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Universidade Nova de Lisboa Faculdade de Ciências Médicas Mestrado Integrado de Medicina Ano Lectivo 2013/2014 Gonçalo Luzes Padeira Nº2008084 Turma 7 Relatório Final De Estágio do 6ºAno

Relatório Final De Estágio do 6ºAno - run.unl.pt · faculdade pelo Professor Miguel Xavier e uma componente prática no Hospital de Dia do Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca

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Universidade Nova de Lisboa

Faculdade de Ciências Médicas

Mestrado Integrado de Medicina

Ano Lectivo 2013/2014

Gonçalo Luzes Padeira Nº2008084

Turma 7

Relatório Final

De

Estágio do 6ºAno

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ÍNDICE

Página

I. Introdução; 3

II. Objectivos; 3

III. Actividades desenvolvidas;

III.A) Estágio Parcelar de Saúde Mental 4

III.B) Estágio Parcelar de Medicina Geral e Familiar 5

III.C) Estágio Parcelar de Pediatria 5

III.D) Estágio Parcelar de Ginecologia e Obstetrícia 5

III.E) Estágio Parcelar de Cirurgia Geral 6

III.F) Estágio Parcelar de Medicina Interna 6

IV. Posicionamento Crítico em Relação ao Estágio; 7

V. Anexos;

1. Jornal "Caminhada" 11

2. Congresso: "Síndromes Dismórficos até onde nos levam os genes"

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3. Colóquio: "Psicanálise e Família - Num Mundo em mudança"

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4. Algoritmo para a abordagem do Síndrome de Má-Absorção

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5.XVII Jornadas de Pediatria de Évora 16

6. Carta de Informação do Dr. Gonçalo Cordeiro Ferreira Director da Pediatria do Hospital Dona Estefânia

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I. Introdução

O presente relatório insere-se no âmbito da avaliação da Unidade Curricular (UC) Estágio,

inserida no 6º ano do Mestrado Integrado em Medicina (MIM) da Faculdade de Ciências Médicas

da Universidade Nova de Lisboa, de acordo com o Artigo 8º do Regulamento do MIM, publicado

em Diário da República a 5 de Setembro de 2012 (Despacho nº 11849/2012).

Durante o mesmo, indicarei os objectivos a que me propus no início do ano e as actividades

desenvolvidas ao longo dos estágios parcelares, por ordem cronológica, e fazendo um resumo

com indicação dos locais onde se realizaram, dos tutores, dos objectivos e dos trabalhos

apresentados. No final terá lugar uma análise crítica onde me proponho a analisar o meu percurso

este ano, não só em relação ao que aprendi mas também em relação à contribuição para o meu

futuro enquanto médico. Em anexo consta toda a documentação relativa a actividades

extracurriculares, desenvolvidas ao longo do ano e que considerei pertinente para o meu

percurso, formação e evolução enquanto médico. Consistem na presença em Congressos e

Colóquios bem como a participação em consultas de Pediatria.

II. Objectivos

Durante o 6º ano do Mestrado Integrado de Medicina pretende-se que o aluno, e futuro

médico, seja capaz de transpor para a realidade clínica os conhecimentos teóricos adquiridos nos

anos prévios, sendo o seu último ano de ensino universitário, daí que seja denominado de ano

profissionalizante. Este conceito pressupõe que o aluno tenha interiorizado o conhecimento

teórico que lhe foi ensinado e que o aluno tenha e desenvolva as aptidões e valores humanos

necessários para o contacto e relacionamento com doentes e familiares.

