgica 0 0 -
7. Serviços Domiciliários:
Visitas domiciliárias 403 1455 27,70%
8. Diagnóstico e Tratamento da Infertilidade
N.º Consultas de Apoio à Fertilidade 16 194 8,25%
N.º Induções Ováricas 15 149 10,07%
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Quadro 3
Objectivos de Qualidade e Eficiência
Objectivos Contrato-Programa
Avaliação Realizado 1ºT 2011
Contratualizado 2011
Taxa de reinternamentos nos primeiros cinco dias (%) 1,8% 2,3% Cumprimento
Percentagem de partos por cesariana 27% 33% Cumprimento
Mediana do nº de dias entre a data de internamento e a data de sinalização para a RNCCI
6d 2 d Incumprimento
Peso das primeiras consultas médicas no total de consultas médicas (%)
35% 33% Cumprimento
Rácio Consultas Externas/Urgências 132% 125% Cumprimento
Peso da cirurgia de ambulatório (GDH) no total de cirurgias programadas (GDH) (%)
55% 50% Cumprimento
Demora média (dias) 5,8d 6,5 d Cumprimento
Percentagem do consumo de embalagens de medicamentos genéricos, no total de embalagens de medicamentos
n/d 25% -
Tempo médio de avaliação do pedido de marcação de consulta (dias)
n/d 3 d -
Existência de especialidades com doentes em espera para consulta há mais de 150 dias
n/d 0 -
Existência de doentes em espera para cirurgia há mais de 9 meses
6 0 Incumprimento
Tempo máximo admissível para preenchimento dos ficheiros no SICA (mensal)
dia 21 dia 21 Cumprimento
Peso dos custos com pessoal ajustados nos proveitos operacionais
57,57% n/d -
Resultado operacional (€) 579.717,49 5.842.315,00 Incumprimento
Consumos (Var.%N/N-1) 16,18% -4,43% Incumprimento
Fornecimentos e serviços externos (Var.%N/N-1) 4,71% -6,75% Incumprimento
Custos com o pessoal (Var%N/N-1) -4,89% -8,54% Incumprimento
n/d – não disponível
14
Quadro 4
Desempenho/Indicadores Económico-Financeiros
Objectivos Contrato-Programa Taxa de
Cumprimento Realizado 1ºT 2011
Contratualizado 2011
Custos Totais 20.597.052 72.440.540 28,43%
Consumos 4.093.893 14.886.754 27,50%
Fornecimentos e serviços externos 3.577.013 13.202.100 27,09%
Custos com o pessoal 11.090.679 40.873.835 27,13%
Restantes Custos Operacionais 1.705.499 2.867.851 59,47%
Custos financeiros 2.172 10.000 21,72%
Custos extraordinários 127.797 600.000 21,30%
Proveitos Totais 21.351.270 78.726.569 27,12%
Prestação de Serviços 19.957.581 73.326.527 27,22%
Restantes Proveitos Operacionais 1.089.220 4.346.328 25,06%
Proveitos financeiros 141.075 521.058 27,07%
Proveitos extraordinários 163.394 532.656 30,68%
Resultado operacional 579.717 5.842.315 9,92%
Resultado financeiro 138.903 511.058 27,18%
Resultado extraordinário 35.597 -67.344 152,86%
Resultado antes de impostos 754.218 6.286.029 12,00%
Resultado líquido do exercício 554.956 4.616.221 12,02%
Compras 4.526.810 14.843.418 30,50%
Investimento 889.231 6.135.478 14,49%
Prazo médio de pagamentos (cf. Resolução Conselho Ministros nº 34/2008, de 22 de Fevereiro)
37 dias 30-40 dias Cumprimento
15
Políticas da Empresa
Tendo em conta a missão e os objectivos do Hospital, as políticas adoptadas estão orientadas
para a consecução dos objectivos principais da organização centrando-se nos seguintes domínios:
� Orientação para os doentes, tendo as necessidades destes como fulcro da organização, dos
processos, dos recursos e dos objectivos, através da adopção de políticas visando o aumento
da acessibilidade, a oferta de novos serviços, a simplificação dos procedimentos ou regras de
acesso e de continuidade de cuidados, o apoio e acompanhamento familiar, a melhoria do
serviço oferecido, de modo a melhorar a qualidade percebida e o aumento da satisfação dos
doentes;
� Qualidade organizacional, visando o aumento da efectividade e utilidade social do Hospital,
mediante a adopção de políticas orientadas para garantir a adequabilidade dos recursos às
necessidades da prestação cuidados de saúde, muito especialmente em relação aos recursos
humanos de forma a assegurar um corpo de profissionais com elevado nível de competências
e capacidades, e, bem assim, promover as melhores práticas no desenvolvimento dos
processos operativos, designadamente nos relativos à prestação directa de cuidados,
inserindo-se neste contexto o processo de acreditação do Hospital pelas normas da Joint
Commission International (JCI), que se encontra em curso;
� Desenvolvimento e inovação, procurando num quadro de mutação acentuada do
conhecimento e das tecnologias da saúde adoptar políticas que viabilizem a actualização e
desenvolvimento técnico e operacional dos serviços, melhorando a capacidade diagnostica e
terapêutica, através de novos equipamentos, da formação dos profissionais e da melhoria do
sistema de informação e comunicação do Hospital pelo recurso às novas tecnologias de
informação, estabelecendo planos estratégicos de investimento orientados para a inovação e
desenvolvimento dos serviços, a par da promoção da formação e actualização profissionais;
� Sustentabilidade económico-financeira e eficiência na utilização dos recursos, através de
políticas que visem salvaguardar o equilíbrio de exploração das actividades operacionais e a
saúde financeira do Hospital, mediante uma criteriosa afectação e gestão de recursos e da
adopção de medidas de avaliação sistemática da sua utilização ao nível das diferentes áreas de
actividade e serviços de modo a obter a maximização de resultados (de actividade ou
operacionais e de ganhos de saúde ou de utilidade social),
� Afirmação externa da organização e política de comunicação, através da criação de canais e
suportes regulares e sistemáticos de divulgação externa da realidade da organização em
16
termos, designadamente, de oferta e de acesso aos serviços, capacidade e diferenciação
tecnológica e das actividades desenvolvidas.
2. REGULAMENTOS INTERNOS E EXTERNOS A QUE A EMPRESA ESTÁ SUJEITA
De entre os regulamentos internos e externos que enquadram a organização e o funcionamento
do HSA destacam-se, pela sua natureza matricial, os seguintes:
Decreto-Lei nº 233/2005, de 29 de Dezembro:
- Transforma o Hospital de Santo André em entidade pública empresarial;
- Aprova os Estatutos do Hospital.
Decreto-Lei nº 558/99, de 12 de Dezembro (com a redacção dada pelo Decreto-Lei nº
300/2007, de 23 de Agosto):
- Estabelece o regime jurídico do sector empresarial do Estado e das empresas públicas.
Regulamento Interno do Hospital
- Fixa a missão, os valores, os objectivos, a área de influência, a estrutura de órgãos, a
organização interna, as atribuições e competências dos órgãos e serviços e os princípios e
normas de gestão.
3. INFORMAÇÕES SOBRE TRANSACÇÕES RELEVANTES COM ENTIDADES RELACIONADAS
Não existem
4. INFORMAÇÃO SOBRE OUTRAS TRANSACÇÕES
Procedimentos adoptados em matéria de aquisição de bens e serviços:
Em conformidade com o disposto no nº 3 do artigo 5º do Decreto-Lei nº 18/2008, de 29 de
Janeiro, que aprovou o Código dos Contratos Públicos, o Hospital adopta os procedimentos
previstos:
a) No Código dos Contratos Públicos, relativamente às situações em que é obrigatória a sua
aplicação à formação dos contratos celebrados pelos Hospitais EPE, designadamente nos casos
de empreitadas ou locação ou aquisição de bens móveis e de aquisição de serviços com valores de
17
formação dos contratos iguais ou superiores aos limites fixados por referência à Directiva nº
2004/18/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de Março e em conformidade com o
regulamento (CE) nº 1177/2009 da Comissão, de 30 de Novembro, nos montantes,
respectivamente, de € 4.845.000 e € 193.000.
b) No Regulamento Interno de Empreitadas de Obras, Aquisição ou Locação de Bens Móveis e
Aquisição de Aquisição de Serviços, aprovado pelo Conselho de Administração do Hospital,
relativamente às situações de formação dos contratos de valores inferiores aos limites fixados por
referência à Directiva nº 2004/18/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de Março e
em conformidade com o regulamento (CE) nº 1177/2009 da Comissão, de 30 de Novembro, nos
montantes, respectivamente, de € 4.845.000 e € 193.000, no qual se fixaram os tipos de
procedimentos (concurso público, concurso limitado e ajuste directo) a adoptar consoante a
natureza, o tipo e o valor das aquisições ou contratos a realizar, envolvendo, como regra, o
princípio da negociação com os fornecedores, das condições de contratação oferecidas.
Universo das transacções que não ocorreram em condições de mercado:
Não existem.
Lista dos fornecedores que representam mais de 5% dos fornecimentos e serviços externos:
Atendendo ao volume de compras e fornecimentos e serviços externos processados no primeiro
trimestre de 2011, no montante de € 8.103.822, não existem fornecedores que no exercício
representem mais de 5% desse valor.
18
5. MODELO DE GOVERNO E IDENTIFICAÇÃO DOS MEMBROS DOS ORGÃOS SOCIAIS
Órgãos sociais
Cargo
Órgãos Sociais
Eleição
Mandato
Presidente Vice-PresidenteSecretário
Mesa da Assembleia Geral
n.a.
n.a.
