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Fechamento: 12/5/2015 às 23h55 Ano: XXIV - Nº 5.609 Quarta-feira, 13 de maio de 2015 O texto final da Comissão da Reforma Política apresentado ontem pelo relator, de- putado Marcelo Castro (PMDB-PI), desagra- dou a Bancada do PT no colegiado. As críti- cas concentraram-se, principalmente, na adoção do sistema eleitoral majoritário (Dis- tritão), na manutenção da possibilidade das doações empresariais a partidos e candida- tos, além da rejeição à adoção das cotas para as mulheres nos parlamentos. O Partido dos Trabalhadores defendia a adoção do sistema Distrital Misto- após evoluir da posição inicial de apoio ao sis- tema proporcional de lista fechada-, a proi- bição do financiamento de empresas a par- tidos e candidatos, além da adoção da cota de 30% de vagas para as mulheres nos parlamentos a partir da próxima eleição. Para o vice-presidente da comissão, depu- tado Rubens Otoni (PT-GO) Rubens Otoni (PT-GO) Rubens Otoni (PT-GO) Rubens Otoni (PT-GO) Rubens Otoni (PT-GO), o relatório não atendeu as expectativas da sociedade. “O relatório está muito aquém das expectativas cri- adas com a reforma. O texto não contribui para reduzir a influência do poder econômico, não aproxima representantes de representados, além de não atender as reivindicações de segmentos sub-representados da sociedade, como é o caso das mulheres e dos jovens”, reclamou. Ao criticar o sistema eleitoral adotado pelo relator da reforma política, o deputado Henrique Henrique Henrique Henrique Henrique Fontana (PT-RS) Fontana (PT-RS) Fontana (PT-RS) Fontana (PT-RS) Fontana (PT-RS) destacou que o Distritão é adotado em apenas três países no mundo. “É tão ruim que apenas a Jordânia, o Afeganistão e o Vanuatu (Ilha-estado localizada no Pacífico) adotam o sistema”, disse. Fontana acrescentou que o Distritão é a pior opção para a democracia. Segundo ele, o fato do novo sistema prever apenas a eleição dos mais votados vai inibir o lançamento de várias candidaturas - prejudicando a escolha do eleitor-, estimular a entrada na política de celebridades para ‘puxar votos’, acirrar a disputa entre candidatos do próprio partido, enfraquecer os partidos, além de prejudicar a eleição Relatório da reforma política desagrada Bancada do PT; texto não ataca financiamento empresarial e ignora minorias Reforma política tem que acabar com financiamento empresarial de campanha A Comissão Especial da Reforma Po- lítica tem o grande desafio de propor mu- danças amplas e profundas que fortale- çam a democracia brasileira em seu sis- tema político e eleitoral. É necessário assegurar um entendimento com todo o universo partidário, para a construção de um acordo que espelhe consensos à altu- ra das mudanças esperadas por diferen- tes setores da sociedade. É de se esperar, também, que na construção desse con- senso os diferentes segmentos da socie- dade sejam ouvidos. Para nós, do PT, há pontos essenci- ais que devem nortear as mudanças, como o fim do financiamento empresari- al de campanhas eleitorais. O atual mo- delo de financiamento, herdado da Cons- tituição de 88, esgotou-se e é gerador de graves crises; deve ser extinto, dando lu- gar ou a um sistema de financiamento público ou ao modelo defendido por OAB e CNBB, que permite contribuições de pessoas físicas até certo limite. É preciso dar um basta à interferên- cia do grande capital nas campanhas polí- ticas, pois aí está a raiz da corrupção e do desvirtuamento da representatividade par- lamentar. Este tipo de financiamento é nefasto porque retira novas lideranças do cenário e privilegia os que têm acesso ao grande capital. A sociedade não aceita mais este modelo. É preciso acabar com as cam- panhas milionárias. O grande desafio é definir um mode- lo político e eleitoral que seja mais demo- crático e contemple os mais diversos seto- res da sociedade. A população brasileira tem que se envolver diretamente com o tema. Mais do que nunca, é preciso deba- ter, participar, opinar! Sibá Machado (PT-AC), Líder da Bancada do PT de representantes das minorias. Financiamento Financiamento Financiamento Financiamento Financiamento- Sobre o financia- mento eleitoral, o deputado Fontana afir- mou que o modelo adotado foi a pior op- ção possível. “O relatório é ruim, porque não combate o grande problema da demo- cracia brasileira que é o financiamento elei- toral por empresas. Essa proibição está sendo debatida no STF, por iniciativa da sociedade civil representada, entre outras, pela CNBB, OAB, além da maioria da soci- edade brasileira”, afirmou. Até em relação a possíveis pontos po- sitivos, o parlamentar aponta falhas que comprometem as boas intenções do rela- tor. “O relatório fala em teto de gastos nas campanhas, mas isso fica remetido à regu- lação posterior, o que também não nos dá a garantia de que vai haver o barateamen- to das campanhas”, explicou Fontana. Mulheres Mulheres Mulheres Mulheres Mulheres - As parlamentares petistas na comissão também criticaram o relatório. A deputada Moema Gramacho (PT-BA) Moema Gramacho (PT-BA) Moema Gramacho (PT-BA) Moema Gramacho (PT-BA) Moema Gramacho (PT-BA) afirmou que o texto é retrógrado e machista. “O relatório foi extremamente retrógrado e machista na justificativa para não aceitar a instituição das cotas para as mulheres, prin- cipalmente se considerarmos que a legisla- ção eleitoral de 1997 já admitia essa pos- sibilidade. Portanto, isso é voltar atrás no tempo, completa- mente contrário ao pensamento da sociedade que exige maior presença das mulheres na política”, disse. A deputada Margarida Salomão (PT-MG) Margarida Salomão (PT-MG) Margarida Salomão (PT-MG) Margarida Salomão (PT-MG) Margarida Salomão (PT-MG) disse que as propostas prejudicam a perspectiva de ascensão das mulhe- res na política. “Dentro do presente sistema eleitoral, com todos os defeitos que ele tem e que aparentemente podem ser recrudescidos a vista do relatório apresentado, não há expecta- tiva de que nós avancemos nem na representação das mulhe- res e nem de outras minorias sociais”, lamentou. Leia mais na página 2.

Relatório da reforma política desagrada Bancada do …ptnacamara.org.br/images/IMG-2015/PT NA CAMARA-5609-13-05...2015/05/13  · Até em relação a possíveis pontos po-sitivos,

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Fechamento: 12/5/2015 às 23h55

Ano: XXIV - Nº 5.609Quarta-feira, 13 de maio de 2015

O texto final da Comissão da ReformaPolítica apresentado ontem pelo relator, de-putado Marcelo Castro (PMDB-PI), desagra-dou a Bancada do PT no colegiado. As críti-cas concentraram-se, principalmente, naadoção do sistema eleitoral majoritário (Dis-tritão), na manutenção da possibilidade dasdoações empresariais a partidos e candida-tos, além da rejeição à adoção das cotaspara as mulheres nos parlamentos.

O Partido dos Trabalhadores defendiaa adoção do sistema Distrital Misto- apósevoluir da posição inicial de apoio ao sis-tema proporcional de lista fechada-, a proi-bição do financiamento de empresas a par-tidos e candidatos, além da adoção da cotade 30% de vagas para as mulheres nosparlamentos a partir da próxima eleição.

Para o vice-presidente da comissão, depu-tado Rubens Otoni (PT-GO)Rubens Otoni (PT-GO)Rubens Otoni (PT-GO)Rubens Otoni (PT-GO)Rubens Otoni (PT-GO), o relatórionão atendeu as expectativas da sociedade. “Orelatório está muito aquém das expectativas cri-adas com a reforma. O texto não contribui parareduzir a influência do poder econômico, nãoaproxima representantes de representados, alémde não atender as reivindicações de segmentossub-representados da sociedade, como é o casodas mulheres e dos jovens”, reclamou.

