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PUBLICIDADE MÍDIA Relatório identifica 55 violações à liberdade de expressão no Brasil em 2014 Material foi divulgado pela ONG Artigo 19 neste domingo, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa POR AGÊNCIA BRASIL 03/05/2015 19:01 / ATUALIZADO 04/05/2015 9:19 PUBLICIDADE VEJA TAMBÉM Apenas 14% da população mundial vivem em países onde imprensa é livre, diz organização internacional Susana Garrido, publicitária e ativista: ‘A democracia é o que a gente quer que ela seja’ Brasileiros e alemães são os mais preocupados com espionagem, diz pesquisa RIO Em todo o ano passado, 55 casos de violações à liberdade de expressão foram registrados no Brasil, sendo 15 assassinatos, segundo um relatório anual divulgado neste domingo, no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, pela ONG Artigo 19, que trabalha pelo direito da liberdade de imprensa. Além de assassinatos, há denúncias de tentativa de homicídio, ameaça de morte e tortura. Segundo o relatório Violações à Liberdade de Expressão – Relatório Anual 2014, o número de casos de violações registrados em 2014 representou um aumento de 15% em relação ao ano anterior, quando ocorreram 45 casos. Em todos eles as pessoas foram vítimas em função de atividades ligadas à liberdade de expressão, seja pela publicação de uma matéria, seja pela mobilização de uma comunidade ou a organização de uma manifestação. RIO DE JANEIRO É O SEGUNDO NO SOCIEDADE COMPARTILHAR BUSCAR g1 ge gshow famosos vídeos

Relatório identifica 55 violações à liberdade de expressão ...agenciapatriciagalvao.org.br/wp-content/uploads/2015/05/o-globo... · blogueiros, etc) ou defensores de direitos

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MÍDIA

Relatório identifica 55 violações àliberdade de expressão no Brasil em

2014Material foi divulgado pela ONG Artigo 19 neste domingo, Dia Mundial da Liberdade de

ImprensaPOR AGÊNCIA BRASIL

03/05/2015 19:01 / ATUALIZADO 04/05/2015 9:19

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Apenas 14% da população mundial vivemem países onde imprensa é livre, dizorganização internacional

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RIO Em todo o ano passado, 55 casos deviolações à liberdade de expressão foramregistrados no Brasil, sendo 15 assassinatos,segundo um relatório anual divulgado nestedomingo, no Dia Mundial da Liberdade deImprensa, pela ONG Artigo 19, que trabalhapelo direito da liberdade de imprensa. Além deassassinatos, há denúncias de tentativa dehomicídio, ameaça de morte e tortura.

Segundo o relatório Violações àLiberdade de Expressão –Relatório Anual 2014, o númerode casos de violações registradosem 2014 representou um aumentode 15% em relação ao anoanterior, quando ocorreram 45casos. Em todos eles as pessoasforam vítimas em função deatividades ligadas à liberdade deexpressão, seja pela publicação deuma matéria, seja pela

mobilização de uma comunidade ou aorganização de uma manifestação.

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O relatório foi feito com base na repercussãodos casos de violações na imprensa, associaçõesde comunicadores e organizações de direitoshumanos, que foram apurados por meio deentrevistas com as vítimas e outros contatosrelacionados aos casos. O Pará teve o maiornúmero de ocorrências (8), seguido pelo Rio deJaneiro (6). No último, Júlia Lima, uma dasresponsáveis pelo relatório, diz que pesaram asdenúncias contra militantes que participaramde protestos no ano passado. Com cinco mortes,a Região Norte foi a parte do país com maiornúmero de assassinatos de defensores dosdireitos humanos. Em seguida vem o Nordeste,com quatro casos.

O crescimento da violência contra essas pessoasestá diretamente ligado, segundo Júlia, à faltade investigação e punição de crimes anteriores.

A gente continua acompanhando os casosapurados nos anos anteriores e a gente observaque eles não caminham como deveriam. Aresponsabilização dos envolvidos não ocorre. Eo perfil de novos casos é o mesmo diz.

Dos 55 casos registrados em 2014, 15 foramhomicídios contra comunicadores (jornalistas,blogueiros, etc) ou defensores de direitoshumanos (lideranças rurais, indígenas equilombolas etc), 11 tentativas de assassinato,28 ameaças de morte e um crime de tortura.

Entre os comunicadores ocorreram 21 casos deviolação à liberdade de expressão, queda emrelação ao ano anterior, quando foramregistrados 29 situações de violência, seis delescontra mulheres. Desse total, três foramhomicídios, quatro tentativas de assassinato e14 ameaças de morte.

