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UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO RELATÓRIOS: ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO DOS SOLOS SANTA BÁRBARA D’OESTE – SP 2013

Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

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Relatório realizado pelos alunos do quinto semestre do curso de Arquitetura e Urbanismo da UNIMEP, na disciplina de Técnicas Construtivas V, ministradas pelo professor e mestre Eduardo Salmar Nogueira e Taveira.

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Page 1: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

RELATÓRIOS: ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO DOS SOLOS

SANTA BÁRBARA D’OESTE – SP 2013

Page 2: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

SUMÁRIO

1. ENSAIO DE RETRAÇÃO (ENSAIO DE CAIXA)........................................

1.1 Introdução..............................................................................................

1.2 Objetivo.................................................................................................

1.3 Ensaio.....................................................................................................

1.4 Materiais.................................................................................................

1.5 Procedimento.........................................................................................

1.6 Análises...................................................................................................

1.7 Observações...........................................................................................

2. ENSAIO DE GRANULOMETRIA (ENSAIO DE PENEIRA)

2.1 Introdução.............................................................................................

2.2 Objetivo do Ensaio.................................................................................

2.3 O que o Ensaio Determina...................................................................

2.4 Materiais Utilizados..............................................................................

2.5 Passo a Passo do Ensaio....................................................................

2.6 Resultados...........................................................................................

2.6.1 Módulo de Finura...............................................................................

2.6.2 Classificação de DuffAbrams.............................................................

2.6.3 Gráfico Granulométrico.......................................................................

2.7 Conclusão..............................................................................................

3. ENSAIO DE ESTRUTURA DA AREIA COM E SEM ÁGUA

3.1 Instrumentos Utilizados........................................................................

3.2 O processo...........................................................................................

4. ENSAIO DE PLASTICIDADE COM LAMA REFORÇADA

4.1 Objetivo...............................................................................................

4.2 Material.................................................................................................

4.3 Procedimento........................................................................................

4.4 Conclusão............................................................................................

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5. ENSAIO DE COMPACTAÇÃO (NATURAL E ESTABILIZADO COM

CIMENTO)

5.1 NBR...................................................................................................

5.2 Compactação........................................................................................

5.3 Sistemas Construtivos que Utilizam Compactação..............................

5.4 Adição de Estabilizantes......................................................................

5.5 Teor de Água........................................................................................

5.6 Objetivo dos Ensaios...........................................................................

5.6.1 Objetivo do Ensaio de Compactação..........................................

5.6.2 Objetivo do Ensaio de Imersão..................................................

5.6.3 Objetivo do Ensaio de Resistência a Compressão.....................

5.7 Execução do Ensaio de Compactação.................................................

5.8 Execução do Ensaio de Imersão.........................................................

5.9 Execução do Ensaio de Resistência...................................................

6. ENSAIO DE ADIÇÃO DE FIBRAS EM BLOCO MOLDADO

6.1 Introdução...........................................................................................

6.1.1 Objetivo.......................................................................................

6.1.2 Concreto.....................................................................................

6.1.3 Tipos de fibras utilizadas...........................................................

6.1.4 Função das fibras no bloco moldado.........................................

6.1.5 Normas técnicas.........................................................................

6.1.6 Adobe..........................................................................................

6.1.7 Referências para Fabricação do Adobe..................................

6.2 Fabricação do Adobe no LABSIS.........................................................

6.2.1 Definição do Traço......................................................................

6.2.2 Ensaios.......................................................................................

6.3 Ensaio de Flexocompressão.................................................................

6.3.1 Fotos do Ensaio.........................................................................

6.4 Equipamentos Utilizados...................................................................

6.5 Conclusão............................................................................................

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7. ENSAIO DE AUMENTO DE ADERÊNCIA COM COLA AZULEJO

7.1 Introdução............................................................................................

7.2 Pesquisa – Cola Azulejo......................................................................

7.3 Procedimento.......................................................................................

7.3.1 Argamassa de Terra para Reboco..........................................

7.3.1.1 Materiais......................................................................

7.3.1.2 Execução.....................................................................

7.3.2 Argamassa de Terra para Reboco com Cola Azulejo.............

7.3.2.1 Materiais.........................................................................

7.3.2.2 Execução........................................................................

7.4 Conclusão..........................................................................................

Referências Bibliográficas.........................................................................

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1. ENSAIO DE RETRAÇÃO - ENSAIO DE CAIXA Relatório: Teste de Retração

Discentes: Allan Drape

João Vitor Paro

Renato Tognetti Cadaval

1.1 Introdução

O solo é uma alternativa ecologicamente correta para a composição de

materiais para a construção civil. O solo-cimento pode representar uma alternativa

interessante para este setor.

O solo-cimento é definido como uma mistura de solo, cimento e água que

após compactado a uma umidade ótima, da origem a um material de boa resistência

e durabilidade, podendo ser empregado de várias formas na construção civil. Em

geral, o tipo de solo mais apropriado para a constituição do solo-cimento, é o solo

arenoso, porém solos argilosos também podem ser utilizados, desde que sejam

corrigidos com adição de areia. Tal adição baseia-se no Teste de retração, ou

também denominado Teste de caixa.

1.2 Objetivo

O Teste de retração tem por objetivo, como o nome sugere observar o

comportamento de retração da amostra, determinando assim a quantidade de argila

presente no solo analisado. Sabendo que o limo não se retrai, o teste permite

diferenciar a parte argilosa da parte limosa da amostra.

Consiste em preencher uma caixa de madeira com o solo umedecido, em

seguida deixar o material em repouso por sete dias protegido do sol ou três dias

exposto ao mesmo, para que possa ser conferida sua retração longitudinal. Se a

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Page 7: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

mesma apresentar valor inferior a 20 milímetros, o solo é adequado ao preparo de

solo-cimento.

1.3 Ensaio

Analisamos o solo disponível de quatro formas diferentes:

1°- Amostra natural, sem adição de areia, apenas com a terra peneirada.

2° - Amostra do solo com adição de 30% de areia.

3° - Amostra do solo com adição de 60% de areia.

4° - Amostra do solo com adição de 90% de areia.

Os procedimentos a seguir foram realizados igualmente nas quatro amostras,

com as exceções da primeira; sem peneiramento, e das seguintes na porcentagem

de areia adicionada, conforme já citado.

1.4 Materiais

- Caixa de madeira com as medidas internas: 60 de comprimento, 4 cm de

largura e 1 cm de profundidade.

- Amostras do solo a ser analisado.

- Areia para possível correção.

- Peneira com abertura de 4,8mm.

- Óleo desmoldante.

- Colher de obra.

- Balança.

- Bacia.

- Água.

1.5 Procedimento - Peneiramento do solo com uma peneira de abertura de 4,8mm (Imagem 01),

separando as amostras em quatro bacias diferentes.

- Pesagem das amostras para posterior correção da porcentagem de areia

(Imagens 02, 03 e 04).

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Page 8: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

- Coleta e peneiramento da areia com uma peneira de abertura de 4,8mm

(Imagem 05).

- Pesagem de três amostras de areia (Imagem 06, 07, 08), para chegar à

porcentagem desejada aos testes de correção (30%, 60% e 90%), adicionando às

três bacias de terra (Imagem 09).

- Em bacias separadas foram adicionados ao solo a areia na porcentagem

correta (com exceção da primeira amostra, que é natural).

- Água é adicionada nas bacias, pouco a pouco, misturando até se obter o

“pega” da amostra na colher (Imagem 10).

- Aplica-se óleo desmoldante nas respectivas caixas para os ensaios.

- Com a colher se adiciona as amostras nas caixas dos testes, de forma que

todo o recipiente seja preenchido pela mesma.

- Guardam-se as caixas dos ensaios em um local que não receba sol por

durante sete dias para posterior análise.

Imagem 01 – Peneiramento do solo Imagem 02 – Pesagem amostra 02 Imagem 02 – Pesagem amostra 03 Imagem 03 – Pesagem amostra 04

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Page 9: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

Imagem 05 – Peneiramento da areia Imagem 06 – Pesagem para amostra 02 Imagem 07 – Pesagem para amostra 03 Imagem 08 – Pesagem para amostra 04 Imagem 09 – Amostras de solo e areia Imagem 10 – Água adicionada à amostra

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Page 10: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

1.6 Análises

Amostra 1 - Na amostra natural, sem adição de areia, se podem observar

fissuras e uma pequena variação de volume – é um solo com argila pouco ativa

(média absorção de água).

