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1 RELATÓRIO DA CONSULTA PÚBLICA DA CMVM N.º 1/2016 INSTRUÇÃO DA CMVM RELATIVA À CARTEIRA E ATIVIDADE DOS FUNDOS DE CAPITAL DE RISCO, SOCIEDADES DE CAPITAL DE RISCO, SOCIEDADES DE INVESTIMENTO EM CAPITAL DE RISCO E SOCIEDADES GESTORAS DE FUNDOS DE CAPITAL DE RISCO I. PROCESSO DE CONSULTA A Lei n.º 18/2015, de 4 de março, aprovou o Regime Jurídico do Capital de Risco, Empreendedorismo Social e Investimento Especializado (“RJCRESIE”), transpondo parcialmente a Diretiva n.º 2011/61/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 8 de junho de 2011, relativa aos gestores de fundos de investimento alternativo (“AIFMD”). Com o novo regime foi revogado o anterior regime aplicável ao exercíci o da atividade de investimento em capital de risco, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 375/2007 de 8 de novembro, e passou a regular-se a atividade de investimento em empreendedorismo social e em investimento alternativo especializado. Em 3 de novembro, entrou em vigor o Regulamento da CMVM n.º 3/2015 (“Regulamento”), que revogou o Regulamento da CMVM n.º 1/2008 aplicável à atividade de capital de risco. Com as referidas alterações legislativas e regulamentares (quer decorrente da transposição da AIFMD, quer decorrentes de opções estritamente nacionais), impôs-se a revisão da Instrução em vigor por forma a adequar o tipo de informação a reportar aos deveres que impendem sobre as entidades responsáveis pela gestão e respetivos organismos de investimento em capital de risco, previstos no RJCRESIE e no Regulamento. A Consulta Pública da CMVM n.º 01/2016, respeitante à revisão Instrução da CMVM n.º 2/2013, relativa à carteira e atividade dos fundos de capital de risco, sociedades de capital de risco, sociedades de investimento em capital de risco e sociedades gestoras de fundos de capital de risco, decorreu entre os dias 3 de maio e 16 de junho de 2016, cumprindo agradecer os contributos recebidos, os quais mereceram a melhor atenção da CMVM. Foram recebidos contributos de 11 entidades, tendo uma parte das mesmas solicitado a não identificação e não divulgação individual dos respetivos comentários. Assim, neste relatório, apenas serão identificados os contributos das seguintes entidades: Associação de Empresas Emitentes de Valores Cotados em

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RELATÓRIO DA CONSULTA PÚBLICA DA CMVM N.º 1/2016

INSTRUÇÃO DA CMVM RELATIVA À CARTEIRA E ATIVIDADE DOS FUNDOS DE CAPITAL DE RISCO, SOCIEDADES DE CAPITAL DE RISCO, SOCIEDADES DE

INVESTIMENTO EM CAPITAL DE RISCO E SOCIEDADES GESTORAS DE FUNDOS DE CAPITAL DE RISCO

I. PROCESSO DE CONSULTA

A Lei n.º 18/2015, de 4 de março, aprovou o Regime Jurídico do Capital de Risco, Empreendedorismo

Social e Investimento Especializado (“RJCRESIE”), transpondo parcialmente a Diretiva n.º 2011/61/UE, do

Parlamento Europeu e do Conselho, de 8 de junho de 2011, relativa aos gestores de fundos de investimento

alternativo (“AIFMD”). Com o novo regime foi revogado o anterior regime aplicável ao exercício da atividade

de investimento em capital de risco, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 375/2007 de 8 de novembro, e passou

a regular-se a atividade de investimento em empreendedorismo social e em investimento alternativo

especializado.

Em 3 de novembro, entrou em vigor o Regulamento da CMVM n.º 3/2015 (“Regulamento”), que revogou o

Regulamento da CMVM n.º 1/2008 aplicável à atividade de capital de risco.

Com as referidas alterações legislativas e regulamentares (quer decorrente da transposição da AIFMD,

quer decorrentes de opções estritamente nacionais), impôs-se a revisão da Instrução em vigor por forma a

adequar o tipo de informação a reportar aos deveres que impendem sobre as entidades responsáveis pela

gestão e respetivos organismos de investimento em capital de risco, previstos no RJCRESIE e no

Regulamento.

A Consulta Pública da CMVM n.º 01/2016, respeitante à revisão Instrução da CMVM n.º 2/2013, relativa à

carteira e atividade dos fundos de capital de risco, sociedades de capital de risco, sociedades de

investimento em capital de risco e sociedades gestoras de fundos de capital de risco, decorreu entre os

dias 3 de maio e 16 de junho de 2016, cumprindo agradecer os contributos recebidos, os quais mereceram

a melhor atenção da CMVM.

Foram recebidos contributos de 11 entidades, tendo uma parte das mesmas solicitado a não identificação

e não divulgação individual dos respetivos comentários. Assim, neste relatório, apenas serão identificados

os contributos das seguintes entidades: Associação de Empresas Emitentes de Valores Cotados em

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Mercado (AEM), Caixa Capital SCR, 2BPartner SCR, Busy Angels SCR, Espírito Santo Ventures SCR e

Portugal Capital Ventures SCR.

O relatório que agora se publica aborda as principais questões colocadas e a posição da CMVM quanto às

mesmas. Partilha-se, assim, com os participantes na Consulta Pública e quaisquer interessados o resultado

das reflexões adicionais a que a análise dos contributos conduziu, favorecendo o aperfeiçoamento de

algumas soluções na versão final da Instrução.

II. RELATÓRIO DA CONSULTA

2.1. Comentários genéricos

No âmbito do projeto de Instrução submetido a consulta pública, foram emitidos um conjunto de comentários

genéricos e transversais relativos às propostas de revisão efetuadas.

A AEM refere acolher positivamente a iniciativa da CMVM de revisão das normas de reporte e de clarificação

dos deveres e modos de reporte, visando o tratamento informatizado de dados.

Uma das entidades menciona a profunda e oportuna mudança de estrutura que foi realizada na revisão da

Instrução, permitindo uma mais fácil leitura e compreensão dos vários campos e o esclarecimento de

dúvidas que foram surgido nos carregamentos de informação anteriores.

A título de sugestão, pede que a CMVM partilhe os filtros aplicados à informação enviada, por forma a

permitir a otimização dos ficheiros enviados e uma melhor compreensão dos relatórios de erro emitidos.

A propósito desta sugestão, esclarece-se que se encontram divulgados em anexo os “Esclarecimentos e

orientações de preenchimento”, que, além de esclarecimentos sobre os vários ficheiros, incluem alguns dos

controlos que podem ser desenvolvidos para minimizar os erros reportados pelo sistema e que, na sua

essência, correspondem aos filtros de validação existentes na plataforma extranet da CMVM.

