30
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Campus de Ilha Solteira RELATÓRIO FINAL PROEX – REF. 2015 BIOLOGIA MUITO ALÉM DA ILHA: SEM LIMITES PARA O CONHECIMENTO Coordenadora: Profa. Dra. Carolina Buso Dornfeld Alunas: Bianca Rocha Oliveira e Thayline Vieira Queiroz FEVEREIRO DE 2016 Ilha Solteira

Relatório Final PROEX – ref. 2015 Biologia muito além da ... · ^Ideia puxa ideia _, que segundo Adams (2004), tem por objetivo, a integração, ... ( bicho pau) . O grupo teve

  • Upload
    trandan

  • View
    214

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Universidade Estadual Paulista

“Júlio de Mesquita Filho” Campus de Ilha Solteira

RELATÓRIO FINAL PROEX – REF. 2015

BIOLOGIA MUITO ALÉM DA ILHA: SEM LIMITES PARA O

CONHECIMENTO

Coordenadora: Profa. Dra. Carolina Buso Dornfeld

Alunas: Bianca Rocha Oliveira e Thayline Vieira Queiroz

FEVEREIRO DE 2016

Ilha Solteira

1

Sumário

1 - Introdução ............................................................................................................................. 2

2 - Objetivo .................................................................................................................................. 3

3 - Material e métodos .............................................................................................................. 3

4 - Resultados e Discussão ...................................................................................................... 10

5 - Considerações Finais ......................................................................................................... 25

6 - Referências Bibliográficas ................................................................................................. 26

2

1 - Introdução

A educação contemporânea deve buscar uma ciência contextualizada capaz de

contribuir para uma aprendizagem significativa, que garanta a formação de cidadãos

conscientes e comprometidos com a construção de uma sociedade sustentável. Para tanto, o

presente trabalho propõe ressaltar a importância das práticas em educação ambiental no

contexto escolar do ponto de vista interdisciplinar.

Nessa perspectiva, conforme Penteado (2001), a Educação Ambiental se torna uma

importante ferramenta política e pedagógica para a busca da integração entre as disciplinas

escolares privilegiando a abordagem das Ciências Naturais e Sociais de forma preservacionista

e conservacionista deflagrando discussões mais aprofundadas sobre política, cultura, meio

ambiente, sociedade e ética, tornando a escola o local ideal para promover este processo,

tendo as disciplinas escolares como recursos didáticos por meio dos quais os conhecimentos

científicos de que a sociedade já dispõe são colocados ao alcance dos alunos.

O papel da escola é promover o debate acerca dos problemas que afetam a vida do

aluno e de sua comunidade, em âmbito local e global. Os educandos precisam ser incentivados

a fazer, produzir e refletir sobre o que fizeram, passando a construir seus saberes de forma

participativa e crítica (SILVA, 2003). Assim, é possível adquirir uma compreensão do ambiente

em sua totalidade, da problemática que está interligada a ele e da responsabilidade de cada

um diante dessas questões (REIGOTA 1998).

Enfatiza-se, assim, a urgência da implantação de trabalhos de Educação Ambiental (EA)

que contemplem as questões da vida cotidiana do cidadão e discuta algumas visões polêmicas

sobre essa temática, considerando a importância atribuída por lideranças de todo o mundo

para a EA como meio indispensável para conseguir criar e aplicar formas cada vez mais

sustentáveis de interação da sociedade com a natureza e soluções para os problemas

ambientais (BRASIL, 1998).

Diante das considerações apresentadas, a abordagem de bacias hidrográficas neste

contexto é referenciada por Ruffino e Santos (2002) como unidades representativas próximas

à realidade vivida pelo educador e seus educandos. Segundo os autores, é importante que a

bacia hidrográfica a ser trabalhada seja inteiramente conhecida e detalhada. Para tanto, é

imprescindível a percepção ambiental em relação aos aspectos biofísicos e antrópicos. Assim,

o conteúdo abrange conhecimentos inter-relacionados e aspectos complexos, como a

3

disponibilidade e o uso da água, a importância ambiental, econômica, política e social dos rios

que formam as principais bacias hidrográficas brasileiras. Além disso, considera-se que é

necessário levar os alunos a refletir e perceber o quanto é importante o estudo de uma bacia

hidrográfica, realizando o levantamento de questões que interferem no cotidiano de sua

comunidade.

2 - Objetivo

O presente projeto tem como objetivos desenvolver temas importantes e de interesse

das escolas parceiras junto aos alunos, em especial tópicos relacionados com as ciências

naturais, com enfoque na problemática ambiental e na conservação da biodiversidade e de

ecossistemas. Desenvolver materiais de fácil aplicação e utiliza-los junto aos alunos; Validar

esses materiais; Desenvolver nos participantes uma visão mais crítica e reflexiva sobre as

questões ambientais locais e regionais com atividades de campo e laboratório; Por fim,

fortalecer a parceira Universidade-Escola.

3 - Material e métodos

O presente trabalho foi desenvolvido em um projeto extraclasse, denominado de

“Biologia Muito Além da Ilha: Sem Limites para o Conhecimento”.

As atividades foram desenvolvidas no LECBio (Laboratório de Ensino de Ciências e

Biologia) localizado no Câmpus II da UNESP – Ilha Solteira, e no espaço destinado ao Projeto

Ilha de Papel, localizado no bairro Jardim Aeroporto, em Ilha Solteira (SP).

O projeto conta com uma autorização de uso de imagem dos alunos participantes para

fins científicos e acadêmicos que foram assinados pelos pais ou responsáveis, conta com o

apoio da Direção e Coordenação Pedagógica da Instituição de Ensino e também com a

autorização da Direção da Escola para que o nome da instituição pudesse ser citado neste

texto.

