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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO
Curso de Farmácia
Campus Campinas
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM FARMÁCIA II
KARINA ALVES SILVA
Campinas
2011
KARINA ALVES SILVA
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM FARMÁCIA II
Relatório de estágio
supervisionado em Farmácia II
realizado sob a supervisão da
Profª. Michelle Carneiro Polli
Campinas
2011
ii
UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO
Curso de Farmácia
Estágio Curricular Supervisionado em Farmácia IIEstágio Curricular Supervisionado em Farmácia II
Estagiário
Nome: Karina Alves Silva
Registro Acadêmico: 004200800093
Período do Curso: 7º semestre
Local de Estágio
HerbaMix Farmácia de Manipulação e Drogaria LTDA – ME
CNPJ: 007.288.123/0001-19.
Rua Nossa Senhora de Fátima, 151 - Nova Paulínia - Paulínia – SP
CEP 13140-000 Fone: (19)3833-3932.
Func.: segunda a sexta das 8:00 às 18:00h aos sabados 8:00 às 12:00h.
Profissional Responsável: Dra. Viviane. C. Cesar Estefano de Oliveira
N° de registro no CRF-SP: 34.329.
Supervisora: Profª Michelle Carneiro Polli.
Período de Estágio
Início: 20/12/2010 Término: 19/01/2011
Jornadas de trabalho: 8 e 4 horas semanais.
Total de horas: 156 horas.
Campinas2011
iii
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo o relatar da realização do estágio
supervisionado em farmácia II, realizado de 20/12/2010 á 19/01/2011 na
Herbamix farmácia de manipulação e drogaria LTDA – ME, localizada em
Paulínia. Neste período conheceu-se a rotina de uma farmácia de
manipulação, desde o atendimento ao cliente a manipulação da formula
até a dispensação. Uma fase importante é o fornecimento de dados no
programa que gera as fichas de manipulação das formulas a serem
manipuladas. Outra etapa indispensável é a paramentação realizada na
sala de paramentação e assepsia do laboratório e calibração das
balanças que são realizadas todos os dias antes do inicio da
manipulação. A pesagem de cada substância a ser manipulada é feita
com base na ficha de manipulação, portanto é essencial que o
programa esteja atualizado e com as informações técnicas corretas de
cada substância. Após a manipulação é preciso etiquetar as formulas,
com algumas informações importantes como a forma de uso, a formula,
o nome do médico e do farmacêutico responsável. Para a dispensação é
importante orientar o paciente quanto à forma de uso. Durante este
estágio passei por todas estas etapas, que me deu a oportunidade de
aplicar os conhecimentos adquiridos na faculdade e o mais importante
de aprender com a experiência dos funcionários e convivência com
clientes desta farmácia.
iv
SUMÁRIO
1. ITRODUÇAO........................................................................................1
2. OBJETIVO............................................................................................3
3. CONTROLE DE QUALIDADE................................................................4
3.1. Monitoramento do Processo Magistral..........................................4
4. LIMPEZA E SANITIZAÇÃO....................................................................6
5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS............................................................7
3.2. Recebimento da receita................................................................7
3.3. Ficha de manipulação...................................................................7
3.4. Procedimento para entrada nas áreas de manipulação...............7
3.5. Rotina diária dos laboratórios.......................................................8
3.6. Laboratório de sólidos..................................................................9
3.6.1. Cápsulas considerações técnicas.........................................9
3.7. Cápsulas manipuladas durante o estágio...................................11
3.8. Laboratório de semi-sólidos e líquidos........................................13
3.8.1. Base dermatológica manipulada no estágio......................13
3.8.2. Xampu base manipulado no estágio..................................14
6. CONCLUSÃO.....................................................................................16
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................17
v
1.ITRODUÇAO
Realizou-se o estágio supervisionado II na Farmácia e Drogaria
Herbamix, localizada em Paulínia – SP, no horário das 8:00 ás 18:00 h
de segunda a sexta-feira e 8:00 ás 12:00 h aos sábados do dia 20 de
dezembro de 2010 ao dia 19 de janeiro de 2011 totalizando 156 horas.