Com base nestes pressupostos durante o 6º Ano tinha duas vertentes de objectivos que

esperava atingir, por um lado o meu desenvolvimento profissional, ou seja, conseguir passar para

a práctica clínica os conhecimentos que adquiri nos últimos anos de curso. Através do

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desenvolvimento de um correcto raciocínio clínico, de um aperfeiçoamento da metodologia do

exame objectivo completo, de uma hierarquização dos pedidos de exames complementares de

diagnóstico (ECD) a requisitar face às diferentes situações clínicas e de uma adequada realização

de procedimentos técnicos e instituição terapêutica. A outra vertente passava pelo

desenvolvimento humano aperfeiçoando a minha capacidade de dialogar, entender e criar

empatia com os medos e necessidades dos doentes, nomeadamente nos grupos onde esta

vertente humana é tradicionalmente mais complicada e assustadora: as crianças e os doentes

com patologia psiquiátrica.

Com o desenvolvimento destas duas "facetas" da medicina pretendia adquirir uma maior

autonomia e preparar-me para o ano de Internato Geral que se aproxima.

III. Actividades Desenvolvidas

A) Estágio Parcelar de Saúde Mental

O estágio parcelar de Saúde Mental decorreu durante quatro semanas (18 de Setembro a 10

de Outubro de 2013). Compreendeu dois dias de sessões teórico-práticas leccionadas na

faculdade pelo Professor Miguel Xavier e uma componente prática no Hospital de Dia do Hospital

Prof. Doutor Fernando Fonseca (HFF), sob orientação do Dr. João Carlos Melo coordenador da

Unidade. Durante esse período fui integrado na rotina particular desta unidade participando em

consultas, sessões de grupo, treinos de competências sociais e diversas actividades. Tive ainda a

oportunidade de, sob supervisão, efectuar entrevistas a vários doentes e discutir terapêuticas no

âmbito do serviço de Urgência.

Durante este estágio apresentei, juntamente com colegas, um seminário subordinado ao

tema “Depressão e Doenças Somáticas” e tive a oportunidade de contribuir para o projecto de

integração na sociedade dos doentes com perturbações mentais através da elaboração e

distribuição do jornal trimestral "Caminhada" (Anexo 1) no contexto do Dia Mundial da Saúde

Mental (10 de Outubro).

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B) Estágio Parcelar de Medicina Geral e Familiar

Saúde Mental foi o estágio parcelar que se seguiu durante quatro semanas (14 de Outubro a

8 de Novembro de 2013). Optei por frequentar duas semanas de estágio urbano na Unidade de

Saúde Familiar Santo Condestável (Lisboa) sob a orientação da Dra. Fátima Tavares e duas

semanas na Unidade de Saúde Local de Grândola com a Dra. Margarida Leite; podendo assim

avaliar duas formas distintas de practicar medicina em ambientes com dificuldade e desafios

muito diversos. Acompanhei os meus orientadores em consultas de adultos, diabetes,

hipertensão, saúde materna, planeamento familiar e saúde infantil, durante as quais tive total

autonomia realizando consultas e alguns procedimentos sozinho, mas sempre com a supervisão

da minha orientadora. Acompanhei ainda, em Lisboa e em Grândola, enfermeiras em visitas

domiciliárias uma experiência importante no meu amadurecimento e crescimento enquanto

médico.

C) Estágio Parcelar de Pediatria

O estágio parcelar de Pediatria decorreu no Hospital Dona Estefânia (HDE), sob orientação

da Dra. Rita Machado e teve a duração de 4 semanas (11/11/2013 a 06/12/2013). Tive

oportunidade de frequentar, o Serviço de Pediatria, Serviço de Cardiologia Pediátrica (Hospital

Santa Marta), Serviço de Urgência e Consulta Externa (Consulta do Viajante, Neurologia e

Imunoalergologia). O estágio, num Hospital pediátrico de referência, permitiu-me contactar com

uma grande variedade de patologias o que contribuiu para o aumento exponencial do meu

conhecimento sobre a patologia pediátrica mais frequente. A oportunidade de estar presente nas

consultas externas de Neurologia e de Imunoalergologia, consultas altamente especializadas,

foram importantes para a minha perspectiva de doença pediátrica. Apresentei, em conjunto com

um colega, um seminário sobre “Icterícias Neonatais Diagnóstico Diferencial”.