O registro geral das atividades foi realizado por meio de fotos ou imagens, registro do

produto final dos trabalhos dos alunos e Notas de Campo.

4

3.1. ATIVIDADES JUNTO AOS ALUNOS DO COLÉGIO NEP - OBJETIVO

Salienta-se que o relatório foi composto predominantemente pelas atividades

desenvolvidas com os alunos do Colégio NEP – Objetivo, pois apresentou-se mais completo

em relação à disponibilidade de tempo e compatibilidade de horários entre a equipe do

projeto e os alunos da escola parceira. Além disso, o projeto irá subsidiar dois trabalhos de

Iniciação Científica realizados pela bolsista e pela voluntária do presente projeto.

Participaram 20 alunos, em um total de 8 encontros com duração de 2 horas.

Foram abordados tópicos sobre questões ambientais tais como:

A importância da preservação dos ecossistemas e biomas;

Conservação de biodiversidade de invertebrados em geral;

A importância das bacias hidrográficas e microbacias;

Uso e ocupação do solo;

Conservação e percepção ambiental dos alunos.

3.1.1. 1º - Conceitos gerais sobre ecossistemas e biomas: foi realizada a proposta

“Ideia puxa ideia”, que segundo Adams (2004), tem por objetivo, a integração,

contextualização dos temas e percepção da inter-relação de ideias.

Após uma roda de conversa, os alunos mencionaram várias palavras que segundo seus

conhecimentos estariam relacionadas com o assunto discutido. Posteriormente, após o

registro das expressões no quadro, foi solicitado que os participantes criassem uma frase de

definição final sobre ecossistemas e biomas.

Foi elaborada uma apresentação utilizando o Power Point e um projetor multimídia,

em que foram trabalhados os seguintes assuntos: os alunos foram incitados a participar

ativamente da aula, numa estratégia de reflexão e discussão, proporcionando oportunidades

para que verbalizassem suas concepções, corrigindo-os, quando necessário, com relação aos

conceitos inadequados sobre o tema.

Posteriormente, a turma foi dividida em dois grupos para a atividade prática de

confecção do terrário afim de observar os elementos que compõem um microecossistema, e

suas relações ecológicas

Após a montagem, os alunos foram organizados em duplas para o registro da atividade

em cartazes.

5

3.1.2. 2º - Visita ao laboratório de Entomologia II, localizado no câmpus II da UNESP

de Ilha Solteira- SP. Toda a atividade foi supervisionada por dois monitores do local.

A estrutura física do laboratório conta com um sauveiro artificial, e salas especializadas

para criação de insetos, tais como: Gromphadorhina portentosa (Barata de madagascar) e

Phibalosoma phyllinum ( bicho pau) . O grupo teve a oportunidade de entender melhor sobre

o funcionamento do ciclo de vida desses insetos, bem como todo conjunto de transformações

que podem passar para assegurar a sua continuidade. O registro da atividade foi realizado por

meio de um relatório elaborado pelos próprios alunos durante a saída de campo.

Ao retornar para o laboratório (LECBio), os alunos foram direcionados para as

bancadas onde os terrários estavam disponíveis para a visualização, foram realizados

questionamentos sobre a aula anterior levando os alunos a analisar o terrário com um olhar

crítico para mudanças ocorridas. Seguem abaixo as questões norteadoras da discussão:

- O que podemos observar dentro do nosso terrário?

- Todos os elementos são seres vivos?

- O que são seres vivos?

- Quais elementos do terrário são seres vivos?

- E quais são os elementos não vivos?

- Do que os seres vivos precisam para viver?

Para finalizar, foi realizado um estudo de caso com a reportagem intitulada:

“Invertebrados garantem a vida na Terra” (Disponível em: http://ideiaweb.org/?p=880.

Acessado em 02 de junho de 2015 (Apêndice 2).

3.1.3. 3º - Atividade de campo, com a instrução de realizar observações das paisagens,

anotações acerca dos elementos bióticos e abióticos presentes no ambiente, com a utilização

de um roteiro para orientação e registro fotográfico do local observado. A atividade ocorreu

nas dependências da universidade, no Campus II- Unesp, Ilha Solteira-SP.

Foi produzido pelos alunos um relatório que continha o registro dos elementos

observados durante a saída de campo. No laboratório os alunos discutiram sobre suas

anotações e trocaram informações com toda a turma, destacando os principais elementos

encontrados.

6

3.1.4. 4º - Discussão a respeito da importância dos recursos hídricos, elaborando

cartazes em grupos sobre bacias hidrográficas. Posteriormente, com auxílio de um mapa da

região, foram discutidas algumas questões como: características, diferenças entre

microbacias, as diversas localizações, e seus diversos usos e ocupação.

Após as discussões, os estudantes participaram de uma atividade que consistia em

promover um debate e busca de alternativas para a solução do estudo de caso abaixo:

“Imagine que você é o responsável pelas águas de um rio que abastece muitas pessoas.

A cidade está crescendo! As indústrias, plantações, comércio e as novas moradias têm

aumentado a demanda por água. Diante deste cenário, você deve fazer a gestão dos recursos

hídricos. Seu objetivo é ofertar água em quantidade e qualidade para atender a todas essas

necessidades, além de garantir água às futuras gerações.”.

Sendo assim, tivemos o intuito de coletar as falas dos estudantes ao longo de todo o

processo para conhecer quais seriam os principais conceitos mobilizados durante os

encontros e de que forma os alunos utilizariam seus conhecimentos prévios ao longo da

construção das atividades propostas.

