162

Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

  • Upload
    others

  • View
    3

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

P á g i n a | 1

Page 2: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

2

Page 3: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

P á g i n a | 3

ÍNDICE

Página

Nota Introdutória 5

Parte I – Formação de Magistrados 6

Capítulo I – Formação Inicial 6

Secção I – Fase teórico – prática 6

Subsecção I – 1º Ciclo do XXVI Curso 6

Subsecção II – 2º Ciclo do XXV Curso 22

1. Magistratura Judicial 22

2. Magistratura do Ministério Público 25

Subsecção III – 3º Ciclo do XXV Curso 33

Secção II – Fase de Estágio do XXIV Curso 52

Subsecção I – Magistratura Judicial 52

Subsecção II – Magistratura do Ministério Público 54

Capítulo II – Formação Complementar 57

Secção I – Destinatários e Objectivos 57

Secção II – Magistratura Judicial 57

Secção III – Magistratura do Ministério Público 58

Capítulo III – Formação Permanente 60

Capítulo IV – Formação de Juízes dos Tribunais Administrativos e Fiscais 95

Capítulo V – Actividades no domínio das Relações Internacionais 98

Capítulo VI – Outras actividades de formação 109

Parte II – Actividades de apoio à formação e de organização e gestão 111

Capítulo I – Gabinete de Estudos Jurídico Sociais 111

Page 4: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

4

Capítulo II – Biblioteca 126

Capítulo III – Departamento de Planeamento, Organização e Informática 134

Capítulo IV – Colaboração com outras entidades 135

Capítulo V – Actividades de organização e gestão 140

Parte III – Estatística de Actividade 141

Page 5: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

5

Nota Introdutória

O presente relatório refere-se ao ciclo de actividades desenvolvidas no ano de 2007/ 2008, entre Setembro e Julho.

Cumpre salientar que, entretanto, entrou em vigor a Lei nº 2/2008, de 14 de Janeiro de 2008, e verificou-se a consequente revogação da Lei nº 16, de 8 de Abril de 1998, de que resultaram as consequências que, em cada caso, se assinalarão.

Nos termos dos artigos 10º, alínea a), e 32º, nºs 1 e 2, ambos da Lei nº 16/ 98, de 8 de Abril, o ano de actividades do Centro de Estudos Judiciários teve início em 15 de Setembro de 2007, tendo sido aprovado, por unanimidade, pelo Conselho de Gestão, o respectivo plano de actividades, em 18 de Julho de 2007.

Ainda de acordo com a mencionada Lei nº 16/98, de 8 de Abril, as actividades de formação inicial, de formação complementar e de formação permanente de magistrados realizaram-se ao longo do período que decorreu entre 15 de Setembro de 2007 e 15 de Julho de 2008.

É neste período temporal que se inscrevem, em regra, as demais actividades do Centro de Estudos Judiciários, de entre as quais se destaca o concurso anual de ingresso, que obedeceu já às regras instituídas pela Lei nº 2 / 2008, de 14 de Janeiro.

Nos termos da Lei nº 16/98, de 8 de Abril, o relatório anual de actividades era apresentado pelo Director do Centro de Estudos Judiciários ao Ministro da Justiça, até 31 de Dezembro, após apreciação pelo Conselho de Gestão.

Com a publicação da Lei nº 2/2008, de 14 de Janeiro, a competência para apreciação do relatório anual de actividades passou a ser exercida pelo Conselho Geral (art. 97º, nº 5, al. a)), mantendo-se a previsão de apresentação do relatório anual de actividades, após aprovação, ao Ministro da Justiça, até 31 de Dezembro (art. 94º, nº 4, al. e)).

Page 6: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

6

PARTE I

FORMAÇÃO DE MAGISTRADOS

CAPÍTULO I

FORMAÇÃO INICIAL

SECÇÃO I

FASE TEÓRICO-PRÁTICA

SUBSECÇÃO I

1º Ciclo do XXVI Curso Normal de Formação de Auditores de Justiça e Cooperantes

(15 de Setembro de 2007 a 31 de Março de 2008)

1. Destinatários e início das actividades

No período de 17 de Setembro de 2007 a 28 de Março de 2008, decorreu, na sede do Centro de Estudos Judiciários, o primeiro ciclo de formação inicial do XXVI Curso Normal de Formação de Magistrados, o qual foi frequentado por 100 auditores de justiça admitidos no concurso de ingresso aberto através do Aviso nº 894/2007, publicado no Diário da República, II Série, nº 13, de 18 de Janeiro de 2007, para preencher 50 vagas destinadas à magistratura judicial e 50 vagas destinadas à magistratura do ministério público, e ainda por um auditor de justiça proveniente do XXV Curso Normal de Formação, que foi autorizado a frequentar novo período formativo.

Frequentaram ainda o XXVI Curso 23 auditores de justiça cooperantes dos países africanos de língua oficial portuguesa, sendo 8 provenientes de Angola, 4 de Cabo Verde, 4 da Guiné-Bissau, 6 de Moçambique e 1 de São Tomé e Príncipe, e 1 magistrado da República Federativa do Brasil, este com o estatuto de observador.

Os auditores de justiça foram distribuídos por oito grupos (4 grupos com 12 auditores e 4 grupos com 13 auditores), numa base de relativa aleatoriedade para garantir, atendendo à classificação final obtida no concurso de ingresso, a obtenção de um nivelamento

Page 7: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

7

qualitativo de todos os grupos. Por sua vez, os auditores de justiça cooperantes e o observador foram integrados nos diferentes grupos, garantindo, na medida do possível, em cada grupo, a diversificação segundo os países de origem.

Os auditores de justiça, os cooperantes e o magistrado observador brasileiro foram recebidos no Centro de Estudos Judiciários com uma sessão de boas vindas incluída no programa organizado para o efeito, tendo em vista, não só a apresentação da Direcção, do corpo docente e dos funcionários, mas também a distribuição de documentação relativa ao funcionamento do curso.

Do programa de recepção, destaca-se a realização, no dia 17 de Setembro, da conferência de abertura, proferida por Emílio Rui Vilar, subordinada ao tema “Gestão, auto-regulação e boas práticas”. Teve ainda lugar, na mesma data, a apresentação, em auditório, de uma panorâmica histórica sobre o “Centro de Estudos Judiciários – O Local e a sua História”, feita por um ex-docente do Centro de Estudos Judiciários, o Juiz de Direito Dr. Jorge Gonçalves, e a visita às instalações, acompanhada por docentes do Centro de Estudos Judiciários.

No dia 18 de Setembro, teve lugar a apresentação ao curso, em auditório, do corpo docente e dos programas pedagógicos das matérias curriculares.

No dia 19 de Setembro, teve lugar, com a presença do Ministro da Justiça, uma sessão em que foram atribuídos computadores portáteis aos auditores de justiça. Os computadores passaram a ser propriedade dos auditores, constituindo uma ferramenta na útil na sua formação inicial e na sua vida futura como magistrados.

2. Organização por áreas

2.1. Quadro geral

As actividades formativas foram organizadas em função das matérias enunciadas no artigo 57º, da Lei nº 16/98, de 8 de Abril, integradas em três componentes – uma componente formativa geral, uma componente formativa profissional e uma componente de especialidade –, em conformidade com o plano de curso, sobre o qual foi emitido, por unanimidade, parecer favorável, pelo Conselho Pedagógico, em 10 de Julho de 2007, e como também consta do plano de actividades para o ano de 2007/2008, aprovado, por unanimidade, por deliberação do Conselho de Gestão, em 18 de Julho de 2007.

A componente formativa profissional foi integrada pelas seguintes matérias:

Temas de Direito Civil, Comercial e de Processo Civil I e II (TDC); Temas de Direito Penal e de Direito Processual Penal I e II (TDP); Temas de Direito Substantivo e Processual da Família e das Crianças (TDFC); Temas de Direito do Trabalho e da Empresa e de Processo de Trabalho (TDTE); Temas das Instituições Judiciárias, Metodologia e Discurso Judiciários (IJMDJ).

Page 8: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

8

A componente formativa geral compreendeu as seguintes matérias curriculares:

Ética e Deontologia (ED); Tecnologias de Informação e da Comunicação (TIC); Língua Estrangeira (LE); Área Projecto (AP).

A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias:

Direitos Fundamentais e Direito Constitucional (DFDC); Direito Europeu e Internacional (DEI); Direito Administrativo (DA); Medicina Legal e Psicologia Judiciária (MLPJ).

2.2. Componente formativa profissional

2.2.1 Das Jurisdições

Os temas relativos às matérias técnico-jurídicas da componente profissional continuaram a ser integradas em unidades orgânicas designadas por Jurisdições, definidas segundo o esquema conceptual de função - organização e de gestão por objectivos, com os conteúdos constantes dos programas pedagógicos, nos seguintes termos:

a) A Jurisdição Cível I, que incluiu matérias de Direito Civil, Direito Comercial e de Direito Processual Civil, ministradas por docentes do Centro de Estudos Judiciários (magistrados judiciais), na perspectiva da aplicação dos respectivos conhecimentos pela magistratura judicial, em sessões semanais de 3 horas, ao longo de 24 semanas, perfazendo a carga horária total de 72 horas, por cada grupo de auditores de justiça.

b) A Jurisdição Cível II, que incluiu matérias de Direito Civil e de Direito Processual Civil, ministradas por docentes do Centro de Estudos Judiciários (magistrados do ministério público), na perspectiva da sua aplicação pela magistratura do ministério público, em sessões semanais de 1,5 hora ao longo de 24 semanas, perfazendo a carga horária total de 36 horas, por cada grupo de auditores de justiça.

c) A Jurisdição Penal I, que incluiu matérias de Direito Penal e de Direito Processual Penal, ministradas por docentes do Centro de Estudos Judiciários (magistrados judiciais), na perspectiva da aplicação dos respectivos conhecimentos pela magistratura judicial, em sessões semanais alternadas de 1,5 hora e 3 horas, ao longo de 24 semanas, perfazendo a carga horária total de 54 horas, por cada grupo de auditores de justiça.

d) A Jurisdição Penal II, que incluiu matérias de Direito Penal e de Direito Processual Penal, ministradas por docentes do Centro de Estudos Judiciários (magistrados do ministério público), na perspectiva de aplicação pela magistratura do ministério público, em sessões semanais alternadas de 1,5 hora e 3 horas, ao longo de 24 semanas, perfazendo a carga horária total de 54 horas, por cada grupo de auditores de justiça.

Page 9: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

9

e) A Jurisdição do Direito de Família e das Crianças, substantivo e processual, abrangendo temas e problemáticas versadas numa perspectiva interdisciplinar e de aplicação, ministradas por docentes do Centro de Estudos Judiciários (magistrados judiciais e do ministério público), em sessões semanais de 1,5 hora, ao longo de 24 semanas, perfazendo a carga horária total de 36 horas, por cada grupo de auditores de justiça.

f) A Jurisdição do Direito do Trabalho e da Empresa, compreendendo temas e problemáticas da área do direito laboral, substantivo e processual, ministradas por docentes do Centro de Estudos Judiciários (magistrados judiciais e do ministério público), em sessões semanais de 1,5 horas, ao longo de 24 semanas, perfazendo a carga horária total de 36 horas, por cada grupo de auditores de justiça.

As matérias compreendidas na generalidade das Jurisdições foram abordadas seguindo o iter processual, com incursões em temas e questões substantivas, sob o prisma do seu tratamento judiciário, apoiado em análise de legislação, doutrina e jurisprudência.

A selecção dos temas, em particular nos domínios das Jurisdições Cível e Penal, foi traçada segundo o critério de diferenciação das funções da magistratura judicial e da magistratura do ministério público, com o objectivo de permitir abordagens diversificadas e complementares.

Além das participações orais nas sessões de grupo, os auditores de justiça realizaram exercícios escritos, consistentes na elaboração de peças processuais, a partir da análise de processos reais, e intervieram em sessões de simulação de actos processuais.

Foi dado especial destaque ao tratamento dos factos no processo (narração, selecção e apreensão e julgamento da matéria de facto), às questões respeitantes aos procedimentos probatórios, à análise e ponderação da prova, à condução da audiência de julgamento e de outras diligências, bem como à estruturação dos articulados, de alegações de recurso, de acusações, de outros despachos judiciais e do ministério público e de sentenças, mormente, quanto a estas, no que se refere à dosimetria da fundamentação e à formulação da parte dispositiva.

O aproveitamento dos auditores de justiça nas diversas Jurisdições foi apurado segundo o método de avaliação contínua, com base na participação oral e complementado pelo resultado das exercitações escritas.

As informações foram analisadas em reuniões regulares de docentes, sob a coordenação do director-adjunto responsável pela formação inicial do 1º ciclo, e constam de relatórios individuais elaborados por cada docente.

Essa avaliação tem natureza quantitativa, é expressa numa escala de 0 a 20 valores, e foi atribuída a nota a cada formando pelo respectivo docente, sendo que a média aritmética simples das notas, calculada em igual proporção para cada uma das matérias referidas supra, contou 75% para a classificação final do 1º ciclo.

Page 10: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

10

2.2.2. Temas das Instituições Judiciárias, Metodologia e Discurso Judiciários (IJMDJ)

As matérias foram ministradas em seminários em auditório e em sessões por grupos, com a participação de magistrados, de docentes universitários e de um advogado, convidados pelo Centro de Estudos Judiciários. As sessões foram semanais (quartas-feiras), em auditório ou em grupos conjuntos, com a duração de 3 horas, ao longo de 7 semanas (19 e 26 de Setembro, 3, 10, 17, 24 e 31 de Outubro), perfazendo o total de 21 horas.

Foram objectivos visados proporcionar a compreensão da natureza e alcance da função jurisdicional, do sistema de justiça, numa perspectiva integrada, e da respectiva estrutura orgânica, bem como promover a reflexão sobre a importância e a estratégia do método e do discurso judiciários como bases fundamentais para a utilização de uma linguagem e estilo argumentativo dirigidos à compreensibilidade das decisões.

A avaliação dos formandos resultou de nota obtida no teste escrito sobre os temas abordados, eventualmente corrigida pela aplicação de um critério baseado na frequência, contando, na razão de 2%, para a classificação final do 1º ciclo.

2.3. Componente formativa geral

2.3.1. Ética e Deontologia (ED)

Os temas da Ética e Deontologia foram ministrados sob a orientação de docentes do Centro de Estudos Judiciários, com a participação de outros magistrados, advogados e diversas pessoas convidadas, em dois blocos semanais, no total de 3 horas (quartas-feiras de manhã), ao longo de cinco semanas (21 e 28 de Novembro, 5, 12 e 19 de Dezembro de 2007), perfazendo o total de 10 blocos, equivalente a quinze horas, por cada grupo de auditores de justiça.

Foram objectivos visados proporcionar a reflexão e debate sobre os diversos perfis de magistrado, os modelos de organização judiciária, os princípios fundamentais da ética e da deontologia profissional, os estatutos e o regime da responsabilidade profissional, as relações interprofissionais e interinstitucionais, ou o controlo do exercício da função jurisdicional pela opinião pública.

A 1ª sessão compreendeu uma conferência subordinada ao tema Ética, Deontologia, Direito: noções, relações existentes e elementos diferenciadores, proferida pelo Prof. Doutor António Horta Fernandes, docente da Universidade Nova de Lisboa.

As 2ª e 3ª sessões foram preenchidas com trabalho em grupos, orientado por docentes do Centro de Estudos Judiciários.

A 4ª sessão, que contou com a presença de pessoas indicadas pelos Conselhos Superiores da Magistratura e do Ministério Público, com a moderação de docentes do Centro de Estudos Judiciários, foi dedicada à abordagem dos seguintes temas: Os órgãos

Page 11: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

11

disciplinares: Os Conselhos Superiores da Magistratura e do Ministério Público – estrutura, composição, eleição dos vogais e competência em matéria disciplinar dos Conselhos superiores e inspecções dos Magistrados.

A 5ª – e última – sessão foi preenchida com a realização de um teste escrito e uma síntese final.

A avaliação de cada auditor de justiça nesta área resultou da nota obtida no teste escrito, eventualmente corrigida pela aplicação de um critério baseado na frequência, contando, na razão de 4% (quatro por cento), para a classificação final do 1º ciclo.

2.3.2. Tecnologias de Informação e da Comunicação (TIC)

Na área de Tecnologias de Informação e da Comunicação, o curso foi repartido em seis grupos, com cerca de 20 elementos cada um. Os grupos tiveram sessões semanais de 1,5 hora, de Outubro de 2007 a Fevereiro de 2008, perfazendo 10,5 horas por cada grupo, ministradas por formadores do ITIJ, da DGAJ e da DGPJ.

O programa foi organizado em 5 módulos, que compreenderam as seguintes matérias:

Mod. I – Habilus/Citius (6 horas para cada turma);

Mod. II – T-Menu (1 hora por grupo);

Mod. III – Bases de Dados Jurídicas e Documentais (1 hora por grupo);

Mod. IV – Estatísticas da Justiça (1 hora por grupo);

Mod. V – Assinaturas Electrónicas (1,5hora por cada Turma).

Para efeitos de classificação, foi atribuído a cada formando um crédito de frequência de 2% para a classificação final do 1º ciclo, correspondente ao número total de presenças obrigatórias.

2.3.3. Língua estrangeira (LE)

Foram ministradas aulas de inglês, em horário extracurricular, de frequência facultativa, que abrangeram 42 auditores de justiça e 7 cooperantes, distribuídos por quatro turmas. As aulas foram à razão de uma por semana, com a duração de 1,5 hora, no total de 24, perfazendo 36 horas por cada turma.

O aproveitamento dos auditores de justiça não contou para a classificação final do 1º ciclo.

2.3.4. Área Projecto (AP)

As actividades nesta área foram organizadas sob a orientação do director-adjunto responsável pela formação do 1º ciclo, em articulação com o director-adjunto do Gabinete

Page 12: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

12

de Estudos Jurídico-Sociais e com a colaboração de uma equipa de 13 docentes do Centro de Estudos Judiciários, que intervieram como orientadores de projecto.

Em cada grupo de auditores de justiça e cooperantes foram constituídas equipas de projecto, integradas por 4 a 6 elementos, no total de 24 equipas. Cada equipa assumiu a realização de um projecto sobre determinado tema, a executar em tempo extracurricular, que concluiu em finais de Fevereiro de 2007, seguindo-se a apresentação em auditório, perante o curso, de todos os projectos realizados.

Cada projecto foi avaliado e classificado pelo respectivo docente orientador, segundo critérios pré-definidos, sendo atribuída uma notação quantitativa a cada projecto, a contar, na razão de 2%, para a classificação final do 1º ciclo.

Todos os projectos apresentados passaram a constar da base documental da Biblioteca do Centro de Estudos Judiciários (actual Centro de Documentação), onde se encontram disponíveis.

Os temas tratados foram os seguintes:

- a protecção jurídica conferida ao idoso;

- criminalidade económica;

- transsexualismo;

- responsabilidade civil ambiental;

- direito a um processo equitativo;

- prova testemunhal em processo penal;

- incidente de suspeição;

- suspensão provisória do processo;

- verdade biológica e confidencialidade;

- direito a não nascer;

- direito do desporto: estatuto dos atletas para-olímpicos;

- adopção internacional;

- obtenção de meios de prova no âmbito da cooperação judiciária internacional em matéria penal;

- do crédito ao consumo;

- agente infiltrado vs agente provocador;

- videovigilância em processo penal;

- jurisprudência, segurança e certeza jurídicas;

- a zaragatoa bucal como meio de obtenção de prova em processo penal;

- decorrências do princípio da concorrência;

- meios de controlo no local de trabalho;

Page 13: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

13

- a violação dos direitos de personalidade pela comunicação social;

- cooperação judiciária internacional em matéria cível;

- extradição,

- responsabilidade judicial: erro de ofício e falha deontológica.

2.4. Componente formativa de especialidade

2.4.1. Direitos Fundamentais e Direito Constitucional

2.4.1.1. Direitos Fundamentais

No domínio dos Direitos Fundamentais, o programa compreendeu duas vertentes:

A) A Convenção Europeia dos Direitos do Homem:

- sistema institucional e processo; - sistema e regime de processo no TEDH; - alguns direitos e liberdades reconhecidos pela Convenção e seus Protocolos; - análise e comentário de jurisprudência seleccionada. B) Os Juízes e os Direitos Fundamentais das pessoas:

I - Os contextos normativos e a metalinguagem judicial:

- a divisão dos poderes;

- a fiscalização difusa da constitucionalidade das normas e a articulação com a jurisdição constitucional;

- os novos padrões normativos transnacionais;

- os direitos fundamentais como matéria fulcral da constituição material a aplicar pelo juiz;

- universalidade das matérias “contaminadas” pelos direitos fundamentais;

- graus de densidade e de aplicabilidade das normas.

II - Os trabalhos de Hércules:

- os principais modos de intervenção do juiz em matéria de direitos fundamentais;

- os remédios judiciais.

III - Análise de casos exemplares.

A primeira vertente foi ministrada por dois magistrados (um juiz conselheiro do STJ e um procurador-geral-adjunto), sob o formato de seminário, em auditório, preenchendo três sessões semanais (dias 26 de Setembro, 3 e 10 de Outubro de 2007), com a duração de 1,5 hora cada sessão, no total de 4,5 horas.

A segunda vertente foi ministrada por um Professor Universitário da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, sob o formato de seminário, em auditório, ao longo de três sessões semanais (dias 17, 24 e 31 de Outubro de 2007) de 1,5 hora cada uma, no total de 4,5 horas.

Page 14: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

14

2.4.1.2. Direito Constitucional

A matéria de Direito Constitucional focou essencialmente a vertente da fiscalização da constitucionalidade e foi abordada de acordo com os seguintes tópicos:

- o papel do Tribunal Constitucional na fiscalização da constitucionalidade;

- pressupostos específicos dos vários tipos de recursos;

- tramitação do recurso em processo constitucional.

A referida matéria foi ministrada por um procurador-geral-adjunto do Tribunal Constitucional, sob o formato de seminário, em auditório, preenchendo duas sessões, semanais (dias 7 e 14 de Novembro de 2007), com a duração de 3 horas cada uma, no total de 6 horas.

Para efeitos de classificação da matéria de Direitos Fundamentais e Direito Constitucional, foi atribuído a cada formando um crédito de frequência a contar, na razão de 2%, para a classificação final do 1º ciclo, correspondente ao total das presenças obrigatórias.

2.4.2. Direito Europeu e Internacional (DEI)

O programa da área em referência incidiu, nuclearmente, sobre:

- as fontes do Direito Comunitário e de Direito da União Europeia; aplicabilidade directa e efeito directo;

- as relações entre o Direito Comunitário/Direito da União Europeia e o Direito Nacional;

- os Tribunais da União Europeia e os Tribunais Nacionais; o reenvio prejudicial;

- a cooperação judiciária em matéria penal: quadro normativo; extradição; mandado de detenção europeu e auxílio judiciário; a EUROJUST;

- a cooperação judiciária em matéria civil e comercial.

O programa foi ministrado por magistrados convidados, docentes universitários convidados e alguns docentes do Centro de Estudos Judiciários, sob a forma de seminários e algumas sessões de grupos conjuntos, compreendendo um total de 10 sessões, semanais (quartas-feiras de manhã dos dias 9, 16, 23 e 30 de Janeiro, 6, 13, 20 e 27 de Fevereiro, 5 e 12 de Março de 2008), com a duração de 3 horas cada uma, perfazendo o total de 30 horas.

Os formandos realizaram dois testes escritos sobre os temas versados, cuja avaliação contou, na razão de 6%, para a classificação final do 1º ciclo.

2.4.3. Direito Administrativo (DA)

O programa desta área curricular visou proporcionar aos formandos uma abordagem dos princípios fundamentais e o conhecimento das linhas gerais do procedimento administrativo e do quadro contencioso, tendo versado os seguintes aspectos:

Page 15: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

15

- a jurisdição administrativa e o processo contencioso administrativo: âmbito e modelo processual;

- a intervenção do ministério público no processo contencioso administrativo; a acção pública administrativa;

- o processo nos tribunais administrativos: princípios e meios processuais; processos urgentes e tutela cautelar.

O referido programa foi ministrado por dois juízes dos tribunais administrativos e por uma Procuradora da República, sob a forma de seminários, em auditório, compreendendo duas sessões (dia 26 de Março, manhã e tarde), com a duração de três horas cada uma, perfazendo o total de 6 horas.

A cada formando foi atribuído um crédito de frequência a contar, na razão de 1%, para a classificação final do 1º ciclo, correspondente ao total das presenças obrigatórias.

2.4.4. Medicina Legal e Psicologia Judiciária (MLPJ)

2.4.4.1. Medicina Legal (ML)

O programa da Medicina Legal compreendeu os seguintes temas:

- organização médico-legal do País e perícias médico-legais;

- exames e perícias médico-legais e forenses no âmbito da avaliação do dano corporal em direito civil e direito do trabalho;

- exames e perícias médico-legais e forenses de clínica médico-legal, no âmbito da avaliação do dano corporal em direito penal e de algumas situações particulares: das agressões de natureza sexual, da violência doméstica, de avaliação do estado de toxicodependência;

- autópsias médico-legais;

- exames e perícias médico-legais e forenses no âmbito da antropologia forense;

- exames e perícias, no âmbito da genética e biologia forenses;

- exames e perícias médico-legais e forenses no âmbito da psiquiatria forense.

O programa foi ministrado por docentes universitários e outros especialistas do Instituto Nacional de Medicina Legal, sob a forma de seminários, em auditório, preenchendo 8 sessões, semanais (quartas-feiras, dos dias 7, 14, 21 e 28 de Novembro, 5, 12 e 19 de Dezembro de 2007, e 9 de Janeiro de 2008), com a duração de 1,5 hora cada sessão, perfazendo o total de 12 horas.

Os formandos realizaram um teste escrito, cujo resultado contou em 3% para a nota final do 1º ciclo.

Page 16: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

16

2.4.4.2. Psicologia Judiciária (PJ)

O programa em referência compreendeu dois blocos de matérias, sendo que o primeiro bloco incidiu sobre as seguintes matérias:

- questões gerais de psicologia do testemunho;

- vítimas de maus tratos e violência;

- vítimas de violência sexual;

- agressores violentos e perigosos;

- agressores sexuais e conjugais;

No segundo bloco foram abordadas:

- interdições e inabilitações;

- a psicologia das motivações ajurídicas do julgador;

- a emoção e verdade no testemunho;

- arquitecturas judiciais e verdade.

O primeiro bloco foi ministrado por docentes universitários, sob o formato de seminários e algumas sessões de grupos conjuntos, preenchendo 5 sessões semanais (quartas-feiras dos dias 16, 23 e 30 de Janeiro, 6 e 13 de Fevereiro de 2008), com a duração de 1,5 hora cada sessão, perfazendo o total de 7,5 horas.

Os formandos realizaram um teste escrito sobre os temas do 1º bloco, cuja avaliação contou, na percentagem 3%, para a nota final do 1º ciclo.

O 2º bloco foi ministrado por docentes universitários e um especialista do INML, sob o formato de seminário em auditório, e preencheu 4 sessões semanais (quartas-feiras de tarde, nos dias 20 e 27 de Fevereiro, 5 e 12 de Março de 2008), com a duração de 1,5 hora cada sessão, perfazendo o total de 6 horas.

No âmbito da matéria ministrada nestas sessões, os auditores de justiça não foram submetidos a avaliação mediante teste escrito, ficando apenas sujeitos uma penalização por faltas de frequência.

A carga horária global da Psicologia Judiciária foi assim de 13,5 horas.

3. Corpo docente e de formadores no Centro de Estudos Judiciários

3.1. Docentes das Jurisdições

O corpo docente afecto às Jurisdições integrou 14 magistrados judiciais e 12 magistrados do ministério público, no total de 26 docentes, dos quais 9 magistrados judiciais e 9 magistrados do ministério público exerceram a docência a tempo inteiro, em regime de comissão ordinária de serviço, e 5 magistrados judiciais e 3 magistrados do ministério público, a tempo parcial, em regime de acumulação.

Page 17: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

17

A distribuição dos docentes por Jurisdições foi a seguinte:

a) Cível I: a tempo inteiro, 3 juízes de direito, um deles acumulando com as funções de docente – coordenador de toda a Jurisdição Cível; a tempo parcial, 1 juiz conselheiro e 1 juíza desembargadora;

b) Cível II: 2 procuradores da República e 1 procurador-adjunto;

c) Penal I: a tempo inteiro, 1 juíza desembargadora e 2 juízes de direito, um deles acumulando as funções de docente – coordenador de toda a Jurisdição Penal; a tempo parcial, 1 juíza desembargadora e 1 juiz de direito;

d) Penal II: a tempo inteiro, 1 procurador da República e 3 procuradores-adjuntos; a tempo parcial, 1 procurador-adjunto;

e) Direito da Família e das Crianças: a tempo inteiro, 2 juízas de direito, uma delas acumulando as funções de docente – coordenadora; a tempo parcial, 1 procurador da República e 1 procurador-geral-adjunto;

f) Direito do Trabalho e da Empresa: a tempo inteiro, 1 juíza de direito, acumulando as funções de docente – coordenadora e 2 procuradores da República; a tempo parcial, 1 juiz desembargador.

3.2. Docentes e formadores das restantes matérias e áreas

3.2.1. Das Instituições Judiciárias, Metodologia e Discurso Judiciários (IJMDJ)

A esta área estiveram afectos 12 docentes das Jurisdições, dos quais 7 magistrados judiciais e 5 magistrados do ministério público.

Nela colaboraram ainda, a convite do Centro de Estudos Judiciários, 2 professores universitários, 4 magistrados judiciais (2 juízes conselheiros, 2 juízes desembargadores), 6 magistrados do ministério público (3 procuradores-gerais-adjuntos e 3 procuradores da República) e 1 advogado.

A coordenação pedagógica esteve a cargo do director-adjunto responsável pela formação do 1º ciclo.

3.2.2. Ética e Deontologia

A esta área estiveram afectos 8 docentes das Jurisdições, dos quais 4 magistrados judiciais e 4 magistrados do ministério público.

Nela colaboraram ainda 1 professor universitário, a convite do Centro de Estudos Judiciários, bem como 1 juiz de direito, vogal do Conselho Superior da Magistratura, 2 vogais do Conselho Superior do ministério público e 1 juiz desembargador, inspector judicial, indicados pelos respectivos Conselhos, a solicitação do Centro de Estudos Judiciários.

Page 18: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

18

3.2.3. Tecnologias de Informação e da Comunicação

Nesta área colaboraram 7 formadores do ITIJ, 1 formador do DGPJ e 2 formadores da DGAJ, preenchendo o total de 13, 2 e 36 horas, respectivamente.

3.2.4. Área Projecto

A esta área estiveram afectos, como orientadores de projecto, 13 docentes das Jurisdições, dos quais 5 magistrados judiciais e 8 magistrados do ministério público. A coordenação pedagógica esteve a cargo do director-adjunto responsável pela formação do 1º ciclo e do director-adjunto do GEJS.

3.2.5. Direitos Fundamentais e Direito Constitucional

Nesta área, colaboraram, a convite do Centro de Estudos Judiciários, 1 professor universitário, em temas de Direitos Fundamentais; 1 juiz conselheiro e 1 procurador-geral-adjunto, em temas sobre a Convenção Europeia dos Direitos do Homem; 1 procurador-geral-adjunto, em temas sobre a fiscalização da constitucionalidade.

3.2.6. Direito Europeu e Internacional

Nos temas desta área, colaboraram 1 professor universitário, 1 juiz de direito, 3 procuradores da República, um deles docente do Centro de Estudos Judiciários a tempo inteiro e coordenador do Departamento de Relações Internacionais (DRI), e 1 procurador-adjunto. A coordenação pedagógica esteve a cargo do coordenador do DRI.

3.2.7. Medicina Legal e Psicologia Judiciária

Os temas de Medicina Legal foram ministrados por 5 professores universitários do INML.

Na Psicologia Judiciária participaram seis professores universitários e um médico psiquiatra.

3.2.8. Direito Administrativo

Os temas de Direito Administrativo foram ministrados por dois juízes dos tribunais administrativos e 1 procuradora da República.

4. Sinopse dos resultados da avaliação pedagógica do 1º ciclo

Page 19: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

19

Ao longo do período de actividades do 1º ciclo, procedeu-se à avaliação do aproveitamento e adequação dos auditores de justiça e dos cooperantes, em conformidade com os critérios enunciados no artigo 63º, da Lei nº 16/98, de 8 de Abril.

No âmbito das Jurisdições, essa avaliação baseou-se no desempenho, individualizado, revelado nas sessões de trabalho dos grupos, segundo o método de avaliação contínua, sendo centrada na participação oral e complementada por exercitações escritas, ficando os resultados obtidos a constar dos relatórios intercalares e finais elaborados pelos docentes, que fazem parte integrante do processo individual de cada auditor de justiça e cooperante.

Nas áreas de Instituições Judiciárias, Direito Europeu e Internacional, Medicina Legal e Psicologia Forense, a avaliação foi baseada nos resultados obtidos na realização de testes escritos.

Em Ética e Deontologia, foi baseada nos resultados de um teste escrito eventualmente corrigida pela aplicação de um critério baseado na frequência.

Nas áreas dos Direitos Fundamentais e Direito Constitucional, do Direito Administrativo e das Tecnologias de Informação e da Comunicação, foram atribuídos créditos de frequência estabelecidos com referência ao número de presenças obrigatórias.

Para a nota da classificação final do 1º ciclo, a média simples aritmética obtida nas Jurisdições vale 75% e as notas e créditos de frequência das restantes áreas e matérias valem, no total, 25%.

Dos relatórios relativos a cada auditor de justiça e cooperantes elaborados pelos docentes que ministraram as matérias integradas nas Jurisdições consta a atribuição de dois tipos de menções:

- uma menção qualitativa, segundo uma grelha de cinco níveis designados por letras, na seguinte ordem decrescente:

A (Bom);

B (suficiente elevado);

C (suficiente médio);

D (suficiente elementar);

E (insuficiente recuperável).

– uma menção quantitativa, na escala de 0 a 20 valores, com a seguinte equivalência:

A – de 14 a 20 valores;

B – superior a 12,5 e inferior a 14 valores;

C – superior a 11 até 12,5 valores inclusive;

D – igual ou superior a 10 até 11 valores inclusive;

E – inferior a 10 valores mas recuperável.

Page 20: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

20

O quadro geral do aproveitamento dos auditores de justiça por níveis qualitativos, nas diversas Jurisdições foi o seguinte:

A B C D E

Cívil I 22 (21,7%) 38 (37,6%) 38 (37,6%) 3 (2,9%) 0

Civil II 19(18,8%) 31 (30,7%) 49 48,5%) 2 (1,98%) 0

Penal I 24 (23,7%) 45 (44,5%) 30 (29,7%) 2 (1,98%) 0

Penal II 27 (26,7%) 36 35,6%) 38 37,6%) 0 0

Família/Crianças 21 20,8%) 34 (33,6%) 46 (45,5%) 0 0

Trabalho/Empresa 22 (21,7%) 35 (34,6% 43 (42,5%) 1 (0.99%) 0

As notas situaram-se entre os seguintes valores numéricos:

Entre 15 e 11 valores, em Cível I e II e em Penal I;

Entre 15 e 11,5 valores, em Penal II e Direito da Família e das Crianças;

Entre 14,5 e 11 valores, em Direito do Trabalho e da Empresa.

A média aritmética mais elevada da avaliação do conjunto das Jurisdições foi de 14,83 valores e a mais baixa foi de 11,33 valores.

Nas restantes áreas e matérias sujeitas a avaliação, os resultados globais foram os seguintes:

a) – em Organização, Metodologia e Discurso Judiciários, as notas situaram-se entre 15,5 e 10 valores, com 32 notas (31,6%) iguais e superiores a 14 valores, 31 notas (30,6%) de 13,5 e 13 valores, 27 notas (26,7%) de 12,5 e 12 valores, 7 notas (6,9%) de 11,5 e 11 valores e 4 notas (3,9%) de 10 valores;

b) – em Ética e Deontologia, as notas situaram-se entre 15 e 10,5 valores, com 27 notas (26,7%) iguais e superiores a 14 valores, 38 notas (37,6%) de 13,75. 13,5 e 13 valores, 34 notas (33,6%) de 12,75, 12,5 e 12 valores, 1 nota (0,99%) de 11 valores e 1 nota (0,99%) de 10,5 valores;

c) – na Área Projecto, as notas atribuídas a cada uma das 27 equipas situaram-se entre 18 e 15 valores, sendo atribuídos 18 valores a 3 equipas, 17,8 valores a 1 equipa, 17,5 valores a 1 equipa, 17,4 valores a 1 equipa, 16,8 valores a 3 equipas, 16,6 valores a 3 equipas, 16,4 valores a 1 equipa, 16,2 valores a 2 equipa, 16 valores a 3 equipas, 15,8 valores a 4 equipas, 15,2 valores a 4 equipas e 15 valores a 1 equipa;

d) – em Direito Europeu e Internacional, as médias das notas dos dois testes escritos realizados situaram-se entre 15,80 e 7,70 valores, com 8 notas (7,9%) iguais e superiores a 14 valores, 17 notas (16,8%) superiores a 13 e inferiores a 14 valores, 28 notas (27,7%) de nível igual e superior a 12 e inferior a 13 valores, 39 notas (38,6%) de nível igual e

Page 21: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

21

superior a 10 e inferior a 12 valores e 9 notas inferiores a 10 valores, das quais 2 inferiores a 9 valores (8,9%);

e) – em Medicina Legal, as notas situaram-se entre 18 e 12 valores, com 66 notas (65,3%) de nível superior a 15 valores, 31 notas (30,6%) de nível igual ou superior a 14 e não superior a 15 valores, 4 notas (3,9%) de nível inferior a 14 e não inferior a 12 valores;

f) – em Psicologia Judiciária, as notas situaram-se entre 16 e 10 valores, com 1 nota de 16 valores, 34 notas (33,6%) da ordem dos 15 e 14 valores, 54 notas (53,4%) de 13 e 12 valores, 9 notas (8,9%) de 11 valores e 3 (2,9%) de 10 valores.

Os 100 auditores de justiça que ingressaram no XXVI Curso Normal de Formação Inicial e a auditora de justiça que ingressara no XXV Curso, mas que foi autorizada a frequentar novo período de formação, transitaram para o 2º ciclo, prosseguindo a formação nos tribunais, junto de magistrados judiciais e de magistrados do ministério público a partir de Abril de 2008.

Dos 23 auditores cooperantes, 22 obtiveram aproveitamento suficiente ou aceitável e transitaram para um período de formação junto dos tribunais portugueses, até 15 de Julho de 2008; só um auditor cooperante de Cabo Verde teve um aproveitamento insuficiente, mas foi-lhe dada, todavia, a oportunidade de superar as deficiências no período de formação junto dos tribunais.

