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Relatório 29/01/2014

Relatório final 29 01 Móveis Paulista

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Relatório 29/01/2014

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Resumo 3

Varejo 5

Consumo 8

Crédito 13

Economia 19

Dica: 10 erros comuns no PDV 34

Anexo - Estudo: Como criar memória afetiva de marcas

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Resumo

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A nova equipe econômica e suas medidas parecem não ter agradado nem o esempresários e nem o povo brasileiro.A estagnação da economia parece eminente, inclusive para o FMI, que estima umcrescimento do PIB brasileiro na ordem de 0,3%. O próprio ministro Levy diz que aeconomia pode entrar em recessão no primeiro trimestre.Por outro lado, os brasileiros parecem mais preparados para o momento do país.De um lado temos varejistas com estoques mais baixos com objetivo de ter menosdinheiro parado. Do outro o consumidor que tomou menos crédito em 2014 e quermanter as contas em 2015 sob controle, sem gastar mais do que ganha. Em umcenário como esse quem sofre mais são os bens duráveis. Carros e casas deixam,momentaneamente, de fazer parte dos planos dos brasileiros. Em um cenáriocomo esse os economistas apostam no consumo de autoindulgência, onde osconsumidores optam por itens de menor valor em substituição aos bens duráveis(já que não posso comprar um carro, vou comprar uma bolsa).

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Varejo

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Entre Black Friday e liquidações de janeiro,varejo de fim de ano tem novo comportamento

A expansão da Black Friday, que no ano passado espalhou-se fortemente pelo varejofísico, imprimiu um novo comportamento ao consumidor que parece ter vindo paraficar. Num ano de vendas mais fracas, fruto de uma retração do consumo, o brasileiroaproveitou para fazer as compras de fim de ano em novembro, quando os produtosficaram mais baratos – de eletroeletrônicos a salões de beleza.Em dezembro, como consequência, as vendas de Natal foram mais mornas – prova é oaumento dos estoques. E aí o consumidor resolveu esperar para mais uma temporadade saldões no início de ano. “Quem imaginava que o ‘tudo pela metade do dobro’(como ficou conhecida a Black Friday nos primeiros anos no Brasil) terminaria mudandoo comportamento do consumidor?!”, questiona o economista do Instituto Fecomércioem Pernambuco Rafael Ramos, lembrando que Pernambuco foi um dos Estados onde asvendas ficaram mais aquecidas na época.Na visão do presidente da Riachuelo, Flavio Rocha, o fato não deve ser entendido comoapenas negativo. “Há nisso um componente positivo que é a possibilidade de aplainarum pouco o ciclo de compras em dezembro. Para alguns setores, dezembro chega arepresentar o faturamento de três meses. Mas, por conta dos dias de pico no fim doano, algumas lojas terminam perdendo muitas vendas em consequência do gargalofísico”, explica.O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), divulgado na semana passada, mostra amudança: enquanto as vendas de novembro apresentaram um crescimento de 4,3%(segundo o ICVA descontada a inflação), dezembro expandiu-se apenas 1,8%. Inclusivefoi, juntamente com março (2,2%), junho (0,5%) e setembro (3,4%), responsável pelodesempenho anual mais fraco do comércio no País, que fechou 2014 com crescimentode 4,2%. Em Pernambuco, o percentual no ano foi ainda menor: 2,4%.“Temos que reconhecer que a Black Friday veio para ficar”, afirma o diretor-superintendente do Magazine Luiza, Marcelo Silva. “Ficamos agora entre ela, quecresceu acima das expectativas, e as liquidações de janeiro”, acrescenta, ressaltandoque, para a rede, o saldão de janeiro já é consolidado há 22 anos, com a LiquidaçãoFantástica. Alguns empresários até têm brincado chamando dezembro de 2014 de “mêssanduichado”.Com descontos que chegam a 70%, varejistas querem se desfazer de estoquesindesejados. A perda de fôlego do setor elevou de 18,2% (dezembro 2013) para 23,8% aparcela dos empresários consultados em meados de dezembro pela ConfederaçãoNacional do Comércio que percebiam o nível corrente dos estoques acima doadequado. Mas há quem defenda que o percentual não terminou o ano tão elevadoassim, pois os empresários foram, ao longo do último mês do ano, ajustando osestoques às vendas mais fracas.

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Índice da Fecomercio indica fim do ciclo deestoques altos no varejo

O Índice de Estoques (IE) calculado pela Federação do Comércio de Bens, Serviçose Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) registrou quedas de 11,8% emjaneiro na comparação com o mesmo período do ano passado e de 2,9% antedezembro, ao passar de 110,6 para 107,4 pontos.A assessoria econômica da Federação destaca que a nova queda - em dezembro oindicador já havia recuado - se deu por um bom motivo: o aumento da proporçãode empresários que disseram ter estoques abaixo do esperado (de 13,8% para16,3%), acompanhado de pequena redução daqueles que disseram ter estoquesacima (30,8% para 29,9%)."Isso indica que pode ser que o ciclo de estoques altos esteja acabando", afirmaFlávio Pina, assessor econômico da FecomercioSP. Ele pondera, no entanto, que épreciso observar se esse processo continua nos próximos meses para confirmar atendência.Ele destaca que, em dezembro, a diferença entre os empresários que consideramter estoques acima e abaixo do adequado ficou em 13,6 pontos, próximo à médiade 10 pontos. "Já são dois meses em que a diferença continua diminuindo. Se elacontinuar caindo, vamos voltar à média", prevê.Pina ressalta que o aumento dos empresários que consideram ter estoque abaixodo adequado se deu mesmo com um Natal fraco de vendas, o que demonstra quehouve um equilíbrio entre demanda e oferta na principal data do ano para o setor."Isso mostra que os empresários estavam preparados para esse um período devendas fracas", diz.Na avaliação da FecomercioSP, isso indica que não serão necessárias grandesliquidações e queimas de estoque no início deste ano. "As promoções devemocorrer, mas a necessidade de ajustar estoques será menor do que o previsto",pondera a entidade em nota.MetodologiaO IE é apurado mensalmente por meio da entrevista com cerca de 600empresários do comércio na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), e buscaidentificar a percepção dos comerciantes sobre a situação estoques. O indicadorvai de 0 a 200 pontos, com 0 representando "inadequação total" e 200“adequações total".

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Consumo

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Com renda comprometida, brasileiros devemevitar dívidas novas em 2015