Ao criticar o sistema eleitoral adotadopelo relator da reforma política, o deputado HenriqueHenriqueHenriqueHenriqueHenriqueFontana (PT-RS)Fontana (PT-RS)Fontana (PT-RS)Fontana (PT-RS)Fontana (PT-RS) destacou que o Distritão é adotado emapenas três países no mundo. “É tão ruim que apenas a Jordânia,o Afeganistão e o Vanuatu (Ilha-estado localizada no Pacífico)adotam o sistema”, disse. Fontana acrescentou que o Distritãoé a pior opção para a democracia. Segundo ele, o fato do novosistema prever apenas a eleição dos mais votados vai inibir olançamento de várias candidaturas - prejudicando a escolha doeleitor-, estimular a entrada na política de celebridades para‘puxar votos’, acirrar a disputa entre candidatos do própriopartido, enfraquecer os partidos, além de prejudicar a eleição

Relatório da reforma políticadesagrada Bancada do PT; texto

não ataca financiamentoempresarial e ignora minorias

Reforma políticatem que acabar

com financiamentoempresarial de

campanhaA Comissão Especial da Reforma Po-

lítica tem o grande desafio de propor mu-danças amplas e profundas que fortale-çam a democracia brasileira em seu sis-tema político e eleitoral. É necessárioassegurar um entendimento com todo ouniverso partidário, para a construção deum acordo que espelhe consensos à altu-ra das mudanças esperadas por diferen-tes setores da sociedade. É de se esperar,também, que na construção desse con-senso os diferentes segmentos da socie-dade sejam ouvidos.

Para nós, do PT, há pontos essenci-ais que devem nortear as mudanças,como o fim do financiamento empresari-al de campanhas eleitorais. O atual mo-delo de financiamento, herdado da Cons-tituição de 88, esgotou-se e é gerador degraves crises; deve ser extinto, dando lu-gar ou a um sistema de financiamentopúblico ou ao modelo defendido por OABe CNBB, que permite contribuições depessoas físicas até certo limite.

É preciso dar um basta à interferên-cia do grande capital nas campanhas polí-ticas, pois aí está a raiz da corrupção e dodesvirtuamento da representatividade par-lamentar. Este tipo de financiamento énefasto porque retira novas lideranças docenário e privilegia os que têm acesso aogrande capital. A sociedade não aceita maiseste modelo. É preciso acabar com as cam-panhas milionárias.

O grande desafio é definir um mode-lo político e eleitoral que seja mais demo-crático e contemple os mais diversos seto-res da sociedade. A população brasileiratem que se envolver diretamente com otema. Mais do que nunca, é preciso deba-ter, participar, opinar!

Sibá Machado (PT-AC),

Líder da Bancada do PT

de representantes das minorias.FinanciamentoFinanciamentoFinanciamentoFinanciamentoFinanciamento- Sobre o financia-

mento eleitoral, o deputado Fontana afir-mou que o modelo adotado foi a pior op-ção possível. “O relatório é ruim, porquenão combate o grande problema da demo-cracia brasileira que é o financiamento elei-toral por empresas. Essa proibição estásendo debatida no STF, por iniciativa dasociedade civil representada, entre outras,pela CNBB, OAB, além da maioria da soci-edade brasileira”, afirmou.

Até em relação a possíveis pontos po-sitivos, o parlamentar aponta falhas quecomprometem as boas intenções do rela-tor. “O relatório fala em teto de gastos nascampanhas, mas isso fica remetido à regu-lação posterior, o que também não nos dáa garantia de que vai haver o barateamen-to das campanhas”, explicou Fontana.

Mulheres Mulheres Mulheres Mulheres Mulheres - As parlamentares petistasna comissão também criticaram o relatório.A deputada Moema Gramacho (PT-BA)Moema Gramacho (PT-BA)Moema Gramacho (PT-BA)Moema Gramacho (PT-BA)Moema Gramacho (PT-BA)afirmou que o texto é retrógrado e machista.“O relatório foi extremamente retrógrado emachista na justificativa para não aceitar ainstituição das cotas para as mulheres, prin-cipalmente se considerarmos que a legisla-ção eleitoral de 1997 já admitia essa pos-

sibilidade. Portanto, isso é voltar atrás no tempo, completa-mente contrário ao pensamento da sociedade que exige maiorpresença das mulheres na política”, disse.

A deputada Margarida Salomão (PT-MG)Margarida Salomão (PT-MG)Margarida Salomão (PT-MG)Margarida Salomão (PT-MG)Margarida Salomão (PT-MG) disse queas propostas prejudicam a perspectiva de ascensão das mulhe-res na política. “Dentro do presente sistema eleitoral, comtodos os defeitos que ele tem e que aparentemente podem serrecrudescidos a vista do relatório apresentado, não há expecta-tiva de que nós avancemos nem na representação das mulhe-res e nem de outras minorias sociais”, lamentou.

Leia mais na página 2.

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13/5/201513/5/201513/5/201513/5/201513/5/2015 PT NA CÂMARA2

Líder da Bancada: Deputado Siba Machado (AC)

Chefe de Gabinete: Marcus Braga - Coordenação da Imprensa: Rogério Tomaz Jr.; Paulo Paiva Nogueira (Assessoria de Imprensa) Editores: Denise Camarano (Editora-chefe); Vânia Rodrigues e Tarciano Ricarto

Redação: Benildes Rodrigues, Gizele Benitz, Héber Carvalho, Jonas Tolocka, Tarciano Ricarto e Vânia Rodrigues - Rádio PT: Ana Cláudia Feltrim , Chico Pereira e Ivana Figueiredo

Fotógrafos: Gustavo Bezerra e Salu Parente Video: João Abreu e Jonas Tolocka.

Projeto Gráfico: Sandro Mendes - Diagramação: Sandro Mendes e Ronaldo Martins - Web designer e designer gráfico: Claudia Barreiros - Secretária de Imprensa: Maria das Graças

Colaboração: Assessores dos gabinetes parlamentares e da Liderança do PT.

O Boletim PT na Câmara, antigo Informes, foi criado em 8 de janeiro de 1991 pela Liderança do PT na Câmara dos Deputados.EX

PE

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CÂMARA

Plenário aprova MP que aumentaincentivos para BNDES e Finep

O plenário da Câmara aprovou on-tem a medida provisória (MP 663/14)que aumenta em R$ 50 bilhões o limi-te de incentivos financeiros repassadospela União ao BNDES e à Financiadorade Estudos e Projetos (Finep). O depu-tado Andres Sanchez (PT-SP)Andres Sanchez (PT-SP)Andres Sanchez (PT-SP)Andres Sanchez (PT-SP)Andres Sanchez (PT-SP) é orelator-revisor na comissão mista queanalisou a medida. A medida segue paraanálise do Senado.

O deputado Afonso Florence (PT-BA),Afonso Florence (PT-BA),Afonso Florence (PT-BA),Afonso Florence (PT-BA),Afonso Florence (PT-BA), vice-líder do PT, ressaltou a importância da MP. “Essa MP éfundamental para que as medidas do ajuste tenhamcaráter anticíclico. É fundamental para a economia bra-sileira para que possamos retomar a capacidade deinvestimento público, de investimento privado, garan-tindo emprego e renda para o povo brasileiro”, disse.

