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RELATÓRIO DA MISSÃO DE COOPERAÇÃO SULSUL Oficina Países Africanos e Brasil Programa Internacional de Erradicação do Trabalho Infantil (IPEC) 16 a 26 de Maio de 2010

RELATÓRIO DA MISSÃO DE COOPERAÇÃO SUL Africanos e …

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RELATÓRIO DA MISSÃO DE COOPERAÇÃO SUL‐SUL 

Oficina Países Africanos e Brasil  

 

 

 

 

 

  Programa Internacional

de Erradicação do Trabalho

Infantil(IPEC)

 

16 a 26 de Maio de 2010

RELATÓRIO DA MISSÃO DE COOPERAÇÃO SUL‐SUL Oficina Países Africanos e Brasil (de 16 a 26 de Maio de 2010) 

  ÍNDICE 

  

 

1. APRESENTAÇÃO DA MISSÃO  02    

I. INTRODUÇÃO  03    

II. ACTIVIDADES REALIZADAS DURANTE A MISSÃO  04    2.1.  Participação  da  Oficina  de  Capacitação  dos  Técnicos  da  Bahia  para  a Identificação e Cadastramento de Crianças e Adolescentes em Situação de Trabalho Infantil 

  04 

       2.2. Participação do Seminário Nacional de Educação Integral    05 

   2.3. Treinamento para Capacitar a Delegação Angolana sobre Procedimentos da OIT   07 2.3.1. Estratégias para Recolha de Informação     07 2.3.2. Elaboração e Gestão de Programas de Acção (PA)  08 2.3.3. Advocacy/Lobbyng  09 2.3.4. Utilização do Programa Mercury   10 2.3.5. Diagnóstico Rápido   11 

   2.4. Reuniões Sectoriais Bilaterais Brasil – Angola    10 2.4.1. Reunião com a Secretaria de Educação da estado da Bahia (SEC)    11 2.4.2. Reunião com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)  12 2.4.3. Reunião com o Fórum Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil (FNETI)  13    2.5. Agenda Hemisférica de Trabalho Decente. Iniciativa de Cooperação Sul – Sul para um Mundo Livre do Trabalho Infantil 

14 

2.5.1.  Trabalhos  da  Mesa  de  Diálogo  dos  Países  Falantes  da  Língua  Portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guine‐Bissau e Moçambique) 

15 

   IV.  DIFICULDADE  ENFRENTADAS,  ASPECTOS  POSITIVOS  DA  MISSÃO  E AGRADECIMENTOS 

17 

   V. CONCLUSÕES  FINAIS  19    VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS  20  

 

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RELATÓRIO DA MISSÃO DE COOPERAÇÃO SUL‐SUL Oficina Países Africanos e Brasil(de 16 a 26 de Maio de 2010) 

 

TÍTULO DO PROJECTO: Tackling Child Labour through Education (TACKLE) PERÍODO DE MISSÃO NO BRASIL: 16 a 25 de Maio de 2010 

PARTICIPANTES DE ANGOLA:  

Francisco João Gaspar ‐ Coordenador Nacional OIT‐TACKLE – [email protected] (+244)923620080  Maria  Anibal  Amáro  ‐  Chefe  de  Departamento  Nacional  Para  a  Criança  em  Situação  de  Risco  (MINARS)  ‐ [email protected][email protected] (+244)923646449 Maria Luisa P. A. da Silva ‐ Ponto Foncal para o Trabalho Infantil (UNTA) ‐ [email protected] (+244)923505388 Paulo  Tchiemba  Kalesi  ‐  Chefe  do  Departamento  Nacional  de  Protecção  à  Criança  (INAC)  ‐  [email protected] (+244)925199438 Zita  Joana  de  Sousa  ‐  Chefe  do  Departamento  de  Educação  Primária  (MED)  ‐  [email protected] (+244)922601179 

OBJECTIVOS:    OBJECTIVO GERAL: Reforçar a Cooperação entre o Brasil e os países do sul da África e da América para a aceleração do processo de eliminação progressiva do Trabalho Infantil e das suas Piores Formas até ao ano de 2016.  OBJECTIVOS ESPECÍFICOS: • Treinar a coordenação do IPEC Angola e seus parceiros locais sobre os procedimentos de dinamização e  de 

gestão de projectos na perspectiva da OIT. • Partilhar experiências sobre as boas práticas para o combate do Trabalho Infantil. • Conceber projecto de Cooperação Sul‐Sul que  reflictam as necessidades e possibilidades de  cada país no 

Combate do Trabalho Infantil.     

RESULTADOS ESPERADOS: • Treinados  o  coordenador  do  TACKLE–Angola  e  seus  parceiros  sobre  Advocacy,  Diagnóstico  Rápido  e 

Mercury; • Adquiridos  conhecimentos para  a  elaboração de  instrumentos para  a  identificação  e  cadastramento das 

crianças em situação de Trabalho Infantil em Angola; • Angola,  Brasil,  Cabo‐Verde,  Guine  Bissau  e  Moçambique  elaboram  projecto  de  cooperação  definindo 

actividades e estratégias de intervenção conjunta para o combate do Trabalho Infantil e eliminação das suas Piores Formas até ao ano de 2016 por meio da Mobilização Social e da Educação em Direitos Humanos. 

