Relatório - fabio v1.2 banca.pdf

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  • UNIJUI UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    CURSO DE ENGENHARIA ELTRICA

    FBIO ANDR DATSCH

    RELATRIO DE ESTGIO CURRICULAR PROCESSO DE RESTAURAO DE TRANSFORMADORES NA CERILUZ -

    COOPERATIVA REGIONAL DE ENERGIA E DESENVOLVIMENTO IJU LTDA.

    Iju, novembro de 2009.

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    FBIO ANDR DATSCH

    Local do Estgio: CERILUZ - Cooperativa Regional de Energia e Desenvolvimento Iju Ltda. rea de Atuao: Sistemas de Energia. Perodo: 28/09/2009 28/10/2009. Total de Horas: 160 Horas.

    Relatrio de Estgio apresentado ao Curso de Graduao em Engenharia Eltrica, da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul UNIJU, como requisito parcial para obteno do ttulo de Engenheiro Eletricista.

    Supervisor Docente: Prof. Dr. Manuel Martn Prez Reimbold

    Supervisor do Campo de Aplicao: Engo. Joo Fernando Costa

    Iju, novembro de 2009.

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    AGRADECIMENTOS

    Primeiramente quero agradecer a Deus, que com certeza a fora que existe dentro de cada ser humano e mantm a f e a esperana para acreditar que apesar das dificuldades, tudo possvel.

    Agradeo especialmente a minha famlia, que so os responsveis por manter a minha alegria e esto sempre do meu lado ajudando de diversas maneiras.

    Gostaria de agradecer tambm ao Supervisor Docente e ao Supervisor de Campo, que foram responsveis pela oportunidade da realizao deste estgio e que ajudaram a esclarecer todas as dvidas que surgiram durante o perodo de aprendizado na Cooperativa.

    E agradeo aos colaboradores da Cooperativa Regional de Energia e Desenvolvimento Iju Ltda (Ceriluz), que foram compreensivos e passaram toda segurana e experincia das suas funes especficas.

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    DADOS DE IDENTIFICAO DA EMPRESA

    Empresa: Cooperativa Regional de Energia e Desenvolvimento Iju Ltda. (Ceriluz). Cooperativa de Gerao de Energia e Desenvolvimento Iju Ltda.

    Atividade: Gerao e Distribuio de Energia Eltrica.

    Endereo: Rua do Comrcio n 921, Centro.

    CEP: 98700-000.

    Localidade: Iju RS.

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    RESUMO

    Este relatrio tem por finalidade, descrever as atividades exercidas na Ceriluz, que uma cooperativa de eletrificao rural, durante o perodo de estgio supervisionado como parte integrante do currculo de graduao no curso de Engenharia Eltrica da Uniju. Das diversas atividades realizadas no perodo de estgio, foi selecionado o perodo trabalhado na restaurao de transformadores como foco de explanao no presente relatrio, por se tratar de um assunto que trouxe as informaes relacionadas ao princpio de funcionamento de uma forma distinta em relao abordada no perodo de graduao. As atividades descritas neste relatrio demonstram parte de experincia vivida durante o estgio supervisionado, e vem a somar com a teoria adquirida durante toda a graduao, contemplando uma viso mais abrangente do que o acadmico deve ter percepo para enfrentar as oportunidades do mercado de trabalho, na rea de eletrificao de centro urbanos e rurais.

    Palavras Chave: Cooperativa de Eletrificao Rural, Estgio Supervisionado, Restaurao de Transformadores.

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    ABSTRACT

    This report aims to describe the activities performed in Ceriluz, which is a cooperative of rural electrification during the period of supervised practice as part of the undergraduate curriculum in the course of Electrical Engineering Uniju. Of the various activities held during the probationary period, was selected the period worked on the restoration of processors as the focus of explanation in this report because it is a matter which the information related to the operating principle of a separately addressed in relation to the period of graduation. The activities described in this report are part of lived experience during the supervised training, and has to be added to the theory acquired throughout the undergraduate contemplating a broader view of what the students must have awareness to meet the opportunities of the labor market in area electrification of urban centers and rural areas.

