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"Reforço da Gestão das Pescarias nos Países da ACP" Projecto Financiado pela União Europeia. “Esta publicação foi produzida com a assistência da União Europeia. Os conteúdos da presente publicação são da responsabilidade exclusiva de ”nome do autor” e não poderão de forma alguma serem considerados para refletir as visões da União Europeia.” “O conteúdo deste documento não reflecte necessariamente as visões dos relativos governos” Relatório Técnico Final ESTUDO DA CADEIA DE ABASTECIMENTO DAS PESCA ARTESANAIS E MERCADOS NA REGIÃO DE LUANDA ANGOLA Projeto ref. N° SA-4.3-B23 Angola 25 de Setembro, 2013 Um projeto implementado por:

Relatório Técnico Final - acpfish2-eu.orgacpfish2-eu.org/uploads/projects/id613/FTR_Angola_SA-43-B23(FINAL).pdf · O estudo incluiu visitas aos locais piscatórios de desembarques

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"Reforço da Gestão das Pescarias nos Países

da ACP"

Projecto Financiado pela União Europeia.

“Esta publicação foi produzida com a assistência da União Europeia. Os conteúdos da presente publicação são da responsabilidade exclusiva de ”nome do autor” e não poderão de forma alguma serem considerados para refletir as visões da União Europeia.”

“O conteúdo deste documento não reflecte necessariamente as visões dos relativos governos”

Relatório Técnico Final

ESTUDO DA CADEIA DE ABASTECIMENTO DAS PESCA ARTESANAIS E

MERCADOS NA REGIÃO DE LUANDA – ANGOLA

Projeto ref. N° SA-4.3-B23

Angola

25 de Setembro, 2013

Um projeto implementado por:

"Reforço da Gestão das Pescarias nos Países

da ACP"

Projecto Financiado pela União Europeia.

“Esta publicação foi produzida com a assistência da União Europeia. Os conteúdos da presente publicação são da responsabilidade exclusiva de ”nome do autor” e não poderão de forma alguma serem considerados para refletir as visões da União Europeia.”

“O conteúdo deste documento não reflecte necessariamente as visões dos relativos governos”

Relatório Técnico Final

ESTUDO DA CADEIA DE ABASTECIMENTO DAS PESCA ARTESANAIS E

MERCADOS NA REGIÃO DE LUANDA – ANGOLA

Projeto ref. N° SA-4.3-B23

Angola

25 de Setembro, 2013

Um projeto implementado por:

Hélder Silva (Perito Principal)

"Reforço da Gestão das Pescarias nos Países

da ACP"

Projecto Financiado pela União Europeia.

“Esta publicação foi produzida com a assistência da União Europeia. Os conteúdos da presente publicação são da responsabilidade exclusiva de ”nome do autor” e não poderão de forma alguma serem considerados para refletir as visões da União Europeia.”

“O conteúdo deste documento não reflecte necessariamente as visões dos relativos governos”

Índice AGRADECIMENTOS ................................................................................................................... 5 SUMÁRIO EXECUTIVO .............................................................................................................. 6 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 8 2. INFORMAÇÃO DE BASE ............................................................................................................. 8 3. COMENTÁRIOS SOBRE OS TERMOS DE REFERÊNCIA ............................................................ 10 4. ABORDAGEM DO PROJECTO, METODOLOGIA E ORGANIZAÇÃO ........................................... 10 5. ORGANIZAÇÃO E MEMBROS DA EQUIPE TÉCNICA ............................................................... 13 6. EXECUÇÃO DOS TERMOS DE REFERÊNCIA ........................................................................... 14 6.1 IMPLEMENTAÇÃO E DETALHES DE REALIZAÇÃO .................................................................. 17 6.1.1 CAPACITAÇÃO ....................................................................................................................... 17 6.1.2 WORKSHOP NACIONAL FINAL .............................................................................................. 19 7. DISCUSSÃO E CONCLUSÕES .................................................................................................. 19 8. RECOMENDAÇÕES ................................................................................................................... 20

ANEXOS

ANEXO 1 – TERMOS DE REFERÊNCIAS ...................................................................................................21 ANEXO 2 – PLANO DE TRABALHO E ACTA DA REUNIÃO INAUGRAL ................................................36 ANEXO 3 – LISTAGEM DOS ENCONTROS, CONTACTOS E ITINERÁRIO ..........................................39 ANEXO 4 – FOTOGRAFIAS DAS ACTIVIDADES REALIZADAS .............................................................41 ANEXO 5 – BANNER E NOTA DE IMPRENSA DO WORKSHOP ............................................................47 ANEXO 6 – LISTA DE DOCUMENTAÇÃO CONSULTADA .......................................................................50 ANEXO 7 – MATERIAL DA CAPACITAÇÃO E WORKSHOP ....................................................................51 ANEXO 8 – LISTA DE PARTICIPANTES CAPACITAÇÃO E WORKSHOP ............................................52 ANEXO 9 – RELATÓRIO PRELIMINAR ............................................................................................ 53

APÊNDICE - ESTUDO SOBRE A CADEIA DE ABASTECIMENTO E MERCADOS DA

PESCA ARTESANAL NA REGIÃO DE LUANDA

"Reforço da Gestão das Pescarias nos Países

da ACP"

Projecto Financiado pela União Europeia.

“Esta publicação foi produzida com a assistência da União Europeia. Os conteúdos da presente publicação são da responsabilidade exclusiva de ”nome do autor” e não poderão de forma alguma serem considerados para refletir as visões da União Europeia.”

“O conteúdo deste documento não reflecte necessariamente as visões dos relativos governos”

Lista de Tabelas

Tabela 1: Execução do ToR

Tabela 2: Avaliação da Capacitação pelo formandos

Lista de Abreviaturas

ACP Países da África, Caraíbas e Pacífico

AECID Agencia Española de Cooperación Internacional para el Desarrollo

BAD Banco Africano de Desenvolvimento

DNIIP Direcção Nacional de Infra-estrutura e Indústria da Pesca

DNPPRP Direcção Nacional das Pescas e Protecção dos Recursos Pesqueiros

ET Equipa Técnica

EUA Estados Unidos da América

FAO Food and Agricultura Organization

IFAD International Fund for Agriculture Development

INIP Instituto Nacional de Investigação Pesqueira

INAIPIT Instituto Nacional de Apoio à Industria Pesqueira e Investigação Tecnológica

IPA Instituto Nacional de Desenvolvimento da Pesca Artesanal e da Aquicultura

OGE Orçamento Geral do Estado

OP

PA

Organização de Produtores

Pesca Artesanal

PIB Produto Interno Bruto

PMU Project Management Unit

PNUD

PPP

United Nations Development Program

Purchasing Power Parity

SNFPA

TdR

Serviço Nacional de Fiscalização Pesqueria e da Aquicultura

Termos de Referência

UE União Europeia

URF

UNHD

Unidade Regional de Facilitação ACP Fish II

United Nations Human Development report

VMS

ZEE

Vessel Monitoring System

Zona Económica Exclusiva

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 5

AGRADECIMENTOS

O Consultor gostaria de agradecer aos Técnicos do Instituto Nacional de Desenvolvimento da

Pesca Artesanal e Aquicultura (IPA) pelo apoio prestado durante a missão, muito em

particular nas saídas de campo para realização do estudo e organização das acções de

capacitação e do workshop final.

Agradecimento especial é devido ao Director do IPA, Dr Nkosi Luyeye, Chefe de

Departamento de Desenvolvimento e Apoio às Comunidades, Sr. António Chaves, e equipa

técnica Sr. António Torres, Sr. Edgar Costa e Sra. Júlia Catarina, bem como do Dr. Pedro

Afonso responsável da estatística, pelo seu directo envolvimento, interesse demonstrado,

disponibilidade e contribuições importantes para o sucesso deste projecto.

Agradece-se ainda ao Sr. Vincent Rodrigues van Halsema, Gestor de Projectos, Sector de

Desenvolvimento Rural da Delegação da União Europeia em Angola, pelo interesse

demonstrado no estudo realizado, apoio e contactos fornecidos bem como pela informação

facultada de projectos financiados pelo BAD e Cooperação Espanhola.

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 6

SUMÁRIO EXECUTIVO

A produção estimada da pesca artesanal em Angola variou entre cerca de 60 a 100 mil

toneladas/ano no período de 2008 a 2012, com cerca de 40% da produção nacional,

representando a província de Luanda um valor de cerca de 21-28% do total, próximo das 15-

20 mil toneladas/ano.

Entre os principais factores que afectam o sector contam-se a deficiente ou inadequada

conservação, manuseamento e técnicas de processamento, bem como a falta de infra-

estruturas de apoio.

Para superar estes problemas, o Governo através do Instituto de Desenvolvimento da Pesca

Artesanal e da Aquicultura (IPA) tem vindo a realizar um grande esforço para melhorar os

padrões de qualidade, carecendo ainda de informações e dados detalhados e confiáveis sobre

a cadeia de abastecimento e principais constrangimentos de mercado.

Desta forma foi realizado o presente projecto implementado pela empresa Ecosphere Lda., no

âmbito do contrato de prestação de serviços N.º SA-4.3-B23 celebrado com o Programa ACP

Fish II e financiado pela União Europeia através do 9º Fundo Europeu de Desenvolvimento.

O projeto contou com a elaboração do estudo sobre a cadeia de abastecimento da PA e

mercados em Luanda, realização de um curto programa de 3 dias de formação, 1 dia para

cada uma das comunidades de Cacuaco, Samba e Ingombota e validação do estudo com um

workshop final.

O estudo integrou a análise e identificação de problemas da actual cadeia de abastecimento e

situação do mercado nos municípios de Cacuaco, Samba e Ingombota, incluindo as técnicas

de conservação, manipulação e processamento de pescado e concluiu com recomendação de

técnicas e medidas viáveis para a respectiva melhoria.

O estudo incluiu visitas aos locais piscatórios de desembarques relevantes em Luanda:

Municípios de Cacuaco (Mercado do Mundial e Barra do Bengo), Ingombota (Casa Lisboa,

Trapalhões, Salga e Chicala) e Samba (Mabunda e Buraco). Em complemento realizou-se

uma pesquisa de mercado através de entrevistas a uma amostra de restaurantes, hotéis e

supermercados já que não existem quaisquer dados de mercado publicados ou registados

devido ao facto da actividade da pesca artesanal e mercados ser totalmente informal.

As actividades do projecto foram implementadas através de um processo participativo, que

englobou os técnicos do IPA. A abordagem usada consistiu na aplicação de uma metodologia

de elevada proactividade com a aquisição e cruzamento de informação proveniente de

entrevistas e contactos com os vários intervenientes no sector.

Participação nas acções de capacitação um total de 63 formandos (14 mulheres e 49 homens),

a qual foi avaliada como "muito bom". Os formandos reconheceram a importância da

formação e dos temas abordados mas considera-se fundamental o desenvolvimento das infra-

estruturas necessárias para que se possam aplicar devidamente as técnicas focadas.

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 7

Conclui-se que os problemas identificados relativamente ao objecto do projecto, suas causas

e soluções, dizem respeito à falta e necessidade de infraestruturas de apoio à descarga e

comercialização do pescado, pelo que sem estas o impacto dos programas de capacitação

sobre boas práticas de higiene e técnicas de conservação, manuseio e processamento de

pescado será diminuto.

Os programas de apoio ao sector da pesca artesanal são afectados em termos de

credibilização pela falta de meios e não consecução de projectos planeados. As estatísticas de

produção da pesca artesanal são também claramente afectadas pela falta de meios, e por

vezes de organização ao nível provincial, que impedem uma recolha de dados de qualidade

para tratamento estatístico adequado.

Recomenda-se também a realização de programas de capacitação sobre boas práticas de

higiene e técnicas de conservação, manuseio e processamento de pescado para pescadores e

peixeiras conforme também indicado pelo estudo realizado, todavia o sucesso destes

dependem efectivamente das necessárias infra-estruturas.

O IPA deverá ser suportado com o fornecimento de meios de forma a cumprir integralmente

com o seu mandato de apoio ao desenvolvimento do sector. Para tal recomenda-se também a

realização dos projectos e intervenções no sector incluindo os anteriormente delineados e

analisados no estudo. Igualmente se recomenda a disponibilização dos meios necessários ao

nível provincial de modo a possibilitar uma boa implementação dos programas de

amostragem e obtenção de dados do IPA.

Para um efectivo desenvolvimento do sector é imperiosa a disponibilização de terrenos e a

construção de infra-estruturas de apoio às descargas e comércio da PA. Para tal é essencial

atender aos seguintes aspectos:

Que os resultados do estudo, validados pela discussão final (workshop final) sejam

tidos em conta na consecução das políticas pelos decisores de topo;

Que os resultados do estudo sejam incorporados nos planos director das pescas, e de

ordenamento que se encontram presentemente em fase de elaboração;

Que as instituições envolvidas, seus técnicos, e agentes da PA e das comunidades

piscatórias relevantes sejam devidamente consultados e/ou esclarecidos antes da

tomada de decisões, isto é quando a sua opinião pode ainda influenciar o processo de

tomada de decisão, designadamente na aprovação dos projectos.

Finalmente, recomenda-se uma atenção ponderada nos riscos identificados pelo estudo de

forma a que estes não venham realmente a impedir a concretização dos objectivos deste

projecto e que o estudo seja tido em consideração pelos decisores políticos na tomada de

decisões para o desenvolvimento do sector da pesca artesanal.

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 8

1. Introdução

O presente projecto Estudo da cadeia de abastecimento das pescas artesanais e mercados na

região de Luanda (doravente designado por projecto) foi realizado pela empresa Ecosphere

Lda., no âmbito do contrato de prestação de serviços N.º SA-4.3-B23 celebrado com o

Programa ACP Fish II e financiado pela União Europeia através do 9º Fundo Europeu de

Desenvolvimento. O projecto, cujo TdR se apresenta no Anexo 1, foi solicitado e identificado

junto do Programa ACP Fish II a pedido do Instituto de Desenvolvimento da Pesca Artesanal

e Aquicultura (IPA) em 2011. A missão de implementação do mesmo decorreu no período de

5 a 29 de Agosto de 2013.

2. Informação de base

A República de Angola tem uma área total de 1.246.700 Km2, uma Zona Económica

Exclusiva (ZEE) de 200 milhas e uma população estimada, em 2013, de cerca de 18,5

milhões com Luanda a conter 5 milhões de pessoas (embora estimativas informais apontem

para valores superiores). A economia do país cresceu a uma taxa impressionante de 17% em

2007, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita é de EUA $ 5,812 (PPP, 2009). No entanto,

Angola é considerado um país de baixo desenvolvimento (UNHD Report 2011), com mais de

50% da população a viver na pobreza extrema, para além de ser ainda caracterizado por um

grande nível de desigualdade. A economia local baseia-se principalmente na exploração do

recurso petróleo (85% do PIB em 2012) e diamantes (5% do PIB). Em 2008, o sector da

agricultura, incluindo pescas (estima-se 3,5% para o PIB), representava cerca 10% do PIB1.

Angola possui uma costa de 1.650 km, e uma plataforma continental de 51.000 km2,

variando de cerca de 10 a 100 km e com uma largura média de cerca de 30 km. A área de

pesca do sul que se estende do Namibe a Benguela é de longe a mais produtiva do país, com

uma abundância de carapau, sardinha, atum e uma variedade de espécies demersais, incluindo

pescada. A zona centro de pesca estende-se de Benguela a Luanda apresentando como

recursos principais sardinhas, carapaus e espécies demersais, como o cachucho, garoupas,

pongo, corvinas, entre outros. A zona norte de pesca estende-se de Luanda a Cabinda

possuindo uma grande densidade de carapaus e sardinhas e uma menor proporção de espécies

demersais.

A produção total das pescas em 2009 foi de 272,263 mil toneladas, principalmente

provenientes da pesca artesanal (42%) e pesca semi-industrial (42%). A produção estimada

da pesca artesanal varia entre cerca de 60 a 100 mil toneladas/ano no período de 2008 a 2012

ao nível nacional, representando a província de Luanda um valor de cerca de 21-28% do

total, próximo das 15-20 mil toneladas/ano. No cômputo nacional 75% dos recursos

capturados são de demersais e pelágicos, distinguindo-se os demersais por constituírem

1 CIA World Fact-Book Angola.

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 9

apenas mais 5% que o total da captura de pelágicos. Os outros recursos, incluem os

crustáceos com estes a representarem 11% da captura total.

Para além da Pesca Artesanal desempenhar um papel de destaque na produção pesqueira de

Angola, esta representa ainda o abastecimento para 35% do consumo interno de pescado. Em

2012, a frota do sector era constituído por cerca de 1800 canoas (23% da frota), 3000 chatas

sem motor e 2700 com motor (respectivamente 38 e 34% da frota) e apenas 376 catrongas -

embarcações cabinadas (5%), de um total de cerca de 7800 embarcações.

O perfil apresentado pelo sector da PA na província de Luanda faz com que esta seja

considerada uma das zonas mais importantes do país com 24% das capturas em 2012 (14.678

t) e 28% dos pescadores registados (7 mil). As Províncias de Luanda e Benguela representam

metade da frota artesanal (respectivamente 23 e 30%), enquanto cada uma das restantes

Províncias litorais se caracterizam por constituírem fatias de 6 a 12% da frota. É todavia, ao

nível da frota motorizada que estas 2 províncias se destacam ainda mais com proporções

respectivamente de 58 e 47%.

Luanda com 130 catrongas possui cerca de 1 terço da frota nacional cabinada e cerca de 1

quarto das chatas com motor, apesar de também possuir ainda 1 quarto das chatas sem motor

e 1 quinto das canoas.

Dentro da província de Luanda, regista-se uma frota de 1800 embarcações, composta de 42%

de embarcações motorizadas, sendo 7% cabinadas. As chatas sem motor representam 40% da

frota e as canoas 18%.

O peixe é parte da dieta tradicional em Angola, todavia a procura não é plenamente satisfeita.

A maioria dos desembarques totais marinhos artesanais são distribuídos em fresco, em gelo

ou não, principalmente em Luanda e nos mercados urbanos. Apenas uma quantidade limitada

das capturas sofre processamento adicional, principalmente salga e secagem em locais

situados sobretudo nas províncias do sul. As atividades relacionadas com o processamento de

peixe e a venda são, tradicionalmente, da responsabilidade das mulheres. A comercialização

do pescado proveniente da pesca artesanal é efectuada através de um mercado totalmente

informal, para o qual não existem qualquer tipo de dados.

Entre os principais factores que afectam o sector contam-se a deficiente ou inadequada

conservação, manuseamento e técnicas de processamento, bem como a falta de infra-

estruturas básicas. Por todas estas razões, a cadeia de abastecimento de pescado ainda é fraca

e não há significativa agregação de valor aos produtos de pesca artesanal quando negociados

nos mercados, para além de existirem perdas pós-captura aparentemente significativas.

Para superar estes problemas, o Governo directamente através do Instituto para o

Desenvolvimento da Pesca Artesanal e da Aquicultura (IPA) realiza um grande esforço para

melhorar os padrões de qualidade, mas carece ainda de informações e dados detalhados e

confiáveis sobre a cadeia de abastecimento e principais constrangimentos de mercado.

Institucionalmente, as Pescas estão sob a alçada da Direcção Nacional das Pescas e Protecção

dos Recursos Pesqueiros (DNPPRP) do Ministério das Pescas, responsável pela elaboração,

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 10

direcção, controle e execução da política da pesca. O DNPPRP é suportado na gestão do

sector, através da Direcção Nacional de Infra-estrutura e Indústria da Pesca (DNIIP),

enquanto que as actividades de monitorização e fiscalização são realizados pelo Serviço

Nacional de Fiscalização Pesqueria e da Aquicultura (SNFPA). O subsector da pesca

artesanal está sob a tutela do IPA, que promove o desenvolvimento da pesca de pequena

escala, enquanto a investigação científica biológica faz parte do mandato do Instituto

Nacional de Investigação Pesqueira (INIP). Por sua vez o Instituto Nacional de Apoio à

Industria Pesqueira e Investigação Tecnológica (INAIPIT) interage com a indústria pesqueira

de processamento dando assistência e formação.

3. Comentários sobre os Termos de Referência

Numa primeira leitura dos Termos de Referência (TdR) estes parecem indicar como resultado

da Consultoria a elaboração de um estudo exaustivo dos mercados de pescado e cadeia de

abastecimento das pescas artesanais.

Dada a alocação de tempo prevista nos TdR e o facto de o projecto prever ainda outras

actividades, como a capacitação, a questão do âmbito do estudo foi discutida com o IPA e a

Unidade Regional de Facilitação ACP FISH II (URF), tendo-se acordado que o resultado da

Consultoria não seria uma análise exaustiva mas sim um estudo que identifique e analise os

principais problemas de abastecimentos da pesca artesanal e respectiva comercialização e que

sirva de orientação para futuros estudos exaustivos, medidas e políticas a implementar, bem

como para a base de futuros projectos para resolução dos constrangimentos que vierem a ser

identificados.

Por outro lado, embora os ToR refiram a análise dos dados de mercados é importante

salientar que não existem quaisquer dados de mercado publicados (nem no Departamento de

Pesquisa de Mercados do Ministério das Pescas, nem no Ministério do Comércio e Instituto

Nacional de Estatística). Todo o mercado da PA, desde o pescador, à distribuição e

consumidor, consiste num mercado totalmente informal. Desta forma, o projecto tentou com

o Pesquisador de Mercados, obter alguns dados primários para ilustrar tendências de

distribuição do pescado da PA, bem como uma tentativa de quantificação das entradas nos

circuitos formais.

4. Abordagem do projecto, Metodologia e Organização

As actividades do projecto foram implementadas através de um processo participativo, que

englobou designadamente, a discussão com os técnicos da forma de recolher informação,

respectiva análise e apresentação de um plano de amostragem para os preços de mercados da

PA, para garantir a capacitação dos funcionários do IPA.

A implementação do projecto consistiu na aplicação de uma abordagem proactiva na

obtenção e cruzamento de informação dos vários intervenientes no sector desde as

instituições governamentais, em particular a experiência dos funcionários do IPA, aos

homens de negócios directamente e indirectamente relacionados com o sector, os pescadores

e peixeiras directamente envolvidas, as Cooperativas e indivíduos não cooperadores, bem

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 11

como os responsáveis de projectos e seus financiadores no desenvolvimento de centros de

apoio às pescas e outros. A abordagem usada tentou aprofundar as questões de foco do estudo

de modo a conseguir-se perceber as causas dos problemas.

A metodologia para o projecto envolveu duas componentes, uma primeira para

desenvolvimento do estudo em causa, uma segunda para implementação da capacitação. Para

o efeito a metodologia aplicada é descrita sumariamente abaixo.

4.1 Estudo

A elaboração do estudo compreendeu as seguintes actividades:

a) Consulta às autoridades competentes no Ministério das Pescas: DNPPRP, IPA, INAIPIT,

INIP, DNIIP na obtenção de informação e dados relevantes;

b) Recolha de informação relevante junto de pescadores, produtores e comerciantes para

obtenção de informação qualitativa relevante para caracterizar e identificar os pontos

fracos da cadeia de valor e abastecimento dos produtos de PA;

c) Realização de visitas de campo nos Municípios de Luanda (anteriormente designado

como Ingombota), de Cacuaco e Belas (ex-Samba) com o apoio da Equipa Técnica (ET)

do IPA.

d) Recolha de informação e identificação dos principais constrangimentos, principalmente

no que diz respeito às técnicas de conservação, manipulação e venda, bem como às infra-

estruturas de apoio à PA e processamento. O foco do trabalho visou alcançar uma

compreensão abrangente dos constrangimentos e restrições da distribuição e

abastecimento do pescado e sua comercialização;

e) O método de obtenção de informações de alta qualidade realizou-se a partir de

informadores-chave ou privilegiados, que forneceram dados qualitativos ou quantitativos

da respectiva actividade. Estes, foram selecionados de acordo com o conhecimento do

sector que fosse transversal às várias actividades existentes ou simplesmente do seu

segmento de actividade. Em geral, são indivíduos reconhecidos como agentes de sucesso

no negócio do sector, líderes na comunidade ou no grupo a que pertencem e/ou possuindo

uma representatividade reconhecida na comunidade ou por via institucional. Desta forma,

foi essencial o conhecimento do IPA dos vários operadores no sector. Para tal considerou-

se que a realização de um entrevista a um elemento importante dentro da cadeia de

distribuição fosse contribuir significativamente para a alta compreensão dos factores que

afetam o fluxo de abastecimentos da pesca artesanal. Incluíram-se nestes agentes os

responsáveis de Cooperativas, Associações e/ou Organizações de Produtores. Em cada

local houve identificação dos informadores chave.

f) Desenvolvimento de uma análise integrada do potencial papel directo e indirecto que

pode ser feito, no futuro, para apoiar a dinâmica e modernização da cadeia de

abastecimento de produtos da pesca e cadeia de valor pelas diferentes instituições

nacionais envolvidas, IPA, INIP, DNIIP e INAIPIT.