 METAS A ALCANÇAR: • Com  base  nas  experiências  do  Brasil  e  no  contexto  angolano  os  delegados  de  Angola  nesta missão  de 

intercâmbio serão capazes de articular com o Instituto Nacional de Estatística e outros interessados para dar início  a  elaboração  dos  instrumentos  de  Identificação  e  Cadastramento  de  crianças  e  adolescentes  em situação de Trabalho Infantil em Angola;  

• No final da missão Angola serão capazes de criar uma Estrutura Nacional de consulta e deliberação sobre questões do Trabalho Infantil com base no tripartismo ou ampliada para o quadripartismo; 

• Angola, Brasil, Cabo‐Verde, Guine Bissau e Moçambique acelerarão o processo para a eliminação das Piores Formas de Trabalho Infantil até o ano de 2016. 

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I. INTRODUÇÃO  

A questão do trabalho infantil, ao lado de outras situações de violência contra a criança, 

tais como a exploração e abuso sexual, o tráfico de crianças e menores em conflito com 

a lei começam a merecer uma maior preocupação da sociedade angolana no seu todo e 

daqueles  que  se  ocupam  da  situação  da  criança  de  maneira  particular.  Há  muitas 

crianças envolvidas precocemente no mundo do  trabalho em Angola, em África e em 

todo  mundo,  sobretudo  nos  países  em  desenvolvimento,  onde  o  envolvimento  de 

menores no mundo do trabalho e nas suas piores formas cresce aceleradamente. 

 

No quadro do Programa de Cooperação Sul‐Sul para a erradicação do Trabalho Infantil e 

suas Piores Formas, o Governo do Brasil se comprometeu em apoiar os países africanos 

em termos de capacitação técnica e de disponibilização de recursos para fazer frente ao 

problema. Nesta conformidade, a convite do Governo Brasileiro, Angola e outros países 

africanos participaram de um  encontro de  intercâmbio  e planificação nos  estados  da 

Bahia e Brasília no período de 16 a 25 de Maio do corrente ano. A missão angolana foi 

apoiada  por  um  financiamento  da  Organização  Internacional  do  Trabalho  (OIT)  do 

projecto TACKLE‐Angola e integrou os representantes do Ministério da Educação (MED), 

Ministério da Assistência e Reinserção Social (MINARS), do Instituto Nacional da Criança 

(INAC), da União dos Trabalhadores Angolanos – Confederação Sindical (UNTA‐CS) e da 

OIT – IPEC/Angola.  

 

O encontro tinha como objectivo reforçar as relações de cooperação entre o Brasil e os 

países africanos, bem  como o  fortalecimento das  capacidades das autoridades destes 

países  e  parceiros  constituintes  do  tripartismo  para  a  formulação,  implementação  e 

aplicação  das  políticas  e  estratégias  de  luta  contra  o  Trabalho  Infantil,  contribuíndo 

assim para o alcance das metas dos Objectivos do Desenvolvimento do Milénio. 

 

O presente documento, pretende  reportar as acções desenvolvidas durante a missão, 

assim como, os resultados alcançados e as perspectivas para os próximos tempos.  

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II. ACTIVIDADES REALIZADAS DURANTE A MISSÃO  

De  acordo  com  os  objectivos  de  cooperação  o  programa  da  missão  comportou  a 

seguinte agenda: 

 

17 e 18/Maio/2010  

2.1. Participação da Oficina de Capacitação dos Técnicos da Bahia para a Identificação 

e Cadastramento de Crianças e Adolescentes em Situação de Trabalho Infantil. 

A oficina pretendeu capacitar os técnicos dos 18 municípios do território semi‐árido do 

nordeste da Bahia para utilização do Caderno Único de registo dos menores em situação 

de Trabalho  Infantil e suas  famílias  (CADÚNICO). Com base nos dados cadastrados são 

identificados os  indicadores que determinarão se os menores e suas famílias estão em 

risco  de  Trabalho  Infantil  ou  se  já  estão  envolvidos  em  Trabalho  Infantil  e  se  este 

trabalho é perigoso. Assim, depois do cadastro a  família poderá habilitar‐se a  receber 

Bolsa Família e a criança a ser integrada no PETI (Programa de Erradicação do Trabalho 

Infantil). 

 

Durante  os  dois  dias  de  oficina  os  participantes  dos  estados  da  Bahia  definiram  as 

estratégias para organizarem as equipas de  identificação que serão  integradas na rede 

da OIT, definiram  igualmente as metas a alcançarem, o  foco de Trabalho  Infantil e as 

estratégias para entrarem em contacto com as crianças e as famílias.  

 

Nos  grupos  de  trabalho  elaboraram  os  Planos  municipais  e  exercitaram  o 

preenchimento do Caderno Único (CADÚNICO). 

 

A  metodologia  utilizada  na  oficina  foi  à  exposição  áudio‐visual  das  apresentações 

temáticas, perguntas e respostas e trabalhos de grupo. Esta metodologia possibilitou a 

interacção entre os presentes e uma participação de todos nos diferentes momentos da 

oficina. 

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Este processo permitiu aos participantes de Angola: 

‐ Compreenderem o processo aplicado no Brasil para a  identificação e cadastramento 

das crianças e adolescentes em situação de Trabalho Infantil. 