Os brasileiros contrairão menos débitos novos em 2015, mas enfrentarão aperto parasaldar os antigos, segundo especialistas ouvidos pela Agência Brasil. Eles ressaltam que,este ano, os consumidores evitarão comprar bens de maior valor e a prazo, porqueestão mais cautelosos e a elevação dos juros restringiu o crédito. Mas, em um primeiromomento, o pé no freio não ajudará a diminuir o comprometimento da renda, pois onível está elevado, e a renegociação, mais difícil.“As pessoas estão comprando menos. Não se acredita no crescimento da quantidade depessoas endividadas. Mas fica complicado para quem já está [comprometido comdébitos]”, afirma o economista Gilberto Braga, professor de finanças do Ibmec. “Aindatem um comprometimento alto da renda. Quem conseguiu [renegociar a dívida] emmeados do ano passado fez antes de subirem os juros. Quem fizer agora vai repactuarbem mais caro”, acrescenta o economista.A pesquisa mensal da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo(CNC) sobre endividamento, divulgada no início de janeiro, corrobora a avaliação deBraga.. De acordo com os dados, em 2014, o volume de famílias que tomaramempréstimos caiu em relação a 2013, de 62,5% para 61,9%. No entanto, a parcela darenda comprometida subiu no período, de 29,4% para 30,4%. Outro levantamento,divulgado em dezembro pelo Banco Central (BC), mostra que em outubro ocomprometimento da renda em 12 meses atingiu 46,05% O nível é o maior desde 2005,ano do começo da série histórica.De acordo com Gilberto Braga, para restaurar o equilíbrio financeiro, o consumidorprecisará ter muita disciplina. “É preciso que [as pessoas] se disciplinem e não deixemde pagar as parcelas”, recomenda. O economista destaca que será necessário lidar aindacom o cenário adverso da inflação, que contribui para o aperto da renda. “A inflaçãoestá resistente, com previsão de [fechar o ano em] 6,6%”, lembrou, referindo-se àestimativa do último boletimFocus, pesquisa semanal feita pelo Banco Central cominstituições financeiras. O patamar está acima do teto da meta da inflação oficial,medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é 6,5%.O consultor de varejo Alexandre Ayres, da Neocom Informação Aplicada, afirma que omomento é de retração na aquisição de bens duráveis, como carros e apartamentos,cuja compra é sujeita às condições do crédito. “Há muito pouca perspectiva deretomada”, avalia. Na quinta -feira (15), por exemplo, a Caixa Econômica Federalinformou que subirá os juros do financiamento habitacional. Por outro lado, Ayres vêuma breve recuperação no consumo conhecido como de autoindulgência.“É o consumo que as pessoas usam para compensar o fato de não poderem adquirir umbem de maior valor. Por exemplo, não pode financiar um carro, mas compra uma bolsa”,explica. De maneira geral, no entanto, ele vê 2015 como um ano de “arrumação”,mesmo que forçada. “Nenhum consumidor quer fazer alterações no seu padrão deconsumo. Mas o dinheiro está acabando. A solução é não comprar mais do que se podepagar”, orienta.

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Consumo das famílias fica estável em janeiro

A Intenção de Consumo das Famílias fechou janeiro com alta de 0,2% (em 119,7 pontos), mostrando estabilidade na comparação com dezembro do ano passado e interrompendo sequência de três quedas consecutivas.Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (21) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Apesar da estabilidade, o indicador fecha com queda de 8,6%, quando a comparação se dá com janeiro de 2014.Com o resultado de janeiro, o índice permanece acima da zona de indiferença (100 pontos), portanto indicando ainda nível favorável. Segundo a CNC, o nível de confiança das famílias com renda abaixo de dez salários mínimos mostrou queda de 0,3% na comparação mensal. Já as famílias com renda acima de dez salários mínimos apresentaram elevação de 1,8%. O índice das famílias mais ricas está em 122 pontos, e o das demais, em 119,3 pontos.Ainda na comparação janeiro de 2015 com dezembro de 2014, os dados regionais revelaram que a maior retração ocorreu na Região Sul, onde a queda chegou a 3,5%, e a melhor avaliação, na Região Sudeste, com aumento de 1,8%.Depois de números predominantes desfavoráveis em dezembro de 2014, no mês de janeiro o quadro mostrou alguma melhoria, com alguns componentes da pesquisa se destacando nos resultados do mês.O componente Nível de Consumo Atual, por exemplo, apresentou elevação de 1,9% em relação ao mês anterior, embora tenha fechado com queda de 9,5% comparativamente ao mesmo período do ano passado. “O elevado custo do crédito e o alto nível de endividamento ainda são os motivadores do desaquecimento na intenção de compras a prazo”, avaliou a CNC.A confederação cita, por exemplo, o componente Acesso ao Crédito que registrou novamente quedas mensais e anuais de 0,6% e 9,2%, respectivamente, atingindo o menor nível da série, com 123,4 pontos, mesmo patamar visto em novembro de 2014.Também o item Momento para Duráveis apresentou queda de 0,9% na comparação mensal. Em relação a 2014, o componente mostrou retração de 12%. Neste mês, ele obteve o menor valor da série histórica, com 97,2 pontos – abaixo, portanto, da zona de indiferença.O item Perspectiva de Consumo registrou queda de 2,8% em relação a dezembro. Na comparação anual, o índice apresentou queda de 14,2% e atingiu o menor valor da série histórica, com 121,9 pontos. Na base de comparação mensal, as famílias com renda de até dez salários mínimos mostraram queda de 3,4%, e aquelas com renda acima de dez salários, queda de 0,3%.

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Entenda por que o BC está subindo jurosmesmo com o consumo desacelerando

O Banco Central subiu a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, de 11,75%para 12,25% ao ano. A taxa de juros é o instrumento mais conhecido do governo paracontrolar a inflação. O processo funciona desestimulando o consumo: com juros maisaltos, os financiamentos ficam mais caros, e as famílias tendem a gastar menos.Ao longo do ano passado, no entanto, o consumo das famílias já desacelerou (o que édiferente de estar caindo: desacelerar quer dizer subir cada vez menos).No primeiro trimestre de 2014 em comparação com o mesmo período de 2013, oconsumo subiu 2,2%; no segundo trimestre, subiu 1,2%; e, no terceiro, teve só uma levealta de 0,1%. Os dados do quarto trimestre só serão divulgados em março.Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, a variação é menor: houvequeda de 0,1% no primeiro trimestre em relação ao quarto trimestre de 2013;estabilidade no segundo em relação ao primeiro trimestre; e queda de 0,3% no terceiroem relação ao segundo.Em 2010, por exemplo, quando a economia como um todo cresceu 7,5%, o consumodas famílias chegou a aumentar 8,5% só no primeiro trimestre (na comparação com omesmo período de 2009).Fica a pergunta: por que, então, subir os juros, se o consumo não está subindo tanto? OUOL ouviu especialistas para tentar entender a estratégia do governo.Sacrificar o consumoSegundo analistas, a prioridade máxima do governo agora é o controle da inflação,mesmo que isso signifique que o consumo tenha que cair."Em termos de inflação, não existe terapia sem dor", afirma o professor dos MBAs daFGV Mauro Rochlin. "A ideia é desestimular ainda mais o consumo".Quando o consumo desacelera ou cai, a renda das pessoas acompanha esta tendência,e o crédito tende a ficar mais restrito também.Nesse caso, a intenção é fazer com que a indústria segure os aumentos de preço e nãoos repasse aos consumidores; assim, a inflação fica controlada porque os preços paramde subir.O processo funciona pela lei da oferta e da procura: quando há oferta de um produto nomercado, mas a procura por ele é baixa (porque as pessoas estão sem dinheiro, nestecaso), a tendência é que o preço caia.Incentivo de poupançaAlém do motivo já citado, que afeta a vida cotidiana, ainda há outro incentivo para aalta dos juros. Segundo Otto Nogami, professor de economia do Insper, os juros maisaltos tornam a poupança mais atraente.Ele não se refere à poupança dos cidadãos comuns, mas à dos investidores, bancos, egrandes empresários. Os grandes investidores não guardam o dinheiro na mesmapoupança que os pequenos'. Em vez disso, investem em títulos públicos.

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Esses títulos são "fatias" da dívida que o governo vende para ter dinheiro agora,comprometendo-se a devolver a quantia com juros no longo prazo.Com juros mais altos, a rentabilidade dos títulos públicos aumenta, ou seja, eles ficammais atraentes aos investidores do mundo todo.Tiro no péCom mais investidores comprando títulos da dívida, e com o comprometimento empagar juros por ela, o governo acaba se endividando ainda mais.Segundo o professor do Mackenzie Pedro Raffy Vartanian, no entanto, essa alta noendividamento é inevitável no curto prazo.No médio prazo, para balancear esse efeito, o governo precisa aumentar a arrecadação(subir impostos) e cortar outros gastos.'Remédio amargo'Não existe outra fórmula conhecida para controlar a alta dos preços, segundo Vartanian.O ideal é que haja crescimento econômico aliado a inflação controlada, mas diferentespaíses em diferentes momentos econômicos tendem a priorizar uma das variáveis.Para os economistas, o primeiro passo do Brasil deve ser domar a inflação, para depoispoder voltar a crescer. De outro modo, a inflação alta só piora as expectativas daspessoas e das empresas, o que também acaba travando o crescimento.