A Farmácia e Drogaria Herbamix esta localizada na Rua Nossa
Senhora de Fátima, 151 - Nova Paulínia – SP desde 2005 apresenta a
seguinte estrutura interna:
O Atendimento ao cliente é realizado em uma área ampla o
suficiente para proporcionar conforto aos clientes. Possuindo um
sanitário exclusivo para os clientes.
Os funcionários dispõem de um vestiário com sanitário onde
podem trocar de roupas e sapatos, evitando contaminação nas áreas de
manipulação. O estabelecimento possui também uma área de
paramentação onde os funcionários fazem a higienização das mãos e
paramentação, com luvas, gorro, máscara, etc.
O Escritório é o local que ocorre a guarda dos documentos, livros,
registro de funcionários, fax, computador. Neste local são efetuadas as
transações administrativas da farmácia, bem como, compras de
matérias-primas, equipamentos e insumos, tratar assuntos referentes à
contratação e admissão de funcionários, enfim todos os assuntos
relacionados ao caráter administrativo e financeiros.
O departamento de Almoxarifado está destinado para guardar
embalagens e produtos. Existindo uma porta que permite acesso ao
portão externo, por onde são recebidas as matérias–primas e
embalagens.
O estabelecimento conta com um laboratório de manipulação de
semi-sólidos e líquidos, dois de sólidos e um laboratório de controle de
qualidade.
O laboratório de manipulação de produtos semi-sólidos e líquidos
possui uma balança analítica e uma semi-analítica, termômetros,
1
pHmetro, vidrarias, destilador, termohigrômetro para o controle de
temperatura e umidade do ambiente, capela de exaustão.
O laboratório de manipulação de produtos sólidos esta equipado
com balança analítica, capela de exaustão, encapsuladoras e
termohigrômetro. Os medicamentos manipulados neste laboratório, tais
como: fitoterápicos, antiinflamatórios, anti-hipertensivos e outros, são
manipulados em horários diferentes pré estabelecidos pelo
farmacêutico, e em encapsuladoras e capelas diferenciadas, evitando
assim contaminação cruzada.
O outro laboratório de sólidos está sendo preparado para
manipulação de medicamentos controlados.
Na área de controle de qualidade são realizados os testes das
matérias-primas que estarão na quarentena. Se aprovadas, seguem
para o laboratório determinado. A quarentena ficará nesta área em
armário fechado.
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2.OBJETIVO
Este trabalho tem como objetivo relatar as experiências
vivenciadas durante a realização do estágio supervisionado II, cumprido
em farmácia de manipulação, objetivando estimular hábitos que
garantam o aperfeiçoamento do profissional farmacêutico e o
desenvolvimento das habilidades necessárias ao desempenho da
profissão, levando em conta as três principais áreas em que o
farmacêutico deve estar presente: administração da farmácia,
manipulação de formulações e dispensação de medicamentos.
3
3.CONTROLE DE QUALIDADE
Devem ser realizados, no mínimo, os seguintes ensaios, de acordo
com a Farmacopéia Brasileira ou outro Compendio Oficial reconhecido
pela ANVISA, em todas as fórmulas manipuladas:
Formas farmacêuticas Ensaios
Sólidas Descrição, aspecto, caracteres
organolépticos, peso médio.
Devem ser calculados o desvio
padrão e o coeficiente de variação
em relação ao peso médio.
Semi-solidas Descrição, aspecto, caracteres
organolépticos, pH (quando
aplicável), peso.
Líquidos não-estéreis Descrição, aspecto, caracteres
organolépticos, pH, peso ou
volume antes do envase.