‐  Compreenderem  as  etapas  para  realizar  um  processo  integrado  e  sustentável  de 

combate  ao  Trabalho  Infantil:  levantar  a  Informação  fazendo  Diagnóstico  Rápido  e 

produzindo  conhecimentos  estatísticos  e  qualitativos;  fazer  a  mobilização  social 

envolvendo  a  comunidade  e  outros  sectores  da  sociedade;  adequar  a  legislação  aos 

programas  e  projectos  a  serem  implementados;  fortalecer  as  instituições  locais 

promovendo capacitações e treinamentos para os servidores públicos, empregadores e 

sociedade civil; proteger integralmente as crianças com o desenvolvimento de modelos 

piloto que podem influenciar ou serem transformados em políticas públicas. 

‐  Começar  uma  discussão  para  a  criação  de  estrutura  de  consulta  e  deliberação  das 

questões do Trabalho Infantil. 

‐  Começar  o  diálogo  entre  as  diferentes  instituições  para  dar  início  ao  processo  de 

identificação e cadastramento de crianças em situação de Trabalho Infantil. 

‐ Incentivar a produção de conhecimento desenvolvendo pesquisas, criando colectânea 

referencial  sobre  os  instrumentos  legislativos  e  normativos  para  a  promoção  dos 

direitos da criança e particularmente, para o combate do Trabalho Infantil.  

 

 

18 a 21/Maio/2010  

2.2. Participação do Seminário Nacional de Educação Integral 

Este seminário foi o 3º dirigido para os coordenadores Nacionais do Programa Brasileiro 

“Mais Educação” e decorreu no Estado Federal de Brasília de 18 a 21 de Maio,  sob a 

coordenação do Ministério da Educação do Brasil.  

 

Durante os dias de seminário foram abordados temas como:  

‐ A Educação Integral no Contexto da Política Educacional Brasileira; 

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‐ Gestão e Financiamento das Acções de Educação Integral; 

‐  O  Currículo,  o  Tempo  Escolar  e  os  Profissionais  da  Educação  na  Perspectiva  da 

Educação Integral; 

‐ A Formação dos Actores do Programa Mais Educação e as Universidades; 

‐ Programa Nacional de Educação em Direitos Humanos; 

‐ Política Nacional de Educação Ambiental; 

 

Todos  os  temas  apresentados  no  auditório  depois  em  colóquios  eram  discutidos  de 

forma mais profunda com outros sub‐temas correlacionados. 

 

Segundo a professora Dra. Yvelise de Sousa a sustentabilidade deve ser o princípio da 

Educação  Integral  e  ela  uma  prática  antiga.  Na  tradição  da  escola  do  passado  já  a 

Princesa  Isabel  tinha  aulas  teóricas, dança e música. É  importante que  as  actividades 

extra‐escolares sejam inseridas no currículo escolar e não sejam encaradas apenas como 

tempo livre.  

 

No final da sua comunicação a professora disse: “É necessário ultrapassar a idéia de que 

a criança tem dificuldades de apreender e começar a entender que o professor muitas 

das  vezes  é  que  tem  dificuldades  de  ensinar  de  acordo  com  o  saber  do mundo  da 

criança!” 

 

Frisou  ainda  a  necessidade  de  elaboração  de  um  projecto  de  aprendizagem  que 

possibilite o diálogo e a participação da comunidade, respeitando os valores culturais. 

 

Dos  integrantes  da  delegação  angolana,  participou  activamente  deste  seminário  a 

representante  do  Ministério  da  Educação,  que  procurou  identificar  aspectos  da 

experiência  do  Brasil  que  poderão  ser  uma  força  na  implementação  do  projecto 

angolano Escolas Amigas da Criança. 

 

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Segundo  os  comentários  da  representante  do Ministério  da  Educação  de  Angola,  os 

temas do seminário foram bastante pertinentes e as experiências partilhadas animam o 

ministério  da  Educação  a  implementar  rapidamente  o  projecto  Escolas  Amigas  da 

Criança.  

 

 

19 e 20/Maio/2010  

2.3. Treinamento para Capacitar a Delegação Angolana sobre Procedimentos da OIT  

 

Por razões de tempo, o  IPEC Brasil não conseguiu organizar as sessões de treinamento 

previstas  para  capacitar  o  coordenador  do  IPEC  Angola  e  os  outros  integrantes  da 

delegação  angolana nas matérias  acima previstas. No período da missão  (19  a  25 de 

Maio)  estavam  a  ser  organizados  pela OIT  outros  eventos  e  assim  o  pessoal  do  IPEC 

Brasil estava muito atarefado com a preparação dos encontros da Bahia e de Brasília. 

Em  comum  acordo  o  IPEC  Brasil  e  o  IPEC  Angola  se  predispuseram  em  estudar  a 

possibilidade  de  elaborarem  um  programa  de  formação  para  Angola  que  poderá  ser 

efectivado via internet ou com a deslocação de formadores brasileiros em Angola. 

 

Entretanto,  nos  dias  19  e  20  o  senhor  Renato  e  a  sua  equipa  do  IPEC  organizaram 

algumas sessões de informação e de exercícios práticos para familiarizar a delegação de 

Angola com alguns procedimentos da OIT.   