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Crédito

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Procura por crédito pelas empresas cresce 5%em 2014, diz Serasa

Cresceu 5% a procura empresarial por crédito em 2014 na comparação com o anode 2013. Foi o melhor resultado da demanda das empresas por crédito nosúltimos 4 anos, segundo o Indicador Serasa Experian de Demanda das Empresaspor Crédito. O melhor índice até então havia sido em 2000, quando o crescimentofoi de 7,6%.Economistas da Serasa Experian dizem que o crescimento vem do aumento daparticipação dos microempreendendores individuais no conjunto das empresasformalmente constituídas no país, que se intensificou entre o segundo semestrede 2013 e o primeiro semestre de 2014.As micro e pequenas empresas tiveram o melhor desempenho no demanda: altade 5,6% ante 2013. Nas grandes empresas, a busca por crédito registrou elevaçãobastante próxima à das micro e pequenas empresas em 2014: alta de 5,4%. Já nasmédias empresas, o desempenho em 2014 foi negativo, recuando 4,2% emrelação ao ano de 2013.A expansão da demanda foi maior no setor de serviços, com alta de 7% frente a2013. Na indústria, a busca por crédito evoluiu 3% no período de janeiro adezembro de 2014. No setor comercial, a alta foi de 3,7% de janeiro a dezembrode 2014 perante mesmo período acumulado de 2013.As regiões Norte e Centro-Oeste tiveram os maiores avanços, com altas de 10,7%e de 9,9%, respectivamente, frente a 2013. No Nordeste o avanço no acumuladode 2014 foi de 6,4% frente a 2013. No Sul e Sudeste as altas de demandaempresarial por crédito foram bem menores no ano passado, de 3,3% e de 3,1%,respectivamente, na comparação com 2013.

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Governo aumenta IOF sobre crédito e devearrecadar R$ 7,38 bilhões

Incentivando o crédito, o governo incentivou as classes emergentes a consumir.Agora, chegou a hora de pagar a conta: o governo encareceu o crédito.Só com o aumento no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), o governodeverá arrecadar cerca de R$ 7,38 bilhões neste ano, segundo a Receita Federal.O objetivo é encher os cofres, na opinião do economista Armando Castelar, daFundação Getúlio Vargas.“O aumento do IOF sobre as operações de crédito para pessoas físicas tem maisum objetivo de arrecadação para o governo do que propriamente de paradesestimular o crédito. Ainda que, sim, vá desestimular o crédito e ainda que,sim, o governo queira desestimular o crédito, tanto é que está subindo os juroscom esta intenção”, analisa Armando Castela, economista da FGV-RJ.O imposto subiu de 1,5% para 3% ao ano no caso de empréstimos de até 12meses, e o consumidor vai continuar pagando o percentual de 0,38% que já eracobrado para a abertura de créditos. Rosimere sabe o que fazer: “Prefiro juntarum pouco o dinheiro e pagar à vista”, diz a secretária Rosimere Talles.Neste período de juros altos e com o IOF a 3% é preciso ficar atento a comprasparceladas, à utilização de cheque especial, à solicitação de empréstimos pessoaise a operações como o uso do crédito rotativo no cartão, quando o consumidornão paga de uma vez só o valor total da fatura.Com a nova regra, quem precisa de crédito, vai ter que tirar mais dinheiro dobolso na hora de pagar a conta e isso afeta uma parcela em especial dapopulação.“É a nova classe média, é a classe média que vai ser mais penalizada. As pessoasmais ricas geralmente não pegam muito dinheiro emprestado e as pessoas maispobres geralmente não têm acesso ao crédito. Então vai ser o meio, a classemédia quem vai pagar esta conta para o governo”, acredita o economistaArmando Castelar.

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Consumidor piora avaliação sobre acesso aocrédito, diz CNC

A disposição do brasileiro ao consumo melhorou na passagem de dezembro parajaneiro, mas houve piora na avaliação do acesso ao crédito e momento paracompra de bens duráveis.Ambos atingiram o pior nível da série histórica da pesquisa, segundo aConfederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).A intenção de consumo das famílias (ICF) subiu 0,2% na comparação comdezembro, para 119,7 pontos. Houve queda de 8,6% no ICF em relação a janeirode 2014, mas, como o índice permanece acima da zona de indiferença (100,0pontos), o resultado está em nível favorável.O componente nível de consumo atual apresentou elevação de 1,9% em relação adezembro e queda de 9,5% ante janeiro do ano passado.No entanto, o aumento do custo do crédito e o alto nível de endividamento dasfamílias ainda motivam um desaquecimento na intenção de compras a prazo.O componente Acesso ao crédito registrou novamente queda de 0,6% antedezembro e recuo de 9,2% em relação a janeiro de 2014, voltando ao menor nívelda série histórica da pesquisa, aos 123,4 pontos, mesmo patamar de novembro de2014.Já o item momento para duráveis teve queda de 0,9% na comparação comdezembro, para 97,2 pontos, também o menor valor da série histórica e abaixo dazona de indiferença. Em relação a janeiro de 2014, o componente mostrou recuode 12%.

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Medidas que desaquecem a economia geram divergências

O acocho apontado pela linha dura da equipe econômica do Governo Federal vaiafetar também a indústria. Para o vice-presidente do Instituto Brasileiro deExecutivos de Finanças do Ceará (Ibef-CE), Ênio Arêa Leão, trata-se de umproblema, mas estamos pagando o preço pelos excessos dos anos anteriores.

“Houve um incentivo ao consumo sem se preocupar com a produção. Naverdade, não há outra opção. Tem que ajustar a economia para ajudar a cresce. Oque o nosso País precisa é de política de longo prazo de incentivo à produção e dodesenvolvimento. A política mais simples era diminuir a burocracia brasileira”,afirma Ênio.O tributarista Erinaldo Dantas ressalta que desaquecer a indústria é desaquecer aeconomia. Para ele, pode criar um ciclo vicioso. A economia não vai crescer, vaiarrecadar menos e vai precisar cortar mais outra vez. “Na crise de 2008, osgovernos encheram de dinheiro e de incentivo a atividade econômica. Depois queas empresas se recuperaram, voltaram a subir tributos e juros. O que o governodeveria fazer é incentivar o aquecimento”, argumenta Edinaldo.O mestre em economia e pesquisador em desenvolvimento econômico, EldairMelo, ressalta ser urgente o País fazer caixa. Por isso, a importância de cortargastos e incentivos neste momento. “A indústria vai crescer menos ainda, nãocomo consequência da política que está sendo feita. Durante o primeiro governo,não se fez política de desenvolvimento do País. Só se fez política assistencialista ede curto prazo. Desonerou a indústria automobilística, da linha branca”, analisaEldair.Para ele, não vai haver nenhuma grande mudança nesses dois primeiros anos.“Depois, por uma questão política, vai dar novamente esses incentivos, mas nemprecisaria dar. Vai haver demissões, com certeza. É sabido disso e é feito agora poruma questão política”, comenta.