    Keywords: Cooperative Rural Electrification, Supervised, Restoration of Transformers.

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    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1.1: Sede da Cooperativa em Iju. .................................................................. 11 Figura 1.2: Nilo Bonfanti no municpio de Chiapeta. ................................................. 12 Figura 1.3: Jos Barasuol no municpio de Iju.......................................................... 12 Figura 1.4: Mini Central acoplada ao corpo da barragem no municpio de Iju. ........ 13 Figura 2.1: Transformador trifsico marca Unio. ................................................... 14 Figura 2.2: Medidor Trifsico em aferio. ................................................................ 15 Figura 2.3: Medio em mdia tenso. ..................................................................... 16 Figura 2.4: Rede eltrica marcada no espao global. ............................................... 17 Figura 2.5: Sistema de controle do COD. .................................................................. 17 Figura 2.6: Unidade geradora da Usina Jos Barasuol. ............................................ 18 Figura 2.7: Chamin de equilbrio e queda de gua. ................................................. 18 Figura 3.1: Transformador com enrolamentos expostos. .......................................... 22 Figura 3.2: Detalhe do defeito no transformador. ...................................................... 22 Figura 3.3: Substituio de enrolamento de baixa tenso. ........................................ 23 Figura 3.4: Substituio de enrolamento de alta tenso. .......................................... 24 Figura 3.5: Montagem do transformador. .................................................................. 24 Figura 3.6: Detalhes da montagem do transformador. .............................................. 25 Figura 3.7: Estufa para secagem. ............................................................................. 25 Figura 3.8: Equipamento para teste de transformador. ............................................. 26

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    ABREVIATURAS E SMBOLOS

    A Unidade de corrente (Ampre) AT Alta tenso BT Baixa tenso CA Corrente alternada COD Centro de Operao da Distribuio EPI Equipamento de Proteo Individual GPS Global Positioning System - Sistema de Posicionamento Global Km Unidade de comprimento (quilo metros) Kva Unidade de potncia aparente (quilo volt-ampre) Kw Unidade de potncia ativa (kilo watt) Ltda Limitada MT Mdia tenso Mva Unidade de potncia aparente (mega volt-ampre) Mw Unidade de potncia ativa (mega watt) Mwh Unidade de energia consumida (mega watt-hora) RIC BT Regulamento de Instalaes Consumidoras de Baixa Tenso RIC MT Regulamento de Instalaes Consumidoras de Mdia Tenso TR Transformador V Unidade de tenso (Volts)

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    ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DURANTE O PERODO DE ESTGIO

    No perodo de estgio foram desenvolvidas as seguintes atividades: - Restaurao de Transformadores usados na rede eltrica. - Calibrao de medidores de energia eltrica. - Instalao de medidores de energia, monofsicos, bifsicos e trifsicos,

    em baixa tenso e em mdia tenso. - Levantamento de redes eltricas rurais para alterao de projetos de

    acordo com as cargas. - Monitoramento das usinas de gerao e das principais redes do

    sistema de transmisso da Ceriluz.

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    Sumrio

    INTRODUO .......................................................................................................... 10

    1. A COOPERATIVA ............................................................................................. 11

    1.1. HISTRICO .....................................................................................................................................11

    2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ...................................................................... 14

    3. PROCESSO DE RESTAURAO DE TRANSFORMADORES ....................... 21

    CONCLUSO ........................................................................................................... 28

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ......................................................................... 29

    ANEXO A CARACTERSTICAS DO TRANSFORMADOR UNIO. ...................... 30

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    INTRODUO

    A oportunidade de fazer o estgio supervisionado como parte integrante da graduao de um acadmico de engenharia eltrica, sem dvidas o momento onde se concretiza a unio dos conceitos criados durante o perodo de aprendizado conceitual, com a prtica realizada no acompanhamento das diversas atividades desempenhadas como parte dos processos de uma cooperativa de eletrificao rural, assim adquirindo experincias fundamentais para o futuro profissional e a formao adequada para introduo no mercado de trabalho do setor.