3.1.5. 5º - Tema “Microbacias”, com o enfoque na Bacia Hidrográfica (BH) do Rio São

José dos Dourados, com o intuito de trabalhar os conhecimentos que estão relacionados ao

cotidiano desses estudantes, que moram em um dos municípios inseridos na rede de

drenagem em estudo. Assim foi possível aperfeiçoar o tema com a discussão de alguns tópicos

realizados em sala.

Após o momento de discussão, com auxílio de imagens de mapas, foram explicadas as

principais características da bacia (Figura 1), microbacias da região (Figura 2) e atividades

econômicas predominantes na região (Figura 3).

7

Figura 1. Bacia São José dos Dourados.

Fonte: Arquivo CBH-SJD

Figura 2. Mapa atual da divisão das microbacias de drenagem de águas pluviais e urbanas – Ilha Solteira.

Fonte: Plano de Saneamento Básico do Município de Ilha Solteira, SP: Diagnóstico do Sistema de Drenagem, 2013, p.19

8

Figura 3. Atividades predominante na região de Ilha Solteira.

Fonte: LIMA; RICARDO,2004, p. 9.

No final do encontro os alunos formaram grupos para entender os problemas e as

dinâmicas sociais por meio do Jogo: “Água em Jogo”, (ANA) disponível em:

https://www.aguaegestao.com.br/aguaemjogo/.

Ao final do jogo, foi realizada uma Roda de Conversa visando rever os conceitos sobre

bacias hidrográficas.

3.1.6. 6º - Elaboração de maquetes: Ecossistemas, bacias hidrográficas, Área Urbana

Área Rural, principais impactos ambientais encontrados. Durante a confecção dos materiais,

buscou-se a compreensão da bacia hidrográfica enquanto espaço geográfico de identidade,

de trabalho e produção econômica, trazendo para o debate as características da região, seus

recursos naturais (florestas, solos, águas, etc).

3.1.7. 7º - Atividade de campo no Câmpus II – UNESP – Ilha Solteira. Uma das

intenções principais da aula de campo foi levar a turma a compreender a paisagem (a união

9

de elementos naturais e construídos pelo homem em determinado espaço), entendendo as

relações biológicas, sociais e econômicas que a estruturam (BIBIANO, 2010).

Por situar-se dentro da universidade, o percurso da aula de campo foi realizado por

meio de caminhadas. Em algumas paradas previstas no percurso, aproveitou-se o aspecto do

local para serem analisados e registrados junto com os alunos.

Após a saída de campo, foi realizada uma atividade com os alunos para analisar o

conteúdo das fotos registradas e analisar a construção do conhecimento a partir dos conceitos

trabalhados nos encontros anteriores, bem como suas observações a respeito do ambiente

visitado, além das emoções e motivação com relação ao conhecimento despertados com a

aula de campo.

3.1.8. 8º - Reunião final de encerramento do Projeto. Os alunos assistiram um vídeo

com registro de todos os encontros, realizaram a atividade da “pegada ecológica” e a partir

dos resultados, houve uma discussão entre os grupos.

3.2. ATIVIDADES JUNTO AOS ADOLESCENTES DO PROJETO ILHA DE PAPEL

(PREFEITURA MUNICIPAL DE ILHA SOLTEIRA)

Participaram 40 adolescentes que participam do Projeto da Prefeitura Municipal de

Ilha Solteira, denominado de Ilha de Papel. Os adolescentes participam de atividades junto

com a assistente social e um artista plástico, desenvolvendo caixas, sacolas e outros

aderecemos elaborados com papel reciclado. Nesta parceria, chegamos a conclusão de que

seria interessante abordarmos assuntos sobre organização de espaços e sustentabilidade. 20

adolescentes participam das atividades no turno da manhã, e 20 no turno da tarde.

Os encontros tiveram duração de 3 horas cada.

A estratégia foi de roda de conversa e trabalhos em grupo, com exposição das

conclusões sobre os assuntos discutidos.

3.3. ATIVIDADE JUNTO AOS ALUNOS DO COLÉGIO EUCLIDES DA CUNHA

A parceria junto aos Alunos do Colégio Euclides da Cunha, constou de 4 encontros de

2 horas cada, e a participação de 5 alunos.

10

Deve-se ressaltar que uma das dificuldades do projeto tem sido compatibilizar os

horários dos graduandos e dos alunos das escolas parceiras. Ambos possuem um número

grande de atividades em horários diversos, o que causa alguns impedimentos para o projeto.

As atividades foram semelhantes àquelas explicadas no item 3.1 e tiveram a seguinte

sequência: Ecossistemas/Biomas; Visita ao Sauveiro/ Artrópodes; Invertebrados Marinhos e

Produção de cartazes/Encerramento.

4 - Resultados e Discussão

4.1. RESULTADOS DAS ATIVIDADES JUNTO AOS ALUNOS DO COLÉGIO NEP - OBJETIVO

1º - Durante a exposição oral sobre o tema, após o processamento das respostas dos

alunos na atividade “chuva de ideias”, foi observado um grande interesse dos mesmos pela

aula interativa, principalmente diante a prática do terrário proposta (Figuras 4, 5 e 6). Os

estudantes demonstraram reconhecer os componentes expostos sobre o assunto, porém não

pareciam tão seguros para discuti-los, embora alguns alunos tenham interagido

adequadamente, fazendo algumas intervenções, denominando os ecossistemas e biomas,

segundo seus conhecimentos, conforme pode ser observado nas considerações a seguir

retiradas das notas de campo:

Aluno 1 “ É tudo em nosso ambiente, que envolve a natureza..(ééé) o ar, água, as

árvores, os animais e suas comunidades”...