 

2.3.1. Estratégias para Recolha de Informação   

De acordo com a experiência do Brasil, as etapas que podem ser adaptadas por Angola 

para recolha da informação passam por: 

‐  Constituir  uma  coordenação  capaz  de mobilizar  os  diferentes  sectores,  articular  e 

influenciar os órgãos de decisão do País; 

‐ Identificar os informantes chaves (agentes comunitários, ONG’s, Escolas, Igrejas,...); 

‐ Reunir com as fontes de informação; 

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‐ Definir  coordenação  de  campo  á  nível  de  cada  localidade  para  cuidar  da  entrega  e 

recepção dos formulários, revisar o seu preenchimento e depois lançar para o banco de 

dados (cadastramento). 

‐ Organizar a informação e fazer cópias físicas e electrónicas dos formulários; 

‐ Definir fluxo de informação, coordenando com todas as áreas e actores do processo. 

 

Posteriormente  falou‐nos  das  etapas  para  a  identificação  do  Grupo  Alvo  a  serem 

cadastrados. 

É  importante  que  haja  um  conhecimento  básico  (Diagnóstico  Rápido  e  Participativo, 

pesquisa, etc.), para  saber as  categorias onde  se pretendem  levantar as  informações: 

Trabalho  Infantil e Escola; Trabalho  Infantil e não Escola; Não Trabalho  Infantil e não 

Escola. Outro aspecto importante será a definição das metas e focos a serem alcançados 

por  cada  localidade, assim  como a estratégia para  chegar até a  criança e  sua  família, 

exemplo  utilizando  o  “Método Mosquito”  que  consiste  em  colocar  duas  perguntas  à 

criança sobre o que  faz a sua  família? O que ela  faz para ajudar a sua  família? Depois 

filtrar as respostas e dialogar com os casos mais críticos. 

 

Em cada uma dessas categorias teremos o conhecimento sobre a tipologia do Trabalho 

realizado pelas crianças, as condições de trabalho, as  idades com maior freqüência, os 

riscos resultantes do trabalho, etc.  

 

2.3.2. Elaboração e Gestão de Programas de Acção (PA)   

Para a elaboração do PA, deve‐se ter em conta os seguintes passos: 

‐ Elaborar a árvore de problemas para saber qual o problema central 

A árvore de problemas elabora‐se para identificar qual é o principal problema/obstáculo 

que deve ser resolvido e a partir dele procurar as suas causas.  

 

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Uma  metodologia  adequada  para  construir  esta  árvore  é  a  “chuva  de  idéias”  e  a 

discussão aberta,  tendo o  faciltador a  responsabilidade de questionar cada vez mais o 

grupo, para garantir que de facto é este mesmo o problema que todos enfrentam. 

 

‐ Elaborar a árvore de objectivos 

As consequências do problema identificado serão transformados em objectivos, por isso 

é importante saber onde está o problema. 

 

Os objectivos podem ser gerais e  imediatos, sendo que o objectivo geral representa a 

nossa contribuição para resolver o problema e os objectivos imediatos representam de 

forma específica como será feita esta contribuição para a resolução do problema. Não é 

aconselhável termos muitos objectivos, porque poderá dificultar o controlo das acções e 

também podemos ser muito vagos no impacto desejado. 

 

‐ Elaborar a estratégia de intervenção 

É  importante  um  estudo  prévio  para  avaliar  a  exequibilidade  do  PA  (o  que?).  Ao 

confirmar‐se que o PA é exequível,   então, deve‐se buscar os parceiros  com os quais 

serão  realizadas  as  actividades.  Deve‐se  elaborar  um  orçamento  de  previsão  do  PA, 

definir  os  indicadores  estatísticos  e  qualitativos,  diferenciando  os  de  gestão,  os  de 

resultados  ou  de  impactos.  Ao  elaborar‐se  o  PA  devemos  ter  em  conta  a  sua 

sustentabilidade  para  assegurar  a  continuidade  das  acções  ou  a  manutenção  dos 

resultados. 

 

2.3.3. ADVOCACY/LOBBYNG      

A advocacy, consiste na defesa de interesses entre as partes sem prejuízo de alguém, é 

fundamentalmente a defesa de interesse público. Neste processo intervêm: 

‐ Interesse: problema ou situação que preocupa os interessados; 

‐  Interessados: aqueles que apresentam o  interesse de  ver o problema ou  situação a 

resolver; 

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‐ Advocacy: representação legítima dos interesses; 

‐  Formadores  de Opinião:  pessoas,  grupos,  entidades  que  são  referências  no  espaço 

público e influenciam o posicionamento de um grande segmento da população;       

‐ Autoridades do Poder Público: Aqueles que têm o poder de decisão; 

 

Para  interagir  com  estes  intervenientes  no  processo  de  advocacy,  é  importante  ter 

conhecimentos fundamentados sobre o assunto. Por isso fazer um inventário legislativo 

sobre a criança é muito importante. 

 

2.3.4. Utilização do Programa MERCURY      

Sob  a  facilitação  de  Pedro  de  Oliveira,  fizemos  alguns  exercícios  para  compreender 

como funciona o programa Mercury e as suas múltiplas aplicações na gestão e monitoria 

de PA. Considerando que é um software de grande valia para o funcionamento do IPEC 

em Angola e para os parceiros locais, uma formação urgente deverá ser organizada para 

treinar o pessoal de Angola. 