    A necessidade de manter equipamentos que tem custo elevado de aquisio considera importante para a sade financeira de uma cooperativa de eletrificao rural. Sendo os transformadores de energia, equipamentos que sofrem com os distrbios nas redes eltricas, e aplicando um processo de restaurao simples, eminente a participao de um setor onde essa prtica seja realizada evitando maiores gastos com investimentos em equipamentos novos.

    O presente trabalho relata atividades realizadas aps a oportunidade de estgio supervisionado na Cooperativa Regional de Energia e Desenvolvimento Iju Ltda, Ceriluz. Mais precisamente no setor de reparo de transformadores, onde foi apresentada a seqncia de mtodos realizados nesse conserto, que auxilia o acadmico a interagir com equipamentos antes s vistos em laboratrio. E vivenciar os processos dos setores responsveis pela conservao do sistema eltrico na rea atendida pela cooperativa.

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    1. A COOPERATIVA

    A Ceriluz uma cooperativa de eletrificao rural com sede na cidade de Iju, no noroeste do estado do Rio Grande do Sul. Alm de Iju, a cooperativa eletrifica outros 23 municpios da regio, beneficiando cerca de 13 mil famlias rurais.

    Alm de distribuidora, a Ceriluz tambm produtora de energia eltrica. Atravs de trs grupos de gerao a cooperativa produz 15MW aproximadamente de energia garantindo sua auto-suficincia eltrica.

    Figura 1.1: Sede da Cooperativa em Iju.

    1.1. HISTRICO

    Em Iju, no noroeste gacho, a iniciativa apareceu atravs de 11 agricultores de uma pequena vila chamada Mau. Eles observaram uma oportunidade de eletrificar essa vila rural atravs da criao de uma cooperativa, visto que o cooperativismo vinha recebendo incentivos financeiros do governo estadual. Assim, no dia 20 de agosto de 1966, sob a liderana de Reinholdo Luiz Kommers, nascia a CERILUZ Cooperativa de Eletrificao Rural Ltda, com o compromisso de gerir e executar o projeto de eletrificao de 160 propriedades rurais das localidades em Iju de Alto da Unio, Linha 06 Leste e Mau.

    Toda a histria da Ceriluz pode ser dividida em dois momentos principais: antes e depois da gerao prpria de energia. Antes da gerao a cooperativa preocupava se apenas em distribuir energia para sua rea de ao com o mximo de qualidade. O esforo era grande, mas os recursos eram limitados. Por isso, os

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    sonhos de implantar novas tecnologias e melhorar ainda mais sua atuao eram adiados.

    Em 1999 a histria da Ceriluz comeou a tomar novos rumos, pois no ms de agosto era inaugurada a primeira usina da cooperativa a Nilo Bonfanti, instalada no leito do Rio Buric, no municpio de Chiapeta. A capacidade de gerao ainda era pequena, 680KW, cerca de 10% da demanda da poca, mas mesmo assim esta usina dava mostras de que o caminho que levava a Ceriluz at os seus sonhos era a gerao prpria de energia. Desta forma, em 2004 a Ceriluz deu um grande passo nesta direo, pois entrava em operao a imponente Usina Jos Barasuol, com 14,33MW de capacidade, sendo que 13,5MW so gerados em sua estrutura principal e 0,83MW em uma Mini Central acoplada ao corpo da barragem, que entrou em operao no ano de 2007.

    Figura 1.2: Nilo Bonfanti no municpio de Chiapeta.

    Figura 1.3: Jos Barasuol no municpio de Iju.

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    Figura 1.4: Mini Central acoplada ao corpo da barragem no municpio de Iju.

    Aps a gerao prpria de energia muita coisa mudou: a cooperativa passou a ter mais recursos para investir na melhoria das redes, na renovao de frotas, qualificao dos colaboradores, nos programas e benefcios sociais e por isso ganhou fora e se tornou respeitada no cenrio energtico brasileiro. Por isso, at a legislao que regulava a sua atuao mudou e muitas estratgias legais tiveram que ser adotadas para garantir os direitos cooperativistas, como, por exemplo, o desmembramento da Ceriluz em: Ceriluz Distribuio e Ceriluz Gerao.