O deputado Carlos Zarattini (PT-SP),Carlos Zarattini (PT-SP),Carlos Zarattini (PT-SP),Carlos Zarattini (PT-SP),Carlos Zarattini (PT-SP), vice-líder do governo na Câmara, também elogiou a ma-téria. “O BNDES tem sido o principal motor do de-senvolvimento econômico no País nos últimos anos.Por exemplo, as pequenas e médias empresas rece-beram R$175 bilhões, o que representa 52% dototal desembolsado. Os financiamentos do BNDESdizem respeito a 12% da geração de empregos no

Brasil — 12% da geração deempregos —, mais de 5 milhões emeio de empregos em nosso País”,argumentou Zarattini.

Além disso, acrescentou Zaratti-ni, houve uma democratização docrédito no Brasil. “Com a desconcen-tração do financiamento do BNDES.O Sudeste, que recebia 58% do fi-

nanciamento em 2007, caiu para 48%. Enquantoisso, a Região Norte subiu de 5 para 7%, o Nor-deste, de 8 para 13%, e o Centro-Oeste, de 9 para12%”, destacou o parlamentar paulista.

Agenda – Agenda – Agenda – Agenda – Agenda – Está prevista para hoje, às 12h, ses-são do plenário para discutir e votar MP 664/14, quepropõe ajustes para corrigir distorções e evitar fraudesno sistema previdenciário.

Texto da Comissão Especial da Reforma Política vai a voto na quinta-feiraO relatório final dos trabalhos da Comissão Especial da Reforma Política (PEC 182/2007) foi apresentado ontem, no colegiado. O texto vai ser votado na quinta

feira, às 10h, em plenário a definir. Confira o resumo das propostas do parecer do relator Marcelo de Castro (PMDB-PI):

Ministros confirmam presença em debates na CâmaraMinistros do Governo Dilma Rousseff confirma-

ram presença na Câmara para participar de ComissãoGeral neste mês. A sessão acontece no plenário. Con-firmaram presença na próxima quinta-feira (14), às

10h, a ministra da Secretaria de Políticas de Promo-ção da Igualdade Racial, Nilma Lino Gomes.

Dia 21 de maio, às 10 h, a Comissão Geral contará coma presença da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Dia 28 de maio, às 10 h, será a vez da ministrada Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidên-cia da República, Eleonora Menicucci, participar dodebate no plenário da Câmara.

1 – Fim da reeleição para os cargos do Poder Executivo, excetuando-se os Governadores eleitos em 2014

e os Prefeitos eleitos em 2016, salvo, em relação aos primeiros, se já reeleitos;

2 – Mandato de 5 anos para todos os cargos eletivos, inclusive para Senadores;

3 – Eleições simultâneas dos 3 (três) Senadores e dos 3 suplentes (que serão, respectivamente o 4º, 5º

e 6º mais votados na mesma eleição);

4 – Eleição de 2 Senadores em 2018, nos Estados e no DF, cabendo aos suplentes vagas abertas entre

fev/2023 a jan/2024 (mandato tampão);

5 – Redução da idade mínima para ocupar o cargo de Senador, de 35 para 30 anos;

6 – Coincidência dos mandatos;

7 – Vereadores e prefeitos eleitos em 2016 terão mandato de 2 (dois) anos;

8 – Fidelidade partidária e possibilidade de desligamento do partido, nos 180 dias que se seguirem à

promulgação desta emenda;

9 – Fim das coligações eleitorais proporcionais;

10 – Cláusula de barreira para acesso ao fundo partidário e tempo de rádio e tv: obtenção, na última

eleição, de 3% dos votos apurados, distribuídos em pelo menos 1/3 dos Estados da Federação, com um

mínimo de 2% do total de cada uma;

11 – Cláusula de barreira transitória;

12 – Possibilidade de constituição de Federação Partidária nas 2 (duas) eleições que se seguirem à

promulgação desta emenda;

13 – Sistema eleitoral Distritão;

14 – Financiamento eleitoral misto (público e privado), sendo o de Pessoas Jurídicas exclusivamente para

o Partido Político;

15 – Arrecadação de recursos pelos partidos e candidatos condicionados a:

a) Fixação em lei de limites para as doações de pessoas físicas e jurídicas, em valores absolutos e

percentuais;

b) Teto de despesas nas campanhas para cada cargo eletivo;

16 – Iniciativa popular – Subscrição de projeto de lei por no mínimo 500 mil eleitores, distribuídos por

1/3 dos Estados/DF e com no mínimo 1/10 por cento dos eleitores de cada uma.

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O deputado PPPPPaulo Pimenta (PT-RS)aulo Pimenta (PT-RS)aulo Pimenta (PT-RS)aulo Pimenta (PT-RS)aulo Pimenta (PT-RS),ao fazer na tribuna uma avaliação do atualmomento político brasileiro, desafiou a opo-sição ontem a comparar o Brasil que o PTrecebeu e o País que existe hoje; bem como aexplicar o porquê de criminalizar e desqualifi-car o Partido dos Trabalhadores e, ao mesmotempo, ser conivente e omissa com outras si-tuações comprovadamente ilícitas que deveri-am ser investigadas e punidas, mas não são.

“Nem os mais otimistas poderiam ima-ginar, quando o presidente Lula assumiu aPresidência da República, que nós pudésse-mos, em tão pouco tempo, promover umamudança tão significativa na qualidade da vida de umcontingente imenso de brasileiros e brasileiras”, afir-mou o deputado. Ele citou em seguida uma série deexemplos envolvendo habitação, infraestrutura, crédi-to agrícola, acesso a bens de consumo etc.

Pimenta destacou que, pela primeira vez emtoda a história brasileira, a experiência petista nogoverno conseguiu tirar 36 milhões de brasileirosda linha da miséria e proveu à população uma sériede conquistas até então inédita para a maioria. “Apopulação teve possibilidade de acesso, através deum crédito de valor razoável, a carros, à reforma dacasa, à aquisição de tantas melhorias que até entãoeram um sonho impossível”, relatou.

Após mostrar esses avanços e provar que nãoexiste na oposição interlocutores para enfrentar essedebate sobre o novo Brasil, Pimenta disse que restapor parte dos opositores uma tentativa ininterruptade descontruir um projeto que foi legitimamente

CÂMARA

Guimarães anuncia amplo acordo para votarmedidas de ajustes na economia até dia 20As votações das medidas de ajustes para correções em setores

da economia – MP 664 e o PL 863/15 (que altera as alíquotas da folhade pagamento) – serão concluídas pelo plenário da Câmara até quar-ta-feira da próxima semana (20). Esse é o resultado de acordo firmadona reunião do Colégio de Líderes ontem, que contou com as presençasdo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do líder do go-verno, José Guimarães (PT-CE) e dos líderes da base e da oposição.“Todas as matérias serão votadas sem obstrução por parte da oposi-ção. Foi um grande acordo”, exaltou Guimarães.

A Medida Provisória 664, que estabelece novas regras para aconcessão do auxílio-doença e pensão por morte, começará a ser dis-cutida hoje e deve ser finalizada na quinta-feira (14). Também hoje os parlamentaresapreciam requerimentos do Executivo que abordam o Acordo sobre o Novo Bancode Desenvolvimento (NBD), além de o Tratado para o Estabelecimento do Arranjo

Contingente de Reservas dos Brics. “Estamos convictos de que aprova-remos as matérias enviadas pelo Executivo. O país precisa delas paraimpulsionar a economia. E contamos com a coesão da base aliada eaté de parte da oposição para vencermos essas medidas”, disseGuimarães em coletiva à imprensa.

Para a próxima semana estão previstas as votações do projetode lei das desonerações - que altera as alíquotas da folha de pagamento- e a medida provisória (MP 668), que eleva alíquotas da contribuiçãopara o PIS/Pasep, Importação e da Cofins-Importação. Como a MP 665(seguro-desemprego e direitos trabalhistas) já foi aprovada na sema-na anterior, o ajuste econômico encaminhado no final do ano passado

será concluído até o dia 20. “Será uma vitória do País. Um avanço importante para aretomada do crescimento econômico e a manutenção dos programas sociais”,concluiu o líder José Guimarães.