Amostra 2 – Com adição de 30% de areia no solo, a amostra não apresentou

retração e nem fissuras, provando que essa combinação no solo analisado se tornou

possível no uso do solo-cimento.

Amostra 3 - Com adição de 60% de areia no solo, a amostra não apresentou

retração e nem fissuras, provando que essa combinação no solo analisado se tornou

possível no uso do solo-cimento.

Amostra 4 – Com adição de 90% de areia no solo, a amostra não apresentou

retração nem fissuras, porem apresentou aspecto demasiadamente arenoso, não

sendo indiciado para o uso do solo-cimento.

1.7 Observações

Segundo Specht (2000, apud PITTA, 1985), quanto maior a fração

argilosa de um solo, tanto mais será a sua tendência à retração. O tipo de

argila também tem influência. Um dos fatores mais influentes na retração do

solo é o conteúdo de água no momento da compactação. Para obtenção da

menor retração total, a compactação deveria ser efetuada pouco abaixo da

umidade ótima.

Também, pode-se observar uma relação entre o decréscimo de retração

do solo com o aumento da quantidade de areia no solo (até certo ponto).

Quanto maior a porcentagem de areia, ou seja, quanto maior a granulometria

do solo, menor é a sua retração. Porém, isso aumenta o custo da utilização do

material, podendo implicar na sua inviabilidade.

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Page 11: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

2. ENSAIO DE GRANULOMETRIA - ENSAIO DE PENEIRA

Discentes: Diogo Warwick Coimbra Liborio

Vanderlei Antonio Sonego Junior

Renan Zambello da Silva

Thais Lacerda Tesch

2.1 Introdução

Trabalho realizado na disciplina de Técnicas Construtivas V com o objetivo de

fazer o ensaio de peneira (ensaio de granulometria), para compreender como que a

partir do estudo dos tamanhos dos grãos do solo, podemos caracterizá-lo e o seu

comportamento perante a sua utilização.

Foram realizados estudos preliminares de normas (NBR 7181, NBR 6457),

dos equipamentos a serem utilizados no ensaio e os métodos para aa elaboração

dos cálculos e do gráfico de granulometia. Ao final do levantamento teórico, usamos

o laboratório (LABSIS) para executar o ensaio.

2.2 Objetivo do Ensaio

A analise granulométrica de um solo é o estudo do tamanho das partículas ou

grãos que compõem esse solo. Ela serve para nos orientar sobre sua classificação e

o comportamento do mesmo quanto a sua utilização.

Faz-se distribuindo-se em diversas frações de solos, conforme seus

tamanhos. Estas frações do solo são expressas em porcentagens de peso da

amostra tomada.

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Page 12: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

2.3 O que o Ensaio Determina

De acordo com a escala granulométrica brasileira da ABNT, classificamos “as

fraçõesconstituintes” do solo como:

• Pedras: 200mm - 20mm

• Pedregulhos: 20mm - 2mm

• Areia Grossa: 2mm - 0,2mm

• Areia Fina: 0,2mm - 0,02mm

• Silte: 0,02mm - 0,002mm

• Argila < 0,002mm

• Materiais orgânicos e outros

2.4 Materiais Utilizados

Material Imagem

Amostra de Solo Seca

Recipiente de Plástico

Colher de Pedreiro

Aparelho Vibrador para Peneiras

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Page 13: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

Peneiras Padronizadas (nº 10,16,30,50,100,200)

Balança com Precisão de 0,01g

Escovas de Limpeza

2.5 Passo a Passo do Ensaio Passo Imagem 1º Tarar a balança, tirando o peso do recipiente de plástico.

2º Depositar 500g do solo seco no recipiente de plástico.

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Page 14: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

3ºDepositar a amostra de solo na peneira nº10

4º Posicionar as peneiras padronizadas no aparelho vibrador para peneiras.

5º Fechar e travar a tampa do vibrador, em seguida ajustar o aparelho, freqüência (5 vibrações/s) e o tempo (1min)

6º Esperar o vibrador parar a vibração, em seguida destampar e destravar o aparelho.

7º Tarar todas as peneiras padronizadas, e pesar toda amostra que foi retida em cada uma, para definir o quanto foi retido em cada peneira.

8º Elaborar os cálculos e o gráfico granulométrico

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Page 15: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

2.6 Resultados Nº Peneira Aberura

(mm) Material Retido (g)

Material Retido (%)

Material Retido Acumulado (%)

Material Acumulado Passando (%)

10 2,00 30 6 6 94 16 1,19 13 3 9 91 30 0,59 27 5 14 86 50 0,297 304 60 74 26 100 0,149 103 20 94 6 200 0,074 23 5 99 1 Prato 1 1 100 0 Total 500 100

2.6.1 Modulo de Finura MF = (Soma das porcentagens retidas acumuladas em massa)/100

MF = (6+9+14+74+94+99)/100

MF = 296/100

MF = 2,96

2.6.2 Classificação de DuffAbrams

• Areia Grossa: MF > 3,90

• Areia Média: 3,90 > MF > 2,40

• Areia Fina: MF < 2,40

De acordo com a classificação de DuffAbrams a amostra de solo é de areia

média (3,90 > MF > 2,40).

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Page 16: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

2.6.3 Gráfico Granulométrico

2.7 Conclusão Com o ensaio granulométrico podemos concluir que a amostra de solo a partir

da classificação de Duff Abrams é de areia média. Com a interpretação dos

resultados descobrimos as porcentagensde cada componentes do solo, 14% de

areia grossa, 80% de areia média, e 6% de silte e argila.

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Page 17: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

3. ENSAIO DE ESTRUTURA DA AREIA COM E SEM ÁGUA

Discentes: Ana Carolina Maura

André

Eduarda Rodrigues

Larissa Fujihara

Lina Borges

3.1 Instrumentos Utilizados Funil

Recipientes (um deles com um pouco de agua no fundo)

Areia Branca

Estrutura para que segurasse o funil

3.2 O Processo:

- Peneiração de areia em dois tipos de peneira nº10 (1 litro) e nº100 (500ml)

Primeiro ensaio feito com a areia fina - usado peneira nº100 - depois de peneirada,

foi dividida em duas partes (250ml cada), para ser realizado em duas partes;

primeira: tampando o buraco do funil e despejando toda a areia fina num recipiente

seco, para que ela caia continuamente para ver como se estrutura; segunda: da

mesma maneira despejando a areia fina, mas agora num recipiente com um pouco

d'agua no fundo para ver como se estrutura e sua absorção.

- Segundo ensaio, foi feito da mesma maneira, mas agora com areia grossa -

usado peneira nº10 - depois de peneirada, foi dividida em duas partes (500ml cada),

e o ensaio foi realizado da mesma maneira, em dois recipientes por meio do funil

para que caísse continuamente (seco e molhado para ver sua estruturação).

- Houve grande diferença entre os dois ensaios, na primeira parte do primeiro

ensaio - sem água - o que percebe ao olho nu, é que a areia fina não se estrutura,

ela se "desmonta" se "esparrama", já na segunda parte do primeiro ensaio - com

agua - depois de formar sua base a areia continua caindo igualmente por cima, vira 12

Page 18: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

um "monte" meio arredondado e liso. O segundo ensaio, na primeira parte - sem

água - a areia mais grossa vira um "monte" mais estruturado do que no primeiro

ensaio, mas ainda não tem condições de "parar em pé", já na segunda parte do

segundo ensaio - com água - quando já não há mais areia para cair, percebe-se

claramente, que a areia mais grossa absorve a água mais rapidamente, mas ao

contrario do primeiro ensaio, o monte fica meio "esburacado" parecendo um

formigueiro e ele fica mais "espalhado" e pontudo, parecendo mais com uma

pirâmide.

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Page 19: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

L]

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Page 20: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

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Page 21: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

4. ENSAIO DE PLASTICIDADE COM LAMA REFORÇADA

Discentes: Bruna Garbim

Bruno Cazissi

Jheniffer Jorge

4.1 Objetivo

O Ensaio de Abatimento do Tronco de Cone, ou SLUMP TEST, é normatizado pela NBR NM 67 mede a consistência e a fluidez da massa, permitindo que se tenha o controle à uniformidade. A principal função deste ensaio é fornecer uma metodologia simples e convincente para se controlar a uniformidade da produção do solo cimento em diferentes betonadas. Desde que, na dosagem, se tenha obtido um solo cimento trabalhável, a constância do abatimento indicará a uniformidade da trabalhabilidade. O teste foi criado para o concreto, e não para o solo cimento. Por isso, tivemos que realizar várias tentativas para podermos chegar a uma conclusão, e descobrir a trabalhabilidade e fluidez do solo cimento.