Presidente Vogal (1) Vogal (2) Vogal (3)
Conselho de Administração
Dr. Hélder Manuel Matias Roque Dr. Licínio Oliveira Carvalho Dra. Fernanda Maria Santos Pinhal Baeta Veiga Enfª Maria Emília Silva Fernandes Fael
1/1/2009 1/1/2009 1/1/2009 1/1/2009
3 anos 3 anos 3 anos 3 anos
Efectivo Suplente
Fiscal Único
Manuel Domingues & Associado, SROC Representado pelo sócio Dr. Manuel Duarte Domingues, ROC Santos Carvalho & Associados, SROC
1/1/2009
3 anos
n.a. – não aplicável
Funções e Responsabilidades
1. Conselho de Administração Presidente – Hélder Manuel Matias Roque Presidente Vogal (1) – Licínio Oliveira Carvalho Administrador Executivo Vogal – (2) – Fernanda Maria Santos Pinhal Baeta Veiga Directora Clínica Vogal – (3) – Maria Emília Silva Fernandes Fael Enfermeira Directora
2. Fiscal Único Manuel Duarte Domingues Revisor Oficial de Contas
19
6. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ORGÃOS SOCIAIS
1. Conselho de Administração
Presidente – Remuneração de 3.594,57 euros (após reduções previstas nos art.º 12º da Lei n.º 12-A/2010 de 30 de Junho, e art.º 19 da Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro) de Janeiro a Março de 2011.
Vogais (1,3) – Remuneração de 3.125,72 euros (após reduções previstas nos art.º 12º da Lei n.º 12-A/2010 de 30 de Junho, e art.º 19 da Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro) de Janeiro a Março de 2011. Vogal (2) – Remuneração de 3.513,53 euros (após reduções previstas nos art.º 12º da Lei n.º 12-A/2010 de 30 de Junho, e art.º 19 da Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro) de Janeiro a Março de 2011.
2. Fiscal Único
Remuneração de 898,64 euros de 1 de Janeiro a 31 de Março de 2011.
20
3.Remunerações e outras regalias
3.1. Conselho de Administração Unidade: €
Remunerações Janeiro a Março 2011
Hélder Manuel Matias Roque
Licínio Oliveira Carvalho
Fernanda Maria Santos
Pinhal Baeta Veiga
Maria Emília Silva
Fernandes Fael
1. Remuneração 1.1. Remuneração base/Fixa (*) 17.027 14.258 15.658 14.258 1.2. Redução decorrente da Lei 12-A (30/06/2010) 2.670 2.267 2.425 2.267 1.3. Remuneração base/Fixa efectiva (1.1. - 1.2.) 14.357 11.991 13.233 11.391 1.4. Senha de presença 0 0 0 0 1.6. Acumulação de funções de gestão 0 0 0 0 1.7. Remuneração variável 0 0 0 0 1.8. IHT (isenção de horário de trabalho) 0 0 0 0 1.9. Outras 0 0 0 0 1.9.1 Trabalho extraordinário+codificação) 0 0 16.990 0 1.9.2 Férias não gozadas 0 0 0 0 2. Outras regalias e compensações 2.1. Gastos na utilização de telefones 177 220 9 57 2.2. Subsídio de deslocação 41 65 65 0 2.3. Subsídio de refeição 248 260 248 256 2.4. Outras 0 0 0 0 3. Encargos com benefícios sociais 3.1. Regime convencionado - CGA+ADSE 1.095 1.210 1.541 1.051 3.2. Seguros de saúde 0 0 0 0 3.3. Seguros de vida 0 0 0 0 3.4. Outros (identificar detalhadamente) 0 0 0 0 4. Parque Automóvel 4.1. Marca Peugeot Audi 4.2. Modelo 407 A4 Avant 4.3. Matrícula 05-BA-22 78-14-VV 4.4. Valor de aquisição da viatura 34.786 36.190 4.5. Ano de aquisição da viatura 2005 2003 4.6 Valor de renda/prestação anual da viatura de serviço 0 0 4.7. Valor do combustível gasto com a viatura de serviço 530 1.681 4.8. Outros (identificar detalhadamente) 5. Informações Adicionais 5.1.Opção pela remuneração do lugar de origem (s/n) N N S N 5.2. Regime convencionado 5.2.1. Segurança social (s/n) N N N N 5.2.2. Outro (s/n) S (CGA) S (CGA) S (CGA) S (CGA) 5.3. Exercício funções remuneradas fora grupo (s/n) N N N N 5.4. Outras (identificar detalhadamente) NA NA NA NA
(*) Inclui despesas de representação
3.2. Fiscal Único
Remuneração de Janeiro a Março de 2011: € 2.695,92.
21
7. ANÁLISE DE SUSTENTABILIDADE DA EMPRESA NOS DOMÍNIOS ECONÓMICO, SOCIAL E AMBIENTAL
O Conselho de Administração tem pautado a sua actuação por uma estratégia de
desenvolvimento sustentado da actividade assistencial, nos termos das orientações gerais fixadas
pela tutela. Assim, no que respeita a este aspecto elegeram-se as seguintes linhas de actuação:
Estratégias adoptadas
� A melhoria da articulação e integração com as instituições de prestação de cuidados de saúde
primários e diferenciados da região de Leiria;
� O reforço dos investimentos em equipamentos médicos e em meios complementares de
diagnóstico e terapêutica;
� A melhoria da articulação com as unidades de cuidados continuados;
� A redução do tempo de espera para a primeira consulta nas especialidades com maior atraso;
� O reforço dos investimentos em equipamentos médicos e em meios complementares de
diagnóstico e terapêutica;
� A reestruturação da urgência geral, em sintonia com a política definida para a rede de
referenciação hospitalar de intervenção cardiológica;
� O desenvolvimento da cirurgia de ambulatório,
� A racionalização do consumo de exames de diagnóstico e de medicamentos, com a
introdução de protocolos ajustados a cada situação.
Responsabilidade social e desenvolvimento sustentável
� O HSA tem promovido a igualdade dos sexos, tanto na contratação dos recursos humanos
como nas políticas remuneratórias. Em 31 de Março de 2011, no total dos efectivos do
quadro cerca de 83% são mulheres;
� O HSA tem vindo a colaborar activamente com várias instituições de ensino superior, na
realização de estágios de enfermagem, farmácia, serviço social, informática, técnicos de
diagnóstico e terapêutica, etc., para além de ter vindo a receber um número significativo de
médicos para frequência do ano comum ou para o internato de especialidade;
� Nos últimos anos o HSA tem vindo a implementar uma série de práticas que ao nível
ambiental têm apresentado resultados muito positivos. Destacamos as seguintes:
− Triagem de resíduos equiparados a urbanos (grupo I e II);
22
− Triagem, acondicionamento e encaminhamento de resíduos recicláveis (papel e
cartão, plásticos e vidro);
− Efectua a triagem dos resíduos de fluxo especial e procede ao seu encaminhamento
para operadores licenciados. Neste grupo de resíduos incluem-se:
o Películas de rx
o Lâmpadas fluorescentes
o Toners e tinteiros
o Monstros ou monos
o Pilhas, acumuladores, baterias
o Óleos usados
o Equipamentos eléctricos e electrónicos
o Amálgamas dentárias
− Recolha, acondicionamento e tratamento de resíduos líquidos/sólidos perigosos (nas
áreas laboratoriais), nomeadamente, xilol, formol, parafina, álcoois e corantes;
− Triagem, acondicionamento e tratamento de resíduos hospitalares perigosos (grupo
III e IV);
− Efectua a caracterização do efluente gasoso das caldeiras, de acordo com o definido
na legislação em vigor;
− Realiza a desinfecção das águas residuais contaminadas;
− Realiza a caracterização do efluente líquido à saída da ETARI;
− Semestralmente efectua a Monitorização dos Gases Anestésicos no Bloco Operatório
e Cirurgia do Ambulatório;
− Tendo por base a política dos 3R’s, o HSA promove a correcta gestão de stock de
forma a reduzir a produção de resíduos na fonte;
− Substituição dos vidros simples por vidros duplos;
− Substituição do sistema AVAC;
− Instalação da Central de Cogeração/Trigeração;
− Foi elaborado o Cartaz Informativo sobre a “Limpeza e Desinfecção após alta de
doentes em isolamento”;
− Foi elaborado o Procedimento Interno “Descontaminação de Endoscópios e
Acessórios”;
− Foi elaborado em colaboração com o Gabinete de Auditoria e Codificação Clínica
procedimento sobre “Doenças de Declaração Obrigatória”;
23
− Foi elaborado o procedimento operativo sobre “Utilização dos Equipamentos de
Protecção”;
− Implementou-se de forma contínua e sistemática o procedimento sobre a “Vigilância
Epidemiológica das Infecções por Microrganismos Epidemiologicamente
Importantes”;
− Elaborou-se o Projecto de implementação do Protocolo HELICS, para se dar início a
partir de Janeiro à “Vigilância Epidemiológica de Infecção do Local Cirúrgico”
(VEILC);
− Reiniciou-se a “Vigilância Epidemiológica das Infecções Nosocomiais da Corrente
Sanguínea” (INCS), utilizando o protocolo da DGS.
Qualidade
O HSA tem em curso processo de acreditação global pela JCI, no âmbito da qual tem vindo a ser
adoptadas múltiplas políticas e aplicados muitos procedimentos que visam a melhoria da
qualidade e da segurança ao nível das estruturas e dos recursos, dos processos e dos resultados
em todos os domínios da actividade da organização. Prevê-se a realização de uma auditoria de
avaliação para efeitos de acreditação, em Outubro 2011.
8.AVALIAÇÃO DO CUMPRIMENTO DOS PRINCÍPIOS DO BOM GOVERNO
Conforme o previsto na Resolução do Conselho de Ministros nº 49/2007, de 28 de Março, o
HSA cumpre os princípios de bom governo.
� A missão, objectivos e princípios gerais de actuação encontram-se definidos no Regulamento
Interno e no Plano Estratégico;
� A estrutura de administração e fiscalização está definida pelo Decreto-Lei nº 233/2005,
Estatutos e Regulamento Interno do HSA;
� O HSA divulga as remunerações e subsídios auferidos pelos titulares de cargos de
administração (órgãos sociais), em capítulo autónomo no Relatório e Contas de cada
exercício, devidamente publicitado no site da ACSS e no site do hospital;
� Todas as informações que se manifestem relevantes são devidamente divulgadas através dos
meios de comunicação internos – Intranet e Circular Informativa, bem como no site do
hospital;
24
� O HSA encontra-se em processo de Acreditação pela JCI aprovando, divulgando e
cumprindo os diversos procedimentos definidos para o efeito;
� O HSA defende e pratica uma política de divulgação e de partilha com a comunidade (interna
e externa) hospitalar de modo a permitir a necessária e desejável accountability;
� O HSA aposta no desenvolvimento dos seus profissionais promovendo, anualmente, um
plano de formação interno bastante intenso de modo a diferenciar os colaboradores e
melhorar a prestação do serviço aos doentes,
� Os documentos de planeamento, em especial os Planos de Actividades e Orçamentos e os
Relatórios e Contas são elaborados, aprovados e enviados à tutela nos termos legais e
regulamentares definidos. Internamente, os mesmos instrumentos de gestão são divulgados
pelos serviços hospitalares.