Aluno 2“ Ecossistema é toda relação que o ambiente possui”.

Figura 4. Apresentação dos conceitos gerais sobre ecossistemas

11

Figura 5. Montagem do terrário

Figura 6. Terrário confeccionado pelos alunos

Ficou evidente que os alunos possuem um conhecimento prévio incluindo conceitos

ecológicos sobre este ambiente, porém não souberam caracterizar e diferenciar elementos

bióticos e abióticos.

2º - Durante a visita ao sauveiro (figuras 7 e 8) a turma apresentou uma série de

dúvidas que foram esclarecidas pelos próprios monitores do local. Foi possível identificar o

interesse e envolvimento dos alunos diante a prática oferecida, que pode ser observado a

partir dos questionamentos realizados a respeito da origem dos insetos, morfologia,

12

reprodução e também apresentaram algumas curiosidades sobre os cuidados na manutenção

dos insetos no laboratório, como por exemplo:

Aluno 1 “ Como essas formigas se reproduzem, qual a diferença entre o macho e a

fêmea?”

Aluno 2 “O que eles comem? Seria a mesma coisa se estivessem na natureza?”

Aluno 3 “Porque essas baratas de madagascar são tão diferentes daquelas que

aparecem em nossas casas?”

Aluno 4 “Deve ser difícil cuidar de todos esses insetos aqui, como vocês fazem para pra

nenhum fugir por esses tubos?”

Nesse contato com a prática, ficou claro que os alunos se mostraram mais sensíveis às

informações recebidas neste local, onde puderam visualizar e manusear os exemplares do

laboratório (Figuras 9 e 10).

Figuras 7. Aula prática: visita ao Sauveiro,

Laboratório de Entomologia II- UNESP Ilha

Solteira, SP

Figura 8. Aula prática: Conhecendo a morfologia e

ciclo de vida da (Gromphadorhina portentosa)-

Barata de madagascar

13

Após a realização da atividade, durante a discussão em grupo do Estudo de Caso:

“Invertebrados garantem a vida na terra”, os alunos interagiram de forma espontânea e

demonstraram interesse no assunto. Pode-se observar maior compreensão e segurança em

suas manifestações durante o debate proposto. Apresentaram estar bem informados sobre

a conservação da biodiversidade de insetos para a manutenção do ecossistema.

3º - Durante a saída de campo, (figuras 11, 12 e 13) percebeu-se que os estudantes

exploraram o ambiente, se mostraram bastante participativos e envolvidos com a atividade

proposta. Analisaram as interações observadas e relacionaram com as que ocorrem na

natureza.

Figura 10. Aula prática: Alunos manuseando os

exemplares de invertebrados terrestres

Figura 11. Aula prática: Alunos realizando atividade

de saída de campo ocorreu nas dependências da

universidade- Campus II, UNESP Ilha Solteira-SP

Figura 9. Aula prática: Apresentação das

coleções entomológicas

Figuras 12. Aula prática: Alunos fazendo

registro do guia de campo.

14

Figura 13. Alunos ao final da saída de campo- Campus II- Unesp Ilha Solteira

A partir da experiência realizada em campo, pode-se observar que o interesse, e o

envolvimento dos alunos durante a atividade foram mais significativos, comparando-se com

as atividades em sala. De acordo com as manifestações dos estudantes, orais e escritas, ficou

evidente que suas aprendizagens foram mais efetivas, como pode ser observado nos relatos

abaixo:

“ Dos fatores bióticos nós anotamos o sagui que vimos na árvore, araras, e alguns

insetos... os outros foram os não vivos, o solo.. como que estava a temperatura, se estava

quente, essas coisas”...

“ A tabela foi boa pra gente conseguir diferenciar as coisas que vimos, achei mais fácil

entender agora que também esses fatores bióticos e abióticos não estão sozinhos na natureza,

eles sempre se relacionam pra viver.”

Pereira (2005), afirma que um levantamento da percepção prévia é fundamental para

direcionar a ação educativa, de modo a corrigir percepções negativas do local que eles

frequentam e ressaltar fatos que denotem a importância do ambiente que eles não

conseguem ver, ao que Tuan (1983) chamou de “paisagem do meio”, quando afirmou que

normalmente as pessoas evidenciam não perceber o ambiente natural em si, desconhecendo

os organismos que ali vivem e sua importância, conduzindo a um sentimento de rejeição pela

paisagem e pelo espaço vivido.

15

4º - Durante o primeiro contato com o tema, foi possível notar que a maioria dos

alunos não possuíam conhecimento sobre a bacia hidrográfica da região, tampouco as

complexas relações que podem ser trabalhadas com este assunto. Ficou evidente, nos

depoimentos dos alunos, que temática sobre bacias hidrográficas tem sido trabalhada apenas

de forma tradicional nas escolas, sem a existência de articulações entre as disciplinas. Com

base nesse enfoque, questões sobre características gerais, localização com auxílio de mapas,

uso e ocupação do solo, foram aprofundadas afim de caracterizar melhor a bacia São José dos

Dourados. Portanto, este primeiro encontro, visou colocar os alunos diante da realidade da

dimensão ambiental, bem como lhes proporcionar a ampliação de alguns conhecimentos

gerais.

Após a discussão do estudo de caso, alguns alunos apresentaram possíveis sugestões.