Pimenta critica oposição que se omite em ilícitoscomprovados e só atua para desqualificar PT

vitorioso nas últimas eleições. Nessa estratégia,continuou Pimenta, tentam fazer com que o PT, emsua totalidade, seja tratado como organização cri-minosa e responsabilizado pela conduta de algunsintegrantes do partido que respondem a processo noâmbito do Supremo Tribunal Federal.

Nesse sentido, o deputado ressaltou a postura dopartido de não ser conivente com nenhum petistacomprovadamente envolvimento em irregularidade erepudiou a postura hipócrita de usar dois pesos e duasmedidas para situações semelhantes, com o objetivoúnico de imputar crime ao PT.

“Se criarmos no Brasil uma opinião segundo a qualas doações legais que foram dadas aos partidos políticospodem ser criminalizadas, tal fato não pode acontecer sópara o Partido dos Trabalhadores. Essas empresas quedoaram para o PT e que tinham contrato com a Petrobrassão as mesmas que doaram para o PSDB, para o PMDB,para o PSB, para o Democratas”, reiterou o parlamentar.

Paulo Pimenta também questionou a pos-tura distinta e seletiva por parte do Poder Judi-ciário, do Ministério Público e da imprensa nainvestigação de casos emblemáticos que des-falcaram o erário em quantias vultosas, masque são tratados com a complacência e bene-volência do silêncio. Citou como exemplo aOperação Zelotes, esquema de sonegação ecorrupção dentro do Conselho Administrativode Recursos Fiscais (Carf), que envolve maisde R$ 20 bilhões.

Contou que, feita a investigação pela Polí-cia Federal, o Ministério Público Federal pediua prisão de 26 pessoas, que foram negadas por

duas vezes pela Justiça. “Mas, então, qual é o critérioque se utiliza para, em uma situação, o Poder Judiciárioadotar uma conduta e, em situação semelhante, envol-vendo inclusive valores muito maiores, nenhuma prisãoser autorizada?”, afirmou, fazendo paralelo com a Ope-ração Lava Jato. Mais adiante questionou: “Por que osilêncio por parte da imprensa?”

“Quero concluir dizendo que espero que os líde-res do PSDB, do Democratas, do próprio PMDB ve-nham a esta tribuna e cobrem do Judiciário, cobremda imprensa o silêncio frente à Zelotes, cobrem edenunciem que as investigações estão andando demaneira muito lenta, cobrem que as prisões solicita-das foram negadas já em duas oportunidades peloJudiciário, exijam que a lista do HSBC venha a públi-co para que todos possamos saber quem são os brasi-leiros que, ao longo de todos esses anos, tiveram suascontas na Suíça para esconder o dinheiro que foi tira-do de maneira indevida do nosso País”, finalizou.

GUSTAVO LIMA/CD

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NA TRIBUNA

Valmir Assunção critica “manobra”e “casuísmo” para barrar recondução de Janot

Frente Parlamentarem Defesa da Caixaserá lançada nesta

quinta-feiraA Frente Parlamentar em Defesa da Caixa

Econômica Federal será lançada amanhã, das8h30 às 11h, no auditório Freitas Nobre, no Ane-xo IV da Câmara dos Deputados, em Brasília. Ainiciativa reúne parlamentares e abre espaçopara a sociedade civil para atuarem conjunta-mente na defesa do banco público.

Funcionário da Caixa há 34 anos, o deputadoAssis Carvalho (PT-PI) é um dos coordenadores daFrente, que terá entre as principais ações a mobili-zação contra a abertura de capital da Caixa. “A de-fesa da Caixa 100% pública é uma das nossas prin-cipais bandeiras partidárias nessa legislatura. Aconstituição da Frente Parlamentar é a confirma-ção do nosso compromisso para que não haja dúvi-da sobre a nossa posição ao lado do trabalhadorbrasileiro”, disse o deputado.

Dirigente sindical nos anos 90, Assis Carvalholiderou o Comitê em Defesa dos Bancos Públicos,que lutou contra a privatização da Caixa, Banco doBrasil, Banco do Nordeste e bancos estaduais, nogoverno FHC. Neste período, Assis foi presidente daAssociação do Pessoal da Caixa Econômica Federal(APCEF-PI), diretor do Sindicato dos Bancários doPiauí e membro da diretoria da Confederação Naci-onal dos Bancários.

Bohn Gass cita avanços na educação ecritica os que tentam desmerecer o Fies

O deputado Bohn Gass (PT-Bohn Gass (PT-Bohn Gass (PT-Bohn Gass (PT-Bohn Gass (PT-RS)RS)RS)RS)RS) ocupou a Tribuna ontem para res-saltar os avanços que os governos Lulae Dilma implementaram na área daeducação no País. De acordo com ele,os investimentos do governo federalem educação nos últimos 12 anos cres-ceram “nada menos” do que 130%.“Em 2004 tínhamos um orçamento de R$ 24,5 bi-lhões. Uma década depois chegamos a R$ 94,2 bi-lhões. Sim, os governos Lula e Dilma quadruplicaram osinvestimentos em educação no Brasil. Em todos os anosdos governos do PT foram superados os 18% da receitade impostos que a Constituição determina que sejaaplicado em educação”, enfatizou o petista.

Ataques -Ataques -Ataques -Ataques -Ataques - Bohn Gass criticou os recentes ataquesda oposição ao Programa de Financiamento Estudantil(Fies). “Só neste ano de 2015, os três programas queos nossos governos criaram - Sistema de SeleçãoUnificada (Sisu), Programa Universidade para Todos(ProuUni) e Fies - envolveram mais de 670 mil vagasem instituições de ensino superior no primeirosemestre. Qual é o grande problema, então? O grandeproblema é que, em 2015, o Fies, sozinho, só conse-guiu atender 252 mil novos contratos. São 252 milnovos estudantes que, sem esse programa, não teriamacesso ao terceiro grau. Esse número ainda é insufici-

ente porque a demanda é maior doque podemos ofertar neste momento.E o governo está consciente disso evem trabalhando duro para tentar aten-der toda a demanda”, disse.

Mas o que não dá pra aceitar, acres-centou Bohn Gass, “é que se tome otodo pela parte e que se tente desmere-

cer um programa que, sozinho, já garantiu que 2 milhõese 150 mil estudantes tivessem acesso à universidade.Antes, estes alunos não alcançavam o terceiro grau. Porquenão tinham dinheiro! Exigir que o governo garanta oacesso à universidade a todos aqueles que quiseremestudar, é uma justa reivindicação. Mas tentar, por contadisso, destruir o Fies e negar sua enorme contribuiçãosocial, isso não dá pra aceitar!”, criticou Bohn Gass.

Ainda de acordo com o petista, os que hoje criticamo governo por conta da dificuldade de atender toda ademanda do Fies não implementaram avanços na áreada educação como os governos Lula e Dilma. “Claroque não foram resolvidos todos os problemas daeducação porque uma nação que historicamente deixouem segundo plano a educação de seu povo, não podereverter este quadro em apenas uma década. Dequalquer forma, não pode haver um único brasileiro aqueixar-se de que, no período em que o PT está nogoverno, a educação tenha sido maltratada”.

Em discurso contundente na tribuna da Câmara,ontem, o deputado Valmir Assunção (PT-BA)Valmir Assunção (PT-BA)Valmir Assunção (PT-BA)Valmir Assunção (PT-BA)Valmir Assunção (PT-BA)criticou o que chama de “manobra” para impedir aeventual recondução de Rodrigo Janot ao cargo deProcurador-Geral da República e defendeu a autono-mia das instituições brasileiras.