Os resultados dos ensaios devem ser registrados na ordem de
manipulação, junto com as demais informações do medicamento
manipulado. O farmacêutico deve avaliar os resultados, aprovando ou
não o medicamento para dispensação.
3.1. Monitoramento do Processo Magistral.
O estabelecimento que manipular formas farmacêuticas sólidas
deve monitorar o processo de manipulação.
Devem ser realizadas análises de teor e uniformidade do conteúdo
de pelo menos um diluído preparado, trimestralmente. Realizar análises
de teor e uniformidade de conteúdo do princípio ativo, de fórmulas cuja
unidade farmacotécnica contenha fármaco(s) em quantidade igual ou
inferior a vinte e cinco miligramas, dando prioridade àquelas que
contenham fármacos em quantidade igual ou inferior a cinco
miligramas.
4
A farmácia deve realizar a análise de no mínimo uma fórmula a
cada três meses. O número de unidades para compor a amostra deve
ser suficiente para a realização das análises.
As análises, tanto do diluído quanto da fórmula, devem ser
realizadas em laboratório analítico próprio ou terceirizado
(preferencialmente da Rede Brasileira de Laboratórios em Saúde -
REBLAS).
A metodologia para o monitoramento do processo magistral deve
estar embasado no procedimento operacional padrão
Os resultados de todas as análises devem ser registrados e
arquivados no estabelecimento à disposição da Autoridade Sanitária,
por no mínimo 2 (dois) anos.
A farmácia deve estabelecer, registrar e avaliar a efetividade das
medidas adotadas, por meio de uma nova análise, em caso de resultado
de análise insatisfatório.
Os medicamentos homeopáticos ficam excluídos do controle.
5
4.LIMPEZA E SANITIZAÇÃO
A limpeza e sanitização das áreas, instalações, equipamentos e
materiais devem estar descritas em procedimento operacional padrão
(POP) estando disponível ao pessoal responsável e operacional.
Os equipamentos e utensílios devem ser mantidos limpos,
desinfetados e guardados em local apropriado.
O lixo e resíduos da manipulação devem ser depositados em
recipientes tampados, identificados e ser esvaziados fora da área de
manipulação, com descarte apropriado, de acordo com a legislação
vigente.
Os produtos usados na limpeza e sanitização não devem
contaminar, com substâncias tóxicas, químicas, voláteis e corrosivas as
instalações e os equipamentos de preparação.
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5.ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
3.2. Recebimento da receita
O cliente paciente apresenta a receita ao atendente, o atendente
digita a formula no programa para gerar o orçamento, caso haja
divergência nas dosagens cabe ao farmacêutico solucionar o problema,
no caso de receita com dosagem errada deve-se entrar em contato com
o médico para fazer a correção.
Com a aprovação do orçamento, o cliente/paciente recebe uma
notificação com, formula a ser produzida, o valor e prazo de entrega.
3.3. Ficha de manipulação
Após o orçamento ser aprovado pelo cliente/paciente, é gerado a
ficha de manipulação, onde consta no cabeçalho o número do pedido,
nome do manipulador, prazo de entrega, e de validade do produto,
dados do cliente e médico. E no corpo da ficha os dados para a
manipulação, como produto, quantidade prescrita, fornecedor,
quantidade a ser pesada do produto e se necessário do excipiente, tipo
de embalagem, no caso de cápsulas o número de cápsulas a ser
produzido, o número e cor da cápsula a ser utilizado e a dose que deve
ser administrada.
A ficha de manipulação é encaminhada para o laboratório
responsável pela produção da formula.
3.4. Procedimento para entrada nas áreas de manipulação
Para tem acesso as áreas de manipulação os funcionários passam
por uma sala de paramentação onde se deve realizar a higienização das
mãos e a colocação dos EPIs (equipamento de proteção individual).