O estudo foi efectuado com base nos seguintes pressupostos:

A valorização e dinamização da cadeia de valor inicia-se na garantia da qualidade e da

segurança alimentar (entenda-se requisitos hígio-sanitários) do pescado abastecido

pela PA, exactamente na primeira etapa da cadeia de produção - onde tudo começa de

facto.

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 12

As empresas em Angola operam com abastecimentos de pescado sobretudo da pesca

semi-industrial e industrial. O sector artesanal embora represente uma elevada

percentagem das capturas nacionais é sujeito a uma distribuição muito limitada,

todavia com potencial para aumentar a sua utilização.

Ao dotar-se os locais de descarga e primeira venda da PA dos necessários requisitos

hígio-sanitários e de preservação do pescado potencia-se o abastecimento, não só para

o mercado local como também para uma eventual indústria de exportação, com

potencial reflexo nos rendimentos de aproveitamento das capturas e do seu valor. De

igual maneira, estar-se-á a contribuir para a melhoria dos meios de vida das famílias

dependentes da actividade da pesca, bem como para a garantia alimentar da

população.

Nesta linha de raciocínio, é importante perceber a integração dos vários aspectos:

Desenvolvimento de infra-estruturas de apoio à PA e comercialização de

acordo com os requisitos sanitários;

Aplicação correcta dos requisitos de manuseamento e conservação do pescado

por parte, sobretudo, dos pescadores;

Licenciamento, controlo e monitorização dos agentes envolvidos em relação

aos requisitos sanitários;

Garantia da cadeia de rastreabilidade entre produtores, distribuidores e

processadores, retalhistas / exportadores.

g) Com base na informação recolhida procedeu-se à

Análise da actual cadeia de abastecimento e situação do mercado nas áreas

selecionadas, incluindo as técnicas de conservação, manuseio e processamento de

pescado;

Identificação de problemas que afectam o processamento e sistema de

comercialização;

Identificação de possíveis técnicas e medidas para melhorar o tratamento do

pescado a bordo e nos locais de desembarque e de processamento;

Análise de Pontos fortes, Fraquezas, Oportunidades e análise de Riscos/Ameaças

para o objecto do estudo;

Recomendações para a melhoria da cadeia de abastecimento e para a criação de

infra-estruturas adequadas para a comercialização dos produtos da pesca;

Recomendações para fomentar a ligação entre as fontes de pesca artesanal na

cadeia de valor da transformação e da indústria exportadora.

h) O estudo abrangeu ainda as seguintes matérias:

Funções e responsabilidades dos diferentes intervenientes na cadeia de

abastecimento e de mercado e sua articulação;

Funções e potencial de interação das diversas instituições na melhoria, apoio e

controlo da cadeia de valor da pesca;

Fontes directas e indirectas de informação, uso potencial e tratamento analítico

para apoio futuro do IPA.

i) Pesquisa de Mercados:

Esta componente consistiu na realização de um inquérito aos grandes supermercados,

restaurantes e hotéis para obter dados de mercado, de distribuição e abastecimentos dos

respectivos grupos, principalmente identificando se a fonte de proveniência é a PA.

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 13

j) O estudo foi discutido com o IPA e outras partes interessadas e validado pelo IPA.

A versão preliminar do estudo foi submetida à apreciação do Director do IPA a 25 de Agosto

que no dia seguinte o distribuiu pelos responsáveis técnicos tendo sido discutido

superficialmente antes do workshop.

4.2 Capacitação

A elaboração da componente de capacitação compreendeu as seguintes actividades:

a) Preparação e desenvolvimento de formação:

Observação in loco com recolha fotográfica das práticas de conservação, manipulação e

venda pelos pescadores e peixeiras nos locais de descarga e venda de pescado para uso na

formação.

O modelo de formação elaborado atendeu ao nível de escolaridade dos formandos

(pescadores artesanais, comerciantes e processadores artesanais) com forte incidência

expositiva e figurativa. Os conteúdos incluíram:

Alterações da qualidade após-captura;

Compreensão geral abrangente de segurança alimentar do pescado (aspectos

hígio-sanitários e de perigos nos alimentos de pescado);

Condições mínimas de higiene necessárias a serem implementadas: Práticas de

Higiene inadequadas versus Boas Práticas de Higiene;

Neste âmbito o laboratório de microbiologia do INIP preparou umas placas de

petri com culturas de colónias (coliformes fecais e totais) provenientes de água

contaminada para permitir uma visualização complementar à apresentação digital

feita;

Manuseamento inadequado versus boas práticas de manuseamento e preservação

associadas a alterações na qualidade após-captura, o uso de caixas e outros

equipamentos, a influência das artes de pesca;

Alterações na qualidade após-captura tendo como base os indicadores de

avaliação sensorial.

Alterações da qualidade em resultado do uso de congelação lenta.

b) Na formação realizada utilizaram-se técnicas de formação de adultos seguindo uma

abordagem participativa e dinâmica, utilizando uma metodologia interactiva e pró-activa.

Tentou-se aplicar uma prática elevada recorrendo a elementos fotográficos e

esquemáticos relacionados, com uso experimental de caixas de peixe, equipamento, gelo,

embarcações, desembarques e mercados. Para tal utilizou-se um conjunto selecionado de

fotos para exemplo principalmente de más práticas, obtidas durante as saídas de campo

realizadas, juntamente com uma colecção de fotos privadas de boas práticas

desenvolvidas pelo consultor.

c) Na selecção do local da capacitação atendeu-se ao potencial de facultar as actividades

descritas, tanto quanto possível, bem como da facilidade de deslocação dos participantes.

d) Estrutura adoptada: 3 sessões de formação de 1 dia cada, dirigidas a cada uma das

comunidades alvo do estudo.

5. Organização e Membros da Equipe Técnica

Foi efectuado e acordado com o IPA, na presença do Gestor Regional do ACP Fish II para

Africa Austral, um resumo explicativo do modus operandi pretendido, bem como da versão

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

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preliminar do plano de trabalho previamente apresentado. Foram discutidos e validados pelo

IPA tendo-se elaborado o plano de trabalho final apresentado em Anexo 2, que contém

igualmente a acta da reunião inaugural.

Discutiu-se brevemente os stakeholders existentes para consulta como informadores chave.

Foram discutidas e identificadas as fontes de informação relevantes. Foi também, clarificado

as responsabilidades das autoridades competentes em particular do IPA que descreveu ainda

as actividades e projectos implementados (principalmente os que concernem ao

desenvolvimento de Centros de Pesca e formação de mulheres transformadoras de pescado

seco).

Foi definida a ET que acompanhou os trabalhos da missão, respectivamente:

Departamento de Estudos e Projectos: (António Torres, Júlia Catarina, Inácio

Rangel);

Departamento de Apoio às Comunidades (Cavungo Lombo, Edgar Costa, António

Chaves).

O IPA efectuou o acompanhamento integral da missão, quer na facilitação e

acompanhamento das reuniões e visitas de trabalho quer na organização e logística das

diversas actividades (transporte para as visitas, actividades de capacitação incluindo convite

dos participantes nas acções de formação e no workshop final), contribuindo o projecto para

as despesas de combustível.

O projecto integrou ainda as funções de um Consultor local (Pesquisador de Mercados) para

apoio do Perito Principal, que apenas iniciou funções a 23 de Agosto (6 dias antes da saída do

país do Perito Principal).

6. Execução dos Termos de Referência

A execução dos ToR é apresentada na tabela seguinte:

Tabela 1: Execução do ToR

Actividades Chaves do ToR Execução e Breve Descrição

1 Preparação documental Lista de documentos relevantes consultados apresenta-se no

Anexo 6.

2 Encontro preliminar com

o programa do ACP Fish

II e IPA

Briefing com Unidade Regional de Facilitação ACP Fish II

(URF) para a África Austral e da Administração das Pescas /

IPA;

Briefing com Delegação da União Europeia;

Discussão dos objectivos do projecto com IPA e URF e

concretização da metodologia e plano de trabalho para a tarefa,

validados pelo IPA e URF (Anexo 2).

Realizado em 6/08/2013

3 Pesquisa de Campo para

realização do estudo

As actividades de campo realizaram-se de 12 a 16/08 e incluíram

visitas aos locais piscatórios de desembarques relevantes em

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 15

Luanda - Municípios de:

Cacuaco (Mercado do Mundial e Barra do Bengo);

Ingombota (Casa Lisboa, Trapalhões - Salga e Chicala);

Samba (Mabunda e Buraco).

Contactos com pescadores, produtores e comércio. Visita ao

Centro de Processamento de pescado e Apoio à Pesca de Buraco.

Em preparação das saídas de campo realizou-se uma reunião

geral com elementos das cooperativas no IPA.

Objectivos:

- Recolha de informação e identificação dos problemas e

obstáculos na cadeia de distribuição do pescado.

- Identificação e observação das práticas de preservação,

manuseamento e processamento bem como das infraestruturas

existentes.

Outras reuniões realizadas de 6 a 13/08 para recolha de

informação e documentos relevantes:

DNPPRP; INIP; DNIIP (Direcção; Departamento de

Mercados e Departamento de Inspecção); IPA (Direcção;

Estatísticas e Estudos), DNAIPIT;

Novo Projecto de Apoio ao Sector das Pescas (2013) –

Financiamento do Banco Africano de Desenvolvimento

(BAD) com implementação envolvendo a FAO; Projecto

de Desenvolvimento da Pesca Artesanal – 2010 (BAD).

Listas de reuniões, pessoas contactadas, e itinerário são

apresentados no Anexo 3.

4 Pesquisa de Mercados Entrevistas conduzidas a 70 unidades comerciais das quais 25

restaurantes, 28 hotéis, 5 Cadeias de hipermercados e 12

supermercados. A representação da amostra foi a seguinte:

Restaurantes: 16%; 25 de um total de 157 (Ministério da

Hotelaria e Turismo, Outubro, 2012);

Hotéis: 36%; 28 de um total de 78, Ministério da Hotelaria e

Turismo, Outubro,2012)

Cadeias de Supermercados / Hipermercados: 83%; 5 de 6. Estes

por sua vez possuem mais de 70 casas comerciais, entre

Hipermercados, Supermercados e Minimercados.

Supermercados: 24% (máximo); 17 de mais de 70

estabelecimentos

5 Capacitação 3 Sessões de Formação de grupos de Pescadores / comerciantes /

processadores selecionados com duração de 1dia cada.

Participação:

25 formandos no Cacuaco (20/08/13);

26 formandos no INIP de Ingombota (21/08/2013);

12 formandos no INIP de Samba e Buraco (22/08/2013).

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

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Total de 14 mulheres e 49 homens

Período horário efectivo (10.30 – 17.30h)

Foram distribuídos cópias em papel das apresentações, bem

como em formato digital a quem solicitou.

A logística integrou catering para a respectiva alimentação

durante os cursos.

No Anexo 4 apresentam-se fotografias das actividades.

No Anexo 5 apresenta-se a apresentação usada durante a

capacitação e fornecida em fotocópia aos participantes.

6 Elaboração do Estudo da

Cadeia de Abastecimento

das Pescas Artesanais e

Mercados na Região de

Luanda

Versão preliminar elaborada e fornecida ao IPA para análise e

discussão antes do workshop. Trabalhos de elaboração do estudo

decorreram de 17 a 26/08/2013 e 3-7/09/2013.

O estudo foi desenvolvido de forma a cumprir as seguintes

tarefas e objectivos de acordo com o ToR:

Análise da actual cadeia de abastecimento e situação do

mercado nas áreas selecionadas, incluindo as técnicas de

conservação, manuseio e processamento de pescado;

Identificação de problemas que afectam o processamento e

sistema de comercialização;

Identificação de possíveis técnicas e medidas para melhorar o

tratamento do pescado a bordo e nos locais de desembarque e

de processamento;

Análise de Pontos fortes, Fraquezas, Oportunidades e análise

de Riscos/Ameaças para o objecto do estudo;

Recomendações para a melhoria da cadeia de abastecimento

e para a criação de infra-estruturas adequadas para a

comercialização dos produtos da pesca;

Recomendações para fomentar a ligação entre as fontes de

pesca artesanal na cadeia de valor da transformação e da

indústria exportadora;

Integrou ainda as seguintes matérias:

Funções e responsabilidades dos diferentes intervenientes na

cadeia de abastecimento e de mercado e sua articulação;

Funções e potencial de interação das diversas instituições na

melhoria, apoio e controlo da cadeia de valor da pesca;

Fontes directas e indirectas de informação, uso potencial e

tratamento analítico para apoio futuro do IPA.

No Anexo 4 apresentam-se algumas fotografias das actividades.

7 Seminário Nacional Final Efectuada uma apresentação e discussão aberta do Estudo –

resultados, análise, discussão e recomendações. Com a presença

das seguintes instituições do Ministério das Pescas: IPA, INIP,

DNIIP, SNF; bem como PNUD, Delegação da UE; Cooperativas,

Armadores, Peixeiras e Serviços Provinciais das Pescas tendo

sido, no geral, validado o estudo.

Contou com cobertura da Televisão Pública de Angola

(Telejornal das 20.00 h de dia 27/08) e da Rádio.

Realizado em 27/08/2013 (9.30 – 16.00h)

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

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Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 17

A logística integrou divulgação de nota de imprensa e banner

(conforme Anexo 5) do evento e catering para a respectiva

alimentação durante o evento.

No Anexo 4 apresentam-se fotografias da actividade.

No Anexo 5 apresenta-se a apresentação usada durante o

workshop.

8 Brochura final Foi desenvolvida, discutida e validada a respectiva apresentação,

formato e conteúdos com o IPA. Foram comprados os materiais

para posterior impressão de 200 cópias a realizar pelo IPA, após

Relatório Final aprovado.

Apresentada em anexo do Estudo (Anexo 8)

6.1 Implementação e detalhes de realização

6.1.1 Capacitação

A participação totalizou 63 formandos (14 mulheres e 49 homens):

25 formandos de Cacuaco, formação feita in loco;

26 formandos de Ingombota, formação feita no INIP;

12 formandos de Samba e Buraco, formação feita no INIP.

A implementação da formação não atingiu a meta almejada dos 35 participantes por sessão,

aparentemente pelas seguintes razões:

No caso particular do Cacuaco, em virtude de óbito de um membro querido da

comunidade que dividiu as pessoas quanto a estarem na formação (apesar de

quererem) ou estarem nas obséquias fúnebres;

No caso de Ingombota, embora existisse confirmação de participação de algumas

pessoas estas acabaram por não vir, não se sabendo claramente as razões. Desta

forma, não foi possível convidar atempadamente outras pessoas para preencher as

vagas;

No caso de Samba, onde a falta de pescadores e peixeiras do mercado da Mabunda foi

generalizado, foi dito que as pessoas já não sentem motivação pelas acções de

formação desenvolvidas devido, por um lado ao facto da formação não ser

acompanhada pela implementação de infra-estruturas, e por outro pela formação “ser

sempre o mesmo”. Outra razão reside no facto de algumas pessoas pensarem que a

formação ser o regresso à escola ou de ter um vínculo de obrigatoriedade de

continuação nos restantes dias, o que significa que a mensagem passada pelo IPA e

em particular do agente do Serviço Provincial de Pescas não foi a melhor.

Os resultados da capacitação realizada a Produtores de Pequena Escala em Técnicas de

Produção são apresentados na tabela abaixo.

A avaliação da capacitação obteve uma classificação de muito boa em particular dos

parâmetros referentes ao curso no geral, respectivo balanço, qualidade das apresentações,

aplicação dos tópicos abordados no trabalho, assim como do Formador. Foi observado por

alguns membros de Cooperativa que após terem transmitido na comunidade como a formação

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 18

tinha decorrido, a algumas pessoas que não compareceram estas ficaram arrependidas por

terem faltado e transmitiram a vontade para que se voltasse a organizar novas actividades.

Tabela 2: Avaliação da Capacitação pelo formandos

Critérios de Avaliação

M. Bom (4) Bom (3) Satisfaz (2) Medíocre (1) Cacuaco Ingombota

Samba/ Buraco

Total

Como avalia o curso em geral? 3,9 4,0 3,9 3,9

Os objectivos do curso foram definidos? 3,2 3,7 3,3 3,4

As apresentações foram claras? 3,7 3,9 3,5 3,7

Que balanço faz das apresentações/ discussões? 3,6 3,7 3,1 3,6 Como avalia o Formador Helder Silva?

3,8 4,0 3,6 3,8

Como foi o interesse gerado pelas apresentações? 3,3 3,6 3,1 3,4

Como considera os tópicos abordados aplicáveis ao seu trabalho? 3,4 3,5 3,7 3,5

As suas expectativas foram atingidas? 3,4 3,6 3,2 3,4

O que acha da duração do seminário? 2,9 2,9 3,4 3,0

Como avalia a organização geral (registo, sala, etc.) 3,3 3,5 3 3,3

Como avalia as instalações da formação (sala, alimentação, etc.) 3,5 3,7 3,8 3,6

Avaliação específica das Sessões “Perigos no Pescado” 3,7 3,7 3,5 3,6 “Manuseamento, Conservação e Processamento” 3,4 3,6 3,3 3,4

Nº Formandos participantes 25 26 12 63

Comentários e Sugestões escritos pelos participantes para melhoria da formação:

Os temas foram interessantes para muitos de nós, pois possibilitaram ampliar os

nossos conhecimentos, pela actividade que exercemos;

Que nas próximas formações haja mais tempo, sobretudo dividido por dias ao invés

de um dia;

Deve-se melhorar a forma de organização, para que haja mais aderência de pessoas

e haver também melhores explicações, no tocante às ideias de comercialização do

pescado, como formar fundos de maneio e gerenciamento das embarcações de pesca;

Formação e ou capacitação do género, deve ser realizado mais vezes e com elevado

número de participantes;

Que os organizadores, reunam mais membros, de modo a se expandir o conhecimento

a todos os envolvidos na actividade de pesca artesanal.

Comentários orais transmitidos sobre a formação (repetido por vários participantes e

mesmo com concordância de grupo):

Primeira vez que tiveram uma formação deste tipo e forma. Com transmissão de

elevado nível de entusiasmo e agradecimento;

Grande apreciação e interesse ao tema relativo a perigos em produtos da pesca

(inclusive pelo pessoal do IPA);

Embora já tivessem tido uma abordagem a alguns dos temas em anteriores

formações, desta vez deu para ficar realmente a perceber;

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 19

Gostariam que os companheiros da comunidade pudessem ter acesso a nova

formação nos moldes da realizada e com o formador. Muitas pessoas não vieram por

acharem que a formação seria o mesmo de sempre o que as não motivou de facto.

6.1.2 Workshop Nacional final

O Workshop obteve uma boa e interessante participação tendo chegado a 55 presenças.

Estiveram representados vários responsáveis de alguns departamentos do Ministério das

Pescas, contudo estiveram presentes apenas até ao primeiro intervalo e alguns saíram antes da

circulação da folha de presenças o que fez com que o nº de participantes registado fosse

inferior ao n.º dos que efetivamente participaram.

A representação do pessoal da produção do sector esteve representada com cerca de 35

elementos e acompanharam a apresentação do estudo com grande interesse.

A análise dos resultados, conclusões e recomendações não ofereceu grande discussão, apenas

comentários de concordância e foram solicitados apenas alguns esclarecimentos adicionais.

A discussão algumas vezes extravasou para áreas fora do âmbito do estudo, recaindo em

preocupações legítimas das pessoas relativas ao sector, como por exemplo a entrega de

embarcações, o papel do Ministério, entre outros.

A presença da televisão deu um contributo importante ao dar maior visibilidade ao tema.

Durante o Workshop foram pedidos alguns esclarecimentos quanto ao conteúdo do estudo o

qual foi no geral validado pelos participantes.

7. Discussão e Conclusões

Conclui-se que os problemas identificados relativamente ao objecto do projecto, suas causas

e soluções, dizem respeito à falta e necessidade de infraestruturas de apoio à descarga e

comercialização do pescado, pelo que sem estas o impacto dos programas de capacitação

sobre boas práticas de higiene e técnicas de conservação, manuseio e processamento de

pescado será diminuto.

Conclui-se igualmente que os problemas identificados pelo estudo realizado, suas causas e

medidas propostas são genericamente bem aceites e de forma unânime pelos stakeholders.

Mesmo, a integração de novos conceitos como lotas organizadas, postos de desembarque

avançados são aceites pela generalidade dos intervenientes mas dependem efectivamente das

necessárias infra-estruturas ou de terrenos onde estas possam ser construídas, designadamente

pelas Cooperativas.

Por outro lado os programas de apoio ao sector da PA são afectados em termos de

credibilização pela falta de meios e não consecução de projectos planeados. As estatísticas de

produção da PA são também claramente afectadas pela falta de meios e por vezes de

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 20

organização ao nível provincial que impedem uma recolha de dados de qualidade para

tratamento estatístico adequado.

Conclui-se ainda que os Riscos apontados pelo estudo na análise de fraquezas, pontos fortes,

oportunidades e ameaças, podem vir seriamente a impedir a concretização dos objectivos

deste projecto.

A tudo isto acresce a impotência, abandono e frustração reveladas pelos agentes da produção

e autoridades face à falta das infraesturuturas básicas para a PA e de meios para as

autoridades levarem a cabo as suas funções de controlo, o que dificulta ou inviabiliza

qualquer mudança de atitude necessária à melhoria das práticas e técnicas citadas.

8. Recomendações

Para um efectivo desenvolvimento do sector é imperiosa a disponibilização de terrenos e a

construção de infra-estruturas de apoio às descargas e comércio da PA, Para tal é essencial

atender aos seguintes aspectos:

Que os resultados do estudo, validados pela discussão final (workshop final) sejam

tidos em conta na consecução das políticas pelos decisores de topo;

Que os resultados do estudo sejam incorporados nos planos director das pescas, e de

ordenamento que se encontram presentemente em fase de elaboração;

Que as instituições envolvidas, seus técnicos, e agentes da PA e das comunidades

piscatórias relevantes sejam devidamente consultados e/ou esclarecidos antes da

tomada de decisões, isto é quando a sua opinião pode ainda influenciar o processo de

tomada de decisão, designadamente na aprovação dos projectos.

Recomenda-se seriamente também a realização de programas de capacitação sobre boas

práticas de higiene e técnicas de conservação, manuseio e processamento de pescado para

pescadores e peixeiras conforme também indicado pelo estudo realizado, todavia o sucesso

destes dependem efectivamente das necessárias infra-estruturas ou de espaço territorial onde

possam ser construídas por privados.

O IPA deverá ser suportado com o fornecimento de meios de forma a cumprir integralmente

com o seu mandato de apoio ao desenvolvimento do sector. Para tal recomenda-se também a

realização dos projectos e intervenções no sector incluindo os anteriormente delineados e

analisados no estudo. Igualmente se recomenda a disponibilização dos meios necessários ao

nível provincial de modo a possibilitar uma boa implementação dos programas de

amostragem e obtenção de dados do IPA.