 

2.3.5. Diagnóstico Rápido      

Este  treinamento  não  foi  desenvolvido  por  falta  de  tempo,  uma  vez  que  a  agenda 

priorizava o encontro de Cooperação SUL‐SUL.    

 

 

20 e 21/Maio/2010  

2.4. Reuniões Sectoriais Bilaterais Brasil – Angola  

Para melhor compreender os processos de combate do Trabalho  Infantil no Brasil e a 

articulação  das  diferentes  plataformas  de  diálogo  e  deliberação  ligadas  ao  tema  do 

Trabalho  Infantil  foram  realizadas  reuniões  sectoriais  bilaterais  entre  as  instituições 

Brasileiras e os membros da delegação angolana. Estas reuniões foram preparadas pelo 

IPEC Brasil. 

 

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2.4.1. Reunião com a Secretária de Educação do Estado da Bahia (SEC)    

No dia 20 a Assessora do SEC Ana Elizabeth Gomes reuniu em Brasília com a delegação 

Angolana. A senhora Ana E. Gomes começou por saudar a delegação angolana e desejar 

as boas vindas. Posteriormente falou da experiência da Bahia no combate do Trabalho 

Infantil  onde  destacou  fundamentalmente  a  iniciativa  conjunta  com  a  OIT  para 

organizarem a Caravana que percorreu o Estado da Bahia com o propósito de mobilizar 

o envolvimento de todos no combate do Trabalho Infantil. Em cada um dos municípios 

estaduais os governos  locais assinaram um termo assumindo o seu compromisso e do 

município que governa no combate do Trabalho Infantil. 

 

A  caravana  depois  percorreu  todos  outros  Estados  brasileiros  e  no  final  o  termo  de 

compromisso  foi  assinado  pelo  Presidente  brasileiro  Lula  da  Silva.  Esta  foi  uma 

experiência  de mobilização  social  que  levou  toda  a  sociedade  brasileira  a  assumir  a 

responsabilidade de combater o Trabalho Infantil. 

 

Outro assunto da reunião  foi à apresentação do Estatuto da Criança e do Adolescente 

que  tem  sido  um  instrumento  orientador  para  as  questões  legais  de  protecção  e 

promoção dos direitos da criança e do adolescente. 

 

A assessora do SEC propôs ainda a delegação angolana uma cooperação universitária no 

campo  dos  Direitos  Humanos  para  a  formação  de  professores  e  outros  actores  de 

Angola.  Segundo  ela  esta  cooperação  poderia  ser  realizada  enviando  formandos 

angolanos para o Brasil e  também enviando  formadores para Angola. Ainda pode  ser 

dada a cooperação em cursos de extensão nos dois países. 

 

Portanto, esta cooperação pode ser financiada com recursos do governo brasileiro e do 

governo norte  americano,  sendo  fundamental que  se  comesse  a desenhar uma  linha 

integrada  entre Angola  e Brasil  no  domínio  dos Direitos Humanos  para  os  diferentes 

graus académicos. 

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Presentes  na  reunião  estiveram:  Ana  Elizabeth  Gomes  (SEC),  Renato  Mendes  (OIT 

Brasil), Zita Joana de Sousa (MED), Paulo TchiembaKalesi (INAC) e Francisco João Gaspar 

(OIT Angola).  

 

2.4.2. Reunião com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) 

No dia 21 o senhor Luiz Henrique, Chefe da Divisão do Trabalho Infantil do MTE reuniu 

com a delegação angolana em Brasília na sede do MTE.  

 

Depois das boas vindas dadas à delegação angolana, o  senhor  Luiz Henrique  fez uma 

apresentação de como está estruturado o Conselho Nacional da Defesa dos Direitos da 

Criança e do Adolescente (CONANDA) que é o espaço de diálogo do Ministério com os 

outros actores públicos. 

 

Outra  plataforma  é  o  Conselho  Nacional  para  a  Erradicação  do  Trabalho  Infantil 

(CONAETI). Este é um órgão de consulta do ministro do Trabalho e Emprego e tem uma 

composição quadripartismo (Governo, Sindicatos, empregadores e Sociedade Civil). 

 

Estes espaços  também  fazem uma pressão  social para  a  resolução dos problemas do 

Trabalho  Infantil. Para mais  informações  convidou‐nos a entrar no  site do MET que é 

WWW.mte.gov.br. Buscar Trabalho Infantil. 

 

Este encontro permitiu a delegação Angolana avaliar o tipo de estruturas que poderão 

ser  constituídas para ampliar o diálogo  sobre o Trabalho  Infantil  (formal ou  informal, 

tripartite  ou  quadripartite, municipal,  provincial  ou  nacional,  etc.)  colocando  foco  na 

educação como resposta.      

 

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Estavam  presentes  na  reunião:  Luiz Henrique  (MTE),  Pedro  Américo  de Oliveira  (OIT 

HQ), Zita Joana de Sousa (MED), Paulo Tchiemba Kalesi (INAC) e Francisco João Gaspar 

(OIT Angola).  

