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Relatório contendo fundamentação teórica e descrição de experimento realizado em laboratório
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FUNDAÇÃO NOKIA DE ENSINO
LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA DIGITAL
CIRCUITOS SEQUENCIAIS: LATCH E FLIP FLOPS
MANAUS-AM
01/08/2011
REBECA NUNES Nº: 29
2º ANO DE ELETRÔNICA
LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA DIGITAL
CIRCUITOS SEQUENCIAIS: LATCH E FLIP FLOPS
Relatório apresentado à disciplina de
Eletrônica Digital, ministrada pelo professor
Aguiar para obtenção de nota parcial do 3º
bimestre.
MANAUS-AM
01/08/2011
2
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 4
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 5
METODOLOGIA 6
RESULTADOS 8
ANÁLISE DE RESULTADOS 10
CONCLUSÃO 11
BIBLIOGRAFIA E SITES 12
3
INTRODUÇÃO
Os circuitos sequenciais são aqueles que apresentam o estado de memória, de maneira
que as condições de entrada anteriores passam a ter efeito sobre as saídas atuais. Tais circuitos
são compostos por uma configuração de portas lógicas, conectadas de forma a armazenar
informação. Em laboratório, foi realizado um experimento que consistia na construção dos
circuitos sequenciais a partir de portas lógicas a fim de possibilitar a análise comportamental
destes circuitos.
4
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
CIRCUITOS SEQUENCIAIS
São aqueles cujas saídas não dependem exclusivamente das entradas, mas também do
estado do circuito. O estado corresponde aos bits armazenados nos elementos de memória
existentes nos circuitos seqüenciais, devido a esse estado de memória a mesma combinação
de entrada pode resultar em valores diferentes de saída.
LATCH
Latchs são elementos básicos que permitem armazenar um bit de informação a partir
dos quais se constroem os flip-flops. Eles são construídos com portas NAND, sendo chamado
R S, ou NOR, chamado RS, ocorrendo diferença no resultado obtido que seriam que no NOR,
R e S são ativos em ALTO ao invés de BAIXO, o estado de repouso é para R=S=0, Q é
colocado em nível ALTO para S em ALTO e em nível BAIXO para R em ALTO.
Os tipos de LATCH são:
LATCH RS cujas entradas são R e S, respectivamente, as quais limpam e setam a
saída Q, assim o resumo das operações passa a ser: para R=S=0 não há mudança no estado de
saída; para R=0 e S=1, Q=1; para R=1 e S=0; Q=0; R=S=1, essa situação tenta limpar e setar
o latch ao mesmo tempo, e produz Q=Q=1, se as entradas retornam a zero simultaneamente, o
resultado será imprevisível. Este tipo de latch pode ainda apresentar uma variável de controle
que permite controlar melhor o armazenamento de informação.
LATCH D possui uma entrada D e uma entrada de habilitação, enable. Seu
funcionamento é bem simples já que a saída Q é igual à entrada D, sendo por isso chamado de
“transparente”. A entrada de habilitação é semelhante ao clock dos flip flops, mas não
depende de transições. Quando a habilitação está em BAIXO não ocorre mudança, quando
está em ALTO, a entrada D passa a surtir efeito.
5
METODOLOGIA
Para a realização do experimento foi necessário o seguinte material: uma fonte de
tensão, a placa didática (matriz de contato), os CIs 7400 e 7402 e resistores de 330Ω. Antes da
construção dos circuitos propostos foi verificada a condição dos componentes, dos quais os
LEDs que não estavam em boas condições foram trocados, e houve consulta da pinagem dos
CIS utilizados nos Datasheets, para então se desenhar os projetos que se encontram a seguir:
Figura 1
Figura 2
6
Figura 3
Figura 4
A figura 1 refere-se ao tópico 2 do procedimento experimental, o qual requer a
montagem de um latch RS com portas NORs. A figura 2 ao tópico 3, a figura 3 ao tópico 4, e
a figura 4 ao tópico 5.