4.2 Material

• Molde de “cone” com o complemento metálico de enchimento (colarinho) • Haste de socamento (16 mm de diâmetro e 600 mm de comprimento). • Placa metálica de base com 500 mm de lado e 3 mm de espessura. • Trena • Concha metálica. • Terra selecionada • Peneira de malha ABNT de 4,8 mm • Balança • Água • Cimento

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Page 22: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

4.3 Procedimento

O ensaio foi realizado duas vezes, devido a confusões nas medidas dos materiais.

1º tentativa • Separação dos materiais 10 kg de terra - 25% (2,5 kg) do mesmo valor de cimento – e 30% (3,5 kg) do

total de massa seca de água

• Mistura de todos os materiais • Montagem do equipamento • Execução do teste • Resultado final

Fig. 1: Peneiramento

do solo

Fig. 2: Separação da quantidade necessária dos materiais

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Page 23: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

2º tentativa

• Separação dos materiais 9,6 kg de terra – 15% (2,3 kg) de cimento – 17% (2 kg) de água • Mistura de todos os materiais • Montagem do equipamento • Execução do teste • Resultado final

Fig. 3: Mistura dos materiais

Fig. 4: Adição de água

Fig. 5: Massa final

Fig. 6: Execução

Fig. 7: Resultado final

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Page 24: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

3º tentativa • Separação dos materiais 10kg de terra- 10% (1kg) de cimento- 16% (1,6 kg) de água • Mistura de todos os materiais • Montagem do equipamento • Execução do teste • Resultado final

Fig. 8: Massa final

Fig. 9: Execução

Fig. 10: Resultado final

Fig. 11: Medição

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Page 25: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

Resultado: Obtivemos uma massa mais consistente e então realizamos o ensaio que teve o abatimento de 100mm.

4º tentativa • Separação dos materiais

10kg de terra- 10% (1kg) de cimento- 18% (1,8 kg) de água • Mistura de todos os materiais • Montagem do equipamento • Execução do teste • Resultado final

Fig. 12: Mistura

Fig. 13: Execução

Fig. 14: Resultado final

Fig. 15: Massa final

Fig. 16: Execução

Fig. 17: Resultado final

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Page 26: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

Resultado: Obtivemos uma massa consistente e então realizamos o ensaio que teve o abatimento de 450mm.

3º tentativa • Separação dos materiais 10kg de terra- 10% (1kg) de cimento- 20% (2,0 kg) de água • Mistura de todos os materiais • Montagem do equipamento • Execução do teste • Resultado final

Resultado: Obtivemos uma massa menos consistente e então realizamos o ensaio que teve o abatimento de 900mm.

5º tentativa • Separação dos materiais 10kg de terra- 10% (1kg) de cimento- 22% (2,2 kg) de água • Mistura de todos os materiais • Montagem do equipamento • Execução do teste • Resultado final

Resultado: Obtivemos uma massa aguada e então realizamos o ensaio que

teve o abatimento de 1400mm.

Fig. 18: Massa final

Fig. 19: Execução

Fig. 20: Medição

Fig. 21: Massa final

Fig. 22: Execução

Fig. 23: Medição

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Page 27: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

6º tentativa • Separação dos materiais 10kg de terra- 10% (1kg) de cimento- 25% (2,5 kg) de água • Mistura de todos os materiais • Montagem do equipamento • Execução do teste • Resultado final

Resultado: Obtivemos uma massa muito aguada e então realizamos o ensaio

que teve o abatimento de 2650mm.

Após todas as tentativas, utilizamos a massa final em moldes. Depois do tempo de cura (7 dias), fizemos um teste de “flexo compressão” que resultou em 0,54 Pa.

4.6 Conclusão

Concluímos que apesar do teste não ser feito para o solo cimento, podemos através dele, ter alguns parâmetros para a trabalhabilidade e fluidez do material, alterando a volumetria de água presente na massa. Após todas as tentativas temos que o solo cimento composto por 20% à 22% de água, tem uma fluidez e trabalhabilidade aceitável.

Fig. 24: Execução

Fig. 25: Resultado final

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Page 28: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

5. ENSAIO DE COMPACTAÇÃO - NATURAL E ESTABILIZADO COM CIMENTO

Discentes: Bruna Caroline Teixeira

Isabela de Barros

Ingridie Cruanes

5.1.1 NBR 7182 da ABNT – Ensaio de compactação

5.1.2 Objetivo

Esta norma prescreve o método para determinar a relação entre o teor da umidade e

a massa especifica aparente, seca de solos quando compactados, de acordo com os

processos especificados.

5.1.3 Normas Complementares

Na aplicação desta Norma é necessário consultar:

NBR 5734 – Peneira para ensaios – Especificação.

NBR 6457 – Amostras de solo – Preparação para ensaio de compactação e ensaios

de caracterização – Método de ensaio.

NBR 6458 – Grãos de pedregulho retidos na peneira de 4.8 mm – Determinação da

massa especifica, da massa especifica aparente e da absorção de água – Método

de ensaio.

NBR 6508 – Grãos de solo que passam na peneira de 4.8mm – Determinação da

massa especifica – Método de ensaio.

5.1.4 Aparelhagem

A aparelhagem necessária para a execução do ensaio é a seguinte:

a) Balanças que permitam pesar nominalmente 10 kg e 200g, com resoluções de

1g e 0,01 g, respectivamente, e sensibilidades compatíveis;

b) Peneiras de 19 e 4,8 mm, de acordo com a NBR 5734;

c) Estufa capaz de manter a temperatura entre 105° e 110°;

d) Cápsulas metálicas, com tampa, para determinação de umidade;

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Page 29: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

e) Bandejas metálicas de 75 cm x 50 cm x 5 cm;

f) Régua de aço biselada com comprimento de 30 cm;

g) Espátulas de lamina flexível com aproximadamente 10 cm e 2 cm de largura

e 12 cm de comprimento, respectivamente;

h) Cilindro metálico pequeno (cilindro de Proctor)

i) Cilindro metálico grande (cilindro de CBR)

j) Soquete pequeno

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Page 30: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

- consiste de um soquete metálico com massa de (2.500 +- 10)g e dotado de

dispositivo de controle de atura de queda (guia), que é de (305 +- 2) mm.

k) Soquete grande

- consiste de um soquete metálico com massa de (4.536 +- 10)g e dotado de

dispositivo de controle de atura de queda (guia), que é de (457 +- 2) mm.

l) Provetas de vidro com capacidade de 1.000 cm³, 200 cm³ e 100cm³ e com

graduações de 10 cm³, 2cm³ e 1cm³ e 1cm³, respectivamente.

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Page 31: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

m) Desempenadeira de madeira com 13cm x 25 cm.

n) Extrator de corpo-de-prova.

o) Conchas metálicas com capacidade de 1.000 cm³ e 500 cm³.

p) Base rígida, preferencialmente de concreto, com massa superior a 100kg.

q) Papel filtro com diâmetro igual ao do molde empregado.

5.1.5 Energias de Compactação

5.1.4.1 As energias de compactação especificadas nesta Norma são: normal,

intermediária e modificada

5.1.4.2 O cilindro pequeno pode ser utilizado somente quando a amostra,

após e preparação passa integralmente na peneira 4.8 mm.

5.1.5 Execução do Ensaio Ensaio realizado com reuso de material, sobre amostras preparadas com secagem prévia até a umidade higroscópicos. I. Fixar o molde cilíndrico à sua base, acoplar o cilindro complementar e

apoiar o conjunto em uma base rígida. Caso se utilize o cilindro grande, colocar o

disco espaçador. Se necessário, colocar uma folha de papel filtro com diâmetro igual

ao do molde utilizado, de modo a evitar a aderência do solo compactado com a

superfície metálica da base ou do disco espaçador.

II. Tomar a amostra preparada para ensaios com reuso de material de

acordo com a NBR 6457.