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Previsões em Davos tiveram acertos e errosEnquanto a elite política e do mundo dos negócios sobe esta semana os Alpes suíçospara um encontro anual de observação da bola de cristal, a história sugere que osespecialistas de Davos são susceptíveis a uma porção de conclusões erradas.Mais de 1.500 líderes empresariais e 40 chefes de Estado e de governo estarãopresentes na reunião anual do Fórum Econômico Mundial entre 21 e 24 de janeiro parafazer contatos e discutir grandes temas, desde o preço do petróleo até o futuro daInternet.Este ano, eles estão se encontrando em um período de turbulências, com as forças desegurança em alerta após ataques em Paris, o Banco Central Europeu considerandoadotar um programa radical de compra de títulos e o franco suíço, moeda tida como umporto seguro, em valorização vertiginosa.O ar da montanha incentiva pronunciamentos confiantes, mas a precisão das previsõesde Davos oscilou nos últimos anos.Entre os fiascos dos prognósticos do ano passado se incluem o do chefe do BancoCentral do Japão, Haruhiko Kuroda, que declarou que a situação no seu país estava"completamente mudada". Doze meses depois, a economia japonesa está de volta àrecessão.E ninguém no ano passado previu anexação da Crimeia pela Rússia, a ascensão doEstado Islâmico ou o petróleo a 50 dólares o barril.As crises gêmeas na zona do euro e no setor bancário também foram falhas evidentesnas avaliações dos formuladores de políticas e especialistas.Em 2011, a então ministra das Finanças da França, Christine Lagarde, declarou que azona do euro tinha "virado a página" e pediu aos mercados financeiros que nãoapostassem contra a Europa. O bloco passou a ter um ano terrível em que a venda adescoberto teria sido uma tática decididamente inteligente.Em 2012, a situação se inverteu quando o economista Nouriel Roubini, que previu acrise das hipotecas subprime no mercado norte-americano, previu que a Grécia deixariao euro dentro de um ano. Isso não aconteceu, apesar de o assunto estar de volta àagenda a tempo para a festa de Davos este ano.O ponto baixo das previsões, no entanto, foi em janeiro de 2008. Apesar do início dacrise do subprime, a multidão esmagadora em Davos não conseguiu detectar o colapsodesencadeado pela quebra do Lehman Brothers, apenas oito meses mais tarde.Um comentário do chefe da Autoridade de Investimentos do Kuwait, Bader Al Sa'ad, deque pechinchas encontradas no setor financeiro os EUA representavam "puraoportunidade de investimento", resumiu o estado de espírito confiante demais naépoca.No mundo da tecnologia, Bill Gates, o cofundador da Microsoft <MSFT>, fez umafamosa previsão em 2004 de livrar o mundo dos spams no prazo de dois anos. Trêsbilhões de usuários de internet em todo o mundo ainda estão à espera.Mas Davos tem sido bom para detectar algumas megatendências, como a ascensão dosmercados emergentes e, mais recentemente, o gás de xisto reequilibrando ocrescimento econômico nos Estados Unidos. O fórum também sinalizou futuras tensõesglobais, tais como o acesso à água e os problemas de segurança na Internet.

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Economia

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Previsões para economia pioram mesmo com nova equipe de Dilma

Festejada pelo mercado financeiro e pelo setor produtivo, a nova equipe econômica dogoverno Dilma Rousseff, anunciada há quase dois meses, ainda não havia conseguidoreverter, até a semana passada, os elogios em mudança de expectativas sobre os rumosdo país.Os economistas, apontam as pesquisas, ainda não estão convencidos de que o paíscrescerá mais nos próximos anos, de que a meta de contas públicas será atingida nesteano e de que a inflação convergirá para o centro da meta de inflação até 2018 – fim doatual mandato.Justamente para aumentar a confiança na economia brasileira nos próximos anos, emelhorar as expectativas, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou na noite destasegunda-feira (19) medidas para tentar reequilibrar as contas públicas - que sofreramforte deterioração em 2014 com a erosão do superávit primário, a economia para pagarjuros da dívida, e possibilitar uma trajetória de queda.Ele anunciou alta da tributação sobre combustíveis, importados e sobre o crédito. "Asmedidas têm por objetivo aumentar a confiança da economia, a disposição das pessoase dos investidores em tomarem risco, e dos empresários em começarem a tentar novascoisas", explicou Levy na ocasião, acrescentando que as alterações tendem a baixar acurva de juros de longo prazo.

PIBDe acordo com pesquisa conduzida pelo Banco Central com mais de 100 instituiçõesfinanceiras, a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) recuou desde oanúncio dos novos integrantes da equipe econômica. Em 27 de novembro, quando aequipe foi anunciada, o mercado esperava alta de 0,78% no PIB deste ano. Na semanapassada, essa previsão caiu para 0,38%.

Produção industrialA mesma pesquisa também aponta piora nas estimativas do mercado financeiro para aindústria brasileira. Quanto a nova equipe foi anunciada, a expectativa dos analistas erade alta de 1,23% na produção neste ano. No último levantamento, feito na semanapassada, os economistas já esperavam alta bem mais modesta, de 0,71%.

InflaçãoApesar de prever uma taxa maior de juros em 2015 e 2016, a expectativa dos analistasdas instituições financeiras para a inflação para este ano subiu de 6,47% para 6,67%nesta comparação, e ficou estável para o período de 2016 a 2017, recuando um poucosomente em – ainda assim acima de 5,2% (ainda distante do centro da meta de 4,5%).E ninguém no ano passado previu anexação da Crimeia pela Rússia, a ascensão doEstado Islâmico ou o petróleo a 50 dólares o barril.

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As crises gêmeas na zona do euro e no setor bancário também foram falhas evidentesnas avaliações dos formuladores de políticas e especialistas.Em 2011, a então ministra das Finanças da França, Christine Lagarde, declarou que azona do euro tinha "virado a página" e pediu aos mercados financeiros que nãoapostassem contra a Europa. O bloco passou a ter um ano terrível em que a venda adescoberto teria sido uma tática decididamente inteligente.Em 2012, a situação se inverteu quando o economista Nouriel Roubini, que previu acrise das hipotecas subprime no mercado norte-americano, previu que a Grécia deixariao euro dentro de um ano. Isso não aconteceu, apesar de o assunto estar de volta àagenda a tempo para a festa de Davos este ano.O ponto baixo das previsões, no entanto, foi em janeiro de 2008. Apesar do início dacrise do subprime, a multidão esmagadora em Davos não conseguiu detectar o colapsodesencadeado pela quebra do Lehman Brothers, apenas oito meses mais tarde.Um comentário do chefe da Autoridade de Investimentos do Kuwait, Bader Al Sa'ad, deque pechinchas encontradas no setor financeiro os EUA representavam "puraoportunidade de investimento", resumiu o estado de espírito confiante demais naépoca.No mundo da tecnologia, Bill Gates, o cofundador da Microsoft <MSFT>, fez umafamosa previsão em 2004 de livrar o mundo dos spams no prazo de dois anos. Trêsbilhões de usuários de internet em todo o mundo ainda estão à espera.Mas Davos tem sido bom para detectar algumas megatendências, como a ascensão dosmercados emergentes e, mais recentemente, o gás de xisto reequilibrando ocrescimento econômico nos Estados Unidos. O fórum também sinalizou futuras tensõesglobais, tais como o acesso à água e os problemas de segurança na Internet.

SuperávitNa semana passada, o mercado financeiro ainda não acreditava também que o novoministro da Fazenda, Joaquim Levy, responsável pela administração das contas públicas,conseguirá entregar a meta de superávit primário (economia feita para pagar juros dadívida pública) de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) prometida para este ano,equivalente a R$ 66,3 bilhões. No fim de novembro, a previsão do mercado era de que oesforço fiscal somaria 1% do PIB para 2015 – valor que subiu para 1,05% na últimasexta-feira (16), ainda abaixo da meta anunciada para este ano.

Setor externoPara o setor externo, o mercado prevê piora nas estimativas para o saldo balançacomercial brasileira – a previsão recuou de superávit de US$ 6,3 bilhões para US$ 5bilhões –, mas também estima pequena melhora nas previsões para o déficit emtransações correntes (balança comercial, serviços e rendas) e nas estimativas para oingresso de investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira.