9. CÓDIGO DE ÉTICA
O Hospital dispõe de Código de Ética aprovado e em vigor, que visa o reforço da afirmação
interna de um conjunto de valores, princípios, deveres e normas de conduta a observar por todos
os colaboradores, em particular no relacionamento com os doentes.
O HSA possui em pleno funcionamento uma Comissão de Ética, com a composição,
competências, funcionamento e mandato conforme estabelecido pelo DL 97/95, de 10 de Maio.
Todos os grupos profissionais são obrigados ao respeito pelos deveres de confidencialidade,
sigilo profissional e lealdade, devendo ainda respeitar as normas de deontologia profissional
previstas para os respectivos grupos.
10. INFORMAÇÃO SOBRE SISTEMA DE CONTROLO INTERNO
O Hospital dispõe de sistema de controlo para protecção dos seus investimentos e activos, que se
encontra em fase de revisão de melhoria, no quadro da reavaliação da gestão global de risco da
organização. O Hospital também dispõe, nos termos do artigo 17º do Hospital, de auditor
interno, a quem compete proceder ao controlo interno nos domínios contabilístico, financeiro,
operacional, informático e de recursos humanos.
11. MECANISMOS ADOPTADOS DE PREVENÇÃO DE CONFLITOS DE
INTERESSSES
25
O Hospital e, em particular, os seus Órgãos Sociais praticam uma política de isenção clara na
tomada de decisões, precavendo eventuais conflitos de interesses, não detendo participações
patrimoniais ou quaisquer relações com os seus fornecedores, clientes, instituições financeiras ou
quaisquer outros parceiros de negócio, susceptíveis de gerar conflitos de interesse.
12. DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO
O Hospital procede à divulgação de toda a informação actualizada, no seu site e no site das
empresas do SEE, em conformidade com a Resolução do Conselho de Ministros nº 49/2007, de
28 de Março.
13. INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR ESPECÍFICA
Tendo em conta as orientações fixadas pela Direcção-Geral do Tesouro, por ofício-circular nº
1196, de 2011.02.17, referem-se as seguintes informações:
13.1. Gestão de Risco Financeiro (Despacho nº 101/2009, de 30 de Janeiro, do Secretário
de Estado do Tesouro e Finanças)
a) Procedimentos adoptados em matéria de avaliação de risco e medidas da respectiva
cobertura
Não aplicável, dado que o Hospital não utiliza instrumentos de financiamento remunerado.
b) Políticas de reforço de capitais permanentes adoptados
Não aplicável, atendendo à situação financeira existente.
c) Medidas prosseguidas com vista à optimização da estrutura financeira da empresa
O Hospital não recorre à afectação de capitais alheios para cobertura financeira de investimentos,
que é realizada através de auto-financiamento.
d) Evolução da taxa média anual de financiamento
Não aplicável, dado que o Hospital não registou, nos últimos cinco anos, passivo remunerado ou
outros encargos associados.
26
13.2. Evolução do Prazo Médio de Pagamentos
A evolução do prazo médio de pagamentos, em conformidade com a Resolução do Conselho de
Ministros nº 34/2008, de 22 de Fevereiro, que aprovou o Programa Pagar a Tempo e Horas, com
a alteração introduzida pelo Despacho nº 9870/2009, de 13 de Abril, foi, nos últimos quatro
anos, a seguinte:
Data de
Referência
PMP
(dias)
Objectivo
(dias)
Grau de
Cumprimento
31.12.2008 54 50-55 Cumprimento
31.12.2009 32 40-45 Superação
31.12.2010 36 30-40 Cumprimento
31.03.2011 37 30-40 Cumprimento
13.3. Cumprimento dos Deveres Especiais de Informação
Em conformidade com o estabelecido no Despacho do Ministro de Estado e das Finanças nº
14277/2008, de 23 de Maio, o Hospital cumpre os deveres especiais de informação,
designadamente por via do reporte à Direcção-Geral do Tesouro e Finanças e à Inspecção-Geral
de Finanças do seguinte:
• Plano de actividades anuais e plurianuais;
• Orçamentos anuais;
• Planos de investimentos anuais e plurianuais e respectivas fontes de financiamento;
• Relatórios trimestrais de execução orçamental, acompanhados dos relatórios de gestão e
fiscalização.
13.4. Atribuição de Prémios de Gestão
Não se verificou atribuição de prémios de gestão aos membros dos Órgãos de Administração.
27
13.5. Redução dos Vencimentos dos Gestores
Em cumprimento do art.º 12º da Lei nº 12-A/2010, de 30 de Junho, o Hospital procedeu à
redução em 5% da remuneração fixa mensal ilíquida dos membros do Conselho de
Administração.
13.6. Unidade de Tesouraria do Estado
Em cumprimento do previsto no art.º 17º da Lei nº 12-A/2010, de 30 de Junho, o Hospital
mantém as suas disponibilidades e aplicações financeiras junto do IGCP, I.P..
13.7. Contabilização de Imóveis Afectos à Actividade
Não obstante as recomendações da Direcção-Geral do Tesouro e Finanças relativas à
contabilização dos imóveis afectos à actividade, o Hospital aguarda o estabelecimento de
orientações da tutela relativas ao procedimento a adoptar para o efeito, dado que se suscitaram
dúvidas, designadamente quanto à titularidade dos imóveis.
13.8. Normas de contratação pública de prestações de serviços
Os procedimentos de contratação encontram-se genericamente descritos no ponto n.º 4 supra
(informação sobre outras transacções).
O Hospital de Santo André Leiria cumpre as orientações estabelecidas no despacho n.º 438/10 –
SETF, de 10 de Maio, relativamente à contratação de prestações de serviços de valor igual ou
superior a € 125.000 (s/IVA).
13.9. Sistema Nacional de Compras Públicas
Considerando a especificidade das compras hospitalares (fixadas em produtos farmacêuticos e
material de consumo clínico) e a existência de Agência destinada ao desenvolvimento
centralizado de aquisição de bens e serviços necessários aos estabelecimentos e serviços do
Serviço Nacional de Saúde – actualmente, a SPMS-Serviços Partilhados do Ministério da Saúde,
EPE, criados pelo D.L. 19/2010, de 22 de Março –, o Hospital de Santo André não promoveu a
adesão ao Sistema Nacional de Compras Públicas, através da Agência Nacional de Compras
Públicas, EPE.
28
13.10. RCM 47/2010 de 25 de Junho Publicidade Institucional
Relativamente ao previsto na RCM n.º 47/2010 de 25 de Junho, especialmente nos seus n.os 10 e
11, no primeiro trimestre de 2011, o HSA desenvolveu actividade de colocação de publicidade
institucional no valor acumulado de € 11.377,50.
29
ORGÃOS DE APOIO
TÉCNICO
OUTROS ORGÃOS
Anestesiologia Oftalmologia
Cardiologia Ortopedia I
Cirurgia I Ortopedia II
Cirurgia II Otorrinolaringologia SERVIÇOS
Dermatologia Patologia Clínica
Estomatologia Pediatria
Gastrenterologia Pneumologia
Ginecologia Obstetrícia
Psiquiatria e Saúde Mental
Imagiologia Sangue
Medicina IUnidade de Cuidados Intensivos
Medicina II Urgência Geral
Medicina Física e Reabilitação
Urologia
Serviço de Gestão de Recursos Humanos
Serviço de Aprovisionamento
Serviços Hoteleiros
Gabinete de Planeamento e Controlo de Gestão
Gabinete de Auditoria e Codificação
Clínica
Conselho Técnico
Serviço de Gestão Financeira
Gabinete de Comunicação
Relações Públicas e Imagem
GEFOP Gabinete de Educação e Formação
Permanente
SERVIÇOS DE GESTÃO E LOGÍSTICA
SERVIÇOS DE SUPORTE À PRESTAÇÃO DE
CUIDADOS
Bloco Operatório
Auditor Interno
Gabinete de Gestão de Sistemas de Informação
Gabinete Jurídico
Serviço de Gestão de Doentes
Serviço Farmacêutico
Unidade de Nutrição e Dietética
Serviço Social
Serviço de Esterilização
Serviço de Instalações e Equipamentos
ORGÃOS SOCIAIS
Comissão de
Informática
Direcção do Internato Médico
Comissão de
Ética
ORGÃO CONSULTIVO
Fiscal Único
Conselho Consultivo
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Comissão de Coordenação Oncológica
Comissão de
Humanização
Comissão da
Qualidade
Comissão de Controlo da
Infecção
Comissão de Farmácia e Terapêutica
Comissão Médica
Anatomia Patológica
Comissão de
Enfermagem
Neurologia
SERVIÇOS DE PRESTAÇÃO DE CUIDADOS
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
30
ACTIVIDADE GLOBAL
1. ACTIVIDADE ASSISTENCIAL
Tendo por base o Plano de Actividades e Orçamento para 2011, que incorpora os objectivos
nacionais, regionais e institucionais definidos pela tutela para a Saúde, o exercício deste período,
de 1 de Janeiro a 31 de Março, revelou, tendo por base a comparação com o 1º trimestre do ano
anterior, as seguintes tendências da actividade assistencial:
a) Globalmente regista-se um crescimento da actividade assistencial em todas as áreas,
nomeadamente no internamento (5,1%), na consulta externa (1,7%), na urgência (3,7%), nas
sessões de hospital de dia (3%) e principalmente na actividade cirúrgica que aumentou 10,6%,
com excepção da produção cirúrgica de ambulatório, que, devido à produção adicional, registou
um decréscimo de 4,9%;
b) O crescimento verificado no internamento tem como principais fundamentos o aumento da
actividade do serviço de cardiologia, resultante da abertura da unidade de hemodinâmica e pacing
cardíaco e da UCI cardíacos, e dos serviços de cirurgia geral e ortopedia, como consequência do
aumento da actividade cirúrgica nestas valências. Observou-se, por outro lado, uma relevante
redução dos doentes saídos de pneumologia e obstetrícia;
c) Face a períodos anteriores verifica-se um aumento satisfatório do volume de consultas
(+1,7%) – sendo de sublinhar, em particular, o contributo do crescimento de 8,8% de primeiras
consultas – que foi obtido essencialmente através da melhoria da capacidade disponível de
agendamento ou da contratação de médicos, tendo por objectivo a melhoria da acessibilidade em
áreas carenciadas ou inovadoras;
d) A actividade cirúrgica registou um crescimento de 3,2% ou 112 intervenções, o que se ficou a
dever principalmente ao acentuado aumento da produção cirúrgica convencional, quer da normal,
com um acréscimo de 12,9% (121 intervenções), quer da adicional, que se situou em mais 17,8%
(59 intervenções). Também as cirurgias urgentes registaram um acréscimo de 2,5%, o que se
traduziu em mais 14 intervenções realizadas. Por outro lado, apesar de também a produção
cirúrgica de ambulatório normal ter registado um aumento significativo de 9,1% (76
intervenções), no conjunto da produção ambulatória verificou-se um decréscimo de 4,9% (82
intervenções), motivado pela redução acentuada (18,7%) das cirurgias de ambulatório realizadas
no âmbito da actividade adicional, que significou menos 158 intervenções.