Recomenda-se uma atenção ponderada nos Riscos identificados pelo estudo de forma a que

estes não venham realmente a impedir a concretização dos objectivos deste projecto.

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Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 21

Anexo 1 – TERMOS DE REFERÊNCIAS

TERMS OF REFERENCE

FOR

STUDY ON ARTISANAL FISHERIES SUPPLY CHAIN AND MARKETS IN THE

LUANDA REGION – ANGOLA

SA-4.3-B23

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Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 22

1. BACKGROUND INFORMATION ............................................................................................ 23

1.1 BENEFICIARY COUNTRY ......................................................................................................... 23 1.2 CONTRACTING AUTHORITY .................................................................................................... 23 1.3 RELEVANT COUNTRY BACKGROUND ...................................................................................... 23 1.4 CURRENT STATE OF AFFAIRS IN THE RELEVANT SECTOR ......................................................... 23 1.5 RELATED PROGRAMMES AND OTHER DONOR ACTIVITIES ........................................................ 24

2. OBJECTIVE, PURPOSE & EXPECTED RESULTS .............................................................. 25

2.1 OVERALL OBJECTIVE .............................................................................................................. 25 2.2 PURPOSE ................................................................................................................................. 25 2.3 RESULTS TO BE ACHIEVED BY THE CONSULTANT ................................................................... 25

3. ASSUMPTIONS & RISKS .......................................................................................................... 25

3.1 ASSUMPTIONS UNDERLYING THE PROJECT INTERVENTION ..................................................... 25 3.2 RISKS ...................................................................................................................................... 25

4. SCOPE OF THE WORK ............................................................................................................ 26

4.1 GENERAL ................................................................................................................................ 26 4.2 SPECIFIC ACTIVITIES ............................................................................................................... 27 4.3 PROJECT MANAGEMENT.......................................................................................................... 28

5. LOGISTICS AND TIMING ........................................................................................................ 28

5.1 LOCATION .............................................................................................................................. 28 5.2 COMMENCEMENT DATE & PERIOD OF IMPLEMENTATION ....................................................... 29

6. REQUIREMENTS ....................................................................................................................... 29

6.1 PERSONNEL ............................................................................................................................ 29 6.2 OFFICE ACCOMMODATION ...................................................................................................... 31 6.3 FACILITIES TO BE PROVIDED BY THE CONSULTANT ................................................................ 31 6.4 EQUIPMENT ............................................................................................................................ 31 6.5 INCIDENTAL EXPENDITURE ..................................................................................................... 32 6.6 EXPENDITURE VERIFICATION .................................................................................................. 33

7. REPORTS ..................................................................................................................................... 33

7.1 REPORTING REQUIREMENTS ................................................................................................... 33 7.2 SUBMISSION & APPROVAL OF REPORTS .................................................................................. 34

8. MONITORING AND EVALUATION ....................................................................................... 35

8.1 DEFINITION OF INDICATORS .................................................................................................... 35 8.2 SPECIAL REQUIREMENTS ........................................................................................................ 35

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Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: pg. 23

1. Background INFORMATION

1.1 Beneficiary country

Angola.

1.2 Contracting Authority

ACP FISH II Coordination Unit

36/21 Av. de Tervuren

5th Floor

Brussels 1040, Belgium

Tel.: +32 (0)2.7390060

Fax: +32 (0)2.7390068

1.3 Relevant country background

The Republic of Angola is situated at the Atlantic coast in southern Africa, bordering with Democratic

republic of Congo, Namibia and Zambia. The country has a total area of 1.246.700 Km2, an Exclusive

Economic Zone of 200 miles and a population is estimated at about 18.5 million in 2009. The

country’s economy grew at an impressive rate of 17% in 2007, GDP per capita stands at US$

5.812(PPP2, 2009). However, Angola is considered a low developed country (UNHD Report 2011),

and more than 50% of the population lives in severe poverty and the country is characterised by a big

level of inequality. The local economy relies mainly on natural resources exploitation (oil, gold,

diamonds, forests, agriculture and fisheries). The country is the second major oil producer in Africa

and the sector contributes about 45% to GDP and more than half to exports. The fishing sector is the

third most important economic sector in the country, after oil and the diamond industry, contributing

about 3, 5% to GDP.

The Government of Angola has embarked in a decentralization process since 1999, when the Local

Administration Decree (Law 17/99.) was enacted and in 2007 (Law 2/07) the country moved towards

greater territorial and budget autonomy. Poverty reduction is one of the key priorities for the Angolan

Government. Under this objective , the “Estratégia de Combate à Pobreza - ECP” (Strategy to fight

against Poverty) was approved in 2004, streamlining the main areas of intervention for government

and stakeholders and prioritising the reconstruction of infrastructures, increasing access to education,

health, and other basic services, as well as the decentralization of governance structures.

1.4 Current state of affairs in the relevant sector

Angola has a coastline of 1650 km, and a continental shelf of 51000 km2 varying from about 10 to

100 km and with an average width of about 30 km. The hydrographical regime off Angola is

characterized by the cold northward-flowing Benguela current and the warm south-propagating waters

of the Angola current. The hydrographical condition is believed to be important in determining the

distribution and even the abundance of living marine resources of Angola. Southern fishing zone is by

far the most productive of Angola, with an abundance of horse mackerel, sardines, tunas and a range

of demersal species including hake. The Central fishing zone stretches from Benguela to Luanda and

yield mainly sardinellas, horse mackerel and demersal species. The Northern fishing zone extends

2 Purchase Power Parity

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: pg. 24

from Luanda to Cabinda and has a large density of horse mackerel and sardinellas and a smaller

proportion of demersal species. Some important rivers run through the territory containing several

freshwater species with high value in the local market. Tilapia species are among the most important

and abundant fresh water fish found in Angola. Other species include the catfish (Clarias gariepinus)

and fresh water prawns (Macrobrachuin rosenbergii). The total production in 2009 was 272.263 tons,

mostly form artisanal (42%) and semi industrial fisheries (42%).

Fisheries are mandated to the National Directorate for Fisheries and Protection of the Fisheries

Resources (Direcção Nacional de Pescas e Protecção dos Recursos Pesqueiros – DNPPRP ) of the

Ministry of Fisheries, in charge for elaboration, direction, control and execution of the fisheries policy.

The DNPPRP is supported in the management of the sector by the National Directorate for Fisheries

Infrastructure and Industry (Direcção Nacional de Infra-Estruturas e da Industria Pesqueira).

Monitoring and enforcement activities are carried out by the National Service for Fisheries and

Aquaculture Control (Serviço Nacional de Fiscalização Pequeria e da Aqicultura -SNFPA). The

National Institute for Artisanal Fisheries and Aquaculture (Insituto de Desenvolvimento da Pesca

Artesanal e da Aquicultura –IPA) is the entity who promotes the small scale fisheries development,

while the technological and biological research is part of the mandate of the National Institute for

Fisheries Research (Instituto Nacional de Investigação Pesqueira - INIP).

The more important policy document is the Fisheries Master Plan, aiming at defining the key

management measures for the sector for increasing and improving the production, taking into account

the sustainability of the resources. Angola adopted a new Law on Aquatic Biological Resources (Law

6-A/04) in October 2004, which replaced the previous Legislation on fisheries (Law 20/92). In 2005

the country approved the General Regulation on Fisheries (D.R. n. 70) and the regulations on Fishing

Rights and Licensing (D.R. n 65), Fisheries Research (D.R. n. 66), and Aquaculture (D.R. n. 67).

Artisanal fisheries play a prominent role in Angola fish production and approximately 35% of the

domestic consumption of fish comes from small scale activities. Fishing activities are scattered along

the coast, but Benguela and Luanda provinces have the greatest concentration of artisanal fishing

areas. Artisanal fishers catch mainly demersal species and high-value species like groupers, snappers,

seabreams, croakers and spiny lobster, mostly relying on traditional fishing techniques and gears. The

fishers are usually organized in groups per boat, fishing together and dividing the catch. Fish is part of

the traditional diet in Angola and the demand is not fully met. Most of the total artisanal marine

landings are distributed fresh/on ice mostly in Luanda and in the urban markets. Only a limited catch

undergoes further processing, mainly in salting and drying plants situated in the southern provinces.

Activities relating to fish processing and selling are traditionally the responsibility of women.

Among the major factors affecting the sector are the use of poor or inappropriate conservation,

handling and processing techniques, as well as the lack of basic infrastructures (ports, electricity,

water, telecommunications and financial services). For all these reasons the supply chain is still weak

and there is no significant value-addition to the artisanal fisheries products when traded in the markets.

To overcome such situation, IPA is doing a great effort into improving quality standards but it still

lacks detailed and reliable information and data on the supply chain and market main constraints.

1.5 Related programmes and other donor activities

The Artisanal Fisheries Development Project is funded by African Development Bank and started in

2002. The project aims at increasing the income of artisanal fishers by providing the necessary support

and enabling environment to improve food security while contributing to the reduction of poverty on a

sustainable basis. The project is expected to benefit about 25,000 small-scale fishers and their families

along 10 coastal communities by increasing fish production and improving fish processing and

marketing both in quantity and quality. The main components of the project include: (a) Construction

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Luanda – ANGOLA

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of 10 fishing centres; (b) Credit support service for individual cooperatives in fish production,

processing and marketing; and (c) Capacity building for project staff, institutions and beneficiaries.

2. OBJECTIVE, PURPOSE & EXPECTED RESULTS

2.1 Overall objective

The overall objective of the ACP Fish II Programme is to contribute to the sustainable and equitable

management of fisheries in ACP regions, thus leading to poverty alleviation and improving food

security in ACP States.

2.2 Purpose

The purposes of this project are:

to build capacity of small-scale producers (fishermen, producers and traders) on related

techniques.

to strengthen IPA capacity to study and plan the development of Artisanal Fisheries supply

chain and markets;

2.3 Results to be achieved by the Consultant

The Consultant will achieve the following results as part of this assignment:

A study on the artisanal fisheries supply chain and markets in Luanda province (the Study)

prepared by the Consultant and approved by IPA;

The relevant stakeholders are informed of the results of the study, and

Selected fishermen, traders and processors are trained on fish handling, processing and

marketing techniques.

3. ASSUMPTIONS & RISKS

3.1 Assumptions underlying the project intervention

The main assumptions underlying this contract is that the Fisheries Administration (FA) and other

involved stakeholders from the country (government institutions and private sector) are prepared to

make available all documents, information and data necessary to the consultancy and to allocate

official resources and time to support the Consultant in the implementation of the assignment.

3.2 Risks

The Study will identify a set of actions and measures, which once implemented may imply a change of

behaviour and additional costs for the concerned governmental institutions and the artisanal fishermen

involved. The main risk therefore is that the concerned stakeholders are not willing or able to follow

the recommendation of the Study. To prevent such a risk the participatory approach adopted in the

planning of this intervention will continue throughout the implementation of the assignment, to ensure

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Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: pg. 26

the full ownership by local stakeholders and the development of activities and methodology that are

consistent with the FAs approaches.

4. SCOPE OF THE WORK

4.1 General

4.1.1 Project description

Fisheries production and value chain is made of a series of physical, economic and sociological links,

among producers, traders, consumers and the Administration. The market represents, in this chain, the

physical place and the system where the offer of perishable products meet the demand. It must be

therefore deeply understood in order to know the key issues to be addressed to increase value-adding

in fish products and assure consumers protection. Yet, one of the most serious problems in targeting

development of the Angolan artisanal fisheries sector is the scarcity of information and statistics on

supply chain and market, namely in Luanda Province, which is a very important area, in terms of

catch, landing and consumption. Any intervention by the FA in the development and improvement of

the sector value chain, in the area, must be based on thorough and reliable information.

The assignment aims at supporting the IPA in preparing a study in the informal markets of Luanda

province, identifying appropriate actions to enhance the artisanal fisheries supply chain.

The assignment involves the delivery of technical assistance (TA) to IPA to support elaborating the

study. Following the outcome of the study, the TA team will carry out training on fish handling,

processing and marketing techniques to a selected group of local fishermen. The TA team will be led

by a Fisheries Market Specialist, supported by a Market Researcher.

The study will encompass, but not be limited to, the following topics:

Analysis of current supply chain and market situation in the selected area including the

techniques of conservation, handling and processing of fish and fish products;

Identification of issues that affect the processing and marketing system;

Identification of possible and viable techniques and measures to improve handling of fish on

board and in the landing locations and catch processing; and

Recommendations for the improvement of the supply chain and for the creation of adequate

infrastructures for the marketing of fisheries products;

The project activities should be implemented through a participatory process, to assure capacity

building of the IPA staff. The consultant will develop a working methodology for the participation of

staff in all steps of the process of preparation and formulation of the study under the project.

Following this methodology, technical information on the principles and methods used in the Study

designing and formulation will be shared with the staff.

All the project activities will be carried out in strict coordination and collaboration with the staff of the

IPA, through the establishment of a project Technical Team (TT) to follow up project implementation.

The Consultant must give a full recognition of EC funding, ACP Secretariat’s involvement and

visibility to the ACP Fish II Programme, in all the activities implemented during the project.

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: pg. 27

4.1.2 Geographical area to be covered

The geographical area to be covered by the Study includes the municipalities of Cacuaco, Ingombota

and Samba, in Luanda province, Angola.

4.1.3 Target groups

Target groups of the present project are the staff of IPA, which will be strengthen in their planning and

management capacity as well as selected fishermen, traders and processors.

4.2 Specific activities

4.2.1 Specific activities

The Consultant will undertake the following activities:

i. Inception activities and document analysis

o Briefing by the ACP FISH II Regional Facilitation Unit (URF) for Southern Africa

(SA) and the Fisheries Administration(FA)/IPA and establishment of a project TT to

follow up project implementation;

o Discuss project objectives and agree with the FA/IPA and URF on the methodology

and the work plan for the assignment;

o Collect all relevant background information and documents;

ii. Field visits to the relevant sites and meetings with the concerned national intuitions, private

sector and other relevant entities and stakeholders;

iii. Prepare, in close collaboration with the TT, a first draft of the Study to be discussed with the

IPA and other relevant stakeholders;

iv. Revise the draft as to incorporate comments following the discussion with the IPA and other

relevant stakeholders from the private sector;

v. Present the final draft of the Study to the stakeholders, in a national workshop;

vi. Produce and disseminate a brochure with the main findings of the study;

vii. Identify in collaboration with the TT the selected group of artisanal fishermen to attend the

training sessions on fish handling, processing and marketing techniques; and

viii. Prepare and conduct a training on fish handling, processing and marketing techniques to

small-scale fishermen, traders and processors.

The consultant is in charge of the workshop and the training organisation and logistics (subcontracting

for workshop organisation is allowed). The indicative number of participants to the national workshop

is 50 and the expected duration is 1 day. The indicative number of participants to the training is 35

and the expected duration is 3 days.

The consultant will prepare a report of the workshop, the training and every relevant meeting held.

The consultant will also conduct the evaluation of the training session.

4.2.2 Communication and project visibility

a) ACP FISH II projects should follow the EU requirements and guidelines for communication

and visibility available on the Programme website at http://acpfish2-

eu.org/index.php?page=templates&hl=en. The CU will provide ACP FISH II templates for

various communication products.

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Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: pg. 28

b) When validation workshops (where technical documents are presented to stakeholders for

validation) are needed, given their importance for disseminating the results of the Project and

ACP FISH II Programme, the following activities will be requested:

1) The Consultant will provide all necessary information in press-release style

(“information note”) on the project objectives and results, the activities to undertake,

the main axes or strategic goals proposed and the future role of the beneficiaries.

2) The Fisheries Administrations will receive the information note at least 3 days before

the workshop, through their Government communication/press bodies or officials, in

order to mobilise local media and to assure full coverage of the event. Financial

support to media coverage is included in the “Incidental Expenditure”. Receipt(s) of

the incurred cost for media coverage will be required to verify the costs incurred.

c) The consultant will provide photographic record of the project activities including the national

workshop and the training session.

4.3 Project management

4.3.1 Responsible body

The Coordination Unit (CU) of the ACP Fish II Programme, based in Brussels, on behalf of the ACP

Secretariat is responsible for managing the implementation of this assignment.

4.3.2 Management structure

The ACP Fish II Programme is implemented through the CU in Brussels and six Regional Facilitation

Units (URFs) across the ACP States. The URF in Maputo, Mozambique covering ACP Member States

in Southern Africa Region will closely supervise the implementation of this intervention and equally

monitor its execution pursuant to these Terms of Reference. For the purposes of this assignment, the

ACP Fish II Programme Coordinator will act as the Project Manager.

All contractual communications including requests for contract modifications or changes to the Terms

of Reference during the execution period of the contract must be addressed with a formal request to

the CU and copied to the URF. Beneficiaries’ support for these changes is required.

While the ACP Fish II Regional Manager for SA will be in charge for the overall follow up of project

activities, the TT will assure daily monitoring of project operations. The Consultant should

periodically report on project development to the established TT as per the work plan approved.

4.3.3 Facilities to be provided by the Contracting Authority and/or other parties

Not applicable

5. LOGISTICS AND TIMING

5.1 Location

The place of posting will be Luanda, Angola. The activities will be carried out in Angola. Field visits

in the country will be carried out according to the approved timeline and workplan presented by the

Consultant.

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: pg. 29

5.2 Commencement date & Period of implementation

The intended commencement date of this assignment is 17 June 2013 and the period of

implementation of field activities will be 4 months from the date of signature of the contract. Please

refer to Articles 4 and 5 of the Special Conditions for the actual commencement date and period of

implementation.

6. REQUIREMENTS

6.1 Personnel

6.1.1 Key experts

All experts who have a crucial role in implementing this assignment are referred to as key experts.

Their profiles are described as follows:

Key expert 1: Fish Marketing and Processing specialist

Qualifications and skills

A university degree or equivalent in a closely relevant subject area (e.g. Fisheries Management,

Natural Resources Management, Biology, Geography, Economics, Sociology, etc,);

A high level of proficiency in spoken and written Portuguese and working knowledge of

English.

General professional experience

A minimum of 8 years of experience in marine fisheries management and value chain, with a

focus on small scale fisheries development;

Proven report writing and project management skills.

Specific professional experience

Experience in analysis and drafting of fisheries supply chain and processing (minimum 3

assignments)

Experience in training/capacity building on fish handling and processing (minimum 3

assignments);

Related experience in the sub-region is required and specific experience in Angola will be

considered an advantage;

Experience in carrying out consultancy assignments for the EU or other equivalent international

development partners (minimum 2 assignments);

The indicative number of missions outside the normal place of posting requiring overnights for this

expert is 3.

There will be in-country field visits outside the normal place of posting not requiring overnights for

this expert.

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: pg. 30

Indicative number of working days by expert and task

No. Indicative Task Key

Expert

1

(Days)

1.1 Briefing by ACP Fish II and preparatory activities 2

1.2 Document review 3

1.3 Fieldwork and consultations 4

1.4 Preparation of the Study (draft and final) 7

1.5 Preparation and conduction of national workshop 2

1.6 Preparation and conduction of training sessions 5

1.7 Reporting 3

Total 26

Additional information

a) Key Experts are expected to spend at least 70 % of the total indicative number of working days in

the country(ies)

b) Note that civil servants and other staff of the public administration of the beneficiary country

cannot be recruited as experts, unless prior written approval has been obtained from the European

Commission.

c) The Consultant must complete a timesheet using the ACP Fish II template provided by the CU at

the start of the implementation period. The Consultant is entitled to work a maximum of 6 days per

week. Mobilisation and demobilisation days will not be considered as working days.

6.1.2 Other experts

The Consultant will recruit for a period of 15 days a Market researcher to support the key expert

during the conduction of the assignment. This expert will have the following profile:

Qualifications and skills

A university degree or equivalent in a relevant subject area (e.g. Economics, Social Sciences,

Rural Development, etc);

The expert should have a high level of proficiency in written and spoken Portuguese and

working knowledge of English. Knowledge of local spoken language will be an advantage.

General professional experience

A minimum of 5 years of experience in market research and study preparation in community

development projects;

Proven report-writing skills.

Specific professional experience

Experience in data collection and survey conducting in rural and urban areas in Africa

(minimum of 2 assignments);

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: pg. 31

Knowledge of artisanal fisheries sector and/or pervious working in Angola will be an

advantage.

CVs for experts other than the key experts are not examined prior to the signature of the contract. They

should not be included in tenders.

The Consultant shall select and hire other experts as required according to the profiles identified in

these Terms of Reference. They must indicate clearly which profile they have so it is clear which fee

rate in the budget breakdown will apply. All experts must be independent and free from conflicts of

interest in the responsibilities accorded to them.

The selection procedures used by the Consultant to select these other experts shall be transparent, and

shall be based on pre-defined criteria, including professional qualifications, language skills and work

experience. The findings of the selection panel shall be recorded. The selected experts shall be subject

to approval by the Contracting Authority.

Note that civil servants and other staff of the public administration of the beneficiary country cannot

be recruited as experts, unless prior written approval has been obtained from the European

Commission.

6.1.3 Support staff & backstopping

Backstopping and support staff costs are considered to be included in the fee rates of the experts.

6.2 Office accommodation

The costs of the office accommodation are to be covered by the fee rates of the experts.

6.3 Facilities to be provided by the Consultant

The Consultant shall ensure that experts are adequately supported and equipped (IT and

communication tools and printing services).In particular it shall ensure that there is sufficient

administrative, secretarial and interpreting provision to enable experts to concentrate on their primary

responsibilities. It must also transfer funds as necessary to support its activities under the assignment

and to ensure that its employees are paid regularly and in a timely fashion.

If the Consultant is a consortium, the arrangements should allow for the maximum flexibility in

project implementation. Arrangements offering each consortium member a fixed percentage of the

work to be undertaken under the contract should be avoided.

6.4 Equipment

No equipment is to be purchased on behalf of the Contracting Authority or beneficiary country as part

of this service contract or transferred to the Contracting Authority or beneficiary country at the end of

the contract. Any equipment related to this contract which is to be acquired by the beneficiary country

must be purchased by means of a separate supply tender procedure.

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Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: pg. 32

6.5 Incidental expenditure

The Provision for incidental expenditure covers the ancillary and exceptional eligible expenditure

incurred under this contract. It cannot be used for costs which should be covered by the Consultant as

part of its fee rates, as specified above. Its use is governed by the provisions in the General Conditions

and the notes in Annex V of the contract. It covers among others:

a) KEY EXPERTS

Travel costs and daily subsistence allowances (perdiems) for missions for Key Experts, outside

the normal place of posting, to be undertaken as part of this contract. If applicable, indicate if

the provision includes costs for environmental measures, for example CO2 offsetting.

Travel costs for field visits for the Key Experts (car or boat rental, fuel and domestic flights or

other appropriate means of transport).

Any subsistence allowances to be paid for missions undertaken as part of this contract must not exceed

the per diem rates published on the European Union (EU) website at:

http://ec.europa.eu/europeaid/work/procedures/implementation/per_diems/index_en.htm

b) WORKSHOP/TRAINING/CONSULTATIONS ORGANISATION

The cost of organisation of the National Consultations and Regional Validation Workshop

including cost for venue, communication and media activities, transport (domestic travel or car

or boat rental to/from);

The payment of a lump-sum to participants requiring an overnight stay to cover accommodation

and meals. This lump-sum payment will be up to 200 EUR and must not exceed the published

EU per diem rate for the country;

The payment of a lump sum, up to 30% of the published EU per diem rate for the country, to all

participants not requiring an overnight stay, to cover the cost of transport and meals;

In the two cases above, an attendance list signed by each participant and a separate list stating

that the lump-sum was received (with an indication of the amount) shall be used to justify the

expenditure. The cost of venue (if needed) and lunch for consultations of less than one day

with locally-based participants.

c) FUNDING OF NATIONAL/REGIONAL ADMINISTRATION OFFICERS

ACCOMPANYING KEY EXPERTS ON MISSIONS.