26

Page 32: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

III. Na bandeja metálica, com auxilio de proveta de vidro, adicionar água

destilada, gradativamente e revolvendo continuamente o material, de forma a se

obter teor de umidade em torno de 5% abaixo da umidade ótima presumível.

Notas: a) Para determinados solos, a uniformização da umidade, quando da

incorporação da agua do material sexo ate a umidade higroscópica, pode apresentar

algumas dificuldade. Neste caso, recomenda-se que a amostra a ser ensaiada, após

a adição da agua e o revolvimento do material, se já colocada em saco plástico

vedado em processo de cura numa câmara úmida durante 24 horas. Antes da

compactação, deve-se proceder a um revolvimento adicional da amostra.

b) Para o ensaio realizado sem reuso do material, proceder de forma análoga, para

cada um das porções a serem ensaiadas. Quando for adotado este procedimento, o

mesmo deve ser explicitado junto com os resultados.

IV. Após completa homogeneização do material, proceder à sua

compactação, atendo-se ao soquete, número de camadas e número de golpes por

camada correspondentes à energia desejada, como especificado no Capitulo 4. Os

golpes do soquete devem ser aplicados perpendicularmente e distribuídos

uniformemente sobre a superfície de cada camada, sendo que as alturas das camas

compactadas devem resultas aproximadamente iguais. A compactação de cama

camada deve ser procedida de uma ligeira escarificação da camada subjacente.

NOTA: Quando o corpo-de-prova estiver sendo moldada para a realização de outros

ensaios (CBR, compressão simples, permeabilidade), a determinação da umidade,

h, deve ser feita com uma porção de amostra remanescente na bandeja, retirada

imediatamente após a compactação da segunda camada, e de acordo com a NBR

645. Neste caso, fica sem efeito o procedimento preconizado em VII.

V. Após a compactação da ultima camada, retirar o cilindro complementar

depois de escarificar o material em contato com a parede do mesmo, com auxilio de

espátula. Deve haver um excesso de, no máximo, 10 mm de solo compactado acima

do molde que deve ser removido e rasado com auxilio de régua biselada. Feito isso,

remover o molde cilíndrico de sua base e, no caso do cilindro pequeno, rasar

também a outra fase.

VI. Pesar o conjunto, com resolução de 1g e, por subtração do peso do

molde cilíndrico, obter o peso úmido do solo compactado, Ph.

27

Page 33: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

VII. Com auxilio do extrator, retirar o corpo-de-prova do molde e do centro

do mesmo, tomar uma amostra para determinação da umidade, h, de acordo com a

NBR 6457.

VIII. Destorroar o material, com auxílio da desempenadeira e da espátula,

até que passe integralmente na peneira de 4,8 mm ou na de 19 mm,

respectivamente, conforme a amostra, após preparada, tenha ou não passado

integralmente na peneira de 4,5 mm.

IX. Juntar o material assim obtido com o remanescente na bandeja e

adicionar água destilada, revolvendo o material, de forma a incrementar o teor de

umidade de aproximadamente 2%.

X. Repetir as operações descritas em I e de IV em diante, até se obter

cinco ponto, sendo dois no ramo seco, um próximo à umidade ótima,

preferencialmente no ramo seco e dois no ramo úmido da curva de compactação.

Ensaio realizado sem reuso de material, sobre amostras preparadas com secagem prévia até a umidade higroscópica. A. Tomar a amostra preparada para ensaios sem reuso de material de

acordo com a NBR 6457 e dividi-la em cinco porções iguais.

B. A seguir, com cada uma dessas porções proceder como descrito em

5.1.1 e de 5.1.3 a 5.1.7, ressalvando-se que a primeira porção deve estar com teor

de umidade em torno de 5% abaixo da umidade ótima presumível, a segunda

umidade 2% superior à primeira, e assim por diante.

C. As porções ensaiadas devem ser desprezadas e dos cinco pontos

obtidos ao final do ensaio, dois devem estar no ramo seco, um próximo à umidade

ótima, preferencialmente no ramo seco, e dois no ramo úmido da curva de

compactação.

Ensaio realizado com reuso de material, sobre amostras preparadas a 5% abaixo da umidade ótima presumível. Tomar a amostra preparada para ensaios com reuso de material de acordo

com a NBR 6457.

5.3.2) A seguir, proceder como descrito em I de IV a X;

28

Page 34: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

5.4) Ensaio realizado sem reuso de material, sobre amostras preparadas a 5%

abaixo da umidade ótima presumível.

5.4.1) Tomar a amostra preparada para ensaios sem reuso de material, de

acordo com a NBR 6457 e dividi-la em cinco porções iguais.

5.4.2) Com a primeira porção, proceder como descrito em I e de IV a VII

Para as demais porções, proceder como descrito em I e de III a VII, ressalvando-se

que a segunda porção deve estar com teor de umidade 2% superior à primeira, e

assim por diante.

5.4.3) As porções devem ser desprezadas e dos cincos pontos obtidos no

final do ensaio, dois devem estar no ramo seco, um próximo a umidade ótima,

preferencialmente no ramo seco, e dois no ramos úmido da curva de compactação.

5.5) Ensaio realizado sem reuso de material, sobre amostras preparadas a 3%

acima da umidade ótima presumível.

5.5.1) Tomar a amostra preparada de acordo com a NBR 6457 e dividi-la

em cinco porções iguais.

5.5.2) Com a primeira porção, proceder como descrito em I e de IV a VII

Para as demais porções, proceder da mesma forma ressalvando-se que a segunda

porção deve estar com a umidade 2% inferior à primeira, e assim por diante. As

condições de umidade preconizadas devem ser obtidas por secagem das porções

ao ar.

5.5.3) As proporções ensaiadas devem ser desprezadas e dos cincos ponto

obtidos ao final do ensaio, dois devem estar no ramo seco, um próximo à umidade

ótima, preferencialmente no ramo seco, e dois no ramo úmido da curva de

compactação.

6) CALCULOS

6.1) Determinar a massa especifica aparente seca, utilizando-se a expressão:

Onde.

Ys = massa especifica aparente seca, em g/cm³;

Ph = peso úmido do solo compactado, em g;

29

Page 35: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

V = volume útil do molde cilíndrico, em cm³; e

H = teor de umidade do solo compactado, em %.

6.2) Recomenda-se determinar a curva de saturação (relação entre a massa

especifica aparente seca e o teor de umidade, para grau de saturação do solo igual

a 100%), utilizando-se a expressão:

Onde.

Ys = massa especifica parente seca, em g/cm³;

S = grau de saturação, igual a 100%;

H = teor de umidade, arbitrado na faixa de interessem, em %;

= massa especifica dp grãos do solo, determinada e de acordo com a NBR

6508 ou a NBR 6458, em g/cm³; e

= massa espeficica da aguada, em g/cm³ (considerar igual a 1,00 g/cm³)

7) RESULTADOS

7.1) Curva de compactação

Utilizando-se coordenadas cartesianas normais, traçar a curva de compactação,

marcando-se em abcissas os teores de umidade, h, e em ordenadas as massas

especificas aparente secar correspondentes, Ys. A curva resultante deve ter um

formato aproximadamente parabólico.

7.2) Massa especifica aparente seca máxima

Valor correspondente à ordenado máxima da curva de compactação, expresso com

a proximação de 0,01 g/cm³.

7.3) Umidade ótima

Valor da umidade correspondente, na curva de compactação, ao ponto de massa

especifica parente seca máxima, expresso com a aproximação de 0,1%.

7.4) Curva de saturação

30

Page 36: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

Recomenda-se traçar à curva de saturação, no mesmo desenho da curva de

compactação.

7.5) Características do ensaio

Indicar o processo de preparação da amostra, a energia e o cilindro de compactação

utilizados e o processo de execução do ensaio.

5.2 Compactação

Compactação é um método de estabilização do solo através da aplicação de

alguma forma de energia, podendo ser essa manual ou mecânica.

A compactação confere ao solo um aumento de seu peso específico e resistência ao

cisalhamento, e uma diminuição do índice de vazios, permeabilidade e

compressibilidade.

Alguns dos equipamentos utilizados em campo são:

- SOQUETES

São compactadores de impacto utilizados em locais de difícil acesso para os rolos

compressores, como em valas, trincheiras, etc. Possuem peso mínimo de 15Kgf,

podendo ser manuais ou mecânicos.