31
e) Incremento da actividade do hospital de dia, com mais 5,8% de doentes tratados ou 3% de
sessões, afirmando esta área como sector estratégico para a instituição, de forma a, especialmente,
dar resposta apropriada ao número crescente de doentes do foro oncológico;
f) Aumento do número de atendimentos urgentes em 3,7%, resultante principalmente do
crescimento de volume de atendimentos da urgência pediátrica em 10,7% e do crescimento da
urgência geral em 1,5%, uma vez que se observou uma redução de 7,1% na urgência
ginecológica/obstétrica.
O quadro resumo seguinte evidencia a evolução da actividade assistencial no último triénio:
Linhas de Actividade 1ºT 2009
2010 1ºT 2010
Contratualizado 2011
1ºT 2011
% ∆ 1ºT11/1ºT10
% Execução 1ºT 2011
INTERNAMENTO
Doentes saídos (s/ berçário) 5.344 20.519 5.170 20.877 5.432 5,1% 26,0%
Demora média 6,39 6,07 6,22 6,24 5,78 -7,1% 92,6%
CONSULTA EXTERNA
1.ªs consultas 16.224 63.818 16.259 72.882 17.696 8,8% 24,3%
Subsequentes 32.252 120.034 32.882 133.354 32.298 -1,8% 24,2%
Total 48.476 183.852 49.141 206.236 49.994 1,7% 24,2%
% Primeiras/ Total Consultas 33,47% 34,71% 33,09% 35,34% 35,40% 7,0% 100,2%
ACTIVIDADE CIRÚRGICA
Convencional 1.233 4.949 1.269 4.303 1.449 14,2% 33,7%
Normal 906 3.617 938 3.753 1.059 12,9% 28,2%
Adicional 327 1.332 331 550 390 17,8% 70,9%
Ambulatória 1.737 5.967 1.677 6.487 1.595 -4,9% 24,6%
Normal 880 3.190 832 3.802 908 9,1% 23,9%
Adicional 857 2.777 845 2.685 687 -18,7% 25,6%
Urgente 635 2.384 553 2.473 567 2,5% 22,9%
Total 3.605 13.300 3.499 13.263 3.611 3,2% 27,2%
URGÊNCIA
Geral 22.814 92.310 22.287 96.030 22.619 1,5% 23,6%
Pediátrica 12.698 44.827 11.381 44.630 12.604 10,7% 28,2%
Ginecológica/Obstétrica 3.132 12.379 2.963 12.840 2.753 -7,1% 21,4%
Total 38.644 149.516 36.631 153.500 37.976 3,7% 24,7%
HOSPITAL DE DIA
Doentes tratados 798 1.170 795 1.356 841 5,8% 62,0%
Sessões 1.765 8.063 2.029 8.823 2.090 3,0% 23,7%
Neste contexto, no 1º trimestre de 2011, resulta, em síntese, a melhoria do desempenho do
Hospital em todas as áreas, com especial destaque para a consulta externa (primeiras consultas) e
actividade cirúrgica (especialmente actividade normal, convencional e ambulatória), a par do
crescimento do internamento, que se considera alinhado com os objectivos estratégicos fixados
32
de promover a melhoria da eficiência na utilização dos recursos disponíveis, aumentar a
acessibilidade e de reduzir as listas de espera para consultas e cirurgia:
� + 8,8% em primeiras Consultas
� + 11,1% de Intervenções Cirúrgicas em Actividade Normal
� + 5,1% em Internamento
INTERNAMENTO
O internamento registou, no 1º trimestre de 2011, 5.432 doentes saídos, com uma demora
média global de 5,78 dias e uma taxa de ocupação de 80,7%, a que correspondem mais 262
doentes saídos em relação a igual período
de 2010. A par do crescimento no
número de doentes saídos (+5,1%)
verificou-se uma melhoria na taxa de
ocupação, que passou de 78,4%, no final
de 2010, para 80,7%, no 1º trimestre de
2011. A demora média também registou
uma melhoria, passando de 6 dias, em
2010, para 5,8 dias, no 1º trimestre de
2011.
A evolução verificada nesta área de actividade deve-se, por um lado, ao aumento da actividade
cirúrgica convencional e urgente nomeadamente nos serviços de cirurgia geral e ortopedia e, por
outro lado, à abertura das Unidades de Hemodinâmica e Pacing Cardíaco, em Maio de 2010, e
Cuidados Intensivos Cardíacos, em Novembro de 2010, que contribuíram para o aumento dos
internamentos de curta duração e, no caso da valência de cardiologia, à alteração do case-mix das
patologias dos doentes saídos. É de referir ainda a redução do número de internamentos nos
serviços de pneumologia, devido à redução da lotação e pessoal médico, e obstetrícia, devido à
redução do número de partos (-29 partos ou 5,7%).
6,39
6,226,07
5,78
5,50
5,70
5,90
6,10
6,30
6,50
2009 1ºT 2010 2010 1ºT2011
Nº
de
dia
s
Demora Média
78,87% 79,01%78,40%
80,71%
77,00%
78,00%
79,00%
80,00%
81,00%
82,00%
2009 1ºT 2010 2010 1ºT 2011
Taxa de Ocupação
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
Total doentes saídos
5.344 5.170 5.432
Evolução do Internamento
1ºT 2009 1ºT 2010 1ºT 2011
33
CONSULTAS EXTERNAS
Durante o 1º trimestre de 2011 foram realizadas 49.994 consultas externas, representando um
acréscimo global de 1,7% em relação ao
período homólogo de 2010 e situando o
nível de execução do objectivo definido
para 2011 nos 24,2%.
Regista-se um aumento no número de
primeiras consultas (+8,8%), que se
enquadra no objectivo de melhorar a
acessibilidade através da redução de listas de
espera. Por outro lado as consultas
subsequentes apresentam uma diminuição
de 1,8%, em linha com o objectivo de
melhorar a gestão de doentes em consultas
externas e continuar a promover um
eficiente rácio na estrutura de consultas.
O peso relativo das primeiras consultas
sobre o total de consultas observou
evolução positiva, passando de 33,1% no 1º
trimestre de 2010 para 35,4% no 1º trimestre de 2011, continuando a situar-se em nível muito
favorável e conforme ao valor contratualizado para o ano de 2011 (35,3%).
48.476 49.141 49.994
0
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
Total Consultas Médicas
Evolução da Consulta Externa
1ºT 2009 1ºT 2010 1ºT 2011
0
5.000
10.000
15.000
20.000
1ª Consultas
16.224 16.259 17.696
Primeiras Consultas
1ºT 2009 1ºT 2010 1ºT 2011
0 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000
Total
Subsequentes
1ª Consultas
48.476
32.252
16.224
49.141
32.882
16.259
49.994
32.298
17.696
Consultas Externas
1ºT 2011 1ºT 2010 1ºT 2009
34
URGÊNCIA A urgência apresenta uma recuperação do número de doentes atendidos, com um aumento de
3,7% no 1º trimestre de 2011, após uma redução de 2,4% em 2010, verificando assim uma
execução da taxa de concretização do objectivo para 2011 de 24,7%.
O aumento do número de doentes
atendidos deve-se fundamentalmente
ao crescimento da urgência pediátrica
em 10,7%, dado que no ano anterior
se verificou alteração, por redução, do
comportamento habitual da procura.
A urgência geral registou um aumento
de 1,5%, ao invés da urgência de
ginecologia e obstétrica, que
apresentou uma redução de 7,1%.
0
10.000
20.000
30.000
40.000
Total Geral Pediátrica Ginecológica/Obstétrica
38.644
22.814
12.698
3.132
36.631
22.287
11.381
2.963
37.976
22.619
12.604
2.753
Produção da Urgência
1ºT 2009 1ºT 2010 1ºT 2011
O aumento significativo verificado na urgência pediátrica tende a estar influenciado pelo
comportamento da procura verificado no período anterior, que foi condicionado pela pandemia
da Gripe A.
A redução na urgência de ginecológica/obstétrica deve-se a uma diminuição da procura,
originada pela redução de 5,7% do número de partos, tendência esta que se tem manifestado ao
longo dos últimos anos.
38.644 36.631 37.976
0
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
Total de episódios de urgência
Evolução da Urgência
1ºT 2009 1ºT 2010 1ºT 2011
35
HOSPITAL DE DIA
O hospital de dia registou no 1º trimestre de 2011 comparativamente ao exercício anterior um
aumento de 3% no número de sessões e de 5,8% no número de doentes tratados.
Para a melhoria do desempenho nesta linha de actividade contribuiu essencialmente o aumento
da produção de oncologia médica em Hospital de Dia, com um aumento de 46 doentes o que
originou um acréscimo de 139 sessões relativas a esta patologia, permitindo melhorar
substancialmente o nível de serviço nesta área assistencial específica.