No final desse período formativo, os 22 auditores cooperantes tiveram aproveitamento positivo, entre o suficiente elementar e o suficiente elevado (quatro), revelando uma boa progressão na sua aprendizagem prática; mas o cooperante de Cabo Verde não logrou um resultado satisfatório, dado o elevado número de faltas às actividades de formação.

5. Encerramento das actividades

As actividades formativas do 1º ciclo terminaram em 28 de Março de 2008, com uma sessão de encerramento, a cargo da Direcção do Centro de Estudos Judiciários.

Do programa fez parte a actuação do Grupo Corelis (Coro da Relação de Lisboa).

Page 22: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

22

SUBSECÇÃO II

2º Ciclo do XXV e do XXVI Cursos Normais de Formação de Auditores de Justiça

(De 15 de Setembro de 2007 a 31 de Março de 2008 e 1 de Abril a 15 de Julho de 2008)

O 2º ciclo de actividades da fase teórico-prática (actividades nos tribunais) do XXV Curso Normal de Formação decorreu de 1 de Abril de 2007 a 31 de Março de 2008, de acordo com os objectivos traçados nos artigos 61º a 65º, da Lei nº 16/98, de 8 de Abril, e definidos na Secção I, subsecção II, do plano de actividades.

Os 101 auditores foram colocados nas comarcas, junto dos respectivos magistrados formadores, de acordo com o disposto no artigo 62º, da referida Lei.

Decorre desde o dia 1 de Abril do corrente ano o 2º ciclo, junto dos tribunais, do XXVI Curso Normal de Formação, o qual terminará em 31 de Março de 2009. A formação no 2º ciclo desenvolveu-se nos quatro distritos judiciais, sob orientação dos respectivos coordenadores distritais, no respeito dos objectivos e metodologia definidos no plano de actividades para o ano de 2007/2008, já referido.

1. Magistratura Judicial A formação junto da magistratura judicial visa, neste ciclo, permitir aos auditores de

justiça um contacto com as diversas fases de intervenção da magistratura judicial em todas as actividades judiciárias inerentes à função.

Na normalidade dos casos, cada juiz formador dá formação a um auditor e a um juiz estagiário.

No período de formação em causa, os auditores foram acompanhados regularmente pelos coordenadores das respectivas delegações, que se deslocaram às comarcas três a quatro vezes por período, com o objectivo de acompanhar, orientar e coordenar as actividades de formação levadas a efeito nas comarcas - note-se que os coordenadores de Delegação para a magistratura judicial desempenham a função em regime de acumulação de serviço, ainda que com redução de serviço.

Nessas visitas, os coordenadores indagaram e interpelaram os formadores acerca do desempenho formativo e da evolução do desempenho dos formandos, analisando e discutindo com os auditores os trabalhos por estes realizados. Nas reuniões com os formadores e os auditores, os coordenadores tiveram a preocupação, não só de sinalizar erros e deficiências dos trabalhos escritos, mas também de procurar e indicar as soluções adequadas e destacar os pontos mais positivos das diferentes intervenções (escritas ou orais).

O director-adjunto para a magistratura judicial, nas visitas que efectuou às diversas comarcas, em que privilegiou o contacto pessoal com os formadores e os auditores, procurou inteirar-se do modo como se estava a processar a formação, nomeadamente do

Page 23: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

23

respeito pelos objectivos e metodologia indicados no plano de actividades, manifestar o seu apreço pelo trabalho dos formadores e incentivar os auditores para o esforço diário que uma boa formação exige.

No fim do mês de Outubro de 2007, ocorreram as reuniões de avaliação dos auditores que estiveram em formação na magistratura judicial no período de 1 de Abril a 31 de Outubro de 2007, reuniões que contaram com a presença do director-adjunto, coordenadores de Delegação e juízes formadores.

Posteriormente, em Novembro, o director-adjunto reuniu com os coordenadores de Delegação para apreciação das informações sobre os auditores, numa perspectiva global.

No fim do mês de Março de 2008, realizaram-se as reuniões de avaliação dos auditores que tiveram formação na magistratura judicial no período de 1 de Novembro de 2007 a 31 de Março de 2008, reuniões que contaram com a presença do director-adjunto, coordenadores de Delegação e juízes formadores.

Seguidamente, o director-adjunto reuniu com os coordenadores de Delegação para uma apreciação global das informações sobre os auditores, visando-se a harmonização (possível) de critérios de avaliação.

Durante o 2º ciclo realizaram-se as seguintes acções específicas de formação e visitas dirigidas aos auditores de justiça: A - Destinadas aos auditores do XXV Curso Normal de Formação - Visita de contacto formativo ao Estabelecimento Prisional de Coimbra, no dia 4 de Outubro de 2007, organizada pela Delegação de Coimbra, em colaboração com os magistrados do TEP e com a Direcção do Estabelecimento Prisional. - Visita de contacto formativo à Segurança Social de Coimbra, organizada pela Delegação de Coimbra, que decorreu no dia 18 de Novembro de 2007. Foram abordados os seguintes temas: 1. caracterização e competências da equipa multidisciplinar de assessoria ao tribunal: assessoria na área tutelar cível e assessoria na área de promoção e protecção; 2. medidas em meio natural de vida e medida de acolhimento institucional. - Acção de formação subordinada ao tema “As alterações ao Código Penal e ao Código de Processo Penal”, organizada, conjuntamente, pelas Delegações de Lisboa e de Évora, que decorreu no dia 14 de Dezembro de 2007, nas instalações do Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna, em Lisboa. Na acção de formação foram abordados os seguintes temas: 1. as alterações ao Regime Sancionatório; 2. constituição de arguido, interrogatório judicial e medidas de coacção; 3. questões de prova: intercepção e gravação de comunicações, segredo de justiça e métodos proibidos de prova; 4. as alterações ao Código Penal e ao Código de Processo Penal na prática judiciária: algumas dúvidas.

Page 24: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

24

- Acção de formação subordinada ao tema “Aspectos das Revisões dos Códigos Penal e de Processo Penal”, organizada, conjuntamente, pelas Delegações do Porto e de Coimbra, que decorreu no dia 14 de Dezembro de 2007, no auditório da Policia Judiciária do Porto. Na acção foram abordados os seguintes temas: 1. a responsabilidade penal de pessoas colectivas e entidades equiparadas em direito penal de justiça; 2. interrogatório de arguido e despacho sobre medidas de coacção; 3. publicidade e segredo processual; 4. o regime processual de intercepção e gravação de telecomunicações. - Visita de contacto formativo com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, subordinado ao tema “A imigração em Portugal e o seu contexto comunitário – a nova lei de estrangeiros e a investigação criminal no SEF”, organizada pela Delegação de Lisboa, que decorreu no dia 23 de Janeiro de 2008, na sede nacional do SEF e no Aeroporto da Portela. - Visita de contacto formativo ao Estabelecimento Prisional do Porto (Custóias), organizada pela Delegação do Porto, que teve lugar no dia 23 de Janeiro de 2008. - Visita de contacto formativo “Atribuições e intervenção da Direcção-Geral de Reinserção Social”, organizada pela Delegação do Porto, que decorreu no dia 20 de Fevereiro de 2008, nas instalações da Delegação do Norte da DGRS. - Acção de Formação “A actividade da Direcção-Geral de Reinserção Social como órgão de assessoria técnica aos Tribunais”, organizada pela Delegação de Lisboa, que decorreu no dia 22 de Fevereiro de 2008, no Centro Educativo Navarro de Paiva e nos Serviços de Vigilância Electrónica, em Lisboa. - Visita de contacto formativo à Directoria da Polícia Judiciária do Porto, organizada pela Delegação do Porto, que decorreu no dia 5 de Março de 2008. - Visita contacto formativo “Intervenção do Instituto de Reinserção Social nas jurisdições penal, de família e menores”, organizada pela Delegação de Évora, que decorreu no dia 7 de Março de 2008, no auditório da Polícia Judiciária de Setúbal. - Visita de contacto formativo ao Estabelecimento Prisional de Pinheiro da Cruz, organizada pela Delegação de Évora, que teve lugar no dia 14 de Março de 2008. B - Destinadas aos auditores do XXVI Curso Normal de Formação - Acção de formação “A actividade da Direcção Geral de Reinserção Social como órgão de assessoria técnica aos Tribunais”, organizada pela Delegação de Lisboa com a colaboração da Equipa de Setúbal 3 da DGRS, que decorreu no dia 1 de Julho de 2008, na sala de audiências do Tribunal de Trabalho e do Tribunal Administrativo de Almada. Foram abordados os seguintes temas: 1. caracterização da Direcção-Geral de Reinserção Social e contextualização da Equipa de Setúbal 3; 2. a vigilância electrónica nos seus aspectos mais relevantes; 3. assessoria pré-sentencial na área penal e execução de medidas penais; 4. trabalho a favor da comunidade;

Page 25: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

25

5. a injunção de prestação de serviços de interesse públicos na suspensão provisória do processo; 6. assessoria na área tutelar educativa. - Visita de contacto formativo à Delegação Regional do Centro da Direcção-Geral de Reinserção Social, com visita guiada ao Estabelecimento Prisional de Coimbra. Esta visita foi organizada pela Delegação de Coimbra e decorreu no dia 7 de Julho de 2008, tendo sido abordados os seguintes temas: 1. assessoria na área tutelar educativa: pré-sentencial e execução de medidas tutelares educativas; 2. vigilância electrónica; 3. assessoria na área penal: pré-sentencial e execução de medidas penais; 4. visitas às equipas operativas (equipas do Baixo Mondego e equipa de vigilância electrónica).

De referir, finalmente, que parte do conjunto dos auditores de justiça cooperantes (treze auditores cooperantes dos quais nove exclusivamente junto da magistratura judicial) que frequentaram o XXVI Curso de formação cumpriram igualmente entre 1 de Abril e 15 de Julho de 2008 o segundo ciclo junto de formadores judiciais no Distrito Judicial de Lisboa.

2. Magistratura do Ministério Público 2.1. Introdução

A execução do plano de actividades para o ano lectivo de 2007/2008 impôs um especial cuidado nos seguintes passos:

- Recrutamento de magistrados formadores, de acordo com os critérios assumidos pelo Conselho Superior do Ministério Público e pelo Centro de Estudos Judiciários;

- Atenção ao recrutamento de mais magistrados formadores e análise de diversas comarcas onde venha a ser viável – pela conjugação da existência de formadores com as características da comarca do ponto de vista do volume de serviço, da natureza e das valências ali existentes – levar a efeito uma formação consistente dos futuros magistrados;

- Alcançar uma distribuição, equilibrada, de auditores de justiça e magistrados estagiários por todo o território nacional, com vista a um real conhecimento das condições de cada uma das regiões;

- Acompanhamento e visitas permanentes e de contacto directo do director-adjunto e dos coordenadores das Delegações com os magistrados formadores e com os auditores de justiça;

Page 26: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

26

- Realização de varias actividades (reuniões, visitas às comarcas …) por parte do respectivo director-adjunto, com o objectivo de consolidar contactos, conhecimento e circulação de informação, com vista a que, tudo integrado, permita a concretização dos objectivos da formação, delineados no plano de actividades, a par de uma avaliação rigorosa e justa.

2.2.Execução do plano de actividades 2007/2008

As actividades relativas à formação do 2º ciclo, durante o ano 2007/2008, visaram o acompanhamento, supervisão, coordenação e avaliação dos auditores de justiça dos XXV e XXVI Cursos Normais de Formação de Magistrados, em conformidade com o plano de actividades.

Os auditores de justiça do XXV curso Normal de Formação iniciaram, em Abril de 2007, e cessaram, em 31 de Março de 2008, as actividades relativas ao 2º ciclo.

Dos 101 auditores de justiça do XXV Curso Normal de formação, optaram pela magistratura do ministério público 56 auditores, sendo 46 do género feminino e 10 do género masculino, depois nomeados procuradores-adjuntos, em regime de estágio, por despacho do Conselheiro Procurador-Geral da República, de 31/7/2008, publicado no D.R., 2ª Série, n.º 154, de 11/08/2008. As actividades formativas do estágio decorrem, actualmente, nos tribunais, de 15/9/2008 até, previsivelmente, Julho de 2009.

Os 99 auditores de justiça do XXVI Curso Normal de formação iniciaram o 2º ciclo de formação teórico-prática em 9 de Abril de 2008 e encontram-se, desde essa data e até ao próximo dia 31 de Março de 2009, junto dos tribunais, metade com formadores do ministério público e outra metade como formadores da judicatura, tendo já ocorrido a rotação entre uns e outros no dia 3/11/2008.

Desconhecem-se ainda as opções de magistratura dos auditores do XXVI Curso Normal, que apenas terão lugar no fim do terceiro ciclo de actividades teórico-práticas, em 15/7/09.

No decurso de todas as actividades formativas junto dos tribunais, os auditores de justiça foram, em permanência, acompanhados e assistidos pelos formadores previamente designados pelo CSMP, sempre sob a coordenação dos coordenadores de Delegação do CEJ para a área do ministério público e a supervisão do director-adjunto respectivo (artigo 8º, alínea b), da Lei nº 16/ 98).

Procedeu-se à avaliação, concepção, planificação e realização de todas as actividades formativas, nelas se incluindo um conjunto de visitas e contactos com as mais variadas entidades e instituições de algum modo relacionadas com a futura actividade de magistrados.

Destacam-se visitas e contactos efectuados a conservatórias, cartórios notariais, estabelecimentos prisionais, Direcção Geral de Reinserção Social, órgãos de polícia criminal, instituições de Segurança Social, laboratórios de Polícia Científica e Instituto Nacional de Medicina Legal, através das respectivas delegações ou mesmo dos Gabinetes Médico-Legais.

Page 27: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

27

A metodologia adoptada e seguida para acompanhamento e avaliação do desempenho dos formandos consistiu na consubstanciação da ideia de grande proximidade entre auditores, formadores e coordenadores das delegações do CEJ, traduzida em visitas regulares e frequentes às comarcas de estágio, aproveitadas para troca de impressões, informações gerais e particulares, discussão de trabalhos escritos, reais ou simulados, realizados pelos auditores de justiça e para recolha dos trabalhos escritos executados.

Nos períodos intercalares e no fim de cada fase de cada ciclo, os coordenadores de delegação e os formadores reuniram com o director-adjunto, com ele discutindo todos os assuntos e facultando-lhe todas as informações, orais e escritas, relacionadas com a formação e imprescindíveis à organização e avaliação.

2.2.1. Delegação do Porto

Actividades promovidas, realizadas e apoiadas:

A) Acções de formação e visitas formativas:

Preparação e acompanhamento na realização das seguintes acções e visitas (art. 25.º, al. c) da Lei n.º 16/98, de 8.4):

- acção de formação sobre “Aspectos decorrentes da revisão do Código Penal e do Código de Processo Penal”, (preparação e realização juntamente com a Delegação de Coimbra), que teve lugar no dia 14 de Dezembro de 2007, na Polícia Judiciária, no Porto, e que foi dirigida aos auditores de justiça do XXV Curso Normal;

- co-preparação e acompanhamento de uma Visita de Contacto Formativo ao Estabelecimento Prisional do Porto (Custóias), em 23 de Janeiro de 2008, destinada aos auditores de justiça do XXV Curso Normal;

- co-preparação e acompanhamento de uma Visita de Contacto Formativo às instalações da Delegação do Norte da DGRS, no dia 20 de Fevereiro de 2008, subordinada ao tema “Atribuições e Intervenção da Direcção Geral de Reinserção Social”, destinada aos auditores de justiça do XXV Curso Normal;

- co-preparação e acompanhamento de uma Visita de Contacto Formativo à Directoria da Polícia Judiciária do Porto, em 5 de Março de 2008, destinada aos auditores de justiça do XXV Curso Normal;

B) Colaboração e participação em actividades diversas

- realização de uma reunião, no dia 26 de Outubro de 2007, entre os quatro coordenadores de Delegação, com vista à definição dos pormenores e distribuição de tarefas para preparação e organização da acção de formação conjunta, sobre o novo regime penal e processual penal, que se realizou no dia 14 de Dezembro de 2007, no Instituto Superior de Policia;

- participação do coordenador de Delegação, em representação do CEJ, no Colóquio sobre “Audições de Entidades Externas”, organizado pela equipa do GIQE (Garantia Interna de Qualidade e Estratégia) da Universidade Católica, que teve lugar no dia 12 de

Page 28: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

28

Junho de 2008 e no qual apresentou uma exposição sobre “O acesso e o estatuto das magistraturas”;

- o coordenador de Delegação representou o CEJ, participando no Seminário “Reforma Penal e Processual Penal”, organizado pelo Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna e pela Escola de Direito da Universidade do Minho, que teve lugar nos dias 8 e 9 de Julho de 2008, na Universidade do Minho e que contou com a presença dos auditores de justiça do XXVI Curso Normal. O coordenador de Delegação apresentou uma exposição sobre “As medidas de coacção e de garantia patrimonial”;

2.2.2. Delegação de Coimbra

Actividades promovidas, realizadas e apoiadas:

A) Acções de formação e visitas formativas:

- Preparação e realização de visitas destinadas aos auditores de justiça do XXV Curso Normal:

- serviços Médico-Legais, assistindo a autópsias e exames médicos directos e de sanidade;

- estabelecimento Prisional (PJ e OPC);

- conservatórias de registo (civil, predial, comercial) e Cartório Notarial;

- comissão de promoção protecção de crianças e jovens em perigo, serviços de Segurança Social, IRS e IPSS

- Visita de contacto formativo ao estabelecimento Prisional de Coimbra, subordinada ao tema “Para lá dos muros – Um olhar prático do actual direito penitenciário. Perspectivas de futuro”, que decorreu no dia 4 de Outubro de 2007, e foi organizada com a colaboração dos magistrados do TEP de Coimbra e a Direcção do Estabelecimento Prisional.

- Preparação e realização da acção de formação sobre “Competências da Segurança Social na Assessoria Técnica aos Tribunais”, que teve lugar no dia 18 de Dezembro de 2007, no Centro Distrital de Segurança Social de Coimbra, destinada aos auditores de justiça do XXV Curso Normal.

- Preparação e realização de uma visita de Contacto Formativo subordinada ao tema “A Actividade da Delegação Regional do Centro da Direcção Geral da Reinserção Social como Órgão de Assessoria Técnica aos Tribunais”, destinada aos auditores de justiça do XXVI Curso Normal, que decorreu no dia 7 de Julho de 2008.

B) Colaboração e participação em actividades diversas:

- participação, em representação do CEJ, nas Jornadas da Secção Criminal do Tribunal da Relação de Coimbra sobre o Código Penal e de Processo Penal, que tiveram lugar no dia 24 de Outubro de 2007;

Page 29: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

29

- participação, em representação do CEJ, no debate sobre o tema da situação da Justiça Penal em Portugal, organizado pela República do Direito – Associação Jurídica de Coimbra, que teve lugar no dia 22 de Novembro de 2007, no Hotel Quinta das Lágrimas, em Coimbra;

- colaboração e participação, em representação do CEJ, na Comissão Executiva da 4ª Bienal de Jurisprudência do Direito de Família e das Crianças, nos dias 21 de Dezembro de 2007 e 17 de Abril e 26 de Maio de 2008;

- colaboração e participação, em representação do CEJ, na acção de formação permanente denominada “Organização e Gestão Judiciárias. Ética e Deontologia”, que teve lugar nos dias 10 e 11 de Janeiro de 2008, na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. O coordenador de Delegação participou como moderador no tema “Ética e Deontologia: o papel da deontologia nas relações interprofissionais”;

- participação, em representação do CEJ, na conferência sobre “Resolução Alternativa de Litígios”, que teve lugar no auditório da Fundação Bissaya Barreto, em Bencanta, Coimbra, no dia 6 de Março de 2008;

- participação, em representação do CEJ, na sessão de “Apresentação do Projecto da Nova Sede do Instituto de Medicina Legal”, que teve lugar na Universidade de Coimbra;

- participação, em representação do CEJ, na conferência sobre “O novo regime da responsabilidade civil do Estado e demais entidades públicas”, organizada pelo CEDIPRE, no dia 21 de Maio de 2008;

- participação, em representação do CEJ, no Fórum Nacional sobre o Álcool, organizado pelo Instituto da Droga e da Toxicodependência, que decorreu no dia 25 de Junho de 2008, no auditório da Fundação Bissaya Barreto, em Coimbra;

2.2.3. Delegação de Lisboa

Actividades promovidas, realizadas e apoiadas:

No caso da Delegação de Lisboa, acrescem 14 auditores cooperantes ao universo dos destinatários das actividades desenvolvidas.

A) Acções de formação e visitas formativas:

- acção de formação sobre “As Alterações ao Código Penal e ao Código de Processo Penal”, (organizada em conjunto com a Delegação Distrital de Évora), que teve lugar no dia 14 de Dezembro de 2007, no auditório do Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna;

- contacto formativo, no dia 23 de Janeiro de 2008, ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e aeroporto de Lisboa, subordinado ao tema “A Imigração em Portugal e o seu contexto comunitário – A nova Lei dos Estrangeiros e a investigação criminal no SEF”;

Page 30: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

30

- contacto formativo, no dia 22 de Fevereiro de 2008, com a Direcção-Geral de Reinserção Social (visita ao Centro de Acolhimento Navarro de Paiva e às equipes da vigilância electrónica);

- contacto formativo, no dia 12 de Junho de 2008, à Escola Prática da GNR de Queluz, subordinada ao tema “Actuação dos Núcleos de Investigação Criminal (NIC) da GNR; Actuação do núcleo de cinotécnica. Recolha de vestígios e respectivo tratamento; realização de exames lofoscópicos; realização de testes rápidos para detecção de produto estupefacientes; testes para determinação da taxa de alcoolemia”, destinada aos auditores de justiça do XXVI Curso Normal de Formação;

- contacto formativo, no dia 23 de Junho de 2008, com a Brigada de Trânsito – GNR de Coina, subordinado ao tema “Caracterização de Acidente de Viação – Actuação dos Núcleos de Investigação Criminal da GNR-Brigada de Transito – simulação de acidente de viação e na realização de diligências para recolha de prova, bem como o contacto com a tramitação de Autos de Contra-Ordenação”, destinada aos auditores de justiça do XXVI Curso Normal de Formação;

- contacto formativo, realizado no dia 1 de Julho de 2008, no Tribunal Administrativo de Almada, com a Equipe-3 Setúbal da Direcção-Geral de Reinserção Social, subordinada ao tema “Actividades da Direcção-Geral de Reinserção Social como órgão de assessoria técnica aos Tribunais”, destinada aos auditores de justiça do XXVI Curso Normal de Formação;

- contactos formativos organizados no âmbito das comarcas:

- contactos formativos com as Comissões de Protecção de Menores (CPCJ);

- visita formativa: assistência a uma autópsia no Hospital Garcia da Horta, em Almada;

- contacto formativo, no dia 20 de Setembro de 2007, na A.P.A.V. (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima), gabinete de Cascais;

- contacto formativo, no dia 26 de Setembro de 2007, às instalações do Departamento de Investigação Criminal de Odivelas;

- visitas formativas, nos dia 19 e 31 de Outubro de 2007, às instalações da esquadra da P.S.P. do Montijo,

- visita formativa, no dia 7 de Novembro de 2007, às instalações da esquadra da P.S.P. de Almada;

- visita formativa, no dia 8 de Novembro de 2007, às instalações da GNR de Sesimbra;

- visita formativa, no dia 16 de Novembro de 2007, às instalações da esquadra da P.S.P. de Torres Vedras;

- visita às instalações do Centro de Acolhimento Temporário de Crianças de Torres Vedras (Instituição Particular de Solidariedade Social), no dia 5 de Dezembro de 2007;

Page 31: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

31

- visita formativa, no dia 13 de Fevereiro de 2008, ao Posto Territorial da GNR do Montijo;

- acção de formação, no dia 15 de Abril de 2008, no Tribunal de Família e Menores e de Comarca de Seixal, subordinada ao tema “O debate e esclarecimento quanto à mediação penal”;

- participação de alguns auditores de justiça do XXV Curso Normal nas sessões sobre “O Processo de Promoção e Protecção”, integradas no I Curso de Filiação, Adopção e Protecção de Menores, que se realizaram na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, nos dias 21 de Maio e 11 de Junho de 2008;

- visita formativa, no dia 27 de Maio de 2008, às instalações do CAIC (Comunidade de Inserção) – projecto de inserção social da Associação de Solidariedade Social CRIAR-T Instituição Particular de Solidariedade social, no Seixal;

- participação de alguns auditores de justiça do XXVI Curso Normal, na Reunião do Conselho de Segurança de Peniche, realizada no dia 17 de Junho de 2008, na Câmara Municipal de Peniche.

B) Colaboração e participação em actividades diversas:

- participação, em representação do CEJ, na conferência internacional subordinada ao tema “Por uma Cultura de Regulação”, organizada pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), que teve lugar nos dias 24 e 25 de Novembro, no Centro Cultural de Belém;

- participação, em representação do CEJ, no “Seminário de Património Edificado: Gestão, Conservação e Uso”, organizado pelo Museu da Presidência da República, no dia 28 de Novembro de 2007;

- participação, em representação do CEJ, no Ciclo de Conferências Estratégicas “Tardes de Queluz”, subordinada ao tema “Rumo a uma aproximação integral da segurança”, organizadas pela Escola da GNR de Queluz, que decorreu no dia 24 de Junho de 2008, em Queluz;

2.2.4. Delegação de Évora

Actividades promovidas, realizadas e apoiadas:

A) Acções de formação e visitas formativas:

A Delegação Distrital de Évora registou competências de coordenação e organização numa vasta extensão territorial. Face a tal extensão e dispersão territorial, optou, sobretudo, pelo aproveitamento dos recursos próprios de cada comarca e em concertação com os formadores e em parceria com outras entidades, levou a efeito acções específicas de formação, abrangendo apenas os auditores de justiça colocados nas respectivas comarcas.

Assim, e tendo em conta os recursos apresentados pelas comarcas de formação, foi possível efectuar visitas às seguintes entidades:

Page 32: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

32

- comissões de promoção e protecção de crianças e jovens em perigo;

- instituições particulares de solidariedade social;

- conservatórias e cartórios notariais;

- órgãos de polícia criminal;

- serviços médico-legais.

Para além dessas visitas, preparou e acompanhou a realização das seguintes visitas e acções:

- visitas à Polícia Judiciária de Setúbal (Palácio do Grilo), no dia 18 de Outubro de 2007 e 26 de Março de 2008;

- acção de formação organizada pelo Coordenador e dirigida aos auditores de justiça do XXVI Curso, ministrada pela Direcção-Geral de Reinserção Social, que teve lugar no dia 7 de Março de 2008, nas instalações do Departamento de Investigação Criminal de Setúbal;

- visita, no dia 14 de Março de 2008, ao Estabelecimento Prisional de Pinheiro da Cruz;

- acção de formação “A investigação criminal na criminalidade económica e financeira”, organizada pela Delegação de Évora, que decorreu no dia 18 de Junho de 2008, no auditório do Departamento de Investigação Criminal da Policia Judiciária de Setúbal, destinada aos auditores de justiça do XXVI Curso Normal de Formação.

Foram abordados os seguintes temas:

1. investigação criminal na criminalidade económica e financeira: enquadramento; da investigação;

2. o fenómeno desportivo. peculato e branqueamento – investigação e estudo de um caso;

3. da investigação da corrupção autárquica;

4. fluxos financeiros em geral. Análise bancária e análise contabilística;

5. fluxos financeiros internacionais. A off-shore;

6. criminalidade tributária organizada e transnacional. Os «carrósseis internacionais do IVA»;

7. averiguações preventivas: a consolidação da notícia do crime. O exemplo das averiguações preliminares da CMVM.

B) Colaboração e participação em actividades diversas:

- Participação, em representação do CEJ, na Cerimónia de Abertura Solene do Ano Académico 2007/2008 do Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna (entidade com a qual o CEJ tem um protocolo), que teve lugar no dia 21 de Novembro de 2007;

Page 33: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

33

- Participação, em representação do CEJ, no Colóquio sobre Interesses Difusos, Ambiente, Urbanismo e Ordenamento do Território, organizado pelo Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, nos dias 30 de Novembro e 1 de Dezembro de 2007, no Palácio Valenças, em Sintra.

SUBSECÇÃO III

3º Ciclo do XXV Curso Normal de Formação de Auditores de Justiça (De 1 de Abril a 11 de Julho de 2008)

1. Destinatários e início das actividades

O 3º ciclo de actividades para o ano de 2008, que decorreu entre 1 de Abril e 11 de Julho de 2008, na sede do Centro de Estudos Judiciários, teve como destinatários 100 auditores de justiça do XXV Curso Normal de Formação Inicial para o preenchimento de 100 vagas, sendo 45 para ingresso na magistratura judicial e 55 na magistratura do ministério público. A esse número acresceu uma auditora de justiça do XXIV Curso que foi autorizada a frequentar o XXV Curso.

A abertura do 3º ciclo ocorreu no dia 1 de Abril, com uma sessão de boas vindas, a cargo da Direcção do Centro de Estudos Judiciários.

2. Composição dos Grupos

Os auditores de justiça foram distribuídos em oito grupos, numerados de 1 a 8, formando-se 5 grupos com 13 elementos e 3 grupos com 12, cuja orientação pedagógica, por grupo, ficou atribuída a seis docentes da seguinte forma:

dois docentes, um magistrado judicial e um magistrado do ministério público, na área Cível e Comercial (Cível I e Cível II);

dois docentes, um magistrado judicial e um magistrado do ministério público, na área Penal (Penal I e Penal II);

um magistrado, judicial ou do ministério público, na área do Direito da Família e das Crianças;

um magistrado, judicial ou do ministério público, na área do Direito do Trabalho e Empresa.

As matérias das componentes formativa e informativa e de especialidade foram ministradas por docentes e formadores convidados ou contratados pelo Centro de Estudos Judiciários para esse efeito.

Page 34: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

34

3. Corpo Docente

Do corpo docente fizeram parte:

A – Na Jurisdição Cível e Comercial:

- 5 magistrados judiciais, 3 em regime de comissão de serviço (a tempo inteiro) e 2 a tempo parcial;

- 3 magistrados do ministério público em comissão de serviço (a tempo inteiro).

B – Na Jurisdição Penal:

- 5 magistrados judiciais, 3 em comissão de serviço (a tempo inteiro) e 2 a tempo parcial;

- 5 magistrados do ministério público, 4 em comissão de serviço (a tempo inteiro) e 1 a tempo parcial;

C – Na Jurisdição de Família e das Crianças:

- 2 magistrados judiciais, dois em comissão de serviço (a tempo inteiro);

- 2 magistrados do ministério público, a tempo parcial;

D – Na Jurisdição do Trabalho e da Empresa

- 2 magistrados judiciais, um em comissão de serviço (a tempo inteiro) e 1 a tempo parcial;

- 2 magistrados do ministério público em comissão de serviço (a tempo inteiro);

E – Área de línguas estrangeiras:

- uma docente de inglês, a tempo inteiro;

4. Organização das actividades

4.1. Actividades por semana

4.1.1. Linhas gerais

Segundo o programa do 3º ciclo, as actividades formativas preencheram o total de 15 semanas correspondentes a 69 dias úteis.

As quinze semanas, que decorreram entre o dia 1 de Abril e 11 de Julho, obedeceram a uma programação sequencial alternada, repartida entre uma semana tipo A e uma semana tipo B:

- a semana tipo A foi preenchida por 3 dias (manhã e tarde) destinados a sessões das áreas da componente profissional e dois dias (segunda e terças-feiras – 4,5 horas cada – manhã e tarde) para matérias da componente informativa e de especialidade e em algumas semanas, um dia (quarta-feira) para outras actividades:

Page 35: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

35

- a semana tipo B foi preenchida por 3 dias (segunda, quinta e sexta-feira) destinados a sessões (manhã e tarde) nas áreas da componente profissional, por um dia (terça-feira) destinado a matérias da componente informativa e de especialidade e um dia (quarta-feira) para outras actividades.

As sessões das áreas da componente profissional, por cada Jurisdição (Cível I, Cível II, Penal I, Penal II, Direito da Família e das Crianças e Direito do Trabalho e da Empresa), tiveram a duração de 3 horas semanais por cada grupo.

4.1.2 Distribuição da carga horária

4.1.2.1. Da componente profissional

Cada área das Jurisdições da componente profissional – Cível I, Cível II, Penal I, Penal II, Direito da Família e das Crianças e Direito do Trabalho e da Empresa – dispôs, no total, de cerca de 25,5 horas, o que perfez a carga horária total de 153 horas para a componente profissional.

4.1.2.2. Da componente informativa e de especialidade

A carga horária distribuída pelas diversas disciplinas curriculares da componente em epígrafe foi a seguinte:

a) Direito Europeu e Internacional (DEI) – 6 sessões de 3 horas, de quinze em quinze dias (segundas-feiras de manhã da semana A), nos dias 7 e 21 de Abril, 5 e 19 de Maio e 2 e 16 de Junho, no total de 18 horas;

b) Organização Gestão e Métodos de Trabalho (OGMT) – 4 sessões de 1,5 hora, de quinze em quinze dias (segundas-feiras, à tarde, da semana A), nos dias 21 de Abril, 5 e 19 de Maio e 2 de Junho, no total de 6 horas;

c) Investigação Criminal e Gestão do Inquérito (ICGI) – 5 sessões de 3 horas, em semanas consecutivas (terças-feiras de manhã das semanas A e B), nos dias 8, 15 e 29 de Abril e 6 de Maio, no total de 15 horas;

d) Mediação – 5 sessões de 1,5 hora, em semanas consecutivas (terças-feiras à tarde das semanas A e B), nos dias 8, 15, 22 e 29 de Abril e 6 de Maio, no total de 7,5 horas;

e) Contabilidade e Gestão (CG) – 6 sessões de 3 horas, em semanas consecutivas (terças-feiras de manhã das semanas A e B), dos dias 13,20 e 27 de Maio, 3, 17 e 24 de Junho, no total de 18 horas;

f) Sociologia Judiciária (SJ) – 6 sessões de 1,5 hora, em semanas consecutivas (terças-feiras à tarde das semanas A e B), nos dias 13, 20 e 27 de Maio, 3, 17 e 24 de Junho, no total de 9 horas;

g) Expressão e Voz (EV) – 8 sessões (com grupos divididos em duas turmas), de 1,5 hora (quinta-feira – 11h30 e 14h30- das semanas A e B), dos dias 10, 17 e 24 de Abril, 15 de Maio e 5, 12, 23 e 26 de Junho, no total de 12 horas;

Page 36: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

36

h) – Língua estrangeira (LE) - às quintas-feiras e sextas-feiras da semana A e às segundas-feiras e quintas-feiras da semana B, no total de 18 horas para cada turma;

i) Tecnologias de Comunicação e Informação (TIC) – 12 sessões (de dois grupos), divididas em três módulos, sendo dois de 8 sessões de 1,5 hora e um de 4 sessões de 3horas, no total de 24 horas;

A carga horária desta componente, nas áreas referidas nas alíneas a) a f), perfez o total de 73,5 horas.

5. Execução das actividades formativas programadas

5.1. Da componente profissional

5.1.1 Quadro geral

As matérias e problemáticas versadas nas várias Jurisdições da componente profissional constam dos programas pedagógicos e dos respectivos relatórios de execução elaborados pelos docentes do Centro de Estudos Judiciários.

Os temas inscritos tiveram por base as sugestões apresentadas pelos formandos, na parte final do 2º ciclo, além da inclusão de temas que se consideraram pertinentes, na óptica da actividade judiciária, e que não foram tratados ou suficientemente aprofundados durante o 1º ciclo.

Deu-se particular relevo ao método de simulações de julgamentos, de diligências e de outros actos processuais, com vista a proporcionar aos auditores de justiça a exercitação no domínio da produção e valoração da prova e da intervenção em audiências, bem com uma adequada agilização dos demais procedimentos.

O aproveitamento dos auditores de justiça, no âmbito das Jurisdições, foi baseado quer na frequência quer na participação destacada, em termos de intervenção oral, bem como no nível qualitativo das exercitações realizadas e da intervenção em simulações, segundo o método de avaliação contínua.

Esse aproveitamento foi analisado em reuniões de docentes, sob a coordenação do director-adjunto responsável, ficando a constar dos relatórios individuais elaborados por aqueles.

A classificação de cada auditor de justiça resultou da atribuição de um crédito de frequência correspondente ao número de presenças obrigatórias (que corresponde, no máximo, a 8 valores) e da nota de avaliação contínua (que corresponde, no máximo, a 12 valores), na proporção de 40% e 60%, respectivamente, e contou, na razão de 6% para o total da componente profissional - 1% para cada área de Jurisdição -, para a classificação final.

Page 37: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

37

5.1.2. Na área do Cível I

O programa pedagógico na área do Cível 1, na perspectiva da magistratura judicial, incluiu o tratamento dos seguintes temas e problemáticas:

- o processo executivo: títulos executivos; oposição à execução e à penhora, tramitação;

- direito das sociedades comerciais: o contencioso societário, âmbito e meios de tutela;

- processo de insolvência;

- o novo regime dos recursos;

- expropriação por utilidade pública: o processo expropriativo e a justa indemnização;

- o novo regime do arrendamento urbano: arrendamentos para habitação e para outros fins; resolução do contrato e aspectos processuais;

- processo de inventário: fases do inventário e o direito substantivo relevante para a partilha;

- o saneamento e a condensação da causa: despacho saneador e selecção da matéria de facto no âmbito das acções reais e em especial da acção de divisão de coisa comum;

- o acto de julgar: o julgamento de facto e de direito;

- os incidentes da intervenção de terceiros: intervenção principal e acessória provocada, com a identificação das situações substantivas inerentes e a respectiva tramitação processual;

5.1.3. Na área Cível II

O programa pedagógico desta área, na perspectiva da magistratura do ministério público, incluiu o tratamento dos seguintes temas e problemáticas:

- vias judiciais na defesa de interesses difusos: ruído e saúde pública;

- processos de jurisdição voluntária: as competências e os procedimentos estabelecidos pelo DL n.º 272/2001;

- direito do consumo: contrato de concessão de crédito; responsabilidade do produtor e a responsabilidade médica; cláusulas contratuais gerais;

- responsabilidade civil emergente de acidente de viação: causa de pedir; concorrência de culpas;

- o novo regime da responsabilidade civil extracontratual do estado: os danos decorrentes do exercício da função administrativa, jurisdicional e político-legislativa;

- o processo executivo: concurso de credores, pressupostos e tramitação;

- regime geral do direito de associação: regimes especiais; apreciação da legalidade do acto constitutivo de associações e fundações; associação na hora;

Page 38: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

38

- processo de inventário: forma da partilha; questões práticas sobre a administração da herança: habilitação de herdeiros e penhora de bens da herança;

- as acções de registo: o processo comum de justificação judicial no registo civil;

- processos especiais: interdição e inabilitação; aspectos e tramitação;

5.1.4. Na Jurisdição Penal

O programa pedagógico conjunto da Jurisdição Penal incluiu o tratamento dos seguintes temas e problemáticas:

a) Penal I:

- análise e debate sobre as alterações ao Código de Processo Penal: intervenção do Juiz na fase de inquérito, (primeiro interrogatório e medidas de coacção);

- análise e debate sobre as alterações ao Código de Processo Penal;

- o julgamento e o sistema de penas no Código Penal;

- alteração do objecto do processo;

- a Reforma Penal (seminário) abordagem geral dos aspectos mais relevantes da reforma do Código Penal;

- a responsabilidade penal das pessoas colectivas;

b) Penal II:

- as prioridades da política criminal;

- o segredo de justiça;

- constituição de arguido, detenção e processo sumário;

- análise e debate sobre as alterações ao Código de Processo Penal: meios de prova e de obtenção de prova (prova testemunhal, exames periciais e escutas telefónicas);

- suspensão provisória do processo e processos especiais;

- análise e debate sobre as alterações ao Código de Processo Penal: recursos.

c) Sessões em plenário:

- jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (seminário – agregação à acção de formação permanente do dia 18 de Abril)

- jogo ilícito (seminário): distinção de jogos de fortuna e azar; modalidades dos jogos de fortuna e azar; máquinas de diversão; quadro normativo e aspectos processuais do regime das perícias e das apreensões;

- criminalidade fiscal (seminário): análise dos tipos legais de crimes fiscais e de questões relativas à sua investigação; a prova e a responsabilidade penal;

- a responsabilidade penal das pessoas colectivas (seminário): perspectiva substantiva e adjectiva;

Page 39: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

39

- criminalidade em ambiente informático (seminário, seguido de workshops);

- regime das contra-ordenações (seminário): sanções e fase judicial; o direito substantivo e a fase administrativa.