- ROLOS ESTÁTICOS

Os rolos estáticos compreendem os rolos Pé-de-Carneiro, os rolos lisos de roda de

aço e os rolos pneumáticos.

• PÉ-DE-CARNEIRO

Os rolos Pé-de-Carneiro são constituídos por cilindros metálicos com

protuberâncias (patas) solidarizadas, em forma tronco cônica e com altura de

aproximadamente de 20cm. Podem ser alto propulsivos ou arrastados por trator. É

indicado na compactação de outros tipos de solo que não a areia e promove um

grande entrosamento entre as camadas compactadas.

31

Page 37: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

• ROLO LISO

Trata-se de um cilindro oco de aço, podendo ser preenchido por areia úmida ou

água, a fim de que seja aumentada a pressão aplicada. São usados em bases de

estradas, em capeamentos e são indicados para solos arenosos, pedregulhos e

pedra britada, lançados em espessuras inferiores a 15cm.

Os rolos lisos possuem certas desvantagens como, pequena área de contato e em

solos mole afunda demasiadamente dificultando a tração.

• ROLO PNEUMÁTICO

Os rolos pneumáticos são eficientes na compactação de capas asfálticas, bases

e sub-bases de estradas e indicados para solos de granulação fina e arenosa. Os

rolos pneumáticos podem ser utilizados em camadas de até 40 cm e possui área de

contato variável, função da pressão nos pneus e do peso do equipamento. Podem-

se usar rolos com cargas elevadas obtendo-se bons resultados. Neste caso, muito

cuidado deve ser tomado no sentido de se evitar a ruptura do solo.

32

Page 38: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

- ROLOS VIBRATÓRIOS

Nos rolos vibratórios, a freqüência da vibração influi de maneira extraordinária

no processo de compactação do solo. São utilizados eficientemente na compactação

de solos granulares (areias), onde os rolos pneumáticos ou pé-de-carneiro não

atuam com eficiência. Este tipo de rolo quando não são usados corretamente

produzem super compactação.

5.3 SISTEMAS CONSTRUTIVOS QUE UTILIZAÇÃO A COMPACTAÇÃO

- TAIPA

A taipa consiste na construção de paredes monolíticas de aproximadamente

50 cm de espessura com terra úmida, através de um processo de compactação

33

Page 39: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

realizado entre dois painéis de cofragem que são removidos após a secagem da

terra.

Este método requer pouca quantidade de água e por essa razão esta técnica

encontra-se com mais freqüência em regiões secas, onde a água não abunda. Na

sua utilização tradicional, este processo implicava prazos de obra muito longos.

Atualmente, o processo agilizou-se através da aplicação de formas metálicas

deslizantes e sistemas mecânicos de compactação da terra. Para este processo,

recorre-se quase sempre a adições de cimento ou cal à terra.

A terra utilizada na taipa é normalmente arenosa, rica em pedras e pouco

argilosa. A terra depositada em zonas aluvionares é habitualmente aproveitada para

as paredes em taipa. Muitas vezes, para aumentar a resistência mecânica à tração

da terra, é adicionada uma fibra vegetal (palha) ou sintética. A argila funciona como 34

Page 40: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

elemento aglutinador, a areia confere rigidez à estrutura e a gravilha proporciona

resistência mecânica.

- BTC: BLOCO DE TERRA COMPRIMIDO

É um dos métodos de construção em terra mais utilizados atualmente. Esta

técnica surge de uma evolução do adobe por estabilização do solo através de meios

mecânicos, consistindo da prensagem do solo confinado num molde, o que permite

obter blocos de terra prensada com melhores características que os blocos de

adobe.

Efetivamente, quando comparados com os blocos tradicionais de adobe, os

blocos de BTC têm formas e dimensões mais regulares e densidades superiores,

oferecendo assim uma melhor resistência à compressão, bem como a resistência à

erosão e à degradação através do contato com a água.

Os blocos compactados com recurso a prensas manuais requerem mais mão-

de-obra e tempo de fabrico. Por outro lado, têm a vantagem de ser mais econômicos

em termos de consumo energético e facilidade de transporte para o local de obra.

O bloco de terra compactado em prensa hidráulica não requer força manual,

tornando-se num processo de fabrico mais rápido, sobretudo em máquinas com

capacidade de compactar diversos blocos ao mesmo tempo. Além disso, também

torna o processo bastante fiável, uma vez que não depende tanto do operador.

Estes blocos apresentam resistências mecânicas substancialmente superiores

em relação aos prensados manualmente. Tendo ainda uma maior resistência ao

contacto com a água uma vez que existe uma menor quantidade de vazios.

35

Page 41: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

Prensa hidráulica para fabrico de BTC: a) Fixa; b) Móvel

Este método de construção em terra (BTC) é aquele que implica prazos de

construção mais curtos, pois praticamente não exige tempo de espera entre a

produção e a aplicação do material. A produção pode ser assegurada todo o ano,

independentemente das condições climáticas.

5.4 Adição de Estabilizantes Materiais que recebem a adição de cimento, cal ou estabilizantes que

aumentem expressivamente a coesão e a rigidez em relação ao material de origem,

aumentando a resistência à compressão e à tração. Desta forma adicionamos uma

porcentagem de cimento de 5%, 10%, 15% com uma porcentagem de água de 13%,

obtendo um mistura homogenia com o solo.

5.5 Teor de Água

No ensaio realizado foram feitos blocos com e sem a adição da água, e analisamos

que ela é essencial para que o bloco tenha uma boa resistência. Quando se realiza a

compressão com uma umidade muito baixa ou nula o atrito entre as partículas é

muito alto e não se consegue uma significativa redução de vazios. Para umidades

mais elevadas, a água provoca certo efeito de lubrificação entre as partículas, que

deslizam entre si, acomodando-se num arranjo mais compacto não deixando que os

grãos se soltem. 36

Page 42: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

5.6 Objetivo dos Ensaios 5.6.1 Objetivo do Ensaio de Compactação

O ensaio de compactação realizado analisou o teor de umidade, a energia a

ser utilizada e a colocação de um estabilizante químico, o cimento, observando as

patologias que surgiram e suas causas.

5.6.2 Objetivo do Ensaio de Imersão

Com o ensaio de compactação foram fabricados 4 blocos de solos com ou

sem adição da água e com diferentes porcentagens de cimento (0, 5, 10 e 15%). Os

blocos foram analisados após 24 horas e depois de 7 dias foi realizado o ensaio de

imersão desses em água.

Nesse ensaio foi analisada a ação da água sobre os blocos durante 24 horas,

observando com isso os vazios que ainda existiam e em que blocos estiveram em

maior quantidade tornado esse o de menor resistência.

5.6.3 Objetivo do Ensaio de Resistência a Compressão

Após as 24 horas do ensaio de imersão os blocos foram tirados da água e

sujeitos a sucessivas pancadas até que atingisse o seu limite chegando ao seu

limite.

Com isso analisamos o bloco que teria melhor desempenho ao ser submetido

à compressão.

5.7 Execução do Ensaio de Compactação

Além do soquete, é necessário uma forma para que seja feito a compactação

neste ensaio utilizamos uma caixa de madeira, que pode ser aberta no final do

ensaio para a retirada do protótipo. Medida da caixa: 0,153 x 0,15 metros por 0,15

de altura, volume total 3,44 litros.

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Page 43: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

Foram realizados quatro ensaios de compactação, utilizando:

1- Solo natural

2- Solo com 5% adição de cimento

3- Solo com 10% adição de cimento

4- Solo com 15% adição de cimento e 13% de água.

As principais fases de execução desse ensaio são:

Ao receber uma amostra de solo, para a realização do ensaio de compactação, o

primeiro passo é passar está em uma peneira #4.8.

O solo já peneirado é colocado com cuidado em um recipiente e nivelado com

uma régua.

Após o preparo da amostra, a mesma é colocada na forma (caixa de

madeira), e compactada com um soquete de madeira, caindo de uma altura de

aproximadamente 10 cm, em 16 camadas com 40 à 50 golpes por camada.

38

Page 44: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

O processo de retirada do corpo de prova é delicado e qualquer dano nessa

etapa, pode ser prejudicial.