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Atividade fraca e perspectivas externas ruinsNa avaliação do economista Sidnei Moura Nehme, da NGO Corretora, apesar dasinalização mais "ortodoxa" (uso da política fiscal para ajudar no controle da inflação emenor intervenção do Estado) do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o que melhora ohumor do mercado financeiro, há risco de recessão em 2015 e isto impactará aarrecadação do governo.“O ministro merece confiança, mas há inúmeros obstáculos para que atinja seuspropósitos e anseios, na própria economia e seu estado deteriorado atual, assim comopoliticamente com uma base de apoio bastante fragmentada, o que tira a convicção deapoio irrestrito a tudo que pretenda realizar”, avaliou Nehme.Para ele, as economias mundiais, com exceção da norte-americana – que emite sinaisde recuperação – estão com "perspectivas desalentadoras". "Não podemos e nãodevemos perder o foco de que o Brasil está entre as mais frágeis, tendo como causas oequívoco que o levou a adotar políticas absolutamente erráticas. Temos muito a fazerdesafiadoramente para repor o país 'nos trilhos'. Os nomes [da nova equipe] inspiramconfiança, mas credibilidade dependerá dos resultados futuros e não dos anseiospresentes", acrescentou o economista da NGO.

Contas públicas frágeisPatrícia Pereira, da Mongeral Aegon Investimentos, avaliou, na semana passada, que asexpectativas não melhoram porque a situação econômica, principalmente na parterelacionada com as contas públicas, atualmente é bem ruim."É necessário um dever de casa bastante forte que vai muito além das declarações quevêm sendo dadas pela equipe nova. Como todo o mercado sabe, essas medidasdependem que o governo comece a produzir os [resultados] primários [economia parapagar juros da dívida], e isso só vai ser feito com corte de despesas e aumento dereceita", afirmou ela."O peso das expectativas é muito importante. Se o empresário e investidor acham que ogoverno está comprometido e expectativa é boa, e a inflação volta a valores maispróximos da meta, volta a investir. É cíclico. Se o empresariado não acredita, ele nãoinveste. Se o consumidor não confia que o país vai para frente e que seu emprego serámantido, ele não compra", explicou Patrícia.Segundo a economista, mesmo com o corte de despesas, o que ajuda na política decontrole da inflação, os preços ainda vão continuar pressionados neste ano. "A inflaçãodesse ano vai ser alta e próxima do teto da meta. Tem muito aumento represado, comoônibus urbano e energia", declarou.Além disso, acrescentou Patrícia Pereira, nas contas públicas, a meta de 1,2% do PIB desuperávit primário fixada para o setor público em 2015 é "bastante audaciosa". "Não éuma medida fácil, principalmente no estágio em que está hoje em dia [o resultadofiscal]. Talvez por isso o mercado não tenha ajustado para 1,2% do PIB [sua previsãopara este ano]. O outro motivo é que o Congresso tem que avalizar [as medidas quelimitam benefícios sociais]. É um custo político muito grande", explicou ela na últimasemana, antes do anúncio de tributos sobre combustíveis, crédito e importados.

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Estagnação econômica

De acordo com o diretor-presidente da Fractal, Celso Grisi, os números mais recentes dodesempenho da indústria e do comércio varejista, além da "prévia do PIB" divulgadapelo Banco Central, mostram uma situação de estagnação na economia brasileira. "Osdados empíricos não têm ainda dado aos investidores e analistas a certeza de que épossível alcançar um crescimento prometido pelo ministro Joaquim Levy [da Fazenda]",afirmou ele.Segundo o analista, porém, as taxas de juros de longo prazo já começaram a cair. "Nomercado financeiro e de capitais, se começa a acreditar na possibilidade de um ajustefiscal e de um ajuste na política salarial que venham a ser moderados e que essesajustes não produzirão uma recessão tão forte", disse.Grisi observou que há uma "dúvida forte" se o Congresso aprovará as medidas quelimitam o seguro-desemprego e as pensões, por exemplo, pois são "impopulares", e queo cenário externo ainda não está contribuindo para uma expansão maior dasexportações brasileiras.Ele explicou que, para haver um convencimento maior dos investidores de que aeconomia vai melhorar, a demanda tem de começar a se refazer, o emprego "não podesofrer tanto" e tem de haver uma convicção de que consumo, mesmo baixo, não teráqueda. "Aí sim teremos a confiança restabelecida e afastaremos todas incertezas queacabam produzindo um empresário ainda arredio, ainda mostrando uma certaincredulidade", concluiu Grisi.De acordo com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o objetivo da equipe econômica étrabalhar para garantir as condições para a retomada da economia e para voltar a gerarempregos em uma quantidade adequada.Ele reafirmou, durante café da manhã com jornalistas na semana passada, que haveráajuste nas contas públicas, com alta de impostos e contenção de gastos, para buscar aqueda da dívida pública nos próximos anos e uma melhora na nota brasileira pelasagências de classificação de risco.Segundo Levy, o governo precisa “acertar alguns os ponteiros para o investimentovoltar, para a confiança, para as pessoas quererem tomar risco nas empresas". "Eu achoque o entendimento disso está bastante claro. Acho que as pessoas percebem anecessidade”, declarou nesta semana.

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FMI prevê Brasil com crescimento de apenas0,3% em 2015

O Fundo Monetário Internacional (FMI) voltou a reduzir as previsões de crescimentopara o Brasil em relatório divulgado nesta terça-feira e que traz uma atualização dasprojeções para a economia mundial. O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro devecrescer apenas 0,3% em 2015, abaixo do 1,4% previsto em outubro, quando o FMI fezsua reunião anual em Washington. Para 2016, a estimativa foi reduzida de 2,2% para1,5%.Com exceção dos países exportadores de petróleo, sobretudo Rússia e Nigéria, o Brasilfoi o que teve maior corte nas projeções de crescimento em relação ao relatório deoutubro. Em 2014, a projeção é que a economia brasileira cresceu apenas 0,1% o menornível entre os países emergentes que fazem parte do relatório.O documento não fazcomentários específicos sobre o Brasil, mas, na semana passada, em Nova York, adiretora-gerente do Fundo, Christine Lagarde, afirmou que o País precisa investir emtransporte e energia para evitar gargalos na infraestrutura.Desde 2012 o FMI vem cortando as previsões de crescimento da economia brasileira acada novo relatório. Além dos problemas em infraestrutura, o Fundo vem citando aqueda da confiança de empresários e consumidores no País, que desestimula oinvestimento e o consumo, além do impacto negativo da redução dos preços dascommodities nas exportações brasileiras."As notícias são boas para países importadoresde petróleo e ruins para os exportadores. São boas para os importadores decommodities e ruins para os exportadores", afirmou o economista-chefe e diretor doFMI, Olivier Blanchard, que apresentou o relatório em um evento na China. "Os efeitosdo declínio nos preços das commodities, que começou em 2011, sobre as perspectivasde crescimento da América Latina estão se tornando mais claros", disse. Em 2015, o PIBda região deve crescer 1,3%, ante 2,2% previstos.

Cenário mundialO FMI cortou ainda as estimativas de crescimento para a economia mundial, apesar doesperado impacto positivo da forte queda do preço do petróleo. A expectativa é que oPIB global cresça 3,5% este ano e 3,7% em 2016, ambos com uma redução de 0,3 pontoporcentual em relação às estimativas divulgadas em outubro."O crescimento global vai receber um estímulo dos preços mais baixos do petróleo, querefletem uma maior oferta (da commodity). Mas este impulso deve ser mais do queofuscado por fatores negativos", afirma o FMI no documento, citando a desaceleraçãoda China, desempenho pior que o previsto da atividade econômica na zona do euro eJapão e uma piora mais forte esperada para a Rússia.Os Estados Unidos são a única grande economia que teve as projeções de crescimentomelhoradas. O PIB deve crescer 3,6% este ano e 3,3% no próximo, ambas acima do nívelde 3,1% e 3% esperado no relatório de outubro.