5.1.5. Na Jurisdição de Família e das Crianças

Os temas e problemáticas com tratamento nesta Jurisdição foram os seguintes:

- audição de crianças e jovens;

- responsabilidades parentais – providências tutelares cíveis; regulação do exercício do poder paternal (guarda e contactos) – duas sessões);

- alimentos; Fundo de garantia de alimentos devidos a menores;

- lei de protecção de crianças e jovens em perigo;

- adopção;

- lei tutelar educativa (duas sessões);

- instrumentos internacionais relevantes na área do Direito da Família e das Crianças.

5.1.6. Na Jurisdição do Trabalho e da Empresa

Os temas e problemáticas com tratamento nesta Jurisdição foram os seguintes:

- procedimentos cautelares laborais: comum, especificados, comuns civis aplicáveis no foro laboral, requisitos e tramitação;

- direitos fundamentais e direitos de personalidade do trabalhador: análise de jurisprudência e tratamento de um caso prático;

- o processo comum laboral e a sua tramitação;

- a defesa por impugnação e por excepção e a resposta à contestação;

- a selecção da matéria de facto;

- simulação de uma audiência de discussão e julgamento em processo comum laboral e elaboração das respostas à matéria de facto controvertida;

- acidentes de trabalho: intervenção do ministério público e do juiz: elaboração de peças processuais;

- as alterações da tabela nacional de Incapacidades;

- a transmissão do estabelecimento, parte da empresa e parte de estabelecimento;

- a insolvência do empregador e seus reflexos substantivos e processuais;

- responsabilidade contra-ordenacional laboral; questões relativas aos procedimentos; análise de jurisprudência ou de casos práticos;

Page 40: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

40

- a perspectiva comunitária do princípio da conciliação entre a vida profissional e familiar e sua aplicação prática no mercado de trabalho (seminário);

- perspectiva geral das propostas de alterações ao Código do Trabalho (seminário).

5.2. Da componente informativa e de especialidade

5.2.1. Direito Europeu e Internacional (DEI)

A – Objectivos e conteúdos programáticos:

Os objectivos desta área curricular visaram proporcionar aos auditores de justiça a familiarização e o domínio com as seguintes vertentes e matéria:

Parte I – Cooperação judiciária internacional em matéria penal:

- a execução de sentenças penais estrangeiras;

- a transmissão de processos penais;

- a entrega internacional de pessoas

- as novas técnicas de cooperação;

- os novos desenvolvimentos em matéria de auxílio judiciário mútuo no âmbito da União Europeia;

Parte II – Cooperação judiciária internacional em matéria civil:

- o acesso à justiça nos litígios transfronteiriços;

- o título executivo europeu para créditos não contestados, emergente de decisões judiciais;

- questões práticas de aplicação de alguns Regulamentos Comunitários;

Parte III – O procurador europeu;

Parte IV – A resolução dos conflitos internacionais de jurisdição e a aplicação do princípio “ne bis in idem”.

B – Método pedagógico e de avaliação:

As sessões foram ministradas, em seminário e sessões conjuntas, por docentes do Centro de Estudos Judiciários, incluindo o coordenador do Departamento de Relações Internacionais (DRI), e por magistrados formadores convidados. A coordenação pedagógica esteve a cargo do coordenador do DRI.

A classificação dos auditores de justiça resultou da atribuição de um crédito de frequência, correspondente ao número de presenças obrigatórias, e na nota obtida no teste escrito, na proporção de 70% e 30%, respectivamente, e que valeu 1% para a classificação final.

5.2.2. Organização e Gestão dos Métodos de Trabalho (OMT)

A – Objectivos

Os objectivos definidos visaram proporcionar aos auditores de justiça:

Page 41: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

41

- a abordagem e análise da realidade judiciária, tomando por base a experiência adquirida durante o 2º ciclo;

- uma perspectiva integrada do sistema de justiça;

- apurar o sentido de uma actuação estratégica no contexto organizacional dos tribunais;

- a aquisição de noções fundamentais sobre os modelos de organização e gestão pública, numa perspectiva judiciária;

- o conhecimento dos instrumentos e métodos de trabalho adequados à racionalização de tarefas, à gestão do tribunal, da agenda e do processo, numa linha de diferenciação funcional da magistratura do ministério público e do juiz.

B – Conteúdos programáticos

Foram tratados os seguintes temas:

- racionalização da actividade judiciária: modelos de organização judiciária, métodos de trabalho, instrumentos de racionalização, aspectos práticos nos diversos domínios de intervenção judiciária (nomeadamente a gestão da agenda, a gestão do processo, mecanismos de articulação do juiz com os serviços de secretaria);

- aspectos fundamentais da administração judiciária, a gestão do tribunal, do processo e da agenda; os procedimentos; mecanismos e instrumentos da gestão judiciária;

- métodos e sistemas de gestão processual, como instrumentos de gestão do serviço;

- organização e métodos de trabalho na perspectiva do Ministério Público: organização do atendimento ao público, gestão das relações hierárquicas, a gestão das relações com instituições e entidades que intervêm na administração da justiça (no âmbito da investigação criminal e da jurisdição de família e menores), a organização da actividade do Ministério Público na promoção dos direitos e interesses que lhe compete assegurar.

C – Método pedagógico e de avaliação

Os temas foram tratados em seminário, sendo os dois primeiros por dois Juízes de Direito e os restantes por dois procuradores da República. A coordenação pedagógica esteve a cargo do director-adjunto responsável pela formação do 3º ciclo.

O aproveitamento dos auditores de justiça consistiu na atribuição de um crédito de frequência, correspondente ao número de presenças obrigatórias, que contou, na razão de 0,20 % para a classificação final.

5.2.3. Investigação Criminal e Gestão do Inquérito (ICGI)

A – Objectivos

Os objectivos desta área curricular visaram proporcionar aos auditores de justiça:

- a abordagem de temas e de aspectos práticos no domínio da investigação criminal e da gestão do inquérito, designadamente quanto à investigação da criminalidade massificada,

Page 42: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

42

da criminalidade económica-financeira e da criminalidade organizada de dimensão internacional;

- a abordagem de aspectos práticos relativos à descoberta, recolha e custódia da prova em inquérito e às técnicas de interrogatório e de inquirição;

- o tratamento de temas relativos a perícias e investigação criminal.

B – Conteúdos programáticos

Foram versados os seguintes temas:

- o órgão de polícia criminal no local do crime: inspecção ao local, detecção de vestígios e custódia da prova;

- a investigação de crimes rodoviários, de incêndio e de infracção de regras de construção e de segurança;

- a investigação de criminalidade organizada e de dimensão internacional e a gestão de processos de elevada complexidade;

- a gestão do processo; processos especiais: implementação de estruturas e mecanismos;

- a investigação de crimes de violência doméstica e de crimes sexuais;

- técnicas de interrogatório e de inquirição de testemunhas;

- a investigação do crime de homicídio;

- perícias e investigação criminal – Laboratório de Polícia Científica da PJ e Departamento Central de Informação Criminal e Polícia Técnica da PJ;

- a investigação de crimes de tráfico de estupefacientes;

- perícias e investigação criminal – Laboratório de Polícia Científica da PJ: Toxicologia; escrita manual e contrafacção de moeda e documentos.

C – Método pedagógico e de avaliação

As cinco sessões calendarizadas, com a duração de 3 horas, foram ministradas em seminário, sendo o primeiro tema tratado por um Inspector do Instituto Superior de Polícia e Ciências Criminais e o segundo por dois docentes do Centro de Estudos Judiciários e por um elemento da GNR-BT:

O terceiro tema foi abordado por um coordenador do DCIAP e por um especialista da Polícia Judiciária. O quarto e quinto temas foram apresentados por quatro inspectores do DIAP.

As matérias do sexto tema foram tratadas por uma Psicóloga do Instituto Superior de Policia e Ciências Criminais.

O sétimo e oitavo temas foram abordados por quatro especialistas do Laboratório de Polícia Científica da Polícia Judiciária e do Departamento Central de Informação Criminal e Polícia Técnica da Polícia Judiciária.

Page 43: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

43

Os dois últimos temas foram tratados por um Procurador-Adjunto e por três especialistas do Laboratório de Polícia Científica da Polícia Judiciária.

A coordenação pedagógica esteve a cargo do director-adjunto responsável pela formação do 3º ciclo.

O aproveitamento dos auditores de justiça consistiu na atribuição de um crédito de frequência correspondente ao número de presenças obrigatórias, que contou em 0,75 % para a classificação final.

5.2.4. Mediação

A – Objectivos

Os objectivos desta área curricular visaram proporcionar aos auditores de justiça:

- a compreensão da emergência e dos desenvolvimentos da mediação, como meio alternativo de regulação de conflitos e identificar os seus princípios, objectivos, principais modelos e contextos de aplicação;

- a reflexão sobre o enquadramento da mediação no âmbito do processo penal e do processo tutelar educativo;

- o conhecimento das experiências realizadas nos diversos domínios, quer a nível nacional, quer internacional, designadamente o seu enquadramento legal e institucional, as condições de funcionamento, os actores envolvidos, as metodologias e os resultados;

- o conhecimento dos princípios éticos e deontológicos da mediação.

B – Conteúdos programáticos

Foram versadas as seguintes matérias:

- A mediação na jurisdição tutelar educativa:

1. enquadramento da mediação na lei tutelar educativa;

2. programa de mediação e reparação na fase de inquérito: características, princípios;

3. a mediação e justiça restaurativa, algumas noções e alguns resultados da investigação;

4. como funciona na prática uma mediação no âmbito da Justiça Juvenil, exemplo Belga.

- Justiça restaurativa e mediação no âmbito penal:

1. breve enquadramento conceptual;

2. condições de emergência e desenvolvimentos da justiça restaurativa contemporânea;

3. mediação vítima-ofensor e sistema de justiça criminal no contexto internacional;

Page 44: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

44

4. apresentação do projecto Justiça Restaurativa e Mediação;

5. os grandes vectores da «justiça restaurativa» à luz de instrumentos do Direito da União Europeia e de Direito Internacional Público;

6. análise da Lei n.º 21/2007, de 12 de Junho e legislação complementar.

C – Método pedagógico e de avaliação

As matérias foram ministradas em seminário, com recurso a meios audiovisuais, acompanhado de debate, por 5 formadores, docentes universitários, contratados pelo Centro de Estudos Judiciários.

A coordenação pedagógica esteve a cargo de um professor catedrático da Universidade do Porto, sob a orientação do director-adjunto do Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais do Centro de Estudos Judiciários, em articulação com o director-adjunto responsável pela formação do 3º ciclo.

O aproveitamento dos auditores de justiça resultou da atribuição de um crédito de frequência, correspondente ao número de presenças obrigatórias, e da nota obtida em teste escrito, na proporção de 70 % e 30 %, respectivamente, que contou em 0,25 % para a classificação final.

5.2.5. Contabilidade e Gestão (CG)

A – Objectivos

Os objectivos desta área curricular tiveram em vista proporcionar aos auditores de justiça um conjunto mínimo de elementos que:

- habilitem a compreender os princípios e os conceitos fundamentais subjacentes ao processo de produção da informação contabilística;

- facultem o conhecimento do método contabilístico adoptado por empresas e outras entidades;

- forneçam os instrumentos necessários à leitura, análise e interpretação das demonstrações financeiras;

- facilitem o diálogo com os responsáveis nas empresas pela preparação e apresentação das demonstrações financeiras.

B - Conteúdos programáticos

Foram versadas as seguintes matérias:

- caracterização do tecido empresarial português e as demonstrações financeiras;

- conceitos contabilísticos fundamentais;

- interpretação das demonstrações financeiras;

- responsabilidades no processo de elaboração, apresentação e prestação de contas.

Page 45: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

45

C – Método pedagógico e de avaliação

As sessões foram ministradas por dois formadores, contratados pelo CEJ, especialistas nas matérias em referência, com experiência na docência e na administração pública (inspectores de finanças). Nas sessões foram versados os temas teóricos e analisada documentação contabilística e financeira. A coordenação pedagógica esteve a cargo do director-adjunto responsável pela formação do 3º ciclo com a estreita colaboração dos formadores.

O aproveitamento dos auditores de justiça consistiu na atribuição de um crédito de frequência, em correspondência com o número de presenças obrigatórias, e na nota obtida em teste escrito, na proporção de 70 % e 30 %, respectivamente, que contou em 0,75% para a classificação final.

5.2.6. Sociologia Judiciária (SJ)

A – Objectivos

Os objectivos desta área visaram proporcionar aos auditores de justiça a abordagem dos fenómenos sociais na perspectiva do seu reflexo na intervenção judiciária e dos impactos dessa intervenção.

B – Conteúdos programáticos

Foram versados os seguintes temas:

- a densificação do conceito de Segurança Interna; dinâmicas sociais, novas ameaças e riscos e justiça;

- sociedade e desvio: delinquência(s) de crianças e jovens;

- a mediatização da Justiça;

- flexigurança: problemas conceptuais e políticos;

- famílias, casamento e parentalidade: das lógicas e práticas tradicionais às lógicas e práticas modernas;

- género e discriminação: homens e mulheres, diferença e desigualdade.

C – Métodos pedagógicos e de avaliação

As matérias foram ministradas, sob a forma de conferência e seminário, por 5 formadores, docentes universitários contratados pelo Centro de Estudos Judiciários. A coordenação pedagógica esteve a cargo do director-adjunto do Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais do Centro de Estudos Judiciários, em articulação com o director-adjunto responsável pela formação do 3º ciclo.

O aproveitamento dos auditores de justiça consistiu na atribuição de um crédito de frequência, correspondente ao número de presenças obrigatórias, e da nota obtida em teste escrito, na proporção de 70 % e 30 %, respectivamente, que contou em 0,25% para a classificação final.

Page 46: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

46

5.2.7. Expressão e Voz (EV)

A - Objectivos

Esta área teve como objectivo proporcionar aos auditores de justiça, tanto quanto possível, o domínio da relação entre voz, corpo e comunicação, sensibilizando-os para os requisitos mais relevantes da comunicação profissional.

B - Métodos pedagógicos e de avaliação

As sessões foram ministradas por um formador contratado pelo CEJ, especialista nas matérias em referência.

O aproveitamento dos auditores consistiu na atribuição de um crédito de frequência, que contou em 0,10 para a classificação final.

5.2.8. Língua Estrangeira (LE)

A – Objectivos

Os objectivos desta área visaram proporcionar aos auditores de justiça conhecimentos linguísticos de modo a saberem utilizar com desenvoltura a língua inglesa numa perspectiva técnico-jurídica.

B – Conteúdos programáticos

O curso incidiu sobre os seguintes domínios:

- terminologia básica: a tradição jurídica inglesa; profissionais do direito;

- o sistema judicial inglês: os tribunais ingleses;

- acções civis e penais e intervenientes: decisões e sentenças; contratos, direito da família e direito do trabalho;

- tribunais internacionais – nomenclatura, o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem;

- União Europeia: o Tribunal Europeu de Justiça; outras instituições e órgãos competentes.

C – Organização, método pedagógico e de avaliação

O curso foi desdobrado em 8 turmas e foi ministrado por uma docente contratada pelo Centro de Estudos Judiciários. Procurou fomentar-se a leitura e análise de textos jurídicos e periodicamente, em alternativa, projectar filmes e documentários em torno dos tópicos referenciados. Deu-se particular relevo ao alargamento vocabular e ao desenvolvimento das capacidades de expressão/exposição oral através de exercícios e de actos de simulação e debate.

O aproveitamento dos auditores de justiça foi baseado no método de avaliação contínua, oral e escrita, por períodos de tempo curtos (15 minutos), sobre matéria exposta em sessão anterior.

Page 47: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

47

A classificação resultou da atribuição de um crédito de frequência, correspondente ao número de presenças obrigatórias, e da nota obtida em avaliação contínua, na proporção de 70 % e 30 %, respectivamente, que contou em 0,45 % para a classificação final.

5.2.9. Tecnologias de Comunicação e Informação (TIC)

A- Objectivos e conteúdos programáticos

Esta área visa proporcionar aos auditores de justiça a familiarização com novas aplicações informáticas nos domínios do processamento das custas judiciais, dos registos on-line e do Citius.

B – Organização, método pedagógico e de avaliação

As sessões de 1,5 horas, num total de 24 horas por auditor, foram ministradas por formadores do Instituto das Tecnologias de Informação na Justiça (ITIJ) e da Direcção-Geral da Administração da Justiça (DGAJ).

O aproveitamento dos auditores consistiu na atribuição de um crédito de frequência, que contou em 0,25% para a classificação final.

5.3. Outras actividades formativas

Ao longo do 3º ciclo realizaram-se conferências e seminários, com relevo imediato para a actividade jurídica e que, dada a sua especificidade, dificilmente teriam um tratamento cabal no âmbito das Jurisdições.

Destacam-se as seguintes acções formativas específicas:

a) seminário “A advocacia nos Tribunais”, que se realizou no dia 2 de Abril de 2008, e no qual intervieram como oradores dois advogados;

b) seminário “O programa PETI e a medida PIEF”, no dia 2 de Abril de 2008, organizado pelo director-adjunto do Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais do Centro de Estudos Judiciários, em que intervieram a directora do PETI e uma técnica da equipa móvel multidisciplinar de Setúbal do PETI.

c) seminário sobre “Custas judiciais”, realizado no dia 7 de Abril de 2008, em que foi orador um juiz conselheiro do STJ, docente do Centro de Estudos Judiciários;

d) seminário sobre “Apoio judiciário”, realizado no dia 16 de Junho de 2008, em que foi orador um juiz conselheiro do STJ, docente do Centro de Estudos Judiciários;

e) seminário “Problemáticas relativas ao acidente de viação”, que se realizou no dia 18 de Junho de 2008, e no qual foram tratados os seguintes temas:

- infra-estruturas e sinistralidade rodoviária;

- os riscos da condução automóvel: condições técnicas de segurança e factores humanos;

- reconstituição do acidente;

Page 48: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

48

- recolha e análise de vestígios;

Intervieram como oradores um investigador do Laboratório Nacional de Engenharia Civil, um técnico superior do Instituto de Mobilidade e Transportes Terrestres, o Presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa, um professor do Instituto Superior Técnico e um oficial superior da Brigada de Trânsito da GNR.

Ao longo do 3º ciclo, os auditores realizaram várias visitas de contacto e observação a instituições e outras entidades, tais como: Conselho Superior da Magistratura, Procuradoria-Geral da República, Instituto Nacional de Medicina Legal – Delegação de Lisboa, Instituto Superior de Ciências Policiais e de Segurança Interna, Comissão do Mercados de Valores Mobiliários, Centro Educativo Navarro de Paiva e Centro Educativo da Bela Vista

6. Encerramento das actividades

As actividades do 3º ciclo terminaram, em 11 de Julho de 2008, com a realização de uma Conferência proferida pelo Professor Doutor José Adriano Barata-Moura, subordinada ao tema “Sobre a Verdade”.

7. Método e critérios de avaliação do 3º Ciclo

Como já ficou descrito, no âmbito de cada matéria curricular, a avaliação sobre o aproveitamento e adequação dos auditores de justiça seguiu, basicamente, o método de avaliação contínua, designadamente, segundo os critérios enunciados no artigo 63º, da Lei nº 16/98, de 8 de Abril.

Todavia, a concretização desses critérios e as ponderações a ter em conta nas diversas componentes e matérias curriculares foram objecto de prévia definição aprovada em Conselho Pedagógico, em 25 de Março de 2008, oportunamente divulgada aos auditores de justiça com o plano do 3º ciclo.

O modelo de avaliação, quanto ao aproveitamento, seguido no 3º ciclo, baseado na atribuição de um crédito de frequência e numa classificação resultante da avaliação contínua e da realização de testes escritos, nas matérias da componente de especialidade, mostrou-se ajustado, por ter permitido uma elevada participação dos auditores de justiça, registando-se um número insignificante de faltas e uma certa descompressão do factor avaliação.

A avaliação, no âmbito das matérias da componente profissional, foi baseado em dois vectores:

a) o vector frequência, a valer 40%, na escala de 0 a 20 valores, correspondente, no máximo, a 8 valores, ou seja, quando não tenha havido qualquer penalização por faltas;

b) – o vector participação, a valer 60%, na escala de 0 a 20 valores, correspondente, no máximo, a 12 valores. O vector participação dividiu-se em 6 níveis qualitativos, na proporção de dois valores por cada nível:

Page 49: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

49

- Suficiente baixo – 1 e 2 valores;

- Suficiente médio – 3 e 4 valores;

- Suficiente elevado – 5 e 6 valores;

- Bom – 7 e 8 valores;

- Muito Bom – 9 e 10 valores;

- Excelente – 11 e 12 valores.

A classificação do 3º ciclo conta 10% para a classificação final, valendo 6% o total das matérias da componente profissional e 4% o total das matérias da componente informativa e de especialidade.

8. Sinopse dos resultados da avaliação do 3º ciclo

O quadro geral do aproveitamento dos auditores de justiça no 3º ciclo, no vector participação, de acordo com os níveis qualitativos definidos, nas diversas Jurisdições (matérias da componente profissional), foi o seguinte:

Área Exc. MB B Sf. Elev. Sf. Med. S.B.

Cível I - 18 (17,8%) 83 (82,1%) - - -

Cível II - 18 (17,8%) 83 (82,1%) - - -

Penal I - 14 (13,8%) 87 (86,1%) - - -

Penal II - 16 (15,8%) 85 (84,1%) - - -

Família - 14 (13,8%) 87 (86,1%) - - -

Trabalho - 7 (6,9%) 94 (93,1%) - - -

Nas restantes matérias sujeitas a avaliação, os resultados globalmente obtidos foram os seguintes:

a) no domínio do Direito Europeu Internacional, as notas situaram-se entre 16 e 9,5 valores, apurando-se 7 notas (6,9%) de nível igual e superior a 15 valores, 17 notas (16,8%) de 14 e 14,5 valores, 22 notas (21,7%) de 13 e 13,5 valores, 14 notas (13,8%) de 12 e 12,5 valores, 38 notas (37,6%) de 10 a 11,5 valores e 3 notas (2,9%) de 9,5 valores.

b) em Contabilidade e Gestão, as notas situaram-se entre 19,3 e 12,6 valores, apurando-se 8 notas (7,9%) de 19 valores, 48 notas (47,5%) de 17 e inferiores a 19 valores, 30 notas (29,7%) inferiores a 17 e iguais ou superiores a 15 valores, 13 notas (12,8%) inferiores a 15 e iguais ou superiores a 13 e 2 notas (1,9%) de 12 valores.

Page 50: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

50

c) em Sociologia Judiciária, as notas situaram-se entre 18 e 8 valores, apurando-se 3 notas (2,9%) de 18 valores, 36 notas (35,6%) de nível igual e superior a 15 valores, 28 notas (27,7%) de 14 e 14,5 valores, 18 notas (17,8%) de 13 e 13,5 valores, 7 notas (6,9%) de 12 e 11 valores, 2 notas (1,9%) de 10 e 10,5 valores e uma nota negativas de 8 valores.

d) em Mediação, as notas situaram-se entre 16 e 8 valores, apurando-se 4 notas (3,9%) de 16 valores, 13 notas (12,8%) de 15 valores, 31 notas (30,6%) de 14 valores, 37 notas (36,6%) de 13 valores, 15 notas (14,8%) de 12 valores e 1 nota (0,9%) de 8 valores.

e) em Língua Estrangeira as notas situaram-se entre 18 e 10 valores, apurando-se 1 nota de 18 valores, 5 notas de 16 valores, 21 notas de 15 valores, 28 notas de 14 valores, 19 notas de 13 valores, 13 notas de 12 valores, 10 notas de 11 valores e 4 notas de 10 valores

9. Resumo da classificação e graduação finais

No final do 3º ciclo, procedeu-se à avaliação sobre o aproveitamento e adequação dos auditores de justiça do XXV Curso, com base na análise dos relatórios elaborados, no final de cada ciclo, pelos docentes e pelos directores de delegação do Centro de Estudos Judiciários, nos termos do artigo 63º, nº 1 e 2, da Lei nº 16/98 e do artigo 39º, nº 2, do Regulamento Interno, tomando em consideração os parâmetros estabelecidos em conformidade com as deliberações do Conselho Pedagógico.

Foram elaboradas 101 propostas de classificação final, todas de classificação positiva, que foram submetidas pela Directora do Centro de Estudos Judiciários à apreciação do Conselho Pedagógico.

O Conselho considerou, por unanimidade, habilitados à fase do estágio os 101 auditores de justiça.

As classificações dos auditores de justiça graduados situaram-se dentro dos seguintes escalões:

1º – 49 auditores de justiça com a classificação entre 15,283 e 14,016 valores;

2º - 50 auditores de justiça com a classificação entre 13,996 e 13,044 valores;

3º - 2 auditores de justiça com a classificação entre 12,825 e 12,694 valores;

Dos auditores de justiça graduados, 45 optaram pela magistratura judicial e 56 pela magistratura do ministério público.

Pela Magistratura Judicial optaram:

- 3 auditores de justiça com a classificação entre 15,283 e 15,181 valores;

- 15 auditores de justiça com a classificação entre 14,932 e 14,489 valores;

- 5 auditores de justiça com a classificação entre 14,478 e 14,424 valores;

- 9 auditores de justiça com a classificação entre 14,363 e 14,207 valores;

- 3 auditores de justiça com a classificação entre 14,165 e 14,141 valores;

- 7 auditores de justiça com a classificação entre 14,133 e 14,028 valores;

Page 51: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

51

- 1 auditora de justiça com a classificação de 14,016;

- 2 auditores de justiça com a classificação entre 13,967 e 13,912 valores;

Pela Magistratura do ministério público optaram:

- 1 auditora de justiça com a classificação de 14,944 valores;

- 1 auditora de justiça com a classificação de 14,482 valores;

- 1 auditora de justiça com a classificação de 14,375 valores;

- 1 auditora de justiça com a classificação de 14,201 valores;

- 1 auditora de justiça com a classificação de 14,140 valores;

- 1 auditora de justiça com a classificação de 14,023 valores;

- 2 auditores de justiça com a classificação de 13,996 e 13,967 valores;

- 48 auditores de justiça com a classificação entre 13,910 e 12,694 valores.

Em conformidade com estes resultados, foram nomeados 45 juízes e 56 procuradores-adjuntos, em regime de estágio, respectivamente, pelo Conselho Superior da Magistratura e pelo Conselho Superior do ministério público, que iniciaram funções em 15 de Setembro de 2008.

Page 52: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

52

SECÇÃO II

FASE DE ESTÁGIO DO XXIV CURSO

SUBSECÇÃO I

MAGISTRATURA JUDICIAL

I. Do XXIV Curso Normal de Formação foram nomeados, pelo Conselho Superior da Magistratura, 70 Juízes em regime de estágio.

A fase de estágio decorreu entre 15 de Setembro de 2007 e 15 de Julho de 2008, com observância do estipulado nos artigos 68.º e seguintes da Lei n.º 16/98, de 8 de Abril, tudo indicando que se concretizaram os objectivos definidos no artigo 71.º da referida Lei.

Dando cumprimento ao plano de actividades aprovado, definiram-se orientações gerais sobre o método da formação, acolhendo-se as sugestões pertinentes dos formadores e as indicações do Conselho Superior da Magistratura.

II. Realizaram-se as seguintes acções específicas de formação destinadas a juízes em regime de estágio: - Acção de formação sobre “A fundamentação da decisão judicial”, no dia 22 de Fevereiro de 2008, nas instalações do Tribunal da Relação do Porto, que teve como destinatários os juízes estagiários das Delegações do Porto e Coimbra. Foram abordados os seguintes temas: 1. fundamentação da sentença penal; 2. deontologia do juiz; 3. o papel do juiz de instrução no ordenamento jurídico português. - Acção de formação subordinada ao tema “A fundamentação da decisão judicial”, organizada pelas Delegações de Lisboa e de Évora, que decorreu no dia 29 de Fevereiro de 2008, nas instalações do Conselho Superior da Magistratura, destinada a juízes estagiários da Delegação de Lisboa. Na acção foram abordados os seguintes temas: 1. a fundamentação da sentença penal, 2. fundamentação na perspectiva do juiz de instrução 3. a fundamentação no processo civil - Acção de formação, organizada pelas Delegações do Porto e Coimbra, que se realizou no dia 20 de Junho de 2008, nas instalações do Tribunal da Relação de Coimbra e na qual foram abordados os seguintes temas: - inspecções judiciais: desempenho e avaliação: - deontologia na prática judiciária;

Page 53: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

53

- gerações em diálogo: outras experiências - Acção de formação, destinada aos juízes em regime de estágio nas Delegações de Lisboa e de Évora, que decorreu no dia 27 de Junho de 2008, nas instalações do Tribunal da Relação de Lisboa. Na acção foram abordados os seguintes temas: 1. inspecções judiciais: desempenho e avaliação; 2. deontologia na prática judiciária; 3. gerações em diálogo: outras experiências

Em 8 de Fevereiro, 17 de Abril e 14 de Junho do 2008, de acordo com o artigo 41º do Regulamento do Centro de Estudos Judiciários, foi prestada informação ao Conselho Superior da Magistratura sobre o aproveitamento dos juízes em regime de estágio. Em 27 de Maio do corrente ano, devido a licença de maternidade, foi pedido ao Conselho Superior da Magistratura o prolongamento do estágio das juízas, Dra. Ana Micaela Soares Marques Proença e Dra. Ana Paula Rodrigues Pereira, pedido que foi deferido.

III. Da formação dos Juízes de Direito em regime de estágio Mantiveram-se as linhas de orientação geral para a formação traçadas com o objectivo de proceder à harmonização possível de procedimentos, no respeito pelo plano de actividades. Manteve-se, igualmente, o documento de orientação geral elaborado com a finalidade de a formação alcançar os seus objectivos, designadamente no respeito pelo princípio da igualdade – na formação e na avaliação –, destacando-se o estabelecimento de parâmetros quanto ao número/tipo de trabalhos significativos a realizar. Visando a informação sobre os objectivos e metodologia do estágio que iriam iniciar em 15/09/08, o director-adjunto, em conjunto com os coordenadores das Delegações, reuniu no Centro de Estudos Judiciários com os auditores de justiça que haviam optado pela magistratura judicial. Em contactos com os formadores, o director-adjunto e os coordenadores têm vincado o carácter fundamental da formação nos tribunais no processo de construção do futuro juiz e salientado que neste processo tem papel insubstituível o juiz formador. Nestes contactos tem sido, designadamente, realçada a essencialidade dos princípios da independência e imparcialidade do juiz no exercício da função jurisdicional e o papel do juiz formador para interiorização da essencialidade daqueles princípios pelo formando. Visando colher elementos tendentes ao aperfeiçoamento da formação, o director-adjunto e os coordenadores das Delegações reuniram, em 12 de Junho do corrente ano, no Centro de Estudos Judiciários, com os inspectores judiciais: os Juízes Desembargadores Dr. José Cunha Barbosa, Dra. Maria Assunção Pinhal Raimundo, Dr. Mário Belo Morgado, Dr. Heitor Pereira Carvalho Gonçalves, Dr. Alziro Antunes Cardoso, Dr. Sénio Manuel Reis Alves e Dr. Joaquim Maria Melo Sousa Lima.

Page 54: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

54

SUBSECÇÃO II

MAGISTRATURA DO MINISTÉRIO PÚBLICO Do XXIV Curso Normal de Formação foram nomeados 69 procuradores-adjuntos, em regime de estágio, por despacho de 3 de Agosto de 2007, do Conselheiro Vice-Procurador Geral da República, publicado no DR, 2.ª série, n.º168, de 31 Agosto. A fase de estágio decorreu entre 15 de Setembro de 2007 e 15 de Julho de 2008.

Também durante esse período estiveram em estágio, na Delegação de Lisboa, seis procuradores do ministério público estrangeiros, no âmbito do Programa PEAJ 2008 (Programa de Estágios no Estrangeiro de Autoridades Judiciárias, organizado no âmbito da Rede Europeia de Formação Judiciária).

A actividade formativa dos procuradores-adjuntos em regime de estágio decorreu de acordo com o estipulado no plano de actividades e com base em três vectores essenciais:

I- acompanhamento, permanente e directo, dos coordenadores das Delegações com os magistrados formadores e com os procuradores-adjuntos estagiários;

II- apreciação e avaliação do trabalho concreto levado a efeito pelos procuradores-adjuntos em regime de estágio;

III- dinamização de conferências, debates e visitas a instituições de algum modo ligadas à actividade dos tribunais, com vista à aquisição de quadros estruturais e orgânicos que facilitem a integração na vida activa.

Assim, durante o período de estágio, os procuradores-adjuntos estagiários participaram em visitas de estudo e de trabalho com instituições da mais diversa natureza, mas relacionadas com a actividades judiciária, visitas essas que foram organizadas, quer pelas Delegações, quer pelos próprios formadores.

Beneficiaram, ainda, como participantes directos, nuns casos, e como meros assistentes, noutros, de algumas actividades levadas a efeito pelas Delegações, designadamente:

- reuniões de trabalho para definir procedimentos e métodos relativamente ao estágio;

- acções no âmbito da formação complementar;

- acções de formação no âmbito do 2.º Ciclo, destinadas aos auditores de justiça e, do mesmo modo, dirigidas ao universo dos procuradores-adjuntos estagiários.

- acções de formação específicas no âmbito da fase de estágio, nomeadamente:

Page 55: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

55

- participação de alguns procuradores-adjuntos, em regime de estágio na Delegação de Coimbra, no Seminário sobre “A aplicação do direito nacional e comunitário da concorrência”, que se realizou no dia 12 de Outubro de 2007, no Centro de Congressos do Estoril.

- acção de formação subordinada ao tema “A investigação criminal na criminalidade económica e financeira”, organizada pela Delegação de Évora, que decorreu no dia 18 de Junho de 2008, nas instalações do Departamento de Investigação Criminal da Polícia Judiciária de Setúbal. Foram abordados os seguintes temas:

- investigação criminal na criminalidade económica e financeira: enquadramento da investigação;

- o fenómeno desportivo, peculato e branqueamento;

- da investigação da corrupção autárquica;

- fluxos financeiros em geral, análise bancária e análise contabilística;

- fluxos financeiros internacionais; off-shore;

- criminalidade tributária organizada e transnacional; os “carrósseis” internacionais do iva;

- averiguações preventivas: a consolidação da notícia do crime

- acção de formação, organizada pelas Delegações do Porto e Coimbra, realizada no dia 20 de Junho de 2008, nas instalações do Tribunal da Relação de Coimbra e na qual foram abordados os seguintes temas:

- inspecções Judiciais: desempenho e avaliação:

- deontologia na prática judiciária;

- gerações em diálogo: outras experiências

Em síntese: logrou-se conceber e realizar todo um amplo quadro de acções que, de forma muito rica e dinâmica, contribuíram para uma formação de qualidade no que respeita aos procuradores-adjuntos estagiários.

Os procuradores-adjuntos, em regime de estágio, vieram a ser nomeados procuradores-adjuntos efectivos, com efeitos a partir de 15 de Julho de 2008, por deliberação do Conselho Superior do Ministério Público, de 15/7/2008, publicada no D.R., 2ª Série, n.º 168, de 1 de Setembro de 2008, à excepção de um procurador-adjunto estagiário, que viu o estágio prorrogado pelo período de 6 meses.

Page 56: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

56

Outras actividades realizadas pelas Delegações Distritais:

No quadro da ampla actividade das delegações do CEJ são levadas a efeito, isolada ou em parceria com outras entidades, acções específicas de formação abrangendo auditores e estagiários, sendo estes os principais destinatários ou apenas meros observadores, por vezes em pequeno número, mas com a incumbência de elaboração de relatórios sintéticos sobre as acções em que participam, depois replicados mediante difusão por todos os coordenadores e formandos que a elas não assistem.

Assim, durante o período considerado, tiveram lugar por impulso, concepção e organização dos respectivos coordenadores de Delegação várias acções específicas, abrangendo, de acordo com a referida metodologia, todos os formandos (auditores e estagiários) dos Cursos assinalados, isto é, os auditores do XXV Curso Normal (2º ciclo), os auditores do XXVI Curso Normal (2º ciclo) e os procuradores-adjuntos em regime de estágio do XXIV Curso Normal (fase de estágio).

Page 57: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

57

CAPÍTULO II

FORMAÇÃO COMPLEMENTAR

SECÇÃO I

OBJECTIVOS E DESTINATÁRIOS

1. Objectivos Nesta área, pretende-se proporcionar aos magistrados colocados em regime de efectividade nos dois últimos anos: a) o intercâmbio das diversas experiências individuais numa perspectiva de valorização profissional; b) a reflexão teórico-prática sobre os dados recolhidos através das diversas experiências com vista a uma melhor definição, aperfeiçoamento e harmonização de critérios no exercício da função; c) o estudo de áreas especializadas do direito.

2. Destinatários A formação complementar teve como destinatários os magistrados judiciais e do ministério público que frequentaram o XXII e o XXIII Curso Normal de Formação.

SECÇÃO III

MAGISTRATURA JUDICIAL

No período em análise não se realizou qualquer acção de formação complementar destinada a magistrados judiciais.