 

2.4.3. Reunião com o Fórum Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil (FNETI) 

No dia 21 realizou‐se no escritório da OIT uma reunião com a Secretária Geral da FNETI 

senhora  Isa  Oliveira.  Este  Fórum  existe  há  38  anos  e  não  é  institucionalizado 

formalmente  (legal),  sendo  que  a  sua  legitimidade  resulta  do  reconhecimento  que  a 

sociedade  lhe dá pelo seu carácter de controlo  social. A  sua coordenação é eleita em 

assembleia da sociedade civil e o mandato tem uma vigência de dois anos. 

 

A  reunião do Fórum  realiza‐se de quatro em quatro meses com os  representantes de 

cada um dos Estados brasileiros. 

 

A  sua  força está em  colocar o  foco na educação  como estratégia para o  combate do 

trabalho infantil uma vez que a FNETI defende a educação com carácter para superar e 

não para punir, bem como na sua forte capacidade de mobilização social.  

 

Portanto, este encontro mais uma vez permitiu a delegação angolana  compreender a 

força da mobilização social e como construir um processo menos burocrático e formal. 

 

Durante a nossa reunião com a FNETI, fomos saudados pela directora da OIT Brasil Laís 

Abramo e pelo responsável do IPEC Brasil Renato Mendes. 

 

Presentes na reunião estiveram: Isa Oliveira (FNITI), Pedro Américo de Oliveira (OIT HQ), 

Zita  Joana de Sousa  (MED), Paulo TchiembaKalesi  (INAC) e Francisco  João Gaspar  (OIT 

Angola).  

 

 

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24 e 25/Maio/2010 

 

2.5. Agenda Hemisférica de Trabalho Decente. Iniciativa de Cooperação Sul‐Sul por um 

Mundo Livre do Trabalho Infantil.  

 

Nos dias 24 e 25 foram realizadas oficinas de planificação entre o Brasil e alguns países 

africanos, nomeadamente: Angola, Cabo Verde, Guiné‐Bissau, Moçambique e Tanzânia.  

 

O tema da Cooperação Sul‐Sul está baseado na necessidade de se reforçar as relações 

entre o Brasil e os outros países do Sul. Esta cooperação se dá em muitas áreas e é uma 

iniciativa do Governo Brasileiro. 

 

Para  além  dos  delegados  destes  seis  países,  participaram  também  das  oficinas  dois 

peritos seniores da OIT vindos da Suíça. Participaram ainda outras instituições Brasileiras 

parceiras da OIT, tais como: SEC, ABC, UNESCO, MEC, e ANDI.   

 

As oficinas  tinham  como objectivo  conceber projectos no espírito da Cooperação Sul‐

Sul, e que estes  reflectissem as necessidas e possibilidades de  cada país presente, de 

modo a contribuírem com a aceleração do processo de Eliminação das piores Formas de 

Trabalho Infantil até ao ano de 2016. 

 

Os trabalhos foram orientados em duas oficinas, sendo uma para os falantes de  língua 

portuguesa e outra oficina para os  falantes do  inglês. A oficina dos  falantes da  língua 

inglesa  construiu  o  projecto  de  cooperação  sob  os  eixos  de  Planos  Nacionais  e  do 

Diálogo  Social,  ao  passo  que  os  falantes  do  português  elaboraram  o  seu  projecto  de 

cooperação sob os eixos da Mobilização Social e da Educação em Direitos Humanos.     

 

Os  projectos  elaborados  serão  financiados  por  fundos  do  Governo  Brasileiro  e  do 

Governo dos Estados Unidos da América, com o apoio de outros governos e instituições. 

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Na  sessão de  abertura das oficinas  ao dirigir‐se para os presentes  a directora da OIT 

Brasil Laís Abramo começou por dar as boas vindas a todos os presentes, agradeceu o 

esforço que cada país vem  fazendo para o Combate do Trabalho  Infantil, agradeceu o 

apoio dos doadores e apresentou os objectivos do encontro. 

 

Proferiram  ainda  algumas  palavras  na  sessão  de  abertura  o  presidente  da  Comissão 

Nacional  para  a  Erradicação  do  Trabalho  Infantil  em  representação  do Ministério  da 

Educação Leonardo Soares,o Director para África da OIT Genebra Alexandre Soho e o 

senhor Márcio Correia da Agência Brasileira de Cooperação (ABC).   

 

2.5.1.  Trabalhos  da  Mesa  de  Diálogo  dos  Falantes  da  Língua  Portuguesa  (Angola, 

Brasil, Cabo Verde, Guiné‐Bissau e Moçambique  

 

Esta  mesa  de  diálogo  teve  com  mediador  Renato Mendes,  apoio  técnico  Francisco 

Gaspar e  relator António Carlos. Ao dar  início dos  trabalhos o mediador começou por 

fazer algumas perguntas para a reflexão de todos: 

‐ Quais são as expectativas dos países africanos na parceria com o Brasil? 

‐ Quem serão os sujeitos das acções desta Cooperação?  

 

Posteriormente Pedro de Oliveira fez uma retrospectiva da  implementação do  IPEC no 

mundo, sendo que num total de seis países seleccionados pela OIT, o Brasil e a Tanzânia 

foram os primeiros países a implementarem Programa de Duração Determinada (PDD). 