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Os economistas do FMI avaliam que a queda do petróleo deve ajudar a estimular oconsumo no país, que tem mostrado uma série de indicadores melhores que o previstoe recuperação do mercado de trabalho e da confiança dos consumidores e empresários.As projeções de alta do PIB da zona do euro e do Japão voltaram a ser reduzidas. "Aperspectiva de investimentos mais fracos pesa sobre as projeções de crescimento dazona do euro, que foi revisada para baixo para 1,2% (em 2015)", destaca o documento.Em outubro, o FMI esperava que o PIB da região crescesse 1,4% este ano. O Japão deveavançar 0,6% em 2014, abaixo do 0,8% projetado no relatório anterior.Diante das projeções de expansão mais fraca para 2015 e 2016, o FMI recomenda queos governos elevem os investimentos em infraestrutura. Em outras economiasavançadas, a política monetária precisa continuar com juros baixos

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EUA são a única grande economia em alta nomeio da fraqueza global, diz FMI

Só os Estados Unidos parecem ter recuperado fôlego econômico, com umaprevisão de crescimento de 3,6% neste ano e 3,3% em 2016, enquanto o resto dasgrandes economias como Japão, União Europeia, América Latina e inclusive aChina veem reduzir suas previsões, informou nesta terça-feira o Fundo MonetárioInternacional (FMI).No relatório de Perspectivas Econômicas Globais divulgado em Pequim, oeconomista-chefe do FMI, Olivier Blanchard, qualificou a situação atual como"um complicado mosaico" no qual estão entrelaçados riscos em alta, como aqueda dos preços do petróleo, com outros em baixa, como a volatilidade dosmercados financeiros e a "estagnação e baixa inflação" na Europa e Japão.Seis anos depois da crise financeira, os Estados Unidos, a primeira economiamundial, parecem consolidar finalmente sua recuperação.Por isso, o Fundo elevou suas projeções a 3,6% para este ano e 3,3% no próximo,cinco e três décimos, respectivamente, a mais do que em outubro, impulsionadaspela "demanda interna escorada pelo barateamento do petróleo, a moderação doajuste fiscal e o respaldo contínuo de uma orientação flexível da políticamonetária".No entanto, o resto dos países e regiões veem minguadas suas perspectivas decrescimento: na zona do euro a 1,2% para 2015, dois décimos a menos que emoutubro, e 1,4% para o próximo ano, três décimos a menos que o antecipado; eJapão a 0,6% neste ano e 0,8% em 2016, dois e um décimo a menos do previsto,respectivamente.Além disso, nas economias emergentes começa a se consolidar o arrefecimentoapós anos de grande expansão, arrastadas pelos baixos preços das matérias-primas, especialmente o petróleo, e a desaceleração do motor chinês.De fato, o Fundo calcula agora que o gigante asiático cresça 6,8% em 2015 e 6,3%em 2016, com revisões para baixo de três e cinco décimos, respectivamente,como reflexo do menor investimento.A China não registra um crescimento na fronteira de 7% há cinco anos, e dado suacrescente importância global, o organismo multilateral antecipa que estatendência gerará efeitos sobre o resto mundo."Sua baixa gradual reflete uma decisão - que é bem-vinda - de reorientar aeconomia rumo ao consumo e longe do setor imobiliário e o sistema bancário nasombra. No entanto, este menor crescimento está afetando o resto da Ásia",destacou Blanchard.

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A América Latina se sobressai, neste sentido, como uma das regiões emergentesmais prejudicadas por esta forte freada global. As previsões situam agora ocrescimento latino-americano em 1,3% em 2015, nove décimos a menos que emoutubro; e em 2,3% em 2016, cinco décimos a menos.O chefe economista do FMI atribuiu esta tendência à redução dos preços dosprodutos básicos, o motor do crescimento em 2000. "Os efeitos de baixas quecomeçaram em 2011 nas perspectivas de crescimento da América Latina estãocomeçando a ser claros", ressaltou Blanchard em Pequim, e destacou que ospaíses estão se dando conta disso e buscando novas fórmulas.Especialmente pronunciada é a forte freada no Brasil, com uma projeção deapenas 0,3% para este ano, 1,1 pontos percentuais a menos que o previsto emoutubro."Nossas previsões estão realizadas com base na segunda metade de 2014, e aatividade então foi bastante frágil, sobretudo, em investimento", explicou GianMaria Milesi-Ferretti, subdiretor de pesquisa do FMI, em entrevista coletiva.Além disso, Milesi-Ferretti ressaltou que certas situações não tinham ajudado,como a incerteza das eleições e a investigação da Petrobras, que afetou aconfiança dos investidores.O México, outra grande economia regional, mantém um ritmo de crescimentomais sólido de 3,2% para 2015, embora também represente um rebaixamento detrês décimos com relação aos anteriores cálculos do Fundo.No entanto, o grande corte em suas projeções é registrado na Rússia, país para oqual o FMI prevê agora uma recessão sustentada em 2015 e 2016: -3 % e -1 %,respectivamente. "A projeção reflete o impacto econômico da forte queda dospreços do petróleo e a intensificação das tensões geopolíticas, tanto através deefeitos diretos como do impacto na confiança", assim como a desvalorização dorublo.Por fim, o Fundo reitera os lucros gerais da queda do petróleo, cujo preço,expressado em dólares dos EUA, desceram cerca de 55% desde setembro. Emboraexplica que este "retrocesso se deve em parte a uma fraqueza inesperada dademanda em algumas grandes economias, em particular, de mercadosemergentes".E, em maior medida, a fatores vinculados à oferta como "a decisão daOrganização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de manter os níveis deprodução apesar ao aumento contínuo da produção de países alheios ao grupo,especialmente EUA."

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Dilma veta correção da tabela do Imposto deRenda

A presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei nº 13.097, mas vetou o reajuste doImposto de Renda para a Pessoa Física (IRPF). A lei é resultado da aprovação da MedidaProvisória nº 656, que ficou conhecida como MP das Bebidas Frias, por incorporar,durante a tramitação no Congresso, trecho para definir uma nova tributação do setor.Entre os vários pontos rejeitados pela presidente, está o reajuste de 6,5% na tabela doIRPF, proposto pelos parlamentares.Dilma justificou que "a proposta levaria à renúncia fiscal na ordem de R$ 7 bilhões, semvir acompanhada da devida estimativa do impacto orçamentário-financeiro, violando odisposto no art. 14 da Lei de Responsabilidade Fiscal". O Planalto deverá editar novaMedida Provisória sobre o tema. Na segunda-feira, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy,afirmou que a proposta da Fazenda é de que a correção da tabela do IRPF seja de 4,5%neste ano.Dilma também rejeitou o artigo da MP que permitia o refinanciamento das dívidas dosclubes esportivos com a União, que é da ordem de R$ 4 bilhões, sem contrapartidas,como pagamento de multas em caso de atraso dos salários dos jogadores. Nas razõesdo veto enviadas ao Congresso, a presidente explica que "o governo vem discutindo hámeses com representantes de clubes, atletas, entidades de administração do desporto ecom o próprio Congresso Nacional a construção de uma proposta conjunta que estimulea modernização do futebol brasileiro".Segundo ela, "o texto aprovado não respeita este processo e prevê apenasrefinanciamento de débitos federais, deixando de lado medidas indispensáveis queassegurem a responsabilidade fiscal dos clubes e entidades, a transparência e oaprimoramento de sua gestão, bem como a efetividade dos direitos dos atletas". Elaassegura, no entanto, que o "governo retomará imediatamente o processo de diálogo,com o objetivo de consolidar, no curto prazo, uma alternativa que promova de formaintegral a modernização do futebol brasileiro."Inicialmente editada para zerar as alíquotas de PIS/Pasep e Cofins incidentes sobre areceita de vendas e na importação de partes utilizadas em aerogeradores, paraprorrogar benefícios tributários a empresas e para dispor sobre a devolução ao Exteriorde mercadoria estrangeira com importação não autorizada, a MP 656 foi ganhandooutros temas, como a própria tributação das bebidas frias e o reajuste do IRPF. Comisso, a lei sancionada trata de inúmeros outros temas.Um dos assuntos introduzidos durante a tramitação foi a criação da Letra ImobiliáriaGarantida (LIG), instrumento que será emitido exclusivamente por instituição financeirasob forma escritural. A LIG é um título de crédito nominativo, transferível e de livrenegociação. Ela estará vinculada à carteira de garantias, que pode conter créditosimobiliários e títulos de emissão do Tesouro Nacional, instrumentos derivativos e outrosativos.