0
300
600
900
1.200
1.500
1.800
2.100
Doentes Tratados Sessões
798
1.765
795
2.029
841
2.090
Produção do Hospital de Dia
1ºT 2009 1ºT 2010 1ºT 2011
ACTIVIDADE CIRÚRGICA A actividade cirúrgica global registou no 1º trimestre de 2011 um aumento de 3,2% em
oposição ao decréscimo verificado no período anterior de 2,9%.
Esta situação fica a dever-se ao
aumento significativo da actividade
cirúrgica convencional (14,2% ou
180 cirurgias) já que a produção
ambulatória teve um decréscimo de
4,9% (82 cirurgias). A produção
urgente cresceu 2,5% (14 cirurgias),
acompanhando a evolução dos
atendimentos nas urgências que registaram um aumento de 3,7%.
É ainda de destacar o facto de, no que respeita ao decréscimo registado na produção cirúrgica
adicional de ambulatório, este ser motivado, principalmente, pelo serviço de Oftalmologia que
reduziu em 175 o número de cirurgias.
3.605 3.499 3.611
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
Total de Cirurgias
Evolução da Actividade Cirúrgica
1ºT 2009 1ºT 2010 1ºT 2011
36
Relativamente à produção cirúrgica convencional, no que se refere à produção base, são os
serviço de Ortopedia I e Cirurgia II que contribuem para o acentuado crescimento registado,
com um aumento de 46 e 37 cirurgias realizadas, respectivamente. Quanto à produção adicional
destacam-se os serviços de Cirurgia I, Ortopedia I e Otorrinolaringologia com um aumento do
número de cirurgias realizadas em 21, 35 e 12 respectivamente.
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
Total Convencional Ambulatório Urgente
3.605
1.233
1.737
635
3.499
1.269
1.677
553
3.611
1.4491.595
567
Actividade Cirúrgica
1ºT 2009 1ºT 2010 1ºT 2011
0
200
400
600
800
1.000
1.200
Total Convencional Ambulatório
1.184
327
857
1.176
331
845
1.077
390
687
Produção SIGIC
1ºT 2009 1ºT 2010 1ºT 2011
O crescimento da actividade cirúrgica global deveu-se principalmente ao aumento da actividade
normal em 11,1%, que significou mais 197 cirurgias realizadas, já que a produção adicional
registou uma redução de 15,6% (199 cirurgias.
37
2. ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA
2.1. SITUAÇÃO ECONÓMICA
Resultados Líquidos
O resultado antes de impostos obtido no exercício de 2011 até 31 de Março -- data da extinção
do Hospital de Santo André, E.P.E. em consequência da criação, pelo Decreto-Lei nº 30/2011,
do Centro Hospitalar de Leiria-Pombal, E.P.E. – registou um valor positivo de € 754.218, o que
traduz um crescimento de 15,9% em relação ao ano anterior, em consequência de proveitos totais
no trimestre no montante de € 21.351.270 e de custos totais no mesmo período que atingiram €
20.597.052, como se evidencia na seguinte demonstração de resultados em 2011.03.31:
Demonstração de Resultados Realizado 1ºT 2010
Realizado 2010
Orçamento 2011
Realizado 1ºT 2011
Execução Orçamental
Variação % 1ºT 2011/10
€ € € € % %
Proveitos Totais 20.034.476 82.903.698 78.726.569 21.351.270 27,1% 6,6%
Proveitos Operacionais 19.758.546 81.551.091 77.672.855 21.046.801 27,1% 6,5%
Proveitos Financeiros 139.270 598.737 521.058 141.075 27,1% 1,3%
Proveitos Extraordinários 136.660 753.870 532.656 163.394 30,7% 19,6%
Custos Totais 19.383.509 77.884.123 72.440.540 20.597.052 28,4% 6,3%
Custos Operacionais 19.083.603 77.292.726 71.830.540 20.467.083 28,5% 7,2%
Custos Financeiros 2.596 11.065 10.000 2.172 21,7% -16,3%
Custos Extraordinários 297.310 580.332 600.000 127.797 21,3% -57,0%
Resultados Operacionais 674.943 4.258.365 5.842.315 579.717 9,9% -14,1%
Resultados Financeiros 136.674 587.672 511.058 138.903 27,2% 1,6%
Resultados Extraordinários -160.650 173.538 -67.344 35.597 -52,9% 122,2%
Resultados Antes de Impostos
650.967 5.019.575 6.286.029 754.218 12,0% 15,9%
O excelente resultado económico obtido no 1º trimestre de 2011 continua a apoiar-se, em linha
com o que aconteceu nos exercícios de 2009 e 2010, de forma expressiva no desempenho
operacional (neste exercício os resultados operacionais representam cerca de 77% dos resultados
antes de impostos), evidenciando a capacidade da organização hospitalar para basear, de forma
consistente, na actividade assistencial corrente a sua sustentabilidade económica e financeira, que
constitui um dos aspectos nucleares do projecto de criação e desenvolvimento do Hospital de
Santo André como entidade pública empresarial.
38
Resultados Operacionais
O resultado operacional positivo registado no 1º trimestre de 2011, no valor de € 579.717,
representa a consolidação do comportamento positivo deste indicador já observado nos
exercícios de 2008 a 2010, uma vez que desde a transformação do Hospital em empresa pública,
em 2002, até 2007 nunca se obtivera desempenho positivo (por exemplo, nos três últimos
exercícios anteriores a 2008, apesar da evolução positiva, o desempenho foi sempre negativo: - €
8.925.131 em 2005, - € 6.367.943 em 2006, e - € 95.851 em 2007). Esta performance económica é
consequência da evolução favorável dos proveitos operacionais, que, atingindo € 21.046.801,
aumentaram em relação ao trimestre homólogo do ano anterior 6,5% – em resultado do
crescimento das prestações de serviços (+ 7%) –, não obstante o aumento dos custos
operacionais em 7,2% – que decorreu do aumento de gastos com consumos de medicamentos e
material de consumo clínico e, sobretudo, da constituição neste trimestre de provisões para
cobranças duvidosas (€ 660.879) e para outros riscos e encargos (pedidos de indemnização no
valor de € 407.170) –, que justificam a redução (- 14% ou € 95.226) do resultado operacional
verificado no 1º trimestre deste exercício, por comparação com o de idêntico período do
exercício anterior.
Quanto ao EBITDA, que atingiu no período de 1 de Janeiro a 31 de Março o montante de €
2.250.856, apresenta também uma evolução bastante favorável, pois no ano passado, em idêntico
período, registou o valor positivo de € 1.121.497, enquanto em 2009 o valor era de € 1.095.405.
Proveitos Operacionais
Os proveitos operacionais – que correspondem a 98,6% dos proveitos totais - atingiram no final
do 1º trimestre deste ano o montante de € 21.046.801, o que representa um crescimento de 6,5%
em relação ao verificado no trimestre homólogo do ano anterior.
Proveitos Operacionais Realizado 1ºT 2010
Realizado 2010
Orçamento 2011
Realizado 1ºT 2011
Execução Orçamental
Variação % 1ºT 2011/10
€ € € € % %
Prestações de Serviços 18.656.568 77.173.716 73.326.527 19.957.581 27,2% 7,0%
Proveitos Suplementares 269.415 1.186.225 1.157.778 306.793 26,5% 13,9%
Transferências e Subsídios 0 11.800 0 9.922 - -
Outros Proveitos Operacionais 832.563 3.179.350 3.188.550 772.504 24,2% -7,2%
Total 19.758.546 81.551.091 77.672.855 21.046.801 27,1% 6,5%
39
O aumento dos proveitos operacionais fica a dever-se essencialmente à evolução positiva das
prestações de serviços (representam cerca de 95% do conjunto), que cresceram 7% (+ €
1.301.013), cujo comportamento no período foi condicionado pelos seguintes factores
específicos: a) a redução dos preços do contrato-programa 2011 na ordem dos 4%, o que se
traduz num efeito de decréscimo de proveitos de € 735.875; b) o aumento da actividade
assistencial no 1º trimestre de 2011 por comparação com idêntico período do ano anterior, que
justifica em base comparável de preços um crescimento estimado de proveitos de € 688.469; c) a
facturação neste exercício a subsistemas públicos de proveitos relativos ao contrato-programa de
2009 que excederam em € 1.348.419 o valor da estimativa de acréscimos de proveitos que foi
efectuada para esse exercício. Também é de referir, por um lado, o contributo para o crescimento
dos proveitos operacionais do comportamento favorável de proveitos suplementares, que
verificou uma variação de 13,9%, em resultado das receitas obtidas da concessão da exploração
de parques de estacionamento, ocorrida no final do ano transacto, bem como, da realização de
estágios de alunos de instituições de ensino, designadamente na área da saúde; por outro lado, em
sentido negativo, regista-se a redução de outros proveitos operacionais, que verificou um
decréscimo de 7,2% em relação ao período homólogo do ano anterior, dado que no 1º trimestre
do ano anterior estavam contabilizados proveitos relativos à compensação de vencimentos de
médicos do internato respeitantes ao ano anterior, no montante € 194.821.
Custos Operacionais
Representando 99,4% dos custos totais, os custos operacionais registaram no exercício, de
Janeiro a Março, o valor de € 20.467.083, traduzindo uma variação de 7,2% em relação a idêntico
período de 2010.
Custos Operacionais Realizado 1ºT 2010
Realizado 2010
Orçamento 2011
Realizado 1ºT 2011
Execução Orçamental
Variação % 1ºT 2011/10
€ € € € % %
CMVMC 3.523.603 15.777.482 14.886.754 4.093.893 27,5% 16,2%
FSE 3.416.100 14.575.621 13.202.100 3.577.013 27,1% 4,7%
Custos com Pessoal 11.661.073 44.181.291 40.873.835 11.090.679 27,1% -4,9%
Outros Custos Operacionais 36.273 159.812 182.398 34.360 18,8% -5,3%
Amortizações 446.554 2.293.072 2.605.453 603.089 23,1% 35,1%
Provisões 0 305.448 80.000 1.068.049 1335,1% -
Total 19.083.603 77.292.726 71.830.540 20.467.083 28,5% 7,2%
40
Para esta variação de custos entre trimestres homólogos contribuiu decisivamente o aumento
generalizado e significativo da actividade assistencial (internamento – 4,4%; 1ªs consultas – 8,8%;
urgências – 3,7%; actividade cirúrgica – 3,2%), a par dos efeitos da abertura em Maio de 2010 de
novos serviços (Serviço de Medicina Intensiva e Unidade de Hemodinâmica e de Intervenção
Cardiovascular) com reflexos, em particular, na evolução dos consumos e fornecimentos e
serviços externos, já que os custos com pessoal, tendo em conta as medidas de redução de
remunerações estabelecidas pelo Orçamento do Estado para 2011, observaram um decréscimo de
4,9%.