    A Ceriluz est a 43 anos atuando nesta regio e hoje ela conta com mais de 4500 km de redes, 120 colaboradores, 3 escritrios regionais de atendimento ao associado, alm das 3 usinas hidreltricas que garantem a sua auto-suficincia na gerao de energia.

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    2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

    A partir da oportunidade recebida para fazer o estgio supervisionado na Cooperativa Regional de Energia e Desenvolvimento Iju Ltda (Ceriluz), buscou se identificar os setores pelos quais seriam conhecidos os processos nesse perodo. O supervisor de campo apresentou um programa de estgio, onde indica o ciclo de trabalho e conhecimento dentro da empresa. Como o perodo mnimo de estgio de acordo com o regimento da universidade de 160 horas, so divididas atividades semanais para completar o programa proposto pelo supervisor de campo.

    Durante a primeira semana, logo aps o recebimento de todo uniforme da empresa para trabalho e os diversos equipamentos de proteo individual (EPI), apresentado o setor chamado de Oficina de Transformadores, onde recebe se transformadores de todos os tipos utilizados pela cooperativa, contendo defeito, e atravs de anlise tcnica constatado o defeito em seguida efetuado o reparo necessrio para voltar para o estoque, como opo de reposio no sistema eltrico. A figura 2.1 ilustra um transformador trifsico da marca Unio utilizado pela Ceriluz.

    Figura 2.1: Transformador trifsico marca Unio.

    Na segunda semana de estgio foi apresentado o setor de medio, onde as equipes tcnicas so responsveis por instalar medidores novos em baixa e em

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    mdia tenso, monofsicos, bifsicos e trifsicos, substituir medidores considerados defeituosos, cortar a energia dos clientes em caso de inadimplncia ou em caso de reforma para adequao da caixa dos medidores de acordo com as normas tcnicas, ou seja, regulamento de instalaes consumidoras (RIC MT - Fornecimento em Mdia Tenso) e regulamento de instalaes consumidoras (RIC BT - Fornecimento em Tenso Secundria) e tambm a restaurao de medidores com aparelho de aferio para reposio de estoque.

    Figura 2.2: Medidor Trifsico em aferio.

    Nesta oportunidade foi possvel observar uma ligao de medidor em mdia tenso, onde existe um transformador para a unidade consumidora e o medidor instalado juntamente com transformadores de corrente para poder efetuar a medio do consumo de energia, pois nesse caso a corrente superior a suportada pelo medidor. Como mostra a Figura 2.3.

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    Figura 2.3: Medio em mdia tenso.

    Em seguida foi apresentado o setor de levantamento de rede eltrica, onde utilizado um aparelho que marca pontos no espao global (GPS) para identificar a rede eltrica no projeto desenhado e o processo seguinte o de passar essas informaes para o sistema computacional que vai atualizar os dados da rede para facilitar a localizao de todos os pontos para possveis reparos.

    A Figura 2.4 ilustra um exemplo de pontos marcados no espao global, para futuro posicionamento no sistema de controle das redes eltricas.

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    Figura 2.4: Rede eltrica marcada no espao global.

    Outro processo da empresa conhecido foi a Centro de Operao da Distribuio (COD), onde controlado todo sistema operacional da empresa, isso requer operadores capacitados e atentos 24 horas do dia para qualquer evento anormal na rede eltrica ou em qualquer dispositivo de controle da gerao e distribuio da energia eltrica. um setor fundamental para atender as normas estabelecidas dos ndices de continuidade adotados pelo rgo regulador.

    Figura 2.5: Sistema de controle do COD.

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    E por ltimo foi apresentado uma parte do setor de gerao da Ceriluz, que fica no municpio de Iju, se chama Usina Jos Barasuol e tem capacidade de gerar aproximadamente 15 MW de energia atravs do seu grupo gerador, composto por trs unidades geradoras mais uma mini central hidreltrica. Capaz de gerar juntamente com a Usina Nilo Bonfanti energia suficiente para atender toda carga demandada pelos mais de 13mil associados da empresa no momento. A Figura 2.6 mostra uma unidade geradora da usina. A Figura 2.7 mostra a chamin de equilbrio e a queda de gua.

