Relatório_Exp6_Amplificadores de Potência_Fundamentos de eletrônica_Trim3.2

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    Experimento 6:Amplificadores de Potncia.

    Disciplina: EN2701 Fundamentos de Eletrnica.

    Discentes:Fernando Henrique Gomes ZucatelliPedro Caetano de Oliveira

    Turma: A/Noturno

    Prof . Dr. Roberto Jacobe Rodrigues.

    Santo Andr, 13 de Julho 2011.

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    1. INTRODUO

    Amplificadores recebem o sinal de um transdutor ou alguma outra fonte de

    entrada e o amplificam (mesmo sinal, sem distoro, apenas com maior amplitude)

    para um dispositivo de sada.

    Esse sinal de entrada geralmente pequeno, porm precisa ser grande o

    suficiente para acionar um dispositivo de sada. Por exemplo, a leitura de um sinal

    de CD, feita digitalmente com sinais de amplitude baixa, tolerados pelo aparelho de

    leitura, mas que devem ter uma amplitude alta quando transmitidos a um alto-

    falante, por exemplo, que deve ter energia suficiente para provocar vibraes e

    produzir um sinal sonoro audvel.

    Existem diversas montagens para os circuitos amplificadores, nesse caso

    utilizou-se um amplificador de classe B, cuja eficincia maior que o de classe A e

    permite que os transistores sejam menos exigidos, de forma que cada um conduz

    apenas por um semi-ciclo, ou seja, o ngulo de conduo de cada um deles 180,

    de forma que um s opera quando o outro no opera.

    2. OBJETIVOS

    Os objetivos deste experimento so medir a tenso de compliance (mxima

    tenso da entrada cuja amplificao no resulta em sada distorcida) em um

    amplificador de potncia e verificar experimentalmente a influncia das resistncias

    R1 e R3 no sinal de sada.

    3. PARTE EXPERIMENTAL

    Foram utilizados os seguintes materiais:

    1 Transistor BC 547 (NPN)

    1 Transistor BC 557 (PNP)

    2 Capacitores eletrolticos de 1F

    1 Capacitor eletroltico de 100F

    1 Resistor 100

    1 Resistor 470

    1 Resistor de 2,2

    2 Resistor 4,7 k

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    1 Resistor de 10 k

    1 Potencimetro de 47 k

    E os seguintes equipamentos:

    1 Multmetro digital Marca Minipa ET-2510 (porttil)

    1 Protoboard (Matriz de contato)

    1 Fonte de Tenso Marca Minipa MPL-3303

    1 Fonte geradora de sinal Tektronix modelo AFG 3021B

    1 Osciloscpio digital Tektronix modelo TDS 2022B

    1 PenDrive(memria Flash)

    Cabos e fios para conexo

    3.1. Determinao do Compliance

    A Figura 1 mostra o circuito amplificador de potncia cujas caractersticas

    foram verificadas neste experimento.

    Figura 1 Circuito amplificador de potncia.

    A determinao do compliance (maior valor de tenso de entrada cuja

    amplificao no distorce a sada) foi feita elevando-se a tenso de pico a pico do

    gerador de sinais continuamente. Para isso foi configurada a opo High Z no

    menu de sada do gerador para que ele possa fornecer tenses de at 20V de pico a

    pico.

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    A entrada do amplificador foi acoplada ao gerador de sinais, sendo a

    freqncia aplicada sempre de 1kHz e a tenso de pico a pico alterada at o valor

    no qual se percebeu a diferena (distoro) entre a sada e a entrada. Em seguida, a

    tenso do gerador foi ajustada para o mximo de 20V, sendo a distoro do sinal

    para essa entrada, j consideravelmente acentuada, verificada.

    3.2. Influncia das resistncias na distoro

    Para verificar a influncia dos resistores R1 e R3 (Figura 1) foi adicionado um

    potencimetro em srie com R1, mantendo-se R3 sem alterao, e, em seguida, o

    contrrio, sendo tambm adicionado um resistor de carga RL=10 k para os dois

    casos.

    O potencimetro foi posicionado na sua resistncia mxima que foi reduzida

    gradativamente. A imagem inicial foi gravada, bem como algumas outras durante a

    variao do potencimetro. Para a medio da resistncia do potencimetro

    responsvel pela imagem captada, o circuito foi desligado e sua resistncia medida

    por meio de um multmetro, sendo, ento, o circuito religado.

    4. RESULTADOS E DISCUSSO4.1. Determinao do Compliance

    A sequncia de imagens da Figura 2 mostra a obteno da tenso de

    compliancecom a carga de RL = 470 . A imagem da esquerda para tenso de

    entrada de 10,0 V, onde nota-se que no h diferena entre as curvas do canal 1

    (gerador amarelo) e do canal 2 (sada do amplificador azul). A imagem central

    mostra o incio da distoro em 10,8V do gerador, sendo que a sada passa a

    manter a tenso de pico a pico em 10,0V. A imagem direita exibe o caso com a

    mxima tenso fornecida pelo gerador, sendo a tenso de entrada de 19,2V e a

    sada de 10,2V, ambos de pico a pico, e neste caso a distoro ntida. Ento a

    tenso de compliancecom a carga de 470 na faixa de 10,8V.