D) Estágio Parcelar de Ginecologia e Obstetrícia

O estágio parcelar de Ginecologia e Obstetrícia decorreu durante quatro semanas (9 de

Dezembro de 2013 e 17 de Janeiro de 2014), na Maternidade Alfredo da Costa. Neste estágio,

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duas semanas foram dedicadas à obstetrícia, onde acompanhei a Dra. Neusa Mendes na sua

actividade diária, tendo participado na rotina da Unidade de Medicina Materno-Fetal e da Unidade

de Puerpério e em consultas de alto risco e de Diabetes Gestacional. Assisti e ajudei em partos

eutócitos e cesarianas, realizando algumas ecografias e outros procedimentos no Serviço de

Urgência. As outras duas semanas foram dedicadas à ginecologia. Aí, acompanhei a actividade

da Dra. Cláudia Rijo e da Dra. Célia Pedroso. Durante estas últimas duas semanas assisti a

consultas, Colposcopias e Ecografias Ginecológicas, tendo passado muito do tempo no Bloco e

no Serviço de Urgência.

E) Estágio Parcelar de Cirurgia Geral

O estágio parcelar de Cirurgia decorreu de dia 27 de Janeiro de 2014 a 21 de Março de

2014, no Hospital Vila Franca de Xira. No período passado neste estágio tive seis semanas em

Cirurgia Geral, uma semana em Ortopedia e uma semana em Urologia.

Nas seis semanas de Cirurgia Geral acompanhei a Dra. Angeles Rábago na enfermaria,

consulta externa, bloco operatório, serviço de urgência e pequena cirurgia. Aqui tive oportunidade

de realizar diversos procedimentos com a equipa da Dra. Angeles principalmente no Serviço de

Urgência. Em relação à Ortopedia, foi um período muito prático e em que me deparei com a

realidade diária de um Ortopedista, acompanhando a Dra. Clara Júlio nas consultas e serviço de

Urgência. Relativamente à rotação de Urologia foi muito interessante poder ter frequentado as

várias actividades realizadas nesta especialidade (consulta externa, Cistoscopias, Biópsias

Prostáticas, Bloco Operatório).

No final do estágio apresentei com dois colegas um trabalho denominado "Uma Apendicite

Invulgar".

F) Estágio Parcelar de Medicina Interna

O estágio parcelar de Medicina decorreu durante oito semanas (23 de Março a 24 de Maio

de 2014) no Hospital Curry Cabral sob orientação da Dra. Conceição Loureiro. Segui a minha

tutora e a sua equipa, constituída por 3 assistentes e 4 internos, no internamento e consultas. O

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facto de ter doentes atribuídos, fez com que me responsabilizasse ainda mais em termos de

trabalho, reconhecendo a importância da realização minuciosa da anamnese, da revisão das

hipóteses diagnósticas e da implementação de estratégias terapêuticas adequadas.

No S.U, de frequência semanal, contactei com múltiplas patologias e adquiri capacidades

de diagnóstico e orientação rápidas, o que me permitiu uma maior sensibilização para a prática da

Medicina de Urgência/Emergência.

Este estágio englobou ainda aulas no HCC e sessões clínicas semanais no HCC com a

apresentação de um trabalho, juntamente com três colegas, denominado “Síndrome de Má-

Absorção”. No seguimento da apresentação deste tema realizámos um artigo de revisão sobre o

mesmo, tendo apresentado um algoritmo de diagnóstico para a abordagem destes doentes

(Anexo 3).

IV. Reflexão Crítica

Everyone has a plan until they get punched in the mouth! - Mike Tyson

Uma frase invulgar para um ano invulgar! Nada do que planeei correu como esperava e

ainda bem que assim o foi. Embora tivesse expectativas para o muito que iria aprender ao longo

do ano, surpreendeu-me a enorme progressão e a diferença que faço para o estudante que era

no início.