Em contrapartida, a 2B Partner SCR, apesar de não apresentar propostas de alteração relativas ao

conteúdo da Instrução refere, relativamente ao procedimento de reporte instituído, que i) os ficheiros não

são userfriendly, sendo o seu preenchimento complexo e moroso, ii) a Instrução não responde às dúvidas

que surgem no preenchimento dos campos, iii) as formatações dos ficheiros necessárias à submissão dos

mesmos dificultam e atrasam o processo de reporte, iv) a transformação dos ficheiros “xls” para “dat” deveria

ser eliminada ou simplificada e v) não é fornecido feedback em real time sobre a submissão dos ficheiros.

Relativamente à falta de clareza da informação constante na Instrução, não foram identificadas pela

sociedade situações concretas em que a redação não se afigurava clara, não sendo, pois, possível,

esclarecê-las. No entanto, cremos que esta revisão da Instrução permitirá colmatar algumas das situações

que têm gerado dúvidas no preenchimento dos vários campos. Acresce ainda mencionar que os

“Esclarecimentos e orientações de preenchimento”, que constituem um anexo ao presente relatório, visam

esclarecer em detalhe a informação a remeter e a forma de preenchimento dos vários ficheiros, tendo e

conta as dúvidas que foram sendo colocadas pelas várias entidades.

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No que respeita aos comentários emitidos em termos da plataforma de reporte, refere-se que o sistema é

transversal a todas as entidades supervisionadas, consistindo no modelo instituído e desenvolvido

internamente. Uma alteração na plataforma de reporte, ainda que possa ser ponderada, não se revela de

rápida implementação e comportaria um acréscimo significativo nos custos para as várias entidades sujeitas

à supervisão da CMVM, pelo que não será considerada no âmbito desta revisão.

2.2. Prazos de reporte e período de adaptação à Instrução

Uma das alterações mais significativas em termos de impacto nos procedimentos internos das várias

sociedades foi a alteração da data do reporte das carteiras e operações realizadas no semestre pelos

fundos de capital de risco para o vigésimo dia seguinte ao termo do período a que respeita o reporte.

Neste âmbito, sete entidades manifestaram-se contra o encurtamento do prazo de reporte e emitiram um

conjunto de preocupações sobre as implicações de tais alterações nos procedimentos internos existentes

e na qualidade da informação reportada.

A Busy Angels SCR salienta que a imposição de um prazo de 20 dias poderá implicar uma redução na

qualidade da informação reportada e um incremento do esforço de reporte às entidades gestoras, assim

como a duplicação das necessidades administrativas e custos associados.

A Caixa Capital SCR refere que o prazo se afigura muito restritivo, não permitindo a realização do fecho

contabilístico e posterior recolha e carregamento de toda a informação.

A Portugal Capital Ventures SCR chama atenção para o facto do prazo de 20 dias imposto não se encontrar

de acordo com a atual redação do n.º 1 do artigo 15.º do Regulamento da CMVM n.º 3/2015 que refere o

envio dos ficheiros até ao final do segundo mês subsequente a cada semestre.

Outros argumentos invocados pelas restantes sociedades foram i) a imposição de um prazo de

encerramento de contas dos Fundos mais exigente do que o constante da Lei n.º 18/2015, que prevê que

a Assembleia anual de aprovação de contas dos Fundos possa ocorrer no prazo de quatro meses a contar

da data do encerramento do exercício, ii) a necessidade de cumprir com o prazo implicará que os DCFs

tenham que passar a ser efetuados em momento anterior ao fecho das contas das participadas, não se

utilizando, assim, os valores do final do ano, e iii) o aumento do risco de correção posterior dos valores

reportados em função da evolução normal do processo de encerramento de contas dos Fundos e respetiva

análise e certificação pelo auditor

Com base no artigo 9.º do Regulamento (UE) Nº 1073/2013 do Banco Central Europeu (BCE), de 18 de

outubro de 2013, o Banco e Portugal tem a obrigação de reportar àquela instituição, informação sobre os

fundos de investimento, até ao 28.º dia útil após o termo do período de referência.

O reporte da informação depois do prazo previsto definido terá como consequência uma comunicação de

um “incumprimento de reporte”, de acordo com a Decisão (UE) 2016/244 do Banco Central Europeu (BCE),

de 18 de dezembro de 2015, relativa ao não cumprimento das obrigações de prestação de informação

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estatística (BCE/2015/50). O BCE, com base nessa comunicação de incumprimento de prazo de reporte,

poderá impor sanções às respetivas entidades gestoras de acordo com o artigo 7.º do Regulamento (CE)

n.º 2533/98.

Por forma a evitar situações de incumprimento que resultassem na aplicação de sanções, e não obstante

se considerem os comentários emitidos pelas várias entidades fundamentados e pertinentes, houve

necessidade de encurtar os prazos de reporte relativos às carteiras e à atividade dos fundos de capital de

risco para que fosse possível a prestação daquela informação dentro dos prazos definidos pelo BCE.

Esclarece-se, no entanto, que o prazo é de 20 dias úteis.

No que respeita às inconsistências identificadas face aos prazos referidos no RJCRESIE e no Regulamento

n.º 3/2015, refere-se que, relativamente ao primeiro, o reporte de informação até ao 20.º dia útil não

prejudica o fecho de contas e a realização da assembleia no prazo de quatro meses da data do final do

exercício, não existindo, deste modo, incompatibilidade entre os dois prazos. Quanto à articulação entre os

prazos de reporte previstos na Instrução e aqueles que se encontram previstos no Regulamento, uma vez

que a Instrução contém efetivamente normas com âmbito parcialmente sobreposto à do artigo 15.º do

Regulamento, sendo nessa medida as mencionadas disposições incompatíveis, as normas regulamentares

posteriores revogam tacitamente, e na estrita medida em que se sobreponham à do Regulamento, a norma

regulamentar anterior.

Relativamente à aplicabilidade das normas constantes da presente Instrução, e atendendo às alterações

introduzidas, concede-se um prazo alargado entre a publicação e a entrada em vigor da mesma, prevendo

que esta ocorra a 1 de junho de 2017.

2.3. Carteira de Capital de Risco

2.3.1. Comentários genéricos

A 2BPartner SCR refere, relativamente aos ficheiros CCR e AAA, que a estrutura dos mesmos é demasiado

complexa e de difícil compreensão, existindo diversas colunas que não requerem preenchimento e que

poderiam ser eliminadas e que a informação solicitada nos ficheiros deveria ser igualmente revista, por se

tratar, em alguns casos, repetida e redundante, caso é o caso do NIF e do critério valorimétrico.