    Figura 2.6: Unidade geradora da Usina Jos Barasuol.

    Figura 2.7: Chamin de equilbrio e queda de gua.

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    Abaixo algumas caractersticas tcnicas das usinas:

    Ficha tcnica da usina Nilo Bonfanti: Potncia Instalada: 680kw Rotao da Turbina: 805rpm Gerador: WEG Rotao: 1800 rpm Potncia: 900 kwa Multiplicador: Flender Transformador Elevador: 900kva - 380v/23100v Fockink Tenso Gerao: 380v Projeto: Rischbiter Automao: Fockink rea Alagada: 4,5ha Conduto Forado: 60m Dimetro: 1,60m Barragem: 130m Altura: 3m Vertedouro: 96m

    Ficha tcnica da Usina Jos Barasuol: TURBINA HIDRULICA N de unidades: 03 unidades Potncia unitria: 4.378 kW Queda lquida: 24,3 m Rotao: 360 rpm Vazo por turbina: 20 m/s Tipo: Kaplan Tubular Posio do eixo: Horizontal Dimetro da vlvula borboleta: 2,78 m Regulador de velocidade: Eletrnico Dimetro da turbina: 1,90 m Peso: 29 ton. cada turbina Fabricante: Hacker Industrial Ltda.

    GERADOR N de unidades: 03 unidades Potncia unitria: 4,5 MW Freqencia: 60 Hz Tipo: ATI 9142 BRUSHLESS Posio do eixo: horizontal Peso: 34,8 t Largura: 3,9 m Comprimento: 4,3 m Altura: 2,8 m Tenso: 6,6 kV Rotao: 360 rpm N de plos: 20 Dimetro volante: 2,40 m Fabricante: GE

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    SUBESTAO TRANSFORMADORA ELEVADORA Tenso Primria: 6,6 kV Tenso Secundria: 69 kV N de transformadores: 03 de 5 MVA Potncia instalada: 15 MVA Altura dos prticos: 14 m Fabricante transformadores: TRAFO Fabricante chaves seccionadoras: SPIG Fabricante TP's/TC's/Disjuntor: ALSTOM Fabricante estruturas: Postes Indaial

    LINHA DE TRANSMISSO Tenso: 69 kV Cabo condutor: 1/0 AWG-CAA Potncia mxima: 20 MVA Quantidade de estruturas: 27 estruturas de concreto Vo mximo: 230 m Vo mdio: 133 m Comprimento da linha: 3,4 Km Fabricante das estruturas: Postes Indaial

    Ficha tcnica da Mini Central Hidreltrica: Potncia: 830 kW Rotao: 400 rpm Gerador: WEG Potncia do gerador: 1.000 kva Transformador elevador: Fockink - 2300v/23100v Tenso de gerao: 2300 Automao: Fockink Vaso turbina: 8,94 m/s Queda: 10,78 m

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    3. PROCESSO DE RESTAURAO DE TRANSFORMADORES

    Um transformador um dispositivo que foi o grande impulsionador da transmisso de energia eltrica a longas distncias, pois foi ele que possibilitou a transmisso econmica de energia eltrica, com tenses elevadas, cobrindo grandes distncias. Esse dispositivo tem um reflexo econmico acentuado na sociedade, exigindo, constantemente, critrios cada vez mais avanados de dimensionamento e construo, procurando conciliar custo e segurana operacional.

    O transformador um equipamento muito utilizado nas redes eltricas, dado que permite ajustar tenses e correntes s necessidades existentes. Verificando que no sistema eltrico atual as distncias so elevadas entre a produo da energia eltrica e o seu consumo. Existe uma enorme potncia eltrica a transportar a uma elevada distncia, o que, introduzir elevadas perdas Joule, que energia dissipada em forma de calor, o que no o objetivo pretendido, devida a esse fato utilizado o transformador. Para garantir perdas menores e aceitveis para o perfeito funcionamento dos equipamentos conectados a rede eltrica.