Valmir ressaltou a decisão dos governos petistasde acatar, na escolha do Procurador-Geral da Repúbli-ca, a indicação do nome mais votado na consulta docolégio de procuradores do Ministério Público. O par-lamentar lembrou que até o governo FHC isso nãoocorria e o nomeado pelo governo servia exclusiva-mente aos interesses políticos do Executivo.

A prática republicana dos governos Lula e Dilma foimencionada pelo parlamentar para expressar a sua per-plexidade com a “manobra” que, segundo ele, vemsendo arquitetada por setores do Congresso Nacionalpara impedir uma possível recondução de Rodrigo Janotà direção da Procuradoria-Geral da República (PGR).

O argumento de “reoxigenação” da PGR, expli-ca Valmir, contradiz a decisão tomada pela Câmara

de aprovar a chamada “PECda Bengala”, que estendepara 75 anos a idade paraaposentadoria compulsóriados ministros de tribunais su-periores. “O mesmos queagora falam em reoxigena-ção, falavam na semana pas-sada em experiência, em con-tinuidade dos processos”,lembrou o parlamentar.

“Tirar Janot agora sóserve aos interesses de quem quer voltar à épocaem que tínhamos um ‘engavetador-geral da Repú-blica’, cuja principal função era a de arquivar todosos processos que envolvessem o interesse dos quedetinham poder”, frisou. O petista reiterou os prin-cípios de autonomia e independência do MinistérioPúblico e disse ter “convicção de que apenas osseus membros têm o poder de negar a reconduçãode Janot ao cargo de PGR”.

Valmir também conde-nou a prática casuística recor-rente que sido verificada naCâmara. “Há um péssimo há-bito que predomina em nossoambiente de decidir as coisascom o mais alto nível de ca-suísmo, mirando interessespróprios em detrimento dosinteresses do País”, criticou.

O parlamentar disseainda que hoje o Brasil as-

siste a inúmeras investigações, processos e julga-mentos que atingem setores da sociedade que anteseram “inalcançáveis” pela Justiça. “Esta mudançana forma como se dão a apuração, as denúncias eos julgamentos de crimes, sobretudo os de colari-nho branco, só é possível porque os nossos gover-nos asseguraram ampla autonomia e independên-cia à Polícia Federal, ao Ministério Publico e aoJudiciário”, declarou Valmir.

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O professor, jornalista e militante da igual-dade racial, Edson Cardoso, em exposição, ontem,na audiência pública promovida pela CPI queinvestiga a violência contra jovens negros e po-bres, se valeu da dimensão histórica das ques-tões raciais para alertar sobre o processo dedesumanização e estigmatização da populaçãonegra do País. “É da natureza do estigma, adesumanização”, disse o professor. Ele acres-centou que mais de 50% da população brasileiraé negra e estigmatizada como ser inferior “.

Ao discorrer na CPI, presidida pelo deputadoReginaldo Lopes (PT-MG)Reginaldo Lopes (PT-MG)Reginaldo Lopes (PT-MG)Reginaldo Lopes (PT-MG)Reginaldo Lopes (PT-MG), o professorlembrou que a inferioridade de negros, mulheres,índios, a partir da natureza biológica, atravessou oséculo 19 e formou o conceito que ainda hojeperdura no seio da sociedade. Para ele, ajusti f icativa da inferioridade de parcela dasociedade pela sua natureza biológica caracterizao racismo científico. O ativista racial defende quea sociedade se debruce sobre esse processo históricopara, ass im, compreender de onde vem anaturalização e de onde vem a sanção para tantosassassinatos de jovens negros e pobres.

A CPI da Violência contra Jovens Negros ePobres, presidida pelo deputado ReginaldoReginaldoReginaldoReginaldoReginaldoLopes (PT-MG)Lopes (PT-MG)Lopes (PT-MG)Lopes (PT-MG)Lopes (PT-MG), realizou audiência públicaem Salvador (BA) na segunda-feira (11). Ocolegiado ouviu depoimentos de parentes devítimas de violência, pesquisadores do tema,representantes de movimentos sociais e do po-der público. O esclarecimento dos crimes e ocombate à impunidade são as principais açõescobradas pelos participantes da atividade, queocorreu na Assembleia Legislativa do Estado.

A CPI da Violência contra Jovens Negros e Pobresjá havia ouvido depoimentos de parentes de vítimasde chacinas na Bahia em audiência que ocorreu naCâmara dos Deputados, quando denunciaram o desca-so das autoridades diante das investigações. Na oca-sião, citaram o assassinato de 12 pessoas no bairroda Cabula, em Salvador, em fevereiro deste ano, euma série de mortes no município de Itacaré, nolitoral sul do estado. Em comum, os casos mostram amaioria de vítimas negras, violência policial e parali-sação nas investigações, o que levou o coordenador do“Movimento Reaja”, Hamilton Borges, a classificar a

Pais de jovens assassinados na Bahia cobramação de CPI da Violência contra Jovens Negros

INVESTIGAÇÃO

CPI: Mais de 50% da população brasileira é negrae rotulada como ser inferior, denuncia especialista

situação de “execução sumária extrajudicial”.Segundo Lopes, a realização de encontros em

todo Brasil está permitindo o levantamento de diag-nósticos, informações, oitivas e diligências pertinen-tes ao trabalho da Comissão. “Queremos criar umgrande movimento para enfrentar os indicadores deviolência que são assustadores”, declarou.

Reginaldo Lopes informou que os parlamentaresnegociam com o Executivo a elaboração de uma Pro-posta de Emenda Constitucional (PEC) que coloca asegurança pública como responsabilidade comparti-lhada entre União, estados e municípios. Atualmen-te, os estados são responsáveis pela área. O presiden-

te da CPI explicou que a PEC prevê um sistemafederativo. “Isso abre espaço para a unificaçãodas polícias e integração das ações. Vamosapresentar a PEC e será criada uma comissãopara debater com a sociedade”, argumentou.

Emoção Emoção Emoção Emoção Emoção – Ao longo da audiência, víti-mas da violência, ativistas do movimentonegro e parlamentares se revezaram na tri-buna para apresentar relatos emocionadosou apresentar sugestões para combater o que

é chamado de “genocídio da juventude negra”.Segundo informação do Fórum Brasileiro de Segu-rança Pública, um jovem negro na Bahia tem trêsvezes e meia mais chances de morrer assassinadodo que um jovem branco. Itabuna (BA) é a cidadebrasileira campeã de ocorrências.

O secretário de Justiça, Geraldo Reis, represen-tando o governador Rui Costa, concordou que o “pro-blema é do Brasil e da Bahia e que o governador estádisposto a dialogar em busca de caminhos que redu-zam esta violência”. Reis comprometeu-se a “apurare punir os policiais que exageram na abordagem ecometam atos de violência contra a população”.

“Por que isso acontece? Por que toleramos essasmontanhas de cadáveres, há décadas? Para responderessas perguntas temos que compreender que somos en-volvidos por uma ideologia, por uma representação dahumanidade que exclui as pessoas. Essa é a questão”,lamentou o professor. Para Edson Cardoso, o país não vaiavançar nessa questão enquanto não enfrentar o desafiode mudar o modo como a humanidade é representada.

“Nós teremos que ser capazes de mexer no sistemaeducacional. Temos que ser capazes de mexer na represen-tação do humano que tem regras soltas nos meios de comu-nicação. É preciso mexer na representação privilegiada deum tipo de brasileiro em detrimento de outros”, observou.