No que respeita às colunas que, para determinadas linhas, não são de preenchimento obrigatório, a solução

em vigor parece-nos a mais adequada e consiste na existência de apenas um quadro relativo à carteira de

capital de risco, no qual são preenchidas colunas específicas para cada categoria de ativos e passivos

identificada nas várias linhas, sendo as colunas não aplicáveis deixadas em branco. A eliminação das

colunas não aplicáveis em cada situação implicaria a criação de quadros autónomos, apenas com as

colunas relevantes para cada tipologia de ativo e passivo constante na carteira, o que, para além de não

constituir uma solução viável, pelo número de quadros que seria necessário criar, representaria um

acréscimo adicional de ficheiros a reportar à CMVM por cada uma das sociedades.

Relativamente aos campos existentes na Instrução, refere-se que cada um tem um propósito específico. O

número de identificação fiscal permite uma melhor identificação das empresas participadas, mais rigorosa,

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facilitando o tratamento de dados, na medida em que se trata de um elemento menos passível de erro do

que a denominação das empresas.

A identificação do critério valorimétrico permite verificar qual a metodologia utilizada em cada uma das

participações, bem como aferir que se encontram a ser cumpridos os métodos de avaliação previstos no

Regulamento da CMVM n.º 3/2015 para as diferentes tipologias de instrumentos financeiros.

Deste modo, não consideramos que estes campos sejam redundantes, tendo-se concluído pela

necessidade da sua manutenção.

2.3.2. Inclusão de nova rubrica E – Ativo sob gestão ajustado (Propostas de alteração n.º

3 e 15)

Em cumprimento do artigo 15.º do Regulamento da CMVM n.º 3/2015, foi prevista a inclusão de uma nova

rúbrica “E”, relativa ao ativo sob gestão ajustado da sociedade ou do fundo, nos termos do disposto no

artigo 2.º do Regulamento Delegado (EU) N.º 231/2013, de 19 de dezembro de 2012.

Várias entidades questionaram a forma de cálculo e solicitaram que seja incluída na Instrução a forma de

apuramento do valor a incluir na rubrica “E – Ativo sob gestão ajustado” dado existirem dúvidas de

interpretação relativamente ao Regulamento Delegado n.º 231/2013 de 19 de dezembro de 2012.

Tratando-se da forma de cálculo do ativo sob gestão no âmbito da AIFMD, a efetuar nos termos do artigo

2.º do Regulamento Delegado, a mesma deverá atender a um conjunto de critérios, considerando-se que

os mesmos não deverão ser replicados no texto da Instrução. Propôs-se, em alternativa, que o detalhe

deste cálculo fosse incluído no ficheiro de “Esclarecimentos e orientações de preenchimento”, apresentado

em anexo ao presente relatório, que conterá indicações práticas sobre o preenchimento dos campos mais

relevantes da Instrução tendo em consideração as respostas do Q&A da ESMA sobre a matéria,

constituindo o local indicado para inclusão deste esclarecimento.

2.3.3. Identificação através do Legal Entity Identifier (Propostas de alteração n.º 4 e 11)

No âmbito das propostas submetidas a consulta, a identificação do emitente e da contraparte passa a ser

efetuada através do Legal Entity Identifier (“LEI”), podendo ser utilizado o número de identificação fiscal

(“NIF”) em caso de inexistência daquele código.

A Portugal Capital Ventures SCR propõe que, uma vez que o Legal Entity Identifier ainda não está

disponível para consulta, seja mantido o NIF como regra de identificação do emitente, sendo o LEI

preenchido em casos excecionais.

A alteração da regra de preenchimento e a introdução da obrigatoriedade de reporte do LEI, que assenta

na mais moderna identificação de entidades a nível internacional, visa garantir um reporte de maior

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qualidade e facilitar o tratamento informatizado de dados, através de um código universal. Neste sentido,

manteve-se a regra de preenchimento proposta na Instrução.

Salienta-se, no entanto, que se encontram incluídos no ficheiro de “Esclarecimentos e orientações de

preenchimento”, apresentado em anexo ao presente relatório, esclarecimentos sobre as diligências a

desenvolver pelas entidades gestoras para identificação do LEI das várias entidades, designadamente, a

necessidade de, em complemento às fontes externas normalmente utilizadas para a caracterização de

ativos pelas entidades responsáveis pela gestão, dever ser utilizada a base de dados de acesso gratuito

disponível em https://www.gleif.org/en/lei/search como para efeitos de pesquisa do código LEI. Apenas

quando em nenhuma destas fontes de informação for identificado o código LEI da entidade em apreço pode

ser utilizado, em alternativa, o NIF.

2.3.4. Reporte do volume de negócios, resultado líquido e EBITDA das participadas

(Propostas de alteração n.ºs 9 e 10)

A Espírito Santo Ventures SCR refere que a possibilidade de se poder utilizar informação mais atualizada

que a do último Relatório e Contas, sem qualquer outra especificação, implica que essa informação possa

não corresponder a um ano de atividade mas somente a parte do ano, o que não permite a comparabilidade

de dados.

A menção constante do projeto de Instrução a “informação financeira mais atualizada” permite efetivamente

a utilização de dados intercalares, não sendo esse o indicador pretendido. Deste modo, e de forma a evitar

o reporte de informação financeira que não respeitasse a um exercício completo, foi clarificada a norma,

estabelecendo que os relatórios e contas ou a eventual informação financeira mais atualizada devem

respeitar a dados anuais.

A mesma entidade salienta também que os indicadores “Resultado Líquido” e “EBITDA” das participadas

dos Fundos são redutores para efetuar a validação dos valores de avaliação das participadas reportados

pelas sociedades, podendo induzir a conclusões incorretas, nomeadamente se não se tiver em conta a fase

de vida da empresa no momento a que se refere o reporte e as estratégias de evolução subjacentes.

A este respeito, importa referir que o valor atribuído às participações em carteira deverá resultar de um

prudente processo de avaliação realizado pela sociedade, devendo atender a um conjunto de informação

e indicadores sobre as empresas participadas e ser realizado de acordo com os métodos previstos no

Regulamento da CMVM n.º 3/2015.

O resultado líquido e o EBITDA das empresas participadas não constituem fatores de atribuição de valor

às mesmas, mas deverão ser tidos em consideração na avaliação da empresa, na medida em que poderão

revelar constrangimentos à evolução futura da entidade e à capacidade de gerar cash flow.

Neste sentido, o reporte destes indicadores não constitui uma forma de determinação do valor das

participadas, mas permite um enquadramento genérico da situação financeira das mesmas, constituindo

um indicador relevante para efeitos de supervisão, tendo-se optado pela manutenção do reporte destes

campos.