A1.“ Eu instalaria um sistema de água que dependendo do horário dez horas abre o

registro e a hora que for três horas, fecha. Duas horas da manhã abre de novo para quando as

pessoas acordarem terem água para tomar banho e escovar os dentes. Mas eu queria que

todas as casas tivessem cisternas para captar a água da chuva para a reutilização de água,

acho que seria a melhor maneira”

A2.“Eu iria fazer um poço grande, captaria a água da chuva e ao mesmo tempo

passaria por um processo de tratamento e iria para as casas para ser utilizada para lavar louça

e roupa. No caso, São Paulo está com problema e várias pessoas estão sem água, as vezes por

horas e as vezes por dias. Por isso, as vezes pegam um balde e pegam a água da chuva e seria

uma boa ideia para essa época de crise”

Os alunos mencionaram a crise hídrica em São Paulo como exemplo durante as

discussões sobre o estudo de caso. A preocupação dos demais em relação ao consumo de

água foi demonstrada em mudanças de hábitos como sugestões, ou seja, a maioria dos alunos

chegou a conclusão de que é necessário medidas que visem o planejamento adequado e a

reutilização de água da chuva principalmente. Durante o debate, ficou evidente que o estudo

de caso contribuiu no aprendizado dos alunos, pois foram direcionados a agirem como

solucionadores de problema e tomadores de decisão.

16

Em continuidade, os alunos confeccionaram cartazes, representando por meio

de desenhos e colagens como interpretam o território geográfico da bacia hidrográfica

(Figuras 14, 15, 16 e 17).

Conforme discutido recentemente por Bezerra e Gonçalves (2007), o termo “meio

ambiente” constantemente utilizado tanto em meios de comunicação como nos discursos

políticos, livros didáticos, músicas e outras fontes, demonstram uma grande diversidade

conceitual, possibilitando diferentes interpretações, muitas vezes, influenciadas pela vivência

pessoal, profissional e pelas informações veiculadas na mídia.

Os cartazes confeccionados pelos alunos mostraram uma concepção de Bacia

Hidrográfica estritamente relacionada aos aspectos físicos naturais, excluindo o ser humano

e todas as suas intervenções no meio, ou seja, uma predominância pela visão

biocêntrica/antropocêntrica, a representação realizada pelos alunos dispensam totalmente

Figura. 14 Representação da Bacia

Hidrográfica São José dos Dourados- Dupla 1

Figura. 15 Representação da Bacia

Hidrográfica São José dos Dourados- Dupla 2

Figura. 16 Representação da Bacia

Hidrográfica São José dos Dourados- Dupla 3

Figura. 17 Representação da Bacia

Hidrográfica São José dos Dourados- Dupla 4

17

os componentes sociais referentes ao meio. Pode-se relacionar esta abordagem de BH com

uma apresentação de visão na qual o ser humano é circundado pelo ambiente sem ser parte

integrante deste, apresentadas em REIGOTA (2001).

Para Oliveira (2000), o desafio da questão ambiental, por sua extensão e

complexidade, vem exigindo uma abordagem cada vez menos ortodoxa, rompendo com a

tradição segmentada e reducionista, tornando-se necessária a consolidação de um

entendimento mais amplo do processo de educação ambiental. Constituindo, assim, uma

educação permanente que inclua todos os aspectos que a compõe, possibilitando que se

compreenda o ambiente na sua interdependência com o homem, com as consequências das

ações humanas do presente para o futuro constituindo uma visão crítica da realidade

ambiental (DIAS, 2004).

Nessa perspectiva, torna-se importante a discussão em torno das diferentes

concepções sobre meio ambiente articuladas ao contexto das bacias hidrográficas,

principalmente com o intuito de despertar uma análise crítica da realidade ambiental.

5º - O foco do encontro, além dos conceitos básicos já mencionados, percorreu na

importância da preservação das Microbacias bem como sua importância para a sobrevivência

dos seres vivos e a preservação de um dos bens mais vitais para os seres vivos na Terra, no

caso, a água.

Apesar de algumas limitações já esperadas, os estudantes demonstraram possuir

conhecimento básico sobre microbacias. É interessante ressaltar que eles conseguiram

assimilar corretamente informações que foram abordadas nos encontros anteriores, reunindo

em tópicos as principais questões que foram discutidas, como pode ser evidenciado pelos

relatos a seguir:

A1. “O rio, o rio principal e os outros menores, plantações, as coisas ao redor, tudo!”

A2.“São os pequenos rios que formam uma bacia inteira, lembro algo do tipo”.

A3.“Nos mapas apareceram algumas coisas, eu não tinha entendido muito bem, só

depois que deu pra ver que ‘tava’ interligando um rio no outro.”

A4.“É... da pra ver mesmo que são vários caminhos, ele tipo abastece o rio que fica

maior, né?!”

18

Figura 18. Estudo sobre Microbacias.

6º - Observou-se que a atividade de montagem da maquete proporcionou a interação

entre os alunos, como também a participação ativa dos mesmos, ou seja, foram estimulados

a confrontar suas ideias com os demais. Foi possível verificar que essa interação auxiliou os

alunos na construção do seu saber, abrindo-se um espaço para abordarem questões de

interesse durante o desenvolvimento das atividades. No exemplo abaixo, apresenta-se uma

situação que revela o posicionamento de alguns alunos durante a fase de construção da

maquete.

- “Vamos colocar duas áreas, uma poluída e outra não poluída, porque aí dá pra gente

colocar tudo que tem em uma bacia hidrográfica”..

-“ Dá pra representar e relembrar a importância das matas ciliares e o problema do

assoreamento aqui na bacia, como vimos na outra atividade aula passada”...

- “Os animais também, não tem só cidade,”...