Como aspectos mais relevantes da análise por componentes de custos, evidenciam-se os
seguintes:
Consumos. O montante dos custos com os produtos consumidos no 1º trimestre de 2011
registaram um acréscimo de 16,2% em relação ao verificado em idêntico período do exercício
CMVM Realizado 1ºT 2010
Realizado 2010
Orçamento 2011
Realizado 1ºT 2011
Execução Orçamental
Variação % 1ºT 2011/10
€ € € € % %
Produtos Farmacêuticos 2.204.158 9.336.193 9.173.761 2.345.882 25,6% 6,4%
Material Consumo Clínico 1.162.043 5.685.788 4.950.256 1.608.730 32,5% 38,4%
Restantes Consumos 157.402 755.501 762.737 139.281 18,3% -11,5%
Total 3.523.603 15.777.482 14.886.754 4.093.893 27,5% 16,2%
anterior, que se fica a dever ao crescimento dos consumos de produtos farmacêuticos, como
consequência da evolução da actividade assistencial e do aumento dos encargos com a
distribuição de medicamentos em ambulatório, e, sobretudo, ao comportamento do material de
consumo clínico, em consequência da abertura de serviços (Unidade de Hemodinâmica e
Intervenção Cardiovascular e Novo Serviço de Medicina Intensiva, que se verificou no 2º
trimestre do ano anterior) e ao aumento da actividade cirúrgica (+ 3,2% que no trimestre
homólogo).
Fornecimentos e Serviços Externos. Este conjunto de custos apresenta na evolução homóloga
um aumento de 4,7% em relação ao exercício anterior, resultante do crescimento dos
subcontratos em 8,7% e de fornecimentos e serviços em 3,2%.
FSE Realizado 1ºT 2010
Realizado 2010
Orçamento 2011
Realizado 1ºT 2011
Execução Orçamental
Variação % 1ºT 2011/10
€ € € € % %
Subcontratos 940.836 4.248.965 3.606.779 1.022.846 28,4% 8,7%
Fornecimentos e Serviços 2.475.264 10.326.656 9.595.321 2.554.167 26,6% 3,2%
Total 3.416.100 14.575.621 13.202.100 3.577.013 27,1% 4,7%
41
No que concerne à evolução dos subcontratos – em que estão em causa prestações relativas a
áreas críticas do processo assistencial e fortemente sensíveis à variação da actividade assistencial e
que vêm sendo nos últimos exercícios objecto de medidas de contenção, traduzidas no controle
dos preços dos serviços e, nalguns casos, na redefinição dos critérios de elegibilidade das
situações passíveis de recurso ao exterior para realização de meios complementares de
diagnóstico e terapêutica ou outros subcontratos –, as razões determinantes que justificam a
variação de custos no 1º trimestre de 2011 por comparação com o período homólogo do ano
anterior decorrem do aumento de actividade assistencial, a par da circunstância de neste exercício
o apuramento ter sido efectuado no contexto de encerramento de contas – por motivo de
extinção da unidade hospitalar – o que reforçou as condições de inclusão no perímetro
contabilístico de custos pelo valor real, diferentemente do ocorrido em trimestres anteriores, em
que essa contabilização envolveu significativa componente de acréscimo de custos, atendendo ao
desfasamento entre a prestação de serviços e a respectiva facturação.
Quanto aos fornecimentos e serviços, a evolução de custos registada em Março de 2011 em
relação ao mesmo período do ano transacto (+ 3,2% ou € 78.903) está condicionada, em sentidos
distintos, pelos seguintes factores: a) o crescimento dos encargos com a rubrica de serviços
técnicos de recursos humanos (+ 84,9% ou € 347.730), parcialmente compensado pela redução
de honorários (- € 136.610), em função da necessidade de contratação de pessoal para assegurar a
cobertura das escalas do serviço de urgência e da VMER e de outros serviços clínicos, em
particular a nova Unidade de Hemodinâmica e Intervenção Cardiovascular, dadas as limitações
para garantir estes serviços através dos recursos humanos disponíveis com vínculo ao quadro; b)
o aumento de encargos com alimentação (+ 18,7% ou € 63.921), decorrente da remodelação e
reestruturação da Unidade de Nutrição e Dietética, que envolveu a partir do 2º semestre de 2010
a adopção de novo sistema de distribuição de refeições, com melhoria do serviço e revisão de
preços da prestação; c) a redução de encargos com a rubrica de rendas e alugueres (- 94,5% ou €
272.016), resultante da alteração, prevista contratualmente, dos custos do aluguer transitório de
contentores para instalação provisória do serviço de urgência durante as obras de remodelação
desta unidade.
Custos com Pessoal. Este conjunto de custos que totalizou no período de 1 de Janeiro a 31 de
Março de 2011 o valor de € 11.090.679, representando cerca de 54,2% dos custos operacionais
(em 2010, no 1º trimestre, correspondiam a 61,1%), apresenta uma diminuição de 4,9% (- €
570.394) comparativamente ao período homólogo.
42
Custos com Pessoal Realizado 1ºT 2010
Realizado 2010
Orçamento 2011
Realizado 1ºT 2011
Execução Orçamental
Variação % 1ºT 2011/10
€ € € € % % Remunerações Órgãos Directivos
71.105 283.512 261.959 62.910 24,0% -11,5%
Remuneração Base do Pessoal 5.960.359 22.515.129 21.661.285 5.826.702 26,9% -2,2%
Suplementos de Remunerações 2.765.121 10.237.183 8.697.250 2.552.020 29,3% -7,7%
Prestações Sociais 52.082 199.332 213.226 19.787 9,3% -62,0%
Subsídio de Férias/Natal 925.496 3.911.461 3.717.865 892.488 24,0% -3,6%
Pensões 141.139 641.485 542.626 110.556 20,4% -21,7%
Encargos s/ Remunerações 1.404.968 5.587.310 5.243.750 1.559.228 29,7% 11,0%
Outros Custos 340.803 805.879 535.874 66.988 12,5% -80,3%
Total 11.661.073 44.181.291 40.873.835 11.090.679 27,1% -4,9%
Para a evolução favorável registada - não obstante a pressão sobre os custos associada ao
crescimento de encargos sobre remunerações por efeito de substituição de efectivos com o
regime da função pública por outros com o regime geral, dado o diferencial de taxas
contributivas, ou à nova contribuição de 2,5% para a ADSE ou, ainda, a admissão de novos
efectivos decorrente da abertura de novos serviços ou resultante da colocação de médicos do
internato - concorreu essencialmente a política de redução de remunerações do pessoal, na ordem
dos 5%, estabelecida para a Administração Pública e sector empresarial do Estado através do
Orçamento do Estado para 2011.
Amortizações e Provisões. Embora representando apenas 2,9% no conjunto dos custos
operacionais, as amortizações, ao atingirem no 1º trimestre de 2011 o montante de € 603.089,
tiveram um crescimento de 35% em relação ao período homólogo do ano anterior, evidenciando
os efeitos do esforço de investimento realizado ao longo do ano anterior (uma vez que o Hospital
adopta o método das amortizações mensais), no montante de € 3.909.419, ou até final de Março
deste ano, no montante de € 889.231. No que concerne às provisões – que no período
representam excepcionalmente 5,2% dos custos operacionais, quando no final de 2010 esse peso
era de apenas 0,4% –, foi processado o montante de € 1.068.049, visto que houve necessidade de
reforçar, no montante de € 407.170, o valor das provisões constituídas para cobertura de riscos
associados a eventual desfecho desfavorável de processos judiciais movidos por terceiros, nos
quais são reclamadas indemnizações, e, ainda, de criar, por ter sido interposta acção judicial de
cobrança, provisão para clientes de cobrança duvidosa específica, no montante de € 660.879,
relativa a facturação em dívida decorrente do contrato de concessão de exploração do serviço de
dispensa de medicamentos ao público.
43
Resultados Financeiros
No final de Março de 2011 regista-se um resultado financeiro positivo de € 138.903, que
representa um acréscimo de 1,6% em relação ao período homólogo do ano anterior, como
consequência do aumento dos proveitos financeiros em 1,3% e da diminuição em 16,4% dos
custos financeiros, embora neste caso os valores processados não tenham relevância financeira.
Proveitos Financeiros Realizado 1ºT 2010
Realizado 1ºT 2011
Variação % 1ºT 2011/10
€ € %
Juros Aplicações Financeiras 28.385 22.404 -21,1%
Descontos Pronto Pagamento 102.257 111.465 9,0%
Outros 8.628 7.205 -16,5%
Total 139.270 141.075 1,3%
Não obstante o crescimento dos proveitos financeiros, o seu comportamento no período foi
condicionado por evoluções distintas das duas componentes principais. Com efeito, enquanto os
juros de aplicações financeiras tiveram um declínio de 21% - em função das baixas taxas de juro
obtidas nas aplicações financeiras dos excedentes de tesouraria e, sobretudo, da redução dos
montantes médios aplicados – os descontos de pronto pagamento obtidos registaram um
crescimento de 9%, em consequência da política de pagamentos a fornecedores que vem sendo
adoptada no sentido de obter descontos financeiros por antecipação de pagamentos em relação
ao prazo contratual, o que se traduziu no final do trimestre num prazo médio de pagamentos a
fornecedores de 37 dias.
Relativamente aos custos financeiros, os encargos suportados no período referem-se ao
pagamento de juros de mora e de encargos com serviços bancários.