A realização das acções previstas no plano de actividades para o ano de 2007 / 2008 terá lugar até ao final do corrente ano de 2008.

Page 58: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

58

SECÇÃO II

MAGISTRATURA DO MINISTÉRIO PÚBLICO

No quadro da formação complementar (artigos 74º e 75º da Lei nº 16/98, de 8 de Abril, conjugados com o artigo 42º do Regulamento Interno), foram levadas a efeito, de acordo com o programado, as seguintes acções de formação: I- “O ministério público e a tutela de interesses colectivos”, que teve lugar no dia 29 de Fevereiro de 2008, no CEJ, em Lisboa, e foi dirigida a magistrados do ministério público provenientes do XXII Curso Normal de Formação. Foram abordados os seguintes temas: - “o ambiente como “novo bem” a proteger ou novas formas de protecção do ambiente”; - “a tutela do ambiente e a saúde pública” - “ambiente e ordenamento do território como objecto de tutela judicial”; - “baldios e protecção da natureza: modos de intervenção”; - “a tutela penal do ambiente” Na exposição dos temas intervieram uma professora universitária, um juiz conselheiro do STJ, dois procuradores da República, um deles docente no Centro de Estudos Judiciários, e um procurador–adjunto. A moderação esteve a cargo de dois procuradores da República, coordenadores distritais da Delegação de Lisboa e da Delegação de Évora do Centro de Estudos Judiciários. II – “A Direcção da Investigação Criminal e a Gestão do Inquérito”, que teve lugar no dia 3 de Julho de 2008, no auditório da Direcção Regional de Educação do Alentejo, em Évora e foi dirigida aos procuradores-adjuntos provenientes do XXIII Curso Normal de Formação. Foram abordados os seguintes temas: - “estratégia e metodologia de investigação na pequena e media criminalidade – aspectos relativos à aplicação da lei de politica criminal”; - “da responsabilidade criminal das pessoas colectivas: implicações processuais.”; - “o ministério público e a cooperação judiciária internacional em matéria penal: questões práticas”; - Workshop A: “A utilização dos institutos processuais de simplificação e de consenso na resolução dos conflitos, como instrumentos de gestão processual”; - Workshop B: “ Prova e meios de obtenção de prova na investigação criminal – aspectos processuais”. Na exposição dos temas intervieram dois procuradores da República, um deles director do Gabinete de Documentação e Direito Comparado da Procuradoria-Geral da República, e um procurador-adjunto.

A moderação esteve a cargo da coordenadora da Delegação de Lisboa do Centro de Estudos Judiciários. O workshop A teve como dinamizadores três procuradores-adjuntos, um deles docente no Centro de Estudos Judiciários, e como moderadores os coordenadores de Delegação de Coimbra e do Porto do Centro de Estudos Judiciários.

Page 59: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

59

No workshop B foram dinamizadores um procurador da República junto do DIAP do Porto e dois procuradores-adjuntos, sendo um docente no Centro de Estudos Judiciários. A moderação esteve a cargo dos coordenadores de Delegação de Lisboa e de Évora do Centro de Estudos Judiciários.

Do cotejo do plano de actividades aprovado com as acções desenvolvidas pode concluir-se que foram realizadas todas as acções previstas.

as mencionadas acções de formação atingiram plenamente os objectivos que presidiram à sua arquitectura e concretização, atenta a participação empenhada de todos os seus destinatários, bem patente nas conclusões extraídas por eles próprios e apresentadas ao plenário na sessão de encerramento.

Page 60: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

60

CAPÍTULO III

FORMAÇÃO PERMANENTE

1. Destinatários

A formação permanente teve como destinatários os magistrados judiciais, os juízes dos tribunais administrativos e fiscais e os magistrados do ministério público, em exercício de funções, bem como outros profissionais, por via das entidades com quem o Centro de Estudos Judiciários manteve protocolos ou acordos para o efeito, designadamente a Ordem dos Advogados e a Autoridade da Concorrência, tendo sido ainda aberta à frequência de outros profissionais com intervenção no âmbito da actividade judiciária.

2. Temáticas previstas no plano de actividades para 2007/2008.

O programa anual da formação permanente (desenvolvimento e calendarização) foi objecto de documento próprio, tendo sido prevista a realização das acções de formação e cursos especializados, que a seguir se indicam, após audição do Conselho Superior da Magistratura e do Conselho Superior do Ministério Público. Algumas acções são levadas a efeito, consoante o ritmo das alterações legislativas.

De salientar que o Presidente do Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais foi também ouvido, com vista à realização de algumas acções e cursos especializados.

Temas inscritos no plano de actividades e oportunamente divulgados:

1 – Reforma do Código do Processo Civil (duas acções)

2 – Criminalidade económico-financeira e criminalidade fiscal

3 – Organização e gestão Judiciárias. Ética e deontologia

4 – Acidentes de trabalho

5 – Criminalidade informática

6 – Julgamento de facto em processo civil

7 – Mediação penal

8 – Questões práticas no âmbito dos procedimentos cautelares

9 – O regime do arrendamento urbano (duas acções)

10 – Produção e valoração da prova e motivação das decisões em processo penal

11 – O inquérito e instrução. A protecção dos direitos fundamentais

12 – Questões práticas sobre o processo laboral

13 – O regime da insolvência;

Page 61: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

61

14 – O regime jurídico das armas;

15 – Propriedade intelectual (propriedade industrial e direito autoral);

16 – A jurisprudência do tribunal europeu dos direitos do homem;

17 – Cooperação judiciária em matéria penal;

18 – Acção executiva;

19 – Questões de direito substantivo laboral: o regime do contrato de trabalho temporário e os direitos de personalidade do trabalhador à luz do Código do Trabalho;

20 – Prova através de ADN, tratamento e protecção de dados genéticos;

21 – Jornadas de direito penal e de direito processual penal

22 – Direito administrativo e tributário;

23 – Curso de direito da família e das crianças;

24 – Curso de contabilidade e gestão;

25 – Curso de boas práticas forenses;

26 – Curso de direito da regulação económica

27 – Curso de justiça e comunicação social.

3. Organização

Do programa elaborado em execução do plano de actividades constam 24 acções e 5 cursos breves especializados.

Das 24 acções previstas realizaram-se 23. As Jornadas de Direito Penal e de Direito Processual Penal não se realizaram, em virtude da aprovação das respectivas alterações legislativas não terem ocorrido em tempo de preparar as acções de formação.

Dos 5 cursos previstos, não se realizou o curso relativo ao Direito da Regulação Económica, devido ao facto de apenas terem sido apresentadas 26 inscrições de magistrados judiciais, fazendo prever uma frequência diminuta, que não justificava o esforço financeiro.

4. Da execução das acções de formação permanente

4.1. Reforma do Código do Processo Civil (Lisboa e Porto)

a) Objectivos

A acção teve como objectivo proporcionar o acompanhamento das reformas legislativas mais recentes no domínio do Código de Processo Civil, nomeadamente no respeitante:

- à simplificação do regime dos recursos (DL n.º 303/2007, de 24 de Agosto);

- às medidas legislativas adoptadas no domínio da desmaterialização dos processos;

Page 62: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

62

- ao novo regime processual experimental (DL n.º 108/2006, de 8 de Junho).

b) Programa temático

Foram versados os seguintes temas:

- linhas fundamentais do regime de recursos, aprovado pelo DL n.º 303/2007, de 24 de Agosto;

- aspectos práticos mais relevantes do novo recurso de apelação;

- balanço de um ano de aplicação do novo regime processual experimental (DL n.º 108/2006, de 8 de Junho);

- medidas legislativas no domínio da desmaterialização de processos.

Na exposição dos temas intervieram um professor universitário, um juiz desembargador, quatro juízes de direito, dois deles docentes do Centro de Estudos Judiciários, um procurador-geral-adjunto e um consultor da Direcção-Geral da Política de Justiça.

c) Local, data e formato

A acção realizou-se no Centro de Estudos Judiciários, em Lisboa, no dia 23 de Novembro de 2007, e na Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOP), no Porto, no dia 14 de Dezembro de 2007, sob a forma de seminário, em auditório.

d) Participantes

Na acção que se realizou em Lisboa inscreveram-se 237 magistrados judiciais e 55 magistrados do ministério público (292 magistrados), a que acresceram 239 não magistrados (a maioria advogados), no total de 531 inscritos.

Estiveram presentes 161 magistrados judiciais e 24 magistrados do ministério público, perfazendo o número de 185 magistrados, a que acresceram 101 não magistrados, no total de 286 participantes.

Na acção que se realizou no Porto inscreveram-se 173 magistrados judiciais e 95 magistrados do ministério público (268 magistrados), a que acresceram 30 não magistrados, no total de 298 inscritos.

Estiveram presentes 108 magistrados judiciais e 34 magistrados do ministério público, perfazendo o número de 142 magistrados, a que acresceram 7 não magistrados, no total de 149 participantes.

4.2. Criminalidade económico-financeira e criminalidade fiscal

a) Objectivos

A acção teve por objectivos:

- analisar o panorama actual da lei substantiva, dos instrumentos processuais específicos de investigação e das estruturas operacionais específicas;

Page 63: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

63

- avaliar as dificuldades na identificação prática dos respectivos tipos de crime, na perspectiva da busca de soluções de resposta adequada;

- avaliar o nível de adequação dos regimes processuais específicos e das estruturas policiais, do ministério Público e judiciais;

- identificar e tratar dos aspectos técnicos e jurídicos da investigação e da recolha de prova e analisar os aspectos práticos da prova no julgamento, quanto a este tipo de criminalidade;

- identificar os bloqueios que, na prática, ocorrem em sede de investigação e na fase de produção da prova em julgamento.

b) Programa temático

Foram versados os seguintes temas:

i- Criminalidade moderna e modernas opções de abordagem:

a) instrumentos processuais específicos;

b) a produção de prova em julgamento;

c) as dificuldades suscitadas pelas especificidades da investigação de crimes económico-financeiros e de corrupção.

ii- Corrupção. Participação económica em negócio e administração danosa:

a) o transvaze da corrupção do sistema jurídico-penal;

b) breve perspectiva de direito comparado;

c) investigação de crimes económico-financeiros.

iii- Criminalidade fiscal:

a) infracções tributárias – uma perspectiva judiciária;

b) Investigação e a prova de crimes fiscais.

c) Local, data e metodologia

A acção decorreu no CEJ, em Lisboa, nos dias 6 e 7 de Dezembro de 2007, em seminário, com comunicações em plenário e debate alargado, sendo o primeiro dia dedicado às questões sobre a criminalidade moderna e corrupção e o segundo às questões relativas à criminalidade fiscal.

O primeiro tema foi objecto de três exposições em auditório, realizadas por uma juíza desembargadora docente do CEJ, uma procuradora da República do DIAP e pelo director-nacional-adjunto da Polícia Judiciária

O segundo tema foi apresentado por um juiz de Círculo e por dois procuradores-adjuntos do DIAP. O terceiro tema teve a intervenção de um procurador da República e do director de Finanças de Santarém.

d) Participantes

Inscreveram-se 39 magistrados judiciais e 202 magistrados do ministério público (241 magistrados), a que acresceram 180 não magistrados (a maioria advogados), no total de 421

Page 64: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

64

inscritos.

Dos inscritos estiveram presentes 13 magistrados judiciais e 60 magistrados do ministério público, perfazendo o número de 73 magistrados, a que acresceram 75 não magistrados, no total de 148 participantes.

4.3. Organização e gestão judiciárias. Ética e deontologia

a) Objectivos

A acção teve como objectivos proporcionar aos participantes:

- noções fundamentais sobre os modelos de organização e gestão pública;

- a reflexão sobre a racionalização das tarefas e as boas práticas na gestão do tribunal e do processo;

- o papel da deontologia nas relações interprofissionais interinstitucionais e com o cidadão em geral: o dever de reserva; as relações da justiça com a comunicação social e a intervenção cívica do magistrado.

b) Programa temático

Foram versados os seguintes tópicos:

i- ética e deontologia. O papel da deontologia nas relações interprofissionais e interinstitucionais;

ii- ética e deontologia na justiça: Um exercício em prol da cidadania;

iii- o lugar dos meios de comunicação social na sociedade contemporânea;

iv- justiça e comunicação social: Encontros e desencontros;

v- administração e gestão de tribunais;

vi- o ministério público na direcção do inquérito a duas velocidades;

vii- novos aspectos da gestão judiciária – o magistrado coordenador;

viiiI- alguns aspectos da intervenção e organização do ministério público;

ix- gestão processual;

x- organizações, tribunais e administração.

c) Local, data e metodologia

A acção realizou-se na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, nos dias 10 e 11 de Janeiro de 2008, em seminário, seguido de debate para análise e discussão dos aspectos específicos e práticos dos temas.

Na exposição dos temas intervieram um juiz conselheiro, dois juízes desembargadores, dois juízes de direito, dois procuradores da República, dois procuradores-gerais-adjuntos, o presidente do Conselho Distrital da Ordem dos Advogados em Coimbra e dois docentes universitários. A moderação esteve a cargo de dois coordenadores da Delegação do CEJ de Coimbra, um juiz desembargador e uma procuradora da República.

Page 65: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

65

d) Participantes

Inscreveram-se 59 magistrados judiciais e 23 magistrados do ministério público (82 magistrados), a que acresceram 25 não magistrados, no total de 107 inscritos.

Estiveram presentes 7 magistrados judiciais e 26 magistrados do ministério público, perfazendo o número de 33 magistrados, a que acresceram 4 não magistrados, no total de 37 participantes.

e) Avaliação de resultados

Do inquérito de avaliação realizado junto dos participantes resulta que a acção foi considerada de duração adequada e com razoável utilidade prática. A organização e articulação dos conteúdos foi adequada e a acção revelou um nível de execução e de debate “Bom”.

4.4. Acidentes de trabalho

a) Objectivos

A acção teve como objectivos:

- analisar a problemática da culpa nos acidentes de trabalho;

- discutir a evolução da jurisprudência, no respeitante a situações de responsabilidade agravada;

- abordar questões práticas relacionadas com a intervenção de terceiros;

- discutir a temática dos acidentes simultaneamente de trabalho e de viação, com análise e resolução de questões de cariz prático.

b) Programa temático

Foram versados os seguintes tópicos:

- a responsabilidade dos empregadores e utilizadores de mão-de-obra nos acidentes de trabalho;

- a violação de regras de segurança, higiene e saúde no trabalho: perspectiva jurisprudencial;

- avaliação e reparação do dano corporal nos acidentes simultaneamente de trabalho e de viação: perspectiva geral e aplicação prática;

- as alterações introduzidas pela nova tabela nacional de incapacidades;

- as perícias médico-legais no âmbito dos acidentes de trabalho: questões práticas;

- aspectos práticos do regime dos acidentes de trabalho.

c) Local, data e metodologia

A acção realizou-se no Centro de Estudos Judiciários, em Lisboa, nos dias 17 e 18 de Janeiro de 2008, sob a forma de conferências temáticas e ateliês para debate de questões práticas.

Page 66: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

66

A acção contou com as intervenções temáticas de seis magistrados judiciais (três juízes desembargadores), de três procuradores da República, dois professores universitários (um deles director da Delegação Sul do Instituto Nacional de Medicina Legal), duas advogadas e uma consultora do Instituto Nacional de Medicina Legal. A moderação esteve a cargo de quatro magistrados (dois procuradores da República, uma juíza de direito e uma juíza desembargadora).

d) Participantes

Inscreveram-se 34 magistrados judiciais e 39 magistrados do ministério público (73 magistrados), a que acresceram 163 não magistrados, no total de 236 inscritos.

Estiveram presentes 23 magistrados judiciais e 18 magistrados do ministério público, perfazendo o número de 41 magistrados, a que acresceram 46 não magistrados, no total de 87 participantes.

e) Avaliação de resultados

Do inquérito de avaliação realizado junto dos participantes resulta que a acção foi considerada de duração adequada e com razoável utilidade prática. A organização e articulação dos conteúdos foi adequada e a acção revelou um nível de execução e de debate “Bom”. Foi registada a falta de distribuição de textos escritos de apoio.

4.5. Criminalidade informática

a) Objectivos

Esta acção teve como objectivos:

- analisar os tipos legais de crime e a eventual necessidade de os rever, face às realidades criminógenas emergentes;

- enquadrar, nos actuais quadros penais, as modernas formas electrónicas de defraudação por via das redes de comunicação;

- debater as dificuldades legais e operacionais das investigações criminais, no ambiente digital, com particular realce para a dimensão internacional deste tipo de criminalidade e para os obstáculos legais à investigação;

- enquadrar, no contexto nacional, os instrumentos internacionais da União Europeia e do Conselho da Europa, na área da cibercriminalidade;

- abordar a temática da obtenção de prova em ambiente digital.

b) Programa temático

Foram versados os seguintes tópicos:

I- O presente e o futuro da cibercriminalidade -legislação e prática:

- a internet e as redes de comunicação – novos cenários para actividades criminosas;

- os operadores de telecomunicações e o seu papel na detecção de crimes e na colaboração com a investigação criminal;

Page 67: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

67

- as novas realidades criminógenas face à lei;

- o julgamento e a prova dos crimes tecnológicos;

II- A vida real: a técnica da investigação e a investigação técnica:

- como investigar um crime no ambiente digital?

- que prova pode retirar-se da análise de um computador?

c) Local, data e metodologia

A acção realizou-se no Centro de Estudos Judiciários, em Lisboa, no dia 25 de Janeiro de 2008, sob a forma de seminário, em auditório, seguido de debate.

Na abordagem dos temas intervieram um juiz desembargador, o director técnico da Fundação para a Computação Científica Nacional, o Responsável de RAOF da Sonaecom, um docente do CEJ e dois inspectores da Polícia Judiciária. A moderação esteve a cargo de três docentes do Centro de Estudos Judiciários.

d) Participantes

Inscreveram-se 45 magistrados judiciais e 216 magistrados do ministério público (261 magistrados), a que acresceram 148 não magistrados, no total de 409 inscritos.

Estiveram presentes 24 magistrados judiciais e 80 magistrados do ministério público, perfazendo o número de 104 magistrados, a que acresceram 60 não magistrados, no total de 164 participantes.

e) Avaliação de resultados

Do inquérito de avaliação realizado junto dos participantes resulta que a acção foi considerada com razoável aplicabilidade prática, de duração adequada, com um nível “Bom” de execução e adequada organização e articulação dos conteúdos, embora com uma menção de nível “razoável” para o debate. Foi registada a falta de uma vertente mais prática, nomeadamente realização de workshops e o recurso a outros métodos formativos, via internet ou e-learning.

4.6. Julgamento de facto em processo civil

a) Objectivos

Esta acção teve como objectivos proporcionar aos participantes o levantamento de questões práticas, o debate e reflexão sobre:

- a organização da base instrutória;

- os factos essenciais, instrumentais e as presunções judiciais;

- a ampliação da base instrutória em audiência de julgamento;

- a valoração dos factos na análise crítica da prova e o contribuo de outros ramos do saber; a intervenção de técnico nomeado pelo tribunal;

- o valor extraprocessssual das provas.

b) Programa temático

Page 68: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

68

Foram versados os seguintes temas:

I-A organização da base instrutória:

- os factos essenciais, instrumentais e as presunções judiciais;

- a ampliação da base instrutória em audiência de julgamento.

II- A valoração dos factos na análise crítica da prova e o contributo de outros ramos de saber:

- a intervenção de técnico designado pelo tribunal

- o valor extraprocessual das provas.

c) Local, data e metodologia

A acção realizou-se no Centro de Estudos Judiciários, em Lisboa, no dia 15 de Fevereiro de 2008, sob a forma de seminário, em auditório, seguido de ateliês.

Na exposição dos temas intervieram uma professora universitária, três juízes desembargadores e um juiz de direito. A moderação esteve a cargo de dois juízes de direito, docentes do Centro de Estudos Judiciários.

d) Participantes

Inscreveram-se 217 magistrados judiciais e 43 magistrados do ministério público (260 magistrados), a que acresceram 202 não magistrados, no total de 462 inscritos.

Estiveram presentes 93 magistrados judiciais e 13 magistrados do ministério público, perfazendo o número de 106 magistrados, a que acresceram 72 não magistrados, no total de 178 participantes.

e) Avaliação de resultados

Do inquérito de avaliação realizado junto dos participantes resulta que a acção foi considerada com razoável aplicabilidade prática, de duração adequada e com um nível de execução entre “Bom” e o “Muito Bom”. A organização e articulação dos conteúdos foi adequada e o debate de nível “Bom”. A documentação disponibilizada foi considerada muito útil, embora escassa. Foi registada a necessidade de uma vertente mais prática.

4.7. Mediação penal

a) Objectivos

Esta acção teve como objectivos proporcionar aos participantes:

- a compreensão do ideário da justiça restaurativa, face do sistema tradicional de justiça;

- a análise do instituto da mediação penal no quadro das manifestações processuais de diversão e desjudicialização – mecanismo novo ou complementar; procedimento autónomo ou enxertado no processo penal;

- o debate do procedimento de mediação penal;

- a identificação de entropias e níveis de realização e eficácia.

Page 69: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

69

b) Programa temático

Foram versados os seguintes tópicos:

i- Soluções de consenso e justiça restaurativa em processo penal

ii- Mediação penal – regime jurídico:

- questões de direito substantivo;

- questões de direito adjectivo do procedimento de mediação

iii- Mediação penal – perspectiva e prospectiva:

- resultados de uma experiência-piloto;

- mediação penal: A Lei n.º 21/2007 de 12 de Junho e sua execução

c) Local, data e metodologia

A acção realizou-se em Coimbra, no Instituto Português da Juventude, no dia 22 de Fevereiro de 2008, sob a forma de seminário, em auditório, seguido de debate.

Na exposição dos temas intervieram um juiz de direito, um procurador da República, docente do Centro de Estudos Judiciários, uma procuradora-adjunta do DIAP do Porto, uma professora universitária, uma mestre em direito e a coordenadora do Gabinete de Resolução Alternativa de Litígios. A moderação esteve a cargo de um juiz desembargador e de um procurador da República.

d) Participantes

Inscreveram-se 9 magistrados judiciais e 129 magistrados do ministério público (138 magistrados), a que acresceram 71 não magistrados, no total de 209 inscritos.

estiveram presentes 3 magistrados judiciais e 36 magistrados do ministério público, perfazendo o número de 39 magistrados, a que acresceram 45 não magistrados, 4 estagiários do Ministério Público e 8 auditores de justiça do 2º ciclo, no total de 96 participantes.

e) Avaliação de resultados

Do inquérito de avaliação realizado junto dos participantes resulta que a acção foi considerada com razoável aplicabilidade prática, de duração adequada e com um nível de execução entre “Bom” e o “Muito Bom”. A organização e articulação dos conteúdos foi adequada, pertinente e elucidativa e o debate considerado de nível “Bom”. A documentação disponibilizada foi considerada entre o “útil” e o “muito útil”. Foi registada a falta de uma vertente mais prática.

4.8. Questões práticas no âmbito dos procedimentos cautelares

a) Objectivos

Esta acção teve como objectivos proporcionar o levantamento de questões práticas, reflexão e debate, nomeadamente:

- o âmbito da justiça cautelar, nas vertentes antecipatória e conservatória;

Page 70: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

70

- os aspectos específicos dos termos do procedimento cautelar;

- os procedimentos probatórios e a valoração da prova;

- o regime do recurso da decisão cautelar;

- a conjugação com o regime processual experimental.

b) Programa temático

Foram versados os seguintes temas:

i- Questões actuais no âmbito dos procedimentos cautelares.

ii- Da intervenção cautelar do ministério público:

- algumas questões no âmbito do processo especial de liquidação da herança em benefício do Estado e da proibição provisória de cláusulas contratuais gerais;

- um exemplo de intervenção na defesa do património cultural.

iii- O regime do recurso da decisão cautelar.

iv- Recente tendência de intensificação da tutela cautelar e a génese da tutela principal urgente no processo civil (em particular do novo regime dos recursos e do artigo 16º do DL 108/2006).

v- Justiça cautelar conservatória e antecipatória na tutela dos direitos subjectivos.

c) Local, data e metodologia

A acção realizou-se no Porto, no dia 29 de Fevereiro de 2008, sob a forma de seminário - colóquio.

Na exposição e dinamização da discussão dos temas intervieram um juiz de direito, dois procuradores-adjuntos, um deles docente do CEJ, um advogado, uma mestre em direito e um monitor, ambos da Escola de Direito da Universidade do Minho. A moderação esteve a cargo de um juiz de direito e de um coordenador de Delegação do Centro de Estudos Judiciários.

d) Participantes

Inscreveram-se 106 magistrados judiciais e 32 magistrados do ministério público (138 magistrados), a que acresceram 45 não magistrados, no total de 183 inscritos.

estiveram presentes 36 magistrados judiciais e 9 magistrados do ministério público, perfazendo o número de 45 magistrados, a que acresceram 27 não magistrados, no total de 72 participantes.

e) Avaliação de resultados

Do inquérito de avaliação realizado junto dos participantes resulta que a acção foi considerada com razoável aplicabilidade prática, de duração adequada. A organização e articulação dos conteúdos foi adequada e o debate de nível razoável. A documentação disponibilizada foi considerada útil.

Page 71: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

71

4.9. O Regime do arrendamento urbano

a) Objectivos

Esta acção teve como objectivos proporcionar aos participantes:

- uma perspectiva das linhas gerais do novo regime;

- uma abordagem diferenciada do regime de arrendamento urbano para fins habitacionais e para outros fins;

- a análise e discussão dos institutos do novo regime com maior relevo na prática judiciária, designadamente nos domínios do regime da cessação do arrendamento, em especial, o novo quadro de fundamentos da resolução;

- aspectos mais relevantes da acção de despejo e execução para despejo.

b) Programa temático

Na acção que teve lugar em Lisboa foram versados os seguintes temas:

- aspectos diferenciais do arrendamento para habitação e do arrendamento urbano para outros fins;

- transmissão por morte e cessação do contrato;

- quadro legal da resolução do contrato de arrendamento urbano;

- dos aspectos mais relevantes da acção de despejo e execução para despejo.

A acção que se realizou em Vila Nova de Gaia versou os seguintes temas:

- aspectos diferenciais do arrendamento para habitação e do arrendamento urbano para outros fins;

- transmissão por morte e cessação do contrato;

- formação do contrato de arrendamento;

- quadro legal da resolução do contrato de arrendamento urbano;

- acções declarativa e executiva de despejo.

c) Local, data e metodologia

A acção realizou-se no Centro de Estudos Judiciários, em Lisboa, no dia 7 de Março de 2008, e em Vila Nova de Gaia, no auditório municipal, no dia 6 de Junho de 2008, sob a forma de seminário, em auditório, seguido de debate.

Na exposição dos temas, na acção que se efectuou em Lisboa, intervieram um professor universitário, dois magistrados judiciais (um juiz conselheiro e uma juíza assessora do STJ) e um procurador-geral-adjunto. A moderação esteve a cargo de dois juízes de direito, sendo um docente no Centro de Estudos Judiciários.

Na acção que se realizou em Vila Nova de Gaia participaram um professor universitário da Escola de Direito da Universidade do Minho, um juiz conselheiro do STJ e três juízes de direito, assessores no STJ. A moderação esteve a cargo de um juiz desembargador, coordenador da Delegação Distrital do CEJ no Porto e de uma juíza de direito, docente do Centro de Estudos Judiciários.

Page 72: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

72

d) Participantes

Na acção que se realizou em Lisboa inscreveram-se 205 magistrados judiciais e 20 magistrados do ministério público (225 magistrados), a que acresceram 215 não magistrados, no total de 440 inscritos.

Estiveram presentes 107 magistrados judiciais e 6 magistrados do ministério público, perfazendo o número de 113 magistrados, a que acresceram 76 não magistrados, no total de 189 participantes.

na acção efectivada em vila nova de gaia inscreveram-se 23 magistrados judiciais e 22 magistrados do ministério público (138 magistrados), a que acresceram 29 não magistrados, no total de 167 inscritos.

estiveram presentes 40 magistrados judiciais e 1 magistrado do ministério público, perfazendo o número de 41 magistrados, a que acresceram 8 não magistrados, no total de 49 participantes.

e) Avaliação de resultados

- Acção realizada em Lisboa

Do inquérito de avaliação realizado junto dos participantes resulta que a acção foi considerada com muita aplicabilidade prática, de duração adequada e com um nível de execução “Bom”. A organização e articulação dos conteúdos foi adequada e o debate de nível razoável. Foram muito apreciadas as intervenções no âmbito do arrendamento para habitação e do arrendamento urbano para outros fins e da acção de despejo e execução para despejo.

- Acção realizada em Vila Nova de Gaia

Os participantes consideraram que os conhecimentos adquiridos têm muita aplicabilidade prática, que a acção teve uma duração adequada e com um nível de execução “Bom”. Os conteúdos foram organizados e articulados de forma adequada e o nível do debate foi “Bom”.

4.10. Produção e valoração da prova e motivação das decisões em processo penal

a) Objectivos

Esta acção teve como objectivos suscitar a reflexão, em especial sobre:

- a iniciativa e pertinência da prova;

- as proibições de prova;

- a valoração da prova nas fases de inquérito, instrução e julgamento;

- o âmbito da motivação das decisões proferidas nas fases de inquérito, instrução e julgamento.

b) Programa temático

Foram versados os seguintes tópicos:

- iniciativa da prova;

Page 73: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

73

- proibições de prova;

- valoração da prova;

- motivação das decisões numa perspectiva constitucional;

- prova e investigação criminal na reforma penal

c) Local, data e metodologia

A acção decorreu no Porto, no dia 7 de Março de 2008, sob a forma de seminário, em auditório, seguido de debate.

Na exposição dos temas intervieram um professor universitário, dois magistrados judiciais e dois magistrados do ministério público. A moderação esteve a cargo de um magistrado judicial, docente do CEJ, e um magistrado do ministério público, coordenador de Delegação do CEJ.

d) Participantes

Inscreveram-se 99 magistrados judiciais e 223 magistrados do ministério público (322 magistrados), a que acresceram 110 não magistrados, no total de 432 inscritos.

Estiveram presentes 44 magistrados judiciais e 83 magistrados do ministério público, perfazendo o número de 113 magistrados, a que acresceram 54 não magistrados, no total de 181 participantes.

e) Avaliação de resultados

Do inquérito de avaliação realizado junto dos participantes resulta que os conhecimentos adquiridos na acção têm uma razoável aplicabilidade. A acção foi considerada com duração adequada, com um nível de execução “Bom” e com uma organização e articulação de conteúdos adequada. O debate foi considerado entre o razoável e o bom. Como nota crítica registou-se 1 (uma) observação relativamente às intervenções, consideradas demasiado teóricas e sem cariz prático. Foi também de referir a falta de distribuição de documentação, bem como a não utilização de meios audiovisuais.

4.11. O Inquérito e instrução. A protecção dos direitos fundamentais

a) Objectivos

Esta acção teve como objectivos:

- analisar a jurisprudência mais recente do Tribunal Constitucional;

- suscitar a reflexão e debate sobre algumas práticas processuais concretas e a sua conformidade constitucional;

- identificar eventuais omissões ou contradições na legislação processual penal e a forma das suprir, com garantia dos direitos fundamentais de arguidos, vítimas e outros intervenientes processuais;

- identificar os procedimentos processuais e probatórios que permitam agilizar a investigação, com optimização dos recursos disponíveis, no cumprimento do programa jurídico-constitucional relevante.

Page 74: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

74

b) Programa temático

Foram versados os seguintes tópicos:

- o arguido no inquérito e na instrução;

- actos do inquérito; suspensão provisória do processo; prescrição e declaração de contumácia;

- a instrução e a intervenção do juiz no respeito dos direitos fundamentais; a prisão preventiva e a decisão de excepcional complexidade

- escutas telefónicas, reserva de juiz, direito de defesa;

- primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coacção – uma perspectiva constitucional.

c) Local, data e metodologia

A acção decorreu no CEJ, em Lisboa, no dia 14 de Março de 2008, sob a forma de seminário, em auditório, seguido de debate.

Na exposição dos temas intervieram dois professores universitários, dois magistrados judiciais (um juiz desembargador e um juiz de direito assessor no Tribunal Constitucional) e um procurador da República, assessor no Tribunal Constitucional. A moderação esteve a cargo de um magistrado judicial e um magistrado do ministério público, sendo ambos docentes do CEJ.

d) Participantes

Inscreveram-se 50 magistrados judiciais e 228 magistrados do ministério público (278 magistrados), a que acresceram 232 não magistrados, no total de 510 inscritos.

Estiveram presentes 22 magistrados judiciais e 56 magistrados do ministério público, perfazendo o número de 78 magistrados, a que acresceram 91 não magistrados, no total de 169 participantes.

e) Avaliação de resultados

Do inquérito de avaliação realizado junto dos participantes resulta que a acção foi considerada com razoável aplicabilidade prática, de duração adequada e com um nível de execução entre o “Satisfatório” e o “Muito Bom”. A organização e articulação dos conteúdos foi adequada e o debate de nível “Bom”. A documentação disponibilizada foi considerada útil.

4.12. Questões práticas sobre o processo laboral

a) Objectivos

Esta acção teve como objectivos:

- analisar e discutir questões de índole processual que suscitem dificuldade de aplicação prática no processo laboral;

Page 75: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

75

- identificar formas de compatibilizar o regime processual laboral com as inovações introduzidas pelo Código do Trabalho, nomeadamente no que diz respeito à oposição à reintegração e reabertura do procedimento disciplinar;

- abordar questões relacionadas com os poderes do juiz laboral no julgamento da matéria de facto;

- debater questões relativas à motivação da decisão fáctica.

b) Programa temático

Foram versados os seguintes tópicos:

- a reforma dos recursos introduzida pelo DL n.º 303/2007, de 24.08 e os seus reflexos no Código de Processo do Trabalho;

- os efeitos processuais da declaração de insolvência nas acções laborais pendentes;

- os poderes do juiz laboral na discussão e julgamento da matéria de facto. a motivação das respostas sobre a matéria de facto controvertida.

- consequências processuais do pedido de reabertura do procedimento disciplinar e da oposição à reintegração do trabalhador;

- as propostas do Livro Branco das Relações Laborais relativamente aos aspectos substantivos e adjectivos do regime da cessação do contrato de trabalho;

- os efeitos da reforma da acção executiva no Código de Processo do Trabalho;

c) Local, data e metodologia

A acção realizou-se no CEJ, em Lisboa, nos dias 3 e 4 de Abril de 2008, sob a forma de conferência, em auditório, seguido de debate.

Na exposição dos temas intervieram cinco magistrados judiciais (dois juízes desembargadores, três juízes de direito, um deles docente do CEJ e outro assessor no STJ), quatro magistrados do ministério público (dois procuradores da República, sendo um deles docente do CEJ e o outro inspector-geral do trabalho e dois procuradores-gerais-adjuntos). A moderação esteve a cargo de duas juízas de direito e dois procuradores da República, docentes do CEJ.

d) Participantes

Inscreveram-se 39 magistrados judiciais e 34 magistrados do ministério público (73 magistrados), a que acresceram 192 não magistrados, no total de 265 inscritos.

estiveram presentes 20 magistrados judiciais e 13 magistrados do ministério público, perfazendo o número de 33 magistrados, a que acresceram 49 não magistrados, no total de 82 participantes.

e) Avaliação de resultados

Do inquérito de avaliação realizado junto dos participantes resulta que a acção foi considerada com muita aplicabilidade prática, de duração adequada e com um nível de execução entre o “Bom” e o “Muito Bom”. A organização e articulação dos conteúdos foi

Page 76: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

76

adequada e o debate de nível “Bom”. A documentação disponibilizada foi considerada muito útil.

4.13. O regime da insolvência

a) Objectivos

Esta acção teve como objectivos proporcionar aos participantes:

- uma abordagem dos aspectos mais relevantes no domínio dos efeitos da insolvência sobre os créditos e sobre os negócios em curso;

- a análise de questões práticas que se suscitem no âmbito da assembleia de credores;

- a discussão de aspectos práticos sobre o plano de insolvência com as finalidades de recuperação ou de saneamento por transmissão da empresa e sobre a administração e liquidação da massa insolvente;

- a identificação de aspectos práticos do regime da insolvência das pessoas singulares;

- uma visão sistematizada do Regulamento (CE) n.º 1346/2000 do Conselho, de 29 de Maio de 2000 relativo aos processos de insolvência.

b) Programa temático

Foram versados os seguintes tópicos:

- efeitos da declaração de insolvência sobre os negócios em curso. Resolução em benefício da massa insolvente;

- questões práticas no domínio da aplicação do cire;

- o plano da insolvência com as finalidades de recuperação ou de saneamento por transmissão da empresa;

- aspectos práticos sobre a administração e liquidação da massa insolvente;

- do Regulamento (CE) n.º 1346/2000, do Conselho, de 29 de Maio de 2000, relativo aos processos de insolvência: âmbito de aplicação e aspectos gerais;

- regime da insolvência das pessoas singulares: exoneração do passivo restante e plano de pagamento aos credores;

- questões práticas no domínio das assembleias de credores;

- reclamação e graduação de créditos.

c) Local, data e metodologia

A acção realizou-se no Porto, nos dias 3 e 4 de Abril de 2008, sob a forma de seminário, em auditório, seguido de debate.

Page 77: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

77

Na exposição dos temas intervieram um professor universitário, cinco juízes de direito, uma administradora de insolvência e vice-presidente da APGS, um administrador de insolvência e vogal da CACAAI e um procurador da República. A moderação esteve a cargo de dois juízes desembargadores, um deles coordenador de Delegação, no Porto, uma juíza de direito e uma procuradora da República, docente do CEJ.

d) Participantes

Inscreveram-se 146 magistrados judiciais e 47 magistrados do ministério público (193 magistrados), a que acresceram 42 não magistrados, no total de 235 inscritos.

Estiveram presentes 68 magistrados judiciais e 17 magistrados do ministério público, perfazendo o número de 85 magistrados, a que acresceram 9 não magistrados, no total de 94 participantes.

e) Avaliação de resultados

Do inquérito de avaliação realizado junto dos participantes resulta que a acção foi considerada com muita aplicabilidade prática, de duração adequada e com um nível de execução “Muito Bom”. A organização e articulação dos conteúdos foi muito adequada e o debate de nível razoável. A documentação disponibilizada foi considerada muito útil.

4.14. O regime jurídico das armas

a) Objectivos

Esta acção teve como objectivos:

- familiarizar os participantes com os princípios fundamentais relativos ao regime jurídico das armas e debater questões suscitadas pela sua aplicação;

- proporcionar os conhecimentos relativos às definições técnicas que estão na base desse regime, bem como as noções básicas sobre funcionamento e mecanismo de armas e balística.

b) Programa temático

Foram versados os seguintes temas:

- funcionamento e mecanismo das armas;

- a balística forense no LPC: conceitos, aplicação e interpretação;

- reflexos do regime jurídico das armas na prática judiciária: alternativas de punição;

- o regime jurídico das armas: algumas questões;

- aspectos inovadores do regime jurídico das armas.

c) Local, data e metodologia

A acção realizou-se em Lisboa, no auditório do Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna, no dia 4 de Abril de 2008, sob a forma de seminário, seguido de debate.