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2.3.5. Código da contraparte (Proposta de alteração n.º 11)

A Portugal Capital Ventures SCR e outra entidade alertam para as situações em que a contraparte são os

promotores do projeto (pessoas coletivas e/ou singulares), ao invés de uma única contraparte,

questionando a forma de identificação das mesmas, no campo de “Código da contraparte”.

De facto os contratos a prazo são muitas vezes celebrados com os promotores do projeto, que podem ser

uma ou mais pessoas singulares ou coletivas, considerando-se legitima a questão colocada pelas entidades

relativamente ao preenchimento dos códigos LEI quando exista mais que uma contraparte.

Neste sentido, esclarece-se que a solução para esta questão residirá na inclusão de uma linha por cada

contraparte existente, imputando-se o valor do contrato a prazo às várias contrapartes, consoante a sua

quota-parte. Deste modo, salvaguarda-se o reporte de toda a informação relevante sem que exista

duplicação de valores das operações.

2.4. Capital, desempenho e comissões

2.4.1. Distribuições e devoluções de capital (Proposta de alteração n.º 19)

Tendo em vista assegurar uma maior eficácia da supervisão dos organismos de investimento em capital de

risco, em particular, um maior controlo sobre a rubrica de capital, foi introduzida a obrigatoriedade de reporte

do valor das distribuições e devoluções realizadas, permitindo, assim, a aferição clara dos montantes de

capital realizado, investido e disponível para investimento.

A Espírito Santo Ventures SCR e outras duas entidades alertam para o facto do preenchimento do campo

“Distribuições e devoluções” não estar claro, na medida em que a devolução de capital e a distribuição de

rendimentos, consistindo em operações distintas, têm um impacto diferenciado na rúbrica de capital dos

fundos.

A introdução deste campo visou permitir a reconstituição dos montantes de capital subscrito e realizado

iniciais das SCR e dos FCR, na medida em que o valor destes indicadores varia ao longo do tempo e é

reportado com referência à data do reporte.

As questões suscitadas pelas entidades são pertinentes uma vez que as distribuições de rendimentos,

devoluções de capital e reduções de capital subscrito afetam de forma diferenciada as rubricas de capital

subscrito e realizado. Neste sentido, após ponderação, considerou-se que a reconstituição dos valores

iniciais de capital subscrito e realizado e a aferição acerca da rendibilidade das entidades apenas será

possível com a distinção das distribuições e devoluções acumuladas ocorridas, tendo sido eliminado o

campo inicial de “Distribuições e devoluções” e introduzidos os seguintes campos:

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- “Redução do capital subscrito”: tratando-se de uma prática corrente nos fundos constituídos recentemente,

esta operação não implica devolução de capital aos participantes, mas apenas a redução do seu

compromisso de realização de capital, afetando apenas o capital subscrito;

- “Devolução de capital realizado”: esta operação consiste na entrega aos participantes do montante por

eles realizado, tendo impacto nas rubricas de capital subscrito e realizado;

- “Distribuição de rendimentos”: esta operação ocorre, normalmente, após a devolução de todo o capital

realizado pelos participantes e consiste na imputação aos participantes das mais-valias realizadas pelo

fundo; apesar de não ter impacto nas rubricas de capital subscrito e realizado, afigura-se essencial para

aferição da rendibilidade efetiva do fundo.

2.4.2. Comissões (Proposta de alteração n.º 20)

Três entidades alertaram para a falta de clareza no preenchimento dos campos de comissões,

questionando se os valores a reportar respeitariam aos valores pagos ou suportados, em concreto, se a

perspetiva subjacente ao reporte seria a de pagamentos/recebimentos ou de custos/proveitos.

Após ponderação, considerou-se que deveria ser privilegiada a perspetiva contabilística em detrimento da

perspetiva de caixa no reporte das comissões, na medida em que a informação que é pretendida é a da

imputação das comissões em termos de gastos dos fundos, independentemente da data de pagamento

das mesmas. Neste sentido, foi acolhida a proposta das entidades e clarificado que o valor a reportar

respeita à imputação contabilística destes montantes e não ao seu pagamento/recebimento.

2.5. Participantes

2.5.1. Tipo

A Espírito Santo Ventures SCR salientou a não existência, na tipologia de participantes definida, de

referência às unidades de participação próprias que os Fundos possam deter, ainda que temporariamente,

nomeadamente em virtude de perda das mesmas por parte dos participantes.

Foi ainda questionado por outra entidade o facto de não existir igualmente referência às Sociedades

Gestoras de Fundos de Capital de Risco (SGFCR).

A este respeito esclarece-se que os fundos de capital de risco, assim como as sociedades de investimento

em capital de risco, são organismos de investimento em capital de risco, devendo as unidades de

participação detidas por este tipo de entidades ser reportadas de acordo com essa tipologia - OCR.

As SGFCR não são organismos de investimento em capital de risco, podendo, no entanto, deter unidades

de participação dos fundos que gerem na sua carteira própria, não existindo um código específico para as

mesmas. Depois de ponderada a possibilidade de criação de um código específico para as SGFCR e

atendendo à dimensão máxima dos restantes códigos (3 caracteres), considerou-se que não deveria ser

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incluído um código adicional, esclarecendo-se que quando as entidades detentoras de unidades de

participação de FCR sejam SGFCR, a tipologia de participante a selecionar deverá ser “SCR”.

2.5.2. Identificação dos participantes (Propostas de alteração n.ºs 23, 24 e 25)

A Espírito Santo Ventures SCR, a Portugal Capital Ventures SCR e outra entidade alertam para a forma de

preenchimento dos campos quando haja mais que um participante, uma vez que os mesmos têm um

número de carateres máximo, não sendo, assim permitido o preenchimento de informação relativa a

múltiplos participantes.

Atendendo à forma de preenchimento da tabela, poderá existir mais que um participante com a mesma

categoria/ residência/natureza/tipo, podendo neste caso serem os mesmos agrupados numa única linha.

Uma vez que a identificação dos participantes apenas é exigida no caso de detenção de mais de 10% das

unidades de participação, foi definida, nestes casos, a obrigatoriedade de introdução de uma linha por

participante, incluindo-se no texto da norma esta menção.

2.5.3. Identificação dos beneficiários efetivos (Propostas de alteração n.ºs 26, 27 e 28)

A introdução da obrigatoriedade de reporte relativa aos beneficiários efetivos dos participantes detentores

de 10% ou mais de unidades de participação/ações suscitou pedidos de esclarecimentos por parte da

Espírito Santo Ventures SCR e de outra sociedade, designadamente, a forma de preenchimento dos

campos quando o participante é também o beneficiário efetivo ou quando se trate de participantes de

determinadas tipologias, como por exemplo, entidades financeiras, empresas cotadas, fundos de pensões

e entidades de cariz público, tendo uma das entidades alertado para a dispensa do cumprimento do dever

de identificação prevista no artigo 11.º da Lei n.º 25/2008. No entanto, as questões ficam sem efeito, tendo

em conta a decisão de remover o reporte periódico desta informação.