-“ Também, mas acho melhor representar a ocupação das casas, pra mostrar que

dependemos dessa água, porque não são só as plantas e os animais que fazem uso dela, e

também nem é todo rio que tem mata ciliar, acho que aqui nem deve ter”...

19

Figura 19. Confecção das maquetes- Bacias Hidrográficas e Microbacias

Fonte: Próprio autor

Nota-se que a partir das discussões durante a montagem do material, os alunos

demonstraram melhor compreensão sobre todos os aspectos que envolvem a bacia

hidrográfica da região. Assim, na sala de aula ou em qualquer lugar onde há aprendizagem

deve ocorre o processo de organização e produção do conhecimento, uma aproximação entre

professor, aluno e objeto de estudo, nessa zona de trabalho o enfoque interdisciplinar de uma

realidade mais ampla, auxilia o estudante a ter uma visão maior, e melhor significado do

conteúdo estudado, possibilitando um aprendizado consciente e eficaz (THIESEN, 2008).

Nesta perspectiva, considera-se que a interação em sala de aula também pode servir como

um importante instrumento no processo de ensino- aprendizagem.

Percebe-se a conscientização dos estudantes sobre temas como o uso e ocupação do

solo, importância da vegetação e possíveis consequências negativas na ausência das matas

ciliares. O confronto de ideias desencadeou reflexões que contribuíram para a escolha de um

modelo em comum, onde foi possível abordar todos os componentes de uma bacia

hidrográfica na versão final da maquete, conforme demonstrado na figura abaixo (figura 20).

20

Figura 20. Representação da bacia hidrográfica finalizada pelos alunos.

Fonte: Próprio autor

Segundo Moraes e Rocha (2012), a atividade proposta utilizando materiais de fácil

acesso, representa um pequeno exemplo de como as aulas teóricas e as atividades práticas

podem se desvincular de amarras tradicionais, e partir para um novo patamar de construção

do saber.

Quando se consegue fazer com que a teoria se integre à prática ocorre o

aprofundamento de conhecimento em sala de aula, entretanto, as atividades práticas,

independente dos conceitos abordados, despertam o interesse entre os alunos de qualquer

nível escolar (MORAES, 2012). No caso específico, os conceitos teóricos sobre bacias

hidrográficas, que são considerados pelos alunos de difícil assimilação e compreensão,

tornam-se mais acessíveis devido ao caráter motivador das aulas práticas.

Portanto, pode-se destacar que as maquetes colaboraram positivamente e foram

indispensáveis para a explicação de fenômenos que estão essencialmente presentes no

espaço geográfico e que muitas vezes são de difícil compreensão, quando analisados em

mapas ou apenas abordados teoricamente nas aulas de Ciências e Geografia.

7º - Ao realizar a atividade de campo com a turma, pretendia-se chamar a atenção dos

alunos sobre a importância da preservação do ambiente e despertar a consciência ecológica

21

nos mesmos ao fazê-los observar e sentir a natureza, assim como identificar os problemas

provocados no ambiente pela ação humana.

As atividades de campo podem ser utilizadas como importante estratégia em

programas de EA, uma vez que o contato com o ambiente permite a sensibilização acerca dos

problemas ambientais. Além disso, surgem oportunidades de reflexão sobre valores,

imprescindíveis às mudanças comportamentais e, sobretudo, atitudinais (CARVALHO, 1998).

Durante a aula de campo viveu-se um momento instigante com os alunos, no decorrer

do percurso foi notável a ansiedade dos mesmos e curiosidade em aprender mais sobre os

elementos observados: “Nossa que árvore é aquela?”, “Por causa dela que esta bem mais

fresco aqui, não é?, olha o tamanho dela!”

Sair do ambiente escolar, por si só, gera um efeito geralmente positivo sobre o

interesse dos alunos pelo conteúdo (FARINA e GUADAGNIN, 2007).

Após a atividade de campo, os alunos retornaram para o laboratório didático (LECBio),

onde foi realizada uma discussão em grupo e debatido alguns elementos analisados nas fotos

registradas no decorrer da aula de campo.

A atividade de retorno à sala de aula completa aquilo que no campo escapou, ficou

subentendido ou mal-entendido. Ela ultrapassa o momento de reunião das entrevistas,

fotografias e narração das melhores vivências (OLIVEIRA e ASSIS, 2009, p. 201).

Portanto, buscou-se, nesse sentido, despertar a interação e o diálogo entre os alunos,

instigando-os a darem suas opiniões, fazer suas críticas ou comentários sobre os temas

abordados tanto nas aulas teóricas como na aula de campo.

Fonte: Próprio autor/alunos Fonte: Próprio autor/alunos

Figura. 21 Fotos tiradas pelos alunos – no entorno

do Campus II-Unesp- Ilha Solteira- SP (Grupo 1)

Figura. 22 Fotos tiradas pelos alunos – no entorno

do Campus II-Unesp- Ilha Solteira- SP (Grupo 1)

22

Fonte: Próprio autor/alunos Fonte: Próprio autor/alunos

Pode-se observar que tanto nas discussões em sala de aula quanto na atividade, os

alunos se mostraram sensibilizados e curiosos frente às fotografias. As imagens que os alunos

registraram conseguiram despertar um sentimento de amor e cuidado, gerando respostas

imediatas, no que se refere aos hábitos de cuidar da natureza, animais, preservar o local como

um todo, conforme pode observar nas falas a seguir:

Grupo 1. “Passamos por lugares lindos, onde deu até pra ver o rio de longe, aqui onde

tem as maiores árvores é o melhor lugar, achei agradável a paisagem, gostei muito de tirar as

fotos. Escolhemos essas porque acho que representa bem nossa cidade, chama a atenção”

Grupo 2. “Já quase não chove, aqui é quente aí tiram as arvores que fazem ficar fresco,

não dá, prejudica muita coisa!. Escolhemos essa imagem (figura 24) porque mostra bem isso,

foi o que a gente mais percebeu por aqui”.