Page 78: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

78

Na exposição dos temas intervieram um Intendente da PSP, um especialista superior do Laboratório de Polícia Cientifica da PJ, um procurador-adjunto, junto do DIAP de Lisboa, um juiz de direito, docente do CEJ e um membro da Comissão de Revisão do Regime Jurídico das Armas. A moderação esteve a cargo de um director-adjunto do CEJ e de um juiz de direito, docente do CEJ.

d) Participantes

Inscreveram-se 62 magistrados judiciais e 115 magistrados do ministério público (177 magistrados), a que acresceram 111 não magistrados, no total de 288 inscritos.

Estiveram presentes 20 magistrados judiciais e 13 magistrados do ministério público, perfazendo o número de 33 magistrados, a que acresceram 26 não magistrados, num total de 59 participantes.

e) Avaliação de resultados

Do inquérito de avaliação realizado junto dos participantes resulta que a acção foi considerada com razoável aplicabilidade prática, de duração adequada e com um bom nível de execução A organização e articulação dos conteúdos foi adequada e o debate de nível razoável. A documentação disponibilizada foi considerada útil.

4.15. Propriedade intelectual (propriedade industrial e direito autoral)

a) Objectivos

Esta acção teve como objectivos proporcionar aos participantes:

- uma abordagem do direito da propriedade intelectual, numa perspectiva judiciária, analisando o panorama actual da lei substantiva e dos instrumentos de tutela dos direitos;

- analisar os institutos jurídicos de maior relevância para a prática judiciária e analisar os instrumentos sancionatórios de tutela de direitos;

- abordar o impacte das novas tecnologias de informação e comunicação nos direitos da propriedade intelectual e discutir o impacte das mesmas na eficácia da respectiva tutela;

- avaliar o nível de adequação dos regimes específicos deste ramo do direito à salvaguarda dos interesses que pretende proteger e valiar a capacidade de resposta das estruturas policiais, do Ministério Público e judiciais.

b) Programa temático

Foram versados os seguintes temas:

Painel I: Modernas práticas violadoras do direito de autor – conteúdos digitais e serviços de acesso condicionado:

- a IGAC e a violação do direito de autor em Portuga;

- a pirataria no sector da música;

- a pirataria de videogramas;

Page 79: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

79

- roubo de sinal e outras fraudes na televisão por cabo;

- a cópia privada e a usurpação de obras literárias.

Painel II: Modalidades de exercício de propriedade intelectual e ilícitos conexos; a nova legislação referente ás medidas e procedimentos que visam garantir o respeito dos direitos da propriedade intelectual:

- crimes e contra-ordenações na área do direito de autor e da propriedade intelectual;

- a nova legislação referente às medidas e procedimentos que visam garantir o respeito dos direitos da propriedade intelectual.

Painel III: A tutela jurisdicional e a tutela administrativa dos direitos da propriedade intelectual:

- a tutela administrativa na área da propriedade industrial (entidades competentes e procedimentos de investigação;

- tutela jurisdicional, nas instâncias criminais, da propriedade intelectual.

c) Local, data e metodologia

A acção realizou-se no CEJ, em Lisboa, nos dias 10 e 11 de Abril de 2008, sob a forma de seminário, com apresentações em plenário, seguido de debate.

Na exposição dos temas intervieram um professor universitário, uma juíza de direito, um inspector da Inspecção-Geral das Actividades Culturais, um elemento da Associação Fonográfica Portuguesa, o Director-Geral da Federação Portuguesa de Editores de Videogramas, um elemento da AGECOP, o chefe do Departamento de Oposição e Contencioso do Instituto Nacional da Propriedade Industrial e uma procuradora-adjunta nos Juízos Criminais de Lisboa. A moderação esteve a cargo da directora do CEJ e de uma juíza de direito e um procurador-adjunto, docentes do CEJ.

d) Participantes

Inscreveram-se 33 magistrados judiciais e 43 magistrados do ministério público (76 magistrados), a que acresceram 132 não magistrados, no total de 208 inscritos.

Estiveram presentes 12 magistrados judiciais e 2 magistrados do ministério público, perfazendo o número de 14 magistrados, a que acresceram 34 não magistrados, no total de 48 participantes.

e) Avaliação de resultados

Do inquérito de avaliação realizado junto dos participantes resulta que a acção foi

considerada com razoável aplicabilidade prática, de duração adequada e com um nível de execução entre o “Bom” e o “Muito Bom”. A organização e articulação dos conteúdos foi adequada e o debate de nível razoável. A documentação disponibilizada foi considerada útil.

Page 80: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

80

4.16. A jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem

a) Objectivos

Esta acção teve como objectivos proporcionar aos participantes:

- a familiarização com os aspectos institucionais do sistema europeu de protecção dos Direitos do Homem, designadamente no que concerne à Comissão Europeia de Direitos do Homem e ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem;

- uma análise dos desenvolvimentos práticos mais recentes de aplicação jurisprudencial, no domínio dos princípios fundamentais da Convenção, em matéria civil e penal, envolvendo o Estado Português e/ou cidadãos portugueses.

b) Programa temático

Foram versados os seguintes tópicos:

- convergências e divergências entre a jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem e a jurisprudência nacional. Alguns tópicos.

- a protecção do direito à vida, a proibição de tortura e os menores na CEDH.

- O art.º 5º da CEDH. uma leitura à luz da jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.

- O art.º 10º da CEDH.

c) - Local, data e metodologia

A acção realizou-se no CEJ, em Lisboa, no dia 18 de Abril de 2008, sob a forma de seminário, em auditório, seguido de debate.

Na exposição dos temas intervieram um juiz conselheiro, juiz no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem; um juiz conselheiro do STJ, um procurador-geral-adjunto, agente do Estado Português junto do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem e um membro do Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social. A moderação esteve a cargo de uma juíza desembargadora e de um procurador- geral-adjunto, docentes do CEJ.

d) Participantes

Inscreveram-se 59 magistrados judiciais e 33 magistrados do ministério público (92 magistrados), a que acresceram 151 não magistrados, no total de 243 inscritos.

Estiveram presentes 18 magistrados judiciais e 10 magistrados do ministério público, perfazendo o número de 28 magistrados, a que acresceram 33 não magistrados, no total de 61 participantes.

e) Avaliação de resultados

Do inquérito de avaliação realizado junto dos participantes resulta que a acção foi considerada com razoável aplicabilidade prática, de duração adequada e com um nível de execução entre o “Bom” e o “Muito Bom”. A organização e articulação dos conteúdos foi adequada e o debate de nível razoável. A documentação disponibilizada foi considerada útil.

Page 81: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

81

4.17 Cooperação judiciária em matéria penal

a) Objectivos

Esta acção teve como objectivos:

- análise do quadro legal e dos instrumentos de cooperação judiciária internacional em matéria penal;

- especial enfoque sobre os instrumentos relativos ao Auxílio Judiciário e ao Mandado de Detenção Europeu;

- reflexão sobre a aplicação prática desses instrumentos.

b) Programa temático

Foram versados os seguintes tópicos:

I Tema: Regime Jurídico do Mandado de detenção Europeu:

- a Jurisprudência do Supremo Tribunal de Justiça na execução da regime relativo ao mandado de detenção europeu;

- Workshop A: regime jurídico da emissão do MDE;

- Workshop B: regime jurídico da execução do MDE.

II Tema: auxílio judiciário:

- vídeo-conferências: um passo em frente na cooperação judiciária internacional em matéria penal?

- questões práticas de cooperação judiciária;

- a outra face da justiça europeia: as iniciativas sobre o reconhecimento e supervisão de penas suspensas e sobre a Decisão europeia de controlo judicial;

- O Tratado de Lisboa e a cooperação judiciária internacional em matéria penal;

c) Local, data e metodologia

A acção realizou-se na Direcção Regional de Educação do Alentejo, em Évora, nos dias 8 e 9 de Maio de 2008, sob a forma de seminário, em auditório, seguido de debate alargado.

O primeiro tema foi objecto de uma conferência proferida por um juiz conselheiro do STJ. Os debates no âmbito do primeiro tema foram realizados em dois workshop`s, estando a moderação a cargo de uma procuradora da República, directora do Gabinete de Documentação e Direito Comparado da Procuradoria-Geral da República e de um procurador da República do Tribunal Constitucional.

O segundo tema foi objecto de quatro exposições realizadas por três procuradores da República, um deles do Departamento Central de Investigação e Acção Penal e por um procurador-geral-adjunto, membro nacional e presidente da EUROJUST. A moderação esteve a cargo de um juiz de Direito, coordenador da Delegação de Évora do Centro de Estudos Judiciários.

Page 82: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

82

d) Participantes

Inscreveram-se 27 magistrados judiciais e 152 magistrados do ministério público (179 magistrados), a que acresceram 57 não magistrados, no total de 236 inscritos.

Estiveram presentes 14 magistrados judiciais e 23 magistrados do ministério público, perfazendo o número de 37 magistrados, a que acresceram 13 não magistrados, no total de 50 participantes.

e) Avaliação de resultados

Do inquérito de avaliação realizado junto dos participantes resulta que a acção foi considerada com muita aplicabilidade prática, de duração adequada e com um nível de execução entre o “Bom” e o “Muito Bom”. A organização e articulação dos conteúdos foi adequada e o debate de nível “Bom”. A documentação disponibilizada foi considerada útil, embora pouca.

4.18 Acção Executiva

a) Objectivos

Esta acção teve como objectivos proporcionar aos participantes;

- o levantamento de questões práticas no domínio do regime da acção executiva singular, relativamente à fase introdutória, à oposição à execução, à fase da penhora; ao concurso de credores, à fase de pagamento, à extinção da execução e ao regime dos recursos;

- a compreensão do papel e das competências dos diversos agentes judiciários, tendo em vista facilitar a sua articulação prática e a conjugação de procedimentos;

- o debate sobre as boas práticas e a aproximação de critérios de procedimento.

b) Programa temático

Foram versados os seguintes tópicos:

I- da fase introdutória do processo executivo:

- intervenção liminar do juiz,

- da oposição à execução: aspectos mais relevantes.

II- aspectos mais práticos sobre a realização da penhora e garantias de legalidade.

III- questões práticas sobre o concurso de credore.;

IV- do pagamento e extinção da execução.

V- balanço global sobre os problemas da acção executiva.

Page 83: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

83

c) Local, data e metodologia

A acção realizou-se na Fundação Engenheiro António de Almeida, no Porto, no dia 16 de Maio de 2008, sob a forma de seminário seguido de debate.

Na abordagem dos temas, intervieram como oradores um juiz conselheiro do STJ, um juiz desembargador, um procurador-geral-adjunto do Tribunal Constitucional, um procurador-adjunto e dois solicitadores. A moderação esteve a cargo de um juiz desembargador, coordenador da Delegação do CEJ no Porto, um juiz de Direito e um procurador da República, docente do CEJ.

d) Participantes

Inscreveram-se 81 magistrados judiciais e 95 magistrados do ministério público (176 magistrados), a que acresceram 51 não magistrados, no total de 227 inscritos.

Estiveram presentes 25 magistrados judiciais e 19 magistrados do ministério público, perfazendo o número de 44 magistrados, a que acresceram 16 não magistrados, no total de 60 participantes.

e) Avaliação de resultados

Do inquérito de avaliação realizado junto dos participantes resulta que a acção foi considerada com razoável aplicabilidade prática, de duração adequada e com um bom nível de execução. A organização e articulação dos conteúdos foi adequada e o debate de nível “Bom”. A documentação disponibilizada foi considerada útil.

4.19 Questões de direito substantivo laboral: O regime do contrato de trabalho temporário e os direitos de personalidade do trabalhador à luz do Código do Trabalho

a) Objectivos

Esta acção teve como objectivos:

- proporcionar uma perspectiva das linhas gerais do novo regime do contrato de trabalho temporário;

- traçar uma perspectiva comparativa das alterações introduzidas pelo novo diploma;

- identificar e discutir questões decorrentes do novo regime jurídico com maior relevo na prática judiciária;

- analisar o regime jurídico dos direitos de personalidade consagrado no Código do Trabalho;

- discutir os principais desenvolvimentos jurisprudenciais no domínio dos direitos de personalidade.

b) Programa temático

Foram versados os seguintes tópicos:

I Tema: Direitos de personalidade do trabalhador à luz do Código do Trabalho:

- direitos de personalidade do trabalhador: perspectiva geral;

Page 84: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

84

- direito à imagem e contrato de trabalho;

II Tema: Contrato de trabalho temporário:

- o novo regime do contrato de trabalho temporário: alterações e inovações;

- o contrato de trabalho temporário: análise e perspectiva jurisprudencial.

c) Local, data e metodologia

A acção realizou-se no Tribunal da Relação do Porto, no dia 30 de Maio de 2008, sob a forma de seminário seguido de debate.

Na abordagem dos temas intervieram como oradores uma juíza desembargadora, um professor universitário e dois mestres em direito. A moderação esteve a cargo de um juiz de direito e um procurador da República, docentes do CEJ.

d) Participantes

Inscreveram-se 23 magistrados judiciais e 31 magistrados do ministério público (54 magistrados), a que acresceram 46 não magistrados, no total de 100 inscritos.

Estiveram presentes 10 magistrados judiciais e 11 magistrados do ministério público, perfazendo o número de 21 magistrados, a que acresceram 4 não magistrados, no total de 25 participantes.

e) Avaliação de resultados

Do inquérito de avaliação realizado junto dos participantes resulta que a acção foi considerada com razoável aplicabilidade prática, de duração adequada e com um nível de execução de “Bom”. A organização e articulação dos conteúdos foi adequada e o debate de nível razoável. A documentação disponibilizada foi considerada muito útil.

4.20 Prova através de ADN, tratamento e protecção de dados genéticos

a) Objectivos

Esta acção teve como objectivos:

- analisar questões jurídicas relativas à prova através de ADN e conflitos que possam suscitar-se com direitos fundamentais;

- analisar questões jurídicas relativas à protecção e tratamento de dados genéticos (designadamente para fins forenses);

- analisar questões relativas à investigação de paternidade;

- proporcionar informação científica básica sobre identificação genética.

b) Programa temático

Foram versados os seguintes tópicos:

- aspectos científicos da prova através de ADN;

Page 85: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

85

- bases de dados de ADN para fins forenses. Uma perspectiva de política legislativa;

- a prova através de ADN em processo penal;

- questões jurídico-práticas relativas aos exames de investigação de paternidade.

c) Local, data e metodologia

A acção realizou-se no CEJ, em Lisboa, no dia 20 de Junho de 2008, sob a forma de seminário seguido de debate.

Na abordagem dos temas, intervieram como oradores um professor universitário da Faculdade de Medicina de Coimbra e Director da Delegação do Centro do Instituto de Medicina Legal, um professor universitário da Universidade Católica Portuguesa, o Ex-Secretário da Justiça, membro da Comissão de Redacção do Anteprojecto de Lei de Base de Dados de Perfis de ADN para fins de Identificação Civil e Criminal, um juiz desembargador, coordenador da Delegação do CEJ em Évora e um procurador-adjunto, docente no CEJ. A moderação esteve a cargo de um juiz desembargador coordenador de Delegação do CEJ e de um procurador-adjunto, docente no CEJ.

d) Participantes

Inscreveram-se 43 magistrados judiciais e 188 magistrados do ministério público (231 magistrados), a que acresceram 145 não magistrados, no total de 376 inscritos.

Estiveram presentes 12 magistrados judiciais e 37 magistrados do ministério público, perfazendo o número de 49 magistrados, a que acresceram 26 não magistrados, no total de 75 participantes.

e) Avaliação de resultados

Do inquérito de avaliação realizado junto dos participantes resulta que a acção foi considerada com muita aplicabilidade prática, de duração adequada e com um nível de execução de “Muito Bom”. A organização e articulação dos conteúdos foi adequada e o debate de nível “Bom”. A documentação disponibilizada foi considerada útil.

4.21 Direito Administrativo e Tributário: a responsabilidade civil do Estado e demais entidades públicas

a) Objectivos

Esta acção teve como objectivo responder às necessidades práticas sentidas no âmbito da justiça dos tribunais administrativos e fiscais, tomando como base a identificação de problemáticas e aspectos de prática judiciária, em articulação com o Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais.

b) Programa temático

Foram versados os seguintes tópicos:

- Novo paradigma da responsabilidade civil dos poderes públicos;

Page 86: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

86

- Responsabilidade civil do Estado e demais entidades públicas pelo exercício da função administrativa;

- Responsabilidade civil do Estado pelo exercício da função legislativa;

- Responsabilidade civil pelo exercício da função jurisdicional.

c) Local, data e metodologia

A acção realizou-se no CEJ, em Lisboa, no dia 9 de Maio de 2008, sob a forma de seminário seguido de debate.

Na abordagem dos temas, intervieram como oradores um juiz conselheiro do Tribunal Constitucional, um juiz conselheiro do STA, um professor universitário. A moderação esteve a cargo de dois directores-adjuntos do CEJ.

d) Participantes

Inscreveram-se 73 magistrados judiciais e 33 magistrados do ministério público (106 magistrados), a que acresceram 184 não magistrados, no total de 290 inscritos.

Estiveram presentes 41 magistrados judiciais e 10 magistrados do ministério público, perfazendo o número de 51 magistrados, a que acresceram 57 não magistrados, no total de 108 participantes.

e) Avaliação de resultados

Do inquérito de avaliação realizado junto dos participantes resulta que a acção foi considerada com razoável aplicabilidade prática, de duração adequada e com um nível de execução “Muito Bom”. A organização e articulação dos conteúdos foi adequada e o debate de nível razoável. A documentação disponibilizada foi considerada útil.

4.22. Cursos Especializados

4.22.1. Grandes temas do Direito da Família e das Crianças

a) Objectivos

O objectivo definido para este curso foi proceder ao estudo e discussão aprofundada de diversos temas do Direito da Família e das Crianças, numa visão pluridisciplinar, com recurso aos saberes das múltiplas ciências sociais relacionadas com as problemáticas da família, das crianças e dos jovens, e, tanto quanto possível, numa perspectiva judiciária, nomeadamente sobre:

- audição de crianças e jovens: técnicas e contextos;

- providências tutelares cíveis: responsabilidades parentais, exercício conjunto do poder paternal; limitações ao exercício do poder paternal;

- adopção (declaração de adoptabilidade): confiança judicial, confiança administrativa e a medida do art. 35.º, n.º 1, g), da LPP;

- instrumentos internacionais de relevo no Direito da Família e das Crianças: regulamento Bruxelas II bis; Convenções da Haia; instrumentos de cooperação judiciária internacional;

Page 87: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

87

- Abusos sexuais de crianças e jovens: intervenção de protecção e acção penal.

b) Programa temático

O curso versou sobre os seguintes temas:

- o sistema de protecção de crianças e jovens em perigo: balanço de sete anos de vigência;

- os novos rumos do Direito da Família, das Crianças e dos Jovens.

- interesse da criança: um conceito transversal à jurisdição de família e crianças; discussão de casos;

- mediação e Direito da Família - enquadramento geral;

- instrumentos internacionais de relevo no Direito da Família e das Crianças: o Direito Comunitário;

- instrumentos internacionais de relevo no Direito da Família e das Crianças: o Direito Convencional;

- intervenção de protecção de crianças e jovens em perigo, adopção e outras providências tutelares cíveis; discussão de casos;

- abusos sexuais de crianças;

- a audição da criança no Direito da Família e das Crianças;

- técnicas de audição da criança no contexto judiciário;

- avaliação psicológica no Direito da Família e das Crianças;

- intervenção Tutelar Educativa: balanço de sete anos de vigência.

c) Local, data e metodologia

O curso decorreu no CEJ, em Lisboa, preenchendo 16 sessões em semanas consecutivas, às sextas-feiras à tarde (das 14,30 às 18,30h) - nos dias 4, 11, 18 e 30 de Abril, 9, 16, 21 e 30 de Maio de 2008 -, cada uma delas desdobrada em dois blocos, com a duração total de 32 horas, sob o formato misto de seminários e ateliês.

No tratamento e discussão dos temas intervieram magistrados judiciais e do ministério público, investigadores, professores e técnicos das áreas do Direito, Psicologia, Pediatria e outras ciências sociais.

d) Participantes

Inscreveram-se 52 magistrados judiciais e 75 magistrados do ministério público, (127 magistrados), a que acresceram 5 não magistrados, no total de 132 inscritos.

Estiveram presentes 35 magistrados judiciais e 46 magistrados do ministério público, perfazendo o número de 81 magistrados, a que acresceram 3 não magistrados, no total de 84 participantes.

Page 88: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

88

e) Avaliação dos resultados

Do inquérito de avaliação realizado junto dos participantes resulta que a acção foi considerada com razoável aplicabilidade prática, de duração adequada e com um nível de execução “Bom”. A organização e articulação dos conteúdos foi adequada e o debate de nível “Bom”. A documentação disponibilizada foi considerada útil, embora escassa.

4.22.2. Contabilidade e gestão

a) Objectivos

O curso teve como objectivo proporcionar aos participantes:

- a compreensão dos princípios e conceitos fundamentais subjacentes ao processo de produção da informação contabilística, que habilitem à análise de balanços e ao apuramento dos resultados de exercício;

- o conhecimento do método contabilístico adoptado pelas empresas e outras entidades, bem como da documentação empresarial e dos comprovativos das operações (factura, factura electrónica, recibo, guia de remessa e títulos de crédito);

- a compreensão da relação entre a contabilidade, a fiscalidade e demais legislação económica e financeira;

- a familiarização com os instrumentos teórico-práticos necessários à leitura, análise e interpretação das demonstrações financeiras (o método dos indicadores, a estrutura financeira, a solvabilidade e a rendibilidade).

b) Programa temático

O curso versou os seguintes tópicos:

1 – Caracterização do tecido empresarial português e as demonstrações financeiras:

1.1. as demonstrações financeiras das empresas (o ponto de partida para o estudo da contabilidade);

1.2. significado e articulação das componentes;

1.3. análise global de um caso concreto.

2 – Conceitos fundamentais da contabilidade:

2.1. o método contabilístico: a conta e o princípio das partidas dobradas (digrafia);

2.2. o processo contabilístico: o diário, o razão e o balancete (súmula dos resgistos);

2.3. o Plano Oficial de Contabilidade (Decreto-Lei n.º 410/89, de 21 de Novembro, e as alterações subsequentes).

3 – Principais ligações entre a contabilidade e a fiscalidade e demais legislação económica e financeira;

Page 89: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

89

4 – Normalização contabilística:

4.1. as normas europeias sobre contabilidade (referência genérica às directivas e regulamentos contabilísticos);

4.2. as normas internacionais de relato financeiro (referência genérica às normas emanadas do IASB – International Accounting Standards Board);

4.3. o SNC – Sistema de Normalização Contabilística (referência genérica ao projecto em discussão pública).

5 – Organização da contabilidade e documentação comercial:

5.1. princípio da liberdade de organização da escrita;

5.2. a documentação comercial e os comprovativos das operações: a guia de remessa, a factura, a factura electrónica e o recibo.

6 – Interpretação das demonstrações financeiras:

6.1. o método dos indicadores;

6.2. estrutura financeira;

6.3. solvabilidade;

6.4. rendibilidade.

7 – Responsabilidades no processo de elaboração, apresentação e prestação de contas:

7.1. a gerência/administração da sociedade;

7.2. os técnicos oficiais de contabilidade (TOC);

7.3. os revisores oficiais de contas (ROC).

c) Data, local e metodologia

O curso decorreu no CEJ, em Lisboa, em semanas consecutivas, às sextas-feiras à tarde (das 14,00 às 17,00h) - nos dias 11, 18 e 25 de Janeiro, 8, 15, 22 e 29 de Fevereiro e 7 de Março de 2008 -, com a duração total de 20 horas.

No tratamento e discussão dos temas intervieram dois inspectores de Finanças, ambos professores no Instituto Superior de Economia e Gestão.

d) Participantes

Inscreveram-se 35 magistrados judiciais e 34 magistrados do ministério público, (69 magistrados), a que acresceram 3 não magistrados, no total de 72 inscritos.

Estiveram presentes 24 magistrados judiciais e 20 magistrados do ministério público, perfazendo o número de 44 magistrados, a que acresceram 3 não magistrados, no total de 47 participantes.

e) Avaliação dos resultados

Do inquérito de avaliação realizado junto dos participantes resulta que o curso foi considerado com razoável aplicabilidade prática, de duração adequada e com um nível de

Page 90: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

90

execução entre o “Bom” e o “Muito Bom”. A organização e articulação dos conteúdos foi adequada e o debate de nível “Bom”. A documentação disponibilizada foi considerada útil.

4.22.3. Boas práticas forenses: “comunicar, narrar, persuadir e julgar”

a) Objectivos

O curso teve como objectivo proporcionar aos participantes:

- uma abordagem interdisciplinar de temas da psicologia forense, nomeadamente o processo psicológico do testemunho, a fenomenologia da percepção, o funcionamento da memória e a prova pessoal, as técnicas cognitivas e de comunicação;

- a análise crítica dos depoimentos e a incidência das motivações não jurídicas;

- permitir um tratamento experimental de situações-tipo já vivenciadas pelos participantes ou extraídas de relatos divulgados.

b) Programa temático

O curso versou sobre os seguintes temas:

- vítimas e testemunhos no sistema de justiça (modelos de comunicação);

- prova e verdade no processo judicial;

- aspectos metódico-legais do discurso judiciário;

- factores que afectam o desempenho mnésico de testemunhas oculares,

- a comunicação na Justiça;

- captação das discursividades;

- o testemunho dos suspeitos e das vítimas do crime;

- aplicações da linguística jurídica à comunicação na prática forense.

c) Local, data e metodologia

O curso decorreu no CEJ, em Lisboa, nos dias 7, 14 e 28 de Março, 2008, sob o formato de seminário, seguido de debate.

No tratamento e discussão dos temas intervieram seis professores universitários, a responsável pelo gabinete de Psicologia e Selecção do Instituto Superior de Polícia Judiciária e Ciências Criminais, um juiz conselheiro do STJ e um procurador da República.

d) Participantes

Inscreveram-se 39 magistrados judiciais e 44 magistrados do ministério público, (83 magistrados), a que acresceram 4 não magistrados, no total de 87 inscritos.

Estiveram presentes 16 magistrados judiciais e 11 magistrados do ministério público, perfazendo o número de 27 magistrados, a que acresceram 3 não magistrados, no total de 30 participantes.

Page 91: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

91

4.22.4. Justiça e comunicação social

a) Objectivos

O objectivo definido para este curso foi, em geral, abordar a importância da comunicação enquanto instrumento fundamental na gestão das organizações e, em especial, proporcionar aos magistrados a aquisição de conhecimentos que os habilitem a construir uma adequada relação com a comunicação social e com a crescente mediatização dos casos judiciais.

b) Programa temático

O curso versou sobre os seguintes temas:

- a justiça e a comunicação social;

- relações entre a justiça penal e os media na perspectiva das alterações ao regime da publicidade do processo e do segredo de justiça;

- justiça em media, legitimação pela comunicação;

- a comunicação nas instituições;

- a relação ente a justiça e a comunicação social vista pelas ciências sociais;

- a criança, a justiça e os media;

- a justiça e a comunicação social – a perspectiva do jornalista.

c) Local, data e metodologia

O curso decorreu no CEJ, em Lisboa, nos dias 4, 11 e 18 de Abril, sob formato de seminário, seguido de debate.

No tratamento e discussão dos temas intervieram um juiz conselheiro do STJ, dois juízes de direito e um procurador-adjunto, docentes do CEJ, dois professores universitários e um jornalista.

d) Participantes

Inscreveram-se 30 magistrados judiciais e 42 magistrados do ministério público, no total de 72 inscritos.

Estiveram presentes 13 magistrados judiciais e 7 magistrados do ministério público, no total de 20 participantes.

e) Avaliação dos resultados

Do inquérito de avaliação realizado junto dos participantes resulta que o curso foi considerado com razoável aplicabilidade prática, de duração adequada e com um nível de execução entre o “Satisfatório” e o “Bom”. A organização e articulação dos conteúdos foi adequada e o debate de nível razoável. A documentação disponibilizada foi considerada útil. Uma pequena observação crítica no sentido de que alguns dos temas careciam de uma abordagem mais alargada e de um pendor mais prático.

Page 92: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

92

5. Dados globais

5.1. Das acções de formação permanente a que se referem os pontos 4.1. a 4.20.

Realizaram-se vinte e três acções de formação permanente destinadas, primordialmente, aos magistrados que exercem funções nos tribunais judiciais, à razão de duas a três por mês, com a duração de um ou dois dias para cada acção, no total de trinta dias, preenchendo cerca de cento e oitenta horas (média de seis horas por dia).

A distribuição dessas acções por áreas foi a seguinte:

- 9 acções na área penal, preenchendo 13 dias;

- 8 acções na área cível, preenchendo 9 dias;

- 3 acções na área laboral, preenchendo 5 dias;

- 1 acção no âmbito dos Direitos do Homem, preenchendo 1 dia;

- 1 acção no âmbito da gestão judiciária, ética e deontologia, preenchendo 2 dias;

Os temas dedicados à área da Família e Menores foram concentrados no curso breve que se realizou, preenchendo 8 meios-dias.

No que se refere à sua localização, realizaram-se 12 acções em Lisboa, 6 no Porto, 2 em Coimbra, 1 em Évora e 1 em Vila Nova de Gaia.

Para as referidas acções inscreveram-se:

- 1.902 magistrados judiciais;

- 2.065 magistrados do ministério público;

perfazendo o total de 3.967 magistrados.

Inscreveram-se ainda 2.601 não magistrados, na sua maioria advogados

Em relação ao ano de 2006/2007, as inscrições foram, respectivamente, de 1.616, 2.076 e 1.814.

Dos magistrados inscritos nas referidas acções, participaram:

- 880 magistrados judiciais;

- 591 magistrados do ministério público;

perfazendo o total de 1.471 magistrados.

Dos não magistrados inscritos participaram cerca de 832

Em relação ao ano de 2006/2007, a participação ficou-se, respectivamente, em 758, 624 e 477.

O total de participantes nas acções em referência foi assim de 2.303

A média aritmética do número de magistrados participantes, por cada acção, foi da ordem dos :

- 40 para a magistratura judicial;

Page 93: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

93

- 26 para a magistratura do ministério público;

- 66, aproximadamente, para o conjunto das duas magistraturas.

Em relação ao ano de 2006/2007, essa média situou-se, respectivamente, em 44, 36 e 80.

Dos dados expostos apura-se que a percentagem de participação dos magistrados, em relação às respectivas inscrições, se situou em:

- 46,2% para a magistratura judicial;

- 28,6% para a magistratura do ministério público;

- 37% para o conjunto das duas magistraturas.

No ano de 2006/2007, tais percentagens foram, respectivamente, da ordem dos 46,9%, 30% e 37,45%.

Relativamente aos níveis de participação por cada acção:

A) Na magistratura judicial, acima da respectiva média aritmética (40), ficaram 7 acções:

1º- A reforma do Código de Processo Civil, em Lisboa, com 161 participantes;

2º- Reforma do Código do Processo Civil, no Porto, com 108 participantes;

3º- O regime do arrendamento urbano, em Lisboa, com 107 participantes;

4º- Julgamento de facto em processo civil, em Lisboa, com 93 participantes;

5º- O regime da insolvência, no Porto, com 68 participantes;

6º- Produção e valoração da prova e motivação das decisões em processo penal, no Porto, com 44 participantes;

7º- O regime do arrendamento urbano, em Vila Nova de Gaia, com 40 participantes.

B) Na magistratura do ministério público, acima da respectiva média de participação (26), ficaram 8 acções:

1º- Produção e valoração da prova e motivação das decisões em processo penal, no Porto, com 83 participantes;

2º- Criminalidade informática, em Lisboa, com 80 participantes;

3º- Criminalidade económico-financeira e criminalidade fiscal, em Lisboa, com 60 participantes;

4º- O Inquérito e instrução. a protecção dos direitos fundamentais, em Lisboa, com 56 participantes;

5º- Prova através de ADN, tratamento e protecção de dados genéticos, em Lisboa, com 37 participantes;

6º- Mediação penal, em Coimbra, com 36 participantes;

Page 94: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

94

7º- Reforma do Código do Processo Civil, no Porto, com 34 participantes;

8º- Organização e gestão judiciárias. Ética e deontologia, em Coimbra, com 26 participantes;

C) No conjunto das duas magistraturas, acima da respectiva média de participação (66), ficaram 9 acções:

1º- Reforma do Código de Processo Civil, em Lisboa, com 161 participantes;

2º- Reforma do Código do Processo Civil, no Porto, com 142 participantes;

3º- Produção e valoração da prova e motivação das decisões em processo penal, no Porto, com 127 participantes;

4º- O Regime do arrendamento urbano, em Lisboa, com 113 participantes;

5º- Julgamento de facto em Processo Civil, em Lisboa, com 106 participantes;

6º- Criminalidade informática, em Lisboa, com 104 participantes;

7º- O Regime da insolvência, no Porto, com 85 participantes;

8º- O Inquérito e instrução. A protecção dos direitos fundamentais, em Lisboa, com 78 participantes;

9º- Criminalidade económico-financeira e criminalidade fiscal, em Lisboa, com 73 participantes.

D) A acção menos participada foi a relativa à Propriedade Intelectual (Propriedade Industrial e Direito Autoral), em Lisboa, com 12 magistrados judiciais, 2 magistrados do ministério público, no total de 14 magistrados.

6. Foi ainda realizado, em parceria com o Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais, no âmbito de um acordo de colaboração com o Centro de Estudos de Direito do Ordenamento do Urbanismo e do Ambiente, da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, um Curso Intensivo de Direito do Urbanismo. O curso decorreu em Lisboa, Coimbra e Porto, ocupando um total de 36 horas e foi frequentado por um total de 54 magistrados, entre magistrados judiciais e do ministério público.

Os temas versados foram os seguintes:

a) regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial e execução dos planos e contratação urbanística;

b) regime jurídico da urbanização e edificação e fiscalização de operações urbanísticas e medidas de tutela da legalidade urbanística;

c) servidões administrativas, restrições de utilidade pública e expropriações e política dos solos e fiscalidade urbanística.

A acção foi objecto de avaliação, tendo sido considerada, em geral, de “boa” utilidade prática.

Page 95: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

95

CAPÍTULO IV

FORMAÇÃO DE JUÍZES DOS TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS E FISCAIS

1. Concurso

A Lei nº 1/2008, de 14 de Janeiro, aprovou a abertura de um concurso excepcional de recrutamento de magistrados judiciais para os tribunais administrativos e fiscais, para o preenchimento de 30 vagas, cometendo ao Centro de Estudos Judiciários a missão de fazer publicar o aviso de abertura do concurso e de organizar o curso de especialização respectivo.

O aviso de abertura do concurso, com o n.º 4315/2008, foi publicado no Diário da República, 2ª série, n.º36, de 20 de Fevereiro, posteriormente alterado pelo aviso nº 10319/2008, publicado no Diário da República, 2ª série, nº 66, de 3 de Abril.

O concurso, destinado a juízes e magistrados do ministério público, teve como único método de selecção a avaliação curricular, que esteve a cargo de um júri de selecção composto por dois juízes conselheiros (um designado pelo Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais e o outro pelo Conselho Superior da Magistratura), um procurador-geral-adjunto, designado pelo Conselho Superior do Ministério Público, um procurador da República, designado pelo CEJ, e três professores universitários, nomeados pelo Ministro da Justiça.

A lista definitiva de graduação dos candidatos habilitados à formação e dos que excederam o número de vagas, aprovada pelo júri do concurso, por acta de 14 de Maio de 2008, foi afixada e publicada no sítio do CEJ, em 19 de Maio de 2008.

A lista definitiva de graduação dos candidatos habilitados à formação foi, posteriormente, rectificada pelo júri do concurso, em 19 de Maio e em 21 de Maio de 2008, tendo ficado graduados e habilitados à formação 34 (trinta e quatro) magistrados.

2. Curso de especialização

No dia 21 de Maio de 2008, realizou-se, no CEJ, a cerimónia de abertura do Curso de Especialização, que contou com a presença do Presidente do CSTAF, do Secretário de Estado-Adjunto e da Justiça, da directora do CEJ, do presidente do júri do concurso e do director-adjunto do CEJ designado para acompanhar o curso.

Dos 34 (trinta e quatro) candidatos habilitados à formação, frequentaram o curso de especialização 32 (trinta e dois) magistrados, sendo 7 magistrados judiciais e 25 magistrados do ministério público.

Page 96: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

96

As actividades lectivas do curso tiveram início no dia 26 de Maio de 2008, nas instalações do Conselho Distrital de Lisboa, da Ordem dos Advogados. O curso decorreu durante nove semanas, com uma carga horária global de 205 horas.

As actividades formativas foram organizadas em módulos, de acordo com o estipulado no artigo 3º, da Lei nº. 1/2008, de 14 de Janeiro, os quais foram sujeitos a avaliação que determinou a classificação final dos magistrados formandos.

O curso de especialização foi dividido em dois grupos de matérias integrados pelos seguintes módulos:

Grupo I

Princípios de contabilidade financeira e fiscal;

Regime jurídico do IRS;

Regime jurídico do IRC;

Regime jurídico do IVA;

Regime jurídico do IMT, IMI, imposto de selo e outros impostos;

Direito e contencioso aduaneiro.

Grupo II

Contratação pública;

Actos ADMINISTRATIVOS;

Princípios constitucionais de direito fiscal e teoria da relação jurídica tributária;

Contencioso administrativo: o regime do Código de Processo nos tribunais administrativos;

Contencioso tributário: o regime processual do Código de Procedimento e Processo Tributário;

Direito Comunitário com implicações no direito administrativo e fiscal nacional.

Os módulos foram ministrados sob a orientação de um juiz conselheiro, sete professores universitários, cinco docentes universitários, dois advogados, cinco directores de serviços e uma chefe de divisão da Direcção-Geral dos Impostos.

As actividades formativas terminaram em 29 de Julho de 2008, com uma cerimónia de encerramento que contou com a presença do Presidente do CSTAF, do Secretário de Estado-Adjunto e da Justiça, do presidente do júri do concurso, da directora do CEJ, do director-adjunto do CEJ, coordenador do curso, e do Prof. Doutor José Carlos Vieira de Andrade, que proferiu uma alocução sobre a Justiça Administrativa Portuguesa.