Com efeito, salienta-se, que o reporte periódico da identificação os beneficiários efetivos foi removido da

Instrução atendendo aos custos que o envio periódico desta informação à CMVM, incluindo a

implementação de um modelo sistematizado para tratamento da referida informação, acarretariam às

entidades obrigadas. Acresce que não existe uma tendência para práticas semelhantes em outras

jurisdições europeias relevantes.

2.6. Aquisição e alienação de ativos

2.6.1. Percentagens transacionada e final da participação (Proposta de alteração n.º 32)

A Espírito Santo Ventures SCR e a Portugal Capital Ventures SCR levantam dúvidas relativas ao valor a

reportar nos campos de percentagem transacionada da participação e percentagem final da participação

solicitando que fosse clarificado o seu preenchimento, designadamente quanto ao cálculo dos valores a

considerar.

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Tendo em conta as dúvidas colocadas e verificando-se a existência de variados erros no preenchimento

destes campos no passado, a redação dos mesmos foi alterada por forma a tornar mais fácil o seu

preenchimento, clarificando-se que a “Percentagem transacionada da participação” é referente à operação

reportada e a “Percentagem final da participação” respeita à percentagem final que se mantém em carteira,

após a realização da operação.

2.6.2. Identificação dos beneficiários efetivos (Propostas de alteração n.ºs 35, 36 e 37)

As questões suscitadas neste campo são idênticas às referidas no ponto 2.5.3., tendo ainda sido

acrescentado, por parte de uma entidade, que considerava inexequível o preenchimento destes campos,

de forma exaustiva, relativamente a todas as participadas dos fundos sob gestão. Contudo as questões

ficam sem efeito, tendo em conta a decisão de remover o reporte periódico desta informação.

2.7. Contas

2.7.1. Comentário genérico

A 2B Partner SCR refere que o ficheiro deveria conter um controlo de Balanço que permitisse a verificação

imediata se está a ser corretamente preenchido. Ao nível da Demonstração de Resultados, propõe que as

células dos Resultados estejam protegidas e efetuem o respetivo cálculo automaticamente, considerando

que desta forma detetar-se-iam eventuais erros no preenchimento destas células antes da submissão dos

ficheiros.

As propostas apresentadas pela entidade não são compatíveis com o sistema de extranet existente na

CMVM, sendo que uma alteração do mesmo, ainda que possa ser ponderada, não seria de rápida

implementação e implicaria uma alteração nos sistemas e procedimentos internos implementados nas

várias entidades, e um acréscimo significativo de custos para as mesmas, pelo que não será considerada

no âmbito desta revisão.

Por outro lado, salienta-se que a realização dos controlos mencionados nos ficheiros excel que são

preparados para o reporte permite que eventuais erros sejam atempadamente detetados, previamente ao

envio dos ficheiros.

O sistema extranet da CMVM encontra-se parametrizado com filtros que verificam e validam a informação

enviada, sendo o controlo efetuado internamente, após a submissão dos ficheiros. Consideramos, assim,

que as sociedades deverão proceder à adoção de procedimentos internos que permitam efetuar as

verificações necessárias para que os ficheiros sejam submetidos sem erros.

Lisboa, 29 de novembro de 2016

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11

ANEXO

Esclarecimentos e Orientações de Preenchimento

Procedimentos genéricos de reporte

1) Em termos de especificações técnicas, os ficheiros deveram ser elaborados atendendo ao

disposto no Regulamento da CMVM n.º 3/2016;

2) Todos os ficheiros devem ser submetidos em conformidade com as denominações referidas

na norma 6, sem cabeçalhos e sem linhas e em branco;

3) Todos os campos devem ser preenchidos atendendo ao valor dos mesmos à data do

reporte, devendo os mesmos ser consistentes com os valores reportados nas

demonstrações financeiras e com os restantes ficheiros;

4) Quando se verifique, após a submissão dos ficheiros na extranet da CMVM, alterações em

qualquer rubrica dos ficheiros anteriormente reportados, deverão ser remetidas segundas

vias de todos os ficheiros que apresentem alterações face aos valores inicialmente

reportados;

5) Sempre que se verifique a submissão de segundas vias de ficheiros na extranet da CMVM,

visando a correção de ficheiros anteriormente remetidos, deverá ser remetido email para

[email protected] informando o carregamento destes ficheiros com uma descrição sucinta

das alterações ocorridas;

6) O Regulamento de Gestão dos fundos de capital de risco deverá encontrar-se carregado na

extranet, na sua versão mais atualizada, devendo proceder-se ao upload deste documento,

assim que o fundo inicie a sua atividade e sempre que se verifiquem alterações ao

documento;

7) A necessidade de carregamento do Regulamento de Gestão via extranet não substitui o

cumprimento do disposto no n.º 11 do artigo 7.º da Lei n.º 18/2015, devendo ser remetido,

via email, o requerimento de alterações ao Regulamento de Gestão, as versões limpa e em

track changes do Regulamento de Gestão e a ata da Assembleia de Participantes que

aprovou as alterações realizadas (quando aplicável).

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Carteira de Capital de Risco (“CCR”)

1) Todos os ficheiros “CCR” devem incluir rubricas de 1.º nível A, B, D e E e, quando existam

operações a prazo sobre participações, deverá ser adicionalmente preenchida a rubrica de

1.º nível C, independentemente de existir reflexo patrimonial das mesmas;

2) As rubricas de 1.º nível A constantes do ficheiro “CCR” deverão incluir todas as contas

constantes no balanço das sociedades ou fundos de capital de risco, individualizadas por

tipo de ativo e passivo, devendo o campo “Valor Total” dos ativos ser apresentado com sinal

positivo e o dos passivos com sinal negativo;

3) A rubrica de 1.º nível E deve corresponder ao ativo sob gestão, nos termos definidos no

Regulamento Delegado (EU) n.º 231/2013 da Comissão de 19 de dezembro, devendo

atender-se ao seguinte:

3.1. Deve ser considerado o valor de todos os ativos sob gestão, incluindo os ativos

adquiridos através do recurso ao efeito de alavanca;

3.2. Para efeitos de cálculo do valor total dos ativos sob gestão, cada posição sobre

instrumentos derivados é convertida na sua posição equivalente nos ativos subjacentes a

esse instrumento derivado, utilizando as metodologias de conversão previstas no Anexo II

do Regulamento Delegado, sendo o valor absoluto dessa posição equivalente utilizado para

o cálculo do valor total dos ativos sob gestão;

3.3. Quando um fundo investe noutros fundos geridos pela mesma sociedade gestora, esse

investimento pode ser excluído do cálculo dos ativos sob gestão da SCR.