    A sequncia de imagens da Figura 3 mostra a obteno da tenso de

    compliancecom a carga de RL = 10 k. A descrio das imagens anloga ao caso

    anterior, exceto a imagem da direita que exibe o caso com a mxima tensofornecida pelo gerador, sendo a entrada de 19,2V e a sada de 10,0V, ambos de

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    pico a pico. Ento a tenso de compliancecom a carga de 10 k na faixa de

    10,8V.

    A sequncia de imagens da Figura 4 mostra a obteno da tenso de

    compliancecom a carga de RL = 100 e a da Figura 5 para RL = 47 . Em ambas

    figuras ocorre o mesmo que nos casos anteriores a menos de pequenas flutuaes

    nos valores do gerador (canal 1) e da sada (canal 2).

    Dessa forma a tenso de compliancepara todas as resistncias testadas na

    faixa de 11V pico a pico.

    Figura 2 Sequncia de imagens variando a entrada para carga RL=470 .

    Figura 3 Sequncia de imagens variando a entrada para carga RL=10 k

    .

    Figura 4 Sequncia de imagens variando a entrada para carga RL=100 .

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    Figura 5 Sequncia de imagens variando a entrada para carga RL=47 .

    Com isso, pode-se perceber que o valor de compliance inerente ao circuito

    amplificador, mantendo-se o mesmo para qualquer que seja o valor da carga de

    sada do circuito, o que importante por permitir um dimensionamento do mesmo

    considerando qualquer carga de sada, garantindo controle sobre seu funcionamento

    seja qual for a carga utilizada.

    Vale comentar, no entanto, que a potncia dissipada pelas cargas varia com

    seus valores, j que, embora a tenso seja a mesma, a corrente varia, de modo que

    uma carga de maior resistncia dissipa mais potncia para uma mesma corrente,

    sabendo-se que a potncia dada pela resistncia vezes o quadrado da corrente

    (P=R(i)2).

    4.2. Influncia das resistncias na distoro

    As figuras a seguir, de 6 a 11, apresentam o comportamento do sinal de sada

    (azul) mediante a variao do valor das resistncias em R1 e R2, que foi feito por

    meio da insero deum potencimetro em srie com esses resistores.

    possvel observar que, para ambos os resistores, a distoro ocorre com o

    aumento do valor da resistncia, ou seja, utilizando-se o valor do potencimetro

    mais elevado, sendo que a normalizao ocorre para o mesmo valor

    aproximadamente, considerando-se pequenas variaes de tolerncia no valor real

    dos componentes. Ou seja, o comportamento em R1 anlogo ao em R3.

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    Figura 6 Forma de onda com potencimetro em srie com R1 e Rpot=50,71 k.

    Figura 7 Forma de onda com potencimetro em srie com R1 e Rpot=24,09 k.

    Figura 8 Forma de onda com potencimetro em srie com R1 e Rpot=17,52 k.

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    Figura 9 Forma de onda com potencimetro em srie com R3 e Rpot=50,17 k.

    Figura 10 Forma de onda com potencimetro em srie com R3 e Rpot=27,00 k.

    Figura 11 Forma de onda com potencimetro em srie com R3 e Rpot=13,11 k.

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    Esse fenmeno ocorre, pois, com o aumento dessas resistncias, a corrente da

    base do transistor referente resistncia alterada diminuda, fazendo com que sua

    operao seja deslocada do ponto quiescente. Operando fora de seu ponto

    quiescente (prximo do corte), o transistor acaba criando um sinal distorcido.

    Outros fatores importantes e complementares que justificam a distoro do

    sinal so o fato das resistncias serem de igual valor justamente para que os

    transistores sejam polarizados com a mesma tenso, de modo que a tenso entre

    emissor e coletor seja metade da tenso de alimentao. Alm disso, o ngulo de

    conduo de cada um dos transistores deve ser 180, com cada um dos transistores

    operando por vez, a cada semi-ciclo do sinal de entrada.

    Todas essas ponderaes justificam distoro do sinal, j que alteram aoperao do circuito.

    Como considerao final, interessante notar que, durante a operao, os

    transistores apresentarem um considervel aquecimento, j que potncia estava

    sendo dissipada por eles na forma de calor. Isso demonstra a importncia da

    configurao push-pull (dois transistores), que permite que cada um deles opere

    apenas por semi-ciclo do sinal de entrada, permitindo que um resfrie enquanto o

    outro opera.

    5. CONCLUSO

    Os amplificadores de potncia mantm a tenso de sada igual a de entrada,

    porm aumentam a corrente do circuito produzindo assim um aumento de potncia.

    Isso pode ser percebido tambm pelo aquecimento (efeito Joule) dos transistores,

    resultado da potncia dissipada.

    Nesse aspecto, amplificadores da Classe B so vantajosos por permitirem quecada transistor opere somente por um semi-ciclo do sinal de entrada (ngulo de

    conduo igual a 180), dessa forma possvel que um transistor resfrie enquanto o

    outro mantm a operao de amplificao.

    Para este circuito, no entanto, necessrio ter em mente as especificaes do

    ponto quiescente, que deve ser prximo da regio de corte, j que se operado fora

    desta regio o circuito produzir um sinal com distoro considervel.

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    6. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    [1] MALVINO, Albert P. Eletrnica. 1.ed. So Paulo, McGraw-hill, 1987.

    [2] BOYLESTAD, R.L.; Introduo anlise de circuitos; 10.ed. So Paulo:Pearson Prentice Hall, 2004.