Ele alertou ainda que quando um soldadomata um jovem negro e pobre, essa morte é“autorizada” e “consensuada” por uma socie-dade que não quer discutir esse tema. “O gran-de poder em que sucumbe a juventude negra, éo poder da sociedade que consensuou a possi-bilidade de seu desaparecimento, da sua mor-te. Essa é a questão mais profunda: o racismo”,assinalou Edson Cardoso. Ele conclamou a co-missão a se debruçar sobre essa temática.

Em relação à impunidade dos homicídiosdos quais os jovens negros e pobres são vítimas, oprofessor disse que, a rigor, pode-se matar uma pes-soa negra e pensar que nada vai acontecer. Para ele, onúmero de assassinatos que tem vitimado essa parce-la da população comprova essa assertiva. “Quem efe-tivamente é punido por esses crimes? Nada maisestimulante que sair pelas ruas e matar pessoas ne-gras. Vai acontecer o quê? Nada”, afirmou.

“Uma comissão que tem o desafio de enfrentar umproblema dessa natureza, só pode receber o meu profundorespeito”, concluiu Edson Cardoso. A audiência ocorreuem atendimento a requerimento da deputada BeneditaBeneditaBeneditaBeneditaBeneditada Silva (PT-RJ)da Silva (PT-RJ)da Silva (PT-RJ)da Silva (PT-RJ)da Silva (PT-RJ), integrante da comissão.

LUCIO BERNARDO JR./CD

DIVULGAÇÃO

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A comissão especial que analisa a PEC 171/93que propõe a redução da maioridade penal discute otema hoje, em audiência pública, com a participação dojuiz da Vara da Infância e da Juventude da Comarca deFernandópolis (SP), Evandro Pelarin, e da defensoraPública do Estado do Rio de Janeiro e membro daComissão Especial da Infância e Juventude, Elisa CostaCruz. O deputado Alessandro Molon (PT-RJAlessandro Molon (PT-RJAlessandro Molon (PT-RJAlessandro Molon (PT-RJAlessandro Molon (PT-RJ) é umdos autores da iniciativa do debate.

Também foram convidados o jornalista, escritor, CacoBarcelos; e o jornalista e apresentador de TV, José Luiz Datena.O debate será realizado às14h30, no plenário 3.

Direitos Humanos -Direitos Humanos -Direitos Humanos -Direitos Humanos -Direitos Humanos -Comissão debate hoje, em au-diência pública, a denúncia deviolência sexual contra crian-ças e adolescentes na regiãodo Marajó do Pará. O ministroPepe Vargas, da Secretaria Nacional de Direitos Humanosda Presidência da República, é um dos convidados para odebate, às 14 h, no plenário 9.

Cultura Cultura Cultura Cultura Cultura – Comissão realiza reunião deliberativa às14h30, no plenário 10. Na pauta requerimento do depu-tado Leo de Brito (PT-ACLeo de Brito (PT-ACLeo de Brito (PT-ACLeo de Brito (PT-ACLeo de Brito (PT-AC), que requer audiência pú-blica, em parceria com a Comissão de Ciência e Tecnolo-gia para debate sobre verbas publicitárias oficiais aosmeios jornalísticos eletrônicos e as mídias regionais.

Lei dasLei dasLei dasLei dasLei das LicitaçõesLicitaçõesLicitaçõesLicitaçõesLicitações - Por iniciativa do deputadoHelder Salomão (PT-ESHelder Salomão (PT-ESHelder Salomão (PT-ESHelder Salomão (PT-ESHelder Salomão (PT-ES), a comissão especial queanalisa a Lei das Licitações (Lei 8666/93) discute o temahoje, em audiência pública, com a participação do procu-rador do Ministério Público de Contas junto ao Tribunal deConstas da União, Júlio Marcelo de Oliveira. O debateocorrerá no plenário 11, às 14h30.

A comissão especial que analisa o projeto delei (PL 1572/11), de autoria do deputado VicenteVicenteVicenteVicenteVicenteCândido (PT-SPCândido (PT-SPCândido (PT-SPCândido (PT-SPCândido (PT-SP), que institui o Código Comerci-al, promove audiência pública hoje com o ministroGuilherme Afif Domingos, da Secretaria da Micro ePequena Empresa do Brasil. A audiência ocorre noplenário 8, a partir das 14h30.

Um dos pontos do debate será o programaBem mais Simples, lançado pelo Governo DilmaRousseff, com ações para agilizar a abertura efechamento de empresas no País.

O ministro Edinho Silva,ministro-chefe da Secretaria deComunicação Social (Secom)da Presidência da República,apresenta nesta quarta-feira(13), na Comissão de Ciênciase Tecnologia, Comunicação eInformática, as ações prioritá-rias da sua pasta para 2015. A audiência públicaocorrerá no plenário 13, às 9h30.

Desenvolvimento EconômicoDesenvolvimento EconômicoDesenvolvimento EconômicoDesenvolvimento EconômicoDesenvolvimento Econômico – Comissãotem reunião deliberativa às 9h30, no plenário 5. NaPauta, entre outros, o PLP 324/13 que institui bene-fícios fiscais para pessoas que aufiram receita brutamensal igual ou inferior a R$ 180.000,00. O relatoré o deputado Afonso Florence (PT-BAAfonso Florence (PT-BAAfonso Florence (PT-BAAfonso Florence (PT-BAAfonso Florence (PT-BA).

Educação – Educação – Educação – Educação – Educação – Comissão tem reunião deliberativaàs 10h, no plenário 10. Poderá ser apreciado o requeri-

Afif Domingos participa dedebate na comissão especialdo novo Código Comercial

Fiscalização FinanceiraFiscalização FinanceiraFiscalização FinanceiraFiscalização FinanceiraFiscalização Financeira - Reunião delibe-rativa às 9h30, no plenário 9. Em seguida haveráaudiência pública para esclarecer o andamento deinvestigações alusivas ao Sistema Tributário Nacio-nal no âmbito da Operação Zelotes. A iniciativa édos deputados PPPPPaulo Pimenta (PT-RSaulo Pimenta (PT-RSaulo Pimenta (PT-RSaulo Pimenta (PT-RSaulo Pimenta (PT-RS) e LeoLeoLeoLeoLeode Brito (PT-AC). de Brito (PT-AC). de Brito (PT-AC). de Brito (PT-AC). de Brito (PT-AC). Frederico de Carvalho Paiva,procurador responsável pelas investigações da Ope-ração Zelotes participa do debate.

Desarmamento Desarmamento Desarmamento Desarmamento Desarmamento – A comissão especial queanalisa o PL 3722/12, que dispõe sobre o desar-

mamento, realiza audiência pública às 14h, no ple-nário 14. Um dos expositores será o professor Direi-to Administrativo da PUC/SP, Adilson Dallari.

AgriculturaAgriculturaAgriculturaAgriculturaAgricultura – Comissão tem reunião deliberati-va no plenário 6, às 10h. Na pauta, entre outros, reque-rimento do deputado Zeca do PT (PT-MSZeca do PT (PT-MSZeca do PT (PT-MSZeca do PT (PT-MSZeca do PT (PT-MS), que pro-põe a realização de seminário para debater os impactossocioeconômicos e a saúde dos trabalhadores ruraisdecorrentes da monocultura praticada pelo agronegó-cio. Poderá ser votado também o PL 293/15, do depu-tado Valmir AssunçãoValmir AssunçãoValmir AssunçãoValmir AssunçãoValmir Assunção (PT-BA(PT-BA(PT-BA(PT-BA(PT-BA), que cria o controleda produção e consumo de agrotóxicos por meio devigilância eletrônica e sanitária.