Exceptionally, the cost of flights, accommodation and meals for the representatives of

fisheries administrations or regional fisheries bodies accompanying the Key Experts on

regional or national missions or in-country field visits, under the following conditions:

i) Request of a prior approval to the CU, attaching to this request the declaration issued

by local fisheries administrations or regional fisheries bodies stating that the cost of

this extra activity for their officers cannot be covered given the internal budget

restrictions. The administration should acknowledge, despite this, the need of the

attendance of its officer for an effective project implementation.

ii) The total cost for accommodation and meals based on actual cost (invoices to be

provided) cannot exceed the EU per diem rate for the country.

iii) If private or administration’s means of transport are used by the representatives of

fisheries administrations or regional fisheries bodies accompanying the Key Experts on

regional or national missions, fuel cost will be reimbursed upon receipt of the officer’s

reimbursement request based on distance travelled and local price for fuel per unit. In

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: pg. 33

case of field visits, not requiring overnights, the same procedures apply for meal and

transport costs.

d) TRANSLATION

The cost of translation of the approved Final Technical Report into English.

e) OTHER

The cost of producing communication items, printing charts to be used in training and the

workshop;

The cost of producing a brochure with the main findings of the study (200 copies).

The Provision for incidental expenditure for this contract is 51 544 EUR. This amount must be

included without modification in the Budget breakdown.

6.6 Expenditure verification

The Provision for expenditure verification relates to the fees of the auditor who has been charged with

the expenditure verification of this contract in order to proceed with the payment of further pre-

financing instalments if any and/or interim payments if any.

The Provision for expenditure verification for this contract is 1 500 EUR. This amount must be

included without modification in the Budget breakdown.

This provision cannot be decreased but can be increased during the execution of the contract.

7. REPORTS

7.1 Reporting requirements

Please refer to Article 26 of the General Conditions. There must be a final report, a final invoice and

the financial report accompanied by an expenditure verification report at the end of the period of

implementation of the tasks. The approved Final Technical Report (FTR) must be annexed to the Final

Report (FR). The final report must be submitted to the CU after receiving the approval of the Final

Technical Report (FTR). Note that this final report is additional to any required in Section 4.2 of these

Terms of Reference.

The Final Report (FR) shall consist of a narrative section and a financial section. The financial section

must contain details of the time inputs of the experts, of the incidental expenditure and of the provision

for expenditure verification.

To summarise, the Consultant shall provide the following reports:

Name of report Content Time of submission

Inception Report (IR) Analysis of existing situation and

plan of work for the project (max

10 pgs in length)

No later than 10 days after the

first Expert arriving in the

place of posting for the first

time. This report will be

submitted to the IPA, URF and

CU. Comments, if any, on the

IR must be provided by the

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: pg. 34

IPA, URF and CU within 5

days from receipt.

Draft Final Technical Report

(DFTR)

Description of achievements,

problems encountered,

recommendations and technical

documents (including the Study)

suggested by the consultant. The

report should be prepared in

Portuguese

Within one week after the

experts leaving the country on

conclusion of the assignment.

Comments on the DFTR must

be provided by the URF, CU

and the IPA within 14 days.

Final Technical Report

(FTR)

Description of achievements,

problems encountered,

recommendations and technical

documents (including the Study),

suggested by the consultant,

taking into account changes and

comments from the URF, CU and

the IIP/INAQUA, produced

within 14 days from delivery of

the DFTR. The report should be

prepared in Portuguese

Within 10 days after receiving

comments on the DFTR. If no

comments on the report are

given within the time limit of

14 days, the DFTR shall be

considered as the FTR.

Final Report Short description of

achievements including problems

encountered and

recommendations and

suggestions; together with the

Final Technical Report and a

final invoice and the financial

report accompanied by the

expenditure verification report.

After receiving the approval of

the Final Technical Report

(FTR).

The draft Final Technical Report (DFTR) and the Final Technical Report (FTR), including the draft

and final Study should be prepared in Portuguese. The approved Final Technical Report will be

translated by the Consultant into English.

The formats of technical reports are available on the ACP FISH II web site at http://acpfish2-

eu.org/index.php?page=templates&hl=en.

7.2 Submission & approval of reports

One electronic copy of the reports referred to above must be submitted to the Project Manager

identified in the contract (CU), URF and two copies to the FA. Two hard copies of the approved Final

Technical Report must be submitted to the CU, one hard copy to the URF and two hard copies to the

FA. The Final Technical Report must be written in Portuguese and translated into English. The FR,

indeed, must be written in English. The Project Manager is responsible for approving the reports. The

cost of producing and shipping such material will be included in the fees. The translation is included in

Incidental Expenditure.

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Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: pg. 35

8. MONITORING AND EVALUATION

8.1 Definition of indicators

The results to be achieved by the Consultant are included in Section 2.3 above. Progress to achieving

these results will be measured through the following indicators:

i. Meeting Target Group expectations

ii. Quality of the technical outputs

iii. Quality of the Key Expert(s) fielded

iv. Quality and timeliness of backstopping support from Head Office of the Consultancy

Company

v. Respect of project milestones time schedule and reports time delivery

The Consultant may suggest additional monitoring tools for the contract duration.

8.2 Special requirements

Not applicable.

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Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: pg. 36

Anexo 2 – PLANO DE TRABALHO E ACTA DA REUNIÃO INAUGRAL

Estudo da Cadeia de Abastecimento das Pescas Artesanais e Mercados

na Região de Luanda – Angola (ACP Fish II)

Missão 5 a 29 de Agosto

ACTA DA REUNIÃO DE TRABALHO INAUGRAL & PLANO DE TRABALHO

1. Reunião de trabalho inaugural – IPA, 7/08/2013 das 14 – 15.45h

Foram efectuadas breves apresentações do programa ACP Fish II e do projecto supra-citado.

Foi efectuado um resumo explicativo do modus operandi pretendido, bem como do draft de plano de trabalho previamente apresentado. Foram discutidos e foi obtida concordância por parte do IPA tendo-se elaborado o plano de trabalho final, abaixo apresentado.

Discutiu-se brevemente os stakeholders a consultar e fontes de informação relevantes. Discussão do papel e responsabilidades das autoridades competentes em particular do IPA e actividades realizadas (Centros de Pesca e formação de mulheres transformadoras de pescado seco)

Foi definida a equipa técnica que acompanhará os trabalhos da missão, respectivamente: Departamento de Estudos e Projectos

- António Pedro Torres

- Júlia Catarina

- Inácio Rangel (Responsável de Departamento)

Departamento de Apoio às Comunidades

- Cavungo Lombo

- Edgar Costa

- António Chaves

Foi estabelecido que o IPA fará o acompanhamento integral da missão, quer na facilitação e acompanhamento das reuniões e visitas de trabalho quer na organização e logística das diversas actividades (transporte para as visitas, actividades de formação e workshop final).

Actividades do Plano. Foi estabelecido a melhor forma de operacionalizar as actividades estabelecidas. Desta forma, decidiu-se pela seguinte organização:

o Reuniões institucionais a realizar entre 8 e 9/08 a serem acertadas pelo IPA: Departamento de Infra-estruturas e Mercados; INAIPIT. (tendo já sido realizadas com as reuniões com INIP e DNP)

o Reuniões a organizar com outros doadores e programas: PNUD, BAD, FAO; IFAD. (reunião com Delegação da UE já se realizou a 7/08)

o Visitas de campo a realizar na segunda semana da missão: 1 visita por área (Município) – Cacuaco, Ingombota e Samba 1 visita ao centro de pesca de Buraco, desenvolvido pelo IPA

o Reuniões com Cooperativas e Associações e Distribuidores de pescado relevantes (a marcar para 1 dia no IPA)

o Formação (estipulada para 3 sessões compostas por 35 participantes cada, correspondendo cada uma das sessões a uma das 3 comunidades sobre as quais

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: pg. 37

o estudo incide). 1 sessão de formação com pescadores/vendedores/processadores de pescado organizadas por área (Município) – Cacuaco, Ingombota e Samba. A realizar em cada uma das comunidades conforme instalações disponíveis a identificar e a acertar durante a próxima semana. Possivelmente, realizar-se-ão no INIP as sessões de formação correspondentes às comunidades de Ingombota e Samba. Equacionou-se a colaboração na implementação da formação do INAIPIT, que

será analisado posteriormente em reunião com estes.

o Workshop Nacional (estipulado para 50 participantes). Ficou equacionado a sua realização no auditório do INIP, ficando de identificar-se durante esta semana os respectivos custos de logística na sua organização.

Custos a equacionar: banner, alimentação e transporte dos participantes, impressão de documentos, impressão de brochura final (200 exemplares).

2. Plano de Trabalho Final (missão 5-29/08)

Actividades Calendário

Viagem para Luanda do Consultor

Lisboa - Luanda (chegada a 18.30h) 5 /08

Reuniões preparatórias Reunião de arranque do projecto com IPA e Coordenador do ACP Fish II. Reunião inaugural de trabalho com IPA e presença do Coordenador do ACP Fish II. Reuniões com INIP, DNP e Delegação da UE.

6 e 7 /08

1. Reuniões com

autoridades

Reuniões com INAIPIT, Departamento de Infra-estruturas e mercados. Obtenção de dados de mercado.

8 e 9 /08

2. Preparação de

workshop e formação

Contactos, obtenção de valores de custos para a respectiva organização e logística 8 e 9 /08

3. Reuniões com

doadores e programas

Reuniões com PNUD, FAO, BAD, IFAD Obtenção de informação relevante de outros projectos.

8 e 9 /08

4. Reuniões com Stakeholders

Cooperativas, Associações de Pescadores e Organizações de Produtores, bem como Organizações de Mercado e grande Distribuidor. Análise dos factores relevantes que afectam o fluxo dos abastecimentos e distribuição de pescado. Obtenção de dados de mercado.

Segunda e terceira semanas

5. Saídas de campo Visitas aos locais piscatórios de desembarques relevantes em Luanda - Municípios de Cacuaco, Ingombota e Samba. Pescadores, produtores e comércio. Visita ao Centro de Pesca de Buraco. Objectivos:

Recolha de informação e identificação dos problemas e obstáculos na cadeia de distribuição do pescado.

Identificação e observação das práticas de preservação, manuseamento e processamento bem como das infraestruturas existentes.

Segunda e terceira semanas

Cooperativas, Associações de Pescadores e Organizações de Produtores, bem como Organizações de Mercado (Reunião com todos)

12/08 – 10h.

Cacuaco – Mercado Mundial 13/08 – 7h.

INAIPIT 13/08 – 13h.

Ingombota – Ilha do Cabo, Casa Lisboa, Trapalhões, Chicala 14/08 – 7h.

Samba – Mabunda, Buraco, Copesca, Sr. Selvagem, AJ, GPJ 15/08 – 7h

6. Relatório Inicial Inception Report - Após 10 dias 16 de Agosto

7. Preparação de Workshop e Sessões de Formação

Primeiro draft do Estudo para discussão e validação com IPA (e stakeholders chave);

Draft de brochura;

Identificação dos stakeholders para o Workshop Nacional;

Identificação dos grupos de Pescadores para formação em boas práticas de manuseamento, processamento e comercialização de pescado.

16 de Agosto

8. Formação 3 Sessões de Formação de grupos de Pescadores/comerciantes/processadores seleccionados.

20, 21, 22, de Agosto

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: pg. 38

35 participantes por sessão, de cada comunidade (Cacuaco, Ingombota e Samba) e a realizar em cada comunidade conforme seja possível.

9. Preparação Workshop Preparação apresentação do estudo; Draft do Estudo e Brochura 24 – 26 Agosto

10. Workshop Nacional Apresentação da versão final do Estudo e Brochura: recolha de comentários e opinião dos diferentes stakeholders.

50 participantes (stakeholders) press release e banner relatório do workshop

27 de Agosto

11. Reunião Final Reunião final com IPA – discussão resultados do workshop e validação do estudo e brochura.

28 de Agosto

12. Brochura final Elaboração Brochura final, impressão e disseminação 28 de Agosto

Viagem de regresso a Portugal do Consultor

Luanda – Lisboa (saída 08.00h) 29 de Agosto

13. Relatório Final Relatório – Estudo Final Após 1 semana do regresso

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: pg. 39

Anexo 3 – LISTAGEM DOS ENCONTROS, CONTACTOS E ITINERÁRIO

Data Pessoas Instituição / Cargo

6/08 Leone Tarabusi URF (ACP Fish II)

Nkosi Lukeye IPA – Director

Filomena Velho INIP – Directora

Maria Pedro INIP – Laboratorio

7/08 Vincent Van Halsem Delegação UE – Pescas

Susana Martins Delegação UE – Ambiente

Fernaando Crende Delegação UE – Chefe Sector (Desenvolvimento Rural e Garantia Alimentar

Maria de Lurdes Sardinha DNP- Directora

António Torres IPA – Dept. Estudos e Projecto

Júlia Catarina IPA – Dept. Estudos e Projecto Inácio Rangel IPA – Chefe Dept. Estudos e Projecto Cavungo Lombo IPA – Dept. Apoio às Comunidades

Edgar Costa IPA – Dept. Apoio às Comunidades António Chaves IPA – Chefe Dept. Apoio às Comunidades 8/08 Cidalina Nogueira DNIIP - Directora

Nelson DNIIP – Chefe Dept. Pesquisa de Mercados

9/08 Pedro Afonso IPA – Estatística

Felix Martin BAD – Senior Fisheries Officer

Carlos Neto BAD / IPA – Consultor Local

12/08 João Generoso Cooperativa Barra do Bengo – Cacuaco

Esteves António Cooperativa Kilamba Kiaxi – Cacuaco

Abissai Ningan Associação Aapl – Ingombota

Manuel Lucas Associação Apal – Ingombota

Francisca Chimina Cooperativa Família Chimina – Ingombota

Representante Provincial das Pescas – Ingombota

Coque Representante Provincial Pescas – Samba

13/08 Tungu Silvain INAIPIT – Director Técnico

Esperança INAIPIT

Fernando INAIPIT – Director

14/08 Isabel Peixeira – Ingombota

Luísa Peixeira – Ingombota

Sebastião Coelho Armador Pescador – Ingombota

Claudino Tavares Fábrica de Gelo

15/08 Selvagem Armador / Processador & Produtor de Gelo

São e Quintinha Peixeiras

16/08 Rui Cooperativa Buraco

Esmeralda Cooperativa Buraco

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: pg. 40

Itinerário de actividades e encontros com instituições

Data Actividade Instituição Local

6/08 Reunião URF (ACP Fish II) / IPA Luanda

IPA

INIP Ilha do Cabo

7/08 Reunião Delegação UE Luanda

DNP Ministério das Pescas - Luanda

IPA Luanda

8/08 DNIIP Ministério das Pescas - Luanda

9/08 IPA – Estatística IPA

BAD IPA

12/08 Reunião Cooperativas e Serviços Provinciais de Pesca

IPA

13/08 Saída de Campo Locais de desembarque e mercados

Cacuaco - Mundial e Barra do Bengo Mercado Mundial e Barra

13/08 Reunião INAIPIT Junto ao porto pesqueiro da boavista

14/08 Saída de Campo Locais de desembarque e mercados e fábrica de gelo

Ilha do Cabo - Casa Lisboa, Trapalhões, Chicala

15/08 Saída de Campo Locais de desembarque e mercados e fábrica

Samba – Mabunda

16/08 Saída de Campo Locais de desembarque e processamento

Buraco

19/08 Preparação formação IPA Luanda

20/08 Formação (Cacuaco) Cooperativa Cacuaco Cacuaco

21/08 Formação (Ingombota) INIP Ilha do Cabo

22/08 Formação (Samba) INIP Ilha do Cabo

23/08 Estudo IPA Luanda

26/08 Estudo IPA Luanda

27/08 Workshop Final INIP Ilha do Cabo

28/08 Estudo e Brochura IPA Luanda

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: pg. 41

Anexo 4 – FOTOGRAFIAS DAS ACTIVIDADES REALIZADAS

Capacitação

3 Sessões de Formação de grupos de Pescadores / comerciantes / processadores

seleccionados. Participação:

25 formandos no Cacuaco (20/08/13) na Cooperativa dos Pescadores de Cacuaco;

26 formandos no INIP de Ingombota (21/08/2013) no INIP;

12 formandos no INIP de Samba e Buraco (22/08/2013) no INIP.

Total de 14 mulheres e 49 homens

10.30 – 17.30h

FORMAÇÃO CACUACO

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: pg. 42

FORMAÇÃO NO INIP

GRUPO INGOMBOTA GRUPO SAMBA - BURACO

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: pg. 43

Seminário Final

Apresentação e Discussão aberta do Estudo – resultados, análise, discussão e recomendações.

Com a presença das seguintes instituições do Ministério das Pescas: IPA, INIP, DNIIP, SNF;

bem como PNUD, Delegação da EU; Cooperativas, Armadores, Peixeiras e Serviços

Provinciais das Pescas de Luanda. Contou com transmissão televisa e reportagem da TV

Nacional.

27/08/2013 (9.30 – 16.00h)

SEMINÁRIO FINAL

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: pg. 44

Saídas de Campo

Visitas aos locais piscatórios de desembarques relevantes em Luanda - Municípios de

Cacuaco (Mercado do Mundial e Barra do Bengo), Ingombota (Casa Lisboa, Trapalhões,

Salga e Chicala) e Samba (Mabunda e Buraco).

Visita ao Centro de Processamento de pescado e Apoio à Pesca de Buraco.

Contactos com pescadores, produtores e comércio.

Estas actividades realizaram-se de 12 a 16/08.

Objectivos:

Recolha de informação e identificação dos problemas e obstáculos na cadeia de distribuição

do pescado.

Identificação e observação das práticas de preservação, manuseamento e processamento bem

como das infraestruturas existentes.

Cacuaco - Mundial Ingombota - Trapalhões

Samba – Buraco: Centro de Apoio à PA do Buraco

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: pg. 45

Samba - Mabunda

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: pg. 46

Ingombota – Casa Lisboa

Cacuaco - Mundial

Barra do Bengo Peixeiras Mundial Saída de peixeiras de Cacuaco

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: pg. 47

Anexo 5 – BANNER E NOTA DE IMPRENSA DO WORKSHOP

Nota de Imprensa

SEMINÁRIO NACIONAL PARA APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DO

ESTUDO REALIZADO SOBRE A CADEIA DE ABASTECIMENTO DAS

PESCAS ARTESANAIS E MERCADOS NA REGIÃO DE LUANDA;

VALIDAÇÃO DO ESTUDO; A REALIZAR NO INIP, ILHA DO CABO,

LUANDA, 27 de AGOSTO de 2013.

O IPA, Instituto Nacional de Desenvolvimento da Pesca Artesanal e Aquicultura, com o apoio

financeiro do Programa ACP Fish II da União Europeia (UE) e assistência técnica da

Ecosphere – Consultores em Ambiente e Desenvolvimento de Portugal organizam um

Seminário, que terá lugar no dia 27 de Agosto de 2013, no INIP na Ilha do Cabo, em Luanda,

Angola. O Seminário fará uma apresentação de um estudo realizado durante o mês de Agosto

sobre a cadeia de abastecimento das pescas artesanais e mercados na província de Luanda,

designadamente as áreas de Cacuaco, Ingombota e Samba, e possibilitará a oportunidade de

discussão dos resultados, conclusões e recomendações do estudo. Ao evento participarão as

várias Direcções Nacionais do Ministério das Pescas e respectivos Departamentos, bem como

os representantes das Cooperativas de Pescas de Cacuaco, Ingombota e Samba, bem como

alguns dos seus pescadores e peixeiras.

O Seminário será aberto oficialmente pelo Sr. Director do Instituto da Pesca Artesanal,

contando ainda com a presença da Delegação da UE em Angola.

Em complemento ao Estudo realizado, o projecto integrou também 3 acções de formação

intituladas “Capacitação de Produtores de Pequena Escala em Técnicas de Produção”, sobre

as Boas Práticas de Manuseamento, Conservação, Processamento e Comercialização de

Pescado relacionadas com a qualidade do pescado e respectivos perigos de segurança

alimentar (entenda-se na perspectiva hígio-sanitária dos termo). A capacitação realizada

integrou um total de 105 pescadores e mulheres processadoras e peixeiras provenientes das 3

comunidades foco do estudo.

O perfil apresentado pelo sector da Pesca Artesanal na província de Luanda faz com este seja

considerado uma das zonas mais importantes do país com 24% das capturas em 2012 (14.678

t) e 28% dos pescadores registados (7 mil). As Províncias de Luanda e Benguela representam

metade da frota artesanal (respectivamente, 23 e 30%) enquanto que cada uma das restantes

Províncias litorais caracteriza-se por constituírem fatias de 6 a 12% da frota. É todavia, ao

nível da frota motorizada que estas 2 províncias se destacam ainda mais, com proporções

respectivamente, de 58 e 47%.

Luanda com 130 catrongas possui cerca de 1 terço da frota nacional cabinada e cerca de 1

quarto das chatas com motor, apesar de também possuir ainda 1 quarto das chatas sem motor

e 1 quinto das canoas.

Ao nível da província de Luanda, assiste-se à existência de uma frota composta de 1800

embarcações, com 42% de embarcações motorizadas (das quais 7% destas são cabinadas). As

chatas sem motor representam ainda 40% da frota e as canoas 18%.

Entre os principais factores que afectam o sector contam-se a deficiente ou inadequada

conservação, manuseamento e técnicas de processamento, bem como a falta de infra-

estruturas de apoio às actividades (acessos, portos, electricidade, câmaras de conservação,

água, principalmente água limpa e/ou potável).

O Programa ACP Fish II, apoiando esta iniciativa, é um programa de 30 milhões de euros

financiado pelo 9o Fundo Europeu de Desenvolvimento (FED) da União Europeia cujo

objetivo é reforçar a capacidade de gestão das pescarias em 79 países de África, Caraíbas, e

Pacifico (ACP). Na região da África Austral o Programa - com um orçamento de 3 milhões de

euros – tem contribuído à implementação da estratégia das Pescas do SADC com uma série de

estudos para identificar os passos necessários para a instalação e estabelecimento do Centro

Regional de Monitorização, Controlo e Vigilância das Pescas em Moçambique, analisando os

aspectos relacionados à estrutura institucional/legal do Centro, assim como, à sua gestão

financeira e sustentabilidade. O Programa também contribuiu à melhoria do quadro

institucional das pescas em alguns países da região, apoiando a revisão das políticas e

estratégias de pescas e a elaboração de planos de gestão sectoriais. Em Angola a ACP Fish II

encontra-se também a dar apoio a um projecto relativo ao desenvolvimento de um Plano de

Gestão da Pescaria do Carapau com o Instituto Nacional de Investigação das Pescas.

O seminário terá lugar no anfiteatro do INIP, na Ilha do Cabo em Luanda no dia 27 de

Agosto de 2013.

Para mais informações acerca do seminário por favor contactar o Sr. Helder Silva –

[email protected] Tel: +244 915245241.

Par mais informação acerca do programa ACP FISH II para Africa Austral:

http://www.acpfish2-eu.org/. Contactar : Leone Tarabusi, Gestor Regional Africa Austral -

ACP Fish II, email: [email protected], Tel/Fax +258 21302769, Cell +258

824024972

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

---------------------

Este programa e financiado pela União Europeia

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: pg. 50

Anexo 6 – LISTA DE DOCUMENTAÇÃO CONSULTADA

Lista de documentação consultada:

Decreto 41/05 de 13 de Junho “Regulamento Geral das Pescas” Diário da Républica Série I

Nº 52

Decreto 40/06 de 30 de Junho “Regulamento dos Requisitos Higio-Sanitários dos Produtos de

Pesca e Aquacultura, Série I N.º 79

Decreto Presidencial 226/2012 de 3 de Dezembro – que aprova o Estatuto Orgânico do

Ministério das Pescas, Série I N.º 230

Lei 6-A/2004 de 8 de Outubro “Lei dos Recursos Aquáticos Biológicos” Diário da Républica

Série I Nº 81

ADB – ADF, (2013); Fisheries Sector Support Project: Angola – Appraisal Report.