FINALIZAÇÃO DO ENSAIO 1 : SOLO NATURAL

Após o termino do ensaio Após 24 hrs, do término do ensaio

39

Page 45: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

O procedimento para realizar o ensaio 2 e 3, foram semelhantes ao primeiro,

a diferença foi a adição do cimento na preparação do solo. Logo após a peneiração

do solo foi adicionado o cimento (também já peneirado) na quantidade solicitada

para cada ensaio.

A mistura do solo com o cimento desse ser homogênea.

FINALIZAÇÃO DO ENSAIO 2 : SOLO COM ADIÇÃO DE CIMENTO 5%

(0,172 litros)

40

Page 46: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

Devido à falta de água, ocorreu algumas fissuras no produto final.

FINALIZAÇÃO DO ENSAIO 3 : SOLO COM ADIÇÃO DE CIMENTO 10 % (

0,344 litros)

No ensaio 4, além do solo, foi utilizado 15% (0,516 litros) de cimento e 13%

(0,450 litros) de água. A água deve ser colocada aos poucos na mistura (solo com

cimento) até criar uma mistura consistente; a água em proporção ideal, melhora

fisicamente o solo para a compactação, mas se exceder na quantidade fica

inadequado. Na proporção ideal melhora as condições de resistência.

A quantidade de água utilizada foi ideal, mesmo assim, algumas vezes uma

mínima quantidade da mistura que estava sendo compactada se fixava no soquete.

41

Page 47: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

FINALIZAÇÃO DO ENSAIO 4 :

SOLO COM ADIÇÃO DE CIMENTO 15 % (0,516 l), e água 13% (0,450 litros)

Após o termino do ensaio Após 24 hrs, do término do ensaio

Na fase da retirada da forma, ocorreu um erro e gerou danos estéticos ao

produto final. (Imagem do lado direito)

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Page 48: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

Tabela de Quantidades

ENSAIO SOLO CIMENTO ÁGUA

1 6,539 kg - -

2 6,357 kg 0,172 litros -

3 6,153 kg 0,344 litros -

4 6,136 kg 0,516 litros 0,450 litros

5.8 Execução do Ensaio de Imersão

Após 7 dias do ensaio de compactação foi realizado o ensaio de imersão. O

processo consiste em colocar os blocos já prontos dentro de um recipiente com

água.

A água deve ser colocada no recipiente, antes dos blocos para que não

ocorra danos nos blocos por conta da pressão da água, logo após é colocado os

blocos.

Depois de 24 hrs, os blocos são retirados do recipiente de água.

Todos os blocos no recipiente cobertos por água

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Page 49: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

Bloco do ensaio 1, após o ensaio de imersão

Bloco do ensaio 2 e 3, após o ensaio de imersão

Bloco do ensaio 4, após o ensaio de imersão

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Page 50: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

5.9 Execução do Ensaio de Resistência Após os ensaios de compactação e imersão, foi executado o ensaio de

resistência.

Neste ensaio utilizamos apenas uma marreta, e golpeamos os blocos;

analisando qual iria aguentar mais quantidades de golpes.

(este ensaio foi realizado apenas com os blocos 2,3 e 4, o bloco 1 se desfez

totalmente no ensaio de imersão)

Resultados

Bloco 2: resistiu 3 golpes

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Page 51: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

Bloco 3: resistiu 4 golpes.

Bloco 4: resistiu 37 golpes. ( 9 vezes mais que o bloco

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Page 52: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

6. ENSAIO DE ADIÇÃO DE FIBRAS EM BLOCO MOLDADO

Discentes: Débora Correr

João Pedro Vidal Cabral

Letícia Ravelli Maistro

Mariana Silveira

6.1 Introdução 6.1.1Objetivo O objetivo do ensaio é testar a função das fibras em blocos moldados, se a

fibra melhora a questão estrutural e de sustentação do bloco.

6.1.2 Concreto O concreto com fibras consiste na adição de fibras na matriz cimentícia nos

blocos. No concreto, as fibras, sejam elas naturais ou sintéticas, são distribuídas de

forma aleatória, tendo a função de minimizar a formação o tamanho e o problema

das fissuras, além de apresentar uma melhoria nos níveis de sustentabilidade e

estruturação.

6.1.3 Tipos de Fibras Utilizadas Tanto a fibra sintética, quanto a natural são usados no tijolo de cimento,

porque o custo dos materiais tradicionais tem aumentado consideravelmente no

Brasil, por isso, a substituição de fibra sintética por fibras naturais vem expandindo.

As fibras sintéticas utilizadas são a fibra de aço e fibra de polipropileno.

No tijolo de adobe, é utilizada a fibra natural, como por exemplo, a fibra de

sisal, fibra de coco, o esterco de gado, etc.

6.1.4 Função da Fibra no Bloco Moldado As fibras funcionam como elemento de ligação e aeração. No primeiro caso

evitam que as fissuras de tensões moleculares ou mecânicas tenham continuidade

em trincas, ate o colapso estrutural da peça. No segundo, porque as canículas das

fibras contem ar e diminuem tempo de secagem das camadas internas do adobe,

atenuando a diferença em relação às camadas externas e diminuindo a tensão

47

Page 53: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

mecânica resultante dessa diferença. Por outro lado, a adição de fibras vegetais ou

animais pode constituir fator de redução da durabilidade dos adobes, na medida em

que, cedo ou tarde, esses materiais podem se degenerar, produzir fungos etc.,

comprometendo a estrutura interna dos adobes, taipas e paus a pique.

As fibras utilizadas podem ser o esterco ou placa. Ambos têm a função

estrutural e de sustentabilidade. O esterco ajuda na estabilização química e a palha

na estabilização física.

6.1.5 Normas Técnicas NBR 6457 – Amostras de solo – Preparação para ensaios de compactação e

ensaios de caracterização.

NBR 6460/83 – Tijolo maciço cerâmico para alvenaria – Verificação da

resistência à compressão.

OBS.: As normas descritas referem-se à fabricação com concreto, porém

essas normas são adaptadas para a fabricação com terra, uma vez que não existem

normas técnicas para a construção com terra.

6.1.6 Adobe O adobe é um dos mais antigos materiais de construção utilizados no mundo,

sua composição traz terra crua, água, palha e fibras naturais (quase sempre é

utilizado o esterco de gado), que são moldados artesanalmente em fôrmas e cozidos

ao sol. Do ponto de vista ecológico, este tipo de tijolo é benéfico, pois é um material

econômico e que regula a temperatura interna da construção. Mas seu uso requer

algumas ressalvas, uma vez que é indicado para locais onde haja pouca umidade.

Sua fabricação, que pode ser unitária ou de largas escalas, consiste no

amassamento da terra, que após alguns dias de descanso será colocada, ainda

úmida, sobre formas (geralmente de madeiras e retangulares) e em seguida

despejadas para secar ao sol.

Não existe uma dimensão determinada para os tijolos de adobe. Porém, na

maioria dos casos, as formas utilizadas não são muito grandes, as dimensões

variam em altura, largura e comprimento, respectivamente, de 8 x

12 x 25 cm até 10 x 30 x 46 cm.

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Page 54: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

As dimensões variam de acordo com a necessidade, mas normalmente o

tijolo deve ter o comprimento igual a duas vezes a largura e a altura próxima à

medida da largura. Podem ser individuais, duplas ou quádruplas, ter formatos

variados, por exemplo, em formato de cunha, com cantos arredondados, meio- tijolo,

etc.

6.1.7 Referências para Fabricação do Adobe

• MATERIAIS

A composição granulométrica ideal da mistura de solo para o adobe é de

quantidades de argila e silte entre 9 e 3% em peso, segundo Velloso et al. (1985).

Martinez (1979) define 20% de argila e 40 a 55% de areia. Alves (1985) considera

argila menor que 20% e areia superior a 45%. Já Hernandez et al. (1983) definem a

porcentagem ideal de areia para os adobes próxima de 50%, silte, 30% e argila,

20%, portanto é fundamental que o solo seja analisado por meio de testes de campo

e laboratório para verificar a necessidade ou não da correção granulométrica com

areia.

49

Page 55: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

A terra que será utilizada deve ser retirada a partir de uns 50cm de

profundidade, pois a camada mais superficial costuma ter boa quantidade de matéria

orgânica em decomposição e esse material pode influenciar negativamente na

qualidade do tijolo.

• PREPARO

Para preparar a massa faça uma pequena depressão no solo e cubra com

uma lona plástica grande. Coloque os ingredientes e vá pisando para juntar tudo.