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Maior parte dos aumentos tributários entra emvigor em junho

Os aumentos de tributos anunciados nesta segunda-feira pelo ministro daFazenda, Joaquim Levy, entrarão em vigor de forma escalonada. Por causa daregra da noventena, que estabelece que a criação ou mudanças na base decálculo de contribuições só podem ser efetivadas 90 dias depois da publicação, amaior parte das medidas só começa a valer em junho, quando os contribuintespagarem os tributos referentes a maio.As únicas medidas que entrarão em vigor mais rapidamente serão o aumento daalíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no crédito a pessoasfísicas e o reajuste do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição parao Financiamento da Seguridade Social (Cofins) nos combustíveis. As duas medidaspassarão a valer em fevereiro.As demais medidas tributárias anunciadas hoje se referem a contribuições.Diferentemente dos impostos, as contribuições ficam integralmente com a Uniãoe levam 90 dias para entrar em vigor. A exceção é a Contribuição para Intervençãono Domínio Econômico (Cide), que tem 29% das receitas compartilhadas comestados e municípios.Dessa forma, a elevação da Cide para os combustíveis e do PIS/Cofins para asmercadorias importadas só entrarão em vigor em junho (com fato gerador emmaio) por envolverem mudança na base de cálculo. Embora se trate decontribuições, a elevação do PIS e da Cofins nos combustíveis pode entrar emvigor imediatamente, porque não ocorre alteração na base de cálculo, apenas naalíquota.A extensão da cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para osatacadistas de cosméticos também só entrará em vigor em junho, por envolvermudança na incidência tributária.Das quatro medidas tributárias anunciadas, três dependem apenas de decreto daPresidência da República. A única mudança que depende de medida provisória (ede aprovação do Congresso) é a elevação do PIS/Cofins das mercadoriasimportadas.

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Indicador aponta para estabilização daeconomia nos próximos meses

O Indicador Antecedente Composto da Economia (Iace) para o Brasil ficou estávelem dezembro do ano passado, com 95,4 pontos. Em novembro, o índice tevequeda de 1,4% e, em outubro, avanço de 0,2%. Em dezembro, três dos oitocomponentes do indicador tiveram resultado positivo. O indicador é aferido peloInstituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), emparceria com o The Conference Board (TCB), instituição norte-americana sem finslucrativos.Para o economista do Ibre Paulo Picchetti, o resultado do Iace de dezembro podeser um sinal de estabilização da economia brasileira. "Apesar disso, o anúnciorecente de políticas de austeridade e o lento crescimento da economia mundialsugerem que as condições econômicas próximas à estagnação persistirão no curtoprazo no Brasil", ressalvou.Para Ataman Ozyildirim, do TCB, o indicador aponta para uma pequena melhorada economia brasileira, após “forte deterioração no primeiro semestre de 2014”.“O pior momento para a atividade econômica pode ter passado, embora oenfraquecimento da economia brasileira ainda seja bastante disseminado",acrescentou.Entre os componentes do Iace estão o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo, oÍndice de Produção de Bens de Consumo Duráveis, do Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística, e os índices de expectativas da indústria, serviços econsumidor da FGV.

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Alta dos juros dificultará recuperação daeconomia, avalia CNI

A alta de 0,5 ponto percentual na taxa Selic (juros básicos da economia) tornaráainda mais difícil a recuperação da economia. A avaliação é da ConfederaçãoNacional da Indústria (CNI), que defende a estabilidade macroeconômica e oequilíbrio das contas públicas para impulsionar a produção e o investimento.Segundo a confederação, a elevação dos juros básicos para 12,25% ao ano elevaos custos dos financiamentos, restringe o acesso ao crédito e reduz o consumodas famílias e os investimentos das empresas.“Manter a estabilidade e buscar o ajuste fiscal é importante para criar umambiente de credibilidade e confiança no país, que estimule os investimentos e acompetitividade da indústria brasileira”, diz, em nota, a CNI.

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Líderes empresariais estão pessimistas sobrerecuperação da economia mundial

O pessimismo sobre a recuperação econômica mundial está de volta entre os líderesque participam do Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, segundo pesquisadivulgada nesta terça-feira (20/01) pela consultoria PricewatershouseCoopers (PwC).Segundo o levantamento, 17% dos diretores-executivos e presidentes de empresas, odobro do índice de 2014, projetam que a atividade econômica será reduzida neste ano.Além disso, houve redução de sete pontos percentuais - de 44% para 37% - entre os queacreditam em uma melhora da conjuntura mundial nos próximos 12 meses."A pesquisa vem constatar que nos encontramos perante um cenário econômicodiferente do que conhecemos até agora, e no qual são previstos números decrescimento modestos em nível global", afirmou o presidente da PwC, Carlos Mas.Os 1.322 executivos de 77 países entrevistados pela PwC rebaixaram o Brasil para oquinto lugar entre os mercados mais atrativos do mundo em 2015. O país foiultrapassado pelo Reino Unido, que ainda fica atrás da Alemanha, da China e dosEstados Unidos, que lideram o ranking pela primeira vez nos últimos cinco anos.De acordo com a avaliação dos empresários, o Brasil está sendo afetado pelo fracoinvestimento, a alta da inflação e um cenário de baixo crescimento econômico.Apesar da recente crise vivida pela Espanha e das incertezas da zona do euro, como aeleição na Grécia o conflito na Ucrânia, 39% dos executivos do país estão mais otimistascom o futuro, índice maior do que a média global (37%) registrada pela PwC neste ano.Ainda segundo a pesquisa, 35% dos empresários espanhóis - 12% a mais do que noúltimo levantamento - esperam um aumento de receitas de suas companhias nospróximos 12 meses. Nos próximos três anos, essa confiança chega aos 63%.Os espanhóis só não estão mais otimistas do que os entrevistas do Reino Unido (41%),conforme os dados divulgados pela consultoria.Em nível global, os presidentes e diretores-executivos de economias emergentes, comoÍndia (45%), China (44%) e México (42%), foram responsáveis por impedir que o índicereduzisse ainda mais.Mas a crença sobre o crescimento cai de forma bastante relevante entre os líderesempresariais de países produtores de petróleo. O principal exemplo são os russos:passaram do topo do otimismo em 2014 para os mais pessimistas na pesquisa desteano.Situação parecida também foi registrada entre dirigentes do Oriente Médio, daVenezuela e da Nigéria, também grandes dependentes do petróleo, que vive umagrande crise de preços desde o meio do ano passado.Os empresários também mostraram outras preocupações, como a excessiva regulaçãodo mercado, a falta de talentos e as incertezas geopolíticas."Outras ameaças significativas são a mudança do comportamento dos consumidores, oalto custo e a volatilidade dos preços da energia, além da perda de confiança nasempresas", apontou o levantamento da PwC.