    O funcionamento do transformador baseado no acoplamento eletromagntico entre duas bobinas. Ele constitudo, fundamentalmente, por uma bobina primria que recebe a energia eltrica numa determinada tenso e corrente e uma bobina secundria pela qual esta energia, com tenso e corrente diferentes, transferida a uma carga. Existem diversas caractersticas que devem ser observadas na utilizao de um transformador como pode ser analisado no ANEXO A.

    A oficina de transformadores garante reduo de custos na reutilizao dos transformadores que acabaram por algum motivo tendo defeito e que podem ser restaurados para utilizao, ao invs de comprar um equipamento transformador novamente.

    O processo inicia se quando alguma das equipes de manuteno de redes retorna para a empresa com um transformador com funcionamento inadequado ou queimado. Ao entrar no setor, seja qual for o problema, verifica-se o nmero de oficina (cada transformador tem seu nmero) registrado em uma ficha contendo todos os dados tcnicos do transformador. O primeiro passo colocar sob uma talhadeira, abrir sua tampa, retirar o borne de AT e depois com a bomba de suco sugado todo o leo que passar por filtros sendo armazenado em gales. Esse transformador desmontado como mostra a Figura 3.1 e a Figura 3.2 e avaliado

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    pela equipe tcnica que constada as medidas a serem tomadas para a reforma dos enrolamentos ou qualquer outra avaria. Nesse caso constatou se que o transformador recebeu uma descarga de energia superior aos limites tolerveis dos enrolamentos de cobre da alta tenso, sucumbindo e rompendo se, no permitindo o funcionamento.

    Figura 3.1: Transformador com enrolamentos expostos.

    Figura 3.2: Detalhe do defeito no transformador.

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    A partir da retirado o leo que auxilia no resfriamento do equipamento e levado para a bancada onde todo desmontado para limpar e verificar se existe algum tipo de avaria nos enrolamentos de baixa tenso. Ainda nesse caso foi apurada uma pequena fissura em um dos enrolamentos de baixa tenso, porm suficiente para a necessria substituio.

    A Figura 3.3, ilustra o processo de fabricao do enrolamento de baixa tenso, j que para cada modelo e marca de transformador existem as suas caractersticas para que o enrolamento substitudo mantenha a potncia do equipamento igual ao modelo original. Isso vai variar o nmero de espiras utilizadas que de acordo com a disposio do ncleo e potncia nominal.

    Figura 3.3: Substituio de enrolamento de baixa tenso.

    Geralmente so substitudas em caso de queima de parte do enrolamento, todas as bobinas de alta tenso, isso padroniza e facilita a obteno de valores de tenso idnticos aos valores anteriores ao dano ocorrido. A Figura 3.4 mostra o processo de fabricao das bobinas projetadas para dar opo na montagem de utilizao do nmero total de espiras ou com a comutao do Tap, regular a tenso mais adequada para a carga.

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    Figura 3.4: Substituio de enrolamento de alta tenso.

    Nota se que aps o processo de bobinar, os enrolamentos so banhados em uma resina para proteo, em seguida mantido em uma estufa para secagem, depois instalado no ncleo de acordo com as posies dos enrolamentos responsveis pela comutao do transformador.

    Inicia se a fase de ligao dos terminais de comutao com o tap e a instalao de todo material de isolao e proteo, para ficar firme e ao vibrar futuramente quando em regime. A Figura 3.5 e a Figura 3.6 mostram a ligao dos terminais e a instalao do comutador.

    Figura 3.5: Montagem do transformador.

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    Figura 3.6: Detalhes da montagem do transformador.

    Aps o final de toda montagem o transformador inserido em uma estufa onde fica por aproximadamente 48 horas para secagem. Como mostra a Figura 3.7.

    Figura 3.7: Estufa para secagem.

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    Por fim o transformador montado em sua carcaa e o leo para arrefecimento injetado novamente at o nvel mximo para funcionamento. Antes disso o leo necessita passar por teste de rigidez dieltrica, pois esse material isolante pode ser afetado por diversos fatores: espessura do material, tempo de aplicao de tenso, freqncia e temperatura, composio qumica, textura e umidade contida. Assim sendo, pode - se imaginar quo divergente pode ser os valores da rigidez dieltrica, medidos sob diferentes condies.