"Os três profissionais de comunicaçãoassassinados em 2014 eram muito envolvidoscom a política local de suas cidades [nos estadosdo Rio de Janeiro, Bahia e São Paulo],questionavam as autoridades públicas e eramreconhecidos por isso. Pedro Palma eraproprietário de um jornal chamado "PanoramaRegional", Geolino Xavier era um antigoradialista e chegou a ser vereador de seumunicípio e Marcos Guerra mantinha um blog

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sobre a gestão pública de sua cidade. Os trêsforam assassinados a tiros na presença deoutras pessoas que não foram alvo dos disparos,o que demonstra a intencionalidade de executarsomente os comunicadores”, diz o relatório daorganização.

MUDANÇA SIGNIFICATIVA NO PERFILDAS VÍTIMAS

A maior parte dos comunicadores que sofreramviolações são de veículos comerciais (17 deles).Segundo a organização, houve uma mudançasignificativa no perfil das vítimas pois, nos anosanteriores, a violação era praticadaprincipalmente contra comunicadores,enquanto neste ano as principais vítimas sãodefensores dos direitos humanos.

Um dos comunicadores que sofreram tentativade assassinato foi o radialista e jornalistaMárcio Lúcio Seraguci. Em entrevista à"Agência Brasil", ele disse que foi atacado portrês homens ao sair de um evento, nasimediações de Parnaíba, no Mato Grosso do Sul,cidade onde vive.

Fiquei muito machucado. Fiquei três semanasacamado relatou.

Espancado e estrangulado com uma corda,Seraguci diz que perdeu a consciência durante aagressão e acordou desnorteado:

Nem lembrava o que tinha acontecido.

O radialista apresenta desde 1988 o programa"Tribuna Livre", em que trata de temasdelicados como operações policiais e denúnciasenvolvendo políticos. Nesse período Seraguci,que também dirige um jornal, diz ter recebidooutras ameaças.

Você sabe como é política em cidade dointerior comentou o radialista para explicar asreações a seu trabalho.

Além desse histórico, o radialista conta que aspróprias atitudes dos atacantes não deixamdúvidas que o crime foi motivado por suaatuação como comunicador:

Dizia 'leva tudo'. Eles respondiam que nãovieram pegar nada. Não levaram nem a carteira.

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A falta de conclusão das investigações sobre ocaso é algo que incomoda, especialmenteSeraguci.

Uma coisa que a gente fica chateado é de nãoter a conclusão dessa investigação. Eu aguardoisso com ansiedade, eu quero saber [o motivo doataque] diz.

Quanto aos motivos que estariam por trás dasviolações, nove delas seriam em razão dealguma denúncia feita; sete por conta de umainvestigação [como apuração de informaçõespara reportagem] e cinco em função demanifestação de críticas e opiniões. Os agentesdo Estado aparecem como os principais autoresdas violações contra comunicadores no país,sendo responsáveis por 16 dos 21 casos. Entre osagentes, políticos estavam envolvidos em novecasos.

Em relação aos defensores dos direitoshumanos, ocorreram 34 violações, das quais 12foram homicídios, sete tentativas deassassinato, 14 ameaças de morte e um caso detortura. Das 34 violações, 20 ocorreram emmunicípios com até 100 mil habitantes.

Os crimes que aumentaram foramrelacionados a lideranças rurais, indígenas equilombolas disse Júlia.

A maior parte dos casos relacionase comconflitos de terra (23 casos), sendo que 15vitimaram lideranças rurais, quatro foramcontra lideranças indígenas e quatro contralideranças quilombolas. Houve casos deviolações contra três militantes políticos e trêslideranças LGBTI (Lésbicas, gays, bissexuais,transgêneros e intersexuais), seguidos porviolações a lideranças comunitárias eadvogados, com dois casos cada. Houve tambémum caso contra uma política em exercício.

Entre as mortes ocorridas em 2014, está a deuma integrante do Movimento dosTrabalhadores Rurais Sem Terra (MST) emEldorado dos Carajás (PA). De acordo com adenúncia, Maria Paciência dos Santos, de 59anos, foi atropelada por um caminhoneiro queavançou deliberadamente contra uma passeatado movimento na BR155. No mesmomunicípio, 19 militantes do MST foram mortos

em abril de 1996 durante uma operação policialpara desobstruir a mesma rodovia em queMaria Paciência foi atropelada. O MST aindacobra punição para os responsáveis pelomassacre.

Entre os perfis de possíveis autores dasviolações contra defensores dos direitoshumanos, destacase a figura do fazendeiro ougrileiro, com 17 casos, metade do total; emseguida vem os empresários (11% dos casos),políticos (9%) e policiais (6%). Não fazem partede nenhum desses perfis típicos os possíveisautores de três casos e não foi possível apurar operfil do autor em cinco outros casos.

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