A lavagem das mãos deve ser realizada conforme consta no POP
(procedimento operacional padrão). Para lavagem das mãos, que diz o
seguinte, as mãos devem ser lavadas com sabonete líquido,
7
esfregando-se entre os dedos, a palma, dorso e punho, certificando que
esteja bem ensaboado. Enxaguar, retirar o excesso de água das mãos e
secar com papel toalha. Finalizar a limpeza com álcool 70% e deixar
secar.
Após a lavagem das mãos coloca-se o jaleco, gorro, máscara, pró-
pé e por ultimo as luvas.
O pró-pé deve-ser colocado se sentando na banqueta que delimita
a sala de paramentação (área suja) e a área dos laboratórios (área
limpa), após colocar o pró-pé não é permitido que se pise na área suja.
3.5. Rotina diária dos laboratórios
O primeiro procedimento a ser realizado nos laboratórios é a
assepsia das bancadas e das balanças, que devem ser limpas com
álcool 70%.
Liga-se as balanças para que estabilizem por 15 min. Após este
período faz-se a calibração das mesmas.
A calibração das balanças analíticas é realizada com a utilização
de pesos de 200g e 10g, a pesagem de cada peso deve ser realizada
em triplicata o valor de cada pesagem deve ser anotado em uma ficha
de controle, constando o número da balança, laboratório, data e hora da
calibração.
Faz-se também o controle de temperatura e unidade dos
laboratórios, colocando em uma ficha de controle que deve ser
preenchida pela manhã e á tarde. Nesta ficha anota-se a temperatura e
unidade mínima, a máxima e a atual registrada pelo termohigrometro.
A temperatura e umidade da geladeira também são registradas
por um termohigrometro, e anotadas em uma ficha de controle.
8
3.6. Laboratório de sólidos
Após a realização da rotina diária, recebe-se a ficha de
manipulação, onde constam todas as informações necessárias para a
manipulação do medicamento (cápsula).
Separam-se os componentes da formula a serem manipulados,
estes componentes são pesados em balança analítica e
homogeneizados em saco plástico descartável.
Após a pesagem a formula é encaminhada para a bancada de
encapsulamento, onde a formula será encapsulada com o auxilio de um
encapsulador.
Depois que a formula foi encapsulada as cápsula são polidas,
contadas, embaladas e conferidas, então são encaminhadas junto a
ficha de manipulação rubricada pelo manipulador e conferente para
receberem os rótulos.
3.6.1. Cápsulas considerações técnicas
A cápsula é um invólucro gelatinoso, inerte (sem ação
terapêutica) que acondiciona no seu interior o medicamento
responsável pela atividade farmacológica na forma de pó. A cápsula é
sensível a umidade, portanto antes de manuseá-las certifique-se de que
as mãos estejam completamente secas e limpas prevenindo assim a
degradação das cápsulas e comprometimento da qualidade do
medicamento.
O número de cápsulas deve ser igual ao indicado na embalagem.
Entretanto em determinadas receitas a quantidade de substâncias a ser
acondicionada na cápsula por dose ultrapassa a capacidade máxima de
conteúdo da cápsula, sendo necessária a divisão da dose em mais de
uma cápsula aumentando assim o número de cápsula. Esta informação
deve ser passada ao cliente/paciente e constar no rótulo do
medicamento.
O medicamento produzido na forma de cápsula deve ser ingerido
inteiro, não se deve partir ou dividir a cápsula, pois pode ocasionar
9
erros de dosagem e também na forma com que o fármaco será
absorvido no organismo.
Método volumétrico para enchimento de cápsulas:
A cápsula é uma das formas farmacêuticas orais mais difundidas
em manipulação. No entanto, a prática envolvendo cápsulas é muitas
vezes imprecisa, pois os métodos geralmente para o enchimento se
baseiam na capacidade em termo de peso. Este parâmetro (peso) varia
muito conforme a densidade do pó a ser encapsulado, o que pode gerar
alguns inconvenientes no caso de excipiente e numero de cápsulas a
ser empregada. O “método volumétrico” de enchimento de cápsula é
muito mais preciso, já que a cápsula tem a capacidade constante em
termo de volume.