Page 97: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

97

A avaliação dos formandos resultou das notas obtidas nos testes realizados no final de cada módulo, expressa numa escala de 0 a 20 valores, de acordo com o estipulado no artigo 3º, nº 6, da Lei nº 1/2008, de 14 de Janeiro.

A classificação final correspondeu à média aritmética das classificações obtidas em cada módulo, sendo que o conjunto dos módulos do Grupo I contou na razão de 40% e o conjunto dos módulos do Grupo II na razão de 60% para a classificação final (artigo 3º, nº 7, da Lei nº 1/2008, de 14 de Janeiro).

A classificação final situou-se entre os 16,217 e os 10,950 valores, com quatro notas de nível igual ou superior a 15 valores, nove notas de nível igual ou superior a 14 valores mas inferior a 15 valores, onze notas de nível igual ou superior a treze mas inferior a 14 valores, sete notas superiores ou iguais a doze mas inferiores a 13 valores e uma nota de 10,950 valores.

No dia 3 de Setembro de 2008, teve lugar a reunião do Conselho Pedagógico para apreciação final do aproveitamento e adequação dos formandos.

Os trinta e dois magistrados que frequentaram o curso foram todos considerados aprovados no curso, seguindo-se os procedimentos de nomeação como Juízes dos Tribunais Administrativos e Fiscais a cargo do respectivo Conselho Superior.

Page 98: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

98

CAPÍTULO V

ACTIVIDADES NO DOMÍNIO DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS E DE COOPERAÇÃO

1-. O Departamento de Relações Internacionais, criado em 2 de Fevereiro de 2005, por despacho da Directora do Centro de Estudos Judiciários, e funcionando na sua dependência directa, constitui uma estrutura flexível especialmente vocacionada para:

a) O acompanhamento e dinamização das relações institucionais do Centro de Estudos Judiciários com as instituições congéneres estrangeiras, incluindo as organizações internacionais de formação de magistrados, tais como a Rede Europeia de Formação Judiciária e a Rede Ibero-Americana de Escolas Judiciais.

b) A concepção, acompanhamento ou execução de programas de formação, de natureza bilateral ou multilateral, nomeadamente no quadro da União Europeia, Conselho da Europa ou da cooperação com os Países de Língua Portuguesa, dos quais o Centro de Estudos Judiciários seja promotor, parceiro ou onde, por qualquer forma, tenha sido solicitada a sua participação.

c) O planeamento, organização e acompanhamento de visitas efectuadas ao Centro de Estudos Judiciários por representantes de entidades estrangeiras.

d) A colaboração com a Direcção, no que se refere ao planeamento, organização e execução de actividades inseridas na formação inicial ou permanente que integrem componente europeia, internacional ou de cooperação.

e) A organização de estágios de magistrados ou auditores de justiça estrangeiros em Portugal ou de magistrados ou auditores de justiça portugueses no estrangeiro, em articulação com a Direcção.

f) A centralização e divulgação da informação relativa a eventos no estrangeiro abertos à presença de magistrados ou auditores de justiça portugueses.

g) A divulgação da informação relativa a acções de formação nacionais abertas a magistrados estrangeiros.

h) A realização das acções expressamente previstas no Plano Anual de Actividades que se integrem na esfera da sua competência genérica.

Assim, o presente Relatório visa constituir a memória descritiva do conjunto de actividades que, no âmbito das suas relações internacionais, o CEJ viria a desenvolver durante o ano lectivo 2007/2008, abrangendo, consequentemente, o período compreendido entre 15 de Setembro de 2007 e 31 de Julho de 2008.

Page 99: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

99

2-. O Departamento de Relações Internacionais é constituído por um Coordenador e dois Responsáveis de Projecto, todos docentes do Centro de Estudos Judiciários, onde exercem a sua actividade, em complemento das actividades lectivas a que estão adstritos.

São assessorados por uma técnica superior.

3-. Em plena sintonia com a Direcção, e à semelhança do ocorrido no ano anterior, o Departamento procedeu à elaboração de um Plano de Actividades para o ano de 2007, onde foram definidos e desenvolvidos os objectivos estratégicos que deveriam nortear a sua acção e enunciadas as actividades correspondentes a compromissos assumidos, ou que então se anteviam como de provável execução, devidamente acompanhadas de propostas de execução prática, com a quantificação, em temos orçamentais, dos custos decorrentes da sua actuação.

Os principais objectivos estratégicos então definidos foram os seguintes:

1. Cumprimento dos acordos e protocolos anteriormente celebrados no âmbito de relações bilaterais, directamente pelo Centro de Estudos Judiciários ou por intermédio do Estado Português.

2. Honrar os compromissos assumidos no âmbito das Redes Internacionais de Escolas de Formação, nomeadamente no que diz respeito à Rede Ibero Americana de Escolas Judiciais (RECAMPI) e Rede Europeia de Formação Judiciária, cujos aspectos mais significativos se centram actualmente, neste último caso, na participação activa enquanto membro do Comité de Direcção e do Grupo Programas.

3. Manter uma postura de iniciativa na concepção e proposta de execução de acções de formação para magistrados nacionais e estrangeiros, com recurso ou não a financiamento comunitário; tendo em linha de conta que Portugal assumiu a Presidência da União Europeia no segundo semestre de 2007, o CEJ poderia propor-se organizar um número acrescido de actividades desta índole durante esse ano, abrangendo tanto a formação permanente como a inicial.

4. Reforçar a cooperação que se vem estabelecendo no âmbito do Conselho da Europa com os países que não pertencem à União Europeia, nomeadamente no que toca à execução de projectos de formação de formadores e ao acolhimento das diversas delegações que nos visitam.

5. Manter, e se possível alargar, o âmbito da cooperação bilateral no que toca à concretização de actividades de formação inicial e permanente.

6. Continuar a promover a participação de docentes e outros magistrados portugueses em seminários e demais programas internacionais de formação, com especial menção para o programa de estágios no estrangeiro, a executar no âmbito da REFJ.

Page 100: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

100

4-. Na realização dos referidos objectivos, as actividades concretizadas no período a que se reporta o presente relatório foram as seguintes:

4.1. Relações Bilaterais

4.1.1. Espanha

Relativamente ao Centro de Estudos Jurídicos de Madrid (CEJAJ), as actividades desenvolvidas enquadraram-se na execução do Protocolo de cooperação estabelecido entre as duas entidades, em 2004, e aplicável no âmbito quer da formação inicial quer da formação contínua.

No quadro da formação inicial, uma delegação composta por 32 auditores de justiça portugueses, do XXV Curso, acompanhados por um docente, visitou a congénere espanhola, nos dias 11 a 13 de Novembro de 2007, tendo os trabalhos incluído a participação num Seminário subordinado à temática do Regulamento Bruxelas II.

Posteriormente, três delegações de 37 Auditores, em formação no CEJAJ de Madrid, acompanhadas de alguns dos seus Docentes e pelo respectivo Director, visitaram o Centro de Estudos Judiciários, nos dias 14 e 15, 21 e 22 e 28 e 29 de Janeiro, respectivamente, incidindo os trabalhos então realizados nas temáticas da “Aquisição da prova em processo penal” e a “Tutela dos direitos dos consumidores”.

Todos estes intercâmbios proporcionaram uma interessante troca de impressões sobre a realidade dos dois países nas áreas temáticas seleccionadas, contribuindo para uma muito frutífera análise de direito comparado sobre os referidos temas.

No que à formação permanente diz respeito, a organização da actividade referente ao ano de 2007 esteve a cargo do Centro de Estudos Jurídicos de Madrid, que levou a efeito um Seminário, realizado em Vigo, nos dias 2 e 3 de Junho de 2008, subordinado ao tema “A Violência Juvenil Urbana” e que contou com a presença de 12 magistrados do ministério público do Distrito Judicial do Porto, 3 docentes e um director-adjunto do CEJ e de igual número de colegas espanhóis.

Foi ainda possível, no período em análise, e ainda no que diz respeito à formação inicial, encetar contactos bilaterais com a Escola Judicial de Barcelona, em moldes semelhantes aos que vêm sendo operados com a Escola da Magistratura Francesa.

Assim, no período compreendido entre 27 de Maio e 1 de Junho de 2008, uma delegação composta por 6 auditores espanhóis e um docente visitaram o Centro de Estudos Judiciários, tendo os trabalhos decorrido da forma seguinte: no primeiro dia, troca de informações sobre o regime de formação, organização judiciária e estrutura do processo penal em vigor nos dois países, através de apresentações concebidas e concretizadas pelos auditores participantes; no segundo dia, a inserção dos visitantes nas actividades normais de formação que decorriam no CEJ e, finalmente, no terceiro dia, a concretização de dois exercícios relativos à aplicação do regime do mandado de detenção europeu.

Em contrapartida, 6 auditores do XXV Curso, um docente e um director-adjunto deslocaram-se a Barcelona, de 3 a 8 de Junho de 2008, para actividades que se desenrolaram nos mesmos moldes e que tiveram lugar na Escola Judicial.

Page 101: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

101

Acresce que, por forma indirecta, as relações que se estabeleceram com a Escola Judicial de Barcelona na execução de programas de formação se traduziram ainda na execução dos diversos projectos direccionados para a formação inicial e que são liderados pela Escola Nacional de Magistratura Francesa (vd. infra).

No que diz respeito à formação contínua e à concretização de projectos, a cuja parceria o Centro de Estudos Judiciários se candidatou em Junho de 2007, magistrados portugueses participaram nos seminários The Protection of Witnesses and Collaborators of the Justice System in the European area: the search for common standards e European Criminal Justice, is it an utopia?, ambos realizados na Escola Judicial de Barcelona, entre os dias 4 e 6 de Junho e 2 e 4 de Julho de 2008, respectivamente.

O Centro de Estudos Judiciários subscreveu também, em parceria com a Escola Judicial de Barcelona, diversas candidaturas a financiamento comunitário para a concretização de Seminários e Cursos, a decorrer no segundo semestre de 2008 e durante 2009, subordinados aos seguintes temas: Virtual Course on Judicial Cooperation in Criminal Matters in Europe, The European Order for Payment Procedure, Recognition and Enforcement of Judgments of Parental Responsibility (Council Regulations (EC) 2201/2003 of 27 November 2003), Virtual Course on the European Judicial area in civil and commercial matters: competence, recognition and enforcement of judgements, os quais contarão com a presença de magistrados portugueses.

Finalmente, e ainda no âmbito das relações com a Escola Judicial de Barcelona, de registar que esta promoveu a organização de um Virtual Course on judicial cooperation in criminal matters in Europe, também um projecto em parceria que o CEJ subscreveu, e para o qual foram seleccionados 4 magistrados portugueses.

4.1.2. França

O Centro de Estudos Judiciários continuou a desenvolver relações estreitas e privilegiadas com a Escola Nacional de Magistratura Francesa, as quais se têm expressado nos mais variados domínios.

Assume especial relevância a actividade de formação inicial subordinada à temática da Cooperação Judiciária Internacional em Matéria Penal, que envolve a realização de acções em Lisboa e Bordéus, destinadas ao conhecimento dos sistemas jurídicos dos dois países e ao estudo dos instrumentos internacionais no domínio da cooperação judiciária penal envolvendo, em ambos os casos, o intercâmbio de auditores de justiça e a realização de um exercício simulado de cooperação judiciária em tempo real.

Esta actividade, em paralelo com as que com ela estão directamente relacionadas, insere-se numa estratégia global de formação dos magistrados e futuros magistrados portugueses, no domínio da cooperação judiciária internacional em matéria penal, que o CEJ vem há anos prosseguindo e que mereceu, recentemente, da Comissão de Peritos da União Europeia que avaliou Portugal relativamente à execução do regime do mandado de detenção europeu, a seguinte apreciação (veja-se o Documento do Conselho 7593/2/07, Rev. 2, de 27 de Julho de 2007, recentemente tornado público):

The Centre for Judicial Studies is responsible for the initial and ongoing training of judges and Public Prosecutors (…) although it has no legal authority to issue instructions for the mode of execution of European Arrest Warrants; it seeks to provide

Page 102: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

102

training in relation to the legal basis and practical application of this and other instruments. (…) The expert team was impressed by the range, structure and depth of training delivered by the Centre for Judicial Studies, both in terms of the balance between legal comprehension and practical application (within the compulsory EAW modules of the pre-qualification cycles) and the manner in which the Centre had drawn on the experience of Portugal's EAW (…) The experts also noted that comparable training was offered to established prosecutors and judges.

Assim, deu-se continuidade, neste período, pelo sétimo e oitavo ano consecutivos, ao referido projecto, ao qual viria a acrescer novamente a temática relativa aos “Conflitos Familiares na Europa”, esta consubstanciada numa análise de direito comparado.

Aos nossos parceiros habituais nestas actividades, as Escolas Nacionais de Magistratura Francesa e Espanhola, juntaram-se de novo os Centros de Formação de Magistrados Búlgaro e Checo.

No âmbito deste conjunto de acções realizaram-se as actividades seguintes:

Uma delegação de 9 auditores franceses, acompanhados por dois docentes, visitou o CEJ, entre os dias 22 e 27 de Outubro de 2007, ao passo que no período compreendido entre 25 de Novembro e 2 de Dezembro de 2007 se deslocou a França uma delegação composta pelo mesmo número de auditores e docentes portugueses.

Devido à modificação do calendário de formação introduzido em 2008 na Escola Nacional da Magistratura de Bordéus, as actividades relativas ao ano lectivo 2008/2009, tiveram também lugar no período a que se reporta o presente relatório, tendo decorrido nos moldes habituais e envolvendo o mesmo número de auditores e docentes.

Assim, o acolhimento à delegação francesa no Centro de Estudos Judiciários teve lugar entre 31 de Março e 6 de Abril, ao passo que a deslocação à ENM de Bordéus dos auditores portugueses decorreu entre 13 e 20 de Abril de 2008.

4.1.3. Itália

Em Maio de 2008, o Centro de Estudos Judiciários subscreveu, em parceria com o Conselho Superior da Magistratura Italiana, uma candidatura a financiamento comunitário para a concretização de um Seminário subordinado ao tema Comparison of national legislations implementing the European Directives for consumer protection, revision of the acquis of consumers and procedural instruments for the preventive safeguarding of collective interests and eventual compensation.

4.1.4. Academia de Direito Europeu

No que toca às relações com a Academia de Direito Europeu de Trier, de cujo Conselho de Administração o Centro de Estudos Judiciários faz parte, e em cuja reunião, realizada em 3 de Dezembro de 2007, se fez representar, assume especial relevo a assinatura, em Janeiro de 2008, de um Protocolo de Cooperação.

O Centro de Estudos Judiciários subscreveu ainda declarações de parceria com a Academia para a concretização em Lisboa, em Novembro de 2008, de um seminário

Page 103: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

103

internacional subordinado ao tema Entrega Internacional de Pessoas: uma visão intercontinental e no início de 2009, de um seminário destinado a magistrados portugueses sobre a temática do Direito da Concorrência.

4.1.5. Centro de Formação Jurídica e Judiciária de Macau

Foi possível reforçar as nossas relações bilaterais com o Centro de Formação Jurídica e Judiciária (CFJJ) de Macau, que se concretizaram numa visita ao Centro de Estudos Judiciários, nos dias 4 e 5 de Junho de 2008, do Director, dois membros do Conselho Pedagógico e 6 estagiários do CFJJ (vd. infra).

Mais se logrou obter a participação activa do CFJJ para a concretização do Seminário que o CEJ organizará em parceria com a Academia de Direito Europeu, em Novembro de 2008, subordinado ao tema Entrega Internacional de Pessoas: uma visão intercontinental, através da indigitação de um orador e dois participantes.

4.2. Cooperação com o Conselho da Europa

O Centro de Estudos Judiciários continuou a privilegiar a cooperação com os Estados membros do Conselho da Europa nos termos que nos foram por este solicitados, designadamente mantendo a sua disponibilidade para integrar, através do seu corpo docente ou de magistrados por si expressamente convidados, grupos internacionais de peritos ou para participar activamente em actividades de intercâmbio de experiências entre diferentes culturas judiciárias, planeando e recebendo a visita de delegações de magistrados estrangeiros para a troca de informações nos diversos domínios da sua actuação, com especial enfoque nos da formação de magistrados e organização dos sistemas de justiça.

Neste particular, o CEJ recebeu nas suas instalações, para visitas e sessões de trabalho enquadráveis nos citados objectivos, as seguintes delegações, compostas por magistrados, responsáveis dos respectivos Centros de Formação e/ou altos funcionários dos Ministérios da Justiça da:

a) Geórgia, de 4 a 7 de Dezembro de 2007, presidida pelo Dr. Shota Rukhadze, Director Adjunto da Escola Superior de Justiça de Tbilissi.

b) Academia de Formação de Magistrados do Ministério Público da Federação Russa, de 26 a 29 de Março 2008, presidida pela Dr,ª Svetlana Parkhomenko, Directora Adjunta.

c) Arménia, de 13 a 16 Maio de 2008, presidida pelo Dr. Arman Vardanyan, Director da Escola Judiciária da República da Arménia.

Nestes encontros que, nalguns casos, se prolongaram por vários dias, foram objecto de análise os diversos modelos de organização da formação de magistrados, com especial enfoque na realidade portuguesa, nos planos da formação inicial e permanente.

Finalmente, decidiu o Centro de Estudos Judiciários continuar a integrar o Projecto HELP, o qual tem como objectivo, por um lado, estudar e propor os termos da integração uniforme da matéria relativa à Convenção Europeia dos Direitos do Homem e da jurispru-dência do Tribunal de Estrasburgo no currículo das diversas instituições de formação dos

Page 104: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

104

países integrantes do Conselho, e por outro, quer a concepção e concretização de material pedagógico para ser utilizado nessas actividades de formação, susceptível de acesso através da WEB, quer a elaboração de um manual adequado à formação de formadores.

A conclusão deste projecto encontra-se prevista para Outubro de 2008.

4.3. Outras visitas de entidades estrangeiras

Para além das acima indicadas, o Centro de Estudos Judiciários acolheu ainda as visitas das seguintes entidades, para reuniões de trabalho:

a) Uma delegação de magistrados da Federação Russa, de 15 a 19 de Outubro de 2007, presidida pelo Dr. A. Parshin, Vice-Presidente do Tribunal da Cidade de Moscovo.

b) Uma delegação de dirigentes superiores da Administração Pública e dos Assuntos Jurídicos da República Popular da China, em 13 de Novembro de 2007, presidida pelo Dr. Wang Yongqing, Vice-Ministro dos Assuntos Jurídicos.

c) Uma delegação de magistrados da Sérvia, em 20 de Fevereiro de 2008, presidida pelo Dr. Slobodan Radovanovic, Procurador-Geral da República.

d) O Ministro da Justiça da Polónia, em 22 de Fevereiro de 2008.

e) O Secretário de Estado da Justiça e o Director do Centro Nacional de Formação de Magistrados da Polónia, de 12 a 14 Março de 2008 (Drs. Jacek Czaja e Dr. Andrzej Leciak, respectivamente)

f) Uma delegação de Magistrados da Macedónia, de 5 a 9 de Maio 2008, presidida pela Dr.ª Aneta Arnaudvoska, Directora da Academia de Formação de Magistrados.

g) Uma delegação do Ministério da Justiça da Ucrânia, em 29 de Maio de 2008, presidida pela Dr.ª Inna Yemelyanova, Vice-Ministra da Justiça.

h) Uma delegação do Centro de Formação Jurídica e Judiciária de Macau, em 4 e 5 de Junho de 2008, presidida pelo Dr. Manuel Marcelino Escovar Trigo, Director do CFJJ.

i) A Procuradora Regional da República Federativa do Brasil, Dr.ª Andréa Szilard, em 18 de Junho de 2008.

4.4. Participação em Programas Internacionais de Formação

O CEJ foi convidado a participar numa reunião, na Comissão Europeia, que teve lugar no dia 4 de Fevereiro de 2008, em Bruxelas, destinada à discussão da formação de magistrados no âmbito da União Europeia.

O CEJ fez-se representar na conferência “Quel avenir pour la formation des magistrats et personnels de justice dans l’Union Européennne”, organizada pela Presidência Francesa da União Europeia, ocorrida em Bordéus, nos dias 21 e 22 de Julho de 2008.

Page 105: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

105

No âmbito da colaboração que vem sendo prestada em projectos direccionados para a formação de magistrados no estrangeiro, o Centro de Estudos Judiciários participou na execução dos seguintes programas ou actividades:

a) Programa TACIS II com a Federação Russa, que se concluiu com a visita de uma delegação de magistrados russos ao Centro de Estudos Judiciários (vd. supra).

b) Programa EUROPEAID, tendo como beneficiária a recém-criada Academia de Formação de Juízes e Procuradores da República da Macedónia (assistência técnica e formativa).

c) Programa PIR-PALOP II, tendo como beneficiários magistrados oriundos dos países africanos de língua oficial portuguesa e para o qual o CEJ foi chamado pelo Gabinete de Relações Internacionais do Ministério da Justiça a dar apoio para a respectiva planificação e a disponibilizar docentes para intervir em actividades concretas de formação.

No que diz respeito a este último ponto, concretizou-se a participação do CEJ nas actividades seguintes:

No Curso M-14 (Curso de Formação de Magistrados do Ministério Público sobre Tráfico de Influências, Branqueamento de Capitais, Criminalidade Organizada e Cooperação Judiciária Internacional), que decorreu entre 8 e 19 de Outubro no INEJ, em Angola. O CEJ indigitou um magistrado para assegurar aquela formação.

No Curso M-13 (Curso de Formação Inicial para Magistrados Judiciais e do Ministério Público), que decorreu entre 2 de Abril e 7 de Dezembro de 2007, no CFJJ de Moçambique, tendo o CEJ contribuído para o planeamento do curso em causa e, ainda, indigitado 8 docentes para intervirem em áreas específicas da formação.

No que diz respeito ao Seminário para Magistrados das Jurisdições Administrativa e Fiscal -cuja realização esteve prevista para os dias 4, 5 e 6 de Março de 2008, em Moçambique, e para o qual o CEJ indigitou dois conferencistas -, por razões ligadas à organização, a acção foi adiada para data ainda não determinada.

4.5. Participação nas Redes Internacionais de Formação

4.5.1. Rede Europeia de Formação Judiciária

A eleição do Centro de Estudos Judiciários, enquanto membro do Comité de Direcção e do grupo de trabalho Programas da Rede Europeia de Formação Judiciária, no decurso da Assembleia-Geral desta entidade, realizada em TRIER, em Junho de 2007, envolve responsabilidades acrescidas na nossa participação.

Nestes termos, a actuação do Centro de Estudos Judiciários tem sido orientada no sentido da consolidação das actividades até agora já levadas a cabo pela Rede e no estudo do desenvolvimento de novas perspectivas para a formação de magistrados à escala Europeia.

No quadro de uma participação activa nas respectivas reuniões de coordenação, o CEJ promoveu, na sua sede, uma reunião do subgrupo Direito Penal, do Grupo Programas, realizada em 10 e 11 de Julho de 2008, no decurso da qual viria a ser adoptado pela REFJ o

Page 106: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

106

projecto concebido pelo CEJ para a candidatura ao Programa Criminal Justice da Comissão Europeia.

De igual forma, o Centro de Estudos Judiciários participou na concepção de um projecto de Formação na área da Linguística a nível Europeu e subscreveu, em Maio de 2008, em parceria com a REFJ, o projecto European Forum on Civil Judicial Training, entretanto já aprovado.

Fez-se ainda representar nas restantes reuniões do Grupo Programas e do Comité de Direcção, que tiveram lugar no período a que se reporta o presente relatório, bem como na Assembleia-Geral anual que teve lugar em Ljubljana, na Eslovénia, nos dias 24 e 25 de Junho de 2008 e onde o CEJ viria a ser eleito para presidir ao recém-criado grupo de trabalho para a concepção e execução do Programa PEAJ, cargo a desempenhar durante o próximo triénio.

Concluiu-se também, durante o mês de Dezembro de 2007, a terceira edição do citado Programa de Estágios no Estrangeiro para Autoridades Judiciárias (PEAJ 2007), integrado nas actividades da Rede Europeia de Formação Judiciária e liderado pelo respectivo Secretariado, e do qual beneficiaram, nesse ano, seis magistrados judiciais, quatro magistrados do ministério público e três auditores de justiça portugueses, sendo de referir a presença, no nosso país, para idênticos efeitos, de dois magistrados italianos, três espanhóis e um austríaco.

O Centro de Estudos Judiciários, através do seu Departamento de Relações Internacionais, assumiu as funções de ponto de contacto nacional do programa, tendo na sua actividade contado com a prestimosa e indispensável colaboração do Conselho Superior da Magistratura, do Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais e da Procuradoria-Geral da República – que procederam não só à divulgação do evento como também à selecção dos magistrados portugueses participantes –, bem como dos magistrados, juízes e procuradores, que se disponibilizaram a acolher os seus colegas estrangeiros.

Tendo sido aprovada pela União Europeia a continuação da execução do programa em 2008, e tendo sido aceite a candidatura apresentada pela Rede Europeia de Formação Judiciária para o liderar, o Centro de Estudos Judiciários procedeu ao lançamento do Programa de Estágios no Estrangeiro para Autoridades Judiciárias – PEAJ 2008 – e para cuja execução contou, novamente, para os mesmos efeitos, com a colaboração das referidas entidades.

Foi ainda publicado, na nossa página WEB, o Catálogo de Actividades de Formação da REFJ para o ano de 2008, no qual se encontram sumariadas todas as actividades de formação interna que as diversas instituições componentes da Rede decidiram abrir à participação de magistrados judiciais e do ministério público dos restantes países membros e para cuja elaboração o CEJ mais uma vez contribuiu.

Nestes termos, participaram nas nossas actividades de Formação Contínua, realizadas durante o período abrangido por este relatório, um total de 17 magistrados estrangeiros.

À semelhança do que sucedeu com o Conselho da Europa, tal como supra se fez referência, o CEJ logrou ainda obter o apoio da Rede para a concretização da actividade THEMIS (vd. infra).

Page 107: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

107

4.5.2. Rede Ibero-Americana de Escolas Judiciais

Não se registaram actividades neste período.

4.5.3. RECAMPI

Não se registaram actividades neste período.

4.5.4. Rede de Lisboa

O Centro de Estudos Judiciários fez-se representar na Assembleia-Geral anual desta Rede, que se realizou em 10 e 11 de Outubro, em Estrasburgo.

4.6. Actividade THEMIS

Com o apoio da Rede Europeia de Formação Judiciária e do Conselho da Europa, através da sua Rede de Lisboa, e em parceria com o Instituto Nacional de Magistratura da Roménia, o CEJ levou a efeito, na sua sede em Lisboa, de 25 a 29 de Setembro de 2007, a II Edição do Showroom Internacional THEMIS, que reuniu equipas representativas de instituições de formação de magistrados de 11 países europeus (Áustria, Bélgica, Croácia, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Hungria, Moldova, República Checa, Roménia e Portugal).

A este propósito, na Acta da Assembleia-Geral da 9ª Sessão Plenária da Rede de Lisboa, realizada em Estrasburgo em 10 e 11 de Outubro de 2007, pode ler-se o seguinte:

The Lisbon Network had provided support for the second edition of the THEMIS Initial Training International Showroom organised by the Portuguese Judicial Studies Centre (CEJ) in conjunction with the Romanian National Institute of Magistracy in Lisbon from 24 to 29 September 2007. The event had enabled numerous legal trainees from Council of Europe member States to prepare written works on Article 6 of the European Convention on Human Rights, on international co-operation in civil and criminal matters and on the ethics of judges and prosecutors, and to present it orally to their peers and members of the international juries appointed for the occasion. The written work and presentations had been of a very high standard and the event, which had been outstandingly organised by the CEJ, had taken place in a very friendly atmosphere, to general satisfaction, and had deservedly elicited extremely favourable feedback.

A actividade THEMIS segue um modelo concebido pelo CEJ e que pode ser descrito, resumidamente, como um seminário construído na “inversa”, ou seja, onde são os participantes que escolhem e apresentam os temas, incumbindo aos peritos – os membros do júri – formular questões e discutir o respectivo conteúdo.

Cada uma das equipas é composta por três elementos, formandos há menos de dois anos, acompanhados de um docente. Aos primeiros incumbe a redacção prévia de um trabalho escrito, que deverá incidir sobre um assunto à sua escolha, inserido num dos quatro grandes temas propostos (cooperação judiciária internacional em matéria penal, cooperação judiciária em matéria civil, ética e deontologia e interpretação e aplicação do artigo 6º da

Page 108: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

108

Convenção Europeia dos Direitos do Homem). O trabalho é, no decurso da actividade, apresentado oralmente e discutido com os membros do júri.

A circunstância de se tratar de um modelo concebido pelo CEJ e a única actividade de formação, ao nível europeu, destinada àqueles que se encontram em fase de formação inicial, aliado ao facto de se ter registado um novo acréscimo do número de países participantes (15) na sua III edição, que teve lugar em Setembro de 2008, em Bucareste (do qual se extrai que já praticamente um terço do número total de países membros do Conselho da Europa nela participa), justificam que o CEJ equacione a possibilidade de vir a organizar, de novo, em Lisboa, a sua IV edição, em 2009.

5-. Avaliação

Ponderados os objectivos a que se propôs e o conjunto das acções descritas e realizadas com vista à sua prossecução, a actuação do Departamento, no terceiro ano de actividade, pode continuar a considerar-se positiva.

Lamenta-se não se terem ainda podido concretizar os objectivos programáticos relativos às relações bilaterais com a República Federativa do Brasil – por ausência de dinamização dos protocolos existentes por parte das entidades congéneres desse país.

A centralização da informação continuou a mostrar-se como única solução adequada a uma efectiva coordenação da actividade internacional permitindo, ao mesmo tempo, uma resposta atempada e adequada às variadíssimas solicitações com que o CEJ é hoje confrontado, essencialmente originadas, quer por uma maior visibilidade nos órgãos e fóruns europeus de decisão, quer pela sua já reconhecida capacidade de concretizar no terreno actividades formativas de relevo à escala europeia, com resultados significativos nos planos científico e social.

Contribuiu-se, assim, de forma relevante para manter o elevado prestígio que à instituição continua a ser reconhecido no plano internacional.

Os meios humanos e financeiros disponíveis foram exaustivamente aproveitados e criteriosamente aplicados, de acordo com as prioridades anteriormente estabelecidas e na execução da estratégia previamente delineada.

Page 109: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

109

CAPÍTULO VI

OUTRAS ACTIVIDADES DE FORMAÇÃO

Curso de Formação para Peritos Avaliadores

Na sequência da publicação do Decreto-Lei nº 12/2007, de 19 de Janeiro, que alterou o Decreto-Lei nº 125/2002, de 10 de Maio (regula as condições de exercício das funções de perito e árbitro no âmbito dos procedimentos anteriores à declaração de utilidade pública e no âmbito do processo de expropriação previsto no Código das Expropriações), o artigo 10º/A deste diploma impôs como condição de integração (e permanência) nas listas oficiais de peritos avaliadores a frequência de uma acção de formação a ser organizada pelo Centro de Estudos Judiciários.

Tal acção de formação, cujos destinatários foram os peritos avaliadores já inscritos nas listas oficiais de peritos, teve lugar, entre os dias 19 e 23 de Novembro de 2007, nas instalações do Centro de Estudos Judiciários e nos auditórios do Instituto Português da Juventude e do Instituto Superior de Ciências Policiais e de Segurança Interna.

A mencionada acção de formação compreendeu as seguintes comunicações feitas por trinta e quatro personalidades convidadas:

1. Ética, deontologia e direito: noções e relações existentes; elementos diferenciadores;

2. Direitos de propriedade privada, de expropriação e de indemnização;

3. As variáveis que contribuem para o valor nos empreendimentos imobiliários;

4. Estratégias de planeamento;

5. Níveis de planeamento e sua aplicação prática;

6. Planos de pormenor e perequação;

7. Influência dos planos no valor fundiário, análise da decomposição de preços, comportamentos atípicos do mercado imobiliário;

8. Métodos de avaliação – abordagem de síntese;

9. Avaliação de recursos minerais;

10. Avaliação da propriedade rústica;

11. Aspectos essenciais do processo expropriativo;

12. Da justa indemnização;

Page 110: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

110

13. Avaliação crítica do Código de Expropriações;

14. Avaliação da propriedade florestal;

15. Avaliação fiscal.

Frequentou este curso de formação um total de cento e sessenta e três peritos avaliadores.

Page 111: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

111

PARTE II

ACTIVIDADES DE APOIO À FORMAÇÃO DE MAGISTRADOS

CAPÍTULO I

GABINETE DE ESTUDOS JURÍDICO SOCIAIS

O Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais (GEJS) foi extinto em 1 de Setembro de 2008,

com a entrada em vigor dos Estatutos do Centro de Estudos Judiciários, aprovados pela Portaria nº 965/2008, de 29 de Agosto. Até essa data, de acordo com as atribuições fixadas pela Lei n.º 16/98, de 8 de Abril, mantida nesta parte transitoriamente em vigor, o GEJS desenvolveu as seguintes actividades:

1. ESTUDOS REALIZADOS

A – CONCLUÍDOS: 1.1. Estudos com divulgação pública (no sítio do CEJ na Internet): Concurso de Ingresso no Centro de Estudos Judiciários (2007) – Avaliação

Comentada, 2007 CEJ - Balanço Social 2007, 2008

1.2. Estudos com divulgação restrita (interna e/ou externa): Formação Inicial de Magistrados para os Tribunais Judiciais (1º Ciclo). Inquérito

aos Magistrados dos XXII e XXIII Cursos Normais de Formação

Organização Curricular do Curso de Formação Inicial Teórico-prática para os Tribunais Judiciais. Inquérito aos Docentes do CEJ

Depois de realizados, junto dos destinatários respectivos, inquéritos de avaliação das acções de formação permanente, de acordo com o modelo concebido e aprovado, foram realizados 23 relatórios de avaliação relativamente a idêntico número de acções de formação realizadas, relativamente aos seguintes temas:

Criminalidade Informática Organização e Gestão Judiciárias. Ética e Deontologia Julgamento de Facto em Processo Civil Acidentes de trabalho Questões Práticas no âmbito dos Procedimentos Cautelares

Page 112: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

112

Produção e Valoração da Prova – Motivação das Decisões O Regime do Arrendamento Urbano (2 acções) O Inquérito e a Instrução – A Protecção dos Direitos Fundamentais Do regime da insolvência Questões Práticas sobre Processo Laboral O Regime Jurídico das Armas Propriedade Intelectual (propriedade industrial e direito autoral) Mediação Penal A Jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem Contabilidade e Gestão Grandes Temas do Direito da Família e das Crianças Justiça e Comunicação Social Cooperação Judiciária Internacional em Matéria Penal Direito Administrativo e Tributário A Acção Executiva Questões de Direito Substantivo Laboral A prova através de ADN

B – INICIADOS E NÃO CONCLUÍDOS NO ANO DE ACTIVIDADES: Quem são os Futuros Magistrados – Estudo de Caracterização dos Auditores de

Justiça do XXVI Curso Normal de Formação de Magistrados Avaliação da Formação Inicial de Magistrados para os Tribunais Judiciais (3º

Ciclo). Resultados do Inquérito Realizado aos Auditores de Justiça do XXV Curso Normal

Avaliação da Formação Inicial de Magistrados para os Tribunais Judiciais (1º Ciclo). Resultados do Inquérito Realizado aos Auditores de Justiça do XXVI Curso Normal

Inquérito de Opinião aos Auditores de Justiça sobre a Qualidade dos Serviços e Instalações do CEJ – XXV Curso Normal (Relatório)

Inquérito de Opinião aos Auditores de Justiça sobre a Qualidade dos Serviços e Instalações do CEJ – XXVI Curso Normal (Relatório)

2. APOIO A ACÇÕES FORMATIVAS DO CEJ 2.1. Em geral:

Foi desenvolvida actividade com vista à participação do Centro de Estudos Judiciários no 4º Colóquio Internacional do CETUP (Centro de Estudos Teatrais da Universidade do Porto), que teria como tema Justiça e Teatro: afinidades electivas. Participou-se em várias reuniões preparatórias, a primeira das quais realizada em 14 de Setembro de 2007, no Porto, de modo a proceder ao estabelecimento de um projecto de programa conjunto e do respectivo orçamento. Tinha-se em vista uma organização conjunta do Centro de Estudos

Page 113: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

113

Judiciários com o CETUP e a Faculdade de Direito do Porto. No entanto, apesar do trabalho e esforços desenvolvidos pelo Centro de Estudos Judiciários, ao longo de vários meses, e que incluíram a participação, por parte do Centro de Estudos Judiciários, do director-adjunto do GEJS, da assessora principal Dra. Helena Parada Coelho (GEJS), e das docentes, juíza desembargadora Dr.ª Ana Barata Brito e procuradora-adjunta Dra. Helena Martins Leitão, foram surgindo dificuldades de vária ordem, apresentadas pelo CETUP, que impossibilitaram a realização do programa projectado pelo Centro de Estudos Judiciários conjuntamente como CETUP e que levaram o Centro de Estudos Judiciários a desistir de levar por diante a iniciativa no ano de actividades em referência.

2.2. Apoio a actividades formativas do 1.º Ciclo da Formação Inicial Teórico-Prática: No âmbito do procedimento do concurso de admissão ao XXVII Curso Normal de

Formação de Magistrados, o director do GEJS assegurou a articulação da Direcção do Centro de Estudos Judiciários com a equipa de conceptores da prova de composição sobre temas sociais, culturais ou económicos (1.ª e 2.ª chamadas), da fase escrita, e orientou e coordenou os trabalhos de apoio à realização desta prova e de entrega das provas prestadas aos júris nomeados para a sua correcção e classificação.