ADB – ADF, (2013); Artisanal Fisheries Development Project - Completion Report of

Project P-AO-AOO-002, OSAN.

Ambrosio, L. e Ruiz, E., (2012); Avaliação Estratégica das intervenções financiadas pela

AECID em Angola no sector das pescas - Relatório final, Probitec, Agencia Española de

Cooperación Internacional para el Desarrollo.

IPA, (s/d); Relatório Técnico nº17 (draft não publicado); Controlo Estatístico das Capturas e

Esforço de Pesca Artesanal Marítima e Continental para 2012, IPA,.

IPA, (2010); Relatório Técnico nº15, (2010); Controlo Estatístico das Capturas e do Esforço

de Pesca do Subsector Artesanal para 2010.

Nicolau, M. P., (s/d); Estudo de Alguns Indicadores Microbiológicos do Pescado Fresco

Comercializado na Mabunda (Praia da Samba), Apresentação no âmbito de Tese de Mestrado

– Jornadas Científicas do INIP.

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: pg. 51

Anexo 7 – MATERIAL DA CAPACITAÇÃO E WORKSHOP

Módulo de formação - apresentação powerpoint utilizada durante a formação:

FORMAÇÃO.pdf

Apresentação realizada em powerpoint no Workshop final para apresentação e discussão do Estudo.

ESTUDO.pdf

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: pg. 52

Anexo 8 – LISTA DE PARTICIPANTES CAPACITAÇÃO E WORKSHOP

Ver Ficheiro Anexos

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: pg. 53

Anexo 9 – RELATÓRIO PRELIMINAR

"Reforço da Gestão das Pescarias nos Países

da ACP"

Projecto Financiado pela União Europeia.

“Esta publicação foi produzida com a assistência da União Europeia. Os conteúdos da presente publicação são da responsabilidade exclusiva de ”nome do autor” e não poderão de forma alguma serem considerados para refletir as visões da União Europeia.”

“O conteúdo deste documento não reflecte necessariamente as visões dos relativos governos”

Relatório Preliminar

ESTUDO DA CADEIA DE ABASTECIMENTO DAS PESCA ARTESANAIS E

MERCADOS NA REGIÃO DE LUANDA – ANGOLA

Projeto ref. N° SA-4.3-B23

Angola

16 de Agosto, 2013

Um projeto implementado por:

"Reforço da Gestão das Pescarias nos Países

da ACP"

Projecto Financiado pela União Europeia.

“Esta publicação foi produzida com a assistência da União Europeia. Os conteúdos da presente publicação são da responsabilidade exclusiva de ”nome do autor” e não poderão de forma alguma serem considerados para refletir as visões da União Europeia.”

“O conteúdo deste documento não reflecte necessariamente as visões dos relativos governos”

Relatório Preliminar

ESTUDO DA CADEIA DE ABASTECIMENTO DAS PESCA ARTESANAIS E

MERCADOS NA REGIÃO DE LUANDA – ANGOLA

Projeto ref. N° SA-4.3-B23

Angola

16 de Agosto, 2013

Um projeto implementado por:

HELDER SILVA

"Reforço da Gestão das Pescarias nos Países

da ACP"

Projecto Financiado pela União Europeia.

“Esta publicação foi produzida com a assistência da União Europeia. Os conteúdos da presente publicação são da responsabilidade exclusiva de ”nome do autor” e não poderão de forma alguma serem considerados para refletir as visões da União Europeia.”

“O conteúdo deste documento não reflecte necessariamente as visões dos relativos governos”

Índice 1. INFORMAÇÃO DE BASE ........................................................................................................... 57 2. COMENTÁRIOS SOBRE OS TERMOS DE REFERÊNCIA ............................................................ 58 3. ABORDAGEM DO PROJECTO (METODOLOGIA) ...................................................................... 59 4. ORGANIZAÇÃO E MEMBROS DA EQUIPE TÉCNICA ............................................................... 61 5. PLANO DE TRABALHO PROPOSTO (INCLUINDO PLANO DE VIAGEM DOS PERITOS) .............. 62 6. RESULTADOS DA REVISÃO DOCUMENTAL E CONSULTAS ..................................................... 63 7. ASSUNTOS IMPORTANTES A SEREM APRESENTADOS/RESOLVIDOS (SE EXISTIREM) ........... 65 8. RELATÓRIO FINANCEIRO (BREVE, SE REQUERIDO) .............................................................. 66 9. ANÁLISE DE RESULTADOS PRELIMINARES ............................................................................... 66

ANEXOS .................................................................................... ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED. ANEXO 1 – TERMO DE REFERÊNCIAS ...................................................................................... 69 ANEXO 2 – PLANO DE TRABALHO E ACTA DA REUNIÃO INAUGRAL .............................. 82 ANEXO 3 – QUESTIONÁRIO – CHECKLIST ............................................................................... 85 ANEXO 4 - CARACTERIZAÇÃO DO SECTOR DA PESCA ARTESANAL ............................... 87 ANEXO 5 – LISTAGEM DOS ENCONTROS E CONTACTOS .................................................... 92

Lista de Abreviaturas

ACP Países da África, Caraíbas e Pacífico

AECID Agencia Española de Cooperación Internacional para el Desarrollo

BAD Banco Africano de Desenvolvimento

DNIIP Direcção Nacional de Infra-estrutura e Indústria da Pesca

DNPPRP Direcção Nacional das Pescas e Protecção dos Recursos Pesqueiros

ET Equipa Técnica

EUA Estados Unidos da América

FAO Food and Agricultura Organization

IFAD International Fund for Agriculture Development

INIP Instituto Nacional de Investigação Pesqueira

INAIPIT Instituto Nacional de Apoio à Industria Pesqueira e Investigação Tecnológica

IPA Instituto Nacional de Desenvolvimento da Pesca Artesanal e da Aquicultura

OGE Orçamento Geral do Estado

PA Pesca Artesanal

PIB Produto Interno Bruto

PMU Project Management Unit

PNUD

PPP

United Nations Development Program

Purchasing Power Parity

URF Unidade Regional de Facilitação ACP FISH II

SNFPA

TdR

Serviço Nacional de Fiscalização Pesqueria e da Aquicultura

Termos de Referência

UE União Europeia

UNHD United Nations Human Development report

VMS

ZEE

Vessel Monitoring System

Zona Económica Exclusiva

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 57

9. Informação de base

A República de Angola tem uma área total de 1.246.700 Km2, uma Zona Económica

Exclusiva (ZEE) de 200 milhas e uma população estimada, em 2009, de cerca de 18,5

milhões. A economia do país cresceu a uma taxa impressionante de 17% em 2007, o Produto

Interno Bruto (PIB) per capita é de EUA $ 5,812 (PPP, 2009). No entanto, Angola é

considerado um país de baixo desenvolvimento (UNHD Report 2011), com mais de 50% da

população a viver na pobreza extrema, para além de ser ainda caracterizado por um grande

nível de desigualdade. A economia local baseia-se principalmente na exploração do recurso

petróleo (85% do PIB em 2012) e diamantes (5% do PIB). Em 2008, o sector da agricultura,

incluindo pescas (estima-se 3,5% para o PIB), representava cerca 10% do PIB3.

Angola possui uma costa de 1.650 km, e uma plataforma continental de 51.000 km2,

variando de cerca de 10 a 100 km e com uma largura média de cerca de 30 km. A área de

pesca do sul que se estende do Namibe a Benguela é de longe a mais produtiva do país, com

uma abundância de carapau, sardinha, atum e uma variedade de espécies demersais, incluindo

pescada. A zona centro de pesca estende-se de Benguela a Luanda e apresentando como

recursos principais sardinhas, carapaus e espécies demersais, como o cachucho, garoupas,

pongo, entre outros. A zona norte de pesca estende-se de Luanda a Cabinda possuindo uma

grande densidade de carapaus e sardinhas e uma menor proporção de espécies demersais.

A produção total das pescas em 2009 foi de 272,263 mil toneladas, principalmente

provenientes da pescas artesanal (42%) e pesca semi-industrial (42%). Para além da Pesca

Artesanal desempenhar um papel de destaque na produção pesqueira de Angola, esta

representa ainda o abastecimento para 35% do consumo interno de pescado.

As actividades de pesca artesanal estão distribuídas ao longo de toda a costa, mas Benguela e

Luanda são as províncias com maior concentração de áreas de pesca artesanal. Os pescadores

artesanais capturam espécies demersais e, principalmente, espécies de alto valor como

garoupas, pargos, sargos, corvinas e lagosta espinhosa, principalmente usando técnicas e artes

de pesca tradicionais. Os pescadores organizam-se normalmente em grupos por barco

dividindo a captura. O peixe é parte da dieta tradicional em Angola, todavia a procura não é

plenamente satisfeita. A maioria dos desembarques totais marinhos artesanais são

distribuídos em fresco, em gelo ou não, principalmente em Luanda e nos mercados urbanos.

Apenas uma quantidade limitada das capturas sofre processamento adicional, principalmente

salga e secagem em locais situados sobretudo nas províncias do sul. As atividades

relacionadas com o processamento de peixe e a venda são, tradicionalmente, da

responsabilidade das mulheres.

Entre os principais factores que afectam o sector contam-se a deficiente ou inadequada

conservação, manuseamento e técnicas de processamento, bem como a falta de infra-

estruturas básicas (acessos, portos, electricidade, água, principalmente água limpa e/ou

potável, telecomunicações e serviços financeiros). Por todas estas razões, a cadeia de

abastecimento de pescado ainda é fraca e não há significativa agregação de valor aos

3 CIA World Fact-Book Angola.

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 58

produtos de pesca artesanal quando negociados nos mercados, para além de existirem perdas

pós-captura aparentemente significativas.

Para superar estes problemas, o Governo directamente através do Instituto para o

Desenvolvimento da Pesca Artesanal e da Aquicultura (IPA) realiza um grande esforço para

melhorar os padrões de qualidade, mas carece ainda de informações e dados detalhados e

confiáveis sobre a cadeia de abastecimento e principais constrangimentos de mercado.

Institucionalmente, as Pescas estão sob a alçada da Direcção Nacional das Pescas e Protecção

dos Recursos Pesqueiros (DNPPRP) do Ministério das Pescas, responsável pela elaboração,

direcção, controle e execução da política da pesca. O DNPPRP é suportado na gestão do

sector, através da Direcção Nacional de Infra-estrutura e Indústria da Pesca (DNIIP),

enquanto que as actividades de monitorização e fiscalização são realizados pelo Serviço

Nacional de Fiscalização Pesqueria e da Aquicultura (SNFPA). O subsector da pesca

artesanal está sob a tutela do IPA, que promove o desenvolvimento da pesca de pequena

escala, enquanto a investigação científica biológica faz parte do mandato do Instituto

Nacional de Investigação Pesqueira (INIP). Por sua vez o Instituto Nacional de Apoio à

Industria Pesqueira e Investigação Tecnológica (INAIPIT) interage com a indústria pesqueira

de processamento dando assistência e formação.

10. Comentários sobre os Termos de Referência

Numa primeira leitura dos Termos de Referência (TdR) estes parecem indicar como resultado

da Consultoria a elaboração de um estudo exaustivo dos mercados de pescado e cadeia de

abastecimento das pescas artesanais.

Dada a alocação de tempo prevista nos TdR e o facto de o projecto prever ainda outras

actividades, como a capacitação, a questão do âmbito do estudo foi discutida com o IPA e a

Unidade Regional de Facilitação ACP FISH II (URF), tendo-se acordado que o resultado da

Consultoria não será uma análise exaustiva mas sim um estudo que identifique e analise os

principais problemas de abastecimentos da pesca artesanal e respectiva comercialização e que

sirva de orientação para futuros estudos exaustivos, medidas e políticas a implementar, bem

como para a base de futuros projectos para resolução dos contrangimentos que vierem a ser

identificados.

O estudo integrará, entre outros, os seguintes tópicos:

Análise da actual cadeia de abastecimento e situação do mercado na área

selecionada, incluindo as técnicas de conservação, manipulação e processamento

de pescado;

Identificação de problemas que afectam o processamento e sistema de

comercialização;

Identificação de técnicas e medidas viáveis para melhorar o tratamento do

pescado a bordo e nos locais de desembarque e de processamento;

Recomendações para a melhoria da cadeia de abastecimento e para a criação de

infra-estruturas adequadas para a comercialização dos produtos da pesca.

As actividades do projecto serão ainda implementadas através de um processo participativo,

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 59

que englobará designadamente, a discussão com os técnicos da forma de recolher informação,

respectiva análise e apresentação de um plano de amostragem para os preços de mercados da

PA, para garantir a capacitação dos funcionários do IPA.

11. Abordagem do projecto (metodologia)

A metodologia para o projecto envolve duas componentes, uma primeira para

desenvolvimento do estudo em causa, uma segunda para implementação da capacitação. Para

o efeito é proposta metodologia que se descreve sumariamente abaixo:

11.1 Estudo

A elaboração do estudo compreende as seguintes actividades:

k) Consulta às autoridades competentes no Ministério das Pescas: DNPPRP, IPA, INAIPIT,

INIP, DNIIP na obtenção de informação e dados relevantes;

l) Recolha de informação relevante junto de pescadores, produtores e comerciantes, através

de questionário pré-definido (Ver Anexo 3) para compilação de informação qualitativa

relevante. Pretende-se desta forma caracterizar e identificar os pontos fracos da cadeia de

valor e abastecimento dos produtos de pesca artesanal;

m) Realização de visitas de campo para aplicação do questionário nos Municípios de Luanda

(anteriormente designado como Ingombota), de Cacuaco e Belas (ex-Samba) com o apoio

da Equipa Técnica (ET) do IPA. Estas visitas visam recolher informações e identificar os

principais constrangimentos, principalmente no que diz respeito às técnicas de

conservação, manipulação e venda, bem como às infra-estruturas de apoio à pesca

artesanal e processamento. O foco do trabalho visa alcançar uma compreensão abrangente

dos constrangimentos e restrições da distribuição e abastecimento do pescado e sua

comercialização;

n) O método de obtenção de informações de alta qualidade realiza-se a partir de

informadores-chave ou privilegiados, que fornecem dados qualitativos ou quantitativos da

respectiva actividade. Estes, podem ser conhecedores do sector de forma transversal às

várias actividades existentes ou simplesmente do seu segmento de actividade. Em geral,

são indivíduos reconhecidos como agentes de sucesso no negócio do sector, líderes na

comunidade ou no grupo a que pertencem e/ou possuindo uma representatividade

reconhecida na comunidade ou por via institucional. Desta forma, será essencial o

conhecimento do IPA dos vários operadores no sector. Para tal considera-se que a

realização de um entrevista a um elemento importante dentro da cadeia de distribuição

pode contribuir significativamente para a alta compreensão dos factores que afetam o

fluxo de abastecimentos da pesca artesanal. Incluem-se nestes agentes os responsáveis de

Cooperativas, Associações e/ou Organizações de Produtores;

o) Identificação dos informadores chave em cada local.

p) Desenvolvimento de uma análise integrada do potencial papel directo e indirecto que

pode ser feito, no futuro, para apoiar a dinâmica e modernização da cadeia de

abastecimento de produtos da pesca e cadeia de valor pelas diferentes instituições

nacionais envolvidas, IPA, INIP, DNIIP e INAIPIT.

O Estudo será elaborado com base nos seguintes pressupostos:

A valorização e dinamização da cadeia de valor inicia-se na garantia da qualidade e da

segurança alimentar (entenda-se requisitos hígio-sanitários) do pescado abastecido

pela pesca artesanal, exactamente na primeira etapa da cadeia de produção - onde tudo

começa de facto;

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 60

As empresas em Angola operam com abastecimentos de pescado sobretudo da pesca

semi-industrial e industrial. O sector artesanal, embora represente uma elevada

percentagem das capturas nacionais, tem uma distribuição muito limitada, todavia

com potencial para aumentar a sua utilização;

Ao dotar-se a pesca artesanal, e locais de descarga e primeira venda, dos necessários

requisitos hígio-sanitários e de preservação do pescado potencia-se o abastecimento,

não só para o mercado local como também para uma eventual indústria de exportação,

com potencial reflexo nos rendimentos de aproveitamento das capturas e do seu valor.

De igual maneira estar-se-á a contribuir para a melhoria dos meios de vida das

famílias dependentes da actividade da pesca, bem como para o reforço alimentar da

população;

Nesta linha de raciocínio, é importante perceber a integração dos vários aspectos:

- desenvolvimento de infra-estruturas de apoio à pesca artesanal e comercialização de acordo

com os requisitos sanitários, designadamente:

- aplicação correcta dos requisitos de manuseamento e conservação do pescado por parte,

sobretudo, dos pescadores;

- licenciamento, controlo e monitorização dos agentes envolvidos em relação aos requisitos

sanitários.

- garantia da cadeia de rastreabilidade entre produtores, distribuidores e processadores,

retalhistas / exportadores.

Aparentemente, tem-se que o INIP tenha no passado efectuado alguns projetos

relacionados com a melhoria do processamento do pescado artesanal, o INAIPIT

tenha e tem apoiado o desenvolvimento industrial, a Inspecção do Pescado (agora no

DNIIP) responsável pela inspecção, licenciamento sanitário e controlo de todas as

empresas da cadeia de valor da pesca (produtores, grossistas e retalhistas,

processamento, exportadores e importadores), tenha cingido a sua actividade

principalmente para a exportação. Nenhum tem dado assim, um foco adequado sobre

a qualidade e segurança alimentar do pescado na primeira etapa da cadeia de

produção, registando-se assim uma lacuna crucial para desenvolvimento dos

mercados de pescado.

q) Com base na informação recolhida efectuar-se-á:

Análise da actual cadeia de abastecimento e situação do mercado nas áreas

selecionadas, incluindo as técnicas de conservação, manuseio e processamento de

pescado;

Identificação de problemas que afectam o processamento e sistema de

comercialização;

Identificação de possíveis técnicas e medidas para melhorar o tratamento do

pescado a bordo e nos locais de desembarque e de processamento;

Análise de Pontos fortes, Fraquezas, Oportunidades e análise de Riscos/Ameaças

para o objecto do estudo;

Recomendações para a melhoria da cadeia de abastecimento e para a criação de

infra-estruturas adequadas para a comercialização dos produtos da pesca;

Recomendações para fomentar a ligação entre as fontes de pesca artesanal na

cadeia de valor da transformação e da indústria exportadora;

r) O estudo abrangerá ainda as seguintes matérias:

Funções e responsabilidades dos diferentes intervenientes na cadeia de

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 61

abastecimento e de mercado e sua articulação;

Funções e potencial de interação das diversas instituições na melhoria, apoio e

controlo da cadeia de valor da pesca;

Fontes directas e indirectas de informação, uso potencial e tratamento analítico

para apoio futuro do IPA.

s) O estudo será discutido com IPA e outras partes interessadas e validado pelo IPA.

11.2 Capacitação

A elaboração componente de capacitação compreende as seguintes actividades:

t) Preparação e desenvolvimento de formação:

O modelo de formação será elaborado atendendo ao nível de escolaridade dos formandos

(pescadores artesanais, comerciantes e processadores artesanais). Os conteúdos incluem:

Alterações da qualidade após-captura;

Compreensão geral abrangente de segurança alimentar do pescado;

Condições mínimas de higiene necessárias a serem implementadas: Práticas de

Higiene inadequadas versus Boas Práticas de Higiene;

Manuseamento inadequado versus boas práticas de manuseamento e preservação

associadas a alterações na qualidade após-captura, o uso de caixas e outros

equipamentos serão mostrados (caso as condições permitam tal atividade);

Alterações na qualidade após-captura com base na avaliação sensorial prática de

pescado (se as condições permitam tal atividade).

u) Na formação a realizar utilizar-se-ão técnicas de formação de adultos seguindo uma

abordagem participativa e dinâmica, utilizando uma metodologia interactiva e pró-activa.

Tentar-se-á aplicar uma prática elevada, com uso experimental de caixas de peixe,

equipamento, gelo e também pescado para avaliação das alterações de frescura, ou por

utilização de um conjunto selecionado de fotos para exemplo de boas e más práticas. Na

selecção do local da capacitação atender-se-à ao potencial de facultar as actividades

descritas, tanto quanto possível.

v) Estrutura proposta: 3 sessões de formação de 1 dia cada, dirigidas a cada uma das

comunidades alvo do estudo para 35 formandos cada, totalizando 105 participantes.

12. Organização e Membros da Equipe Técnica

Foi efectuado com o IPA, na presença do Gestor Regional para Africa Austral , um resumo

explicativo do modus operandi pretendido, bem como do draft de plano de trabalho

previamente apresentado. Foram discutidos e validados pelo IPA tendo-se elaborado o plano

de trabalho final, abaixo apresentado.

Discutiu-se brevemente os stakeholders existentes para consulta como informadores chave.

Foram discutidas e identificadas as fontes de informação relevantes. Foi também, clarificado

as responsabilidades das autoridades competentes em particular do IPA que descreveu ainda

as actividades e projectos implementados (principalmente os que concernem ao

desenvolvimento de Centros de Pesca e formação de mulheres transformadoras de pescado

seco).

Foi definida a ET que acompanhará os trabalhos da missão, respectivamente:

Departamento de Estudos e Projectos: (António Torres, Júlia Catarina, Inácio

Rangel);

Departamento de Apoio às Comunidades (Cavungo Lombo, Edgar Costa, António

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 62

Chaves).

Foi acordado que o IPA fará o acompanhamento integral da missão, quer na facilitação e

acompanhamento das reuniões e visitas de trabalho quer na organização e logística das

diversas actividades (transporte para as visitas, actividades de capacitação incluindo convite

dos participantes nas acções de formação e no workshop final), contribuindo o projecto para

as despesas de combustível.

Foi acordado o modus operandi do projecto que se descreve em mais detalhe no ponto 5

abaixo.

Actividades de organização realizadas na iniciação do projecto:

Briefing com Unidade Regional de Facilitação ACP Fish II (URF) para a África

Austral e da Administração das Pescas / IPA;

Briefing com Delegação da União Europeia;

Discussão dos objectivos do projeto com IPA e URF e concretização da metodologia

e plano de trabalho para a tarefa, validados pelo IPA e URF;

Consultor local (Pesquisador de Mercados) para apoio do Perito ainda não iniciou funções,

aguardando-se confirmação da selecção pelo PMU (ACP Fish II).

13. Plano de trabalho proposto (incluindo plano de viagem dos peritos) O Plano de trabalho é apresentado no Anexo 2 juntamente com a Acta da Reunião Inaugural.

Seguidamente faz-se um breve resumo das actividades agendadas.

Actividades de trabalho realizadas de 6 a 12/08:

a) Reuniões com as seguintes entidades para recolha de informação e documentos

relevantes: DNPPRP; INIP; DNIIP (Direcção; Departamento de Mercados e

Departamento de Inspecção); IPA (Direcção; Estatísticas e Estudos);

b) Reuniões com Cooperativas e Associações e Distribuidores de pescado relevantes no

IPA;

c) Outras Reuniões relevantes: Novo Projecto de Apoio ao Sector das Pescas (2013) –

Financiamento do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) com implementação

envolvendo a FAO; Projecto de Desenvolvimento da Pesca Artesanal – 2010 (BAD).

Plano de viagens (Perito e ET):

Visitas de campo:

13/08: Cacuaco – Comunidade Piscatória: Mercado Mundial e Barra do Bengo;

14/08: Ingombota – Comunidades Piscatórias: Ilha do Cabo, Casa Lisboa, Trapalhões,

e Chicala;

15/08; Samba – Comunidades Piscatórias: Mabunda, Buraco.

Capacitação:

20/08: Cacuaco;

21 e 22/08: INIP (Ilha de Luanda);

Workshop Final: 27/08: INIP (Ilha de Luanda).

Resumo de Plano de Trabalho:

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 63

Reuniões institucionais: IPA, Departamento de Infra-estruturas e Mercados; INAIPIT.