Informou ainda que o Governo do Brasil financiou a primeira missão de estudo realizado 

em Angola que permitiu a OIT criar as primeiras bases para o  lançamento do  IPEC em 

Angola. 

 

 

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Depois destas considerações e reflexões, a primeira pergunta de trabalho nesta mesa de 

diálogo  foi: Em termos de Mobilização Social no sector da educação, qual o principal 

obstáculo  comum  aos  4  países  africanos  para  acelerar  o  ritmo  de  Eliminação  do 

Trabalho Infantil até 2016?  

 

Das  várias  respostas  foi  possível  construir  uma  árvore  de  problemas  que  permitiu 

identificar  os  eixos  comuns  que  constituem  obstáculos  e  sobre  os  quais  foram 

desenhados os problemas centrais comuns aos 4 países. 

 

Uma vez  identificados os problemas centrais que  retraem a Mobilização Social,  foram 

elaborados  os  objectivos  (geral  e  imediatos),  os  resultados  a  serem  alcançados  e  as 

actividades que serão desenvolvidas. Portanto, foi assim construída a primeira parte do 

projecto de Cooperação Sul‐Sul centrado na Mobilização Social. 

 

Posteriormente outra questão foi colocada aos presentes pelo mediador para responder 

ao  eixo  dos  Direitos Humanos,  eis  a  questão  colocada:  Em  termos  de  Educação  em 

Direitos  Humanos  qual  o  principal  desafio,  comum  aos  4  países,  para  colocar  na 

agenda da educação, o tema do Trabalho Infantil.  

 

A delegação Angolana não pode  continuar  com os  trabalhos porque neste dia estava 

marcado o seu regresso e por isso as resoluções deste eixo seriam enviadas a posterior 

para os seus respectivos comentários. 

 

 

 

 

 

 

 

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IV.  DIFICULDADES  ENFRENTADAS,  ASPECTOS  POSITIVOS  DA  MISSÃO  E AGRADECIMENTOS  

4.1. DIFICULDADES 

Para a efectivação  dessa missão ao Brasil, várias foram as dificuldades enfrentadas em 

Angola,  sobretudo  no  que  tange  as  questões  administrativas  e  logísticas  sob  a 

responsabilidade da OIT: 

• Indefinição das datas e do programa da missão até um dia antes do embarque da 

delegação; 

• Indefinição  dos  recursos  existentes  para  subsidiar  a  delegação.  Somente  um  dia 

antes do embarque recebemos a nota  informativa sobre as condições da viagem e 

isto  foi  numa  sexta‐feira  o  que  impediu  um  contacto  dos  delegados  com  as  suas 

instituições para solicitarem o reforço das ajudas de custo; 

• Atraso  na  recepção  da  carta  convite  para  a  obtenção  dos  vistos  com  certa 

antecedência; 

• Embarque  incompleto  dos  integrantes  da  delegação  pela  ausência  justificada  da 

representante  do MINARS,  uma  vez  que  até  o  último  dia  útil  da  semana  o  seu 

ministro  ainda  não  havia  feito  o  despacho  para  autorizar  a  sua  participação  na 

missão; 

• Contingências financeiras dos delegados no Brasil face às ajudas de custo recebidas 

e a realidade local;  

• Insuficiência  de  tempo  para  cumprir  cabalmente  com  a  agenda  prevista,  o  que 

condicionou  a  formação/capacitação  prevista  para  a  delegação  angolana  e 

concomitantemente a sua participação até ao final do último dia de trabalho.  

 

Estas são algumas das dificuldades vividas durante a missão.  

 

 

 

 

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4.2. PONTOS POSITIVOS 

No  entanto,  devemos  realçar  que  também  existiram  aspectos  que  merecem  ser 

elogiados, tais como: 

• A hospitalidade dos colegas do Brasil; 

• A interacção e convívio entre os participantes; 

• A dedicação dos colegas do IPEC Brasil para que o trabalho pudesse acontecer sem 

muitos sobressaltos e que se pudessem alcançar os resultados previstos; 

• A dinâmica metodologia de trabalho utilizado. 

 

4.3. AGRADECIMENTOS 

Queremos agradecer a  todos que  tornaram possível esta missão de Cooperação Sul –

Sul,  de  maneira  particular  a  OIT  Suíça  que  através  do  projecto  TACKLE  cobriu  as 

despesas da delegação Angolana, agradecemos ao Ahmet, Maria  Julia, Pedro Oliveira, 

Alexandre Soho e Alberto Francisco. Agradecemos igualmente o IPEC Brasil na pessoa da 

sua  directora  Laís  Abramo,  do  Renato  Mendes,  Natanael  Lopes,  Maria  Claúdia.  Ao 

Governo  Brasileiro  de  maneira  particular  a  ABC  e  outros  parceiros  locais  e  ao 

Departamento  de  Trabalho  dos  Estados  Unidos  da  América.  A  todos  o  nosso muito 

obrigado! 

 

Agradecemos  igualmente  as  instituições  angolanas  que  apoiaram  e  permitiram  a 

participação  dos  seus  funcionários,  nomeadamente  o  Ministério  da  Educação,  o 

Ministério da Assistência e Reinserção Social, o  Instituto Nacional da Criança, a UNTA‐

Confederação Sindical e o IPEC‐Angola. 