Ao rever, não só o que escrevi nos objectivos do presente relatório como todos os outros

relatórios que fui realizando, percebo o muito que este ano me fez evoluir no meu percurso para

ser médico, à capacidade teórica consegui aliar a capacidade práctica, e à faceta técnico-

científica da medicina consegui aliar a faceta humana do relacionamento médico-doente. Dois

passos muito importantes e que tinha estabelecido como objectivos fulcrais no início deste ano.

Contudo, nunca teria sido possível tal evolução se não fossem todas as pessoas à minha volta,

não só os assistentes a que fui adstrito e que, sem excepção, me ajudaram a dar muitos passos

neste longo "caminho" que qualquer médico tem de percorrer, como também todas as pessoas

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que fazem parte do dia-a-dia de um hospital internos, alunos, enfermeiras, auxiliares… e todos os

doentes que me permitiram aprender com eles sabendo o muito que ainda me falta alcançar. Não

sei se foi a sorte que me guiou para eles, mas posso sem dúvida sentir-me sortudo por tudo o que

aconteceu e pela maneira como aconteceu.

Este ano foi feito de "etapas" e como tal, considero importante discutir "etapa" a "etapa" o

que se foi passando para poder dar ênfase aos diferentes aspectos e momentos que tornaram

este ano a experiência que foi.

O meu primeiro estágio foi de Saúde Mental, onde fui alocado à unidade do Hospital de Dia.

Esta Unidade pretende ajudar os doentes na sua adaptação à vida real dando-lhes "ferramentas"

e aptidões sociais para poderem fazer parte integrante da sociedade. Aqui, passei os dias a

interagir com doentes com perturbações mentais nomeadamente doentes com Doença Bipolar e

Esquizofrenia. Este estágio foi fundamental já que me ajudou a "desconstruir" alguns mitos e

ideias erróneas e mal concebidas que tinha sobre doentes com patologia do foro psiquiátrico.

Talvez o que mais me marcou tenham sido algumas conversas que tive com R.O, um doente

esquizofrénico que me permitiu entender o enorme sofrimento com que estes doentes lidam ao

viver num mundo que não compreendem e que não os compreende. Um mundo a que têm de se

adaptar deixando muitas vezes para trás ideias e crenças que os definem e ajudam a encontrar

significado para a sua existência. E infelizmente um mundo que nunca os vai aceitar e que pelo

contrário os vai estigmatizar e marginalizar. Este estágio marcou-me muito e a nível humano foi

sem dúvida um dos mais marcantes que tive este ano.

O estágio seguinte foi de Medicina Geral e Familiar. Durante as quatro semanas que passei

entre Lisboa e Grândola contactei com cerca de 300 doentes entre domicílios e consultas. Foi

fundamental a experiência que adquiri nos domicílios que realizei, quer em Lisboa quer em

Grândola. Não só tive enorme autonomia, enquanto único médico presente, mas também pude

experienciar duas realidades bem distintas mas que no entanto compartilham muitas

semelhanças. Em ambos os locais pude assistir às condições sociais muito degradantes em que

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algumas pessoas vivem. Esta realidade chocou-me mais em Grândola onde casas sem

electricidade e água são mais frequentes do que pensava ser possível. Por outro lado em Lisboa

marcou-me o profundo isolamento social em que alguns idosos vivem mesmo quando co-habitam

em prédios com muitas dezenas de pessoas. Outro aspecto importante da minha passagem por

este estágio foi o reforçar da ideia que qualquer doente deve ser visto e entendido sob vários

prismas: orgânico e mental e inserido no seu contexto social, familiar e ocupacional. No contexto

de MGF é possível, conhecendo as famílias e contextos sociais, uma abordagem muito mais

holística ao doente e à sua patologia, aspecto fulcral nesta área da medicina.