INIP e DNP;

Reuniões a organizar com outros doadores e programas, a tentar na 3ª semana da

missão pelo facto dos responsáveis se encontrarem fora do país: PNUD;

Visitas de campo a realizar (ver plano de viagens acima mencionado);

Capacitação (estipulada para 3 sessões compostas por 35 participantes cada,

correspondendo cada uma das sessões a uma das 3 comunidades sobre as quais o

estudo incide). 1 sessão de formação com pescadores/vendedores/processadores de

pescado organizadas por área (Município) – Cacuaco, Ingombota e Samba;

Workshop Nacional (estipulado para 50 participantes). Equacionado a sua realização

no auditório do INIP estando em curso contactos quanto a custos e logística da sua

organização.

14. Resultados da revisão documental e consultas

Sumariza-se abaixo os resultados preliminares da revisão documental, consultas e de outros

projectos/intervenções no sector.

14.1 Revisão documental e consultas

Do levantamento de documentação e sua análise constata-se o seguinte:

a) Plano Director das Pescas; já não se encontra actual, nem activo. O Ministério tem

constituída uma equipa responsável pela elaboração de novo Plano Director

constituída pelos vários Directores dos departamentos do Ministério das Pescas,

que se espera estarão presentes no workshop final;

b) Plano de Ordenamento de Pescas e Aquicultura 2006/2010; encontra-se em fase

de revisão;

c) Projectos BAD, AECID, IFAD e PNUD: não foram disponibilizados relatórios

com informação de pesquisa de campo, apenas relatórios de actividades e de

avaliação de projectos. Salienta-se que a informação proveniente das fases de

pesquisa de campo destes projectos poderia realmente beneficiar o presente

estudo;

O projecto do IFAD, de qualquer forma, versa sobre a pesca em águas interiores e

aquicultura, afastando-se assim do campo de intervenção do presente estudo.

d) Pesquisa de mercados de produtos da pesca provenientes do sub-sector da pesca

artesanal: não existe qualquer informação de mercado ou dados de preços. O com

Departamento de Pesquisa de Mercados da DNIIP ainda não iniciou

verdadeiramente a sua actividade devido a limitações várias de operacionalidade.

Ao nível do IPA esta informação não é objecto de análise;

e) Estatísticas de produção e actividade da pesca artesanal: existem as estatísticas de

pesca recolhidas e tratadas pelo IPA através da implementação de um programa de

amostragem nas comunidades e com tratamento estatístico através do programa

ARTEFISH. Contudo não inclui dados de valor comercial da produção registada

nem de distribuição do pescado. No Anexo 4 apresenta-se resumo de

caracterização da pesca artesanal na província de Luanda com base nas estatísticas

do IPA.

Identificou-se a seguinte legislação relevante que compreende os abastecimentos da pesca

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 64

artesanal e cadeia de distribuição e mercados, isto é, relacionada com as condições (práticas e

higiene) de manuseamento, conservação, descarga e venda do pescado por parte dos

pescadores artesanais e subsequentes práticas no âmbito da distribuição e mercados:

Lei 6-A/04 de 8 de Outubro “Lei dos Recursos Aquáticos Biológicos”;

Decreto 41/05 de 13 de Junho “Regulamento Geral das Pescas”;

Decreto 40/06 de 30 de Junho “Regulamento dos Requisitos Higio-Sanitários dos

Produtos de Pesca e Aquacultura.

14.2 Revisão de projectos e intervenções no subsector da pesca artesanal e

mercados

Da pesquisa efectuada registam-se as seguintes intervenções para desenvolvimento dos

abastecimentos e mercados da pesca artesanal (PA):

Tipo de Intervenção Quantidade Local Província Projecto Financiamento

Centros da apoio à PA 2 Buraco

Cabo

Ledo

Luanda IPA PNUD

Centros de salga e seca 2 Namibe

Tombo

Namibe DNIIP OGE

Centro de apoio à PA e

transformação;

Desenvolvimento de

Cooperativa;

Apoio à frota de PA;

Formação;

1

(não

operacional)

Damba

Maria

Lobito Fundação

HABITAFRICA-

CEAR e AECID

/ IPA

AECID

Assistência e formação

de mulheres

processadoras

2 Buraco

Cabo

Ledo

Luanda IPA / INAIPIT PNUD

2 Namibe

Tombo

Namibe DNIIP / INAIPIT OGE

Intervenção

prevista

(futuros

projectos)

Quantidade Local Província Projecto Financiamento

Centro de

Descargas

Centralizado e

Lota

1 Luanda –

Porto

Pesqueiro da

Boavista

Luanda DNIIP OGE

Centros de Salga

e Seca

8

(pela costa)

DNIIP OGE

Assistência e

formação de

mulheres

processadoras

8 DNIIP /

INAIPIT

OGE

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 65

Centros de

Apoio à PA*

4+2+10 Egipto Praia,

Yembe,

Dambe Maria

Ambriz

Porto Aboim

(Gilco),

Salinas,

Sumbe,

Lobito,

Benguela,

Bengo

Kwanza Sul

Projecto de

Apoio ao

Sector das

Pescas

25 milhões USD –

BAD

5 milhões USD -

OGE

*Inclui:

Construção de 4 locais de desembarques de pescado (recaindo sobre grandes centros de desembarques), contempla

infra-estruturas de apoio à conservação e manuseamento do pescado (ex. máquinas de gelo e câmaras de frio) e acessos;

Reabilitação de 2 locais de desembarques;

Trabalhos complementares em 10 locais de desembarques;

Formação de Pescadores e Mulheres Processadoras em boas práticas de higiene, manuseamento e conservação do

pescado, e salga e seca.

Formação em gestão de infra-estruturas e gestão de recursos.

Instalação de Sistema de Monitorização de Embarcações (VMS) em 2 dos centros.

15. Assuntos importantes a serem apresentados/resolvidos (se existirem)

Continua a aguardar-se validação do consultor local para apoio das actividades a desenvolver,

cujo envolvimento passaria pelas seguintes tarefas que não poderão ser desenvolvidas pelo

Key Expert:

Inquérito aos grandes supermercados (Jumbo, Shoprite, etc) para obter dados de

mercado, de distribuição e abastecimentos dos respectivos grupos, principalmente

identificando se a fonte de proveniência é a PA;

Contacto ao Instituto de Defesa do Consumidor, embora seja um contacto

eventualmente inconsequente pela falta de dados de mercado;

Contacto com o Ministério do Comércio, na tentativa de obter dados, mas também de

perceber melhor o papel destes, pois existem várias actividades que parecem paralelas

ao Ministério das Pescas (por exemplo construção de mercados do peixe nos locais de

desembarque desenvolvidos pelas direcções provinciais (sem envolvimento do IPA,

ou da Inspecção do Pescado).

Nota importante, embora os TdR refiram a análise dos dados de mercados é importante

salientar que não existem quaisquer dados de mercado publicados (nem no Departamento de

Pesquisa de Mercados do Ministério das Pescas, nem no Instituto Nacional de Estatística).

Desta forma, o projecto tentaria com o Pesquisador de Mercados, obter alguns dados

primários qualitativos para ilustrar tendências (daí focar-se atenção nos supermercados e

talvez até algumas peixarias). Saliente-se que todo o mercado da pesca artesanal, desde o

pescador, à distribuição e consumidor, consiste num mercado totalmente informal.

A obtenção desta informação, embora talvez seja ambicioso poderia de facto dar um

contributo significativo para os resultados finais do projecto.

Para o sucesso do projecto considera-se essencial os seguintes pontos:

Colaboração efectiva por parte das cooperativas na dinamização de pessoas para a

formação;

Organização do IPA no sentido de dinamizar as cooperativas para frequentarem a

formação;

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 66

Que os resultados da discussão final (workshop final) bem como do projecto sejam

tidos em conta na consecução das políticas pelos decisores de topo;

Que as instituições envolvidas sejam ouvidas antes da tomada de decisões.

16. Relatório Financeiro (breve, se requerido)

As actividades do projeto serão realizadas quando devidamente enquadradas no orçamento

das despesas acessórias elegíveis nos termos do contrato.

17. Análise de Resultados preliminares

O perfil apresentado pelo sector da PA na província de Luanda faz com este seja considerado

uma das zonas mais importantes do país com 24% das capturas em 2012 (14.678 t) e 28% dos

pescadores registados (7 mil). As Províncias de Luanda e Benguela representam metade da

frota artesanal (respectivamente 23 e 30%) enquanto que cada uma das restantes Províncias

litorais caracteriza-se por constituírem fatias de 6 a 12% da frota. É todavia, ao nível da frota

motorizada que estas 2 províncias se destacam ainda mais com proporções respectivamente

de 58 e 47%.

Luanda com 130 catrongas possui cerca de 1 terço da frota nacional cabinada e cerca de 1

quarto das chatas com motor, apesar de também possuir ainda 1 quarto das chatas sem motor

e 1 quinto das canoas.

Dentro da província de Luanda, assiste-se a uma frota de 1800 embarcações, composta de

42% de embarcações motorizadas, sendo 7% cabinadas. As chatas sem motor representam

40% da frota e as canoas 18%

Sumarizam-se abaixo a informação recolhida dos contactos e reuniões realizadas nesta

primeira fase do projecto:

a) Cooperativas e respectiva organização:

Representatividade e dimensão diminuta - estas são em geral compostas por 12 a 28

indivíduos, nalguns casos familiares. Uma das áreas principais de pesca – Cacuaco,

incluindo Barra do Bengo (caracterizada por 20% das capturas, 24% da frota total com

42% das chatas com motor e 30% das catrongas, e 28% dos pescadores) é representada

por 3 cooperativas, totalizando 56 membros de um Universo de 210 armadores

(pressupondo que cada armador tenha 2 embarcações);

A organização e funcionamento das cooperativas funciona como empresa de sociedade

anónima onde apenas se verifica partilha dos recursos do património estrito da

cooperativa. Isto é, capturas individuais realizadas por cada membro, usando as

respectivas embarcações pessoais são comercializadas por cada individuo

individualmente, sem qualquer interacção pelo grupo;

O espírito cooperativista inerente ao funcionamento das cooperativas não existe de todo,

nem é entendido ou é tido ainda com desconfiança pelos membros que compõe a

cooperative;

Associado a estes aspectos, identificou-se que não existe em Angola uma regulamentação

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 67

para o funcionamento e desenvolvimento de cooperativas, incluindo desenvolvimento de

estatutos (que são inexistentes nas cooperativas contactadas).

b) Organização dos comerciantes de pescado (peixeiras ambulantes e de banca).

Caracterizados por actividade totalmente informal;

Não existe qualquer tipo de Cooperativa ou espírito de cooperador no âmbito das

actividades; estas contudo, têm uma organização informal de grupo para defenderem o

seu espaço, aquisição de gelo e outros, mas tratado comercialmente de forma individual

em que cada indivíduo assume os seus custos e proveitos.

c) Locais de desembarque principais: Cacuaco, Casa Lisboa (Ingombota), Mabunda

(Samba);

Infra-estruturas, completamente inexistentes, excepto em Casa Lisboa, onde está a ser

construída uma infra-estrutura coberta com bancadas de cimento, embora não se saiba

exactamente o que irá ser (mercado retalhista de pescado, local de desembarque e 1ª

venda, ou ambos). O IPA não está enquadrado na sua construção, pertencendo esta

intervenção à Direcção provincial;

Condições de manuseamento e conservação pelos pescadores:

- Na pesca de 1 dia no mar (isto é cerca de 12h), não há uso de gelo, o peixe é colocado

no fundo da embarcação, podendo todavia existir arca para o seu acondicionamento; a

arca consiste de arca velha frigorífica (do tipo doméstica ou de estabelecimentos de

peixaria);

- Na pesca de vários dias de mar (em média 8), são usadas por embarcação 3 a 5 arcas

dependendo do comprimento da embarcação e o peixe é acondicionado em gelo. O

pescado não é eviscerado. Em geral as arcas não apresentam sinais de ferrugem no

interior.

- Na descarga são usados cestos, caixas de plástico, ou à mão; podem utilizar-se também

carrinhos de mão metálicos (com ferrugem).É habitual existir lavagem do pescado com as

águas da baía ou da praia, onde há claramente água contaminada, esgotos próximos e

acumulações consideráveis de lixo;

Condições de manuseamento, conservação e venda pelas peixeiras:

- Peixeiras ambulantes (conhecidas por quintandeiras): não usam gelo, usam alguidar com

pano aparentemente limpo, transportam-se a si e ao peixe em táxis informais que utilizam

uma lona na área de bagageira. Em geral, vendem o pescado no próprio dia após no

máximo até 4 horas após a sua compra. Vendem pelas ruas em áreas específicas da

cidade. Pode no entanto existir peixeiras que vendem em maior quantidade para

encomendas ou clientes específicos para o que alugam carrinha (isotérmica ou de caixa

aberta, dependendo da exigência dos clientes – restaurantes e hotéis);

- Peixeiras de bancada; podem estar imediatamente localizadas no local de desembarque

ou noutra área da cidade. No último caso procedem no transporte da mesma forma que

fazem as peixeiras ambulantes. Verifica-se que usam água contaminada, o gelo é de boa

proveniência mas a forma de transporte e armazenamento vem a contamina-lo. Pescado

não vendido no dia é colocado em arcas frigoríficas velhas com gelo, por vezes com

excesso de capacidade o que pode apertar demasiado o peixe ou efectuar demasiado peso

sobre as camadas inferiores. Existem também casos de recorrerem a estabelecimentos

com arcas frigoríficas funcionais mas que conservam o pescado em temperaturas

negativas de conservação não inferiores a -10ºC, o que significa que o pescado sairá

congelado (tendo assim sofrido uma congelação lenta). Após esta conservação, o pescado

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 68

volta ao mercado no dia(s) seguinte(s) sofrendo uma descongelação durante o processo de

venda, e/ou uma série sucessiva de congelações e descongelações caso não seja

imediatamente vendido. Os materiais de contacto do pescado nem sempre são aceitáveis,

existindo por vezes bancadas de madeira exposta.

d) Projectos de Centros de Pesca implementados;

Vários projectos têm sido implementados, por exemplo pelo BAD e AECID, e em vários

casos os Centros de Apoio às Pescas não estão operacionais ou estão pouco utilizados. As

principais razões encontradas para tal são:

- Falta de interacção com as comunidades no momento de identificação e planeamento do

projecto não indo os projectos ao encontro dos desejos ou entendimento da população

local;

- Falta de preparação, capacitação e assistência dos beneficiários na gestão dos centros,

manutenção e funcionamento das infra-estruturas, administração, etc.

- Falta de entendimento cooperativo ou capacitação para tal.

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 69

Anexo 1 – TERMO DE REFERÊNCIAS

TERMS OF REFERENCE

FOR

STUDY ON ARTISANAL FISHERIES SUPPLY CHAIN AND MARKETS IN THE

LUANDA REGION – ANGOLA

SA-4.3-B23

1. BACKGROUND INFORMATION ............................................................................................ 23

1.1 BENEFICIARY COUNTRY ......................................................................................................... 23 1.2 CONTRACTING AUTHORITY .................................................................................................... 23 1.3 RELEVANT COUNTRY BACKGROUND ...................................................................................... 23 1.4 CURRENT STATE OF AFFAIRS IN THE RELEVANT SECTOR ......................................................... 23 1.5 RELATED PROGRAMMES AND OTHER DONOR ACTIVITIES ........................................................ 24

2. OBJECTIVE, PURPOSE & EXPECTED RESULTS .............................................................. 25

2.1 OVERALL OBJECTIVE .............................................................................................................. 25 2.2 PURPOSE ................................................................................................................................. 25 2.3 RESULTS TO BE ACHIEVED BY THE CONSULTANT ................................................................... 25

3. ASSUMPTIONS & RISKS .......................................................................................................... 25

3.1 ASSUMPTIONS UNDERLYING THE PROJECT INTERVENTION ..................................................... 25 3.2 RISKS ...................................................................................................................................... 25

4. SCOPE OF THE WORK ............................................................................................................ 26

4.1 GENERAL ................................................................................................................................ 26 4.2 SPECIFIC ACTIVITIES ............................................................................................................... 27 4.3 PROJECT MANAGEMENT.......................................................................................................... 28

5. LOGISTICS AND TIMING ........................................................................................................ 28

5.1 LOCATION .............................................................................................................................. 28 5.2 COMMENCEMENT DATE & PERIOD OF IMPLEMENTATION ....................................................... 29

6. REQUIREMENTS ....................................................................................................................... 29

6.1 PERSONNEL ............................................................................................................................ 29 6.2 OFFICE ACCOMMODATION ...................................................................................................... 31 6.3 FACILITIES TO BE PROVIDED BY THE CONSULTANT ................................................................ 31 6.4 EQUIPMENT ............................................................................................................................ 31 6.5 INCIDENTAL EXPENDITURE ..................................................................................................... 32 6.6 EXPENDITURE VERIFICATION .................................................................................................. 33

7. REPORTS ..................................................................................................................................... 33

7.1 REPORTING REQUIREMENTS ................................................................................................... 33 7.2 SUBMISSION & APPROVAL OF REPORTS .................................................................................. 34

8. MONITORING AND EVALUATION ....................................................................................... 35

8.1 DEFINITION OF INDICATORS .................................................................................................... 35 8.2 SPECIAL REQUIREMENTS ........................................................................................................ 35

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 70

9. Background INFORMATION

1.6 Beneficiary country

Angola.

1.7 Contracting Authority

ACP FISH II Coordination Unit

36/21 Av. de Tervuren

5th Floor

Brussels 1040, Belgium

Tel.: +32 (0)2.7390060

Fax: +32 (0)2.7390068

1.8 Relevant country background

The Republic of Angola is situated at the Atlantic coast in southern Africa, bordering with Democratic

republic of Congo, Namibia and Zambia. The country has a total area of 1.246.700 Km2, an Exclusive

Economic Zone of 200 miles and a population is estimated at about 18.5 million in 2009. The

country’s economy grew at an impressive rate of 17% in 2007, GDP per capita stands at US$

5.812(PPP4, 2009). However, Angola is considered a low developed country (UNHD Report 2011),

and more than 50% of the population lives in severe poverty and the country is characterised by a big

level of inequality. The local economy relies mainly on natural resources exploitation (oil, gold,

diamonds, forests, agriculture and fisheries). The country is the second major oil producer in Africa

and the sector contributes about 45% to GDP and more than half to exports. The fishing sector is the

third most important economic sector in the country, after oil and the diamond industry, contributing

about 3, 5% to GDP.

The Government of Angola has embarked in a decentralization process since 1999, when the Local

Administration Decree (Law 17/99.) was enacted and in 2007 (Law 2/07) the country moved towards

greater territorial and budget autonomy. Poverty reduction is one of the key priorities for the Angolan

Government. Under this objective , the “Estratégia de Combate à Pobreza - ECP” (Strategy to fight

against Poverty) was approved in 2004, streamlining the main areas of intervention for government

and stakeholders and prioritising the reconstruction of infrastructures, increasing access to education,

health, and other basic services, as well as the decentralization of governance structures.

1.9 Current state of affairs in the relevant sector

Angola has a coastline of 1650 km, and a continental shelf of 51000 km2 varying from about 10 to

100 km and with an average width of about 30 km. The hydrographical regime off Angola is

characterized by the cold northward-flowing Benguela current and the warm south-propagating waters

of the Angola current. The hydrographical condition is believed to be important in determining the

distribution and even the abundance of living marine resources of Angola. Southern fishing zone is by

far the most productive of Angola, with an abundance of horse mackerel, sardines, tunas and a range

of demersal species including hake. The Central fishing zone stretches from Benguela to Luanda and

yield mainly sardinellas, horse mackerel and demersal species. The Northern fishing zone extends

from Luanda to Cabinda and has a large density of horse mackerel and sardinellas and a smaller

proportion of demersal species. Some important rivers run through the territory containing several

4 Purchase Power Parity

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 71

freshwater species with high value in the local market. Tilapia species are among the most important

and abundant fresh water fish found in Angola. Other species include the catfish (Clarias gariepinus)

and fresh water prawns (Macrobrachuin rosenbergii). The total production in 2009 was 272.263 tons,

mostly form artisanal (42%) and semi industrial fisheries (42%).

Fisheries are mandated to the National Directorate for Fisheries and Protection of the Fisheries

Resources (Direcção Nacional de Pescas e Protecção dos Recursos Pesqueiros – DNPPRP ) of the

Ministry of Fisheries, in charge for elaboration, direction, control and execution of the fisheries policy.

The DNPPRP is supported in the management of the sector by the National Directorate for Fisheries

Infrastructure and Industry (Direcção Nacional de Infra-Estruturas e da Industria Pesqueira).

Monitoring and enforcement activities are carried out by the National Service for Fisheries and

Aquaculture Control (Serviço Nacional de Fiscalização Pequeria e da Aqicultura -SNFPA). The

National Institute for Artisanal Fisheries and Aquaculture (Insituto de Desenvolvimento da Pesca

Artesanal e da Aquicultura –IPA) is the entity who promotes the small scale fisheries development,

while the technological and biological research is part of the mandate of the National Institute for

Fisheries Research (Instituto Nacional de Investigação Pesqueira - INIP).

The more important policy document is the Fisheries Master Plan, aiming at defining the key

management measures for the sector for increasing and improving the production, taking into account

the sustainability of the resources. Angola adopted a new Law on Aquatic Biological Resources (Law

6-A/04) in October 2004, which replaced the previous Legislation on fisheries (Law 20/92). In 2005

the country approved the General Regulation on Fisheries (D.R. n. 70) and the regulations on Fishing

Rights and Licensing (D.R. n 65), Fisheries Research (D.R. n. 66), and Aquaculture (D.R. n. 67).

Artisanal fisheries play a prominent role in Angola fish production and approximately 35% of the

domestic consumption of fish comes from small scale activities. Fishing activities are scattered along

the coast, but Benguela and Luanda provinces have the greatest concentration of artisanal fishing

areas. Artisanal fishers catch mainly demersal species and high-value species like groupers, snappers,

seabreams, croakers and spiny lobster, mostly relying on traditional fishing techniques and gears. The

fishers are usually organized in groups per boat, fishing together and dividing the catch. Fish is part of

the traditional diet in Angola and the demand is not fully met. Most of the total artisanal marine

landings are distributed fresh/on ice mostly in Luanda and in the urban markets. Only a limited catch

undergoes further processing, mainly in salting and drying plants situated in the southern provinces.

Activities relating to fish processing and selling are traditionally the responsibility of women.

Among the major factors affecting the sector are the use of poor or inappropriate conservation,

handling and processing techniques, as well as the lack of basic infrastructures (ports, electricity,

water, telecommunications and financial services). For all these reasons the supply chain is still weak

and there is no significant value-addition to the artisanal fisheries products when traded in the markets.

To overcome such situation, IPA is doing a great effort into improving quality standards but it still

lacks detailed and reliable information and data on the supply chain and market main constraints.

1.10 Related programmes and other donor activities

The Artisanal Fisheries Development Project is funded by African Development Bank and started in

2002. The project aims at increasing the income of artisanal fishers by providing the necessary support

and enabling environment to improve food security while contributing to the reduction of poverty on a

sustainable basis. The project is expected to benefit about 25,000 small-scale fishers and their families

along 10 coastal communities by increasing fish production and improving fish processing and

marketing both in quantity and quality. The main components of the project include: (a) Construction

of 10 fishing centres; (b) Credit support service for individual cooperatives in fish production,

processing and marketing; and (c) Capacity building for project staff, institutions and beneficiaries.

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 72

10. OBJECTIVE, PURPOSE & EXPECTED RESULTS

2.1 Overall objective

The overall objective of the ACP Fish II Programme is to contribute to the sustainable and equitable

management of fisheries in ACP regions, thus leading to poverty alleviation and improving food

security in ACP States.