Para Litz (2009), quando se analisa imagens desperta o aluno a utilizar seus

conhecimentos sobre o conteúdo estudado, e torna-se mais fácil de sensibilizar e atrair a

atenção do educando.

Quando questionados sobre o que eles mais gostaram na aula de campo, pode-se

verificar nos relatos que ambos grupos mencionaram respostas bem diversificadas: desde os

“animais encontrados”, “análise da paisagem”, “poder observar a natureza e tirar fotos a

Figura. 23 Fotos tiradas pelos alunos – no

entorno do Campus II-Unesp- Ilha Solteira-

SP (Grupo 2)

Figura. 24 Fotos tiradas pelos alunos – no entorno

do Campus II-Unesp- Ilha Solteira- SP (Grupo 2)

23

vontade”, até respostas relacionadas a aspectos emocionais como: “tranquilidade”,

“diversão”, “aula diferente e prazerosa”.

Pode-se verificar que a aula de campo como recurso didático proporcionou diversos

elementos favorecedores ao desenvolvimento do conhecimento geográfico e científico do

aluno, contribuindo assim, para ampliar o conhecimento e o interesse do aluno por esta

prática.

8º - Foi possível observar que as atividades realizadas no projeto, proporcionaram aos

alunos a obtenção do conhecimento de forma lúdica e prazerosa além de desenvolver

habilidades científicas como a observação, descoberta, comparação, análise e síntese, levando

os alunos a despertar a sua curiosidade e o interesse pelas aulas.

Quando questionados sobre o que mais gostaram no projeto, a maioria afirmou que

gostou das atividades que foram sendo realizadas ao longo dos encontros, alguns gostaram

mais das aulas de campo, visita ao centro de conservação da fauna silvestre de Ilha Solteira-

SP, outros das aulas em puderam manusear os exemplares disponíveis no laboratório, como

pode ser visto nos depoimentos abaixo.

A1. “As aulas foram bem legais, gostei de tudo.”

A2. “Adorei, estudei coisas que não conhecia, visitar os lugares foi a parte mais legal”

A3. “Gostei de poder pegar os insetos, visitar o “zoo”, e observar as coisas tirando

fotos”

A4 “Quando a gente trabalha em grupo parece que aprende mais, porque com os

amigos conversando aprendemos muitas coisas.”

Outro fator que mostrou o interesse dos alunos, foi o fato das atividades terem sido

realizados fora do horário de aula e não contava com a obrigatoriedade de participação, pois

foi oferecido como atividades extra-curriculares e todos os alunos da classe participaram

ativamente.

24

4.2. RESULTADOS DAS ATIVIDADES JUNTO AOS ADOLESCENTES DO PROJETO ILHA DE

PAPEL (PREFEITURA MUNICIPAL DE ILHA SOLTEIRA)

Neste item são apresentadas apenas as imagens dos encontros (Figura 25).

Figura 25 (de A a D) – Imagens dos trabalhos em grupo realizados durante os encontros

com os adolescentes.

25

4.3. RESULTADOS DAS ATIVIDADE JUNTO AOS ALUNOS DO COLÉGIO EUCLIDES DA

CUNHA

Neste item são apresentadas apenas as imagens dos encontros (Figura 26).

Figura 26. Atividades desenvolvidas no Laboratório de Entomologia II e no Laboratório de Ensino de Ciências e Biologia (LECBio), ambos no Câmpus II da UNESP de Ilha Solteira.

5 - Considerações Finais

O trabalho possibilitou observar que as práticas pedagógicas e os recursos

metodológicos utilizados constituíram um grande facilitador para a obtenção do aprendizado

e participação dos alunos.

Foi notório a contribuição positiva das atividades práticas propostas, uma vez que o

trabalho em campo possibilita ao aluno entrar em contato direto com a natureza, passar a

enxergar e ter a oportunidade de construir seu próprio senso crítico, desprendendo-se, assim,

dos livros didáticos inseridos todos os dias em uma sala de aula.

26

Verificou-se, no trabalho desenvolvido com os Colégios NEP-OBJETIVO e Euclides da

Cunha, que o conceito de bacia hidrográfica deve ser trabalhado nas escolas de forma

interdisciplinar, para a compreensão de que a mesma constitui um sistema complexo de

interações entre os componentes biológicos, geológicos, hidrológicos e antropogênicos em

uma região, contemplando-se mais estudos que mostrem à comunidade.

Nas atividades desenvolvidas junto aos adolescentes do Projeto Ilha de Papel,

verificou-se a importância da realização de trabalhos em grupo para geração de ideias,

compartilhamento de experiências e tomada de decisões. Os adolescentes puderam nas

semanas que se seguiram, colocar em prática as propostas que elaboraram durante as

atividades do projeto.

6 - Referências Bibliográficas

ADAMS, B.G. Sugestão de Dinâmica: Ideia puxa ideia, 2004. Disponível em:

http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=262, acesso em: 29 jul 2015.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto

ciclos: apresentação dos temas transversais/ Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF,

436 p, 1998.

BEZERRA, T. M. O.; GONÇALVES, A. A. C. Concepções de meio ambiente e educação ambiental por

professores da Escola Agrotécnica Federal de Vitória de Santo Antão-PE. Biotemas. v. 20, n. 3, p. 115-

125, 2007.