Acrescente a água, bem devagar. A massa deve ficar bem plástica e moldável. A

quantidade de água é variável e depende do grau inicial de umidade do material

utilizado.

Depois de bem amassada comece a fazer os tijolos. Molhe as formas, pois

assim os tijolos saem com mais facilidade. Faça bolas com a massa e coloque

dentro da forma preenchendo bem os cantos. Retire o excesso de massa e

desenforme o tijolo.

Após retirar o tijolo passe a forma novamente na água e retire qualquer

resíduo que tenha ficado grudado. Os tijolos são postos para secar e depois de dois

dias devem ser virados.

Para a secagem completa dos tijolos pode demorar de poucos a vários dias

50

Page 56: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

dependendo das condições climáticas e da quantidade de umidade inicial do tijolo.

6.2 Fabricação do Adobe no LABSIS

6.2.1 Definição de Traço Utilizamos como medida, um recipiente de capacidade 2,9 L (3,63kg) de terra.

Para a fabricação de quatro adobes, foram utilizadas quatro medidas desse

recipiente, portanto, 14,5 kg de terra.

Durante o processo de amassamento, a água foi acrescentada aos poucos

até chegarmos à medida ideal de 2,2 L, quando a terra ficou com uma textura

argilosa e plástica.

As formas utilizadas para moldar os blocos devem ser untadas com água e

areia fina. Não é recomendado o uso de desmoldante neste caso, pois é pastoso e

adere à água da terra usada.

A mistura de terra é “jogada” (joga-se a massa de uma altura de

aproximadamente 1,00 metro da forma para sová-la e expulsar todo o ar, evitando

trincas) de maneira uniforme; retira-se o excesso com uma régua de madeira

molhada; e passa-se a mão molhada no bloco para regularizá-la na forma.

Para desenformar os blocos, deve-se levantar as formas agitando levemente

no sentido horizontal, e deixá-los secando à sombra (por recomendação do

professor). A cura dos blocos é de dois dias, quando devem ser virados

perpendicularmente à superfície. Após aproximadamente cinco dias, os blocos

estão prontos para uso.

Foram realizados cinco ensaios diferentes, que depois de uma semana,

serviram para testar a eficiência dos blocos moldados com fibra e sem fibra na

máquina de flexocompressão.

6.2.2 Ensaios

• 1º ensaio – 19/03/2014: Bloco moldado sem fibra

Para este ensaio, foram adicionadas apenas terra e água, nas proporções

citadas acima.

51

Page 57: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

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• 2º ensaio – 19/03/2014: Bloco moldado com fibra de capim seco

Além de terra e água nas medidas, foi adicionada uma quantidade de fibra

equivalente a 10% (1,16 L) da quantidade total em litros de terra (11,6 L).

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• 3º ensaio – 26/03/2014: Bloco moldado com fibra de coco

Neste ensaio mantiveram-se os mesmos valores de terra, água e fibra do 2º

ensaio, apenas substituindo a fibra de capim pela fibra de coco.

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• 4º ensaio – 26/03/2014: Bloco moldado com fibra de coco

Para comprovar se quanto mais fibra, maior a eficiência, aumentamos a sua

quantidade em 5% (0,58 L) da quantidade de terra, totalizando 1,54 L. Porém,

notamos que a mistura ficou muito arenosa.

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• 5º ensaio – 26/03/2014: Bloco moldado com fibra de coco

Por conta da mistura muito arenosa do 4º ensaio, decidimos acrescentar mais 0,4

L de água para chegar à mesma consistência plástica.

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6.3 Ensaio de Flexocompressão

O ensaio tem como objetivo quebrar os tijolos e testar sua resistência sem

fibra, com fibra de capim seco e com fibra de coco.

Obtivemos os seguintes resultados:

BLOCO PESO SUPORTADO (kg) MÉDIA

SEM FIBRA

1 0 2 0 0 3 0 4 0

CAPIM SECO

1 1,3

0,975

2 0 3 1,3 4 1,3

10% FIBRA DE

COCO

1 2,28 2 2,02 3 2,06 2,03 4 2,52 5 1,3

15% F. COCO 1 1,84 1,84

15% FIBRA DE

COCO - adição

de

0 4 L á

1 2,38

1,99

2 1,69 3 2,24 4 1,65

Melhor resultado obtido

Pior resultado obtido

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6.3.1 FOTOS DO ENSAIO

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6.4 Equipamentos Utilizados

Recipiente de 2,9 L

Amassadeira

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Proveta de 1L

Fôrma para seis blocos

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Fôrma para bloco único

Facão

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Lona

Máquina de flexocompressão

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Balde de 1,335 Kg

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6.5 Conclusão

Com os ensaios realizados, pudemos perceber que a resistência do adobe

fabricado com a fibra de coco, foi maior do que com a fibra de capim. Porém

avaliamos que isso depende do modo como a terra é amassada e da quantidade

uniforme de fibras em cada peça.

Outro fator que colabora para a melhor resistência do adobe, é a quantidade

de areia e argila presente na terra utilizada, no nosso caso a terra possuía apenas

6% de argila, quando deve-se ter 40% para adquirir uma consistência plástica

melhor.

Com os resultados obtidos no ensaio de flexocompressão, percebemos que a

resistência do bloco não depende da quantidade de fibra adicionada à mistura, e

sim da proporção correta de argila, areia, água e fibra. Pelos ensaios,

observamos que os melhores resultados foram obtidos com a adição de 10% de

fibra, e não com a adição de 15% de fibra.

Pudemos observar que os tijolos com fibra não se deslocavam mesmo após

terem se partido com a compressão exercida, como pode se observar nas fotos

referentes ao ensaio. Isso ocorreu principalmente com o bloco com fibra de coco,

que se rompeu, mas não se soltou pela ação das fibras, que geraram a capacidade

de tração da peça.

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7. ENSAIO DE AUMENTO DE ADERÊNCIA COM COLA AZULEJO Discentes: Gabriela Duarte

Ana Letícia Damasceno

Rebeca Lambstein

Yasmin Cavalcante

7.1 Introdução

No dia 19 de Março o quinto semestre de Arquitetura e Urbanismo

desenvolveu um procedimento no LABSIS, relacionados aos temas lançados na aula

anterior sobre procedimentos de técnicas construtivas com terra, sob orientação do

professor Salmar e do técnico Mário. Nosso grupo se encarregou do tema sobre

Ensaio de aumento de aderência com COLA AZULEJO.

7.2 Pesquisa – Cola Azulejo

Atualmente tem-se utilizado, na Técnica construtiva em terra, taipa de pilão,

uma lama reforçada com PVA (principal componente da cola azulejo).

Cola azulejo, trata-se de um adesivo pastoso de cor branca, desenvolvido à

base de PVA, incorporado com plastificantes e aditivos especiais que promovem

maior resistência e aderência em áreas sujeitas à vibrações. Seu tempo de secagem

é de 24 horas, já seu tempo de pega é em torno de 15 horas quando exposto em

ambiente a 25ºC, dependendo do local onde está exposta a parede, este tempo

varia.

Esta cola pode ser utilizada na composição do reboco de terra, para a

obtenção de uma melhor mistura aderente e plastificante.

O reboco em terra utilizado para o revestimento de paredes de terra,

emprega-se como proteção dos agentes ambientais e de possíveis danos físicos de

origem natural.

As combinações de materiais e técnicas construtivas variam de acordo com

os recursos disponíveis de cada região; mas em geral as proteções superficiais

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compatíveis com edificações de terra possuem duas categorias: de terra e as de cal

e areia.

A aplicação de superfícies protetoras ocorre a partir do aproveitamento da

capacidade de aderência entre os materiais porosos e a necessidade de gerar

superfícies mais resistentes, sem perder a capacidade de troca de ar e vapor de

água com o meio ambiente.

Ao aplicar, as misturas devem ter um período de repouso para que os

materiais aumentem sua capacidade de aderência.

As misturas para a preparação de barro consistem em peneirar o solo natural

seco, adicionar materiais estabilizantes (palha, esterco, serragem, cal, gesso, areia,

etc.), umedecer progressivamente, misturar e deixar em repouso.

