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Relatório referente a prática da destilação da cachaça (química Instrimental)
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Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP
Disciplina: Química Analítica Instrumental – QUI 346
Prof. Dr. Maurício X. Coutrim
RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS Nº 13 e 14
DETERMINAÇÃO DE ALGUMAS SUBSTÂNCIAS VOLÁTEIS EM CACHAÇA POR GC-FID
Dário Elias Pereira
Géssica Couto Schaun
Lucas Santos
Patrícia Monique Vasconcelos
Samara Macedo Farias
Ouro Preto – Minas Gerais
Novembro de 2014
EMBASAMENTO
Cromatografia gasosa é um tipo de cromatografia usada em química orgânica para separação de compostos que podem ser vaporizados sem decomposição, é uma análise química instrumental por separação de compostos químicos e uma amostra complexa.
Sua fase móvel é um gás e a estacionária, um sólido ou um líquido. Na
CGS a fase estacionária é um sólido com grande área superficial, enquanto
que na CGL ocorre participação dos componentes de uma amostra entre uma
fase móvel gasosa e uma camada delgada de um líquido não volátil que
recobre um suporte sólido inerte.
Cachaça é a denominação típica da Aguardente de Cana produzida no
Brasil, com graduação alcoólica de 38 % vol a 48% vol, obtida pela destilação
do mosto fermentado do caldo de cana-de-açúcar. Por ser um produto volátil, a
cachaça ter os seus constituintes químicos separados e determinados por
cromatografia gasosa.
A instrução normativa no 13, de 29 de junho de 2005 do Ministério da
Agricultura, que corresponde ao regulamento técnico para fixação de padrões
de identidade e qualidade para água Aguardente de Cana determina as
concentrações máximas do constituintes químicos de uma amostra e os
valores de contaminantes orgânicos e inorgânicos:
Concentrações máximas Acidez volátil, expressa em ácido acético em mg/100 ml de álcool anidro
– máximo 150;
Ésteres totais, expressos em acetato de etila, em mg/100 ml de álcool
anidro – máximo 200;
Aldeídos totais, em acetaldeído, em mg/100 ml de álcool anidro -
máximo 30; Soma de Furfural e Hidroximetilfurfural, em mg/100 ml de
álcool anidro - máximo 5;
Soma dos álcoois isobutílico (2-metilpropanol), isoamílicos (2-metil-1-
butanol + 3 metil-1-butanol) e n-propílico (1-propanol),em mg /100 ml de
álcool anidro – máximo 360.
1. Contaminantes Orgânicos:
1.1. Álcool metílico, em quantidade não superior a 50 mg por 100 mL de álcool
anidro.
1.2. Carbamato de etila, em quantidade não superior a 150μg/L (cento e
cinqüenta microgramas por litro).
1.3. Acroleína (2-propenal), em quantidade não superior a 1 mg por 100 mL em
álcool anidro.
1.4. Diacetil (2,3-butanodiona), em quantidade não superior a 2 mg por 100 mL
em álcool anidro.
2. Contaminantes Inorgânicos2.1. Cobre (Cu), em quantidade não superior a 5 mg/L(cinco miligramas por
litro)
2.2. Chumbo (Pb), em quantidade não superior a 200 μg/L (duzentos
microgramas por litro).
2.3. Arsênio (As), em quantidade não superior a 100 μg/L (cem microgramas
por litro).
Essa mesma regulamentação determina quais são os contaminantes
orgânicos (álcool metílico, carbamato de etila, acroleína (2-propenal), álcool
sec-butílico (2-butanol), álcool n-butílico (1-butanol)) e os inorgânicos (cobre,
chumbo e arsênio.
OBJETIVO
Determinar a concentração de Alcoóis e Acetato de Etila em uma amostra
de cachaça pelos quatro métodos de quantificação (calibração externa,
padronização interna, normatização de área e normatização de área com fator
de resposta).
PROCEDIMENTO
1. Condições cromatográficas (GC) Foi utilizada cromatografia a gás, de coluna capilar com fase
estacionária liquida.
Condições cromatográficas:
Coluna: polietilenoglicol com 60 m × 0,25 mm × 0,25 μm.
Temperaturas: Tinj = 225 ºC; Tdet = 280 ºC; Tcol= 50ºC por 6 min., então até
100 ºC a 15 ºC/min e, então, até 250 ºC a 20 ºC/min., ficando a 250 ºC por 2
min.
Volume injetado: 2,0 μL.
Vazões: Detector: ar sintético = 300 mL/min e H2 = 30 mL/min; gás de arraste
(H2) = 1,2 mL/min (20 psi); razão de split = 1/60; make up(N2) = 28,8 mL/min.
2. Preparo da curva analítica
Preparou-se a solução de padrão interno (SPI). Transferiu-se 100
μL de n-pentanol para um balão volumétrico de 10 mL e completando seu
volume com solução hidro alcoólica 47,5 ºGL (SHA47,5).
Preparou-se a solução estoque I (SE1) em um balão volumétrico
de 10 ml, pesando a massa de 100 μL de cada padrão e, em seguida,
completando o volume com SHA47,5.
Preparou-se a solução estoque II (SE2), diluindo 100 μL da SE1
para um balão volumétrico de 10 ml e completando o volume com SHA47,5.
A partir da SE2 foram preparou-se as seguintes soluções
padrões:
1) A: 0,10 ml da SE2 + 5 μL de SPI + SHA47,5 para um balão volumétrico
de 10 ml;
2) B: 0,50 ml da SE2 + 5 μL de SPI + SHA47,5 para um balão de 10 ml;
3) C: 1,00 ml da SE2 + 5 μL de SPI + SHA47,5 para um balão de 10 ml;
4) D: 3,00 ml da SE2 + 5 μL SPI + SHA47,5 para um balão de 10 ml;
5) E: 5,00 ml da SE2 + 5 μL SPI + SHA47,5 para um balão de 10 ml.
Injetou-se cada solução padrão preparada no cromatógrafo.
3) Preparo e análise da amostra
Preparou-se as amostras de forma semelhante as soluções
padrão, como segue:
a) dicionou-se cerca de 3 ml de amostra em um balão volumétrico de 10
ml, acrescentou-se 5 μL de SPI e foi completado o volume do balão com
a amostra.
b) Injetou-se 2,0 μL da solução da amostra no cromatógrafo.
RESULTADOSBIBLIOGRAFIAhttp://imanet.ima.mg.gov.br/nova/gec/Legislacao/mapa/IN13.pdf