BIBIANO, B. Vamos a campo Nova escola, ano XXV, n. 235, p. 110-111, set/2010

CARVALHO, I. C. M. Em direção ao mundo da vida: interdisciplinaridade e educação ambiental.

Brasília: IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas, 1998. (Cadernos de Educação Ambiental)

DE FRUTOS, J. A. et al. Sendas ecológicas: un recurso didáctico para el conocimiento del entorno.

Madrid: Editorial CCS, 1996.

27

DIAS, G. F. Educação ambiental: princípios e práticas. São Paulo: Gaia, 9.ed. 2004.

FARINA, B. C., GUADAGNIN, F. Atividades práticas como elemento de motivação para a aprendizagem

em geografia ou aprendendo na prática. In: REGO, N., CASTROGIOVANNI, A. C., KAERCHER, N. A. (Org.).

Geografia práticas pedagógicas para o ensino médio. São Paulo: Artmed, 2007.

FARRAPEIRA, C.M.R.; PINTO, S.L. Práticas e metodologias do ensino de Zoologia. Recife: Universidade

Federal Rural de Pernambuco. 2005. 48 p.

GATTI, B.A. Grupo focal na pesquisa em ciências sociais e humanas. Brasília-DF: Líber livro, 2005.

GUI, R. T. Grupo focal em pesquisa qualitativa aplicada: intersubjetividade e construção de sentido.

Rev. Psicol. Organ. Trab. 2003, vol.3, n.1, pp. 135-159.

LITZ, V. G.. O uso da imagem no Ensino de história. Universidade Federal do Paraná, Caderno Temático

do Programa de Desenvolvimento Educacional do Estado do Paraná – PDE. Curitiba, PR. 2009.

LOUREIRO, C. F. B. Trajetória e fundamentos da educação ambiental. São Paulo: Cortez, 2004

MORAES, S. R de, DINIZ, A. C. Z., GONÇALVES, I. M., KASCHUK, J. J., CRUZ, L. C. da, ROCHA, J. R. C. da,

O Processo de Diluição de uma Solução Usado como Metodologia Didática. Submetido para

publicação, 2012.

MOREIRA, H. E CALEFFE GONZAGA, L. Metodologia da pesquisa para o professor pesquisador. 2 ed.

Rio de Janeiro: Lamparina, 2008.

MORGAN, D. L., SPANISH, M. T. Social interaction and the cognitive organisation of health-relevant

behaviour. Sociology of Health and Illness, n. 7, p. 401-422, 1985.

OLIVEIRA, C. D. M.; ASSIS, R. J. S. Travessias da aula em campo na geografia escolar: a necessidade

convertida para além da fábula. Educação e Pesquisa, São Pualo, v. 35, n. 1, p 195-209, 2009.

Disponível em: http://www.scielo.br> Acesso: em 29 abr.2015.

OLIVEIRA, E. M. Educação Ambiental uma possível abordagem. 2. Ed. Brasília: IBAMA, 2000

PENTEADO, H.D. Meio ambiente e formação de professores. 4 ed. São Paulo: Cortez, 2001.68p

28

PEREIRA, E.M. Percepção e educação ambiental em escolas públicas da Região Metropolitana do

Recife sobre o ecossistema manguezal. 2005. 121 f. Monografia (Graduação em Bacharelado em

Ciências Biológicas) - Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife.

REIGOTA, M. (2001). Meio ambiente e representação social. 4ª ed. São Paulo, Cortez, 87p. (Série

Questões da Nossa Época)

REIGOTA, M. Desafios à educação ambiental escolar. In: CASCINO, F.; JACOBI, P.; OLIVEIRA, J.F.

Educação, meio ambiente e cidadania. Reflexões e experiências. São Paulo: SMA/CEAM, 1998. p.43-50

RUFFINO, P.H.P.; SANTOS, S.A. Utilização do conceito de bacia hidrográfica para capacitação de

educadores. In: SCHIAVETTI, A.; CAMARGO, A. F. M. (Orgs.). Conceitos de bacias hidrográficas: teorias

e aplicações. Ilhéus: Editus, 2002. p. 111-23.

SILVA, A. S. M. N. Um Olhar sobre a Educação Ambiental no Ensino Médio: Praticar a Teoria, Refletir

a Prática. 2003. 103 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de

Santa Catarina, Florianópolis, 2003.

SOARES, C.B. Adolescentes, drogas e AIDS: avaliando a prevenção e levantando necessidades. 1997.

230f. Tese (Doutorado em administração escolar) – Faculdade de educação, Universidade de São

Paulo, São Paulo, 1997.

TOMAZELLO, M. G. C.; FERREIRA, T. R. C. Educação ambiental: que critérios adotar para avaliar a

adequação pedagógica de seus projetos? Ciência & Educação, Bauru, v. 7, n. 2, p. 199-207, 2001.

TUAN, Y. F. Espaço e lugar. São Paulo: Difel, 1983. 250 p.

THIESEN, J. S. A interdisciplinaridade como um movimento articulador no processo de ensino-

aprendizagem. Revista brasileira de educação. v.13. n.39 set/dez 2008. Disponível em:

<http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v13n39/10.pdf>. Acesso em: 19 dez. 2015.

VEIGA, L. & GONDIM, S.M.G. A utilização de métodos qualitativos na ciência política e no marketing

político. Opinião Pública. Campinas, v.2, n.1, p.1-15, 2001.

29

VIVEIRO, A. A.; DINIZ, R. E. S. Atividades de campo no ensino das ciências e na educação ambiental:

refletindo sobre as potencialidades desta estratégia na prática escolar. Ciência em Tela, v.2 n. 1, 2009.