Os materiais de terra que podem ser considerados como massa homogênea

são as argilas, que funcionam como ligantes, as areias como aditivos, e

eventualmente, alguns outros que variam muito. Logo, a argamassa em si pode ser

considerada um material compósito, no qual a argila tem o papel de matriz, e as

areias e agregados graúdos funcionam como agregados (outros materiais

compósitos são, por exemplo, o concreto armado ou o poliéster reforçado com fibra

de vidro). Mas em muitos casos a argamassa é estabilizada com cal, que é capaz de

substituir a argila na função de aglomerante ou ligante. Existem casos em que a

fração fina (argila e silte) é não-existente, e ao invés dela encontra-se uma

argamassa à base de cal com areia e agregados graúdos, formando um verdadeiro

concreto à base de cal, que quando compactado perde parte de sua tendência

natural de fissurar devido à contração, e adquire excelente resistência e dureza.

Este concreto à base de cal já era usado pelos romanos com a denominação

de opus caementituim, um tipo de argamassa composta pelos mesmos elementos

de argamassas de assentamento ou reboco, com a única diferença que, no caso de

argamassa assentamento ou reboco, os agregados não podem ser maiores que as

areias, por causa de sua maleabilidade.

A cal funciona como um estabilizador de taipa de pilão, pois em seu

acréscimo aos materiais de terra, ocorre uma expulsão de íons, desde que se tenha

presente umidade suficiente. Os íons de cálcio da cal estão sendo substituídos pelos

cátions metálicos dos materiais de terra. A interação de íons começa imediatamente

quando dois materiais são misturados, e dura apenas de 4 a 8 horas. Dessa forma é

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Page 76: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

que surge uma aglomeração de partículas finas e um decréscimo da permeabilidade

do material. Ao mesmo tempo, inicia-se uma consolidação através de carbonização

pela absorção de CO² do ar. Quanto mais alto o índice de pH, mais forte é o efeito

da consolidação. É importante reconhecer que este segundo processo de

consolidação demanda bastante tempo.

Baseia-se isto na lenta execução do processo de cristalização, típico de

elementos amorfos. Neste processo de enrijecimento é necessária certa umidade

dos materiais, para que uma rápida secagem pelo sol ou vento seja devidamente

evitada. Pela adição de cal, o conteúdo ótimo de água aumentará, e a resistência

ótima a compressão, em estado seco, decrescerá. A adição ótima de cal é diferente

para cada mistura de terra, e deve ser determinada através de testes em laboratório.

Do ponto de vista químico, o solo é influenciado pelo seu grau de acidez (Ph).

Assim, enquanto um baixo Ph no material facilita a floculação dos minerais argilosos,

um alto pH tende à formação de uma suspensão estável de argila. É no primeiro

caso que contribui à aglomeração das partículas mais finas do solo, e pelo fato deste

fenômeno de aglomeração, gerando vazios, a porosidade do material aumenta e,

portanto, sua resistência mecânica diminui.

A adição de cal ou cimento normalmente se faz para melhorar os materiais de

terra na sua resistência às intempéries, mas leva geralmente também a uma melhor

resistência à compressão. Uma adição de ambos, de cal assim como de cimento,

pode levar a decréscimos da resistência à compressão, especialmente quando a

quantidade é inferior a 5%. A razão para isso é que a cal e o cimento atrapalham a

coesão das argilas. Quanto maior a proporção de argila, mais alta deve ser a de cal

ou cimento. Experimentos mostram que, com materiais de terra argilosos, a cal, e

com materiais de terra arenosos, os cimentos proporcionam um melhor efeito de

estabilização, e que, com terras caolinas, é o cimento mais eficiente, já com

montmorilonita, a cal é a mais efetiva.

A pozolana e as terras pozolânicas podem resultar, juntamente com a cal,

numa avançada estabilização, e podem substituir uma parte da adição de cal. A

poeira de tijolos queimados a baixas temperaturas pode levar a um resultado

semelhante, porém menos eficiente.

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Page 77: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

7.3 Procedimento:

7.3.1 Argamassa de terra para reboco

7.3.1.1 Materiais 20L de terra

4L de Cal

6L de água

Peneira

Pá de Pedreiro

Desempenadeira

Balde 20L

Balde 2L

Proveta 1L

7.3.1.2 Execução I. No início do ensaio sobre argamassa de terra para reboco, foi preciso

peneirar 20L de terra para o início do experimento.

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Page 78: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

II. Depois deste procedimento foi separado 4L de Cal para misturar de

forma homogênea com a terra.

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Page 79: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

III. Com todos os materiais já separados, começamos a preparar a

argamassa. Primeiramente, a terra foi misturada com a cal, e foram

adicionados gradualmente 1L de água até a massa adquirir a

consistência ideal. No total foram colocados 6L de água.

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Page 80: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

IV. Após a argamassa pronta, se inicia a aplicação da massa em

superfícies. Foram escolhidos 2 painéis para a aplicação da mistura.

Um painel em taipa de pilão, e outro com fibras de bambu para a

colocação do pau a pique.

Primeiramente foi umedecida a parede e testada a aderência da

argamassa aplicada com a pá de pedreiro na parede de terra.

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Page 81: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

Finalizando a aplicação, obteve-se o seguinte resultado:

A terra utilizada possuía alto teor de areia, o que causava uma baixa

plasticidade a massa e dificuldade em sua aplicação na superfície. Houve

dificuldade no acabamento final para deixar o reboco liso.

Massa após 3 dias Massa fresca

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Page 82: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

A segunda aplicação foi realizada em um painel com fibras de madeira, com

aplicação da terra para a técnica de pau a pique. Onde foi preciso colocar mais 3L

de terra na mistura, para que esta se tornasse mais consistente, e assim, poder

aderir-se melhor e preencher os espaços na superfície a ser aplicada.

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Page 83: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

Finalizada a aplicação, obteve-se o seguinte resultado:

A massa se aderiu bem à trama de madeira obtendo resultado satisfatório

quando avaliada sua aparência após uma semana.

Massa fresca Massa após 3 dias

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7.3.2 Argamassa de terra para reboco com Cola Azulejo

7.3.2.1 Materiais 20L de terra

4L de Cal

8,2L de água

1,4 Kg de Cola Azulejo (POLY – Massaplic)

Peneira

Pá de Pedreiro

Desempenadeira

Balde 20L

Balde 2L

Becker 1L

Vassoura com cerdas de aço.

7.3.2.2 Execução

I. Antes do inicio do ensaio, foi preciso peneirar novamente 20L de terra para o novo

experimento.

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Page 85: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

II. Após este procedimento, foi separado novamente 4L de Cal, para a mistura

com a terra.

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Page 86: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

III. Com todos os materiais já separados, começamos a preparar a argamassa.

Primeiramente, a terra foi misturada com a cal e percebe-se que a terra

estava mais seca do que a utilizada no ensaio anterior, portanto foi

necessário utilizar maior quantidade de água, com o total de 8,2L de água,

acrescentados a mistura de 1 em 1L de água.

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IV. Com a mistura preparada foi adicionado dois tubos de 700ml de cola azulejo.

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Page 88: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

V. Após a argamassa pronta, já preparada com a cola, começa-se a

aplicação da massa. Os lugares escolhidos foram os mesmos

adotados no ensaio anterior, uma parede de taipa de pilão e outra de

pau a pique.

Primeiramente foi testada a aderência da argamassa com cola

na parede de taipa de pilão. A aplicação era feita com a pá de

pedreiro e a desempenadeira sobre a superfície umedecida.

Foram utilizadas algumas texturas para acabamento, utilizando a

vassoura com cerdas de aço.

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Page 89: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

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Page 90: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

Finalizada a aplicação, obteve-se o seguinte resultado:

Massa com textura após 3 dias Massa fresca com textura

Massa fresca Lisa e com textura Massa lisa e com textura após 3 dias

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Page 91: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

A segunda aplicação foi realizada em uma parede de pau a pique, em que se

acrescenta a massa a quantidade de água de 100ml, já que a cola endureceu

a mistura mais rapidamente.

Finalizada a aplicação, obteve-se o seguinte resultado:

Massa fresca Massa após 3 dias

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Page 92: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

7.4 Conclusão Concluímos que, ao aderir à cola de azulejo na amostra de argamassa para

reboco de terra houve maior plasticidade, ou seja, a massa aderiu à superfície com

mais facilidade, além de proporcionar um acabamento mais fino e sem imperfeições

na superfície.

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Page 93: Relatório - Ensaios de Caracterização dos Solos

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