Pesar todos os componentes, lembrando das conversões
(diluição, fator de correção) e do número de cápsulas (quantidade
prescrita na receita).
Medir o volume em proveta (10 – 1000 mL).
Bater a proveta na bancada (revestida com borracha) para o
assentamento do pó e leitura correta do volume.
Uma vez obtido o volume, utilizar o gráfico (nomograma),
selecionando o número de cápsula (tamanho) que se adéqüe ao volume
do pó, bem como a adição de mais excipiente para completar o
enchimento da cápsula.
Cálculo do Tamanho da Cápsula:
É necessário completar com excipiente o volume do pó a
encapsular, caso este seja inferior a 80% da capacidade da cápsula.
Considera-se sempre o peso e a densidade aparente dos pós das
formulações.
10
Tabela 1. Capacidade média das cápsulas gelatinosas duras em mg.Tamanho da
cápsulaVolume em
mLCapacidade média em mg – 0,6 g/mL – 1,2
g/mL000 1,37 822 – 1664 mg (750 mg)
00 0,95 570 – 1140 mg (500 mg)
0 0,68 408 – 816 mg (400 mg)
1 0,5 300 – 600 mg (350mg)
2 0,37 222 – 444 mg (250 mg)
3 0,30 180 – 360 mg (200 mg)
4 0,21 126 – 252 mg (150 mg)
3.7. Cápsulas manipuladas durante o estágio
Tabela 2. Ficha de manipulação de extrato de Ginkgo biloba 120mg para 60 cápsulas.
ProdutoQuant.
PrescritaFator
correçãoQuant. Prod.
(g ou mL)Extrato Ginkgo biloba 120,00 mg 1,000 7,2000Excipiente - 1,000 1,488460 cápsulas de cápsula nº 3 azul claro/azul escuro
1 dose = 1 cápsula
Peso médio p/ cápsula = 0,1448g
O extrato de Ginkgo biloba é usado na faixa de 40 a 120mg ao dia
no tratamento de distúrbios psico-comportamentais da senilidade.
Tabela 3. Pesagem da amostragem de 10 cápsulas de extrato de Ginkgo biloba 120mg.
Ordem Peso (mg) Variância |Variância|² Variância (%)
1 144,00 1,700 2,890 1,192 152,00 9,700 94,090 6,823 138,00 -4,300 18,490 -3,024 144,00 1,700 2,890 1,195 139,00 -3,300 10,890 -2,326 144,00 1,700 2,890 1,197 141,00 -1,300 1,690 -0,918 139,00 -3,300 10,890 -2,329 140,00 -2,300 5,290 -1,6210 142,00 -0,300 0,090 -0,21
Total de variância = 150,1000A variância em percentual até 300mg não poderá exceder a mais
ou menos 10%. Acima de 300mg não poderá exceder mais ou menos 7,5%.
11
Peso médio: 142,300mg Peso teórico:144,806mgDesvio padrão: 4,0838Coeficiente de variação: 2,8698
O coeficiente de variação terá que ser menor que 6%.1
Nesta amostragem todas as cápsulas se apresentaram dentro da faixa de variação permitida.
Tabela 4. Ficha de manipulação de Ranitidina 150mg para 60 cápsulas.
ProdutoQuant.
PrescritaFator
correçãoQuant. Prod.
(g ou mL)Ranitidina HCL 150,00 mg 1,120 10,08060 cápsulas de cápsula nº 3 azul claro/azul escuro
1 dose = 1 cápsula
Peso médio p/ cápsula = 0,1680g
A ranitidina é utilizada no tratamento de úlcera duodenal
(profilaxia e tratamento a curto prazo), úlcera gástrica tratamento de
condições de hipersecreção gástrica associada com síndrome de
Zollinger-Ellison, adenoma endócrino múltiplo e mastocitose sistêmica.