Custos Financeiros Realizado 1ºT 2010
Realizado 1ºT 2011
Variação % 1ºT 2011/10
€ € %
Juros Suportados 1.060 63 -94,1%
Outros Custos Financeiros 1.537 2.109 37,3%
Total 2.596 2.172 -16,4%
Pela sua expressão, os resultados financeiros continuam a representar um contributo não
negligenciável (18,4%) para o nível atingido dos resultados antes de impostos.
44
Resultados Extraordinários
No período de 1 de Janeiro a 31 de Março de 2011, os resultados extraordinários apresentaram
um valor positivo de € 35.597, o que representa uma variação positiva de cerca 122% em relação
ao ano anterior.
Custos Extraordinários 1ºT 2010
1ºT 2011
Proveitos Extraordinários 1ºT 2010
1ºT 2011
€ € € €
Dívidas Incobráveis 23.291 9.567 Ganhos em Existências 0 35.773
Perdas em Existências 16.580 8.821 Redução Amort. e Provisões 0 60.554
Corr. Relat. Ex. Anteriores 256.944 109.212 Corr. Rel. Ex. Anteriores 10.594 4.596
Outros Custos e Perdas Ext. 494 196 Outros Prov. Ganhos Ext. 126.066 62.471
Total 297.310 127.797 Total 136.660 163.394
O registo positivo dos resultados extraordinários – que está em parte condicionado pelas
exigências específicas decorrentes do encerramento definitivo de contas motivado pela extinção
do Hospital em 2011.03.31 - está associado à regularização de existências, à redução de
amortizações e provisões, à diminuição do valor de correcções relativas a exercícios anteriores -
decorrente da redução do valor das anulações ou correcções de facturas emitidas em anos
transactos referentes a prestações de serviços - e, bem assim, ao decréscimo de outros proveitos e
ganhos extraordinários, devido ao facto de no 1º trimestre do ano transacto estar incluído o valor
de € 77.078 referente à revertência a favor do Hospital, nos termos legais, de espólios de doentes
não reclamados.
45
2.2. SITUAÇÃO FINANCEIRA E PATRIMONIAL
Da análise do Balanço em 2011.03.31 verifica-se que, no final deste exercício, o activo líquido
total, que atinge o valor de € 66.635.826, teve um crescimento de 5,8% (€ 3.631.980) em relação
ao ano anterior, que, não obstante as significativas modificações do valor em várias das
componentes patrimoniais, está associado, em grande medida, à evolução das dívidas de terceiros
de curto prazo, principalmente na rubrica de clientes-instituições do Estado (decorrente da
regularização da execução do contrato-programa de 2009) ao apresentar um acréscimo de €
6.193.514.
Balanço 31.12.2010 31.03.2011 Variação
€ € € % Activo
Imobilizado Líquido 16.709.726 16.995.714 285.988 1,7%
Activo Circulante 23.325.390 27.830.279 4.504.889 19,3%
Acréscimos e Diferimentos 22.968.730 21.809.833 -1.158.897 -5,0%
Total 63.003.846 66.635.826 3.631.980 5,8%
Fundos Próprios e Passivo
Fundos Próprios 45.904.744 46.459.700 554.956 1,2%
Passivo 8.848.167 10.035.694 1.187.527 13,4%
Acréscimos e Diferimentos 8.250.935 10.140.432 1.889.497 22,9%
Total 63.003.846 66.635.826 3.631.980 5,8%
Activo
Por componentes, do lado do activo, o imobilizado líquido regista uma ligeira variação positiva
de 1,7% (€ 285.988), como consequência do facto do valor do investimento realizado em 2011 (€
889.231) ter sido superior ao montante das amortizações do exercício (€ 603.089), visto que o
significativo plano de investimentos previsto para o corrente ano, no montante de € 6.135.478,
ter programação de execução mais concentrada nos trimestres subsequentes, o que justifica a taxa
de execução de 14,5% verificada no final deste exercício.
Quanto ao activo circulante, que no seu conjunto apresenta um crescimento de 19,3% (€
4.504.889), teve como principais factores justificativos desta variação o acréscimo das dívidas de
terceiros (€ 5.665.232 ou 42,2%), como consequência do aumento das dívidas de instituições do
Estado (+ € 6.193.514 ou 113%, que se fica a dever essencialmente à regularização do contrato-
46
programa de 2009), bem como o aumento das existências em 76,9% (+ € 459.868) – o que
decorre do ciclo de aprovisionamento anual, com reforço habitual das existências no final do 1º
trimestre por comparação com o final do exercício anterior, traduzindo uma alteração
significativa do prazo de rotação de stocks, que passou para 23,3 dias –, enquanto se assistiu à
redução das disponibilidades em € 1.620.211 (17,4%), o que está associado ao aumento das
dívidas de terceiros observada no 1º trimestre deste exercício.
Relativamente aos acréscimos e diferimentos, verifica-se uma diminuição em relação ao ano
transacto de 5% (- € 1.158.897), que resulta essencialmente da regularização que se verificou do
contrato-programa de 2009, justificando-se o expressivo montante contabilizado nesta rubrica
pelo facto de se manter a aguardar validação definitiva a facturação relativa ao Contrato-
Programa de 2010.
Apesar de neste exercício se ter verificado alteração substancial da composição do activo - em
função do crescimento das existências, do aumento das dívidas de terceiros, da redução das
disponibilidades e da diminuição dos acréscimos e diferimentos por regularização do contrato-
programa de 2009 -, a análise da estrutura do activo continua a revelar uma aplicação de fundos
por grandes grupos patrimoniais com alguns aparentes desequilíbrios atendendo à natureza da
organização – visto que, sem considerar os acréscimos e diferimentos, o activo circulante atinge
62,1% do total (em 2010.12.31 era de 58,3%), enquanto o imobilizado líquido representa 37,9%
(41,7% no final do ano anterior) -, o que resulta da circunstância do património contabilístico não
integrar os terrenos e edifícios onde funciona o Hospital e, também, em menor grau, pela relativa
vetustez de parte do imobilizado corpóreo operacional.
Fundos Próprios e Passivo
Quanto à análise da estrutura dos fundos próprios, o Balanço em 2011.03.31 evidencia que a
situação líquida, totalizando € 46.459.700 e representando uma cobertura de 69,7% do activo
total, teve no período uma variação positiva de 1,2% originada pelo resultado líquido positivo do
exercício.
Quanto ao passivo, verificou um crescimento de 13,4%, que foi originado essencialmente pelo
aumento das dívidas a terceiros em 10,4% (€ 795.757). Não obstante, o prazo médio de
pagamentos a fornecedores (sem incluir instituições do Estado) não registou alteração sensível,
situando-se em 36,8 dias (em 2010.12.31 era de 36,2 dias), como consequência da política que
47
vem sendo adoptada pelo Hospital de cumprimento do objectivo relativo ao prazo médio de
pagamentos fixado pela Resolução do Conselho de Ministros nº 34/2008, de 22 de Fevereiro.
No final deste exercício terminado em 2011.03.31, com um resultado líquido positivo de €
554.956, o Hospital continua a revelar em termos financeiros uma situação favorável, que se
caracteriza por elevadas autonomia financeira e solvabilidade, a manutenção de adequados prazo
médio de pagamentos a fornecedores (sem incluir entidades do Estado) e prazo médio de
recebimentos de clientes (este indicador apresenta degradação aparente em 2011.03.31,
atendendo ao timing de regularização de dívidas pela ACSS). Verifica-se igualmente confortável
liquidez, não obstante a redução registada na liquidez imediata, que traduz, em grande medida, os
efeitos sobre a tesouraria resultantes dos atrasos na regularização dos pagamentos da ACSS
relativos aos contratos-programa de 2009 e 2010.
Indicadores Financeiros 2010 Março 2011
Autonomia financeira (%) 72,9 69,7
Solvabilidade (%) 268,5 230,3
Liquidez geral 1,36 1,38
Liquidez imediata 0,54 0,38
Prazo médio de pagamentos (dias) * 36,2 36,8
Prazo médio de recebimentos (meses) ** 2,5 4,3 * Sem incluir instituições do Estado ** Inclui ACSS (execução do contrato-programa)
3. RECURSOS HUMANOS
Evolução de efectivos. Durante o período de Janeiro a Março de 2011 a política de recursos
humanos que foi desenvolvida continuou a orientar-se pelo objectivo de dotar os serviços dos
efectivos necessários e com as qualificações adequadas ao pleno desempenho das actividades dos
vários serviços, no sentido do cumprimento da missão e metas do hospital num quadro de
observância de critérios de qualidade de serviço e com eficiência e eficácia. Globalmente,
verificou-se um aumento de 25 efectivos em relação aos existentes em 2010.12.31, representando
uma variação de 1,7% em relação ao ano anterior, que foi condicionado pelo aumento de
médicos essencialmente do internato (+ 10 médicos), pelo acréscimo de assistentes operacionais
(+ 7 efectivos) resultante da contratação de pessoal em regime de substituição, bem como da
contratação de 4 enfermeiros, para substituição de efectivos ou para satisfazer necessidades
adicionais associadas à abertura de novos serviços.
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Categoria Profissional
Função Pública
Contrato Trabalho
Prestadores Serviços
Total Variação
Mar-2011/2010
2010 Mar-11 2010 Mar-11 2010 Mar-11 2010 Mar-11 Valor %
Órgãos Direcção 4 4 0 0 0 0 4 4 0 0,0%
Dirigente 2 2 2 2 0 0 4 4 0 0,0%
Médico 146 156 66 67 54 55 266 278 12 4,5%
Téc. Superior Saúde 6 5 8 8 1 1 15 14 -1 -6,7%
Téc. Superior Serviço Social 7 6 1 2 0 0 8 8 0 0,0%
Outro Pessoal Téc. Superior 1 1 8 10 3 3 12 14 2 16,7%
Enfermagem 420 419 122 127 13 13 555 559 4 0,7%
Téc. Diagnóstico Terap. 53 53 27 27 0 0 80 80 0 0,0%
Téc. Profissional 26 26 1 1 0 0 27 27 0 0,0%
Assistentes Técnicos 56 56 52 53 0 0 108 109 1 0,9%
Assistentes Operacionais 244 242 148 157 0 0 392 399 7 1,8%
Informática 0 0 4 4 0 0 4 4 0 0,0%
Outro Pessoal 0 0 0 0 2 2 2 2 0 0,0%
Total 965 970 439 458 73 74 1.477 1.502 25 1,7%
Neste contexto, importa referir a persistência do quadro de dificuldades de recrutamento em
algumas áreas clínicas especializadas que comprometem o desempenho assistencial do hospital,
designadamente para substituição de médicos que se aposentaram, o que conduziu à necessidade
continuar a utilizar mecanismos de contratação específicos, como sejam o recurso à contratação
de médicos e outros técnicos especializados em regime de prestação de serviços ou à contratação
de empresas especializadas.