A sequência de montagem foi: depois de colocar o CI na placa, todos os pontos que
necessitavam ser conectados (segundo o projeto) o foram, em seguida foram acrescidos os
resistores e LEDs, os quais se conectam à terra. O ponto de terra e de Vcc são identificados, e
por fim, aplica-se a tensão.
7
RESULTADOS
Para o lacth RS assíncrono com portas NORs:
(estado proibido)
Para o latch RS assíncrono com portas NANDs:
(estado proibido)
Para o biestável tipo RS com controle:
(estado proibido)
8
S R Q Q
0 0 0 1
0 1 0 1
1 0 1 0
1 1 0 0
S R Q Q
0 0 0 1
0 1 0 1
1 0 1 0
1 1 1 1
Ck S R Q Q
0 0 0 0 1
0 0 1 0 1
0 1 0 0 1
0 1 1 0 1
1 0 0 0 1
1 0 1 0 1
1 1 0 1 0
1 1 1 1 1
Para o biestável tipo D:
Ck D Q Q
0 0 0 1
0 1 0 1
1 0 0 1
1 1 1 0
9
ANÁLISE DE RESULTADOS
Os dois primeiros circuitos apresentam o mesmo comportamento, diferindo apenas
quanto ao estado proibido, o que de certa forma contraria o assunto abordado em sala de aula.
Para o primeiro, construído com portas NOR, o estado proibido resultava em ambos os LEDs
apagados, sendo as entradas 1, a soma a ser complementada seria necessariamente 1, assim se
tem o resultado 00; já o segundo, com portas NAND, com ambos acesos, posto que sendo as
entradas 0, o produto a ser complementado será 0, o que resulta em 1. O comportamento tido
como igual é o estado de permanência em 00, Q=1 em 10 e Q=0 em 01, comportamento que
coincide com o previsto pela teoria para latch RS.
Os dois outros circuitos são síncronos, sendo ambos construídos a partir do latch tipo
RS, o que implicou, neste caso, em utilizar portas NAND. Em ambos, há entrada de controle
ou habilitação, quando esta é igual a zero não há mudança de estado, o que se mostra na
tabela através do resultado Q=0 eQ= 1, quando está em 1, observa-se mudança de estado,
sendo Q=D. A principal diferença percebida através dos resultados entre estes circuitos é a
ausência de estado proibido no biestável tipo D. Todos os circuitos apresentados são latch
posto que nenhum é controlado por transições, mas apenas por níveis lógicos.
O biestável tipo D síncrono tem como uma de suas aplicações transferência paralela de
dados, ou seja, mais de um dado é transferido ao mesmo tempo.
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CONCLUSÃO
No processo de montagem, obtenção e análise dos resultados foi possível verificar as
diferenças principais dos circuitos utilizados, tais diferenças já foram abordadas
anteriormente.
A configuração utilizada para construir um latch define suas propriedades, tal
constatação foi obtida ao perceber-se que o segundo circuito, apesar de construído com portas
NAND, não se comportava como um R S e sim como RS. Isto é explicado pelo fato de as
entradas serem complementadas, tornando o que seria um latch R Sem um RS. A única
diferença que persistiu relacionada ao tipo de porta utilizada foi o resultado nas saídas para o
estado proibido.
Por fim, pode-se perceber as aplicações gerais dos latchs e, por conseqüência, dos FFs,
constituídos de latchs. As aplicações referem-se: ao armazenamento de dados, propriedade
verificada no estado de permanência, geralmente 00; transferência de dados, como exemplo
há o latch tipo D, que envia a entrada D para a saída Q; deslocamento serial de dados, quando
há a construção de registradores, constituídos de flip flops; contagem e divisão de freqüência,
aplicação que surge em configurações cujas bases são essencialmente latchs também.
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BIBLIOGRAFIA
TOCCI e WIDMER. Sistemas Digitais: Princípios e Aplicações. 7Y edição. Rio de
Janeiro:LTC, 2000.
12