3.4. No caso dos FCR, a rubrica E deve incluir o ativo sob gestão do fundo;

3.5. No caso das SCR, a rubrica E deve incluir o ativo sob gestão da própria sociedade,

acrescido do ativo sob gestão dos fundos geridos.

4) O somatório das rubricas de 1.º nível A (ativos e passivos) deverá corresponder à rubrica

de 1.º nível B (VLGF/Capital Próprio);

5) Quando existam opções de compra ou venda sobre participações as mesmas deverão ser

incluídas numa rubrica de 2.º nível “64 – Opções” (Rúbrica de 1.º nível C) e, adicionalmente,

caso as mesmas tenham reflexo patrimonial na sociedade ou no fundo, numa rubrica de 2.º

nível “51 – Opções de compra” ou “52 – Opções de venda” (Rubrica de 1.º nível A);

6) Os valores a reportar nas rúbricas “53 – Outros ativos” e “54 – Outros passivos” deverão

assumir uma natureza residual e corresponder apenas a ativos e passivos para os quais

não existe uma rubrica específica prevista no Anexo VI da Instrução;

7) Sempre que se verifique a existência de outros ativos ou outros passivos que, pela sua

natureza ou montante, assumam relevância significativa, os mesmos deverão ser

individualizados numa conta “53 – Outros ativos” ou “54 – Outros passivos”, devendo ser

incluídas tantas linhas quantas as necessárias;

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8) Cada depósito (ou empréstimo ou descoberto) bancário deve constituir um registo autónomo

a incluir na rúbrica de 2.º nível “31 – Depósitos Bancários” (ou “41 – Empréstimos Bancários”

ou “42 – Descobertos Bancários”), de acordo com a moeda em que foi constituído. O campo

“Descrição do ativo” contém a instituição financeira onde o depósito ou empréstimo foi

efetuado, a taxa de remuneração ou o custo de financiamento e o prazo da aplicação ou do

vencimento; devem também constituir um registo autónomo os bilhetes do tesouro, cada

programa de papel comercial, evidenciando o emitente, a taxa de remuneração e as datas

de aquisição e vencimento, e as unidades de participação dos fundos de tesouraria;

9) Nos casos particulares das rubricas de 2.º nível iniciadas por 1 ou por 2 são preenchidos os

seguintes campos: “Rubrica de 1.º nível”, “Rubrica de 2.º nível”, “Código do ativo”, “Código

do Emitente”, “CAE”, “Descrição do ativo”, “Data de aquisição”, “Valor de aquisição”, “Fase

de investimento”, “Percentagem detida”, “Código da moeda”, “Cotação da moeda”, “Critério

valorimétrico” e “Valor total”, sendo os restantes considerados em branco;

para rubricas de 2.º nível “11” são adicionalmente preenchidos os campos “Volume de

negócios”, “Resultado líquido”, “EBITDA”, “Quantidade” e “Preço”;

para rubricas de 2.º nível “12” são adicionalmente preenchidos os campos “Volume de

negócios”, “Resultado líquido”, “EBITDA”, “Quantidade”, “Preço” e “Código de

mercado”;

para rubricas de 2.º nível “13” são adicionalmente preenchidos os campos “Volume de

negócios”, “Resultado líquido” e “EBITDA”;

para rubricas de 2.º nível “26” são adicionalmente preenchidos os campos “Quantidade”

e “Preço”;

10) Nos casos particulares das rubricas de 2.º nível “31”, “41”, “53” e “54” são preenchidos os

seguintes campos: “Rubrica de 1.º nível”, “Rubrica de 2.º nível”, “Código do ativo”, “Código

do Emitente”, “Descrição do ativo”, “Código da moeda”, “Cotação da moeda” e “Valor total”,

sendo os restantes considerados em branco; quando se registem imparidades nos valores

introduzidos com a rubrica de 2.º nível “53” os mesmos deverão ser considerados em linha

autónoma e preenchidos adicionalmente os campos: “Tipo de incumprimento”, “Data de

incumprimento” e “Imparidade”;

11) Nos casos particulares das rubricas de 2.º nível “32” e “33” são preenchidos os seguintes

campos: “Rubrica de 1.º nível”, “Rubrica de 2.º nível”, “Código do ativo”, “Código do

Emitente”, “Descrição do ativo”, “Código da moeda”, “Cotação da moeda”, “Quantidade”,

“Preço” e “Valor total”, sendo os restantes considerados em branco;

12) No caso particular das rubricas de 2.º nível “51” e “52” são preenchidos os seguintes

campos: “Rubrica de 1.º nível”, “Rubrica de 2.º nível”, “Código do ativo”, “Código do

Emitente”, “Descrição do ativo”, “Código da moeda”, “Cotação da moeda” e “Valor total”,

sendo os restantes considerados em branco;

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13) Nos casos particulares das rubricas relativas a responsabilidades extrapatrimoniais – rúbrica

de 1.º nível C - são preenchidos os seguintes campos: “Rubrica de 1.º nível”, “Rubrica de

2.º nível”, “Código do ativo”, “Código do Emitente”, “Descrição do ativo”, “Código da moeda”,

“Cotação da moeda”, “Quantidade”, “Preço” e “Valor total”, “Código da contraparte”,

“Descrição da contraparte”, “Data de vencimento”, “Código da moeda”, “Cotação da moeda”,

“Quantidade”, “Preço” e “Valor total”; as posições vendedoras deverão ser precedidas de

sinal negativo no campo de valor total (com as exceções dos casos de derivados cambiais

em que o subjacente é a moeda de referência do fundo, nos quais as posições compradoras

deverão ser precedidas de sinal negativo no campo de valor total). nos casos dos swaps,

os campos do tipo de taxa de juro e do valor da taxa de juro são preenchidos de acordo com

o juro a receber.

14) Os campos “Código da Entidade” e “Código da Contraparte” devem ser preenchidos com o

“Legal Entity Identifier”, composto por 20 carateres alfanuméricos, nos termos da ISO 17442.