Formação. Manteve-se neste exercício a aposta continuada na formação dos recursos humanos
da organização, reconhecendo a importância do desenvolvimento das suas capacidades e
qualificações profissionais na melhoria da qualidade e da eficiência do desempenho individual,
dos serviços e do Hospital. Por isso, prosseguiu-se com a política de definição e de execução de
planos de formação interna do pessoal, com recurso aos apoios comunitários disponíveis
(QREN-POHP), mas também através da utilização de verbas próprias do Hospital.
Os quadros seguintes sintetizam o movimento associado à formação (345 formandos envolvidos
e um total de 2.483 horas de formação):
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Designação Acção de Formação Nº
Formandos
Carga Horária
p/Formando
Total Horas Formação
Destinatários Entidade Financiadora
O papel do Assistente Operacional na Equipa de Saúde
23 15 345 AAM
Programa Operacional Potencial Humano
O papel do Assistente Operacional na Equipa de Saúde
18 15 270 AAM
O papel do Assistente Operacional na Equipa de Saúde
19 15 285 AAM
Acolhimento dos utentes e continuidade de cuidados de intervenção no hospital
18 16 288 AAM
Úlceras de Perna e Pé Diabético 22 7 154 Médicos
Enfermeiros Gestão Emocional no acolhimento ao doente em ambiente hospitalar e continuidade de cuidados
17 16 272 AAM
Ferida Cirúrgica - A Prevenção 23 7 161 Médicos
Enfermeiros
Total 140 91 1.775
Designação Acção de Formação Nº
Formandos
Carga Horária
p/Formando
Total Horas Formação
Destinatários Entidade Financiadora
Gestão da Informação Clínica 33 3 99 Médicos Internos
HSA, EPE
Noções básicas de prevenção e controlo da infecção hospitalar
29 6 174 Médicos Internos
Ovidsp - Acesso a publicações on-line 13 2 26 Multidisciplinar
Ovidsp - Acesso a publicações on-line 8 2 16 Multidisciplinar
Sistema de Alarme - Ssangue/Sfarmacêutico 7 2 14 TDT
Acolhimento dos AAM no HSA 7 4 28 AAM
Formação Médica Pós Graduada - DPOC 44 4 176 Médicos
Enfermeiros
Protecção Radiológica 27 1 27 Médicos
Enfermeiros Técnicos
Formação Médica Pós Graduada - Risco Vascular
37 4 148 Médicos
Enfermeiros
Total 205 28 708
Em simultâneo com o desenvolvimento do plano de formação institucional, continuou-se a
incentivar ou a viabilizar o recurso à formação externa, visando a actualização técnica e científica
do pessoal, especialmente de médicos e outros técnicos de saúde, mediante a facilitação da
frequência ou participação em jornadas, conferências, simpósios ou outras reuniões de carácter
técnico-científico.
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Avaliação. Reconhecendo a importância da existência de um adequado sistema de avaliação do
desempenho enquanto instrumento de gestão da organização e tendo também em vista o
cumprimento da legislação em vigor relativa à avaliação de pessoal com o estatuto da Função
Pública, continuou-se a proceder à avaliação do pessoal com o referido estatuto e, bem assim, do
pessoal com contrato individual de trabalho, de acordo com a norma SIADAP, com excepção do
pessoal das carreiras de regime especial ou corpos especiais, cuja avaliação continuou a decorrer
de acordo com as normas anteriores.
4. INVESTIMENTOS
Tendo em conta o quadro de obsolescência técnica e económica das instalações e de alguns
equipamentos disponíveis, dado que em grande medida resultaram da construção/instalação do
Hospital realizada em 1995, neste exercício prosseguiu-se a política adoptada em anos anteriores
tendo em vista a consecução de quatro objectivos principais: promover, com âmbito plurianual,
um plano de investimentos de substituição, especialmente de equipamentos médico-cirúrgicos,
visando a reposição e actualização do potencial técnico, de diagnóstico e terapêutico, dos serviços
clínicos; adequação da capacidade operacional dos serviços assistenciais, através do
redimensionamento, remodelação ou modernização de instalações e equipamentos afectos a
unidades operacionais de grande procura ou de diferenciação clínica específica; garantir a
actualização e o desenvolvimento dos sistemas de informação e gestão da informação,
designadamente clínica, com o objectivo de melhorar a respectiva qualidade e acessibilidade;
melhorar as condições de humanização e conforto dos doentes, através da reabilitação de
instalações degradadas ou inadequadas.
Investimento 1ºT 2011 Valor (€) %
Edifícios e Outras Construções 250.572 28,2%
Equipamento Médico-Cirúrgico 28.121 3,2%
Desinfecção e Esterilização 26.668 3,0%
Equipamento Administrativo e Informático 36.982 4,2%
Imobilizações em Curso 517.971 58,2%
Outros 28.918 3,3%
Total 889.231 100,0%
O investimento realizado no 1º trimestre de 2011 ascendeu a € 889.231, tendo sido dedicado
primacialmente aos seguintes grupos de activos: a) edifícios e outras construções, que representou
o montante de € 687.363, incluindo as imobilizações em curso (do valor total destas € 436.791
referem-se a esta componente), cerca de 77,3% do investimento total, envolvendo,
51
designadamente, a obra de remodelação da unidade de internamento da Urgência Geral (€
232.016), o projecto de remodelação da Urgência Geral (€ 217.154), as obras de recuperação do
interior do Hospital (€ 181.692), o projecto de remodelação das instalações de hidroterapia do
Serviço de Medicina Física e de Reabilitação (€ 30.750); b) aquisição de equipamento, no
montante de € 164.886, incluindo imobilizações em curso (do valor total destas € 81.180 dizem
respeito a equipamentos), o que representa 18,5% do investimento total realizado, de que se
destacam, pelo valor ou diferenciação técnica que envolvem, os seguintes: equipamento de
potenciais evocados para técnicas de ORL, no montante de € 16.815; máquina para lavar
endoscópios para técnicas de Gastrenterologia, no valor de € 26.668; máquina para reembalar
medicamentos para o Serviço Farmacêutico, no valor de € 20.910; diversos equipamentos
adquiridos para instalação de novo modelo logístico da Farmácia e do Serviço de
Aprovisionamento, no montante de € 81.180; c) investimentos efectuados em equipamento
administrativo e informático, no montante de € 36.982 (4,2% do investimento), correspondente
essencialmente a equipamento de substituição.
52
5. OUTROS
Para além do exposto, este exercício de 2011 foi extremamente dinâmico em termos da
prossecução dos objectivos estruturantes do hospital que traduzem a preocupação em acreditar o
hospital na comunidade que serve, afirmando-o publicamente como, cada vez mais, o hospital de
referência, pelas respostas qualitativas e quantitativas disponíveis num contexto de compromisso
para com os nossos utentes.
De relevante importa, ainda, destacar os seguintes eventos que ilustram o dinamismo e a
capacidade de iniciativa que marcam o período de Janeiro a 31 de Março de 2011 e enquadram o
contexto de envolvimento com a comunidade do Hospital:
� Continuação do processo de acreditação pela Joint Commission International.
� Alargamento do Processo Clínico Electrónico com a integração dos MCDT da ORL e da
Urologia.
� Desenvolvimento das obras de reabilitação do interior do hospital (2ª fase da recuperação dos
edifícios do hospital), processo que se prolongará até 2012 e que envolverá todo o hospital.
� Inauguração da nova cozinha e refeitório do hospital, estrutura que representa cerca de €
2.000.000 de investimento.
� Inauguração do novo Serviço de Medicina Intensiva e do novo Serviço de Cardiologia, com
início de funcionamento da nova Unidade de Hemodinâmica e Intervenção Cardiovascular,
que permitiu a realização de cateterismos cardíacos e vasculares e a implantação de
pacemakers.
� Início da empreitada do novo Serviço de Urgência Geral.
� Conclusão do projecto de remodelação das instalações de hidroterapia do Serviço de
Medicina Física e Reabilitação.
� Início de funcionamento do Gabinete de Gestão de Risco Clínico e Não Clínico.
� Início das obras de construção e instalação da Central de Cogeração, em parceria com o
SUCH.
� Execução da empreitada da nova Unidade de Internamento de Curta Duração.
� Início do projecto de implementação da reorganização da logística hospitalar ao nível do
Serviço Farmacêutico.
� Início do projecto de reorganização logística do Serviço de Aprovisionamento.
� Continuação do projecto de substituição total das camas hospitalares.
53
� Conclusão do concurso público para a concessão da exploração dos parques de
estacionamento do HSA.
� Lançamento do concurso público para a expansão e remodelação da rede de ar frio nos
serviços de Imagiologia, Administrativos e Consulta Externa / Exames Especiais.
� Início do projecto de substituição dos candeeiros de tecto do Bloco Operatório Central.
� Abertura da Sala II do recobro do Bloco Operatório Central.
54
PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS
O Conselho de Administração propõe, nos termos do artigo 23º dos Estatutos, aprovados pelo
Decreto-Lei nº 233/2005, de 29 de Dezembro, que o lucro líquido obtido no exercício, no
montante de € 554.956,17, tenha a seguinte aplicação:
Para Reserva Legal € 111.000,00
Para Reserva para Investimentos € 443.956,17
Leiria,
O Conselho de Administração
______________________________ HELDER MANUEL MATIAS ROQUE
Presidente
______________________________ LICINIO OLIVEIRA DE CARVALHO
Administrador Executivo
______________________________ FERNANDA PINHAL
Directora Clínica
______________________________ EMILIA FAEL
Enfermeira Directora