AGENDA DE COMISSÕES

Edinho Silva apresenta as ações prioritáriasda comunicação da Presidência da República

mento da deputada Profes-Profes-Profes-Profes-Profes-sora Marcivania (PT-APsora Marcivania (PT-APsora Marcivania (PT-APsora Marcivania (PT-APsora Marcivania (PT-AP),que requer a aprovação de Mo-ção de repúdio à atuação doGoverno e da Assembleia Le-gislativa do estado do Paranápor quebra de princípios da or-dem democrática, com ofensas

às liberdades individuais e coletivas.EsportesEsportesEsportesEsportesEsportes – Comissão faz audiência pública para

debater a utilização dos estádios construídos para aCopa do Mundo Fifa em 2014. Às 14h, no Plenário 4.O ministro de Esporte, Jaime Recena, é um dos con-vidados para a audiência.

Amazônia Amazônia Amazônia Amazônia Amazônia – Audiência pública às 9h30, noplenário 15, para discutir os impactos da criação doInstituto Nacional de Saúde Indígena sobre a popula-ção indígena da Amazônia.

Os ministros Gilberto Occhi, da Integração Na-cional, e Gilberto Kassab, das Cidades, foram con-vidados pela Comissão Mista Permanente sobreMudanças Climáticas para audiência pública so-bre a estrutura institucional para a gestão dosrecursos hídricos. O presidente da Agência Nacio-nal de Águas (ANA), Vicente Andreu Guillo, tam-bém participa do debate às 14h30, no plenário 9,da Ala Senador Alexandre Costa, Senado Federal.

Comissão de Comissão de Comissão de Comissão de Comissão de Minas e EnergiaMinas e EnergiaMinas e EnergiaMinas e EnergiaMinas e Energia - A ministraIzabella Teixeira, do Meio Ambiente, participa hojede audiência pública na Comissão de Minas eEnergia para discutir as dificuldades dos órgãos

Ministros participam de audiência públicasobre gestão dos recursos hídricos

ambientais na emissão das respectivas licenças eseus impactos nos empreendimentos do setorelétrico e mineral do País. A reunião ocorrerá noplenário 14, às 9h30.

Desenvolvimento UrbanoDesenvolvimento UrbanoDesenvolvimento UrbanoDesenvolvimento UrbanoDesenvolvimento Urbano – Comissão re-aliza reunião deliberativa às 10h, no plenário 16.Em seguida, às 11h, no mesmo local o colegiadodebate a gestão de mananciais de abastecimentopúblico em regiões metropolitanas. O convidado éo biólogo José Roberto Borghetti .

Leg is lação PLegis lação PLegis lação PLegis lação PLegis lação Par t i c ipat ivaar t i c ipat ivaar t i c ipat ivaar t i c ipat ivaar t i c ipat iva – Real iza se-minário nacional de guardas municipais de segu-rança às 10h, no auditório Nereu Ramos.

Comissão da maioridadepenal realiza debate

com juízes e jornalistas

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A ONU Brasil se pronunciou na segunda feira(11), contrária à proposta de emenda à Constituição(PEC 171/1993), de se mudar a maioridade penal de18 anos para 16 anos. Segundo a organização, elatambém se mostra preocupada com o debate nacionalque se faz sobre o assunto.

A ONU se baseia em dados oficiais para sustentara sua tese, mostrando que, dos 21 milhões de jovense adolescentes que vivem atualmente no Brasil, ape-nas 0.013% comete atos contra a vida, o que mostraque, na realidade, os jovens e adolescentes acabamsendo mais vítimas do que autores dos crimes.

Algumas estatísticas comprovam também o quevemos no dia a dia, a população adolescente e jovemestá sendo assassinada em números alarmantes no país,principalmente os negros e os pobres. Isso coloca oBrasil como 2° maior país em relação a homicídios deadolescentes, ficando atrás apenas da Nigéria.

Um dos pontos que a ONU mais se preocupa é como atual cenário do sistema carcerário brasileiro, que teráum aumento grande com a diminuição. “Encarceraradolescentes jovens de 16 e 17 anos em presídiossuperlotados será expô-los à influência direta de fac-ções do crime organizado. Uma solução efetiva para osatos de violência cometidos por adolescentes e jovenspassa necessariamente pela análise das causas e pela

DIREITOS HUMANOS

O deputado Vicentinho (PT-SP)Vicentinho (PT-SP)Vicentinho (PT-SP)Vicentinho (PT-SP)Vicentinho (PT-SP)elogiou ontem a fiscalização do Minis-tério do Trabalho de São Paulo que au-tuou a Zara, uma das maiores empre-sas do setor têxtil do mundo. A empre-sa foi autuada por descumprir um com-promisso assinado em 2011 para aper-feiçoar as condições de trabalho, segurança e saúdeem sua cadeia de fornecedores e terceiros.

O termo de ajustamento de conduta (TAC) foi feitoapós fiscais constatarem que uma fornecedora da Zarahavia subcontratado uma oficina que utilizou imigran-tes bolivianos e peruanos submetidos a condições de-gradantes de trabalho para fabricar roupas para a marca.

“É lamentável que uma multinacional, que perten-ce a um dos homens mais ricos do mundo, trate dessamaneira trabalhadores a serviço da empresa. Esse tipo

ONU Brasil se coloca contra reduçãoda maioridade penal

adoção de uma abordagem integral em relação ao pro-blema da violência”, diz a ONU.

O deputado Marcon (PT-RS),Marcon (PT-RS),Marcon (PT-RS),Marcon (PT-RS),Marcon (PT-RS), que integra comosuplente a Comissão de Direitos Humanos e Minoriasna Câmara, apoia a manifestação da ONU e diz que oBrasil precisa de outras medidas para a juventude: “OBrasil precisa é de escolas, de fortalecer a famíliapara que o adolescente esteja mais perto da família.Precisamos de mais escolas e de menos presídios. Aredução não vai diminuir a criminalidade de formaalguma, estão querendo fazer uma escola de bandi-dos, tornar o jovem criminoso mais cedo” afirmou.

O deputado João Daniel (PT-SE)João Daniel (PT-SE)João Daniel (PT-SE)João Daniel (PT-SE)João Daniel (PT-SE) tambémmanifestou apoio a posição da ONU. “Menores quetenham cometido algum tipo de delito precisam se

submeter a medidas so-cioeducativas, que noscasos mais graves já im-põem privação da liber-dade. Para isso, o paístem uma legislação avan-çada: o Estatuto da Criança e do Adolescente, que sem-pre pode ser aperfeiçoado”, disse.

“Sei que estamos indo na contramão de setoresda sociedade que não enxergam estes fatos e secolocam como difusores de ideias incutidas pelagrande mídia que, às vezes, aproveitando crimes degrande repercussão, fazem matérias demonizandotodos os jovens, como estamos acostumados a ver”,ressaltou o deputado João Daniel.

Zara volta a ser autuada por trabalho degradante;Vicentinho lamenta e elogia fiscalização

de atitude é inaceitável e vergonhosa, ea fiscalização do Ministério do Trabalhoestá de parabéns pela iniciativa”, afir-mou Vicentinho.

Segundo a revista norte-americanade negócios e economia Forbes, o donoda rede de lojas Zara, o espanhol Aman-

cio Ortega (78), é o quarto homem mais rico do mun-do. A fortuna dele é estimada em US$ 66,6 bilhões.

HistóricoHistóricoHistóricoHistóricoHistórico- Duas multas foram entregues à redeno final de abril, no valor de R$ 840 mil. A Zarainformou que já recorreu no início do mês. A maiordelas foi aplicada por discriminação: os fiscais enten-deram que a rede excluiu de sua cadeia oficinas queempregavam estrangeiros em vez integrá-las. O Mi-nistério do Trabalho também encaminhou pedido aoMinistério Público do Trabalho (MPT) para executar

Seminário vai debater transposição de água do Ribeira para Região Metropolitana de SPApontada como uma das formas para reduzir o impacto da falta de água no Estado de São Paulo,

a transposição de água do Vale do Ribeira para a Região Metropolitana de São Paulo, com utilização

do Sistema de Produção São Lourenço, será tema de seminário no próximo sábado, dia 16 de maio.