10.1 Purpose

The purposes of this project are:

to build capacity of small-scale producers (fishermen, producers and traders) on related

techniques.

to strengthen IPA capacity to study and plan the development of Artisanal Fisheries supply

chain and markets;

2.3 Results to be achieved by the Consultant

The Consultant will achieve the following results as part of this assignment:

A study on the artisanal fisheries supply chain and markets in Luanda province (the Study)

prepared by the Consultant and approved by IPA;

The relevant stakeholders are informed of the results of the study, and

Selected fishermen, traders and processors are trained on fish handling, processing and

marketing techniques.

11. ASSUMPTIONS & RISKS

3.1 Assumptions underlying the project intervention

The main assumptions underlying this contract is that the Fisheries Administration (FA) and other

involved stakeholders from the country (government institutions and private sector) are prepared to

make available all documents, information and data necessary to the consultancy and to allocate

official resources and time to support the Consultant in the implementation of the assignment.

3.2 Risks

The Study will identify a set of actions and measures, which once implemented may imply a change of

behaviour and additional costs for the concerned governmental institutions and the artisanal fishermen

involved. The main risk therefore is that the concerned stakeholders are not willing or able to follow

the recommendation of the Study. To prevent such a risk the participatory approach adopted in the

planning of this intervention will continue throughout the implementation of the assignment, to ensure

the full ownership by local stakeholders and the development of activities and methodology that are

consistent with the FAs approaches.

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 73

12. SCOPE OF THE WORK

4.1 General

4.1.1 Project description

Fisheries production and value chain is made of a series of physical, economic and sociological links,

among producers, traders, consumers and the Administration. The market represents, in this chain, the

physical place and the system where the offer of perishable products meet the demand. It must be

therefore deeply understood in order to know the key issues to be addressed to increase value-adding

in fish products and assure consumers protection. Yet, one of the most serious problems in targeting

development of the Angolan artisanal fisheries sector is the scarcity of information and statistics on

supply chain and market, namely in Luanda Province, which is a very important area, in terms of

catch, landing and consumption. Any intervention by the FA in the development and improvement of

the sector value chain, in the area, must be based on thorough and reliable information.

The assignment aims at supporting the IPA in preparing a study in the informal markets of Luanda

province, identifying appropriate actions to enhance the artisanal fisheries supply chain.

The assignment involves the delivery of technical assistance (TA) to IPA to support elaborating the

study. Following the outcome of the study, the TA team will carry out training on fish handling,

processing and marketing techniques to a selected group of local fishermen. The TA team will be led

by a Fisheries Market Specialist, supported by a Market Researcher.

The study will encompass, but not be limited to, the following topics:

Analysis of current supply chain and market situation in the selected area including the

techniques of conservation, handling and processing of fish and fish products;

Identification of issues that affect the processing and marketing system;

Identification of possible and viable techniques and measures to improve handling of fish on

board and in the landing locations and catch processing; and

Recommendations for the improvement of the supply chain and for the creation of adequate

infrastructures for the marketing of fisheries products;

The project activities should be implemented through a participatory process, to assure capacity

building of the IPA staff. The consultant will develop a working methodology for the participation of

staff in all steps of the process of preparation and formulation of the study under the project.

Following this methodology, technical information on the principles and methods used in the Study

designing and formulation will be shared with the staff.

All the project activities will be carried out in strict coordination and collaboration with the staff of the

IPA, through the establishment of a project Technical Team (TT) to follow up project implementation.

The Consultant must give a full recognition of EC funding, ACP Secretariat’s involvement and

visibility to the ACP Fish II Programme, in all the activities implemented during the project.

4.1.2 Geographical area to be covered

The geographical area to be covered by the Study includes the municipalities of Cacuaco, Ingombota

and Samba, in Luanda province, Angola.

4.1.3 Target groups

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Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 74

Target groups of the present project are the staff of IPA, which will be strengthen in their planning and

management capacity as well as selected fishermen, traders and processors.

4.2 Specific activities

4.2.1 Specific activities

The Consultant will undertake the following activities:

ix. Inception activities and document analysis

o Briefing by the ACP FISH II Regional Facilitation Unit (URF) for Southern Africa

(SA) and the Fisheries Administration(FA)/IPA and establishment of a project TT to

follow up project implementation;

o Discuss project objectives and agree with the FA/IPA and URF on the methodology

and the work plan for the assignment;

o Collect all relevant background information and documents;

x. Field visits to the relevant sites and meetings with the concerned national intuitions, private

sector and other relevant entities and stakeholders;

xi. Prepare, in close collaboration with the TT, a first draft of the Study to be discussed with the

IPA and other relevant stakeholders;

xii. Revise the draft as to incorporate comments following the discussion with the IPA and other

relevant stakeholders from the private sector;

xiii. Present the final draft of the Study to the stakeholders, in a national workshop;

xiv. Produce and disseminate a brochure with the main findings of the study;

xv. Identify in collaboration with the TT the selected group of artisanal fishermen to attend the

training sessions on fish handling, processing and marketing techniques; and

xvi. Prepare and conduct a training on fish handling, processing and marketing techniques to

small-scale fishermen, traders and processors.

The consultant is in charge of the workshop and the training organisation and logistics (subcontracting

for workshop organisation is allowed). The indicative number of participants to the national workshop

is 50 and the expected duration is 1 day. The indicative number of participants to the training is 35

and the expected duration is 3 days.

The consultant will prepare a report of the workshop, the training and every relevant meeting held.

The consultant will also conduct the evaluation of the training session.

4.2.2 Communication and project visibility

d) ACP FISH II projects should follow the EU requirements and guidelines for communication

and visibility available on the Programme website at http://acpfish2-

eu.org/index.php?page=templates&hl=en. The CU will provide ACP FISH II templates for

various communication products.

e) When validation workshops (where technical documents are presented to stakeholders for

validation) are needed, given their importance for disseminating the results of the Project and

ACP FISH II Programme, the following activities will be requested:

3) The Consultant will provide all necessary information in press-release style

(“information note”) on the project objectives and results, the activities to undertake,

the main axes or strategic goals proposed and the future role of the beneficiaries.

4) The Fisheries Administrations will receive the information note at least 3 days before

the workshop, through their Government communication/press bodies or officials, in

order to mobilise local media and to assure full coverage of the event. Financial

Estudo sobre a cadeia de abastecimento e mercados da pesca artesanal na região de

Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 75

support to media coverage is included in the “Incidental Expenditure”. Receipt(s) of

the incurred cost for media coverage will be required to verify the costs incurred.

f) The consultant will provide photographic record of the project activities including the national

workshop and the training session.

4.3 Project management

4.3.1 Responsible body

The Coordination Unit (CU) of the ACP Fish II Programme, based in Brussels, on behalf of the ACP

Secretariat is responsible for managing the implementation of this assignment.

4.3.2 Management structure

The ACP Fish II Programme is implemented through the CU in Brussels and six Regional Facilitation

Units (URFs) across the ACP States. The URF in Maputo, Mozambique covering ACP Member States

in Southern Africa Region will closely supervise the implementation of this intervention and equally

monitor its execution pursuant to these Terms of Reference. For the purposes of this assignment, the

ACP Fish II Programme Coordinator will act as the Project Manager.

All contractual communications including requests for contract modifications or changes to the Terms

of Reference during the execution period of the contract must be addressed with a formal request to

the CU and copied to the URF. Beneficiaries’ support for these changes is required.

While the ACP Fish II Regional Manager for SA will be in charge for the overall follow up of project

activities, the TT will assure daily monitoring of project operations. The Consultant should

periodically report on project development to the established TT as per the work plan approved.

4.3.3 Facilities to be provided by the Contracting Authority and/or other parties

Not applicable

13. LOGISTICS AND TIMING

5.1 Location

The place of posting will be Luanda, Angola. The activities will be carried out in Angola. Field visits

in the country will be carried out according to the approved timeline and workplan presented by the

Consultant.

5.2 Commencement date & Period of implementation

The intended commencement date of this assignment is 17 June 2013 and the period of

implementation of field activities will be 4 months from the date of signature of the contract. Please

refer to Articles 4 and 5 of the Special Conditions for the actual commencement date and period of

implementation.

14. REQUIREMENTS

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Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 76

6.1 Personnel

6.1.1 Key experts

All experts who have a crucial role in implementing this assignment are referred to as key experts.

Their profiles are described as follows:

Key expert 1: Fish Marketing and Processing specialist

Qualifications and skills

A university degree or equivalent in a closely relevant subject area (e.g. Fisheries Management,

Natural Resources Management, Biology, Geography, Economics, Sociology, etc,);

A high level of proficiency in spoken and written Portuguese and working knowledge of

English.

General professional experience

A minimum of 8 years of experience in marine fisheries management and value chain, with a

focus on small scale fisheries development;

Proven report writing and project management skills.

Specific professional experience

Experience in analysis and drafting of fisheries supply chain and processing (minimum 3

assignments)

Experience in training/capacity building on fish handling and processing (minimum 3

assignments);

Related experience in the sub-region is required and specific experience in Angola will be

considered an advantage;

Experience in carrying out consultancy assignments for the EU or other equivalent international

development partners (minimum 2 assignments);

The indicative number of missions outside the normal place of posting requiring overnights for this

expert is 3.

There will be in-country field visits outside the normal place of posting not requiring overnights for

this expert.

Indicative number of working days by expert and task

No. Indicative Task Key

Expert

1

(Days)

1.1 Briefing by ACP Fish II and preparatory activities 2

1.2 Document review 3

1.3 Fieldwork and consultations 4

1.4 Preparation of the Study (draft and final) 7

1.5 Preparation and conduction of national workshop 2

1.6 Preparation and conduction of training sessions 5

1.7 Reporting 3

Total 26

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Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 77

Additional information

d) Key Experts are expected to spend at least 70 % of the total indicative number of working days in

the country(ies)

e) Note that civil servants and other staff of the public administration of the beneficiary country

cannot be recruited as experts, unless prior written approval has been obtained from the European

Commission.

f) The Consultant must complete a timesheet using the ACP Fish II template provided by the CU at

the start of the implementation period. The Consultant is entitled to work a maximum of 6 days per

week. Mobilisation and demobilisation days will not be considered as working days.

6.1.2 Other experts

The Consultant will recruit for a period of 15 days a Market researcher to support the key expert

during the conduction of the assignment. This expert will have the following profile:

Qualifications and skills

A university degree or equivalent in a relevant subject area (e.g. Economics, Social Sciences,

Rural Development, etc);

The expert should have a high level of proficiency in written and spoken Portuguese and

working knowledge of English. Knowledge of local spoken language will be an advantage.

General professional experience

A minimum of 5 years of experience in market research and study preparation in community

development projects;

Proven report-writing skills.

Specific professional experience

Experience in data collection and survey conducting in rural and urban areas in Africa

(minimum of 2 assignments);

Knowledge of artisanal fisheries sector and/or pervious working in Angola will be an

advantage.

CVs for experts other than the key experts are not examined prior to the signature of the contract. They

should not be included in tenders.

The Consultant shall select and hire other experts as required according to the profiles identified in

these Terms of Reference. They must indicate clearly which profile they have so it is clear which fee

rate in the budget breakdown will apply. All experts must be independent and free from conflicts of

interest in the responsibilities accorded to them.

The selection procedures used by the Consultant to select these other experts shall be transparent, and

shall be based on pre-defined criteria, including professional qualifications, language skills and work

experience. The findings of the selection panel shall be recorded. The selected experts shall be subject

to approval by the Contracting Authority.

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Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 78

Note that civil servants and other staff of the public administration of the beneficiary country cannot

be recruited as experts, unless prior written approval has been obtained from the European

Commission.

6.1.3 Support staff & backstopping

Backstopping and support staff costs are considered to be included in the fee rates of the experts.

6.2 Office accommodation

The costs of the office accommodation are to be covered by the fee rates of the experts.

6.3 Facilities to be provided by the Consultant

The Consultant shall ensure that experts are adequately supported and equipped (IT and

communication tools and printing services).In particular it shall ensure that there is sufficient

administrative, secretarial and interpreting provision to enable experts to concentrate on their primary

responsibilities. It must also transfer funds as necessary to support its activities under the assignment

and to ensure that its employees are paid regularly and in a timely fashion.

If the Consultant is a consortium, the arrangements should allow for the maximum flexibility in

project implementation. Arrangements offering each consortium member a fixed percentage of the

work to be undertaken under the contract should be avoided.

6.4 Equipment

No equipment is to be purchased on behalf of the Contracting Authority or beneficiary country as part

of this service contract or transferred to the Contracting Authority or beneficiary country at the end of

the contract. Any equipment related to this contract which is to be acquired by the beneficiary country

must be purchased by means of a separate supply tender procedure.

6.5 Incidental expenditure

The Provision for incidental expenditure covers the ancillary and exceptional eligible expenditure

incurred under this contract. It cannot be used for costs which should be covered by the Consultant as

part of its fee rates, as specified above. Its use is governed by the provisions in the General Conditions

and the notes in Annex V of the contract. It covers among others:

f) KEY EXPERTS

Travel costs and daily subsistence allowances (perdiems) for missions for Key Experts, outside

the normal place of posting, to be undertaken as part of this contract. If applicable, indicate if

the provision includes costs for environmental measures, for example CO2 offsetting.

Travel costs for field visits for the Key Experts (car or boat rental, fuel and domestic flights or

other appropriate means of transport).

Any subsistence allowances to be paid for missions undertaken as part of this contract must not exceed

the per diem rates published on the European Union (EU) website at:

http://ec.europa.eu/europeaid/work/procedures/implementation/per_diems/index_en.htm

g) WORKSHOP/TRAINING/CONSULTATIONS ORGANISATION

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The cost of organisation of the National Consultations and Regional Validation Workshop

including cost for venue, communication and media activities, transport (domestic travel or car

or boat rental to/from);

The payment of a lump-sum to participants requiring an overnight stay to cover accommodation

and meals. This lump-sum payment will be up to 200 EUR and must not exceed the published

EU per diem rate for the country;

The payment of a lump sum, up to 30% of the published EU per diem rate for the country, to all

participants not requiring an overnight stay, to cover the cost of transport and meals;

In the two cases above, an attendance list signed by each participant and a separate list stating

that the lump-sum was received (with an indication of the amount) shall be used to justify the

expenditure. The cost of venue (if needed) and lunch for consultations of less than one day

with locally-based participants.

h) FUNDING OF NATIONAL/REGIONAL ADMINISTRATION OFFICERS

ACCOMPANYING KEY EXPERTS ON MISSIONS.

Exceptionally, the cost of flights, accommodation and meals for the representatives of

fisheries administrations or regional fisheries bodies accompanying the Key Experts on

regional or national missions or in-country field visits, under the following conditions:

iv) Request of a prior approval to the CU, attaching to this request the declaration issued

by local fisheries administrations or regional fisheries bodies stating that the cost of

this extra activity for their officers cannot be covered given the internal budget

restrictions. The administration should acknowledge, despite this, the need of the

attendance of its officer for an effective project implementation.

v) The total cost for accommodation and meals based on actual cost (invoices to be

provided) cannot exceed the EU per diem rate for the country.

vi) If private or administration’s means of transport are used by the representatives of

fisheries administrations or regional fisheries bodies accompanying the Key Experts on

regional or national missions, fuel cost will be reimbursed upon receipt of the officer’s

reimbursement request based on distance travelled and local price for fuel per unit. In

case of field visits, not requiring overnights, the same procedures apply for meal and

transport costs.

i) TRANSLATION

The cost of translation of the approved Final Technical Report into English.

j) OTHER

The cost of producing communication items, printing charts to be used in training and the

workshop;

The cost of producing a brochure with the main findings of the study (200 copies).

The Provision for incidental expenditure for this contract is 51 544 EUR. This amount must be

included without modification in the Budget breakdown.

6.6 Expenditure verification

The Provision for expenditure verification relates to the fees of the auditor who has been charged with

the expenditure verification of this contract in order to proceed with the payment of further pre-

financing instalments if any and/or interim payments if any.

The Provision for expenditure verification for this contract is 1 500 EUR. This amount must be

included without modification in the Budget breakdown.

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Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 80

This provision cannot be decreased but can be increased during the execution of the contract.

15. REPORTS

7.1 Reporting requirements

Please refer to Article 26 of the General Conditions. There must be a final report, a final invoice and

the financial report accompanied by an expenditure verification report at the end of the period of

implementation of the tasks. The approved Final Technical Report (FTR) must be annexed to the Final

Report (FR). The final report must be submitted to the CU after receiving the approval of the Final

Technical Report (FTR). Note that this final report is additional to any required in Section 4.2 of these

Terms of Reference.

The Final Report (FR) shall consist of a narrative section and a financial section. The financial section

must contain details of the time inputs of the experts, of the incidental expenditure and of the provision

for expenditure verification.

To summarise, the Consultant shall provide the following reports:

Name of report Content Time of submission

Inception Report (IR) Analysis of existing situation and

plan of work for the project (max

10 pgs in length)

No later than 10 days after the

first Expert arriving in the

place of posting for the first

time. This report will be

submitted to the IPA, URF and

CU. Comments, if any, on the

IR must be provided by the

IPA, URF and CU within 5

days from receipt.

Draft Final Technical Report

(DFTR)

Description of achievements,

problems encountered,

recommendations and technical

documents (including the Study)

suggested by the consultant. The

report should be prepared in

Portuguese

Within one week after the

experts leaving the country on

conclusion of the assignment.

Comments on the DFTR must

be provided by the URF, CU

and the IPA within 14 days.

Final Technical Report

(FTR)

Description of achievements,

problems encountered,

recommendations and technical

documents (including the Study),

suggested by the consultant,

taking into account changes and

comments from the URF, CU and

the IIP/INAQUA, produced

within 14 days from delivery of

the DFTR. The report should be

prepared in Portuguese

Within 10 days after receiving

comments on the DFTR. If no

comments on the report are

given within the time limit of

14 days, the DFTR shall be

considered as the FTR.

Final Report Short description of

achievements including problems

encountered and

recommendations and

suggestions; together with the

After receiving the approval of

the Final Technical Report

(FTR).

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Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 81

Final Technical Report and a

final invoice and the financial

report accompanied by the

expenditure verification report.

The draft Final Technical Report (DFTR) and the Final Technical Report (FTR), including the draft

and final Study should be prepared in Portuguese. The approved Final Technical Report will be

translated by the Consultant into English.

The formats of technical reports are available on the ACP FISH II web site at http://acpfish2-

eu.org/index.php?page=templates&hl=en.

7.2 Submission & approval of reports

One electronic copy of the reports referred to above must be submitted to the Project Manager

identified in the contract (CU), URF and two copies to the FA. Two hard copies of the approved Final

Technical Report must be submitted to the CU, one hard copy to the URF and two hard copies to the

FA. The Final Technical Report must be written in Portuguese and translated into English. The FR,

indeed, must be written in English. The Project Manager is responsible for approving the reports. The

cost of producing and shipping such material will be included in the fees. The translation is included in

Incidental Expenditure.

16. MONITORING AND EVALUATION

8.1 Definition of indicators

The results to be achieved by the Consultant are included in Section 2.3 above. Progress to achieving

these results will be measured through the following indicators:

vi. Meeting Target Group expectations

vii. Quality of the technical outputs

viii. Quality of the Key Expert(s) fielded

ix. Quality and timeliness of backstopping support from Head Office of the Consultancy

Company

x. Respect of project milestones time schedule and reports time delivery

The Consultant may suggest additional monitoring tools for the contract duration.

8.2 Special requirements

Not applicable.

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Anexo 2 – PLANO DE TRABALHO E ACTA DA REUNIÃO INAUGRAL

Estudo da Cadeia de Abastecimento das Pescas Artesanais e Mercados

na Região de Luanda – Angola (ACP Fish II)

Missão 5 a 29 de Agosto

ACTA DA REUNIÃO DE TRABALHO INAUGRAL & PLANO DE TRABALHO

3. Reunião de trabalho inaugural – IPA, 7/08/2013 das 14 – 15.45h

Foram efectuadas breves apresentações do programa ACP Fish II e do projecto

supra-citado.

Foi efectuado um resumo explicativo do modus operandi pretendido, bem como

do draft de plano de trabalho previamente apresentado. Foram discutidos e foi

obtida concordância por parte do IPA tendo-se elaborado o plano de trabalho final,

abaixo apresentado.

Discutiu-se brevemente os stakeholders a consultar e fontes de informação

relevantes. Discussão do papel e responsabilidades das autoridades competentes

em particular do IPA e actividades realizadas (Centros de Pesca e formação de

mulheres transformadoras de pescado seco)

Foi definida a equipa técnica que acompanhará os trabalhos da missão,

respectivamente:

Departamento de Estudos e Projectos

- António Pedro Torres

- Júlia Catarina

- Inácio Rangel (Responsável de Departamento)

Departamento de Apoio às Comunidades

- Cavungo Lombo

- Edgar Costa

- António Chaves

Foi estabelecido que o IPA fará o acompanhamento integral da missão, quer na

facilitação e acompanhamento das reuniões e visitas de trabalho quer na

organização e logística das diversas actividades (transporte para as visitas,

actividades de formação e workshop final).

Actividades do Plano. Foi estabelecido a melhor forma de operacionalizar as

actividades estabelecidas. Desta forma, decidiu-se pela seguinte organização:

o Reuniões institucionais a realizar entre 8 e 9/08 a serem acertadas pelo

IPA: Departamento de Infra-estruturas e Mercados; INAIPIT. (tendo já

sido realizadas com as reuniões com INIP e DNP)

o Reuniões a organizar com outros doadores e programas: PNUD, BAD,

FAO; IFAD. (reunião com Delegação da UE já se realizou a 7/08)

o Visitas de campo a realizar na segunda semana da missão:

1 visita por área (Município) – Cacuaco, Ingombota e Samba

1 visita ao centro de pesca de Buraco, desenvolvido pelo IPA

o Reuniões com Cooperativas e Associações e Distribuidores de pescado

relevantes (a marcar para 1 dia no IPA)

o Formação (estipulada para 3 sessões compostas por 35 participantes cada,

correspondendo cada uma das sessões a uma das 3 comunidades sobre as

quais o estudo incide). 1 sessão de formação com

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Luanda – ANGOLA

Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 83

pescadores/vendedores/processadores de pescado organizadas por área

(Município) – Cacuaco, Ingombota e Samba. A realizar em cada uma das

comunidades conforme instalações disponíveis a identificar e a acertar

durante a próxima semana. Possivelmente, realizar-se-ão no INIP as

sessões de formação correspondentes às comunidades de Ingombota e

Samba.

Equacionou-se a colaboração na implementação da formação do INAIPIT,

que será analisado posteriormente em reunião com estes.

o Workshop Nacional (estipulado para 50 participantes). Ficou equacionado

a sua realização no auditório do INIP, ficando de identificar-se durante esta

semana os respectivos custos de logística na sua organização.

Custos a equacionar: banner, alimentação e transporte dos

participantes, impressão de documentos, impressão de brochura

final (200 exemplares).

4. Plano de Trabalho Final (missão 5-29/08)

Actividades Calendário

Viagem para Luanda do Consultor

Lisboa - Luanda (chegada a 18.30h) 5 /08

Reuniões preparatórias Reunião de arranque do projecto com IPA e Coordenador do ACP Fish II. Reunião inaugural de trabalho com IPA e presença do Coordenador do ACP Fish II. Reuniões com INIP, DNP e Delegação da UE.

6 e 7 /08

1. Reuniões com

autoridades

Reuniões com INAIPIT, Departamento de Infra-estruturas e mercados. Obtenção de dados de mercado.

8 e 9 /08

2. Preparação de

workshop e formação

Contactos, obtenção de valores de custos para a respectiva organização e logística 8 e 9 /08

3. Reuniões com

doadores e programas

Reuniões com PNUD, FAO, BAD, IFAD Obtenção de informação relevante de outros projectos.

8 e 9 /08

4. Reuniões com Stakeholders

Cooperativas, Associações de Pescadores e Organizações de Produtores, bem como Organizações de Mercado e grande Distribuidor. Análise dos factores relevantes que afectam o fluxo dos abastecimentos e distribuição de pescado. Obtenção de dados de mercado.