Tabela 5. Pesagem da amostragem de 10 cápsulas de Ranitidina 150mg.
Ordem Peso (mg) Variância |Variância|² Variância (%)
1 178,00 -4,400 19,360 -2,412 180,00 -2,400 5,760 -1,323 180,00 -2,400 5,760 -1,324 186,00 3,600 12,960 1,975 186,00 3,600 12,960 1,976 174,00 -8,400 70,560 -4,617 189,00 6,600 43,560 3,628 189,00 6,600 43,560 3,629 184,00 1,600 2,560 0,8810 178,00 -4,400 19,360 -2,41
Total de variância = 236,4000A variância em percentual até 300mg não poderá exceder a mais
ou menos 10%. Acima de 300mg não poderá exceder mais ou menos 7,5%.Peso médio: 182,400mg Peso teórico:168,000mgDesvio padrão: 5,1251Coeficiente de variação: 2,8098
O coeficiente de variação terá que ser menor que 6%.1
Nesta amostragem todas as cápsulas se apresentaram dentro da faixa de variação permitida.
12
3.8. Laboratório de semi-sólidos e líquidos
Cumpre-se a mesma rotina diária dos outros laboratórios. Recebe-
se então a ficha de manipulação, onde constam todas as informações
necessárias para a manipulação do produto.
Os componentes da formula são separados e pesados em balança
analítica e semi-analitica previamente calibradas.
Nesta farmácia faz-se a manipulação das principais bases
dermatológicas, pois as bases disponíveis no mercado têm preços
elevados. Exemplos de bases dermatológicas que são preparadas na
Farmácia creme lanette, creme oil-free, creme não-iônico, creme cold
cream, gel de Natrosol, gel Carbopol, loção não-iônica, loção oil-free,
loção lanette, sabonete líquido, xampu base. Estas bases são
devidamente embaladas, e seus rótulos contem: nome do produto, lote
e data de validade.
Os princípios ativos são incorporados nas bases seguindo os
procedimentos encontrados no guia de manipulação da farmácia.
Após o produto pronto, ele é embalado e pesado, seguindo assim
com a ficha de manipulação rubricada pelo manipulador para a
rotulagem.
3.8.1. Base dermatológica manipulada no estágio
Base dermatológica Cold cream: emulsão água/ óleo que
apresenta propriedades hidratante, lubrificante e refrescante. Tem ação
intradérmica e é indicado para a pele seca.
Tabela 6. Componentes da base dermatológica Cold cream.Componentes Quantidade
Fase oleosaVaselina líquida 50%
Cera de abelha 16%
Fase aquosa
Bórax 0,8%
Uniphen® 1,0%
Água destilada q.s.p. 100mL
Estudo Crítico:
13
Vaselina Líquida (óleo mineral): constitui basicamente a fase
oleosa de diversas emulsões. É uma mistura de hidrocarbonetos
líquidos obtidos do petróleo, oleosa, incolor e transparente.
Cera de abelhas: é obtida de favos das colméias e contém cerca
de 72% de ésteres, 13,5% de ácidos graxos livres e 12,5% de
hidrocarbonetos. Torna-se emulsificante quando é adicionada a
uma substância alcalina como o hidróxido de sódio ou borato de
sódio. Tem ação emoliente.
Bórax (borato de sódio): tem ação anti-séptica suave, similar à do
ácido bórico, e levemente adstringente. Em produtos cosméticos é
utilizado como agente emulsificante para ceras.
Uniphen®: é uma mistura de agentes conservantes: fenoxietano,
metilparabeno, etilparabeno, propilparabeno e butilparabeno. Tem
ação proteolítica contra microorganismos.
3.8.2. Xampu base manipulado no estágio
São produtos destinados principalmente a limpeza dos cabelos e
coro cabeludo, porém podem ser acrescidos à princípios ativos
medicamentosos, passando a exercer a ação terapêutica.