Em Novembro, comecei um dos estágios onde tinha maior interesse, o estágio de Pediatria,

sendo uma das especialidades que considero seguir no futuro. As minhas expectativas não

saíram goradas, já que passei um mês muito estimulante com casos interessantes e onde

desenvolvi as minhas capacidades de relação médico-doente pelo contacto com pais ansiosos e

crianças pequenas com grandes dificuldades de verbalizar ou expressar as suas queixas. Neste

estágio passei por um dos momentos mais marcantes da minha vida, já que assisti à morte da

Margarida, uma criança de 6 meses. Por mais anos que passem não vou esquecer a imagem de

impotência e desespero dos pais ou os gemidos e aspecto da Margarida. Já antes tinha assistido

a situações de Urgência e morte de doentes mas esta foi especialmente difícil e marcante e

estimulou-me a ser o melhor médico possível.

O estágio que se seguiu foi de Ginecologia e Obstetrícia, aqui o mais importante e marcante,

foi a componente práctica do estágio onde pude desenvolver as minhas capacidades do exame

ginecológico e onde contactei com a multitude de patologias desta área. A área da Obstetrícia foi

muito gratificante para mim não só pelos partos em que ajudei mas pelas particularidades das

consultas e terapêuticas das grávidas e das gravidezes de alto risco. Foi sem dúvida um "virar de

página" em relação à minha atitude prévia com esta especialidade.

O segundo semestre começou com o estágio de Cirurgia em Vila Franca de Xira e, embora

a distância fosse grande e as manhãs madrugadoras, o resultado foi muito positivo. Tinha muitos

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receios em relação às minhas capacidades técnicas, no entanto e com o apoio de toda a equipa

cirúrgica em que estive inserido e muita práctica, consegui desenvolver estas aptidões que

sempre considerei essenciais para um bom aproveitamento deste estágio, através de actividades

como suturas e drenagem de abcessos. As rotações em Ortopedia e Urologia, embora curtas

tiveram um componente muito práctico e que me permitiu aproveitá-las ao máximo.

O último estágio foi de Medicina Interna e aqui uma palavra ou ideia destaca-se ao longo

das 8 semanas que durou o estágio: Autonomia. Com a supervisão e ensinamentos adequados

fui estimulado a tomar o papel de um verdadeiro médico, ao invés de ser apenas um observador

na enfermaria. Desde a elaboração da nota de Entrada à nota de Alta com indicação da

terapêutica e seguimento, pude acompanhar os doentes ao longo de toda a sua permanência no

Hospital realizando diários, alterando terapêuticas e acompanhando toda a sua evolução clínica.

Estar inserido como parte integrante de um Serviço de Medicina ajudou e reforçou, a minha ideia

de que, com trabalho e dedicação, conseguirei ser um bom médico.

Um resumo curto de um ano crítico na minha formação. Penso que atingi o que me propus

no início do ano. O que passei não será esquecido, trabalhei muito para atingir os meus objectivos

e o esforço desenvolvido este ano permitiu-me vislumbrar o que poderei ser como médico. No

entanto, nada teria sido possível se não fossem os médicos que me acompanharam durante este

período e a quem devo uma enorme dívida de gratidão pela sua paciência e ensinamentos.

Neste último ano pude perceber que, embora ainda me falte percorrer um longo “caminho”

para ser um bom médico, estou bem mais perto do meu objectivo do que pensava estar quando

comecei o ano. Isso permite-me encarar o "caminho" que ainda me falta percorrer com mais

optimismo e com mais força de vontade, enquanto me preparo para terminar o curso que já

comecei há uns longínquos 6 anos.

Comecei este relatório com uma frase invulgar de um pugilista é justo que acabe com uma

citação de um filósofo chinês que espero não esquecer e que me possa sempre servir de incentivo:

O que o Homem conhece não se compara ao que ele ignora. - Chuang-Tsé

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V. Anexos

1. Jornal "Caminhada"

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2. Congresso: "Síndromes Dismórficos até onde nos levam os genes"

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3.Colóquio: "Psicanálise e Família - Num mundo em mudança"

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4.Algoritmo de Abordagem ao Síndrome de Má-Absorção

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5. XVII Jornadas de Pediatria de Évora

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