Esclarece-se ainda que, em complemento Às fontes externas normalmente utilizadas para

a caracterização de ativos pelas entidades responsáveis pela gestão (i.e., Bloomberg e

Thomson Reuters), e que servem de base à obtenção de parte da informação mensalmente

reportada à CMVM, deverá ser utilizada a base de dados de acesso gratuito disponível em

https://www.gleif.org/en/lei/search como limiar finito para efeitos de pesquisa do cáodigo

LEI. Caso em nenhuma destas fontes de informação seja identificado o código LEI da

entidade em apreço, deverá ser utilizado, em alternativa, o “Número de Identificação Fiscal”;

15) O campo “CAE” de cada investimento deve ser preenchido utilizando a Classificação das

Atividades Económicas vigente em Portugal (CAE-Rev.3), não sendo admissíveis códigos

que não constem daquela Tabela; quando se trate de entidades estrangeiras, deverá ser

preenchido o código CAE correspondente à atividade da empresa, recorrendo à mesma

tabela;

16) O campo “Descrição do elemento patrimonial” dos ficheiros “CCR” e “AAA” deverá incluir a

designação do ativo ou passivo em causa, devendo a mesma ser completa, clara e explícita;

17) Nas situações em que o investimento na participada é efetuado por via de uma sociedade

veículo, o campo “Descrição do Ativo” dos ficheiros “CCR” e “AAA” deverá conter esta

informação, p.ex. “Empresa X, por via do investimento na empresa Y”; sempre que

necessário a informação deverá ser complementada com o preenchimento do campo

“Observações”;

18) O campo “Valor de aquisição” deverá refletir, em cada período, o valor pelo qual foi adquirida

a participação que ainda se mantém em carteira, devendo ser ajustado à medida que se

procede a aquisições ou alienações da participação;

19) O campo “Percentagem detida” de cada participação deve ser atualizado semestralmente e

ser preenchido de acordo com a percentagem detida da participação que se mantém em

carteira;

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20) O campo “Fase de Investimento” deverá ser preenchido tendo por base a primeira entrada

no capital da empresa participada, reservando-se a fase de investimento “Outros” apenas

para casos pontuais e justificados em que não se afigura possível a identificação inequívoca

da participada numa das restantes fases de investimento previstas na Instrução;

21) Os campos “Volume de negócios”, “Resultado líquido” e “EBITDA” devem ser preenchidos

com a informação anual disponível mais recente da participada, sendo desejável a utilização

de informação aprovada e auditada, relativa ao último exercício. Em situações excecionais

em que sejam utilizados dados relativos a períodos anteriores, a informação do exercício a

que respeitam os mesmos deverá ser incluída no campo “Observações”. A introdução de

valores nulos apenas é admissível nos casos em que aqueles indicadores sejam

efetivamente zero

22) Os campos “Código da contraparte” e “Descrição da contraparte” deverão respeitar apenas

a uma entidade. Deste modo, quando as contrapartes das operações sejam várias pessoas

singulares ou coletivas, deverão ser incluídas tantas linhas quantas as contrapartes

existentes, imputando-se, a cada uma, o valor dos contratos a prazo de acordo com a sua

quota-parte;

23) O campo “Data de vencimento” deve ser preenchido com a data na qual a operação a prazo

se vence; nos casos em que estas operações não tenham prazo definido, deve ser

preenchido com a data do reporte;

24) Os campos “Preço” e “Quantidade” devem ser preenchidos com a quantidade de títulos e o

valor atual unitário dos mesmos à data do reporte, devendo da multiplicação destas

variáveis obter-se o montante inscrito na coluna “Valor Total”;

25) Os critérios valorimétricos a incluir nos ficheiros “CCR” e “AAA” deverão ser preenchidos

atendendo aos códigos previstos na Instrução e às regras definidas nos artigos 4.º e 5.º do

Regulamento da CMVM n.º 3/2015, esclarecendo-se que:

As unidades de participação de fundos de capital de risco ou fundos equiparáveis a

fundos de capital de risco, ainda que sob a forma societária, devem encontrar-se

valorizadas pelo critério “Net Asset Value” (NAV);

O critério de valorização “Valor de Mercado” (MER) deverá ser utilizado exclusivamente

para participações cotadas em mercado regulamentado, inscritas com a rubrica de 2.º

nível “12 – Ações cotadas”;

A utilização de “Outros critérios internacionalmente reconhecidos” (OUT) apenas é

admissíveis em situações excecionais e devidamente fundamentadas devendo, nestes

casos, ser remetida fundamentação à CMVM via email e incluída na coluna

“Observações” a identificação do critério utilizado e uma descrição sucinta da

justificação para utilização do mesmo;

As restantes participações deverão encontrar-se avaliadas de acordo com os critérios

de “Custo de aquisição” (AQU), “Múltiplos de sociedades comparáveis” (MUL),

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“Transações materialmente relevantes” (TRA) ou “Fluxos de caixa descontados” (DCF)

de acordo com as regras elencadas no Regulamento da CMVM n.º 3/2015;

26) O campo “Código de Mercado” é de preenchimento obrigatório para títulos admitidos à

negociação em mercado regulamentado, identificados com a rubrica de 2.º nível “12 – Ações

cotadas”, devendo ser utilizado o Market Identifier Code, nos termos da ISO 10383;

27) O campo de “Valor Total” deve ser positivo para todos os valores ativos e negativo para

todos os valores passivos, devendo ser consistente com os valores refletidos nas

demonstrações financeiras e no ficheiro “CNT”;

28) O campo “Observações” deverá ser preenchido sempre que i) seja utilizado o critério

valorimétrico “Outros internacionalmente reconhecidos”, ii) os campos “Volume de

negócios”, “Resultado líquido” e “EBITDA” forem preenchidos com dados relativos a

exercícios anteriores, iii) sempre que a entidade considere relevante a introdução de

informação adicional para a compreensão das operações reportadas.

Capital, Desempenho e Comissões (“CPC”)

1) Todos os campos devem ser preenchidos atendendo ao valor dos mesmos à data do

reporte, devendo ser consistentes com os valores reportados nas demonstrações

financeiras e com os ficheiros “CCR” e “CNT”;

2) O campo “Categoria” deverá ser preenchido com as várias categorias de ações ou unidades

de participação, devendo ser incluídas tantas linhas quantas as necessárias. Quando exista

apenas uma categoria, o campo deverá ser preenchido com a indicação “ações ordinárias”

ou “categoria única” consoante se trate de ações de sociedades ou unidades e participação

de fundos;

3) O valor a incluir nos vários campos do ficheiro “CPC” deverá corresponder à quota parte

imputável a cada uma das categorias identificadas;

4) Os campos de “Rendibilidade líquida” e “Rendibilidade Bruta” do ficheiro “CPC” deverão ser

preenchidos com a “Taxa Interna de Rendibilidade” calculada com base na fórmula

apresentada na Instrução;

5) No cálculo da Taxa interna de Rendibilidade deverá atender-se a todos os cash flows,

considerando as datas de ocorrência dos mesmos

todos os influxos e exfluxos ocorridos desde o início de atividade da sociedade ou do

fundo até à data a que se reportam os dados, por categoria de unidade de participação;

os desinvestimentos efetuados;

as devoluções de capital e distribuições de rendimentos ocorridas;

o VLGF/capital próprio na data de reporte, enquanto cash flow terminal.