 

 

 

 

 

 

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V. CONCLUSÕES FINAIS  

A missão ao Brasil  foi uma  rica experiência e permitiu um verdadeiro  intercâmbio do 

qual  resultou  a  elaboração  de  um  Projecto  de  Cooperação  Sul‐Sul  no  domínio  da 

Mobilização Social e da Educação em Direitos Humanos. 

 

O combate do trabalho infantil na sociedade depende fundamentalmente da existência 

de uma “consciência colectiva” que comece a olhar para a criança de forma diferente, 

comprometendo‐se com a protecção e promoção dos seus direitos.  

 

As experiências do Brasil demonstraram que a  família ou os adultos, em geral, são os  

que  administram  o  trabalho  realizado  por menores,  isto  leva‐nos  a  considerar  que  a 

existência da “consciência colectiva” deve ser  também extensiva  fundamentalmente à 

família por forma a que esta seja capaz de ter as condições necessárias para realizar as 

suas  funções  como  instituição  primária  de  educação,  protecção  e  socialização  da 

criança.  Assim,  é  urgente  a  necessidade  de  se  criarem  condições  de  vida  familiar, 

promovidas pela  criação de oportunidades, não  só económicas, mas de ampliação do 

seu universo social, cultural e relacional.  

 

Certamente,  o  combate  do  trabalho  infantil,  exige,  também,  a  ampliação  de 

oportunidades  educacionais  para  todas  as  crianças,  estendendo  a  abrangência  e 

melhorando a qualidade do ensino  fundamental, como garantia verdadeira do acesso, 

ingresso  e  permanência  escolar,  aspecto  essencial  na  universalização  do  direito  à 

educação.   

 

As piores formas de trabalho  infantil, aquelas em que as crianças se vêem penalizadas 

por  excesso  de  força  aplicada,  longas  jornadas  de  trabalho,  risco  de  saúde  e  ao 

desenvolvimento delas, devem ser o grande alvo das acções de combate para acelerar a 

sua eliminação até ao ano de 2016. 

 

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As leis, políticas e programas em prol da criança devem ser objectivadas de acordo com 

a  realidade,  de  maneira  a  prestarem  também  atenção  ao  sector  informal  onde  as 

crianças estão cada vez mais desprotegidas. 

 

Os menores não podem e não devem deixar de viver a sua  infância para se ocuparem 

das tarefas laborais dos adultos.  

 

 

VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS   

‐  ANGOLA,  Assembleia Nacional.  Constituição.  1ª  edição,  Luanda:  Imprensa Nacional, 

2010.  

‐  ANGOLA,  Instituto  Nacional  de  Estatística.  Avaliando  a  situação  das  crianças  e  das 

mulheres angolanas no início do milénio. s.ed, s.l: s.n.t, 2003. 

‐ ANGOLA,  Instituto Nacional de Estatística. Perfil sócio‐económico. s.ed, Luanda: s.n.t, 

2000.  

‐ ANGOLA, Ministério da Administração Pública Emprego e Segurança Social. Lei Geral 

do Trabalho. 2ª edição, Luanda: EAL, 2000. 

‐  ANGOLA. Ministério  do  Planeamento.  Relatório  Objectivos  de  Desenvolvimento  do 

Milénio. s.ed, s.l: s.n.t, 2003.  

‐ ANGOLA, Unicef.  Convenção  sobre  os Direitos  da  Criança.  s.ed,  Luanda:  2005.  s.ed, 

Luanda: s.n.t, 2007 

‐ ANGOLA, Ministério da  Juventude e Desporto at all. O Rosto da Adolescência em 

Angola. s.ed, Luanda: s.n.t,  2006. 

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‐ GUERRA, Nogueira de Azevedo. Violência de pais contra filhos: a tragédia revisitada. 

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‐ Internet (Serviço Social. http://pt.wikipedia.org/wiki) 26/11/09, 10 horas. 

 

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‐  MARCONI,  Marina  de  Andrade,  LAKATOS,  Eva  Maria.  Metodologia  do  trabalho 

científico. 6ª edição, São Paulo: Atlas, 2001. 

‐  NETTO,  José  Paulo.  A  ordem  social  contemporânea  é  o  desafio  central.  in  33ª 

Conferência mundial de escolas de serviço social    (Santiago  do  Chile,  28/31  de Agosto 

de 2006).         

‐ Organização  Internacional  do  Trabalho. O  fim  do  trabalho  infantil.  s.ed,  Brasília: 

s.n.t, 2007.  

‐ Organização  Internacional  do  Trabalho.  Piores  formas  de  trabalho  infanti.7ª  edição, 

Brasília: s.n.t, 2007. 

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situação  social  da  criança  em  Angola. Uma  perspectiva  social  e  orçamental.  s.ed, 

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‐ TOMASZEWSKI, Adauto de Almeida. Separação, violência e danos morais – a tutela 

da personalidade dos filhos. s.ed, São Paulo:, Paulistanajur, 2004. 

‐ VERONESE, Josiane Rose Petry. Entre violentados e violentadores. Cidade nova. s.ed, 

São Paulo: s.n.t, 1998. 

 

 

 

 

 

 

 

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