O GEJS acompanhou as actividades dos auditores de justiça na área curricular de Projecto, do 1º Ciclo da Formação Inicial, intervindo de diversos modos: Através do seu director, elaborando o documento contendo as linhas orientadoras

para o desenvolvimento da área de Projecto em 2007-2008, divulgado a todos os docentes, com responsabilidades de orientação, e auditores de justiça do XXVI Curso Normal;

Igualmente através do seu director, coordenando a definição da grelha de factores de avaliação dos trabalhos de Projecto, colaborando na definição dos temas a desenvolver pelas equipas de auditores de justiça e dos respectivos docentes orientadores e participando nas reuniões realizadas;

Apoiando o estabelecimento de contactos das equipas de auditores de justiça com entidades e organismos com actividades relevantes para a realização dos respectivos trabalhos de Projecto;

Preparando, organizando e gerindo a divulgação dos trabalhos realizados na área de “Projecto” pelos auditores de justiça do XXVI Curso Normal. Esta divulgação assumiu a forma de apresentação de cada trabalho, pela respectiva equipa, a todo o Curso e respectivos docentes, em auditório, e de policópia digital, para distribuição de todos os trabalhos efectuados por todos os docentes orientadores e auditores de justiça do referido Curso. O programa das apresentações, as equipas, temas dos trabalhos e os respectivos orientadores constam do quadro seguinte:

25 de Março de 2008

Page 114: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

114

14,30 – 16,00 Horas Nº de Ordem TEMA Equipa/Auditores

e Cooperantes Grupo Docente-

Orientador(a)

Incidente de suspeição: Questionar o Homem por detrás da beca

Equipa 7 (5): Drs. Iolanda Ribeiro, Romana Triunfante, Sara Morais, Susana Barros, Cecília Costa

Grupo 3

Dr. Carlos Adérito Teixeira

Videovigilância

Equipa 16 (5): Drs. Joana Salvador, Paulo Branquinho, Rui Machado, Valéria Portela, Cecília Caetano

Grupo 6

Dr. Plácido Fernandes

Suspensão provisória do processo

Equipa 8 (6): Drs. Eduardo Rodrigues, Fátima Oliveira, Helga Gaspar, João Rodrigues, Leonor Machado, Gregório Mavila

Grupo 3

Dr. Carlos Adérito Teixeira

A zaragatoa bucal enquanto meio de obtenção de prova

Equipa 18 (4): Drs. Célia Machado, Joana Lima, Leonor Taborda, Joana Pádua, Atanásio Saturnino

Grupo 6

Dra. Ana Brito

Pedido de exame para determinação do perfil de ADN no âmbito de um pedido de auxílio judiciário mútuo em matéria penal

Equipa 13 (5): Drs, Joana Seabra, Margarida Reis, Rafaela Bastos, Sandra Simões, Ladislau Embassa

Grupo 5

Dr. Vítor Santos

Audiência de julgamento em Processo Penal – A verdade da mentira?

Equipa 6 (5): Drs. Tânia Seromenho, Sara Cruz, Paulo Lima, Raquel Dias, Cândida Bila

Grupo 2

Dr. Pedro Verdelho

16,30 – 18,00 Horas

Page 115: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

115

Nº de Ordem TEMA Equipa/Auditores

e Cooperantes Grupo Docente-

Orientador(a)

Agente infiltrado vs Agente provocador

Equipa 15 (5): Drs. Diana Monteiro, Ivo Pinho, Sara Costa, Vera Ganhão, Sandra Nhamoneque

Grupo 5

Dr. Plácido Fernandes

O regime de cooperação judiciária em matéria de extradição

Equipa 23 (5): Drs. Ana Pinto, Carina Martins, Márcia Silva, Sónia Martins, Ângela Massango

Grupo 8

Dr. Vítor Santos

Criminalidade económica

Equipa 2 (5): Drs. Ana Figueiredo, Daniela Barbosa, Patrícia Machado, Soledade Rio, Mara Gomes

Grupo 1 Dr. Pedro Verdelho

12º

Private Enforcement no Direito da Concorrência

Equipa 19 (5): Drs. Catarina Mendes, Fernanda Machado, Inês Cadete, Luciana Mateus, Sílvia Silva

Grupo 7 Dra. Carla Câmara

11º

Crédito ao Consumo

Equipa 14 (5): Drs. José Carvalho, Manuel Sota, Patrícia Cardoso, Sílvia Lameiras, Lucas Janota

Grupo 5 Dr. João Alves

10º

Art. 500º do CC: Perspectiva da Jurisprudência nos Tribunais Portugueses – onde param a segurança e certeza jurídicas?

Equipa 17 (5): Drs. Andrea Ferra, Cátia Gomes, Mago Pacheco, Rosário Pacheco, Nazaré Ferreira

Grupo 6 Dr. João Alves

27 de Março de 2008

Page 116: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

116

14,30 – 16,00 Horas

Nº de Ordem TEMA Equipa/Auditores e Cooperantes

Grupo Docente-Orientador(a)

Direito a não nascer

Equipa 10 (5): Drs. Ana Dimas, Luís Coelho, Teresa Braz, Noé Bettencourt, Raquel Lima

Grupo 4 Dr. Augusto Nascimento

O paradigma da verdade biológica vs obrigação legal de confidencialidade

Equipa 9 (5): Drs. Dulce Tavares, Helena Monteiro, Rui Jesus, Susana Cruz, Flora Lopes

Grupo 3

Dra. Rosa Barroso

Cooperação judiciária em matéria civil – Direito dos Menores

Equipa 22 (5): Drs. Rodrigo Crespo, Joana Ribeiro, António Rodrigues, Gonçalo Casal, Aldina Carvalho

Grupo 8 Dr. Augusto Nascimento

Adopção internacional

Equipa 12 (5): Drs. Ana Carvalho, Ana Meirinho, Berta Moderno, Teresa Infante, Edelvaisse Matias

Grupo 4 Dra. Rosa Barroso

Direito a um processo equitativo

Equipa 5 (5): Drs. António Ferreira, Maximiano Vale, Roberto Braga, Susana Sousa, Florinda Sivi

Grupo 2

Dr. Vítor Melo

Protecção Jurídica conferida ao Idoso

Equipa 1 (5): Drs. Delfina Alvoeiro, Paulo Pereira, Ricardo Capelo, Tiago Castelo, Norberto João

Grupo 1 Dra. Filomena Cunha

Page 117: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

117

16,30 – 18,00 Horas

Nº de Ordem TEMA Equipa/Auditores e Cooperantes

Grupo Docente-Orientador(a)

Estatuto dos Atletas Paralímpicos

Equipa 11 (5): Drs. Cláudia Pinto, Diana Araújo, Romão da Silva, Rita Rodrigues, Daniel Monteiro

Grupo 4 Dr. Augusto Nascimento

Transexualidade

Equipa 3 (6): Drs. Celine Alves; Cláudia Monteiro; Fernando Tainhas; Pedro Roque; Vanda Sousa, Aimadu Sauané

Grupo 1

Dra. Filomena Cunha

A Violação dos Direitos de Personalidade pela Comunicação Social

Equipa 21 (5): Drs. Cláudia Caldas, Lino Anciães, Nuno Ribeiro, Sandra Pinto, Pansau Natchare

Grupo 7 Dra. Carla Câmara

10º

Os meios de controlo no local de trabalho

Equipa 20 (5): Drs. Carla Teixeira, Filipa Brigadeiro, Gisela Lopes, Rui Domingues, José Lopes

Grupo 7 Dr. João Monteiro

11º

Responsabilidade Civil Ambiental

Equipa 4 (5): Drs. Ana Reduto, Ana Reis, Catarina Corga, Cristina Farinha, Marta Filipe

Grupo 2 Dra. Isabel Magalhães

12º

Responsabilidade civil extra contratual dos Juizes enquanto Magistrados Judiciais em exercício

Equipa 24 (5): Drs. Filipa Marques, Manuela Pereira, Marisa Ginja, Paulo Brito, Romelo Barai

Grupo 8

Dra. Isabel Magalhães

Page 118: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

118

O GEJS, através do seu director, supervisionou a organização das sessões da matéria curricular de Língua estrangeira – Inglês I, respectivos grupos e avaliação.

2.3. Apoio a actividades formativas do 3.º ciclo da formação inicial teórico-prática: A) Organização e apoio na realização das seguintes acções para os auditores de

justiça do XXV Curso Normal: Sessões da matéria de Mediação, integrante do plano de estudos, e

respectivos instrumentos de avaliação; Sessões da matéria de Sociologia Judiciária, integrante do plano de estudos, e

respectivos instrumentos de avaliação; Sessões da matéria curricular de Língua Estrangeira – Inglês II, composição

dos respectivos grupos e avaliação; Aulas da matéria curricular de Expressão e Voz, composição dos respectivos

grupos e horários; Sessão sobre o Programa para a Prevenção e Eliminação da Exploração do

Trabalho Infantil (PETI), e sobre as medidas no âmbito do Plano Individualizado de Educação e Formação (PIEF), da responsabilidade do PETI, em 2 de Abril.

B) Organização e apoio na realização das seguintes visitas de estudo dos auditores de justiça do XXV Curso Normal: ao Conselho Superior da Magistratura. Realizaram-se 4 visitas (em 14 e 28 de

Maio e em 11 e 25 de Junho) de modo a abranger todo o Curso. Acompanhantes: Drs. Carla Inês Câmara, Isabel Magalhães e Luís Lameiras, docentes.

à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. Realizaram-se 4 visitas (em 16 e 30 de Abril, em 14 de Maio e 1 de Julho) de modo a abranger todo o Curso. Acompanhantes: Drs. Ana Brito, Carlos Adérito Teixeira, Pedro Verdelho e Vítor Sequinho Santos, docentes.

à Procuradoria-Geral da República. Realizaram-se 4 visitas (em 16 e 30 de Abril, 14 de Maio e 11 de Junho) de modo a abranger todo o Curso. Acompanhantes: Drs. Augusto Nascimento, João Monteiro, Maria Filomena Cunha e Vítor Melo, docentes.

ao Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna. Realizaram-se 4 visitas (em 16 e 30 de Abril, 28 de Maio e 25 de Junho) de modo a abranger todo o Curso. Acompanhantes: Drs. Helena Leitão, Pedro Pato, Plácido Fernandes e Vítor Sequinho Santos, docentes.

à Delegação de Lisboa do Instituto Nacional de Medicina Legal. Realizaram-se 4 visitas (em 16 e 30 de Abril, 28 de Maio e 25 de Junho), abrangendo todo o Curso. Acompanhantes: Drs. Ana Brito, Carlos Adérito Teixeira, Helena Leitão e Plácido Fernandes, docentes.

Page 119: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

119

a centros educativos da Direcção-Geral de Reinserção Social. Realizaram-se 4 visitas de modo a abranger todo o Curso e 3 estabelecimentos deste tipo: Centro Educativo Padre António de Oliveira, em Caxias (regimes fechado e semiaberto), visita em 25 de Junho; Centro Educativo Navarro de Paiva (regime semiaberto), visitas em 14 e 28 de Maio; e Centro Educativo da Bela Vista (regime semiaberto e aberto), visita em 11 de Junho. Acompanhantes: Dras. Helena Bolieiro e Rosa Barroso, docentes.

2.4. Apoio a actividades no âmbito da formação permanente: Participação e intervenção do director do GEJS na abertura da acção sobre

Mediação Penal, realizada em 22 de Fevereiro, em Coimbra; Participação e intervenção do director do GEJS na abertura da acção sobre o

Regime Jurídico das Armas, realizada em 4 de Abril, em Lisboa; Participação e intervenção do director do GEJS na abertura do Seminário luso-

espanhol subordinado ao tema “Violência juvenil urbana”, realizado em 2 e 3 de Junho de 2008, em Vigo, e sua intervenção no decurso deste Seminário com o tema “Idade, Responsabilidade e Delinquência em Grupo”.

3. PUBLICAÇÃO, DIFUSÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE ESTUDOS EFECTUADOS O quadro seguinte indica os títulos publicados no período a que se reporta o presente

Relatório e o número de exemplares utilizados na sua divulgação, interna e externa, por oferta ou permuta, em execução das orientações definidas pela Direcção sobre a política de divulgação e oferta de publicações promovidas pelo Centro de Estudos Judiciários:

Títulos Exemplares

Revista do CEJ n.º 6 Revista do CEJ n.º 7 Revista do CEJ n.º 8 Revista do CEJ n.º 9 Prontuário de Direito do Trabalho nº 73 Prontuário de Direito do Trabalho nº 74-75

128 147 131 127 66 78

O quadro seguinte indica os títulos e números de exemplares de publicações anteriores do Centro de Estudos Judiciários que foram distribuídos em cumprimento da mesma política.

Publicações / Tipos Exemplares

Monografias 51 Periódicos 30

Page 120: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

120

Foram realizadas diversas actividades para a edição em livro das Actas do Colóquio Direito das Crianças e Jovens, realizado pelo Centro de Estudos Judiciários e pelo Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), em Abril de 2007. Essas actividades traduziram-se na definição da estrutura da publicação, na organização dos vários textos apresentados por intervenientes e participantes no Colóquio e na tradução pela Dra. Helena Parada Coelho da Conferência de Jean Trépanier, «Do Passado ao Futuro: Reflexões a propósito do regime Canadiano relativo a menores delinquentes», apresentada no Colóquio “O Direito das crianças e jovens”.

4. ORGANIZAÇÃO E APOIO À REALIZAÇÃO DE OUTRAS ACTIVIDADES CULTURAIS

O GEJS organizou e/ou prestou apoio na realização das seguintes actividades culturais: a) Na área da divulgação de estudos e de publicações com interesse para magistrados

e para a sua formação: Apresentação pública do estudo de caracterização dos auditores de justiça do

XXVI Curso Normal de Formação de Magistrados. O director do Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais, procedeu, em 28 de Março de 2008, à apresentação pública dos resultados preliminares do estudo QUEM SÃO OS FUTUROS MAGISTRADOS PORTUGUESES – Estudo de Caracterização dos Auditores de Justiça do XXVI Curso Normal de Formação de Magistrados (2007/2008), relacionando-o com os estudos realizados relativamente a anteriores Cursos Normais de Formação de Magistrados, de forma a permitir esboçar um retrato da nova e futura magistratura portuguesa. Este último estudo foi realizado pelo director-adjunto do GEJS, que o coordenou, e pelo Dr. Fernando de Sousa Silva, técnico-superior (sociólogo). Com esta apresentação, antecipada em relação à divulgação pública do Relatório respectivo, pretendeu-se agradecer aos auditores de justiça do XXVI Curso a colaboração inestimável que deram para este trabalho, respondendo ao inquérito que lhes foi distribuído. Estes estudos têm uma componente sociográfica importante mas não se esgotam nela. Pretende saber-se quem são, de onde vêm, que percurso de vida percorreram os auditores de justiça até chegarem ao CEJ e como se prepararam para adquirirem este estatuto. Mas também se pretende saber que representações têm desse percurso e que expectativas têm relativamente à sua futura função como magistrados. Estes estudos acrescem aos que o Centro de Estudos Judiciários tem também desenvolvido e divulgado relativamente ao concurso de ingresso na formação inicial. A leitura conjugada dos resultados destes estudos constitui, desde logo, um contributo importante para a organização da própria formação inicial. É para este efeito que se consideram integrados no objectivo mais lato de monitorização do percurso formativo dos auditores de justiça, objectivo que vem constando dos últimos planos de actividades do Centro de Estudos

Page 121: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

121

Judiciários, aprovados em sede própria. As grandes conclusões que se extraíram dos estudos, orientados para este objectivo, realizados sobre os auditores de justiça dos XXIII, XXIV, XXV e XXVI Cursos Normais de Formação de Magistrados, permitiram mostrar nesta sessão que o ingresso nas magistraturas está a ser e vai ser feito, sobretudo, por pessoas jovens, oriundas de grandes agregados populacionais, ainda sem encargos familiares relevantes, precocemente atraídas pela magistratura, apostadas em conseguir preparação que favoreça o ingresso no Centro de Estudos Judiciários e que se candidatam a este logo que possuem os requisitos legais, mas que, em grande parte, ainda não se decidiram por uma das magistraturas, ao iniciarem no Centro de Estudos Judiciários a sua formação como futuros magistrados.

b) Na área das letras e da música: As Cordas e os Saxofones na Capela do CEJ, ao fim da tarde de 19 de

Dezembro de 2007. Duas Classes de Música de Câmara da Escola Superior de Música de Lisboa: a da

Prof.ª Irene Lima, com um Quarteto de cordas, e a do Prof. Luís Correia, com um Quarteto de saxofones, interpretaram, na Capela do CEJ, música de vários compositores de diferentes épocas.

Por um lado, pretendia-se, através deste concerto, reunir, no mesmo lugar, em celebração da quadra de Natal, a direcção, docentes, auditores e funcionários do CEJ. Por outro lado, pretendia-se, com a colaboração dos alunos da Escola, de ambas as Classes, a realização de um concerto com uma vertente didáctica, que fosse equilibrado na escolha de um repertório, variado no tempo e no estilo. Com profissionalismo e sensibilidade, os alunos da Escola asseguraram a realização destas duas vertentes, interpretando um programa extremamente diversificado, o que permitiu, de modo abrangente, assistir a uma audição de novas formas de fazer música erudita, de modo a cativar o interesse de um público eclético.

Na primeira parte, Joana Dias, 1.º Violino, Hugo Bastos, 2.º Violino, João Andrade, Viola, e Ricardo Mota, Violoncelo, interpretaram com expressão e maturidade, um quarteto de Franz Joseph Haydn (1732-1809). Na segunda parte, a Classe do Prof. Luís Oliveira, composta pelos instrumentistas de sopro Filipe Valentim, Hélder Madureira, Raimundo Semedo e Tiago Cordeiro, começou por interpretar um Quatuor para saxofones do compositor e pianista do Séc. XX Jean Français, falecido em 1997. Seguiu-se o Quatuor de Pierre Max Dubois, compositor também francês, nascido em 1930 e desaparecido em 1995, aluno de Darius Milhaud, cuja obra, na sua maioria dedicada aos instrumentos de sopro, sobretudo ao saxofone, embora pouco conhecida, é respeitada pelas suas interessantes características, quer a nível melódico, quer harmónico. O concerto prosseguiu com um arranjo de uma Sinfonia de Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788), segundo filho de J. S. Bach e de Maria Barbara, o que de certo modo representou um “regresso ao classicismo”, na figura daquele que é por muitos considerado como o seu precursor.

Page 122: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

122

Filipe Valentim, um dos instrumentistas deste quarteto, também compõe. Teve o maior interesse poder ouvir a sua composição Na tua Pele junto com outros compositores do Séc. XX aqui interpretados.

Por último, e antes de um encore natalício, para desejar Boas Festas ao Auditório, o Quarteto de saxofones interpretou o Scherzo para quarteto de saxofones de Warren E: Baker, compositor contemporâneo recentemente falecido. Esta peça tinha, aliás, já sido escolhida por este Quarteto, aquando da sua apresentação na sessão de abertura do 5.º Festival de Música da ESML, em Maio de 2006, no Jardim de Inverno do Teatro Municipal de São Luís.

c) Na área das artes plásticas, realização na sede do CEJ, das seguintes exposições:

• Viver Lisboa – Uma exposição de desenhos a tinta-da-china e aguarela, de Albano Pereira, inaugurada a 17 de Setembro de 2007 e patente, na Sala Bocage, até 28 de Setembro.

Nascido em 1942, Albano Pereira, Engenheiro Civil de profissão, expõe desde 1986, mostrando o seu olhar sobre Lisboa, o seu ver que é Viver. Viaja dentro da cidade que elegeu como tema predominante da sua obra, a várias horas do dia, embora sobressaia, na sua obra, o cair da tarde.

Trata-se de um artista que meticulosamente retrata os seus lugares de eleição, numa cidade que se pressente amada. Primeiro através da fotografia, passa em seguida ao desenho, quase iluminura, que depois tinge a aguarela.

As suas vistas de Lisboa são suavemente coloridas, nelas predominando amarelos e rosas: a Graça, a Senhora do Monte, Alfama, Monte Olivete, o Castelo, a Sé e a sua encosta.

Os lugares são escolhidos e olhados de pontos de vista originais e laboriosamente tecidos ramo a ramo, folha a folha, janela a janela. A luz é sempre suave, os castanhos e cinzentos espalham e prendem a forma onde Lisboa se contém e define.

Albano Pereira já havia mostrado obras suas no CEJ, em 1987, numa exposição colectiva. • A preto & Branco – Uma exposição de Fotografia de Armindo Cardoso, inaugurada, na Sala Bocage, a 28 de Novembro e patente até 20 de Dezembro de 2007. Armindo Cardoso nasce em 1943, no Porto, onde começou a fotografar nos anos sessenta. Muito jovem assume uma postura política que o força a ir, como refugiado político, para Paris, onde solidifica uma aprendizagem técnica, primeiro, no Collège de France (CNRS), e, depois, no Office Français de Techniques Modernes d’Education. Em 1969, parte para o Chile, onde se torna editor gráfico e fotógrafo do semanário Chile Hoy. Porém, os trágicos acontecimentos de 11 de Setembro de 1973 levaram-no a refugiar-se de novo em França. Muitas fotos pereceram numa vida construída de «realidades fragmentárias».

Esta pequena exposição realizada no CEJ, visou rememorar 40 anos vividos a preto e branco, através de 29 fotografias representativas dos temas principais da obra deste autor. Procedeu-se a uma selecção de material anteriormente apresentado, numa exposição

Page 123: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

123

antológica -70Passos pelo Mundo- na Galeria do Palácio, da Biblioteca Municipal Almeida Garrett, do Porto.

Num primeiro núcleo, dedicado ao Chile, evocou-se o entusiasmo vivido no tempo de Allende (através da celebração do 1.º de Maio de 1973, em Santiago, ou do rosto de uma anciã, a assistir, em 1971, ao Anúncio da Nacionalização do Cobre) e apresentou-se o povo mapuche (gente de la tierra), povo indígena do Sul do Chile, etnia conhecida, entre os vários povos do Chile, pela sua valentia.

Num segundo grupo, juntaram-se imagens do regresso a Portugal, após 1974. O Alentejo foi escolhido pelo “olhar distante” do observador. A essência desta região é expressa nas linhas horizontais da paisagem, no rosto de uma mulher “emoldurado” pelo lenço e chapéu pretos, na serenidade bucólica e meditativa de um pastor. Numa outra vertente, focou-se o trabalho desenvolvido no âmbito da arqueologia industrial, trabalho que visa permitir, como observou Carlos Porto, uma «afirmação do perene», num mundo em si perecível. Um último núcleo reuniu fotografias de vários períodos do autor, tendo em comum o tema da Noite – a Luz da Noite.

• DUÁLUGOS – Exposição de escultura, pintura e desenho de Rita da Palma Pereira e Filipa Nuñez. Inaugurada na sala de convívio do CEJ em 19 de Junho e patente ao público até 19 de Julho de 2008.

Rita da Palma Pereira e Filipa Nuñez, jovens artistas plásticas (nascidas em 1979) formadas na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, expuseram pela segunda vez no CEJ. “Duálogos” é o nome do projecto no âmbito do qual foram apresentados conjuntos de obras tridimensionais, com diferentes linguagens plásticas, mas estabelecendo um diálogo entre si, sobre uma temática contemporânea. Celebrando-se em 2008 o Ano Europeu do Diálogo Intercultural, os trabalhos expostos visaram salientar o actual contexto de globalização em que se agudiza a necessidade das sociedades e culturas viverem um clima de entendimento e respeito mútuo, possível apenas através do conhecimento e do diálogo com o Outro.

Foi ainda desenvolvida actividade durante o último trimestre do ano de actividades, para a preparação da realização na sede do Centro de Estudos Judiciários, em Setembro de 2008, em colaboração com o Município de Penela e com a produtora HUMORGRAFE, de uma exposição de caricaturas sobre a Justiça, apresentando muitos dos trabalhos de diversos artistas de diversas nacionalidades, activos na actualidade, concorrentes à I Bienal de Humor «Luiz d’Oliveira Guimarães», organizada em 2008 pelo Município de Penela, dedicada a este tema.

5. INTERVENÇÃO DO GEJS EM OUTRAS ACTIVIDADES: 5.1. Concepção de normas. Elaboração e acompanhamento dos seguintes projectos

pelo director-adjunto do GEJS: Regulamento interno do CEJ (parte referente ao concurso de ingresso);

Page 124: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

124

Despacho conjunto que fixa o regime remuneratório dos docentes, coordenadores, formadores no CEJ e nos tribunais e membros dos júris do concurso de ingresso na formação inicial, incluindo a entidade competente para a realização do exame psicológico de selecção (art. 108º, nº 1, LEI 2/2008, 14-12);

Portaria que aprova os Estatutos do CEJ (artigo 103.º da Lei n.º 2/2008, de 14-12); Despacho conjunto que fixa o montante das senhas de presença dos membros do

conselho geral, do conselho pedagógico e do conselho de disciplina do CEJ (art. 101º, nº 1, Lei nº 2/2008, 14-12);

Despacho que fixa o montante da comparticipação no custo do procedimento para efeito de apresentação de candidatura a concurso de ingresso na formação inicial de magistrados e de pedido de revisão de provas da respectiva fase escrita, nos termos do disposto, respectivamente no n.º 5 do artigo 11.º e no n.º 6 do artigo 17. ° da referida Lei;

Portaria conjunta de adaptação ao CEJ do SIADAP 2 e 3 (nº 3 do art. 3º da Lei nº 66-B/2007, de 28-12), na sequência da apresentação de estudo sobre a aplicação ao CEJ deste diploma legal.

5.2. Concurso de ingresso na formação inicial (XXVII Curso).

Levantamento das questões formuladas sobre a candidatura ao ingresso na formação inicial de magistrados, na sequência da entrada em vigor da Lei nº 2/2008, de 14 de Janeiro (Dra. Helena Parada Coelho), e consequente elaboração e actualização de um conjunto de respostas às perguntas mais frequentes por parte do público (FAQ) para sua divulgação no sítio do CEJ na Internet (director-adjunto do GEJS); Concepção do aviso de abertura do concurso (director-adjunto do GEJS); Concepção de projecto de documento definidor do perfil da prova de avaliação

curricular (director-adjunto do GEJS).

5.3. Formação dos funcionários. Gestão do plano de formação dos funcionários do CEJ, incluindo o levantamento de necessidades de formação. Neste âmbito, concepção e implementação de um sistema de avaliação da formação recebida pelos funcionários do Centro de Estudos Judiciários. Informação e Comunicação: Assegurar, em articulação com o DPOI, a presença actualizada do CEJ no Portal da

Justiça. Acompanhamento dos trabalhos de manutenção e coordenação dos trabalhos de

reestruturação da página do CEJ na Internet. Promoção e acompanhamento dos trabalhos com vista à construção da intranet do

CEJ e organização, acompanhamento e realização de acções de formação destinadas aos respectivos utilizadores, quer enquanto administradores, quer como criadores e revisores de conteúdos, quer como leitores.

Page 125: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

125

Elaboração de textos sobre as actividades desenvolvidas nas áreas de exposições e de música, na Secção VIDA NO CEJ da Revista do CEJ.

5.4. Arquivo. Participação do Dr. Fernando de Sousa Silva no Grupo de Trabalho dos Arquivos do Ministério da Justiça, com vista ao estabelecimento de uma política comum de arquivo no Ministério da Justiça, concretizada em portarias de regulamentação arquivística a nível dos diversos organismos, dependentes ou tutelados pelo Ministério. 5.5. Estágios académicos. Acompanhamento e orientação do estágio académico da licenciatura em Sociologia do Trabalho de Sara da Silva Rapaz e da elaboração do respectivo relatório – “Trabalho de Menores no Espectáculo e na Moda”, pelo Dr. Fernando de Sousa Silva. 5.6. Participações externas. O director do GEJS participou, como membro do Projecto AGIS - “Sistemas de Justiça Juvenil na Europa – situação actual, evolução das reformas e boas práticas”, na Conferência Internacional subordinada a este tema, realizada em Verona, de 13 a 15 de Março de 2008, organizada pelo Instituto Don Calabria, pela Fundação Diagrama, pelo Observatório Internacional de Justiça Juvenil e pelo Departamento de Criminologia da Universidade de Greifswald, tendo intervindo nesta Conferência com o tema “Progressos quanto ao Estatuto dos Pais no Sistema de Justiça Juvenil”. O referido projecto, apoiado pela Comissão Europeia, congrega peritos de 34 países europeus, visando proporcionar uma visão geral da situação jurídica dos sistemas de justiça juvenil, da evolução da delinquência juvenil (em especial no que se refere a grupos problemáticos), das práticas de intervenção, com destaque para as boas-práticas, e do estado de desenvolvimento de serviços de tratamento/educação comunitários e residenciais nos Estados Membros da União Europeia, incluindo os novos membros e os candidatos a adesão.

6. RECURSOS HUMANOS AFECTOS AO GEJS Mantiveram-se afectos ao GEJS a assessora principal da carreira técnica superior Dra. Helena Parada Coelho e o Dr. Fernando Manuel de Sousa Silva, técnico superior de 1.ª classe da mesma carreira.

Page 126: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

126

CAPÍTULO II

BIBLIOTECA

A Biblioteca do CEJ passou a integrar o Centro de Documentação criado no âmbito do

Gabinete de Estudos Judiciários em 1 de Setembro de 2008, com a entrada em vigor dos Estatutos do Centro de Estudos Judiciários, aprovados pela Portaria nº 965/2008, de 29 de Agosto. Até essa data, de acordo com as atribuições fixadas pela Lei n.º 16/98, de 8 de Abril, mantida nesta parte transitoriamente em vigor, a Biblioteca desenvolveu as actividades a que se referem os elementos e indicadores adiante mencionados.

MEDIDAS GERAIS

Comissão Técnica. A Comissão Técnica, prevista no artigo 4.º do Regulamento da Biblioteca, passou a estar integrada pelos seguintes elementos: Director-Adjunto Dr. Sérgio Gonçalves Poças, Juiz Desembargador, que foi

substituído, após a cessação da respectiva comissão de serviço, pelo Dr. Manuel José Aguiar Pereira, Juiz Desembargador;

Director-Adjunto Dr. José António Branco, Procurador da República; Docentes: Dr. Luís Filipe Brites Lameiras, Juiz de Direito, e Dr. João Pires Cardoso

Alves, Procurador-Adjunto (Área Cível), Dr.ª Ana Maria Barata Brito, Juíza Desembargadora, e Dr. Pedro Miguel Figueira Verdelho, Procurador-Adjunto (Área Penal), Dr.ª Maria Rosa Papança Barroso, Juíza de Direito (Área da Família e das Crianças), Dr.ª Maria Adelaide Jesus Domingos, Juíza de Direito (Área do Trabalho e Empresa), Dr. Luís Manuel Cunha Silva Pereira e Dr. Carlos Adérito da Silva Teixeira, Procuradores da República (no âmbito das áreas de especialidade);

Auditores de Justiça do XXVI Curso Normal: Dra. Susana Jalles e Dr. Tiago Castelo.

Gestão de recursos humanos. A equipa ao serviço da Biblioteca manteve-se até 03-09-2008, data em que cessou a requisição ao Conselho Económico e Social da técnica profissional de biblioteca e documentação Maria Filomena Vilhena Vicente.

Avaliação do serviço. Em fins de Janeiro de 2008, à semelhança do que foi realizado no período de actividades imediatamente anterior, colheu-se a opinião dos Auditores de Justiça do XXVI Curso de Formação, mais uma vez no contexto de um inquérito de opinião de âmbito alargado sobre a qualidade dos serviços e instalações do CEJ, realizado pelo Gabinete de Estudos Jurídico-Sociais. Este inquérito mostrou que o serviço de Biblioteca continua a

Page 127: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

127

satisfazer estes utentes, continuando a ser de destacar o elevado grau de satisfação quanto à qualidade e eficiência do atendimento.

BIBLIOTECA – MOVIMENTO DE EFECTIVOS Em

15/09/2007 Em

14/09/2008

TOTAL 6 5

Director 1 1

Pessoal técnico-superior 2 2

Pessoal técnico e técnico-profissional 1 0

Pessoal administrativo 2 2

1. GESTÃO DO FUNDO DOCUMENTAL

1.1. AQUISIÇÕES (1-9-2007 a 31-8-2008)

Documentos

Monografias 237

Multimédia 28

Publicações em série 43

Total 308

Em termos absolutos, as aquisições representam um decréscimo de cerca de 8% relativamente ao período de actividade imediatamente anterior. Isso é devido à diminuição de monografias adquiridas (menos 4%) e sobretudo de publicações em série adquiridas (cerca de menos 49%). A aquisição de materiais multimédia aumentou cerca de 833%, em virtude de ofertas e de produção própria. A diminuição global reflecte o decréscimo na aquisição não onerosa de documentos, sobretudo de publicações em série (ver infra).

Page 128: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

128

A) POR OFERTA, PERMUTA ou PRODUÇÃO PRÓPRIA (1-9-2007 a 31-8-2008)

Documentos

Monografias 116

Multimédia 28

Publicações em série 4

Total 148

Dos quais, produzidos pelo CEJ 71

Em termos globais, verificou-se um decréscimo de cerca de 24% na aquisição não onerosa de publicações, comparativamente ao período de actividades imediatamente anterior, o que se deve ao decréscimo do número de monografias (menos 14%) e sobretudo do número de publicações em série adquiridas por esta via (menos 93%). A aquisição de materiais multimédia aumentou cerca de 833%, para o que contribuiu a produção do próprio CEJ. Na globalidade, a aquisição de documentos de produção interna aumentou 162%.

PERMUTAS. A Biblioteca do CEJ mantém permuta ou troca de ofertas de publicações com as seguintes bibliotecas e entidades:

Associação Jurídica da Maia: Revista MaiaJurídica Associação Sindical dos Juízes Portugueses: Revista Julgar Biblioteca da Faculdade de Direito da Universidade Católica de Lisboa: Revista Direito

e Justiça Biblioteca da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra: Boletim da

Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra Biblioteca da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa: Revista da Faculdade

de Direito de Lisboa Biblioteca da Facultad de Derecho da Universidad de Extremadura: Anuário de La

Facultad de Derecho Biblioteca da Ordem dos Advogados: Revista da Ordem dos Advogados e Boletim da

Ordem dos Advogados

Page 129: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

129

Centro de Estudos Sociais da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra: Revista Crítica de Ciências Sociais

Direcção-Geral de Reinserção Social: Revista Infância e Juventude (extinta em 2008) e Ousar Integrar

Direcção-Geral dos Serviços Prisionais: Revista Temas Penitenciários Escola de Magistratura Federal da 5.ª Região (Brasil): Revista ESMAFE Faculdade de Letras da Universidade do Porto: Sociologia Instituto Nacional de Administração (INA): Revistas Legislação – Cadernos de Ciência

de Legislação e Cadernos INA Observatório da Imigração: Revista Migrações Revista Direito e Cidadania Universidade Autónoma de Lisboa: Galileu – Revista de Economia e Direito e Revista

de Direito Penal

Novas permutas estabelecidas:

Faculdade de Letras da Universidade do Porto: Sociologia Observatório da Imigração: Revista Migrações Centro de Estudos Sociais da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra:

Revista Crítica de Ciências Sociais

B) AQUISIÇÕES ONEROSAS (1-9-2007 a 31-8-2008)

Documentos Nº Valor €

Monografias

121

4.786,7

Multimédia

0

0

Publicações em série

39

3.285

Total 160 8.071,7

O número de documentos adquiridos a título oneroso aumentou cerca de 15% relativamente ao período de actividade imediatamente anterior, o que correspondeu a um aumento do valor global da despesa de cerca de 29% relativamente a esse período. Esse aumento reflecte o aumento da aquisição de monografias (mais 8%) que correspondeu, por sua vez, a um aumento de encargo de 30%, e sobretudo o aumento da aquisição de

Page 130: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

130

publicações em série (mais 44%) que correspondeu, por sua vez, a um aumento de encargo de 46%.

Assinatura de periódicos. Depois de ouvida a Comissão Técnica, foram renovadas em 2007-2008 as assinaturas dos seguintes periódicos:

1. Acórdãos Doutrinais do Supremo Tribunal Administrativo 2. Actualidade Jurídica 3. Análise Social 4. Antologia de Acórdãos do STA e do TCA 5. Cadernos de Justiça Administrativa 6. Colectânea de Jurisprudência 7. Colectânea de Jurisprudência. Acórdãos do STJ 8. Desporto e Direito 9. O Direito 10. Droit et societé 11. Jueces para la democracia 12. Jurisprudência Constitucional 13. Justiça e cooperação 14. Lex Familiae 15. Questões Laborais 16. Revista de Derecho Comunitario Europeo 17. Revista de Direito e de Estudos Sociais 18. Revista de Direito e Economia 19. Revista de Legislação e de Jurisprudência 20. Revista do Ministério Público 21. Revista Jurídica do Urbanismo e do Ambiente 22. Revista Luso Africana de Direito 23. Revista Portuguesa de Ciência Criminal 24. Revista Portuguesa de Direito do Consumo 25. Revue Interdisciplinaire D’Etudes Juridiques 26. Revue Internationale de Droit Comparé 27. Revue Internationale de Droit Penal 28. Revue Juridique de L’Environnement 29. Revue Trimestrielle de Droit Civil 30. Revue Trimestrielle de Droit Europeen 31. Rivista di Diritto Civile 32. Rivista di Diritto Processuale 33. Rivista Internazionale di Filosofia del Diritto 34. Rivista Italiana di Diritto e Procedura Penale 35. Sociedade e Trabalho 36. Sociologia, Problemas e Práticas

Page 131: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

131

37. Sub-Júdice 38. Temas de Integração 39. Vida Judiciária

1.2 DOCUMENTOS CATALOGADOS, INDEXADOS, CORRESPONDENTES A REGISTOS EM BASE DE DADOS (valores absolutos em 1-9-2008)

Documentos

Monografias 10754

Analíticos (revistas/livros) 12781

Multimédia 526

Publicações em série 198

Total 24259 Em termos globais, este valor corresponde a mais 7% que o correspondente ao

período de actividade imediatamente anterior, sendo mais sensível no que se refere a multimédia (mais 18%) e a analíticos (mais 10%). O aumento em relação a monografias foi de 2%. 1.3. REGISTO DE DOCUMENTOS EM BASE DE DADOS (1-9-2007 a 31-8-2008)

Documentos

Monografias

276

Analíticos (revistas/livros) 1212

Multimédia

80

Publicações em série 4

Total 1572 O total corresponde a uma diminuição de 25% comparativamente ao período de

actividade imediatamente anterior que se deveu, em especial, à recuperação e diminuição das necessidades de tratamento dos analíticos (menos 33%).

1.4. Abate e reparações de documentos: não houve.

Page 132: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

132

2. APOIO AOS UTENTES

2.1. MOVIMENTO DAS REQUISIÇÕES (CONSULTA E EMPRÉSTIMO) DE DOCUMENTOS (1-9-2007 a 31-8-2008)

Documentos

Monografias 3408

Analíticos (revistas/livros) 2252

Multimédia 54

Total 5714 Na globalidade, o número de requisições diminuiu cerca de 9% relativamente ao

período de actividades imediatamente anterior, devido à diminuição de requisições relativamente a analíticos (menos 22%). O aumento do número de requisições foi pouco sensível quanto a monografias (2%) e muito sensível quanto a multimédia (107%), o que parece estar relacionado com a área de Projecto. 2.2. MOVIMENTO DE LEITORES - PEDIDOS DE CONSULTA E EMPRÉSTIMO DE DOCUMENTOS

(1-9-2007 a 31-8-2008)

Leitores

Auditores 4481

Dirigentes 158

Docentes 261

Funcionários 142

Externos 624

Entidades 48

Total 5714

Na globalidade, o número de pedidos foi inferior em cerca de 9% relativamente ao

período de actividade imediatamente anterior, o que se deveu mais à diminuição do número de pedidos de auditores de justiça (menos 16%), os principais utilizadores, do que à diminuição do número de pedidos de docentes (menos 11%).