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6) As comissões de gestão, depósito ou outras respeitam aos valores imputados

contabilisticamente aos fundos de capital de risco e sociedades gestoras no semestre (e

não no ano), devendo seguir-se a perspetiva contabilística e não uma ótica de caixa;

7) As comissões de gestão (fixas, variáveis ou outras) deverão ser consistentes no que

respeita a gastos imputados aos fundos e rendimentos gerados para as sociedades

gestoras;

8) O campo “Outras comissões” deverá ser preenchido com montantes pagos às sociedades

gestora que não configurem comissão de gestão fixa ou variável;

9) As comissões de depósito deverão incluir todos os montantes debitados pelos bancos

depositários referentes ao registo de unidades de participação e guarda de títulos.

Participantes (“PAR”)

1) Todos os campos devem ser preenchidos atendendo à situação existente à data do reporte,

devendo ser atualizados semestralmente;

2) Deverá ser incluída uma linha por cada participante detentor de mais de 10% das unidades

de participação, incluindo a identificação dos mesmos (código, jurisdição e descrição); os

participantes detentores de menos de 10% das unidades de participação não carecem de

identificação, podendo ser agrupados e incluídos numa única linha deste que a combinação

tríplice residência/natureza/tipo seja idêntica;

3) O campo “Tipo” deverá ser preenchido com os códigos constantes da Instrução; quando os

participantes sejam fundos de capital de risco o tipo a utilizar é “OCR”; quando se trate de

sociedade gestoras de fundos de capital de risco, na ausência de código específico, deverá

ser utilizado o tipo “SCR”.

Aquisição e Alienação de Ativos (“AAA”)

1) O ficheiro “AAA” deve refletir todas variações ocorridas no semestre (e não no ano),

incluindo em participações em capital e unidades de participação de fundos de capital de

risco, prestações acessórias e suplementares, suprimentos ou empréstimos;

2) Nas situações em que não existam aquisições ou alienações a reportar, o ficheiro deverá

ser igualmente remetido, contendo apenas a menção “Nulo”;

3) O ficheiro “AAA” semestral, por hipótese reportado a 30.06.N, deverá refletir a variação do

valor de aquisição das rubricas de 2.º nível iniciadas por 1 e por 2 dos ficheiros “CCR”

reportados a 30.06.N e 31.12.N-1;

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4) O campo “Tipo de operação” deverá ser preenchido com a identificação clara da operação

reportada, designadamente, aquisição, alienação, reembolso, conversão ou write-off;

quando se trate de operações não enquadráveis nas categorias anteriores, a mesma deverá

ser reportada como “aquisição” ou “alienação” e deve ser incluído o detalhe da mesma na

coluna “Observações”;

5) O campo “Percentagem transacionada do capital” deve ser preenchido com a percentagem

do capital da empresa inerente à operação reportada, sendo nos casos de investimento

correspondente à percentagem de capital adquirida e nos casos de desinvestimento

correspondente à percentagem de capital alienada;

6) O campo “Percentagem final da participação” deve ser preenchido com a percentagem final

da totalidade da participação, devendo ser calculada com base na participação global detida

imediatamente após a operação de aquisição ou alienação;

7) Os campos “Código da contraparte”, “Descrição da contraparte” e “Jurisdição da

contraparte” deverão respeitar apenas a uma entidade. Deste modo, quando as

contrapartes das operações sejam várias pessoas singulares ou coletivas, deverão ser

incluídas tantas linhas quantas as contrapartes existentes, imputando-se, a cada uma, o

valor da operação realizada de acordo com a sua quota-parte;

8) O campo “Valor da operação” deve ser preenchido com valor positivo caso se trate de um

aumento da participação detida (nova aquisição ou reforço de participação já existente,

concessão de suprimentos ou outras prestações) e com valor negativo nas situações de

reduções nas participações detidas (alienação total ou parcial, reembolso de suprimentos

ou de outras prestações);

9) O campo “Valor em carteira da participação” deve ser preenchido, nos casos

desinvestimento, com o valor em carteira da participação transacionada previamente à sua

alienação e nos casos de investimento, com o valor em carteira da participação

imediatamente após a operação; nas operações de aquisição ou alienação parciais, os

valores a incluir devem corresponder apenas à quota parte da parcela que se encontra a

ser reportada;

10) O campo “Valor de aquisição” deve ser preenchido apenas nos casos de desinvestimento e

corresponde ao valor de aquisição da participação alienada, sendo que nos casos de

alienações parciais, o campo deve incluir apenas a quota-parte do valor de aquisição da

parcela que foi alienada;

11) O campo “Fase de Investimento” deverá ser preenchido tendo por referência a fase de

investimento em que se encontra a empresa participada à data do reporte, reservando-se a

fase de investimento “Outros” apenas para casos pontuais e justificados em que não se

afigura possível a identificação inequívoca da participada numa das restantes fases de

investimentos previstas na Instrução;

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12) O campo de “Data de aquisição” corresponde à data da primeira entrada no capital da

empresa participada, devendo ser preenchido apenas nos casos de desinvestimento;

13) O campo “Estratégia de saída” deverá ser preenchido, nas operações de aquisição, com a

estratégia de saída prevista aquando do investimento e, nas operações de alienação, com

a estratégia de saída efetiva aquando do desinvestimento;

14) Os campos ”Capitais próprios” e “Capitais alheios” devem ser preenchidos apenas para

operações de investimento, com valores de 0 a 100, consoante a aquisição tenha sido

efetuada por via de autofinanciamento da sociedade ou do fundo ou com o recurso a

financiamento externo;

15) O campo “Observações” deverá ser preenchido quando existam operações cujas tipologias

não de enquadrem nas previstas para preenchimento do campo “Tipo de operação” e

sempre que a entidade considere relevante a introdução de informação adicional para a

compreensão das operações reportadas.

Contas (“CNT”)

1) O ficheiro “CNT” reflete o Balanço e a Demonstração de Resultados e deverá ser preenchido

em conformidade com as demonstrações financeiras das entidades correspondentes ao

período de reporte;

2) Para efeitos de reporte deverá ser eliminada a coluna “Designação” e incluída a coluna

“Valor” no ficheiro a reportar;

3) O campo “Valor” deverá ser preenchido para todas as rubricas que apresentem valores

diferentes de zero, sendo de preenchimento obrigatório os campos “PFO”, “OAF”, “CDB”,

“CPR” e “RLP”.