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Economia pode entrar em recessão no 1ºtrimestre, diz Levy

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, admitiu na quarta-feira a possibilidade de oPaís registrar contração econômica no primeiro trimestre de 2015, mas ponderouque a recessão deve ser momentânea. “Um trimestre de recessão não quer dizernada em termos de crescimento”, destacou.Para o ministro, a recuperação da credibilidade e da confiança no Paísimpulsionará o investimento e ajudará a preservar o emprego e o consumo nosmeses seguintes. Ele participa do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça,e minimizou o impacto das medidas de ajuste fiscal anunciadas na segunda-feirana produção e no consumo em 2015, pois considera que os efeitos dos cortes degastos e do aumento de tributos devem limitar-se aos primeiros meses de 2015.Levy também informou que o governo deverá continuar a fazer ajustes pararetomar o crescimento. Segundo ele, as medidas de corte de gastos e de aumentode tributos anunciadas nas últimas semanas são apenas o primeiro passo parareequilibrar a economia.“Para o investidor internacional, é importante saber que não trabalhamos nocurtíssimo prazo. Não estamos aqui procurando fazer remendos, estamosarrumando a casa para garantir crescimento sólido”, afirmou o ministro ementrevista a jornalistas brasileiros na Suíça. A gravação da entrevista foi divulgadapela assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda.

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Dicas

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10 erros comuns dentro do ponto de venda

O comércio varejista ainda comete erros básicos, como descuidos nas vitrines, ter deficiências no atendimento, problemas de iluminação e no layout da loja. O segredo para o sucesso está muito mais em possibilitar experiências positivas com os visitantes do que tentar forçar vendas. Eduardo Pizzetti, Consultor Estratégico da Pizzetti Marketing, apresenta os 10 erros mais comuns dentro de um ponto de venda, além de apontar saídas e soluções para resolver cada um deles.

01. Descuidar da vitrineA vitrine deve ser transformada em um convite. Colocar um item de cada categoria de produto resultando em um amontoado confuso é um erro muito comum. A vitrine não é um catálogo e sim um ponto para destacar itens de maior valor ou em promoção. É preciso pensar como se fosse um consumidor: uma vitrine clara, em que se perceba o que é vendido com duas ou três mensagens objetivas e visíveis como as de promoção, novidade ou exclusividade, por exemplo.

02. Cores desajustadasNão chocar, nem ser agressivo ao escolher as cores base do seu ponto de venda são decisões extremamente importantes. As cores fazem parte de todo o ambiente. E, certamente, é mais interessante para o lojista ter um ambiente agradável e facilitador dos contatos e das transações. Usar cores que distraem a atenção das pessoas é um erro. Mas também a ausência de cor ou cores demasiado deslavadas, "anônimas", dá certo desconforto. Por esta razão elas precisam ser evitadas.

03. Dar informações erradasSe, na vitrine, há uma mensagem de desconto, cujo prazo já está acabado, o cliente que se interessou por ela será perdido. É também um erro grave dar informações diferentes daquelas que estão indicadas na etiqueta ou no folheto técnico. Os compradores, mais cedo ou mais tarde, tomarão consciência de que houve um engano e a prejudicada será sempre a loja. A má e a boa fama vivem do boca-a-boca. Logo, um erro desses pode atingir gravemente o seu negócio.

04. Descuidar da formação do pessoalDá péssima impressão um vendedor apenas saber o preço do produto que o cliente deseja e desconhecer as suas características e seus principais benefícios. A formação do pessoal é uma necessidade óbvia, em termos de qualidade de atendimento, capacidade de informação e técnicas de vendas, fatores que poderão proporcionar melhores resultados."Muitas vezes não se vende. O cliente é que compra". Esse talvez ainda seja um

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"Muitas vezes não se vende. O cliente é que compra". Esse talvez ainda seja um dos principais erros nos pontos de venda. É também um equívoco muito comum não olhar as práticas e estratégias da concorrência, retirando dali os ensinamentos positivos que se poderão aplicar. A diferenciação, a atenção ao cliente, toda a questão do espaço de venda são também fatores que não podem ser descuidados.O merchandising, que abarca conceitos e práticas que vão desde o vitrinismo ao layout dos espaços interiores, às cores, entre outros, reúne aspectos ainda muito descuidados no comércio atual. O atendimento é ainda o fator que faz a grande diferença. O prazer em receber, a atenção ao cliente e a simpatia são os elementos que cativam os consumidores, mas que tantas vezes estão ausentes de grande parte dos pontos de venda. Uma grande aposta é reforçar estes componentes, principalmente através da formação do pessoal. Nota-se já, sobretudo entre os mais novos, uma nova imagem do comércio, fruto do investimento da profissionalização e na adoção de tecnologias que potencializam os resultados positivos.

05. Iluminação deficienteÉ desagradável entrar numa loja que se encontra em ambiente de penumbra. Isso causa uma péssima primeira impressão no consumidor. Outro problema comum é a sensação que o cliente tem de flash nos olhos ao entrar em um ponto de venda, tal a intensidade da luz. O melhor caminho neste quesito é ter um ambiente equilibrado e esse equilíbrio será diferente em cada caso e para cada tipo de produtos ou serviços que se pretende vender.

06. Não utilizar de simpatiaAo abordar o consumidor, o vendedor deve evitar perguntas como: "Deseja alguma coisa?" ou "Posso lhe ser útil?". Se o cliente entrou no ponto de venda, certamente deseja alguma coisa, nem que seja uma informação. A equipe também não pode se irritar com perguntas tolas e precisa ter paciência para o cliente em suas dificuldades, explicando e sendo sempre prestativa, nem que seja para chamar um táxi ou para indicar uma rua. O mais importante é sempre reter o consumidor e possibilitar uma boa experiência, deixando a sensação de que valerá a pena retornar àquele estabelecimento.

07. Não renovar regularmente a imagem geralUma vez ganho o cliente, a sensação de que a loja está sempre na mesma - no sentido da decoração, vitrine e produtos expostos -, certamente, não ajuda a atrai-lo e fazê-lo comprar mais, pois este já sabe que não encontrará nada de novo.

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Uma remodelada, de tempos em tempos serve para estimular a atração de novos clientes e levar os consumidores habituais a interessarem-se pelas novidades.

08. Não cuidar da temperaturaUm ponto de venda deverá sempre procurar reter durante o máximo de tempo possível os consumidores no seu interior. Se não investir num sistema de refrigeração adequado, poderá deparar-se com situações em que no interior do seu estabelecimento esteja mais quente do que no exterior, o que é um convite à saída.

09. Layout inadequadoAo entrar no ponto de venda, o visitante tem que perceber, automaticamente e com facilidade, onde é o atendimento e onde estão expostos os artigos. Evite aquelas disposições de espaços nas quais não se sabe bem onde começa o expositor e o estoque, ou onde apenas a pessoa do atendimento é capaz de discernir onde está o produto, levando o consumidor a ter de contar sempre com ela. Neste caso, a loja acaba perdendo o cliente ocasional, que entra para dar "uma olhadela". Este sairá de imediato, pois não percebe nada que lhe interesse, unicamente devido à disposição interior do ponto de venda.

10. Não cuidar dos estoquesSe alguns produtos não têm a saída esperada, não os deixe ir amontoando indefinidamente. Isso dá um ar de imobilismo, que deve ser evitado, além de poder trazer problemas de espaço e de arrumação. Vale tentar vendê-los com descontos ou saldos. Mesmo que nem todos sejam vendidos, o prejuízo será menor, podendo, além disso, ganhar clientes para melhores ocasiões.

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