Segunda e terceira semanas

5. Saídas de campo Visitas aos locais piscatórios de desembarques relevantes em Luanda - Municípios de Cacuaco, Ingombota e Samba. Pescadores, produtores e comércio. Visita ao Centro de Pesca de Buraco. Objectivos:

Recolha de informação e identificação dos problemas e obstáculos na cadeia de distribuição do pescado.

Identificação e observação das práticas de preservação, manuseamento e processamento bem como das infraestruturas existentes.

Segunda e terceira semanas

Cooperativas, Associações de Pescadores e Organizações de Produtores, bem como Organizações de Mercado (Reunião com todos)

12/08 – 10h.

Cacuaco – Mercado Mundial 13/08 – 7h.

INAIPIT 13/08 – 13h.

Ingombota – Ilha do Cabo, Casa Lisboa, Trapalhões, Chicala 14/08 – 7h.

Samba – Mabunda, Buraco, Copesca, Sr. Selvagem, AJ, GPJ 15/08 – 7h

6. Relatório Inicial Inception Report - Após 10 dias 16 de Agosto

7. Preparação de Workshop e Sessões de Formação

Primeiro draft do Estudo para discussão e validação com IPA (e stakeholders chave);

Draft de brochura;

Identificação dos stakeholders para o Workshop Nacional;

Identificação dos grupos de Pescadores para formação em boas práticas de manuseamento, processamento e comercialização de pescado.

16 de Agosto

8. Formação 3 Sessões de Formação de grupos de Pescadores/comerciantes/processadores seleccionados. 35 participantes por sessão, de cada comunidade (Cacuaco, Ingombota e Samba) e a realizar em cada comunidade conforme seja possível.

20, 21, 22, de Agosto

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Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 84

9. Preparação Workshop Preparação apresentação do estudo; Draft do Estudo e Brochura 24 – 26 Agosto

10. Workshop Nacional Apresentação da versão final do Estudo e Brochura: recolha de comentários e opinião dos diferentes stakeholders.

50 participantes (stakeholders) press release e banner relatório do workshop

27 de Agosto

11. Reunião Final Reunião final com IPA – discussão resultados do workshop e validação do estudo e brochura.

28 de Agosto

12. Brochura final Elaboração Brochura final, impressão e disseminação 28 de Agosto

Viagem de regresso a Portugal do Consultor

Luanda – Lisboa (saída 08.00h) 29 de Agosto

13. Relatório Final Relatório – Estudo Final Após 5 dias do regresso

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Projeto Financiado pela União Europeia Um projeto implementado por: Pg. 85

Anexo 3 – QUESTIONÁRIO – CHECKLIST

QUESTIONÁRIO - CHECKLIST DATA:

LOCAL: ____________________PESCADOR / VENDEDOR

NOME:_________________________ 1. ÁREA (Identificação / descrição) Observações

a) - Local? praia, porto, edifício,

b) - Acessos? tem, não tem, maus, bons

- infra-estruturas: Área de venda (com cobertura, piso, bancadas apropriadas, água corrente), Água, M.Gelo, Câmaras de Frio, Contentor Lixo, Armazém caixas, equipamento limpeza, combustível, outros __________________________________________

c) - Focos de contaminação? Esgotos, outros:

d) - Edifícios na proximidade:

e) - Grau hígio-sanitário: Mau, Satisfaz, Bom

f) - pertença da área Privada, pública, outra

2. PROCESSOS

a) - Acondicionamento, Preservação no barco? contacto directo com barco; cx pvc; arca; cestos, saco, outro gelo com / sem cobertura: do sol / isotérmica protegido de contaminação (combustível, madeira, comida, lixo, cão, etc)

b) - Descarga / Manuseamento / Venda?: à mão, caixa, cesto, carrinho, outro directo para o chão, lona no chão, caixa, veículo, etc adequado, contamina, fere produto, rápido, lento (expõe a temperatura ambiente, sol, vento, poeira)

c) - Saída para distribuição pelo vendedor? em veículo motor (cx aberta c / s protecção do ambiente , caixa isotérmica, com refrigeração) manual (c / s protecção do ambiente)

d) - Acondicionamento vendedor caixas pvc, arca, cesto, saco (apropriado / não) em gelo, sem gelo acondicionamento (mau, satisfaz, bom)

e) - Gelo (pescador) (vendedor) bloco triturado bloco partido manualmente / ferramenta escama contaminado (sujo, ferrugem, etc) transporte / acondicionamento? (mau, satisfaz, bom)

3. Pescadores/embarcação

a) Dono barco? S/N ; Grupo / Ass. / coop

b) - proveniência: local, afastado (km___)

c) - canoa, chata, c/m, catronga (__m); porão s / n

d) - arte (LM/RE/C/G)

e) - tempos: total no mar___ ; casa – pesqueiro ___/ na pesca ___/ para descarga ___/ regresso casa ___/

f) - abastecimento local / outro (km__) / na venda peixe

combustível gelo

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através do comprador de peixe? S / N

4. Rotina Pesca Diária? ___ dias/semana

a) - Local onde vive:

b) - Local de desembarque / abastecimento:

c) - Comprador? Fixo / leilão / família /

5. Venda

a) Como?: contracto / leilão / contacto directo

b) Preço?: vendedor / leilão / outro

c) Quantas vezes ficam sem vender?

d) O que fazem quando não vendem?

6. Comprador/Vendedor Características

Grossista / Intermediário / retalhista / Conta própria / Por conta d`outrem / Grupo / Ass. / Coop. / Família Pesc.

a) Veículo próprio / alugado / sem veículo Condições em 2. c) / d) / e)

b) Contracto com pescadores? S / N Que condições? $$ /G+C+Arte/ Emb.

Quantos?

c) Noções higiene? S/N Formação? S/N

7. Preços / espécie

na embarcação

na peixeira

8. OPINIÃO

a) Principais problemas?

b) A favor ou não de Centralização? Lota?

c) Indique 1 intervenção que considere realmente importante para melhoria do abastecimento e mercado?

d) Mudaria o seu comportamento se houvesse apoio directo com infra-estruturas? Utilizaria estas?

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Anexo 4 - CARACTERIZAÇÃO DO SECTOR DA PESCA ARTESANAL

RESUMO CARACTERIZAÇÃO DA PESCA ARTESANAL NA PROVÍNCIA DE LUANDA

CAPTURA ESTIMADA (ton) 2008 2009 2010 2011 2012

TOTAL País 105.176 96.819 102.038 66.798 60.150

Província Luanda 22.691 12.036 21.779 18.773 14.678

% Prov. Luanda 22 12 21 28 24

Municípios Luanda 2010 % 2012 %

Cacuaco 4.680 21 2.795 19

Luanda (Ingombota) 5.500 25 6.212 42

Belas (Samba) 11.599 53 5.672 39

EMBARCAÇÕES (Nº) – 2012 Canoa Chata s/m Chata c/m Catronga Total

TOTAL País 1792 2940 2684 376 7792

Província Luanda 320 728 622 130 1.800

% Prov. Luanda 18 25 23 35 23

Municípios Luanda % % % % %

Cacuaco 36 11 80 11 272 44 38 29 426 24

Luanda (Ingombota) 44 14 40 5 48 8 54 42 186 10

Belas (Samba) 240 75 608 84 302 49 38 29 1.188 66

Captura estimada por tipo de emb. (ton) Canoa Chata s/m Chata c/m Catronga Total 2012

% % % %

Total País 5.693 10 11.507 19 25.294 42 17.656 29 60.150

Província Luanda 793 5 2.262 16 7.337 50 4.287 29 14.678

2010

Total País 9.390 9 17.939 18 46.474 46 28.236 27 102.038

Província Luanda 1.466 7 3.868 18 10.030 46 6.414 29 21.779

Captura anual média estimada por tipo de emb. (ton) - 2012

2,5 3,1 11,8 33,0

Captura estimada por tipo de arte de pesca (ton) - 2012 Linha % Emalhar % Cerco %

Total País 14.623 24 27.731 46 17.795 30

Província Luanda 3.144 21 7.180 49 4.356 30

PESCADORES / MULHERES Cacuaco Luanda

(Ingombota) Belas (Samba) Total Pescadores %

P M P M P M País 25.053

Província Luanda 1.983 121 1.122 ? 3.895 >85 Luanda 7.000 28

% Prov. Luanda 28 - 16 - 56 -

Relatório Técnicos do IPA, Controlo Estatístico das Capturas e do Esforço de Pesca do Subsector Artesanal, 2010 – 2012; Dados recolhidos por amostragem aleatória nos locais de desembarque das pescarias.

Na caracterização do subsector da pesca artesanal que se segue, deve atender-se com alguma reserva aos dados e análise apresentados devido a alguns constrangimentos e limitações,

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principalmente ao nível da recolha dos dados brutos da amostragem, identificados pelo próprio IPA, entidade responsável por estas estatísticas. A caracterização feita tenta contudo ter em conta as acentuadas variações registadas, entendendo-as apenas como resultado das deficiências de amostragem. A recolha dos dados tem sido afectada, designadamente, por: diminuição da intervenção dos amostradores devido ao não pagamento de seus subsídios por parte do IPA; falta de apoio aos amostradores nos locais de desembarque por parte dos responsáveis das cooperativas; e noutros casos, os problemas de cobertura do território, e/ou o nível de desempenho dos serviços provinciais e do pessoal dos Centros de Apoio Integrados da Pesca Artesanal. Estes problemas acabam também por permitir identificar algumas fragilidades associadas ao sector, sendo assim já por si caracterizador e identificados de alguns problemas do próprio sector. A produção estimada da pesca artesanal caracteriza-se por uma variação entre cerca de 60 a 100 mil toneladas/ano no período de 2008 a 2012 ao nível nacional, representando a província de Luanda um valor de cerca de 21-28% do total, próximo das 15-20 mil toneladas/ano a par das províncias de Benguela e Zaire (Tabela 1). No cômputo nacional 75% dos recursos capturados são de demersais e pelágicos, distinguindo-se os demersais por constituírem apenas mais 5% que o total da captura de pelágicos, e com os crustáceos a representarem 11% da captura sendo os restantes vários outros recursos (Tabela 2).

Tabela 1. Produção anual estimada da pesca artesanal por província (t)

Província 2008 2009 2010 2011 2012

TOTAL País 105.176 96.819 102.038 66.798 60.150

Cabinda 9.443 3.397 4.550 1.822 2.756

Zaire 6.835 25.382 29.824 16.283 7.132

Bengo 7.887 8.461 12.406 9.309 2.645

K.Sul 20.224 3.958 5.735 6.442 10.257

Benguela 21.639 23.954 22.485 11.149 17.204

Namibe 16.457 19.631 5.259 3.018 5.474

Luanda 22.691 12.036 21.779 18.773 14.678

% Prov. Luanda 22 12 21 28 24

Tabela 2. Capturas estimadas por recurso pesqueiro - 2012

Em 2012, a frota do sector é constituído por cerca de 1800 canoas (23% da frota), 3000 chatas sem motor e 2700 com motor (respectivamente 38 e 34% da frota) e apenas 376 catrongas - embarcações cabinadas (5%), de um total de cerca de 7800 embarcações (Tabela 3). As Províncias de Luanda e Benguela juntas representam metade da frota artesanal (respectivamente 23 e 30%) enquanto que cada uma das restantes Províncias litorais caracteriza-se por constituírem fatias de 6 a 12% da frota. É todavia, ao nível da frota motorizada que estas 2 províncias se destacam ainda mais com proporções respectivamente de 58 e 47% (Tabelas 3 e 4). Luanda com 130 catrongas possui cerca de 1 terço da frota nacional cabinada e cerca de 1 quarto das chatas com motor, apesar de também possuir ainda 1 quarto das chatas sem motor e 1 quinto das canoas.

Grupos de espécies Demersais Pelágicos Crustáceos Mistos Total

Captura (ton) 24.445 20.538 6.990 8.177 60.150

% 41 34 11 14 100

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Dentro da província de Luanda, regista-se a uma frota de 1800 embarcações, composta de 42% de embarcações motorizadas, sendo 7% cabinadas. As chatas sem motor representam 40% da frota e as canoas 18%. Tabela 3. Número de embarcações na Província de Luanda – 2012

Tabela 4. Proporção provincial (%) da frota nacional por tipo de embarcação e pescadores

2012 Canoa Chata s/m Chata c/m Catronga Total Pescador

Total País 1792 2940 2684 376 7792 25053

Luanda (%) 18 25 23 35 23 28

Namibe (%) 22 14 5 9 12 12

Benguela (%) 18 39 29 18 30 20

Kwanza Sul (%) 1 12 21 5 12 21

Bengo (%) 1 6 8 13 6 8

Zaire (%) 23 4 7 14 10 5

Cabinda (%) 16 1 6 6 6 6

Tabela 5. Composição da frota em cada província (%) -2012

2012 - % Canoa Chata s/m Chata c/m Catronga

Namibe 41 42 14 4

Benguela 14 49 34 3

Kwanza Sul

2 36 60 2

Bengo 4 38 47 11

Zaire 53 16 25 7

Cabinda 59 5 32 4

Luanda 18 40 35 7

Conforme se poderá verificar na Tabela 6, a composição da frota em Luanda de 2010 para 2012 mantém praticamente os mesmos números, principalmente as respectivas proporções por segmento de frota. Ao nível dos municípios essa evidência é ainda mais clara. Tabela 6. Distribuição por segmento na província de Luanda (%) 2012

Canoa % Chata s/m % Chata c/m % Catronga % Total %

Total País 1792 2940 2684 376 7792

Província Luanda

320 18 728 25 622 23 130 35 1.800 23

Canoa Chata s/m Chata c/m Catronga Total

Província Luanda 320 728 622 130 1800

Municípios: Número de embarcações e % relativa na Província

Cacuaco 36 11 80 11 272 44 38 29 426 24

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A frota motorizada em Luanda representa cerca de 80% da produção provincial com cerca de 12,6 mil toneladas em 2012 (das quais cerca de um terço proveniente de catrongas) de um total nacional de 43 mil toneladas (Tabela 7). Apesar de em todas as províncias o segmento motorizado representar valores de captura relativa na província acima dos 63%, é na província de Luanda que esta proporção é maior. Tabela 7. Captura Total (t) por Segmento de Frota e proporção provincial relativa ao total nacional.

2012 Total Canoas %

Chatas s/motor

% Chatas c/motor

% Catrongas %

Total País 60150 5693 11507 25294 17656

Luanda 14679 793 14 2262 20 7337 29 4287 24

Zaire 7132 836 15 1471 13 2862 11 1964 11

Bengo 2645 179 3 475 4 1310 5 682 4

Kwanza S 10258 1236 22 2710 24 4177 17 2135 12

Benguela 17204 1899 33 3190 28 6040 24 6076 34

Namibe 5474 511 9 970 8 2315 9 1678 10

Cabinda 2757 239 4 430 4 1253 5 834 5

Em 2010 na província de Luanda verifica-se que a proporção das capturas por segmento apresenta um perfil bastante idêntico ao registo nacional, apenas variando em 2 pontos para baixo no segmento das canoas e 2% para cima nas catrongas. Em 2012 a diferenciação é já bastante mais com as chatas a motor a apresentarem mais 8% que a proporção nacional e menos 5% nas canoas. Nas catrongas Benguela salienta-se com mais 6% que a proporção nacional enquanto que em Luanda o valor é igual (29%) (Tabela 8). Tabela 8. Distribuição da Captura Total (t) por tipo de embarcação por província

2012 Total Canoas % Chatas s/motor

% Chatas c/motor

% Catrongas %

Total País 60.150 5.693 10 11.507 19 25.294 42 17.656 29

Luanda 14.679 793 5 2.262 16 7.337 50 4.287 29

Zaire 7.132 836 12 1.471 21 2.862 40 1.964 27

Bengo 2.645 179 6 475 18 1.310 50 682 26

Kwanza S 10.258 1.236 12 2.710 26 4.177 41 2.135 21

Benguela 17.204 1.899 11 3.190 19 6.040 35 6.076 35

Namibe 5.474 511 10 970 18 2.315 42 1.678 30

Luanda (Ingombota) 44 14 40 5 48 8 54 42 186 10 Belas (Samba) 240 75 608 84 302 49 38 29 1.188 66

2010

Província Luanda 304 728 616 89 1737

Municípios:

Cacuaco 28 9 80 11 272 44 27 30 407 23 Luanda (Ingombota) 36 12 40 5 42 7 44 49 162 9 Belas (Samba) 240 79 608 84 302 49 18 20 1168 67

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Cabinda 2.757 239 9 430 16 1.253 45 834 30

2010

Total País 102.038 9.390 9 17.939 18 46.474 46 28.236 27

Luanda 21.779 1.466 7 3.868 18 10.030 46 6.414 29

A caracterização dos pesos das capturas por arte de pesca evidência o mesmo perfil em todas as províncias (Tabela 9). As capturas por linha de mão representam uma proporção ao nível nacional de 24%, apresentando dentro da provincia de Luanda a proporção mais baixa (21%) e no Zaire e Bengo a mais elevada (31%). A arte de emalhar apenas em Benguela se afasta bastante da proporção nacional de 46%, com menos 12%. Nas outras províncias a captura por arte de emalhar varia entre os 49% (Luanda) e os 54%. A proporção de captura com a arte de cerco em Luanda é a mesma que ao nível nacional (30%), enquanto que nas outras províncias varia entre os 18 (Bengo e Zaire) e os 44% (Benguela), não existindo dados disponíveis para Cabinda. Fazendo a comparação entre 2010 e 2012 regista-se que as capturas por arte de redes de emalhar teve uma proporção superior de mais 5% (51%) embora em Luanda tivesse sido inferior em 2 pontos (47%). Embora os dados de capturas amostrados sejam em função da arte utilizada no momento do registo e portanto daí resultando uma estatística fidedigna das capturas por arte de pesca, convém no entanto referir, que não existe referência à identificação à multi-utilização de artes de pesca pela mesma embarcação, o que poderia potenciar a análise dos rendimentos dentro de cada segmento face às artes de pesca. Tabela 9. Captura total (t) por Artes de pesca em 2012.

Total Linha % Emalhar % Cerco %

Total 60.150 14.623 24 27.731 46 17.795 30

Luanda 14.679 3.144 21 7.180 49 4.356 30

Namibe 5.475 1.333 24 2.966 54 1.176 22

Benguela 17.204 3.793 22 5.859 34 7.553 44

Kwanza Sul

10.258 2.486 24 5.310 52 2.462 24

Bengo 2.645 812 31 1.342 51 492 18

Zaire 7.132 2.185 31 3.629 51 1.318 18

Cabinda - - - - - -

2010

País 102.038 23.083 23 52.320 51 26.635 26

Luanda 21.779 4.400 20 10.294 47 7.084 33

É na análise da Tabela 10, das capturas médias por embarcação que realmente se verifica uma grande disparidade dos números, como por exemplo 53,7 t por canoa no Kwanza Sul enquanto que nas outras províncias este valor ronda as 0,8 - 2,5 t (Cabinda, Luanda, Namibe e Zaire), 9 t no Bengo e 6 em Benguela. No segmento das chatas sem motor as capturas ficam-se por 2,4 a 3 t (Namibe, Bengo, Benguela e Luanda), disparando para 7,8 t no Kwanza sul, 11,8 t no Zaire, e 15,9 t em Cabinda. Nas Chatas com motor verifica-se uma média a rondar as 6 a 8 t em Bengo, Benguela, Kwanza sul e Cabinda; com 11,8 t a 14,8 t em Luanda e Zaire, destacando-se no Namibe a captura média de 17,8 t. No segmento das catrongas o Zaire apresenta o valor médio mais baixo de 13,6 t, seguido de Luanda com 33 t, Zaira e Cabinda com 38 t, Namibe 48 t, disparando Benguela e Kwanza sul para respetivamente 89 t e 112 t. Tabela 10. Captura total média por embarcação por segmento por província

2012 - (t) Canoas Chatas Chatas Catrongas

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s/motor c/motor

Total 3,2 3,9 9,4 47,0

Luanda 2,5 3,1 11,8 33,0

Zaire 2,0 11,8 14,8 37,8

Bengo 9,0 2,7 5,9 13,6

Kwanza S 53,7 7,8 7,3 112,4

Benguela 5,9 2,8 7,7 89,4

Namibe 1,3 2,4 17,8 47,9

Cabinda 0,8 15,9 7,9 37,9

A disparidade de valores apresentada pode ser compreendida pelas limitações das estatísticas e seu plano de amostragem e/ou por falta de conhecimento do nível de actividade de cada embarcação, isto é, do esforço de pesca realizado em número de dias efectivos de pesca realizado ao longo do ano, ou ainda por falta de diferenciação do poder de captura das embarcações atendendo a outras características, como a potência de motorização, aparelhos auxiliares, etc. Na caracterização social (Tabela 11), os pescadores da província de Luanda são cerca de 7.000, representando 28% dum total de 25.000 pescadores registados ao nível nacional. Os números de mulheres processadoras e peixeiras na actividade não é ainda fidedigno devido a uma grande subestimação. Samba integra quase 3.900 pescadores, enquanto Cacuaco, cerca de metade deste número e Ingombota 1.100, ou seja respectivamente 56, 28 e 16% da Província. Desta distribuição poderá entender-se a forma como a frota na Província indicia uma especialização e concentração de frota motorizada em Cacuaco e Samba, 73 e 78%, com uma partilha idêntica de 29% no segmento das catrongas, todavia em complemento Samba possui ainda 75% de canoas e 84% das chatas sem motor. Tabela 11. Número de Pescadores artesanais na Província de Luanda

Anexo 5 – LISTAGEM DOS ENCONTROS E CONTACTOS

Data Pessoas Instituição / Cargo

6/08 Leone Tarabusi URF (ACP Fish II)

Nkosi Lukeye IPA – Director

Filomena Velho INIP – Directora

Maria Pedro INIP – Laboratorio

7/08 Vincent Van Halsem Delegação UE – Pescas

Susana Martins Delegação UE – Ambiente

Fernaando Crende Delegação UE – Chefe Sector (Desenvolvimento Rural e Garantia Alimentar

Maria de Lurdes Sardinha DNP- Directora

António Torres IPA – Dept. Estudos e Projecto

Júlia Catarina IPA – Dept. Estudos e Projecto

2012 2010

Pescadores % País

% ao nível Província

Pescadores % ao nível Província

Total País 25053

Província Luanda 7.000 28 6327

Cacuaco 1.983 28 1759 28

Luanda (Ingombota) 1.122 16 898 14

Belas (Samba) 3.895 56 3670 58

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Inácio Rangel IPA – Chefe Dept. Estudos e Projecto Cavungo Lombo IPA – Dept. Apoio às Comunidades

Edgar Costa IPA – Dept. Apoio às Comunidades António Chaves IPA – Chefe Dept. Apoio às Comunidades 8/08 Cidalina Nogueira DNIIP - Directora

Nelson DNIIP – Chefe Dept. Pesquisa de Mercados

9/08 Pedro Afonso IPA – Estatística

Felix Martin BAD – Senior Fisheries Officer

Carlos Neto BAD / IPA – Consultor Local

12/08 João Generoso Cooperativa Barra do Bengo – Cacuaco

Esteves António Cooperativa Kilamba Kiaxi – Cacuaco

Abissai Ningan Associação Aapl – Ingombota

Manuel Lucas Associação Apal – Ingombota

Francisca Chimina Cooperativa Família Chimina – Ingombota

Representante Provincial das Pescas – Ingombota

Representante Provincial Pescas – Samba

13/08 Tungu Silvain INAIPIT – Director Técnico

Esperança INAIPIT

Fernando INAIPIT - Director

14/08 Isabel Peixeira – Ingombota

Luísa Peixeira – Ingombota

Sebastião Coelho Armador Pescador – Ingombota

Claudino Tavares Fábrica de Gelo

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APÊNDICE - ESTUDO SOBRE A CADEIA DE ABASTECIMENTO E MERCADOS DA PESCA

ARTESANAL NA REGIÃO DE LUANDA