    Nessas condies levado ao processo de testes de carga para averiguar a efetividade da restaurao e o funcionamento perfeito com suas dimenses e tenso nos valores tolerveis para retornar ao estoque e futura utilizao para substituio de equipamento ou para instalao nova de rede eltrica. O lugar onde o transformador testado chama - se gaiola de testes, onde feito testes a vazio, com carga e medido os valores de tenso entre fases e entre fase/neutro. Com o auxilio da gaiola de testes, possvel realizar a regulagem do transformador, mantendo os padres. A tenso estando elevada, o tap do transformador comutada uma escala para baixo se possvel, na contagem numrica. A tenso estando baixa, o tap do transformador comutada uma escala para cima se possvel na contagem numrica. A Figura 3.8 mostra o setor de testes de transformados.

    Figura 3.8: Equipamento para teste de transformador.

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    Aps os testes o tcnico aprova o transformador para reutilizao, ento enviado novamente para o estoque, ou de acordo com os resultados obtidos nos testes o transformador no foi aprovado, ento ele retorna para a bancada para ser desmontado e verificado desde ligaes e bobinas utilizadas para que possa ser mais rapidamente corrigido o defeito, assim voltando para os testes de carga at ser aprovado para retorno ao estoque da Ceriluz.

    A oficina de transformadores tambm realiza manuteno preventiva nos transformadores, que consiste basicamente em fazer a troca de buchas de baixa ou alta tenso, quando essas estiverem quebradas ou com avarias que comprometam seu funcionamento e tambm substituir comutadores que estejam muito velhos ou com defeitos.

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    CONCLUSO

    O perodo de estgio supervisionado sem dvidas a experincia de traduzir conceitos criados durante a formao acadmica e permite nesse caso, vivenciar um ambiente de trabalho onde estejam presentes situaes do cotidiano de trabalho profissional de engenharia, nas quais o acadmico esteja envolvido e onde possa desenvolver habilidades relativas ao trabalho em equipe, organizao e atendimento a cronogramas, e insero de um determinado projeto no contexto mais amplo dos objetivos da empresa ou instituio, de maneira a contemplar a formao profissional do acadmico, nele pode-se aprender como o funcionamento real de uma empresa, os problemas e dificuldades encontradas no cotidiano e pr em prtica muito dos conhecimentos obtidos durante a graduao.

    Certamente permite ao futuro engenheiro experimentar a realidade do trabalho do profissional em uma ou mais situaes, de modo que possa se tornar ciente de outros aspectos de seu desenvolvimento pessoal que devem ser trabalhados e que no foram ampliados durante suas atividades acadmicas.

    O estgio realizado na empresa Ceriluz possibilitou agregar conhecimento sobre diversos equipamentos utilizados no setor de eletrificao urbana e rural, permitiu observar tambm a restaurao de transformadores de forma completa, que so equipamentos indispensveis para as redes eltricas, tambm analisar a rotina de uma cooperativa e compreender como so tratados os objetivos da empresa, e atravs disso realizar a otimizao dos processos dos diversos setores buscando lucratividade.

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    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    CERILUZ. (2008). Ceriluz, alm da energia. Disponvel em: . Acesso em: 22 out. de 2009.

    PAIVA, EDUARDO. Mquinas eltricas - Transformadores. Disponvel em: < www.estv.ipv.pt/PaginasPessoais/eduardop/.../transformadores.pdf>. Acesso em: 03 Nov. de 2009.

    RIES, WALTER. Transformadores Fundamentos para o Projeto e Clculo. Porto Alegre: Edipucrs. 2007.

    UNIO. Transformadores imersos em leo mineral ou fludo a base de silicone. Disponvel em: < http://www.stkv.com.br/>. Acesso em: 02 Nov. 2009.

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    ANEXO A CARACTERSTICAS DO TRANSFORMADOR UNIO.