Organizado pelo deputado Nilto Tatto (PT-SP), em parceria com o vereador Raul Calazans (PT), o

evento vai reunir especialistas, representantes da Agência Nacional de Águas (ANA), da Sabesp, do

Comitê da Bacia Hidrográfica do Ribeira e entidades da sociedade civil.

O objetivo é promover a discussão sobre as razões da grave crise hídrica, quais os impactos no Vale

do Ribeira, qual a proposta para captação de águas do Rio São Lourenço e as formas de compensação

para a região da bacia hidrográfica do Ribeira.

O encontro será às 9 horas, no Teatro Wilma Bertelli ,na cidade de Registro, em São Paulo.

na Justiça a cobrança de R$ 25 milhões por descum-primento do acordo (TAC).

Para chegar à conclusão de não cumprimento doTAC, foi realizada entre agosto e abril deste ano umaauditoria com 40 fiscais do órgão e da Receita Fede-ral de São Paulo e Santa Catarina, para onde a redemudou parte de sua produção. O pedido para verificarse a empresa cumpria o acordo partiu do MPT e da CPIdo Trabalho Escravo, realizada em 2014 pela Assem-bleia Legislativa de São Paulo.

Os fiscais do Ministério do Trabalho citam 433irregularidades em 83 inspeções realizadas nessasempresas em relatório encaminhado ao MPT. Informamter encontrado evidências de aumento de acidentes detrabalho, não cumprimento de direitos como depósitodo FGTS, atrasos de salários, fraudes na marcação deponto de jornadas de trabalho, entre outras.

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“Aqui não tem só concreto armado,tijolo, azulejo, estruturas feitas de alu-mínio. Aqui eu acho que estão sendoconstruídas vidas, sonhos, relações afeti-vas, convívio, esperança e futuro”. A fraseé da presidenta Dilma Rousseff e servepara conceituar de maneira menos for-mal o direito à moradia, sonho realizadoontem por 1.484 famílias que recebe-ram unidades do programa Minha Casa,Minha Vida no Rio de Janeiro (RJ).

No ato de entrega das casas doResidencial Paçuaré I, localizado na zona oeste dacapital fluminense, Dilma também falou sobre asmetas do programa. Mais de 2,18 milhões de resi-dências já estão prontas. Além disso, já estão contra-tadas e em construção 1,67 milhão de unidades e ameta é superar os três milhões. “Quando acabar meugoverno, em 2018, nosso objetivo é que em torno de27 milhões de brasileiros, brasileiras, brasileirinhose brasileirinhas, tenham tido acesso ao Minha Casa,Minha Vida. Não se trata de construção de casas.Trata-se de construção de vidas. Por isso se chamaMinha Casa, Minha Vida”, reiterou a presidenta.

Na Câmara, parlamentares petistas elogiaram aimportância e a abrangência do Minha Casa, Minha

BRASIL

Minha Casa, Minha Vida constrói “sonhos,esperança e futuro”, diz presidenta Dilma

“É inaceitável que o Brasil seja transformado em refémde um criminoso”, diz nota da assessoria de Lula

A assessoria de imprensa do ex-presidente LuizInácio Lula da Silva divulgou nota, ontem, critican-do duramente setores da oposição e da imprensaque tratam “bandidos como heróis”, como é o caso

É inaceitável que uma grande democracia como o Brasil, com 200 milhões dehabitantes, uma das maiores economias do mundo, seja transformada em refém deum criminoso notório e reincidente, de um réu que negocia depoimentos – e garantepara si um percentual na recuperação do dinheiro que ajudou a roubar.

É inacreditável que um bandido com oito condenações, que já enganou a Justiçanum acordo anterior de delação premiada, tenha palco para atacar e caluniar, semnenhuma prova, algumas das principais lideranças políticas do país, legitimadas de-mocraticamente pelo voto popular. Que se dê crédito a criminosos para apontar quemé e quem não é honesto neste País.

do doleiro Alberto Yousseff, que prestou depoimen-to na segunda-feira (11) à CPI da Petrobras.

O texto ressalta que os “heróis” selecionadospela mídia e pela oposição “se prestam a acusar,

sem provas” a “difamar lideranças que a oposiçãonão conseguiu derrotar nas urnas e teme enfrentarno futuro”.

Confira abaixo a íntegra da nota.Confira abaixo a íntegra da nota.Confira abaixo a íntegra da nota.Confira abaixo a íntegra da nota.Confira abaixo a íntegra da nota.

É uma pena que parte da imprensa brasileira venha tratando bandidos comoheróis, quando tais pessoas se prestam a acusar, sem provas, os alvos escolhidos pelaoposição; quando se prestam a difamar lideranças que a oposição não conseguiuderrotar nas urnas e teme enfrentar no futuro.

O Brasil merece ser tratado com mais responsabilidade e seriedade.

Assessoria de Imprensa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

São Paulo, 12 de maio de 2015.

Vida para a economia do País e para a vida das famíliasde baixa renda. “Quem nunca quis realizar o sonho dacasa própria? A partir de 2003, esse sonho passou a setornar realidade, também, para as famílias mais pobresdo Brasil. O Minha Casa, Minha Vida é o maior progra-ma habitacional do mundo e já distribuiu mais de 2milhões de casas para brasileiros carentes. Quando apresidenta Dilma entrega a chave da casa, ela entregajunto dignidade e esperança de um futuro melhor. Que-remos mais! Muito mais!”, comemorou o deputadoFernando Marroni (PT-RS)Fernando Marroni (PT-RS)Fernando Marroni (PT-RS)Fernando Marroni (PT-RS)Fernando Marroni (PT-RS).

“Morar numa casa de telha, tijolos, com piso decerâmica, banheiro com sanitário, é o sonho que estásendo realizado para milhões de famílias brasileiras.

Além disso, o Minha Casa Minha Vidaaquece a economia nos municípios,movimentando o comércio no setor egerando empregos na construção ci-vil”, ressalta o deputado Ass isAss isAss isAss isAss isCarva lho (PT-PI)Carva lho (PT-PI)Carva lho (PT-PI)Carva lho (PT-PI)Carva lho (PT-PI).

“É o governo realizando o sonhoda casa própria para pessoas que maisprecisam. Parabéns à presidenta Dil-ma e parabéns a cada dona de casa,trabalhador ou trabalhadora jovem queé beneficiado pelo programa”, disse o

deputado Afonso Florence (PT-BA)Afonso Florence (PT-BA)Afonso Florence (PT-BA)Afonso Florence (PT-BA)Afonso Florence (PT-BA).“Há 12 anos, se iniciou um programa habitacio-

nal inédito no Brasil, voltado para a população caren-te, e que vem contribuindo para diminuir a desigual-dade social. O programa Minha Casa Minha Vida émuito positivo porque as famílias vão para suas casase não precisam mais se preocupar com o aluguel”,destacou o deputado Marcon (PT-RS)Marcon (PT-RS)Marcon (PT-RS)Marcon (PT-RS)Marcon (PT-RS).

“O programa Minha Casa, Minha Vida contribuipara reduzir o déficit habitacional em nosso país e éinegável que os financiamentos para a aquisição doimóvel da casa própria com os governos do PT vêmmudando a realidade de milhões de pessoas”, afir-mou o deputado José Airton Cirilo (PT-CE)José Airton Cirilo (PT-CE)José Airton Cirilo (PT-CE)José Airton Cirilo (PT-CE)José Airton Cirilo (PT-CE).