Page 133: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

133

Tendo em conta outras categorias de leitores, observou-se aumento do número de pedidos, em geral, com realce para os de leitores externos (mais 63%), interrompendo a queda progressiva que anteriormente se verificou. Outros aumentos foram verificados relativamente a pedidos de outras entidades (mais 78%), de dirigentes (mais 25%) e de funcionários (mais 14%) do CEJ.

2.3. Extracção de fotocópias pelos utentes/leitores. Na sequência da revisão dos procedimentos internos a observar na venda e carregamento de cartões magnéticos reutilizáveis, para extracção de fotocópias pelos utentes da Biblioteca, por despacho de 01-04-2005, do Director-Adjunto, Director da Biblioteca, após a aquisição e instalação, em 17-3-2005, de uma máquina automática para venda e carregamento daquele tipo de cartões, dispensando a intervenção, para este efeito, do pessoal da Biblioteca e permitindo, ao mesmo tempo, um apuramento automático e fiável da receita obtida, e ainda, na sequência da revisão da tabela de preços de venda dos cartões magnéticos e de carregamento destes, a receita arrecadada no período em consideração foi de € 3.470,87 o que corresponde a um decréscimo de cerca de 29% relativamente ao período de actividades imediatamente anterior.

2.4. Divulgação de novas aquisições. Manteve-se a divulgação mensal, por via electrónica, das novas aquisições de espécies bibliográficas, iniciada a partir de Abril de 2005, a toda a direcção, directores de delegação distrital, docentes e auditores de justiça em formação na sede do CEJ.

2.5. Instalações. Continuou a aguardar-se a evolução do processo de recuperação de instalações para

reinstalação da Biblioteca do CEJ (a recuperação do edifício e anexos, actualmente em ruína, que se encontram nas traseiras do edifício principal), sendo de referir que com a passagem do tempo vai-se agravando o problema da falta de espaço para a guarda e manutenção do acervo.

Para as obras foi solicitada a intervenção do IGFIJ. Foram apresentadas pelo GEJS comentários e sugestões face às memórias descritivas apresentadas ao CEJ pelo arquitecto José Junqueira do IGFIJ. Estas sugestões foram depois enviadas ao referido Instituto em 2 de Março de 2006 pelo CEJ.

Page 134: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

134

CAPÍTULO III

DEPARTAMENTO DE PLANEAMENTO, ORGANIZAÇÃO E INFORMÁTICA

1. O Departamento de planeamento, organização e informática é formado por quatro

elementos, com aptidões e funcionalidades distintas, dirigidas para funções específicas no domínio da informática (redes e bases de dados) e multimédia e audiovisuais.

Em conformidade com o plano de actividades, o departamento procurou e – no geral – conseguiu cumprir os objectivos que lhe foram propostos. O departamento desenvolveu, nomeadamente, as seguintes actividades:

- apoio informático permanente, na identificação e resolução de problemas colocados por docentes, auditores e funcionários;

- resposta pronta e enorme dinamismo na instalação da aplicação “CITIUS”, por forma a que no início do ano lectivo 2008 / 2009 pudesse ser rentabilizada na formação;

- continuação e aprofundamento da instalação de rede sem fios, por forma a garantir uma mais alargada e eficiente cobertura;

- manutenção e administração remota das aplicações visíveis na intranet – página web, catálogo da biblioteca; intranet – instalados no servidor do centro de estudos judiciários, que está alojado no centro de processamento de dados do itij;

- continuação da instalação e configuração do equipamento de projecção multimédia, utilizando suporte informático, para dinamização das sessões e das restantes actividades de formação;

- apoio e acompanhamento da instalação do sistema informático de “relógio de ponto”. Foi tido sempre em conta o imperativo de manutenção e apoio na utilização de

programas e bases de dados que se encontram em exploração;

2. Reforçou-se e substituiu-se diverso material multimédia e informático. O Departamento, pela natureza das suas funções, atravessa toda a actividade do

Centro de Estudos Judiciários, tendo procurado responder atempadamente ao apelo de todos os sectores o que, pese embora algumas dificuldades, foi conseguido.

Page 135: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

135

CAPÍTULO IV

COLABORAÇÃO COM OUTRAS ENTIDADES

Além da abertura a profissionais forenses não magistrados, no âmbito dos programas de formação permanente, o Centro de Estudos Judiciários tem vindo a colaborar em actividades formativas com outras entidades ou instituições relacionadas, de algum modo, com a administração da justiça, ao abrigo da atribuição conferida na alínea b), do artigo 2º, da Lei nº 16/98, de 8 de Abril.

Esta colaboração, cujo âmbito foi reforçado com a publicação da Lei nº 2/2008, de 14 de Janeiro, tem sido assegurada, fundamentalmente, pela participação de docentes do Centro de Estudos Judiciários em várias iniciativas, algumas das quais organizadas em parceria com o Centro de Estudos Judiciários.

1. Dessas acções importa destacar as seguintes:

a) participação de Docentes da Jurisdição de Direito Civil e Comercial e de Processo Civil em diversas actividades, de que se destacam:

- a participação na Conferência “Linhas Gerais da Reforma dos Recursos em Processo Civil (Decreto-Lei n.º 303/2007, de 24 de Agosto)”, organizada pela Associação de Direito e Justiça de Setúbal e a Delegação de Setúbal da Ordem dos Advogados. A conferência realizou-se no dia 20 de Dezembro de 2007, na Universidade Moderna, em Setúbal.

- a participação na Conferência “O Processo Civil Português: linhas gerais de aplicação prática”, organizada e realizada no dia 7 de Abril de 2008, no Gabinete de Relações Internacionais da Direcção-Geral da Política de Justiça.

- a participação na “Conferência Internacional Novos Rumos da Justiça Cível: Informatização da Justiça (a experiência portuguesa)”, organizada pela Direcção-Geral da Política de Justiça. A conferência decorreu no dia 9 de Abril de 2008, no CEJ, tendo sido apresentada uma comunicação no âmbito do módulo Informatização da Justiça.

b) participação dos Docentes da Jurisdição de Direito e de Processo Penal em diversas actividades, de que se destacam:

- a participação na Conferência “Alterações ao Código de Processo Penal”, organizado pelo Conselho Distrital da Ordem dos Advogados, no dia 9 de Outubro de 2007, no Seixal. Foi apresentada uma comunicação subordinada ao tema “Meios de Obtenção de Prova”.

- a participação, e a colaboração na formação, no Seminário sobre a “Elaboração de um Programa de Formação Inicial de Juízes Ucranianos”, organizado pelo Conselho da Europa e a União Europeia em colaboração com a Academia de Juízes da Ucrânia. O seminário teve lugar em Kiev – Ucrânia, de 8 a 12 de Outubro de 2007.

Page 136: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

136

- a participação e orientação de sessões sobre as alterações do Código de Processo Penal, dirigidas a magistrados dos DIAP, e que decorreu no CEJ, nos dias 25 e 31 de Outubro de 2007

- a participação, e a colaboração na formação, nas “Jornadas Nacionais de Acesso Ilegítimo a Sistemas Protegidos de Televisão”, organizadas pela FEVIP , no dia 30 de Outubro de 2007, na Universidade Lusófona. Foi apresentada uma comunicação sobre «Servidão de Vistas»: versão pós-moderna.

- a participação na Conferência sobre “Fraude e roubo de identidade: a logística do crime organizado”, realizada em Tomar, de 7 a 9 de Novembro de 2007, organizada pelo Gabinete Coordenador de Segurança. A participação traduziu-se na moderação de um painel sobre “Cibercrime”.

- a colaboração e participação, em representação do Gabinete de Relações Internacionais do Ministério da Justiça, na “Expert Conference on the Fight against Cyber Crime”, organizada pela Comissão Europeia e que teve lugar em Bruxelas, nos dias 15 e 16 de Novembro de 2007.

- a colaboração e participação no Seminário “Training seminar on the fight against corruption: Council of Europe legal instruments and national experience”, organizado pelo Conselho da Europa e a Academia da Procuradoria-Geral da Federação. O seminário teve lugar em Moscovo, no dia 13 de Dezembro de 2007, e foram apresentadas duas comunicações sobre as seguintes temáticas:

- “General overview of the corruption reality, in particular Council of Europe Convention No. 141 and No. 173”;

- “The Portuguese law on special investigative measures and its implementation in practice – case studies”.

- a participação na Conferência “Prova – Meios de Obtenção de Prova”, realizada no dia 30 de Janeiro de 2008, na Escola Prática da GNR, em Queluz.

- a participação na formação, no Curso de Formação de Promoção a Capitão/Armas, organizado pela Escola Prática da GNR. O curso decorreu de 7 a 24 de Abril de 2008, na Escola Prática da GNR, em Queluz.

- a participação na formação, no Curso de Formação de Promoção a Capitão/QTPS, organizado pela Escola Prática da GNR e que decorreu de 8 a 21 de Abril de 2008.

- a participação numa Mesa Redonda subordinada ao tema “Conversas Fim de Tarde – Cibercriminalidade – o direito e as forças de segurança face ao fenómeno”, organizada e realizada no Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna, no dia 8 de Abril de 2008.

- a participação no Seminário “Il traffico di prodotti falsi e le azioni di tutela della Comunità Europea”, organizado pelo Consiglio Superiore della Magistratura – Itália. O seminário decorreu em Roma, no dia 5 de Maio de 2008 e foi apresentada uma comunicação sobre “Criminal Portuguese Law, Internet and Intellectual PropertY”.

- a participação no “1º Congresso Nacional da Propriedade Intelectual”, organizado pela OPET e PLMJ. O congresso realizou-se nos dias 14 e 15 de Maio de 2008, na Fundação

Page 137: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

137

Calouste Gulbenkian, em Lisboa e foi apresentada uma comunicação sobre “Enforcement: Direito Penal, Criminalidade On-line e Propriedade Intelectual”.

- a participação no “Simpósio Internacional Ciberespaço – Contributos para uma estratégia de informação nacional” organizado pela Academia Militar, a título de moderação do painel sobre “Ciberdemocracia: um sinal dos tempos”. O simpósio realizou-se no dia 4 de Junho de 2008, na Academia Militar, na Amadora.

c) a participação de Docentes da Jurisdição de Direito Substantivo e Processual da Família e das Crianças em várias actividades, de que se destaca:

- a participação e a colaboração na formação em algumas sessões do “I Curso de Filiação, Adopção e Protecção de Menores”, organizado pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, que decorreu de 7 de Novembro de 2007 a 11 de Junho de 2008. Foram proferidas duas comunicações subordinadas aos seguintes temas:

- “Processos tutelares cíveis”;

- “O processo de promoção e protecção”.

- a participação na sessão de encerramento da XI Conferência Regional Europeia da ISPCA sobre “Abuso e Negligência de Crianças”, organizada pelo ISPCA e pela Associação de Mulheres contra a Violência. A conferência teve lugar no Centro de Congressos de Lisboa, de 18 a 21 de Novembro de 2007.

d) a participação de Docentes da Jurisdição de Direito do Trabalho e da Empresa e de Processo do Trabalho em acções de formação, seminários, jornadas e cursos de Pós-Graduação, de onde se destaca:

- a colaboração no “IX Curso Pós Graduado de Especialização em Direito do Trabalho”, com a participação e presença numa aula subordinada ao tema “Contrato de Trabalho de Menores”. O curso foi organizado pelo Instituto de Direito do Trabalho da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e realizou-se de 16 de Outubro de 2007 a 26 de Junho de 2008, na Faculdade de Direito.

- a participação no “XI Congresso de Direito do Trabalho”, organizado pelo Prof. Doutor António Moreira e a Livraria Almedina, nos dias 16 e 17 de Novembro de 2007, no Hotel Altis, em Lisboa. Foi apresentada uma comunicação subordinada ao tema “A tutela dos créditos laborais através do Fundo de Garantia Salarial”.

- a participação no Curso de “Pós-Graduação em Direito do Trabalho e de Processo do Trabalho”, a título de docência, numa aula subordinada ao tema “Processo Especial de Acidentes de Trabalho e de Doenças Profissionais”, no dia 12 de Julho de 2008.O curso foi organizado e realizado pela Universidade Católica Portuguesa, Escola de Direito do Porto.

2. Ainda no âmbito da colaboração com outras entidades ou instituições, o Centro de Estudos Judiciários pôde, em alguma medida, prosseguir o objectivo de formação de formadores, nomeadamente através da celebração de protocolos. Assim, destaca-se:

- a participação no 3.º Curso Pós-Graduado de Direito da Bioética e da Medicina, organizado pela Faculdade de Direito de Lisboa e a Associação Portuguesa de Direito

Page 138: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

138

Intelectual, que teve lugar de 21 de Fevereiro a 29 de Maio de 2008, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

- a participação nas I Jornadas de Lisboa de Direito Marítimo, organizadas pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, através do seu Centro de Direito Marítimo e dos Transportes. As jornadas realizaram-se no auditório da Faculdade nos dias 6 e 7 de Março de 2008.

- a participação no VII Curso Pós-Graduado sobre Propriedade Industrial, organizado pela Faculdade de Direito de Lisboa e a Associação Portuguesa de Direito Intelectual e que teve lugar na Faculdade de Direito, de 13 de Março a 20 de Maio de 2008 (todas as terças-feiras e quintas-feiras).

-a participação em algumas sessões do “I Curso Pós-Graduado de Aperfeiçoamento sobre Direito Penal Especial (Patrimonial e Económico-Financeiro)”, organizado pelo Instituto de Direito Penal e Ciências Criminais da Faculdade de Direito de Lisboa e o Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados. O curso decorreu de 13 de Fevereiro a 25 de Junho de 2008, na Faculdade de Direito.

- a participação na “High Level Conference on Establishing National Asset Recovery Offices”, organizada pela EUROPOL, em Bruxelas, nos dias 6 e 7 de Março de 2008.

- a participação no “Curso Breve sobre a Reforma do Código de Processo Penal”, organizado e realizado nos dias 30 e 31 de Maio e 6 e 7 de Junho de 2008, na Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa (Escola de Lisboa).

- a participação no Curso de Verão “Direito da Bioética e da Medicina”, organizado pela Faculdade de Direito de Lisboa e a APDI, de 7 a 11 de Julho de 2008.

3. Referem-se algumas actividades levadas a efeito em parceria com outras entidades:

- a colaboração, e a participação na formação, na “Acção de Formação para Juristas da Divisão Jurídica e de Auditoria da Direcção-Geral de Reinserção Social”. A acção de formação foi organizada pela Direcção-Geral de Reinserção Social e pelo Centro de Estudos Judiciários e realizou-se de 19 a 23 de Novembro de 2007, no CEJ.

- a colaboração e participação, a título de conferencistas ou de comentadores, no “I Curso de Pós-Graduação sobre Direito Sancionatório das Autoridades Reguladoras”, organizado pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Centro de Estudos Judiciários e pelo Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados. O curso decorreu de 3 de Dezembro de 2007 a 30 de Junho de 2008, na Faculdade de Direito. A participação, a título de comentário, teve lugar no âmbito do tema “Buscas, apreensões e dever de sigilo”. Foram ainda apresentadas comunicações sobre os seguintes temas:

o - “Problemas da Teoria geral do direito sancionatório das autoridades reguladoras: questões processuais da responsabilidade de pessoas colectivas”;

o - “Infracções de mercado financeiro: delitos de mera ordenação social (violação do dever de defesa do mercado, etc.) e crimes de mercado (manipulação e abuso de informação privilegiada)”.

Page 139: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

139

- a participação na Conferência “Meios de Obtenção de Prova e Investigação, Indícios Suficientes e Acusação”, organizada pela GNR e pelo CEJ, no dia 10 de Março de 2008, na Escola Prática da GNR, em Queluz.

- a participação na Conferência “Escutas Telefónicas”, organizada pela GNR e pelo CEJ, no dia 23 de Junho de 2008, na Escola Prática da GNR, em Queluz.

Page 140: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

140

CAPÍTULO V

ACTIVIDADES DE ORGANIZAÇÃO E DE GESTÃO

No âmbito da realização do objectivo de operacionalização da reforma da administração pública e em matéria de avaliação de desempenho, aguarda-se a evolução quanto à proposta de portaria conjunta de adaptação ao CEJ do SIADAP 2 e 3.

À semelhança do que já anteriormente fizera no âmbito do quadro legal anterior relativo ao SIADAP (apresentando uma proposta de adaptação de acordo com o despacho de 26 de Janeiro de 2006 do Ministro da Justiça), a Direcção do CEJ apresentou ao Ministro da Justiça, em 10 de Março de 2008, uma proposta de portaria conjunta de adaptação ao CEJ do SIADAP 2 e 3, ao abrigo do disposto no nº 3 do art. 3º da Lei nº 66-B/2007, de 28-12. Na sequência da apresentação desta proposta e das observações a seu respeito, apresentadas pelo Ministério das Finanças e da Administração Pública, a Direcção do CEJ respondeu a estas observações em 05 de Novembro de 2008, mantendo a proposta apresentada, aguardando-se o resultado destas diligências.

Page 141: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

141

PARTE III

ESTATÍSTICA DE ACTIVIDADE

I. Formação inicial 1. Admissão ao XXVI Curso 1.1. Vagas a concurso

Vagas a concurso TOTAL

Magistratura Judicial

Ministério Público

XXVII Curso Normal 100 50 50

1.2. Candidatos, por fase

Fase do concurso TOTAL

VIA DAS

HABILITAÇÕES

ACADÉMICAS

VIA DA

EXPERIÊNCIA

PROFISSIONAL

Candidatos inscritos 1295 960 335

Candidatos em prova na fase escrita 916 716 200

Candidatos admitidos à fase oral 218 160 58

Candidatos em prova na fase oral 211 153 58

Candidatos aprovados 167 121 46

Candidatos habilitados 100 72 28

2. Destinatários da Formação Inicial (indicadores de caracterização) 2.1. Auditores de Justiça 2.1.1.Número, por género (à data da admissão)

Curso TOTAL Masculino Feminino

TOTAL 201 44 157

XXV Curso Normal 101 16 85

XXVI Curso Normal 100 28 72

Page 142: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

142

2.1.2. Número, segundo as habilitações académicas (à data da admissão)

Curso TOTAL Licenciatura Mestrado Doutoramento

TOTAL 201 199 n.d. 2

XXV Curso Normal 101 100 n.d. 1

XXVI Curso Normal 100 99 n.d. 1 2.1.3. Número, por distrito/região autónoma de residência (à data da admissão)

Distrito/Região Autónoma TOTAL

XXV Curso

Normal

XXVI Curso

Normal TOTAL 201 101 100

Aveiro 8 3 5 Beja 2 1 1

Braga 7 7 -- Bragança 11 -- 11

Castelo Branco 1 -- 1 Coimbra 18 9 9

Évora 1 1 -- Faro 0 -- --

Guarda 2 -- 2 Leiria 5 3 2

Lisboa 61 31 30 Portalegre 0 -- --

Porto 48 25 23 Santarém 4 2 2

Setúbal 17 7 10 Viana do Castelo 6 6 --

Vila Real 4 4 -- Viseu 5 2 3

R. A. dos Açores 1 -- 1 R. A. da Madeira -- -- --

Page 143: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

143

2.2. Cooperantes 2.2.1. Número, por género

Curso TOTAL Masculino Feminino

TOTAL 43 26 17

XXV Curso Normal 20 15 5

XXVI Curso Normal 23 11 12 2.2.2. Número, segundo as habilitações académicas (à data da admissão)

Curso TOTAL Outras Licenciatura Mestrado Doutoramento

TOTAL 43 -- 43 n/a n/a

XXV Curso Normal 20 -- 20 n/a n/a

XXVI Curso Normal 23 -- 23 n/a n/a 2.2.3. Número, segundo o país de origem

Curso TOTAL XXV Curso

Normal XXVI Curso

Normal

TOTAL 43 20 23

Cabo Verde 8 4 4

Guiné-Bissau 8 4 4

S. Tomé e Príncipe 2 1 1

Angola 14 6 8

Moçambique 11 5 6 2.2.4. Número, segundo a Magistratura

Curso TOTAL Magistratura

Judicial Ministério

Público

TOTAL 16 6 10

XXV Curso Normal 8 2 6

XXVI Curso Normal 8 4 4

Page 144: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

144

2.3. Observadores (Brasil) 2.3.1. Número, por género

Curso TOTAL Masculino Feminino

TOTAL 2 1 1

XXV Curso Normal 1 1 --

XXV Curso Normal 1 -- 1 2.3.2. Número, segundo as habilitações académicas (à data da admissão)

Curso TOTAL Licenciatura Mestrado Doutoramento

TOTAL n/a n/a n/a n/a

XXV Curso Normal n/a n/a n/a n/a

XXVI Curso Normal n/a n/a n/a n/a 2.3.3. Número, segundo a magistratura

Curso TOTAL Magistratura

Judicial Ministério

Público

TOTAL 2 2 --

XXV Curso Normal 1 1 --

XXVI Curso Normal 1 1 --

Page 145: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

145

3. Docentes, consoante o regime

Docentes Em

15/09/2007 Em

14/09/2008

TOTAL 31 18

Total 20 18

Magistrados Judiciais

10 8

Magistrados do Ministério Público

9 9

A te

mpo

inte

gral

Outros 1 1

Total 11 0

Magistrados Judiciais

5 0

Magistrados do Ministério Público

4 0

A te

mpo

par

cial

Outros 2 0

4. Actividades 4.1. Actividades do I Ciclo 4.1.1. Nº de auditores

Em

15/09/2007 Em

14/09/2008

XXVI Curso Normal 100 99

4.1.2. Nº de personalidades convidadas - intervenientes

XXV Curso Normal TOTAL

Personalidades convidadas 48

Page 146: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

146

4.1.3. Nº de horas de formação

Tipo de acção Nº de horas

TOTAL 447

Sessões 349,5

Seminários e colóquios 97,5

Outras actividades --

4.2. Actividades do II Ciclo 4.2.1. Nº de auditores

Curso 15/09/2007 14/09/2008

TOTAL 201 200

XXV Curso Normal 101 101

XXVI Curso Normal 100 99

4.2.2. Nº de formadores

15/09/2007 14/09/2008

Distrito Judicial Total MJ MP Total MJ MP

TOTAL 172 87 85 179 88 91

Évora 37 21 16 37 21 18

Coimbra 41 21 20 42 22 20

Lisboa 50 19 31 50 19 31

Porto 44 26 18 48 26 22

4.2.3. Nº de personalidades convidadas - intervenientes

TOTAL

Personalidades convidadas --

Page 147: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

147

4.2.4. Nº de horas de formação

Tipo de acção Nº de horas

TOTAL --

Sessões --

Seminários e colóquios --

Outras actividades --

4.3. Actividades do III Ciclo (XXV Curso) 4.3.1. Recursos humanos envolvidos

XXV Curso Normal TOTAL

Auditores 101

A tempo inteiro 18 Docentes

A tempo parcial 9

Personalidades convidadas 59

4.3.2. Nº de horas de formação

Tipo de acção Nº de horas

TOTAL 307

Sessões 202

Seminários e colóquios 75

Outras actividades 30

Page 148: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

148

4.3.3. Classificação final/Graduação do XXV Curso, por opção de magistratura e segundo o género

Opção

Magistratura Judicial Ministério Público Classificação final (XXV Curso)

TOTAL

GERAL Total Masc Fem Total Masc Fem

≥10 e <12 valores -- -- -- -- -- -- --

≥12 e <13 valores 53 2 1 1 50 9 41

≥14 e <16 valores 49 43 6 37 6 -- 6

≥16 e <18 valores -- -- -- -- -- -- --

≥18 valores -- -- -- -- -- -- --

Vagas preenchidas 101 45 7 38 56 9 47

II. Actividades de Formação Complementar 1. Nº de Magistrados destinatários por magistratura e segundo o género

Magistratura judicial Ministério Público

Total Masc. Fem. Total Masc. Fem.

Destinatários -- -- -- 106 22 84

Presentes -- -- -- 97 17 80 2. Nº de docentes envolvidos, consoante o regime

Regime TOTAL

TOTAL 3

A tempo inteiro 3

A tempo parcial --

3. Nº de personalidades convidadas – intervenientes

TOTAL

Personalidades convidadas 10

Page 149: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

149

4. Nº de horas de formação, consoante os destinatários

Tipo de acção/nº de horas Total Magistratura

judicial Ministério

Público MJ/MP

TOTAL DE HORAS 14 -- 14 --

Nº de Seminários e colóquios 14 -- 14 --

Outras actividades -- -- -- -- III. Actividades de Formação Permanente 1. Nº de destinatários/horas de formação

Nº de

destinatários Nº de horas

Total 6568 258,5

Total de Magistrados 3967

a) Magistratura Judicial 1902

b) Ministério Público 2065

Outros 2601 2. Destinatários de acções específicas

Nº de magistrados destinatários, por

magistratura

Dos tribunais, em geral

Apenas de tribunais de competência

especializada Área jurisdicional

Nº DE

HORAS Total MJ MP Total MJ MP

TOTAL 72 474 129 345 225 147 78

Direito Administrativo e fiscal 18 273 44 229 105 77 28

Direito da Família e Menores 24 110 42 68 17 13 4

Direito Laboral 30 91 43 48 103 57 46

Page 150: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

150

3. Nº de docentes directamente envolvidos, consoante o regime

Regime TOTAL

TOTAL 21

A tempo inteiro 18

A tempo parcial 3 4. Nº de personalidades convidadas intervenientes

TOTAL

Personalidades convidadas 206

5. Nº de horas de formação (MJ e MP)

Tipo de acção Total

TOTAL 370

Cursos 153

Seminários, conferências e colóquios 217

Outras actividades --

Page 151: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

151

IV. Recursos Humanos* 1. Efectivos Globais (em 14/09/2007)

Pessoal

Lugares previstos

na lei Em

15/09/2007 Em

14/09/2008

TOTAL 73 81 76

Dirigentes 5 5 5

Directores de delegação 8 8 8

Docentes n/p 28 18

Formadores n/p

Pessoal técnico-superior 7 7 7

Especialista de informática 1 1 1 Pessoal de informática Técnico de informática 4 2 2

Pessoal técnico e técnico-profissional 2 1 --

Pessoal de coordenação/chefia 4 3 3

Pessoal administrativo 20 10 11 Pess

oal d

o qu

adro

Pessoal operário e auxiliar 22 12 10

Pessoal de outro quadro -- 4 9

Pess

oal a

lém

do

qu

adr

o

Outro pessoal -- -- 2

Page 152: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

152

2. Movimento de efectivos (de 15/09/2007 a 14/09/2008) 2.1. Admissões

Pessoal do quadro Pessoal além do quadro

Infor-mática

Pessoal Motivo TO

TAL

Dir

igen

te

Dir

ecto

res

de d

eleg

ação

Doc

ente

s

Técn

ico

supe

rior

Espe

cial

ista

de

info

rmát

ica

Técn

ico

de in

form

átic

a

Técn

ico

e té

cnic

o pr

ofis

sion

al

Coor

dena

ção

e ch

efia

Adm

inis

trat

ivo

Ope

rári

o e

auxi

liar

De

outr

o qu

adro

Out

ro p

esso

al

TOTAL 19 2 1 10 -- -- -- -- -- 1 -- 3 2

Nomeação -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --

Contrato administrativo de provimento

-- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --

Contrato de trabalho

2 -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- 2

Contrato de prestação de

serviços -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --

Transferência, requisição ou

destacamento 3 -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- 3 --

Comissão de serviço

13 2 1 10 -- -- -- -- -- -- -- -- --

Outras situações 1 -- -- -- -- -- -- -- -- 1 -- -- --

Page 153: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

153

2.2. Desligamentos

Pessoal do quadro Pessoal além do quadro

Infor-mática

Pessoal Motivo TO

TAL

Dir

igen

te

Dir

ecto

res

de d

eleg

ação

Doc

ente

s

Técn

ico

supe

rior

Espe

cial

ista

de

info

rmát

ica

Técn

ico

de in

form

átic

a

Técn

ico

e té

cnic

o pr

ofis

sion

al

Coor

dena

ção

e ch

efia

Adm

inis

trat

ivo

Ope

rári

o e

auxi

liar

De

outr

o qu

adro

Out

ro p

esso

al

TOTAL 16 2 1 10 -- -- -- -- -- -- 2 1 --

Falecimento -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --

Exoneração -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --

Aposentação -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --

Limite de idade -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --

Aposentação compulsiva

-- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --

Demissão -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --

Mútuo acordo -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --

Cessação da comissão de

serviço 13 2 1 10 -- -- -- -- -- -- -- -- --

Extinção do contrato

-- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --

Outros motivos 3 -- -- -- -- -- -- -- -- -- 2 1 --

Page 154: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

154

2.3. Pessoal do quadro – Recrutamento e selecção por concurso

Infor-mática

Situação dos concursos TO

TAL

Técn

ico

supe

rior

Espe

cial

ista

de

info

rmát

ica

Técn

ico

de

info

rmát

ica

Técn

ico

e té

cnic

o pr

ofis

sion

al

Coor

dena

ção

e ch

efia

Adm

inis

trat

ivo

Ope

rári

o e

auxi

liar

Concursos abertos

1 -- 1 -- -- -- -- --

Concursos concluídos

1 -- 1 -- -- -- -- --

Concursos pendentes

-- -- -- -- -- -- -- --

Page 155: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

155

3. Efectivos – Assiduidade (em dias, de 15/09/2007 a 14/09/2008)

Pessoal do quadro Pessoal além do quadro

Infor-mática

Pessoal Motivo das faltas TO

TAL

Dir

igen

te

Dir

ecto

res

de d

eleg

ação

Doc

ente

s

Form

ador

es

Técn

ico

supe

rior

Espe

cial

ista

de

info

rmát

ica

Técn

ico

de in

form

átic

a

Técn

ico

e té

cnic

o pr

ofis

sion

al

Coor

dena

ção

e ch

efia

Adm

inis

trat

ivo

Ope

rári

o e

auxi

liar

De

outr

o qu

adro

Out

ro p

esso

al

TOTAL 743,5 -- -- 21 -- 355,5 66 4 -- 8,5 79,5 188 21 --

Maternidade Paternidade

181 -- -- -- -- 170 -- -- -- -- -- 11 -- --

Falecimento de familiar

9 -- -- -- -- -- -- -- -- -- 4 5 -- --

Doença 345 -- -- 21 -- 112 65 -- -- 2 8 121 16 --

Assistência a familiares

78 -- -- -- -- 43 -- -- -- -- 22 13 -- --

Trabalhador estudante

18 -- -- -- -- -- -- -- -- -- 18 -- --

Por conta do período de

férias 96,5 -- -- -- -- 26,5 1 4 -- 6,5 27,5 26 5 --

Outras 16 -- -- -- -- 4 -- -- -- -- -- 12 -- --

Page 156: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

156

4. Trabalho extraordinário, processado e pago

Trabalho extraordinário

Trabalho em dias de descanso semanal e

complementar

Pessoal Nº de horas

Montante pago (em €)

Nº de horas

Montante pago

(em €) TOTAL 1796,5 8426,8 846 9021,8

Dirigentes -- -- -- --

Directores de delegação -- -- -- --

Docentes -- -- -- --

Formadores -- -- -- --

Pessoal técnico-superior 65 989,79 22 479,11

Técnico de informática -- -- -- -- Pessoal de informática Técnico especialista 21,5 512,10 4 133,23

Pessoal técnico e técnico-profissional -- -- -- --

Pessoal de coordenação/chefia 30 223,05 113 1.522,38

Pessoal administrativo 2 18,17 -- -- Pess

oal d

o qu

adro

Pessoal operário e auxiliar 1407 4.670,18 559 4.110,41

Pessoal de outro quadro -- -- -- --

Pess

oal

além

do

quad

ro

Outro pessoal 271 2.013,47 148 2.776,67

Page 157: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

157

5. Efectivos, segundo a mais elevada habilitação académica (em 14/09/2008)

Pessoal do quadro Pessoal além do quadro

Infor-mática

Pessoal Escolaridade TO

TAL

Dir

igen

te

Dir

ecto

res

de d

eleg

ação

Doc

ente

s

Técn

ico

supe

rior

Espe

cial

ista

de

info

rmát

ica

Técn

ico

de in

form

átic

a

Técn

ico

e té

cnic

o pr

ofis

sion

al

Coor

dena

ção

e ch

efia

Adm

inis

trat

ivo

Ope

rári

o e

auxi

liar

De

outr

o qu

adro

Out

ro p

esso

al

TOTAL 76 5 8 18 7 1 2 0 3 11 10 9 2

Menos de 4 anos 0 -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --

4 anos de escolaridade

5 -- -- -- -- -- -- -- -- -- 5 -- --

6 anos de escolaridade

2 -- -- -- -- -- -- -- -- -- 2 -- --

9 anos de escolaridade

6 -- -- -- -- -- -- -- -- 3 1 2 --

11 anos de escolaridade

9 -- -- -- -- -- -- -- 3 3 1 2 --

12 anos de escolaridade

9 -- -- -- -- -- 1 -- -- 5 1 2 --

Bacharelato 0 -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --

Licenciatura 40 3 8 15 7 1 1 -- -- -- -- 3 2

Mestrado 4 1 -- 3 -- -- -- -- -- -- -- -- --

Doutoramento 1 1 -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --

Page 158: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

158

6. Formação de efectivos 6.1. Número de participantes e de horas de formação, consoante o local da acção

Pessoal do quadro Pessoal além do quadro

Infor-mática

Pessoal Escolaridade TO

TAL

Dir

igen

te

Dir

ecto

res

de d

eleg

ação

Doc

ente

s

Form

ador

es

Técn

ico

supe

rior

Espe

cial

ista

de

info

rmát

ica

Técn

ico

de in

form

átic

a

Técn

ico

e té

cnic

o pr

ofis

sion

al

Coor

dena

ção

e ch

efia

Adm

inis

trat

ivo

Ope

rári

o e

auxi

liar

De

outr

o qu

adro

Out

ro p

esso

al

Total de participantes em

acções de formação

82 3 10 23 16 4 1 1 3 3 8 -- 8 2

Acções internas 1 -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- 1

Acções externas 81 3 10 23 16 4 1 1 3 3 8 -- 8 1

Total de horas em acções de

formação

888

84 160

133

80 45 5 5 19 40 83 -- 196 38

Acções internas 20 -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- 20

Acções externas 868

84 160

133

80 45 5 5 19 40 83 -- 196 18

Page 159: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

159

6.2. Áreas abrangidas (em horas)

Pessoal do quadro Pessoal além do quadro

Infor-mática

Pessoal

Área de Formação TOTA

L

Dir

igen

te

Dir

ecto

res

de d

eleg

ação

Doc

ente

s

Form

ador

es

Técn

ico

supe

rior

Espe

cial

ista

de

info

rmát

ica

Técn

ico

de in

form

átic

a

Técn

ico

e té

cnic

o pr

ofis

sion

al

Coor

dena

ção

e ch

efia

Adm

inis

trat

ivo

Ope

rári

o e

auxi

liar

De

outr

o qu

adro

Out

ro p

esso

al

A Intranet do CEJ - Administradores

20 -- -- -- -- 5 5 5 -- -- 5 -- -- --

A Intranet do CEJ - Revisores 280 -- 40 105 80 10 -- -- 5 10 15 -- 15 --

A Protecção dos Direito e Liberdades do Cidadão pelo Juiz

Administrativo e Fiscal 18 -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- 18

Conferência sobre Direito e a Economia da Concorrência

28 -- -- 28 -- -- -- -- -- -- -- -- -- --

Contabilidade e Gestão 20 -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- 20

Contabilidade Pública 60 -- -- -- -- -- -- -- -- 30 30 -- -- --

Curso de Pós-Graduação em Contratação Pública

180 60 120 -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --

Especialização em Gestão Financeira na Administração

Pública 120 -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- 120 --

Arquivo 60 -- -- -- -- 30 -- -- -- -- -- -- 30 --

Gestão e Controlo de Assiduidade e Pontualidade na Administração

Pública 14 -- -- -- -- -- -- -- -- -- 14 -- -- --

O Novo SIADAP - Avaliação e Gestão do Desempenho

32 16 -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- 16 --

O Software Livre e os Profissionais da Informação

14 -- -- -- -- -- -- -- 7 -- 7 -- -- --

Os novos desafios da Informação e Documentação Face às Exigências

do Séc. XXI 14 -- -- -- -- -- -- -- 7 -- -- -- 7 --

Os Novos Regimes de Vinculação, Carreiras e Remnunerações dos

Trabalhadores que Exercem Funções Públicas

16 8 -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- 8 --

Utilização Fundamental de Microsoft Word

12 -- -- -- -- -- -- -- -- -- 12 -- -- --

Page 160: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

160

7. Distribuição de Efectivos afectos 7.1. Biblioteca

Em 15/09/2007 Em 14/09/2008

TOTAL 6 5

Director 1 1

Pessoal técnico superior 1 1

Pessoal técnico e técnico-profissional -- --

Pessoal técnico administrativo 2 2

Pess

oal d

o qu

adro

Pessoal operário e auxiliar -- --

Pessoal de outro quadro 2 1

Pess

oal a

lém

do

qu

adr

o

Outro pessoal -- --

7.2. Departamento de Planeamento, Organização e Informática

Em 15/09/2007 Em 14/09/2008

TOTAL 5 5

Director 1 1

Técnico especialista de informática 1 1

Técnico de informática 2 2

Pess

oal d

o qu

adro

Pessoal administrativo 1 1

Pessoal de outro quadro -- --

Pess

oal a

lém

do

qu

adr

o

Outro pessoal -- --

Page 161: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

161

7.3. Departamento de Relações Internacionais Em

15/09/2007 Em

14/09/2008

TOTAL 4 4

Coordenador 1 1

Coordenadores de projecto 2 2

Pessoal técnico-superior 1 1

Pessoal técnico e técnico-profissional -- --

Pessoal administrativo -- --

Pess

oal d

o qu

adro

Pessoal operário e auxiliar -- --

Pessoal de outro quadro -- --

Pess

oal a

lém

do

qu

adr

o

Outro pessoal -- --

8. Actividade Administrativa 8.1. Nº de documentos entrados

TOTAL

Correio 6.152 Nº de documentos entrados Fax 1.037

Correio 1.226 Nº de documentos

expedidos Faxes expedidos na Secção Pessoal

366

Fotocópias produzidas* 4.556.499

* de 20 de Setembro de 2007 a 20 de Setembro de 2008 8.2. Nº de certidões emitidas

TOTAL

Nº de certidões emitidas --

Page 162: Relatório de Actividades 2007-2008 Versão Final · Área Projecto (AP). A componente formativa de especialidade contemplou as seguintes matérias: Direitos Fundamentais e Direito

Relatório de Actividades do CEJ - 2007 / 2008

162

8.3. Nº de contratos

Aquisições

Contratos (escritos) Nº de

pessoas/entidades Bens Serviços

Celebrados 8 8

Rescindidos 3 3

Renovados 9 9

Em vigor 15 15

2008