Tabela7. Componentes de xampu base para cabelos normais.Componentes Quantida
desCetoconazol 20%Lauril éter sulfato de sódio 28% 22%Dietanolamina de ácido graxo de côco
2,8%
Cocobetaína 2,8%Ativos Cosméticos 1 a 3 %Cloreto de Sódio qsÁcido Cítrico 10% qsEssência e Corante qsMetilparabeno 0,1%Água Destilada q.s.p 100%
Nesta formulação foi incorporado o cetoconazol como principio
ativo.
Estudo Crítico:
14
Cetoconazol: anti-fungo, eliminando o fungo que danifica o couro
cabeludo.
Lauril Éter Sulafato de Sódio: tensoativo aniônico com alto poder
espumógeno, boa detergência, média irritabilidade dos olhos e
baixa agressividade aos cabelos. Geralmente associado a outros
tensoativos para conferir melhor solubilidade em água e melhor
viscosidade.
Dietanolamina de ácido graxo de coco: empregada em
formulações de xampu, sabonetes e espuma de banho, associada
a agentes tensoativos aniônicos ou não iônicos, por sua ação
estabilizadora da espuma formada, espessante,
sobreengordurante, e estabilizadora das emulsões O/A
(óleo/água), além de possuir um pequeno efeito detergente
próprio.
Cloreto de Sódio: cristais incolores ou pó cristalino branco, inodoro
de sabor salino. Espessante, aumenta a viscosidade do xampu
até um valor máximo a partir do qual qualquer quantidade a mais
adicionada leva uma diminuição da viscosidade sem possibilidade
de correção.
Ácido Cítrico: cristais translúcidos incolores ou pó cristalino fino ou
pó granular branco, inodoro e de intenso sabor ácido. Usado como
corretivo de pH ideal para xampu, pois está na faixa 5,5 a 6,5.
Metilparabeno: conservante antifúngico.
15
6.CONCLUSÃO
A realização do estágio supervisionado II em farmácia de manipulação trouxe grande aprendizado em relação à rotina diária de uma farmácia de manipulação. O estágio me dimensionou as dificuldades, satisfações e responsabilidades que se tem ao ser responsável por uma farmácia de manipulação.
Acompanhei a atuação do farmacêutico nas várias áreas de atuação dentro da farmácia de manipulação (administração da farmácia, manipulação de formulações e dispensação de medicamentos).
Uma das grandes dificuldades que percebi foi a orientação ao paciente que muitas vezes tinha grande dificuldade em aceitar as recomendações, principalmente quando apresentava uma receita com formulação duvidosa.
Por fim, foi um grande aprendizado a convivência com todos os funcionários da farmácia, e resultou em uma grande contribuição para o meu aprendizado.
16
7.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1- Farmacopéia brasileira. Proc. Téc. Apl. Med. IV edição 5.5, 1988.
2- BATISTUZZO, J.A., ITAYA, M., ETO, Y. Formulário Médico-
Farmacêutico, 3ª ed, Pharmabooks Editora, 2006.
3- ANSEL, H. C.; POPOVICK, N. C.; ALEN Jr, L. V. Formas
Farmacêuticas e Sistemas de Liberação de Fármacos. 8. ed.
Artmed Editora S.A, 2007.
4- FERREIRA, A. O. Boas Práticas de Manipulação Farmacotécnica
Aspectos Biofarmacêuticos Controle de Qualidade. ed. Revisada –
Juiz de Fora – 2000.
17
_________________________________________________Supervisor de Estágio:
Profª. Michelle Carneiro Polli
_________________________________________________Profissional Responsável:
Dra. Viviane. C. Cesar Estefano de Oliveira
CRF-SP: 34.329
_________________________________________________Estagiária:
Karina Alves SilvaRA: 004200800093
18